Funchal - Associação Académica da UMa

Transcrição

Funchal - Associação Académica da UMa
Edição IV
Edição de Férias
498 estórias...
Funchal
...498 razões para celebrar!
Associativismo
Juvenil
A 21 de Agosto do
ano da graça de 1508
a Vila do Funchal foi
elevada a Cidade, por
carta régia d’el-Rei D.
Manuel I. Seis anos mais tarde,
Infrastruturas
da UMa
no dia 12 de Janeiro de 1514, o Papa
Leão X criou a Diocese do Funchal
através da bula Pro excellenti
præeminentia, tornando seu primeiro
bispo D. Diogo Pinheiro, retirando à
poderosa Ordem de Cristo a influência
que detinha.
Se fosses Reitor(a) de que
forma promoverias o
desenvolvimento na UMa?
“Dar autonomia à Madeira, é construí-la em unidade política e
administrativa. (…) É reconhecer que a Madeira pela sua situação
geográfica, pela qualidade e número das suas relações com o mundo,
pelos usos e costumes do seu povo, pelo grau de desenvolvimento
moral, intelectual, agrícola, industrial e comercial, adquiriu uma
fisionomia própria e especiaes interesses colectivos próprios, que
a individualizam como região e como agregado social.”
Manuel Pestana Reis, 1922
AAUMa Campeã
Nacional da 3ª
Divisão Masculina
Ricardo Gonçalves
Administrador da Universidade da Madeira
N o vo s d e s a f i o s , n o v a s s o l u ç õ e s
A Administração Pública é, sem dúvida
alguma, um parceiro incontornável de um
processo de convergência e modernização
da economia portuguesa, sujeita aos
propósitos dos compromissos assumidos
com a Europa e com a inevitável globalização
da economia.
Melhorar a eficácia dos ser viços,
racionalizando os recursos disponíveis é
uma imposição da sociedade civil que,
desta forma, coloca enorme pressão sobre
os organismos e serviços públicos. Só
através da melhoria contínua dos processos
de operação, das metodologias de gestão
e com o recurso aos modernos Sistemas
de Informação, será possível criar
mecanismos adequados à prossecução
desses objectivos.
Como ultrapassar o aparente paradoxo
colocado aos organismos públicos para
“fazer mais com recursos a menos”? Como
responder aos crescentes desafios para o
aumento da qualidade dos serviços
prestados pela Administração Pública? Os
responsáveis pela Administração Pública
em Portugal são confrontados no dia-a-dia
com questões como estas.
À Universidade da Madeira
coloca-se, contemporaneamente, um repto
inserido neste contexto de desafios às
instituições da Administração Pública - a
implementação do Plano Oficial de
Contabilidade Pública (POCP), que constitui
um passo fundamental na reforma da
administração financeira e das contas
públicas.
O seu principal objectivo, é a criação de
condições para a integração dos diferentes
aspectos – contabilidade orçamental,
patrimonial e analítica – numa contabilidade
pública moderna, que constitua um
instrumento fundamental de apoio à gestão
e à sua avaliação.
A adopção de um modelo de contabilidade
digráfico pela Administração Pública em
Portugal iniciou-se em 1995, com a
nomeação de um grupo de trabalho, tendo
dois anos mais tarde sido publicado o
Decreto-Lei n.º 232/97, de 3 de Setembro
(Aprovação do POC Pública) e em
simultâneo criada a Comissão de
Normalização Contabilística da
Administração Pública. No caso da
Universidade da Madeira, o quadro
normativo a aplicar será o do Plano Oficial
de Contabilidade, para o Sector da Educação,
nos termos da Portaria n.º 794/2000, de 20
de Setembro.
A necessidade de consolidação da
nformação, numa perspectiva
macroeconómica, entre todos os
organismos públicos e entre estados,
implica necessariamente uma normalização
contabilística, alcançável unicamente com
a adopção generalizada da metodologia
do Plano Oficial de Contabilidade Pública
e seus planos sectoriais.
Dada a situação actual das finanças públicas
e a necessidade de possuirmos informação
financeira atempada e credível, com
demonstrações contabilísticas que
espelhem com qualidade a situação
financeira das entidades públicas, acredito
pois que estamos no bom caminho e
perante um projecto que deve constituir
para toda a comunidade académica um
objectivo fundamental.
Não se limita no entanto o POC Educação,
quer pelos objectivos que encerra, quer
pelas considerações técnicas que engloba,
à mera obrigação de aplicação de um plano
de contas uniforme e sistematização de
um conjunto de documentos de prestação
de contas, assumem particular importância
os aspectos organizacionais e de controlo
interno, cujo sistema se torna alias
obrigatório, de acordo com o referido plano
de contas sectorial.
Existem no entanto constrangimentos, de
onde destaco, a escassez de recursos
humanos qualificados nestas áreas e
também de recursos financeiros, para que
as soluções sejam adoptadas à nossa
realidade, sendo estes os principais factores
para que este projecto esteja tão aquém
dos objectivos pretendidos.
Não será uma revolução em termos de
contabilidade, não é concerteza uma
revolução em termos tecnológicos, mas é
uma revolução em termos de gestão, de
modelo organizacional e de racionalidade,
dos próprios processos envolvidos.
A implementação do POC - Educação
permitirá e apenas para destacar algumas
das suas funcionalidades, o seguinte:
Planeamento e preparação do orçamento;
Realização da contabilidade orçamental;
Realização da contabilidade patrimonial e
financeira; Gestão patrimonial;
Contabilidade analítica; Gestão e aquisição
de bens e serviços; Gestão de existências
em armazém; Venda e facturação;
Tesouraria; Gestão da manutenção;
Informação de gestão e consolidação.
Estou certo que todos nós abraçaremos
este desafio como mais um passo na
sustentação da nossa Universidade e que
toda a Comunidade Académica colaborará
n a p ro s s e c u ç ã o d e s te i n te re s s e .
Lancemos pois, mãos à obra!
editorial
Vagas.
2º Ciclo de Bolonha
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino
Superior (MCTES) já estabeleceu que os
cursos que no próximo ano lectivo tenham
menos de 20 inscrições no 1º ano não serão
financiados, seguindo a orientação
adoptada pelo Programa «Um Compromisso
com a Ciência para o Futuro de Portugal»,
onde o MCTES tem como objectivo principal
«Vencer o atraso científico e tecnológico».
