Feira de Arte e Antiguidades de Lisboa 2013

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Feira de Arte e Antiguidades de Lisboa 2013
LIVRARIA CASTRO E SILVA
LIVROS ANTIGOS – RARE BOOKS
Rua do Norte, 44 • 1200-286 Lisboa • PORTUGAL
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CATÁLOGO DE LIVROS A APRESENTAR NA
Feira de Arte e Antiguidades
de Lisboa 2013
Cordoaria Nacional
14 a 21 de Abril
Stand nº 30
http://www.castroesilva.com/ • [email protected]
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1.
ABRANCHES. (Joaquim Cândido) ALBUM MICHAELENSE. Por… Typographia de Manoel Corrêa Botelho. Ponta
Delgada. 1869. De 25x17 cm. Com xiv-138 pags. Encadernação recente com lombada em pele. Ilustrado um mapa geográfico
da Ilha de S. Miguel e 35 estampas (sendo 1 desdobrável com a vista do porto e da cidade de Ponta Delgada) desenhadas por
Abranches, e litografado por Serrano, na Litografia Lopes de N. Sra. dos Mártires, em Lisboa. Exemplar com manchas de
oxidação próprias do papel. Obra contendo grande número de quadros no texto com dados sobre os transportes, o comércio, e
as contas públicas. Inocêncio XII, 30: “Joaquim Candido Abranches, parece que de profissão ourives, por muitos annos
residente na ilha de S. Miguel. Publicou: Album michaelense. Ponta Delgada, na typ. de Manuel Correia Botelho, 1869. 8.º gr.
de XIV 138 pag., com 35 estampas lithographadas de vistas de monumentos, paizagens e logares notaveis da ilha”.
€700
2.
ABRUZZES. (S. A. R. le Duc des) EXPÉDITION DE L’ÉTOILE POLAIRE DANS LA MER ARTIQUE 1899-1900.
Traduit et résumé par M. Henry Prior. Librairie Hachette et Cª. Paris. 1904. De 25x17 cm. Com 287 pags. Encadernação da
época com ferros a ouro na lombada e cantos em pele. Obra impressa sobre papel couché e profusamente ilustrada no texto
com: retrato do autor (em anterrosto) e fotografias dos membros da expedição (intercaladas no texto) esboços dos
equipamentos mapas do Ártico com rota da viagem recolha fotográfica de cada momento da expedição croquis do interior e do
exterior do navio e a da sua nomenclatura panoramas dos acampamentos e dos seus equipamentos metereológicos, fotografias
de grupo no exterior e no interior das tendas e das cabanas de inverno, mostrando a arrumação dos materiais e os habitáculos
da tripulação. Obra com o relato de S. A. R. Luís Amadeu de Sabóia, Duque de Abruzzes, que comandou da primeira
expedição italiana ao ártico atingindo a latitude de 86º34' N. A expedição foi organizada com rigor militar, importantes meios
científicos e utilizando trenós de cães. O navio L'Étoile Polaire permaneceu encalhado durante todo um inverno e sujeito às
pressões dos gelos. Depois de um longo calvário - e de perdas entre a tripulação - o navio libertou-se dos gelos no Verão e
voltou para Itália. Segundo Jean Malaurie foi a primeira vez que o povo italiano 'acantonado' em Itália deste o tempo de Roma
antiga empreendeu uma expedição que lhe conferiu o reconhecimento a uma identidade nacional e internacional. Apesar de
pouco divulgado o feito do Duque de Abruzzes fez dele um herói incontestável da conquista polar.
€300
3.
AGOSTINHO, Fr. Francisco de. PHILIPPICA PORTVGVESA, CONTRA LA INVECTIVA CASTELLANA. AL REY
NUESTRO SEÑOR DON IVAN EL IV. POR EL P. M. FR. FRANCISCO DE S. AGVSTIN de la Prouincia de S. Antonio.
Año de 1645. EN LISBOA. Por Antonio Alvarez Impressor del Rey. In fólio de 25,7x17,5 cm. com [xiv], 287 pags.
Encadernação da época inteira de pele. Exemplar um pouco aparado à cabeça. Inocêncio II, 322. “FR. FRANCISCO DE
SANCTO AGOSTINHO DE MACEDO, natural, não da cidade de Coimbra, como este diz, mas do logar e freguezia de Botão,
que fica duas leguas distante. N. em 1596. Professou primeiramente o instituto jesuitico, entrando na Companhia aos 14 annos;
passou depois em 1642 para a Ordem franciscana e provincia de Sancto Antonio dos Capuchos; e d'esta no anno de 1645 para
a da Observancia, chamada de Portugal, cujo habito conservou até o fim da vida. - Elrei D. João IV o empregou
successivamente nas embaixadas mandadas a França, Roma e Inglaterra, no intento de ser por estas potencial reconhecido
como legitimo rei de Portugal. Foi muito acceito ao papa Alexandre VII, que o nomeou Mestre de Controversia no collegio de
Propaganda Fide, Lente da Historia Ecclesiastica na Sapiencia de Roma, etc.; mas perdeu depois a graça do pontifice, por não
condescender com elle na emenda de uma palavra, que o mesmo queria riscada no epitaphio, que Macedo fizera por sua ordem
para o mausoleu de um seu domestico! Passou então para Veneza, onde no anno de 1658 defendeu por tres dias as mui faladas
conclusões de Omni scibili, e depois no de 1667 outras, ainda mais famosas, que duraram por oito dias, intituladas Leonis
Sancti Marci rugitus litterarii. A Republica lhe conferiu as honras de cidadão veneziano, mandando collocar o seu retrato na
bibliotheca de S. Marcos, e lhe deu a cadeira de Philosophia moral na Universidade de Padua, que regeu desde 18 de
Dezembro de 1667 até á sua morte, occorrida no 1.° dc Março de 1681. Philippica portuguesa contra la invectiva castelhana.
Lisboa, por Antonio Alvares 1645. fol de XXIV 297 pag. Como escresveu este livro contra Filippe IV de Castella, quiz imitar
Demosthenes, que intitulou Philippicas as suas eloquentes invectivas contra Philippe, rei de Macedonia. “
€1.200
4.
AGUIAR. (Armando de) O MUNDO QUE OS PORTUGUESES CRIARAM. 2ª Edição. Direcção gráfica de Alfredo
Calderon Dinis. Desenhos de Fernando Cruz, Luís Osório e José Figueiredo Sobral. Edição da Empresa Nacional de
Publicidade. Lisboa. 1954. De 30x24 cm. Com 647 pags. Encadernação editorial em percalina com ferros decorativos a ouro
na lombada e em super-libris. Profusamente ilustrado no texto e em extra-textos de colagem. Obra com revisão histórica de
Caetano Beirão e uma recolha de imagens e informações sobre locais, sobre pessoas; e sobre comunidades que permanecem
como testemunhos e vestígios da diáspora portuguesa.
€120
5.
ALBUM DE ESTATISTICA GRAPHICA DOS CAMINHOS DE FERRO DO ULTRAMAR. 1903. 3ª Repartição da
Direcção Geral do Ultramar. Ministério da Marinha e Ultramar. Typographia da «A Editora». Lisboa. 1905. De 38x27 cm.
Com xi páginas e 28 fólios inumerados. Encadernação do editor em cartonado com a lombada em tela. Exemplar com ex-libris
oleográficos na pasta anterior e na folha de rosto. Contém um atlas dos caminhos de ferros portugueses e das potências
coloniais contíguas aos seus territórios com mapas litografados a cores em dupla página. Ilustrado com mapas geográficos
representando toda a topografia das províncias atravessadas pelos caminhos-de-ferro coloniais, respectivamente: de Mormugão
até à fronteira inglesa; de Lourenço Marques até à fronteira do Transval; e de Luanda a Ambaca. A extensão total dos
caminhos destes caminhos-de-ferro em 1903: Mormugão 82 km; Lourenço Marques 89 km; Luanda a Ambaca 364 km; e Beira
a Menini 330 km.
€120
6.
ALBUQUERQUE, Jerónimo de. MEMORIAS PARA A HISTORIA DA CAPITANIA DO MARANHÃO. Jornada do
Maranhão por ordem de S. Magestade feita [por Jerónimo de Albuquerque] o anno de 1614. [Publicada in]
COLLECÇÃO DE NOTÍCIAS PARA A HISTORIA E GEOGRAFIA DAS NAÇÕES ULTRAMARINAS, QUE VIVEM
NOS DOMINIOS PORTUGUEZES, OU LHES SÃO VISINHAS: PUBLICADA PELA ACADEMIA REAL DAS
SCIENCIAS. TOMO I. Num.ro IIII. LISBOA. NA TIPOGRAFIA ACADEMIA REAL DAS SCIENCIAS. 1812. In 8.º (de
21x15 cm) com vii-118 pags. Brochado. Exemplar por abrir. Conjunto de memórias que transcrevem manuscritos, documentos
e artigos sobre o Brasil.
€300
7.
ALDROVANDI, Ulissi. [ORNITOLOGIA] VLYSSIS ALDROVANDI PHILOSOPHI AC MEDICI BONONIENSIS.
Historiam Naturalem in Gymnasio Bononiensi Profitentis, ORNITHOLOGIAE HOC EST DE AVIBVS HISTORIAE
LIBRI XII. AD CLEMENTEM VIII. PONT. OPT. MAX. CVM Indice Septendecim Lingvarvm copiosissimo. BONONIAE.
Apud Franciscum de Franciscis Senensem. CIC. IC. XCIC. [1599]. Svperiorvm Permissv. [Colofón]: BONONIAE Apud Io:
Baptistam Bellagambam. 1599. In fólio (37x27 cm) com [xviii], 893, [lv] pags. Encadernação da época em pergaminho rígido
com título manuscrito na lombada. Restauro recente com atilhos e guardas novas. Ilustrado com magnifico frontispício com
retrato do autor; portada decorativa; e profusamente ilustrado com xilogravuras no texto e em extra-texto com gravuras de aves
de todos os continentes, ilhas e terras descobertas. Na categoria de aves encontram-se os morcegos, segundo a classificação da
época. As aves são apresentados no ciclo de predação devorando outras aves. Apresentam-se gravuras com a anatomia externa
e interna dos orgãos das aves. A obra tem como subtítulo a História das Aves e estas são apresentadas na sua relação material e
simbólica com as diferentes sociedades humanas conhecidas, por exemplo, a sociedade quinhentista com os seus elementos
heráldicos adoptados no continente europeu; na antiguidade com a representação dos avatares divinos do Egipto; na América
com os toucados e o vestuário dos ameríndios; etc. Ulisse Aldrovandi (1522-1605) foi um naturalista italiano. Lineu e Buffon
consideraram-no o pai da História Natural.R« Referido na literatura mais antiga como Aldrovandus, o seu nome em italiano é
igualmente dado como Aldroandi. Formou-se em medicina e filosofia em 1553 e em lógica e filosofia em 1554 na
Universidade de Bolonha. Em 1559 tornou-se professor de filosofia e em 1561 o primeiro professor de ciências naturais em
Bolonha. Este 'teatro' de História Natural continha cerca de 7.000 exemplares dos quais ele escreveu uma descrição em 1595.
Entre 1551 e 1554 organizou várias expedições para um herbário: as primeiras expedições botânicas. Possivelmente o seu
herbário continha cerca de 4760 exemplares em 4117 fólios de 16 volumes, conservados na Universidade de Bolonha. Tinha
vários artistas, incluindo Jacopo Ligozzi, Giovanni Neri, e Cornelio Schwindt, fazendo ilustrações de espécimes. A seu pedido
e sob a sua direcção foi criado em Bolonha, em 1568, o Jardim Botânico, agora a Orto Botanico dell'Universita di Bologna.
Legou a suas vastas colecções de botânica e zoologia, ao Senado de Bolonha. Até 1742 as colecções foram conservadas no
Palazzo Pubblico, em seguida, no Palazzo Poggi, e foram distribuídos entre várias bibliotecas e instituições no decorrer do
século XIX. Em 1907, uma parte representativa foi reunida no Palazzo Poggi, em Bolonha.
Binding: Remake of the
contemporary hard parchment, with title written at spine; new endpapers; old dampstains. Profusely illustrated with woodcut
prints of birds from places discovered on Earth. In the scientific category of birds bats are included all together. The birds are
presented in the cycle of predation devouring other birds. The work displays engravings with the external and internal anatomy
of birds. The book is subtitled History of Birds and these are presented in their material and symbolic relationship with the
different known human societies, for example: the 16th European society with its heraldic elements; in the antiquity with the
representation of the divine avatars in Egypt; in America with headdresses and clothing of the Amerindians; etc. Ulisse
Aldrovandi (1522-1605) was an Italian naturalist, Linnaeus and Buffon reckoned him the father of natural history studies. He
is usually referred to, especially in older literature, as Aldrovandus; his name in Italian is equally given as Aldroandi. He
obtained a degree in medicine and philosophy in 1553 and started teaching logic and philosophy in 1554 at the University of
Bologna. In 1559 he became professor of philosophy and in 1561 he became the first professor of natural sciences at Bologna.
In the course of his life he would assemble one of the most spectacular cabinets of curiosities. This 'theatre' natural history
comprised some 7000 specimens of the diversità di cose naturali, of which he wrote a description in 1595. Between 1551 and
1554 he organized several expeditions to collect plants for a herbarium, the first botanic expeditions. Eventually his herbarium
contained about 4760 dried specimens on 4117 sheets in sixteen volumes, preserved at the University of Bologna. He also had
various artists, including Jacopo Ligozzi, Giovanni Neri, and Cornelio Schwindt, making illustrations of specimens. At his
demand and under his direction a public botanic garden was created in Bologna in 1568, now the Orto Botanico dell'Università
di Bologna. His vast collections in botany and zoology he willed to the Senate of Bologna. Until 1742 the collections were
conserved in the Palazzo Pubblico, then in the Palazzo Poggi, but were distributed among various libraries and institutions in
the course of the nineteenth century. In 1907 a representative part were reunited at Palazzo Poggi, Bologna.
€6.000
8.
ALMANACH DÉDIÉ AUX DAMES pour l’An 1826. À Paris chez Le Fuel, Lib edi. Et Delaunay, Palais Royal. Junto com:
SOUVENIR. À Paris. Chez Le Fuel, Libraire Éditeur. S/d [1826]. In 12.º de 12x7,5 cm. Com 152, [7] pags. Encadernação da
época com acabamento em tecido de seda estampado com desenhos neoclássicos coloridos. Corte dourado por folhas. Ilustrado
com estampas finamente abertas em chapa de metal, reproduzindo pinturas mitológicas; e um caderno de Souvenir com 12
estampas femininas representando os meses do ano e a restante página em branco destinada a apontamentos.
€300
9.
ALMEIDA DO AMARAL. (C. M.) CATÁLOGO DESCRITIVO DAS MOEDAS PORTUGUESAS. Museu
Numismático Português. Imprensa Nacional – Casa da Moeda. Lisboa. 1977. Obra em 3 volumes. De 27x22 cm. Com 646,
870 e 654 pags. Encadernações editoriais em percalina azul com ferros a ouro nas lombadas e nos super-libris das pastas
anteriores. Profusamente ilustrado. Contém as fichas museológicas descritivas das moedas (com a suas fotogravuras frente e
verso) estando organizadas por secções de acordo com o critério em que se encontravam expostas nas vitrinas do antigo Museu
Numismático da Casa da Moeda, encontrando-se hoje este acervo em depósito nos cofres do Banco de Portugal.
€150
10. ALMEIDA E ARAUJO. (Francisco Duarte de) CHRONICA DA RAINHA A SENHORA D. MARIA SEGUNDA.
Comprehendendo os documentos do seu reinado de direito e de facto desde 2 de Maio de 1826 até 15 de Novembro de 1853.
Por… Editor António José Fernandes Lopes. Typographia de A. J. F. Lopes. Lisboa. 1857, 1859 e 1861. Obra em 3 volumes.
De 27x20 cm. Com 429, 444 e 436 pags. Encadernações com lombadas em pele, ferros a ouro nos por nervos e rótulos.
Inocêncio IX, 284: “Francisco Duarte de Almeida e Araujo. Nasceu na cidade de Lagos, no Algarve, a 10 de Outubro de 1816.
Cavaleiro da Ordem de S. Tiago, por decreto de 22 de Dezembro de 1825, e foi também condecorado com a Ordem de N. S. da
Conceição de Vila Viçosa em 1851. Depois de estudar a gramática latina com os Padres do Oratório na casa do Espírito Santo,
seguiu e terminou em 1833, com aprovação plena, o curso de estudos secundários estabelecido no mosteiro de S. Vicente de
fora, em que se incluía Aritmética, Geometria, Cronologia, Geografia, Historia, Filosophia racional e moral, e Retórica. Cursou
também por alguns anos as aulas da Escola Cirúrgica de Lisboa, e de Construção e Arquitectura naval. Trabalhou activamente
por muitos e não interrompidos anos nas lides da imprensa periódica, tanto literária e religiosa, como politica, sendo umas
vezes redactor principal, outras colaborador de numerosos jornais. Contam-se dos primeiros: O Beijaflor, primeira e segunda
epochas; O Pantologo; Jornal da Bibliotheca economica; Archivo familiar; Flora e Pomona, jornal de agricultura; Revista
contemporanea; Illustração Luso-brasileira; Illustração popular; Panorama; Amigo da Religião; Jornal catholico, etc. - E dos
segundos: Correio portuguez; Correio de Lisboa; Matraca (1846-1847, em collaboração unicamente com Lopes de Lima);
Estandarte; Popular; Lei; Imprensa e lei; Parlamento; Jornal do Commercio; Jornal mercantil; Defensor e Periodico dos Pobres
(estes do Porto), etc., etc. Da Chronica da rainha a sr.ª D. Maria II (n.º 708), comprehendendo os documentos do seu reinado de
direito e de facto, desde 2 de Maio de 1826 até 15 de Novembro de 1853. Lisboa, Typ. de A. J. Fernandes Lopes 1857-1861.
4.º gr. 3 tomos com VIII-430 pag. (e uma de errata), 440 pag. e 436 pag. No fim declara ser o ultimo tomo: porém tanto a
historia como os documentos só chegam até Julho de 1833”.
€400
11. ALMEIDA. (Fortunato de) HISTÓRIA DA IGREJA EM PORTUGAL. Nova Edição. Preparada e dirigida por Damião
Peres Professor da Universidade de Coimbra. Livraria Civilização Editora. Porto. Lisboa. 4 volumes. De 30x22 cm. Com 532,
725, 654, e 444 pags. Encadernações editoriais. Ilustrados em extra-texto com a reprodução de quadros e gravuras. Obra com a
história da Igreja desde as suas origens românicas até ao século XX e incluindo a sua presença no Império Ultramarino. Último
volume consta de um conjunto de apêndices e anexos aos volumes anteriores com: Estatística dos Autos de Fé celebrados em
Portugal; textos das concordatas entre o Estado e a Igreja desde a Idade Média; Catálogo de todas as igrejas, comendas e
mosteiros que havia em Portugal nos anos de 1320 e 1321; Rendimentos das comendas das ordens militares em 1823;
Documentos concernentes à extinção da Inquisição de Goa; Notícias das Missões de Moçambique referidas ao ano de 1923;
Estatística das instituições criadas pela Congregação do Espírito Santo relativa ao ano de 1914; etc.
€200
12. ALVARES D’ALMADA, André. TRATADO BREVE DOS RIOS DE GUINE’ DO CABO VERDE DESDE O RIO
SANAGÁ ATE’ AOS BAIXOS DE SANT’ANNA &c. &c. Pelo Capitão ANDRÉ ALVARES D’ALMADA, Natural da Ilha
de Santiago de Cabo-Verde, pratico e versado nas ditas partes. 1594. Publicado por DIOGO KÖPKE, Capitão da 3ª Secção
Exercito, e Lente da Academia Polytechnica do Porto. PORTO: Typographia Commercial Portuense: 1841. In 8º gr. (de 21x13
cm) com xiv-(i)-108-(v)-(i) pags. Encadernação da época inteira de pele (marroquin vermelho) com finos ferros a ouro na
lombada e rolados em esquadria nas pastas. Exemplar com título de posse manuscrito na folha de guarda e com ex-libris
armoriado. Ilustrado com um mapa desdobrável (de 22x23 cm) com título e legendas: “Guiné Septentrional. Da Conquista,
Navegação e Commercio dos Portugueses e dependencia das Capitanias das Ilhas do Cabo Verde. 1594. Kopke del. J. C. V.
Villa Nova lith. Porto. 1841”. INOCÊNCIO I, 58. “André Alvares D’Almada, natural de S. Tiago de Cabo Verde. Escreveu no
ano de 1594 e dedicou aos Governadores do Reino a seguinte obra: Tratado breve dos rios de Guiné de Cabo Verde, desde o
rio do Sanagá até aos baixos de Sant’Anna. Porto, na Typ. Comm. 1841. 8.º gr. de XIV 108 pag. com um mappa geographico. Preço 720 réis. Este escrito tinha sido já publicado por indústria do P. Victorino José da Costa, porém diferindo
consideravelmente no estilo, e na ordem que lhe dera seu autor como adverte Barbosa: o titulo dessa antiga e transtornada
edição é como se segue: Relação e descripção de Guiné, na qual se tracta de varias nações de negros que a povoam, dos seus
costumes, leis, ritos, ceremonias, guerras, armas, trajos; da qualidade dos portos, e do commercio que n'elles se faz: que
escreveu o capitão André Gonçalves de Almada. Lisboa, por Miguel Rodrigues 1733. 4.º de IV 62 pag. (Livrarias das
Necessidades e do Arquivo Nacional, e tenho também dela um exemplar.) V. neste Dicionário o artigo Diogo Kopke, a cuja
diligencia se deve a moderna publicação”.
€800
13. ALVARES DA CUNHA, Antonio. OBELISCO PORTVGVES, CRONOLOGICO, GENEALOGICO, E
PENAGIRICO, QUE AFECTUOSAMENTE CONSTRUE D. ANTONIO ALVARES DA CVNHA. AO MAIS FAUSTO
DIA, QUE EM MUITOS SECULOS VIO LISBOA, NO BAPTISMO DA SERENISSIMA INFANTE D. ISABEL MARIA
IOSEPHA, LISBOA. Na officina de Antonio Craesbeeck de Mello, Impressor de Sua Alteza. Anno 1669. In 8.º de 19x15 cm.
com [iv], 130 pags. Encadernação da época inteira de pele com nervos e rotulo vermelho na lombada. Exemplar com leve pico
de traça marginal e carimbo de posse na folha de rosto. Inocêncio I, 84. “D. ANTONIO ALVARES DA CUNHA, não menos
illustre por sangue que esclarecido por seu talento, foi 15.º senhor de Taboa, Ouguella etc., Commendador da Ordem de
Christo, Coronel das Ordenanças da Côrte, Guarda mór da Torre do Tombo, um dos fundadores e Secretario da Acad. dos
Generosos, etc., etc. - N. em Gôa em 1626, e m. em Lisboa a 26 de Maio de 1690, deixando numerosa descendencia. Obelisco
Portuguez chronologico, genealogico e panegyrico, ao fausto dia do baptismo da serenissima infanta D. Isabel Maria Josepha.
Lisboa, por Antonio Craesbeeck de Mello 1669. 4.º de 130 pag. - Preço de 240 até 400 réis. Pouco vulgar. O sr. Figaniere
possue um exemplar, e eu tenho outro.”
€800
14. ALVARES DE CARVALHO. (Bernardo de Teixeira Coutinho) DEFESA DAS THESES DE DIREITO
ENFYTEUTICO, QUE SE DEFENDERÃO NO ANNO DE 1789 NA UNIVERSIDADE DE COIMMBRA ESCRITA POR
BERNARDO DE TEIXEIRA COUTINHO ALVARES DE CARVALHO, Doutor em Leis. LISBOA NA OFFICINA DE
ANTONIO GOMES. M. D. CC. LXXXX. [1790]. In 8º (de 17x11 cm.) com 341-(i) pags. Encadernação da época com
lombada em pele. Exemplar com leve mancha de humidade nas primeiras folhas. Inocêncio I, 385 e VIII, 399: “Foi Doutor em
Leis, graduado em 1780. Era natural de Basto, e filho de Manuel Teixeira da Cunha e Andrade. Nomeado Presidente da alçada
que em 1817 foi mandada a Pernambuco para conhecer dos réus implicados na revolta desse ano, parece que aí se comportara
desumanamente, ao que se lê no opúsculo Luis do Rego e a posteridade, do Sr. Cónego Dr. Fernandes Pinheiro, onde vem
alguns documentos, que abonam pouco a justiça e carácter do presidente da alçada. Chegou ao elevado cargo de
Desembargador do Paço na Corte do Rio de Janeiro, onde vivia ainda em 1820. «Defensa das Theses de Direito Emphiteutico,
que se defenderam no anno de 1789 na Universidade de Coimbra. Lisboa, na Off. de Antonio Gomes 1790. 8.º de 341 pag»”.
€150
15. ÁLVARES NOGUEIRA. (Pedro) LIVRO DAS VIDAS DOS BISPOS DA SÉ DE COIMBRA. Escrito no século XVI pelo
Cónego… lido, prefaciado e publicado por António Gomes da Rocha Madahil Conservador do Arquivo da Universidade de
Coimbra. Publicações do Arquivo e do Museu de Arte da Universidade de Coimbra. Coimbra. 1942. De 26x18 cm. Com xlviii268 pags. Encadernação inteira de pele com ferros a ouro na lombada ao gosto do século dezoito. Obra contém transcrição
diplomática do manuscrito, não apenas mencionando as biografias dos bispos, mas também contendo dados e reflexões sobre
os acontecimentos em Portugal, na Europa e no mundo (com noticias sobre os Descobrimentos) ao tempo dos biografados. No
final apresenta um índice cronológico ou relação seriada dos bispos com os locais onde se referem no texto; e ainda 1 índice
onomástico e 1 índice topográfico.
€90
16. ALVARES, Manuel. EMMANVELIS ALVARI E` SOCIETATE IESV, De Institutione Grammatica Libri Tres.
VENETIIS, APVD IACOBVM VITALEM. M. D. LXXV. [1575] In 4.º de 19,5x14,5 cm. Com 526, [ii] pags. Encadernação
da época em pergaminho flexível com título caligráfico na lombada. 2ª edição rarísima. Impressão em caracteres itálicos com
as insígnias da I.H.S. marca de impressor gravadas na folha de rosto e capitulares. O Padre Manuel Alvares foi um famoso
humanista português do século xvi, natural da ilha da Madeira, entra na Companhia de Jesus ainda novo, estuda no colégio de
Coimbra línguas eruditas e filosofia com grande êxito. Mais tarde é professor de renome no colégio de Santo Antão em Lisboa
e outros. Figura de grande relevo na Companhia de Jesus, é encarregue pelo P. Francisco de Borja de elaborar uma gramática
latina, na época fundamental para o ensino nos colégios da Companhia de Jesus. Gramático, poeta latino, numismata e
coleccionador de epistolografia dos jesuítas missionários nas Índias e outras regiões do mundo. As suas Instituições
Gramaticais publicam-se pela primeira vez em Lisboa no ano de 1572. Curiosamente o mesmo ano da publicação da primeira
edição dos Os Lusíadas de Luis de Camões. Conta com grande apoio e a fundamental aprovação de dois colegas jesuítas,
também eles oriundos da ilha da Madeira. A gramática de Alvares, é seguramente o livro de um português mais reeditado da
história de Portugal, conta com cerca de 400 edições publicadas em todo o mundo, inclusivamente no México, China e Japão,
até quase aos nossos dias. A segunda edição é publicada em Itália, Veneza, 1575, marcando a mesma o passo fundamental no
êxito editorial internacional. O método gramatical latino de Alvares foi fundamental a uma língua então viva e como tal
universalizou-se. O mesmo foi adoptado por Clenardo, tendo resistido inclusivamente às reformas do iluminismo joanino. Em
1972 a Junta Geral do Distrito Autónomo do Funchal publicou uma edição fac-simile comemorativa do IV Centenário da
publicação da 1.ª edição, com introdução de José Pereira da Costa. Inocêncio V 352. “P. MANUEL ALVARES (1.º) Jesuita,
cujo instituto professou no collegio de Coimbra em 1546. Foi Reitor em varios collegios, e Preposito na casa de S. Roque de
Lisboa. - N. na Ribeira brava, logar da ilha da Madeira, e m. em Evora a 30 de Dezembro de 1583, contando 57 annos d'edade.
- E. De Institutione Grammatica libri tres. Olyssipone, excudebat Joannes Barrerius 1572. 4.o Parece que esta edição (cujos
exemplares são hoje rarissimos) foi a primeira que da famosa Arte se fizera em Portugal. Seguiu se a ella uma infinidade de
outras, com additamentos, notas, etc. impressas não só n'este reino, mas nos estrangeiros, onde a mesma Arte foi egualmente
adoptada para uso das aulas. A grande nomeada de que este livro gosou no seu tempo e a honra que d'aquella circumstancia
nos resulta, exigiam a presente commemoração, podendo os que desejarem melhores esclarecimentos recorrer ao tomo III da
Bibl. Lusitana. A sua Arte (n.º 62) foi traduzida na lingua japoneza pelos jesuitas, e d'ella fizeram uma edição em 1593 no seu
collegio de Amacusa, no Japão, em papel de seda. Consta que existia d'ella um precioso exemplar na bibliotheca Angelica de
Roma. Veja a Memoria para a historia da typogrophia do academico Ribeiro dos Santos, pag. 95.”
Second edition of this
latim grammar published in Italy, Venice, in 1575, marking its international publishing success. The method of Alvares’
grammar was a key to the Latim language. The same was adopted by Clenardo and resisted the reformation of the university
on the Enlightenment period. Tanslated in many languages (more than 400 editions) including to Japanese language.
€3.000
17. ALVIA DE CASTRO, Fernando. PEDACOS PRIMEROS DE VN DISCVRSO LARGO en las cosas DE ALEMANIA,
ESPAÑA, FRANCIA. En forma de Epitome. CONTIENEN CATOLICO VERDADERO DE ESPAÑA. ENGAÑOS DE
FRANCIA, Y DESENGAÑOS. POR DON FERNANDO ALVIA DE CASTRO Cauallero de la Orden de Calatraua, Veedor
General de la gente de guerra, y presídios de los Reynos de Portugal. EN LISBOA. Por Lorenço Craesbeeck Impressor de su
Magestad. Año MDC.XXXVI. [1636] In 8.º de 19x13,5 cm. Com [viii], 61 [aliás 59] pags. Encadernação recente em tela.
Sousa Viterbo. Lit. esp. em Port. (18-19). Arouca C 305. Palau (2a ed.) 1, 284; Adiciones 1, 283. Palau 1990, 60.
€900
18. AMORIM GIRÃO. (Aristides de) GEOGRAFIA DE PORTUGAL. Edição ilustrada. [Por]… Professor de Geografia de
Portugal na Universidade de Coimbra. [Composto e impresso nas oficinas gráfica da Companhia Editora do Minho, Barcelos].
Portucalense Editora, S. A. R. L. Pôrto. 1941. De 30x21 cm. Com 479 pags. Encadernação editorial em percalina estampada e
seco a ouro com motivos decorativos e título em super-libris. Profusamente ilustrado com mapas geográficos completados com
informação impressa sobre folhas de papel vegetal; mapas hipsométricos; mapas com as bacias hidrográficas; mapas com os
tipos de povoamento; mapas com os tipos de produção; etc. Contém um levantamento das tipologias da habitação rural. Obra
com excelente acabamento tipográfico sobre papel de linho creme.
€120
19. ANDRADE DE FIGUEIREDO, Manuel. NOVA ESCOLA PARA APENDER A ler, escrever, e contar. OFFERECIDA
A’ AUGUSTA MAGESTADE DO SENHOR DOM JOAÕ V. REI DE PORTUGAL PRIMEIRA PARTE. POR MANOEL
DE ANDRADE DE FIGUEIREDO, Mestre desta Arte nas Cidades de Lisboa. Occidental, e Oriental. LISBOA
OCCIDENTAL, Na Officina de BERNARDO DA COSTA DE CARVALHO, Impressor do Serenissimo Senhor Infante. S./d.
[1722] In fólio de [xvi], 156 pags. Encadernação da época inteira de pele com rótulo vermelho na lombada. Ilustrado com 2
gravuras de B. Picart, a primeira é o anterrosto, uma das mais importantes gravuras de Lisboa, antes do terramoto de 1755,
representando o escudo real de D. João V, tendo em fundo o rio Tejo, o Palácio Real, o Terreiro do Paço, a Baixa Joanina e o
Castelo de S. Jorge. A segunda é o retrato do autor aos 48 anos datado de 1721. Seguem-se 45 estampas decorativas com
alfabetos, penas e desenhos caligráficos da autoria de Andrade datadas de 1718. Obra máxima e monumental da caligrafia
portuguesa moderna, com a qual Andrade (1673-1735) criou um tipo de letra a que chamaram português. A sua publicação
reformou uma arte que não tinha evoluído desde que saio a luz a obra Exemplares de Diversas Sortes de Letras de Manuel
Barata, ainda no início do período filipino. Manteve-se actual até ao início do reinado de D. José. Nessa época introduziu-se
em Portugal a letra inglesa e francesa. Já no século XIX, Ventura da Silva publica a obra Regras Metódicas e regulariza a letra
portuguesa seguindo o método de Andrade. Inocêncio V, 354. “Famoso professor de calligraphia em Lisboa, e natural da
capitania do Espírito-santo no estado, hoje império, do Brasil. – Posto que no frontispício se diga ser Primeira parte, a obra está
completa, e comprehende em si todas as espécies enunciadas. Tenho visto duas edições diversas, ambas sem declaração do
anno, feitas pelo mesmo impressor, com egual numero de paginas, etc e differindo apenas entre si nos characteres typograficos,
e no papel, que em uma d’ellas é de maior formato, e mais incorpado que o da outra. É obra digna d’estima. Diz Ventura da
Silva «deu á Luz Andrade a sua Arte de Escripta, que enriqueseu d’elegantes abecedários, ornados de engraçadas laçarias.»
Antonio Jacinto Araujo, dizendo a respeito deAndrade: «Tirou de Morante algumas idéas engraçadas, as quaes todavia
aperfeiçoou. Os seus abecedarios são ornados de elegantes labyrintos, e o bastardo e cursivo é maravilhoso».”
Binding:
contemporary full calf gilt at spine and label. Illustrated with 2 engravings by B. Picart: the frontispiece with one of the most
important images of Lisbon before the 1755 earthquake. The second is a portrait of the author at age of 48 dated 1721. Here are
45 alphabets with decorative letterings, drawings authored by Andrade, dated 1718. Monumental masterpiece. A state-of-theart treatise on Portuguese 18th century handwriting. Andrade (1673-1735) created a font called «Portuguese». Its publication
reformed this art still unchangead since Portuguese Filipino period (1580-1640). lyrics. Later, in the 19th Century, Ventura da
Silva will publish a new calligrafic work following this method. Andrade´s letterings are decorated with elegant labyrintos,
and wonderful cursive.
€3.500
20. ANDRADE, Carlos Manuel de. LUZ DA LIBERAL, E NOBRE ARTE DA CAVALLARIA, OFFERECIDA AO
SENHOR D. JOÃO PRINCIPE DO BRAZIL, POR CARLOS MANUEL DE ANDRADE, Picador da Picaria Real de Sua
Magestade Fidelíssima. LISBOA, NA REGIA OFFICINA TYPOGRAFICA. ANNO M. DCC. XC. (1790) In fólio de 34x23
cm. Com xxvi, 454, [i] de erratas. Encadernação da época inteira de pele com rótulo vermelho e ferros a ouro na lombada.
Ilustrado com o retrato de D. João VI em anterrosto, 2 vinhetas e 93 gravuras, algumas desdobráveis, tudo magnificamente
desenhado por Carneiro da Silva e gravado por Frois. Exemplar com ex-libris dos marqueses do Lavradio Condes de Avintes,
apresentando-se em bom estado de conservação apenas com leves picos ocasionais de oxidação própria do papel. A
encadernação foi habilmente restaurada. Obra máxima da tipografia portuguesa do século dezoito, famosa e valiosa
internacionalmente, praticamente única no seu género entre nós e possivelmente o melhor tratado equestre da sua época a nível
mundial. Na impressão desta obra muito nítida foi utilizado papel de grande qualidade. Tiram-se 1000 exemplares, mas
infelizmente muitos foram desfeitos para se emoldurarem as gravuras que são de rara beleza. Inocêncio V, 386. “MANUEL
CARLOS DE ANDRADE, Picador da Picaria Real de Sua Magestade Fidelissima. Da sua naturalidade, nascimento, obito e
mais circumstancias não me foi até agora possivel colher alguma noticia, posto que empregasse a esse intento as diligencias
que estavam ao meu alcance. Luz da liberal e nobre arte da cavallaria offerecida ao sr. D. João principe do Brasil. Parte
primeira. Lisboa, na Reg. Offic. Typ. 1790. Fol. maior, de XXVI 454 pag., e mais uma no fim, contendo a errata: illustrada
com 93 estampas, e um retrato do principe, delineados pelo habil artista portuguez Joaquim Carneiro da Silva, de quem já fiz
menção no Diccionario em logar competente. Posto que no frontispicio se lêa a designação de Parte 1.ª, nem por isso a obra
deixa de achar se completa, comprehendendo este volume tambem a Parte 2.ª Esta edicão, que póde equiparar se em nitidez e
perfeição typographica ás producções do celebre Ibarra, foi mandada executar por ordem da rainha a senhora D. Maria I sendo
a tiragem de mil exemplares, dos quaes se entregaram oitocentos ao auctor, ficando duzentos para serem na officina expostos á
venda: e ainda na Imprensa Nacional existe ao presente o resto d'esses exemplares, cujo preço antigo que era de 9:600 réis, foi
ha poucos annos reduzido a 7:200 réis. Custou a gravura das chapas, vinhetas e letras iniciaes 4:200$000 réis, e a despeza total
da impressão foi de 6:588$000 réis. Alguns pretenderam, não sei se com legitimo fundamento, que o verdadeiro auctor d'esta
Arte da Cavallaria fôra o marquez de Marialva D. Pedro de Alcantara de Menezes Coutinho, estribeiro mór da Casa Real e que
Manuel Carlos de Andrade não tivera n'ella mais parte que a de collocar o seu nome no frontispicio, porque assim fôra a
vontade do marquez. Um dos que ainda ha pouco inculcou esta opinião por verdadeira foi o sr. João Carlos Feo, em uma carta,
ou artigo que sahiu inserto no Jornal do Commercio de 28 de Septembro de 1859.”
Engraved with portrait of King D. João
VI of Portugal, 2 typographical vignetes, and 93 hors-texte plates (21 double page). Folio. Binding: contemporary full calf gilt
at spine and label with rolled tools. The binding has been skillfuly restored and the copy is in overall good condition except for
a very slight and sprayed foxing due to natural of oxidation. Copy with one ex-libris of the Marquis of Lavradio and Earl of
Avintes (Head officer of the Royal Household); and an engraved plate (standing as a simbolic ex-libris showing the a wounded
shield of the House os Orleans by a Masonic power, as depicting the fate of the Portuguese Royal family and the Queen
dowager Amélia of Orleans). Original edition limited to 1000 copies. Engraved plates (chiefly full or double-page) by Gaspar
Fróis Machado, Manuel Alegre and others, after Joaquim Carneiro da Silva; many are equestrian portraits of courtiers.
Andrade’s treatise on ‘The Noble Art of Riding,’ is the most beautiful illustrated book published in Portugal in the 18th
Century. It is regarded as the most important, complete and detailed, as well as the quintessential description of the practice of
horsemanship of its time, and one of the most important sources for the study of classical European manège riding and the
origins of modern dressage. It is also the first work in equestrian literature to attempt a fully interdisciplinary scientific
approach to training and riding, based on contemporary knowledge of anatomy, behavioral psychology and other fields. An
extremely fine, fresh, bright copy, uncut.
€12.000
21. ANDRADE. (Ruy de) ALFREDO DE ANDRADE (SUA ACTIVIDADE ARTISTICA). DESENHO E PAISAGEM. [*]
Lisboa. 1959. De 40x35 cm. Com cerca de 50 fólios inumerados. Encadernação de inteira de pele marroquim castanho com
finos ferros a ouro na lombada e rolados nas esquadrias das pastas. Junto com: QUADROS DE ALFREDO DE ANDRADE.
[**] Lisboa. 1955. De 40x35 cm. Com cerca de 25 fólios inumerados. Encadernação de inteira de pele marroquim vermelho
com finos ferros a ouro na lombada e rolados nas esquadrias das pastas. Junto com: OUTROS DESENHOS DE ALFREDO
DE ANDRADE. [***] Lisboa. 1960. De 40x35 cm. Com cerca de 50 fólios inumerados. Encadernação de inteira de pele
marroquim castanho com finos ferros a ouro na lombada e rolados nas esquadrias das pastas. Junto com: ARQUITECTURA
DE ALFREDO DE ANDRADE. [****]. Composto e impresso nas escolas Profissionais Salesianas. Oficinas de S. José.
Lisboa. 1961. De 40x35 cm. Com cerca de 100 fólios inumerados. Encadernação de inteira de pele marroquim verde com finos
ferros a ouro na lombada e rolados nas esquadrias das pastas. Exemplares (2º, 3º, e 4º volumes) com dedicatória ao Cardeal
Patriarca de Lisboa. Obra com a actividade artística (esboço, pintura, arquitectura, desenho de interiores, etc) de Alfredo de
Andrade desenvolvida toda em Itália durante o século XIX. Mais de 50 anos volvidos verificou-se pouco conhecida em
Portugal das gerações do seu tempo e completamente desconhecida das gerações à data da publicação desta obra. O seu filho,
Ruy de Andrade, entendendo o “elevado génio artístico” do seu pai resolveu imprimir estes luxuosos álbuns - totalmente
impressos sobre papel couché de elevada espessura - reproduzindo a obra gráfica conhecida ou reservada em sua casa. O
último volume [****] contém um importante contributo na recuperação arquitetónica dos mais belos castelos e igrejas de
Itália; com desenhos da sua situação à data e da sua reconstrução conjectural.
€500
22. ANDRESEN LEITÃO. (Ruben) CARTAS DE D. PEDRO V AO PRÍNCIPE ALBERTO. Tradução e estudo
de…(Bolseiro da Instituto de Alta Cultura). Fundação da Casa de Bragança. Portugália Editora. Lisboa. 1954. De 25x17 cm.
Com 281 pags. Encadernação com lombada e cantos em pele com ferros rolados a ouro. Ilustrado com gravura do Príncipe
Alberto. Obra contém índice remissivo e bibliografia.
€60
23. ANOS (50) DE HISTÓRIA DO MUNDO. 1900-1950. Editorial 'Século'. Composto e impresso nas oficinas da Sociedade
Nacional de Tipografia. Lisboa. 1950. Obra em 2 volumes. De 32x25 cm. Com 1368 pags. Encadernações do editor inteiras de
pele decoradas com ferros a ouro e a seco nas pastas e na lombada. Profusamente ilustrados com gravuras no texto, mapas e
similigravuras coloridas em extra texto. Exemplar com título de posse sobre as folhas de rosto.
€150
24. ARAUJO AFFONSO. (Domingos de) e Ruy Dique Travassos Valdez. LIVRO DE OIRO DA NOBREZA. Apostilhas à
RESENHA DAS FAMILIAS TITULARES DO REINO DE PORTUGAL de João Carlos Fêo Cardoso Castelo Branco e
Tôrres e Manoel de Castro Pereira da Mesquita. Pelos sócios da Academia Nacional de H. E. G. … e … Prefácio do Dr. José
de Sousa Machado. Na Tipografia da «Pax». Braga. MCMXXXII [1932]. Obra em 3 volumes. In 4º (25x18 cm) com 569-i;
542-i; e 997-i pags (Último volume dividido em 2 tomos). Encadernações da época com lombadas e cantos em pele. Tiragem
de 300/26 exemplares assinados pelo autor. Exemplar carimbo oleográfico e com vestígios de humidade. Texto
primorosamente impresso dentro de quadrilongo tipográfico. Obra de reconhecida autoridade e interesse, disse o Dr. José de
Sousa Machado: «Este livro, que em boa hora aparece, enobrecendo a bibliografia genealógica, é indispensável na biblioteca
dos genealogistas e no arquivo das mais ilustres famílias portuguesas».
€600
25. ARAÚJO GOMES. (Miguel Justino de) [MANUSCRITOS. 3 NOVOS DRAMAS RELIGIOSOS INÉDITOS. BRAGA.
1848-1850]. D. AFONSO OU O TRIUNFO DA CRUS. DRAMA em 5 Actos. Composto por Miguel Justino de Araujo
Gomes Monge da extinta Congregação de S. Bento. 1850. Junto com: OS MACHABEUS [Tragédia em 5 actos; sem folha de
rosto; sem elenco; e sem data]. Junto com: JOZE NO EGIPTO ou a virtude premiada NOVO DRAMA. Em 4 Epocas ou
Actos. E 7 quadros. Composto por Miguel Justino de Araujo Gomes Monge da extinta Congregação de S. Bento. 1848. In 8.º
de 21x15 cm. Com 85-41-66 fólios inumerados, apresentando 1 fólio obliterado na 1ª obra; 1 fólio obliterado na 2ª obra; vários
fólios com rasgos (recuperáveis e sem afectar leitura do manuscrito) devido a uma avaria antiga na encadernação; e ausência
(já mencionada) da folha de rosto e do elenco da segunda obra. Encadernação da época, cansada, inteira de pele com lombada
por nervos e ferros a ouro; nas casas abertas e no rótulo verde com o título 'NOVOS DRAMAS'; apresentando as coifas
danificadas e com as tranchefilas expostas. Corte por folhas marmoreado. Manuscrito redigido na sua totalidade a uma só mão
- possivelmente o próprio autor – manuseado e com anotações corográficas marginais redigidas pela mesma mão; e ainda 7
fólios - encontrando-se 1 fólio danificado - de uma partitura musical pertencente à última obra colacionada: 'José no Egipto';
com partes para piano e partes para canto. Conjunto de importantes obras de teatro ao gosto neo-clássico cuja existência já
tinha sido referenciada por Inocêncio Francisco da Silva, em 1862, no Dicionário Bibliográfico Português. Inocêncio VI, 239 e
XVII, 58: 'Padre Miguel Justino d'Araújo Gomes Alvares, Presbítero egresso da extinta congregação dos Monges Beneditinos,
na qual professou com o nome de Fr. Miguel da Madre de Deus, a 27 de Dezembro de 1825; Mestre de Teologia na sua
Ordem, e Professor de Historia Sagrada, Filosofia e Retórica no Seminário Bracarense; Cónego da Sé de Braga, Examinador
Sinodal do Arcebispado, e Pregador Régio honorário, etc. Natural de Braga; nasceu a 9 de Maio de 1804. Morreu em
Novembro de 1863. A notícia que dou acerca das [suas] obras vai toda fundada sobre informações recebidas; porque não as
possuo, nem tive ocasião de examiná-las ocularmente. O autor conservava em seu poder, segundo consta, bom número de
poesias no gosto chamado «clássico»; muitos sermões pregados em diversas terras da província do Minho; e alguns dramas
bíblicos, que se representaram pelos estudantes no seminário de Braga'.
€800
26. ARAÚJO, António Jacinto. NOVA ARTE DE ESCREVER. OFFERECIDA AO PRINCIPE NOSSO SENHOR, PARA
INSTRUCÇÃO DA MOCIDADE: COMPOSTA POR ANTONIO JACINTHO DE ARAUJO, Professor d’escripta, e
Arithmetica, Correspondente da Academia Imperial das Sciencias em St. Petersbourgo. LISBOA OFFICINA DE ANTONIO
GOMES. M. DCC. XC. IV. (1794) De 30x42 cm. Com 25 páginas de texto numeradas e ilustrado com 25 gravuras caligráficas
desenhadas pelo autor e abertas a buril por Lucius, sendo que uma delas é uma magnífica alegórica representando a cidade de
Lisboa exercendo o seu domínio sobre a arte, a ciência e a família real portuguesa, assinada Hieronym. Barr. inv. Lucius sc.
Olisip. 1783. Encadernação da época inteira pele. Exemplar com leves manchas de tinta próprias do uso escolar e duas
pequenas falhas de papel marginais sem afectar a mancha tipografica. Obra monumental da tipografia portuguesa reconhecida
internacionalmente e que vem na linha da Nova Escola, publicada no reinado de D. João V por Andrade de Figueiredo. Ambas
com influencia capital no estilo caligráfico e tipográfico português. Xavier da Costa, Bibliografia Artistica Portuguesa, 124.
'Obra no seu genero muito curiosa e correspondentemente estimada. A 1.ª das 25 gravuras que ela ostenta (Hirony. Barr. inv.
olisip. (1783) constitui um lindo ante-rosto alegorico, e as outras (ar. in 1783 (a 1790) Lucius sc. representam diversos
espécimens de caligrafia e ornatos habimente desenhados à pena. Rara. Belo exemplar.' Inocêncio I, 157. “ANTONIO
JACINTHO DE ARAUJO, professor d'escripta e arithmetica em Lisboa, e membro correspondente da academia imperial de S.
Petersburgo. m. em 1797. Tinha reunido e coordenado um curioso gabinete de productos de historia natural, que por seu
falecimento foi comprado aos herdeiros, e mandado incorporar no Museu Real, então estabelecido no paço da Ajuda.
Tractando [da nova arte de escrever] o insigne professor de calligraphia Joaquim José Ventura da Silva, finado ainda não ha
muitos annos, diz o seguinte: «esta arte foi impropriamente intitulada por seu auctor arte de escripta ingleza; porque o caracter
de letra que elle apresenta nos seus originaes nunca foi inglez, nem ao menos com elle se parece, nem com qualquer outro
caracter definitivo de letra, como se vê da confrontação dos mesmos originaes com os que eu trago na minha arte, ou com
outros abertos em Inglaterra. Haja vista sobre tudo ás desusadas letras maisculas das estampas 10, 12, e 13. do que se infere ser
a sua letra de curiosidade inventativa, e não imitativa etc.”
NOVA ARTE or “NEW ART OF WRITING”. In folio (oblong)
30x42 cm. Binding in contemporary full calf. Copy with light ink stains, due to use at school, and two small marginal dents.
Illustrated with 25 numbered pages of text and with 25 engravings of calligraphy drawings by the author; one of which is an
allegory representing the city of Lisbon exercising his dominion over the art, the science and the Portuguese Royal Family;
signed “Hieronymi. Barr. inv. Lucius sc. Olisipo. 1783”. Monumental work of Portuguese typography internationally
recognized and known as New School (Nova Escola) of Writing. This school, or style, started with the works published by
Andrade de Figueiredo during the period of King John V reign, as a major influence in the Portuguese calligraphic style.
Xavier Costa, Bibliografia Artistica Portuguesa, 124, says: “The 25 prints that it carries represent several specimens of
calligraphy and ornamentation cleverly designed. Rare.” Inocêncio I, 157. ' Antonio Jacintho de Araujo died in 1797. The
distinguished teacher of calligraphy Joaquim José Ventura da Silva, says [about the New Art of Writing]: «This art was
improperly titled by its author the art of English writing, because the character of this hand written letter has never been in
English in its original, as seen from the comparison of the same documents that I bring with my art»”.
€2.500
27. ARAÚJO. (Luís António) HISTORIA CRITICA DO THEATRO, NA QUAL SE TRATAM AS CAUSAS DA
DECADENCIA DO SEU VERDADEIRO GOSTO, TRADUZIDA DO PORTUGUEZ, PARA SERVIR DE CONTINUAÇÃO
AO THEATRO DE MANOEL DE FIGUEIREDO, E OFFERECIDA A ELREI NOSSO SENHOR D. PEDRO III. POR LUIZ
ANTONIO ARAUJO. LISBOA NA REGIA OFFICINA TYPOGRAFICA. ANNO MDCCLXXIX. [1779]. in 8.º de 19x12
cm. Com 201 pags. Encadernação inteira de pele ao gosto do séc. XVIII. Exemplar com margens por aparar. Inocêncio V, 212
e XV, 219: “Luiz ANTONIO DE ARAUJO (1.º), de quem não sei mais noticia, que a de haver impresso com o seu nome as
obras seguintes: 'Historia critica do theatro' e 'Memoria chronologica dos tremores mais notaveis, e irrupções de fogo,
acontecidos nas ilhas dos Açores”'.
€150
28. AREZ. (Ilda) e outros. VISTA ALEGRE. PORCELANAS. Introdução de Borges de Macedo. Autores Ilda Arez, Maria de
Azevedo Coutinho, Conceição Pinto basto e Alberto Faria Frasco. Fotografia Homem Cardoso. Edições Inapa. Lisboa. 1989.
De 32x25 cm. Com 267 pags. Encadernação do editor.
€80
29. ARGERICH. (FR. BENITO) VIDA INTERIOR, Y CARTAS, QUE ESCRIBIÒ A DIFERENTES PERSONAS FRAY
JOSEPH DE Sn. BENITO, RELIGIOSO LEGO EN EL MONASTERIO DE Nra. Sra. DE MONT-SERRAT DEL
PRINCIPADO DE CATALUÑA. AÑADESE UNA RELACION DE LA VIDA, Y VIRTUDES de dicho Fr. Joseph de San
Benito. HIZOLA El R. P. M. Fr. Benito Argerich, Predicador de la Religion de San Benito. Y Abad del Real Monasterio de
San Benito de Bages. DEDICADA AL Rmo. P. EL Mro. Fr. PLACIDO CORTADA, General de la Religion de San Benito,
&c. Com Previlegio: En Madrid, por Antonio Marin, año de 1746. In fólio (30x20 cm) com [lxx]– 263 pags. Encadernação da
época inteira de pele com ferros a ouro na lombada ligeiramente danificada na coifa inferior. Ilustrado com uma magnífica
gravura in fólio representando o biografado (e autor das cartas) sentado no scriptorium do mosteiro de Monserrat com uma
vista da mesma serra e a imagem da Virgem. Apresenta a seguinte legenda: “Vera effigies FR. IOSEPH A SANCTO
BENEDICTO religiosi Laici in Monasterio B. Marie Montis ferrati Ordinis S. S. P. Benedicti”. Texto com diferentes arranjos
gráficos em cada uma das suas partes: dedicatória, censura, e dictamens com notas marginais; biografia impressa a duas
colunas; e cartas impressas em página inteira, divididas por vinhetas abertas a talhe-doce. Palau I, 106.
Binding: in folium
with contemporary bound full calf gilt at spine, rubbed at covers, slightly damages at bottom and top of spine. Illustrated with a
superb plate (in folium) representing Fray Joseph of S. Benito sitting in the scriptorium of the monastery of Montserrat, with a
view of the same mountain range and the image of the Virgin. At the caption: 'Vera effigies FR. IOSEPH the Sancta
BENEDICTO Religiosi Laici in Monasterio B. Marie Montis Ferrati Ordinis S. S. P. Benedicti”. Text with different graphic
layouts in each of its parts: dedication, censorship, and dictamens with marginal notes; biography printed in two columns, and
letters printed in full page divided by vignettes open intaglio. Work with the biography and the letters written by Fray of
Joseph S. Benito, containing his philosophical thought about worldliness (casual facts and ocurrencies of his life are at index
pages) and thoughts about his inner life. Palau I, 106.
€500
30. ARISTOTELES. L'ETHICA. TRADOTTA IN LINGUA VULGARE FIORENTINA ET COMENTATA PER
BERNARDO SEGNI. IN FIRENZE M D L. [1550] Lorenzo Torrentino. In 4º de 20,5x15 cm. com 547, [xi] pags.
Encadernação do século xviii em pergaminho. Corte das folhas carminado. Magnifico frontispício arquitetónico gravado com
pequena vista de Florença. Impressão em caracteres itálicos ilustrada com belas capitulares e diagramas no texto. 1.º edição
italiana.
First Italian edition.
€3.000
31. ARQUITECTURA POPULAR EM PORTUGAL. Edição da Associação dos Arquitectos Portugueses. Lisboa. 1980. De
29x23 cm. Com xxiii-763 pags. Encadernação do editor preservando sobrecapa de protecção. Profusamente ilustrado e com
mapas da morfologia, geologia, e tipologia de cada zona estudada. 2ª edição da obra publicada pela primeira vez em 1961, e
que se encontrava esgotada desde 1967, lamentando o editor não tendo sido feito qualquer aprofundamento neste estudo. €150
32. ARRIAGA. (José d’) HISTÓRIA DA REVOLUÇÃO DE 1820. Monumental edição nacional illustrada com magníficos
retratos dos patriotas mais illustres d’aquella epocha. Livraria Portuense Lopes e Cª – Editores. Porto. 1901, 1888 e 1889. 4
volumes. De 25x18 cm. Com 704, 687-xiii, 710-xiii e 727-xi-7 pags. Encadernações com lombadas e cantos em pele. Ilustrado
em extra-texto com retratos compostos por artistas nacionais, entre os quais; João Marques da Silva Oliveira; Caetano Moreira;
Joaquim Vitorino Ribeiro; e Columbano Borballo Pinheiro.
€400
33. AUGER. (Abbé) HARANGUES [tirées des historiens grecs]. tirées d’Herodote, de Thucydide, des Histoires Grecques de
Xénophon, de sa Retraite des Dix mille, et de sa Cyropédie, Inférées dans un abrégé des Histoires de cês mêmes auteurs, avec
des Notes sur le texte des Harangues de Thucydide; Traduites par M. l’Abbé Auger, Vicaire-Général de Lescar, de l’Académie
des Inscriptions & Belles-Lettres. A PARIS, Chez Nyon l’aîné & fils, Libraires. M. DCC. LXXXVIII. [1788]. 2 volumes. In 8º
(grand papier 28x21 cm) com cii-[i] com 447 e 580-[iii] pags. Encadernações da época com lombadas e cantos em pele verde
com nervos e ferros a ouro. Exemplar com título de posse manuscrito à cabeça das folhas de rosto: “Conde de Bomfim (José)”.
Impressão em papel muito alvo, com margens muito generosas e de uma tiragem muito reduzida (tão reduzida como a de In 4º
em papel velino): “Il n’y en a qu’un três-petit nombre tire tant de l’in 8º, grand papier, que de l’in 4º, papier velin”. Obra com o
conjunto das principais asserções, argumentos e passagens dos historiadores clássicos gregos, com o título geral: Harangues
tirées des historiens grecs'
€300
34. AVEIRO. (Frei Pantaleão de) ITINERARIO DA TERRA SANCTA, e suas particularidades, composto por Fr. Pantaleão
de Aveiro. Sétima edição conforme à primeira, revista e prefaciada por António Baião. Biblioteca de Escritores Portugueses.
Serie B. Imprensa da Universidade. Coimbra. 1927. De 22x16 cm. Com xix-559. Encadernação com lombada e cantos em pele
executada por Carmelita do Carmo. Exemplar de uma tiragem especial de 200/71 impressa sobre papel de linho, margens
generosas, numerada, rubricada e com o selo branco da Imprensa da Universidade. Transcrição diplomática - segundo Baião
'ipsis verbis' - desdobrando somente as abreviaturas. Obra quinhentista escrita por Frei Pantaleão, franciscano da província dos
Algarves. Segundo Inocêncio (VI, 336) ignoram-se as circunstâncias que lhe dizem respeito, constando apenas que fora natural
da vila (hoje cidade) do seu apelido, e que fizera a peregrinação aos santos lugares de Jerusalém no ano de 1563, sendo a 1º
edição do Itinerário impressa por Simão Lopes em 1593. Junto com o exemplar encontra-se apensa a bela gravura
iconográfica “Principais Santuários que se veneram na Terra Santa em Jerusalém” (que pertence à obra de Frei João de
Jesus Cristo, Viagem de hum Peregrino a Jerusalem, impressa em 1819).
€120
35. AVELLAR, Andre do. CHRONOGRAPHIA OV REPORTORIO DOS TEMPOS: O mais Copioso que te agora sayo a
Lvz. Quarta impressam. Lisboa, Iorge Rodriguez, 1602. In 8.º de 19x14 cm. Com [viii], 373 fólios. Encadernação da época em
pergaminho flexivel. Ilustrado com numerosas xilogravuras no texto, a primeira encontra-se na folha de rosto, é um globo que
representa a Europa, a África, a Asia e parte do continente Americano, a mesma aparece repetida no fólio H5. Exemplar com
anotações coevas marginais, falta de 4 (de 8) fólios iniciais não numerados, contendo parte do índice. Apresenta também leves
picos de oxidação própria do papel. Trata-se provavelmente da quinta e última edição desta obra que trata principalmente de
meteorologia, astrologia e geografia. Todas as edições são de grande raridade. Originalmente era uma tradução livre da obra de
Jerónimo Chaves, Cronografia ou Reportório dos Tempos, escrita em castelhano. As edições portuguesas, mais tardias (Lisboa
1585, Coimbra 1590 e 1593, e Lisboa 1594) foram significativamente alteradas, dando especial atenção à América (Brasil,
bem como às possessões espanholas), África, Ásia e nas regiões polares. As xilogravuras incluem um globo que representa o
Brasil e o Continente Sul Americano, um corte transversal da Terra, cada um dos 12 signos do zodíaco, o sol, a lua e os cinco
planetas conhecidos. Um capítulo sobre medicina e astrologia contém três cortes anatómicos (um deles de página inteira). Há
também tabelas e diagramas. Este trabalho é de considerável interesse científico, uma vez que é um dos mais antigos
almanaques a utilizar e descrever o novo calendário gregoriano, adotado apenas uma década antes da primeira edição desta
obra (1593). Avellar dá uma explicação completa do sistema de epacts (fases da lua) que é essencial para a compreensão do
novo calendário. O novo calendário não foi completamente explicado até que Clavius publicou seu monumental tratado em
1603. Andre Avellar, foi professor de Matemática na Universidade de Coimbra, sendo o mais notável sucessor português de
Pedro Nunes, e um dos cristãos-novos da universidade que foi perseguido pela Inquisição 1616-1626.
AVELLAR, Andre
do. Chronographia ou repertorio dos tempos …. Lisbon: Jorge Rodrigues por Estevão Lopez, 1602. 8°, contemporary vellum.
Woodcut hemisphere on title, repeated on f. H5; numerous woodcut illustrations in text. Copy with minor browning,
contemporary notes on a few leaves. Missing 4 unn. inital leaves with part of the indice. Fifth (?) and final edition of this work
dealing mainly with astrology, meteorology and geography; all the editions are of great rarity. Originally a free translation of
Jeronimo Chaves’ Chronographia o repertorio de los tiempos, the later Portuguese editions (Lisbon 1585, Coimbra 1590 and
1593, and Lisbon 1594) were significantly altered. Attention is given to America (Brazil as well as the Spanish possessions),
Africa, Asia and the polar regions. Woodcuts include one of the Earth that shows Brazil and the Southern Continent, a crosssection of the Earth, each of the 12 signs of the zodiac, the sun, the moon and the five known planets. A chapter on medicine
and astrology contains three anatomical cuts (one of them full-page). There are also tables and diagrams. This work is of
considerable scientific interest, since it is one of the earliest almanacs to use and describe the new Gregorian calendar, adopted
only a decade before this work’s first appearance (1593). Avellar gives a complete explanation of the system of epacts that is
essential for understanding the new calendar. The calendar was not completely explained until Clavius published his
monumental treatise in 1603. Andre do Avellar, professor of mathematics at the University of Coimbra, was the most
noteworthy Portuguese successor to Pedro Nunes. He was one of the New Christians at the University who was persecuted by
the Inquisition from 1616 to 1626. j Alden & Landis 602/10: citing the BL copy only, with 372 ll. Inocêncio I, 58-9. Pinto de
Mattos (1970) p. 47. Palha 450. Barbosa Machado I, 137. Ameal 183. This edition not in JCB, Portuguese and Brazilian
Books. Not in JFB (1994), HSA or Ticknor Catalogue. No edition of this work in Azevedo-Samodães. NUC: MH (collating [7
ll.], 373 ll.). Not located in RLIN. OCLC: 560291567 (British Library); 1594 edition is 55803906 (Newberry Library and John
Carter Brown). Not located in Porbase, which lists the Lisbon, 1594 edition only, at the Biblioteca Nacional de Portugal. J.
Alden & Landis 602/10: cita a cópia BL apenas com 372 ll. Description mostly extracted from Richard Ramer.
€2.000
36. AVILA E DE BOLAMA. (General Marquez d’) NOVA CARTA CHOROGRAPHICA DE PORTUGAL. Por… Director
geral dos trabalhos geodesicos e topogaphicos. Tomo I: Noticias relativas a trinta das suas folhas. Tomo II: Noticias relativas a
vinte e cinco das suas folhas. Tomo III: Noticias relativas a vinte e quatro das suas folhas. Typographia da Academia Real das
Sciencias. Lisboa. 1909 – 1914. 3 volumes de 27x18 cm. Com 497, 526 e 514 pags. Encadernação inteira de pele. Ilustrado e
contendo desdobráveis com mapas e cartas. Inocêncio XX, 240. “António José de Avila (2.º), marquez de Avila e de Bolama,
sobrinho e herdeiro do antecedente, nasceu a 7 de novembro 1842. Assentou praça em 1866 e seguiu com aproveitamento o
curso militar para o corpo do estado maior, em que foi promovido até o posto de coronel em 1893. Tem exercido varias
commissões militares e civis, entre as quaes a de presidente da camara municipal de Lisboa, director dos serviços da
commissão geodesica e outros, deputado ás côrtes nas legislaturas de 1879, 1880 1881, 1882 1884 e 1884 1889. Em 1886,
1890 e 1894 tomou assento na camara dos dignos pares por ter sido nomeado pelos districtos do Porto e de Villa Real; e em
1901 entrou na mesma camara alta por nomeação regia. Fôra agraciado com o titulo de conde de Avila em 1890 e elevado á
categoria de marquez de Avila por diploma de 1903. É gran cruz, commendador e cavalleiro de varias ordens militares
nacionaes e estrangeiras, e pertence a diversas corporações scientificas. Ha annos recebeu a graduação de general de brigada.
E. 0000) Nova carta corographica de Portugal. Tomo I. Noticia relativa a trinta das suas folhas. Lisboa, typ. da Academia Real
das Sciencias, 1909. 8.º gr. de 482 pag. Com o retrato do 1.° marquez de Avila e de Bolama, tio do auctor, que lhe fez a
dedicatoria affectuosa, e mais 17 estampas. No fim vem desdobravel a carta de Portugal na escala de 1/1.300:000 mostrando a
disposição das cartas de 1/60:000 É obra de grande importancia, que tem sido lisongeiramente apreciada, sobretudo por
valiosas notas historicas que encerra. O illustre auctor trabalhava na continuação (julho, 1910)'.
€200
37. AYRES DE SÁ. PRINCIPE REAL D. LUIZ FILIPE. Por… Parceria António Maria Pereira Livraria Editora. Lisboa. 1929.
De 26x20 cm. Com 491-(v) pags. Encadernação editorial inteira de carneira natural com ferros a seco na lombada e
(armoriados) em super-libris. Profusamente ilustrado em extra-texto com fotogravuras da vida quotidiana dos monarcas
impressas sobre papel couché.
€150
38. AYRES DE SÁ. RAINHA D. AMÉLIA. Por... Parceria António Maria Pereira. Lisboa. 1928. De 26x19 cm. Com 374 pags.
Encadernação do editor inteira de pele com ferros a ouro na lombada e nas pastas (armoriadas com brasões da Rainha em
super-libris). Exemplar dourado à cabeça, com os restantes cortes por aparar. Ilustrado com 53 fotogravuras em extra-texto
sobre papel couché. Biografia da Rainha com cartas políticas inéditas e semi-inéditas à época escritas pelos reis D. Fernando II
e D. Manuel II.
€150
39. AZEREDO. (Francisco) PÁRA-RAIOS. ESTUDO TEÓRICO E PRÁTICO. Typografia de António José da Silva
Teixeira. Porto. 1895. De 24x16 cm. Com ix-192 pags. Encadernação da época com lombada em pele. Ilustrado com 11
pranchas extra-texto, contendo 168 figuras com os diversas sistemas de pára-raios (construções, cablagens e acessórios).
Exemplar com falta de capas de brochura.
€120
40. AZEVEDO FORTES. (Manuel de) EVIDENCIA APOLOGETICA, E CRITICA SOBRE O PRIMEIRO, E SEGUNDO
Tomo das Memorias Militares, PELOS PRATICANTES da Academia Militar desta Corte. OBRA UTIL, E PROVEITOSA
para todos os Officiaes, que servem a S. Magestade nos seus exercitos, e armadas navaes. LEAM TODOS para evitarem os
erros, que tem introduzido a ignorancia, e se servirem dos termos proprios das Artes, que professaõ. LISBOA OCCIDENTAL,
Na Officina e Miguel Rodrigues. M. DCC. XXXIII. (1733). In 4.º de 21x15 cm. (xxiv)-271 pags. Encadernação da época
inteira de pele com ferros a ouro nas pastas e lombada que apresenta pequena falha de pele. Exemplar de uma tiragem especial
com grandes margens e impresso sobre papel de linho muito alvo e encorpado. Obra crítica de outra intitulada memórias
militares, do mesmo autor de O engenheiro Português, obra magistral que formava um tratado de fortificação e de ataque e
defensa de praças tão completo como os melhores que até aquele tempo se haviam publicado nos países mais cultos da Europa
e que juntamente com a lógica racional serviram de instrução nas escolas militares e de engenharia. Inocêncio V, 369.
“MANUEL DE AZEVEDO FORTES, Cavalleiro da Ordem de Christo, Sargento mór de batalha, e Engenheiro mór do reino
Academico da Academia Real de Historia, etc. - N. em Lisboa no anno de 1660 e fez os seus estudos nas Universidades de
Hespanha e França, onde adquiriu amplos conhecimentos não só nas sciencias exactas e naturaes, mas até na theologia. M. a
28 de Março de 1749. - Para a sua biographia vej. o Elogio historico, por José Gomes da Cruz.”
€300
41. AZEVEDO FORTES. (Manuel) O ENGENHEIRO PORTUGUEZ: DIVIDIDO EM DOUS Tratados. TOMO
PRIMEYRO, QUE COMPREHENDE A GEOMETRIA PRATICA sobre o papel, e sobre o terreno: o uso dos instrumentos
mais necessarios aos Engenheiros : o modo de desenhar, e dar aguadas nas plantas Militares e no Apendice a Trignometria
rectilínea. TOMO SEGUNDO, QUE COMPREHENDE A FORTIFICAÇAÕ regular, e irregular : o ataque, e defensa das
Praças e no Appendice o uso das Amas de guerra. OBRA MODERNA, E DE GRANDE UTILIDADE para os Engenheiros, e
mais officiaes Militares : tirada dos mais celebres Authores, e dos Diários das ultimas guerras da Europa. Composta Por
MANOEL DE AZEVEDO FORTES. LISBOA OCIDENTAL: Na Officina de MANOEL FERNANDES DA COSTA. M.
DCCXXVIII.-M. DCCXXIX. (1728-1729) 2 tomos In 4.º de 21x15 cm. Com [Vol 1]: (lxiv) - 537 [aliás 533] - (3 brancas) - 12
estampas desdobráveis. [Vol 2]: (xvi) - 492 [aliás 494] - (2 brancas) - 22 estampas desdobráveis. Encadernações da época
inteiras de pele com ferros a ouro nas lombadas. Exemplar com boas margens e que no primeiro tomo apresenta junto ao pé
uma mancha marginal antiga, entretanto desvanecida. O primeiro tomo ilustrado em anterrosto com uma gravura de página
inteira representando o retrato do autor assinado «Quillard pinxit de Rochefort Sculp 1729» e 12 estampas com instrumentos e
plantas de praças-fortes desenhadas por Paulo Farinha Lopes e abertas por Rochefort abridor do rei e da Academia Real. O
segundo tomo ilustrado em anterrosto com uma gravura de página inteira representando a cidade de Albuquerque ao fundo e
em primeiro plano os Generais P. Carle, o Conde das Galveias e o Conde de Vila Verde, assinada «de Rochefort fecit 1729» e
24 estampas com canhões e plantas de praças-fortes, desenhadas por Paulo Farinha Lopes e abertas por Rochefort abridor do
rei e da Academia Real. Inocêncio V, 369. “MANUEL DE AZEVEDO FORTES, Cavalleiro da Ordem de Christo, Sargento
mór de batalha, e Engenheiro mór do reino Academico da Academia Real de Historia, etc. - N. em Lisboa no anno de 1660 e
fez os seus estudos nas Universidades de Hespanha e França, onde adquiriu amplos conhecimentos não só nas sciencias
exactas e naturaes, mas até na theologia. M. a 28 de Março de 1749. - Para a sua biographia vej. o Elogio historico, por José
Gomes da Cruz. – E O Engenheiro portuguez, dividido em dous tratados. Tomo I, que comprehende a geometria pratica sobre
o papel, e sobre o terreno: o uso dos instrumentos o modo de desenhar e dar aguadas nas plantas militares: e no appendice a
trigonometria rectilinea. Lisboa, por Manuel Fernandes da Costa 1728. 4.º de LXII 537 pag. com onze estampas e o retrato do
auctor. Tomo II. Que comprehende a fortificação regular e irregular, o ataque e defensa das praças e no appendice o uso das
armas de guerra. Ibi, pelo mesmo 1729. 4.º de XII 492 pag., com um frontispicio gravado, e vinte e duas estampas. Obra
magistral, bem escripta e coordenada, e que formava um tractado de fortificação e de ataque e defensa de praças, tão completo
como os melhores que até áquelle tempo se haviam publicado nos paizes mais cultos da Europa. Estes livros, juntamente com a
Logica racional, serviram por muitos annos de instrucção e premio aos discipulos que mais se distinguiam na eschola militar
da engenharia: e essa circumstancia serve para explicar o motivo de apparecerem ainda muitos exemplares enquadernados com
apuro notavel, e até as vezes com luxo.”
€2.000
42. AZEVEDO TOJAL. (Pedro de) CARLOS REDUZIDO, INGLATERRA ILLUSTRADA. POEMA HEROICO
OFFERECIDO A’ SOBERANA MAGESTADE DELREY N. S. D. JOAÕ V. Por maõ Desembargador BERTHOLAMEU DE
SOUSA MEXIA, Do seu Conselho, & seu Secretario das Merces, & Expediente, &c. E ESCRITO POR PEDRO DE
AZEVEDO TOJAL, Formado na faculdade dos Sagrados Canones. LISBOA, Na Officina de ANTONIO PEDROZO
GALRAM, Com todas as licenças necessarias, Anno de 1716. In 4º (de 21x15 cm) com [viii], 408, [viii] pags. Encadernação
da época inteira de pele, cansada, com danos nos cantos e falha na lombada por trabalho de traça marginal. Exemplar com falta
anterrosto gravado o que é costumes nos exemplares. Inocêncio VI, 395: “Pedro de Azevedo Tojal, Bacharel formado em
Canones pela Universidade de Coimbra. Tendo enviuvado por segunda vez, abraçou o estado eclesiástico, e recebeu ordens
menores. Foi natural de Lisboa, e morreu na sua quinta do Tojal em 1742. CARLOS REDUZIDO, INGLATERRA
ILLUSTRADA. Poema heroico, offerecido á soberana magestade d'el rei nosso senhor D. João V etc. Lisboa, por Antonio
Pedroso Galrão 1716. 4.º de VIII 408 pag., e mais oito que contém os indices: 1.º serie ou historia principal do poema. 2.º Dos
episódios históricos. 3.º das idéas, imagens, ficções e episódios fabulosos. Este poema, composto de doze cantos em oitavas
ritmadas, é escrito conforme as regras da arte, mas sem génio. Poeta erudito, e mais de estudo que de natureza, lido igualmente
nos autores italianos e espanhóis não menos que nos clássicos latinos e nos portugueses quinhentistas, Tojal propendeu mais
para a escola castelhana, posto que no gosto e estilo participa um tanto de todas. Os seus versos são em geral bem fabricados, e
não lhes falta cultura e elegância. Ainda não atingi a razão por que José Maria da Costa e Silva o deixou de fora no Ensaio
biogr. e crítico, onde inclui aliás muitos outros poetas, que sob todos os respeitos lhe são conhecidamente inferiores”.
€300
43. AZEVEDO. (Carlos de) SOLARES PORTUGUESES. Introdução ao Estudo da Casa Nobre. Livros Horizonte. Lisboa. S/d.
[1971]. De 28x21 cm. Com 207 pags. Encadernação do editor em chagrin castanho com ferros a ouro e a seco nas pastas.
Ilustrado com 160 gravuras extras texto impressas a p/b sobre papel couché. Obra com um estudo (com figuras e desenhos de
pormenores de plantas arquitectónicas) desde a torre medieval até ao solar do século XIX. Contém ainda um roteiro com a
ficha descritiva de cada um dos solares mais significativos (incluindo a história e a bibliografia respeitante a cada construção).
€90
44. AZPILCUETA NAVARRO, Martinho. ENCHIRIDION. SIVE MANVALE CONFESSARIORVM ET
POENITENTIVM, Complectens penè resolutionem omnium dubiorum, quae in sacris confessionibus occurrere solent, circa
peccata, absoluciones, restitutiones, censuras & irregularitates; iampridem sermone Hispano compositum, & nunc latinitate
donatum, recognitum, decem Praeludijs, & quàmplurimis alijs locupletatum, & reformatum, ab ipsomet Autore MARTINO ab
AZPILCVETA DOCTORE NAVARRO. AD S. D. N. GREGORIVM XIII. Materiam hoc voluminae contentorum, versa docet
pagina. ROMAE, M. D. LXXIII. [1573, Apud Victorium Romanum]. In 4º ( de 21x17 cm). Com [4], 538, 28 fólios.
Encadernação inteira de pele (início do século xx) com finos ferros a ouro rolados na lombada. Exemplar ligeiramente aparado;
com títulos de posse manuscritos na folha de rosto; galerias marginais de traça cerca do fólio 57; oxidação natural das folhas
cerca do fólio 130 a 150; e manchas de humidade do fólio 301 em diante. Obra Manual de Confessores e Penitentes. Inocêncio
VI, 152 e XVI, 372. “Azpilcueta V. a sua biographia e retrato na Collecção dos retratos e elogios de varões e donas, etc., por
Pedro José de Figueiredo, e mais resumida nos Estudos biogr. de Barbosa Canaes a pag. 200. - Ha na Bibl. Nacional um seu
retrato de meio corpo pintado a óleo.” Palau 1990 I, 150. e 610 (nº 21398); Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira III,
956. “Martinho de Azpilcueta. Celebre jurisconsulto espanhol nascido perto de Pamplona (Navarra) e chamado por isso
Doutor Navarro, aparentado com famílias ilustres e antiquíssimas, às quais pertenceu também São Francisco Xavier. Foi
convidado pelo governo francês a fazer parte do Parlamento de Paris. Recusando aquela honra. Regressou a Espanha, obtendo
a cátedra de Prima Canones na famosa Universidade Salamanca, lugar que desempenhou com um critério tão inovador, que
produziu uma verdadeira revolução no que então significavam os estudos universitários. Seguindo o conselho de Carlos V,
aceitou o convite de D. João III de Portugal, para reger uma cátedra em Coimbra. Adquiriu grande renome após dezasseis anos
de ensino, findos os quais foi reformado com um soldo de 1000 ducados anuais. Em prémio dos seus serviços o rei ofereceulhe o bispado de Coimbra, mas ele não aceitou. Confessor de Dona Joana de Áustria, foi-lhe por esta oferecido o bispado de
Santiago de Compostela que também recusou. Filipe II convidou-o para exercer um posto no Conselho do Rei e outro no
Tribunal Supremo da Inquisição, mas também não aceitou nenhum deles, preferindo dedicar-se exclusivamente às suas
actividades de homem de Direito. Tomou para si a defesa de Frei Bartolomeu de Carranza, processado pela Inquisição, e
conseguiu salvá-lo à força de talento e de dialéctica jurídica. Em Roma na intimidade dos papas Pio V, Gregório XIII e Sisto
V, que apreciaram muito os seus dotes de talento, viveu ainda 19 anos. Faleceu em Roma em 1586, sendo-lhe prestadas honras
soleníssimas por ordem do Papa Sisto V. Recebeu sepultura no templo de Santo António dos Portugueses. A mais importante
das suas obras, o Manual de Confesores y Penitentes, foi publicada em Portugal e Espanha simultaneamente, e mais tarde em
várias edições em Antuérpia, Roma, Colónia, Paris, Veneza e Wizburgo.”
€1.800
45. BAETA, Henrique Xavier. RESUMO DO SYSTEMA DE MEDICINA, E TRADUCÇÃO DA MATERIA MEDICA DO
DOUTOR ERASMO DARWIN, COM VARIAS NOTAS POR HENRIQUE XAVIER BAETA, BACHAREL EM
PHILOSOPHIA PELA UNIVERSIDADE DE COIMBRA, E DOUTOR EM MEDICINA PELA UNIVERSIDADE DE
EDIMBURGO. LISBOA. ANNO DE 1806. NA OFFICINA DE JOÃO RODRIGUES NEVES. In 4º (de 20x14 cm) com vii,
408, [i] pags. Encadernação da época inteira de pele, com ferros a ouro na lombada, cansada e com pequenas falhas. Exemplar
com leve mancha na folha de rosto e com título de posse coevo manuscrito no pé da página; trabalho de traça marginal; e
vestígio de selo de lacre. Obra contém reflexões sobre o metabolismo humano, nomeadamente perante as alterações
provocadas pelo álcool e pelo ópio. Erasmo Darwin (1731-1802) foi a influência cientifica inspiradora do seu neto Charles
Darwin (1809-1882) sugerindo nesta sua obra a evolução natural das espécies através da selecção sexual, porém colocando
esta evolução baseada em diferentes premissas das do seu neto, as quais importam serem reflectidas ainda hoje.
Work
contains reflections on human metabolism, particularly in response to changes induced by alcohol and opium. Erasmus Darwin
(1731-1802) was the inspiring scientific influence of his grandson Charles Darwin (1809-1882) already appointing the natural
evolution of species through sexual selection, but putting this development based on different assumptions from those of his
grandson. Inocêncio III, 190: “Henrique Xavier Baeta, Bacharel na Faculdade de Filosofia pela Universidade de Coimbra, e
Doutor em Medicina pela de Edimburgo, onde tomou o grau em 1800, tendo para aí emigrado em 1797, receoso da
perseguição que em Coimbra se movia contra ele, e outros estudantes, acusados de partilharem as doutrinas da Revolução
Francesa. Em Setembro de 1800 veio para Lisboa onde começou a dar-se ao exercício da sua profissão. Sobrevindo a
Revolução de 1820 foi eleito Deputado às Cortes, e nelas se distinguiu por suas opiniões liberais. Em 1827 abandonou de todo
a clínica, e foi viver na freguesia dos Olivais. Isso não obstou a que em 1831 aí fosse procurado, preso e metido na cadeia,
onde esteve até o dia 24 de Julho de 1833. Sendo eleito Deputado no ano seguinte, obteve por esse tempo um lugar de
Recebedor de Fazenda que serviu até 1836, em que foi exonerado pela mudança do governo. Viveu o resto dos seus dias
retirado de todos os negócios públicos. Tinha nascido em Salvaterra em 1776, e morreu em 1854'.
€300
46. BAILLIE, Marianne. LISBON IN THE YEARS 1821, 1822, AND 1823. Second edition in two volumes. London, John
Murray, Albermalle - Street, 1825. In - 8º. 2 vols. com 219 e 250 pags. Encadernações da época inteiras de pele com ferros a
seco nas pastas. Ilustrado com gravuras coloridas manualmente.
Illustrated with 9 hand colored plates.
€2.500
47. BAILLON. (H.) ICONOGRAPHIE DE LA FLORE FRANÇAISE. Par… Professor d’histoire naturelle a la Faculté de
Médicine de Paris. Octave Doin, Éditeur. [Imp. Zinc. Monrocq]. Paris. S/d. [1885-1894]. 5 volumes. De 19x12 cm. Com 500
fólios soltos. Encadernações editoriais (dossiers) de suporte e acondicionamento. Exemplar com ex-libris oleográficos sobre as
folhas de rosto. Obra organizada, segundo o autor, em 5 “centúrias” de acordo e à medida que se efectuou a recolha dos
espécimes (começando pela região de Paris) e encontrando-se alguns destes duplamente reproduzidos segundo as estações do
ano (flor e fruto), tratando-se de um trabalho baseado no enciclopedismo do conhecimento. Cada fólio cromolitografado foi
reproduzido a partir de desenho de plantas recolhidas propositadamente; e os princípios da classificação botânica foram
apresentados na obra do autor: Histoire des Plantes. Cada planta encontra-se reproduzida como no herbário. No verso do cada
fólio consta a ficha descritiva com os nomes latinos nas referências das várias classificações conhecidas; o nome vulgar em
francês; as propriedades da planta; o habitat da planta; a sua frequência na flora de Paris; e as suas aplicações médicas,
farmacêuticas e em perfumaria. A primeira centúria começa com uma introdução à obra; e no final da última centúria encontrase um índice alfabético remissivo.
€600
48. BALDAQUE DA SILVA. (A. A.) ESTADO ACTUAL DAS PESCAS EM PORTUGAL Comprehendendo a pesca
marítima, fluvial e lacustre em todo o continente do reino, referido ao anno de 1886 por… Capitão tenente da armada,
engenheiro hydrographo e membro da commissão permanente de pescarias. Edição illustrada com mappas, gravuras e
chromos. Imprensa Nacional. Lisboa. 1891. In 4.º de 26x19 cm. Com 515 pags. Encadernação recente com lombada e cantos
em pele ao gosto da época. Ilustrado, contém a descrição e o estado de cada espécie capturada acompanhada por uma
cromolitografia extra texto com o nome vulgar e nome cientifico. Mapa desdobrável da Carta de Pesca de Portugal realizada
pelo autor na escala de 1:1.000.000 com uma legenda com a distribuição das principais artes de pesca.
€700
49. BAPTISTA DE CASTRO. (João) MAPPA DE PORTUGAL ANTIGO E MODERNO. Pelo Padre Bautista de Castro
Beneficiado da Santa Basilica Patriarchal de Lisboa. 3ª edição revista e accrescentada por Manoel Bernardes Branco. Typ. do
Panorama. Lisboa. MCCCLXX [1870]. 4 volumes. In 4º (de 22x16 cm) com viii-288, viii-292, 356-(ii); e 398 pags.
Encadernações da época com lombadas em pele. Obra descreve a geografia; a história; a demografia de Portugal, com tabelas
(quadros) históricos, político-administrativos, económicos e geográficos para cada região; o comércio e a estrutura industrial
do país na época desta edição. Inocêncio III, 171 e 300: 'Mappa de Portugal. Lisboa, por Miguel Manescal da Costa 1745. Em
1870, nova edição, revista e acrescentada pelo sr. Manuel Bernardes Branco, em 4.º, 4 tomos. Com relação a preços, ainda hoje
se nota variedade, por modo que a 2.ª edição, em diversos leilões, tem obtido desde 2$200 até 6$500 reis (leilões das
bibliothecas de Innocencio e Gubian). No de Castello Melhor appareceram dois exemplares, que foram vendidos por 3$200 e
2$300 réis, sendo este ultimo mais aparado e manchado. João Batista de Castro, Presbytero secular, Beneficiado na Sancta
Egreja Patriarchal de Lisboa. Esteve por algum tempo em Roma e visitou várias cidades e terras na Itália. Nasceu em Lisboa a
2 de Fevereiro de 1700, e morreu (segundo diz o auctor da Bibl. Hist. de Portugal) em 1775'. O Roteiro foi repetidas vezes
reimpresso em separado, descreve as vias militares e as pontes desde o tempo dos romanos; as viagens de Lisboa para as
cidades e vilas do país; e os melhores caminhos de Inverno. A estrutura da obra: Parte I. Comprehende a situação, etymologia,
e clima do reino; memoria de algumas povoações que se extinguiram; descripção circular; divisão antiga e moderna, montes.
rios, caldas, fertilidade, mineraes, moedas, lingua, genio e costumes portuguezes. Parte II. Contém a origem e situação dos
primeiros povoadores da Lusitania, entrada e dominio dos Fenicios, Carthaginezes, Romanos, Godos, e Mouros; erecção da
monarchia portugueza, e as principaes acções de seus augustos monarchas, rainhas, principes, e infantes; gouerno da Casa
Real; e outras noticias politicas. Parte III. Trata do estabelecimento e processos da religião em Portugal; das ordens militares
que n'elle existem, è das que se extinguiram; de todas as ordens religiosas e mais congregações; com a expressão dos
conventos e mosteiros que tem cada uma, e annos das suas fundações, pontifices e cardeaes portuguezes varões insignes em
santidade e virtude; reliquias notavéis; e imagens milagrosas. Parte IV. Mostra a origem das letras e universidades n'este reino,
os escriptores mais famosos que têem havido n'elle em todo o genero de litteratura; o Militar, com os presidios e forças de mar
e terra, os varões mais insignes em armas; e algumas victorias assignaladas, que os portuguezes têem alcançado de varias
nações. Parte V. Recopila em taboas topographicas as principaes povoações da provincia da Estremadura, e descreve as partes
mais notaveis da cidade de Lisboa, antes e depois do grande terremoto.
€300
50. BAPTISTA. (J. Renato) CAMINHO DE FERRO DA BEIRA A MANICA. AFRICA ORIENTAL. Excursões e estudos
effectuados em 1891 sob a direcção do Capitão de Engenheria… Imprensa Nacional. Lisboa. 1892. De 29x20 cm. Com 121
pags. Encadernação da época com lombada em percalina. Ilustrado com 14 belas estampas extra-texto de página inteira,
abertas sobre chapa de aço, reproduzindo fotografias e impressas sobre papel encorpado; e 1 mapa desdobrável com o
'Reconhecimento' (esboçado no mapa) para os estudos do caminho-de-ferro da Beira a Manica. Exemplar com ex-libris e
vários carimbos de posse oleográficos; e título de posse manuscrito à cabeça da folha de rosto.
€400
51. BARATA. (António Francisco) MEMORIA HISTORICA SOBRE A FUNDAÇÃO DA SÉ DE ÉVORA E SUAS
ANTIGUIDADES. Com os Esboços chronologico-biographicos dos Bispos e Arcebispos d’ella. Por… Segunda edição
correcta. Minerva Commercial. 1903. Junto com: EVORA ANTIGA. Notícias colhidas com afanosa diligencia. Em favor dos
asylos de Infancia Desvalida e Ramalho Barahona. Por… Minerva Commercial, de José Ferreira Baptista. Évora. 1909. 2 obras
enc. em 1 volume. De 23x17 cm. Com 144 e 236 pags. Encadernação da época com lombada em pele. Ilustradas com
transcrições da epigrafia eborense e fotogravuras em extra-texto impressas sobre papel couché.
€150
52. BARBOSA DU BOCAGE. (Manuel Maria de) POESIAS DE... COLLIGIDAS EM NOVA E COMPLETA EDIÇÃO,
DISPOSTAS E ANNOTADAS POR I. F. DA SILVA: E PRECEDIDAS DE UM ESTUDO BIOGRAPHICO E LITTERARIO
SOBRE O POETA, ESCRIPTO POR I. A. REBELLO DA SILVA. LISBOA. EM CASA DO EDITOR A. J. F. LOPES.
MDCCCLIII. (1853). Em 6 volumes. De 20x14 cm. Com lvi-404, 434-v, 420-iv, 382-v, 396-(i), 416-(iv) pags. Encadernação
da época inteira de pele com ferros a ouro nas lombadas e nos rótulos. Ilustrado, no primeiro volume, com retrato de Bocage
em anterrosto. Exemplar com ex-libris armoriado. A obra contém uma bibliografia bocagiana no último volume fruto do
trabalho de investigação de Inocêncio Francisco da Silva. Inocêncio X, 74 e III, 224 “alem d'isto editou algumas obras de
escriptores nossos, que se haviam tornado raras, entre as quaes sobresae a edição das obras de Bocage pela nitidez da
impressão, e por algumas notas de muita valia, que o editor lhe ajuntou. São egualmente suas a coordenação e disposição da
edição em seis volumes, que das poesias de M. M. de Barbosa du Bocage fez em Lisboa em 1853 o sr. Antonio José Fernandes
Lopes, mercador de livros, editor que foi do panorama, e ainda é da Illustração Luso-Brasileira. Todos os tomos são
acompanhados de notas historicas, criticas e philologicas, fructo de investigação minuciosa e aturada. Foi alli que appareceram
pela primeira vez varias poesias não colligidas em nenhuma das edições anteriores. É um trabalho que será sempre reputado
util e valioso serviço feito ás Letras Patrias. (v. O que diz o sr. Rivara no panorama, vol. Iii da 3.ª serie, 1854, pag. 216.) O
cuidado com que dirigiu e velou esta edição, feita em menos d'um anno; o seu escrupulo na revisão foi tal, qual se póde avaliar
pelos erros que lhe escaparam. Constando de mais de 2:500 paginas, apenas a final se lhe descubriram 45 erros, a mór parte
d'elles de pouco momento, como se infere da tabella no fim do ultimo volume”.
€350
53. BARBOSA MACHADO. Inácio. FASTOS POLITICOS, E MILITARES DA ANTIGUA, E NOVA LUSITANIA EM
QUE SE DESCREVEM AS ACÇOENS memoráveis, que na Paz, e guerra obraraõ os Portuguezes nas quatro partes do
Mundo. Por IGNACIO BARBOSA MACHADO Ulyssiponense Academico do Numero da Academia Real. Com huma
Dissertaçaõ precedente contra o Padre Doutor Lourenço Justiniano da Annunciaçaõ. Tomo I. [único publicado] LISBOA: Na
Officina de IGNACIO RODRIGUES. M. D.CC.XLV. [1745]. In fólio de 32x21,5 cm. com [lxxxviii], 741, [iii] pags.
Encadernação da época inteira de pele com rótulo vermelho, nervos e ferros a ouro lavrados na lombada, com falha de pele na
lombada junto à coifa superior. Obra impressa em papel de linho muito alvo e de grande. Impressão em caracteres rotundos
muito esmaltados, a folha de rosto impressa a duas cores, adornada com capitulares no início dos capítulos e ilustrada com
duas magnificas vinhetas tendo ao centro as armas da casa real de Portugal, ambas abertas por Debrie. Exemplar com Ex-libris
coevo manuscrito no verso em branco do anterrosto tipográfico “Da Livraria do Marquez de Alegrete Ex. 46 na Historia de
Portugal. Inocêncio 203. “IGNACIO BARBOSA MACHADO, irmão mais novo de D. José Barbosa e de Diogo Barbosa
Machado, todos tres auctores de elocução purissima, e que pódem servir de mestres da lingua portugueza, na phrase do erudito
D. Thomás Caetano de Bem. Foi Doutor em Direito Civil pela Universidade de Coimbra, e tendo exercido alguns cargos de
magistratura em Portugal e na America, abraçou depois de viuvo o estado ecclesiastico, tomando ordens de presbytero. Foi
Desembargador da Relação do Porto, Ministro do Tribunal da Legacia, Chronista geral do Ultramar, e Academico da
Academia Real de Historia, etc. N. em Lisboa a 23 de Novembro de 1686, e m. na mesma cidade a 28 de Março de 1766, e não
em 1753 como tem erradamente José Carlos Pinto de Sousa na Bibliotheca Historica, n.º 42. Vej. a seu respeito os Estudos
biographicos de Canaes, pag. 250. Na Bibl. Nacional existe um retrato seu de meio corpo. Eram distribuidos por mezes, á
similhança do Anno historico, excluindo porém tudo o que especialmente dizia respeito ás cousas ecclesiasticas, em harmonia
com o titulo adoptado. O primeiro volume comprehende os mezes de Janeiro e Fevereiro. Do segundo não consta se
imprimissem mais que 280 pag., que chegam somente até 19 de Março, e estas apparecem poucas vezes, de modo que os
exemplares do tomo I andam quasi sempre desacompanhados. A publicação d'esta obra occasionou uma acalorada polemica
entre o auctor d'ella, e o continuador e edítor do Anno Historico o P. Lourenço Justiniano da Annunciação; terminando a final
com a obra de Machado, que tem por titulo:”
€1.200
54. BARBOSA, D. José. ARCHIATHENEUM LUSITANUM SIVE REGALE COLLEGIUM COLLIMBRIENSE.
[ILLUSTRISSIMO, ET EXCELENTISSIMO DOMINO NONIO ALVARES PEREIRA DE MELLO JAMII
CADAVALLENSIUM DUCIS FILIO Optimae spei adolescenti] D. O. ET C. D. JOSEPHUS BARBOSA. ULYSSIPPONE
OCCIDENTALI, Ex Praelo JOSEPHI ANTONII A’ SYLVA, Regia Academiae Typographi. M. DCC. XXXIII. [1733] In-4º
de 23x17 cm. com (34)- 281 págs. Encadernação da época inteira de pele mosqueada. Bela impressão com caratéres rotundos
muito esmaltados ilustrada com vinhetas, florões de remate e capitulares abertas por Debrie. Exemplar com margens generosas
e impresso sobre papel de linho muito alvo e sonante. Obra composta por versos latinos até à pagina 148, daí em diante
encontra-se a história da academia e a lista dos reitores, professores dignitários etc etc. Barbosa Machado, II, 829. ”D. IOZÉ
BARBOSA filho do Capitaõ Ioaõ Barbosa Machado, e D. Catherina Barbosa meu Irmaõ Aprendeo a Gramatica Latina, e os
preceitos da Poezia, e Rhetorica em o Collegio de Santo Antaõ dos PP. Jesuitas donde quando ainda naõ contava completos
quatorze annos, e meyo abraçou o sagrado instituto de Clerigo Regular Theatino em a Caza de Nossa Senhora da Divina
Providencia desta Corte. Consumada a carreira dos Estudos Escholasticos se dedicou ao mininisterio de Orador Evangelico,
que tem exercitado pelo largo espaço de quarenta, e quatro annos nas mayores funçoens assim festivas, como funebres.
Prégando em o seu Convento a 10 de Novembro de 1713. de Santo Andre Avellino brilhante astro da Congregaçaõ Theatina,
collocado neste anno pela Santidade de Clemente XI. em o Cathalogo dos Santos, teve a sublime honra de ser seu Ouvinte o
nosso Serenissimo Monarcha D. Ioaõ V. que para demonstraçaõ do conceito, que formara do Orador o nomeou Chronista da
Serenissima Caza de Bragança. Entre os primeiros sincoenta Academicos da Academia Real foy eleito para escrever as
Memorias Historicas do Conde D. Henrique tronco dos Monarchas Portuguezes, e de seu augusto filho D. Affonso Henriques
cuja primeira incumbencia tem satisfeito com aprovaçaõ da mesma Academia. He Examinador das Tres Ordens Militares, e do
Patriarchado de Lisboa. As obras Concionatorias, Historicas, e Poeticas, que tem publicado, saõ as seguintes… Archiatheneum
Lusitanum… Consta de 4036. Versos heroicos.”
€600
55. BARBOSA, D. José. VIDA DE S. VICENTE DE PAULO, FUNDADOR, E PRIMEIRO SUPERIOR GERAL da
Congregaçaõ da Missão, Escrita na língua Castelhana PELO PADRE MESTRE Fr. JOAÕ SO SS.SACRAMENTO, da Ordem
de Santo Agostinho da Provincia de Castella. E traduzida em Portuguez POR D. JOZÈ BARBOSSA. LISBOA
OCCIDENTAL, Na Officina se JOSEPH ANTONIO DA SYLVA, Impressor da Academia Real. M. DCC. XXXVIII. [1737]
In fólio de 33x23 cm. Com [xx], 611 pags. Encadernação da época inteira e pele, cansada. Ilustrado com retrato de S. Vicente
de Paulo. Inocencio IV, 262. “Bella e nitida edição, ornada de um retrato do sancto, gravado por Debrie.”
€500
56. BARREIRA. (João) ARTE PORTUGUESA. As Artes Decorativas. Arquitectura e Escultura. Pintura. Por... Antigo
Professor da Faculdade de Letras de Lisboa e da Escola Nacional de Belas Artes. Tipografia Almeida & Bento, Lda. Edições
Excelsior. S/d. [1946-1951]. Obra em 4 volumes. De 30x24 cm. Com 403, 385, 461 e 364 pags. Encadernações do editoriais
(excelente estado de conservasão) inteiras de pele natural com ferros decorativos a ouro e a seco. Profusamente ilustrados com
gravuras no texto e em extra-texto com quadricromias (entre as quais a reprodução de um quadro Columbano com o retrato do
autor). Obra originalmente publicada em fascículos agrupados em: 1 volume dedicado à Arquitectura e Escultura; 1 volume
dedicado à pintura; e 2 volumes dedicados às Artes Decorativas. O volume dedicado à Arquitectura e à Escultura aborda o
tema dos grandes monumentos e também os temas da habitação tradicional em Portugal e dos presépios de barro. O volume
dedicado à pintura (incluíndo em grande parte o estudo dos frescos e das iluminuras de livros) teve a colaboração de Adriano
de Gusmão, em Os Primitivos e a Renascença; de Reinaldo dos Santos; em A Pintura na Segunda Metade do Sec XVI ao final
do Séc. XVII; de Julieta Ferrão, em A Pintura no século XVIII; de Carlos Passos, em O pintor Vieira Portuense; e de Diogo de
Macedo, em A Arte nos Séculos XIX e XX. Os volumes dedicados às Artes Decorativas incidem, entre outros temas, sobre: A
Ourivesaria em Portugal (profana e religiosa), por João Couto; Os Pelourinhos e os Cruzeiros, por Luís Chaves; A Cerâmica
em Portugal, por Armando Vieira Santos; A Arte Indo- Portuguesa, por Maria Helena Cagigal e Silva; Tapetes de Arraiolos,
por Maria José Mendonça; A Arte nos Metais (ferro, bronze, cobre, latão , estanho e lata), por Luís Chaves; o Mobiliário, por
Luís Chaves; a Heráldica na Decoração, por António Machado de Faria; Os Azulejos em Portugal, por Armando Vieira Santos;
A Ilustração do Livro (retratos, vinhetas, gravadores e técnicas em Portugal), por Ernesto Soares; O Vidro em Portugal, por
Armando Vieira Santos; Colchas de Castelo Branco e Rendas de Peniche, por Clementina Carneiro de Moura; Os Bordados da
Madeira, por Vasco de Lucena, Os Coches em Portugal, por Armando Vieira Santos, e ainda de salientar um estudo de 90
páginas sobre os Jardins em Portugal (incluindo os jardins públicos, os jardins municipais, os jardins dos palácios do Estado, o
Jardim Zoológico, as tapadas, os jardins botânicos, etc), por Armando de Lucena.
€500
57. BARROS, Alonso de. PERLA DE LOS PROVERBIOS MORALES DE ALONSO DE BARROS, CRIADO del Rey
nuestro señor. Año 1617. IMPRESSOS EM LISBOA, Por Iorge Rodriguez. In 12.º de 13,5x9 cm. com [xii], 54, [ii] fólios.
Encadernação recente imitação de inteira de pergaminho. Exemplar com assinatura de posse coeva rasurada na folha de rosto.
O penúltimo fólio (não numerado) contém uma bela marca do impressor e o último é em banco. Azevedo Samodães, 327. “As
xii folhas preliminares compreendem: «Frontispício». «Licenças». «Aprouaçam». Seis quadras de «Lope de Veja Carpio Al
Autor». «Elogio em Alabanza de los Proverbios por Hermano de Soto». «Prologo de Mateo Aleman al letor» e dedicatória a
«Don Garcia Loaysa». Edição muito rara.” Palau 1990. I, 181. O autor foi natural de Segovia. Primeira edição com o título
Perla. No ano de 1598, saiu em Madrid, a obra com o título Proverbios Morales.
€900
58. BASTOS. (Carlos) SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA ARTE ORNAMENTAL DOS TECIDOS. Por… [Impresso na
Tipografia Portugália]. Porto. 1954. De 26x32 cm. Com 118 pags. Encadernação com lombada e cantos em pele. Ilustrado em
extra texto com fotogravuras impressas sobre papel couché, mostrando padrões de tecidos desde a Idade Média. Obra impressa
sobre papel creme de elevada qualidade.
€150
59. BATISTA DE OLIVEIRA. (F.) MÉTODO DE CORTE. A arte e a técnica de cortar e provar o vestuário feminino e infantil.
Segunda edição. Editorial «O Século» Lisboa. S/d [1959?]. De 24x17 cm. Com 454 pags. Brochado. Profusamente ilustrado
com os moldes de confecção do vestuário.
€50
60. BAUTISTA DE CASTRO, João. MAPPA DE PORTUGAL ANTIGO, E MODERNO PELO PADRE JOAÕ BAUTISTA
DE CASTRO, Beneficiado na Santa Basilica Patriarcal de Lisboa. Nesta segunda edição revisto, e augmentado pelo seu
mesmo Author: e contém huma exacta descripção Geografica do Reino de Portugal com o que toca à sua Historia Secular, e
Politica. LISBOA, Na Officina Patriarcal de Francisco Luiz Ameno. M. DCC. LXII.- M. DCC. LXIII. [1762-1763] 3 volumes.
In 8.º de 20,5x14,5 cm. Com [xvi], 466, [i] – [xii], 480 e [iv], 503, 100 pags. Encadernações da época inteiras de pele com
ferros a ouro nas lombadas. As últimas 100 pags. do terceiro volume contêm o Roteiro Terrestre de Portugal, em que se
ensinam por jornadas e sumários não só os caminhos e as distancias que há de Lisboa para as principais terras das Províncias
deste Reino, mas as derrotas por travessia de umas e outras povoações dele. A primeira edição foi publicada em 1745.
Exemplar com: vestígios de humidade; assinatura de posse nas folhas de guarda; e com a falta do mapa que foi publicado para
acompanhar esta segunda edição - o mesmo não se encontra presente neste exemplar - o que é costume na maioria dos
exemplares, provavelmente porque o mesmo era vendido à parte e a generalidade dos bibliógrafos não acusa a sua existência.
Inocêncio III, 300. “ Sahiu de novo este Mappa revisto e augmentado pelo auctor, com o titulo seguinte: Mappa de Portugal
antigo e moderno. Tomos 1.°, 2.º e 3.º Lisboa, na Offic. de Francisco Luis Ameno 1762 1763. 3 vol. 4.º Esta é a edição
preferida por mais correcta e augmentada. Os exemplares de qualquer d'ellas são hoje mui pouco vulgares, e com tal variedade
nos preços que me dispensa de exemplificar cousa alguma quanto a esta parte.”
€500
61. BAUTISTA DE CASTRO, João. MAPPA DE PORTUGAL ANTIGO, E MODERNO PELO PADRE JOAÕ BAUTISTA
DE CASTRO, Beneficiado na Santa Basilica Patriarcal de Lisboa. Nesta segunda edição revisto, e augmentado pelo seu
mesmo Author: e contém huma exacta descripção Geografica do Reino de Portugal com o que toca à sua Historia Secular, e
Politica. LISBOA, Na Officina Patriarcal de Francisco Luiz Ameno. M. DCC. LXII.- M. DCC. LXIII. [1762-1763] 3 volumes
In 8.º de 20,5x14,5 cm. Com [xvi], 466, [i] – [xii], 480 e [iv], 503, 100 pags. Encadernações da época inteiras de pele com
ferros a ouro e rótulos vermelhos nas lombadas. As últimas 100 pags. do terceiro volume contêm o Roteiro Terrestre de
Portugal, em que se ensinam por jornadas e sumários não só os caminhos e as distancias que há de Lisboa para as principais
terras das Províncias deste Reino, mas as derrotas por travessia de umas e outras povoações dele. 2.ª edição, a 1.ª foi publicada
em 1745. Foi impresso um mapa para acompanhar esta segunda edição. O mesmo encontra presente neste exemplar, o que não
é costume na maioria dos exemplares. Provavelmente porque o mesmo era vendido à parte, e talvez seja essa a razão porque a
generalidade dos bibliógrafos não acusa a existência do mapa. Inocêncio III, 300. “ Sahiu de novo este Mappa revisto e
augmentado pelo auctor, com o titulo seguinte: Mappa de Portugal antigo e moderno. Tomos 1.°, 2.º e 3.º Lisboa, na Offic. de
Francisco Luis Ameno 1762 1763. 3 vol. 4.º Esta é a edição preferida por mais correcta e augmentada. Os exemplares de
qualquer d'ellas são hoje mui pouco vulgares, e com tal variedade nos preços que me dispensa de exemplificar cousa alguma
quanto a esta parte.”
€900
62. BEIRÃO. (Caetano) EL-REI DOM MIGUEL I E A SUA DESCENDÊNCIA. Resenha Genealógica e Biográfica.
Portugália Editora.1943. De 25x18 cm. Com 239 pags. Encadernação com lombada e cantos em pele rolados com ferros a
ouro. Profusamente ilustrado com retratos de El-Rei D. Miguel e seus descendentes. Exemplar preserva capas de brochura. €80
63. BEIRÃO. (Caetano) EL-REI DOM MIGUEL I E A SUA DESCENDÊNCIA. Resenha Genealógica e Biográfica.
Portugália Editora. 1943. De 25x18 cm. Com 239 pags. Ilustrado com lombada e cantos em pele rolados com ferros a ouro.
Profusamente ilustrado com retratos de El-Rei D. Miguel e seus descendentes. Exemplar com falta das capas de brochura. €50
64. BEJA. (José Pinto Cardoso) EXAME DA CONSTITUIÇÃO DE D. PEDRO, E DOS DIREITOS DE D. MIGUEL,
dedicado aos fieis portuguezes. Traducção do francez. Por J. P. C. B. F. Lisboa: Na Impressão Regia. 1829. De 23x16 cm.
Com 166 pags. Encadernação recente com lombada em pele. Ilustrado com uma gravura de D. Miguel litografada em 1829.
Exemplar preservando capas de brochura e apresentando margens generosas com notas marginais impressas na dianteira e em
rodapé em reduzidos caracteres tipográficos. Inocêncio V, 103: “José Pinto Cardoso Beja, Bacharel formado em Leis pela
Universidade de Coimbra no anno de 1815. Foi natural de villa de Gouveia, e filho de José Pinto de Beja. Exame da
Constituição de D. Pedro, e dos direitos de D. Miguel. Traduzido do francez. Lisboa, Imp. Regia 1829. 4.º de VIII 166 pag. e
uma estampa. É versão da parte 1.ª de uma obra escripta em francez, e attribuida ao sr. Antonio Ribeiro Saraiva, que se
imprimiu com o titulo Légitimité Portugaise: París, Imp. de Pihan Delaforest (Morinval). 8.º gr., contendo XXXIV 752 44 pag.
e mais uma d'erratas. No seu aviso ao público declara o traductor: que o livro D. Miguel I, obra a mais completa e concludente,
que tinha apparecido na Europa sobre o assumpto é como a primeira parte da sua versão, etc. Com as iniciaes do seu nome.
D'este opusculo se tiraram 5:200 exemplares”.
€150
65. BELARD DA FONSECA. (António) O MISTÉRIO DOS PAINÉIS. Volume I. O Cardeal D. Jaime de Portugal. Volume II.
O 'Judeu', o seu Livro e a Crítica. Lisboa. 1957 e 1958. 2 volumes em 1. De 28x20 cm. Com xxiii-204-227 pags. Encadernação
da época inteira de pele de carneira vermelha com finos ferros a ouro na lombada e nas esquadrias das pastas. Profusamente
ilustrado no texto e em extra-texto. Sairam mais volumes. Obra que se baseia na decifração do livro pintado nos painéis o qual
evoca a memória e o pedido de inumação dos restos mortais do infante D. Pedro de Portugal no mosteiro da Batalha.
€150
66. BELEM, Fr. Jeronymo de. OLIVENÇA ILLUSTRADA PELA VIDA, E MORTE DA Grande Serva de Deos MARIA
DA CRUZ, Filha da Terceira Ordem Serafica, e natural da mesma Villa de Olivença, Em que se expendem juntamente
particulares excellencias da Veneravel Ordem Terceira da Penitencia, com duas respostas apologeticas em defeza da mesma, e
em credito da verdade, CONSAGRADA A’SACRATISSIMA, E DOLOROSISSIMA Virgem Maria nossa Senhora debaixo
dos prodigiosos titulos da BOA MORTE, E SALVAÇÃO, Collocada na capella dos Irmãos Terceiros da referida Villa,
PELAS MÃOS DO N. REVERENDISSIMO PADRE Fr. JOÃO DA TORRE, Leitor Jubilado, Theologo da Magestade
Catholica na Real Junta da Immaculada Conceição, e Commissario Geral da Familia Cismontana da Regular Observancia de
N. S. P. S. Francisco, PELO PADRE FR. JERONYMO DE BELÉM, Prégador Jubilado, Penitenciario Geral de toda a Ordem,
Examinador das Ordens Militares, Consultor da Bulla da Santa Cruzada, e Chronista da Provincia dos Algarves. Dada à luz
pelos Irmãos da Meza da Ordem Terceira de Olivença. LISBOA. Na Officina de MIGUEL MANESCAL DA COSTA,
Impressor do Santo Officio. M. DCC. XLVII. [1747]. In 4.º de 20x14 cm. Com [xl], lxxxviii, 375 pags. Encadernação do
século xix, inteira de pele inteira de pele com rótulo vermelho e ferros a ouro na lombada. Ilustrado com belo frontispicio
gravado representando a 'Vera Effigies da Venerável Maria da Cruz' na sua reclusão conventual. Exemplar com mancha antiga
de gordura na pag. 85/86 e restauros marginais de amador antigos. Inocêncio III, 258. “Fr. Jeronymo De Belem, Franciscano
observante da provincia dos Algarves. Exerceu na sua Ordem varios cargos, e entre elles o de Bibliothecario do convento de
Xabregas, e Chronista da provincia. - N. na villa dos Arcos de Val-de-vez na provincia do Minho em 1692. Ignoro a data do
seu falecimento, sendo certo que ainda vivia em 1760.”
€900
67. BELLEGARDE. (Jean-Baptiste Morvan de) ARTE DE CONHECER OS HOMENS. Escripta em Francez pelo Abbade...
e Traduzida na Lingua Portugueza POR AMBROSIO ANTUNES. Presb. Sec. LISBOA. Na Typografia Nunesiana. Anno
M.DCCLXXXIX (1789). De 15x10 cm. Com 230 pags. Encadernação da época inteira de pele com nervos e ferros a ouro na
lombada. 'Jean Baptiste Morvan de Bellegarde, nascido em 1648 em Pihyriac na diocese de Nantes, tornou-se jesuíta, e
continuou ligado aquela sociedade por dezesseis ou dezessete anos. Aparentemente a sua ligação com o cartesianismo forçou-o
a sair, e ele dedicou-se vigorosamente à escrita para subsistir. Morreu na comunidade dos padres de São Francisco de Sales, em
1734, com a idade de 86. Escreveu traduções francesas de várias obras de clérigos (São João Crisóstomo, S. Basílio, São
Gregório Nazianzeno, Santo Ambrósio, etc.). Há também por ele uma versão de Las Casas, sobre a destruição das Índias,
1697, e várias produções morais, mas as suas reflexões são pouco mais que moralidades triviais, ingénuas e sem profundidade.
Uma tradução dos seus 'modelos de conversa' foi publicada em Londres em 1765, o suficiente para mostrar o absurdo de
muitos de seus sentimentos, e as improbabilidades de seus fatos históricos.' in Moreri,Great Historical Dictionary. Inocêncio
VIII, 57: ‘P. AMBROSIO ANTUNES, Presbytero secular. De suas circumstancias individuaes nada mais consta. Arte de
conhecer os homens; escripta em francez pelo Abbade de Bellegarde, e traduzida na linguagem portugueza. Lisboa, na Typ.
Nunesiana 1789. 8.º-Sahiu em segunda edição (sem o nome do traductor): ibi, na Typ. Rollandiana 1818. 8.º 2 tomos.’
€150
68. BERNARDES, Diogo. RIMAS VARIAS, FLORES DO LIMA. COMPOSTAS POR DIOGO BERNARDES. LISBOA Na
Officina de MIGUEL RODRIGUES. M. DCC. LXX. [1770] In 12.º de 13,5x7 cm. com [viii], 222, [i] pags. Encadernação da
época inteira de pele com pequena falha na lombada. Terceira edição. Inocêncio II, 148. 'DIOGO BERNARDES, ao qual o
Catalogo chamado da Academia accrescenta o appellido de PIMENTA, que sendo effectivamente de seu pae não ha com tudo
memoria de que elle o usasse. Foi natural da villa de Ponte de Lima, se devemos dar credito á declaração exarada no rosto do
seu livro das Rimas ao bom Jesus, e ao mais que judiciosamente se pondera no outro Catalogo de auctores, que precede o
Diccionario da Ling. Port. da Acad. a pag. LXIX; ficando assim menos provavel a asserção de Barbosa, que o julgou nascido
na Ponte da Barca. - Nasceu entre os annos de 1530 e 1540, e com certeza antes d'este ultimo, por ser o do nascimento de seu
irmão mais moço Fr. Agostinho da Cruz. Ignoram se quaes fossem os seus estudos e occupação, até que passou á corte de
Madrid na companhia de Pedro d'Alcaçova Carneiro, mandado por D. Sebastião na qualidade de seu embaixador a Filippe II. Acompanhou depois o mesmo D. Sebastião na infeliz jornada d'Africa, e foi um dos que ficaram captivos na batalha de 4 de
Agosto de 1578. Sendo resgatado voltou á patria onde viveu ainda bastantes annos em situação que, a julgarmos pelas suas
queixas, não distava muito do miseravel, trazendo lhe novas difficuldades o casamento que parece contrahira n'esse intervallo.
Os poetas contemporaneos de Bernardes, especialmente Antonio Ferreira e Sá de Miranda, falam d'elle com os maiores
elogios. O P. Antonio Pereira de Figueiredo dá lhe o outavo logar entre os classicos da lingua, collocando o immediato a
Camões. Mas Francisco José Freire é lhe menos favoravel, pois apenas o enumera entre os textos de segunda ordem. Manuel
de Faria e Sousa, que não sei porque motivo se quiz mostrar seu accerrimo adversario, não só deprime o seu caracter moral,
accusando o de ter roubado a Camões não menos de cinco eclogas, o poema a Sancta Ursula e outros versos que imprimiu
como proprios, mas abertamente o qualifica de poeta mediocre, e falto d'ingenho. Á parte porém o plagiato, de que não serei eu
quem ouse absolvel o, em vista dos fortes argumentos que n'este pleito se tem produzido contra elle, parece me que ha, no que
é innegavelmente seu, merito sufficiente para assegurar lhe um logar distincto entre os poetas da eschola italiana a que
pertenceu, e com especialidade entre os bucolicos. Ninguem poderá desconhecer nas suas poesias pureza de linguagem,
suavidade de metrificação, e certa natural simplicidade de idéas e conceitos, que lhe conquistam a affeição dos leitores. As
diversas edições das suas obras são hoje raras.Rimas varias, Flores do Lima. Lisboa, por Manuel de Lyra 1596. 8.º (Barbosa
diz 1597.) - Ibi, por Lourenço Craesbeeck 1633. 32.º E ibi, por Miguel Rodrigues 1770. 12.° de XIV 222 pag. ”
€300
69. BERNARDES. (Padre Manuel) OS ULTIMOS FINS DO HOMEM, SALVAÇAÕ, E CONDENAÇAÕ ETERNA.
TRATADO ESPIRITUAL, Dividido em dous Livros. NO PRIMEIRO SE TRATA DA SINGULAR PROVIDENCIA de Deos
na salvaçaõ das almas; no segundo das causas geraes da perdiçaõ das almas, ou estradas commuas do Reyno da morte.
ESCRITO, E DEDICADO A' SOBERANA Rainha dos Anjos. MARIA SANTISSIMA S. N. PELO PADRE MANOEL
BERNARDES, da Congregaçaõ do Oratorio de Lisboa. LISBOA OCCIDENTAL, Na Officina de JOSEPH ANTONIO DA
SYLVA. M DCCXXVIII. [1728]. De 21x15 cm. Com xii, 467 pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro
na lombada. Exemplar com leves vestígios de humidade e rótulo da lombada renovado. 1ª edição. Uma das obras onde se pode
observar a língua portuguesa no esplendor da sua época clássica. Inocêncio V, 374 e XVI, 133 “P. MANUEL Presbítero da
Congregação do Oratório de Lisboa, cuja roupeta vestiu aos trinta anos de idade, sendo já graduado pela Universidade de
Coimbra nas Faculdades de Cânones e Filosofia. - Nasceu em Lisboa em 1644, e morreu em 1710. Este escritor, um dos mais
afamados clássicos da língua portuguesa, que foi émulo do justamente celebrado Padre António Vieira, e que apesar da enorme
fama do seu competidor na tribuna sagrada, o excedeu em muitos pontos na suavidade e na poesia do estilo”. Inocêncio V, 375
- '198) (C) Os ultimos fins do homem; salvação e condemnação eterna. Tractado espiritual, dividido em dous livros, etc.
Lisboa, por José Antonio da Silva 1728. 4.º-Ibi, na Reg. Offic. Silviana 1761. 4.º de VIII 467 pag'.
€300
70. BETTENCOURT. (E. A. de) DESCOBRIMENTOS GUERRAS E CONQUISTAS DOS PORTUGUESES EM
TERRAS DO ULTRAMAR NOS SECULOS XV E XVI. Por… Da Real Associação dos Architectos Civis e Archeólogos
Portuguezes, membro fundador da Sociedade de Geographia de Lisboa e Sócio da Associação dos Engenheiros Civis
Portuguezes. Lith. Matta & Comp. Lisboa. 1881-1882. De 35x26 cm. Com 412 pags. Encadernação da época com lombada em
pele com finos ferros a ouro. Obra de grande originalidade na impressão gráfica baseada no sistema litográfico. Ilustrado com
4 mapas. Nomeadamente: 1 mapa desdobrável com planisfério de 40x60 cm contendo a história gráfica dos principais
descobrimentos portugueses; 1 mapa de página dupla de 22x32 cm contendo o mapa da Terra Nova (fac-simile a cores de uma
das cartas do Atlas quinhentista de Lázaro Luiz), mostrando a zonas de ocupação espanhola e de ocupação portuguesa desta
costa da América do Norte; 2 mapas de página inteira com o fac-simile da Carta Catalana de 1375 com a posição e os nomes
atribuídos às Ilhas dos Açores, e a sua comparação com a posição das mesmas ilhas numa carta geográfica actual.
€300
71. BIBLIA SACRA [EDIÇÃO HOLANDESA. SÉC. XVII]. TESTAMENTVM VETVS Ab Im. Tremellio et Fr. Ivnio ex
Hebreo Latinè redditum, ET TESTAMENTVM NOVVM, à Theod. Beza è Graeco in Latinum versum. Argumentis
Capitum additis, versibusqe singulis distinctis et seorsum expressis. Amstelodami. Apud Iohannem Iacobi Schipper.
MDCLXIX [1669]. In 12º (de 16x9 cm) com 959 pags. Encadernação da época inteira de pele (marroquin castanho) com
nervos, ferros a ouro na lombada, esquadrias com motivos florais e corte dourado por folhas. Ilustrado com frontispício aberto
em chapa de metal com motivos decorativos e religiosos, representando os apóstolos na redação dos evangelhos. Biblia em
Latim contendo o Velho Testamento traduzido do Hebreu e o Novo Testamento traduzido do Grego.
€600
72. BIBLIA SACRA VULGATA EDITIONIS, SIXTI V. & CLEMENTIS VIII. Pontif. Max. Auctoritate recognita,
VERSICULIS DISTINCTA: UNA CUM SELECTIS ANNOTATIONIBUS Ex optimis quibusquae Catholicis Interpretibus, &
etiam ex Auctoribus Heterodoxis in His, quae Catholicae veritati non sunt contraria, excerptis: Prolegomenis, Novis Tabulis
Chronologicis, Historicis et Geographicis illustrata. AUCTORE JO: BAPTISTA DU HAMEL PRESBYTERO, &
EXPROFESSORE REGIO, necnon Regiae Scient. Academiae Socio. ACCEDUNT LIBELLI DUO AB ERUDITISSIMO
VIRO Francisco Luca Brugensi exarati: Quorum primus Loca insigniora Romanae Correctionis complectitur; alter vero alias
Correctionis, quae fieri possent, denotat. EDITIO NOVISSIMA ad ultimam Parisiensem exacta, & summa diligentia a mendis
omnibus expurgata. [PARS PRIMA+PARS ALTERA]. BASSANI, MDCCLXXIV [1774]. SED PROSTANT VENETIIS
APUD REMONDINI. Obra em 2 volumes. In Folium (de 30x22 cm.) com xlviii-538 e 616 pags. Encadernações da época
inteiras de pele de carneira com ferros a ouro na lombada, nos nervos e nos rótulos vermelhos. Corte por folhas carminado.
Obra ilustrada com 1 gravura em extra-texto (desenhada por Jo. Baptista Tiepolo e gravada por Francisco Bartolozzi) e
gravuras no texto: O Genesis (Vol. I pag. 1); O Exodo (Vol. I pag. 41); O Rei Salomão (Vol I pag. 285); O Templo de Salomão
(Vol. I pags. 232 e 233) visto por dentro e por fora no seus vários componentes arquitectónicos; O Profeta Isaías (Vol. II pag.
6); A Natividade (Vol. II pag. 242); A Pregação no Derserto (Vol II, 276); A Via Dolorosa (Vol. II pag. 291); A Ressurreição
(Vol. II, pag. 323). Folha de rosto da Pars Prima impressa em duas cores; letras capitais decorativas no início de cada livro
bíblico; notas de rodapé com comentários latinos e remissões em língua grega e hebraica, em caracteres de minúscula
dimensão tipográfica.
€600
73. BLANCHARD. (Pierre) LE PLUTARQUE DE LA JEUNESSE ou abrégé des vies des plus grands hommes de toutes les
nations. Par... Nouvelle Édition, corrigée et continuée jusqu'a nos jours. Morizot, Libraire-Éditeur. Paris. S/d. [189?]. De 24x16
cm. Com 504 pags. Encadernação com lombada em pele com finos ferros a ouro por casas fechadas. Ilustrado com gravuras
em extra-texto. Exemplar com picos de humidade.
€60
74. BLEGNY. (Etienne de) LES ELEMENS OU PRIMIERES INSTRUCTIONS DE JEUNESSE. Par Etienne de Blégny,
Expert-Juré Ecrivain pour les Vérifications des Ecritures contestées. Nouvelle Edition, revuë, corrigée & considerablement
augmentée. A PARIS, AU PALAIS, Chez Jean de Nully. M.DCC.LI. [1751]. In 8.º de 20x13 cm. Com [xxxii] pags. - [xl]
gravuras - 411-[iv] pags. Encadernação da época inteira de pele mosqueada com ferros a ouro na lombada, apresentando-se
com cantos das pastas e coifas da encadernação cansados. Corte das folhas marmoreado a azul. Ilustrado com retrato do autor
em anterrosto ; e com 40 fólios calcográficos gravados com exemplos caligráficos. Obra dividida em duas partes. Na primeira
parte a arte caligráfica ou de escrever e na segunda parte as regras da ortografia francesa. Na primeira parte ensina a maneira
de agarrar na pluma e a posição dos dedos, das mãos e dos braços, seguindo-se a diferente maneira de caligrafar a Escrita
Francesa e a Escrita Italiana e encontrando-se textos completos nas gravuras apresentadas com exemplos de arte caligráfica
francesa.
€300
75. BLUTEAU, Rafael. DICCIONARIO DA LINGUA PORTUGUEZA RECOPILADO DOS VOCABULOS IMPRESSOS
ATE’ AGORA, E NESTA SEGUNDA EDIÇÃO NOVAMENTE EMENDADO, E MUITO ACCRESCENTADO POR
ANTONIO DE MORAES SILVA NATURAL DO RIO DE JANEIRO. LISBOA, NA TYPOGRAPHIA LACERDINA. Anno
de 1813. In 4.º de 25x19,5 cm. 2 volumes com xx, xlviii, 806, [ii] e [II], 872 pags. Encadernações da época inteiras de pele
com rótulos vermelhos e verdes e ferros a ouro nas lombadas que se encontram com pequenas falhas de pele. Inocêncio I, 209
e XXII, 323: “António de Moraes Silva bacharel formado em Leis pela Universidade de Coimbra, seguiu a carreira da
magistratura, e sendo despachado para o Brasil, servia, dizem, o cargo de desembargador na relação da Baía quando, por
motivo de desgostos que teve com o chanceler, resignou o lugar, e retirou se pare Pernambuco. Aí adquiriu algumas
propriedades, e tornando-se Senhor d'Engenho, teve a patente de Capitão-Mór do Recife e coronel de milícias de Moribeca.
Por ocasião da Revolução Republicana em 1817, o povo o nomeou membro do Governo Provisório; porém ele recusou tomar
parte nos acontecimentos, conservando se a eles completamente estranho. Foi natural da cidade do Rio de Janeiro, e nasceu
provavelmente entre os anos de 1756 e 1758. Morreu em Pernambuco em 1825, contando pelo meu cálculo de 67 a 69 annos.
O pouco que há de averiguado para a sua biografia pode ler-se na Revista trimensal do Instituto do Brasil, tomo XV pág. 244”.
Borba de Morais, 799.
€500
76. BODONI - DE BERNIS, Cardeal François-Joachim de Pierre. LA RELIGION VENGÉE. POEME EN DIX CHANTS.
À PARME DANS LE PALAIS ROYAL [Bodoni] MDCCXCV. [1795] In 8.º de 16,5x11 cm. Com [xxviii], 248 pags.
Encadernação original em papel marmoreado com lombada e cantos em pele. Exemplar com dedicatória de oferta de D.
Domingos de Sousa Coutinho (1760-1833) ao núncio papal em Lisboa D. Lorenzo Caleppi (1741-1817), datada de Londres
1808. Primeira edição. Impressão bodoniana estampada sobre magnifico papel de linho calandrado, muito alvo. FrançoisJoachim de Pierre de Bernis (1715-1794), Cardeal, diplomata e poeta francês, oriundo de importantes famílias nobres sem
fortuna. Foi protegido de Madame Pompadour. Como embaixador francês em Roma, contribuiu fortemente para a extinção da
companhia de Jesus. Mais tarde foi também forte opositor à política imposta pela revolução francesa relativa à Igreja. A sua
obra poética mais extensa e conhecida é a Religião Vingada. Sousa Coutinho e Caleppi são importantes personagens históricas,
ambos diplomatas, e foram respetivamente, ministro de Portugal em Londres o primeiro e núncio papal em Lisboa, e depois no
Rio de Janeiro o segundo. Em consequência da invasão napoleónica de 1807, comandada por Junot, deu-se a fuga da corte
portuguesa para o Brasil. O núncio papal não podendo embarcar na esquadra naval que transportou a família real para o Rio de
Janeiro, fugiu para Londres por via marítima e dali partiu para o Rio de Janeiro, acompanhado do seu secretário Camilo Rossi.
Com a mudança da corte portuguesa para o Brasil, o papa nomeia pela primeira vez na história um núncio papal geral para a
América (Caleppi), criando um precedente que mais tarde vai facilitar o reconhecimento papal da independência do Brasil. D.
Domingos de Sousa Coutinho, à época ministro de Portugal em Londres, negociou junto da corte inglesa a proteção prestada
por parte de uma importante escolta naval à corte portuguesa na viagem para o Brasil, por contrapartida da crucial abertura dos
portos marítimos brasileiros à frota inglesa, dramaticamente pressionada por Napoleão, com o Bloqueio Continental. O
ministro português aproveitou a passagem do núncio pela capital inglesa, para lhe oferecer este livro que dedicou à sua
memória. Aqui encontramos um exemplo prático e concreto da influência e importância política de uma impressão Bodoniana,
não só pelo conteúdo literário da obra, mas também como objeto politico. Brooks 606.
First edition. Bodonian masterpiece
of contemporary typography printed in linen paper. Binding: finished in contemporary marbled paper with leather spine and
corners. Copy with ownership of Papal Nuncio in Lisbon D. Caleppi Lorenzo (1741-1817), dated London 1808, as an offer
from D. Domingos de Sousa Coutinho (1760-1833) François-Joachim de Pierre de Bernis (1715-1794), Cardinal, French poet
and diplomat, coming from important noble families without fortune. He was a protegé of Madame Pompadour. As French
ambassador in Rome he contributed to the demise of the Company of Jesus. Later it was also strongly opposed to the policy
imposed by the French Revolution on the Church. His largest (and best known) poetic work is this one. About the ownership:
Sousa Coutinho and Caleppi are historically very important. Both diplomats, they and were respectively Minister of Portugal in
London and the first Papal Nuncio in Lisbon and in Rio de Janeiro. As a result of the Napoleonic invasion of 1807,
commanded by Junot, he gave up and fled with the Portuguese Court to Brazil. However he fled to London by sea and from
there went to Rio de Janeiro, accompanied by his secretary Camilo Rossi. With the shift of the Portuguese Court to Brazil, the
Pope appoints for the first time in history a general Papal Nuncio to the Americas (Caleppi), creating a precedent that will later
facilitate the papal recognition of the independence of Brazil. D. Domingos de Sousa Coutinho, then Minister of Portugal in
London, negotiated with the English Court for protection of a major naval to escort the Portuguese Court on the trip to Brazil.
