Dez motivos para não participar da “Marcha para Jesus”

Transcrição

Dez motivos para não participar da “Marcha para Jesus”
Brasil
Presbiteriano
O Jornal Brasil Presbiteriano é órgão oficial
da Igreja Presbiteriana do Brasil
Ano 54 nº 702 – Maio de 2013
Dez motivos para não participar
da “Marcha para Jesus”
Congresso Nacional de
Jovens no Paraguai
Considerando o tamanho do evento e a quantidade de irmãos que mobiliza,
confira dez motivos que cada cristão deveria considerar para não participar desta marcha e o pronunciamento do Supremo Concílio da IPB sobre o assunto.
PÁGINA 5
Consultório Bíblico
“Qual João escreveu Apocalipse?
Como este livro deve ser interpretado?
Literal ou figuradamente?”
O livro do Apocalipse requer variados critérios de interpretação. Primeiro, porque se refere a coisas e fatos do
passado e do presente (em relação a
João), e do futuro; segundo, porque
há nele textos literais, que requerem
interpretação literal, e textos figurados, que requerem interpretação figurada. Mas a mensagem fundamental
do livro (a vitória final de Cristo) é suficientemente clara na Bíblia.
PÁGINA 19
LEIA TAMBÉM OS ARTIGOS
A singularidade de Jesus
PÁGINA 4
A esposa do plantador de igreja
PÁGINA 6
Um grupo de jovens da IP de Dourados participou, a convite do Rev. Francisco Villalba, pastor da IP de Concepción, do primeiro Congresso de Jovens.
Lá, cantaram o hino oficial da Mocidade
ensinando a versão em espanhol para
os jovens presbiterianos do Paraguai.
PÁGINA 7
ENTREVISTA
O Cuidado
Missionário
Confira a entrevista com a psicóloga
e missionária Verônica Farias que atua
na área de Cuidado Missionário desde
2005. Ela conta como começou a desenvolver seu ministério, os desafios
encontrados e fala de que maneira um
missionário deve pedir ajuda para a realização eficaz de seu trabalho.
PÁGINAS 14 e 15
Brasil
Presbiteriano
2
Maio de 2013
EDITORIAL
Brasil
Presbiteriano
O que somos, afinal
O
Rev. Ageu Cirillo de
Magalhães Jr nos edifica e enriquece nesta edição
com seu artigo Dez motivos para não participar
da “Marcha para Jesus”
(p. 5). São estes motivos:
“1. A igreja que organiza
a maior parte da marcha
é conduzida por um autodenominado apóstolo; 2.
Essa igreja ensina Teologia
da Prosperidade, Confissão
Positiva, Quebra de maldições e Espíritos Territoriais;
3. A filosofia da marcha
está fundamentada em uma
Teologia Triunfalista”.
O artigo do Rev. Ageu
continua com outros motivos e encerra com este:
“10. A marcha tem caráter isolacionista, próprio
de gueto. Não foi isso que
Cristo nos ensinou, e sim,
o envolvimento amplo na
sociedade, como sal e luz
(Mt 5.13-16)”.
Em que pese a decisão do
SC e a seriedade de cada
um dos dez motivos, destaco esse último.
Ocorre que as marchas,
manifestações, caminhadas, etc., têm sido promovidas pelas minorias da sociedade, ou grupos isolados,
de qualquer proporção e
tamanho, como um meio de
afirmação de sua identidade e reivindicação do livre
exercício de seus direitos
civis. Assim é que afrodescendentes, indígenas,
homossexuais, mulheres,
operários de uma mesma
categoria profissional e
outros grupos periodicamente ocupam os espaços
públicos (espaços privados,
Ano 54, nº 702
Maio de 2013
às vezes!) para gritar suas
palavras de ordem e apresentar as suas exigências.
Aí vão os evangélicos
para a rua com seus cânticos e bandeiras e, desse
modo, anunciam para a
sociedade que somos apenas mais um grupo barulhento no meio dessa babel
pós-moderna de confusas
facções.
Não somos, porém, só
mais um grupo. Somos
minoritários, mas não
somos apenas outra minoria no mosaico social. Os
grupos mencionados acima
querem granjear a simpatia
da sociedade para a sua
causa (por incrível que
pareça!), mas não querem
adesão, o que em alguns
casos seria até hilário supor.
Um caucasiano, por exem-
plo, que se apresente como
afrodescendente, só se for
para tirar proveito das quotas nas universidades...
O cristianismo fala à
sociedade as palavras
de Jesus: “Vinde a mim,
todos os que estais cansados e sobrecarregados,
e eu vos aliviarei” (Mt
11.28). Venham pessoas
de todos os grupos, categorias, minorias, maiorias.
Venham como estão.
Certamente não continuarão como estão. Nos que
vêm a ele Jesus opera por
seu Espírito algo que a
sociedade não pode proporcionar: a remissão de seus
pecados, a comunhão com
o Pai, a inclusão na família
de Jesus.
Isso não tem marcha que
dê jeito.
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Aristides Neto
Impressão
Folhagráfica
Brasil
Presbiteriano
Maio de 2013
3
ARTIGO
Para onde vão as almas?
Para onde vão as almas das pessoas que morreram?
Ao longo da História várias possibilidades têm sido
levantadas.
Leandro Antônio de Lima
C
lassicamente, o cristianismo tem defendido que, após a morte,
enquanto o corpo vai para
a sepultura, o espírito vai
para o chamado “Estado
Intermediário”. Esse local
diz respeito a onde estão,
por um lado, os que foram
salvos por Cristo, no caso
o céu, e por outro, os que
foram condenados por seus
pecados, no caso o inferno. Surgiram outras interpretações. Testemunhas de
Jeová e Adventistas defendem o chamado “sono da
alma”, ou seja, que todas as
almas, quer de ímpios quer
de crentes ficam dormindo
até o dia da ressurreição.
Os Católicos sustentam que
as almas ficam num local
de “purgação”, podendo
entrar no céu, depois que
tiverem feito satisfação por
seus pecados. E os Espíritas
dizem que é possível até
mesmo se comunicar com
as almas dos mortos.
O “sono” da alma é
defendido por muitos por
causa de expressões usadas
no Novo Testamento, como
por exemplo, o fato de Jesus
ter dito que Lázaro dormia,
significando que estava
morto (Jo 11.11,14; Ver Mt
9.24; At 7.60; 1Co 15.51;
1Ts 4.13-14). Apela-se também para aqueles textos do
Antigo Testamento que des-
crevem a morte como um
estado de inatividade (Ver
Sl 6.5; 115.17; 146.4; Dn
12.2). Porém, esses textos
descrevem o morto apenas
do ponto de vista humano.
Além do mais, o que está
sendo enfatizado nestes textos é o destino do corpo das
pessoas e não da alma.
Há suficiente ensino na
Escritura, especialmente por
causa do Novo Testamento,
para que entendamos para
onde a alma vai depois da
morte. Jesus contou uma
parábola (as parábolas são
compostas de elementos
reais) em que há explicações
suficientes sobre o lugar das
almas depois da morte (Lc
16.19-31). Lázaro foi para o
seio de Abraão e o rico para
o inferno. Eles permanecem
num estado consciente, um
está no lugar de punição e
o outro no lugar de recompensa, e não há possibilidade de saírem de onde
estão. Essa parábola elimina tanto a questão do sono
da alma quanto do purgatório. Depois da morte as
almas dos salvos vão para
o paraíso, enquanto que as
almas dos perdidos vão para
o inferno. Só existem esses
dois lugares e quem foi para
um deles não pode mais
sair. O Espiritismo também
leva um golpe decisivo, pois
os mortos não são autorizados a voltarem. E finalmente, Jesus deixa bem claro
que o anúncio da salvação
somente é possível através
da Bíblia (Lc 16.31).
Há muitos outros textos
que demonstram o estado consciente dos crentes
após a morte. Jesus disse ao
ladrão que se converteu na
cruz: “Hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23.43).
Embora os Testemunhas de
Jeová tenham até mesmo
mudado a tradução desta
frase (para: em verdade te
digo hoje, estarás comigo
no Paraíso), todo o sentido
da frase de Jesus depende
Para o crente, a doutrina bíblica do Estado Intermediário é
uma grande bênção.
Ela nos assegura que
o crente não precisará ficar dormindo, esperando pelo
consolo.
do “hoje”, pois o ladrão
pediu que Jesus lembrasse dele no futuro, e Jesus
disse que não seria preciso
esperar. Outro texto claro,
nesse sentido, é o da cena
da transfiguração, em que
Moisés e Elias foram vistos
conversando com Jesus (Mt
17.1-8). Eles não estavam
dormindo. Paulo também
dizia que o cristão, após a
morte estaria imediatamente na presença do Senhor
(Fp 1.21-23). Ele disse que
ao deixar o corpo, o crente passa a habitar com o
Senhor (2Co 5.6-8). E ele
sabia do que estava falando,
pois esteve pessoalmente no
paraíso (2Co 12.4). Há mais
dois textos da Escritura que
demonstram claramente que
as almas dos salvos estão
no céu e num estado de
consciência diante de Deus.
Em Apocalipse 6.9-11, e
Apocalipse 7.14-15, João
viu as almas dos crentes
mortos no céu. Elas estão
lá conscientes, descansando
e esperando o último dia.
Não faz sentido pensar que
estivessem dormindo na
sepultura.
As almas dos que já morreram estão no céu ou no
inferno, e estão lá conscientes. Um dado interessante
quanto a isso, é que elas
estão nesses dois lugares
temporariamente. O estado em que estão as almas
depois da morte, seja o céu
ou o inferno, é chamado
de intermediário porque não
corresponde ao local definitivo onde, tanto os salvos quanto os condenados,
habitarão eternamente. As
almas dos salvos no céu
e as almas dos condenados no inferno aguardam
pelo último dia, o dia da
ressurreição. Naquele dia,
de acordo com a Bíblia,
todos ressuscitarão (Dn
12.2; Ver 1Co 15.52; 1Ts
4.16). Após a ressurreição
os perdidos que estavam no
inferno irão para o lago de
fogo (Ap 20.15), e os salvos
que estavam no céu para o
novo céu e a nova terra (Ap
21.1). O motivo é simples:
Deus não criou o ser humano para viver sem corpo.
Atualmente, tanto no céu
como no inferno, as almas
estão despidas de seus corpos, o futuro lhes assegura
que um dia se reunirão a
seus corpos.
Para o crente, a doutrina bíblica do Estado
Intermediário é uma grande
bênção. Ela nos assegura
que o crente não precisará
ficar dormindo, esperando
pelo consolo. Ele não precisará esperar o dia em que o
Senhor voltar no seu reino
para desfrutar de recompensas, pois já estará naquele
mesmo dia no paraíso com
o Senhor. Para o perdido,
por outro lado, a doutrina
do Estado Intermediário é a
certeza de que seus pecados
não passarão impunes. É
a certeza de que a justiça pode parecer demorada,
mas não falhará. As pessoas que não querem compromisso com Deus imaginam que o túmulo seja
o fim de tudo, mas terão
uma surpresa terrível quando perceberem que estavam enganadas. A doutrina
do Estado Intermediário
demonstra que a salvação é
possível apenas nessa vida.
