Brazil-Windpower-201.. - Associação Brasileira de Energia Eólica

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Brazil-Windpower-201.. - Associação Brasileira de Energia Eólica
Jornal oficial produzido pEla RECHARGE
www.rechargebrasil.com
Edição 1 | 4 de Setembro de 2013
Lobão: 2GW por ano é conservador
Foto | Rogério Resende
Ministro de Minas e
Energia, Edison Lobão,
diz que expansão anual
eólica no Brasil pode
ser acima de 2GW
MILTON LEAL
O governo brasileiro pretende
contratar 2GW de energia eólica
anualmente até 2020, disse o
ministro de Minas e Energia,
Edison Lobão, durante a abertura
do Brazil Windpower 2013, na
noite passada.
Logo após o discurso, quando
estava rodeado por jornalistas, o
ministro respondeu à Recharge
que a estimativa de 2GW por ano
é “conservadora” e que “pode ser
mais”.
O chefe do governo brasileiro na
área energética estima que até o
final do horizonte de 2020, cerca
de R$50 bilhões serão investidos na
fonte, que ele classifica como a que
mais cresce no Brasil.
“Vamos dobrar a capacidade
eólica muito rapidamente,” afirmou
o ministro, referindo-se aos 6,7GW
de usinas já contratadas que serão
instaladas até 2017, envolvendo
investimentos da ordem de R$15
bilhões.
“Tenho a consciência de que
vamos avançar cada vez mais.
Fazendo com que os geradores se
espalhem por esse País. O Brasil
está no caminho certo,” disse
Lobão.
Lauro Fiúza, fundador e
vice-presidente da ABEEólica,
classificou o ministro como
RECHARGE
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O Ministro de Minas e
Energia, Edison Lobão,
discursa na abertura do
Brazil Windpower
“um soldado do vento”.
“Ele cumpriu o que prometeu e
está cumprindo muito mais. Nosso
plano era ter 10GW em 2025 e nós
vamos alcançar 10GW em 2017,”
resumiu Fiúza.
Considerado pela Associação
Brasileira de Energia Eólica
(ABEEólica) como o responsável
pelo pontapé inicial da fase
competitiva da energia eólica no
Brasil, Edison Lobão foi agraciado
com uma homenagem prestada
pela presidente-executiva da
entidade, Elbia Melo.
“Os últimos três anos
apresentaram resultados
fantásticos,” disse Melo. “O setor
eólico é um setor de grandes
números.”
Lobão: 2GW a year is conservative
T
he Brazilian government
intends to contract 2GW
of wind power annually
until 2020, energy and
mines minister Edison Lobão told
Brazil Windpower 2013 last night.
After his speech at the conference
opening, Lobão told Recharge
that the 2GW per year estimate is
“conservative”and that the amount
“could be more”.
The minister said that until
2020, about R$50bn ($21.2bn)
will be invested in wind power,
which he described as Brazil’s
fastest-growing energy source.
“We are going to double the
capacity of wind power rapidly,”
said the minister, referring to the
6.7GW of wind plants contracted
that will be installed through to
2017, involving investments of
R$15bn.
“I am conscious that we are going
to advance more and more, and see
wind turbines spread across this
country,” said Lobão. “Brazil is on
the right path.”
Lauro Fiúza, founder and
vice-presdent of wind industry
association ABEEólica, called the
minister a “soldier for wind power”.
“He has delivered on what he
promised and is delivering much
more,” he said.
“Our plan was to have 10GW
in 2025 and we are going to reach
10GW in 2017.”
Considered by ABEEólica to be
responsible for the initial creation
of a competitive wind sector in
Brazil, Lobão received praise
from the organisation’s executive
president, Elbia Melo.
“The last three years have seen
fantastic results,” she said. “The
wind sector is generating big
numbers.”
2 rechargenews.com
Foto | Christoph Bangert
Steve Sawyer,
secretário-geral
do Global Wind
Energy Council
Sawyer: turbine firms
here for the long haul
M
Fabricantes cumprirão
regras de conteúdo local
BEN BACKWELL
“Interferir nas
etapas do
programa de
nacionalização
dos componentes
não ajuda
Além disso, a política brasileira de
nacionalização de equipamentos
pode enfrentar algum tipo de
problema com a Organização
Mundial do Comércio (OMC),
apesar de que o governo pode
perceber ter atingido o objetivo e
desistir das regras antes que isso
aconteça.
“Isso não é uma política do
governo nacional, é uma política
do BNDES, mas este é um banco
do governo e as possibilidades de
arranjar financiamento
independente do BNDES são
muito limitadas”, diz Sawyer, que
prevê, contudo, que “ninguém irá
desafiar as regras neste momento”.
Sawyer atribui o primeiro ano de
operação das usinas eólicas, que
atingiram um fator de capacidade
de 54%, ao “extraordinário e
singular” recurso eólico brasileiro e
diz que a fonte está em uma
posição interessante para se tornar
a segunda fonte de geração depois
da hidreletricidade. Contudo, o
setor enfrenta um número de
desafios de curto e médio prazos.
Um dos mais importantes
desafios são as restrições de conexão
ao grid, que já trouxeram
limitações ao número de projetos
que podem competir nos leilões.
Sawyer espera que o plano do
presidente da Empresa de Pesquisa
Energética, Mauricio Tolmasquim,
de leiloar 6GW de capacidade de
linhas de transmissão no final deste
ano “possa ajudar bastante”.
Em um sentido geral, Sawyer diz
que as críticas de outras fontes
estão crescendo. “A potencial
nebulosidade é a mesma que nós
estamos vendo na Europa. Por
anos, a eólica foi criticada por ser
muito cara, e agora está sendo
criticada por ser muito barata”,
afirma. Ele acredita que “as outras
fontes não se preocupavam com a
energia eólica até que ela começou
a incomodar os negócios deles, mas
agora eles estão percebendo que ela
está afetando os negócios deles”.
Ele diz que este tipo de crítica é a
real razão pela qual a eólica foi
excluída do último leilão A-5,
realizado em agosto. “Tem essa
história de estabilidade do sistema,
mas eu não compro essa história”.
Outro importante fator é se a
economia brasileira vai continuar
crescendo e por conseguinte a
demanda por eletricidade. Qualquer
retração no crescimento econômico
poderia culminar com “uma quebra
de expectativas” no florescente setor
eólico nacional, ele availa.
Further on, Brazil’s policy might
attract a challenge at the World
Trade Organization, although the
government may decide it has
achieved what it wanted and decide
to unwind it before this happens.
“This is not a national
government policy, it is a policy of
the BNDES, but that is a
government bank and the
possibilities of arranging finance
independently of the BNDES [are]
very limited,” says Sawyer.
However, he adds: “Nobody will
challenge it right now.”
Brazil’s “extraordinary and unique”
wind resources — Sawyer points
out that first-year operating data
bears out average capacity factor
estimates of 54% — mean the
sector is in a strong position to
become the country’s second
generation source after hydropower.
However, the sector faces a
number of challenges in the short
and medium terms. One of the
most important is grid constraints,
which have already led to
limitations in the type and number
of projects that can compete in
tenders.
Sawyer hopes that plans by the
energy planning agency to tender
for up to 6GW of transmission
lines by the end of the year “will
help a lot”.
In a more general sense, Sawyer
says he can see evidence that
“push-back” from incumbent
energy players is growing. “The
potential cloud is the same as what
we are seeing in Europe. For years,
wind was criticised as too expensive,
and now it is being criticised for
being too cheap,” he says.
“The big incumbents don’t mind
some wind power, as long as it
doesn’t affect their business, but
now they are seeing that it is
affecting their business.”
This kind of attitude, he maintains,
is the real reason that wind was
excluded from the recent A-5
tender. “There is all this talk about
system stability, but I don’t buy it.”
The other big factor is whether
Brazil’s economy will continue to
grow, and along with it, electricity
demand. Any major slowdown in
economic growth could lead to “all
bets being off” for the burgeoning
wind sector, Sawyer points out.
Wobben has already
met BNDES localcontent criteria
Photograph | Wobben
A maioria dos fabricantes
estrangeiros de turbinas que se instalou no mercado eólico brasileiro
nos último anos vão tentar seguir
à risca as regras de conteúdo local
existentes, diz o secretário-geral
do Global Wind Energy Council
(GWEC), Steve Sawyer.
“Eu acho que eles vão fazer de
tudo para dar certo, mesmo se o
montante de energia leiloada ficar
perto de 2GW ou 2.5GW por
ano”, diz Sawyer, acrescentando
que fabricantes como a Wobben,
Impsa, Gamesa, Alstom e GE já
conseguiram atender os critérios do
BNDES, enquanto outros como a
Vestas estão perto de o fazer.
Ainda há dúvidas no ar se outras
empresas, como a indiana Suzlon e
a alemã Siemens estão dispostas a
fazerem os investimentos necessários
para atenderem as regras.
Enquanto as novas regras tiveram
algum sucesso em criar capacidade
de produção local, elas também
estão criando alguns desafios para o
mercado brasileiro. Sawyer estima
que os preços das turbinas subiram
até 25% no último leilão de
energia eólica, realizado em agosto,
quando comparado com o último
leilão, o que torna a fonte menos
competitiva.
Contudo, ele salienta que o preço
médio do leilão de R$110 ($48)
per MWh ainda é “muito barato”.
