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RBORL - Revista Brasileira de Otorrinolaringologia
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Cesar Lanzarini
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Subject: RBORL - Revista Brasileira de Otorrinolaringologia
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História da RBORL
História da ABORL
Corpo Editorial
ISSN 1806-9312 (on-line) - 3603 -
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Ano: 2008 Vol. 74
Ed. 1 - Janeiro - Fevereiro - (2º)
Edições Anteriores
Seção: Artigo Original
Caderno de Debates
Páginas: 7 a 15
Consensos
Banco de Imagens
39º CBO
Congressos Passados
Complicações de corpos estranhos em otorrinolaringologia: um estudo retrospectivo
Complications of ent foreign bodies: a retrospective study
Critérios e Normas
Submissão Online
Autor(es): Ricardo Rodrigues Figueiredo 1, Andréia Aparecida de Azevedo 2, Arthur Octavio de Ávila Kós 3, Shiro
Tomita 4
Artigos no Prelo
Palavras-chave: complicações, corpos estranhos, otorrinolaringologia.
Pedido de Separatas
Keywords: complications, foreign bodies, otolaryngology.
Contato
Resumo:
Corpos estranhos constituem uma das mais freqüentes urgências em Otorrinolaringologia. Embora raras, complicações
graves podem ocorrer, como perfuração timpânica e broncoaspiração. Objetivos: Analisar, através de um estudo
retrospectivo, 1356 casos de corpos estranhos e estabelecer causas para as complicações, objetivando medidas
preventivas. Material e Método: 1356 pacientes com corpos estranhos de orelha, nariz, faringe e laringe atendidos no
Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital Souza Aguiar, Rio de Janeiro, RJ, no período de 1992 a 2000, foram
analisados de forma retrospectiva quanto aos parâmetros sexo, idade, tipo de corpo estranho, localização do corpo
estranho, tempo entre colocação e retirada do corpo estranho e complicações. Resultados: O corpo estranho mais
freqüente foi o grão de feijão e a faixa etária mais freqüente a de 1 a 4 anos. Corpos estranhos de orelha foram os mais
freqüentes, seguidos pelos de nariz. Complicações foram estatisticamente relacionadas ao tempo, faixa etária infantil e
experiência do médico. Conclusão: A maioria das situações que levam a acidentes com corpos estranhos são evitáveis.
Melhorias na estruturação da rede pública de atendimento e na formação dos otorrinolaringologistas são fundamentais
para evitarmos as complicações mais sérias.
Abstract:
Foreign bodies are one of the most common ENT (Ear, Nose and Throat) urgencies. Serious complications may occur,
like tympanic perforations and bronchoaspiration, but they are uncommon. Aim: To analyze a 1356 foreign body series
and establish causes for the complications, looking at prevention. Materials and methods: 1356 patients with ear,
nose and throat foreign bodies from the ENT Department of Souza Aguiar Hospital, in Rio de Janeiro, between 1992 and
2000, were analyzed in a retrospective study for parameters like age, gender, type and localization of the foreign body,
time span between introduction and removal of the foreign body and complications. Results: The most common foreign
bodies were beans and the most frequent age was between 1 and 4 years old. Ear foreign bodies were the most
common, followed by nasal foreign bodies. Complications were statistically related to time, child's age and practical
experience of the physician. Conclusion: Most of the situations related to ENT foreign bodies are avoidable.
Improvements in Public Health Assistance and otolaryngologists' training are essential to avoid serious complications.
INTRODUÇÃO
De acordo com a literatura1-4, os corpos estranhos respondem, em média, por 11% dos casos de
Emergências em Otorrinolaringologia, podendo evoluir com complicações em 22% dos casos. Estas
complicações são, na maioria das situações, simples, mas, eventualmente, quadros mais severos, como
perfurações timpânicas e broncoaspiração, podem ocorrer4,5.
