Indicadores de Desempenho Operacional 2014

Transcrição

ÍNDICE
1. Apresentação ...........................................................................................................
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2. Objeto ......................................................................................................................
Apresentação dos Resultados
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3. Metodologia de obtenção e tratamento dos dados ..................................................
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24
24
24
57
70
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134
164
172
181
188
Executivo de Belém......................................................................................
4.Sumário
Porto Organizado
.......................................................................................................
4.1.Cais
Público do Porto de Belém.............................................................................
4.1.1.Introdução ...........................................................................................................
4.2. Terminal Petroquímico de Miramar .......................................................................
4.3. Terminal de Outeiro...............................................................................................
5. Porto Organizado de Vila do Conde ........................................................................
6. Porto Organizado de Santarém ...............................................................................
7 Instalação Portuária de Itaituba................................................................................
8. Instalação Portuária de Altamira ..............................................................................
9. Instalação Portuária de Óbidos ................................................................................
10. Instalação Portuária de Marabá .............................................................................
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1. Apresentação
Este relatório visa diagnosticar as operações portuárias realizadas no Porto
Organizado de Belém (Cais Público, Terminal Petroquímico de Miramar e Terminal de
Outeiro), Porto Organizado de Vila do Conde, Porto Organizado de Santarém e nas
instalações portuárias de Itaituba, de Altamira, de Óbidos e de Marabá, as quais são
administradas pela Companhia Docas do Pará (CDP). O mesmo tem o objetivo de
identificar padrões operacionais que visem a melhoria da eficiência portuária e o suporte
ao planejamento de investimentos desta Autoridade Portuária.
Os dados operacionais dos 3 (três) citados Portos Organizados, utilizados
neste trabalho, foram coletados através do Sistema de Controle e Administração Portuária
(SCAP). Os dados das demais instalações portuárias foram homologados pelos
empregados lotados nas instalações portuárias de Itaituba, de Altamira e de Óbidos,
sendo coletados através do módulo coletor do Sistema de Indicadores Operacionais
Portuários (SIOP), desenvolvido pela própria GERFIC. Tais dados utilizados nesse
relatório tem como base os atendimentos a embarcações cujas datas de desatracação
ocorreram de 01/01/2014 a 31/12/2014.
A consolidação dos parâmetros operacionais e a geração dos relatórios
gerenciais estatísticos ficou a cargo do Acadêmico em Ciência da Computação, Breno
Ferreira da Silva (Estagiário da GERFIC). A formatação textual e a editoração das tabelas
e das representações gráficas ficou a cargo da Acadêmica de Bacharel em Estatística,
Michelle da Costa Santana (Estagiária da GERFIC). O apoio administrativo ficou a cargo
da
Bacharel
em
Química
Heloisa
Alves
de
Oliveira
(Técnica
Portuária
Administrativa/Operacional). A análise técnica textual ficou a cargo da Engª Hélia Souza
de Oliveira (Gerente de Normatização, Fiscalização e Controle) e do Engº MBA Daniel
dos Santos Rodrigues (Supervisor de Controle de Desempenho).
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____________________________________________________________________
Av. Presidente Vargas, 41 – Centro - Belém/PA – CEP: 66010-000
Fone: (91) 3182-9000 - www.cdp.com.br
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2. Objeto
O presente relatório tem por objeto a avaliação e a análise dos indicadores
operacionais do Porto Organizado de Belém (Cais Público, Terminal Petroquímico de
Miramar e Terminal de Outeiro), do Porto Organizado de Vila do Conde, do Porto
Organizado de Santarém e das instalações portuárias de Itaituba, de Altamira, de Óbidos,
e de Marabá, relativos ao ano de 2014.
Os indicadores de desempenho foram obtidos a partir dos parâmetros
operacionais relativos a cada um dos atendimentos à embarcação. Os mesmos foram
homologados pelas Administrações das citadas instalações portuárias.
Foram analisados os seguintes indicadores, detalhados por berço e por tipo de
carga:
I) Atendimento à Embarcação;
Mensura o número de embarcações atendidas pela instalação portuária, sejam
atracadas em um dos berços de atracação ou na área de fundeio desta instalação para a
movimentação de carga com a finalidade de comércio, para o consumo de bordo e/ou
retirada de resíduos.
II) Taxa de Ocupação de Berço;
Razão entre o intervalo de tempo em que o berço de atracação se encontrou
ocupado por uma embarcação em relação ao intervalo de tempo de referência (neste
relatório, o ano). Indica o percentual em que o berço permaneceu ocupado, isto é, não
estando disponível para novos atendimentos. Este indicador também é conhecido como
“Índice de Ocupação de Berço”.
III) Quantidade de Carga Movimentada;
Peso das mercadorias carregadas e descarregadas nas instalações portuárias,
exibidas por “Grupo de Mercadoria” definido pelo Sistema de Desempenho Portuário
(SDP) da ANTAQ. Os resultados também são detalhados por natureza de movimentação,
a fim de separar operações que utilizam equipamentos operacionais distintos. O valor do
peso é representado nos relatórios gerenciais estatísticos na unidade “toneladas métricas
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(t)”, devido à elevada ordem de grandeza do peso das cargas movimentadas em uma
instalação portuária.
IV) Produtividade;
A Produtividade trata-se de um indicador de eficiência. A principal forma de
avaliarmos o desempenho dos processos é através de uma análise da relação entre o
volume produzido e os recursos necessários a esta produção. Chama-se esta relação de
produtividade. Conceitualmente, Produtividade significa capacidade de produzir,
característica do que produz com abundância ou lucratividade. Em outras palavras,
produtividade é obter a melhor relação entre volume produzido e recursos consumidos.
Portanto, se representarmos matematicamente a produtividade teremos: Produtividade =
A/B, onde “A” representa o volume produzido e “B” os respectivos recursos consumidos.
No meio aquaviário, este indicador também é conhecido como Prancha de
Atendimento à Embarcação ou Prancha Operacional. A produtividade pode ser
expressa em diversas unidades de medida, porém neste trabalho mensuraremos as
produtividades em t/h nas naturezas de movimentação granel sólido, granel líquido e
carga geral não-conteneirizada e em Un./h (box rate) na natureza de movimentação
carga geral conteneirizada.
Pelo fato de que atualmente o SCAP não possui relatório gerencial estatístico
relativo à movimentação em contêiner para este indicador operacional, apenas os
valores das operações que foram realizadas nas demais naturezas de movimentação
puderam ser gerados e utilizados neste relatório.
Para a determinação deste indicador foram utilizados como parâmetros a
“Data/Hora da Atracação” e a “Data/hora da Desatracação”, assim como foram
descontados nos cálculos os tempos de paralisação, quando informados pelas
Administrações Portuárias. Em 2014, foi observado que na maioria das instalações
portuárias aproximadamente em apenas 2% dos atendimentos foram informados tais
tempos de paralisação.
A Resolução DIREX nº 13/13 (Vila do Conde) e a Resolução DIREX nº 14/13
(Terminal de Miramar) estabelecem metas para a Produtividade a serem cumpridas pelos
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operadores portuários, armadores ou seus agentes no intuito de incentivar o aumento da
eficiência nas operações portuárias.
V) Consignação
Consignação é o indicador operacional que representa a quantidade de carga
total movimentada por atendimento à embarcação em uma instalação portuária.
O conceito de Consignação não pode ser confundido com o de porte de uma
embarcação, denominado Deadweight Tonnage (DWT) ou "Tonelagem de Peso Morto". O
DWT é soma de todos os pesos variáveis que uma embarcação é capaz de carregar ou
de descarregar (transportar) com segurança. Isto é, o DWT é constituído pelo somatório
dos pesos do combustível, da água, dos mantimentos, dos consumíveis, dos tripulantes,
dos passageiros, das bagagens e da carga a bordo. O Porte ou DWT é expresso em
toneladas.
Calado é a distância vertical entre a linha d’água e a parte mais baixa da
embarcação (como a quilha ou o domo do sonar). No inglês americano, o termo é
conhecido como “draft” e no inglês britânico é conhecido como “draught”. (LEAL,1992). O
Calado “AFT” trata-se do Calado de Popa e o Calado “FWD” trata-se do Calado de Proa.
VI) Classe das Embarcações
Não há uma norma internacional que classifique as embarcações quanto a sua
classe. Porém, pode-se encontrar alguns estudos que realizam esta classificação a qual
varia de acordo com o tipo de embarcação.
VI.I) Embarcações Porta-Contêiner
Classes de embarcações
Feeder Ships
Handy
Small Feeder
Feeder
PósPanamax
ULCS
3.000 a
4.500
4.500
a 7.499
12.000 a
18.000
Sub-Panamax Panamax
Feedermax
TEUs
1 a 99
100 a 499
500 a 1.499 1.500 a 2.999 1.000 a 1.999 2.000 a 2.999
Fileiras
-
≤6
-
≤8
≤ 10
≤ 13
≤ 17
≤ 18
-
Calado (m)
-
-
-
≤ 9,0
-
-
-
-
-
Fonte: Universidade de Lisboa/PT, 2009.
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Embarcações
da
classe
Feeder
são
utilizadas para o transporte entre portos próximos,
com o intuito de concentrar as cargas em um porto
alimentador (Feeder). O navio Aknoul (Figura 1),
atuante no Porto de Marseille, é um exemplo desta
classe de embarcação.
Navios da classe “Pós-Panamax” não são
Figura 1 – Embarcação porta-
atendidos nos portos da CDP, sendo atendidos no
contêiner de classe Feeder.
Porto de Santos. A classe “Super Pós-Panamax”, como o navio Emma Maersk, faz
somente a linha China-Europa, através do Canal de Suez.
A tabela abaixo ilustra a evolução mundial das dimensões e das capacidades
de transporte das embarcações do tipo conteneiro.
Fabricação
2004
2006
Embarcação
CMA CGM Hugo
Emma Maersk
2013
Maersk Tripe-E
Linha
Caribe – América do Sul
Leste da Ásia – Europa
(via Canal de Suez)
Ásia-Europa
Comprimento (m)
334
397
Calado (m)
13,5
15,5
400
14,5
Capacidade (TEU)
8.238
15.000
18.000
VI.II) Embarcações Graneleiras
Quanto ao volume da carga transportada, tem-se que as classes comumente
atendidas pelas instalações portuárias da CDP e as maiores mundiais são:
CLASSES DE EMBARCAÇÕES
Capesize
ULOC
Minibulker
Handysize
Handymax
Supramax
Panamax
Capacidade
(DWT)
3.000 <
15.000
15.000 <
35.000
35.000 <
50.000
50.000 <
60.000
60.000 <
80.000
80.000 <
120.000
120.000 <
170.000
300.000 <
388.000
388.000 <
400.000
LOA (m)
100 a 130
-
-
-
≤ 294,13
-
-
-
≤ 360
Boca (m)
-
-
-
-
≤ 32,31
-
-
-
≤ 65
Calado (m)
< 10
-
-
-
≤ 12,04
-
-
-
≤ 24
Small
Cape
Chinamax/
Valemax
* Fonte: COSTA, 2013.
O navio “Berge Stahl”, com capacidade para 364.767 TPB, é um exemplo de
navio da classe Chinamax. Esta embarcação pertencente a uma armadora norueguesa e
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atua na linha exclusiva ligando o Porto de Rotterdam (Holanda)
ao TUP Ponta da
Madeira (localizado em São Luiz/MA e pertencente ao Grupo Vale).
Em 24/05/2011, entrou em operação o navio “Vale Brasil” com capacidade para
400.000 TPB. O mesmo atua na linha que liga o TUP Ponta da Madeira a dois portos
chineses. Quando vazio, a viagem dura 12 dias. Estando cheio, o percurso é realizado em
14 dias. O tempo de carregamento se dá entre 36 e 48 horas.
VI.III) Embarcações Petroleiras
As principais classes das embarcações petroleiras, quanto ao volume
transportado, são:
Classe das Embarcações
Capesize
Costeira
Capacidade (DWT)
Handymax
Panamax
Suexmax
VLCC
ULCC
Até
50.000
50.000 a
65.000
65.000 a
85.000
125.000 a
180.000
180.000 a
320.000
≥ 320.000
-
-
-
-
300 a 330
-
Comprimento (m)
* Fonte: COSTA, 2013.
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3. Metodologia de obtenção e tratamento dos dados
Os dados operacionais portuários que serviram de parâmetro para a geração
dos relatórios gerenciais estatísticos e posteriores análises textuais foram obtidos a partir
das informações operacionais homologadas pelos gestores portuários das instalações
portuárias administradas pela CDP. As operações portuárias contabilizadas são as
relativas às embarcações que desatracaram no período de 01/01/2014 a 31/12/2014.
Os parâmetros operacionais utilizados do SCAP ou coletados através do SIOP
abrangeram, entre outros:
 Nome da embarcação, bandeira da embarcação, tipo de embarcação, data
de fundeio, data de chegada ao berço ou ponto de operação e data de saída
da embarcação do berço ou do ponto de operação;
 Operador Portuário e Arrendatário responsável pela movimentação de carga
ou de passageiro;
 Nome da carga, sentido de movimentação (finalidade), natureza de
movimentação, tipo de navegação, quantidade de unidades movimentadas e
peso das cargas.
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Sumário Executivo
No exercício de 2014 foram movimentadas nas instalações portuárias
administradas pela CDP 21.729.782 toneladas de cargas, baixa de 2,99% em relação ao
movimentado no ano anterior (22.398.906 toneladas). O gráfico abaixo ilustra a
evolução nos últimos 10 anos.
A tabela abaixo detalha, por instalação portuária, a evolução da movimentação
de carga nos últimos dez anos.
Tabela 1- Evolução Anual da Movimentação de Carga por Instalação Portuária.
Cais Público do Porto de Belém
Desde 1997, pelo menos, a madeira foi a carga mais movimentada através do
Cais Público do Porto de Belém. Em constante ascendência, no ano de 2005 foram
472.330 toneladas exportadas de madeira e em 2006 o patamar de exportação desta
carga passou para aproximadamente 498.500 toneladas. A tendência de alta continuou
até o ano de 2007 (apogeu da madeira), onde aproximadamente 528.000 toneladas foram
exportadas através de contêineres e fora deles (na forma de amarrados).
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Em 26/02/2008, foi deflagrada no Estado do Pará a operação “Arco de Fogo”
da Polícia Federal. Aproximadamente 300 agentes da Polícia Federal, do Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e da Força
Nacional atuaram nesta operação que teve o objetivo de fechar as serrarias que
desmatavam ilegalmente a madeira ou que empregavam mão-de-obra em condições
análogas à escravidão. Como reflexo desta ação, o ano de 2008 fechou com
aproximadamente apenas 367.000 toneladas de madeira exportadas pelo Porto de
Belém.
No ano de 2009, a tendência de baixa se manteve e apenas 185.000 toneladas
de madeira foram exportadas. Como fator atenuante para a redução da madeira, em
novembro de 2008 deu início ao atendimento às embarcações contendo clinquer na área
de fundeio, o que levou à importação de 316.294 toneladas deste insumo para a
fabricação do cimento no ano de 2009.
Já em 2011, a movimentação total de carga foi bem menor do que as
registradas nos anos anteriores devido ao fato de que as embarcações com clinquer
passaram a ser atendidas pelo Terminal de Outeiro.
Em 2013, o incremento de aproximadamente 60.000 toneladas descarregadas
de trigo e de 24.800 toneladas de papel e de celulose foram preponderantes para a alta
de aproximadamente 107.000 toneladas no Porto de Belém.
A importação de 15.296 toneladas de cimento em big-bags e de 12.823
toneladas de reatores e máquinas elétricas foram preponderantes para a alta de 0,55%
na movimentação total do Cais Público do Porto de Belém durante o ano de 2014.
Também contribuiu para este resultado a alta de 28,36% na exportação de madeira no
interior de contêiner (125.978 toneladas em 2014 contra 98.142 toneladas em 2013).
Terminal de Miramar
O Terminal de Miramar apresentou movimentação em 2012 praticamente igual
a do ano de 2011, mesmo com o início da operação da base da Petrobrás S/A no Porto
de Santana/AP, diminuindo muito os carregamentos de balsa com destino a este Estado.
O aumento da demanda do mercado consumidor contribuiu para esta compensação. Em
2014, o total de 2.327.502 toneladas foi movimentado contra 2.105.850 toneladas em
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2013. Esta alta de 10,53% foi principalmente devida à alta de 185% no descarregamento
de álcool etílico (63.441 em 2014 contra 22.233 toneladas em 2013) e à alta de 6,56%
(1.870.074
toneladas
em
2014
contra
1.754.918
toneladas
em
2013)
nos
descarregamentos dos variados combustíveis e óleos minerais.
Porto de Vila do Conde
A crise econômica europeia (fortemente vivida até 2012) reduziu o poder de
compra dos noruegueses (principais importadores de alumínio, ao lado do japoneses),
agindo diretamente na ligeira diminuição na produção da cadeia bauxita-alumina-alumínio
em comparação ao movimentado em 2011.
No ano de 2013, preponderantemente devido ao problema de baixa
produtividade na planta industrial da Alunorte (o qual levou esta empresa do Grupo Hydro
a contratar uma das melhores empresas de consultoria do mundo), a movimentação no
Porto de Vila do Conde foi aproximadamente 1 milhão de toneladas inferior à aferida em
2012.
Em 2014, a alta de 6,56% na movimentação de carga em relação ao ano de
2013 foi preponderantemente devido às altas de 10,47% na exportação de alumina
(4.738.533 toneladas em 2014 contra 4.289.550 toneladas em 2013), de 76,56% na
exportação de manganês, de 19,34% na importação de soda cáustica, de 25,80% na
importação de coque, de 60,95% na importação de insumos para a fabricação de cimento
(Grupo de mercadoria “Enxofre, terras e pedras”), de 2,16% na importação de carvão e de
50,10% na movimentação em contêiner (667.622 toneladas em 2014 contra 444.773
toneladas em 2013).
Porto de Santarém
O início da movimentação de clinquer na área de fundeio em 2012 foi
preponderante para que este ano fosse fechado com a segunda alta anual consecutiva.
Esta tendência ascendente dos dois últimos anos continuou em 2013, onde o
incremento de aproximadamente 1 milhão de toneladas foi preponderantemente causado
pelas expressivas altas nos descarregamentos das balsas e nos carregamentos dos
navios contendo milho.
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Em 2014, o declínio de 35,24% na movimentação total do porto foi
preponderantemente causada pela baixa de 37,44% (2.629.799 toneladas em 2014 contra
4.203.700 toneladas em 2013) na movimentação em granel sólido (basicamente soja e
milho) devido à elevação atípica do Rio Tapajós e consequente inundação da instalação
portuária da Cargill em Porto velho, havendo inclusive dano ao carregador em operação.
Por outro lado, a importação de fertilizante cada vez mais se consolida no Porto de
Santarém (em 2014 foram 41.647 toneladas contra apenas 5.000 toneladas em 2013) e a
movimentação em granel líquido (ocorrida nos três Terminais arrendados de granel
líquido) teve alta de 15,05%, onde 181.461 toneladas foram movimentadas em 2014
contra 157.718 toneladas em 2013).
Instalação Portuária de Altamira
Até o ano de 2009, a média anual era de aproximadamente apenas 30.000
toneladas.
A partir de 2010, as obras de construção da barragem da Usina Hidrelétrica
(UHE) de Belo Monte fizeram alavancar exponencialmente os descarregamentos de óleo
diesel e de gasolina comum na instalação portuária de Altamira.
A instalação portuária de Altamira fechou o ano de 2013 com 256.218
toneladas movimentadas.
Em 2014, a principal causa para baixa 8,69% na movimentação de carga total
em relação ao ano de 2013 foi a retração de 17,32% (131.745 toneladas em 2013 contra
108.922 toneladas em 2014) no descarregamento de óleo diesel. Isto foi reflexo do
período
de
cheia
enfrentado
na
instalação
portuária
de
Altamira,
onde
os
descarregamentos das balsas-tanque foram transferidos para a instalação portuária do
Consórcio Norte Energia, grupo formado por diversas empresas envolvidas na construção
da UHE de Belo Monte.
O aumento de 11,11% nos descarregamentos de gasolina comum em 2014
(28.270 toneladas) em relação ao ano anterior (25.443 toneladas) é reflexo do aumento
populacional da região do Município de Altamira.
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Instalação Portuária de Itaituba
Com a suspensão em 2012 dos descarregamentos dos derivados de petróleo
houve baixa nas movimentações de carga neste porto, se comparado ao ano de 2011.
Em 2013, não mais ocorreu os descarregamentos de madeira (foram 878 toneladas em
2012) e a madeira carregada apresentou um montante menor em 6.000 toneladas. Em
contraposição, os carregamentos com boi vivo incrementaram em 2013 aproximadamente
1.000 toneladas em relação ao ano anterior, registrando em 2013 o valor de 1.550
toneladas de boi vivos.
Em 2014, a boa alta de 24,81% na movimentação total (75.200 toneladas em
2014
contra
60.251
toneladas
em
2013)
foi
preponderantemente
devida
ao
descarregamento de 12.104 toneladas de madeira em tora, as quais alimentaram as
serrarias da região. Após beneficiadas, parte desta madeira serrada é carregada na
instalação portuária de Altamira com destino ao TUP da Reicon em Belém/PA e aos
Portos Organizados da CDP, visando a posterior exportação em contêiner.
Instalação Portuária de Óbidos
O Porto de Óbidos registrou no ano de 2012 a sua melhor marca na história,
devido ao aquecimento dos descarregamentos de motocicletas e de castanhas. A
expressiva diminuição em 2013 foi devida ao fato de que as embarcações que
transportam grande parte das cargas passaram a operar em uma instalação portuária
dotada de rampa designada pelo Município, na qual é permitida (de forma insegura) a
entrega e o recebimento de cargas diretamente no costado das embarcações. Este
procedimento inseguro não é permitido na instalação portuária de Óbidos (administrada
pela CDP) em atendimento à Norma Regulamentadora nº 29 da Portaria MTb 3214/78 e
às recomendações do Ministério Público. Contudo, a receita operacional em 2013 não
acompanhou a acentuada baixa da movimentação de carga pelo fato da instituição em
todas as instalações portuárias da CDP do valor mínimo por fatura de R$ 30,00.
Em 2014, a boa marca de 69,5% (4.608 toneladas em 2014 e 2.719 toneladas
em 2013) de alta na movimentação total foi preponderantemente devida ao aumento de
aproximadamente 1.000 toneladas de castanha descarregadas e outras 1.000 toneladas
carregadas. As empresas Caiba e Mundial possuem usinas para o beneficiamento de
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Castanha na cidade de Óbidos/PA, as quais confirmaram a grande safra ocorrida em
2014. Tais usinas compram a castanha “in natura” dos fazendeiros do Estado do
Amazonas, e realizam o beneficiamento o qual consiste na desidratação (a castanha
permanece com a casca) e na extração da casca (tipo exportação).
Participação percentual das instalações portuárias na movimentação de carga
O Porto de Vila do Conde participou com um pouco acima de 70% da movimentação
de carga em todas as instalações portuárias administradas
portuária para a fabricação do alumínio.
2014
2,50% 2,64%
pela CDP, preponderantemente devido à cadeia logística
10,71%
13,23%
Em um segundo patamar, tem-se o Porto de
Santarém (com 13,23%, preponderantemente devido à
70,91%
movimentação de soja e de milho) e o Terminal
Petroquímico de Miramar (com 10,71%).
Em um terceiro patamar, tem-se o Cais Público
BELÉM
MIRAMAR
VILA DO CONDE
SANTARÉM
OUT+ALT+ITA+ÓBI+MAR
do Porto de Belém (com 2,64% do total movimentado na
Companhia) e a somatória das cargas movimentadas pelas instalações portuárias de Óbidos, de
Altamira, de Itaituba e de Marabá, além do Terminal de Outeiro, representando apenas 2,50% do
total da carga movimentada em 2014.
Movimentação de Carga X Receita Operacional
A taxa de crescimento da movimentação de cargas entre o ano de 2013
(22.398.906 toneladas) e o ano de 2012 (22.080.936 toneladas) foi de 0,32%. Neste
mesmo período, a Receita Operacional acompanhou a tendência positiva da
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movimentação de carga devido ao faturamento de receitas tais como a de Uso da
Infraestrutura Aquaviária (Tabela I), pago pelos Terminais de Uso Privativo (TUP)
localizados na Área de Porto Organizado de Belém e de Vila do Conde. Com um
faturamento operacional de R$ 105.014.927,00 no ano de 2013 e com R$ 98.800.805,00
no ano de 2012, o caixa da CDP cresceu em 6,28%.
A queda percentual na movimentação de cargas entre o ano de 2014
(21.729.782 toneladas) e o ano de 2013 (22.398.906 toneladas) foi de 2,99%. Neste
mesmo período, a Receita Operacional não acompanhou a tendência negativa da
movimentação de carga. Com um faturamento operacional de R$ 115.924.851,00 no ano
de 2014 e com R$ 105.014.927,00 no ano de 2013, a receita operacional da CDP cresceu
em 10,39% neste último ano, mantendo a alta anual consecutiva.
Movimentação de carga por natureza de movimentação
A baixa de 6,95% (1.253.312 toneladas em 2014 contra 1.346.965 toneladas
em 2013) na movimentação em Carga Geral Não-Conteneirizada foi devida
preponderantemente à baixa de 10,96% (287.308 toneladas em 2014 contra 322.676
toneladas em 2013) nas exportações de animais vivos e a baixa de 14,71% (301.114
toneladas em 2014 contra 353.048 toneladas em 2013) nas exportações de alumínio
bruto na forma de lingote.
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A alta de 2,21% (16.026.709 toneladas em 2013 contra 15.680.458 toneladas
em 2012) nas movimentações em granel sólido foi impulsionada pela excelente
movimentação dos grãos vegetais no Porto de Santarém, em especial ao milho. O
crescimento não foi mais expressivo devido às baixas na movimentação de bauxita e de
alumina, as duas cargas mais movimentadas em toda a CDP e cujas participações
percentuais, somadas, representaram 42,12% do total movimentado em 2013.
Já em 2014, as 14.825.766 toneladas movimentadas em granel sólido
representaram baixa de 7,49% em relação às 16.026.709 toneladas movimentadas em
2013. Este resultado foi preponderantemente devido à redução de 4,75% na
movimentação de bauxita (4.955.961 toneladas em 2014 contra 5.197.942 toneladas em
2013), de 39,31% de milho (809.669 toneladas em 2014 contra 1.334.179 toneladas em
2013), de 17,02% de soja (827.211 toneladas em 2014 contra 996.879 toneladas em
2013) e de 4,75% na movimentação de bauxita. Estas baixas foram parcialmente
compensadas pela alta de 10,71% na exportação de alumina. Bauxita e alumina foram as
duas cargas mais movimentadas em toda a CDP, cujas participações percentuais quando
somadas, representaram aproximadamente 45% do total movimentado em 2014.
Quanto às movimentações em granel líquido, em 2013 houve baixa de 2,61%
devido primordialmente à redução nas importações de soda cáustica, assim como nos
descarregamentos de óleo diesel e de gasolina comum, em atendimento aos grandes
projetos e ao crescente mercado consumidor automobilístico da região.
Em 2014, houve alta de 10,00% (4.743.274
toneladas em 2014 contra
4.312.116 toneladas em 2013). As principais causas foram a alta de 19,34% (2014 foram
movimentadas 1.217.919 contra 1.020.513 toneladas em 2013) nas importações de soda
cáustica e a alta de 10,53% (2014 2.327.502 toneladas contra 2.105.850 toneladas em
2013) na movimentação no Terminal de Miramar, em atendimento aos grandes projetos e
ao crescente mercado consumidor automobilístico do Estado do Pará.
Em 2011, a movimentação através de contêineres refletiu bem a crise
econômica europeia vivida na época, onde foi registrada baixa de 8,96 (somente a
madeira serrada, diminuiu 7,00% na exportação). Dando início à recuperação da crise, o
ano de 2012 fechou em alta de 3,15%. O ano de 2013 manteve a tendência de
recuperação, onde foi registrada nova alta (agora de 5,04%) em relação ao ano anterior.
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Já em 2014, a movimentação em contêiner nos portos da CDP teve alta de
27,25% (907.431 toneladas contra 713.116 toneladas em 2013).
Somente no Porto de Vila do Conde, houve alta de 50,10% (2014 foram
movimentadas 667.622 contra 444.773 toneladas em 2013). Na exportação, os produtos
que destacaram-se foram: carne bovina 46,76% em 2014 (61.451 toneladas contra
41.871 toneladas em 2013), caulim com 20,07% (2014 movimentado 46.194 toneladas
contra 38.473 toneladas em 2013), madeira 21,44% (2014 movimentado 115.219
toneladas contra 94.879 em 2013) e os produtos químicos inorgânicos (Silício) 41,04%
foram movimentadas em 2014 (28.329 toneladas contra 20.086 toneladas em 2013). No
carregamento em cabotagem houve aumento de 89,92% (81.291 toneladas em 2014
Tipos de carga mais movimentados
A tabela abaixo relaciona os dez principais tipos de carga mais movimentados
no ano de 2014, nas instalações portuárias administradas pela CDP:
Tabela 2 – As dez cargas mais movimentadas nas instalações portuárias administradas pela CDP.
AS 10 CARGAS MAIS MOVIMENTADAS NA CDP
Tipo de Carga
Bauxita
Alumina
Combustíveis e óleos minerais
Milho
Soja
Soda cáustica
Carvão mineral
Coque de petróleo
Produtos químicos inorgânicos
Alumínio e Suas Obras
Outros
Total
2014
Movimentação Participação
(t)
(%)
4.956.075
22,81
4.738.588
21,81
3.226.057
14,85
1.298.038
5,97
1.292.691
5,95
1.225.378
5,64
560.554
2,58
548.945
2,53
494.627
2,28
397.028
1,81
2.991.801
13,77
21.729.782
100,00
2013
Movimentação
Participação
(t)
(%)
5.203.177
23,23
4.289.624
19,15
3.090.234
13,80
2.058.737
9,19
1.737.413
7,76
1.021.657
4,56
548.626
2,45
578.907
2,58
362.019
1,62
400.729
1,79
3.107.783
13,87
22.398.906
100,00
As 10 principais cargas movimentadas correspondem a 86,23% de toda a
movimentação da CDP durante o ano de 2014. Nota-se que se sobressaem aquelas
cargas relacionadas aos contratos de arrendamento (tais como o da ALUNORTE, da
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ALBRÁS, da Cargill e das Companhias distribuidoras de derivados de Petróleo,
arrendatárias no Terminal de Miramar).
Conforme observado em 2013, em 2014 o milho continuou sendo a 4ª carga
mais movimentada, mantendo-se acima da soja.
Em 2014 os produtos químicos inorgânicos (basicamente o silício) ganhoaram
a 9ª colocação, anteriormente ocupada pelo alumínio da Albras.
Movimentação de carga em contêineres
As instalações portuárias que movimentaram contêineres no ano de 2014
foram o Cais Público do Porto de Belém, o Porto de Vila do Conde e o Porto de Santarém.
Nesta natureza de movimentação há o carregamento de madeira serrada, de
madeira laminada, de pimenta do reino, de silício, de caulim e de couro bovino. Há
também das cargas refrigeradas: peixe, polpa de fruta congelada e carne bovina.
Os descarregamentos preponderantes são de papel (bobinas para a
impressão dos dois maiores jornais do Estado do Pará), automóveis para passageiros,
obras de pedra (granito) para as lojas de construção do Estado, plásticos e produtos
químicos orgânicos e inorgânicos.
Evolução anual da movimentação em TEUs
Por convenção internacional, o número de unidades básicas de contêiner é
representada em TEU (Twenty Equivalent Units) ou Unidade Equivalente a Vinte pés.
Em 2013 a movimentação em contêiner na CDP (56.891 TEUs) foi ligeiramente
maior (alta 2,24 %) à realizada em 2012 (55.643
TEUs). A tendência mundial de conteneirização
das mercadorias, é em virtude de que a unitização
da carga traz um retorno financeiro mais rápido aos
donos da mercadoria, pois não precisam aguardar
dias para que haja mercadoria suficiente no porto
para
aquela
específica
embarcação,
como
acontece, por exemplo, com os navios de carga
que exportam madeira através de amarrados, fora
do interior de contêiner.
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Já em 2014, a movimentação em contêineres em toda a CDP atingiu o
excelente resultado de 67.963 TEUs, registrando
alta de 19,46% em relação ao ano de 2013 (56.891
TEUs). Este resultado foi preponderantemente
devido ao Porto de Vila do Conde.
A movimentação em contêiner no Porto
de Vila do Conde ultrapassou pela primeira vez a
do Porto de Belém no ano de 2011, devido à
alteração da rota da linha Caribraz, da armadora
CMA-CGM. Em abril de 2010, esta linha deixou de
escalar o Porto de Belém. Já em 2011, passou a operar metade das suas viagens
fazendo escala no Porto de Belém e a outra metade fazendo escalas nos Portos de Vila
do Conde e de Santarém. Os anos de 2012 e de 2013 continuaram com a tendência
ascendente e mantendo o Porto de Vila do Conde como o mais movimentador de
contêineres, fechando o ano de 2013 com o montante de 28.468 TEUs.
Em 2014, o excelente resultado de 42.812 TEUs foi devido aos incrementos no
descarregamento de arroz em cabotagem para suprir os supermercados do Estado do
Pará. Também houve alta nas exportações com: carne bovina congelada, caulim, madeira
e produtos químicos inorgânicos (silício) . Houve também o início da exportação com
celulose.
O fato do Porto de Belém ter passado
para o segundo lugar no volume de movimentação
em contêiner não o enfadou à decadência. Pelo
contrário, em 2013 sua movimentação continuou em
crescimento. Em 2014 foram movimentados 24.736
TEUs contra 25.317 TEUs em 2013 (baixa de
2,29%), porém ainda superior ao registrado em
2012.
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No Porto de Santarém, a exportação de madeira serrada é a operação que
contribuiu preponderantemente para a movimentação de mercadorias através de
contêineres neste Porto.
O ano de 2011 registrou o maior valor
(6.903 TEUs) desde o ano de 2008, início da
operação em contêiner nesta instalação portuária.
Em 2012, a demanda por contêiner no
Porto de Santarém começou a reduzir, fechando
este ano com 5.074 TEUs.
O
fim
da
operação
com
navios
conteneiros, por decisão da armadora CMA-CGM, foi declarado em 2013, fechando o ano
com 3.105 TEUs.
No início de 2014, a movimentação de contêiner voltou a ocorrer no Porto de
Santarém, desta vez através de balsas que realizam o transporte até os Portos de Belém
e de Vila do Conde. O montante de 699 TEUs foi movimentado.
Atendimento a embarcações
A quantidade de embarcações atendidas em toda a CDP no ano de 2014 foi de
10.461, registrando aumento de 6,26% no fluxo em relação ao ano de 2013.
Com a continuidade das obras de construção da barragem da Usina
Hidrelétrica de Belo Monte, o Porto de Altamira apresentou taxa de crescimento de
8,38% nos seus atendimentos realizados em 2014, sendo a mais positiva entre todas as
instalações portuárias.
O Porto de Itaituba apresentou considerável redução nos atendimentos a
embarcações em 2011, reflexo do término das operações da Equador Distribuidora em
meados do referido ano. Em 2014, cresceu 16,97% devido preponderantemente ao
incremento nos carregamentos de animais vivos.
O Terminal de Miramar registrou alta de 8,67% nos seus atendimentos à
embarcações em 2014 em relação ao ano de 2013. Este número está diretamente
relacionado com a alta percentual registrada na movimentação de carga entre estes dois
últimos anos.
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Tabela 3 – Atendimento à embarcações nas instalações portuárias administradas pela
CDP.
Atendimento à Embarcações
Instalação portuária
Belém
Miramar
Vila do Conde
Santarém
Altamira
Itaituba
Óbidos
Outeiro
Marabá
CDP
2014 2013
1.304 1.453
1.066
981
1.193
913
1.818 2.084
401
370
193
165
4.336 3.646
150
233
0
0
Var. (%)
-10,25
8,66
30,67
-12,76
8,38
16,97
18,92
-35,62
-
10.461 9.830
6,42
Comparativo da movimentação de carga por sentido
A tabela a seguir realiza a comparação, entre os anos de 2014 e de 2013, da
carga movimentada. A comparação está detalhada por instalação portuária e por sentido.
Tabela 3 – Movimentação de carga por sentido nas instalações portuárias da CDP.
Porto
Belém
Miramar
Vila do Conde
Santarém
Altamira
Itaituba
Óbidos
Outeiro
Marabá
CDP
Carregamento (t)
2014
2013 Var. (%)
225.316
193.235
16,60%
343.383
298.631
14,99%
6.660.528
5.819.351
14,45%
1.678.185
2.580.889
-34,98%
33.332
29.414
13,32%
58.377
59.524
-1,93
1.625
1.003
61,98
82.006
162.750
-49,61%
9.082.752
9.144.797
-0,67%
Descarregamento(t)
2014
2013 Var. (%)
349.163
378.092
-7,65%
1.984.119
1.807.219
9,79%
8.748.727
8.640.762
1,25%
1.196.031
1.857.698
-35,62%
200.610
226.804
11,55%
16.823
727 2212,87%
2.983
1.716
73,90%
148.574
341.091
-56,44%
12.647.030 13.254.109
-4,58
Das movimentações apuradas no exercício de 2014, os carregamentos
representaram 9.082.752 toneladas e os descarregamentos 12.647.030 toneladas.
Comparado ao exercício de 2013, verifica-se que houve ligeira baixa de 0,67% nos
carregamentos e baixa de 4,58% nos descarregamentos ocorridos no ano de 2014.
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______________________________________________________________________________
Através da representação gráfica abaixo, observa-se a evolução dos
carregamentos e dos descarregamentos durante os últimos 10 anos, os quais foram
realizados em todas as instalações portuárias da CDP.
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4. Porto Organizado de Belém
O Porto Organizado de Belém possui três terminais descontínuos, os quais
são denominados no Sistema de Desempenho Portuário (SDP) da Agência Nacional de
Transportes Aquaviários (ANTAQ) como: “Cais Público”, “Terminal Petroquímico de
Miramar” e “Terminal Portuário de Outeiro”.
4.1. Cais Público do Porto de Belém
4.1.1. Introdução
O Porto Organizado de Belém é um porto fluviomarítimo, pois, apesar de
estar situado em águas fluviais atende a linhas marítimas. Possui 6 (seis) berços para
atracação visando o atendimento às embarcações, conforme ilustrado na figura abaixo.
1
2
3
6F
4
5
O berço 6F, utilizado pelas embarcações que realizam navegação interior,
atende a 6 (seis) linhas de navegação interestaduais e 4 (quatro) intermunicipais. Estas
últimas fazem a ligação da capital do Estado do Pará com a região norte do Estado (Ilha
do Marajó). Já as embarcações utilizadas nas linhas interestaduais (passando pelo
Estreito de Breves) permanecem, em média, atracadas por quatro dias no Porto de Belém
devido à quase ausência do emprego de equipamentos operacionais mecanizados para
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os descarregamentos e os carregamentos das embarcações, contribuindo para a alta
Taxa de Ocupação deste berço.
Em 02/02/2014, auxiliado por três
empurradores, desatracou do berço 6F o
navio catamarã para passageiros de nome
“Couraçado Nícolas” pertencente à armadora
ENART. Esta embarcação estava atracada
no Porto de Belém desde por volta do ano de
2002. Esta desocupação do berço permitirá
um maior atendimento a embarcações, o que
deverá ser necessário em um médio prazo, tendo em vista o avantajado estágio de
reforma do Terminal de Passageiros.
Quanto à receita operacional, no mês de dezembro de 2012, este porto
apresentou elevada arrecadação com a Tabela V (Armazenagem) devido ao fato de que o
valor de R$ 536.020,97 foi cobrado da empresa Votorantim Cimentos. Esta empresa
realizou a importação de cimento em sacos de 50 kg (acondicionados em big-bags)
através do navio Blue Sand (Atracado em 07/02/2011 e desatracado em 12/02/2011).
Parte desta carga sofreu avaria durante a sua operação de descarga e ficou armazenada
no porto até a data em que a referida empresa resolveu retirá-la (a maior parte foi retirada
em 31/12/2012).
4.1.2. Principais cargas movimentadas
Trigo
O serviço público executado no berço 5 é arrendado para o Grupo Ocrim,
detentor das marcas: Mirella, Trigolar e Ambra (ambas na fabricação de farinha de trigo),
Ricosa (fabricação de macarrão), Trigolino (fabricação de biscoito) e Rações Ocrim
(fabricação de ração animal).
Os silos deste grupo receberam o trigo in natura descarregado das
embarcações oriundas principalmente de portos nos Estados Unidos e da Argentina.
Historicamente há registros de importação deste grão também do Canadá e do Estado do
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Rio Grande do Sul. A Área de Livre Comércio no âmbito do MERCOSUL justifica o fato de
a Argentina ser um dos principais parceiros na venda de trigo (em concorrência ao
produzido no Rio Grande do Sul), mesmo que atravesse longas distâncias (Agência
Brasil, 2009).
Tabela 4.1.1 – Principais Portos de Origem do Trigo.
Trigo
Carga
Porto de Origem
Itaqui
Rio Grande
Outeiro
Beaumont
Necochea
Montevideo
Duluth
TUP Majonav
Nueva Palmira
Bahia Blanca
Westwego
Houston
Channelview
Galveston
País
2013
2014
Brasil
Brasil
Brasil
EUA
Argentina
Uruguai
EUA
Brasil
Uruguai
Argentina
EUA
EUA
EUA
EUA
6
14.929
17.200
38.468
64.422
21.685
13.293
12.759
13.781
49.092
16.250
15.495
1.500
11.572
9.181
14.907
39.768
23.653
33.635
Através dos dados apresentados na Tabela 4.1.1, observa-se que em 2014 a
grande maioria do trigo descarregado continuou sendo importado ao invés de realizar a
cabotagem. Contudo, verificou-se uma maior participação percentual dos portos situados
nos Estados Unidos e o registro de importações do Uruguai.
O trigo in natura é então armazenado nos silos situados junto ao cais do Porto
de Belém. Daí, este insumo é desfolhado, moído e transformado em farinha de trigo e em
farelo de trigo.
A farinha de trigo é ensacada e transportada em carreta, assim como também
é transportada através de caminhões-tanque (aproximadamente cinco viagens por dia em
caminhões com capacidade para 30 t) até as fábricas de pão espalhadas pela região
metropolitana de Belém, principalmente para a fábrica Ricosa (pertencente ao Grupo
Ocrim). Já quanto ao farelo de trigo gerado, o mesmo é transportado através de correia
transportadora aérea sobre a Travessa Rui Barata até a fábrica de ração animal (também
pertencente ao Grupo Ocrim). Adicionado à proteína e outros componentes, este farelo é
a “massa principal” para a fabricação da ração animal.
26
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Em 24/07/13 iniciou a operação de descarregamento de trigo em uma
embarcação atracada fora do berço 5 (local arrendado e operado pela Ocrim). O navio
graneleiro M/V AS Elbia foi atracado no berço 2, onde realizou o descarregamento de
13.500 toneladas importadas do Porto de Channelview (EUA) através de grabs içados
pelas lanças dos navios. Esta é uma alteração na logística portuária que a consignatária
Moinhos Cruzeiro do Sul adotou (e deverá passar a adotar), deixando de receber o trigo
através da entrada dos seus caminhões na área do Terminal de Contêiner, concorrendo
espaço em alguns intervalos de tempo com as operações de contêiner.
A fabrica produtora de farinha de trigo e farelo de trigo da Ocrim possui
capacidade para a moagem de 500 t/dia ou 180.000 t/ano.
Movimentação de Trigo em 2014 (t)
Carga
Trigo
Ano
Moinho Cruzeiro do Sul
Berço 2
Ocrim
Berço 3
Berço 5
2012
0
0
194.166
2013
71.599
0
194.917
2014
136.447
11.025
109.212
Fonte: SCAP, em 08/03/15.
A partir do ano de 2013, o trigo destinado ao cliente Moinhos Cruzeiros do Sul
passou a ser descarregado no berço 2. Devido ao sucesso destas operações piloto, em
2014 os descarregamentos foram ainda maiores e passaram a utilizar também o berço 3.
Madeira
A exportação de madeira serrada e de madeira laminada vinha experimentando
uma demanda crescente até o ano de 2004, principalmente devido a um cenário
internacional favorável (câmbio favorável à exportação e crescimentos das principais
economias mundiais, como a dos Estados Unidos).
No final de 2008, com a crise imobiliária/econômica dos Estados Unidos, o
mercado europeu (França, Bélgica e Holanda) passou a ser o principal destino destas
mercadorias. Aliada à crise, a alta crescente do Dólar, desde 2008 contribuiu para a
queda da demanda de forma generalizada, gerando crise no mercado exportador de
madeira do Pará (IMAZON; Serviço Florestal Brasileiro, 2010).