Mais uma vez a situação ultraperiférica da
UMa e as suas características particulares
são irrelevantes. No futuro a Universidade
financiará os cursos que o Ministério não
financie? E quanto aos alunos que ingressam
e que se deparam com a falta de
financiamento? Os alunos aguardam que
exista um verdadeiro compromisso com a
Educação para vencermos qualquer luta.
Sabemos que 1/3 dos Países Europeus não
exigirá qualquer tipo de encargo aos
estudantes para frequentarem o 2º Ciclo
de estudos. No entanto, em 2/3 , os
estudantes pagarão propinas. Coloca-se a
questão: Será que nos países onde se
cobram propinas o número de licenciados
é tão reduzido como em Portugal?
Na maior parte dos países onde os
estudantes pagarão propinas, este valor
será idêntico ao valor do 1º Ciclo. A nossa
situação continua pouco clara.
O Ensino na Europa de A a Z.
Grécia
A Constituição helénica consagra, no seu
artigo 16º, a total gratuitidade e acesso a
todos os níveis de ensino, incluindo o Ensino
Superior. Este artigo consagra o Ensino
Superior, único e exclusivamente público.
Hungria
Não pagam propinas os alunos que fazem
parte da formação financiada pelo Estado.
Os alunos que pagam propinas são aqueles
que não atingiram a média necessária para
entrada no sistema de formação gratuita.
As propinas variam entre os 60 e 722 euros.
A todos os membros da Comunidade
Académica votos de boas férias e um
agradecimento especial aos elementos e
colaboradores da AAUMa pelo trabalho
desenvolvidos nestes 4 meses.
Saudações Académicas,
Luís Eduardo Nicolau.
JuIho / Agosto
Conselho da Universidade
Ao longo das anteriores edições, o JA teve
a iniciativa de tentar elucidar a Comunidade
Académica sobre os órgãos imprescindíveis
para o funcionamento da UMa e sobre os
quais ainda existe algum desconhecimento.
Falámos de Órgãos de Governo, como o
Senado e o Conselho Administrativo, e de
órgãos Científico-Pedagógicos, como o
Conselho Pedagógico. Este mês o JA
reservou este espaço para dar a conhecer
um outro órgão Científico-Pedagógico, o
Conselho da Universidade.
desenvolvimento, planeamento da
Investigação Científica, da prestação de
serviços especializados à comunidade e no
que se refere aos planos de formação
científica do pessoal docente e investigador,
o Conselho da Universidade procura
primeiramente auscultar o Conselho de
Investigação.
participação nos órgãos de aconselhamento
da Universidade ou das Unidades Orgânicas,
terão que ter obrigatoriamente aprovação
deste Conselho. É um órgão de extrema
importância para o corpo docente, uma vez
que é ele quem se pronuncia sobre a
existência e as condições de admissão às
provas de Doutoramento.
No que concerne às políticas pedagógicas,
nomeadamente no que diz respeito aos
calendários lectivos e épocas de exames,
É ainda da sua competência deliberar sobre
outro qualquer assunto de carácter científico
e/ou pedagógico, desde que os mesmos
transcendam o âmbito das competências
das Unidades, Centros ou Conselhos de
Curso. Todos os assuntos que o Reitor,
demais Órgãos de Governo da Universidade
ou Comissões Científicas das Unidades
coloquem em discussão, terão de ser
submetidas à apreciação do Conselho da
Universidade.
Quanto à frequência de reuniões deste
Conselho, não existe qualquer tipo de
obrigação ou periodicidade regular. Uma
vez que é um órgão de aconselhamento
ao Reitor, só se reúne quando por ele é
convocado em caso de necessidade ou
quando ele assim o entende. Regra geral,
antecede as reuniões do Senado e como
este se reúne em média uma vez por
trimestre, o Conselho da Universidade
reúne, no mínimo, também uma vez por
trimestre. O Conselho da Universidade
poderá ainda ser convocado por pelo menos
um terço dos seus elementos, situação que
está prevista pelo Código do Procedimento
Administrativo.
Há pouco tempo atrás, havia um Conselho
Científico único, onde tinham assento todos
os Professores Doutorados. Com a revisão
estatutária ocorrida sob o mandato do então
Magnífico Reitor, Professor Doutor José
Manuel Castanheira da Costa, este Conselho
assumiu o desenho actual, o Conselho da
Universidade.
O Conselho é constituído pelo Reitor e ViceReitores, por seis Presidentes de Unidades
Orgânicas eleitos pelos seus congéneres e
por seis professores propostos pelo Reitor,
que tenham desempenhado funções de
Reitoria ou de Presidência de Órgãos da
Universidade.
E s te ó rg ã o te m c o m o p ri n c i p a i s
competências, definir as linhas gerais
orientadoras das políticas a prosseguir na
Universidade da Madeira. Não obstante, é
essencialmente um órgão consultivo, uma
espécie de Senado Romano.
No âmbito das políticas em matérias de
formas de avaliação e de melhoria do
rendimento escolar, este órgão apenas
estabelece as linhas gerais de orientação
após ouvido o Conselho Pedagógico.
Cabe ainda ao Conselho da Universidade
emitir o seu parecer sobre a criação,
reestruturação e extinção de centros e
núcleos de investigação, o que se estende
igualmente, no âmbito das suas
competências às propostas de criação,
suspensão e extinção de cursos e/ou
alterações curriculares.
É de igual competência deste Conselho, e
antes de seremhomologados pelo Reitor,
aprovar os regulamentos dos Conselhos de
Curso, sendo também uma competência
do respectivo órgão dar o seu parecer sobre
a re e s t r u t u r a ç ã o e e x t i n ç ã o d e
Departamentos e Secções Autónomas.
As nomeações de docentes, cuja categoria
difira da prevista nos estatutos, para o
exercício de cargos de gestão ou
A actual arquitectura deste Conselho pode,
no entanto, constituir um entrave à acção
do próprio Reitor. Isto porque, se os
elementos que constituem este órgão não
estiverem de acordo com ele, acabam por
lhe retirar a liberdade e a iniciativa, deixando
de se tratar, na realidade, de um órgão de
carácter consultivo.