He gave as compensation the opening of Brazilian ports to the English commerce, dramatically closed by Napoleon as a
Continental Blockade. The Portuguese Minister offered and dedicated this book to Calepi. Here we find a practical and
concrete example of the political influence and of a Bodoniana copy, not only for its literary contents, but also as political
token. Brooks 606.
€1.500
77. BODONI, Giambattista. OFFICIOLUM RECITANDUM PRO DEVOTIONE PER NOVEM DIES NATIVITATEM
JESU CHRISTI IMMEDIATE PRAECENDENTES INCIPIENDO A DIE XVI. DECEMBRIS USQUE AD XXIV.
EJUSDEM MENSIS INCLUSIVE A C. M. T. M. B. PER ORDINEM DISPOSITUM. [Cólofon] PARMAE IN AEDIBVS
PALATINIS MDCCXCIII. [1793] In 4.º de 20x12,8 cm. Com [iv], 276, [ii] pags. Encadernação da época cartonagem editorial
[?] original com as pastas em cartão cobertas por papel de guarda colorido. Os cortes das folhas carminados. Magnifica
impressão bodoniana dedicada a Carolina Maria Teresa Borbonica, impressa a preto e vermelho, apresentando as linhas com as
cores alternadas, utilizando por vezes as duas cores na mesma linha. Estampada sobre magnifico papel de linho calandrado
muito alvo. Belo exemplar de uma obra que apenas existe em 4 bibliotecas públicas italianas. Trata-se da variante A com a
pag. 255 impressa no fólio 33/1, ou seja a variante em que o caderno 32 apenas apresenta 3 fólios, não existindo o fólio 32/4,
mas sendo a paginação seguida. O primeiro fólio em branco encontra-se presente e pertence à edição. Brooks, n.º 523 e fig.
XVI. Considera este livro com um dos mais bonitos editados por Bodoni.
Binding: contemporary hardcover [original
editorial boards?]. Cut of paper edges carmine. Beautiful “bodoniana” print dedicated to Maria Teresa Carolina Bourbon,
printed in black and red, featuring rows with alternating colors, sometimes using the two colors on the same line. Printed on
special linen paper. Known just available at 4 Italian public libraries. Fine copy. Copy belongs to variant A (with pag. 255
printed on folio 33/1) in which cuaderno 32 has only three folios: absent folio 32/4, and page numbers follow correctly. The
first blank folio is present and belongs to this release. Brooks ( n.º 523 e fig. XVI) assumes this book as one of the finest
Bodoni editions.
€2.000
78. BOMBACI, Gasparo. HISTORIE MEMORABILI DELLA CITTA’ DI BOLOGNA RISTRETTE DA GASPARO
BOMBACI Nelle Vite di tre Huomini Illustri Antonio Lamberracci, Nanni Gozzadini, e Galeazzo Mariscotti. IN BOLOGNA
M. DC. LXVI. [1676] Presso Gio. Battista Ferroni. In 4.º de 21x15 cm. Com [xii], 376, [xvi] pags. Encadernação da época em
pergaminho. Ilustrado com brasões no texto.
History of the city of Bologna. Contemporary binding in flexible vellum.
Illustrated with coats-of-arms and heraldry on the text.
€3.000
79. BOMBARDA. (Miguel) A CONSCIENCIA E O LIVRE ARBITRIO. [Por]... Professor da escola medica de Lisboa,
director do hospital Rilhafolles. Livraria de António Maria Pereira - Editor. Lisboa. 1898. De 21x14 cm. Com 352 pags.
Encadernação com lombada e cantos em pele, cansada. Exemplar com título de posse da época na folha de rosto. Ilustrado no
texto com microscopias do cérebro.
€120
80. BORGONZONI MARTELLI, Mariano. LA VERA FELICITÀ. Componimento Drammatico, Da cantarsi Nella Real Villa
di Queluz; Per il felice Natale DEL SERENISSIMO REAL PRINCIPE DELLA BEIRA. [Dell’ Abbate MARIANO
BORGONZONI MARTELLI, Socio, e Censore dell’ Arcadia Lusitana, &c. Sotto nome di MIRTILLO FELSINEO]. Nella
Stamparia di Francesco Luigi Ameno. M.DCC.LXI. [1761]. In 8.º de 22x17 cm. Com 24 fólios inumerados. Encadernação
inteira de pele ao gosto da época com ferros a ouro na lombada. Ilustrado com magnífico frontispício alegórico de página
inteira; 7 vinhetas e belas letras capitais decorativas gravadas por Debrie; representando Júpiter (Jove) rei dos Numes e estes
representados por querubins; vinhetas estas que se encontram também incluídas na obra Arte Poética de Cândido Lusitano,
pelo mesmo impressor em 1758. Rarissimo especimen bibliográfico. Exemplar com ex-libris oleográfico no frontíspicio e
principais fólios da obra. Libreto composto para ser representado no pequeno Teatro do Palácio Real de Queluz, tendo como
personagens Giove, Marte, Amore, Pallade, Coro di Genii. Giove, Marte, Amore, Pallade, Coro di Genii. Com parte musical
de David Perez, conforme se encontra mencionado no verso do 5º fólio. Dedicado ao nascimento do Principe da Beira
(primeiro deste título, atribuido por D. José I a este seu neto) filho da futura rainha D. Maria I e falecido antes de aceder ao
trono. Libreto raríssimo, posteriormente impresso, em 1777, na representação desta obra no Teatro de S. Carlos.
Binding:
contemporary full calf gilt at spine. Illustrated with beautiful full-page allegorical frontispiece, 7 vignettes and beautiful
decorative capital letters engraved by Debrie, representing Jupiter (Jove) King of Numes. Same engraving also included in the
famous book “Arte Poética” (same printer) by Candido Lusitano in 1758. Ex-libris (stamped) on the title page and main folios
of the book. Very rare bibliographical specimen, later reprinted in 1777 for the public representation of this work at the Teatro
San Carlos, in Lisbon. This very rare libretto in Neo-classical style (Arcadian) was represented in the small private theater of
the Royal Palace of Queluz (still existing in there), with the characters of Giove, Marte, Amore, Pallade, Coro di Genii.
Originally, intended to be represented with a musical part, composed by the famous maestro David Perez, as it is just
mentioned in verse of the 5th folio. Dedicated to the birth of the Prince of Beira (the first of this title, awarded by King Joseph
I to his grandson) son of the future Queen Mary Ist; he died before accessing the throne.
€2.000
81. BOTELHO DE SOUSA. (Alfredo) SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA MILITAR MARÍTIMA DA ÍNDIA. (1585-1669).
Por… Capitão-tenente de Marinha, Professor de Arte Militar Marítima na Escola Naval e de Material e Operações Navais na
Escola Naval. Vol. I. Imprensa da Armada. Lisboa. 1930. 1 volume (de 4). De 26x18 cm. Com 661 pags. Encadernação
artística (meia amador) da época, com lombada e cantos em pele, com ferros a ouro rolados sobre as pastas. Exemplar apenas
aparado e dourado à cabeça. Apenas o primeiro de quatro volumes desta obra; compreendendo a história militar marítma entre
1585 e 1605.
€120
82. BOTELHO. (3º Visconde do) OS BOTELHOS DE NOSSA SENHORA DA VIDA. Edição do… [Impresso por Ramos,
Afonso e Moita, Lda]. Lisboa. 1955. De 30x23 cm. Com xxxvi-584 pags. Brochado. Ilustrado com fotogravuras extra-texto e
desenhos de brasões de armas intercalados no texto. Obra impressa em papel creme velino da Companhia de Papel do Prado,
contendo genealogias de famílias açoreanas dos primeiros capitães donatários.
€300
83. BOURGOING. (Jean François) VOYAGE DU CI-DEVANT DUC DU CHATELET, EN PORTUGAL, OU SE
TROUVENT Des détails intéressans sur ses Colonies, sur le Treblement de terre de Lisbonne, sur M. de Pombal et la Cour
Revu, corrige sur le Manuscrit, et augmenté de Notes sur la sitution actuel de ce Royaume et de ses Colonies, Par J. Fr.
BOURGOING, ci-devant Ministre plénipotentiare de la Republique francaise en Espagne, Membre associé de l’Institut
national. Avec la Carte du Portugal, et la Vue de la Baie de Lisbonne. A PARIS, Chez F. Buisson, Imp.-Lib. An VI de la
République. (1798) 2 volumes em 1 de 19,5x12 cm. Com (IV)-268 e (IV)-260 pags. Encadernação da época inteira de pele.
pastas. Ilustrado com uma bela gravura da margem direita do Rio Tejo, legendada “Vue de la Baie de Lisbonne”,
representando ao centro uma armada fundeada junto à torre de Belém e o mosteiro dos Jerónimos ao fundo. Apresenta um
excelente mapa de Portugal, desdobrável, ambos gravados por Tardieu l’ainé. Inocêncio XIX, 25. “Na obra Portugal e os
estrangeiros, de M. Bernardes Branco, tomo I, de pag. 248 a 252, encontra-se uma versão do livro de Chatelet ácerca do
Marquez de Pombal. Dizem que o verdadeiro auctor desta viagem foi o barão de Comartin-Desoteux, que tambem escreveu a
da Administration do mesmo Marquez, que ficou ja mencionada no tomo VII deste Dicc..” Xavier Coutinho 675, Duarte de
Sousa 93, apenas refere a tradução inglesa publicada em Londres no ano de 1809. L’ écrivain et diplomate J.F. Bourgoing
(1748-1811) nous livre, par son importante refonte et actualisation du manuscrit du duc de Chastelet, une remarquable étude du
Portugal de la fin du XVIIIème siècle. Climat, géographie, législation, religion, coutumes, population, …
€800
84. BRAAMCAMP FREIRE. (Anselmo) NOTICIAS DA FEITORIA DA FLANDRES. Precedidas dos Brandões Poetas do
Cancioneiro. Estudos de… Director do Archivo. Edição do Archivo Histórico Português. 1920. De 26x18 cm. Com x-272-(i)
pags. Encadernação com lombada e cantos em pele. Exemplar aparado apenas à cabeça.
€120
85. BRAAMCAMP FREIRE. (Anselmo) VIDA E OBRAS DE GIL VICENTE “TROVADOR MESTRE DA BALANÇA”.
Por … Antigo Presidente da Assembleia Nacional Constituinte da Republica Portuguesa. Com 19 estampas fora do texto.
Edição da Revista Ocidente 1944. De 25x18 cm. com 632 pags. Encadernação inteira de pele com ferros a seco nas pastas,
executada por Frederico de Almeida. Ilustrado. Exemplar preserva as capas de brochura.
€150
86. BRAGA. (Teófilo) BIBLIOGRAPHIA CAMONIANA. Por Theophilo Braga. Imprensa de Christovão A. Rodrigues. Lisboa.
MDCCCLXXX [1880]. De 27x18 cm. Com 254, 2 pags. Encadernação da época com lombada em pele (chagrin verde) com
nervos e ferros a ouro. Tiragem de 72/325 ex. numerado e assinado por Teófilo Braga. Obra com bibliografia de referência activa e passiva camoniana - impressa com grande qualidade tipográfica para as comemorações centenárias.
€400
87. BRAGANÇA. (Rei de Portugal, D. Carlos de) DIÁRIO NÁUTICO DO YACHT «AMÉLIA»: CAMPANHA
OCEANOGRÁFICA REALIZADA EM 1897. 3ª Edição. Oficinas gráficas do Instituto Hidrográfico. Lisboa. 1986. De
42x30 cm. Com xxvii pags. e [12] fólios inumerados. Ilustrado com o fac-simile do diário manuscrito, aguarelado e contendo
fotogravuras e listagens das capturas da autoria do rei e investigador, entre 5 e 29 de Maio de 1897, recolhidas na zona de
Sesimbra e de Tróia. Tiragem de 2000 exemplares não numerados.
€100
88. BRANDÃO. (Fr. António) TERCEIRA PARTE DA MONARCHIA LVSYTANA. QUE CONTÉM A HISTORIA DE
Portugal, desde o Conde Dom Henrique, atè todo o reynado d’ElRey Don Afonso Henriques. PELO DOUTOR FREY
ANTONIO BRANDAÕ, ABBADE DO CONVENTO DE N. SENHORA DO Desterro de Lisboa, da Ordem de S. Bernardo,
& Chronista Mór de Portugal. DIRIGIDA AO MUITO ALTO, E MUITO PODEROSO REY, E SENHOR NOSSO D. PEDRO
II. LISBOA. Na Impressão Craesbeeckiana. Anno 1690. In fólio de 29x19,5 cm. com (x)-420-(xl) pags. Encadernação inteira
de pele da época com rotulo vermelho e nervos na lombada. Segunda edição. Inocêncio I, 98. “FR. ANTONIO BRANDÃO,
Monge Cisterciense da Congregação de S. Bernardo em Portugal, cuja regra professou a 27 de Outubro de 1599. Foi Doutor
em Theologia pela Univ. de Coimbra, Abbade do mosteiro do Desterro em Lisboa, e exerceu na sua Ordem outros cargos,
inclusivè o de Geral para que foi eleito a 1 de Maio de 1636. - Chronista mór do Reino, por carta regia de Filippe III de
Portugal de 19 de Maio de 1630. - N. em Alcobaça a 25 de Abril de 1584, e m. no mosteiro da mesma villa a 27 de Novembro
de 1637. V. para a sua biographia além das noticias dadas por Barbosa no tomo I, a Memoria ácerca da sua vida e escriptos por
Fr. Fortunato de S. Boaventura, inserta no tomo VIII parte II das da Acad. R. das Sciencias. - E. 472) (C) Terceira parte da
Monarchia Lusitana, que contém a Historia de Portugal desd’o Conde D. Henrique até todo o reinado d’Elrei D. Afonso
Henriques. Lisboa, no mosteiro de S. Bernardo, por Pedro Craesbeeck 1632. fol. de VI 300 folhas sem contar as da taboada
que vem no fim. - Reimpressa, ibi, na Imp. Craesbeeckiana 1690. fol.
€500
89. BRANDÃO. (Raul) EL-REI JUNOT. [Typ. da Empr. Litter. E Typographica. Porto]. Livraria Brasileira de Monteiro Cª
Editores. Lisboa. 1912. De 24x16 cm. Com 344 pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele. Ilustrado no
texto. Obra inteiramente impressa sobre papel couché.
€150
90. BRAVO. (Pedro) e Duarte de Oliveira. VINIFICAÇÃO MODERNA. Volume I. Fabrico de Vinhos. Volume II.
Conservação, doenças, tratamentos e subproductos. 4ª edição. Biblioteca de Instrução Profissional. Livraria Bertrand.
Lisboa. S/d [194?]. Obra em 2 volumes. De 18x12 cm. Com 336 e 365 pags. Encadernações do editor. Ilustrado. Exemplar
com títulos de posse sobre a folha de rosto.
€120
91. BRAZÃO. (Eduardo) O CONDE DE TAROUCA EM LONDRES (1709-1710). [Por]... Licenciado em Direito. [Livraria
Bertrand - Depositária]. 1935. De 24x18 cm. Com 157 pags. Encadernação da época inteira de percalina vermelha com 2
rótulos em pele. Exemplar com margens generosas e dedicatória do autor, em anterrosto, dirigida ao Conde de Tovar. Obra
sobre a acção levada a cabo por D. Luís da Cunha e por João Gomes da Silva (Conde de Tarouca), os quais conseguiram o
apoio diplomático e material da Inglaterra a Portugal na última parte da guerra da sucessão espanhola.
€60
92. BRITO CAPELLO e Roberto Ivens. ITINERÁRIOS DE VIAGEM. [Execução Gráfica Instituto Hidrográfico]. Edições
Culturais da Marinha. Lisboa. 1989. De 17x24 cm (formato oblongo). Com cerca de 135 fólios inumerados. Encadernação
editorial. Obra com reprodução fac-simile do caderno de apontamentos, desenhos etnográficos, e esboços geográficos da
viagem de exploração no interior do continente africano.
€120
93. BRITO. (Bernardo de) SEGVNDA PARTE DA MONARCHIA LVSYTANA. EM QVE SE CONTINVAÕ AS HISTOrias de Portugal, desde o Nascimento de nosso Salvador Iesu Cristo, até ser dado dote ao Conde Dom Henrique. COMPOSTA
PELO DOUTOR FREY BERNARDO DE BRITO, CHRONISTA GERAL, E MONGE DA Ordem de S. Bernardo.
DIRIGIDA AO MUITO ALTO, E MUITO PODEROSO REY, E SENHOR NOSSO D. PEDRO II. LISBOA. Na Impressão
Craesbeeckiana. Anno 1690. In fólio de 29,5x20 cm. Com (viii)-558-(xxx) pags. Encadernação da época inteira de pele com
rotulo vermelho ferros a ouro na lombada, com vestígios de traça. Ilustrado com a raríssima gravura alegórica em anterrosto
que foi mandada suprimir da edição por ordem régia, pelo facto de apresentar o brasão do impressor em formato maior que o
do rei D. Pedro II. Segunda edição. Inocêncio I, 372.
€600
94. BROTERO, Felix Avellar. COMPENDIO DE BOTANICA, OU NOÇÕES ELEMENTARES DESTA SCIENCIA,
segundo os melhores Escritores modernos, expostas na língua Portugueza. Por FÉLIX AVELLAR BROTERO. PARIS.
Vende-se em Lisboa, em casa de Paulo Martin, M,DCC,LXXXVIII. (1788) In 4.º De 20,5x13 cm. 2 volumes com lxxvi, 471 e
411, [v] Obra ilustrada com 31 estampas extra-texto com centenas de plantas, sendo uma desdobrável representando um 'Ramo
da Arvore do Chá', dedicada a D. Maria de Noronha e Silva. Encadernações da época inteiras de pele com rótulos e ferros a
ouro nas lombadas. Exemplar com margens muito generosas impresso em papel muito encorpado. Apresenta assinatura de
posse coeva de Fr. João de S. Pedro Tavares e um pico de traça marginal nas primeiras páginas do volume 1. Inocêncio II, 259.
«Cavalleiro da Ordem de S. Bento d’ Avis Doutor em Medicina pela Universidade de Rheims, incorporado em 1791 na de
Coimbra, onde lhe foi tambem conferido gratuitamente o capello na faculdade de Philosophia; Lente da cadeira de Botânica e
Agricultura, na qual obteve a jubilação depois de vinte annos d’exercicio; Director do Museu Real e Jardim Botânico do Paço
d’Ajuda; deputado as Cortes constituintes de 1821; Membro da Sociedade de Horticultura de Londres, e da Linneana de
Historia Natural da mesma cidade; Sócio da Academia R. das Sciencias de Lisboa, da de Historia Natural e Philomatica de
Paris; da Physiographica de Lunden na Suécia; da de Historia Natural de Rostok, e da Academia Cesarea de Bonn na
Allemanha, etc. – N. na freguezia do Tojal, Termo de Lisbo, em 1744, e M: em 1828. A celebridade do nome d’este varão
illustre, reconhecido universalmente como o primeiro botânico de Portugal, me dispensa de entrar aqui nos pormenores da sua
biografia, que poucos deixaram de ter lido. Esta obra, posto que hoje antiquada á face dos novos descobrimentos e progressos
da sciencia, e, na opinião de avaliadores competentes, um modelo do estylo didactico, e a primeira e unica d'este genero, que
temos em lingua vulgar. O sr. dr. Antonio Albino da Fonseca Benevides a deu novamente á luz (V. o artigo A, 369) alterada
em parte, e addicionando lhe noções extrahidas de botanicos modernos, taes como Mirbel, De Gandolle, Richard e outros. É
porem para sentir, que n'esta edição se supprimisse o Discurso preliminar sobre a origem, progresso e estado actual da
botanica, collocado pelo dr. Brotero á frente do seu compendio, e que é na opinião dos entendidos uma peça bem escripta, e de
grande merecimento.»
€1.500
95. BULLAR. (Joseph e Henry) UM INVERNO NOS AÇORES E UM VERÃO NO VALE DAS FURNAS. Tradução do
inglês por João Hickling Anglin. Com um prólogo de Arnaldo Côrtes-Rodrigues. Edição do Instituto Cultural de Ponta
Delgada. Ilha de São Miguel. Açores. MCMXLIX [1949]. De 23x16 cm. Com xxvii-438-(iv) pags. Encadernação com
lombada em pele.
€90
96. CADAMOSTO, Luís de. NAVEGAÇÕES DE... [E DE OUTROS] [Publicadas In COLLECÇÃO DE NOTÍCIAS PARA A
HISTORIA E GEOGRAFIA DAS NAÇÕES ULTRAMARINAS, QUE VIVEM NOS DOMINIOS PORTUGUEZES, OU
LHES SÃO VISINHAS: PUBLICADA PELA ACADEMIA REAL DAS SCIENCIAS. TOMO II.] Segunda edição.
Typographia da Academia Real da Sciencias. Lisboa. 1867. In 8º (de 23x17 cm) com xiv, 232 pags. Encadernação recente com
lombada em pele. Exemplar por abrir. Conjunto de 6 memórias que transcrevem manuscritos, documentos das viagens, e
roteiros da época dos Descobrimentos portugueses, nomeadamente: I- “Navegações de Luis de Cadamosto a que se ajuntou
à Viagem de Pedro de Sintra Capitão Português, traduzidas do italiano”; da pag. 1 à pag. 73. II- “Navegação de Lisboa à
Ilha de S. Tomé escrita por um piloto português e mandada ao Conde Raymundo de la Torre, gentil-homem veronês,
traduzida da língua portuguesa para a italiana e novamente da italiana para a portuguesa”; da pag. 75 à pag. 102. III“Navegação do capitão Pedro Alvares Cabral, escrita por um piloto português, traduzida da língua portuguesa para a
italiana e novamente do italiano para o português”; da pag. 102 à pag. 136. IV- “Cartas de Américo Vespucio a Pedro
Soderini, Gonfaloneiro Perpétuo da República de Florença, sobre duas viagens feitas por ordem do Sereníssimo Rei de
Portugal, traduzidas do italiano”; da pag. 137 à pag. 159. V- “Navegação às Índias Orientais escritas em português por
Thomé Lopes, traduzida da língua portuguesa para a italiana e novamente do italiano para o português”; da pag. 151 (aliás 161
por erro na paginação) até à pag. 217. VI- “Viagem às Índias Orientais por João de Empoli, feitor de uma nau portuguesa,
armada por conta dos Marchiones de Lisboa, traduzida do Italiano”; da pag. 219 à pag. 232.
€300
97. CAGNAT. (Réné) COURS D’ÉPIGRAPHIE LATINE. [Par]... Membre de l'Institut, Professeur d'épigraphie et antiquités
romaines au Collège de France. Fontmoing et Cie., Éditeurs Libraires des Écoles Françaises d'Athènes et de Rome. Paris.
1914. De 25x17 cm. Com 504 pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele. Ilustrado no texto com
reproduções epigráficas ; quadros de dados e tabelas de interpretação epigráfica ; e ainda ilustrado com 28 fototipias contendo
fac-similes dos melhores exemplos epigráficos de cada período. Obra contém a análise de toda a variedade de alfabetos
epigráficos (incluindo cursivos, graffitis latinos, e marcas apostas em vários tipos de objectos) e ainda uma tabela analítica das
letras compostas, isto é, ligaduras de letras ou palavras. Apresenta-se um capítulo dedicado à cronologia dos imperadores
romanos constituído por tabelas que fornecem a cronologia exacta das epigrafias, através da divisão cronológica nos seus
títulos, nos seus poderes tribunícios, nos seus consulados e nas suas saudações imperiais. No final da obra encontra-se uma
tabela, em forma de dicionário, com a sistematização do significado por ordem alfabética de todas as siglas e abreviaturas (com
um anexo em particular para as siglas ou palavras começadas por números).
€80
98. CAMACHO DE ABOIM, Diogo Guerreiro. ESCOLA MORAL, POLITICA, CHRISTÃA, E JURIDICA. EM QUATRO
PALESTRAS. NAS QUAES LEM DE PRIMA AS QUATRO VIRTUDES CARDEAES. Na primeira, a Prudencia na Cadeira
do Entendimento. Na segunda, a Justiça na Cadeira, da Vontade. Na terceira a Fortaleza na Cadeira do Irascivel. Na quarta a
Temperança na Cadeira do Concupiscivel, dando Leys a todas as Virtudes, que delas procedem, e confutando todos os vicios,
que se lhe oppoem, e dirigindo todos os actos das quatro faculdades da alma, capazes de virtudes, e vicios, Entendimento,
vontade, Irascivel, e Concupiscivel, às regras da razaõ; sahindo a Prudencia na primeira Palestra, com hum Ministro prudente;
a Justiça na segunda, com hum Ministro justiceiro; a Fortaleza na terceira, com hum Ministro forte, a Temperança na quarta,
com hum Ministro temperado. MATERIA UTIL, E NECESSARIA PARA todo o estado, e profissoens de pessoas
Ecclesiasticas, e Seculares. COMPOSTA PELO DOUTOR DIOGO GUERREIRO CAMACHO DE ABOYM Familiar do
Santo Officio, e Desembargador do Porto. E DEDICADA A ELREY N. SENHOR D. JOAM V. por DOMINGOS
GONÇALVES. LISBOA, Na Officina de DOMINGOS GONÇALVES. M. DCC. XLVII. [1747]. In fólio (de 28x21 cm) com
[xvi], 514 pags. Encadernação da época inteiras de pele com finos ferros a ouro na lombada e no rótulo. Exemplar com título
de posse no pé da folha de rosto: “Joze de Gouveia Ozorio”. Obra impressa a dupla coluna e com folha de rosto impressa a
duas cores. INOCÊNCIO II, 159: “Diogo Guerreiro Camacho D'Aboim, natural de Ourique no Alentejo. Formou-se em Direito
Civil, e tendo servido varios logares de magistratura, morreu no de Desembargador da Casa da Supplicação em 1709, aos 48
anos de edade. ESCOLA MORAL, politica, christã, e juridica, dividida, em quatro partes, nas quaes lêm de Prima as quatro
Virtudes cardeaes. Lisboa, por Antonio de Sousa da Silva 1733. fol. «Titulo tão galante, que faz rir os prudentes e occupar os
fanaticos» diz o auctor do Demetrio Moderno, falando desta obra na pag. 164. Saíu em segunda edição: ibi, por Domingos
Gonçalves 1747. fol. - e em terceira ibi, por Bernardo Antonio d'Oliveira 1759. fol. Além desta escreveu Guerreiro e publicou
varias obras de jurisprudencia em latim, as quaes são bem conhecidas, e foram varias vezes reimpressas. Omitto aqui os seus
titulos, que quem quizer poderá vêr na Bibl. de Barbosa”.
€300
99. CAMÕES, Luís de. OS LUSIADAS. Poema épico em dez cantos. Por… acompanhado da versão franceza do mesmo poema
por Fernando de Azevedo. Precedido de um prologo por M. Pinheiro Chagas sócio effectivo da Academia Real das Sciencias.
Desenhos de Soares dos Reis – Gravuras de J. Pedroso. Imprensa Nacional. Lisboa. 1878. In fólio (de 37x29 cm) com xxxii337 pags. Encadernação da época de pele (marroquin verde) com finos ferros a ouro na lombada, e ainda nas esquadrias, filetes
e conchas das pastas. Guardas interiores em tecido de damasco verde. Profusamente ilustrado em extra texto com gravuras
abertas em chapa de cobre por Pedroso a partir de desenhos do pintor Soares dos Reis. Exemplar apresenta-se com dano na
coifa superior da lombada; capa anterior da encadernação solta; e com alguns picos de humidade.
€200
100. CAMÕES, Luís Vaz de. LUSIADA POEMA EPICO DE LUIS DE CAMOES PRINCIPE DOS POETAS DE
ESPANHA, Com os Argumentos DE JOAÕ FRANCO BARRETO, Illustrado com Varia, e Breves Notas, e com huum
precedente Apparao do qe lhe pertence, POR IGNACIO GARCEZ FERREIRA ENTRE OS ARCADES GILMEDO. Em
Napoles na Officina Parriniana MDCCXXXI (1731) [Tomo II. Roma, na Offic. de Antonio Rossi. 1732] 2 volumes In 4.º de
25x19,5 cm. Com [xii[, 488 [ii] e [iv], 238 pags. Encadernações recentes ao gosto da época inteiras de pele com nervos e
rótulos vermelhos. Ilustrado com um magnifico retrato de Camões aberto por Carlos Allet em 1728 e um mapa desdobrável da
Carreira da Índia no seu descobrimento por Vasco da Gama no ano de 1497, aberto por Dom Franceschiní. Inocêncio III, 208.
“P. IGNACIO GARCEZ FERREIRA, foi primeiramente Conego secular da congregação do Evangelista (mais conhecidos
pelo nome de Loyos) depois Clerigo secular, e a final provido na dignidade de Conego penitenciario da Sé de Lamego em
1733. Pertenceu á Academia dos Arcades de Roma com o nome de Gilmedo. N. na praça de Almeida a 18 de Septembro de
1680. Quanto ao logar e data do seu falecimento, nada nos diz Barbosa. Foi Garcez um dos criticos que tractaram Camões com
maior aspereza e severidade; e diz o sr. Visconde que o seu trabalho servíra de muito a José Agostinho na composição da
Censura das Lusiadas. - Lusiada, poema epico de Luis de Camões, com os argumentos de João Franco Barreto, illustrada com
varias e breves notas, e com um precedente apparato do que lhe pertence. É pouco vulgar esta edição, de que alguns
exemplares só venderam em tempo de 3:200 a 3:600 réis. Creio que modernamente tem subido de valor.”
2 volumes. In 4.º
de 25x19,5 cm with [xii[, 488 [ii] e [iv], 238 pags. First volume printed in Naples in 1731, and second volume printed in Rome
in 1732. Binding: 18th Century replica in full marbled calf (bound at late 19th Century). Illustrated with a superb portrait of
Camões, engraved by Allet in 1728, and a folding map of the discovery voyage of Vasco da Gama to India in the year 1497,
engraved by Franceschini. Epic poem by Luís de Camões with notes and commentaries of João Franco Barreto. Garcez was
one of the critics of Camões who dealt with more severity on his work, and contributed to further critical studies. By the time
of bibliographer Inocêncio (III, 208) the copies of this edition were rising in value.'
€2.000
101. CAMÕES. (Luís de) LA LUSIADE DE LOUIS CAMOENS, POËME HÉROÏQUE, EN DIX CHANTS. Nouvellement
traduit du Portugais, Avec les Notes & la Vie de l’Auteur. À PARIS, Chez NYON aîné, Libraire. M.DCC. LXXVI. [1776]. 2
volumes enc. em 1. In 8º (de 20x13 cm) com 160 e 232 pags. Encadernação da época inteira de pele com finos ferros a ouro na
lombada. Exemplar com ex-libris oleográfico na folha de rosto de “Comte Le Gonidec de Penlan, Chateau de Tertre, Falaise”.
Inocêncio refere uma edição impressa Paris, no mesmo ano, mas com paginações diferentes e ilustrada com 10 gravuras, não
refere o editor. Na BNP não existem exemplares de ambas as edições. Inocêncio V, 270: “D'Hermilly, e Jean François
Laharpe: La Lusiade de Louis Camoens, poëme heroique en dix chants, nouvellement traduit du portugais, avec des notes et la
vie de l'auteur. Enrichi de figures a chaque chant. París, 1776. 8.º gr. 2 tomos com XXXII 320 pag., e IV 295 pag. O sr.
Visconde confere a qualificacão de «bellas» ás dez gravuras que acompanham esta edição. Foi publicada anonyma. S. ex.ª
omittiu que d'ella se fez segunda edição em París, 1813, 2 tomos in 12.º, e que a mesma versão anda tambem no tomo VIII das
obras de Laharpe, da edição de 1820. A traducção é em prosa, feita litteralmente, isto é, em glosa interlinear por D'Hermilly, e
depois affeiçoada á lingua franceza por Laharpe, que ignorava de todo a portugueza. Vej. além dos auctores citados pelo sr.
Visconde a pag. 238, a Memoria de Antonio d'Araujo de Azevedo, inserta no tomo VII das de Litteratura da Academia Real
das Sciencias. O exemplar da collecção Adamson foi vendido por 4 sh. 6 d., comquanto a edição ande cotada no Manual de
Brunet de 6 a 9 francos.
€300
102. CAMÕES. (Luís de) OS LUSÍADAS de… Com prefácio e notas de Cláudio Basto. Reprodução facsimilada da 1ª edição de
1572 [Antonio Gõçalues Impressor. 1572, em miniatura]. [Colecção] Cultura Camoniana. Ed. da Revista de Portugal. 1943. De
13x10 cm. Com xiv pags. e 271 fólios. Encadernação artística em pele com ferros a ouro na lombada e nas pastas por
esquadrias e super-libris. Ilustrado com retrato de Camões em anterrosto. Exemplar por aparar.
€80
103. CAMÕES. (Luís de) OS LVSIADAS DE… [FAC-SIMILE]. Agora de novo impresso, com alguas Annotações, de diversos
Autores. [Vinheta: Non vi, sed ingenio et art]. Com licença do Supremo Conselho da Sancta & Geral Inquisição, por Manoel
de Lyra. Em Lisboa, Anno de 1584. Bibliarte. Lisboa. 1986. De 15,5x11,5 cm. Com (xii)-280 fólios. Encadernação do editor
em pergamóide. Primeira edição anastática de 300 exemplares (na sua maioria encadernados em cartonado) da edição dita
”Edição dos Piscos” reproduzida na Litografia Nacional a partir do original pertencente à biblioteca de Ernesto Martins. €200
104. CAMPOS DE ANDRADA. (Ernesto de) MEMÓRIAS DO MARQUÊS DE FRONTEIRA E D`ALORNA. D. José
Trazimundo Mascarenhas Barreto. Ditadas por êle próprio em 1861. Revistas e coordenadas por Ernesto Campos de Andrada.
Imprensa da Universidade. Coimbra. 1926, 1928, 1929, 1930 e 1932. 5 volumes de 24x17 cm. Com 487, 395, 378, 507 e 379
pags. Encadernações da época com lombadas em pele. Ilustrados. Memórias de 1802 de 1853, sendo o último volume um
apêndice com documentos oficiais e particulares de 1802-1881. Cada volume contém um índice cronológico exaustivo; um
índice alfabético de nomes próprios, pessoas, títulos, cargos, etc. e um índice das gravuras em extra texto. A publicação deste
importante trabalho histórico suscitou um justificado interesse público na sua época. O segundo volume afirmou a obra como
sendo de referência no estudo das guerras da sucessão ao trono e do Cerco do Porto. Os factos são narrados a partir do discurso
oral do 7º Marquês da Fronteira (1802-1881), fidalgo liberal, descendente da Marquesa da Fronteira Leonor de Almeida
(literariamente conhecida por Alcipe). A sua narrativa testemunhal é fixada a partir de um discurso oral directo, e os episódios
são vivos e pitorescos, permitindo ao leitor uma imagem bem contextualizada da sua época. A revisão e coordenação foi feita
pelo Dr. Campos de Andrada (1882-1943), considerado um investigador apaixonado e meticuloso e quem acrescentou gravuras
que aumentaram o valor documental da obra. Edição completa com os volumes de memórias publicados entre 1926 e 1931 e o
volume de apêndice publicado em 1932.
€400
105. CAMPOVERDE. (Juan de) DEFENSA CHRISTIANA, POLITICA, Y VERDADERA DE LA PRIMACIA DE LAS
ESPAÑAS, QUE GOZA LA SANTA IGLESIA DE TOLEDO, CONTRA VN MANIFESTO, QUE COM TITULO DE
MEMORIAL DADO AL REY, HÁ PUBLICADO LA SANTA IGLESIA DE SEVILLA. DIVIDIDA EN TRES PARTES. LA
PRIMERA, DECLARA SER EL MANIFESTO MENOS DIGNO DE IGLESIA tan grande. Ser insubsistentes los motivos,
que expressa. Ser notoriamente incertas muchas de sus erudiciones. Ser absurdas algunas de sus proposiciones. Ser vna duda,
que exita, contraria à la vniversal tradicion, y à la especial, y constante de España, y à la piedad religiosa, y mayor honor de
Nacion Española. LA SEGUNDA, TRATA EL PUNTO EN TODA FORMA ESCOLÁSTICA. Contiene diversos Notables,
vnos ciertos, y outros, admitimos para la disputa. Refiere vn numero grande de gravíssimos Autores de todas as Naciones, que
defienden nuestra sentencia. Propone autoridades constantes, y ciertas de los Reyes de los Sumos Pontífices, y aun de los
Concílios Generales. Expressa razones manifiestas, formadas de testimonios, y hechos innegables. LA TERCERA,
SATISFACE A TODOS LOS ARGUMENTOS ANTIGUOS, y modernos, y sobre estos previne graves, y muy serias
reflexiones. SU AUTOR EL DOUTOR NICASIO SEVILLANO. En Madrid, en la Imprenta Real: Por Joseph Rodriguez de
Escobar, Impressor del Rey nuestro Señor, Año 1726. Fólio de 34x22 cm. Belo frontispício gravado delineado por “Narcisus
Thome Architec. Mayor. S. Tolet.” e esculpido por “Didacus a Thome Scup. Tolet. Anno 1726.” (XLIV)-558-(II) pags.
Magnifica encadernação artística da época de Filipe V. em inteira de marroquim vermelho (tafilete roxo) com nervos, janelas
fechadas, ferros a ouro nas pastas (cercadura com filete duplo) e lombada, super-libris cardinalício toledano inspirado no
frontispício gravado em ambas nas pastas. Corte dourado por folhas. Guardas em papel decorativo. Exemplar com ex-libris de
Vicente La Fuente. Impressão muito nítida sobre excelente papel de linho, muito alvo. Existe um exemplar na Biblioteca
nacional de Madrid, com encadernação idêntica, mas com ligeira diferença nos ferros decorativos. Palau 41557.
€2.000
106. CANCIO. (Francisco) A FESTA BRAVA Grande edição ilustrada. [Por]… do Instituto de Coimbra, do Instituto Português
de Arqueologia, História e Etnografia, e do “Grupo de Amigos de Lisboa”. Ano de 1941. De 29x21 cm. Com 608 pags.
Encadernação da época com lombada e cantos em pele.
€200
107. CÂNCIO. (Francisco) LISBOA NO TEMPO DO PASSEIO PÚBLICO. [Por]... do Instituto de Coimbra e do Instituto
Português de Arqueologia, História e Etnografia. Desenhos de António Figueiredo. Lisboa. 1962-1963. Obra em 2 volumes.
De 25x19 cm. Com 557 e 484 pags. Encadernações inteiras de pele com nervos e ferros a ouro nas lombadas. Ilustrados com
reproduções de gravuras e esboços.
€200
108. CANCIONEIRO DA AJUDA. Fragmento do Nobiliário do Conde Dom Pedro. Edição Fac-similada do códice existente na
Biblioteca da Ajuda. Edição realizada com o apoio da Sociedade Lisboa 94 Capital Europeia da Cultura. Edições Távola
Redonda. Instituto Português do Património Arquitectónico e Arqueológico. Biblioteca da Ajuda. Lisboa. 1994. De 46x35 cm.
Com 128 fólios inumerados. Ilustrado com o fac-simile fotográfico reproduzindo fielmente a cores todo manuscrito iluminado.
Encadernação do editor. [Contendo junto: CANCIONEIRO DA AJUDA. Apresentação, Estudos e Índices. Edições Távola
Redonda. Instituto Português do Património Arquitectónico e Arqueológico. Biblioteca da Ajuda. Lisboa. 1994. De 30x22 cm.
Com 70 pags. Brochado. Ilustrado com organograma da colação e das lacunas existentes do nobiliário e do cancioneiro].
Tiragem de 900/50 ex. assinado pelo editor. Fac-simile primorosamente impresso sobre papel couché mate especial (Sarrió) de
180 gramas, reproduzindo o manuscrito de finais séc. XIII e inícios séc. XIV. Acondicionado dentro de estojo do editor. €200
109. CÂNDIDO LUSITANO. (Francisco José Freire) DICCIONARIO POETICO, Para o uso dos que principiõ a exercitarse
na Poesia Portugueza: obra igualmente útil AO ORADOR PRINCIPIANTE. SEU AUTHOR CANDIDO LUSITANO.
LISBOA, Na Offic. Patriarcal de Francisco Luiz Ameno. MDCCLXV [1765]. Obra em 2 volumes. In 4º pequeno de 19x13
cm. com [xxxviii], 407 e 343 pags. Encadernações da época inteiras de pele mosqueada com ferros a ouro nas lombadas.
Exemplar com ex-libris. Primeira edição deste dicionário, contendo no final do segundo volume um 'Socorro Poético de varios
similes e comparações' onde se explicam o sentido poético de várias palavras e expressões nas alegorias dos poetas clássicos.
Inocêncio Vol. II, 407 e 408: “Padre Francisco José Freire, mais conhecido pelo nome poético de Cândido Lusitano, que
adoptou na Arcádia, da qual foi um dos primeiros e mais conspícuos membros. Muito devem, no meu entender, as letras
portuguesas a este laborioso e erudito escritor, que no seu tempo prestou valiosíssimos serviços, trabalhando fervorosa e
incansavelmente para reformar o estilo vicioso, e o mau gosto, que dominava até então, e de que ele próprio se não mostrara
exemplo, nos escritos que primeiro publicou. A sua conversão literária foi devida ao Verdadeiro Método de Verney, cuja
leitura lhe fez conhecer o quanto andava arredado do bom caminho. «É verdade (diz um crítico respeitável) que ele, com
outros mestres do seu tempo, estava com toda a sinceridade do seu coração convencido de que a escrupulosa observância das
regras clássicas, que então se tratava de ressuscitar, era por si só bastante para formar poetas, oradores, e escritores de
consumado gosto em todos os ramos das belas-letras, e que nas regras havia um condão capaz de suprir o próprio engenho.
Hoje para qualquer principiante é doutrina corrente que as regras não criam o génio mas ao mesmo tempo bom é não esquecer,
que com elas se lhe podem corrigir os erros, e embargar o passo a seus extravios.» Respeitemos pois agradecidos a memória do
ilustre filólogo, que tantas e tão diversas composições nos deixou, todas ditadas pelo nobre pensamento de ser útil à sua pátria,
promovendo nela os bons estudos, e a educação literária da mocidade'. 'Diccionario Poetico para uso dos que principiam a
exercitar se na Poesia portugueza. Obra igualmente util ao orador principiante. Lisboa, por Francisco Luis Ameno 1765;. 8.º 2
vol. Recomenda se aos leitores que não confiem muito na exactidão das notícias acerca de poetas portugueses, que vem a
frente desse Diccionario, porque há aí bastantes erros e equivocações, alguns dos quais vão indicados neste meu, nos lugares
competentes. A última edição anda nos catálogos dos livreiros cotada em 1:600 réis'.
€300
110. CANE, Florance du. THE FLOWERS & GARDENS OF MADEIRA. With sixteen full-page illustrations in colour by Ella
du Cane. A. & C Black, Ltd. London. 1926. De 21x13 cm. Com ix-150 pags. Encadernação do editor. Ilustrado com 16 belas
gravuras coloridas, por Ella du Cane, intercaladas em extra texto. Exemplar preserva sobrecapa decorativa e de protecção; e
carimbo comercial na folha de guarda anterior. Obra com a descrição e a ilustração dos jardins do Funchal, Palheiro, Camacha;
e outras gravuras representativas das flores das encostas e das montanhas da Ilha da Madeira.
€150
111. CANTOS. (Paulo de) DICIONÁRIO TÉCNICO. Por... Diplomado por Escolas Técnicas e Profissionais, Faculdades,
Normal Superior, Especiais e Belas-Artes. Antigo Professor: do Ensino Particular, do Ensino Superior Assistente das Cadeiras
de Mecânica, Electricidade, Física Médica, etc.; do Ensino Liceal Reitor. Ex-Adjunto do Tribunal da Tutoria da Infância.
Capitão Miliciano de Artilharia Pesada, de Costa. Presidente duma Delegação da Liga dos Combatentes da Grande Guerra.
Lisboa. 1942. De 23x12 cm. Com cerca de 100 pags. Encadernação editorial. Ilustrado.
€150
112. CAPELLO. (Hermenegildo C. de Brito) e Roberto Ivens. DE ANGOLA Á CONTRA-COSTA Descripção de uma viagem
atravez do continente africano comprehendendo narrativas dispersas, aventuras e importantes descobertas entre as quaes
figuram a das origens do Lualaba, caminho entre as duas costas, visita ás terras da Garanganja, Katanga e ao curso do Luapula,
bem como a descida do Zambeze, do Choa ao oceano. Por… e… Officiaes da Armada Real Portugueza. Edição illustrada com
mappas e gravuras. Lisboa. Imprensa Nacional. 1886. Obra em 2 volumes. In 8.º de 24x17 cm. Com xxvii-448-xiii-490 pags.
Encadernações do editor. Obra ilustrada no texto e com mapas e quadros de dados desdobráveis. Exemplar em excelente
estado de conservação. Inocêncio XI, 261. “Hermenegildo Carlos de Brito Capello, nasceu em 1839. Aspirante a Guarda
Marinha em 1853, guarda marinha em 1861, Segundo Tenente em 1863, Primeiro Tenente em 1874, Capitão Tenente
supranumerario em 1877, e Capitão de Fragata em 1884. Ajudante de Campo Honorario de Sua Magestade ElRei,
commendador da ordem de S. Thiago e condecorado com a medalha da Expedição a Angola em 1860. Em resultado de uma
exploração scientifica em Africa, conjunctamente com outro distincto official da marinha de guerra, o Sr. Roberto Ivens, de
quem se tratará em logar proprio, escreveu e publicou a seguinte obra: de Benguella ás Terras de Iácca. Lisboa, na Imp.
Nacional, 1881.”
€500
113. CARDOSO DA COSTA, Vicente José Ferreira. COMPILAÇÃO SYSTEMATICA DAS LEIS EXTRAVAGANTES DE
PORTUGAL, OFFERECIDA SERENISSIMO SENHOR DOM JOÃO PRINCIPE DO BRAZIL, SEU AUTHOR VICENTE
JOSE’ FERREIRA CARDOZO DA COSTA, Doutor em Leis pela Universidade de Coimbra; Corresponde do Numero da
Academia Real das Sciencias de Lisboa; e Juiz de Fóra do Civel da Cidade do Porto. LISBOA NA REGIA OFFICINA
TYPOGRAFICA. ANNO M.DCC.XCIX [1799]. In 8º (de 20x14 cm) com [viii], 108 pags. Encadernação da época com
lombada e cantos em pele, cansada; precisam ser recolocados papéis decorativos nas pastas. Exemplar com título de posse na
folha de rosto. Obra impressa in 8º com margens generosas. INOCÊNCIO VII, 427: “ Vicente José Ferreira Cardoso da Costa.
Nasceu na cidade da Baía de todos os Santos, no Brasil, aos 5 de Abril de 1765, e teve por pais o desembargador José Ferreira
Cardoso da Costa (natural da cidade do Porto) e D. Clara Joana Teixeira Coelho. Terminados os estudos primários, veio
continuar os secundários em Lisboa, nas aulas da Congregação do Oratório, e no ano de 1779 partiu para Coimbra,
matriculando se em tempo competente no curso jurídico, e tomando a final o grau de Doutor na sobredita faculdade em 1785.
Propondo se entrar na carreira do magistério, obteve ser nomeado Opositor, e como tal regeu extraordinariamente uma cadeira
no ano lectivo de 1788 a 1789, tomando para assunto de suas lições o direito enfitêutico, e a jurisprudência portuguesa dos
morgados e da sucessão nos bens da Coroa. Trocou depois a vida universitária pela da magistratura, e passado algum tempo foi
provido em um lugar de Desembargador da Relação do Porto por decreto de 25 de Maio de 1799, e encarregado de varias
comissões do serviço publico. Compreendido em 1810 na denominada Setembrisada é preso e deportado com outros para a
ilha Terceira por ordem da Regência do reino, como suspeito de afeição aos franceses, ou tido por jacobino, segundo a
qualificação vulgar naquele tempo, foram inúteis as representações que dirigiu ao governo, pedindo ser processado
criminalmente, ou que se lhe levantasse o desterro. Conseguiu apenas a permissão de transferir se da ilha Terceira para a de S.
Miguel, onde possuía alguns bens. Recolheu se a S. Miguel, e resignou se em fim a viver no seio da sua família, e a cuidar da
administração e gerência de sua casa, até que a morte o levou em 1834, quando entrava nos 70 anos de idade. «Foi um
jurisconsulto notável entre os do nosso país. Tinha talento, aplicação assídua, e memoria feliz. Possuía um conhecimento
profundo da nossa antiga e moderna jurisprudência, e de todos os ramos da ciência que lhe são subsidiários. Tinha feito um
estudo particular de todos os códigos da Europa, e fazia deles uma comparação pronta e prodigiosa. COMPILAÇÃO
SYSTEMATICA DAS LEIS EXTRAVAGANTES DE PORTUGAL. Offerecida ao ser.m° sr. D. João, principe do Brasil.
Lisboa na Regia Offic. Typ. 1799 4.º de VIII 108 pag. - É um discurso preliminar, impresso em separado, e destinado a servir
de aparato á obra empreendida com o mesmo título; à qual mais tarde se anexou, quando ela veio a publicar-se passados sete
anos, com rosto idêntico, porém em formato mais crescido”.
€180
114. CARDOSO, P. Luís. PORTUGAL SACRO-PROFANO, OU CATALOGO ALFABETICO de todas as Freguezias dos
Reinos de Portugal, e Algrave, das Igrejas com seus Oragos, do titulo dos Parocos, e annual rendimento de cada huma: dos
Padroeiros,que apresentão: juntamente com as leguas de distancia da METROPOLI DO REINO, E da cidade principal, e
cabeça do Bispado, com o numero dos fogos. [tomo II e III - Noticia das terras do Reino, que tem Correio, e as que não tem, de
que correios se servem.] Composto por Paulo Dias de Niza. LISBOA, Na Officina de Miguel Manescal da Costa, Impressor do
Santo Officio. Anno 1767-1768. In 8.º 3 volumes de 16,5x16 cm. Com [i], 340 – [i], 337 e 303 pags. Encadernações da época
inteiras de pele com rótulos vermelhos, nervos e ferros a ouro nas lombadas. A encadernação do primeiro volume é
ligeiramente diferente. Exemplares com ex-libris de Franco Ramos e títulos de posse manuscritos na folha de rosto: do Coronel
João de Mello Pinto; e Teixeira. O terceiro volume raramente aparece junto com os exemplares. Inocêncio V, 278. “P. LUIS
CARDOSO, Congregado do Oratorio, e irmão pelo sangue e pelo habito do P. Antonio dos Reis, de quem já fiz menção no
tomo I do Diccionario. Foi Academico da Academia Real de Historia, e muito estudioso das antiguidades e cousas de Portugal.
- Nasceu em Pernes, logar na provincia da Extremadura, e vestiu a roupeta da Congregação em 1717. - Morreu a 3 de Julho de
1762. - Para a sua biographia vej. os Estudos biographicos de Canaes, pag. 250. - Na Bibliotheca Nacional de Lisboa existe um
quadro, representando a sua cabeça.”
€800
115. CARITA. (Rui) O LYVRO DE PLANTAFORMA DAS FORTALEZAS DA ÍNDIA da Biblioteca da Fortaleza de São
Julião da Barra [cota 1805]. Estudo de… Defesa Nacional - Edições Inapa. Lisboa. 1999. In Fólio (de 42x29 cm). Com 29
pags. de introdução e 127 fólios de fac-simile colorido. Encadernação do editor inteira de pele com ferros a seco gravados nas
pastas. Tiragem especial de 75/73 exemplares.
€500
116. CARLOS V E SU AMBIENTE. Exposicion homenaje en el IV centenario de su muerte (1558-1958). Segunda Edición,
corregida. Toledo. Octubre-Noviembre, 1958. De 24x17 cm. Com 336-ccxcviii pags. Encadernação da época com lombada e
cantos em pele. Ilustrado com 1 diagrama desdobrável com a genealogia de Carlos V e 298 lâminas impressas sobre papel
couché, reproduzindo os objectos patentes na exposição, nomeadamente: pinturas, esculturas, moedas, medalhas, armas,
tapeçarias, manuscritos, livros, esmaltes, relógios, ourivesaria, mobiliário, etc. A obra contém na primeira parte 2 estudos sobre
as artes plásticas em Espanha e na Holanda na época do Imperador Carlos V.
€50
117. CARNEIRO SOTOMAIOR, Francisco Félix. ORTHOGRAPHIA PORTUGUEZA, OU REGRAS PARA ESCREVER
CERTO, Ordenados para uso de quem se quizer applicar, POR FRANCISCO FELIS CARNEIRO SOUTO-MAIOR,
FIDALGO DA CASA DE SUA MAGESTADE FIDELISSIMA NOSSA SENHORA, QUE DEOS GUARDE, &c. LISBOA.
Na Of.[ficina] Pat.[riarcal] de FRANCISCO LUIZ AMENO. M. DCC. LXXXIII. [1783]. In 8º (de 15x10 cm) com xxxi, 111
pags. Encadernação da época inteira de pele, cansada e com falha na lombada. Exemplar com pequena galeria de traça sem
afectar a mancha gráfica e sem folhas de guardas. Inocêncio II, 374: “ Francisco Felix Carneiro Souto Maior, Fidalgo da Casa
de Sua Majestade, como ele se intitula no rosto da obra seguinte, pela qual é somente conhecido: 726) Orthographia
portugueza, ou regras para escrever certo, ordenadas para uso de quem se quizer applicar. Lisboa, por Francisco Luis Ameno
1783, 8.º de XXXI 111 pag”. Muito Raro. Não existe exemplar na BNP. Obra com a explicação da utilização de cada letra,
terminações das palavras, e toda a pontuação.
€200
118. CARTA CONSTITUCIONAL DA MONARCHIA PORTUGUEZA. LONDRES: 1832. IMPRESSO POR L. THOPSON,
Na Officina Portugueza. In fólio de 36,5x26,5 cm. com 31 pags. Encadernação da época em seda azul. Ilustrada com uma
gravura de D. Pedro IV. assinada H. Mayer, e que não consta na edição normal. Contem uma pequena folha volante tipográfica
com a inscrição «Offerecida Ao [em branco] por A. A. De Beça», personalização propria para os subescritores da edição.
Exemplar da tiragem especial em papel velino de grande formato. Obra publicada pelas forças liberais à época exiladas em
Inglaterra. Inocêncio II, 189. “CARTA CONSTITUCIONAL DA MONARCHIA PORTUGUEZA. Londres. 1832. 32.º de 32
pag. D'esta edição feita com caracteres quasi microscopicos, e notaveis por sua belleza, se tiraram exemplares em papel velino
magnifico, de grande formato, adornados com um retrato de S. M. I. o Duque de Bragança. Vi na livraria da Imp. Nacional um
d'estes exemplares, cujas folhas medem de grandeza treze e meia pollegadas de altura sobre nove e meia ditas de largura, ao
passo que a composição das paginas impressas abrange apenas duas e um quarto pollegadas de altura por uma e um quarto
ditas de largura. Distingue se entre as multiplicadas edições que da mesma Carta se têm feito.” Grande Enciclopédia
Portuguesa e Brasileira, VII, 505. ”Gorada a segunda tentativa de D. Miguel, (a Abrilada) em 1824, porque D. João VI,
refugiado a bordo duma nau de guerra inglesa surta no Tejo, sob a protecção do corpo Diplomático acreditado em Lisboa,
repudiou o golpe de Estado e condenou o infante ao banimento, desterrando-o para Viena. Pela morte do monarca, abre-se a
querela da sucessão ao trono, que foi, cumulativamente entre nós, uma sangrenta luta de regimes políticos. O primogénito do
rei defunto, o príncipe D. Pedro fora aclamado imperador do Brasil mas, alegando os seus direitos de primogenitura para
efeitos de sucessão ao trono, outorgou aos Portugueses a Carta Constitucional de 1826, ao mesmo tempo abdicava os seus
direitos em sua filha D. Maria da Glória. Para sanar de vez a questão dinástica, reconhecia-se D. Miguel como regente do
reino, depois de ter celebrado esponsais com a rainha sua sobrinha. Jura a Carta Constitucional e convoca as Cortes, não
segundo aquela mas à moda antiga dos Três Estados (clero, nobreza e povo) as Cortes proclamam-no rei absoluto de Portugal.
O novo estado de coisas dura de 1828 até 1834. Este período de realeza miguelista foi cortado por tentativas juguladas de
restabelecer a Carta e por fim por uma guerra civil. Com o triunfo dos constitucionalistas e o novo e definitivo banimento de
D. Miguel. Entra desde então em pleno vigor a Carta Constitucional de 1826. A Carta Constitucional, diploma de inspiração
reconhecidamente inglesa, organizava quatro poderes do Estado: Legislativo, Executivo, Judicial e Moderador. O Poder
Legislativo era exercido por duas câmaras – a Câmara dos Deputados e a Câmara dos Pares. A primeira era eleita por sufrágio
indirecto dos cidadãos eleitores; a segunda era constituída por pares (correspondentes aos lordes) nomeados pelo rei, sem
número fixo, que exerciam as suas funções vitalícia e hereditariamente. O rei interferia na constituição e exercício do Poder
Legislativo de duas formas: pelo direito de convocar extraordinariamente as Cortes, de as prorrogar e adiar, e ainda de
dissolver Câmara dos Deputados, e, sobretudo pelo veto absoluto, negando a sanção às leis votadas pelas duas câmaras. O
poder Executivo era exercido pelo rei, por intermédio dos ministros, que escolhia e demitia livremente. Mas esta liberdade
teórica era na prática condicionada pelas chamadas indicações constitucionais. Em regime parlamentar os governos viviam não
só da confiança da Coroa, mas também do Parlamento. A carta Constitucional de 26 vigorou essencialmente até à Republica.
Mas sofreu a sua vigência uma interrupção duma dezena de anos, que foi a das perturbações do Setembrismo.”
€1.500
119. CARTAS INTERESSANTES DO PAPA CLEMENTE XIV. (GANGANELLI) TRADUZIDAS EM PORTUGUEZ.
Segunda Edição emendada, e acrescentada de novas Cartas, e da vida do Autor. LISBOA. NA TYPOGRAFIA LACERDINA.
Anno M .DCCC. XIV. [1814]. 6 volumes. In 8º (16x10 cm) com xviii-303-(iv), 290-(vi), 244-(iv), 228-(ii), 252 e 235 pags.
Encadernações da época inteiras de pele com ferros a ouro nas lombadas e nos rótulos. Obra contém no penúltimo volume :
Novas Cartas e no último volume : História da Vida do Papa Ganganelli. Inocêncio IX, 51 : « Estas Cartas, que no mercado de
livros têem diminuto valor, são no original reconhecidas geralmente por apocryphas, e attribuidas, se não me engano, ao
Marquez de Caraccioli. Ainda ignoro quem fosse o seu traductor”.
€200
120. CARVALHO D’ALMEIDA. (J. E.) PLANTAS TROPICAES DE GRANDE CULTURA (Culturas Tropicais). [Por]…
Diplomado pela Escola Nacional de Agricultura, Antigo director das escolas móveis agrícolas «Conde de Sucena», «Condessa
de Sucena», «Maria Cristina» e «Comércio do Porto», antigo director interino da Escola Agrícola da Paiã, Antigo Senador,
Official da Ordem de S. Tiago da Espada. Livraria Popular de Francisco Franco. [Impresso nas Oficinas Tipográficas da
Cooperativa Militar]. Lisboa. 1931. De 24x17 cm. Com 787-(9) pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele.
Ilustrado. Exemplar com falta das capas de brochura e apresentando pequenos defeitos marginais e vestígios de humidade nas
últimas páginas do índice. Obra de compilação de todos os dados disponíveis à data sobre as culturas de plantas tropicais entre
as quais: o cafeeiro, o cacaueiro, a bananeira, a cana sacarina, a mandioca, o inhame, a batata-doce, a araruta, o amendoim, a
baunilha, e a canforeira, entre outras.
€60
121. CARVALHO DA COSTA. (António) COROGRAFIA PORTUGUEZA, e descripçam topografica do famoso reyno de
Portugal, com as notícias das fundações das Cidades, Villas, & Lugares, que contem, Varões ilustres, Genelogias das Familias
nobres, fundações de Conventos, Catálogos dos Bispos, antiguidades, maravilhas da natureza, edifícios, & outras curiosas
observaçoens. [Tomo I offerecido a Elrey D. Pedro II. / Tomo Segundo offerecido ao sereníssimo Rey Dom Joam V Nosso
Senhor. / Tomo Terceyro offerecido à Serenissima Senhora Dona Mariana de Austria, Rainha de Portugal]. Author o P.
António Carvalho da Costa, Clerigo do Habito de S. Pedro, Mathematico, natural de Lisboa. Segunda edição. Typographia de
Domingos Gonçalves Gouvea. Braga. 1868 e 1869. 3 volumes. In fólio (de 31x22 cm.) com (xv)-463-xlviii-(i); viii-421-xl(iii); e (xiv)-461-xvi-(i) pags. Encadernações da época com lombadas e cantos em pele. Exemplares com ex-libris. Inocêncio I,
105 e XX, 189: P. 'António Carvalho da Costa, Presbítero secular, natural de Lisboa onde nasceu em 1650, e morreu em 1715.
Não devendo muito á natureza pelo que diz respeito aos dotes físicos, pois todos os seus biógrafos no-lo pintam de pequena
estatura, corcovado, e disforme, foi contudo ornado de muito talento, e amor ao estudo, adquirindo copioso cabedal de
instrução e conhecimentos nas ciências matemáticas que professou, e na história e topografia do reino, do que dão testemunho
as suas obras. Frei Manuel de Figueiredo, na sua alias resumida e acanhadíssima Descripção de Portugal, na pag. XVII,
falando da Corographia e do Padre Carvalho diz que este «Empreendendo na composição desta obra uma acção merecedora de
muito louvor, seria mais estimável o seu projecto, se tivesse talentos e meios para desempenhar a sem mendigar e crer muito
do que mandou estampar». Este juízo do cronista cisterciense há sido confirmado por outros críticos, e ninguém hoje duvida de
que a Corographia do P. Carvalho envolva gravíssimos defeitos. Notam se lhe principalmente faltas e erros na parte
genealógica, em que parece terem sido muito escassos os seus conhecimentos, recebendo por isso sem critério as noticias que
os interessados lhe forneciam, abusando da sua sinceridade, ou talvez da condescendência a que o obrigava a mingua de
recursos próprios. Os catálogos dos bispos das catedrais do reino passam também por pouco exactos: e no tocante á origem e
fundações das cidades e vilas adopta sem crítica nem exame as opiniões de Fr. Bernardo de Brito, e dos outros escritores do
mesmo jaez que em seu tempo andavam em voga, e cujos sonhos corriam ainda como verdades indubitáveis. Tais defeitos
todavia não obstam a que esta obra seja estimada e procurada dentro e fora do reino, e os exemplares vão escasseando cada vez
mais no mercado, de modo que ao fim de alguns anos terão de tornar se verdadeiramente raros. A Corographia teve 2.ª edição.
Braga, typ. de Domingos Gonçalves Gouveia, 1868_1869. 8.o. 3 tomos: I, de 16-463-48_1 pag.; II, de 8-421-40-1-1 pag.; III,
de 14-461-16-1 pag'.
€600
122. CARVALHO DE ATAÍDE, Manuel de. THEATRO GENEALOGICO QVE CONTEM AS ARVORES DE
COSTADOS Das principaes Familias do Reyno de Portugal, & suas Conquistas. TOMO I. [único publicado] PELO PRIOR D.
TIVISCO DE NASAO ZARCO, Y COLONA. EM NA.POLES. Por NOVELO DE BONI.S, Anno M. CX. II. (1702). In fólio
de 33x20 cm. Com [iv], 231, [i ]b. fólios impressos apenas pela frente com excepção do índice que aparece no terceiro e quarto
fólio inumerados. Encadernação da época inteira de pele, cansada. Exemplar com ex-libris manuscrito de Francisco Antonio
Marquez Giraldez de Andrade e leves picos de traça marginais. Único tomo publicado. Obra com genealogia da Casa Real foi
proibida em 1703, por ordem de D. Pedro II, por “conter notórios erros contra a vontade do facto, não é conveniente que corra,
nem que se lhe dê crédito algum.” Nos anos trinta do século XX levantou-se novamente uma discussão em torno do Theatro
Genealógico, depois de dois escritores G. L. Santos Ferreira e Saul Santos Ferreira, neto do anterior, pela análise do
frontispício do Theatro Genealógico concluírem tratar-se de um texto cabalístico guematrico de sinais hebraicos, cuja
complexa decifração empreenderam e por conjugação com o exame do frontispício da Pericope Genealógica de Frei Jerónimo
de Sousa, também publicada sob o pseudónimo de D. Tivisco sem data de edição, concluindo que Cristóvão Colombo seria
afinal Salvador Gonçalves Zarco, filho bastardo do Infante D. Fernando, Duque de Viseu e de Beja, sobrinho e herdeiro do
Infante D. Henrique. Inocêncio V, 387. “MANUEL DE CARVALHO DE ATAIDE, Commendador da Ordem de Christo, e
Capitão de cavallaria. Foi pae do primeiro marquez do Pombal Sebastião José de Carvalho e Mello, celeberrimo ministro d'el
rei D. José. - N. em Lisboa, e m. a 14 de Março de 1720. - E. Theatro genealogico, que contém as arvores de costados das
principaes familias do reino de Portugal e suas conquistas. Tomo I (e unico.) Em Napoles, por Novello de Bonis. Anno M.
CXII (sic). Fol. de IV 231 folhas numeradas só na frente. - Sahiu em nome do prior D. Tivisco de Nazao Zarco y Colona.
Todas as indicações do frontispicio são suppostas, como facilmente se vê a obra foi impressa em Lisboa, e mal o podia ser na
data que se inculca. Barbosa commetteu ao descrevel a na Bibl. não menos de duas flagrantes inexactidões: primeira, indicando
a data da impressão em 1692, quando no rosto do volume se lê bem clara a que deixo acima transcripta: segunda, dizendo que
o livro fôra publicado em nome de D. Francisco de Nasao, sendo o realmente no de D. Tivisco, como tambem digo acima.
Parece que este pseudonymo D. Tivisco etc. não fôra invenção de Manuel Carvalho de Ataide pois que já servíra a Fr.
Jeronymo de Sousa (falecido em Madrid a 20 de Fevereiro de 1711) para disfarçar se com elle, publicando, segundo affirmam
Barbosa na Bibl. e D. Antonio Caetano de Sousa no Apparato á Hist. geneal. da Casa Real, pag. LXXXV, outra obra do
mesmo genero, cuja titulo dizem ser: Pericope genealogica y Linea real, etc. Napoles, por Novello de Bonis, sem designação
do anno. 4.º Que relação possa haver entre esta obra e o Theatro genealogico, e entre Fr. Jeronymo de Sousa e o verdadeiro
auctor d'este, é o que eu não sei dizer, ao menos por agora. Occorre entretanto rectificar aqui outra equivocação em que
incorreu o sr. Conde de Raczynski no seu Diction. Hist. et Art. de Portugal, a pag. 265, julgando que o sobredito pseudonymo
(que elle escreve Tivisco de Nasaozarco e ao qual attribue a qualidade de prior de uma ordem monastica), era o nome
verdadeiro do auctor do Theatro, dando tambem este inadvertidamente como impresso em 1602, por um descuido que mal
poderá explicar se. Barbosa e D. Antonio Caetano confessam haver no Theatro alguns erros, procedidos do individuo que
tractou da impressão, a qual se fizera subrepticiamente, e sem obter as licenças necessarias ou porque estas se não pediram, ou
porque fossem denegadas: mas dizem elles que taes erros não eram do auctor, «porque este soube muito bem das familias do
reino, em que fez estudo com applicação.» O caso é, que em 28 de Agosto de 1713 sahiu um alvará, passado pela Meza do
Desembargo do Paço, declarando que o Theatro não tem fé, nem credito e mandando que as justiças em qualquer parte que o
acharem o recolham, e o tragam á Meza sobredita, etc. O sr. A. J. Moreira, já muitas vezes citado, possue um exemplar d'este
Theatro, addicionado por elle de copiosas notas, colligidas na maior parte de outras manuscriptas que illustravam varios
exemplares impressos, que conferiu e teve presentes para esse fim e as restantes fructo de sua pessoal curiosidade ao estudo.
Tambem me consta que em Coimbra o sr. Adelino Neves, apaixonado e intelligente bibliophilo, tem em seu poder outro
exemplar, sobrecarregado de notas que se dizem preciosas “.
€1.200
123. CARVALHO E MENEZES. (J. A. de) DEMONSTRAÇÃO GEOGRAPHICA E POLITICA DO TERRITORIO
PORTUGUEZ NA GUINÉ INFERIOR, QUE ABRANGE O REINO DE ANGOLA, BENGUELA, E SUAS
DEPENDENCIAS, causas da sua decadência e atrasamento, suas conhecidas producções e seus meios que se podem applicar
para o seu melhoramento e utilidade geral da nação. Escrita em Lisboa em 1846. Por… por elle aumentada em 1847 e
publicada no Rio de Janeiro em 1848. Typ. Classica de F. A. de Almeida. 1848. De 21x14 cm. Com 206-(i) pags.
Encadernação da época com lombada em pele. Exemplar preserva capas de brochura. Inocêncio (XVII, 350) in Bibliografia de
Monografias Portuguesas.
€300
124. CASSINI. Giovanni. NUOVA RACCOLTA DELLE MEGLORI VEDUTE ANTICHE E MODERNE DI ROMA
DISEGNATE ED INCISE DA… L’ ANNO MDCCLXXIX. [1789] Presso Venanzio Monaldini Mercante di Libri in Roma. In
fólio oblongo de 27x41 cm. com [iii], 80 fólios. Encadernação da época inteira de pele flexível. Primeira edição. Coleção de 80
belas gravuras de página inteira, frontispício gravado, dedicatória gravada, índice gravado, representando edifícios e
monumentos da cidade de Roma. O famoso gravador Giovanni Maria Cassini (ca.1745-1824) foi discípulo de Piranesi, antes
de se tornar desenhador e gravador da impressa papal, a Calcografia Camerale.
First Edition. Collection of 80 copperengraved plates, and the engraved title, dedication plate, and contents plate. Very finely engraved and beautiful views of Rome.
Giovanni Maria Cassini (ca.1745-1824) studied with Piranesi before becoming a painter and engraver for the papal publishing
house, the Calcografia Camerale. Contemporary full calf binding. Oblong folio.
€3.500
125. CASTELLO BRANCO E TORRES. (João Carlos Feo Cardoso) e Visconde de Sanches de Baêna. MEMORIAS
HISTORICO-GENEALOGICAS. DOS DUQUES PORTUGUEZES DO SECULO XIX. Por… Por ordem e na
Typographia da Academia Real das Sciencias. Lisboa. 1883. De 28x20 cm. Com 807 pags. Encadernação da época com
lombada e cantos em pele. Exemplar com título de posse manuscrito na folha de anterrosto. Contém desdobráveis com árvores
de costados de várias famílias aristocráticas. A obra devido à sua extensão ultrapassou a possibilidade material e temporal dos
autores; além da genealogia inclui a história e a política portuguesa no século XIX. Após a morte de Feo a obra foi continuada
por Sanches de Baena (1822-1909). Natural de Vila do Conde, emigrou para no Brasil onde casou em 1859, voltou a Portugal,
e foi feito visconde em 1869 por D. Luís I. A parte mais focada desta obra é a história e a genealogia das casas ducais
portuguesas existentes no século XIX que deu a justificação aos autores para escreverem sobre todas as restantes famílias
titulares suas contemporâneas no século XIX. Os titulares (marqueses, condes, viscondes e barões) citados ao longo desta
extensa obra encontram-se num índice. O 'assunto principal' - os duques portugueses - incluem o Duque de Vitória,
descendente de Arthur Wellesly, também duque de Wellington. As outras casas ducais mencionadas são: Cadaval, Lafões,
Terceira, Palmela, Saldanha, Loulé e Ávila e Bolama. INOCÊNCIO III, 339 e III, 204: 'João Carlos Feo Cardoso de Castello
Branco e Torres, Fidalgo da Casa Real, Commendador da Ordem de Avis, Tenente-Coronel reformado, socio correspondente
da Academia Real das Sciencias de Lisboa, etc. Nasceu no 1.º de Outubro de 1798, filho de Luiz da Mota Feo e de sua mulher
D. Leocadia Thereza Possidonia de Lima e Mello Falcão Van-Zeller. Morreu em 1868. - Resenha das Familias dos Titulares
de Portugal, dos pares do reino e dos fidalgos que têem exercicio no Paço. Acompanhada da descripção historica e
genealogica das mesmas familias, etc. Lisboa, na typ. da sociedade typographica franco-portugueza, 1863. 8.º gr. a impressão
pela morte do auctor, e pela fallencia dos primeiros editores j. melchiades & c.ª, estabelecidos em lisboa na rua aurea,
ficou interrompida desde a pag.736, e comprehendendo as familias dos duques de Lafões, de Cadaval, da Terceira, de
Palmella, e de Saldanha. Só faltava no primeiro tomo d'esta obra as dos duques de Loulé e de Avila e Bolama. O Sr. Visconde
de Sanches de Baena, um dos mais conscienciosos investigadores genealogicos, propoz-se a continuar o trabalho de Feo, o que
a Academia Real das Sciencias aceitou, deliberando que a impressão corresse por sua conta e saísse de seus prelos. A obra,
ampliada ou completada pelo sr. visconde, é provavel que sáia com o titulo de Resenha Biographica e Genealogica das
Familias de todos os Duques em Portugal, nossos contemporaneos, etc. alguns colleccionadores possuem o trabalho
incompleto de Feo, salvo, segundo consta, da venda a peso do papel impresso, que lhe pertencia. Na Bibliotheca Nacional
existe um exemplar. No ante-rosto lê-se o seguinte titulo: Resenha das Casas Titulares de Portugal, etc. - Cadaval, Lafões e
duques. Houve confusão no modo de descrever a ultima obra impressa de Feo, pela indecisão em que estava o illustre
continuador e meu amigo, Sr. Visconde de Sanches de Baena, no titulo com que a publicaria. As folhas impressas pelos
editores Melchiades & C.ª, de que se fallou, nada têem de commum com as que a Academia Real das Sciencias mandára
imprimir ainda em vida de Feo, e que chegaram até pag. 737. D’ahi em diante é obra do dito sr. visconde e saíu a final
sob o titulo de Memorias Historico-Genealogicas dos Duques Portuguezes do Seculo XIX. Lisboa, Por ordem e na Typ.
da Academia Real das Sciencias, 1883. 4.º de 807 pag.'
€200
126. CASTILHO. (Alexandre Magno) DESCRIPÇÃO E ROTEIRO DA COSTA OCCIDENTAL DE AFRICA DESDE O
CABO ESPARTEL ATÉ O DAS AGULHAS. Por… Primeiro Tenente da Armada, Engenheiro Hydrographo no Ministério
das Obras Públicas. Lisboa. Imprensa Nacional. 1866. Apenas 1 volume (de 2 publicados). De 22,5x14,5 cm. Com xlviii-362(i) pags. Ilustrado com 8 (de 20) mapas litografados e desdobráveis. Encadernação recente com lombada em pele. Mancha de
humidade na folha de rosto, picos de humidade e de manuseamento no miolo. Trata-se um vastíssimo levantamento, histórico e
topográfico com fins navais. Cada mapa corresponde a um Capitulo da obra. I - costa de Marrocos. II - costa de Marrocos do
Cabo Cantim ao Cabo Bojador. III – costa de Sahara. IV – costa da Senegambia. V – costa de Guiné e de Cabo Verde. VI.
Costa de Guiné de Cabo Verde. VII – costa da Serra Leôa. VIII – costa da Malagueta ou de Libéria. [Restantes regiões
pertencentes ao 2º volume em falta: IX – costa de Marfim e dos Quaquaas. X – costa da Mina. XI – costa de Benim. XII –
costa do Calabar. XIII– costa do Gabão. XIV – costa do Loango. XV costas do Congo e Angola. XVI-1 – costas de Benguela
Mossamedes. XVI-2 – costa de Benguela Mossamedes. XVII – costa da Cimbebasia. XVIII – costa dos Hottentotes. XIX –
costa do Cabo de Boa Esperança]. Inocêncio VIII, 40 e XX, 133: “Primeiro tenente da Armada Nacional, habilitado com os
cursos proprios da sua profissão, e engenheiro da Comissão Geodésica. Nasceu na cidade do Puy, em França, a 4 de Março de
1835, e é filho primogénito do Sr. Conselheiro José Feliciano de Castilho. «Descripção e Roteiro da Costa Occidental de
Africa Desde o Cabo de Espartel até o das Agulhas. Lisboa, na Imp. Nac. 1866» 8.º gr. Foi mandado imprimir a expensas do
Ministerio da Marinha.” Inocêncio: “foi lente da hydroraphia na Escola Naval, socio da Academia Real das Sciencias de
Lisboa, etc. Faleceu na ilha da Madeira a 19 de Janeiro 1871. Tem duas memórias sobre os padrões dos descobrimentos
portugueses, que estão publicados nas memórias da Academia Real das Sciencias de Lisboa. Primeiro-tenente e engenheiro
hidrógrafo tendo executado a partir de 1861 vários trabalhos de geodesia e hidrografia da costa ocidental de africa. Escreveu,
em 1866, esta obra que contém a primeira descrição cartográfica moderna da costa de Angola. Em 1867 deu início à
organização de uma livraria e arquivo com obras portuguesas e estrangeiras sobre os descobrimentos, mapas e instrumentos
náuticos.
Navy Officer and hydrographical engineer, professor of hydrography, and member of the Royal Academy of
Science of Lisbon. Castilho did an extensive survey Western African coast. His account is the first modern cartographical
study of the coast line of Angola. From 1867 on he organized a library and archive in the Portuguese and foreign account on
the discoveries. This book is illustrated with 20 folding maps of the western coast line of Africa, each one accounting to a
chapter of the work. Copy bound recently in ½ calf, strong stain at title page, as a well as in several other pages, and
generalized foxing and thumbing, else complete text.
€150
127. CASTILHO. (Julio de) A RIBEIRA DE LISBOA. Descripção Historica da Margem do Tejo desde a Madre-de-Deus até
Santos-o-Velho. Por… Imprensa Nacional. Lisboa. 1893. De 25x16 cm. Com XXII-750 pags. Encadernação da época inteira
de pele. Ilustrado com gravuras desdobráveis reproduzindo detalhes de estampas quinhentista com os Paços da Ribeira.
Exemplar com título de posse manuscrito à cabeça da folha de rosto; restauro rudimentar de avaria interior da lombada; e
vestígios de traça nas páginas inicias e finais do livro.
€100
128. CASTILHO. (Júlio de) LISBOA ANTIGA. O BAIRRO ALTO. Por... 3ª edição dirigida, revista e anotada por Gustavo de
Matos Sequeira. Lisboa. 1954-1966. 5 volumes. De 22x15 cm. Com 504, 424, 452, 341 e 441 pags. Encadernações da época
com lombada e cantos em pele. Ilustrados com gravuras no texto; mapas desdobráveis em extra-texto; e vinhetas decorativas.
€300
129. CASTRO DA SILVA CANEDO. (Fernando de) A DESCENDÊNCIA PORTUGUESA DE EL-REI D. JOÃO II. Por...
Tenente-Coronel de Infantaria, Comendador da Ordem de Avis, Cavaleiro da Ordem de Christo, Sócio do Instituto Português
de Heráldica, etc. Edições Gama. Lisboa. MCMXLV-MCMXLVI. [1945-1946]. Obra em 3 volumes. De 27x19 cm. Com 603,
413 e 479 pags. Encadernações da época inteiras de pele, com lombadas cansadas. Ilustrado com várias estampas em separado,
além de numerosas árvores genealógicas em folhas desdobráveis. Obra da maior amplitude e vasta erudição genealógica, é
considerado pelo Conde de São Payo, como obra «por certo a mais extensa, volumosa e exaustiva e onde os investigadores
encontrarão fartas informações que os haverão de auxiliar e interessar, que marcará a historiografia portuguesa como uma
fonte a que o futuro muito se haverá de proveitosamente recorrer». Edição de cuidada execução gráfica impressa em papel de
elevada qualidade.
€400
130. CASTRO, Padre João Batista de. ROTEIRO TERRESTRE DE PORTUGAL, EM QUE SE EXPOEM, E ENSINAM por
jornadas, e summarios naõ só as viagens, e as distancias, que ha de Lisboa para as principaes terras das Provincias deste
Reyno, mas as derrotas por travessia de humas a outras povoações delle. Augmentado nesta terceira ediçaõ pelo seu mesmo
Author O P. Joaõ Bautista de Castro, Beneficiado na Santa Basílica Patriarchal de Lisboa. COIMBRA, Na Officina de LUIZ
SECCO FERREIRA. M. DCC. LXVII. [1767]. In 12.º (de 13x7,5 cm) com (xvii)-186 pags. Encadernação da época inteira de
pele. Exemplar com títulos de posse; apontamentos coevos nas folhas de guarda; e dedicatória do autor. 3ª edição de Coimbra
que difere (na folha de rosto e nas primeiras páginas inumeradas) de outra também 3ª edição publicada em Lisboa 3 anos antes.
Este livro é uma miniatura de bolso para viajantes extraído do roteiro que o autor publicou na obra Mapa de Portugal. Descreve
as vias militares e pontes desde o tempo dos romanos. Viagem de Lisboa para localidades da Estremadura, para as principais
povoações do Alentejo, para a Província da Beira, Minho Algarve e Trás-os-Montes Roteiro de Lisboa para a cidade de
Coimbra. Os melhores caminhos de Inverno. Roteiro de Lisboa para a cidade de Aveiro. Roteiros travessos entre as cidades.
Roteiro de Lisboa para a cidade de Lamego. Roteiro de Lisboa para a vila de Pinhel Trancoso Guarda Porto Castelo Branco
Covilhã Braga Bragança Faro e tabela das distâncias de Lisboa às terras principais de Portugal. Inocêncio III, 300. “Presbytero
secular, Beneficiado na Sancta Egreja Patriarchal de Lisboa. Esteve por algum tempo em Roma e visitou varias cidades e terras
na Italia. Nasceu em Lisboa em 1700, e morreu (segundo diz o auctor da Bibl. Hist. de Portugal) em 1775. Tem sido depois
repetidas vezes reimpresso em separado, e anda tambem no 3.° tomo do Mappa de Portugal da segunda edição”.
€300
131. CASTRO. (D. João de) ROTEIRO DO MAR ROXO DE… Ms. Cott. Tib. DIX [Manuscrito da Cotton Library Tiberius D.
IX] da British Library. Introdução de Luís de Albuquerque. Patrocínio da Academia Portuguesa de História. Edições Inapa.
Lisboa. 1991. De 37x29 cm. Com 91 pags. Encadernação do editor, acondicionado dentro de estojo editorial. Ilustrado com
mapa geográfico do mar Vermelho e o fac-simile integral dos mapas quinhentistas. Exemplar com assinatura de posse no
anterrosto.
€120
132. CASTRO. (D. João de) TÁBUAS DOS ROTEIROS DA ÍNDIA DE… Fac-simile do Códice 33 do Cofre da Biblioteca
Geral da Universidade de Coimbra. Introdução de Luís de Albuquerque. Edições Inapa. Lisboa. 1988. De 43x29 cm. Com 12
pags. Encadernação editorial acondicionada dentro de estojo apropriado. Ilustrado com 29 das 31 tábuas ou gravuras
quinhentistas aguareladas sobre papel; e antecedidas de um aparato crítico e da transcrição das legendas. Segundo a tradição
universitária tratam-se dos originais encomendados pelo Governador da Índia D. João de Castro a um artista profissional, a
partir dos seus próprios apontamentos gráficos, e destinados a ilustrar os textos das suas obras conhecidas por o Roteiro de Goa
a Diu e o Roteiro do Mar Roxo.
€120
133. CASTRO. (Nuno de) CHINESE PORCELAIN AND THE HERALDRY OF THE EMPIRE. Translated by Ana Madeira.
Revised by Roger Fulton Pye. Livraria Civilização Editora. Barcelos. 1988. De 32x23 cm. Com 266 pags. Encadernação
editorial. Profusamente Ilustrado.
€150
134. CASTRO. (Nuno) A PORCELANA CHINESA E OS BRASÕES DO IMPÉRIO. Livraria Civilização Editora. Barcelos.
1987. De 32x23 cm. Com 266 pags. Encadernação editorial. Profusamente ilustrado.
€150
135. CATÁLOGO DO MUSEU DE ARTILHARIA. 5ª Edição.Typografia Bayard. Lisboa. 1910. De 22x16 cm. Com 214 pags.
Encadernação inteira de pele com finos ferros a ouro na lombada e nasesquadrias das pastas. Ilustrado no texto e em extratexto com esboços e fotogravuras das peças. Exemplar com estampilha de origem sobre a coroa real da vinheta do rosto.
€50
136. CATÁLOGO DOS OBJECTOS D’ARTE DE PEDRO NOLASCO que serão vendidos em leilão com início no dia 1 de
Junho de 1961 nos nossos salões de venda. Agentes de Leilões Pintassilgo & Fernandes, Lda. Leiloeiros Antiquarios. Lisboa.
1961. 2 volumes enc. em 1. De 24x18 cm. Com 128-114 pags. Encadernação com lombada e cantos em pele. Ilustrado em
extra-texto sobre papel couché.
€80
137. CATÁLOGO GERAL DA PRIMEIRA EXPOSIÇÃO DE «EX-LIBRIS» EM PORTUGAL. Efectuada na Imprensa
Nacional de Lisboa de 4 a 31 de Outubro de 1927. Imprensa Nacional de Lisboa. Lisboa. 1930. De 33x24 cm. Com 239 pags.
Encadernação com lombada em pele. Capas de brochura preservadas. Profusamente ilustrado no texto com reproduções de exlibris. Exemplar de uma tiragem geral de 500 exemplares; e com ex-libris armoriado do Conde de Bobone.
€300
138. CAVALHEIRO (O) CHRISTÃO. DIALOGO. [ANÓNIMO] Sobre a vida, virtudes, E Acções Do Senhor MANOEL JOZE’
SOARES DE BRITO. Cavalleiro Professo na Ordem de Christo. LISBOA, Na Officin. de Pedro Ferreira, Impressor da muito
Augusta Rainha N. S. Anno 1761. In 8º (de 15x10 cm) com (xxi)-254 pags. Encadernação da época inteira de pele mosqueada
com ferros a ouro na lombada e no rótulo amarelo. Ilustrado com folha de rosto impressa a duas cores com vinheta assinada
Cap[inetti]. Exemplar apresenta ligeiros picos de traça marginais e não apresenta um “retrato” mencionado por Inocêncio.
Obra com importante comentário do bibliógrafo Diogo Barbosa Machado enquanto Censor do Paço e da Academia Real cujo
parecer muito favorável se encontra colocado entre as autorizações iniciais da obra. Inocêncio II, 64: “O CAVALHEIRO
CHRISTÃO. Dialogo sobre a vida, virtudes e acções do senhor Manuel José Soares de Brito, Cavalleiro professo na Ordem de
Christo. Lisboa, na Off. de Pedro Ferreira 1761 8.º de XXI 254 pag., com um retrato gravado pelo artista Carpinetti. Não me
parece de todo mal escrito este livro, cujo autor é até hoje anónimo para mim. Não são vulgares os exemplares, e sei que algum
se vendeu por 320 réis”.
€150
139. CELESTINO SOARES. (Joaquim Pedro) QUADROS NAVAIS OU COLECÇÃO DOS FOLHETINS MARITIMOS DO
PATRIOTA. Seguidos de huma epopeia naval portuguesa. Por … Official da Armada. Parte I - Folhetins. Parte II – Epopeia.
Segunda impressão. Imprensa nacional. Lisboa. 1861, 1862, 1863, 1869. De 21x14 cm. 4 volumes com xxxv-444-(ii), xiii-557(iii), xviii-601-(i) e (viii)-421-(i) pags. Encadernações da época inteiras de pele com ferros a ouro nas lombadas. Ilustrado com
o retrato do autor, 3 estampas em extra-texto (Porta da Fortaleza de Malta ou Porta do Forte Manoel; Estátua de Manoel de
Vilhena em Malta; e Largo da Parada do Forte Manoel) e um mapa desdobrável (Mapa das Tropas reunidas no Campo do
Quadro). Inocêncio IV, 143 e XII, 123: “Joaquim Pedro Celestino Soares. Nasceu em 1793. Morreu em 1870, em Lisboa, na
sua casa da travessa do Pé de Ferro, e jaz sepultado no cemitério Occidental. Era então Contra Almirante, membro do Supremo
Conselho de Justiça Militar, director do Museu de Marinha, sócio efectivo da Academia Real das Ciências, do Conselho de
Sua Majestade, Cavaleiro das Ordens da Torre e Espada, e de Cristo, Capitão de mar e guerra da Armada Nacional, Director da
Eschola Naval, Comandante da Companhia dos Guardas-marinhas, Sócio de mérito da Acad. das Belas-artes de Lisboa;
Deputado às Cortes em varias legislaturas, etc. Quadros Navaes, ou collecção dos folhetins maritimos, publicados no
«Patriota.» Lisboa, Typ. de Antonio Joaquim da Costa 1845. 8.º gr. de XXVI 186 pag. Tinham saído no Patriota, n.os 529, 534,
537, etc. etc. Veja a respeito desta colecção, e do seu mérito, o que diz a Revista Universal Lisbonense, tomo IV da 1.ª serie a
pag. 484”.
€300
140. CEREMONIAL DO QUE SE DEVE OBSERVAR, E PRATICAR NA RECEPÇÃO, E PROFISSÃO DOS NOVIÇOS
DA ORDEM SERAFICA DA SANTA PROVINCIA DE PORTUGAL. LISBOA, NA REGIA OFFICINA
TYPOGRAFICA, M. DCC. LCC. LXXXII. [1782] In-4º. de 28x20 cm. com 96 págs. Encadernação da época inteira de pele.
Notas de posse da comunidade da Conceição de Mathosinhos, e outras duas no frontispício. Explicação doutrinária constituída
por orações e bênçãos. Ilustrado com pautas musicai. Espécimen raro na bibliografia franciscana, não existe exemplar na B. N.
P.
€400
141. CERVANTES SAAVEDRA, Miguel de. NOUVELLES DE MICHEL DE CERVANTES, Auteur de l’Histoire DE DON
QUICHOTTE. Traduction Nouvelle. Troisiéme Edition. Augmentée de plusieurs Histoires. A AMSTERDAM, Chez N.
Etienne Lucas, Libraire. M. DCC. XXXI. [1731]. Obra em 2 volumes. In 12º (de 14x8 cm) com [viii], 412 – [iv], 411 pags.
Encadernações da época inteiras de pele de carneira natural mosqueada e com ferros a ouro (por casas fechadas) nas lombadas.
Corte por folhas carminado. Ilustrado com gravuras intercaladas em extra-texto abertas a talhe-doce: Volume I – 6 gravuras;
Volume II – 7 gravuras. Tradução do Abbé Saint-Martin de Chassonville. A recolha contém 11 novelas precedidas de uma
nota do tradutor: L’Illustre Fregonne; Histoire de Ruis Dias; L’Amant liberal; LEgyptienne; La Force du sang; Le Mariage
trompeur; Entretiens de Scipion & de Bergance; L’Espagnole angloise; Les Deux Amantes; Le Jaloux d’Estremadure; et
Cornelie. Edição mais que completa das Novelas de Cervantes já que a Histoire de Ruis Dias é considerada apócrifa.
Traduction par l’Abbé Saint-Martin de Chassonville. Le recueil contient 11 nouvelles, précédées d’un avertissement du
traducteur : L’Illustre Fregonne; Histoire de Ruis Dias; L’Amant liberal; LEgyptienne; La Force du sang; Le Mariage
trompeur; Entretiens de Scipion & de Bergance; L’Espagnole angloise; Les Deux Amantes; Le Jaloux d’Estremadure,
Cornelie. Edition plus que complète, L’Histoire de Ruis Dias étant apocryphe. Palau 1990, Tomo II, pag. 179: 'En la portada se
dejó Troisieme Edition, cuando en rigor es sexta, y cuarta de Amsterdam'; Manual del Librero Hispanoamericano, n°53531;
RIUS, Bibliografia critica de Miguel de Cervantes, I, 903.
€800
142. CERVANTES SAAVEDRA, Miguel de. O ENGENHOSO FIDALGO DOM QUIXOTE DE LA MANCHA. POR...
Lisboa. Na typografia Rollandiana. 1794. 6 volumes de In 8.º de 14x10 cm. Com [ii], 315, [iii] - [ii], 313, [viii] - [ii] 298, [vi] [ii] 316, [iv] - [ii] 352, [iv] - [ii], 322, [iv] pags. Encadernação da época inteira de pele com rótulos vermelhos e ferros a ouro
nas lombadas. Ilustrado com uma gravura de Cervantes da autoria de Debrie. Primeira edição em português.
€1.500
143. CERVANTES SAAVEDRA. (Miguel de) EL INGENIOSO HIDALGO DON QUIXOTE DE LA MANCHA [Fac-simile]
Compuesto por…DIRIGIDO AL DUQUE DE BEJAR, Marques de Gibraleon, Conde de Benalcaçar, y Bañares, Vizconde de
la Puebla de Alcozer, Señor de las villas de Capilla, Curiel, y Burgillos. Año 1608 [Año 1615]. Con privilegio de Castilla,
Aragon, y Portugal. EN MADRID, Por Juan de la Cuesta. 2 volumes. In 8º gr (22x16 cm) com (xii)-277-(ii) e (viii)-280-(iv)
fólios. Encadernação do editor: En Barcelona por Montaner y Simon, Editores, 1897.
€120
144. CERVANTES SAAVEDRA. (Miguel de) O ENGENHOSO DOM QUIXOTE DE LA MANCHA. Por… tradutores
Viscondes de Castilho e de Azevedo. Com desenhos de Gustavo Doré gravados por H. Pisan. Lello & Irmão – Editores. Porto.
1962. De 27x20 cm. Encadernação editorial inteira de pele com ferros a ouro na lombada. Ilustrado. Obra impressa sobre papel
bíblia. Exemplar apresenta pequeno risco a caneta sobre o título na página de rosto.
€60
145. CERVANTES SAAVEDRA. (Miguel de) THE HISTORY OF DON QUIXOTE. By Cervantes. The text edited by J. W.
Clark, M. A. Fellow of Trinity College, Cambridge; and a biographical notice of Cervantes, by T. Teignmouth Shore, M. A.
Illustrated by Gustave Doré. Cassel Petter & Galpin: London, Paris & New York. S/d [1870?]. De 30x26 cm. com xxviii-737(iv) pags. Encadernação editorial em percalina com ferros decorativos a seco e a ouro. Profusamente ilustrado com magnificas
gravuras extra-texto.
€500
146. CESAREIA. (Eusébio de) Hystoria dela Yglesia, que llamã Ecclesiastica y Tripartita. Abreuiada y trasladada de Latin en
Castellano, por vn Religioso dela orden de sancto Domingo. Y aora nueuaente reuista y corregida por el mesmo interprete.
Año de M. D. LIIII. (1554). Com priuilegio real. (no cólofon) trasladada d(e) latin e(n) romance por el padre frey Juan dela
cruz…Fue impressa en la muy noble ciudad de Coimbra, por Juan Aluarez, impressor del Rey nuestroseñor a veinte y siete del
mês de Agosto De M. D. L iiii. [1554]. In fólio de 28,5x20 cm. Com (iv)-171-(iii) fólios. Encadernação da época em
pergaminho flexível com o titulo caligráfico na lombada. Magnifico frontispício arquitectónico gravado. Impressão em
caracteres góticos a duas colunas, com excepção do frontispício, a tabla e os avisos que foram impresso em caracteres itálicos.
Exemplar com ex-libris manuscrito no rosto “Dela Libreria del convento de nuestra señora dela Concepcion de Antequera (?)”.
Samodães 1553, apresenta a primeira edição de 1541 e descreve a segunda: “RARÍSSIMA, desta excelente e apreciada
tradução da «Historia» de Eusébio (262-349) e seus continuadores – Rufino, Socrate, Theodoret, e Sesoméro, - devida ao P
Juan de la Cruz, e na verdade tão rara, que a não conheceram Brunet, Salvá e outros distintos bibliógrafos. Inocêncio que dela
pôde ver qualquer exemplar, ainda no mesmo século se fez uma segunda edição. É também edição estimada e os exemplares
são muito raros.” Inocêncio III, 192: 'Esta obra é sumamente rara'. O Dr. Antonio Ribeiro dos Sanctos a pag. 89, na sua
Memoria para a historia da topographia portugueza do seculo XVI faz menção da segunda edição, mas de um modo assás
incorrecto, e que mostra bem que não a víra, e que só a citava por tradição: porque em logar do titulo que fica descripto, e que
é o verdadeiro, lhe dá o seguinte: Historia de Eusebio de Cesarea, traduzida por Fr. João da Cruz, da Ordem dos Pregadores da
provincia de Portugal, induzindo com tal enunciado a julgar que tanto a obra corno o traductor sejam portuguezes quando alias
uma e outro pertencem á nação hespanhola. Notarei mais, que na dedicatoria da primeira edição, feita a el-rei D. João III, e
datada de 15 de Maio de 1541, o traductor allude bem claramente ao milagre de Ourique o que todavia escapou ás indagações
do douto P. Antonio Pereira, pois de outra sorte uso deixaria de citar mais esta auctoridade entre as apontadas na sua
dissertação ‑ Novos Testemunhos da milagrosa apparição de Christo a el-rei D. Affonso Henriques, etc. Do exposto se deduz
a razão que me levou a incluir no Diccionario este livro, não sendo elle de auctor portuguez, nem escripto em nossa lingua.
Anselmo 61. D. Manuel 296. Palau 115185. Palha 2390. “OUVRAGE RARISSIME.”
Binding : contemporary flexible
vellum with title written at spine. Magnificent architectural frontispiece. Printed in 2 columns, gothic characters (exception of
the frontispiece, a tabla and avis in italics). Copy with ownership 'Dela Libreria del Convento de Nossa Senhora della
Concepción de Antequera[?]'. Samodães 1551 'very rare and appreciated. Excellent translation of the 'History' of Eusebius
(262-349) and his followers - Rufino, Socrates, Theodoret, and Sesoméro - so rare, that is unknown to Brunet, Volley and other
distinguished bibliographers. Inocêncio III, 192: 'Extremely rare piece'. Anselmo 61; D. Manuel 296; Palau 115185; Straw
2390: ' Ouvrage rarissime '.
€6.000
147. CHAGAS (Franco) e João Soares. QUADROS DA HISTÓRIA DE PORTUGAL. Coordenados por... e... Ilustrações de
Roque Gameiro e Alberto de Sousa. Prosa original de Chagas Franco. Edição da Papelaria Guedes. Lisboa. 1917. De 36x45
cm. Com [vi]-138-[vi] pags. Encadernação editorial. Obra profusamente ilustrada e impressa sobre papel couché. Exemplar
com folha de guarda editorial especialmente impressa: 'Exemplar de Sua Excelência o Senhor Presidente da República Doutor
António José de Almeida'; e dedicatória de Franco Chagas dirigida ao mesmo enquanto 'glória e símbolo da Pátria e da
República'.
€300
148. CHAGAS, Fr. António das. ESCOLA DE PENITENCIA, E FLAGELLO DE VICIOSOS COSTVMES, Que consta de
Sermoens Apostolicos DO MUYTO VENERAVEL PADRE FREY ANTONIO DAS CHAGAS, FRADE MENOR DA
REGULAR OBSERVANCIA de Nosso Padre Saõ Francisco; Filho da Santa Provincia dos Algarves; celeberrimo Prégador,
Missionario Apostolico, & Instituidor do Seminario de S. Antonio de Varatojo, de Missinarios Apostolicos. Tirados a luz POR
Fr. MANOEL DA CONCEYÇAM, Indigno Filho da mesma Santa Provincia, & Missionario no dito Seminario. I. PARTE.
[única publicada]. OFFERECIDO AO MUYTO ALTO, E PODEROSO REY, & Senhor Nosso. D. PEDRO II. LISBOA. Na
Officina de MIGUEL DESLANDES, & à sua custa Impresso. Anno 1687. In 8º (de 21x15 cm) com [xiv], 516 pags.
Encadernação da época em pergaminho flexível com título manuscrito na lombada e vestígios de atilhos na dianteiras das
pastas. 1ª edição desta obra clássica da literatura portuguesa; impressa a duas colunas sobre papel de linho muito fino e alvo.
Inocêncio I, 110 e VII, 115: Fr. Antonio das Chagas (2.º), chamado no século Antonio da Fonseca Soares, seguiu
primeiramente a vida militar, chegando ao posto de Capitão. Depois renunciando o mundo e suas pompas, professou a regra de
S. Francisco no convento de Évora, em 1663 quando contava quase 32 anos de idade. Foi Missionário Apostólico, e instituidor
do seminário do Varatojo no convento que aí fundara el-rei D. Afonso V, e de que ele e seus companheiros tomaram posse em
1680. Nasceu na vila da Vidigueira, no Alentejo, em 1631, e depois de rejeitar a mitra de Lamego que lhe fora oferecida,
morreu com fama de grande santidade no referido seminário do Varatojo em 1682, com pouco mais de 51 anos. Escola de
Penitencia, e flagello de viciosos costumes, que consta de Sermões apostolicos etc. tirados á luz por Fr. Manuel da Conceição,
Missionario do Varatojo. Lisboa, por Miguel Deslandes 1687. 4.º de XIV 516 pag. A segunda edição da Escola de Penitencia é
de Lisboa, por Miguel Rodrigues, 1738. 4.o; devendo por isso contar se como terceira a de 1763. Ainda que estes sermões
saíssem póstumos, e não recebessem da mão do autor a última lima, contudo pela alteza dos assuntos, pela solidez e força do
raciocínio, e até pela cultura da dicção, gravidade do estilo, e pureza da frase não são menos recomendáveis que as outras obras
do respeitável missionário. O sermão preludial e exortatório, que vem no princípio, é todo do editor Padre Conceição, que de si
confessa haver acrescentado nos outros muitos lugares e muitas autoridades”. Pinto de Matos 173. Ameal 588. Samodães 1,
720. Monteverde 1586. Cunha, X. Impr. deslandesianas 720. Santos, M. Bibliogr. geral 1, 2777. Nepomuceno 463. Avila Perez
1695. Arouca C 380. Marinha. Impr. séc. XVII 173.
€400
149. CHAVES DE ALMEIDA. (Lourenço) OS TÚMULOS DE ALCOBAÇA E OS ARTISTAS DE COIMBRA. Junta de
Provincia da Estremadura. Publicações Culturais. Lisboa. 1944. De 26x20 cm. Com 63 pags. Encadernação com lombada em
pele executada pelo mestre encadernador Frederico d'Almeida. Profusamente ilustrado em extra-texto. Exemplar com ex-libris.
€80
150. CODIGO COMMERCIAL PORTUGUEZ. Seguido de um appendice que contem a legislação que tem alterado alguns dos
seus artigos, publicada até ao fim do anno de 1878. Imprensa da Universidade. Coimbra. 1879. De 21x15 cm. Com viii-784
pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada. Exemplar muito limpo.
€120
151. COLECÇÃO DE MANUSCRITOS INÉDITOS AGORA DADOS À ESTAMPA [DA] BIBLIOTECA PUBLICA
MUNICIPAL DO PORTO. I.O LIVRO DA CORTE IMPERIAL. [Obra com a transcrição de um dos livros que pertenceu
à Biblioteca do Rei D. Duarte e através do qual se pode saber o estado do conhecimento dos livros, da cultura, da religião e da
filosofia árabe no século XV, em Portugal, numa época em que nos países mais civilizados da Europa era ignorada]. Junto
com: II. O LIVRO DA VIRTUOSA BEMFEITORIA do Infante D. Pedro de Portugal. [1ª edição a partir da transcrição e
confrontação dos exemplares manuscritos existentes na Biblioteca do Porto, na Academia Real das Ciências em Lisboa, e na
Biblioteca de Madrid tendo sido financiada a deslocação e o estudo das obras nos locais pelo Estado português]. Junto com:
III. FASTIGIMIA. Por Tomé Pinheiro da Veiga (Turpin). [Obra de cariz crítico, cujo título significa Fastos Geniais, contém a
descrição da vida quotidiana durante a quadra pascal de 1605 na corte dos reis de Espanha onde, segundo o autor, se fizeram
das Endoenças um Natal e onde se comemorava a festividade das Trevas]. Junto com: IV. ANACRISIS HISTORIAL DEL
ORIGEN, Y FUNDACION Y ANTIGUDAD, DE LA NOBILISIMA, Y SIEMPRE LEAL CIUDAD, DE O PORTO.
[Seguido de]: EPISCOPOLÓGIO DA LA SANCTA IGLESIA DE O PORTO. Por Manuel Pereira de Novais. [Obra com a
história documentada da fundação da cidade e do governo da Igreja do Porto, da vida civil e dos aspectos monumentais da
cidade desde o início dos tempos pré-fundacionais; escrita pelo Padre Frei Manuel Pereira de Novais reitor da Universidade
Eclesiástica de Santiago de Compostela e do Mosteiro de San Martin El Real, onde hoje é o Seminário. Junto com as biografias
de todos os bispos do episcopado do Porto (episcoplógio). Estas duas obras encontradas prontas para impressão são a
continuação, ou o complemento, uma da outra “escritas com paciência beneditina e uma assombrosa cópia de conhecimentos,
no silêncio inspirador de uma célula dum convento, deixando materiais para a história civil e eclesiástica do Porto e mesmo da
história da Igreja na Península Ibérica. O ilustre publicista José Pereira de Sampaio, conhecendo este manuscrito, entendeu, e
muito bem, que devia ressuscitá-lo da poeira e do olvido dos arquivos, marcando a sus passagem pela Biblioteca Pública do
Porto e prestando um alto serviço a todos os estudiosos…”]. Junto com: V. GEOGRAPHIA D’ENTRE DOURO E MINHO
E TRÁS-OS-MONTES. Pelo Doutor João de Barros. [Ilustrado com levantamentos epigráficos. Obra contendo a descrição de
todos os mosteiros destas regiões, activos e inactivos, à época do manuscrito, i. e., no reinado de D. João III, circa 1550].
Seguido e junto com: VI. HISTÓRIA DE LA FUNDACION DEL COLLEGIO DE LA COMPAÑIA DE
PERNAMBUCO, HECHA EN EL AÑO DE 1576. JHS. MARIA. [Ilustrado com uma página fac-simile do manuscrito não
autógrafo, posterior século XVI, escrito por ditado de um original desaparecido. Obra com um prefácio de José Lúcio de
Azevedo em modo de aparato crítico à descrição dos primeiros missionários jesuítas, entre quais o padres Manuel da Nóbrega
e João Aspilcueta Navarro, que se embrenharam nas selvas em pobreza primitiva, diferente da opulência que o Marquês de
Pombal viria a banir no século XVIII]. Biblioteca Pública Municipal do Porto. Tipografia Progresso de Domingos Augusto da
Silva. Pôrto. 1910-1919. Colecção completa em 12 volumes. De 24x17 cm. Com [29]-274; [29]-274 ; [44]-374-[8] ; xxx-288[iv]; x-250-[vi]; xxii-400-[vi] ; x-390-[vii]; [xiv]-341-[iv] ; [vii]-254-[iii]; e [vii]-300 ; [iii]-302-[xxxii] ; xix-128-[xvii] ; xii-71
pags. Encadernações com lombadas em pele com nervos e ferros a ouro. Exemplares de oxidação própria do papel afectando
apenas as capas de brochura.
€800
152. COLLECÇÃO CHRONOLOGICA DOS ASSENTOS DAS CASAS DA SUPPLICAÇÃO E DO CIVEL. Segunda
Edição, augmentada com 33 Assentos, e diligentemente emendada dos frequentes erros e faltas da primeira, cuja mor e mais
natural parte se refere ao Relatorio, que no fim vai estampado. COIMBRA: NA REAL IMPRENSA DA UNIVERSIDADE.
1817. Por Resolução de S. Magestade de 2 de Setembro de 1786. In 4º (de 21x14 cm) com lvi-571-[vii] pags. Encadernação da
época inteira de pele. Contém Colecção de Assentos desde 1603 até 1817, fazendo parte da “Collecção da Legislação Antiga e
Moderna do Reino de Portugal. Parte II. Da Legislação Moderna”.
€200
153. COMBE, William. A HISTORY OF MADEIRA. With A Series of Twenty-seven coloured Engravings. ILLUSTRATIVE
OF THE COSTUMES, MANNERS, AND OCCUPATIONS OF THE Inhabitants of that Island. LONDON: PUBLISHED BY
R. ACKERMANN. 1821. In 4.º (de 27x19,5 cm) com v-118-(vi) pags. Encadernação ao gosto da época inteira de pele com
ferros a ouro nas pastas, lombada e seixas. Exemplar por aparar apenas dourado por folhas à cabeça. Ilustrado com 27
magnificas águas tintas. Obra publicada sem nome do autor. Cabral do Nascimento, Estampas Antigas da Madeira, 65: “Vinte
e seis das gravuras são deliciosas charges, e a última, já sem feição caricatural, representa a fortaleza do Ilhéu, o celebrado Loo
Fort dos ingleses. O frontispício da obra tem uma vinheta que mostra uma vista do Funchal. O Sr. Alberto de Sousa, na sua já
citada obra «Historia do Trajo Popular em Portugal» inclui vinte destas estampas, assim como duas da colecção Macphail,
vilão e viloa, aquele muito no estilo de William Combe.”
Binding: full calf replicating contemporary style (red marrocco
gilt at spine; at board frames; and at inner edges). Paper edges front and below uncut; and gilt at the top one. Illustrated with 27
aquatint plates. Title page has also an aquatint colored vignette. First edition and printing. Work published anonymously,
known written by William Combe, then 79 years old. The text is a critical survey of the costumes, manners and folklore of
Madeira Island, illustrated with masterpiece printed drawings on the daily life and public characters. Contents of the survey are
embellished with a poem after the initial prose. Together with the aquatints they intend to display character as well as public
and private costumes, daily occupations, and promenades not without a deep touch of humor. List of plates: West View of Lee
Fort (frontispiece); Inside of a Cottage; Rural Occupations; Peasants going to Market; Manner of Cultivating the Ground; A
Farmer & his Daughter going to Town; Rural Toil; Costume peculiar to some of the Western Inhabitants of the Island;
Fishermen; Manner of bringing Wine to Town when clear; Manner of drawing Pipes &c. by means of the Sledge; An Accident
upon the Road; A Pior of the Order of St. Francis, & a Lay Brother; A Franciscan Friar collecting Donations for his Convent;
A Franciscan Father on a Journey; Priests in different Attire; Lay Sisters of the Order of the Lady of Mount Carmel; A Nun
and her Attendant; A Lady & her Servant going to Church; Usual Manner of Travelling in Hammocks; Manner of Visiting
among the Ladies at Funchal; Members of the Senate; Official Dress of the members of the Camera or Senate on the Death of
the King and Accession of his Successor; An Officer & private of the Garrison of Funchal.
€6.000
154. COMPILAÇÃO DAS ORDENS DO DIA, DO QUARTEL GENERAL DO EXERCITO PORTUGUEZ, Concernentes a’
Organização. Disciplina, e Economia Militares na CAMPANHA DE 1809. LISBOA, NA IMPRESSÃO REGIA. ANNO 1811.
In 12º. De 15x9 cm. Com [iv], 285 pags. Encadernação da época inteira de pele, cansada. Exemplar com carimbos de posse na
folha de rosto. É só o primeiro volume de 7. Inocêncio IX, 81.“COMPILAÇÃO DAS ORDENS DO DIA do Quartel General
do Exercito Portuguez, concernentes á organisação, disciplina e economia militares nas campanhas de 1809 a 1814, e tambem
relalivas ao anno de 1815. Lisboa, na Imp. Regia 1811 a 1816. 8.º, 7 tomos. - Nos respectivos frontispicios vêem-se
entrelaçadas em cifra as iniciaes J. J. A., que parece quererem significar o nome de Joaquim José Annaya. empregado que por
aquelles annos servia na Repartição do Ajudante general do Exercito, e foi o encarregado d'esta Compilação. Cada um dos
volumes tem no fim seu indice dos assumptos contidos por ordem alphabética, e no ultimo o indice geral de todos os septe.
Note-se que todas as determinações concernentes ao exercito, mandadas adoptar pelo Marechal general W. C. Beresford,
marquez de Campo-maior, e commandante em chefe do mesmo exercito, publicadas nas Ordens do dia de 1809 até 1820,
tiveram força de lei, segundo se declara na carta regia de 11 de Novembro de 1811, que anda transcripta na collecção de
Delgado, tomo de 1811 a 1820.“
€80
155. COMPROMISSO DA IRMANDADE DO SANTISSIMO SACRAMENTO, SITA NA PAROCHIAL IGREJA DE S.
CHRISTOVAÕ, FEITO NOVAMENTE NO ANNO DE 1761, e approvado pelo Eminentissimo e Reverendissimo Senhor
Cardeal Patriarcha no de 1763. LISBOA: Na Officina de FRANCISCO BORGES DE SOUSA. ANNO DE MDCCLXIV.
[1764]. In fólio (de 30x20 cm) com [vii], 87 pags. Encadernação da época inteira de pele mosqueada, com coifa superior
danificada. Ilustrado com vinheta na folha de rosto aberta por Bouteux; e com vinheta e capitular decorativa no início do texto.
Inocêncio IX, 82.
€600
156. CONSCIÊNCIA. (Padre Manuel) OBSEQUIOS AO FELICISSIMO ESPOSO DE MARIA, Dignissimo Pay Putativo de
JESUS, O SENHOR S. JOZE’, PROPOSTO EM ALGUNS BREVES exercícios muy agradáveis ao mesmo Santo, e
utilíssimos para alcançar o seu patrocínio na vida, e especialmente na morte; que devem fazer todos os seus devotos, e os que o
desejaõ ser. A quem para isso os offerece o menor delles O P. MANOEL CONCIENCIA Da Congregação do Oratorio de
Lisboa, Consultor do Santo Officio, e Examinador Synodal do Patriarcado, &c. LISBOA OCCIDENTAL: Na nova Officina de
MAURICIO VICENTE DE ALMEIDA, M. DCC. XXXVII. [1737]. In 16º (de 9x7 cm) com 40 pags. Encadernação do século
XIX inteira de pele com ferros a ouro na lombada e rolados nas esquadrias das pastas. Obra em miniatura. Contém
encadernado juntamente em 12 fólios manuscritos português com uma Ladainha do Senhor S. José. Inocêncio V, 401 e XVI,
156: 'P. Manuel Consciencia, natural de Lisboa. Depois de receber na Universidade de Coimbra o grau de Licenciado em
Direito Civil, abraçou o estado eclesiástico, ordenando se de Presbítero, e entrando na Congregação do Oratório de Lisboa em
1698. Morreu em 1739. Obsequios do felicissimo esposo de Maria, o senhor S. Joseph. Ibi, pelo mesmo 1715. 24.º Ibi, por
Antonio Pedroso Galrão 1717. 24.º. Dos Obsequios fez se nova edição. Lisboa, na offic. de Domingos Gonçalves, 1760. 16.º
de 32 pag. Outra edição: Lisboa, na regia offic. typographica, 1794. 16.º de 32 pag. As obras, todas morais e ascéticas, deste
escritor são tidas em algum conceito pelos doutos, no tocante á propriedade e correcção da linguagem. Quem as ler não deixará
de notar que ele tomára por guia e mestre no estilo e locução o seu confrade, e contemporâneo P. Manuel Bernardes, de quem
se mostra aproveitado discípulo, bem que se lhe possa aplicar com verdade o sequiturque patrem non passibus æquis”.
€150
157. CONSTITUIÇOENS DO ARCEBISPADO DE EVORA, Originalmente feitas por Mandado do Illmo. e Rmo. Senhor D.
JOAÕ DE MELLO Arcebispo do dito Arcebispado Año de 1565. Novamente impressas por Ordem do Exmo. e Rmo. Senhor
D. Fr. MIGUEL DE TAVORA Da Ordem dos Eremitas de S. Agostinho Arcebispo de Evora. EVORA, Na Officina da
Universidade Anno M.DCC.LIII. [1753]. In fólio (de 32x23 cm) com [xx], 192, 284, [iii] pags. Encadernação da época inteira
de pele, cansada e com cantos e lombada com falhas. Ilustrado com vinheta tipográfica na folha de rosto (brasão eclesiástico
armoriado de Távora com coronel de marquês) e com vinhetas xilográficas decorativas no final de cada capítulo. Exemplar
apresenta vincos de origem na execução tipográfica da folha de rosto; e manchas de humidade marginais através dos
tranchefilas da lombada. Obra contém as Constituições nas primeiras 192 páginas e os Regimentos do Auditório Eclesiástico
nas 294 páginas seguintes, com título 'Regimentos da sua Relação e Consultas, a Casa do Despacho, dos Oficiais de Justiça
Eclesiástica, do governo do Arcebispado', seguindo-se nomeadamente: o Regimento da Chancelaria; o Regimento do Provisor;
o Regimento do Vigário geral; o Regimento do Juiz dos Resíduos; o Regimento do Juiz dos Casamentos; o Regimento dos
Desembargadores; o Regimento dos Visitadores; o Regimento do Vigário da Comarca de Beja; o Regimento dos Vigários das
Varas; o Regimento do Promotor de Justiça; o Regimento dos Advogados; o Regimento do Escrivão da Casa do Despacho; o
Regimento dos Escrivães do Auditório; o Regimento do Meirinho Geral; o Regimento do Escrivão da Vara e Armas; o
Regimento do Distribuidor; o Regimento do Inquiridores; o Regimento do Depositário Eclesiástico; o Regimento do Alcaide
do Aljube; o Regimento do Porteiro do Auditório; o Regimento do Solicitador de Justiça; o Regimento do Solicitador dos
presos; o Regimento das Residências; o Regimento para os Examinadores; do Economo e Depositário; do Escrivão do
Depositário; e outros regimentos. Inocêncio II, 101: “As mesmas Constituições e com o mesmo titulo se reimprimiram por
ordem do Arcebispo D. Fr. Miguel de Tavora, Evora, na Offic. da Universidade 1753. fol. De xx 192 pag. - A que se ajuntou
sob nova numeração de pag. 1 a 287 os Regimentos do Auditorio Ecclesiastico do Arcebispado de Evora e da sua Relação e
Consultas etc”.
€600
158. CONSTITUIÇÕES SYNODAES DO ARCEBISPADO DE LISBOA, NOVAMENTE FEITAS NO SYNODO
DIOCESANO, que se celebrou na Sé Metropolitana de Lisboa o Illustrissimo, e Reverendissimo Senhor D. Rodrigo da Cunha
Arcebispo da Mesma Cidade, do Conselho de Estado de S. Magestade, em os 30 dias de Mayo do anno de 1640;
CONCORDADAS COM O SAGRADO CONCILIO TRIDENTINO, E COM O Direito Canonico, e com as Constituições
antigas, e Extrevagantes primeiras, e segundas deste Arcebispado; Acrescentadas nesta segunda impressaõ comhum copioso
Reportorio; LISBOA ORIENTAL, NA OFFICINA DE FILIPPE DE SOUSA VILLELA. MDCC.XXXVII. [1737] In fólio de
29x19,5 cm. com [vi], 666 [aliás 662] pags. Encadernação da época inteira de pele com nervos, rótulo vermelho e ferros a ouro
na lombada. Corte das folhas marmoriado. Folha de rosto impressa a duas cores. Inocêncio II, 105. “Constituições synodaes do
Arcebispado de Lisboa, novamente feitas no Synodo Diocesano, que celebrou o Arcebispo D. Rodrigo da Cunha aos 30 de
Maio de 1640. Lisboa, por Paulo Craesbeeck 1646. fol. - E ibi, 1656, fol. com um copiosissimo repertorio feito por Jorge
Serrão. Foram impressas ultimamente, Lisboa Oriental, por Filippe de Sousa Villela 1737. fol. de VI 666 pag., que é a edição
mais vulgar, de que possuo um exemplar, e tenho visto outros, comprados por preços de 1:600 a 1:920 réis.”
€800
159. CONSTITVIÇOENS SYNODAES DO BISPADO DE LAMEGO, Feitas pello Illustrissimo, & Reverendissimo Senhor D.
MIGVEL DE PORTVGAL, PVBLICADAS, E ACEITAS NO SYNODO, que o dito Senhor celebrou em o anno de 1639. E
agora impressas Por mandado do illustrissimo, & Reverendissimo Senhor D. Fr. LVIS DA SYLVA, BISPO DO DITO
BISPADO DE LAMEGO, do Conselho de S. Alteza. Na Officina de MIGVEL DESLANDES. M. DC. LXXXIII. [1683] In
fólio de 27x20,5 cm. Com [viiii], 644 pags. Encadernação da época em pergaminho flexivel. Impressão barroca muito nítida
impressa sobre papel de linho muito alvo, adornada com o brasão do bispo de Lamego gravado na folha rosto, vinhetas e
capitulares. Exemplar muito limpo, com margens muito generosas e anotações coevas. Edição rara. Inocêncio II, 104.
'Constituições, etc... feitas pelo bispo D. Miguel de Portugal. Lisboa 1683. fol. - Monsenhor Ferreira Gordo teve um exemplar
d'esta edição comprado por 3:200 réis.' Pinto de Matos, 176. 'As Constituições do Bispado de Lamego são estimadas e poucas
vezes aparecem á venda.'
€1.500
160. CORDEIRO. (Luciano) SOROR MARIANNA A FREIRA PORTUGUEZA. Segunda edição. Illustrada correcta e
augmentada sobre novos documentos. [Tipografia da Real Academia das Ciências de Lisboa]. Livraria Ferin. Lisboa. S/ d.
[1890]. De 21x14 cm. Com 349 pags. Encadernação com lombada e cantos em pele. Ilustrado com gravuras extra-texto e um
retrato de Luciano Cordeiro em anterrosto. Exemplar preservando capas de brochura.
€90
161. CORREIA DE CAMPOS. (J. A.) ARQUEOLOGIA ÁRABE EM PORTUGAL. Edição do autor. Lisboa. 1965. De 29x21
cm. Com 326 pags. Encadernação do editor. Ilustrado. Exemplar com falta da sobrecapa de protecção.
€120
162. CORREIA DE CAMPOS. (José Augusto) IMAGENS DE CRISTO EM PORTUGAL. [Por]… do Instituto de
Arqueologia, História e Etnografia. Livraria Bertrand. Lisboa. S/d [1963]. De 25x17 cm. Com xvii-184 pags. Encadernação
com lombada e cantos em pele. Ilustrado com 99 estampas em extra-texto impressas sobre papel couché. Exemplar por abrir,
com leves manchas de humidade, e com dedicatória do autor. Obra (do mesmo autor de Monumentos da Antiguidade Árabe
em Portugal) com a recolha e levantamento no terreno, e com a teorização em importantes capítulos introdutórios sobre a
génese da simbologia cristã na Península Ibérica.
€80
163. CORREIA GUEDES. (Natália Brito) O PALÁCIO DOS SENHORES DO INFANTADO DE QUELUZ. [Oficinas
Gráficas da Editorial Minerva]. Livros Horizonte. 1971. De 29x23 cm. Com 383 pags. Encadernação do editor preservando
sobrecapa de protecção. Ilustrado em extra-texto sobre papel couché. Obra impressa em papel creme de elevada qualidade.
Estudo orientado pelo Professor Mário de Tavares Chicó.
€80
164. CORTE REAL. (Jerónimo) NAUFRAGIO DE SEPULVEDA, COMPOSTO EM VERSO HEROICO, E OITAVA RIMA
POR… NOVA EDIÇÃO CONFORME A’ PRIMEIRA DE 1594. LISBOA. MDCCCXL. [1840] NA TYPOGRAFIA
ROLLANDIANA. Obra em 2 volumes. In 12º (11x8 cm) com 212 e 212 pags. Encadernações inteiras de pele mosqueada com
ferros a ouro na lombada e nos rótulos vermelhos. 3ª edição desta importante obra da poesia portuguesa. Inocêncio III, 262:
'Jeronymo Corte-Real, Senhor do morgado de Palma, e Capitão-mór de uma armada nos mares da India, onde militava pelos
annos de 1571, regressando para Lisboa pouco tempo depois; porquanto já aqui se achava, ao que parece, em 1574. Nasceu
provavelmente não longe do anno 1540. A sua naturalidade é, quanto eu posso julgar, ainda duvidosa. Alguns o deram nascido
em Evora; o P. João Baptista de Castro, não sei com que fundamento, affirma no Mappa de Portugal, tomo IV pag. 84, que fôra
natural de Lisboa; e Barbosa no tomo IV da Bibl. colloca o seu nome entre os dos auctores cuja patria se ignora. Diz-se que
morrêra nas propriedades do seu morgado em 1593. « Naufragio e lastimoso successo da perdição de Manoel de Sousa de
Sepulveda &» D. Lianor de Sá sua mulher & filhos, vindo da India para este Reyno na nao chamada o galião grande S. Ioão
que se perdeo no cabo da boa Esperança, na terra do Natal. E a perigrinação que tiuerão rodeando terras de cafres mais de 300
legoas tè sua morte. Composto em verso heroico & octava rima. Na oflicina de Simão Lopez 1594. 4.º de IV-206 folhas,
numeradas só na frente. (Sahiu posthumo, por diligencia de Antonio de Sousa genro do auctor. Ha d'esta edição na Bibl.
Nacional um exemplar.) Segunda edição; Lisboa, na Typ. Rollandiana 1783. 8.º de XVI-351 pag. (Foi feita por industria do
livreiro-impressor Francisco Rolland; e diz este no prologo, que seguíra escrupulosamente a orthographia da primeira edição.)
Terceira edição. Ibi, na mesma Typ. 1842. 16.º 2 tomos'.
€300
165. CORTE REAL. (Jerónimo) NAUFRAGIO E LASTIMOSO SUCCESSO DA PERDIÇAÕ DE MANOEL DE SOUSA DE
SEPULVEDA, E LIANOR DE SÁ, sua Mulher, e Filhos, Vindo da India para este Reyno na Náo chamada o Galiaõ de S.
Joaõ, que se perdeu no cabo da Boa-Esperança na terra do Natal; E a Peregrinaçaõ, que tiveram rodeando terras de Cafres,
mais de 300 léguas, té sua morte; Composto em Verso heróico e octaua rima [NAUFRAGIO DE SEPULVEDA] POR
JERONIMO CORTE REAL. LISBOA, Na Typographia Rollandiana. 1783. In 8º (de 15x10 cm.) com xiv-(i)-351 pags.
Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada, cansada e danificada nos cantos e trabalho de traça no
interior da pasta posterior. Corte por folhas carminado, Exemplar com títulos de posse de várias épocas manuscritos na folha
de rosto e leves vestigios marginais de trabalho de traça. 2ª edição desta importante obra da poesia portuguesa. Inocêncio III,
262: 'Jeronymo Corte-Real, Senhor do morgado de Palma, e Capitão-mór de uma armada nos mares da India, onde militava
pelos annos de 1571, regressando para Lisboa pouco tempo depois; porquanto já aqui se achava, ao que parece, em 1574.
Nasceu provavelmente não longe do anno 1540. A sua naturalidade é, quanto eu posso julgar, ainda duvidosa. Alguns o deram
nascido em Evora; o P. João Baptista de Castro, não sei com que fundamento, affirma no Mappa de Portugal, tomo IV pag. 84,
que fôra natural de Lisboa; e Barbosa no tomo IV da Bibl. colloca o seu nome entre os dos auctores cuja patria se ignora. Dizse que morrêra nas propriedades do seu morgado em 1593. « Naufragio e lastimoso successo da perdição de Manoel de Sousa
de Sepulveda &» D. Lianor de Sá sua mulher & filhos, vindo da India para este Reyno na nao chamada o galião grande S. Ioão
que se perdeo no cabo da boa Esperança, na terra do Natal. E a perigrinação que tiuerão rodeando terras de cafres mais de 300
legoas tè sua morte. Composto em verso heroico & octava rima. Na oflicina de Simão Lopez 1594. 4.º de IV-206 folhas,
numeradas só na frente. (Sahiu posthumo, por diligencia de Antonio de Sousa genro do auctor. Ha d'esta edição na Bibl.
Nacional um exemplar.) Segunda edição; Lisboa, na Typ. Rollandiana 1783. 8.º de XVI-351 pag. (Foi feita por industria do
livreiro-impressor Francisco Rolland; e diz este no prologo, que seguíra escrupulosamente a orthographia da primeira edição.)”
€300
166. CORTE REAL. (Jerónimo) SVCESSO DO SEGVNDO CERCO DE DIV. ESTANDO DOM JOHAM MAZCARENHAS
POR CAPITÃO DA FORTALEZA. Anno de 1546. Fielmente copiado da Ediçam de 1574. POR BENTO JOSE DE SOVSA
FARINHA, Professor Regio de Filozofia, e socio da Academia das Sciencias de Lisboa. LISBOA: NA OFFIC. DE SIMAM
THADDEO FERREIRA. Anno M. DCC. LXXXIIII. (1784). De 15x10 cm. Com xvi-436 pags. Encadernação da época inteira
de pele. Reedição oitocentista do poema quinhentista em verso endecassilábico dedicada ao Rei Dom Sebastião. Inocêncio III,
262: 'JERONYMO CORTE-REAL, Senhor do morgado de Palma, e Capitão-mór de uma armada nos mares da India, onde
militava pelos annos de 1571, regressando para Lisboa pouco tempo depois porquanto já aqui se achava, ao que parece, em
1574. Nasceu provavelmente não longe do anno 1540. A sua naturalidade é, quanto eu posso julgar, ainda duvidosa. Alguns o
deram nascido em Evora o P. João Baptista de Castro, não sei com que fundamento, affirma no Mappa de Portugal que fôra
natural de Lisboa e Barbosa no tomo IV da Bibl. colloca o seu nome entre os dos auctores cuja patria se ignora. Diz-se que
morrêra nas propriedades do seu morgado em 1593. Além da merecida fama que adquiriu de poeta distincto, obteve tambem
entre os seus contemporaneos a de mui habil na arte da pintura. Consta o Cerco de Diu de vinte e um cantos, em versos
hendecasyllabos soltos. Na opinião dos criticos este poema tem merito pela abundancia e belleza de suas comparações, quasi
sempre frizantes e originaes pelas suas descripções, que denunciam no poeta um talento e vocação especial para o genero
descriptivo e finalmente pelo vigor do colorido, e fogo militar, que alardêa nas descripções dos combates. A linguagem e em
geral pura, e elegante porém o estylo nem sempre é tão poetico como seria para desejar por isso descáe muitas vezes em modos
de dizer rasteiros, e menos dignos da magestade da epopéa, e da poesia elevada. Sahiu traduzido em verso castelhano por Fr.
Pedro de Rodillas, e foi impresso em Alcalá, l597. Brunet menciona no seu Manual um exemplar d'esta traducção, vendido por
1 £ 14.sh, pertencente á livraria de Heber'.
€400
167. CORTESÃO. (Armando) HISTÓRIA DA CARTOGRAFIA PORTUGUESA. Por… Agrupamento de Estudos de
Cartografia Antiga. Secção anexa á Universidade de Coimbra. Junta de Investigações do Ultramar. Coimbra. 1969 e 1970. 2
volumes. De 31x22 cm. Com 325 e 481 pags. Encadernações do editor. Ilustrados. Obra impressa sobre papel creme “Porto
Cavaleiros”. Contém 2º volume com “História da Náutica” (ou navegação astronómica) por Luís de Albuquerque.
€300
168. CORTESÃO. (Armando) HISTORY OF PORTUGUESE CARTOGRAPHY. By… Agrupamento de Estudos de
Cartografia Antiga. Secção anexa á Universidade de Coimbra. Junta de Investigaçõs do Ultramar. Coimbra. 1969 e 1971. 2
volumes. De 31x22 cm. Com 323 e 469 pags. Encadernações do editor. Ilustrados. Obra impressa sobre papel creme “Porto
Cavaleiros”. Contém 2º volume com História da Náutica (“with two chapters on history of astronomical navigation” by) por
Luís de Albuquerque.
€300
169. CORTESÃO. (Armando) THE NAUTICAL CHART OF 1424. And Early Discovery and Cartographical representation of
America. By… former Counsellor for the History of Science at UNESCO and former vice-president of the International
Academy for the History of Science. With a forword by Prof. Dr. Maximiliano Correia Universitatis Rector. University of
Coimbra. 1954. De 40x31 cm. Com xix-123 pags. Encadernação editorial acondicionada dentro de estojo. Ilustrado com 31
estampas e mapas desdobráveis (de 1424, de 1439, de 1464, e de 1482) com representações das Antilhas e da América cerca de
100 anos antes da sua identificação oficial. Exemplar nº 231 assinado pelo autor e com ex-libris da Biblioteca Capucho. Obra
de grande qualidade tipográfica “printed by the Imprensa de Coimbra Limitada, printers to the University”. Contém quadros
com nomes de lugares e ilhas nas costas de Espanha, bem como várias representações das ilhas Canárias.