Isso demonstra a importância central do evangelho, a
necessidade de conhecê-lo
plenamente e proclamá-lo
urgentemente.
Rev. Leandro Antônio de Lima
é pastor da IP Santo Amato, SP, e
membro do Conselho Editorial do BP.
Brasil
Presbiteriano
4
Maio de 2013
ARTIGO
A singularidade de Jesus
Djaik Souza Neves
N
inguém podia ficar
indiferente diante de Jesus. Sua presença
produzia reações intensas
e opostas. Houve devoção profunda como a dos
pastores e magos em seu
nascimento, dos idosos piedosos, Simeão e Ana por
ocasião de sua apresentação no templo, de Pedro em
face da pesca maravilhosa,
de Maria ao recebê-lo em
sua casa e da mulher pecadora ao ungi-lo, além do
quebrantado centurião que
não permitiu que Ele fosse
à sua casa por não se considerar digno, dentre muitos
outros.
Em contrapartida, a presença de Jesus também provocava rejeição e, até repulsa. Já no seu nascimento,
ele foi visto como inimigo
pelo ímpio rei Herodes, que
cometeu sua maior atrocidade, na chacina dos bebês
de Belém, a fim de matá-lo;
ainda bebê foi dito sobre
Ele, que seria motivo de
ruína para muitos; já grande foi rejeitado primeiro
por seus próprios irmãos e
considerado louco por eles;
os religiosos da época, que
não podiam negar as evidências de quem ele era, o
escrutinaram e perseguiram
durante todo o seu ministério; o povo se beneficiou
de seus milagres, comeu os
pães e peixes que ele multiplicou, mas rejeitou suas
palavras (como hoje em
dia); Jerusalém (símbolo
da própria igreja daqueles
dias), nas palavras do próprio Jesus, “não reconheceu
a oportunidade de sua visitação”; o mesmo povo que
o saudou como rei em sua
“triunfal” entrada na cidade, exigiu a sua crucificação, sob o constrangimento
dos líderes religiosos invejosos e corruptos.
Sendo quem era, de fato,
as reações diante ele não
podiam ser menos antagônicas. Seu nascimento,
além da misteriosa e sobrenatural concepção, foi, ao
mesmo tempo, único e
humilhante; segundo Philip
Yancey, o nascimento de
Jesus parece ter sido planejado por Deus de tal forma,
que ninguém achasse que
lhe foi dado qualquer privilégio especial; na única
referência à infância dele
nos evangelhos, aquele que
foi considerado por alguém
como o primeiro “repórter
investigativo” da história,
Lucas, relata que ele era
um adolescente acima da
média que deu show de
“Bíblia” nos doutores do
Templo, além, é claro, da
“reprimenda” precoce em
seus pais por não terem
concluído onde ele estaria
em Jerusalém.
Quando,
finalmente,
“apareceu”, foi logo reconhecido por aquele de
quem se disse não haver
ninguém maior antes dele,
João Batista, que o reconheceu como “o cordeiro
de Deus que tira o pecado
do mundo” e se recusa-
va a batizá-lo por não se
considerar digno de sequer
desatar-lhe as correias das
sandálias (Jo 1.29 e 27).
Seu poder sobre as pessoas, sobre as doenças, sobre
os elementos da natureza,
sobre a morte e, até, sobre
Satanás deixava as pessoas estupefatas, pois era
capaz de promover mudanças jamais testemunhadas
por qualquer pessoa, como
acalmar uma tempestade,
curar um cego de nascença
e ressuscitar um defunto.
Diante de suas palavras
e ensinamentos, individu-
“Fiel é a palavra e
digna de inteira aceitação: Cristo Jesus
veio ao mundo para
salvar os pecadores,
dentre os quais eu
sou o principal.”
(1 Tm. 1.15)
ais ou coletivos, as pessoas
ficavam extasiadas, a ponto
de soldados que foram mandados para prendê-lo, voltarem sem poder cumprir
as ordens que lhes foram
dadas, reconhecendo que
nunca tinha ouvido alguém
falar como ele; enquanto as
multidões, fosse aceitando
ou rejeitando sua mensagem, não podiam negar sua
sabedoria e ousadia e que
ele falava como quem tinha
autoridade. Mesmo aqueles que, em nossos dias,
rejeitam os milagres e as
prerrogativas do Mestre de
Nazaré, não podem deixar
de reconhecer a atualidade
e sabedoria presentes nos
ensinamentos do jovem
Rabi.
Seu amor e compaixão
também não tinham paralelos ou concorrentes entre
os mestres, sábios e filósofos que já haviam passado
pelo mundo, e continua não
tendo. Era capaz de interromper um assunto importante para acolher e abençoar crianças que foram
trazidas a ele; foi chamado
de amigo de pecadores e
ladrões, além de bebedor de
vinho e glutão, porque preferia estar ao lado de ímpios
conhecidos na praça do que
na companhia de religiosos
hipócritas; foi extremamente paciente com o pecado de
seus seguidores mais próximos e com a dificuldade de
compreenderem suas palavras; no final, tentou dissuadir Judas de sua postura
e, mesmo sendo abandonado pelos seus discípulos
e traído por seus amigos
mais próximos, perdoo-os
mais uma vez , acolheu
e tratou do arrependido e
amargurado Pedro após a
ressurreição, além de lhe
confiar a liderança da igreja
nascente.
Além disso, vale a pena
considerar, mais do que a
rejeição por muitos e aceitação por alguns, Jesus também transformou a rejeição
em aceitação, como aconteceu com Paulo que, de perseguidor cruel da igreja e
do próprio Cristo, passou a
servo fiel e dedicado, além
de profundo reconhecedor
e divulgador da grandeza,
relevância e graça do mestre de Nazaré.
Refletir na, tão evidente, peculiaridade da pessoa de Jesus explica, de
modo satisfatório, porque
a boa notícia do evangelho é assim chamada; ressaltando, em especial, que
toda a sua vida, palavras e
obras culminaram em sua
morte pelos pecadores que,
segundo Ele mesmo, foi o
motivo da sua vinda a este
mundo. “O Filho do homem
não veio para ser servido”,
disse ele, “mas para servir
e dar a sua vida em resgate
por muitos” (Mt. 20.28).
Diante de tal singularidade e altruísmo, só nos resta
fazer coro com o próprio
apóstolo que diz: “Fiel é a
palavra e digna de inteira
aceitação: Cristo Jesus veio
ao mundo para salvar os
pecadores, dentre os quais
eu sou o principal.” (1 Tm.
1.15) E assim o honrarmos como aquele que veio
para redimir o seu povo dos
pecados deles, daí o seu
nome: Jesus (Mt. 1.21).
Notas:
YANCEY, Philip. O Jesus que eu
nunca conheci. São Paulo: 1999.
Ed. Vida Nova, p.32
Rev. Djaik Souza Neves
Pastor da IP de Chapada dos
Guimarães-MT.
Brasil
Presbiteriano
Maio de 2013
5
ARTIGO
Dez motivos para não participar da “Marcha para Jesus”
Ageu Cirillo de
Magalhães Jr
N
o dia 03/09/2009, o
então presidente da
República, Sr. Luiz Inácio
Lula da Silva, sancionou
a lei que instituiu o Dia
Nacional da Marcha para
Jesus.
Estavam ali, naquele ato,
alguns líderes do governo
juntamente com o bispo da
Igreja Universal do Reino
de Deus, Marcelo Crivella e
os bispos da Igreja Renascer
em Cristo, Estevam e Sônia
Hernandes. A sanção do
presidente veio apenas
tornar oficial uma prática
que se repete a cada ano.
Considerando o tamanho
do evento e a quantidade de
irmãos que mobiliza, alisto abaixo dez motivos que
cada cristão deveria considerar para não participar
desta marcha. As informações que dão base à análise podem ser encontradas
em sites de promoção da
marcha:
1. A igreja que organiza
a maior parte da marcha é
conduzida por um homem
que se autodenomina apóstolo. Este é um erro cada
vez mais frequente em
algumas denominações. É
sabido que o título “apóstolo” foi reservado àquele
primeiro grupo de homens
escolhidos por Cristo. Após
a traição e suicídio de
Judas, os apóstolos escolheram outro para ocupar
o seu lugar (At 1.15-20),
mas, como foi feita esta
escolha? Que critérios
foram usados? 1º) Ter sido
discípulo de Jesus durante
o seu ministério terreno;
2º) Ter sido testemunha
ocular do Cristo ressurreto.
Portanto, ninguém que não
tenha sido contemporâneo
de Cristo ou dos apóstolos
(como Paulo o foi) pode
sustentar para si o título de
apóstolo.
2. A igreja que organiza
a marcha ensina Teologia
da Prosperidade (crença
de que o cristão deve ser
próspero financeiramente), Confissão Positiva
(crença no poder profético das palavras – assim
como Deus falou e tudo
foi criado, eu também falo
e tudo acontece), Quebra
de maldições (convicção
de que podem existir maldições, mesmo na vida
dos já salvos por Cristo) e
Espíritos Territoriais (crença em espíritos malignos
que governam sob determinadas áreas de uma cidade).
3. A filosofia da marcha
está fundamentada em uma
Teologia Triunfalista (tudo
sempre vai dar certo, não
existem problemas na vida
do crente), tendo como
base textos como Êxodo
14 (passagem de Israel no
mar Vermelho) e Josué 6
(destruição de Jericó);
4. De acordo com os
sites que organizam a marcha, uma das finalidades
dela é promover curas e
libertações;
5. A marcha não celebra
culto, mas “show gospel”;
6. Os líderes do movimento propagam que a
marcha tem o poder de
“mudar o destino de uma
nação”;
7. Na visão do grupo,
com base em Josué 1.3
“Todo lugar que pisar a
planta do vosso pé, vo-lo
tenho dado”, a marcha é
uma reivindicação do lugar
por onde passam na cidade;
8. Na visão do grupo, a
marcha serve para tapar
as “brechas deixadas
pelos atos ímpios de nossa
nação”;
9. Na visão do grupo, a
marcha destrói “fortalezas
erguidas pelo inimigo em
certas áreas em nossas cidades e regiões”;
10. A marcha tem caráter isolacionista, próprio de
gueto, e não o que Cristo
nos ensinou, a saber, envolvimento amplo na sociedade, com sal e luz (Mt
5.13-16), com irrepreensível testemunho cristão: “...
Resolução do SC
O Supremo Concílio da IPB se pronunciou
em 2006 sobre a Marcha para Jesus.
Segue abaixo parte da resolução:
SC-2006- Doc. 148 - Doc. CXLVIII (...) Considerando: 1. o que estabelece o art. 97, na alínea “m” e
em seu parágrafo único; 2. que apesar de serem
realizados eventos em locais diferentes por outras
lideranças evangélicas, existe certa unidade entre
eles quanto à natureza, ao propósito, às datas e à
teologia; tanto no uso da marca e do nome “Marcha
para Jesus”, quanto a inexistência de qualquer esforço para distinguir-se daquele realizado em São
Paulo – Capital demonstram tal unidade. 3. que
na “Marcha para Jesus” – SP houve participação
de grupos gays, que se consideram evangélicos,
com ampla divulgação na imprensa, sem qualquer
pronunciamento por parte da liderança do evento.
