Funchal - Associação Académica da UMa
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Funchal - Associação Académica da UMa
Edição IV Edição de Férias 498 estórias... Funchal ...498 razões para celebrar! Associativismo Juvenil A 21 de Agosto do ano da graça de 1508 a Vila do Funchal foi elevada a Cidade, por carta régia d’el-Rei D. Manuel I. Seis anos mais tarde, Infrastruturas da UMa no dia 12 de Janeiro de 1514, o Papa Leão X criou a Diocese do Funchal através da bula Pro excellenti præeminentia, tornando seu primeiro bispo D. Diogo Pinheiro, retirando à poderosa Ordem de Cristo a influência que detinha. Se fosses Reitor(a) de que forma promoverias o desenvolvimento na UMa? “Dar autonomia à Madeira, é construí-la em unidade política e administrativa. (…) É reconhecer que a Madeira pela sua situação geográfica, pela qualidade e número das suas relações com o mundo, pelos usos e costumes do seu povo, pelo grau de desenvolvimento moral, intelectual, agrícola, industrial e comercial, adquiriu uma fisionomia própria e especiaes interesses colectivos próprios, que a individualizam como região e como agregado social.” Manuel Pestana Reis, 1922 AAUMa Campeã Nacional da 3ª Divisão Masculina Ricardo Gonçalves Administrador da Universidade da Madeira N o vo s d e s a f i o s , n o v a s s o l u ç õ e s A Administração Pública é, sem dúvida alguma, um parceiro incontornável de um processo de convergência e modernização da economia portuguesa, sujeita aos propósitos dos compromissos assumidos com a Europa e com a inevitável globalização da economia. Melhorar a eficácia dos ser viços, racionalizando os recursos disponíveis é uma imposição da sociedade civil que, desta forma, coloca enorme pressão sobre os organismos e serviços públicos. Só através da melhoria contínua dos processos de operação, das metodologias de gestão e com o recurso aos modernos Sistemas de Informação, será possível criar mecanismos adequados à prossecução desses objectivos. Como ultrapassar o aparente paradoxo colocado aos organismos públicos para “fazer mais com recursos a menos”? Como responder aos crescentes desafios para o aumento da qualidade dos serviços prestados pela Administração Pública? Os responsáveis pela Administração Pública em Portugal são confrontados no dia-a-dia com questões como estas. À Universidade da Madeira coloca-se, contemporaneamente, um repto inserido neste contexto de desafios às instituições da Administração Pública - a implementação do Plano Oficial de Contabilidade Pública (POCP), que constitui um passo fundamental na reforma da administração financeira e das contas públicas. O seu principal objectivo, é a criação de condições para a integração dos diferentes aspectos – contabilidade orçamental, patrimonial e analítica – numa contabilidade pública moderna, que constitua um instrumento fundamental de apoio à gestão e à sua avaliação. A adopção de um modelo de contabilidade digráfico pela Administração Pública em Portugal iniciou-se em 1995, com a nomeação de um grupo de trabalho, tendo dois anos mais tarde sido publicado o Decreto-Lei n.º 232/97, de 3 de Setembro (Aprovação do POC Pública) e em simultâneo criada a Comissão de Normalização Contabilística da Administração Pública. No caso da Universidade da Madeira, o quadro normativo a aplicar será o do Plano Oficial de Contabilidade, para o Sector da Educação, nos termos da Portaria n.º 794/2000, de 20 de Setembro. A necessidade de consolidação da nformação, numa perspectiva macroeconómica, entre todos os organismos públicos e entre estados, implica necessariamente uma normalização contabilística, alcançável unicamente com a adopção generalizada da metodologia do Plano Oficial de Contabilidade Pública e seus planos sectoriais. Dada a situação actual das finanças públicas e a necessidade de possuirmos informação financeira atempada e credível, com demonstrações contabilísticas que espelhem com qualidade a situação financeira das entidades públicas, acredito pois que estamos no bom caminho e perante um projecto que deve constituir para toda a comunidade académica um objectivo fundamental. Não se limita no entanto o POC Educação, quer pelos objectivos que encerra, quer pelas considerações técnicas que engloba, à mera obrigação de aplicação de um plano de contas uniforme e sistematização de um conjunto de documentos de prestação de contas, assumem particular importância os aspectos organizacionais e de controlo interno, cujo sistema se torna alias obrigatório, de acordo com o referido plano de contas sectorial. Existem no entanto constrangimentos, de onde destaco, a escassez de recursos humanos qualificados nestas áreas e também de recursos financeiros, para que as soluções sejam adoptadas à nossa realidade, sendo estes os principais factores para que este projecto esteja tão aquém dos objectivos pretendidos. Não será uma revolução em termos de contabilidade, não é concerteza uma revolução em termos tecnológicos, mas é uma revolução em termos de gestão, de modelo organizacional e de racionalidade, dos próprios processos envolvidos. A implementação do POC - Educação permitirá e apenas para destacar algumas das suas funcionalidades, o seguinte: Planeamento e preparação do orçamento; Realização da contabilidade orçamental; Realização da contabilidade patrimonial e financeira; Gestão patrimonial; Contabilidade analítica; Gestão e aquisição de bens e serviços; Gestão de existências em armazém; Venda e facturação; Tesouraria; Gestão da manutenção; Informação de gestão e consolidação. Estou certo que todos nós abraçaremos este desafio como mais um passo na sustentação da nossa Universidade e que toda a Comunidade Académica colaborará n a p ro s s e c u ç ã o d e s te i n te re s s e . Lancemos pois, mãos à obra! editorial Vagas. 