Fatores de Risco para Doenças

Transcrição

Fatores de Risco para Doenças
FACULDADE SÃO MIGUEL
BACHARELADO EM NUTRIÇÃO
ELIZA TORRES DA SILVA
JUCÉLIA OLIVEIRA GUEDES
FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM FUNCIONÁRIOS DE UM SUPERMERCADO DA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE-PE
RECIFE
2012
ELIZA TORRES DA SILVA
JUCÉLIA OLIVEIRA GUEDES
FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM FUNCIONÁRIOS DE UM SUPERMERCADO DA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE-PE
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à coordenação do curso
de Bacharelado em Nutrição da Faculdade São Miguel como
requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Nutrição.
ORIENTADORA
PROFa. MSc. CRISTIANE PEREIRA DA SILVA
FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM FUNCIONÁRIOS
DE UM SUPERMERCADO DA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE-PE
Trabalho julgado adequado e aprovado com conceito ___ em ___/___/____
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________________________
Profª. Orientadora
____________________________________________________________
Prof. Examinador
____________________________________________________________
Prof. Examinador
____________________________________________________________
Conceito A
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Fatores de risco para doenças cardiovasculares em funcionários de um supermercado da região metropolitana do recifepe
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AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus, por ter nos dado força, sabedoria e nos
abençoado a cada momento, nessa linda trajetória.
Aos nossos pais e familiares, pelo amor e carinho que sempre nos
proporcionaram, pela dedicação e o apoio, nos momentos em que mais
precisamos.
Aos nossos companheiros, que pacientemente nos apoiaram, dando
conselho, força, incentivo e coragem para conseguirmos nossos objetivos.
À nossa professora e orientadora Cristiane Pereira, pelos ensinamentos,
paciência e dedicação que teve conosco durante toda esta jornada.
E a todos, professores, amigos, companheiros de turma que de alguma
forma nos ajudaram e acreditaram no nosso potencial, o nosso muito obrigado.
Por fim, agradecemos a nós mesmas, pela amizade, companheirismo, paciência
e motivação, que trocamos durante esses anos de muita vitória e dedicação.
Sem a nossa força, nada disso seria possível.
RESUMO
ELIZA, T.S.; JUCELIA, O.G.. Fatores de Risco para Doenças Cardiovasculares
em Funcionários de um Supermercado da Região Metropolitana do Recife-PE.
2012.
Dados da Organização Mundial de Saúde (2011) demonstram que as doenças
não transmissíveis representaram 36 milhões de mortes no mundo em 2008,
sendo à de maior incidência as doenças cardiovasculares com 17 milhões,
representando um grande problema de saúde pública. Dentre os fatores de risco
para o desenvolvimento das cardiopatias, destacam-se a obesidade e sobrepeso,
tabagismo, sedentarismo, hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus,
hereditariedade e alimentação inadequada. No caso dos hábitos alimentares, é
importante observar o consumo elevado de colesterol, lipídios e ácidos graxos
saturados acrescidos ao baixo consumo de fibras. O objetivo deste estudo foi
analisar os fatores de risco para doenças cardiovasculares dos funcionários
de um supermercado da região metropolitana do Recife-PE. Os dados foram
coletados através de um questionário de pesquisa (entrevista) que incluiu dados
socioeconômicos e demográficos, patologias diagnosticadas, informações sobre
estilo de vida e parâmetros antropométricos. Foram avaliados 126 indivíduos,
com predomínio do sexo feminino (60,3%) que tiveram um percentual de
sobrepeso e obesidade superior aos homens (39,7%). Pela avaliação do Índice
de Conicidade, as mulheres representaram (56%). O sedentarismo se destacou
como maior fator de risco com (73,8%). Foi identificado um predomínio no hábito
alimentar não saudável dos funcionários, representando um risco alto para o
surgimento das doenças cardiovasculares. Com a identificação precoce dos
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ABSTRACT
ELIZA, T.S.; JUCELIA, O.G.. Risk Factors for Cardiovascular Disease in Workers
at a Supermarket in the Metropolitan Region of Recife-PE. 2012.
Non-communicable diseases accounted for 36 million deaths in 2008, with the
higher incidence of cardio vascular disease with 17 million, representing a major
public health problem, according to World Health Organization, 2011. Among the
risk factors for developing heart out to obesity, overweight, smoking, sedentary
lifestyle, hypertension, diabetes mellitus, heredity and poor nutrition. Dietary
habits were as markers of risk for cardio vascular diseases, in that high intakes of
cholesterol, fat and saturated fatty acids added to the low fiber intake, participating
in the etiology of dyslipidemia, obesity, diabetes and hypertension.The aim of
this study was to analyze the risk factors for cardio vascular diseases of the
employees of a supermarket in the metropolitan area of Recife-PE. Data were
collected through a survey that included socioeconomic and demographic data,
pathology diagnosed, information on lifestyle and anthropometric parameters. We
evaluated 126 subjects with a predominance of females who had a percentage
of overweight and obesity and greater than that of men. For the evaluation of
conicity women also accounted for the majority. Physical inactivity is highlighted
as a major risk factor in this study even with the younger population. It was
identified a predominance of unhealthy eating habits of employees representing
a high risk for the emergence of cardiovascular diseases. With early identification
of risk for cardiovascular diseases is possible to clarify the necessary precautions
to minimize future complications.
LISTA DE QUADROS E TABELAS
Quadro 1: Classificação da hipertensão arterial segundo Sociedade
Brasileira de Cardiologia ............................................................................. 478
Quadro 2: Classificação dos Riscos Para doenças cardiovasculares ........ 479
Quadro 3:Recomendações nutricional na dislipidemia segundo as
diretrizes 2010...............................................................................................483
Quadro 4: Valores de referência para classificação do índice massa
corporal..........................................................................................................485
Quadro 5: Classificação da relação entre a cintura e o quadril ...................486
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fatores de riscos para as patologias cardiovasculares é possível melhorar a
qualidade de vida e minimizar as complicações tardias.
