fesurv – universidade de rio verde faculdade de medicina
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FESURV – UNIVERSIDADE DE RIO VERDE FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA INCLUSÃO DE PÓLEN APÍCOLA NA DIETA DE FRANGOS DE CORTE FERNANDO CARLOS LOCH Orientadora: Profª. Drª. MARIA CRISTINA DE OLIVEIRA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Medicina Veterinária da Fesurv – Universidade de Rio Verde, resultante de Projeto de Pesquisa como parte das exigências para obtenção do título de Médico Veterinário. RIO VERDE-GO 2011 FERNANDO CARLOS LOCH INCLUSÃO DE PÓLEN APÍCOLA NA DIETA DE FRANGOS DE CORTE Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Medicina Veterinária da Fesurv – Universidade de Rio Verde, resultante de Projeto de Pesquisa como parte das exigências para obtenção do título de Médico Veterinário. Aprovado em: 21/11/2011 Profª. Esp. ANDREA CRUVINEL ROCHA SILVA Prof. Ms. MURILO SOUSA CARRIJO Profª. Drª. MARIA CRISTINA DE OLIVEIRA (Orientadora) RIO VERDE-GO 2011 DEDICATÓRIA Dedico aos meus pais, João Hilário Loch e Cecília Ana Loch, com eterna gratidão, pelo amor, incentivo para superar as dificuldades durante a jornada de minha formação profissional que acreditaram em minha capacidade. Aos meus irmãos Ailton Cesar Loch, Fabio Roberto Loch, e Eliane Paula Loch. As minhas cunhadas Adriana Bassani, Aline Gardino, e ao meu cunhado Jorge Luiz Silva pelo esforço concedido e confiança depositada. A vocês, minha profunda admiração e respeito, meus sinceros agradecimentos. AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus, que me deu muita saúde e perseverança para superar as dificuldades nestes desafios e guiado na minha vida por não deixado ir para caminhos errados e inseguros. A todos meus familiares, em especial, meus pais João Hilário Loch e Cecília Ana Loch que dia após dia vem acompanhando meu desenvolvimento profissional, além da valorosa contribuição na minha formação pessoal. Aos irmãos Ailton Cesar Loch, Fabio Roberto Loch, Eliane Paula Loch e as minhas cunhadas Adriana Bassani, Aline Gardino e o meu cunhado Jorge Luis Silva, que foram minha fonte de inspiração e sempre demonstraram alegria nos momentos felizes e apoio em momentos difíceis. Agradeço a minha orientadora Prof.ª Maria Cristina de Oliveira pela orientação, paciência e o tempo concedido. Agradeço a todos os professores e ex professores da Medicina Veterinária da FESURV em especial ao Murilo Sousa Carrijo, Kenia Alves Barcelos, Ariel Eurides Stella e outros mestres que contribuíram direta ou indiretamente para minha formação profissional. Agradeço aos colegas de sala Ildefonso de Freitas, Bruno Fernandes de Faria, Dionatan da Silva, Camilo França, Arilene Gonçalves, Jhonnatan Andrade. Também agradeço ao Elenildo Alves de Souza (neguinho), companheiro e funcionário do setor de cunicultura que contribuiu para realização do trabalho. Agradeço também aos colegas que contribuíram para a realização do projeto Gabriel Haab, Grazielle Maia Guimaraes Sousa, Diones Montes da Silva, Marcelle Ferreira Carmo, Rosana Vilela Machado, Paula Rita Borges Bom Tempo. A toda família Brasil Foods, em especifico as equipe de aves e suínos, pela oportunidade de estagiar e poder colocar em pratica alguns conhecimentos adquirido na faculdade, cujo convívio adquiri muito experiência . E a todos que contribuíram direta ou indiretamente para a realização deste meu projeto de vida que é ser Medico Veterinário, e essa vitória será a primeira de muitas que virão. A todos meu Muito Obrigado! RESUMO LOCH, Fernando Carlos. Inclusão de pólen apícola na dieta de frango de corte. 2011. 35f. Monografia (Graduação em Medicina Veterinária) – Fesurv - Universidade de Rio Verde, Rio Verde, 2011¹. Foram avaliados os efeitos da inclusão de pólen apícola (PA) na dieta para frangos sobre o desempenho produtivo, os rendimentos de carcaça, de cortes e de vísceras comestíveis e do pâncreas, a qualidade da cama de frango e a viabilidade econômica de sua inclusão. Foram utilizadas 400 aves em delineamento inteiramente casualizado (DIC) com quatro tratamentos e cinco repetições, sendo que os tratamentos consistiram de níveis de inclusão de PA que foram 0, 0,5, 1 e 1,5%. A inclusão de PA não influenciou (P>0,05) os resultados de desempenho, rendimentos de carcaça, cortes e vísceras comestíveis e a qualidade da cama até 21 dias de idade. Entretanto, aves que consumiram PA apresentaram um maior rendimento