4. que o caráter teológico do evento é contrário às
Sagradas Escrituras e aos Símbolos de Fé da IPB,
a saber: a) Teologia da Prosperidade; b) Confissão
Positiva; c) Batalha Espiritual (inclusive Espíritos
Territoriais); d) Teologia Triunfalista; e outros, O
SC-IPB-2006 RESOLVE: 1. pronunciar-se contrário à participação de seus concílios e membros
na “Marcha para Jesus” e movimentos ou eventos
de natureza teológica similar; 2. determinar aos
concílios e aos pastores que orientem suas igrejas para que não se envolvam em eventos e movimentos dessa natureza...
mantendo exemplar o vosso
procedimento no meio dos
gentios, para que, naquilo que falam contra vós
outros como de malfeitores,
observando-vos em vossas
boas obras, glorifiquem a
Deus no dia da visitação.”
(1Pe 2.12).
Ademais, é importante
observar que toda a organização da marcha está
centrada nas mãos de uma
igreja apenas, excluindo-se
o alegado caráter de união
entre os evangélicos.
Tanta força e entusiasmo
deveriam ser canalizados
para a pregação do evangelho. As pesquisas indicam que os evangélicos já
somam 25% da população
brasileira, no entanto, a
imoralidade, a corrupção e
a violência são cada vez
maiores em nosso país. Os
canais de TV, os programas de rádio, bem como as
marchas, não têm gerado
transformação de vida em
nosso povo.
A marcha que Cristo ensinou à sua igreja foi outra,
silenciosa e efetiva, tal qual
o sal penetrando no alimento (Mt 5.13); pessoal e de
relacionamento, como na
igreja primitiva (At 8.4);
cotidiana e sem cessar,
como entre os primeiros
convertidos (At 2.42-47).
Que Deus nos restaure
essa visão.
Rev. Ageu Cirilo de Magalhães Jr é
pastor da IP Vila Guarani, SP, diretor do
JMC e membro do Conselho Editorial
da CEP.
Brasil
Presbiteriano
6
Maio de 2013
ARTIGO
A esposa do plantador de igreja
Viviany Mendes Viguier
Q
uando eu era adolescente costumava brincar de um jogo
chamado “Família”. Numa folha
de cartolina listávamos todos os
trabalhadores das profissões que
lembrávamos (encanador, médico,
porteiro...), e ainda escrevíamos a
família de cada profissional (o filho
do encanador, a mulher do médico,
a filha do porteiro). Como num jogo
de cartas a cartolina era recortada e
distribuída. A brincadeira consistia
em formar o maior número de famílias possível, tentando adivinhar o
que o outro jogador tinha ou retirando uma carta da mesa.
Interessante é que o jogo mesmo
que indiretamente, mostrava a realidade da vida: a família de uma
forma geral sofre influência, está
sempre ligada à profissão, ao trabalho dos responsáveis por ela.
Na plantação de igrejas não é
nada diferente. Quando um plan-
tador recebe o chamado de Deus
para iniciar uma nova congregação,
sua família é diretamente influenciada por este processo. Isto não é
uma coisa que o nosso Pai ignore,
mas, infelizmente, muitas vezes nós
temos sido negligentes com a percepção da importância da família
do plantador.
Existem muitos estudos sobre
plantação de igrejas no mundo, em
especial nos Estados Unidos, alguns
sobre plantação de igrejas no Brasil,
mas poucos se referem à família do
plantador. Principalmente no Brasil.
Talvez isto seja porque não nos
damos conta da visão sistêmica da
plantação de igrejas da qual a família é parte fundamental. Ao contrário de inúmeras outras profissões, a
plantação de igrejas depende enormemente do bem estar do plantador
que, por sua vez, depende do bem
estar de sua casa. É bíblico: “Fiel
é a palavra: se alguém aspira ao
episcopado, excelente obra almeja. É necessário, portanto, que o
bispo seja irrepreensível, esposo de
uma só mulher, temperante, sóbrio,
modesto, hospitaleiro, apto para
ensinar; não dado ao vinho, não
violento, porém cordato, inimigo
de contendas, não avarento; e que
governe bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com
todo o respeito (pois se alguém não
sabe governar a própria casa, como
cuidará da Igreja de Deus?); não
seja neófito, para não suceder que
se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo. Pelo contrário, é
necessário que ele tenha bom testemunho dos de fora, a fim de não
cair no opróbrio e no laço do diabo”
(1Tm 3.1-7).
Por favor, não se assuste com
o fato de chamar a plantação de
igrejas de profissão. Não se ofenda!
Talvez um dos maiores erros do
processo de plantação de igrejas
no Brasil seja realmente o fato de
consideramos tudo de forma muito
pouco profissional, desde a escolha
e avaliação do candidato a plantador, passando pelo estudo cultural do local e público alvo, até à
atenção dada à família do plantador. Com outros detalhes incluídos,
obviamente.
Não há de minha parte nenhuma inclinação comercial, mercantilista, material quando considero a
plantação de igreja uma profissão.
Pelo contrário. Depois de 16 anos
apoiando meu marido no trabalho
com plantação de igrejas, se tem
uma coisa que eu já aprendi é que o
processo dependente de Deus. Devo
dizer uma coisa: eu creio na soberania de Deus, o que me faz mais
ainda acreditar e trabalhar por ele.
Bom, vocês sabem, Deus se
manifesta extrapolando o ordinário,
agindo sobrenaturalmente e também agindo por meio de sua criação
e daquilo que ele capacitou-a a concretizar. É por isso que eu chamo a
plantação de igrejas de profissão: é
uma atividade, uma ocupação que
requer trabalho e empenho e até um
quê de especialização, mas também
é o reconhecimento público da fé
que nós abraçamos.
(Se você se der ao trabalho de
procurar no dicionário vai ver que
profissão é tanto uma atividade da
qual se pode tirar o meio de subsistência, quanto o ato de professar
publicamente seus votos religiosos).
Dependemos sempre da graça e
favor do nosso Pai celeste. Que ele
nos guie nesta jornada em prol da
expansão de seu reino.
Viviany Mendes Viguier é membro da IP
Chácara Primavera em Campinas, SP
Brasil
Presbiteriano
Maio de 2013
7
UMP
Congresso Nacional de Jovens da IP do Paraguai
Ildemar de Oliveira
Berbert
A
conteceu nos dias
28 a 30 de março o
Congresso Nacional de
Jovens da IP do Paraguai
em Concepción. A convite do Rev. Francisco
Villalba, pastor da igreja de
Concepción, participamos
da abertura do congresso
com uma caravana de jovens
da IP de Dourados, o casal
de conselheiros da mocidade, presb. Milton Mori e
Maristela, eu e minha esposa Cenilse, somando quinze
pessoas. A viagem foi muito
agradável, passamos por
Ponta Porã, após o permission, entramos no Paraguai
por Pedro Juan Cabalero,
passando por Orqueta, viajamos 240 km da divisa,
até a cidade de Concepción.
Ali fomos recebidos pelo
Rev. Francisco Villalba
que nos encaminhou até o
local do congresso, 10 km
depois de Concepción, num
lugar muito agradável entre
as árvores e muito verde,
chamado “Saladilo”, um
antigo mosteiro de construção arrojada.
O tema do congresso foi: “JOVENS COM
PROPÓSITO”, tendo como
texto básico Filipenses
3.14, “prossigo a la meta,
al premio del supremo
llamamiento de Dios em
Cristo Jesús”. Pregamos
naquela noite sobre o desafio de Daniel (Dn 1) e
seus amigos na Babilônia,
usando o tema do livro do
Dr. Stuart Ollyot, Ouse Ser
Firme encorajamos aqueles
jovens, mais ou menos
uns cem, a permanecerem
firmes e inabaláveis na fé
em Cristo, não se deixarem
persuadir pelos apelos do
mundo que vivemos e a
não se contaminarem. Após
a mensagem, nossa caravana cantou o hino oficial
da Mocidade Presbiteriana
do Brasil e ensinou o hino
aos Jovens Presbiterianos
do Paraguai, traduzido para
o espanhol.
No dia seguinte, falou o
Rev. Izaías Cunha, presidente do Sínodo do Mato
Grosso do Sul, seguido
dos demais preletores:
Rev. Eulogio Giménez
López (Pastor paraguaio,
mas jurisdicionado ao
Presbitério de Santo André,
SP); Rev. Marcos Paulo
Vieira (de Campinas, SP);
Rev. Francisco Villalba e
Presb. Rodrigo Ariel Torres
López (de Concepción).
Nossa caravana voltou
feliz para Dourados.
Antônio João que nos levou
em sua Sprinter foi um
irmão camarada. Contounos muitas histórias de
viagens missionárias, passeou conosco no Parque
Nacional Cerro Corá, num
local que marcou o fim do
conflito da guerra do Brasil
com o Paraguai, cheio de
monumentos históricos,
enaltecendo o patriotismo
daquele povo.
Aproveito para relatar
à nossa amada IPB, mãe
da IPP, que eles ainda precisam de nosso apoio. A
IP do Paraguai está espalhada em cinco igrejas locais pequenas e em
regiões longínquas. Em
Concepcion ela tem uma
Escola Presbiteriana que
luta com muitas dificuldades. Mas é uma igreja
com muitos jovens, está
nascendo nela uma liderança jovem importante e
deve estar no centro de nossas atenções. Nossa Igreja
é parceira do campo de
Concepción.
Rev. Ildemar de Oliveira Berbert
é pastor da IP Central de Dourados e
presidente do Presbitério de Dourados.
COMEMORAÇÃO
Jubileu de ouro da IP Filadélfia de São Carlos, SP
Nelson do Nascimento
A
Igreja Presbiteriana Filadélfia de São
Carlos, neste ano de 2013
está comemorando Jubileu
de Ouro, ao completar 50
anos de existência. Durante
o mês de fevereiro promoveu cultos em ação de
graças, todos os domingos,
pela manhã
e à noite,
todos realizados no templo da igreja, recentemente reformado e ampliado,
sendo este fato, também
motivo de gratidão, incluído nessa celebração. O
programa e os pregadores
especialmente convidados
foram Rev. Naor Garcia –
Ministro jubilado da IPB;
Presb. Baltazar Maria de
Morais Júnior, o Artilheiro
de Deus; Rev. Nelson do
Nascimento – Ministro
jubilado da IPB; Rev.
Roberto Brasileiro Silva
– Presidente do Supremo
Concílio da IPB; Rev. Jader
Borges Filho – Pastor da
IP Jardim Satélite, em São
José dos Campos – SP;
Rev. Nelson Duílio Bordini
Marino – Ex-pastor da igreja aniversariante e agora
pastor da IP de Vila Nilo
– SP. Participaram de todos
os cultos o Coral Alvorada
e a Orquestra Filadélfia,
ambos da igreja celebrante.