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Tabela 1: Característica socioeconômica dos funcionários de
um supermercado da Região Metropolitana Recife-Pe 2012 .........................488
Tabela 2: Parâmetros antropométricos dos funcionários de um
supermercado da Região Metropolitana Recife-Pe 2012 ..............................491
Tabela 3: Hábitos alimentares saudáveis dos funcionários de um
supermercado da Região Metropolitana Recife-Pe 2012 ..............................493
Tabela 4: Hábitos alimentares não saudáveis dos funcionários
de um supermercado da Região Metropolitana Recife-Pe 2012 .................493
LISTA DE FIGURAS E GRÁFICOS
Figura 1: Coração ......................................................................................... 475
Figura 2: Relação do tabagismo com a doenças cardiovasculares ............ 477
Gráfico 1: Principais patologias dos funcionários de um Supermercado na
Região Metropolitana - Recife 2012 ............................................................. 489
Gráfico 2: Fatores de Risco Cardiovascular de funcionários do
Supermercado na Região Metropolitana - Recife 2012 ............................... 491
Gráfico 3: Hábitos alimentares de funcionários do Supermercado
da Região Metropolitana – Recife 2012 ...................................................... 494
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AVC: Acidente vascular cerebral
AVCH: Acidente vascular cerebral hemorrágico
AVCI: Acidente vascular cerebral isquêmico
CA: Circunferência abdominal
CC: Circunferência da cintura
DAC: Doença Arterial Coronariana
DAP: Doença Arterial Periférica
DIC: Doença Isquêmica do Coração
DC: Dobras cutâneas
DCV: Doenças Cardiovasculares
DM: Diabetes Mellitus
DCNT: Doenças crônicas não transmissíveis
GJ: Glicose jejum
HAS: Hipertensão Arterial Sistêmica
HDL: Lipoproteínas de alta densidade
IAM: Infarto Agudo do Miocárdio
IC: Índice de conicidade
IMC: Índice de massa corpórea
IRCQ: Índice de relação Circunferência cintura-quadril
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SUMÁRIO
1 Introdução ..................................................................................................474
2. Revisão da Literatura ................................................................................475
3. Justificativa ................................................................................................483
4. Objetivos
4.1. Objetivo Geral ....................................................................................483
4.2. Objetivos Especificos .........................................................................483
5. Metodologia
5.1.Desenho e tipo de estudo .................................................................. 484
5.2.Local de estudo ..................................................................................484
5.3.População do estudo ..........................................................................484
5.4.Seleção do sujeito ...............................................................................484
5.4.1. Critérios de Inclusão .................................................................484
5.4.2. Critérios de Exclusão ................................................................484
5.5.Coleta de Dados .................................................................................484
5.5.1. Dados socioeconômicos e Demográficos ................................485
5.5.2. Patologias Analisadas ..............................................................485
5.5.3. Antropometria ...........................................................................485
5.5.4. Risco Cardiovascular ...............................................................486
5.6. Analise dos Dados .............................................................................487
6. Resultados e Discussão ..........................................................................488
7. Conclusão ................................................................................................494
Referências Bibliográficas ............................................................................495
Anexo A ........................................................................................................500
Anexo B ........................................................................................................501
Anexo C .......................................................................................................502
Apêndice A ...................................................................................................502
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LDL: Lipoproteínas de baixa densidade
OMS: Organização Mundial de Saúde
PAD: Pressão arterial diastólica
PAS: Pressão arterial sistólica
RCQ: Relação cintura quadril
RMR: Região Metropolitana do Recife
SBC: Sociedade Brasileira de Cardiologia
TCLE: Termo de consentimento livre e esclarecido
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1.INTRODUÇÃO
As doenças não transmissíveis representaram 36 milhões de mortes em
2008, à de maior incidência são as DCV com 17 milhões, apresentando um
percentual de 48%, sendo um grande problema de saúde pública (OMS, 2011).
A DCV pode ocorrer por morte coronária, infarto do miocárdio, insuficiência
coronariana, angina, acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI), acidente
vascular cerebral hemorrágico (AVCH), ataque isquêmico transitório ou doença
arterial periférica, a qual pode ser causado por fatores hereditários, ambientais e
estilo de vida (DORÉA, LOTUFO, 2001).
Dentre os fatores de risco para as DCV destacam-se a obesidade e
sobrepeso, tabagismo, sedentarismo, hipertensão arterial sistêmica, diabetes
mellitus, hereditariedade e alimentação inadequada (VIEBIG, et al., 2006).
A obesidade e sobrepeso são caracterizados pelo acúmulo excessivo
de gordura corporal que está relacionado ao desequilíbrio entre o consumo de
energia ingerida e a energia gasta. O acúmulo de gordura na região do abdome
vem sendo descrito como o tipo de obesidade que oferece maior risco para a
saúde dos indivíduos. A incidência de diabetes, aterosclerose, gota, cálculo
urinário e morte cardíaca súbita é elevada em pessoas obesas, porém, um
aspecto da adiposidade que desperta a atenção é a distribuição regional da
gordura no corpo (LIMA, GLANER, 2006).
O uso do tabaco está relacionado diretamente a complicações que levam
ao desenvolvimento de doenças coronárias. A nicotina e os subprodutos do fumo
estão relacionados com os riscos iniciais e evolutivos da aterosclerose (MAHAN,
ESCOTT-STUMP, 2005).
A inatividade física é considerada como um fator independente para
DCV. O sedentarismo representa duas vezes o risco de desenvolver a doença
em comparação com as pessoas ativas. A atividade física reduz o aparecimento
de DCV por retardar a aterogênese, aumentar a vascularidade do miocárdio e
modificar outros fatores de risco (MAHAN, ESCOTT-STUMP, 2005).
A HAS é uma doença crônica e um grande fator de risco para DCV,
evidenciada pela persistência de níveis elevados de pressão arterial ocasionada
pela pressão que o sangue realiza na parede das artérias (MONEGO, VEIGA,
2006).
A DM do tipo 2 está fortemente ligada ao comprometimento aterosclerótico
das artérias coronarianas, das cerebrais e dos membros inferiores, constituindo
uma elevada incidência de óbito. Mesmo em estágios precoces da DM, as
complicações macroangiopáticas podem ocorrer de forma mais difusa e grave
do que em pessoas que não apresentam DM (SCHEFFEL, et. al., 2004).
Os históricos familiares de doenças crônicas é um fator de risco considerado
positivo. Diversas hiperlipidemias são hereditárias e levam à aterosclerose
prematura e doenças cardíacas (MAHAN, ESCOTT-STUMP, 2005).
Com a globalização e a urbanização, ocorreram diversas mudanças
substanciais na alimentação, com a crescente oferta de alimentos industrializados
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2. REVISÃO DA LITERATURA
2.1. Conceito e epidemiologia das doenças cardiovasculares
As doenças cardiovasculares (DCV) constituem um grave problema
de saúde pública no Brasil e no mundo, sendo a principal causa de com
aproximadamente 15 milhões de óbitos a cada ano e representam os mais altos
custos em assistência médica de acordo com Organização Mundial de Saúde
(CORREIA, et. al. 2010).
Na década de 1920 haviam raros registros apontando as doenças do
coração (Figura 1) como causa de óbito. Após a 2ª Guerra Mundial ocorreu uma
rápida ascensão dos óbitos, atribuídos aos países ocidentais devido ao estilo de
vida. (CORREIA, et. al., 2010).
Figura 1: Coração
Dados do estudo de Framinghan, em 1999, demonstraram que a junção
progressiva de fatores de risco como Hipertensão arterial, dislipidemia, Diabetes
Mellitus, tabagismo, obesidade e sedentarismo determinavam um aumento
crescente de morbidade e mortalidade cardiovascular de duas, até sete vezes,
para ambos os sexos (CORREIA, et. al., 2010).
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(ricos em gorduras, açúcares e sódio), facilidade de acesso a alimentos
caloricamente densos e de baixo custo associado à redução generalizada da
atividade física (PETERSEN, et. al. 2011).
A qualidade dos lipídios da dieta possui um papel importante no risco
de desenvolvimento de diversas doenças crônicas. Estudos epidemiológicos
sugerem uma associação prevalente entre o consumo de ácidos graxos trans e
ocorrência de doenças cardiovasculares (BETOLINO, et. al., 2006).
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No Brasil as DCV estão em primeiro lugar entre as causas de morte,
correspondendo a 32% do total de óbitos. Entre as DCV, o infarto do miocárdio
destaca-se como a patologia com maior índice de mortalidade (ZORNOFF, et.
al., 2007).
De acordo com o plano de ações estratégicas para o combate às DCNT,
as DCV assim como AVC, diabetes e doença respiratória, atingem principalmente
os grupos mais vulneráveis, como populações de baixa escolaridade e renda.
Essa magnitude corresponde a cerca de 70% das causas de morte. (Ministério
da Saúde, 2011).
2.2. Fatores de risco das DCV
Estudos epidemiológicos em populações no seu ambiente natural, acompanhadas
por vários anos, têm identificado determinadas características, ou fatores
de riscos, fortemente relacionados à probabilidade de desenvolver DCV, que
podem ou não ser passíveis de intervenção. São considerados fatores passíveis
de intervenção: fumo, falta de atividade física, dieta, HAS, hipercolesterolemia,
intolerância à glicose e obesidade. Os fatores não controláveis são: idade, sexo,
raça e hereditariedade (FISBERG, et. al., 2001).