do pâncreas aos 42 dias e a volatilização de amônia foi menor nas camas cujas aves receberam o PA nas rações. A inclusão de PA às dietas de frangos de corte foi viável economicamente somente ao nível de 0,5% e até 21 dias de idade. Concluiu-se que a inclusão do PA em rações de frangos não foi benéfica ao desempenho produtivo das aves. PALAVRAS-CHAVE Nutrição animal, produto apícola, suplemento alimentar. ________________________ 1 Banca examinadora: Profª. Drª. Maria Cristina de Oliveira (Orientadora); Profª.Esp. Andrea Cruvinel Rocha Silva (Fesurv); Prof. Ms. Murilo Sousa Carrijo (IFGoiano Campos Rio Verde). ABSTRACT LOCH, Fernando Carlos. Inclusion of bee pollen in diets for broilers. 2011. 35s. Monograph (Undergraduate Veterinary Medicine) – Fesurv - University of Rio Verde, Rio Verde, 2011². It was evaluated the effects of bee pollen (BP) inclusion in broiler diets on the productive performance, carcass, cuts, edible viscera, and pancreas yields, the poultry litter quality and the economic viability of its inclusion. Four hundred birds were used in a entirely randomized design with four treatments consisted of inclusion levels of BP: 0, 0.5, 1 and 1.5%. The BP inclusion did not influenced (P>0.05) the results of performance, carcass, cuts and edible viscera yields, and the litter quality until 21 days of age. However, birds that consumed BP showed a higher pancreas yield at 42 days and the ammonia volatilization was lower in litters whose birds received the BP in the rations. The BP inclusion to the broiler diets was economically viable only up to the 0.5% level and until 21 days of age. It was concluded that the BP inclusion in broiler diets was not beneficial to the productive performance of the birds. KEY-WORDS Animal nutrition, bee product, feed supplement. ________________________ ² Board of Examiners: Profª. Drª. Maria Cristina de Oliveira (Advisor); Profª. Esp. Andrea Cruvinel Rocha Silva (Fesurv); Prof. Ms. Murilo Sousa Carrijo (IFGoiano Campos Rio Verde). LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 Anteras dos estames da flor............................................................................ 14 FIGURA 2 Abelha coletando pólen.................................................................................. 14 FIGURA 3 Grãos de pólen na corbícula da abelha.......................................................... FIGURA 4 Colméia com coletor de pólen instalado em época de produção................... 16 FIGURA 5 Gaveta retirada do coletor de pólen de uma colônia com boa produção de... 15 pólen apícola.................................................................................................. 16 FIGURA 6 Agricultor colhendo o pólen.......................................................................... 17 FIGURA 7 Distribuição dos pintinhos nos boxes............................................................ 20 FIGURA 8 Aquecimento dos pintinhos........................................................................... 21 FIGURA 9 Dosagem fornecimento para as aves.............................................................. 22 FIGURA 10 Frangos bebendo água medicada................................................................... 22 FIGURA 11 Peso relativo do pâncreas de frangos de corte alimentados com rações... contendo níveis de pólen apícola................................................................... 27 LISTA DE TABELAS TABELA 1 Composição e custo de rações experimentais contendo níveis crescentes de pólen apícola (PA) desidratado (PA) para frangos de corte........................... TABELA 2 Desempenho de frangos de corte alimentados com dietas contendo níveis de pólen apícola desidratado............................................................................... TABELA 3 24 26 Rendimentos de carcaça, de cortes e de vísceras comestíveis de frangos alimentados com dietas contendo níveis crescentes de pólen apícola desidratado...................................................................................................... 27 TABELA 4 Qualidade da cama de frangos alimentados com dietas contendo níveis crescentes de pólen apícola desidratado......................................................... TABELA 5 28 Análise econômica da inclusão de níveis crescentes de pólen apícola desidratado na dieta de frangos de corte........................................................ 