27
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Além disso, novas restrições para a exportação de produtos de madeireiras
brasileiras foram estabelecidas pelos Estados Unidos e pela Europa; ambos passaram a
exigir, a partir de 2008 e 2009, a comprovação de origem da madeira exportada,
garantindo assim a legalidade da extração e o cumprimento das leis ambientais. Há,
contudo, dificuldade do setor madeireiro paraense de se adequar às novas normas
(ABIMCI, 2013).
Desde o ano de 2013, não houve exportação de madeira em navios para carga
solta. Isto é, toda a madeira exportada foi movimentada através de contêiner. A Tabela
4.1.2 elenca alguns portos de destino da madeira exportada através do Porto de Belém.
Os portos de Leixões (Portugal) e de Shanguai (China) são portos de entrada para a
Europa e para a Ásia.
Tabela 4.1.2 – Principais portos de destino da madeira.
MADEIRA
Carga
Porto de Destino
2013
2014
Gotha
Luanda
Shanghai
Brampton
Dalian
Huangpu
Szczecin
Leixoes
Rio Haina
Guadalupe
Penang (Georgetown)
Dublin
Trieste
Kingston
Shuwaikh
581
3.172
24
430
606
6.242
278
29
16
54
196
537
30
524
2.757
59
70
340
116
6.316
90
160
201
30
304
154
45
Fonte: SCAP
Segundo (IDEC, 2009), os principais clientes estrangeiros das madeireiras
paraenses são Cecco Trading (EUA), Thompson
Mahogany Company (EUA), DLH
Nordisk (EUA), Brico Dépôt (França, Espanha e Polônia), Bois Aise of Montreal (Canadá e
EUA), Great Atlantic International (EUA), Robinson Lumber Company (EUA, Bélgica e
Honduras), Moxon Timbers (Austrália), Advantage Trim & Lumber Co (EUA), J. Gibson
McIlvain Company (EUA), Aljoma Lumber Inc. (EUA), Brazilian Wood Depot (EUA),
Appalachian Flooring (Canadá), BRBR (Reino Unido) e TW Wood Products (EUA).
28
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______________________________________________________________________________
Papel celulose
Pertencente ao Grupo Orsa, a Jari Celulose (fábrica de papel e de embalagens
instalada na Vila de Munguba, Município de Almeirim/PA) tem capacidade anual de
produção de 410.000 toneladas (Jari Celulose, 2013) de celulose, através do plantio e
corte de eucaliptos. Grande parte desta produção é carregada no próprio TUP da fábrica.
Por volta de janeiro de 2013, a Jari Celulose resolveu parar a sua produção. O
grupo que controla esta empresa buscará alternativas consideradas mais atrativas para a
fábrica.
Em 16/02/13, desatracou do Porto de Belém a primeira balsa com
aproximadamente 700 toneladas de papel celulose. A FACEPA (Fábrica de Papel da
Amazônia S.A) comprou a ponta de
estoque de papel celulose da fábrica Jari
Celulose.
Foram
28
balsas
que
descarregaram o montante de 3.027
toneladas de celulose e mais 21.872
toneladas de papel no Porto de Belém até
o mês de maio de 2013. Do cais do Porto
de Belém esta carga seguiu pelo modal
rodoviário até esta fábrica da FACEPA
situada no bairro da Sacramenta (Belém/PA).
A FACEPA é produtora dos papeis higiênicos de marca Le Blanc, Floral, Tutto
e Nino, além dos guardanapos de papel de marca Naps, Scala e Fleur, assim como da
fralda de marca Maxx Baby e também do lençol hospitalar de marca Econoclean.
Este carga foi a preponderante para a alta em 2013 da movimentação em
carga geral não-conteneirizada no Cais Público do Porto de Belém.
Cimento
Em
28/11/2011,
a
Votorantim
Cimentos finalizou a sua última operação no Cais
Público do Porto de Belém com navio com
cimento armazenado em sacos para 50kg e
29
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
movimentados em grupo de 10 unidades através de big-bags. Este tipo de operação
passou a ser realizado através do Terminal de Outeiro desde então.
No final de 2013, com a alta na demanda do mercado consumidor, o armazém
coberto do Terminal de Outeiro passou a ser pequeno para este volume e foi retomado o
descarregamento também através do Cais Público, sendo que desta vez o cimento
Portland comum passou a ser movimentado diretamente no big-bag (sem estar
acondicionado nos sacos de 50kg). Foi então que em 13/12/2013, desatracou do berço 2
o navio “MV Aargau”, oriundo do Porto de Hongai (Honduras) e que previamente
descarregou parte do cimento (aproximadamente 17.150 t) no Terminal de Outeiro em
04/12/2013, permitindo a redução do calado do navio e viabilizando sua atracação no
Cais Público do Porto de Belém.
A partir do dia 15/04/2014, balsas da armadora Bertolini passaram a ser
carregadas
destino
com
ao
carregamento
este
Porto
cimento
de
desta
com
Altamira.
carga
se
O
deu
através da utilização de guindaste com
rodas automotor de propriedade do
Operador
Portuário
Terraplenagem”,
o
qual
“MS
realizou
o
levantamento de 4 (quatro) big-bags por ciclo Terra-Bordo.
Esses big-bags são retirados
do armazém através de trator, de duas
em duas unidades, até o costado da
balsa.
Contudo,
este
equipamento
operacional não é o gargalo para uma
melhor produtividade nesta operação,
tendo em vista que a distância a ser
percorrida pelo mesmo é curta e pode ser realizada em um intervalo de tempo bem menor
do que o necessário para a realização do ciclo Terra-Bordo do guindaste.
30
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Contêiner
Desde o fim de Setembro/2012, a CMA CGM cancelou o serviço “Caribraz
Caribe-Brasil”, além de cancelar outros serviços de conexão com o Porto de Manaus. Em
seu lugar foi dado início à linha North Brazil Feeder (NRDBRAFD), onde suas 4
embarcações atenderam aos três Portos Organizados da CDP. O Porto de Santana (AP)
passou a ser contemplado como ponto de escala, onde até então as cargas que
desejassem ser movimentadas em contêiner tinham que ser operadas através do Porto
de Belém. Além destes portos, esta linha também fez escala nos Portos de Fort de
France, de Port of Spain (TT) e de Itaqui (BR).
O novo serviço se conecta com outros que carregam e descarregam na costa
leste dos Estados Unidos, oeste do Mediterrâneo, Caribe e América Central, Norte da
Europa, Guiana Francesa, entre outros mercados. A frequência deste serviço é de 24
dias.
Uma das principais cargas movimentadas através de contêiner no Porto de
Belém é o silício, sendo a mineradora Dow Corning a exportadora preponderante deste
Produto Químico Inorgânico. Em 2014, esta mineradora optou por fechar vendas de silício
com vários consumidores europeus em detrimento aos americanos, como historicamente
realizado. Sendo assim, como a armadora CMA-CGM somente realiza linhas de
navegação para a América do Norte e para o Caribe, grande parte da carga teve que se
deslocar pelo modal rodoviário até o Porto de Vila do Conde. Este porto atende a linhas
que realizam escalas em portos da Europa. Este fato justificou a diminuição no Porto de
Belém de 5.314 toneladas de Produto Químico Inorgânico em 2014 em relação a 2013.
Neste mesmo período, no Porto de Vila do Conde, houve aumento de 8.243 toneladas de
Produto Químico Inorgânico.
31
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
4.1.3. Principais Linhas de Navegação
Navegação de longo curso
Tabela 4.1.3 – Principais Linhas na Navegação de Longo Curso.
Armador
Linha
CMA CGM/
NRDBRAFD
Marfret
-
-
Marfret
South
A me r i c a
-
-
Nome da
embarcação
Escalas
Fort de France, Port of Spain (TT); Itaqui
(BR); Belém (BR), Vila do Conde (BR),
Santana (BR), Pecem (BR); Port of Spain
(TT); Fort de France..
Algeciras, Vigo, Leixoes, Rotterdam,
Antwerp,Tilbury, Dunkirk, Rouen, Le Havre,
Montoir, St Martin, Port of Spain, Degrad des
Cannes, Belém, Fortaleza e Natal.
-
Capac.
Máx.
(TEUs)
IMO
Platon
Homere
Herodote
Aristote
Asian Sun
Nadja
Oberon
Guyane
9362437
9362322
9360142
9360154
9359105
9252876
9106467
9111474
Tipos de
Navio
1.691
Handy
1.691
Handy
1.691
Handy
1.691
Handy
1.118
Handy
670 Feedermax
907 Feedermax
1.162
Handy
Marajó
9431630 1.691
Handy
El Toro
9330264 1.118
Handy
Apenas as embarcações porta-contêineres fizeram linhas regulares de longo
curso no Porto de Belém. Os navios que descarregam trigo também realizam navegação
de longo curso, mas não realizam linhas regulares e sim fazem contrato para linhas
trump.
Navegação Interior
Na tabela 4.4 são elencadas as principais linhas que realizam a navegação
interior entre os Estados do Pará, do Amapá e do Amazonas.
Tabela 4.1.4 – Principais Linhas na Navegação Interior.
Armador
Linha
Escalas
PA: Belém, Gurupá, Almeirim,
Prainha, Monte Alegre, Santarém,
BelémÓbidos e Juruti.
Manaus
AM: Parintins, Itacoatiara e
Manaus.
A.R.
PA: Belém, Breves, Gurupá,
Transportes
BelémAlmeirim, Prainha, Monte Alegre,
(ENART)
Manaus
Santarém, Óbidos e Juruti.
(Com escala
AM: Parintins, Itacoatiara e
em Breves)
Manaus.
BelémPA: Belém e Breves.
Macapá
AP: Santana e Macapá.
A.P.
Belém/PA e Santana/AP
BelémOliveira
Santana
Erlon Rocha
PA: Belém e Breves. AP: Santana
BANAV
BelémBelém/PA e Camará/PA
Camará
Arapari
Nº Capitania
Máximo de
Passageiros
(Un.)
Carga
máxima
(t)
Rondônia
0210186178
100
-
Cisne Branco
0010087001
200
-
Amazon Star
0010131931
850
-
Clivia
0010145885
252
160
-
215
-
0010140867
0210184574
0210254220
0210141417
0210254220
650
500
400
0
0
0
0
Nome da
embarcação
São Francisco
de Paula
Anna Karoline III
Soure
Otávio Oliva
Marcos Matheus
Comand.Marcos
32
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
4.1.4. Atendimento à embarcação
Durante o ano de 2014, o cais público do Porto de Belém atendeu a 1.304
embarcações distribuídas pelos tipos de embarcações, pelos tipos de navegação e pelas
nacionalidades das bandeiras, conforme informado através da Tabela 4.1.5.
As embarcações que descarregaram clinquer ou coque na área de fundeio do
Porto Organizado de Belém foram atendidas pelo Cais Público até março de 2011,
aproximadamente. A partir daí, estes atendimentos se deram através do Terminal de
Outeiro.
Quanto ao tipo de navios “cargueiro” (berços de nº 1 a nº 3), houve 14
atendimentos no total. A maioria destes foi para de descarregamento de tratores, de
geradores elétricos e de demais cargas de projeto, visando o seu posterior carregamento
em balsas com destino principalmente às obras de construção da UHE de Belo Monte
(Altamira/PA). Quatro destes cargueiros realizaram apenas consumo de bordo ou
efetuaram a retirada de resíduo. Nenhuma embarcação foi carregada com amarrados de
madeira com destino ao exterior em 2013 e em 2014, apenas uma em 2012 e três em
2011, indicando a migração da natureza de movimentação que esta carga vem sofrendo
ao longo dos últimos anos.
Tabela 4.1.5 – Atendimento à embarcação no Porto de Belém.
Tipo de
Embarcação
Balsa
Balsa-Tanque
Cargueiro
Empurrador
Ferry Boat
Graneleiro
Lancha
Militar
Misto
Navio-Tanque
Passageiro
Pesquisa
Rebocador
Turismo
Conteneiro
Carga Viva
Outros
Total
Longo Curso
N
E
0
0
0
0
0
12
0
0
0
0
0
13
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
2
0
8
0
62
0
0
1
2
1
101
Cabotagem
N
E
0
0
0
0
1
1
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
2
3
1
14
0
1
0
0
0
0
0
0
6
19
Interior
N
40
12
0
34
4
0
0
0
211
0
811
0
8
0
0
0
2
1.122
E
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
AP/AM
N
E
3
0
13
0
0
0
19
0
6
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
9
5
0
0
0
0
0
0
0
0
50
5
TOTAL
43
25
14
53
10
14
0
2
211
1
811
5
39
9
62
0
5
1.304
Legenda: N – Bandeira Nacional
E – Bandeira Estrangeira
AP/AM – Apoio Portuário / Apoio Marítimo
33
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Os descarregamentos de cimento em saco, através de navios com
consignação aproximada de 10.000 toneladas foram realizadas nos berços 1, 2 e 3 do
Porto de Belém até novembro de 2011. No final de junho de 2012, a empresa Votorantim
Cimentos voltou a importar esta mercadoria através da CDP. Só que agora através do
berço 101 do Terminal de Outeiro, em embarcações com 32.500 toneladas de
consignação (em média). Os berços do Terminal de Outeiro possuem maior profundidade
do que os berços do Cais Público do Porto de Belém.
A importação de fardos de juta através de navios cargueiros era quase uma
constante anual nesta instalação portuária até o ano de 2011. Tanto em 2009 como em
2010 e em 2011, houve o atendimento (nos berços 1 a 3) no início destes respectivos
anos de 1 (uma) embarcação com consignação média de 8.500 toneladas. A partir de
2012 não houve este tipo de atendimento e segundo informações da Companhia Têxtil de
Castanhal, a matriz (localizada em São Paulo) está recebendo esta carga por modal
aquaviário e está repassando para as suas filiais através do modal rodoviário.
As 43 balsas atendidas, estão preponderantemente ligadas ao transbordo de
cimento, de máquinas e equipamentos elétricos para Altamira seguiram a Hidrovia
Xingú/Amazonas, a fim de atender a projetos tais como à construção da Usina
Hidroelétrica de Belo Monte. As balsas também estão relacionadas à descarga de trigo, o
qual foi anteriormente transbordado de um navio atendido pelo Terminal de Outeiro.
O total de 25 balsas-tanque foi atendido para a realização do descarregamento
de óleo combustível e posterior transbordo, visando o abastecimento de navios e demais
embarcações.
No berço 4, houve 62 atendimentos a navios conteneiros em 2014, 66
atendimentos em 2013 e 65 atendimentos em 2012. Média de 5,17/mês em 2014, de
5,5/mês em 2013 e de 5,41% em 2012.
Quanto aos graneleiros, 14 foram atendidos em 2014. Destes, a maioria foram
os empegados para o descarregamento de trigo. Caso se deseje fazer a análise dos
navios que descarregaram trigo no Cais Público de Belém, deve também ser
consideradas as embarcações do tipo “cargueiro”. Logo, tem-se a seguinte evolução
mostrada na tabela abaixo:
34
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
NÚMERO DE ATENDIMENTOS A NAVIOS COM TRIGO NO CAIS PÚBLICO DO PORTO DE BELÉM
Tipo de Embarcação
Carga Principal
Graneleiro ou Cargueiro
Trigo
2011
2012
2013
2014
18
18
19
20
O Porto de Belém está se consolidando na rota do turismo internacional. A
tabela abaixo demonstra esta evolução anual.
NÚMERO DE ATENDIMENTOS A NAVIOS DE TURISMO NO CAIS PÚBLICO DO PORTO DE BELÉM
Turismo
Local de Atracação
2011
2012
2013
2014
Berço
12
6
4
3
Fundeio
4
13
12
6
Os navios de turismo atendidos na área de fundeio do Porto de Belém se
utilizam de embarcações do tipo “tender” (semelhante à lancha) para que seus
passageiros possam desembarcar em solo paraense e realizar seu posterior embarque no
navio fundeado.
As embarcações do tipo “passageiro” e “misto” (carga + passageiro), as quais
utilizaram o berço fluvial 6F, representaram 78,37% do número de atendimentos a
embarcações no Cais Público do Porto de Belém. Tal berço é o ponto de chegada e de
partida das embarcações que navegam pelos rios do Estado do Pará, do Amapá e do
Amazonas.
4.1.5. Taxa de Ocupação
As embarcações com trigo atendidas no arrendamento da Ocrim (berço 5)
registraram em 2014 a Taxa de Ocupação de 42,00% contra 49,82% no ano de 2013. Isto
demonstra uma melhor eficiência em 2014 desta arrendatária e operadora portuária. É
válido lembrar que parte do trigo descarregado exclusivamente (até 2012) no berço 05
passou a ser descarregado pelos Berços 2 e 3, em atendimento ao cliente Moinhos
Cruzeiro do Sul.
35
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
A atípica ocupação por embarcações que movimentaram o grupo de
mercadoria “Brinquedos, arma, munição e pirotecnia”, ocorrida no berço 1, é referente ao
navio militar do tipo Pesquisa de nome “Cruzeiro do Sul” (agendamento SCAP 53725).
Tabela 4.1.6 – Taxa de Ocupação no Porto de Belém do Ano de 2014.
BELÉM
TAXA DE OCUPAÇÃO (%)
01/01/2014 à 31/12/2014
Tipo de mercadoria
TRIGO
Total: Granel Sólido
Brinquedo, arma, munição e pirotecnia
Carga de apoio
Comb. E óleos minerais e prod.
Enxofre, terras e pedras, gesso e cal
Maq, aparelhos e mat. Elétricos
Minérios escorias e cinzas
Papel, cartão e obras
Prod. Da indústria de moagem
Prod. Hortícolas, plantas, raíz e tuberculo
Produtos siderúrgicos
Reatores, caldeiras, máquinas
Trigo
Total: Carga Geral Não-Conteneirizada
ABASTECIMENTO COMBUSTÍVES
COMBUSTÍVEIS E ÓLEOS MINERAIS
Total: Granel Líquido
TODOS
Total: Carga Conteneirizada
Sem Carga
Total: Sem Cargas
Total geral
Tempo de Atracação (hhh:mm)
Tempo de Atracação Conjunta (hhh:mm)
Atracação Conjunta
Taxa Ocupação
1
-
2
17,61%
17,61%
3
1,96%
1,96%
0,83%
18,62%
3,34%
1,55%
24,34%
0,27%
0,13%
0,40%
0,85%
0,85%
77,33%
77,33%
102,91%
9015:12:00
3605:02:00
41,15%
61,76%
0,59%
2,47%
0,69%
5,56%
0,54%
9,85%
0,07%
0,04%
0,11%
1,11%
1,11%
17,40%
17,40%
46,08%
4037:36:00
833:59:00
9,51%
36,57%
1,96%
172:50:00
1,96%
Agendamentos: 1328
4
-
5
22,11%
22,11%
0,09%
2,25%
2,34%
0,04%
0,04%
0,08%
9,70%
9,70%
4,09%
4,09%
16,20%
1419:25:00
306:37:00
3,49%
12,71%
0,13%
0,12%
0,32%
0,57%
0,05%
0,05%
4,75%
4,75%
27,27%
27,27%
54,74%
4795:23:00
1116:53:00
12,74%
42,00%
6F
-
FUNDEIO
-
61,56%
0,92%
2,29%
64,77%
213,21%
213,21%
277,99%
24388:22
15760:33
179,90%
98,08%
9,06%
9,06%
9,06%
793:21:00
299:42:00
3,41%
5,65%
Fonte: SCAP, em 09:31:13 do dia 11/03/2015.
Os grupos “Enxofre, terras e pedras, gesso e cal” e “escorias e cinzas” são
relativos às importações com cimento realizados pela empresa Votorantim Cimentos. Tal
carga acondicionada em big-bags foi transbordada para balsas, destinadas à Altamira/PA.
Os 0,32% de trigo no berço 5 como carga geral não-conteneirizada são
relativos às balsas das armadoras Bertolini e Majonave, as quais descarregaram no
arrendamento da Ocrim o transbordo realizado no costado dos navios atendidos pelo
Terminal de Outeiro.
A fim de se realizar comparação histórica, a Tabela 4.1.7 demonstra a taxa de
ocupação no ano de 2013.
Tabela 4.1.7 – Taxa de Ocupação no Porto de Belém do Ano de 2013.
36
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Belém
01/01/2013 à 31/12/2013
Tipo de mercadoria
Preparação alimentícia diversa
Trigo
Aeronaves, embarcações e partes
Carga de apoio
Combustível, óleo mineral e prod.
Enxofre, terra, pedra, gesso e cal
Máquinas, aparelhos e mat. elétrico
Prod. Hortícula, planta, raíz e tubér.
Produtos Siderúrgicos
Reator, caldeira e máquina
Veiculo terrestre e parte acessória
Total: CGNC
Combustível e óleo mineral e prod.
Todos
Sem Carga
Total: Sem Cargas
Total geral
Tempo de Atracação Conjunta
(hhh:mm)
Taxa Ocupação
1
1,10%
1,10%
15,17%
1,11%
9,98%
3,36%
6,36%
1,88%
37,86%
0,11%
0,11%
39,20%
2
11,13%
11,13%
2,42%
1,46%
8,82%
0,57%
13,27%
0,42%
0,42%
26,43%
3
61,09%
39,20%
26,43%
61,09%
78,26%
51,25%
61,09%
6856:50:00 4489:06:00 5351:10:00
3145:27:00
35,91%
42,36%
981:18:00
11,20%
40,04%
61,09%
Agendamentos: 1459
4
1,23%
1,23%
0,73%
0,42%
1,15%
17,37%
17,37%
4,29%
5
6F
FUNDEIO
49,82%
49,82%
0,59%
2,22%
2,81%
0,16%
0,16%
0,40%
0,40%
12,89%
96,91%
1,66%
0,66%
0,24%
99,47%
192,43%
0,85%
0,85%
3,93%
4,29%
12,89%
24,04%
66,09%
2106:16:00 5789:21:00
192,43%
291,90%
25571:50
3,93%
4,78%
419:53:00
78:55:00 1343:10:00
0,89%
15,33%
23,15%
50,76%
16871:47
192,59%
99,32%
99:36:00
1,13%
3,66%
4.1.6. Quantidade de carga movimentada
A movimentação total no Cais Público do Porto de Belém foi de 574.479
toneladas em 2014. No ano de 2013, foram movimentadas 571.327 toneladas, alta
percentual de 0,55% cujos fatores preponderantes são elencados nos parágrafos abaixo.
Os descarregamentos em contêiner registraram 72.195 toneladas em 2013. Em
2014 houve baixa percentual de 23,33%, tendo em vista que 55.348 toneladas foram
descarregadas. Os grupos de mercadoria mais descarregados em 2014 foram: “fios,
fibras, tecidos” (grande parte é a juta, anos antes descarregada nos berços 2 e 3) com
9.111 toneladas e “papel, cartão e celulose” com 5.856 toneladas.
Quanto aos descarregamentos em carga geral não-conteneirizada, houve
baixa de 9,03% (41.396 toneladas em 2013 e 37.659 toneladas em 2014) devido
preponderantemente aos descarregamentos de papel e de celulose oriundos da FACEPA
realizados em 2013, os quais foram originados da Jari Celulose.
37
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Tabela 4.1.8 – Descarregamento em Carga Geral Conteneirizada no Porto de Belém, .
DESCARREGAMENTO
Carga geral conteneirizada
LONGO CURSO
AERONAVES, EMBARCAÇÕES E SUAS PARTES
ALUMÍNIO E SUAS OBRAS
BAUXITA
BEBIDAS, LÍQUIDOS ALCOÓLICOS E VINAGRES
BORRACHA E SUAS OBRAS
BRINQ., MAT. ESPORTIVO, INSTR. MUS., ARMA, MUNIÇÕES E PIROTECNIA
CALÇADOS
CELULOSE
COBRE, NÍQUE, ESTANHO, OUTROS METAIS E SUAS OBRAS
COMBUSTÍVEIS E ÓLEOS MINERAIS E PRODUTOS
CONTEINER
ENXOFRE, TERRAS E PEDRAS, GESSO E CAL
FARELO DE SOJA
FERRAMENTAS E OBRAS DIVERSAS
FERTILIZANTES ADUBOS
FIBRAS, FIOS, TECIDOS E OUTROS ARTEFATOS
GORDURA, ÓLEOS ANIMAIS/VEGETAIS
INST. DE PRECISÃO OU MEDIÇÃO, EQUIP. ÓPTICO, PROD. MÉDICO-FARMAC.
MADEIRA
MAQ, APARELHOS E MAT. ELÉTRICOS
MÁRMORE/GRANITO
MATÉ. ALBUMINÓIDE; PROD À BASE DE AMIDOS OU FÉCULAS; COLA; ENZIMA
METAIS PRECIOSOS E BIJUTERIAS
MÓVEIS, DECORAÇÃO, OBRAS DE ARTES, ANTIGÜIDADES
OBRAS DE PEDRA, GESSO, AMIANTO E MICA
PAPEL, CARTÃO E OBRAS
PEIXES E CRUSTÁCEOS
PELES E COUROS
PLASTICOS E SUAS OBRAS
PREPARAÇÕES ALIMENTÍCIAS DIVERSAS
PROD DIVERSOS DA IND QUÍMICA
PRODUTOS DE PERFUMARIA, COSMÉTICOS
PRODUTOS HORTÍCOLAS, PLANTAS, RAÍZES E TUBERCULOS
PRODUTOS QUÍMICOS INORGÂNICOS
PRODUTOS QUÍMICOS ORGÂNICOS
PRODUTOS SIDERÚRGICOS
REATORES, CALDEIRAS, MÁQUINAS
SEMENTES E FRUTOS OLEAGINOSOS DIVERSOS
TINTAS, CORANTES E VERNIZES
TRIGO
VARIEDADES E BAZAR
VEIC. TERRESTRES PARTES ACESSOR
2014 (t)
177
1.694
58
10
510
318
2.067
20
14.886
135
13
35
842
9.111
37
125
26
438
97
17
79
639
2.345
5.856
42
250
3.057
96
228
32
26
3.174
471
1.935
907
60
2465
350,36
39
2013 (t)
522
630
227
246
684
13
2.101
4
16.189
309
472
2.772
22
123
14
944
241
67
39
1.055
5918
10.294
1.714
2.468
11
660
123
97
2.546
7.875
1.872
2.020
75
1.390
108
924
27
VAR(%)
-66,04%
168,59%
-74,64%
107,59%
-53,56%
-100,00%
-1,62%
-100,00%
-8,05%
-88,35%
78,25%
228,72%
72,84%
2,11%
82,88%
-53,66%
-59,96%
-74,28%
102,38%
-39,43%
-60,39%
-43,11%
-85,42%
23,87%
776,52%
-65,38%
-74,45%
-73,58%
24,65%
-94,02%
3,36%
-55,11%
-20,68%
77,40%
-100,00%
-62,09%
44,32%
TOTAL LONGO CURSO
52.666
2014 (t)
2.680
-
64.790
2013 (t)
619
3.666
2.992
128
-18,71%
VAR(%)
-100,00%
-100,00%
-10,44%
-100,00%
2.680
2014 (t)
7.405
2013 (t)
-63,81%
VAR(%)
2,37
-
-
2,37
0
-
55.348
72.195
-23,33%
CABOTAGEM
ARROZ
CAULIM
CONTEINER
TRIGO
TOTAL CABOTAGEM
INTERIOR
BRINQUEDOS, MATERIAIS ESPORTIVOS, INSTR. MUSICAIS, ARMAS,
MUNIÇÕES E PIROTECNIA
TOTAL INTERIOR
TOTAL CARGA GERAL CONTENEIRIZADA
Fonte: SCAP.
38
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Tabela 4.1.9 – Descarregamento em Carga Geral Não-Conteneirizada no Porto de Belém, .
DESCARREGAMENTO
Carga Geral Não-Conteneirizada
LONGO CURSO
BAUXITA
BRINQ., MAT. ESPORT., INSTR. MUS., ARMA, MUNIÇÕES E PIROTEC.
CARGA DE APOIO
FARELO DE SOJA
FIBRA, FIO, TECID., ARTEFATOS
INST. DE PRECISÃO OU MEDIÇÃO, SUAS PARTES, EQUIP. ÓPTICO, PROD.
MÉDICO-FARMACÊUTICO
MINÉRIOS ESCORIAS E CINZAS
PELES E COUROS
VARIEDADES E BAZAR
2014 (t)
37
50
83
5
99
21
TOTAL LONGO CURSO
CABOTAGEM
CARGA DE APOIO
INSTRUMENTOS DE PRECISÃO OU MEDIÇÃO, SUAS PARTES, EQUIP.
ÓPTICOS, PRODUTOS MÉDICO-FARMACÊUTICOS
PRODUTOS DA INDÚSTRIA DE MOAGEM
VEIC. E MATERIAL PARA VIAS FÉRREAS
TOTAL CABOTAGEM
INTERIOR
ALIMENTOS PREPARADOS PARA ANIMAIS
ALUMINA
ARROZ
AUTOMOVEIS PASSAGEIROS
BRINQUEDOS, MAT. ESPORT., ARMAS, MUNIÇÕES E PIROTECNIA
2013 (t)
87
181
170
59
9
0
12
75
8
VAR(%)
-56,94%
-100,00%
-70,92%
39,83%
-100,00%
-100,00%
-100,00%
-100,00%
153,41%
13
146
13
15.296
6
173
2280
13
148
124
1.480
207
772
12.823
-
15
36
12
168
20
28
361
25
507
6.981
1.368
733
7,8
-10,93%
308,58%
-54,07%
2,77%
-34,01%
433,07%
-65,76%
-100,00%
192,19%
-97,04%
-43,55%
1650,16%
-100,00%
33.789
2014 (t)
1,4
4
4
1
10.863
2013 (t)
1
6
115
211,05%
VAR(%)
-100,00%
-43,44%
-99,49%
836
13
17
2
2
4
1
1,00E-06
2.582
24
-
-100,00%
-67,61%
-44,14%
-
884,48
2014 (t)
10,25
2,03
0,02
0,8
11
1,02
45,67
2.727,74
2013 (t)
8,25
0,74
0,67
1,23
22,5
8,94
88,04
-67,57%
VAR(%)
24,24%
-100,00%
-100,00%
-34,96%
-51,11%
-88,59%
-48,13%
39
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
CACAU
CAFÉ
CALÇADOS
CARGA DE APOIO
CASTANHAS
CELULOSE
FARELO DE SOJA
FERRO GUSA
FRUTAS
FUMO E DERIVADOS
LEITE E LATICÍNIOS, MANTEIGA, OVOS E MEL
MADEIRA
MATÉRIAS ALBUMINÓIDE; PROD À BASE DE AMIDOS OU FÉCULAS; COLAS;
ENZIMAS
PELES E COUROS
PREPARAÇÕES. DE CARNE, PEIXES, CRUSTÁCEOS
PRODUTOS DE CONSERVAÇÃO E LIMPEZA
SABÕES, CERAS, VELAS E MASSAS
TRIGO
VARIEDADES E BAZAR
3,79
0,2
11,14
1.460,23
8,19
106,74
14,06
1,98
1,22
21,83
0,16
25,22
17,52
606,09
3.027,27
7,49
0,2
0,33
0,5
2,68
4,3
91,81
22,71
-
-100,00%
-98,86%
140,93%
-100,00%
9,35%
53270,00%
4160,61%
-100,00%
-26,12%
-71,63%
-76,22%
-100,00%
-
30,59
0,12
3,25
15,4
175,99
4,63
6,01
5,13
-82,62%
-97,41%
-45,92%
200,19%
225,1
88,94
20,56
110,99
7,16
1,12
2,89
35,62
12
0,51
0,25
8,96
7,97
18,55
9,79
18,92
0,62
29,06
0,7
0
2,64
1
481,82
185,76
60,21
9,63
21.871,88
5,34
0,5
16,34
12,29
0,64
4,55
2,17
0,3
26,82
49,06
30,53
8,02
33,48
2,2
3,38
1,46
6,3
0,01
9,24
1.337,17
21,18%
47,72%
113,50%
-99,49%
34,08%
124,00%
-82,31%
189,83%
1775,00%
-88,79%
-88,48%
-100,00%
-66,59%
-83,75%
-39,24%
22,07%
-43,49%
-71,82%
759,76%
-52,05%
-100,00%
26300,00%
-89,18%
-63,97%
CARGA DE APOIO
2.834,86
2014 (t)
47,5
0,5
59,49
43,05
0,32
27.805,53
2013 (t)
0
-89,80%
VAR(%)
-
TOTAL APOIO PORTUÁRIO
TOTAL CARGA GERAL NÃO CONTENEIRIZADA
150,86
37.658,95
0
41.395,98
-9,03%
TOTAL INTERIOR
APOIO PORTUÁRIO
Fonte: SCAP.
40
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Tabela 4.1.10 – Descarregamentos de Granel Sólido no Porto de Belém.
DESCARREGAMENTO
Granel Sólido
LONGO CURSO
TRIGO
TOTAL LONGO CURSO
CABOTAGEM
TRIGO
TOTAL CABOTAGEM
INTERIOR
TRIGO
TOTAL INTERIOR
APOIO PORTUÁRIO
TOTAL GRANEL SÓLIDO
2014 (t)
2,41
227.334,09
227.336,5
2014 (t)
22,57
8,87
0,3
26.051,62
26.083,36
2014 (t)
1.500
1.500
2014 (t)
6,09
6,09
254.925,95
2013 (t)
VAR(%)
263.937,02
263.937,02
2013 (t)
0
2013 (t)
0
2013 (t)
0
263.937,02
-13,87%
-13,87%
VAR(%)
VAR(%)
VAR(%)
-3,41%
Fonte: SCAP.
Tabela 4.1.11 – Descarregamentos de Granel Líquido no Porto de Belém.
DESCARREGAMENTO
Granel líquido
LONGO CURSO
TOTAL LONGO CURSO
CABOTAGEM
2014 (t)
2014 (t)
0,6
87,58
0,03
2013 (t)
-
VAR(%)
-100,00%
-100,00%
VAR(%)
-
TOTAL CABOTAGEM
INTERIOR
TOTAL INTERIOR
APOIO PORTUÁRIO
88,21
2014 (t)
0
2014 (t)
0
2013 (t)
210,9
210,9
2013 (t)
VAR(%)
-100,00%
-100,00%
VAR(%)
CARGA DE APOIO
708,17
120
313,49
3,64
8512,36%
1141,66
3,64
31264,29%
1229,87
564,54
117,85%
TOTAL GRANEL LÍQUIDO
2013 (t)
0
0
350
350
Fonte: SCAP.
Tabela 4.1.12 – Total de Descarregamentos no Porto de Belém.
2014 (t)
2013 (t)
VAR (%)
CARGA GERAL CONTENEIRIZADA
CARGA GERAL NÃO CONTENEIRIZADA
GRANEL SÓLIDO
GRANEL LÍQUIDO
DESCARREGAMENTO
55348,27
37658,95
254925,95
1229,87
72194,81
41395,98
263937,02
564,54
-23,33%
-9,03%
-3,41%
117,85%
TOTAL DESCARREGAMENTO
349163,04
378092,35
-7,65%
41
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Tabela 4.1.13 – Carregamento de Carga Geral Conteneirizada no Porto de Belém.
CARREGAMENTO
Carga Geral Conteneirizada
LONGO CURSO
2014 (t)
BAUXITA
CACAU
CALÇADOS
CARNES BOVINAS CONGELADAS
CASTANHAS
CAULIM
COBRE, NÍQUE, ESTANHO, OUTROS METAIS
CONGELADOS
CONTEINER
FARELO DE SOJA
FRUTAS
INSTRUMENTO DE PRECISÃO OU MEDIÇÃO
MADEIRA
PELES E COUROS
PRODUTO HORTÍCOLA, PLANTA, RAÍZ E TUBERCULO
VARIEDADES E BAZAR
TOTAL LONGO CURSO
CABOTAGEM
CONTEINER
MADEIRA
TOTAL CABOTAGEM
4,5
721,28
6,05
10,14
3.151,56
213,75
145,23
5,99
3.093,34
73,3
14,01
55,47
1.006,16
576,9
125.977,84
2634,86
583,1
660,64
4.580,12
1.323,09
92,73
9.410,99
10.286,25
8.080,88
107,93
15,32
82,46
172.913,89
2014 (t)
2.518,45
2.518,45
175.432,34
2013 (t)
VAR(%)
395,58
140,86
73,22
47,62
5.559,24
334,25
3175
175,87
2.205,1
428,56
102,84
119,2
404,88
98.142,19
919,87
82,79
936,76
5.742,25
41,83
1.489,49
65,18
19,3
11.332,42
15.600,87
6.219,56
94,95
17,74
53,64
21,39
153.942,45
2013 (t)
15,95
5.003,01
14,24
10,98
56,45
28,64
1.230,41
952,44
3,75
33,73
442,38
40,03
7.832,01
161.774,46
82,33%
-100,00%
-100,00%
-78,71%
-43,31%
-36,05%
-100,00%
-17,42%
40,28%
-100,00%
-86,38%
-53,46%
148,51%
28,36%
-36,61%
-100,00%
-29,48%
-20,24%
-100,00%
-11,17%
42,27%
-100,00%
-16,96%
-34,07%
29,93%
13,67%
364,83%
-100,00%
-100,00%
12,32%
VAR(%)
-100,00%
-49,66%
-100,00%
-100,00%
-100,00%
-100,00%
-100,00%
-100,00%
-100,00%
-100,00%
-100,00%
-100,00%
-67,84%
8,44%
Fonte: SCAP.
42
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Tabela 4.1.14– Carregamento de Carga geral Não-Conteneirizada no Porto de Belém.
CARREGAMENTO
Carga geral não conteneirizada
LONGO CURSO
CARGA DE APOIO
FRUTAS
MADEIRA
TOTAL LONGO CURSO
CABOTAGEM
AÇÚCAR
ARROZ
BRINQ., MATERIAL ESPORT., INSTR. MUSICAL, ARMA, MUNIÇÕES E
PIROTECNIA
CAFÉ
CARGA DE APOIO
CONGELADOS
FRUTAS
MATÉRIAS ALBUMINÓIDE; PROD À BASE DE AMIDOS OU FÉCULAS;
COLAS; ENZIMAS
2014 (t)
1,43
0,18
30
10,84
104,01
146,46
2014 (t)
4,89
0,15
0,12
2013 (t)
1873,98
26,67
3,92
0,23
7,9
0,09
0,3
2,03
0,37
1,05
1.916,54
2013 (t)
0,36
0,09
-
VAR(%)
-100,00%
-94,64%
176,53%
-100,00%
-100,00%
-100,00%
-100,00%
-100,00%
-100,00%
-100,00%
-92,36%
VAR(%)
-100,00%
-100,00%
-
9,14
6,41
170
0,12
14,02
2,18
-
0,14
6,9
3,51
0,16
0,26
-100,00%
-7,10%
-100,00%
-100,00%
-100,00%
0,68
4,57
95,09
0,02
0,92
11,27
0,96
4,65
0,09
5,57
1,00E-06
0,17
1,28
-100,00%
-1,72%
-100,00%
1607,18%
1999900,00%
441,18%
780,47%
TOTAL CABOTAGEM
319,58
2014 (t)
305,1
9,01
69,16
1,22
0,89
6,6
2,1
126,19
18,83
24,14
2013 (t)
14,99
2,02
28,24
76,04
0,76
38,35
219,52
0,9
2,53
196,59
0
107,57
1223,86%
VAR(%)
1935,36%
346,04%
144,90%
-98,40%
-100,00%
-97,68%
-96,99%
133,33%
-100,00%
-35,81%
-100,00%
-82,50%
1.424,33
19,06
232,82
1,48
853,88
2,87
40,43
370,44
19,66
66,81%
-100,00%
-52,86%
-37,15%
-92,47%
INTERIOR
AÇÚCAR
ALCOOL ETILICO
ALUMINA
ARROZ
BAUXITA
BENTONITA
BRINQUEDOS, MATERIAIS ESPORTIVOS, INSTR. MUSICAIS, ARMAS,
MUNIÇÕES E PIROTECNIA
CACAU
CAFÉ
CALÇADOS
CARGA DE APOIO
43
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
CARNES DE AVES CONGELADAS
-
0,3
-100,00%
28,16
5,55
407,39%
1,4
0,9
55,56%
7,38
-
-
9,91
360,65
16,01
462,08
-38,10%
-21,95%
6159
15,86
38733,54%
FARELO DE SOJA
88,38
53,4
65,51%
1,28
16,89
-92,42%
CASTANHAS
CIMENTO
CONGELADOS
FERRO GUSA
FRUTAS
0,14
8,65
-98,38%
51,56
77,61
0,22
200,2
23336,36%
-61,23%
2.267,75
876,45
158,74%
0,55
0,47
17,02%
211,4
188,16
12,35%
383,63
10,67
277,35
25,49
38,32%
-58,14%
COLAS; ENZIMAS
67,97
3402,11
-98,00%
59,27
22,54
162,95%
MILHO
31,21
3,73
736,73%
14.129,49
0
-
60,62
137,86
153,79
127,28
-60,58%
8,31%
103,53
233,82
-55,72%
16,76
11,46
46,25%
35
70,12
-50,09%
MADEIRA
PELES E COUROS
10,88
11,24
-3,20%
720,19
3,74
906,26
5,27
-20,53%
-29,03%
57,25
45,32
26,32%
617,44
1151
-46,36%
-19,45%
15,24
18,92
5012,8
2579,01
94,37%
11.355,41
76,24
13.037,51
77,21
-12,90%
-1,26%
-
0,2
-100,00%
17,61
71,58
-75,40%
149,78
325,17
-53,94%
315,73
267,11
18,20%
SOJA
422,54
2,42
474,89
20,97
-11,02%
-88,46%
1,06
3,86
-72,54%
TRIGO
5,43
30,05
-81,93%
13,09
11,14
17,50%
21,4
15,62
37,00%
318,26
297,17
7,10%
45654,48
2014 (t)
27497,12
2013 (t)
66,03%
VAR(%)
VARIEDADES E BAZAR
TOTAL INTERIOR
APOIO MARÍTIMO
CARGA DE APOIO
TOTAL APOIO MARÍTIMO
APOIO PORTUÁRIO
536,53
-
-
-
3,59
-100,00%
536,53
2014 (t)
3,59
2013 (t)
14845,13%
VAR(%)
44
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
4,03
3,64
10,71%
-
1,78
-100,00%
872,81
0,52
2,88
-
30205,90%
-
7,64
0,88
768,18%
-
0
-100,00%
0,96
0
-
-
0
-100,00%
885,96
9,18
9550,98%
47543,01
29450,57
61,43%
CARGA DE APOIO
FRUTAS
Nos carregamentos em contêiner, 175.432 toneladas foram movimentadas em
2014 e 161.774 toneladas foram movimentadas em 2013, alta percentual de 8,44%.
Principal carga exportada nesta natureza de movimentação, a madeira contabilizou
98.142 toneladas movimentadas em 2013 contra 125.978 toneladas em 2014. Isto
representou alta de 28,36%, indicando o retorno da ascendência da exportação desta
carga.
Detalhando algumas mercadorias que são carregadas no interior de contêiner,
os produtos hortícolas (preponderantemente, a pimenta) apresentaram baixa percentual
de 16,96%, pois, em 2013 o montante de 11.332 toneladas foi exportado e em 2014 o
montante de 9.410 toneladas foi carregado.
Quanto à carga geral não-conteneirizada, a exportação de madeira fora de
contêiner não foi registrada no ano e 2013. Em 2012, houve apenas uma única operação
do navio Leopard (operador portuário JF), realizada no mês de março, onde
aproximadamente 1.500 toneladas de madeira foram exportadas. Porém, a alta na
exportação de máquinas e de reatores elétricos assim como a alta nos carregamentos de
produtos hortícolas na navegação interior, fizeram esta natureza de movimentação fechar
o ano de 2013 com alta percentual de 44,18% (29.391 toneladas em 2013, contra 20.385
toneladas em 2012).
Tabela 4.1.15 – Carregamento de Granel Sólido no Porto de Belém.
CARREGAMENTO
Granel sólido
CABOTAGEM
TOTAL CABOTAGEM
2014 (t)
2013(t)
VAR(%)
1,68
-
0,01
-100,00%
1,68
0,01
16700,00%
1,68
0,01
16700,00%
45
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Os carregamentos em granel líquido foram destinados ao abastecimento de
embarcações, apresentando uma alta percentual de 16,38%, com 2.339 toneladas no ano
de 2014.
Tabela 4.1.16 – Carregamento de Granel Líquido no Porto de Belém.
CARREGAMENTO
Granel líquido
LONGO CURSO
2014 (t)
TOTAL LONGO CURSO
INTERIOR
APOIO PORTUÁRIO
VAR(%)
410
-100,00%
0
2014 (t)
410
2013 (t)
-100,00%
VAR(%)
77
-
-
77
2014 (t)
0
2013 (t)
VAR(%)
113
947
1.202
800
800
-
-85,82%
18,39%
-
TOTAL INTERIOR
2013 (t)
-
CARGA DE APOIO
2.262
1.600
41,40%
2.339
2.010
16,38%
Tabela 4.1.17 – Total de Carregamento no Porto de Belém.