€400
170. CORTESÃO. (Jaime) OS DESCOBRIMENTOS PORTUGUESES. Editora Arcádia. Lisboa. S/d [1958 ]. De 21x24 cm.
Com 556 e 443 pags. Encadernações do editor inteiras de pele com ferros a ouro em super-libris. Profusamente ilustrado com
mapas e gravuras a cores e a p/b em extra-texto.
€200
171. CORTESÃO. (Jaime) PORTUGAL A TERRA E O HOMEM. Apresentação de Urbano Tavares Rodrigues. Ilustrações de
Manuel Lapa. Realizações Artis. De 29x21 cm. Com 283 pags. Encadernção editorial. Profusamente ilustrado com
fotogravuras extra-texto; vinhetas decorativas; e reproduções de obras de arte portuguesas.
€150
172. CORTEZ VALENCIANO. (Jeronymo) O NON PLUS ULTRA DO LUNARIO, E PROGNÓSTICO PERPETUO
GERAL, e particular para todos os Reinos, e Províncias. COMPOSTO POR... JERONYMO CORTEZ, VALENCIANO.
Emendado conforme o Expurgatorio da Santa Inquisição, e traduzido em Portuguez por ANTONIO DA SILVA DE BRITO. E
no fim vai accrescentado co uma invenção curiosa de huns apontamentos, e regras para que se saibão fazer prognósticos,
discursos annuaes sobre a falta, ou abundancia do anno, e hum memoravel de remedios universaes para varias enfermedades.
LISBOA. Na Officina de DOMINGOS GONSALVES. Anno MDCCLVII. (1757). De 15x10 cm. Com (iv)-316 pags.
Encadernação da época inteira de pele. Ilustrado com curiosas vinhetas tipográficas alusivas aos capítulos, aos signos do
Zodíaco e aos planetas, capitulares xilograficas, tabelas e figuras para calcular o numero áureo e as letras dominicais.
Profusamente ilustrado com vinhetas. Famoso tratado astrológico e de medicina popular em forma de almanaque. Inocêncio I,
269 e VIII, 305. “Antonio Da Silva De Brito, cujas circumstancias pessoaes foram ignoradas de Barbosa, e tambem não vieram
ainda ao meu conhecimento. O Non plus ultra do Lunario e Prognostico Perpetuo geral e particular para todos os reinos e
provincias, composto por Jeronymo Cortez, Valenciano, emendado conforme o expurgatorio da Santa Inquisição, e traduzido
em portuguez. Lisboa, por Miguel Manescal 1703. 8.o‑Coimbra, por José Antunes da Silva 1730. 8.o - Lisboa, 1757.
8.o‑Ibi, por Francisco Borges de Sousa 1768. 8.o de VIII? pag., que é a edição que possuo. - Ibi, por Joaquim Thomás de
Aquino Bulhões 1805. 8.o - Ibi, na Imp. Regia 1820 8.o‑Ultimamente accrescentado, ibi, na Typ. de Mathias José Marques
da Silva 1850. 8º. Não creio que as sete edições indicadas sejam as unicas que d’este livro se tem feito. É provavel que mais
algumas existam, que ainda não viessem á minha noticia. Da obra pode com pouca differença dizer‑se o mesmo que da
antecedente. A edição do Non plus ultra do Lunario perpetuo (n.º 1507) citada com a data de 1757, e da Offic. de Domingos
Gonçalves, e contém IV? pag.”
€300
173. CORTEZ. (Jerónimo) FYSIOGNOMIA E VARIOS SEGREDOS DA NATUREZA. CONTE’M CINCO TRATADOS de
differentes materias, revisto, e melhorados nesta ultima impressaõ. COMPOSTO POR JERONYMO CORTEZ, Natural da
Cidade de Valença [Valencia, Espanha]. Agora novamente traduzido em Portuguez. POR ANTONIO DA SILVA DE BRITO.
LISBOA. Na Officina de Francisco Borges de Sousa. Anno MDCCLXXXXCII. [1792]. In 8º (14,5x10 cm). Com 239 pags.
Encadernação da época inteira de pele. Exemplar com pequena falha na coifa inferior da lombada. Inocêncio I, 269:
“ANTONIO DA SILVA DE BRITO, cujas circunstancias pessoais foram ignoradas de Barbosa, e também não vieram ainda ao
meu conhecimento. Fysionomia e varios segredos da Natureza; contém cinco tractados de differentes materias etc. traduzidos
de Jeronymo Cortez, Valenciano. Lisboa, por Miguel Manescal 1699. 8.o. Esta obra, que se tornou popularíssima em Portugal,
foi no decurso do século passado [Séc. XVIII] repetidas vezes reimpressa. Dentre todas as edições que dela se fizeram
mencionarei só, por tel as agora á vista, a de Lisboa, na Off. de Domingos Gonçalves 1786, 8.o de VII 232 pag., que é talvez
das mais correctas, e outra, ibi, na Off. de Francisco Borges de Sousa 1792. 8.o Ainda no século actual [XIX] têm continuado
as reimpressões, das quais a ultima que conheço é de Lisboa, na Typ. de Mathias José Marques da Silva 1844. 8.o Bom fora
que o seu mérito correspondesse a tão extraordinário consumo; porém desgraçadamente não passa de ser um amontoado de
frioleiras e erros grosseiros de toda a espécie, apresentando a cada passo doutrinas, que a ciência tem desde longo tempo
desterrado para o país das quiméras”.
€300
174. COSTA E SÁ. (Anastasio da) NOVO ATLAS PARA USO DA MOCIDADE PORTUGUEZA, OU PRINCIPIOS
CLAROS Para se aprender facilmente, e em pouco tempo A GEOGRAFIA: Com hum TRATADO METHODICO DA
ESFÉRA, onde te explica o movimento dos Ástros, os diversos Systemas, e o uso dos Globos. TRADUCÇÃO Accrescentada,
corregida, e Adonatada. LISBOA, Na Typografia Rollandiana. 1782. De 15x10 cm. Com xxiv-294-(i) págs. Encadernação da
época inteira de pele. Ilustrado com XXIV [24] mapas desdobráveis com o levantamento físico e político enquadrado pelas
coordenadas geográficas. A última página inumerada contém o sumário dos capítulos e a confirmação da colocação extra-texto
de cada mapa em cada capítulo. Inocêncio IV, 220: 'Sem declaração do nome do tradutor, JOSÉ ANASTASIO DA COSTA E
SÁ, Official da Secretaria de Estado dos Negocios da Marinha e Ultramar. Foi natural de Lisboa, e irmão mais novo de
Joaquim José da Costa e Sá. Morreu pelos annos de 1820 a 1825'.
€300
175. COSTA OLIVEIRA. (Domingos Augusto Alves da) RAÇAS CAVALLARES DA PENINSULA E MARCAS A FERRO
que usam nas suas coudelarias os criadores e productores portugueses e hespanhoes. Por... Tenente de Cavalaria. Typographia
Belenense de José Maria Borges Lousada. Lisboa. 1906. De 25x16 cm. Com 286 pags. Encadernação recente em percalina
vermelha. Profusamente ilustrado com os ferros das coudelarias portuguesas (divididos por localidades) e das coudelarias
espanholas (divididos por 'partidos' ou comarcas judiciais). Contém: mapa desdobrável com o povoamento coudélico na
península Ibérica, nos Açores e na Madeira; desdobrável com o quadro dos mercados de gado espanhóis; desdobrável com os
mercados mensais, especiais e gerais portugueses; desdobrável com genealogia do cavalo Rumboso, campeão português de
origem andalusa de Guerrero e Hermanos em Jerez de la Frontera. Obra com a descrição de todas as raças cavalares espanholas
e da organização, composição e regulamento dos serviços de remonta do exército espanhol e do exercito português; e a suas
presenças nas feiras e pro-formas de aquisição de cavalos. Obra com uma bibliografia baseada em autores e obras esponholas e
contando com dados portugueses do Recenceamento Geral de Gados.
€300
176. COSTA. (Luiz Xavier) A MORTE DE CAMÕES. Quadro do pintor Domingos Antonio Sequeira. [Por]… sócio
correspondente da Academia das Sciências de Lisboa. [Composição e impressão na Imprensa Libânio da Silva]. Lisboa. 1922.
De 23x17 cm. Com 250-(ii) pags. Encadernação da época com lombada em pele. Ilustrado no texto e em extra-texto com
gravuras sobre papel couché mate encorpado protegidas por folhas de papel vegetal; fac-similes desdobráveis de cartas do
pintor Sequeira. Exemplar de uma tiragem 350 exemplares com extensa dedicatória do autor em anterrosto.
€100
177. COSTA. (Mário Augusto) DO ZAMBEZE AO PARALELO 22º. Monografia do Território Manica Sofala sob
administração da Companhia de Moçambique. [Por]… Capitão de Infantaria. Imprensa da Companhia de Moçambique. Beira
1940. De 25x19 cm. Com 256 pags. Encadernação com lombada e cantos em pele. Profusamente ilustrado com imagens que
estabelecem os vários momentos na cronologia do contacto com os povos africanos; vistas aéreas da cidade da Beira e de
muitas vilas; panoramas de edifícios públicos existentes e projectados; quadros de dados; e mapas.
€150
178. CROOKE Y NAVARROT. (Juan, El Conde Vº de Valencia de Don Juan) CATÁLOGO HISTÓRICO-DESCRIPTIVO
DE LA REAL ARMERIA DE MADRID. Por El Conde Vdo. de Valencia de Don Juan. Fototipias de Hauser y Menet.
Madrid. MDCCCXCVIII [1898]. De 29x23 cm. Com xv-447-(iii) pags. Encadernação da época inteira de marroquin vermelho
com super-libris armoriado da Casa Real espanhola gravado a ouro em ambas as pastas. Ferros rolados a ouro nos filetes e
conchas interiores das pastas. Corte das folhas dourado à cabeça. Profusamente ilustrado com o catálogo descritivo das armas,
armaduras, selas e freios, troféus militares, etc. Obra organizada por tipos de objectos, épocas, conflitos e batalhas; e com um
glossário nas últimas 32 páginas finais. Exemplar número 44 da tiragem especial de 50 exemplares impresso sobre papel japão
creme (tipo de papel couché fino acetinado). Exemplar com ex-libris da Biblioteca Capucho.
€800
179. CRUZ E SILVA, António Diniz da. O HYSSOPE, POEMA HEROI-COMICO [coleção] De Antonio DINIZ da Cruz e
Sylva. EM Londres [aliás, Paris].No Anno de 1802. [S/I.] In 12.° (de 15,5x9 cm) com iv, 115 pags. Encadernação da época
inteira de pele, com pequenas falhas na lombada, e as folhas de guardas em papel decorativo com motivos vegetalistas. Junto
com: IDEM; DE… LISBOA, NA TYPOGRAFIA ROLLANDIANA. 1808. In 8º pq. (de 17x11 cm) com 128 pags.
Encadernação ao gosto da época inteira de pele com finos ferros a ouro na lombada. Exemplar com resumo bibliográfico e
cronológico das edições manuscrito pela mão do Prof. Dr. Cortez Pinto: 'Esta edição de 1808, a 2ª que se fez, foi feita durante a
Estada dos Franceses em Portugal, sendo os exemplares desta obra recolhidos logo que eles [franceses] foram expulsos'. Junto
com: IBIDEM; Nova edição correcta, com variantes, Prefacio, e Notas. PARÎS. Na officina de A. BOBÉE. 1817. In 12º
(de 17x11 cm) com xxxiii-(1)-137-(1) pags. Encadernação da época com cantos; coifas e charneiras da lombada reparados.
Ilustrado com gravura. Exemplar com acidulação. Junto com: IBIDEM; Nova edição revista, correcta e ampliada de
Notas. PARIZ, NA OFFICINA DE P. N. ROUGERON. 1821. In 12º (de 17x11 cm) com xxviii-198-(i) pags. Encadernação
ao gosto da época com pastas em papel decorativo e lombada em pele com ferros a ouro. Ilustrado com gravura no ante-rosto.
3ª edição de Paris. Conjunto das primeiras 4 edições de uma das mais significativas obras da literatura portuguesa, proibida em
Portugal e sujeita a severas punições, em diversos períodos da nossa história. A licença para publicação em Portugal, terá sido
recusada, por isso foi impressa em Paris, com indicação falsa de Londres (prefácio da 3.º edição, Paris 1817). Esta edição 1802
foi proibida de circular em Portugal por um decreto de 18 de abril de 1803, emitido por Pina Manique, Chefe de Polícia, em
Lisboa, sob a autoridade do ministro D. Rodrigo de Sousa Coutinho; sob pena de quem se encontra-se em sua posse e não a
entrega-se ser condenado a um exílio de 10 anos na África. A segunda edição também rara foi publicada em Lisboa no ano de
1808. A cidade encontrava-se então sob o domínio do exército napoleónico, sendo também proibida a sua venda ou circulação
em Setembro de 1808, logo após a expulsão dos franceses. A terceira e quarta edição foram impressas em Paris, 1817 e 1821.
Martins de Carvalho enumera 24 edições até ao início do século XX (1921). Cruz e Silva inspirou o seu poema na disputa entre
o bispo de Elvas, D. Lourenço de Lencastre, e o deão D. José Carlos de Lara, que ele testemunhou pessoalmente, quando
residio em Elvas de 1764 a 1774. Como Bell descreve, Cruz e Silva 'foi chamado para ler a sua sátira ao Marquês de Pombal,
na presença do bispo de Elvas D. Lourenço de Lencastre que ficou furioso... o poema foi demais para a gravidade do ministro,
que o nomeou juiz no Rio de Janeiro (1776) '(pp. Português Literatura 273-4). O Hyssope mais tarde foi uma fonte de
inspiração para o famoso escritor burlesco Francisco de Mello Franco, no seu poema Reino da Estupidez. Martins de Carvalho
refere (p. 7) que muitos contemporâneos consideraram O Hyssope 'muito superior' a Pope, no seu Rape of the Lock. De origem
humilde (o seu pai era carpinteiro e abandonou a família para emigrar para o Brasil, tendo a sua mãe sustentado a familia
trabalhando como costureira), Cruz e Silva (Lisboa 1731-Rio de Janeiro 1799) estudou Direito em Coimbra. Foi co-fundador
da Arcadia Ulyssiponense em 1756, serviu como juiz militar e desenvolveu uma reputação formidável como um poeta lírico e
satírico. A maioria dos poemas de Cruz e Silva permaneceu inédito até depois de sua morte. Em julho 1790 Cruz e Silva foi
enviado novamente para o Brasil, para ajudar no julgamento dos líderes da conspiração republicana em Minas, em que Tomás
António Gonzaga, Cláudio Manuel da Costa, Manuel Inácio da Silva Alvarenga e outros homens de letras estavam envolvidos,
e em 1792, foi nomeado chanceler da Relação no Rio de Janeiro. Seis anos mais tarde, foi nomeado conselheiro do Conselho
Ultramarino, mas não viveu para voltar para a Europa. Inocêncio I, 124 (sem colação): observa que esta edição foi realmente
impressa em Paris. Martins de Carvalho, As edições do 'Hyssope,' Apontamentos bibliographicos 1: em 1921 refere esta edição
como 'pouco vulgar', e admitindo (p. 5) não possuir um exemplar. Ramos, A Edição de Língua Portuguesa em França (18001850) 2: colaciona iv, 115 pags. Palha 855: colaciona 113 pags. Pinto de Mattos (1970) p. 235: colaciona iv, 115 pags. AvilaPerez 2134. Não pressente em Ameal ou Monteverde. Não presente em Azevedo-Samodães, que cita apenas a Paris, 1817
edição. Bell, Literatura Portuguêsa pags. 273-4. NUC: MH. Ficha extraida em grande parte de Special List 165 - Richard C.
Ramer - Old & Rare Books. N.º 172.
FIRST EDITION, rare, of this famous burlesque poem on the use of Gallicisms.
Contemporary binding with gilt letter, edges of covers milled, text-block edges sprinkled. Small typographical vignetteon title
page and one illustrated woodcut at page 100 with terrestrial globe. Permission to print it in Portugal having been refused, it
was printed instead in Paris, with a false imprint of London (so noted in the preface to the Paris, 1817 edition). This 1802
edition was forbidden to circulate in Portugal by an edict of 18 April 1803 issued by Pina Manique, Chief of Police in Lisbon,
on the authority of Minister D. Rodrigo de Sousa Coutinho; anyone who did not turn in his copy was subject to a 10-year exile
in Africa. The second edition, Lisbon, 1808, was forbidden to be sold or circulated in September 1808, after the expulsion of
the French, and is also rare. The third and fourth editions were printed in Paris, 1817 and 1821. Martins de Carvalho lists 24
editions by the early twentieth century. Cruz e Silva based his poem on the quarrel between the bishop of Elvas, D. Lourenço
de Lancastre, and the dean, D. José Carlos de Lara, which he witnessed first-hand while resident in Elvas from 1764 to 1774.
As Bell recounts the tale, Cruz e Silva “was summoned to read his satire to the all-powerful [Marques de] Pombal in the
presence of the infuriated bishop … the poem proved too much for the gravity of the minister, who appointed him a judge in
Rio de Janeiro (1776)” (Portuguese Literature pp. 273-4). O Hyssope was later a source of inspiration for Francisco de Mello
Franco’s well-known burlesque poem Reino da estupidez. Martins de Carvalho notes (p. 7) that many contemporaries
considered O Hyssope 'muito superior' to Pope’s Rape of the Lock. Of humble origins (his father was a carpenter who
abandoned the family to emigrate to Brazil, while his mother supported them working as a seamstress), Cruz e Silva (Lisbon
1731-Rio de Janeiro 1799) studied law at Coimbra. He co-founded the Arcadia Ulyssiponense in 1756 and, while serving as a
military judge, developed a formidable reputation as a lyric poet and satirist. Most of Cruz e Silva’s poems remained
unpublished until after his death. In July 1790 Cruz e Silva was sent again to Brazil to assist in trying the leaders of the
Republican conspiracy in Minas, in which Tomás António Gonzaga, Claudio Manuel da Costa, Manuel Inácio da Silva
Alvarenga and other men of letters were involved, and in December 1792 he became chancellor of the Relação in Rio. Six
years later he was named councillor of the Conselho Ultramarino, but did not live to return home. Inocêncio I, 124 (without
collation): noting that this edition was actually printed in Paris. Martins de Carvalho, As edições do “Hyssope,” Apontamentos
bibliographicos 1: “pouco vulgar” (in 1921), and noting (p. 5) that he did not own a copy. Ramos, A edição de língua
portuguesa em França (1800-1850) 2: calling for iv, 115 pp. Palha 855: calling for 113 pp. Pinto de Mattos (1970) p. 235:
calling for iv, 115 pp. Avila-Perez 2134. Not in Ameal or Monteverde. Not in Azevedo-Samodães, which cites only the Paris,
1817 edition. Bell, Portuguese Literature pp. 273-4. NUC: MH. Description extracted mainly from Special List 165 - Richard
C. Ramer - Old & Rare Books. No. 172.
€1.200
180. CRUZ E SILVA. (António Diniz da) ODES PINDARICAS, POSTHUMAS DE ELPINO NONACRIENSE. COIMBRA, na
Imprensa da Universidade, 1801. In 16º (de 13x8 cm) com 258-(i) pags. Encadernação da época em pergaminho flexível.
Inocêncio I, 123: Antonio Diniz da Cruz e Silva, Cavaleiro professo na Ordem de S. Bento d’Avis, Doutor na faculdade de
Direito Civil pela Universidade de Coimbra; seguiu os logares de magistratura até o de Chanceler da Relação do Rio de
Janeiro; sendo ultimamente nomeado Conselheiro do Conselho Ultramarino, cargo de que consta tomara posse, mas que não
chegou a exercer. Nasceu em Lisboa, na freguesia de Santa Catarina a 4 de Julho de 1731, e morreu no Rio de Janeiro no ano
de 1799 ou principio de 1800, sem que todavia seja possível designar a data precisa do seu falecimento. ODES PINDARICAS
posthumas d’Elpino Nonacriense. Coimbra, na Imp. da Univ. 1801. 16.º de 258 pag. ODES PINDARICAS de Antonio Diniz
da Cruz e Silva, chamado entre os pastores da Arcadia Portugueza Elpino Nonacriense. Londres, na Off. de T. C. Hansard.
1820. 12.º gr. de VI 224 pag. Estas duas edições das Odes pouco diferem entre si. A segunda recomenda-se pela maior nitidez
dos tipos. Ambas porém são incompletas, pois compreendem apenas 34 odes em vez das 44 que se acham na edição de
Trigoso. Comparando-as vê-se, que nesta última acrescem as odes I, XII, XV, XIX, XXXVII, XXXIX, XL XLI, XLIII, XLIV.
Todavia a lição das odes nas edições de Coimbra e Londres e em geral preferível à de Lisboa, porque o editor desta, apesar da
sua preconizada erudição, nem sempre foi feliz na escolha das variantes, e aproveitou algumas vezes o pior”.
€300
181. CRUZ. (Humberto da) A VIAGEM DO “DILLY” LISBOA-TIMOR-MACAU-ÍNDIA-LISBOA. 25 de Outubro de 1934 21 de Dezembro de 1934. [Por] Tenente-Aviador… Sintra. 1935. De 27x18 cm. Com 271 pags. Encadernação em percalina.
Ilustrado com fotogravuras no texto. Exemplar com ex-libris armoriado. Obra com a descrição dos pioneiros da aviação na
grande travessia aérea entre Lisboa e Dili em Timor; com passagem por Macau.
€80
182. CUNHA RIVARA. (Joaquim Heliodoro da) VIAGEM DE FRANCISCO PYRARD DE LAVAL. Contendo a notícia de
sua navegação às Índias Orientais, Ilhas de Maldiva, Maluco e ao Brasil, e os diferentes casos que lhe aconteceram na mesma
viagem nos dez anos que andou nestes países (1601 a 1611). Com a descrição exacta dos costumes leis, usos, polícia e
governo; do trato e comércio que nelas há; dos animais, árvores, frutas e outras singularidades que ali se encontram. Versão
portuguesa correcta e anotada por… Edição revista e actualizada por A. de Magalhães Basto. Biblioteca Histórica Série
Ultramarina. Livraria Civilização, Editora. Porto. 1944. Obra em 2 volumes. De 22x16 cm. Com 336 e 375 pags.
Encadernações da época com lombadas e cantos em pele. Obra de Pyrard de Laval vem suprir a falta de uma corografia
ultramarina quinhentista com a perspicácia de observação, o colorido da narrativa e o pitoresco do pormenor que faltava nas
descrições portuguesas suas contemporâneas.
€120
183. CUNHA. (Antonio A. R. da) CINTRA PINTURESCA ou Memória Descriptiva das Villas de Cintra e Collares e seus
arredores. Nova Edição profusamente illustrada e desenvolvida com muitas annotações. Por… (Membro da Sociedade
Litteraria Almeida Garrett). Empreza da História de Portugal Sociedade Editora. Lisboa. 1905. De 28x20 cm. Encadernação da
época com lombada em tela. Ilustrado com as imagens da vida quotidiana na região saloia: a saída da igreja; os burriqueiros; os
tipos saloios; a estação de caminhos-de-ferro de Sintra; as festas da Senhora do Cabo em 1902; o interior e exterior de vários
tipos de casas e cottages, os palácios reais e as cavalariças reais, etc. Exemplar com ex-libris armoriado.
€180
184. CURCIUS RUFUS, Quintus. QUINTO CURCIO RUFO, DE LA VIDA, Y ACCIONES DE ALEXANDRO EL
GRANDE, traducido de la lengua latina en española por Don Matheo Ibañez de Segovia y Orellana, Marquez de Corpa.
Madrid, Lorenço Francisco Mojados,M. DCC. XXIII. [1723] In fólio de 28x20,5 cm. com [xxiv] 363, [v] pags. Encadernação
da época inteira de pele mosqueada, corte das folhas carminado. Texto a duas colunas. É a biografia mais clássica do grande
Alexandre, numa boa tradução castelhana. Palau 1990, II 350.
€1.200
185. CURVO SEMEDO, João. POLYANTHEA MEDICINAL. NOTICIAS GALENICAS, E CHIMICAS, Repartidas em tres
Tratados, DEDICADAS A’S SAUDOSAS MEMORIAS, E VENERANDAS CINZAS DO EMINENTISSIMO SENHOR
CARDEAL DE SOUSA, ARCEBISPO DE LISBOA, CAPELLAM MO’R do Serenissimo Senhor Rey D. Pedro II, e seu
Conselheiro de Estado: POR MÃOS DO EXCELLENTISSIMO SENHOR D: PEDRO ANTONIO DE NORONHA,
MARQUEZ, E SENHOR DE ANGEJA, BEMPOSTA, PINHEIRO, e suas dependências, Commendador das Commendas de
Aljezur da Ordem de Santiago, S. Salvador de Moycoz, [etc] Vice-Rey que foy no Estado da India, Mestre de Campo General
[etc] e agora Vice-Rey do Estado do Brasil, &c. POR JOAÕ CURVO SEMMEDO. Cavaleiro Professo da Ordem de Christo,
Familiar do Santo Officio, Medico da Casa Real. QUINTA VEZ IMPRESSA POR SEU FILHO O R. IGNACIO CURVO
SEMMEDO. LISBOA OCCIDENTAL, Na Officina dos Herdeiros de ANTONIO PEDROZO GALRAM. M. DCC. XLI.
[1741]. In fólio (de 30x22 cm.) com [lx], 879, 11, 32, [iv] pags. Encadernação da época inteira de pele com nervos, rótulo
vermelho e belos ferros a ouro na lombada que apresenta pequena falha de pele na coifa superior. Exemplar com leves
vestígios de humidade e falta de 3 gravuras (anterrosto gravado, retrato do autor e brasão do Cardeal de Sousa) que
normalmente não constam nos exemplares. Obra clássica da ciência médica portuguesa publicada pela primeira vez em 1695.
Inocêncio (III, 357 e x, 231) não viu esta edição: “João Curvo Semmedo, Cavalleiro professo na Ordem de Christo, Licenceado
na Faculdade de Medicina pela Universidade de Coimbra, Medico da Casa Real, Familiar do Santo Officio (esta distinção foi
durante muitos anos solicitada ardentemente pelos nossos médicos, e della se prezavam como de um salvo-conducto, para
arredarem de si o labéo de christãos-novos, lançado, com razão ou sem ella, sobre outros seus collegas). Nasceu na villa de
Monforte no Alentejo, em 1635, e morreu em Lisboa em 1719. O Dr. Curvo foi no seu tempo médico de grande fama, e
experiência, com a qual inventou alguns remédios especiais, e de muita utilidade, menos aqueles sympathicos e antipathicos,
que os sabios modernos, fundados em melhores e irrefragaveis experiencias, reprovam como ficções dos antigos. Feijó no
tomo I das Cartas eruditas, carta 17.ª, justamente o censura nesta parte, condenando-o tambem de muito crédulo, e sem criterio
em muitas cousas: porém no mais é merecedor da estimação que dele se faz. Em todo o caso, é dos nossos antigos autores de
medicina o que escreveu com maior correção e propriedade de linguagem, no tocante à sua faculdade; e por isso os críticos o
reputam como texto nesta parte. Polyanthea medicinal, noticias galenicas, e chymicas repartidas em tres tractados. Dedicados á
saudosa memoria do em.mo sr. Cardeal de Sousa, etc. Lisboa, por Miguel Deslandes 1695. fol., com o retrato do auctor
primorosamente gravado. Sahiu segunda vez accrescentada, ibi, por Antonio Pedroso Galrão 1709. fol. Terceira vez impressa e
augmentada, ibi, pelo mesmo 1716. fol. N'esta edição (que é a preferida) o retrato differe consideravelmente do da primeira,
sendo muito inferior na execução artistica. Sahiu por quarta vez, ibi, pelo mesmo 1727. fol. A edição da Polyanthéa (n.º 700)
feita por Antonio Pedroso Galrão, é de 1703 e não de 1709, como erradamente se imprimiu. Parece que a 6.ª edição foi de
1741. Tem exemplares a bibliotheca nacional, d’estas edições, desde a de 1697”.
In folio (30x22 cm.) Binding:
contemporary full calf gilt at spine with beautiful tools. Small damage at top of spine. Copy with slight traces of moisture and
lacking of 3 engravings (anterrosto, engraved portrait of the author, and coat of arms of Cardinal de Sousa) that normally
appear in the copies. Under the title “Digest of Galenical and Chemical News” stands a Portuguese classical work on modern
medical science, first published in 1695. João Curvo Semedo, Knight of the Order of Christ, master in medicine at the
University of Coimbra, Physician to the Royal Household of the Santo Ofício. He was born in the town of Monforte, in
Alentejo, in 1635, and died in Lisbon in 1719. Dr. Curvo Semedo was in his time of great fame and experience, and invented
some special remedies. He is amongst our ancient authors who wrote on medicine with great accuracy of language, as refered
by Inocêncio (III, 357 and X, 231) who did not see this work.
€1.200
186. CUVIER. (Georges) QUADRO ELEMENTAR DA HISTORIA NATURAL DOS ANIMAES. POR Mr. CUVIER.
TRADUZIDO EM PORTUGUEZ E OFFERECIDO A S. A. R. O PRINCIPE R. N. S. POR ANTONIO D'ALMEIDA,
CAVALLEIRO DA ORDEM DE CHRISTO, CIRURGIÃO DA REAL CAMARA, LENTE D'OPERAÇOENS NO
HOSPITAL REAL DE S. JOZE EM LISBOA, E MEMBRO EFFECTIVO DO REAL COLLEGIO DOS CIRURGIOENS DE
LONDRES. LONDRES: IMPRESSO POR H. BRYER, BRIDGE STREET, BLACKFRIARS. [Anno 1815]. Obra em 2
volumes. In 8.º de 21x12 cm. Com xix-458 e 424-xxix pags. Encadernações da época inteiras de pele com finos ferros a ouro
nas lombadas. Profusamente ilustrado com 14 litografias. O 2º volume apresenta um carimbo oleográfico de posse na folha de
rosto. As folhas de rosto de ambos os volumes com leves vestígios de acidulação. Ilustrações. No 1º volume: 7 estampas
litografadas de J. Walker com aspectos anatómicos que permitem a classificação dos mamíferos e aves 1 tabela desdobrável
com a classificação geral das classes dos animais 1 tabela desdobrável com a classificação dos mamíferos 1 tabela desdobrável
com a classificação das aves 1 tabela desdobrável com a classificação dos répteis 1 tabela desdobrável com a classificação dos
peixes. No 2º volume: 7 estampas litografadas de J. Walker com aspectos anatómicos que permitem a classificação de outros
animais, tais como insectos e inclusivamente dos corais 1 tabela desdobrável com a classificação dos moluscos 1 tabela
desdobrável coma classificação dos insectos 1 tabela com a classificação dos crustáceos 1 tabela desdobrável com a
classificação dos zoófitos incluindo os corais. No final da obra apresentam-se 3 índices das classes, ordens e géneros
respectivamente em língua portuguesa em nomes latinos e em língua francesa. A importância desta obra reside exactamente
nestes índices e em toda a nomenclatura portuguesa introduzida na obra, que foi da inteira responsabilidade de Félix de Avelar
Brotero. Deste modo a obra possui dois prefácios: o prefácio do tradutor António d'Almeida e o prefácio do nomenclador
português Avelar Brotero, que “por ordem superior foi encarregado de juntar os nomes portugueses aos nomes franceses e
latinos”, tarefa, segundo o mesmo, muito difícil devido ao estado da ciência em Portugal e ao período das Invasões
Napoleónicas de que resultava não existirem nem obras portuguesas, nem zoólogos em Portugal, para esta tarefa. A ciência
portuguesa tinha-se baseado no profundo conhecimento prático das espécies trazidas das colónias e na sua acumulação em
colecções, sendo “arrumadas” o melhor possível dentro das classificações lineanas. Nesta obra Brotero afirma que reviu,
corrigiu e anotou esta obra de Cuvier procurando não desfigurar a versão portuguesa com galicismos e efectuando uma
investigação aos vocabulários portugueses. Esta obra de Zoologia, publicada em 1797-98 em França, foi a mais reputada na
sua época, tendo portanto a sua tradução para português resultado do interesse de António d'Almeida durante o período que
residiu em Londres, e do patrocínio régio através do embaixador português em Inglaterra - o Conde do Funchal – que requereu
os serviços de Félix Avelar Brotero. Inocêncio I, 83 e II, 262 “ANTONIO DE ALMEIDA, Comendador da Ordem de Cristo,
Cirurgião da Real Câmara, Lente de operações no Hospital Real de S. José, Membro do Real Colégio dos Cirurgiões de
Londres, etc. - Ignoro por agora o que diz respeito à sua naturalidade e data do nascimento, constando-me apenas que era da
província da Beira, filho do Doutor José Diogo e de sua mulher D. Ana de Almeida. Morreu no Campo Grande, próximo de
Lisboa, a 30 de Julho de 1822. Quadro Elementar da Historia dos Animauis, por Mr. Cuvier, traduzido em portuguez. Londres,
por H. Bryer 1815. 8.º gr. 2 volumes com estampas. - Esta tradução foi empreendida por conselho e a instâncias do Conde do
Funchal, embaixador em Londres, onde Almeida também se achava naquele tempo. A nomenclatura portuguesa é toda do
Doutor Brotero, que dela se encarregou por ordem superior como ele próprio adverte em uma prefação colocada no princípio
do tomo I. - O preço dos exemplares era, ainda não há muitos annos, de 2:400 réis depois, em razão da afluência de grande
numero delles que concorreu ao mercado, decresceu consideravelmente, e chegaram então a vender se por 360 a 400 réis! Eu
mesmo comprei um por este ultimo preço, porém como essa repentina abundância desapareceu, sustentam-se hoje no de 1:920,
quando procurados, o que poucas vezes acontece. BROTERO: Afora estes trabalhos, é sua a Nomenclatura portuguesa, que fez
para o Quadro elementar da Hist. natural dos Animaes de Cuvier, traduzido por A. de Almeida” Cordier, BI. 1817. Pritzel
5637. Stafleu-C. 5038. Sousa da Câmara 1738. 'Estimada e pouco vulgar.'
€800
187. D' AUCOURT E PADILHA, Pedro Norberto. MEMORIAS HISTORICAS GEOGRAFICAS E POLITICAS
OBSERVADAS DE PARIZ A LISBOA E OFFERECIDAS AO SERENISSIMO SENHOR INFANTE D. ANTONIO POR
PEDRO NORBERTO D’AUCOURT, E PADILHA. Cavaleiro Professo na Ordem de Christo Fidalgo da Caza de S.
Magestade, e Secretario na Meza do Dezembargo do Paço. LISBOA: Na Officina de IGNACIO RODRIGUES. Anno M.
D.CC.XLVI. [1746]. In 8º gr. (de 21x14 cm) com [xxxviii], 323, [v] pags. Encadernação do século xix inteira de pele, ao gosto
da época, mosqueada com nervos e ferros a ouro. Ilustrado com uma magnífica gravura em anterrosto com o retrato do Infante
de Portugal desenhada e gravada por “Olivarius Cor del et Sculp. 1746”; e com belas vinhetas e capitulares no texto gravadas
por Debrie. Obra contendo a descrição do percurso, monumentos e memórias da viagem terrestre entre Paris e Lisboa.
INOCÊNCIO VI, 436: “Pedro Norberto de Aucourt e Padilha, Fidalgo da Casa Real Cavaleiro da Ordem de Cristo, Secretario
da Mesa do Desembargo do Paço, etc. Nasceu em Lisboa no ano de 1704, e vivia ainda em 1759. A data do seu óbito é por ora
ignorada. 385) MEMORIAS HISTORICAS, GEOGRAPHICAS E POLITICAS, OBSERVADAS DE PARÍS A LISBOA, e
offerecidas ao serenissimo sr. infante D. Antonio. Lisboa, na Offic. de Ignacio Rodrigues 1746. 8.º gr. de XXXVIII 323 pag., e
mais seis innumeradas de indice geral; com um retrato do infante. O autor escrevendo neste itinerário a sua jornada por terra de
Paris a Lisboa, foi o primeiro que tal assunto tratou, e o fez com muita curiosidade, dando noticias históricas e políticas que
ainda hoje podem ser lidas com algum interesse, pelas particularidades que nos dizem respeito. Em 1855 comprei no espolio
do finado Rego Abranches um exemplar desta obra, que julgo ser o próprio que seu autor oferecera ao infante a quem a
dedicou; acha-se encadernado em marroquim encarnado, dourado nas folhas e nas pastas, e tendo nestas estampadas as armas
reais, etc”.
€900
188. D’OLLANDA. (Francisco) DE AETATIBUS MUNDI IMAGINES. LIVRO DAS IDADES. Edição fac-similada com
estudo de Jorge Segurado [Arquitecto, vice-Presidente da Academia Nacional de Belas Artes e Académico de numero da
Academia Portuguesa de História]. Lisboa. Portugal. 1983. De 43x30 cm. Com 491 pags. Encadernação do editor
acondicionado dentro de estojo apropriado. Obra impressa sobre papel couché reproduzindo em fac-simile do Códice de
Francisco de Holanda existente na Biblioteca Nacional de Madrid.
€150
189. DANTAS. (Júlio) LISBOA DOS NOSSOS AVÓS. [Impresso na Gráfica Santelmo]. Lisboa. 1966. De 24x17 cm. Com 280
pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele. Ilustrado com o retrato do autor em anterrosto. 1ª edição desta
obra impressa sobre papel couché.
€60
190. DARMAS. (Duarte) REPRODUÇÃO ANOTADA DO LIVRO DAS FORTALEZAS. De… por João de Almeida.
Editorial Império. Lisboa. 1943. De 21x27 cm. Com 470 pags. Encadernação do editor. Ilustrado com o fac-simile. Obra
impressa sobre papel de fabrico especial da Companhia de papel do Prado.
€500
191. DEFINIÇÕES E ESTATVTOS DOS CAVALLEIROS & Freires da Ordem de N. S. Iesu Christo, com a historia da
origem, & principio da della. EM LISBOA: Por Pedro Craesbeeck, impressor del Rey, Anno M.DCXXVIII. [1628]. In fólio
de 26,5x19 cm. com [viii], 274, [xiv] pags. Encadernação do século xviii inteira de pele com nervos, rótulo vermelho e ferros a
ouro na lombada. Ilustrado com 2 (de 4) gravuras com as diferentes cruzes da ordem impressas a vermelho. Bela impressão
seiscentista com a folha de rosto enquadrada por moldura tipográfica e capitulares xilográficas ao longo do texto. Exemplar da
variante com a pag. 215 bem numerada e a 251 mal numerada (253), com ex-libris coevo na folha de rosto “De Fr. Jozé
Meis.es[?] gramoxo comprou a Franc. Corte Real da [?] por 500.”, leves manchas de humidade, antigas e marginais. 1.ª edição.
Samodães 1016. “Livro estimado. Primeira edição. Muito rara.”. Inocêncio II, 132. “Contem, alem do prologo (onde se
transcrevem as bullas da fundação da Ordem, e da união do seu mestrado á Corôa, etc.) quatro livros ou partes; na 1.ª se tracta
da fundação e creação da ordem, com o que lhe diz respeito: na 2.ª do provimento das commendas, obrigações dos
commendadores, etc.: na 3.ª da jurisdicção ecclesiastica, e modo de a exercitar: na 4.ª dos privilegios da ordem; terminando por
um rol de todas as commendas, e designação do rendimento de cada uma.”.
€800
192. DEFOE. (Daniel) VIDA E AVENTURAS DE ROBINSON CRUSOË. Versão livre da edição completa inglêsa. Por
Agostinho de Sottomayor. Edição enriquecida com muitas gravuras originaes de Alberto Souza. Empresa editora do Atlas de
Geographia Universal. Lisboa. 1903. De 26x17 cm. Com 587 pags. Encadernação com lombada em pele. Ilustrado com
gravuras extra-texto impressas sobre papel couché. Exemplar sem capas de brochura e com carimbo de posse sobre a página de
rosto.
€50
193. DELORME COLAÇO, José Maria. GALLERIA DOS VICE-REIS, E GOVERNADORES DA INDIA
PORTUGUEZA. Dedicada aos illustres descendentes de taes heroes por... Cavaleiro da Ordem Militar de S. Fernando de 1ª
Classe, da americana de Isabel a Catholica, e Capitam de infantaria ajudante d'ordens do Exmo. Barão do Candal, Governador
Geral dos Estados da India. Em 1839 e 1840. Typographia de A. S. Coelho. Lisboa. 1841. In fólio de 27x18 cm. Encadernação
com lombada e cantos em pele, lavrada com finos ferros a ouro. Ilustrado com 18 litografias, impressas na Litografia de Nossa
Senhora dos Mártires, em Lisboa. Exemplar apenas aparado à cabeça (com este corte carminado) e com ex-libris armoriado de
Eugenio de Andrea da Cunha e Freitas. Esta Galeria, segundo o autor refere em colofon, é formada pela cópia exacta e
minuciosa dos grandes quadros com 8 pés de alto e 4 pés de largo, que existem nas salas do Palácio do Governo em Panguim,
na Índia, acompanhada de um resumo histórico em rodapé sobre os factos mais notáveis de cada vice-rei e governador.
Inocêncio V, 33 e XIII, 93: José Maria Delorme Colaço, nasceu pelos annos de 1815, parte activa por elle tomada nas luctas
politicas do paiz, mormente na de 1846 e 1847, em que serviu sob as bandeiras da Junta do Porto, foi de grande prejuizo para o
seu accesso na carreira militar, e influiu talvez para o estado ruinoso de saude, que lhe impediu qualquer ressarcimento de
futuro. Accommettido de molestia mental. Morreu a 25 de maio de 1863, com quarenta e oito annos de idade. GALERIA DOS
VICE-REIS, E GOVERNADORES: são os retratos lithographados, coloridos, copiados dos quadros ou paineis que se
conservam na India, e acompanhados de um brevissimo resumo historico impresso dos factos mais notaveis, que dizem
respeito a taes personagens. A publicação ficou suspensa em o n.º 16, por motivo de nova partida do auctor para Goa. Na
Revista Universal de 9 de Novembro de 1843 appareceu um annuncio, promettendo a continuação, porém não me consta que
ella tivesse logar. Os existentes começam no de D. Francisco de Almeida, e findam com o de D. Affonso de Noronha. A
Galeria comprehende 18 retratos. N'um leilão realisado em 1872 obteve 1$500 réis. No catalogo do livreiro o sr. João Pereira
da Silva tem o preço de 2$600 réis'. Este exemplar apresenta um ex-libris e encontra-se anotado pelo seu antigo possuidor com
a seguinte nota bibliográfica: 'É raro completo com os 18 retratos. Na livraria do Cor. Henrique de Campos Ferreira Lima tinha
mais 73 retratos coloridos inéditos. Retrato de António Teles de Meneses em última página'.
€300
194. DEPPING. VOCABULAIRE GÉOGRAPHIQUE DE L’ESPAGNE ET DU PORTUGAL SUIVI D’UN ITENÉRAIRE
DE CÊS DEUX ROYAUMES TRADUIT DE L’ESPAGNOL; Revu et augmenté d’un APERÇU HISTORIQUE ET
GÉOGRAPHIQUE de L’Espagne et du Portugal, Par M. DEPPING; Précéde d’une belle Carte routière de L’Espagne et du
Portugal. PARIS, GUILLAUME, MASSON. 1823. In 8. de 20,5x12,5 cm. Com xix, 111 pags. Encadernação da época inteira
de pele. Ilustrado com um mapa da península Ibérica desdobrável de 45x60 cm.
€600
195. DIÁRIO DA VIAGEM DE VASCO DA GAMA. Fac-simile do códice original. Transcrição e versão em grafia actualizada.
Com uma introdução por Damião Peres, Professor da Universidade de Coimbra, leitura paleográfica por António Baião,
Director do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, e de A. de Magalhães Basto, Director do Arquivo Distrital do Porto. Texto
actualizado por A. de Magalhães Basto. B. H. Série Ultramarina N.º IV. Livraria Civilização Editora. Pôrto. 1945. Em 2
volumes. De 22X15 cm. Com 21-90-150 e 567 pags. Ecadernações interiras de pele com ferros a ouro nas lombadas e rolados
nas esquadrias das pastas. Exemplar apenas aparado e carminado à cabeça. Ilustrados com fac-similes dos textos dos diários,
com transcrição diplomática confrontada página a página; mapas desdobráveis; e gravura em anterrosto com a reprodução do
retrato do navegador executado pela Escola Portuguesa no séc. XVI.
€120
196. DIAS. (Jorge) ENSAIOS ETNOLÓGICOS. [Por... Professor do Instituto Superior de Estudos Ultramarinos]. Estudos de
Ciências Políticas e Sociais Nº52. Centro de Estudos Políticos e Sociais. Junta de Investigações do Ultramar. Lisboa. 1961. De
26x20 cm. Com 198 pags. Encadernação da época com lombada em pele. Exemplar com assinatura de posse na folha de
guarda.
€70
197. DICCIONARIO UNIVERSAL DAS MOEDAS ASSIM METALLICAS, COMO FICTICIAS, IMAGINARIAS, OU DE
CONTA, E DAS DE FRUCTOS, CONCHAS, &C. QUE SE CONHECEM NA EUROPA, ASIA, AFRICA, E AMERICA. A
que se ajunta huma noticia das moedas dos Judeos, Gregos, e Romanos e dois Mappas dos pêsos das principaes CidadeS de
Commercio das Medidas d'extensão reduzidas a palmos, covados, e varas e das de capacidade, assim para secos como para
molhados. RECOPILADO POR****. LISBOA. M. DCC. XCIII. (1793). Na Of. de Simão Thaddeo Ferreira. In 12.º Dde
14x10 cm. Com 375 pags. Encadernação da época inteira de pele mosqueada com ferros a ouro na lombada e no rótulo
vermelho. Obra de autor desconhecido que talvez seja Manuel Luís da Veiga ou de João Baptista Bonavie e de que apenas
existe esta edição. No verso do ante rosto lê-se “He este Livro como a continuação ou segunda Parte do Tratado das Partidas
Dobradas [de João Baptista Bonavie], reimpresso no anno passado de 1792. que se achará de venda na mesma loja aonde se
vende este.” Inocêncio II, 138.
€400
198. DINIS. (Júlio) A MORGADINHA DOS CANNAVIAES. (Chronica da aldeia). [Por] Julio Diniz. Edição illustrada. J.
Rodrigues & Cª (Editores). Lisboa. 1930. De 25x18 cm. Com 518 pags. Encadernação da época com nervos na lombada e
cantos em pele, preservando as capas de brochura. Ilustrado no texto e em extra-texto com litografias a cores de desenhos
aguarelados por Roque Gameiro.
€60
199. DINIS. (Júlio) AS PUPILAS DO SENHOR REITOR. Chronica da Aldeia. Grande edição de luxo com ilustrações de Roque
Gameiro. Typ. 'A Editora'. Lisboa. S/d. [1900]. De 36x26 cm. Com 110 pags. [Peso: 4260 g]. Encadernação editorial. Corte
das folhas dourado. Ilustrado com 30 belas gravuras a cores extra-texto do pintor Roque Gameiro. Edição impressa sobre papel
couché com separadores de protecção das gravuras em papel vegetal.
€200
200. DIONÍSIO. (Mário) A PALETA E O MUNDO. Orientação gráfica de Maria Keil. Publicações Europa-América. Lisboa.
1956 e 1962. De 23x19 cm. Com 428 e 621 pags. Encadernações editoriais inteiras de pele. Ilustrado no texto e em extra-texto.
Tiragem de 2000/113 exemplares numerados e rubricados pelo autor. Obra monumental com a análise e com a crítica das artes
plásticas no século XX.
€200
201. DOLLFUS. (Charles) & Henri Bouché. HISTOIRE DE L’AÉRONAUTIQUE. Texto et documentation de… et…
L’Illustration. Paris. 1942. De 38x28 cm. Com xxv-603-(i) pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na
lombada. Profusamente ilustrado. Obra inclui informações e gravuras das primeiras experiências dos séculos XVII e XVIII
realizadas por Francesco Lana e por Bartolomeu Lourenço de Gusmão e os planos pormenorizados dos primeiros aeróstatos e
aeroplanos.
€300
202. DORNELLAS. (Afonso) e outros. ARCHIVO DO CONSELHO NOBILIARCHICO DE PORTUGAL. Centro
Tipografico Colonial. Lisboa. 1925, 1926 e 1928. 3 volumes [e únicos publicados]. De 29x20 cm. Com 129, 120 e 282 pags.
Encadernações da época com lombadas e cantos em pele. Profusamente ilustrados com reproduções de: quadros, pinturas,
gravuras, fotografias, páginas dos livros heráldicos, e com esquemas genealógicos desdobráveis. Exemplares com o nº 41 (de
uma tiragem de 60 exemplares em papel leorne e 200 exemplares em papel vergé) numerados e assinados por Afonso
Dornellas. Obra de referência que trata com profundidade e precisão - em diferentes estudos de vários autores - os principais
temas da heráldica e da genealogia portuguesa, nomeadamente: a fundação, as actas e as normas do Conselho Nobiliárquico de
Portugal; as Princesas de Portugal que foram soberanas da Europa; a lista e a história genealógica dos portugueses que tiveram
o título de Duques em Portugal; os restauradores de 1640 e os seus actuais representantes em Portugal; o Livro do ArmeiroMór; o «Livro Grande» ou tratado da nobreza universal; a lista e a história genealógica dos portugueses que tiveram o título de
Marqueses em Portugal; breve notícia sobre a Ordem Pontifícia do Santo Sepulcro; os assentos paroquiais anteriores ao
Concílio de Trento; um estudo do Direito Heráldico Português por Dom António Conde de Sampaio; os flamengos na Ilha do
Faial e em particular os Utra ou Hurtere que deram o nome à cidade da Horta; etc, etc.
€400
203. DUARTE DE ALMEIDA. (A.) A MULHER MEDICA NA FAMILIA. Obra elaborada segundo os melhores trabalhos dos
especialistas modernos. Sob a direcção de… Medicina para casos urgentes – Causas symptomas e tratamento de todas as
doenças. – Hygiene preventiva e profissional. – Hygiene curativa (alltitudes, praias, sanatórios, massagens, etc). – Hygiene da
voz, da vista e do ouvido. – Cuidados especiaes para com as mães e as crianças. – Accidentes, envenenamentos, regimens,
aguas mineraes, etc, etc. Hygiene e Medicina Pratica. João Romano Torres & Cª. – Editores. Lisboa. S/d. [1921]. De 24x17
cm. Com 739 pags. Encadernação da época (meia-amador com lombada e cantos em pele) com ferros rolados a ouro nas pastas
e na lombada. Corte dourado por folhas. Ilustrado no texto.
€60
204. DUARTE. (D.) REI DE PORTUGAL. LEAL CONSELHEIRO o qual fez Dom Eduarte Rey de Portugal e do Algarve e
Senhor de Cepta. Edição crítica e anotada organizada por Joseph M. Piel e preparada pela Faculdade de Letras de Coimbra, sob
o patrocínio do Instituto para a Alta Cultura. Livraria Bertrand. Lisboa. 1942. De 24x18 cm. Com 426 pags. Encadernação em
tela azul. Exemplar com falta da capas de brochura. Esta obra contém a lista dos livros da biblioteca do Rei Dom Manuel I
segundo o manuscrito da Biblioteca Nacional.
€80
205. ENCADERNAÇÃO ARMORIADA - SÉC. XIX - RELATORIO DA SOCIEDADE PORTUGUEZA DE
BENEFICENCIA NO RIO DE JANEIRO Apresentado em assembléa geral no dia 14 de Abril de 1872 pelo Presidente
Conde de S. Mamede e Parecer da Commissão de Exame de Contas. Typographia do Commercio de Pereira Braga. Rio de
Janeiro. 1872. In 4.º de 27x20 cm. Com 9 pags + 11 quadros desdobráveis apensos + 12 páginas com nomes dos sócios + 5
pags com o Parecer da Comissão de Contas. Encadernação da época em percalina com super-libris armoriado D. Luís I
gravado a ouro em ambas as pastas.
€300
206. ENCADERNAÇÃO ARMORIADA - ACTAS DAS SESSÕES PUBLICAS [LEGISLATURA DE 1826] NA PRIMEIRA
SESSÃO ANNUAL EXTRAORDINARIA DA PRIMEIRA LEGISLATURA. LISBOA: NA IMPRESSÃO REGIA. 1826. In
4º (de 21x15 cm) com 158 pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro da lombada e super-libris armoriado
(gravado a seco) apresentando o título (gravado a ouro) sobre rótulo verde colocado igualmente em super-libris. Coifas da
lombada um pouco cansadas. Contém transcrições de 40 Actas da 1ª Sessaõ Extraordinária da 1ª Legislatura desde 31 de
Outubro de 1826 até 22 de Dezembro de 1826. Periodo da monarquia de D. Miguel, tendo sido otorgada a Carta
Constitucional, por D. Pedro, desde Abril de 1826 que vigorará até Maio de 1828. Inocêncio não refere. BNP não menciona.
€200
207. ENCADERNAÇÃO ARMORIADA - PUSICH, D. Antónia. BIOGRAFIA DE ANTONIO PUSICH. Contendo 18
documentos de relevantes serviços prestados a Portugal por este illustre varão. RESUMO DA HISTORIA DA REPUBLICA
DE RAGUSA e sua antiga litteratura. Por… Lallemant Frères Typ. Lisboa. 1872. In 4.º de 23x16 cm. Com viii-152 pags.
Encadernação da época armoriada inteira de marroquin azul escuro com ferros a ouro nas esquadrias das pastas e super-libris
armoriado com a Coroa Real de Portugal. Cortes dourados por folhas e as guardas em papel decorativo acetinado. Ilustrado
com gravuras extra-texto com os retratos da biografa e do biografado. Exemplar com ex-libris da biblioteca de António
Capucho.
€600
208. ENCADERNAÇÃO ARMORIADA D. LUÍS I. CASA REAL. - LIGAÇÃO DO OBSERVATORIO ASTRONOMICO
DE LISBOA COM A TRIANGULAÇÃO FUNDAMENTAL. Direcção Geral dos Trabalhos Geodesicos do Reino.
Typographia da Academia Real das Sciencias. Lisboa. 1886. In 4.º de 29x23 cm. Com 144, [i] pags. Encadernação (vermelha )
da época com lombada em pele, ferros a ouro, esquadrias das pastas; e personalizado com o super-libris armoriado de D. Luís
I. encimado com a coroa real portuguesa. Corte dourado por folhas. Obra profusamente ilustrada com quadros de dados e com
os desenhos geométricos das triangulações, esclarecendo a denominação dos pontos geodésicos da bacia do Rio Tejo. O
prefácio da presente Memória tem 2 páginas da autoria do Director Geral e General de Brigada C. E. de Arbués Moreira,
esclarecendo a necessidade de harmonização e actualização “em relação aos grandes trabalhos geodésicos que estão sendo
executados na Europa, entre os quais existe uma relação sucessiva”. A obra divide-se em: reconhecimento, escolha e descrição
dos pontos geodésicos de mira na margem norte e na margem sul do Tejo, sendo o ponto fundamental a laje perfurada no
centro do mirante quadrangular do Castelo de São Jorge, em Lisboa; o método e os instrumentos usados nas observações; os
quadros com os resultados das observações nos 7 pontos de orientação; a tabela do excesso esférico; os cálculos das derivadas
da compensação da rede trigonométrica; o quadro final das diferenças de nível; o estabelecimento final das coordenadas
geográficas do Castelo de S. Jorge com a sua correcção pela tangente do azimute da Polar; e os quadros finais com os dados
fundamentais da revolução astronómica sideral observada. Inocêncio não menciona.
ARMORIAL BINDING - KING
LOUIS I. PORTUGUESE ROYAL HOUSE. - CONNECTION OF THE LISBON ASTRONOMICAL
OBSERVATORY WITH THE FUNDAMENTAL [EUROPEAN] TRIANGULATION. Director General of the Geodesic
Works. Typographia of the Royal Academy of Sciences. Lisbon. 1886. In 4. º (29x23 cm) with 144, [i] pags. Contemporay
armorial binding with leather spine; tools gilt at the folders; and personalized with the armorial super-libris of D. Luis I
(Portuguese King) topped with the royal crown of Portugal. Cut of leaves gilt at edges. Illustrated with sketches and data
(geographical charts and advanced calculus) with geometric drawings of triangulations, explaining the name of the geodesic
points at the basin of the Tejo River. The preface of this memory has 2 pages written by the General Director and Brigadier
General C. E. de Arbués Moreira, explaining the need for harmonization and updating 'in relation to major geodesical work
being performed in Europe, among which there is [was] a relationship amongst the international studies' The work is divided
into: recognition, choice and description of geodesic points sighting at the north bank and at the south bank of the Tagus River;
the key point being the stone or slab perforated in the center of the quadrangular tower of the S. Jorge Castle in Lisbon; the
method and technical instruments used in the observations; the tables with the results of the observations within the 7 points of
local reference; the spherical excess of the calculus; the calculations of the derivatives for the trigonometric compensation
network; the final frame of level differences; the final establishment of geographic coordinates at the Castel of S. Jorge, with
its correction by the tangent of the azimuth of the Polar star; and the final tables with key data observed for the sideral
astronomical revolutions. Inocêncio does not refer this work.
€800
209. ENCADERNAÇÃO ARTÍSTICA - CONCEIÇAM, Fr. Apollinario da. DEMONSTRAÇAM HISTORICA DA
PRIMEIRA, E REAL PAROCHIA de Lisboa de que he singular Patrona, e Titular N.S. DOS MARTIRES. DEVEDIDA
EM DOUS TOMOS, TOMO PRIMEIRO [e único publicado] EM QUE SE TRATA DA SUA ORIGEM, e antiguidade, e se
mostra a sua Primasia, a respeito das mais paroquias da mesma Cidade. QUE ESCREVEO, … Religioso Capucho da Provincia
do Rio de Janeiro. LISBOA : Na Officina de IGNACIO RODRIGUES. Anno de 1750. In 8º de 20,5x14,5 cm. Com [XXXVI]
– 531 pags. Único tomo publicado. Magnifica encadernação da época inteira de chagrin vermelho, fino carmim escuro,
decoração a ouro de duas rodas com festões, quatro florões nos cantos das pastas e rosácea ao centro. Lombada ricamente
dourada. Corte das folhas brunido a ouro fino e cinzelado. Estimado e muito procurado. Exemplar que pertenceu a Oliveira
Martins, com a sua pertença ao alto do frontispício. Curiosamente esta obra escapou ao conhecimento de Borba de Moraes, que
descreve outras obras do autor. Samodães 820. “Estimada e pouco vulgar.” Inocêncio: I, 301. “FR. APOLLINARIO DA
CONCEIÇÃO, Franciscano da provincia da Conceição do Rio de Janeiro, cujo habito vestiu a 3 de Septembro de 1711.
Conservou se sempre no estado de leigo, sem querer receber a ordem sacerdotal: mas foi Procurador Geral, e Chronista da sua
Provincia. N. em Lisboa a 23 de Julho de 1692, e parece que ainda vivia no Brasil em 1759. Demonstração historica da
primeira e real Parochia de Lisboa de que é singular patrona N. Senhora dos Martyres. Tomo I, O tomo II não se publicou. Das
numerosas obras d’este filho de S. Francisco é a Demonstração Historica a mais bem aceita e procurada. Eu tenho d’ella um
exemplar comprado por 480 réis, mas sei, que alguns já foram vendidos a 600 e 720 réis; e tambem vi não ha muito tempo
vender na feira do campo de S. Anna um por 120 réis, alias soffrivelmente conservado. O estylo e linguagem d’estas obras
nem sempre são puros e correctos, como seria para desejar, e bem mostram que seu auctor escrevia de curiosidade, faltando lhe
os estudos necessarios. Mas para resgatar este defeito offerecem muitas noticias locaes, e particularidades ás vezes
interessantes. Pelo que não pode reputar se inutil a lição d’ellas, tanto para os portuguezes, como para os brasileiros com quem
o auctor viveu por muitos annos.”
€2.500
210. ENCADERNAÇÃO ARTÍSTICA - CRISTO. (Fr. João de Jesus) VIAGEM DE HUM PEREGRINO A JERUSALEM,
E VISITA QUE FEZ AOS LUGARES SANTOS, EM 1817 Fr. JOÃO DE JESUS CHRISTO, INDIGNO FILHO DO
SERAFICO PATRIARCHA S. FRANCISCO. TERCEIRA EDIÇÃO MAIS ACCRESCENTADA. LISBOA: NA
IMPRESSÃO DE EUGENIO AUGUSTO. 1831. In 8.º De 20x13 pags. Com 308-[3] pags. Encadernação da época inteira de
chagrin vermelho com finos ferros a ouro nas cercaduras das pastas e na lombada. Corte dourado por folhas. Magnificas folha
de guardas. Ilustrado com uma gravura desdobrável com os principais locais de peregrinação na Terra Santa. Obra com uma
descrição da Terra Santa, do Médio Oriente e dos seus povos. No final da obra o autor apresenta o índice toponímico da Terra
Santa e a importância relativa dos seus lugares sagrados nas indulgências religiosas. Inocêncio III, 387: 'Frei João de Jesus
Cristo, Franciscano observante da provincia de Portugal, de cujas circumstancias pessoaes nada pôde apurar até agora a minha
diligencia. Viagem de um peregrino a Jerusalem, e visitas que fez aos logares sanctos. Lisboa, na Imp. Regia 1819. 8.º Ibi, na
Typ. da Academia R. das Sciencias 1822. 8º. Terceira edição mais accrescentada. Ibi, na Imp. de Eugenio Augusto 1831. 8º gr.
de VIII-308 pag. Quarta edição mais accrescentada. Ibi, na Offic. de Elias José da Costa Sanches 1837. 4.º. A maior parte da
edição de 1831 existe intacta, e em papel na Bibl. Nacional de Lisboa, segundo ouvi dizer, tendo ido para alli com os livros dos
extinctos conventos, que se recolheram no deposito respectivo. Por falta de conhecimento não posso agora affirmar, se esta
mesma Viagem é a que tambem se imprimiu ha annos no Brasil, e de que ha um exemplar na Bibliotheca Fluminense, como
vejo do respectivo Catalogo sob numero 3507. Tenho por mais provavel que só haverá differença no titulo, que conforme o
dito Catalogo é: A Terra Sancta, ou peregrinação a Jerusalem, e outros logares sanctos da Escriptura Sagrada, etc. Rio de
Janeiro, 1851. 24º oblongo'.
Artistical binding: contemporary red morocco finely gilt with rolled tools at covers. Papercut
gilt at edges. Superb contemporary endpapers. Spine slightly worn out at top and bottom. Illustrated with a folding plate: with
biblical engravings depicting the main places of pilgrimage at the Holy Land. Travel book with the description of the Holy
Land, the Middle East and its peoples. At the end of the work the author presents an index of places in the Holy Land and the
relative importance of their sacred sites in obtaining religious indulgences. Fr. João de Jesus Cristo was a friar of the
Franciscan province of Portugal and had his work several times reprinted. Inocêncio III, 387.
€800
211. ENCADERNAÇÃO ARTÍSTICA - MARINHA. ESPIRITO SANTO LIMPO, Manoel. PRINCIPIOS DE TACTICA
NAVAL POR MANOEL ESPIRITO SANTO LIMPO, Capitão Tenente da Real Armada, Professor de Mathematica na
Academia Real da Marinha, e Socio Correspondente das Sciencias. LISBOA NA TYPOG. DA ACAD. R. DAS SCIENC.
ANNO M. DCC. XCVII. [1797] In 8.º de 16,5x10 cm. Com xiv, 181, [v] pags. Ilustrado com 11 gravuras desdobráveis com
esquemas de evoluções navais. Encadernação da época inteira de marroquim vermelho com ferros a ouro na lombada e pastas.
Cortes dourados por folhas. Inocêncio V, 412. “MANUEL DO ESPIRITO SANCTO LIMPO, Tenente-coronel do corpo de
Engenheiros, Lente de Mathematica e Navegação na Academia Real da Marinha, e Director do Observatorio astronomico da
mesma Academia; Socio da Acad. R. das Sciencias de Lisboa, etc. - Foi natural da villa e praça de Olivença, então, e muitos
annos depois pertencente a Portugal. Sendo cabo d'esquadra do regimento de artilharia do Porto foi preso por ordem da
Inquisição de Coimbra, juntamente com o infeliz José Anastasio da Cunha, e outros individuos, e com elles processado e
penitenciado no auto da fé, que se celebrou na sala da Inquisição de Lisboa a 11 de Outubro de 1778. Isso porém não lhe
obstou a que fosse depois convenientemente empregado, e obtivesse honrosas distincções. M. a 29 de Outubro de 1809,
morando então na rua da Vinha, freguezia de N. S. das Mercês d'esta cidade. - E.”
€800
212. ENCADERNAÇÃO ARTÍSTICA - MINIATURA. BONARELLI. (Guidubaldo De’) FILLI DI SCIRO, Favola
Pastorale DEL CONTE GUIDUBALDO De’ Bonarelli. DETTO L’AGGIVNTO, Accademico Intrepido. Da essa Academioa
dedicata Al Sereniss. Signor DON Francesco Maria Feltrio Dalla Rovere Duca VI, d’Urbino. In Amsterdam, nella Stamperia
del S. D. Elsevier. Et in Parigi si vende. Appresso THOMASSO JOLLY, Nel Palazzo, M. DC. LXXVIII. [1678]. In 12º (de
9x6 cm) com 255 pags. Encadernação da época em marroquin vermelho com ferros a ouro na lombada; sobre as pastas (superlibris de Garnier); e nos filetes e conchas das pastas. Corte dourado por folhas. Ilustrado com frontispício. Exemplar com exlibris de Mathias Lima e títulos de posse da época (de Caroli Francisci Garnier) sobre a página de rosto.
Miniature print.
Binding: contemporary red morocco gilt at spine and at both folders (with frames and super-libris of Garnier). Paper cut gilt at
edges. Illustrated with engraved frontispiece. Copy with ex-libris of Mathias Lima (a Portuguese bibliographer and
bookbinding expert) and the ownership signature of (Caroli Franc. Garnier) on the title page.
€500
213. ENCADERNAÇÃO ARTÍSTICA - SARMENTO. (Francisco de Jesus Maria) HORAS DA SEMANA SANTA,
EMPREGADAS NA LIÇÃO, E MEDITAÇÃO DOS PRINCIPAES OFFICIOS, E SAGRADOS MYSTERIOS DESTE
SANTO TEMPO, traduzidos, e expostos na Lingua Portuguesa, COM VARIAS ILLUSTRAÇÕES HISTORICAS, opportunas
Reflexões Moraes, e differentes Práticas de Piedade, para melhor intelligencia, devoto exercicio, e espiritual proveito dos Fieis
Christãos nestes grandes Solemnes Dias. Segunda Impressão, mais accrescentada, por Fr. Francisco de Jesus Maria Sarmento,
Commissario Visitador da Veneravel Ordem Terceira do Convento de N. Senhora de Jesus de Lisboa. LISBOA. NA REGIA
OFFICINA TYPOGRAPHICA. ANNO M.DCC.LXXVI. (1776). De 14x8 cm. Com 463-(i) pags. Encadernação da época
inteira de pele marroquin vermelho com finos ferros a ouro nos filetes das pastas e na lombada. Exemplar dourado por folhas
ilustrado. Inocêncio II, 394: “Fr. Francisco de Jesus Maria Sarmento, natural de Coimbra. Movido das penetrantes vozes do
missionario Fr. Manuel de Deus, resolveu se a mudar de estado, professando o instituto da terceira ordem de S. Francisco no
convento de Nossa Senhora de Jesus de Lisboa. Desenvolveu grande talento no ministerio do pulpito; a sua gravidade, voz
clara, composição de gesto, e a eloquencia conforme ao gosto da epocha, o fizeram bem acceito orador nas funcções mais
solemnes e pomposas. Estas qualidades deram causa a que os terceiros seculares o elegessem seu commissario visitador. Foi
consultor da bulla da cruzada, e examinador das tres ordens militares. Occupou na sua congregação todos os logares de honra,
até ser eleito ministro provincial em 1777. Tudo quanto pôde adquirir por suas composições litterarias, e por seus amigos,
empregou no serviço do culto divino, deixando no convento de Lisboa riquissimas peças e alfaias destinadas para o mesmo
serviço, e uma boa renda no producto das suas multiplicadas composições, destinado para fundo e subsistencia do collegio da
sua ordem em Coimbra. Escrevia com grande facilidade, e posto que por vezes experimentasse as censuras dos criticos,
proseguia sempre com imperturbavel serenidade de animo em seus trabalhos litterarios, consagrados exclusivamente a obras de
devoção, deixando impressos numerosos livros e opusculos, que o qualificam, quando menos, de escriptor laboriosissimo e
applicado. M. no convento de Lisboa a 3 de Junho de 1790 com 77 annos.
€200
214. ENCADERNAÇÃO ARTÍSTICA – SÉC. XVIII – SILVEIRA (Frei António) EPITOME DA VIDA DE Sta. JOANNA,
PRINCEZA DE PORTUGAL, Religiosa da Ordem de S. Domingos, CHAMADA VULGARMENTE A SANTA
PRINCEZA. TRADUZIDO DO ITALIANO em Portuguez, e accrescentado POR HUM SEU DEVOTO. LISBOA: Na
Officina de MANOEL SOARES, Anno de MDCCLV [1755]. In 4º (de 20x14 cm) com [xviii], 206 (de 208) pags.
Encadernação artística da época em marroquin vermelho com finos ferros a ouro na lombada (por casas fechadas) e nas pastas
rolados em esquadria com motivos florais em super-libris. Cortes dourados por folhas. Ilustrado em anterrosto com uma
gravura com “o verdadeiro retrato de Sta. Joana…” gravado por Nicos. e impresso por Viana. Exemplar com falta da última
folha de texto e com vestígios de humidade. Obra publicada anónima (da autoria de Frei António da Silveira). Inocêncio I, 272:
“Fr. Antonio da Silveira, Dominicano, natural do Porto, segundo uns, ou de villa d'Azurara conforme outros, n. em 1721 e m.
em 1786. Epitome da vida de Sancta Joanna, Princeza de Portugal, religiosa da ordem de S. Domingos, chamada vulgarmente
a Sancta Princeza. Lisboa, por Manuel Soares 1755. 4.o de XX 208 pag. com um retrato. - É tradução do italiano, mas
adicionada pelo tradutor, que a publicou ocultando o seu nome. No fim traz uma notícia bibliográfica de todos os escritores
naturais e estranhos, que tratarem da vida e acções desta princesa canonizada”.
€600
215. ENCADERNAÇÃO ARTÍSTICA - VATICANO - SEC XIX - KELLERHOVEN. (F.) LA LÉGENDE DE SAINTE
URSULE Princesse Britannique et ses onze mille vierges. D’Après les anciens tableaux de l’église de Sainte-Ursule a Cologne
reproduits en chromolitographie. Publié par… texte par J. B. Dutron. Planches et texte inèdits. Chez l’Auteur. Impressions
lithochromiques par Hangard Maugé. Typographie par Simon Raçon. Paris. 1860. In fólio de 30x23 cm. Com 194-[i] pags.
Encadernação da época inteira de chagrin vermelho com nervos, finos ferros a ouro na lombada, seixas e as pastas com filtes
duplos e ferros rendilhados decorativos tendo ao centro em ambas as pastas o super-libris com o brasão armoriado do Papa Pio
IX. (1846-1878) Corte das folhas carminado a azul e sizelado com motivos decorativos dourados. Exemplar preserva a
sobrecapa de protecção da encadernação com o interior em camurça. Obra de grande primor no trabalho tipográfico e de
encadernação. Valorisada por numerosas cromolitografias impressas em separado, a cores e ouro, ao gosto dos livros de horas
iluminados. Todo o texto referente à lenda da princesa e das suas onze mil virgens, esta regrado por uma bela tarja xilografica,
onde se conta a história do nascimento e infância da filha Théonoto, rei da Irlanda e que ao longo da sua vida de santidade, se
manteve pura, nobre, humilde e com doutissimos conhecimentos das Santas Escrituras. A obra contém um breve com a bênção
apostólica do Papa Pio IX dirigido ao autor pelo seu mérito salientando “a paciência, a habilidade e a perfeição na execução
desta magnífica obra.” Papa Pio IX. (1792-1878) exerceu o cargo durante 31 anos, o mais longo papado depois de S. Pedro.
Book bounded in red marroquin, tooled in the spine and in the framework of folders with double decorative lines and superlibris with armored coat-of-arms of Pope Pius IX (1846-1878) on both folders. Finishing of the leaves with blue and decorative
gold. Copy preserves the protective jacket with a suede interior. Masterpiece of typographical work and bookbinding.
Chromolithographies printed separately - colored and goldened stamps - inspired on the illuminated books of hours. The story
tells the legend of the Eleven Thousand Virgins, which tells the story of the birth and childhood of the daughter of Théonoto of
Ireland, and her life of holiness and knowledge of Holy Scripture. The text is ruled by beautiful stripe woodcuts.
€800
216. ENCADERNAÇÃO ARTÍSTICA ARMORIADA - D. MARIA I. - SEIXAS BRANDÃO. (Joaquim Inácio de)
MEMORIAS DOS ANNOS DE 1775. A 1780. PARA SERVIREM DE HISTORIA A’ ANALYSI, E VIRTUDES DAS
AGOAS THERMAES DA VILLA DAS CALDAS DA RAINHA. COMPOSTAS POR … Doutor em Medicina pela
Universidade de Montpellier approvado neste Reino, e actualmente primeiro Médico do Hospital Real da mesma villa por
Nomeação, e Decreto de Sua Magestade. LISBOA. NA REGIA OFFICINA TYPOGRAPHICA. Anno M.DCC.LXXXI.
(1781) De 21x14,5 cm. Com xxxi-xiv-281 pags. Encadernação artística da época inteira de marrroquim vermelho armoreada
com super libris de D. Maria I de Portugal e ferros a ouro na lombada e pastasrótulo. Corte das folhas dourado por folhas.
Inocêncio IV, 89. “Doutor em Medicina pela Faculdade de Montpellier, Medico do Hospital R. da villa das Caldas da Rainha
etc. - N. na provincia de Minas-geraes, no Brasil, e a julgarmos pelo seu appellido, seria talvez parente proximo de D. Maria
Joaquina Dorothea de Seixas Brandão, que foi immortalisada pelo celebre e infeliz Gonzaga nas suas lyras sob o nome de
Marilia de Dirceu. - E. Memorias dos annos de 1775 a 1780, - São precedidas de uma carta mui erudita, que sobre o assumpto
dirigiu ao auctor o seu collega dr. Manuel de Moraes Soares, medico da real camara.”
€2.000
217. ENCADERNAÇÃO ARTÍSTICA ARMORIADA - D. MIGUEL. REPERTORIO DAS ORDENS DO DIA DADAS AO
EXERCITO PORTUGUEZ DESDE 15 DE MARÇO DE 1809 ATE’ 5 DE ABRIL DE 1830, Concernentes á Organização,
Economia, Disciplina, Policia, Serviço, Saúde, Justiça Criminal: acrescentado de muitos e interessantes Artigos de Legislação
Pátria, extrahidos das Ordenações do Reino, Cartas de Lei, Provisões, Regimentos, Pragmáticas, Estatutos, Alvarás, Decretos,
Regulamentos, Cartas Regias, Resoluções, Portarias, e Avisos com relação ao Estado Militar e presentemente em vigor.
DEDICADO, OFERECIDO E CONSAGRADO AO MUITO ALTO [sobrecarga negra omite os títulos e o nome do rei]
SENHOR D. MIGUEL I. Pelo Major do Real Côrpo d’Engenheiros, JOÃO CRISOSTOMO DO COUTO E MELO. NA
TIPOGRAFIA DE BULHÕES. ANNO 1830. De 20x15 cm. Com 376 pags. Encadernação da época inteira de chagrin
vermelho, com finos ferros a ouro na lombada bem como nas cercaduras das pastas com motivos florais e nos respectivos
super libris armoriados executados a partir dos punções da Casa Real. Corte dourado por folhas. INOCÊNCIO III, 349 e X,
224: “João Chrysostomo do Couto e Mello, Cavalleiro da Ordem de S. Bento de Avis, Bacharel formado em Mathematica pela
Universidade de Coimbra (cujo primeiro anno cursou no de 1799 a 1800) Professor no R. Collegio Militar, Director das
Escholas militares de primeiras letras Membro correspondente da Sociedade de Instrucção elementar de Paris, etc. Foi natural
de Lamego, e filho de José do Couto n. provavelmente pelos annos de 1778. Tendo-se mostrado partidario das idéas liberaes
em 1820, foi depois um dos mais fervorosos defensores da causa do sr. D. Miguel, a quem serviu até á convenção d'Evoramonte. Creio que poucos annos sobreviveu á terminação da lucta civil, falecendo, segundo ouvi dizer, pelos annos de 1838.
Acerca dos seus trabalhos e serviços prestados como director das escolas militares, utilissima instituição creada em 1815, veja
se o sr. José Silvestre Ribeiro, na Historia dos estabelecimentos scientificos. DIC. BIBLOG. MILITAR: PORTUGUÊS TOMO
II, 410: “trata-se de uma colecção de todas ordens do dia referente ao exercito de sua Magestade El-Rei D. Miguel I
relativamente ao ano de 1830. Obra deveras importante para a história do exercito português durante a chamada guerra civil
entre liberais e miguelistas, que só veio a terminar em 1834. As ordens são emanadas directamente por D. Miguel”. Estas
ordens do dia contêm ainda toda a principal legislação respeitante à administração corrente do reino como, por exemplo, a
criação da primeira escola veterinária (pag. 323) com todos os seus institutos, regulamentos e funcionamento interno diário.
€1.000
218. ENCADERNAÇÃO ARTÍSTICA ARMORIADA – MADEIRA – SÉC. XIX. MASON. (J. A.) A TREATISE ON THE
CLIMATE AND METEOROLOGY OF MADEIRA; by the late… M. D. inventor of Mason’s hygrometer; edited by James
Sheridan Knowles. To which are attached A Review of the State of Agriculture and of the Tenure of Land; by George Peacock,
D. D., F. R. S., &c. &c. Dean of Ely and Lowndean Professor of Astronomy in the University of Cambridge. An Historical and
Descriptive Account of the Island, and Guide to Visitors; by John Driver, Consul for Greece, Madeira. London: John
Churchill. Liverpool: Deighton and Laughton. M.DCCC.L. [1850]. In 4º (25x16 cm) com xiv-388 pags. Encadernação artística
da época inteira de pele (marroquin vermelho) com finíssimos ferros a ouro representando na lombada e nas pastas motivos
vegetalistas madeirenses (a cana do açúcar cruzada e entrelaçada com videiras) e brasão armoriado da Ilha da Madeira em
super-libris (de ambas as pastas). Corte dourado por folhas. Ilustrado com quadros de dados e 3 pranchas (com 5 gráficos
milimétricos) com a comparação das temperaturas e humidade ao longo de um ano em Londres e na Madeira. Muito belo
exemplar de grande qualidade e apresentação gráfica. Tratado sobre o clima e a meteorologia da Madeira; um relatório sobre a
agricultura e a posse da terra; uma descrição histórica da ilha; e um guia para o visitante. Obra considerada: 'An excessively
rare book'.
€800
219. ENCADERNAÇÃO ARTÍSTICA ARMORIADA - MANUAL DAS REVOLUÇÕES, SEGUIDO DO PARALELLO DAS
REVOLUÇÕES DOS SECULOS PRECEDENTES COM AS DO SECULO ACTUAL. Obra util aos soberanos, ao Clero, á
Nobreza, e a todos os honrados Habitantes das Cidades e dos Campos. COMPOSTA POR M. o Abbade de Beuy B. D. L. C.
Historiógrafo de França, Membro da Academia Imperial e Real das Sciencias e Bellas Letras de Buxellas, de Rechemont em
Verginia, e da Sociedade Real das Antiguidades em Londres. Traduzido do idioma Francez, e offerecido a todos os
Verdadeiros Portugueses. Por J. P. M. LISBOA. NA TYPOGRAFIA DE BULHÕES, 1830. De 21x16 cm. Com 95 pags.
Encadernação artística da época inteira de marroquim vermelho claro com super-libris (brasão real de D. Miguel I de Portugal)
e ferros rolados nas cercaduras, filetes e conchas tudo lavrado a ouro em ambas as pastas. Corte dourado por folhas. Folhas d e
guarda da época com um luxuoso padrão dourado. Carimbos oleográficos de posse na margem do pé da página de rosto sem
afectar mancha gráfica. Exemplar de encadernação real extremamente raro devido ao curto reinado de D. Miguel I. Obra
apologética da estabilidade e da inexistência de revoluções políticas sangrentas em Portugal até esta época, segundo o autor,
começada a tradução para português no tempo da Revolução Francesa. Obra presente na BNP, mas de autor e tradutores
desconhecidos. Tradutor anónimo desconhecido no Dic. de Pseudónimos de Martinho da Fonseca obra e autor não mencionada
por Inocêncio. Sugerimos a possibilidade do autor ser (Inocêncio IV, 145) “Joaquim Pereira Marinho, do Conselho de Sua
Majestade, Comendador da Ordem de Cristo, Cavaleiro da de S. Bento de Avis, Marechal de campo reformado Bacharel em
Matemática pela Universidade de Coimbra, onde se formou no ano de 1806. Foi natural da cidade do Porto, e nasceu pelos
anos de 1782 e morreu em Lisboa a 3 de Janeiro de 1854”.
Binding: artistic full morocco calf, superbly gilt on both covers
with the Royal Coat-of-Arms of King Miguel of Portugal, and richly tooled. full morocco calf with bright red morocco superlibris. Decorative endpapers with a superb gilt snail design. Ownership stamps at bottom of title without affecting graphic
layout. Very rare royal binding due to the short reign of King Miguel. Apologetic work on the stability and the absence of
bloody political revolution in Portugal durin the first years of the XIX century and - according to the author - the translation
started at the time of the French Revolution. Book present at National Library of Portugal, but author and translator unknown.
Anonymous translator unknown at Dic. of Martinho da Fonseca. Work and author not mentioned by Inocêncio. We suggest the
possibility that the author is (Inocêncio IV, 145) 'Joaquim Pereira Marinho, from the Council of His Majesty, Commander of
the Order of Christ, Knight of St. Benedict of Avis, Field Marshal retired BS in Mathematics from the University of Coimbra,
where he graduated in the year 1806. He was born in the city of Oporto in 1782 and died in Lisbon in 1854'.
€1.200
220. ENCADERNAÇÃO ARTÍSTICA ARMORIADA DO CONDE DE SUCENA - NUNES. (José Joaquim) CRÓNICA
DOS FRADES MENORES (1209-1285). Manuscrito do século XV, agora publicado inteiramente pela primeira vez e
acompanhado de introdução, anotações, glossário e índice onomástico por José Joaquim Nunes sócio correspondente da
Academia das Sciencias de Lisboa. Imprensa da Universidade. Coimbra. 1918. 2 volumes. In 8º gr. (de 24x16 cm) com lxiii,
436 e 389 pags. Encadernações artísticas armoriadas inteiras de pele ao gosto do século xviii, com finos ferros a ouro nas
lombadas e rolados nas esquadrias das pastas (com super-libris armoriado do Conde de Sucena). Corte das folhas carminado à
cabeça. Exemplar preserva as capas de brochura e apresenta em ambos os volumes o magnifico ex-libris e o no fim do 1.º
volume o registo bibliográfico de entrada na Biblioteca do Conde de Sucena. Obra contém a transcrição do manuscrito
quatrocentista; e um extenso glossário e índice onomástico nas últimas 100 páginas do 2º volume.
€1.200
221. ENCADERNAÇÃO ARTÍSTICA ARMORIADA. CASA REAL ESPANHA. SÉC. XIX. COHEN. (M. Félix S.) ÉTUDE
SUR LES IMPOTS ET SUR LES BUDGETS DES PRINCIPAUX ÉTATS DE L’EUROPE. Par... Auditeur au Conseil
d’État. Guillaumin et Cª, Éditeurs. Paris. S/d [1865]. In 4º (de 24x17 cm) com xiii-650 pags. Encadernação artística da época
inteira de pele (marroquin negro) com ferros por nervos e a ouro nos super-libris armoriados de ambas as pastas (armas do Rei
de Espanha Afonso XIII), e nas conchas interiores das respectivas pastas. Corte finamente dourado por folhas. Obra impressa
com grande qualidade gráfica, contendo as noções teóricas e práticas sobre os orçamentos dos Estados europeus e as suas
políticas monetárias, financeiras e fiscais (directas e indirectas), nomeadamente em Inglaterra, França, Austria, Prússia, e
Rússia.
€800
222. ENCADERNAÇÃO ARTÍSTICA ARMORIADA. SÉC. XIX. - COSTA. (Mateus José da) THESOURO DE MENINOS.
Resumo da Historia Natural, para uso da Mocidade de ambos os Sexos, e instrucção das pessoas, que desejão ter noções de
História dos tres Reinos da Natureza; Obra Elementar. Compilada, e ordenada por Pedro Blanchard; Traduzida do Francez,
com muitas correcções e artigos novos. Offerecida a Sua Alteza o Principe Real Do Reino Unido de Portugal, e do Brazil, e
Algarves, Duque de Bragança, O Senhor D. Pedro de Alcantara. Por Matheus Jose’ da Costa, Beneficiado, e Mestre de
Cerimonias da Santa Igreja Patriarcal de Lisboa. Tomo Primeiro. Cosmografia e Mineralogia. [Tomo Segundo: Botanica.
Tomo Terceiro: Zoologia. Mamiferos. Tomo Quarto: Continuação dos Mamiferos e Aves]. Lisboa: na Impressão Regia. 1814,
1813, 1817 e 1817. 5 (de 6) volumes. In 8º (de 17x11 cm.) com 463-(6); 472-(6); (x)-379; 463-(vi) e 448 pags. Encadernações
artísticas (dos primeiros 4 volumes) da época inteiras de chagrim vermelho com ferros a ouro na lombada e em ambas as pastas
rolados com motivos decorativos e super-libris com as armas reais portuguesas. Quinto volume: encadernação da época inteira
de pele. Cortes dourados por folhas. Obra científica publicada em 6 volumes dos quais apenas estão presentes 5 volumes
ilustrados com 52 gravuras em extra-texto, representando espécimes observados de facto tal como a foca morta nas praias da
Arrábida (pag. 234). Exemplar constituído por volumes da 1.ª edição (alguns com assinaturas de posse nos anterrostos de
“Joaquim de Souza Pereira Pato”). O 2 volume foi encadernado com pele castanha, embora apresente os mesmos ferros
dourados utilizados nos restantes volumes, possivelmente porque foi publicado em 1813, um ano antes que o 1º, que saiu em
1814, e talvez o proprietário tenha decidido encadernar os restantes a chagrim vermelho. Inocêncio VI, 166 e XVII, 12: 'Padre
Mattheus José da Costa, Beneficiado e Mestre de Cerimónias na Igreja Patriarcal de Lisboa. Foi, se não me engano, natural da
freguesia de Carnide, subúrbios de Lisboa, e irmão mais velho do coronel José Maria das Neves Costa, de quem já acima fiz
menção em lugar competente. Morreu em 1828. Thesouro de meninos: resumo de historia natural para uso da mocidade de
ambos os sexos, e instrução das pessoas que desejam ter noções da historia dos tres reinos da natureza. Compilado e ordenado
por Pedro Blanchard, e traduzido em portuguez com muitas correcções e artigos novos. Lisboa, na Imp. Regia 8.º 6 tomos com
estampas. O tomo 1.º publicado em 1814, contém a Cosmographia e Mineralogia. - O tomo 2.º, 1815, a Botanica. O 3.º, 1817,
Zoologia, mammiferos. - O 4.º, ibi, Continuação dos mammiferos, aves. - O 5.º, 1819, Continuação das aves, peixes. - O 6.º,
1830, Continuação dos peixes, crustaceos, testaceos, reptis, vermes, insectos, polypos, zoophitos, etc. - A nomenclatura
portugueza adoptada n'esta obra foi disposta pelo insigne Brotero. Este livro foi durante muitos anos adoptado como
compendio na maior parte dos colégios e aulas de instrução primaria.'
€1.800
223. ENCADERNAÇÃO ARTÍSTICA. Conjunto de 38 Alvarás Régios, Cartas de Lei, Resoluções, Decretos e
Determinações relativos á criação e funcionamento do Conselho do Almirantado publicados entre os anos de 1795 e 1798.
Fólio de 28x20 cm. Com 133 fólios numerados manualmente. Encadernação da época inteira de pele com super libris real de
D. Maria I. cercado com uma coroa de flores com o titulo Conselho do Almirantado. Magnifica encadernação inteira de pele
com ferros a ouro nas pastas, seixas e lombada, magnificas guardas em papel decorativo marmoreado. O Conselho do
Almirantado foi criado por decreto de 25 de Abril, e 20 de Agosto de 1795, e confirmado por Carta de Lei de 26 de Outubro de
1796.
€1.500
224. ENCADERNAÇÃO ARTÍSTICA. SÉC. XIX. MEMORIAS DO BUSSACO. Seguidas de uma viagem á serra da Louzan.
Por Adrião Pereira Forjaz de Sampaio. Em casa da Viúva Moré, Editora. Proto e Coimbra. 1864. In 8º (de 18x12 cm) com x,
232 pags. Encadernação artística (da época) inteira de pele com finos ferros a outro na lombada e nas pastas com motivos
decorativos (estilo fanfarre) e com um crucifixo em super-libris em ambas as pastas. Trata-se da 2ª edição, sendo a 1ª edição
que reune pela primeira vez as duas obras publicadas em separado em 1838. Inocêncio VIII, 9: 'Adrião Pereira Forjaz de
Sampaio, do conselho de Sua Magestade, Doutor e Lente de Direito na Univ. de Coimbra, Socio da Acad. R. das Sc. de
Lisboa, e do Instituto de Coimbra, etc._ Nasceu em Coimbra a 10 de Fevereiro de 1810. Das Memorias do Bussaco,
comprehendendo tambem a Viagem á serra da Louzã (n.os 18 e 19) ha terceira edição, feita no Porto, Typ. Commercial 1864.
8.º De XI_234 pag.
€300
225. ENCADERNAÇÃO ARTÍSTICA. SÉC. XX. TEIXEIRA DE CARVALHO. (J. M.) DOMINGOS ANTÓNIO DE
SEQUEIRA EM ITÁLIA (1788-1795). Segundo a correspondencia do Guarda-Jóias João António Pinto da Silva. [Por] Dr…
Anteprefácio de Manoel de Sousa Pinto. Imprensa da Universidade. Coimbra. 1922. De 24x18 cm. Com 211 pags.
Encadernação artística inteira de marroquin vermelho com finos ferros a ouro e nervos na lombada, rolados a ouro nas
cercaduras, filetes e seixas das pastas; e em super-libris uma decoração foliada cruciforme. Obra ilustrada. Exemplar apenas
aparado à cabeça.
€400
226. ENCADERNAÇÃO ARTÍTICA SÉC. XIX. - COLLECÇÃO DAS ORDENS DO DIA DO ILLUSTRISSIMO E
EXCELLENTISSIMO SENHOR MARECHAL GENERAL MARQUEZ DE CAMPO MAIOR [BERESFORD, William Carr]
COMMANDANTE EM CHEFE DO EXERCITO DE SUA MGESTADE FIDELISSIMA ELREI DO REINO UNIDO DE
PORTUGAL, BRAZIL, E ALGARVE. Anno 1817. LISBOA, Por MANOEL PEDRO DE LACERDA. Impressor do QuartelGeneral. 1 volume. In 4º (de 21x15 cm) com 236, [iv] pags. Encadernação da época inteira de pele marroquin vermelho com
finos ferros a ouro rolados nas esquadrias das pastas e na lombada. Corte dourado por folhas. Exemplar com vestígios de
humidade no interior. Inocêncio IX, 81:'Compilação das Ordens do Dia do Quartel General do Exercito Portuguez,
concernentes á organisação, disciplina e economia militares nas campanhas de 1809 a 1814, e tambem relalivas ao anno de
1815. Lisboa, na Imp. Regia 1811 a 1816. 8.º, 7 tomos. - Nos respectivos frontispicios vêem-se entrelaçadas em cifra as
iniciaes J. J. A., que parece quererem significar o nome de Joaquim José Annaya. empregado que por aquelles annos servia na
Repartição do Ajudante general do Exercito, e foi o encarregado d'esta Compilação. Cada um dos volumes tem no fim seu
indice dos assumptos contidos por ordem alphabética, e no ultimo o indice geral de todos os septe. Note-se que todas as
determinações concernentes ao exercito, mandadas adoptar pelo Marechal general W. C. Beresford, marquez de Campo-maior,
e commandante em chefe do mesmo exercito, publicadas nas Ordens do dia de 1809 até 1820, tiveram força de lei, segundo se
declara na carta regia de 11 de Novembro de 1811, que anda transcripta na collecção de Delgado, tomo de 1811 a 1820. V. no
tomo VII o artigo Vital Prudencio Alves Pereira, no tomo III João Chrysostomo do Couto e Mello, e no tomo X João José de
Alcantara.
€300
227. ENNES. (António) A GUERRA DE ÁFRICA EM 1895. (Memórias). 2ª edição, com Prefácio de Afonso Lopes Vieira, um
estudo de Paiva Couceiro, e algumas Cartas inéditas. Edições Gama. Lisboa. 1945. De 23x17 cm. Com 522-lxx pags.
Encadernação da época com lombada em pele com ferros a ouro. Ilustrado em extra texto sobre papel couché com
fotogravuras; mapas dos teatros de operações e fac similes das cartas de Mousinho de Albuquerque. Exemplar preserva capas
de brochura.
€60
228. ENNES. (António) e outros. HISTORIA DE PORTUGAL. Primeiro volume por António Ennes. Segundo volume por
Bernardino Ribeiro e Luciano Cordeiro. Terceiro volume por Alberto Pimentel. Quarto volume por Gervásio Lobato. Quinto
volume por Eduardo Vidal. Sexto volume por Pinheiro Chagas. Ilustrações de Manuel de Macedo. Officina Typographica de J.
A. de Mattos. / Empreza Litteraria de Lisboa. Lisboa. 1876, e 1877. 6 volumes. De 26x18 cm. Com 331-(iii) 385-(ii), 383, 361(ii), 336-(iii), e 413-(ii) pags. Encadernações da época inteiras de pele. Profusamente ilustrado em extra-texto.
€300
229. EPHEMERIDES ASTRONOMICAS CALCULADAS PARA O MERIDIANO DO OBSERVATÓRIO REAL DA
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: PARA O USO DO MESMO OBSERVATORIO, E PARA O DA NAVEGAÇAÕ
PORTUGUEZA. VOLUME I. Para o anno de 1804. COIMBRA: NA REAL IMPRENSA DA UNIVERSIDADE, 1803. Por
Ordem do Principe Regente Nosso Senhor. 1 volume. In 4º (de 21x15 cm) com xvi-240-(i)-xv pags. Encadernação da época
com lombada em pele. Ilustrado com duas gravuras desdobráveis com o plano de arquitectura (interiores e exteriores) do
observatório no ano de 1792; e um mapa da observação planetária de Marte com legenda dos seus aspectos visíveis. Folha de
rosto adornada com um plano da fachada do observatório. INOCÊNCIO (I, 155; II, 228; X, 116; e V, 75) sobre a elaboração e
colaboração nas Efemérides Astronómicas: “EPHEMERIDES ASTRONOMICAS para o Real Observatorio da Universidade
de Coimbra. Coimbra, na R. Imp. da Univ. 1804. 4.º Continuáram nos anos seguintes até ao de 1828. Ficaram depois
interrompidas até que apareceram novamente para o ano de 1841. Vej. a este respeito a Chronica Litter. da Nova Acad.
Dramatica de Coimbra, tomo I pag. 319; e acerca do mérito das Ephemerides, e da aceitação e acolhimento que encontraram da
parte dos sábios astrónomos franceses e alemães: Vej. também o Primeiro Ensaio sobre a Hist. Litt. de Portugal, por Freire de
Carvalho, pag. 217 e 218; bem como o Ensaio Estatístico de Balbi, tomo II pag. 40, a introdução do livro Poésie Lyrique
Portugaise etc. por Sané, Paris. 1808, a pag. LXXVII; e o artigo José Monteiro da Rocha, neste Dicionário. A estas
Ephemerides convém juntar os seguintes opúsculos, que têm com elas relação imediata: Exposição dos methodos particulares
no calculo das Ephemerides. Coimbra, na Imp. da Univ. 1797; e Taboas astronomicas, ordenadas a facilitar o calculo das
Ephemerides da Univ. de Coimbra. Ibi, na mesma Imp. 1813. ANTONIO HONORATO DE CARIA E MOURA, Doutor e
Lente da faculdade de Matemática na Univ. de Coimbra, Bibliothecario da mesma Universidade e colaborador e revisor das
Ephemerides por ella publicadas. JACOME LUIZ SARMENTO DE VASCONCELLOS E CASTRO. Fez o seu doutoramento
em 1841. Morreu em Coimbra, depois de prolongada enfermidade, a em 1874. JOSÉ MONTEIRO DA ROCHA, do Conselho
de Sua Majestade, Comendador da Ordem de Cristo, Cónego magistral da Sé de Leiria; primeiro Lente jubilado da Faculdade
de Mathematica, Director do Observatório astronómico, e Vice-reitor da Universidade de Coimbra; Mestre do Príncipe da
Beira (depois D. Pedro IV de Portugal); Sócio e Director de classe da Academia Real das Sciencias de Lisboa, etc”.
ASTRONOMICAL EPHEMERIDES CALCULATED FOR MERIDIAN THE ROYAL OBSERVATORY OF THE
UNIVERSITY OF COIMBRA: FOR THE USE OF THE OBSERVATORY, AND TO THE PORTUGUESE
NAVIGATION. VOLUME I. Year 1804. UNIVERSITY PRESS. COIMBRA. 1803. By Order of the Prince Regent Our Lord.
1 volume. In 4º (21x15 cm) with xvi, 240, (i), xv pags. Contemporary binding with leather spine. Illustrated with two folding
engravings with the architectural plan (interior and exterior) of the observatory in 1792, and a map of the planetary observation
of Mars with the caption of visible aspects. Cover page with a vignette of the observatory’s facade. Inocêncio (I, 155, II, 228,
X, 116, and V, 75) refers on the preparation and collaboration of the Astronomical Ephemeris as a collective work: 'continued
in the following years until 1828. They were then interrupted until they appeared again for the year 1841. Work with
acceptance on the part of the French and German astronomers. The Ephemerides these must be added the following booklets,
which have immediate relationship with them: “Exposure of private methods in calculating the Ephemerides. Coimbra, the
Imp. of the Univ. 1797”, and “Astronomical Tables, ordered to facilitate the calculation of the Ephemerides. Univ. Coimbra.
1813. ANTONIO HONORATO DE CARIA E MOURA, Doctor College Mathematics at Univ. Coimbra, and University
Librarian of the same contributor and reviewer of the published Ephemerides. JACOME LUIZ SARMENTO DE
VASCONCELLOS E CASTRO. PhD in 1841. He died in Coimbra in 1874. JOSÉ MONTEIRO DA ROCHA, of Council of
Her Majesty, Commander of the Order of Christ, emeritus of the School of Mathematics, Director of the Astronomical
Observatory of the University of Coimbra, etc'.
€500
230. ERASMUS ROTERODAMUS, Disiderius. ADAGIORUM GERMANIAE DECORIS, CHILIADES TRES, AC
CENTURIAE FERE TOTIDEM. Basileae, Ioannis Frobenii, M. D. XIII. [1513] In fólio (29,5x21,5 cm) com [xlviii], 249, [i]
fólios. Encadernação da época em inteira de pele sobre pastas de madeira, com ferros decorativos a seco nas pastas. Fechos
metálicos. Cortes das folhas carminados. Magnifico frontispício arquitectónico gravado. Com leves picos de traça, pequenos
defeitos e restauros marginais. Adagiorum contém um trabalho de recolha de provérbios alemães e da antiguidade clássica
(frases e expressões escritas em língua grega com comentarios de Eramus de Rotherdão) sendo uma das obras mais populares
do séc.xvi. Constituem-se como expressões de uma sabedoria intemporal redescobertas pelos autores clássicos as quais
obtiveram sucesso pelo espírito do Humanismo e pela facilidade com a qual a tipografia espalhou os textos clássicos,
produzindo um quadro mais completo da literatura da Antiguidade, para além do possível ou desejado no período medieval. A
primeira edição, intitulada Collectanea Adagiorum, foi publicada em Paris em 1500, in 4º com cerca de 800 provérbios. Por
1508, depois de sua estadia na Itália, Erasmo expandiu a coleção (agora chamado Adagiorum chiliades ou 'Milhares de
provérbios ') para mais de três mil entradas, muitos acompanhados por comentários, anotados, alguns dos quais são breves
ensaios sobre temas políticos e morais. O trabalho continuou a ser expandido até a sua morte em 1536 (para um total de 4151
entradas) fruto da vasta leitura que Erasmus realizou na literatura antiga. Entre este provérbios temos: Sociedade leonina;
Andar na corda bamba; Lágrimas de crocodilo; Tal pai, tal filho; O carro à frente dos bois, etc. Entre as 24 edições da BNP
(Biblioteca Nacional de Portugal), esta não está presente (as mais antigas referidas pela BNP são: Estrasburgo, 1510, e
Basileia, 1523).
Binding: contemporary full calf on wooden boards. Blind tooled on both cover boards, and label gilt at
spine. Metal clasps. Papercuts carmine colored. Superb architectural frontispiece engraved with Greek literary allegories.
Slight wormed, small defects and marginal repairs. A work of recollection of German and Classical sayings (sentences and
phrases written in Greek language with comentaries of Eramus of Rotherdam) is among the most popular works of the 16th
Century. These are expressions of a timeless wisdom first uncovered by the classical authors. It was well succeded by the
means of new Humanism and typography facililities that spread a broader range of classical texts and produced a much fuller
picture of the literature of antiquity, than had been possible or desired in the medieval period. The first edition, titled
Collectanea Adagiorum, was published in Paris in 1500, in a slim quarto of around eight hundred proverbs. By 1508, after his
stay in Italy, Erasmus had expanded the collection (now called Adagiorum chiliades or 'Thousands of proverbs') to over three
thousand items, many accompanied by richly annotated commentaries, some of which were brief essays on political and moral
topics. The work, which continued to be expanded right up to his death in 1536 (to a final total of 4,151 essays) is the fruit of
Erasmus' vast reading in ancient literature. Among this proverbes we have: Lion society; To walk the tightrope; Crocodile
tears; Like father, like son; The cart before the horse; etc. Amongst the 24 editions at BNP (Portugal’s National Library) this
one is not present (the oldest refered at BNP are: Strasbourg, 1510; and Basle, 1523).
€5.000
231. ESAGUY. (José de) A VIDA DO INFANTE SANTO Ilustrações de Martins Barata. Edições “Europa”. Lisboa. 1936. De
28,5x23 cm. Com 213-(i) pags. Encadernação editorial inteira de pele (marroquin negro) com finos ferros a ouro na lombada e
nas esquadrias das pastas. Ilustrado com 88 estampas extra texto sobre papel couché. Obra sob a direcção gráfica e artística de
Romeu e Rogelio Marques Cardoso. Fotografias de Jaime Santos, Eleutério Cerdeira, British Museum, Kunsverlag Wolfrum
de Viena d’Austria, Mário Catarino Cardoso e Octavio Bobone. Lisboa.
€80
232. ESAGUY. (José de) MARROCOS. Lisboa. Edições Europa. 1933. De 29x23 cm. Com 373 pags. Encadernação do editor
com lombada em pele. Profusamente ilustrado no texto e em extra texto com gravuras policromas. Obra impressa sobre papel
couché. Contém imagens de objectos e monumentos que evocam a presença cultural portuguesa em Marrocos; e a presença das
potencias europeias à época desta edição.
€150
233. ESTÁCIO DA VEIGA. (Sebastião Philippes Martins) ANTIGUIDADES MONUMENTAES DO ALGARVE. TEMPOS
PREHISTORICOS. PALEOETHNOLOGIA. Por… Socio correspondente da academia real das sciencias, e da sociedade de
geographia de Lisboa, do instituto e da sociedade broteriana de Coimbra, do imperial instituto archeologico germânico de
Roma, da sociedade franceza de archeologia, da real academia da historia de Madrid, da sociedade económica de Malaga, da
academia de archeologia da Belgica, do instituto acheologico e geographico pernanbucano, collector e fundador do museu
archelogico do Algarve. Imprensa Nacional. Lisboa. 1886, 1887, 1889 e 1891. 4 volumes. De 25x17 cm. Com xvi-[vii]-609,
394 e 346 pags. Encadernações recentes com lombadas em pele. Ilustrado com mapas e 45 estampas extra-texto na sua maior
parte desdobráveis. Obra com profusamente ilustrada com levantamentos arqueológicos da escrita (pré-histórica) do Sudoeste
Peninsular; e a sua respectiva tentativa de interpretação. Inocêncio XIX, 189: 'Sebastião Philippes Martins Estacio da Veiga,
Oficial da Sub Inspecção-Geral dos Correios e Postas do Reino. Nasceu na cidade de Tavira, no Algarve, em 1828. Era moço
fidalgo com exercício. Fôra fundador do Museu arqueológico do Algarve, que serviu para a criação do museu arqueológico no
edifício dos Jerónimos, em Belém, cuja direcção foi confiada a Leite de Vasconcellos. Morreu em 1891'.
€600
234. ESTATUTOS DA PROVINCIA DA CONCEYÇAÕ NO REYNO DE PORTUGAL Ordenados, e Reformados no anno de
1733. Sendo Ministro Provincial Fr. MANOEL DA NATIVIDADE Ex Lector de Theologia e Qualificador do Santo Officio, E
sahidos a luz no anno de 1735. Sendo Ministro Provincial Fr. JOAÕ DE SANTA ROZA Ex Lector de Theologia, e Consultor
do Santo Officio. COIMBRA. Na Oficina de LUIZ SECO FERREYRA. Anno de M.DCCXXXV. [1735]. In fólio (29x21 cm)
com [xiv], 246, [i] pags. Encadernação inteira de pele mosqueada com ferros a ouro na lombada. Exemplar com leves manchas
de humidade nas primeiras e últimas folhas; contendo um fólio final inunerado com as erratas, o qual não é mencionado por
outros bibliógrafos. A obra não é citada por Inocêncio, nem faz parte da Biblioteca de Samodães, nem de Ameal. Pinto de
Matos, 235: 'Um exemplar destes estatutos juntamente com os da Provincia de Santo António dos Capuchos venderam-se por
2$100 reis, Sousa Guimarães'. Monteverde, 230 (2196): 'Título encimado por uma vinheta tendo no alto a imagem da Virgem
da Conceição, e por baixo um escudo com as armas de Portugal'.
€800
235. ESTATUTOS DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA COMPILADOS DEBAIXO DA IMMEDIATA E SUPREMA
INSPECÇÃO DE ELREI D. JOSÉ I. NOSSO SENHOR PELA JUNTA DE PROVIDENCIA LITERARIA CREADA PELO
MESMO SENHOR PARA A RESTAURAÇÃO DAS SCIENCIAS, e ARTES LIBERAES NESTES REINOS, E TODOS
SEUS DOMINIOS ULTIMAMENTE ROBORADOS POR SUA MAGESTADE NA SUA LEI DE 28 DE AGOSTO DESTE
PRESENTE ANNO DE 1772. LISBOA NA REGIA OFFICINA TYPOGRAFICA ANNO MDCCLXXIII. [1773]. Obra em 3
volumes. De 17x11 cm. Com xxii, 374; xiii, 584; e xiv, 399 pags. Encadernações da época inteiras de pele com ferros a ouro e
rótulos vermelhos nas lombadas. Obra com a discussão dos conteúdos programáticos, antigos e modernos, das cadeiras
leccionadas e a fixação de novos curriculae de acordo com o progresso e o alargamento dos limites das ciências,
rerspectivamente: Livro I. Que contém o Curso Theologico. Livro II. Que contém os cursos jurídicos das faculdades de
cânones e de leis. Livro III. que contém os cursos das sciencias naturaes e filosoficas. INOCÊNCIO II 236.” Os tres volumes
da edição de 8.º, que é a do meu uso, contêm xxii 374; xiii 584; e xiv 399 pag. Cria-se que todas as referidas edições se
achavam há anos extinctas. Os exemplares usados que appareciam no mercado corriam por preços mui varios. O que possuo da
edição em 8.º custou me 960 reis. Ultimamente verificou se existir ainda no armazem da Imprensa da Universidade boa porção
de exemplares, cujos preços foram muito reduzidos no respectivo catalogo, cotando se a edição de 4.º em 900 reis, e a de 8.º
em 600 reis. Diversas opiniões se manifestaram ácerca de quem fossem os collaboradores d'estes estatutos. Se devemos porém
dar peso ao testemunho do p. Antonio Pereira de Figueiredo, que ninguem deixara de suppor bem informado, foi d'elles
principal coordenador o desembargador João Pereira Ramos d'Azeredo Coutinho (coadjuvado, dizem outros, por seu irmão D.
Francisco de Lemos) com excepção da parte, que diz respeito ás sciencias naturaes, a qual foi exclusivamente compilada por
José Monteiro da Rocha. (v. Elogios dos Reis de Portugal, pag. 259. e tambem podem consultar se ácerca d'este ponto as mem.
Da Acad. R. Das Sc., tomo iv, parte i, pag. LXXXV, os cuidados litterarios do bispo de beja, pag. 33; e o discurso sobre
delictos e penas de Francisco Freire de Mello.) O mesmo p. Antonio Pereira traduziu em latim estes Estatutos com o titulo de
Statuta AcademiÅ“ Cconimbricensis, etc., e sahiram impressos: Lisboa, na Regia offic. Typ. 1773 a 1776. 8.º 3 tomos.” €500
236. ESTATVTOS DA VNIVERSIDADE DE COIMBRA. Confirmados por el Rey nosso Snõr Dom IOAÕ O 4. em o anno
de 1653. Impressos por mandado e orde[m] de MANOEL DE SALDANHA do Conselho de sua Magestade Reitor da mesma
Vniversidade e Bispo Eleito de Viseo. EM COIMBRA Na Officina de Thome Carualho Impressor da Vniversidade. Anno
1654. In fólio 29,5x20 cm. Com 14, [vi], 330, [vi], 208, 10, [vi] pags. Encadernação do século xviii inteira de pele com nervos
na lombada, danificada por falhas de pele. Ilustrado com magnifico frontispício gravado e uma gravura aberta a buril com
título dentro de portada gravada, ornada com diversas figuras e encimada pelas armas do reino e a esfera armilar, ambos
desenhados por Josefa Ayalla, Óbidos 1653. No fim da obra vêm o Regimento dos Médicos e Boticários Cristãos Velhos,
seguido do Reportório do mesmo. A primeira versão impressa dos estatutos da universidade de Coimbra publicou-se em 1591,
a presente é a segunda feita seguramente pela necessidade de uma reforma no âmbito da Restauração. No tempo do Marquês
de Pombal, com a necessidade de remover a influência dos jesuítas, publicou-se a terceira e última. Inocêncio II, 236. ”Tem
frontispicio gravado a buril, com uma elegante portada, e outra estampa que representa a Sabedoria (antiga insignia da
Universidade), delineada, como se vê da inscripção, pela insigne pintora Josepha d'Ayalla, mais conhecida pelo nome de
Josepha de Obidos. O preço d'estes Estatutos, de que tem apparecido em Lisboa varios exemplares á venda, ha sido
ultimamente regulado de 960 a 1:600 réis, e alguns chegaram, creio, a 1:920 reis. Brunet no seu Manual faz menção de dous
exemplares, vendidos um por 100 francos, o outro por 24 ditos.”
€2.000
237. ESTERMANN. (Carlos) ETNOGRAFIA DO SUDOESTE DE ANGOLA. Volume I. Os povos não-Bantos e o grupo
étnico dos Ambós. Volume II. Grupo étnico Nhaneca-Humbe. Volume III. Grupo étnico Herero. [Por] Padre… C. S. Sp. (2.ª
edição, corrigida). Memórias: Série Antropológica e Etnológica. Memórias da Junta de Investigações do Ultramar. Lisboa.
1960 e 1961. 3 volumes. De 25x19 cm. Com 285, 299 e 251 pags. Encadernações com lombadas em pele. Ilustrados no texto
com desenhos e esboços etnográficos; e em extra texto com fotogravuras sobre papel couché.
€300
238. ESTORIL. ESTAÇÃO MARITIMA, CLIMATERICA THERMAL E SPORTIVA. Typ. «A Editora Limitada». Lisboa.
1914. De 21x29 cm (formato oblongo). Com 38 fólios inumerados. Encadernação recente inteira em pele de carneira natural
com ferros a ouro em super-libris com o título da obra. Contém fotogravuras, mapas e planos de arquitectura dos edifícios
existentes à data e dos edifícios projectados, entre os quais: o antigo Casino do Estoril; as Arcadas; a Estação Marítima; a
Estação Termal; o Hotel Palácio Estoril; os Jardins e o passeio marítimo; etc. Obra com no âmbito do projecto oficial e
promoção da indústria de turismo em Portugal.
€300
239. ESTUDOS CIENTÍFICOS OFERECIDOS EM HOMENAGEM AO PROF. DOUTOR J. CARRÍNGTON DA COSTA.
Por ocasião do seu 70º aniversário. Abril de 1961. Junta de Investigações do Ultramar. Lisboa. 1962. De 26x20 cm. Com
xxvii-745 pags. Ilustrado. Encadernação da época (meia-amador) com lombada e cantos em pele. Obra com um conjunto
heteregénio de estudos, entre os quais: Contribuições para o estudo químico de peixe seco em Angola, por Alfredo e A. J. A.
Gouveia; A Lenda das Amazonas por Jorge Dias; Contribuição para o estudo antropológico dos chineses de Macau (residentes
no Timor português) por António e Maria Amélia Castro e Almeida; Notas sobre a geologia e petrografia da Ilha de Ataúro
(Timor português) por J. de Azeredo Leme e J. Bailim Pissarra; e Contribution a la connaissance de la géologie du District de
Ponta Delgada (Açores); etc, etc.
€120
240. EXPEDIÇÃO SCIENTIFICA Á SERRA DA ESTRELLA EM 1881. Sociedade de Geographia de Lisboa. Imprensa
Nacional. Lisboa. 1883. De 30x24 cm. Com 22-34-26-133-77-122 pags. Encadernação com lombada e cantos em pele.
Profusamente ilustrado em extra-texto com mapas desdobráveis, levantamentos arqueológicos, quadros de dados
meteorológicos, diagramas oftálmicos, quadros de dispersão arbórea e levantamentos epigráficos. Obra contendo os 6
principais relatórios dos estudos das secções científicas e das suas subsecções científicas, nomeadamente: Secção Arqueológica
(Relatório do Dr. Martins Sarmento); Secção Botânica (Relatório do Dr Júlio Augusto Henriques); Secção Etnográfica
(Relatório do Sr. Luís Feliciano Marrecas Ferreira); Subsecção de Hidrologia minero-medicinal da Secção de Medicina
(Relatório dos Drs. Leonardo Torres e Jacinto Augusto Medina); Subsecção de Oftalmologia da Secção de Medicina
(Relatórios do Dr. Fonseca Júnior); Secção de Meteorologia (Relatório o Sr. Augusto da Silva).
€400
241. EXPOSIÇÃO DE ALFAIA AGRICOLA NA REAL TAPADA DA AJUDA EM 1898. Documentos. Introducção,
programma, regulamento, jurys, catalogo illustrado, lista dos premiados e opinião da imprensa. Commemoração do Quarto
Centenário do Descobrimento do Caminho Marítimo da Índia. Real Associação Central da Agricultura Portugueza. Imprensa
Nacional. Lisboa. 1898. De 25x17 cm. Com 206 pags. Encadernação recente com lombada em pele. Ilustrado no anterrosto em
página dupla com a gravura do Pavilhão Real de Exposições da Tapada da Ajuda; e profusamente ilustrado com todo o tipo de
maquinaria agrícola da época.
€150
242. FARIA DE MORAIS. (Tancredo Octávio) HISTORIA DA MARINHA PORTUGUESA. DA NACIONALIDADE A
ALJUBARROTA. Prefácio de: Jaime Afreixo Vice-Almirante. Texto de: … Capitão de Mar e Guerra da Administração
Naval. Ilustrações de: Álvaro Hogan Capitão-Tenente. [Clube Militar Naval]. Editorial Ática. Lisboa. MCMXL [1940]. De
25x19 cm. Com xxxi-234-(vi) pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele. Ilustrado com mapas e gravuras
desdobráveis. Exemplar com ex-libris da Biblioteca Capucho. 1º e único volume publicado a partir de estudo patrocinado por
despacho de Oliveira Salazar; despacho esse transcrito no prefácio da obra.
€60
243. FARIA E SILVA. (José) ARMAMENTO LIGEIRO DA GUERRA PENÍNSULAR 1808 – 1814. (Por)… Jaime Ferreira
Regalado. Fronteira do Caos Editores. S-l. 2010. De 31x21 cm. Com 219 pags. Brochado. Ilustrado.
€30
244. FARIA E SOUSA. (Manuel de) ÁSIA PORTUGUESA. Por … Cavaleiro da Ordem de Cristo e da Casa Real. Tradução de
Isabel Ferreira do Amaral Pereira de Matos, e Maria Vitória Garcia Santos Ferreira Licenciadas em filologia românica. Com
uma introdução por M. Lopes d`Almeida Professor da Universidade de Coimbra. Biblioteca Histórica - Série Ultramarina – Nº
VI. Livraria Civilização, Editora. Porto. 1943-1947. Obra em 6 volumes. De 23x16 cm. Com xxxii-360, 370, 354, 408, e 642
pags. Encadernações da época com lombadas e cantos em pele. Ilustrados.
€300
245. FARINELLI. (Arturo) VIAJES POR ESPAÑA Y PORTUGAL. Desde la Edad Media hasta el Siglo XX. Nuevas y
antiguas divagaciones bibliográficas. Reale Accademia d’Italia. 1942-1944. 3 (de 4) volumes. De 25x18 cm. Com 346, 409, e
601 pags. Encadernações inteiras de pele marmoreadas com ferros a ouro nas pastas e nas lombadas, executadas pelo mestre
encadernador Frederico de Almeida. Conjunto com falta do 4º volume da obra, publicada em 1979, com as viagens no século
XX.
€400
246. FEIO SERPA, Joaquim. SEGREDOS DAS ARTES LIBERAES, E MECANICAS, RECOPILADOS, E TRADUZIDOS
de vários Authores Selectos, que trataõ de Física, Pintura, Architectura, Optica, Quimica, Douradora, e Acharoado, com outras
varias curiosidades proveitosas, e divertidas. SEU AUTOR O LICENCIADO D. BERNARDO DE MONTON. Vertido de
Castelhano em Portuguez. Por JOAQUIM FEYO CERPA. LISBOA. Na Offic. de DOMINGOS GONSALVES. M.
DCC.XLIV. [1744]. In 8º (de 14x10) cm. Com [xxiv], 176 pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na
lombada. Obra com formulas semi-industriais e conceitos pré-científicos. Inocêncio XII, 77.
€200
247. FELDE, Johann. COMPENDIUM DOCTRINAE SPHAERICAE. Succinctum & perbreve, Conscriptum à JOHANNE à
FELDE H. S. LIPSIAE [Leipzig], Literis LANCKISIANUS, M. DC.LIII. [1653]. In 12º de 12x7,5 cm. com 104, [iv] pags.
Encadernação recente em pergaminho ao gosto da época. Exemplar com dois carimbos e uma assinatura de posse coeva de um
convento de agostiniano alemão na folha de rosto. Existe um exemplar nas Bibliotecas da Universidade de Standford na
coleção Newton.
Binding: recent replica of a contemporary parchment. Ownership at title page: 2 stamps and a
contemporary signature from a German Monastery. Copy known available in the Newton Collection at Standford University.
€1.200
248. FERNANDES, Domingos. EXPOSIÇÃO DOS FASTOS DE P. OVIDIO NASAM, e mais obras do mesmo, com huma
breve recopilação das fabulas, e outras noticias muito uteis aos que estudaõ humanidades. Que expoem, dedica e offerece ao
meritissimo Senhor Manuel de Almeida de Carvalho. Fidalgo da casa de Sua Magestade, do seu Real Conselho,
dezembargador do paço &c. Domingos Fernandes presbytero do habito de S. Pedro, natural da villa de Alvaro, do priorado do
Crato. Lisboa. Na officina de Francisco da Silva. Anno de MDCCXLIX (1749). De 20x14 cm. Com (xiv)-371 pags.
Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada. Obra impressa em papel de baixa qualidade e por esse
motivo apresentando oxidação natural e uniforme. Inocêncio II, 187 “Vi um (exemplar), em poder do Sr. Dr. Barbosa Marreca,
e consta me que existe outro na Bibl. Nacional”. Barbosa Machado IV, 108. “Domingos Fernandes, presbytero do habito de S.
Pedro, natural da villa de Alvaro do priorado do Crato na provincia da Estremadura. Foy muito, perito nas regras da
grammatica latina, e intelligencia dos poetas, e oradores do tempo de Augusto”.
€150
249. FERNANDES, Manuel. LIVRO DE TRAÇAS DE CARPINTARIA com todos os modelos e medidas para fazerem toda a
navegação, assy de alto bordo como de remo traçado por Manuel Fernandes oficcial do mesmo officio na era de 1616. [Facsimile colorido do manuscrito original existente na Biblioteca do Palácio Nacional da Ajuda] Nota de apresentação de Rogério
S. G. Oliveira. Programa Nacional de Edições Comemorativas dos Descobrimentos Portugueses. Impresso na Litografia Tejo,
com a tiragem de 2000/184 exemplares em papel vergê especialmente fabricado para esta Edição pela Companhia do Papel de
Porto de Cavaleiros, S. A. Encadernação de Paulino Ferreira & Filhos, Lda. Lisboa 1989. Encadernação original inteira de pele
com ferros a seco nas pastas. É o principal tratado português de construção naval conhecido e verdadeiro repositório das
técnicas de construção naval da época dos descobrimentos.
€400
250. FERRÃO. (António) A I.ª INVASÃO FRANCESA. (A Invasão de Junot vista através dos documentos da intendência
geral da polícia, 1807-1808). Estudo político e social (2ª volume da colecção de Documentos Inéditos Da História de
Portugal mandada publicar pelo Govêrno da República). [Por]… Sócio da Academia das Sciências de Lisboa. Imprensa da
Universidade. Coimbra. 1923. De 24x16 cm. Com ccccxvii-474-(i) pags. Encadernação da época com lombada e cantos em
pele, com ferros a ouro ao gosto do início do século xix. Obra com o conteúdo da investigação na paginação romana: A
Evolução das Instituições policiais; A Criação e a Evolução da Intendência Geral de Polícia; A Vida Política e Social do país
após a queda do Marquês de Pombal; A Invasão, a Ocupação e a Dominação francesas; e a Retirada dos Franceses. Contém na
segunda parte (474 páginas) as transcrições da documentação da época.
€150
251. FERRÃO. (António) O CÊRCO DO PORTO (1832-1833). Por… vogal da Comissão de História Militar. [Tomo] III.
Volume I [e único publicado]. Publicações da Comissão de História Militar. Lisboa. 1940. De 26x20 cm. Com x-658-ii pags.
Encadernação com lombada e cantos em pele. Obra com a descrição completa dos acontecimentos políticos e militares no
Cerco do Porto durante a guerra da sucessão ente liberais e miguelistas. António Ferrão (1884-1961) académico, historiador,
bibliografo e inspector das bibliotecas e arquivos.
€80
252. FERRÃO. (Carlos) HISTÓRIA DA GUERRA. Organizada por... Colaboração dos Professores Rui Ulrich, Marques Guedes;
Doutores Veiga Simões, Vieira de Castro, Lino Franco; Brigadeiro Vasco de Carvalho; Almirante Pereira da Silva; TenenteCoronel Lelo Portela; Capitão-tenente Quelhas de Lima; Major de Infantaria Alexandre de Morais; Primeiro-tenente Valente
de Araújo; Jornalistas e escritores Herculano Nunes, Acúrcio Pereira, Amadeu de Freitas, Artur Portela, Augusto Pinto,
Correia Marques; Dr. Francisco Veloso; Guedes de Amorim; Leopoldo Nunes; Manuel Rodrigues, Maurício de Oliveira; Dr.
Norberto Lopes; e Dr. Ribeiro dos Santos. Editorial “Século”. Obra em 2 volumes. De 1296-38 pags. Encadernações do editor.
Profusamente ilustrados com gravuras, mapas e litografias coloridas intercaladas no texto e em extra texto. Contém uma
cronologia das várias frentes da Segunda Guerra Mundial nas últimas 38 páginas do 2º volume.
€150
253. FERRÃO. (Carlos) HISTÓRIA DA REPÚBLICA. Edição Comemorativa do Cinquentenário da República. Composto e
impresso na Sociedade Nacional de Tipografia. Lisboa. 1960. De 32x26 cm. Com 644 pags. Encadernação do editor inteira de
pele com ferros decorativos a ouro na pasta anterior e na lombada. Profusamente ilustrado com fotogravuras no texto e
similigravuras coloridas extra texto reproduzindo quadros e caricaturas da época.
€150
254. FERRÉ. (Pere) ROMANCES TRADICIONAIS. Subsídios para o Folclore da Região Autónoma da Madeira. Com a
colaboração de Vanda Anastácio, José Joaquim Dias Marques e Ana Maria Martins. Edição da Câmara Municipal do Funchal.
1982. De 25x18 cm. Com 319 pags. Encadernação com lombada em pele. Obra considerada o único romanceiro de referência
da tradição oral madeirense publicado depois do de Rodrigues de Azevedo em 1880.
€80
255. FERREIRA BORGES, José. CODIGO COMMERCIAL PORTUGUEZ. LISBOA. NA IMPRENSA NACIONAL. 1833.
De 30x20 cm. In fólio (de 32x22 cm) com [13]-316 pags. Brochado, preservando capas de brochuras originais. Exemplar por
aparar e com dedicatória do autor na folha de anterrosto. Primeira edição do primeiro Código Comercial português. Obra
resultante do estudo, compilação e organização de Ferreira Borges, baseado no aperfeiçoamento de códigos comerciais
estrangeiros, dedicado ao Imperador D. Pedro IV de Portugal e I do Brasil, tendo o mesmo decretado pelo Ministro de Estado
José da Silva Carvalho “Querendo dar-vos um público testemunho do muito apreço em que tenho o relevante serviço que
haveis feito à Nação na obra que felizmente ultimastes: Houve outro sim por bem nomear-vos Supremo Magistrado do
Comercio, e Juiz Presidente do Tribunal Comercial de 2ª Instancia, sem prejuízo de qualquer reconhecimento e galardão que as
Cortes vos hajão de decretar]…[manda o Duque de Bragança, Regente, em Nome da Rainha, declarar ao Conselheiro José
Ferreira Borges que a venda do Codigo Comercial lhe pertence]…[ pelo espaço de quatorze anos] …[ Lei… em 25 de
Novembro de 1833]. Inocêncio IV, 327 e 330: “JOSÉ FERREIRA BORGES, Bacharel formado em Canones pela
Universidade de Coimbra em 1805: Advogado na cidade do Porto, sua patria, desde 1808 até 1820; Secretario da Junta da
Companhia dos vinhos do Alto-Douro em 1818; Membro da Junta provisional do Governo Supremo do Reino, proclamada no
dia 24 de Agosto de 1820; para cujos successos concorreu tão activamente como consta das suas biographias, e das Revelações
e Memorias do seu consócio Xavier de Araujo; Deputado ás Côrtes constituintes em 1821; Conselheiro de Estado em 6 de
Março de 1823; emigrado em Londres desde Junho do mesmo anno até Fevereiro de 1827; e novamente em Fevereiro do anno
seguinte até Septembro de 1833; Supremo Magistrado do Commercio, e Juiz presidente do Tribunal Commercial de segunda
instancia, por carta regia de 18 de Septembro do mesmo anno; demittido de todos os cargos, por assim o haver requerido, em
19 de Septembro de 1836. Nasceu no Porto a 6 de Junho de 1786, e ahi morreu a 14 de Novembro de 1838, havendo perdido
totalmente a vista quatro annos antes. Codigo Commercial Portuguez. Lisboa, na Imp. Nacional 1833. fol. Porto, Typ. de D.
Antonio Moldes 1846. 8.o gr. de XVI 477 pag., e mais uma com a errata. Tem tido mais algumas reimpressões. Eis-aqui a
opinião que formou a respeito do Codigo o illustre jurisconsulto Manuel Antonio Coelho da Rocha: «N’elle se acha regulado
tudo o que diz respeito às pessoas, obrigações, organisação do fôro, e fórma do processo commercial, com uma segunda parte
sobre commercio maritimo. Seu auctor compilou as mais providentes disposições dos codigos das nações cultas da Europa,
porém acumulando definições e principios geraes, que em obra de tal natureza muito bem se poderiam dispensar. Nota-se-lhe
em muitos logares confusão nas materias e irregularidade na redacção, e em outros a insersão de principios deslocados e sem
uso.»
€300
256. FERREIRA BORGES. (José) DICCIONARIO JURIDICO-COMMERCIAL, Por José Ferreira Borges Conselheiro
d’Estado Honorario. Typographia de Sebastião José Pereira. 2ª edição [aliás 3ª edição]. Porto. 1856. De 23x16 cm. Com viii423 pags. Encadernação da época com lombada em pele com finos ferros a ouro. Terceira edição desta obra; tendo sido a
primeira publicada em 1839 (presente nos catálogos Castro e Silva, Lda); e a segunda em 1840. Inocêncio (IV, 330): 'José
Ferreira Borges bacharel formado em Canones pela Universidade de Coimbra em 1805: Advogado na cidade do Porto, sua
pátria, desde 1808 até 1820; secretario da Junta da Companhia dos Vinhos do Alto-Douro em 1818; membro da Junta
Provisional do Governo Supremo do Reino, proclamada em 1820; para cujos sucessos concorreu tão activamente como consta
das suas biografias, e das revelações e memorias do seu consocio Xavier de Araujo; deputado às Cortes constituintes em 1821;
conselheiro de estado em 1823; emigrado em Londres desde Junho do mesmo ano até Fevereiro de 1827; e novamente em
Fevereiro do ano seguinte até Setembro de 1833; supremo magistrado do comercio, e juiz presidente do Tribunal Comercial de
Segunda Instancia; demitido de todos os cargos em 19 de Setembro de 1836. Nasceu no Porto em 1786, e aí morreu em 1838.
Diccionario juridico-commercial. Lisboa, Typ. da Sociedade Propagadora dos Conhecimentos Uteis 1840. 8.º gr. Com o retrato
do autor. Segunda edição [aliás 3ª edição] Porto, 1856. 4.º. Por ocasião de anunciar esta publicação, diz a revista literária do
Porto, Tomo V, pag. 185: esta obra, que saiu póstuma, e fora coordenada por seu ilustre autor conjuntamente com o código
comercial, é de sumo interesse não só para o jurisconsulto, mas para os comerciantes, e em geral para todo aquele que pretenda
ter noções exactas dos diversíssimos pontos da jurisprudência comercial, e ainda mesmo de muitos de economia política, e de
syntelologia, correlativa com aquela. Os diversos e numerosíssimos artigos de que se compõe são escritos com a clareza e
simplicidade que distinguem as produções literárias do autor, e que caracterizam o seu estilo; e ainda que didacticamente
redigidos não encerram menos o preciso para darem ao leitor uma cabal ideia do assunto, enriquecendo-o com a legislação
respectiva.”
€180
257. FERREIRA DE CASTRO. (José Maria) A VOLTA AO MUNDO. Empresa Nacional de Publicidade. Lisboa. 1944. De
31x24 cm. Com 678-16 pags. Encadernação editorial inteira de pele com ferros a ouro e a seco em ambas as pastas e na
lombada. Porfusamente ilustrado (p/b e a cores) e com cromogravuras encarceladas em folhas extra texto. Obra começada a
imprimir em 1942 e terminada em 1944, contendo a fotoreportagem do autor à volta do mundo.
€150
258. FERREIRA DE CASTRO. (José Maria) AS MARAVILHAS ARTISTICAS DO MUNDO OU PRODIGIOSA
AVENTURA DO HOMEM ATRAVÉS DA ARTE. EMPRESA NACIONAL DE PUBCICIDADE. LISBOA. 1959-1963.
(COPYRIGHT 1958). 2 volumes. De 38x31 cm. com 1052 pags. Encadernações do editor inteira de pele finamente gravada a
seco e a ouro com aplicações de estampas coloridas nas pastas e nas lombadas que estão um pouco cansadas. Obra impressa
em papel couché de elevada gramagem e profusamente ilustrada em extra texto com gravuras coloridas e encarceladas. José
Maria Ferreira de Castro (Ossela, Oliveira de Azeméis, 24 de Maio de 1898 — Porto, 29 de Junho de 1974) foi um escritor
português, que aos doze anos de idade emigrou para o Brasil, onde viria a publicar o seu primeiro romance em 1916.