“Os R$87/MWh [do leilão de
2012] foram ridículos, a questão
agora é se os R$110/MWh ou algo
em torno disso passará a ser o preço
normal.”
Em termos gerais, Sawyer afirma
que regras de conteúdo local “são
uma coisa boa”. Contudo, ele
acrescenta que as últimas regras do
BNDES vão aumentar os custos
das máquinas e criar alguns gargalos
e uma espécie de cartel na cadeia de
suprimento. “Interferir nas etapas
do programa de nacionalização dos
componentes não ajuda, mas o
setor pode viver com isso. O
importante é ser transparante e não
fazer mais mudanças”.
As regras também exarcebaram o
problema da sobrecapacidade no
mercado eólico global, com
companhias como a GE, por
exemplo, construindo uma nova
fábrica no Brasil mesmo tendo
muita capacidade nos Estados
Unidos também.
ost of the international
turbine manufacturers
that have moved into
Brazil’s wind market
in recent years will try to stay the
course and comply with new localcontent rules, says Steve Sawyer.
“I think they will all try to make it
work, even if the amount tendered
is closer to 2GW or 2.5GW per
year,” says the Global Wind Energy
Council secretary-general.
Sawyer notes that Wobben,
Impsa, Gamesa, Alstom and GE
have already met the domesticcontent criteria for preferential
funding from the national
development bank, BNDES, and
other manufacturers, including
Vestas, are close to doing so.
There is doubt as to whether some
other companies, such as India’s
Suzlon and Germany’s Siemens, are
willing to make the investments
needed to meet the rules.
Although the rules have been
successful in creating local
manufacturing capacity, they are
creating challenges for Brazil’s wind
sector. Sawyer estimates that
turbine prices increased by up to
25% in the wind tender in August,
compared with the previous
auction, making wind less
competitive.
However, he points out that
average prices of around R$110
($48) per MWh are still “very
cheap”. “The R$87/MWh level was
ridiculous; the question is whether
R$110/MWh or thereabouts is
going to be the new normal.”
In general terms, Sawyer describes
local content as “a good thing”.
However, he adds that the latest
local-content rules for specific
components are bound to drive up
costs, creating the possibility of
bottlenecks and price fixing in the
supply chain.
“Interference at the level of
components is unhelpful, but the
sector can live with it,” he says.
“The important thing is for it to be
transparent, and not to make any
more changes.”
The rules also exacerbate the
overcapacity in the global turbine
market, with GE, for example,
building new capacity in Brazil
when it already has too much
capacity in the US.
Pretende obter o
máximo rendimento
do seu investimento
em energia eólica?
Para a maioria dos países da América Latina as últimas
décadas estiveram marcadas por um crescimento constante
e por uma ampla transformação da sociedade. Este processo originou modificações nas infraestruturas, bem como um
aumento do consumo energético. O Brasil não é exceção.
Esse rápido e crescente desenvolvimento requer
uma maior segurança no abastecimento de energia,
contrabalançando ao mesmo tempo o aumento
do custo da energia e das emissões de CO2. Neste
contexto, a energia eólica representa a escolha que
permite dar resposta à crescente procura de energia,
sem aumento das emissões de carbono, com um preço
estável e previsível a longo prazo.
Com mais de 57 GW de capacidade instalada em
todo o mundo e mais de 62 por cento de capacidade
instalada face ao seu concorrente mais próximo, a
Vestas é a líder mundial em energia eólica. Desde
1979, a Vestas tem-se empenhado em assumir
o ciclo completo da vida do produto, trabalhando
sempre para oferecer novas soluções para otimizar
as nossas unidades geradoras de energia eólica:
desde a concepção de novas variantes de plataforma,
disponibilizando inclusive pacotes de serviços, à
otimização de soluções de previsão de fornecimento
de energia. Aproveitar o vasto conhecimento da Vestas
significa garantir uma produção de energia confiável,
um custo financeiro mais baixo e um fluxo de caixa
adicional positivo aos nossos clientes.
4 rechargenews.com
Leilão de eólicas marca
nova fase da indústria
MILTON LEAL
A história da energia eólica
no Brasil ganhou um novo capítulo
depois que o leilão exclusivo de
energia eólica contratou 1,5GW
em novos empreendimentos no
mês passado a um preço médio de
R$110 por MWh.
Desta vez, apesar da participação
minoritária nos consórcios, as
empresas estatais federais Chesf e
Furnas entraram com muita força
e juntas viabilizaram a contratação
de quase 650MW de usinas, ou
43% de todo leilão.
Além disso, a forte competição
ao redor daquela que pode ser
considerada uma das melhores
regiões de vento do Brasil, o
Sudoeste da Bahia, provou que a
competitividade eólica em relação a
outras fontes de energia disponíveis
no País continua intacta. O preço
médio negociado naquela área foi
de R$106,1/MWh.
Com um lance médio de
R$101,2/MWh, a italiana Enel,
que atua na mesma região, mos-
trou ainda que pode ser possível
construir usinas eólicas com tarifas
semelhantes àquelas negociadas nos
leilões de 2010 e 2011.
Naquela época, os fatores que
hoje impactam para cima o preço
da eólica estavam fora da mesa,
como as restrições nas subestações, a
Mathias Becker
forte desvalorização do real ante ao
dólar, a utilização do fator P90 de
previsibilidade de geração da fonte,
além das regras mais estritas de
conteúdo local para os fabricantes
de aerogeradores, que chegaram a
encarecer as máquinas em até 20%,
segundo fontes da indústria.
Contudo, a esmagadora maioria
da indústria não acredita que um
valor ao redor dos R$100/MWh
possa proporcionar sustentabilidade à cadeia como um todo. A
presidente-executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica
(ABEEólica), Élbia Melo, classificou os projetos em Pernambuco da
maior vencedora do leilão, a desenvolvedora Casa dos Ventos, que
bidou a R$116 por MWh, como o
referencial correto de preços para a
fonte atualmente.
Nas regiões onde não houve
muita competição durante o lance
único de acesso ao grid – uma das
peculiaridades do último leilão –,
o preço médio ficou em R$113,09,
sendo que 20 projetos deram lances
praticamente acima dos R$115 por
MWh.
Diferentemente dos últimos
leilões, quando a diferença de
preços entre os projetos não chegou
a ultrapassar R$3 por MWh, no
último certame o hiato entre o
projeto mais barato e o mais caro
beirou os R$18/MWh, devido à
questão da disputa pelo espaço de
conexão nas subestações.
“Para quem tinha competição na
conexão, não havia outra opção
a não ser baixar o preço até o
mínimo possível logo na partida.
Foi isso que fizemos”, diz Mathias
Becker, CEO da Renova Energia,
empresa presente na Bahia.
“Não havia outra
opção a não ser
baixar o preço
até o mínimo
possível
De qualquer forma, toda a
indústria comemorou bastante o
resultado do último leilão de energia eólica, que pode ter aberto o
caminho para que 2013 seja o ano
de maior contratação da fonte, caso
o sucesso se repita nos leilões A-3 e
A-5, que serão realizados no último
trimestre deste ano.
Chesf
A estatal Chesf, controlada pela
Eletrobras, vai contar com turbinas
eólicas de três fornecedores
diferentes para os projetos que ela
ajudou a viabilizar no leilão de
reserva. Para o complexo eólico de
210MW, que será construído no
estado do Piauí, em parceria com
a desenvolvedora de projetos Casa
dos Ventos e a utility Contour
Global, a companhia escolheu a
americana GE. Para a usina de
102MW, na Bahia, em parceria
com a Sequóia Energia e a Casa
Forte Investimentos, as máquinas
escolhidas são da Gamesa. Também
na Bahia, em parceria com a
Brennand Energia, a empresa
construirá uma usina de 89.1MW
com turbinas da Wobben,
subsidiária da companhia alemã
Enercon.
Casa dos Ventos
Os 210MW que a Casa dos Ventos
venceu no consórcio formado
com a Chesf e a Contour Global
fazem parte de um complexo ainda
maior, de 420MW. A Recharge
apurou que durante a fase de
lances do leilão de energia eólica,
a Chesf desistiu de participar
da totalidade do projeto (veja o
painel) e ficou apenas em metade
dos empreendimentos. A Casa
dos Ventos optou pela Gamesa
Foto | Renova Energia
Players escolhem
fabricantes
para o fornecimento dos outros
210MW. Assim, o complexo,
no Estado do Piauí, deverá ter
turbinas da companhia espanhola
e também da GE. Para o projeto
em Pernambuco, de 191,7MW,
vencido apenas pela Casa dos
Ventos, a empresa diz que ainda
está em negociações para a
aquisição das máquinas. Contudo,
a turbina registrada para a disputa
do leilão era da Alstom.
Renova Energia
Como era de se esperar, a
Renova Energia construirá os
159MW vencidos no último
leilão utilizando máquinas da
francesa Alstom. As duas empresas
fecharam um enorme contrato de
suprimento de 1.2GW de turbinas
no início deste ano. Por enquanto,
pouco mais da metade deste acordo
já foi transformado em ordens
firmes.
Enerfin
A espanhola Enerfin, que venceu
o único projeto viabilizado na
região sul do País, uma planta de
80.5MW, continuará contratando
máquinas da Wobben, assim como
o fez em todos os projetos que
já venceu no Brasil, um total de
450MW de usinas viabilizadas
desde a época do Proinfa.