A Igreja Presbiteriana
Filadélfia foi organizada a
10 de fevereiro de 1963,
e teve até hoje os seguintes pastores: Reverendos
Ludgero Braga, Matathias
Fernandes, José Carlos
Nogueira, Aquias Silveira
Mendes, David Azevedo,
Obed Assunção, Joel
Rodrigues
Cavalcante,
William Asbury, Luiz
Longuini Neto, Werner
Culto de aniversário no novo templo recém reformado
Sundfield, Waterson José
Ferreira, Nelson Duílio
Bordini Marino, e o pastor atual, Rev. Sebastião
Silvestre, desde 1996. São
pastores colaboradores os
reverendos Naor Garcia
e Nelson do Nascimento
(pastores jubilados).
Nelson do Nascimento é pastor
colaborador na IP Filadélfia de São
Carlos, SP
Brasil
Presbiteriano
8
Maio de 2013
EVANGELISMO
IP 12 de Agosto evangeliza crianças com Boneco Barnabé
Stephanie Macedo
D
urante três dias, um
grupo de 100 crianças, com idades de 3 a 13
anos, da IP 12 de Agosto, da
cidade de Aracaju, Sergipe,
participou do 1º Congresso
Evangelístico de Crianças,
a que compareceu também o Boneco Barnabé.
Movimentado pelas mãos
e voz de seu criador, o Rev.
Josué Ferreira, capelão do
Ensino Básico do Colégio
Mackenzie, o boneco ventríloquo falou sobre como
aproveitar o tempo, baseado
nas referências bíblicas de
Eclesiastes e Efésios.
Segundo o Rev. Josué,
o Barnabé foi criado com
o objetivo de ministrar a
Palavra para as crianças
permitindo linguagem e
expressões bem próximas à
realidade do público infantil, contou o pastor envolvido há 18 anos na capelania
do Colégio Mackenzie, e
com vasta experiência em
1º Congresso reuniu 100 crianças
acampamento para crianças.
Entre os dias 22 a 24 de
março desse ano, as crianças
ouviram sobre a disposição
do tempo para Deus: tempo
para orar e ler a Bíblia, conciliando-o com as atividades das escolas seculares. E
essa tarefa de guiar melhor
o tempo foi dedicada também aos pais das crianças
no último dia do evento.
“Estamos perdendo nossas
crianças, os pais precisam
investir muito mais tempo
de sua vida com os seus
filhos”, alertou o reverendo,
diante do contexto apresentado pelos pais sobre a falta
de tempo para tudo.
Segundo o pastor da IP 12
de Agosto, Rev. Emanuel
Meneses Costa, a ideia do
Congresso para as crianças
da igreja partiu delas próprias. “Fomos procurados
por algumas crianças, elas
nos pediram para que as
instruíssemos a pregar para
outras crianças. Então, ao
ouvi-las, enchemos nossos
corações de alegria e, junto
ao Departamento Infantil e
ao Conselho da igreja, preparamos o congresso para
que as crianças pudessem
receber a instrução necessária para a edificação de seus
corações, a fim de usarem
os seus dons e talentos para
a honra e glória de Deus”,
comemorou.
Stephanie Macêdo é assessora de
comunicação da IP 12 de Agosto
Comunicado – Senegal
A
APMT – Agência Presbiteriana de
Missões Transculturais, da IPB, vem
com extrema alegria informar a todos que
nossos irmãos Rev. José Dílson Alves da
Silva (APMT), e Zeneide Novaes Morais
(Missão Servos), receberam a liberdade provisória no dia 05/04/2013, às 16h10m e já
estão fora do presídio. No prazo de até 30
dias, haverá o julgamento do processo.
Tanto o Rev. José Dílson como a Zeneide
cumprirão os procedimentos que envolvem a
sua liberdade provisória. O juiz responsável
pelo caso definirá quais serão os protocolos
que ambos deverão observar nessa fase.
Precisamos continuar a orar e buscar a
sabedoria do Senhor para que os advogados
contratados pelo APMT – IPB tenham a
sabedoria no acompanhamento processual e
no levantamento de provas para inocentá-los
definitivamente.
Expressamos a mais alta estima e gratidão
a todos aqueles que têm investido seu tempo
para que essa causa chegue a bom termo e
glorifique ao Deus que nos chama para servilo e adorá-lo.
Em nome de toda a equipe da APMT no
Brasil e no Senegal,
Rev. Marcos Agripino C. de Mesquita
Executivo da APMT – IPB
Brasil
Presbiteriano
Maio de 2013
9
ANIVERSÁRIO
IP de Santa Cruz celebra 80 anos de organização
Ed Wilson
A
IP de Santa Cruz,
localizada no Rio de
Janeiro, RJ, completou no
dia 5 de março, 80 anos de
organizada e 101 de trabalho em Santa Cruz.
Tivemos a honra de receber ilustres pastores como
Rev. Dante Sarmento de
Barros, Rev. Guilhermino
Cunha, Rev. José Antônio,
Rev. Nelson Célio e Rev.
Eli Gonçalves durante
todo o mês de março.
HISTÓRICO
Em 18 de junho de 1912,
foi organizado o Ponto de
Pregação Presbiteriano
em Santa Cruz, pelo Rev.
Álvaro Reis, na casa do
irmão José Raymundo
Aragão, sito à rua Boa
Vista, nº 01, Santa Cruz.
No ano de 1919 ocorreu a transferência do
Ponto de Pregação para a
Rua Olavo, nº 07, Santa
Cruz. Em 1929, o Ponto
Pastores da igreja
Igreja reunida em culto de aniversário
de Pregação passou a ser
Congregação Presbiterial
do Presbitério do Rio de
Janeiro, sendo indicado
o Rev. Dr. Laudelino de
Oliveira Lima Filho para
dar assistência ao trabalho.
Neste período é feita a primeira eleição para compor
a Mesa Administrativa.
São eleitos presbíteros: Carlos Luiz Villon e
Izidoro Joaquim de Assis.
Para diáconos: Francisco
Bispo e João Moreira
Leite.
Em 05 de março de
1933, conforme decisão do Presbitério, após
relatório da Comissão
de Organização constituída pelos pastores Rev.
Laudelino de Oliveira
L. Filho (Relator), Rev.
Laudelino de Oliveira
Lima e Rev. Jeremias W.
B. Shirlli e pelos presbíteros Francisco de Almeida e
Vicente Alves de Oliveira,
a igreja é organizada com
27 membros maiores e
17 membros menores.
Ocorre, então, a eleição
para oficiais sendo elei-
tos para presbíteros João
Moreira Leite e Francisco
José Pereira, e para diácono Manoel da Gonçalves e
Pedro Silva.
Em 26 de Julho de 1951
reúne-se a Assembleia
Geral Extraordinária da
igreja, presidida pelo Rev.
Moisés Rodrigues, e se
decide e autoriza a compra de dois terrenos na
Rua Campeiro Mór. Em
29 de março de 1952,
outra assembleia autoriza a compra de mais um
terreno na Rua Campeiro
Mor. No dia 21 de abril de
1959, em reunião social no
sítio do irmão Francisco
José Pereira, o Rev. Dante
Sarmento de Barros, hoje,
Pastor Emérito dessa igreja, dá início à campanha
para captação de recur-
sos para a construção do
novo templo, obtendose a importância de Cr$
100.000,00.
Em 18 de junho de 1962
acontece o culto de Ações
de Graças pelo cinquentenário da organização do
ponto de pregação, oficiado pelo Rev. Dante.
Em 06 de março de 1982,
ocorre o culto de Ações
de Graças e Consagração
do novo templo, à Rua
Campeiro Mor, nº 556,
oficiado pelo Rev. Jonas
Magalhães. No ano de
1983, ano do cinquentenário de organização da
igreja é realizada a programação por todo o mês de
março, oficiada pelo Rev.
Jonas Magalhães.
Rev. Ed Wilson é pastor da IP de
Santa Cruz
Brasil
Presbiteriano
10
Maio de 2013
MÊS DE MAIO NA H
Rev. Alderi Souza de Matos, historiador da IPB
1
4
● Falecimento do Rev. George
Wood Thompson, com 26 anos,
em Campinas; primeiro missionário
vitimado pela febre amarela (1889).
6
● Organização da IP de Faxina
(Itapeva–SP), pelo Rev. Antônio
Pedro de Cerqueira Leite (1879).
8
● Início do pastorado de 28
anos do Rev. Álvaro Emídio
Gonçalves dos Reis na IP do
Rio de Janeiro (1897).
● A Missão do Brasil, da Igreja do
Norte (PCUSA), divide-se em Missão
Sul do Brasil e Missão Brasil Central (1897).
● Organização da IP
de Sengó, município de
Pouso Alto (MG), pelo
Rev. Manoel Antônio de
Menezes (1892).
● Organização da IP de
Itabuna, a segunda do sul da
Bahia, na fazenda Cachoeira
(1923).
● Organização da IP de Madureira, no Rio de Janeiro,
pelo Rev. Galdino Moreira e outros líderes (1926).
● Criação do jornal Mocidade, da Federação do
Presbitério do Rio de Janeiro, por Paulo Costa Lenz
César; dois anos mais tarde tornou-se o órgão oficial
da Confederação Nacional da Mocidade (1944).
13
14
● Início das aulas do “Seminário Primitivo”, no Rio de
Janeiro, fundado pelo Rev. Ashbel Green Simonton; estudantes: Modesto Carvalhosa, Antônio Trajano, Miguel Torres e
Antônio Pedro de Cerqueira Leite (1867).
● Falecimento do Rev. Alexander Latimer Blackford, em Atlanta; fundador da
obra presbiteriana em São Paulo, cunhado do Rev. Simonton (1890).
● Nascimento do Rev.
Galdino Moreira, em
Morrinhos (GO); pastoreou por muitos anos a
IP do Riachuelo, no Rio
de Janeiro (1889).
● Organização da
IP de Piumhi (MG),
pelos Revs. Samuel
Gammon e Álvaro
Reis (1900).
22
● Ordenação, em Recife, dos primeiros pastores presbiterianos do Nordeste: Belmiro de
Araújo César, José Francisco Primênio da Silva
e João Batista de Lima (1887).
● Organização da IP de Cachoeiro de
Itapemirim (ES), pastoreada pelo Rev. Trasilbo
Filgueiras (1926).
● Ordenação do
Rev. Filipe Sheeder
Landes, pioneiro
presbiteriano em
Mato Grosso (1910).
● Falecimento do Rev.
Constâncio Homero Omegna,
aos 50 anos, em Campinas;
pastor em Jaú, Niterói, São José
do Calçado e Valença; educador,
poeta e músico (1927).
23
● Organização da IP de Borda da Mata, a
primeira de Minas Gerais, pelos Revs. Robert
Lenington e Emanuel N. Pires (1869).
● Nascimento do Rev. Basílio
Braga de Oliveira em Mogi-Mirim
(SP); pastor por muitos anos em São
João da Boa Vista (1873).