Após consulta atenta aos estatutos da UMa,
facilmente identificamos situações
incongruentes. Adivinha-se uma reforma
estatutária urgente, sendo a base de uma
mudança importante nos destinos da UMa.
Associativismo Juvenil
No passado dia 20 de Abril passou
pela Assembleia da República Portuguesa, a proposta de lei do Associativismo Jovem. O primeiro sinal de
alteração desta Lei consistiu em tornar comum um conjunto de matérias
aplicáveis quer às associações juvenis, quer às associações estudantis, permitindo assim consagrar num
único conceito o “Associativismo
Jovem”.
Para falarmos de associativismo, temos o
exemplo belicoso dos estudantes de Coimbra: “Vinham de longe as diligências realizadas pelos estudantes junto da Universidade, no sentido de instalar
convenientemente a academia universitária.
Ansiavam os estudantes da época por uma
sede condigna, onde pudessem receber
professores, literatos e homens de ciência.
Para tanto, desejavam possuir uma biblioteca, uma sala de conferências, de jogos,
etc., mas o seu brado, apesar de justo, não
encontrou repetidos ecos para lá da Porta
Férrea.
Resolveram, então, alguns estudantes da
época, agir pelos seus próprios meios, e
num grupo deles surgiu uma ideia. Uma
luminosa ideia, que tempos depois se transformaria numa realidade para prestígio da
Briosa: tomar de assalto o Clube dos Lentes
e instalar nas suas salas, a sede da
Associação Académica de Coimbra, dando
assim realização a uma velha aspiração da
Academia”. Consignatária de uma
recordação dificilmente equiparável na
história das associações estudantis, tanto
em Portugal como no resto da Europa, a
Associação Académica de Coimbra que,
É realmente um grande desafio
incentivar ou tentar
consciencializar os jovens a
associarem-se e a defenderem os
direitos de todos.
pelos seus 115 anos, é a mais antiga do
país, reúne todos os direitos, os interesses
e a própria liberdade dos estudantes, que
estiveram em causa, amparando solidária
e intransigentemente os valores humanistas
que a incorpam e os interesses específicos
da camada que representa.
Actualmente o associativismo jovem, particularmente no meio onde nos inserimos,
defronta-se não com uma Ditadura onde
não temos voz activa, mas sim com um
sistema sempre aberto a mais e melhores
participações.
A luta pelo processo de adaptação ao espaço europeu do Ensino Superior, o já
conhecido Processo de Bolonha e as suas
implicações, vão requerer um carácter belicoso dos estudantes em geral. Outras são
as realidades às quais os estudantes têm
que fazer frente: o financiamento da acção
social, a qualidade do ensino, a interminável
luta pelo preço da educação, ou seja,
propinas, e claro, o papel do estudante na
Universidade. São apenas alguns moldes
que o associativismo jovem tem que fazer
frente.
É realmente um grande desafio
incentivar ou tentar consciencializar os
jovens a associarem-se e a defenderem os
direitos de todos. Lutar por uma causa
comum com uma voz activa, nos lugares
certos. Nos vários órgãos que constituem
a universidade existe uma paridade entre
professores e estudantes. Porém muitos
alunos não assumem a responsabilidade
dos seus cargos e, tomadas as decisões,
só lhes cabe o silêncio ou a ignorância. De
modo a combater essa lacuna, no seio da
nossa mui nobre Academia, a Associação
Académica vai apresentar uma proposta
para promover as eleições dos órgãos da
Academia no próximo ano, zelando por
uma participação sempre activa nas
decisões.
Esperamos que a nova lei aprovada no seio
da Assembleia da República sobre o associativismo jovem, aquele que nos defendeu
no passado, aquele que nos regerá no
futuro e que está constantemente no nosso
dia – a – dia, apresente disposições gerais
que zelem pelos direitos e deveres dos
estudantes.
JuIho / Agosto
Infrastruturas da UMa
Maurício Barros
Nos últimos tempos os alunos têm vindo a beneficiar de pequenos, mas substanciais,
melhoramentos nos serviços que a UMa lhes oferece, entre eles uma nova e maior
sala de estudo. Mas que gostariam os alunos de ver mudado, ou pelo menos,
melhorado?
Se fosses Reitor(a) de que forma promoverias o desenvolvimento na UMa?
António Martins - Ciências da
Cultura
Nélio Gonçalves – Técnico de
Informática (UMa)
Se fosse Reitor, procurava dar
mais condições aos alunos que
precisam de usar a Internet.
Se fosse Reitor passo a citar as
medidas que tomava: "As escolas clássicas devem ser albergues da sabedoria e da arte de
pensar, devem provocar
inteligência dos alunos, devem
dar o rosto ao conhecimento,
transmitir a história do conhecimento. Os mestres devem
dançar a valsa da educação com
as duas pernas livres, desengessadas, eles devem ser contadores de histórias, romper a impessoalidade do conhecimento
e cruzar, tanto quanto possível
as histórias com os seus alunos.
Contar histórias e partilhar
experiências existenciais é uma
excelente maneira de semear
as ideias mais complexas".
Um dos problemas com que
nos deparamos é normalmente
a falta de equipamento disponível e dos espaços para a
utilização destes. Uma solução
passaria, aquando da mudança
do valor da propina para a propina mais alta permitida por lei,
na inscrição do aluno na UMa
ser-lhe-ia entregue um computador portátil que se amortizaria durante os 4 anos de curso, o aluno estaria a pagar o
mesmo com a diferença da
propina actual para a mais alta.
Resolvíamos o problema da falta de equipamento e da rede,
onde ligá-lo, pois toda a gente
usaria a wireless.
Uma outra medida passaria pelas salas, se estas tivessem
fechaduras com cartão magnético o controle do acesso às mesmas seria facilmente realizável
Para além das questões referidas pelos
alunos, o JA observou outras, desta vez
relacionadas com o espaço do Campus
Universitário da Penteada.
