PDE Volume 2 relatório de plano de intervenções

Transcrição

PDE Volume 2 relatório de plano de intervenções
RA066DIR/2009 – REV.07
ÁGUAS DE ITU EXPLORAÇÃO DE SERVIÇOS DE ÁGUA E ESGOTO S/A.
ITU - SP
“PLANO DIRETOR DE ESGOTOS DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE ITU”
- VOLUME II – RELATÓRIO DE PLANO DE INTERVENÇÕES -
REV. 07 - DEZ/2009
NOVA AMBI SERVIÇOS ANALÍTICOS LTDA.
Rua Sebastião Eugênio de Camargo, 53 – CEP 05360-010 – Butantã – São Paulo-SP – Fone/Fax: (11) 3731-8703
www.novaambi.com.br
ÍNDICE
VOLUME I
Pág.
APRESENTAÇÃO......................................................................................................................... 01
1. CARACTERÍSTICAS GERAIS DO MUNICÍPIO .......................................................................03
1.1 LOCALIZAÇÃO....................................................................................................................03
1.2 CLIMA ..................................................................................................................................03
1.3 RECURSOS HÍDRICOS .......................................................................................................04
1.4 GEOMORFOLOGIA .............................................................................................................07
1.5 INFRAESTRUTURA .............................................................................................................08
1.6 LEGISLAÇÃO ......................................................................................................................10
2. ESTUDOS EXISTENTES .........................................................................................................18
2.1 PLANO DIRETOR DE SANEAMENTO BÁSICO DO MÉDIO TIETÊ
SUPERIOR – BACIA 4 .........................................................................................................18
2.2 PLANO DIRETOR DO SISTEMA DE ESGOTOS SANITÁRIOS DA ESTÂNCIA
TURÍSTICA DE ITU ..............................................................................................................19
2.3 ESTANCIA TURÍSTICA DE ITU – CIDADE NOVA: SISTEMA DE ESGOTOS
SANITÁRIOS........................................................................................................................24
2.4 RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DE EFICIÊNCIA DE USO DE RECURSOS HÍDRICOS –
RAE DA DERIVAÇÃO DE ÁGUA DO RIBEIRÃO VAREJÃO PARA ABASTECIMENTO
DA CIDADE NOVA................................................................................................................27
2.5 ESTUDO DE VIABILIDADE DE IMPLANTAÇÃO – EVI DA DERIVAÇÃO DE ÁGUA
DO RIO PIRAJIBU PARA ABASTECIMENTO DA CIDADE NOVA .....................................28
2.6 PORTARIA DAEE Nº 193 DE 02 DE MAIO DE 1997 ...........................................................28
2.7 DIAGNÓSTICO PRELIMINAR GERAL DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE
ESGOTOS DE SÃO MIGUEL...............................................................................................28
2.8 ESTUDO DE CONCEPÇÃO PARA O EMISSÁRIO DE ESGOTOS ETE CIDADE NOVA
RIO PIRAJIBU E RESPECTIVO ESTUDO DE AUTO-DEPURAÇÃO DO RIO PIRAJIBU
NO MUNICIPIO DE ITU .........................................................................................................29
2.9 ESTUDO DE VIABILIDADE DE EXPLORAÇÃO, RECUPERAÇÃO E PRESERVAÇÃO
DO RIO PIRAJIBU.................................................................................................................29
2.10 ESTUDOS DE REAVALIAÇÃO DO SISTEMA ATUAL E PROPOSTO E NOVA
CONCEPÇÃO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO DE CIDADE NOVA,
PIRAPITINGUI, PORTAL DO ÉDEN, CITY CASTELO E ADJACÊNCIAS NO
MUNICÍPIO DE ITU - SP......................................................................................................30
2.11 INTERCEPTOR DOS CÓRREGOS ITAIM MIRIM E ITAIM GUAÇU................................... 37
3. SISTEMA DE ESGOTOS SANITÁRIOS EXISTENTE ..............................................................40
3.1 SEDE MUNICIPAL ...............................................................................................................40
3.2 DISTRITO DE PIRAPITINGUI................................................................................................52
4. ESTUDOS DEMOGRÁFICOS E PARÂMETROS TÉCNICOS UTILIZADOS NO
PLANO DIRETOR ........................................................................................................................57
4.1 HORIZONTE DE PROJETO .................................................................................................57
4.2 BASE CARTOGRÁFICA ......................................................................................................57
4.3 BACIAS E SUB-BACIAS DE ESGOTAMENTO ...................................................................57
4.4 ESTUDOS DEMOGRÁFICOS ..............................................................................................58
4.5 PARÂMETROS BÁSICOS DE PROJETO............................................................................62
4.6 CONTRIBUIÇÃO DE ESGOTOS..........................................................................................64
VOLUME II
5. SELEÇÃO E COTEJO DAS ALTERNATIVAS DE ESGOTAMENTO, TRATAMENTO E
DISPOSIÇÃO FINAL DOS ESGOTOS......................................................................................71
5.1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................71
5.2 CRITÉRIOS ADOTADOS NO ESTUDO DAS ALTERNATIVAS DE ESGOTAMENTO E
TRATAMENTO......................................................................................................................72
5.3 DESCRIÇÃO DAS ALTERNATIVAS SELECIONADAS........................................................77
6. DEFINIÇÃO DA SOLUÇÃO DE ESGOTAMENTO, TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO FINAL
DOS ESGOTOS .......................................................................................................................110
6.1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................110
6.2 JUSTIFICATIVA DA SOLUÇÃO ADOTADA ........................................................................111
ANEXOS – VOLUME I
I.1 - ITU-PDE-01: MAPA DE LOCALIZAÇÃO DO MUNICIPIO DE ITU E BACIA HIDROGRÁFICA
TIETÊ/SOROCABA (IGRHI-10)
I.2 - ITU-PDE-02: BACIAS HIDROGRÁFICAS E PERÍMETRO URBANO
I.3 - ITU-PDE-03: A/B/C/D DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO EM 2015/2025/2035 (DIVISÃO POR
BACIAS E SUB-BACIAS)
I.4A - ITU-PDE-04A: SEDE MUNICIPAL - EMISSÁRIOS/INTERCEPTORES/COLETORES
TRONCO, LINHAS DE RECALQUE E ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS DE ESGOTO (SISTEMA
EXISTENTE)
I.4B - ITU-PDE-04B:DISTRITO DE PIRAPITINGUI-EMISSÁRIOS/INTERCEPTORES/COLETORES
TRONCO, LINHAS DE RECALQUE E ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS DE ESGOTO (SISTEMA
EXISTENTE)
I.5 - ITU-PDE-05: PLANTA GERAL DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS (SISTEMA
EXISTENTE) - ETE-CANJICA
I.6 - PREVISÃO POPULACIONAL E ESTIMATIVA DE DEMANDA DE ÁGUA (RELATÓRIO 1.1) E
ESTUDO DE DEMANDAS POR ROTA COMERCIAL (RELATÓRIO 2.1) – QUIRON SERVIÇOS DE
ENGENHARIA/2008
ANEXOS – VOLUME II
II.1 - ITU-PDE-06: SEDE MUNICIPAL – DISTRITO DE PIRAPITINGUI-SISTEMA DE
ESGOTAMENTO E TRANSPOSIÇÃO PARA ETE CANJICA (ALTERNATIVAS 1.1, 1.2 e 1.3)
II.2 - ITU-PDE-07: EMISSÁRIO DE TRANSPOSIÇÃO PARA ETE CANJICA (ALTERNATIVA 1.1)
II.3 - ITU-PDE-08: EMISSÁRIO DE TRANSPOSIÇÃO PARA ETE CANJICA-PLANTA E PERFIL
(ALTERNATIVA 1.2)
II.4 - ITU-PDE-09: -EMISSÁRIO DE TRANSPOSIÇÃO PARA ETE-CANJICA-PLANTA E PERFIL
(ALTERNATIVA 1.3)
II.5A - ITU-PDE-10A: SEDE MUNICIPAL – INTERVENÇOES (ALTERNATIVA 2)
II.5B - ITU-PDE-10B: DISTRITO DE PIRAPITINGUI-SISTEMA DE ESGOTAMENTO E
TRATAMENTO NA ÁREA SUL (ALTERNATIVA 2)
II.6 - ITU-PDE-11: PLANTA GERAL DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS - ETE
PIRAJIBU (ALTERNATIVA 2)
5 – SELEÇÃO E COTEJO DAS ALTERNATIVAS DE ESGOTAMENTO,
TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO FINAL DOS ESGOTOS
5.1- INTRODUÇÃO
A cidade de Itu, considerando apenas a Sede municipal, conta com um sistema de
coleta, interceptação e tratamento de esgotos abrangendo praticamente toda a área
urbana inserida nas bacias do Guaraú, Pirapitingui e Itaim, conforme já relatado.
Como resultado de consenso decorrente dos vários estudos realizados, incluindo de
um Plano Diretor de Esgotos do município, elaborado em 1990 (item 2), a
concepção original que norteou o esgotamento sanitário da Sede, dadas as
condições topográficas das áreas de projeto aliadas a questões econômicas,
privilegiou, nas bacias circunvizinhas a do Guaraú, a adoção de inúmeros conjuntos
elevatórios destinados a encaminhar os esgotos aos interceptores que drenam a
parte antiga da cidade (Brochado, Taboão e Guaraú), em detrimento à implantação
de interceptores e coletores-tronco como os das bacias dos córregos Itaim e
Pirapitingui. O tratamento é unificado para todos os esgotos gerados nas três bacias
da Sede, concentrado na ETE Canjica.
Por outro lado, o Distrito de Pirapitingui, é totalmente carente em termos de
tratamento dos esgotos, embora boa parte de sua área urbana seja servida por rede
de coleta de esgotos promovendo apenas o afastamento. Em conseqüência, os
esgotos gerados são lançados “in natura”, nos inúmeros córregos que entrecortam
as bacias do Varejão (São Miguel), Sanatório e Tapera Grande, embora algumas
estações de tratamento de pequeno porte tivessem sido previstas, como a ETE
Pirajibú, ou até parcialmente implantadas, mas não operadas, como a ETE São
Miguel.
A necessária complementação e eventuais remanejamentos do sistema de esgotos
de Itu (Sede e Distrito) necessitam ser estudados à luz de todos os seus aspectos
técnicos, econômicos, legais, institucionais e ambientais, a fim de propiciar
condições em se propor soluções que atendam aos interesses da comunidade ao
longo do horizonte de projeto.
Desta forma, as alternativas de esgotamento e tratamento foram delineadas
fundamentalmente visando atender prioritariamente o Distrito de Pirapitingui, uma
vez que a Sede já dispõe de uma infraestrutura sanitária consolidada e adequada,
necessitando apenas de intervenções que visem reforçar ou estender o sistema de
coleta, objetivando também uma eventual supressão das estações elevatórias da
bacia do córrego Itaim.
Por outro lado, todas as alternativas propostas na realidade se entrelaçam a ponto
de serem passíveis de uma abordagem geral conjunta, uma vez que há uma
interdependência entre esgotamento e tratamento. Embora o grau de tratamento
mínimo a ser conferido ao esgoto tratado seja o secundário, por imposição legal e
ambiental, o(s) corpo(s) receptor(es) selecionado(s) para o lançamento do efluente
71
tratado poderá(ão) exigir um nível mais elevado de depuração, dependendo de suas
características hidrológicas, qualidade da água e usos a jusante.
5.2–
CRITÉRIOS ADOTADOS NO ESTUDO
ESGOTAMENTO E DE TRATAMENTO
DAS
ALTERNATIVAS
DE
5.2.1 - Aspectos legais e institucionais
As alternativas de esgotamento e de tratamento devem ser avaliadas inicialmente à
luz dos aspectos legais e institucionais, por serem decisivos para a consolidação ou
inviabilização definitiva de soluções que tivessem inicialmente sido aventadas, tendo
em vista outros aspectos de avaliação.
Neste contexto, serão abordados documentos legais pertinentes às esferas federal,
estadual e municipal.
A análise da legislação federal permite afirmar que o grau de tratamento a ser
proporcionado aos esgotos das áreas de projeto deva ser no mínimo em nível
secundário de forma a garantir os padrões de emissão e de qualidade previstos no
CONAMA 357/2005, para rios de classe 2.
A mesma constatação se verifica ao se analisar os padrões de emissão e de
qualidade consubstanciados, respectivamente, nos artigos 18º e 5º do Decreto
8468/76 da legislação estadual.
Com relação à legislação municipal o Plano Diretor dita diretrizes de caráter geral e
específicas quanto ao sistema de coleta, disposição e tratamento de esgotos, a
ponto inclusive de alterar substancialmente a concepção de parte do sistema de
esgotos sanitários já implantado (Art. 27, inciso III e Art. 28, inciso IV) determinando
a construção de interceptores e o tratamento de esgotos nas próprias bacias onde
são gerados: (bacia do córrego Itaim e bacia do córrego Pirapintingui).
Finalmente, o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), celebrado com o Ministério
Público dentre, outras exigências, limita as possibilidades de lançamento do efluente
do tratamento dos esgotos gerados no Distrito de Pirapitingui em cursos d’água do
Distrito, independentemente do grau de tratamento, reservando apenas o rio Pirajibú
como único corpo receptor possível do efluente tratado.
5.2.2 - Aspectos técnicos
Para o delineamento das alternativas de esgotamento e de tratamento das áreas de
projeto foram levadas em conta as seguintes condições de contorno:
a) As áreas de projeto estão fundamentalmente inseridas em 2 polos urbanos
distanciadas em cerca de 16Km pela SP-75: a Sede Municipal e o Distrito de
Pirapitingui; e
b) As condições de infraestrutura sanitária destes dois polos são diversas, uma vez
que apenas os esgotos da Sede são totalmente afastados e submetidos a
72
tratamento completo em acordo com a legislação. No Distrito de Pirapitingui os
esgotos são lançados “in natura”.
Isto significa que, se consideradas individualmente, o enfoque a ser dado aos dois
núcleos urbanos seriam independentes, mercê ao delineamento de alternativas
envolvendo isoladamente apenas cada um destes núcleos em termos de
esgotamento, tratamento e disposição final.
Se porém, consideradas em conjunto, mantendo-se na Sede o único pólo de
tratamento existente, as alternativas levarão em conta a transposição dos esgotos
para o sistema de coleta da Sede, embora as opções de esgotamento do Distrito
envolvendo as áreas Norte e Sul inseridas nas bacias do Varejão e Tapera Grande
possam ser estudadas independentemente.
Nesta ordem de idéia, duas soluções podem ser delineadas visando atender o
Distrito de Pirapitingui:
Alternativa 1: Encaminhamento, por transposição, dos esgotos gerados no Distrito
de Pirapitingui para tratamento na ETE Canjica; e
Alternativa 2: Tratamento dos esgotos gerados em Pirapitingui no próprio Distrito.