2.2.1. Excesso de Peso
A OMS caracteriza a obesidade como uma epidemia mundial que não
respeita fronteiras, acometendo também países desenvolvidos como Suécia e
Estados Unidos. Estima-se que 2,3 bilhões de adultos terão excesso de peso e
mais de 700 milhões serão obesos em 2015.
No Brasil, as prevalências do excesso de peso e obesidade em adultos
aumentaram desde os estudos conduzidos na década de 1970, em crianças e
adolescentes, prevalências mais elevadas têm sido observadas recentemente.
(GIGANTE, et. al., 2011).
A obesidade com predomínio de deposição de gordura na região abdominal,
quando associada e à dislipidemia, resistência à insulina e principalmente à
HAS, aumentam os riscos de complicações cardiovasculares. Quando pacientes
hipertensos são comparados a indivíduos normotensos, encontrou-se um
aumento na prevalência de obesidade. No estudo de Framinghan (1999) 70%
dos casos de hipertensão em homens e 61% nas mulheres foram atribuídos
diretamente ao excesso de adiposidade (SOUZA, et. al., 2003).
A principal dislipidemia associada ao sobrepeso e à obesidade é
caracterizada por elevações leves a moderadas nos triglicerídeos e diminuição
do HDL. A redução do peso associa-se, principalmente, ao aumento do HDL e
diminuição dos triglicerídeos, enquanto que os efeitos sobre o LDL são menos
evidentes (SOUZA, et. al., 2003).
Para o diagnóstico da obesidade, em estudos epidemiológicos recomenda-
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2.2.2. Tabagismo
O tabagismo é hoje considerado como uma pandemia mundial silenciosa,
e a cada ano morrem cerca de 4 milhões de pessoas de doenças relacionadas
ao tabaco, sabendo-se que próximo ao ano de 2020 será responsável por 10
milhões de mortes por ano, com proporção de uma em cada seis pessoas
consumidoras de tabaco. Desses óbitos, 7 milhões ocorrerão nos países em
desenvolvimento (ANDRADE, et. al.. 2006).
No Brasil e no mundo, o hábito de fumar se instala precocemente, onde
80% dos adultos fumantes declararam ter se iniciado no tabagismo antes dos
dezoito anos de idade. (ANDRADE, et. al. 2006)
Além da mortalidade, o hábito de fumar está associado ao desenvolvimento
de HAS, aterosclerose, infarto agudo do miocárdio, AVC, enfisema pulmonar,
doenças respiratórias, coronarianas e vários tipos de câncer (pulmão, boca,
laringe, próstata e outros). (BERTO, et. al. 2010).
O tabagismo contribui para o desenvolvimento e a gravidade da doença
arterial coronariana, principalmente o infarto agudo do miocárdio de três maneiras
como visto na Figura 2 (SMELTZER, BARE, 2005).
Figura 2: Relação do tabagismo com a DCV
Fonte: Tratado de enfermagem medico cirúrgica, 2005
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se a utilização de índices antropométricos: como o IMC, a relação cintura-quadril
(RCQ) ou apenas a circunferência da cintura (CC) e as dobras cutâneas (DC)
(PEIXOTO, et. al., 2006).
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2.2.3. Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)
Estima-se que a HAS atinja aproximadamente 22% da população
brasileira acima de vinte anos, sendo responsável por 80% dos casos de AVC,
60% dos casos de IAM e 40% das aposentadorias precoces, além de significar
um custo de 475 milhões de reais gastos com 1,1 milhão de internações por ano
(ZAITUNE et. al., 2006).
A identificação de vários fatores de risco para HAS, tais como: a
hereditariedade, a idade, o gênero, o grupo étnico, o nível de escolaridade,
o status sócio-econômico, a obesidade, o etilismo, o tabagismo e o uso de
anticoncepcionais orais muito colaboraram para os avanços na epidemiologia
cardiovascular e conseqüentemente, nas medidas preventivas e terapêuticas
dos altos índices pressóricos que abarcam os tratamentos farmacológicos e nãofarmacológicos (ZAITUNE et. al., 2006).
Para compreensão da estratificação do risco cardiovascular em
hipertensos e não hipertensos são necessários conhecimentos da classificação
para hipertensão arterial e da definição dos estratos com suas diferenciações
para essas duas categorias (MOREIRA, et. al., 2010).
O uso da classificação para HAS na estratificação das pessoas hipertensas
deve seguir as recomendações da Sociedade Brasileira de Cardiologia – VI
Diretrizes Brasileiras, que a determina como descrito no Quadro 1.
Quadro 1: Classificação da HAS segundo Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2010
A definição dos estratos para pessoas hipertensas com risco para DCV segue conforme
(Quadro 2).
Quadro 2: Classificação dos Riscos Para DCV.
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2.2.4. Diabetes Mellitus
A prevalência do DM nos Estados Unidos e em muitos países da Europa
é de aproximadamente 8%, e estima-se que existam mais de 100 milhões de
casos no mundo. As complicações decorrentes são graves, destacando-se a
doença isquêmica do coração e doenças vasculares periféricas que estão entre
as maiores causas de morbidade e mortalidade nos portadores de DM em todo
o mundo (MATHIAS, et. al., 2004).
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Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2010
A HAS é um fator de risco ligado diretamente ao acometimento cardíaco
e a doenças decorrentes de aterosclerose e trombose, sendo responsável por
25 e 40% da etiologia multifatorial da cardiopatia isquêmica e dos acidentes
vasculares cerebrais, respectivamente. Essa forte incidência das conseqüências
coloca a hipertensão arterial como uma das principais causas das doenças cardiovasculares, portanto como uma das maiores agentes de mortalidade (PASSOS, et. al., 2006).
Os eventos cardiovasculares, em sua maioria, ocorrem em indivíduos ainda com alterações leves dos fatores de risco que, se não tratados, podem evoluir
e produzir uma patologia cardíaca. Existem vários estudos epidemiológicos e
ensaios clínicos que demonstram a forte redução da mortalidade cardiovascular
através do tratamento da hipertensão arterial. Existem ainda evidências médicas de que o monitoramento de pressão arterial pode identificar indivíduos com
maior risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, em razão da
hipertensão. (PASSOS, et. al. 2006)
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O DM é uma doença crônica que requer cuidados médicos contínuos e
uma reeducação do paciente para a monitoração e a auto-administração de suas
concentrações glicêmicas, com o intuito de prevenir complicações agudas e reduzir o risco de complicações crônicas. (LIMA, et. al., 2006).
O controle metabólico consiste no cuidado do controle glicêmico em pacientes diabéticos, assim como no controle na velocidade de liberação dos carboidratos para a corrente sangüínea após as refeições, pelo tempo de depuração através da síntese de insulina e pela sensibilidade do tecido periférico à
sua ação. Alguns estudos epidemiológicos recentes sugerem que tanto a quantidade como a qualidade dos carboidratos constituem um importante fator preditor de dislipidemia DCV e DM, principalmente entre indivíduos susceptíveis à
resistência à insulina, com elevado índice de massa corporal (SARTORELLI, et.
al., 2006).
Estudos também revelam um elevado risco de morte por todas as causas
por DCV e por coronariopatia a partir do valor de 126 mg/dl para glicose em jejum. No entanto, uma limitação da GJ como parâmetro diagnóstico é que ela não
aumenta com a idade, reconhecido fator de risco para intolerância à glicose e
DCV. Desse modo a determinação exclusiva da GJ pode ser menos sensível do
que a G2h em indivíduos idosos (SIQUEIRA et. al., 2007).