2º Ciclo de Bolonha O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) já estabeleceu que os cursos que no próximo ano lectivo tenham menos de 20 inscrições no 1º ano não serão financiados, seguindo a orientação adoptada pelo Programa «Um Compromisso com a Ciência para o Futuro de Portugal», onde o MCTES tem como objectivo principal «Vencer o atraso científico e tecnológico». Mais uma vez a situação ultraperiférica da UMa e as suas características particulares são irrelevantes. No futuro a Universidade financiará os cursos que o Ministério não financie? E quanto aos alunos que ingressam e que se deparam com a falta de financiamento? Os alunos aguardam que exista um verdadeiro compromisso com a Educação para vencermos qualquer luta. Sabemos que 1/3 dos Países Europeus não exigirá qualquer tipo de encargo aos estudantes para frequentarem o 2º Ciclo de estudos. No entanto, em 2/3 , os estudantes pagarão propinas. Coloca-se a questão: Será que nos países onde se cobram propinas o número de licenciados é tão reduzido como em Portugal? Na maior parte dos países onde os estudantes pagarão propinas, este valor será idêntico ao valor do 1º Ciclo. A nossa situação continua pouco clara. O Ensino na Europa de A a Z. Grécia A Constituição helénica consagra, no seu artigo 16º, a total gratuitidade e acesso a todos os níveis de ensino, incluindo o Ensino Superior. Este artigo consagra o Ensino Superior, único e exclusivamente público. Hungria Não pagam propinas os alunos que fazem parte da formação financiada pelo Estado. Os alunos que pagam propinas são aqueles que não atingiram a média necessária para entrada no sistema de formação gratuita. As propinas variam entre os 60 e 722 euros. A todos os membros da Comunidade Académica votos de boas férias e um agradecimento especial aos elementos e colaboradores da AAUMa pelo trabalho desenvolvidos nestes 4 meses. Saudações Académicas, Luís Eduardo Nicolau. JuIho / Agosto Conselho da Universidade Ao longo das anteriores edições, o JA teve a iniciativa de tentar elucidar a Comunidade Académica sobre os órgãos imprescindíveis para o funcionamento da UMa e sobre os quais ainda existe algum desconhecimento. Falámos de Órgãos de Governo, como o Senado e o Conselho Administrativo, e de órgãos Científico-Pedagógicos, como o Conselho Pedagógico. Este mês o JA reservou este espaço para dar a conhecer um outro órgão Científico-Pedagógico, o Conselho da Universidade. desenvolvimento, planeamento da Investigação Científica, da prestação de serviços especializados à comunidade e no que se refere aos planos de formação científica do pessoal docente e investigador, o Conselho da Universidade procura primeiramente auscultar o Conselho de Investigação. participação nos órgãos de aconselhamento da Universidade ou das Unidades Orgânicas, terão que ter obrigatoriamente aprovação deste Conselho. É um órgão de extrema importância para o corpo docente, uma vez que é ele quem se pronuncia sobre a existência e as condições de admissão às provas de Doutoramento. No que concerne às políticas pedagógicas, nomeadamente no que diz respeito aos calendários lectivos e épocas de exames, É ainda da sua competência deliberar sobre outro qualquer assunto de carácter científico e/ou pedagógico, desde que os mesmos transcendam o âmbito das competências das Unidades, Centros ou Conselhos de Curso. Todos os assuntos que o Reitor, demais Órgãos de Governo da Universidade ou Comissões Científicas das Unidades coloquem em discussão, terão de ser submetidas à apreciação do Conselho da Universidade. Quanto à frequência de reuniões deste Conselho, não existe qualquer tipo de obrigação ou periodicidade regular. Uma vez que é um órgão de aconselhamento ao Reitor, só se reúne quando por ele é convocado em caso de necessidade ou quando ele assim o entende. Regra geral, antecede as reuniões do Senado e como este se reúne em média uma vez por trimestre, o Conselho da Universidade reúne, no mínimo, também uma vez por trimestre. O Conselho da Universidade poderá ainda ser convocado por pelo menos um terço dos seus elementos, situação que está prevista pelo Código do Procedimento Administrativo. Há pouco tempo atrás, havia um Conselho Científico único, onde tinham assento todos os Professores Doutorados. Com a revisão estatutária ocorrida sob o mandato do então Magnífico Reitor, Professor Doutor José Manuel Castanheira da Costa, este Conselho assumiu o desenho actual, o Conselho da Universidade. O Conselho é constituído pelo Reitor e ViceReitores, por seis Presidentes de Unidades Orgânicas eleitos pelos seus congéneres e por seis professores propostos pelo Reitor, que tenham desempenhado funções de Reitoria ou de Presidência de Órgãos da Universidade. E s te ó rg ã o te m c o m o p ri n c i p a i s competências, definir as linhas gerais orientadoras das políticas a prosseguir na Universidade da Madeira. Não obstante, é essencialmente um órgão consultivo, uma espécie de Senado Romano. No âmbito das políticas em matérias de formas de avaliação e de melhoria do rendimento escolar, este órgão apenas estabelece as linhas gerais de orientação após ouvido o Conselho Pedagógico. Cabe ainda ao Conselho da Universidade emitir o seu parecer sobre a criação, reestruturação e extinção de centros e núcleos de investigação, o que se estende igualmente, no âmbito das suas competências às propostas de criação, suspensão e extinção de cursos e/ou alterações curriculares. É de igual competência deste Conselho, e antes de seremhomologados pelo Reitor, aprovar os regulamentos dos Conselhos de Curso, sendo também uma competência do