Os recintos que antecedem a entrada
da UMA, à partida, talvez não se
destinassem a ser um ambiente de
convívio, porém o que se constata é
que es tas áreas são bas tante
frequentadas, tanto por discentes como
Carla Andrade – Serviço Social
Bárbara Costa - Serviço Social
Se fosse Reitora teria maior
atenção com os planos de estudo de determinados cursos,
como o de Serviço Social, apesar de ser um curso novo, apresenta algumas falhas. Também
tinha particular atenção com
algumas infra-estruturas que
precisam de ser melhoradas,
nomeadamente com a biblioteca e a falta de salas de estudo
espaços pequenos, para a
dimensão do corpo discente.
por docentes, embora sejam os
primeiros que mais se encontram ali.
Nestes recintos convidativos, os alunos
reúnem-se antes e depois das aulas
para confraternizarem uns com os
outros, sobretudo na época de sol.
Este jornal, apercebeu-se recentemente
que estas áreas não possuem nas suas
redondezas nenhum recipiente, para a
colocação de eventual lixo que se vai
Se fosse Reitora teria mais
atenção aos planos dos cursos,
p o i s ve r i f i c a m o s m u i t a s
discrepâncias entre os planos
da Universidade da Madeira com
o de outras Universidades nomeadamente o do Serviço Social. Penso que o plano do curso
de Serviço Social na nossa Universidade teria que ser revisto
e melhorado, com a substituição
de algumas cadeiras por outras
com mais interesse para a
profissão. Quanto às instalações
seria benéfico ter uns bancos
ao pé da entrada da UMa de
forma que proporcionasse aos
alunos um melhor aproveitamento daquele espaço. Tentaria
também arranjar formas de uma
melhor integração dos recém
licenciados no mercado de trabalho, de forma a garantir o
trabalho desenvolvido ao longo
da licenciatura.
Rafaela Pascoal- CCO
Se eu fosse Reitora, vedava a
liberdade total de cada departamento elaborar regras internas
evitando assim discrepâncias de
direitos entre os departamentos,
por haver alguns que dão apenas uma possibilidade de
avaliação(exame e 75%de
presenças), impedindo a ida ao
recurso para alunos com notas
inferiores a 7,5 no exame.
produzindo, aquando do aglomerado
de alunos que ali comparecem. O que
se torna bastante incómodo para os
que ali se encontram.
Solicita-se a quem compete a instalação
destes recipientes, que o faça o quanto
antes, proporcionando um espaço
melhor a todos os que habitualmente
ali se reúnem.
Inquéritos de avaliação das cadeiras
São muito úteis e indispensáveis num
estabelecimento de Ensino Público.
O facto de estarem disponíveis no site da
UMa, possibilita que todos tenham acesso
à avaliação do próprio ensino feito nesta
universidade, às horas e dias que mais dão
jeito aos alunos.
esta instituição. Todos sabemos que a
qualidade de um serviço prestado é avaliada
através do grau de satisfação sentida por
quem beneficiou desse serviço, ou seja,
pelos alunos
Se estão na Internet, só não os faz quem
não quer.
funcionamento das cadeiras. Isto, tendo
em conta, que os alunos do Ensino Superior
já têm capacidade de justificadamente
analisarem e classificarem o tipo de ensino
que estão a receber, se tiverem acesso a
toda a informação necessária para tal.
É uma forma de responsabilizar, tanto alunos
como professores, pelo ensino practicado
na UMa.
São mais uma maneira, de se ter em conta
a opinião dos alunos, como utentes
beneficiários de um serviço prestado por
A aplicação destes inquéritos mostra o
interesse que, tanto docentes como
discentes, têm no que diz respeito ao bom
Era preferível que fossem os próprios
professores a distribuí-los e recolhê-los nas
aulas. Pois, desta forma teríamos a certeza
que os teriam em conta.
docente.
os resultados destes inqueritos podem ter.
Os alunos que não frequentam a Internet
ou o site da UMa assiduamente, não tem
qualquer conhecimento sobre a existência
destes inquéritos. A maioria dos professores
não dão essa informação aos alunos, talvez
por também não saberem da sua existência.
Parece que, muitas vezes, o que se pede
não é uma avaliação que muitos docentes
podem considerar vingativa por parte dos
alunos, mas sim uma relação de parceria
entre os dois, que pode ser feita através
deste método, e que só tem em vista a
progressão do ensino.
Nem todos os alunos sabem que estes
estão disponíveis na Internet.
Infelizmente, nem todos os professores os
disponibilizam, quer na sala de aula, quer
na Internet, só nos restando cruzar os braços
e deixar a cadeira correr ao sabor do
Muitos alunos parecem descrentes no
ensino em geral, incluindo no efeito de
desenvolvimento positivo da disciplina que
A Associação Académica da Universidade da Madeira, preparase para a criação da Rádio Universitária, se te interessas por
rádio e queres colaborar, contacta-nos: [email protected]
foi dito
Que irás fazer nas férias de Verão?
Mariana Andrade – CCO
1ºano
Carolina Ferreira – CCO
1ºano
Tenciono ir a Milão porque
a cultura italiana fasciname e além disso é a capital
da moda.
Já planeei as férias. Este ano
vou com um grupo de amigos para Ibiza.
Filomena Ferreira – Gestão
4º ano
Vou aproveitar para descansar, ir à praia e procurar trabalho.
JuIho / Agosto
AAUMa Campeã Nacional da 3ª Divisão Masculina
A equipa de voleibol masculino
venceu, no passado mês de
Junho, o play-off de apuramento
de campeão Nacional da 3ª
Divisão. Depois de ter vencido
a Zona Sul da referida divisão,
a nossa equipa teve que defrontar o vencedor da Zona Norte,
a Associação Académica de
Coimbra. Esta equipa, que partia
para esta final com um registo
100% vitorioso nesta época, era
claramente apontada como favorita. No entanto, dentro de
campo a nossa equipa foi sempre dominadora, triunfando na
1ª mão, disputada em Coimbra,
por esclarecedores 3-0. Apesar
de termos viajado às 6 da
manhã para Lisboa, nos termos
deslocado de seguida de carro
para Coimbra, e do termómetro
registar uma temperatura escaldante de 33ºC, a
determinação e a garra dos nossos jogadores imperou, nunca
se notando qualquer tipo de
cansaço.
