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Anais de trabalhos do XXVI ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE PSICOLOGIA UFG, Goiânia – GO 03 a 10 de agosto de 2013 XXVI ENEP Atividade: Pôster A CONSTRUÇÃO DO GÊNERO NA PERSPECTIVA DO FEMININO Ana Kelly Adriano Viana¹ Thais Helena Ramos Queiroz Mourão¹ Universidade Estadual do Ceará¹ A discussão a respeito da construção do gênero ganhou enfoque principalmente durante as lutas libertarias dos anos 60, período em que se lutou por mudanças no contexto social e cultural, principalmente. Em relação ao feminino, esta luta ganha destaque, já que a opressão contra a mulher se estabeleceu, por muito tempo, fundamentada em características biológicas e psicológicas difundidas como inerentes ao sexo feminino. Dessa forma, temos como objetivo mostrar que as atribuições do feminino se constituem de acordo com a perspectiva histórica dominante, ou seja, não são inatas do sujeito, mas sim uma construção sócio-histórica. Como método de pesquisa utilizamos a revisão bibliográfica, com o intuito de coletarmos a perspectiva do feminino para vários autores. Encontramos como resultado diversas maneiras de se perceber o que é o feminino, que variam bastante conforme a época, mas traremos três visões, que tratam o assunto de maneira distinta. A primeira refere-se à perspectiva de Freud, que considera a mulher como um indivíduo castrado que possui inveja do homem por este possuir o “falo”. A segunda perspectiva é a de Adler que vem falar que não é a falta do pênis que faz a mulher ter inveja do homem, mas sim dos privilégios que o menino tem por possuir o “falo”. A terceira é a perspectiva de Simone de Beauvoir, esta afirma que a mulher não nasce mulher, ela torna-se. Essa não tem um destino biológico, ela se forma dentro de uma cultura que define qual o seu papel na sociedade. Concluímos com a pesquisa, que a delimitação do que é feminino esta mais relacionada a fatores culturais e históricos, do que biológicos, como defendido incessantemente em varias épocas. Dessa forma, a definição de gênero varia com o tempo, de acordo com as modificações realizadas por homens e mulheres em relação às suas atribuições, ou seja, os papeis sociais respectivos são construídos e não inatos. 2 XXVI ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE PSICOLOGIA, UFG 2013, Goiânia-GO Anais de trabalhos XXVI ENEP Atividade: Comunicação oral A ESCUTA PARA ALÉM DO DIAGNÓSTICO: RELATO DE EXPERIÊNCIA EM UM HOSPITAL GERAL DE SOBRAL Julyana Lima Vasconcelos¹ Dr. Luis Achilles Rodrigues Furtado¹ ¹Universidade Federal do Ceará Esse trabalho é fruto da experiência vivida por extensionistas da Liga de Psicanálise e Psicopatologia, que vincula-se ao Centro de Estudo de Psicanálise e Filosofia (CEPSI) da Universidade Federal do Ceará Campus Sobral, em atividade desenvolvida no Hospital Dr. Estevam de Sobral. Tal atividade baseava-se em fazer vistas aos leitos dos pacientes internados em uma enfermaria do hospital, onde também se encontravam pacientes advindos da ala psiquiátrica reclusa, com o intuito de fazer uma escuta sensível para além dos relatos de seus sintomas orgânicos, mas sim em busca do não dito comumente, como as questões diárias e de sofrimento psíquicos que perpassam pelo processo de adoecimento. Sabe-se que estando nessa posição de escuta, o lugar do saber deve ser deslocado para o sujeito em sofrimento, podendo assim vir à tona o seu discurso, afinal, apenas este pode falar de si e de seu sofrimento, algo que vai além do discurso já pronto e prescrito nos prontuários como diagnósticos. Dessa forma, o objetivo desse trabalho é compartilhar a experiência vivida nessas atividades realizadas, visando gerar novas discussões acerca do lugar da escuta dentro dessas instituições, principalmente no que se refere aos pacientes psiquiátricos internados em enfermarias comuns. O método utilizado foi a escuta sensível junto a esses pacientes, principalmente os recém liberados da ala psiquiátrica reclusa e ainda em processo de internação nas enfermarias, sendo feito primeiramente uma leitura dos prontuários desses pacientes, apenas como meio de obter informações sobre estes, sendo, no entanto, colocado momentaneamente de lado o diagnóstico prescritos e buscando interagir com os paciente de forma a deixá-los livres para conversar sobre o que quisessem, tentando ir além do discurso patológico vigente. Como resultado, pode-se perceber que os pacientes tinham uma necessidade de escuta que ia além da descrição dos sintomas sentidos, pois muitos falavam da necessidade de alguém presente para escutar essas demandas que iam além do orgânico. Assim, conclui-se que é necessário haver uma escuta sensível nesses espaços, bem como novos questionamentos e discussões sobre essa temática, visando uma resignificação desses espaços de escuta. 3 XXVI ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE PSICOLOGIA, UFG 2013, Goiânia-GO Anais de trabalhos XXVI ENEP Atividade: Comunicação oral A FALA E A ESCUTA COMO PROMOTORES DO DESENVOLVIMENTO AFETIVO DE ADOLESCENTES NA ESCOLA: O TEATRO COMO MEDIAÇÃO. Vera Lucia Trevisan de Souza1 1 Pontifícia Universidade Católica de Campinas Com aporte teórico-metodológico da Psicologia Histórico-Cultural, o presente artigo relata uma pesquisa que teve por objetivo investigar o que está na base das formas de comunicação de adolescentes e o que promove/sustenta um modo de expressar-se e relacionar-se pautado em toques, provocações, agressividade física e verbal com os pares e professores. Buscou-se, também, propor explicações para situações envolvendo os adolescentes na escola que têm se revelado fonte de grandes conflitos, sobretudo nas relações professor-alunos-famílias. Como procedimento de investigação foram desenvolvidas oficinas semanais de teatro ao longo de treze semanas, com alunos dos anos finais do ensino fundamental, em período contrário ao das aulas e com adesão voluntária dos jovens. Vinte adolescentes participaram das oficinas, sendo que sete eram assíduos. O registro das atividades foi feito com gravações em áudio e diários de campo construídos logo após as oficinas. A análise dos dados foi elaborada a partir do levantamento de indicadores de sentido presentes na fala e expressões dos participantes e os resultados foram agrupados em modalidades de relação. Como resultados, constatou-se que os adolescentes encontram dificuldade em comunicar-se e expressar-se, seja porque possuem um vocabulário pobre, seja porque o diálogo ou expressão oral não fazem parte de suas atividades na escola ou em outros contextos. Constatou-se, também, que apesar das reclamações de atitudes de aspecto desrespeitoso dos alunos, faltam na escola exemplos de atitudes de respeito para com os alunos e que práticas como a que foi oferecida promovem o desenvolvimento dos afetos, de novos modos de relacionar-se e da tomada de consciência dos adolescentes sobre suas condições de vida. 4 XXVI ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE PSICOLOGIA, UFG 2013, Goiânia-GO Anais de trabalhos XXVI ENEP Atividade: Pôster ANÁLISE TEÓRICO-METODOLÓGICA DOS ESTUDOS SOBRE ESTRESSE OCUPACIONAL REALIZADOS NO BRASIL NA ÚLTIMA DÉCADA Rayana Prado das Virgens Vanessa Cordeiro de Souza Mattos Rayana Santedícola Andrade Universidade Federal da Bahia Os altos índices de trabalhadores que são acometidos pelo estresse ocupacional geraram nos últimos anos um elevado número de estudos acerca do tema, entretanto, a grande maioria esta direcionada para os aspectos potencializadores do adoecimento, deixando evidente uma imprecisão na definição do constructo estresse, e, ainda, uma variedade de instrumentos que objetivam mensurá-lo. O presente trabalho teve por objetivo realizar uma análise teórico-metodológica acerca dos conceitos e escalas utilizados na realização de estudos sobre estresse ocupacional na literatura científica, nas áreas de psicologia e saúde pública na última década. Especificamente, os conceitos utilizados em estudos sobre estresse ocupacional e as escalas em uso nas pesquisas quantitativas. Caracteriza-se como uma revisão de literatura, que auxilia a visualização das produções relacionadas a “estresse ocupacional”. Os dados foram coletados nos periódicos: Revista de Saúde Pública, Cadernos de Saúde Pública e Psicologia: Teoria e Pesquisa. Para a análise dos dados foram escolhidos quatorze estudos, os quais se enquadram no delineamento desta pesquisa, sendo que todos foram estudos de corte transversal. Os resultados apontaram que o conceito encontrado no Modelo DemandaControle, é o mais utilizado na definição e caracterização do constructo estresse ocupacional. O principal instrumento encontrado foi o Job Content Questionnaire – JCQ, que é operacionalizado a partir, também, do Modelo Demanda-Controle. Concluindo, assim, que de fato os estudos relacionados ao estresse no trabalho não apresentam conceituação, mas sim as características ambientais estressoras e os processos de adoecimento. Quanto aos instrumentos, é possível inferir que apesar da existência de diversos instrumentos na área, nenhum foi considerado o mais completo ou ideal. 