respectivo órgão dar o seu parecer sobre a re e s t r u t u r a ç ã o e e x t i n ç ã o d e Departamentos e Secções Autónomas. As nomeações de docentes, cuja categoria difira da prevista nos estatutos, para o exercício de cargos de gestão ou A actual arquitectura deste Conselho pode, no entanto, constituir um entrave à acção do próprio Reitor. Isto porque, se os elementos que constituem este órgão não estiverem de acordo com ele, acabam por lhe retirar a liberdade e a iniciativa, deixando de se tratar, na realidade, de um órgão de carácter consultivo. Após consulta atenta aos estatutos da UMa, facilmente identificamos situações incongruentes. Adivinha-se uma reforma estatutária urgente, sendo a base de uma mudança importante nos destinos da UMa. Associativismo Juvenil No passado dia 20 de Abril passou pela Assembleia da República Portuguesa, a proposta de lei do Associativismo Jovem. O primeiro sinal de alteração desta Lei consistiu em tornar comum um conjunto de matérias aplicáveis quer às associações juvenis, quer às associações estudantis, permitindo assim consagrar num único conceito o “Associativismo Jovem”. Para falarmos de associativismo, temos o exemplo belicoso dos estudantes de Coimbra: “Vinham de longe as diligências realizadas pelos estudantes junto da Universidade, no sentido de instalar convenientemente a academia universitária. Ansiavam os estudantes da época por uma sede condigna, onde pudessem receber professores, literatos e homens de ciência. Para tanto, desejavam possuir uma biblioteca, uma sala de conferências, de jogos, etc., mas o seu brado, apesar de justo, não encontrou repetidos ecos para lá da Porta Férrea. Resolveram, então, alguns estudantes da época, agir pelos seus próprios meios, e num grupo deles surgiu uma ideia. Uma luminosa ideia, que tempos depois se transformaria numa realidade para prestígio da Briosa: tomar de assalto o Clube dos Lentes e instalar nas suas salas, a sede da Associação Académica de Coimbra, dando assim realização a uma velha aspiração da Academia”. Consignatária de uma recordação dificilmente equiparável na história das associações estudantis, tanto em Portugal como no resto da Europa, a Associação Académica de Coimbra que, É realmente um grande desafio incentivar ou tentar consciencializar os jovens a associarem-se e a defenderem os direitos de todos. pelos seus 115 anos, é a mais antiga do país, reúne todos os direitos, os interesses e a própria liberdade dos estudantes, que estiveram em causa, amparando solidária e intransigentemente os valores humanistas que a incorpam e os interesses específicos da camada que representa. Actualmente o associativismo jovem, particularmente no meio onde nos inserimos, defronta-se não com uma Ditadura onde não temos voz activa, mas sim com um sistema sempre aberto a mais e melhores participações. A luta pelo processo de adaptação ao espaço europeu do Ensino Superior, o já conhecido Processo de Bolonha e as suas implicações, vão requerer um carácter belicoso dos estudantes em geral. Outras são as realidades às quais os estudantes têm que fazer frente: o financiamento da acção social, a qualidade do ensino, a interminável luta pelo preço da educação, ou seja, propinas, e claro, o papel do estudante na Universidade. São apenas alguns moldes que o associativismo jovem tem que fazer frente. É realmente um grande desafio incentivar ou tentar consciencializar os jovens a associarem-se e a defenderem os direitos de todos. Lutar por uma causa comum com uma voz activa, nos lugares certos. Nos vários órgãos que constituem a universidade existe uma paridade entre professores e estudantes. Porém muitos alunos não assumem a responsabilidade dos seus cargos e, tomadas as decisões, só lhes cabe o silêncio ou a ignorância. De modo a combater essa lacuna, no seio da nossa mui nobre Academia, a Associação Académica vai apresentar uma proposta para promover as eleições dos órgãos da Academia no próximo ano, zelando por uma participação sempre activa nas decisões. Esperamos que a nova lei aprovada no seio da Assembleia da República sobre o associativismo jovem, aquele que nos defendeu no passado, aquele que nos regerá no futuro e que está constantemente no nosso dia – a – dia, apresente disposições gerais que zelem pelos direitos e deveres dos estudantes. JuIho / Agosto Infrastruturas da UMa Maurício Barros Nos últimos tempos os alunos têm vindo a beneficiar de pequenos, mas substanciais, melhoramentos nos serviços que a UMa lhes oferece, entre eles uma nova e maior sala de estudo. Mas que gostariam os alunos de ver mudado, ou pelo menos, melhorado? Se fosses Reitor(a) de que forma promoverias o desenvolvimento na UMa? António Martins - Ciências da Cultura Nélio Gonçalves – Técnico de Informática (UMa) Se fosse Reitor, procurava dar mais condições aos alunos que precisam de usar a Internet. Se fosse Reitor passo a citar as medidas que tomava: "As escolas clássicas devem ser albergues da sabedoria e da arte de pensar, devem provocar inteligência dos alunos, devem dar o rosto ao conhecimento, transmitir a história do conhecimento. Os mestres devem dançar a valsa da educação com as duas pernas livres, desengessadas, eles devem ser contadores de histórias, romper a impessoalidade do conhecimento e cruzar, tanto quanto possível as histórias com os seus alunos. Contar histórias e partilhar experiências existenciais é uma excelente maneira de semear as ideias mais complexas". Um dos problemas com que nos deparamos é normalmente a falta de equipamento disponível e dos espaços para a utilização destes. Uma solução passaria, aquando da mudança do valor da propina para a propina mais alta permitida por lei, na inscrição