Fatores decisivos para a ocorrência de complicações são3,4:
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Tentativas de remoção por curiosos e profissionais de saúde não-habilitados;
Inexperiência do médico no manejo de corpos estranhos;
Falta de infra-estrutura hospitalar adequada;
Má estruturação da rede pública para Emergências em Otorrinolaringologia;
Longa permanência do corpo estranho, muitas vezes conseqüência do item anterior.
Nossos objetivos neste artigo são:
Expor nossa experiência de 8 anos no manejo de corpos estranhos de orelha, nariz, faringe e laringe;
Analisar os principais fatores que podem levar a complicações, através da análise de 1356 casos de
corpos estranhos removidos, buscando medidas para evitá-las.
PACIENTES, MATERIAL E MÉTODO
Analisamos, de forma retrospectiva, dados referentes a 1356 casos de corpos estranhos atendidos em
nosso Serviço entre Dezembro de 1992 e Dezembro de 2000. Seis parâmetros foram levados em
consideração: idade, sexo, localização do corpo estranho (CE), tipo do CE, complicações, lapso de tempo
entre introdução e remoção do CE e época da remoção (entre 1992 e 2000). Quanto ao último parâmetro,
o objetivo de sua análise em nosso trabalho é tentar estabelecer relação entre a experiência do
otorrinolaringologista e a presença de complicações, uma vez que todos os corpos estranhos forma
removidos pelo mesmo médico (o autor). Analisamos também as relações entre as complicações e os
outros parâmetros, sendo as complicações classificadas como iatrogênicas e não-iatrogênicas (o conjunto
de todas as complicações foi denominado "complicações gerais"). A análise estatística foi realizada pelo
teste de qui-quadrado (c2) ou pelo teste exato de Fisher, para verificar a relação entre o sexo, faixa
etária, tipo de corpo estranho, local, tempo até remoção e época com as complicações. O critério de
determinação de significância adotado foi o nível de 5%, ou seja, quando o valor de p do teste estatístico
for menor ou igual a 0,05, então existe significância estatística.
O material utilizado para a remoção dos corpos estranhos inclui espéculos nasais e auriculares,
abaixadores de língua de Bruennings, fibras óticas rígidas de 4mm de diâmetro (70°, 0° e 30°), pinças
Kelly e baioneta, laringoscópio de fibra ótica, pinças Hartmann e jacaré, ganchos rombos e pontiagudos,
seringas para lavagem auricular e lavador elétrico de orelhas. O projeto de pesquisa foi aprovado pela
Comissão de Ética em Pesquisa Médica do Hospital Municipal Souza Aguiar, sob o número de protocolo
32/2003.
RESULTADOS
Do total de 1356 casos, 753 (55,53%) eram de orelha, 420 (30,97%) de nariz, 179 (13,21%) de faringe e
4 (0,29%) de laringe. Em faringe, tivemos 129 corpos estranhos alojados em tonsilas (72,06%), sendo 65
em tonsila direita e 64 em tonsila esquerda. 31 casos (17,32%) localizavam-se na base da língua, 12
(6,70%) em valécula, 3 (1,68%) em fosseta supra-tonsilar direita (F.S.T.), 2 (1,12%) em hipofaringe e 2
(1,12%) em lojas tonsilares (pacientes tonsilectomizados), sendo 1 à direita e 1 à esquerda.
Em relação ao sexo, tivemos 674 casos (49.70%) no sexo feminino e 682 casos (51.30%) no sexo
masculino. A distribuição por faixa etária pode ser vista no Gráfico 1.
Gráfico 1- Distribuição por faixa etária
Os tipos de CE encontrados podem ser observados no Gráfico 2. A sigla PAP significa "Pequenos Artefatos
de Plástico". Neste gráfico, grãos de feijão e milho não foram incluídos no grupo das sementes, sendo
analisados separadamente.
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Gráfico 2- Tipos de CE
Os corpos estranhos animados são discriminados no Gráfico 3.