CARREGAMENTO
CARGA GERAL NÃO-CONTENEIRIZADA
GRANEL SÓLIDO
GRANEL LÍQUIDO
TOTAL
2014 (t)
2013 (t)
VAR(%)
175.432,00
47.543,00
2,00
2.339,00
161.774,46
29.451,57
0,01
2.010,00
8,44%
61,43%
16.700,00%
16,38%
225.316,00
193235,04
16,60%
Tabela 4.1.18 – Total de Movimentações no Porto de Belém.
TOTAL DE MOVIMENTAÇÕES
MOVIMENTAÇÕES
GRANEL SÓLIDO
GRANEL LÍQUIDO
TOTAL
2014 (t)
230.780
85.202
254.928
3.569
574.479
2013 (t)
233.969
70.847
263.937
2.575
571.327
VAR(%)
-1,36%
20,26%
-3,41%
38,62%
0,55%
46
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Figura 4.1.1 : Movimentação de Carga por Natureza em Belém.
250.000
carga geral
200.000
100.000
granel líquido
contêiner
3.569
150.000
granel sólido
85.202
MOVIMENTAÇÃO (t)
300.000
230.780
254.928
MOVIMENTAÇÃO DE CARGA POR NATUREZA EM BELÉM
50.000
0
2014
4.1.7. PRODUTIVIDADE
4.1.7.1. Equipamentos Operacionais
Equipamento:
Empilhadeira Reach Stacker Terex;
Aplicação:
Movimentação de contêiner;
Quantidade: 2;
Capacidade nominal:
45 t (5 de alto);
Proprietária:
BF Fortship;
Localização: Pátio de contêineres.
Equipamento:
Empilhadeira Yale;
Combustível: óleo diesel;
Aplicação: Consolidação e desconsolidação de
contêineres;
Quantidade: 1;
Capacidade nominal: 4 t;
Proprietárias: NAVPORT;
Equipamento:
Empilhadeira Hyster;
contêineres;
Quantidade: 1;
Proprietárias: NAVPORT;
47
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Equipamento:
Aplicação: Consolidação/desconsolidação de
contêineres e movimentação de equipamentos
operacionais;
Quantidade: 2;
Capacidade nominal: 2,5 t;
Proprietária: BF Fortship;
Equipamento:
Empilhadeira;
Combustível: gás;
contêineres;
Quantidade: 1;
Proprietárias: Tropical;
Equipamento:
Empilhadeira;
Combustível: gás;
Aplicação: Movimentação em carga geral nãoconteneirizada;
Quantidade: 2;
Proprietárias: Amazon Logistic;
Localização: Armazéns 4 a 8.
Equipamento:
Spreader;
Aplicação:
Movimentação de big bag;
Quantidade: 2;
Equipamento:
Empilhadeira;
Combustível:
óleo diesel;
Aplicação: Movimentação em carga geral nãoconteneirizada;
Quantidade: 3;
* Foto meramente ilustrativa.
48
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Equipamento:
Spreader de 20 pés;
Aplicação: Suporte para a movimentação de
um contêiner.
Quantidade: 4;
Capacidade nominal:
1 de 33 t e 1 de 35t;
Peso bruto: 1,275 t;
Proprietárias: BF Fortship;
Localização: Berço 4.
Equipamento: Spreader de 40 pés;
Aplicação: Suporte para a movimentação de um
contêiner.
Quantidade: 4;
Peso bruto: 2,100 t;
Proprietárias: BF Fortship;
Equipamento:
Fábrica do Arrendamento da Ocrim.
Aplicação:
Produção de Farinha de Trigo e de Farelo de Trigo.
Capacidade de moagem:
500 t/dia ou 182.500 t/ano.
Proprietária:
Ocrim.
Localização:
Terminal arrendado no Berço 5.
Equipamento:
Sugador de Grãos.
Fabricante: Condor.
Data de fabricação: 13/03/1979.
Quantidade: 1.
Produtividade Nominal: 120 t/hora;
Produtividade Experimental:
140 a 150 t/hora (porão cheio) e
80 a 90 t/hora (porão vazio);
Proprietária:
CDP.
Localização:
Berço 5.
Equipamento: Silos de concreto.
Aplicação:
Armazenagem de trigo in natura.
Quantidade:
2 baterias de silos, compostas de 46 células.
Capacidade total para armazenagem: 10.800 t;
Proprietária: Ocrim;
.
49
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Equipamento: Silos metálicos.
Fabricante: Brock.
Aplicação:
Quantidade: 3.
Capacidade total para armazenagem:
15.300 t (3x 5.100 t);
Equipamento: Silos metálicos.
Fabricante: Brock
Aplicação:
Quantidade: 2
Capacidade total:
10.000 t (2 x 5.000 t);
Localização:Berço 5.
Equipamento: Caminhões.
Aplicação:
Saída do Porto de trigo in natura para outros
clientes.
Quantidade: 10.
Capacidade: 10 e 15 toneladas.
Equipamento:
Silos em concreto com revestimento metálico.
Ano da ampliação de altura: 2012
Aplicação:
Armazenagem de farelo de trigo.
Quantidade: 14
Capacidade total: Proprietária: Ocrim;
Localização:
Muro divisório com o Complexo “Ver-o-Rio”.
Equipamento: Cábrea Rio Branco;
Ano de fabricação: 1978;
Aplicação: Movimentação de carga de grande
porte;
Quantidade: 1;
Capacidade Nominal: 200 t;
Proprietária: CDP;
Localização: Porto de Belém.
50
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Equipamento: Balança rodoviária;
Aplicação: Pesagem de carretas;
Quantidade: 1;
Proprietária: CDP;
Localização: Av. Pedro Álvares Cabral.
Quantidade: 1;
Proprietária: CDP;
Localização: Rua Lauro Müller.
Quantidade: 1;
Capacidade Nominal: t;
Proprietária: CDP;
Localização: Armazém 11.
Equipamento: Moega;
Aplicação: Descarregamento de trigo;
Quantidade: 1;
Capacidade Nominal: -;
Proprietária: Norte Trading;
Equipamento: Moega;
Quantidade: 1;
Capacidade Nominal: -;
Proprietária: Norte Trading;
51
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Equipamento: Moega;
Quantidade: 1;
Proprietária: Amazon Logistic;
4.1.7.2. Produtividade Média por tipo de carga e berço
A produtividade de 714 t/dia, relativa ao grupo de mercadorias “Minérios,
escorias e cinzas” no berço 1, reflete exclusivamente as balsas que recebem o transbordo
de cimento.
Os navios que descarregam papel em bobina para as empresas de
comunicação do Estado do Pará registraram produtividade de 201 t/dia. Este aparente
baixo valor é devido à baixa densidade da carga em relação às demais movimentadas no
porto e devida aos equipamentos operacionais empregados, os quais não podem
manusear grandes volumes em um único movimento de lança da embarcação ou do
guindaste de terra.
Quanto ao granel sólido, as embarcações atendidas para o cliente Moinhos
Cruzeiro do Sul (nos berços 2 e 3) registraram maior produtividade média do que as
embarcações atendidas no berço 5 pela Ocrim devido ao fato de que neste berço também
foram atendidas balsas. Logo, esta arrendatária registrou a média de 972 t/dia. Somente
atendendo a grandes navios, aquele Moinho registrou produtividade média de 1.414 t/dia
no berço 2 e 1.049 t/dia no berço 3.
52
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Tabela 4.1.19 – Produtividade Média no Porto de Belém.
Relatório de Produtividade Média
Ins. Portuária: Belém
Ano: 2014
Carga Geral não Conteneirizada (t/dia)
Tipo de Mercadoria
1
AÇÚCAR
AERON., EMBARCAÇÕES E SUAS PARTES
ALCOOL ETILICO
BAUXITA
CASTANHAS
COMBUST., E ÓLEOS MINERAIS E PROD.
FARELO DE SOJA
FRUTAS
INSTRUMENT. DE PRECISÃO OU MEDIÇÃO
MADEIRA
MATÉRIA ALBUMINÓIDE; PROD À BASE DE AMIDO OU FÉCULA
MILHO
PELES E COUROS
PROD., HORTÍCOLA, PLANT., RAÍZ E TUBERCULO
Tipo de Mercadoria
Tipo de Mercadoria
TRIGO
2
1
97
6
714
201
1
18
-
Granel Líquido (t/dia)
1
15
Granel Sólido (t/dia)
1
-
3
689
12
10
30
295
522
1
7
6
159
3
-
2
3
-
-
2
1.414
3
1.049
4
5
18
28
13
2
15
7
211
10
164
24
15
21
6
2
16
8
13
6
15
20
12
4
33
4.006
-
4
5
-
4
6F
AO LARGO
-
-
AO LARGO
-
-
AO LARGO
-
6F
-
5
-
4
1
1
3
1
3
3
3
1
1
1
1
1
2
3
3
1
2
1
-
6F
972
53
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
4.1.8. CONSIGNAÇÃO
As embarcações atendidas no berço 5 apresentaram consignação média
(10.921 t) menor do que a dos berços 2 (11.357 t) e 3 (11.025 t) devido ao fato de que
aquele berço também atendeu a balsas e não exclusivamente a grandes navios.
Os navios conteneiros atendidos no berço 4 movimentaram, em média, 507
TEUs em cada um dos seus atendimentos. Destes, 129 foram ovados com madeira.
Tabela 4.1.20 – Consignação Média no Porto de Belém.
BELÉM
CONSIGNAÇÃO MÉDIA
Periodicidade: Anual Período:
01/01/2014 à 31/12/2014
Tipo de mercadoria
Comb. E óleo min. E prod.
Maquina, aparelhos e mat. Elétrico
Plásticos e suas obras
Trigo
Total em granel sólido
Abastecimento combustível
Açúcar
Aeronave, embarc. E suas partes
Alcool etílico
Alimento preparado p/ animais
Arroz
Automoveis passageiros
Bauxita
Bebida, líq alcoólico, vinagre
Borracha e suas obras
Brinquedo, arma, munição, pirotecnia
Café
Calçados
Carga de apoio
Castanhas
Cimento
Cobre, níque, estanho, outros metais e
suas obras
Comb. E óleo mineral e prod.
Congelados
Enxofre, terras e pedras, gesso e cal
Farelo de soja
Ferramentas e obras diversas
Ferro gusa
Fertilizantes adubos
Fibras, fios, tecidos e outros artefatos
Frutas
Gordura, óleo animal/vegetal
Instrumentos de precisão ou medição
Leite e laticínios, manteiga, ovos e mel
Madeira
Maq, aparelhos e mat. Elétricos
Matérias albuminóide; prod à base de
amidos ou féculas; colas; enzimas
Metais preciosos e bijuteria
Milho
Móveis, decoração, obras de artes,
antigüidades
Obra de pedra, gesso e mica
Peixes e crustáceos
Peles e couros
Plasticos e suas obras
(TEUs/embarcação, para contêiner e t/embarcação,
para outras naturezas)
1
2
3
4
5
6F
Agendamentos: 1328
AO LARGO MÉDIA
23
2
25
11.357
11.357
11.025
11.025
-
2
10.921
10.923
-
-
23
2
2
11.101
11.128
109
4
1
28
-
3
-
-
18
50
17
1
-
1
1
16
1
-
16
1
6
2
1
1
7
1
14
4
3
3
21
1
-
109
16
7
6
2
1
1
50
4
10
8
4
3
7
21
1
42
3
4
1
14
2.053
100
21
2
53
836
2
-
5
26
24
8
1
13
13
4
1
5
5
18
1
1
13
2
33
1
4
5
1
2
-
3
16
5
1.029
12
1
1
57
12
8
1
9
5
27
176
1.600
1.771
-
-
13
-
6
6
-
-
6
13
6
1.686
1.140
3
6
12
17
-
23
11
63
13
4
2
3
2
1
2
2
-
4
30
571
1
9
7
54
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Preparações alimentícias
Preparação de carne e peixe
Prod diversos da ind química
Produt. De conserv. E limpeza
Produt. De perfumaria, cosmético
Produt. Da indústria de moagem
Produto hortícola, planta
Produt. Químicos inorgânicos
Produt. Químicos orgânicos
Sabões, ceras, velas e massas
Sementes e frutos oleaginosos diversos
Soja
Trigo
Variedades e bazar
Veic. e material para vias férreas
Veic. Terrestres partes acessor
Total em carga geral
Abastecimento combustíves
Carga de apoio
Combustível e óleo mineral
Total em granel líquido
aeronaves, embarcações e suas partes
alumínio e suas obras
bauxita
bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres
borracha e suas obras
brinquedo, arma, munições e pirotecnia
calçados
carnes bovinas congeladas
castanhas
celulose
cobre, níque, estanho, outros metais
congelados
conteiner
enxofre, terras e pedras, gesso e cal
farelo de soja
ferramentas e obras diversas
fertilizantes adubos
fibras, fios, tecido e outro artefato
frutas
gordura, óleos animais/vegetais
instrumentos de precisão ou medição
Madeira
maq, aparelhos e mat. Elétricos
mármore/granito
matérias albuminóide; féculas; enzimas
metais preciosos e bijuterias
minérios escorias e cinzas
móveis, decoração, obras de artes
obras de pedra, gesso, amianto e mica
papel, cartão e obras
peixes e crustáceos
peles e couros
plasticos e suas obras
preparações alimentícias diversas
prod diversos da ind química
produtos de perfumaria, cosméticos
produto hortícola, planta, raíz e tuberculo
produtos químicos inorgânicos
produtos químicos orgânicos
produtos siderúrgicos
reatores, caldeiras, máquinas
sementes e frutos oleaginosos diversos
tintas, corantes e vernizes
variedades e bazar
veic. terrestres partes acessor
Total em contêiner
17
2
2
2.955
82
212
86
380
6
2
5
187
25
143
2
9
1
5
2
7
12
1
7
1
7
3
1
426
317
6
5.212
1
311
92
404
6
16
1
2
8
2
32
213
4
32
3
144
1
8
4
4
11
2
6
8
1
1
14
24
1
17
6
5
3
579
2
-
37
493
103
70
22
10
910
30
30
3
14
4
2
2
5
1
5
2
16
1
185
3
1
2
11
1
2
6
129
4
2
2
4
4
3
23
4
6
5
3
2
2
11
10
3
10
4
5
2
3
507
5
49
1.828
2.029
120
99
219
2
13
1
18
4
6
1
24
2
1
175
2
2
1
13
11
1
4
12
133
3
1
2
2
8
5
3
14
3
5
7
5
3
15
33
2
11
4
2
8
2
564
8
4
4
11
1
64
111
3
4
1
12
8
2
2
2
1
8
447
-
1
1
-
7
4
27
11
1
33
111
248
103
130
372
12
8
2
2
2
6
8
5.027
42
161
77
279
4
12
2
2
7
3
1
6
2
24
2
1
210
3
3
1
6
16
1
3
9
131
3
2
2
2
7
4
4
16
3
5
8
3
2
2
11
14
2
11
4
2
5
2
3
564
55
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
4.1.8.1. CLASSES DAS EMBARCAÇÕES
Embarcações Porta-contêiner
O Porto de Belém atende a navios
Figura 4.1.9.1 - Navio Echo.
conteneiros da classe Feedermax, como o navio
“Echo” (Figura 4.1.9.1). Tal navio tem capacidade
para 1.147 TEUs, possui 8 fileiras e também fazia
escala no Porto de Santarém. A linha de navegação
realizada por esta embarcação tem a logística de
alimentar o Porto de Manzanillo (Panamá).
A maior classe de navios conteneiros
atendida no Porto de Belém é a “Sub-Panamax”. O navio CMA CGM Herodote (Figura
Figura 4.1.8.2 - Navio CMA CGM Herodote.
4.1.9.2)
tem capacidade para 1.713 TEUS,
distribuidos em 11 fileiras. Os navios CGM
Aristote e CMA CGM Homere são desta mesma
classe. Estas embarcações da armadora CMA
CGM foram especialmente construídas com boca
maior por volta do ano de 2007 para atender à
portos com limitação de profundidade.
Embarcações Graneleiras
O Porto de Belém atende a navios
Figura 4.1.8.3 - Navio Lady Serra.
graneleiros da classe Handysize, como o navio
“Lady Serra” (Figura 4.1.9.3). Construído em
2011, tal navio com 178,70m de comprimento e
com 28m de boca tem capacidade para 19.999
TPB e possui DWT de 30.152 toneladas. Seu
calado nominal é de 7,00m
Esta embarcação, e a grande maioria
dos demais graneleiros atendidos no Porto de Belém, realiza um serviço Tramp. Isto é,
não há um serviço de linha regular.
56
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Quando atendidas no Porto de Belém, estas embarcações com trigo são
oriundas, preponderantemente, da Argentina e do Rio Grande do Sul.
4.2. Terminal Petroquímico de Miramar
Pertencente ao Porto Organizado de Belém, o Terminal Petroquímico de
Miramar é o elo na cadeia logística portuária responsável pelo descarregamento, através
de navios-tanque, de “combustíveis e óleos minerais” e de álcool etílico em navegação de
cabotagem oriunda principalmente do Porto de Itaquí (MA). Este citado porto maranhense
possui um Terminal pertencente à Petrobrás Transportes S/A (Transpetro), o qual atual
como entreposto da exportação e da cabotagem para Terminais de menor porte.
Na Tabela 4.2.1 podemos visualizar os principais portos de origem dos
combustíveis e óleos minerais descarregados no Terminal de Miramar.
Tabela 4.2.1 – Principais portos de origem dos Combustíveis e Óleos Minerais.
Porto de Origem
Itaqui
Manaus
Fortaleza
Sao Luis
Suape
Salvador
Santos
Rio de Janeiro
Fortaleza
Itaqui
Cabedelo
Santos
Arthur
2013 (t)
731.983
268.277
264.582
64.134
64.907
36.963
94.181
52.391
2.376
8.649
15.327
5.667
-
2014 (t)
962.531
290.876
220.534
184.704
107.337
40.088
37.368
28.267
25.173
22.735
16.410
15.534
10.919
57
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Quanto aos carregamentos, a gasolina, o álcool e o óleo diesel são
transportados principalmente para as instalações portuárias a região da UHE de Belo
Monte e para o abastecimento dos grandes navios atendidos no Porto de Vila do Conde.
Dependendo da embarcação, é utilizado o MGO, o MF-180 ou o MF 380.
A capital do Estado do Amapá é a terceira maior destino para os combustíveis
do Terminal de Miramar.
Na Tabela 4.2.2 podemos visualizar os principais portos de destino dos
combustíveis e óleos minerais carregados no Terminal de Miramar.
Tabela 4.2.2 – Principais portos de destino dos Combustíveis e Óleos Minerais.
Porto de Destino
Macapá
Altamira
Vila do Conde
Salvaterra
Manaus
Santarém
Itaqui
2013 (t)
52.094
113.980
64.649
33.646
-
2014 (t)
55.198
109.437
93.101
32.970
23.018
4.005
1.928
Em fevereiro de 2012, foram suspensos os carregamentos de derivados do
petróleo para a plataforma de pesquisa da Petrobras destinada à prospecção de petróleo
e de gás, localizada a 200 km da costa de Salinópolis. Tais carregamentos se deram em
Miramar desde setembro/2011. A então recém-presidente da Petrobras, Graça Foster,
com base em critérios estritamente técnicos e tendo como objetivo reavaliar o plano de
investimentos da empresa determinou a desinstalação da base no Tapanã (que dava
apoio em terra às equipes encarregadas das pesquisas em águas profundas) e a retirada
dos nove rebocadores que ficavam baseados no Distrito de Icoaraci. Isto não significa que
a Petrobras tenha desistido das prospecções de hidrocarbonetos no litoral norte,
executivos da empresa e profissionais de geologia confirmaram a descoberta de petróleo
na costa paraense.
58
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
4.2.1. Principais cargas movimentadas
Gás Liquefeito de Petróleo (GLP)
Também descarregado no Terminal de Miramar, o Gás Liquefeito de Petróleo
(GLP) extraído da Bacia do Solimões e produzido no Pólo Urucu (Província do Urucu/AM)
é transportado através do gasoduto “Urucu-Coari-Manaus” até o Terminal da Transpetro
localizado no Terminal de Uso Privativo (TUP) do Solimões (Coari/AM). O GLP é
carregado neste TUP e segue viagem até o Terminal de Miramar para seu
descarregamento nos dois tanques esféricos da empresa arrendatária Transpetro.
Dos tanques desta arrendatária, o GLP é movimentado para os tanques
menores das empresas arrendatárias Liquigás, SHVGás e Paragás, as quais passasm
esta carga do estado líquido para o estado gasoso, envazando-a em botijões para
posterior distribuição nas residências e indústrias, através do modal rodoviário.
Óleo Diesel
Assim como ocorre no GLP, no Terminal de Miramar há muita transferência de
óleo diesel entre as empresas arrendatárias deste Terminal.
4.2.2. ATENDIMENTO À EMBARCAÇÃO
Tabela 4.2.3 – Atendimento à embarcações no Terminal de Miramar.
Tipo de
Embarcação
Balsa-Tanque
Empurrador
Ferry Boat
Navio-Tanque
Pesquisa
Rebocador
Outros
Total
Longo Curso
N
E
0
0
0
0
0
0
0
2
0
0
0
0
0
0
Cabotagem
N
E
0
0
0
0
0
0
31
199
1
0
0
0
0
1
Interior
N
302
156
225
0
0
0
0
E
0
0
0
0
0
0
0
AP/AM
N
1
147
0
0
0
1
0
E
0
0
0
0
0
0
0
TOTAL
303
303
225
232
1
1
1
0
32
683
0
149
0
1066
2
200
AP/AM – Apoio Portuário/Apoio Marítimo
59
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
As embarcações com GLP foram atendidas quase que exclusivamente no Píer
100. Dalí, o mesmo foi totalmente descarregado para as duas esferas de armazenagem
pertencentes à arrendatária Petrobrás Transportes (Transpetro), que por sua vez
posteriormente transfere esta mercadoria para os tanques de armazenagem das outras
três empresas arrendatárias: Liquigás, Paragás e SHVgás.
O píer 200 é o único que pode atender às embarcações que transportam
gasolina de aviação ou JET-A1 (querosene de aviação).
A Transpetro passou a operar a partir do 2º semestre de 2010 em Macapá
(AP), atendendo, inicialmente, o fornecimento de óleo diesel à região. A primeira fase das
operações foi realizada no Porto Organizado de Santana. As operações consistem no
recebimento de navios no Porto de Santana, transbordo do óleo diesel para a Balsa BS-7
da Petrobrás, que fica atracada no berço interno daquele porto e serve de tancagem
flutuante, e posterior carregamento de balsas menores que serão enviadas para as
distribuidoras locais. Este terminal dá maior confiabilidade de suprimento ao mercado
daquela região e menores custos de transporte, comparados aos custos com a logística
de movimentação de óleo diesel, transportado por balsas-tanque de Belém a Macapá.
Assim como acontece no Terminal da Transpetro em Miramar, os derivados do
petróleo descarregados no Porto de Santana foram oriundos quase que exclusivamente
do Terminal da Transpetro existente no Porto de Itaquí (MA).
O berço interno 103 não foi utilizado, desde 2012, para atendimento por
questões de limitação da profundidade. O berço interno 102 e os berços internos do píer
200 foram utilizados quase que exclusivamente por embarcações do tipo Ferry Boat.
Os tipos de embarcações preponderantes no Terminal de Miramar são: Ferry
Boat, Balsa-tanque e Navio-tanque.
Em 2010, as operações no Amapá contribuíram bastante para a redução no
número de atendimentos nos berços do píer 100 do Terminal de Miramar em relação ao
ano de 2009. Durante o ano de 2009, o total de 1.253 embarcações foi atendido (sendo
1.021 em navegação interior). Já no ano de 2010, foram apenas 1.095 embarcações
atendidas (sendo 846 em navegação interior).
Durante o ano de 2011, o montante de 1.105 embarcações foi atendido (sendo
269 em cabotagem).
60
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Em
2012,
foram
1.132
atendimentos
(sendo
287
em
cabotagem),
representando alta de 2,26% em relação a 2011. Esta alta foi um pouco mais acentuada
do que o resultado de 2011 comparado a 2010 (0,91%).
Em 2013, houve apenas 981 atendimentos a embarcações, sendo 243 em
cabotagem. Contudo, isso não indica um péssimo sinal, pois a movimentação de carga no
Terminal de Miramar reduziu apenas 2,76% neste mesmo período analisado. Ao
contrário, isto indica que embarcações passaram a ser atendidas com uma maior
consignação, contribuindo até para a racionalização do uso do berço para atracação.
Já em 2014, as 831 embarcações do tipo Ferry Boat, balsa-tanque e
empurrador representaram 77,95% do total das embarcações atendidas neste terminal.
Já os navios-tanque (utilizados nos descarregamentos em cabotagem) representaram um
total de 232 atendimentos, ou seja, 21,76% do total.
4.2.3. TAXAS DE OCUPAÇÃO
Os dois berços externos (101 e 201) apresentaram taxa de ocupação de 74,86% e
de 75,21% em 2014.
Os 23,29% de ocupação das embarcações sem carga atendidas no berço 201 são
referentes aos empurradores que acompanharam as balsas-tanque.
Tabela 4.2.4– Taxa de Ocupação no Terminal de Miramar no Ano de 2014.
MIRAMAR
Período: 01/01/2014 à 31/12/2014
Tipo de mercadoria
Alcool etilico
Combustível, óleo mineral e prod.
SEM CARGA
Total: Sem Cargas
Total geral
(hhh:mm)
Taxa de Ocupação
101
102
103
201
Agendamentos: 1074
202
203
8,65%
51,50%
60,15%
49,62%
49,62%
109,78%
0,15%
0,15%
0,14%
0,14%
0,29%
-
2,79%
63,84%
66,63%
23,29%
23,29%
89,93%
3,83%
3,83%
0,74%
0,74%
4,57%
-
9616:23:00
26:40:00
-
7878:42:00
400:21:00
-
3058:22:00
34,91%
74,86%
0,29%
-
1290:30:00
14,72%
75,21%
4,57%
-
Em 2013, os dois berços externos (101 e 201) apresentaram taxa de ocupação de
71,07% e de 75,56%. Estes valores ratificam os resultados apresentados em 2014.
Tabela 4.2.5– Taxa de Ocupação no Terminal de Miramar no Ano de 2013.
61
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
MIRAMAR
Período: 01/01/2013 à 31/12/2013
Tipo de mercadoria
101
102
103
Agendamentos: 978
201
202
203
ALCOOL ETILICO
COMB. E ÓLEO M. E PROD.
3,49%
73,72%
0,44%
-
1,83%
73,53%
5,63%
0,19%
77,21%
0,44%
-
75,36%
5,63%
0,19%
-
-
-
-
-
-
SEM CARGA
29,22%
-
-
6,88%
0,20%
-
Total: Sem Cargas
29,22%
-
-
6,88%
0,20%
-
Total geral
(hhh:mm)
106,43%
9323:12:00
0,44%
38:25:00
-
82,23%
7204:43:00
5,83%
511:46:00
0,19%
17:40
3098:37:00
35,36%
-
-
584:18:00
6,67%
05:00
0,06%
-
Taxa Ocupação
Fonde: SCAP, em 09/02/2015.
71,07%
0,44%
-
75,56%
5,77%
0,19%
As taxas de ocupação apresentadas em 2013 e em 2014 indicam que ainda há
janela para o atendimento a novas embarcações no Terminal de Miramar.
4.2.3. Quantidade de carga movimentada
As 1.984.119 toneladas descarregadas em 2014 foram 9,79% maiores do que
as 1.807.219 toneladas realizadas em 2013, numa relação direta com o aumento da
demanda do mercado consumidor do Terminal de Miramar.
Tabela 4.2.6 – Quantidade movimentada por descarregamento no Terminal de Miramar.
DESCARREGAMENTO
Carga geral Não-Conteneirizada
CABOTAGEM
COBRE, NÍQUE, ESTANHO, OUTR. METAIS E SUAS OBRAS
INSTR. DE PRECISÃO OU MEDIÇÃO, SUAS PARTES,
EQUIP. ÓPTIC., PROD. MÉDICO-FARMACÊUTICOS
TOTAL CABOTAGEM
APOIO PORTUÁRIO
CARGA DE APOIO
COBRE, NÍQUE, ESTANHO, METAIS E SUAS OBRAS
COMB. E ÓLEO MINERAL E PROD.
2014 (t)
2013 (t)
VAR(%)
0,07
-
-
0,07
2014 (t)
191,98
1
0,25
2
195,23
195,30
0,05
0,05
2013 (t)
0,23
0,97
198,58
10,75
0,29
210,82
210,87
-100,00%
40,00%
VAR(%)
-100,00%
-74,23%
-100,00%
-81,40%
-100,00%
-7,39%
-7,38%
Granel líquido
62
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
LONGO CURSO
TOTAL LONGO CURSO
CABOTAGEM
ALCOOL ETILICO
TOTAL CABOTAGEM
INTERIOR
ALCOOL ETILICO
TOTAL INTERIOR
APOIO PORTUÁRIO
2014 (t)
15.962,07
15.962,07
2014 (t)
63.441,38
1.870.074,11
1.933.515,49
2014 (t)
1.823,40
32.437,64
34.261,04
2014 (t)
186,00
186,00
1.983.924,6
1.984.119,9
2013 (t)
10.520,20
10.520,20
2013 (t)
22.233,00
1.754.918,00
1.777.151,00
2013 (t)
19.336,96
19.336,96
2013 (t)
0
1.807.008,16
1.807.219,03
VAR(%)
51,73%
51,73%
VAR(%)
185,35%
6,56%
8,80%
VAR(%)
67,75%
77,18%
VAR(%)
9,79%
9,79%
Fonte: SCAP.
Entre os derivados de petróleo descarregados no Terminal de Miramar, tem-se
o óleo diesel é o primeiro mais movimentado. Ele foi o tipo de carga mais descarregado
no Terminal de Miramar, tendo em vista a quantidade de veículos automotores de grande
porte e demais motores (como fornos e geradores elétricos) os quais se utilizam desta
carga.
A frota de veículos de passeio de toda a região atendida é responsável pelo
segundo lugar da gasolina comum.
Presente nos fogões, fornos, geladeira e secadora de roupas das residências,
nas atividades de oxicorte (corte de chapa metálica com GLP e oxigênio industrial) das
indústrias e na esterilização de objetos e na cocção dos alimentos dos hospitais, o Gás
Liquefeito de Petróleo é a terceira carga mais descarregada no Terminal de Miramar.
Os descarregamentos de gasolina comum, de álcool anidro (o qual é misturado
à gasolina disponível nos postos de abastecimento das cidades) e de JET-A1 são
diretamente relacionados com o consumo da frota rodoviária e da aeroviária na região
atendida pelo Terminal de Miramar.
Quanto aos carregamentos, o óleo diesel é a carga preponderantemente
movimentada e em segundo lugar temos a gasolina comum. Ambas são utilizadas no
abastecimento das cidades citadas no capítulo acima.
Comparando os carregamentos de óleo diesel realizados no ano de 2011 com os
realizados no ano de 2010, tivemos variação negativa de 46,28%. Em 2011, os
63
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
carregamentos em navegação de apoio marítimo foram aqueles com destino à plataforma
de prospecção de petróleo da Petrobrás, os quais foram suspensos em fevereiro de 2012.
O percentual de 14,99% nos carregamentos (343.383 toneladas em 2014
contra 298.631 toneladas em 2013) puxou a movimentação total do Terminal para 2,76%
a menos do que o registrado em 2012 (2.165.304 em 2012 e 2.105.553 em 2013), numa
indicação de que, por questões de logística das empresas distribuidoras, uma parcela
maior da carga recebida pelo modal aquaviário está deixando o Terminal de Miramar
através do modal rodoviário e não sendo transbordada para balsas-tanques.
Tabela 4.2.7 – Quantidade Movimentada por Carregamento no Terminal de Miramar.
CARREGAMENTO
Carga geral Não-Conteneirizada
APOIO PORTUÁRIO
CARGA DE APOIO
COBRE, NÍQUE, ESTANHO, METAIS E SUAS OBRAS
COMB. E ÓLEOS MINERAIS E PRODUTOS
CONGELADOS
FRUTAS
INST. DE PRECISÃO OU MEDIÇÃO, PROD. MÉDICO-FARMACÊUTICO
7,6
0,15
77,21
5,72
0,26
84,43
3,06
0,3
2,6
0,05
3,23
0,34
VAR(%)
36,18%
-100,00%
-95,95%
2428,67%
300,00%
-27,92%
-100,00%
-100,00%
190,38%
400,00%
-99,69%
-100,00%
-
0,38
0,4
-100,00%
-100,00%
1,82
6,06
2,46
-100,00%
-26,02%
PRODUTOS HORTÍCOLA, PLANTA, RAÍZ E TUBERCULO
9,88
4,59
1,39
0,61
37,63
610,79%
-100,00%
-87,80%
0,11
0,02
2,15
246,4
0,56
0,6
0,27
0,1
2,6
238,01
-80,36%
-100,00%
-100,00%
-80,00%
-17,31%
3,53%
246,4
238,01
3,53%
2014 (t)
2013(t)
VAR(%)
TOTAL CABOTAGEM
INTERIOR
1.928,48
1.928,48
2014 (t)
8.549,99
8.549,99
2013 (t)
-77,44%
-77,44%
VAR(%)
ALCOOL ETILICO
TOTAL INTERIOR
APOIO PORTUÁRIO
CARGA DE APOIO
57.197,2
261.530,15
318.727,35
2014 (t)
779,52
3.925,00
2.439,47
2014 (t)
10,35
3,13
144,64
1,04
60,86
7,55
0,25
0,01
-
2013 (t)
Granel líquido
CABOTAGEM
26.991,52
111,91%
243.421,49
7,44%
270.413,01
17,87%
2013 (t)
VAR(%)
0,78 99838,46%
3.201,05
22,62%
-
64
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
TOTAL CARREGAMENTO
15.336,36
22.480,35
343.136,18
343.382,58
16.228,26
19.430,09
298.393,09
298.631,1
-5,50%
15,70%
14,99%
14,99%
Tabela 4.2.8 – Total da Movimentação por Natureza no Terminal de Miramar.
MOVIMENTAÇÕES
GRANEL SÓLIDO
GRANEL LÍQUIDO
TOTAL
2014 (t)
2013 (t)
441,70
448,88
2.327.060,78 2.105.401,25
2.327.502,48 2.105.850,13
VAR(%)
-1,60%
10,53%
10,53%
Figura 4.2.1: Movimentação de Carga por Natureza no Terminal de Miramar.
2.327.061
2.500.000
carga geral
2.000.000
granel sólido
granel líquido
1.500.000
contêiner
-
0
500.000
0
1.000.000
442
MOVIMENTAÇÃO (t)
MOVIMENTAÇÃO DE CARGA POR NATUREZA NO
TERMINAL DE MIRAMAR
2014
4.2.4. Produtividade
Equipamento: Tubovias;
Quantidade: 10;
Proprietárias: CDP e Transpetro;
Localização: área primária do Terminal de Miramar.
65
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Tabela 4.2.9 – Descrição das Tubovias na Área Primária.
Diâmetro
Cor
Carga
Aplicação
(pol.)
VM Comb. Incêndio
8
CZ
PT
3
Vazão (m /h)
Mín.
Máx.
2
Pressão (kgf/cm )
Mín.
Máx.
Álcool
6
GLP
Óleo diesel
Gasolina A
Jet-A1
OC-A1
Óleo diesel
8
300
450
15
20
10
500
900
5
7
500
900
5
7
CZ
Descarregamento de
Navio-Tanque
8
Abastecimento de NavioTanque e carregamento em
Balsa-Tanque
MF
10
Equipamento:
Tubovias;
Quantidade:
5;
Proprietária:
CDP;
Localização:
Píer 100.
Tabela 4.2.10 – Descrição das Tubovias no Píer 100.
Carga
Aplicação
Proprietária
Diâmetro
(pol.)
MF
?
?
8
MF
Carreg./Descarreg.
Transpetro
10
MF
Descarregamento
?
8
Óleo diesel
Retorno (para a embarcação)
Transpetro
8
GLP
?
Transpetro
6
3
Vazão (m /h)
Mín.
Máx.
100
250
2
Pressão (kgf/cm )
Mín.
Máx.
3
7
66
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Equipamento: Tubovias;
Quantidade: 10;
Localização: Píer 200.
Tabela 4.2.11 – Descrição das Tubovias no Píer 200.
Aplicação
Proprietária
MF
Carreg./Descarreg.
CDP
Diâmetro
(pol.)
10
GAV
Carreg./Descarreg.
Transpetro
6
Óleo Diesel
Retorno
Transpetro
8
Álcool
Carreg./Descarreg.
Transpetro
8
Óleo Diesel
Carreg./Descarreg.
Transpetro
12
Gasolina A
Carreg./Descarreg.
Transpetro
10
JET-A1
Carreg./Descarreg.
Transpetro
10
Óleo Diesel
Descarga
Transpetro
10
GL
Carreg./Descarreg.
CDP
8
GL
Carreg./Descarreg.
CDP
6
Carga
3
Vazão (m /h)
Mín.
Máx.
100
250
2
Pressão (kgf/cm )
Mín.
Máx.
3
7
Equipamento:
Tanques para GLP;
Volume Operacional:
47001: 3.181m3
47002: 3.180m3
47003: 3.180m3
Proprietária:
Transpetro;
Localização:
Arrendamento da Transpetro.
Equipamento: Tanques para GLP;
Quantidade: 2 esferas e 12 cilindros;
Capacidade: 2 x 600 t (Esferas) e 12 x 60 t
(Cilindros);
Proprietária: Paragás;
Localização: Arrendamentos da Paragás.
67
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Equipamento: Tanques para GLP;
Quantidade: 18;
Capacidade Estática Nominal:
60 t (cada);
Capacidade Estática Efetiva:
52.000 t (cada) ou 85% da CEN;
Proprietária:
Liquigás;
Localização:
Arrendamento da Liquigás.
Equipamento: Ponto “B”;
Característica: Recinto fechado por grade.
Aplicação: Manobra para o recebimento de GLP da
Transpetro;
Vazão: -;
Proprietária: Liquigás;
Localização: Arrendamento da Liquigás.
Equipamento:
Sensor de balanço e massa;
Aplicação:
Controle da vazão, da temperatura e da pressão.
Quantidade: -;
Vazão: -;
Proprietária: Liquigás;
Localização: Final da tubulação de recebimento
da Liquigás.
Equipamento: Caminhões e carretas para GLP em
botijas;
Aplicação: Distribuição dos aproximados 15.000
botijões diariamente envasados pela Liquigás
(EVTEA, 2011);
Quantidade: -;
Proprietária: Liquigás.
Equipamento:
Veículo Pequeno Granel (VPG);
Aplicação:
Distribuição do GLP para grandes
consumidores;
Quantidade: -;
68
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Equipamento: Tanques para GLP (Pátio 1);
Marca: nº 01 a nº 06;
Quantidade: 6;
Capacidade Nominal: 60 t (cada)
Proprietária: SHVGás;
Localização: Arrendamento da SHVGás.
Equipamento: Tanques para GLP (Pátio 2);
Marca: nº 07 a nº 12;
Quantidade: 6;
Capacidade Nominal: 60 t (cada);
Proprietária: SHVGás;
Localização: Arrendamento da SHVGás.
Equipamento:
Veículo Pequeno Granel (VPG);
Aplicação:
Distribuição do GLP para grandes consumidores;
Capacidade: -;
Quantidade: -;
Equipamento:
Tanques para outros derivados do petróleo;
Quantidade: 53;
Proprietárias:
BR Distribuidora, Transpetro, CBPI, Cosan, Sabbá e
IPP;
Localização: Retro área do Terminal.
4.2.4.2. Relatório Gerencial da Produtividade Média
Tabela 4.2.12: Produtividade Média no Terminal de Miramar.
Tipo de Mercadoria
101 102 103
201
202
Alcool etílico
1.734
- 1.884
Combustíveis e óleos minerais
3.181
- 2.935 2.674
203
-
Para a análise da produtividade de uma operação pontual, deve-se levar em
consideração o tipo da embarcação (navio, balsa-tanque ou ferry-boat) e o sentido da
movimentação de carga (carregamento ou descarregamento). Pois, a combinação
69
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
destes fatores pode acarretar na utilização ou não de bombas hidráulicas situadas a
bordo da embarcação ou no solo do terminal da arrendatária Transpetro, conforme pode
ver resumido na Tabela 4.2.13.
Tabela 4.2.13 – Descrição das tubovias no píer 200.
Tipo de
embarcação
Navio
Balsa-tanque
Ferry-boat
Sentido
Carregamento
Bomba a bordo
Por gravidade e/ou bomba da Transpetro
Por gravidade
Descarregamento
Bomba a bordo
Bomba a bordo
Não há esta operação
4.2.4. CONSIGNAÇÃO MÉDIA
Tabela 4.2.14: Consignação Média no Terminal de Miramar.
MIRAMAR
(TEUs/embarcação, para carga geral conteneirizada e
t/embarcação, para outras naturezas)
Ano: 2014
Tipo de mercadoria
BEBIDA, LÍQ. ALCOÓLICOS E VINAGRE
CARGA DE APOIO
FRUTAS
PROD. HORTÍCOLA, PLANTA, RAÍZ E TUBERCULO
ALCOOL ETILICO
CARGA DE APOIO
101
102
10
2
3
9
1
2
1
1
26
3
303
903
73
82
1.348 3.223
2.709 3.223
103
201
192
3
2
1
7
1
1
10
2
219
173
- 1.832
58
103
- 7.892
- 10.058
202
203
89
89
MÉDIA
-
101
3
2
1
8
1
1
2
10
2
1
132
238
1.368
66
93
3.138
4.902
.
Embarcações Petroleiras
As maiores embarcações atendidas no Terminal de Miramar pertencem à
classe “Costeira”, porém bem próximo aos 50.000 DWT da classe “Handymax”.
A maior consignação em 2004 ocorreu no dia 29 de junho, quando o naviotanque “Vega” (Figura 4.2.5.1) desatracou do berço 201 do Terminal de Miramar após ter
descarregado 18.551 toneladas de óleo diesel em aproximadamente 47 horas de
70
____________________________________________________________________
Figura 4.2.5.1 - Navio Vega.
______________________________________________________________________________
operação. Esta carga foi oriunda do arrendamento da Transpetro no Porto de Itaqui/MA.
Este navio possui 183 metros de comprimento, 32 metros de boca e 46.217 de DWT. Seu
calado nominal é de 10,5 metros.
4.3. Terminal de Outeiro
O Terminal Portuário de Outeiro, pertencente ao Porto Organizado de Belém, é
uma instalação portuária fluviomarítima, pois, apesar de estar situado em águas fluviais
atende a linhas marítimas.
4.3.1. PRINCIPAIS CARGAS MOVIMENTADAS
Produtos Siderúrgicos: Fio-máquina em bobina
Na região nordeste do Brasil, há apenas três produtoras de aço, sendo uma
delas a indústria Aço Cearense
(situada na cidade de Caucaia/CE,
em
uma
posição
equidistante
entre o TUP Pecém e o Porto de
Mucuripe).
71
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Fundada em 1997, a indústria Aço Cearense importa este seu insumo através
do TUP Pecém desde então (Figura XX).
A indústria de aço SINOBRAS S/A,
foi
fundada
em
2007
na
cidade
de
Marabá/PA, dando início a sua produção em
2008. Ela utiliza o fio-máquina em bobina
para a fabricação de produtos em aço
utilizados na construção civil (vergalhões SI50
e SI60, treliças, telas para coluna, telas
Fonte: SINOBRAS S/A.
eletrosoldadas e arame recozido).
Esta indústria é a única existente na
região norte do Brasil. Para a fabricação do aço, também utiliza como matéria-prima o
minério de ferro (oriundo através da ferrovia da Vale), o ferro-gusa (em forma líquida,
através de forno elétrico e de forno panela) e a sucata de aço (reciclagem), entre outros.
A capacidade nominal de produção é de 3.000.000 toneladas de aços longos por ano, as
quais são consumidas pelo mercado interno, não sendo exportadas (SINOBRAS, 2013).
Tanto a SINOBRAS como a Aço Cearense são empresas pertencentes ao
Grupo Aço Cearense.
A primeira logística adotada pela SINOBRAS foi a da importação do fiomáquina em bobina através dos mesmos navios empregados para o abastecimento da
indústria Aço Cearense. Daquele TUP, o fio-máquina era transportado através do modal
rodoviário até a fábrica da SINOBRAS.
Após tratativas com a Diretoria da CDP, desatracou em 30/11/2011 do
Terminal de Outeiro o primeiro navio
contendo fio-máquina em bobinas. Foram
5.928 toneladas importadas pela indústria
SINOBRAS
S/A.
Quando
a
parte
descoberta do armazém da Administração
do Terminal de Outeiro não é suficiente
para armazenar toda a carga de um navio,
é utilizado pátio de concreto a céu aberto.