● Organização da IP de Cabo Verde (MG), pelo
Rev. Miguel Gonçalves Torres (1881).
● Grande evento na
IP do Rio de Janeiro
em comemoração aos
52 anos da União da
Mocidade Presbiteriana
(1988).
27
● Falecimento de José Maria
Barbosa da Silva, primeiro crente
presbiteriano de São Paulo (1898).
● Falecimento do Rev. Dr.
George William Butler, o “médico
amado” de Pernambuco (1919).
Brasil
Presbiteriano
Maio de 2013
11
HISTÓRIA DA IPB
10
● Organização da IP
de Itapetininga (SP),
pelo Rev. Zacarias de
Miranda, com quatro
adultos e cinco menores (1885).
● Ordenação do Dr. Lisânias de Cerqueira Leite,
pelo Presbitério do Rio de
Janeiro; era filho do Rev. Antônio Pedro e formou-se no
Seminário Unido (1925).
15
● Lançamento da pedra fundamental do
primeiro templo da IP do Rio de Janeiro,
na Travessa da Barreira (1873).
● Início do trabalho presbiteriano em São
Luís do Maranhão, pelo Rev. Dr. George W.
Butler (1885).
● Falecimento da missionária Carlota Kemper,
em Lavras, aos 90 anos;
professora do Colégio
Internacional e do Instituto
Gammon (1927).
11
● Rev. William Calvin Porter lança em Natal (RN) o
jornal O Século, precursor do Norte Evangélico (1895).
● Falecimento do Rev. Erasmo de
Carvalho Braga, pastor em Niterói e
São Paulo; professor do Seminário do
Sul, líder da cooperação evangélica
no Brasil (1932).
12
● Falecimento do
Rev. Miguel Gonçalves Torres, em Caldas, primeiro pastor
evangélico de Minas
Gerais (1892).
● Falecimento da
missionária Eliza
Moore Reed, em
Recife, fundadora
do Colégio Agnes
Erskine (1926).
● Falecimento em São Paulo do
bispo católico D. Salomão Barbosa Ferraz, anteriormente pastor
presbiteriano e ministro episcopal
(1969).
16
17
● Falecimento do presbítero
Myron August Clark, no Rio de
Janeiro; fundador da Associação
Cristã de Moços no Brasil (1920).
● Organizada em Lavras a
Federação do Trabalho Feminino do
Presbitério Sul de Minas, a primeira
do Brasil, sob a liderança da missionária Genoveva Marchant (1921).
● Organização da IP de Lorena (SP),
pelo Rev. Alexander Blackford,
com seis membros (1868).
● Ordenação do Rev. Roberto
Frederico Lenington, pastor no
Paraná e Santa Catarina, professor
do Seminário de Campinas (1896).
● Organização da IP de
Figueira do Rio Doce
(Governador Valadares–
MG), pelos Revs. Otávio de
Souza e Aníbal Nora (1917).
29
30
30
● Primeira celebração da Ceia oficiada pelo
Rev. Alexander Blackford, no início da obra
presbiteriana em São Paulo (1864).
● Nascimento do Rev. Jorge Thompson Goulart,
em Bagagem (Estrela do Sul–MG); pastor em
Lavras e professor no Seminário de Campinas
(1889).
● Organização da IP de Vila Mariana,
em São Paulo, pelos Revs. Miguel Rizzo
Júnior e Amantino Adorno Vassão e
os presbíteros Warwick Kerr e José de
Oliveira (1942).
● Inaugurada em Votorantim (SP) a Avenida
Rev. José Manoel da Conceição, defronte
ao templo presbiteriano (1976).
● Segue para a Venezuela
o primeiro casal de missionários presbiterianos
brasileiros, Rev. Joás Dias
de Araújo e sua esposa
Josefina (1962).
Erramos
Na edição anterior, o título desta seção
deveria ter sido MÊS DE ABRIL NA
HISTÓRIA DA IPB, e não MÊS DE MARÇO
NA HISTÓRIA DA IPB, como publicado.
Brasil
Presbiteriano
12
Maio de 2013
ANIVERSÁRIO
Parabéns IP de Salto pelos 44 anos!
Shil Lang Wing
N
ão se pode determinar com
precisão a data que assinala
o início do trabalho presbiteriano
na cidade de Salto. Não deve ter
sido antes de 1907, como também
não pode ter sido muito depois de
1908. Isto porque o trabalho na
cidade de Itu iniciou-se em 1907
e tudo indica que iniciada a obra
missionária em Itu, Salto passou
e ser visitada pelos missionários
que fizeram por difundir a Palavra
de Deus nessa região. Assim é que
em 09 de março de 1909, o Rev.
Robert Dale Daffin recebe por profissão de fé e batismo o Sr. Antonio
Fernandes, sendo esse o primeiro
registro sobre o trabalho missionário em Salto.
Em 07 de agosto de 1910, o Sr.
Adelino Ribeiro professou a fé em
Cristo, na cidade de Itu, com o
Atualmente a igreja é composta por 146 membros maiores e 28 menores
Rev. Erasmo Braga. Em 1911, o
Rev. Daffin é substituído pelo Rev.
James Porter Smith que conta com
a ajuda do Rev. Gastão Boyle. Em
1912, o candidato ao ministério,
João Paulo de Camargo com os
Revs. Smith e Boyle iniciam os
cultos semanais em Salto, aos sábados. Os cultos eram realizados na
casa do Sr. Evaristo Góes Pacheco,
que não sendo membro professo,
cooperava com o trabalho de uma
forma extraordinária, cedendo a
sua residência para a pregação do
evangelho.
Em setembro de 1915, os cultos passaram a serem realizados às quintas-feiras. Em 1916
a Congregação de Salto possuía
uma Escola Dominical com 10 alunos. Em 1917 a comunidade contava com uma sociedade “Esforço
Cristão”, com 08 sócios. De 1911
a 1919, o trabalho esteve sob a responsabilidade do Rev. James Porter
Smith.
Em 1926, o evangelista Noé
Wey assumiu a direção do trabalho e o Rev. William Kerr visitou
durante o ano a Congregação de
Salto, realizando os atos pastorais.
Em 1927, Salto contava com uma
Escola Dominical com 41 alunos,
04 classes e 04 oficiais e professores. Em 1937, volta o Rev. Avelino
Boamorte a dirigir os trabalhos da
Congregação de Salto. Por determinação do Presbitério de Sorocaba, o
trabalho de Salto foi organizado em
Congregação Presbiterial no dia 06
de abril de 1941. A Congregação
Presbiterial caminhou, cresceu e foi
organizada na Igreja Presbiteriana
de Salto, no dia 20 de abril de 1969,
nas dependências do antigo templo,
sito à Rua Nove de Julho, 211. Na
oportunidade foram arrolados 26
membros maiores e 18 membros
menores, transferidos da IP de Itu.
Temos no rol de membros: 146
membros maiores e 28 membros
menores. A igreja possui Escola
Dominical e Sociedades Internas
formadas, além dos conjuntos
musicais: Fruto da Comunhão e
Chamados por Cristo.
Rev. Shil Lang Wing é pastor da IP de Salto
Maio de 2013
Brasil
Presbiteriano
13
ESPORTE E MISSÕES
Porto Alegre (RS) sedia encontro do Joga Limpo Brasil
Realizado em 30 de abril, o encontro faz parte da série de eventos
que acontecerá nas cidades-sede da Copa do Mundo, cujo objetivo
é apresentar o movimento e mobilizar organizações cristãs a desenvolver ações para a disseminação da Palavra de Deus em grandes
eventos esportivos.
Luciana Garbelini
C
om a adesão oficial de mais de
100 igrejas e organizações cristãs, o Movimento Joga Limpo Brasil
(MJLB) já está em campo. Lançado
em setembro de 2011 pela Sociedade
Bíblica do Brasil (SBB), em conjunto com a Coalizão Brasileira
de Esportes (CBE), AMME
Evangelizar, Atletas de Cristo e
Rede Evangélica Nacional de Ação
Social (Renas) – que fazem parte
do Comitê Gestor –, o movimento
promove uma série de Encontros
de Pastores, Líderes de Jovens e
Ministérios Esportivos, que serão
realizados até junho, nas doze cidades-sede da Copa Mundial de 2104.
Em Porto Alegre (RS), o evento
aconteceu no dia 30 de abril, às 09h,
na Igreja Brasa.
O MJLB tem como objetivo promover a mobilização da comunidade
cristã para atuar na disseminação da
mensagem e dos princípios bíblicos durante as grandes competições
esportivas que vão ocorrer no Brasil:
Copa das Confederações, Copa do
Mundo, Jogos Olímpicos e Jogos
Paralímpicos.
As ações serão iniciadas em
junho deste ano nas seis cidadessede da Copa das Confederações:
Belo Horizonte (MG), Brasília (DF),
Fortaleza (CE), Recife (PE), Rio
de Janeiro (RJ) e Salvador (Bahia).
“Estamos muito satisfeitos com
o entusiasmo com que a comunidade cristã brasileira está se preparando para fazer da Copa das
Confederações uma prévia da atuação que pretendemos ter nos demais
eventos”, afirma o coordenador geral
do MJLB, Eude Martins.
Com inscrição gratuita, o Encontro
de Pastores, Líderes de Jovens e
Ministérios Esportivos em Porto
Alegre integra a agenda de eventos
que visam dar suporte e instrumentos para as atividades de evangelização.
Além de Porto Alegre, os encontros acontecem nas seguintes cidades-sede da Copa do Mundo de
2014: Brasília (DF), Rio de Janeiro
(RJ), Fortaleza (CE), Belo Horizonte
(MG), Recife (PE), São Paulo (SP),
Salvador (BA), Curitiba (PR),
Cuiabá (MT), Natal (RN), Manaus
(AM).
O Movimento Joga Limpo Brasil
representa um esforço conjunto de
instituições cristãs do Brasil e do
exterior, que tem como base experiências recentes e bem-sucedidas
realizadas nos Jogos Olímpicos de
Atlanta (1996), de Sydney (2000),
de Atenas (2004) e Pequim (2008);
nas Copas do Mundo da Alemanha
(2006) e da África do Sul (2010); e
nos Jogos Pan-Americanos do Rio
de Janeiro (2007).
O nome escolhido para o programa
é alusivo à expressão inglesa “fair
play” (jogo limpo), muito usada no
meio esportivo para tratar da questão
da ética, do cumprimento das regras
e da importância do respeito entre
os competidores. Assim, utilizando
essa metáfora, o movimento pretende chamar a atenção para a importância de se praticar os princípios
bíblicos no dia a dia, contribuindo,
desta forma, para uma sociedade
mais justa, pacífica e harmônica.