Gráfico 3- CE Animados
Em relação às complicações, nenhuma foi observada em 1055 casos (77,80% do total). Portanto, somente
22,20% (301 casos) do total de corpos estranhos observados evoluíram com complicações, incluindo as
decorrentes do procedimento de remoção. Em 159 casos (11,70% do total), as complicações foram
iatrogênicas. Os tipos de complicações observados podem ser vistos no Gráfico 4.
Gráfico 4- complicações
Os dados do Gráfico 5 são referentes ao lapso de tempo entre a introdução e a remoção dos CE. O tempo
médio encontrado foi de 9,71 horas.
Gráfico 5- Lapso de tempo entre introdução e remoção do CE
A Tabela 1 fornece a freqüência (n) e o percentual (%) do sexo, faixa etária, tipo, local, tempo e época
segundo a presença e ausência de complicação geral. A análise estatística foi realizada pelo teste de quiquadrado (c2). A partir deste ponto, grãos de feijão e milho foram incluídos no grupo das sementes.
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quadrado (c2). A partir deste ponto, grãos de feijão e milho foram incluídos no grupo das sementes.
A Tabela 2 fornece a freqüência (n) e o percentual (%) do sexo, faixa etária, tipo, local, tempo e época
segundo a presença e ausência de complicação iatrogênica. A análise estatística foi realizada pelo teste de
qui-quadrado (c2).
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Os resultados acima mostram que o grupo com complicações não-iatrogênicas apresentou algumas
características diferenciadas. Desta forma, foram analisados os três grupos separadamente para melhor
caracterização segundo as variáveis analisadas.
A Tabela 3 fornece a freqüência (n) e o percentual (%) do sexo, faixa etária, tipo, local, tempo e época
segundo a presença de complicação iatrogênica, não-iatrogênica e sem complicação. A análise estatística
foi realizada pelo teste de qui-quadrado (c2) e pelo teste exato de Fisher.
DISCUSSÃO
O estudo dos corpos estranhos é fascinante, com várias peculiaridades regionais. A Otorrinolaringologia
lida com a maioria dos orifícios naturais habitualmente expostos, como a boca, narinas e orelhas4. O
esôfago e as vias aéreas inferiores são atingidas de forma indireta, uma vez que os corpos estranhos
devem passar primeiramente pela faringe ou fossas nasais. Corpos estranhos de orofaringe e fossas nasais
são corpos estranhos esofageanos e brônquicos em potencial3-5.
Corpos estranhos de orelha podem levar a perfurações timpânicas e surdez, particularmente se houver
infecção secundária. Epistaxes severas associadas a corpos estranhos não são comuns, mas espinhas de
peixe podem levar a abscessos peri-tonsilares4,6,7.
Nossos dados sobre a localização dos corpos estranhos são concordantes com a literatura8-12, com
predominância dos corpos estranhos de orelha, seguidos pelos de nariz e garganta. Em nossa opinião,
corpos estranhos de nariz e garganta são mais facilmente eliminados por mecanismos fisiológicos, tais
como esternutação, tosse e reflexos nauseosos. A projeção natural das tonsilas na cavidade oral explica
sua posição como local mais comum de impactação de corpos estranhos na faringe. A distribuição por sexo
não mostrou diferenças estatisticamente significativas, em concordância com a literatura2-4,11,13.
A distribuição por faixas etárias mostra uma clara predominância das crianças, com a faixa etária entre 1 e
4 anos respondendo por 47.64% dos casos. Corpos estranhos nasais são praticamente exclusivos de
crianças, corpos estranhos faríngeos são mais comuns em adultos e corpos estranhos de orelha mostram
uma distribuição mais balanceada, com predominância por crianças. Estes dados também são
concordantes com a literatura8,9,13.