Emigrante, homem do jornalismo, mas sobretudo ficcionista, é hoje em dia, ainda, um dos autores com mais obra traduzida em
todo o mundo, podendo-se incluir a sua obra na categoria de literatura universal moderna, percursora do neorealismo, de
escrita caracteristicamente identificada com a intervenção social e ideológica.
€200
259. FERREIRA DE CASTRO. (José Maria) PEQUENOS MUNDOS E VELHAS CIVILIZAÇÕES. Emprêsa Nacional de
Publicidade. Lisboa. MCMXXXVII [Março de 1938]. De 30x24 cm. Com 397-16 pags. Encadernação do editor inteira de pele
com ferros a ouro na lombada e em cercaduras nas pastas. Profusamente ilustrado com fotogravuras no texto e cromogravuras
intercaladas em extra texto de Eduardo Malta, Jorge Barradas e Lino António. Obra monumental contendo 10 capitulos
referentes a: Andorra, Rodes, Irlanda, Ilhas de Monte-Cristo e Castelo de If, Baleares, Cartago, Tunis, Corsega, Açores,
Madeira, Malta, Pompeia, Nápoles, Monte Carlo, Riviera francesa, Riviera italiana, Palestina, Jerusalém e Egipto.
€150
260. FERREIRA DE CASTRO. A SELVA. Romance. Ilustrações de Portinari. Vinhetas de Nobre. Guimarães Editores. Lisboa.
1955. De 27x21 cm. Com 322 pags. Encadernação artística inteira de pele (maroquin vermelho) com finos nervos e ferros a
ouro na lombada e em super-libris. Ilustrado e com um desdobrável com as edições desta obra em todas as línguas até esta
data.
€150
261. FERREIRA DE VASCONCELLOS. (Jorge) MEMORIAL DAS PROEZAS DA SEGUNDA TAVOLA REDONDA.
Por… ao muyto alto e muyto poderoso Rey Dom Sebastião prymeiro deste nome em Portugal, Nosso Senhor. Impressa pela
primeira vez no anno de 1567. Typ. do Panorama. Lisboa. M DCCC LXVII [1867]. De 22x15 cm. Com viii-368 pags.
Encadernação recente em percalina verde preservando capas da brochura no final da obra. Obra clássica da literatura
portuguesa. INOCÊNCIO IV, 167 e XII, 179: “Saíu segunda edição em 1867. Lisboa, na typ. do Panorama. 8.º gr. de VIII 368
pag. Dirigiu esta impressão o sr. Manuel Bernardes Branco, segundo se vê da advertencia preliminar por elle assignada. [Sobre
o autor] JORGE FERREIRA DE VASCONCELLOS Cavalleiro professo na Ordem de Christo. Escrivão do Thesouro Real e
da Casa da India, etc. Pouco se sabe da sua biographia, havendo até duvida sobre a terra onde nasceu, que uns querem fosse
Coimbra, e outros Monte-mór o velho. Casou com D. Anna de Sousa, senhora que emparelhava com elle em nobreza e
qualidades, da qual houve um filho que morreu na batalha de Alcacerquibir, e uma filha que se desposou depois com D.
Antonio de Noronha. Consta que falecera em 1585, e que fôra com sua mulher sepultado no cruzeiro do antigo convento da
Trindade de Lisboa. A deliberação que tomou de não declarar o seu nome em nenhuma das obras que compoz e imprimiu, deu
logar a que no futuro se levantassem duvidas sobre a paternidade de algumas. [Sobre a obra] MEMORIAL DAS PROEZAS
DA SEGUNDA TAUOLA REDONDA. Ao muyto alto e muyto poderoso Rey dõ Sebastião primeyro deste nome em Portugal
nosso senhor. Com licença. Em Coimbra. Em casa de Ioão de Barreyra 1567. Barbosa aponta em logar d'esta edição outra, com
alguma differença no titulo, e dá-a como impressa no dito anno, pelo mesmo impressor, mas em Lisboa, e no formato de folio.
Tudo induz a crer que se enganou em suas indicações, e que jamais existiu essa duplicada edição. Da que fica descripta, e que
é rarissima, apenas tenho ao presente noticia da existencia de dous exemplares em Portugal. Oxalá que dentro em pouco tempo
não tenhamos a lamentar a perda de algum d'elles, ou ainda a de ambos juntos participando de sorte egual á de outras
similhantes preciosidades litterarias que possuiamos, e que vão infelizmente desapparecendo de dia em dia, para mais se não
recuperarem!”
€120
262. FERREIRA DINIZ. POPULAÇÕES INDÍGENAS DE ANGOLA. Por… Secretário dos Negócios Indígenas e Curador
Geral da Província de Angola. Ministério das Colónias. Imprensa da Universidade. Coimbra. 1918. De 26x17 cm. Com 756
pags. Encadernação recente em percalina vermelha. Profusamente ilustrado em extra-texto com mapas de Angola mostrando
diferentes aspectos geográficos, políticos, étnicos (mapas étnicos parciais e Carta Etnográfica de 1916); e ilustrado no texto
com fotogravuras de tipos nativos em grupos, nas suas actividades quotidianas e cerimónias. Obra com estudo etnográfico de
22 tribos da raça negra; um estudo etnográfico das tribos de raça Boshiman; capítulos com o estudo da origem das populações
indígenas; a sua vida material, intelectual, religiosa, e social; e ainda um apenso à obra com toda a legislação e projectos do
estatuto civil e jurídico dos indígenas.
€400
263. FERREIRA MARTINS. (General Luís Augusto) HISTÓRIA DO EXÉRCITO PORTUGUÊS. Editorial Inquérito
Limitada. Lisboa. 1945. De 31x24 cm. Com 576 pags. Encadernação editorial em percalina azul estampada com ferros
decorativos a seco e a ouro em super-libris. Obra profusamente ilustrada no texto, e em extra texto, com mapas e gravuras
desdobráveis intercalados. Contém as operações do exército português fora do território continental (guerras em África,
guerras da Península, guerras na Europa) ilustradas com mapas desses teatros de operações. As armas utilizadas em cada
período pelos contendores são reproduzidas em fotografias e gravuras. Grand. Enc. Portuguesa e Brasileira, Vol. 11, 202:
“General Luís Augusto Ferreira Martins nasceu em Lisboa em 1875, onde fez o curso liceal de 1885 a 1890, depois a Escola
Politécnica de Lisboa, onde tirou os preparatórios de Engenharia e Artilharia para a Escola do Exército, tirando nesta o curso
de Artilharia de 1893 a 1895. Tirou ainda o curso do Estado-Maior. Como Tenente de Artilharia fez parte da expedição a
Moçambique (1897-98). Em 1906 passou a servir no Estado-Maior. Quando da primeira Grande Guerra foi sub chefe do
Estado-Maior do C. E. P. em França de 1916 a 1919. Comandou o Regimento de Infantaria 5 (1923), e a escola Central de
Oficiais de 1929 a 1933. Promovido a general por escolha, em 1930, foi administrador geral do Exército de 1936 a 1940”. €350
264. FERREIRA MARTINS. (José F.) OS VICE- REIS DA ÍNDIA 1505-1917. Obra ilustrada com 118 fotogravuras e 106 «facsimiles» de assinaturas. [Por] ... Antigo professor de Liceu, Chefe de Serviços Coloniais, Sócio de diversas sociedades
portuguesas e estrangeiras. Imprensa Nacional de Lisboa. Lisboa. 1935. De 25x16 cm. Com 326 pags. Encadernação recente
com lombada em pele. Ilustrado.
€150
265. FERREIRA, Antonio. LUZ VERDADEYRA, E RECOPILADO EXAME DE TODA A CIRURGIA, AUTOR O
LICENCIADO ANTONIO FERREYRA, CIRURGIÃO DA Camera do dito Senhor, sua Guarda, & Hospital Real, dos
Carceres do S. Officio, & Familiar delle, & do Tribunal da Relaçaõ desta Corte, Cavalleyro professo da Odem de Nosso
Senhor JESU Christo. IMPRESSO TERCEIRA VEZ A CUSTA DO DOUTOR IGNACIO LOPES DE MOURA. LISBOA.
NA OFFICINA DE JOAÕ GALRAÕ. ANNO M.DC.XCIII. [1693] In fólio de 28,5x19 cm. Com [xii], [xxii] pags.
Encadernação da época inteira de pele, cansada. Exemplar com leves manchas de humidade marginais nas últimas folhas.
Folha de rosto impressa a duas cores. Obra muito rara, Inocêncio e os seus continuadores não registam esta terceira edição,
apenas a primeira de 1670 e outras posteriores Inocêncio I, 142. “Quanto ao merito do auctor, reproduzirei aqui o que a seu
respeito diz um critico da mesma profissão, e que parece falar com imparcialidade e conhecimento da materia. «A. Ferreira
deve fazer gloriosa epocha nos annaes da Cirurgia universal, e muito particularmente nos da do nosso Reino, como illustre,
sabio, e consumado pratico. Ainda hoje se admiram os seus grandes talentos na sua obra Luz verdadeira etc., que por suas
qualidades theorico praticas e pela universal aceitação com que foi recebida, fez esquecer o livro de Cruz, e os de outros
hespanhoes que então corriam entre os portuguezes, ficando o Ferreira em tudo e por tudo superior e apreciavel, mesmo em
toda a Hespanha. E se a obra tivesse sido escripta em latim, a sua capacidade seria sem duvida mais reverenciada e
universalmente conhecida. A cada passo se manifesta não só a varia e vasta erudição de seu auctor, pelo conhecimento das
doutrinas de todos os outros estrangeiros que a cada passo cita, mas a infinidade de pensamentos proprios e uteis que se
deixam conhecer nos logares onde não usa d’aquellas auctoridades.» Extrahido de Manuel de Sá Mattos, na sua Bibl.
Elementar Ciruryica Anatomica, Discurso 3.° pag. 63.”
€700
266. FERREIRA. (Luís) e Ferreira de Andrade. ENTRE DOURO E MINHO E OS SEUS DISTRITOS. Um quarto de século
da Revolução Nacional. [Oficinas Gráficas da Soc. Astória]. Lisboa. 27 de Abril de 1953. De 31x23 cm. Com cerca de 75
fólios inumerados. Encadernação inteira de pele. Profusamente ilustrado com fotogravuras dos monumentos e edificações entre
Douro e Minho. Obra com extensas secções de marketing institucional e anúncios publicitários.
€90
267. FICALHO. (Conde de) GARCIA DA ORTA E O SEU TEMPO. Pelo… Lente de Botânica na Escola Polytechnica, sócio
effectivo da Academia Real das Sciencias de Lisboa, etc. Imprensa Nacional. Lisboa. 1886. De 24x15 cm. Com vii-392 pags.
Encadernação da época com lombada em pele. Exemplar preservando margens apenas aparadas e carminadas à cabeça.
Inocêncio XV, 349: “Garcia da Orta e o seu tempo, pelo conde de Ficalho. Lisboa, imp. Nacional. 1886. 8.º grande de XII 392
pag. Veja nas pag. 30, 55, 58, 70, 109, 110, 180, 182, 183, 184, 188 a 190, 192, 205, 211, 212, 213 e 279 as referencias a
Camões e aos Lusiadas e a Vasco da Gama; e excerptos dos Lusiadas e das Lyrica'.
€180
268. FIGUEIREDO. (José de) ARTE PORTUGUESA PRIMITIVA. O PINTOR NUNO GONÇALVES 1450-1471.
(Actividade artística conhecida). Por... [Typ. do Annuario Commercial]. Lisboa. 1910. De 27x22 cm. Com 158 págs.
Encadernação da época com lombada e cantos em pele preservando capas de brochura. Ilustrado com 21 estampas extra-texto
em papel couché. Exemplar com dedicatória do autor e assinatura de posse sobre a capa anterior de brochura.
€80
269. FIGUEIREDO. (Manuel de) DESCRIPÇAÕ DE PORTUGAL, APONTAMENTOS, E NOTAS Da sua Historia Antiga, e
Moderna, Ecclesiastica, Civil, e Militar. A[utor] F. M. D F. C. D C. D P. E A, LISBOA Na Offic. Patr. De FRANCISCO LUIZ
AMENO. M. DCC. LXXXVIII. [1788]. Junto com: SUPPLEMENTO A’ DESCRIPÇÃO DE PORTUGAL EM
SATISFAÇAÕ DA CARTA, que hum Prelado do Reino escreveo ao Author da mesma Obra. F. M. D F. C. D C. D P. E A,
LISBOA Na Offic. Patr. De FRANCISCO LUIZ AMENO. M. DCC. LXXXVIII. [1788]. 2 vol. enc 1. In 8º (de 14x10 cm)
com xxxii-242-26-(iv) pags. Encadernação inteira de pele com ferros a ouro na lombada. Exemplar com ex-libris armoriado e
selo branco de Mazziotti Salema Garção. Inocêncio V, 429: “Estas obras trazem nos rostos as iniciais F. M. D. F. C. DC. DP.
EA., que significam «Fr. Manuel de Figueiredo, cronista dos cistercienses de Portugal e Algarves». Há exemplares da mesma
edição, com rosto contrafeito, que declara ser impresso na Officina Lacerdina, 1817. Frei Manuel de Figueiredo (3.º), Monge
Cisterciense da congregação de Santa Maria de Alcobaça, Cronista da mesma congregação, etc. - Têm sido até agora
infrutuosas as minhas diligências para alcançar noticias exactas da naturalidade, nascimento, óbito, etc., deste laborioso e
benemérito escritor; colijo apenas por indução bem fundada, que morrera em idade provecta entre os anos de 1792 e 1794.
«Homem de luzes e fadigas, digno por certo de mais larga vida e melhor fortuna, pela imparcialidade de seu carácter» lhe
chama Frei Joaquim de Santo Agostinho nas Memorias de Litt. da Academia R. das Sciencias”.
€300
270. FIGUEIREDO. (Manuel de) OBRAS POSTHUMAS DE MANOEL DE FIGUEIREDO, OFFICIAL DA SECRETARIA
DE'ESTADO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS, E DA GUERRA, ENTRE OS ARCADES DE LISBOA LYCIDIAS
CYNTHIO. LISBOA. NA IMPRESSÃO REGIA. M.DCCC.IV e M. DCCC. X. [1804 e 1810]. Obra em 2 volumes. In 8º
grande (18x12 cm) com (vi)-iv-226-24 e 325-(1) pags. Encadernações da época com lombada e cantos em pele; cansadas e
com alguns picos de traça exteriores. Ilustrado com magnífica gravura em anterrosto desenhada por Sequeira, 1º Pintor da
Câmara e da Corte de S. A. R. o Príncipe Regente e gravada por G. F. Queiroz; e profusão de belas vinhetas abertas em chapa
sobre desenhos de Sequeira e intercaladas no texto. Exemplares dos volumes foram impressos com um intervalo de 6 anos e
apresentam diferente tipo de papel: 1º volume em papel de linho muito alvo; 2º volume impresso em papel corrente com
oxidação natural. Primeiro volume contém nas últimas 24 páginas e com rosto próprio: 'ELOGIO DA SERENISSIMA
SENHORA D. MARIA BARBARA DE PORTUGAL RAINHA DE HESPANHA RECITADO NA ARCADIA LUSITAN
POR… [ETC]. LISBOA. NA IMPRESSÃO REGIA. M.DCCC.IV [1804]'. Inocêncio V, 431 e XVI, 214 ' MANUEL DE
FIGUEIREDO (4.º), Cavaleiro da Ordem de Cristo, Official maior da Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e da
Guerra; Sócio, e um dos fundadores da Arcádia Ulissiponense com o nome de Lycidas Cynthio, nasceu em Lisboa em 1725, e
morreu em 1801. Homem dotado de uma probidade incorruptível e de modéstia exemplar, inimigo do fasto, singelo e afável
para com todos, valedor e beneficente, enfim um verdadeiro filósofo prático, de cujas excelentes qualidades depunha com
estima e louvor o testemunho de muitos seus contemporâneos com quem falei, e que o viram e trataram de perto. A sua
instrução era copiosa e variada, como bebida em boas fontes, pelo conhecimento fundamental que adquirira das línguas latina,
italiana, inglesa, espanhola e francesa. Estudou o curso de humanidades nas aulas da Congregação do Oratório. Aprendera a
caligrafia com o insigne professor Manuel de Andrade de Figueiredo e o desenho com André Gonçalves, pintor de nome, e
muito estimado no seu tempo; e de ambos saiu mui aproveitado discípulo. Villela da Silva, nas suas Observações Criticas a
Balbi, pag.17, escreve de Manuel de Figueiredo o seguinte: «Foi um dos que mais contribuíram para a restauração da poesia
portuguesa, e que mais honra fazem a nação com os seus escritos. O seu teatro nos manifesta um homem, não só conhecedor
da língua em que escrevia, e que mais que nenhum outro soube apropriar a poesia dramática a metrificação que lhe convém:
mas um filósofo, que conhecia a fundo o coração humano, e que não ignorava as regras do género da poesia a que se aplicou
com especialidade. Tudo quanto nos resta dos gregos e romanos; e tudo quanto neste género tinham até o seu tempo produzido
de melhor os franceses, italianos, ingleses e espanhóis, era por ele conhecido, e com mui delicada critica entendido. As suas
prefacções ou prólogos são o mais autêntico testemunho desta verdade, e deverão ser tidas em grande apreço por todos os bons
entendedores.» (602) Obras posthumas de Manuel de Figueiredo, etc. Lisboa, Imp. Regia 1804 1810. 8.º 2 tomos, o 1.º com VI
IV 273 24 pag., e mais uma de erratas, o 2.º com 325 pag. e mais duas de erratas e advertências: ornados de uma estampa
alegórica, que tem no centro o busto do autor, e de numerosas e belas vinhetas, executadas sobre desenhos de Sequeira.
Compreendem-se nestes volumes poesias diversas, e os discursos recitados na Arcádia, a que já acima aludi: há também os
Elogios de D. Fernando Antonio de Lima, e da infanta rainha de Espanha D. Maria Barbara. Este último havia já sido impresso
avulso no formato de 4.º. As melhores composições poéticas são, no conceito de alguns, as cinco sátiras literárias que andam
no tomo I; distinguindo-se entre elas a terceira, Sobre a indiferença da rima na poesia'.
€300
271. FLAMMARION. (Camillo) ASTRONOMIA POPULAR. Descripção geral do céo illustrada com 360 gravuras, estampas
lithographadas, mappas celestes, etc. Obra premiada pela Academia Franceza e adoptada pelo Ministro da Instrucção Pública
para uso da Bibliothecas Populares. Versão portugueza de Salomão Saragga. Companhia Nacional Editora Sucessora de David
Corazzi e Justino Guedes. Lisboa. S/d. [1893]. De 28x19 cm. Com 1.011 pags. Encadernação editorial. Exemplar com pequeno
título de posse na margem da folha de rosto. Obra profusamente ilustrada com mapas celestes e lunares desdobráveis; gravuras
com reproduções das observações da superficie lunar; das erupções observadas na superficie solar, e da relação gravitacional e
magnética do Sol, e das suas manchas, com os restantes planetas do sistema solar.
€120
272. FLOREZ. (Fr. Henrique) CLAVE HISTORIAL CON QUE SE ABRE LA PUERTA A LA HISTORIA ECLESIASTICA,
Y POLITICA: DESCUBRIENDO LAS CIFRAS DE LA CHRONOLOGIA y Phrases de la Historia, para el facil manejo de
los Historiadores. Con la Chronologia de los Papas, y Emperadores, e breve apuntamiento de sus Vidas. TODOS LOS REYES
DE ESPAÑA, ITALIA, Y FRANCIA, con los origenes de todas las Monarquias. Concilios, y sus motivos: Hereges, y sus
errores: Santos, y Escritores mas clásicos, com los sucessos memorables de cada Siglo. TERCERA EDICION, CORREGIDA
Y LIMADA POR SU AUTOR El R. P. M. Fr. Henrique Florez, Doctor y Cathedratico de Theologia de la Universidad de
Alcalà, y Ex-Provincial de su Provincia de Castilla de N. P. S Augustin &c. EN MADRID: en la Officina de Antonio Marin.
Año de MDCCLIV. [1754] In 4º (21x15 cm) com 395 pags. Encadernação da época mosqueada com ferros a ouro na lombada
e no rótulo vermelho. Corte por folhas carminado da época. Texto a duas colunas. Ilustrado com árvore genealógica
desdobrável dos imperadores romanos. Contém um índice remissivo no final da obra. Obra impressa pela primeira vez em
Madrid em 1743. Palau III, 1990, 252: 'Se reimprimió en 1749, 1754, y aumentada y mejorada en Madrid, Marin, 1760….
Después com retrato y mapa id. 1806'
€400
273. FOLQUE. (Filipe) INSTRUÇÕES PARA A EXECUÇÃO, FISCALIZAÇÃO, E REMUNERAÇÃO dos Trabalhos
Geodesicos e Chorographicos do Reino. [Por]... Brigadeiro Graduado, Director Geral dos Referidos Trabalhos. Imprensa
Nacional. Lisboa. 1858. Com 79 pags. Ilustrado com mapas e esquemas geométricos desdobráveis. Junto com: Instruções
pelas quais se devem regular o Director e Officiaes Encarregados dos Trabalhos Geodesicos e Topographicos do Reino.
Imprensa Nacional. Lisboa. 1850. Com 15 pags. Junto com: Diccionario do Serviço dos Trabalhos Geodesicos do Reino.
Imprensa Nacional. Lisboa. 1864. Com 19 pags. 3 volumes encadernados em 1. De 22x15 cm. Encadernação da época com
lombada em pele; e super-libris com título unificado 'Instrucções dos Trabalhos Geodésicos e Chorographicos do Reino'.
Exemplar com vestígios de traça e humidade na lombada; e dano na coifa superior da lombada. Contém o Diccionario do
Serviço dos Trabalhos Geodésicos com um sistema [de informatização] das rotinas de trabalho, informando-nos como foi
executado o trabalho de levantamento geodésico de Portugal.
€150
274. FONSECA BENEVIDES. (Francisco da) RAINHAS DE PORTUGAL. Estudo historico com muitos documentos. Por… da
Academia Real das Sciencias. Retratos no texto sobre cobre, aço e madeira. Desenhos e gravuras de Abreu, Columbano [e
outros]. Lisboa.1878 e 1879. Obra em 2 volumes. De 21x17 cm. Com 365 e 394 pags. Encadernações artísticas inteiras de pele
com finos ferros a ouro nas lombadas e e rolados em esquadria de baixo relevo nas pastas anteriores. Super libris nas pastas
posteriores com coroa real portuguesa. Exemplar possívelmente pertencente a um dos monarcas portugueses. Ilustrados no
texto e em extra-texto com os retratos das rainhas; assinaturas e heráldica da Casa Real. Inocêncio IX, 291 e 292: “Francisco
da Fonseca Benevides, natural de Lisboa e nascido em 1835, tendo entrado no serviço da marinha como aspirante em 1851, e
concluidos os cursos do lyceu e da eschola polytechnica, seguiu e completou tambem o da Eschola Naval em 1853, fazendo
algumas viagens a bordo dos navios de guerra, até dar baixa do serviço effectivo da armada em 1856. Foi em 1854 com
precedencia de concurso nomeado lente da cadeira de physica do Instituto Industrial de Lisboa. Teve a graduação de capitãotenente da armada, e foi agraciado com o grau de cavalleiro da Ordem de Christo em 1862, e com o de commendador em 1867,
cavalleiro da Ordem de S. Tiago, e socio correspondente da Academia Real das Sciencias de Lisboa desde 1866. Foi pelo
governo nomeado membro das commissões encarregadas de estudar as exposições internacional do Porto em 1865, e Universal
de París em 1867, e deve-se-lhe a organisação do Museu Technologico do Instituto Industrial de Lisboa, que passa por ser o
estabelecimento mais rico que no seu genero existe em Portugal.”
€600
275. FONSECA BRANCANTE. (Eldino da) O BRASIL E A LOUÇA DA ÍNDIA. São Paulo. Brasil. 1950. De 24x17 cm. Com
426 pags. Encadernação artística em marroquin verde com ferros a ouro na lombada e motivos decorativos em super-libris
preservando capas e sobrecapas de brochura. Profusamente ilustrado com fotogravuras das peças cerâmicas; reprodução de
mapas e de gravuras antigas.
€300
276. FONSECA HENRIQUES, Francisco da. ANCORA MEDICINAL PARA CONSERVAR A VIDA com saude, ESCRITA
PELO DOUTOR FRANCISCO DA FONSECA HENRIQUES, Natural de Mirandella; MEDICO DO AUGUSTISSIMO REY
DE PORTUGAL D. JOÃO V. SEGUNDA IMPRESSAM Correcta, e augmentada pelo seu Author. LISBOA. Na Offic. de
BERNARDO ANTONIO DE OLIVEIRA. Anno de 1754. In 4º (de 21x15 cm) com 280 pags. Encadernação inteira de pele,
cansada e danificada com falhas nos cantos, na lombada e nas dianteiras das pastas. Exemplar com vestígio de oxidação natural
do papel, e vestígios marginais de trabalho de traça. Inocêncio II, 377 e IX, 292: 'Francisco da Fonseca Henriques, mais
conhecido pelo apelido de Mirandela, Doutor em Medicina pela Universidade de Coimbra, e Medico d'elrei D. João V, etc.
Nasceu em Mirandela, na provincia de Traz os Montes, em 1665, e morreu em Lisboa, em 1731. Anchora medicinal para
conservar a vida com saude etc. Lisboa, na Offic. da Musica 1721. 8.º Ibi, na Offic. Augustiniana 1731. 4.º e ibi, na Offic. de
Miguel Rodrigues, e á sua custa, 1731. 8.º de XVI 536 pag., edição de que tenho um exemplar, e que foi omitida na Bibl. Lus.
e no pseudo Catalogo da Academia. Esta obra tem hoje muito pouco valor. Quanto á Anchora medicinal cumpre observar, que
em poder do Sr. Dr. Rodrigues de Gusmão existe um exemplar de edição que se diz segunda correcta e augmentada por seu
auctor, e feita em Lisboa, por Domingos Gonçalves 1749. Outro meu amigo o Sr. J. da C. Cascaes, possue um exemplar de
edição diversa, que também se diz segunda. Lisboa por Bernardo Antonio de Oliveira 1754. 4.º - Como conciliar tudo isto com
a reimpressão que eu possuo, feita em 1731, e sendo aliás a primeira edição de 1721? Declaro ingenuamente que não vejo meio
de aclarar o enigma. Também pouco se perde, porque a obra está hoje de todo esquecida'.
€400
277. FONTOURA DA COSTA. (A.) A MARINHARIA DOS DESCOBRIMENTOS. Por... Imprensa da Armada. Lisboa. 1933.
De 26x18 cm. Com 511-ix pags. Encadernação editorial. Profusamente ilustrado com mapas desdobráveis, tabelas, esquemas,
gravuras, fac-similes e reproduções de pormenores de mapas e objectos náuticos antigos; fac-simile de folha de rosto das obras
náuticas quinhentistas e seicentistas mais relevantes; fac-simile do mapa da barra do Tejo no sec. XVI; fac-similes de
manuscritos; etc. Contém a bibliografia náutica portuguesa até 1700. Exemplar da 1ª edição com tiragem de 250 exemplares,
da Separata dos 'Anais do Club Militar Naval', com ex-libris de Pastor de Macedo.
€200
278. FORAL DA VILA DE OEYRAS [FAC-SIMILE] dado pela Magestade de El-Rey Fidilissimo D. Jose o Primeiro Nosso
Snõr no Anno 1760. (aliás 198?) De 36x26 cm. Com 14 fólios. Encadernação editorial em veludo vermelho ao estilo da época
com atilhos. Corte dourado por folhas. Obra impressa sobre papel apergaminhado com a reprodução a cores dos fólios
iluminados.
€60
279. FORAL DE LISBOA. LISBOA NA OFFIC. DE SIMÃO THADDEO FERREIRA. ANNO M. D. CC. LXXXX. [1790] In 4.º
24x17 cm. com [ii], 79 pags. Encadernação da época inteira de pele. Inocêncio II, 308. “Da impressão d'este Foral cuidou o
professor Agostinho José da Costa de Macedo, e é sua a prefação collocada é frente do livro. Tenho delle um exemplar.” €500
280. FORJAZ DE SAMPAIO, Albino. HISTORIA DA LITERATURA PORTUGUESA. Ilustrada. Publicada sob a direcção
de… da Academia das Sciências de Lisboa. Com a colaboração dos senhores Dr. Afonso Lopes Vieira, Dr. Agostinho Campos,
Dr. Fidelino de Figueiredo, Dr. Fortunato de Almeida, Henrique Lopes de Mendonça, Dr. Joaquim de Carvalho, Dr. José de
Figueiredo, Dr. José Joaquim Nunes, Dr. José Leite de Vasconcelos, Dr. José Pereira Tavares, Dr. Manuel Oliveira Ramos, Dr.
José Bensabat Amzalak, e Dr. Reinaldo dos Santos. Aillaud e Bertrand. Paris e Lisboa. S/d [1929-1942]. Obra em 4 volumes.
De 32x25 cm. Com 387, 386, 353 e 378 pags. Encadernações editoriais inteiras de pele (carneira natural) estampada com
ferros decorativos a seco e a ouro. Profusamente ilustrado com fotogravuras e fac-similes de frontispícios.
€600
281. FORJAZ DE SAMPAIO. (José Maria e Adrião) ALLEGAÇÃO JURIDICA sobre O Decreto de 13 d’Agosto de 1832, en
causa de PENSÕES DE QUARTO, Sentenciada no Juizo de Direito da Comarca de Coimbra, contra o A. appelante – José
José Maria Pereira Forjaz de Sampaio, e a favor do B. appelado – Anselmo José da Cruz Vieira de Campos, Escrivão – Victor.
Pelo Advogado do Appelante. COIMBRA, Na Imprensa da Universidade. 1838. Com 32 pags. Junto com: FORJAZ DE
SAMPAIO. (Adrião Pereira) ELEMENTOS DE ECONOMIA POLITICA, traducção livre de J. B. Say: Por Adrião Pereira
Forjaz de Sampaio, Lente Substituto Ordinario da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Coimbra, na Imprensa da
Universidade. 1839. Com 120 pags. Seguido de: ELEMENTOS DE ECONOMIA POLITICA, por… Lente Substituto
Ordinario [etc]… Segunda edição. Reformada e augmentada. Coimbra: na Imprensa da Universidade. 184(?). Com 176 pags.
Seguido de: ELEMENTOS DE ECONOMIA POLITICA E ESTADISTICA. Por… Lente Catedrático [etc]. Nova edição.
Reformada e augmentada. Coimbra, na Imprensa da Universidade. 1845. Com 195 pags. Seguido de: LIÇÕES DE
ECONOMIA POLITICA. Sobre a divisão 3ª da parte 1ª dos Elementos desta sciencia, pelo Auctor dos mesmos Elementos.
Coimbra: na Imprensa da Universidade. 1843. Com 216 pags. Junto com: EXPOSIÇÃO DOS PRINCIPIOS SOBRE A
CONSTITUIÇÃO CIVIL DO CLERO, Pelos Bispos, Deputados a’ Assemblea Nacional. Vertida em linguagem, E
acompanhada d’huma curta noticia dos principaes sucessos que lhe são relativos. Por*** (anno 1836.). Lisboa: Na Typ. de A.
S. Coelho & Compª. S/L (Lisboa). Com 55pags. 6 volumes encadernados em 1. In 8º (de 20x13 cm). Encadernação da época
com lombada em pele. Inocêncio V, 46 e XX, 91: “ADRIÃO PEREIRA DE FORJAZ DE SAMPAIO. Era filho do
desembargador Adrião Pereira Forjaz de Sampaio, fidalgo da Casa Real, do conselho de Sua Majestade, comendador da ordem
de S. Tiago, sócio da Academia Real das Ciências, membro do Conservatório da arte dramática, de Lisboa; honorário do
Instituto de Coimbra, seu fundador e primeiro presidente; honorário da Associação dos artistas, da Nova academia dramática,
de Coimbra; presidente honorário do Asilo de infância desvalida, etc. Foi vogal do Conselho superior de instrução pública.
Tinha recebido a jubilação de lente catedrático da Universidade de Coimbra em 1870. Faleceu na Figueira da Foz em 1874”
[….] “JOSÉ MARIA PEREIRA FORJAZ DE SAMPAIO, Formado em Direito pela Universidade de Coimbra, antigo
Desembargador da Relação do Porto, etc. Morreu octogenário em Coimbra, sua pátria a 20 de Janeiro de 1858. V. o seu
necrológio no Jornal do Comercio n.º 1303 de 22 do dito mez. De seus filhos Adrião Pereira Forjaz, e Diogo Pereira Forjaz
fica neste Dicionário feita a devida menção em seus lugares. EXPOSIÇÃO DOS PRINCIPIOS SOBRE A CONSTITUIÇÃO
CIVIL DO CLERO, pelos bispos deputados á Assembléa Nacional, vertida em linguagem, e acompanhada de uma curta
noticia dos principaes successos que lhe são relativos. Por*** Lisboa, na Typ. de Antonio Sebastião Coelho & C.ª 1836. 8.º. O
sr. conselheiro dr. Adrião Pereira Forjaz, em carta que teve a bondade de dirigir-me, acaba de aclarar o ponto, certificando que
a versão, fora de facto obra sua própria, e não de seu finado pai: e que imprimindo-se em Lisboa, sem que ele revisse as
provas, saíra do prelo incorrectíssima”.
€300
282. FOTOGRAFIA – BRASIL. 10 DIAPOSITIVOS [CIRCA 1890]. Conjunto de 10 chapas de vidro. De 10x7,5 cm (imagens
de 7x8 cm: em 9 chapas p/b; e 1 chapa colorida). Acondicionadas dentro de caixa de chapas fotográficas da época [com
instrucções da revelação do produto 'Special Rapid' do fabricante: The Imperial Dry Plate, Co. Ltd. Cricklewood, London,
New York]. 10 slides de vidro com molduras em papel e legendas escrita (Série 150; numeradas de Nº1 a Nº10). Com todas as
legendas manuscritas pela mesma mão em francês, com os títulos e os locais das tomadas das vistas: Brasil: 5 chapas: [n.º 2]
Uma barca-ferry deixando o porto (do Rio de Janeiro?); [n.º 7] Pirâmide de topiária no Passeio Público do Rio de Janeiro; [n.º
8] Fonte de bronze na praça central do Rio de Janeiro; [n.º 9] Cais marítimo do Mercado abastecedor [com público] do Rio; e
[n.º 6] Estátua do General Ozório. China: 1 chapa: [n.º 5] Junco de um mandarim. Atenas: 3 chapas: [n.º 1] Rua Kernés; [n.º
3] Vista geral do exterior do Museu Arqueológico; [n.º 4] Vista da colunata do Museu Arqueológico. Local não identificado:
1 chapa colorida: [n.º 10] “Parc du Chateau de la Mère”. Possivelmente Alemanha ou Austria.
Set of 10 glass plates.
Format 10x7, 5 cm (7x8 inch photograms: containing 9 b/w plates and 1 coloured plate). Packed inside costumized
contemporary box [with instructions of photo processing for the product 'Special Rapid' Manufacturer: The Imperial Dry Plate,
Cricklewood Co. Ltd., London, New York]. 10 glass slides. Contemporary paper frames and captions written on labels (Series
150, numbered from # 1 to # 10). With all captions handwritten in French by the same hand, with the titles and locations of the
views taken in: Brazil: 5 plates: [n. #2] A barge-ferry leaving the port (in Rio de Janeiro?) [N. #7] Pyramid topiary in the
Public Promenade of Rio de Janeiro; [n. #8] Bronze fountain in the central square of Rio de Janeiro; [n. #9] Maritime wharf
and Grossery Market [with the public] in Rio de Janeiro, and [n.# 6] Statue of General Ozório. China: 1 plate: [n. # 5]
Mandarin ship. Athens: 3 plates: [n. # 1] Kernés Street; [n. # 3] General view of the exterior of the Archaeological Museum;
[n. # 4] View of the colonnade of the Archaeological Museum. Unidentified location: 1 colored plate: [n. # 10] 'Parc du
Chateau de la Mère.' Possibly in Germany or Austria.
€3.000
283. FOTOGRAFIA - CINEMA - FELLINI. REPORTAGEM DE PREMIÈRE NO CINEMA SÃO JORGE, LISBOA, 1957.
Com 10 fotografias formato 6x9 cm. Junto com: 48 fotografias de 10x16 cm. Revelação de fotografias efectuada na época por
Mundial Fotos, Rua Nova do Almada, Lisboa. Reportagem profissional (por fotografo ou fotojornalista) da chegada a Portugal,
presença em Lisboa na ante-estreia, e do regresso a Itália do realizador Federico Fellini, para a première de «Noites de
Cabiria», com presença deste realizador e de Giulietta Masina no cinema São Jorge, em Lisboa. As Noites de Cabiria (Le notti
di Cabiria, Itália, 1957) um dos melhores filmes de Federico Fellini. O filme retrata a sobrevivência na Itália do pós-guerra. A
sua personagem principal é interpretada por Giulietta Masina no papel de Maria 'Cabiria' Ceccarelli, uma prostituta que
acredita no amor, mas que se ilude com homens mentirosos e sem escrúpulos. O carisma do filme reside na personagem que
mesmo sob situações adversas insiste em sonhar. Adaptado à personalidade da actriz este papel tornou-se o mais memorável da
sua carreira e deu a Giulietta Masina o prémio do Festival de Cannes.
€2.000
284. FOTOGRAFIA - MADEIRA. ALBUM DE FOTOGRAFIAS. SOUVENIR DE VOYAGE. QUINTA DO PALHEIRO.
MADEIRA. 1901. De 21x31 cm (formato oblongo). Com 12 fólios (consistindo em passpartouts com esquadrias decorativas
gravadas a ouro). Encadernação da época inteira de pele (marroquin azul e de cor natural) executada por Hugh Rees, Ltd
Booksellers and Stationers, em Londres; reproduzindo o pavilhão nacional da monarquia portuguêsa; e com ferros a ouro em
super-libris (título e bandeiras de honra cruzadas Britânica e Portuguesa). Corte dourado por fólios. Título de posse/oferta
manuscrito na folha de guarda anterior: “Quinta do Palheiro, 24 de Junho de 1901. Lembrança de Mrs. Blandy”. Fotografias a
preto e branco encarceladas em molduras (15x20 cm) de cada fólio; de grande qualidade (fotográfica) e impressas sobre papel
fotográfico super mate e de superfície lisa. Imagens captam os seguintes panoramas: 1. Entrada da Quinta; 2. Araucárias e
topiárias do jardim; 3. Ponte e cabana feita a partir de um enorme tronco oco; 4. Ponte sobre o ribeiro (com patos) e capela do
jardim; 5. Carro de bois arrastando uma carga de lenha acompanhado dos respectivos boieiros; 6. Vista das estufas, da quinta
(em segundo plano), e um enorme plátano; 7. Rebanho a pastar na encosta; 8. Arboreto da quinta com alameda e vasos de
palmeiras; 9. Talhões do roseiral com o arboreto em segundo plano; 10. Árvore de grande porte (ulmeiro?) com arruamentos
do jardim ladeados por fetos. 11. A floresta laurísilva. 12. Avenida do arboreto. Quinta do Palheiro Ferreiro (Jardins Blandy).
A Quinta remonta ao início do século xix, quando o primeiro Conde de Carvalhal comprou o terreno e começou a plantação
inicial de arbustos e árvores. Os jardins foram posteriormente melhorados pela família Blandy, que adquiriu a propriedade há
pouco mais de um século. Durante cinco décadas a Sra. Mildred Blandy, mãe do actual proprietário, dedicou-se à supervisão
de cada talhão e arruamento. Sabemos que nesta data (1901) John Burden Blandy ofereceu um banquete (sob a forma de
piquenique) ao Rei Dom Carlos e à Rainha Dona Maria Amélia, ao seu séquito, e aos residentes locais e membros da
comunidade inglesa em frente à Casa Velha. O rei chegou à herdade a cavalo e a rainha de carroça. Foi realizado um jogo de
ténis entre Dom Carlos e John Ernest Blandy.
Quinta do Palheiro Ferreiro (Blandy's Gardens) The Quinta dates back to the
early 19th Century when the first Count of Carvalhal purchased the land and began the initial planting of shrubs and trees. The
gardens have been further enriched by the Blandy family who acquired the property just over a century ago. During five
decades, Mrs Mildred Blandy, mother of the present owner, dedicated herself to the supervision of every bed, border, walk and
path. We know that on this date (1901) John Burden Blandy gave a banquet (in the form of picnic) to the King Dom Carlos and
Queen Dona Maria Amelia, his entourage, local residents and British community members at the Casa Velha. The King arrived
at horseback and the Queen in a carriage. There was a tennis match between Dom Carlos and John Ernest Blandy.
€2.000
285. FOTOGRAFIA – MOSTEIRO DA BATALHA. Conjunto de 12 fotografias originais assinadas pelo famoso fotografo
profissional Camacho. Lisboa, s./d. (189?) In fólio de 23x17 cm. Montadas sobre cartões de 35,5x29,5 cm. não numeradas,
soltas e acondicionadas em estojo próprio em «buckram» azul, com o título Batalha gravado a ouro na pasta anterior e
fechando com atilhos. Títulos das fotografias: Batalha – Nave Central. Batalha - Capelas Imperfeitas, interior do pórtico.
Batalha – Frente do monumento. Batalha – Vista geral Sul. Batalha – Claustro. Batalha – Jazigos dos Infantes. Batalha –
Monumento lado E. Batalha – Janela sobre as Capelas Imperfeitas. Batalha - Capelas Imperfeitas, exterior do pórtico – Batalha
- interior das Capelas Imperfeitas. Batalha – Exterior do Claustro. Batalha – Capela do Fundador.
€700
286. FOTOGRAFIA – MOSTEIRO DOS JERONYMOS. Conjunto de 7 fotografias originais assinadas pelo famoso fotografo
profissional Camacho. Lisboa, s./d. (189?) In fólio de 23x17 cm. Montadas sobre cartões de 35,5x29,5 cm. não numeradas e
soltas, acondicionadas em estojo próprio em «buckram» azul com o título Jeronymos gravado a ouro na pasta anterior e
fechando por atilhos. Títulos das fotografias: Egreja dos Jeronymos. Jeronymos - Grande pórtico. Jeronymos – Porta principal
lado W. Conceição Velha. Jerónimos – Coro. Jeronymos – Corpo da Egreja. Jeronymos – Claustro.
€700
287. FOUCHÉ, Joseph. MÉMOIRES DE… Duc d'Otrante, Ministre de la Police Générale. Second Edition. A PARIS, Chez Le
Rouge, Libraire, MDCCCXXV [1825]. Obra em 2 volumes. In 4º (de 20 x13 cm) com 253 e 226 pags. Encadernações da
época com lombada e cantos em pele com finos ferros a ouro rolados com motivos florais. Corte das folhas carminado e pastas
revestidas em papel decorativo. Exemplar com oxidação natural das folhas. Obra com muitas e importantes referências à
Guerra da Península e a Portugal, como sendo a falha da estratégica politico-militar que levou ao fim do Império Napoleónico
(vide Vol I, pag. 243 e Vol. II, pags 49 a 53).
€200
288. FRANCO. (Padre António) PROMPTUARIO DE SYNTAXE DIVIDIDO EM DUAS PARTES; Na primeira se contém a
Syntaxe pela mesma ordem da Arte; nos Scholios se põem a significação do nome, ou verbo com o caso cõpetente. NA
SEGUNDA SE TRATAM ALGUmas noticias congruentes á mesma Syntaxe, que se podem ver na página seguinte. Pelo P.
ANTONIO FRANCO, Da Companhia de JESU, Mestre que foi da primeira classe de Rethorica em a Universidade de Evora.
EVORA. Na Officina da Universidade. Anno de 1743. In 8º (de 15x10 cm.) com (viii)-624 pags. Encadernação da época
inteira de pele com ferros a ouro na lombada e rótulo vermelho. Exemplar com títulos de posse da época manuscritos nas
folhas de guarda. Inocêncio I, 145: 'P. ANTONIO FRANCO, Jesuita, insigne Mestre de humanidades, e Reitor no Collegio de
Setubal, afora outros cargos que exerceu em Evora, Lisboa, Coimbra e na ilha de S. Miguel, como pode ver_se em Barbosa.
Nasceu na villa de Montalvão, bispado de Portalegre, em 1662 e morreu em Évora a 3 de Maio de 1732 com 70 annos d'edade
e 55 de Companhia. [Obra]: Promptuario da Syntaxe, dividido em duas partes. Evora, na Off. da Univ. 1699. 8.o - Ibi, 1716.
8.o, que foi já quinta edição, conforme Barbosa. E ainda posteriormente a este anno continuou a reimprimir_se no mesmo logar
e officina em 1730, 1743 e 1750, sendo esta a ultima edição que conheço. Hoje nada vale, e apparecem exemplares com
abundancia'.
€300
289. FREIRE DE ANDRADE, Jacinto. VIDA DE D. IOAM DE CASTRO, Quarto Viso-Rey da India. ESCRITA POR
IACINTO FREYRE DE ANDRADE. EM LISBOA. Na Officina de Ioam da Costa. M. DC. LXXI. (1671) In fólio de 28x19,5
cm. Com [viii], 380 pags. Encadernação da época inteira de pele. Ilustrado com um frontispício gravado e um retrato de D.
João de Castro. Inocêncio, III e XI, 273 239: “Jacinto Freire de Andrade, Presbytero secular, Bacharel em Canones pela
Universidade de Coimbra. Fez acto de formatura na sala grande dos actos publicos da universidade de Coimbra aos 13 de maio
de 1618. Consta do assento no tomo XII dos actos e graus da universidade de Coimbra de 1616 a 1619, publicado no
Coninmbricense de 1 de outubro de 1861, n.º 802. Abbade de Sancta Maria das Chans no bispado de Viseu, que era então um
dos mais opulentos beneficios d'este reino, como diz Barbosa. Rejeitou o bispado de Viseu, para o qual pretendia nomeal-o elrei D. João IV. Foi natural da cidade de Beja, onde n. em 1597, e m. em Lisboa a 13 de Maio de 1657. Esta vida escreveu seu
auctor a instancias repetidas do bispo D. Francisco de Castro, neto do heróe. «Assim (diz o bispo de Viseu) o valioso titulo
porque mereceu a estimação dos seus naturaes, e porque a sua memoria passou á posteridade, e talvez larga posteridade, foi
arrancado á sua indifferença pelas importunações de um amigo”. Barbosa Machado Vol. II, 465: “Vida de D. Joaõ de Castro
quarto Vicerey da India. Lisboa na Officina Crasbeeckiana. 1651. fol. & ibi por Ioaõ da Costa. 1671. fol. & ibi pelos herdeiros
de Miguel Manescal. 1703. fol. & ibi na Officina da Musica. 1722. 8. & ibi por Antonio Isidoro da Fonceca. 1736. 4. Sahio
traduzida na lingua Ingleza por Peter Wichek com este titulo. The life of Dom John de Castro The Fourth Viceroy of India
London por Henry Herringman. 1664. fol. e ultimamente na lingua Latina pelo Padre Francisco Maria del Rosso da
Companhia de JESUS. Roma ex Typographia Rochi Barnabò. 1727.”
Illustrated with engraved frontispiece and a portrait
of D. João de Castro, and his coat-of-arms. Engraved plate inside the text (pag. 59) reproduces the Altar of the Apostle S.
Thomas in Meliapor, and its inscriptions in Sanskrit language, which existed before the Portuguese arrival in India. A proof of
Christianity not related to colonial era. Rare second edition of this book related the Life of the Portuguese Vice-Roy of India,
Dom João de Castro, written on demand by Jacinto Freyre de Andrade, was printed by the first time by order of his grandson
Bishop Francisco de Castro, in Lisbon, 1651. This book had an English translation by Peter Wichek: The Life of Dom John de
Castro The Fourth Viceroy of India London by Henry Herringman. 1664. fol. and lately in Latin by Father Francisco Maria del
Rosso of the Society of Jesus. Rome Ex Typographia Rochi Barnabas. 1727.
€1.200
290. FREIRE DE ANDRADE. (Jacinto) VIDA DE DOM IOÂO DE CASTRO QUARTO VISO-REY DA INDIA, Escrita por
JACINTO FREYRE DE ANDRADA, Impressa por ordem de seu Neto o Bispo DOM FRANCISCO DE CASTRO, Inquisidor
Geral neste Reyno, do Conselho de Estado de Sua Magestade, E agora terceira vez impressa. EM LISBOA, Na Officina Real
dos Herdeiros de Miguel Deslandes. Anno 1703. Á custa de António Leyte Pereyra, Mercador de Livros. In fólio de 28x20 cm.
Com [viii]-490 pags. Encadernação recente inteira de pele com ferros a ouro na lombada. Exemplar com falta da gravura de D.
João de Castro e com o frontispício gravado reproduzido em desenho. Inocêncio III, 239: “JACINTO FREIRE DE
ANDRADE, Presbytero secular, Bacharel em Canones pela Universidade de Coimbra, e Abbade de Sancta Maria das Chans
no bispado de Viseu, que era então um dos mais opulentos beneficios d'este reino, como diz Barbosa. Rejeitou o bispado de
Viseu, para o qual pretendia nomeal-o el-rei D. João IV, allegando «que não queria gosar de uma dignidade em leite, pois não
podia ser em carne». Alludia á repulsa do papa em confirmar os bispos apresentados por aquelle monarcha depois da sua
elevação ao throno portuguez. Foi natural da cidade de Beja, onde n. em 1597, e m. em Lisboa a 13 de Maio de 1657. Vida de
Dom João de Castro, quarto viso-rei da India. Offerecida ao ill.mo e rev.mo sr. D Francisco de Castro, do Conselho geral do
Sancto Officio, e de Sua Alteza, etc. Lisboa, na Offic. Craesbeeckiana 1651. fol. de VIII 444 pag., afóra o indice, que tem 48
pag. não numeradas. É ornada de um elegante frontispicio gravado, além do rosto impresso. Segunda edição, ibi, por João da
Costa 1671. fol. Terceira edição, ibi, pelos herdeiros de Miguel Deslandes 1703. fol. de VIII-490 pag”.
€300
291. FREIRE DE ANDRADE. (Jacinto) VIDA DE DOM JOAÔ DE CASTRO, QUARTO VISO REY DA INDIA. Por
JACINTO FREYRE DE ANDRADA. NOVA EDIÇAÔ, ACRESCENTADA DA VIDA DO AUTOR COM FIGURAS.
PARIS, Vende-se em Lisboa em casa de Bonardel & Dubeux, Mercador de Livros. M. DCC. LIX. [1759]. In 8º (de 17x10 cm)
com xx-483 pags. Encadernação da época inteira de pele mosqueada com ferros a ouro na lombada. Ilustrado com 3 gravuras,
sendo 1 gravura em anterrosto com o retrato do biografado; 1 gravura desedobrável em extra-texto na página 107 com D. João
de Mascarenhas; e uma gravura com o retrato de Coja Sofar (Coge Çofar) na página 92. Em colofón : « PARIS, Na Officina de
Franc. Ambr. Didot.». Exemplar com 2 ex-libris e títulos de posse da época manuscritos na folha de rosto sem afectarem a
mancha gráfica. Inocêncio III, 239: “Jacinto Preire de Andrade, Presbytero secular, Bacharel em Canones pela Universidade de
Coimbra, e Abbade de Sancta Maria das Chans no bispado de Viseu, que era então um dos mais opulentos beneficios d'este
reino, como diz Barbosa. Rejeitou o bispado de Viseu, para o qual pretendia nomeal-o el-rei D. João IV, allegando « que não
queria gosar de uma dignidade em leite, pois não podia ser em carne». Alludia á repulsa do papa em confirmar os bispos
apresentados por aquelle monarcha depois da sua elevação ao throno portuguez. Foi natural da cidade de Beja, onde nasceu em
1597, e morreu em Lisboa a 13 de Maio de 1657”….” Depois de cinco edições, mencionadas por Barbosa, continuou a ser
muitas vezes reimpressa, por exemplo: Lisboa, por Domingos Rodrigues 1747. 4.° de IV 371 pag. París, na Offic. de
Francisco Ambrosio Didot 1759. 12.º Ibi (acrescentada da vida do auctor) na Offic. de Stoupe 1779. 8.º de XX 484 pag.
Lisboa, na Offic. de Antonio Gomes 1786. 8.º Ibi, na Offic. de Simão Thaddeo Ferreira, 1798. 8.º Ibi, na Imp. Regia 1804. 8.º
Madrid, 1804. 8.º París, na Offic. de J. Smith 1818. 12.º Lisboa, na Typ. Rollandiana 1786, 1815, 1822, 1834, e 1839. 8.º
Pernambuco, 1844. 8.° etc, etc”. Coja Sofar, cujo retrato figura nesta obra, era senhor de Cambaia e aliado aos turcos de
Sulimão Paxá. Foi derrotado pelos portugueses no segundo cerco de Diu, comandados em terra por D. João de Mascarenhas e
por mar por D. João de Castro. Pereceu nesta luta o próprio Coja Sofar e D. Fernando de Castro, filho do Vice-Rei português.
€150
292. FREIRE, Francisco José. MEMORIAS DAS PRINCIPAES PROVIDENCIAS QUE SE DERAÕ NO TERRAMOTO,
que padeceo a Corte de Lisboa no anno de 1755, ORDENADAS, E OFFERECIDAS A’ MAGESTADE FIDELÍSSIMA DE
ELREY D. JOSEPH I. NOSSO SENHOR. POR AMADOR PATRÍCIO DE LISBOA. M. DCC. LVIII. (1758) In fólio de
33x23 cm. Com [xxx], 355 pags. Encadernação da época inteira de pele com nervos e rótulo vermelho na lombada, que
apresenta pequena falha de pele. Obra impressa sobre magnifico papel de linho em que se utilizaram belos caracteres redondos,
vinhetas, e florões decorativos. A proximidade da data do terramoto, o facto de não apresentar local de edição nem impressão e
ainda o grande tamanho do prelo utilizado levam-nos a pensar que terá sido impresso em França, tendo utilizando-se caracteres
da Academia Real da Historia. Inocêncio I, 53. “AMADOR PATRICIO DE LISBOA. Sob este pseudonymo se publicou:
Memorias das principaes providencias que se deram no terremoto que padeceu a Corte de Lisboa no anno de 1755. Ordenadas
e offerecidas á Magestade Fidelissima d’Elrei D. Joseph I. Sem logar, nem nome do impressor 1758. fol. de XXX-355 pag. - A
similhança dos typos e vinhetas d’este livro com os da Vida do Infante D. Henrique que no mesmo anno se imprimiu em
Lisboa na Off. de Francisco Luiz Ameno, me levam a crer que d’esta Officina sahiram tambem as Memorias. Não faltou quem
em tempo attribuisse ao primeiro Marquez de Pombal a composição e coordenação d’esta obra mas tem prevalecido, e com
melhor fundamento, a opinião que a atribue ao P. Francisco José Freire (Candido Lusitano.) V. a Bibl. Hist. de Portugal e seus
Dominios, pag. 326 da segunda edição. É estimado este livro, e de valor historico pelas muitas particularidades que encerra,
sendo o que de mais amplo se publicou relativo áquelle infausto e lamentavel acontecimento e ás suas consequencias: a parte
narrativa é feita em phrase limpa e estylo corrente, e os numerosos documentos que a acompanham e lhe servem de
confirmação realçam o merito da obra, dando-lhe um caracter authentico e official. Seu preço no mercado regula de 600 a 960
réis, e ás vezes 1:200. (V. Francisco José Freire.) P. FRANCISCO JOSÉ FREIRE, mais conhecido pelo nome poetico de
Candido Lusitano, que adoptou na Arcadia, da qual foi um dos primeiros e mais conspicuos membros. Foi natural de Lisboa, e
n. a 3 de Janeiro (outros dizem de Septembro) de 1719, sendo filho de Joaquim Freire Bellas e de Joanna Maria Joaquina
Corsini. Depois de concluir os estudos de humanidades, que cursou parte nas aulas do collegio de Sancto Antão, da Companhia
de Jesus, e parte na casa de S. Caetano, dos clerigos Theatinos, esteve durante alguns annos como familiar, ou gentil-homem
em casa do cardeal patriarcha de Lisboa, D. Thomás dAlmeida. Movido de superior impulso, ou por ventura de algumas causas
hoje ignoradas, resolveu-se a deixar o serviço daquelle prelado, e foi vestir a roupeta dos Congregados de S. Filippe Nery na
casa do Espirito Sancto de Lisboa. Elle mesmo diz em uma sua obra inedita, que entrára na Congregação em 1751, o que
accusa inexactidão da parte de Barbosa, e de outros que têem indicado o anno de 1752 como o da entrada. Achando-se na villa
de Mafra foi atacado de paralysia, molestia de que faleceu a 5 de Julho de 1773, sendo enterrado no claustro do convento da
mesma villa, a esse tempo occupado pelos conegos regentes de Sancto Agostinho. Muito devem, no meu entender, as letras
portuguezas a este laborioso e erudito escriptor, que no seu tempo prestou valiosissimos serviços, trabalhando fervorosa e
incansavelmente para reformar o estylo vicioso, e o mau gosto, que dominavam até então, e de que elle proprio se não mostrára
exemplo, nos escriptos que primeiro publicou. A sua conversão litteraria foi devida ao Verdadeiro Methodo de Verney, cuja
leitura lhe fez conhecer o quanto andava arredado do bom caminho. «É verdade (diz um critico respeitavel) que elle, com
outros mestres do seu tempo, estava com toda a sinceridade do seu coração convencido de que a escrupulosa observancia das
regras classicas, que então se tractava de resuscitar, era por si só bastante para formar poetas, oradores, e escriptores de
consumma do gosto em todos os ramos das bellas lettras, e que nas regras havia um condão capaz de supprir o proprio
ingenho. Hoje para qualquer principiante é doutrina corrente, que as regras não criam o genio mas ao mesmo tempo bom é não
esquecer, que com ellas se lhe pódem corrigir os erros, e embargar o passo a seus extravios.» Respeitemos pois agradecidos a
memoria do illustre philologo, que tantas e tão diversas composições nos deixou, todas dictadas pelo nobre pensamento de ser
util á sua patria, promovendo nella os bons estudos, e a educação litteraria da mocidade.”
€1.500
293. FREIRE. (António Jorge) PLANO DE DEFEZA SANITARIA permanente contra a invasão e diffusão de doenças
infecciosas comprehendendo a Reorganização da Beneficencia Publica. Tentativa por António Jorge Freire Official de S.
Tiago, engenheiro do Posto de Desinfecção Pública de Lisboa, e das Thermas dos Cucos. Imprensa de Libanio da Silva.
Lisboa. 1900. De 22x14 cm. Com 346 pags. Encadernação artística da época inteira de pele (marroquin vermelho) com finos
ferros a ouro nas esquadrias das pastas; com título e motivos ornamentais em super-libris. Corte dourado por folhas. Impresso
com grande mestria gráfica sobre papel creme de elevada espessura e qualidade. Obra contendo um projecto de defesa sanitária
e um levantamento demográfico extensivo às regiões de Espanha; com maior detalhe de dados populacionais nas comarcas
judiciais junto à fronteira portuguesa.
€150
294. FREIRE. (Francisco José) ou Cândido Lusitano. O SECRETARIO PORTUGUEZ COMPENDIOSAMENTE
INSTRUIDO no modo de escrever Cartas POR MEYO DE HUMA INSTRUCC,AM Preliminar, regras de Secretaria,
Formulario de tratamentos, e hum grande numero de Cartas em todas as especies, que tem mais uso. ESCRITO, E
CONSAGRADO. AO EMINENTISSIMO, E REVERENDISSIMO SENHOR CARDEAL PATRIARCA Primeiro de Lisboa,
Do Conselho de Estado, e Capellaõ Mòr POR SEU CRIADO FRANCISCO JOZE’ FREIRE Ulyssiponense. LISBOA: Na
Officina de ANTONIO ISIDORO da Fonseca. Anno M. DCC. XLV. [1745] In 4º (21x15 cm) om (lxv), 439 pags.
Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro e nervos na lombada. Folha de rosto impressa a duas cores. 1.ª edição.
A grande quantidade de edições que se imprimiram até ao século dezanove demonstra importância e singularidade desta obra
que é um repositório arqueológico único da língua e da sociedade portuguesa do século dezoito. Inocêncio I, 53. “P. Francisco
José Freire, mais conhecido pelo nome poético de Cândido Lusitano, que adoptou na Arcádia, da qual foi um dos primeiros e
mais conspícuos membros. Foi natural de Lisboa, nasceu em 1719. Depois de concluir os estudos de humanidades, que cursou
parte nas aulas do colégio de Santo Antão, da Companhia de Jesus, e parte na casa de S. Caetano, dos clérigos Theatinos,
esteve durante alguns anos como familiar, ou gentil homem em casa do Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Thomás d'Almeida.
Movido de superior impulso, ou por ventura de algumas causas hoje ignoradas, resolveu se a deixar o serviço daquele prelado,
e foi vestir a roupeta dos Congregados de S. Filipe Nery na casa do Espirito Santo de Lisboa. Ele mesmo diz em uma sua obra
inédita, que entrára na Congregação em 1751, o que acusa inexactidão da parte de Barbosa, e de outros que têm indicado o ano
de 1752 como o da entrada. Achando-se na vila de Mafra foi atacado de paralisia, moléstia de que faleceu a 5 de Julho de
1773, sendo enterrado no claustro do convento da mesma vila, a esse tempo ocupado pelos cónegos regentes de Santo
Agostinho. Muito devem, no meu entender, as letras portuguesas a este laborioso e erudito escritor, que no seu tempo prestou
valiosíssimos serviços, trabalhando fervorosa e incansavelmente para reformar o estilo vicioso, e o mau gosto, que dominavam
até então, e de que ele próprio se não mostrára exemplo, nos escritos que primeiro publicou. A sua conversão literária foi
devida ao Verdadeiro Método de Verney, cuja leitura lhe fez conhecer o quanto andava arredado do bom caminho. «É verdade
(diz um critico respeitável) que ele, com outros mestres do seu tempo, estava com toda a sinceridade do seu coração
convencido de que a escrupulosa observância das regras clássicas, que então se tratava de ressuscitar, era por si só bastante
para formar poetas, oradores, e escritores de consuma do gosto em todos os ramos das belas letras, e que nas regras havia um
condão capaz de suprir o próprio engenho. Hoje para qualquer principiante é doutrina corrente, que as regras não criam o
génio; mas ao mesmo tempo bom é não esquecer, que com elas se lhe podem corrigir os erros, e embargar o passo a seus
extravios.» Respeitemos pois agradecidos a memoria do ilustre filólogo, que tantas e tão diversas composições nos deixou,
todas ditadas pelo nobre pensamento de ser útil á sua pátria, promovendo nela os bons estudos, e a educação literária da
mocidade. O Secretario Português, compendiosamente instruído no modo de escrever cartas; por meio de uma instrução
preliminar, regra de secretaria, formulário de tratamentos, e um grande numero de cartas em todas as especies que tem mais
uso. Lisboa, por Antonio Isidoro da Fonseca 1745. 4.° Foi reimpresso em 1759, 1786, 1801, etc. O Sr. P. Roquete na prefação
ao seu Código epistolar faz desta obra um juízo critico, talvez severo em demasia, concebido nos termos seguintes: «Mui bom
livro para os tempos escolásticos, e para o século das lantejoulas, mas um verdadeiro anacronismo em nossos dias, pela
inexactidão de muitas de suas regras, por seu estilo inchado, encomiástico, e por vezes servil, e pelo conhecido mau gosto que
nele domina.» Bom foi que a obra do ilustre crítico ficasse exempta de todos estes defeitos.”
€300
295. FREIRE. (Francisco José) VIDA DO INFANTE D. HENRIQUE Escrita, e dedicada A’ MAGESTADE FIDELISSIMA DE
ELREY D. JOSEPH I. NOSSO SENHOR POR CANDIDO LUSITANO. LISBOA. Na Officina Patriarcal de FRANCISCO
LUIZ AMENO. M. DCC. LVIII. [1758]. In fólio (28x21 cm.) com [xv]-393-[ii] pags. Encadernação da época inteira de pele
com ferros a ouro na lombada. Ilustrado com uma gravura em frontípicio com um retrato imaginário do Infante assinado C.
Baquoy Sculp.; vinhetas e letras capitais decorativas no inicio do texto. Exemplar com boas margens, apresentando-se: com
leves restauros marginais nas primeiras 18 páginas (incluindo a folha de rosto). Inocêncio II, 407: “O livro é mui bem
impresso, e gosou sempre de bom crédito e estimação, entre nacionaes e estrangeiros. Mr. Adamson na sua Bibl. Lusit. pag.
34, fala d'elle com muito louvor. Mas perdeu bastante da antiga importancia, depois que se descubriu e publicou a citada
Chronica de Guiné, por Azurara, a qual o P. Freire mostra não ter conhecido. (V. o Manuel de Bibl. Univ. do Roret, tomo n
pag. 511.) Foi traduzido em francez pelo Abbade de Cournand, e sahiu impresso, Lisbonne (Paris) 1781. 12.º. O preço regular
dos exemplares bem acondicionados tem sido de 960 a 1:600 réis”.
€1.200
296. FROTA DE PESCA DO BACALHAU. Album organizado pelo Grémio dos Armadores de Navios da Pesca do Bacalhau.
[Composição, impressão, desenho, gravuras e encadernação da Papelaria Luso-Brasileira Abel d’Oliveira, Lda. Lisboa].
Progredior. 1946. De 21x28 cm. Com 42 fólios ilustrados. Encadernação do editor em álbum com ferragens; de forma a
receber ou trocar fólios. Contém as fichas de identificação de todos os navios da famosa “Frota Branca” da pesca longínqua,
célebres em todo o mundo pela sua pintura branca e letreiros nos cascos que lhes asseguraram a neutralidade durante a 2ª
Guerra Mundial. Cada ficha contém fotografia e perfil do navio; tipo da embarcação, ano e local da construcção; praça do seu
registo; nome do armador e sua bandeira colorida; dimensões, tonelagem, motor (tipo, marca, potência, misto ou sem motor);
com/sem frigorifico; material da construção do navio; capacidade de pesca, altura dos mastros e distintivo internacional. Entre
estes navios encontram-se as fichas dos famosos: Creoula, Santa Maria Manuela, e Argus (construídos em 1937 e 38 em
Lisboa); e o Gazela Primeiro (construído em 1883 em Cacilhas).
€150
297. FULLER. (Thomas) PHARMACOPOEIA EXTEMPORANEA sive PRAESCRIPTORUM SYLLOGE, in qua
REMEDIORUM Elegantium & Efficacium Paradigmata, ad omnes fere medendi intentiones accomodata, candide
proponnuntur: Una cum Viribus, operandi ratione, Dosibus, & Indicibus annexis. Per THOMAM FULLER, M. D. EDITIO
SEXTA, CASTIGATIOR. AMSTELAEDAMI, Prostat apud WETSTENIOS. cIc Ic cc ix [1709]. In 12º (de 16x10 cm) com
[xvi]-319 pags. Encadernação da época inteira de pele com feros a ouro na lombada. Exemplar com ex-libris oleográfico na
folha de rosto. 2ª edição desta obra em latim (a primeira edição latina foi publicada no ano anterior, 1708, em Londres)
Thomas Fuller (1654-1734), médico britânico, publicou esta obra em língua inglesa em 1710.
€300
298. GALLOIS. (Emile) LE COSTUME EN ESPAGNE ET AU PORTUGAL. Quarente-huit planches en couleurs. Henri
Laurens, Editeur. Paris. S/d (193?). De 35x26 cm. Pasta editorial (cansada) com 4 fólios iniciais de texto (por abrir) e 48
estampas impressas com desenhos de costumes portugueses de Emile Gallois (1882-1965), aguareladas manualmente pelo
editor.
€200
299. GALVÃO. (António) TRATADO DOS DESCOBRIMENTOS. Terceira edição. Minuciosamente anotada e comentada pelo
visconde da Lagoa, com a colaboração de Elaine Sanceau. Reprodução diplomática da raríssima edição Princeps, com versão
actualizada por César Pegado, primeiro bibliotecário da Universidade de Coimbra, e um estudo bio-bibliográfico de [sobre]
António Galvão pelo visconde de Lagoa. Biblioteca Histórica – Série Ultramarina. Livraria Civilização, Editora. Porto. 1944.
De 22x15 cm. Com 505 pags. Encadernação inteira de pele com finos ferros a ouro na lombada e nas cercaduras das pastas.
Ilustrado com os fac-similes das folhas de rostos da 1ª edição de 1563, e da 2ª edição de 1731.
€80
300. GALVÃO. (Duarte) CHRONICA DO MUITO, E MUITO ESCLARECIDO PRINCIPE D. AFFONSO HENRIQUES
PRIMEIRO REY DE PORTUGAL, COMPOSTA POR DUARTE GALVAÕ. Fidalgo da Casa Real, e Chronista Mor do
Reyno. FIELMENTE COPIADA DO SEU ORIGINAL, QUE se conserva no Archivo Real da Torre do Tombo.
OFFERECIDA A’ MAGESTADE SEMPRE AUGUSTA DELREY D. JOAÕ V. NOSSO SENHOR POR MIGUEL LOPES
FERREYRA. LISBOA OCCIDENTAL. Na Officina FERREYRIANA. M. DCC. XXVI. [1726] Com todas as licenças
necessárias. In fólio (de 29x20 cm) com [xxiv], 95 pags. Encadernação da época em pergaminho fléxivel com título manuscrito
na lombada. Ilustrado com belas vinhetas e capitulares decorativas xilografadas. Exemplar da proveniente da aprovação oficial
da obra pelo Santo Ofício com todas as licenças necessárias manuscritas e assinadas sobre a página de anterrosto: “Concorda
com o original…”; “Visto colar conforme o original pode correr…”, “Pode correr Lisboa Occª 29 de Janeiro de 1727” (Com 7
assinaturas: Alencastre, Cunha, Teixeira, Silva, Cabedo, e outros); e vestígios de lacre sobre o escudo real na folha de rosto
(possível vestígio do protocolo da concessão de autorização). Exemplar com leves manchas de humidade. Inocêncio II, 207:
“Duarte Galvão, Fidalgo da Casa d'elrei D. Manuel, e por elle enviado por seu Embaixador às cortes de Roma, Alemanha e
França, e ultimamente ao Imperador dos Abexins, mais conhecido entre nós pelo nome de Preste João. O cargo de Cronista
mór do reino, que Barbosa e outros pretenderam attribuir-lhe, fica mais que duvidoso em presença dos argumentos que para
lho negar emprega Fr. Manuel de Figueiredo na sua Dissertação sobre os Chronistas Móres, pag. 7 a 9. Nasceu em Évora, ao
que se julga pelos anos 1445, e morreu na ilha de Camaram, no mar da Arábia, quando ia desempenhar a sua missão a
Abyssinia, carregado (diz João Pinto Ribeiro) de anos, de prudência e de autoridade. É muito instructivo e digno de ler-se o
que a seu respeito e da sua Crónica, que em seguida menciono, escreveu o academico Pedro José da Fonseca a pag. cxxiij do
Catalogo dos Auctores, que antecede o primeiro e unico tomo do Diccionario da Academia, por vezes citado. Chronica do
muito alto e muito esclarecido principe D. Affonso Henriques, primeiro rei de Portugal, composta por Duarte Galtão, fidalgo
da Casa Real, e chronista mór do reino. Fielmente copiada do seu original que se conserva no Archivo Real da Torre do
Tombo... por Miguel Lopes Ferreira. Lisboa Occidental, na Offic. Ferreiriana 1726. fol. de XXVI 95 pag. Há tambem
exemplares que trazem no frontispício 1727 sendo aliás da mesma e única edição, como já verifiquei. Esta Crónica anda
comummente junta às dos cinco seguintes reis, escritas por Ruy de Pina, e publicadas também pela primeira vez pelo mesmo
editor, formando todas um volume, cujo preço regular é de 1:600 ate 2:400 reis. Quanto ao valor histórico da Crónica, diz o
Marquez de Alegrete, que além de ser muito breve, conta entre as acções de D. Afonso Henriques, algumas tão inverosimeis
que a fazem merecedora do pouco crédito que os homens prudentes lhe dão nesta parte. Isto refere-se principalmente, creio,
aos quatro capítulos, que a Inquisição mandou riscar na Crónica, ao dar a licença para a sua impressão, que vem a ser os XXI,
XXII, XXIII e XXIV do original, os quaes foram efectivamente omitidos nos exemplares communs. Digo comuns, porque
consta pelo testemunho do nosso celebre cavalheiro Francisco Xavier de Oliveira, haver dois da dita Crónica, da citada edição
de 1726, onde esses capitulos foram textualmente impressos. Um destes exemplares possuía o o proprio Oliveira, como se vê
de um curioso e recomendável artigo por ele escrito, e que se pode ler no jornal o Popular, impresso em Londres, 1825, no vol.
II, pag. 161; e aí mesmo se encontram algumas espécies, que D. Francisco de S. Luís pareceu ignorar, quando tratou deste
assumpto. (Vej. o Panorama, vol. III, 1839) pag. 330) qualificando de estranhos, inverosímeis e absurdos os factos narrados
naqueles capitulos, e decidindo que elles foram com razão refugados, por serem indignos de mais figurar na história de
Portugal. De opinião bem diversa parece ter sido o literato, que na Revista Litteraria do Porto, tomo II, pag. 322 ate 334,
reproduziu e deu à luz os sobreditos capítulos inéditos, copiando os para esse fim de um códice manuscripto, que pertencera ao
convento de Santa Cruz de Coimbra, e se julga existir hoje na Bibl. Pública do Porto”.
€800
301. GALVÃO. (Duarte) CRONICA DELREY DOM AFFOMSSO HAMRRIQUES. Primeiro Rey destes Regnos de Portugall
por Duarte Galluam Fidalgo da Casa DelRey e do seu Conselho. M. D. V. [1550]. Publicada pelo bacharel Manuel de Castro
Guimarães Conde de Castro Guimaraes em comemoração da morte do cronista. [Impresso na Editora, Lda]. S/L [Cascais].
1918. De 29x21 cm. Com xxxix-(i)-216 pags. Encadernação inteira de pele maroquin beje com finos ferro a ouro na lombada.
Ilustrado com uma página fac-simile do manuscrito quinhentista iluminado. Obra impressa a duas cores sobre papel de linho e
de uma tiragem 200/61 assinado pelo publicador; o Conde de Castro Guimarães. Exemplar apresenta-se afectado por picos de
humidade.
€120
302. GALVÃO. (Henrique) ANTROPOFAGOS. Ilustrações de José de Moura. Editorial “Jornal de Notícias”. Impresso nas
oficinas gráficas de Bertrand Irmãos, Lda. Gravuras de Mário Nunes. Lisboa. 1947. De 23x17 cm. Com 323-(vii) pags.
Encadernação da época com lombada e cantos em pele com ferros. Profusamente ilustrado a preto/branco e com gravuras a cor
em extra texto. Contém 7 páginas inumeradas com índice e uma bibliografia. Obra sobre o tema da antropofagia em todo o
mundo e particularmente na África ocidental. Fotografia do autor em conferência com um soba em que se fala de antropofagia.
€150
303. GALVÃO. (Henrique) e Carlos Selvagem. IMPÉRIO ULTRAMARINO PORTUGUÊS. Monografia do Império.
Empresa Nacional de Publicidade. Lisboa 1950-53. 4 volumes. De 23x15 cm. Com 407, 421, 474 e 440 pags. Encadernações
com lombadas e cantos em pele. Ilustrado.
€300
304. GALVÃO. (Henrique) OUTRAS TERRAS OUTRAS GENTES. (VIAGENS EM ÁFRICA). Litografia Nacional.
Emprêsa do Jornal de Notícias. Pôrto. S/d [1944 - 1947]. 2 volumes. De 29x22 cm. Com 617 pags. Encadernações da época
inteiras de pele mosqueada (ao gosto antigo do séc. xviii) com finos ferros a ouro nas lombadas e nas esquadrias das pastas.
Profusamente ilustrado no texto e em extra-texto com similigravuras e litografias coloridas reproduzindo pinturas e aguarelas
de Eduardo Malta e de outros artistas plásticos. Colaboração artística de José Américo Pires de Moura, Fausto Sampaio, Neves
e Sousa, Martins Barata, António Ayres, Rui Filipe, e outros. A maior parte do documentário fotográfico desta obra –
publicada inicialmente em fascículos no inicio dos anos de 1940 - foi realizado pelo Dr. Elmano da Cunha e Costa.
€400
305. GALVÃO. (Henrique) RONDA DE AFRICA. (Outras terras, outras gentes: viagens em Moçambique). Editorial “Jornal de
Notícias”. Porto. Realização de Neogravura Ltda. Lisboa. S/d [1948]. 2 volumes. De 30x23 cm. Com 609 pags. Encadernações
inteiras de pele com finos ferros a ouro nas lombadas e rolados nas esquadrias das pastas. Profusamente ilustrado com
fotogravuras recolhidas pelo autor; reproduções de mapas e reproduções de esboços, desenhos e quadros em extra-texto, nos
quais colaboraram e ilustraram artisticamente José Américo Pires de Moura e Fortunato Anjos. Obra com a memória da
viagem do autor desde o Lobito até Lourenço Marques (Maputo) através do Mapa Côr de Rosa; grande quantidade de
percursos na antiga Rodésia; um capítulo sobre Lourenço Marques (Maputo); a Província a Sul do Save; a Província de Manica
e Sofala; a Província da Zambézia; e a Província do Niassa. Contém no final da obra um índice das centenas de gravuras
apresentadas no texto.
€400
306. GALVÃO. (Henrique), Teodósio Cabral e Abel Pratas. DA VIDA E DA MORTE DOS BICHOS. (Subsídio para o estudo
da fauna de Angola e notas de caça). [Por]… Antigo Governador da Huíla,…. Antigo Fiscal Geral de Caça em Angola,…
Chefe dos Seviços de Pecuária de Angola. Livraria Popular de Francisco Franco. Lisboa S/d (196?). 5 volumes encadernados
em 2 volumes. (Exemplares, respectivamente, das 6ª, 3ª, 5ª, 4ª e 3ª edição). De 24x17 cm. Com 246, 217, 233, 234, 234 pags.
Encadernações inteiras de pele marroquin castanho com finos ferros a ouro nas lombadas e nos títulos em super-libris.
Ilustrados com fotogravuras, mapas desdobráveis e esboços. Exemplar com título de posse na folha de guarda.
€500
307. GARCIA DE MEDRANO. LA REGLA Y ESTABLECIMIENTOS DE LA CAVALLERIA de Santiago del Espada,
com la Historia del origen y principio della. [cólofon] COMPVESTO Y ORDENAdo por el Licenciado don Garcia de
Medrano, del Consejo de las Ordenes, Auiendo sido nombrado Assessor del Capitulo General por su Magestade, el qual se lo
cometio. Y fue impresso en Madrid, en casa de Luís Sanchez. Año M. DC.XXVII. (1627) In fólio de 29x20 cm. Com (vi)-200(xvii) fólios. Encadernação da época em pergaminho flexível. Ilustrado com um magnífico frontispício arquitectónico gravado
tendo a centro as armas reis de Espanha, uma gravura com a cruz de Santiago de Espada impressa a vermelho e uma gravura
de Santiago Mata-Mouros em combate. Exemplar com leves picos de traça marginais e alguns fólios com acidez própria do
papel.
Binding: contemporary flexible vellum with handwritten title at spine. Illustrated with a superb architectural
frontispiece engraved with the coat-of-arms arms of the Kings of Spain; the cross of Santiago de Espada printed in red; and the
image of Santiago [St. James] Mata-Moors in battle. Copy with slight foxing and some folios with stains due to natural acidity
of the paper.
€5.000
308. GARNIER. (Édouard) HISTOIRE DE LA CÉRAMIQUE. Poteries, Faiances et Porcelaines. Chez tous les peuples depuis
les temps anciens jusqu’a nos jours. Par… ancien attaché a la conservation du Musée de Sèvres (1871-1879) secrétaire de la
section de céramique au Musée des Artrs Décoratifs, attaché a la Direction des Beaux-arts. Préface de M. Paul Gasnault.
Illustrations d’après les dessins de l’auteur. Gravure de Trichon. Alfred Mame et Fils Éditeurs. MDCCCLXXXII [1882]. De
26x18 cm. Com xv-576 pags. Encadernação editorial gravada a seco, a ouro e a cores. Profusamente ilustrado com gravuras no
texto e em extra texto. Obra impressa sobre papel couché.
€150
309. GIACOMETTI. (Michel) CANCIONEIRO POPULAR PORTUGUÊS. [Por]... com a colaboração de Fernando LopesGraça. Círculo de Leitores. Lisboa. 1981. De 27x20 cm. Com 343 pags. Encadernação do editor. Profusamente ilustrado com
fotogravuras a cores dos instrumentos musicais e partituras com levantamento das músicas populares. Exemplar preserva
sobrecapa de protecção ilustrada.
€120
310. GIARDINI, Joannes. PROMPTUARIUM ARTIS ARGENTARIAE EX QUO, CENTUM EXQUISITO STUDIO
INVENS, DELINEATIS, AC IN AERE INCISIS TABULIS PROPOSITIS, ELEGANTISSIMAE, AC INNUMERAE EDUCI
POSSUNT NOVISSIMAE, IDEAE AD CUJUSCUMQUE GENERIS VASA ARGENTEA, AC AUREA INVENIENDA, AC
COFICIENDA. OPUS NON MODO ARTIS TYRONIBUS, VERUN ETIAM PROVECTIS MAGISTRIS SANE PERUTILE
INVENIT, AC DELINEAVIT JOANNES GIARDINI AC DUAS PARTES DISTRIBUIT. ROMAE ANNO MDCCL. [1750]
Sumptibus Fausti Amidei Bipliopolae in Via Cursus. In fólio de 39,5x27,5 cm. 2 partes com: [ii] pags., 50 gravuras + [ii] pags.,
50 gravuras assinadas Ioañ. Giardini Foroliuis Inuen. Et delin. Maxi.s Ioseph Limpach Pragensis Scup. Romae. Encadernação
da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada. Obra publicada em duas partes apresentando cada uma frontispício
próprio. Elaborado estudo em forma de catálogo de ourives com 100 gravuras com peças de prata, muitas para uso eclesiástico,
todas desenhadas por Giardini e gravadas por José Maximo Limpach. Segunda edição desta obra publicada pela primeira vez
em Praga no ano de 1714 com o titulo Disegni diversi. É considerada uma das melhores coleções de desenhos do século XVIII
para ourivesaria. Giardini (1646-1728), italiano famoso desenhador, ourives, entalhador e escultor em bronze e pedra.
Trabalhou para a corte pontifícia como principal fundidor de bronze e executou algumas encomendas importantes para altos
dignatários da sua época. Infelizmente poucos foram os seus trabalhos em prata para igrejas que escaparam à voraz rapina
napoleónica. No entanto a reputação de Giardini deve-se sobre tudo à publicação da sua obra Disegni diversi, Praga 1714. As
peças desenhadas por Giardini refletem a influência da escultura e da arquitectura do barroco tardio, especialmente de Bernini
e Borromini, nas suas curvas e no seu repertório de ornamentos naturais. Os desenhos de Giardini embora apresentem puros
caprichos muito difíceis de realizar com metais preciosos foram a principal fonte de inspiração para a produção artística
Romana no trabalho da prata ao longo do século XVIII.
Biding: Contemporary full calf gilt at spine. Pattern-book with
designs and studies prepared in the form of goldsmiths catalog with 100 engravings with pieces of silver, many for church use
and all designed by Giardini and engraved in Rome by Maxi.s Ioseph Limpach Pragensis. Second edition of this work.
Considered one of the best collections of jewelry drawings of the 18th Century craftsmanship. Giardini (1646-1728), Italian
draughtsman, silversmith, bronze-caster and gem-carver. He worked for the Pontifical court as the main bronze-caster and
accomplished some important orders for high dignitaries of his time. Unfortunately few silver works escaped the ravenous prey
of Napoleon from churches. However Giardini's reputation is established from the publication of this work, Disegni diversi,
printed in Prague, 1714. The pieces designed by Giardini reflect the influence of sculpture and architecture of the late Baroque,
especially from Bernini and Borromini in its curves and its repertoire of natural decorations. Giardini‘s drawings with difficult
details although very difficult to accomplish with precious metals were the main source of inspiration for artistic production in
the work of Roman silver in the long eighteenth century.
€4.000
311. GIL. (Stélio) GUIA TÉCNICO DE HOTELARIA. Conhecimentos dos Serviços de: Direcção – Recepção – Portaria –
Economato - Rouparia – Andares – Balcão – Bar – Cafetaria – Copa – Cozinha e Pastelaria – Mesa e Bandeja. Edição do autor.
[Composto e impresso no Centro Tipográfico Colonial]. Lisboa. 1952. De 25x19 cm. Com 448 pags. Encadernação do editor.
Profusamente ilustrado e com secções de anúncios comerciais. Ilustrações de Décio Lobato e fotografias de Horácio Novaes.
Obra contém toda a terminologia utilizada na restauração e hotelaria, como por exemplo: molhos, condimentos, cortes da
carne, diversidade das bebidas, etc.
€80
312. GODINHO, Consuelo. ALPHABETO ABOIM Composto Desenhado e Gravado pella Calligrapha Consuelo Godinho. S./l.
(Lisboa?) S./d. (187?). In fólio oblongo de 22,5x31,5 cm. Álbum caligráfico composto por folha de rosto com uma fotografia
original da autora, ao centro, e 26 litografias coloridas com as letras do abecedário. Encadernação do editor. Totalmente
ilustrado reproduzindo trabalhos de desenho e caligrafia da autora com um tema para cada letra. Referência bibliográfica:
Henrique Ferreira Lima, Subsídios para um Dicionário de Calígrafos Portugueses, p. 38.
Composite drawings engraved in
calligraphy by Consuelo Godinho. In oblong folio of 22.5 x31, 5 cm. Circa 1870. Binding of the publisher. Album composed
of calligraphic title page with an original photography of the author, at center, and 26 colored lithographs with the letters of the
alphabet. Fully illustrated reproducing designs of caligraphlical works by the author with a theme for each letter. References:
Henrique Ferreira Lima, Subsídios para um Dicionário de Calígrafos Portugueses, p. 38.
€800
313. GODINHO. (António) LIVRO DA NOBREZA E PERFEIÇAM DAS ARMAS [DOS REIS CHRISTÃOS E NOBRES
LINHAGENS DOS REINOS DE PORTUGAL, FEITO POR ANTÓNIO GODINHO, ESCRIVÃO DA CAMARA
D’EL-REI D. JOÃO 3º]. Fac-simile do MS.164 da Casa Forte do Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Introdução, notas,
direcção artística e gráfica de Martim de Albuquerque e João Paulo de Abreu e Lima. Sob o patrocínio da Academia
Portuguesa de História. Edições Inapa. Lisboa. 1987. In fólio (de 44x32 cm). Com 75 pags e 50 fólios inumerados.
Encadernação artística em tela com aplicação armoriada e motivos florais em super-libris. Ilustrado com polocromias sobre
papel couché. Edição bilingue em português e inglês. Exemplar nº 1056 da tiragem comercial de 3000 exemplares.
The
“Livro da Nobreza e Perfeiçam ds Armas” is a manuscript reproduced using electronic and off-set printing. This XVIth
Century codex started before 1517, was completed before September, 1541. It opens a catalogue of the coats-of-arms titled
with decorative gothic letters. This codex is a treasure of the Portuguese National Archives.
€180
314. GÓIS. (Damião de) CHRONICA DO SERENISSIMO SENHOR REI D. EMANUEL ESCRITA Por DAMIÃO DE
GOES, Dirigida ao Sereníssimo Príncipe Dom Henrique, Infante de Portugal, Cardeal do Titulo dos Santos Quatro Coroados
filho deste felicíssimo Rei. COIMBRA: Na Real Officina da Universidade, Anno de MDCCLXXXX. (1790) In 8.º de
20,5x14,5 cm. 2 volumes com (iv)-488 e(iv)-664 pags. Encadernações da época inteiras de pele com ferros a ouro nas
lombadas, um pouco cansadas. Inocêncio II, 123. “DAMIÃO DE GOES, Commendador da Ordem de Christo, Guarda mór da
Torre do Tombo, e Chronista mór do Reino, conforme a opinião de alguns (hoje mais que duvidosa, em presença dos
argumentos produzidos pelo critico cisterciense Fr. Manuel de Figueiredo a pag. 10 da sua Dissertação para apurar o catalogo
dos Chronistas mores). Nasceu, segundo dizem os seus biographos, na villa de Alemquer pelos annos de 1501, e sendo
admittido no paço ao serviço d'elrei D. Manuel quando contava nove annos de edade, ahi permaneceu até á morte d'este
monarcha occorrida em 1521. Desejoso de instruir se e dilatar os seus conhecimentos, sahiu de Portugal em 1523, com
annuencia d'elrei D. João III, e por elle incumbido de tractar em Flandres negocios do Estado. Occupado successivamente
n'esta e n'outras importantes commissões e aproveitando os intervalos livres do serviço em digressões instructivas, percorreu a
maior parte da Europa, convivendo amigavelmente, ou correspondendo se por cartas com os homens mais sabios e notaveis do
seu tempo. Foi bem aceito a varios soberanos, dos quaes recebeu honorificas mercês e distincções. Recolhendo se afinal á
patria, onde já estava em 1546, foi lhe em 1548 encarregada a serventia do cargo de Guarda mór do Real Archivo, que parece
teve depois em propriedade: e no anno de 1558 lhe commetteu o cardeal D. Henrique a composição da Chronica d'elrei seu
pae, que elle concluiu e deu á luz. ”
€400
315. GÓIS. (Damião de) CRÓNICA DO FELICÍSSIMO REI D. MANUEL composta por… Nova Edição conforme a primeira
de 1566. Acta Universitatis Conimbrigensis. Por ordem da Universidade. Coimbra. 1949, 1953, 1954 e 1955. Obra em 4
volumes encadernados em 2. De 26x21 cm. Com 266, 158 309 e 292 pags. Encadernações inteiras em pele marroquin
vermelho, com finos ferros a ouro nas lombadas e nas esquadrias das pastas, executadas pelo mestre encadernador Frederico
d'Almeida. Ilustrado com folha de rosto da edição princeps. Exemplar por abrir; apenas aparado e carminado à cabeça. A
primeira edição foi publicada em 1566; da qual a presente edição é uma transcrição diplomática com um índice analítico no
último volume.
€300
316. GOMES DA CRUZ. (José) DISCURSO APOLOGETICO, CRITICO E CHRONOLOGICO que escreveo Joseph Gomes
da Cruz sobre as excommunhoens, interdictos, e cessação à divinis, com que procedeo o Reverendo Doutor Joseph Gomes
Dias, com o pretexto de juiz apostolico de Sua Santidade, contra o illustrissimo cabido da Santa Sé Metropolitana de Lisboa
Oriental. Dedicado ao dito Illustrissimo cabido. Lisboa Occidental. Na officina de Joseph Antonio da Sylva, impressor da
Academia Real. M. DCC. XXXV. (1735). De 23x16 cm. Com (lxii)-190 pags. Encadernação da época inteira de pele com
ferros a ouro na lombada. Exemplar com corte dourado por folhas. Inocêncio IV, 360: “É precedido o discurso de uma
advertencia preliminar que occupa 38 pag. innumeradas; e antes d’esta vem dedicatoria, licenças, indice, etc., que á sua parte
preenchem com o rosto 28 pag., tambem sem numeração. José Gomes da Cruz, cavalleiro professo na Ordem de Christo, e
natural de Lisboa, baptisado na egreja parochial de N. S. dos Martyres em 10 de Dezembro de 1683. Aprendida a lingua latina
quando contava nove annos de edade, matriculou-se aos treze no curso de direito canonico da Universidade de Coimbra, e
n’elle fez acto de formatura, recebendo o grau de bacharel n’aquella faculdade. Aos dezenove annos foi despachado juiz de
fóra de Cezimbra, e serviu depois outros cargos na magistratura durante um intervalo de dezoito annos, findos os quaes
resolveu trocar a vida de juiz pela de advogado, estabelecendo-se como tal em Lisboa. Por mais de quarenta annos continuou
em exercicio, grangeando grandes creditos como jurisconsulto, e sendo não menos respeitado por sua erudição e saber. Foi
academico da Academia R. de Historia Portugueza, e encarregado de proseguir as memorias ecclesiasticas do bispado da
Guarda, do ponto em que as deixára o seu antecessor Manuel Pereira da Silva Leal: Porém nada consta do seu desempenho,
quanto a esta incumbencia. Sabe-se que vivia em 1761, ignorando-se ainda a data certa do seu falecimento.”
€200
317. GOMES DA CRUZ. (P. Fr. Jozé) HISTORIA DA PRODIGIOSA VIDA E ADMIRAVEL MORTE E MILAGRES DO
GLORIOSO PADRE S. FRANCISCO DE PAULA. Brilhante luz de Calabria, portento maravilhoso da graça, escolhido
plenipotenciario de Deos e grande chanceller de sua caridade soberana, único fundador e patriarca da esclarecida Ordem dos
Minimos. Primeiro e sem segundo instituidor do penitente voto da vida quaresmal. Composta pelo… lente de prima e regente
dos estudos em o Collegio dos Minimos de Salamanca. Corrector que foy do ditto collegio e filho da muy observante e illustre
provincia de Castella. Traduzida da lingua castelhana no idioma portuguez e offerecida ao muito alto e muito poderoso Rey D.
João V nosso senhor. Pelo Padre Fr. Marcos Gonçalves da Cruz. Pregador jubilado, missionario apostolico, vigario provincial
e presidente do hospicio que a sua religião tem nesta corte. Lisboa Occidental. Na Officina de Pedro Ferreira. Anno 1731. In 4º
(de 20x15 cm) com 575 pags. Encadernação da época inteira de pergaminho. Ilustrado com uma gravura de S. Francisco de
Paula. Folha de rosto a duas cores e texto impresso em dupla coluna. Inocêncio XII, 347. “Em uma nota de Innocencio leio o
seguinte: «deve se advertir que este nosso escriptor é diverso de Fr. José Gomes da Cruz, de nação castelhano, que escreveu a
historia da prodigiosa vida e admiravel morte e milagres de S. Francisco de Paula, traduzido do castelhano por Fr. Marcos
Gonçalves da Cruz. Lisboa, 1731. 4.º e para que se não confundam os dois, como já aconteceu ao Sr. J. das N. Gomes Elyseu,
que julgou serem ambos um só individuo, faça se esta menção.”
€300
318. GOMES DE BRITO. (Bernardo) HISTORIA TRAGICO-MARITIMA. Compilada por… com outras notícias de
naufrágios. Bibliotheca de Clássicos Portuguezes. Proprietário e fundador - Mello D’Azevedo – Escriptorio. Lisboa. 19041909. Obra em 12 volumes encadernados em 3 volumes. De 20x14 cm. Com 155, 159, 161, 133, 87, 105, 91, 139, 128, 188, 80
e 82 pags. Encadernações da época com lombada em percalina e pastas em papel decorativo. Exemplar com oxidação do papel
e apresentando 2 ex-libris em anterrosto. Bernardo Gomes de Brito (v. Inocêncio I, 377) natural de Lisboa e nascido em 1688,
com louvavel curiosidade e diligencia reuniu uma ampla colecção de relações e notícias de naufrágios e successos infelizes
acontecidos aos navegadores portuguezes, escritos por diversos autores, anteriormente impressos soltos ou mantidos apenas em
manuscritos, e dividindo-os em cinco volumes de que só publicou os primeiros dois, ignorando se o destino que tiveram os
restantes, os quais Barbosa afirmou acharem-se no seu tempo prontos para a impressão. Esta obra muito conhecida
compreende as relações seguintes: 1. Relação da mui notavel perda do galeão grande S. João, em que se contam os grandes
trabalhos e lastimosos successos do Capitam Manuel de Sousa de Sepulveda. 2. Relação da viagem que fez Fernão Alvares
Cabral, até que se perdeu no Cabo de Boa Esperança. 3. Relação do naufragio da nau Conceição, de que era Capitão Francisco
Nobre 4. Relação da viagem e successos que tiveram as naus Aguia e Garça, vindo da India; 5. Relação do naufrágio da nau
Sancta Maria da Barca, de que era Capitão D. Luis Fernandes de Vasconcellos. 6. Relação da viagem e naufragio da nau S.
Paulo. No tomo II incluem-se: 1. Relação do naufragio que passou Jorge de Albuquerque Coelho, vindo do Brasil. 2. Relação
do naufragio da nau S. Tiago, e itinerario da gente que d’ella se salvou 3. Relação do naufragio da nau S. Thomé na terra dos
Fumos e trabalhos que passou D. Paulo de Lima Pereira. 4. Relação do naufragio da nau Sancto Alberto no penedo das Fontes.
5. Relação da viagem e successos da nau S. Francisco, em que ia por Capitão Vasco da Fonseca. 6. Tractado das batalhas e
successos do galeão S. Tiago com os hollandezes na ilha de S. Helena.
€150
319. GOMEZ ORTEGA, Casimiro. TABLAS BOTÁNICAS, [TABULAE BOTANICAE] EN QUE SE EXPLICAN
SUMARIAMENTE LAS CLASES, SECCIONES Y GÉNEROS DE PLANTAS QUE TRAE TOUNEFORT EN SUS
INSTITUCIONES : Á QUE SE AÑADEN EN CADA GÉNERO los nombres Españoles de muchas especies de vegetables, y
la explicacion de algunas voces facultativas. PARA EL USO DE VARIAS LECCIONES Y HERBORIZACIONES
BOTÁNICAS. POR EL DOCTOR D. CASIMIRO GOMEZ ORTEGA, Primer Catedrático del Real Jardin Botánico,
Numerario de la Real Academia de la Historia y de la Medicina de Madrid, é Individuo de la de Florencia, da la del Instituto de
Bolonia, de la de Ciencias de Paris, y de la Real Sociedad de Lóndres. EN MADRD. EN LA IMPRENTA REAL. M. DCC.
LXXXIII. [1783]. In 8º gr. (de 18x12 cm.) com [xvi]-167-[69] pags. Encadernação da época inteira de pele. Ilustrado com
diagramas e esquemas da organização das classes botânicas. Obra bilingue latim e castelhano. 2ª edição, a 1.ª foi publicada in
4º em 1773, só em latim. A segunda parte da presente obra (69 páginas inumeradas) contém um dicionário das palavras,
expressões e conceitos botânicos destinadas à correcta elaboração das descrições das plantas no terreno. Palau, 1990, III, 362.
€700
320. GONÇALVES TORMENTA. (Filipe) FABRICO DO AZEITE. Dissertação Inaugural apresentada por… Instituto de
Agronomia e Veterinária. Typographia Castro Irmão. Lisboa. 1908. De 23x17 cm. Com 175 pags. Encadernação da época com
lombada em pele. Exemplar com título de posse coevo sobre a folha de rosto.
€150
321. GONÇALVES. (Estevão) MISSAL PONTIFICAL. [Fac-simile integral]. Pontificales Missae ex missali romano, iuxta
decretum sacrosancti Concilij Tridentini restituto. 1610. Lith. F. Appel. Paris. S/d [193?]. De 45x32 cm. Com 48 fólios
inumerados. Ilustrado com o fac-simile reproduzido em similigravuras coloridas. BNP não menciona.
€400
322. GONÇALVES. (Júlio) OS PORTUGUESES E O MAR DAS ÍNDIAS. [Por]… Capitão de fragata médico. Livraria LusoEspanhola, Lda. Lisboa. 1947. De 20x14 cm. Com 787 pags. Encadernação inteira de pele marroquin azul com finos ferros a
ouro na lombada e nas esquadrias das pastas. Ilustrado com fotogravuras e mapas com esboços da divisão dos antigos reinos
indianos. Obra com recolha (nas primeiras 318 páginas) da história, da filosofia e da mitologia indiana anterior à chegada e ao
contacto dos portugueses.
€80
323. GONZAGA. (Frei Francisco) ANTIPHONA, Y ORACION A MARIA SANTISSIMA Sra. Nra. contra la Peste, y todas
enfermedades contagiosas. Dase en Romance para el bien publico de todos los Fieles, del Latine en que se escribe en las
Cronicas de la Orden Seraphica de N. S. P. S. Francisco, escriptas por el R. P. Francisco Gonzaga, General de dicha Orden,
Parte tèrcera, de la Provincia de Portugàl, Monasterio octavo. El caso fuè este: Padeciendo una gravíssima Peste toda la Ciudad
de Coimbra [etc]. S/L [Espanha]. S/d [séc. XVIII]. 1 fólio (de 21x15 cm) impresso frente e verso. Encadernação recente com
lombada em marroquin vermelho. Impresso com texto em frente e verso dentro de orla ou quadrilongo decorativo xilografado.
Não consta em Palau. Não consta na BNP.
€300
324. GORMICHO BOAVIDA. (Joaquim) ROTEIRO DE PESCA DE ARRASTO DO CABO JUBY E DO CABO
BRANCO. Imprensa Libânio da Silva. Lisboa. 1950. De 25x19 cm. Com 324 pags. Encadernação em percalina bordeaux.
Ilustrado com cartas náuticas desdobráveis, perfis da costa, perfis, esboços e localização geográfica dos pesqueiros. Exemplar
não apresenta capa de brochura, nem folha de rosto. Obra que representa um grande esforço de investigação e de referência
técnica da situação original dos pesqueiros, contendo boletos a enviar ao Gabinete de Estudos das Pescas para recepção de
adendas e suplementos em anos subsequentes. Contém guias práticos da localização exacta dos pesqueiros; e uma descrição
geográfica e histórica da costa africana (descrição física, da ocupação humana e das facilidades comunicação e de acostagem,
de amaragem e de aterragem ao longo da costa ocidental de África).
€120
325. GOUTTIÈRE. (Edmond) e J. van Driesten. ORDRES CIVILES ET MILITAIRES: PORTUGAL. Par… Officier de
l’Instruction Publique. Illustrations de … Imp. Monroccq. Paris. 1896. De 31x24 cm. Com 29 pags. Encadernação da época
com lombada e cantos em pele. Ilustrado com 14 lâminas extra-texto contendo os desenhos de todas as condecorações, à
época, da monarquia portuguesa. Apresenta gravuras e vinhetas de grande beleza gráfica tais como o retrato do rei D. Carlos
em anterrosto; e o Brasão da Casa de Bragança com o respectivo mote.
€300
326. GOYA Y LUCIENDES, Francisco. LOS PROVERBIOS. [DISPARATES] Coleccion de diez y ocho láminas inventadas e
grabadas al agua fuerte POR DON FRANCISCO GOYA. Publícala la R! Academia de Nobles Artes de San Fernando.
MADRID 1864. Lit. de J. Aragon, Urosas 10. In fólio oblongo de 31,5x42,5 cm. Com (i)-[frontispício litografado) + 18
gravuras. Encadernação inteira de chagrin preto com nervos e filetes nas pastas. Guardas em damasco com motivos decorativos
vegetalistas, enquadradas por magnificas seixas triplas douradas. Trabalho executado na Biblioteca Nacional de Lisboa em
1923, por J. A. da Fonseca, dourador A. Pinheiro. Trata-se da segunda edição ou tiragem (com numeração no canto superior
direito) da mais importante série de gravuras do autor. As chapas abertas a água-tinta, buril e ponta seca entre 1816 e 1823, só
foram publicadas em série em 1864 com tiragem de 250 exemplares. Exemplar com leves picos marginais de acidez (foxing).
Palau 1990, III 388. Vindel, 34. Harris III, 248 - 265.
In oblong folium (31,5x42,5 cm) with (i)-(lithographed frontispiece)
+ 18 plates. Binding: artistic black morocco bound in 1923 at The Lisbon National Library bookbinder workshop masterbinder J. A. da Fonseca and gilt by A. Pinheiro – gilt at spine with small tools; gilt frame at boards slightly worn out;
triple gilt stripes produced by rolled tools at inner boards; endpapers finished with red silk embroided fabrics [damasco] with
floral patterns. Second edition or print release (numbered at upper right corner) of the most outstanding plates by the author.
Engraved aqua-tint plates circa 1816-1823 and published for the first time in a serial, in 1864, with a release of 250 copies.
Copy with light marginal foxing in some plates.
€40.000
327. GRACIAN, Lorenzo. OBRAS DE…, DIVIDIDAS EN DOS TOMOS, EN EL PRIMERO CONTIENE El Criticòn, tratando
en la primera Parte de La Niñez, y Juventud: en la segunda de Varonil Edad: en la tercera de la Vejez. El Discreto. El Politico
Fernando el Catholico. El Heroe. EN EL SEGUNDO, La agudeza y Arte de Ingenio. Oraculo manual y arte de prudencia. EN
EL FIN AÑADIMOS, El Comulgatorio de varias Meditacione de la Sagrada Comunión, por el P. BALTAZAR GRACIAN.
EN AMBERES, En Casa de Iuan baptista Verdussen, Impressor y Mercader de libros. M. D. CCII. (1702) 2 volumes In 4.º de
22x 17 cm. Com [viii], 1-116-[viii]-239-[viii]-388-[iv]-447-[ii]-502 e [viii], 372, [iv] pags. Encadernação em 1 volume em
inteira de pele da época com ferros lavrados a seco nas pastas e nervos na lombada. Ilustrado com frontispício alegórico, folha
de rosto impressa a duas cores. Impressão a duas colunas. Exemplar com leve pico de traça marginal. Palau 1990, III 389.
€2.000
328. GRAVURAS DE PORTUGAL. MONUMENTOS. 2ª Série. S/L. S/d. [195?]. De 35x25 cm. Com 50 estampas fac-similadas.
Encadernação inteira de pele de (carneira marmoreada) com ferros a ouro na lombada e super-libris com título da obra e
armoriado com o brasão real. Editor João Rentagua?
€120
329. GREY, Sophie. PORTUGAL BEING SOME ACCOUNT OF LISBON AND ITS ENVIRONS AND OF A TOUR IN
ALENTEJO. From a journal kept by a lady three year’s actual residence. London Harvey and Darton. 1830. In 8.º de 18x10,5
cm. Com iv-275-[xvi] pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele. Ilustrado com 4 gravuras coloridas
manualmente apresentado as mesmas 8 vistas panorâmicas.
Illustrated with 4 hand colored plates with 8 views.
€2.000
330. GUEDES. (Rui) FLORBELA ESPANCA. FOTOBIOGRAFIA. Por… [2ª edição]. Publicações dom Quixote. Lisboa. 1999.
De 30x21 cm. Com 261 pags. Encadernação inteira de pele chagrin azul com ferros a seco a ouro na lombada e nas pastas.
Ilustrado com fotogravuras proveniente de grande diversidade de colecções e arquivos.
€80
331. GUERRA JUNQUEIRO. A VELHICE DO PADRE ETERNO. Editores Alvarim Pimenta e Joaquim Antunes Leitão. [Typ.
Universal de Nogueira & Caceres]. Porto. 1885. De 22x15 cm. Com 211 pags. Encadernação da época com lombada em pele.
Primeira edição da obra. Exemplar com falta das capas de brochura.
€60
332. GUEVARA. (Antonio de) EPISTOLAS FAMILIARES DE DON ANTONIO DE GVEVARA, OBISPO DE
MONDOÑEDO, PREDICATOR, CHRONISTA, y del cosejo sel Emperador Don Carlos: En las quales ay cosas notables,
Razonamientos muy altos y curiosos, con Exposiciones de Figuras, Autoridades, Medallas, Letreros, Histórias, Epitaphios
Sepulturas: Leyes, Costumbres antiguas, Doctrinas y Exemplos para todo estado de gente. Edition vltima y corrigida. PARTE
PRIMERA [+ PARTE SEGVNDA]. En Anveres. En casa de Iacobo Mevrcio. Año 1665. 2 volumes em 1. In 16º (16x11 cm)
com 400, [vi], 383,[v] pags. Encadernação da época em pergaminho flexível, as folhas das guardas recentes. Exemplar com
vestígios trabalho de traça (entre as pags. 91 e 140) apresentando restauros grosseiros. Obra da autoria do cronista do
Imperador Carlos V. Palau 1990, Tomo III, 423: 'Se reimprimió a plana y renglón...'
€800
333. GUEVARA. (D. António de) MONTE CALVARIO, PRIMERA, Y SEGVNDA PARTE, A LA EXCELENTISSIMA
SEÑORA D. LVISA MARIA de Meneses, MARQVESA DE GOVVEA, Y Condeça de Portalegre, &c. COMPUESTO POR
EL ILUSTRE SEÑOR D. ANTONIO DE GVEVARA, OBISPO de Mondoñedo, Predicador, y CHRONISTA MAYOR DEL
IMPERADOR CARLOS QUINTO, y de su Consejo. TRATA DE TODOS LOS MYSTERIOS DEL MONTE Calvario, desde
que CHRISTO fuè a muerte condenado por Pilato, hasta que por Joseph, y Nicodemos fuè metido en el sepulchro e de las siete
Palavras que el Señor dixo en el Arbol de la Cruz. LISBOA, Con las licençias necessárias. A despesa de ANTONIO
CRAESBEECK DE MELO, Impressor de la Casa Real. Anno M. DC. LXXVI. [1676]. 2 volumes. De 20x15 cm. com [xvi]312-[i]-[x]- 362 pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada. Texto a duas colunas. Palau, 1990,
vol. III, 425 e 426: “Se dice que la primera edición se hizo en Valladolid, por Nicolás Tierry, 1529, fol. pero no conocemos
ejemplares.” Frei António de Guevara (1480-1545) foi um dos escritores mais populares do Renascimento, sendo publicado
mais de 600 vezes em toda a Europa. Procedia de uma família nobre das Astúrias e graças aos bons ofícios do seu tio entrou na
Corte onde foi um escudeiro da rainha Isabel, a Católica. Ele era o protector de Soria, em 1518, e o Definidor da Província em
1520 esteve com o Imperador Carlos I durante a Guerra das Comunidades de Castilla, recompenso-o nomeando-o Pregador
Real em 1521. Guevara acompanhou o seu amo na viagem a Inglaterra em Junho de 1522 - o que influencia nas suas obras - e
em Maio de 1523 participou do capítulo geral da sua ordem em Burgos. Durante os anos seguintes, percorreu várias cidades de
Castela com o Imperador participou na guerra contra os mouros e foi ferido em 1526. No início de 1527, Carlos V nomeou-o
seu historiador oficial e mudou-se para o Valladolid em Junho para participar na reunião dos 24 de teólogos que se decidiram
sobre as obras de Erasmo de Rotterdam. É muito possível que ele escrevesse os discursos importantes do Imperador pois
acompanhou-o na canpanha da Tunísia, entre 1535 e 1536, e neste ultimo ano esteve em Roma na coroação do Imperador.
Proferiu a oração fúnebre da Imperatriz (Toledo, 1538) e em 1537 foi proclamado bispo de Mondoñedo. Guevara morreu em
sua diocese e foi sepultado na catedral. Fray Antonio de Guevara 1480 1545), Spanish writer and ecclesiastic, one of the most
popular Renaissance writers (his works were published more than 600 times throughout Europe). He proceeded from a noble
family of Asturias. Thanks to the good connections of his uncle he could raise into the Royal Court as a squire of Queen
Isabella the Catholic. He was the keeper of Soria in 1518, and the Definidor of the province in 1520. He was with Emperor
Charles I during the War of the Communities of Castilla, who rewarded him by naming him Royal Preacher in 1521. He
accompanied his master on his trip to England in June 1522 (that trip later influenced his works) and in May 1523 attended the
general chapter of his order in Burgos. During the years following toured various cities of Castile with the Emperor,
participated in the war against the Moors and was wounded in 1526. At the beginning of 1527 Charles V appointed him his
official historian and he moved to Valladolid on June to participate in the meeting of 24 theologians who would decid about
the works of Erasmus of Rotterdam. It is very possible that he wrote the important speeches of the Emperor and accompanied
him in the campaign of Tunisia - between 1535 and 1536 - and during this year he was in Rome in the coronación the Emperor.
He acted as preacher at the funeral of Empress (Toledo, 1538) and in 1537 he was proclaimed Bishop of Mondoñedo. He died
in his diocese and was buried in the cathedral.
€800
334. GUIA DO VIAJANTE EM PORTUGAL E SUAS COLONIAS EM AFRICA. Empreza Nacional de Navegação. Lisboa.
1907. De 21x15 cm. Com 382-[10]-xliii pags. Encadernação do editor, manuseada, com pastas cartonadas com motivos
decorativos a seco. Ilustrado. Exemplar com fotogravura de uma rua de Lisboa colada, em memorabilia, na folha anterior de
guarda. Ilustrações constam de 9 fotogravuras extra-texto dos principais portos de escala (Lisboa, Funchal, S. Vicente, S. Tomé
- Baía de Ana Chaves, Luanda, Benguela, Moçamedes, Lourenço Marques (Maputo) e Quelimane; e com 5 mapas
desdobráveis (Portugal continental, 3 Mapas de Lisboa, 1 Mapa de África (contendo 3 mapas de pormenor com os itinerários
das carreiras da África Ocidental e Oriental com primeira escala na Madeira, circum-navegação da Ilha de S. Tomé, Itinerário
da Costa de Angola, e Itinerário da carreira entre as ilhas de Cabo Verde e Guiné); e ainda os croquis desdobráveis dos
conveses e cabines dos vapores “Luzitania”, “África”, e “Portugal”. A obra ultrapassa o objectivo de um guia das cidades
portuárias e inclui a descrição em versão de almanaque das principais cidades continentais: Lisboa (e cada um dos seus locais
notáveis); Sintra; Cascais; Mafra; Batalha; Tomar; Coimbra; Penacova; Porto; Braga; Guimarães; as principais termas no
continente e as suas características termais. Segue-se, então, a descrição pormenorizada das “Possessões Portuguesas em
África” pela seguinte ordem: Madeira, Cabo Verde (S. Vicente, S. Tiago, S. Nicolau, Sal e Brava); Guiné (Bissau e Bolama);
Ilhas de S. Tomé e do Principe; Provincia de Angola (Cabinda, Sto António do Zaire, Ambriz, Luanda, Novo Redondo, Lobito,
Benguela, e Moçamedes). Na África meridional inglesa: Porto Alexandre; Baía dos Tigres e Cape Town). Na Província de
Moçambique encontra-se a descrição de Lourenço Marques, Beira, Inhambane, Chinde, Quelimane, Quelimane, Porto Amélia
e Ibo. As fotogravuras das localidades portuárias são de grande qualidade gráfica e documental.
€150
335. GUIMARÃES FILHO. (Luís) FRA ANGELICO. [Por]... da Academia Brasileira de Letras, da Academia das Sciencias de
Lisboa, da Academia Espanhola. 10º Milheiro. Editora Vozes, Ltda. Petropolis. Est. do Rio. De 23x16 cm. Com 272 pags.
Encadernado em pele marroquin vermelha com finos ferros a ouro na lombada e nas esquadrias das pastas. Ilustrado com
retrato do autor no anterrosto e reproduções de pinturas renascentistas em extra-texto. Exemplar com assinatura de posse no
anterrosto.
€50
336. GUSMÃO NAVARRO. (A. de) TOMBO HISTORICO E GENEALOGICO DE PORTUGAL. IIª Série. [Completa] Nº 1,
2, e 3. [Por]… dos Archeologos Portuguezes. Lisboa. 1928. 3 fascículos. De 26x19 cm. Com 76 pags. Brochados e
acondicionados dentro de caixa simulando encadernação com lombada em pele e título gravado: 'Tombo Histórico...II Série'.
Ilustrado. Tiragem de 400 ex. em papel vergé. Apenas os fascículos da 2ª série. BNP refere esta IIª série com 3 números, como
sendo tudo o que se publicou nesta mesma série.
€120
337. GUSMÃO. (Armando) SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE ÉVORA. Parte
primeira (1499-1567). Évora. 1958. De 25x20 cm. Com 209 pags. Encadernação inteira de pele. Ilustrado. Exemplar assinado
pelo provedor da Santa Casa.
€120
338. HARDING. (Bertita) O TOSÃO DE OURO. A História dos Habsburgos. Tradução de R. Magalhães Junior. Capa de Santa
Rosa. Livraria José Olympio Editora. Rio de Janeiro. S/d [1940]. De 22x15 cm. Com 397 pags. Encadernação da época com
lombada e cantos em pele, executada por Raúl de Almeida. Obra publicada com o título original: Golden Fleece. The Story of
Franz Joseph & Elisabeth of Austria.
€50
339. HARRISON, W. H. JENNING’S LANDSCAPE ANNUAL, OR TOURIST IN PORTUGAL, FOR 1839. OPORTO,
BATALHA, &c. BY W. H. HARRISON, AUTHOR OF “TALES OF A PHYSICIAN,” &C. &C. ILLUSTRATED FROM
PAINTINGS BY JAMES HOLLAND. [PRINTED BY MAURICE, CLARK, AND CO.] LONDON: ROBERT JENNINGS.
NEW YORK. D. APPLETON. [1839]. In 8.º de 20x13 cm. com xi-290-(ii) pags. Encadernação recente inteira de pele com
nervos e ferros a ouro na lombada e pastas, cortes dourados por folhas, executada pelo mestre Frederico de Almeida. Ilustrado
com 17 gravuras magnificamente coloridas manualmente. Obra em forma de guia para viagem de um estrangeiro em Portugal,
que começa na cidade do Porto e segue por Coimbra, Pombal, Leiria e Batalha. A obra inicia com um capitulo sobre os reis
portugueses, desde D. Afonso Henriques a D. Maria I. Apresenta um capitulo sobre a história do marques de Pombal e que
descreve também o terramoto de 1755.
Illustrated with 17 hand colored plates.
€2.000
340. HENRIQUES. (Júlio A.) A ILHA DE S. TOMÉ SOB O PONTO DE VISTA HISTORICO-NATURAL E AGRICOLA.
Imprensa da Universidade. Coimbra. 1917. De 26x18 cm. Com 208 pags. Encadernação da época com lombada em pele.
Profusamente ilustrado com: fotogravuras mostrando todos os aspectos da plantação, colheita e processamento do cacau; belas
fotogravuras das paisagens naturais de S. Tomé; microscopias das recolhas mineralógicas coladas nos respectivos locais do
texto; aspectos gerais e de pormenor das instalações das roças; e quadros de dados. Obra pelo mesmo autor de “Agricultura
Colonial”.
€200
341. HISTOIRE DES INAUGURATIONS DES ROIS; EMPEREURS; ET AUTRES SOVERAINS DE L'UNIVERS;
DEPUIS LEUR ORIGINE JUSQU’Á PRÉSENT. Suivie d’un précis de l’etat des Arts & des Sciences sous chaque Regne:
des principaux faits, moeurs, coutumes & usages les plus remarquables des François, depuis Pepin jusqu’à Louis XVI. Par M.
***. A PARIS, Chez Moutard, Libraire de la Reine, rue du Hurepoix. M. DCC. LXXVI. In 8.º de 21x13 cm. Com xvi – 559
pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada. Ilustrado com 14 gravuras intercaladas em extratexto representando trajos franceses desde a Idade Média até 1776.
Binding: contemporay full calf gilt at spine worned at
top. Titlepage wormed at top and ownership signature at bottom. Illustrated with 14 plates depicting fashion and French styles
from Middle Ages until 1776.
€200
342. HISTORIA JOCOSA DOS TRES CORCOVADOS DE SETUBAL. LUCRECIO, FLAVIO, E JULIANO. Onde se
descreve a equivoção graciosa das suas vidas. LISBOA Na Officina de FRANCISCO BORGES E SOUSA. Ano de
MDCCLXXXIX. [1789] In 8.º de 21x14 cm. Com 16 pags. Encadernação em pergaminho da época. Ilustrado com uma
xilogravura na folha de rosto. Folheto de cordel. Muito raro.
€150
343. HOLANDA. (António) e Simão Benig. A GENEALOGIA DO INFANTE DOM FERNANDO DE PORTUGAL. Facsimile do Ms. da British Library ADD.12531. Introdução, notas, direcção artística e gráfica de Martim de Albuquerque e João
Paulo de Abreu Lima. Edição sob os auspícios do Comissariado para a XVII Exposição Europeia de Arte Ciência e Cultura. Os
Descobrimentos Portugueses e a Europa do Renascimento. Conselho da Europa. Sob o patrocínio do Banco Borges e Irmão no
âmbito das comemorações do seu primeiro centenário graças à cortesia da British Library. Londres. Porto. Lisboa. Portugal.
1984. De 49x33 cm. Com 107 pags. Encadernação editorial. Ilustrado com a fac-simile reproduzindo a cores os 13 fólios
iluminados. Obra com a reproducção as páginas finamente iluminadas por uma oficina flamenga com o propósito inacabado de
mostrar a união das Casas Reais portuguesa e espanhola, na pessoa do Infante Dom Fernando antepassado de D. Manuel e
igualmente descendente do Conde Dom Henrique e de seu pai o Rei Santo Estevão da Hungria. Exemplar de uma tiragem
2514/177 em papel couché com assinaturas dos directores desta edição.
€200
344. HORTA OSORIO. (Antonio) HISTORIA DO CRIME. O caso do Banco Angola e Metropole. Resposta aos agravos dos
arguidos: José Bandeira, Antonio Bandeira, Adriano Silva, Justino de Moura Coutinho, Avelino Teixeira. Estamparia do
Banco de Portugal. Lisboa. 1928. De 28x22 cm. Com 479 pags. Encadernação com lombada e cantos em pele. Exemplar com
mancha de humidade afectando a folha de rosto. Peça jurídica onde consta toda a história detalhada do Caso Alves dos Reis,
nomeadamente o grande «petit contract» de 11 de Fevereiro de 1925 na divisão e destino do papel-moeda emitido em
Inglaterra. Peça do processo de julgamento da burla de Alves dos Reis.
€60
345. HYDE. (J. A. Lloyd) e Ricardo R. Espirito Santo Silva. CHINESE PORCELAIN FOR THE EUROPEAN MARKET.
Water colors and descriptions by Eduardo Malta. Editions R. E. S. Lisbon. 1956. De 47x35 cm. Com 105 pags. Encadernação
editorial. Profusamente ilustrado. Exemplar apresenta sobrecapa exterior em papel um pouco danificada. Edição em língua
inglesa da obra “Porcelana da China ao Gosto Europeu”, publicada na mesma data, com aguarelas, desenhos e descrição das
peças por Eduardo Malta.
€400
346. IMPÉRIO (O) PORTUGUÊS. ALBUM-CATÁLOGO OFICIAL. NA PRIMEIRA EXPOSIÇÃO COLONIAL
PORTUGUESA. Realizada no Palácio de Cristal do Pôrto de Junho a Setembro do ano de 1934. Documentário histórico,
agrícola, industrial e comercial – paisagens, monumentos e costumes. Direcção literária do Dr. Alberto Pinheiro Torres.
Editores – concessionários Mário Antunes Leitão e Vitorino Coimbra. Porto. 1934. De 25x19 cm. Com 457 pags.
Profusamente ilustrado e com secções de anúncios comerciais. Obra com a história do «movimento pró-colonial» [sic] que
promoveu as exposições coloniais em Portugal.
€200
347. IN MEMORIAM DE CAMILLO. Coordenado por E. A. e V. A. Direcção artística de Saavedra Machado. Casa Ventura
Abrantes Livraria Editora. Lisboa. MCMXXV. [1925]. De 34x 23 cm. Com 851 pags. Encadernação da época com lombada e
cantos em pele. Ilustrado. Exemplar de uma tiragem não justificada; impressa em papel creme; e diferente arranjo gráfico com
o texto dentro de quadrilongos vermelhos.
€200
348. ISAÏE. TRADVIT EN FRANÇOIS. Avec une explication tirée des SS. Peres, & des Auteurs Ecclesiastiques. A PARIS, Chez
Lambert Roulland, Imprimeur & Libraire Ord. de la Reyne [etc]. M.DC. LXXV [1675]. In 8º (18x12 cm) com [xx]-614-[xvi]
pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada. Corte por folhas carminado. Exemplar com fortes
manchas de humidade e danos na lombada.
€80
349. JACKSON. (Lady Catharina Carlota) A FORMOSA LUSITANIA. Por… Versão do inglez, prefaciada e annotada por
Camillo Castello Branco. Livraria Portuense Editora. Porto. 1877. De 25x17 cm. Com 448 pags. Encadernação do editor em
percalina estampada a seco, a preto e a ouro com título e motivos decorativos alegóricos e super-libris armoriado. Ilustrações
intercaladas em extra-texto. Exemplar com excelente apresentação e qualidade gráfica impresso em papel couché fino e muito
alvo.
€200
350. JACOU, Francisco de Paula. DICCIONARIO CLASSICO
HISTORICO-GEOGRAFICO-MYTHOLOGICO
[PORTUGUEZ] PARA USO GERAL, E PARTICULARMENTE PARA SEMINARIOS, COLLEGIOS, AULAS, &c, &c,
&c. QUE CONTEM:…….. OBRA ORIGINAL, PUBLICADA ULTIMAMENTE EM INGLATERRA, ONDE GOZA UMA
ESTIMAÇÃO UNIVERSAL, PELA SUA RECONHECIDA UTILIDADE. TRADUZIDA EM PORTUGUEZ POR
FRANCISCO DE PAULA JACOU. LISBOA: NA OFFICINA DE JOAQUIM RODRIGUES D’ANDRADE. 1816. In folio
(de 29x21 cm) com 558 páginas inumeradas. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada. Impressão
do texto a duas colunas. Primeira e única edição desta obra de referência na onomástica e na geografia clássica. Inocêncio III,
24: 'FRANCISCO DE PAULA JAKU, de quem não ha sido possivel descubrir a naturalidade, e mais circumstancias que lhe
dizem respeito. Diccionario classico Historico _ Geopraphico _Mythologico, que contém tudo o que é essencial para a
intelligencia dos auctores classicos; os nomes e resumo historico de todos os heroes e homens celebres da antiguidade os
nomes de todas as cidades do mundo conhecido; a explicação de todos os termos da mythologia, nomes dos deuses, semideuses e heroes fabulosos, etc. Traduzido do inglez. Lisboa, 1816. fol. É livro ainda ás vezes procurado, e cuja edição se acha
exhausta desde alguns annos'.
€300
351. JESUS MARIA, P. Fr. Joaõ de. PHARMACOPEA DOGMATICA MEDICO-CHIMICA, E THEORICO-PRATICA.
DIVIDIDA EM DUAS PARTES: NA PRIMEIRA TRACTA DAS PRINCIPAES PARTES E OPERACOENS da
Pharmacologia Galenico-Chimica, com as mais particularizadas Compoziçoens Antigas, e Modernas, exaggeradas com as
anotaçoens, e expurgaçoens do melhor Methodo: NA SEGUNDA SE DAÕ AS NECESSARIAS NOTICIAS MUITO
EXACTAS dos usuaes Animaes, Minerais, e Vegetaes, que ha, e póde haver neste Reyno; udo instruído de razões, e
experimentos, chegados ao MODERNO Século, e repartido em 5. Tractados dispersos em 2 Tomos com extenso numeroo de
exquesitos remedios de reconhecido effeito manifesto. OBRA UTILISSIMA A qualquer Professor de Medicina, e
particularmente precisa aos Pharmaceuticos. DEDICADA AO ABADE GERAL DE S. BENTO AUTOR O P. Fr. JOAÕ DE
JESUS MARIA, Monge da mesma Congregaçaõ, e Administrador da Botica do Reformado, e antiquíssimo Mosteiro de Santo
Thyrso. PORTO: Na Officina de ANTONIO ALVARES GUIMAR: Anno de M. DCC. LXXII. [1772] In fólio de 33x21 cm.
Com [x], 420, [ii] e 323, [ii] pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro, nervos e rótulo vermelho na
lombada. Exemplar com ligeira acidez própria do papel e 2 fólios (pags. 1 a 4 da 1º parte) mais curtos junto ao pé, provenientes
de outro exemplar. Inocêncio III, 387. “É obra hoje de todo esquecida, e de que não tenho visto algum exemplar, para dar aqui
a seu respeito mais miuda indicação.”
€900
352. JESUS, Frei Tomé de. TRABALHOS DE JESV. SEGVNDA PARTE. QVE PASSOV DESDE O ORTO de Gethsemani,
atè sua morte, q[ue] saõ os trabalhos de sua sacratíssima payxaõ. Continuaõ se nesta segunda parte os capítulos, & exercícios
dos trabalhos do señor pella orde da primeira começando no trabalho 26. até os 50. Composta por Frei Thomè de IESV
Portugues da Prouincia de Portugal da orde dos Eremitas de S. Agostinho, & captivo em Berberia. Aos 50.annos de seu
degredo da Patria Celestial. Impresso co liceça da S. Inquisição: Em Lisboa. Por Vicente Aluarez. Anno 1609. In 8º (de 14x10
cm) com [viii], 407 pags. Encadernação da época em pergaminho flexível, com restauro da pasta anterior. Ilustrado com
vinheta na folha de rosto; capitulares decorativas no início da protestação e do início do texto; e uma bela marca de impressor
no colofón em forma de sinete da inquisição com motivos agostinianos. 1.ª edição. Trata-se da segunda parte de uma obra
clássica da literatura portuguesa, da qual se publicou separadamente a primeira parte em 1602. Sendo a mesma impressa por
diferente impressor, Pedro Craesbeeck. Considerando-se por isso especimen bibliografico indepêndente. Inocêncio VII, 359:
'FR. THOMÉ DE JESUS, Eremita Augustiniano, cujo instituto professou no convento da Graça de Lisboa, a 27 de Março de
1544. Foi o primeiro fundador da reforma dos chamados Agostinhos descalços, mais vulgarmente conhecidos pela
denominação de Grillos; reforma que todavia só se realisou depois da sua morte. _ N. em Lisboa, pelos annos de l529, filho de
Fernão Alvares de Andrade, thesoureiro mór de el_rei D. João III; e teve por irmãos, alem de outros, o theologo Diogo de
Paiva de Andrade, e Francisco de Andrade, chronista_mór (dos quaes se fez menção n'este Diccionario nos artigos
competentes), e D. Violante de Andrade, que foi condessa de Linhares pelo seu casamento com o segundo conde do mesmo
titulo. Chamado por el_rei D. Sebastião para o acompanhar na infeliz jornada de Africa, ahi ficou ferido e captivo na batalha
de Alcacer, sendo conduzido para Maquinez, onde foi cruelmente atormentado, e jazeu por muito tempo em uma escura
masmorra, até que por diligencias e instancias do embaixador de Portagal o mandaram transferir para Marrocos. N'esta cidade
manifestou os mais heroícos sentimentos de charidade christã, regeitando a pousada que se lhe offerecia, para ir lançar_se no
carcere onde estavam os captivos de inferior condição, a fim de os servir e confortar em suas tribulações, querendo antes
padecer com elles do que acceitar o resgate que seus parentes por vezes lhe offereceram. N'este exercicio se lhe aggravaram os
padecimentos causados pelo duro tractamento que supportára em Maquinez, e depois de penosa enfermidade succumbiu emfim
aos 17 de Abril de 1582, quando contava 53 annos de edade, e quasi quatro de captiveiro. Para a sua biographia vej. a Vida que
d'elle escreveu o arcebispo D. Fr. Aleixo de Menezes, impressa em algumas edições dos Trabalhos de Jesus; _ E tambem os
Retratos e Elogios de Varões e Donas etc. Ahi se declara a razão por que o seu retrato, hoje existente na Bibl. Nacional de
Lisboa, apparece com o habito de Agostinho reformado. Ha ainda um interessante artigo a seu respeito no Panorama, n.° 49 da
1.ª serie, a pag. 108; e outro nos Estudos biograph. de Barbosa Canaes, pag. 197, etc. Em uma curta noticia, que no Murmurio,
periodico de Braga, n.º 15, columna 1.ª, lê_se com manifesta equivocação que elle falecêra em Lisboa, quando a verdade é que
morreu em Marrocos, como dito fica. As obras em portuguez que nos ficaram de Fr. Thomé de Jesus, compostas no seu
captiveiro, são as seguintes: 360 235) (C) Trabalhos de Jesus. Parte I. Lisboa, por Pedro Craesbeeck 1602. 8.º de XV_-554
folhas, assim numeradas: porém vê_se pelo decurso do livro uma contínua irregularidade, havendo varias duplicações de
numeros, e faltas de outros. _A publicação posthuma verificou_se por diligencia de Fr. Manuel da Conceição, que sobre ser
religioso da mesma ordem, era tambem sobrinho do auctor. (Vej. no Diccionario, tomo V, pag. 399). _ A Parte II só se
imprimiu passados septe annos, Lisboa, por Vicente Alvares 1609. 8.º de VIII_-407 folhas, tambem numeradas só na frente,
como as da primeira parte. _ Esta edição da Segunda parte vem erradamente indicada por Barbosa na Bibl. como feita por
Pedro Craesbeeck; erro que (é para admirar!) se emendou no pseudo _Catalogo da Academia, restituindo_se a dita parte ao seu
verdadeiro impressor Vicente Alvares. Sahiram os Trabalhos em segunda edição, contendo ambas as partes: Lisboa, por
Domingos Carneiro 1666. 4.º 2 tomos _ e em terceira, ibi, na Offic. Augustiniana 1733. 4.º 2 tomos, com LVI-_708 pag., e 599
pag. _ N'esta edição accrescentou_se a Vida do servo de Deus, por D. Fr. Aleixo de Menezes.