A primeira destas soluções pressupõe utilizar partes da infraestrutura sanitária
existente e prevista para a Sede (rede, interceptores e a ETE Canjica) como meio de
transporte e de tratamento, respectivamente,dos esgotos do Distrito, enquanto que a
segunda idéia seria considerar o Distrito de Pirapitingui como um Sistema Isolado.
No que se refere exclusivamente aos esgotos gerados na Sede, as alternativas de
esgotamento se limitarão apenas às soluções que propiciem a eliminação por meio
de interceptação, por gravidade, de algumas das elevatórias existentes nas
sub-bacias das áreas de projeto.
São os casos de esgotamento por meio de interceptação por gravidade em conduto
livre dos esgotos das bacias do Itaim e do Pirapitingui, ambas as determinações,
aliás, contempladas no Plano Diretor Participativo.
Com referência ao interceptor do córrego Itaim, cujo projeto executivo já foi
concluído, o mesmo é previsto no contrato de concessão, porém com a ressalva de
que possa haver proposição de outras alternativas de esgotamento e tratamento (a
serem definidas no Plano Diretor de Esgotos), desde que condicionadas à
“obtenção de performance similar ou superior”.
Quanto aos esgotos gerados na bacia do córrego Pirapitingui a solução para o
esgotamento e tratamento já foi consolidada com a construção da Estação
Elevatória Ponte Nova e o encaminhamento de todos os esgotos para a ETE
Canjica.
73
Resta pois considerar para a Sede apenas as alternativas de se implantar ou não o
coletor- tronco do córrego Itaim
5.2.3 - Aspectos econômicos
No cotejo das alternativas foram consideradas estimativas de custos referentes à
implantação e operação dos sistemas propostos envolvendo os seguintes tópicos:
a) Custos de investimentos por alternativa:
- custos unitários das obras de esgotamento que incluem interceptores, emissários
e estações elevatórias; e
- custos unitários referentes a implantação da estação de tratamento de
esgotos.
b) Custos de exploração por alternativa:
- custos unitários de exploração dos sistemas de esgotamento sanitário:
custos unitários de energia elétrica;
- custos unitários referentes a operação de estações de tratamento de esgotos:
custos unitários de energia elétrica;
custos com produtos químicos;
custos de mão-de-obra; e
custos com disposição de resíduos sólidos, incluindo o lodo excedente.
A análise econômica foi desenvolvida visando determinar a alternativa de mínimo
custo através da análise do custo marginal aplicado às unidades cujos investimentos
e despesas variam conforme a alternativa.
Este método considera os volumes incrementais faturáveis desde a implantação até
o fim da vida útil do sistema, e os valores de investimentos ao longo do período de
projeto e as despesas de exploração ao longo do período de vida útil do sistema.
Foi feita a redução ao valor presente segundo taxas de desconto usuais que
abrangeu as despesas de investimento e de exploração do sistema a partir do ano
de 2010.
A relação, em termos de valor presente, entre o total das despesas com
investimentos e exploração e o total dos volumes incrementais resultou no custo
marginal de cada alternativa.
O custo marginal assim obtido se prestou à avaliação econômica de cada alternativa
sendo selecionada àquela que apresentou o menor valor marginal.
74
5.2.4 - Aspectos ambientais
5.2.4.1 - Geral
Considerando os aspectos ambientais a implantação de sistemas (ou parte destes)
de esgotos sanitários são capazes de ocasionar em maior ou menor grau impactos
ambientais e de vizinhança que precisam ser considerados, uma vez que também
podem ser decisivos na seleção de alternativas de esgotamento e tratamento.
A seleção de áreas para a implantação de estações de tratamento de esgotos, por
exemplo, necessita muitas vezes de um estudo de impacto ambiental contemplando
inicialmente um diagnóstico, em que são descritos os sistemas físico, biológico e
antrópico em torno de uma dada área de influência para em seguida se mensurar os
impactos decorrentes propondo-se medidas mitigadoras e/ou compensatórias.
Os mecanismos de avaliação dos impactos ambientais são o RAP e o EIA/RIMA,
cuja exigência é normalmente de iniciativa da Secretaria de Meio Ambiente
podendo, contudo ser requerido também pela comunidade através do Ministério
Público.
Por fim, ressalte-se que as obras de saneamento exigem também o competente
licenciamento ambiental (Licença Prévia, Licença de Instalação e Licença de
Operação). A Licença Prévia (LP) é concedida após a avaliação dos impactos por
qualquer dos mecanismos de avaliação enquanto que a Licença de Instalação (LI) é
concedida juntamente com as exigências técnicas, cujo cumprimento satisfatório
possibilitará a liberação da Licença de Operação (LO).
A ETE Canjica já está regularizada em termos de licenciamento ambiental, enquanto
que o local reservado para implantação da estação de tratamento prevista para o
distrito de Pirapitingui, localizada próxima à confluência do córrego Varejão com o rio
Pirajibú, já foi objeto de um Decreto de Desapropriação de uma área de 19218,47m2,
por parte da Prefeitura de Itu, em 26 de fevereiro de 1997.
5.2.4.2 - Definição do grau de tratamento
O grau de tratamento a ser proporcionado ao efluente tratado para lançamento no
rio Pirajibú em um local situado a jusante da futura captação de água para o
município de Itu, depende da capacidade de autodepuração do rio, obedecido o
padrão de qualidade estabelecido para rios de classe 2 conforme enquadramento da
CETESB.
Isto significa que o grau de tratamento necessário será tal que seja capaz de manter
níveis de DBO inferiores a 5mg/L e de oxigênio dissolvido superiores a 5mg/L em
qualquer trecho do rio.
A área da bacia do rio Pirajibú até o local previsto para o lançamento do efluente
tratado é de 242,96Km2. Nesta seção a vazão mínima de 7 dias consecutivos para
75
um tempo de recorrência de 10 anos (∂7,10) é de 382,25 l/s, valor calculado com base
na metodologia de Regionalização Hidrológica do Estado de São Paulo.
Considerou-se para os cálculos que na seção de lançamento o rio Pirajibú tenha
DBO e oxigênio dissolvido (OD) de, respectivamente, 3mg/L e 7mg/L. A vazão e a
carga orgânica afluentes à futura ETE-Pirajibú no final de plano (ano 2038) terão,
respectivamente, 170 l/s e 4657gDBO/dia (Tabelas 4.15 e 4.21).
Na simulação foi considerada uma remoção da DBO carbonácea de 90% em relação
à carga orgânica bruta, redundando em uma DBO remanescente de 26mg/L. Assim
sendo, os dados de estudo são apresentados no quadro 5.1 a seguir:
Quadro 5.1 – Estudos de Autodepuração do Rio Pirajibú
Dados e Parâmetros adotados
DADOS E
PARÂMETROS
Vazão do rio
OD do rio
DBO do rio
Temperatura do rio
Velocidade do rio
Coeficiente de desoxigenação (K1)
Coeficiente de decomposição da DBO (Kd)
Coeficiente de reaeração (K2)
Vazão de esgotos tratados (ano 2038)
OD do esgoto tratado
DBO do esgoto tratado
Temperatura do esgoto
Concentração de saturação de OD
VALORES
ADOTADOS
382,25 l/s
7mg/L
3mg/L
20◦C
0,5m/s
0,24 d-1 a 20◦C
0,24 d-1 a 20◦C
0,69 d-1 a 20◦C
170 l/s
2mg/L
26mg/L
24◦C
8,6mg/L
Para a fixação dos padrões de qualidade no corpo receptor foi utilizado o modelo de
“Streeter Phelps” que simula a degradação da matéria orgânica em um corpo hídrico
com aplicação em rios que apresentem oxigênio dissolvido como é o caso em
apreço. Nestas condições os valores resultantes são apresentados no Quadro 5.2 a
seguir:
76
Quadro 5.2 – Estudos de Autodepuração do Rio Pirajibú
Dados e Parâmetros resultantes
DADOS E
PARÂMETROS
OD da mistura
DBO (inicial) da mistura
DBO (última) da mistura
Déficit inicial de OD
Tempo Crítico
Distância Crítica
Déficit Crítico de OD
Concentração Crítica de OD
Distancia entre o lançamento do esgoto tratado e a Foz do Rio Pirajibú
Déficit de OD na foz do Rio Pirajibú
Concentração de OD na foz do Rio Pirajibú
VALORES
RESULTANTES
5,4mg/L
10,53mg/L
14,72mg/L
3,2mg/L
1,11 d
47,9Km
3,9mg/L
4,7mg/L
18,5Km
3,6mg/L
5,0mg/L
5.3 – DESCRIÇÃO DAS ALTERNATIVAS DE ESGOTAMENTO E TRATAMENTO
5.3.1 - Alternativas de esgotamento
5.3.1.1 - Distrito de Pirapitingui
5.3.1.1.1 - Encaminhamento, por transposição, dos esgotos gerados no Distrito
de Pirapitingui para tratamento na ETE Canjica (Alternativa 1).
Todas as alternativas que se referem a transposição de esgotos para o tratamento
em Canjica (Alternativas 1.1, 1.2 e 1.3) pressupõem em comum as seguintes
intervenções:
a) Concentração dos esgotos em um único ponto no Distrito de Pirapitingui através
de obras de interceptação e elevação dos esgotos;
b) Implantação de uma Estação Elevatória de Transposição de esgotos dotada de
tratamento preliminar (Grades finas e eventualmente Caixas de areia);
c) Construção do emissário de esgotos, segundo caminhamentos definidos por
alternativas de trajeto adiante descritas; e
d) Ampliação da capacidade da introdução de oxigênio na ETE Canjica através do
sistema de aeração por ar difuso.
Desta forma, a área Norte do Distrito que já conta com duas elevatórias
(EER Cidade Nova e EER Jardim Novo Mundo) terá uma terceira estação elevatória
77
a ser localizada próxima à confluência do córrego Monteiro de Carvalho com o
córrego Sanatório (EER Sanatório).
Ainda na área Norte, na avenida da Paz Universal, estará também localizada a
estação elevatória de transposição para onde afluirão os esgotos conduzidos pela
linha de recalque da elevatória do Sanatório. Os esgotos recalcados pelas
elevatórias EER Cidade Nova e EER Jardim Novo Mundo que atualmente se juntam
em uma mesma caixa de passagem, serão desviados, seguindo por gravidade, até a
Elevatória de Transposição.
Na área Sul, haverá apenas a Estação Elevatória de esgotos, – EER Pirajibú a ser
localizada próxima à confluência do córrego Varejão com o rio Pirajibú, local onde se
concentram atualmente os esgotos gerados nesta área. (Desenho nº ITU-PDE-06).
A Elevatória de Transposição recalcará os esgotos para ETE Canjica por meio de
uma tubulação mista, coexistindo trechos por recalque seguido de trechos por
gravidade. A elevatória de transposição preverá gradeamento fino e eventualmente
caixa de areia. Quanto ao traçado da linha de recalque emergem as seguintes
opções:
a) Alternativa 1.1
- Utilização da rodovia do Açúcar - SP-75 como caminhamento principal do
emissário.
Neste caso, os esgotos serão recalcados por uma tubulação de 500mm de
diâmetro, que se desenvolverá ao longo da Av. Paz Universal, prosseguindo até o
final do viaduto sobre a rodovia do Açúcar, ganhando posteriormente a faixa desta
rodovia até um “Shaft” localizado na cota 674,40m, seguindo por gravidade, em
tubulação sob pressão, também de 500mm de diâmetro, até a elevatória final
localizada na ETE Canjica (Desenho nº ITU-PDE-07).
A extensão total da linha é de cerca de 19.400m, sendo 5.600m por recalque e
12.800m por gravidade, porém à pressão.
b) Alternativa 1.2
- Utilização de faixa da Rodovia SP-79 e posteriormente o interceptor projetado
do córrego Itaim até a elevatória Canguiri (EER-12) como caminhamento do
emissário, de modo a se integrar com o sistema de coleta existente
(ampliado) em direção à ETE Canjica.
Esta alternativa está sendo proposta em função da implantação prevista do coletortronco do córrego Itaim e de seus respectivos ramais, objetivando a desativação das
elevatórias existentes e propiciando o encaminhamento dos esgotos da bacia, por
gravidade, até a EEER Canguiri.
78
Neste caso, após o viaduto sobre a rodovia do Açúcar, a tubulação de 500mm
seguirá por recalque na faixa da SP-79 em uma extensão aproximada de 3.500m até
um “Shaft” a ser localizado na cota 685,00m, seguindo, por gravidade, mas ainda
sob pressão, em uma tubulação de 500mm até o primeiro poço de visita do futuro
interceptor do córrego Itaim, em uma distância de aproximadamente 8.180m.
Neste caso o interceptor originariamente projetado apenas para os esgotos da bacia
do córrego Itaim terá de ser reavaliado hidraulicamente. De acordo com o projeto
inicial o interceptor do córrego Itaim se iniciaria com um diâmetro de 150mm,
terminando com um diâmetro de 800mm. Com a contribuição oriunda do Distrito o
diâmetro inicial do coletor deverá ser de 500mm prosseguindo até seu trecho final
com diâmetro de 800mm.
Após percorrer, por gravidade, em conduto livre cerca de 9.578m de extensão ao
longo do interceptor do córrego Itaim os esgotos, adentrarão na elevatória existente
EER Canguiri, que deverá ser totalmente reformulada, em termos de obras civis e
equipamentos eletro-mecânicos, visando atender as novas contribuições.
Os esgotos, em seguida, serão recalcados através de uma linha de 600mm e 3500m
de extensão até o interceptor do Guaraú onde os esgotos serão descarregados
seguindo, por gravidade, até a ETE Canjica (Desenho nº ITU-PDE-08)
c) Alternativa 1.3
- Utilização do sistema existente de coleta de esgotos da Sede
Esta alternativa, tal como a opção anterior, preveria também a utilização da faixa da
rodovia SP- 79, porém com os esgotos sendo lançados, pelo menos em uma fase
inicial, no sistema de esgotamento sanitário existente na Sede, isto é, os esgotos
advindos do Distrito de Pirapitingui seriam lançados nos interceptores dos córregos
do Brochado, Taboão e Pirapitingui a partir da rede existente, desde que
remanejada em alguns trechos, iniciando-se no Jardim das Indústrias.
Entretanto, a utilização do sistema de coleta da bacia do córrego Taboão
necessitaria de um amplo remanejamento da rede e do emissário. Da mesma
forma, a destinação dos esgotos do Distrito via emissário existente do córrego
Pirapitingui exigiria reforço em todo o trecho do emissário situado a montante da
EEE Ponte Nova. Além disso, os esgotos recalcados seriam obrigados a vencer uma
elevada altura manométrica.
Desta forma, esta alternativa contempla apenas a utilização do sistema de coleta
existente na bacia do Brochado. Para a verificação da capacidade de escoamento
dos trechos de interesse do interceptor existente foi procedido um cálculo hidráulico
a partir de nivelamento expedito de alguns pontos notáveis da rede, visando
determinar a capacidade máxima destes coletores e definir os trechos que
79
necessitariam de reforço. As Tabelas 5.3 e 5.4 apresentam um resumo destes
cálculos.