29 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS PA –Pólen apícola R$-Reais US$-Dolar mg -Migrama kg -Quilograma VIT B- Coenzimas VIT B12- Cianocobalamina µm- Micrometro %-Porcentagem VIT A- Retinol VIT C- Acido ascórbico VIT D – Fator anti raquitismo VIT E- Fator anti esterilidade BHT- Butilhidroxitolueno Fe- Ferro Cu- Cobre Zn- Zinco Cr- Cromo Mn- Magnésio Se- Selênio Ca- Cálcio DNA - Acrônimo de Ácido Desoxirribonucléico Aves/m2 -Aves por metro quadrado Kcal/kg –Kilocalorio por kilograma pH-Potencial Hidrogenionico P- Fósforo EM- Energia Metabolizada Kg/Box- Kilograma por Box 10 SAEG - Sistema de Análises Estatísticas e Genéticas CV- Coeficiente de Variação SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 12 2 REVISÃO DA LITERATURA ......................................................................................... 13 2.1 Pólen apícola.................................................................................................................. 13 2.2 Uso do PA na alimentação animal................................................................................. 18 3 MATERIAL E MÉTODOS.............................................................................................. 20 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO...................................................................................... 26 5 CONCLUSÃO................................................................................................................ 31 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................ 32 INTRODUÇÃO A produção de pólen apícola (PA) nos apiários comerciais está cada vez mais em evidência no Brasil devido aos bons preços alcançados pelo produto no mercado consumidor nacional e por ser uma alternativa de diversificação dos produtos apícolas. O mercado consumidor já identificou o PA como suplemento alimentar para combater o cansaço, aumentar a longevidade, aumentar a imunidade, combater a depressão, etc. Sendo assim, houve um interesse crescente por parte dos apicultores em se aprimorar e especializar sua produção para atender este novo mercado. Entretanto, apesar de haver muita informação sobre seu uso como suplemento alimentar para humanos, o conhecimento sobre o seu uso na alimentação animal são escassos. Com base nos benefícios promovidos pelo uso do PA em seres humanos, espera-se que ele possa ser utilizado como complemento nutricional para animais, melhorando a eficiência de utilização dos nutrientes, aumentando sua absorção, melhorando o status imunitário, acelerando o crescimento e melhorando seu desempenho produtivo. Um dos grandes desafios encontrados a campo, na produção de frango de corte, é a qualidade do ar dentro dos galpões,que e influencia pela qualidade da cama. Na cama, estão presentes as bactérias produtoras de amônia, em maior ou menor quantidade, e a amônia é um gás volátil que, uma vez no ar ambiente, pode promover problemas respiratórios e oculares tanto em aves quanto nos trabalhadores, além de poder afetar negativamente o desempenho dos frangos. Esta pesquisa foi realizada para avaliar se a inclusão de PA nas dietas de frangos de corte seria benéfica para o desempenho produtivo, rendimentos de carcaça, cortes e vísceras comestíveis e pâncreas e para a qualidade da cama de frango e a sua viabilidade econômica. 1 REVISÃO DA LITERATURA 1.1. Pólen Apícola O interesse em termos de produção de pólen apícola no Brasil iniciou-se modestamente no final da década de 80 e, a partir deste momento, observou-se um declínio com posterior retomada da produção e comercialização no final da década de 90 (BARRETO et al., 2003). O mercado brasileiro de produtos apícolas está avaliado atualmente em R$ 360 milhões anuais e pesquisas demonstram um potencial de curto prazo para além de US$ 1 bilhão anual (CEPLAC, 2011). A produção de pólen apícola é estimada em 200 toneladas ao ano, sendo os maiores Estados produtores a Bahia, Santa Catarina e Paraná (BARRETO, 2004). Estima-se que, para uma abelha se desenvolver, sejam gastos 120 mg de pólen e, uma colméia de tamanho médio, coleta de 40 a 60 kg de pólen por ano (COUTO & COUTO, 2002). O pólen é um alimento rico em ferro e vitaminas do complexo B (particularmente B12) e, desta forma, tem a capacidade de recuperar pacientes com anemia por restaurar os glóbulos vermelhos a valores normais ou aumentar a hemoglobina presente no sangue (LENGLER, 1999). Os grãos de pólen são de dimensões microscópicas, em média 50 µm. O pólen vegetal é o elemento reprodutivo (masculino) das plantas, produzido pelas anteras nos estames (Figura 1) da flor de onde é coletado pelas abelhas operárias e levados para a colônia para utilização no preparo do alimento das larvas jovens em decorrência do seu alto valor nutritivo (WIESE,1995). 