O feijão foi o corpo estranho mais encontrado (17.18%), o primeiro em orelha (23.11%) e terceiro em
nariz (14.76%). A alta incidência de espinhas de peixe como corpos estranhos de faringe geralmente
reflete pouco cuidado com o preparo da alimentação, especialmente com peixes de pequeno tamanho, que
são usualmente os mais baratos. Os PAP são encontrados em brinquedos e objetos variados, como botões
e lacres de alimentos. Brinquedos e outros objetos adquiridos em camelôs são especialmente perigosos, já
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e lacres de alimentos. Brinquedos e outros objetos adquiridos em camelôs são especialmente perigosos, já
que, na maioria das vezes, não vêm com recomendações quanto à faixa etária. Fragmentos de algodão
refletem hábitos populares de limpeza e alívio do prurido otológico. Fragmentos de espuma, geralmente
removidos de travesseiros e colchões rotos, foram os corpos estranhos nasais mais encontrados.
Corpos estranhos animados constituem um capítulo à parte. Em nosso Serviço, as baratas foram as mais
encontradas, seguidas pela miíase, mosquitos e besouros4,15. As baratas geralmente penetram o conduto
auditivo externo a partir do chão, particularmente em pessoas que têm por hábito (ou por falta de opção)
dormir no chão15,16. O quadro clínico é dramático e doloroso, sendo recomendado matar-se previamente
o inseto, através da instilação no conduto auditivo externo de substâncias oleosas, álcool ou éter. Corpos
estranhos animados são geralmente relacionados a condições higiênicas precárias4,15. A mosca mais
freqüentemente associada à miíase no Brasil é a Cochliomya hominivorax, associada a infestações da
orelha e fossas nasais15,16. No nariz, as complicações da miíase, como perfurações septais, necrose de
cornetos e complicações orbitárias, são comuns. Deve-se remover a maior quantidade possível de larvas,
com debridamento cirúrgico, associado à antibioticoterapia parenteral (clindamicina ou penicilina cristalina
associada à ceftriaxone)4,15. Alguns estudos defendem o uso da ivermectina17.
Encontramos complicações em 22.20% dos casos. Marques et al. observaram maior incidência de
complicações em casos previamente manipulados por médicos não-otorrinolaringologistas, outros
profissionais de saúde, o próprio paciente e mesmo outros leigos.8,9,14
Em nossos dados, as complicações mais freqüentes foram sangramento (51.83% das complicações),
fetidez (28.57%) e otite externa (10.30%). Complicações mais sérias foram menos encontradas, tais como
necrose (1.33%) e perfurações timpânicas (0.99%). O sangramento geralmente é leve e, em nossa
casuística, nenhum caso chegou a requerer medidas de contenção. A fetidez ocorre por infecção bacteriana
secundária, sendo mais comum nos corpos estranhos de nariz, especialmente os higroscópicos, como
fragmentos de espuma, papel e algodão2-4. Alguns tipos de complicações são mostrados nas figuras
abaixo:
Figura 1. Perfuração timpânica por corpo estranho (fragmento de bambu).
Figura 2. Laceração da pele do conduto auditivo externo.
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Figura 3. Otomicose associada a corpo estranho (fragmento de algodão).
Figura 4. Pericondrite secundária a miíase.
Com relação às complicações, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os
sexos.
A diferença estatisticamente significativa entre complicações e a faixa etária inferior a 10 anos deve-se,
provavelmente, à maior agitação da criança no momento da remoção. A relação entre presença de
complicações iatrogênicas e alguns tipos de corpos estranhos (como os PAP e sementes) nos leva a
concluir que tais corpos estranhos apresentam remoção tecnicamente mais trabalhosa. Complicações nãoiatrogênicas mostraram relação estatisticamente significativa com corpos estranhos animados,
possivelmente pelo quadro inflamatório e infeccioso associado.
Nossos dados mostram relação estatisticamente significativa entre complicações não-iatrogênicas e corpos
estranhos nasais, provavelmente pela maior incidência de infecção secundária, levando a fetidez. Corpos
estranhos de orelha foram associados a complicações iatrogênicas, provavelmente devido à anatomia
tortuosa do conduto auditivo externo, que torna a remoção tecnicamente mais trabalhosa.