5 XXVI ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE PSICOLOGIA, UFG 2013, Goiânia-GO Anais de trabalhos XXVI ENEP Atividade: Pôster AS CIDADES INVISÍVEIS DE ÍTALO CALVINO COMO ESPAÇOS DE ESTRANHEZA, ALTERIDADE E FORMAÇÃO. Mariana Silva Paula Amaral Universidade Federal do Ceará A leitura nos imerge em uma composição de mundos, constituídos por histórias, memórias, percepções, invenções, sentidos, sentires, pessoas e lugares. As cidades são espaço que nos atravessam, fazem parte do que somos. As histórias se inscrevem em lugares, que se situam para além do espaço geográfico. Os espaços são simbólicos, políticos, éticos, históricos, um sistema de fluxos. Em As cidades invisíveis “a cidade deixa de ser um conceito geográfico para tornar-se o símbolo complexo e inesgotável da existência humana.”, nos apresentando vários níveis dos aspectos das cidades femininas descritas por Marco Polo, um viajante que tinha como missão diplomática descrever as cidades que faziam parte do território conquistado pelo imperador Kublai Khan. As descrições do viajante nos prendem em cada cidade pelos detalhes das descrições, envolvendo-nos em um emaranhado de ambiguidade, irrealismo, singularidades e aparências enganosas. Causando a tal estranheza que sentimos ao nos depararmos com as coisas diferentes, mas nos remetendo ao mesmo tempo ao que encanta, ao que modifica e ao que nos toca. Os escritos tratarão da estranheza de chegar a lugares desconhecidos, do encontro com a alteridade e da reverberação dessa experiência naquilo que somos. Esse trabalho é fruto de uma experiência desalojadora provocada pelo agradável encontro da literatura com a psicologia social, que nos revela aspectos tão complexos do humano e nos mostram o quanto outraslinguagens dizem tão bem do que pretendemos dizer no plural mundo que atravessa e onde se situa a psicologia. Os resultados e as conclusões seguem rumo à afirmação de que as cidades são metáforas de pessoas. 6 XXVI ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE PSICOLOGIA, UFG 2013, Goiânia-GO Anais de trabalhos XXVI ENEP Atividade: Comunicação oral ATENDIMENTO PSICOLÓGICO AOS ADOLESCENTES DO CEPEA: A POSSIBILIDADE DA CLÍNICA PSICANALÍTICA DENTRO DA INSTITUIÇÃO Jaqueline Rosatto Melo Fernanda Rezende RodriguesAlmeida Marcela Toledo França de Almeida Camila Roldão de Leles Dantas Hélio Quinan Neiva Lana Magna Souza Braz Laiury Mayara da Silva Mariah Neves Guerra Kézia Rodrigues dos Santos Univerisade Federal de Goiás. Faculdade de Educação. O Centro de Estudo, Pesquisa e Extensão de Adolescentes (CEPEA) foi criado em 17 de novembro de 1988, e hoje é vinculado a Faculdade de Educação que visa promover a saúde especificamente dos adolescentes. A demanda por atendimento psicológico a essa faixa etária, principalmente de baixa renda, se manteve grande e foi a partir desta que foi construído o projeto a ser apresentado, que tem como objetivo o atendimento psicológico individual e gratuito, de base psicanalítica aos adolescentes encaminhados ao Centro, se propondo a ter uma escuta diferenciada do sofrimento dos mesmos. Sempre norteado pela relação entre teoria e prática, o projeto em questão favorece a reflexão e permite compreender de modo mais amplo as queixas sustentadas por diagnósticos que acabam patologizando conflitos psíquicos inerentes a adolescência. Os atendimentos são feitos individualmente, possibilitando uma análise do sofrimento dos adolescentes com as instituições que inicialmente o encaminharam com uma queixa pejorativa. Há também encontros semanais de orientação e grupo de estudos referentes à obra freudiana. No geral constatou-se como queixas principais: comportamentos antissociais, agressividade, dificuldades de aprendizagem e indisciplina. Isso pode indicar que certos atos considerados típicos do adolescente como contrapor-se aos pais e a outras autoridades através da transgressão, são intoleráveis para instituições educacionais como a escola e a família, apontando para uma dificuldade das instâncias socializadoras em lidar com tal público. O fato da maioria das queixas se apresentarem na escola e na família pode indicar uma falha dessas instituições e suas limitações em ocupar um lugar de referência e apoio a esse adolescente. Sem referência, o adolescente é culpado por transgredir uma lei que não o protege. Diferente de posturas assistencialistas, que insistem em subtrair o sujeito apenas à sua sobrevivência, essa escuta mostrou que mesmo em situações de abandono do Estado, há a possibilidade do sujeito não apenas sobreviver, mas advir como sujeito de desejo. 7 XXVI ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE PSICOLOGIA, UFG 2013, Goiânia-GO Anais de trabalhos XXVI ENEP Atividade: Comunicação oral BIOENERGÉTICA E INTEGRAÇÃO CORPO/PSIQUISMO: A RELAÇÃO ENTRE ADOECIMENTO ORGÂNICO E ESTRUTURAS DE CARÁTER Wellington Roriz de Oliveira Junior¹ Domenico Uhng Hur¹ ¹Universidade Federal de Goiás O presente trabalho faz parte da monografia de Conclusão de Curso que desenvolvemos no curso de Psicologia da UFG. Tem como objetivo geral analisar as obras de Alexander Lowen e artigos atuais em Bioenergética sobre a temática do adoecimento orgânico para discutir como se constrói sua relação com a estrutura de caráter. Como objetivos específicos, busca realizar um percurso dos conceitos de caráter e adoecimento na teoria de Alexander Lowen; e refletir sobre a importância do diagnóstico de caráter no contexto clínico, assim como a contribuição da bioenergética na compreensão do adoecimento orgânico. Pretende assim contribuir para estudos em psicossomática, propondo uma discussão sobre a relação entre corpo e emoções na perspectiva da Análise Bioenergética. O tema abordado se justifica pela escassez de estudos em psicologia que abordem a temática do corpo, em especial na integração com o psiquismo, e pela escassez de pesquisas em Bioenergética nas Universidades. A pesquisa é teórica e qualitativa, dentro da qual será utilizada análise de conteúdo categorial. Como procedimento, o trabalho consiste em uma pesquisa bibliográfica, com revisão de literatura sobre o tema da Análise Bioenergética e a relação corpo/psiquismo. Estão sendo analisados dois grupos de trabalhos: obras de Lowen referentes ao assunto em questão e artigos atuais de diferentes autores sobre o tema abordado. Como resultados, identifica-se que a relação entre corpo/psiquismo é controversa, muitas vezes assumindo um caráter dicotomizado, de biologismo ou psicologismo. A teoria Bioenergética propõe solucionar esse dualismo, entretanto, essa relação integrada ainda não é clara no que se refere ao adoecimento orgânico e a ao conceito de caráter. Lowen se utiliza da teoria do Stress de Hans Selye para explicar o processo de formação da doença, relacionando-o à constituição caracterológica. Entretanto, essas teorias evidenciam a tensão existente na relação corpo/psiquismo, uma vez que, em muitos casos, busca-se uma causalidade psicológica para o que se inscreve ao nível do corpo. Estes pensamentos parecem se modificar ao longo do tempo, mas mesmo assim é uma relação que continua não sendo clara entre os autores da área, evidenciando a necessidade de sistematizações sobre o assunto. 