€900
353. JEU DE BOG. Jogo do Bog. Junto com /Together with: RÈGLE DU JEU DE BOG. Regra do Jogo do Bog. Imp. A.
Wittersheim, rue Montmorency, 8. Coqueret, Éditeur. S/d [189?]. Paris. Contém uma mesa de jogo em cartolina desdobrável.
Acondicionado dentro de caixa do editor e junto com folheto de instruções. Folheto de instruções esclarece que para efectuar
este jogo de sociedade joga-se com 5 ou 6 pessoas (32 cartas para 5 pessoas) de onde se retiram os setes e os oitos, procurando
formar conjuntos de cartas idênticas de todos os naipes.
€300
354. JOÃO III. [Rei de Portugal, 1521-1557] LEI SOBRE O TEMPO QUE HÃO DE ESTUDAR [NA UNIVERSIDADE DE
COIMBRA] OS LETRADOS que houverem de servir a El-Rei como juízes, advogados ou procuradores. [cólofon] Foy
impressa esta Ley per mandado del Rey nosso Senhor na çidade de Lixboa per Germão Galharde emprimidor. A. xviij dias do
mês de Janeyro do dito anno de mil quinhentos y trinta y noue ãnos.Lisboa, Germão Galhardo 1539. In fólio de 27x19 cm. 2
fólios com 4 páginas. Encadernação recente em pergaminho com o título gravado a ouro na pasta anterior. Impressão em
caracteres góticos, adornada com a capitular D xilográfica no início do texto. Anselmo 616A. D. Manuel II, 352. BDMII
[Ruas], 373. Inocêncio XIII, 294. Palha, 275. Dom Joam per graça de deos rey de Portugal… Faço saber q[ue] querendo
eu dar ordem como os Letrados de q[eu] me eu ouuer de servir: assi[m] de meus desembargadores: como de corregedores:
ouuidores das comarcas y juizes de fora: y assi[m] outros quaesquer Letrados que em meus reynos y Senhorios ouuerem de ter
alguu[m] officio de julgar: auogar ou procurar sejam soficientes pera os ditos carregos: Segundo a cada huu[m] deles conuem:
ordenando o tempo que ajam de ter destudo pera poderem servir y vsar dos ditos carregos: ouue por bem de o determinar y
declarar per esta Ley: pera os que estudarem saberem ho tempo ham de ter destudo: segundo o carrego em que cada huu[m]
esperar de seruir. Pelo qual ordeno que os letrados que daqui em diante ouuer de tomar pera me seruire[m] de desembargadores
tenham estudado em direyto çiuil ou canonigo: ou em ambos os ditos derieitos: doze ãnos ao menos na vniversidade da çidade
de Coymbra: depois de sere[m] gramáticos: ou os que teuere[m] estudado oyto annos na dita vniversidade: y depois de
seruirem quatro anos ao menos de juyzes de fora: ouuidores ou corregedores: ou forem procuradores na casa da soplicaçã[o] os
dito quatro anos ao menos… Aqual Ley Ey por bem y mando que se cumpra y goarde como se nella contem. E mando ao
chanceler moor que a pobrique y enuie o tre[s]lado della aos corregedores y ouuidores das comarcas assinadas per elle. Aos
quaes corregedores y ouuidores mando que as façam poblicar em todos os lugares de suas comarcas pera a todos ser notório.
Dada em a cidade de Lixboa: aos xiii. de Janeyro. Anrique da mota a fez. Anno do nacimento de nosso Senhor Jesu christo. de
Mil y quinhentos xxxix. annos. + E foy poblicada esta Ley pelo chançeler moor na chancelaria aos xiiii dias do mês de janeyro
do dito anno. E não se poderá imprimir nem vender per nenhu[m]a pessoa: saluo per Afonso loure[n]ço liureyro morador nesta
çidade de Lixboa… E sera assinada cada hu[m]a dellas pelo ditto chãçeler moor: não sendo por elle assinada não lhe sera dada
fee algu[m]a ne[m] credito. [Cólofon] Foy impressa esta Ley per mandado del Rey nosso Senhor na çidade de Lixboa per
Germão Galharde emprimidor. A. xviij dias do mês de Janeyro do dito anno de mil quinhentos y trinta y noue ãnos. +.+. +.
[assinatura do chanceler-mor] Alvaro Fernandes. Na BNP encontram-se 3 variantes: PORTUGAL. Leis, decretos, etc. [Lei
sobre os anos de estudo que devem ter os ministros e letrados]. - Lixboa : per Germao Galharde, 18 Ianeyro 1539. - [2] f. ; 2º
(30 cm). - Título factício. - Começo: 'Dom Ioam per graça de deos...'. - Lei de D. João III. - Anselmo 616 (nota a seguir à
descrição). - D. Manuel 352. – Exemplar em consulta digital: http://purl.pt/14852 [Trata-se da mesma variante que
apresentamos, o cólofon acaba também com a data escrita por extenso. A única diferença é o exemplar ser assinado pelo
chanceler-mor Ioan Paez.] PORTUGAL. Leis, decretos, etc. [Lei sobre os anos de estudo que devem ter os ministros e
letrados]. - Lixboa : per Germão Galharde, 18 Ianeyro 1539. - [2] f. ; 2º (30 cm) Anselmo 616. D. Manuel 351.
http://purl.pt/14675 [Trata-se da variante em que o cólofon acaba com a data em numeração romana. O exemplar é assinado
pelo chanceler-mor Ioan Thome.] PORTUGAL. Leis, decretos, etc. [Lei sobre os anos de estudo que devem ter os ministros e
letrados. - S.l. : s.n.,, depois de 13 de Janeiro de 1539]. - [1] f. ; 2º (29 cm). - Título factício. - Começo : 'Dom Ioam per graça
de Deos...'. - Lei de D. Joäo III de 13 de Jan. 1539. - Anselmo 1109. - Gusmão 514. Exemplar em consulta digital:
http://purl.pt/21772 [Trata-se de um espécimen bibliográfico tipograficamente totalmente diferente. Provavelmente oriundo de
uma edição com compilação de leis. O exemplar não e esta assinada pelo chanceler mor] Na FCB – cat. BDMII [Ruas]
encontram-se duas variantes n.º 372 e 373: PORTUGAL. Leis, decretos, etc. [Lei sobre os anos de estudo que devem ter os
ministros e letrados]. - Lixboa : per Germão Galharde, 18 Ianeyro 1539. - [2] f. ; 2º (289 mm). Anselmo 616. D. Manuel 351.
Simões 654. [Trata-se da variante em que o cólofon acaba com a data em numeração romana. O exemplar é assinado pelo
chanceler-mor?] PORTUGAL. Leis, decretos, etc. [Lei sobre os anos de estudo que devem ter os ministros e letrados]. Lixboa : per Germão Galharde, 18 Ianeyro 1539. - [2] f. ; 2º (282) Anselmo 616 (nota). D. Manuel 352. Simões 655. – Var. de
Anselmo 616 pois o colophon parte de modo diferente e tem a data final por extenso. [Trata-se da mesma variante que
apresentamos. O exemplar é assinado pelo chanceler-mor ?] Inocêncio [aliás Brito Aranha] descreve e reproduz o fac-simile do
(rosto e verso) de uma quarta variante especial com 6 fólios de impressão acrescentada pelo impressor, sendo dois fólios
suplementares com gravuras (rosto e verso) e ainda diz ainda (sem especificar a variante) que existia outro exemplar impresso
em pergaminho na Biblioteca da Universidade de Coimbra. Ao que parece será a mais (ou das) antiga Lei gótica impressa
descrita na bibliografia portuguesa? Inocêncio XIII, 294. “LEYS AVULSAS (v. Dicc. tomo V, pag. 184). A collecção mais
preciosa, que se conhece presentemente em Portugal, é a que possue o sr. conselheiro João José de Mendonça Cortez, de quem
tratei no tomo X, pag. 286 a 288. N'esta ultima pagina veja as linhas 6.ª a 12.ª São mui apreciaveis para a bibliographia todas as
que appareceram em gothico, e especialmente se tiverem frontispicios gravados. Innocencio indicou algumas, a datar de 1541,
e chama para ellas a attenção dos amadores de livros. Por favor do sr. Lino Cardoso pude ver, examinar e mandar tirar o fac
simile das duas formosas gravuras, que acompanham uma lei do tempo de el rei D. João III, impressa em 1539: uma do rosto e
outra no verso d'este. A lei tem o titulo: 971)Ley que despõe quanto tepo e onde hão de estudar os letrados em dereito
pera nestes reynos e seus senhorios poderem vsar de suas letras.:. MDXXXIX. 4.º de 6 pag. - No fim: Foy impressa esta
Ley per mandado del Rey nosso senhor na çidade de Lixboa per Germão Galharde empremidor. A. XVIIIJ dias do mes de
Janeyro do dito anno de mil e quinhentos e trinta e noue ãnos.. - Caracteres gothicos. As gravuras têem: a primeira, ou
principal, 0m,285 de altura e 0m,185 de largura; e a segunda, 0m,25 de altura e 0m,165 de largura… Note se, todavia, que
ambas as gravuras, revelam o gosto e o mimo com que eram executadas as obras de arte no seculo XVI; e que a do frontispicio
tambem é recommendavel pela circumstancia, que não se dá em muitas d'aquella epocha feitas em Porlugal, de apresentar a
sigla F D, evidentemente do desenhador e porventura tambem gravador, á esquerda; e a data 1534 á direita, no termo das
columnas do portico. No reinado de D. João III houve um pintor, colorista e miniaturista, afamado, que fez trabalhos para o
convento de Christo, em Thomar e que se chamava Fernão Domingues, ou Domingos Fernandes. Que os desenhos das
gravuras, citadas, que reproduzo, deviam de ser de um artista de primeira ordem, n'aquella epocha, não me resta duvida
alguma. Se seriam de Fernandes ou Fernão Domingues, como indicam as iniciaes, é que não tenho base segura para o affirmar.
No entretanto, os specimens, que mandei reproduzir, são dos mais interessantes que conheço para a historia da imprensa e da
bibliographia em Portugal. Esta portada foi empregada pelo impressor nos Capitolos de côrtes, etc., do reinado de el rei D.
João III. Tem portada igual, segundo pude examinar no exemplar existente na copiosa e importante bibliotheca real da Ajuda,
as Constituições do bispado de Evora, edição de 1534, descripta no Dicc., tomo IX, pag. 88 e 89. O exemplar citado foi
vendido pelo sr. Lino ao distincto bibliophilo e meu favorecedor, sr. João Antonio Marques, a quem o Dicc. deve poder contar
entre os seus bellos specimens o do rosto da Grammatica de João de Barros, reproduzido no tomo X. Na bibliotheca da
universidade de Coimbra existe a Ley dos letrados impressa sobre pergaminho.” GELB vol. 11, 96. 'Álvaro Fernandes,
Jurisconsulto do séc. XVI, que foi Chanceler-mor de D. João III. A 29-XI-1538 publicou as trinta e seis leis chamadas Leis das
Côrtes, juntamente com duzentos e catroze capítulos e suas respostas. Esta colecção de legislação só se acabou de imprimir em
Lisboa a 3-III-1539, sendo já o chanceler o dr. João Pais.'
€7.000
355. JUSTINO, Marco Juniano. JUSTINO clarissimo abreuiado dela historia general del famoso y excellente historiador
Trogo Pompeyo: en la qual se cõtienen todas las cosas notables y mas dignas de mermoria que hasta sus tempos han
succedido en todo el mundo: agora nueuamente traduzido en Castellano y dirigido al Illustrissimo señor Don Pedro Hernandez
de Velazco Condestable de Castillla, &c. Alcala de Henares: Juan de Brocar, 1540 [8 de Abril]. In 4.º de 26x19 cm. Com [xii],
117 fólios. Encadernação recente inteira de pele [executada pelo mestre encadernador Império Graça] com nervos, rótulo
vermelho e ferros a ouro na lombada. Magnifica impressão gótica com belo frontispício gravado ilustrado com cenas bíblicas,
apresentando o título ao centro impresso a duas cores. Capitulares xilográficas a logo do texto. Exemplar com leves e
ocasionais restauros marginais no texto, sendo mais fortes nos dois últimos fólios. Primeira edição, raríssima, da tradução da
obra de Justino, o historiador, com um resumo da obra perdida por Trogo Pompeu que descrevia a história do mundo. Segundo
Palau, foi traduzida por Jorge de Bustamante, encarregue pelo livreiro Juan de Medina da tradução das obras ‘Dialogo Re
Militari’, ‘Guerras Civiles’ de Apiano e desta obra de Justino. Esta a tradução foi incluída no índice expurgatório, obrigando
todas as seguintes edições a serem realizadas fora de Espanha. Palau, IV, p. 149.
Binding: full calf, recent replica on 18th
Century style [bookbinder Império Graça] gilt at spine and tooled with frames at boards. Superb gothic print; frontispiece
engraved with biblical scenes, presenting the central occiali printed in two colors. At the beginning of each chapter (libro)
comes an historiated capital letter. Copy with some restorations at frontispiece; in the text, and specially in the last two folios.
Rare first edition of the translation of the work of Justino, with a summary of the work lost by Pompey Trogo describing the
history of the World. According to Palau it was translated by Jorge Bustamante, tasked by the bookseller Juan Medina of the
translation of the works ‘Dialogo Re Militari’, ‘Guerras Civiles’ of Apiano of this of Justino. This translation was included in
the “index Expurgatorium”, forcing all of the following editions to be printed outside Spain. Palau, IV, p. 149.
€6.000
356. KEIL. (Alfredo) TOJOS E ROSMANINHOS. Contos da Serra. «A Editora». Lisboa. 1907. De 36x26 cm. Com 151 pags.
Encadernação da época com lombada e cantos em pele. Profusamente ilustrado com retrato do autor (solto) e reproduções de
desenhos e aguarelas executadas pelo mesmo. Obra de poesia, prosa e desenho; finamente impressa sobre papel couché. €150
357. KNOOP, Johann Hermann. (1700-1769) POMOLOGIA, DAT IS BESCHRYVINGEN EN AFBEELDINGEN VAN DE
BESTE ZORTEN VAN APPELS EN PEEREN, welke in Neder- en Hoog-Duitschland, Frankryk, Engeland en elders geagt
zyn, en tot dien einde gecultiveert worden..- Te Leeuwarden: By A. Ferwerda en G. Tresling, S/d. (1758) In fólio de 33x20,5
cm. Com (ii)-36 pags. Ilustrado com 20 gravuras desdobráveis coloridas manualmente. [Junto com:] FRUCTOLOGIA, OF
BESCHRYVING DER VRUGTBOMEN EN VRUGTEN die men in de hoven plant en onderhout... Te Leeuwarden: By A.
Ferwerda en G. Tresling, S/d. Com (iv)-70 pags. Ilustrado com 19 gravuras desdobráveis coloridas manualmente. [Junto com]
DENDROLOGIA, BESCHRYVING DER PLANTGIEGEWASSEN, die men Tuinen cultiveert, zo wel om te dienen tot
cieraad om daar van Allés...- Te Leeuwarden: By A. Ferwerda en G. Tresling, S/d. (1763). In folium. Com (iv)-87-[v] pags.
Encadernação da época com lombada e cantos em pele, um pouco cansada. Conjunto completo, constituído por três obras
holandesas sobre o cultivo de árvores de fruto, em primeiras edições, publicadas respectivamente em 1758 (Pomologia) e 1763
(Fructologia & Dendrologia) e que habitualmente aparecem encadernadas juntas. Knoop (1700-1769) foi jardineiro-mor,
responsável pelos jardins da princesa Maria Luísa de Nassau, em Leeuwarden, na Frísia (Holanda), e também professor de
matemática. As duas primeiras obras (a terceira não é ilustrada) apresentam um total de 39 gravuras desdobráveis a talhe-doce,
cuidadosamente coloridas à mão (na época), representando grande variedade de frutos (maçãs, peras, pêssegos, ameixas,
cerejas, etc.) todos devidamente identificados. Nissen, 1078 (Pomologia) e 1077 (Fructologia). Pritzel, 4755 (Dendro)
In
folium with (iv) -87 - [v] pags. Binding: contemporary ¾ calf, slightly rubbed. Very clean and uncut copy preserving ALL
engravings with the correct foldings. Complete set, formed by three Dutch works on the cultivation of fruit trees. First editions
published respectively in 1758 (Pomologia) and 1763 (Fructologia & Dendrologia) that usually come together bound. Knoop
(1700-1769) was chief gardener, responsible for the gardens of Princess Marie Louise of Nassau, in Leeuwarden, Friesland
(Netherlands), and professor of mathematics also. The 2 first works have a total of 39 engravings intaglio (the third is not
illustrated), contemporary hand-colored, representing a great variety of fruits (apples, pears, peaches, plums, cherries, etc.). All
fruits properly identified. Nissen, 1078 (Pomologia) e 1077 (Fructologia). Pritzel, 4755 (Dendro)
€5.000
358. LACERDA. (Aarão de) O PANTEOM DOS LEMOS NA TROFA DO VOUGA. Edição do Vouga. Pôrto. 1928. De 29x23
cm. Com 95 pags. Encadernação recente ao gosto da época. Profusamente ilustrado com fotogravuras e mapas em extra texto
sobre papel couché. Obra impressa sobre papel de linho de linho de elevada espessura e apresentando oxidação. Exemplar com
ex-libris e de uma tiragem especial de 100/81; com dedicatória do autor sobre a folha de rosto.
€150
359. LACOMBE. (Jacques) ESPECTACULO DAS BELLAS ARTES, OU CONSIDERAÇÕES A’cerca da sua natureza, dos
seus objectos, dos seus effeitos, e das suas regras principaes, COM OBSERVAÇÕES Sobre o modo de as considerar, sobre as
disposições necessarias para cultivallas, e sobre os meios próprios para as entender, e as aperfeiçoar. Por M. LACOMBE.
ADVOGADO, Traduzido em Portuguez por… PORTO: Na Officina de Antonio Alvarez Ribeiro. Anno de 1786. In 8º (17x11
cm) com xvi-311 pags. Encadernação da época inteira de pele. Obra com história e filosofia da arte contendo um capítulos em
torno dos conceitos de cultura, e de cultivar as artes, tais como a música, a pintura, a poesia, o teatro, e o respectivo
desenvolvimento dos talentos.
€150
360. LAFITAU, Joseph François. HISTOIRE DES DÉCOUVERTES ET CONQUESTES DES PORTUGAIS Dans le
Nouveau Monde, avec des Figures en taille-douce, Paris, Saugrain, MDCCXXXIII. [1733]. 2 vols. In-4º de 25x19 cm. com
[vi], 616, [xlviii] e 693 [lxxxvi] pags. Encadernações da época inteiras de pele, com nervos, rótulos vermelhos e ferros a ouro
nas lombadas. Corte das folhas carminada a vermelho. 1.ª edição, a mais apreciada. Obra ilustrada com um frontispício
gravado com uma magnífica vista de Lisboa, com a frota da Índia, fundeada no Tejo, assinado J. B. Scotin Sculp., vinhetas,
capitulares, um mapa-mundo desdobrável e catorze gravuras alusivas aos descobrimentos e seus heróis, com plantas das
cidades indianas. Duarte de Sousa, 1, 456. “As grav. A talha doce são, na maior parte, plantas das seguintes terras: Ilha de
Moçambique, Sofala, ilha e cidade de Goa, Mombaça, Quíloa, S. Jorge da Mina, Aden, ilha e cidade de Ormuz, Calecut, Diu,
Malaca, Chaúl, Baçaim, Damão, Mangalor, Onor, Bracalor, etc.
2 volumes. In 4 ° (25x19 cm) with [vi], 616, [xlviii] e 693
[lxxxvi] pags. Bindings: contemporary full calf gilt at spines and in compartments, slightly rubbed and corners bumped.
Papercut colored carmine. First edition and the most appreciated one. Work illustrated with a frontispiece engraved with a
magnificent view of Lisbon with India's Fleet standing at anchor in the River Tagus, signed J. B. Scotin Sculp.; a folding world
map and 14 extra-text engravings with maps and panoramas of Goa and other Indian cities; and portraits of portuguese
navigators. Duarte de Sousa, 1, 456. 'The woodcut plates or intaglio are for the most part, maps of the following lands: Island
of Mozambique, Sofala, Island and city of Goa, Mombasa, Kilwa, S. Jorge da Mina, Aden, Island and city of Ormuz, Calicut,
Diu, Malacca, Chaúl, Bassein, Daman, Mangalore, Onor, Bracalor, etc..
€3.000
361. LAFUENTE FERRARI. (Enrique) ICONOGRAFÍA LUSITANA. Retratos grabados de personajes portugueses. Por…
Vocal de la Junta. Junta de Iconografía Nacional. Madrid. 1941. De 25x18 cm. Com 169 pags. Encadernação da época com
lombada em percalina. Ilustrado em extra-texto com 60 fólios com reproduções de gravuras dos mais destacados portugueses
(na política, nas artes, nas letras, na religião e na diplomacia). Exemplar com leves de oxidação na folha de rosto.
€120
362. LAGÔA. (Visconde de) FERNÃO DE MAGALHÃIS. (A SUA VIDA E A SUA VIAGEM). [Por]... da Comissão de
História da Sociedade de Geografia de Lisboa, do Instituto Português de Arqueologia, História e Arqueologia. Com um estudo
náutico do roteiro, pelo Almirante J. Freitas Ribeiro. Prefácio do Dr. António Baião. Seara Nova. Lisboa. 1938. 2 volumes. De
26x20 cm. Com 347 e 326 pags. Encadernações inteiras de pele com finos ferros a ouro nas lombadas e nas cercaduras das
pastas. Ilustrado com fotogravuras; mapas dobráveis e fac-similes de documentos. Exemplar preserva as capas de brochura e
com título de posse sobre folhas de rosto.
€300
363. LAGÔA. (Visconde de) FERNÃO DE MAGALHÃIS. (A SUA VIDA E A SUA VIAGEM). [Por]... da Comissão de
História da Sociedade de Geografia de Lisboa, do Instituto Português de Arqueologia, História e Arqueologia. Com um estudo
náutico do roteiro, pelo Almirante J. Freitas Ribeiro. Prefácio do Dr. António Baião. Seara Nova. Lisboa. 1938. 2 volumes
encadernados em 1. De 26x20 cm. Com 347 e 326 pags. Encadernações da época com lombada e cantos em pele. Ilustrado
com fotogravuras; mapas dobráveis e fac-similes de documentos. Exemplar com falta das capas de brochura.
€150
364. LAPA. (Albino) LIVRO DE EX-VOTOS PORTUGUESES. [Impresso em Off-Set nas oficinas gráficas de Mirandela e
Irmão, Cª]. Lisboa. 1967. De 26x19 cm. Com xxii-[124] fólios ilustrados. Encadernação inteira de pele com nervos e ferros a
ouro na lombada e ferros a seco nas cercaduras das pastas. Exemplar sem capas de brochura. Obra constituída por
levantamento fotográfico e comentários aos ex-votos. Exemplar contém envelope junto com nota e dedicatória ao Cardeal
Patriarca, assinada pelo patrocinador da obra o Dr. José Soares da Fonseca.
€80
365. LARANJO COELHO. (Possidonio M.) CARTAS DE EL-REI D. JOÃO IV PARA DIVERSAS AUTORIDADES DO
REINO. Publicadas e prefaciadas pelo académico titular fundador… Academia Portuguesa de História. [Editorial Ática].
Lisboa. MCMXL [1940]. De 32x25 cm. Com xiii-587 pags. Encadernação da época com lombada em pele. Ilustrado com
frontíspicio alegórico ao gosto do século XVI da autoria de Martins Barata. Impresso sobre papel de linho. Obra com a
transcrição das cartas do Rei (datadas entre 14 de outubro de 1645 e 1 de Setembro de 1651) para os seus governadores,
corregedores, provedores, donatários, cabidos, bispos, auditores, marechais, embaixadores, juízes, sargentos móres, ouvidores,
ministros, fidalgos e homens bons do povo; com a finalidade de as suas ordens serem executadas com cuidado e sem atraso.
€120
366. LARRAÑAGA. (Victoriano) LA ASCENCIÓN DEL SEÑOR EN EL NUEVO TESTAMENTO. Por el Padre… Doctor
en Ciências Bíblicas, Professor de Sagrada Escritura en el Colegio Máximo de Oña. Patronato «Raimundo Lulio». Instituto
«Francisco Suárez». Consejo Superior de Investigaciones Cientificas. Madrid. 1943. Obra em 2 volumes. De 25x18 cm. Com
323 e 314 pags. Encadernações da época inteiras de pele com super-libris em ambas as pastas. O super-libris armoriado nas
pasta santeriores contêem as armas do Cardeal Manuel Gonçalves Cerejeira (1888-1977), Patriarca de Lisboa, com o mote
“Adveniat Regnum Tuum”; e os super-libris nas pastas posteriores pertencem ao Consejo Superior de Investigaciones
Cientificas.
€90
367. LAS CASAS, Bartolomeu de. ISTORIA ò breuissima relatione DELLA DISTRVTTIONE dell’Indie Occidentali DI
MONSIG. REVERENDISS. Don Bartolomeo dale Case, ò Casaus, Siuigliano dell’ Ordine de’ Predicatori; & Vescouo di
Chiapa Città Regale nell’ Indie. CONFORME AL SVO VERO ORIGINALE Spagnuolo, già stampato in Siuiglia. Tradotta in
Italiano dall’ Eccell. Sig. Giacomo Castellani già sotto nome di Francesco Bersabita. IN VENETIA Presso Marco Ginammi. M
DC XXX. [1630] In 4.º de 20x14 cm. com [xvi], 150, [ii] pags. Encadernação da época em pergaminho flexível. Terceira
edição espanhola (a primeira foi publicada em 1552) e segunda italiana (a primeira foi publicada em 1626). Edição bilingue
castelhano-italiano traduzida para italiano por Giacomo Castellani. Impressão a duas colunas adornada com bela marca
tipográfica gravada na folha de rosto, vinhetas e capitulares. Obra fundamental para a história da colonização hispânica da
América. Las Casas foi o primeiro autor a relatar as chacinas dos conquistadores e a defender os direitos dos índios
americanos, fundando o conceito a que atualmente chama-mos direitos humanos. Esta obra foi muito divulgada e publicada (de
forma interesseira) em países europeus que não descobriram a América, mas que mais tarde a colonizaram.
Second Italian
edition after the first was printed in 1626 in Venice and with the translation by Giacomo Castellani. Contemporary full vellum
binding. Text in Italian and Spanish print in two columns. Second Italian edition the first was published in 1626 and the third
Spanish edition the first was published in 1552. «This is one of the most gruesome books ever written, and one of the boldest
works that ever issued from the press. It gives a short account of the cruelties of the Spaniards in each of the colonies,
including Jamaica, Trinidad, Florida, Rio de la Plata and Peru.» Graesse, p. 60-61. Sabin 11243. Palau 46955. Brunet ne cite
que l'édition de 1630.
€4.000
368. LAVANHA. (João Baptista) NOBILIARIO DE D. PEDRO CONDE DE BARCELOS HIJO DEL REY D. DIONIS DE
PORTVGAL. ORDENADO Y ILVSTRADO COM NOTAS Y INDICES POR IVAN BAVTISTA LAVAÑA CORONISTA
MAYOR DEL REYNO DE PORTVGAL. En Roma por Estevan Paolmio MDCXL. (1640) In fólio de 40x27,5 cm. Com (I) frontispício gravado - (XII)–402–(XXXVI) pags. Junto com: SELVA REAL. Barbosa Machado II, 600. “Consta de diversas
Arvores Genealogicas de muitos Reys, e grandes da Europa abertas em primorosas laminas de cobre, que se conservão no
Archivo Real as quais mandou Carlos II. dar a D. Luiz Salazar de Castro seu Bibliothecario, famoso Genealogista da nossa
idade, como escreve Frankeneau Bib. Hisp. Gen. Herald. Pag. 211.” Encadernação da época em pergaminho rígido. Raríssima
colecção de 22 gravuras que ficaram por terminar devido ao falecimento do autor. Inocêncio III, 307. “D. PEDRO, Conde de
Barcellos, filho natural d'el rei D. Diniz, havido em D. Gracia, senhora da ribeira de Sacavem. Seu pae lhe conferiu o titulo de
conde, e o cargo de Alferes mór do reino em o 1.º de Março de 1304. Foi casado, segundo alguns, até tres vezes, e de nenhuma
de suas mulheres houve descendencia. Morreu em 1354. Dizem as chronicas antigas, que era de estatura mais que agigantada,
pois media onze palmos e meio, isto é, noventa e duas pollegadas (!!!), noticia que o abbade Barbosa com a sua habitual
ingenuidade nos transmitte como certa e indubitavel. O Nobiliario que se lhe attribue, e de que existe no Archivo Nacional da
Torre de Tombo uma copia que se julga do seculo XV, foi publicado na forma em que o dispozera e coordenara João Baptista
Lavanha, com o titulo seguinte: Nobiliario de D. Pedro, conde de Bracelos (sic), hijo delrey D. Dionis de Portugal. Ordenado y
ilustrado con notas y indices, por Juan Bautista Lavaña, coronista mayor del reyno de Portugal. En Roma, por Estevan Paolinio
1640. Fol. gr. de XII (innumeradas) 402 pag., a que se seguem os indices dos titulos, dos appellidos e dos nomes proprios das
pessoas conteúdas no Nobiliario. Com uma bella estampa emblematica no frontispicio, a qual todavia falta ás vezes nos
exemplares. Posto que o titulo seja em castelhano, o livro é escripto em linguagem portugueza, com excepção das notas
marginaes de Lavanha, que são tambem em hespanhol. Impressas no mesmo formato costumam andar annexas, e
enquadernadas juntamente no proprio volume Notas de Felix Machado da Costa e Silva, marquez de Monte bello, de pag. 1 a
20 ditas de Alvaro Ferreira de Vera, de pag. 21 a 32 ditas de Manuel de Faria e Sousa, de pag. 32 a 46: seguindo se tres indices
de appellidos e solares, respectivamente relativos a cada uma d'estas series de notas. Creio que o referido Lavanha fez, além
desta edição portugueza, outra toda em castelhano, e d'ella me parece haver visto em tempo um exemplar: porém não estou de
presente habilitado para particularisar mais este ponto. Manuel de Faria e Sousa traduziu tambem á sua parte o Nobiliario, e o
publicou com o titulo seguinte: Nobiliario de D. Pedro, conde de Barcelos, etc. Traduzido y ilustrado por Manuel de Faria y
Sousa. Madrid, por Alonso de Paredes 1646. Fol. de 725 paginas. Esta edição foi sempre bibliographicamente mui menos
estimada que a de Roma, cujos exemplares se vendiam de ordinario por 12:000 réis, ao passo que os da de Madrid creio não
excederam jámais a 4:000 réis. Lavanha coordenando o Nobiliario, na fórma em que sahiu á luz quinze annos depois da sua
morte, por diligencia de D. Manuel de Moura Corte real, marquez de Castello Rodrigo (vej. no Diccionario tomo III, o n.º J,
405), não só alterou consideravelmente o contexto da obra em muitos logares, com liberdade indesculpavel, mas supprimiu de
todo os titulos 1.º e 2.º, e os primeiros quinze paragraphos do 3.º, taes como estavam no original de que se serviu, que era,
segundo elle diz, «copia authentica do que se guardava na Torre do Tombo de Lisboa». Desde muito tempo haviam os criticos
reconhecido que essa mesma copia existente na Torre do Tombo estava mui longe de poder julgar se conforme ao texto
primitivo do conde de Barcellos. Faria e Sousa assim o confessa na sua traducção, da mesma opinião e o Marquez de Alegrete,
e outros academicos seus collegas na Academia Real de Historia. Tractou mais de espaço este ponto D. José Barbosa no
Catalogo das Rainhas de Portugal, pag. 222 a 230 e ultimamente o outro benemerito theatino D. Thomás Caetano de Bem, nas
suas Mem. Hist. e Chron. dos Clerigos regulares, antiloquio ao tomo II, pag. XXXIII a XXXIII fez largas e eruditas
considerações sobre o assumpto, pondo em evidencia os anachronismos e erros palpaveis, e mostrando com argumentos
concludentes que a obra fôra addicionada em uns logares e deturpada n'outros, á vontade de seus incognitos continuadores. Á
parte as adulterações, todos concordavam em conceder de bom grado ao Conde de Barcellos as honras da paternidade do
famoso livro, a ponto de que o citado Marquez de Alegrete falando do conde D. Pedro o proclama em termos absolutos: no
mais antigo historiador que tem Portugal, e o mais antigo e auctorisado genealogico (excepção feita aos sagrados) que tem o
mundo erudito». Porém o sr. A. Herculano em uma Memoria sobre a origem provavel dos livros de Linhagens, lida na Acad.
das Sciencias em 1853 e inserta no tomo I, parte I das respectivas Memorias (Nova serie, classe 2.ª), de pag. 35 a 47,
fundamenta sobre factos e raciocinios de grande peso uma conclusão totalmente opposta. Segundo elle «O livro das linhagens,
chamado do conde D. Pedro, é o livro não de um homem, mas sim de um povo, e de uma epocha: é uma especie de registo
aristocratico, cuja origem se vai perder nas trevas que cercam o berço da monarchia... E talvez no estado em que hoje o vemos,
seja aquelle a quem se attribue o que n'elle tenha mais diminuto quinhão». Mais tarde, o nosso illustre academico reforçou esta
opinião, adduzindo novos argumentos para corroboral a na doutissima prefação por elle collocada á frente dos Livros de
Linhagens, que formam o segundo e terceiro fasciculos da collecção Portugaliæ Monumenta Historica, vol. I (Scriptores),
impressos em 1860 e 1861. Ahi é que de pag. 230 a 390 apparece pela primeira vez publicado, na sua integra, segundo se
affirma, e conforme em tudo ao codice existente no Archivo Nacional, o Nobiliario attribuido ao Conde de Barcellos, mui
diverso das mutiladas e infieis edições de Lavanha e Faria. Como especie que poderá ser de algum proveito para os que se
dedicarem a este genero de estudos, e tiverem meios de emprehender a confrontação que hoje se torna mais facil, indicarei aqui
a existencia de tres transumptos do mesmo Nobiliario que mereciam talvez ser examinados. Seja o primeiro um que existe na
Livraria da Acad. R. de Historia de Madrid, com a numeração C 9, pertencente n'outro tempo ao celebre genealogico D. Luis
de Salazar e Castro. «copiado (segundo se diz) dos codices mais antigos, e muito differente da edição de Roma». O segundo,
outro no mesmo local, numerado R 59, que fôra egualmente de Salazar, e contém muitas emendas e correcções, como de quem
se propunha publical o assim reformado. Tambem differe consideravelmente da edição de Lavanha. Ambas estas copias são de
letra do seculo XVII. O terceiro é o que se conserva na Bibliotheca Imperial de Paris com a indicação Sr. Gn. n.º 1585
(apontado no Manuel de Bibliogr. Univ. da collecção Roret, tomo II, pag. 506). Diz se ser «copia feita sobre o original da
Torre do Tombo de Lisboa, de Julho a Novembro de 1606». E baste por agora quanto ao Nobiliario.” Barbosa Machado, II
598. “JOÃO BAPTISTA LAVANHA, Cavalleiro da Ordem de Christo, Cosmographo-mór do reino, e Chronista-mór de
Portugal. N. em Lisboa, de certo antes de 1555, por ser n'esse anno que faleceu seu pae. M. em Madrid em 1625, sendo então
de edade mui provecta, segundo diz Barbosa. Nobiliario de D. Pedro, conde de Barcellos, hijo del Rey D. Dionis de Portugal
ordenado y illustrado con notas y indices, etc. Roma, 1640. (Barbosa tem, por erro typographico, 1740.) fol.gr. (V. D. Pedro,
Conde de Barcellos.). O Nobiliario foi publicado depois da morte de Lavanha por D. Manuel de Moura Côrte-real, marquez de
Castello-Rodrigo, servindo-se para isso de uma copia, que se guardava no mosteiro do Escurial. O autographo de Lavanha, diz
Barbosa que existia na livraria do Marquez de Gouvêa, depois Duque d'Aveiro justiçado em 14 de Janeiro de 1759 como
conspirador contra a pessoa d'el-rei D. José. Pela confiscação da casa d'este fidalgo deveria passar o dito autographo para a
Bibl. Real, onde não sei se com effeito existe, ou não. Diz-se que differia em alguns pontos da copia que sahiu impressa.”
Contains 2 works in 1 volume. Good copy with generous margins fine engraved full page allegorical frontispiece [with
shortened title showing the Greek goddesses Athena and Minerva obviously drawing up the genealogical history of Portuguese
Kings in front of an Egyptian Temple, witnessed by Hermes and Poseidon]. Text printed in columns inside frames dividing the
metal-types. Manuscript title-page to the work coming together: SELVA REAL (a follow-up addenda with the genealogical
charts to the Lavanha’s royal Iberian genealogy “NOBILIARIO DE D. PEDRO”). Binding: contemporary full hard vellum
with ties. Professionally restored with recent antique endpapers. Text and plates are generally in good condition, but with few
leaves slightly browned, occasional foxing, some water-stains in the fore-edge, and occasional thumbed. The most valuable
edition of the NOBILIARIO, printed in Rome. The front page of the SELVA REAL [meaning forest of royal genealogical
trees], written in contemporary French: «S’ENSUIVANT Les Arbres Genealogiques des Princes Don’t le Roy Philippe IV
possede les Estats, dressez par Jean Baptiste Lavaña maistre aux Mathematiques de sa Mãté [Magesté] et illustrateur du
predecent Nobiliaire du Conte Don Pedro inserez par le mesme Lavaña dans le Livre non imprimé, qu’il composa sur ce subjet
pour le mesme Roy Philippe IV. intitulé El Libro del Rey, ou Le Livre du Roy, conservé en Bibliotheque particuliere de sa
Magesté au Palais de Madrid, lequel j’ai vu en original et qui eu de la grandeur de tous ce Volume. Jules Chiflu abbé de
Balerne.» [underlined in the original handwritten title-page]. Followed by: Family Trees of Princes from whom King Philip IV
owns the Estates, made by Jean Baptiste Lavaña master of Mathematics for his Magesty and illustrator of the previous
Nobililiario de Don Pedro and inserted in the same unprinted Book of Lavaña that he wrote on the subject to the same King
Philip IV and entitled El Libro del Rey, or King's Book, kept in the private Library of His Magesty, in his Palace of Madrid,
from which I saw the original that had the same size of the present volume. [Signed] Jules Chiflu Abbot of Balerne”. Dom
Pedro de Barcelos [Earl Peter of Barcelos], son of King Dinis [Dionisios] of Portugal, and grandson of King Alfonse X of
Spain is considered the oldest historian in Portugal, and in Spain, by having the authorship of the oldest genealogical book.
Inocencio III, 307. 'Herculano [the most oustanding historian of the XIXth century] wrote a memoir about the probable origin
of this lineage book, presented to the Royal Academy of Sciences of Lisbon, in 1853, and inserted a text in Volume I.
According to him 'The Book of Lineages, called “of Conde D. Pedro” [Earl Peter of Barcelos] is not a single man’s book, but a
book produced during a long period of time. It is a kind of an aristocratic register, whose origin is lost in the darkness of time
and about the genesis and birthplaces of the monarchy (excluding the Holy Scriptures)... and maybe in the shape in which we
see it [D. Pedro] the author ascribed nowadays has the smallest share on it”. Barbosa Machado II 598. 'The Nobiliario was
published after the death of Lavanha. D. Manuel de Moura Corte-Real, Marquis de Castello-Rodrigo, using a copy which was
kept in the monastery of the Escorial. Autograph of Lavaña, Barbosa says that existed in the library of Marquez de Gouveia,
then Duke of Aveiro (executed on January 14, 1759 as a conspirator against the King D. Joseph) and then confiscated from the
house of this gentleman. It is said that it had some different points from the copies printed”. As we mentioned previously this
copy of the NOBILIARIO is coming together with SELVA REAL. (Barbosa Machado II, 600). 'It consists of several family
trees of many kings and of Royal European Families in exquisite plates of copper, which are preserved at Real Archivo by
order of Charles II of Spain. They were given to D. Luiz Castro Salazar, his librarian, famous genealogist of our age, as it is
written by Frankeneau, in Bib. Hisp. Gen. Herald. Pag. 211'.
€12.000
369. LE VACHER DE CHARNOIS, Jean. RECHERCHES SUR LES COSTUMES ET SUR LES THÉATRES DE TOUTS
LES NATIONS, TANT ANCIENNES QUE MODERNES, OUVRAGE utile aux Peitres, Statuaires, Architectes,
Décorateurs, Comédiens, Costumiers, en un mot aux Artistes de tous les genres; non moins utile pour l’étude de l’Histoire des
temps reculés, des Moeurs des Peuples antiques, de leurs Usages, de leurs Loix, et nécessaire à l’Education des Adolescens.
Avec des Estampes en couleur et au lavis, dessinées par M. CHÉRY, et gravées par P. M. Alix. A PARIS, Chez M. Drouhin,
1790. In 4.º de 25,5x20 cm. 2 volumes com [ii], 8, 150, [i] e [i], 183 pags. Encadernação da época inteira de pele com rótulos
verdes e finos ferros a ouro nas lombadas e pastas. Cortes das folhas marmoreados. Ilustrado com o retrato do autor e 55
gravuras águas-tintas coloridas manualmente.
Work on the research of the costumes and theaters all old and modern
nations, useful to Painters, Statuary, Architects, Designers, Actors, in a word for Artists of all kinds, not less useful for the
study of the history of ancient times, the ancient peoples, their uses, their laws, etc. Bindings: contemporary calf gilt at spines
and folders. Paper cuts colored as marble. llustrated with the author's portrait and 55 engravings (hand colored in aquarelle).
€2.000
370. LEAL, José Francisco. INSTITUIÇÕES OU ELEMENTOS DE FARMACIA, Extrahidos dos de Baumé, e reduzidas a
novo methodo pelo Doutor. JOZE’ FRANCISCO LEAL Lente de Matéria Medica, e de Instituições Medico-Cirurgicas na
Universidade de Coimbra, para uso das suas Prelecções Academicas, e em beneficio dos Alumnos de Medicina e Farmacia da
mesma Universidade, illustradas e acrescentadas com a vida do sobredito Professor, e publicadas por MANOEL JOAQUIM
HENRIQUES DE PAIVA. Medico em Lisboa, &c. LISBOA. NA OFFICINA DE ANTONIO GOMES. ANNO M. DCC.
XCII. [1792]. In 8º (de 16x10 cm) com 481-[iv] pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada.
Ilustrado em anterrosto com um retrato do Doutor José Francisco Leal (1744-1786). Exemplar com leves picos de traça
marginais. Inocêncio IV, 341 e VII, 139: 'José Francisco Leal, Doutor e Lente de Physiologia, Materiamedica, e Instituições
medico-cirurgicas na Universidade de Coimbra, etc. (O Dr. Benevides, na sua Bibl. Medico-portugueza, tomo XVI do Jornal
da Sociedade das Sciencias Medicas, pag. 294, faz d’elle um pharmaceutico: porém não soube onde praticára a pharmacia!!)
Nasceu. no Rio de Janeiro em 1744, e morreu em Coimbra em 1786. Instituições ou elementos de Pharmacia, extrahidos dos
de Baumé e reduzidos a um novo methodo, etc. Lisboa, na Offic. de Antonio Gomes 1792. 8.o de 481 pag., além do rosto, e de
quatro pag. não numeradas, que contêem o indice. Esta obra foi publicada posthuma pelo dr. Manuel Joaquim Henriques de
Paiva, e sahiu precedida no mesmo volume de uma Noticia da vida e obras do Dr. Leal, escripta por Francisco Luis Leal
(talvez seu proximo parente?). Juntamente vem um retrato do dr. Leal, gravado em chapa de cobre. Inocêncio VI, 12.
“MANUEL JOAQUIM HENRIQUES DE PAIVA, Fidalgo da C. R., e Cavalleiro professo na Ordem de Christo, Doutor em
Medicina pela Universidade de Coimbra... N. em Castello branco a 23 de Dezembro de 1752. Foi seu tio paterno o celebre
medico Antonio Nunes Ribeiro Sanches, de quem se fez menção no tomo I d'este Diccionario. Cultivou com assiduidade e
proveito os estudos proprios da sua profissão, merecendo ser tido de justiça por um dos mais intelligentes e laboriosos entre os
medicos portuguezes seus contemporaneos.”
€500
371. LEÃO X, Papa. Bulla absolutionis Concilii Lateranen[sis] cum decreto expeditionis in Turchos generalis: ac
imposition[is] Decimar[um] per trienniu[m]: lecta in duodecima et ultima sessione p[er] R. P. Patriarcham Aquilegien[sem].
S/l. S./I. [Roma, M. Silver, depois de 17 de Abril de 1516. Secretários] Bembus e F. de Vega. In 8º de 20x13,5 cm. com [iv],
fólios. Ilustrado com o brasão do papa Leão X, um Médicis. Exemplar com alguns defeitos e restauros marginais afetando um
pouco a mancha tipográfica na última folha. O Quinto Concílio de Latrão [1511-16], convocado pelo papa Júlio II [1503-13],
foi o mais extenso dos concílios ecumênicos medievais. O pontificado de Leão X [1513-1521] ficou especialmente marcado
pela cisão protestante, iniciada por Martinho Lutero em 1517. A presente Bula visava restabelecer a paz nos reinos católicos da
europa, ficando o papa com a decisão final sobre os conflitos, criando também um imposto de um dízimo por três anos,
permitindo assim concentrar os esforços militares numa cruzada contra o poderoso sultão otomano Selim I, que ameaçava
preocupantemente com o seu exército as fronteiras europeias, tendo mesmo conquistando a Hungria. Inglaterra, Espanha e
Portugal deviam fornecer uma armada e forças militares para conquistar Constantinopla. A décima segunda sessão e última do
Quinto Concílio de Latrão, realizada a 16 de Março de 1517, foi presidida por Leão X. “Estavam presentes 18 cardeais, três
patriarcas latinos, cerca de 80 arcebispos e bispos, os habituais funcionários da Cúria, e os embaixadores residentes em
Roma… Marino Grimani, o novo patriarca de Aquileia, leu a bula Constituti justa verbum prophetae [aqui impressa], que reviu
o trabalho do concílio, que o papa Júlio II tinha convocado, e das quais apenas realizou as primeiras cinco sessões; o papa Leão
X continuou o seu trabalho através das sessões restantes. O cisma Galicano tinha sido encerrado, as perspetivas de paz na
europa pareciam boas, e preparavam-se os planos para a reforma da Cúria Romana. Mas um dos principais objetivos do
concílio dizia-se, tinha sido o de lançar uma cruzada contra os turcos. Desde a queda de Constantinopla no tempo de Nicolau
V, os antecessores de Leão X tinham planeado uma expedição para vingar a derrota então infligida à fé católica e para reprimir
a fúria dos infiéis. Agora por sua vez, Leão X cria um imposto de um dízimo por três anos a ser cobrado para a cruzada em
todo o Universo Orbe (mundo católico), a ser pago pelas igrejas, mosteiros e titulares de benefícios eclesiásticos. A bula
termina com uma advertência para os príncipes da Europa manterem a paz, dispensando Leão X os patriarcas presentes para
regressarem às suas igrejas” In (Setton, The papacy and the Levant (1204–1571), vol. III pp. 169–70).
LEO X, Pope. 8vo,
ff. [4], Illustrated with woodcut papal arms on title. Some spotting, some marginal defects, restorations to inner margin and last
folio with slight loss of text. One of two editions of this papal bula. The other, printed by Etienne Guillery, is dated 28 July
1517. The Fifth Lateran Council [1511-16], summoned by Pope Julius II [1503-13], was the most extensive of medieval
ecumenical councils. The pontificate of Leo X [1513-1521] was especially marked by the Protestant split, begun by Martin
Luther in 1517. This Bula aimed at establishing peace in the Catholic kingdoms of Europe, leaving the pope with the final
decision on the conflict and also creating a tithe for three years, allowing to concentrate military efforts on a crusade against
the powerful Ottoman Sultan Selim I, who threatened worryingly with his army the European borders, even conquering
Hungary. England, Spain and Portugal should provide a fleet and military forces to conquer Constantinople. The twelfth and
last session of the Fifth Lateran Council, 16 March 1517, was presided over by Leo X. ‘There were eighteen cardinals present,
three Latin patriarchs, some eighty archbishops and bishops, the usual curial officials, and the ambassadors resident in Rome...
Marino Grimani, the new patriarch of Aquileia, read the bull Constituti juxta verbum prophetae [printed here], which reviewed
the work of the council. Julius II had convoked it and held five sessions; Leo had continued its work through the remaining
sessions. The Gallican schism had been sealed, the prospects for peace looked good; and plans were being made for the reform
of the Curia. But one of the prime objects of the council, it was said, had been to launch a crusade against the Turks. Since the
fall of Constantinople in the time of Nicholas V, Leo’s predecessors had planned an expedition to avenge the injury then
inflicted upon the faith and to repress the fury of the infidels. Now Leo in his turn imposed a three years’ tithe to be levied for
the crusade in Universo Orbe. It was to be paid by churches, monasteries, and holders of ecclesiastical benefices. With a final
admonition to the princes of Europe to keep the peace, Leo dismissed the attending fathers to return to their churches’ (Setton,
The papacy and the Levant (1204–1571), vol. III pp. 169–70). Göllner 83. OCLC records one copy only (Bayerische
Staatsbibliothek). Bookseller Inventory # I680
€3.000
372. LEITÃO COUTINHO, Dionysio Miguel. COLLECÇÃO DOS DECRETOS, RESOLUÇÕES E ORDENS DAS
CÔRTES GERAES, EXTRAORDINARIAS E CONSTITUINTES DA NAÇÃO PORTUGUEZA, [EXTINCTAS, QUE
HOUVE EM PORTUGAL NOS ANNOS DE 1821 E 1822.] DESDE A SUA INSTALAÇÃO EM 26 DE JANEIRO DE 1821;
Comprehendendo não só o que diz respeito em geral á Nação, mas também a alguma Classe della, ou em particular em objecto
mais notável: COM O Reportorio ao Diario das mesmas Côrtes, que mostra onde se achão as Sessões, Projectos, Indicações,
Propostas, Pareceres, Debates e Deliberações, que motivárão a Legislação inserta nesta Collecção. [Redigido pelo Doutor
Dionysio Miguel Leitão Coutinho, Juiz da Ordem de Christo e Prior de Alvaiazere]. Coimbra, na Imprensa da Universidade.
1822 e 1823. Obra em 2 volumes. In fólio (de 31x21 cm) com xxiii, 340, 644, xxviii pags. Encadernações da época inteiras de
pele com ferros a ouro nas lombadas e nos rótulos [encadernações iguais no tamanho, porém diferentes no acabamento dos
ferros das lombadas]. INOCÊNCIO II, 179 e V, 132: “ Dionysio Miguel Leitão Coutinho, Freire Conventual da Ordem militar
de Christo. Doutor em Theologia pela Universidade de Coimbra; ignoro ainda a sua naturalidade e mais circumstancias.
Collecção da Legislação das Cortes Ertraordinarias e Constituintes da Nação Portugueza no primeiro anno da sua legislatura,
etc. Redigida cronologicamente. Lisboa, 1822. 4.º Saíram (que eu saiba) quatro cadernos, e creio que ahi parou, interrompida a
publicação pelas mudanças políticas do anno seguinte. Fóra a edição incompleta da Collecção de Legislação em 4.º, de que tive
um exemplar… noticia de outra, que parece completa, e hoje rara por se haverem vendido para embrulhos todos os exemplares
que restavam. O título é como se segue: Collecção dos decretos, resoluções e ordens das Cortes geraes, extraordinarias e
constituintes da Nação portugueza, desde a sua installação em 24 de Janeiro de 1821, etc. Coimbra... Fol”.
€1.200
373. LEITÃO E CARVALHOSA. (Manuel Francisco, 2º Visconde de Santarém) MEMORIAS E ALGUNS DOCUMENTOS
PARA A HISTORIA E TEORIA DAS CÔRTES GERAES Que em Portugal se celebrarão pelos tres Estados do Reino,
ordenadas e compostas em 1824 pelo 2º Visconde de Santarém. Nova edição publicada pelo 3º Visconde de Santarém em
1924, precedida dum estudo de António Sardinha. Composto e impresso na Imprensa da Portugal-Brasil. Lisboa cclxxii-vi(vi)-46-96-109-322 pags. Encadernação com lombada em pele.Exemplar por aparar. Conjunto completo com a transcrição dos
4 volumes originais. Ilustrado com reprodução das folhas de rosto da edição de início do séc. XIX. Inocêncio V, 435: “Manuel
Francisco de Barros e Sousa de Mesquita de Macedo, segundo visconde de Santarém, e Alcaide Mor da mesma vila; Senhor de
vários morgados; Grã Cruz das Ordens de Cristo em Portugal, e de Carlos III de Espanha; Comendador da Torre e Espada, e de
S. Tiago; Oficial da do Cruzeiro no Brasil; Oficial Mor da Casa Real Portuguesa; Ministro de Estado Honorário, Guarda-Mor
do Real Arquivo da Torre do Tombo; Sócio das Academias Reais das Ciências de Lisboa, e Berlim, do Instituto de França, das
Sociedades de Geografia de Berlim, Frankfurt, Londres, Paris e S. Petersburgo; do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil.
Nasceu em Lisboa (?) a 18 de Novembro de 1791, e morreu em Paris a 18 de Janeiro de 1856, segundo se lê no Almanach de
Portugal do referido ano, ao passo que em alguns artigos necrológicos vi, ao seu falecimento, a data de 17 de Dezembro de
1855. No Dictionnaire Général de Biographie et d'Histoire de MM. Dezobry et Bachelet, tomo II, pag. 2392, vem uma curta
notícia a seu respeito, e nela se encontram entre outras inexactidões, a de que fora nomeado Ministro de Estado em 1828 pelo
sr. D. Miguel, quando é certo que este só o conservou como já era desde 1827, durante o regimen da Carta. A propósito do seu
ministério, é notável o parecer dado por ele em ofício de 24 de Março de 1833 (transcrito depois na Crónica Constitucional de
Lisboa, de 17 de Setembro do mesmo ano) dirigido ao Duque de Lafões, e concernente ao modo de realizar um projecto de
capitulação, de que houvera ideia por parte do Duque de Bragança, e do seu exército então estreitamente sitiados no Porto'.€200
374. LEITÃO. (Comd. Humberto) e Comd. J. Vicente Lopes. DICIONÁRIO DA LINGUAGEM DE MARINHA ANTIGA E
ACTUAL. [1ª Edição]. Centro de Estudos Históricos Ultramarinos da Junta de Investigações Cientificas do Ultramar. Lisboa.
1963. De 24x17 cm. Com xx-431 pags. Encadernação artística inteira de pele marroquin preta com finos ferros a ouro na
lombada e nas cercaduras das pastas (em esquadrias estilizando cordas e nós). Ilustrado com figuras com nomenclaturas de
navios e dos seus cabos.
€120
375. LEITÃO. (Humberto) DICIONÁRIO DA LINGUAGEM DE MARINHA ANTIGA E ACTUAL. Pelo Comandante…
com a colaboração do Comandante José Vicente Lopes (3ª Edição). Centro de Estudos Históricos e Cartografia Antiga.
Edições Culturais da Marinha. Lisboa. 1990. De 24x18 cm. Com xxvii-548 pags. Encadernação com lombada e cantos em pele
ao gosto do séc. XVIII. Obra de referência, incluindo as últimas actualizações efectuadas pelo autor.
€80
376. LEITÃO. (Humberto) OS PORTUGUESES EM SOLOR E TIMOR DE 1515 A 1702. Pelo Comandante… Subsidiada
pelo Instituto para a Alta Cultura. Tip. da Liga dos Combatentes da Grande Guerra. Lisboa. 1948. De 26x20 cm. Com 299
pags. Encadernação com lombada e cantos em pele. Ilustrado com mapas desdobráveis.
€90
377. LEITÃO. (Joaquim) CRÓNICA DE SÃO JOÃO DE BRITO. Por … da Academia das Ciências de Lisboa, da Academia
Brasileira de Letras. Lisboa. 1948. De 40x30 cm. Com 210 pags. Encadernação com lombada e cantos em pele. Ilustrado com
os retratos de Oliveira Salazar e Óscar Carmona. Gravuras extra texto em tetracromia, apensas aos fólios, entre as quais as do
Papa Pio XII. Profusamente ilustrado com imagens de Roma, do Vaticano e da Itália em geral; fotografias das embaixadas
portuguesas, civis e religiosas, junto do Papa Pio XII; imagens panorâmicas do interior da Basílica de São Pedro durante as
cerimónias; e duas fotogravuras finais com a Delegação de Timor a ser apresentada ao Presidente do Conselho; e Salazar
falando perante as delegações ultramarinas.
€90
378. LEITE DE VASCONCELLOS. (Dr. José) LIÇÕES DE FILOLOGIA PORTUGUESA. Terceira edição [capa de brochura
menciona 4ª edição] comemorativa do centenário do nascimento do autor. Enriquecida com notas do Autor, prefaciada e
anotada por Serafim Silva Neto [Professor Catedrático da Universidade do Brasil e da Universidade de Lisboa]. Colecção
Brasileira de Filologia Portuguesa. Livros de Portugal. Rio de Janeiro. 1959. De 26x20 cm. Com xxix-488 pags. Encadernação
com lombada em pele. Ilustrado com retrato do autor em anterrosto.
€120
379. LEITE DE VASCONCELLOS. (José) ESTUDOS DE PHILOLOGIA MIRANDESA. (Por) ... Professor do curso superior
de Bibliotecario-archivista, Conservador da Bibliotheca Nacional de Lisboa. Quarto Centennario do descobrimento da India.
Contribuições da Sociedade de Geographia de Lisboa. Imprensa Nacional. Lisboa. 1900. 2 volumes. De 24x16 cm. Com 488 e
344 pags. Encadernações com lombadas em pele. Exemplar com ex-libris da Biblioteca Capucho.
€300
380. LEITE DE VASCONCELLOS. A BARBA EM PORTUGAL. Estudo de Etnografia Comparativa. Por… Imprensa
Nacional. Lisboa. 1925. De 25x17 cm. Com 189 pags. Encadernação com lombada e cantos em pele. Profusamente ilustrado.
Exemplar aparado apenas à cabeça e com capas de brochura preservadas.
€150
381. LEITE DE VASCONCELOS. (José) RELIGIÕES DA LUSITANIA na parte que se refere principalmente a Portugal por…
Professor da Bibliotheca Nacional de Lisboa, Director do Museu Ethnologico Português. S. S. G. L. Imprensa Nacional.
Lisboa. 1897, 1905 e 1913. 3 volumes. De 24x16 cm. Com xl-440, xviii-372 e xviii-636 pags. Encadernações com lombadas e
cantos em pele com pequenas falhas de pele nas coifas. Profusamente ilustrado. Exemplar preserva capas de brochura. 1ª
edição. Obra considerada como fundamental para o conhecimento das crenças religiosas, das condições de vida, da geografia e
da história da Lusitania nos seus periodos pré-históricos, proto-históricos e históricos. Contém o estudo dos cultos das
divindades nativas no tempo da romanização. O autor recorre a uma vasta recolha epigráfica e comparativa com outras
recolhas efectuadas na Europa e América no final do século XIX.
1st edition. A reference study regarded as central to the
knowledge of religious beliefs, living conditions, geography and history of the Lusitania (Southwest Iberian Peninsula) in their
prehistoric, proto-historic and historical periods. It has a very detailed approach of the native cults and deities in the time of
Roman occupation. The author collected a wide collection of epigraphic and established a comparative study with other
findings from Europe and America in the late 19th Century.
€500
382. LEMOS. (Maximiano) CAMILO E OS MÉDICOS. Separata dos «Arquivos de Historia de Medicina Portuguêsa». Typ. a
vapor da Encyclopedia Portuguesa. Porto. 1921. De 24x17 pags. Encadernação (meio amadora) com lombadas e cantos em
pele com finos ferros a ouro. Ilustrado com retratos intercalados em extra-texto.
€200
383. LEPIERRE. (Charles) A INDUSTRIA DO SAL EM PORTUGAL. INQUÉRITO. Por… Engenheiro E. P. C. I. – Paris.
Professor do Instituto Superior Técnico. Universidade Técnica Portuguesa. Lisboa. 1935. De 26x20 cm. Com 341-lix pags.
Encadernação inteira de pele com ferros a ouro na lombada. Exemplar com assinatura de posse na página de rosto ; dedicatória
do autor na página de anterrosto ; e um ex-libris na folha de guarda. Profusamente ilustrado no texto e em extra-testo com
mapas gerais e de pormenor das zonas de exploração de sal ; quadros de dados, esboços e esquemas ; fotogravuras dos
processos de extracção ; amostras das patologias das salinas ; e os processos de armazenamento, transporte e carga a bordo de
navios bacalhoeiros e de cargueiros.
€150
384. LEPIERRE. (Charles) ESTUDO CHIMICO E TECHNOLOGICO SOBRE A CERAMICA PORTUGUEZA
MODERNA. Por… Professor de chimica da Escola industrial «Brotero», Socio correspondente da academia real das sciencias
de Lisboa, Official da ordem de S. Thiago, etc. Trabalho effectuado no laboratório chimico da Escola Industrial «Brotero» em
Coimbra. Imprensa Nacional. Lisboa. 1899. De 24x15 cm. Com 241 pags. Encadernação da época com lombada em percalina.
Ilustrado em extra-texto com desdobrável contendo as configurações organológicas dos fornos tradicionais e industriais
existentes em várias regiões de Portugal. Obra que incide sobre os aspectos físico-químicos das matérias-primas que
constituem as pastas cerâmicas e os seus vários métodos e técnicas de combinação no processo de obtenção dos produtos finais
na indústria cerâmica em Portugal continental e nas ilhas adjacentes.
€150
385. LESAGE. (Alain-René) HISTORIA DE GIL BRAZ DE SANTILHANA. Por… Traducção portugueza de Julio Cesar
Machado. Edição monumental illustrada com perto de 400 gravuras intercaladas no texto e 30 oleographias em separado.
Segunda edição. David Corazzi – Editor. Lisboa. 1885 e 1886. 2 volumes. In folio (de 36x28 cm.) com 431-(iv) e 462-(v) pags.
Encadernações da época em percalina estampada a seco; e lombadas em pele com ferros a ouro. Profusamente ilustrado no
texto; em extra-texto; e com vinhetas e capitulares decorativas e historiadas. Exemplar com ex-libris. Obra de grande beleza
gráfica com capas de brochura cromolitografadas e com gravuras oleográficas coloridas, incluindo o magnífico frontispício no
primeiro volume. Gil Blas de Santillana é uma novela francesa no estilo dito picaresco, que ganhou uma grande tradição na
literatura ocidental com heróis como D. Quixote, Hudibras, Tom Sawyer e outros. No enredo - sempre actual - um jovem no
início da sua vida vai estudar para a Universidade de Salamanca, mas é coagido a ajudar um grupo de salteadores que lhe
aparecem. Ao longo da sua vida vai sendo testemunha de muitas situações, mas graças à sua inteligência e muita esperteza vai
terminar a sua vida como amigo do rei e gozando a sua fortuna num confortável castelo.
€200
386. LIMA FELNER. (Rodrigo José) SUBSIDIOS PARA A HISTORIA DA INDIA PORTUGUEZA Obra subsidiada pelo
Governo de Portugal. Contendo: I. O LIVRO DOS PESOS, MEDIDAS E MOEDAS, por António Nunes; II. O TOMBO DO
ESTADO DA INDIA, por Simão Botelho; III. LEMBRANÇAS DAS COUSAS DA INDIA EM 1525. Publicados de ordem da
Classe de Sciencias Moraes, Politicas e Bellas-Lettras da Academia Real das Sciencias de Lisboa e sob a direcção de… Sócio
Effectivo da mesma academia. Typographia da Academia Real das Sciencias. Lisboa. MDCCCLXVIII (1868). De 28x22 cm.
Com xxxii-42-259-56-30 pags. Encadernação de elevada qualidade com lombada e cantos em pele. Exemplar preserva capas
de brochura com excelente impressão em papel de linho.
€120
387. LIMA, Francisco Bernardo. GAZETA LITERARIA, OU NOTICIA EXACTA DOS PRINCIPAES ESCRIPTOS
MODERNOS, Confórme a Analysis, que delles fazem os melhores Criticos, e Diaristas da Europa. Obra periódica para o anno
de 1761. De que he Protector O EXCELLENTISSIMO SENHOR JOAM DE ALMADA E MELLO, Governador General da
Cidade do Porto, do seu Partido, e de toda a marinha da Beira Baixa, &c. &c. &c. VOLUME PRIMEIRO. POR FRANCISCO
BERNARDO DE LIMA. PORTO: Na Officina de FRANCISCO MENDES LIMA; M. DCC. LXI. [1761]. In 4º gr. (de 21x18
cm) com [xvii], 410, [vii] pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada, cansada, e com falhas
nas coifas. Exemplar com leves manchas de humidade. Obra com a reunião de um jornal científico e cultural periódico com as
principais notícias (resumos científicos) dos países europeus. Nomeadamente entre outros temas - França: História da Rússia
no Governo de Pedro o grande por Voltaire. Inglaterra: Dois diálogos sobre o comércio que se faz dos homens; Discursos do
Dr. J. Targioni Tozzetti sobre a Agricultura Toscana. Alemanha e Suíça: Breve discurso sobre a literatura Alemã. Holanda:
Tratado sobre a natureza e a cura das febres intermitentes e remitentes por Tronchin. Dinamarca: História natural da Ilha da
Islândia. Suécia: Tratado sobre a decadência das fábricas da Suécia. Rússia: Notícias literárias da Rússia sobre o frio artificial.
Espanha: História Natural e Civil da Califórnia por M. Venegas. Portugal: Instrução sobre os corpos celestes, principalmente
sobre os Cometas por F. H. Ahlers; Efemérides dos sucessos Portugueses desde o terramoto de Lisboa até à expulsão dos
Jesuítas; Tratado Fisiológico da Circulação do Sangue, por A. Cunha; Discurso sobre a Agricultura; etc. Contém folha de rosto
própria para a Parte II do Volume Primeiro (apenas esta Parte desde o Numero I do Volume I de Julho de 1761 até ao Número
26 de Dezembro de 1761. Segundo Inocêncio foi publicado o Tomo II em Lisboa, por Miguel Rodrigues, em 1762). BNP não
menciona o segundo tomo. Inocêncio II, 352: “P. Francisco Bernardo de Lima, Cónego secular do S. João Evangelista, nasceu
na cidade do Porto em 1727, e morreu em 1764, conforme a Bibl. Cirurg., ou em 1770 segundo a Descrição do Porto de
Agostinho Rebello da Costa. Para a sua biografia vej. a referida Bibl. Cirurgica de Manuel de Sá Mattos, a pag. 145, na qual se
encontram espécies aproveitáveis. 598) Gazeta Litteraria, ou Noticia exacta dos principaes escriptos modernos.. Obra
periodica. Tomo I. Porto, por Francisco Mendes Lima 1761. 4.° Parte 2.ª Lisboa, sem nome do impressor 176l. 4.° Tomo II.
Lisboa, por Miguel Rodrigues 1762, 4.º. Principiou a publicação d'estas Gazetas em Janeiro de 1761, e findaram em Junho de
1762. No primeiro ano foram semanais, porem no Segundo passararn á ser mensaes. A maneira por que são redigidas da claro
testemunho da universalidade de conhecimentos e erudição do autor. Contém, afóra outros artigos, muitos juízos críticos e bem
ajustados de varias obras portuguesas sabidas por aquele tempo. O exemplar que possuo destas Gazetas custou me 600 réis”.
€400
388. LINDLEY CINTRA. (Luís Filipe) CRÓNICA GERAL DE ESPANHA DE 1344. Edição crítica do texto português pelo
Académico Correspondente Luís Filipe Lindley Cintra. [Colecção] Fontes Narrativas da história Portuguesa. Academia
Portuguesa de História. Lisboa. MCMLI, MCMLIV e MCMLXI [1951, 1954 e 1961]. Obra em 3 volumes. De 26x20 cm. Com
dxcix, (23)-483 e xxv-454 pags. Encadernações com lombadas e cantos em pele com ferros a ouro ao gosto do século XVIII.
Exemplar com ex-libris da Biblioteca Capucho. Obra fundadora da historiografia peninsular, contendo um estudo e aparato
crítico nas 599 páginas do 1º volume, constituindo a tese doutoramento em Filologia Românica do autor, pela Univ. de Lisboa,
em 1953.
€200
389. LINNÉ, Carl von. [Linnaeus, Carolus / LINEU, Carlos. SPECIES PLANTARUM] CAROLI LINNAEI EQUITIS AUR.
STELLA POLARI, Archiatri Regii, Med. & Botan. Profess. Upsal. Acad. Paris. Upsal. Holmens. Petropol. Imperial. Bernens.
Londin. Anglic. Edenburg. Monspel. Tolos. Florent. Soc. SPECIES PLANTARUM, EXHIBENTES PLANTAS RITE
COGNITAS AD GENERA RELATAS, cum Differentiis Specificis, Nominibus Trivialibus, Synonymis Selectis, Locis
Natalibus, Secundum SYSTEMA SEXUALE DIGESTAS. Editio Tertia. VINDOBONAE. Typis JOANNIS THOMAE de
TRATTNER, CAES. REG. AULAE. TYPOGRAPHI ET BIBLIOP. M. DCCLXIV. [1764]. Obra em 2 tomos divididos em 4
volumes. In 4º (de 20x12 cm) com (xiv), 1682, (lxiv), (i) pags. Encadernações da época inteiras de pele com ferros a ouro na
lombada. Exemplar apresenta: pastas com cantos cansados; coifas com pequenas falhas, e 2 ex-libris oleográficos sobre as
folhas de rosto, sendo um deles armoriado Casa de Lafões. Obra impressa em Viena de Áustria contendo a classificação das
espécies botânicas baseada nas características sexuais das plantas estudadas por Lineu. Para Lineu as espécies correspondem
aos nomes triviais das plantas que conhecemos e que diferenciamos, sendo depois várias espécies agregadas em géneros (que
são as selecções principais e mais gerais). Contém nas últimas 64 páginas inumeradas um índice remissivo da classificação por
géneros de plantas; um índice remissivo de sinónimos; e ainda um índice de nomes vernáculos latinos, ou triviais na tradição
romana (nomina trivialia), que são a base etimológica de muitos vocábulos portugueses. Carolus Linnaeus, em português
Carlos Lineu, nome sueco após nobilitação Carl von Linné (n. Råshult, Småland, 1707, m. Uppsala, 1778) foi um botânico,
zoólogo e médico, criador da nomenclatura binomial e da classificação científica, sendo assim considerado o 'pai da taxonomia
moderna'. Lineu um dos fundadores da Academia Real das Ciências da Suécia e o botânico mais reconhecido da sua época
sendo, no entanto, também conhecido pelos seus dotes literários.
€600
390. LINNÉ, Carl von. [Linnaeus, Carolus / LINEU, Carlos. TERMINI BOTANICI]. CARLI a LINNÉ, M. D. EQUITIS
AURATI DE STELLA POLARI, ARCHIATRI REGIS SUECIAE ACDD. SIENT. FERE OMNIUM MEMBRI, FUNDI
HAMMARBY DOMINI, REL. TERMINI BOTANICI CLASSIUM METHODI SEXUALIS GENERUMQUE PLANTARUM
CHARACTERES COMPENDIOSI. RECUDI CUM INTERPRETATIONE GERMANICA. DEFINITIONUM
TERMINORUM CURAVIT PAULUS DIETERICUS GISEKE M. D. PHYS. PROF. IN GYMNASIO HAMB. ET
BIBLIOTHECAR. SECUNDUS, INSTITUTI REGII HISTORIARUM GOETTING. ET SOCIET. ELECTOR. LIPS.
SODALIS. EDITIONI HUIC ALTERI ACCESSERUNT FRAGMENTA ORDINUM NATURALIUM LINNAEI, NOMINA
GERMANICA PLANERI GENERUM, GALLICA ET ANGLICA TERMINORUM, ET INDICES. HAMBURGI.
SUMPTIBUS B. CHR. HEROLDI VIDUAE. EXCUDIT CAR. WILH. MEYN. MDCCLXXXVII. [1787]. In 4º (de 20x12
cm) com [xx], 396 pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro por casas fechadas. Ilustrado com 2 quadros
desdobráveis com a “chave” do sistema classificatório de Lineu em latim e em alemão: Clavis systematis sexualis” e
“Schlüssel des Sexual Systems. Exemplar com 2 ex-libris oleográficos sobre a folha de rosto, sendo um deles armoriado da
Casa de Lafões. Obra em Latim com prefácio em língua alemã; e 2 índices dos géneros de plantas, em Latim e Alemão. Obra
impressa em Hamburgo contendo a classificação botânica baseada nas características sexuais das plantas e com os resumos
fundamentais para a compreensão da taxonomia criada por Lineu. Carolus Linnaeus, em português Carlos Lineu, nome sueco
após nobilitação Carl von Linné (n. Råshult, Småland, 1707, m. Uppsala, 1778) foi um botânico, zoólogo e médico, criador da
nomenclatura binomial e da classificação científica, sendo assim considerado o 'pai da taxonomia moderna'. Lineu um dos
fundadores da Academia Real das Ciências da Suécia e o botânico mais reconhecido da sua época sendo, no entanto, também
conhecido pelos seus dotes literários.
€400
391. LISBOA, Frei Marcos de. TERCERA PARTE DE LAS CHRONICAS DE LA ORDEN DE LOS FRAYLES Menores
del Seraphico Padre S. Francisco. Dedicadas al señor don Duarte Patron de la prouincia del Algarue. CVENTA DE LA
REFORMACION Y OBSERVANCIA DE LA misma Ordem, y su augmento, la qual començo poco antes del año de mil y
quatrocientos, y crescio hasta el de mil quinientos e veynte. ORDENADA Y SACADA DE LOS LIBROS, Y MEmoriales de
la Orden, por el P. fray Marcos de Lisboa, frayle Menor de la Obseruancia de Portugal, y Obispo del Porto. Agora nuevamente
impressa y emendada por el Padre fray Luis de los Angeles, frayle Menor de la prouincia de los Algarues, reuedor, e
calificador del Consejo general del Santo Officio. ESTA DIVIDIDA ESTA PARTE EN DIEZ LIBROS, PARA MAyor
claridad de la historia, como en la buelta desta hoja se vera. Con las licencias necessárias. En Lisboa, En la officina de Pedro
Crasbeeck. 1615. A costa de la Religion, y de Thome del Valle mercader de libros. In fólio (de 27x20 cm). Com [viii], 290,
[xviii] pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro no rótulo da lombada e com ferro “nº3”. Corte das folhas
levemente carminado. Exemplar com leves manchas de humidade na folha de rosto e pequeno ex-libris oleográfico.
Frontispício com quadrilongo decorativo xilogravado e vinheta com iconografia de S. Francisco. Texto impresso a duas
colunas. Reimpressão da edição de 1570, sendo cada uma destas partes impressas em locais diversos: Primera parte, Madrid,
1574; Segunda parte, Alcalá de Henares, 1577, e finalmente esta Tercera parte em Lisboa, 1615. Palau 1990, IV, 245: “De
estas diversas tiradas se hacen juegos de las tres partes… Lo corriente es ver anunciadas las dos primeras partes”. Inocêncio
IV, 129: «D. FR. MARCOS DE LISBOA, ou de Bethania, Franciscano da província de Portugal, e dela passou para a
reformada de Santo Antonio, mais conhecida pela denominação de Capuchos. Foi eleito Bispo de Miranda, e depois do Porto
em 1582, governando esta diocese por mais de nove anos, com fama de muito esmoler e caritativo para com os pobres. Nasceu
em 1511, e morreu no Porto em 1591. Há na Biblioteca Nacional de Lisboa o seu retrato de meio corpo, sendo ainda religioso
franciscano. A propósito de Fr. Marcos de Lisboa, e principalmente das suas Crónicas, diz o douto arcebispo D. Rodrigo da
Cunha: «Em toda esta Crónica fala sempre Fr. Marcos com tanto espírito e desejo de aproveitar, que com facilidade se nota a
quem a lê ser este só seu intento: é no historiar aprazível, e para os tempos em que escrevia elegante; sagaz em saber descobrir
a verdade, agudo na prova dela, e judicioso em a saber determinar, etc.»
€1.200
392. LIVRO (O) AZUL OU CORRESPONDENCIA RELATIVA AOS NEGOCIOS DE PORTUGAL. APRESENTADA EM
AMBAS AS CAMARAS INGLEZAS. TRADUZIDO DO INGLEZ. Tipographia de Borges. Lisboa. 1847. In fólio (de 30x20
cm) com 368 pags. Encadernação da época com lombada em pele. Corte das folhas marmoreado. Edição in-fólio; tendo sido
publicada pela mesma Tipografia de Borges 'Nova edição correcta' in 4º no mesmo ano. O Ministério Britânico apresentou à
Câmara dos Comuns na sessão de 9 de Junho de 1847 os documentos acerca da “questão portuguesa”; que são um conjunto de
informações, interceptadas pelos Serviços de Inteligência ingleses em Portugal, transcritos no presente volume denominado
“Livro Azul”. À 'questão portuguesa' chamamos em Portugal Insurreição ou Revolução da Patuleia, ou ainda Guerras das
Patuleias. Os governos de Costa Cabral (1842-1846) reprimiram a Carta Constitucional de 1826 que conservava nas mãos da
Rainha o poder moderador e o executivo. Só em 1847 a situação interna se normaliza após a intervenção da Espanha, da
França e da Inglaterra que levou à celebração da Convenção de Gramido. Este Livro Azul é uma importante fonte, com 336
documentos para a história deste período, começando em 8 de Outubro de 1846; encontrando-se ainda vários anexos com os
tratados entre Portugal e a Grã-Bertanha, começando pelo tratado assinado em Londres em 1373. Relativamente à Questão
Portuguesa ou Patuleia: em Janeiro de 1847 teve origem em sucessivas suspensões das garantias constitucionais. O general
Póvoas é nomeado comandante dos Patuleias, e comandante militar das duas Beiras, aliando-se a Sá da Bandeira. A esquadra
Cartista, comandada por Soares Franco, bloqueia o Porto. Em Fevereiro há a remodelação governamental. Os comerciantes de
Lisboa aplaudem a chegada do ministro Tojal à Fazenda. Os funcionários públicos não eram pagos desde Outubro. O exército
da Patuleia comandado pelo Conde de Melo ataca Estremoz. Em Abril Sá da Bandeira desembarca no Algarve e inicia a sua
marcha para Lisboa. Chega a Setúbal e junta-se às tropas do Conde de Melo e às guerrilhas do sul. Há tumultos em Lisboa,
onde estacionam tropas inglesas e espanholas. Sá da Bandeira detém-se em Setúbal. Perde 500 homens no combate do Alto do
Viso. Há uma nova remodelação governamental. Novos tumultos dos Patuleias em Lisboa. Em Maio, Sá da Bandeira, depois
do combate do Alto do Viso, aceita o armistício. A esquadra britânica bloqueia o Douro impedindo a saída da esquadra do
Conde das Antas em socorro do Exército do Sul. Em Junho o exército espanhol ocupa o Porto. Sá da Bandeira aceita submeterse. Assina-se a Convenção de Gramido (em Gondomar) em 29 de Junho de 1847 com o objectivo de pôr fim à insurreição da
Patuleia. A convenção foi assinada entre os comandantes das forças militares espanholas e britânicas, que tinham entrado em
Portugal ao abrigo da quádrupla aliança, dezassete dias depois destes documentos serem apreciados pela Câmara dos Comuns
inglesa. Traduzidos em português por Eduardo de Faria, fidalgo da Casa Real e Cavaleiro. Inocêncio II, 220.
€300
393. LIVRO JAPONÊS. SÉC. XVIII. Autor desconhecido. Título desconhecido. Conteúdo desconhecido. S/L. [Japão]. 1887. De
26x18 cm. Com 45 fólios. Brochura original com capas revestidas em percalina amarela. Ilustrado com 10 gravuras no texto
representando a entrada de Confúcio no Paraíso. Obra impressa impressa no século xix (possivelmente redigida no século
dezoito) e impressa sobre papel de arroz em folha simples (e não dupla) em frente e verso. Apresenta título, colofón; rótulo
sobre a capa de brochura; e título de posse (ou assinatura do impressor) na contracapa.
€500
394. LOBATO. (Alexandre) LOURENÇO MARQUES, XILUNGUÍNE. Biografia da cidade. Tomo I. A Parte Antiga. AgênciaGeral do Ultramar. Lisboa. 1970. De 24x20 cm. Com 307 pags. Encadernação do editor com sobrecapa de protecção.
Completamente ilustrado com uma fotobiografia da cidade - actual Maputo - Moçambique, desde o inicio do sec. XIX até
perto da descolonização. Contém reproduções de postais, fotografias e mapas antigos desdobráveis.
€80
395. LOBO RAMALHO. (Robélia de Sousa) GUIA DE PORTUGAL ARTÍSTICO. Coordenado por… Direcção, edição e
propriedade de M. Costa Ramalho. Composição e impressão: oficinas gráficas da Sociedade Astória, Limitada. Lisboa. 19331947. 13 volumes encadernados em 4. De 24x16 cm. Com 96, 48, 91, 129, 68, 78, 66, 46, 62, 54, 52, 75, 70, e 84 pags.
Encadernações em percalina vermelha. Profusamente ilustrados com gravuras no texto e em extra-texto; e secções comerciais
ilustradas. Obra com artigos históricos e artísticos essencialmente sobre Lisboa, Coimbra, Açores; e sobre a escola de pintura
portuguesa do século XV.
€200
396. LOBO, Pe. Álvaro. MARTYROLOGIO ROMANO ACCOMODADO Atodos os dias do Anno conforme à noua ordem do
Calendario, que se reformou por mandado do Papa Gregorio XIII. Tresladado de Latim em Portugues por alguns Padres da
Companhia de IESV. No fim deste Martyrologio vay o Calendario dos Santos naturaes deste Reyno, e dos que nelle
particularmente se celebrão. Impresso em Coimbra com licença da Santa Inquisição e do Ordinario. Em casa de António de
Maris, Impresor da Vniversidade. Com Privilegio Real 1591. In 8.º de 12,5x9,5 cm. Com [lxiv], 279 fólios. Encadernação em
pergaminho não contemporânea (sec. xviii). Exemplar um pouco aparado à cabeça, por vezes afectando ligeiramente os títulos,
e com pequena mancha de tinta no frontispício. Ex-libris manuscrito na folha de rosto “Livr.a publica del Roque”. Primeira
edição desta obra quinhentista portuguesa atribuída por Barbosa Machado e Inocêncio da Silva ao Pe. Álvaro Lobo, Jesuíta,
natural de Vila Real de Trás os Montes em 1551. Este exemplar (como é referido por Inocêncio) não apresenta no fim a peça
bibliográfica independente «Martyrologio dos Sanctos de Portugal, e Festas geraes do Reino». Publicada em 1592, pelo mesmo
impressor e que consta de 23 fólios. Esta última por vezes aparece junto com o presente Martirologio Romano Acomodado.
Isto porque muito provavelmente a partir da publicação (posterior) da segunda obra pelo mesmo impressor, um ano mais tarde,
as duas seriam vendidas pelo mesmo em conjunto. Anselmo 898. Barbosa Machado I, 106. Inocêncio I, 47. “P. ALVARO
LOBO, Jesuita, cujo instituto professou a 28 de Fevereiro de 1566. Cursou os estudos em Coimbra, e foi mestre de Philosophia
em Evora. Exerceu tambem o cargo de Regente nos Collegios de Braga e Lisboa, e o de Reitor no do Porto. - N. em Villa Real
de Traz os Montes, e m. em Coimbra a 23 de Abril de 1608 com 57 annos d’edade. - E. 258) (C) Martyrologio Romano
accommodado a todos os dias do anno conforme a nova ordem do Calendario, que se reformou por mandado do Papa Gregorio
XIII. Trasladado de Latim em portuguez por alguns Padres da Companhia de Jesus. Coimbra, por Antonio de Maris 1591. 8.º E
no fim vem: Martyrologio dos Sanctos de Portugal, e Festas geraes do Reino; recolhido de alguns auctores e informações por
alguns Padres da Companhia de Jesus. Coimbra, pelo mesmo 1591 [aliás1592]. - Contém ao todo o volume LXIV folhas não
numeradas, a que se seguem 279 21, numeradas só na frente, e depois uma taboada, e tabella geral d’erratas, que não apparece
em alguns exemplares. D’esta edição, que é rara e estimada, possuo um exemplar, comprado por 800 réis, e tenho visto outros
na Bibl. Nacional de Lisboa, na Livraria do extincto Convento de Jesus, e em mão de alguns particulares. Possuo egualmente a
segunda edição.”
€1.800
397. LOPES CABRAL. (Fr. António) PANCARPIA, OU CAPELLA FLÓRIDA, Matizada, & odorifera, Tecida com dezoito
Sermões differentes, & INTITVLADOS Guarnecida com flores Panegyricas, Moraes, & Metaphoricas DEDICADA Ao
Taumaturgo Lusitano S. ANTONIO, Para Diadema fragrante de seus inclytos meritos Escrita, & prègada por Fr. ANTONIO
LOPES CABRAL, Freyre professo da Ordem de Christo, Capellaõ do numero, & serviço delRey D. PEDRO II. Chantre, &
Cantor de sua Capella Real, & Beneficiado nas tres Igrejas Matrizes das notaveis Villas de Niza, Thomar, & Ponte de Lima,
&c. Em LISBOA, Na Officina de MIGUEL DESLANDES, Impressor de Sua Magestade. Anno de 1694. In 4.º De 20x15 cm.
Com (xxiv)-435 pags. Encadernação da época em pergaminho flexível. Magnifico frontispício decorativo gravado por
Clemente Billingue. Inocêncio I, 186 “FR. ANTONIO LOPES CABRAL, Freire da Ordem Militar de Christo, Capellão cantor
da Capella real d'Elrei D. Pedro II, Academico da Academia dos Singulares etc.-N. em Lisboa em 1634, e m. a 26 de
Dezembro de 1698. São pouco vulgares estes sermões.”
€200
398. LOPES DE MENDONÇA. (Henrique) ESTUDO SOBRE NAVIOS PORTUGUEZES NOS SECULOS XV E XVI.
Por… Capitão-Tenente da Armada, sócio correspondente da Academia Real das Sciencias de Lisboa. Lisboa. Typographia da
Academia Real das Sciencias. 1892. De 30x23 cm. Com 119 pags. Encadernção inteira de pele sintéctica. Ilustrado. “Henrique
Lopes de Mendonça (Lisboa 1856-1931) militar, historiador, arqueólogo naval, professor, conferencista, dramaturgo, cronista e
romancista português. Em 1900 foi eleito membro efectivo da Academia das Ciências de Lisboa e, em 1915, foi nomeado seu
presidente. Em 1922 foi nomeado presidente da comissão destinada a perpetuar a Viagem Aérea Lisboa-Rio de Janeiro.
€80
399. LOPES MENDES. (A.) A INDIA PORTUGUEZA. Breve descripção das Possessões Portuguezas na Asia. Dividida em dois
volumes. Illustrados com 382 gravuras e 7 mappas. Por… Agronomo, socio da Sociedade de Geographia de Lisboa, da real
sociedade Asiatica (secção de Bombay), da sociedade geographica Argentina, da real associção de agricultura portugueza, e
antigo deputado da nação pelo circulo de Mapuçá, Damão e Diu, etc. [Obra] publicada por ordem do Ministério da Marinha.
[Edição da] Sociedade de Geographia de Lisboa. Imprensa Nacional. Lisboa. 1886. De 22x15 cm. Com xxvii-281 e xii-313
pags. Encadernações recentes com lombadas em pele. Profusamente ilustrado e com mapas geográficos em extra texto
coordenadas pelo próprio autor e litografadas na Imprensa Nacional em 1865, 1870 e 1871. Gravura do autor em corpo inteiro
na página de anterrosto. Gravura alegórica da Sociedade de Geografia de Lisboa no final do segundo volume, indicando o
futuro império luso-africano. Gravuras assinadas pelo próprio autor e por Pastor, Nenton, R. Christino, Alberto, Cazellas e
outros. As gravuras reproduzem palácios, templos, residências particulares, a reunião da assembleias dos governos locais, os
costumes e os dignatários locais, a flora local, a iconografia e os deuses do panteão indiano. A obra enquadra-se na divulgação
das explorações cientificas coloniais patrocinadas pelo governo português e pela Sociedade de Geografia. Inocêncio XX, 373
“Antonio Lopes Mendes era natural de traz-os-montes, nasceu em 1834. Cursou os preparatórios no liceu de Vila Real, seguiu
outros estudos superiores na Escola Politécnica do Porto e depois veio matricular-se em Lisboa no Instituto Agrícola, onde
obteve o diploma de médico-veterinário-lavrador. Serviu por algum tempo como ajudante do professor de desenho do mesmo
instituto. Em 1857 foi nomeado adjunto á comissão dos estudos agrícolas no continente e em Outubro 1859 recebeu a
nomeação de administrador da coudelaria do Crato. Em 1862 assinou contrato no Conselho Ultramarino, para exercer as
funções de veterinário-lavrador no Estado da Índia, para onde partiu a 11 de Agosto do mesmo ano, seguindo viagem pelo
Mediterrâneo, e aportou a Goa em 1 de Outubro. Além dos trabalhos inerentes á sua profissão desempenhava muito bem, como
se verá, diferentes comissões de serviço público do que faço menção á vista da exposição endereçada ao governo da metrópole
em 1867, reclamando para que, quando atingisse os 16 anos de serviço do ultramar, lhe fosse concedida a graduação de capitão
para gozar a reforma no posto imediato. Eis o que consta dessa exposição: em Outubro 1862 encarregado de inspeccionar, com
um membro da Junta de Saúde, o trigo que as padarias consumiam no fabrico do pão para o consumo dos habitantes. Em
Janeiro 1863 foi nomeado para a comissão incumbida do estudo das florestas nacionais da Índia Portuguesa e redigir o
regulamento florestal em harmonia com as necessidades do país. Em Fevereiro 1865 foi nomeado vogal da comissão
encarregada de coligir e coordenar os produtos agrícolas e industriais para serem enviados á exposição internacional de Paris;
em Março 1865 foi nomeado vogal da comissão encarregada da demarcação dos terrenos de Satary, que tinham sido
arrendados a colonos estrangeiros; em Dezembro 1865 recebeu o processo de aforamento pedido por Diogo Bernardo de
Saldanha e outros, para informar, depois de pessoalmente examinar o terreno situado em Massaim de Bardez, se esse terreno
podia ser concedido para construção de casas. Em Dezembro do mesmo ano foi encarregado, finalmente, da administração da
2.ª divisão e da presidência da comissão da demarcação dos terrenos de Satary, durante o impedimento do respectivo
administrador fiscal. Além das comissões mencionadas Lopes Mendes desempenhou outras por encargo das autoridades civis e
judiciais, com acceitação do governo geral e applauso das respectivas auctoridades e dos particulares, quando chamado para
exercer a clínica veterinária, sem que recebesse remuneração alguma pelo seu trabalho médico. Foi procurador á Junta Geral
do Districto pela 4.ª divisão das Novas Conquistas, exercendo as funções no respectivo biénio, eleito presidente do município
na capital do estado, vogal substituto do conselho do governo, etc. Levantou, balizou, desenhou, as plantas topográficas das
doze aldeias de Satary, assim como coordenou a carta topográfica da mesma província, adaptada a representar os terrenos
arrendados a colonos estrangeiros, que ofereceu ao então governador geral conselheiro José Ferreira Pestana, para servir de
guia na resolução das questões de limites suscitadas por nacionais ou por estrangeiros. Era sócio da Sociedade de Geografia de
Lisboa e de outras sociedades. Tem artigo biográfico de A. C. da Silva Matos no periódico política liberal. Faleceu a 31 de
Janeiro 1894.”
€300
400. LÓPES, Tomás. MAPA GENERAL DEL REYNO DE PORTUGAL: COMPREHENDE SUS PROVINCIAS,
CORREGIMIENTOS, OIDORIAS, PROVEEDURIAS, CONCEJOS, COTOS, &C. DEDICADO AL ILUSTRISIMO SEÑOR
DON PEDRO RODRIGUEZ CAMPOMANES, Caballero de la Distinguida Orden de Carlos III. Del Consejo y Camara de S.
M., Director de la Real Academia de la Historia &c. POR DON TOMÁS LÓPES, Geografo de los Dominios de S. M. de sus
Reales Academias de Historia, de S. Fernando, de las buenas letras de Sevilla, y de Sociedad Bascongada de los Amigos del
Paiz. Escala: [circa 1: 450.000]. Graduações: «Léguas comunes de Portugal, de las que entran 18 en un Grado» [12 léguas
portuguesas=16 centimetros na graduação]; «Leguas llamadas de una hora de camino: comprehende cada una 6626 varas
Castellanas, de las que entran 20 en un Grado» [13 Léguas Castelhanas=15,5 cm na graduação] e outras graduações. Madrid.
S/d [circa 1780]. «Se hallará este [mapa] com todas las obras del autor; en Madrid, en la Calle de las Carreteras, entrando por
la Plazuela del Angel»; «Em Lisboa vende-se nas lojas da Gazeta, na de Carvalho aos Martyres, na do Madre de Deos ao
Rocio &c. e no Porto, Coimbra, e Elvas». 1 mapa desdobrável com 18 pranchas montadas em tela. Mapa de 140x82,5 cm.
Cada prancha 23x27.5 cm. Gravado a chapa e colorido manualmente na época. Acondicionado dentro de caixa-estojo, da
época, revestida a papel decorativo; com rótulo recortado e ex-libris no verso. 3º estado do Mapa de Portugal de Tomás Lópes,
1ª edição com a toponímia em português completamente adaptada à geografia de Portugal. DESCRIÇÃO [vide: Mayayo e
Ballester, Madrid, 2002]: Orientado. Margens graduadas «longitud Oriental del Pico de Teyde llamado comunmente de
Tenerife» (margem superior). Escala expressa em várias unidades. Relevo dos montes de perfil e sombreado. Rede
hidrográfica e de caminhos. Arvoredos. Divisões administrativas diferenciadas por cores. Povoações representadas mediante
conjuntos de edificações e pequenos planos de fortificações segundo a importância. Na margem esquerda figura a legenda do
mapa em castelhano e português «Explicación de señales» e «Explicação dos signaes deste mappa» indicando a divisão de
Reinos, Provincias e Comarcas, assim como «Ciudad, Villa, Lugar, Corregimiento, Oidura, Proveeduria, Bahetria, Concejo,
Coto, Plaza, Fuerte, Baños, Minas …, Arzobispado, Obispado, Colegiata, Ermida, Encomiendas en la Orden de Aviz, en la
Orden de Malta…, Ducados, Marquesados, Condados…». Contém pequenas notas explicativas. No canto superior esquerdo
encontra-se o título dentro de uma cartela com espirais tipográficas que o rodeiam. Sobre a cartela encontra-se uma tabela de
duas entradas com as distâncias das principais cidades portuguesas. O mapa está dedicado a Dom Pedro Rodriguez
Campomanes (1723-1808) Conde de Campomanes, político, jurisconsulto, diplomata, economista, e Director da Real
Academia de História. HISTÓRIA TIPOGRÁFICA: Este mapa pode ser considerado o terceiro “estado” de utilização da
lâmina ou chapa original, publicada por Tomás Lópes em 1778. Apresenta alterações importantes relativamente à lâmina
original e por isso foi considerado no catálogo de Mayayo e Ballester [La Obra de Tomás Lópes, Imagen Cartografica del
Siglo XVIII, Madrid, 2002, Pags 391-393] como uma nova entrada e não como uma variante do mapa publicado em 1778. As
alterações são, nomeadamente: A) modificação da disposição e da grafia da cartela e do texto contido na dita cartela; B)
desaparecimento do lugar e da data da impressão do mapa; C) a morada do estabelecimento cartográfico é a mesma da do
mapa de 1778, mas inclui as moradas de aquisição do mapa no território português; D) a chapa ou lâmina central do mapa é a
mesma utilizada na edição de 1778 tal como consta na nota no canto inferior esquerdo em português: «Este Mappa vae
melhorado e corregido com todas as Estradas que lhe faltavão na Edição de Madrid de 1778, e com as legoas que distão hum
lugar do outro nas estradas principaes, e caminhos traversos»; E) modificação da tipografia dos topónimos localizados nas
costas marítimas; F) supressão da referência aos documentos utilizados na realização do mapa, os quais Tomás Lopes inclui
sempre nas outras edições [e substituição pela referência ao roteiro português de João Baptista de Castro - ver nossa referência
1210JC139 - o qual se baseia em Resende, nas Antiguidades Lusitanas; em Alvares Seco; e em Frei Bernardino]; G) o mapa é
completamente colorido, e não apenas com os limites administrativos delineados nas edições anteriores; H) foi anexada uma
segunda nota, também em português, que faz referência às distancias utilizadas nos caminhos para uso das pessoas que não
sabem utilizar as escalas; H) a legenda com a explicação dos sinais tem o mesmo texto da edição anterior, mas acrescenta um
texto correspondente em português. Mayayo e Balester (Madrid, 2002) referem a existência na Biblioteca Nacional de Madrid
de um exemplar deste mapa - um fólio solto - montado em tela e dividido em 'cuarterones'.
€900
401. LOPES. (David) HISTÓRIA DE ARZILA DURANTE O DOMÍNIO PORTUGUÊS (1471-1550 e 1577-1589). Por... Sócio
Efectivo da Academia. Academia das Sciências de Lisboa. Imprensa da Universidade. Coimbra. 1924. De 22x14 cm. Com
xxxix-491 págs. Encadernação com lombada e cantos em pele, um pouco cansada.
€120
402. LOPES. (Duarte) & Filippo Pigafetta. RELAÇÃO DO REINO DE CONGO E DAS TERRAS CIRCUNVIZINHAS.
[Tradução]. Tradução de Rosa Capeans. Divisão de Publicações e Biblioteca. Ministério do Ultramar. Agência Geral do
Ultramar. Lisboa. MCMLI [1951]. De 24x17 cm. Com [xiii]-148-[xiii] pags. Encadernação inteira de pele de carneira com
ferros a seco na lombada e nas esquadrias. Ilustrado com 7 gravuras fac-similadas extraídas da tradução latina da obra
intitulada 'Regnum Congo', editada pelos Irmãos De Bry em 1598, e apresentando o frontispício da edição latina, impressa em
Roma por Bartolomeu Grassi em 1591. Exemplar com alguns sublinhados marginais a tinta. Obra traduzida com a finalidade
de acompanhar o fac-simile integral com mapas e gravuras.
€80
403. LOPES. (Joaquim José Pedro) HISTORIA SECRETA DA CORTE, E GABINETE DE S. CLOUD, OU DE
BUONAPARTE. Em huma serie de Cartas, escritas durante os mezes de Agosto, Setembro e Outubro de 1805 por hum
sujeito residente em Paris a hum Nobre de Londres. TRADUZIDA DO INGLEZ EM PORTUGUEZ POR JOAQUIM JOZÉ
PEDRO LOPES. LISBOA, Na Offic. De Joaquim Rodrigues d’Andrade. 1810. 2 volumes. In 4º (20x13 cm) com 276 e 296
pags. Encadernações da época inteiras de pele com finos ferros a ouro ao estilo francês. Tradução da obra de Lewis Goldsmith
The Secret Histoy of the Cabinet of Napoleon que foi uma publicação famosa na sua época. Inocêncio (I, 380, IV, 107)
menciona a existência de várias edições desta obra: 292) Historia secreta da corte e gabinete de S. Cloud etc. Traduzida em
portuguez. Londres, 1810? 8.º gr. - Sahiu sem o seu norne, e é differente de outra versão que d’esta mesma obra de Goldsmith
fez, e imprimiu em Lisboa, Joaquim José Pedro Lopes. 502) Historia secreta do gabinete de Napoleão Bonaparte, por Lewis
Goldsmith, traduzida em portuguez por *** Londres, impressa por H. Bryer 1811. 8.º gr. Ha outras versões desta obra em
portuguez A publicação d'esta obra deu logar a um aviso notavel, mandado expedir pela Regencia do reino á Meza do
Desembargo do Paço, em consequencia das ordens que a mesma Regencia recebêra da côrte do Rio de Janeiro. O
conhecimento d'esta peça inedita não será desagradavel aos que pretenderem havel o do modo como em Portugal se regulava, e
exercia n'aquelles tempos a censura dos livros. Transcrevel o hei pois, á vista de uma copia que possue o sr. A. J. Moreira, de
letra do nosso mui conhecido bibliographo José da Silva Costa. « Ill.mo e ex.mo sr. - Tendo apparecido na corte do Rio de
Janeiro alguns exemplares de duas obras publicadas n'esta capital, na Imprensa Regia, com licença da Meza do Desembargo do
Paço; a primeira, uma traducção da obra, que se publicou sobre o gabinete secreto de S. Cloud em que se lê a carta 27,
excessivamente injuriosa ao caracter de sua magestade a Rainha de Hespanha, e que apregoa todas as calumnias que se
publicaram contra a mesma augusta e infeliz senhora; a segunda, um pamphlet, ou brochura, em que se expõem com as mais
brilhantes côres a belleza da constituição ingleza, e que quasi se propõe á adopção dos povos, como se fosse possivel largar o
governo, que cada nação tem, e abraçar outro sem os maiores inconvenientes: e sendo muito perigoso em momentos tão
calamitosos expôr aos olhos das nações quadros verdadeiros, mas de que nenhuma applicação util se póde deduzir: manda o
Principe Regente nosso senhor immediatamente declarar á Meza do Desembargo do Paço quanto lhe foi desagradavel, que ella
desse licença para se Imprimirem as mencionadas obras; e ordena, que d'aqui em diante não só estabeleça maior vigilancia
sobre esta materia, escolhendo para censores homens de luzes, e que tenham vistas de uma sã e illuminada politica, mas que
deve ficar na intelligencia, que não deve permittir: 1.°, a publicação de obras, ou originaes ou traduzidas, em que se insulte a
memoria ou represensação de soberanos em geral, e muito particularmente dos que são, ou parentes, ou alliados da sua real
familia; 2.º, em que se ataque directa ou indirectamente a religião do estado, ou ainda as outras seitas do christianismo
estabelecidas nos grandes estados da Europa; 3.º, em que se tracte de constituições politicas dos estados da Europa, ou formas
dos governos, e nas quaes haja analyses e discussões em tal materia, de maneira que possa vir a occupar os animos dos povos,
que incapazes de discorrer sobre taes objectos com a devida reflexão, dão facilmente em desvarios, que fazem depois a sua
infelicidade por longos annos; 4.º, que se deve promover a publicação das obras em que se tracte do adiantamento das sciencias
das artes e industria em geral, de bons principios de administração, de melhoramentos e reformas uteis, muito interessantes,
susceptiveis de fazerem as nações os maiores bens, que jámais lhes pódem fazer mal algum; antes no momento actual, pelo
enthusiasmo que pódem produzir, divertem o povo de idéas, das quaes seguramente jámais lhe ha de vir bem algum, e que
finalmente, é debaixo d'estes principios que a Meza deve estabelecer a censura dos livros, tendo tambem em «vista o evitar,
que por via da imprensa se publiquem factos calumniosos contra os individuos, de que pódem resultar graves inconvenientes;
sendo escusado lembrar, que o mesmo senhor tem prohibido, que sobre as côrtes de Hespanha se publique cousa alguma a
favor ou contra: e que sobre estas materias nada deve publicar se nas imprensas d'este reino, pois que S. A. R. está convencido,
que de taes publicações pódem resultar grandes males, e nenhum bem ao povo portuguez. O que tudo v. ex.a fará presente na
Meza do Desembargo do Paço, para que assim o fique entendendo e execute, e faça executar com a mais escrupulosa exacção.
Deus guarde a v. ex.ª Palacio do Governo, em 5 de Outubro de 1811. = Alexandre José Ferreira Castello. = Sr. Francisco da
Cunha e Menezes.» “JOAQUIM JOSÉ PEDRO LOPES, Oficial da Secretaria d'Estado dos Negócios Estrangeiros, nomeado
ainda em 1823, ou no ano imediato; Deputado da Junta dos juros dos Reais Empréstimos; Correspondente da Academia Real
das Ciências de Lisboa, etc. Presumo que nasceu em Lisboa pelos anos de 1778, pouco mais ou menos… Morreu em 1840,
morando na rua dos Lagares, freguesia de N. S. dos Anjos. Consta que no seu tracto íntimo era ameno e familiar, e homem de
severa probidade. As obras de J. J. P. Lopes, mais consideráveis pelo numero que pelo mérito, compõe-se na quase totalidade
de periódicos e traduções. Imprimiu também avulsamente muitos versos, destinados a solenizar os acontecimentos públicos do
seu tempo. A sua versificação é sempre correcta, e vê-se que ele não ignorava as regras e preceitos clássicos”.
€400
404. LORENA E LENCASTRE, Leonor d'Almeida Portugal. OBRAS POETICAS DE… MARQUEZA D'ALORNA,
CONDESSA D'ASSUMAR, E D'OEYNHAUSEN, CONHECIDA ENTRE OS POETAS PORTUGUEZES PELO NOME DE
ALCIPE. LISBOA, NA IMPRENSA NACIONAL. 1844. Obra em 6 tomos encadernados em 3 volumes. In 8º gr. (de 23x15
cm) com xlviii, 307, [vi]; 383, [ix]; 299, [iii]; 283, [iii]; 330, [iii]; e 527, [v] pags. Encadernações da época com lombadas e
cantos em pele com finos ferros rolados a ouro. Ilustrado com vinhetas decorativas no texto e a gravura em anterrosto com o
retrato da autora em meio-corpo; gravada por Sendim na Litografia dos Mártires em Lisboa a partir de um retrato feito em
1781.
€400
405. LUCENA, João de. HISTORIA DA VIDA DO PADRE FRANCISCO XAVIER, E do que fizerão na India os mas
Religiosos da Companhia de Iesu, Composta pelo Padre Ioam de Lucena da mesma Companhia Portugues natural da Villa de
Trancoso. Impresso per Pedro crasbeeck Em Lisboa. Anno do Senhor 1600. In fólio de 26x16 cm. Com [iv], 908, [xxxviii]
pags. Encadernação recente ao gosto da época inteira de pele com ferros a seco nas pasta. Ilustrado com frontispício gravado;
uma gravura com o túmulo de S. Francisco Xavier; e dois retratos do mesmo apóstolo. Impressão a duas colunas. Exemplar
com leves restauros marginais e falta da folha com a licença régia (que foi retirada da maioria dos exemplares na época)
adicionada em fac-simile. Primeira edição. Obra muito rara e importante para a história da expansão portuguesa na Ásia.
Azevedo e Samodães, 1856. «Obra de muito merecimento para a história das missões e do nosso domínio nas Índias Orientais
durante a segunda metade do século xvi. Seu autor é considerado como um dos melhores clássicos da nossa língua, e isso
muitíssimo contribui para a grande e justificada fama bem justificada estima que o livro desfruta, não só nos escritores e
bibliófilos nacionais, mas também estrangeiros. Os exemplares desta edição primitiva, bela e primorosamente impressa, são
raríssimos.» Inocêncio III, 399. “P. JOÃO DE LUCENA, Jesuita, natural da villa de Trancoso, n. em 1550, e m. em Lisboa na
casa professa de S. Roque em 1600, contando por conseguinte 50 annos d'edade. Historia da vida do Padre Francisco de
Xavier, Pedro Craesbeeck. Em Lisboa. Anno do Senhor 1600. fol. Tem, afóra o frontispicio, mais dous retratos gravados em
chapas de metal, os quaes todavia faltam em varios exemplares que tenho visto. Foi traduzida em italiano, e sahiu impressa em
Roma, por Zannetti 1613. 4.º, e em castelhano, Sevilha, por Francisco de Lyra 1619. 4.º Ibi, 1699; e dizem que o fôra tambem
em latim. A edição portugueza de 1600 é pouco vulgar, e assás estimada. D'ella fez Bento José de Sousa Farinha uma segunda
edição, que elle dá por mui fiel, e sahiu: Lisboa, na Offic. de Antonio Gomes 1788. 8.º 4 tomos. Com esta historia o P. Lucena
abriu-se praça entre os mestres mais insignes da pureza da nossa lingua. Suave no estylo, loução e polido no dizer, grave nas
sentenças, e escrupuloso na escolha das palavras, tem sido universalmente respeitado pelos nossos criticos e philologos, todos
concordes em reconhecerem e apreciarem o seu grande merecimento. Para confirmar este juizo, transcreverei aqui dous
testemunhos, cuja competencia não deve ser contestada. Seja o primeiro o do P. Francisco José Freire, nas Reflexões sobre a
Ling. Portug., parte 1.ª Diz elle: «O P. João de Lucena merece occupar logar na classe dos mestres da primeira nota: porque a
sua vida de S. Francisco Xavier é escripta com tal propriedade, energia, e pureza de lingua, que os muitos elogios com que os
sabios honram a sua memoria não são os que bastam para quem tanto honrou com a sua pura locução aquella linguagem
portugueza, que a critica só reconhece por genuina. Foi injustamente arguido de usar de diversos termos destituidos de classica
auctoridade, mas o certo é que de todos os que lhe arguem ha exemplos seguros, como facilmente mostrariamos, se fosse nosso
assumpto fazer aqui a apologia do P. Lucena.» Seja o segundo o do P. José Agostinho de Macedo, no seu opusculo Os Frades,
ou reflexões philosophicas, etc., a pag. 67, onde fallando de Lucena se exprime nos termos seguintes: «É um dos nossos
melhores classicos, e muito seguro texto; e sendo por este lado tão digno do nosso respeito e reconhecimento, ainda o
considero mais por outro lado, e vem a ser: pelas noções que nos dá, e pelas noticias que só elle, entre todos os viajantes, nos
dá dos costumes, das leis, da religião de muitos povos do ultimo oriente, isto é, dos habitantes das ilhas que formam o imperio
do Japão, e de muitas outras do Oceano Pacifico, por onde S. Francisco Xavier levado pelos portuguezes, estendeu a sua
vastissima e apostolica missão. São dignos do verdadeiro philosopho os maravilhosos quadros daquellas disputas e altercações,
em que o sancto com os sagacissimos bonzos de continuo entrava, onde estão expostos os principios da theologia natural, por
onde sempre começava a convencel-os da necessidade da divina revelação. E estão estas grandes cousas como escondidas e
ignoradas no mundo, no canto incognito de um livro portuguez, e o peior é, que de todo ignoradas, ou não attendidas pelos
mesmos portuguezes.... Se os francezes tivessem feito aquelle livro, teria mais edições do que tem uma folhinha, ou de porta
ou de algibeira; e ha quasi trezentos annos tem tido duas em Portugal!»”
History of the life of Father Francisco Xavier and
the religious fathers of the Society of Jesus. Lisbon. 1600. In folio (26x16 cm) with [iv], 908 [xxxviii] pags. Binding: a
beautiful full calf replica tooled bind at covers and gilt at spine. Illustrated with one engraved frontispiece; one engraved plate
from the tomb of St. Francis Xavier; and two portraits of the same apostle. Printed in two columns. Copy with minor
renovations, and lacking page with the royal license (which was withdrawn from most of the copies at the time) which is added
on a facsimile. First edition of a very rare and important history of Portuguese expansion in Asia. Azevedo e Samodães, 1856:
'Work of much merit for the history of our field missions and the East Indies during the second half of the sixteenth century. Its
author is considered one of the best classics of our language, and this greatly contributes to the large and well-justified
reputation justified estimates that enjoys the book, not only in national writers and bibliophiles, but also foreigners. The
original copies of this edition, beautiful and exquisitely printed, are very rare'. Inocêncio III, 399. 'Padre João DE LUCENA,
was born in 1550, and died in Lisbon in 1600. This work was translated into Italian, and printed by Zannetti in 1613; in
Spanish, Seville, by Francisco de Lyra, in 1619 and 1699, and also in Latin. The Portuguese edition of 1600 is unusual and
fairly estimated. Smooth style, and polished in the telling, in severe sentences, and careful choice of words, has been
universally respected by our critics and philologists, all agreed to recognize and appreciate their great merit. P. Francisco José
Freire says: 'Fr João de Lucena deserves to occupy a place among the masters because his life of S. Francis Xavier is written
with such property, energy, and purity of Portuguese language. He was unjustly accused of using various terms devoid of
classical authority. Worthy of our respect and appreciation for the notions that gives us, and the news that he alone among all
travelers, gives us the customs, laws, and religion of many peoples of the Far East, and the inhabitants of the islands that form
the Empire of Japan, and many others from the Pacific Ocean. They are worthy of the true philosopher the beautiful paintings
of those disputes and altercations with the holy gurus and bonzes, exposing the principles of natural theology, which began
convincing them of the necessity of the divine revelation. And these are big things hidden and ignored in the World, contained
in a unknown corner of a Portuguese book - at all ignored or missed by the Portuguese themselves. If the French had done that
book, would have more issues than a pocket leaflet; and nearly three hundred years after it had just two editions in Portugal. '
€12.000
406. LUCENA. (Armando de) A ARTE SACRA EM PORTUGAL. Empresa Contemporânea de Edições. Lisboa. 1946-1950. 2
volumes. De 28x22 cm. Com 283 e 275 pags. Encadernações da época com lombadas e cantos em pele. Profusamente
ilustrados com gravuras no texto e em extra-texto. Exemplar com carimbos de posse. Obra impressa em sépia e com gravuras
colocadas em locais apropriados no texto, mostrando todas as principais igrejas, conventos, mosteiros e peças sacras existentes
em Portugal.
€200
407. LUMBIER. (Raymundi) NOTICIA DE LAS SESENTA Y CINCO PROPOSICIONES nuevamente condenadas POR N.
SS. P. INNOCENCIO XI. mediante su Decreto de 2 de Mayo del Año 1679. PUBLICALA EL REVERENDISSIMO P. M. Fr.
RAYMUNDO LVMBIER, Cathedratico de Prima de la Vniversidad de Saragoça, Examinador Sinodal de su Arçobispado,
Calificador de la Santa Inquisicion de Aragon, y de la Suprema, Predicador de su Magestad, y dos vezes Exprovincial de la
Provincia de Aragon, del Orden de Nuestra Señora del CARMEN. RECONOCIDA POR SU AUTOR: DE NUEVO
condenadas, y en muchas partes nuevamente añadidas. SETIMA IMPRESSION, AÑADIDAS LAS QVArenta, y cinco
Proposiciones de Alexandro VII. LISBOA. Na Officina de Domingos Carneyro. Anno de 1683. In 4º (de 20x14 cm) com xii336 pags. Encadernação da época em pergaminho flexível. Obra impressa a duas colunas, folha de rosto a duas cores com
cercadura decorativa. Exemplar com títulos de posse coevos rasurados na folha de rosto, apresentando manchas de humidade
entretanto já desvanecidas pelo tempo. Trata-se provavelmente da primeira edição de duas publicadas em castelhano. Palau e
Samodães referem ambos a obra com [xii] pags. preliminares inumeradas e 316 pags. de texto numeradas. O único exemplar
existente na BNP apresenta menos 2 fólios preliminares inumerados [viii] mas confere com o nosso nas 336 pags. numeradas
de texto. Palau 1990, IV, 299. Monteverde 3235. Samodães 1, 1866. Arouca L 386.
€400
408. LUZ SORIANO, Simão José da. HISTÓRIA DO CERCO DO PORTO. Por … Bacharel formado na Faculdade de
Medicina. Nova edição ilustrada. Precedida da biographia do auctor. Porto 1889 e 1890. A. Leite Guimarães – Editor. Obra em
2 volumes. De 31x23 cm.Com xxxvi, 886 e 889 pags. Encadernações da época com lombadas em pele. Ilustrado com gravuras
coloridas litografadas sobre papel couché em extra-texto representando os uniformes militares; gravuras p/b com retratos dos
comandantes militares e políticos de ambas as partes em confronto (das quais destacamos o retrato do Rei D. João VI); e com
mapas desdobráveis do teatro de operações. Segunda edição e de luxo. Inocêncio VII, 278 e XIX, 223. “Luz Soriano, Bacharel
formado em Medicina pela Universidade de Coimbra, Oficial-maior graduado da secretaria de Estado dos Negócios da
Marinha e Ultramar, e chefe da secção de Marinha; deputado às Cortes pela Província de Angola nos anos de 1853 e seguintes,
etc. Era estudante na universidade em 1828, quando se ligou á revolução constitucional do Porto, proclamada em 16 de Maio.
Pelo malogro dessa revolução emigrou com os corpos que a sustentavam para Espanha, fazendo parte do batalhão de
Voluntários Académicos, e de lá para Plymouth, onde ele e seus camaradas se viram reduzidos a condição de simples soldados,
dando-se-lhes para quartel um casarão sem vidraças, e servindo-lhes de cama alguma palha nos primeiros dias. De Inglaterra
passou para a ilha Terceira em Fevereiro de 1829, vindo depois na expedição ao Porto em 1832; em cujo cerco serviu
militarmente, até entrar como amanuense de primeira classe na secretaria de Estado dos Negócios da Marinha em Dezembro
do mesmo ano, e a esse respeito faz ele bem amargas considerações de pag. 532 a 536 do já citado livro. Poderia contudo
moderar o seu justo ressentimento, consolando-se com a ideia de que não foi ele o único em quem se dessem então, e ainda
hoje, iguais motivos de queixa; pois que nada tem sido infelizmente mais comum nesta nossa malfadada terra, que ver
esquecidos e postergados mérito e serviços reais em graça daqueles, que mal poderiam alegá-los com verdade, se de tais provas
carecessem para obter os favores da ventura. História do Cerco do Porto, precedida de uma extensa notícia sobre as diferentes
fases políticas da monarquia, desde os mais remotos tempos até ao ano de 1820; e desde este mesmo ano até ao começo do
sobredito cerco. A propósito desta obra lê-se na revista universal lisbonense: «o estilo é belo e corrente; adicionou muita coisa
ao que já sobre a matéria se havia escrito, distinguindo-se principalmente por uma melhor critica que a dos seus antecessores.
Contudo o autor não conseguiu elevar-se acima dos afectos de homem e de contemporâneo. Fazendo para isso esforços, só
conseguiu mostrar que não era para a sua organização comportar alma tão vigorosa, qual as circunstâncias requeriam para
depurar a verdade, e só a verdade... Enfim, afigura-se-nos que ainda não é este o livro sine ira et studio de que tanto
carecemos» (este artigo é anónimo). O Duque de Palmela D. Pedro de Sousa Holstein, julgando que varias alusões e
referências que no primeiro tomo desta obra se faziam à sua pessoa, e a actos por ele praticados, careciam de comentário ou
rectificação, escreveu ou ditou para ser anexo àquele volume um opúsculo neste sentido. Solicitou do autor da história a
permissão de que fosse nesta incorporado o dito opúsculo; e como ele a isso se prestasse, chegou a imprimir-se…”
€400
409. MACEDO. (Diogo de) MACHADO DE CASTRO. Tipografias Silvas, Lda. Realizações Artis. Lisboa. 1958. De 31x26 cm.
Com 148-vi pags. Encadernação inteira de pele com ferros a seco e rolados na lombada e nas cercaduras das pastas. Ilustrado
no texto e com cxvii [117] estampas em extra-texto contendo um breve resumo das obras do escultor setecentista. Obra
impressa sobre papel creme de elevada espessura. Exemplar de uma tiragem 1200/276.
€300
410. MACEDO. (Diogo de) OS ROMÂNTICOS PORTUGUESES. Por… [Editora] Realizações Artis. Lisboa. 1961. De 31x26
cm. Com 128-ix pags. Encadernação do editor com lombada e cantos em pele. Profusamente ilustrado em extra texto com xcix
[99] gravuras a p/b e a cores reproduzindo pinturas do século dezanove. Tiragem de 1100/416 exemplares.
€120
411. MACHADO DE CASTRO. (Joaquim) ANALYSE GRAFIC’ORTHODOXA, E DEMONSTRATIVA, De que sem
escrúpulo do menor erro Theologico, a Escultura, e Pintura podem, ao representar o sagrado Mysterio da Encarnação, figurar
vários Anjos: DEDICADA AO PRINCIPE REGENTE NOSSO SENHOR PELO AUTHOR DA MESMA OBRA JOAQUIM
MACHADO DE CASTRO, PROFESSO NA ORDEM DE CHRISTO, ESCULTOR DA CASA REAL, E OBRAS
PUBLICAS, E POR SUA ALTEZA REAL DIRECTOR DE TODA A ESCULTURA DO SEU NOVO REAL PALACIO, E
MAIS OBRAS REAES, O qual expõe fielmente os motivos que teve para projectar dous Anjos acompanhando a imagem de N.
Senhora da Encarnação, que executou no principio do anno de 1803 para a Freguesia do mesmo título: declarando a causa de
omittir os ditos Anjos, e mostrando ser erro d’Arte achar-se nesta configuração (segundo o sítio e circunstancias delle) hum só
Anjo: e não ser erro de Religião esculpirem-se dous Anjos, não obstante declarar o Evangelho só o Arcanjo S. Gabriel.
Allegando em apoio da sua idèa as regras das Artes Graficas, e algumas razões Theologicas de congruência, inclusas nas
Santas Escrituras, authoridades de alguns Santos Padres, e Sagrados Expositores, etc. E para declaração de circunstancias
acompanham esta Obra duas Estampas gravadas ao boril. LISBOA NA IMPRESSÃO REGIA. ANNO 1805. POR ORDEM
SUPERIOR. In 4º (de 21x16 cm) com [xvi]-77 pags. Brochado precisa ser encadernado. Ilustrado com 1 (de 2) gravuras.
Exemplar com falta de uma das gravuras mencionadas; pequena rasura da época na descrição do número de estampas que
acompanham a obra, e apresentado leve pico de traça da página de rosto. Inocêncio IV, 125 e 126: “Analyse graphicoorthodoxa, e demonstrativa de que sem escrupulo do menor erro theologico, a esculptura e pintura podem, ao representar o
sagrado mysterio da Encarnação, figurar varios anjos, etc. Lisboa, na Imp. Regia 1805. 4.º gr. de XVI 77 pag., com duas
estampas”
€300
412. MACHADO. (José Pedro) e Viriato Campos. VASCO DA GAMA E A SUA VIAGEM DE DESCOBRIMENTO. [Por]...
e ... Com o patrocínio da Sociedade de Língua Portuguesa. Edição da Câmara de Lisboa. Lisboa. De 24x18 cm. Com xii-271
pags. Encadernação em marroquin vermelho com finos ferros a ouro na lombada e nas cercaduras das pastas. Ilustrado.
Exemplar de uma tiragem nº 600/3 ex. destinados a ofertas especiais do Presidente da Câmara Municipal de Lisboa: e com
dedicatória do mesmo dirigida ao Cardeal Patriarca de Lisboa. Obra com a leitura actualizada e estudo crítico do relato
anónimo da viagem da descoberta do caminho marítimo para a Índia.
€80
413. MADUREIRA FEIJÓ. (João de Morais) ORTHOGRAPHIA, OU ARTE DE ESCREVER, E pronunciar com acerto A
LINGUA PORTUGUEZA. PARA USO DO EXCELLENTISSIMO DUQUE DE LAFOENS. PELO SEU MESTRE JOAÕ
DE MORAES MADUREIRA FEYJÓ, Da Nobilissima Casa dos Morgados de Parada, Solar dos Madureyras Feyjós deste
Reyno, Bacharel em Theologia, e Prior que foi da Igreja Parochial da Villa de Ansaã. Divide-se em tres Partes, a primeira de
cada hua das letras, e da sua pronunciaçaõ. Das vogaes, e Dithongos. Dos accentos, ou tons da pronunciaçaõ. A segunda de
como se dividem as palavras. Da pontuaçaõ, alguas abbreviaturas, conta dos Romanos, e Latinos, Calendas, Nonas, e Idos. A
terceira dos erros do vulgo, e emendas da Orthographia, no escrever, e pronunciar toda a lingua Portugueza, verbos irregulares,
palavras dubias, e as suas significaçoens. Huma breve instrucçaõ para os Mestres das Eschólas. Segunda Impressaõ.
COIMBRA: Na Officina de LUIS SECCO FERREIRA, Anno de 1739. In 4º (de 21x16 cm) com [vii], 548, [ii] pags.
Encadernação da época inteira de pele. INOCÊNCIO III, 422: 'João de Morais Madureira Feijó, Jesuíta, Bacharel em Teologia
pela Universidade de Coimbra, e Prior na vila de Ançã, bispado da mesma cidade. Nasceu nas proximidades de Bragança, na
freguesia de S. Gens de Parada, em 1688, e morreu em 1741. O Padre Madureira tem sido sempre reputado por um dos mais
conspícuos expositores do método gramatical do jesuíta Manuel Alvares, porque em seu tempo se ensinava nas escolas de todo
o reino. Veja-se porém, no que diz respeito à inutilidade da Arte, e ao detrimento que ela viera causar aos estudos da boa
latinidade o que diz João Pedro do Valle (isto é, o professor Antonio Félix Mendes) na terceira carta das que publicou com o
título Memorias para a historia literaria de Portugal. «ORTHOGRAPHIA, ou arte de » [etc] Lisboa, por Miguel Rodrigues
1734. Segunda edição, Coimbra, por Luis Secco Ferreira 1739. 4.º de VIII 548 pag. Multiplicaram-se depois as edições
sucessivamente, sempre com a indicação de mais correctas, ate á decima, que é de Lisboa, 1824. Depois desta saíram ainda não
sei quantas. Uma que tenho presente, com a designação de nova edição mais correcta é de Lisboa 1836. O caso é que todas se
acham hoje exaustas, por modo que se trata de publicar com toda a brevidade uma, que me dizem estar no prelo'.
€300
414. MAFFEI, Giovani Pietro. LE ISTORIE DELLE INDIE ORIENTALI DEL REV. P. GIOVANI PIETRO MAFFEI
DELLA COMPAGNIA DI GIESV. TRADOTTE DI LATINO IN LINGVA TOSCANA da M. Francesco Scradonati
Fiorentino. Con vna scleta di littere scritte dell’Indie, fra le quali v ene sono molte non più stampate, tradotte dal medesmo.
COM INDICI COPIOSI. IN FIORENZA, PER FILIPPO GIVNTI M. D. LXXXIX. [1589] In 4.º de 21,5x15 cm. com [L], 930,
[vi] pags. Encadernação da época em pergaminho flexível. Impressão em caracteres rotundos sem parágrafos. A primeira
edição desta obra foi publicada em Florença 1588. O P. Maffei esteve doze anos em Portugal, a recolher elementos para
escrever esta obra, parece que se baseou no manuscrito de inédito de Acosta. Obra que relata os descobrimentos portugueses e
os trabalhos das missões jesuíticas na Índia, Índias Orientais, América, Pérsia Japão, China, Brasil (com três capítulos) e outras
partes da América. A segunda parte trata das cartas de S. Francisco Xavier, inclui no final cartas de Luís de Almeida, de Luís
Frois do Japão e Francisco Henriques do Brasil. Azevedo-Samodães 1934. Descreve uma edição de Antuérpia 1605. “Esta
História das Índias do P.e Maffei, autor italiano mas que escreveu em latim, é muito para estimar. O sr. Pinheiro Chagas na sua
«Historia de Portugal» tomo 4. pag. 325, confessando não a possuir, exprime-se a seu respeito desta forma: «dos escritores
estrangeiros foi Maffei que tratou especialmente do descobrimento da Índia pelos portugueses, e veiu a Portugal de propósito
para colher informações fidedignas.» A obra compreende também uma parte consagrada ao [Japão e] Brasil.'
Classical
work on the history of discovery and mission in America, India and Japan, assembled in Lisbon from original sources. 'Writes
extensively about Brazil, describing it very accurately' (BdM).Fr. Maffei was twelve years in Portugal in order to gather
information to write this book. I it seems that he relied on the unpublished manuscript of Acosta. In his work he reported the
Portuguese discoveries and the of the missions of the Jesuit in India, East Indies, America, Persia, Japan, China, Brazil (three
chapters) and other parts of America. The second part deals with the letters of S. Francisco Xavier, including the final two
letters of Luís de Almeida and Francisco Henriques coming from Brazil. The first edition of this work was published in
Florence, in 1588. Azevedo-Samodães, 1934, describes a copy from Antwerp, 1605: 'The History of the Indies of Father
Maffei, Italian author who wrote in Latin and deserves to be taken in account. Mr. Pinheiro Chagas in his 'Historia de Portugal'
(Volume 4. pag. 325) expresses himself in this way: 'amongst the foreign writers who studied the discovery of India by the
Portuguese, was particularly Maffei who came to Portugal on the purpose to gather reliable information. The book also
includes a part concerning to [Japan and] Brazil.'
€3.000
415. MAGALHÃES. (João Jacinto) NOVO EPITOME DA GRAMATICA GREGA DE PORTO REAL. ACOMODADO NA
LINGUA PORTUGUEZA PARA UZO DAS NOVAS ESCOLAS. POR MANDADO DE SUA MAGESTADE
FIDELISSIMA EL REI D. JOZÉ O I. NOSSO SENHOR. LISBOA. M.DCC.LX. [1760]. In 8.º de 18x10 cm. Com (xvi) -382
pags. Encadernação da época inteira de pele. Exemplar com vestígios de traça marginais nas primeiras páginas sem afectar a
mancha tipografica. Inocêncio III, 385: “João Jacinto de Magalhães, um dos portuguezes que no seculo XVIII se tornaram
conhecidos na Europa por suas producções scientificas, foi natural da cidade de Aveiro, e não de Lisboa como alguem
erradamente affirmou. Nasceu em 1722, e aos onze annos d'edade entrou na congregação dos Conegos regulares de Sancto
Agostinho, onde depois professou, tomando o nome de D. João de Nossa Senhora do Desterro. Descontente ao que parece do
estado que abraçára, solicitou e obteve da Curia Romana um breve de secularisação, e sahiu de Portugal para Inglaterra pelos
annos de 1764, segundo se diz. Alli se applicou com feliz resultado aos estudos da physica, para cujos progressos concorreu
notavelmente, como se vê das obras que publicou. Foi Membro da Sociedade Real de Londres, e Socio da Academia das
Sciencias de París, das de Madrid, S. Petersbourg, e de outras mais, etc. Depois de viajar por algum tempo em diversos paizes
da Europa, fixou a sua residencia em Londres, e a final morreu em Islington a 7 de Fevereiro de 1790'.
€150
416. MAIS. (S. P. B.) MADEIRA HOLIDAY. With a diary by Gillian Mais. Alvin Redman Limited. London. 1951. De 21x14
cm. Com 207 pags. Encadernação do editor. Ilustrado com fotogravuras em extra-texto. Obra autobiográfica e de viagens
turísticas, contendo imagens da Madeira e do grupo de amigos e familiares da autora. Exemplar preserva sobrecapa decorativa
de protecção.
€80
417. MALHEIRO DIAS. (Carlos) HISTÓRIA DA COLONIZAÇÃO PORTUGUESA DO BRASIL. Primeira parte: O
Descobrimento. Volume I - Os precursores de Cabral. O Descobrimento. Volume II - A Epopeia dos Litorais. Segunda parte:
A Colonização. Volume III - A Idade Média Brasileira (1521-1580) Edição monumental comemorativa do primeiro centenário
da independência do Brasil. Direcção e coordenação literária de Carlos Malheiro Dias e Jaime Cortesão. Direcção cartográfica
do Conselheiro Ernesto de Vasconcelos. Direcção artística de Roque Gameiro. Litografia Nacional: Porto. MCMXXIV [1924].
Obra em 3 volumes. De 39x28 cm. Com 275, 458 e 395 pags. Encadernações da época inteiras de pele com ferros seco nas
pastas e nas lombadas. Profusamente ilustrado a cores com gravuras em extra-texto e no texto reproduzindo desenhos do pintor
Roque Gameiro. Exemplar com título de posse e de arrumação sobre as folhas de rosto. Obra monumental sobre a presença
portuguesa no Brasil, colaborada pelos principais autores portugueses da época, Júlio Dantas, Luciano Pereira da Silva, Duarte
Leite, Jaime Cortesão, Carlos Malheiro Dias, Carolina Michaelis de Vasconcelos, António Baião, Francisco Maria Esteves
Pereira. Contém capítulo com uma importante e muito detalhada explicação sobre astrolábios náuticos, quadrantes, balestilhas,
tabelas e regimentos solares e estelares usados nas navegações quinhentistas.
€300
418. MALON. (Benoît) LE SOCIALISM INTÉGRAL. I. Histoire des Théories et Tendances Générales. II Deuxiéme partie: Des
Réformes possible et des moyens pratiques. Par B. Malon. Félix Alcan Libraire-Éditeur. Librairie de la «Revue Socialiste».
Paris. 1894. Obra em 2 volumes. De 23x16 cm. Com 465 e xx-460 pags. Encadernações da época com lombada em pele.
Ilustrado com um retrato do autor em anterrosto.