CONTINUA: Página 6
Obras do complexo
eólico Alto Sertão,
da Renova, na Bahia
Vencedores
Winners
MW
Casa dos Ventos
Chesf
Renova Energia
FIP Caixa Milão
Furnas
Enel
Enerfin
Contour Global
CER (ex-EPP)
Rio Energy
Brennand
Casa Forte
Sequóia Energia
433.2
196.53
159
125.05
120.14
89.7
80.5
75.6
68
60
45.44
26.52
25.5
Empreendedor/Consórcio
Entreprenuer/Consortia
UF | MW
State | MW
Preço de venda (R$/MWh)
Bid price (R$/MWh)
Enel Green Power
CER
Chesf (49%)/Casa Forte (26%)/
Sequóia (25%)
Renova Energia
Chesf (49%)/Contour Global (36%)/
Casa dos Ventos (15%)
Casa dos Ventos
FIP Caixa Milão (51%)/Furnas (49%)
Enerfin
Brennand (51%)/Chesf (49%)
FIP Caixa Milão (51%)/ Furnas (49%)
Casa dos Ventos
Rio Energy
Bahia | 89.7
Bahia | 68
Bahia | 102
101.2
102.78
105.95
Bahia | 159
Piauí | 210
106.5
109.97
Piauí | 210
Rio Grande do Norte | 132
Rio Grande do Sul | 80.5
Bahia | 89.1
Ceará | 113.2
Pernambuco | 191.7
Bahia | 60
109.97
111.82
114.9
115.8
115.9
116
116.29
THE OFFICIAL SHOW DAILY RECHARGE | BRAZIL WINDPOWER 2013 5
Foto | Octavio Nogueira
Wind auction marks
new phase for sector
T
Turbinas na usina
de Taíba, no Ceará
he history of wind energy
in Brazil entered a new
phase after the exclusive
wind auction on 23 August
contracted 1.5GW at an average
price of R$110 ($47) per MWh.
In contrast to previous auctions,
state companies Chesf and Furnas
won big, allowing the consortia
in which they participated to gain
contracts for 650MW, or 43% of
the total.
On top of this, the fierce
competition around one of Brazil’s
best wind regions, the southwest
of Bahia state, proved that wind’s
competitiveness with other energy
sources remains intact. The average
price negotiated for projects in the
region was R$106.10/MWh.
With an average bid of R$101.2/
MWh, Italy’s Enel showed that it
is still possible to construct wind
plants with tariffs similar to those
negotiated in the auctions of 2010
and 2011. This is despite several
additional factors pushing up
wind prices, such as restrictions on
substation capacity, the fall in the
real against the US dollar, the use
of the P90 factor for wind-power
predictability, as well as stricter
local-content rules, which increase
turbine prices by up to 25%.
In this new context, the vast
majority of industry participants
do not believe that a price of
R$100/MWh is sustainable.
Elbia Melo, executive president of
industry association ABEEólica,
considers that the R$116/MWh
bid for projects in Pernambuco by
the biggest winner in the auction,
Casa dos Ventos, is the correct
reference price for wind power at
present.
In previous auctions, the
difference between the lowest and
highest successful bids was less
than R$3/MWh. The gap this
time was R$18/MWh, due to
competition — or not — for access
to substation connections.
“For those who had to compete
for the connection, there was no
other option than to lower the price
as much as possible. This is what we
did,” says Mathias Becker, president
of Renova Energia, which won
159MW in Bahia.
The recent auction may have
paved the way for 2013 to be a
record year in contracted wind
power, if its success is repeated
at the A-3 and A-5 auctions in
November and December.
6 rechargenews.com
INÍCIO: Página 4
Furnas
Os dois complexos eólicos vencidos
por Furnas, em parceria com o FIP
Caixa Milão, ainda estão sob
negociação no que diz respeito
ao contrato de fornecimento
de turbinas, segundo informou
a assessoria de imprensa da
companhia. Contudo, a Recharge
apurou que a turbina cadastrada
pela empresa para a disputa do
leilão foi a da argentina Impsa.
Entretanto, isso não impede a
geradora de trocar de fornecedor.
CER
Em sua primeira aparição no
mercado eólico brasileiro, a
Companhia de Energias Renováveis
(CER), antiga EPP, conseguiu
vender 68MW no leilão de reserva.
A empresa optou pelo fornecimento
de máquinas da espanhola Gamesa,
segundo o diretor-presidente da
companhia, Marcelo Bruzzi.
Enel
A utility italiana Enel Green Power,
que vendeu 89.7MW no certame,
optou pelas turbinas da Gamesa.
Rio Energy
A Rio Energy, que tem por
Chesf desiste de projeto no leilão
Para os mais atentos, algo
estranho ficou no ar após o
fim do leilão de energia eólica,
quando a Chesf publicou um
comunicado na Comissão de
Valores Mobiliários (CVM)
afirmando ter participado
minoritariamente da
viabilização de um conjunto
de 611MW de projetos
eólicos. Pouco depois, em
seu website, a companhia
publicou outro comunicado
afirmando que sua
participação na licitação se
resumia a 401MW de usinas
eólicas.
De acordo com o
superintendente de
engenharia e construção da
Chesf, Rui Barbosa, durante o
leilão, literalmente enquanto
o consórcio — formado em
parceria com a Casa dos
Ventos e a utility Contour
trás o fundo de private equity
americano Denham, pode ser
considerada a empresa que
obteve o melhor resultado no
leilão, já que o bid de R$116,29/
MWh para um complexo de
60MW foi o maior do leilão.
Global — inseria os lances
da disputa no sistema, a
estatal decidiu reduzir sua
participação pela metade
no complexo de 420MW,
localizado no Piauí. Segundo
Barbosa, discordâncias
comerciais motivaram a
decisão. Ainda não está claro
se a Contour Global também
desistiu de metade do
complexo.
Na prática, a Chesf só
poderá sair da sociedade
de propósito específico que
formou o consórcio, após a
assinatura dos contratos de
compra de energia, o que
ainda deve levar algumas
semanas.
E segundo Barbosa, até que
isso aconteça, o caso pode
sofrer uma reviravolta, já que
as negociações podem ser
reabertas.
Porém, segundo Marcos Meireles,
principal executivo da empresa, o
contrato de fornecimento ainda
está segundo negociado. Alstom,
GE e Gamesa estão no páreo para
o fornecimento, com a Acciona
correndo por fora.
The winners’ choice of turbines
Chesf
Eletrobras-controlled Chesf will
use turbines from three different
suppliers for the projects it won
in the reserve auction. For the
210MW project that it will build
in Piauí with developers Casa
dos Ventos and Contour Global,
the company chose GE. For the
102MW plant it will construct in
Bahia with Sequóia Energia and
Casa Forte Investimentos, it chose
Gamesa. And for another 89.1MW
plant it will construct in Bahia, it
chose Enercon subsidiary Wobben.
Casa dos Ventos
The 210MW that Casa dos Ventos
won with Chesf and Contour
Global is part of a larger 420MW
complex. Recharge has learned that
during the bid phase of the auction,
Chesf decided not to participate
in the whole project and stay in
for just 50%. Casa dos Ventos
chose to work with Gamesa for
the other 210MW, meaning that
the complex in Piauí will be made
up of Gamesa and GE turbines.
For the project that it won on its
own, a 191.7MW wind farm in
Pernambuco, the company says it is
still in negotiations for the turbine
purchase contract. However, the
company it registered to take part in
the auction was Alstom.
Renova Energia
As expected, Renova Energia
will use Alstom turbines for the
159MW it won, after the two
companies signed an enormous
1.2GW supply contract at the
start of this year. Just over half of
the megawatts foreseen under the
agreement have been transformed
into firm contracts.
Enerfin
Spanish developer Enerfin, which
won the only project in the South,
an 80.5MW plant in Rio Grande
do Sul, will continue to use Wobben
turbines, as it has in all its Brazilian
projects, a total of 450MW.
Furnas
The turbine contracts for two
wind complexes won by Furnas,
in partnership with investment
fund Caixa Milão, are still being
negotiated. Recharge has learned that
it registered for the auction with
Argentine turbine maker Impsa.
CER
In its first entry into Brazil’s wind
market, Companhia de Energias
Renováveis (CER), formerly EPP,
managed to win 68MW. The
company has opted for Gamesa as
its turbine supplier, according to
CER director-president Marcelo
Bruzzi.
Enel Green Power
Italian renewables giant Enel Green
Power, which won 89.7MW, has
also opted for Gamesa turbines.
Rio Energy
Rio Energy, which is owned by
US private equity Denham, can be
considered the company that had
the best result in the tender, as its
successful bid of R$116.29 (about
$49) per MWh for 60MW was the
highest in the auction. However,
according to chief executive Marcos
Meireles, the turbine contract for
the project is still being negotiated.
Alstom, GE and Gamesa are in the
running, with Acciona also in with
a chance.
Chesf’s strange messages
For those watching the
auction closely, something
strange was in the air when
Chesf published a stock
market communiqué saying it
had participated as a minority
partner in a total of 611MW
of wind projects. Shortly
afterwards, on its website, the
company published another
announcement saying that its
participation in the auction
was 401MW of wind plants.