A criação do movimento foi inspirada na visão que levou o apóstolo
Paulo a ir de Atenas para Corinto
(Livro de Atos dos Apóstolos,
Capítulo 18), uma das maiores e
mais movimentadas cidades do
Império Romano e sede de um dos
maiores eventos esportivos periódicos, os Jogos Ístmicos. Ali, Paulo
encontrou a oportunidade para anunciar o evangelho com liberdade e
alcançar pessoas de todas as partes do mundo. “Queremos inspirar
as igrejas e organizações cristãs a
seguir o exemplo de Paulo, que, se
vivesse em nossos dias, certamente,
viria ao Brasil para disseminar a
mensagem bíblica entre a população
brasileira e os turistas”, afirma o
coordenador de Comunicação.
Informações sobre as ações e
materiais para download estão disponíveis no site do MJLB:http://
www.jogalimpobrasil.com.br/
Luciana Garbelini é assessora de imprensa da SBB
Brasil
Presbiteriano
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Maio de 2013
ENTREVISTA COM A PSICÓLOGA VERÔNICA FARIAS
O Cuidado Missionário
Por Emma Castro
A
psicóloga e missionária Verônica Farias
atua na área de Cuidado
Missionário desde o ano
2005. Começou a desenvolver seu ministério ao se
envolver na área de pesquisa, procurando saber o que
estava sendo feito no Brasil
em relação ao cuidado missionário. Ela se deparou
com uma grande deficiência e muita demanda.
Desde sua conversão,
Verônica se envolveu no
trabalho de evangelização, plantação de igrejas
e treinamento de liderança durante quatorze anos.
Hoje se dedica de tempo
integral ao ministério de
Cuidado Missionário, visitando campos e acompanhando os missionários que
requerem sua ajuda.
Ela faz parte do Conselho
Deliberativo do CIM
– Cuidado Integral do
Missionário, departamento da AMTB – Associação
de Missões Transculturais
Brasileiras. Em 2011, iniciou o Departamento de
Cuidado Missionário na
Base da APMT e faz parte
do quadro de missionários,
servindo aos nossos missionários.
BP: Como foi para escolher essa área de atuação
ministerial?
Verônica: Eu não escolhi
essa área, eu fui despertada
por Deus. A partir das estatísticas de retorno, a partir
da realidade de escassez
de cuidadores treinados,
pessoas que não são apenas psicólogos clínicos. Os
profissionais precisam ser
treinados para atender os
missionários dentro do seu
contexto, pois eles passam
por várias fases na sua vida.
Eu mesma passei por essas
fases, desde o preparo, o
campo e o retorno. A experiência que vivi e o contato com outros missionários que passam por duras
experiências me levaram a
me dedicar integralmente a
isso. Eu já tinha a formação
teológica e profissional da
Psicologia Clínica. Creio
que é um chamado para o
resto da vida. Agora estou
treinando outras pessoas
fazendo crescer esse grupo
de cuidadores no Brasil.
BP: Em que consiste
especificamente o cuidado
missionário?
Verônica: O cuidado missionário é bastante abrangente. Primeiro, a Igreja
Brasileira, em geral, não
está muito acostumada com
a ideia de “cuidado”. Às
vezes, é interpretado como
se fosse só na área clínica,
psicológica, quando não é.
É bem mais do que isso.
O trabalho abrange a família missionária como um
todo. Eu tenho o interesse
de trabalhar com a família
desde o pré-campo, quando
a pessoa é ainda uma candidata. Se eu já tenho um
trabalho com ela, posso ir
desenvolvendo um trabalho de acompanhamento no
próprio campo.
O processo envolve
o pré-campo, o campo e
o retorno ao Brasil para
férias, reciclagem, divulgação ou licença; os períodos
de adaptação ou de crise; o
nascimento de filhos que
envolve toda uma mudança da conjuntura familiar;
remanejamento de campo.
Tudo isso envolve mudanças para o missionário que
precisa de um suporte. É
um acompanhamento de
vida ao longo da sua trajetória.
BP: Qual é a fase em que
os missionários manifestam
maiores dificuldades?
Verônica: O retorno para
o Brasil depois de muitos
anos é sempre sofrido. Há
uma fase para se readaptar,
então é uma fase crucial.
Deve haver preocupação
não apenas em “receber
o missionário” e levá-lo a
um monte de igrejas para
pregar, mas acompanhá-lo
eficazmente.
Outro momento crucial é
a aposentadoria. No Brasil
quase não se fala na aposentadoria de missionários.
Não há um planejamento.
Vejo que não há ainda nas
igrejas nem nas agências o
que fazer com o missionário que está se aposentan-
do. Que tipo de cuidado
precisamos fornecer para
essas pessoas que deram a
vida toda em outras nações,
outras culturas? Depois de
toda uma vida de serviço
vamos apenas sucateá-las?
A outra dificuldade é a
própria língua. No Brasil se
fala o português. Chegando
lá fora, o missionário no
mínimo tem de falar o
inglês (a não ser que vá
para o mundo hispânico),
depois ele tem de aprender
outra ou outras línguas. Isso
tem sido um martírio na
questão do preparo e adaptação, ele sofre muito nessa
fase por conta de aprender
novas línguas.
BP: Pela sua experiência de trabalho, quem tem
sofrido mais?
Verônica: De um modo
geral, eu tenho visto um
sofrimento maior entre
as mulheres, a partir do
momento que elas têm
filhos, a rotina muda.
Elas passam a ter menos
tempo para a missão que
elas desenvolviam, para
a qual foram preparadas,
então passam a reclamar
um pouco da dificuldade
de não poder atuar. Essa é
uma crise que aparece nas
mulheres com muita frequência.
Outra questão que sempre
aparece é a situação das
solteiras. Elas saem do seu
país muito entusiasmadas
e sabendo que são sozi-
nhas, no entanto, depois de
um tempo no campo, elas
começam a perceber que
a realidade de uma solteira no campo não é fácil.
Ser solteira no Brasil, na
sua pátria, na sua cidade
é uma coisa, mas fora do
Brasil tudo fica mais difícil.
Então elas reclamam muito
de encarar uma vida sozinha. Em países islâmicos,
isso fica bem mais grave,
porque há toda uma discriminação que elas sofrem,
mesmo as casadas estrangeiras.
Fora disso, também temos
visto muitas dificuldades
no relacionamento com as
instituições. A igreja local,
ainda que seja uma igreja
muito enviadora, é local,
tem toda uma mentalidade
local. Então o sofrimento,
a queixa, a necessidade
de mudanças no próprio
decorrer do projeto muitas
vezes não são compreendidos pela igreja local. Em
muitos casos isso leva até a
suspender o envio do sustento. Esse fator provoca
um circuito de muito sofrimento para o missionário e
sua família.
BP: Qual tem sido a
maior causa de retorno dos
missionários do campo?
Verônica: Dificuldades
de relacionamento com a
equipe de trabalho têm sido
um dos principais motivos
do retorno. O brasileiro é
extremamente comuni-
Brasil
Presbiteriano
Maio de 2013
Verônica começou a desenvolver seu ministério ao se envolver na área de pesquisa, procurando
saber o que estava sendo feito no Brasil em relação ao cuidado missionário
cativo e relacional, então
quando ele tem que trabalhar com missionários de
outras culturas, que a gente
chama de “culturas mais
frias”, como as europeias,
norte-americanas ou asiáticas, existe sempre um
choque nessa interculturalidade. O brasileiro não tem
muita resistência de permanecer só, ele é muito
gregário. Chegando nesses
países, sua própria cultura
transforma isso numa dificuldade para a cultura em
que ele está vivendo e com
quem ele está trabalhando.
Por mais que se estude
isso em “Antropologia cultural” e outras disciplinas,
na prática, o brasileiro sai
pouco do Brasil. Ele não
tem esse trânsito lá fora a
não ser quando é um mis-
sionário. Então é a primeira vez que ele está indo
ao exterior para viver. Em
geral, nós não temos a cultura de viagens para o exterior.
BP: Também existem dificuldades quando a equipe é
monocultural?
Verônica: “Relacionamentos”, mesmo quando
numa equipe monocultural,
entre brasileiros, é uma área
em que as agências precisam investir um pouco mais
de modo geral. Os cursos
de preparação devem focar
em atividades, em conceitos, em toda uma práxis que
envolva o relacionamento
em equipe. É com isso que
ele vai viver lá fora.
A gente não vê missionários reclamando dos nacionais, da relação com os
membros da igreja nacional, ou com a cultura local.
Eles reclamam dos seus
companheiros de trabalho.
Então os choques entre os
missionários é o que angustia, que adoece e que muitas vezes faz uma equipe
partir-se ao meio.
Creio que essa dificuldade se dá mesmo por falta
de preparo. Assim como
se prepara teologicamente,
missiologicamente, precisamos dar uma ênfase
maior em relacionamento de equipe. Eu não vejo
outra maneira a não ser
transformar isso em oficinas, seminários e vivência
de equipe. Talvez, assim,
tivéssemos menos dificuldades lá fora. Também é
importante o trabalho de
atualização dos missioná-
15
rios. As equipes precisam
ser visitadas com o intuito
de torná-las saudáveis. Não
é uma visita administrativa,
para o projeto, é uma visita
para diagnosticar como é
que aquela equipe está, e
ao mesmo tempo oferecer
artifícios que dissolvam os
conflitos, então aos poucos
as pessoas vão amadurecendo no relacionamento
em equipe.
É necessário definir a
mentalidade de grupo,
desde o seminário, desde a
disciplina de preparo transcultural, trabalhar a mentalidade do sujeito “para o
grupo, para a mutualidade,
para a flexibilidade, para
apoio mútuo”. Se esses
valores são bem trabalhados no período de preparo,
o candidato chega ao campo
um pouco mais flexível, um
pouco mais aberto.
É por isso que a APMT
solicita um estágio de
campo, mesmo que o candidato já desenvolva o ministério há muitos anos e seja
experiente. O que deve ser
enfatizado nesse momento é “relacionamento de
equipe, como é que essas
pessoas estão se relacionando, e fornecer artifícios
para que as pessoas promovam mutualidade, não a
individualidade”. Ninguém
é sozinho lá fora, o missionário transcultural está
descoberto de tudo, precisa
das pessoas. Se existe pro-
blema com a equipe, isso
significa que são cortadas
as fontes de fornecimento
emocional.
BP: Se o missionário ou
uma equipe percebe que
está precisando da sua
ajuda, o que deve fazer?
Verônica: O missionário
em campo, que está precisando de ajuda, tem de
escrever para a agência
dele. Se essa organização
já tem o departamento, vai
pedir ao departamento o
cuidado desse missionário. Se a organização não
tem esse departamento,
ela pode entrar em contato
com o CIM. A partir de
então entraremos em contato com esse missionário.
Eu já fiz acompanhamento
via Skype de missionários
em vários países, missionários brasileiros que estão
lá fora.
BP: Qual seria sua recomendação para as igrejas
locais?
Verônica: Eu convocaria
a liderança, os pastores e
os líderes de missões para
buscar literatura na área do
cuidado. Entrar em contato
com aqueles que já fazem
o trabalho do cuidado missionário e começar a treinar
as pessoas interessadas em
iniciar dentro do departamento de missões da igreja
local o viés para o cuidado.