Assim sendo, o emissário proveniente do Distrito, ainda sob pressão,adentraria no
Jardim das Indústrias percorrendo a faixa da Av. Tiradentes virando à esquerda no
cruzamento com a Rua T até o seu final. Neste ponto se iniciaria o reforço do coletor
existente de 300mm com outra tubulação de 600mm em paralelo ao coletor atual em
uma extensão de 1.759m até o poço de visita localizado na esquina da rua Lafayete
de Toledo com a Rua Cruz das Almas (Desenho nº ITU-PDE-09).
Após este ponto haveria interligação com o interceptor existente no Brochado até as
proximidades do final da Rua Manoel Silveira. Um segundo reforço, também com
600mm e com 654m de extensão, se iniciaria neste ponto até o início da via
expressa Itu-Salto onde haveria a interligação com o interceptor existente do
Guaraú.
80
Tabela 5.3 – Contribuição Acumulada e por Trechos Estimados dos Emissários da Sede
Emissário
Brochado
Taboão
Esquerdo
2008
Trecho
(**)
População
Contribuinte
(hab.)
10.894
2.429
2.439
9.674
13.886
2.457
5.384
4.863
O-B
B-C
C-D
D-E
E-F
F-G
At - Bt
Bt - Ct
2015
População
Contribuinte
(hab.)
11.867
2.685
2.724
10.527
14.840
2.634
5.677
5.146
Vazão do
Trecho (l/s)
41,5
59,8
60,2
97,12
150
159
20,5
39,1
2025
Vazão do
Trecho (l/s)
45
55,2
65,9
106,7
162,7
172,7
21,7
41,3
População
Contribuinte
(hab.)
12.895
2.914
2.872
11.250
15.773
2.760
5.973
5.414
2035
Vazão do
Trecho (l/s)
49,2
60,3
71,4
114,3
174,5
185
22,8
43,46
População
Contribuinte
(hab.)
13.495
3.142
3.008
11.861
16.604
2.876
6.227
5.614
2038
Vazão do
Trecho (l/s)
51,5
63,5
74,9
120
183,5
194,5
23,7
45,1
População
Contribuinte
(hab.)
13.817
3.217
3.078
12.144
17.000
2.945
6.376
5.748
Vazão do
Trecho (l/s)
52,7
64,9
176,6
122,9
187,8
199,9
24,5
46,4
(*) Valor não Acumulado
(**) Para localização do trecho ver desenho nº ITU-PDE-09
Tabela 5.4 - Capacidade dos Interceptores / Coletores Tronco da Bacia do Guaraú
TRECHO
(*)
INTERCEPTOR
EXTENSÃO
(m)
DECLIVIDADE
(m/m)
DIÂMETRO
(mm)
Ctd-Dtd
Btd-Ctd
Taboão (D)
1.156
0,0022
Taboão (D)
1.135
0,0093
Atd-Btd
Taboão (D)
1.286
Ct-Ot
Taboão
1.290
Bt-Ct
Taboão
At-Bt
Taboão
F-G
Guaraú /
Brochado
E-F
Brochado
CAPACIDADE DO COLETOR
CONTRIBUIÇÃO (L/S)
Q 1/2
SEÇÃO
(l/s)
V 1/2
SEÇÃO
(m/s)
Q 2/3
SEÇÃO
(l/s)
V 2/3
SEÇÃO
(m/s)
Q SEÇÃO
PLENA (l/s)
V SEÇÃO
PLENA
(m/s)
2008
2015
2025
2035
2038
600
144,24
1,02
227,84
1,13
288,49
1,02
31,6
35,4
38,2
40,6
52,7
300
43,79
1,23
69,59
1,39
87,58
1,23
24,6
27,2
29,2
31
31,8
0,0062
300
35,72
1,01
56,78
1,13
71,45
1,01
14,7
16,5
17,8
18,9
19,4
0,0068
400
85,23
1,35
135,09
1,51
170,46
1,35
46,4
48,9
51,6
53,5
55,02
828
0,0088
300
43,79
1,23
69,5
1,39
87,58
1,23
39,1
41,3
43,4
45,1
46,4
1.012
0,0117
300
50,58
1,43
80,39
1,6
101,17
1,43
20,5
21,7
22,8
23,7
24,5
2.981
0,0035
600
182,2
1,28
287,7
1,43
364,4
1,28
159
172,7
185,03
194,5
199,5
596
0,0060
600
238,8
1,68
377,07
1,88
477,6
1,68
150,0
162,7
174,5
183,5
187,8
(*) Para localização do trecho ver desenho nº ITU-PDE-09
81
5.3.1.1.2 - Tratamento dos esgotos de Pirapitingui no próprio Distrito
(Alternativa 2)
Nesta alternativa os esgotos seriam tratados em uma estação de tratamento a ser
localizada às margens do rio Pirajibú próximo à confluência do córrego Varejão
(mesmo local da elevatória prevista na alternativa anterior). Neste caso, os esgotos
da área Norte seriam revertidos em direção à área Sul.
Esta Alternativa prevê a concentração das contribuições dos esgotos na região Sul
com lançamento final no rio Pirajibú, após a confluência do Córrego Varejão (São
Miguel) e a jusante da seção prevista para a nova captação da Cidade Nova. A área
atual disponibilizada para implantação da ETE Pirajibú é de 1,93ha.
A centralização do tratamento na região Sul, na área da ETE Pirajibú, exigiria a
reversão das contribuições das sub-bacias São Miguel Norte e Sanatório Margem
Esquerda para a sub-bacia São Miguel Sul, reunindo-se as contribuições na caixa de
reunião e desse ponto encaminhando-as, por gravidade, para a ETE Pirajibú.
A reversão da sub-bacia São Miguel Norte para a sub-bacia Sanatório Margem
Esquerda considera o aproveitamento dos sistemas de recalque Cidade Nova e
Parque Novo Mundo.
A reversão da sub-bacia Sanatório Margem Esquerda para a sub-bacia São Miguel
Sul seria feita através da Estação Elevatória Sanatório e de um emissário por
recalque que se desenvolverá através de um talvegue existente, prosseguindo pela
estrada de acesso ao Camping Carrion e pela Rua Dr. Lauro de Souza Lima até
atingir a caixa de reunião.
A partir da caixa de reunião as contribuições seriam encaminhadas para a ETE
Pirajibú através de emissário por gravidade, sob pressão, desenvolvendo-se pela
Rodovia SP-79, atravessando a Rodovia Castelo Branco sobre o viaduto, e
prosseguindo por ruas internas do Condomínio City Castelo (Alameda dos Gerânios,
Alameda das Zínias, e Alameda das Hortênsias), até atingir a EER Pirajibú,
responsável pelo recalque até a área de tratamento.
O efluente final tratado na ETE Pirajibú seria encaminhado até o lançamento no
Ribeirão Pirajibú após a confluência com o córrego Varejão (São Miguel).
5.3.1.1.3 Vantagens e desvantagens das alternativas de esgotamento
consideradas para o Distrito de Pirapitingui
5.3.1.1.3.1 Vantagens e desvantagens técnicas comuns às alternativas de
transposição. (Alternativas 1.1, 1.2 e 1.3)
82
Dentre as vantagens, citam-se:
a) Preservação da qualidade das águas do rio Pirajibu, uma vez que não receberia
nem mesmo o efluente tratado;
b) O efluente tratado seria lançado a partir da ETE Canjica no rio Tietê, misturado
às águas do córrego Guaraú. O Tietê naquele trecho possui maior capacidade de
diluição e menores exigências ambientais quanto à qualidade de água;
c) Utilização da ETE Canjica a sua plena capacidade; e
d) Nenhuma intervenção de monta necessária na ETE Canjica em decorrência da
transposição, a não ser as previstas no projeto original.
Dentre as desvantagens, citam-se:
a) Necessidade de se implantar extensas linhas de tubos segundo
caminhamentos nem sempre favoráveis, principalmente em termos hidráulicos,
transportando esgoto bruto;
b) Riscos advindos de falhas no fornecimento de energia elétrica o que induziria
a utilização de conjuntos moto-geradores na elevatória de transposição de modo
a impedir extravazamentos de grandes quantidades de esgoto bruto; e
c) Diminuição da capacidade de diluição do córrego Guaraú, corpo receptor do
efluente tratado da ETE Canjica, em razão do aumento da vazão lançada,
implicando em maior eficiência de tratamento e melhor controle operacional.
5.3.1.1.3.2 Vantagens e desvantagens específicas de cada alternativa de
transposição considerada
a) Alternativa 1.1
Dentre as vantagens cita-se:
- Necessidade de se dispor de apenas uma estação elevatória de transposição de
esgotos.
Dentre as desvantagens cita-se:
- Perfil topográfico do caminhamento das linhas de recalque e por gravidade
hidraulicamente desfavoráveis.
83
b) Alternativa 1.2
Dentre as vantagens citam-se:
- Aproveitamento do futuro coletor- tronco do córrego Itaim tambem como meio de
transporte dos esgotos do Distrito de Pirapitingui;
-Eliminação de 11 estações elevatórias situadas na bacia do Itaim.
Dentre as desvantagens citam-se:
- Necessidade de se implantar de imediato o coletor- tronco do córrego Itaim; e
- Necessidade de se reconstruir a EER Canguiri, de porte até maior que o da
elevatória de transposição, além da respectiva linha de recalque até o interceptor do
Guaraú;
c) Alternativa 1.3
Dentre as vantagens cita-se:
- Aproveitamento de grande parte do sistema de coleta existente na bacia do
Brochado, bem como de todo o emissário do Guaraú , permitindo que os esgotos do
Distrito fluam por gravidade até Canjica.
Dentre as desvantagens citam-se:
- Necessidade de se reforçar alguns trechos da rede de coleta, assim como dos
emissários por gravidade; e
- Elevada contribuição de águas pluviais clandestinas na rede de coleta de esgotos o
que poderia inviabilizar a condução dos esgotos do Distrito de Pirapitingui em
períodos de grandes chuvas.
5.3.1.1.3.3 Vantagens e desvantagens da solução de esgotamento e tratamento
no próprio Distrito (Alternativa 2)
Dentre as vantagens citam-se:
- Não haveria necessidade de transposição dos esgotos a não ser as internas do
próprio Distrito; e
- Tratamento dos esgotos no próprio Distrito.
84
Dentre as desvantagens citam-se:
- Necessidade de manter um elevado grau de tratamento para o efluente de modo a
ser lançado no Pirajibu;
- Baixa vazão do rio Pirajibu comparativamente ao porte das vazões tratadas a
serem lançadas; e
- Maior rigor na preservação da qualidade das águas do rio Pirajibu em decorrência
de sua vocação como manancial de água, comparativamente as do rio Tietê.
5.3.1.2- Sede
As alternativas de esgotamento da Sede municipal se limitam à implantação, ou não,
do interceptor do córrego Itaim e respectivos coletores-tronco, previstos no Plano
Diretor do município e já com projeto executivo definido (Item 2.11). Nesta bacia, o
esgotamento é feito atualmente por meio de elevatórias que poderiam, em grande
parte, ser suprimidas caso se implantasse o dito interceptor.
Ressalte-se, por outro lado, que o interceptor previsto para a bacia do córrego Itaim,
poderá, eventualmente, transportar os esgotos oriundos do Distrito de Pirapitingui,
razão pela qual esta hipótese foi incorporada a uma das alternativas de esgotamento
do Distrito de Pirapitingui (Alternativa 1.2).
Considerando-se, por outro lado, a hipótese de adoção da concepção do projeto
original, isto é a condução pelo interceptor e seus coletores-tronco apenas dos
esgotos gerados na própria bacia do córrego Itaim, a maior desvantagem desta
solução reside no seu alto custo de implantação.
Poder-se-ia alegar também que o interceptor e seus 8 coletores- tronco, uma vez
construídos em sua plenitude desativariam 11 conjuntos elevatórios de elevada
altura manométrica, da ordem de 50m, reduzindo-se em conseqüência
principalmente as despesas de energia elétrica. Contudo a altura manométrica, de
mesma ordem de grandeza, da EER Canguiri praticamente eliminaria esta aparente
vantagem, uma vez que a totalidade dos esgotos teria que ser finalmente recalcada.
Ademais, as baixas densidades populacionais da bacia do córrego Itaim, até o
horizonte de projeto também desencorajaria a implantação destas linhas.
Entretanto, conforme reza o Plano Diretor Intregado, (Sub Seção 1 da Seção 3 do
Art 38, § 4), a implantação deste interceptor se justificaria como forma de se
eliminar, além das elevatórias, também o “extravazamento de esgotos em cursos
d’água” em decorrência de possível saturação do sistema existente da parte antiga
da cidade”.
85
A solução mais adequada, portanto, residiria na modernização das estações
elevatórias, incluindo a aquisição de conjuntos geradores, a fim de se reduzir riscos
representados por um eventual colapso no fornecimento de energia elétrica , bem
como no reforço de parte da rede de coleta e do interceptor do córrego do Brochado.
5.3.2 - Alternativas de tratamento
5.3.2.1 - Sede Municipal
O projeto original da ETE Canjica previu uma capacidade de tratamento pouco
superior à vazão e carga orgânica em fim de plano das contribuições oriundas da
Sede e do Distrito de Pirapitingui.
Apenas foram previstas, no projeto original, expansões em termos de novas
unidades como é o caso da mecanização da terceira caixa de areia, implantação do
quarto decantador, bem como ampliações dos dispositivos de geração de ar e de
desidratação de lodo.
Contudo, a eficiência recorrente deste sistema tem se revelado, na prática, estar
apenas em torno de 80% da remoção da DBO, devido a existência de problemas
conjunturais (entupimento de um dos “shafts” e deficiência de aeração) que vem
sendo sanados pela atual concessionária dos serviços.
Em função das desconformidades, a atual performance da ETE vem atendendo,
embora no limite, as necessidades de seu corpo receptor no que tange à qualidade
das águas.Todavia, novas exigências poderão ser manifestadas no futuro, pelos
órgãos de controle quanto a melhoria dos padrões de qualidade da água do córrego
Guaraú e até mesmo a total preservação de suas águas culminando com a
transferência do corpo receptor para o rio Tietê, (corpo d’água de muito maior porte)
na confluência do Guaraú. Neste caso, haveria necessidade de implantação de um
emissário com cerca de 3km de extensão, margeante ao córrego Guaraú,
conduzindo o efluente tratado até o rio Tietê.
Esta hipótese, poderia também suscitar a necessidade de intervenções dentro da
planta de tratamento através da incorporação de novas unidades de tratamento no
sentido de melhorar a performance, incluindo até a estabilização biológica do lodo
excedente antes do descarte. A melhoria das condições de estabilização do lodo
excedente por via biológica anaeróbia tenderá a facilitar o processo de destinação
final em aterro sanitário, além de propiciar condições de obtenção de crédito de
carbono.
Tais hipóteses, por não se constituírem em exigências formais não serão
consideradas no cotejo das alternativas.