According to Chesf
superintendent for
engineering and construction
Rui Barbosa, during the
auction — literally at the
moment when the consortium
made up of Chesf, Casa dos
Ventos and Contour Global
was entering the bids into
the system — the stateowned company decided to
reduce its participation in a
420MW complex in Piauí by
half. According to Barbosa,
commercial differences
between the partners were
behind the decision. It is still
not clear if Contour Global
also decided to pull out from
half of the complex.
In practice, Chesf can only
leave the special-purpose
company that the consortium
formed for the project after
the signing of the energypurchase contracts, which will
take a few weeks.
O que esperar
MILTON LEAL
O cenário para a energia eólica
em 2013 está bastante animador.
Caso o governo não mude as regras
que hoje “parecem” estar estabelecidas para os leilões A-3 e A-5, a
indústria eólica poderá ultrapassar
o recorde do ano de 2011, que
contratou 2,7GW.
A estimativa de uma fonte do alto
escalão do Ministério de Minas
e Energia (MME) aponta para a
necessidade de contratação de mais
cerca de 2,5GW em 2013, mesmo
após a viabilização de 1,5GW de
eólicas no leilão de reserva e de
1,2GW de usinas hidrelétricas e
plantas a biomassa no primeiro
leilão A-5, ambos realizados no mês
passado.
Quanto desta necessidade remanescente pode ficar com a indústria
eólica? Este é um quebra-cabeça
cheio de variáveis, mas alguns
palpites podem ser esboçados.
O desejo do governo é de que boa
parte desta contratação remanescente de energia seja preenchida por
usinas termelétricas. Contudo, como
ficou provado no primeiro leilão
A-5, apesar de todos os benefícios
que as plantas a carvão receberam, a
participação delas foi nula.
Os representantes da fonte alegaram que o preço-teto de R$140/
MWh foi irrealista e pediram um
reajuste para R$170/MWh para o
segundo leilão A-5 deste ano, que
será realizado em dezembro.
Não sei como o governo conseguiria justificar para a sociedade
brasileira a contratação de uma
fonte 55% mais cara que o preço
médio do último leilão de reserva,
que foi de R$110/MWh. Portanto,
se mantido este cenário, as chances
de que as usinas térmicas não vendam nada no próximo A-5 parecem
ser altas.
Devido ao resultado do leilão de
eólicas ter sido considerado muito
bom pelo ministro de Minas e
Energia, Edison Lobão, a eólica foi
readmitida no segundo leilão A-5.
Apesar da justificativa de Lobão
fazer algum sentido, na verdade
o que se comenta nos bastidores
é que sem a energia eólica, a demanda total das distribuidoras não
seria atendida nos leilões deste ano.
Assim, resta saber quantas
licenças ambientais o governo
conseguirá para as hidrelétricas
que ele pretende incluir no A-5. O
sonho do governo é de que cerca de
THE OFFICIAL SHOW DAILY RECHARGE | BRAZIL WINDPOWER 2013 7
Foto | Folhapress
Analysis: what to
expect from the
next auctions
T
Edison Lobão
dos próximos leilões
1,2GW de hidrelétricas disputem
o certame, o que reduziria muito a
participação da eólica. Porém, hoje,
somente uma usina de 145MW
possui licença. A usina de São
Manoel (700MW), por exemplo,
a maior entre elas, é alvo de um
imbróglio judicial.
Assim, para o leilão A-5, a chance
de vermos um predomínio eólico é
real. No caso do leilão A-3, que acontecerá em novembro, as chances
são ainda maiores, pois a disputa
será feita entre todas as fontes e a
eólica é de longe a mais barata de
todas.
O curioso, entretanto, é que
muitos empreendedores eólicos
que estavam focando esforços no
certame A-3 agora vão refazer as
contas para disputar o A-5, já que
existe a possibilidade de antecipar a
produção de energia dos parques e
vendê-la no atrativo mercado livre.
Assim, é possível que a indústria
veja um leilão A-3 com menos con-
tratação eólica do que haveria caso
a fonte não entrasse no A-5.
Sobre os preços, o leilão A-5 poderá trazer lances muito agressivos
devido à antecipação da energia,
enquanto que o A-3, devido à
redução na competição, poderá
observar preços iguais ou maiores
que aqueles do último leilão de
reserva.
De qualquer forma, 2013 tem
tudo para ser o melhor ano da
energia eólica no Brasil.
he scenario for wind
energy in 2013 is
encouraging. As long
as the government does
not change the rules that seem to
have been established for the A-3
and A-5 auctions later this year,
the wind sector could surpass the
record 2.7GW contracted in 2011.
A well-placed source in the
Ministry of Mines and Energy
estimates that a further 2.5GW of
energy will need to be contracted
in 2013, even after the 1.5GW
that was awarded for wind projects
in the reserve auction, and the
1.2GW of hydropower and
biomass projects that were awarded
in the A-5 auctions last month.
How much of this remaining
2.5GW could be allocated to wind
projects?
The government would like a
good part of it to be allocated
to thermoelectric plants. But, as
could be seen from the recent A-5
auction, despite all the benefits
that were extended to coal-fired
projects, the number of megawatts
awarded to them was zero.
Representatives of the coal sector
say that the ceiling price of R$140
($59) per MWh was unrealistic,
and asked for an adjustment to
R$170/MWh for the A-5 auction
in December.
It is not clear how the
government would justify
contracting an energy source that
is 55% more expensive than the
average price for the last reserve
auction, which was R$110/MWh.
So there is a good chance that no
thermal projects will be contracted
in the forthcoming A-5.
Energy and mines minister
Edison Lobão was so pleased with
the recent wind auction that wind
power was readmitted to the second
A-5 auction. Unofficially, many
government officials consider that
without wind, distributors’ total
energy demand for this year would
not have been covered.
One unknown is how many
environmental licences the
government will manage to obtain
for the hydroelectric projects it
would like to include in the A-5.
The government’s dream is for
1.2GW of hydro to compete in the
tender, which would significantly
reduce the participation of wind.
However, today, only one 145MW
project has a licence. The 700MW
São Manoel plant, for example, the
biggest of those being planned, is
caught up in legal confusion.
Therefore, for the A-5 tender,
there is a strong chance that wind
will be dominant. In the case of the
A-3 auction, which will take place
in November, the chances are even
greater, because the contest will be
between all energy sources — and
wind is the cheapest.
“For the A-5
tender, there is
a strong chance
that wind will
be dominant
Many wind developers that were
concentrating their efforts on the
A-3 auction are now redoing their
sums to compete in the A-5, given
the possibility of starting projects
ahead of the contracted deadline
of five years from the tender, and
selling that early power on the
lucrative unregulated market. This
means it is possible that less wind
power will be contracted in the A-3
auction than if wind had not been
able to take part in the A-5.
As regards prices, the A-5 auction
could see very aggressive bids,
due to the possibility of bringing
forward energy production,
while the A-3, due to reduced
competition, could see prices equal
or superior to those in last month’s
reserve auction.
In any case, 2013 has all the
conditions to be the best year so far
for wind energy in Brazil.
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Insvições
Inscritos
Insvições
ENTRADA
PRINICIPAL
ENTRADA
PRINICIPAL
1º Andar | 1st floor
EMPRESA / COMPANY ESTANDES / BOOTHS
3M do Brasil
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3TIER
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ABB
29 a 34
Acciona
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Acoem
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Adimarco
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Aerodyn
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AMSC
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Anywind
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Arteche INAEL
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Arteche Turnkey Solutions
6
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Baram Wind
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Bonfiglioli do Brasil
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Braselco
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Brasil Energia
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BTG Pactual
Cortez Engenharia
Concremat/Elementos
CTGAS - ER
CTZ Towers
Dewi do Brasil
Dois A Engenharia
Dossel Ambiental
Consultoria e Projetos
Elos
Enerpac
Engineering
Enserv Engenharia
Epcos
Ereda do Brasil
Erico
Programação | Dia 4 de Setembro
8h
9 às 10h
10 às 10h30
10h30 às 12h
12h às 13h30
13h30 às 15h
15h às 15h30
15h30 às 17h30
17h30 às 18h30
18h40
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Eurogruas Arteche
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Fuchs do Brasil
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Governo do Estado do RS
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GE Energy
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GL Garrad Hassan
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Hailo do Brasil
1/2
Harting
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HHWE
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Iberobras
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Idnamic
110 a 113
IEM
172
Impsa
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Industrial Rex
161 / 162
Ingeteam
150 / 151
Credenciamento
Sessão especial com Ricardo Amorim
Coffee break e visitação à feira de negócios
Sessão: panorama do mercado global
Almoço e visitação à feira de negócios
Sessão: mercado livre
Coffee break e visitação à feira de negócios
Sessões paralelas 1 – salas 1, 2 e 3
Visitação à feira de negócios
Saída para o jantar de confraternização
Inneo Torres
IS Ind. Metalúrgica
ITW WindGroup
Liebherr
Lincoln Eletric
Makro
MCBauchemie
Megajoule
Mercurius
Messtechnik
Meteodyn
Mobil
Montarte
MTS do Brasil
Multiempreendimentos
Nexans
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136
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8am
9-10am
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10.30-12pm
12pm-1.30pm
1.30-3pm
3-3.30pm
3.30-5.30pm
5.30-6.30pm
6.40pm
Nótus
NRG Systems
Ormazabal
Pavilhão Dinamarca /
Danish Pavilion
Pavilhão Espanha /
Spanish Pavilion
Pintsch Bubenzer
RAD SurAmerica
Schaeffler
Siemens
SIMM
Sindieólica
SMEA
Sólida
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Suape
Synergy Cables
TE Connectivity
Transdata
Vestas
Vortex
Vulkan
Way2 Tecnologia e
Brisckom Telecom
WEG
WM Construções
Wobben
Registration
Special session with Ricardo Amorim
Coffee break and visit to the business exhibition
Session Global market perspective
Lunch and business exhibition visit
Session: Free market
Coffee break and visit to the business exhibition
Parallel sessions – rooms 1, 2 and 3
Visit to the business exhibition
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Rua A
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EMPRESA / COMPANY ESTANDES / BOOTHS
ABEEólica
271 a 274
Akzonobel
220
Almaco
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Alstom
253 ao 256, 261 e 262
Brametal
219
O Setor Elétrico
215
Recharge
217
Renova
260 e 263
SAÍDA DE EMERGÊNCIA
SAÍDA DE EMERGÊNCIA
SALA 1
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SALA 1219
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Revista GTD
Santa Rita
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SgurrEnergy
Smart Energy
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ICGs: de quem é a culpa?