Uma maior importância vem sendo dada à hiperglicemia como fator de
risco para a micro do que para a macroangiopatia, visto que cada aumento percentual da hemoglobina glicada eleva em 70% o risco de retinopatia, 20% o de
proteinúria e 10% o de complicações macrovasculares, porém 70% das mortes
em indivíduos diabéticos são decorrentes de eventos cardiovasculares. Uma
meta-análise que avaliou o impacto da hemoglobina glicada na DCV em indivíduos diabéticos mostrou que no DM tipo 1 cada ponto percentual de aumento
na hemoglobina glicada confere um risco relativo de 1,15 para doença arterial
coronariana e de 1,32 para doença arterial periférica. No DM tipo 2, o risco relativo foi de 1,18 para uma composição de desfechos cárdio e cerebrovasculares
e de 1,28 para a doença arterial periférica (SIQUEIRA et. al., 2007).
2.2.5. Sedentarismo
Com o processo da industrialização existe um crescente número de pessoas que se tornam sedentárias com poucas oportunidades de praticar atividades físicas. Diversos autores têm demonstrado associação entre sedentarismo e agravos cardiovasculares, câncer, DM e saúde mental (PITANGA et. al.,
2005).
Indivíduos que têm gasto energético semanal de 1000 a 2500 kcal em
atividades de lazer possuem 20% menos risco de desenvolver doença da artéria
coronária que indivíduos inativos. Além disso, dentre os ativos, aqueles que se
exercitam mais têm menor chance de desenvolver cardiopatias. Assim a prática
regular de atividades físicas tem sido recomendada para a prevenção e reabili-
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2.2.6. Hereditariedade
Estudo longitudinal identificou determinadas características e hábitos pessoais fortemente relacionados à probabilidade de desenvolver doença cardiovascular. Esses fatores receberam a designação genérica de fatores de risco, que
podem ou não ser passíveis de intervenção. São considerados fatores passíveis
de intervenção: fumo, falta de atividade física, dieta, HAS, hipercolesterolemia,
intolerância à glicose e obesidade. Os fatores não controláveis são: idade, sexo,
raça e hereditariedade (FISBERG, et. al., 2001).
Evidências demonstram que crianças, que apresentam níveis de colesterol na faixa mais elevada da curva de distribuição normal, tendem a se tornar
adultos com hipercolesterolemia. Indivíduos, que na infância apresentam níveis
pressóricos normais altos, em geral tornam-se adultos hipertensos. Da mesma
forma, grandes partes dos indivíduos que, na infância, exibiram níveis de glicemia no limite superior da normalidade tornaram-se adultos diabéticos (FISBERG,
et. al., 2001).
Geralmente, há predisposição genética para o desenvolvimento das alterações mencionadas. No entanto ela parece exercer um papel mais permissivo
do que determinante, havendo na maioria das vezes, necessidade de exposição
a um estilo de vida inadequado para sua expressão. No intuito de assegurar uma
infância saudável e evitar futuras DCV, os autores enfatizam a necessidade de
adotar programas preventivos de saúde o mais precocemente possível. O fato
de indivíduos mais jovens ainda estarem com os hábitos em formação auxilia a
adesão às modificações propostas no sentido de manter um estilo de vida saudável (FISBERG, et. al., 2001).
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tação cardíacas (OLIVEIRA, et. al., 2008).
A atividade física apresenta o impacto benéfico exposto anteriormente
devido a seus efeitos sobre o sistema cardiovascular e sobre os fatores de
risco. Neste sentido, o condicionamento físico adequado fortalece o músculo do
coração e modifica a estrutura vascular coronariana, auxiliando no tratamento
de doenças ligadas ao sistema circulatório. Além disso, ele reduz a PAS e PAD
em 3,3 e 3,5 mmHg, respectivamente, diminui a concentração de hemoglobina
glicada em 66%, mostrando sua eficiência no controle glicêmico e na prevenção
do DM (OLIVEIRA, et. al., 2008).
Os efeitos causados no perfil lipídico e de lipoproteínas relacionados
com a presença de atividades físicas são reconhecidos. Pessoas que praticam
atividade física apresentam maiores níveis de HDL colesterol e menores níveis
de triglicérides e LDL em comparado a indivíduos sedentários. Estudos demonstram que perfis desfavoráveis de lipídios e lipoproteínas melhoram com o treinamento físico e são independentes do sexo, do peso corporal e da adoção de
dieta, porém há possibilidade de ser dependentes do grau de tolerância à glicose
(CIOLAC, et. al., 2004).
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2.3. Influência da alimentação sobre as doenças cardiovasculares
O perfil alimentar da população está fortemente associado a aspectos culturais, nutricionais, sócio-econômicos e demográficos tornando necessário um
melhor entendimento destes aspectos e seus mecanismos no entendimento das
mudanças de comportamento alimentar e suas conseqüências (BONOMO, et.
al., 2003).
Os problemas decorrentes do consumo inadequado de alimentos já são
conhecidos há muito tempo, expondo a população a graves e flagrantes danos
à saúde, principalmente se considerarmos os diferenciais regionais existentes
dentro e entre países. No entanto, apenas no final do século passado a epidemiologia da nutrição tomou impulso e os primeiros métodos de avaliação nutricional com base populacional foram desenvolvidos (BONOMO, et. al., 2003).
Recentemente, estudos observacionais têm evidenciado estreita relação
entre características qualitativas da dieta e ocorrência de enfermidades crônicodegenerativas como as DCV, DM não-insulinodependente, câncer e obesidade.
Todas essas patologias constituem hoje um problema prioritário de saúde pública e de segurança alimentar, tanto em países desenvolvidos quanto naqueles
menos desenvolvidos, incluindo todas as faixas etárias, com destaque entre crianças e adolescentes. (BONOMO, et. al. 2003)
Os hábitos alimentares apresentam-se como marcadores de risco para
DCV, na medida em que o consumo elevado de colesterol, lipídios e ácidos graxos saturados somados ao baixo consumo de fibras participam na etiologia das
dislipidemias, obesidade, DM e HAS (CASTRO, et. al., 2004).
Os componentes nutricionais com maior influência no perfil lipídico de
indivíduos saudáveis são: a ingestão de gordura total, a composição de ácidos
graxos da dieta, o colesterol, a fonte de proteínas animal/vegetal, fibras e compostos fito químicos. Entretanto, uma vez que a alimentação diária é complexa
contendo diversos alimentos e conseqüentemente nutrientes, ainda não foi possível elucidar ou quantificar precisamente o impacto específico da alimentação
no risco do desenvolvimento de DCV (CASTRO, et. al., 2004). As Diretrizes da
Associação Médica Brasileira (2010) descreve as recomendações nutricionais
na dislipidemia conforme Quadro 3.
Quadro 3: Recomendações nutricionais na dislipidemia segundo as diretrizes da
Associação Médica Brasileira 2010.
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3- JUSTIFICATIVA
As doenças cardiovasculares representam importante problema de saúde
pública no mundo, tendo em vista que constitui a principal causa de mortalidade
e está relacionada aos mais altos custo em assistência médica no país.
Diante do exposto este estudo identificou os fatores de risco endógeno
e exógeno entre os sexos masculinos e femininos que possam influenciar no
desenvolvimento de cardiopatias em indivíduos adultos, funcionários de um supermercado da região metropolitana do Recife- PE, com o objetivo de traçar o
perfil epidemiológico nesta população, visando promover planos de intervenção
individuais e comunitários, além de auxiliar futuros programas governamentais
educacionais e terapêuticos.