do aluno na UMa ser-lhe-ia entregue um computador portátil que se amortizaria durante os 4 anos de curso, o aluno estaria a pagar o mesmo com a diferença da propina actual para a mais alta. Resolvíamos o problema da falta de equipamento e da rede, onde ligá-lo, pois toda a gente usaria a wireless. Uma outra medida passaria pelas salas, se estas tivessem fechaduras com cartão magnético o controle do acesso às mesmas seria facilmente realizável Para além das questões referidas pelos alunos, o JA observou outras, desta vez relacionadas com o espaço do Campus Universitário da Penteada. Os recintos que antecedem a entrada da UMA, à partida, talvez não se destinassem a ser um ambiente de convívio, porém o que se constata é que es tas áreas são bas tante frequentadas, tanto por discentes como Carla Andrade – Serviço Social Bárbara Costa - Serviço Social Se fosse Reitora teria maior atenção com os planos de estudo de determinados cursos, como o de Serviço Social, apesar de ser um curso novo, apresenta algumas falhas. Também tinha particular atenção com algumas infra-estruturas que precisam de ser melhoradas, nomeadamente com a biblioteca e a falta de salas de estudo espaços pequenos, para a dimensão do corpo discente. por docentes, embora sejam os primeiros que mais se encontram ali. Nestes recintos convidativos, os alunos reúnem-se antes e depois das aulas para confraternizarem uns com os outros, sobretudo na época de sol. Este jornal, apercebeu-se recentemente que estas áreas não possuem nas suas redondezas nenhum recipiente, para a colocação de eventual lixo que se vai Se fosse Reitora teria mais atenção aos planos dos cursos, p o i s ve r i f i c a m o s m u i t a s discrepâncias entre os planos da Universidade da Madeira com o de outras Universidades nomeadamente o do Serviço Social. Penso que o plano do curso de Serviço Social na nossa Universidade teria que ser revisto e melhorado, com a substituição de algumas cadeiras por outras com mais interesse para a profissão. Quanto às instalações seria benéfico ter uns bancos ao pé da entrada da UMa de forma que proporcionasse aos alunos um melhor aproveitamento daquele espaço. Tentaria também arranjar formas de uma melhor integração dos recém licenciados no mercado de trabalho, de forma a garantir o trabalho desenvolvido ao longo da licenciatura. Rafaela Pascoal- CCO Se eu fosse Reitora, vedava a liberdade total de cada departamento elaborar regras internas evitando assim discrepâncias de direitos entre os departamentos, por haver alguns que dão apenas uma possibilidade de avaliação(exame e 75%de presenças), impedindo a ida ao recurso para alunos com notas inferiores a 7,5 no exame. produzindo, aquando do aglomerado de alunos que ali comparecem. O que se torna bastante incómodo para os que ali se encontram. Solicita-se a quem compete a instalação destes recipientes, que o faça o quanto antes, proporcionando um espaço melhor a todos os que habitualmente ali se reúnem. Inquéritos de avaliação das cadeiras São muito úteis e indispensáveis num estabelecimento de Ensino Público. O facto de estarem disponíveis no site da UMa, possibilita que todos tenham acesso à avaliação do próprio ensino feito nesta universidade, às horas e dias que mais dão jeito aos alunos. esta instituição. Todos sabemos que a qualidade de um serviço prestado é avaliada através do grau de satisfação sentida por quem beneficiou desse serviço, ou seja, pelos alunos Se estão na Internet, só não os faz quem não quer. funcionamento das cadeiras. Isto, tendo em conta, que os alunos do Ensino Superior já têm capacidade de justificadamente analisarem e classificarem o tipo de ensino que estão a receber, se tiverem acesso a toda a informação necessária para tal. É uma forma de responsabilizar, tanto alunos como professores, pelo ensino practicado na UMa. São mais uma maneira, de se ter em conta a opinião dos alunos, como utentes beneficiários de um serviço prestado por A aplicação destes inquéritos mostra o interesse que, tanto docentes como discentes, têm no que diz respeito ao bom Era preferível que fossem os próprios professores a distribuí-los e recolhê-los nas aulas. Pois, desta forma teríamos a certeza que os teriam em conta. docente. os resultados destes inqueritos podem ter. Os alunos que não frequentam a Internet ou o site da UMa assiduamente, não tem qualquer conhecimento sobre a existência destes inquéritos. A maioria dos professores não dão essa informação aos alunos, talvez por também não saberem da sua existência. Parece que, muitas vezes, o que se pede não é uma avaliação que muitos docentes podem considerar vingativa por parte dos alunos, mas sim uma relação de parceria entre os dois, que pode ser feita através deste método, e que só tem em vista a progressão do ensino. Nem todos os alunos sabem que estes estão disponíveis na Internet. Infelizmente, nem todos os professores os disponibilizam, quer na sala de aula, quer na Internet, só nos restando cruzar os braços e deixar a cadeira correr ao sabor do Muitos alunos parecem descrentes no ensino em geral, incluindo no efeito de desenvolvimento positivo da disciplina que A Associação Académica da Universidade da Madeira, preparase para a criação da Rádio Universitária, se te interessas por rádio e queres colaborar, contacta-nos: [email protected] foi dito Que irás fazer nas férias de Verão? Mariana Andrade – CCO 1ºano Carolina Ferreira – CCO 1ºano Tenciono ir a Milão porque a cultura italiana fasciname e além disso é a capital da moda. Já planeei as férias. Este ano vou com um grupo de amigos para Ibiza. Filomena Ferreira – Gestão 4º ano Vou aproveitar para descansar, ir à praia e procurar trabalho. JuIho / Agosto