14 Fonte: Tiosan (2007) FIGURA 1 - Anteras dos estames da flor. As abelhas coletam o pólen das flores (Figura 2) que se aderem aos pelos do seu corpo quando em contato com os estames. Em seguida, eles são escovados com os pentes tibiais e aglutinados em bolotas ou grânulos (BREYER, 2007). Fonte: Breyer (2007) FIGURA 2 – Abelha coletando pólen. 15 Depois de pousar em várias flores, as abelhas começam a recolher os grãos de sua cabeça, torax e abdômen transferindo-os com a ajuda das patas dianteiras e intermediárias e colocando-os na corbículas (Figura 3). Fonte: Breyer (2007) FIGURA 3 – Grãos de pólen na corbicula da abelha. As pesquisas mostram que uma colméia populosa chega a consumir 35 kg de pólen para alimentação das crias. Para coletar 250 g de pólen as abelhas necessitam de 17 mil vôos. A necessidade diária de pólen de uma abelha operária é da ordem de 145 mg e é necessária a visita a 84 flores para uma abelha completar uma carga de pólen que pese até 15 mg (BREYER, 2007). O pólen é um pó fino e colorido existente nas flores que, quando coletado pela abelha para sua alimentação, é umedecido com a saliva das mesmas aglutinando-os formando um grão que será transportado até a colméia. Para a coleta de pólen nas colméias, são utilizados equipamentos específicos para esse fim e, após ser recolhido, o pólen é beneficiado e comercializado (WIESE, 2000; ALMEIDA-MURADIAN, 2002; BARRETO et al., 2003). O apicultor pode apropriar-se de uma parte do pólen coletado pelas abelhas e, para tal, utiliza aparelhos denominados coletores de pólen, armadilhas de pólen ou ainda caça- 16 pólen (Figura 4), que retira partes das bolotas presentes nas corbículas antes que as abelhas entrem na colméia (ALVES et al., 1997). Fonte: Magalhães (2005) FIGURA 4 – Colméia com coletor de pólen instalado em época de produção. Essas bolotas permanecem retidas em gavetas (Figura 5) e são recolhidas pelo apicultor (Figura 6) em intervalos pré-determinados, para serem posteriormente processadas. As etapas do processamento do pólen são: coleta, congelamento, secagem, limpeza e envase, obtendo-se, deste modo, o pólen apícola desidratado (SALOMÉ & SALOMÉ, 1998). Fonte: Moreti (1995) FIGURA 5 – Gaveta retirada do coletor de pólen de uma colônia com boa produção de pólen apícola. 17 Fonte: Magalhães (2005) FIGURA 6 – Agricultor colhendo o pólen. O pólen é um aglomerado de pólen de flores coletados pelas abelhas e misturado com néctar e secreções das glândulas hipofaringeanas (Carpes et al., 2008) e é um suplemento biologicamente ativo com influência positiva sobre várias funções fisiológicas do organismo. É rico em carboidratos (2,6 a 22,4%), proteínas (15,01 a 36,73%), aminoácidos, lipídios (aproximadamente 9,2%) sendo que 60-91% deles são ácidos graxos insaturados (Wang et al., 2006), vitaminas A, B, C, D e E (Marchini et al., 2006), minerais, carotenóides e flavonóides (Wang et al., 2005a). Também tem ação antibacteriana, antifúngica, antiinflamatória e imunomoduladora e, segundo Carpes et al. (2008), apresenta atividade antioxidante semelhante a de antioxidantes naturais como o α-tocoferol e superior a dos sintéticos como o BHT, por possuir substâncias polifenólicas, como os flavonóides, que agem como sequestradores de radicais livres prejudiciais à saúde (NEVES ET AL., 2009). O PA é também considerado um alimento natural, saudável e de elevado valor nutritivo. Na sua composição está presente grande quantidade de aminoácidos essenciais, ácidos graxos, vitaminas, oligo-elementos, fibras vegetais, minerais e moléculas protéicas como flavonóides (LENGLER, 1999). Além de possuir quantidades de resina, corante, enzimas e coenzimas (MORETI, 2006). Com relação à composição química, existem consideráveis variações quantitativas entre as diferentes espécies de plantas, das quais abelhas coletam o pólen. De modo geral, a 18 composição nutricional do pólen apícola revela que a proteína é o principal componente do pólen, com um valor médio de aproximadamente 24%. Os carboidratos constituem, em média, 2% do pólen coletado e consistem, principalmente, de açúcares simples como frutose e glicose. O pólen contém um teor