Com relação ao tempo decorrido entre a colocação e a remoção do corpo estranho, encontramos relação
estatisticamente significativa entre as complicações não-iatrogênicas e corpos estranhos de longa
permanência (superior a 72 horas), o que nos permite concluir que o retardo na remoção do corpo
estranho leva a complicações não-iatrogênicas com maior freqüência, fato que reforça a importância do
tratamento precoce. De outro modo, as complicações iatrogênicas mostram relação estatisticamente
significativa com corpos estranhos com menos de 24 horas. Acreditamos que isso ocorra por uma maior
agitação do paciente nos primeiros momentos após a introdução do corpo estranho. A incidência de corpos
estranhos removidos sem complicações também relaciona-se com o atendimento precoce.
Finalmente, com relação ao ano da remoção, encontramos maior incidência de complicações iatrogênicas
nos primeiro biênio, 1992 a 1994. Estes achados nos permitem concluir que a experiência do profissional
no manejo dos corpos estranhos é importante por 2 razões: desenvolvimento de habilidades manuais e
decisão quanto a remover o corpo estranho sob sedação ou anestesia geral. Tais fatos reforçam a
necessidade de melhora no ensino de Urgências em Pós-Graduação.
Os dados sobre o tempo decorrido entre a introdução e a remoção do corpo estranho mostram que
54.50% dos casos são removidos nas primeiras 24 horas, 13.57% entre 24 e 48 horas e 13.06% após as
primeiras 72 horas. Em 18.95% dos casos, esse tempo é ignorado, fato que ocorre especialmente em
crianças por vezes receosas de contar aos responsáveis sobre suas travessuras.
CONCLUSÕES
Os dados em nosso trabalho mostram a casuística de um dos maiores Serviços de Urgências em ORL da
América do Sul. Os achados gerais coincidem com os da literatura, com peculiaridades regionais, como a
predominância do feijão como corpo estranho mais freqüente. Complicações iatrogênicas foram
relacionadas a corpos estranhos de orelha, crianças, pequenos artefatos de plástico, sementes, menos de
24 horas entre introdução e remoção e pouca experiência do profissional no manejo de corpos estranhos.
Complicações não-iatrogênicas foram relacionadas a corpos estranhos animados e de longa permanência.
De acordo com as conclusões acima, algumas medidas podem ser tomadas no sentido de evitarmos
complicações, tais como:
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1) Orientações à população quanto à procura imediata pelo Otorrinolaringologista nos casos de corpos
estranhos, especialmente nos corpos estranhos animados.
2) Atenção do otorrinolaringologista quanto a corpos estranhos de remoção tecnicamente difícil, como
sementes e pequenos artefatos de plástico, especialmente em orelha e em crianças, nas quais remoção
sob sedação ou anestesia geral deve ser considerada.
3) Melhora do ensino de Urgências nas Pós-graduações ORL.
AGRADECIMENTOS
Dedicamos este trabalho a todos os colegas, auxiliares de enfermagem e pacientes do Hospital Souza
Aguiar.
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1 Mestre em ORL pela UFRJ, Professor Assistente e Chefe do Serviço de ORL da Faculdade de Medicina de
Valença, RJ.
2 Médica, otorrinolaringologista OTOSUL, Otorrinolaringologia Sul-Fluminense.
3 Doutor em ORL, Professor Emérito de ORL da Faculdade de Medicina da UFRJ.
4 Doutor em Otorrinolaringologia, Professor Titular e Chefe do Serviço de ORL da Faculdade de Medicina
da UFRJ . Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, Universidade Federal do Rio de Janeiro Hospital
Municipal Souza Aguiar.
Endereço para correspondência: Rua 60 nº 1680 ap. 202 Bairro Sessenta Volta Redonda RJ 27261-130.
Este artigo foi submetido no SGP (Sistema de Gestão de Publicações) da RBORL em 13 de setembro de
2006. cod. 3392
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Artigo aceito em 9 de novembro de 2006.
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