AAUMa Campeã Nacional da 3ª Divisão Masculina A equipa de voleibol masculino venceu, no passado mês de Junho, o play-off de apuramento de campeão Nacional da 3ª Divisão. Depois de ter vencido a Zona Sul da referida divisão, a nossa equipa teve que defrontar o vencedor da Zona Norte, a Associação Académica de Coimbra. Esta equipa, que partia para esta final com um registo 100% vitorioso nesta época, era claramente apontada como favorita. No entanto, dentro de campo a nossa equipa foi sempre dominadora, triunfando na 1ª mão, disputada em Coimbra, por esclarecedores 3-0. Apesar de termos viajado às 6 da manhã para Lisboa, nos termos deslocado de seguida de carro para Coimbra, e do termómetro registar uma temperatura escaldante de 33ºC, a determinação e a garra dos nossos jogadores imperou, nunca se notando qualquer tipo de cansaço. Uma semana mais tarde foi a vez de recebermos em nossa “casa” a equipa de Coimbra. Era chegada a hora do tudo ou nada. Com o Pavilhão da Levada muito bem composto, com uma claque incansável e com a presença do Magnífico Reitor, Professor Doutor Pedro Telhado Pereira, do Excelentíssimo ViceReitor, Professor Doutor António Brehm e do Excelentíssimo PróReitor, Doutor Corrado Andini, a nossa equipa voltou a mostrar que esta época, a nível regional e nacional, não tinha rivais à altura. A vitória alcançada no primeiro set fez despoletar a festa, uma vez que assegurou em definitivo a conquista do título. Essa festa fez com que alguma desconcentração tomasse conta dos nossos atletas, e deixamos fugir a vitória no segundo set. No entanto, esta conquista merecia uma vitória no jogo e com o espectacular apoio da nossa claque, a nossa equipa venceu o 3º e 4º sets, terminando em beleza uma época a todos os níveis espectacular. No final, a equipa reitoral presente no Pavilhão congratulou os jogadores, deixando no ar a ideia de que esta foi também uma vitória da Universidade da Madeira e não apenas da equipa de voleibol masculino. Que o digam as bandeiras que foram “destruídas” com a emoção do Esta foi uma conquista histórica para o Desporto da Associação Académica, uma vez que se tratou do primeiro título Nacional alguma vez conquistado pela nossa Associação a nível federativo. jogo… Esta foi uma conquista histórica para o Desporto da Associação Académica, uma vez que se tratou do primeiro título Nacional alguma vez conquistado pela nossa Associação a nível federativo. Apesar de tudo, o sonho da subida a uma Divisão com participação regular a nível nacional ficou adiado, uma vez que a Federação Portuguesa de Voleibol reestruturou os seus quadros competitivos, acabando com a 3ª Divisão Nacional e congregando todas as equipas da 2ª Divisão em quatro zonas regionais (Açores, Madeira, Sul e Norte). Assim sendo, na próxima época a nossa equipa voltará a competir regionalmente e, caso vença, disputará uma fase final com os vence- dores das outras zonas, cujo vencedor terá acesso à A2, uma espécie de 2ª Divisão do Voleibol Nacional. A exemplo desta época, esperamos que a próxima seja recheada de sucessos, engrandecendo o nome da AAUMa e da Universidade da Madeira a nível regional e nacional. Para terminar, fica mais uma vez um agradecimento aos nossos patrocinadores (Intertours, Somague- Engenharia Madeira, Peugeot), às entidades que nos ajudaram (AVM, AAUMa, CDCRCTT) e aos colaboradores (Idalécio Antunes, Mário Pereira, Tucano, Hugo Melo, Paulo Neves, Marco Ramos, Sidónio Caíres e o responsável pelo Departamento Médico da AAUMA, Paulo Dinis). De igual forma, porque não é sempre que se conquista um título nacional, mais uma vez os nossos parabéns aos “heróis”: Nuno Ferreira, Marco Mesquita, Nuno Cró, Eduardo Freitas, Filipe Figueira, Miguel Pereira, Pedro Monteiro, Rui Sousa, Rui Dias, Fernando Sousa e Frederico Manso (treinador). academia JuIho / Agosto Viajando até à Tunísia com CCO Andreia Sousa De malas ao ombro e um frenesim crescente, eis que chegou a altura das Viagens de Finalistas. Com o curso quase a terminar, nada mais apelativo do que juntar todos os colegas que partilharam anos de “sofrimento” no seu percurso académico para rumar à aventura e ao divertimento. Chegados a esta altura do ano lectivo, as viagens já foram realizadas e os finalistas recémchegados deparam-se com os exames, aliás, como todos nós… Por isso, para aliviar os olhos cansados de calhamaços maçadores (perdoem-nos os senhores professores, mas a esta altura do ano já nada se nos parece muito engraçado…), aqui fica este pequeno artigo para recordar as peripécias das Viagens. Não tendo o JÁ conseguido obter informações sobre viagens realizadas por outros cursos, vamos “conhecer” a Tunísia com os finalistas de Comunicação, Cultura e Organizações, os primeiros do curso . Segundo os próprios, esta viagem trouxe-lhes a possibilidade de se deliciar com o encanto paisagístico deste país e de contactar com uma cultura muito diferente da nossa. A Tunísia, localizada no continente africano, é deste o país mais ocidentalizado, apesar da sua forte devoção ao Islamismo. Porém, a ideia de que os povos orientais são radicais fundamentalistas, segundo os nossos visitantes, ficou deitada por terra. A simpatia, hospitalidade, abertura, compreensão e o respeito com que foram recebidos ficaram marcados, dificilmente serão esquecidos visto que fizeram a viagem tornar-se um misto de diversão e de intercâmbio cultural. Parabéns, C.C.O! Parabéns a todos os finalistas de todos os cursos e que o futuro nunca vos feche nenhuma porta sem deixar aberta uma janela… Novas Regras de Utilização dos cacifos No próximo ano lectivo, o aluguer dos cacifos estará sob a responsabilidade da AAUMa. Por isso, pedimos que até ao dia 