€120
419. MANFREDI, Girolamo. Opera nuoua intitulada il Perche vtilissima ad intendere le cagioni de molte cose: y maximamente
alla conseruatione della sanita: Et phisionomia. Et virtu delle berbe. Nouamente stampata. M.D.XXXVI. [1536] COLOFON:
Stampato in Venetia per Francesco bindoni & Mapheo pasini cõpagni: Nel ano del Signore. 1526. Adi. 18. del mese di
Setembre. In 8.º de 15x10,5 cm. Com [15], 128 fólios. Encadernação recente inteira de pele com ferros a seco nas pastas.
Impressão adornada com xilogravura com a marca do impressor na folha de rosto, uma capitular de belo efeito, no texto
utilizaram-se caracteres rotundos (perguntas) e góticos (respostas). Edição do século XVI desta popular obra de Girolamo
Manfredi, impressa pela primeira vez em 1474, em Bolonha. Dividida em dois livros, trata no primeiro da forma de conservar
a saúde e no segundo sobre assuntos vários, principalmente sobre a anatomia do corpo humano. Escrita em forma de perguntas
e respectivas respostas, é composta por um total de 565 perguntas. A data do frontispício difere da do colofón, constando no
primeiro a data de 1536 em numeração romana e no segundo, a de 1526. Exemplar com leves picos traça marginais. Muito
raro. Girolamo Manfredi (Bologna, 1430-1493) foi um dos maiores mestres da Universidade de Bologna, na segunda metade
do século XV. Médico e astrólogo bolonhês, rapidamente alcançou uma grande reputação que atravessou as fronteiras da
universidade. Entre os seus concidadãos, era especialmente famoso pela sua fecunda atividade no campo das previsões
astrológicas. Foi médico pessoal de grandes figuras da sua cidade. Ficou conhecido para a posterioridade pelo extraordinário
sucesso da sua obra Il Perche, tratado com uma compilação enciclopédica original dos conhecimentos médicos da sua época,
reeditado até o século XVII. Foi também autor de um tratado sobre a peste e um trabalho sobre anatomia.
Binding: recent
replica of contemporary style (full calf) blind tolled at folders. Illustrated with woodcut printer's device at the title page, and
ornamental initial . Copy with slight marginal worming. Very rare. Text printed with rotund characters (questions) and gothic
characters (responses). Comprises a total of 565 questions. Edition of this popular 16th century work of Girolamo Manfred first printed in 1474 - in Bologna. Divided into two books: the first is the way of maintaining health; and in the second book
various issues on the anatomy of the human body. The date differs at the frontispiece and colophon: the first dates 1536 in
Roman numerals and the second 1526. Girolamo Manfredi (Bologna, 1430-1493) was one of the greatest masters of the
University of Bologna in the second half of the 15th Century. Doctor and astrologer, he quickly achieved a reputation that
crossed the boundaries of the university. He was especially famous for his fruitful activity in the field of astrological
predictions. He was a personal physician of the great families of his city. He was known to posterity by the extraordinary
success of his work Il Perche, treated with an encyclopedic compilation of original medical knowledge of his day, reprinted
until the 17th Century. He was also the author of a treatise on the plague and a work on anatomy.
€3.000
420. MANUSCRITO - COSTUMES DO REAL MOSTEIRO DE BELEM - 1745. Costumes do Real Mosterº de Bellem Dos
quaes ainda algum defira accidentalm[ente], do que na mesma materia dispoem, e ensina o nosso Ordinario, que aqui por
muytas vezes se alêga, reformado pelo Revmo. Fr. Martin de la Vera, e impresso em Madrid no anno de 1636, que he o que
devemos observar; se advirta que este mesmo Rituâl da Ordem recomenda repetidas vezes que em nada altêrem, antes estejam
todos peloque for costume em cada Caza: e os Costumes, q[ue] nesta hà, e nam estàm antiquados sam os que os que aqui se
escrevéram por Ordem do Revmo. Pe. Fr. Manoel de Sto. Antonio, sendo Prior Gerál no anno de 1745. In fólio (de 28x22cm)
com [ii], 94 pags. Encadernação [original] da época inteira de pele marmoreada com nervos e ferros a ouro na lombada
(representando querubins); e ferros rolados nas esquadrias das pastas. Corte das folhas carminado. Apresenta carimbo
comercial do século XIX na folha de guarda [Livraria Antiga e Moderna, Rua de São Nicolau, 113, Lisboa]. Título unificado
no rótulo da lombada: CVST DO O DEBEL [Costumes do Convento de Bellem] Manuscrito a uma só mão, firme e legível,
composto em várias etapas (nuances da tinta) e com as 2 páginas iniciais inumeradas acrescentadas no final da sua execução.
No início de cada capitulo apresenta os respetivos títulos. Manuscrito contendo a Regra interna ou regulamento do ritual e da
vida monástica dos monges jeronimitas do Mosteiro de Santa Maria de Belém ou, vulgo, Mosteiro dos Jerónimos. Não são
conhecidas outras referências a manuscritos ou obras impressas com este tema da organização quotidiana da vida desta
'Comunidade' tal como é referida em cada capítulo. Existe contudo na BNP outro manuscrito contemporâneo do presente,
contendo a orgânica do Capítulo [Assembleia Geral] do Mosteiro dos Jerónimos, complementar das regras da presente obra,
guardado [Título: Compendio das ceremonias do capítulo geral dos Monges]. O Mosteiro dos Jerónimos é um mosteiro
manuelino, testemunho monumental da riqueza dos Descobrimentos portugueses. Situa-se em Belém, Lisboa, à entrada do Rio
Tejo. Constitui o ponto mais alto da arquitectura do manuelino, sendo o mais notável conjunto monástico do século XVI em
Portugal e uma das principais igrejas-salão da Europa. Destacam-se no mosteiro o seu claustro completado em 1544, e a porta
sul de complexo desenho geométrico. Os elementos decorativos são repletos de símbolos da arte da navegação e de esculturas
de plantas e animais exóticos. O Mosteiro dos Jerónimos foi reconstruído e ampliado para exercer funções civis no final do
século XIX; declarado Monumento Nacional em 1907; e em 1983 a UNESCO classificou-o como 'Património Cultural de toda
a Humanidade'. Em 2007 foi eleito como uma das sete maravilhas de Portugal. No Mosteiro dos Jerónimos encontram-se entre
outros os túmulos dos reis D. Manuel I e sua mulher, D. Maria, D. João III e sua mulher D. Catarina, D. Sebastião e D.
Henrique, de Vasco da Gama, de Luís Vaz de Camões, de Alexandre Herculano e de Fernando Pessoa. Em 2010 teve 644729
visitantes, sendo 92 % estrangeiros. O mosteiro deve o nome à Ordem de São Jerónimo aí estabelecida até 1834. Para
perpetuar a memória do Infante D. Henrique, pela sua grande devoção a Nossa Senhora, e ainda pela crença em S. Jerónimo, o
rei D. Manuel I decidiu fundar o Mosteiro de Sta. Maria de Belém, perto da cidade de Lisboa nos últimos anos do século XV.
Os monges teriam como funções, entre outras, de rezar pela alma do rei e prestar assistência espiritual aos navegadores que da
praia do Restelo partiam para descoberta do mundo. A Ordem de São Jerónimo é uma ordem religiosa contemplativa. A
jornada do monge jerónimo é dedicada ao trabalho, a tarde é dedicada a exercícios próprios da vida contemplativa e intelectual
(oração, leitura, estudo, etc.). A leitura desta regra costumeira informa-nos que, no decurso do dia e da noite, santificando cada
hora, os monges celebravam cantando a Liturgia das Horas e participavam na missa e em várias procissões conventuais
reunidos em comunidade, sujeitando-se a uma estrita hierarquia e a um minucioso ritual litúrgico. O mosteiro, bem como esta
sua regra interna, sobreviveram ao Terramoto de 1755. O manuscrito não apresenta um indice das matérias, que no entanto
aqui reunimos: COSTUMES DO CORO, E IGREJA: Matinas Cantadas; Laudes cantadas; Capas em vésperas e Laudes de
1ª Classe; Vesporas de 2ª Classe; Vesporas de Duples Mayores; Vesperas de Duples Menores; Vesperas Semiduples;
Completas Cantadas; Oraçam Mental; Missas Cantadas; Missa Ultima; Missa post Majorem; Missa da Prima; Renovaçam;
Comunham da Escola e dos Monges que nam sam sacerdotes; Procissões; Procissam do Corpo de Deos; Procissam do Enterro.
OFFICIOS DO MOSTEIRO E SUAS OBRIGAÇÕES: Obrigações do Nosso Reverendo padre Prior Geral; Obrigações do
Reverendo Padre Vigário; Obrigações do Padre Subvigário ou Assignado; Mestres das Cerimonias; Hebdomadario; Diácono;
Subdiácono; Acolitos; Thuribulario; Cantor; Responsoria; Correitores do Canto; Correitores da Letra; Mestre da Cappella;
Organista; Lucernario do Coro; Correitores do Refeitorio; Sacristão môr; Sacristão menor; Mestre dos Novicios; Porteiro
Mayor; Procurador de Fora; Procurador de Margaride; Procurador da Caza; Padre Cerqueiro; Quinteiro da Palmeyra;
Arqueiros; Celeiro e Adegueiro; Pomeiro do pomar grande; Pomeiro do pomar pequeno; Hortulam [hortelão]; Roupeiros Môr
e Menôr; Enfermeiros Môr e Menor; Barbeiro; Lucernais do Dormitório; Sineyro e Relogieiro; e Campos. Seguidamente
transcrevemos algumas passagens do manuscrito, como exemplos, referentes aos aspectos do protocolo da oração, da leitura,
do estudo, e do trabalho: 'Missa Ultima: A missa ultima se deita por taboa aos Padres Confessores que tendo de 40 anos de
habito para baixo até 30, e vai do Coro no fim da Gloria, e da Sacristia ao Ofertório da Missa do dia, e o Padre Sacristão terá
como cuidado prover Acolito para ajudar. Esta missa se diz no Altar de Nossa Senhora, ou no Altar do Nosso Padre, para que a
ouçam do Ante-coro os Monges enfermos, que não puderem ir abaixo nem tiverem comudidade para ouvir outra. Sendo a
Missa de Defuntos sai esta ao introito dela'. Arqueiros: O Padre Arqueiro mór é eleito pela Comunidade, ou com o
consentimento desta, o nomeia em Capitulo o Prelado, e por tábua nomeia o menor. A Arca tem três chaves, cada um dos
Arqueiros tem uma, e o Prelado outra. Nela se guarda o dinheiro e as peças de ouro, e prata mais preciosa do Mosteiro, e em
saco próprio se guarda também o dinheiro ao Quindénio [semana]. Ambos os ditos Arqueiros devem saber, e dar relação de
todas as graças e previlégios concedidos ao Mosteiro, e também de todas as escrituras e arrendamentos não estando a outrem
encomendada esta obrigação. Não podem ambos ir fora; indo um deve ficar em casa o outro, e o que vaqi deixa a chave da arca
ao prelado, para que sendo assim preciso chame algum monge que supra a sua falta. No domingo assistem ambos em arca com
o Prelado a tomar contas ao Procurador; e as tomam a todos os que as devem dar em arca. Os Livros de Receita; e Despesa
corre por contas de ambos guarda-los na arca com cuidado em forma que se não rompam, nem se lhe arranque ou risque
alguma folha. Para certeza e cautela das contas devem somar com cuidado as semanas, e os meses, fechando-os em cada ano
de per si; por desta sorte, um ano ensinna, e pede contas ao outro, e fica-lhe mais fácil, e segura em o fim a soma de todo o
trienio'. Correitores da Letra: Também se nomeiam dois monges, que frequentem o coro, e sejam destros na Gramática para
emendarem os erros que se derem no Latim, e também na pausa ao dizer as Lições, no Coro a cuja leitura assiste o Correitor
primeiro, e em sua falta o segundo. (...) Todas as vezes que o Correitor emendar algum erro, o que o deu, sem repugnancia,
nem replica alguma repita a emenda, e sendo o Correytor, o que errou, apenas que conhecer o erro, diga logo sua culpa, e
assim como nisto mostra humildade, também da mesma deve usar, e de grande modéstia quando emenda' [etc]. Cerqueiro: O
Padre Cerqueiro tem a seu cargo tudo o que pertence à Lavoura, e abegoaria do cerco, tanto no governo como na despesa e
receita de tudo, de que dá contas em arca ao Prelado todos os anos. Por sua conta corre hoje pagar aos Criados do cerco, e
despedi-los e recebe-los, conforme a experimenta, que´é mais util ao serviço do mesmo cerco' [etc].
€3.600
421. MANUSCRITO - GENEALOGIA. QUEIRÓS E VASCONCELLOS, António Peixoto. NOBILIÁRIO DAS FAMÍLIAS
ILUSTRES DE PORTUGAL ordenado por… S/d [Séc. XVIII]. 3 volumes. De 34x23 cm. Encadernações da época com
lombadas em pele. Tomos manuscritos a duas mãos firmes e regulares. Conjunto de 3 volumes desta notável genealogia
setecentista que Eduardo Azevedo Soares (Carcavelos) na sua importante e competente “Bibliografia Nobiliarquica
Portuguesa” classifica como trabalho de “muito merecimento” acrescentando que alguns volumes apresentam a data de 1775.
O mesmo bibliógrafo refere ainda que a obra seria composta de pelo menos 27 volumes dos quais a maior parte “pertencem à
Livraria do Conselheiro Alexandre Ferreira Cabral Paes do Amaral e os restantes à Torre do Tombo”. Hoje em dia confirma-se
na Torre do Tombo a presença de 14 volumes. Descrevem-se os rostos dos volumes aqui presentes: Tomo 3º da Letra C, que
contém o Título de Cunhas; Cavalgantes; Cazaes; Cabraes; Camões; Coimbras; Cottas; Carvalaes; Codornigas; Couros;
Cadenas; Carregueiros; Carreiros; Corrutelos; Casqueiros; e Covas. Com 259 fólios numerados. Exemplar apresentando
remoção de ex-libris no interior da pasta de encadernação. Tomo 1º da Letra F (Letra F. Tomo 1º) [Com os títulos de]:
Freires; Figueiras; Figueiroas; Falcoens; Freitas; e Farias. Com 363 fólios numerados. Exemplar com título de posse na folha
de guarda: “Desembargador Henriques F”. Tomo 2º da Letra S, Título da Familia de Souzas; Soares de Alb[ergaria];
Salazares; Seabras; Seixas; e Simas. Com 276 fólios numerados. Ilustrado com um esboço a carvão de uma embarcação
“Muleta do Seixal” precedendo o título Seixas (fólio 201 verso).
€1.200
422. MANUSCRITO - MACEDO RIBEIRO, José. LIVRO DOS SOLDOS DOS RECRUTAS. LAMEGO. 28 DE MAIO DE
1798 – 20 DE NOVEMBRO DE 1798. De 29x20 cm. Com 61 fólios numerados e rubricados conforme fecho do livro. Em
colofón: “Tem este livro sessenta e uma meias folhas - – de papel com esta do encerramento que todas vão numeradas e
rubricadas o meu sobrenome de Macedo o que fiz em Virtude da Comissão que me foi dada no principio deste mesmo.
Lamego 30 de Maio de 1798. Jozé de Macedo Ribeiro”. Encadernação da época inteira de pele com ferros a seco nas pastas e
nervos na lombada. Volume completamente preenchido com dois manuscrito a duas mãos sobre papel timbrado. O manuscrito
B apresenta falta devido a rasgo dos fólios ou meias folhas (da nº 29 à nº 33 inclusivé), no entanto o texto encontra-se
completo, pois quando estes fólios em branco foram retirados ainda não se tinha escrito o segundo manuscrtio. A) Manuscrito
original com folha de rosto que antecede o primeiro fólio numerado e rubricado, apresentando o título de abertura: “Dou
Comissão ao Tabelião Jozé de Macedo Ribeiro para que no meu impedimento numere e rubrique este Livro, que há-de servir
para o pagamento dos Soldos dos Recrutas, mandados fazer por Ordem do Principe Nosso senhor expedidas pela Intendencia
Geral de Policia da Corte e Reino, e no fim fará encerramento. Lamego 28 de Maio de 1798”. Tendo o manuscrito inicial
perdido a sua função em 1799, foi aproveitado em 1860 o restante papel em branco para um manuscrito [B], contendo
apontamentos de jurisprudência, e aproveitando todas as páginas remanescentes em branco. A folha de rosto do manuscrito B
encontra-se no fólio 15: 'Apontamentos feitos por Arthur H. Ribeiro Vaz de Carvalho, Bacharel formado em Direito.
Começados em 3 de Junho de 1860', os quais começam aproveitando a folha de guarda, com os seguintes títulos, entre
outros: 'Conhecimento do Imposto de Permutação e trocas'; 'Assento de... 1817'; Será Válida a legação de coisa alheia?
Resposta de Gouveia Pinto'; 'Se a coisa legada estava empenhada. Quid juris?'; 'Assento da Casa da Suplicação de 14 de Julho
de 1820'; Serão incapazes de receber por testamento os filhos de certo danado?'; 'Proposta de Lei com o Competente Relatório
sobre vinhos apresentado ás Cortes pelo ministro das obras publicas, Comércio e industria António de Serpa Pimentel' [parece
não ter seguimento no texto]; 'Petição de abolição de atravessadouro'; 'Embargo de obra nova'; 'Acção de foros'; 'Petição de
assistência'; 'Artigos de habilitação', Duas questões resolvidas por C[orreia?] Telles acerca de testamentos'; 'Será sustentável
em Direito a substituição nos prazos de livre nomeação'; 'Casos que exigem presunção especial'; 'Públicas Formas'; etc, etc.
€300
423. MANUSCRITO – METHODO DE ENSINAR CAVALLOS – SÉC. XVIII. ANÓNIMO. Interpretaçaõ do Segundo Livro
de Novo Methodo de ensinar Cavallos composto pelo Príncipe Guilherme Marques e Conde Neucáste [William of Newcastle,
1592-1676] com hum appendice de Addicoes e Reflexões, que o mesmo Autor addicionou à sua obra [1667], em que se ensina
a trabalhar os Cavallos seg[undo] a ordem da Natureza. E aperfeiçoar a natureza com a subtileza da Arte. S/L [Vila Real ou
Bragança?]. S/d. [circa 1740-1760]. De 21x15 cm. Com 80, [iii] fólios. Encadernação da época inteira de pele [restaurada com
folhas de guarda novas e rótulo novo] com nervos e ferros a ouro na lombada. Profusamente ilustrado com 24 figuras
desenhadas no texto [esquemas da colocação das mãos e pés do cavalo nas pistas em movimentos de espádua adentro].
Manuscrito de Manejo, ou Alta Escola Equestre, com exercicios ilustrados para 2 e para 4 pistas. Obra escrita a uma só mão
firme e regular, utilizando sempre a mesma nuance de tinta; fólios numerados e colofón (Finis Laus Deo). Título de posse após
o colofón (Este libro he de Manoel António de Figueiredo Sarmento). Últimos 3 fólios constituem aproveitamento das folhas
de guarda para apontamentos apócrifos (com receitas de bolos, xaropes e bebidas), i. e. não relacionados com a obra. O
primeiro parágrafo informa-nos genericamente do conteúdo do manuscrito, e o segundo parágrafo das razões da sua produção:
“O ter sido tão geralmente aceite este Novo Método e Arte de Cavalaria, faz com que não pareça ociosa esta interpretação e
mesmo atentamente a ler se descobrirá o grande merecimento do seu Autor [William of Newcastle] que sendo já tão ponderado
em tanto Mundo, não será em Portugal que principia a continuar o mesmo aplauso à Lição que se fez do Segundo Livro, e
Apendice, pois foi por ele se inclinar nestas duas partes, o mais preciso, fundamental, e proveitoso desta Grande Arte: Exposto
que todo o Corpo da obra como produção do mesmo elevado Espírito enorme e excelentes Doutrinas; naquelas Duas partes se
contem as de que mais principalmente se deve instruir um novo, e valoroso Cavaleiro: nem o interprete se atreveria a passar
destes Limites, por não exceder os termos da própria experiência [etc]'. O manuscrito não contém indicação do autor ou escriba
do mesmo, no entanto supomos - através do título de posse, e da utilização da letra b por v - ter sido elaborado no norte de
Portugal, possívelmente em Vila Real ou Bragança que são localidades do seu possuidor, e onde na mesma época (1762) Paiva
e Pona, Monteiro-mór de Vila Real, foi autor da obra «Manejo Real, Escola Moderna da Cavallaria de Brida. Para os
Cavalleiros conseguirem esta scientifica faculdade : Novo Methodo para Desembaraçar os Potros, unir os Cavallos, vencer os
resabiados, e reduzillos a huma total obediência». Sendo este tema da obediência do cavalo a continuação do colofón do
manuscrito: “Como um Cavaleiro logo concluo ser preciso que o cavalo saiba que o cavaleiro é o seu Senhor, isto é que tema,
e logo o cavalo lhe obedecerá e nestes termos já se pode chamar ensiná-lo. Finis Laus Deo”. O manuscrito não apresenta um
índice das matérias, que no entanto aqui reunimos: Introdução. Cap. 1º Do perfeito assento e das acções do Cavalo, Assento
da sela, Postura e firmeza do corpo, Pés nos Estribos, Lugar da mão, Proporção da Vara, Postura da Vara, Repreende-se a
afectação, Aprova-se o assento. Cap. 2º Das Acções ou movimentos do Cavalo em todos os seus passos naturais; Definição do
passo, Definição do trote, Definição da andadura, Definição do galope, Definição da carreira, Reprova-se a andadura,
Condena-se ir o cavaleiro falso no galope; Primeiro modo de ir falso. Cap. 3º Dos Movimentos artificiais das pernas e mãos de
um cavalo. Cap. 4º Do modo com que costumo prender as rédeas no cabeção de que costumo servir-me; Utilidades deste modo
de cabeção. Cap. 5º Como se deve manejar a primeira vez um cavalo bruto para o montar para a mão direita por um círculo
largo com o cabeção referido; Ajuda do ombro…sendo as duas espáduas do cavalo trabalhadas deste modo; Primeira lição para
um Potro ou Cavalo Novo a trote para a mão direita; Primeira Lição para um Potro trotar para a mão esquerda. Cap. 6º Quando
e como se deve galopar um cavalo; Galope para a mão direita; Postura do cavalo no galope; A Ajuda da Rédea, e Perna;
Galope para a mão esquerda; Cap. 7º Como se deve parar um Cavalo; Advertências para recuar; Fundamento de todos os
Manejos. Segunda ordem de Lições – Cap. 8º Método de Trabalhar a garupa de um Cavalo para a mão direita. Cap. 9 Como
se deve trabalhar a garupa de um cavalo para a parte esquerda. Cap. 10º Método Novo e verdadeiro de trabalhar a garupa de
um cavalo a passo, que é a acção do trote, a garupa próxima ao centro que é o pilão. Cap. 11º Para trabalhar um Cavalo na
passage, ou passo que é a acção do trote para a mão esquerda. Cap. 12º Para trabalhar a mão direita do Cavalo, ou a garupa do
Cavalo da parte de fora. Cap. 13º Para trabalhar à mão esquerda do Cavalo, ou a garupa do Cavalo da parte de fora; Cap. 14º
Para trabalhar para a mão direita um cavalo em seu comprimento, no passo, ou passagem que é a acção do trote; Cap. 15º Para
trabalhar um cavalo para a mão esquerda em seu comprimento, no passo, ou passagem que é a acção do trote. Cap. 16º Novo, e
verdadeiro método de ensinar um cavalo a andar terra a terra. Cap. 17º Terra a terra para a mão esquerda. Capº 18º Para meter
um cavalo entre dois pilões pelo método antigo. Capº 19º Lição excelente para todos os cavalos assim pesados, como ligeiros
de rédea. Terceira continuação das Lições, a qual trata do conhecimento do freio - Cap. 20º Do modo e Arte como se
ensina ao Cavalo o conhecimento do freio. Cap. 21º Para trabalhar um Cavalo terra a terra para a mão direita, o cabeção preso
na maça da sela, e a rédea na mão esquerda. Quarta Continuação das Lições – Cap. 22º Para trabalhar um cavalo com falsas
rédeas. Quinta Continuação das Lições - Cap. 23º Para trabalhar um Cavalo com a Rédea só, andando as rédeas separadas
nas duas mãos. Sexta Continuação das Lições que serve para trabalhar um Cavalo com a Rédea na mão esquerda
somente – Cap. 24º para trabalhar um Cavalo com a Rédea na mão esquerda somente… e assim obedecendo às rédeas, como
às pernas, está perfeitamente dominado. Cap. 25º Para trabalhar um Cavalo terra a terra com a Rédea na mão esquerda
somente. Cap. 26º Dos passos que faz quando cumprimenta do muro, ou passagem com as rédeas do freio somente, e outras
muitas instruções; Para mudar sobre as voltas terra a terra. Cap. 27º O triunvirato das Lições para trazer um cavalo
perfeitamente em Manejo. Capº 28º Para terra a terra; Prossegue-se a mesma matéria; Aditamentos; Para terra a terra sobre as
voltas; Advertência muito importante para a Mão da Rédea. Seguem-se umas Lições importantíssimas e cheias de grande
Reparo – Advertencias; da Espora; Da Ajuda da Espora chamada toque; Outra Ajuda da Espora; Da Rédea da parte de dentro
presa ao Cepilho da Sela; Da importância da boca do cavalo; Do Terra a terra; Curvetas sobre as Voltas; e Passagens.
MANUSCRIPT ON HORSEMANSHIP. 18th Century. Anonimous. Book (manuscript) of the New Method for teaching
Horses composed by the Prince William of Newcastle, [1592-1676]. Binding: contemporary full calf [restored with new
endpapers and a new label at spine]. Illustrated with 24 figures drawn in the text with equestrian exercises (2 to 4 tracks) of the
'barroque riding school'. Written in Portuguese language with one caligraphic hand, steady and regular, always using the same
ink; folios numbered and colophon (Finis Laus Deo). Ownership at colophon (Manoel Antonio de Figueiredo Sarmento). Last
3 folios are not related to the work (with recipes for cakes, syrups and drinks). The first paragraph tells us the general content
of the manuscript, and the second paragraph of the reasons for its production: 'What has been so generally accepted that New
Method and Art of Horsemanship, ...the merit of its author [William of Newcastle] that is already so weighted in both Worlds,
not in Portugal that begins to learn the same lesson... of this Great Art... [etc.] '. The manuscript contains no indication of the
author, although we assume it is was writen in northern Portugal (possibly Vila Real or Braganza) locations of the owner, and
where at the same time (1762) Paiva e Pona wrote a book on barroque horsemanship.
€3.600
424. MANUSCRITO - OLIVEIRA CHAVES. (Joaquim d') MISCÊLLÂNÊAS POÉTICAS De… 1840. In fólio (de 30x21
cm) com 340 fólios inumerados. Ilustrado com um frontíspicio desenhado à pena pelo autor representando uma Musa em
defesa da arte poética. Apresenta folhas de guarda com dedicatórias de oferta e poemas sem relação com a obra. Códice com
cerca de 680 páginas manuscritas a uma só mão firme e muito regular. Trata-se da colecção da obra completa de um trabalho
individual, buscando inspiração na poesia neo-cássica de final do século XVIII. Contém um índice resumido do conjunto
poético, entre os quais: 46 sonetos em verso heroico; 110 décimas em glosas e improvisos líricos; 13 improvisos em quadras; 3
suras; 1 prosa; 1 metamorfose heróica; 3 sonhos; 4 ecoglas; 5 odes anacreônticas; 1 ode lírica; 16 odes heróicas; 38 odes do
livro 1º de Horácio; 3 elegias; 3 Os Tristes em Livros; 15 guistolas; 1 drama; 1 rima liberal cantos heroicos; 1 limoneirada (?);
etc. Inocêncio e BNP não mencionam este autor.
€300
425. MANUSCRITO - SÉC. XVI – REGRA DE SANTA CLARA – VILA DO CONDE. 1576. Começase a confirmaçam da
segunda regra de Scta. Clara, pollo papa Urbano.// Urbano bispo seruo dos seruos de deos [etc]. De 22x17 cm. Com 32 fólios
inumerados. Encadernação artística da época inteira de pele com ferros por nervos, a ouro e a seco nas pastas e super-libris
florais cruciformes. Corte por folhas dourado e cizelado. Contém 2 ex-libris: de Gabriel Augusto Mendes; e da Biblioteca
Capucho. Manuscrito do século xvi com uma caligrafia bela e bem executada pelo religioso Frei António de Tomar, nascido no
início do século de quinhentos, contendo indicação de antigo possuidor: “Original e inédita”. Tradução portuguesa da Regra da
Irmãs Clarissas aprovada por Urbano IV, redigido a uma só mão firme e regular, iluminada com pequenas capitulares a tinta
preta, vermelha e azul. Títulos e resumos marginais dos parágrafos em letra de menor dimensão pela mesma mão. Parágrafo
em colofón: “Acabase a confirmaçam da segunda regra das freiras e sorores da ordem de Santa Clara. Tirada do latim em
liguage[m] e aqui escrita por o pobre e[m] tudo frei Antº de tomar , sendo já de LXX anos a reqrimto [requerimento] da Sora
Dona Violante Pereira abbã [abadeça]. No anno do Sõr de 1576.//”
€3.600
426. MANUSCRITO ÁRABE – MUHAMMAD, ALCORÃO – SÉC. XVIII. S/L. S/D. [final do século XVIII da E. C.]. In 8º (de
16x11 cm) com cerca 600 pags. Encadernação inteira de pele ao estilo islâmico (com dobra dianteira) e super-libris em ambas
as pastas com elementos de decoração vegetalista. Manuscrito a tinta negra (com divisões dos versículos pontuados em
dourado e vermelho) e texto dentro de tarja com filete dourado. Apresenta frontispício e folha de rosto iluminadas com
cercaduras vegetalistas dentro de carcelas douradas. Manuscrito em caligrafia arábica clássica, diminuta, bela e muitio regular.
Manuscrito apresenta título de posse, na folha de guarda final, datado do ano de 1217 da Égira (1803 da Era Cristã) pelo que
este ms. deverá ser anterior. <p class='MsoNormal'> Binding: full calf with front fold of skin(in Islamic style) blind tooled
in both folders with floral elements. Handwritten in black ink (with divisions of verses punctuated in gold and red) and text
within golden frames. Displays a beautiful title page and frontispiece illuminated with gilt abstract and floral elements.
Manuscript in classical Arabic language - complete Holy Koran – in a miniature calligraphy, regular and beautiful. Undated:
possibly from the second half of the 17h Century of the Christian Era; with ownership signature dating from the year 1217
Égira (1803 of the Christian Era), so this manuscript must be earlier.
€1.500
427. MANUSCRITO ÁRABE – MUHAMMAD, ALCORÃO (3ª Parte) – SÉC. XVIII. S/d. S/L. De 11x9,0 cm. Com 76 fólios
inumerados. Encadernação da época inteira de pele ao estilo islâmico (com dobra dianteira) com ferros decorativos a seco.
Apresenta cadernos soltos da encadernação e vários fólios finais danificados. Manuscrito em árabe clássico apenas com a 3ª
Parte do Corão. Apresenta a característica de não apresentar a divisão dos versículos e apenas salientar a divisão em capítulos,
sendo os mesmos antecedidos de um prólogo e seguidos de comentários aos preceitos do Profeta, adequando cada capítulo aos
momentos pessoais da vida quotidiana do muçulmano; e aos preceitos éticos do dia-a-dia em sociedade. Outra particularidade
é constar no início de cada capítulo um epíteto sagrado ao nome de Alá. Sem data, sendo possivelmente do início do séc. XVIII
da Era Cristã.
Binding: full calf with front fold of skin (in Islamic style) blind tooled in both folders with floral elements.
Loose binding and several final folios damaged by intensive handling. Manuscript in classical Arabic language (only the 3rd
Part of the Holy Koran). Has the characteristic of not presenting the division of the verses and just highlighting the chapters.
These are preceded by a prologue and followed by commentary to the precepts of the Prophet, adapting each chapter for
personal moments of daily life of the Muslim, and the ethical day-to-day social behavior. Another particular feature is the
titling at the beginning of each chapter with a special epithet to the sacred name of Allah. Undated: possibly from the first half
of the 17th Century of the Christian Era.
€300
428. MANUSCRITO ÁRABE – TRATADO DE ÉTICA. – SÉC. XVIII. S/L. 1169 (Égira), 1756 (Era Cristã). In 4º (de 22x16
cm) com cerca de 250 páginas numeradas. Encadernação inteira de pele ao estilo islâmico (com dobra dianteira danificada e
falha de pele) com ferros a seco em ambas as pastas com elementos de decoração vegetalista. Manuscrito em árabe clássico a
tinta negra e vermelha, apresentando fólios soltos da encadernação e falta da folha de rosto. Colofón com indicação deste
manuscrito ter sido terminado na 4ª Feira, 10º dia do Ramadão, do Ano 1169 da Égira (1756 da Era Cristã) sem indicação de
local. Consta de um tratado de ética, de autor desconhecido e com falta do título, apresentando entre outros temas as teorias de
como um muçulmano deve fazer negócios das mais variadas espécies de produtos e artigos; como deve fazer casamentos; e
como deve trabalhar no dia-a-dia, etc.
Binding: full calf with front fold of skin (damaged) in Islamic style blind tooled in
both folders with floral elements. Manuscript in classic Arabic language written in black and red ink; loose folios (lack of title
page or initial page, although might be mixed with a loose folio). Colophon stating this manuscript was finished in Wednesday
the 10th day of Ramadan, the Year of 1169 Égira Calendar (1756 of the Christian Era) without indication of place. It consists
on a treatise of ethics (unknown author and title) featuring among others the theories of how a Muslim should do business with
many different kinds of products and articles; and also the arrangement of weddings should do; and how to work in a daily
basis; etc.
€800
429. MANUSCRITO CALIGRÁFICO - PARIS - ENGENHARIA. LAZCANO, Francisco de. PROYECTO DE UNA
NUEVA MAQUINA para abrir canales limpiar y dar direccion á los rios ahondar baias y barras aplicable á los caminos
PROPUESTO AL GOVERNO EN 15 DE ABRIL DE 1825 para ejecutar un modelo EL CUAL DEMONTRASE
PRATICULARMENE sus buenos resultados Por D. Francisco de Lazcano año 1826. Acompaãnan dos planos com 26 figuras
dibujadas poe el mismo: su descripcion y cálculos de la potencia, velocidades y resistencias com los tres impulsos, vital, del
viento, y vapor: el tiempo y el costo que son necessarios para cada légua de 20 (…) pies com el ancho de 50 varas y 30 pies de
fondo: una tabla que manifesta las ventajas de este proyeto respecto los pontones usados hasta aqui, com mas una comparacion
de lo que se ha tardado y gastado en hacer todos los canales existentes en Inglaterra, y el que se emplearia com este: una
adicion sobre el modo de ahorrar la mitad de la potencia com la misma corriente: y por ultimo, las explicaciones de cada plano
em separado. S./l. (Espanha) 1826. In fólio de 37x24 cm. Com 26 fólios de texto e ilustrado 3 com folios desdobráveis
ilustrados e coloridos manualmente a água-tinta. Encadernação da época com lombada e cantos em pele vermelha, com ferros
a ouro nas pastas que são revestidas de marroquim azul. Cortes dourados por folhas. Guardas em papel marmoreado. [Junto
com:]PROYECTO PARA LA EXCAVACION DEL CANAL MARITIMO DE PARÍS (CÓNCAVO) BAJO LAS
DIMENSIONES QUE PROPONE D. FRANCISCO LAZCANO EN SU PROSPECTO DE … DE AGOSTO DE 1826.
Secciones que determinan los planos perpendiculares del canal de PARÍS y de la COSTA: Superficies cuadradas de cada
seccion y la mediana de ambas : metros cúbicos matéria que contiene la excavacion en toda su extencion: numero de maquinas,
y calculo del tiempo y coste que son necessários para concluirlo sin compreender las obras de albananileria, ni de la piedra que
se halle… S./l. (Espanha) 1826. 1 fólio solto desdobrável manuscrito ilustrado e colorido manualmente a água-tinta. Com as
dimensões de 40,5x90 cm. Até à data, não encontrámos quaisquer referências biográficas ou bibliográficas, referentes ao autor
D. Francisco Lazcano, assim como aos seus dois projetos para a construção da máquina e da abertura dum canal desde Paris,
até à costa atlântica.
Calligraphic Manuscript – Paris, France - Engineering Project from Francisco Lazcano. Project for a
new machine to open channels, to give direction to the rivers, and deepen bays and roads, April 15, 1825. Together with
description and calculations. Spain, 1826. In folio 37x24 cm. With 26 folios of text and illustrated folios manually colored
aquatint. Binding: contemporary blue morocco. Gilt paper edges. Endepapers in decorative paper. [Together with:] Project to
the Maritime Canal excavation to Paris. August 1826: sections, plans, surfaces, all excavation, number of machines,
calculating cost, and time and finalize that is necessary to these work. S / L. Spain. 1826. 1 manuscript folding folio (hors-text)
engraved and hand colored (aquatint). Dimensions: 40.5x90 cm. We have not found any biographical or bibliographic
references to the author, D. Francisco Lazcano, as well as his two projects to build a machine and opening of a channel from
Paris to the Atlantic coast.
€22.000
430. MANUSCRITO CALIGRAFO OFICIAL DA CHANCELARIA RÉGIA - CASA REAL. REGIMENTO DA
CHANCELLARIA MOR DA CORTE, E REINO. LISBOA. Anno de 1769. In fólio (de 34x25 cm). Manuscrito a duas
mãos com 139 páginas numeradas. Encadernação da época inteira de pele com finos ferros a ouro na lombada com rótulos
vermelho e verde. Corte das folhas marmoreado em azul. Fronstíspicio ilustrado na folha de rosto com magnífico desenho à
pena em trabalho de fino exercício caligráfico, representado o Rei D. José I, o seu Escudo Real e uma alegoria com a Justiça e
a Fortuna. Ao centro o título a tinta vermelha. Mudança de mão caligráfica na página 50, respeitando a caligrafia anterior. O
texto começa com a letra capitular. D esboçada a lápis, mas não terminada a tinta. Restante texto aparece completo. O
Regimento da Chancelaria-Mor da Corte e Reino fornece-nos toda a estrutura, funções e encargos da Corte e do aparelho do
Estado português no século XVIII, não existindo qualquer outro exemplar conhecido (manuscrito ou impresso) deste
regimento/regulamento régio. Contém (até à página 91) a transcrição daquele que é conhecido como o Regimento dos Velhos
Direitos, dado na cidade de Lisboa a 16 de Janeiro de 1589, com os seguintes títulos : Dom Phellipe &c Faço saber aos que
este Regimento virem… ; Título dos dias em que se háde fazer Chancelaria, e horas que se háde começar ; Título da Casa e
Mesa da Chancellaria ; Título da Ordem do Despacho ; Termo de Juramento ; Título dos papéis retardados ; Título da caza do
Registo, e Ordem que nisto háde haver ; Título da Caza, que háde ter o Escrivam da Chancelaria para recolhimento dos livros
dela, e seu despacho ; Título das Dignidades Seculares ; Título dos Offícios grandes do Reyno, e de outros Officios que têm o
nome de Móres ; Título dos Officios Grandes e outros da Caza ; Título dos Officios da Cappella ; Título dos Officios que
pertencem à governança da Justiça ; Título de outros officios de minha Fazenda, e que pertence a ella ; Regras gerais do que se
háde pagar de ordenado de todos os mais Oficios que não vão declarados, nem taxados neste Regimento ; Título das Capitanias
do Reino e Ilhas, e de outros Oficios das mesmas Ilhas, e das Ilhas de Cabo Verde, e São Tomé e do Principe, Mina e Arguim ;
Regra Geral dos Officios de todas as Ilhas ; Título dos Lugares de África, e Feytoria de Andaluzia ; Título das Capitanias e os
Officios das Partes do Brazil ; Título das Partes da Índia ; Título das seis Cidades e Fortalezas principais da Índia, a saber, Goa,
Sufalla, Ormuz, Diu, Chaúl, e Malaca ; Título dos direytos que se hão de pagar em minha Chancelaria das mercês e Doações
que eu fizer ; Título das Doações por mercê nova ; Confirmaçoens por Sucessão ; Confirmaçoens de Rey a Rey ; Das Cartas
que se hãode sellar com sello de chumbo ; Título dos Privillegios, e Liberdades ; Título de outras Cartas, Alvarás, e Provisoens
diferentes ; Título das Cartas da Justiça, de que se hãode pagar na Chancellaria dez reis ; Título das Cartas da Justiça, de que se
hãode pagar na Chancellaria vinte reis ; Título das Cartas de que se hãode pagar trinta reis… e outras que se pagão setenta, e
quarenta reis ; Título e Regra de outras Cousas da Chancellaria ; Título das Cartas de que se não paga Chancellaria para Minha
Fazenda, mas aos Officiaes sempre se pagarão seus Direitos ; Título do que se hãode Levar os Officiaes da Chancellaria ;
Título do que o Chanceller-Mór hade Levar das Cartas, e Provizoens, alem dos prestimos atras declarados ; Titulo do que hade
Levar o Escrivão da Chancellaria ; Título do que hade Levar o Porteiro da Chancellaria ; Título das Dizimas, que se hãode
pagar na Chancellaria. Segue-se o « Regimento dos Novos Direitos » : Alvará que se mandou Registar neste Regimento sobre
a forma em que Sua Magestade manda sejão aprovadas as pessoas, que houverem de entrar em Capitanias das Fortalezas da
Índia, por renunciaçoens que nellas de fizerem. Segue-se : Copia de hum termo no Regimento da Chancellaria nas Lembranças
da Letra de Gaspar Maldonado Avó do Vedor da Chancellaria Dom Gaspar. Seguido de : Mais Lembranças sobre algumas
couzas, que não estão no Regimento. Seguido de : Cópia do Alvará de Dom Gaspar Maldonado de Espeleta para se intitular ; e
usar do Título de Vedor da Chancellaria-Mor da Corte, e Reyno. Seguem-se : várias petições Sobre de novo se mandar pelo
Concelho da Fazenda, que os Cargos que até agora pagavão por Marcos na forma deste Regimento, paguem o que for avaliado
na Fazenda ; com seus Despachos e Respostas : Seguem-se : Varios Despachos que vieram do Concelho da Fazenda. Segue-se
: Mais Cargos da Índia por Resolução Vocal do Chanceller-Mór João Velho Barreto, e Vedor da Chancellaria Dom Gaspar
Maldonado pela faculdade do Regimento e outros papéis. As últimas 3 páginas manuscritas são cópias imperfeitas da página
37 e seguintes colocadas no final como guardas. A história administrativa e as atribuições da Chancelaria-Mor da Corte e
Reino e do seu titular, o Chanceler-Mor, estão detalhadamente expostas no site do Arquivo Nacional da Torre do Tombo. À
Chancelaria-Mor da Corte e Reino foi dado Regimento em 16 de Janeiro de 1589. O presente manuscrito informa-nos da
mesma data. O cargo de chanceler-mor encontrava-se consignado em vários códigos e compilações legislativas,
nomeadamente nas Ordenações Afonsinas, Liv. I, tít. 2, nas Ordenações Manuelinas, Liv. I, tít. 2, nas Leis Extravagantes, Parte
I, Liv. I, lei 1 e nas Ordenações Filipinas, Livro I, tít. 1.; tal como aparecem neste Regimento manuscrito. O Regimento da
Chancelaria-Mor da Corte e Reino especifica que as partes interessadas haviam de pagar determinados direitos pelas cartas de
dignidades e de ofícios, pelas cartas de doações, tenças e outras mercês, pelas cartas de padrão, pelas cartas de confirmação,
por sucessão em bens da Coroa, por cartas de privilégios e liberdades, e, ainda, os direitos de mercês e doações (proporcionais
aos valores doados) e os direitos das cartas de justiça (cartas de citação, cartas testemunháveis, cartas de inquirição, ou de
exame). Na hierarquia da autoridade era a mais importante repartição pública e responsável por uma considerável fonte de
receita, uma vez que a passagem e autenticação das cartas pela Chancelaria-Mor obrigava sempre ao pagamento de direitos.
Competia ao chanceler-mor fazer registar os actos públicos de especial relevância, receber o juramento dos mais altos
funcionários do Estado, entre os quais o de Condestável, de regedor da Casa da Suplicação, de vedores da Fazenda, de
Almirantes e de Marechal, de bem e fielmente cumprirem seus ofícios, e julgar possíveis ilegalidades cometidas por
desembargadores do Paço, vedores e conselheiros da Fazenda, conselheiros Ultramarinos, e ainda de outros funcionários. Por
costume, desde o século XVI, era Chanceler-mor do Reino o mais antigo desembargador do Paço. Outra função cometida ao
chanceler-mor era a da publicitação das leis: estas eram registadas e anunciadas no próprio dia da sua emissão, enviando-se o
respectivo traslado, com o sinal do chanceler-mor e selo régio, aos corregedores das comarcas, passando as mesmas leis a
vigorar plenamente depois da respectiva publicação na Chancelaria-Mor. O exame das leis destinava-se a impedir que as
decisões contrariassem as Ordenações ou o Direito. Caso se verificasse a colisão de alguma carta contra o direito vigente, o
chanceler-mor não a mandaria selar e redigiria sobre ela o seu parecer negativo, posteriormente julgada em Mesa pelo
chanceler e desembargadores do Paço, sendo imediatamente anulado o diploma em causa. Se nada de ilegal estivesse contido
no diploma, o chanceler-mor mandá-lo-ia selar com o selo régio e fá-lo-ia entregar às partes interessadas, que o levantariam,
mediante o pagamento de certos direitos. Competia ao chanceler-mor, segundo as Ordenações Filipinas, examinar os
despachos, decisões ou sentenças emanados do rei, desembargadores do Paço, vedores e conselheiros da Fazenda, provedormor das Obras Reais e restantes oficiais-mores da Casa Real. Por seu exame passariam, mais tarde, as provisões e sentenças de
todas as juntas e conselhos régios, formados posteriormente à entrada em vigor das Ordenações Filipinas, e que não
dispusessem de chancelaria própria, tais como a Junta dos Três Estados, o Conselho de Guerra, o Conselho Ultramarino, a
Junta do Tabaco e outras instituições entretanto criadas. Tal não sucedia com a Mesa da Consciência e Ordens, a Casa das
Rainhas, a Casa do Infantado e a Casa de Bragança, que dispunham de chancelaria própria. A Chancelaria-Mor do Reino
(como aparece referida na legislação de extinção) foi extinta por Decreto de 19 de Agosto de 1833, ficando o Governo
responsável pela publicitação das leis, por meio de um periódico oficial, entregando-se às respectivas autoridades as
atribuições judiciárias exercidas pelo Chanceler-mor. A parte da documentação relativa ao funcionamento burocrático e fiscal
da Chancelaria-mor, considerada como 'livros e papéis da Repartição', constituía o próprio cartório da instituição. Apesar do
texto do Decreto de 19 de Agosto de 1833 e de uma respectiva portaria regulamentar com a mesma data, os quais se referiam
indistintamente ao envio de 'todos livros e papéis findos', só alguns livros de registo de leis e de registo de mercês, doações e
ofícios deram entrada nessa altura na Torre do Tombo.
PORTUGUESE ROYAL CHANCELLOR. The Law of the
Kingdom, and its Court. Ancient and Modern. Lisbon. 1769. Portuguese royal manuscript (two handwritings) with 139
numbered pages. Binding : contemporary full calf gilt at spine with red and green labels, slightly bumped at corners. Papercut
marbled in blue at edges. Frontispiece (title page) illustrated with a magnificent calligraphical represented King Joseph I of
Portugal, the royal coat-of-arms, and an allegory with Justice and Fortuna. Title at center in red color. Change in calligraphical
writing on page 50, respecting the previous handwriting style. The text begins with a capital D sketched in pencil but not
finished. Remaining text appears to be complete. The Rules of the Court and Royal Chancellor provides us with all the
structure, functions and obligations of the Portuguese state in the 18th Century. There is no other known specimen (printed or
handwritten) of this royal regulation. Contains (up to page 91) the transcript of what is known as the “Old Rights”, issued in
the city of Lisbon, on January 16, 1589. [We stress some chapters or “titles”]: Schedule and appointments of the Chancellor
Office; Statement of Oath; collection of the books of the Chancery; Secular Dignities and Titles, Titles the Governance of
Justice; Payrolls declared and not to be declared nor taxed in the Rules; Titles of the Captaincies of the Kingdom in the: Islands
of Cape Verde, São Tomé and Principe, Arguim and Mina; Title of the outposts in Africa ; Title of the captaincies of Brazil;
Title of India; Title of the Six Main Cities and fortresses of India, namely: Goa, Sofalla, Ormuz, Diu , Chaúl, and Malacca;
Title of Rights that the Chancellery will pay; Title of new Donations and Mercies; Laws on Succession; “Confirmaçoens” of
the King; Documents due to have royal stamps and seals; Title of “Privillegios” or Grants; Title on Titles of Nobility and
Patent Letters; Title of the Charters of Justice; Title of the “Provizoens”. It is followed by the 'Rules of the New Rights';
including Copies of the Memoires in the Chancellor's letter of Gaspar Maldonado and Chancellor Don Gaspar. Including:
More Memoires. Including: A copy of the Permit of Don Gaspar Maldonado Espeleta. Followed by: 3 manuscript pages
(bound at the end: they are imperfect copies of page 37). The administrative history and functions of the Chancery of the
Kingdom and Court are exposed in detail at the site of Archives/Torre do Tombo. The office of Chancellor-in-chief found
himself consigned to various legislative pieces scattered at: in Ordenações Afonsinas, Liv. I, tít. 2; in Ordenações Manuelinas,
Liv. I, tít. 2; in Leis Extravagantes, Parte I, Liv. I, lei 1 and in Ordenações Filipinas, Livro I, tít. 1. The Rules of the Court and
Royal Chancellor provides us with detailed information letters, patent letters, certain rights and dignities, petitions, letters for
donations, grants, charts and marks, the letters of confirmation, the succession in the properties belonging to the Crown; rights,
favors and gifts (proportional to the amounts donated) and the rights of justice letters (letters of summons, witnessed letters,
letters of inquiry or examination). In the hierarchy of authority it was the most important governmental office and responsible
for a considerable source of revenue, since the grants and letters patent always required the payment of fees. Competed the
Chancellor-in-chief to record the public events of special importance; receive the oath of the highest state officials, including
the Constable, the Mayor of the Court House; Finance Officers, Admirals; Marshals; and judging possible illegalities
committed by members of the Royal Palace, debtors and directors of Finance, overseas counselors, and even minor employees.
From the 16th Century onwards, the Chancellor was the Fiscal Judge of the Palace. Another task of the Chancellor was the
publication of laws: these were recorded and announced on the day of issue, by sending their transfer with the Sign of the
Chancellor and the Royal Seal, and being effective after the publication in the Chancery. The examination of laws intended to
ensure that decisions would not contradict the ordinary law (Ordenações). In his examinations were included “Bureau of the
Three States” (Junta dos Três Estados), the War Council; the Overseas Council; the Bureau of the Commerce of Tobacco and
many other institutions as the Bureau of Military Orders, the Household of the Queens, The Household of the Princes; and
House of Braganza. Royal Chancellor was dissolved by decree of August 19, 1833, leaving the government responsible for
publicizing laws through an official journal. The part of the documentation relating to the functioning, bureaucracy and fiscal
Chancellery, known as 'livros e papéis da Repartição'' books and papers of the Bureau, are the remaining of this institution.
Although a regulation in the same date ordered “send all books and papers ended' in Torre do Tombo; just some books were
sent and this manuscript chart (Rules of the Court and Royal Chancellor) was not among them.
€5.000
431. Manuscrito D. Filipe I de Portugal - Carta Régia de Confirmação do Donatário e Capitão-Mor do concelho de
Felgueiras, dada em 22 de Novembro de 1584, por el-rei D. Filipe I de Portugal, a D. Francisca da Silva Coelho. Documento
redigido em português sobre 4 fólios de pergaminho de 36x26,5 cm. Escrito com letra gótica cursiva da chancelaria régia,
muito regular, bastante harmoniosa e pouco cerrada. Selo pendente em chumbo com as armas reais, assinado por Filipe I de
Portugal, II de Espanha e vários chanceleres e tabeliães. Encadernação caixa estojo artística recente ao gosto do século XVI
com nervos na lombada, ferros decorativos lavrados a seco e a ouro nas pastas. Magnifico trabalho da autoria do famoso
mestre encadernador e restaurador Império Graça. Trata-se da confirmação de um título dado originalmente por D. João I em
1385, mais tarde confirmado por D. Manuel I em 1510 e aqui por finalmente confirmado por D. Filipe I. Contêm a genealogia
da família titular, refere e relaciona genealogicamente entre outros factos Egas Moniz, a batalha de Alfarrobeira, Inês de
Castro, os descobrimentos dos caminhos marítimos para a Índia e Brasil, e ainda Batalha de Alcácer-Quibir. Em 8 do 7 de
1385 deu D. João I o concelho de Felgueiras por serviços na guerra a Gonçalo Pires Coelho (1385-1417 1.º donatário) e
Capitão-mor por Carta Régia. Descendente de Egas Moniz e filho de Pêro Coelho, implicado na morte de D. Inês de Castro e
no qual se vingou el-rei d. Pedro I. Em 2 do 5 de 1433 el-rei d. João I confirma a Fernão Coelho (1417-1449 2.º donatário)
Alcaide-mor do castelo de Guimarães, era filho varão do anterior. em 17 do 7 de 1459 el-rei d. Afonso V confirmou a Martin
Coelho (1456-1483 3.º donatário) combateu na batalha de Alfarrobeira tendo de se exilar no norte de África, era filho
primogénito do anterior e tio do navegador Nicolau Coelho. El-rei D. Manuel I confirma primeiro a Gonçalo Pires Coelho
(1483-1510 4.º donatário) por carta régia e depois a seu filho Aires Coelho (1510-1533 5.º donatário) em 21 do 6 de 1510 essa
doação, com todos os direitos, menos os da correição e alçadas, é dada por falecimento de seu irmão e varão, o navegador
Nicolau Coelho, que comandou a nau Bérrio na frota com que Vasco da Gama descobriu o caminho marítimo para a Índia.
Depois comandou uma nau da frota com que Pedro Alvares Cabral descobriu o Brasil. Vindo a falecer quando regressava da
sua terceira viagem á índia, em Janeiro de 1504, no trágico naufrágio que vitimou todos os três navios da frota em que ao
serviço D’el-rei D. Manuel I acompanhava o regresso a Portugal do vice-rei D. Francisco de Albuquerque. El-rei D. João III
confirma por carta régia de 1 do 8 de 1533 a Gonçalo Coelho da Silva (1533-1584 6.º donatário) participou na batalha de
Alcácer-quibir em 1579. Em 1529 el-rei D. João III confirma a Aires Gonçalves Coelho, (1540-1579 7.º donatário) filho do
anterior e que faleceu na batalha de Alcacér-quibir em 1579, em que foi combater na companhia de seu pai. em 1584, el-rei d.
Filipe I confirma por via hereditária a D. Francisca da Silva Coelho, filha de Aires Gonçalves coelho e esposa de Francisco
Pinto da Cunha (1579-1615 7.º donatário) que por via do casamento é reconhecido Sétimo e último donatário do concelho
Felgueiras e alcaide-mor do castelo de Celorico de Basto. Documento de enquadramento transversal na história de Portugal e
Universal, que abrange directamente os séculos xiv a xvi (1385-1584) em que constam não só os factos aqui descritos como
certamente muitos outros ainda por revelar. Verdadeira fonte autenticadora de factos que contem dados históricos,
genealógicos, cronológicos, jurídicos, filológicos, de diplomática, etc. etc. este documento foi citado ao longo dos séculos
através de cópias das chancelarias régias e outros arquivos por diversos autores, historiadores, genealogistas, etc. etc.
bibliografia consultada Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. Felgueiras de ontem e de hoje, M. António Fernandes.
Royal document signed by King Philippe the Second of Spain together with His Royal Seal granting to Dame Francisca da
Silva Coelho her rights and heritage to Captain Mayor of the County of Felgueiras (Northern Portugal) written in Portuguese
and coming in a luxury box outfitted as a contemporary full calf binding. This chart constitutes a document of royal affidavit
stating in a very meticulous way the genealogy of the Coelho family. The chart states all the historical deeds on the lives of the
previous Captain Mayors reporting the genealogy to Gonçalo Pires Coelho (1385-1417) (1st Donation of Felgueiras) who was
the son of the executioner of Agnes de Castro as Lieutenant of the King (her father-in law). Earlier, as it is said, this genealogy
was dating back to the Knight Commander Egas Moniz (a founding father of the Portuguese nationality). It is charted the 2nd
Donation to Fernão Coelho (1417-1449) by King John I of Portugal. It is also assured by the chart the 3rd Donation to Martin
Coelho who fought on the civil war that ended at the Battle of Alfarrobeira. The document describes with great accuracy the
descent from Nicolau Coelho, and states that he made part of the fleet that arrived in India in 1498 under the command of
Vasco da Gama, as Captain of the ship Bérrio, and later, he was a Captain in on the voyage of discovery to Brasil, in 1500,
under the command of Pedro Álvares Cabral. It states also he sank with his ship, in 1504, while under the orders of King
Emmanuel I to escort the Vice-Roy D. Francisco de Albuquerque on the way back from India to Portugal. For the sake of this
tragedy the chart of the king was granted to the collateral lineage of Gonçalo Pires Coelho (1483-1510), the 4th Donation, and
Aires Coelho (1510-1533), the 5th Donation, in Juin 21, 1510. The chart also mentions that Gonçalo Coelho da Silva (15331584), the 6th Donation, fought at the Battle of the Four Kings (known also as Battle of Alcácer-Quibir) in 1579 and finally
mentions his daughter, Dame Francisca da Silva Coelho, to whom is recognized this genealogy and family history by the King
of Spain and therefore given to her and to her husband the Royal Grand and Chart as Captain Mayor of Felgueiras.
€8.000
432. MANUSCRITO DO SÉCULO XVIII. - CARTA DE BRASÃO, ELMO E TIMBRE de Diogo de Araújo Rodrigues
Machado da Silva, cavaleiro da Ordem de Cristo, Capitão-Mor dos Coutos de Moure e Cervães e morador na sua quinta &
solar da Camara de Moura. In fólio com 7 fólios de 29x20 cm. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na
lombada e pastas. com roda em esquadria nos dois planos idênticos e rectângulo central com pequeno florão. Falta dos atilhos
de seda e das guardas volantes. Manuscrito sobre pergaminho, caligrafado e iluminado. Todos os fólios apresentam molduras
pintadas com motivos e cores diferentes, na frente e verso (o último apenas na frente); uma grande inicial (D[om] Ioao [V])
pintada e “filigranada” e mais oito capitulares pintadas. Na frente do sexto fólio, as armas do requerente, com a respectiva
descrição na página oposta: escudo esquartelado com as armas dos Machados, Câmaras, Pereiras e Silvas, elmo e paquife. Na
frente do último fólio, o termo de encerramento: dado em Lisboa, aos doze dias do mês de Maio do ano de 1745. Assinaturas
autografas: Hilário da Costa Barreyros, (escudeiro e escrivão da nobreza) - P. Rey darmas Pal. [Manuel Pereira da Silva,
Principal Rei darmas Portugal No verso, dois registos no Livro dos Brasões da Nobreza de Portugal, e no Livro do Registo do
Senado da Câmara. Manuscrito com ligeiro manuseamento e alguns sinais de abrasão. O armigerado era descendente da Casa
de Entre-Homem-e-Cávado. As cartas de brasão portuguesas são hoje extremamente raras, especialmente quando preservam a
encadernação original. A presente carta de brasão embora sóbria apresenta uma beleza extraordinária, sendo as cores vivas
empregues extremamente harmoniosas.
MANUSCRIPT - GRANT OF ARMS: SHIELD, HELMET AND CREST- King of
Arms Portugal. 1745. Warrant and Achievements granted to Diogo de Araújo Rodrigues Machado da Silva, knight of the
Order of Christ, Captain of Moure e Cervães and resident in his palace at Camara de Moura, Freguesia de S. Martinho de
Moure. Size 29x20 cm. With 7 folios. Binding: contemporary (original) full calf artistically gilt with rolled tools at both
covers. Remains of silk ties. Calligraphic manuscript on parchment and illuminated with all colors and metals. All pages have
frames painted with different design patterns and colors; a large initial (D [om] Ioao [V]). The sixth folio has a full page
illuminated with the granted achievement (shield, helmet, crest, torse, banner and mantling with the predominantly red and
blue colors) with its heraldic description on the opposite (previous) page. Dated May, 12th 1745. Handwritten signatures of
Manuel Pereira da Silva, King of Arms Portugal. On the back, two records of official transcripts in the Book of Nobility of
Portugal, and the Book of Registration of the Senate Chamber. The Portuguese Grants of Arms are now extremely rare,
especially when preserving the original binding, as this one.This letter has a sober, although extraordinary beauty, with all the
bright colors and metals employed in an extremely harmonious document.
€3.000
433. MANUSCRITO ILUMINADO - LIVRO RELIGIOSO TAILANDÊS. [Phra Malai] [
]. [
]. In Fólio
de 68x15x10 cm. Com 49 fólio duplos + 1 fólio simples, desdobráveis em forma de acordeão. Tailândia. Circa final do século
XVIII, início do século XIX. Texto a duas colunas, cada uma com cinco linhas, em frente e verso de cada fólio duplo. Pastas
finais encadernação cartonada com acabamento da época dourado, com falhas. Ilustrado com 5 conjuntos de 2 desenhos com
temática da religião budista. Boa qualidade da execução dos desenhos que apresentam as dimensões 29x20 cm; ocupando em
altura um fólio duplo. Vestígios de humidade em cerca de 14 dos fólios iniciais e finais sem afectar a mancha gráfica.
Manuscrito tailandês (Thai) em papel cartonado contendo 100 folhas (49 fólios duplos e 1 fólio simples) em ligação tipo
concertina. Manuscrito com 5 linhas por página divididas em 2 colunas. Ilustrado com 10 ícones: em aguarela ou guache
coloridos e dourados, representando várias cenas de monges, divindades e histórias fabulosas. Contém sermões budistas,
possivelmente no idioma Thai em escrita Khmer. Este manuscrito iluminado do início do século XIX conta a história do santo
budista Phra Malai de uma forma acessível e permanece popular na Tailândia e no Sudeste da Asiático. O texto - denominado
segundo este santo budista conhecido por suas viagens lendárias entre o inferno e o céu - figura em destaque nos tratados
religiosos, obras de arte, e rituais, particularmente aqueles associados com a vida após a morte. Os primeiros exemplos destes
manuscritos tailandeses datam do final do século 18, sendo a história muito mais antiga, baseada num texto Pali do Sri Lanka e
mencionado numa inscrição birmanêsa do século XIII. No século XIX tornou-se um texto muito popular cantando em
casamentos e funerais. A lenda descreve as visitas Phra Malai ao céu e ao inferno e os poderes por ele alcançados através da
meditação. Posteriormente ensinou aos leigos e aos monges os efeitos cármicos de acções humanas e o que aprendeu no seu
encontro com o Buda Maitreya no céu. Foi através dessas narrativas que a mensagem do Buda; a esperança num melhor
renascimento; e a possibilidade de atingir o Nirvana foi transmitida. Os manuscritos Phra Malai foram frequentemente
produzidos e doados aos mosteiros budistas como promessas e objectos de aparato.
RELIGIOUS THAI MANUSCRIPT.
Phra Malai [
][
]. Harmonica style (folding concertina manuscript). Bound: 68x15x10 cm. With 49 foldout folios + 1 single fólio, text in black ink recto/verso. Thailand. Early 19th Century. Beautiful 10 miniature paintings (5
paired illustrations 29x20 cm) in watercolours. Contemporary gilt boards. Thai manuscript on paper, 100 leaves in concertina
binding, 5 lines to the page, two sections per page with a central margin marked with florets. With 10 illustrations: color
aquarelle/gouache ink and gold, made on thick paper, depicting various scenes of monks, godesses and stories from fables.
Cover boards worn. Each fold measures 15 x 68 cm. Buddhist sermons. The text is probably in Pali language written in Khmer
(Khom) script in black ink. This illuminated 19th century Thai manuscript tells the story of the Buddhist saint Phra Malai in an
accessible way and remain popular in Thailand and Southeast Asia to this day. The text named after this Buddhist saint known
for his legendary travels to heaven and hell, has long figured prominently in Thai religious treatises, works of art, and rituals,
particularly those associated with the afterlife. The story is one of the most popular subjects of 19th Century illuminated Thai
manuscripts. The earliest examples of these Thai manuscripts date to the late 18th century, though it is assumed that the story
is much older, being based on a Pali text from Sri Lanka. Phra Malai is mentioned in a Burmese inscription from the 13th
century, and anonymous Northern Thai versions of the story may go back to the 16th century. In 19th Century Thailand, it
became a very popular chanting text for weddings and funerals. The legend describes Phra Malai’s visits to heaven and hell by
the powers he achieved through meditation and great merits. Afterwards he teaches the laity and fellow monks about the
karmic effects of human actions, which he learned about when meeting Buddha Maitreya in heaven. It was through these
narratives that the Buddha’s message of hope for a better rebirth and for attaining nirvana was conveyed. Phra Malai
manuscripts were frequently produced and donated to Buddhist monasteries as acts of merit.
€12.000
434. MANUSCRITO MUSICAL - ANTIFONÁRIO DE CATERINA DE CARVALHO. SEC. XVI-XVII. S/L. [Portugal] S/d.
[circa 1600]. In 8.º de 19x12 cm. Com 63 fólios sobre papel. Encadernação da época em inteira de pele com filete duplo
enquadrando inscrição gravada a ouro nas pastas com o nome da proprietária original e eventual autora: “Caterina de
Carvalho”. Corte dourado por folhas e cinzelado. Manuscrito com cercadura enquadrando pauta com notação musical de cinco
linhas, escrita a tinta negra e vermelha, acompanhada da letra gregoriana em latim. Ilustrado com dezenas de belas letras
capitulares iluminadas e coloridas, decoradas com figuras de fantasia, figuras humanas, animais e motivos vegetalistas,
destacando-se duas de grande beleza e maior dimensão (6x5 cm). Sobre Caterina de Carvalho, ou Catharina de Carvalho,
sabemos da existência de uma homónima, no final do século XVI e início do século XVII, casada com Felício Rodrigues, e
mãe do Provedor do Hospital das Caldas da Rainha Frei Jorge de Brito, que se chamava no século Jorge de Carvalho, vide:
Jorge de S. Paulo, in História da Rainha D. Leonor e da Fundação do Hospital das Caldas.
Manuscript with 63 folios on
paper. Binding: contemporary full leather gilt with double fillet. Cartouche with inscription engraved in both folders with
owner’s or eventually author’s name: 'Caterina de Carvalho'. Papercuts gilt at edges. Manuscript with musical notation (5
lines), written in black and red ink. Illustrated with dozens of beautiful and colorful illuminated capital letters, decorated with
fantasy figures, human figures, animals and plant motifs, highlighted with two letters of greater beauty and size (6x5 cm).
About Caterina de Carvalho, or Catharina de Carvalho, we know the existence of the same name in the late sixteenth and early
seventeenth century, married to Felício Rodrigues, mother of the Provedor (Director) of the Hospital das Caldas da Rainha Frei
Jorge de Brito, born as Jorge de Carvalho [see: Jorge de S. Paulo, in História da Rainha D. Leonor e da Fundação do Hospital
das Caldas].
Obra com cânticos gregorianos da Missa Solene de Domingos de Ramos, entre os quais: Pueri hebreorum
tollents ramos olivarum obviaverunt Domino, clamantes et dicentes Osana in excelsis. [Hebrew children bearing olive
branches, went forth to meet the Lord, crying out and saying: 'Hosanna in the highest.']. Pueri hebreo cum vestimenta
prosternabant in via et clamabant Osana filio David benedicto qui venit in nomine Domini. [Hebrew children spread their
garvestiments in the way, and cried out, saying: 'Hosanna to the Son of David: Ho-blessed is He that cometh in the name of the
Lord]. Occurrunt turbee cum floribus et palmis redemptori obviam: et potenti triumphatori dignat obsequia filium dei ore
gentes predicant: et in laude Christi voces tonant per nubile, Osana! [The multitude goeth forth to meet our Redeemer with
flowers and palms, and payeth the homage due to a triumphant Conqueror the Gentiles proclaim the Son of God: and their
voices thunder through the skies in praise of Christ: 'Hosanna!']. Gloria laus et honor tibi sit rex christe redemptor cui puerili
decus promsit osanna pium. [All glory, praise, and honor to Thee, Redeemer, King, to whom the lips of children made sweet
Hosannas ring]. Israel es tu rex davidis et inclita proles nomine qui in domini rex benedicto venis. [Thou art the King of Israel,
Thou David's royal Son, Who in the Lord's Name comest the King and blessed One]. Altus in excelsis te laudat coelitum omnis
et mortalis homo et cuncta creata simul. Gloria. The company of Angels are praising Thee on high, and mortal men and all
things created make reply. Gloria]. “Gloria, Laus et Honor” foi um hino composto por São Theodolfo de Orléans, em 810, com
elegias latinas, de que o Missal Romano usa as primeiras seis para o hino durante a procissão do Domingo de Ramos. O
primeiro par de elegias é cantado pelos cantores dentro da igreja (depois da porta ter sido fechada), e é repetido pelo coro da
procissão fora da igreja. O coro responde com o refrão do primeiro par, e assim por diante até o subdiácono bater à porta. A
porta é aberta, o hino cessa, e a procissão entra na igreja. [Notas marginais neste manuscrito a tinta vermelha regulam o
cerimonial: « Introitum ad ecclesiae abbae inponat si ibi adfuerit]. Este hino foi baseado no Salmo 23:7-10 Vulgata, Salmo
117:26, Mateus 21:1-16, Lucas 19:37-38.
€1.500
435. MANUSCRITO RÉGIO SÉC. XVII - FILIPE IV DE ESPANHA, III DE PORTUGAL. 1 fólio duplo (26,5x32 cm).
Lisboa. 8 de Junho de 1623. Assinatura [firma] régia. Documento notarial manuscrito sobre pergaminho com a carta de
quitação [ou recibo] relativa ao pagamento da renda a pagar ao rei pela exploração agrícola de um paul. Apresentando-se com
dano (corte) na dobra sem perda de suporte ou texto e com falta habitual do selo régio pendente de chumbo, referido no
documento. Acondicionado dentro de lâmina dupla de acrílico. Transcrevemos o documento com ortografia adaptada /
actualizada: Dom Philippe per graça de deos Rey de Portugal e dos Algarves e dallem mar em Africa Snr de Guine e da
Conquista navegação e Comercio de Ethiopia, Arabia, pérsia e da India Eu faço saber a quantos esta minha carta de quitaçaõ
Virem que eu mandei tomar conta em meus contos do Pagtº e casa a Francisco Petis Aranha que servio...do paul da sequa … os
anos de seicentos e dezoito seiscentos e dezanove e pela Recadação dela se mostra receber nos ditos dous annos oitenta e nove
mil e duzentos e sessenta rs. & de trigo noventa e nove mil e vinte oito alq[ueires] de trigo & cinquenta e cinco moyos trinta e
seis alqueires de cevada [etc, etc.]. O que tudo dispendeu entregou sem ficar a dever cousa alguma se vio pela dita conta que se
lhe for tomada pelo contador Francisco Cabral Godinho Vista pelo Provedor Bertolomeu Sueiro, pelo que quedou por quite e
livre ao dito Francisco Petis Aranha e a todos os seus herdeiros e sucessores do dito dinheiro e mais coisas assina no
encerramento da dita conta declaradas para que nunca algum por isso sejam requeridos nem demandados em meus
Cons[selhos] nem fora deles por de tudo ter dado com entrega como dito é. E mando aos Vedores de minha Faz[enda] e ao
meu contador mor dos ditos contos a[ssim] a todos os corregedores, ouvidores, juizes, justiças oficiais e pessoas a que
pertencer comprar. E guardem e façam inteiramente cumprir e guardar esta minha carta de quitação que por fineza de todo lhe
mandei dar por mim assinada e selada com o meu selo pendente, a Francisco Leitão [Debrie?] escrivão dos ditos contos a fez
em Lxª [Lisboa] aos oito de junho Ano do nascimtº de nosso senhor jesus cristo de mil seiscentos vinte e tres anos. EL REI
F[elipe].:.- No rosto verso exterior do documento encontra-se o Visto e a assinatura de Bartolomeu Soeiro [Berlameu Sueiro
F&].
€800
436. MANUSCRITO SEC. XIX. – MOÇAMBIQUE. António Norberto de BARBOSA TRUÃO. PLANO para hum
Regimento, ou nova Constituição Economica da Capitania de Rios de Senna, com todas as observaçoens e informaçoens
necessarias para o referido fim. Organizado Pelo Governador da mesma Colonia Antonio Norberto de Barbosa de Villasboas
Truão No anno de 1806. [Segue-se da folha 61 em diante no mesmo livro manuscrito, uma cópia de diferente mão com]
Ofícios e Provisões do Conselho de Ultramar, de vários governadores da colonia de Moçambique, desde Baltazar Manoel
Pereira do Lago [1777] a António Norberto de Barbosa Truão [1803]. In fólio de 34x22 cm. Com 123 fólios numerados.
Encadernação da época em papel decorativo com falta da lombada. A partir deste manuscrito publicou-se um estrato em 1889,
com o título: Estatistica da Capitania dos Rios de Senna do anno de 1806 / pelo governador da mesma capitania António
Norberto de Barbosa de Villas Boas Truão. Lisboa : Imp. Nacional, 1889. 29 p. ; 24 cm. “António Norberto de Barbosa
Vilasboas Truão - (Coimbra, 1764 - Chicova, 08/11/1807) - Oficial do Exército Português (Capitão de Cavalaria). Formado em
Matemáticas e Filosofia, pela Universidade de Coimbra aos vinte e três anos, acaba por seguir a carreira militar. Em 1802 é
nomeado, a seu pedido, Governador da Capitania de Rios de Sena. Desembarca, em 1803, em Moçambique e, no ano seguinte,
instala-se em Tete, sede do Governo. No decurso do seu mandato criou conflitos com a sociedade civil, militar e religiosa,
fruto do seu carácter inflexível, o que lhe granjeou várias inimizades. Em 1807, já terminada a sua comissão como Governador
e enquanto aguardava substituto, resolveu [empreender uma expedição militar] contra o Régulo Chimatanga, na Marávia,
avassalado ao Monomotapa Chofombo, expedição esta que, no entanto, tinha motivações pessoais, pois o Régulo albergava um
Soldado português (José Félix Rocha) que traíra o Governador em negócios escusos, recusando-se o Régulo a entregá-lo. Em
Outubro de 1807, após várias dificuldades, forma uma coluna militar tendo como intérprete e guia António José da Cruz*. No
mês seguinte, tendo estacionado em Chicova*, acaba prisioneiro das forças do Monomotapa Chofombo e, traído por António
José da Cruz* que se conluiara com as forças do Monomotapa, acaba assassinado, juntamente com o resto da expedição. Deste
desaire apenas escaparam com vida António José da Cruz e o seu irmão Agostinho José da Cruz. In Historiando Moçambique
Colonial.”
€3.000
437. MANUSCRITO SEC. XVIII - SALES, Alberto Zacarias de. TRATADO DE ARITEMETICA E PRINCIPIOS DE
MATTEMATICA PARA USO DO COMMERCIO, escrito por Jacarias (sic) . S.l., s.d. (final do séc. XVIII). In-fólio de 35x23
cm com 149 fls. nums. Encadernação em cartonagem da época, pintada a imitar coiro. Lombada em coiro composta a partir de
quatro encadernações de diários eclesiásticos, mas com furos de traça vários. Título da obra escrito a tinta dentro de cartela
barroca, gravada a água forte e colada sobre a 2ª folha branca, à laia de frontispício. Letra muito legível deste raro manuscrito
matemático da época. O seu autor foi Alberto Zacarias de Sales, lente suíço da Aula de Comércio. Com várias operações,
tabelas, etc., terminando com os quebrados decimais, e concluindo a Arithmetica, deixando para uma outra ocasião o ensino do
Cálculo Comparativo. Peça muito rara, pois só circulou em manuscrito, provavelmente do final do séc. XVIII, começos do séc.
XIX.
MANUSCRIPT – 18th century - Alberto Zacharias of SALES. TREATY ON ARITHMETICAL PRINCIPLES
FOR THE COMMERCE, written by Jacarias (sic). No location. No date (possibly end of the 18th century). Folio (35x23 cm)
with 149 pgs . Comtemporary binding in hard board, painted to replicate leather. Leather spine with several moth holes. Title
of the work written in ink inside of a baroque cartouche, engraved on the 2nd sheet as a frontispiece. Very readable
handwriting. Its author was Zacarias Alberto de Sales, was a Swiss Scholar of Commerce. Work with various operations,
tables, etc.., Ending with decimals, and completing the Arithmetic, leaving for another work the teaching of comparative
calculation. This is a very rare manuscript on mathematics, since only circulated in manuscript, probably at the end of the 18th
century.
€600
438. MANUSCRITO SÉC. XVIII. - SORTES CURIOZAS [AOS DADOS] com as quais cada hum com facilidade pode
achar a boa, ou má sorte, que tem. S/L [Lisboa?]. S/d. [circa 1760]. De 21x15 cm. Com 65 fólios manuscritos. Encadernação
da época inteira de pele com nervos e ferros a ouro. Manuscrito redigido a uma só mão em caligrafia firme, legível e sem erros
ortográficos. Exemplar com leves vestígios marginais de humidade. Contém 22 sortes sobre a Diana. 11 casas florais. 11
graças. 22 locais amenos ou poéticos (montes). 22 estâncias em cada local. As páginas encontram-se “numeradas” com a saída
das sortes de 2 dados (d6). Como instrução para iniciar o jogo, por ex: tentar obter [.] [.] que na 2ª Sorte “que ventura terá aos
amores”, ocorrerá, por exemplo ao 8º lançamento e portanto será colocada/o na casa dos Junquilhos; assim o novo lançamento
deverá ser [::] [::] na “Diana entre os Junquilhos”; que, por exemplo, poderá ocorrer ao 17º lançamento, onde Clio entrará
Octávia (tendo esta última obtido a sua conjunção ao fim de 4 lançamentos); e para Clio se reunir com Octávia terá que obter
[…] [..] no 4º lançamento; residindo Octávia no Gargano na 12ª estância: então a resposta é: «Um sorte explica anos | muito
mais firme que vos | já que saber perguntais | muito menos vós o amais».
18th Century manuscript. A dice-riddle book.
€800
439. MANUSCRITO SÉC. XX. - ALBUM CALLIGRAFICO DE LUCINA PEREIRA BORGES. PROVAS
COLLECCIONADAS EM ALBUM CALLIGRAPHICO EXECUTADAS Á PENNA POR LUCINA PEREIRA BORGES.
Dedicado a Luiz Adelino Lopes da Cruz Decano dos calligraphos portugueses e meu digníssimo Professor de Calligraphia.
Porto 26 de Julho de 1908. Prova calligraphica depois do curso. Porto, Instituto Calligraphico Luiz Adelino. 29 de Fevereiro de
1908. In fólio (de 44x28 cm) com 11 fólios manuscritos apenas na frente. Ilustrado com o retrato fotográfico (original) da
autora executado pelo retratista Emilio Biel & Cª no Porto. Encadernação da época sintética com ferros a ouro na pasta
anterior. Ilustrado com vários tipos de letra caligráfica: no frontispício ou Fólio 1 título decorativo; no fólio 2 moldura
caligráfica com motivos vegetalistas enquadrando fotografia da autora; no fólio 3 dedicatória; no fólio 4 carta autografa
anterior ao curso (e que serve de comparação com os resultados óbitos posteriormente); no fólio 5 prova caligráfica com letra
cursiva de menor formato; no fólio 6 prova caligráfica com letra cursiva de maior formato; no fólio 7 em letra ronde; no fólio 8
em letra gótica itálica com um pensamento feminista; no Fólio 9 com um pensamento em letra gótica germânica; no fólio 10
um soneto de Bocage “Liberdade querida e suspirada… “ em letra tipo imprensa; e Fólio 11 apresenta um alfabeto de fantasia.
€300
440. MANUSCRITO. [Carta de Privilégio]. DOÑA PETRONILLA Y DOÑA FRANCISCA DE SALCEDO Y LAS
MEMORIAS QUE DEXO PARA CASAR HUERFAÑAS EL DOCTOR EL DOCTOR FRANCISCO DE SALCEDO
SU TIO. lxjU dccclxxxvii iiire d.rxiiii. [1589]. Dada en nome del-Rei D. Phillippe II de Espanha e I de Portugal. Madrid, em
12 de Dezembro de 1589. In fólio [de 33x23 cm] com 6 fólios duplos, apresentando 12 páginas folhas manuscritas em
pergaminho. Pergaminho com o título aqui transcrito sobre a capa anterior. Apresenta duplo cor cordão vermelho e amarelo
unindo as folhas falta do selo de chumbo uma vez pendente. Apresenta lombada restaurada e um ex-libris da biblioteca de
António Capucho. Texto em língua castelhana redigido em letra gótica minúscula, ou redonda, ilustrado com uma letra
iluminada e algumas letras maiúsculas a tinta preta dividindo as várias partes do texto. Manuscrito com um valioso testemunho
da caridade cristã peninsular da era de quinhentos, tomando o seu conteúdo a seguinte sequência: “En el nombre de la
santissiama Trinidad y de la eterna unidad padre y el ijo y espirito santo que son tres personas y un solo dios]…[ Don philippe
por la agracia de dios Rey de Castilla de Leon de aragon de las dos cecilias de Jerusalem de Portugal de navarra de granada de
Toledo de valencia de galicia de mallorcas]…[ Deixou con condicion que los primeros previlegios que se dieren de los dichos
maravedis de juro de qual quier de ellos a quales quier yglesias y monasterios y hospitales y consejos y colegios y
universidades y personas particulares]…[yo bartolome portillo thesorero general del Rey nuestro senñor digo que me doy por
contento y pagado]…[Sepan quantos esta carta de poder vieren como yo geronimo de salazar vezino de la villa de valladolid
como testamentario que soy del doctor francisco de salcedo abogado en la Real chancilleria del rey nuestro senor]…[En la villa
de madrid a doze dias del mês de diziembre de mil y quinientos e ochenta y nueve años ante mi gaspar fernandez escrivano del
Rey nuestro señor]…[ Otrosive la escriptura de testamento de que haze mencion en las dichas esctripturas]…[y ten mando
quinientos ducados a dona francisca y otros quinientos a dona petronilla hijas de luís de salcedo qu’este en gloria y de dona
juana godinez maldonado su mujer para que se casen o entren enrreligion y entrando enrreligion sean para ellas perpetuamente
y para el dicho monesterio y en caso que se cassaren y no tubieren hijos]…[E cumplido y pagado e feccho todo lo assi]…[E
agora porquanto por parte de voz las dichas dona petronilla y dona francisca de salcedo sobrinas del dicho doctor de salcedo
difunto y de la memoria de cassar o meter en religion dos doncellas pobres virtuosas y rrecogidas]…[me fue suplicado que
confirmando e aprovando]…[para agora y para siempre jamas las dichas cartas de pago de lo dicho thesorero bartolome
portillo]… [De la dicha ciudad de guadalajara y su tierra y partido pague de su cargo]…[ y no entrando enrreligion ni dexando
hijos los ayan y sean para la dicha limosna de pobres enbergonçantes y de los dichos trinta y dos mil y quatrocientos cinquenta
y ocho maravedis rrestantes vos la die la dicha memoria de casar o meter enrreligion dos doncellas pobres virtuosas y
recogidas en cada un año todo ello conforme a las dichas clausulas de testamento y a las dichas escrituras]…]mande dar esta en
carta de previlegio esenpta en pagamento y sellada com un sello de plomo pendiente en filo de seda colorada y librada de uns
contadores mayores y de otros oficiales]…[dada en la villa de madrid a doze dias del mês de diziembre ano del nascimiento de
nuestro salvador Jesus Cristo de mil quinientos y achenta e nueve anos. El Licenciado Escobar, El Licenciado Saavedra. Yo
Juan de […] notário mayor del Reyno de Aª, lo hize escribir. Por Mando del Rey nuestro Señor”.
Manuscript writen in
Spanish. XVIth Century. Binding : contemporary soft cover made in flexible vellum with caligraphic title red and yellow
thread tied at spine edge and royal seal missing. External folder skillfully restored at spine and ex-libris from the library of
António Capucho. Grant of heritage regulated by this royal spanish chart, signed in behalf of King Philippe II of Spain
(Philippe I of Portugal), in Madrid, on December 12, 1589. In folio [33x23 cm] : 6 folded parchment sheets 12 foliae, featuring
amongst them 12 pages handwritten. Castilian language text written in Gothic minuscule, or round, illustrated with a letter E
(Openning chapter) and black ink capital letters dividing the chapters of the text. Manuscript constitutes a valuable proof of the
noble Christian charity from the 16th Century.
€2.000
441. MANUSCRITO. SEC XVI. REGRA DA ORDEM DE CRISTO. TOMAR. REGVLA FRATRVM REGVLArium
Ordinis dominini nostri Iesu Christi, ex magna Regula gloriosi patris Benedicti desumpta. In 4.º 24x17 cm. Com [ii], 48,
[vi] fólios. Encadernação da época inteira de pele sobre tábuas de madeira com ferros (florão e cercadura) a ouro em ambas as
pastas, cansadas, e com fechos metálicos. Ilustrado com capitulares e algumas passagens redigidas a vermelho. Os últimos 6
fólios sem numeração apresentam uma “tabella temporia litterarii Martyrologii” e um cerimonial com as indicações em
português e as orações e cantos em latim. Manuscrito português do final do século XVI, redigido em latim sobre pergaminho,
posterior à “desmilitarização” da ordem no ano de 1529, “quando a comunidade viria a sofrer uma reforma imposta pela
Coroa, que encarregou (1529) o antigo provincial dos Jerónimos, Frei António de Lisboa, de fazer respeitar a observância da
Regra de Calatravra. O Prior e os freires, que se tinham oposto ao projecto, foram colocados em igrejas da Ordem, sendo
substituídos por 12 noviços (1532), que se sujeitaram a uma regra reformada, e obrigados a viver como monges de clausura”
[Vasconcelos e Sousa, Ordens Religiosas em Portugal das origens a Trento, pag. 499]. Concordante com a leitura do final da
introdução epistolar do documento: “omniaque verba qua a nobis latine sunt reddita, consona esse ijsdim qua in vulgari
sermone à frate Alfonso Provinciali Jeronimiano, et nuper ex decreto summi Pontifiis Gregorii XIII, confirmata sunt.”: 'todas
as palavras em latim são traduzidas por nós em linguagem vulgar de acordo com o Irmão Afonso e Provincial da Ordem dos
Jerónimos, e confirmadas por decreto do Sumo Pontífice Gregório XIII.' [Papa desde 1572 até à data da sua morte]. Contém,
pela mesma mão do texto, notas marginais manuscritas remetendo esta regra resumida para a Grande Regra (Magna Regula) de
São Bento. Apresenta manuseamento e notas coevas de diferentes mãos. Contém uma “Forma Absolutionis” manuscrita nas
folhas de guarda com cariz apócrifo, e a introdução epistolar “Obsernatissimis fratribus, ordinis domini nostri Iesu Christi”, ou
dedicação, redigida nas primeiros 2 fólios numerados, contextualizando a razão pela qual foi executado este documento: “Illud
etiam Observatione dignu duxi: mi hoc nomime (Prior nimirum) usu fuisse, quod omnibus (quib uis ordine praeficiuntur)
communius vidi batur: licit in Conventu Tomeriensi, cum consuetudini cum etiam statutis”. ORDEM DE CRISTO: Fundada
pela Bula Ad ea ex quibus de João XXIII (14-3-1319) em resultado de uma longa negociação sobre o destino dos bens do
Templo (Templários) em Portugal. Tendo-se evitado, em 1312, quando se extinguiu a Ordem do Templo, que os seus bens na
Península fossem entregues aos Hospitalários, o monarca português insistiu (1313-1318) no vínculo dos Templários ao serviço
do rei à defesa do reino. Talvez influenciado pela solução encontrada em Aragão, com a criação da Ordem de Montesa, optou
por suplicar (1318) a criação de uma nova milícia de Cristo, sediada em Castro Marim junto à fronteira marítima com as terras
dos mouros. Com recurso às novas soluções técnicas trazidas da Palestina, ergueu-se em Tomar o castelo (1160-1171), por
certo pensado para albergar o convento da Ordem. Foi construída uma igreja poligonal, a charola, que seguia de perto a igreja
do Santo Sepulcro. Igreja dotada de um selo próprio (1181) e por vezes citada como o mosteiro da Ordem (1209) devia
hospedar uma comunidade numerosa, ainda que não se conheça a sua dimensão efectiva. Talvez não andasse longe de 30
professos, como mais tarde sucederia com o convento da Ordem de Cristo. Regra de S. Bento, abreviada, adaptada e
acrescentada a partir da Regra Maior, conforme título no terceiro fólio: 'REGULA FRATRUM REGULArium Ordinis
dominini nostri Iesu Christi, ex magna Regula gloriosi patris Benedicti desumpta': Regra dos Freires Regulares da Ordem de
Nosso Senhor Jesus Cristo resumida da Grande Regra do glorioso padre São Bento.
Règle régulière des Frères l'Ordre de
notre Seigneur Jésus-Christ ; prises hors de la grande règle du glorieux père Saint Benoît.
Rule of the Regular Friars of the
Order of our Lord Jesus Christ, abridged from the Great Rule of the glorious father Saint Benedict. In 4º (24x17 cm) with [ii],
48 [vi] folios. Binding: contemporary goat skin over wooden boards, worn out and bumped at corners. Gilt with a decorative
super-libris on in both folders. Furniture with metal clasps. Capital letters written in red. Last 6 unnumbered folios have a add
on “tabella temporia litterarii Martyrologii” and a ceremonial with Portuguese and Latin chants and prayers. Portuguese
manuscript written in Latin, on parchment, of the late 16th century, after the 'demilitarization' of the Military Order of Christ,
in 1529, 'when the community went into a reform imposed by the Crown, who commissioned (1529) the Jeronimites Friars and
the Provincial Father Antonio de Lisboa, to enforce the observance of the Rule of Calatravra. The Prior and friars who opposed
the project were placed in churches of the Order, being replaced by 12 novices (1532), which have been forced to live like
cloistered monks” [in Vasconcelos e Sousa, Ordens Religiosas em Portugal das origens a Trento, pag. 499]. In accordance we
find at the epistolary introduction of this document: “all Latin words would translated in vulgar language, according to Brother
Alphonsus and Provincial of the Order of Jerónimos, and confirmed by decree of Pope Gregory XIII. [Pope from 1572 until his
death]. ORDER OF CHRIST: Founded by Bula Ad ea ex Quibus of Pope John XXIII (14-3-1319) as a result of long
negotiations over the assets of the Order of the Temple (Templars) in Portugal. In 1312, when the Order of the Temple was
abolished its goods were intended to be handed over to the Order of the Hospital. The Portuguese monarch insisted (13131318) in the bond of the Templars to the service of the king and protection of the kingdom. Perhaps influenced by the solution
found in the kingdom of Aragon - with the creation of the Order of Montesa - he opted to plead (1318) the creation of a new
militia of Christ, based in Castro Marim near the maritime border with the lands of the Moors. The castle in Tomar (11601171) was built with use of new technical solutions brought from Palestine, and became residence of the first masters of the
Order. A polygonal church was built - the Charola (or rotunda) – a copy of the Church of the Holy Sepulchre, in Jerusalem.
The Church had his own seal (1181) and was referred to as the monastery of the Order (1209). It hosted a community - even
though we do not know their actual size - maybe not far from 30 friars, as later in the convent of the Order of Christ.[in
Vasconcelos e Sousa, Ordens Religiosas em Portugal das origens a Trento, pag. 465-499].
€12.000
442. MARCH. (Charles Wainwright) SKETCHES AND ADVENTURES IN MADEIRA, PORTUGAL, AND
ANDALUSIAS OF SPAIN. By the author of “Daniel Webster and his Contemporaries”. Harper & Brothers. New York. 1856.
In 4º (de 20x14 cm) com iv-442-(8) pags. Encadernação da época em percalina vermelha. Ilustrado com uma gravura da Baía
do Funchal em anterrosto e vinhetas com tipos populares abertas no texto. Exemplar com título de posse da época sobre a folha
de rosto 'Frederich Barne, 1860' e ex-libris armoriado de 'Barne'. Obra contém descrição da Madeira até à página 97, seguindose um importante capítulo com a descrição da viagem da Madeira para Lisboa.
€300
443. MARIANO VELOSO, Fr. José. DESCRIPTIO ET ADUMBRATIO PLANTARUM CLASSE CRIPTOGAMICA
LINNEI, LICHENES DICUNTUR. VOLUMEN SECUNDUM. AUCTORE D. GEORG. FRANC. HOFFMANN MED.
DOCT. MEDC. PROFES. PUBL. ORDINAR. HOR. R. BOTAN. PRAEFECTO, SOC SCIENT. GOTTING. LUG.
PHYSIOGR. LUND. HIST. NAT. PARIS. ALIARUMQUE MEMER. LUSITANORUM BOTANICORUM IN USUM,
CELSISSIMI AC POTENTISSIMI LUSITANIAE PRINCIPIS REGENTIS DOMINI NOSTRI, ET JUSSU, ET AUSPICIS
DENEO TYPIS MANDATUM CURANTE Fr. JOSEPHO MARIANO VELOSO. ULYSIPONE, TYPOGRAPHIA DOMUS
CHALCOGRAPICAE, TYPOPLASTICAE AC LITTERARIAE AD ARCUM CAECI. M. DCCCI. [1801] In 8.º de 19,5x14
cm. Com [iv], 93, [iii] pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele, um pouco cansada. Ilustrado com
magnifico frontispício aberto a buril com putti analisando fungos com instrumentos de óptica, em moldura oval, assinado
“Romão Eloy Sculp. No Arco Cego” (folha de rosto adornada com gravura xilográfica com o escudo das armas reais de
Portugal) e 24 gravuras com vários tipos de fungos, todas elas coloridas manualmente e assinadas “Almda. F. no Arco Cego”
numeradas de 25 a 48. Trata-se apenas do 2.º volume de dois, o primeiro volume foi publicado em 1800. Curiosamente em
bibliotecas publicas de portuguesas, apenas existe um exemplar do primeiro volume na BNP, que pode ser consultado em
formato digital em: http://purl.pt/11990. Obra publicada originalmente em 3 volumes em Leipzig na Alemanha, entre 1790 e
1801. A edição portuguesa foi impressa na efémera, mas famosa, artística e inovadora impressão do Arco do Cego, que em
apenas dois anos de existência (1800-18001) produziu 83 obras-primas da nossa bibliografia científica, esforço notável que
mesmo com tiragens muito reduzidas nos colocou entre os primeiros países com tipografia científica de referência
internacional. Exemplar com tenue assinatura de posse do Eng. Agrónomo Romão dos Passos na folha de rosto. Blake 5, 69.
Borba de Moraes. Bibliogr. Bras. Período Colonial 401. Borba de Moraes. Bibliogr. Bras. 2, 897. Arco do Cego, 38. Inocêncio
V, 54. “FR. JOSÉ MARIANNO DA CONCEIÇÃO VELLOSO, Franciscano da provincia da Conceição do Rio de Janeiro,
d'onde veiu para Portugal, ao que supponho, em companhia de Luis de Vasconcellos e Sousa, vice rei que fôra no Brasil,
quando este se recolheu do seu governo. Foi em Lisboa Director da Typographia Chalcographica, Typoplastica e Litteraria do
Arco do Cego, creada em 1799 sob os auspicios de D. Rodrigo de Sousa Coutinho, então ministro d'estado. Sendo este
estabelecimento pouco tempo depois mandado incorporar na Imprensa Nacional por decreto de 7 de Dezembro de 1801, que se
designava a esse tempo pelo titulo de Regia Officina Typographica, e passou a ter o de Impressão Regia, foi o P. Velloso
nomeado para o logar de Director litterario da mesma juntamente com os professores Custodio José de Oliveira e Joaquim José
da Costa e Sá, e o brasileiro Hypolito José da Costa, mencionados todos no presente Diccionario. Em remuneração dos
servicos alli prestados e dos seus trabalhos botanicos, recebeu de D. João VI, então principe regente, a graduação ou patente de
Padre ex provincial da sua provincia, e uma pensão de 500$000 réis. Foi durante algum tempo Socio effectivo da Academia
Real das Sciencias de Lisboa; porém desintelligencias que teve com aquella corporação fizeram que ella o riscasse do numero
dos seus membros (vej. a este respeito o Investigador Portuguez n.º LXV, a pag. 22). Partindo para o Brasil em 1807 com a
familia real, viveu ainda alguns annos no Rio de Janeiro, sempre entregue aos estudos botanicos, pelos quaes se tornou celebre.
- N. na villa de S. José, comarca do Rio das Mortes, districto da capitania, hoje provincia de Minas geraes, em 1742, segundo a
melhor opinião, posto que alguns o dão nascido em 1732. M. a 14 de Julho de 1811. Na contadoria da Imprensa Nacional,
Livro do registo de informações e officios, a fol. 30, existe registada uma conta dada ao governo em 10 de Março de 1813 pelo
então administrador geral Joaquim Antonio Xavier Annes da Costa, que, a ser verdadeiro o que n'ella se expõe, não depõe
muito a favor do zêlo e diligencia com que o P. Velloso se houvera no tempo em que dirigiu aquella casa.”
€1.000
444. MARIÉ DAVY. (H.) MÉTÉOROLOGIE. LES MOUVEMENTS DE L’ATMOSPHERE ET DES MERS. Considérés au
point de vue de la prévision du temps. Par… Docteur-medecin, Docteur ès sciences, agrégé de l’Université, Astronome, Chef
de la division Météreologie de l’Observatoire Impérial de Paris. Avec 24 cartes tirées en couleur et de nombreuses figures dans
le texte. Victor Masson et Fils. Paris. MDCCCLXVI. [1866]. De 24x17 cm. Com iv-498 pags. Encadernação da época com
lombada em pele. Corte dourado por folhas. Ilustrado com mapas, gravuras e quadros de dados.
€150
445. MARINHO DE AZEVEDO, Luiz. FUNDAÇAÕ, ANTIGUIDADES, E GRANDEZAS DA MUI INSIGNE CIDADE DE
LISBOA, E SEUS VAROENS ILLUSTRES em Santidade, Armas, e Letras. CATALOGO. de seus Prelados, e mais cousas
Ecclesiasticas, e Politicas até o anno 1147. em que foi ganhada aos Mouros por El-Rey D. Affonso Henriques. I. PARTE
OFFERECIDA A’ FIDELISSIMA, E AUGUSTISSIMA MAGESTADE DEL-REY D. JOSEPH I. NOSSO SENHOR por seu
mínimo vassalo MANOEL ANTONIO MONTEIRO DE CAMPOS, e á sua custa impressa ESCRITA PELO CAPITAM LUIZ
MARINHO DE AZEVEDO, natural da mesma cidade. LISBOA, na Officina de MANOEL SOARES. Anno de MDCCLIII.
[1753]. II PARTE. Na Officina de Domingos Rodrigues. Anno de MDCCLIII. [1753]. 2 partes em 1 volume. In 4º (de 21x15
cm) com (xxvii)-169-118-266 pag. Encadernação recente inteira de pele com ferros a ouro na lombada ao estilo do século
dezoito. Exemplar com leves títulos e posse da época manuscritos na página de rosto. A primeira parte desta obra encontra-se
dividida em dois capítulos. O primeiro contém a Introdução e situação geográfica de Lisboa. O segundo contém o mito da
fundação de Lisboa (Ulissipo) durante a Guerra de Tróia: Ulisses encontra Aquiles em Lisboa no Templo das Vestais, aí
escondido por sua mãe Tétis, a deusa do mar, para fugir da Guerra de Tróia. A obra contém no início a lista dos autores, cujas
referências bibliográficas são judiciosamente colocadas em notas de rodapé em cada página do texto . INOCÊNCIO V, 303 e
XVI, 48: LUIS MARINHO DE AZEVEDO, Capitão, Commissario militar e Secretario do Conde de S. Lourenço, quando este
governava as armas na provincia do Alemtejo nas campanhas subsequentes á acclamação d'el rei D. João IV. Foi natural de
Lisboa, e faleceu n'esta cidade em 1652. Foi reimpressa por industria de Manuel Antonio Monteiro de Campos, com o titulo de
Fundação, antiquidades e grandezas, etc., e sahiu: 1.ª Parte. Lisboa, por Manuel Soares 1753. 4.o de XXVIII 169 118 pag. - 2.ª
Parte. Lisboa, por Domingos Rodrigues 1753. 4.o de 266 pag. N'esta obra copiou, sem exame nem critica, todas as noticias
fabulosas que encontrava, relativas á historia antiga da Lusitania. A obra é comtudo estimada, e da primeira edição tenho visto
raros exemplares vendidos de 2:400 réis até 3:200. Os da segunda, que são mui pouco vulgares, reputam se por 1:200 réis, e
algumas vezes mais, segundo creio. Acerca da obra Primeira parte da fundação, antiguidades e grandezas da mui insigne
cidade de Lisboa, etc., é necessario advertir o seguinte: Ha d'esta obra duas edições totalmente diversas, ambas com a
indicação de impressas em 1753, em 4.º Uma d'ellas não tem nome do impressor, e indica simplesmente no rosto: « A custa de
Luiz de Moraes, mercador de livros á praça da Palha. Lisboa, 1753». Com dedicatoria assignada por Luiz de Moraes a el-rei D.
José I. A outra tem no frontispicio: «Offerecida á fidelissima e augusta magestade de el-rei D. José I por Manuel Antonio
Monteiro de Campos, e á sua custa impresso». A primeira parte, ou tomo, é impressa em Lisboa na officina de Manuel Soares,
1753; e a segunda parte impressa tambem em Lisboa por Domingos Rodrigues, 1753. Note-se que a dedicatoria a el-rei,
assignada por Manuel Antonio Monteiro de Campos é sem a menor alteração a mesma que na outra edição se lê com a
assignatura de Luiz de Moraes. Note-se igualmente que as licenças para a impressão da publicada por Monteiro de Campos
tem as datas de maio e junho de 1753; e as da que publicou Moraes são datadas de setembro do mesmo anno. E todavia é esta
ultima que se declare no frontispicio:.«Segunda edição correcta e emendada». A outra não tem declaração alguma, parecendo
aliás que saíu primeiro. Os caracteres typographicos, o papel e a impressão, differem em ambas, sendo a edição [a consta neste
catálogo] feita por Monteiro de Campos superior á de Moraes, quando menos n'estas circumstancias. A numeração é que varia
de uma para a outra, porque a de Campos tem ao todo nos dois tomos XXVIII-169-118-266 pag.; e a outra tem XXVIII-288266 pag., provindo a differença de que n'aquella os livros I e II no tomo I são numerados cada um separadamente e na outra
não o são. Innocencio possuia um exemplar da edição de Monteiro de Campos. O conselheiro Figanière e Teixeira de
Vasconcellos possuiam exemplares da de Moraes. Foi este ultimo escriptor e illustre jornalista, um dos primeiros bibliophilos
em notar as differenças das duas edições. Os exemplares da primeira edição, 1652, tem variado de preços: no leilão de Figueira
chegou a 3$550 réis, no de Gubian subiu a 15$000 réis, no do visconde de Juromenha desceu a 2$800 réis por não estar em
bom estado de conservação. No catalogo da livraria Bertrand & C.ª, successores Carvalho & C.ª, está annunciada por 1$600
réis. No leilão de Innocencio foi vendido um exemplar por 1$300 réis, e no de Vaz de Abreu outro por 320 réis'.
€300
446. MARJAY. (Dr. Frederico) SALAZAR NA INTIMIDADE. Texto e realização de… Edição Dr. Marjay. Lisboa. 1954. De
28x22 cm. Com 16-56-(iii) pags. Encadernação da época em percalina. Exemplar sem capas de brochura e sem sobrecapa de
protecção. Obra com um texto apologético e 56 gravuras a preto e branco em extra texto com um índice final de 3 páginas
inumeradas. Várias gravuras mostrando e com legenda: “Salazar com Christine Garnier, escritora francesa. Deste convívio
surgiu o livro «Férias com Salazar»”.
€60
447. MARNOCO E SOUZA. (Dr.) DIREITO ECCLESIASTICO PORTUGUÊS. Prelecções feitas ao curso do 3º ano jurídico
do anno de 1909-1910. [Por]… Lente da Faculdade de Direito. F. França Amado, Editor. Coimbra. 1910. De 24x15 cm. Com
555 pags. Encadernação em percalina branca com finos ferros a ouro na lombada. Obra contendo na Segunda Parte o “Sistema
de relações entre a Igreja e o Estado” anterior à Primeira República.
€120
448. MARQUES ABREU. ARTE: ARCHIVO DE OBRAS DE ARTE. Director e gravador... Redacção e Administração.
Ateliers de Photogravura e Simili-gravura, de Marques Abreu. Composto e impresso na Papelaria e Typographia Academica.
Porto. 1905-6-7. Contém 36 (de 96) fascículos. De 31x25 cm. Com 72 fólios inumerados. Encadernação da época (editorial?)
inteira de pele com finos ferros a ouro na lombada e na pasta anterior ao estilo Arte Nova. Profusamente ilustrado e com
vinhetas decorativas. Impresso sobre papel couché espesso. Apenas os 3 primeiros anos desta publicação mensal; de um total
de 96 fascículos publicados até 1912. Obra da máxima qualidade tipográfica e de fotogravura obtida nesta época com 2 fólios
por fascículo editados em cada mês.
€300
449. MARQUES FERREIRA. (Feliciano António) VIAGEM DA CORVETA DOM JOÃO I Á CAPITAL DO JAPÃO NO
ANNO DE 1860. Por Feliciano Antonio Marques Pereira Capitão e comandante da mesma corveta. Lisboa. Imprensa
Nacional. 1863. De 22x15 cm. Com 221 pags, um índice e um mapa. Encadernação da época com lombada em pele. Ilustrado
com um mapa monocromático e desdobrável do Japão (36x40 cm) impresso na litografia da Imprensa Nacional e o título
“Carta do Império do Japão copiada por Siebolds correcta e adicionada pelos pelos Srs. Maury e Silas Bent officiaes da
marinha americana, 1855”. Exemplar preserva as capas de brochura e com ex-libris recente na folha de guarda. Importante
livro de viagens escrito com o motivo, expresso pelos autores no prefácio, de satisfazer a falta deste género de literatura e baseando-se na obra americana de Francis Hawks de 1852 - descreve a expedição do Comodoro Perry por ordem do governo
dos E. U. A. dez anos antes da viagem deste navio português. Ainda que conscientemente atrasado no tempo e no armamento
este navio e a sua tripulação produzem o primeiro testemunho português de forma vivida e documentada da abertura forçada
do Japão ao Ocidente e o fim da sua era feudal. O livro divide-se em 3 partes: a viagem e notícia geral do Japão; as antigas
relações dos portugueses com o Japão; e o relatório apresentado ao Ministro da Marinha pelo comandante deste navio. Os
capítulos do livro analisam temas tão variados como as negociações diplomáticas para o tratado de comércio; a descrição das
cidades japonesas; os usos e costumes; o poder e intrigas da aristocracia no qual reside a força militar do império japonês; a
literatura e belas artes no Japão; e a história da igreja católica no Japão baseada no livro de Crasset de 1754; e o capitulo V
baseado na obra de Hawks. Inocêncio II, 255 e IX, 208 “Feliciano António Marques Pereira tendo sido promovido a Capitãode-Fragata, morreu a 13 de Junho de 1864. Comendador da ordem de Avis, e cavaleiro da de N. S. da Conceição, Capitãotenente da Armada Nacional, ex-Intendente da Marinha em Goa; vêm a seu respeito alguns apontamentos biográficos na
Gazeta de Portugal n.º 472, de 17 do dito mês. Deles consta que assentara praça no Corpo da Armada Nacional em 1821,
falecendo com 62 anos de idade e 43 de serviço”.
Narrative of the voyage around the world of a Portuguese tree masts
rigged warship, in the years 1859 to 1862, to the China Seas and Japan by the order of the portuguese government and under
the command of Captain Marques Pereira - the author (and commander of the corvete). He makes a parallel between his
voyage and inspires his book after the work of Hawks on the expedition of Commodore Perry to Japan. These international
movements to influence the Japanese government to establish diplomatic relations and cease the isolationist policy, by a strong
display of naval force, is accurately analyzed by the Portuguese author and commander. The most important result of these
expeditions was the collapse of the Japanese feudal government, and the modernization of Japan, although the Portuguese
sailing warship is consciously considered an outdated vessel by the time.
€200
450. MARQUES PEREIRA. (Alberto Feliciano) A ARTE EM MOÇAMBIQUE. ART IN MOZAMBIQUE. A ARTE EM
MOÇAMBIQUE. ART IN MOZAMBIQUE. 1ª Parte de: A Arte e a Natureza em Moçambique. Part one of Art and Nature in
Mozambique. [Por]… Professor do Instituto S. de Ciências Sociais e Política Ultramarina. Versão em inglês do Professor do I.
S. C. S. P. U. Dr. Joaquim da Silva Godinho. Lisboa. MCMLXVI [1966]. De 35x25 cm. Com 559 pags. Encadernação do
editorial. Profusamente ilustrado. Edição bilingue português-inglês. Obra sobre arte pré-histórica; arte nativa e arte colonial.
€300
451. MARQUES PEREIRA. (Alberto Feliciano) GINÁSTICA INFANTIL. LIVRO I: O CONTO-LIÇÃO DE GINÁSTICA
INFANTIL. Prefácio do Dr. José Salazar Carreira Inspector dos Desportos da D.G.E.F.D.S.E. Lisboa. 1947. Junto com:
LIVRO II: A MÚSICA NA GINÁSTICA INFANTIL. Lisboa. 1947. Junto com: LIVRO III: A LIÇÃO DE GINÁSTICA
NA PRÓPRIA AULA. Prefácio de Ayala Botto Inspector dos Desportos da D.G.E.F.D.S.E. Lisboa. 1947. Junto com: LIVRO
IV: A LIÇÃO DE GINÁSTICA POR MEIO DE JOGOS. Prefácio do Prof. Doutor Mendes Correia Director da Escola
Superior Colonial. Lisboa. 1948. Junto com: LIVRO V: O VALOR MORAL DA EDUCAÇÃO FÍSICA. GINASTICA
INFANTIL: A LIÇÃO DE GINÁSTICA COM APARELHAGEM. Prefácio do Prof. Doutor Marcello Caetano. Lisboa.
1949. Obra em 5 volumes encadernados e 1. De 24x20 cm. Com 93, 33, 64, 136, e 175 pags. Encadernação da época,
preservando as capas de brochura de cada livro, e com título de conjunto nos ferros a ouro em super-libris: “Manual de
Ginástica Infantil”. Profusamente ilustrado com desenhos dos exercícios físicos e outras gravuras alusivas aos ideais de cultura
física e moral da Mocidade Portuguesa, inspirados nos valores nacionalistas e na ética do movimento escutista (vide Livro V,
pag. 33).
€80
452. MARTINEZ DE MARCILLA. Lorenço. CRONICON DE CHRISTIANO ADRICOMIO DELFO. TRADUCIDO DE
LATIN EN Español por Don Lorenço Martinez de Marcilla, Cavallero de la Orden de Calatrava, Conde de Montoro, Virrey, y
Capitan General del Reyno de Mallorca, &c. Año 1679. EN MADRID: En la Imprenta Imperial. A costa de Juan Martin
Merinero, Mecader de Libros. In 8.º de 20x15 cm. Com [viii]-284-[xxii] pags. Encadernação da época em pergaminho flexível
com vestígios de atilhos e título manuscrito na lombada. Obra contém a história universal até ao século primeiro da era cristã
tal como era entendida pela Igreja Católica Romana. Nas últimas [xxii] páginas apresenta uma cronologia resumida dos factos
históricos, desde o “principio do mundo” até Cristo, quando tinham passado apenas 3960 anos ou, segundo o Génesis, 4089
anos. Além da cronologia desde Adão até a morte do apóstolo João no ano 109 d. c. esta obra também fornece uma descrição
da Palestina e das antiguidades de Jerusalém. Christian Van Kruik Adrichem, padre católico e teólogo, nasceu em Delft em
1533 e morreu em Colónia em 1585. Ordenado em 1566 foi superior do Convento de Santa Barbara em Delft até à sua
expulsão pela Reforma. Outras obras do mesmo autor: 'Vita Jesu Christi' (Antuérpia, 1578) e 'Theatrum Terrae Sanctae et
Biblicarum Historiarum' (Colónia, 1590). Palau 1990, tom. I, pag. 16.
Christian Kruik Van Adrichem, catholic priest and
theological writer, born at Delft, in 1533, and died at Cologne in 1585. He was ordained in 1566 and was Director of the
Convent of St. Barbara in Delft till expelled by the Reformation. His other works are: 'Vita Jesu Christi' (Antwerp, 1578)
'Theatrum Terrae Sanctae et Biblicarum Historiarum' (Cologne, 1590). The present work gives a description of Palestine of the
antiquities of Jerusalem and a chronology from Adam till the death of John the Apostle, in a.d.109.
€700
453. MARTINEZ FERRANDO. (J. Ernesto) TRAGEDIA DEL INSIGNE CONDESTABLE DON PEDRO DE
PORTUGAL. Consejo Superior de Investigaciones Cientificas. Instituto Jeronimo Zurita. Madrid. 1942. De 26x19 cm. Com
364 pags. Encadernação com lombada e cantos em pele. Ilustrado com gravuras extra-texto. Obra com a biografia de D. Pedro
- aclamado conde de Barcelona em 1464 - filho do Infante D. Pedro de Portugal e neto do rei D. João I de Portugal.
€150
454. MARTINEZ-FERRANDO. (J. Ernest) PERE DE PORTUGAL «Rei Dels Catalans» vist a travers dels registres de la seva
cancelleria. Memòries de la Secciò Historico-Arqueologica, VIII. Institut d’Edtudis Catalans. Barcelona. 1936. De 27x21 cm.
Com 278 pags. Encadernação em percalina verde. Ilustrado em extra-texto com os locais onde viveu D. Pedro em Portugal e na
Catalunha.
€90
455. MARTINS CAMINHA. (Gregório) TRACTADO DA FÓRMA DOS LIBELLOS, das allegações judiciaes, do processo do
juizo secular e ecclesiastico, e dos contractos, com suas glossas, do licenciado Gregorio Martins Caminha. Reformado com
addições e annotações de João Martins da Costa, Advogado na Corte e Casa da Supplicação. Coimbra, Na Real Imprensa da
Universidade. Impresso à custa de João António dos Reis, Reitor de Verim. 1824. In 8º gr. (de 21x15 cm) com viii-328 pags.
Encadernação da época com lombada e cantos em pele. Exemplar com título de posse manuscrito no anterrosto; da última
edição referida por Inocêncio (III, 164 e IX, 430) do tratado jurídico clássico português, impresso pela primeira vez em 1558, e
sucessivamente reimpresso até ao século XIX.
€120
456. MARTINS ZUQUETE. (Afonso Eduardo) A NOBREZA DE PORTUGAL E DO BRASIL. Bibliografia. Biografia.
Cronologia. Filatelia. Genealogia. Heráldica. História. Nobiliarquia. Numismática. [Direcção, coordenação e compilação] de…
Editorial Enciclopédia. Lisboa. Rio de Janeiro. 1960-1961. 3 volumes. De 25x19 cm. Com 766, 766 e 766 pags.
Encadernações do editor gravadas a seco e a ouro. Profusamente ilustrados. Obra de referência na genealogia e heráldica lusobrasileira.
€300
457. MARTIRES, António dos. FARMACOPEIA BATEANA, AUGMENTADA COM OS SEGREDOS Goddardianos DE
JONATHAN GODDARDO, Medico celebérrimo Londinense, COM O APPENDICE A’ MESMA FARMA de Thomás Fuller;
E ACCRESCENTADA Com hum Additamento de varias Fórmas, ou Receitas, e composiçoens de Joaõ Junchero, e Francisco
Paulino Touquet, e outros: Obra utilíssima para o bem commum, escripta por ordem alfabética; E DADA A’ LUZ POR HUM
PROFESSOR da mesma Arte. PAMPLONA: Por los HEREDEROS de Martinez, y à su Costa, Año 1763. In 8º gr. (de 20x15
cm) com 337, 220 pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada. Exemplar apresentando
oxidação natural do papel, picos de humidade, e danos nas últimas 4 páginas de texto (perfurações de corrosão). Inocêncio I,
205: D. Antonio dos Martyres, Cónego regrante de S. Agostinho, tido em conta de insigne farmacêutico no seu tempo. Nasceu
em Coimbra em 1698, e morreu em 1768. “Pharmacopéa Bateana, augmentada com os segredos Goddardianos... e
accrescentada com um additamento de varias formas ou receitas... Dada á luz por um Professor da mesma arte. Pamplona, por
los Herederos de Martinez 1763. 4.º de 337 220 pag. (Diz o autor da Coimbra Gloriosa que são falsas estas indicações, e que a
obra fora impressa em Coimbra, por Luis Secco Ferreira.) Entre centenares de remédios e medicamentos exóticos que
apresenta, dá na pag. 195 uma receita para curar diarreias, que por sua originalidade me pareceu dever aqui transcreve-la, não
só como specimen da ciência do autor, mas para que dela possam aproveitar-se os que a quiserem usar com a confiança que de
certo inspire. Ei-la: «R. Pello branco de lebre, do que nasce debaixo do ventre, e do rabo, cortados miudamente escropulo um; laudano opiado, grãos dous: - arrobe de cerejas quantum satis: misce pro dos, e se acaso for a diarrhéa escorbutica, a triaga dita
dada em agua antiescorbutica fria, tendo na mão ortigas ou sangue do enfermo quanto satis, molhe se uma penna n'ella de
palha de colmo, e escrevam lhe na fronte as letras seguintes O. I. P. V. C. V. e cessará o fluxo por modo de milagre!»”
€500
458. MARTYROLOGIVM ROMANVM, Ad nouam Kalendarij rationem, & Ecclesiasticae historiae veritatem restitutum.
Gregorij XIII. Pont. Max. Inssueditum. LVGDVNI [Lyon], Apud Gulielmum Rouillium. M. D. LXXXIII. [1583]. In 8º (19x13
cm) com 316 pags. Com [xvi], 316 pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a seco com motivos florais nas
esquadrias de ambas as pastas, cantos cansados. Ilustrado com tabelas do número áureo e das festividades dos santos.
Exemplar com vestigios marginais de trabalho de traça em alguns cadernos; e títulos de posse manuscritos na folha de rosto.
Obra impressa a duas cores (vermelho e negro) pelo célebre impressor lionês Guillaume Roille. 1ª edição do martirológio
oficial da Igreja Católica Romana, sobre dias festivos e santos, publicada logo após o decreto da revisão do calendário juliano
(de Júlio César, em 46 a.C.) que sofreu a sua última modificação em 1582, pelo Papa Gregório XIII, dando origem ao
calendário gregoriano que foi adoptado progressivamente pelos países ocidentais.
Binding: contemporary full calf blind
tooled at folders with floral elements. Corners bumped. Illustrated with charts of the «Aureo Numero»; and the festivities of
the saints. Copy with marginal wormholes and ownership at title page. Book printed in two colors (red and black) by the
famous Lyonnais printer Guillaume Roille. 1st official edition of the Roman Catholic church's calendar on holydays, published
soon after the decree revising Julian Calendar (Julius Caesar, 46 BC), who suffered their last change in 1582 by Pope Gregory
XIII, giving place to the Gregorian Calendar which was gradually adopted by Western countries.
€1.500
459. MASCARENHAS BARRETO. TOUROS EM PORTUGAL. Realização artística e texto de... Colaboração fotográfica
especial de Ezequiel Teixeira de Sousa. Editorial Aster. Lisboa. 1962. De 30x22 cm. Com 112 pags. Ilustrado. Album com 125
fotogravuras comentadas em português, espanhol, francês e inglês. Obra sobre as várias artes do toureio: a cavalo; a pé e
forcados, e ainda com imagens da criação ganadeira.
€80
460. MASCHER, Girolamo. IL FIORE DELLA RETORICA DI MESSER GIROLAMO MASCHER Mantouano, in quatro
libri ; NE’ QVALI SI COMPRENDONO I PRECETTI VTILIE necessarii a ciascun buon’ Oratore, E massimamente di
Palazzo secondo l’uso de’ moderni tempi. In Vinegia per Giouanni Bariletto, M D LX. [1560] In 8.º de 15x10 cm. com 252,
[iv] fólios. Encadernação da época em pergaminho. Bela marca de impressor gravada no rosto.
Digest of the best rethoric
works - of Mr. Girolamo Mascher, of Mantua - a must needed knowledge for those who want to master the political speech.
€1.200
461. MASSEI, Giuseppe. VITA DI S. FRANCESCO SAVERIO Della Compagnia di Giesù APOSTOLO DELL’INDIE
DESCRITTA DAL P. GIVSEPPE MASSEI Della medesma Compagnia. IN MILANO, 1701. Nelle Stampe dell’ Agnelli. In
12.º de 14x8 cm. com 451, [v] pags. Encadernação da época em pergaminho. Ilustrado com uma gravura com o retrato de S.
Francisco Xavier. Obra com muito interesse para a história da chegada dos primeiros ocidentais à China e ao Japão. Exemplar
com leves manchas de humidade nas últimas páginas.
In 12º (14x8 cm) with 451, [v] pags. Binding: contemporary flexible
vellum. Small recoverable dent at spine vellum. Copy with some foxing and slight stain at last pages. Illustrated with
frontispiece portrait of Saint Francis Xavier. Work with great interest to the history of the arrival of the first westerners to
China and Japan.
€900
462. MATIAS LIMA. A ENCADERNAÇÃO EM PORTUGAL. (Subsídios para a sua História). Por... Titular da Associação dos
Arqueólogos Portugueses do Instituto de Coimbra, etc. Estudos Nacionais sob a égide do Instituto de Coimbra. Edições Pátria.
Gaia. Portugal. MCMXXXIII [1933]. De 25x18 cm. Com 76 pags. Encadernação com lombada em pele. Ilustrado com XLV
estampas extra-texto. Com um anexo ilustrado das marcas de encadernadores.
€200
463. MATOS SEQUEIRA. (G. de) DEPOIS DO TERRAMOTO. Subsídios para a história dos bairros ocidentais de Lisboa.
[Por]… da Academia das Ciências de Lisboa, e da Associação dos Arqueólogos Portugueses. Academia das Ciências de
Lisboa. 1967, 1922 e 1934. 4 volumes. De 23x16 cm. Com xv-515, viii-563, 531, e viii-638 pags. Encadernações com
lombadas e cantos em pele com ferros a seco. Corte por folhas carminado. Ilustrados com mapas, esquemas genealógicos e
gravuras em extra-texto. Exemplares do 1º e do 2º volume pertencem à reimpressão da obra, mantendo igual aspecto e arranjo
gráfico da edição original à qual pertencem os 2 últimos volumes; todos preservam as capas de brochura.
€500
464. MATOS. (Artur Teodoro de) O ESTADO DA ÍNDIA NOS ANOS DE 1581-1588. Estrutura Administrativa e Económica.
Alguns elementos para o seu estudo. Universidade dos Açores. Ponta Delgada. 1982. De 26x20 cm. Com 209 pags.
Encadernação com lombada e cantos em pele. Ilustrado com quadros de dados e mapas no texto e extra-texto desdobráveis.
€50
465. MATTOS E SILVA. (João de) CONTRIBUIÇÃO PARA O ESTUDO DA REGIÃO DE CABINDA. Memória
apresentada por… S. S. G. L. Congresso Colonial Nacional. Typographia Universal (Imprensa da Casa Real). Lisboa. 1904. De
24x16 cm. Com 403 pags. Encadernação da época com lombada em pele. Ilustrado com fotogravuras extra-texto impressas
sobre papel couché e um mapa desdobrável, de 45x40 cm: 'Carta dos Territorios de Cabinda em 1903. Escala 1:200.000.
Coordenada segundo a Carta da Commissão de Carthographia'.
€200
466. MATTOS. (Armando de) PEDRAS-DE-ARMAS DE PORTUGAL. Vol. I [e único publicado]. Por… Bolseiro do Instituto
para a Alta Cultura. Licenciado em Ciências Históricas e Filosóficas (FLUC), Professor da Escola de Belas-Artes do Porto, da
Ordem Militar de Santiago da Espada, Vogal secretário da Comissão Provincial de Etnografia e Historia do Douro-Litoral, do
Instituto de Coimbra, Associação dos Arqueólogos Portugueses, Instituto Português de Arqueologia, História e Etnografia,
Real Academia da História de Madrid, Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Instituto Heráldico Romano, Sociedade
Suíssa de Heráldica, etc. Edição de Fernando Machado & Cª. Lda. Instituto para a Alta Cultura. Porto. De 28x22 cm. Com 563
pags. Encadernação com lombada e cantos em pele. Profusamente ilustrado com as fotogravuras dos brasões de armas do
Minho (localizados em palácios e jazigos) com as respectivas fichas de levantamento e a leitura dos mesmos. Exemplar de uma
tiragem 750/48 numerados e rubricados pelo autor. Obra consistiu na tentativa de cartografar toda a heráldica portuguesa. €300
467. MATTOS. (Júlio de) HISTORIA NATURAL ILLUSTRADA. Compilação feita sobre os mais auctorizados trabalhos
zoologicos. Por… Livraria Universal de Magalhães e Moniz – Editores. Porto. 1880. Obra em 6 volumes. De 27x19 cm. Com
557, 590, 498, 588, 573 e 622 pags. Encadernações do editor. Ilustrados com centenas de cromolitografias, intercaladas em
extra-texto, primorosamente desenhadas por Traviès e impressas em Paris por Lamoureaux com a excelência da qualidade
gráfica da época.
€600
468. MAZE-SENCIER. (Alph.) LE LIVRE DES COLLECTIONNEURS. Les Ébéniste. Les Ciseleurs-bronziers. L’Horelogerie.
La Céramique. Les Peintres en miniature. Les Sculpteurs en ivoire. Les Terres cuites. Les Modeleurs en cire. Bagard, de
Nancy. Bonzanigo et son école. Les Jarretières. Les Boutons d’habit. Les Boîtes à mouches. Les Éventails. Les Autographes.
Les Timbres-poste. Etc. Etc. Par… Ancien Inspecteur des Musées de Saint-Étienne (Loire) et fondateur du Musée de
Céramique de cette ville. Librairie Renouard. Paris. MDCCCLXXXV [1885]. De 25x16 cm. Com x-878 pags. Encadernação
do editor. Ilustrado no texto. Obra contém a história da adesão ao colecionismo dos objectos do quotidiano (p. ex: botões,
caixas de pó-de-arroz, miniaturas, etc).
€50
469. MEIRELES. (Frei António da Assunção) MEMÓRIAS DO MOSTEIRO DE POMBEIRO. Escritas por… Publicadas e
prefaciadas pelo Academico titular fundador António Baião. - LEITUÁRIO DA SÉ DE LAMEGO publicado pelo
académico titular fundador Alfredo Pimenta. Academia Portuguesa de História. Lisboa. 1942. De 32x24 cm. Com xvi-255
pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele. Contém duas obras oriundas das transcrições de dois manuscritos
diferentes; sendo a primeira a crónica do Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro (um dos mais importantes mosteiros
Beneditinos de Entre-Douro-e-Minho, sito cerca de Felgueiras) nas primeiras 225 páginas; e a segunda, a relação dos
privilégios da Sé de Lamego, nas últimas 30 páginas. N. B. exemplar com título equivocado na lombada da encadernação:
'Memórias do Mosteiro de Lamego'.
€150
470. MELLO DE CASTRO, Julio de. HISTORIA PANEGYRICA DA VIDA DE DINIS DE MELLO DE CASTRO,
PRIMEYRO CONDE DAS GALVEAS. Do Conselho de Estado e Guerra dos Serenissimos Reys D. Pedro I. e D. João V.
ESCRITA POR… Seu Sobrinho. Offerecida a Elrey Nosso Senhor D. JOAM V. LISBOA, Na Officina de ANTONIO
DUARTE PIMENTA. Anno M. DCC. XLIV. (1744) In 8.º de 19x14 cm. Com XL-438 pags. Encadernação da época inteira de
pele com rótulo vermelho e nervos na lombada. Rosto impresso a duas cores. Ilustrado com a gravura do retrato de meio corpo
de D. Dinis de Mello em uma oval sobre o seu escudo de armas, e apresentando um carimbo oleográfico de posse na folha de
anterrosto. Esta obra trata das batalhas da Restauração da Independência incluindo as campanhas de D. João de Áustria em
Portugal. Inocêncio V, 162. “um dos primeiros cincoenta academicos da Academia Real de Historia Portugueza, e o primeiro
que faleceu logo no anno seguinte ao da organisação d'aquelle corpo. - M. a 17 de Fevereiro de 1721, contando 63 annos de
idade. Tinha nascido em Goa, no tempo em que seu pae Antonio de Mello e Castro governava aquelles estados. - E. 5068)
Historia panegyrica da vida de Diniz de Mello, primeiro conde das Galvêas do conselho de estado e guerra dos reis D. Pedro II
e D. João V. Lisboa, por José Manescal 1721. fol. de XLII-498 pag., com o retrato de Diniz de Mello. - E segunda vez
impressa, ibi, na Offic. de Antonio Duarte Pimenta 1744 (e não 1745 como se lê na Bibl. de Barbosa) 4.º de XL-438 pag. Sahiu terceira vez, á custa de Luis de Moraes e Castro, ibi, 1752. 4.º. «Esta Vida (diz o P. Francisco José Freire, nas suas
Reflexões sobre a lingua portugueza, parte 1.ª) é um arremedo da que nos deixou Jacinto Freire de Andrade. Tem polimento e
pureza de phrase, mas commummente revestida de tanta pompa de palavras, que quem ler este escriptor logo o ha de julgar por
poeta porque conceitua a cada passo, como homem arrebatado de enthusiasmo. Porém isto mais pertence ao estylo do que á
simples locução.» D. Thomás Caetano de Bem qualifica Julio de Mello de «auctor de elocução purissima, e um dos que podem
servir de mestres da lingua portugueza». E comtudo, o collector do Catalogo chamado da Academia recusou-lhe”.
€200
471. MELLO DE CASTRO. (Julio de) HISTORIA PANEGYRICA DA VIDA DE DINIS DE MELLO DE CASTRO,
PRIMEYRO CONDE DAS GALVEAS. Do Conselho de Estado e Guerra dos Serenissimos Reys D. Pedro I. e D. João V.
ESCRITA POR… Seu Sobrinho. Offerecida a Elrey Nosso Senhor D. JOAM V. LISBOA, Na Officina de ANTONIO
DUARTE PIMENTA. Anno M. DCC. XLIV. (1744) De 19x14 cm. Com XL-438 pags. Encadernação da época inteira de pele
com rotulo vermelho e nervos na lombada. Ilustrado com um anterrosto gravado reprentando o escudo de armas da casa real
portuguesa enquadrado numa tarja e uma gravura de com o retrato de meio corpo de D. Dinis de Melo em uma oval sobre o
seu escudo de armas. Esta obra trata das batalhas da restauração da independência incluindo as campanhas de D. João de
Áustria em Portugal. Rosto impressos a duas cores. Exemplar com ex libris dos Agostinhos descalços do Mont-Olivet. e do
Paço de S. Cipriano. Inocêncio V, 162. “um dos primeiros cincoenta academicos da Academia Real de Historia Portugueza, e o
primeiro que faleceu logo no anno seguinte ao da organisação d'aquelle corpo. - M. a 17 de Fevereiro de 1721, contando 63
annos de idade. Tinha nascido em Goa, no tempo em que seu pae Antonio de Mello e Castro governava aquelles estados. - E.
5068) Historia panegyrica da vida de Diniz de Mello, primeiro conde das Galvêas do conselho de estado e guerra dos reis D.
Pedro II e D. João V. Lisboa, por José Manescal 1721. fol. de XLII-498 pag., com o retrato de Diniz de Mello. - E segunda vez
impressa, ibi, na Offic. de Antonio Duarte Pimenta 1744 (e não 1745 como se lê na Bibl. de Barbosa) 4.º de XL-438 pag. –
Sahiu terceira vez, á custa de Luis de Moraes e Castro, ibi, 1752. 4.º. «Esta Vida (diz o P. Francisco José Freire, nas suas
Reflexões sobre a lingua portugueza, parte 1.ª) é um arremedo da que nos deixou Jacinto Freire de Andrade. Tem polimento e
pureza de phrase, mas commummente revestida de tanta pompa de palavras, que quem ler este escriptor logo o ha de julgar por
poeta; porque conceitua a cada passo, como homem arrebatado de enthusiasmo. Porém isto mais pertence ao estylo do que á
simples locução.» D. Thomás Caetano de Bem qualifica Julio de Mello de «auctor de elocução purissima, e um dos que podem
servir de mestres da língua portugueza». E comtudo, o collector do Catalogo chamado da Academia recusou-lhe”
€500
472. MELLO E MENEZES. (Diogo) GRAMMATICA RACIONAL DA LINGUA LATINA. Dedicada ao Heroe Portuguez sua
Magestade Imperial o Senhor Dom Pedro, Duque de Bragança Libertador, e Regente de Portugal. Para uso dos Alunnos da
Real Casa Pia de Belem. Lisboa. Na Imprensa Nacional. 1835. De 22x13 cm. Com 77 pags. Brochado. Ilustrado com uma bela
litografia representando um busto de D. Pedro ladeado por D. Maria II e o autor. Magnifica impressão a preto, verde e azul.