8 XXVI ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE PSICOLOGIA, UFG 2013, Goiânia-GO Anais de trabalhos XXVI ENEP Atividade: Pôster CARTOGRAFIAS FEMININAS: AÇÕES TERRITORIAS JUNTO ÀS MULHERES – ZONA NOROESTE – SANTOS. Luiza Maria Escardovelli AlcântaraI Carine Abrahão Rodrigues Assis I Luis Carlos Santos I Dellen Moraes I Laura de Marchi dos Santos I Natalia Leandro I Flávia LibermanII Viviane MaximinoII I Discente da Universidade Federal de São Paulo II Docente da Universidade Federal de São Paulo Esse trabalho é realizado por professores e estudantes da área da saúde que se relacionam com mulheres, por meio de intervenções interdisciplinares que visam potencializar a participação cotidiana das mesmas na gestão local e no controle das condições que podem interferir na saúde e na coletividade onde vivem e trabalham. Tem-se como objetivos desenvolver ações de atenção e cuidado as mulheres; dar suporte aos alunos do Eixo Trabalho em Saúde; experimentar o trabalho interprofissional e a criação de estratégias de atenção e cuidado no território; gerar situações de empoderamento e participação das mulheres na gestão local nos diversos serviços; acompanhar os grupos e os atendimentos individuais desenvolvidos no Projeto. A metodologia que norteia o projeto e as intervenções, é baseada no método cartográfico. Por meio desse método, o projeto desenvolve-se através da constituição e acompanhamento de um grupo de mulheres em um espaço cultural da região; acompanhamento de usuários do NAPS local; articulações e parcerias com diversos serviços do território; atendimentos domiciliares e articulação entre projetos realizados pela UNIFESP-BS; articulação com módulos curriculares, e realização de grupo de estudos. O projeto se mostra um potente suporte para ações e acompanhamento da prática de constituição de um grupo de mulheres, bem como melhorar a qualidade do acesso das mesmas à serviços de saúde, arte, cultura e outros oferecidos na região. As ações interdisciplinares com diferentes formas de acesso a esta população tem se mostrado potentes na intervenção, pelo método, qualidade e inovações no cuidado as mulheres e oportunidade enriquecedora aos estudantes que participam desta experiência. 9 XXVI ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE PSICOLOGIA, UFG 2013, Goiânia-GO Anais de trabalhos XXVI ENEP Atividade: Comunicação oral CINEMA COMO INSTRUMENTO DA PSICOLOGIA: INFERÊNCIAS A PARTIR DA EXPERIÊNCIA NOS EJAS ALTO DA BRASÍLIA E TERRENOS NOVOS DA CIDADE DE SOBRAL Jorge Luís Roque Damasceno¹ Géssica Marques Vasconcelos¹ Nara Araújo Lopes¹ Orientadora: Dra. Rita Helena Sousa Ferreira Gomes¹ ¹Universidade Federal do Ceará Esse trabalho tem como objetivo pensar o cinema como instrumento de intervenção da Psicologia a partir das experiências vividas por extensionistas do Projeto de Extensão Cinefilos, da Universidade Federal do Ceará, campus de Sobral, no programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA) dos bairros Terrenos Novos e Alto da Brasília da cidade de Sobral, Ceará. Para isso, é apresentado um relato das atividades desenvolvidas nos EJAs Terrenos Novos e Alto da Brasília, especificamente a exibição do curta-metragem brasileiro “Fonte de renda” de Manaira Carnero e Wavá Novais, que é parte do longa-metragem “5 vezes favela - Agora por nós mesmos" de Cacá Diegues, seguido pela proposta de uma discussão sobre os temas do filme direcionada pelas palavras geradoras "Preconceito", "Educação", "Drogas" e "Responsabilidade". A partir da leitura de bibliografias que destacam a arte como instrumento de intervenção da Psicologia e com os relatos obtidos durante as discussões, foi possível observar muito além de uma postura crítica sobre o que foi apresentado, mas também relatos das histórias de vida e conflitos vividos pelos alunos que se identificaram com as problemáticas das personagens. Sendo, portanto, o diálogo um instrumento muito importante para as práticas psicológicas e o cinema um desencadeador deste, iremos refletir sobre o cinema como instrumento facilitador da intervenção em Psicologia em contextos comunitários. 10 XXVI ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE PSICOLOGIA, UFG 2013, Goiânia-GO Anais de trabalhos XXVI ENEP Atividade: Pôster CINEMA E O DESENVOLVIMENTO DA CRITICIDADE Darc Maria Pereira Pessoa¹ Jaci Bianca Cabral Vasconcelos¹ Rita Helena Gomes¹ ¹Universidade Federal do Ceará Sabe-se que o cinema como expressão artística voltada, principalmente, para a estética e para o mercado como produto de consumo, apresenta-se carregado de efeitos significativos na subjetividade e nos processos de aprendizagem, possibilitando ao sujeito o desenvolvimento da criticidade. Assim, o objetivo desse trabalho é expor a relação estabelecida entre o cinema e a reflexão filosófica, tomando as obras cinematográficas como importantes ferramentas no processo de aprendizagem e construção de diferentes saberes e olhares sobre a realidade vivenciada. Como método, usou-se os relatos das atividades desenvolvidas pelos extensionistas vinculados ao projeto de extensão Cinefilos da Universidade Federal do Ceará Campus Sobral, que tem como pretensão estimular a reflexão e a criticidade dos moradores das comunidades na cidade de Sobral por meio da exibição de filmes e debates a cerca dos temas abordados por essas obras. Como resultado, percebeu-se que essas experiências pedagógicas demonstram como o cinema se tornou um recurso didático e eficaz no despertar da criticidade, abrangendo temas que permeiam o cotidiano das pessoas, e indo além quando se propõe a trazer questões que não foram vividas ou problematizadas pelos sujeitos. Assim, conclui-se que essa arte, que mescla valores estéticos, ação e linguagem, faz emergir a capacidade de questionar, duvidar, rever conceitos antes estabelecidos, criar novas perspectivas e atingir de maneira significativa o pensamento e os sentimentos dos sujeitos, podendo ser o ficcional um meio para gerar reflexão da realidade concreta dos mesmos. 11 XXVI ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE PSICOLOGIA, UFG 2013, Goiânia-GO Anais de trabalhos XXVI ENEP Atividade: Comunicação oral CLINISEX (CLÍNICA DA SEXUALIDADE, AIDS E DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS). A ABORDAGEM DO TEMA SEXUALIDADE COM ADOLESCENTES: O ESTUDO E APLICAÇÃO DE TÉCNICAS COM O OBJETIVO DE PROMOVER A SAÚDE, O EMPODERAMENTO, A AUTONOMIA E A AUTO-ESTIMA DOS ADOLESCENTES. Carolina Basile Rodrigues¹ ² Fernanda Graneiro Bastos² Patrícia Oliveira da Silva² Liliane Irêncio Brotto². Universidade do Estado do Rio de Janeiro; NESA: Núcleo de Estudos da Saúde do Adolescente. O projeto CLINISEX faz parte do NESA, núcleo que foi criado pelo HUPE (Hospital Universitário Pedro Hernesto - Uerj). O projeto foi criado em 1999 e teve como atuação principal oficinas acerca do tema sexualidade com um grupo de mães adolescentes em um abrigo próximo à Uerj. A equipe responsável o desenvolveu a partir da observação da necessidade de intervenção em relação à estas adolescentes no intuito de promover a saúde das mesmas tanto no âmbito biológico (com intervenções quanto à Dst’s e outros temas pertinentes à sexualidade e a biologia) quanto nos âmbitos psicológicos e sociais, preocupando-se sempre em estimular o seu empoderamento, a sua auto-estima e o seu conhecimento acerca de serviços oferecidos pelo estado do Rio de Janeiro. Ao elaborar o projeto, a equipe observou que o método mais adequado para este trabalho seriam oficinas que preconizassem o lúdico e que todos os aspectos implicados e transversais à sexualidade deveriam ser abordados pelas mesmas, diferentemente dos trabalhos que abordam exclusivamente o tema “Dsts” e são realizados no formato de palestras. Desde sua criação, o projeto evoluiu e agora é realizado quinzenalmente no Abrigo com adolescentes do sexo feminino tanto do projeto inicial (mães adolescentes) como com todas as outras adolescentes com idades de 12 à 18 anos. O projeto também já realizou capacitações e oficinas com adolescentes de todos os sexos em outros espaços, como colégios, projetos e com estagiários adolescentes. Participa de Congressos como foi o caso do Congresso Brasileiro da Adolescência ocorrido em Outubro de 2012 em Florianópolis e traçou parcerias com instituições como o PROMUNDO. É observado que os adolescentes que tem contato com o projeto demonstram maior envolvimento quanto ao que é discutido e consequentemente adquirem mais conhecimento sobre o assunto e reagem positivamente quanto ao método utilizado. O projeto propõe, portanto, uma abordagem diferenciada tanto quanto ao modo como o assunto é debatido com os adolescentes como com o conteúdo a ser debatido. 