Uso e Ocupação do Solo

Transcrição

Uso e Ocupação do Solo
CAPACITAÇÃO DE FORMAÇÃO DE ECOECO-MONITORES
DAS COMUNIDADES LOCAIS NA ILHA GRANDE
A GEOGRAFIA DA ILHA GRANDE (RJ)
Instituto de Geografia
Núcleo de Ensino e Pesquisa em Planejamento Territorial
Letícia Teixeira Molinari Gentil
Ingrid Matos Freire
Patrícia Guimarães
Anne Caroline Paiva Vieira
ECO--MONITORES 2008
ECO
GEO-GRAFIA = ESCRITA DA TERRA
USO E OCUPAÇÃO DO SOLO INSULAR =
URBANO &
PRESERVAÇÃO
POPULAÇÃO
ATIVIDADES ECONÔMICAS
SISTEMA VIÁRIO
INFRAESTRUTURA BÁSICA
POLÍTICAS PÚBLICAS
A chegada na Ilha...
Marcos Históricos – Uso e Ocupação do Solo
1500
1502: Chegada dos europeus
1540: Tráfico de escravos
1559: Colonização
(instalação de fazendas)
1725: Atividades de lavoura
1891-1894: Sede do Presídio
Político Lazareto em Abraão (transferência do
Presídio da Ilha Fernando de Noronha)
1930: Atividades de pesca
1871: Centro de Triagem e
Quarentena Lazareto (Abraão)
1903: Sede da Colônia Correcional
de Dois Rios (pessoas julgadas por
crimes comuns)
1940: Colônia Penal
Cândido Mendes em
Dois Rios (presos políticos)
1941: Instituto Penal Cândido
Mendes (Complexo Penitenciário)
1954: Presídio Lazareto (PL)
em Abraão (abriga presos comuns)
1960: Demolição das instalações
do Presídio do Lazareto pelo
Governo Estadual
1960: Caldeirão do Diabo
(Complexo Penitenciário) quando
presos políticos convivem com
presos comuns/iniciou-se o
“Comando Vermelho”
(organização criminosa)
1970: Proteção ambiental
(Bioma Mata Atlântica) e 1ª tentativa de
implantação da atividade turística
(construção da Rio-Santos)
1970
4
Marcos Históricos – Uso e Ocupação do Solo
1970
Décadas de 1970, 1980, 1990: usos
concomitantes segurança (presídio),
pesca e preservação ambiental
(categorias UC's)
1994: Fuga de um preso
acelera o processo de extinção e
implosão do Complexo Penitenciário
1994: Transferência dos presos para o
Município do Rio de Janeiro
1994: Entrega da área (cessão
e benfeitorias) para UERJ (Universidade
do Estado do Rio de Janeiro)
1994: Ínício das atividades da Universidade
do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
1996: Centro de Estudos
Ambientais e Desenvolvimento
Sustentável (CEADS)
Década de 1990: preservação
ambiental, declínio da atividade
pesqueira e avanço da atividade
turística
1996-1998: Definição do uso:
pesquisas acadêmico-científicas
(uso de preservação ambiental)
Década de 2000: mudanças dos fixos e fluxos
e reestruturação do espaço geográfico
(presídio/Ceads/PEIG/APA; policiais, presos,
parentes, caiçaras, visitantes, pesquisadores,
novos gestores)
2000
5
Contextos Atuais
2000
Avanço do turismo
problemas ambientais
conflitos de interesse
conflitos de gestão
impactos ambientais
desordem urbana
A comunidade acadêmica é unânime em afirmar que um
turismo responsável se faz necessário, balizado por três
dimensões: preservação ambiental, crescimento econômico e
justiça social
(REBOLLO & BAIDAL, 2003; PRADO, 2003).
2005: Ampliação da
área do Parque Estadual
da Ilha Grande (PEIG)
incluindo Dois Rios
Sobreposição de categorias de UC's
Revisão do Plano Diretor de Angra, Plano de Manejo
da APA TAMOIOS, Plano de Reestruturação
Ecossistêmica da Ilha (Vale do Rio Doce), Plano
Diretor do PEIG, estudo de capacidade de Suporte...
2007: nova gestão
estadual (Secretaria
de Meio Ambiente)
2007: Infra-estrutura
precária x marketing
turismo x preservação
ambiental x diretrizes de
desenvolvimento
Plano de Manejo do PEIG
Necessidade de planejamento ambiental
>2008
6
População
A Ilha Grande é composta por Vilas
povoados e casas isoladas, onde vivem
cerca de 7.500 moradores fixos, chegando a
receber 25 mil visitantes em datas festivas.
A ilha conta com 21 comunidades,
destacando-se a Vila do Abraão, Provetá,
Vila Dois Rios, Praia Grande de Araçatiba,
Aventureiro,Lopes Mendes,
Saco do Céu, Bananal, Praia da Longa,
Ubatuba, Passa-Terra e Parnaioca.