86
5.3.2.2 - Distrito de Pirapitingui
O elevado grau de depuração a ser propiciado aos esgotos gerados no Distrito de
Pirapitingui, definido em função de fatores hidrológicos, legais e ambientais, força a
adoção de um sistema de tratamento em ciclo completo.
A eficiência de tratamento fixada em pelo menos 90%, em termos de remoção da
matéria carbonácea, com base nos resultados dos estudos de autodepuração do
corpo receptor quanto a sua capacidade em absorver a carga orgânica tratada na
situação prevista de fim de plano, (ano de 2038), sugere a adoção de processos
biológicos de depuração de alta performance.
Dentre esses processos destacam-se o sistema de lodos ativados combinados com
filtração biológica na modalidade de leito móvel antecedido ou não de processos
anaeróbios.
O sistema como um todo deverá também prover denitrificação, não apenas em
obediência aos aspectos legais ligados à nitrificação, mas principalmente no sentido
de melhorar a qualidade do efluente final por meio de uma melhor performance da
decantação final no que tange a perda de sólidos pelo efluente tratado devido a
fenômenos ocorrência de denitrificação nos próprios decantadores.
Outros processos mais avançados propiciando inclusive reúso, como o sistema de
lodos ativados associados à filtração por membranas de microfiltração ou
ultrafiltração, (MBR) poderiam ser considerados, embora haja pouca experiência no
Brasil em sistemas MBR de tratamento para o porte da vazão e carga orgânica
previsto para o Distrito.
Assim sendo, duas alternativas de tratamento, ambas prevendo remoção da matéria
carbonácea e nitrogenada, serão consideradas para o cotejo das alternativas de
tratamento:
Assim sendo, duas alternativas de tratamento, ambas prevendo remoção da matéria
carbonácea e nitrogenada, serão consideradas para o cotejo das alternativas de
tratamento:
a) Alternativa A:
Adoção de um sistema de tratamento misto incluindo lodos ativados por
aeração prolongada antecedido de câmara anóxica; e
87
b) Alternativa B:
Adoção de um sistema de tratamento anaeróbio por meio de reatores
UASB, ou similar, seguido por um processo de lodos ativados por aeração
prolongada antecedido de câmara anóxica.
As atuais tecnologias são capazes de garantir a eficiência mínima exigida (≥ 90%)
para a remoção da carga orgânica (DBO). Poderão, eventualmente, agregar
tecnologia de leito móvel nos tanques de aeração.
Qualquer das tecnologias incluirá uma fase de tratamento preliminar (gradeamento
fino e/ou peneiramento e desarenação) além da desidratação mecânica do lodo
excedente. Não é prevista desinfecção do efluente tratado.
5.3.2.2.1 Dados básicos de projeto
Em ambos os casos, a Estação de Tratamento de Esgotos de Pirapitingui (ETE
Pirajibu) preveria as seguintes vazões e cargas orgânicas, etapalizadas ao longo do
período de projeto conforme Tabela 5.5 a seguir.
Tabela 5.5 – Contribuição de Esgotos ao longo do Horizonte de Projeto
(Distrito de Pirapitingui)
DISCRIMINAÇÃO
Vazão Máx.diária (l/s)
Vazão Máx.horária (l/s)
População (hab.)
HORIZONTE DE PROJETO (ANOS)
2008
2015
2025
2035
2038
84
118
36.486
110
155
48.026
147
208
64.374
186
262
81.166
197
279
86.244
A ETE seria modulada em 3 módulos de 29.000 hab. com vazão máxima diária de
70 L/s e vazão máxima horária de 100 L/s. Na primeira etapa (2010 – 2025) seriam
implantados 2 módulos.
5.3.2.2.2 Alternativa A
Esta alternativa prevê que todos os esgotos sofreriam tratamento aeróbio pelo
processo de lodos ativados por aeração prolongada.
88
A ETE incluiria as seguintes unidades;
a) Tratamento preliminar
- Grade grosseira
- Elevatória de esgoto bruto
- Grades finas
- Medidor Parshall
- Caixas de areia
b) Tratamento secundário
-Tanques de aeração com câmaras anóxica e aerada
- Elevatória de recirculação de liquor
- Sopradores para introdução de ar
- Decantadores secundários
- Elevatória de recirculação de lodo
- Elevatória de lodo excedente
- Medidor Parshall
c) Tratamento do lodo
- Adensadores
- Tanques de lodo
- Centrífuga
- Elevatória de lodo adensado
- Elevatória de lodo pré condicionado
- Elevatória de filtrado
d) Emissário ao rio Pirajibu
e)Unidades de apoio
-Portaria
-Casa de administração
-Laboratório
-Oficina
-Unidade a diesel de geração elétrica própria
No processo proposto pela Alternativa A, a Estação de Tratamento receberia os
esgotos gerados no Distrito em uma elevatória externa, (Elevatória de Esgotos
de Pirajibu) dotada de gradeamento (Grade grosseira). Em seguida os esgotos
seriam recalcados para o canal de alimentação dos desarenadores (Caixas de
areia) sendo gradeados (Grades finas) e medidos, (Calha Parshall).
89
Após o tratamento preliminar os esgotos adentrariam no Tanque de aeração,
(modulado em três módulos, sendo dois na primeira etapa), de volume total de
3.880 m3, cada módulo, incluindo câmara anóxica. O suprimento de oxigênio se
faria por meio de ar difuso fornecido por dois sopradores de 200 CV, cada.
O liquor formado seria encaminhado aos decantadores finais, (em número de
três unidades de 20 m de diâmetro, cada), sendo dois na primeira etapa.
O lodo acumulado no fundo dos decantadores seria continuamente recirculado
através da Elevatória de lodo, em direção a câmara anóxica, localizada acoplada
e a montante do Tanque de aeração, visando a denitrificação. Após, o lodo
adentraria na câmara de aeração, juntamente com o esgoto bruto, com a biota
necessária à metabolização da matéria orgânica.
O excedente do lodo recirculado se encaminharia aos adensadores, em número
de duas unidades com 8m de diâmetro, a serem construídos na primeira etapa.
Em seguida, seriam recalcados através da elevatória de lodo adensado para o
tanque de lodo, a fim de serem preparados para a desidratação. Através da
elevatória de lodo pré condicionado a suspensão seria recalcada para as
Centrífugas (em número de duas, sendo uma na primeira etapa).
O permeado da centrífuga e a fase líquida dos adensadores retornariam, por
recalque, ao inicio do processo (elevatória do filtrado).
O efluente, após medição, seria enviado ao emissário para o lançamento em
direção ao rio Pirajibu, enquanto que o lodo desidratado (cerca de 7ton/dia na 1ª
etapa), com cerca de 20% de sólidos seria encaminhado ao aterro sanitário.
A potencia instalada estimada na ETE seria de 620 CV, excetuando-se as
unidades de reserva.
5.3.2.2.3 Alternativa B
Esta alternativa prevê pré tratamento anaeróbio objetivando reduzir a carga
orgânica inicial em pelo menos 50%.
Nestas condições a ETE incluiria as seguintes unidades:
a)Tratamento preliminar
- Grade grosseira
- Elevatória de esgotos brutos
- Medidor Parshall
90
- Grades finas
- Caixas de areia
b)Tratamento primário
- Reatores UASB
- Queimadores de gás
- Elevatória de lodos primários
c)Tratamento secundário
-Tanques de aeração com câmaras anóxica e aerada
- Elevatória de recirculação de “liquor”
- Sopradores para introdução de ar
- Decantadores secundários
- Elevatória de recirculação de lodo secundário
- Elevatória de lodo excedente
d)Tratamento do lodo
- Elevatória de lodo pré condicionado
- Tanques de lodo
- Centrífuga
- Elevatória de filtrado
e)Emissário ao rio Pirajibu
f)Unidades de apoio
-Portaria
-Casa de administração
-Laboratório
-Oficina
-Unidade a diesel de geração elétrica própria
No processo proposto pela Alternativa B, a Estação de Tratamento receberia os
esgotos gerados no Distrito em uma elevatória externa, (Elevatória de Esgotos
de Pirajibu) dotada de gradeamento (Grade grosseira). Em seguida os esgotos
seriam recalcados para o canal de alimentação dos desarenadores (Caixas de
areia), sendo gradeados (Grades finas) e medidos (Calha Parshall).
Os esgotos sofreriam tratamento primário em reatores anaeróbios de fluxo
ascendente, (Reatores UASB), modulados em três módulos, sendo dois na
primeira etapa, de volume total de 2100 m3, cada módulo, visando desbastar
cerca da metade da matéria orgânica afluente.
91
Após o tratamento primário os esgotos adentrariam no Tanque de aeração
(modulado em três módulos, sendo dois na primeira etapa), de volume total de
1900 m3, cada módulo, incluindo câmara anóxica. O suprimento de oxigênio se
faria por meio de ar difuso fornecido por dois sopradores de 75 CV, cada
O liquor formado seria encaminhado aos Decantadores finais, (em número de
três unidades de 20 m de diâmetro, cada), sendo dois na primeira etapa.
O lodo acumulado no fundo dos decantadores seria continuamente recirculado
através da Elevatória de lodo, em direção a câmara anóxica, localizada acoplada
e a montante do Tanque de aeração, visando a denitrificação. Após, o lodo
adentraria na câmara de aeração, juntamente com o esgoto bruto, com a biota
necessária à metabolização da matéria orgânica.
O excedente do lodo recirculado se encaminharia para os reatores UASB. O lodo
primário seria encaminhado, por recalque (Elevatória de lodo primário) aos
tanques de lodo a fim de serem preparados para a desidratação e, em seguida
para as Centrífugas (em número de três, sendo duas na primeira etapa), por
meio da Elevatória de lodo pré condicionado.
O permeado da centrífuga retornaria, por recalque, ao inicio do processo.
O efluente ,após medição, seria encaminhado ao emissário em direção ao rio
Pirajibu.
A potencia instalada estimada na ETE seria de 510 CV, excetuando-se as
unidades de reserva.
5.3.2.3 Vantagens e desvantagens técnicas das alternativas consideradas
a) Alternativa A
Dentre as vantagens da Alternativa A, destacam-se:
- Maior segurança operacional quanto à performance do processo; e
- Maior facilidade operacional.
Dentre as desvantagens, destacam-se:
- Grande potencial de risco de poluição dos cursos d’água da bacia em caso de
lançamento “in natura” do esgoto bruto acarretado por colapso de energia elétrica
no sistema; e
92
-Maior consumo de energia elétrica
a) Alternativa B
Dentre as vantagens da Alternativa B, destacam-se:
- Menor potencial de risco de poluição dos cursos d’água da bacia em caso de
lançamento no corpo receptor, em decorrência de colapso de energia elétrica no
sistema. Neste caso os esgotos teriam tido uma depuração parcial devida ao
tratamento anaeróbio;
- Menor Geração de lodo excedente; e
- Menor consumo de energia elétrica.
Dentre as desvantagens, destacam-se:.
- Menor segurança operacional quanto à performance do processo devido as
flutuações inerentes a processos anaeróbios;
- Maiores dificuldades operacionais exigindo, controles de processo mais apurados.
-Risco com o despreendimento de odores ofensivos; e
-Problemas de corrosão em edificações e equipamentos devidos aos gases gerados
Ambas as alternativas aventadas, a par de suas vantagens e desvantagens
técnicas, possuem capacidade de atender aos padrões restritivos exigidos para o
lançamento no rio Pirajibú, desde que bem operadas.
No entanto, devido à localização imposta para a ETE, muito próxima a conjuntos
habitacionais, seria temerário considerar a hipótese de um tratamento anaeróbio no
local, em razão do potencial risco de desprendimento de odores ofensivos que
possam afetar a comunidade local, mesmo com a adoção de equipamentos de
controle de odores, como tem demonstrado a experiência com instalações
congêneres.
Desta forma, apenas a Alternativa A será considerada no cotejo das alternativas.
5.3.3 – Resumo das Intervenções necessárias
A Tabela 5.4 apresenta um quadro resumo das intervenções necessárias para cada
uma das alternativas.
93
Tabela 5.6 - Resumo das Intervenções Necessárias para Cada Alternativa cotejada
ALTERNATIVA 1.1
ALTERNATIVA 1.2
ALTERNATIVA 1.3
ALTERNATIVA 2
TRANSPOSIÇÃO DOS ESGOTOS PELA
RODOVIA DO AÇUCAR
TRANPOSIÇÃO DOS ESGOTOS PELA SP79
E INTERCEPTOR ITAIM
TRANSPOSIÇÃO DOS ESGOTOS PELA
SP79 E INTERCEPTOR BROCHADO
TRATAMENTO DOS ESGOTOS NA
PRÓPRIA BACIA
Interceptor Brochado
1000m; ∅300mm
1000m; ∅300mm
1800m; ∅600mm
700m; ∅600mm
1000m; ∅300mm
Interceptor Itaim
-
-
-
-
-
-
-
Aumento na Capacidade
EER-15: 6 L/s
EER-19: 12 L/s
EER-20: 12 L/s
Instalação da 5ª bomba na EER-30
Aumento de 20% na capacidade atual de
aeração
18500m; (∅150 a 800mm)
Implantação e/ou Reforma para Atender Nova
Capacidade 400L/s
3500m; ∅600mm, Interceptor entre EER
Canguiri e Interceptor Guaraú
Aumento na Capacidade
EER-15: 6 L/s
EER-19: 12 L/s
EER-20: 12 L/s
Instalação da 5ª bomba na EER-30
Aumento de 20% na capacidade atual de
aeração
-
EER-12 Canguiri
Aumento na Capacidade
EER-15: 6 L/s
EER-19: 12 L/s
EER-20: 12 L/s
Instalação da 5ª bomba na EER-30
Aumento de 20% na capacidade atual de
aeração
Aumento na Capacidade
EER-15: 6 L/s
EER-19: 12 L/s
EER-20: 12 L/s
Implantação de Elevatória com Capacidade de
300L/s
Implantação de Elevatória com Capacidade de
300L/s
Implantação de Elevatória com Capacidade de
300L/s
-
5600m; ∅500mm por recalque
13813m; ∅500mm, gravidade (cond. forçado)
Implantação de Elevatória com Capacidade de
180L/s
Implantação de Elevatória com Capacidade de
30L/s
1800m; ∅400mm
3200m; ∅150mm
3500m; ∅500mm por recalque
8180m; ∅500mm, gravidade (cond. forçado)
Implantação de Elevatória com Capacidade de
180L/s
Implantação de Elevatória com Capacidade de
30L/s
1800m; ∅400mm
3200m; ∅150mm
3500m; ∅500mm por recalque
11000m; ∅500mm, gravidade (cond. forçado)
Implantação de Elevatória com Capacidade de
180L/s
Implantação de Elevatória com Capacidade de
30L/s
1800m; ∅400mm
3200m; ∅150mm
Implantação de Elevatória com Capacidade de
180L/s
Implantação de Elevatória com Capacidade de
30L/s
ETE com Capacidade de 4657 kgDBO/dia; L/s
Redes por Gravidade
500m; ∅400mm
500m; ∅400mm
500m; ∅400mm
Emissário Pirajibu
Aumento da Capacidade de 66 para 75 L/s a
partir de 2025
Aumento da Capacidade de 66 para 75 L/s a
partir de 2025
Aumento da Capacidade de 66 para 75 L/s a
partir de 2025
INTERVENÇÕES
SEDE
Redes por Recalque
Reforço nas EER’s 15/19/20
Reforço ETE Canjica
EER de Transposição de
Bacias
Emissário de Transposição
EER Sanatório
DISTRITO DE
PIRAPITINGUI
EER Pirajibú
ETE Pirajibu
Redes por Recalque
Reforço na EER-09
-
94
-
-
1800m; ∅400mm
500m; ∅400mm
3200m; ∅500mm
550m; ∅600mm
Aumento da Capacidade de 66 para 75 L/s a
partir de 2025
5.3.4-Cotejo Econômico das Alternativas de Esgotamento
5.3.4.1 Introdução
As alternativas de esgotamento e de tratamento dos esgotos gerados nas áreas de
projeto envolvendo a Sede e o Distrito, embora estudadas em separado, na
realidade se entrelaçam, uma vez que ao se considerar a hipótese de transposição
o sistema de esgotos sanitários existente na Sede, rede e/ou estação de tratamento,
seria afetado sob diversas formas.