12 XXVI ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE PSICOLOGIA, UFG 2013, Goiânia-GO Anais de trabalhos XXVI ENEP Atividade: Pôster CONSTITUIÇÃO DA SUBJETIVIDADE DO TRABALHADOR: UMA CONTRIBUIÇÃO A PARTIR DA OBSERVAÇÃO NATURALÍSTICA. Janaina Santana dos Santos Cristiano da Silveira Longo Jéssica de Souza Hossotani Universidade Federa da Grande Dourados O trabalho a ser apresentado é um recorte da proposta do Estágio de Núcleo Comum I- Cotidiano Práticas Sociais e Processos de Subjetivação. Foram realizadas um total de dez observações com duração de pelo menos duas horas cada, todas pautadas nos fenômenos urbanos que constituem a realidade cotidiana dos trabalhadores. É importante ressaltar que as observações foram realizadas exclusivamente em lugares públicos, dentro de uma proposta de observação naturalística, para que a nossa presença enquanto observadoras não afetasse a naturalidade do ambiente, podendo captar assim, manifestações naturais do cotidiano na formação da subjetividade dos observados. O objetivo das observações eram compreender a influência do cotidiano na subjetividade do trabalhador, para tanto utilizamos da teoria do Paradigma Indiciário apresentado por Ginzburg onde se entende que ao observar e estudar as minúcias chegar-se-ia a um todo. Neste caso, os fenômenos, gestos, relações com a ferramenta de trabalho, assim como a forma que se comportam diante das demandas que o trabalho executado lhes exige seriam um todo complexo que formaria a subjetividade dos trabalhadores. As observações tiveram ambientes diversificados, por onde foi possível ter acesso ao cotidiano de: Feirantes, trabalhadores do Shopping, garis e pessoas destinadas à limpeza de rodoviárias ou praças, vendedores informais, docentes, taxistas, garçons, enfermeiros, atendentes de hospitais tanto públicos como privados, e o cotidiano de músicos noturnos Esta experiência nos proporcionou maior entendimento da subjetividade e da realidade cotidiana em que estes trabalhadores então inseridos; além do treinamento enriquecedor do nosso olhar enquanto observadoras e de nossa escrita etnográfica através do diário de campo; de focar o objeto não permitindo que nossas impressões pré-estabelecidas e julgamentos de valores influenciarem no fenômeno. Tudo isto junto à percepção acurada e uma escuta atenta e qualificada à diversidade das interações humanas, influenciaram na qualidade do trabalho. 13 XXVI ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE PSICOLOGIA, UFG 2013, Goiânia-GO Anais de trabalhos XXVI ENEP Atividade: Pôster DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DA PSICOLOGIA SOCIAL COMUNITÁRIA E SUAS POSSIBILIDADES DE INTERVENÇÃO Flávia Souza de Almeida Universidade da Amazônia Prof. Msc. Manoel de Christo Alves Neto Universidade da Amazônia Em um primeiro período da sua história, a Psicologia Social teve participação nas lutas de classes de acordo com o que era vivido politicamente no momento histórico inserindo-se em movimentos reivindicatórios. Em um segundo momento histórico, 1952 até meados de 1980, o olhar e foco, especialmente no Brasil e América Latina, foram o conhecimento, produção científica e estruturação metodológica. Foi um período marcado pela desvinculação da psicologia da América Latina com os conhecimentos importados de outros países. Outro tempo marcante foi a inserção do psicólogo social nos espaços de saúde pública. Atualmente Psicologia Social Comunitária tem subsídio teórico metodológico para formar especialistas, porém os profissionais da psicologia pouco tem optado pelo trabalho em PSC. Considerando que esta é uma área de atuação precisa ser constantemente alvo de investigações e revisão metodológica, de maneira que se estruture de forma contemporânea, as bases do trabalho do psicólogo comunitário, este estudo bibliográfico tem o objetivo de investigar o processo histórico da formação da PSC analisando as atuais possibilidades atuação nas comunidades, destacando a necessidade de um olhar específico para o ser humano e a comunidade como característica fundamental do psicólogo social comunitário. Assim se conclui que o campo de atuação desse profissional não tem sido outro se não aquele em que estão inseridos os sujeitos, a comunidade, sendo que em cada espaço desse o profissional deve ter um objetivo de atuação condizente com a realidade local, porém o psicólogo não deve desvincular-se de seus objetivos intrínsecos, que incluem a investigação cientifica. No contexto hodierno o papel do psicólogo deve estar pautado e coeso ao que as comunidades estão vivendo e buscando levar os indivíduos ao desenvolvimento de uma consciência crítica que lhes clarifique sobre sua realidade social de forma a lutarem por sua autonomia ou libertação. Atuando de acordo com aquilo que hoje é notório no âmbito social, como o trabalho em rede, por exemplo. 14 XXVI ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE PSICOLOGIA, UFG 2013, Goiânia-GO Anais de trabalhos XXVI ENEP Atividade: Pôster DIÁLOGOS EM SAÚDE PÚBLICA: UMA PRÁTICA DIFERENCIADA DE ENSINO EM PSICOLOGIA Camilla Araújo Lopes Vieira¹ Franci Íria Servolo Saboia¹ Jaci Bianca Cabral Vasconcelos¹ ¹Universidade Federal do Ceará Diante das constantes demandas e desafios que emergem para a Psicologia no campo da Saúde Pública e almejando (re)pensar a formação profissional e política dos futuros psicólogos que irão atuar nessa área, é inegável a importância de gerar novos métodos e dispositivos de ensino e educação no meio acadêmico. Para tanto, a disciplina de Psicologia e Saúde Pública II no curso de Psicologia da Universidade Federal do Ceará campus Sobral, lança novas propostas metodológicas em sala de aula, juntamente com a monitoria, visando desenvolver a formação docente e desconstruir os tradicionais métodos de ensino/aprendizagem, propondo outras formas de dialog(iciz)ar e interagir com o campo da saúde. Assim, objetivamos discutir criticamente sobre as políticas públicas de saúde e sobre os desafios contemporâneos que convocam a atuação do profissional psicólogo no campo da saúde pública, criando, assim, um espaço para problematizar a formação em Psicologia. No plano metodológico acontece a preleção dialogada entre a professora, os alunos e as monitoras, articulando de forma críticoreflexiva as temáticas e discussões geradas por essa forma de apreensão dos conteúdos. Utilizamos situações do cotidiano, filmes, imagens, artigos científicos, matérias de jornal, sites da internet, e outros materiais para a análise e discussão relacionadas aos conteúdos debatidos, bem como o compartilhamento via facebook de novidades sobre os temas estudados, questões são elaboradas e os alunos estabelecem outros pontos de contatos com os temas em saúde pública. Em sala buscamos realizar dinâmicas diferenciadas de avaliação, com apresentação de diálogos, construídos pelos alunos, a partir de temas geradores e vivências em campo. Como resultado, observou-se uma melhor compreensão dos conhecimentos gerados nos diálogos, bem como uma produção da criticidade em relação aos temas debatidos, incentivando alguns alunos a produzirem novos trabalhos científicos para publicação e/ou apresentação em congressos na área. Mostra-se assim, que com criatividade e dedicação muitas das amarras existentes no ensino e nas próprias questões da saúde pública podem ser desconstruídas e podemos criar novas possibilidades de experiências no ensino e na formação em Psicologia. 15 XXVI ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE PSICOLOGIA, UFG 2013, Goiânia-GO Anais de trabalhos XXVI ENEP Atividade: Comunicação oral EFEITO DA PUNIÇÃO POSITIVA NO USO DE PRONOMES EM CONSTRUÇÃO DE FRASES Alice Pederiva Amanda Müller Fernanda Severo Júlia Azevedo Matheus Neves Tainah Santos Universidade de Brasília O presente trabalho teve por objetivo observar os efeitos da punição contingente ao uso de determinados pronomes na construção de frases num delineamento intrassujeito. Para tal, a pesquisa foi realizada com três participantes na Universidade de Brasília. Por meio do uso de fichas contendo oitenta verbos diferentes no infinitivo e uma lista com os seis pronomes pessoais do caso reto (eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas), o experimentador deu instruções para que o participante formulasse frases começando com um pronome qualquer a ser escolhido. Quando os participantes usavam pronomes pré-estabelecidos a partir de certo verbo, também pré-estabelecido, o experimentador exercia uma punição positiva por meio da emissão de sons indicadores de reprovação, registrada por dois observadores. No caso do primeiro participante, após o uso da punição, a incidência do pronome em questão (eu) aumentou, enquanto no segundo observa-se que após o início do período de punição do mesmo pronome, o uso dos pronomes “eu” e “eles/elas” cai e a escolha pelo "vós" aumenta. Já no terceiro, o pronome observado (nós) foi utilizado poucas vezes desde o início, mas, durante o período de punição, ainda é possível notar uma diminuição quando comparado ao seu uso na linha de base. Os delineamentos utilizados para cada participante foram diferentes. As respostas de cada um dos três sujeitos também foram diferentes entre si, não sendo possível observar uma ligação clara entre a diferença de delineamento e a diferença nas respostas. Deste modo, optou-se por realizar uma análise dos resultados individuais de forma separada inicialmente. A pesquisa demonstrou resultados diferentes dos previstos inicialmente, especialmente no caso do primeiro participante em que foi possível perceber o uso da punição como reforço. Esses resultados podem ter sido influenciados por causas ambientais adversas e não controladas pelos experimentadores. 