29 de Julho desocupem e entreguem a chave dos mesmos para ser possível a sua limpeza. Todos os cadeados serão substituídos durante o período de férias e os objectos que não forem retirados pelos seus proprietários serão armazenados apenas por 60 dias. Endereço de correio electrónico (nome do aluno)@max.uma.pt Este pode ser o teu endereço de correio electónico personalizado. Basta, para isso, enviar uma mensagem para [email protected], solicitando a personalização do referido. Ex. [email protected]. No dia vinte e cinco de Setembro do corrente, será efectuada uma limpeza nas caixas de correió electrónico dos alunos. Uma cópia de segurança será efectuada e armazenada durante um mês. 16 th International Chironomid Symposium O CEM (Centro de Estudos da Macaronésia) da UMa irá realizar no Funchal, entre os dias 25 e 28 de Julho, o 16 th International Chironomid Symposium, no qual participarão 100 delegados de 25 países, alunos e licenciados da UMa e técnicos do Governo Regional. O principal tema abordado será o papel dos quironomídeos na monitorização ecológica dos recursos hídricos e das mudanças climatéricas, havendo inter venções no âmbito de outras áreas biológicas e dentro do contexto do Simpósio. Salientamos que o Professor Ian Walker, paleolimnólogo da British Columbia University, inaugurará o evento com a palestra Chironomids: the past, the present, and our future e que o livro das comunicações proferidas no âmbito do Simpósio será publicado num suplemento especial do Boletim do Museu Municipal do Funchal, sob a forma de Extendem Abstracts. decorre no Auditório do Jardim Municipal, o Festival Raízes do Atlântico, em que participam grupos e artistas nacionais e internacionais, da área da World Music, junto com os melhores grupos de música tradicional madeirense. Pode aceder a mais informações sobre este Festival no sítio oficial em Mais informações em: www.uma.pt\chiro.symposium . Raízes do Atlântico Relembrando a importância sócio-económica do Vinho da Madeira, realiza-se, por altura das vindimas, mais concretamente de 1 a 3 de Setembro, a Festa do Vinho Entre os dias 21 e 29 de Julho, Em Setembro Festa do Vinho da Madeira Madeira, que procura reconstituir os velhos hábitos da população madeirense desde o início do povoamento da ilha. Festival de Colombo Este evento, dedicado a Cristóvão Colombo oferece múltiplos espectáculos aliados à música e ao teatro, bem como exposições e desfiles num ambiente alusivo à época dos Descobrimentos Portugueses. Ocorre entre os dias 14 e 16 de Setembro, na ilha do Porto Santo. “Das ilhas, as mais belas e livres” Ainda há poucos dias um turista, muito simpático por sinal, abordou-me na rua para perguntar o porquê de estarmos a apoiar duas selecções no Mundial. Fazia-lhe confusão o facto de encontrar em várias casas duas bandeiras hasteadas. Ri-me, tentei explicar do que se tratava e depois pensei: Será que todos aqueles que hastearam as bandeiras sabem o porquê? e o selo branco. O hino só seria aprovado em 1980. E nós?! Conhecemos as insígnias que se tornaram efectivamente os símbolos da Autonomia Política da Região Autónoma da Madeira? O que sabemos sobre os 30 anos da Autonomia? Este ano estamos a comemorar os trinta anos da Autonomia da Madeira. É uma data muito especial para muitos, principalmente para aqueles que passaram anos de luta permanente pelos interesses e direitos políticos. Com muito ainda por fazer, é inegável o desenvolvimento que a Região alcançou, nomeadamente quando comparado com o atraso que ainda se verifica em algumas localidades do país. Mas esta autonomia não foi conseguida de repente. Foi um longo e complexo processo que ainda hoje faz falar muita gente. Fartos da designação de ilhas adjacentes, havia consciência plena da importância que a autonomia assumia para o arquipélago. Mas foi só com o processo democrático decorrente da Revolução de 25 de Abril de 1974 que foi possível a sua concretização. Com a autonomia, consagrada na Constituição de 1976, foi possível finalmente deixarmos de ser aquilo que nos imponham para passarmos a construir o nosso próprio caminho. Em 1976 tomou posse o Engenheiro Jaime Ornelas Camacho, o primeiro Presidente do Governo Regional da Madeira, sendo sucedido, dois anos mais tarde, pelo Dr. Alberto João Jardim. Somos, há 30 anos, uma Região Autónoma dotada de estatutos político-administrativos e de órgãos de Governo próprio - a Assembleia Legislativa e o Governo Regional . As insígnias, estabelecidas por Decreto Regional de 12 de Setembro de 1978 são a bandeira, o escudo 1.Em que dia se comemora a Autonomia da RAM? 2.Quais são os símbolos da RAM? 3.Quantos Presidentes já lideraram os destinos da RAM? Quais? 4.Vamos cantar o Hino… Sérgio Freitas, Engenharia Informática, natural de África do Sul e há 18 anos na Madeira. 1- Não sei. 2- O turismo e as flores. 3- O Alberto João Jardim. 4 -Cantou o Hino da Madeira, mas com alguns enganos e hesitação. Sérgio Catarino, Enfermagem, natural de Proença-a-Nova e há 2 anos na Madeira. 1-Não sei. 2-A Bandeira e o Hino. 3-Um, o Alberto João Jardim. 4-Já soube mas esqueci. Se alguém cantar, consigo acompanhar. Rodolfo Miranda, Engenharia Civil, natural da Venezuela e há 10 anos na Madeira. Susana Freitas, Gestão, natural do Funchal. 1-Dia 30 de Junho. 2-A Bandeira e o Bailinho. 3-Um, o Alberto João Jardim. 4-Existe um hino da Madeira? 1-Acho que é 1 de Julho. 2-Bandeira e Hino. 3-Acho que foi só o Alberto João Jardim. 4-Não sei cantar. Filipa Carvalho, Gestão, natural do Funchal. Cátia Fonseca, Engenharia Informática, natural do Funchal. 1-1 de Junho. 2-A Bandeira. 3-Um, o Alberto João Jardim. 4-Não sei o Hino. Nem um pouco. 1-Não faço ideia. 