médio de 5% de gorduras, sendo parte lipídios hidrocarbonos ou ceras, os quais dificilmente são digeridos e absorvidos pelo organismo e, portanto, contribuem com poucas calorias. Além disso, o pólen contém minerais, como potássio, cálcio, magnésio, ferro, zinco, manganês e cobre. Assim como a maioria das plantas, o pólen contém baixos níveis de sódio. O pólen apícola é rico na maior parte das vitaminas do complexo B, incluindo tiamina, niacina, riboflavina, piridoxina, ácido pantotênico, ácido fólico e biotina. Apresenta níveis variáveis de vitamina C, devido a esta ser lábil e, portanto, facilmente degradada durante o processamento e armazenamento do produto (SHMIDT & BUCHMANN, 1992). O PA é rico em oligoelementos, incluindo Fe, Cu, Zn, Cr, Mn, entre outros, contém muitas substâncias ativas, como a catalase, peroxidase, superóxido dismutase e antioxidantes. Sendo assim, seu uso tem sido associado ao aumento do número e da atividade de células imunológicas humorais, dos glóbulos vermelhos, à aceleração da produção de anticorpos e ao atraso do seu desaparecimento e ainda ao aumento do número e da atividade de fagócitos (ZUO & XU, 2003). 1.2 Uso do PA na Alimentação Animal Como o PA é rico em proteínas, aminoácidos, vitaminas e microelementos como Fe, Se, Zn e Mn que promovem a proliferação e diferenciação das células do sistema imunológico, é de se esperar melhor imunidade em animais tratados com PA. Em experimentos com frangos de um a 42 dias de idade, a inclusão de 1,5% de PA promoveu um aumento nos pesos do baço, da bursa e do timo que são órgãos relacionados à imunidade (WANG ET AL., 2005a). Já Zhang et al. (2005) estudaram o uso oral de 165, 330 e 660 mg/kg de PA para ratos durante 30 dias e não notaram diferenças nos pesos do baço, entretanto, os autores relataram maiores quantidades de anticorpos, maior habilidade de fagocitose dos macrófagos e maior atividade das células natural killer. Segundo Wang (2005b), o Se aumenta a espessura da cortical do timo, a vitamina C é importante para manter as células do timo reticular, os polissacarídeos do PA promovem a produção de linfócitos T e a proliferação e atividade das células do baço e do timo e bursa, produtores dos linfócitos T e B, respectivamente. Além disso, o PA contém superóxido 19 dismutase que é uma enzima antioxidante que previne a senescência celular nestes órgãos. Todos estes efeitos resultam em maior nível de imunidade para os animais. Wang et al. (2005a) incluíram 10, 5 e 1g de PA em um quilo de ração para frangos vacinados contra a doença de Newcastle e notaram que os menores títulos de anticorpos contra Newcastle foram obtidos no grupo controle, sem PA, indicando que o PA melhora bastante a resposta imunológica a vacinas ou desafios até 28 dias de idade, a partir desse, os níveis de anticorpos foram semelhantes em todos os tratamentos. O PA pode melhorar a mineralização óssea por possuir altos teores de vitamina D, que aumentam a absorção de cálcio. Segundo Hamamoto et al. (2006) e Yamaguchi et al. (2007), o PA tem também efeitos estimulatórios sobre a formação de tecido ósseo e inibitórios sobre a reabsorção óssea. Yamaguchi et al. (2006) estudaram os efeitos da inclusão de extratos de PA sobre os componentes ósseos femorais. Os autores verificaram que houve um aumento no teor de Ca, no teor de DNA e na atividade da fosfatase alcalina no fêmur de ratos com o uso de 5 e 10 mg/100 g de peso corporal. Isso significa que o PA tem um efeito estimulatório dos componentes ósseos. Segundo Wang et al. (2005b), o uso de PA na dieta de frangos também promove o aumento do comprimento do duodeno, jejuno e íleo durante os primeiros 14 dias de vida, o que propicia uma maior área de absorção, melhorando a digestibilidade e retenção de nutrientes. Além disso, a presença de enzimas digestivas no PA (Wang et al., 2006) e o aumento do número de Lactobacillus que acidificam o intestino aumentando a absorção de minerais e secretando amilases, proteases e fitases ,colaboram para melhorar a utilização dos nutrientes pelas aves(Taheri et al., 2009). O PA contém aminoácidos, vitaminas, e oligoelementos nutricionalmente benéficos para o desenvolvimento das células teciduais, para a proliferação e diferenciação das células do epitélio e para o crescimento da microbiota intestinal. Isso resulta em aumento da superfície intestinal para absorção dos nutrientes (SONG ET AL., 2005; WANG ET AL., 2005b). A utilização de PA na dieta de frangos pode resultar em aumento do peso corporal de 35,1% de um a 42 dias de idade (Wang et al., 2007), além de aumentar o peso do fígado e do pâncreas (Song et al., 2005). Pan et al. (2006) relataram que o uso de 0,2% de PA promoveu aumento no peso corporal das aves na 8ª semana de vida sem alteração, entretanto, da conversão alimentar. Angelovicová et al. (2010) relataram que a inclusão de 0,1% de PA à dieta de frangos aumentou o peso das aves em 3,8% e melhorou a conversão alimentar . 