16 XXVI ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE PSICOLOGIA, UFG 2013, Goiânia-GO Anais de trabalhos XXVI ENEP Atividade: Comunicação oral ESTÁGIO EM PSICOLOGIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA EM UM CENTRO DE TESTAGEM E ACONSELHAMENTO HIV/AIDS, NO INTERIOR DA BAHIA Daiany Souza de Jesus¹ Jeane Saskya C. Tavares¹ ¹Universidade Federal do Recôncavo da Bahia O presente trabalho consiste num relato de experiência de estágio de graduação em Psicologia no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) HIV/Aids da cidade de Santo Antônio de Jesus, interior da Bahia.No CTA é feita a testagem para HIV, Hepatites B e C, Sífilis e HTLV. Além disso, outros serviços são oferecidos, como o aconselhamento pré e pós teste, acompanhamento e tratamento dos pacientes com DST/HIV/AIDS, distribuição de leite até 18 meses de idade para crianças expostas ao HIV/AIDS, distribuição de preservativo feminino e masculino, distribuição de lubrificante, visitas domiciliares, quando necessário, atendimento em outras instituições, em caso do paciente estar impossibilitado de se deslocar, notificação e investigação epidemiológica, e capacitação de outros profissionais. As atividades ocorreram de Outubro a Dezembro de 2012, contando inicialmente com discussões teóricas sobre HIV/Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis, além da atuação do psicólogo com grupos de risco. O estágio básico teve como objetivo permitir a vivência dos estagiários em um Serviço Especializado de Saúde, a fim de compreender a atuação do profissional psicólogo nessa instituição. A inserção no campo de estágio se deu a partir de um treinamento feito pela Psicóloga do serviço, o que permitiu um maior entrosamento com a equipe, bem como um maior entendimento das atividades a serem desenvolvidas pelos estagiários, a saber, o aconselhamento, capacitação, busca ativa e atividades administrativas. Acredito que o trabalho na Saúde Pública, precisamente no CTA, exige principalmente o comprometimento e a responsabilidade com os usuários do serviço. Deve-se atuar com respeito às diferenças, tendo domínio técnico das doenças ali tratadas, bem como de todo o funcionamento da instituição. É importante o trabalho em equipe, que irá permitir uma atenção completa ao usuário, e irá facilitar o desenvolvimento das ações. 17 XXVI ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE PSICOLOGIA, UFG 2013, Goiânia-GO Anais de trabalhos XXVI ENEP Atividade: Comunicação oral ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO RELIGIOSO NA DEPENDÊNCIA QUÍMICA MarialiceSegatto Rocha1 Domênico Uhng Hur1 1 Universidade Federal de Goiás A relação do homem com a religiosidade data deséculos atrás, sua necessidade de lidar com o saber de sua própria morte coloca-o frente ao desconhecido do universo, e é assim fonte de angústia e inquietação. A religiosidade, por vezes, ocupa-se em aquietar ou em dar bordas frente ao desconhecimento do mundo, da vida e principalmente de si. Nesse contexto, a religiosidade apresenta-se enquanto estratégia de enfrentamento, ou seja, como possibilidade de restabelecimento da saúde em situações de sofrimento psíquico. É objetivo desde trabalho investigar como o indivíduo utiliza estratégias de enfrentamento religioso na dependência química, valendo-se destas no sentido de suportar/ atravessar uma situação desestabilizante, para refletir sobre sua função como apoio e suporte a situações de sofrimento psíquico.Realizou-se uma pesquisa qualitativa, em que se adotou como procedimento, extenso levantamento bibliográfico sobre a temática da religião e dependência química. As palavras-chave utilizadas para a busca de material foram: Coping religioso, enfrentamento religioso e religião e dependência química. As bases de dados utilizadas foram: banco de teses, scielo e pepsic. A partir da análise de conteúdo sobre o material coletado, encontramos três modalidades de relação do dependente químico com a religião. Na primeira se atribui um papel de punição à religiosidade, em que o sujeito sente-se culpado e envergonhado ao lembrar-se de seu passado com a droga e tais sentimentos agem no sentido de paralisá-lo, e na segunda enxerga-se a partir da religiosidade a possibilidade de uma vida diferente, atribuindo um papel positivo à figura divina, como aquele que crê na potencialidade do sujeito, assim uma crença externa de sucesso desenvolve sentimentos de autoconfiança e faz com que o sujeito consiga caminhar. E uma terceira modalidade seria a substituição da dependência química por uma dependência religiosa. A contribuição da psicologia a essa temática, pode caminhar no sentido de compreender a função psicoterápica da crença religiosa, ou mesmo da compreensão a partir de um ponto de vista psicológico dos mecanismos psíquicos envolvidos nessa forma de enfrentamento, que por vezes se mostram efetivos e outras não. 18 XXVI ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE PSICOLOGIA, UFG 2013, Goiânia-GO Anais de trabalhos XXVI ENEP Atividade: Comunicação oral INTERVENÇÃO NA ROTINA INSTITUCIONAL: ANÁLISE DA VIOLÊNCIA QUE PERMEIA O COTIDIANO DE ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Janaina Santana dos Santos; Gláucia Cristina Bertotto; Cristiano da Silveira Longo Universidade Federal da Grande Dourados O trabalho a ser apresentado consiste em uma experiência do Estágio Básico do Núcleo Comum II: Cotidiano, Práticas Sociais e Processos de Subjetivação em Contextos de Atuação do Psicólogo. Tal trabalho foi desenvolvido em uma instituição que abriga adolescente do sexo feminino de 12 a 17 anos. Sabe-se que a adolescência é uma fase de construção da personalidade, onde os jovens buscam apoio na família e em grupos de identificação. Devido à situação de abrigamento não suprir adequadamente essa necessidade, considerou-se relevante a realização deste trabalho. Utilizamos como método de trabalho o grupo focal. No total foram realizadas dez sessões com duração de cerca 1he30min cada. Nosso objetivo pautou-se no conhecimento acerca dos acontecimentos e assuntos que envolvem a vida das adolescentes do abrigo. Para tanto utilizamos como principal instrumento dinâmicas com a finalidade de direcionar as discussões e estimular reflexões concernentes a situações vivenciadas. Constatamos que a principal queixa, que circulava em todas as sessões, era a questão dos conflitos existentes dentro da casa: falta de confiança umas nas outras, desavenças a ponto de ocorrer com frequência violências físicas, competição por atenção, falta de respeito e empatia e dificuldade de apego. Nos chamou atenção o alto grau de violência verbal e física existente dentro da instituição; a própria situação de abandono acaba por ser uma violência que interfere de forma negativa em como elas lidam com as situações e consigo mesma, enfim, sua visão de mundo. Pretendeu-se com o trabalho proporcionar a interação saudável entre os membros, priorizando a conscientização individual e grupal, procurando diminuir a incidência dos vários tipos de violência existentes. Verificou-se como principal resultado uma melhora na facilidade da comunicação, de forma a conseguirem expressarem-se cada vez mais e de forma efetiva, resultando no alivio do sofrimento psíquico. 19 XXVI ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE PSICOLOGIA, UFG 2013, Goiânia-GO Anais de trabalhos XXVI ENEP Atividade: Comunicação oral “MAIS VALE A LÁGRIMA DA DERROTA DO QUE A VERGONHA DE NUNCA TER LUTADO”: LEITURAS SOBRE A LITERATURA DE AUTOAJUDA E AS QUESTÕES PRIMORDIAIS NA CULTURA À LUZ DA PSICANÁLISE. Ana Sarah Melo Aragão* Dimas Sampaio Cavalcante* Universidade Federal do Ceará Os livros da literatura de autoajuda estão sendo cada vez mais difundidos, como alternativa acessível na busca constante pela tão almejada felicidade e pela completude. Nesse artigo temos como objetivo relacionar a literatura de autoajuda com os conceitos psicanalíticos anunciados por Freud, tomando como referencial as questões primordiais na cultura. Para tal utilizamos os métodos de realização difundidos pela autoajuda, levando em consideração o modelo universal de se encontrar a felicidade, préestabelecendo manuais com dicas e normas a serem seguidas para atingir esse objetivo. Em contrapartida, temos como referencial os escritos psicanalíticos, que propõe uma visão crítica para esse modelo de felicidade como estado permanente e detêm a ideia de que a busca pela autoajuda é uma resposta do sujeito frente a sociedade que o reprime. Com esse artigo vemos que a autoajuda coloca o sujeito como o centro do universo, que pode tudo sem levar em consideração a castração. Em contrapartida a psicanálise devolve aquilo que é mais humano do sujeito, sem recorrer a falsos idealismos, que é o desejo. Enquanto a autoajuda funciona como um acobertamento e supressão, a clínica psicanalítica manifesta e reelabora as querelas. 