2-Não sei. 3-Que eu me lembre, só o Alberto João Jardim. 4-Não, só o de Portugal. Roberto Aguiar, Bioquímica, natural do Funchal. Carlos Diogo Pereira, Biologia, natural de Oeiras e há 4 anos na Madeira. 1-1 de Julho. 2-Hino, Bandeira. 3-Dois, mas o primeiro não me lembro. O segundo é o Alberto João Jardim. O primeiro tem o seu nome numa rua. Acho que é qualquer coisa…Ornelas Camacho. 4-Não soube cantar o Hino. 1-Sei que é em Julho, mas não sei o dia. 2-A Bandeira, o Hino e o Brasão. 3-Penso que só houve o Alberto João Jardim. Antes só havia Governadores Civis. 4-Cantou correctamente o Hino e sabia a autoria da letra. JuIho / Agosto 21 de Agosto e o Funchal O dia 21 de Agosto representa muito pouco para os portugueses, nesse dia, porém, no ano de 1643 nasceu o infeliz monarca português Afonso VI de Bragança, que liderou muitas vitórias contra os espanhóis durante a Guerra da Restauração, assegurando a independência nacional. Pondo de parte as estórias reais da História Nacional, o primeiro dia do mês d e Augusto representa para os funchalenses um dia especial, pois nele é recordada a elevação do Funchal à dignidade de Cidade. A história desta cidade, do vinho e do açúcar, está intimamente ligada aos descobrimentos gloriosos dos homens do navegador Infante e ao Império Colonial Lusitano. Embora não tenha sido a primeira povoação da Ilha da Madeira, tornou-se a mais apetecível, não só pela sua posição estratégica na parte insular sul, como pelas excelentes condições de ancoragem do porto, ainda hoje reconhecidas. A pequena povoação foi crescendo e ganhando importância, tendo recebido o primeiro foral (a condição de Vila) por carta régia d’el-Rei D. Afonso V, em 1451. A 21 de Agosto do ano da graça de 1508 a Vila do Funchal foi elevada a Cidade, por carta régia d’el-Rei D. Manuel I. Seis anos mais tarde, no dia 12 de Janeiro de 1514, o Papa Leão X criou a Diocese do Funchal através da bula Pro excellenti præeminentia, tornando seu primeiro bispo D. Diogo Pinheiro, retirando à poderosa Ordem de Cristo a influência que detinha. Mas o Funchal não deixara, ainda, a sua marca na história nacional e mundial. A 31 de Janeiro de 1533 a Santa Sé elevou aquela simples diocese insular à dignidade arquidiocesana. No seu tempo a Arquidiocese do Funchal era a maior e mais influente arquidiocese metropolitana em todo o Mundo. Tinha como sufragâneas as Dioceses do Império Colonial Português (Angra do Heroísmo), do Brasil, África e Oriente, controlando directamente os assuntos da Igreja em todas as colónias do Reino de Portugal e Algarves. Após a morte do primeiro e único Arcebispo, D. Martinho de Portugal (que detinha também o título de Primaz), terminou essa hegemonia religiosa. Com efeitoa reorganização das dioceses de Portugal, em 1551, extinguiu a arquidiocese funchalense com apenas 22 anos de existência, tornando-a novamente uma diocese sufragâneas da Arquidiocese de Lisboa (actual Patriarcado de Lisboa). A tendência turística da Cidade começou a revelar-se no século XIX. A influência inglesa, as excelentes condições ambientais e a beleza das paisagens naturais, tornaram a bela Funchal num dos paraísos das elites europeias oitocentistas. Procuravam-se os ares puros da serra e do mar que curavam a tuberculose, a cólera e as românticas maleitas das angústias. Mais tarde, os germânicos e os britânicos aperceberamse do potencial turístico do Funchal e da Ilha da Madeira e muitos foram os que apanharam os vapores com destino à Pérola do Atlântico. Várias cabeças coroadas visitaram o Funchal, entre eles a Imperatriz Elisabeth Wittelsbach (Sissi) da ÁustriaHungria, as Imperatrizes do Brasil e mulheres de D. Pedro IV, Leopoldina de Habsburgo e Amélia Napoleão de Beauharnais, os Reis de Portugal D. Carlos I e D. Maria Amélia e o último Imperador da Áustria-Hungria, Carlos I de Habsburgo, que aqui morreu exilado. De igual forma, aqui nasceram alguns ilustres da Nação, como os irmãos Henrique e Francisco Franco de Sousa, eminentes artistas na pintura e na escultura, respectivamente, e o poeta Edmundo de Bettencourt (homenageado na edição anterior do J.A.). Nos nossos dias, a Cidade do Funchal é um centro cosmopolita com cerca 103 962 habitantes, que se estende por 76 Km2 e cujo Concelho, embora dividido em 10 freguesias, pouco mais compreende que a própria Cidade. Economicamente, depende grandemente do turismo, sendo o principal centro hoteleiro do Arquipélago. O seu 500º aniversário é motivo de orgulho para a sua população, e embora só ocorra no dia 21 de Agosto de 2008, desde o ano de 2004 que vários eventos são associados às festividades. A apenas dois anos do momento em que a Cidade apagará as 500 velas, o J.A. termina esta rubrica desejando-lhe outros tantos milhares de anos. MAGNÓLIA: Entre o analógico e o digital Com a evolução tecnológica, na busca de soluções cada vez mais desenvolvidas, por vezes acaba por verificar-se uma inversão de tendências, um aparentemente paradoxal regresso ao passado. O mundo da audiofilia não é estranho a este fenómeno. Se é inegável que, na busca constante da melhor reprodução sonora, a indústria da altafidelidade optou decidida e inquestionavelmente, nas décadas finais do século XX, pelo Compact Disc, o tão conhecido CD, não é menos menos verdade que, no dealbar do século XXI, o "velho" disco de vynil, o não menos reputado LP, que tantas saudades deixou, está a realizar um "comeback" digno de nota. Os mais acérrimos apreciadores dos tradicionais pratos giratórios dotados de agulhas de diamante e dos discos com gravações analógicas vêem novamente a ser usado o LP que consegue reproduzir aquele "je ne sais quoi" que faz, verdadeiramente, a diferença em relação ao CD. Para quem