No que diz respeito a coleta, incluindo redes finas, coletores- tronco, elevatórias e
emissários, quase todas as alternativas previram a utilização de partes do sistema
existente objetivando alcançar Canjica onerando estes equipamentos a ponto de
necessitarem de remanejamentos e ampliações. Também o interceptor previsto para
o córrego Itaim teria todo o seu projeto alterado se recebesse também a contribuição
dos esgotos Distrito.
O próprio tratamento na ETE Canjica dos esgotos gerados em Pirapitingui, em
conjunto com os esgotos da Sede, embora não requeira ampliações de monta
naquela depuradora, implicaria em uma elevação do montante de insumos da ETE,
como energia elétrica, (necessária para a introdução de oxigênio), produtos
químicos (necessários para o condicionamento e estabilização do lodo excedente),
além da formação de uma maior quantidade de descarte do lodo.
No que tange a disposição final do efluente tratado no córrego Guaraú haveria em
conseqüência um menor grau de diluição neste corpo receptor devido ao aumento
da vazão do efluente final tratado lançada, já atualmente maior que a vazão mínima
Q7,10 do córrego, obrigando a manutenção de um grau de tratamento mínimo mais
elevado que o atual.
Do rol das alternativas delineadas irão para o cotejo econômico todas as
alternativas, exceto aquelas que prevêem o caminhamento dos esgotos pelas redes
da bacia do Taboão e do córrego do Pirapitigui, opções técnicas já descartadas na
Alternativa 1.3.
5.3.4.2 Avaliação de investimentos e dos custos operacionais
As Tabelas 5.7 a 5.35, a seguir, apresentam os investimentos e custos envolvidos
na avaliação das alternativas cotejadas.
95
Tabela 5.7 - Distrito de Pirapitingui: Investimento em Conduto por Recalque por Alternativa
Conduto por Recalque - FoFo
Custos (R$)
Estação
Alternativas
Elevatória
Diâmetro (mm)
Extensão (m)
Unitário
Total
1.1 / 1.2 / 1.3
400
1800
781,78
1.407.204,00
Sanatório
400
1800
781,78
1.407.204,00
2
1.1 / 1.2 / 1.3
150
3200
348,69
1.115.792,00
Pirajibu
2
150
100
348,69
34.868,50
Tabela 5.8 - Distrito de Pirapitingui: Investimento em Conduto por Gravidade por Alternativa
Conduto Forçado - FoFo
Custos (R$)
Estação de
Alternativa
Tratamento
Diâmetro (mm)
Extensão (m)
Unitário Total
Pirajibu
ETE Pirajibu
500
3200
902,95
2.889.440,00
Tabela 5.9 - Distrito de Pirapitingui: Investimento em Condutos por Gravidade por Alternativa
Conduto Livre - Concreto Armado
Custos (R$)
Alternativa
Diâmetro (mm)
Extensão (m)
Unitário
Total
1.1
400
500
551,04
275.518,00
1.2
400
500
551,04
275.518,00
1.3
400
500
551,04
275.518,00
400
500
551,04
2
661.255,00
600
550
701,34
Tabela 5.10 - Sede: Investimento para Adequação do Interceptor do Brochado - Gravidade
Custos (R$)
Conduto Livre - Concreto Armado
Alternativas
Diâmetro (mm)
Extensão (m)
Unitário
Total
1.1
300
1.000
500,93
500.932,00
1.2
300
1.000
500,93
500.932,00
1.3
600
2.500
701,34
1.753.350,00
2
300
1.000
500,93
500.932,00
Tabela 5.11 - Investimento para Implantação de Condutos por Alternativas de Esgotamento
Intervenções em Pirapitingui
Alternativas
Gravidade
C.A. (R$)
1.1
1.2
1.3
2
275.518,00
275.518,00
275.518,00
661.255,00
Gravidade
Forçado
FoFo (R$)
2.889.440,00
Recalque
FoFo (R$)
Emissário de
Transposição
(R$)
2.522.996,00
2.522.996,00
2.522.996,00
1.442.072,50
19.568.946,70
19.867.182,10
14.113.308,50
-
96
Intervenções na Sede
Interceptor
EER
Brochado Canguri/Guaraú
Gravidade C.A.
- Recalque
(R$)
FoFo (R$)
500.932,00
500.932,00
1.753.350,00
500.932,00
4.405.030,00
-
Custo Total
(R$)
22.868.392,70
27.571.658,10
18.665.172,50
5.493.699,50
Tabela 5.12 - Implantação da Estação de Tratamento de Esgotos no Distrito de Pirapitingui
Alternativa
Discriminação
Investimento (R$)
1.1
1.2
1.3
2
ETE PIRAJIBU
17.248.800,00
Tabela 5.13 - Investimento Necessário para Implantação e/ou Reforma das Estações
Elevatórias de Esgotos por Alternativa
Investimento Total (R$)
Elevatória
Alternativa
Vazão (L/s)
1
80
1
80
3
0
3
0
3
00
3
90
6
1
2
7
5
1.1 / 1.2 / 1.3
Sanatório
2
1.1 / 1.2 / 1.3
Pirajibu
2
Transposição
1.1 / 1.2 / 1.3
Nova Ganguiri
1.2
Vila Rica
1.1 / 1.2 / 1.3 / 2
São Camilo I e II
1.1 / 1.2 / 1.3 / 2
Cidade Nova
1.1 / 1.2 / 1.3 / 2
Alternativa
1.1
1.2
1.3
2
2.220.772,02
2.220.772,02
334.613,00
334.613,00
3.834.279,25
5.025.753,39
25.000,00
50.000,00
100.000,00
Tabela 5.14 - Investimentos Totais Necessários por Alternativa
Investimento (R$)
Condutos
Elevatórias
Tratamento
Total
22.868.392,70
6.564.664,28
29.433.056,98
27.571.658,10
11.590.417,67
39.162.075,77
18.665.172,50
6.564.664,28
25.229.836,78
5.493.699,50
2.730.385,02
17.248.800,00
25.472.884,52
97
98
Tabela 5.15 - EER Sanatório (Alternativas 1.1 / 1.2 / 1.3 e 2)
Características do Conjunto Elevatório
Potência (cv)
Bombas
Necess.
Bomba
Potência
Comercial (cv)
270
108
125
3
Altura
Manometrica
(m)
80
Vazão (L/s)
Eficiência
(%/100)
Fim de Plano
Bomba
0,65
165
60
Tabela 5.16 - EER Sanatório (Alternativas 1.1 / 1.2 / 1.3 e 2) Custos com Energia Elétrica
Vazão
Média L/s
Vazão
Bombeada
(L/s)
Potência
Instalada (cv)
2010
46
180
2011
48
180
2012
50
2013
2014
Ano
Energia Consumida MWh
Custos (R$)
Ponta
Fora
375
6.401
44.810
Consumo
Total
6.145,44
375
6.669
46.680
6.401,82
180
375
6.935
48.543
52
180
375
7.199
54
180
375
7.462
2015
56
180
375
2016
58
180
2017
60
2018
2019
Demanda
Mensal
7.965,56
14.111,00
7.965,56
14.367,38
6.657,27
7.965,56
14.622,84
50.395
6.911,34
7.965,56
14.876,90
52.232
7.163,24
7.965,56
15.128,81
7.722
54.053
7.412,99
7.965,56
15.378,55
375
7.979
55.853
7.659,80
7.965,56
15.625,36
180
375
8.232
57.626
7.903,06
7.965,56
15.868,62
62
180
375
8.482
59.373
8.142,62
7.965,56
16.108,18
63
180
375
8.727
61.089
8.377,85
7.965,56
16.343,42
2020
65
180
375
8.967
62.769
8.608,30
7.965,56
16.573,87
2021
67
180
375
9.282
64.977
8.911,14
7.965,56
16.876,71
2022
69
180
375
9.549
66.840
9.166,60
7.965,56
17.132,16
2023
71
180
375
9.815
68.707
9.422,67
7.965,56
17.388,24
2024
73
180
375
10.083
70.579
9.679,36
7.965,56
17.644,93
2025
75
180
375
10.350
72.453
9.936,36
7.965,56
17.901,92
2026
77
180
375
10.619
74.330
10.193,82
7.965,56
18.159,39
2027
79
180
375
10.887
76.211
10.451,75
7.965,56
18.417,31
2028
81
180
375
11.156
78.095
10.710,14
7.965,56
18.675,70
2029
83
180
375
11.426
79.981
10.968,83
7.965,56
18.934,40
2030
85
180
375
11.696
81.870
11.227,84
7.965,56
19.193,40
2031
87
180
375
11.966
83.762
11.487,31
7.965,56
19.452,87
2032
89
180
375
12.237
85.656
11.747,08
7.965,56
19.712,65
2033
91
180
375
12.507
87.551
12.007,02
7.965,56
19.972,58
2034
93
180
375
12.779
89.451
12.267,56
7.965,56
20.233,13
2035
95
180
375
13.050
91.352
12.528,27
7.965,56
20.493,83
2036
97
180
375
13.322
93.255
12.789,28
7.965,56
20.754,84
2037
99
180
375
13.594
95.161
13.050,60
7.965,56
21.016,16
2038
101
180
375
13.867
97.067
13.312,08
7.965,56
21.277,64
Nota: Consumo: R$ 0,19/kwh (ponta); R$ 0,11/kwh (fora da ponta)
Demanda: R$ 23,20/kw instalado (ponta) ; R$ 5,70/kw instalado (fora da ponta)
99
Tabela 5.17 - EER Pirajibu - (Alternativas1.1 / 1.2 / 1.3) Características do Conjunto Elevatório
Potência (cv)
Bombas
2
Vazão (L/s)
Necess.
Bomba
Potência
Comercial (cv)
Altura
Manometrica (m)
Eficiência
(%/100)
Fim de Plano
Bomba
48
27
50
80
0,65
29
15
Tabela 5.18 - EER Pirajibu - (Alternativas1.1 / 1.2 / 1.3) Custos com Energia Elétrica
Energia Consumida MWh
Custos (R$)
Vazão Média
L/s
Vazão
Bombeada
(L/s)
Potência
Instalada (cv)
2010
8
30
80
1.418
9.923
Consumo
Total
1.360,89
2011
8
30
80
1.477
10.337
1.417,67
2012
9
30
80
1.536
10.750
2013
9
30
80
1.594
2014
9
30
80
1.652
2015
10
30
80
2016
10
30
2017
10
2018
2019
Ano
Ponta
Fora
Demanda
Mensal
1.699,32
3.060,21
1.699,32
3.116,99
1.474,24
1.699,32
3.173,56
11.160
1.530,50
1.699,32
3.229,82
11.567
1.586,28
1.699,32
3.285,60
1.710
11.970
1.641,59
1.699,32
3.340,91
80
1.767
12.368
1.696,24
1.699,32
3.395,56
30
80
1.823
12.761
1.750,11
1.699,32
3.449,43
11
30
80
1.878
13.148
1.803,16
1.699,32
3.502,48
11
30
80
1.933
13.528
1.855,25
1.699,32
3.554,57
2020
11
30
80
1.986
13.900
1.906,29
1.699,32
3.605,61
2021
12
30
80
2.056
14.389
1.973,35
1.699,32
3.672,67
2022
12
30
80
2.115
14.802
2.029,92
1.699,32
3.729,24
2023
12
30
80
2.174
15.215
2.086,63
1.699,32
3.785,95
2024
13
30
80
2.233
15.629
2.143,47
1.699,32
3.842,79
2025
13
30
80
2.292
16.044
2.200,38
1.699,32
3.899,70
2026
13
30
80
2.351
16.460
2.257,40
1.699,32
3.956,72
2027
14
30
80
2.411
16.877
2.314,51
1.699,32
4.013,83
2028
14
30
80
2.471
17.294
2.371,73
1.699,32
4.071,05
2029
14
30
80
2.530
17.712
2.429,02
1.699,32
4.128,34
2030
15
30
80
2.590
18.130
2.486,38
1.699,32
4.185,70
2031
15
30
80
2.650
18.549
2.543,84
1.699,32
4.243,16
2032
15
30
80
2.710
18.968
2.601,36
1.699,32
4.300,68
2033
16
30
80
2.770
19.388
2.658,92
1.699,32
4.358,24
2034
16
30
80
2.830
19.809
2.716,62
1.699,32
4.415,94
2035
16
30
80
2.890
20.230
2.774,35
1.699,32
4.473,67
2036
17
30
80
2.950
20.651
2.832,15
1.699,32
4.531,47
2037
17
30
80
3.010
21.073
2.890,02
1.699,32
4.589,34
2038
17
30
80
3.071
21.495
2.947,93
1.699,32
4.647,25
Nota: Consumo: R$ 0,19/kwh (ponta); R$ 0,11/kwh (fora da ponta)
Demanda: R$ 23,20/kw instalado (ponta) ; R$ 5,70/kw instalado (fora da ponta)
100
Tabela 5.19 - EER Pirajibu (Alternativa 2) Características do Conjunto Elevatório
Potência (cv)
Bombas
Necess.