Comunidades
Habitantes (Número)
Vila do Abraão
1821
Palmas
65
Dois Rios
141
Parnaioca
6
Aventureiro
117
Provetá
1517
Praia Vermelha
134
Araçatiba
356
Praia Longa
154
Sítio Forte
487
Matariz
268
Bananal
359
Freguesia de Santana
44
Japariz
102
Enseada das Estrelas
521
GEO-GRAFIA = ESCRITA DA TERRA
GEOLOGIA
GEOMORFOLOGIA
BIOGEOGRAFIA
PEDOLOGIA
HIDROGEOGRAFIA
CLIMATOLOGIA
= ROCHAS
= RELEVO
= VEGETAÇÃO
= SOLOS
= RIOS
= CLIMA
GEOLOGIA – EMBASAMENTO ROCHOSO
GEOMORFOLOGIA – RELEVO
PEDOLOGIA – SOLOS
Origem da Ilha Grande
gênese em comum com Maciços da Tijuca,
Gericinó-Mendanha e Serra do Mar
Placas Tectônicas – Falhas e Fraturas
Rochas magmáticas, metamórficas e
sedimentares
GEOLOGIA – EMBASAMENTO ROCHOSO
GEOMORFOLOGIA – RELEVO
PEDOLOGIA – SOLOS
• Rochas magmáticas
maior resitência
localizadas em todo o território central da Ilha Grande (granito e
charnokito), resultando em:
a) encostas íngremes;
b) afloramentos rochosos freqüentes, na forma de picos, paredões e costões
no litoral;
c) grande volume de depósitos tipo tálus e colúvios, provenientes da erosão
das encostas;
d) canais fluviais retilíneos em vales bem encaixados.
GEOLOGIA – EMBASAMENTO ROCHOSO
GEOMORFOLOGIA – RELEVO
PEDOLOGIA – SOLOS
GEOLOGIA – EMBASAMENTO ROCHOSO
GEOMORFOLOGIA – RELEVO
PEDOLOGIA – SOLOS
GEOLOGIA – EMBASAMENTO ROCHOSO
GEOMORFOLOGIA – RELEVO
PEDOLOGIA – SOLOS
Depósitos sedimentares
advindos de outras rochas
sedimentos
a) localizadas nas enseadas, na áreas mais baixas e planas e
nos vales, pra onde fluem os sedimentos das encostas
b)agentes de transporte (rios, chuva, ondas, gravidade e o
vento)
GEOLOGIA – EMBASAMENTO ROCHOSO
GEOMORFOLOGIA – RELEVO
PEDOLOGIA – SOLOS
Depósito de
Tálus:
erosão das
encostas
GEOLOGIA – EMBASAMENTO ROCHOSO
GEOMORFOLOGIA – RELEVO
PEDOLOGIA – SOLOS
GEOLOGIA – EMBASAMENTO ROCHOSO
GEOMORFOLOGIA – RELEVO
PEDOLOGIA – SOLOS
Agentes formadores do solo:
Clima
Tempo
Rocha Matriz
Relevo
Biosfera
GEOLOGIA – EMBASAMENTO ROCHOSO
GEOMORFOLOGIA – RELEVO
PEDOLOGIA – SOLOS
Solos:
Espodossolos: planícies fluvio-marinhas,
mantém-se saturados de água por longos
períodos
GEOLOGIA – EMBASAMENTO ROCHOSO
GEOMORFOLOGIA – RELEVO
PEDOLOGIA – SOLOS
Solos:
Cambissolos - rasos e com pouca argila
GEOLOGIA – EMBASAMENTO ROCHOSO
GEOMORFOLOGIA – RELEVO
PEDOLOGIA – SOLOS
GEOLOGIA – EMBASAMENTO ROCHOSO
GEOMORFOLOGIA – RELEVO
PEDOLOGIA – SOLOS
VEGETAÇÃO
A Ilha Grande possui remanescentes de um dos biomas
mais ameaçados do mundo, a Mata Atlântica, que é
detentora de grande biodiversidade, apresentando mais
de 250 espécies de árvores;
Floresta Ombrófila Densa
Está sempre verde
Características tropicais e costeiras
(áreas chuvosas)
Possui dossel de até 15 metros e
espécies emergentes de até 40
metros
Além de uma floresta exuberante, existem áreas de
influência marinha, como a restinga, e de influência
fluviomarinha, como os mangues (vegetação pouco
diversificada e sempre inundada pelas marés), que são
responsáveis pela manutenção do ecossistema presente
no local;
Fonte: Banner do IEF- RJ
FONTE: CODIG
A vegetação das encostas voltadas para o oceano
apresenta características diferentes da voltada para o
continente, pois recebe mais umidade do mar trazida pelos
ventos;
Encosta voltada para o continente
Encosta voltada para o oceano
Foi consideravelmente devastada a partir de sua
descoberta, devido aos diferentes usos que se
estabeleceram no local, como as plantações de cana-de
açúcar e café, mais tarde havendo atividades pastoris e a
instalação do presídio;
Ao longo do tempo, a vegetação vem sofrendo um
processo de restabelecimento, de regeneração, ou seja,
locais que tiveram sua floresta retirada no passado, hoje