2 MATERIAL E MÉTODOS Foram utilizados 400 pintos de um dia de idade, machos e fêmeas, com peso inicial médio de 52,44 ± 1,76 gramas. As aves foram alojadas em galpão de alvenaria dividido em 20 boxes experimentais de 1,85 m2 (Figura 7), portanto, em densidade de 10,8 aves/m2.O aquecimento das aves foi feito com lâmpadas (Figura 8) sendo elas utilizadas do primeiro dia ate 14 dias, ápos está idade foram suspensas, e utilizada somente para a iluminação. Fonte: Arquivo Pessoal (2011) FIGURA 7 – Distribuição dos pintinhos nos boxes. 21 Fonte: Arquivo Pessoal (2011) FIGURA 8– Aquecimento dos pintinhos. O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado com quatro tratamentos e cinco repetições, sendo que os tratamentos consistiram de níveis crescentes de PA moído na ração dos frangos de corte. Os níveis de inclusão avaliados foram: 0, 0,5, 1 e 1,5%. A composição determinada do PA utilizado era de 3,83% de umidade, 22,97% de proteína bruta, 3953 kcal/kg de energia bruta, 0,39% de cálcio, 0,99% de fósforo, 3,14% de matéria mineral, 1,71% de lipídios e pH 4,68. Aos 7 e 21 dias as aves foram vacinadas contra a doença de Gumboro e aos 14 contra a doença de Newcastle. Ambas as vacinações foram realizadas via água de bebida (Figura 9). As aves eram submetidas a jejum hídrico de três horas para garantir que elas estivessem com sede e consumissem a água com vacina rapidamente (Figura 10). 22 Fonte: Arquivo Pessoal (2011) FIGURA 9– Dosagem fornecimento para as aves. Fonte: Arquivo Pessoal (2011) FIGURA 10– Frangos bebendo água medicada. As aves receberam ração inicial a partir do primeiro dia até 21 dias e ração de crescimento dos 22 aos 42 dias de idade (Tabela 1). As dietas experimentais eram isonutritivas e formuladas para atender as exigências de frangos de corte, recomendadas por 23 Rostagno et al. (2005), exceto pelos níveis de PB, EM, Ca e P, que corresponderam a 97% dos níveis recomendados pelos mesmos autores. Tanto a água quanto as rações foram fornecidas à vontade durante todo o período experimental. Quando as aves atingiram 21 e 42 dias de idade, foram pesadas para determinação do ganho de peso. As rações também foram pesadas para cálculo do consumo de ração e da conversão alimentar. A taxa de sobrevivência também foi determinada. Aos 42 dias, duas aves de cada box foram postas em jejum hídrico e, após oito horas, foram pesadas, abatidas e evisceradas e foram avaliados os rendimentos de carcaça e de cortes, bem como das vísceras comestíveis. O pâncreas também foi coletado e pesado. O peso ao abate foi utilizado como referência para o cálculo dos rendimentos de carcaça e cortes e o peso da carcaça foi referência para os rendimentos de vísceras. A casca de arroz foi utilizada como material de cama em todos os tratamentos, na quantidade de 10 kg/box. Para a análise de matéria seca, nitrogênio e fósforo totais (Silva & Queiroz, 2002), amônia volatilizada (Oliveira et al., 2004) e pH da cama, foram coletadas amostras em seis pontos dentro de cada box, evitando-se as áreas próximas e embaixo de bebedouros e comedouros. A viabilidade econômica foi calculada considerando-se os valores médios da venda do frango vivo para abate que foi de R$ 1,90 o quilo e o valor da ração consumida. A margem bruta foi obtida pela diferença entre o lucro bruto (peso do frango vivo x preço do kg de frango vivo) e o custo da ração (peso da ração consumida x preço do kg de ração). TABELA 1 – Composição e custo das dietas experimentais contendo níveis crescentes de pólen apícola (PA) desidratado (PA) para frangos de corte. Inicial Crescimento Nível de PA (%) Nível de PA (%) Ingredientes (kg) 0,0 0,5 1,0 1,5 0,0 0,5 1,0 1,5 Milho moído 56,10 56,10 56,10 56,10 60,00 60,00 60,00 60,00 Farelo de soja 35,06 35,06 35,06 35,06 31,30 31,30 31,30 31,30 Óleo de soja 3,10 3,10 3,10 3,10 3,65 3,65 3,65 3,65 Fosfato bicálcico 1,75 1,75 1,75 1,75 1,68 1,68 1,68 1,68 Calcário calcítico 0,78 0,78 0,78 0,78 0,80 0,80 0,80 0,80 