Bomba
Potência
Comercial (cv)
9
6
7,5
2
Altura
Manometrica
(m)
15
Eficiência
(%/100)
Vazão (L/s)
Fim de Plano
0,65
29
Bomba
15
Tabela 5.20 - EER Pirajibu (Alternativa 2) Custos com Energia Elétrica
Vazão
Média L/s
Vazão
Bombeada
(L/s)
Potência
Instalada (cv)
2010
8
15
2011
8
15
2012
9
2013
9
2014
Ano
Energia Consumida MWh
Custos (R$)
Ponta
Fora
15
266
1.861
Consumo
Total
255,17
15
277
1.938
265,81
15
15
288
2.016
15
15
299
2.092
9
15
15
310
2015
10
15
15
2016
10
15
2017
10
2018
11
2019
Demanda
Mensal
318,62
573,79
318,62
584,43
276,42
318,62
595,04
286,97
318,62
605,59
2.169
297,43
318,62
616,05
321
2.244
307,80
318,62
626,42
15
331
2.319
318,05
318,62
636,67
15
15
342
2.393
328,15
318,62
646,77
15
15
352
2.465
338,09
318,62
656,72
11
15
15
362
2.536
347,86
318,62
666,48
2020
11
15
15
372
2.606
357,43
318,62
676,05
2021
12
15
15
385
2.698
370,00
318,62
688,63
2022
12
15
15
396
2.775
380,61
318,62
699,23
2023
12
15
15
408
2.853
391,24
318,62
709,87
2024
13
15
15
419
2.931
401,90
318,62
720,52
2025
13
15
15
430
3.008
412,57
318,62
731,19
2026
13
15
15
441
3.086
423,26
318,62
741,88
2027
14
15
15
452
3.164
433,97
318,62
752,59
2028
14
15
15
463
3.243
444,70
318,62
763,32
2029
14
15
15
474
3.321
455,44
318,62
774,06
2030
15
15
15
486
3.399
466,20
318,62
784,82
2031
15
15
15
497
3.478
476,97
318,62
795,59
2032
15
15
15
508
3.557
487,76
318,62
806,38
2033
16
30
15
519
3.635
498,55
318,62
817,17
2034
16
30
15
531
3.714
509,37
318,62
827,99
2035
16
30
15
542
3.793
520,19
318,62
838,81
2036
17
30
15
553
3.872
531,03
318,62
849,65
2037
17
30
15
564
3.951
541,88
318,62
860,50
2038
17
30
15
576
4.030
552,74
318,62
871,36
Nota: Consumo: R$ 0,19/kwh (ponta); R$ 0,11/kwh (fora da ponta)
Demanda: R$ 23,20/kw instalado (ponta) ; R$ 5,70/kw instalado (fora da ponta)
101
Tabela 5.21 - EER Transposição (Alternativas 1.1 / 1.2 / 1.3) Características do Conjunto
Elevatório
Potência (cv)
Bombas
3
Necess.
Bomba
Potência
Comercial (cv)
23
90
100
Altura
Manometrica
(m)
40
Eficiência
(%/100)
Vazão (L/s)
Fim de Plano
0,65
170
Bomba
100
Tabela 5.22 - EER Transposição (Alternativas 1.1 / 1.2 / 1.3) Custos com Energia Elétrica
Vazão
Média L/s
Vazão
Bombeada
(L/s)
Potência
Instalada (cv)
2010
79
300
2011
82
2012
85
2013
Ano
Energia Consumida MWh
Custos (R$)
Ponta
Fora
300
5.199
36.394
Consumo
Total
4.991,15
300
300
5.416
37.912
300
300
5.632
39.425
88
300
300
5.847
2014
92
300
300
2015
95
300
2016
98
2017
2018
Demanda
Mensal
6.372,45
11.363,60
5.199,37
6.372,45
11.571,82
5.406,85
6.372,45
11.779,30
40.930
5.613,19
6.372,45
11.985,64
6.060
42.421
5.817,78
6.372,45
12.190,23
300
6.271
43.900
6.020,62
6.372,45
12.393,07
300
300
6.480
45.362
6.221,07
6.372,45
12.593,52
101
300
300
6.686
46.803
6.418,64
6.372,45
12.791,09
104
300
300
6.889
48.221
6.613,20
6.372,45
12.985,65
2019
107
300
300
7.088
49.614
6.804,25
6.372,45
13.176,70
2020
110
300
300
7.283
50.979
6.991,42
6.372,45
13.363,87
2021
114
300
300
7.539
52.773
7.237,38
6.372,45
13.609,83
2022
117
300
300
7.755
54.285
7.444,85
6.372,45
13.817,30
2023
121
300
300
7.972
55.802
7.652,82
6.372,45
14.025,27
2024
124
300
300
8.189
57.322
7.861,30
6.372,45
14.233,75
2025
127
300
300
8.406
58.844
8.070,03
6.372,45
14.442,48
2026
130
300
300
8.624
60.369
8.279,13
6.372,45
14.651,58
2027
134
300
300
8.842
61.896
8.488,61
6.372,45
14.861,06
2028
137
300
300
9.061
63.426
8.698,47
6.372,45
15.070,92
2029
140
300
300
9.280
64.958
8.908,57
6.372,45
15.281,02
2030
144
300
300
9.499
66.492
9.118,93
6.372,45
15.491,38
2031
147
300
300
9.718
68.029
9.329,66
6.372,45
15.702,11
2032
150
300
300
9.938
69.567
9.540,64
6.372,45
15.913,09
2033
154
300
300
10.158
71.107
9.751,75
6.372,45
16.124,20
2034
157
300
300
10.379
72.650
9.963,36
6.372,45
16.335,81
2035
160
300
300
10.599
74.193
10.175,10
6.372,45
16.547,55
2036
164
300
300
10.820
75.739
10.387,09
6.372,45
16.759,54
2037
167
300
300
11.041
77.287
10.599,32
6.372,45
16.971,77
2038
170
300
300
11.262
78.835
10.811,69
6.372,45
17.184,14
Nota: Consumo: R$ 0,19/kwh (ponta); R$ 0,11/kwh (fora da ponta)
Demanda: R$ 23,20/kw instalado (ponta) ; R$ 5,70/kw instalado (fora da ponta)
102
Tabela 5.23 - EER Canguiri (Alternativa 1.2) Características do Conjunto Elevatório
Bombas
Potência (cv)
Necess.
Bomba
Potência
Comercial (cv)
425
191
200
3
Altura
Manometrica
(m)
65
Eficiência
(%/100)
Vazão (L/s)
Fim de Plano
0,65
319
Bomba
130
Tabela 5.24 - EER Canguiri (Alternativa 1.2) Custos com Energia Elétrica
Vazão
Média L/s
Vazão
Bombeada
(L/s)
Potência
Instalada (cv)
2010
79
390
2011
82
390
2012
85
2013
Ano
Energia Consumida MWh
Custos (R$)
Demanda
Mensal
55.990
Consumo
Total
7.678,69
12.744,90
20.423,59
58.326
7.999,03
12.744,90
20.743,93
8.665
60.654
8.318,22
12.744,90
21.063,12
600
8.995
62.968
8.635,68
12.744,90
21.380,58
390
600
9.323
65.264
8.950,43
12.744,90
21.695,33
390
600
9.648
67.539
9.262,49
12.744,90
22.007,39
98
390
600
9.970
69.788
9.570,88
12.744,90
22.315,78
2017
101
390
600
10.286
72.004
9.874,83
12.744,90
22.619,73
2018
104
390
600
10.598
74.187
10.174,15
12.744,90
22.919,05
2019
107
390
600
10.904
76.330
10.468,08
12.744,90
23.212,98
2020
110
390
600
11.204
78.429
10.756,03
12.744,90
23.500,93
2021
114
390
600
11.598
81.189
11.134,42
12.744,90
23.879,32
2022
117
390
600
11.931
83.516
11.453,61
12.744,90
24.198,51
2023
121
390
600
12.264
85.849
11.773,58
12.744,90
24.518,48
2024
124
390
600
12.598
88.188
12.094,31
12.744,90
24.839,21
2025
127
390
600
12.933
90.529
12.415,43
12.744,90
25.160,33
2026
130
390
600
13.268
92.875
12.737,12
12.744,90
25.482,02
2027
134
390
600
13.604
95.225
13.059,40
12.744,90
25.804,30
2028
137
390
600
13.940
97.579
13.382,25
12.744,90
26.127,15
2029
140
390
600
14.277
99.936
13.705,49
12.744,90
26.450,39
2030
144
390
600
14.614
102.296
14.029,12
12.744,90
26.774,02
2031
147
390
600
14.951
104.660
14.353,32
12.744,90
27.098,22
2032
150
390
600
15.289
107.026
14.677,91
12.744,90
27.422,81
2033
154
390
600
15.628
109.395
15.002,70
12.744,90
27.747,60
2034
157
390
600
15.967
111.769
15.328,25
12.744,90
28.073,15
2035
160
390
600
16.306
114.144
15.654,00
12.744,90
28.398,90
2036
164
390
600
16.646
116.522
15.980,13
12.744,90
28.725,03
2037
167
390
600
16.986
118.903
16.306,65
12.744,90
29.051,55
2038
170
390
600
17.326
121.285
16.633,36
12.744,90
29.378,26
Ponta
Fora
600
7.999
600
8.332
390
600
88
390
2014
92
2015
95
2016
Nota: Consumo: R$ 0,19/kwh (ponta); R$ 0,11/kwh (fora da ponta)
Demanda: R$ 23,20/kw instalado (ponta) ; R$ 5,70/kw instalado (fora da ponta)
103
Tabela 5.25 - EER Final - (Alternativas 1.1 - 1.2 - 1.3) Características do Conjunto Elevatório
Bombas
Potência (cv)
Necess.
Bomba
Potência
Comercial (cv)
239
77
75
4
Altura
Manometrica
(m)
17
Vazão (L/s)
Eficiência
(%/100)
Fim de Plano
0,65
686
Bomba
202
Tabela 5.26 - EER Final - (Alternativas 1.1 - 1.2 - 1.3) Custos com Energia Elétrica
Vazão Média
L/s
Vazão
Bombeada
(L/s)
Potência
Instalada (cv)
2010
79
808
2011
82
808
2012
85
2013
88
2014
Ano
Energia Consumida MWh
Custos (R$)
Ponta
Fora
300
1.930
13.513
Consumo
Total
1.853,15
300
2.011
14.076
1.930,46
808
300
2.091
14.638
808
300
2.171
15.197
92
808
300
2.250
2015
95
808
300
2016
98
808
2017
101
2018
104
2019
Demanda
Mensal
6.372,45
3.446,26
6.372,45
3.523,57
2.007,49
6.372,45
3.600,60
2.084,11
6.372,45
3.677,22
15.750
2.160,07
6.372,45
3.753,18
2.329
16.300
2.235,38
6.372,45
3.828,49
300
2.406
16.842
2.309,80
6.372,45
3.902,92
808
300
2.482
17.377
2.383,16
6.372,45
3.976,27
808
300
2.558
17.904
2.455,40
6.372,45
4.048,51
107
808
300
2.632
18.421
2.526,33
6.372,45
4.119,44
2020
110
808
300
2.704
18.928
2.595,82
6.372,45
4.188,94
2021
114
808
300
2.799
19.594
2.687,14
6.372,45
4.280,26
2022
117
808
300
2.879
20.155
2.764,18
6.372,45
4.357,29
2023
121
808
300
2.960
20.719
2.841,40
6.372,45
4.434,51
2024
124
808
300
3.040
21.283
2.918,80
6.372,45
4.511,91
2025
127
808
300
3.121
21.848
2.996,30
6.372,45
4.589,41
2026
130
808
300
3.202
22.414
3.073,93
6.372,45
4.667,05
2027
134
808
300
3.283
22.981
3.151,71
6.372,45
4.744,82
2028
137
808
300
3.364
23.549
3.229,63
6.372,45
4.822,74
2029
140
808
300
3.445
24.118
3.307,64
6.372,45
4.900,75
2030
144
808
300
3.527
24.688
3.385,74
6.372,45
4.978,85
2031
147
808
300
3.608
25.258
3.463,98
6.372,45
5.057,10
2032
150
808
300
3.690
25.829
3.542,32
6.372,45
5.135,43
2033
154
808
300
3.772
26.401
3.620,70
6.372,45
5.213,81
2034
157
808
300
3.853
26.974
3.699,27
6.372,45
5.292,38
2035
160
808
300
3.935
27.547
3.777,88
6.372,45
5.371,00
2036
164
808
300
4.017
28.121
3.856,59
6.372,45
5.449,70
2037
167
808
300
4.099
28.696
3.935,39
6.372,45
5.528,50
2038
170
808
300
4.181
29.270
4.014,24
6.372,45
5.607,35
Demanda Transposição
Nota: Consumo: R$ 0,19/kwh (ponta); R$ 0,11/kwh (fora da ponta)
Demanda: R$ 23,20/kw instalado (ponta) ; R$ 5,70/kw instalado (fora da ponta)
104
1.593,11
Tabela 5.27 - Volumes Anuáis Faturáveis Incrementais (m³)
Ano
Volume Anual m³
Valor Presente m³
2009
2.375.068
2010
2.478.597
2011
2.582.001
2012
2.685.032
2013
2.787.503
2014
2.889.102
2015
2.989.830
2016
3.089.375
2017
3.187.488
2018
3.284.106
2019
3.378.982
2020
3.471.928
2021
3.594.071
2022
3.697.102
2023
3.800.382
2024
3.903.911
2025
4.007.565
2026
4.111.405
2027
4.215.432
2028
4.319.646
2029
4.423.984
2030
4.528.447
2031
4.633.097
2032
4.737.871
2033
4.842.708
2034
4.947.793
2035
5.052.941
2036
5.158.213
2037
5.263.610
2038
5.369.068
Valor Presente m³
2.375.068
2.213.033
2.058.356
1.911.153
1.771.509
1.639.354
1.514.741
1.397.476
1.287.373
1.184.282
1.087.942
998.096
922.509
847.280
777.633
713.230
653.721
598.803
548.173
501.540
458.620
419.151
382.891
349.598
319.048
291.046
265.385
241.887
220.383
200.713
28.149.992
105
Tabela 5.28 - Despesas de Exploração e Investimentos (R$) - Alternativa 1.1
Total (R$)
Valor Presente
(R$)
-
Est.
Tratamento
(R$)
-
29.433.056,98
29.433.056,98
383.772,82
-
1.062.908,31
949.025,27
-
390.957,14
-
1.098.425,48
875.658,07
-
-
398.115,51
-
1.133.814,35
807.026,66
-
-
405.234,95
-
1.169.010,78
742.927,48
791.614,00
-
-
412.293,84
-
1.203.907,84
683.129,64
2015
819.213,37
-
-
419.292,18
-
1.238.505,55
627.465,45
2016
846.488,64
-
-
426.208,33
-
1.272.696,97
575.703,48
2017
873.371,58
-
-
433.025,00
-
1.306.396,59
527.631,67
2018
899.845,14
-
-
439.737,87
-
1.339.583,01
483.067,06
2019
925.841,09
-
-
446.329,62
-
1.372.170,71
441.802,24
2020
951.308,24
-
-
452.787,30
-
1.404.095,54
403.643,91
2021
984.775,46
-
-
461.273,53
-
1.446.048,99
371.164,76
2022
1.013.005,96
-
-
468.431,90
-
1.481.437,87
339.507,32
2023
1.041.304,70
-
-
475.607,58
-
1.516.912,27
310.390,30
2024
1.069.671,66
-
-
482.800,55
-
1.552.472,21
283.630,87
2025
1.098.072,74
-
-
490.002,17
-
1.588.074,91
259.049,42
2026
1.126.524,99
-
-
497.216,77
-
1.623.741,77
236.488,80
2027
1.155.028,42
-
-
504.444,35
-
1.659.472,77
215.797,16
2028
1.183.583,02
-
-
511.684,90
-
1.695.267,92
196.832,09
2029
1.212.171,73
-
-
518.934,10
-
1.731.105,84
179.458,14
2030
1.240.794,56
-
-
526.191,95
-
1.766.986,52
163.551,59
2031
1.269.468,57
-
-
533.462,78
-
1.802.931,35
148.998,77
2032
1.298.176,68
-
-
540.742,26
-
1.838.918,95
135.690,07
2033
1.326.901,86
-
-
548.026,07
-
1.874.927,93
123.524,20
2034
1.355.695,27
-
-
555.327,17
-
1.911.022,44
112.412,66
2035
1.384.505,73
-
-
562.632,60
-
1.947.138,34
102.265,28
2036
1.413.350,31
-
-
569.946,68
-
1.983.297,00
93.003,90
2037
1.442.229,01
-
-
577.269,42
-
2.019.498,43
84.554,92
2038
1.471.124,76
-
-
584.596,47
-
2.055.721,24
Custo de
Tratamento (R$)
Emissários (R$)
Elevatórias (R$)
2009
-
22.868.392,70
6.564.664,28
2010
679.135,49
-
-
2011
707.468,34
-
2012
735.698,84
2013
763.775,83
2014
Ano
106
Energ. Elev.