Emma Castro é missionária e faz
parte da equipe de comunicação da
APMT
Brasil
Presbiteriano
16
Maio de 2013
No BRASIL E NO MUNDO
SBB anuncia revisão na “Almeida Revista e Atualizada”
A tradução Almeida Revista e Atualizada
(ARA), de João Ferreira de Almeida, considerada a mais tradicional tradução do livro sagrado
do cristianismo no Brasil, terá seu texto revisado
nos próximos anos. O anúncio foi feito pela
Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) em sua publicação impressa “A Bíblia no Brasil”.
As diretrizes das Sociedades Bíblicas Unidas
recomendam que a cada 25 anos seja feita uma
revisão do texto e, neste ano, a tradução completa
57 anos de existência.
De acordo com a SBB, em 15 de outubro de
2012, foram convidados 30 representantes de 11
diferentes denominações cristãs para analisar a
necessidade de uma revisão no texto. No encontro, a maioria dos presentes considerou oportuno
o início de uma revisão da tradução, desde que
de forma moderada, preservando o estilo de
Almeida.
A revisão permitirá correções exegéticas, atualização da língua portuguesa para o português
brasileiro, eliminação de arcaísmo ou outras
formas pouco encontradas na literatura. Segundo
a SBB, o próximo passo do projeto de revisão
será formar uma equipe interdenominacional de
trabalho, que passará a estudar o texto da ARA
para propor modificações, no que virá a ser a 3ª
edição da tradução.
Fonte: Gospel+
Angola proíbe operação de igrejas evangélicas do Brasil
O governo de Angola baniu a maioria das igrejas
evangélicas brasileiras do país. Segundo o governo, elas praticam “propaganda enganosa” e “se
aproveitam das fragilidades do povo angolano”,
além de não terem reconhecimento do Estado.
Segundo o secretário do MPLA (Movimento
Popular de Libertação da Angola), Rui Falcão,
as igrejas de origem brasileira representam um
número expressivo e isso é um problema, já que
elas brincam com as fragilidades do povo angolano e fazem propaganda enganosa. Cerca de
15% da população angolana é evangélica, fatia
que tem crescido, segundo o governo.
Depois de um acontecimento, em 31 de dezembro do ano passado, onde morreram 16 pessoas
por asfixia e esmagamento durante um culto da
Igreja Universal do Reino de Deus em Luanda
o governo abriu uma investigação e a Universal
e outras igrejas evangélicas brasileiras no país
(Mundial do Poder de Deus, Mundial Renovada
e Igreja Evangélica Pentecostal Nova Jerusalém)
foram fechadas.
Mas a igreja só pode funcionar com fiscalização
dos ministérios do Interior, Cultura, Direitos
Humanos e Procuradoria Geral da Justiça. As
outras igrejas brasileiras continuam proibidas por
“falta de reconhecimento oficial do Estado angolano”. Antes, elas funcionavam com autorização
provisória.
Fonte: Folha de S.Paulo
Governo libera de verba para
entidades cristãs que trabalham
na recuperação de dependentes
O Governo Federal decidiu liberar recursos
para as comunidades terapêuticas ligadas a
denominações evangélicas e católicas, através
da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas
(Senad).
As organizações não governamentais que
gerenciam centros de recuperação e tem seu
trabalho comprovadamente bem sucedido, estão
agora numa lista que será analisada até junho
pelo secretário interino, Mauro Roni Lopes da
Costa.
O secretário afirma que a ordem para que essas
entidades recebam recursos da Senad veio diretamente da presidente Dilma Rousseff, através
da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffman.
A decisão do governo de repassar verbas para
as comunidades terapêuticas ligadas a igrejas
causou contrariedade na antiga responsável pela
pasta, Paulina Duarte. Devido a essa nova diretriz, a ex-secretária deixou o cargo sob argumento de que assumirá uma nova função na Organização dos Estados Americanos, em Washington.
Fonte: Gospel+
Filme produzido por igreja
evangélica ganha 5 prêmios
Não é comum que os créditos no final de um
filme indiquem quem foi o “coordenador de
oração”. Mas Not Today [Hoje não], que estreou
nos cinemas de 20 cidades norte-americanas no
final de semana passado é uma produção incomum. Seu custo de US$1,6 milhão foi totalmente pago pela Friends Church em Yorba Linda, na
Califórnia.
A ideia para o filme começou durante uma
viagem missionária à Índia em 2002, onde a
igreja ajudou na construção de escolas para os
dalit, indianos pertencentes à casta mais baixa
no sistema do país.
No roteiro não há pregações sobre Jesus ou
céu disfarçadas. Mas a mensagem final é, sem
dúvida, de amor e de esperança.
O elenco inclui atores conhecidos em
Hollywood como John Schneider, Cody Longo
e Cassie Scerbo. Mas quem rouba a cena é a
pequena Persis Karen, intérprete de Annika, uma
menina de 7 anos de idade vendida como escrava sexual em Hyderabad, na Índia.
O filme todo foi rodado entre agosto e setembro de 2010. Conseguiu ser exibido em pequenos festivais de cinema e ganhou vários prêmios,
mas não conseguia alguma distribuidora que
o levasse para os cinemas até o início deste
ano. Agora tudo mudou e as expectativas são
grandes.
A igreja explica que os lucros do filme servirão para cobrir os US$20 milhões necessários
para a construção de 200 escolas para as crianças
Dalit, dentro do projeto missionário original.
Fonte: Gospel Prime
Brasil
Presbiteriano
Maio de 2013
17
FALECIMENTOS
Edson de Oliveira Lima
F
aleceu dia 3 de abril, aos 79 anos, o Rev.
Edson de Oliveira Lima. Nascido a 31 de
outubro de 1933 em Lavras, MG, abraçou ali
o evangelho, foi encaminhado ao seminário
e formou-se no SPS em 1962. Enviado pela
Junta de Missões Nacionais, serviu no Paraná
de 63 a 65 e foi o responsável pelo início do
trabalho presbiteriano em dezesseis localidades, de Guaíra a Umuarama, no oeste do
Estado.
Foi depois o primeiro pastor da IP Teresópolis,
RJ, servindo também em Nova Friburgo e, mais
tarde, em várias cidades de Minas Gerais. De
1970 a 1975 pastoreou a 1ª IP de Araraquara,
SP, e de 1976 a 1987 a IP Filadélfia, que
plantou na mesma cidade. Nos últimos anos
de seu pastorado serviu nas cidades paulistas
de Barretos, Itápolis, Sertãozinho, Serrana e
Ribeirão Preto, até a sua jubilação.
O Rev. Edson foi conhecido por sua paixão
pelo Senhor, bem expressa em seu trabalho
evangelístico, em suas inspiradoras orações e
em seu terno cuidado pelas igrejas e ovelhas
que o Supremo Pastor lhe confiou. Sua ternura
foi bem expressa pelas últimas palavras que
dirigiu à esposa: “Eu te amo”. O sepultamento ocorreu no Cemitério de São Bento, em
Araraquara, cidade em que viveu com a esposa
desde a jubilação.
Deixa viúva Cecília Accorsi de Oliveira
Lima e uma filha, Beatriz Accorsi de Oliveira
Lima Beranger, casada com o Rev. Evaldo
Beranger.
Arthur Luiz Pitta Lima
F
aleceu em São Paulo, no dia 20 de abril,
Dr. Arthur Luiz Pitta, filho do primeiro casamento do Rev. Paschoal Luiz Pitta e
Odette Fernande Pitta. Mineiro de Caxambu,
nascido dia 2 de janeiro de 1922. Era casado
com Denize Camargo Pitta e deixa os filhos:
Vânia e Arthur Luiz, além de netos e bisnetos.
Deixa dois irmãos, esses do segundo casamento do Rev. Pitta: José Luiz e Pascoal Luiz.
Era engenheiro civil, foi professor de cálculo e
concreto armado na Universidade Presbiteriana
Mackenzie, Fundação Armando Alvares
Penteado, São Paulo. Autor de vários projetos
estruturais como: Palácio da Justiça, Ginásio
de Esportes, Edifício do Supremo Tribunal
Militar, Autódromo, Estádio Nacional, todos
em Brasília. Em São Paulo: Parque Anhembi,
Base para o monumento das Bandeiras, Ginásio
de Esportes ambos no Ibirapuera. Em Santos,
projetou o estádio da Vila Belmiro, edifícios
para moradia beira a mar. Colaborou com projetos na construção dos templos das igrejas:
Calvário, quando era pastor Rev. Boanerges
Ribeiro, e Primeira IP de Ponta Grossa, Paraná.
Rev. Paschoal Luiz Pitta, sempre agradecia
a Deus pela vida de seu filho, e destacava sua
honestidade em orçar projetos de construção.
Atuou como perito no Instituto de Pesquisas
Tecnológicas de São Paulo, era membro remido do Instituto de Engenharia de São Paulo,
do qual foi um dos fundadores. Muitas outras
obras, na área esportiva e industrial, foram por
ele projetadas.
José Luiz de Mello Pitta
Dona Ivone de Souza Manoel
D
ona Ivone de Souza Manoel nasceu em
lar evangélico na cidade de Manduri (SP),
no dia 31/03/23. Filha de Francisca Ramos
de Souza e João Ferreira de Souza, casou-se
aos 19 anos com José Manoel e tiveram três
filhos: Clair, Jerson e Cleide.
D. Ivone orou pela conversão de seu esposo
por longos 46 anos, até que ele publicou a fé.
Foi uma mulher firme em Jesus até receber a
coroa da vida. Deu exemplo de liderança. Foi
fundadora do Coral “Louvores das Nações” da
sua IP Parque das Nações, em Santo André,
SP. Foi presidente da SAF por várias vezes,
foi secretária e exerceu outras funções, até
tornar-se sócia emérita.
Aguardava com expectativa a comemoração
de seus 90 anos. A festa seria no dia 30 de
março de 2013, mas não estava nos planos
de Deus. D. Ivone de Souza Manoel faleceu
dia 30 às 17h15. Ao culto compareceram
toda a família, parentes, amigos e irmãos em
Cristo, com participação do Conjunto Coral,
Conjunto Masculino “Embaixadores do Rei”
e o Conjunto Feminino “Rosas de Saron”,
sendo pregadores o pastor da igreja, Rev.
Luigi Fernando Andrade Scotuzzi, e o sobrinho de dona Ivone, Rev. Daniel dos Santos.
Deixou as filhas Clair e Cleide, o genro
Silvio, a nora Maria Aparecida e vários netos.
Foi uma mulher de fé muito firme, falando de
Jesus até os seus últimos momentos.
Deixou grande saudade e exemplo para
todos nós.
Cleide Manoel Gossi
Brasil
Presbiteriano
18
Maio de 2013
Nasce a Oitava IP de Monte
s Claros – MG
Festejando 126 anos
A IP de Torre de Pedra, interior do estado de São Paulo, comemorou seus 126
anos de organização eclesiástica nos dias 13 e 14 de abril de 2013. No sábado
foi realizado um culto de gratidão a Deus com a participação musical do Quarteto
Átrios e pregação da Palavra pelo pastor da igreja local, Rev. Lucas Lopes Proença. Já no domingo, houve a participação musical dos conjuntos locais, Coral e
Mensageiros de Cristo, e trouxe a mensagem o Rev. Antônio Coine, pastor emérito
da IP Monte Sião de Botucatu, SP. Nessas duas ocasiões compareceram muitos
visitantes de outras denominações e de igrejas presbiterianas da região para agradecerem a Deus pelas muitas bênçãos derramadas sobre a IP de Torre de Pedra.