72
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Tabela 4.3.1 – Principais portos de origem dos Produtos Siderúrgicos.
Carga
Porto de origem
Buenos Aires
Lianyungangi
Point Lisas
PRODUTOS
Chengdu
SIDERÚRGICOS
Gateway Terminals
Surat
Bayuquan
País de origem
Argentina
China
Venezuela
China
Índia
Índia
China
Movimentação (t)
2014
2013
11.927 6.882
9.835
5.771
8.027
7.998
6.667
6.642
4.926
-
A importação desta carga através do Terminal de Outeiro se consolidou no ano
de 2014. Os portos de Lianyungang, de Chengdu, e de Bayuquan colocaram a China
como principal país fornecedor deste insumo para a SINOBRAS. Os portos de
GatewayTerminals India e de Surat colocaram a Índia como segundo país fornecedor. A
Argentina é o terceiro País fornecedor pelo Porto de Buenos Aires. Já o Porto de Point
Lisas coloca a Venezuela como quarto país fornecedor desta matéria-prima para a
fabricação de chapas de aço.
Produtos Siderúrgicos: Chapas de aço
O grupo “Produtos Siderúrgico”, descarregado através do Terminal de Outeiro,
também compreende às importações de
chapas de aço, utilizada como insumo
para a fabricação de embarcações pelo
73
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Estaleiro Rio Maguari, situado no Furo do Rio Maguari.
Após descarregadas do navio as chapas são armazenadas para posterior
retirada em carretas, as quais seguem pelo modal rodoviário até este estaleiro.
Coque e Clinquer
O Terminal de Uso Privativo (TUP) da Majonav, localizado no Furo Maguari às
proximidades da ponte que liga o Distrito de Icoaraci ao Distrito de Outeiro, é um
importante elo na cadeia logística portuária do fluxo de cargas movimentadas pelo
Terminal de Outeiro.
O clinquer (matéria-prima para a fabricação do cimento) e o coque (usado
como fonte de energia nos fornos de clinquerização para a produção de cimento) são
importados de Houston/EUA através de navios graneleiros atendidos na área de fundeio
às proximidades do Terminal de Outeiro ou mesmo atracado ao píer. Dalí, tais cargas são
transbordadas para balsas.
Até por volta da metade de 2013, parte destas balsas seguiam até o TUP da
Majonav, onde então era transportada no modal rodoviário até a fábrica da CIBRASA
(situada em Capanema/PA e pertencente à empresa “Cimentos Nassau”) e até a fábrica
situada em Xambioá/TO (bem próxima à divisa com o Estado do Pará e pertencente à
74
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Votorantim Cimentos), em rota que corta a cidade de Marabá/PA. A outra parte seguia
diretamente, em balsas da armadora (e operadora portuária) Majonav até a fábrica de
cimento em Barcarena/PA e em balsas da armadora Bertolini até as fábricas de cimento
em Porto Velho/RO (Votorantim Cimentos) e de Itaituba/PA (Cimentos Nassau).
A partir da segunda metade de 2013, a Votorantim Cimentos rompeu o contrato
com a operadora portuária Majonav, passando então a operar no Porto de Vila do Conde.
Esta alteração na logística inclusive representou redução nos custos com transporte. Já a
Votorantim Cimentos, passou a não mais utilizar o pátio de armazenagem existente na
ETC da Majonav e sim um pátio construído na área da CIBRASA (área vizinha à do
Terminal de Outeiro). Os demais elos desta cadeia logística permaneceram como antes.
Tabela 4.3.2 – Principais portos de origem e de destino do coque.
Nome da Carga
COQUE DE
PETRÓLEO
Destino (t)
Porto de Destino
2012
TUP Majonav
48.210
-
2013
80.657
-
Origem (t)
Porto de Origem
2012
Houston
21.999
Jose Port
New Orleans
11.077
2013
32.464
29.005
18.999
Pozolana
Insumo para a produção do cimento, a Pozolana ou Metacaulim é proveniente
da argila calcinada em forno rotativo na faixa de temperatura de 700ºC a 1000ºC, em
torrões ou moída.
Material silicoso ou sílico-aluminoso
que, quando moído na presença de água,
reage com o hidróxido de cálcio formando
compostos com propriedades cimentícias.
Sua utilização pode substituir a
utilização do clinquer. No SCAP tal tipo de
carga é informado pelos usuários do porto e
confirmado pela Administração do Terminal de Outeiro como pertencente ao Grupo
denominado “Enxofre, Terras e Pedras, Gesso e Cal” e “Minérios, Escórias e Cinzas”.
75
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Tabela 4.3.3 – Principais Portos de Origem e de Destino da Pozolana.
Porto de
Destino
Tipo de Carga
Enxofre, Terras e Pedras, Gesso e Cal
Minérios Escorias e Cinzas
Altamira
Altamira
2013
2014
5.061
20.078
21.436
45.041
Porto de
Origem
Hongai
Carboneras
2013
2014
17.234
31.192
30.625
49.222
Após armazenada no Terminal de Outeiro, praticamente toda esta carga
importada foi transbordada para balsas
com destino à Altamira, visando atender
às obras da Usina Hidrelétrica de Belo
Monte.
Em
armazenagem
(Distrito
de
2013,
do
o
TUP
Icoaraci/PA)
pátio
da
de
Majonav
também
foi
utilizado como elo na cadeia logística desta carga. Em 2014, por decisão da Votorantim
Cimentos, a armadora Bertolini passou a assumir esta operação.
Cimento
O cimento em sacos, movimentados através de big-bags, deixou de ser
descarregado pelo Cais Público do Porto de Belém em novembro de 2011, onde 75.110
toneladas foram descarregadas nas sete operações realizadas neste ano. Em 30/06/12, o
cimento passou a ser descarregado pelo Terminal de Outeiro, retomando esta operação
pelos portos da CDP.
Originado da Turquia, do Vietnã e de Portugal através de navios, parte do
cimento foi transbordado para balsas das armadoras Majonav e Bertolini em rumo ao
Porto de Altamira, visando prioritariamente ao atendimento às obras de construção civil da
UHE de Belo Monte. A outra parte foi descarregada e armazenada no Terminal, onde
posteriormente seguiu pelo modal rodoviário até o Centro de Distribuição da Votorantim
Cimentos, localizada no Município de Marituba/PA.
Ao longo do ano de 2012 foram três navios descarregados no Terminal de
Outeiro com esta mercadoria ensacada, mesmo número de navios atendidos em 2013.
Em média, são aproximadamente 30.000 toneladas descarregadas por navio.
76
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Tabela 4.3.4 – Principais Portos de Origem do Cimento.
Destino (t)
Porto de Destino
2012
Altamira
CIMENTO
Santana
Belém
Nome da
Carga
Origem (t)
2013
11.003
3.835
837
Porto de Origem
Hongai
Vientiane
-
2012
-
2013
48.664
31.963
-
O cimento atendeu preponderantemente às obras da UHE de Belo Monte e
outra parte significativa foi transbordada para balsas com destino ao Porto de Santana, no
Estado do Amapá. Pequena parte foi destina à Unidade Barcarena, fábrica da Votorantim
Cimentos.
O cimento em sua forma acabada (em saco de 50kg) foi importado através do
Terminal de Outeiro pela Votorantim Cimentos um volume de 80.627 toneladas no ano de
2013. Em 2014, a fábrica da Votorantim em Barcarena alterou a logística, não mais
importando o cimento no Terminal de Outeiro e aumentando consideravelmente a sua
importação (através do Porto de Vila do Conde) dos insumos coque e clinquer.
Trigo
O navio graneleiro “Lady Serra” desatracou do berço 101 do Terminal de
Outeiro no dia 25/04/2014, onde 3.857 toneladas de trigo oriundas do Porto de
Montevideo (URU) foram transbordadas diretamente para balsas através de grab. Após
receberem tais transbordos, as balsas foram destinadas ao berço 5 do Cais Público do
Porto de Belém, onde então o trigo foi descarregado para os silos da arrendatária Ocrim.
Outros navios graneleiros foram utilizados pela Ocrim, durante o ano de 2014,
nesta nova estratégia logística da arrendatária.
4.3.2. ATENDIMENTO À EMBARCAÇÃO
Devido a limitações de esforço máximo permitido na estrutura do Píer 100, as
embarcações acima de 40.000 toneladas de DWT não podem ser atendidas no mesmo.
Também são atendidas na área de fundeio as balsas que recebem o clinquer e o coque
dos navios graneleiros, os quais utilizam grabs presos às suas lanças de bordo.
A quantidade de balsas (63) representa preponderantemente àquelas
embarcações atendidas pelo Terminal de Outeiro e que foram carregadas com clinquer ou
com coque transbordados de navios graneleiros.
77
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
As balsas-tanques realizaram o abastecimento de outras embarcações.
Também foram atendidas embarcações que apenas realizaram movimentação em granel
líquido tais como os consumos de bordo (abastecimento com óleo diesel) e retirada de
resíduo líquido (como retirada de óleo queimado ou outros rejeitos da embarcação).
Os cargueiros e os graneleiros que realizaram navegação de longo curso foram
os utilizados basicamente para as importações de fio-máquina em bobina, de cimento em
saco, de clinquer e de coque.
Já os cargueiros e os graneleiros que realizaram cabotagem, descarregaram
transformadores elétricos oriundos do Porto do Rio de Janeiro, visando seu posterior
carregamento em balsas com destino à UHE de Belo Monte. Navios oriundos do Porto de
Itaqui/MA, utilizados para o transporte de bauxita, foram atendidos no Terminal de Outeiro
para o seu abastecimento, antes de seguirem viajem para o Porto Trombetas/AM.
Em 2014, o total de 26 embarcações foi atendido na área de fundeio contra 28
embarcações no mesmo período de 2013.
Tabela 4.3.5 – Tipos de embarcações atendidas no Terminal de Outeiro.
Tipo de
Embarcação
Balsa
Longo Curso
N
E
0
Cabotagem
N
E
Interior
N
E
AP/AM
N
E
0
0
0
63
0
0
0
TOTAL
63
Balsa-Tanque
0
0
0
0
0
0
3
0
3
Cargueiro
0
25
1
1
0
0
0
0
27
Empurrador
Graneleiro
0
0
0
0
20
0
11
0
31
0
3
9
0
0
0
0
0
12
Pesquisa
0
0
0
2
0
0
0
0
2
Rebocador
0
1
0
1
4
0
5
0
11
Turismo
0
1
0
0
0
0
0
0
1
Total
0
30
10
4
87
0
19
0
150
AP/AM – Apoio Portuário/ Apoio Marítimo
4.3.3. TAXA DE OCUPAÇÃO
O grupo “Aeronaves, embarcações e suas partes” é relativo à embarcações
montadas pelo Estaleiro Rio Maguari.
Os grupos “enxofre, terras e pedras, gesso e cal” e “minérios escorias e cinzas”
são operados no berço 201 e são relativos ao carregamento de insumos para cimento
com destino ao porto de Altamira, por balsas da Bertolini e Majonav. Estas cargas são
movimentadas no interior de big-bags por guindastes de terra.
78
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
A taxa de ocupação do trigo é relativa aos navios que descarregaram essa
carga, quanto as balsas que receberam tal transbordo em big-bag e navegaram em
direção ao cais público do porto de Belém e ao TUP da Majonav.
O elevado valor da Taxa de Ocupação no fundeio foi preponderantemente
devida ao navio “Castillo de Guadalupe”, permanecido na área de fundeio no período
compreendido entre os dias 03/04/2013 a 10/08/2014
(mais de 1 ano e 4 meses). Construído em 1982, este
navio era empregado na movimentação de bauxita entre
o Porto de Vila do Conde e o Porto de Trombetas já
apresentava outros históricos de paralisação para
manutenções por grande espaço de tempo, como a
ocorrida em Santarém no ano de 2004. Por decisão do
armadora Elcano, esta embarcação ficou fundeada nas proximidades do terminal de
Outeiro aguardando a conclusão do procedimento jurídico de venda para “desmonte”.
Tabela 4.3.6: Taxa de Ocupação no Terminal de Outeiro no Ano de 2014
OUTEIRO
Período: 01/01/2014 à 31/12/2014
Tipo de mercadoria
TRIGO
Aeronaves, embarcações e suas partes
Carga de apoio
Enxofre, terras e pedras
Trigo
Sem carga
Total: Sem Cargas
Total geral
Taxa Ocupação
101
2,03%
2,03%
0,60%
4,77%
10,35%
6,51%
1,03%
1,13%
24,39%
10,76%
10,76%
37,17%
3256:14:00
768:16:00
8,77%
28,40%
FUNDEIO
102
2,80%
2,20%
3,38%
2,80%
5,58%
0,18%
2,07%
2,25%
79,23%
50,00%
79,23%
50,00%
84,28%
55,59%
7383:59:00 4869:24:00
2011:04:00 3721:44:00
22,96%
42,47%
61,32%
13,11%
Agendamentos: 154
201
202
10,41%
21,30%
31,71%
21,39%
21,39%
53,11%
4653:32:00
2830:38:00
32,30%
20,81%
0,26%
0,26%
0,26%
22:25
0,26%
79
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Ao se comparar com as Taxas de Ocupação no ano de 2013 (Tabela 4.3.7),
pode-se ter mais segurança em afirmar que os berços de atracação do Terminal de
Outeiro estão aptos a receber novos atendimentos, tanto de navios quanto de balsas.
Tabela 4.3.7: Taxa de Ocupação no Terminal de Outeiro no ano de 2013.
OUTEIRO
Período: 01/01/2013 à 31/12/2013
Tipo de mercadoria
Coque de petróleo
Trigo
Aeronaves, embarcações e suas partes
Cimento
Enxofre, terras e pedras
Trigo
Combustíveis e Óleos Minerais
101
Total: Sem Cargas
Total geral
Taxa Ocupação
102
Agendamentos: 237
201
202
2,68%
4,08%
6,76%
8,74%
3,50%
7,87%
9,28%
1,09%
6,04%
6,04%
-
1,35%
0,87%
2,22%
10,33%
1,43%
-
1,93%
1,93%
7,56%
14,14%
4,56%
8,98%
-
13,12%
-
30,48%
0,17%
0,17%
1,66%
1,66%
11,76%
0,05%
0,05%
35,24%
-
13,12%
-
Sem Carga
FUNDEIO
-
-
-
-
-
2,85%
8,54%
7,72%
15,17%
-
2,85%
40,26%
3527:52:00
301:07:00
3,44%
36,82%
8,54%
16,24%
1423:31:00
456:00:00
5,21%
11,03%
7,72%
21,74%
1904:11:00
1393:00:00
15,90%
5,84%
15,17%
52,35%
4585:26:00
2747:03:00
31,36%
20,99%
13,12%
1149:55:00
13,12%
4.3.4. MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
O clinquer e o coque começaram a ser importados através do Terminal de
Outeiro a partir de maio/2011 e de junho/2011, respectivamente. Antes, tais operações
ocorriam sob a administração do Cais Público do Porto de Belém.
Em 2012, o total de 159.704 toneladas de clinquer foi descarregado. Em 2013,
a operação deste insumo para a fabricação de cimento migrou para o Porto de Vila do
Conde. Visando atender às necessidades da UHE de Belo Monte, em 2013 deu-se início
então à movimentação deste cimento com característica de impermeabilização, onde o
total de 80.627 toneladas foi descarregado em big-bags.
A importação do grupo “Enxofre, terras e pedras, gesso e cal” adicionada à do
grupo “Minérios escorias e cinzas”, os quais representam os insumos para a fabricação de
cimento (incluindo a pozolona) movimentou em 2014 aproximadamente 20.000 toneladas
a menos do que em 2013.
80
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
No mês de novembro de 2014, não houve movimentação de carga em todo o
Terminal de Outeiro devido aos seguintes fatores:
1) Atraso do navio “GB Atlantic”, contendo chapas/lâminas de aço para serem
descarregadas para a consignatária Estaleiro Rio Maguari. Esta operação portuária deu
início somente em 09/12/14;
2) Atraso no navio com fio-máquina em bobina, o qual permaneceu atracado no
TUP Pecem descarregando parte da carga para a Aço Cearense. O navio “Ciello Di
Capalbio” está agendado para o dia 16/12/14;
3) A Votorantim Cimentos estava passando por processo de Auditoria, onde a
diretriz da empresa foi retirar toda a carga dos portos.
Não houve descarregamento de coque de petróleo em 2014, tendo
descarregado o montante de 80.656 toneladas em 2013. A importação desta carga
através do Terminal de Outeiro sofreu alteração na logística e passou a ser descarregada
no Porto de Vila do Conde, mais próximo da fábrica da Votorantim Cimentos (a qual
passou por recente expansão na sua capacidade de produção).
As importações de produtos siderúrgicos (preponderantemente, fio-máquina
em bobina) representaram alta de 6,86%. Em 2014, foram 56.020 toneladas contra
52.426 toneladas em 2013.
Tabela 4.3.8 – Descarregamento no Terminal de Outeiro.
DESCARREGAMENTO
Carga Geral Conteneirizada
LONGO CURSO
2014 (t)
2013 (t)
0
VAR(%)
10,76
10,76
-100,00%
-100,00%
LONGO CURSO
CIMENTO
TRIGO
TOTAL LONGO CURSO
CABOTAGEM
TOTAL CABOTAGEM
APOIO PORTUÁRIO
2014 (t)
2013 (t)
VAR(%)
30.624,95
0,5
49.221,94
1,2
56.020,44
463,19
2.401,78
138.734,00
2014 (t)
314,28
314,28
2014 (t)
180,93
80.627,02
14,78
50.404,29
2,98
51.184,39
3,38
52.425,71
234.843,48
2013 (t)
0
2013 (t)
-100,00%
-100,00%
-100,00%
-39,24%
-83,22%
-3,83%
-64,50%
6,86%
-40,92%
VAR(%)
VAR(%)
81
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
CARGA DE APOIO
308,36
0,63
12,9
16,01
337,9
139.386,18
23,6
3,37
26,97
234.870,45
-45,34%
375,07%
1152,87%
-40,65%
Granel Sólido
LONGO CURSO
COQUE DE PETRÓLEO
TRIGO
TOTAL LONGO CURSO
CABOTAGEM
2014 (t)
2013 (t)
VAR(%)
8.314,67
8.314,67
2014 (t)
80.467,92
20.927,38
101.395,3
2013 (t)
-100,00%
-60,27%
-91,80%
VAR(%)
0
8.314,67
11,2
11,2
101.406,5
-100,00%
-100,00%
-91,80%
TOTAL CABOTAGEM
Granel líquido
CABOTAGEM
TOTAL CABOTAGEM
INTERIOR
TOTAL INTERIOR
APOIO PORTUÁRIO
-
2014 (t)
2013 (t)
VAR(%)
2014 (t)
267,22
267,22
2013 (t)
285
1.455,74
1.740,74
2013 (t)
-100,00%
-100,00%
VAR(%)
-100,00%
-100,00%
-100,00%
VAR(%)
873,58
873,58
873,58
2014(t)
2.794,97
2.794,97
4.802,93
2013 (t)
-68,74%
-68,74%
-81,81%
VAR(%)
148.574,43
341.090,64
-56,44%
0
2014 (t)
0
Tabela 4.3.9 – Quantidade de Carga Movimentada por Carregamento no Terminal de Outeiro.
CARREGAMENTO
LONGO CURSO
CARGA DE APOIO
FRUTAS
TOTAL LONGO CURSO
CABOTAGEM
CARGA DE APOIO
TOTAL CABOTAGEM
INTERIOR
2014 (t)
1.814,00
2,07
1.816,07
2014 (t)
314,28
314,28
2014 (t)
2013(t)
6.088,74
0,78
0,33
6.089,85
2013 (t)
28,86
28,86
2013 (t)
VAR(%)
-70,21%
165,38%
-100,00%
-70,18%
VAR(%)
-100,00%
988,98%
VAR(%)
CIMENTO
TRIGO
TOTAL INTERIOR
APOIO PORTUÁRIO
CARGA DE APOIO
FRUTAS
21.436,24
45.041,10
400,55
7.023,38
62,63
73.963,90
2014 (t)
1.657,64
0,68
0,21
0,40
15.674,89
14.292,74
20.078,18
9.512,59
59.558,40
2013(t)
9,58
3,37
-100,00%
49,98%
124,33%
-26,17%
24,19%
VAR(%)
17203,13%
-88,13%
82
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
0,08
1.659,01
77.753,26
0,07
13,02
65.690,13
-100,00%
12642,01%
18,36%
2013(t)
80.656,72
11.414,79
92.071,51
92.071,51
VAR(%)
-100,00%
-78,96%
-97,39%
-97,39%
2013(t)
VAR(%)
Granel sólido
INTERIOR
2014 (t)
COQUE DE PETRÓLEO
TRIGO
TOTAL INTERIOR
2.401,78
2.401,78
2.401,78
Granel líquido
LONGO CURSO
2014 (t)
TOTAL LONGO CURSO
CABOTAGEM
200,17
200,17
2014 (t)
TOTAL CABOTAGEM
INTERIOR
0
150,2
150,2
33,27%
33,27%
VAR(%)
452,7
452,7
2013 (t)
2013(t)
-100,00%
-100,00%
VAR(%)
TOTAL INTERIOR
APOIO PORTUÁRIO
0
2014 (t)
285
1.421,68
1.706,68
2013(t)
-100,00%
-100,00%
-100,00%
VAR(%)
TOTAL CARREGAMENTO
350,13
1.300,56
1.650,69
1.850,86
2014 (t)
34,06
2.644,77
2.678,83
4.988,41
2013 (t)
927,98%
-50,83%
-38,38%
-62,90%
VAR(%)
82.005,9
162.750,05
-49,61%
2014 (t)
-
Quanto aos carregamentos, em 2012 foi realizada a exportação atípica de
18.277 toneladas de balsas para a Argentina e também o carregamento de 4.834
toneladas de antena de transmissão com destino ao Cais Público do Porto de Belém, as
quais foram posteriormente transbordadas para balsas com destino à região da UHE de
Belo Monte.
O grupo de mercadoria “enxofre, terras e pedras, gesso e cal” descarregou
21.436 toneladas em 2014 contra 14.293 toneladas em 2013, alta de 49,98%. O
carregamento de “minérios escorias e cinzas” sofreu aumento percentual de 124,33%
(45.041 toneladas em 2014 contra 20.078 toneladas em 2013). Ambos representam o
cimento que foi destinado ao Porto de Altamira.
Tabela 4.3.10 – Carga movimentada no Terminal de Outeiro.
MOVIMENTAÇÕES
GRANEL SÓLIDO
GRANEL LÍQUIDO
TOTAL
2014 (t)
2013(t)
VAR(%)
-
10,76
300.560,58
193.478,01
9.791,34
503.840,69
-100,00%
-27,75%
-94,46%
-72,17%
-54,24%
217.139,44
10.716,45
2.724,44
230.580,33
83
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Figura 4.3.11 - Movimentação de Carga por Natureza em Outeiro.
200.000
carga geral
granel sólido
150.000
granel líquido
100.000
-
0
2.724
50.000
contêiner
10.716
MOVIMENTAÇÃO (t)
250.000
217.139
MOVIMENTAÇÃO DE CARGA POR NATUREZA NO
TERMINAL DE OUTEIRO
2014
4.3.5. PRODUTIVIDADE
Equipamento: Empilhadeira;
Aplicação: Descarregamento de cimento;
Quantidade: 1;
Proprietárias: Majonav;
Localização: Armazém.
Quantidade: 1;
Proprietária: CDP.
84
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
4.3.5.2. Relatórios Gerenciais
Tabela 4.3.11 – Produtividade Média no Terminal de Outeiro.
Produtividade Média
Tipo de Mercadoria
TRIGO
101
102
862
1.362
1.123
1.027 422
2.074
- 220
201
202
1.133
1.436
-
FUNDEIO
-
-
Tipo de Mercadoria
101
102
1
201
101 102
2.176
-
201
-
202
-
FUNDEIO
-
-
Tipo de Mercadoria
TRIGO
202
-
FUNDEIO
-
-
4.3.6. Consignação
Tabela 4.3.12 – Consignação Média no Terminal de Outeiro.
(TEUs/embarcação, para carga geral conteineirizada e t/embarcação,
para outras naturezas)
Ano: 2014
Tipo de mercadoria
TRIGO
CARGA DE APOIO
ENXOFRE, TERRA E PEDRA, GESSO E CAL
TRIGO
101
2.143
2.143
120
13
8.918
1
5.542
2
6.224
273
1.346
22.439
14
14
FUNDEIO
1.814
1.814
350
375
725
102
201
217
1
8
200
63
489
110
110
1.639
1.753
3.392
-
202
MÉDIA
-
2.143
2.143
1.814
169
1
13
5.279
1
3.648
5
6.224
237
1.346
63
18.798
350
166
516
.
85
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
A maior consignação de uma
embarcação
Terminal
atracada
de
no
Outeiro
berço
Figura 4.3.7.1 - Navio Western Aida.
do
ocorreu
em
04/01/2013, quando o navio “Western
Aida” (Figura 4.3.7.1) desatracou do berço
101 do Terminal de Outeiro após ter
descarregado
33.170
toneladas
de
cimento Portland, importados do Vietnã
pela Votorantim Cimentos. A maior parte desta carga saiu pelo modal rodoviário, e
aproximadamente 9.000 toneladas saiu por balsa para o TUP da Majonav. Tal navio tem
capacidade nominal máxima para 38.501 DWT, calado nominal de 15,60 metros e
comprimento de 186,96 metros.
Logo, o Terminal de Outeiro atende nos seus berços a navios graneleiros da
classe Handymax (classe superior à atendida no Cais Público do Porto de Belém).
Contudo, ao longo dos anos de 2012 e de 2013, foram atendidos na área de
fundeio vários navios com maiores portes brutos, da classe “Supramax”. O clinquer
(importado pela Votorantim Cimentos) era
transbordado para o interior de balsas
Figura 4.3.7.2 – Frederike Selmer.
situadas no costado destes navios, através
de grabs içados pelos guindastes dos
navios. As balsas seguiam para o TUP da
Majonav (posteriormente saia pelo modal
rodoviário) e para o Porto de Vila do
Conde,
afim
Votorantim
de
em
suprir
a
fábrica
Barcarena/PA.
da
Nesta
logística portuária, o navio de maior porte
foi o “Frederike Selmer” (Figura 4.3.7.2). O mesmo possui DWT de 56.847 toneladas,
comprimento de 189,99 metros e calado nominal de 18,00 metros. Em 11/10/2012, este
navio desfundeou do Terminal de Outeiro após ter descarregado 41.222 toneladas de
clinquer.
86
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
5. Porto Organizado de Vila do Conde
502
501
402
302
401
202
301
R02
201
R01
102
101
O Porto Organizado de Vila do Conde é um porto fluviomarítimo, pois, apesar
de estar situado em águas fluviais atende a linhas marítimas.
Em 28/02/11, a transação entre o Grupo Norsk Hydro e o Grupo Vale S/A foi
concluída. O grupo norueguês assumiu o controle da Albras, da Alunorte e da Mina de
Bauxita Paragominas.
A partir de 23/11/11, a rampa Ro-Ro do Porto de Vila do Conde iniciou suas
operações através do carregamento com coque em balsas, com consignação média de
2.000 toneladas, destinas à fábrica de cimento da Nassau, localizada na cidade de
Itaituba/PA.
Nesta rampa, foi inaugurado em 27/03/2012 o equipamento operacional
denominado Sistema de Movimentação de Carga (SMC) de propriedade do Operador
Portuário Atlântica Navegação e Logística Ltda. Este novo sistema surgiu da necessidade
em viabilizar a operação com embarcações tipo balsa, as quais ficavam impedidas de
Fonte: Grupo Atlântica Matapi.
operar diretamente na rampa pela baixa profundidade do local, representando um alto
risco ambiental e operacional. O SMC consiste em fazer um prolongamento de 100
87
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
metros do terminal até alcançar a profundidade de 3,5 metros em qualquer maré,
garantindo uma operação segura e eficiente, em qualquer horário.
Em 21/12/13, ocorreu o primeiro carregamento com óleo de palma (óleo de
dendê) no Porto de Vila do Conde. O navio-tanque Nordport, atendido no berço 401, foi
carregado com aproximadamente 4.400 toneladas desta carga com destino ao Porto de
Santa Marta (Colômbia). A empresa Biopalma da Amazônia S/A (pertencente ao Grupo
Vale S/A em sociedade com o Grupo MSP) prevê, a partir do quinto ano, o montante de
500.000 toneladas carregadas por ano. Para o ano de 2014, a previsão é de 100.000
toneladas.
A Biopalma inaugurou em 26/06/12 sua primeira usina de óleo de palma,
escolhendo o Município de Moju/PA. A partir do ano de 2015, o óleo de palma será
transformado em biodiesel. A Unidade é capaz de produzir 25 toneladas de óleo por hora
os quais visam atender à demanda de biodiesel para uso de B20 (20% de biodiesel e 80%
de diesel comum) na frota de locomotivas, máquinas e equipamentos da Vale no Brasil. É
a primeira de duas unidades que serão construídas para extrair o óleo de palma. A
Biopalma possui cinco polos agrícolas na região do Vale do Acará e Baixo Tocantins (no
nordeste do Pará) e será responsável pela produção de 600 mil toneladas de biodiesel em
2019, quando a lavoura atingir sua maturidade. (Portal G1, 2014).
Ainda em 2012, o CADE aprovou o acordo entre a ADM (uma das maiores
empresas de agronegócios do mundo) e a Pará Pigmentos S/A (PPSA), que repassou à
gigante americana uma operação portuária em um TUP às proximidades do Porto
Organizado de Vila do Conde (Revista Exame, 2012).
Em 28/02/14 a Resolução nº 3.305 ANTAQ reconheceu a possibilidade de se
proceder à transferência de titularidade do Contrato de Adesão MT/DPH nº 024/1994,
firmado entre a União, por intermédio do Ministério dos Transportes, e a empresa Rio
Capim Química S.A. (sucedida pela Pará Pigmentos S.A.), em favor da empresa ADM do
Brasil Ltda (DOU, 2014).
88
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______________________________________________________________________________
5.1.
PRINCIPAIS CARGAS MOVIMENTADAS
Ferro-gusa
Os carregamentos de ferro-gusa iniciaram no Porto de Vila do Conde no ano
de 2004, onde 78.134 toneladas foram carregadas.
Em 2009, houve uma baixa expressiva na exportação devido à crise mundial: o
preço do ferro-gusa caiu de US$ 600/t no
segundo semestre de 2008 para US$ 280/t em
janeiro de 2009 e alcançou seu nível mais baixo
(US$ 130/t) no 2º semestre de 2010.
Em
08/02/11,
a
Cosipar
(maior
produtora de ferro-gusa do Brasil) acertou a
criação de uma joint venture entre uma das
Figura 5.1.1: Ferro-gusa no pátio de concreto.
empresas do grupo, a Usipar, com a Mir Steel UK, siderúrgica do País de Gales
pertencente ao bilionário russo Igor Zyuzin. Essa é a primeira investida do capital russo na
indústria do aço brasileira, em negócio que envolve investimentos de US$ 5 bilhões na
construção de um complexo siderúrgico em Barcarena (PA), com usina de placas,
coqueria e porto. A associação entre a Mir Steel UK e a Usipar prevê a criação de uma
holding denominada RAM (Russian And Monteiro, referência à família proprietária do
grupo Cosipar). A nova companhia passou a ter o controle das duas empresas. Os russos
detinham 75% do capital da holding e os brasileiros, 25%. O coque metalúrgico
descarregado no Porto de Vila do Conde é utilizado pela antiga USIPAR (Hoje, RAM) para
a produção (através de alto forno) de ferro-gusa e futuramente de aço, pela fábrica de
cimento da Votorantim às proximidades da RAM e pela fábrica de cimento da
ITACIMPASA da Nassau (Itaituba/PA).
Os principais países de destino do ferro-gusa carregados em 2011 foram os
Estados Unidos (129.941 t) e o México (37.810 t).
Em 29/03/12 desatracaram as primeiras balsas da armadora MC Log na rampa
rodo-fluvial do Porto de Vila do Conde contendo ferro-gusa oriundo de Marabá/PA para
armazenagem no Porto de Vila do Conde juntamente com a produção da COSIPAR que
vinha por modal rodoviário e era destinada à futura exportação. Em Abril, 7.857 toneladas
desta mercadoria foram descarregadas e em maio 6.574 toneladas.
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Localizada no Distrito Industrial de Marabá, a Companhia Siderúrgica do Pará
(COSIPAR) fechou as suas portas no final de outubro de 2012. A crise na COSIPAR se
instalou por falta de minério de ferro a um preço competitivo para poder fabricar ferrogusa. A empresa comprava o minério de ferro do Grupo Vale a US$ 180,00 por tonelada,
produzia o ferro-gusa, mas só conseguia cerca de US$ 90,00 por tonelada na venda do
produto ao mercado externo. A siderúrgica ainda tentou adquirir minério de ferro de outro
fornecedor, mas não conseguiu. No auge de sua produção, o Distrito Industrial de Marabá
chegou a ter 21 altos fornos de 10 siderúrgicas diferentes. Agora, funcionam apenas 1 da
SINOBRAS (produzindo ferro-gusa para consumo próprio), 1 da Ibérica e 3 da SIDEPAR,
totalizando 4 com potenciais para o transporte hidroviário. Esta última siderúrgica tem
situação privilegiada porque é proprietária de uma mina de minério de ferro em Floresta
do Araguaia.
Carvão
Movimentado principalmente nos berços 101 e 201 (esporadicamente também
movimentado nos berços 301 e 401), todo carvão mineral atualmente descarregado no
Porto de Vila do Conde é destinado à Usina Termelétrica de Barcarena, pertencente à
Alunorte. O carvão aquece as caldeiras, as quais geram vapor para o giro de rotores que
consequentemente geram energia elétrica. A ALUNORTE é praticamente autossuficiente
quanto à energia elétrica consumida, conseguindo gerar cerca de 70% do que a
arrendatária consome (CAVALCANTE, 2014).
No berço 101 o descarregamento é feito através dos dois descarregadores de
caneca existentes neste berço. Já nos outros berços externos é utilizado grab içado pelo
guindaste de bordo do navio. Então, o carvão é despejado em moegas e é transportado
por caminhão até o pátio de armazenagem da Alunorte.
Tabela 5.1 –Principais Portos de Origem do Carvão.
Carga
Carvão
Mineral
Porto de origem
Santa Marta
Puerto Colombia
Puerto Bolivar
Puerto Asis
2013 (t)
2014 (t)
298.365
49.639
50.014
407.691
-
53.211
90
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Os descarregamentos de carvão foram originários exclusivamente do Porto de
Puerto Bolivar (Colômbia) durante o ano de 2013, em navegação através do Canal do
Panamá. Já no ano de 2013, os portos dos Estados Unidos (Newport, Norfolk e Houston)
também passaram a fornecer este insumo para a produção da alumina. A colombiana “El
Cerrejón” (11º7’57”N 72º37’35”O) é uma das maiores minas de carvão a céu aberto no
mundo, produzindo 32 milhões de toneladas anuais (WIKIPEDIA, 2014).
Coque de Petróleo e Piche
O coque de petróleo e o piche
movimentados
através
do
Descarregador
Pneumático no berço 102 do Porto de Vila do
Conde são destinados, através de caminhões e
de esteira transportadora, à fábrica de “Anodos
Verdes”
da
empresa
arrendatária
Albras
Alumínio Brasileiro S/A onde são basculhados
Figura 5.1.2: Coque no pátio de concreto.
em tremonhas em direção aos silos de armazenagem.
A Albras produz, basicamente, alumínio primário sob a forma de lingotes. A
obtenção industrial do alumínio metálico se faz pela redução eletrolítica da alumina
(Al2O3). O processo se desenvolve através da passagem da corrente elétrica contínua em
fornos especiais, chamados cubas eletrolíticas revestidas de carbono, a uma temperatura
média de 960ºC. A cuba eletrolítica é composta por um polo negativo (catodo) e outro
positivo (anodo). Os catodos são importados e os anodos são produzidos na própria
fábrica, na Área de Carbono. Os anodos são consumidos durante o processo chamado de
“redução”, a uma taxa em torno de 420 kg de coque por tonelada de alumínio produzido.
Devido a este consumo, são trocados a uma frequência aproximada de 25 dias. Milhares
de amperes são utilizados para que a alumina seja dissociada e o banho mantido a uma
temperatura de 960ºC (ALBRAS, 2014).
O Porto de Vila do Conde atualmente possui capacidade para receber e
beneficiar 400 mil toneladas por ano de coque. (PORTOS E NAVIOS, 2012).
91
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Outras empresas também usam o coque como fonte de energia e de carbono.
Parte do coque descarregado de navios graneleiros é transbordada para balsas em
atendimento às fábricas de cimento da CIBRASA e da Itaituba Cimentos.
As indústrias de cimento e de cal da região utilizam o coque como fonte de
energia, sendo uma opção superior ao carvão, tanto na potência da queima quanto na
geração de externalidades ao meio ambiente. Como fonte de carbono, o coque é utilizado
nas indústrias do alumínio e aço. (OXBOW, 2012).
Uma pequena parte do coque é transbordada para balsas que realizam a
navegação interior através da rampa (berço R01) com destino à Itaituba. Sua origem é
predominantemente os Estados Unidos e a Rússia, havendo pequena participação da
Colômbia.
O piche é oriundo predominantemente da Ucrânia, da Grã-Betânia e da
Espanha.
Tabela 5.4 – Principais Portos de Origem e Destino do Coque de Petróleo e Piche.
Carga
Porto de Destino
Jacksonville
Cartagena
Itaituba
Porto Velho
2013 (t)
2014 (t)
76
32.552
-
42
25
58.423
6.067
COQUE DE
PETRÓLEO
Porto de Origem
Longview
Puerto Bolivar
Gramercy
Texas City
Davant
New Orleans
International Apt
Longview
Jose Port
Houston
2013 (t) 2014 (t)
18.511
10.085
38.286
-
23.135
54.752
15.761
34.880
73.677
15.004
64.490
12.039
80.850
119.911
66.419
Fertilizantes
Iniciados em 2004, os descarregamentos dos aproximadamente seis
insumos (Nitrogênio, Fosfato de Cálcio, Cloreto de Potássio, Sulfato de Magnésio, MAP
granulado e Fostato Monoamonico Granulado - MOP) para a fabricação de fertilizante no
Porto de Vila do Conde são predominantemente originados de Israel. Na tabela abaixo
vemos os principais portos de origem.
Alguns destes citados insumos podem vir nas embarcações em um único
porão, como é o caso do Nitrogênio, do Fósforo e do Potássio (NPK).
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Outros insumos, como a ureia, o bório, o magnésio, o micro Br12 e o MAP
farelado chegam ao arrendamento da Bunge Fertilizantes S/A através do modal
rodoviário, sendo oriundos do Vale de Uberaba.
Tabela 5.5 – Principais Portos de Origem de Fertilizantes.
Carga
FERTILIZANTES
ADUBOS
Porto de Origem
Klaipeda
Hamburg
Ghent
Cartagena
Antwerpen
Ashdod
Murmansk
New Germany
Damietta
Bremerhaven
Belém
Port of Spain
Inampulugan Island
Jorf Lasfar
Rotterdam
2013 (t)
2014 (t)
1.230
53
15.496
84.587
5.007
-
4.684
11.885
5.062
96
18.104
35.951
19.646
4.921
5.581
348
7
353
-
5.204
10.580
1.239
2.508
Esta fábrica de fertilizante, situada em uma área arrendada do Porto de Vila do
Conde, tem como maiores clientes a empresa Agropalma e as fazendas situadas em
Castanhal, em Santarém e em Paragominas.
A Bunge possui um espaço interno para a armazenagem de 30.000 toneladas.
Como forma alternativa para o seu pátio interno, a Bunge utiliza também os armazéns da
empresa Norte Empreendimentos (localizados nas proximidades do cruzamento
rodoviário conhecido como “Trevo do Peteca”, na Rodovia PA-483).
Em 09/08/2013, a norueguesa Yara International concluiu a aquisição do
negócio da parte de fertilizantes da Bunge no Brasil. Com uma capacidade de 32
misturadoras e três unidades de produção, a Yara Brasil está presente em todas as
principais áreas de produção agrícola e segmentos do mercado de fertilizantes no país.
Por meio de um contrato de fornecimento de longo prazo com a Yara, a Bunge continuará
a fornecer fertilizantes aos agricultores no Brasil, como parte de suas atividades de
origem de grãos. A empresa também vai continuar a operar o seu terminal de fertilizantes
no Porto de Santos (SP). A Yara Brasil passou a deter 25% de participação e a liderança
no mercado nacional de adubos.
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Bauxita
A bauxita apresenta peso específico ou densidade de 1,4 a 1,7 t/m3.
As minas da Mineração Rio do Norte (MRN) são platôs minerais explorados
desde 1979 e estão localizados próximos à margem
direita do Rio Trombetas. A cidade principal e sede do
município é Oriximiná (oeste do Estado do Pará). As
reservas estão estimadas em 700 milhões de toneladas
e possuem capacidade anual de produção de 18,1
milhões
de
toneladas
(MRN,
2012). Em 2011, a empresa produziu 16,8 milhões
de toneladas de bauxita (ABAL, 2012).
Deste
local
de
extração,
depois
de
beneficiada, a bauxita é transportada através de trem
movido à óleo diesel até o TUP Trombetas em um
percurso com 28km de distância. Posteriormente,
este minério é carregado no referido TUP para
navios graneleiros (e em poucos casos para
balsas) com destino ao Porto de Vila do Conde.
A produtividade máxima do carregador linear de
lança
deslizante
é
de
85.000
toneladas
métricas/dia para a bauxita seca e úmida (MRN,
2010).
A hidrovia de transporte tem extensão de
cerca de 845 milhas entre o Porto Trombetas e o Porto
de Vila do Conde, sendo 60 milhas no Rio Trombetas,
515 milhas no Rio Amazonas até a saída pela Barra
Norte; 155 milhas em trecho de mar aberto até as
proximidades de Salinópolis, e daí até Vila do Conde
mais 115 milhas pelo Rio Pará em demanda pelo Canal
do Espadarte (MRN, 2010).
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A limitação de comprimento é em razão das restrições impostas pelas curvas
do Rio Trombetas, os navios são limitados ao tipo Panamax com até 260m LOA. Durante
os períodos de cheia (abril a agosto), navios graneleiros com até 40m de boca e 260m de
LOA podem ser recebidos, após consulta à MRN (MRN, 2010). Já a limitação de calado
é dada pela profundidade existente na Barra Norte do Rio Amazonas.
Inicialmente (por volta de 1979) a bauxita carregada no TUP Trombetas era
totalmente exportada (1.000.000 t/ano). Com a entrada em funcionamento em 1984 da
Alumar (TUP da Alumar em São Luís/MA) e da Alunorte (Porto de Vila do Conde) em
1995, o produto também passou a ser beneficiado no Brasil. A bauxita de exportação é de
um tipo submetido a secagem especial e mais cara, sendo destinada basicamente para
Canadá, EUA e Ilhas Virgens. Da produção total, 60% são transformadas em alumina na
região Norte do Brasil e 40%, no exterior. (MRN, 2010).
Como segunda fonte desta mercadoria, existe a Mina Paragominas (situada
na cidade de Paragominas, nordeste do Estado do Pará)
a qual também pertencente ao Grupo Norsk Hydro S/A. A
fase de produção comercial desta mina teve início em
março de 2007, com capacidade anual de 5,4 milhões de
toneladas, para suprir a segunda expansão da Alunorte.
A capacidade desta mina é de 10 milhões de
toneladas por ano (HYDRO, 2012a). Os projetos de
expansão para aumentar esta capacidade ao nível de 15
milhões de toneladas, em combinação com a futura
Companhia
de
Alumina
do
Pará
(CAP),
estão
temporariamente suspensos (HYDRO, 2012b). Esta
expansão da capacidade de produção da empresa, contudo, não acarretaria grandes
impactos no porto visto que o produto seria transportado (em sua maioria) através do
mineroduto.
Da mina Paragominas, a bauxita é transportada
através de um mineroduto com 244 km de extensão, até o
pátio de bauxita localizado dentro da área privativa da
95
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______________________________________________________________________________
ALUNORTE. Em parte do trajeto, o mineroduto segue a céu aberto, cortando a floresta
nativa.
No ano de 2006, a ALUNORTE chegou a descarregar 9.645.108 toneladas de
bauxita no berço 101, devido ao atraso de 3 (três) anos para a entrada em operação do
mineroduto.
Em 2011, dos 14,7 milhões de toneladas de bauxita consumidas pela Alunorte
(HYDRO, 2012c, p.63), apenas 6,75 milhões de toneladas (46%) foram transportadas por
navio a serviço da MRN. Em 2013, das 15,0 milhões de toneladas, apenas 6,00 milhões
foram transportadas através de navios. (CAVALCANTE, 2014).