(R$)
76.849,59
Total Valor Presente (R$)
39.983.307,77
Total Valor Presente Sem Obras (R$)
10.550.250,79
Tabela 5.29 - Despesas de Exploração e Investimentos (R$) - Alternativa 1.2
Energ. Elev.
(R$)
Est.
Tratamento
(R$)
Total (R$)
Valor Presente
(R$)
11.590.417,67
-
-
39.162.075,77
39.162.075,77
-
524.910,38
-
1.204.045,87
1.075.040,95
-
-
534.115,93
-
1.241.584,27
989.783,38
735.698,84
-
-
543.288,24
-
1.278.987,08
910.357,74
763.775,83
-
-
552.410,66
-
1.316.186,48
836.460,31
2014
791.614,00
-
-
561.455,49
-
1.353.069,49
767.767,97
2015
819.213,37
-
-
570.422,73
-
1.389.636,10
704.032,90
2016
846.488,64
-
-
579.284,67
-
1.425.773,31
644.947,44
2017
873.371,58
-
-
588.019,14
-
1.461.390,73
590.231,20
2018
899.845,14
-
-
596.620,60
-
1.496.465,75
539.640,55
2019
925.841,09
-
-
605.066,88
-
1.530.907,97
492.911,39
2020
951.308,24
-
-
613.341,35
-
1.564.649,59
449.799,37
2021
984.775,46
-
-
624.215,10
-
1.608.990,56
412.987,80
2022
1.013.005,96
-
-
633.387,40
-
1.646.393,37
377.310,87
2023
1.041.304,70
-
-
642.581,88
-
1.683.886,57
344.556,55
2024
1.069.671,66
-
-
651.798,52
-
1.721.470,18
314.506,16
2025
1.098.072,74
-
-
661.026,24
-
1.759.098,98
286.947,15
2026
1.126.524,99
-
-
670.270,59
-
1.796.795,58
261.693,11
2027
1.155.028,42
-
-
679.531,57
-
1.834.559,99
238.565,43
2028
1.183.583,02
-
-
688.809,17
-
1.872.392,19
217.397,42
2029
1.212.171,73
-
-
698.097,86
-
1.910.269,59
198.031,47
2030
1.240.794,56
-
-
707.397,63
-
1.948.192,20
180.323,91
2031
1.269.468,57
-
-
716.714,03
-
1.986.182,60
164.143,12
2032
1.298.176,68
-
-
726.041,52
-
2.024.218,20
149.362,92
2033
1.326.901,86
-
-
735.374,54
-
2.062.276,40
135.867,11
2034
1.355.695,27
-
-
744.729,74
-
2.100.425,00
123.553,94
2035
1.384.505,73
-
-
754.090,47
-
2.138.596,21
112.320,80
2036
1.413.350,31
-
-
763.462,29
-
2.176.812,61
102.078,54
2037
1.442.229,01
-
-
772.845,20
-
2.215.074,21
92.743,54
2038
1.471.124,76
-
-
782.233,65
-
2.253.358,41
Custo de
Tratamento (R$)
Emissários (R$)
Elevatórias
(R$)
2009
-
27.571.658,10
2010
679.135,49
-
2011
707.468,34
2012
2013
Ano
107
84.237,92
Total Valor Presente (R$)
50.959.676,73
Total Valor Presente Sem Obras (R$)
11.797.600,96
Tabela 5.30 - Despesas de Exploração e Investimentos (R$) - Alternativa 1.3
Total (R$)
Valor Presente
(R$)
-
Est.
Tratamento
(R$)
-
25.229.836,78
25.229.836,78
383.772,82
-
1.062.908,31
949.025,27
-
390.957,14
-
1.098.425,48
875.658,07
-
-
398.115,51
-
1.133.814,35
807.026,66
763.775,83
-
-
405.234,95
-
1.169.010,78
742.927,48
2014
791.614,00
-
-
412.293,84
-
1.203.907,84
683.129,64
2015
819.213,37
-
-
419.292,18
-
1.238.505,55
627.465,45
2016
846.488,64
-
-
426.208,33
-
1.272.696,97
575.703,48
2017
873.371,58
-
-
433.025,00
-
1.306.396,59
527.631,67
2018
899.845,14
-
-
439.737,87
-
1.339.583,01
483.067,06
2019
925.841,09
-
-
446.329,62
-
1.372.170,71
441.802,24
2020
951.308,24
-
-
452.787,30
-
1.404.095,54
403.643,91
2021
984.775,46
-
-
461.273,53
-
1.446.048,99
371.164,76
2022
1.013.005,96
-
-
468.431,90
-
1.481.437,87
339.507,32
2023
1.041.304,70
-
-
475.607,58
-
1.516.912,27
310.390,30
2024
1.069.671,66
-
-
482.800,55
-
1.552.472,21
283.630,87
2025
1.098.072,74
-
-
490.002,17
-
1.588.074,91
259.049,42
2026
1.126.524,99
-
-
497.216,77
-
1.623.741,77
236.488,80
2027
1.155.028,42
-
-
504.444,35
-
1.659.472,77
215.797,16
2028
1.183.583,02
-
-
511.684,90
-
1.695.267,92
196.832,09
2029
1.212.171,73
-
-
518.934,10
-
1.731.105,84
179.458,14
2030
1.240.794,56
-
-
526.191,95
-
1.766.986,52
163.551,59
2031
1.269.468,57
-
-
533.462,78
-
1.802.931,35
148.998,77
2032
1.298.176,68
-
-
540.742,26
-
1.838.918,95
135.690,07
2033
1.326.901,86
-
-
548.026,07
-
1.874.927,93
123.524,20
2034
1.355.695,27
-
-
555.327,17
-
1.911.022,44
112.412,66
2035
1.384.505,73
-
-
562.632,60
-
1.947.138,34
102.265,28
2036
1.413.350,31
-
-
569.946,68
-
1.983.297,00
93.003,90
2037
1.442.229,01
-
-
577.269,42
-
2.019.498,43
84.554,92
2038
1.471.124,76
-
-
584.596,47
-
2.055.721,24
Custo de
Tratamento (R$)
Emissários
(R$)
Elevatórias
(R$)
2009
-
18.665.172,50
6.564.664,28
2010
679.135,49
-
-
2011
707.468,34
-
2012
735.698,84
2013
Ano
Energ. Elev.
(R$)
108
76.849,59
Total Valor Presente (R$)
35.780.087,57
Total Valor Presente Sem Obras (R$)
10.550.250,79
Tabela 5.31 - Despesas de Exploração e Investimentos (R$) - Alternativa 2
Emissários
(R$)
Elevatórias
(R$)
2009
Custo de
Tratamento
(R$)
-
Total (R$)
Valor Presente
(R$)
-
Est.
Tratamento
(R$)
17.248.800,00
5.493.699,50
2.730.385,02
2010
478.369,16
-
-
25.472.884,52
25.472.884,52
176.217,46
-
654.586,62
2011
498.326,24
-
584.452,34
-
179.421,78
-
677.748,02
2012
518.211,23
540.296,57
-
-
182.614,53
-
700.825,75
2013
498.833,93
537.988,08
-
-
185.789,91
-
723.777,99
459.974,00
2014
557.596,72
-
-
188.938,29
-
746.535,01
423.604,01
2015
577.037,15
-
-
192.059,65
-
769.096,81
389.648,38
2016
596.249,30
-
-
195.144,37
-
791.393,66
357.986,30
2017
615.185,09
-
-
198.184,71
-
813.369,80
328.506,42
2018
633.832,53
-
-
201.178,75
-
835.011,28
301.113,44
2019
652.143,54
-
-
204.118,78
-
856.262,32
275.693,55
2020
670.082,08
-
-
206.999,00
-
877.081,08
252.139,85
2021
693.655,71
-
-
210.784,00
-
904.439,70
232.147,15
2022
713.540,70
-
-
213.976,74
-
927.517,44
212.563,06
2023
733.473,75
-
-
217.177,21
-
950.650,95
194.522,02
2024
753.454,86
-
-
220.385,38
-
973.840,24
177.916,97
2025
773.460,00
-
-
223.597,42
-
997.057,42
162.641,66
2026
793.501,18
-
-
226.815,25
-
1.020.316,43
148.603,31
2027
813.578,41
-
-
230.038,86
-
1.043.617,27
135.711,56
2028
833.691,69
-
-
233.268,26
-
1.066.959,95
123.881,28
2029
853.828,99
-
-
236.501,52
-
1.090.330,51
113.031,04
2030
873.990,33
-
-
239.738,63
-
1.113.728,96
103.086,32
2031
894.187,71
-
-
242.981,54
-
1.137.169,25
93.978,52
2032
914.409,12
-
-
246.228,30
-
1.160.637,42
85.641,06
2033
934.642,55
-
-
249.476,99
-
1.184.119,54
78.012,29
2034
954.924,04
-
-
252.733,40
-
1.207.657,44
71.038,40
2035
975.217,54
-
-
255.991,73
-
1.231.209,28
64.664,11
2036
995.535,07
-
-
259.253,93
-
1.254.789,00
58.841,55
2037
1.015.876,64
-
-
262.519,98
-
1.278.396,62
53.525,53
2038
1.036.230,22
-
-
265.787,97
-
1.302.018,18
Ano
Energ. Elev.
(R$)
109
48.673,70
Total Valor Presente (R$)
32.043.612,85
Total Valor Presente Sem Obras (R$)
6.570.728,33
Tabela 5.32 - Custo Marginal das Alternativas
Alternativas
1.1
1.2
1.3
2
Valor Presente
Custos (R$)
Volumes (m³)
39.983.307,77
50.959.676,73
35.780.087,57
32.043.612,85
28.149.992
28.149.992
28.149.992
28.149.992
Custo
Marginal
(R$/m³)
1,42
1,81
1,27
1,14
%
125
159
112
100
Tabela 5.33 - Custo Marginal das Alternativas Sem Obras de Implantação
Custo
Valor Presente
Alternativas
Marginal
Custos (R$)
Volumes (m³)
(R$/m³)
1.1
10.550.250,79
28.149.992
0,37
1.2
11.797.600,96
28.149.992
0,42
1.3
10.550.250,79
28.149.992
0,37
2
6.570.728,33
28.149.992
0,23
Tabela 5.34 - Investimento Inicial das Alternativas
Alternativas
Investimento (R$)
%
1.1
1.2
1.3
2
29.433.056,98
39.162.075,77
25.229.836,78
25.472.884,52
117
155
100
101
110
%
161
180
161
100
6 – SELEÇÃO DA ALTERNATIVA DE COLETA, TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO
FINAL DOS ESGOTOS
6.1- INTRODUÇÃO
A escolha da alternativa de coleta, tratamento e disposição final dos esgotos das
“áreas de projeto” levou em conta os resultados das avaliações, sob os aspectos
técnico, econômico, legal e ambiental das intervenções necessárias para a
ampliação do sistema de esgotos sanitários, principalmente os gerados no Distrito
de Pirapitingui, cuja ausência de qualquer tipo de tratamento tem forçado o
lançamento recorrente, in natura, acarretando prejuízos à qualidade das águas dos
corpos receptores que entrecortam a área, além de comprometer os indicadores
sociais, de saúde e de saneamento do município como um todo.
O estudo das alternativas, embora abordando separadamente todas as partes
integrantes do sistema de esgotos sanitários, considerou a viabilidade de todo o
conjunto como diretriz à tomada de decisão quanto a seleção da alternativa mais
adequada.
Desta forma, a solução encontrada opta por dotar o município de Itu de um segundo
pólo de tratamento de esgotos, a ser localizado precisamente no Distrito de
Pirapitingui, descartando-se, em conseqüência, de uma só vez todas as alternativas
de transposição que envolviam Sede e Distrito, as quais visavam encaminhar os
esgotos do Distrito para tratamento em conjunto com os esgotos da Sede na ETE
Canjica localizada em outra bacia.
A Alternativa 2 confina, pois, todas as intervenções no próprio Distrito mantendo-o
independente da Sede em termos sanitários, a exemplo do que ocorre com o
sistema de abastecimento, de água, também independente, incluindo desde
mananciais e reservação ate tratamento.
Com relação a Sede, as projeções populacionais e o porte das vazões das
contribuições resultantes de esgotos ao longo do período de projeto, não acarretarão
intervenções de monta no sistema de coleta, limitadas a reforço de alguns trechos
da rede e dos interceptores do Brochado, bem como otimização das Estações
Elevatórias de Esgotos. O mesmo pode-se dizer da ETE Canjica, cuja capacidade
de atendimento permite prever que seu aproveitamento se dará até o fim de Plano,
apenas com eventuais ampliações, todas elas já previstas no projeto original da
ETE.
No que diz respeito ao interceptor do córrego Itaim, cuja implantação é prevista no
Plano Diretor Participativo do município, salienta-se ser desnecessária, pelo menos
nos próximos anos, tendo em vista as baixíssimas densidades populacionais
previstas para as áreas atendidas, mesmo em final de Plano.
A Tabela 6.1 apresenta a distribuição do investimento por atividade e por bacia de
esgotamento, enquanto que a Tabela 6.2 apresenta um resumo dos investimentos
por bacia de esgotamento.