Uma semana mais tarde foi a
vez de recebermos em nossa
“casa” a equipa de Coimbra. Era
chegada a hora do tudo ou nada. Com o Pavilhão da Levada
muito bem composto, com uma
claque incansável e com a presença do Magnífico Reitor, Professor Doutor Pedro Telhado
Pereira, do Excelentíssimo ViceReitor, Professor Doutor António
Brehm e do Excelentíssimo PróReitor, Doutor Corrado Andini,
a nossa equipa voltou a mostrar
que esta época, a nível regional
e nacional, não tinha rivais à
altura.
A vitória alcançada no primeiro
set fez despoletar a festa, uma
vez que assegurou em definitivo a conquista do título. Essa
festa fez com que alguma
desconcentração tomasse conta
dos nossos atletas, e deixamos
fugir a vitória no segundo set.
No entanto, esta conquista
merecia uma vitória no jogo e
com o espectacular apoio da
nossa claque, a nossa equipa
venceu o 3º e 4º sets, terminando em beleza uma época a todos os níveis espectacular.
No final, a equipa reitoral presente no Pavilhão congratulou
os jogadores, deixando no ar a
ideia de que esta foi também
uma vitória da Universidade da
Madeira e não apenas da equipa de voleibol masculino. Que
o digam as bandeiras que foram
“destruídas” com a emoção do
Esta foi uma conquista histórica para o Desporto da
Associação Académica, uma vez que se tratou do primeiro
título Nacional alguma vez conquistado pela nossa
Associação a nível federativo.
jogo…
Esta foi uma conquista histórica
para o Desporto da Associação
Académica, uma vez que se
tratou do primeiro título Nacional alguma vez conquistado pela nossa Associação a nível federativo.
Apesar de tudo, o sonho da
subida a uma Divisão com
participação regular a nível nacional ficou adiado, uma vez
que a Federação Portuguesa de
Voleibol reestruturou os seus
quadros competitivos, acabando
com a 3ª Divisão Nacional e
congregando todas as equipas
da 2ª Divisão em quatro zonas
regionais (Açores, Madeira, Sul
e Norte). Assim sendo, na
próxima época a nossa equipa
voltará a competir regionalmente e, caso vença, disputará
uma fase final com os vence-
dores das outras zonas, cujo
vencedor terá acesso à A2, uma
espécie de 2ª Divisão do Voleibol Nacional.
A exemplo desta época, esperamos que a próxima seja recheada de sucessos, engrandecendo o nome da AAUMa e da
Universidade da Madeira a nível
regional e nacional.
Para terminar, fica mais uma
vez um agradecimento aos nossos patrocinadores (Intertours,
Somague- Engenharia Madeira,
Peugeot), às entidades que nos
ajudaram (AVM, AAUMa, CDCRCTT) e aos colaboradores (Idalécio Antunes, Mário Pereira, Tucano, Hugo Melo, Paulo Neves,
Marco Ramos, Sidónio Caíres e
o responsável pelo Departamento Médico da AAUMA, Paulo
Dinis).
De igual forma, porque não é
sempre que se conquista um
título nacional, mais uma vez
os nossos parabéns aos
“heróis”: Nuno Ferreira, Marco
Mesquita, Nuno Cró, Eduardo
Freitas, Filipe Figueira, Miguel
Pereira, Pedro Monteiro, Rui
Sousa, Rui Dias, Fernando Sousa
e Frederico Manso (treinador).
academia
JuIho / Agosto
Viajando até à Tunísia com CCO
Andreia Sousa
De malas ao ombro e um
frenesim crescente, eis que
chegou a altura das Viagens de
Finalistas. Com o curso quase
a terminar, nada mais apelativo
do que juntar todos os colegas
que partilharam anos de
“sofrimento” no seu percurso
académico para rumar à
aventura e ao divertimento.
Chegados a esta altura do ano
lectivo, as viagens já foram
realizadas e os finalistas recémchegados deparam-se com os
exames, aliás, como todos nós…
Por isso, para aliviar os olhos
cansados de calhamaços
maçadores (perdoem-nos os
senhores professores, mas a
esta altura do ano já nada se
nos parece muito engraçado…),
aqui fica este pequeno artigo
para recordar as peripécias das
Viagens. Não tendo o JÁ
conseguido obter informações
sobre viagens realizadas por
outros cursos, vamos
“conhecer” a Tunísia com os
finalistas de Comunicação,
Cultura e Organizações, os
primeiros do curso .
Segundo os próprios, esta
viagem trouxe-lhes a
possibilidade de se deliciar com
o encanto paisagístico deste
país e de contactar com uma
cultura muito diferente da
nossa.
A Tunísia, localizada no
continente africano, é deste o
país mais ocidentalizado, apesar
da sua forte devoção ao
Islamismo. Porém, a ideia de
que os povos orientais são
radicais fundamentalistas,
segundo os nossos visitantes,
ficou deitada por terra. A
simpatia, hospitalidade,
abertura, compreensão e o
respeito com que foram
recebidos ficaram marcados,
dificilmente serão esquecidos
visto que fizeram a viagem
tornar-se um misto de diversão
e de intercâmbio cultural.
Parabéns, C.C.O!
Parabéns a todos os finalistas
de todos os cursos e que o
futuro nunca vos feche
nenhuma porta sem deixar
aberta uma janela…
Novas Regras de Utilização dos cacifos
No próximo ano lectivo, o aluguer dos cacifos estará sob a responsabilidade da AAUMa. Por
isso, pedimos que até ao dia 29 de Julho desocupem e entreguem a chave dos mesmos para
ser possível a sua limpeza.
Todos os cadeados serão substituídos durante o período de férias e os objectos que não forem
retirados pelos seus proprietários serão armazenados apenas por 60 dias.
Endereço de correio electrónico
(nome do aluno)@max.uma.pt
Este pode ser o teu endereço de correio electónico personalizado. Basta, para isso,
enviar uma mensagem para [email protected], solicitando a personalização do referido.
Ex. [email protected].
No dia vinte e cinco de Setembro do corrente, será efectuada uma limpeza nas caixas
de correió electrónico dos alunos. Uma cópia de segurança será efectuada e armazenada
durante um mês.