4.OBJETIVOS
4.1 Geral
Verificar os fatores de risco de DCV dos funcionários de um Supermercado da
Região Metropolitana do Recife-PE.
4.2 Específicos

Definir as características sócio econômicas e demográficas dos funcionários;

Identificar as principais patologias existentes nesta população;

Verificar a prevalência de sobrepeso e obesidade destes indivíduos;

Descrever o estilo de vida e outros fatores de risco associados a doença
cardiovascular da população estudada;
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Fatores de risco para doenças cardiovasculares em funcionários de um supermercado da região metropolitana do recifepe
Fonte: Associação Médica Brasileira, 2010.
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5.METODOLOGIA
5.1 Desenho e tipo de estudo:
A pesquisa realizada foi do tipo transversal prospectivo, realizado no
período de agosto de 2011 a Maio de 2012.
5.2 Local de estudo:
Estudo realizado no Supermercado da Família Ltda., Localizado na Rua Eliza
Cabral de Souza N: 502 situado no centro do município de Camaragibe-PE.
Atualmente com um quadro de 126 funcionários do sexo masculino e feminino
com idade entre 18 e 50 anos, funcionando na semana completa, em horários
variados.
5.3 População de estudo:
A população estudada foram os funcionários do supermercado que exerce
as seguintes funções: embalador, operador de caixa, fiscal de loja, atendente de
vendas, balconista, estoquista, conferente, repositor, operador de carne, monitorador, encarregado de setor, locutor, ajudante de depósito, caixa geral, auxiliar
de caixa geral, apontador de pessoal, assistente de gerente, gerente adjunto,
gerente, controlador de T.I, recepcionista, digitador.
5.4 Seleção do sujeito:
5.4.1 Critérios de Inclusão:
Todos funcionários do supermercado no período da coleta, que aceitaram participar e assinaram o TCLE (ANEXO A).
5.4.2 Critério de exclusão:
Foram excluídos os funcionários do supermercado a qual se encontravam impossibilitados de realizar a avaliação nutricional, como gestante ou cadeirante.
5.5. Coleta de dados:
Os dados foram coletados, após a aprovação do comitê de ética e a assinatura do termo de anuência (ANEXO C), através de um questionário (APÊNDICE
1) a qual incluía dados sócio-econômicos e demográficos, patologias diagnosticadas, informações sobre estilo de vida e parâmetros antropométricos.
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Os dados avaliados foram idade, sexo, naturalidade, estado civil, moradia,
renda familiar, escolaridade.
5.5.2 Patologias analisadas:
As patologias analisadas foram hipertensão arterial, diabetes mellitus e
obesidade.
5.5.3 Antropometria:
As medidas antropométricas dos funcionários do supermercado foram realizadas pelas pesquisadoras de nutrição devidamente treinadas. Sendo coletados:
- Peso: Aferido em uma balança Filizola,® com capacidade de 150Kg, precisão
de 0,1 Kg e 0,5cm com funcionários do supermercado trajando roupas leves e
descalços.
- Altura: Foi verificada com o antropômetro vertical fixo à balança.
- IMC: Foi calculado pela divisão do peso em quilos, que se encontravam os funcionários do supermercado dividido pela altura em metros, elevado ao quadrado.
Os valores do IMC foram classificados conforme quadro 4 (OMS, 2005).
Quadro 4: Valores de referência para classificação do IMC
Fonte: OMS, 2005
- Circunferência Cintura:
Medida obtida na menor curvatura localizada entre as costelas e a crista
ilíaca. Utilizado fita métrica flexível e inelástica sem comprimir os tecidos. Quando
não possível identificar a menor curvatura, obteve-se a medida de 2 cm acima da
cicatriz umbilical. Os pontos de corte adotados de acordo com o grau de risco
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Fatores de risco para doenças cardiovasculares em funcionários de um supermercado da região metropolitana do recifepe
5.5.1 Dados sócio-econômicos e demográficos:
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para doenças cardiovasculares: risco aumentado para mulheres (CA > 80 cm)
e para homens (CA > 94 cm), e risco muito aumentado para mulheres (CA > 88
cm) e para homens (CA > 102 cm) (REZENDE et. al., 2006).
- Índice de relação circunferência cintura-quadril (IRCQ): Medida obtida com
o colaborador com o mínimo de roupa possível na distância média entre a
última costela flutuante e a crista ilíaca, enquanto que o quadril foi medido com
a fita métrica passando pelos trocânteres femurais (duas medidas) de cada
circunferência.
O IRCQ é fortemente associado à gordura visceral e parece ser um índice
aceitável de gordura intra-abdominal (SEIDELL et al., 1997). Foi determinado pela
divisão da circunferência da cintura pela circunferência do quadril e classificado
segundo quadro 5.
- Índice de conicidade (índice C): foi determinado através das medidas de peso,
estatura e circunferência da cintura (CC) utilizando-se a equação matemática:
Índice C = Circunferência-Cintura (m)/ 0.109  Peso Corporal (kg)/Estatura (m)
Desta forma, ao ser calculado o IC tem-se a seguinte interpretação: se
a pessoa tem o IC de 1,30, isto significa que a circunferência da sua cintura,
já levando em consideração a sua estatura e peso é 1,30 vezes maior do que
a circunferência que a mesmo teria caso não houvesse gordura abdominal. O
ponto de corte de 1,25 apresenta o mais adequado como discriminador do risco
coronariano (PITANGA, LESSA, 2004).
5.5.4 Risco Cardiovascular
Foram avaliados os seguintes parâmetros no questionário de pesquisa (ANEXO):
•
Hereditariedade: Fator genético que reflete em fator de risco positivo.
•
Acréscimo de sal aos alimentos: Relata o possível consumo excessivo
de sódio, sinalizando potencial de risco para o desenvolvimento de hipertensão
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5.6. Analise dos Dados
Para análise e processamento dos dados foi utilizado o programa estatístico
epi-info e SPSS. Os dados foram digitados com dupla entrada e verificados
com o VALIDATE, utilizando o módulo do Programa Epi-info, versão 6.0 (Epiinfo 6.04, Center for Disease Control, Atlanta - 1997) e SPSS 13.0 para checar
a consistência e validação dos dados. As variáveis contínuas foram testadas
quanto à normalidade da distribuição, pelo teste de Kolmogorov Smirnof. As
variáveis com distribuição normal foram descritas na forma de médias e dos
respectivos desvios padrões. As variáveis com distribuição não Gaussiana
foram apresentadas sob a forma de medianas e dos respectivos intervalos
interquartílicos. Para verificar as associações entre as variáveis categóricas, foi
aplicado o teste qui-quadrado e o teste exato de Fisher. Para comparação de
médias, foi aplicado o teste T de student e análise de variância pelo ANOVA. O
nível de significância adotado foi de 5%.
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Fatores de risco para doenças cardiovasculares em funcionários de um supermercado da região metropolitana do recifepe
arterial.
•
Uso de anticoncepcional: O uso de contraceptivos associados a outros
fatores aumentam os risco de desenvolvimento de doença cardiovascular.
•
Tabagismo: Influência diretamente nos eventos coronários agudos,
aumentando e risco de mortalidade por doença cardiovascular.
•
Etilismo: O álcool eleva a pressão sanguínea e afeta os níveis de
triglicerídeos total e colesterol HDL.
•
Atividade Física: A inatividade ou a redução de atividade física junto a
hábitos que não geram gasto de energia pode causar prejuízo a saúde. Foi
avaliado a prática de atividade física, freqüência, e deslocamento diário para o
trabalho.