Encontro de formação
de líderes
lizou um Encontro
sbitério Alto do Araguaia rea
A Federação de UMPs do Pre
Central de Jataí
IP
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Barbosa de Sousa, o intuito
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de
em comunhão.
as e verdadeiramente estar
interessar por seus problem
Em sua 51ª Reunião Ordinária,
ocorrida nos dias 28 a 30 de deze
mbro de
2012, na Primeira IP de Pirapora
– MG, o Presbitério Norte de Min
as – PNTM
resolveu aprovar a organização da
8ª IP de Montes Claros. Determin
ou-se que a
assembleia para eleição dos oficiais
fosse realizada no dia 03 de março
de 2013,
às 9 horas, e o culto público para
ordenação dos oficiais e instalaç
ão da nova
igreja, no dia 10 do mesmo mês.
Neste dia, portanto, a Comissão
Especial do PNTM, presidida pelo
Rev. Wendell Lessa Vilela Xavier, declarou
instalada a nova igreja. O culto tinh
a aproximadamente 150 pessoas presentes.
Vários irmãos da cidade e de outr
as cidades
vizinhas vieram para participar dest
e importante evento para Montes
Claros e
toda região do Norte de Minas Gera
is. O pregador foi o Rev. Wendell,
que baseou
sua mensagem em Efésios 2.11
-22, com o tema: Igreja, família
de Deus.
Oremos por mais uma igreja em nos
so país! Louvemos ao Senhor pela
expansão
do Reino.
Mostra de arte do Espaço Famboyant
O Espaço Presbiteriano Flamboyant realiz
ará, de 31 de outubro a 13 de
novembro, a II Mostra de Artes. A mostra
faz parte da uma série de eventos
culturais que celebram os 500 anos da Refor
ma Protestante (2017) e os 400
anos da cidade de Cabo Frio (2015).
Nesta edição as inscrições, gratuitas, vão até
31 de maio e já estão abertas.
Em 2012, a I Mostra de Artes e o I Encontro
de Corais, que aconteceram paralelamente, contaram com 1.032 visitantes
registrados. Segundo os expositores,
esta marca foi um recorde na região. Este
ano a novidade é que os artistas não
serão convidados e, sim, selecionados por
uma comissão.
Os interessados devem acessar o site: www
.ipjflamboyant.org.br/mostradeartes2013 ou ligarem para: (22) 2644-6813.
Brasil
Presbiteriano
Maio de 2013
19
Consultório Bíblico
“Qual João escreveu Apocalipse? Como este livro deve ser interpretado?
Literal ou figuradamente?”
Odayr Olivetti
O
instrumento humano para a produção
do livro do Apocalipse foi o apóstolo
João, que também escreveu o quarto evangelho e as cartas que levam seu nome. Mas
o Autor propriamente dito é Deus, por meio
de Jesus Cristo, igualmente Deus (ver, e.g.,
Ap 1.7 e 1 Jo 5.20). O livro começa dizendo:
“Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe
deu... e que ele, enviando por intermédio do
seu anjo, notificou ao seu servo João” (1.1).
O livro do Apocalipse requer variados
critérios de interpretação. Primeiro, porque
se refere a coisas e fatos do passado e do
presente (em relação a João), e do futuro;
segundo, porque há nele textos literais, que
requerem interpretação literal, e textos figurados, que requerem interpretação figurada.
Mas a mensagem fundamental do livro (a
vitória final de Cristo) é suficientemente
clara na Bíblia.
As sete igrejas (capítulos 2 e 3) são igrejas
literais, históricas, e, ao mesmo tempo, servem de figura e representação das diferentes
igrejas que vieram a existir no transcurso da
História.
As figuras que descrevem as catástrofes
causadas por anjos, por suas ações destruidoras (ver capítulos 15 e 16) visam prevenir a
Igreja de que os seus inimigos sofrem juízos
condenatórios que antecipam a destruição
eterna dos réprobos. Também visam alertar e
despertar os cristãos da sua modorra, negligência, frieza e apatia – horrorosas características que se repetem em sua história.
Com relação aos juízos sobre a Igreja,
eles lembram as ameaças e promessas de
Deus por meio dos seus profetas à igreja do
Antigo Testamento (Israel), com o objetivo
de mover seu povo a abandonar os ídolos
e seus outros pecados e voltar-se para ele.
Israel (Reino do Norte) não deu ouvidos e
acabou indo para o exílio na Assíria; Judá
(Reino do Sul) também não deu ouvidos aos
profetas e foi para o cativeiro babilônico,
sendo restaurado setenta anos depois.
Também temos os profetas e os apóstolos
que nos advertem e nos admoestam a que
não acompanhemos o mundo nem os apóstatas, e, ao que parece, muitos chamados
cristãos veem essas coisas superficialmente.
Há também juízos temporários como formas divinas de advertir o mundo e a igreja,
mas, a julgar pela sociedade moderna e pelo
mundanismo que invade as igrejas, não são
muitos os que dão atenção à Palavra de Deus
e aos juízos de Deus.
Felizes aqueles que estão entre os “poucos
escolhidos” de que fala Jesus em Mateus
22.14. Esses têm a segurança de que nada os
afastará do amor de Deus que está em Cristo
Jesus, o nosso Senhor (Rm 8.38,39). Mas eles
são exortados a perseverar na fé e a crescer na
graça e no conhecimento de Cristo Jesus.
Com relação a Apocalipse, para aquele que
verdadeiramente está em Cristo Jesus, prevalece a mensagem de exortação e de gloriosa
esperança que se lê no capítulo 2, versículo 10:
“Sê fiel até a morte,
e dar-te-ei a coroa da vida.”
O reverendo Odayr Olivetti é pastor presbiteriano, ex-professor de Teologia Sistemática do Seminário Presbiteriano de Campinas, escritor e tradutor. - [email protected]
Brasil
Presbiteriano
20
Boa Leitura
Fé cristã e misticismo – Alderi
Souza de Matos, Augustus
Nicodemus Lopes, Francisco
Solano Portela Neto, Heber
Carlos de Campos
Esse livro foi publicado para
confrontar os bezerros de ouro
destes dias. Trata-se de uma tarefa delicada, porque as ideias
que importa combater não existem num vácuo. São encampadas, defendidas e praticadas
muitas vezes por crentes cujo
zelo não pretendemos discutir.
Mas a Palavra de Deus, ao mesmo tempo em que nos ensina
a longanimidade, cobra-nos a
verdade, porque o próprio Deus
é a verdade. Por isso os autores
empreenderam esta tarefa combinando a verdade com o amor.
Uma Perspectiva Histórica
– Alderi Souza de Matos, ThD
As Manifestações Sobrenaturais – Francisco Solano Portela
Neto, ThM
Profecia Ontem e Hoje – Heber
Carlos de Campos, ThD
A “Batalha Espiritual” em Perspectiva – Augustus Nicodemus
Lopes, PhD
O livro contém 168 páginas e
custa R$23,20
A Bíblia e o futuro – Anthony
Hoekema
A Bíblia e o Futuro forma
com Salvos pela Graça e Cria-
dos à Imagem de Deus uma coleção de estudos bíblicos sobre
três tópicos centrais da Teologia
Reformada. Com cuidadosa
análise bíblica e texto legível,
esses livros de Anthony Hoekema ensinam com clareza os
fundamentos teológicos de antropologia (Criados à Imagem
de Deus), soteriologia (Salvos
pela Graça) e escatologia (A
Bíblia e o Futuro).
Para entender corretamente a
escatologia bíblica, é preciso
vê-la como um dos aspectos
integrantes de toda a revelação
bíblica.
O livro contém 368 páginas e
custa R$41,30
Este trabalho foi ditado por
uma preocupação pastoral.
Depois do século 16, a teologia tem carecido de eruditos
que, como Calvino, tenham tido
viva compreensão dos problemas do mundo e da sociedade
à luz de revelação bíblica. A
ausência de questões materiais
e sociais na ética cristã conduz
os fiéis a trágicas omissões ou
a insuperáveis perplexidades.
A redescoberta deste aspecto
ignorado da doutrina reformada
talvez ajude alguns crentes a
reencontrarem o senso de uma
ética cristã que englobe a totalidade da existência, pessoal e
coletiva.
O livro contém 688 páginas e
custa R$69,30
A razão da nossa fé – Adão
Carlos Nascimento
O pensamento econômico e
social de Calvino – André Biéler
A razão da nossa fé é uma síntese da história, doutrina e sistema de governo da Igreja Presbiteriana do Brasil. Seu objetivo
é levar ao leitor, em poucos minutos de leitura, as informações
básicas e fundamentais sobre o
presbiterianismo. Adão Carlos
Nascimento é pastor presbiteriano e diretor do Seminário
Presbiteriano do Sul, em Campinas, SP.
O livro contém 48 páginas e
custa R$5,00
Sobre esses e outros títulos acesse www.editoraculturacrista.com.br
ou www.facebook.com/editoraculturacrista
ou ligue 0800-0141963
Maio de 2013
XI Seminário sobre
sexualidade 2013
O
Ministério Luz na Noite surgiu em julho de
2001, inicialmente com o nome Luz na Orla, na
Igreja Presbiteriana de Jardim Camburi, através da
iniciativa de dois casais, visando a evangelização de
travestis, prostitutas e garotos de programa na Orla
de Camburi.
O ministério estruturou o trabalho de evangelização inicialmente com visitas semanais a Orla de
Camburi, para abordagem e evangelismo com entrega de literaturas cristãs aos evangelizados.
Em meados do ano de 2003 ampliou o trabalho de
evangelismo para outros pontos de prostituição de
Vitória e da Grande Vitória, daí porque modificou o
nome do Ministério Luz na Orla para Luz na Noite.
Desde então diversos trabalhos vêm sendo realizados e, no ano de 2012, aconteceu o X Seminário
sobre Sexualidade que contou com a presença,
entre outros, do Pr. Iranildo Ferreira, Miss. Izabel
Zwahlen, e Pr. Usiel Souza, abordando temas como:
A Importância da Família na construção da identidade e sexualidade do indivíduo, Abuso Sexual, e A
Igreja e a Sexualidade no Século 21, e ainda oficinas
sobre diversos temas.
Atualmente o Ministério Luz na Noite atua em
parceria com as Escolas Avalanche e Jocum na
área de evangelização em pontos de prostituição de
Vitória e Grande Vitória.
Promove aconselhamentos cristãos para quem
deseja voluntariamente abandonar a prática da
homossexualidade, palestras em igrejas, treinamentos e realiza uma vez por ano um seminário, na IP
em Jardim Camburi, sobre sexualidade e assuntos
relacionados.

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