L-Lisina 99% - - - - 0,10 0,10 0,10 0,10 Sal comum 0,50 0,50 0,50 0,50 0,48 0,48 0,48 1 0,40 1 0,40 1 0,40 2 0,40 0,48 2 0,402 0,40 Pólen apícola desidratado 0,00 0,50 1,00 1,50 0,00 0,50 1,00 1,50 Inerte 2,31 1,81 1,31 0,81 1,59 1,09 0,59 0,09 Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 Composição calculada 0,40 2 Suplemento mineral e vitamínico 3 0,40 1 4 Proteína bruta (%) 20,52 20,52 20,52 20,52 19,14 19,14 19,14 19,14 Energia metabolizável (kcal/kg) 2960 2960 2960 2960 3055 3055 3055 3055 Cálcio (%) 0,83 0,83 0,83 0,83 0,81 0,81 0,81 0,81 Fósforo disponível (%) 0,43 0,43 0,43 0,43 0,41 0,41 0,41 0,41 Lisina total (%) 1,11 1,11 1,11 1,11 1,11 1,11 1,11 1,11 Metionina (%) 0,32 0,32 0,32 0,32 0,30 0,30 0,30 0,30 Metionina+cistina (%) 0,65 0,65 0,65 0,65 0,61 0,61 0,61 0,61 Custo do kg de ração (R$) 0,69 1,00 1,31 1,63 0,82 1,13 1,44 1,76 1 cada kg contém: vit. A 1500000 UI, vit. D3 375000 UI, vit. E 5000 UI, vit K3 375 mg, vit B1 500 mg, vit. B2 1625 mg, vit B6 750 mg, vit B12 3750 mcg, niacina 10000 mg, biotina 20 mg, ácido fólico 250 mg, pantotenato de cálcio 2500 mg, colina 65000 mg, metionina 450 g, Cu 2000 mg, Fe 8000 mg, I 250 mg, Mn 20000 mg, Se 75 mg, Zn 16500 mg, BHT 60 mg, avilamicina 2500 mg, nicarbazina 25000 mg. 2cada kg contém: vit. A 1125000 UI, vit. D3 300000 UI, vit. E 3750 UI, vit K3 250 mg, vit B1 450 mg, vit. B2 1125 mg, vit B6 500 mg, vit B12 2500 mcg, niacina 3750 mg, ácido fólico 125 mg, pantotenato de cálcio 2500 mg, colina 65000 mg, metionina 440 g, Cu 2000 mg, Fe 8000 mg, I 250 mg, Mn 20000 mg, Se 75 mg, Zn 16500 mg, BHT 60 mg, avilamicina 1875 mg, salinomicina 16500 mg. 3 areia lavada 4de acordo com Rostagno et al. (2005). 24 25 As análises estatísticas foram realizadas utilizando-se o SAEG, Sistema de Análises Estatísticas e Genéticas (UFV, 2001), por meio da Análise de Variância e de Regressão Polinomial a 5% de probabilidade. 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO A inclusão de PA nas dietas de frangos de corte não influenciou (P>0,05) o desempenho produtivo das aves no período de 1 a 42 dias de idade (Tabela 2). TABELA 2 – Desempenho de frangos de corte alimentados com dietas contendo níveis crescentes de pólen apícola (PA). CV1 Níveis de PA (%) Parâmetros 0,0 0,5 1,0 1,5 (%) 1-21 dias de idade Ganho de peso (g) 554 688 609 647 6,70 Consumo de ração (g) 755 776 779 801 6,26 Conversão alimentar 1,36 1,13 1,28 1,24 4,85 Sobrevivência (%) 97,78 98,33 97,78 98,00 4,77 1-42 dias de idade Ganho de peso (g) 2558 2558 2505 2621 4,21 Consumo de ração (g) 4250 4083 4063 4123 2,81 Conversão alimentar 1,80 1,74 1,76 1,70 4,80 Sobrevivência (%) 97,78 97,77 97,14 97,17 2,39 1 coeficiente de variação. O milho e o farelo de soja são ingredientes de alto valor nutritivo e, portanto, é possível que a redução nos níveis de proteína bruta e energia metabolizável, de 3%, não tenha sido suficiente para que o PA promovesse um efeito maior. Além disso, as boas condições de alojamento a que as aves foram submetidas podem ter colaborado para a ausência de desafio e, conseqüentemente, de diferença nos resultados de desempenho. Wang et al. (2007) estudaram os efeitos da inclusão de 1,5% de PA na dieta de frangos pesados semanalmente até 42 dias de criação e verificaram que o peso corporal das 27 aves foi maior do que das aves do tratamento controle em todas as semanas. Os autores atribuíram este fato ao efeito trófico do PA na mucosa intestinal destas aves. Não houve efeito (P>0,05) da inclusão de PA na ração de frangos de corte sobre os rendimentos de carcaça, cortes nobres e vísceras comestíveis, porém, o pâncreas foi afetado de forma quadrática (P<0,03), em que os maiores valores foram obtidos com a inclusão de 1,5% de PA (Tabela 3). O aumento do pâncreas (Figura11) pode ter contribuído para a maior digestibilidade da proteína bruta e maior metabolização da energia, devido à secreção de suas enzimas digestivas. TABELA 3 – Rendimentos de carcaça, de cortes e de vísceras comestíveis de frangos alimentados com dietas com níveis crescentes de pólen apícola (PA). CV1 Níveis de PA (%) Rendimento (%) 0,0 0,5 1,0 1,5 (%) Carcaça 80,39 82,49 86,71 84,94 5,34 Peito 27,53 27,84 31,10 29,46 4,49 Coxa e sobrecoxa 22,25 23,64 22,79 24,27 5,73 Fígado 2,18 2,21 2,14 2,02 4,03 Coração 0,63 0,63 0,57 0,58 3,69 Moela 1,62 1,84 1,24 1,81 3,22 Pâncreas2 0,18 0,16 0,21 0,22 3,02 coeficiente de variação. 