Exemplar por aparar, praticamente todo por abrir e preservando a capas brochura originais. Com falta de uma tira de papel
marginal no pé da folha de rosto, sem afectar a mancha tipografica, feita certamente para remover assinatura de posse,
perfeitamnete restauravel. Inocêncio II, 163. 'Fr. DIOGO DE MELLO E MENEZES Monge de S. Jerónimo, Professor regio de
Grammatica Latina no mosteiro de Belém._N. em Morilhe, logar sito na margem direita do Douro, a 22 de Dezembro de 1751,
e m. em Lisboa a 27 de Janeiro de 1847, contando por conseguinte 95 annos._ V. a sua necrologia, inserta no Diario do
Governo n.° 29 do anno de 1847. E. / 185) Novo Epitome da Grammatica latina moderna. Lisboa, 1795._ Esta obra foi pelo
auctor successivamente reimpressa em diversas epochas, e sempre com differentes titulos, introduzindo em cada uma das
novas edições os melhoramentos e correcções que teve por convenientes. Assim a segunda edição sahiu com o titulo: Arte
grammatico_philosophica, etc. Lisboa, 1803._A terceira: Grammatica philosophica da lingua latina, reduzida a compendio.
Lisboa, 1823. 8.º - E finalmente a ultima: Grammatica racional da lingua latina dedicada ao heroe portuguez S. M. I. o senhor
D. Pedro Duque de Bragança, Libertador e Regente de Portugal. Para uso dos alumnos da Casa Pia de Belem. Lisboa, na Imp.
Nacional 1835. 8.º gr. de 79 pag. com uma estampa. Traz no fim transcriptos os louvores, que esta obra na sua primitiva
apparicão obteve de alguns jornaes estrangeiros. Apezar d'estes louvores, a Grammatica do P. Mello não achou acolhimento
favoravel entre os seus collegas no magisterio; e alguns se declararam formalmente contra o seu methodo e doutrina. ou fosse
por emulação, ou porque realmente não achavam nas suas regras a exactidão e generalidade que elle pretendia attribuir_lhes.
D'aqui provieram graves contestações, manifestadas por occasião de uns exames, a que elle concorreu juntamente com o
professor que então era no denominado Real Estabelecimento do Bairro de Belem, Manuel Francisco de Oliveira. Este, e os
que o defendiam, fizeram publicar um livro, em que as doutrinas grammaticaes de Fr. Diogo eram confutadas, e declaradas
erroneas. (V. no tomo I do Diccionario, n.° A, 1045.) Fr. Diogo pretendeu responderlhes, e para o fazer mais a seu salvo, e sem
dependencia da censura, que não deixaria de cercea lhe algumas phrases inconvenientes, e mordazes de que se servia, mandou
imprimir a sua resposta em Madrid, a qual sahiu sem o seu nome e com o titulo seguinte: 164 186) Guerra grammatico_critica,
declarada por dous Professores a um, ou o arguente das conclusões atacado e desatacado: que para divertimento do publico da
á luz á sua custa J. D. (João Dubeux, mercador de livros.) Madrid 1807. 4.º de 139 pag. Poucos terão hoje nsto estes livros, e
menos terão talvez noticia d'esta controversia em que os contendores sustentaram suas opiniões com bastante tenacidade,
escrevendo_se ainda por uma e outra parte alguns papeis que ficaram até agora manuscriptos.'
€200
473. MELLO FRANCO. (Francisco de) TRATADO DA EDUCAÇAÕ FYSICA DOS MENINOS, PARA USO DA NAÇAÕ
PORTUGUEZA. PUBLICADO POR ORDEM DA ACADEMIA REAL DAS SCIENCIAS DE LISBOA. POR FRANCISCO
DE MELLO FRANCO, MEDICO EM LISBOA, CORRESPONDENTE DO NUMERO DA MESMA SOCIEDADE.
LISBOA. NA OFFICINA DA ACADEMIA REAL DAS SCIENCIAS. ANNO M.DCC.XC. [1790]. In 8º (de 20x14 cm) com
viii-119-(iv) pags. Encadernação da época inteira de pele. Exemplar com ex-libris. Inocêncio III, 11: “Francisco de Mello
Franco, Bacharel formado em Medicina pela Universidade de Coimbra, Medico honorário da câmara d'elrei D. João VI, Sócio
da Academia Real das Ciências de Lisboa, etc. Nasceu em Piracatu, na província de Minas Gerais em 1757. Tendo feito os
primeiros estudos no seminário de S. Joaquim do Rio de Janeiro, veio para Portugal, onde concluiu os preparatórios,
matriculando-se depois na faculdade de Medicina. Acusado (ao que parece caluniosamente) de seguir ideias irreligiosas, foi
lançado nos cárceres da Inquisição, e aí jazeu por alguns anos, sendo a final posto em liberdade. Voltou então a concluir os
seus estudos, e recebido o grau, estabeleceu-se em Lisboa, e nesta capital exerceu por muitos anos a sua profissão com grande
crédito e proveito. Em 1817 foi por ordem d'elrei D. João VI chamado para acompanhar ao Brasil a arquiduquesa D. Maria
Leopoldina, destinada esposa do Príncipe Real. Não encontrou porem na Corte o acolhimento que era de esperar, chegando a
ser-lhe vedada a entrada no paço, onde os recentes acontecimentos de Pernambuco traziam os ânimos convulsos e irritados
contra as doutrinas liberais, a que Mello Franco era reconhecidamente afeiçoado. Perdida toda a sua fortuna, pela quebra
fraudulenta de um negociante, em cujas mãos pusera o produto das suas economias e dos bens, que antecipadamente havia
vendido em Portugal, viu desaparecer desta sorte os seus recursos, e o património de seus filhos. Quebrantado de ânimo com
estes desgostos, e estranhando talvez a mudança do clima, sentiu-se atacado de uma febre consumptiva, a cujos progressos se
opuseram debalde os socorros da ciência. Voltando de uma digressão que fizera á província de S. Paulo, no intento de procurar
algum alívio em sua enfermidade, ao chegar a altura de Ubatuba, conheceu ser chegado o seu último termo. Pediu que o
transportassem de bordo para terra, e ali acabou a 22 de Julho de 1823, debaixo de uma palhoça”.
€800
474. MELO DE MATOS. (Gastão de) NOTÍCIAS DO TÊRÇO DA ARMADA REAL (1618-1707). Por… Subsidios para a
história dos corpos de infantaria de marinha em Portugal. Imprensa da Armada. Lisboa. 1932. De 26x19 cm. Com 196 pags.
Encadernação com lombada e cantos em pele; com finos ferros decorativos a ouro por casas fechadas na lombada e rolados nas
pastas. Exemplar com ex-libris.
€120
475. MELO. (D. Francisco Manuel de) CARTAS FAMILIARES DE D. FRANCISCO MANOEL, ESCRITAS A VARIAS
PESSOAS sobre assumptos diversos; Recolhidas, e publicadas em cinco Centurias Por ANTONIO LUIZ DE AZEVEDO
Professor de Humanidades; OFFERECIDAS AO ILLUST. E VER. SENHOR JOAÕ DE MELLO PEREIRA DE SAMPAYO,
Do Conselho de sua Magestade, Fidalgo de sua casa, Beneficiado da Igreja de Santiago de Torres-Novas, e Prelado da Santa
Igreja Patriarcal de Lisboa, &c. POR LUIZ DE MORAES E CASTRO; e á sua custa impressas: mais correctas; e de novo
illustradas com seu Index proporcionado. LISBOA: Na Offic. dos Herd. de ANTONIO PEDROZO GALRAM: Anno M. DCC.
LII. [1752]. In 4º (20x15 cm) com (22)-559 pags. Encadernação de final do século XIX inteira de pele mosqueada com finos
ferroa a ouro na lombada. Exemplar apresenta forte oxidação generalizada devido à qualidade do papel; e folha de rosto com
título de posse com perfuração da oxidação da tinta do mesmo (sem afectar a mancha gráfica). Inocêncio II, 437 e 442: 'D.
Francisco Manuel de Mello nasceu em 1611, de família mui nobre. Fez os seus estudos no colégio de Santo Antão com os
jesuítas, e aí concluiu com grande distinção o curso de humanidades, tornando-se igualmente perito na filosofia e teologia. Aos
17 anos, por morte de seu pai, determinou seguir a vida militar, e passando a Castela fez varias campanhas navais e terrestres,
chegando ao posto de Mestre de Campo, e servindo como tal nas guerras de Flandres e Catalunha. Culpado na morte de um
indivíduo que apareceu assassinado, teve de jazer nove anos sucessivos nas prisões da torre de Belém, e da torre Velha. Não
foram bastantes as diligências, que durante este tempo empregou para justificar-se do crime que lhe assacavam, chegando até a
interessar em seu favor el-rei Luís XIII de França, que escreveu ao de Portugal uma carta, datada de 6 de Novembro de 1648,
em termos assaz significativos, empenhando se pela liberdade do preso. A final depois de tão longos e penosos sofrimentos,
foi-lhe ainda imposta a pena e degredo temporário para o Brasil, a qual cumpriu com paciente resignação. Voltando para a
Europa, fez uma digressão á Itália, e assistiu em Roma durante alguns anos, começando aí em 1664 uma edição completa de
suas obras, que por motivos ignorados não prosseguiu. Recolheu-se por último a Lisboa, onde faleceu em 1666. Há segunda
edição das Cartas, feita em Lisboa 1752, 4.º Nela se fez substituir a carta última por outra mui curta, e destituída de todo
interesse, com a qual se completou a centúria 5ª. Esta edição é feita em mau papel, e inferior em tudo à de Roma. Todavia, no
mercado corre quase pelos mesmos preços, e eu paguei há anos por um exemplar 1:200 réis'.
€400
476. MEMORIAS DE LITTERATURA PORTUGUEZA, PUBLICADAS PELA ACADEMIA REAL DAS SCIENCIAS DE
LISBOA. TOMO VIII. PARTE I. LISBOA. NA OFFICINA DA MESMA ACADEMIA. Anno M. DCCC. XII. [1812]. In 4º
(de 22x16 cm) com 229-(vi) pags. Encadernação recente com cantos e lombada em pele. Exemplar com ex-libris. Tomo das
Memórias da Academia essencialmente tratando sobre a tipografia (locais e impressores) no século XV e XVI; e com uma
memória sobre os matemáticos em Portugal. Inocêncio III, 193 e VI, 200: “As Memorias de Litteratura Portugueza, também
em 4.º, que deviam abranger todos os trabalhos acerca da língua e historia portuguesas, consideradas em todos os possíveis
aspectos e relações. Acabaram com o tomo oitavo, que saiu em 1814. Segundo o primitivo plano adoptado pela Academia,
quando se determinou a publicar as suas Memórias em quatro classes separadas - isto é, de Ciências Naturaes e Exactas,
Economia e Industria, Agricultura e Litteratura Portugueza – consideraram-se pertencentes a esta última classe os escritos que
tivessem por assunto «a língua, e a história portuguesa consideradas em todos os possíveis aspectos e relações.» Isto mesmo se
declara na advertência preliminar do secretário, colocada á frente do volume I das sobreditas Memorias. Tomo VIII. Parte 1.ª
(1812): 1.ª Memoria sobre as origens da typographia em Portugal no seculo XV, por A. R. dos Sanctos, da pag. 1 à 76. 2.ª
Memoria para a história da tipografia portuguesa do século XVI pelo mesmo, pag. 77 a 147. Acerca desta e da precedente veja
o artigo especial que em seguida destino á correcção e reparo de muitos pontos, em que o autor tropeçou quer por descuido
próprio, quer por deficiência de informações, ou por falta de revisão das provas da imprensa, que já não poude fazer
pessoalmente pelo estado de cegueira a que chegara. 3.ª Memoria sobre alguns matemáticos portugueses e estrangeiros,
domiciliários em Portugal, ou nas conquistas, pelo mesmo, pag. 148 a 229'.
€200
477. MENA, Fernando de. LA HISTORIA DE LOS DOS LEALES AMANTES THEAGENES Y Chariclea. TRASLADADA
DE LATIN en Romance, por Fernando de Mena vezino de Toledo. Vista y corregida por Cesar Ovdin, Secretario Interprete,
del Rey nuestro Señor en las léguas, Alemana Italiana y Española. EN PARIS, En la Emprenta de Pedro Le-Mvr. M. DCXVI.
[1616] In 8.º de 14x9 cm. com 240 fólios. Encadernação da época em pergaminho.
€3.000
478. MENASSEH BEN ISRAEL. (Hacham) THESOVRO DOS DINIM Que o povo de Israel, he obrigado saber, e observar.
Composto por... Amsterdam. 5470 [1710]. In 8.º (18x12 cm) com (v)-201-(iv) fólios. Encadernação da época inteira de pele. 2ª
edição rarissima do único tratado de leis e costumes hebraicos, escrito em lingua portuguesa e impresso para uso do sefarditas
portugueses. Frontispicio gravado. Contém rosto próprio para a Parte Terceira ('Das festas e jejuns, de todo o anno, que o povo
de Israel he obrigado a guardar'); e para a última parte ('Na qual se comtem todos os preceitos, ritos e cerimonias que tocão a
huma perfeyta ECONOMICA Dedicada aos muy nobres e magnificos Senhores Abraham e Ishak Israel Pereyra'). Menasseh
ben Israel nasceu em Lisboa em 1604 e muito jovem foi para Amesterdão com seu pai, Joseph ben Israel. Em 1622 foi
nomeado professor da comunidade judaica portuguesa e quatro anos depois fundou a primeira tipografia hebraica em
Amesterdão; imprimindo pequenos (mas valiosos) livros em Português, Espanhol e Hebraico. Também teve uma contribuição
decisiva na reabertura da Inglaterra aos judeus, impedidos de aí entrar desde a época do Rei Eduardo I. Viajou pessoalmente a
Londres e manteve conversações com Cromwell que lhe deu uma pensão honorífica da qual nunca usufruiu, pois morreu no
regresso em 1658. Menasseh foi retrato por Rembrant. Inocêncio VI, 211. “N'um livreiro, cujo principal commercio tem sido
de livros antigos e usados encontrei, ha alguns annos, um exemplar completo do Thesouro dos dizimos [erro do impressor:
Dinim] pelo qual elle pediu 36$000 réis, e creio que vendeu por essa quantia, pouco mais ou menos. Nunca vi outro.”
Very
rare 2nd second edition of the only treatise on Hebrew laws and customs written in Portuguese language and printed for the
Portuguese Sephardic communities in Northern Europe. Treasure of Jewish Laws that the people of Israel must know and
observe composed by Rabbi Hacham Menasseh ben Israel in Amsterdam, 1st edition 1647; and this 2nd edition in 1710. In 8. º
(18x12 cm) (v) -201 - (iv) folium. Contemporary full calf gilt at spine. Engraved frontispiece. Contains titlepage to Third Part
(Of feasts and fasts throughout the year, the people of Israel must know and observe) and the Last part (in which contains all
the precepts, rites and ceremonies concerning to a perfect economy dedicated to the very noble and magnificent lords Abraham
and Ishak Israel Pereyra). MENASSEH BEN ISRAEL was born in Lisbon in 1604. Very young of age he went to Amsterdam
with his father, Joseph ben Israel, and became a disciple of Haham Yshac Uziel. In 1622 he was appointed professor of the
Portuguese Jewish community in Amsterdam and, four years later, he founded the first Hebraic typography in Amsterdam;
printing small books in Portuguese, Spanish and Hebrew languages. Menasseh had a decisive contribution in reopening
England to the Jewish people, closed since the time of King Edward Ist. He went personally to London and had talks with
Cromwell who gave him an honorific pension he never profit of. Menasseh died in 1658 after returning from London. He was
portrait by Rembrant. Inocêncio VI, 211. 'In a bookdealer which trade was new and old books, I found a complete copy of the
Treasure. I've never seen another. '
€6.000
479. MENDES CORRÊA. RAÇAS DO IMPÉRIO. [Por]... Professor da Universidade do Pôrto. Portucalense Editora. Pôrto.
1943. De 31x22 cm. Com 625 pags. Encadernação do editor. Obra monumental que pretende demostrar a diversidade do ser
humano com recurso à antropologia física. Ilustrado com estampas extra-texto reproduzindo em desenho etnográfico os
objectos da cultura material de vários povos do Império Português, e de outras recolhas, como por exemplo os objectos e
informações sobre a ilhas Salomão, Bismark e Nova Guiné presentes em museus portugueses. Obra com recolha de imagens
das Exposições Colonial do Porto de 1934 e da Exposição do Mundo Português de 1940, e contendo reproduções de objectos
presentes nas mesmas. Exemplar n.º 0483.
€300
480. MENDES DE CASTRO. (MANOEL) - REPERTORIO DAS ORDENAÇONS DO REYNO DE PORTVGAL
NOVAMENTE RECOPILADAS. COM AS REMISSOENS DOS DOUTORES TODOS do Reyno, que as declaram, &
concordia das Leys de partida de Castella. COMPOSTO PELO LICENCIADO MANOEL MENDES DE CASTRO, Lente,
que foy de huma Condura de Leys na Universidade de Coimbra, por sua Magestade, & seu Procurador, & advogado nos
Concelhos de Castella, & da Casa da Suplicaçam, com tença, e alvarà de lembrança do dito Senhor. E AGORA
NOVAMENTE ACRESCENTANDO, E ADDICIONADO, NESTA quinta impressam pelo Licenciado Martim Alveres de
Castro advogado da Casa da Suplicaçam filho do Autor. EM COIMBRA Na Officina de ANTONIO SIMOENS Impressor da
Universidade: Anno do Senhor de 1699. In folio 28x19 cm. Encadernação da época inteira de pele.
€600
481. MENDES PINTO. (Fernão) PEREGRINAÇÃO. Por… nova edição, conforme a de 1614. Preparada e organizada por A. J.
da Costa Pimpão, professor da Universidade de Coimbra e César Pegado, 1º bibliotecário da Biblioteca da Universidade.
Portucalense Editora. Porto. 1944 – 1946. De 23x15 cm. Em 7 volumes. Encadernações da época inteiras de pele de carneira
com com nervos e finos ferros a ouro nsa lombadas e nas esquadrias das pastas. No último volume entre a página 93 e a 186
consta um vocabulário fundamental para a perfeita compreensão da obra.
€300
482. MENEZES, D. Luís de. COMPENDIO PANEGIRICO DA VIDA, E ACÇOENS DO EXCELLENTISSIMO SENHOR
LUIS ALVAREZ DE TAVORA Conde de S. Ioão, Marquez de Tavora, Gentilhomem da Camara de S. Alteza, do Conselho
de Guerra, & Governador das Armas da Provincia de Tras os Montes. ESCRITO POR… ORAÇAM FUNEBRE, Que pregou
nas suas Exequias o ILLUSTRISSIMO SENHOR DOM FREY LUIS DA YLVA Bispo de Tripoli, Deão da capella se S. A.
VARIOS VERSOS DEDICADOS AO MESMO ASSUMPTO. EM LISBOA, Por ANTONIO RODRIGVEZ D’ABREV.
Anno 1674. In 8.º de 20x14,5 cm. Com [viii], 195 pags. Encadernação da época em pergaminho. Exemplar com falta (como é
habitual na maioria dos exemplares) do frontispício gravado e do retrato do Conde de S. João. Apresenta ex-libris de Luiz
Pastor de Macedo. Inocêncio XVIII, 295. Não refere o frontispício e o retrato. ” De pag. 5 a 43 vem um bom quadro dos
successos da campanha, em que tão brilhante e gloriosamente entrou o general Conde de S. João, marquez de Tavora, como
governador das armas na provincia de Trás os Montes, 1658 a 1672. O auctor d'este livro é o que escreveu o Portugal
Restaurado, indispensavel para os que tiverem que estudar tão importante periodo da historia patria.”
€800
483. MENEZES, Dom Luiz de. HISTÓRIA DE PORTUGAL RESTAURADO, EM QUE SE DA’ NOTÍCIA DAS MAIS
GLORIOSAS acçoens assim politicas, como militares, que obráraõ os Portuguezes na restauraçaõ de Portugal, desde o
primeiro de Dezembro de 1640, até ao principio de 1643. ESCRITA POR D. LUIZ DE MENEZES, CONDE DA ERICEIRA,
DO CONSELHO DE ESTADO de Sua Magestade, seu Védor da Fazenda, e Governador das Armas da Provincia de Traz os
Montes, &c. Terceira vez impressa, e emendada. PARTE PRIMEIRA: [Tomo I] LISBOA: Na Offic. de DOMINGOS
RODRIGUES. Anno de M.DCC.LI. [1751] - [Tomo II] LISBOA: Na Officina de ANTONIO VICENTE DA SILVA. Anno de
M. DCC LIX. [1759] - [Tomo III] PARTE SEGUNDA: LISBOA: Na Officina de JOSEPH FILIPPE. Anno M. DCC LIX.
[1759] - [Tomo IV] LISBOA Na Offic. de IGNACIO NOGUEIRA XISTO. Anno de M.DCC.LIX. [1759]. 4 volumes. In 4º
(de 21x16 cm) com [xx], 494, [vi], 598, [viii], 520, [v], 608 pags. Encadernações da época inteiras de pele com finos ferros a
ouro nas lombadas, apresentando pequenas falhas nas coifas inferiores e com rótulos de arrumação nas coifas superiores. Obra
contém a história da Guerras da Restauração da Independência desdo o ano de 1640 (1º volume) até ao ano de 1668 (final do 4º
volume). Inocêncio V, 307: “D. Luis de Menezes, terceiro Conde da Ericeira, Comendador da Ordem de Cristo, General de
Artilharia, e Védor da Fazenda no reinado d'Elrei D. Pedro II, cujo partido seguira nas discórdias e intrigas palacianas, que
originaram a deposição de D. Afonso VI. - Nasceu em Lisboa em 1632. Suicidou-se, precipitando se de uma das janelas que
caíam para o jardim do seu palácio, em 1690. A sua paixão pelas artes febris e industriais, e o impulso que deu á introdução
delas neste reino, valeram-lhe a denominação de Colbert português. Muitos o confundiram erradamente com seu filho, o conde
do mesmo título D. Francisco Xavier de Menezes. Esta edição, que Barbosa não acusa, foi feita por indústria do livreiro Luis
de Moraes e Castro, e por ele dedicada a D. José Mascarenhas, então Marquez de Gouveia, e depois Duque de Aveiro, rodado
e queimado na praça de Belém em 1759. - Saiu terceira vez: Tomo I. Lisboa, na Offic. de Domingos Rodrigues 1751 (aliás
1759, como consta das licenças) 4º Tomo II, ibi, na Offic. de Antonio Vicente da Silva 1759. 4º Tomo III, ibi, na Offic. de José
Filippe 1759. 4º - Tomo IV, ibi, na Offic. de Ignacio Nogueira Xisto 1759. 4º '. Nota: As licenças são de 1750/1751 no Tomo I;
e de 1759 nos Tomos II; III e IV. Borba de Moraes, Bibliogr. Bras. 2, 566-567: 'The licences of Volume I are dated 1750 and
those of other volumes 1759. Volume II covers the years 1643 to 1656. Volume III the years 1657 to 1662, and Volume IV,
1663 to 1668'.
€900
484. MENEZES, Francisco Luís de. - ANCHIETA, José de. [TRATADOS E RELAÇÕES DA ÍNDIA E DO BRASIL]
[Publicadas in] COLLECÇÃO DE NOTÍCIAS PARA A HISTORIA E GEOGRAFIA DAS NAÇÕES ULTRAMARINAS,
QUE VIVEM NOS DOMINIOS PORTUGUEZES, OU LHES SÃO VISINHAS: PUBLICADA PELA ACADEMIA REAL
DAS SCIENCIAS. TOMO I. Num.os I. II, e III. LISBOA NA TIPOGRAFIA DA MESMA ACADEMIA. 1812. In 8º (de
21x15 cm) com viii-[ii]-178-(i)-[iv] pags. Brochado. Exemplar por abrir. Conjunto de 3 memórias que transcrevem
manuscritos, documentos e artigos sobre o Brasil e a Índia, nomeadamente: I- “Breve Relação das Escrituras dos Gentios da
Índia Oriental, e dos seus Costumes”; da pag. 1 à pag. 59. II- “Notícia Sumária do Gentilismo da Ásia”; da pag. 61 à pag.
125. III- “Joseph de Anchieta: epistola quamplurimarum Rerum Naturalium, quae S. Vicenti (nunc S. Pauli)
Provinciam incolunt, sistens descriptionem”; da pag. 127 à pag. 178.
€300
485. MENEZES, Manuel de. CHRONICA DO MUITO ALTO, E MUITO ESCLARECIDO PRINCIPE D. SEBASTIAÕ
DECIMO SEXTO REY DE PORTUGAL, COMPOSTO POR D. MANOEL DE MENEZES, Chronista mor do Reyno, e
General da Armada Reál, &c. PRIMEIRA PARTE, Que contém os sucessos deste Reyno, e Conquistas em sua menoridade.
OFFERECIDA A´ MAGESTADE SEMPRE AUGUSTA DELREY D. JOAÕ V. NOSSO SENHOR. LISBOA
OCCIDENTAL, NA OFFICINA FERREYRIANA. M. DCC. XXX. [1730]. De 30x21 cm. Com [xxii]-392 pags.
Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada e no rótulo vermelho. Obra impressa a duas colunas e
folha de rosto impressa a duas cores. Ilustrado com belas vinhetas e letras capitais abertas a talhe doce (armas reais de D. João
na página de rosto e armas reais de D. Sebastião na primeira folha com dedicatória do impressor, seguido de grande capital
decorativa com letra A). Contém a crónica dos primeiros anos do reinado de D. Sebastião ocorridos durante a sua menoridade.
Os bibliógrafos Inocêncio e Barbosa atribuem esta crónica a José Pereira Baião. INOCÊNCIO V, 97: “Chronica do muito alto
e muito esclarecido principe D. Sebastião, decimo rei de Portugal. Primeira parte, que contêm os successos deste reino e
conguistas em sua menoridade. Lisboa, na Offic. Ferreiriana 1730. fol. - Segunda parte, etc. Ibi, na mesma Offic. 1730. fol.
Chegou a impressão sómente até a pag. 169. Logo que esta chronica se publicou em nome de D. Manuel de Menezes foi
reconhecida a fraude, e presumiu se que era, senão toda, na maior parte, da propria lavra do seu publicador Bayão. Teve este de
soffrer provavelmente algumas invectivas, que o obrigaram a levantar mão da empreza, e em logar de concluir a impressão da
segunda parte, houve por melhor refazer de novo a obra, mais accrescentada e dal a á luz em seu nome. BARBOSA
MACHADO III, 310: “Chronica delRey D. Sebastiaõ. M. S. Esta obra que determinava publicar seu Autor a deixou imperfeita
obrigado do preceito Real, como escreve D. Francisco Manoel Epanaf. de var. Hist. p. 268. e della faz memoria o Licenciado
Jorze Cardoso. Agiol. Lusit. Tom. 2. p. 451. letr. G. O Original se conserva no Real Convento de Alcobaça donde trascreveu
muitas noticias o P. Fr. Manoel dos Santos Monge Cisterciense Chronista do Reyno na sua Historia Sebastica, principalmente a
pag. 58. 74. 90. 108. e 205. em que allega com os capitulos da dita Chronica. No anno de 1730. sahio huma Chronica delRey
D. Sebastiaõ, impressa na Officina Ferreiriana com o nome de D. Manoel de Menezes naõ sendo certamente sua, mas do P.
Jozé Pereira Bayaõ formando este volume de diversas memorias que juntou, até que no anno de 1737 sahio com a Historia
delRey D. Sebastiaõ, que intitulou Portugal Cuidadoso, ee Lastimado, &c. como em seu lugar se fez mençaõ, e nella collocou
os successos, ee outras mais noticias que tinhaõ sido impressos na Chronica de D. Sebastiaõ falsamente atribuida a D. Manoel
de Menezes”.
€700
486. MENEZES. (Alberto Carlos de) PLANO DE REFORMA DE FORAES, E DIREITOS BANNAES, FUNDADO EM HUM
NOVO SYSTEMA EMPHYTEUTICO NOS BENS DA COROA, DE CORPORAÇÕES, E DE OUTROS SENHORIOS
SINGULARES, DIVIDIDO EM NOVE PARTES COM HUM NOVO ARREDONDAMENTO DE COMARCAS PARA OS
FORAES DO PATRIMONIO DA COROA, Pelo Ex-Deputado da Junta dos Foraes, O DESEMBARGADOR Alberto Carlos
de MENEZES. LISBOA: NA IMPRESSÃO REGIA. ANNO 1825. In 4º (de 21x15 cm) com xxxv-384 pags. Brochado
preservando capas de brochura da época. Exemplar com pequeno título de posse manuscrito sobre a folha de rosto; e
apresentando-se por aparar. Ilustrado com um mapa desdobrável de Portugal com a proposta da divisão administrativa
comarcã, cabeças de correição, e distribuição civil do território para o Tombo dos Forais, completando os quadros de dados
contidos no texto com o número de famílias e os donatários de cada couto em cada província. Inocêncio I, 23; VII, 23 e XX,
111: “Alberto Carlos de Menezes, Bacharel formado em Leis pela Univ. de Coimbra, Desembargador da Relação do Porto,
Superintendente geral de Agricultura, etc., etc. Não ha sido possivel apurar até agora as demais circunstancias pessoais que lhe
dizem respeito, constando me apenas que falecera em Lisboa, depois de 1837. Foi desembargador da relação e casa do Porto.
Nomeado superintendente da agricultura da margem esquerda do Tejo nas três comarcas de Évora, Setúbal e Santarém, por
despacho de 6 de Agosto 1814, de cuja comissão tomou posse pouco depois, dando conta superiormente em Fevereiro 1819,
depois de ter visitado as localidades das três comarcas indicadas e os terrenos incultos que encontrara nela. Foi no ano de 1822
eleito Deputado ás Cortes ordinárias da nação, nas quais tomou assento, sendo um dos que assinaram o protesto final com que
este congresso se separou em Junho de 1823. A data do seu falecimento é posterior a 1837”.
€200
487. MEYRELLES DO SOUTO. (A.) O LIVRO DOS IRMÃOS DA CONFRARIA DO BEMAVENTURADO SANTO
AMARO. I. Abertura e notas de… da Academia Portuguesa da História). Estudos Olisiponenses. Lisboa. 1971. De 29x20 cm.
Com xxi-244 pags. Encadernação inteira de pele (executada pelo mestre encadernador Frederico de Almeida) com finos ferros
rolados a ouro na lombada; nas conchas; e nas esquadrias das pastas. Ilustrado. Edição com um estudo preliminar; com um facsimile do compromisso manuscrito original; e a capa de brochura reproduzindo a encadernação original da obra. Impresso
sobre papel couché.
€120
488. MICHAËLIS DE VASCONCELLOS. (Carolina) URIEL DA COSTA. Notas relativas à sua vida e às suas obras. Instituto
de Estudos Históricos e Filosóficos. Imprensa da Universidade. Coimbra. M.DCCCC.XXII [1922]. De 29x18 cm. Com 180
pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele. Ilustrado.
€80
489. MIRÉNE. TESOURO DAS COZINHEIRAS. Porto Editora. Porto. 1991. De 23x18 cm. Com 1071 pags. Encadernação
editorial. Ilustrado. Obra contendo capitulos finais dedicados à confecção de: pães e brioches, doces e conservas, bombons,
sorvetes e gelados e bebidas diversas.
€50
490. MISCELÂNEA. 12 FOLHETOS. CULTURA DO ARROZ. CONSELHOS AOS ORIZICULTORES. Edição da
Comissão Reguladora do Comércio de Arroz. Lisboa. 1935. Com 33 pags. Junto com: CONSIDERAÇÕES ÀCÊRCA DO
MELHORAMENTO DO ARROZ. Por João de Carvalho e Vasconcellos Engenheiro-Agrónimo, Professor do Instituto
Superior de Agronomia. Comissão Reguladora do Comércio de Arroz. Lisboa. 1941. Com 33 pags. Junto com: O
MELHORAMENTO DO ARROZ. Aspectos do momento. Por João de Carvalho e Vasconcellos Comissão Reguladora do
Comércio de Arroz. Lisboa. 1941. Com 14 páginas. Comissão Reguladora do Comércio de Arroz. Lisboa. 1941. Junto com:
FORMAS CULTIVADAS DE ARROZ EXISTENTES EM PORTUGAL (Seu estudo botânico e classificação) Apendice I
e Apendice II. Por... Comissão Reguladora do Comércio de Arroz. Lisboa. 1941 e 1945. Com 34 e 20 pags. Junto com:
ASPECTOS DA TECNOLOGIA DO ARROZ. Por António BarbaS Monteiro Torres. Engenheiro-Agrónimo, Chefe da
Secção técnica da Comissão Reguladora do Comércio de Arroz. Lisboa. 1941. Com 15 pags. Junto com: ASPECTOS
FISIOLÓGICOS NO MELHORAMENTO DO ARROZ. Por João de Carvalho e Vasconcellos Engenheiro-Agrónomo,
Professor do Instituto Superior de Agronomia. Comissão Reguladora do Comércio de Arroz. Lisboa. 1944. Junto com:
FORMAS CULTIVADAS DE ARROZ EXISTENTES EM PORTUGAL (Seu estudo botânico e classificação)
Reimpressão do trabalho publicado em 1939. Por João de Carvalho e Vasconcellos Comissão Reguladora do Comércio de
Arroz. Lisboa. 1944. Com 107 pags. Junto com: A HIBRIDAÇÃO ARTIFICIAL NO ARROZ (Trabalhos realizados desde
1942 na Estação Agricola Nacional). Por M. Vianna e Silva e E. Oliveira e Sousa Engenheiros Agrónomos. Comissão
Reguladora do Comércio de Arroz. Lisboa. 1945. Com 20 pags. Junto com: A INFLUÊNCIA DA IDADE DA SEMENTE
NA GERMINAÇÃO DOM ARROZ. Por Manuel Vianna e Silva Engenheiro Agrónomo. Comissão Reguladora do Comércio
de Arroz. Lisboa. 1947. Com 16 pags. Junto com: Revista da Comissão Reguladora do Comércio de Arroz. Lisboa. Nº1 e
nº 2. Maio e Outubro de 1937. Junto com: ARROZAIS E PRADOS. RELATÓRIO DUMA MISSÃO DE ESTUDO ÀS
REGIÕES DO LEVANTE DE ESPANHA E NORTE DE ITALIA. Por Carlos Ernesto Helbing, Engenheiro Agrónomo e
António Trigo Morais, Egenheiro Civil. Boletim do Ministério da Agricultura. Direcção Geral do Ensino e Fomento. Direcção
Geral do Ensino e Fomento. Lisboa. 1926. Com 93 pags. Ilustrado.
€150
491. MISSÃO DO VISCONDE DE SAN JANUARIO NAS REPUBLICAS DA AMERICA DO SUL. 1878 e 1879. Imprensa
Nacional. Lisboa. 1880. De 24x16 cm. Com 391 pags. Encadernação recente com lombada e cantos em pele. Exemplar com
dedicatória do autor e apresentando restauros marginais da capa de brochura; do anterrosto; e do rosto; sem afectar mancha
gráfica, porém afectando ex-libris armoriado colocado no verso do anterrosto.
€200
492. MODES ET COSTUMES HISTORIQUES. Dessinés et graves par Pauquet Frères d’après les meilleurs maitres de
chaque époque et les documents les plus autentiques. Aux Bureau des Modes et Costumes Historiques. Pauquet Frères.
René Pincebourde. Paris. S/d [1864?]. In fólio (de 31x26 cm). Ilustrado com 96 litografias coloridas. Encadernação de final
séc. xix (meia-amador) com lombada e cantos em pele. Exemplar com ex-libris armoriados da Livraria de J. G. Mazziotti
Salema Garção.
€800
493. MODESTO. (Maria de Lourdes) GRANDE ENCICLOPÉDIA DA COZINHA. Direcção de… [Composto e impresso na
Tipografia de L. Henry Gris]. Editorial Verbo. Lisboa. S/d [1965]. 2 volumes. De 29x23 cm. Com 442 e 452 pags.
Encadernações da época com lombadas e cantos em pele. Profusamente ilustrado no texto e em extra-texto com fotogravuras a
cores impressas sobre papel couché. Exemplar com falta das capas de brochura. Obra com entradas dos nomes, expressões,
conceitos e receitas culinárias por ordem alfabética.
€180
494. MONTALBO, Fray Francisco de. HISTORIA DE LAS GVERRAS DE VNGRIA DESDE EL ANO DE 82. HASTA EL
DE 88. ESCRIBIA EL MAESTRO FRAY… EN PALERMO, Por Pedro Copula, 1693. In fólio de 28,5x20 cm. com [xxii],
454, [xx] págs. Encadernação da época inteira de pele mosqueada, com nervos, rótulo vermelho, finamente dourada na
lombada e com o super-libris falante «C. da Ega» (Conde da Ega), a ouro na pasta anterior. Corte das folhas marmoriado.
Ilustrado com um belo anterrosto gravado com as armas da Hungria. Exemplar com assinatura de posse de António Lomellino
de Vasconcellos, apresenta restauros antigos e rudimentares no canto inferior direito (marginal) do frontispício e em duas
páginas do texto. Obra rara, apreciada e clássica da história húngara, escrita por um teólogo hierosolimita. Palau 1990, V 220.
€3.000
495. MONTALVOR. (Luís de) HISTORIA DO REGIMEN REPUBLICANO EM PORTUGAL. Publicada por…, Edição da
Emprêsa Editorial Ática. Lisboa. 1930-35. 2 volumes. De 31x23 cm. Com 387 e 416 pags. Encadernações da época [meiaamador] com lombadas e cantos em pele. Ilustrado em extra-texto a cores e preto e branco; e com vinhetas e aberturas de
capítulos de Continelli Telmo. Obra monumental colaborada por Jaime Cortesão, Agostinho Fortes, Joaquim de Carvalho, F.
Reis Santos, Manuel Maria Coelho, Lopes de Oliveira, Luz de Almeida e Bourbon e Meneses.
€300
496. MONTALVOR. (Luís de) HISTORIA DO REGIMEN REPUBLICANO EM PORTUGAL. Publicada sob a direcção de
… e ilustrada com vinhetas e aberturas de capítulos de Continelli Telmo, Edição da Emprêsa Editorial Ática. Lisboa. 1930-35.
2 volumes de 31x23 cm. Com 387 e 416 pags. Encadernações do editor. Ilustrado em extra-texto a cores e preto e branco. Obra
monumental colaborada por Jaime Cortesão, Agostinho Fortes, Joaquim de Carvalho, F. Reis Santos, Manuel Maria Coelho,
Lopes de Oliveira, Luz de Almeida e Bourbon e Meneses.
€300
497. MONTE OLIVETE. (Fr. Manuel do) EXPLICAC,AM DA SEGVNDA REGRA DE S. CLARA. COMPOSTA PELO P.
F. MANOEL de Monte Oliuete, Lector jubilado, & filho da sancta Prouincia de Portugal, da Regular Observancia, da Ordem
de N. Glorioso & Seraphico Padre S. Francisco. EM LISBOA. Por Pedro Craesbeck Impressor delRey. 1621. In 8º (de 15x10
cm) com (iv)-283-(vi) fólios. Encadernação (do séc. XX) inteira de pele ao gosto da época, cansada. Cortes das folhas
carminado. 1ª edição. Exemplar com leves picos de acidez próprio do papel e corte das folhas carminado. Inocêncio VI, 62 e
XVI, 271: “ Fr. Manuel do Monte Olivete, Franciscano da provincia de Portugal, Leitor jubilado em Theologia, Definidor e
Custodio da provincia, etc. Foi natural de Villa do Conde, na provincia do Minho, e morreu em 1635”.
€500
498. MONTEIRO DA ROCHA, José. TRATADO DE HYDRODYNAMICA POR M. BOSSUT DA ACADEMIA REAL DAS
SCIENCIAS de Parîs, Examinador dos Ingenheiros &c. &c. TRADUZIDO E ABREVIADO do Francez. [Por…] COIMBRA
NA REAL OFFICINA DA UNIVERSIDADE. M.DCC.LXXV. (1775] In 8.º 20x13 cm. com xv, 320 pags. Encadernação da
época inteira de pele com nervos e ferros a ouro na lombada. Cortes das folhas carminados. Ilustrado com xiv gravuras
desdobráveis com representação de experiências e de aparelhos científicos. Gravura com as armas reais portuguesas (D. José)
na folha de rosto. Obra publicada à luz da reforma pombalina da universidade de Coimbra e dos estudos em Portugal. Nas
folhas iniciais constam um privilégio régio e respetivo alvará assinado pelo próprio marquês de Pombal, retirando ao colégio
dos Nobres as faculdades do ensino dos estudos e da impressão dos livros clássicos matemáticos, transferindo as mesmas em
exclusivo para a universidade de Coimbra. Obra rara. Primeira edição, desconhecida por Inocêncio que apenas refere edições
oitocentistas. Inocêncio V, 75. ”JOSÉ MONTEIRO DA ROCHA, do Conselho de Sua Magestade, Commendador da Ordem de
Christo, Conego magistral da Sé de Leiria; primeiro Lente jubilado da Faculdade de Mathematica, Director do Observatorio
astronomico, e Vice reitor da Universidade de Coimbra; Mestre do principe da Beira (depois D. Pedro IV de Portugal); Socio e
Director de classe da Academia Real das Sciencias de Lisboa, etc. etc. - N. em Canavezes, villa situada na margem direita do
Tamega, proxima d'Amarante, a 25 de Junho de 1734. Diz se que sendo levado ainda na infancia para o Brasil, cursára os
estudos no collegio dos Jesuitas da Bahia; que alli professára o instituto de Sancto Ignacio; e que por occasião da expulsão
d'estes regulares em 1759 elle preferira abandonar os seus consocios, deixando se ficar na mesma cidade, onde o governador
que então era o encarregára da educação de seus filhos. Outros pretendem que, tendo entrado na ordem em Portugal, só depois
da expulsão d'ella fosse parar á Bahia, d'onde voltou para o reino ao fim de alguns annos. Conta se como certo, que no tempo
em que o Marquez de Pombal projectava a reforma da Universidade, o mandára chamar, em razão das informações que
obtivera da sua capacidade e sciencia, achando se elle ainda então no Brasil, segundo uns e conforme outros em Coimbra, já de
volta da Bahia. Parece que não fôra sem grande receio que o ex jesuita comparecêra perante o ministro, o qual recebendo o
com affabilidade lhe perguntou: «Qual das cadeiras da Universidade se julgava apto para reger?» - A isto respondeu
modestamente o interrogado: «Aquella que os mais não quizerem.» Então o marquez, batendo lhe amigavelmente com a mão
no hombro, lhe disse: «Socegue, que ha de ser empregado!» Tractando se para logo da reforma, foi lhe incumbida, e por elle
organisada e redigida a parte dos novos Estatutos da Universidade que diz respeito ás sciencias naturaes, e á mathematica. (V.
o Ensaio de Historia Litter. de Portugal por Freire de Carvalho, a pag. 370). Traduziu e preparou depois alguns compendios
para uso das aulas respectivas, como abaixo se dirá. A sua fama de mathematico insigne não ficou concentrada nos dominios
portuguezes; espalhou se pela Europa, onde o seu nome é conhecido e mencionado com honra. Pouca lhe fez, todavia (a ser
exacto o que se affirma, e parece comprovar se de modo irrecusavel) a perseguição suscitada contra o infeliz José Anastasio da
Cunha, em que lhe coubera não pequena parte. (Vej. no Diccionario, tomo IV, a pag. 222.) D. João VI, quando principe
regente, o chamou para a côrte, nomeando o Mestre do principe D. Pedro, e mais infantes, cargo que desempenhou até á sahida
da familia real para o Brasil em 1807. Tendo comprado uma quinta no sitio de S. José de Ribamar, proximo de Lisboa, alli
viveu os seus ultimos annos, falecendo em 11 de Dezembro de 1819. - Vej. a seu respeito a obra já citada de Freire de
Carvalho, pag. 237 e 421; Balbi, no Essai Statistique, tomo II, pag. xl; o livro Poesie lyrique portugaise etc. por A. M. Sané
(Diccionario, tomo I, pag. L.) a pag. LXXVII; e um artigo biographico pelo sr. Martins Bastos, na Instrucção Publica, tomo IV
(1858) a pag. 20. José Monteiro da Rocha legou por morte á Academia das Sciencias todos os seus manuscriptos, os quaes
foram mandados entregar a esta corporação pela Secretaria dos Negocios do Reino, contidos em um caixote, a cuja abertura se
procedeu em o 1.° de Março de 1825. Tive occasião de examinar o inventario que d'elles se formou, e que existe ainda
archivado na Academia. Versam pela maior parte sobre assumptos proprios das sciencias mathematicas, principalmente da
astronomia, havendo entre elles varias memorias incompletas. Havia tambem alguns Sermões, Oracções latinas, etc. e uma
Collecção de pareceres sobre a renuncia universal das boas obras e suffragios a favor das sanctas almas do purgatorio,
comprehendendo vinte e nove cadernos de papel em folio! - Dizem que em poder de Manuel Francisco de Oliveira, professor
de latinidade em Belem (do qual tractarei em seu logar), ficaram outras Orações latinas. Foi lhe mandado conferir o grau de
doutor por portarias do marquez de Pombal, de 3 e 7 de outubro de 1772.”
€900
499. MONTEIRO DE MENDONÇA. (Henrique José) A ROÇA BOA ENTRADA. S. TOMÉ. África Occidental Portugueza.
Typographia 'A Editora”. Lisboa. 1906. De 26x20 cm. Com 63-[i] pags. Encadernação com lombada e cantos em pele.
Ilustrado com 31 gravuras extra-texto impressas sobre papel couché com todos os aspectos da cultura do cacau: recolha e
transporte do cacau, oficinas, fábricas, ferrovias, hospital, sanzalas, grupos de trabalhadores, habitações principais etc. e com
quadros de dados da contabilidade da roça monografada. Exemplar por abrir.
€150
500. MONTEIRO, Pedro. HISTORIA DA SANTA INQUISIÇAÕ DO REYNO DE PORTUGAL, e suas Conquistas.
PRIMEIRA PARTE. DA ORIGEM DAS SANTAS INQUISIÇOENS DA CHRISTANDADE, e da Inquisiçaõ antiga, que
houve neste Reyno com os seus Inquisidores Geraes. OFFERECIDA AO MUITO ALTO, E PODEROSO REY D. JOAÕ V.
NOSSO SENHOR. COMPOSTA PELO PADRE Fr. PEDRO MONTEIRO ULYSSIPONENSE, Doutor, e Mestre da Sagrada
Theologia, Consultor da Santa Inquisiçaõ, Prégador do numero do Senhor Infante D. Francisco, Examinador Synodal do
Arcebispado de Lisboa, das Igrejas do Infantado, e das do grande Priorado do Crato, e Academico do numero da Academia
Real, Religioso da Sagrada Ordem dos Prégadores.LIVRO SEGUNDO, Da Santa Inquisiçaõ antiga, que houve neste
Reyno desde o Senhor Rey D. Afonso II até o governo do Senhor Rey D. Joaõ III., e nos mais de Hespanha até o del-Rey
Catholico D. Fernando, e dos Concilios Geraes, scismas, e heresias, que por estes tempos houveraõ na Igreja. LISBOA,
Na Regia Officina SYLVIANA, e da Academia Real. M. DCC. L. [1750]. In fólio (de 28x21 cm) com [ix], 544 pags.
Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada. Ilustrado com vinhetas e capitulares decorativas nas
primeiras páginas. Obra da qual apenas se publicou a primeira parte dividida em 2 livros ou volumes [1º e 2º] com titulos
diferentes. É apenas o 2º volume ou livro (no ano anterior publicou-se outro volume com a 1ª Parte) Exemplar com leves
vestígios de humidade. Corte das folhas carminado. Obra com um índice alfabético das coisas mais notáveis deste livro, das
quais destacamos: “Judeus. O como viviam em Portugal. Alguns foram preferidos para os ofícios públicos. Privilégios que
lograram. O seu juramento. Chamavam ao Pentateuco Tora. Quando algum se convertia era tratado com muita caridade. Não
podiam sair da Judiaria depois das Ave Marias. Contra os que depois de baptizados caiam nos antigos erros procedeu o
Inquisidor D. Fr. Soeiro Gomes. O mesmo fez o segundo inquisidor o B. Gil. Os que converteu S. Vicente Ferreira. Os que se
apresentaram na nova Inquisição de Espanha. Os convictos e pertinazes que foram queimados. São expulsos dos Reinos de
Castela. Entram em Portugal. Seus filhos são mandados a povoar a Ilha de S. Tomé. O como com eles se houve El-Rei D.
Manuel. Nunca tiveram privilégio dos Reis de Portugal para não serem castigados pelos Inquisidores. Motim, que contra eles
se levantou em Lisboa”. INOCÊNCIO VI, 434: “Frei Pedro Monteiro, Dominicano, Mestre em Artes, e Lente de Teologia;
Académico da Academia Real de Historia, e afamado pregador no seu tempo. Nasceu em Lisboa em 1662, e morreu no
convento da Batalha em 1735. Livro 1.º Em que se mostra a origem da Sancta Inquisição e seu primeiro Inquisidor geral, o
patriarcha S. Domingos, e de como este impugnou e destruiu a heresia dos albigenses; de outras Inquisições que fez; e
Inquisidores da sua ordem que nomeou. Lisboa, na Offic. Silviana 1749. 4.º gr. HISTORIA DA SANCTA INQUISIÇÃO,
ETC. LIVRO 2.º Da Sancta Inquisição antiga que houve n'este reino, desde o sr. rei D. Affonso II até o governo do sr. rei D.
João III e nos mais de Hespanha até o d'el rei catholico D. Fernando, e dos concilios geraes, scismas e heresias, que por estes
tempos houveram na igreja. Ibi, na mesma Offic. 1750. 4.º gr. Nesta obra, que só veio a publicar se póstuma, como se mostra
pela data, deu o autor novas provas de que lhe faltou a melhor parte dos requisitos necessários e indispensáveis ao bom
historiador. Abundam estes volumes em erros e equivocações de toda a espécie. Ainda muito antes de impressa, isto é, logo
que foi apresentada á Academia, a confutou vigorosamente o outro académico Frei Manuel de São Dâmaso na sua Verdade
elucidada e depois de publicada escreveu largamente contra ela o P. José Caetano d'Almeida, bibliotecário d'el rei D. João V,
nas suas Memorias manuscritas, que se conservam autografas na livraria da Academia Real das Ciências. Aí se encontram
repetidas provas da ignorância e falta de averiguação com que Frei Pedro Monteiro escrevera a sua Historia. Os dois tomos
desta obra têm sido vendidos por preços entre 1:600 e 2:400 réis'.
€600
501. MONTEIRO. (Manuel) IGREJAS MEDIEVAS DO PORTO. [Por]… da Academia das Ciências de Lisboa, da Academia
Nacional de Belas Artes. (Obra póstuma). Marques Abreu Editor. Porto. 1954. De 34x27 cm. Com 89-(vi)pags. Encadernação
da época com lombada e cantos em pele. Ilustrado com 61 estampas com fotogravuras dos monumentos e dos seus pormenores
arquitectónicos. Contém plantas das igrejas em extra-texto.
€300
502. MONTEMAYOR, Jorge de. LOS SIETE LIBROS DE LA DIANA DE GEORGE DE MONTEMAJOR. Ou sous le nom
de Bergers & Bergeres sont compris les amours des plus signalez d'Espagne. Traduicts d'Espagnol en Francois, et conferez és
deux langues. P.S.G.P. [par Simon George Pavillon. Traduction revue par Bertranet]. A PARIS, Chez Rolet Boutonné, [1613]
In 8º de 16,5x11 cm. Com [iii], 347, [x], [i branco] fólios. Encadernação da época em pergaminho flexível com pequenos
defeitos. Exemplar com alguma acidez própria da qualidade do papel, manchas antigas de humidade e leves picos de traça
marginais. Edição bilingue castelhano-francês impressa a duas colunas, apresenta vinheta xilográfica na folha de rosto. Obra
principal do escritor português Jorge de Montemor (1520-61), famoso também como poeta, músico e aventureiro. Nascido nos
arredores de Coimbra, passou a Espanha, inserido no séquito da Rainha D. Maria de Portugal. Rara edição bilingue castelhanofrancês, a primeira foi publicada em 1559. Este romance quinhentista de estilo bucólico ou novela pastoril, foi escrito
originalmente em castelhano, como era costume deste estilo literário, naquela que foi a época áurea da literatura portuguesa.
Foi inspirado na literatura italiana renascentista e influenciou decisivamente a literatura espanhola do século de ouro.
€900
503. MONUMENTO NACIONAL A CRISTO REI. Memória Histórica 1936-1959. Coordenada e editada pelo Secretariado
Nacional do Monumento. Lisboa. 1965. De 25x20 cm. Com 237 pags. Encadernações inteiras em pele marroquin vermelho,
com ferros a ouro nas lombadas, nas esquadrias das pastas e conchas interiores, executada pelo mestre encadernador Frederico
d’Almeida. Corte dourado por folhas. Ilustrado com cerca de 100 páginas extra-texto com o Documentário Gráfico, contendo
aspectos do sistema de contrução das fundações, do plinto e da figura. Exemplar com falta das capas de brochura.
€150
504. MORAES SILVA. (António de) HISTÓRIA DE PORTUGAL COMPOSTA EM INGLEZ POR HUMA SOCIEDADE DE
LITTERATOS, TRASLADADA EM VULGAR COM AS ADDIÇOENS DA VERSÃO FRANCEZA, E NOTAS DO
TRADUTOR PORTUGUEZ, ANTONIO DE MORAES SILVA, NATURAL DO RIO DE JANEIRO. LISBOA Na Offic. Da
ACADEMIA REAL DAS SCIENC. ANNO M. DCC. LXXXVIII. - M.DCCC.II. [1788-1802]. Obra em 4 tomos encadernados
em 3 volumes. In 12.º (de 14x10 cm) com xxxii, 339, 371, 419, e 80 pags. Encadernações da época com lombadas em pele
com ferros a ouro. Exemplar ligeiramente aparado; com ex-libris do Visconde da Foz d'Arouce; e com falta do mapa
(desdobrável) de Portugal. Primeira edição desta História de Portugal várias vezes reimpressa e produzida pelo famoso
dicionarista luso-brasileiro. Inocêncio I, 209 “António de Moraes Silva bacharel formado em Leis pela Universidade de
Coimbra, seguiu a carreira da magistratura, e sendo despachado para o Brasil, servia, dizem, o cargo de desembargador na
relação da Baía quando, por motivo de desgostos que teve com o chanceler, resignou o lugar, e retirou se pare Pernambuco. Aí
adquiriu algumas propriedades, e tornando-se Senhor d'Engenho, teve a patente de Capitão-Mór do Recife e coronel de
milícias de Moribeca. Por ocasião da Revolução Republicana em 1817, o povo o nomeou membro do Governo Provisório
porém ele recusou tomar parte nos acontecimentos, conservando se a eles completamente estranho. Foi natural da cidade do
Rio de Janeiro, e nasceu provavelmente entre os anos de 1756 e 1758. Morreu em Pernambuco em 1825, contando pelo meu
cálculo de 67 a 69 annos. O pouco que há de averiguado para a sua biografia pode ler-se na Revista trimensal do Instituto do
Brasil, tomo XV pág. 244”.
Bindings: contemporary half calf. An interesting translation of a foreign contemporary History
of Portugal stamped at the Royal Academy of Sciences in Lisbon.
€200
505. MORAES. (Inácio Paulino de) ITINERARIO LISBONENSE OU DIRECTORIO GERAL DE TODAS AS RUAS,
TRAVESSAS, BECOS, CALÇADAS, PRAÇAS, &c. Que se comprehendem no recinto da cidade de Lisboa, com seus
próprios nomes, principio, e termo, indicados os lugares mais conhecidos, e geraes, para utilidade, uso, e commodidade dos
estrangeiros, e nacionaes. TERCEIRA EDIÇAÕ. LISBOA, 1824, NA TYPOGRAPHIA ROLLANDIANA. In 12.º (de 15,5x11
cm.) com viii-[ii]-142 pags. Brochado. Exemplar por aparar; com as capas de brochura originais; e mancha de humidade nas
últimas páginas. Inocêncio (III, 213) não menciona esta edição: 'Itinerario Lisbonense, Lisboa, Imp. Regia 1804. 8.º Ibi, na
Imp. de João Nunes Esteves 1825. 12.º de VIII 136 pag. Sahiu sem o nome do auctor. Creio que ambas as edições são
conformes entre si. Sufficientemente exacto no tempo em que foi escripto, este Itinerario é hoje de menor prestimo, em razão
das successivas alterações occorridas na capital d'então até agora'.
€200
506. MORAIS, Inácio Paulino de. ITINERARIO LISBONENSE OU DIRECTORIO GERAL DE TODAS AS RUAS,
TRAVESSAS, BECOS, CALÇADAS, PRAÇAS, &c. Que se compreendem no recinto da cidade de Lisboa, com os seus
próprios nomes, principio, e termo, indicados os lugares mais conhecidos, e geraes, para utilidade, uso, e comodidade dos
estrangeiros, e nacionais. Terceira edição. Na Typographia Rollandiana. Lisboa, 1824. De 15x10 cm. Com viii, [i], 142 pags.
Encadernação da época com lombada em pele. Inocêncio III, 213: “Ignacio Paulino de Moraes, cuja naturalidade e mais
circunstancias se conservam ainda ocultas à minha investigação. Vivia em Lisboa no princípio do seculo XIX. Suficientemente
exacto no tempo em que foi escrito, este Itinerário é hoje de menor préstimo, em razão das sucessivas alterações ocorridas na
capital de então até agora”.
€150
507. MORATO ROMA, Francisco. LUZ DA MEDICINA, PRATICA RACIONAL, E METHODICA, GUIA DE
INFERMEIROS, DIRECTORIO DE PRINCIPIANTES. [Vinheta do autor, armoriada e com moto: «fortuna volare impedit»].
Anno 1686. AVTOR O DOVTOR FRANCISCO MORATO Roma. Medico, Medico da Camara de S. Magestade, & do S.
Officio da Inquisiçaõ, Cavaleiro professo da Ordem de Christo. LISBOA. Na Officina de DOMINGOS CARNEYRO. In 8º gr.
(de 20x15 cm) com [xxiv], 428 pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada, com ligeiros
trabalhos de traça e dano na coifa inferior. 3ª edição de conhecidas desta obra. Trata-se do primeiro tratado de enfermagem
escrito em português. Inocêncio III, 17: “Francisco Morato Roma, Cavalleiro da Ordem de Christo, Formado em Medicina pela
Universidade de Coimbra, e Medico da camara dos reis D. João IV e D. Affonso VI, etc. N. em Castello de Vide, na provincia
do Alemtejo, a 4 de Outubro de 1588, e m. em Lisboa, com 80 annos no de 1668. Luz da Medicina pratica, racional e
methodica, guia de enfermeiros, dividida em tres partes. Lisboa, por Henrique Valente de Oliveira 1664. 4.º Ibi, por Antonio
Craesbeeck de Mello 1672. 4.º Coimbra, por João Antunes 1700. 4.º Ibi, no Real Collegio das Artes 1726. 4.º Ibi, por
Francisco de Oliveira 1753. 4.º de VIII 488 pag. (Esta ultima impressão contém de mais um Tratado das sezões perniciosas, e o
Compendio de varios remedios de cirurgia, por Gonçalo Rodrigues de Cabreira, que tambem já fôra addicionado na edição
antecedente de 1726.) Da Luz da Medicina (n.º 1527) vi ainda mais outra edição, Coimbra por João Antunes 1712. 4º '. €900
508. MOREIRA DAS NEVES. (Padre) O CARDEAL CEREJEIRA PATRIARCA DE LISBOA. Editorial Pro-Domo. Lisboa.
S/d. [1948]. De 31x22 cm. Com 475 pags. Encadernação da época com lombada em pele. Profusamente ilustrado com
fotogravuras e fac-similes de documentos académicos. Contém fotogravura com a Casa dos Grilos em Coimbra assinalada
(pag. 170) com os quartos contíguos de Oliveira Salazar e do cardeal Cerejeira enquanto académicos. Obra fotobiográfica com
excelente aparato gráfico e impressa a duas cores. Contém a história do Patriarcado de Lisboa - ilustrado com os seus Prelados
e Patriarcas – e apresentando as fundações dos novos seminários e a recuperação dos antigos seminários, tal como o de São
Paulo em Almada com imagens das suas instalações. Fotobiografia inclui gravuras e imagens da sua aldeia natal (Lousado,
Famalicão, Minho) e da sua família; sendo a restante obra repartida pelas reportagens das suas viagens no continente, nas
colónias portuguesas, no Brasil e em Roma.
€150
509. MOUTA. (F.) e H. O’Donnell. CARTE GÉOLOGIQUE DE L’ANGOLA. (1/2.000.000). Notice Explicative par… et…
Ingénieurs I. S. T. , Géologues du Service Géologique de l’Angola, Collaborateurs des «Serviços Geológicos de Portugal».
Colónia de Angola. República Portuguesa. [Composto e Impresso por Oficinas Gráficas do Anuário Comercial; e por Ramos,
Afonso & Moita, Limitada]. Lisboa. 1933. Junto com: NOTÍCIA EXPLICATIVA DO ESBOÇO GEOLÓGICO DE
ANGOLA. (1/2.000.000). (com tradução francesa do autor). Junta de Investigações do Ultramar. Ministério do Ultramar.
Lisboa. 1954. 2 volumes enc. em 1. De 32x25 cm. Com 87 e 148 pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele.
Profusamente ilustrados com fotogravuras extra-texto com micas de sobreposição em papel vegetal com legendas; e mapas
desdobráveis acondicionados dentro das bolsas das capas de brochura. Segundo volume publicado 20 anos depois da primeira
publicação, e unicamente da autoria de F. Mouta.
€300
510. MOZART, Wolfgang Amadeus. DIE ZAUBERFLOETE. [A Flauta Mágica] Grand Opéra composée par M. MOZART
arrangée pour le Clavecin, ou Piano Forté, avec Violon obligé, par Jean André. Seconde edition. Nº 1742. A Offenbach s/M,
Chés J. André. S/d. [circa 1794]. 2 volumes. De 32x24 cm. Com 50 e 23 pags. Brochados (apresentando capas de brochura da
época em papel decorativo com rótulos manuscritos); e acondicionados em estojo-encadernação do século XIX com lombada e
cantos em pele. Contém 2 partituras musicais separadas: a parte de piano forte com o arranjo das várias partes da ópera; e a
parte da abertura para violino. Wolfgang Amadeus Mozart (27 de Janeiro, 1756 - 5 de Dezembro 1791). Die Zauberfloete [A
Flauta Mágica] ópera de inspiração maçónica e iluminista, estreou-se em Viena em 30 de Setembro 1791, no Freihaus Theater
auf der Wieden. Mozart dirigiu a orquestra, Schikaneder, que escreveu o libreto, publicado pela primeira vez em 1814,
interpretou ele mesmo Papageno, enquanto o papel da Rainha da Noite foi representado pela cunhada de Mozart Josepha
Hofer. Esta ópera foi bem recebida, e embora não houvesse comentários dos primeiros desempenhos, foi imediatamente
evidente que Mozart e Schikaneder tinham alcançado um grande sucesso. Esta ópera, atraindo multidões, atingiu centenas de
apresentações durante a década de 1790. O sucesso de A Flauta Mágica levantou o moral de Mozart que tinham caído doente
poucas semanas antes. Comemorou o seu centésimo desempenho em Novembro de 1792, mas Mozart não teve o prazer de
testemunhar esse marco, tendo morrido em 5 de Dezembro de 1791. Desde a sua estreia A Flauta Mágica sempre foi uma das
obras mais queridas do repertório operático e é actualmente a quarta ópera mais representada a nível mundial.
Wolfgang
Amadeus Mozart (27 January 1756 – 5 December 1791). Die Zauberfloete was premiered in Vienna on 30 September 1791 at
the suburban Freihaus Theater auf der Wieden. Mozart conducted the orchestra, Schikaneder who wrote the libretto played
himself Papageno, while the role of the Queen of the Night was sung by Mozart's sister-in-law Josepha Hofer. On the reception
of the opera, although there were no reviews of the first performances, it was immediately evident that Mozart and Schikaneder
had achieved a great success, and the opera drawing immense crowds and reaching hundreds of performances during the
1790s. The success of The Magic Flute lifted the spirits of its composer, who had fallen ill while in Prague a few weeks before.
The opera celebrated its 100th performance in November 1792. Mozart did not have the pleasure of witnessing this milestone,
having died of his illness on 5 December 1791. Since its premiere, The Magic Flute has always been one of the most beloved
works in the operatic repertoire, and is presently the fourth most frequently performed opera worldwide.
€1.000
511. MUELLER. (Barão Fred. von) DICCIONARIO DE PLANTAS UTEIS. [1ª edição]. Próprias para cultura principalmente
nas regiões extra-tropicaes com as indicações de cada uma e de muitas applicações que d’ellas se podem fazer pelo Barão Ferd.
von Mueller Botânico official em Victoria (Austrália). Traduzido e annotado no que se refere a Portugal pelo Dr. Júlio A.
Henriques Professor de Botânica na Universidade de Coimbra e Director do Jardim Botânico da mesma cidade. Edição da
Gazeta das Aldeias. Porto. 1905. De 24x17 cm. Com xv-317 pags. Encadernação recente com lombada em pele. Ilustrado com
os retratos do autor e do tradutor em meio corpo. Este dicionário está organizado pelas entradas dos nomes científicos das
plantas em latim, pelos nomes científicos alternativos em latim, e ainda pelas designações mais usuais nas línguas vernáculas
nativas e coloniais (português, inglês, francês,etc).
€150
512. MUÑOZ, M. D. Francisco. FUNICULO AUREO, TRIPLICE INDISSOLUBLE EL MUY ALTO, Y PODEROSO SEÑOR
DIGNISSIMO REY de Portugal, la Serenissima SEÑORA D. MARIANNA VICTORIA CON EL SERENISSIMO SIEMPRE
MAXIMO SEÑOR. DON JOSEPH PRINCIPE DEL BRASIL, Y LA SERENISsima Princesa Nuestra Señora DOÑA MARIA
BARBARA GLORIA DE PORTUGAL, HONOR DEL Austria, con el Serenissimo Señor Principe de Asturias, DON
FERNANDO. CANTE EUROPA, COMPITIENDOLE PROFUNDOS GOZOS A LA REAL Casa de Castilla; sea índice de
tanta universal alegria la que al glorioso nombre del Serenissimo PRINCIPE DEL BRASIL CONSAGRA UN INGENIO
ANDALUZ. LISBOA OCCIDENTAL, EN LA PATRIARCAL IMPRESSION DE LA MUSICA, M. DCC. XXVII. [1727].
In-4º de 21X15,5 CM. Com [lxxx], 267 pags. Encadernação da época inteira de pele. Exemplar com margens generosas e papel
muito sonante, assinatura de posse na folha de rosto. Obra de grande erudição e poesia, dedicada aos casamentos reais e à
época pacífica que se atravessava então na Península Ibérica. Palau 1990, V 265.
€500
513. MURALHA. (Pedro) TERRAS DE AFRICA. MOÇAMBIQUE E RAND. Composto e impresso na Publicitas. Lisboa. S/d.
[1925]. De 23x16 cm Com 412-viii pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele. Profusamente ilustrado.
Exemplar com capa de brochura. Obra com importantes apontamentos e recolhas fotográficas de África incluindo a África do
Sul; Moçambique e o Transvaal. Contém análise das principais culturas e produções (açúcar, do algodão, etc) e quadros de
dados.
€200
514. MURALHA. (Pedro) TERRAS DE AFRICA. S. TOMÉ E ANGOLA. Composto e impresso na Publicitas. Lisboa. S/d.
[1925]. Junto com: TERRAS DE AFRICA. MOÇAMBIQUE E RAND. Composto e impresso na Publicitas. Lisboa. S/d.
[1925]. 2 obras enc. em 1 volume. De 23x16 cm Com 455-viii-412-viii pags. Encadernação recente com lombada em pele.
Profusamente ilustrado no texto com fotogravuras e alguns fac-similes de notas de banco. Exemplar com falta de capas de
brochura e oxidação natural do papel. Obra com importantes apontamentos e recolhas fotográficas de África incluindo a África
do Sul; Moçambique e o Transvaal. Contém um capítulo sobre a depreciação da moeda e a subida generalizada dos preços em
Angola durante os anos de 1920; as produções das culturas do açúcar, do algodão; e quadros de dados das principais
produções.
€300
515. MUSITANO. (Carlo) R. D. CAROLI MUSITANI PHILOSOPHIAE, AC MEDICINAE Doctoris Clarissimi DE
MORBIS MULIERUM TRACTATUS CUI QUAESTIONES DUAE, ALTERA De Semine cum Masculeo, tum Foemineo,
altera de sanguine menstruo, ut pote ad opus aptè facientes sunt praefixae. QUAE AD EARUNDEM NATURAM
MULIERUM, Anatomen, conceptum, uteri gestationem, foetus animationem, & hominis ortum attinent, ubertim simul
explanantur. OMNIA JUXTA RECENTIORUM PHILOSOPHIAE PRINCIPIA, & Medicorum Experimenta, sedulò enucleata.
Cum Indicibus Capitum, Rerum, & Materiarum locupletissimis. COLONIA ALLOBROGUM. [Genébra, Suíça]. Sumptibus
Choüet, G. De Tournes, Cramer, Perachon, Ritter, & S. De Tournes. M. DCCIX. [1709]. In 4º (de 22x18 cm) com [viii]-240
pags. Encadernação da época inteira de pele com resturo na lombada e no rótulo. Ilustrado com um retrato do autor 1635-1714
(aos 63 anos de idade) em anterrosto. Obra impressa a duas colunas. Exemplar com títulos de posse coevos sobre a folha de
rosto e apontamentos nas margens do texto. Tratado em um único livro sobre as doenças venéreas (femininas), contendo um
receituário oficinal farmacológico.
€200
516. MUZIO. (Jerónimo) BATTAGLIE DI HIERONIMO MVTIO Giustinopolitano, Per diffesa dell’Italica lingua, CON
ALCVNE LETTERE A gl’infrascritti nobili spiriti: cioè, Al Cesano, & Al Caualcanti, Al Signor Renato Tiuultio, & Al Clariss.
Signor Domenico Veniero: col quale in particolare discorre sopra il Corbaccio. Com vn Trattato, intitolato la Varchina: doue se
correggono com molte belle ragioni, non pochi errori del Varchi, del Casteluetro, & del Ruscelli. Et alcune bellissime
Annotationi sopra il Petrarca. CON PRIVILEGIO. [Vinheta do impressor]. In Vinegia, Apresso Apresso Pietro Dusinelli.
1582. In 8º (de 16,5x11 cm) com [xxii]- 216 pags. Encadernação inteira de pele restaurada. Ilustrado com vinheta do impressor
na folha de rosto, e capitulares decorativas abertas a talhe doce. Exemplar com assinatura coeva de posse na de rosto.
Binding: full calf remake with the remains of the original 18th Century hardcover material. Illustrated with woodcut device on
title page, set in italic letter throughou: a good and clean copy
€900
517. NAPOLÉON III. (Imperador dos Franceses) ATLAS POUR L’HISTOIRE DE JULES CÉSAR. Par... [Editor] Henri
Plon, Paris, 1865. In fólio de 36x27 cm. Com 4-32 fólios. Ilustrado com 4 mapas litografados coloridos do Império Romano; e
32 gravuras com cartas geográficas e planos das batalhas de Júlio César. Encadernação da época inteira de chagrin verde com
nervos, ferros a ouro nas pastas e seixas. Dourado por folhas. O quarto mapa colorido é a carta da península de Peniche. Tratase apenas do atlas da obra, constando a mesma de 2 volumes: Atlas+Texto. Obra da autoria de Napoleão III, sobrinho de
Napoleão Bonaparte, que tal como o seu tio foi um admirador do estilo e das conquistas imperiais de Júlio César. Contém
vários estudos e levantamentos arqueológicos de campos de batalha; reconstituindo os entrincheiramentos, abatizes, e
fortificações provisórias dos romanos, e tentando compreender a capacidade de vencer uma guerra de sítio.
€500
518. NIEREMBERG Y OTIN. (Juan Eusebio) FRAGOA DO AMOR DE MARIA MAY DE DEOS, E RAINHA dos Anjos;
Composta em lingua Espanhola pelo Padre JOAM EUSEBIO NIEREMBERG, E taduzida no Portuguez, por hum escravo da
Virgem o qual o accrescentou com o Rozario da mesma Senhora, meditado sem contas, com a Ladínha, vertida de Latim ao
Portugues, e com outras maes particulares devoções. DEDICADO Á SENHORA D. HELENA LUIZA DE NORONHA, E
LIMA POR JOAM FERREIRA, E impresso á sua custa. LISBOA: Na Officina PINHEIRENSE da Musica, e da Sagrada
Religião de Malta. S/d [1747]. In 8º (de 15x10 cm) com [xvi]-288 pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a
ouro na lombada e rótulo vermelho. Ilustrado com vinheta colorida manualmente na época. Exemplar com nota coeva
manuscrita na folha de guarda: 'Concedo licença ao meu Leitor Frei José de Varge para que possa usar deste livro. Convento
de N. S. da Consolação do Bosque [Borba, Alentejo] 14 de Abril de 1826. Frei João de Fronteira'. Inocêncio não menciona.
Palau 1994, V, 300-304: não menciona. Existe exemplar na BNP, em Lisboa. Juan Eusebio Nieremberg y Otin, (1595-1658),
teólogo nascido em Madrid de pais alemães, tendo estudado os clássicos e o Direito Canónico em Alcalá e em Salamanca,
onde entrou para a Companhia de Jesus em 1614. Estudou grego e hebraico no Colégio de Huete, artes e teologia em Alcalá, e
foi ordenado em 1623, fazendo sua profissão em 1633. No Colégio Imperial de Madrid, ensinou ciências humanas, história
natural e Sagrada Escritura. Foi nomeado pelo confessor real da Duquesa de Mântua, neta de Filipe II. Notável pela sua vida
exemplar, e pelas suas orações, foi um dos mais prolíficos escritores de seu tempo com 73 obras impressas e 11 obras
manuscritas. As suas obras destacam-se pela sua erudição, pela nobreza e pureza de dicção, e pela concisão e estrutura das
frases.
€150
519. NIEUHOFF, J. LEGATIO BATAVICA AD Magnum Tartaria Chamum SUNGTEIUM, Modernum Sinae
Imperatorem. HISTORIARUM NARRATIONE, QUAE Legatis in Provinciis Quantung, Kiangsi, Nanking, Xantung, Peking,
& Aula Imperatoriâ ab Anno 1655 ad annum 1657 obtigerunt, ut & árdua Sinensium in bello Tartarico fortunâ, Provinciarum
accurata Georaphia, urbium delineatione, NEC NON Artis & Natura miraculis ex Animalium, Vegetabilium, Mineralium
genere per centum & quinquaginta aneas figuras passim illustrata & conscripta vernacule PER JOANNEM NIEUHOVIUM,
Primum Legationis Aulae magistrum, jam Coylana Prafectum. LATINITATE DONATA Per Clarissimum Virum
GEORGIUM HORNIUM, Historiarum in celeberrrimâ Lug. Batv. Acad. Prof. AMSTELODAMI, Apud Jacobum Meursium,
MDC LXVIII. [1668] In fólio de 31,5x20 cm. Com [x], 184, 172, [viii] pags. Encadernação da época inteira de pele com
nervos e ferros a ouro na lombada. Ilustrado com 1 frontispício gravado, 1 retrato do autor, 1 mapa da China desdobrável, 35
gravuras (33 são desdobráveis e 2 de página dupla), 1 vinheta gravada na folha de rosto e 109 gravuras no texto. Exemplar com
leves manchas marginais de humidade. Obra especialmente importante por conter algumas das primeiras ilustrações com vistas
das principais cidades das China. Primeira edição latina publicada no século xvii, época em que o latim era ainda a língua
fundamental das universidades e dos meios intelectuais, foi traduzida do holandês por George Horn, professor na universidade
de Leyden. A esta edição foi acrescentada uma gravura da cidade de Paolinx que não consta na primeira edição holandesa de
1665. Em 1667 e 1669 publicaram-se as versões francesa e inglesa. Nieuhof (1618-1672) foi um dos homens mais viajados do
século XVII. Nascido em Westphalia, viveu por nove anos (1640-1649) no Brasil e também visitou a Índia, Sri Lanka,
Indonésia e em partes da África. Serviu como secretário na missão 1655-1657 holandesa enviada de Cantão a Pequim para
garantir um acordo comercial com o imperador chinês, Shunzhi. Iniciou a sua carreira como agente da Companhia Holandesa
das Índias Ocidentais e, mais tarde emissário da rica e poderosa Companhia das Índias Orientais. Foi morto por membros da
tribo malgaxes enquanto investigava oportunidades comerciais em Madagáscar. Em termos comerciais, a missão à china não
foi um sucesso retumbante. Em vez da troca rápida de bens que esperavam, os embaixadores holandeses apenas obtiveram
permissão para enviar quatro navios mercantes, uma vez a cada oito anos. Ainda assim, a obra de Nieuhof descreve as
maravilhas que podiam ser vistas na China, excitado a imaginação dos leitores em toda a Europa. Grande parte das
informações em seu texto foram plagiadas dos escritos anteriores feitos por missionários jesuítas, como Nicholas Trigault,
Martini Martino e Álvaro Semedo, mas o que distingue o livro Nieuhof é a sua grande riqueza de ilustrações efetuadas com
base nos desenhos que ele próprio fez a aguarela durante a viagem.
Illustrated with engraved title, portrait of the author,
folding map, 33 folding and 2 double-page plates, 109 engraved text-illustrations, engraved device to title, engraved and
woodcut initials, woodcut tailpieces, Full contemporary calf, red label gilt on top of spine. Occasional very light marginal
dampstain on text. First latin edition, containing the plate of 'Paolinx' not found in the first Dutch edition of 1665. A French
translation appeared in 1667 and an English version in 1669. The edition in Latin made in the seventeenth century still a vital
language understood by a majority of scholars, it was translated from the Dutch by George Horn, a professor at Leyden
University. Initially an agent for the Dutch West India Company and later and emissary for the richer and more powerful East
India Company, Jan (or, in Latinised form, Johannes) Nieuhof (1618-1672) was among the most travelled men of the
seventeenth century. Born in Westphalia, he lived for nine years (1640-1649) in Brazil and also visited India, Sri Lanka,
Indonesia and parts of Africa. He served as secretary on the 1655-1657 Dutch mission from Canton to Beijing to secure a
trading agreement with the Chinese emperor, Shunzhi. He was killed by Malagasy tribesmen while investigating commercial
opportunities in Madagascar. In mercantile terms, the Chinese mission was not a resounding success. Instead of the brisk
exchange of goods they hoped for, the Dutch ambassadors merely obtained permission to send four trading ships once every
eight years. Still, Nieuhof’s account of the wonders to be seen in China excited the imaginations of readers throughout Europe.
Much of the information in his text was cribbed from earlier writings by Jesuit missionaries, such as Nicholas Trigault,
Martino Martini and Alvaro Semedo, but what distinguished Nieuhof’s book was its wealth of illustrations (thirty-five plates,
one hundred and eight text-engravings and a folding map), based on the acutely observed drawings he made during the
journey. The first Dutch edition was published in 1665. Cordier Sinica 2346-7; Löwendahl I, 137.
€12.000
520. NOBRE. (António) SÓ. Livraria Tavares Martins. Porto. 1950. De 22x16 cm. Com 221 pags. Encadernação inteira de pele
com ferros a ouro na lombada e seixas, guardas em seda, apenas aparado à cabeça e dourado por folhas. Edição comemorativa
do cinquentenário da morte do poeta.
€60
521. NORDENSKIÖLD, A. E. VOYAGE DE LA VEGA AUTOUR DE L'ASIE ET DE L'EUROPE Accopagné d'un résumé
des voyages précédemment effectués le long des cotes septentrionales de l'ancien continent. Ouvrage Traduit du Suédois avec
l'autorisation de l'auter par Mm. Charles Rabot, membre de la Société de Géographie de Paris et Charles Lallemand ingénieur
au Corps des Mines. Contenant 293 gravures sur bois, 3 gravures sur acier et 18 cartes. Librairie Hachette et Cie. Paris. 1883. 2
volumes de 28x20 cm. Com 481 e 478 pags. Encadernação em percalina azul com lombada em pele. Exemplar com leves picos
de acidez própria do papel e com carimbo oleográfico de posse na folha de rosto de ambos os volumes. Profusamente ilustrado
e com mapas desdobráveis.
€800
522. NORONHA (Eduardo de) HISTORIA DAS TOIRADAS Por… Direcção Artística de Roque Gameiro. Contém importante
numero de factos historicos, alguns dos quaes absolutamente ineditos; trinta e tres estampas devidas ao lapis de Manuel de
Macedo, Roque Gameiro, Alfredo Moraes e Alberto Sousa; anecdotas; narrativas de corridas de sensação; tragedias succedidas
na arena, desde o seculo XII até nossos dias; definições de sortes; principios e regras de toireio, a pé e a cavallo; biographias de
cavalleiros, bandarilheiros e forcados portuguezes, amadores e de profissão, creadores de gado bravo em Portugal, espadas,
novilheiros, bandarilheiros e picadores hespanhoes, sauteurs e écarteurs francezes; descripções das praças do paiz, públicas e
particulares; resenhas de rêzes, seus estados na lide, etc. Secção Editorial da Companhia Nacional Editora. Lisboa [e] Rio de
Janeiro. 1900. De 21x29 cm. Com [2]-394-[2] pags. Formato oblongo. Encadernação do editor. Ilustrado com 33 estampas
coloridas intercaladas no texto e impressas sobre papel couché. Texto impresso a duas colunas. Exemplar com miolo solto da
capa de encadernação. Obra fundamental da bibliografia tauromáquica portuguesa, com elevado interesse técnico no estudo da
lide portuguesa e ilustrada com reproduções de aguarelas de Roque Gameiro, além de outros artistas mencionados no índice de
gravuras da obra.
€400
523. NOTAS SOBRE PORTUGAL. Exposição Nacional do Rio de Janeiro em 1908. Secção portuguesa. Imprensa Nacional.
Lisboa. 1903. Obra em 2 volumes encadernados em 1. De 25x17 cm. Com viii-814 e xvi-292 pags. Encadernação da época
com lombada em pele. Profusamente ilustrado gravuras e mapas desdobráveis. Exemplar com carimbo de posse. Obra
contendo uma extensa antologia de estudos efectuados pelos mais conceituados autores com o objectivo de transmitir ao
exterior uma imagem global sobre o Portugal da sua época.
€120
524. NUNES DA CUNHA, João. EPITOME DA VIDA, E ACC,OENS DOM PEDRO ENTRE OS REYS DE CASTELLA o
primeiro deste nome. OFFERECIDO AO MVITO ALTO, E MVITO PODEROSO REY D. AFFONSO VI. NOSSO
SENHOR. ESCRITO POR IOÃO NVNEZ DA CVNHA VISO-REY DA INDIA, E GENTIL-OMEM DA CAMERA DE SVA
ALTEZA. LISBOA. Com todas as licenças necessárias. Na Offi cina de Antonio Craesbeeck de Mello, Impressor de SVA
ALTEZA. Anno 1666. In 4º (de 20x14 cm) com [ii], 124 pags. Encadernação da época em pergaminho flexível com vestígios
de atilhos. Exemplar com ex-libris oleográfico na primeira folha de texto. Referências: Ameal, 436; Samodães 2-2239; Pinto
de Matos, 427; e Arouca C775. Inocêncio III, 427: “João Nunes da Cunha, 1.º Conde de S. Vicente, do Conselho de Estado e
do de Guerra, Comendador da Ordem de Cristo, Vice-rei da Índia, etc. Foi natural de Lisboa, e morreu em Gôa em 1668,
contando apenas 49 anos de idade. Panegyrico ao serenissimo rei D. João o IV, restaurador do reino lusitano. Lisboa, por
Antonio Craesbeeck de Mello 1666. 4.º de IV 84 pag. Epitome da vida e acções de D. Pedro, entre os reis de Castella o
primeiro d'este nome, etc. Ibi, pelo mesmo 1666. 4.º de IV 124 pag. Estas duas obras, da segunda das quais dizia D. Francisco
Manuel, que sendo pequena, fazia competência a todos os grandes livros, costumam andar encadernadas juntas em um só
volume, cujo preço regula de 480 a 600 réis”.
€900
525. NUNES DE LEÃO. (Duarte) DVARDI NONII | LEONIS IVRISCONSVLTI | LVSITANI CENSVRAE IN LIBEL- |
LVM DE REGVM PORTVGALIAE | ORIGINE, QVI FRATIS JOSEPHI TEIXERAE NOMINE CIRCVM- | FERTUR. |
Item de vera Regum Portugaliae Ge- | nealogia liber. AD SERENISSIMVM PRINCIPEM ALBERTVM ARCHIDVCEM
AVSTRIAE, S. R. L. CARDINALEM. Olisipone, Ex officina Antonij Riparij | Typographij Regij. ANNO MDLXXXV.
[1585]. In 4º (de 20x14 cm) com [iv], 64, 49 fólios. Encadernação da época em pergaminho rígido, com título manuscrito na
lombada: “Nonii De Regum Port”. Exemplar com leves manchas de humidade na folha de rosto e nas primeiras páginas. Corte
das folhas carminado. Obra com a origem genealógica e a história dos reis de Portugal. O autor analisa várias fontes, referindo
e refutando as versões mais hipotéticas da história de Portugal. Inocêncio II, 210: 'Duarte Nunes de Leão, Licenceado em
Direito Civil e Desembargador da Casa da Supplicação, escriptor mui laborioso e applicado, como se vê pelas muitas obras que
compoz, imprimindo algumas em sua vida, e deixando outras ainda ineditas: na reunião de Portugal á corôa de Hespanha por
morte do cardeal rei abraçou calorosamente os interesses de Filippe II, cujo pretendido direito de successão defendeu por
escripto contra os que o impugnavam. _Foi natural d'Evora, e faleceu em Lisboa, d'edade mui provecta ao que parece, no anno
de 1608'._
Binding: contemporary hard parchment, with title on manuscript at spine: “Nonii De Regum Port”. Copy with
slight damp stains on the title page and several initial pages. Paper edges colored carmine. Work on genealogical origin and
history of the kings of Portugal. The author analyzes various sources of Portugal's history, refuting to the most hypothetical
ones. Inocêncio II, 210: 'Duarte Nunes de Leão, Civil Law Judge, writer leaving many works unpublished. He warmly
embraced the interests of Filippe II of Spain, whose right of succession defended against those who were challenging him'.
€5.000
526. NUNES DE OLIVEIRA. (Domingos) DISCURSO JURIDICO ECONOMICO-POLITICO. EM QUE SE MOSTRA A
origem dos Pastos que neste Reino chamão Communs, Sua differença dos Publicos e os Direitos porque deverião regular-se
sem offender os da Propriedade, e Dominio dos Particulares a beneficio da AGRICULTURA EM GERAL. e em particular
para a Comarca de Castello-Branco e das mais em que houver semilhantes pastos. OFFERECIDO AO EXMO. E ILLMO.
SENHOR D. FR. VICENTE FERRER DA ROCHA do Conselho de Sua Magestade, Bispo de Castello-Branco. POR
DOMINGOS NUNES DE OLIVEIRA. Lisboa. Na Typografia Morazziana. Anno M.DCC.LXXXVIII. (1788). De 20x15 cm.
Com 239 pags. Encadernação da época inteira de pelea. Exemplar com assinatura de posse na folha de rosto. Inocêncio II, 195.
“Domingos Nunes de Oliveira Bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra, e Corregedor da Comarca de CastelloBranco. Foi natural de Pedrogão, no bispado da Guarda, e morreu na aldea de Sancta Margarida em 1807.”
€300
527. NUNES ESTEVES, João. HISTORIA DAS REVOLUÇÕES PORTUGUEZAS. Desde 24 de Agosto de 1820 até hoje: e a
biografia de vivos e mortos, que nellas mais figurarão; Tudo extrahído de Papeis autênticos, que sahirão nas suas differentes
Épochas: quando se tratar das Biografias respeitarei a sua vida particular: leva algumas notas, para mais illucidar a Historia, e
fazer conhecer o fim de todos os Revolucionarios, ou Regeneradores, que tem apparecido desde 24 de Agosto de 1820.
Escripta por João Nunes Esteves. 5 Annos na Rua dos Capelistas, Nunes Sem Filho. [Vinheta com esquadro invertido] Posto ás
avessas, he Arma perfurante. Direito, he sempre Divisa de Pedreiros. Typographia de Elias Jose’ da Costa Sanches. Lisboa.
1844. In 4º (de 20x15 cm) com xii, 269, iv pags. Encadernação da época com lombada em pele. Eventualmente apenas o
primeiro volume de uma obra que Inocêncio (III, 428) refere, no conjunto, como sendo um “grosso volume”: 'João Nunes
Esteves, Tipografo e vendedor de livros em Lisboa, onde teve por muitos anos o seu estabelecimento na Rua Nova d'El-rei,
vulgo dos Capelistas n.º 31 B, pela numeração seguida nessa epocha. A perda de um filho, que sendo soldado do 15.º batalhão
da Guarda Nacional, pereceu desgraçadamente no respectivo quartel, vítima da comoção política do dia 13 de Março de 1838,
deu lugar a certas disposições ou tendências monomaniacas, a que, segundo ouvi, era já propenso antes daquele facto. O certo
é, que lhe chegou o prurido de ser escritor, e deu ao prelo durante alguns anos na sua oficina uma numerosa quantidade de
papeis soltos, que intitulava Jornais de Anúncios, Ordens do dia, etc., os quais eram por ele distribuídos gratuitamente às
pessoas que os pediam. Muitos curiosos fizeram colecções deles, e de outras coisas que publicou, entre as quais avulta pelo
tamanho a seguinte: 1074) Historia das Revoluções portuguezas desde 24 de Agosto de 1820 até hoje, [etc]. Um grosso
volume. Tudo isto apresenta vestígios característicos do seu desarranjo mental, e seria escusado buscar nestas produções
ordem, nexo, coerência de ideias ou de doutrina, nem ainda a observância dos mais simples preceitos gramaticais, que o autor
postergava a todo o momento, inteiramente falto como era dos primeiros rudimentos literários”.
€120
528. OLIVEIRA PARREIRA. (António Maria de) OS LUSO-ARABES. (Scenas da vida mussulmana no nosso país). I. IBNAMMAR. II. AL-MOTAMID. Typographia e Stereotypia Moderna. Lisboa. 1898. 2 volumes em 1. De 20x14 cm. Com 363316 pags. Encadernação com lombada e cantos em pele. Exemplar preserva capa anterior de brochura do 1º volume. Exemplar
apresenta pags. 115 a 120 com restauro marginal afectando o texto encontrando-se manuscrita a parte em falta. Obra com o
romance histórico do principal episódio do período clássico da cultura árabe em território actualmente português e efectuado a
partir de uma recolha criteriosa em termos filológicos. Oliveira Parreira (1836-1918).
€60
529. OLIVEIRA PIMENTEL. (Júlio Máximo, Visconde de Villa Maior). O DOURO ILLUSTRADO. Album do Rio Douro e
Paiz Vinhateiro. Contendo: introducção historica e descriptiva do paiz vinhateiro. Descripção das principaes quintas e dos
trabalhos vinicolas usados no Douro, nota sobre o commercio dos vinhos do Porto, serviço e trabalho dos armazens. Livraria
Universal de Magalhães & Moniz, Editores. Porto. 1876. In fólio (26x36 cm) formato oblongo. Com [8], 226, [2] p.: [25]
gravuras, 1 mapa; 26x35 cm.- E. Edição trilingue (português, francês e inglês) impressa a três colunas e com três folhas de
rosto. Especialmente interessantes as 25 gravuras abertas em madeira por J. Pedrozo, que representam fielmente aspectos do
Douro há mais de um século. Exemplar com falta do mapa desdobrável, alguns picos de acidez e uma gravura vincada.
Encadernação original, cansada e manchada, com a lombada em marroquim. Inocêncio XIII, 263: 'O Douro illustrado. Porto,
editores Magalhães & Moniz, 1876. Fol. alongado em tres columnas: primeira em portuguez, segunda em francez e terceira em
inglez. Com gravuras separadas do texto, e um mappa em grande formato. [...] JULIO MAXIMO DE OLIVEIRA PIMENTEL
Nasceu em 1809. Tenente coronel reformado, lente jubilado da escola polytechnica, Reitor da Universidade de Coimbra, Par
do Reino desde dezembro de 1862; socio da Sociedade de Geographia de Lisboa, do Instituto de Coimbra, da «Society of
Arts» de Londres, da Academia de Agricultura de Florença, etc. Agraciado com o titulo de Visconde de Villa Maior. Morreu
em Coimbra a 20 de Outubro de 1884. V. os jornaes do dia seguinte, e especialmente o Conimbricense, n.os 3:879 e 3:880. de
21 e 25 de outubro; a Correspondencia de Coimbra e o Diario illustrado (com retrato) de 21 do mesmo mez; a Mosca (com
retrato) de 2 de novembro; e o Commercio do Porto, n.o 261, todos de 1884. Para a sua biographia v. tambem o Instituto, de
Coimbra, artigo do sr. A. A. da Fonseca Pinto, vol. XVI, n.o 7 (1872), pag. 166; a Revista contemporanea (com retrato), artigo
do sr. Latino Coelho, tomo II, pag. 439 a 455, e 559 a 570; e tomo III, pag. 11 a 17; Bibliographia da universidade, d o sr.
Seabra de Albuquerque (annos 1872 e 1873, e 1874 e 1875); Grand dictionnaire universel du XIX siècle, de Larousse, etc. 264
Em a nota biographica do sr. Fonseca Pinto lê_se: «Julio Pimentel foi dos mais briosos e valentes soldados de D. Pedro no
cerco do Porto, onde militou (com o n.o 121) no glorioso batalhão academico. No dia 20 de outubro de 1832 foi ferido
gravemente na defeza da serra do Pilar, o famoso dia da Iliada liberal, e por este motivo condecorado com a fita da Torre e
Espada, do valor, lealdade e merito... e como homem de sciencia tem grande reputação, grangeada já pelo ensino, já pelas suas
obras, que o abonam principalmente como chimico excellente. É d'aquelles raros varões, que, na phrase do nosso epico,
«N'uma mão sempre a espada, n'outra a penna.» No artigo commemorativo do Conimbricense lê_se: «... exerceu varias e
importantes commissões de serviço publico, tanto em Portugal, como no estrangeiro. Ainda ultimamente tinha sido
encarregado de apresentar um projecto de reforma da instrucção superior do reino, para o que foi visitar fóra d'este paiz muitos
estabelecimentos scientificos. Do resultado dos seus trabalhos estava a escrever um relatorio, que se havia de imprimir na
imprensa da universidade.»
€800
530. OLIVEIRA. (Francisco Manuel) ESCOLHA DAS POESIAS ORIENTAES, QUE O INSIGNE CAVALHEIRO INGLEZ
GUILHERME JONES, Presidente das Justiças em Bengala, traduzio daquelles idiomas em verso rimado Inglez, e ornadas
agora em Portuguez, E OFFERECIDAS À MEMORIA DO SAUDOSISSIMA SENHOR D. JOSE’, PRINCIPE DO BRASIL,
QUE SANTA GLORIA HAJA, REPRESENTADA NA REAL PESSOA DO SERENISSIMO PRINCIPE O SENHOR D.
JOÃO, SEU DIGNO IRMÃO, E HERDEIRO DO MESMO PRINCIPADO, QUE DEOS NOS CONSERVE, POR
FRANCISCO MANOEL DE OLIVEIRA, Professor Regio de Filosofia Racional na Ilha da Madeira. LISBOA. M. DCC.
LXXXXIII. [1793]. NA OFFICINA DE SIMÃO THDDEO FERREIRA. Obra em 2 volumes. In 8º (de 17x11 cm) com xiii,
130 e 173 pags. Encadernações da época em carneira natural com ferros a ouro na lombada. Obra raríssima. O segundo volume
com rosto próprio contém as poesias neo-clássicas do autor: COLLECÇÃO POETICA DE… Professor de Filosofia, na Ilha da
Madeira. Para servir de continuação das Poesias Orientaes, Lisboa, 1794”. Inocêncio II, 457 e IX, 336: “ Francisco Manuel de
Oliveira, Professor Regio de Filosofia na cidade do Funchal, nomeado pela resolução regia de 10 de Novembro de 1771.
Parece que foi natural da ilha da Madeira, e diz-se que falecera em Lisboa. Em 1809 ainda vivia, achando-se já por esse tempo
jubilado. ESCOLHA DAS POESIAS ORIENTAES, que o insigne cavalheiro inglez Guilherme Jones traduziu d'aquelles
idiomas em verso rimado inglez e ornadas agora em portuguez, seguidas de outras varias rimas. Lisboa, na Off. de Simão
Thaddêo Ferreira 1793. 8.º Até pag. 61 contém três peças, que se dizem trasladadas das línguas orientais; daí por diante sob
nova numeração são composições originais do tradutor Oliveira, a saber: 9 odes, 2 idílios, uma epistola, uma elegia, um
prólogo, e um drama heróico, Pisistrato, em três actos, escrito em versos hendecasilabos pareados. COLLECÇÃO POETICA
tomo II. Ibi, na mesma Offic. 1794. 8.º de 173 pag. É como continuação do volume antecedente, e contém além de várias
poesias originais, as traduções de oito odes de Horácio”.
€300
531. OLIVEIRA. (Maurício) ARMADA GLORIOSA. A Marinha de Guerra Portuguesa no século XX (1900-1936). Parceria A.
M. Pereira Livraria Editora. Lisboa. 1936. De 26x20 cm. Com 326 pags. Encadernação do editor cartonada. Profusamente
ilustrado com gravuras impressas sobre papel couché legendadas em extra texto e uma caricatura do autor por Francisco
Valença. Impresso na Sociedade Industrial de Tipografia sobre papel creme de elevada qualidade. Obra com todas as unidades
navais, as suas operações e seus almirantes neste período. Homenagem à Marinha Inglesa com o retrato do almirante John
Jellycoe. Retrato do Contra-Almirante Ivens Ferraz, chefe das Forças Navais Portuguesas no Extremo Oriente durante a guerra
civil na China em 1925 a 1927. Lista dos navios desarmados e abatidos neste período. Lista dos navios da Armada à data desta
publicação. Várias fotogravuras do combate com o submarino alemão; e a última fotografia dos oficiais do «Augusto de
Castilho» a bordo do seu navio na baía do Funchal.
€80
532. OLIVENÇA. MANUSCRITO. SÉC. XVIII. ALEGA-SE O DIREITO POR PARTE DE D. DOROTHEA DE
MENEZES SUCEDER EM O MORGADO DE CORCHO, sito no termo da Vila de Alconchel, no Reino de Castela, e a
fronteira portuguesa. [Transcrevemos seguidamente com ortografia actualizada] em que seu avô D. João de Menezes foi o
último possuidor, iure próprio, et propria vocatione, ainda que sua mãe fosse filha natural do dito seu avô. Três pontos trato
nesta alegação de direito, o primeiro contem os nomes dos primeiros possuidores, e assim os dos mais descendentes até a dita
neta D. Doroteia por linha direita, e em que ano se instituiu o dito morgado, e com que condições e clausulas. O segundo
contém a doutrina verdadeira, e opiniões de doutores, que em virtude das ditas clausulas, e qualidades da dita mãe admitem á
dita neta iure próprio, et propria vocatione à sucessão deste morgado, primo et principaliter, et ante omnes colateralis. O
terceiro trata dos argumentos contra esta doutrina, e resposta a eles com conclusão desta, que fica a dita neta admitida na dita
sucessão, a indiq proveniat a medio inhabili, et a matre ilegitima; et ideo exclusa. 1º Ponto: Do morgado de Corcho sito no
termo da Vila de Alconchel no Reino de Castela foram os primeiros instituidores D. Manuel de Meneses e sua mulher D.
Brites de Vilhena, fazendo-se a escritura da instituição dele em o ano de 1569 vinculando as terras de ambos e as legítimas de
seu filho legitimo D. João de Meneses e o que não coubesse se restituiria [continua] In fólio de 30x21 cm. S/D. (170?) S/L.
Com 45 fólios soltos por cadernos. Manuscrito do início do século XVIII, escrito a várias mãos em caligrafias cursivas e
legíveis. Documento com manchas de humidade e falhas de papel à cabeça nos primeiros folios. No final do manuscrito
encontra-se a transcrição de “Carta que escreveu a Majestade Real de Sabóia à Rainha de Portugal Sua Irmã” (igualmente sem
data, tal como todas as partes deste manuscrito). Trata-se de uma Alegação jurídica com introdução histórica e genealógica
seguida de um estudo comparativo com as respectivas referências bibliograficas e documentos relativos.
€1.200
533. ORICO. (Osvaldo) À SOMBRA DOS JERÓNIMOS. Diário de uma Viagem ao Portugal de Oito Séculos. [Impresso na
Imprensa Portugal-Brasil]. Lisboa. 1940. De 27x19 cm. Com xi-196 pags. Encadernação artística, da época, inteira de pele de
carneira natural com finos ferros a seco e a ouro na lombada e nas pastas em super-libris do Cardeal Cerejeira.
€150
534. ORLEANS, Pierre Joseph d’. VITA DI MARIA DI SAVOIA REINA DI PORTUGALLO E DELL’INFANTE
ISABELLA SUA FIGLIUOLA. Scritta in lingua Francese del P. D’ORLEANS della Compagnia di GESU. E trasportata
nell’Italiana dal P. Carlo Giacinto Ferrero della medesima Compagnia. DEDICATA A MADAMA REALE. IN TORINO,
1698. Nella Stampa do Gio. Battista Fontana. In 8º (de 16x10 cm.) com [viii]-303-[iv] pags. Encadernação inteira de pele com
ferros a ouro na lombada e nos rótulos vermelhos. Exemplar com restauro marginal à cabeça da folha de rosto. Obra em língua
italiana impressa em Turim, com a biografia da Rainha de Portugal (entre 1666 e 1683) Maria Francisca Isabel de Sabóia e da
sua filha Isabel Luísa Josefa de Bragança (1669-1690). Dona Maria Francisca Isabel era descendente do Duque de Nemours e
de Isabel de Vendôme ; casada primeiramente com o Rei Afonso VI de Portugal e posteriormente com o seu irmão o Rei D.
Pedro III; viveram num período caracterizado pela instabilidade na sucessão política devido a problemas relacionados com a
fragilidade física dos monarcas e pela forte influência externa da política continental nos assuntos internos portugueses.
In
8º (16x10 cm) with [viii] -303 - [iv] pags. Binding: full mottled calf gilt at spine and red labels. Copy with marginal restoration
at head of title page (without loss of text). Work printed in Turin, Italy, with the biography of the Queen of Portugal (between
1666 and 1683) Maria Francisca Isabel of Savoy and her daughter Isabel Luisa Josefa of Braganza (1669-1690). Dona Maria
Francisca Isabel was a descendant of the Duke de Nemours and Isabel de Vendome, married first to King Alfonso VI of
Portugal and later with his brother King Peter III, lived in a period characterized by political instability in succession due to
problems related to the physical fragility of monarchs and the strong French influence in external Portuguese political affairs.
€800
535. OROZCO, Pedro. INSTRVCCION Y OBLIGACION DEL CHRISTIANO FVNDADA En los siete Sacramentos de la
Iglesia POR Fr. Pedro de Orozco hijo de la Sta. Prouª de S. Ioseph de Descalços Franciscos de Espãna, Padre de la de la
Austria. y comº genl. De Jerusalem en Alemania DIRIGIDA AL EXº. Sr. D. SANCHO DE MONROY Y CVNIGA Marqs. de
Castañeda del Consejo supremo de Guerra del Rey de las Espãnas Philippo IV, nro Señor su Embajador ordinário a la Magd.
Ces. y Maiordomo de la Reyna D. Isabel de Borbon nuetra Señora. Com licencia de los Superiores en Vienna [de Austria]
anno 1635. [en la Emprenta de Matheo Formica]. In 8º (de 16x11 cm) com [xxxiv], 672 pags. Encadernação da época em
pergaminho rígido com falha na lombada. Ilustrado com frontispício gravado em chapa de cobre a talhe-doce. Obra muito rara.
Publicou-se uma edição em latim no mesmo ano. O autor não consta da edição de 1990 de Palau. Salvà I 382, refere o autor no
índice, mas por erro tipografico no nosso exemplar deste grande bibliografo não consta impressa página a respectiva à decrição
do livro em causa.
€1.200
536. ORTEGA, Giovanni. SPHERA VOLGARE NOVAMENTE | TRADUTTA CON MOLTE NOTANDE | ADDITIONI DI
GEOMETRIA, COSMO= | GRAPHIA, ARTE NAVICATORIA, ET | STEREOMETRIA, PROPORTIONI, ET | QVANTITA
DELLI ELEMENTI, DISTAN | ZE, GRANDEZE, ET MOVIMENTI DI | TVTTI LI CORPI CELESTI, COSE CER |
TAMENTE RADE ET MARAVIGLIOSE. | AVTORE M. MAVRO FIORENTINO | PHONASCO ET PHILOPANARETO. |
A MESSER GIOVANOR’ORTEGA | Di Carion Burgense Hispano, & Dino | Compagni Patritio Fiorentino, | Mathematici. |
[Colofón]: Anno salutis nostre. M. D. XXXVII. [1537]Mense Ottobri, &c. | Impresso in Venetia per Bartholomeo Zanetti ad
instantia & requisitione | di M. Giouann’ Orthega Di Carion Burgense Hispano | Comorante in Firense. | In 4º (de 20x16 cm)
com fólios inumerados. Encadernação restaurada ao gosto e com material da época em pergaminho rígido. Profusamente
ilustrado: com frontíspicio decorativo armoriado e colofón também armoriado. Exemplar apresenta os últimos 12 fólios
reproduzidos em fotocópia.
€4.000
537. OSORIO, Jerónimo. D. HIERONYMI OSORII LVSITANI EPISCOPI SYLVENSIS. DE REGIS INSTITVTIONE ET
DISCIPLINA. LIB VIII. AD SERENISSIMVM ET INVICTISSIMVM PORTVGALIAE REGEM. SEBASTIANVM, E. N.
I. Cum gratia & Priuilegio Regum. SEBAS. R. POR. ET PHI. R. CATHO. OLYSIPPONE, Ex officina Ioannis Hispani. 1571.
Tassado em papel. [cólofon:] EXCVDEBAT FRANCISCVS CORREA AMPLISS. ET SERENISS. Cardi. Infan. Typogra. A.
1572 M. Ianu. D. 22. In 8.º de 19x13 cm. Com 308 pags. Encadernação do sec. xviii com rótulo vermelho, nervos e ferros a
ouro na lombada. Exemplar com assinaturas de posse e visto de expurgo inquisitorial [162?] na folha de rosto, anotações
marginais coevas e ocasionais rasuras inquisitoriais. Leves vestígios de humidade marginais, restauros grosseiros marginais, as
folhas de rosto e de cólofon parcialmente espelhadas, leves vestígios marginais de trabalho de traça. 2 cadernos encadernados
fora da ordem. Obra mandada imprimir pelo Cardeal Príncipe D. Henrique [futuro Rei de Portugal 1578-80] na qualidade de
Inquisidor-Mor e com licença assinada por Bartolomeu Ferreira, censor dos Lusíadas. 1ª edição de uma obra raríssima que foi
reeditada em várias cidades europeias. Impressão em caracteres rotundos sem parágrafos. Adornada com 12 capitulares
xilogravadas no início de cada capítulo. Esta edição foi incluída no Index Proibitorum publicado em 1624 e mandada expurgar
segundo o mesmo. Existem alguns exemplares desta edição que apresentam no fim mais 2 fólios volantes com o aviso do
tipógrafo e erratas. Possivelmente adicionados numa eventual segunda tiragem ou acrescentados aos exemplares que ficaram
na loja do editor. Obra publicada no mesmo ano da primeira edição de Os Lusíadas, que influenciou tratado homólogo de Juan
Mariana (1537-1624) e terá sucessivas edições em Colónia, 1572, 1574 e 1614, e Paris, 1583, sendo considerada um dos
principais livros do Renascimento. 'De regis institutione et disciplina, dedicado em 1572 a D. Sebastião (segundo resumo de
Nair Nazaré de Castro Soares, na sua tese de doutoramento sobre esta obra) segue as normas ético-jurídicas da teorização
aristotélico-tomista, imbuída do idealismo ético de Platão - síntese digna de um Cícero. Não fora o célebre bispo de Silves
intitulado, sobretudo pelo colorido e vigor da sua frase límpida e ritmada, o Cícero português! Assim se compreende que a
obra deste autor, humanista corresponsável na condução da respublica e orientação do seu príncipe, se torne o modelo
paradigmático do ideal de príncipe, no século áureo da nossa história. Em suma, o De regis institutione et disciplina,
verdadeiro espelho das realidades sociais e políticas do tempo, revela-nos a dimensão do humanismo estético-ideológico de um
autor representativo de uma época, a sua concepção de príncipe ideal e a sua forma de encarar a problemática do homem,
enquanto ser social e político, e enquanto pessoa, na sua finitude e transcendência'. Anselmo 503. BDMII. 330. Inocêncio 372.
“D. JERONYMO OSORIO, natural de Lisboa, filho primogenito de João Osorio da Fonseca, Ouvidor geral que foi da India,
nos primeiros annos depois da conquista. [No catalogo dos bispos do Algarve, que vem no fim das Instituições synodaes de D.
Francisco Barreto (Dicc., tomo II, pag. 98), diz a pag. 15 que: «D. Hieronymo Osorio foi natural de um logar do bispado de
Leyria do reino de Portugal». Que esclareçam esta informação os que melhor podérem estudar a vida de D. Jeronymo Osorio].
Frequentou com grande aproveitamento as Universidades de Salamanca, Paris e Bolonha, e mereceu por suas obras latinas ser
honrosamente cognominado o Cicero portuguez. Foi Secretario particular do infante D. Luis, e Mestre de D. Antonio, prior do
Crato; Prior das freguezias de Sancta Maria de Tavares e S. Salvador de Travanca, no bispado de Viseu; Arcediago do bago da
cathedral de Evora, de que tomou posse a 30 de Março de 1560, e nomeado Bispo de Silves em 1564, cuja cathedral se
transferiu no seu tempo para Faro em 1577. Morreu em Tavira a 20 de Agosto de 1580, com 74 annos de edade, se devemos
estar pelas contas de Barbosa, que todavia parece haver padecido algumas equivocações n'esta parte a ponto de serem
inconciliaveis entre si as datas da primeira quadra da vida d'este insigne varão, e doutissimo prelado. As obras de D. Jeronymo
Osorio, em que se fundamentou a sua fama de escriptor, e pelas quaes é geralmente conhecido e apreciado no mundo litterario,
são todas na lingua latina. Quem quizer vêr os titulos parciaes de cada uma, póde recorrer á Bibl. Lus. tomo II pag. 514 a 516,
onde as achara descriptas miudamente D'ellas se fez uma collecção por diligencia de seu sobrinho, chamado tambem Jeronymo
Osorio, conego da sé de Evora, que as imprimiu reunidas em quatro tomos de folio, Romæ, apud Bartholomæum Bonfadini
1592. A maior parte haviam sido já publicadas em separado durante a vida de seu illustre auctor.”
Binding: later 18th
Century full calf gilt at spine and red label. Copy with ownership signatures o and a visa of the Inquisition purge [162?] on title
page. Handwritten notes in marginalia and erasures of text from inquisitorial officers. Slight stains, coarse marginal
restorations, title page and colophon partially “mirrored” on paper, light traces of worming. Two octavos bound out of order.
Political work which influenced Juan Mariana and had with successive editions in Cologne, 1572, 1574 and 1614, and Paris,
1583. Considered one of the top books of the Renaissance, De regis institutione et disciplina, dedicated in 1572 to the
Portuguese King Sebastian (after resume of Nair Nazaré Soares de Castro, in his doctoral thesis on this work) follows the
ethical and legal standards of Aristotelian-Thomist theory. The colorful, clear and rhythmical Latin fluency of the Bishop of
Silves makes him considered the Portuguese Cicero! The author, a humanist co-responsible for the guidance of his prince,
builds the paradigmatic model of the ideal prince. In short, it is a true mirror of the social and political realities of the time, on
his conception of an ideal prince and his way of looking at problem of man as a social and political, and as a person in its
finitude and transcendence.
€3.600
538. OVIDIUS NASONIS, P. Fastorum lib. VI. Tristium libri V. De ponto lib. IIII. Adiecimus quoque in Fastorum libros
scholia Philippi Melanchthonis. Item clavdii ptolemai in errantium Stellarum significations, per Nicolaum Leonicum è
Graeco translate. XII Romanorum menses, in ueteribus monimentiis Roma reperti. Sex priorum mensium digest, ex Sex
Ouidii Fastorum libris excerpta. Adiecimus quoqz in Fastorum libros Scholia Phippi Melanchthonis. –IN P. OVIDII
NASSONIS MEtamorphosin, Henrici Glareani Annotationes haud uulgares, ad illustrem Principem D. Popponem,
Comitem ab Hennenberg. BASILEAE. PER HENRICHVM Petri. Anno Salutis, M. D. XLVIII. [1548] In 8-º de 15,5x11,5 cm.
Com 465, [lxiii], 91, [v] pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros decorativos a seco nas pastas, com fechos
metálicos (1 em falta). Contém, entre outras obras: os Fastos de Ovidio Nasão; as observações de Ptolomeu sobre o movimento
estelar e o significado do movimento celeste; e ainda (com folha de rosto própia e colofón com marca do impressor) As
Metamorfoses de Henrique Glareani.
Binding: contemporary calf on wooden boards. Blind tooled on both cover boards,
and title handwriten at spine. Metal clasps (one is missing). Floral and allegorical figures tooled, on both cover boards, with
titles: Spes, Charitas, Fides, etc. Poetical works of Ovideo; Ptolomei's astronomical work on the observation of the celestial
motion; and together with separated print (own title page, no printer, no date, with a printer's device at colofon: 'hamering a
mountain'): The Methamorphosis of Henrici Glareani.
€3.600
539. PACHECO DE NARVAEZ. (Luís) NVEVA CIENCIA, Y FILOSOFIA DE LA DESTREZA DE LAS ARMAS SV
TEORICA, Y PRACTICA. A LA MAGESTAD DE FELIPE QUARTO, REY, Y SEñO.R NVESTRO DE LAS ESPAñAS, Y
DE LA MAYOR parte del Mundo. POR DON LVIS PACHECO DE NARVAEZ SV Maestro y Mayor en todos sus Reynos y
Señorios. COM PRIVILEGIO. En Madrid: Por Melchor Sanchez. Año de 1672. A costa de Manuel de Sossa, Assentista de su
Magestad. In 8º (de 21x15 cm) com [xvi], 766, [xvii] pags. Encadernação da época em pergaminho flexível com vestígios de
atilhos nas pastas. Exemplar com leve mancha marginal na folha de rosto e nas primeiras 15 páginas. Contém tratado de
ciência e técnicas militares no uso de espadas, alabardas, montantes e outras armas; e também da destreza a cavalo durante as
batalhas (tanto no ginete como na brida, pag. 693). Palau 1990 VI, pags. 7: 'Obra postuma publicada por quién prometió una
segunda edición que no tuvo efecto. Se han observado ejemplares con diferente portada e tipos. 60 fr. Heredia 300 marcos
Rosenthal. 160 pts. Vindel'.
€3.000
540. PACHECO PEREIRA. (Duarte) ESMERALDO DE SITU ORBIS DE... [COMENTADO POR JOAQUIM
BARRADAS DE CARVALHO]. (Edition critique et commentée). Serviço de Educação. Fundação Calouste Gulbenkian.
Lisboa. 1991. De 25x19 cm. Com 868 pags. Encadernação do editor inteira de tela com o título dourado na lombada e
revestido de sobrecapa de protecção.Impresso em papel creme de elevada qualidade, em Janeiro de 1992, nas oficinas G. C. de
Coimbra, com uma tiragem de 1500 exemplares. Exemplar com ex-libis; apontamentos a lápis no texto; e a caneta nas folhas
de guarda. Obra contendo o primeiro grande roteiro das costas da África Ocidental, essencialmente da zona de florestas
costeiras; razão pela qual alguns autores atribuem a colocação da palavra esmeraldo no título, enquando outros afirmam tratarse da junção da palavra Emanuel com a palavra Duarte. Pacheco Pereira produziu este levantamento cosmográfico para o Rei
Dom Manuel I que se manteve secreto e apenas manuscrito até 1892, pois o soberano considerou tão valiosas as informações
náuticas, geográficas e econômicas reunidas na obra, que jamais permitiu que na sua época viesse a público. Inocêncio II, 212:
Inocêncio II, 212: 'DUARTE PACHECO PEREIRA, cognominado por Camões Achilles Lusitano, natural de Santarem,
famosissimo capitão na India, e depois Governador do castello de S. Jorge da Mina, d'onde veiu preso para Lisboa, em
consequencia das accusações que seus inimigos levaram dolosamente contra elle aos ouvidos d'elrei D. Manuel. Posto que ao
cabo de alguns annos de prisão conseguisse justificar-se, e provar a sua innocencia, isso não obstou a que morresse pobre e
miseravelmente, deixando aos vindouros mais um exemplo das inconstancias da fortuna, e uma nodoa indelevel na fama do
monarcha, que recompensou com tamanha ingratidão os seus assignalados serviços. O cantor dos Lusiadas lhe assegurou
porem a immortalidade, vingando-o das injurias da sorte nas memoraveis oitavas 13 até 25 do canto x, que serão sempre lidas e
decoradas, em quanto durar no mundo a lingua portugueza. Este heróe, não menos destro nas artes da milicia, que versado nos
estudos das sciencias nauticas e na cosmographia, escreveu ao que parece em 1505, e deixou manuscripta a obra seguinte, que
por nossa imperdoavel incuria se conserva até agora [Séc. XIX] inedita'.
€60
541. PAIS. (Baltazar) - SERMÕES DA SEMANA SANTA, QVE PREGOV O DOVTOR FREY Balthazar Paez Prégador de S.
Magestade, & Padre de Prouincia da Ordem da Sanctissima Trindade. NOVAMENTE ACCRESCENTAdos com algûs
Sermoês do mesmo Autor, & com todos os Indices. DIRIGIDOS A DOM GREGORIO de Castelbranco, Conde de Villanoua,
Senhor das Casas da Sortelha, & Goes: Guarda Mòr de Sua Magestade. EM LISBOA, Por Lourêço CraesbeecK Impressor
delRey. Anno M.DC.XXXIIII. (1634) De 19x14 cm. Com (viii)- 733-(lii) pags. Encadernação da época em pergaminho
flexível. impressão a duas colunas. BARBOSA MACHADO I, 455 e IV, 65. “Fr. BALTHESAR PAES quando contava quinze
annos de idade, assentou Praça de Soldado, e embarcando-se na Armada, que Filippe II. mandou a Inglaterra, aprendeo do
infausto successo que teve, a deixar o mundo, e recolherse ao Claustro da Religiaõ da Santissima Trindade. Foy com tal
excesso devoto de Maria Santissima, que pelo espaço de vinte annos lhe cantava Missa em o Sabbado. Para que se fizessem os
Officios Divinos com perfeiçaõ, ainda sendo Provincial chegava à estante com os Musicos, e tangia o orgaõ com summa
destreza. Introduzio na Provincia o Lavapés dos pobres em Quinta Feira mayor, aos quaes servia à mesa com grande
consolaçaõ do seu espirito.'
€200
542. PAIS. (Pêro) HISTÓRIA DA ETIÓPIA. Reprodução do códice coevo inédito da Biblioteca Pública de Braga. Com uma
introdução por Elaine Sanceau. Nota bio-bibliográfica por Alberto Feio - director da Biblioteca e Arquivo Distrital de Braga.
Leitura paleográfica de Lopes Teixeira - Conservador do Arquivo de Braga. B. H. Série Ultramarina - n.º V. Livraria
Civilização-Editora. Porto. 1945/46. 3 volumes. De 23x16 cm. Encadernações (meias-amadoras) com lombadas e cantos em
pele.
€150
543. PAIVA DE ANDRADE. (Diogo) CASAMENTO PERFEYTO, EM QUE SE CONTEM Advertencias muyto importantes
para viverem os casados em quietação, e contentamento E MUYTAS HISTORIAS, e acontecimentos particulares dos tempos
antigos, e modernos: DIVERSOS COSTUMES, LEYS, e ceremonias, que tiveram algumas nações do mundo: com varias
sentenças, e documentos de Autores Gregos, e Latinos, declarados em Portuguez tudo em ordem ao mesmo intento. Por
DIOGO DE PAYVA DE ANDRADA. LISBOA OCCIDENTAL, Na Officina de MIGUEL RODRIGUES, E impresso à sua
custa. M. DCC. XXVI. [1726]. De 15x9 cm. Com xv-416 pags. Encadernação da época inteira de pele com as charneiras e
coifas da lombada cansadas. Inocêncio II, 160: 'Casamento perfeito em que se contém advertencias, etc. Lisboa. por Jorge
Rodrigues 1630 (posto que o pseudo Catalogo da Academia diga erradamente 1638). Ibi, por Miguel Rodrigues 1726. É livro
mui curioso, e que encerra bom numero de documentos da vida civil e domestica, e noticias mui variadas. A primeira edição,
que é rara, vale de 1:200 a 1:600 reis. Diogo de Paiva, além de ser contado entre os classicos da lingua pelo que escreveu em
prosa portugueza, foi tambem bom poeta latino'.
€300
544. PAIVA E MORAES PONA, Joseph de Barros. MANEJO REAL, ESCOLA MODERNADA CAVALLARIA DE
BRIDA. Em que se propoem os documentos mais solidos, para os Cavalleiros conseguirem esta scientifica faculdade : NOVO
METHODO PARA DESEMBARAC,AR OS POTROS, unir os Cavallos, vencer os resabiados, e reduzillos a huma total
obediencia : EXTRAHIDOS E RECOPILADOS DOS MAIS selectos Authores Estrangeiros, que tem escrito na Europa sobre
a estimavel arte da Cavallaria : OFFERECIDO AO ILLUSTRISSIMO, E EXCELLENTISSIMO SENHOR HENRIQUE
JOSEPH DE CARVALHO E MELLO. Por seu Author JOSEPH DE BARROS PAIVA E MORAES PONA, Cavalleiro
professo na Ordem de Christo, e Monteiro mór da Comarca de Villa Real, natural da Cidade de Bragança. LISBOA Na
Officina Patriarcal de Francisco Luiz Ameno M.DCC.LXII (1762) Com as licenças necessárias. In 8º de 19x14 cm. com
[xxxii], 296 pags. Ilustrado com 16 estampas em extra-texto e 6 xilogravuras no texto. Encadernação da época inteira de pele
com nervos, ferros a ouro e rótulo na lombada. Exemplar com vestígios de humidade, manuseamento e danos com reparação
grosseira com fita-cola nas páginas 81-82. Obra clássica da temática da equitação e da tauromaquia, muito rara, especialmente
quando apresenta as 16 gravuras (os exemplares normalmente só têm 15 gravuras). Inocêncio, JOSÉ DE BARROS PAIVA E
MORAES PONA, Cavalleiro da Ordem de Christo, Monteiro-mór na comarca de Villa-real. Foi natural de Bragança: ignoro
porém as datas do seu nascimento e obito, etc. este autor, foi natural de Bragança, Cavaleiro da Ordem de Cristo e Monteiro
Mor, na comarca de Vila Real. Muito raro e procurado.
€400
545. PAIVA E PONA, António de. ADDICC,OENS A’ ORPHANOLOGIA PRATICA, OBRA POSTHUMA, QUE DEIXOU
composta na Lingua Latina o Dezembargador ANTONIO DE PAYVA, E PONA, TRADUZIDA POR JOZE’ DE BARROS
PAYVA, E MORAES PONA, Cavalleiro professo na Ordem de Christo, e Monteiro-Mór da Comarca de Villa Real, Filho do
Author. OFFERECIDA AO EXCELLENTISSIMO, E REVERENDISSIMO SENHOR D. Fr. ANTONIO DE SOUSA, ExProvincial dos Eremitas da Ordem de Sancto Agostinho; Bispo do Porto, e do Conselho de Sua Magestade, &c. PORTO. Na
Offic. Episc. do Cap. Manoel Pedroso Coimbra. M. DCC. LXI [1761]. In 4º (19,5x15 cm) com (viii)-318 pags. Encadernação
da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada, cansada. Impressão a duas colunas. Adição à obra inicialmente
publicada em 1713. Inocêncio I, 218: “António de Paiva e Pona, Bacharel em Leis pela Universidade de Coimbra. Serviu
alguns cargos de Magistratura, e era Provedor da Comarca de Évora em 1728. Foi natural de Bragança, e nasceu em 1665.
Ignoro a data do seu óbito, que todavia foi anterior ao ano de 1759. «Esta obra [Orfanologia Prática] é a delícia de todos os
sciolos»; diz falando dela o autor do Demétrio Moderno a pag. 152. Hoje não tem no mercado mais que um valor
insignificante, apesar de ser considerada clássica em linguagem por andar mencionada no Catalogo da Academia.”
€300
546. PAIVA E PONA. (António de) ORPHANOLOGIA PRACTICA, EM QUE SE DESCREVE TUDO O que respeyta aos
inventarios, partilhas, & mais dependencias dos pupillos OBRA BREVE, MAS MUYTO UTIL NAÕ so para os Juizes, &
advogados letrados, mas tambem para os illetrados, Partidores, & os mais que conhecem, & intervem nas dittas partilhas,
OFFERECIDA AO DOUTOR GREGORIO PEREYRA, FIDALGO DA SYLVEIRA, CAVALLEIRO DA Ordem de Christo,
do Concelho de S. Magestade, & Fidalgo de sua Casa, dignissimo Dese[m]bargador do Paço, & Presidente da Junta dos
Missionarios, AUTOR ANTONIO DE PAYVA E PONA, Familiar do S. Officio, Procurador fiscal, que foy na Comarca de
Bragança, & ao presente Provedor da Cidade de Miranda. LISBOA. Na Officina de JOSEPH LOPES FERREYRA, Impressor
da Augustissima Rainha nossa Senhora, & à sua custa. Anno M.DCCXIII. [1713]. In 4º (e 21x15 cm) com (xvi)-371 pags.
Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada. Encadernação com títulos de posse manuscritos na folha
de rosto. Esta obra teve edições em 1713, 1759 e 1761. O presente exemplar apresenta uma colação diferente de outro
impresso na mesma data, bem como algumas variantes no título da folha de rosto. Inocêncio I, 218: “ANTONIO DE PAIVA E
PONA, Bacharel em Leis pela Universidade de Coimbra. Serviu alguns cargos de Magistratura, e era Provedor da Comarca
d’Evora em 1728. - Foi natural de Bragança, e n. em 1665. Ignoro a data do seu obito, que todavia foi anterior ao anno de
1759. «Esta obra é a delicia de todos os sciolos» diz falando d’ella o auctor do Demetrio Moderno a pag. 152. Hoje não tem no
mercado mais que um valor insignificante, apesar de ser considerada classica em linguagem por andar mencionada no
Catalogo da Academia.”
€300
547. PALMA. (Luis de la) HISTORIA DE LA SAGRADA PASSION, SACADA DE LOS quatro Evangelios. POR EL
PADRE LVIS DE LA Palma, Prouincial de la Compañia de Iesvs, en la Prouincia de Toledo, y natural de la misma Ciudad.
[49 e vinheta da Companhia de Jesus]. Año 1653. Com Privilegio, En Madrid: Por Pablo de Val, A costa de Francisco Robles
Mercader de libros. In 4º (de 20x15 cm) com [viii]-376-[vii] pags. Encadernação da época em pergaminho flexível com
vestigios de atilhos e título manuscrito na lombada. Exemplar da 1º edição apresentando ligeira acidez. Obra com a unificação
dos relatos da Paixão de Cristo, apresentando remissões bibliográficas marginais referentes às diversas passagens do Novo
Testamento sobre cada passo. Palau 210255 e Palau 1990, VI, 20: “Esta obra fué muy leída, y de consiguiente se imprimió
multitud de veces. Conocemos: Mexico, 1695; Barcelona 1701, 1704, 1880. La de Madrid, 1724, siguen Viena, 1733,
Barcelona, 1762, Madrid 1762, 1786, 1849, [etc]”.
€400
548. PARK. (James Allan) SYSTEMA DA LEY SOBRE SEGUROS MARITIMOS &cª. &cª. Pelo Juiz… em dois volumes.
Traduzido do inglêz, Da Septima Ediçaõ, e offerecido a Sua Magestade Fidelissima El-Rey Nosso Senhor; por António Julião
da Costa. Impresso por F. B. Wright. Liverpool. 1821. 2 volumes. De 22x13 cm. Com xliviii-762 pags. Encadernações da
época inteiras de pele marroquin com finos ferros a ouro nas lombadas, nas cercaduras e filetes das pastas. Corte por folhas
marmoreado. Exemplar com falta no 2º volume de: 4 páginas iniciais; pags. 759 a 760; pags. 763 a 769; e 4 páginas finais.
Inocêncio I, 182: 'ANTONIO JULIÃO DA COSTA, Consul da Nação Portugueza em Liverpool. Allen Park, Systema de Lei
sobre seguros maritimos, traduzido do inglez da septima edição. Liverpool, 1822. 8.º gr. 2 tomos'.
€120
549. PAUTA E ALVARÁ DE SUA CONFRMAÇÃO DO CONSULADO GERAL DA SAHIDA, E ENTRADA NA CASA
DA INDIA, com a assistência dos Escrivães do mesmo Consulado, Homens de Negocio da Meza do Bem-Comum os mais
peritos, e assistência do Corretor da Fazenda Real, que há de ter principio no primeiro de Janeiro do anno de 1744. LISBOA
NA REGIA OFFICINA TYPOGRAPHICA. Anno M. DCCC. [1800]. In fólio (28x20 cm) com 73, [iii], 12 pags.
Encadernação da época com lombada em pele. As úlimas 12 páginas contêm um acrescentamento à pauta de 19 e Setembro de
1774. Contém lista alfabética com todos os artigos e produtos, nacionais e estrangeiros, passados pela alfândega da Casa da
Índia, nomeadamente entre outras: Fazendas da China e da Índia; Drogas, compostos e tintas; Sedas, Madeiras; Papelarias; etc.
Inocêncio XVII, 159 refere uma pauta idêntica, mas não a descreve. BNP não refere.
€600
550. PEACHEY. (John) PROMPTUARIUM Praxeos Medicae. SEU Methodus Medendi, praescriptis celeberrimorum
Medicorum Londinensium concinnata. Et in ordinem Alphabeticum digesta. A JOANNE PECHEY, M. A. Collegii Medicorum
Londinensium Collega. AMSTELODAMI. Juxta Exemplar Londinense, M. DC. XCIV. [1694]. In 12º (de 13x8 cm) com 302(x) pags. Encadernação do sec. XIX inteira de pele. Obra com tratado médico contendo receituário e fórmulas de
medicamentos. O livro termina com um anúncio (comercial) de uma pílula destinada a várias doenças - entre as quais as
doenças venéreas como a gonorreia - vendida em sua casa em Basing Lane, Londres. : Promptuarium Praxeos Medicæ is a
Latin compendium of medicine with many prescriptions given in full. The book ends with an admonition or puff of ‘Pilulæ
catharticæ nostræ,’ which ‘venales prostant’ at his own house in Basing Lane. PECHEY, JOHN (1655–1716), medical writer,
whose name is also spelt Peachey and Peche. He entered at New Inn Hall, Oxford, in 1671, and graduated B.A. in 1675, M.A.
in 1678.
€200
551. PEDROSO. (João) A GRAVURA DE MADEIRA EM PORTUGAL. Estudos em todas as especialidades e diversos
estylos. Por… com artigos descritivos por Brito Aranha. Lisboa. 1872. Empreza Horas Romanticas editou. 2 volumes in Fólio
(de 36x26,5) [Volume I] (1ª série) com 8 páginas de texto. Ilustrado com 26 fólios com litografias (algumas são
cromolitografias). [Volume II] 2ª serie… Lallemant Frères. Lisboa. 1876. Com 26 fólios de texto e ilustrado com 26 litografias
(algumas são cromolitografias). Encadernações editoriais com ferros a seco e a ouro nas pastas. Corte das folhas dourado no
primeiro volume. Obra única no seu género e importante para a história da tipografia portuguesa, profusamente ilustrada com
litografias executadas por J. Pedroso representando monumentos, localidades e personagens célebres, etc, etc. do século XIX.