apresentam uma vegetação crescente, que tenta retomar
novamente seu lugar;
Essa vegetação é chamada de secundária, pois a primária
é aquela que sobreviveu ao desmatamento, que nunca foi
retirada;
Em bordas de trilhas e clareiras, podemos observar a
presença de uma vegetação mais rasteira, de pequeno
porte, já que nesses locais há grande pressão por parte do
homem, que está sempre pisoteando a vegetação, o que
implica a sua maior degradação;
Já em áreas mais altas, de difícil acesso, a vegetação se
encontra mais preservada, sendo chamada de vegetação
primária ou climáxica, geralmente acima da cota de 300
metros, como é o caso do Pico do Papagaio, atualmente
bastante explorado pelos visitantes e turistas;
Com o intenso fluxo de pessoas, que cada vez mais
visitam a Ilha, utilizando principalmente as trilhas, a
vegetação vai sofrendo com diferentes impactos, como:
o surgimento de clareiras;
a exposição de raízes;
a mudança de rota dos animais que não desejam contato
com as pessoas;
o aparecimento de espécies exóticas, ou seja, aquelas
que não são originárias da ilha, como é o caso de algumas
espécies de bambus, samambaias, eucaliptos, jaqueiras e
outras;
Exposição de raízes
Clareira na Trilha da Rua das Flores
Espécie exótica: bambus
Essas espécies exóticas podem ter sido introduzidas na
Ilha de distintas maneiras em diferentes épocas da
história;
Por que essas espécies são prejudiciais?
Pois, assim como a fauna, o vegetal exótico pode
estabelecer uma competição com a vegetação nativa,
podendo até mesmo fazê-la morrer. É o caso de algumas
samambaias.
Como podemos evitar que elas se proliferem?
Evitando deixar restos de alimentos que possuam
sementes, como as frutas, ao longo das trilhas ou dentro
das matas.
HIDROGRAFIA
Vertente
Principais Bacias de Drenagem
Nordeste Córregos da Enseada das Estrelas, do Saco do Céu, do
Abraão, do Pilão e das Palmas.
Noroeste Córregos da Itapecerica (em Provetá), da Enseada de
Araçatiba, da Longa, da Enseada do Sítio Forte e da
Enseada do Bananal.
Sudeste
Córregos da Andorinha (a maior da Ilha Grande) e do canto
leste da Enseada dos Dois Rios.
Sudoest
e
Córregos da Parnaioca-Rezingueira, Capivari (Lagoa da Praia
do Leste), da lagoa da Praia do Sul.
Fonte: Estudos para o Plano de Manejo do PEIG- IEF, 2008
Mapa de Eixos de Drenagem
A Ilha Grande possui 32 sub-bacias;
As maiores bacias são aquelas que apresentam
cabeceiras situadas na porção mais elevada da ilha
(central);
A maior bacia da Ilha Grande é a do córrego das
Andorinhas, que deságua na Enseada dos Dois Rios, na
vertente SE;
As vertentes que se direcionam para o mar aberto
apresentam maior volume de água, pois estão mais
expostas as entradas de frentes frias e consequentemente
mais umidade.
CLIMA
A Ilha Grande apresenta clima tropical com temperatura
média entre 20 e 26ºC;
Variação de temperatura ao longo do ano
oC
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul
Tmédia
Tmáx
Tmín
Ago Set Out Nov Dez
Tmáx abs
Tmín abs
Fonte: INMET
É caracterizada por alta pluviosidade devido a fatores
como a maritimidade, insolação e relevo com altitude
elevada, funcionando como barreira orográfica;
O mês de janeiro é o mais chuvoso, enquanto o de julho é
o mais seco;
- Verão: Zona de Convergência do Atlântico Sul
(ZCAS)
- Inverno: Massa de Ar Tropical Atlântica
A umidade relativa do ar apresenta valores com poucas
variações ao longo do ano, sendo a média anual 82%.
- Mar
- Cobertura vegetal
Época seca/ inverno
Época úmida- formação de nuvens/ verão
Na região, os ventos podem variar de direção, no entanto
há uma maior freqüência de ventos vindos dos quadrantes
leste e sudeste, porém de fraca magnitude.