20 XXVI ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE PSICOLOGIA, UFG 2013, Goiânia-GO Anais de trabalhos XXVI ENEP Atividade: Pôster O PAPEL DOS AFETOS NAS RELAÇÕES ESCOLARES DE ADOLESCENTES Jeferson Carlos Bordignon1 Vera Lucia Trevisan de Souza1 1 Pontifícia Universidade Católica de Campinas O presente trabalho teve por objetivo investigar a influência dos afetos nas relações escolares de adolescentes. Ele é parte integrante de um estudo maior, intitulado “O Papel dos Afetos no Desenvolvimento Humano: um estudo dos processos de ensino e aprendizagem em práticas educativas”, que se desenvolve em uma escola de Ensino Fundamental do município de Campinas, à qual deve trazer contribuições com seus resultados. Adotou-se, para seu desenvolvimento, pressupostos teórico-metodológicos da Psicologia Histórico-cultural, sobretudo os conceitos de afeto, emoção, sentimento e paixão de Henri Wallon, e os aspectos volitivo-afetivos presentes no processo de constituição do sujeito, segundo Vigotski. De natureza empírica, o presente estudo utilizou como procedimentos a discussão de dois filmes que retratam conflitos relacionais entre adolescentes e observações do contexto escolar registradas em áudio e diário de campo, além da aplicação de instrumento de complemento de frases. Como resultado, encontra-se que devido à não satisfação de necessidades afetivas próprias dos sujeitos adolescentes, estes manifestam-se em sala de aula de maneira a buscar uma satisfação de tais necessidades, visto que nem a escola, nem a família oferecem condições e suporte para tal. Encaradas como indisciplina, desrespeito e apatia, na verdade a maneira de se colocar no mundo dos adolescentes pesquisados demonstram a urgência de que sejam criados espaços de discussão e reflexão de suas necessidades afetivas e desenvolvimento de interesses de modo a contribuir para uma melhor apropriação do conhecimento pelos sujeitos em desenvolvimento. 21 XXVI ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE PSICOLOGIA, UFG 2013, Goiânia-GO Anais de trabalhos XXVI ENEP Atividade: Comunicação oral O RECALQUE ORGÂNICO E A GÊNESE DO HUMANO Felipe Mariano de Miranda¹ Henrique Batista Almeida¹ Universidade Federal de Goiás¹ Várias formas de conhecer a realidade traçaram explicações acerca da origem do homem. Na ciência, um grande marco dessas conjecturas é a teoria da evolução das espécies, de Charles Darwin. Fundamentando-se no evolucionismo, Freud traça o percurso filogenético do homem, em sua diferença com outros seres vivos. Dessa forma, este trabalho tem como objetivo ressaltar a importância do construto teórico do "Recalque orgânico" para a possibilidade da constituição do humano. Para tanto, foi realizado uma pesquisa bibliográfica em obras de Freud, Lacan e também de autores contemporâneos como Marco Antônio Coutinho Jorge, que abordam a temática. O recalque orgânico marca aquilo que diferencia, essencialmente, o homem e os outros animais. Neste processo, verifica-se que o homem perdeu um conhecimento préestabelecido que determinariao objeto para sua completa satisfação. Na filogênese o humano adquiriu percepção de si e do mundo além de sua capacidade reflexiva, mas isso só foi possível a partir do advento da linguagem. Assim, a linguagem, ou melhor, o simbólico permite com que o sujeito consiga reconstruir de forma singular o elo perdido no desenvolvimento da espécie, ou seja, o caminho entre o desejo e o objeto de satisfação. 22 XXVI ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE PSICOLOGIA, UFG 2013, Goiânia-GO Anais de trabalhos XXVI ENEP Atividade: Comunicação oral O SIGNIFICADO DO COMPORTAMENTO HOMOSSEXUAL DE ALUNOS EM SALA DE AULA, PARA FUTUROS PROFESSORES DENTRO DA LICENCIATURA. Ivanira de Oliveira¹ Iliane Esnarriaga Sampaio² Priscila de Jesus Silgueiros ³ 1. Acadêmica do 9º semestre de Psicologia da Universidade Federal de Mato Grosso do SUL- Campus do Pantanal. 2. Professora Doutora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. 3. Acadêmica do 9º semestre depsicologia da Universidade Federal de Mato – Grosso do SUL- Campus do Pantanal- Campus do Pantanal. O trabalho teve como objetivo, o Levantamento de opinião a respeito da visão de alunos do curso de licenciatura UFMS-Campus do Pantanal, acerca de comportamentos homossexuais em sala aula. Apresentamos aos acadêmicos após autorização da coordenação do curso expondo qual seria a finalidade do projeto e as etapas a serem seguidas. Foram entrevistados 47 alunos, sendo 11 do curso de letras com habilitação em Inglês, 14 do curso de letras com habilitação em Espanhol, 16 do curso de História e 6 do curso de matemática. Foram exibidos cenas homossexuaisentre homens, no filme: Shelter e O segredo de brockbackmontain. Logo após, foi aplicado um questionário com 12 questões mistas (6 perguntas fechadas e 6 abertas). Onde foram analisadas quantitativamente e tabelados conforme as questões respondidas pelos alunos. Na questão sobre o significado da homossexualidade para os alunos pesquisados, obtivemos o seguinte resultado: curso de Letras- Inglês 54, 54% responderam assimilar homossexualidade como orientação sexual, já 36, 36% percebem como pecado enquanto que 09, 10% responderam a opção outros. Os alunos de Letras- Espanhol responderam que a homossexualidade significa (57, 14%) Orientação Sexual, (21, 42%) pecado e (21, 44%) outros. No curso de História encontramos respostas como (06, 25%) doença, (75%) orientação sexual e (18, 75%) outros. Os acadêmicos de Matemática responderam (66, 66%) Orientação Sexual e (33, 34%) outros. Foi perguntado aos acadêmicos pesquisados sobre sua reação ao ver dois homens se beijando. Os acadêmicos do curso de Letras- Inglês apresentaria reação como: normal (45, 45%) e de espanto (54, 55%). Os representantes do curso de Letras- Espanhol reagiriam normalmente (21, 42%), com nojo (21, 43%) e com espanto (57,5%). No curso de História obtivemos respostas como: Normal (50%), nojo (06,25%) e espanto (43, 75%). Os alunos de Matemática responderam que reagiriam de forma normal (50%), com nojo (33, 33%) e com espanto (16,67%). 23 XXVI ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE PSICOLOGIA, UFG 2013, Goiânia-GO Anais de trabalhos XXVI ENEP Atividade: Comunicação oral OS SIGNIFICADOS DO TRABALHO: CONCEPÇÕES DE TRABALHADORES DE UMA INDÚSTRIA CALÇADISTA DO MUNICÍPIO DE SOBRAL - CE Antonio Anderson Mota da Silva Universidade Federal do Ceará O trabalho ao longo da história foi marcado por diferentes concepções, estando presente na vida do homem desde a Pré-História. O trabalho como uma atividade eminentemente humana é uma das principais fontes de significação do homem para a sua existência, estando associado à construção de identidades, sejam sociais, afetivas ou psicológicas. Dentro do contexto do mundo do trabalho estão inseridos os trabalhadores de uma indústria calçadista da cidade de Sobral/CE, a qual emprega um grande contingente de pessoas de toda a região norte do estado. A proposta da pesquisa foi investigar os significados atribuídos pelos trabalhadores à atividade laboral que desenvolvem, relacionando aos diversos aspectos de suas vidas que mantém relação com o trabalho. Participaram da entrevista quarenta e cinco (45) trabalhadores da indústria calçadista, de ambos os sexos, na faixa etária de vinte (20) a quarenta (40) anos. Para a realização da pesquisa foi utilizada como metodologia o delineamento de levantamento ou Survey, e como instrumento de coleta de dados um questionário com questões abertas e fechadas. A utilização dessa ferramenta possibilitou a apreensão de diferentes concepções dos sujeitos sobre o trabalho. Como resultado da investigação obteve-se uma variedade de opiniões dos participantes sobre o tema, sendo que a maioria relacionaram a atividade laboral à aquisição de bens materiais, independência financeira e construção de uma identidade pessoal. Ao final da investigação chegou-se à conclusão de que o trabalho é um das bases de significação da vida desses sujeitos, sendo um dos pontos de origem na construção da sua subjetividade. 