•
Pressão arterial: As aferições das pressões arteriais dos funcionários
foram realizadas com o auxilio do tensiômetro e estetoscópio adequado e em
perfeitas condições. Os entrevistados permaneceram por alguns instantes antes
da aferição sentados em repouso para descartar a possibilidade de alterações nos
resultados. Os valores considerados normais para interpretação dos resultados
foram, pressão arterial sistólica < 140 mmHg ou pressão arterial diastólica < 90
mmHg. (Ministerio da Saude, 2001)
•
Hábitos alimentares: O consumo inadequado de alimentos se associam
aos fatores de risco e contribuem para o desenvolvimento de doenças
cardiovasculares. Os entrevistados foram submetidos pelo questionário de
pesquisa a perguntas que envolvem os hábitos alimentares. Analisamos
o consumo de alimentos industrializados, embutidos, enlatados, ricos em
lipídios, assim como o consumo de frutas e verduras. O questionário constou
de informações como freqüência de consumo destes alimentos mencionados
anteriormente e que poderiam proporcionar informações importantes para
avaliação.
Revista Conceito A | ReVista dos Trabalhos de Conclusão de Curso
6 – RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram avaliados 126 indivíduos com predomínio do sexo feminino (60,3%),
com média de idade 27,3 ± 5,7anos. Pode-se dizer que este resultado tem
relação com o aumento da população feminina no mercado de trabalho em
busca do seu desenvolvimento profissional e sua independência financeira, o
que corrobora com a pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) em 2008 nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo
Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre que mostraram as mulheres
representando 45,5% da população economicamente ativa.
Houve predomínio de indivíduos com faixa etária 18 a 29 anos naturais da
RMR, solteiros e com renda maior de 1000 reais, conforme descrito na Tabela 1.
De acordo com estudo realizado por (Carvalho, 2004). A inserção do jovem
Brasileiro no mercado de trabalho tem recebido apoio de iniciativas organizadas
em forma de programas, projetos e de políticas públicas específicas. Os jovens
estão conquistando seu espaço no mercado de trabalho e adquirindo um status
político e social cada vez mais considerável, ainda que esteja em processo de
consolidação.
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Gráfico 1: Principais patologias dos funcionários de um
Supermercado na RMR. Recife/PE 2012
A baixa prevalência de DCNT pode está relacionado com a faixa etária
da população avaliada. De acordo com estudos de Lessa et al (2004), Pereira
et al (2009) e Muniz et al (2012) mostram relação direta entre maior acúmulo de
fatores de risco em indivíduos com maior idade para o desenvolvimento da doença
cardiovascular, provavelmente porque avaliaram fatores como HAS, obesidade,
dislipidemia e DM, que tendem a ser mais prevalente nesta população.
Em relação ao estado nutricional, definido pelo calculo do IMC, verificouse que 58% encontram-se dentro dos padrões normais, enquanto que 42%
da população apresentam sobrepeso e obesidade (Tabela 2). Rezende et at
(2006) relata em seu trabalho que elevadas prevalências de obesidade têm sido
observadas em diversos estados e cidades do país: 18% em São Paulo; 37,5%
em Cotia, SP; 21% em Pelotas, RS; 18,6% no Rio Grande do Sul; 17% em
Fortaleza, CE; 12% no Rio de Janeiro, RJ; e 17,8% em Campos, RJ.
Verificou-se também que as mulheres tiveram um percentual de
sobrepeso e obesidade bem maior que o dos homens 24% e 7% contra 18% e
3% respectivamente (Tabela 2).
A prevalência de obesidade foi maior entre as mulheres, concordando
com estudos de Souza et al (2003) e Martins et al (2011). Segundo Rezende et
at (2006) vários outros estudos também evidenciaram maior prevalência entre
mulheres relacionando ainda com o aumento da idade.
Em relação a avaliação da circunferência da cintura foi possível verificou
que 65,1% da população avaliada não apresentou o risco para doença
cardiovascular, e entre os que apresentam o risco aumentado ou risco muito
aumentado 12% e 13% respectivamente, são mulheres.
Em relação a circunferência da cintura e quadril verificou-se 27% da
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Fatores de risco para doenças cardiovasculares em funcionários de um supermercado da região metropolitana do recifepe
O Gráfico 1 evidencia que a maioria dos indivíduos avaliados, não apresenta
doença crônica representando 88,1% do total de funcionários avaliados.
Revista Conceito A | ReVista dos Trabalhos de Conclusão de Curso
população estudada, apresentaram risco alto ou muito alto para DCV.
O estudo de Lima e Glaner (2006) relata que a obesidade abdominal
tem recentemente emergido como o maior fator de risco para doenças
cardiovasculares. Está conclusão foi obtida após mensuração de 52 mulheres
obesas com idade média de 35,7 _+ 5,5 anos. Foi encontrada uma maior
correlação entre os depósitos de gordura abdominal e as maiores elevações no
perfil lipídico em relação às voluntárias com maiores depósitos de gordura nas
coxas.
De acordo com o estudo realizado por Cavalcanti et al (2009) sobre
obesidade abdominal em adolescentes do ensino médio relata uma alta
prevalência em mulheres, comparada a homens, com sobrepeso e que são
sedentárias.
O estudo pioneiro relacionando o índice C e o risco cardiovascular foi
realizado
por Valdez et al(1993) que verificou a relação deste índice e o perfil lipídico em
adultos.
No Brasil, Pitanga e Lessa (2007) realizaram estudo de validação
utilizando o escore de Framingham, em população de adultos de Salvador, Bahia
denominando o risco como coronariano.
Foi identificado no presente estudo os funcionários que ficaram acima do ponto
de corte para o IC, as mulheres representaram mais da metade da população
estudada.
Para o Índice de Conicidade segundo Pitanga (2004), o ponto de corte de
1,25 apresenta o mais adequado equilíbrio entre sensibilidade e especificidade,
como discriminador do risco coronariano. Mesmo com estas informações não
foram encontrados muitos estudos que utilizaram esta medida como referência. Os mesmos autores em outro estudo relatam como uma limitação para a
utilização do Índice C em estudos populacionais a dificuldade de se calcular o
denominador da equação proposta para sua determinação. A pouca informação
científica disponível sobre o Índice C entre as diversas populações do mundo e
em diversas faixa etárias é um outro fator que limita este indicador de se tornar
um medida adotada como referência para estudos populacionais.
No estudo recente de Marques e colaboradores (2011) feito em
adolescente, o alto índice de Conicidade encontrado foi proporcional em ambos
os sexos. No de Luiz et al (2011) realizada com adultos, a maior prevalência foi
nos homens.
O presente estudo demonstrou uma importante prevalência de fatores de
desenvolvimento da doença cardiovascular entre as mulheres funcionárias do
supermercado da Região Metropolitana do Recife o que corrobora com outro
estudo para avaliar os principais fatores de risco para doença arterial coronariana
no Rio Grande do Sul (GUS et al 2002) que encontrou o sexo feminino como
mais prevalente, representando 51,8% da amostra.
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Fatores de risco para doenças cardiovasculares em funcionários de um supermercado da região metropolitana do recifepe
A prevalência dos fatores de risco para o desenvolvimento de DCV
avaliados no presente estudo está descrita na Gráfico 2 se destacando os
sedentários (73,8%), seguido da história familiar com DCV (72,2%).
O sedentarismo se destaca como maior fator de risco neste estudo
com 73,8%, mesmo na população mais jovem, um percentual bem maior ser
comparado ao estudo de Matsudo, et al (2002), onde o percentual encontrado,
foi de 55,3% de jovens entre 15 à 29 anos sedentários realizado no estado de
São Paulo.