Em 2011, houve atendimentos a balsas contendo bauxita no berço 101. Duas
balsas atracaram quase que simultaneamente neste local de atracação e foram
descarregadas através dos dois descarregadores de canecas ali existentes. A operação
com balsa neste berço não foi muito bem aceita pela ALUNORTE (CAVALCANTE, 2014).
A partir de fevereiro de 2012, o descarregamento de bauxita passou a não
realizar mais a média mensal que vinha realizando desde 2010, isto é, um pouco acima
de 550.000 toneladas/mês devido à falta de navio graneleiro no mercado. A Taxa de
Ocupação do berço 101 neste período baixou para aproximadamente 50%. Esta carência
foi suprida com a plena utilização da capacidade da dutovia, a qual a Alunorte recebe a
bauxita da Mina Paragominas.
O contrato take-or-pay firmado entre a Alunorte e a Log-IN, vigorado a partir de
2010 tem duração de pelo menos 20 anos (LOG-IN, 2012). Em 2013, foram atendidas
embarcações no Porto de Vila do Conde com consignações maiores do que 70.000
toneladas de bauxita.
A bauxita já foi originada (em situações específicas de anos anteriores) da
Venezuela, de Guiné e da Índia (CAVALCANTE, 2014).
A Praticagem, através da “Zona de Praticagem 01” (“Fazendinha” em
Macapá/AP até a cidade de Itacoatiara/AM) custa aproximadamente R$ 160.000,00 até
Santarém/PA. A zona é percorrida com 2 (dois) práticos a bordo para revezamento de 6
horas (CAVALCANTE, 2014).
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Alumina
Entre 2003 e o primeiro semestre de 2006, ocorreu a “Expansão II” da
empresa arrendatária Alunorte S/A, cuja capacidade nominal (de projeto) de produção era
de 4,2 milhões de toneladas de alumina por ano.
Em agosto de 2008, foram concluídas as obras da “Expansão III” da Alunorte,
cuja capacidade nominal (de projeto) de produção é de 6,26 milhões de toneladas de
alumina por ano. Na tabela abaixo podemos ver o histórico anual deste carregamento,
assim como do carregamento de Hidrato de Alumina e do Hidróxido de Alumínio de forma
combinada.
Tabela 5.6 – Carregamento de Alumina, no Porto de Vila do Conde.
Tipo de carga
Alumina
Hidrato de Alumina/
Hidróxido de Alumínio
Total
2011
Carregamento (t)
2012
2013
2014
4.862.684
4.700.085
4.195.591
4.738.588
120.018
202.184
*
*
4.982.702
4.902.269
4.195.591
Nota: * Valor incluso ao contabilizado pelo Grupo de Mercadoria denominado “Alumina”.
No início de 2013, devido ao baixo patamar constante na sua produção, esta
indústria arrendatária contratou a empresa de consultoria empresarial americana
McKinsey & Company, conhecida como a líder mundial no mercado de consultoria
empresarial (Wikipédia, 2013), para que a mesma encontre o problema na sua planta de
produção de alumina, o qual causou o não atendimento da capacidade nominal da
“Expansão III”.
A Alunorte destina 15% da sua produção para a fábrica da Alumínio Brasileiro
S/A (ALBRAS) através de caminhões graneleiros, 60% é destinado para as fábricas de
alumínio do Grupo Hydro (incluindo Argentina) e os 25% restantes da produção são
exportados para vários portos do mundo (CAVALCANTE, 2014).
Através da tabela 5.6 pode-se observar que a Alunorte conseguiu melhorar a
sua produção em 2014, ultrapassando inclusive o bom resultado obtido em 2012.
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Hidróxido de Alumínio
Também denominada de alumina hidratada, o hidróxido de alumínio possui a
aparência de um pó amorfo branco.
No Porto de Vila do Conde, esta carga é carregada no mesmo berço onde é
carregada a alumina (berço 102). São utilizadas as mesmas correias transportadores,
inclusive. A nível de relatório gerencial estatístico, o NCM desta mercadoria está contido
no grupo “Produtos Químicos Inorgânicos”, o que nos permite a rápida separação visual
da alumina.
Fluoreto de Alumínio
O fluoreto de alumínio possui a aparência de um sólido cristalino branco e
inodoro. Trata-se de uma carga insolúvel em água. É preparado a partir do tratamento do
hidróxido de alumínio e é um aditivo importante durante a produção de eletrólito alumínio
porque diminui o ponto de fusão do óxido de alumínio e aumenta a condutividade do
eletrólito. Junto com o fluoreto de zircônio, o fluoreto de alumínio é a base dos vidros de
fluoretos. (Wikipédia, 2015).
No Porto de Vila do Conde, sua operação de descarregamento se dá
comumente através de big-bags içados
através
de
guindaste
de
bordo
da
embarcação (04 big-bags por içamento).
Esta carga é importada da China, de
Portugal e da Itália pela Albras. A
produção do alumínio é feita pela redução
eletrolítica da alumina, dissolvida num
banho de fluoretos fundidos, em fornos
revestidos de carbono (processo Hall-Héroult). A passagem da corrente elétrica do
anodo para o catodo decompõe a alumina em alumínio e oxigênio. O alumínio líquido é
transferido em cadinhos para fornos de espera, e daí para o lingotamento.
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Alumínio
A Tabela 5.7 elenca os principais insumos para a produção de 1 tonelada de
alumínio.
Tabela 5.7 – Principais insumos para a produção de 1 tonelada de Alumínio.
Insumo
Alumina
Coque
Piche
Fluoreto de Alumínio
Energia Elétrica
Quantidade
1.920 kg
400 kg
100 kg
20 kg
14.000 kWh
Iniciada a operação em 1985, a fábrica da ALBRAS tem capacidade para a
produção de 460.000 toneladas de alumínio por ano. Produz alumínio com grau de pureza
entre 99,7% e 99,9%, na forma de lingotes de 22,5 kg ou de metal líquido. O alumínio
produzido pela Albrás é quase todo exportado. No ano de 2011, das 453.226 toneladas
produzidas 405.261 toneladas foram exportadas, ou seja, 89% exportado. Com apenas
11% vendidas no mercado interno brasileiro, num padrão comum nos últimos anos
(Albrás, 2012).
A tabela 5.1.8 elenca os principais portos de destino do alumínio. As
movimentações menores do que 20.000 toneladas são relativas a carregamentos em
contêiner.
Tabela 5.8 – Principais portos de destino do Alumínio.
Carga
Porto de destino
2013 (t)
2014 (t)
Yokohama
Suape
New Orleans
Nagoya
118.123
25.013
76.611
130.760
28.416
13.048
67.747
Animais vivos
A Associação Brasileira dos Exportadores de Gado (ABEG) foi criada pelas
quatro maiores exportadoras de gado vivo do Brasil (Grupo Minerva Foods, Agroexport,
Boi Branco e Kaiapós Fabril). Juntas, representam mais de 97% da exportação brasileira
(ABEG, 2014).
99
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O grupo Minerva Foods tem sede no Município de Barretos/SP. Para a
atividade específica de exportação de bois vivos o grupo possui a empresa “Minerva Live
Cattle Exports”. Este grupo está construindo uma fábrica localizada na cidade de
Redenção/PA (Minerva Foods, 2014).
A AgroExport possui sua matriz localizada no Município de Uberaba/MG e
possui uma filial em Belém/PA. Conta também com uma fazenda de apoio na cidade de
Moju/PA (AgroExport, 2014).
Já a exportadora “Boi Branco”, criada em 2007, tem sede em Belém/PA e
possui a Fazenda “Boi Branco” situada na cidade de Paragominas/PA, mais
especificamente no km-3 da Rodovia PA-125.
A Kaiapós Fabril tem escritórios na cidade de Ananindeua/PA e no km 0 da
Rodovia PA-150 (Xinguara/PA). Sua fazenda está situada no km 12 da Rodovia PA-150,
às proximidades da cidade de Xinguara/PA.
O polo da pecuária paraense está situado na região sudeste do Pará (entre as
cidades de Redenção e de Santana do Araguaia e entre a ligação das cidades de São
Félix do Xingu e Xinguara).
O Estado do Pará é o 3º lugar entre os maiores rebanhos de boi do país, com
mais de 20 milhões de cabeças. Perde somente para os Estados de Mato Grosso e de
Minas Gerais (Diário do Pará, 2014).
O Pará foi responsável por 96% das exportações brasileiras de bovinos vivos
em 2010. Neste mesmo ano, o principal parceiro comercial era a Venezuela (que
comprava cerca de 90% do total). Porém, após o reatamento das relações comerciais
entre a Venezuela e a Colômbia, essa quantidade caiu consideravelmente (SCOT
CONSULTORIA, 2010).
Outros parceiros comerciais (como a Turquia, o Líbano, a Jordânia e o Egito)
são consumidores do boi vivo porque os abates requerem métodos específicos, de acordo
com os preceitos religiosos, tanto no caso dos muçulmanos quanto dos judeus. O
comércio de bois para o Líbano compreende exclusivamente animais destinados ao
abate. Já para a Venezuela, as exportações de bois e búfalos são tanto para o abate
quanto para a reprodução.
100
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Atracado em 26/09/12 e desatracado em 02/10/12, o navio “Nada” exportou
18.415 unidades de bois vivos cruzando o Oceano Atlântico em 12 dias com destino ao
Porto de Beirute (Líbano), registrando o maior carregamento deste tipo de carga na
história do Porto de Vila do Conde.
No final de 2012 o Suriname entrou na rota de exportação dos bois carregados
no Porto de Vila do Conde. Os principais portos de destino foram:
Tabela 5.9 – Principais Portos de Destino dos Animais Vivos.
Carga
Porto de destino
Beirut
Port Said
ANIMAIS Aqaba Free Zone
VIVOS Pointe Noire
Alexandria
Puerto Cabello
País
2013 (t)
2014 (t)
Líbano
60.002
38.805
Egito
Jordânia
4.882
2.978
2.489
8.887
Congo
283
777
Egito
2.541
4.219
Venezuela
245.625
232.131
Soda Cáustica
A soda cáustica é insumo no processo de produção da alumina, embora em
pequena quantidade. Para se produzir 1 tonelada de alumina são necessários de 40 a
140 kg de soda cáustica (ABAL, 2011).
Seus principais portos de origens são os portos dos Estados Unidos: Lake
Charles, Corpus Christi, Houston e Freeport.
Manganês
O manganês é utilizado principalmente para a produção de ligas de ferro.
A quantidade exportada de manganês apresenta uma tendência de queda, de
modo compatível com a evolução dos preços internacionais desta commodity.
A mina de Buritirama possui capacidade anual de produção de 500 mil
toneladas para os próximos 40 anos. Contudo, sua capacidade não está sendo totalmente
explorada em razão das quedas nos preços internacionais do manganês. Estes preços
caíram em torno de 60%, o que acarretou a descontinuidade das atividades e o
adiamento dos investimentos previstos para os próximos anos (PORTOS E NAVIOS,
2012).
101
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
A grande maioria do manganês exportado através do Porto de Vila do Conde é
destinada ao Porto da Cidade do México.
A produção mundial de minério de manganês em 2011 atingiu 14,5 Mt, com
alta de 16,6% em relação a 2010. Em 2011, o Brasil ocupou a 5ª posição no ranking dos
países produtores (9,8%) e o México ocupou a 7ª posição (1,2%). Quanto às reservas de
minério de manganês (reavaliação de jazidas e/ou descobertas de novos depósitos), o
Brasil detém 8,8% e o México apenas 0,7% da reserva mundial, daí sua necessidade de
importação (DNPM, 2012).
A produção nacional em 2011 atingiu o patamar de, aproximadamente, 3,5 Mt
de concentrado de manganês, representando 1,4 Mt em metal contido, o que demonstra
um aumento da produção em relação a 2010, que que foi de 3,1 Mt (1,2 Mt em metal
contido). O Estado do Pará liderou a produção nacional com 2,4 Mt (1,1 Mt metal contido),
ou seja, 71% do total nacional (o município de Parauapebas responsável pela produção
de 2 Mt). As principais produtoras são a Vale S/A (mina em Parauapebas/PA, Mato
Grosso do Sul, Bahia e Minas Gerais, as quais não exportam pelo Porto de Vila do
Conde) e a Mineração Buritirama (mina em Marabá/PA, a qual exporta através do Porto
de Vila do Conde) (DNPM, 2012).
Um painel de apelação da Organização Mundial do Comércio (OMC) manteve
parecer de que as tarifas e cotas de exportações aplicadas pela China na comercialização
de substância minerais, dentre os quais bauxita, cobre, magnésio e manganês ferem as
regras do comércio internacional (DNPM, 2012).
Contêiner
Em agosto de 2009, com a instalação das câmaras frigorificadas capacitadas
para inspeção e vistoria de mercadorias no Porto de Vila do Conde, a aposta da
arrendatária CONVICON (Terminal de Contêineres de Vila do Conde) foi explorar a
operação de contêineres refrigerados, oferecendo mais uma opção de escoar produtos
fortes no Estado do Pará (como carne, pescado e açaí). Essa iniciativa confirmou o foco
da operadora portuária no mercado frigorificado.
No final de Abril de 2010, a CONVICON passou a fazer parte da linha
“Caribraz” da armadora CMA-CGM, a qual parte do Porto de Manaus/AM e segue até o
Porto de Manzanillo (Panamá). Além de atender ao Brasil e ao Caribe, a linha Caribraz
102
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
atende também aos mercados do México, dos Estados Unidos, da Ásia, da Austrália e da
Nova Zelândia através de conexões. Com frequência semanal, esta linha de navegação
emprega quatro navios porta-contêineres o qual fazem escala em nove portos, em uma
viagem que demora 28 dias no total. A escala no Porto de Vila do Conde é alternada com
a escala no Porto de Belém, em cada uma das viagens que esta linha realiza.
No mês de junho de 2012, houve uma movimentação atípica de 112 toneladas
de alumínio no interior de contêiner. A mineradora Alcoa realizou o carregamento de
quatro contêineres para o Porto de Buenaventura (Colômbia).
5.2. Principais Linhas de Navegação
Em 14/02/2012 desatracou do berço 301
a balsa fluvial “Estaman 487” (armadora ReiconRebelo Navegação) após receber o transbordo de
47 contêineres de 40 pés da importadora “LOG-IN
Logística Intermodal S/A”, dando início às operações
de contêiner em balsas através de linhas interiores
em rota que liga o Rio Xingú ao Rio Pará. Esta
primeira operação teve como destino o Município de Altamira/PA. Tais contêineres que
transportaram aço, oriundos do Porto de Santos, foram previamente descarregados de um
navio conteneiro atendido no Porto de Vila do Conde. As balsas usadas no transporte até a
cidade de Altamira/PA têm capacidade nominal para até 60 unidades de contêineres. Até
então, o transporte desse tipo de carga para áreas interioranas era feito totalmente pelo
modal rodoviário.
Em outro fluxo logístico iniciado no dia 10 de dezembro de 2012, a balsa Darcy
Fortuna (também da armadora Reicon-Rebelo Navegação) foi atendida no berço 301 do
Porto de Vila do Conde. O total de 50 contêineres cheios de 40 pés foi carregado com
destino ao Porto de Belém, os quais pertenciam à cliente Log-In Logística e visaram
atender ao mercado consumidor da Região Metropolitana de Belém.
Operam em Vila do Conde três linhas feeders de armadores estrangeiros, todos
eles alimentando portos concentradores no Caribe.
103
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Tabela 5.10 – Principais Linhas de Navegação.
Armador
Linha
Escalas
Nome da embarcação
Manaus (BR), Vila do Conde (BR) e Mol Universe
Manzanillo (PA).
Mol Amazonia
MSC Elena
South America http://www.mscnetherlands.com/our_serv
MSC Antonia
MSC
Eastcoast ices/import/service_south_america_eastc
MSC Davos
Import
oast.html
MSC Canberra
Francisco 1 (Ex Echo)
Asian Sun
Nord GmbH
Nordstrand
CMA
Fort de France, Port of Spain, Itaqui, Belém,
NRDBRAFD
Conrad S
CGM
Vila do Conde, Santarém e Santana.
Fouma
Alexia (Ex Maas Trader)
Northern Delight
Oberon
Ranjan
Stadt Gera
Nadja
Petkum
Hansa Regensburg
Hansa
Hansa Alesund
LOG IN Pantanal
Itaqui (MA), Vila do Conde (PA), Suape
Costa Norte
Serena
LOG IN
(PE) e Fortaleza (CE)
LOG IN Jatobá
Trombetas-VDC TUP de Trombetas e Vila do Conde (PA) LOG IN Tambaqui
Oberon
Mol
CX1-Service
Capac.
Máx.
(TEUs)
9127813 1.648
IMO
9051480
8408832
9327669
9102722
9165449
9359105
9003299
Classe de
Navio
Handy
2.394
1.923
2.732
2.604
1.145
1.118
2.283
Sub-Panamax
Handy
Sub-Panamax
Sub-Panamax
Handy
Handy
Sub-Panamax
9327592 1.118
Handy
9395082
9308625
9082374
9106467
9396622
9395094
9252876
9386988
9155377
9221061
9351799
9294977
9471898
9555785
9106467
1.296
957
1.717
907
1.347
1.296
670
1.306
1.740
1.552
1.674
Handy
Feedermax
Handy
Feedermax
Handy
Handy
Feedermax
Handy
Handy
Handy
Handy
907
Feedermax
A linha “CX1-Service” da armadora MOL faz escalas semanais no Porto de
Manzanillo (Panamá), que é o porto de transferência, Porto de Puerto Sucre (Venezuela)
em viagens alternadas, Porto de Manaus e Porto de Vila do Conde.
A MSC tem uma linha que escala semanalmente Port-of-Spain, Manaus, Vila do
Conde, Pecém, Cristobal (que é o hub-port no Panamá) e Balboa, também no Panamá.
Já o serviço “Norbrafd “ faz escalas bi-semanais em Point-a-Pitre (hub-port em
Guadalupe), Port-of-Spain, Paramaribo, Itaqui, Belém, Santana, Santarém e Vila do
Conde.
5.3. Atendimento à embarcação
As embarcações do tipo “cargueiro” em navegação de cabotagem foram
representadas quase que exclusivamente pelos navios carregados com bauxita, as quais
foram oriundas do TUP Trombetas (Cidade de Oriximiná, no extremo Oeste do Pará) e
atravessarem uma pequena região de água marítima ao norte do Estado do Pará. Os
atendimentos a cargueiros em cabotagem com bandeira nacional são relativos aos navios
da armadora brasileira LOG IN.
104
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Tabela 5.11 – Atendimento à embarcação no Porto de Vila do Conde.
Balsa
Balsa-Tanque
Cargueiro
Empurrador
Ferry Boat
Graneleiro
Lancha
Militar
Misto
Navio-Tanque
Passageiro
Pesquisa
Rebocador
Turismo
Conteneiro
Carga Viva
Outros
Total
Longo Curso
N
E
1
0
18
0
1
362
23
0
0
0
0
35
0
0
0
0
0
0
0
18
0
0
0
0
7
0
0
0
0
70
0
49
0
0
50
534
Cabotagem
N
E
5
0
3
0
29
45
7
0
1
0
2
8
0
0
0
0
0
0
0
43
0
0
0
0
1
0
0
0
22
1
0
0
0
0
70
97
Interior
N
75
118
8
121
4
0
0
0
0
0
0
0
17
0
0
0
0
343
AP/AM
E
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
N
4
6
0
47
2
1
0
0
0
0
0
0
39
0
0
0
0
99
E
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
TOTAL
85
145
445
198
7
46
0
0
0
61
0
0
64
0
93
49
0
1193
Já as embarcações do tipo “cargueiro” em navegação de longo curso, junto
com as embarcações do tipo “graneleiro”, representam basicamente os navios utilizados
para a movimentação de alumina, coque, hulha (piche), bovinos vivos, fertilizantes e
carvão.
A somatória do número de embarcações do tipo “cargueiro” e do tipo
“graneleiro” (491) representa mais de 40% de todos os atendimentos realizados no Porto
de Vila do Conde (1193).
Quanto aos navios conteneiros, 71 foram atendidos no ano de 2013. Já em
2014, o quantitativo foi de 93 conteneiros foi atendido, média de 7,75 embarcações por
mês. Desde o dia 31/08/12 o navio LogIN Pantanal vem realizando a cabotagem,
trazendo arroz (no interior de contêiner) do Porto de Itaqui para o Porto de Vila do Conde
a fim de abastecer as grandes redes de Supermercados do Estado do Pará.
No total, o Porto Organizado de Vila do Conde atendeu a 911 embarcações
durante o ano de 2013. No ano de 2014, um total de 1193 embarcações foi atendido, alta
de 30,95%.
105
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
5.4. Taxa de Ocupação
Na tabela 5.12, o grupo denominado “Produto Químico Inorgânico”,
movimentado em granel sólido no berço 102 é representado pelo hidróxido de alumínio.
O fluoreto de alumínio é comumente movimentado através de big-bags. Em
média, há apenas 1 atendimento a este tipo de navio por ano. Em 2014, seu
carregamento foi realizado pelo operador portuário CONVICON no berço 401.
No berço 101, verificou-se que somente as embarcações com bauxita
ocuparam 40,84% do tempo disponível para atracação. O elevado valor de embarcações
em carga atendidas neste berço é relativo preponderantemente a rebocadores.
Tabela 5.12: Taxa de Ocupação no Porto de Vila do Conde no Ano de 2014
VILA DO CONDE
01/01/2014 à 31/12/2014
Tipo de mercadoria
ALUMINA
BAUXITA
CARVÃO MINERAL
COMB. E ÓLEOS MINERAIS E
COQUE DE PETRÓLEO
ENXOF., TERRA E PEDRA, GESSO E
FERRO GUSA
PRODUTOS QUÍMICOS
PRODUTOS QUÍMICOS
AERONAVES, EMBARC.E SUAS
ANIMAIS VIVOS
CIMENTO
COQUE DE PETRÓLEO
FLUORETO
MAQ, APARELHOS E MAT.
REATORES, CALDEIRAS,
VEIC. TERRESTRES PARTES
Total: Carga Geral NãoAERONAVES, EMBARC. E SUAS
GORDURA, ÓLEOS
SODA CÁUSTICA
TODOS
SEM CARGA
Total: Sem Cargas
Total geral
Tempo de Atracação Conj.
Taxa Ocupação
101
40,84%
40,84%
0,97%
0,97%
5,13%
5,13%
249,76%
249,76%
296,70%
25991:5
17522:1
200,03%
96,67%
102
201
202
27,60%
45,89%
6,98%
1,69%
5,68%
14,93%
0,10%
51,20%
51,67%
2,81%
2,60%
8,54%
1,14%
9,83%
0,14%
0,50%
0,16%
0,43%
1,15%
0,80%
2,97%
3,88%
21,25%
0,23%
0,60%
0,05%
0,23%
0,60%
0,05%
0,26%
2,67%
0,26%
2,67%
217,13%
11,15%
5,32%
217,13%
11,15%
5,32%
271,79%
67,29%
29,28%
23809:3 5895:56:00 2565:18:00
16169:3 533:15:00 451:55:00
184,57%
6,09%
5,15%
87,21%
61,21%
24,14%
Número de
Agendamentos:
301
302
501
R1
R2
401
502
402
3,59%
2,10%
10,68%
2,32%
7,53%
11,29%
11,50%
12,68%
1,51%
0,54%
11,58%
4,96%
7,53%
11,29%
51,54%
0,04%
0,89%
1,12%
5,89%
0,72%
77,11%
24,18%
0,90%
0,04%
2,19%
0,84%
1,02%
0,09%
0,54%
1,12%
0,25%
0,26%
0,89%
2,73%
78,52%
0,04%
3,09%
33,71%
0,06%
0,41%
3,39%
18,44%
0,02%
0,89%
0,19%
0,54%
2,38%
17,61%
0,41%
3,99%
36,05%
0,02%
3,27%
0,19%
33,07%
0,73%
0,45%
0,27%
33,07%
0,73%
0,45%
0,27%
61,19%
79,18%
10,95%
154,88%
20,80%
40,38%
0,90% 0,11%
61,19%
79,18%
10,95%
154,88%
20,80%
40,38%
0,90% 0,11%
102,37%
162,40%
47,00%
162,47%
35,63%
129,17%
1,09% 0,11%
8968:34:00 14226:06 4117:55:00 14232:29 3121:18:00 11315:00 96:50:00 09:20
2679:11:00 6314:11:00 172:05:00 7190:49:00 1944:30:00 3942:18:00
17:40 05:40
30,58%
72,08%
1,96%
82,08%
22,19%
45,00%
0,19% 0,05%
71,79%
90,32%
45,03%
80,40%
13,45%
84,16%
0,90% 0,05%
Relatório gerado às 09:51:58 do dia 11/03/2015 pelo usuário m2santana (MICHELLE SANTANA).
106
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
A fim de comparação com os resultados obtidos no ano de 2013, a Tabela 5.13
demonstra as taxas de ocupação em cada um dos berços do Porto de Vila do Conde.
Tabela 5.13: Taxa de Ocupação no Porto de Vila do Conde no Ano de 2013
VILA DO CONDE
01/01/2013 à 31/12/2013
Tipo de mercadoria
ALUMINA
BAUXITA
Número de
Agendament
os: 929
101
102
201
45,78%
55,20%
-
28,40%
-
202
-
301
0,87%
-
302
-
501
-
R1
-
R2
-
401
-
502
-
402
-
CARVÃO MINERAL
-
-
0,97%
-
-
-
-
-
-
10,94%
-
-
COMB., ÓLEOS MINERAIS E PROD.
-
9,62%
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
COQUE DE PETRÓLEO
ENXOFRE, TERRAS E PEDRAS,
GESSO E CAL
-
17,13%
0,25%
-
0,41%
-
-
2,33%
6,03%
10,75%
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
6,93%
-
-
-
0,97%
5,38%
-
1,17%
-
-
-
-
9,64%
-
-
FLUORETO
-
-
0,86%
-
-
-
-
-
-
-
-
-
MADEIRA
MANGANES
PROD. QUÍMICOS ORGÂNICOS
-
12,39%
1,14%
-
-
1,89%
-
-
-
-
-
2,04%
2,68%
-
-
-
45,78%
95,31%
37,00%
-
4,34%
-
-
2,33%
6,03%
42,98%
-
-
0,28%
1,92%
0,08%
6,61%
14,35%
-
44,36%
-
2,47%
2,94%
-
51,73%
-
0,86%
-
4,11%
-
7,53%
21,88%
-
-
-
COQUE DE PETRÓLEO
FLUORETO
-
-
1,08%
0,33%
-
-
-
-
-
0,52%
-
-
-
-
REATORES, CALDEIRAS, MÁQUIN.
ACESSOR
Total: Carga Geral NãoConteneirizada
-
-
-
0,99%
2,51%
0,33%
-
-
-
1,43%
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
0,28%
-
-
-
ANIMAIS VIVOS
CIMENTO
0,28%
2,00%
22,04%
45,68%
7,92%
52,06%
0,86%
-
4,91%
30,84%
-
-
0,72%
0,15%
0,24%
0,08%
-
1,14%
25,71%
-
-
0,31%
0,80%
-
-
-
-
-
-
-
19,35%
-
-
1,25%
-
1,36%
-
0,72%
0,15%
0,24%
0,08%
-
1,14%
45,06%
-
-
1,56%
2,16%
-
TODOS
0,67%
-
0,70%
-
37,80%
0,77%
-
0,36%
-
-
-
-
0,67%
-
0,70%
-
37,80%
0,77%
-
0,36%
-
-
-
-
SEM CARGA
202,34%
6,28%
3,04%
4,68%
2,88%
8,57%
3,52%
3,60%
8,30%
8,42%
0,35%
-
Total: Sem Cargas
202,34%
6,28%
3,04%
4,68%
2,88%
8,57%
3,52%
3,60%
8,30%
8,42%
0,35%
-
Total geral
249,79%
103,73%
63,03%
50,44%
52,95%
62,54%
49,44%
6,29%
19,24%
83,81%
2,52%
-
(hhh:mm)
21882:48 9087:42:00 5521:28:00 4419:41:00 4638:04:00 5479:33:00 4331:56:00 551:41:00 1685:04:00 7341:29:00 220:28:00
-
13125:49 1814:24:00
860:05:00
810:39:00
31:32:00
-
149,83%
20,71%
9,82%
9,24%
7,38%
14,85%
6,51%
2,56%
10,10%
15,81%
0,35%
-
99,97%
83,02%
53,21%
41,20%
45,57%
47,69%
42,93%
3,72%
9,14%
68,00%
2,17%
-
GORDURA, ÓLEOS
ANIMAIS/VEGETAIS
SODA CÁUSTICA
Taxa Ocupação
647:32:00 1301:49:00
570:23:00 225:38:00
885:38:00 1385:39:00
107
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
A Demurrage para navios que carregam alumina custa U$ 10.000, em média.
Já o despatch (incentivo financeiro para acelerar a
utilização da embarcação, inverso da demurrage)
é comumente estabelecido como sendo a metade
deste custo. Para a contabilização do tempo de
utilização
da
embarcação,
os
contratos
de
arrendamento do navio costumam descontar os
períodos onde não houve operação devido à
Figura 5.5.1: Industrial Force.
chuva (CAVALCANTE, 2014).
Na tabela XX, as embarcações que movimentaram contêiner nos berços
internos (202 e 302) são relativas a pequenos
navios
comumente
transporte
de
utilizados
cargas
de
para
projeto
o
com
dimensões maiores do que a de um contêiner.
Como exemplo, tem-se o navio “Industrial
Force” (agendamento SCAP 54054), o qual
importou
(Houston/EUA)
10
contêineres
juntamente com a carga de projeto (sem ser
unitizada),
Figura 5.5.2: BBC Manie.
o
navio
“HHL
Amazon
(agendamento SCAP 49442) o qual importou
elevadores da China e o navio “BBC Maine” (Figura 5.5.2).
5.5. Quantidade de carga movimentada
No descarregamento, houve baixa de 1,25% na movimentação de carga do
ano de 2014 (8.787.727 toneladas) em relação ao ano de 2013 (8.640.762 toneladas).
Tabela 5.14 – Descarregamento de Carga Geral Conteneirizada no Porto de Vila do Conde.
DESCARREGAMENTO
Carga Geral Cconteneirizada
LONGO CURSO
BRINQUEDOS, ARMAS, MUNIÇÕES E PIROTECNIA
2014 (t)
145,87
66,89
640,12
146,48
685,02
2013 (t)
163,44
49,54
103,37
8,94
257,3
112,04
VAR(%)
-10,75%
35,02%
519,25%
-100,00%
-43,07%
511,41%
108
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
CALÇADOS
CIMENTO
CONTEINER
FLUORETO
INSTRUMENTOS DE PRECISÃO OU MEDIÇÃO
MADEIRA
MATÉRIAS ALBUMINÓIDE; PROD À BASE DE AMIDOS OU FÉCULAS
PELES E COUROS
SODA CÁUSTICA
VARIEDADES E BAZAR
TOTAL LONGO CURSO
CABOTAGEM
ARROZ
CACAU
CAFÉ
CALÇADOS
CAMINHÃO
CIMENTO
CONGELADOS
CONTEINER
MADEIRA
COLAS; ENZIMAS
4,57
19386
209,24
331,81
771,7
1.076,9
12
55,57
5.250,7
97,74
2.904,6
3257
1.996,7
27,87
2.321,1
8.694,8
69,87
443,34
122,99
43,28
10195
4.652,6
1.216,5
3.650,4
182,13
880,21
430,27
1.077,3
176,93
71223
2014 (t)
31,19
185,28
15.944,00
5.362,8695,89
24,56
442,49
19,01
1.698,1
5.805,9
487,17
40.803,00
4.666,30
658,19
492,63
10,95
12,28
41,7
27,95
16.696,51
151,68
1263,19
494,83
24
51,73
92,58
62,77
3.765,31
37,26
879,51
2.991,59
379,56
12
106,62
5.161,91
720,59
16,48
91,68
4377,61
1081,13
2039,59
1179,3
1935,87
61,1
382,25
44833,21
2013(t)
6.092,75
550,09
12
24
562,3
10.206,58
60
12
38.302,02
1.453,84
48
16,44
362,06
20
-100,00%
-100,00%
-100,00%
16,11%
118,76%
-38,91%
117,64%
-100,00%
-76,80%
-39,98%
-100,00%
39,45%
162,32%
230,26%
8,87%
426,05%
132,25%
2077,01%
68,44%
-38,48%
162,62%
-100,00%
132,88%
330,35%
-40,35%
209,54%
-77,77%
1663,24%
-53,71%
58,86%
VAR(%)
161,68%
874,89%
5699,08%
-100,00%
201,99%
-43,12%
711,95%
-100,00%
6,53%
220,97%
1271,23%
-100,00%
-100,00%
-45,25%
143,95
273,67
98,39
478,04
2064
78,60
-
208,27
82,87
529,19
100,62
48
100,51
147,57
-100,00%
73,71%
-48,29%
-2,22%
4199,98%
-21,80%
-100,00%
109
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
TRIGO
TOTAL CABOTAGEM
1.771,40
15.528,00
15,20
4.765,90
1.004,70
10.217,00
113.766,00
156
2.063,43
36
2.655,39
833,49
28,86
362,29
65.074,57
1035,49%
652,52%
-100,00%
-99,43%
471,81%
-100,00%
177,31%
74,82%
INTERIOR
ARROZ
CACAU
CONTEINER
MADEIRA
TOTAL INTERIOR
2014 (t)
4.309,6
1.797,7
6.107,3
191.096,00
2013(t)
132
227,21
3.102,18
3.461,39
113.369,17
VAR(%)
-100,00%
-100,00%
38,92%
76,44%
68,56%
No interior de contêiner, houve alta de 68,56%. Em 2013 foram 113.369
toneladas contra 191.096 toneladas em 2014. Destacaram-se os produtos químicos
inorgânicos com 10.194 toneladas em 2014 (em 2013 foram 4.377 toneladas). Na
cabotagem, o arroz descarregado para abastecer os grandes supermercados do Estado
do Pará contribuiu com 15.944 toneladas em 2014 contra 6.093 toneladas em 2013.
Em março de 2013, a movimentação atípica de descarga de animais vivos
(1.202 toneladas através de 2.500 bois) foi em função do retorno do navio “Spiridon II” ao
Porto de Vila do Conde (o mesmo seguia para a Venezuela) a fim de realizar manutenção
em um dos seus motores. Devido ao longo tempo necessário para tal manutenção, estes
bois foram descarregados desta embarcação e carregados no navio “Zaher I”,
caracterizando uma operação de transbordo.
Tabela 5.15 – Descarregamento de Carga Geral Não-Conteneirizada no Porto de Vila do Conde.
Carga Geral Não Conteneirizada
LONGO CURSO
ABASTECIMENTO COMBUSTÍVEIS
ANIMAIS VIVOS
CARGA DE APOIO
CARVÃO MINERAL
CONTEINER
FLUORETO
2014 (t)
4,98
0,45
747,28
44,33
50,98
4,97
218,12
4,8
58,77
12.309,75
37,98
5820
2013(t)
32,6
21,31
1.225,7
373,61
6,74
211,3
2,48
1,48
159,21
313,55
1.009,28
43,56
819,09
143,55
6.057,38
VAR(%)
-84,72%
-100,00%
-100,00%
100,02%
-100,00%
-100,00%
-100,00%
235,81%
37,00%
-100,00%
-99,52%
34,92%
1402,86%
-73,54%
-3,92%
110
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
MADEIRA
SODA CÁUSTICA
TOTAL LONGO CURSO
CABOTAGEM
ARROZ
CALÇADOS
CAMINHÃO
CARGA DE APOIO
CIMENTO
CONTEINER
TOTAL CABOTAGEM
INTERIOR
CARGA DE APOIO
MADEIRA
TOTAL INTERIOR
APOIO MARÍTIMO
CARGA DE APOIO
18,99
3.704,21
2.414,43
895,2
6.286,6
342,72
29,81
1315,45
2930,34
2.019,25
5.427,18
577,39
187,95
1.834,21
47.286,14
2014 (t)
3,4
1,08
0,28
1.027,25
6,84
0,09
15,11
3,6
4.087,47
0,82
466,65
4.044,61
2,95
2
27,16
0,34
57,28
154,21
0,01
0,5
35,22
5.100,4
15.037,27
2014 (t)
2,35
25
0,6
60,1
54,58
2,12
1,32
496
642,07
2014 (t)
0,11
22,00
22,11
11,59
14,83
22,84
3.079,05
1.940,68
866,9
84,18
3.225,44
621,05
24,21
134,65
286,11
1.877,64
5.308,06
1.637,42
852,08
30.407,57
2013(t)
51,35
0,65
500,9
4,4
1.005,02
0,7
19,6
3,7
8340,2
141,24
0
984,37
1,44
380,05
10,2
23,17
1.164,51
2,00E-06
1,00E-06
8,3
1.837,38
14477,18
2013(t)
2,26
0,8
7
1,06
1,1
196
208,22
2013(t)
0
-100,00%
28,05%
-100,00%
20,30%
24,41%
3,26%
-100,00%
94,91%
-44,82%
-100,00%
876,94%
924,20%
7,54%
2,24%
-88,52%
115,26%
55,51%
VAR(%)
-93,38%
-100,00%
-99,78%
23246,59%
-99,32%
-100,00%
-100,00%
-2,70%
-50,99%
230,40%
-100,00%
310,88%
-100,00%
-99,22%
-80,39%
-100,00%
-97,67%
499.900,00%
-100,00%
-93,98%
-98,08%
3,87%
VAR(%)
3,98%
-100,00%
758,57%
24,53%
-100,00%
153,06%
208,36%
VAR(%)
-
111
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
APOIO PORTUÁRIO
CARGA DE APOIO
SOJA
2014 (t)
0,3
2,98
0,14
2,65
251,44
2,00E-05
1,73
0
0,75
0,02
0,02
4,78
29,18
0,01
0,8
294,8
63.282,39
2013(t)
1,85
0,8
4,55
1011,12
25,14
0,01
2,85
0,05
0,8
1.001,74
0,71
0,82
0,4
2.050,84
47.143,81
VAR(%)
61,08%
-100,00%
-41,76%
-75,13%
-93,12%
-100,00%
-100,00%
1400,00%
-100,00%
-99,52%
-100,00%
-98,78%
-100,00%
-85,63%
34,23%
Os descarregamentos de coque fecharam o ano de 2013 com alta de 25,80%.
Pois, 484.389 toneladas foram descarregadas em 2014 contra apenas 385.039 toneladas
em 2013.
O ferro-gusa descarregou 25.477 toneladas em 2012 e nenhuma tonelada foi
descarregada no ano de 2013. Já no ano de 2014, foram 34.290 toneladas que voltaram
a ser descarregadas no Porto de Vila do Conde, ultrapassando inclusive a marca obtida
em 2012.
Analisando as matrizes energéticas, o carvão mineral apresentou alta de
2,16% (548.627 toneladas em 2013 contra 560.503 toneladas em 2014), assim como a
cabotagem de óleo combustível também teve queda de 2,36% (775.886 toneladas em
2013 contra 757.609 toneladas em 2014).
Como carga mais movimentada na CDP, a bauxita teve baixa de 4,66% nos
seus descarregamentos (4.955.962 toneladas em 2014 contra 5.197.943 toneladas em
2013), devido ao problema na planta de produção da Alunorte detalhado anteriormente.
Tabela 5.16 – Descarregamento de Granel Sólido no Porto de Vila do Conde.
Granel Sólido
LONGO CURSO
CARVÃO MINERAL
CIMENTO
COQUE DE PETRÓLEO
FLUORETO
2014 (t)
2013(t)
VAR(%)
560.503,30
32.881,98
484.388,50
286.591,80
124.540,20
-
548.626,88
43.983,42
49.561,65
385.038,54
178.064,71
133.804,1
3.006,00
2,16%
-100,00%
-33,65%
25,80%
60,95%
-6,92%
-100,00%
112
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
MADEIRA
TOTAL LONGO CURSO
90.407,12
0,18
22,12
1.488.928,00 1.432.492,42
CABOTAGEM
2014 (t)
BAUXITA
COMBUSTÍVEIS E ÓLEOS MINERAIS E PROD.
TOTAL CABOTAGEM
INTERIOR
BAUXITA
TOTAL INTERIOR
APOIO PORTUÁRIO
-100,00%
3,94%
2013(t)
VAR(%)
4.902.219,00 5.031.621,87
0,44
7,28
5,68
4.902.226,00 5.031.627,99
-2,57%
-100,00%
28,17%
-2,57%
2014 (t)
2013(t)
VAR(%)
53.742,97
6,6
53.749,57
166.320,69
166.320,69
-67,69%
-67,68%
2014 (t)
2013(t)
VAR(%)
0,64
0,64
0
6.444.905,00 6.630.441,10
-2,80%
Misturada à bauxita visando à produção da alumina, a soda cáustica também
teve mesma tendência e fechou com 19,341% de alta (1.217.919 toneladas em 2014
contra 1.020.513 toneladas em 2013).
O grupo “combustíveis e óleos minerais” em longo curso e descarregado em
granel sólido é o breu de alcatrão (piche), preponderantemente importado pela Albras.
Em média, o Porto de Vila do Conde atende a 1 navio (com consignação média de 5.500
toneladas) a cada 2 meses.
Tabela 5.17 – Descarregamento de Granel Líquido no Porto de Vila do Conde.
Granel líquido
LONGO CURSO
SODA CÁUSTICA
TOTAL LONGO CURSO
CABOTAGEM
TOTAL CABOTAGEM
INTERIOR
TOTAL INTERIOR
APOIO PORTUÁRIO
CARGA DE APOIO
2013(t)
VAR(%)
5.681,45
1.145,98
0,66
0,16
41.388,1
41.438,15
1.217.919,00 1.020.513,14
1.264.990,00 1.063.097,43
2014 (t)
2013(t)
13,56
757.609,20
775.885,79
0,44
0,36
757.609,60
775.899,71
2014 (t)
2013(t)
23.849,64
10.110,75
23.849,64
10.110,75
2014 (t)
395,77%
312,50%
-100,00%
19,34%
18,99%
VAR(%)
-100,00%
-2,36%
22,22%
-2,36%
VAR(%)
135,88%
135,88%
2014 (t)
2013(t)
VAR(%)
200,22
425,52
2.344,95
700,36
24,00
2.994,69
700,36
2.049.443,00 1.849.808,25
234,82%
327,59%
10,79%
113
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Tabela 5.18 – Total de Descarregamento no Porto de Vila do Conde.
DESCARREGAMENTO
GRANEL SÓLIDO
GRANEL LÍQUIDO
TOTAL
2014 (t)
2013(t)
191.096,50
113.369,17
63.282,39
47.143,81
6.444.905,00 6.630.441,10
2.049.443,00 1.849.808,25
8748727 8640762,33
VAR(%)
68,56%
34,23%
-2,80%
10,79%
1,25%
Em contêiner, a exportação com carne bovina congelada aumentou de 46,76%
(41.871 toneladas em 2013 contra 61.451 toneladas em 2014), o caulim aumentou
20,07% (38.473 toneladas em 2013 contra 46.194 toneladas em 2014) e a madeira
aumentou 21,44% (94.879 toneladas em 2013 contra 115.219 toneladas em 2014). Na
cabotagem, o carregamento com alumínio cresceu 89,92% (42.802 toneladas em 2013
Tabela 5.19 –Carregamento de Carga geral Conteneirizada no Porto de Vila do Conde.