24 XXVI ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE PSICOLOGIA, UFG 2013, Goiânia-GO Anais de trabalhos XXVI ENEP Atividade: Pôster PROJETO CINEFILOS: VIVÊNCIAS E APRENDIZADOS DOS EXTENSIONISTAS NA ATUAÇÃO NO PETI/COHAB I Daniella Pimentel Ferreira Lopes1 Diego Breno de Olanda Alves1 George Mike Adrião Albano1 Rita Helena Sousa Ferreira Gomes1 1 Universidade Federal do Ceará O Cinefilos é um projeto de extensão da Universidade Federal do Ceará que tem como principal objetivo incentivar o olhar crítico para com a realidade. Seu público alvo são pessoas de comunidades não-acadêmicas e de baixa renda da região de Sobral. Atualmente, o projeto tem atuado em parceria com os EJAs do SESC e com o PETI/COHAB II, ambos disponibilizam espaço e material necessários para realização das ações do Cinefilos junto às comunidades com que trabalham. O objetivo deste trabalho é expor as vivências adquiridas na atuação deste projeto com crianças e adolescentes que participam do PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil) do bairro da Cohab II na cidade de Sobral. Para tanto, será explicitado como é o processo de preparação para a realização de visitas às comunidades, o que ocorreu durante as mesmas entre os meses de abril e junho de 2013, bem como nossas observações e conclusões diante da experiência. As visitas consistiram na exibição de filmes e posteriores atividades lúdicas que visavam instigar a reflexão dos participantes beneficiados. Tomando como referência o que vivenciamos, pretendemos evidenciar os relatos positivos percebidos durante as atuações, bem como os pontos em que notamos a necessidade de aprimorar a nossa intervenção. Concluiremos apontando a relevância deste projeto para o desenvolvimento crítico das crianças e adolescentes beneficiados pelo PETI Cohab II apesar de reconhecermos a dificuldade de mensuração de tal fato. 25 XXVI ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE PSICOLOGIA, UFG 2013, Goiânia-GO Anais de trabalhos XXVI ENEP Atividade: Grupo de Discussão e Vivência PSICOLOGIA ANTES E NAS EMERGÊNCIAS E DESASTRES: PENSANDO A ATUAÇÃO COM UMA CIDADE EM MINIATURA. Henrique do Nascimento Ricardo Universidade Federal de São Carlos. Emergências e Desastres não é uma nova especialidade em Psicologia. Aquilo que faz o cidadão se comportar pode ser alvo da intervenção de diversas Especialidades da Psicologia, tanto em nível individual, quanto Cultural. Pode ser no nível de Resposta; Preparação; Prevenção e Reconstrução. As discussões sobre a possibilidade de o Desastre ser um Campo de Atuação para a Psicólogo é recente e crescente no País. O aumento dos fatores de risco e de eventos vem indicando que é necessário, não só a intervenção, mas a produção de pesquisas sobre a área. O objetivo da oficina é capacitar os participantes a identificar possibilidades de atuação e de pesquisa do Psicólogo no contexto de Desastre. Por meio da análise do território de uma cidade em miniatura, o participante será convidado a refletir sobre a atuação do profissional na temática. Além disto, será realizada uma apresentação de conceitos Básicos em Proteção e Defesa Civil, como por exemplo: Níveis de Atuação, Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil, e do conceito de Desastre. 26 XXVI ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE PSICOLOGIA, UFG 2013, Goiânia-GO Anais de trabalhos XXVI ENEP Atividade: Pôster PSICOLOGIA SOCIAL COMUNITÁRIA: AVANÇOS, MANUTENÇÕES E RETROCESSOS Aurelina Marinho Rodrigues Neta1 ¹UNIVERSIDADE PAULISTA A instituição da psicologia no Brasil enfrentou inúmeras dificuldades para se fixar, uma vez que encontrou um contexto social da ditadura militar por vezes servindo a ela e se associando as elites. Sendo assim, surge a perspectiva da psicologia social com a proposta de uma psicologia social brasileira voltada às necessidades deste povo, considerando e compreendendo suas singularidades, dispondo-se a conversar com as ciências sociais e repensar seu compromisso social, bem como trazendo em seu bojo a ideia de reinserção, de cidadania, de autonomia para o sujeito. Esses avanços ocorreram na medida em que a psicologia se fortalece no país por meio do estabelecimento dos Conselhos de Psicologia, ao passo que as discussões se intensificam para contribuir com a formação de um país democrático e cidadão. No entanto tais avanços não mais vêm ocorrendo, tem vigorado a mesma proposta de Lane de repensar o Compromisso Social da mesma, havendo então a manutenção de uma luta iniciada por volta da década de 60, sendo que muitas destas necessidades se alteraram e ou agravaram, havendo então uma urgência em repensar as necessidades e as formas de atuação da psicologia social, de modo que esta também não venha a se tornar excludente e elitista, uma vez que o diferencial desta é estar voltada para o social. 1 Acadêmica do 9º período do curso de Psicologia da Universidade Paulista, campus GoiâniaFlamboyant. 26 XXVI ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE PSICOLOGIA, UFG 2013, Goiânia-GO Anais de trabalhos XXVI ENEP Atividade: Comunicação oral QUALIDADE DE VIDA A MULHERES OBESAS IDOSAS Marina Ramos DomingosI Bruno VillelaI Bruno KoodyI Dimas RamirezI André MacielI Jesuany Ramos I Joyce Larissa I Ricardo GuerraII . I Discente da Universidade Federal de São Paulo II Docente da Universidade Federal de São Paulo O projeto tem como objetivo promover a saúde de idosas a partir de um trabalho interdisciplinar dos cursos de psicologia, educação física e nutrição.Para ingressar, os participantes têm que ter IMC superior a trinta, ser do sexo feminino e ter mais de sessenta anos. As atividades ocorrem quatro vezes semanais, sendo as segundas, quartas e sextas realizadas atividades físicas e, as quintas, um encontro de psicologia ou nutrição. As atividades físicas são divididas em duas turmas, que se revezam em caminhada e exercícios em academia. O trabalho da nutrição tem como objetivo realizar debates sobre alimentos consumidos pelas participantes no cotidiano, esclarecendo suas dúvidas. A psicologia, por sua vez, proporciona uma roda de conversa sobre assuntos e situações que estejam vivenciando. A psicologia assume papel também no decorrer das atividades físicas em conversas informais com as participantes. Essa é uma maneira de levantar demandas sobre suas dificuldades e levar a debate no dia da psicologia. Como essas senhoras são ativas e animadas, a psicologia tem como proposta construir temas a serem discutidos através de breves dinâmicas, de modo que todas participem. No início e no fim de cada encontro, é realizado um alongamento ao som de músicas da preferência do grupo. Ao final da conversa, é feita outra dinâmica a fim de proporcionar bem estar e contato entre as participantes, como a massagem. Como forma de avaliá-las, cada curso aplica testes, no inicio e final do projeto. A psicologia realiza os Inventários de Depressão e Ansiedade. Os resultados são nítidos em todas as áreas, sendo que, na parte psicológica, depressão e ansiedade decaem no decorrer do projeto, resultado de um trabalho influenciado por diversas frentes. A qualidade de vida dessas senhoras sofre mudanças positivas através da interdisciplinaridade promovida pelas três áreas. Os encontros fornecem, além de uma maior qualidade de vida, um momento de distração e interação entre as participantes. 27 XXVI ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE PSICOLOGIA, UFG 2013, Goiânia-GO Anais de trabalhos XXVI ENEP Atividade: Grupo de Discussão e Vivência REDESCOBRINDO PACOTES DE PODERES E CONQUISTANDO ESPAÇOS ATRAVÉS DA COMUNICAÇÃO HIPNÓTICA José Jorge Cunha e Jessé Nunes Duarte Mendonça Universidade do Estado do Rio de Janeiro A hipnose é um tema de grande controvérsia entre psicólogos e público em geral. Há idéias e mitos que rondam esse conceito. Mas o que será de fato a hipnose de acordo com os estudos atuais? Até que ponto a hipnose pode proporcionar bem estar? Até que ponto pode trazer malefícios? Profissionais e estudantes, além do público em geral podem ser esclarecidos sobre os fenômenos da comunicação hipnótica e vivenciar a experiência de entrar em contato com seus processos internos. Além do objetivo de informar, muito da comunicação hipnótica está presente no dia-a-dia. Se familiarizar com seus próprios estados de recursos internos, pode permitir a pessoa uma melhor administração de suas escolhas enquanto sujeito e cidadão, além da compreensão de uma complexidade presente: ter certo controle mas aprender a entrar em contato com seu próprio ritmo. O objetivo é expor alguns conceitos sobre o que é a comunicação hipnótica e trabalhar com vivências. Os recursos necessários para a realização do trabalho são uma sala ampla, com uma boa acústica e que tenha cadeiras que possam ser soltas para se fazer um círculo. 