pensa assim, a "Magnólia, Áudio e Vídeo, Lda." (Av. Luís de Camões, 17-J, no Funchal) propõe um sistema de som, um conjunto verdadeiramente completo e indubitavelmente "highend", capaz de conciliar os CDs e os LPs num "casamento" harmonioso. É, assim, possível desfrutar em simultâneo das soluções da tecnologia do "mainstream" e regressar ao charme de outros tempos, não apenas sustentado na nostalgia, mas também no que de mais evoluído é possível propor, hoje em dia, neste domínio específico. Debrucemo-nos, pois, sobre o gira-discos Roksan Xerxes-20, uma verdadeira jóia valiosa "en- gastada" no Phono Stage Roksan. Trata-se do resultado de vinte anos de desenvolvimento, de pesquisa e de refinamento, na sequência do Xerxes original, lançado em 1985, que se revelou um dos mais importantes gira-discos dos anos 80. As linhas compactas e elegantes do aparelho traduzem a qualidade da engenharia electrónica que o produziu e a inequívoca robustez. Este gira-discos de tracção por correia, com suspensão de três pontos com isolamento triplo, é dotado de um sistema de veio de transmissão de alta precisão em bronze e aço endurecido. O prato, por sua vez, é de uma liga de alumínio em preto anodisado. Para lá da aparência, a verdadeira natureza do Roksan Xerxes-20 só se revela através do som, poderoso e expansivo, com uma gama média notável, graves rápidos e profundos e agudos muito suaves e abertos. A vivacidade da música é alcançada num palco sonoro onde os intérpretes se distribuem firmemente, criando uma entusiasmante sensação de "evento ao vivo". Para isto concorrem também as colunas de som Sonus Faber Cremona, modelo de referência no mundo audiófilo, criadas como um tributo à cidade onde se desenvolveu o talento da construção violinística. Arriscamo-nos a dizer que para a música clássica, a Sonus Faber é uma marca de colunas excelente, reproduzindo também, de forma igualmente competente, outros géneros musicais. As Cremona juntam a alta tecnologia com o design dos instrumentos tradicionais de um modo extraordinário. Capazes como são de uma reprodução sonora de nível superior, oferecem ao mesmo tempo uma aparência belíssima, consubstanciada em dois painéis laterais de madeira curvilínea, evocando os instrumentos de corda utilizados numa orquestra, aos quais se juntam o painel frontal e o da retaguarda. Estas colunas de três vias, com potência de 50-300 W, e dimensões de 225 × 430 × 1090 mm, pesam 72 kg o par e são donas de uma magnífica elegância, que pouco fica a dever às premiadas "irmãs" Amati Homage. O seu som é poderoso, dinâmico, quente, precioso, cheio de frescura, vitalidade e energia. Não podia faltar, num sistema que se quer moderno e ecléti- co, o leitor de CDs, sendo este o Marantaz SA-11, um produto novo no mercado e que já colheu as melhores críticas, complementado pelo amplificador integrado Mcintosh 6900, um verdadeiro "cavalo de batalha", capaz de elevar a música (e os nossos corações) às alturas. O som do Marantz é absolutamente espantoso, suave como a melhor seda nas frequências mais altas, com um incrível controlo de baixos combinado com uma dinâmica tremenda, oferecendo resultados espantosos na sua gama de preço, ultrapassando mesmo equipamentos da concorrência que custam o dobro. A sua naturalidade e definição dos instrumentos é tal que mesmo os mais ferrenhos defensores do analógico não podem negar o modo suave e não fatigante como se processa a presentação musical. A qualidade de construção não fica atrás, neste leitor de CD, SACD, CD-R e CD-RW, dotado de um transformador toroidal de grau audiófilo, encerrando num invólucro de cobre, material que é também sobejamente utilizado no seu interior, na protecção de zonas críticas. Quanto ao Mcintosh 6900, as suas capacidades, potenciadoras da melhor reprodução musical, já são bem conhecidas. Capaz duma potência de 200 W por canal a 2, 4 ou 8 Ohms, é um produto da mais requintada engenharia norte-americana, herdeiro de uma verdadeira tradição de excelência. Cada componente dos Mcintosh é criado com uma capacidade tão elevada que nunca operará sequer próximo do seu ponto de sobrecarga, caracterizandose pois todo o sistema por um controlo perfeito que se traduz na obtenção de um palco sonoro cheio de clareza e onde se perfilam as imagens dinâmicas com uma perfeição inigualável. Os famosos potenciómetros com agulhas oscilantes sobre um fundo azul são rapidamente reconhecidos como a imagem de marca de uma linha de produtos audiófilos do mais alto nível. É ouvir para crer. Por último, os cabos de interligação Nordost Blue Heaven contribuem de forma discreta mas eficaz para transformar o ouvinte a alturas verdadeiramente celestiais de musicalidade pura e reprodução irrepreensível do som. Este é o sistema que qualquer melómano há-de ambicionar p o s s u i r, p e l a p e r fe i t a concatenação de todos os elementos que o constituem. Não se trata de uma mera sugestão de junção de componentes: é uma proposta que resulta de estudo e experiência no ramo. Repetimos: é ouvir para crer. Representante: Magnólia Contacto: Tel. 291203440 Fax: 291203449 Ficha Técnica Director Luís Eduardo Nicolau Chefe de Redacção Andreia Nascimento Reportagens Andreia Sousa, Carlos Diogo Pereira, Cristina Lourenço, Maurício Barros, Janine Rodrigues, Sofia Medeiros, Pedro Sepúlveda Design gráfico e Cartoon: Ricardo Barbeito Revisão Pedro Valente Sérgio Catarino Impressão Grafimadeira Tiragem: 400 exemplares Produção e execução AAUMa, versão online no sítio: www.uma.pt/aauma Agradecimento A equipa do Jornal Académico agradece a todos aqueles que colaboraram nesta edição, em especial, aos entrevistados.
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