O etilismo e o excesso de peso apresentavam o mesmo percentual entre
os indivíduos. O acréscimo de sal e o uso de anticoncepcional representaram
32,5% e 28,6% respectivamente, enquanto que a P.A e o tabagismo tiveram os
menores percentuais.
Revista Conceito A | ReVista dos Trabalhos de Conclusão de Curso
Gráfico 2: Fatores de Risco Cardiovascular de funcionários do supermercado na
RMR - Recife 2012
De acordo com a avaliação da freqüência do consumo pertencente a uma
alimentação saudável (Tabela 3), foi observado que a maioria dos avaliados
consome frutas apenas 2 a 3 vezes por semana, 34,1% consome verduras e
legumes de 6 a 7 vezes por semana e 41,3% consome peixe de 2 a 3 vezes por
semana.
Avaliando a pirâmide alimentar Brasileira, de acordo com as Resoluções
RDC 359 e 360 de 26 de dezembro de 2003 da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária - ANVISA, é recomendado o consumo de 1 a 2 porções de carne, peixe
e ovos, 4 a 6 porções de hortaliças, 2 a 4 porções de frutas e 1 porção de
leguminosas diariamente.
Segundo o “Guia alimentar da população Brasileira” o Ministério da Saúde
sugere 3 porções de frutas e 3 porções de verduras e legumes diariamente
(FIGUEIREDO, et. al. 2008).
A Sociedade Brasileira de Cardiologia (2007) recomenda uma dieta rica
em frutas e verduras, fontes de antioxi¬dantes para prevenção e tratamento
de DCV. Em uma meta análise de nove estudos de corte sobre o consumo de
frutas e/ou vegetais em diferentes populações, seis indicaram uma associação
estatística entre um maior consumo desses ali¬mentos com a diminuição do
risco para DCV (MORAES et al 2011).
(Castro et al 2004) relataram que a alimentação diária é complexa,
contendo diversos alimentos e conseqüentemente nutrientes, ainda não foi
possível elucidar ou quantificar precisamente o impacto especifico da alimentação
no risco do desenvolvimento de DCV.
(Nothlings et al 2008) cruzaram informações sobre o consumo de frutas e/
ou vegetais em uma grande população diabética de dez países da Europa com
a incidência de DCV. Ficou evidente que os indivíduos que consumiram mais
frutas, legumes e vegetais sofreram menos eventos cardiovasculares.
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No gráfico 3 pode ser observado que no consumo habitual de alimentos
prevalentes como fatores de risco para o desenvolvimento de doença
cardiovascular, o de maior evidencia é o biscoito recheado, representado por
65,1%, em seguida de chocolate com 40,5%, que são alimentos ricos em gordura
saturada.
De acordo com Castro et. al. (2004) nem todos ácidos graxos saturados
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Fatores de risco para doenças cardiovasculares em funcionários de um supermercado da região metropolitana do recifepe
Descrevendo o hábito alimentar não saudável, encontramos que a maioria
dos funcionários ingeriam de 2 a 3 vezes por semana frituras e doces, assim como
39,7% consomiam refrigerante nesta mesma proporção. Foi possível identificar
ainda, que em torno de 8 à 11% dos funcionários avaliados não consomem
frituras, doces ou refrigerante.
Revista Conceito A | ReVista dos Trabalhos de Conclusão de Curso
afetam as concentrações de colesterol da mesma maneira. Os ácidos graxos
saturados, com exceção do esteárico, aumentam os níveis séricos de todas as
lipoproteínas, principalmente as de baixa densidade (colesterol LDL) uma vez que
reduzem a síntese e atividade dos receptores LDL pela diminuição da expressão
de RNA mensageiro e da fluidez da membrana. Dessa forma, os ácidos graxos
saturados aumentam os níveis de LDL-colesterol por meio da redução de sua
depuração da circulação. A elevação da fração LDL do colesterol sanguíneo irá
favorecer o deposito lipídico nas paredes dos vasos ocasionando o aparecimento
de placas ateromatosas. Como conseqüência, aumentam as probabilidades de
um ataque cardíaco.
Gráfico 3: Alimentos habitualmente consumidos entre os funcionários do
supermercado da RMR – Recife 2012
6.CONCLUSÃO
Observou-se no estudo, a prevalência de mulheres jovens no mercado de
trabalho com renda familiar acima de um salário mínimo.
Também foi possível identificar que quase metade da população estudada
está com sobrepeso ou obesidade e que as mulheres representam o maior
número.
Vários fatores de risco são prevalentes nas doenças cardiovasculares,
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495
Fatores de risco para doenças cardiovasculares em funcionários de um supermercado da região metropolitana do recifepe
como, antecedentes familiares, sedentarismo, sobrepeso e hábitos alimentares
pouco saudáveis, incluindo o alto consumo de produtos industrializados e com
alto teor de gordura.
Na população jovem as doenças crônicas não são prevalentes, porém
o baixo consumo de alimentos saudáveis e o alto índice de sobrepeso, podem
levar ao risco de desenvolver estas patologias.
A realização da avaliação nutricional é importante, já que por meio dela
podemos identificar a prevalência do sobrepeso e obesidade na população e
estabelecer estratégias para prevenir doenças cardiovasculares, como mudança
no hábito alimentar, controle do peso e um estilo de vida mais saudável.
Este estudo é uma importante contribuição para a população do estudo e
para sociedade, pois seus resultados servem para conscientizar de que alguns
fatores foram preocupantes, e que por ser pessoas ainda jovens, pode mudar o
estilo de vida, os hábitos alimentares, prevenindo assim o surgimento de doenças
crônicas e progressivamente o surgimento de doenças cardiovasculares.
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ANEXO A
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Pesquisadores: Eliza Torres da Silva
Jucélia Oliveira Guedes
Titulo da Pesquisa: Dieta Habitual e Fatores de Risco para Doenças
Cardiovasculares em Funcionários de um Supermercado da Região Metropolitana
do Recife-PE
Caro participante:
Gostaríamos de convidá-lo a participar como voluntario da pesquisa, que
se refere a um projeto de Trabalho de Conclusão de Curso dos participantes de
Graduação, o qual pertence ao curso de bacharelado em Nutrição da Faculdade
São Miguel. O objetivo deste estudo é analisar os fatores de risco de doenças
cardiovasculares e hábito alimentar dos funcionários de um supermercado da
região metropolitana. Sua forma de participação consiste em fornecer informações
pessoais necessárias para realização da pesquisa.
Seu nome não será utilizado em qualquer fase da pesquisa o que garante
seu anonimato.
Não será cobrado nada; não haverá gastos nem riscos na sua participação
nesse estudo; não estão previstos ressarcimentos ou indenizações; não haverá
benefícios imediatos na sua participação. Os resultados contribuirão para alertar
sobre os possíveis riscos, como medida de prevenção e com isso possibilitar o
esclarecimento da população sobre o resultado adquirido.
Gostaríamos de deixar claro que sua participação é voluntaria e que poderá
recusar-se a participar ou retirar seu consentimento, ou ainda descontinuar sua
participação se assim, o preferir.
Desde já agradecemos sua atenção e participação e colocamo-nos à
Conceito A
500
Recife
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Recife,________ de____________________de________
___________________________________________
Assinatura do participante
ANEXO B
TERMO DE CONFIDENCIALIDADE
Título do projeto: Fatores de risco para doenças cardiovasculares em funcionários
de um supermercado da região metropolitana do recife-pe
Pesquisadores responsáveis: Eliza Torres da Silva e Jucélia Oliveira Guedes
Instituição: Faculdade São Miguel
Local da coleta de dados: Supermercado da Família Ltda. localizado na Rua
Eliza Cabral de Souza N: 502 situado no centro do município de Camaragibe-PE.