Até o final deste ano, cerca de
1.4GW de usinas eólicas estarão
prontas, mas não conectadas à rede
elétrica.
O surreal caso de atraso na
construção das estações coletoras
de energia eólica — as famigeradas
ICG’s — causou um prejuízo aos
consumidores brasileiros, que não se
resume aos R$600m ($256m) pagos
aos empreendedores que entregaram
seus parques eólicos em dia.
Com o fracasso do modelo de
compartilhamento da
infraestrutura de transmissão, o
governo decidiu para os próximos
leilões de energia imputar aos
investidores o risco de acesso ao
grid, o que na prática eleva os
investimentos nas plantas de
geração, diminui a competição
entre os empreendedores e aumenta
o custo final da energia eólica para
o consumidor.
A decisão de alterar o esquema de
conexão dos parques eólicos foi
tomada depois de o governo federal
ter sido massacrado em rede
nacional, após uma série de
reportagens que mostraram a
inabilidade da utility estatal Chesf
em construir os empreendimentos
de transmissão.
“Elas [as ICG’s] estão mortas. E
foram mortas pelo número de vezes
que apareceu na televisão o parque
parado sem funcionar”, diz o
presidente da Empresa de Pesquisa
Energética (EPE), Maurício
Tolmasquim, em conversa com a
reportagem da Recharge.
“Não dá para saber quem vai
ganhar o leilão, então agente só
poderia projetar a linha depois. E
ficou um prazo relativamente curto
para a ICG. Era possível, mas não
podia haver erros. E teve algumas
linhas que o empreendedor [Chesf ]
não foi ágil, além de ter havido
morosidade dos órgãos de
licenciamento ambiental,
principalmente do Iphan [Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional],” explica Tolmasquim.
O tempo entre a data do leilão
das ICGs e o início do processo de
licenciamento ambiental de
algumas linhas de transmissão e
subestações junto aos órgãos
estaduais de licenciamento na
Bahia, Ceará e Rio Grande do
Norte chegou a atingir 15 meses.
Em diversas entrevistas, ainda
quando o caso não havia atingido
as principais páginas dos jornais
brasileiros, os executivos da Chesf
acusavam os órgãos ambientais
como os culpados pelos atrasos.
Depois que o caso ganhou
repercussão nacional e os fatos
foram apurados, os dirigentes da
companhia começaram a aceitar que
parte da culpa era deles também.
“Os investidores [Chesf ] demoraram
muito tempo para fazer os projetos
ambientais,” opina Tolmasquim.
O ônus político do atraso na
construção das ICG’s foi tão
grande que a EPE decidiu criar um
planejamento de linhas de
transmissão para usinas eólicas.
Espera-se que até o final do ano, o
Ministério de Minas e Energia
licite um conjunto de
empreendimentos de transmissão
espalhados pelas regiões Nordeste e
Sul que possibilitarão o escoamento
de até 6 mil MW de usinas eólicas.
Se licitadas ainda em 2013, as
linhas deverão ficar prontas no final
de 2015 ou início do ano seguinte,
possibilitando que a oferta de
Grid
delays:
who’s to
blame?
B
y the end of this year,
1.4GW of Brazilian wind
farms will be operational
but not connected to the
grid. It is a surreal state of affairs.
The notoriously long delays in
building the shared substations and
transmission lines for new wind
capacity — the “installations for
shared connection of generators”,
or ICGs — have damaged the
interests of consumers in a way that
goes beyond the R$600m ($256m)
paid out in compensation so far to
developers that have delivered
projects on time.
Foto | Rogério Resende
MILTON LEAL
Maurício
Tolmasquim
projetos aptos a participarem dos
próximos leilões de energia
aumente significativamente. Após o
leilão de reserva exclusivo para
fonte eólica, realizado dia 23
de agosto, que contratou 1.5GW
de novas usinas eólicas, a
Photograph | Rogério Resende
ICGs left ‘no
room for error’,
says Maurício
Tolmasquim
With the failure of this model of
shared transmission infrastructure,
the government decided that for
future auctions, the grid access
risks will be assumed by the
developer. That increases the level
of investment needed; diminishes
competition (because fewer
companies will want to undertake
infrastructure work); and raises the
cost of wind energy for the
consumer.
The decision to change the
connection regime was taken after
the government came under attack
on national television, in a series of
reports that showed the inability of
state-owned utility Chesf to build
the necessary infrastructure.
“They [the ICGs] are dead,”
Maurício Tolmasquim, president of
the national energy planning
centre, EPE, tells Recharge. “And
they were killed by the number of
times wind farms that were not
functioning appeared on television.
capacidade de escoamento
disponível atualmente reduziu-se
para cerca de 4,7GW.
Caso o governo não licite
rapidamente as novas linhas, o
setor eólico poderá ter que esperar
para viabilizar novas usinas.
Enquanto isso, Tolmasquim
lamenta que o modelo das ICGs
não tenha dado certo. “Foi o pior
possível para a imagem do governo
[o fracasso do modelo]. De quem foi
a culpa? Do agente? Não importa,
todo mundo saiu perdendo.”
“It was impossible to know who
would win the energy tender, so we
could only plan the lines
afterwards. And then there was
only a short time for the ICG. It
was possible, but there was no
room for error.
“There were some lines where the
designated company [Chesf ] was
not agile, and there were hold-ups
with some of the environmental
licensing bodies, principally Iphan
[the Institute of National Historical
and Artistic Patrimony].”
The period between the date of
the ICG tender and the start of the
environmental licensing process for
some transmission lines and
substations in the states of Bahia,
Ceará and Rio Grande do Norte
was up to 15 months, with Chesf
executives repeatedly blaming the
licensing bodies for the delays.
However, once the case had made
national headlines and the facts
were investigated, Chesf executives
began to accept part of the blame.
The utility “took a long time to
present the environmental plans”,
says Tolmasquim.
The political fuss around the ICG
delays was so great that EPE decided
to create a planning strategy for
wind transmission infrastructure.
The Ministry of Mines and Energy
is expected to tender a series of
transmission projects across the
southern and northern regions that
will allow the connection of up to
6GW of wind projects.
If these projects are tendered before
the end of this year, the transmission
lines will be ready at the end of 2015
or the beginning of 2016, allowing
the number of wind developments
able to participate in the next
auctions to increase significantly.
After the reserve energy auction
on 23 August, which saw 1.5GW
of new wind contracted, the
shortfall in transmission capacity
available rose to around 4.7GW. If
the government does not rapidly
tender the new lines, the sector
could have to wait to make new
wind farms viable.
Tolmasquim regrets that the ICG
model didn’t work out. “It was the
worst possible thing for the
government’s image,” he says.
“Whose fault was it? It doesn’t
matter, everyone ended up losing.”
THE OFFICIAL SHOW DAILY RECHARGE | BRAZIL WINDPOWER 2013 11
Acciona anuncia fábrica
de nacelles na Bahia
BEN BACKWELL
A fabricante espanhola de
turbinas eólicas Acciona anunciou
nesta terça-feira, 3 de setembro,
que vai construir uma fábrica de
nacelles no Brasil.
Com isso, a companhia afirma
que irá cumprir as regras de
conteúdo local estipuladas
pelo Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES).
A Acciona diz que a nova fábrica
“tem como objetivo reforçar o
compromisso da companhia com
o mercado eólico no Brasil, que
possui um dos maiores potenciais a
nível global”.
A fabricante vai construir a
planta no estado da Bahia. Ela
terá a capacidade de produzir 100
turbinas AW3000, de 3MW de
potência, por ano. A expectativa
é que a fábrica crie 60 empregos
diretos e 4000 indiretos. A nova
unidade estará funcionando a partir
do último trimestre de 2014.