111
Tabela 6.1 Distribuição dos custos por Atividade e Bacia de Esgotamento - Alternativa 2
Atividade
Bacia de Esgotamento
Investimento
Reforço no Interceptor do Brochado
Guaraú
R$ 500.932,00
Reforço EER-15 Vila Rica
Itaim
R$ 25.000,00
Reforço EER-19 São Camilo I
Itaim
R$ 25.000,00
Reforço EER-20 São Camilo II
Itaim
R$ 25.000,00
EER Sanatório
Tapera Grande
R$ 2.220.772,02
EER Pirajibú
Varejão
R$ 334.613,00
ETE Pirajibú
Varejão
R$ 17.248.800,00
Tapera Grande
R$ 1.407.204,00
Rede por Recalque
R$ 2.889.440,00
Tapera Grande / Varejão
Varejão
R$ 34.868,50
Rede por Gravidade
Tapera Grande / Varejão
R$ 275.518,00
Emissário de Disposição da ETE Pirajibú
Varejão
R$ 385.737,00
Reforço EER-09 Cidade Nova
Tapera Grande
R$ 100.000,00
TOTAL
R$ 25.472.884,52
Tabelas 6.2 Distribuição dos Investimentos por Bacia de Esgotamento - Alternativa 2
Bacia de Esgotamento
Investimento
Guaraú
R$ 500.932,00
Itaim
R$ 75.000,00
Tapera Grande
R$ 3.727.976,02
Varejão
R$ 18.004.018,50
Tapera Grande/Varejão
R$ 3.164.958,00
TOTAL
R$ 25.472.884,52
6.2- JUSTIFICATIVA DA SOLUÇÃO ADOTADA
6.2.1- Distrito de Pirapitingui
6.2.1.1 Considerações iniciais
Todas as alternativas de transposição (Alternativas 1.1, 1.2 e 1.3) delineadas neste
Plano Diretor se caracterizavam por causar impacto, em maior ou menor grau, no
sistema de esgotos sanitários existentes na Sede, incluindo rede e tratamento, bem
como nas obras previstas, mas ainda não implantadas, como a do interceptor do
córrego Itaim. A Alternativa 2, representando a solução de um sistema isolado, ao
contrário, se limita apenas ao Distrito, livrando o sistema de esgotos sanitários da
Sede do ônus de arcar com a destinação e tratamento dos esgotos de Pirapitingui.
Mesmo assim, considera-se como válida a inclusão e o cotejo das alternativas de
transposição com relação a elas próprias e com a alternativa representativa de um
sistema isolado (Alternativa 2) o que permitiu validar com maior ênfase esta solução
como a selecionada.
112
6.2.1.2 Descrição da solução proposta
6.2.1.2.1 Esgotamento
A centralização do tratamento na região Sul, na área da ETE Pirajibu exigirá a
reversão das contribuições das sub-bacias São Miguel Norte e Sanatório Margem
Esquerda para a sub-bacia São Miguel Sul, reunindo-se contribuições na caixa de
reunião e desse ponto encaminhando-as para a ETE Pirajibu, Situada nas
proximidades da foz da Córrego Varejão (São Miguel) com o Ribeirão Pirajibu,
prevista para atender toda a contribuição da área de planejamento.
A reversão da sub-bacia São Miguel Norte para sub-bacia Sanatório Margem
Esquerda considera o aproveitamento dos sistemas de reversão Cidade Nova e
Parque Novo Mundo.
A reversão da sub-bacia São Miguel Esquerda para a sub-bacia São Miguel Sul
seria feita através da Estação Elevatória Sanatório (EER Sanatório) e de um
emissário por recalque que se desenvolverá através de um talvegue existente,
prosseguindo pela entrada de acesso ao Camping Carrion e pela Rua Dr. Lauro de
Souza Lima até atingir a caixa de reunião.
A partir da caixa de reunião as contribuições seriam encaminhadas para ETE
Pirajibu através de emissário de gravidade, sob pressão, desenvolvendo-se pela
Rodovia SP-79, atravessando a Rodovia Castelo Branco sobre o viaduto, e
prosseguindo por ruas internas do Condomínio City Castelo (Alameda dos Gerânios,
Alameda das Zinas, e Alameda das Hortênsias), até atingir a EER Pirajibu,
responsável pelo recalque até a área de tratamento.
A estação elevatória de recalque (EER Sanatório) ora proposta incluirá as seguintes
unidades principais, conforme pré-dimensionamento apresentado a seguir:
− Grade manual
• Vazão máxima: 165L/s
• Quantidade: 01
• Tipo: grossa, inclinada a 45º
• Largura do canal: 0,50m
• Espaçamento entre barras: 40mm
• Secção transversal das barras: 9,5 x 50mm
− Elevatória de esgoto bruto
• Vazão máxima horária: 165L/s
• Tipo de bomba: centrifuga submersível
• Vazão da bomba: 60L/s
• Altura manométrica estimada: 80mca
• Número de bombas: 03 em operação + 01 reserva
• Potência estimada: 125CV
113
6.2.1.2.2 Tratamento e disposição final
O sistema de tratamento proposto para a depuração dos esgotos do Distrito de
Pirapitingui prevê a remoção de matéria carbonácea e também da nitrogenada em
conformidade com os padrões de lançamento e de qualidade aos níveis federal e
estadual, conforme já relatado. Para tanto, o método de tratamento a ser adotado
agrega o processo de lodos ativados na modalidade aeração prolongada com
câmara anóxica para pré-nitrificação (Anexo II.6 – ITU-PDE11). Ao contrário da ETE
Canjica o processo de tratamento previsto permite que o lodo excedente já esteja
biologicamente digerido, dispensando a estabilização química. A ETE deverá estar
equipada com instrumentação e automação em nível condizente com as boas
práticas operacionais, capaz de propiciar um efluente com alto padrão de qualidade.
A Estação de Tratamento de Pirajibú (ETE) estará situada na área sul do Distrito,
próxima ao condomínio City Castelo, à margem esquerda de um afluente do córrego
Varejão (ou São Miguel) em uma área adrede desapropriada pela Prefeitura, com
cerca de 1,9 ha, já terraplenada. Foi concebida em três módulos iguais, sendo dois
para implantação imediata como parte das intervenções previstas para primeira
etapa.
O efluente tratado com remoção mínima de 90%, fixada em conformidade com os
estudos de auto depuração, seguirá através de um emissário, por gravidade, ao rio
Pirajibú, conforme previsto no Termo de Ajustamento de Conduta.
O lodo excedente digerido deverá sofrer aterramento ou compostagem em
instalações apropriadas dentro do próprio município, podendo posteriormente ser
direcionado ao uso agrícola.
A ETE ora proposta incluirá as seguintes unidades principais, conforme prédimensionamento apresentado a seguir:
a) Tratamento Preliminar
− Grade manual
• Vazão máxima: 29L/s
• Quantidade: 01
• Tipo: grossa, inclinada a 45º
• Largura do canal: 0,25m
• Espaçamento entre barras: 40mm
• Secção transversal das barras: 9,5 x 50mm
− Estação Elevatória de Recalque – EER Pirajibu
• Vazão máxima horária: 29L/s
• Tipo de bomba: centrifuga submersível
• Vazão da bomba: 15L/s
• Altura manométrica estimada: 15mca
114
• Número de bombas: 02 em operação + 01 reserva
• Potência estimada: 7,5CV
− Grade mecanizada
• Vazão máxima: 300L/s
• Quantidade: 02 mecanizadas + 01 manual
• Tipo: fina, inclinada a 45º
• Largura do canal: 0,50m
• Espaçamento entre barras: 12,7mm
• Secção transversal das barras: 6,4 x 38,1mm
− Desarenador
• Quantidade: 03
• Tipo: circular, mecanizado
• Taxa de aplicação: 1000m³/m² x d
• Diâmetro: 3,5m
− Medidor Parshall
• Largura da garganta: 1ft
b) Tratamento Secundário
− Tanque de aeração com câmara anóxica
• População de projeto: 86.244 hab.
• Carga orgânica “per capita”: 54g DBO/d
• Carga orgânica de projeto: 4.657Kg DBO/d
• Relação alimento/microorganismo (F/M): 0,1Kg DBO/Kg SSVTA
• SSVTA: 3,5 – 4,0g/L
• Volume de aeração necessário: 11.642m³
• Numero de tanques: 03 (02 na 1ª etapa)
• Volume de cada tanque: 3.880m³
• Volume da câmara anóxica: 380m³
• Volume da câmara de aeração: 3.500m³
• Consumo específico de oxigênio: 2,5 Kg O2/Kg DBOr
• Quantidade necessária de oxigênio: 10.478 Kg O2/d
• Tipo de aeração: ar difuso
• Volume de ar necessário: 176m³/min.
• Vazão de ar do soprador: 90m³/min.
• Pressão de descarga: 6,5mca
• Número de sopradores: 02 em operação + 01 reserva
• Potência estimada: 200CV
− Elevatória de recirculação de “liquor”
• Taxa de recirculação: 300%
• Vazão de recirculação: 510L/s
115
•
•
•
•
•
Tipo de bomba: centrifuga horizontal
Vazão da bomba: 170L/s
Altura manométrica estimada: 1,20m
Número de bombas: 03 em operação + 01 reserva
Potência estimada: 7,5CV
− Decantador Secundário
• Vazão média de projeto: 170L/s
• Taxa de aplicação superficial (TAS): 16m³/m² x d
• Área total necessária: 918m²
• Número de decantadores: 03 (02 na 1ª etapa)
• Diâmetro: 20,0m
• Tipo: circular, mecanizado
− Elevatória de recirculação de lodo
• Taxa de recirculação: 100%
• Vazão de recirculação: 170L/s
• Tipo de bomba: centrifuga horizontal
• Vazão da bomba: 60L/s
• Altura manométrica estimada: 2,5mca
• Número de bombas: 03 em operação + 01 reserva
• Potência estimada: 5,0CV
c) Tratamento de Lodo
− Adensador de lodo
• Geração de lodo em excesso: 0,6 Kg SS/Kg DBOr
• Quantidade diária de lodo: 2.515 Kg/dia (base seca)
• Taxa de aplicação de sólidos: 25 Kg SS/m² x d
• Área total necessária: 100m²
• Quantidade: 02
• Diâmetro: 8,0m
− Centrífuga horizontal
• Geração diária de lodo: 2.515kg SS/d (base seca)
• Concentração: 3 – 4%
• Volume a ser desidratado: 84m³/d
• Número de centrífugas: 02 (01 na 1ª etapa)
• Vazão da centrífuga: 7,5m³/h
• Concentração de sólidos na torta: 18 – 20%
• Produção de torta @ 18%: 14 ton/d
d) Emissário Pirajibú
− Vazão máxima: 300L/s
116
−
−
−
−
−
Regime de escoamento: conduto livre
Lâmina d’água máxima: 2/3 de secção
Declividade mínima: 0,5%
Velocidade: 1,5 m/s
Diâmetro da tubulação: 600mm
O sistema de tratamento contará ainda com unidades auxiliares e de apoio, tais
como:
−
−
−
−
−
−
−
Elevatórias (lodo adensado, lodo pré-condicionado e filtrado)
Sistema de preparação e dosagem de polieletrólito
Portaria
Casa de administração
Laboratório
Oficina
Unidade autônoma de geração de energia elétrica (à diesel) para os equipamentos
prioritários
6.2.2 Sede
6.2.2.1 Esgotamento
O sistema de coleta da Sede está em geral adequado para o recebimento das
contribuições atuais e futuras dos esgotos gerados nas bacias, embora haja
necessidade de remanejamentos de trechos de coletores e interceptores onde se
fizerem necessários, principalmente na parte mais antiga da área urbana da cidade.
Também as elevatórias de rede não necessitam de ampliações com referência aos
seus poços de sucção e linhas de recalque ou por gravidade, mas tão somente a
substituição de conjuntos elevatórios obsoletos, conforme necessidade (Anexo II.5A
- PDE-ITU-10A).
Para propiciar redução de riscos, representados por extravazamentos de esgotos
em direção aos córregos por falta de energia elétrica recomenda-se a instalação de
conjuntos moto-geradores a diesel ou a gás, pronto para entrarem em operação
automática em caso de necessidade.
6.2.2.2 Tratamento e disposição final
As principais intervenções a serem realizadas na Estação de Tratamento de Esgotos
(ETE Canjica) ao longo do período de projeto se limitam à implantação de unidades
gêmeas previstas no projeto original, tais como a mecanização da terceira caixa de
areia e eventualmente o quarto decantador, além do reforço do sistema de aeração
e de desidratação do lodo excedente.
Naturalmente, melhorias na ETE, tais como elevação do nível de instrumentação e
automação, bem como a manutenção de condições aeróbias em todas as fases do
117
processo de tratamento são fundamentais na manutenção de uma performance de
tratamento condizente com os padrões legais, além de proporcionar bem estar às
populações circunvizinhas.
Quanto à disposição final do efluente tratado, o córrego Guaraú tem condições de
permanecer como corpo receptor natural, desde que mantidas as eficiências de
remoção de carga orgânica em níveis tais que não causem incomodidade às
populações de jusante até a foz com o rio Tietê.
No que tange à disposição do lodo, atualmente enviado a outra cidade para
aterramento, recomenda-se, por razões estratégicas e de minimização de riscos, a
troca por uma destinação no próprio município de Itu, sendo que o aterro sanitário
previsto deve dispor de células em separado para receber o lodo estabilizado da
ETE, o qual poderá ser eventualmente utilizado para fins agrícolas.
Finalmente, com relação a necessidade de nitrificação do efluente tratado, conforme
Resolução CONAMA 357/2005, esta exigência legal está momentaneamente
suspensa por determinação do próprio CONAMA (Resolução 397/08), porém
somente para estações de tratamento que depuram esgotos sanitários. Entretanto,
na eventualidade de novamente vigorar esta exigência legal, a ETE Canjica deverá
ser adaptada para se adequar.
118
ANEXOS – VOLUME II
II.1 - ITU-PDE-06: SEDE MUNICIPAL – DISTRITO DE PIRAPITINGUI-SISTEMA DE
ESGOTAMENTO E TRANSPOSIÇÃO PARA ETE CANJICA (ALTERNATIVAS 1.1, 1.2 e 1.3)
II.2 - ITU-PDE-07: EMISSÁRIO DE TRANSPOSIÇÃO PARA ETE CANJICA (ALTERNATIVA
1.1)
II.3 - ITU-PDE-08: EMISSÁRIO DE TRANSPOSIÇÃO PARA ETE CANJICA-PLANTA E
PERFIL (ALTERNATIVA 1.2)
II.4 - ITU-PDE-09: -EMISSÁRIO DE TRANSPOSIÇÃO PARA ETE-CANJICA-PLANTA E
PERFIL (ALTERNATIVA 1.3)
II.5A - ITU-PDE-10A: SEDE MUNICIPAL – INTERVENÇOES (ALTERNATIVA 2)
II.5B - ITU-PDE-10B: DISTRITO DE PIRAPITINGUI-SISTEMA DE ESGOTAMENTO E
TRATAMENTO NA ÁREA SUL (ALTERNATIVA 2)
II.6 - ITU-PDE-11: PLANTA GERAL DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS - ETE
PIRAJIBU (ALTERNATIVA 2)
119
120

Documentos relacionados

PDE Volume 1 relatório diagnóstico

PDE Volume 1 relatório diagnóstico 2.7 DIAGNÓSTICO PRELIMINAR GERAL DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS DE SÃO MIGUEL...............................................................................................28 2.8 ESTUDO DE CON...

Leia mais