CARREGAMENTO
LONGO CURSO
ARROZ
BRINQUEDOS, MATERIAIS ESPORTIVOS, INSTR. MUSICAIS,
ARMAS, MUNIÇÕES E PIROTECNIA
CACAU
CASTANHAS
CAULIM
CELULOSE
CONGELADOS
CONTEINER
COQUE DE PETRÓLEO
FRUTAS
MADEIRA
MANGANES
MATÉRIAS ALBUMINÓIDE; PROD À BASE DE AMIDOS OU
FÉCULAS; COLAS; ENZIMAS
MILHO
PELES E COUROS
2014 (t)
2013(t)
VAR(%)
1.801,47
44,25
655,49
4208,94
-
-57,20%
-
120,36
255,51
61.451,13
130,8
205,86
46.194,38
27.918,96
452,22
27,95
188,99
8.411,13
67,31
3.184,18
605,54
673,89
1.132,34
2.144,63
115.219,00
398,01
235,58
41.871,42
769,81
38.473,45
180,49
4.820,47
76,29
80,99
400,53
195,92
1.928,29
94.879,07
526,09
8,46%
46,76%
-73,26%
20,07%
4,71%
74,49%
-11,77%
647,67%
68,25%
477,96%
11,22%
21,44%
-24,35%
29,28
2.065,35
263,47
31,27
1.413,11
6.188,37
17.987,30
27,18
14.321,41
2,24
5.328,53
259,15
6.433,97
17.609,86
10.997,96
-100,00%
-61,24%
1,67%
-3,82%
2,14%
30,22%
114
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
SAL
TOTAL LONGO CURSO
CABOTAGEM
ALUMINA
ARROZ
CACAU
CAULIM
CIMENTO
CONTEINER
FERRO GUSA
FRUTAS
MADEIRA
TOTAL CABOTAGEM
INTERIOR
ARROZ
CAFÉ
CIMENTO
CONGELADOS
CONTEINER
MADEIRA
TRIGO
TOTAL INTERIOR
15.744,57
28.329,80
16,00
5.844,45
1.538,01
365.083,00
15.017,8
20.086,04
1.225,66
329,37
24,35
265.962,27
4,84%
41,04%
376,84%
366,96%
-100,00%
37,27%
2014 (t)
2013(t)
VAR(%)
81.291,21
1.122,86
86,13
33,01
49,84
42.802,09
1.423,08
991,43
-100,00%
-100,00%
89,92%
-21,10%
-91,31%
352
61,3
375,19
7.912,71
28
204,34
796,64
58,16
86,28
30
279,21
604,03
209,62
28
93.525,68
292,98
28,5
978,5
3.876,39
4.003,80
76,23
2729
58,56
53,41
3.359,01
407,97
61.163,80
-100,00%
-100,00%
-61,66%
-100,00%
97,63%
-63,27%
-100,00%
1260,38%
1030,93%
-100,00%
-48,62%
52,91%
2014 (t)
2013(t)
VAR(%)
520,47
1.977,36
745,7
710,71
243,7
830,62
2.007,81
1176
532,2
29,47
42,63
36
36
912,25
4.849,35
13,86
38,78
1.345,62
412
1456
17.916,53
476.525,2
788,26
154,88
657,65
28,9
51,84
2.582,35
13,61
4.277,49
331.403,56
150,85%
381,47%
205,30%
1,97%
-73,26%
-98,50%
9786,99%
318,86%
43,79%
Em carga geral não-conteneirizada, os carregamentos com alumínio e com
animais vivos fecharam o ano de 2014 em baixa percentual de 14,71% e 10,96%
respectivamente.
115
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Tabela 5.20 –Carregamento de Carga Geral Não-Conteneirizada no Porto de Vila do Conde.
LONGO CURSO
ALGODÃO EM FARDOS E FIOS
ALUMINA
ANIMAIS VIVOS
ARROZ
BRINQUEDO, MAT. ESPORT., ARMAS, MUNIÇÕES E PIROTECNIA
CARGA DE APOIO
CAULIM
CELULOSE
CONGELADOS
FERRO GUSA
FRUTAS
INSTRUMENTOS DE PRECISÃO OU MEDIÇÃO, SUAS PARTES,
EQUIP. ÓPTICOS, PRODUTOS MÉDICO-FARMACÊUTICOS
MADEIRA
MANGANES
MILHO
PELES E COUROS
SAL
VARIEDADES E BAZAR
TOTAL LONGO CURSO
CABOTAGEM
ALGODÃO EM FARDOS E FIOS
CARGA DE APOIO
CAULIM
CIMENTO
2014 (t)
3,08
0,24
2.444,75
35
301.114,4
287.308,3
517,44
11,32
0
0,01
1.809,23
13.244,43
3704
5,69
349,91
125,95
0,2
189,82
4,37
79,21
2013(t)
11,64
5,32
0,58
4.069,85
353.048,81
322.675,58
1.053,71
2
0,85
676,3
737,86
11.032,27
1,21
279,98
0,62
0,12
1,3
316,23
VAR(%)
-73,54%
-95,49%
-100,00%
-39,93%
-14,71%
-10,96%
-50,89%
466,00%
-100,00%
167,52%
-100,00%
20,05%
370,25%
24,98%
-100,00%
66,67%
236,15%
-74,95%
19.753,07
68,05
1,13
2.475,06
3,99
1.462,93
2,2
56,3
0,15
1.219,07
413,84
0,08
1.741,33
44,04
0,46
638189
2014 (t)
0,97
5,78
2,35
8.652,8
4,16
3,02
2,5
4.956,91
228,56
2,74
3.139,02
54,05
0
0,6
5.410,51
78,55
0,14
1.640,8
91,35
272,48
449,24
45,62
2.686,17
2,86
0,01
712976,34
2013(t)
55,79
38,3
11,7
4,12
618,5
5,59
1,28
-100,00%
298,50%
-70,23%
-58,76%
-21,15%
-100,00%
-100,00%
565,00%
-72,96%
-28,33%
7,14%
-25,70%
353,03%
-99,97%
287,62%
-100,00%
-98,36%
-83,92%
-100,00%
-10,49%
VAR(%)
-98,26%
-84,91%
-79,91%
-100,00%
1299,00%
-25,58%
135,94%
59,75
26,12
2.072,98
0,62
69,24
2,06
3740
-100,00%
-13,71%
-100,00%
-44,57%
116
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
FERRO GUSA
FRUTAS
INSTRUMENTOS DE PRECISÃO OU MEDIÇÃO, SUAS PARTES,
EQUIP. ÓPTICOS, PRODUTOS MÉDICO-FARMACÊUTICOS
MADEIRA
MILHO
VARIEDADES E BAZAR
TOTAL CABOTAGEM
INTERIOR
CARGA DE APOIO
CIMENTO
COQUE DE PETRÓLEO
FRUTAS
TOTAL INTERIOR
APOIO MARÍTIMO
CARGA DE APOIO
APOIO PORTUÁRIO
ARROZ
CALÇADOS
CARGA DE APOIO
CONGELADOS
0,78
419,86
0,5
1
18,3
390,93
0
0
4,64
14,15
7,40%
-100,00%
-78,45%
29,33%
1,54
25,96
26,74
1,62
5,86
2,19
3,78
0,01
22,76
10
0,44
0,36
11.369,63
2014 (t)
174,5
36,45
0,3
7,32
1,00E-06
2928,41
0
0,1
57
3204,08
2014 (t)
33,96
0
4,28
16,84
0,76
55,84
2014 (t)
28,54
0,34
0,04
3.320,36
451,72
0,26
0,27
14,34
0,46
0,88
0,26
0,08
0,36
12,42
1,48
0,96
0,82
1242,81
1,52
0,3
6.233,88
2013(t)
76,6
13,29
1,12
281,1
1310,98
0
1603,84
0,32
0,96
0
196
3484,21
2013(t)
0,68
0,56
0,58
16,8
0,3
0,24
0,76
0,02
19,94
2013(t)
11,36
1,05
15,84
385,96
4,38
418,54
0,36
-
-100,00%
-89,26%
5713,04%
-100,00%
-100,00%
-100,00%
-100,00%
-52,82%
47,97%
-100,00%
-100,00%
-98,17%
-71,05%
-100,00%
82,38%
VAR(%)
127,81%
174,27%
553,57%
-100,00%
-100,00%
-100,00%
-100,00%
-100,00%
-100,00%
-70,92%
-8,04%
VAR(%)
-100,00%
-100,00%
637,93%
0,24%
-100,00%
-100,00%
-100,00%
-100,00%
180,04%
VAR(%)
151,23%
-67,62%
-100,00%
760,29%
-100,00%
7,93%
-100,00%
-
117
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
FRUTAS
MADEIRA
MATÉRIAS ALBUMINÓIDE; PROD À BASE DE AMIDOS OU
FÉCULAS; COLAS; ENZIMAS
MILHO
1,2
91,53
1,66
0,23
-
1,12
31,07
4,26
7,14%
194,59%
-100,00%
2,05
37,7
0,16
0,16
0,04
3,6
0,46
1,78
0
0,39
0,56
3942,78
656.761,40
0,02
1,82
4,14
1,96
17,68
5,1
93,2
997,86
723.712,23
700,00%
-97,80%
-13,04%
-9,18%
-100,00%
-92,35%
-100,00%
295,12%
-9,25%
Insumo para a fabricação do alumínio, a alumina registrou alta de 10,47% nos
seus carregamentos (longo curso) em 2014. Neste ano, foram exportadas 4.738.553
toneladas. Já em 2013, um montante de 4.289.550 toneladas foi exportado.
O ferro-gusa carregou o montante de 34.291 toneladas em 2014, não tendo
sido carregado em 2013.
O Manganês exportou 179.250 toneladas no ano de 2014 contra 101.522
toneladas exportadas em 2013. Isto representou a alta de 76,56% nos seus
carregamentos.
Tabela 5.21 –Carregamento de Granel Sólido no Porto de Vila do Conde.
Granel sólido
LONGO CURSO
ALUMINA
FERRO GUSA
MANGANES
TOTAL LONGO CURSO
CABOTAGEM
COQUE DE PETRÓLEO
MANGANES
TOTAL CABOTAGEM
INTERIOR
COQUE DE PETRÓLEO
TOTAL INTERIOR
APOIO PORTUÁRIO
CARGA DE APOIO
2014 (t)
2013(t)
VAR(%)
4.738.553,00
34.290,61
179.250,00
439.337,30
15.749,47
5.407.181,00
4.289.549,67
12,12
101.522,06
59.783,58
251.643,26
4.702.510,69
10,47%
-100,00%
76,56%
634,88%
-93,74%
14,98%
2014 (t)
2013(t)
VAR(%)
4.062,56
16.674,94
20.737,5
0
-
2014 (t)
2013(t)
VAR(%)
57.498,34
57.498,34
32.551,76
32.551,76
76,64%
76,64%
2014 (t)
2013(t)
VAR(%)
1,58
1,58
5.485.418,00
0
4.735.062,45
15,85%
118
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Tabela 5.22 –Carregamento de Granel Líquido no Porto de Vila do Conde.
Granel líquido
LONGO CURSO
SODA CÁUSTICA
TOTAL LONGO CURSO
CABOTAGEM
2014 (t)
2013(t)
VAR(%)
28,92
18156,49
6001,97
24187,38
0,46
43,84
4368,69
0,88
4413,87
-100,00%
-34,03%
315,60%
-100,00%
447,99%
2014 (t)
2013(t)
VAR(%)
547,61
547,61
0,14
27,52
27,66
-100,00%
1889,86%
1879,79%
TOTAL CABOTAGEM
INTERIOR
TOTAL INTERIOR
APOIO MARÍTIMO
2014 (t)
2013(t)
VAR(%)
16269,76
16269,76
23366,31
23366,31
-30,37%
-30,37%
2014 (t)
2013(t)
VAR(%)
0
1274,88
1274,88
-100,00%
-100,00%
2014 (t)
2013(t)
VAR(%)
218,51
565,79
34,09
818,39
41.823,14
15,36
5,5
68,9
89,76
29.172,48
1322,59%
10187,09%
-50,52%
811,75%
43,37%
APOIO PORTUÁRIO
CARGA DE APOIO
No carregamento, houve alta de 14,45% na movimentação de carga do ano
de 2014 (6.660.527,69 toneladas) em relação ao ano de 2013 (5.819.350 toneladas).
Tabela 5.23 – Total de Carregamento no Porto de Vila do Conde.
CARREGAMENTO
CARGAGERAL NÃO CONTENEIRIZADA
GRANEL SÓLIDO
GRANEL LÍQUIDO
TOTAL
2014 (t)
2013(t)
476.525,21
331.403,56
656.761,36
723.712,23
5.485.417,98 4.735.062,45
41.823,14
29.172,48
6.660.527,69 5.819.350,72
VAR(%)
43,79%
-9,25%
15,85%
43,37%
14,45%
Em contêiner, houve expressiva alta de 50,10%. Em 2013 foram 444.772
toneladas contra 667.621 toneladas em 2014.
Tabela 5.24 – Total da Movimentação de Carga no Porto de Vila do Conde.
2013(t)
VAR(%)
667.621,68
444.772,73
CARGAGERAL NÃO CONTENEIRIZADA
720.043,75
770.856,04
GRANEL SÓLIDO
11.930.322,5 11.365.503,60
GRANEL LÍQUIDO
2.091.266,6 1.878.980,73
TOTAL
15.409.254,56 14.460.113,05
MOVIMENTAÇÃO
2014 (t)
50,10%
-6,59%
4,97%
11,30%
6,56%
119
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Figura 5.5.1: Movimentação de carga por natureza em Vila do Conde.
11.930.323
MOVIMENTAÇÃO DE CARGA POR NATUREZA EM
VILA DO CONDE
10.000.000
2.091.267
8.000.000
4.000.000
2.000.000
720.044
6.000.000
667.622
MOVIMENTAÇÃO (t)
12.000.000
0
2014
carga geral
contêiner
granel sólido
granel líquido
5.6. Produtividade
Através do subcapítulo 5.6.1 serão vistos os equipamentos operacionais mais
relevantes empregados nas operações portuárias, os quais são preponderantes para os
valores alcançados e registrados através do relatório gerencial estatístico de
Produtividade Média, exibido no subcapítulo 5.6.2.
5.6.1. Equipamentos Operacionais
Equipamento:
Descarregador de Canecas (DN1).
Aplicação: Importação de bauxita;
Produtividade Nominal: 2.000 t/h = 48.000 t/dia;
Produtividade Efetiva: 1.300 t/h = 31.200 t/dia;
Produtividade de Pico: 2.400 t/h = 57.600 t/dia;
Regime de Trabalho:
24 horas/dia de operação contínua;
Proprietária: ALUNORTE;
120
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Equipamento:
Descarregador de Canecas (DN2).
Aplicação: Importação de bauxita;
Produtividade Mínima: 25.000 t/dia;
Regime de Trabalho:
24 horas/dia de operação contínua;
Equipamento:
Correias Transportadoras TAG;
Fabricação: 1994;
Aplicação:
Descarregamento de bauxita;
Quantidade: 2 (C4A e C4B, as quais se juntam antes
de entrar na torre para formar a C4);
Capacidade nominal: 2.400 t/h = 57.600 t/dia;
Equipamento:
Pátio de Armazenagem.
Aplicação:
bauxita e carvão descarregados dos navios;
Capacidade: 15.000 t;
Quantidade: 2;
Localização: Arrendamento da ALUNORTE.
Equipamento: Carregador de navios (CN2);
Chegada ao Porto: Fevereiro de 1996;
Aplicação:
Carregamento de alumina e de hidrato de alumina;
Produtividade Efetiva: 1.200 t/h = 28.800 t/dia;
Regime de Trabalho Nominal:
24 horas/dia, 7 dias/semana, 330 dias/ano;
Regime de Trabalho de Pico:
03 dias seguidos à capacidade nominal;
Equipamento:
Correias Transportadoras;
Fabricação: 1985;
Aplicação: Carregamento de alumina;
Quantidade: 2 (C-7 e C-8);
Produtividade Nominal C-7:
600 t/h = 14.400 t/dia;
900 t/h = 21.600 t/dia;
Proprietária: Alunorte;
121
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Equipamento:
Silos;
Aplicação:
Armazenagem de alumina;
Quantidade:
3;
Capacidade Unitária:
10.000 t;
Localização: Ao lado do pátio para
armazenagem de bauxita/carvão.
Equipamento:
Silos;
Aplicação:
Armazenagem de alumina;
Capacidade:
2 x 50.000 t;
1 x 25.000 t;
1 x 10.000 t.
Localização:
Arrendamento da Alunorte em forma triangular,
próxima à ponte de acesso ao píer.
Equipamento:
Descarregador Pneumático (DP-01);
Fabricação: 1985;
Aplicação:
Descarregamento de coque e de piche;
Produtividade nominal: 500 t/h = 12.000 t/dia;
Proprietária: ALBRÁS;
Equipamento: Correias Transportadoras;
Fabricação: 1985;
Aplicação:
Descarregamento de coque e de piche;
Quantidade: 2 (C-7 e C-8);
600 t/h = 14.400 t/dia;
900 t/h = 21.600 t/dia;
Proprietária: Albrás;
122
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Equipamento:
Silos;
Aplicação:
Armazenagem de coque;
Capacidade:
4 x 3.600 t;
2 x 7.000 t;
Localização:
Ao lado dos silos para alumina e do pátio de
bauxita/carvão.
Equipamento:
Baias;
Aplicação:
Armazenagem de piche;
Capacidade:
4 x 1.200 t;
4 x 1.600 t;
Localização:
Ao lado dos silos para coque.
Equipamento:
Carregador de Navios MacGragor Siwertell;
Chegada ao Porto: 2011;
Aplicação:
Carregamento de alumina e de hidrato de alumina;
Equipamento: Fantuzzi MHC 130;
Aplicação: Movimentação de contêiner;
Quantidade: 1
Carga nominal: 100 t (alcance de 18 m).
Produtividade nominal: 25 Un./h;
Proprietária: CONVICON;
Equipamento: Gottwald MHC;
Aplicação: Movimentação de contêiner;
Quantidade: 1;
Carga nominal: 100 t (alcance de 11 a 22 m) e
37,6 t (alcance de 46 m);
Produtividade nominal:
25 contêineres/hora;
123
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Equipamento: Moega;
Aplicação: Importação de granel sólido por caçamba;
Quantidade: 7;
Capacidade nominal: 12 e 30 t.
Proprietárias: CDP (1 para 12t), ALUNORTE (1 para
30t), MS Terraplenagem (3 para 30t ) e Top (2 para
12,0t);
Equipamento: Grab
Aplicação: Importação de graneis sólidos.
Quantidade: 10;
Capacidade nominal: 3 a 12,5t;
Proprietárias: CDP (2 para 3t), Amazon Logistic (2
para 10t e 1 para 4t), CONVICON (1 para 10t e
1 para 12,5t) e Plena (3 para 7t);
Localização: Píer 200 e 300.
Equipamento:
Caçamba;
Aplicação:
Descarga em granel sólido;
Quantidade:
49;
Capacidade nominal:
16 t.
Proprietária:
MS Terraplenagem (42 para 12t) e Top (7 para 27t);
Equipamento:
Caçamba;
Aplicação:
Descarga de clinquer;
Quantidade: ?;
Capacidade nominal: ? t.
Proprietária:
Operador Portuário Atlântica Navegação e Logística
124
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Equipamento:
Antigo pátio para armazenagem de manganês;
Característica:
In natura, utilizado até o ano de 2012;
Aplicação: Manganês;
Quantidade: 1;
Área: 5 ha;
Proprietária: CDP;
Localização: Em frente ao prédio da Secretaria da
Receita Federal do Brasil (SRFB).
Equipamento:
Pátio de armazenagem;
Característica:
Em concreto;
Aplicação: Múltiplo-Uso (Ferro-Gusa, Coque e
Fertilizante);
Quantidade: 1;
2
Área: 25.800 m ;
Proprietária: CDP;
Localização: Ao lado do novo pátio de
Manganês.
Equipamento:
Novo pátio para armazenagem de manganês;
Característica:
In natura, com caixa separadora e sistema de
drenagem;
Aplicação: Manganês;
Quantidade: 1;
Capacidade: 80.000 t;
Proprietária: CDP;
Localização: Ao lado do pátio de Múltiplo-Uso em
concreto.
Equipamento: Pá carregadeira;
Aplicação: Arrumação de granel sólido;
Quantidade: 5;
Capacidade nominal: 27t;
Proprietária: MS Terraplenagem (3) e Top (2);
Localização: Retro área.
125
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Equipamento:
Empilhadeira Reach Stacker;
Aplicação: Movimentação de alumínio;
Quantidade: 1;
Capacidade: 45 t;
Proprietária: Top;
Localização: Retro área. Carrega as carretas com
destino aos berços 201 e 301.
Equipamento:
Cavalo mecânico com carreta;
Aplicação: Movimentação de carga geral;
Quantidade: 12;
Carga nominal: 42,5t (cavalo) e 32,0t (carreta);
Proprietária: Top.
Equipamento: Spreader para transporte de Carga
Geral (Frame), com 24 ganchos com engate;
Aplicação: Movimentação de alumínio;
Quantidade: 1;
Capacidade: 40 toneladas (3 t/engate);
Proprietária: ALBRAS.
Equipamento: Guindaste rolante da embarcação
acoplado a spreader para transporte de carga
geral contendo 24 ganchos com engate.
Aplicação: Movimentação de alumínio.
Proprietário: Armador.
Localização: Equipamento de bordo.
Equipamento: Pátio para contêiner;
Aplicação: Armazenagem de contêiner.
Capacidade estática: 3.780 TEUs;
Capacidade dinâmica: 250.000 TEUs/ano.
Localização: Próximo aos silos para alumina da área
arrendada da Alunorte.
126
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Equipamento: Empilhadeira Reach Stacker;
Fabricante: Belotti e Terex;
Aplicação: Movimentação de contêiner.
Quantidade: 4;
Carga nominal: 45 t;
Proprietária: CONVICON
Localização: Pátio de contêineres do CONVICON.
Equipamento: Empilhadeira de garfo;
Quantidade: 15 (aproximadamente);
Capacidade Nominal: 2,5 a 7 t;
Aplicação: Movimentação de animais vivos,
dentre outras;
Proprietários: Amazon Logistics, Log River,
Plena, dentre outros;
Localização: Píer e retroárea.
Equipamento: Empilhadeira SMV;
Aplicação: Movimentação de contêineres vazios.
Quantidade: 1;
Carga nominal: 10 t;
Proprietária: CONVICON
Localização: Pátio de contêineres do CONVICON.
Equipamento:
Empilhadeira de garfo;
Quantidade: 1;
Localização: Terminal da CONVICON.
Equipamento:
Cavalo mecânico com carreta;
Aplicação: Movimentação de contêineres.
Quantidade: 10;
Carga nominal: 42,5t (cavalo) e 32,0t (carreta);
Proprietária: CONVICON.
127
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Quantidade: 1;
Proprietária: CDP;
Localização: Portaria Principal.
Aplicação: Pesagem de carretas com contêiner;
Quantidade: 1;
Localização: Arrendamento do CONVICON.
Equipamento: Tubovia;
Aplicação:
Movimentação de graneis líquidos.
Quantidade: 2
Diâmetro: 8 polegadas.
Proprietária: CDP;
Localização: TGL.
Obs: No carregamento, são utilizadas bombas
situadas em terra (no parque de tancagem).
Equipamento: Tanque;
Aplicação:
Armazenagem de Óleo Combustível do tipo A-1;
Quantidade: 1;
3
Volume: 9.477 m ;
Vazão máxima (EVTEA, 2011):
Descarregamento de navio: 500 t/h;
Descarregamento de balsa-tanque: 220 t/h;
Carregamento de balsa-tanque; 350 t/h;
Diâmetro do duto:
Entrada no arrendamento da IPP: 14”;
Saída do tanque para o TGL: 8”;
Proprietária:
Ipiranga Produtos de Petróleo (IPP);
Localização:
Arrendamento da IPP.
No segundo semestre de 2014, o CONVICON adquiriu dois equipamentos
reach stakers (Utilizados para transportar contêineres em distâncias curtas), quatro
semirreboques e quatro cavalos mecânicos (também conhecidos como caminhão
extrapesado). Além disso, em novembro de 2014, o CONVICON passou a utilizar um
scanner de raio-x para conferência não-invasiva de cargas. (Segs/Willian Fernandes,
Clipping do dia 23/01/2015).
128
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
5.6.2. Relatório gerencial de Produtividade
A utilização de equipamento operacional denominado “ecoload” (lona com
expansão) não está nos planos a curto prazo da ALUNORTE, tendo em vista que tal lona
gera muito peso na lança do carregador, acarretando em risco de perda de estabilidade
do mesmo. O ângulo de repouso da alumina no porão do navio é muito alto (em torno de
30º), diferentemente do cimento o qual se distribui semelhante à água (praticamente a 0º).
Este equipamento ainda não é utilizado em um porto, para que a ALUNORTE viesse a
estudar a sua utilização em suas operações (CAVALCANTE, 2014).
O fator limitador para o calado dos navios utilizados pela ALUNORTE é a Barra
Norte (11,5m). Tais navios utilizam o Canal Norte desta Barra por apresentar maior
profundidade do que o Canal Sul (CAVALCANTE, 2014).
A produtividade média no descarregamento de bauxita no TUP ALUMAR (São
Luis/MA) foi de 32.688 toneladas no ano de 2014 (SIG, 2014). Esta eficiência é bem
aproximada à produtividade média do descarregamento de bauxita no berço 101 do
Porto de Vila do Conde.
Atualmente o SCAP não possui relatório gerencial que contabilize a
produtividade média em contêiner. Contudo, analisando o relatório gerencial da
Produtividade do Operador Portuário (estabelecido em Resolução DIREX), observou-se
no mês de dezembro de 2014 as seguintes produtividades nos navios conteneiros:
Tabela 5.25: Produtividade Média no Porto de Vila do Conde.
Vila do Conde
Ano: 2014
Carga Geral Não-Conteneirizada (t/dia)
102
201
202
301
302
Tipo de Mercadoria
AERONAVES, EMBARCAÇÕES E SUAS
PARTES
ANIMAIS VIVOS
CIMENTO
COQUE DE PETRÓLEO
FLUORETO
101
Tipo de Mercadoria
COMB. E ÓLEOS MINERAIS E PROD.
SODA CÁUSTICA
101
2.071
-
-
401
402
501
502
R1
R2
- 3.600
2.673 1.721 4.356
455 4.414 1.322
241
553
267
323
471
30
16
811
- 1.352
558
310
446
46
410
16
726
102
201
202
301
302
401 402
501
502
R1
R2
734 1.080
- 1.010 1.391
811
- 8.378 4.239
- 13.963 11.474
129
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Tipo de Mercadoria
ALUMINA
BAUXITA
CARVÃO MINERAL
COQUE DE PETRÓLEO
ENXOFRE, TERRAS E PEDRAS, GESSO E
CAL
FERRO GUSA
MANGANES
101
102
201
- 17.371 17.341
33.084
- 1.585 1.808
-
5.928
-
202
-
- 10.147
301
- 8.498
- 7.091
302
401 402
- 8.294
- 7.411
- 3.333
-
501
-
502
R1
R2
- 2.172 1.836
- 5.922
- 3.251
-
- 6.304
- 5.087
- 2.271
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Produtos químicos inorgânicos refere-se ao carregamento de hidróxido de
alumínio. Produtos químicos orgânicos é relativo a um único registro de carregamento de
hidrato de alumina.
Figura 5.6.2.1: Amostra da Produtividade em embarcações conteneiras no Vila do Conde.
Figura 5.6.2.2: Representação gráfica da produtividade de embarcações conteneiras em Vila do Conde.
Através da representação gráfica acima, observa-se que
as produtividades de alguns navios atendidos no berço 401
variaram de 10,47 a 21,89 unidades por hora.
Nos parágrafos a seguir foram realizadas a comparações
com outros três terminais portuárias no Brasil, que também
movimentam através da utilização de dois equipamentos MHCs.
130
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
No porto de São Francisco do Sul (SC), os navios conteneiros também são
atendidos no berço 301 (TERBAN) por dois equipamentos MHC sobre rodas da fabricante
Gottwald
(Figura
5.6.2.3).
O
pátio
de
armazenagem
fica
Figura 5.6.2.3: MHCs.
relativamente próximo ao píer onde os MHCs ficam posicionados,
no costado do navio.
Também
administrado
por
uma
Companhia Docas, o Porto de Mucuripe realiza
operações com contêiner no seu berço 105. Esta
operação ocorre em Cais Público (não há Terminal
arrendado) realizada pela operadora portuária “BF
Fortship” (a qual também é operadora portuária no
Cais Público do Porto de Belém).
No Sistema de Informação Gerencial
Figura 5.7.2.4: Porto do Mucuripe.
(SIG) da ANTAQ, tem-se que as produtividades
médias nos berços especializados destas instalações portuárias foram as dispostas na
Tabela 5.26.
Tabela 5.26 – Produtividades Médias nas instalações portuárias brasileiras, extraídas do SIG da ANTAQ.
Instalação Portuária
Berço
Produtividade Média (Un./h)
Vila do Conde
301
7,64
Vila do Conde
401
7,72
São Francisco do Sul
301
23,90
Mucuripe
105
17,93
5.7. CONSIGNAÇÃO
O TUP da Bunge Fertilizantes (antigo TERFRON) é localizado a 5km (em linha
reta) do Porto de Vila do Conde, estando dentro da área de porto organizado deste porto.
Os grandes navios graneleiros atendidos nesta TUP utilizam os mesmos canais de
acesso das embarcações atendidas no Porto de Vila do Conde. Logo, o calado destas
embarcações também merecem acompanhamento.
131
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
O início das operações nesta TUP se deu em 26/04/2014, onde o navio
“Taurus Ocean” foi carregado com 60.900 toneladas de soja destinada à Espanha. O
segundo navio atendido foi o “Gaeca Universalis”, também destinado à Espanha
(NotíciasAgrícolas, 2014).
Na tabela 5.27 são listados os calados nominais de alguns navios atendidos no
TUP da Bunge:
Tabela 5.27 – Calado das embarcações atendidas no TUP da Bunge.
Embarcação
Nome
IMO
DWT (t)
Taurus Ocean
9370185
78.819
Graecia Universalis
9295127
73.902
Nordic Odyssey
9529451
75.603
Ultra Iris
9674218
55.646
Tian Huafeng
9227687
73.996
Tianjin Pioneer
9291092
75.744
Pergamos
9343833
92.832
Fonte: SIG da ANTAQ e MarineTraffic.com.
Calado Nominal (m)
12,90
13,94
14,00
12,70
12,60
13,99
14,70
Data de Operação
(dd/mm/aaaa)
26/04/2014
?
08/09/2014
22/02/2015
01/09/2014
24/09/2014
16/09/2014
Movimentação no
TUP da Bunge (t)
60.900
?
35.344
47.139
62.419
63.236
73.956
Devido à limitação do Canal do Quiriri, os navios atendidos pelo TUP da Bunge
não são transportados com a sua consignação máxima.
5.7.1. CLASSES DAS EMBARCAÇÕES
Em agosto de 2009 a armadora Log-In assinou contrato de 25 anos com a
Alunorte para a movimentação de seis milhões de toneladas de bauxita por ano, com take
or pay para 90% desse volume, por um período de vinte e cinco anos. Dois navios de 80,1
mil TPB foram encomendados pela Log-IN ao Estaleiro Ilha S.A. (ACIONISTA, 2009).
Em dezembro de 2012 foi
Figura 5.8.1.1 - Navio Log-In Tambaqui.
entregue o primeiro navio. O graneleiro
Log-In Tambaqui entrou em operação
em fevereiro de 2013.
O segundo navio para o
transporte de bauxita, o Log-In Tucunaré
(80.100 TPB), foi lançado ao mar em
Abril de 2013. Este navio deverá entrar
em operação no segundo semestre de 2015.
132
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Dos dois citados navios, o volume de carga transportada em cada viagem pode
chegar a 75.000 toneladas, o comprimento de boca dos mesmos é de 40 metros, seus
calados de projeto são de 11,58 metros e seu comprimento total (LOA) é de 245 metros
(LOGINLOGISTICA, 2014). Os antigos navios utilizados pela ALUNORTE possuem, em
média, boca de 32 metros e mesmo calado dos dois novos navios.
Em 2014, uma das maiores consignações dos navios que descarregaram
bauxita (e consequentemente uma das maiores no Porto de Vila do Conde) foi a de
74.224 toneladas do navio Log-In Tambaqui, realizada entre os dias 03 e 05 de maio.
Neste atendimento, o Calado de Popa foi de 11,51 metros e o Calado de Proa foi de
11,57 metros. A Portaria nº 20-28/2014 CPAOR, autoriza a navegação de navios com
calado máximo de 12,8 metros pelo Canal do Quiriri, indicando que ainda há folga para o
atendimento de embarcações com maiores calados.
Caso o calado máximo seja homologado em 14m, a ALUNORTE tem a
pretensão de operar com navios com consignação de 82.000 toneladas (LOA de 245m,
Boca de 40m e calado de 13,5 a 14,0 m). Tais embarcações são do tipo “Kamsarmax”
(Porto de Kamsar, na Guiné), novo tipo de embarcação o qual é maior do que o
“Panamax” (CAVALCANTE, 2014).
O Porto de Vila do Conde atende a
Figura 5.8.1.2 - Navio Log-In Jacarandá.
navios conteneiros da classe Panamax, como o
navio “Log-In Jacarandá” (Figura 5.8.1.2). Este
navio tem consignação máxima para 2.700
TEUs, dispostos em 12 fileiras. O serviço
denominado
“Costa
Norte
Express”
faz a
cabotagem através da costa brasileira, do Porto de Manaus ao Porto de São Francisco do
Sul.
O recorde em consignação no Porto de Vila do Conde pertence ao navio Log-In
Jacarandá (armador Log-In Logística), atracado em 30/12/2014 e desatracado em
02/01/2015. Nesta operação, o montante de 1.105 contêineres foram movimentados.
Destes, 542 unidades foram descarregadas para o Grupo Votorantim com cimento
133
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Portland oriundas do Porto de São Francisco do Sul e 364 unidades vazias foram
carregadas (preponderantemente para repor o estoque do Porto de São Francisco do
Sul). O recorde anterior foi em julho de 2014, com o navio MSC Shannon o qual
movimentou 945 unidades.
O maior navio conteneiro que faz escala nos portos brasileiros (Figura 5.8.1.3)
atracou pela primeira vez no Terminal da
Figura 5.8.1.3 – CMA CGM Tigris.
Libra (Embraport) do Porto de Santos em
06/02/2015. O CMA CGM Tigris tem 300
metros de comprimento, boca de 48,2 metros e
consignação máxima de 10.900 TEUs. Este
navio operará na seguinte rota: Shanghai,
Ningbo, Chiwan, Hong Kong, Singapura, Port
Klang, Santos, Paranaguá, Buenos Aires, Montevideo, Rio Grande, Itapoã, Santos,
Durban, Port Klang, Singapore, Hong Kong e Shanghai.
6. Porto Organizado de Santarém
602
R6
601
503
502
T2
T3R1
T3
501
T1
402
401
Figura 6.1 - Visão geral do Porto de Santarém.
O Porto Organizado de Santarém é um porto fluviomarítimo, pois, apesar de
estar situado em águas fluviais atende a linhas marítimas. Entrou efetivamente em
operação a partir de fevereiro de 1974. O Porto movimenta cargas nas quatro naturezas
de movimentação: granel sólido, granel líquido, carga geral conteneirizada e carga geral
não-conteneirizada.
Nos três Terminais de Granel Líquido (TGLs) arrendados à Distribuidora Fogás
(berço T3), à Sabbá Distribuidora (berço T2) e à Distribuidora Equador de Produtos de
134
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Petróleo Ltda (berço T1) a operação inicia com a conexão dos mangotes nas tomadas
(Manifolds), localizadas nas plataformas dos píeres e nas balsas com auxílio de “pau de
carga”. Após a conexão dos mangotes, são feitos os procedimentos de abertura de
válvulas os quais dão início à operação de descarregamento, bombeando o produto nas
linhas de dutos específicos para cada tipo de carga até os tanques de armazenagem. As
bombas utilizadas são as da própria embarcação.
O TGL da arrendatária Equador possui cinco bases: Manaus (AM), Santarém
(PA), Rio Branco (AC), Vilhena (RR) e Porto Velho (RO). O terminal desta distribuída no
Porto de Santarém também é utilizado como ponto de abastecimento para outras
embarcações. Esta arrendatária possui vasta rede de postos de gasolina na cidade de
Santarém/PA.
A cadeia logística do álcool tem início no norte do Mato Grosso, onde esta
mercadoria é transportada via modal rodoviário até o Porto de Porto Velho (RO) e
posteriormente carregado em balsas as quais navegam até a base situada no Porto de
Manaus/AM. O óleo diesel que abastece o terminal de Santarém é oriundo, via balsa, de
Manaus/AM. A gasolina é oriunda, também via balsa, da Refinaria de Manaus. Em
síntese, a base da Equador situada em Manaus (AM) funciona como um Centro de
Distribuição (CD) para a base da mesma empresa situada no Porto de Santarém.
O TGL da arrendatária Sabbá é representado pelo berço denominado “T2”, e é
o único dos três arrendamentos deste porto que realiza o descarregamento de JET-A1
135
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
(querosene de aviação), cujo principal cliente é o Aeroporto de Santarém o qual está no
meio das longas rotas aéreas que ligam várias cidades importantes da Amazônia Legal.
A arrendatária Fogás é o único TGL do Porto de Santarém que possui 2 (duas)
estruturas para atracação. A principal é composta por um píer flutuante (balsa Fogás IX
Manaus) ligado a terra por uma ponte de acesso (berço T3).
O GLP transportado em alta pressão, na forma líquida, é oriundo da Refinaria
de Urucu (situada no Estado do Amazonas).
O Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) descarregado das balsas-tanque ali
atracadas é transportado através de mangotes, e
ainda sobre pressão, até a área de terra do
arrendamento da Fogás. Em uma área destinada ao
carregamento de botijas, o GLP é despressurizado e
uma vez sobre no estado gasoso, é envasado para
botijões de 13 kg (em sua grande maioria). Em outra
área
deste
arrendamento, os mesmos também
recebem pintura na cor azul, padronizada desta empresa distribuidora de gás. A cadeia
logística portuária desta carga continua através de 3 (três) fluxos distintos.
Aproximadamente 50% destes botijões são
carregados em caminhões e saem do Porto de
Santarém através do modal rodoviário, visando
atender à demanda do próprio mercado consumidor
da Cidade de Santarém/PA.
Quanto ao segundo fluxo, algo em torno de
25% é carregado em caminhões e seguem no modal
136
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
rodoviário até às cidades de Medicilândia/PA e de Itaituba/PA.
Por fim, os 25% restante são carregados em caminhões que por sua vez
entram nas balsas que atracam na rampa Roll-on/Roll-off (berço T3R1) da Fogás. Estas
balsas atendem ao mercado consumidor do Baixo Amazonas e da calha do Rio Xingú.
O berço 501 atende predominantemente a navios porta-contêiner e a navios
do
tipo
“Turismo”
Fonte: Laudo Técnico Imobiliário da Fogás.
(embarcações de grande porte em linhas de longo
curso). Estes têm preferência de atracação em
relação a aqueles, os quais acabam tendo que
interromper
suas
operações
carregamento/descarregamento,
realizar
de
o
rechego para os dolphins de atracação e somente retornarem ao berço 501 após a
desatracação da embarcação para passageiros. Quase todos os grandes navios do tipo
“turismo” atendidos no berço 501 do Porto de Santarém acabam realizando escala no
Distrito de Alter do Chão, pertencente ao Município de Santarém/PA.
137
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Devido à baixa profundidade existente às margens do Distrito de Alter do Chão,
os grandes navios de turismo ficam fundeados no rio
Tapajós, na proximidade da Serra Piroca. Desta
área de fundeio, pequenas embarcações do tipo
“tender” partem do navio e navegam em rumo ao
píer de atracação do Centro de Atendimento ao
Turista
(CAT),
situado no Distrito.
O CAT é uma instalação portuária pública
de pequeno porte (IP4), administrada pelo Município
de
Santarém.
Entre o píer de
atracação e a principal estrutura coberta do Terminal
há uma ponte de acesso construída em madeira a
qual permanece inundada durante os meses de
cheia.
Por
manobras,
a
questões
de
Praticagem
limitação
somente
para
realiza
atracação de embarcação no berço 502 onde o
comprimento da mesma permita a manobra com
segurança na área compreendida entre o fim do
píer 500 e a ponde de acesso do Terminal de
Granel Sólido da Cargill. Então, pequenas
embarcações do tipo “turismo”, “pesquisa” e
“militar”
acabam
utilizando
este
berço
de
atracação. No período de cheia do rio, o berço
502 atende a parte das embarcações do tipo
“passageiro” e “misto” em navegação interior,
desafogando a demanda pelo berço 503.
As pequenas embarcações do tipo
“passageiro”
e
“misto”,
as
quais
realizam
138
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
navegação interior são atendidas ao longo da rampa em concreto existente ao longo do
berço 503. O Porto de Santarém tem elevada importância social por movimentar um
elevado número de passageiros, tendo em vista que a cidade de Santarém está situada
entre as duas capitais de Estado mais populosas da região Norte do Brasil. Durante as
marés de sizígia, esta rampa fica praticamente totalmente encoberta, fazendo com que as
embarcações sejam preferencialmente atendidas na parte lateral do berço, às
proximidades da rampa Ro-Ro denominada “R6”.
É intenso o tráfego de passageiros que desembarcam, embarcam ou
simplesmente permanecem em trânsito no interior das embarcações. Uma base da
Marinha do Brasil, montada sobre uma balsa
ancorada no Rio Amazonas nas proximidades
da IP4 Tiradentes, realiza a fiscalização da
navegação e o controle do número de
passageiros
transportados
por
estas
embarcações, em cada viagem.
Este berço R6 é utilizado para a atracação de balsas, predominantemente
carregada com madeira serrada, a
qual é descarregada através de
tratores/empilhadeiras
e
é
depositada sobre carretas. Então,
parte desta carga segue para os
armazéns do porto a fim de aguardar
o seu efetivo transbordo nos navios
que se destinam à exportação. A outra parte desta carga sai do porto através do modal
rodoviário e se destinam aos pátios das empresas exportadoras, onde futuramente são
ovadas em contêineres conforme os pedidos de
compra do exterior. Parte da madeira que foi
descarregada da balsa também atende ao
mercado local da cidade de Santarém/PA.
Na área de fundeio do Porto de
Santarém, na direção dos dolphis de atracação
139
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
(berços 401 e 402 da Figura 6.1), navios graneleiros contendo clinquer (matéria prima
para a fabricação de cimento) forma ali atendidos e realizaram o transbordo deste insumo
para balsas, através de grabs içados pelos próprios guindastes do navio. Uma vez
carregadas, as balsas sobem o Rio Madeira em navegação interior com destino à fábrica
de cimento ITACIMPASA, pertencente ao Grupo Nassau e localizada nas proximidades
da cidade de Itaituba/PA.
O
Terminal de
Granel Sólido
(TGS) da Cargill é utilizado no seu lado
externo (berço 601) preferencialmente para
o carregamento em navio do tipo graneleiro
(balsas também podem ser descarregadas).
Já do lado interno (berço 602), são atendidas
as balsas que transportam a soja e o milho
que foram carregados no Porto de Porto
Velho (RO) e que foi anteriormente recebido
neste porto através do modal rodoviário.
Uma vez na área de fundeio do Porto de
Santarém, o comboio contendo 9 a 12 balsas (em sua
grande maioria da armadora Bertolini) realiza o seu
desmembramento onde então navegam, duas a duas, até o
berço 602 para atracação e consequente operação de
descarregamento.
Por
decisões
operacionais
da
arrendatária, há registros onde um comboio de nove balsas
esteve atracado.
Os
Fonte: UFPA /PDZ 2014.
grãos
descarregados
das
balsas
são
transportados por correias e podem ser desviados na torre
de transferência para o outro conjunto de correias que leva às três torres equipadas com
pescantes móveis para carregamento de navio. Contudo, na grande maioria dos casos, os
grãos são descarregados para o armazém da arrendatária Cargill. Uma vez neste local de
armazenagem, os grãos aguardam a atracação de um navio graneleiro onde então são
transbordados com destino ao mercado consumidor estrangeiro.
140
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
6.1. PRINCIPAIS CARGAS MOVIMENTADAS
Soja e Milho
A soja e o milho são originados principalmente das fazendas situadas no
Estado do Mato Grosso (Também há plantações em Rondônia) de onde são
transportados via modal rodoviário até o Porto de Porto Velho. Uma vez neste porto, são
carregados em comboio de balsas propulsado por empurrador em navegação interior até
o berço de atracação do Porto de Santarém. Dalí, os descarregadores pneumáticos
Vigan, enviam a soja por correias transportadoras e por elevadores até a torre da balança
de fluxo, na qual a carga é continuamente pesada e direcionada para o armazém deste
arrendatário, onde futuramente serão exportados através de navios graneleiros.
Outra parte desta soja e deste milho é recebida no Porto de Santarém através
do modal rodoviário. Oriundos das fazendas, os caminhões chegam à instalação de
triagem da Cargill (localizada na BR-163, há 15km de distância do Porto de Santarém).
Dalí os veículos são liberados para continuação da viagem até o Porto de Santarém à
taxa máxima de 3 caminhões/h (72 caminhões/dia).
Os descarregamentos das balsas podem ser realizados simultaneamente ao
carregamento do navio.
Baseando-se na análise do histórico anual da evolução mensal da
movimentação de soja e de milho no Porto de Santarém, pode-se observar que a safra
da soja possui o seu pico compreendido (em média) entre os meses de fevereiro a
junho, quando então é descarregada no porto. Após breve período de armazenagem, a
soja possui o pico (em média) no carregamento entre os meses de março a julho. Já a
safra de milho possui (em média) o seu pico de carregamento e de descarregamento
compreendido entre os meses de julho a janeiro do ano seguinte.
Logo, podemos perceber que no terminal arrendado pela Cargill a
movimentação de milho ocorre de forma complementar à movimentação de soja.