Em março, a Acciona inaugurou
uma fábrica de hubs em Simões
Acciona to
build Bahia
nacelle plant
Foto | Acciona
Turbina AW3000 de
3MW da Acciona
Filho, também na Bahia. A
companhia está fornecendo
equipamentos para o projeto de
Atlântica de 120MW, da CPFL
Renováveis, no Rio Grande do Sul,
e tem contratos para fornecer mais
RECHARGE
BRASIL
A Recharge, a fonte global de notícias para
os profissionais dos setores eólico e solar,
lança dia 4 de agosto em seu website uma
nova seção sobre o mercado de energias
renováveis no Brasil.
A Recharge vai trazer o mesmo tipo de
informação essencial do mundo dos negócios
que ela já está acostumada a entregar aos
líderes da indústria eólica e das utilities na
Europa, Estados Unidos e Ásia. O novo serviço
vai combinar notícias no idioma português,
além de reportagens exclusivas, dados e
informações sobre os leilões e questões
regulatórios que afetam o país.
Para assinaturas e publicidade, por favor
contate [email protected]
or [email protected]
www.rechargebrasil.com
210MW para duas usinas sendo
construídas pela empresa francesa
Voltalia, no Rio Grande do Norte.
A
cciona has confirmed
plans to build a nacelle
assembly plant in
Brazil, which will
help it comply with new localcontent regulations set by national
development bank BNDES.
The Spanish wind giant says the
facility “is intended to reinforce
the company’s commitment to the
wind-power market in Brazil, one
with the greatest potential on a
global level”.
The factory in the state of Bahia
will have the capacity to produce
100 AW3000 3MW turbines per
year, and will create 60 direct
and 4,000 indirect jobs. It will be
operational in the last quarter of
2014.
In March, Acciona inaugurated a
turbine hub plant at Simões Filho,
also in Bahia.
The company is already
supplying 3MW turbines for
a 120MW project by CPFL
Renováveis in the southern state
of Rio Grande do Sul, and has
contracts to supply 210MW for
two projects being developed by
Voltalia in Rio Grande do Norte.
12 rechargenews.com
Foto | Caio H Nunes
A usina eólica de Canoa
Quebrada, no Ceará, que
foi adquirida pela CPFL
Renováveis em 2012
CPFL Renováveis: expansão via aquisições
MILTON LEAL
elevação devido às novas regras de
conteúdo local de fabricação e a
elevação do dólar ante o real. “Nós
verificamos um salto nos preços”,
afirmou, sem especificar quão mais
caro estavam as ofertas de turbinas
para esta última licitação. A Recharge
apurou junto a uma fonte da
indústria que os preços chegaram a
ficar até 25% mais elevados.
O preço dos equipamentos é um
componente levado a sério pela
Foto | CPFL Renováveis
A maior empresa de energia
eólica com ativos em operação
no Brasil ainda não conseguiu
vencer nenhum leilão de energia.
Apesar disso, a CPFL Renováveis
continua expandindo fortemente
seu portfólio de ativos por meio
de aquisições. Desde que a
companhia foi criada, em agosto
de 2011, a partir da fusão dos
ativos da CPFL Energia e da Ersa,
a empresa comprou 500.7MW de
empreendimentos eólicos.
Com 555MW de eólicas em
operação e mais 482MW em
construção, a CPFL Renováveis
possui hoje um dos três maiores
portfólios de energia eólica no
Brasil e o apetite para crescer
continua elevado, segundo o
diretor institucional, de regulação
e comercialização da empresa,
Marcio Severi.
“Nos últimos anos, vimos
leilões com curva decrescente
de preços. No último leilão de
reserva, tivemos uma pequena
inversão nessa tendência. Não é
uma decisão da empresa de não
participar dos leilões, simplesmente
as oportunidades de aquisição se
mostraram mais interessantes”,
conta o executivo, que revelou que
a companhia não chegou a disputar
o último leilão exclusivo para fonte
eólica, realizado em agosto.
Ele explica que o principal
motivo que fez a CPFL desistir
da competição foi o preço dos
equipamentos eólicos, que sofreram
Marcio Severi, diretor da
CPFL Renováveis
CPFL Renováveis, que não possui
nenhuma relação de exclusividade
com fabricantes eólicos, como alguns
de seus concorrentes. Até hoje, a
companhia já firmou contratos com
a indiana Suzlon, as alemãs Wobben
e Siemens, a espanhola Acciona e a
dinamarquesa Vestas.
Severi avalia que algumas
incertezas que afetaram a avaliação
de percepção de risco deste último
leilão estão de alguma forma
equacionadas para as próximas
licitações, como os leilões A-3 e
A-5, que acontecerão no último
trimestre deste ano.
“Teremos uma componente
nova no próximo leilão que é
a questão da transmissão, mas
alguns pontos, como o ICMS, o
Reidi e o P90 estão consolidados”,
opina o diretor, referindo-se a
questões tributárias que foram
esclarecidas momentos antes do
leilão de reserva de eólicas, além
do novo fator de previsibilidade
de geração, que antes exigia que
o empreendedor entregasse no
mínimo 50% (P50) da produção
de energia vendida.
Severi diz que para o leilão A-3,
a CPFL Renováveis inscreveu os
mesmos projetos eólicos que haviam
sido inscritos no leilão de reserva.
Mas o executivo não revelou a
quantidade de empreendimentos
que a companhia pretende incluir
na disputa. Além disso, a empresa
“Não é uma
decisão da
empresa de não
participar dos
leilões
também inscreveu projetos de
energia solar para a competição.
“O que estamos esperando é o
momento de break-even da fonte
solar. Quando vai se dar essa
quebra? Não se sabe. A eólica pegou
muita gente de surpresa, talvez
muito em breve, no ano que vem
ou depois, possamos ver a solar
entrando”, prevê o diretor.
CPFL Renováveis: expansion through acquisitions
B
razil’s biggest wind farm
developer, in terms of
operating assets, has still
not managed to win
capacity in any of the country’s
energy auctions. Despite this,
CPFL Renováveis continues to
strongly expand its portfolio
through acquisitions.
Since the company was created
in August 2011, from the merger
of assets from CPFL and Ersa, the
company has bought 500.7MW of
wind projects.
With 555MW of wind farms
in operation and a further
482MW under construction,
CPFL Renováveis has one of the
largest portfolios in the sector,
and the appetite to keep growing,
according to commercial and
regulatory director Marcio Severi.
“Over the past few years, we
have seen a falling price curve in
the auctions,” says Severi. “In the
last reserve auction we saw a small
reversal of this tendency.
“It is not a company policy to
not participate in the auctions,
it’s simply that the opportunities
for acquisitions have been more
interesting.”
Severi adds that CPFL
Renováveis did not take part in the
exclusive wind tender in August.
He says that one of the key reasons
for this decision was the price of
turbines, which has increased due
to the new local content rules for
manufacturing and a stronger
dollar.
“We have seen a jump in prices,”
he says. Industry sources have told
Recharge that turbine prices rose
by up to 25% compared to the
previous tender.
Equipment prices are an
important element for CPFL
Renováveis, given that it does
not have an exclusive relationship
with a supplier, as some of its
competitors do. To date, the
company has signed contracts
with Suzlon, Wobben, Siemens,
Acciona and Vestas.
Severi thinks that some of
the uncertainties that affected
perceptions of risk in the recent
tender have been addressed
satisfactorily for the next tenders,
such as the A-3 and A-5, which
will take place in the last quarter of
the year.
“We will have a new component
in the next auction, which is the
issue of transmission, but a few
points, such as ICMS, Reidi and
the P90, have been dealt with,”
says Severi, referring to a series of
tax questions that were clarified
moments before the reserve
auction, and the new generation
predictability factor, which replaces
the previous P50 requirement.
Severi says that for the A-3
tender, CPFL Renováveis has
registered the same projects it put
forward for the reserve auction, but
he declines to reveal details.
On top of this, the company has
also registered PV projects for the
tender.
“We are waiting for the moment
when solar reaches the break-even
point,” he says. “When will this be?
We don’t know. Wind power took
a lot of people by surprise. Perhaps
soon, next year or afterwards,
we will see solar coming into the
market.”
THE OFFICIAL SHOW DAILY RECHARGE | BRAZIL WINDPOWER 2013 13
MILTON LEAL
Certificado de energia
pode destravar eólica
no mercado livre
Foto | ABEEólica
A presidente da Associação
Brasileira de Energia Eólica
(ABEEólica), Elbia Melo, vai
continuar andando de bicicleta até
que ela consiga comprar um carro
movido a energia eólica. E isso não
deve demorar muito tempo para
acontecer.
“Se eu comprar um carro elétrico
produzido por uma fábrica
que consuma energia de um
empreendimento eólico certificado,
eu estarei usando um carro movido
a energia eólica”, ela explica. Apesar
do tom de brincadeira, o raciocínio
da executiva faz todo sentido.
No mês passado, a associação
que ela preside, em parceria com a
Associação Brasileira de de Geração
de Energia Limpa (Abragel), lançou
o Certificado de Energia Renovável
para usinas de vento, pequenas
centrais hidrelétricas (PCHs) e
centrais a biomassa. Além disso,
as entidades também criaram o
Selo de Energia Renovável para
cobrar R$145 por aquela energia,
que tem mais valor agregado, e
com certeza haveria interessados.
Com esses R$5 de diferença, o
empreendedor poderia contratar um
hedge de geração e tornar possível
a construção do parque”, Melo
exemplifica.