28 XXVI ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE PSICOLOGIA, UFG 2013, Goiânia-GO Anais de trabalhos XXVI ENEP Atividade: Comunicação oral RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE A ADOLESCÊNCIA A PARTIR DE OBSERVAÇÕES EM UMA ESCOLA DE FORTALEZA Caio Gustavo David Ribeiro Gabriel Vitor Acioly Gomes Lise Mary Soares Souza Universidade Estadual do Ceará Este trabalho é fruto do estágio desenvolvido na disciplina de Práticas Integrativas de Trabalho II (PIT II). Essa disciplina faz parte da grade curricular do Curso de Psicologia da Universidade Estadual do Ceará, caracterizada como uma disciplina de estágio básico supervisionado, que tem a função de inserir o aluno-futuro profissional no contexto prático da atuação do psicólogo, mediante os conhecimentos teóricos adquiridos no decorrer do curso. A disciplina PIT II tem uma ênfase nos diferentes processos de desenvolvimento do ser humano (infância, adolescência e vida adulta), no qual os alunos devem se inserir em instituições e cenários sociais diversos, tendo como objetivo atentar-se aos diferentes indivíduos presentes nesses contextos. No presente trabalho, foi escolhido o período da adolescência e adotado como metodologia fazer observações em uma sala de aula, seguido de supervisões por parte da professora, com o intuito de elaborar um relatório no final da disciplina. Como resultados das observações, foram propostas algumas categorias, com o intuito de promover uma discussão sobre o fenômeno da adolescência, buscando fugir dos estigmas e tentando ver a singularidade dos indivíduos. A partir das experiências adquiridas nas vivências de campo e da teoria exposta nas aulas de supervisão, foi percebido que o objetivo final da disciplina foi alcançado. Seria esse a entrada no mundo adolescente e a compreensão das diferentes percepções, atitudes e gostos. 29 XXVI ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE PSICOLOGIA, UFG 2013, Goiânia-GO Anais de trabalhos XXVI ENEP Atividade: Grupo de Discussão e Vivência REPRESENTAÇÃO SOCIAL DE GÊNERO: PROBLEMATIZANDO AS RELAÇÕES DE GÊNERO Mariana Martines Tozzi Moreira Luan Fernando Schiwnn Santos Universidade Federal da Grande Dourados As Relações de Gênero são na contemporaneidade um tema de grande importância para a sociedade de maneira geral, pois buscam repensar as representações sociais de gênero, bem como, possibilitar a igualdade social entre os gêneros. Devido ao fato de as representações de gêneros serem aprendidas socialmente através dos signos que são adquiridos nas instituições (família, escola, igreja, etc.), estas podem ser ressiginificadas, ou seja, podem ser reaprendidas, na medida em que os indivíduos dêem novos significados às antigas concepções e passe a entendê-las de outra maneira. Assim, tem-se como objetivo principal neste Grupo de Discussão e Vivência, possibilitar às (aos) participantes a reflexão sobre as atuais disseminações de representações de gêneros que são observadas na sociedade e problematizar esta questão. Para tanto, pretende-se em um primeiro momento, através de dinâmicas de grupo, possibilitar a reflexão das (dos) participantes sobre o tema; e em um segundo momento, sugerir às (aos) participantes que elaborem algum tipo de apresentação (texto, poema, teatro, música, etc.) que demonstre uma possibilidade de ressignificar os gêneros. Os materiais a serem utilizados serão data-show, textos e imagens para reflexão. 30 XXVI ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE PSICOLOGIA, UFG 2013, Goiânia-GO Anais de trabalhos XXVI ENEP Atividade: Comunicação Oral SUBPROJETO PIBID DE PSICOLOGIA UFG CAMPUS GOIÂNIA Felipe Mariano de Miranda Henrique Batista Almeida Stéfany Bruna de Brito Pimenta Profª. Drª Jordana de Castro Balduíno Universidade Federal de Goiás O Projeto Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) se constitui como um meio de aprimoramento da formação de licenciandos e alunos da educação básica, visando ainda promover uma melhoria na qualidade das escolas participantes. Dentro deste programa, o Subprojeto PIBID de Psicologia da Universidade Federal de Goiás (Campus Goiânia) tem desenvolvido suas ações no Instituto de Educação de Goiás, atuando no Ensino Médio. Este trabalho tem como finalidade apresentar as ações que vêm sendo desenvolvidas por esse Subprojeto, bem como problematizar as possíveis contribuições que a Psicologia poderia oferecer aos alunos do Ensino Médio o que vem sendo defendido por instituições como a Associação Brasileira de Ensino de Psicologia (ABEP) e o Conselho Federal de Psicologia (CFP). As ações objetivam contribuir para a formação crítica dos licenciandos bem como dos alunos da escola através da discussão de temáticas da Psicologia. A inserção no IEG se deu por meio da vinculação com a disciplina optativa do professor de Sociologia, tendo em vista a afinidade dessas duas áreas do conhecimento. Com o estudo de caso etnográfico, através de observações de campo, entrevistas, questionários e análise documental, buscou-se, em um primeiro momento, compreender a realidade institucional, sua dinâmica de funcionamento e os atores escolares. A partir deste estudo, foi elaborada uma disciplina optativa com temáticas da Psicologia, como sexualidade, subjetividade, preconceito, trabalho/profissão etc. A atuação dos pibidianos frente aos desafios de elaborar uma disciplina de Psicologia para alunos do terceiro ano do Ensino Médio e ministrar aulas, compreendendo os limites e as possibilidades que a Psicologia pode apresentar enquanto um conhecimento para além do âmbito universitário tem se dado de maneira bastante formativa. Isso porque coloca aos licenciandos a tarefa de articular, confrontar e diferenciar os conhecimentos científicos dos conhecimentos do senso comum, integrar conhecimentos de diferentes abordagens num todo característico da Ciência Psicológica de modo que seja formativo para os alunos, além de o ser para todos envolvidos. 31 XXVI ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE PSICOLOGIA, UFG 2013, Goiânia-GO Anais de trabalhos XXVI ENEP Atividade: Comunicação oral VIVÊNCIAS DO ESTÁGIO BÁSICO EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIANO MUNICÍPIO DE SANTO ANTONIO DE JESUS - BA Elaine de Jesus Souza Elen Mota de Sousa Marineide da Ressurreição Souza1 1 Universidade Federal do Recôncavo da Bahia A estratégia de Saúde da Família vem abrindo espaços de trabalho para diversos profissionais, a proposta é que os profissionais que trabalham no Sistema Único de Saúde exerçam o trabalho em equipe de modo articulado com diversas áreas do conhecimento, abarcando o indivíduo em toda sua complexidade. É nesse contexto que o psicólogo se insere, ofertando uma importante contribuição na compreensão contextualizada e integral do indivíduo, das famílias e da comunidade. Nesse cenário, os profissionais de psicologia enfrentam o grande desafio de ir além do modelo de atendimento clínico/individual, o que requer uma resignificação de suas práticas, a fim de responder as demandas, onde os usuários estão inseridos e interagem dialeticamente. O presente trabalho foi desenvolvido através da finalização das atividades desempenhadas no Estágio Básico I, implementado na Unidade de Saúde da Família – USF da URBIS II em Santo Antônio de Jesus - BA, iniciado em 18 de março e finalizado em 20 de maio de 2013. As primeiras quatro visitas a USF foram realizadas com o intuito de fazer um diagnóstico institucional, e posteriormente desenvolver uma proposta de intervenção que atenderia a um grupo específico. No processo de diagnóstico institucional foi identificada como demanda a inquietação dos (as) usuários (as) frente à espera de atendimento. Assim, como proposta de intervenção foi desenvolvida três salas de espera com as temáticas: “Conversando sobre estresse”“Conversando sobre a depressão” e “Conversando sobre o Conselho Municipal de Saúde”. Através do estágio, buscou-se desenvolver um trabalho humanizado e de qualidade aos usuários da USF, produzindo rupturas e movimentação dos papéis cristalizados e para isso foi necessário sair da zona de conforto. O estágio possibilitou um aprendizado enorme, conciliando o aprendido em sala de aula com a prática do campo, vislumbrando novos horizontes imprescindíveis para nossa formação enquanto profissional que se dispunha abraçar uma prática compromissada com o social. 32 XXVI ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE PSICOLOGIA, UFG 2013, Goiânia-GO Anais de trabalhos