16 th International Chironomid
Symposium
O CEM (Centro de Estudos da
Macaronésia) da UMa irá realizar
no Funchal, entre os dias 25 e
28 de Julho, o 16 th International
Chironomid Symposium, no
qual participarão 100 delegados
de 25 países, alunos e
licenciados da UMa e técnicos
do Governo Regional. O
principal tema abordado será o
papel dos quironomídeos na
monitorização ecológica dos
recursos hídricos e das
mudanças climatéricas,
havendo inter venções no
âmbito de outras áreas
biológicas e dentro do contexto
do Simpósio. Salientamos que
o Professor Ian Walker,
paleolimnólogo da British
Columbia University, inaugurará
o evento com a palestra
Chironomids: the past, the
present, and our future e que
o livro das comunicações
proferidas no âmbito do
Simpósio será publicado num
suplemento especial do Boletim
do Museu Municipal do Funchal,
sob a forma de Extendem
Abstracts.
decorre no Auditório do Jardim
Municipal, o Festival Raízes do
Atlântico, em que participam
grupos e artistas nacionais e
internacionais, da área da World
Music, junto com os melhores
grupos de música tradicional
madeirense. Pode aceder a
mais informações sobre este
Festival no sítio oficial em
Mais informações em:
www.uma.pt\chiro.symposium
.
Raízes do Atlântico
Relembrando a importância
sócio-económica do Vinho da
Madeira, realiza-se, por altura
das vindimas, mais
concretamente de 1 a 3 de
Setembro, a Festa do Vinho
Entre os dias 21 e 29 de Julho,
Em Setembro
Festa do Vinho da Madeira
Madeira, que procura
reconstituir os velhos hábitos
da população madeirense
desde o início do povoamento
da ilha.
Festival de Colombo
Este evento, dedicado a
Cristóvão Colombo oferece
múltiplos espectáculos aliados
à música e ao teatro, bem como
exposições e desfiles num
ambiente alusivo à época dos
Descobrimentos Portugueses.
Ocorre entre os dias 14 e 16 de
Setembro, na ilha do Porto
Santo.
“Das ilhas, as mais belas e livres”
Ainda há poucos dias um turista, muito simpático por sinal, abordou-me na rua para perguntar o porquê de
estarmos a apoiar duas selecções no Mundial. Fazia-lhe confusão o facto de encontrar em várias casas duas
bandeiras hasteadas. Ri-me, tentei explicar do que se tratava e depois pensei: Será que todos aqueles que
hastearam as bandeiras sabem o porquê?
e o selo branco. O hino só seria
aprovado em 1980.
E nós?! Conhecemos as
insígnias que se tornaram
efectivamente os símbolos da
Autonomia Política da Região
Autónoma da Madeira? O que
sabemos sobre os 30 anos da
Autonomia?
Este ano estamos a comemorar
os trinta anos da Autonomia da
Madeira. É uma data muito
especial para muitos,
principalmente para aqueles
que passaram anos de luta
permanente pelos interesses e
direitos políticos. Com muito
ainda por fazer, é inegável o
desenvolvimento que a Região
alcançou, nomeadamente
quando comparado com o
atraso que ainda se verifica em
algumas localidades do país.
Mas esta autonomia não foi
conseguida de repente. Foi um
longo e complexo processo que
ainda hoje faz falar muita gente.
Fartos da designação de ilhas
adjacentes, havia consciência
plena da importância que a
autonomia assumia para o
arquipélago. Mas foi só com o
processo democrático
decorrente da Revolução de 25
de Abril de 1974 que foi possível
a sua concretização.
Com a autonomia, consagrada
na Constituição de 1976, foi
possível finalmente deixarmos
de ser aquilo que nos
imponham para passarmos a
construir o nosso próprio
caminho.
Em 1976 tomou posse o
Engenheiro Jaime Ornelas
Camacho, o primeiro Presidente
do Governo Regional da
Madeira, sendo sucedido, dois
anos mais tarde, pelo Dr.
Alberto João Jardim.
Somos, há 30 anos, uma Região
Autónoma dotada de estatutos
político-administrativos e de
órgãos de Governo próprio - a
Assembleia Legislativa e o
Governo Regional . As insígnias,
estabelecidas por Decreto
Regional de 12 de Setembro de
1978 são a bandeira, o escudo
1.Em que dia se comemora a
Autonomia da RAM?
2.Quais são os símbolos da
RAM?
3.Quantos Presidentes já
lideraram os destinos da RAM?
Quais?
4.Vamos cantar o Hino…
Sérgio Freitas, Engenharia
Informática, natural de África
do Sul e há 18 anos na Madeira.
1- Não sei.
2- O turismo e as flores.
3- O Alberto João Jardim.
4 -Cantou o Hino da Madeira,
mas com alguns enganos e
hesitação.
Sérgio Catarino, Enfermagem,
natural de Proença-a-Nova e há
2 anos na Madeira.
1-Não sei.
2-A Bandeira e o Hino.
3-Um, o Alberto João Jardim.
4-Já soube mas esqueci. Se
alguém cantar, consigo
acompanhar.
Rodolfo Miranda, Engenharia
Civil, natural da Venezuela e há
10 anos na Madeira.
Susana Freitas, Gestão, natural
do Funchal.
1-Dia 30 de Junho.
2-A Bandeira e o Bailinho.
3-Um, o Alberto João Jardim.
4-Existe um hino da Madeira?
1-Acho que é 1 de Julho.
2-Bandeira e Hino.
3-Acho que foi só o Alberto João
Jardim.
4-Não sei cantar.
Filipa Carvalho, Gestão, natural
do Funchal.
Cátia Fonseca, Engenharia
Informática, natural do Funchal.
1-1 de Junho.
2-A Bandeira.
3-Um, o Alberto João Jardim.
4-Não sei o Hino. Nem um
pouco.
1-Não faço ideia.
2-Não sei.
3-Que eu me lembre, só o
Alberto João Jardim.
4-Não, só o de Portugal.
Roberto Aguiar, Bioquímica,
natural do Funchal.
Carlos Diogo Pereira, Biologia,
natural de Oeiras e há 4 anos
na Madeira.
1-1 de Julho.
2-Hino, Bandeira.