Ela explica que, por enquanto,
o público-alvo são os grandes
consumidores de energia, mas que
as associações já estão pensando
em como viabilizar a obtenção do
selo também para os consumidores
do mercado regulado. “Tem gente
que tem a usina no mercado
regulado e que quer ter o parque
certificado. Vamos arrumar uma
forma do consumidor regulado
também adquirir o selo”, ela diz,
revelando que a estatal Eletrosul
está interessada em certificar seus
parques do mercado regulado.
O Certificado e o Selo de Energia
Renovável foram desenvolvidos por
um grupo técnico composto por
diversos especialistas nas áreas de
“O públicoalvo do selo
são os grandes
consumidores
de energia
consumidores livres que façam
uso da produção dos projetos
certificados.
Por trás da ideia, está o objetivo
de ajudar as fontes renováveis a
quebrarem as barreiras existentes
para expansão no mercado
livre, composto por grandes
consumidores de energia.
Estima-se que o o mercado
potencial para inserção dessas fontes
no ambiente livre de contratação
seja de 22GW. Contudo, no caso
da energia eólica, como a curva de
geração das plantas difere da curva
de carga dos consumidores, as
dificuldades para o desenvolvimento
dos projetos neste mercado são
tremendas.
“A conta que fizemos é a seguinte:
o break even da energia eólica no
mercado livre atualmente está em
torno de R$140 por MWh. Um
empreendimento certificado poderia
O Selo de Energia
Renovável
energia, sustentabilidade, mercado
e certificação. A gestão do processo
ficou sob a responsabilidade do
Instituto Totum, uma certificadora
especializada em programas de
autorregulamentação e selos
setoriais.
Durante o lançamento dos
produtos, no mês passado, em
Brasília, as associações entregaram
os primeiros certificados e selos.
A CPFL Renováveis obteve
certificados para duas PCHs e
também para o complexo eólico
Bons Ventos. A Atiaia Energia
certificou uma PCH, enquanto
que a consumidora e fabricante
de carros Honda Energy do Brasil
obteve o selo.
“Vou esperar a Honda fabricar um
carro elétrico no Brasil para comprar
meu automóvel”, afirma Melo.
Elbia Melo
Certificate scheme could unlock unregulated market
E
lbia Nelo, the president
of Brazilian wind
industry association
ABEEólica, is going to
keep using her bicycle to get
around until she gets a new car
manufactured with wind power.
And that won’t take long.
“If I buy an electric car produced
in a factory that uses energy from a
certified wind project, I will be
using a car moved by wind power,”
she says.
Last month, ABEEólica, together
with the Brazilian clean-energy
generation association, Abragel,
launched its Renewable Energy
Certificate for wind, small-hydro
and biomass plants, after a year
developing the scheme.
And alongside this, the
organisation has created the
Renewable Energy Label (Selo de
Energia Renovável) for large energy
consumers on the unregulated
market that use power from the
certified projects. The overall
objective is to help renewable energy
sources break the existing barriers to
the expansion of the free market.
Industry experts estimate that the
potential market for renewable
energy in the unregulated market is
about 22GW. However, in the case
of wind, there are tremendous
difficulties in developing projects,
due to the generation curve
differing from the demand curve.
“The calculation that we made is
that the break-even for wind
energy in the unregulated market is
around R$140 [$58] per MWh,”
says Melo. “A certified wind project
can charge around R$145/MWh
for that energy, which has more
added value, and certainly has
consumers interested. With this
R$5 difference, the developer can
contract a generation hedge that
will make the construction of the
wind farm possible.”
Melo explains that the target
audience of the scheme is large
energy consumers, but the
associations are thinking about
how to make the label available to
consumers on the regulated
market. “There are people that sell
their power through the regulated
market that want to have their
plants certified, so we are going to
“The objective
is to break the
existing barriers
to expansion in
the free market
find a way for regulated consumers
to also get their label,” she says.
During the launch of the
products in Brasília last month, the
associations began to award the
first certificates and labels.
The Renewable Energy Certificate
was developed by specialists in
energy, sustainability, trading and
certification and overseen by
certification agency the Totum
Institute, a specialist in selfregulation schemes and sector labels.
CPFL Renováveis received
certificates for two small-hydro
plants and its Bons Ventos wind
complex. Atiaia Energia was
certified for a small-hydro plant,
while car manufacturer Honda
Brasil also obtained a label.
“I am going to wait for Honda to
make an electric vehicle in Brazil to
buy my car,” says Melo.
14 rechargenews.com
Torres de concreto
devem superar
unidades de aço
Projetos pioneiros mostram que estruturas mais baratas podem
atingir alturas maiores em qualquer região, escreve Darius Snieckus
A construção pioneira de 86
torres eólicas de concreto prémoldado no complexo eólico de
Água Doce, da Impsa, localizado
na região sul do Brasil, ajudou a
aumentar a visibilidade da matériaprima como uma alternativa às
convencionais torres de aço.
Uma das razões para isso é que as
torres – construídas com anéis de
concreto posteriormente esticados
com uma rede interna de tendões —
foram produzidas em uma unidade
móvel de fabricação instalada no site
de construção da usina. A solução
foi mais fácil quando comparada à
alternativa de transportar gigantes
unidades de aço até a remota cidade
no estado de Santa Catarina.
Outro motivo, talvez ainda mais
importante, é que o projeto de
129MW conseguiu provar que
torres de concreto podem ser
mais econômicas que as de aço
quando atingem a camada Ekman,
que fica acima dos 100 metros
de altura, onde os ventos são
significativamente mais fortes.
O concreto pré-moldado não
é o único material alternativo
sendo explorado para a construção
de torres mais altas. A empresa
alemã TimberTower, por exemplo,
está desenvolvendo uma torre
de madeira de 200 metros, e no
ano passado o grupo industrial
americano GE comprou a Wind
Tower Systems, uma start-up
também americana, para levar
adiante a comercialização de um
Made in
Brazil:
concrete
towers
stronger
than steel
conceito de torres ultra-altas feitas
a partir de um esqueleto interno
de aço envoltas em um tecido
arquitetônico de alta resistência.
Apesar disso, o concreto prémoldado – uma mistura específica
de pedras trituradas, areia, cimento
e água — tem boas chances para
ser escolhido como a matériaprima para as milhares de turbinas
onshore e offshore que estão
sendo construídas todo ano e que
“Os projetos que
envolvem torres
de concreto
atingiram alturas
de mais de 135
metros
representam um mercado global de
cerca de $750 milhões por ano.
O uso do concreto mexeu com a
imaginação dos projetistas devido
a sua versatilidade. Ele pode ser
organizado em anéis empilháveis
ou aduelas segmentadas, que são
muito mais simples de serem
transportadas em caminhões até
as usinas eólicas para a montagem
final quando comparadas com uma
peça única de aço.
A incorporação do concreto nas
T
he pioneering
construction of 86 precast concrete wind turbine
towers last year at Impsa’s
isolated Água Doce development
in southern Brazil raised the profile
of the grey stuff as an alternative to
conventional steel.
For one, the towers — built of
concrete rings post-tensioned with
a network of internal tendons —
were fabricated at a mobile on-site
factory, an easier proposition than
transporting giant steel units to the
remote location in Santa Catarina.
Yet, perhaps more importantly,
the 129MW project also went
some way to proving that concrete
towers could be more economic
than steel when reaching into the
so-called Ekman layer more than
100 metres high, where the winds
are significantly stronger.
Pre-cast concrete is not the
only alternative material being
torres eólicas onshore deu início
a duas correntes de pensamento.
Uma delas enxerga as torres como
módulos acopláveis de puro
concreto, enquanto a outra é
um modelo híbrido entre a base
pedestal de concreto queimado e a
convencional torre de aço.
Projetos que apenas utilizam
concreto têm sido desenvolvidos
por empresas, como a espanhola
Inneo Torres, fornecedora das
torres para a usina de Água Doce,
e a alemã Enercon, que em 2007
instalou a turbina E-126 de
6MW sobre uma torre de anéis de
concreto posteriormente esticados.
Enquanto isso, os sistemas híbridos
estão sendo desenvolvidos pela
alemã Nordex, pela holandesa ATS
e pela americana Tindall, fabricante
de torres de concreto pré-moldado.
Os dois modelos vão a altitudes
maiores que os conceitos existente
de torres de aço podem oferecer.
Os projetos que envolvem torres
de concreto atingiram alturas de
mais de 135 metros, erguidas
por guindastes suportados por
plataformas ou sistemas de autoelevação. Os modelos híbridos
têm sido desenhados com bases de
concreto de 60 metros de altura e
oito metros de diâmetro, acopladas
através de um anel de transição que
sustentam torres de aço de 80 a
100 metros de altura.
O concreto se destaca pela
rigidez. O aço tem as suas
limitações como matéria-prima,
uma vez que a torre atinge 100
metros de altura. O concreto
pré-fabricado tem excelentes
propriedades de amortecimento e
uma elevada resistência à fadiga,
explored to build taller towers.
Skyscraping 200-metre wooden
designs are on the drawing board
at Germany’s TimberTower, and
last year GE bought US start-up
Wind Tower Systems to push ahead
commercialisation of an ultratall tower concept made up of an
internal steel skeleton wrapped in
high-tensile architectural fabric.