FONTES:
Acervo NEPPT
Site da Ilha Grande: www.ilhagrande.org
COGIG
Estudos para o Plano de Manejo do PEIG- IEF,
2008
GEO-GRAFIA = ESCRITA DA TERRA
USO E OCUPAÇÃO DO SOLO INSULAR =
URBANO &
PRESERVAÇÃO
POPULAÇÃO
ATIVIDADES ECONÔMICAS
SISTEMA VIÁRIO
INFRAESTRUTURA BÁSICA
POLÍTICAS PÚBLICAS
A chegada na Ilha...
Marcos Históricos – Uso e Ocupação do Solo
1500
1502: Chegada dos europeus
1540: Tráfico de escravos
1559: Colonização
(instalação de fazendas)
1725: Atividades de lavoura
1891-1894: Sede do Presídio
Político Lazareto em Abraão (transferência do
Presídio da Ilha Fernando de Noronha)
1930: Atividades de pesca
1871: Centro de Triagem e
Quarentena Lazareto (Abraão)
1903: Sede da Colônia Correcional
de Dois Rios (pessoas julgadas por
crimes comuns)
1940: Colônia Penal
Cândido Mendes em
Dois Rios (presos políticos)
1941: Instituto Penal Cândido
Mendes (Complexo Penitenciário)
1954: Presídio Lazareto (PL)
em Abraão (abriga presos comuns)
1960: Demolição das instalações
do Presídio do Lazareto pelo
Governo Estadual
1960: Caldeirão do Diabo
(Complexo Penitenciário) quando
presos políticos convivem com
presos comuns/iniciou-se o
“Comando Vermelho”
(organização criminosa)
1970: Proteção ambiental
(Bioma Mata Atlântica) e 1ª tentativa de
implantação da atividade turística
(construção da Rio-Santos)
1970
44
Marcos Históricos – Uso e Ocupação do Solo
1970
Décadas de 1970, 1980, 1990: usos
concomitantes segurança (presídio),
pesca e preservação ambiental
(categorias UC's)
1994: Fuga de um preso
acelera o processo de extinção e
implosão do Complexo Penitenciário
1994: Transferência dos presos para o
Município do Rio de Janeiro
1994: Entrega da área (cessão
e benfeitorias) para UERJ (Universidade
do Estado do Rio de Janeiro)
1994: Ínício das atividades da Universidade
do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
1996: Centro de Estudos
Ambientais e Desenvolvimento
Sustentável (CEADS)
Década de 1990: preservação
ambiental, declínio da atividade
pesqueira e avanço da atividade
turística
1996-1998: Definição do uso:
pesquisas acadêmico-científicas
(uso de preservação ambiental)
Década de 2000: mudanças dos fixos e fluxos
e reestruturação do espaço geográfico
(presídio/Ceads/PEIG/APA; policiais, presos,
parentes, caiçaras, visitantes, pesquisadores,
novos gestores)
2000
45
Contextos Atuais
2000
Avanço do turismo
problemas ambientais
conflitos de interesse
conflitos de gestão
impactos ambientais
desordem urbana
A comunidade acadêmica é unânime em afirmar que um
turismo responsável se faz necessário, balizado por três
dimensões: preservação ambiental, crescimento econômico e
justiça social
(REBOLLO & BAIDAL, 2003; PRADO, 2003).
2005: Ampliação da
área do Parque Estadual
da Ilha Grande (PEIG)
incluindo Dois Rios
Sobreposição de categorias de UC's
Revisão do Plano Diretor de Angra, Plano de Manejo
da APA TAMOIOS, Plano de Reestruturação
Ecossistêmica da Ilha (Vale do Rio Doce), Plano
Diretor do PEIG, estudo de capacidade de Suporte...
2007: nova gestão
estadual (Secretaria
de Meio Ambiente)
2007: Infra-estrutura
precária x marketing
turismo x preservação
ambiental x diretrizes de
desenvolvimento
Plano de Manejo do PEIG
Necessidade de planejamento ambiental
>2008
46
População
A Ilha Grande é composta por Vilas
povoados e casas isoladas, onde vivem
cerca de 7.500 moradores fixos, chegando a
receber 25 mil visitantes em datas festivas.
A ilha conta com 21 comunidades,
destacando-se a Vila do Abraão, Provetá,
Vila Dois Rios, Praia Grande de Araçatiba,
Aventureiro,Lopes Mendes,
Saco do Céu, Bananal, Praia da Longa,
Ubatuba, Passa-Terra e Parnaioca.
Comunidades
Habitantes (Número)
Vila do Abraão
1821
Palmas
65
Dois Rios
141
Parnaioca
6
Aventureiro
117
Provetá
1517
Praia Vermelha
134
Araçatiba
356
Praia Longa
154
Sítio Forte
487
Matariz
268
Bananal
359
Freguesia de Santana
44
Japariz
102
Enseada das Estrelas
521

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