3-Dois, mas o primeiro não me
lembro. O segundo é o Alberto
João Jardim. O primeiro tem o
seu nome numa rua. Acho que
é qualquer coisa…Ornelas
Camacho.
4-Não soube cantar o Hino.
1-Sei que é em Julho, mas não
sei o dia.
2-A Bandeira, o Hino e o Brasão.
3-Penso que só houve o Alberto
João Jardim. Antes só havia
Governadores Civis.
4-Cantou correctamente o Hino
e sabia a autoria da letra.
JuIho / Agosto
21 de Agosto e o Funchal
O dia 21 de Agosto representa muito pouco
para os portugueses, nesse dia, porém, no
ano de 1643 nasceu o infeliz monarca
português Afonso VI de Bragança, que
liderou muitas vitórias contra os espanhóis
durante a Guerra da Restauração, assegurando a independência nacional. Pondo
de parte as estórias reais da História Nacional, o primeiro dia do mês d e Augusto
representa para os funchalenses um dia
especial, pois nele é recordada a elevação
do Funchal à dignidade de Cidade.
A história desta cidade, do vinho e do
açúcar, está intimamente ligada aos descobrimentos gloriosos dos homens do navegador Infante e ao Império Colonial Lusitano. Embora não tenha sido a primeira
povoação da Ilha da Madeira, tornou-se a
mais apetecível, não só pela sua posição
estratégica na parte insular sul, como pelas
excelentes condições de ancoragem do
porto, ainda hoje reconhecidas. A pequena
povoação foi crescendo e ganhando
importância, tendo recebido o primeiro
foral (a condição de Vila) por carta régia
d’el-Rei D. Afonso V, em 1451.
A 21 de Agosto do ano da graça de 1508 a
Vila do Funchal foi elevada a Cidade, por
carta régia d’el-Rei D. Manuel I. Seis anos
mais tarde, no dia 12 de Janeiro de 1514, o
Papa Leão X criou a Diocese do Funchal
através da bula Pro excellenti præeminentia,
tornando seu primeiro bispo D. Diogo Pinheiro, retirando à poderosa Ordem de Cristo
a influência que detinha.
Mas o Funchal não deixara, ainda, a sua
marca na história nacional e mundial. A 31
de Janeiro de 1533 a Santa Sé elevou aquela
simples diocese insular à dignidade
arquidiocesana. No seu tempo a
Arquidiocese do Funchal era a maior e mais
influente
arquidiocese metropolitana em todo o Mundo. Tinha como sufragâneas as Dioceses
do Império Colonial Português (Angra do
Heroísmo), do Brasil, África e Oriente, controlando directamente os assuntos da Igreja
em todas as colónias do Reino de Portugal
e Algarves. Após a morte do primeiro e
único Arcebispo, D. Martinho de Portugal
(que detinha também o título de Primaz),
terminou essa hegemonia religiosa. Com
efeitoa reorganização das dioceses de Portugal, em 1551, extinguiu a arquidiocese
funchalense com apenas 22 anos de
existência, tornando-a novamente uma
diocese sufragâneas da Arquidiocese de
Lisboa (actual Patriarcado de Lisboa).
A tendência turística da Cidade começou
a revelar-se no século XIX. A influência
inglesa, as excelentes condições ambientais
e a beleza das paisagens naturais, tornaram
a bela Funchal num dos paraísos das elites
europeias oitocentistas. Procuravam-se os
ares puros da serra e do mar que curavam
a tuberculose, a cólera e as românticas
maleitas das angústias. Mais tarde, os
germânicos e os britânicos aperceberamse do potencial turístico do Funchal e da
Ilha da Madeira e muitos foram os que
apanharam os vapores com destino à Pérola
do Atlântico. Várias cabeças coroadas visitaram o Funchal, entre eles a Imperatriz
Elisabeth Wittelsbach (Sissi) da ÁustriaHungria, as Imperatrizes do Brasil e mulheres de D. Pedro IV, Leopoldina de
Habsburgo e Amélia Napoleão de Beauharnais, os Reis de Portugal D. Carlos I e D.
Maria Amélia e o último Imperador da
Áustria-Hungria, Carlos I de Habsburgo, que
aqui morreu exilado.
De igual forma, aqui nasceram alguns ilustres da Nação, como os irmãos Henrique
e Francisco Franco de Sousa, eminentes
artistas na pintura e na escultura, respectivamente, e o poeta Edmundo de Bettencourt (homenageado na edição anterior
do J.A.).
Nos nossos dias, a Cidade do Funchal é um
centro cosmopolita com cerca 103 962
habitantes, que se estende por 76 Km2 e
cujo Concelho, embora dividido em 10
freguesias, pouco mais compreende que
a própria Cidade. Economicamente, depende grandemente do turismo, sendo o
principal centro hoteleiro do Arquipélago.
O seu 500º aniversário é motivo de orgulho
para a sua população, e embora só ocorra
no dia 21 de Agosto de 2008, desde o ano
de 2004 que vários eventos são associados
às festividades.
A apenas dois anos do momento em que
a Cidade apagará as 500 velas, o J.A. termina
esta rubrica desejando-lhe outros tantos
milhares de anos.
MAGNÓLIA: Entre
o analógico e o
digital
Com a evolução tecnológica,
na busca de soluções cada vez
mais desenvolvidas, por vezes
acaba por verificar-se uma
inversão de tendências, um
aparentemente paradoxal regresso ao passado.
O mundo da audiofilia não é
estranho a este fenómeno. Se
é inegável que, na busca constante da melhor reprodução
sonora, a indústria da altafidelidade optou decidida e inquestionavelmente, nas décadas finais do século XX, pelo
Compact Disc, o tão conhecido
CD, não é menos menos verdade que, no dealbar do século
XXI, o "velho" disco de vynil, o
não menos reputado LP, que
tantas saudades deixou, está a
realizar um "comeback" digno
de nota.
Os mais acérrimos apreciadores
dos tradicionais pratos giratórios
dotados de agulhas de diamante e dos discos com gravações
analógicas vêem novamente a
ser usado o LP que consegue
reproduzir aquele "je ne sais
quoi" que faz, verdadeiramente,
a diferença em relação ao CD.
Para quem pensa assim, a
"Magnólia, Áudio e Vídeo, Lda."