But pre-cast concrete — a variable
bespoke mix of crushed rocks, sand,
cement and water — may yet win
the day as the material of choice
for the thousands of turbines both
onshore and offshore that are being
erected each year — a global market
of about $750m a year.
The material has stirred designers’
imaginations due to its versatility. It
can be poured as stackable rings or
segmented staves, which are much
simpler to transport on the back of
heavyload trucks along the roads to
a wind farm for final assembly than
one-piece steel models.
Concrete’s incorporation into
onshore wind turbine tower design
has spun off two main schools
of thought. One approaches the
tower as an assemblage of concrete
modules, the other as a “hybrid” of
a flared concrete pedestal-base and a
conventional steel tower.
Full concrete designs have been
developed by companies including
Spain’s Inneo Torres, supplier of
the towers for Água Doce, and
Germany’s Enercon, which in 2007
erected a 6MW E-126 on a tower
made of post-tensioned concrete
rings, while hybrid systems are
being advanced by outfits such as
Germany’s Nordex, Dutch engineers
Advanced Tower Systems (ATS), and
US pre-cast concrete products maker
Tindall.
Both schools are after more
altitude than existing steel tower
concepts can offer. The all-concrete
diminuindo o risco dinâmico de
falha diante de fortes e intensas
cargas de vento.
O potencial de redução do custo
final da energia que as ultra-torres
An Inneo tower at Água Doce
designs have reached heights of
over 135 metres, built by platformsupported cranes or “self-erected”.
Hybrids have been designed with
concrete bases 60 metres high and
THE OFFICIAL SHOW DAILY RECHARGE | BRAZIL WINDPOWER 2013 15
Foto | Inneo Torres
Torres de concreto da
Inneo na usina de Água
Doce, no sul do Brasil
podem proporcionar as colocam
como uma favorita para crescer,
segundo previsão da consultoria
espanhola X&Y Partners, que prevê
um “lento, mas firme” crescimento
de 10% até 2015 no número de
torres de concreto ou híbridas.
Prós:
n
A altura é importante no
desenho das torres. Turbinas
rodando a mais de 100 metros se
aproveitam de um regime de ventos
mais estável, com menos rajadas e
turbulências, adicionando tempo
à vida útil operacional da turbina.
Mas a elevação da produção de
energia é o argumento decisivo.
A ATS calcula que uma turbina
de 2.3MW com um rotor de 93
metros de diâmetro e uma torre de
100 metros teriam uma produção
de energia de um pouco mais de
5,000MWh por ano. A mesma
máquina em uma torre de 133
metros proporcionaria a geração
de 6,2000MWh – significando
uma receita extra de 2 milhões de
euros ($2.66m/R$6.22m) ao longo
de 20 anos para um investimento
de 350 mil euros. Estes números
melhoram ainda mais com
máquinas maiores.
n O concreto é até 50% mais
barato que o aço ao se construir
torres — que podem corresponder
de 20% a 25% do custo total de
uma turbina onshore – e mais fácil
de se produzir em série.
n Transporte: os anéis ou as
aduelas podem ser facilmente
transportadas até as plantas de
fabricação das torres de concreto,
além de não precisarem de mais
de estradas com largura de mais
de 4,5 metros. Ademais, não há
problemas com pontes, além de
utilizar sistemas de cabos de póstensão uma vez que as torres estão
eretas. A construção de plantas
móveis podem ser montadas e
desmobilizadas em poucos meses –
um processo iniciado pela Enercon
e Inneo Torres na Índia e no Brasil,
respectivamente – em regiões
remotas ao redor do mundo,
enquanto cumprindo as regras de
conteúdo-local.
n O concreto necessita de pouca
manutenção e tem vida útil longa.
Diferente do aço, não existem
aspectos relacionados à corrosão
e o concreto é projetado para ter
uma vida útil de ao menos 60 anos
mesmo em condições extremas,
como no mar e no Ártico.
n O aço atinge o limite de altura
quando o regime de ventos se
torna insuportável, diferente
do concreto. O maior prédio
do mundo, o arranha-céu Burj
Khalifa de 828 metros de altura,
é feito de concreto. E o concreto
tem excelente propriedades de
amortecimento com alta resistência
à fatiga contra as vibração
mecânicas criadas pelo movimento
das pás.
n O concreto é 100% reciclável
e de baixo carbono, com 64%
menos produção de CO2 que
uma torre de aço tubular, além de
continuamente absorver CO2 da
atmosfera.
Contras:
n Como matéria-prima para
as torres, o concreto não possui
o histórico que o aço possui.
Como existem poucos projetos
existentes, o perfil de risco do
empreendimento aumenta. E
como às características dinâmicas
da turbina e da torre são passadas
de mão em mão, os fabricantes de
turbinas precisão colaborar com os
fabricantes de torres de concreto
— um diálogo que precisa ainda
precisa começar para se avançar no
conceito.
n As torres híbridas, apesar
de mais complexas de serem
projetadas, fabricadas e instaladas,
podem ajudar a pavimentar
o caminho para o avanço do
concreto enquanto eles ocupam a
atual sobrecapacidade na produção
de torres de aço. No longo prazo,
quando mais torres de concretos
forem provadas em campo, elas
poderão ultrapassar os projetos de
torres híbridas e de aço.
Plano concreto
Dentre as companhias
que estão avançando em
torres de puro concreto
e torres híbridas de
concreto e aço estão:
Among the companies
advancing all-concrete
and concrete-steel hybrid
tower designs are:
Atlas CTB (Tindall)
EUA | US
Enercon
Alemanha | Germany
Advanced Tower Systems
Holanda | Netherlands
Inneo Torres
Espanha | Spain
eight metres in diameter, mated via
a transition ring with steel towers
80-100 metres tall.
Where concrete wins out is
stiffness. Steel has its material
limits — quickly tested once a
tower reaches 100 metres. Prestressed concrete has excellent
damping properties and high fatigue
resistance, lowering risk of dynamic
failure under heavy, long-term wind
loads.
Ultra-tall turbine towers’ potential
for driving down the cost of energy
could make pre-cast concrete a
goer, with Portuguese consultancy
X&Y Partners forecasting a “slow
but firm” growth in the number of
towers made of concrete or hybrid
concrete and steel to more than
10% of the market by 2015.
Pros
n Height is might in tower design.
Turbines turning more than 100
metres in the air enjoy a steadier
wind stream with less shear and
turbulence, and longer operational
lifetime. But the power boost gained
is the clincher. ATS calculates that
a 2.3MW turbine with a 93-metrediameter rotor atop a 100-metre
tower would see average outputs
of just over 5GWh a year. The
same machine on a 133-metre
tower would churn out 6.2GWh
— translating to an extra €2m
($2.66m/R$6.22m) revenue over 20
years for an investment of €350,000.
These numbers only improve with
larger machines.
n Concrete is up to 50% cheaper
than steel when constructing
towers — which can account for
20-25% of the total capital cost of
an onshore turbine — and is easy to
use in serial fabrication.
n Transportation: rings or staves
can be poured at existing concrete
plants to fit within the 4.5-metre
space limit imposed by road widths
and bridge clearance, with assembly
on site using systems of cables to
post-tension the towers once erect.
Alternatively, mobile construction
facilities can be set up and torn
down within a few months — a
process pioneered by Enercon and
Inneo Torres in India and Brazil,
respectively — in remote locations
around the world, while meeting
local-content rules.
n Concrete is low-maintenance and
long-life. Unlike steel, there are no
corrosion issues, and concrete has a
design life of at least 60 years even
in extreme environments such as
offshore and in the Arctic.
n Steel reaches a height threshold
where wind loads become
unsupportable, unlike concrete.
The tallest building in the world,
Dubai’s 828-metre-tall Burj Khalifa,
is made of the latter. And concrete
has excellent damping properties
with high fatigue resistance against
mechanical vibrations created by
turbine blades.
n Concrete is 100% recyclable
and low-carbon, with 64% lower
“embodied CO2” than a tubular
steel tower — and continually
absorbs CO2 out of the atmosphere.
Cons
n Concrete as a material for
turbine towers does not have the
track record steel does. Few general
design and practice guidelines exist
for its use, pushing up the risk
profile of the material. And because
the dynamic characteristics of the
turbine and tower go hand in hand,
turbine manufactures will need to
collaborate with concrete tower
suppliers — a dialogue that needs
more ice-breaking to advance the
concept.
n Hybrid towers — though more
complex to design, manufacture and
Nordex
Alemanha | Germany
BergerABAM
EUA | US
Hormifuste (Consolis)
Bélgica | Belgium
Ecoventia (Pacadar)
Espanha | Spain
Olav Olsen
Noruega | Norway
install — might help pave the way
for concrete’s wider take-up as they
tap into the current overcapacity in
steel tower manufacturing. In the
longer term, as more all-concrete
tower concepts are field-proven, they
may overtake the hybrids and steel
designs.
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Jaques Wagner, recebe prêmio de Otávio Silveira, presidente do Conselho
de Administração da ABEEólica; 3) Sessão de abertura do evento reúne
autoridades; 4) Público estimado do evento é de 2 mil pessoas; 5) Pedro
Cavalcanti, vice-presidente da ABEEólica, Maurício Tolmasquim, presidente
da EPE e Lauro Fiúza, fundador e vice-presidente da ABEEólica; 6) Elbia
Melo, presidente-executiva da ABEEólica
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