Os pesquisadores do presente projeto se comprometem a preservar a privacidade
dos funcionários cujos dados serão coletados em formulários de pesquisa, onde
se faz necessário a entrevista pessoal e a coleta de medidas antropométricas.
Concordam, igualmente, que estas informações serão utilizadas única e
exclusivamente para execução do presente projeto. As informações somente
poderão ser divulgadas de forma anônima. Toda pesquisa assim como a coleta
dos dados será supervisionado pela Orientadora Prof. MSC. Cristiane Pereira da
Silva. Após este período, os dados serão destruídos. Este projeto de pesquisa foi
revisado e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Hospital Universitário
Oswaldo Cruz (HUOC) em Fevereiro de 2012.
Recife,..........de Fevereiro de 2012.
........................................................................
.........................................................................
Assinatura dos pesquisadores responsáveis
Conceito A
Recife
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501
Fatores de risco para doenças cardiovasculares em funcionários de um supermercado da região metropolitana do recifepe
disposição para maiores informações.
Em caso de dúvida(s) e outros esclarecimentos sobre está pesquisa você
poderá entrar em contato com os responsáveis: Eliza Torres da Silva telefone:
(81) 8509-8890 ou Jucélia Oliveira Guedes telefone: (81) 8845-1513.
Eu confirmo que Eliza Torres da Silva e Jucélia Oliveira Guedes explicou-me
os objetivos desta pesquisa, bem como, a forma de participação. As alternativas
para minha participação também foram discutidas. Eu li e compreendi este
termo de consentimento, portanto, eu concordo em dar meu consentimento para
participar como voluntario desta pesquisa.
Revista Conceito A | ReVista dos Trabalhos de Conclusão de Curso
ANEXO C
SOLICITAÇÃO DE CARTA DE ANUÊNCIA
Prezado:Flavio Jose de Santana, do Supermercado da Família Ltda.
Nós Eliza Torres da Silva e Jucélia Oliveira Guedes, que estamos realizando
a pesquisa intitulado Fatores de Risco para Doenças Cardiovasculares em
Funcionários de um Supermercado da Região Metropolitana do Recife-PE, cujo
projeto encontra-se em anexo, vêm através desta solicitar sua autorização para
a coleta de dados em sua empresa. Informamos que não haverá custos para a
empresa e, na medida do possível, não iremos interferir na operacionalização e/
ou nas atividades cotidianas da mesma.
Agradecemos antecipadamente seu apoio e compreensão, certos de sua
colaboração para o desenvolvimento da pesquisa científica em nossa região.
_______________________________________
Recife,____de ______________ de______
APÊNDICE A
FORMULÁRIO DE COLETA DE DADOS
N___________
Nome:_________________________________________________Idade:__
Sexo: 1( ) Fem 2( ) Masc
Naturalidade:_______________________
Estado Civil:
1( ) Solteiro (a)
2( ) Casado (a)
3( ) Divorciado (a)
4( ) Viuvo (a)
Escolaridade:
1( ) Fundamental ou primário
2( ) Médio ou 2º grau
3( ) Superior
4( ) Pós graduação ou superior
Qual é sua renda familiar:
1( ) Até 540,00 reais
2( )De 540,00 até 1.000,00 reais
3( ) Acima de 1.000,00 reais
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Fatores de risco para doenças cardiovasculares em funcionários de um supermercado da região metropolitana do recifepe
Peso:___________________Altura:______________IMC:________________
Circunferência
Cintura:_______________CircunferênciaQuadril:_______________
Pressão Arterial:___________________________________
Tem alguma doença crônica:
1( ) HAS
2( ) DM
3( ) Outras Quais:_____________
4( ) Não
Tem histórico familiar de doenças crônicas:
1( ) HAS
2( ) DM
3( ) Obesidade
4( ) Não
Pratica Atividade Física:
1( ) Sim
2( ) Não
Com que Freqüência:
1( )1 vez
2( ) 2 vezes
3( ) 3 vezes
4( )Dia sim dia não
5( ) Não pratica.
Fuma:
1( ) Sim
2( ) Não
Há quanto tempo fuma regularmente:
1( ) Menos de 2 anos
2( )2 anos
3( ) 5 anos
4( ) 7 anos
5( ) Mais de 10 anos.
6( ) Não se aplica
Convive com fumante:
1( ) Sim
2( ) Não
Consome bebida alcoólica:
1( )Ocasionalmente
2( ) Diariamente
3( ) Fim de semana
4( ) Não ingeri
Qual tipo de bebida alcoólica consome:
1( ) Cerveja
2( ) Vinho
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Revista Conceito A | ReVista dos Trabalhos de Conclusão de Curso
3( ) Não se aplica
4( ) Outros Quais:____________
Consome quantos copos de bebida alcoólica:
1( ) Menos de 1 copo
2( ) 1 a 2 copos
3( ) 3 a 5 copos
4( ) Mais de 5 copos
5( ) Não se aplica
Faz uso de algum medicamento:
1( ) Sim
2( ) Não
Qual tipo de medicamento:
1( ) Ansiolíticos (controle da ansiedade)
2( ) Medicamentos para controle da glicose
3( ) Anti-hipertensivos
4( ) Não se aplica
5( ) Outros. Quais:__________
6( ) Medicamentos para o coração
Faz uso de anticoncepcional:
1( ) Sim
2( ) Não
3( ) Não se aplica
Quantas vezes se alimenta ao dia:
1( ) 3 vezes
2( ) 4 vezes
3( ) 6 vezes por dia
4( ) outros____________
Onde realiza as principais refeições:
1( ) Casa
2( ) Trabalho
3( ) na rua
4( ) outros. Onde:_________
Consome frutas quantas vezes por semana:
1( ) 2 a 3 vezes
2( ) 4 a 5 vezes
3( ) 6 a 7 vezes
4( ) Não consome
5( ) Outros
Consome verduras e legumes quantas vezes por semana:
1( ) 2 a 3 vezes
2( ) 4 a 5 vezes
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Fatores de risco para doenças cardiovasculares em funcionários de um supermercado da região metropolitana do recifepe
3( ) 6 a 7 vezes
4 ( ) Não consome
5 ( ) Outros __________________
Consome quantos copos de água por dia:
1( ) 2 a 3 copos
2( ) 4 a 5 copos
3( ) 6 a 7 copos
4 ( ) Outros __________________
Consome alimentos com alto teor de gorduras e açucares quantas vezes por
semana:
1( ) 2 a 3 vezes
2( ) 4 a 5 vezes
3( ) 6 a 7 vezes
4( ) Não consome
5( ) Outros __________________
Inclui proteínas na sua alimentação todos os dias:
1( ) Sim
2( ) Não
Consome peixe quantas vezes por semana.
1( ) 2 a 3 vezes
2( ) 4 a 5 vezes
3( ) 6 a 7 vezes
4( ) Não se aplica
5( ) Outros __________________
Consome diariamente alimentos industrializados
1( ) Sim
2( ) Não
Faz o uso de sal adicional nas refeições
1( ) Sim
2( ) Não
Quais desses alimentos você consome duas ou mais vezes por semana:
1( )Pizza
2( )Chocolate
3( )Batata frita
4( )Biscoitos recheados
5( )Hambúrguer ou cachorro quente
6( ) Sorvete
7( )Coxinha
8( )Espetinhos ou churrasco
9( ) Não consome
Com qual freqüência você consome refrigerante:
1( ) 2 a 3 vezes
2( ) 4 a 5 vezes
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3( ) 6 a 7 vezes
4( ) Não consome
5( ) Outros __________________
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