(Av. Luís de Camões, 17-J, no
Funchal) propõe um sistema de
som, um conjunto verdadeiramente completo e indubitavelmente "highend", capaz de conciliar os CDs e os LPs num
"casamento" harmonioso. É, assim, possível desfrutar em
simultâneo das soluções da tecnologia do "mainstream" e regressar ao charme de outros
tempos, não apenas sustentado
na nostalgia, mas também no
que de mais evoluído é possível
propor, hoje em dia, neste
domínio específico.
Debrucemo-nos, pois, sobre o
gira-discos Roksan Xerxes-20,
uma verdadeira jóia valiosa "en-
gastada" no Phono Stage
Roksan. Trata-se do
resultado de vinte anos de
desenvolvimento, de pesquisa
e de refinamento, na sequência
do Xerxes original, lançado em
1985, que se revelou um dos
mais importantes gira-discos
dos anos 80. As linhas compactas e elegantes do aparelho
traduzem a qualidade da engenharia electrónica que o produziu
e a inequívoca robustez. Este
gira-discos de tracção por correia, com suspensão de três
pontos com isolamento triplo,
é dotado de um sistema de veio
de transmissão de alta precisão
em bronze e aço endurecido.
O prato, por sua vez, é de uma
liga de alumínio em preto anodisado. Para lá da aparência, a
verdadeira natureza do Roksan
Xerxes-20 só se revela através
do som, poderoso e expansivo,
com uma gama média notável,
graves rápidos e profundos e
agudos muito suaves e abertos.
A vivacidade da música é alcançada num palco sonoro
onde os intérpretes se distribuem firmemente, criando
uma entusiasmante sensação
de "evento ao vivo".
Para isto concorrem também as
colunas de som Sonus Faber
Cremona, modelo de referência
no mundo audiófilo, criadas
como um tributo à cidade onde
se desenvolveu o talento da
construção violinística. Arriscamo-nos a dizer que para a
música clássica, a Sonus Faber
é uma marca de colunas excelente, reproduzindo também,
de forma igualmente competente, outros géneros musicais.
As Cremona juntam a alta tecnologia com o design dos instrumentos tradicionais de um modo extraordinário. Capazes
como são de uma reprodução
sonora de nível superior, oferecem ao mesmo tempo uma
aparência belíssima, consubstanciada em dois painéis laterais de madeira curvilínea, evocando os instrumentos de corda
utilizados numa orquestra, aos
quais se juntam o painel frontal
e o da retaguarda. Estas colunas
de três vias, com potência de
50-300 W, e dimensões de 225
× 430 × 1090 mm, pesam 72 kg
o par e são donas de uma magnífica elegância, que pouco fica
a dever às premiadas "irmãs"
Amati Homage. O seu som é
poderoso, dinâmico, quente,
precioso, cheio de frescura, vitalidade e energia.
Não podia faltar, num sistema
que se quer moderno e ecléti-
co, o leitor de CDs, sendo este
o Marantaz SA-11, um produto
novo no mercado e que já colheu as melhores críticas, complementado pelo amplificador
integrado Mcintosh 6900, um
verdadeiro "cavalo de batalha",
capaz de elevar a música (e os
nossos corações) às alturas.
O som do Marantz é absolutamente espantoso, suave como
a melhor seda nas frequências
mais altas, com um incrível controlo de baixos combinado com
uma dinâmica tremenda, oferecendo resultados espantosos
na sua gama de preço, ultrapassando mesmo equipamentos
da concorrência que custam
o dobro. A sua naturalidade e
definição dos instrumentos é
tal que mesmo os mais ferrenhos defensores do analógico
não podem negar o modo
suave e não fatigante como se
processa a presentação musical.
A qualidade de construção não
fica atrás, neste leitor de CD,
SACD, CD-R e CD-RW, dotado de
um transformador toroidal de
grau audiófilo, encerrando num
invólucro de cobre, material que
é também sobejamente utilizado no seu interior, na protecção
de zonas críticas. Quanto ao
Mcintosh 6900, as suas capacidades, potenciadoras da melhor
reprodução musical, já são bem
conhecidas. Capaz duma
potência de 200 W por canal a
2, 4 ou 8 Ohms, é um produto
da mais requintada engenharia
norte-americana, herdeiro de
uma verdadeira tradição de
excelência.
Cada componente dos Mcintosh
é criado com uma capacidade
tão elevada que nunca operará
sequer próximo do seu ponto
de sobrecarga, caracterizandose pois todo o sistema por um
controlo perfeito que se traduz
na obtenção de um palco sonoro cheio de clareza e onde se
perfilam as imagens dinâmicas
com uma perfeição inigualável.
Os famosos potenciómetros
com agulhas oscilantes sobre
um fundo azul são rapidamente
reconhecidos como a imagem
de marca de uma linha de
produtos audiófilos do mais alto
nível. É ouvir para crer.
Por último, os cabos de
interligação Nordost Blue Heaven contribuem de forma discreta mas eficaz para transformar
o ouvinte a alturas verdadeiramente celestiais de musicalidade pura e reprodução irrepreensível do som.
Este é o sistema que qualquer
melómano há-de ambicionar
p o s s u i r, p e l a p e r fe i t a
concatenação de todos os elementos que o constituem. Não
se trata de uma mera sugestão
de junção de componentes: é
uma proposta que resulta de
estudo e experiência no ramo.
Repetimos: é ouvir para crer.
Representante: Magnólia
Contacto: Tel. 291203440
Fax: 291203449
Ficha Técnica
Director
Luís Eduardo Nicolau
Chefe
de
Redacção
Andreia Nascimento
Reportagens
Andreia Sousa, Carlos Diogo
Pereira, Cristina Lourenço, Maurício Barros, Janine Rodrigues,
Sofia Medeiros, Pedro Sepúlveda
Design gráfico e Cartoon:
Ricardo Barbeito
Revisão
Pedro Valente
Sérgio Catarino
Impressão
Grafimadeira
Tiragem:
400 exemplares
Produção e execução
AAUMa, versão online no sítio:
www.uma.pt/aauma
Agradecimento
A equipa do Jornal Académico
agradece a todos aqueles que
colaboraram nesta edição, em
especial, aos entrevistados.

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