Durante o ano de 2007, foram carregadas nos navios graneleiros cerca de
45.000 toneladas de soja as quais foram recebidas no Porto de Santarém exclusivamente
através do modal rodoviário. Levantamento realizado pela APOSAN demonstra que entre
os dias 01/03/13 a 30/04/13 houve a entrada de 3.138 caminhões para o armazém da
Cargill, média de 51,44 caminhões/dia e pico de 102 caminhões/dia.
141
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Segundo a Cargill, o acesso de veículos com carga neste Terminal Graneleiro
se deu na seguinte distribuição no período de fevereiro a outubro de 2013, conforme os
dados contidos na Tabela 6.1:
Tabela 6.1. – Acesso de veículos com carga no terminal arrendado pela Cargill.
MÊS
JAN
FEV
MAR
ABR
MAI
JUN
JUL
AGO
SET
OUT
NOV
DEZ
CARGA
Milho
Soja
Milho
Soja
Soja
Soja
Soja
Milho
Soja
Milho
soja
Milho
Milho
Milho
Milho
Milho
Nº DE CAMINHÕES
1180
60
3
1412
1836
2743
3571
79
1781
1491
289
1528
3058
1426
106
635
Peso (t)
40.653,56
2.479,86
134,04
52.475,44
75.007,38
114.040,30
131.657,08
3.511,84
57.546,98
65.767,84
7.532,30
67.844,04
127.287,46
53.312,10
3.894,00
27.809,52
Peso mensal (t)
43.133,42
52.609,48
75.007,38
114.040,30
131.657,08
61.058,82
73.300,14
67.844,04
127.287,46
53.312,10
3.894,00
27.809,52
830.953,74
Fonte: Cargill, através de mensagem de correio eletrônico em 18/03/15.
As principais fazendas de origem do milho estão localizadas nas cidades de:
Lucas de Almeida/MT, Sorriso/MT e Sinop/MT.
Em 2013, o milho foi exportado principalmente para a República Dominicana,
Egito e Colômbia. Neste ano, vários países passaram a fazer parte da rota de exportação
deste grão vegetal. Os portos de Santa Marta e de Alger também se destacaram por
terem sido portos de destino em mais de uma operação realizada no Porto de Santarém.
A Tabela 6.1.2 elenca os principais portos de origem e de destino do milho.
Tabela 6.2– Principais Portos de Origem e de Destino do Milho.
Carga
MILHO
Porto de Destino
El Dekheila
Dominica
Puerto Cabello
New Egypt
Caldera
Puerto Plata
Amsterdam
Ciudad Bolivar
Tunis
Alger
Algete, Spain
Rio Haina
Puerto Natales
2013 (t)
0
205.505
2014 (t) Porto Origem
157.574 Itaituba
27.500 Manaus
2013 (t)
0
0
2014 (t)
69.675
1.571
25.000
123.188
0
31.499
0
0
0
76.505
0
0
0
24.993 Porto Velho
48.788
33.831
178.340
87.754
20.000
30.597
89.825
55
110.411
0
721.387
414.549
142
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Em 2014 deu início ao recebimento de milho através da Estação de Transbordo
de Carga (ETC) da Cargill situada no Distrito de Miritituba, Município de Itaituba/PA.
Foram 69.675 toneladas oriunda desta ETC.
Madeira
A madeira exportada pelo Porto de Santarém é oriunda preponderantemente
de dois fluxos logísticos distintos.
O primeiro consiste na extração da madeira existente nas fazendas situadas na
região tapajônica, incluindo a região do Porto de Itaituba, e transportadas pelo modal
rodoviário até o Porto de Santarém.
Já o segundo fluxo, consiste na chegada da madeira ao Porto de Santarém
através de balsas, as quais atracam na rampa (berço R6). Dalí, parte da madeira é
transportada por caminhões para locais fora da área do porto organizado onde são
ovadas e retornam para o pátio de contêiner do Porto de Santarém a fim de exportação.
Tabela 6.3 – Principais Portos de Origem e de Destino da Madeira.
Carga
Porto de Destino
2013 (t)
2014 (t)
Porto Origem
Le Havre
4.129
1.050 Prainha
Piraeus
126
102 Santana
Koper
214
24
Savanna
0
29
Aarhus
312
30
Klaipeda
26
27
La Rochelle
88
30
MADEIRA
Houston
201
26
South Kearny
245
19
Fos sur Mer
1.481
157
Manaus
0
2.261
Antwerpen
2.323
283
Taicang
4.478
422
Felixstowe
43
28
Shanghai
834
148
2013 (t)
496
0
2014 (t)
89
10
Os principais portos de destino são os portos europeus da França, da Holanda,
da Bélgica e de Portugal.
143
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Desde julho de 2010, a madeira vem sendo carregada através de contêiner em
praticamente todos os meses. Já fora do interior de contêiner, a madeira foi carregada
através de 6 navios no ano de 2010, 4 navios no ano de 2011, 1 navio no ano de 2012 e
nenhum navio realizou a exportação desta carga, nesta natureza, nos anos de 2013 e de
2014.
Clinquer
No mês de agosto de 2011, deram início às operações com navios graneleiros
descarregando clinquer na área de fundeio deste porto organizado.
Durante todo o ano de 2012 foram descarregadas 430.517 toneladas de
clinquer contra apenas 202.017 tonaladas em 2012, baixa de 53,08%.
Uma vez transbordado para as balsas, o clinquer foi destinado à fábrica da
Votorantim Cimentos, localizada na cidade de Porto Velho/RO, a qual tinha como principal
consumidora a obra de construção da barragem da UHE de Jirau (localizada no Rio
Madeira, a 120km da cidade de Porto Velho/RO).
Esta operação se deu até o mês de agosto de 2013, quando então finalizaram
as obras de construção da UHE de Jirau e dando início à operação comercial em
06/09/2013.
Em carga foi importada predominantemente da Espanha, havendo também
mais de um registro da Turquia.
O clinquer configurava como carga de retorno para as balsas que transportam
a soja e o milho oriundos do porto de Porto Velho.
JET-A1
Também denominado de Querosene de Aviação ou QAV-1. O JET-A1 é
produzido por fracionamento do petróleo,
através de destilação a pressão atmosférica,
seguido de tratamento. É o combustível
usado nas aeronaves com motores a turbina,
seja jato-puro, turboélices ou turbofans.
O JET-A1 descarregado no TGL
144
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
da arrendatária Sabbá tem como principais clientes as Companhias Aéreas que operam
no Aeroporto Internacional de Santarém. Este aeroporto é escala para a grande maioria
dos voos destinados à cidade de Manaus/AM e é ponto de conexão para várias
aeroportos situados no Oeste do Pará.
Fertilizante
Em 24/10/2013, deu início aos descarregamentos com fertilizante através do
Porto de Santarém. Durante aproximadamente 34 horas de operação, o navio Cape Scott
(operado pela Amazon Logistics) importou
5.000 toneladas.
A
operadora
portuária
Master
realizou em seguida duas outras operações.
Em 14/10/2014, desatracou o navio Bulk
Atacama após descarregar 9.003 toneladas
de fertilizante. Logo após, em 06/11/2014,
desatracou o navio Takeshio após descarregar 32.644 toneladas.
Contêiner
Dentre as mercadorias que passam pelo Terminal de contêineres do Porto de
Santarém
e
que
são
posteriormente
carregadas, a predominante delas é a
madeira.
Os
carregados
em
Produtos
contêiner
siderúrgicos
no
Porto
de
Santarém são relativos aos desperdícios e
resíduos de ferro e aço os quais são
exportados diretamente para a Ásia (portos de Haiphong, Kaohsiung e Taichung) ou para
a empresa norte-americana Your Scrap Matters (especializada em exportar este produto
para o continente asiático).
Há apenas uma linha regular atendendo o Porto de Santarém: o feeder
NORBRAFD da armadora CMA-CGM, iniciado em março de 2008.
Este linha de
navegação alimenta os principais serviços deste armador: Point-a-Pitre (Guadalupe) e
Port of Spain (Trinidad-Tobago).
145
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Tabela 6.4 – Principais linhas de navegação no Porto de Santarém.
Armador
Linha
Escalas
-
-
-
CMA CGM
NRDBRAFD
-
-
Fort de France, Port of Spain, Itaqui, Belém,
Vila do Conde, Santarém e Santana.
-
Francisco 1 (Ex Echo)
Asian Sun
Capac. Máx.
(TEUs)
9165449
1.145
9359105
1.118
Conrad S
9327592
1.118
Handy
Fouma
Alexia (Ex Maas Trader)
Nadja
Petkum
Oberon
Outros
9395082
9308625
9252876
9386988
9106467
-
1.296
957
670
1.306
907
-
Handy
Feedermax
Feedermax
Handy
Feedermax
-
Nome da embarcação
IMO
Tipos de
Navio
Handy
Handy
No ano de 2012 foram 19 conteneiros atendidos, contra apenas 13 no ano de
2013. A partir do segundo semestre de 2012, o armador passou a ter dificuldades com a
Praticagem, pois o navio que fazia a linha de navegação por Santarém também escalava
nos Portos de Manaus/AM e de Itacoatiara/AM (portos que necessitam de dois práticos a
bordo).
Em 2013, muitos navios ficavam a espera por prático no Porto de Santarém por
até 72 horas depois de finalizadas suas operações. Este alto custo de operação passou a
inviabilizar economicamente a linha, pois foi repassado ao frete da carga. Com o tempo
maior de espera do navio, aumentou-se também o valor a ser pago pelo exportador com
armazenagem. Os exportadores da região Tapajônica passaram a utilizar o modal
rodoviário até os portos de Belém e de Vila do Conde, mesmo com um custo logístico
mais alto, pois tinham a garantia de regularidade de navios.
No início de 2013, o armador comunicou a garantia de 1 (um) navio a cada 22
dias, caso os exportadores garantissem um volume mínimo de 150 TEUs. Então, o
armador disponibilizou um navio de menor capacidade, o qual não atendia à demanda de
contêineres. Contêineres passaram a não ser carregados por conta de “quebra de lança”
ou “capacidade excedida”, tendo que ficar armazenados no porto.
Diante do novo panorama formado, os exportadores voltaram a utilizar a
logística de encaminhar suas cargas pelo modal rodoviário até os portos de Belém e de
Vila do Conde, inviabilizando ainda mais a inclusão do Porto de Santarém na rota desta
linha de navegação.
No final de 2013, o armador CMA-CGM comunicou que encerrará a operação
de navios no Porto de Santarém em 05/02/14, pelo fato de ter fechado acordo comercial
146
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
com a armadora LINAVE para o transporte de contêineres através de balsas até a cidade
de Belém, visando seu posterior carregamento em um conteneiro.
A partir do mês de fevereiro de 2013, apenas os navios “Conrad S” e “Nadja”
passaram a escalar no Porto de Santarém a cada duas semanas. Em 2014, apenas 1
(um) navio conteneiro foi atendido pelo Porto de Santarém.
6.2 Atendimento à embarcação
O Porto de Santarém atendeu a 1.818 embarcações durante o ano de 2014.
Durante o ano de 2013, o total de 2.079 atendimentos foi registrado.
Exatamente 50% dos atendimentos em 2014 foram à embarcações do tipo
misto (carga + passageiros) operados no berço 503, somando 909 atendimentos. Em
2013, o montante de 723 atendimentos foi contabilizado.
As embarcações do tipo “Turismo”, que realizaram linha de longo curso e que
foram atendidas no berço 501, registraram 19 atracações em 2014. Durante o ano
anterior, 26 embarcações deste tipo foram atendidas.
Quanto às embarcações porta-contêiner, houve o registro de 13 atracações em
2013 e de 19 atracações nos anos de 2012 e de 2011. Todos realizados no berço 501.
Em 2014 houve o atendimento a apenas 1(um) navio conteneiro.
Em 2014, o total de 145 balsas-tanque frequentou os terminais de granel
líquido das empresas arrendatárias Fogás (berço T3), Sabbá (berço T2) e Equador (Berço
T1), visando o abastecimento da região do Tapajós. Em 2013, foram atendidas 134
embarcações deste tipo. Desde 2011, o terminal da Sabbá é o mais frequentado dos três
terminais especializados nesta natureza de movimentação no Porto de Santarém.
Tabela 6.5 – Atendimento à embarcação do Porto de Santarém.
Balsa
Balsa-Tanque
Cargueiro
Empurrador
Ferry Boat
Graneleiro
Lancha
Militar
Misto
Navio-Tanque
Passageiro
Longo Curso
N
E
0
0
0
0
0
3
0
0
0
0
0
39
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
Cabotagem
N
E
38
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
Interior
N
423
145
0
20
69
0
0
9
909
0
129
AP/AM
E
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
N
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
E
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
TOTAL
461
145
3
21
69
39
0
9
909
0
129
147
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Pesquisa
Rebocador
Turismo
Conteneiro
Carga Viva
Outros
Total
0
0
0
0
0
0
0
0
0
19
1
0
0
62
0
0
0
0
0
0
39
0
0
0
0
0
0
0
0
4
0
0
0
9
1.717
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
4
19
1
0
9
1.818
AP/AM: Apoio Portuário/ Apoio Marítimo
O berço T3R1 trata-se da rampa Roll-on/Roll-off pertencente à arrendatária
Fogás, utilizada para o carregamento dos botijões que são envasados na área do próprio
terminal desta arrendatária e segue preponderantemente para a cidade de Monte
Alegre/Pa, situada na outra margem do Rio Amazonas. Deste Município, os botijões
seguem pelo modal rodoviário para outros Municípios circunvizinhos, como Prainha/PA.
O berço 601 é o lado externo do terminal de granel sólido arrendado pela
Cargill, onde atracam os navios graneleiros com destino ao exterior. Já o berço 602 é o
lado interno deste terminal e é destinado para o descarregamento dos grãos que chegam
através de balsas, oriundas do Porto de Porto Velho/RO.
Aproximadamente 95% das embarcações atendidas no Porto de Santarém
realizaram a navegação interior, demonstrando a importância desta instalação portuária
como centro de distribuição de mercadorias e de pessoas para a região do oeste
paraense.
A rampa Roll-on/Roll-off (berço R6) atendeu a balsas que descarregaram
madeira serrada, visando preponderantemente ao futuro carregamento desta mercadoria
em navios conteneiros com destino ao exterior.
148
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
6.3. Taxas de Ocupação
Tabela 6.6: Taxa de Ocupação no Porto de Santarém
SANTARÉM
Periodicidade: Anual
Período: 01/01/2014 à
31/12/2014
601
602
MILHO
Tipo de mercadoria
R6
-
T1
-
-
-
-
-
-
22,79%
27,17%
-
-
-
SOJA
-
-
-
-
-
-
-
28,80%
39,22%
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
51,59%
66,39%
-
-
-
FRUTAS
-
-
-
-
-
-
0,15%
-
-
-
-
-
MADEIRA
MÓVEIS, DECORAÇÃO,
OBRAS DE ARTES,
1,52%
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
0,12%
-
-
-
-
-
0,81%
-
-
-
-
-
VARIEDADES E BAZAR
Total: Carga Geral NãoConteneirizada
COMB, ÓLEO MINERAL E
PROD.
4,29%
-
-
-
-
-
115,79%
-
-
-
-
-
5,93%
-
-
-
-
-
116,75%
-
-
-
-
-
-
50,91%
77,40%
62,58%
-
-
-
-
-
-
-
-
-
50,91%
77,40%
62,58%
-
-
-
-
-
-
-
-
2,91%
-
-
-
0,26%
-
-
-
-
-
-
-
TODOS
Total: Carga
Conteneirizada
T2
T3
501
502
503
FUNDEIO T3R1
402
2,91%
-
-
-
0,26%
-
-
-
-
-
-
-
SEM CARGA
72,61%
17,98%
42,97%
8,78%
35,41%
7,01%
143,15%
19,64%
28,10%
0,13%
-
13,83%
Total: Sem Cargas
72,61%
17,98%
42,97%
8,78%
35,41%
7,01%
143,15%
19,64%
28,10%
0,13%
-
13,83%
Total geral
Tempo de Atracação
(hhh:mm)
Conjunta (hhh:mm)
81,46%
68,89%
120,37%
71,36%
35,67%
7,01%
259,91%
71,24%
94,49%
0,13%
-
13,83%
10544:00 6251:00:00 3125:38:00 614:09:00 22768:10 6240:21:00 8277:58:00
11:24
- 1211:21:00
7136:01:00 6035:54:00
4050:31:00
Taxa Ocupação
46,23%
35,23%
305:54:00 4423:30:00
3,48%
65,41%
84:00:00 1653:02:00
50,49%
69,88%
0,96%
70,40%
05:09 14267:29
18,87%
16,80%
0,06%
6,95%
313:23:00 4345:20:00
162,87%
97,04%
3,58%
67,66%
49,60%
44,88%
-
-
963:10:00
0,13%
-
11,00%
2,83%
Tabela 6.7: Taxa de Ocupação no Porto de Santarém no Ano de 2013
SANTARÉM
01/01/2013 à 31/12/2013
Número
de
Agenda
Tipo de mercadoria
R6
T1
T2
T3
501
502
503
601
602
FUNDEIO T3R1 401 402
ENXOF, TERRAS E PEDRAS, GESSO E CAL
-
-
-
-
-
-
-
-
-
27,90%
-
-
-
MILHO
-
-
-
-
1,11%
-
-
-
38,50%
44,68%
-
-
-
-
SOJA
CARGA DE APOIO
MADEIRA
6,88%
-
-
-
1,11%
-
-
0,78%
-
38,80%
77,30%
-
55,11%
99,79%
-
27,90%
-
-
-
-
VARIEDADES E BAZAR
0,02%
4,03%
0,68%
-
-
-
-
- 125,70%
-
-
-
-
-
-
4,92%
-
-
-
-
-
0,05%
-
-
-
-
-
-
16,53%
-
-
-
-
- 126,53%
-
-
-
-
-
-
-
84,38%
58,90%
55,32%
-
-
-
-
0,14%
-
-
-
-
TODOS
-
84,38%
-
58,90%
-
55,32%
-
3,40%
-
-
-
0,14%
-
-
-
-
-
29,56%
29,56%
-
6,03%
6,03%
8,36%
8,36%
3,40%
24,68%
24,68%
6,01% 139,48%
6,01% 139,48%
0,67%
0,67%
0,36%
0,36%
0,18%
0,18%
-
-
-
46,09%
84,38%
64,93%
63,68%
29,19%
6,01% 266,00%
77,97%
100,28%
SEM CARGA
Total: Sem Cargas
Total geral
28,07%
-
-
-
4037:18:00 7392:00:00 5688:00:00 5578:00:00 2557:47:00 527:34:00 23302:47 6830:15:00 8784:27:00 2459:02:00
-
-
-
1715:08:00 1248:00:00 2136:00:00
-
-
-
-
797:45:00
78:35:00 14656:02
0,89% 167,31%
19,58%
14,25%
24,38%
-
9,10%
Taxa Ocupação
26,51%
70,14%
40,55%
63,68%
20,09%
5,13%
98,70%
619:13:00 2191:32:00 1305:30:00
7,07%
25,01%
14,89%
-
-
-
70,90%
75,27%
13,18%
-
-
-
149
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Os descarregamento em granel líquido foram mais prepondeantes com o óleo
diesel e com a gasolina comum.
Os descarregamentos com clinquer somaram 202.017 toneladas em 2013, não
tendo registro em 2014.
A soja descarregada pela Cargill através de balsas registrou baixa de 25,60%
no ano de 2014 (1.737.392 toneladas em 2013 contra 1.292.688 toneladas em 2014).
O milho acompanhou o desempenho da soja: 2.055.565 toneladas em 2013
contra 1.295.464 toneladas em 2014, baixa de 36,98%.
Somente com a soja e com o milho movimentados pela Cargill, foram
1.204.805 toneladas que o Porto de Santarém deixou de movimentar em 2014.
No primeiro semestre de 2014, o nível do Rio Madeira às proximidades do
Porto de Porto Velho registrou 19,68 metros (maior dos últimos anos), alagando esta
instalação portuária e interrompendo as operações de carregamento entre 25/02/14 a
13/05/14. O Porto de Santarém deixou de receber aproximadamente 400 mil toneladas de
grãos, as quais foram desviadas para os portos das regiões sudeste e sul do Brasil
(CARGILL, 2014).
Tabela 6.8 –Movimentação de Carga por Descarregamento no Porto de Santarém.
DESCARREGAMENTO
LONGO CURSO
TOTAL LONGO CURSO
CABOTAGEM
CONTEINER
TOTAL CABOTAGEM
INTERIOR
CONTEINER
MILHO
VARIEDADES E BAZAR
TOTAL INTERIOR
APOIO PORTUÁRIO
MADEIRA
2014 (t)
2014 (t)
641,9
20,69
662,59
2013(t)
337,48
337,48
2013(t)
1833,3
1833,3
2013(t)
1326,08
2621,56
3947,64
VAR(%)
-100,00%
-100,00%
VAR(%)
-100,00%
-100,00%
VAR(%)
-51,59%
-100,00%
-83,22%
2014 (t)
2013(t)
VAR(%)
0
2014 (t)
0
0
662,59
30,7
30,7
6149,12
-100,00%
-100,00%
-89,22%
INTERIOR
ALCOOL ETILICO
FRUTAS
TOTAL (t)
23,8
109
214,12
1362,52
128,07
2013(t)
3,42
2
-
VAR(%)
-100,00%
10606,00%
-
150
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
MADEIRA
VARIEDADES E BAZAR
TOTAL INTERIOR
APOIO PORTUÁRIO
99,15
2,4
1213,16
17828,57
1732,11
22712,9
2014 (t)
0,5
0,5
22713,4
2619,94
183,49
2,5
203,56
3105,97
20464,41
2583,57
29168,86
2013(t)
0
0
29168,86
-96,22%
561,16%
-100,00%
-100,00%
-100,00%
-12,88%
-32,96%
-22,13%
VAR(%)
-22,13%
Granel Sólido
LONGO CURSO
TOTAL LONGO CURSO
INTERIOR
MILHO
SOJA
TOTAL INTERIOR
2014 (t)
41646,77
41646,77
2014 (t)
485795,08
465477,42
951272,5
992919,27
2013(t)
202017
5000
207017
2013(t)
718765,06
740155,82
1458920,88
1665937,88
VAR(%)
-100,00%
732,94%
-79,88%
VAR(%)
-32,41%
-37,11%
-34,80%
-40,40%
Granel líquido
INTERIOR
ALCOOL ETILICO
TOTAL INTERIOR
DESCARREGAMENTO
TOTAL
2014 (t)
727,56
179.007,84
179.735,40
179.735,40
2014 (t)
1.196.030,66
2013(t)
VAR(%)
1.026,17
155.415,60
156.441,77
156.441,77
2013(t)
1.857.697,63
-29,10%
15,18%
14,89%
14,89%
VAR(%)
-35,62%
Entre os dias 18/08/2014 e 30/09/2014, não houve atendimento à balsas no
arrendamento da Cargill devido à perda do equipamento operacional de carregamento
(via correia transportadora). O mesmo foi arrastado para o rio Tapajós. Provisoriamente, o
descarregamento voltou a ser realizado em outubro através de guindaste e de grab. Estes
possuem produtividade inferior ao equipamento danificado. Porém, durante todo o mês de
setembro, o total de 127.287 toneladas de milho foi recebido pelo Porto de Santarém
através do modal rodoviário (3.058 caminhões).
Quanto aos carregamentos, 8.365 toneladas foram carregadas através de
contêineres, valor 70,32% abaixo das 28.184 verificadas em 2013.
As exportações de soja fecharam em baixa de 17,02%, somando 827.211
toneladas em 2014 contra 996.879 toneladas em 2013.
Na continuação da sua cadeia logística, o milho foi destaque nas exportações
em 2013, já em 2014 as exportações também fecharam em baixa de 39,31%. Os
carregamentos deste grão registraram baixa de 29,78% em relação ao ano anterior.
151
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Somente com o descarregamento desta carga, foram quase 1 milhão de toneladas que a
CDP pôde contabilizar na sua movimentação de carga em 2014.
A imensa quantidade de “Variedades e bazar” carregados no berço 503, em
navegação interior, assinalou baixa de 12,88% em relação ao ano de 2013.
Os três terminais de granel líquido carregaram 1.725 toneladas em 2014,
quantidade 35,19% acima das 1.276 toneladas movimentadas no ano de 2013. Apesar do
Porto de Santarém ter recebido mais combustível e óleo mineral do Porto de Manaus no
ano de 2013 em relação ao ano de 2012, uma quantidade menor desta carga foi
posteriormente carregada com destino à outra margem do Rio amazonas, mais
precisamente ao Porto de Monte Alegre/PA, principal destino do GLP envasado para uso
residencial. Isto indica apenas uma questão de alteração no fluxo logístico desta carga.
As quedas percentuais de 78,76% na exportação de milho (380.734 toneladas
em 2012 contra 212.990 toneladas em 2011) e de 10,57% na exportação de soja
(873.005 toneladas em 2012 contra 789.585 em 2011) foram devidas à queda mundial na
oferta destes grãos decorrente das estiagens ocorridas no Hemisfério Sul na safra
2011/2012 e no Hemisfério Norte no ciclo atual 2012/2013. Isto acarretou uma escalada
nas cotações de commodities como o milho, a soja e o trigo (este último não foi
movimentado no Porto de Santarém).
Tabela 6.9 – Movimentação de Carga por Carregamento no Porto de Santarém.
CARREGAMENTO
LONGO CURSO
CARGA DE APOIO
CONTEINER
MADEIRA
TOTAL LONGO CURSO
CABOTAGEM
2014 (t)
2013(t)
6,62
3.184,5
2.12,18
3,42
3.406,72
2014 (t)
CONTEINER
TOTAL CABOTAGEM
2013(t)
0
INTERIOR
CONTEINER
MADEIRA
TOTAL INTERIOR
VAR(%)
3,42
3,61
25.957,59
1.786,69
6,75
27.758,06
2014 (t)
2678,22
2261,07
19,82
4959,11
8365,83
-100,00%
-100,00%
-87,73%
-88,12%
-49,33%
-87,73%
VAR(%)
382,88
382,88
2013(t)
-100,00%
-100,00%
VAR(%)
73,29
73,29
28214,23
3554,28%
6666,42%
-70,35%
LONGO CURSO
CARGA DE APOIO
2014 (t)
7,23
-
2013(t)
VAR(%)
5,68
-100,00%
152
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
TOTAL LONGO CURSO
INTERIOR
CARGA DE APOIO
FRUTAS
MADEIRA
PELES E COUROS
VARIEDADES E BAZAR
TOTAL INTERIOR
APOIO PORTUÁRIO
7,23
2014 (t)
869,93
177,25
206,71
74,8
3.411,73
1.651,47
24.253,45
388,44
31.033,78
5,68
2013(t)
2
166,75
0,11
15
2.109,28
197,26
9.975,92
1.162,37
13.628,69
2014 (t)
CARGA DE APOIO
2013(t)
27,29%
VAR(%)
-100,00%
23,96%
-100,00%
-100,00%
-21,70%
-100,00%
143,12%
-66,58%
127,71%
VAR(%)
168,06
4,46
172,52
31213,53
2,01
2,01
13636,38
121,89%
8483,08%
128,90%
2014 (t)
809.668,86
827.211,29
1.636.880,15
2014 (t)
0
1.636.880,15
2013(t)
1.334.178,53
996.878,81
2.331.057,34
2013(t)
201.705,00
5.000,00
206.705,00
2.537.762,34
VAR(%)
-39,31%
-17,02%
-29,78%
VAR(%)
-100,00%
-100,00%
-100,00%
-35,50%
2013(t)
VAR(%)
Granel sólido
LONGO CURSO
MILHO
SOJA
TOTAL LONGO CURSO
INTERIOR
TOTAL INTERIOR
Granel líquido
INTERIOR
TOTAL INTERIOR
CARREGAMENTO
TOTAL
2014 (t)
1725,59
1725,59
1725,59
2014 (t)
1.678.185,10
1276,37
1276,37
1276,37
2013(t)
2.580.889,32
35,20%
35,20%
35,20%
VAR(%)
-34,98%
O milho manteve o destaque em 2014 por exportar um volume maior do que o
de soja. Mais de 1/3 das 809.668 toneladas de milho que foram exportadas, entraram no
armazém da Cargill no Porto de Santarém através do modal rodoviário, tendo em vista
que apenas 485.795 toneladas foram descarregadas de balsas em navegação interior.
O total de movimentação do Porto de Santarém fechou com baixa de 35,24%.
Foram 2.874.215 toneladas movimentadas em 2014, contra 4.438.587 toneladas em
2013.
Tabela 6.10 – Total da Movimentação de Carga no Porto de Santarém.
MOVIMENTAÇÃO
GRANEL SÓLIDO
GRANEL LÍQUIDO
TOTAL
2014 (t)
2013(t)
VAR(%)
9.028,42
34.363,35
53.926,93
42.805,24
2.629.799,4 4.203.700,2
181.460,99
157.718,14
2.874.215,8 4.438.587,00
-73,73%
25,98%
-37,44%
15,05%
-35,24%
153
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Figura 6.1: Movimentação de Carga por Natureza em Santarém.
6.5. Produtividade
Equipamento: Armazém;
Aplicação: Armazenagem de soja e de milho;
Quantidade: 1;
Capacidade estática: 60.000 t;
Proprietária: Cargill;
Localização: Arrendamento da Cargill.
Equipamento: Transportadores de Correia;
Aplicação: Carregamento de soja e de milho;
Quantidade: 2;
Produtividade Nominal: 1.500 t/h;
Produtividade Efetiva: 1.050 t/h (70% da Nominal);
Capacidade Estática: 60.000 t;
154
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Equipamento:
Elevador de Caneca (Torre Pescante);
Aplicação: Carregamento de soja e de milho;
Quantidade: 3;
Produtividade:
- Nominal por unidade: 18.000 t/d
- Nominal Conjunta: 36.000 t/d;
- Efetiva Conjunta (70% da Nominal): 25.200 t/d;
Equipamento: Balança de Fluxo Toledo;
Aplicação: Pesagem dos grãos;
Quantidade: 1;
Produtividade:
Nominal – 36.000 t/d;
Efetiva (70% da Nominal) – 25.200 t/d;
Localização: Torre da Balança de Fluxo.
Equipamento: Sugador Pneumático Vigan;
Aplicação: Descarregamento de soja e de milho;
Quantidade: 2;
Produtividade:
- Nominal por unidade: 9.000 t/d;
- Nominal conjunta: 18.000 t/d;
- Efetiva conjunta (70% da nominal): 12.600 t/d;
Localização: Preferencialmente no berço 602,
podendo operar também no berço 601.
Aplicação:
Pesagem da entrada do caminhão (cheio);
Quantidade: 1;
Proprietária: Cargill Agrícola;
Equipamento: Tombador de caminhão;
Aplicação: Descarga de milho e de soja dos
caminhões para o armazém;
Quantidade: 1;
Proprietária: Cargill ;
155
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Aplicação:
Pesagem da saída do caminhão (vazio);
Quantidade: 1;
Proprietária: Cargill Agrícola;
Equipamento:
Empilhadeira Reach Stacker Belotti B91;
Aplicação: Movimentação de contêineres;
Ano de Fabricação: 1996;
Quantidade: 1;
Proprietária: Center Cargo;
Localização: Terminal de contêineres.
Equipamento:
Aplicação:
Movimentação de contêineres vazios;
Quantidade: 2;
Equipamento: Grab;
Aplicação: Descarregamento de fertilizante;
Quantidade: 3;
3
3
Capacidade nominal: 9,5 m (Grab nº 08) e 8,0 m
(Grabs nº 01 e nº 02);
Proprietária: Master;
Localização: Píer do berço 501.
156
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Equipamento: Moega;
Aplicação: Descarregamento de fertilizante;
Quantidade: 2;
(Grabs nº 01 e nº 02);
Proprietária: Master;
Localização: Píer do berço 501.
Equipamento: Empilhadeira Hyster H155XL;
Quantidade: 3;
Proprietária: 2 da JF e 1 da CDP);
Localização: Pátio de Contêiner.
Equipamento: Empilhadeira Hyster H80 XM;
Quantidade: 1;
Proprietária: JF;
Equipamento: Empilhadeira Clark CMP45TSU;
Quantidade: 1;
Capacidade nominal: 4,5 t
Proprietária: Center Cargo
Localização: Pátio de Contêiner.
Equipamento: Veículos articulados;
Aplicação: Movimentação de contêineres entre o
pátio de armazenagem e o píer;
Quantidade: 10;
157
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Equipamento:
Empilhadeira Yale GDP090L;
Quantidade: 3;
Proprietária: 2 da JF e 1 da Center Cargo;
Equipamento:
Guindaste elétrico de pórtico;
Quantidade: 2;
Capacidade nominal: 6,3 t;
Proprietária: CDP;
Equipamento:
Balança rodoviária;
Quantidade: 1;
Proprietária: CDP;
Localização: BR-163.
Equipamento:
Empilhadeira Clark C300 Hy60;
Quantidade: 2;
Proprietária: CDP;
Localização:
Administração do Porto.
Equipamento:
Auto-Guindaste Krane-Kar;
Quantidade: 1;
Proprietária: CDP;
Localização:
158
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Equipamento:
Carreta com 4 pneus para engate;
Quantidade: 10;
Proprietária: CDP;
Localização:
Equipamento:
Tanques para armazenagem de granéis líquidos;
Proprietária: Distribuidora Equador;
Localização:
Terminal arrendado pela Equador
Capacidade dos 8 tanques:
3
Volume: 8 x 100 m ;
Peso: 8 x 72,065t (para gasolina) ou 82,347 t (para
óleo diesel)
Capacidade Tanque Reserva:
3
Volume: 10 m ;
Peso: 8 t.
Fonte: SUPSAN, através de e-mail em 05/05/14.
Equipamento:
Tanques para armazenagem de granéis líquidos;
Proprietária: Sabbá/Raízen;
Localização:
Terminal arrendado pela Sabbá/Raízen
Capacidade:
Carga
Diesel S500
Diesel S10
Gasolina
JET-A1
Etanol
Fonte: EVTEA Sabbá 2012.
Volume (m3)
2000
1100
250
804
804
680
150
150
159
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
6.5.2. Relatório gerencial
Tabela 6.11 – Produtividade Média no Porto de Santarém.
Ano: 2014
Tipo de Mercadoria
501 502 503 601
602 FUNDEIO
5
FRUTAS
- 161
MADEIRA
VARIEDADES E BAZAR
- 179 59
82
3
2
Tipo de Mercadoria
501 502 503 601
602 FUNDEIO
Tipo de Mercadoria
501 502 503 601
602 FUNDEIO
3.028
MILHO
- 9.323 6.755
SOJA
- 7.544
R6
T1 T2 T3 T3R1
- 166
3
199
- 10
- 31
22
1
R6
-
T1 T2
5
-
T3 T3R1
97
-
-
T1 T2
-
T3 T3R1
-
R6
O lado externo do TGS da Cargill (berço 601) apresentou média de 9.323 t/d
para a produtividade na exportação de milho e de 7.544 t/d para a de soja. Estes valores
não chegam a 50% do valor da produtividade efetiva conjunta dos 3 (três) Elevadores de
Caneca (Torres Pescante): 25.200 t/d.
A melhor marca para o carregamento de milho foi a do navio “Punta”
(agendamento SCAP 48982), atracado em 24/12/2013 as 02:00 e desatracado em
26/12/2013 as 22:50. Este navio movimentou 44.391 toneladas de milho, registrando a
produtividade experimental de 15.478 t/d como um patamar plenamente tangível para o
carregamento de milho pelo Terminal da Cargill.
No caso da soja, a melhor marca para
o carregamento foi a do navio “Kapetan Trader I”
(agendamento
03/06/2013
SCAP
as
11:35
45650),
e
atracado
em
desatracado
em
07/06/2013 as 23:45. Este navio movimentou
55.453
toneladas
de
soja,
registrando
a
produtividade experimental de 12.304 t/d como
um patamar plenamente tangível para o carregamento de soja no pelo Terminal da
Cargill.
160
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
No Porto de Itaqui, a Vale é a arrendatária do berço 105. Neste berço ocorre o
carregamento de soja através de um equipamento denominado Shiploader com
produtividade nominal de 192.000 t/d (5,34 vezes maior do que a produtividade nominal
dos três elevadores de caneca da arrendatária Cargill no Porto de Santarém). Em 2014, a
produtividade média da soja no Porto de Itaquí foi de 20.904 t/d (SIG da ANTAQ, 2014),
indicando subutilização do equipamento operacional que se encontra em mal estado de
conservação (Plano Mestre, 2014). A média no Porto de Itaquí é praticamente 3 vezes
maior do que a média do Porto de Santarém.
No TUP da HERMASA (3° 8' 16.51" S 58° 29' 8.36" W), pertencente à empresa
Amaggi, o carregamento de soja se dá
através
de
2
(dois)
elevadores
de
canecas. Os armazéns têm capacidade
estática
para
300.000
toneladas
e
capacidade dinâmica para 6.000.000 de
toneladas por ano (IPEN, 2008). Em
2014, a produtividade média da soja no
berço externo do TUP da HERMASA foi de 2.568 t/d (SIG da ANTAQ, 2014), quase 1/3
da produtividade média da exportação de soja no Porto de Santarém.
Já o lado interno do TGS da Cargill apresentou média de 6.755 t/d para a
produtividade no descarregamento de milho. Este valor de média não chega a 50% do
valor da produtividade efetiva conjunta dos 2 (dois) Sugador Pneumático Vigan: 12.600
t/d. Em 2014, não houve descarregamento de soja através de balsa. Toda a soja
recebida no armazém da Cargill foi oriunda
do modal rodoviário.
Operação
similar
de
descarregamento de balsas com soja ocorre
no TUP da HERMASA. Contudo, neste TUP
o píer utilizado para esta operação é dotado
de cobertura, o que contribui bastante para o
aumento da produtividade devido ao alto
nível pluviométrico da região amazônica.
161
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Para o descarregamento é utilizado apenas 1 (um) equipamento operacional sugador. Em
2014, a produtividade média da soja no berço interno do TUP da HERMASA foi de
17.640 t/d (SIG da ANTAQ, 2014), quase 3 vezes maior do que a produtividade média
dos descarregamentos de milho no Porto de Santarém.
No Porto de Santarém, a melhor marca para o descarregamento de milho foi a
da balsa “Bertolini LXV” (agendamento SCAP 48478), atracado em 22/11/2013 as 07:23 e
desatracado em 22/11/2013 as 12:55. Esta balsa movimentou 2.363 toneladas de milho,
registrando a produtividade experimental de 10.249 t/d como um patamar plenamente
tangível para o descarregamento de milho pelo Terminal da Cargill.
6.6. CONSIGNAÇÃO
Tabela 6.12 – Consignação Média no Porto de Santarém.
SANTARÉM
Periodicidade: Anual
Período: 01/01/2014 à
31/12/2014
(TEUs/embarcação, para carga geral conteineirizada e t/embarcação, para
outras naturezas)
Tipo de mercadoria
MILHO
SOJA
ALCOOL ETILICO
CARGA DE APOIO
PROD.
FRUTAS
MADEIRA
MÓVEIS, DECORAÇÃO, OBRAS DE
ARTES, ANTIGÜIDADES
OBRAS DE PEDRA, GESSO,
AMIANTO E MICA
VARIEDADES E BAZAR
ACESSOR
ALCOOL ETILICO
PROD.
CONTEINER
MADEIRA
SEMENTES E FRUTOS
OLEAGINOSOS DIVERSOS
VARIEDADES E BAZAR
Total em contêiner
R6
T1
T2
T3
501 502 503 601
602 FUNDEIO T3R1
- 20.823
- 33.736 2.112
- 48.659 2.437
- 20.823
- 82.395 4.549
- 245
3
7
-
1.898
1.898
-
MÉDIA
20.823
12.582
25.548
58.953
24
245
2
88
-
-
103
14
355
-
-
-
1
-
-
-
-
607
232
112
143
-
-
-
-
6
1.789
-
-
-
-
-
-
48
-
-
-
-
-
-
-
1.706
1.754
43
97
9
-
1
1
-
-
-
-
-
1
1
151
1
168
24
-
700
-
- 103
-
-
10
-
18
10
-
-
-
1
-
-
-
-
-
-
-
-
607
134
283
-
- 181
-
-
123
49
143
7
1.618
307
- 529
7
8
141
4
84
-
24
48
-
-
- 3.250 1.000 868
- 3.274 1.073 916
83
37
-
3
157
9
1
170
1
121
-
73
-
-
Número de
Agendamentos:
1862
402
162
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
6.6.1 CLASSES DAS EMBARCAÇÕES
O maior navio conteneiro atendido
Figura 6.7.1 – Hammonia Pomerania.
pelo Porto de Santarém pertence à classe
“Sub-Panamax”, a mesma atendida pelo Porto
de Belém. O navio “Hammonia Pomerania”
(Figura 6.7.1) tem comprimento de 208,93
metros, calado nominal de 7,00 metros e
34.191 DWT. Sua capacidade máxima é de
2.504
TEUs,
distribuídos
em
12
fileiras.
Oriundo do Porto de Manaus, o conteneiro desatracou do Porto de Santarém em
03/12/2012, após a operadora portuária Center Cargo ter descarregado 145 contêineres
vazios para o posterior carregamento de madeira com destino ao exterior. Esta
embarcação seguiu para o Porto de Suape, antes de escalar os hub-ports da América
Central.
O Terminal da Cargill, arrendado
Figura 6.7.2 – Epson Trader II.
no Porto de Vila do Conde, atende a navios
graneleiros da classe “Small Capesize”,
como o navio “Epson Trader II” (Figura
6.7.2). Esta classe é maior do que a classe
máxima atendida pelo Porto de Vila do
Conde.
Construído
em
2009,
este
graneleiro possui 228,99 metros de comprimento, boca de 32,26 metros e capacidade
para 82.123 DWT. Seu calado nominal é de 7,24m. No Porto de Santarém, o ápice no
carregamento foi em 28/02/2014, onde 57.780 toneladas foram exportadas para o Porto
de Brest (França), visando o abastecimento europeu.
Durante o mês de setembro de 2011 a agosto de 2013, o Porto de Santarém
também atendeu a 18 grandes navios que descarregaram clinquer na área de fundeio.
Porém, a DWT destas embarcações foram todas menores do que a do Epson Trader II.
163
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
7. Instalação Portuária de Itaituba
200
100
A instalação portuária de Itaituba foi construída com verba do Programa de
Integração Nacional (PIN). Inaugurada em 11/02/74, está situada na margem direita do
Rio Tapajós, na região de Miritituba, em frente à cidade de Itaituba. Também foi um
projeto do Governo Federal para dar apoio ao escoamento da produção das agrovilas que
surgiriam ao longo da Transamazônica.
A instalação portuária possui um armazém com 50 metros de comprimento por
20 metros de largura, utilizado para carga geral. Os tanques de armazenagem da
Petrobrás Distribuidora S/A, localizados
na retro área, estão desativados desde
1992. Esta empresa arrendatária planeja
a
reativação
dos
mesmos
após
a
conclusão da pavimentação asfáltica da
rodovia BR-163.
A operação de descarregamento de biodiesel e de gasolina comum na
Instalação Portuária de Itaituba (a balsa-tanque chamada “City XIV” era usada como
equipamento operacional) foi realizada pela Distribuidora Equador até o final do mês de
janeiro de 2012, quando venceu a Licença de Operação concedida pela SEMA a qual
permitia a movimentação de combustíveis. Por sua vez, a City XIV entregava, via
mangote, as cargas ali armazenadas para o interior de caminhões-tanque que se
deslocavam pela rampa de concreto até a beira do cais para carregamento. Dalí, a
distribuição para a região do Alto Tapajós era realizada através do modal rodoviário. A
164
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
origem destas duas cargas era o TGL desta própria distribuidora, localizado em um dos
arrendamentos do Porto de Santarém. Então, a Equador passou a operar em uma
instalação portuária às proximidades da administrada pela CDP.
No final de 2013, foi atendida uma balsa contendo 100 toneladas de “brita nº1”.
Devido ao trânsito pesado que se projeta, esta carga foi utilizada como base asfáltica para
a pavimentação da Rodovia BR-163. Não houve registro destes descarregamentos no
ano de 2012.
7.1. Principais cargas movimentadas
Madeira
A madeira em tora extraída da região do entorno do Município de Itaituba
chega ao porto pelo modal rodoviário e pelo
modal aquaviário (retornou em 2014 após
alguns anos sem esta logística). Parte da
madeira em tora é retirada pelo modal rodoviário
até as serrarias localizadas no Distrito de
Miritituba e a outra parte é carregada em balsas
(não houve este fluxo em 2014) com destino aos
Terminais de Uso Privativo (TUPs) de empresas madereiras localizadas nas cidades de
Santarém e de Belém. Uma vez nos TUPs dessas serrarias, parte da madeira serrada
segue para o Porto de Santarém ou para o
Porto de Belém a fim de futura exportação.
A parte da madeira que é serrada
na região de Miritituba, posteriormente é
destinada através do modal rodoviário à
instalação portuária administrada pela CDP.
