SHELLAC 78`

Transcrição

SHELLAC 78`
SHELLAC 78'
RUI LIMA, SÉRGIO MARTINS E JORGE QUINTELA
Música - PT
Convento da Saudação
11 JUL 2016 a 24 JUL 2016
Shellac 78 parte de um "exercício performativo para três autores numa conferência. Expõe seus medos e receios, tentam
questionar o estado "doente" que habitam. Na verdade esta primeira fenda é habitada por três interlocutores e um autor
(dramaturgo Daniel Jonas) Uma carta ao autor pelas mãos do autor de voz gravada pelo autor.
Todo este objecto divide-se em quatro partes distintas assumindo diferentes eixos dramaturgicos ganhando diferentes
níveis formais, cristalizando algumas problemáticas da criação, nomeadamente, a questão da autoria, o arqueologia do
saber, o ósseo e o infinito das ideias. Subjacentes a estas temáticas existem camadas intermédias e tópicos plurais onde
a música e a encenação se misturam,
onde o filme e a luz se re-organizam vedando a performance à sua experiência do presente. A construção da dúvida. A
elaboração da questão e a cumplicidade do público.
A ideia de sobrevivência artística e ideia de sublime, são reflexões que servem de ponte operatória na construção dos
blocos performáticos, de qualidade distintas, uma pela voz e discurso ( duração e tempo??) outra pela a re-constituição
antropológica e arqueológica onde se pretende reviver os estímulos musicais e as suas culturas antes de tudo. É
formulado o debate, a distorção dos factos.
A problemática da impossibilidade.
À medida que a estrutura performática vai-se instalando, primeiro pela oratória, de seguida pelo arquivo, a filosofia
platónica vai adensando e ficando cada vez mais visível num contexto marcado por questões mais apensas à
contemporaneidade, em particular ao mundo ocidental, à nossa realidade, à nossa história. "momento de reconstruirmos
a nossa história ocidental"
Assim, chegado à catarse do arquivo tornado história é chegado a altura de apresentar o ósseo. Neste capitulo é
apresentado uma curta metragem que se traduz num manifesto de ódio ao trabalho e morte à culpa, de sublimação da
nossa existência pela não existência. O filme induz um final que não revelado. Incentivo de probabilidades e de escalas e
planos paralelos - multi-final. Ao perecimento das personas. O vazio vislumbra o público. Por fim à cortina levantada pela
mão de platão ( toda a escala platónica da divisão da alma e do corpo está inerente nesta observação autoral) é
comparência de um palco e de um quarteto que iniciam um tema e não o param até o público ter abandonando a sala.
Shellac 78 tratará a problemática da autoria (civilização ocidental/ no contexto da criação) no contexto de performance
(tombo)