Effect of Central Corneal Thickness and Corneal Hysteresis

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Effect of Central Corneal Thickness and Corneal Hysteresis
Effect of Central Corneal Thickness and Corneal Hysteresis on Tonometry as Measured by Dynamic Contour Tonometry, Ocular Response Analyzer, and Goldmann Tonometry in Glaucomatous Eyes Autores: Hager Annette, MD, Loge Kristina, Schroeder Bernd, MD, Fullhas Mark‐Oliver, and Wiegand Wolfgang, MD, PhD Artigo Comentado por Dr. Thomaz Fracon de Oliveira* A busca por precisão na medida da pressão intraocular (PIO) levou ao desenvolvimento de novas tecnologias frente ao tonômetro de aplanação de Goldmann (TAG). O TAG, amplamente utilizado na oftalmologia, tem suas limitações em características corneanas, tais como espessura, curvatura e biomecânica. As medidas obtidas com o TAG são baseadas em córneas de 520 micrômetros de espessura em sua porção central. Sabe‐se que córneas mais espessas hiperestimam as medidas do TAG e córneas mais finas as subestimam. Em virtude disso, a medida da espessura central de córnea (ECC) tornou‐se exame obrigatório quando se deseja estudar o glaucoma e determinar a pressão‐ alvo. Uma tecnologia que tenta não sofrer influências da córnea é a tonometria de duplo contorno (TDC). Com uma superfície côncava de 7 mm e um raio de curvatura de 10,5 mm, o TDC obtém suas medidas ao entrar em contato com o contorno da córnea. Um sensor registra a PIO, minimizando erros relacionados à força e à pressão aplicadas no instrumento, sendo também independente da ECC. Outra tecnologia, o “Ocular Response Analyzer” (ORA), mede a pressão intraocular e a histerese corneana. Neste instrumento, um pulso de ar sobre a córnea provoca uma deformação côncava em sua superfície, além de um ponto de aplanação definido. A seguir, esse pulso de ar é interrompido e a córnea volta à sua configuração normal, passando novamente por esse ponto de aplanação. A diferença entre esses pontos de aplanação determina a histerese corneana (HC). Com base na HC, calcula‐se a pressão intraocular com compensação corneana (PIOcc) utilizando um algoritmo obtido de pacientes estudados pré e pós‐cirurgia de LASIK. O estudo em questão tem o objetivo de comparar os efeitos da ECC e da HC no TAG, TDC e ORA em 94 pacientes com diagnóstico de glaucoma em qualquer de suas formas. A idade média destes pacientes foi de 64,4 ± 15,5 e os principais resultados obtidos foram: ECC de 550 ± 44 micrômetros, HC de 10,24 ± 3,3 mmHg, PIOcc de 17,94 ± 5,9 mmHg, TDC 15,14 ± 3,7 mmHg e TAG 14,3 ± 4,3 mmHg. A diferença média foi de 3,65 ± 3,85 mmHg entre PIOcc e TAG e 2,80 ± 4,9 entre PIOcc e TDC, ambos com significância estatística elevada (P <0,001). A diferença entre TAG e TDC foi de 0,85 ± 3,3 mmHg, não havendo significância estatística (P = 0,015). A correlação entre ECC e os três métodos de medida não se mostrou significante estatisticamente. Já a correlação entre HC mostrou‐se significante apenas para o ORA, mas não para TAG e TDC. As diferenças encontradas poderiam ser explicadas pelo uso de instrumentos que utilizam aplanação por contato e não‐contato. Sabe‐se que tonômetros de não‐contato fornecem médias pressóricas mais elevadas que a TAG, sobretudo diante de valores pressóricos mais elevados ou córneas mais espessas. Devemos lembrar também que a PIOcc levada em consideração no ORA é
baseada em uma população de pacientes submetidos à cirurgia refrativa, diferente da população deste estudo. A cirurgia refrativa pode alterar outros fatores relacionados à arquitetura da córnea, como propriedades viscoelásticas, rigidez, hidratação e espessura, além da HC. O desenvolvimento de instrumentos para a obtenção da PIO de forma rápida e precisa são bem‐ vindos. Porém, para que estas novas tecnologias penetrem de forma mais intensa na rotina do exame oftalmológico, parece haver ainda outros fatores a serem estudados e superados. Fonte: J Glaucoma 2008;17:361–365 *Dr. Thomaz Fracon de Oliveira Médico do Serviço de Glaucoma do Centro Oftalmológico de Minas Gerais Médico da BH Oftalmo ‐ Belo Horizonte ‐ Minas Gerais

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