Após armazenada a mesma é carregada em
balsas para o TUP da Reicon (localizado em
Belém/PA) visando ser posteriormente ovada
em contêiner para exportação e para outras instalações portuárias visando abastecer o
mercado consumidor de Belém/PA.
165
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Boi vivo
A partir de agosto de 2012, deu início aos carregamentos de boi vivo,
destinados em sua grande maioria para o Porto de Manaus. Esta carga também
atravessou a margem do Rio Amazonas, em atendimento ao mercado consumidor do
Noroeste Paraense. Pois, o Porto de Monte Alegre esteve como destino em duas
operações realizadas em fevereiro de 2013.
Em média, são 180 bois transportados por viagem e o pico registrado foi de
304 animais, através da embarcação “M/B Dona Ruth” em 29/08/2012.
Devido a sua localização geográfica muito no interior do continente e os tipos
de embarcações que ali são atendidas, esta instalação portuária apenas atende a
embarcações que realizaram navegação interior.
A fim de permitir a navegabilidade em alguns trechos de baixa profundidade
existentes ao longo dos nossos rios interiores, o atendimento a balsas propelidas por
embarcações do tipo empurrador são muito comuns nesta região.
Tabela 7.1 – Atendimento à Embarcação.
Tipo de
Embarcação
Balsa
Empurrador
Carga Viva
Total
Longo Curso
N
0
0
0
0
E
0
0
0
0
Cabotagem
N
0
0
0
0
E
0
0
0
0
Interior
N
96
86
11
193
AP/AM
E
0
0
0
0
N
0
0
0
0
E
0
0
0
0
TOTAL
96
86
11
193
Fonte: Administração do Porto de Itaituba.
166
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Os carregamentos de boi vivo saiu do ritmo exponencial que vinha tendo nos
últimos anos. Em 2014, foram 11 embarcações do tipo “carga viva” atendidas na
instalação portuária de Itaituba contra 31 no ano de 2013.
Em 2012, a balsa-tanque City XIV permaneceu atracada no berço 100 durante
quase todo o tempo disponível, desatracando apenas para realizar manutenção no
estaleiro e retornando em seguida. Esta servia apenas como um equipamento operacional
flutuante (tanque de armazenagem), onde as demais balsas-tanque que realizaram a
navegação interior ali descarregaram as suas cargas para posterior carregamento, via
mangote, em caminhões-tanque situados no costado do equipamento operacional.
No final de 2012, a ocorrência de uma forte chuva fez com que parte da terra
situada na parte mais alta do porto desmoronasse. Desde então, o berço 100 ficou
inoperante e a sede da Administração do Porto de Itaituba passou para a parte mais alta.
Isto explica a taxa de ocupação de 0,00% na rampa de concreto, denominada berço 100.
Tabela 7.2 – Taxa de Ocupação no Porto de Itaituba.
2014
Tipo de mercadoria
Madeira em tora
Madeira serrada
Calcário
Boi Vivo
Areia
Outra
Sem carga
Total Sem Cargas
Total geral
Tempo de Atracação conjunta (hhh:mm)
Atracação Conjunta (%)
Taxa de Ocupação
Fonte: SIOP, em 20/02/2015.
ITAITUBA
100
200
-0,00%
3,54%
0,00%
35,32%
0,00%
2,22%
0,00%
3,32%
0,00%
0,14%
0,00%
1,30%
0,00%
45,84%
0,00%
51,50%
0,00%
51,50%
0,00%
97,34%
0:00
8526:41
0:00
3980:15
0,00%
45,31%
0,00%
52,02%
167
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
As embarcações que operaram com Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP)
registraram alta taxa de ocupação devido à logística empregada pelo operador portuário,
o qual empregava um quantitativo pequeno de caminhões em relação à distância a ser
percorrida no circuito entre a descarga no local de destino e o retorno ao Porto de Itaituba
para novo carregamento.
Em 2014, os 51,50% representados na linha “Sem Carga” da Tabela 7.2
representam os empurradores atendidos em auxílio às balsas e às balsas-tanque.
Em 2014, a boa alta de 24,81% na movimentação total (75.200 toneladas em
2014
contra
60.251
toneladas
em
2013)
foi
preponderantemente
devida
ao
descarregamento de 12.104 toneladas de madeira em tora. Oriunda dos portos de Monte
Alegre/PA e de Aveiro/PA, as quais alimentaram as serrarias da região do Distrito de
Miritituba/PA. Após beneficiada, parte desta madeira serrada retorna à instalação
portuária de Altamira com destino ao TUP da Reicon em Belém/PA e aos Portos
Organizados da CDP, visando a posterior exportação em contêiner.
A areia, extraída do fundo do rio às proximidades da instalação portuária de
Itaituba, foi içada através de grab para o convés de balsa e posteriormente descarregada
no píer. Dalí, esta carga seguiu pelo modal rodoviário até o 8º BEC (Batalhão de
Engenhacia Civil) do Exército Brasileiro, o qual é o responsável pela pavimentação
asfáltica de parte da BR-163. Nos anos de 2011, de 2012 e de 2013 as únicas balsas no
ano que trouxeram esta carga descarregaram, respectivamente, o montante de 936, 182
e 90 toneladas. Em 2014 a areia não mais foi extraída deste local, passando a ser oriunda
dos Portos XXXXXX.
Visando atender a esta mesma obra de engenharia, o Calcário iniciou seus
descarregados em 2013, onde 100 toneladas foram movimentadas. Em 2014, já foram
2.100 toneladas que foram descarregadas. O calcário possui várias aplicações, entre elas
a de fabricação do cimento Portland.
Oriundo do Porto de Manaus, o Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP), é um
material termo sensível utilizado principalmente para aplicação em trabalhos de
pavimentação. Em 2013 foram 234 toneladas descarregadas contra 584 toneladas
168
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
durante os cinco atendimentos ocorridos no ano de 2012, registrando baixa de 59,94%.
Em 2014 foram 1.870 toneladas oriundas de portos na região.
Tabela 7.3 – Quantidade de Carga Movimentada, por Descarregamento.
DESCARREGAMENTO
INTERIOR
BRITA
AREIA
CAP
CALCÁRIO
MADEIRA EM TORA
OUTROS
TOTAL INTERIOR
TOTAL CGNC
2014 (t)
450
1.870
2.100
12.104
299
16.823
16.823
GRANEL SÓLIDO
INTERIOR
AREIA
TOTAL INTERIOR
2014 (t)
0
16.823
2013 (t)
(%)
100
350
- -234
-100
100
2000
- #DIV/0!
203
47,12
637 2539,46
637 2539,46
2013 (t)
(%)
90
-100
90
-100
90
-100
727 2.212,87
Fonte: Administração do Porto de Itaituba
Os carregamentos de madeira serrada, principal carga movimentada na
instalação portuária de Itaituba, sofreram baixa de 5,65%. Este resultado foi reflexo do
desaquecimento no mercado consumidor europeu e preponderantemente devido à
manutenção das fiscalizações ostensivas dos órgãos ambientais nas regiões de manejo
florestal.
Os carregamentos de boi vivo registraram alta de 65,73%. Pois, no ano de
2014 foram carregadas 2.569 toneladas e no ano de 2013, apenas 1.550 toneladas.
Tabela 7.4 – Quantidade de Carga Movimentada por Carregamento.
CARREGAMENTO
INTERIOR
2014 (t) 2013 (t)
MADEIRA SERRADA
54.700
57.974
BOI VIVO
2.569
1.550
OUTROS
1.108
TOTAL INTERIOR
58.377
59.524
TOTAL CARREGAMENTO
58.377
59.524
(%)
-5,65
65,73
-1,93
-1,93
Alta de 24,81% na movimentação de carga total da instalação portuária de
Itaituba.
169
____________________________________________________________________
Tabela 7.5 – Quantidade Total de Movimentação de Carga, por Natureza.
MOVIMENTAÇÃO
2014 (t)
2013 (t)
(%)
75.200
75.200
60.161
90
60.251
25,00%
-100,00%
24,81
GRANEL SÓLIDO
TOTAL
Figura 7.1: Movimentação de Carga por Natureza em Itaituba.
70.000
carga geral
60.000
granel sólido
50.000
granel líquido
40.000
contêiner
30.000
0
10.000
0
20.000
0
MOVIMENTAÇÃO (t)
80.000
75.200
MOVIMENTAÇÃO DE CARGA POR NATUREZA EM ITAITUBA
0
2014
7.5. Produtividade
A produtividade de 995 t/dia na operação com madeira serrada é
preponderantemente determinada pela velocidade com que a empilhadeira se desloca
entre o armazém onde a madeira encontra-se armazenada e o convés da balsa.
A logística portuária da areia é um pouco similar à da madeira. Contudo, são
empregados tratores ao invés de empilhadeira e a carga da balsa é depositada direto em
caminhões basculantes.
A produtividade nos carregamentos com boi vivo é preponderantemente
determinada pela frequência com que os caminhões contendo estes animais vão entrando
no porto até o complemento da capacidade da embarcação.
Tabela 7.6 – Produtividade Média no Porto de Itaituba.
2014
ITAITUBA
PRODUTIVIDADE MÉDIA
Contêiner (Un/hora) e Outras naturezas (t/dia)
Tipo de mercadoria
100
200
Madeira em tora
Madeira serrada
Calcário
Outra
-
820
995
537
457
2.809
______________________________________________________________________________
7.6. Consignação
Já as que carregaram boi vivo apresentaram consignação média de 50
toneladas. Considerando que cada boi vivo tenha 500 kg, temos que em cada operação
são carregados 100 animais, em média.
As
balsas
empregadas
na
movimentação
de
madeira
apresentam
consignações bem superiores às demais, devido à sua facilidade de aglutinação em
pilhas e sua alta densidade. Por viagem, em média, foram movimentadas 853 toneladas
de madeira.
As embarcações que descarregam areia realizaram consignação média de 90
toneladas.
Tabela 7.6 – Consignação Média no Porto de Itaituba.
2014
Tipo de mercadoria
Madeira em tora
Madeira serrada
Calcário
Outra
ITAITUBA
(TEUs/embacação p/ carga geral conteneirizada e
t/embarcação, p/ as outras naturezas)
100
200
576
816
700
134
2.227
171
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
8. Instalação Portuária de Altamira
Localizada no Município de Vitória do Xingu/PA e a aproximadamente 70 km da
cidade de Altamira/PA (3º07’22” S e 51º43’14” O), esta instalação portuária é responsável
pelo abastecimento de combustível de veículos automotores da região do Rio Xingu. Até
pouco tempo, também era descarregado álcool hidratado, mas este tipo de carga passou
a ser recebido na região através do modal rodoviário (caminhão-tanque) devido ao baixo
consumo que este produto passou a ter em virtude da sua concorrência com a gasolina
comum, a qual vem possuindo melhor custo/benefício para a utilização em automóveis.
Um carregamento experimental de madeira em tora foi realizado no mês de
janeiro de 2011, mas condições adversas de logística fez com que o empreendedor não
realizasse novos agendamentos de embarcações.
Em 07/03/11 foram iniciadas as obras de construção da barragem da Usina
Hidroelétrica de Belo Monte, onde um conjunto de máquinas e de equipamentos do
consórcio Neoenergia iniciou as obras de acesso ao local da barragem, no Rio Xingu.
172
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
A etapa de concretagem da UHE começou em 2012 e fechou o ano de 2013
com pouco mais de 10% do volume total. A previsão de conclusão é para o ano de 2015
(Cimento Itambé, 2014).
Os dois primeiros conjuntos completos de turbinas (cone e rotor) já estão no
canteiro de obras de Belo Monte, em fase final de construção. O primeiro deles foi oriundo
de Manaus/AM e o segundo (oriundo do interior do Estado de São Paulo) foi
desembarcado no Porto de Belém no início de fevereiro de 2015 e foi transbordado para
balsa, a qual seguiu em navegação interior até Vitória do Xingu (Diário do Pará, 2015).
A UHE de Belo Monte será a terceira maior barragem do mundo, com
capacidade de 11.233 MW, atrás apenas de Três Gargantas (China) e de Itaipu (Fronteira
Brasil-Paraguai).
Em junho de 2012, a Cargill iniciou o descarregamento de amêndoa de cacau
nesta instalação portuária, devido à instalação na cidade de Altamira/PA de uma filial para
a compra de amêndoa de cacau, oriunda principalmente do Município de Medicilândia/PA.
Esta produção segue por balsa da instalação portuária de Altamira até o TUP Bertolini (na
Área do Porto Organizado de Belém), onde se junta à produção dos municípios ao redor
de Belém, tais como Santa Izabel do Pará, Castanhal e Acará e segue via modal
rodoviário para a Bahia, local de processamento.
Nos meses de novembro e de dezembro de 2012, houve o descarregamento
(através de mangote) de Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP) para o Consórcio
Construtor Belo Monte (CCBM), empresa construtura da barragem da Usina Hidroelétrica
de Belo Monte e para a empresa Torck, prestadora de serviço do DNIT para a
pavimentação da Rodovia BR-230 (Transamazônica).
Devido à grande amplitude de variação no nível das águas do Rio Xingu, o
berço 100 foi construído em
concreto na forma de três
patamares
alturas
nivelados
diferentes,
em
ligados
entre si por patamares em
rampa.
Desta
forma
100
as
embarcações que ali operam
173
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
podem ser atendidas sem problemas ao longo do ano.
O berço 200 é utilizado para o carregamento e o descarregamento Rollon/Roll-off através de um equipamento operacional metálico em forma de rampa. O
acesso até tal equipamento é em pavimentação natural.
No início do segundo semestre de 2014, o Consórcio Construtor Belo Monte
(CCBM) decidiu passar para o modal aquaviário (caminhões bi-trem sobre balsas da
armadora Reicon) o recebimento do seu combustível necessário. Antes, a Transportadora
Rodoviária “Cidade Transportes Ltda” (com sede em Belém/PA) era quem realizava este
transporte através das rodovias. Pequena parte deste combustível descarregado neste
tipo de operação também abastece o posto de combustível “Vitória”, pertencente ao
Grupo Reicon e localizado em Altamira/PA. As armadoras Linave e Reicon possuem
instalação portuárias próximas à Vitória do Xingu. Porém, tais instalações foram
embarcagadas pelos órgãos ambientais para a movimentação de óleos combustíveis e
derivados do petróleo. Desta forma, é tendência a manutenção desta movimentação na
Instalação Portuária de Altamira.
Devido à localização geográfica da instalação portuária de Altamira ser no
interior do continente e a limitada profundidade de parte dos trechos navegáveis, os tipos
de embarcações atendidas são aquelas de pouco calado e que não tem capacidade
técnica para navegação em águas marítimas. Em outras palavras, as embarcações
atendidas limitam-se à navegação interior.
As
balsas-tanque
carregadas
com
gasolina comum que chegam à instalação
portuária de Altamira quase sempre também vêm
carregadas com óleo diesel. Estes tipos de
carga, em sua grande maioria, são oriundos do
Terminal Petroquímico de Miramar. O número
deste tipo de embarcação acompanhou o ritmo
de crescimento populacional, o desenvolvimento
174
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
econômico e o consequentemente aumento do mercado consumidor dos derivados do
petróleo da região. Pois, no ano de 2014 o total de 401 embarcações foi atendido contra
apenas 134 no ano de 2013.
As embarcações do tipo balsas são representadas por aquelas que realizaram
a movimentação de cimento através e big-bags e de caminhões. Em 2014, houve um
aumento nestes atendimentos, tendo em vista que 127 embarcações foram atendidas
contra 92 no ano de 2013.
Poucas balsas são auto propelidas. Contudo, a maioria delas navega sob o
auxilio de empurradores, daí estes possuírem um maior número de atendimentos.
Tabela 8.1: Atendimento à embarcação na instalação portuária de Altamira em 2014.
Longo Curso
Cabotagem
Interior
AP/AM
Tipo de
Embarcação
N
E
N
E
N
E
N
E
Balsa
0
0
0
0
127
0
0
0
Balsa-Tanque
0
0
0
0
114
0
0
0
Empurrador
0
0
0
0
160
0
0
0
Outros
0
0
0
0
0
0
0
0
Total
0
0
0
0
401
0
0
0
TOTAL
127
114
160
0
401
Legenda: N – Bandeira Nacional E – Bandeira Estrangeira
As balsas que trasnportaram caminhões ocuparam o berço 200 por 26,23% do
seu espaço de tempo disponível no ano de 2014.
No berço 100, as embarcações que movimentaram óleo diesel quase sempre
também descarregaram gasolina comum de outro porão. Várias balsas tanques são
atracadas em um mesmo espaço de tempo, o que contribui para a elevada taxa de
ocupação conjunta de 335,93%.
Os caminhões movimentados através do berço 100 ocuparam este berço por
13,74% do seu tempo disponível para atracação.
As balsas com cimento operaram somente no berço 100 e corresponderam a
21,34% dos atendimentos.
175
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Tabela 8.2: Taxas de Ocupação no Porto de Altamira.
2014
Carga
Automóvel
Cavalo Mecânico
Reboque
Caminhão
Cimento
Prancha
Outra
Total em Carga Geral
Gasolina comum
Óleo diesel
Total em Granel Líquido
Sem carga
Total sem Cargas
Total geral
Tempo de Atracação conjunta
(hhh:mm)
Taxa de Ocupação
ALTAMIRA
100
200
0,00%
0,30%
0,00%
0,33%
1,22%
9,06%
13,74%
26,23%
21,34%
0,00%
0,00%
0,90%
3,19%
4,04%
39,50%
40,85%
63,78%
0,00%
272,15%
0,00%
335,93%
0,00%
105,43%
16,24%
105,43%
16,24%
480,86%
57,09%
53591:18
6132:05
33995:05
1300:30
387,00%
93,86%
14,81%
42,29%
O Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP), descarregado a 180ºC através de
mangote e despejado em caminhões, realizou apenas uma operação em 2013 e nenhuma
operação em 2014.
Causa preponderante para baixa na movimentação de carga total no Porto de
Altamira foi a retração de 17,32% (131.745 toneladas em 2013 contra 108.922 toneladas
em 2014) no descarregamento de óleo diesel. Este resultado foi reflexo do período de
cheia na instalação portuária de Altamira, onde os descarregamentos das balsas-tanque
foram transferidos para a instalação portuária do Consórcio Norte Energia, grupo formado
por diversas empresas envolvidas na construção da UHE de Belo Monte.
O Cimento, descarregado através de big-bags, foi descarregado através de
balsas da Transportadora Bertolini. Em 2014 foram 18.741 toneladas descarregadas.
As balsas que transportaram os caminhões são em sua grande maioria
pertencentes à empresa Cidade Transportes.
176
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
O aumento nos descarregamentos de gasolina comum (11,11%) em relação ao
ano anterior é reflexo do constante aumento populacional da região de Altamira.
Tabela 8.3: Quantidade de Carga Movimentada por Descarregamento.
DESCARREGAMENTO
INTERIOR
2014 (t) 2013 (t)
(%)
Caminhão
33.763 26.565
27,1
Ferro
3.164
3.228
-1,99
Glp
917
2.204 -58,41
Recipiente para gás
21
221 -90,31
Bebida
641
5.376 -88,08
Reboque
2.369
- #DIV/0!
Cimento
18.741 25.930 -27,72
Automóvel
38
197 -80,92
Outros
3.764
5.433 -30,72
TOTAL CGNC
63.418 69.154
-8,29
GRANEL LÍQUIDO
INTERIOR
Gasolina comum
Óleo diesel
CAP
2014 (t)
28.270
108.922
137.192
200.610
2013 (t)
25.443
131.745
462
157.650
226.804
(%)
11,11
-17,32
-100
-12,98
-11,55
Fonte: Administração do Porto de Altamira.
Tabela 8.4: Quantidade de Carga Movimentada por Carregamento.
CARREGAMENTO
INTERIOR
2014 (t)
2013 (t)
(%)
ÓLEO DIESEL
248
- #DIV/0!
RECIPIENTE PARA GÁS
971
1.139
-14,76
REBOQUE
117
33
251,44
GLP
10
74
-86,51
CAMINHÃO
29.432
25.252
16,55
OUTROS
2.554
2.916
-12,4
TOTAL CGNC
33.332
29.414
13,32
TOTAL CARREGAMENTO
33.332
29.414
13,32
Tabela 8.5: Quantidade Total de Carga Movimentada, por Natureza.
MOVIMENTAÇÃO
2014 (t)
2013 (t)
(%)
96.750
98.568
-1,84%
GRANEL LÍQUIDO
137.192
157.650
-12,98%
TOTAL
233.942
256.218
-8,69
177
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Figura 8.1: Movimentação de Carga por Natureza em Altamira.
137.192
MOVIMENTAÇÃO DE CARGA POR NATUREZA EM ALTAMIRA
120.000
96.750
MOVIMENTAÇÃO (t)
140.000
carga geral
100.000
granel sólido
80.000
granel líquido
60.000
contêiner
0
0
20.000
0
40.000
2014
8.4. Produtividade
Equipamento: Rampa;
Aplicação: Movimentação Roll-on/Roll-off;
Quantidade: 1;
Proprietária: Transportadora Bertolini;
8.4.2. Relatórios Gerenciais
A maioria das embarcações atendidas no Porto de Altamira transporta em
porões diferentes, óleo diesel e gasolina comum. Contudo, há atendimentos onde uma
embarcação descarrega exclusivamente o óleo diesel.
O pico na produtividade de óleo diesel, registrado desde 2010, foi o da balsatanque denominada “Serra Dourada X”, cuja atracação ocorreu em 07/12/2012 e sua
desatracação ocorreu em 08/12/2012. Descontando-se as 15h00min em que esta
178
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
operação esteve paralisada, obtém-se a produtividade de 7.819 t/dia. Este valor
experimentalmente possível ratifica uma meta possível de ser alcançada em outros
atendimentos que utilizem bombas e mangotes de mesma especificação técnica.
Na instalação portuária de Altamira há muitos casos em que as embarcações
ficam atracadas por volta de 5 a 7 dias, contudo operando somente durante 4 a 8 horas.
Os registros dos tempos de paralisação tornam-se muito importante, o que vem sendo
feito pela Administração do Porto.
O motivo de tantos dias atracados é devido ao fato de que em muitos casos as
balsas-tanque tem que aguardar carregadas até que os tanques da BR Distribuidora
diminuam seu volume e possa haver liberação de espaço. Isso faz com que até 6 (seis)
balsas-tanques fiquem atracadas conjuntamente, o que pode ser visto através do relatório
gerencial pelo alto número da Taxa de Ocupação Conjunta. Devido à temporária enorme
demanda por óleo diesel que os maquinários pesados utilizados nas obras da UHE de
Belo Monte necessitam, a BR Distribuidora acaba utilizando as balsas-tanques como
“tanques flutuantes” em seu fluxo logístico portuário.
Tabela 8.6: Produtividade Média no Porto de Altamira.
2014
Tipo de mercadoria
Automóvel
Cavalo Mecânico
Reboque
Caminhão
Cimento
Outra
Gasolina comum
Óleo diesel
Outra
ALTAMIRA
Contêiner (Un/hora) e Outras naturezas (t/dia)
100
200
3
3
7
14
255
361
93
304
492
71
121
154
160
2.725
5.659
1.552
2.725
3.606
179
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
8.5. Consignação
Tabela 8.5: Consignação Média no Porto de Altamira.
2014
Tipo de mercadoria
Automóvel
Cavalo Mecânico
Reboque
Caminhão
Cimento
Outra
Gasolina comum
Óleo diesel
Outra
ALTAMIRA
t/embarcação, para as outras naturezas)
100
200
3
2
8
11
420
412
100
125
1.704
68
40
2.302
590
667
1.106
1.517
420
1.773
1.937
O mercador consumir da instalação portuária de Altamira demanda uma
quantidade de gasolina comum bem inferior à quantidade demandada de óleo diesel. Por
este motivo, todas as embarcações que ali descarregam gasolina comum também
descarregam óleo diesel. Logo, a consignação de óleo diesel é mais do que o dobro da
consignação de gasolina comum.
180
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
9. Instalação Portuária de Óbidos
RAMPA
102
A Instalação Portuária de Óbidos possui importante papel social para a região
do Oeste Paraense por movimentar um grande número de passageiros e de cargas
através do Rio Amazonas e seus afluentes.
A largura média do Rio Amazonas é de aproximadamente 5 quilômetro. Em
alguns lugares, de uma margem é impossível ver a margem oposta, por causa da
curvatura da superfície terrestre. No
ponto onde o rio mais se contrai – o
chamado "Estreito de Óbidos" – a
largura diminui para 1,5 quilômetros e
a profundidade chega a 100 metros.
Da parte alta da cidade, pode-se
facilmente visualizar a olho nu o olho a
outra margem do Rio Amazonas e o
tráfego das grandes embarcações,
como os navios graneleiros que transportam a bauxita de Porto Trombetas ao Porto de
Vila do Conde e os navios porta-contêineres atendidos pelos três portos organizados
administrados pela CDP e que também fazem escala em Manaus/AM.
Em 2013, a acentuada baixa na movimentação de carga em relação aos nove
anos anteriores, foi devida ao fato de que as embarcações Príncipe de Óbidos, Cidade de
Nhamundá, Serra da Escama, Jean Carlo III e Odibense (embarcações que transportam
181
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
grande parte das cargas que abastece a cidade de Óbidos) passaram a operar em uma
instalação portuária precária dotada de rampa, na qual é permitida de forma insegura, a
entrega e o recebimento de cargas diretamente no costado das embarcações. Este
procedimento inseguro não é permitido na instalação portuária de Óbidos (administrada
pela CDP) em atendimento à Norma Regulamentadora nº 29 da Portaria MTb 3214/78 e
às recomendações do Ministério Público do Trabalho (MPT).
Visando atender tais recomendações do MPT (contidas nos termos de
Declarações IC 01/2011) foi estabelecida a Resolução DIRGEP nº 67/2011 a qual
normatizou os procedimentos de acesso de veículos e equipamentos, de movimentação
de carga e de embarque/desembarque de passageiros. Na tentativa de fugir deste
ordenamento de segurança, as embarcações tenderam a optar por operar na instalação
portuária precária, cuja competência para a regulamentação dos serviços está a cargo da
Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos do Estado do Pará (ARCON/PA).
Tendo em vista que compete à ANTAQ a regulação da infraestrutura das
instalações portuárias, em 2013 a CDP protocolou Carta DIRPRE denunciando esta
operação em instalação portuária precária.
Contudo, a receita operacional não acompanhou a acentuada baixa da
movimentação de carga pelo fato da instituição em todas as instalações portuárias da
CDP o valor mínimo por fatura de R$ 30,00.
9.1. Principais cargas movimentadas
Gás Liquefeito de Petróleo (GLP)
Acondicionado em botijão de 23 kg, em sua grande maioria, o GLP
descarregado na instalação portuária de Óbidos é originado de dois fluxos logísticos
distintos.
O primeiro consiste no carregamento dos botijões com GLP no terminal
arrendado pela Fogás, localizado no Porto Organizado de Santarém. Este transporte
aquaviário é realizado por balsas pertencentes à própria arrendatária Fogás.
O segundo consiste no envasamento das botijas no terminal arrendado da
Paragás, localizado no Terminal de Miramar. Após envazados, estas botijas saem através
do modal rodoviário e se destinam até o Terminal da Reicon, em Belém. Deste elo
182
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
portuário, o GLP é carregado em balsas da própria armadora Reicon e navega através do
Rio Amazonas até o Terminal da Reicon, na cidade de Santarém. Este Terminal
Tapajônico funciona como um Centro de Distribuição de GLP para a cidade de Óbidos e
para outras cidades situadas aos arredores da cidade de Santarém/PA, onde balsas da
Reicon também realizam este transporte.
Castanha
A Castanha-do-Pará (também chamada de Castanha-do-Brasil) descarregada
na instalação portuária de Óbidos é majoritariamente originada do Porto de Manaus. Esta
carga também é originária das instalações portuárias situadas nas cidades de
Parintins/AM, de Porto Trombetas/PA e de Oriximiná/PA.
Continuando a cadeia logística desta carga, os carregamentos de castanha são
quase que exclusivamente destinados às instalações portuárias situadas ao longo da
extensa orla da cidade de Belém, em especial à instalação portuária do Ver-o-Peso, onde
então é comercializada ao grande mercado consumidor de Belém.
Fécula
A
fécula
de
mandioca
(conforme
Nomenclatura Comum do Mercosul – NCM) ou
farinha de mandioca movimentada através da
instalação portuária de Óbidos é originária da própria
região da cidade de Óbidos. Após ensacadas, são
carregadas e destinadas em mais de 99% dos casos
para a cidade de Manaus/AM.
9.2. Atendimentos à embarcação
Situado no extremo oeste paraense,
mais próximo da cidade de Manaus/AM do que
da capital do Pará, a instalação portuária de
Óbidos tem um valor social muito grande na
região realizando o transporte de passageiros e
de cargas, o qual pode ser visto através do
183
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
elevado número de embarcações do tipo misto (carga e passageiro). Durante o ano de
2014, foram 2.776 embarcações do tipo “misto” atendidas contra 2.334 no ano de 2013.
Embarcações do tipo ferry-boat também foram utilizadas preponderantemente para a
movimentação de botijão com GLP, de grande quantidade de engradados de bebida e até
de automóveis e de motos.
A elevada frequência de lanchas se dá pelas viagens quase diárias entre
Santarém,
Óbidos
banhadas
pelo
e
rio
algumas
Tapajós
cidades
que
são
realizadas por empresas como a Viação
Tapajós
para
passageiros
atender
que
não
ao
mercado
de
quer
dispor
das
embarcações do tipo misto, mais lentas. Em
2014 foram 1.190 atendimentos à lanchas
contra apenas 1.061 durante o ano de 2013. O Rio amazonas é uma via de locomoção
muito utilizada, onde contrastam pequenas e grandes embarcações.
Tabela 9.1 - Atendimentos à Embarcação no Porto de Óbidos.
Tipo de
Embarcação
Balsa
Ferry Boat
Lancha
Militar
Misto
Turismo
Outros
Total
Longo Curso
N
E
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
1
Cabotagem
N
E
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
Interior
N
13
348
1.190
7
2.776
0
1
4.335
AP/AM
E
0
0
0
0
0
0
0
0
N
0
0
0
0
0
0
0
0
E
0
0
0
0
0
0
0
0
TOTAL
13
348
1.190
7
2.776
1
1
4.336
Legenda: N – Nacional E – Estrangeiro
AP/AM: Apoio Portuário/ Apoio Marítimo
Por ser o trecho mais estreito do rio Amazonas, a área em torno da instalação
portuária de Óbidos é ponto estratégico para o policiamento do tráfego aquaviário no
combate a ilícitos penais. Isto justifica o elevado atendimento (em comparação a outras
instalações portuárias) a embarcações do tipo militar. Durante o ano de 2014, o total de 7
atendimentos foi contabilizado contra 16 atracações no ano de 2013.
184
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
9.3. Taxa de Ocupação
O berço mais externo do conjunto de píers que formam o “piscinão” (berço 102)
é mais ocupado para a realização de atendimentos a embarcações de passageiros, como
pode ser visto pelo alto valor de 17,76% em relação ao de 8,67% das embarcações que
movimentaram em carga geral.
Por movimentar pouca carga e por embarcar e desembarcar apenas
passageiros, o tempo das operações realizadas no berço 102 acaba sendo bem menor do
que o realizado pelas embarcações atendidas na Rampa. Contudo, a acentuada redução
(iniciada em 2013) dos atendimentos às embarcações com carga na rampa fez com que a
ocupação deste berço registrasse apenas 3,53% do total de tempo disponível.
Tabela 9.2 – Taxa de Ocupação no Porto de Óbidos.
102
2,38%
0,11%
0,49%
0,06%
1,72%
0,09%
0,38%
3,44%
8,67%
17,76%
17,76%
26,43%
ÓBIDOS
TAXA DE OCUPAÇÃO
(%)
Rampa
0,07%
0,37%
1,94%
0,89%
3,28%
0,51%
0,51%
3,79%
2308:26
332:06
0:00
22:30
0,00%
26,43%
0,26%
3,53%
2014
Tipo de mercadoria
Castanha
Fécula de mandioca
Motocicleta
Tecido
Tijolo
GLP
Botijão Vazio
Outra
Sem carga
Total Sem Cargas
Total geral
(hhh:mm)
conjunta (hhh:mm)
Taxa de Ocupação
Fonte: Administração do Porto de Óbidos.
185
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Os descarregamentos de GLP são representados pelos botijões envasados
com Gás Liquefeito de Petróleo para o abastecimento da cidade de Óbidos. Em 2014,
foram 361 toneladas descarregadas contra 415 toneladas no ano de 2013, baixa de
12,99%.
Os
descarregamentos de
“outros” representam feijão, arroz,
cerveja,
refrigerante, trigo e cargas cujos pesos contidos nas notas fiscais apresentadas à
Administração do Porto de Óbidos estão de forma consolidada. Isto é, não sendo de fácil
mensuração o detalhamento do peso por cada um das cargas integrantes nos inúmeros
descarregamentos macros.
Tabela 9.3 – Quantidade de Carga Movimentada por Descarregamento.
DESCARREGAMENTO
INTERIOR
2014 (t) 2013 (t)
(%)
GLP
361,1
415 -12,99
TIJOLO
240
69 247,83
BEBIDA
187
-100
CIMENTO
2
-100
CASTANHA
1.649
631 161,22
AUTOMÓVEL
18
-100
OUTROS
732,9
394 132,72
2.983
1.716
73,9
Tabela 9.4 – Quantidade de Carga Movimentada por Carregamento.
CARREGAMENTO
INTERIOR
2014 (t)
2013 (t)
(%)
CASTANHA
1.302
348 274,26
FÉCULA
82
344 -76,29
RECIPIENTE PARA GÁS
244
-100
OUTROS
241
66 264,1
TOTAL CARREGAMENTO
1.625
1.003
61,98
Tabela 9.5 – Quantidade Total de Carga Movimentada.
MOVIMENTAÇÃO
DESCARREGAMENTO
CARREGAMENTO
TOTAL
2014 (t)
2.983
1.625
4.608
2013 (t)
1.716
1.003
2.719
(%)
73,9
61,98
69,5
186
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
A considerável alta nas movimentações de castanha e de fécula reflete a
tendência de retorno de alguns antigos usuários da instalação portuária de Óbidos, os
quais em 2013 passaram a operar em instalações portuárias situadas na vizinhança.
Figura 9.1: Movimentação de Carga por Natureza em Óbidos.
5.000
4.608
carga geral
3.000
granel líquido
2.000
contêiner
1.000
0
0
granel sólido
0
4.000
0
MOVIMENTAÇÃO (t)
MOVIMENTAÇÃO DE CARGA POR NATUREZA
EM ÓBIDOS
2014
9.5. Produtividade média
No Porto de Óbidos a produtividade nas operações de carregamento e de
descarregamento das embarcações é praticamente determinada pela agilidade humana
no manuseio das cargas, tendo em vista que poucos equipamentos operacionais (como
prancha para o deslize de sacarias do interior do caminhão) são empregados.
Tabela 9.6 – Produtividade Média no Porto de Óbidos.
2014
Tipo de mercadoria
Castanha
Fécula de mandioca
Motocicleta
Tecido
Tijolo
GLP
Botijão Vazio
Outra
ÓBIDOS
Contêiner (Un/hora) e Outras
naturezas (t/dia)
102
Rampa
323
236
220
144
70
41
15
44
43
27
103
13
135
67
187
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
9.6. Consignação
Como regra geral, o berço denominado “rampa” atende às embarcações que
carregam e descarregam as maiores quantidades de carga, como pode ser notado
através da Tabela 9.7.
Tabela 9.7 – Consignação Média no Porto de Óbidos.
2014
Tipo de mercadoria
Castanha
Fécula de mandioca
Motocicleta
Tecido
Tijolo
GLP
Botijão Vazio
Outra
ÓBIDOS
t/embarcação, para as outras naturezas)
102
Rampa
20
63
5
1
1
31
20
32
36
22
23
2
4
114
146
10. Instalação Portuária de Marabá
188
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Aproveitando o período de cheia do Rio Tocantins, a Instalação Portuária de
Marabá realizou, em 13 a 20 de março de 2012, o descarregamento de 425 toneladas de
equipamentos (carrocerias basculantes e caçambas) através da balsa “Lady Patricia”
(capacidade nominal de 2.000 toneladas) pertencente à armadora Grupo Atlântica Matapi.
Esta carga destinada ao Grupo Vale S/A foi
oriunda do Cais Público do Porto de Belém.
A duração da viagem foi de 54 horas e foi
uma das primeiras a utilizar as eclusas da
Usina
Hidrelétrica
de
Tucuruí,
recém
inauguradas na época.
A Vale manifestou interesse em
realizar operação semelhante em 2014.
Outras
Fonte: Grupo Atlântica Matapi.
interesse
empresas
em
também
realizar
a
manifestaram
operação
de
carregamento de ferro-gusa com destino ao Porto de Vila do Conde ou ao Porto de
Outeiro.
Durante o ano de 2013, não houve movimentação de carga nesta instalação
portuária.
No dia 20/03/2014, a Presidenta Dilma Rousseff esteve na cidade de
Marabá/PA e anunciou o lançamento do edital de licitação em regime diferenciado para o
derrocamento do Pedral do Lourenço, o qual permitirá a navegabilidade de toda a
Hidrovia Araguaia-Tocantins durante todos os meses do ano.
11. Evolução Anual da Movimentação de Carga
A Tabela 11.1 elenca a evolução anual da movimentação dos últimos quatro
anos, detalhada por instalação portuária e por natureza de movimentação.
Tabela 11.1 – Relatório Gerencial da Evolução anual da Movimentação de Carga.
PORTO/NATUREZA
BELÉM
carga geral
granel sólido
granel líquido
contêiner
MIRAMAR
carga geral
MOVIMENTAÇÃO ANUAL (t)
2011
2012
2013
698.673
486.226
571.327
109.506
34.659
70.847
353.567
206.571
263.937
1.768
20.304
2.575
233.831
224.692
233.969
2.159.493
2.165.385
2.105.850
401
231
449
2014
574.479
85.202
254.928
3.569
230.781
2.327.502
442
189
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
granel sólido
granel líquido
contêiner
VILA DO CONDE
carga geral
granel sólido
granel líquido
contêiner
SANTARÉM
carga geral
granel sólido
granel líquido
contêiner
ALTAMIRA
carga geral
granel sólido
granel líquido
contêiner
ITAITUBA
carga geral
granel sólido
granel líquido
contêiner
ÓBIDOS
carga geral
granel sólido
granel líquido
contêiner
OUTEIRO
carga geral
granel sólido
granel líquido
contêiner
MARABÁ
carga geral
granel sólido
granel líquido
contêiner
CDP
Carga Geral
Granel Sólido
Granel Líquido
Contêiner
0
2.159.091
0
16.566.645
738.816
13.371.892
2.119.162
336.775
2.341.114
82.601
2.068.395
130.919
59.199
49.862
1.130
0
48.732
0
63.744
59.726
936
3.082
0
8.874
8.874
0
0
0
248.916
156.044
92.029
843
0
0
0
0
0
0
22.137.321
1.001.055
15.794.790
4.462.754
629.806
2.165.154
2.105.401
15.216.337
998.598
11.864.753
2.012.052
340.934
3.427.176
41.054
3.210.575
130.704
44.843
134.963
24.576
0
110.386
0
70.839
69.869
182
788
0
6.119
6.119
0
0
0
573.466
171.007
398.377
4.083
14.460.113
770.856
11.365.504
1.878.981
444.773
4.438.587
42.805
4.203.700
157.718
34.363
256.218
98.568
0
157.650
0
60.251
60.161
90
0
0
2.719
2.719
0
0
0
503.841
300.561
193.478
9.791
11
0
0
0
0
0
22.398.906
1.346.965
16.026.709
4.312.116
713.116
425
425
0
0
0
22.080.936
1.346.538
15.680.458
4.443.471
610.469
0
2.327.061
0
15.409.255
720.044
11.930.323
2.091.267
667.622
2.874.216
53.927
2.629.799
181.461
9.028
233.942
96.750
0
137.192
0
75.200
75.200
0
0
0
4.608
4.608
0
0
0
230.580
217.139
10.716
2.724
0
0
0
0
0
0
21.729.782
1.253.312
14.825.766
4.743.274
907.431
11.1. Toda CDP
A Figura 11.1 ilustra a evolução da movimentação de carga nos últimos cinco
anos ocorrida no consolidado de todas as instalações portuárias administradas pela CDP.
190
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Figura 11.1 – Evolução anual da movimentação de mercadoria na CDP
A Figura 11.2 ilustra a evolução da movimentação de carga nos últimos quatro
anos ocorrida no consolidado de todas as instalações portuárias administradas pela CDP,
detalhada por natureza de movimentação.
Figura 11.2 – Evolução anual da movimentação de mercadoria na CDP
191
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
11.2.
Cais Público do Porto de Belém
Após seguidas quedas nos anos de 2011 e de 2012, o Cais Público do Porto
de Belém inverte esta tendência e fecha 2014 acima do valor registrado em 2013.
anos ocorrida no Cais Público do Porto de Belém.
Figura 11.3 - Evolução Anual da Movimentação de Carga no Porto Organizado de Belém.
Figura 11.4 - Evolução Anual da Movimentação de Carga, por Natureza, no Porto Organizado de Belém.
192
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
11.3. Terminal de Miramar
anos ocorrida no Terminal de Miramar.
Figura 11.5 - Evolução Anual da Movimentação de Carga no Terminal de Miramar.
Por ser um terminal petroquímico especializado, o volume movimentado
através de mangotes é muito superior ao volume movimentado através de caixarias, de
botijões ou de outras formas condicionadoras.
Figura 11.6 - Evolução Anual da Movimentação de Carga, por Natureza, no Terminal de Miramar.
193
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
11.4.
Porto Organizado de Vila do Conde
anos ocorrida no Porto de Vila do Conde.
Figura 11.7 - Evolução Anual da Movimentação de Carga em Vila do Conde.
Através da Figura 11.8 pode-se visualizar a preponderância participativa da
bauxita e da alumina (as duas cargas mais movimentadas em toda a CDP) em relação às
demais cargas movimentadas no Porto de Vila do Conde. A soda cáustica e o óleo
combustível compõe a movimentação em granel líquido. Destaca-se também a evolutiva
alta na movimentação através de contêiner.
194
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Figura 11.8 - Evolução Anual da Movimentação de Carga, por Natureza, no Porto de Vila do Conde.
Porto Organizado de Santarém
anos ocorrida no Porto de Santarém.
Figura 11.9 - Evolução Anual da Movimentação de Carga em Santarém.
A movimentação dos graneis vegetais cresce exponencialmente, conforme
pode-se observar através da Figura 11.10.
195
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Figura 11.10 - Evolução Anual da Movimentação de Carga, por Natureza, em Santarém.
11.5.
Instalação Portuária de Altamira
anos ocorrida no Porto de Altamira.
Figura 11.11 - Evolução Anual da Movimentação de Carga em Altamira.
Crescimento também exponencial tanto em granel líquido quanto em carga
geral, reflexo da construção da UHE de Belo Monte.
196
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Figura 11.12 - Evolução Anual da Movimentação de Carga, por Natureza, em Altamira.
11.6. Instalação Portuária de Itaituba
anos ocorrida no Porto de Itaituba.
Figura 11.13 - Evolução Anual da Movimentação de Carga em Itaituba.
A movimentação de carga do Porto de Itaituba se mantem flutuante em
patamares próximos às 65.000 toneladas por ano.
197
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Figura 11.14 - Evolução Anual da Movimentação de Carga, por Natureza, em Itaituba.
11.7. Instalação Portuária de Óbidos
anos ocorrida no Porto de Óbidos.
Figura 11.15 - Evolução Anual da Movimentação de Carga em Óbidos.
198
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
A transferência das embarcações com carga para a instalação portuária da
Prefeitura foi significativa para o declive acentuado na movimentação de carga do Porto
de Óbidos.
Figura 11.16 - Evolução Anual da Movimentação de Carga, por Natureza, em Óbidos.
11.8.
Instalação Portuária de Outeiro
Em 2010, o Terminal de Outeiro não encontrava-se alfandegado e não realizou
movimentação de carga. A Figura 11.17 ilustra a evolução da movimentação de carga nos
últimos quatro anos ocorrida no Terminal de Outeiro.
Figura 11.17 - Evolução Anual da Movimentação de Carga em Outeiro.
199
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Figura 11.18 - Evolução Anual da Movimentação de Carga, por Natureza, em Outeiro.
Instalação Portuária de Marabá
A instalação portuária de Marabá não realizou operação no ano de 2013 e no
ano de 2014, ao contrário do ocorrido em 2012, onde foi realizada uma operação
experimental.
anos ocorrida na instalação portuária de Marabá.
Figura 11.19 - Evolução Anual da Movimentação de Carga em Marabá.
200
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Figura 11.20 - Evolução Anual da Movimentação de Carga, por Natureza, em Marabá.
201
____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
REFERÊNCIA
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