2 Efeito quadrático (Ŷ = 0,18 – 0,020x + 0,034x2 r2 = 0,42) Peso relativo do pâncreas (%) 1 0,25 0,2 0,15 0,1 0 0,5 1 1,5 Níveis de pólen apícola (%) FIGURA 11 – Peso relativo do pâncreas de frangos de corte alimentados com dietas contendo níveis de pólen apícola. 28 Song et al. (2005) também avaliaram os efeitos do PA nos pesos do fígado e pâncreas de frangos e notaram que o fígado e o pâncreas eram maiores nos frangos que receberam PA até a 4ª e 5ª semanas de idade, respectivamente, efeito não notado no presente experimento. O fígado é uma glândula relacionada ao metabolismo de nutrientes e o pâncreas secreta várias enzimas digestivas. Entretanto, Ke et al. (2006) que utilizaram 0,2% de polissacarídeos de pólen apícola na ração de frangos, observaram que não houve influência nos rendimentos de carcaça, peito e coxas na 6ª ou 8ª semana de idade. A inclusão de PA na dieta de frangos reduziu (P<0,01) a quantidade de amônia volatilizada da cama de frango aos 42 dias de criação, sendo que os outros parâmetros não foram afetados (P>0,05) aos 21 e 42 dias (Tabela 4), em que o menor valor de amônia volatilizada foi obtido com a inclusão de 0,96% de PA. Como o PA apresenta um pH baixo, em torno de 4,0 a 5,0 segundo Marchini et al. (2006), é possível que tenha ocorrido uma inibição das bactérias produtoras de amônia e um estímulo à proliferação das bactérias acidófilas, que são benéficas ao organismos. TABELA 4 – Qualidade da cama de frangos alimentados com dietas contendo níveis crescentes de pólen apícola (PA). CV1 Níveis de PA (%) Parâmetros 0,0 0,5 1,0 1,5 (%) 21 dias de idade pH 6,29 6,19 5,93 6,03 6,39 Amônia volatilizada (ppm) 12,62 14,21 10,15 16,70 10,59 Matéria seca (%) 95,28 95,69 94,44 93,93 1,49 Nitrogênio total (%) 2,28 2,22 2,03 2,36 5,37 Fósforo total (%) 0,78 0,75 0,73 0,74 5,94 42 dias de idade pH 9,07 8,82 8,97 9,04 2,43 240,79 114,26 175,77 118,33 6,78 Matéria seca (%) 70,79 60,88 68,26 65,08 7,30 Nitrogênio total (%) 2,64 2,77 2,51 2,64 4,74 Fósforo total (%) 1,45 1,50 1,56 1,52 5,49 Amônia volatilizada (ppm) 1 2 2 coeficiente de variação. 2CV (log10X) Efeito quadrático (Ŷ = 247,69 – 256,57x + 123,36x2 r2 = 0,42) Amônia volatilizada da cama de frango (ppm) 29 250 220 190 160 130 100 0 0,5 1 1,5 2 Níveis de PA na dieta de frangos de corte (% ) FIGURA 11 – Quantidade de amônia volatilizada da cama de frangos de corte alimentados com dietas contendo níveis crescentes de pólen apícola (PA). Segundo Sun et al. (2009), a inclusão de PA na dieta animal contribui para a inibição de bactérias patogênicas no intestino e acelera a proliferação da microbiota normal. Em estudos com ratos submetidos a estresse crônico, Bai et al. (2006) verificaram redução nas bifidobactérias e aumento das enterobactérias e enterococos, indicando um quadro de disbiose na microbiota intestinal. Porém, em ratos que receberam alimento suplementado com 5% de PA, não houve redução das bifidobactérias mesmo em estado de estresse, revelando um efeito protetor do PA contra a disbiose. A inclusão de PA às dietas de frangos de corte foi viável economicamente somente ao nível de 0,5% e até 21 dias de idade (Tabela 5). Após este período, o custo da ração se torna elevado e com níveis de 1 e 1,5%, o custo da ração consumida é maior do que o custo de venda das aves, tornando a inclusão do PA inviável. 30 TABELA 5 – Análise econômica da inclusão de níveis crescentes de pólen apícola (PA) nas dietas de frangos de corte. Níveis de PA (%) Parâmetros 0,0 0,5 1,0 1,5 21 dias de idade Renda da venda/frango (R$) 1,15 1,41 1,25 1,35 Custo da ração consumida/frango (R$) 0,52 0,77 1,02 1,30 Margem bruta/frango (R$) 0,63 0,64 0,23 0,05 42 dias de idade Renda da venda/frango (R$) 4,96 4,96 4,85 5,07 Custo da ração consumida/frango (R$) 3,48 4,61 5,85 7,25 Margem bruta/frango (R$) 1,48 0,35 -1,00 -2,18 4 CONCLUSÃO O PA não foi benéfico para o desempenho produtivo das aves, não sendo recomendada a sua inclusão na dieta de frangos de corte. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, M. L.B. Qualidades nutritivas dos produtos das abelhas. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE APICULTURA, 14, 2002. Anais... Campo Grande/MS,2002. p. 289-291. ALVES, M.L.T.M.F.; MORETI, A.C.C.C.; SILVA, E.C.A.; SILVA, R.M.B.; TEIXEIRA, E.W. Quantidade diária de pólen coletado por abelhas africanizadas (Apis mellifera L.) usando diferentes modelos de coletores. Boletim da Indústria Animal, v. 54, n.1, p.97-102, 1997. 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