Exemplar em excelente estado de conservação.
€500
552. PERDIGÃO. (Henrique) DICIONÁRIO UNIVERSAL DE LITERATURA. (Bio-bibliográfico e cronológico). 2ª edição,
ilustrada. Edições Lopes da Silva. Porto. 1940. De 24x17 cm. Com xxxv-1038 pags. Encadernação da época (meia-amador)
com lombada e cantos em pele. Ilustrado no texto a duas colunas.
€80
553. PEREA, Daniel. A LOS TOROS. ALBUM compuesto de 28 acuarelas originales del reputado pintor de escenas taurinas.
[Desenhado por] DON DANIEL PEREA con la explicación de cada suerte en español, francés e inglés conteniendo además
LA MARCHA DE LA MANOLERÍA de la Zarzuela PAN Y TOROS ilustrada por el mismo artista. Litografía y
Encuadernaciones HERMENEGILDO MIRALLES BARCELONA S/D. [circa 1900] In fólio oblongo de 25,5x77 cm. Com
[iv], 4, 28 cromolitografias acompanhadas de 25 [de 28 ?] folhas de papel Japão com as respetivas explicações trilingues
impressas em castelhano, francês e inglês. Encadernação do editor estampada com ferros a ouro, a seco e a cores na pasta
anterior, assinada J Pascó. Guardas em papel colorido acetinado com padrões de tecido dos xairéis. A obra contém uma
partitura da “Marcha de la Manoleria” da zarzuela “Pan y Toros”.
Oblong folio. Binding stamped blind, gold and color with
an image of a laced fan with cameos, a bull and two toreadors, pink and green carnations accented in gilt, lettering in gilt and
black, with binding's signature J. Pascó. Endpapers with elaborate traditional fabric patterns. Illustrated with 28 full page
lithographic plates in color. With 25 [of 28 ?] pages of commentaries to the plates printed in 3 languages. The book also
contains four pages music notations for “Marcha de la Manoleria” from the zarzuela “Pan y Toros”.
€500
554. PEREIRA COUTINHO. (António Xavier) A FLORA DE PORTUGAL. (Plantas Vasculares). Disposta em chaves
dichotomicas. Por... Professor de Botanica na Universidade de de Lisboa e do Instituto Superior de Agronomia, Director do
Jardim Botânico de Lisboa. Aillaud, Alves e Cª. Lisboa. 1913. De 24x16 cm. Com 752 págs. Encadernação da época com
lombada e cantos em pele. Ilustrado.
€300
555. PEREIRA COUTINHO. (António Xavier) TRATADO ELEMENTAR DA CULTURA DA VINHA. (Cêpas europêas e
cêpas americanas, grangeios, doenças da videira). Por…Agrónomo, Lente de Botânica no Instituto de Agronomia e Veterinária
e na Escola Polytechnica, Socio effectivo da Academia Real das Sciencias, etc. 2ª Edição. (Em harmonia com os progressos
actuaes da viticultura). José António Rodrigues & Cª – Editores, Livraria Nacional e Estrangeira. Lisboa. 1904. De 19x13 cm.
Com 562 pags. Encadernação com lombada em pele. Profusamente ilustrado no texto com gravuras das cepas e dos processos
mecânicos de plantação e de tratamento das vinhas; gravuras dos pulgões e filoxeras; e gravuras com esquemas de enxertias e
seus instrumentos.
€150
556. PEREIRA DA SILVA. (Luciano) A ARTE DE NAVEGAR DOS PORTUGUESES. Desde o Infante a D. João de Castro.
[Por]… Professor da Universidade de Coimbra. Litografia Nacional. Porto. 1922. Junto com: PEREIRA DA SILVA.
(Luciano) DUARTE PACHECO PEREIRA PERCURSOR DE CABRAL. Litografia Nacional. Porto. 1923. 2 volumes em
1. De 36x27 cm. Com 76 e 31 pags. Encadernação editorial cartonada. Profusamente ilustrados com gravuras no texto e
intercaladas em extra-texto, com instrumentos náuticos fielmente reproduzidos. Obra impressa a duas cores. Ambos
exemplares das obras com dedicatórias do autor.
€150
557. PEREIRA DA SILVA. (Luciano) A ASTRONOMIA DOS LUSÍADAS. Por... Professor Universitário de Coimbra.
Imprensa da Universidade. Coimbra. 1915. De 29x18 cm. Com xv-228 pags. Encadernação da época com lombada e cantos em
pele. 1ª edição. Ilustrado no texto e em extra-texto sobre papel couché com fac-similes de gravuras; regimentos astronómicos
quinhentistas; e aparelhos de observação que permitem reproduzir a forma como Vasco da Gama e outros navegadores
efectuaram o cálculo das latitudes geográficas.
€150
558. PEREIRA DE ALMEIDA. (Alberto) PORTUGAL ARTISTICO E MONUMENTAL. (Inventário de suas obras de arte).
Por… Bacharel formado em Direito pela Universidade de Coimbra. Tipografia do Anuário Comercial. Lisboa. S/d. [192?]. De
32x26 cm. Com 1020-[xi] pags. Encadernação editorial em percalina vermelha estampada com ferros decorativos. Exemplar
com cantos das pastas cansados. Obra monumental com uma extensa recolha fotográfica que apresenta variados monumentos
em época anterior às intervenções da D. G. E. M. N. ; e um índice final com todos os monumentos notórios do património
artístico português.
€200
559. PEREIRA DE FIGUEIREDO, António. A SANCTA BIBLIA: contendo O VELHO E O NOVO TESTAMENTO.
Traduzidos em portuguez. Pelo Padre… Londres: impressa na officina de B. Bensley. 1821. 2 volumes em 1. De 22x14 cm.
Com 925 e 251 pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a seco nas esquadrias pastas. Exemplar com ex-libris
armoriado. Contém rosto próprio para O NOVO TESTAMENTO. Inocêncio XX, 259: 'Antonio Pereira de Figueiredo (1.°)
Note-se que apareceu mais a seguinte edição, impressa no estrangeiro, do texto falsificado, mas sob a indicação de ser feita em
Lisboa, como se vê: 4803) O novo testamento de Jesus Christo, traduzido em portuguez segundo a vulgata latina. Lisboa,
1877. 8.º peq. (a duas colunas)'.
€200
560. PEREIRA DE FIGUEIREDO, António. ANONYMI ROMANI QUI DE PRIMATU PAPAE NUPER SCRIPSIT VANA
RELIGIO, ET MALA FIDES: HOC EST DEFENSIO TENTAMIS THEOLOGICI DE AUTORICTATE EPISCUPORUM
TEMPORE SCISSURAE ADVERSUS ITALICUM LIBELLUM RAVENAE SEU VERIUS ROMAE NUPER
EVULGATUM. SCRIBEAT ANTONIUS PERERIA FIGUEREDIUS REGIAE CURIAE CENSORIAE DECEMVIR
ORDINARIUS REGISQUE FIDELISSIMI AB EPISTULIS LATINIS. OLISIPONE. EX TYPOGRAPHIA REGIA. Anno
MDCCLXX.[1770]. In 8º gr. (de 20x14 cm) com lv-367 pags. Encadernação inteira de pele com ferros a ouro na lombada,
com falta do rótulo. Corte das folhas carminado. Obra sobre o primado jurídico do Papa e das leis canónicas. Obra muito rara
BNP não refere. Inocêncio I, 223. “P. Antonio Pereira de Figueiredo (1.º), da Congregação do Oratório de Lisboa, da qual saiu
em 1769 para o estado de Presbítero secular, Deputado da Real Mesa Censória, Sócio da Acad. Real das Ciências de Lisboa,
havido por um dos maiores latinistas da Europa no século passado, e célebre pelos seus escritos teológicos e por sua
incontestável e profunda erudição, nasceu na Vila de Mação, comarca de Tomar, em 1725. Morreu em 1797, na Casa de N. S.
das Necessidades, onde já vivia recolhido como hóspede desde 1785”.
€400
561. PEREIRA DE FIGUEIREDO, António. DEMONSTRAÇÃO, THEOLOGICA, CANÓNICA, E HISTÓRICA DO
DIREITO DOS METROPOLITANOS DE PORTUGAL PARA CONFIRMAREM, E MANDAREM SAGRAR OS
BISPOS SUFFRAGANEOS NOMEADOS POR SUA MAJESTADE: E DO DIREITO DOS BISPOS DE CADA
PROVINCIA PARA CONFIRMAREM, E SAGRAREM OS SEUS RESPECTIVOS METROPOLITANOS, TAMBÉM
NOMEADOS POR SUA MAJESTADE, AINDA FÓRA DO CASO DE ROTURA COM A CORTE DE ROMA. SEU
AUTHOR ANTONIO PEREIRA DE FIGUEIREDO Deputado Ordinario da Real Meza Censoria, e Official de Linguas da
Secretaria de Estado dos Negocios Estrangeiros. LISBOA NA REGIA OFFICINA TYPOGRAFICA. Anno MDCCLXIX.
[1769]. In 4º (de 23x17 cm) com xliv, (iii), 473 pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada (por
casas fechadas) e com falta do rótulo. Cortes das folhas marmoreado. Exemplar com leve mancha marginal de humidade nas
primeiras folhas. INOCÊNCIO I, 229: 'Demonstração Theologica, Canonica e Historica do direito dos Metropolitanos de
Portugal para confirmar e mandar sagrar os Bispos suffraganeos nomeados por Sua Magestade. Lisboa, na Reg. Off. Typ.
1769. 4.o de XLVII_474 pag,. - Reimpressa em Veneza, 1771. Veja_-se a respeito desta obra o citado Catálogo das Obras de
Pereira, no qual se conta como elle a havia pela mais trabalhada e mais farta de erudição de quantas n’aquelle genero tinha
publicado. As duas obras Tentativa e Demonstração, postoque não possam dizer_se raras, sustentam todavia os seus preços
custando aquella com o Appendix de 1:600 a 1:920 réis, e esta de 960 a 1:200'.
€300
562. PEREIRA DE FIGUEIREDO. (António) COMPENDIO DAS EPOCAS, E SUCCESSOS MAIS ILLUSTRES DA
HISTÓRIA GERAL. POR ANTONIO PEREIRA DE FIGUEIREDO, DEPUTADO ORDINARIO DA REAL MEZA
CENSORIA. LISBOA NA REGIA OFFICINA TYPOGRAFICA. ANNO M.DCC.LXXXII. [1782]. In 8º (15x10 cm)
com[viii]-410-(ii) pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada, cansada e danificada na coifa
superior. Obra com cronologias da História Universal segundo o autor baseadas em: Usser Arcebispo de Armagnac; P. Petau;
Abade Lenglet; das Crónicas do Reino de Portugal; da Historia do Padre Marianna; das Tábuas do Padre Musansi; e no Abade
Millot. Primeira edição desta presente cronologia que começa com a criação do Mundo, por Deus, no ano de 4004 antes da Era
Cristã. Inocêncio I, 226: “Compendio das epocas e successos mais illustres da Historia Geral. Ibi, na Reg. Off. Typ. 1782. 8.o
de VIII 410 pag. - Segunda edição revista e retocada pelo auctor. Ibi, na Typ. da Acad. R. das Sciencias 1800. 8.o Terceira
edição, ibi. PADRE ANTONIO PEREIRA DE FIGUEIREDO (1.º), da Congregação do Oratorio de Lisboa, da qual sahiu em
1769 para o estado de Presbytero secular, Deputado da Real Meza Censoria, Socio da Acad. Real das Sciencias de Lisboa,
havido por um dos maiores latinistas da Europa no seculo passado, e celebre pelos seus escriptos theologicos e por sua
incontestavel e profunda erudição, nasceu na Villa de Mação, comarca de Thomar, em 1725. Morreu em 1797, na Casa de N.
S. das Necessidades, onde já vivia recolhido como hóspede desde 1785'.
€200
563. PEREIRA DE FIGUEIREDO. (António) ELOGIOS DOS REIS DE PORTUGAL, EM LATIM, E EM PORTUGUEZ,
ILLUSTRADOS DE NOTAS HISTORICAS E CRITICAS, POR ANTONIO PEREIRA DE FIGUEIREDO, Deputado
Ordinário da Real Meza Censoria, E OFFICIAL DAS CARTAS LATINAS DA RAINHA FIDELISSIMA. LISBOA: Na
Officina de Simão Thaddeo Ferreira. ANNO M. DCC. LXXXV. [1785]. In 4º (de 21x15 cm) com 328 pags. Encadernação da
época inteira de pele mosqueada com ferros a ouro na lombada por casas fechadas; coifas danificadas. Corte das folhas
carminado. Exemplar com nota manuscrita na guarda interior mencionando ter sido comprado no Leilão da Biblioteca do
Conde de Samodães em 21 de Novembro de 1922. Esta obra está escrita em latim e português - com o texto bilingue
confrontado página a página - descrevendo os feitos principais dos vários monarcas portugueses desde D. Afonso Henriques
até D. Maria I. Samodães II, 109 nº 2408; P. Matos, 450; Sousa da Cãmara, 315, nº2214; Ameal 466, nº1760. Inocêncio I, 227.
O padre António de Figueiredo nasceu na vila de Mação em 1725 e morreu em Lisboa em 1797. Inocêncio I, 227: “Elogios dos
Reis de Portugal, em latim e portuguez, illustrados de notas historicas e criticas. Ibi, na Off. de Simão Thaddeo Ferreira 1785.
4.o de 328 pag. - Chegam até o reinado da sra. D. Maria I. Preço de, 360 a 480 réis, e até 600 réis”.
€400
564. PEREIRA DE FIGUEIREDO. (P. António) OBSERVAÇOENS SOBRE A LINGUA E ORTHOGRAFIA LATINA,
Tiradas dos Marmores, Bronzes, e Medalhas dos antigos Cezares, principalmente desde Augusto até os Antoninos. LISBOA,
Na Officina Patriarchal de Francisco Luiz Ameno. MDCCLXV. (1765) In 4.º de 24x17 cm. Com (xx)-180 pags. Encadernação
da época inteira de pele com rótulo vermelho, nervos e ferros a ouro na lombada. Corte das folhas pintado a vermelho.
Exemplar da tiragem especial com grandes margens. Inocêncio I, 225. “«Aureo tractado, phenix das obras (sendo tantas) d’este
preclaro phenix dos ingenhos, e a quem todo o louvor é menor que o seu merecimento.» São palavras de D. Thomás Caetano
do Bem, nas Mem. Hist. e Chron. dos Clerigos Regul. tomo II, na Carta a um amigo, pag. VI - O seu preço regula de 480 a 600
réis, e ás vezes mais.”
€300
565. PEREIRA DE MATTOS. (A.) A MARINHA DE GUERRA. Estudo por… Instrutor da Escola de Alumnos Marinheiros do
Porto, [etc]. Prefaciado pelo Exmo. Senhor Capitão de mar e guerra Conselheiro Francisco Joaquim Ferreira do Amaral
Ministro de Estado Honorario [etc]. Magalhães & Moniz, Editores. Porto. 1897. De 24x16 cm. Com xxxii-590 pags.
Encadernação inteira de pele marroquin azul com finos ferros a ouro na lombada e nas esquadrias das pastas. Exemplar com
falta das capas de brochura. Ilustrado em extra-texto: fotogravuras e desenhos de arquitectura naval com diversos tipos de
navios couraçados.
€150
566. PEREIRA, António. COMPENDIO, & DECLARAC,ÃO DA REGRA: & ESTATVTOS DA ORDEM MILITAR DE
SANTIAGO. AO ILLVSTRISSIMO, E Reverendissimo Senhor D. Manuel de Noronha Prior da mesma Ordem, do Conselho
de Sua Magestade, Bispo eleito de Viseo. PELLO P. ANTONIO PEREIRA Freire Conuentual de Santiago, Rector do Real
Collegio das Ordens Militares da Vniversidade de Coimbra. EM COIMBRA. Na officina de Manoel Dias Impressor da
Vniuersidade, 1659. In 8º (de 15x10 cm) com [xv]-333-[x] pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na
lombada. Exemplar com assinatura de posse da época sobre a folha de rosto “Dona Francisca da Silva”, provavelmente a
mesma que se casou com D. Sancho de Noronha, 3º Conde de Odemira. Inocêncio I, 221: “António Pereira (1.º), Freire
Conventual da Ordem de S.Tiago, cujo habito recebeu no convento de Palmella a 4 de Novembro de 1629. Foi Prior da egreja
de S. Paulo de Almada, Reitor do collegio das Ordens Militares em Coimbra, e Governador do respectivo bispado. - Nasceu na
villa do seu appellido, situada entre Ovar e Aveiro, na provincia da Beira, e m. em Coimbra a 10 de Maio de 1671. Compendio e declaração da Regra e Estatutos da Ordem Militar de S. Tiago da Espada. Coimbra, por Manuel Dias, 1659. 8.o
de XVI 333 pag. - Este livro, que bem poderia ter entrado no Catalogo da Academia, por ser escripto em mui correcta phrase, e
com sciencia da materia, é hoje mui pouco vulgar. Julgo que o seu preço regular será de 300 a 400 réis, postoque o meu
exemplar me custasse menor quantia.
€700
567. PEREIRA. (Eduardo C. N.) ILHAS DE ZARGO. Por… da Academia de Ciências, Letras e Artes de S. Fernando (Cadiz,
Espanha), e dos Institutos Genealógico Brasileiro de S. Paulo e Instituto Português de Arqueologia, História e Etnografia. 2ª
Edição. Edição da Câmara Municipal do Funchal. 1956 e 1957. Obra em 2 volumes. De 24x17 cm. Com 1393 pags.
Encadernações editoriais inteiras de pele com finos ferros a ouro. Profusamente ilustrado e com o armorial da nobreza insular.
Obra com cariz de conhecimento enciclopédico acerca da Madeira.
€120
568. PEREIRA. (Eduardo C. N.) ILHAS DE ZARGO. Por… do Instituto Português de Arqueologia, História e Etnografia.
Edição da Câmara Municipal do Funchal. S/d. [1940]. Obra em 2 volumes. De 21x15 cm. Com 871 pags. Encadernações da
época inteiras de pele com ferros a ouro nas lombadas. Profusamente ilustrado e com o armorial da nobreza insular. Obra com
cariz de conhecimento enciclopédico acerca da Madeira. Exemplar da 1ª edição, preservando capas de brochura, e com
dedicatória do autor no anterrosto do primeiro volume.
€80
569. PEREIRA. (Gabriel) ESTUDOS EBORENSES. História e Arqueologia. [2ª edição intergral]. Edições Nazareth. Évora.
1947, 1948 e 1951. Obra em 3 volumes. De 23x16 cm. Com 399, 343, e 397 pags. Encadernações com lombadas e cantos em
pele com finos ferros rolados a ouro. Ilustrado com retrato do autor em anterrosto no primeiro volume. Obra publicada pela
primeira vez em 1894 compreendendo estudos sobre monumentos, temas e personalidades da história de Évora,
nomeadamente: Cardeal D. Henrique; Clenardo; Frei Manuel do Cenáculo; Évora Romana; Os Conventos de Freiras; A
Restauração em Évora; O Mosteiro do Espinheiro; o Arquivo da Santa Casa da Misericórdia; Évora nos Lusíadas; as Caçadas;
as Questões do Pão; Ibn-Abdun, os Mouros, etc. Gabriel Victor do Monte Pereira (1847-1911) foi o autor desta obra já
disputada pelos bibliógrafos na época da sua publicação; tradutor de Plínio e de Estrabão; Director da Biblioteca Nacional; da
Associação dos Arqueólogos Portugueses; e Inspector dos Arquivos e Bibliotecas.
€200
570. PERES. (Damião) HISTÓRIA DOS DESCOBRIMENTOS PORTUGUESES. [Por]... Professor da Univesidade de
Coimbra. Portucalense Editora. Pôrto. 1943. De 25x20 cm. Com 515 pags. Encadernação artística editorial em percalina azul
estampada coom motivos dwecorativos a seco e a negro nas pastas e na lombada. Profusamente ilustrado com mapas, gravuras
e fac-similes de cartas régias e cartas de doação do Infante Dom Henrique.
€60
571. PEREYRA. (BENEDICTO) THESOURO DA LINGVA PORTUGUEZA. [in] PROSODIA IN VOCABVLARIVM
BILINGUE, LATINUM ET LUSITANUM DIGESTA, IN QUA DICTIONUM SIGNIFICATIO, ET SYLLABARUM
QUANTITAS EXPENDITUR. OPUS OMNINO NECESSARIUM PROFESSORIBUS SACRARUM, Et Humaniorum
Literatum, Medicis, Juristis, & omnibus cujuscunque facultatis Studiosis tum propter innumeras dictiones, quas à Sacris, &
profanis Auctoribus decerptas exponit tum propter recondita carmina omnium veterum Poetarum, & Recentiorum clari
nominis, quos omnes Auctor ad expendendas sylabas perlegit. AUCTORE DOCTORE P. BENEDICTO PEREYRA
SOCIETAT. JESU, Portucallensi, Borbano, in Eborensi Academia Primário olim Rhetorices Professore, & tandem en eadem
Academia S. Theologiae Professore Primário. SEPTIMA EDITIO AUCTIOR, ET LOCUPLETIOR AB ACADEMIA
EBORENSI. [etc. etc. etc.]. EBORAE, Cum facultate Superiorum, ex Typographia Academiae. Anno Domini M. DC. XC. VII
(1697). De 34x23 cm. Com (viii)-736-123-98 pags. Encadernação da época inteira de pele. Exemplar apresenta a folha de rosto
com vários títulos de posse manuscritos da época. Barbosa Machado Vol. I, 508-510: “P. BENTO PEREIRA. Naceo na Villa
de Borba da Provincia do Alentejo, no anno de 1605. em cujo louvor como agradecido à May que lhe dera o berço, e a dous
seus Tios maternos o P. Bento Fernandes insigne Escriturario, de que jà se fez mençaõ, e o P. Bento Fernandes Deixada a Casa
de seus Pays Francisco Pereira, e Catherina Rodrigues buscou na tenra idade de 15. annos a Companhia de JESUS na qual se
alistou em Lisboa a 27. de Junho de 1620. donde passando ao Collegio de Evora, e aprendendo as letras humanas, e Filosofia,
em o de Coimbra dictou com universal applauso naõ somente estas sciencias, mas a mayor de todas qual he a de Theologia por
espaço de vinte annos em cuja Sagrada Faculdade se graduou Doutor em a Academia Eborense a 24. de Fevereiro de 1647.
Sendo Qualificador do Santo Officio passou a Roma para ser Revisor dos livros dos Authores da Companhia donde voltando
foy Reytor do Collegio dos Irlandezes em Lisboa, aos quaes instruyo com a Theologia especulativa, e Moral. Naõ sómente foy
insigne nesta faculdade mas na Jurisprudencia Civil, e Canonica por onde se dilatou a sua penna com igual profundidade, e
erudiçaõ. Assim como era incansavel no estudo, era inculpavel na vida regulando as acçoens pelas severas maximas do seu
Instituto. Na ultima idade perdeu de tal sorte a memoria, que até ignorava muitas vezes o seu cubiculo, e sómente respondia
com acerto quando lhe fallavaõ em materias espirituaes. Ao tempo de cumprir 76. annos de idade e 61. de Religiaõ passou
desta vida caduca para a eterna em o Collegio de Evora em 4. de Fevereiro de 1681. Vir fuit immortaliter meritus de Republica
litteraria diz o P. Franco Ann. Glorios. S. J. in Lusit. pag. 61. e no Synops. Annal. S. J. in Lusit. pag. 368. n. 2. floruit
plurimùm tum virtutibus, tum litteris, e ultimamente na Imag. da Virt. do Novic. de Evora. pag. 965. Homem de costumes
inculpaveis. P. Francisc. de Fons. Evor. Glorios. pag. 427. Heróe benemerito da Republica litteraria pelo muito, que a illutrou,
e enriqueceo com os seus multiplicados, e eruditos escritos. Portug. de Donat. Reg. Part. 2. liv. 1. cap. 22. n. 4. doctissimus. Na
Allegac. de direit. pelo Senhor D. Pedro de Lancastr. n. 52. Com seu infatigavel estudo benemerito dos naturaes, e estranhos.
Paulo Ignacio de Dalmasses Dissertac. Histor. por la Patria de Orosio. cap. 5. §. 3. e cap. 2. §. 5. o intitula doctissimo. Joan.
Soar. de Brit. Theatr. Lusit. Litter. lit. B. n. 29. Nicol. Ant. Bib. Hisp. Tom. 1. pag. 166. e Tom. 2. pag. 285. e a Bib. Societ.
pag. 113. col. 1. Compoz. Prosodia in Vocabularium trilingue Latinum, Lusitanum, et Castellanum digesta. Eborae apud
Emanuelem Carvalho. 1634. fol. Ulyssip. apud Paulum Crasbeeck 1643. fol. & ibi per eumdem. 1656. fol. No fim desta ediçaõ
està a Oraçaõ funebre que fez na lingua Latina em a Universidade de Evora em as exequias do Serenissimo Princepe D.
Theodosio a 17. de Novembro de 1653. Sahio a Prosodia correcta, e muito addicionada Ulyssipone apud Antonium Crasbeeck
de Mello. 1669. fol. & ibi per eumdem 1661. e 1674. fol. e Eborae Typis Academicis. 1697.” O “Thesouro da Lingva
Portugueza” é uma obra considerada por muitos autores como o primeiro dicionário ciêntifico e sistemático da língua
portuguesa com justificações etimológicas.
€500
572. PEREZ DE BARRADAS. (José) COLOMBIA DE NORTE A SUR. Por... Edition del Ministerio e Asuntos Exteriores.
Relaciones Culturales. Madrid. 1943. 2 volumes. De 36x26 cm. Com 173 e 213 pags. Encadernações artísticas inteiras de pele
(marroquin) com ferros rolados a ouro nas lombadas, nos filetes, nas seixas, e nas cercaduras das guardas interiores das pastas
em seda. Corte dourado por folhas à cabeça. Ilustrado com 233 páginas extra-texto com fotogravuras. Exemplar nº 686 de uma
tiragem não justificada. Obra profusamente ilustrada no texto e em extra-texto com mapas de pormenor, esboços e
levantamentos de folhas arqueológicas e de objectos das civilizações ameríndias pré-colombianas.
€300
573. PETRARCA, Francisco. IL PETRARCHA COM L’ESPOSITIONE D’ALESSANDRO VELLVTELLO E COM
MOLTE ALTRE VTILIS SIME COSE IN DIVERSI LVOGHI DI QVELLA NVOVAMENTE DA LVI AGGIVNTE. M D
XXVIII. [1528] [Colofón]: Stampati in Venegia per Maestro Bernardino de Vidali Venetiano del mese di Febraro L' anno del
Signore Mille cinquecento uentioto. In 8.º de 19x12,5 cm. Com [xi], 185, [li] fólios Encadernação do século xviii inteira de
pele com nervos e ferros a ouro na lombada. Ilustrado com um mapa de página dupla. Exemplar com ex-libris manuscrito na
folha de guarda de Francisco de Mello Cogominho e ex-libris de Camilo Monteiro. Obra impressa em duas caixas de letra:
versos em cursivo; e texto com comentarios em caixa muito pequena. Segunda edição impressa em caracteres itálicos deste
famoso comentário à obra poética de Petrarca, a primeira saiu em 1525. Acompanhada de uma biografia do autor e um ensaio
sobra a identidade de Laura, a musa do poeta, e o local em que se passou o romance na região de Avinhão. O mapa que facilita
a compreensão das duas viagens do poeta em busca da amada à mesma região. Brunet IV, 548.
Binding: 18th Century full
calf gilt tooled at spine. Illustrated with a double page map. Copy with ownership signature of Francisco de Mello Cogominho;
and ex-libris of Camilo Monteiro at end papers. Work printed in two lettering fonts: verses in cursive, and commentaries in a
very small font. Beautiful typographical work. Second edition of this famous commentary - in Italian language - to the poetry
of Petrarch; the first came out in 1525. Accompanied by a biography of the author and an essay on the identity of Laura, the
muse of the poet, and the place where the romance in the region of Avignon. The map that facilitates understanding of both the
poet's travels in search of his beloved to the same region. Brunet IV, 548.
€3.000
574. PIAMONTE. (Monte Real) GUIA DE CONTADORES E INVENção noua de contas, polla qual hum com sò conhecer os
numeros, poderà fazer qualquer genero de contas facilmente, sem ajuda de tinta, & pena. COMPOSTO POR Monte Real
Piamonte. AGORA NOVAmente emmendado, & traduzido de Castelhano em Portugues, & muytas cousas necessarias
acrescentadas & hua Tabuada no cabo. Com licenças necessarias, Em Lisboa, Por Mattheus Pinheiro. Anno 1632 Com
Privilegio Real. In 12º de 14x7 cm. com 90 fólios inumerados. Encadernação da época em pergaminho flexível. Exemplar com
título de posse da época manuscrito na folha de guarda anterior: 'He de Bernardo Lopez'. Edição muito rara e de que não existe
exemplar na BNP. Inocêncio III, 168 e IX, 365 desconheceu esta edição; mencionando edições e transcrições posteriores em
1683, 1749 e 1816. Não consta em Palau. Obra contém nas últimas 5 páginas a explicação da equivalência das medidas de
peso e de capacidade (almudes, alqueires, arrobas, etc) e das moedas (portuguesas, coloniais e espanholas); das mercadorias
correntes; das especiarias; dos metais e pedras preciosas; e outros artigos importados das colónias portuguesas e exportados
para Espanha.
€600
575. PIEL. (Joseph M.) LIVRO DA ENSINANÇA DE BEM CAVALGAR TODA SELA que fez El-Rey Dom Eduarte de
Portugal e do Algarve e Senhor de Ceuta. Edição Crítica. Acompanhada de notas e dum glossário por... Livraria Bertrand.
Lisboa. 1944. De 23x17 cm. Com 160 pags. Encadernação inteira de percalina vermelha com ferros a ouro. Obra com a
primeira transcrição diplomática do primeiro livro de equitação europeu (excluindo os clássicos gregos de Xenofonte) também
conhecido por Livro de Cavalgar.
€80
576. PIMENTEL. (Alberto) HISTORIA DO CULTO DE NOSSA SENHORA EM PORTUGAL. Livraria Editora Guimarães,
Libanio & Cª. Lisboa. S/d. (1899). De 25x19 cm. Com 501 pags. Encadernação da época com lombadas em pele.
Profusamente ilustrado com reproduções da iconografia mariana no texto, e em extra texto sobre folhas de papel couché. €150
577. PINA LEITÃO, Antonio José Osório de. ALFONSIADA POEMA HEROICO DA FUNDAÇÃO DA MONARQUIA
PORTUGUEZA PELO SENHOR REY D. ALFONSO HENRIQUES. POR ANTONIO JOSÉ OSORIO DE PINA
LEITÃO. Cavalleiro da Ordem de Christo, Dezembargador da Relação da Bahia. BAHIA: Na typog. de Manoel Antonio da
Silva Serva. Anno de 1818. In 8.º de 19,5x13,5 cm. Com 278 pags. Encadernação da época inteira de pele. Ilustrado com 3
gravuras com os retratos de D. João VI, D. Afonso Henriques e Pina Leitão, assinados A. do Carmo del. J. J. de Souza sulp.
Não referido por Borba de Morais, Inocêncio I, 174. “ANTONIO JOSÉ OSORIO DE PINA LEITÃO, Cavalleiro da Ordem de
Christo, Bacharel formado em Direito pela Univ. de Coimbra. Seguiu a carreira da magistratura, e passando para o Brasil, era
em 1820 Desembargador da Relação da Bahia. Por occasião da declaração da independencia, ficou ao serviço do Imperio, e
considerado como brasileiro.-N. nos suburbios de Pinhel a 12 de Março de 1762, e m. depois de 1840, segundo creio, posto
que ignoro a data precisa. - Este poema compõe se de doze cantos, e é escripto em outava rima. Se havemos de estar pelo voto
do sr. Ferdinand Denis no seu Résumé de l'Histoire Litter. du Portugal, pag. 487, este poema offerece alguns episodios
notaveis. Comtudo parece me que poucos leitores terão tido a paciencia necessaria para o levarem ao fim. O seu preço nominal
é de 480 réis.”
€900
578. PINA MARTINS. (José V. de) UM GRANDE PORTUGUÊS D. MANUEL II. 1889-1932. ATRAVÉS DE ALGUNS
LIVROS DA SUA BIBLIOTECA. SÉCULOS XV E XVI. Por... Professor da Universidade de Lisboa e Sócio efectivo da
Academis de Ciências de Lisboa. Fundação Casa de Brangança. 1989. De 25x18 cm. Com 224 pags. Encadernação com
lombada e cantos em pele. Ilustrado com os fac-similes dos frontíspicios das obras. Exemplar preserva capas de brochura
originais.
€80
579. PINELLI, Bartolomeo. Nuova Raccolta DI CINQUENTA COSTUMI PITTORESCHI incisi all’ acqua forte da
Bartolomeo Pinelli Romano. ROMA 1816 Presso Nicola de Antoni e Ignazio Pavon. In fólio oblongo de 26x37 cm. Com [I],
50 fólios. Encadernação da época com lombada e cantos em pele. Exemplar com ex-libris heráldico hebraico na guarda
anterior. Magnifica impressão romana de 50 gravuras abertas a água-forte com trajos e costumes.
Landscape folio (26 X
37cm), engraved title-page, 50 engraved plates; light spotting. Contemporary binding. Fresh copy of the first edition of this
work by the prolific Pinelli (1771-1835), well representative of his charming style. Colas 2378; Lipperheide 1263. Bookseller
Inventory # 86423
€3.500
580. PINHEIRO CHAGAS. (F.) HISTORIA DE PORTUGAL. Desde os tempos mais remotos até à actualidade. Escripta
segundo o plano de F. Diniz por uma sociedade de homens de letras. [Typographia Franco-Portugueza e Lallement Frères].
Escriptorio da Empreza. Lisboa. S/d [1900?]. Obra em 8 tomos encadernados em 4 volumes. De 23x16 cm. Com 347-359,
352-348, 332-368-(ii), e 351-(iv)-377-(vi) pags. Encadernações da época inteiras de pele marmoreadas com ferros a ouro nas
lombadas.
€200
581. PINHEIRO CHAGAS. (Manuel) BIOGRAPHIA DO GENERAL JOÃO DE GOUVEIA OSORIO. Pelo Conselheiro…
Typographia da Companhia Nacional Editora. Lisboa. 1889. De 24x17 cm. Com 212 pags. Encadernação da época com
lombada em pele com ferros a ouro na mesma e em super-libris decorativo. Corte por folhas dourado. Ilustrado com o retrato
do biografado, reproduzindo em cromolitografia um quadro a óleo apresentando a meio corpo o general em grande uniforme
das Campanhas Peninsulares. Exemplar apresenta cartão de oferta de Raul Pinheiro Chagas datado de 1891 e apenso no verso
da folha de rosto. Obra sobre a acção do General Gouveia Osorio durante as Invasões Napoleónicas.
€120
582. PINHEIRO FREIRE DA CUNHA, João. BREVE TRATADO DA ORTOGRAFIA PARA OS QUE NAÕ
FREQUENTÁRÃO OS ESTUDOS, OU DIALOGOS Sobre as mais principaes Regras da Orthografia uteis para o Povo
menos instruído, que dezeja acertar na praxe sem grande multiplicidade de preceitos, que naõ lhe saõ fáceis de compreender, e
muito mais proveitózos aos Meninos, que frequentão as Escolas. SEU AUTHOR JOAÕ PINHEIRO FREIRE DA CUNHA,
Professor Público de Grammática Latina, e Portugueza. Septima Impressaõ mais acrescentada. LISBOA. Na Officina de
Antonio Gomes. M. D. CC. XCII. [1792]. In 8º (15x10 cm) com vi, 298, [xxix] pags. Encadernação da época inteira de pele,
com pequenos trabalhos exteriores de traça na lombada. Exemplar com título de posse da época sobre a folha de rosto
(Bartolomeu José Manuel Cardoso Giraldes de Meneses); e profusamente anotado com comentários coevos e especializados de
interesse filológico.
€200
583. PINTO RIBEIRO. João. OBRAS VARIAS SOBRE VARIOS CASOS COM TRES RELACOENS DE DIREITO E
LUSTRE ao Dezembargo do Paço, às Eleyções, Perdões & pertenças de sua Jurisdição. Compostas pelo doutor…
DEZEMBARGADOR DO PAÇO DO CONSELHO de sua magestade accrescentado COM OS TRATADOS, SONHO
POLITICO, BREVE DISCURSO DAS PARTES de hum Juiz perfeito & Obras Metricas. pelo Doutor DUARTE RIBEYRO
DE MACEDO DEZEMBARGADOR DOS AGGRAVOS E DO CONSELHO de sua Magestade. [PARTE SEGUNDA].
CONTEM OS TRATADOS DA UZURPACAM RETENCAM E RESTAURAÇÃO DE PORTUGAL, das Injustas sucessoens
dos Reys de Leão & Castella, & Izenção de Portugal. a reposta sobre o elogio de D. João de Castro, escrito pelo doutor Simão
Torrezão Coelho, Collegial do Collegio mayor de S. Pedro, Lente de Canones na Universidade & Deputado da Meza da
Consciencia & Ordens: demonstração sobre a Preferencia das Letras às Armas. de que a acção de acclamar El Rey D. João o
IV. foy mais glorioza que a dos que o seguirão acclamado: carta sobre os Titulos da Nobreza de Portugal & seus Privilegios.
Relação feyta ao pontifice sobre a confirmação dos Bispos de Portugal. e o Dezengano do parecer emganozo que se deu a
ElrRy de Castella D. Phelippe IV contra Portugal. EM COIMBRA. Na Officina de JOSEPH ANTUNES DA SYLVA. 17291730. In fólio de 31x21 cm. 2 partes em 1 volume. Com I - (8), 144, (2), 83, (7), 28 p. II –(8), 165 (aliás 265), 44 pags.
Encadernação da época inteira de pele. Inocêncio IV, 22.
€400
584. PINTO. (Fr. Heitor) F. HECTORIS PINTO LVSITANI ORDInis D. Hieronymi in Esaiam Prophetam Commentaria.
Omnia iudicio & correctioni sancta Romana & vniuersalis Ecclesia subiecta sunto. ANTVERPIAE, In adibus Vidua &
Haeredum Ioan. Stelsij. M. D. LXXII. (1572) In 8.º de 16x10 cm. Com (xiv)-419-(i) folios. Encadernação do século xviii
inteira de pele com ferros a ouro na lombada e rotulo vermelho. Marca do impressor na folha de rosto. Impressão cuidada e
adornada de capitulares xilogravadas. Inocêncio III, 175. “FR. HEITOR PINTO, natural da villa da Covilhã (outros dizem que
da de Mello, qualquer d'ellas na provincia da Beira), professou o instituto de S. Jeronymo no mosteiro de Belem a 8 de Abril
de 1543. Foi doutor em Theologia pela Universidade de Siguença, e Lente da cadeira d'Escriptura na de Coimbra, Reitor no
collegio da mesma cidade, e Provincial da Ordem em Portugal, eleito em 1571. A opinião vulgar o dá falecido em Castella no
anno de 1584 com suspeitas de veneno, mandado propinar por Filippe II; e o auctor do Anno Historico chega até a assignar-lhe
positivamente o dia do obito em 19 d'Agosto do dito anno. porém o conego Villela, nas Observações criticas a Balbi, pag. 29,
affirma que elle fôra, com outros religiosos que tambem nomêa, preso na vespera de natal do anno de 1587 por ordem do
Governo castelhano. Se não ha aqui erro typographico, de certo aquelle conego teve fundamento positivo, posto que de mim
ignorado, que o levou a apartar-se da geral opinião quanto á referida data. Ácerca de Fr. Heitor Pinto podem consultar-se, além
da Bibl. de Barbosa, o Catalogo dos Auctores que antecede o Diccionario da Lingua Portugueza da Acad. a pag. CXXXIII, e
os Estudos biographicos de Canaes pag. 199. Na Bibl. Nacional existe um seu retrato de corpo inteiro. Falando do
merecimento de Fr. Heitor Pinto, diz o nosso grande philologo Francisco Dias Gomes (Obras Poeticas pag. 29): «Quem quer
vêr uma verdadeira imagem da eloquencia do divino Platão, e do eloquentissimo Cicero, lêa os Dialogos d'este auctor. Além da
mais pura e sancta moral christã, que constitue o fundo especial dos ditos dialogos, n'elles admirará quem os lêr em grau
superior todas as graças do estylo, o mais puro e correcto. » Não são menores os louvores que lhe dá o outro benemerito
philologo Agostinho de Mendonça Falcão: «A suavidade (diz elle) e amenidade de sua linguagem enleva a alma, e faz que se
lhe affeiçoe o leitor d'ella maravilhado, que sempre descobre novos primores em sua leitura, e ninguem ha a quem não
maravilhem suas comparações saborosas, e espante a superabundante copia de erudição sagrada e profana. » O P. Antonio
Pereira de Figueiredo, com quanto o colloque no logar decimo-outavo da serie por elle formada dos classicos portuguezes,
ainda assim o antepõe a Fr. Luis de Sousa, Lucena, Freire d'Andrade, Vieira e Bernardes. Omitto aqui, pela causa sobredita, a
enumeração das obras theologicas de Fr. Heitor Pinto, escriptas na lingua latina, as quaes gosavam, e gosam ainda de muita
estimação no seu genero, até entre os estrangeiros.”
€900
585. PINTO. (Frei Heitor) IMAGEM DA VIDA CHRISTAM, ORDENADA POR DIALOGOS: COMO MEMbros da sua
composiçam. O primeiro he, da verdadeyra Philosophia. O segundo, da Religião. O terceyro, da Iustiça. O quarto, da
Tribulação. O quinto, da Vida Solitaria. O sexto, da Lembrança da Morte. COMPOSTOS PELO R. P. F. Hector Pinto, da
Ordem de S. Hieronymo: & por elle acrescentados nesta vltima impressam. EM EVORA. Impresso por Manoel Lyra. Com
licença do S. Officio: Anno 1603. In 12º de 13x8 cm. com [iv], 252 [ii] fólios. Encadernação da época em pergaminho flexível
com título manuscrito na lombada. Ilustrado com um selo a talhe-doce na última página do prólogo: “I. H. S. MEO.
EXULTABO. IN. DEO. IESU”. Ornada com vinhetas capitulares. Rara impressão eborense saída do prelo do mesmo
impressor e impressa com os mesmos caracteres da famosa edição dos 'piscos', Os Lusíadas, Lisboa 1584. Contendo um
importante capítulo final (que não consta no sumário inicial) com a descrição simbólica do brasão de cidade de Coimbra,
explicando a importância do seu conhecimento, como fonte do saber. Inocêncio III, 175: “ FR. HEITOR PINTO, natural da
villa da Covilhã (outros dizem que da de Mello, qualquer d'ellas na provincia da Beira), professou o instituto de S. Jeronymo
no mosteiro de Belem a 8 de Abril de 1543. Foi doutor em Theologia pela Universidade de Siguença, e Lente da cadeira
d'Escriptura na de Coimbra, Reitor no collegio da mesma cidade, e Provincial da Ordem em Portugal, eleito em 1571. A
opinião vulgar o dá falecido em Castella no anno de 1584 com suspeitas de veneno, mandado propinar por Filippe II. Imagem
da vida christam, ordenada per dialogos, como membros de sua composiçam. O primeyro he da verdadeyra philosophia. O
segundo da religiam. O terceyro da justiça. O quarto da tribulaçam. O quinto da vida solitaria. O sexto da lembrãça da morte.
Impressos em Coimbra per João de Barreira 1563. 8.º Segunda edição, ibi, pelo mesmo 1565. 8.º E novamente, Braga, por
Antonio de Mariz 1567. 8.° Lisboa, por Antonio Ribeiro 1580. 8.º Ibi, por Antonio Alvares 1591 e 1592. Evora, por Manuel de
Lyra 1603. 8.º… Depois de tantas e tão successivas reimpressões, que bem mostram o acolhimento e estima que esta obra
mereceu desde o seu apparecimento, sahiram a final as duas partes reunidas em um só volume, Lisboa, por Miguel Manescal
1681. 4.º Tenho noticia de alguns exemplares d'esta ultima, vendidos de 960 a 1:200 réis. Todas as referidas reimpressões
fazem consideraveis differenças entre si, e nenhuma concorda com as primeiras, porque os editores foram alterando de cada
vez o que bem lhes pareceu. Falando do merecimento de Fr. Heitor Pinto, diz o nosso grande philologo Francisco Dias Gomes
(Obras Poeticas pag. 29): «Quem quer vêr uma verdadeira imagem da eloquencia do divino Platão, e do eloquentissimo Cicero,
lêa os Dialogos d'este auctor. Além da mais pura e sancta moral christã, que constitue o fundo especial dos ditos dialogos,
n'elles admirará quem os lêr em grau superior todas as graças do estylo, o mais puro e correcto. » Não são menores os louvores
que lhe dá o outro benemerito philologo Agostinho de Mendonça Falcão: «A suavidade (diz elle) e amenidade de sua
linguagem enleva a alma, e faz que se lhe affeiçoe o leitor d'ella maravilhado, que sempre descobre novos primores em sua
leitura, e ninguem ha a quem não maravilhem suas comparações saborosas, e espante a superabundante copia de erudição
sagrada e profana. » O P. Antonio Pereira de Figueiredo, com quanto o colloque no logar decimo-outavo da serie por elle
formada dos classicos portuguezes, ainda assim o antepõe a Fr. Luis de Sousa, Lucena, Freire d'Andrade, Vieira e Bernardes.
Os Dialogos foram traduzidos nas linguas castelhana, franceza e italiana, e em todas lograram varias reimpressões. Aquelles
que tiverem a curiosidade de as conhecer, podem consultar a Bibl. de Barbosa. Não as transcrevo aqui, por não tornar mais
diffuso este artigo. José Agostinho de Macedo (em uma sua carta inedita, que possuo, dirigida a Fr. Fortunato de S.
Boaventura) affirma como cousa certa que o dialogo da Vida solitaria é fiel traducção de outro de Petrarca. Quem quizer
poderá verificar a exactidão d'esta afirmativa, confrontando entre si os dous auctores, o que eu não hei tido occasião de fazer.
Omitto aqui, pela causa sobredita, a enumeração das obras theologicas de Fr. Heitor Pinto, escriptas na lingua latina, as quaes
gosavam, e gosam ainda de muita estimação no seu genero, até entre os estrangeiros”.
€1.200
586. PIRES DE CARVALHO. (Lourenço) EPITOME DAS INDULGENCIAS, E PRIVILEgios da Bulla da Santa Cruzada,
Repartido para mayor clareza em títulos pelas indulgencias, & diversas faculdades, que contèm, com algumas advertencias no
principio; Accrescendo nesta segunda impressaõ cõ a praxe da commutaçaõ dos votos & algumas declaraçoens, com os casos
reservados nos Bispados, feyto por LOVRENÇO PIRES CARVALHO, Do Conselho de Sua Magestade, seu Submilher de
Cortina, Deputado da Mesa da Consciencia, & Ordens, & da Junta dos três Estados, Commissario Géral da Bulla da S.
Cruzado nestes Reynos, & Senhorios de Portugal, &c. LISBOA: Na Officina de MIGUEL DESLANDES. Anno de 1697. De
14x10 cm. Com (xv)-204-(iv) pags. Encadernação da época em pergaminho flexível com falhas marginais na capa anterior, na
lombada e vestígios de traça. Ilustrado com bela folha de frontispício apresentando as armas heráldicas dos Carvalhos (familiar
do futuro Marquês de Pombal?). Exemplar com picos de traça no interior sem afectar a leitura. Inocêncio V, 198 e XIII, 319:
“O Epitome das indulgências foi depois condenado em Roma e appareceu incluido no Índice [Expurgatório] publicado em
1835. Lourenço Pires de Carvalho, Doutor em Canones, Desembargador da Casa da Supplicação, Deputado da Meza da
Consciencia e Ordens, e Commissario geral da Bulla da Cruzada por breve de 20 de Novembro de 1694. Nasceu em Lisboa a 2
de Janeiro de 1642, e morreu a 16 de Dezembro de 1700”.
€200
587. PIRES DE LIMA. (Américo) O DOUTOR ALEXANDRE RODRIGUES FERREIRA. Documentos coligidos e
prefaciados por… Agência Geral do Ultramar. 1953. De 23x16 cm. Com 426 pags. Encadernação da época com lombada em
pele. Obra contém 33 páginas iniciais com a biografia do naturalista e pioneiro dos estudos cientificos da Amazónia; e nas
restantes 400 páginas contém o resumo de cartas, documentos, oficios, recibos, missivas, petições, etc. respeitantes à sua
correspondência em Portugal e no Brasil.
€60
588. PIRES DE LIMA. (Fernando de Castro ) A ARTE POPULAR EM PORTUGAL. Direcção de… Editorial Verbo. S. d
(ca.1960). De 31,5x24 cm. 3 volumes. Meias encadernações francesas de pele azul, cansadas. Colaboração de António Cruz,
Ernesto Veiga de Oliveira, Eugénio Andrea da Cunha e Freitas, Fernando Castello Branco, Fernando Galhano, Fernando de C.
Pires de Lima, Guilherme Felgueiras, Jaime Brasil, Luís Chaves, Maria Madalena Cagigal e Silva, Mário de Sampayo Ribeiro
e outros. Profusamente ilustrado. Ocasionais picos de humidade.
€150
589. PIRES DE LIMA. (Fernando de Castro) A ARTE POPULAR EM PORTUGAL: ILHAS ADJACENTES E
ULTRAMAR. Direcção de... Editorial Verbo. Lisboa. 1968, 1970 e 1975. Obra em 3 volumes. De 30x23 cm. Com 388, 447 e
441 pags. Encadernações editoriais inteiras de pele, preservando sobrecapas de protecção com fotogravura decorativa alusiva
(máscara africana). Profusamente ilustrado no texto e em extra-texto. Obra publicada com o alto patrocínio da Junta de
Investigações e da Agência Geral do Ultramar, apresentando o mesmo título de outra obra congénere e dirigida pelo mesmo
autor, porém sendo esta exclusivamente dedicada às ilhas adjacentes (Madeira e Açores) e às antigas colónias portuguesas.
Enquanto na obra anterior os capítulos se encontram divididos pelas produções da cultura material (habitação, mobiliário,
metais cestaria, medicina, etc) na presente obra a divisão geral é carácter de geográfico e a subdivisão particular nos domínios
mais relevantes da cultura material de cada território. Assim: Volume I – Ilha da Madeira; Açores; e Cabo Verde; Volume 2 –
Guiné ; São Tomé e Príncipe e Angola; Volume 3 – Moçambique; Índia; Macau; e Timor.
€600
590. PIRES DE LIMA. (Fernando de Castro) A VIRGEM E PORTUGAL. Direcção literária de... [Orientação gráfica de
Amandio Silva. Composto e impresso na Tipografia Rocha. Vila Nova de Gaia]. Edições Ouro, Lda. Porto. 1967. 2 volumes.
De 32x25 cm. Com 1020 pags. Encadernações do editor com lombadas em pele. Profusamente ilustrado com fotogravuras e
fac-similes a cores reproduzindo quadros, gravuras e frontispícios.
€150
591. POETICA DE HORATIO, E O ENSAIO SOBRE A CRITICA DE ALEXANDRE POPE. Em portuguez. Dedicado a
preciosa Memoria d’el Rey D. Joaõ IV. Por huma Portugueza. Londres: Na oficina de T. Harper. 1812. De 20x13 cm. Com
171 pags. Encadernação da época inteira de pele com finos ferros a ouro na lombada e no rótulo vermelho. Exemplar com nota
marginal de arrumação na página de rosto; e sublinhados a lápis no interior. Inocêncio não refere. Autora desconhecida. €120
592. PORRAS HUIDOBRO. (Facundo de) DISERTACION SOBRE ARCHIVOS, Y REGLAS DE SU COORDINACION, útil
para todos los que los tienen o manejan: CON UN APÉNDICE, noticia original y curioso de la estimacion que tuvo el
maravedí y otras monedas que corrieron en Castilla: POR D. Facundo de Porras Huidobro, Revisor de Letras antíguas por S.
M., Individuo de la Real Academia de la Historia, y Archivero de la Inspeccion general de Instruccion pública del Reyno.
Imprenta de D. Leon Amarita. Madrid: 1830. In 4º (de 21x15 cm) com 140 pags. Encadernação da época inteira de pele. Corte
das folhas carminado. PALAU 1990, VI, pag. 143.
€300
593. PORTA, Giambattista della. DE HVMANA PHYSIOGNOMONIA IOANNIS BAPTISTAE PORTAE NEAPOLITANI.
LIBRI IV. QVI ab extremis, quae in hominum corporibus conspiciuntur signis, ita eorum naturas, mores, & consilia (egrejiis
ad viuum expressis Iconibvs) demonstrant, vt intimus animi recessus penetrare videantur. Omnibus omnium ordinum studiosis
lectu utiles, maximeque incundi. Nunca ab inumeris mendis, quibus pacim Neapolitana scatebat editio emendadti primunq; in
Germania in Lucem editi. Cum luplice rerum & Verborum Indice longolocupletissimo [Vinheta do impressor]. M. D. C. I.
[1601]. VRSELLIS. Typis Cornelii Sutori, sumptibus Ion[a]e. Rosae Fr. In 8º [de 18x12 cm) com [xiv], 534, xlix pags.
Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada. Ilustrado com gravuras no texto representando as
analogias metonímicas das características somáticas entre homens e animais. Exemplar com acidulação natural e generalizada
do papel; e vestígios de trabalho de traça no interior sem afectar a leitura do texto.
Binding: contemporay full calf gilt at
spine. Copy with general paper foxing due to quality of paper; and marginal worming. Illustrated with engravings on the text
depicting human / animal somatic characters. Diamond 23.5: “Porta's PHYSIOGNOMONIA is also often a very amusing
work, and its charming illustrations which explore the analogies between the various human types and their animal
counterparts, can deliver many a bracing gasp of recognition, and more than a chuckle or two Third (?) edition, preceded by
the editions of 1586 and 1593”.
€1.800
594. PORTE. (Mr. de la) GUIA DE NEGOCIANTES, E DE GUARDA-LIVROS, OU TRATADO SOBRE OS LIVROS DE
CONTAS EM PARTIDAS DOBRADAS: Com huma Instrucção geral para os guardar, segundo o verdadeiro Methodo
Italiano, e como está hoje em uso entre os Negociantes os mais consideraveis de todas as Praças; e com as mais essenciaes
Qustões, e suas Soluções, e Respostas sobre toda a qualidade de Negociações, que possão fazer os Mercadores, Banqueiros, ou
outros quaisquer Negociantes. COMPOSTO NA LINGUA FRANCEZA POR Mr. DE LA PORTE. TRADUZIDO NA
VULGAR. SEGUNDA EDIÇAÕ. LISBOA. ANNO M. DCCCII. [1802]. Na Offic. de João Procopio Correa da Silva,
Impressor da Santa Igreja Patriarcal. In 8º (de 16x10 cm) com xv, 171 pags. Encadernação da época inteira de pele. Exemplar
com evnetual falta das páginas i até iv (correspondentes às licenças da obra). INOCÊNCIO XIII, 46: 'JOSÉ JOAQUIM DA
SILVA PERES DE MILÃO, antigo aluno da aula do commercio, etc.[Primeira edição]: Guia de negociantes e de
guarda_livros, [etc]. Lisboa, na regia offi. typ. 1794. 8.º, de XV_171 pag.
€200
595. PORTFOLIO DE FOTOGRAFÍAS DE LAS CIUDADES, PAISAJES Y CUADROS CÉLEBRES. Forma una curiosa y
escogida colección de vistas fotográficas del natural y de obras artísticas en el mundo entero. Com reproducción y descriptión
de los tesoros más notábles de Euriopa, Asia, África, América del Norte y América del Sur, ó sea sel Antiguo y Nuevo Mundo.
Establecimiento Tipográfico Sucesores de Rivadeneyra. Madrid. S/d [1896]. De 28x33 cm (formato oblongo). Com (4) pags e
320 fotogravuras de página inteira. Obra com prólogo de várias cartas dirigidas ao editor abonando a favor da qualidade da
obra, sendo uma de Emílio Castelar, falando da singularidade da obra pela imensa recolha de imagens que nos informam da
geografia humana e física no final do século de oitocentos.
€200
596. PORTO (O) DE LISBOA. Estudo de História Económica seguido de Catálogo Bibliográfico e Iconográfico. Quinto
Centenário do Infante D. Henrique. Edição da Administração Geral do Porto de Lisboa. MCMLX [1960]. De 33x26 cm. Com
405 pags. Encadernação em pergamoide com título em super-libris, preservando sobrecapas decorativas. Profusamente
ilustrado com gravuras coloridas; fac-similes com mapas desdobráveis; tabelas de dados económicos e aduaneiros desde o
século XVI; gráficos do movimento marítimo desde o século XVII; e mapa desdobrável do avanço das construções do Porto de
Lisboa sobre o Rio Tejo.
€150
597. PORTO. (Fr. Rodrigo do) Manual de comfessores & penitentes, que clara & breuemente contem a vniuersal & particular
decisão, de quasi todas as duuidas, q nas cõfissõessoem occorrrer dos pecados, absoluições, restituições, censuras &
irregularidades: Cõposto antes por hum religioso da ordem de S. Francisco da prouincia da piedade. E visto & em alguns
passos declarado pólo muy famoso Doutor Martim de Azpilcuta Nauarro, cathredatico iubilado de prima em Cânones na
vniuersidade de Coimbra. E depois cõ summo cuidado, diligencia & estudo, tã reformado & acrecentado pólo mesmo Author
& o dito Doutor em materias, sentenças, allegações & estilo, q pode parecer outro, com reportório copioso no cabo. Anno de
M. D. LII. (1552) Vendense em Coimbra a cento & sessenta reaes, em papel. [cólofon] In inclyta ConimBRICA IONNES
BARRERIVS, ET IOANNES ALVAREZ Regii Typographi excudebãt. In 12.º de 14x9,5 cm. Com (viii)-953-(xxxviii) pags.
Encadernação do século xviii inteira de pele. Exemplar alguns restauros marginais que por vezes atingem levemente a mancha
tipográfica e com falta das páginas 465/466 e 479/480. Portada com cercadura tipográfica, impressão em caracteres góticos
com letras capitulares xilograficas e notas impressas nas margens. D. Manuel 73 “ 33 e linhas –caracteres góticos, excepto as
notas marginais, que são em caracteres redondos, e a parte das peças preliminares e finais- sem reclamos.” Anselmo 292. Palau
21282. Barbosa Machado III, 642. Inocêncio VII, 181. “Fr. Rodrigo do Porto. (V. Dicc., tomo VII, pag. 181). Franciscano da
provincia da Piedade, natural da cidade do seu appellido. - Viveu no seculo XVI, porém não constam as datas precisas do seu
nascimento e obito. O Manual (n.º 370) é em gothico. Camillo Castello Branco dizia que tinha comprado um exemplar da
edição de 1549 por 800 réis e o vendera por 4$500.” Pinto de Matos, 47. “É livro estimado e pouco vulgar.” Inocêncio VI, 152
e XVI, 372. “Azpilcueta V. a sua biographia e retrato na Collecção dos retratos e elogios de varões e donas, etc., por Pedro
José de Figueiredo, e mais resumida nos Estudos biogr. de Barbosa Canaes a pag. 200. - Ha na Bibl. Nacional um seu retrato
de meio corpo pintado a óleo.” Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira III, 956. “Martinho de Azpilcueta. Celebre
jurisconsulto espanhol nascido perto de Pamplona (Navarra) e chamado por isso Doutor Navarro, aparentado com famílias
ilustres e antiquíssimas, às quais pertenceu também São Francisco Xavier. Foi convidado pelo governo francês a fazer parte do
Parlamento de Paris. Recusando aquela honra. Regressou a Espanha, obtendo a cátedra de Prima Canones na famosa
Universidade Salamanca, lugar que desempenhou com um critério tão inovador, que produziu uma verdadeira revolução no
que então significavam os estudos universitários. Seguindo o conselho de Carlos V, aceitou o convite de D. João III de
Portugal, para reger uma cátedra em Coimbra. Adquiriu grande renome após dezasseis anos de ensino, findos os quais foi
reformado com um soldo de 1000 ducados anuais. Em prémio dos seus serviços o rei ofereceu-lhe o bispado de Coimbra, mas
ele não aceitou. Confessor de Dona Joana de Áustria, foi-lhe por esta oferecido o bispado de Santiago de Compostela que
também recusou. Filipe II convidou-o para exercer um posto no Conselho do Rei e outro no Tribunal Supremo da Inquisição,
mas também não aceitou nenhum deles, preferindo dedicar-se exclusivamente às suas actividades de homem de Direito.
Tomou para si a defesa de Frei Bartolomeu de Carranza, processado pela Inquisição, e conseguiu salvá-lo à força de talento e
de dialéctica jurídica. Em Roma na intimidade dos papas Pio V, Gregório XIII e Sisto V, que apreciaram muito os seus dotes
de talento, viveu ainda 19 anos. Faleceu em Roma em 1586, sendo-lhe prestadas honras soleníssimas por ordem do Papa
SistoV. Recebeu sepultura no templo de Santo António dos Portugueses. A mais importante das suas obras, o Manual de
Confesores Y Penitentes, publicada em Portugal e Espanha simultaneamente, e mais tarde em várias edições em Antuérpia,
Roma, Colónia, Paris, Veneza e Wizburgo “Azevedo e Samodães 2535. “A composição tipográfica, embelezada de varias
letras iniciais de desenhos de fantasia (gravura em madeira), foi executada com caracteres redondos e itálicos de vários corpos,
e ainda com algum gótico. Terceira edição do Manual de Confessores de fr. Rodrigo do Porto, reformado e largamente
ampliado pelo célebre catedrático da Universidade de Coimbra dr. Martim de Azpilcueta Navarro. Os exemplares são
presentemente muito raros.”
Binding: 18th Century full calf bound. Bibliographer Inocêncio (VI, 152 ; XVI, 372) Frei
Rodrigo Porto lived in the sixteenth century. Camillo Castello Branco, a famous Portuguese writter said he had bought a copy
of the edition of 1549. Bibliographer Pinto de Matos, (47) says: 'It is an estimated book and unusual.' Dr. Martin de Azpilcueta
Navarro’s Handbook of Confesores Y Penitentes - the most important of his works - was published simultaneously in Portugal
and Spain, and later in several editions in Antwerp, Rome, Cologne, Paris, Venice and Witzburg. Azevedo and Samodães
(2535): 'The typesetting, embellished many of the initial letters of fantasy drawings (woodcut), were performed with round and
italic characters of various bodies, and even with some Gothic. In the third edition of the Manual for Confessors, Fr. Rodrigo
Oporto largely expanded by the famous work of Martin de Azpilcueta Navarro professor the University of Coimbra. Copies are
now very rare'.
€700
598. PORTUGAL (D. Pedro, Condestável de) TRAGÉDIA DE LA INSIGNE REINA DOÑA ISABEL. 2.ª edição. Revista e
prefaciada por D. Carolina Michaëlis de Vasconcelos. Imprensa da Universidade. Coimbra. 1922. De 24x17 cm. Com 167
pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele com finos ferros a ouro, e ferros rolados a seco nas pastas.
Tiragem de 100/79 exemplares numerados e rubricados pelo editor. Estudo elaborado na análise da obra escrita por um
príncipe da Ínclita Geração e apenas dada à luz em 1899.
€80
599. PORTUGAL. (D. Pedro, Infante de) O LIVRO DA VIRTUOSA BEMFEITORIA DO INFANTE DOM PEDRO. 2ª
edição comemorativa dos centenários com um introdução e notas por Joaquim Costa Director da Biblioteca. Reprodução de
manuscritos. Biblioteca Pública Municipal do Porto. Imprensa Portuguesa. Porto. 1940. De 25x17 cm. Com cxv-345 pags.
Encadernação da época com lombadas e cantos em pele. Ilustrado.
€150
600. PORTUGAL. (D. Pedro, Infante de) O LIVRO DA VIRTUOSA BEMFEITORIA. Do… [In] COLECÇÃO DE
MANUSCRITOS INÉDITOS AGORA DADOS À ESTAMPA. II. Biblioteca Pública Municipal do Porto. Composto e
Impresso na Oficinas do «Commercio do Porto». Porto. 1910. De 24x17 cm. Com [29]-274 pags. Encadernação com lombadas
em pele com nervos e ferros a ouro. Exemplar com picos de humidade na capa de brochura e carimbo de oferta na folha de
anterrosto. 1ª edição a partir da transcrição e confrontação dos exemplares manuscritos existentes na Biblioteca do Porto, na
Academia Real das Ciências em Lisboa, e na Biblioteca de Madrid tendo sido financiada a deslocação e o estudo das obras nos
locais pelo Estado português.
€150
601. PORTUGUESES (OS) NA MARINHA DE GUERRA DO BRASIL. Contribuição comemorativa dos Centenários de
Portugal (1139-1640). Comissão Brasileira dos Centenários Portugueses. Estados Unidos do Brasil. Rio de Janeiro. 1940. De
34x24 cm. Com 413 pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele. Texto impresso dentro de cercaduras
(quadrilongos) com motivos náuticos decorativos. Obra com descrições pormenorizadas das condições de vida a bordo dos
navios no tempo das grandes navegações de descoberta.
€150
602. POYARES, Frei Pedro. DICCIONARIO LVSITANICO-LATINO DE NOMES PROPRIOS De regioens; Reinos,
Provincias; Cidades; Villas; Castellos; Lugares; Rios; Mares; Montes; Fontes; Ilhas, Pensinsulas; Isthmos; &c. Com nome
Latino, dando a esse nome latino o vulgar que hoje tem, pera boa intelligencia de Livros Sagrados, & Prophanos. Em Lisboa.
Na Officina de IOAM DA COSTA, M. DC. LXVII. [1667]. In-8º gr de [xxviii],488 págs. De 18,5x14 cm. Encadernação
recente inteira de pele mosqueada bem dourada na lombada e com filete nas pastas. Exemplar com assinatura de posse na folha
de rosto de A. P. Fernandes Thomaz e ex-líbris de Victor Avila Perez. Inocêncio VI, 444. “Fr. PEDRO DE POYARES,
Franciscano da provincia da Piedade, Prégador, e Lente de Theologia no convento de S. Francisco d'Elvas, etc. - Foi natural do
logar do seu appellido, no termo da villa de Barcellos, e m. em Braga no anno de 1678. Os que desejam escrever com
propriedade, e segundo a legitima pronunciação portugueza, têem n'este livro um guia seguro, e na sua lição subsidios de valia,
para evitar os erros grosseiros, em que miseravelmente incorre a maior parte dos nossos modernos traductores, não só de
romances, mas de obras scientificas, e até alguns auctores originaes, que transportam ás vezes para a nossa lingua os nomes do
vocabulario geographico de modo que causam lastima aos sisudos, e provocam o riso aos eruditos de genio malicioso.” €300
603. PROPRIUM SANCTORUM ORDINIS S. P. BENEDICTI PORTUGALENSIS. ULYSSIPONE, Ex Typographia Antonij
Pedrozo Galraõ. M. DCC. (1700) In 4.º de 24x17 cm. Com [viii], 92 pags. Encadernação da época em pergaminho proveniente
de uma folha de um cantochão. Obra totalmente impressa a negro e vermelho, adornada com uma gravura de S. Bento na folha
de rosto e um florão de remate no verso do último fólio. Não existe exemplar na Biblioteca Nacional de Portugal.
€500
604. PRUDHOMME. (Louis) REVOLUTIONS DE PARIS DÉDIÉS A LA NATION ET AU DISTRICT DES PETITS
AUGUSTINS Publiées par le sieur Prudhomme [Imprimerie des Révolutions de Paris] à lépoque du 12 Juillet 1789. AVEC
GRAVURES et Cartes dês Départemens du Royaume. 1789. Obra com 91 (de 225) números de um jornal, encadernados em 7
volumes In 8º gr. de 20x13 cm. Encadernações da época inteiras de pele com ferros a ouro nos rótulos das lombadas. Ilustrados
com: gravuras (algumas desdobráveis) intercaladas em extra-texto; quadros de dados; mapas; e índices. Exemplar com cantos e
coifas das lombadas cansadas. O texto - no formato jornalístico da época - narra os factos do dia-a-dia cronologicamente;
ilustra com gravuras os principais momentos da Revolução Francesa; enuncia os detalhes das ocorrências; e ainda com uma
secção contendo anúncios publicitários.
91 numbers, bound in 7 volumes (out of 225 numbers from July 1789 to April
1791). 8vo. Contemporary calf, spines gilt with raised bands, labels with gilt lettering (all volumes with identical labels), a bit
rubbed top at bottom of spines. With engravings and maps. Tourneux 10249; Hatin 147-149; Martin & Walter 1299; Rétat 163.
All published. Famous journal, founded and edited by L. Prudhomme. Among the collaborators were Elysée Loustalot, Sylvain
Maréchal, Chaumette, Fabre d'Egelantine. This newspaper provided interesting critiques and an immense volume of
information concerning political activity in Paris.
“C'est le tableau le plus exact, le plus complet et le plus impartial des
agitations de la capitale pendant les premières et les plus dramatiques années de la Révolution. On ne trouverait nulle part
ailleurs des matériaux aussi abondantes et aussi sûrs pour l'histoire de la période quelle embrasse' (Hatin). Tables a la fin de
chaque volume. Les 91 premiers numéros de ce journal; soit les trois premiéres années jusq’au 9 Avril 1791 (complet en 225
numeros parus entre juillet 1789 et fevrier 1794). Notre serie comprend tous les textes du n°1, du 12 au 17 juillet 1789, au n°91
du 12 au 9 Avril 1791, avec planches gravées et cartes. Le premier volume, qui porte un titre grave, s'ouvre avec la Prise de la
Bastille. Louis Prudhomme, papetier avant la Revolution, avait joint a son commerce primitif, au moment de la convocation
des États Generaux, le debit fructueux des brochures de circonstances.
€800
605. PSALTERIUM ROMANUM DISPOSITUM PER HEBDOMADAM, Ad normam Breviarii EX DECRETO
SACROSANCTI Concilii Ridentini restituti S. PII V. PONTFICIS MAXIMI jussu editi, CLEMENTIS VIII. AC URBANI
VIII. auctoritate recogniti; Cum omnibus, quae pro Psalmis, Antiphoniis, tam Beatae Maria virginis, quam Defunctorum , ac
Responsoriis, ceterisque in Diurno Officio modulandis necessaria sunt, praecipua cura emendatum, & excussum. VENETIIS,
MDCCLIX [1759]. In fólio maximo (de 48x36 cm). Com 472 pags. Encadernação da época inteira de pele sobre pranchas de
carvalho, com ferragens nos cantos e super libris das pastas; com vestigios de fechos; apresentando os tranchefilas expostos
por falta da lombada. Exemplar com vestígios de humidade nas primeiras 14 páginas e vestígios de ferrugem na última página
derivado à oxidação das tachas da encadernação. Missal com música coral segundo a tradição da Igreja Católica Romana.
€3.000
606. QUEIROZ VELLOSO. (J. M. de) O REINADO DO CARDEAL D. HENRIQUE. A perda da independência. Volume I.
Por…professor jubilado da Universidade de Lisboa, sócio efectivo da Academia das Ciências de Lisboa, académico de número
da Academia Portuguesa de História e correspondente da Real Academia da História de Madrid. Empresa Nacional de
Publicidade. Lisboa. 1946. De 21x14 cm. Com 439 pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele.
€80
607. QUESTÃO (A) IBÉRICA. Integralismo Lusitano. O Território e a Raça [por] António Sardinha; A Lingua e a Arte [por]
Hippólyto Raposo; Musica e Instrumentos [por] Luís de Freitas Branco; Aspectos Económicos [por] José Pequito Rebello;
Colonizações Ibéricas [por] Ruy Ennes Ulrich; Direito e Instituições [por] A. Xavier Cordeiro; Aspectos Político-Militares
[por] Vasco de Carvalho; Lição dos Factos [por] Luis de Almeida Braga. [Tipografia do Anuário Comercial]. Depositários
Almeida, Miranda e Sousa, Lda. Lisboa. 1916. De 25x17 cm. Com 352 pags. Encadernação da época com lombada e cantos
em pele.
€150
608. QUEVEDO DE VILLEGAS, Francisco de. OBRAS DE DON FRANCISCO DE QUEVEDO Villegas, Cavallero de la
Orden de Santiago, Señor de la Villa de la Torre de Juan-Abad. DIVIDIDAS EN TRES TOMOS. Nueva Impression corregida
y ilustrada com munchas Estampas muy donosas y apropriadas à la matéria. EN AMBERES. Por la VIUDA de HENRICO
VERDUSSEN Año M. DCC. XXVI. [1726] Junto com: TOMO QUARTO EN EL QUAL CONTIENE Su vida y Obras
posthumas, de la Providencia de Dios tratados tres, com el tratado de la Introducion à la vida Devota. Aqui antes nunca
impresso ni en la impression de Bruselas, ni en la de Amberes. EN AMBERES. En Casa de BAUTISTA VERDUNSSEN,
1726. In 4. º de 22,5x17,5 cm. 4 volumes com: I - [viii], 542, [ii] pags. [xiv grav.]. II - [iv], 472, [iv grav.]. III - [iv], 592, [xiv,
ii b.], pags. [9 grav.]. IV - [viii], 405, [iii] pags. [ii grav.] Encadernações da época inteiras de pele [um pouco cansadas) com
rótulos vermelhos, nervos e ferros a ouro lavrados nas lombadas, cortes das folhas. marmoreados. Obra com folhas de rosto
impressas a duas cores e ilustrada com 29 gravuras de página inteira, incluindo 2 retratos do autor e um fólio desdobrável com
um epitáfio. Edição que apresenta pela primeira vez o quarto volume da obra, este aparece por vezes junto da edição anterior
que é tipograficamente quase igual, mas publicada em Bruxelas pelo impressor Folpens em 1660-61. Palau 1990, VI 188.
“Bella e acreditada edicion.”
€3.600
609. QUIRINO DA FONSECA. (Henrique) MEMORIAS DE ARQUEOLOGIA MARITIMA PORTUGUESA. Recolhidas
por… Capitão-tenente. Tip. de J. F. Pinheiro. Lisboa. 1915. De 22x16 cm. Com 224 pags. Encadernação artística inteira de
pele (chagrin azul) com finos ferros a ouro na lombada e nas esquadrias das pastas com motivos náuticos. Exemplar com
dedicatória do autor (na cabeceira de folha de rosto) dirigida a Afonso de Ornellas e indicação manuscrita pelo autor (na folha
de guarda posterior, após a pag. 224 que é interrompida a meio de uma frase) de que esta publicação seguiria nos Anaes do
Club Militar Naval. Exemplares da Biblioteca Central de Marinha seguem até à página 278.
€150
610. RAIMONDI, Eugenio. DELLE CACCIE DI EUGENIO RAIMONDI BRESCIANO LIBRI QUATTRO AGGIUNTOUI
'N QUESTA NUOUA 'MPRESSIONE IL QUINTO LIBRO DELLA VILLA. IN NAPOLI, PER Lazaro Scoriggio. M. DC.
XXXVI. [1626] In 4.º de 20,5x14,5 cm. Com [lvi], 635 pags. Ilustrado com frontispício gravado e 19 gravuras (8 são
repetidas) com cenas venatórios. Encadernação da época em pergaminho flexível. Exemplar com ex-líbris de Salema Garção.
Contemporary flexible vellum. Illustrated with 19 engravings (8 are repeted scenes) with big game hunting. Copy with an
ex-libris of the portuguese bibliographer Salema Garção.
€5.000
611. RAMALHO ORTIGÃO. (Joaquim da Costa) BANHOS DE CALDAS E AGUAS MINERAES. Com uma introducção de
Julio Cesar Machado e desenhos de Emilio Pimentel. Livraria Universal de Magalhães & Moniz – Editores. Porto. 1875. De
22x15 cm. Com 135-(v) pags. Encadernação recente inteira de pele de vitela em cor bordeaux. Ilustrado com vinhetas,
gravuras extra texto e quadros com dados estatísticos. Exemplar com o carimbo (ex-libris oleografico) do próprio autor sobre a
folha de rosto. Inocêncio XII, 374 “Joaquim da Costa Ramalho Ortigão, nasceu no Porto em 16 de Fevereiro de 1843; filho de
Joaquim da Costa Ramalho Ortigão, oficial de artilharia, e depois director do Collegio de Nossa Senhora da Lapa, naquela
cidade; e neto paterno de José da Costa Leal e Brito, de uma antiga família do Algarve. Destinado á vida comercial, partiu para
o Rio de Janeiro em 1856, e passados dois anos, com 23 de idade apenas, pela sua applicação e pelo seu proceder estava sócio
gerente de uma importante casa de comissões de café. A sua educação litteraria, embora limitada, levou-o naturalmente a
associar-se ao grupo de portugueses que naquela época lançavam os fundamentos de associações literárias e cursos de ensino
nocturno, iniciando um movimento de propaganda sã e benemérita a favor da instrução popular na capital do império. Tomou
parte na direcção de algumas dessas associações, sendo presidente da Caixa de Soccorros de D. Pedro V, em 1871; secretario
da memorável Comissão Portugueza de Soccorros às Victimas da Febre Amarela, em 1873; e desde 1879 exerceu o lugar de
director, primeiro secretário, do Gabinete Português de Leitura”.
€200
612. RAMOS-COELHO. (José) HISTORIA DO INFANTE D. DUARTE IRMÃO DE EL-REI D. JOÃO IV. Por… Sócio
correspondente da Academia Real das Sciencias de Lisboa, e da Real Academia de Lucca, sócio do Instituto de Coimbra, e
sócio honorário do Gabinete Português de Leitura do Maranhão. Obra fundada em numerosíssimos documentos e com
desenhos do architecto milanês o sr. Lucas Beltrami e phototypias do sr. Carlos Relvas. Por Ordem e na Typographia da
Academia Real das Sciencias. Lisboa. 1889 e 1890. 2 volumes. De 23x15 cm. Com xxi-740 e 898 pags. Encadernações com
lombadas e cantos em pele, com ferros a ouro ao gosto do século XVIII. Ilustrados com reproduções fac-similes de gravuras,
mapas, retratos e manuscritos realizadas por Carlos Relvas e impressas em extra texto sobre papel de elevada qualidade e
espessura. Obra fundada em numerosos documentos e com desenhos do architecto milanês o Sr. Lucas Beltrani. Apenas 2
volumes de uma obra em 3, tendo sido o 3º volume publicado 30 anos depois, em 1920, e contendo 126 páginas. Na sua época
este príncipe suscitou muita simpatia entre os portugueses, porém a sua história foi completamente esquecida. Duarte de
Bragança (1605-1649) filho de Teodósio II, Duque de Bragança, e irmão do futuro D. João IV de Portugal deixou o reino em
1634 para servir o Imperador Fernando III da Germânia na Guerra dos Trinta Anos. Em 1638 visitou Portugal quando lhe foi
pedido tomar o comando da revolta que conduziria à Restauração da Independência. Quando a notícia chegou à Alemanha o
infante escreveu ao irmão (em 12 de Janeiro de 1641) a dizer-lhe que voltaria ao reino assim que pudesse, mas Espanha obteve
por via diplomática que o imperador prendesse o infante na fortaleza de Passau, de onde transitou para a fortaleza de Graz, no
sul da Áustria. D. João IV ordenou aos embaixadores que usassem de todos os meios para libertarem o irmão e pediu ajuda ao
papa Inocêncio XII sem êxito. D. Duarte foi vendido aos espanhóis e encerrado no castelo de Milão, onde morreu após oito
anos de cativeiro, em 3 de Setembro de 1649.
Although at the time Prince Duarte (Edward) arised much sympathy among
the Portuguese and other nations his history has been completely forgotten. Duarte de Bragança (1605-1649) son of
Theodosius II, Duke of Bragança, and brother of the future King John IV of Portugal left the kingdom in 1634 to serve the
Emperor Ferdinand III, Holy Roman Emperor, in the Thirty Years War. In 1638 he visited Portugal when he was asked to take
command of the uprise that would lead to the restoration of independence. When the news arrived in Germany he wrote to the
brother (on January 12, 1641) to telling him that he would return to the kingdom so that he could. But Spain got his arrest
through the diplomatic channels and the emperor held the prince in the fortress of Passau, and later in the fortress of Graz in
southern Austria. D. John IV ordered the ambassadors to use every means to free his brother and sought help from Pope
Innocent XII unsuccessful. D. Duarte was sold to the Spanish and ended at the castle of Milan, where he died after eight years
of captivity, on September 3, 1649.
€200
613. RAPOSO. (Hipólito) DONA LUISA DE GUSMÃO. DUQUESA E RAINHA (1613-1666). Empresa Nacional de
Publicidade. Lisboa. 1947. De 23x15 cm. Com x-485 pags. Encadernação com lombada e cantos em pele e ferros a ouro na
lombada feita no Seminário das Missões em Cucujães. Profusamente ilustrado com pranchas extra-texto e com uma
reprodução a cores do retrato da Rainha D. Luisa de Gusmão existente no museu dos coches na folha de anterosto.
€90
614. RASTEIRO. (Joaquim) QUINTA E PALÁCIO DA BACALHOA EM AZEITÃO. Monographia Histórico-Artística.
Inícios da Renascença em Portugal. Por… Membro da commissão dos monumentos nacionaes. Imprensa Nacional. Lisboa.
1895. de 27x17 cm. Com 97 pags. Junto com: PALÁCIO E QUINTA DA BACALHOA. AZEITÃO. DESENHOS DE A.
BLANC. Inícios da Renascença em Portugal. S/L .[Lisboa?]. 1898. De 30x24 cm. Encadernação do da época com lombada em
pele. Ilustrado com mapa da quinta; e LIV [54] estampas coloridas com panorama da quinta numa aguarela; busto de Afonso
de Albuquerque Filho; pedra de armas do palácio; medalhões de pedra da Galeria Norte; estampas coloridas com os painéis de
azulejos; tarjas e azulejos dos vários locais do palácio; painéis de azulejos dos pavilhões do jardim (Douro, Nilo, Eufrates,
roubo da Europa, Susana surpreendida no banho, etc); revestimentos dos alegretes; medalhões do lago; medalhões da rua que
vai do palácio ao lago; e vários fragmentos de azulejos. Inocêncio XVII, 352 e XX, 386: ' Monografias Portuguesas. A
monographia do sr. Joaquim Rasteiro é acompanhada de um album chromo-lithographico com 54 estampas, reproducção de
azulejos, etc'. Obra com os dois volumes de tamanhos diferentes de origem, sendo o primeiro o texto e o segundo as
ilustrações.
€200
615. REBELLO DA SILVA. (Luiz Augusto) HISTORIA DE PORTUGAL NOS SECULOS XVII E XVIII. Por... Socio
effectivo da Academia Real das Sciencias. Imprensa Nacional. Lisboa. MDCCCLX [1860] -MDCCCLXXI [1871]. Obra em 5
volumes. De 22x14 cm. Com 565, 661, 579, 660, e 614 pags. Encadernações da época inteiras de pele com 2 rótulos
vermelhos. Inocêncio XIII, 350: 'Luiz Augusto Rebello da Silva, nascêra em 1822. Digno par do reino, ministro e secretario
d'estado dos negocios da marinha e do ultramar em 1870; professor da primeira cadeira do curso superior de letras, vogal da
junta consultiva do ultramar, grande official da ordem de S. Mauricio e S. Lazaro. gran-cruz da ordem de Carlos III,
commendador das ordens de S. Thiago e de Christo; official da ordem da Torre e Espada, etc. Collaborador do Archivo
pittoresco, e do Annuario do mesmo Archivo; do Jornal do commercio, etc'.
€300
616. REBELLO DA SILVA. (Luiz Augusto) VARÕES ILLUSTRES DAS TRES EPOCHAS CONSTITUCIONAES
Collecção de esboços e estudos biographicos por… Lisboa. Livraria de Antonio Maria Pereira – Editor. 1870. De 21x14 cm.
Com 267 pags. Encadernação com lombada e cantos em pele. Ilustrado em extra texto com as gravuras dos políticos
constitucionais antecedendo a respectiva biografia: o Duque de Palmela, Manuel Fernandes Thomaz, Mouzinho da Silveira,
José da Silva Carvalho, José Estevão e Manuel da Silva Passos. Inocêncio XII, 350 “Luiz Augusto Rebello da Silva, nascêra
em 1822. Digno par do reino, ministro e secretario d'estado dos negocios da marinha e do ultramar em 1870; professor da
primeira cadeira do curso superior de letras, vogal da Junta Consultiva do Ultramar, Grande Official da Ordem de S. Mauricio
e S. Lazaro. Gran Cruz da Ordem de Carlos III, Commendador das Ordens de S. Thiago e de Christo; Official da Ordem da
Torre e Espada, etc. Collaborador do Archivo Pittoresco, e do annuario do mesmo archivo; do Jornal do Commercio, etc.
Morreu em Lisboa em 1871”.
€90
617. REGIMENTO DA COBRANÇA DAS DÉCIMAS PARA AS DESPESAS DA GUERRA DA RESTAURAÇÃO.
[Colofón]: Regimento da forma, & ordem, porque se hão de cobrar as décimas, que os tres Estados offereceraõ em
Cortes, para a despeza da guerra. Impresso este Regimento por mandado Del Rey nosso Senhor. Em Lisboa. Por António
Aluarez Impressor de Sua Magestade. Anno de 1643. In 4º (de 27x18 cm) com xxxiv páginas inumeradas. Encadernação
recente com ex-libris de Manuel R. Pereira da Silva. Exemplar com restaurados marginais. Inocêncio não menciona. BNP
menciona edições posteriores.
€150
618. REGIMENTO DA CRIAÇAM DOS CAVALLOS. Impresso por decreto de Sua Magestade, de Abril de 1645. EM
LISBOA. Por Antonio Aluarez Impressor Del Rey N. S. Anno de 1645. In fólio de 27x18,5 cm. Com [ii], 20 pags.
Encadernação recente inteira de pele. Folha de rosto com tarja tipográfica e ao centro uma gravura com as armas de D. João
IV. Raríssimo espécimen bibliográfico, desconhecido de Inocêncio e do qual apenas existe um exemplar na rede pública de
bibliotecas portuguesas, presente na Biblioteca João Paulo II da Universidade Católica Portuguesa. Decreto no âmbito do
rearmamento Português durante a Guerra da Independência com a Espanha - tratado de paz assinado em 1668 – momento em
que existiu uma necessidade urgente da contribuição de todo o cidadão capaz de criar cavalos com as éguas disponíveis; para o
qual foram regulados requisitos, exames e registos; afim de se obterem poldros apropriados para as coudelarias nacionais.
Decree (regimento) printed by order of the King of Portugal on the rules of the horse breading. Lisbon, April 1645. Due to the
Portuguese rearmament during the Independence War with Spain (peace treaty signed in 1668) there was an urgent need of a
contribution from any available private citizen to bread a stallion out of an available mare; for which was a scrutiny, and
registration, in order to give an appropriate foal to be given to the national studs. In folio 27x18, 5 cm.; [ii], 20 pags. Binding in
recent full calf gilt with title on the front board. Title page edged by a typographical frame and the royal coat-of-arms of King
D. John IV at the center. Bibliographic rare specimen unknown to Portuguese bibliographer Inocêncio. Only one copy exists at
public libraries in Portugal (present in the Library John Paul II, Catholic University, Lisbon).
€3.000
619. REGIMENTO DA REPARTIÇAM, EXTRACÇAM, E ARRECADAÇAM DOS DEREYTOS DO SAL DAS VILLAS
DE SETUBAL, & ALCACERE. [Vinheta com as Armas Reais]. EM LISBOA. Na Officina de MIGUEL MANESCAL,
Impressor do Sancto Officio, & da Serenissima Casa de Bragança. Anno de 1703. In fólio (de 28x19 cm) com 73, [i] pags.
Encadernação de final da época inteira de pele com nervos, ferros a ouro na lombada e rótulo vermelho. Exemplar com títulos
de posse manuscritos sobre a folha de rosto: “Pertence a Jerónimo Tavares da Cunha, ano de 1728”; assinatura de posse do
engenheiro agrónomo António de Passos de final do séc. xix (na folha de rosto e em várias páginas interiores de forma
indelével); e ex-libris oleográfico armoriado do Duque de Lafões (séc. XVIII) colocado no verso da folha de rosto (losango
levemente desbotado na página de rosto). Obra de extrema raridade. Inocêncio não menciona, bem como a generalidade dos
bibliógrafos portugueses. Regulamento com a criação do cargo de Superintendente do Sal; com procedimentos para a
exploração durante toda a vida útil e económica das marinhas de sal; e para o conhecimento das normas durante o
carregamento e despacho do sal em navios (patachos e caravelas, sic) com destino à exportação.
Reliure: plein veau
moucheté de l'époque, dos à nerfs ornés de filets, fers dores et pièce de titre rouge. Exemplaire avec ex-libris manuscrit de
l'époque sur la page de titre: «Il appartient à Jérôme Tavares da Cunha, l'année de 1728', la signature possession de l’agronome
António dos Passos (fin du siècle. xix : dans la page de couverture et les pages intérieures plusieurs indélébile); et ex-libris du
Duc de Lafões (XVIII siècle) sur le verso de la feuille de couverture (légèrement défraîchi sur la page de couverture). Pièce de
extrême rareté bibliographique. Bibliographe Inocêncio Francisco da Silva ne mentionne pas, ainsi que la généralité des
bibliographes portugais. Règlement de création du poste de Directeur du Sel, avec des procédures d'exploitation au cours de la
durée de vie des marais salants, et pour la connaissance des normes lors du chargement et de l'expédition des navires cargo du
sel (pataches et caravelles, sic) destination à l’exportation.
€1.500
620. REGIMENTOS DO AVDITORIO ECCLESSIASTICO DO ARCEBISPADO D’EVORA, E DA SVA RELAÇAM E
CONsultas, & casa do Despacho, & mais oficiais de justiça Ecclesiastica, & a ordem que se tem nos exames, & em outras
cousas que tocão ao bom governo do dito Arcebipado, tirados dos antigos, & acrescentados, & mudados, conforme ao tempo,
& larga experiencia, que se teue, & ao sagrado Concilio Tridentino. Por mandado do reuerendissimo em CHRISTO padre dom
Theotonio, filho dos duques de Bragança dom Iames quarto, & dona Ioanna de Mendoça, Arcebispo de d’Euora. Impresso em
Euora por Manuel de Lyra, por mandado do dito Reuerendissimo em Christo padre. ANNO DE M.D.LXXXXVIII. [1598] In
fólio de 26x18,5 cm. Com [iv], 164 fólios. Encadernação da época inteira de pele com ferros a seco nas pastas. Bela impressão
com o brasão de D. Teotónio na fola de rosto, uma gravura de página inteira com Cristo cruxificado, capitulares xilográficas
decorativas ao longo do texto, vinhetas de remate decorativas. Exemplar com ocasionais e ténues manchas de humidade, dois
fólios um pouco aparados junto ao pé. O fólio 152 em branco está encadernado fora do devido lugar, encontra-se a seguir ao
fólio 106. Anselmo 775. Barbosa III, 735. Inocêncio VIII, 91. Palha 363. D. Manuel II 269. Barbosa Machado III, 719. Pinto
de Matos, 78. Neponuceno 1412. Azevedo e Samodães 2643. “Na impressão, nítida e embelezada de vinhetas ornamentais e de
grandes letras iniciais de desenho de fantasia (gravura em madeira), aplicaram-se caracteres redondos e itálicos: os primeiros
no texto compacto do Regimento, e os segundos nas epígrafes dos vários títulos em que o Regimento é dividido. Livro no seu
género, interessante e de muito apreço. Edição primitiva, e única que isoladamente o Regimento teve. Os exemplares são
RARISSIMOS.”
€7.000
621. REGLA, Y CONSTITVCIONES DE LAS RELIGIOSAS Primitiuas Descalças de la Orden de la gloriosíssima Virgen
Maria del Monte Carmelo. LISBOA. Com todas las licencias [O]fficina Craesbeeckiana. 1653. In 16º (de 10x7 cm) com [viii],
172, [iv] fólios. Encadernação da época inteira de pele sobre tábuas de madeira, cansada, com falhas e trabalhos de traça nas
pastas e na lombada. Exemplar com título de posse coevo: 'He pª ouso das Relij. Carmelitas Descalças de Lx' (É para uso das
Religiosas Carmelitas Descalças de Lisboa). Impressão em miniatura. Obra muito rara.
€800
622. REGO. [Francisco Xavier do] TRATADO COMPLETO DA NAVEGAÇÃO QUE CONTEM AS PROPOSIÇOENS, E
PRATICAS DA GEOmetria, hum Tratado da Esfera, e Astronomia, as Taboadas do Movimento do Sol, de sua declinação, e
ascensaõ recta; as do seu nascente, e poente, como também a sua amplitude, e outras que são necessárias na Navegaçaõ; o
modo de as calcular, e reformar; a construção e uso dos instrumentos de observar as alturas dos Astros, da variação da Agulha
magnética, e os modos de a observar; as regras geraes da Navegaçaõ pelas cartas Hydrograficas, ou de Marear, pelo Quarto de
redução, pelos senos, e logarithmos: tudo claramente demonstrado, explicado. LISBOA, Na Officina de Antonio Vicente da
Silva. Anno MDCC.LXIV. [1764] In 4º de 20,5x14 cm. com [xvi], 504 pags. Encadernação inteira de pele, cansada. Ilustrado
com 9 gravuras desdobráveis. Exemplar com pequena falha de papel marginal no canto superior externo das páginas 275 a 304
sem afetar a mancha tipográfica. 1ª edição a 2ª é de 1787. Obra raríssima, na rede pública de bibliotecas portuguesas apenas
existe um exemplar com falta de 7 gravuras e fólios preliminares, encontra-se na Biblioteca Central de Marinha. Inocêncio III,
93. “FRANCISCO XAVIER DO REGO (2.º), do qual não achei até agora noticia alguma, com respeito á sua profissão e mais
circumstancias pessoaes. E. 2022) Tratado completo da navegação, que contém as proposições e praticas da geometria; um
tratado da esphera e astronomia; as taboadas do movimento do sol, sua ascensão recta e declinação; as do seu nascente, e
poente; como tambem as da sua amplitude, e outras que são necessarias na navegação; o modo de as calcular, e reformar, etc.,
etc. Offerecido a elrei N. S. D. José I. Lisboa, na Offic. de Antonio Valente da Silva 1766. 4.º com 9 estampas.”
Binding:
contemporary full calf, slightly worn and cracked at spine. A Complete Treatise on Navigation, Geometry, a Treaty of the
Sphere and Astronomy, tables of the Movement of the Sun, its declination and right ascension; latitude and longitude and how
to calculate them; the construction and use of instruments to observe the stars and planets; the variation of the magnetic
compass; logarithms, etc. All that is needed for navigation. Illustrated with 9 engravings, for the navigation across the oceans,
geometrical cases; logarithmical tables; chart of deviation; 2 folding maps of the Atlantic navigation (the Golf of Biscay, and
the South Atlantic to Brasil); navigational tools (the astrolabe and its theoretical versions).
€3.000
623. REGRA DO GLORIOSO PATRIARCHA S. BENTO. TIRADA DE LATIM EM LINGOAgem portuguesa. POR
INDVSTRIA DO REuerendissimo P. Fr. Thomas do Socorro Geral nesta Congregação de Portugal, segunda vês impressa.
Impressa em Coimbra em casa de Nicolao Carualho Impressor da Vniversidade no Annode 1632. A custa da Congregação de
S. Bento. In 8.º de 17x12 cm. Com [iv], 47 fólios. Encadernação da época em pergaminho. Impressão adornada com
capitulares xilograficas. Inocêncio VII, 60 '(Note-se que nada tem que ver esta Regra com a que traduziu Fr. Isidoro de
Barreira, que descrevi no Diccionario, tomo III, n.º J, 159; sendo uma destinada para os monges benedictinos, outra para os
freires da Ordem de Christo.)'
€500
624. REGULAMENTO DO COMMISSARIADO DE VIVERES, E TRANSPORTES PARA O EXERCITO PORTUGUEZ.
Na Impressão Regia. Por Ordem de S. A. R. Anno 1812. De 16x10 cm. Com 125 pags. Encadernação moderna com folha de
rosto colada na pasta anterior. Com quadros de dados desdobráveis. Regulamento contendo importantes dados da
administração militar sobre rações, viveres e preços e outros abastecimentos.
€200
625. REGVLA SANCTISSIMI BENEDICTI MONACHORVM OMNIVM PATRIS ALMIFICI. Cum facultate supremi Senatus
Sanctae & generalis Inquistionis, & Ordinarij. Execudebat Antonius Riberius Olysippone, expensis Congregationis sacti Patris
Benedicti. 1586. In 8.º com 18x13,5 cm. Com [vi], 68 fólios. Impressão adornada com capitulares xilográficas, duas imagens
diferentes de S. Bento, na folha de rosto e no último fólio e um escudo tipográfico também no último fólio. Primeira edição.
Licença dada por Bartolomeu Ferreira, censor de Os Lusíadas. Anselmo 973. D. Manuel 190. [Junto com:] REGRA DO
GLORIOSO PATRIARCHA SAM BENTO, TIRADA DE Latim em ligoajem Portuguesa, por industria do muito R. P. F.
Plácido Villalobos Geral nesta Congregação de Portugal. Foi impressa em Lisboa, com licença do Supremo conselho da Sancta
Inquisição, por Antonio Ribeiro, á custa da Congregação de Sam Bento. 1586. In 8.º com [iv], 49, [i] fólios. Encadernação do
final do século xviii. Tradução de Fr. João Pinto. Primeira edição. Licença dada por Bartolomeu Ferreira, censor de Os
Lusíadas. Impressão adornada com capitulares xilográficas, duas imagens diferentes de S. Bento, na folha de rosto e no último
fólio, e uma gravura de pagina inteira no verso do último fólio, nesta gravura utilizou-se as mesmas xilogravuras com se
imprimiu a folha de rosto da primeira edição de Os Lusíadas, o que talvez permita desfazer a ideia de que a chapa se estragou e
que por isso se utilizou uma chapa diferente na tiragem B. Exemplar com antigos restauros marginais (à cabeça e no pé) nas
folhas de rosto para remoção de assinaturas de posse. Estas duas primeiras edições da regra de S. Bento, embora publicadas em
simultâneo são dois especímens bibliográficos diferentes. Anselmo 972. D. Manuel 191.
Rules of the Benedictine Chapter
in Latin language, 1586. Together with: Rules of the Benedictine Chapter in Portuguese language, 1586. In 8. º (18x13, 5 cm)
with [vi], 68 folios; together with [iv], 49 [i] folios. Binding: ¾ calf bound by the end of the 18th Century. These two first
editions of the Benedictine Rules, though published at the same time; they are two different bibliographical specimens. Latin
text with the Rules of the Chapter is illustrated with woodcuts, two different images of S. Benedict, on the title and the last
folio and a typographical devise also in the last folio. License to print given by Bartholomew Ferreira (the same censor of the
poem Lusíadas). Translation of Fr. João Pinto. The Portuguese text of the Rules of the Chapter are illustrated on the last folio
or colophon (actually it is a full page “frontispiece” on the verse of last folio). On this engraving the printer used the same
intaglio printed at the frontispiece of the first edition of The Lusíadas (pelican head to the left) which is a proof that the intaglio
was not lost or damaged between the first and the second edition of the Lusíadas. Copy with marginal old restorations (head
and foot of titlepage) for the removal of ownerships. Anselmo 973. D. Manuel 190. Anselmo 972. D. Manuel 191.
€9.000
626. REIS-SANTOS. (Luís) OBRAS-PRIMAS DA PINTURA FLAMENGA DOS SÉCULOS XV E XVI EM PORTUGAL.
Por... Director do Museu Machado de Castro, de Coimbra. Apresentação pelo Dr. Ricardo Espírito Santo Silva. Prefácio do Dr.
Max Friedländer. Lisboa. 1953. De 34x30 cm. Com 124 pags pags. Encadernação executada pelo mestre encadernador
Frederico de Almeida. Ilustrado com 60 reproduções de pinturas flamengas e ficha completa de cada obra; com as referências e
o contexto de cada autor e de outras obras relacionadas presentes em museus internacionais. Exemplar de uma tiragem 192/500
assinado e numerado pelo autor de uma edição impressa sobre papel avergoado 'WSH & Co. British Hand Made'.
€250
627. RELAÇAM, E NOTICIA DO FAMOSO FENOMENO QUE APARECEO NO REYNO DE INDOSTAN sobre a
Cidade de Agra Corte do Gram Mogor em o mez de Agosto de 1748. COIMBRA: Anno M.DCC:XXXXIX. [1749] In 4.º
de 19x13 cm. Com 11 pags. Encadernação recente com lombada em tela. Ilustrado no rosto com uma gravura xilográfica do
cometa. Não existe copia na BNP. Não referenciado por Inocêncio.
€1.500
628. RESENDE. (André de) VIDA DO INFANTE DOM DUARTE. PELO MESTRE ANDRÉ DE REZENDE, MANDADA
PUBLICAR PELA ACADEMIA DAS SCIENCIAS DE LISBOA. LISBOA. Na Offic. da ACADEMIA REAL DAS
SCIENCIAS. ANNO M. DCC.LXXXIX. (1789) In 8.º de 19x12,5 cm. Com (viii)-63 pags. Encadernação recente com
lombada e cantos em pele. 1.ª edição. Inocêncio I, 67. “321) (C) Vida do Infante D. Duarte, mandada publicar pela Acad. Real
das Sciencias de Lisboa. Lisboa, na typ. da mesma Acad. 1789. 4.º de VIII 63 pag. - Traz uma prefação de José Corrêa da
Serra, que foi o encarregado de dirigir esta edição, feita sobre uma copia que existia no collegio dos Benedictinos de Coimbra,
e que á Academia franqueou o seu socio Fr. Joaquim de Sancta Clara, que morreu Arcebispo d’Evora. - Passados mais de
cincoenta annos, no de 1842, appareceu dada novamente á luz a Vida do Infante D. Duarte inserta no tomo IX da Revista
Litteraria do Porto, 1842 de pag. 433 a 467 (e julgo que tambem se tiraram exemplares em separado). Pelo que ahi diz o editor,
esta nova edição foi feita sobre o proprio original que era de Montarroyo, segundo Barbosa, e que hoje existe no Archivo
Nacional da Torre do Tombo. Confrontada porém com a da Academia, vê se que as variantes são em pequeno numero, e de
mui pouca consideração.”
€200
629. REVISTA DOS CENTENÁRIOS. Nº 1 (31 de Janeiro de 1939) ao Nº 24 (31 de Dezembro de 1940). Edição da Comissão
Nacional dos Centenários. Lisboa. 1939-1940. 24 fascículos em 1 volume. De 29x24 cm. Com cerca de 1500 páginas.
Encadernação em percalina verde. Profusamente ilustrado e com um mapa desdobrável da Exposição do Mundo Português.
Obra completa desta publicação peródica conténdo no final uma bibliografia das obras editadas pela Comissão dos Centenários
da Independência e da Restauração de Portugal; e uma bibliografia (discoteca) de música tradicional portuguesa.
€200
630. RIBEIRO DE MACEDO, Duarte. OBRAS DO DOUTOR… , Cavalleiro da Ordem de Christo, do Conselho de Sua
Magestade, e de sua Real Fazenda, Enviado que foi ás Cortes de Pariz, Madrid, e de Torim. LISBOA, Na Officina de Antonio
Rodrigues Galhardo. Anno MDCCLXVII [1767]. 2 volumes em 1. De 20x15 cm. Com viii-289 e vii-327 pags. Encadernação
da época inteira de pele mosqueada com ferros a ouro na lombada. Inocêncio II, 215: “Duarte Ribeiro de Macedo, Cavaleiro da
Ordem de Cristo, Doutor em Direito pela Universidade de Coimbra, do conselho d'El-Rei D. Pedro II, Desembargador e
Conselheiro da Fazenda; Secretario da Embaixada que na regência da rainha D. Luísa foi a França em 1659 e depois Ministro
enviado á mesma Corte e a de Espanha. Posto que Barbosa e os outros seus biógrafos o fizessem natural da vila do Cadaval,
ele próprio nos diz de si expressamente que nasceu em Lisboa. OBRAS DO DOUTOR DUARTE RIBEIRO DE MACEDO.
Lisboa por Antonio Isidoro da Fonseca 1743. 4.º 2 tomos. E novamente: Lisboa, por Antonio Rodrigues Galhardo 1767. 4.º 2
tomos o I com VIII 290 pag. o II com VIII 327 pag”.
€300
631. RIBEIRO DE SAMPAIO, Francisco Xavier. ROTEIRO DA VIAGEM DA CIDADE DO PARÁ ... - REBELLO,
Gabriel. INFORMAÇÃO DAS COUSAS DE MALUCO... <strong></strong>[Publicado in] COLLECÇÃO DE NOTÍCIAS
PARA A HISTORIA E GEOGRAFIA DAS NAÇÕES ULTRAMARINAS, QUE VIVEM NOS DOMINIOS
PORTUGUEZES, OU LHES SÃO VISINHAS: PUBLICADA PELA ACADEMIA REAL DAS SCIENCIAS. TOMO VI.
Typographia da Academia. Lisboa. 1856. In 8º de 23x17 cm. com 312 pags. Encadernação recente com lombada em pele.
Exemplar por abrir. Conjunto de 2 memórias que transcrevem manuscritos, documentos e artigos sobre o Brasil e o Extremo
Oriente, com os seguintes títulos de: I- “Roteiro da viagem da cidade do Pará até às últimas colónias dos domínios
portugueses em os rios Amazonas e Negro. Ilustrado com algumas notícias, que podem interessar a curiosidade dos
navegantes, e dar conhecimentos das suas Capitanias do Pará, e de S. José do Rio Negro; da pag. 1 à pag. 85. II- Apendix do
mesmo roteiro que fez o Ouvidor e Intendente Geral Francisco Xavier Ribeiro de Carvalho no ano de 1775-1775”; da
pag. 87 à pag. 142; e com 6 quadros de dados desdobráveis. III- Informação das coisas de Maluco, dadas ao senhor Dom
Constantino, em que se tratam algumas novidades da natureza, e sucintamente de seu descobrimento por Portugueses e
Castelhanos, e de todas as armadas suas que lá foram até Rui Lopes de Villa Lobos, e a destruição das fortalezas de Geilolo e
Todore, em que se recolhiam, composto por Gabriel Rebello”; da pag. 145 à pag. 312.
€300
632. RIBEIRO DE VASCONCELOS. (António Garcia) SÉ-VELHA DE COIMBRA. (Apontamentos pra a sua história). Pelo
Professor Dr... (Colecção) Subsídios para a história da Arte Portuguesa. Imprensa da Universidade. Coimbra. MDCCCCXXX.
[1930] e MDCCCCXXXV. [1935]. Obra em 3 volumes encadernados em 2. De 22x17 cm. Com 489, 399-138 e 36 pags.
Encadernações com lombada em pele cansada. Ilustrados no texto e em extra texto com fac-similes de manuscritos, epigrafia, e
fotogravuras da Catedral antes e depois do restauro. Exemplares (incluído o Suplemento ao 2º Volume) encontram-se com
dedicatórias autografas. Exemplar do 1º volume com falta de capa anterior de brochura.
€100
633. RIBEIRO. (Aquilino) AVENTURA MARAVILHOSA DE D. SEBASTIÃO, REI DE PORTUGAL, DEPOIS DA
BATALHA COM O MIRAMOLIM. Romance por…4ª edição. Livraria Bertrand. Lisboa. De 19x12 cm. Com 317 pags.
Encadernação da época com lombada e cantos em pele.
€80
634. RIBEIRO. (Bernardim) VERSOS DE... Typographia Elzeviriana. Lisboa. 1886. De 29x20 cm. Com 150 pags. Encadernação
com lombada em pele e ferros a ouro. Exemplar com ex-libris. Obra impressa sobre papel couché mate com texto a duas cores
dentro de quadrilongos decorativos, destinado a 'florilégio de bibliófilos'. Esta edição consta unicamente de 111 exemplares
todos em cartolina imperial acetinada numerados no prelo, e assinados tanto pelo revisor como pelo editor. Exemplar nº 39,
preservando as capas de brochura.
€80
635. RIBEIRO. (Manuel) VIDA E MORTE DE MADRE MARIANA ALCOFORADO. (1640-1723). [Por]… [Com uma
tradução nova das Cartas Portuguesas]. Livraria Sá da Costa Editora. Lisboa. 1940. De 23x16 cm. Com 332 pags.
Encadernação da época com lombada e cantos em pele. Ilustrado. Exemplar autenticado com rubrica do autor e dos editores.
€90
636. RIBEYROLLES. (Charles) BRASIL PITORESCO. História – Descrição – Viagem – Colonização – Instituíções.
Ilustrações com gravuras de vistas, panoramas, paisagens, costumes, etc. Por… Tradução e notas de Gastão Penalva. Prefácio
de Afonso d’E. Taunay. Biblioteca Histórica Brasileira. VI. Direção de Rubens Borba de Moraes. Livraria Martins. S. Paulo.
1941. 2 volumes. De 25x19 cm. Com xiv-241 e 188 pags. Encadernações da época com lombadas em pele. Ilustrados em
extra-texto.
€200
637. RIDINGER, Johann Elias. VORSTELLUNG UND BESCHREIBUNG DERER SCHUL UND CAMPAGNE Pferden
nach ihren Lectionen, In was vor gelegenheiten solche können gebraucht werden.- REPRESENTATION ET
DESCRIPTION DE TOUTES LES LECONS DES CHEVAUX DE MANEGE ET DE LA CAMPAGNE, dans quelles
occasions on s'en puisse servir. Heraus gegeben von Johann Elias Ridinger Mahler und Kupferstecher, auch der Augspurgishen
Kunst und Mahler Academie Director. Augsburg, Ridinger, 1760. In 4.º de 28,5x22 cm. com [ii], 35 pags. [de texto] + 46
gravuras [de página inteira] Encadernação da época inteira de pele com nervos na lombada. Impressão a duas colunas com
texto bilingue em alemão e francês. Obra clássica da equitação, muito rara quando completa e em bom estado, tal como o
presente exemplar. As gravuras são assinadas pelo autor. Mennessier de la Lance II, 429. - Nissen, Zool. 3415 und 3416.
Classical work on European horsemanship. Superb copy: very rare book when complete such as this one. Binding:
contemporary full calf. Contains the presentation the Baroque riding school and the description of all the lessons needed to
reach such equestrians performances. Edited by Johann Elias Ridinger; painter and engraver. Illustrated with 46 full page
engravings signed by the author. Bilingual: printed in two columns of text, German and French.
€6.000
638. RIGAUD, Lucas. COZINHEIRO MODERNO, OU NOVA ARTE DE COZINHA, ONDE SE ENSINA PELO
METHODO maís facil, e mais breve o modo de se prepararem varios majares, tanto de carne, como de peixe: Mariscos,
legumes, ovos, lacticinios: Varias qualidades de massas para pães, empanadas, tortas timbales, pasteis, bôlos, e outros pratos
de entremeio: Varias receitas de caldos para differentes sopas: Caldos para doentes, e hum caldo portativo para viagens longas.
Com huma observaçaõ sobre algumas frutas; o tempo de se colherem, tanto para se comerem na sobre mesa, como para doces,
e se conservarem para o Inverno. DADO Á LUZ Por LUCAS RIGAUD Hum dos Chefes da Cozinha de Suas Magestades
Fidelíssimas, &c. Segunda Edição correcta e emandada. LISBOA Na Officina de LINO DA SILVA GODINHO. M. DCC.
LXXXV. [1785] In 8.º de 14,5x9,5 cm. Com 469 pags. Encadernação recente inteira de pele ao gosto da época. Inocêncio V,
203. “estrangeiro, como bem o indica o seu appellido, mas domiciliario por algum tempo em Portugal, onde se declara «um
dos Chefes da cosinha de Suas Magestades Fidelissimas», compoz, ou como elle diz, deu á luz a obra seguinte: Cosinheiro
moderno, ou nova arte de cosinha, Terceira edição correcta e emendada. Lisboa na Offic. de Simão Thaddeo Ferreira 1798. 8.º
de VIII 461 pag. É esta a edição que possuo, e ainda não tive opportunidade de examinar as anteriores. Depois se fizeram mais
algumas, e a ultima de que hei noticia é de 1846. O auctor declara, que o motivo de emprehender esta publicação fôra «ver que
um pequeno livro que até então corria impresso entre nós, com o titulo de Arte de cosinha (vej. Domingos Rodrigues), era tão
defeituoso, que se devia rejeitar inteiramente como inutil, e incompativel com os ajustados dictames da mesma arte.»”
€600
639. RITCHIE, Leitch. TRAVELLING SKETCHES ON THE SEA-COASTS OF FRANCE, WITH BEAUTIFULLY
FINISHED ENGRAVINGS, FROM DRAWINGS BY CLARKSON STANFIELD. LONDON: LONGMAN, REES, ORME,
BROWN, GREEN, AND LONDMAN, 1834. In 8.º de 19,5x12,5 cm. com [x], 246, [ii] pags. Encadernação do editor inteira de
pele vermelha com ferros a ouro e a seco na lombada e pastas. Ilustrado com 21 gravuras.
8vo, hardcover, original red roan
with sides bordered in blind, gilt wreath to centre, spine lettered and decorated in gilt 'Heath's Picturesque Annual 1834'. All
edges gilt, cream endpapers. [10], 256, [2, blank] pp. Frontispiece and engraved title before letterpress title and 19 other fine
steel engraved views inserted, all with tissue guards.
€300
640. ROCHA MARTINS. (Francisco) LISBOA HISTÓRIA DAS SUAS GLÓRIAS E CATÁSTROFES. [Por]… da Academia
de Ciências de Lisboa. Edição Comemorativa do 8º Centenário da Capital. Editorial Inquérito Limitada. Lisboa. 1947. Obra em
2 volumes. De 25x19 cm. Com 1407 pags. Encadernação com lombadas do editor. Profusamente ilustrado e com gravuras
desdobráveis.
€150
641. ROCHA MARTINS. (Francisco) VERMELHOS, BRANCOS E AZUIS. Homens de Estado, Homens de Armas, Homens
de Letras. Portugal nos nossos dias. De… da Academia das Ciências de Lisboa. Vida Mundial Editora, Organizações Crisalis.
Lisboa. 1948, 1950 e 1951. 4 volumes enc. em 2. De 25x18 cm. Com 320-383 e 415-407 pags. Encadernações do editor.
Profusamente ilustrados com retratos de pessoas e acontecimentos e fac-similes de obras e missivas com as principais ideias
politicas e culturais dos biografados. Obra com as biografias de; Conselheiro João Franco; Dr. Magalhães Lima; Cardeal
Mendes Belo; Conselheiro Aires de Ornelas e Vasconcelos; Contra-Almirante Machado dos Santos; Conde de Sabugosa; ViceAlmirante Cândido dos Reis; Tenente Frederico Pinheiro Chagas; Doutor Teófilo braga; Doutor António Granjo; Doutor
António José de Almeida; Conselheiro Teixeira de Sousa; Brigadeiro João Tamagnini Barbosa; Conselheiro João de Azevedo
Coutinho; Comandante José Carlos da Maia; Carlos Malheiro Dias; Conselheiro Júlio de Vilhena; Marechal Gomes da costa;
Doutor Álvaro de castro; Comandante Paiva Couceiro; e D. João da Câmara.
€400
642. ROCHA MARTINS. D. CARLOS. História do seu reinado. Edição do autor. Composto e impresso nas Oficinas do «ABC»
MCMXXVII. (1926). De 38x28 cm. Com 603 pags. Encadernação do editor em percalina azul com super libris armoriado
sobre a pasta anterior. Ilustrado.
€150
643. ROCHA MARTINS. D. MANUEL II, HISTÓRIA DO SEU REINADO E DA IMPLANTAÇÃO DA REPÚBLICA.
[Por]… da Academia das Sciências de Lisboa. Edição do autor. Composto e impresso nas oficinas do «ABC». Lisboa.
MCMXXXI [1931]. De 36x29 cm. Com 674 pags. Encadernação do editor. Profusamente ilustrado com fotogravuras no texto
e em extra-texto; e reproduções fac-similes de documentos, pinturas e fotografias em tricromias extra-texto, entre as quais a
aclamação do rei no Parlamento. Junto com 1 fascículo-especimen de apresentação da obra.
€300
644. ROCHA MARTINS. EPISODIOS DA GUERRA PENINSULAR. AS TRÊS INVASÕES FRANCESAS. Por… (da
Academia das Ciências de Lisboa). Publicado em folhetins no Jornal do Comércio. Lisboa. 1944. 3 volumes enc. em 1. De
16x12 cm. Com 220-228-232 pags. Encadernação inteira de pele preservando capas de brochura.
€150
645. ROCHA MARTINS. GRANDES VULTOS DA RESTAURAÇÃO DE PORTUGAL. [Por]… da Academia das Ciências
de Lisboa. Obra comemorativa do Tricentenário da Independência. Edição da Empresa Nacional de Publicidade. 1940. De
31x25 cm. Com 483 pags. Encadernação editorial. Profusamente ilustrado com reprodução de retratos da época da
Restauração.
€200
646. ROCHA MARTINS. LISBOA HISTÓRIA DAS SUAS GLÓRIAS E CATÁSTROFES. [Por]… da Academia de Ciências
de Lisboa. Edição Comemorativa do 8º Centenário da Capital. Editorial Inquérito Limitada. Lisboa. 1947. Em 2 volumes. De
25x19 cm. Com 1407 pags. Encadernação do editor. Profusamente ilustrado e com gravuras desdobráveis.
€150
647. RODRIGUES CHAVES. (João) HISTORIA ECCLESIASTICA, E CHONOLOGICA Da primeira Idade do Mundo.
FLORES HISTORICAS, MORAES, e Criticas, PRODUZIDAS ENTRE OS VICIOSOS ESPINHOS que brotaraõ os
primeiros Seculos. Offerece-as AO EMINENTISSIMO SENHOR NUNO DA CUNHA DE ATAIDE, Presbitero Cardeal da
Santa Igreja de Roma, do Titulo de Santa Anastacia, do Conselho de Estado, e Inquisidor geral destes Reynos, &c. SEU
AUTHOR JOAÕ RODRIGUES CHAVES. TOMO I. [e único publicado]. LISBOA. Na Regia Officina SYLVIANA, e da
Academia Real. M. DCC. XLIV. [1744]. De 21x16 cm. Com [xlvi]-573 pags. Encadernação da época inteira de pele com
ferros a ouro. Exemplar com leve pico de traça nas primeiras folhas. Ilustrado com quadro cronológico desdobrável dos
acontecimentos do início do mundo (desde a Criação até ao Dilúvio; 1656 anos) e conhecidos na época desta obra. Inocêncio
IV, 29: “João Rodrigues Chaves, cujo estado e profissão se ignoram, constando apenas que nascêra em Lisboa em 1704.
Historia ecclesiastica e chronologica da primeira edade do mundo; Flores historicas, moraes e criticas, etc. Tomo I. Lisboa, na
Regia Offic. Silviana 1744. 4.º de 573 pag. Diz Barbosa, que os tomos II e III estavam prontos para a impressão. Não sei
contudo que chegassem a ver a luz. O tomo impresso, apesar de incluído no chamado Catálogo da Academia, nem por isso
goza de particular estimação. Eu comprei um exemplar por 240 réis”.
€200
648. RODRIGUES DE BRITO, Joaquim José MEMORIAS POLITICAS SOBRE AS VERDADEIRAS BASES DA
GRANDEZA DAS NAÇÕES, E PRINCIPALMENTE DE PORTUGAL : OFFERECIDAS AO SERENISSIMO PRINCIPE
DO BRAZIL NOSSO SENHOR POR JOAQUIM JOSÉ RODRIGUES DE BRITO, Lente da Faculdade de Leis na
Universidade de Coimbra. LISBOA. M.DCCC.III. [1803], e 1805. NA IMPRESSÃO REGIA. 3 volumes. In 8º gr. (de 21x15
cm) com xxxvi-[v]-78-62-49, [v]-112-150, e xxxi-[iv]-332-[i] pags. Encadernações da época com lombada e cantos em pele.
Exemplar com margens generosas. Tratado sobre ecónomia. J. J. Rodrigues de Brito, Évora 1753-1831, economista português
e professor da universidade de Coimbra. Defendeu a agricultura como prioridade e a liberalização económica como
instrumento de um processo de desenvolvimento, em contraposição às mudanças provocadas pela Revolução Francesa.
Inocêncio IV, 111 e XII, 94: « Joaquim José Rodrigues de Brito, Doutor e Lente da Faculdade do Leis na Universidade de
Coimbra, etc. Nasceu em Évora, e foi baptisado a 5 de Maio de 1753. Teve por irmão o desembargador João Rodrigues de
Brito, do qual já fiz menção em seu logar. Recebêra o grau de doutor a 8 de julho de 1787; fôra despachado lente substituto da
Faculdade de Leis da Universidade de Coimbra em 19 de Agosto de 1803, lente cathedratico em 2 de Janeiro de 1816, e
jubilado em 1823. Morreu em Coimbra a 20 de Novembro de 1831. Memorias politicas sobre as verdadeiras bases da grandeza
das nações, principalmente de Portugal. Lisboa, na Imp. Regia 1803. 4.º, 3 tomos ».
€700
649. RODRIGUES DE MELLO, José. DE RUSTICIS BRASILIAE REBUS CARMINUM LIBROI IV. ACCEDIT
PRUDENTII AMARALII BRASILIENSIS DE SACCHARI OPIFICIO CARMEN. ROMAE. Ex Typographia Fratrum
Puccinelliorum MDCCLXXXI. (1781) In-8º de VII, 206 págs. [IV gravuras desdobráveis] Encadernação ao gosto da época
inteira de pele. Ilustrada com quatro gravuras em folhas desdobráveis, abertas a buril em chapa de cobre, com representação da
mandioca, sua plantação e distribuição e um moinho de açúcar. Posteriormente esta obra tornou-se conhecida sob o nome de
Geórgicas Brasileiras. Primeira edição de extrema raridade. Contém poesias sobre a plantação dos arbustos da mandioca e do
tabaco, da autoria do José Rodrigues de Melo, natural do Porto. Em 1739 chegou à Bahia e tornou-se posteriormente professor
de ciências humanas nos colégios de Santos e Paranguá. Na época das perseguições aos jesuítas foi banido primeiro para o Rio
de Janeiro e mais tarde para Lisboa. De lá, dirigiu-se a Roma, onde morreu em 1789. Obra com um poema sobre a fabricação
do açúcar brasileiro de Prudêncio do Amaral, do Rio de Janeiro, reimpresso aqui pela segunda vez. Exemplar com dois
carimbos de posse no frontispício e em algumas folhas do texto um deles da Biblioteca Vittorio Emanuele em Roma. Com
restauros marginais.
Binding: full calf 18th replica finely gilt at spine. Illustrated with four folding copper plate engravings
with representations of cassava plantation, sugar mill, and its industrial processing. Copy with several stamps at bottom of
titlepage (duplicate copy ownership of Italy National Library Vittorio Emanuele II in Rome) and on some leaves of text. Slight
repairs, but overall in good condition. This work later became known under the name of Brazilian Georgics. Contains poems
about planting shrubs cassava and tobacco, written by José Rodrigues de Melo, a native of Oporto. In 1739 he arrived in Bahia
and later became professor of humanities in the schools of Santos and Paranguá. At the time of the persecutions to the Jesuits
he was banished to Rio de Janeiro and later to Lisbon. From there he went to Rome, where he died in 1789. Contains a poem
about the manufacture of sugar written by Prudencio do Amaral of Rio de Janeiro, and hereby second time reprinted. GMBH Biblioteca Brasiliana, 234; Borba de Moraes, pág. 552/553; Blake, Vol. V, pág. 164.
€3.000
650. RODRIGUES. (Manuel Amândio) O PRESIDENTE CRAVEIRO LOPES NO ARQUIPÉLAGO DA MADEIRA. 30 de
Maio – 2 de Junho de 1955. Edição da Comissão Distrital da União Nacional do Funchal publicada pela SPUL – Sociedade de
Publicidade Ultramarina. Lisboa. 1957. De 30x24 cm. Com 75 pags. Encadernação da época com lombbada e cantos em pele.
Profusamente ilustrado. Contém reportagem dia-a-dia com itinerário; texto com descrição; e fotogravuras correspondentes.
€150
651. RODRÍGUEZ CAMPOMÁNES. (Pedro) NOTICIA GEOGRAFICA DEL REYNO, Y CAMINOS DE PORTUGAL.
EN MADRID. En la Officina de Joachin Ibarra, MDCCLXII. [1762]. In 8º (de 15x10 cm) com 226 pags. Encadernação da
época reencadernada e restaurada. Exemplar apresenta dano restaurado no pé da página de rosto; e as últimas 4 páginas da obra
fac-similadas. Impressão executada com texto dentro de esquadrias tipográficas (quadrilongos). Contém roteiro ou itinerário
das estradas e caminhos de Portugal, segundo informações de obras similares da época, e destinado a acompanhar mapa
geográfico.
€120
652. ROMA ANTICA, MEDIA, E MODERNA, o si a GUIDA PER LA CITTÁ DI ROMA Divisa in Dieci Giornate Per
osservarne le sue Magnificenze, Sagre, e Profane CIOE’ Chiese, Monasteri, Ospedali, Collegi, Tempj, Teatri, Anfiteatri,
Naumachie, Fori, Curie, Palazzi, Statue, Librarie, Musei, Pitture, e Sculture, ed i Nomi degli Artefici. IN QUESTA NUOVA
IMPRESSIONE Si è aggiunto il nuovo Museo Clementino, ed altre Fabbriche, che fino al presente si veggono. ED
ARRICCHIATA DI VARIE FIGURE. IN ROMA 1775. Dalle Stampe del Casaletti a Snt’Eustachio. In 8º (de 17x11 cm) com
219 pags. Encadernação do séc. XX (ao gosto da época) inteira de pele com ferros a ouro na lombada e nas esquadrias das
pastas, executada pelo mestre encadernador Frederico d’Almeida, e preservando as capas de brochura da época em papel
decorativo. Ilustrado com um frontispício alegórico e com gravuras de edifícios e praças romanas no texto.
Work divided in
ten trips observing both civilian and religious buildings of Rome: its Monateries, Theaters, Circus, Palaces, Statues, Libraries,
Museums, etc. Illustrated with a frontispiece and engravings of the Roman buildings and squares in the text. Binding: 20th
Century replica (full calf gilt at spine and at the boards: a work by the late masterbinder Frederico D'Almeida), and preserving
the contemporary paperback covers in decorative paper.
€900
653. ROMERO. (Jerónimo) MEMÓRIA ÀCERCA DE CABO DELGADO. Por Jeronymo Romero Segundo Tenente da
Armada. Imprensa Nacional. Lisboa. 1856. De 24x16 cm. Com 40 pags. Encadernação com lombada em pele decorada com
finos ferros a ouro. Ilustrado com um mapa desdobrável [de 65x28 cm] com a representação da “Costa Oriental da África
desde Cabo Delgado até à Ilha de Moçambique”, mostrando todo o recorte do litoral, das suas ilhas e das suas baías situadas
nessa rota, entre as quais a baía de Pemba. Obra com um levantamento inicial do território e da presença portuguesa efectuada
pelo governador desta região situada entre 10º e 13º graus de latitude sul. Junto com: ROMERO. (Jerónimo)
SUPLEMENTO À MEMÓRIA DESCRIPTIVA E ESTATÍSTICA DO DISTRICTO DE CABO DELGADO. Com uma
notícia acerca do estabelecimento da Colónia de Pemba. Por Jeronymo Romero. Typographia Universal. Lisboa. 1860. De
23x14 cm. Com viii-164 pags. Encadernação com lombada em pele decorada com finos ferros a ouro. Ilustrado com quadros
de dados da exploração da colónia nos anos que mediaram desde a primeira Memória acerca de Cabo Delgado e contendo um
mapa desdobrável [de 60x45 cm] com topografia da região “Carta da Baía e Território de Pemba”, encontrando-se
primorosamente desenhados o território; as fortificações coloniais; e a escuna Angra. Obras com o primeiro trabalho
aprofundado sobre a colonização de Cabo Delgado (costa norte de Moçambique); iniciando-se com o diploma do ministro
Marechal Sá da Bandeira sobre as disposições legais e as condições fornecidas pelo Estado português para a constituição da
colónia em 1857.
€300
654. ROSA PINTO. (António Augusto da) ORNITOLOGIA DE ANGOLA. (Non Passeres). Volume 1. [e único volume
publicado]. Por … Investigador do Instituto de Investigação Científica de Angola. Colaborador do Centro de Zoologia do I. I.
C. T. Com prefácio do Prof. Fernando Frade. Ilustrações de Alfredo da Conceição. Introdução traduzida para o inglês por John
Voice. Instituto de Investigação Científica Tropical. Lisboa. 1983. De 31x24 cm. Com cxxxvi-695 pags. Encadernação do
editor com sobrecapa decorativa. Ilustrado em extra-texto com belas gravuras coloridas impressas sobre papel couché.
€80
655. ROSA. (João) ICONOGRAFIA ARTÍSTICA EBORENSE. Subsídios para a história da arte no Distrito de Évora. Com um
prefácio do Dr. Manoel de Sousa Pinho. Imprensa Nacional. Lisboa. 1926. De 26x20 cm. Com vii-260-35 pags. Encadernação
em percalina. Tiragem de 500/406 exemplares numerados e rubricados pelo autor. Profusamente ilustrado com gravuras no
texto e cromogravuras em extra-texto. Obra com um minucioso arranjo tipográfico a duas colunas com textos e gravuras
enquadradas por quadrilongos e tarjas decorativas.
€150
656. ROSA. (José António da) COMPENDIO DAS MINAS, COMPOSTO POR, Sargento Mor, e Lente de Artilheria na Real
Academia Militar. Segunda Impressaõ. LISBOA: M.D. CC. XCIV. (1794) Na R. Typ. de João António da Silva Impressor de
Sua Magestade. In 8.º de 20x13 cm. Com (vi)-268-(vi) págs. +15 gravuras desdobráveis. Encadernação da época inteira de
pele. Inocêncio IV, 246. “JOSÉ ANTONIO DA ROSA, Tenente general, Conselheiro de guerra, e Commandante geral da
Artilheria Deputado ás Côrtes constituintes de 1821, etc. Foi, segundo creio, natural de Lisboa, e parece ter falecido pelos
annos de 1831 ou 1832. Na Galeria dos Deputados das referidas Côrtes, já por vezes citada, lê-se a respeito d'elle o juizo
seguinte: «Homem probo, de rectas intenções, e sabedor de sua profissão militar, porém quasi nullo em materias politicas, o
illustre deputado Rosa tem sido regular nas votacões, e guardado um supersticioso silencio.» Compendio das minas, dedicado
ao serenissimo sr. D. João, principe do Brasil. Lisboa, na Offic. de João Antonio da Silva 1791. 4.º de VI 268 pag. com quinze
estampas. O auctor compoz esta obra para servir de texto ás lições na Academia Real de Fortificação, onde elle então era
Lente.”
€300
657. ROSA-LIMPO. (Bertha) O LIVRO DE PANTAGRUEL. [27º edição]. Por… com a colaboração de seus filhos Jorge Brum
do Canto e Maria Manuela Limpo Caetano. Edição cuidadosamente revista pelos autores. Editorial «O Século». Lisboa. 1973.
Obra em 2 volumes. De 25x19 cm. Com 1281-[42]-[22] pags. Encadernações em tela preservando sobrecapas de protecção,
acondicionadas dentro de caixa editorial. Profusamente ilustrada com fotogravuras; desenhos; vinhetas artísticas e com um
retrato da autora. Exemplar conforme edição assinado pela autora. Obra dividida em dois volumes: Cozinha e Doçaria.
€90
658. ROTEIRO DA COSTA DE PORTUGAL. 1ª Edição. Direcção de Hidrografia. [Impresso nas Oficinas Gráficas de Ramos,
Afonso e Moita, Lda]. Lisboa. 1952. De 24x16 cm. Com 333 pags. Encadernação do editor. Profusamente ilustrado com
mapas, cartas meteorológicas e 131 vistas panorâmicas com fotogravuras do litoral de Portugal.
€120
659. S. FRANCISCO. (Frei Luís de) QVARTETOS E SEXTILHAS EUCHARISTICAS, cantadas pela solfa de discursos
predicatiuos, sobre os dous Hymnos das matinas, & Vesporas da Solemnidade de Corpus Christi, no Triduo Annual Festiuo
que se faz ao desagrauo do Santissimo Sacramento pello desacato que contra elle se cometeo na Freguesia de Odiuelas, em o
anno de 1675. A qual Festa faz todos os annos a Irmandade dos Escrauos defensores do Altissimo Mysterio da Fee, erecta por
esta ocasião em o Real Conuento de S. Francisco do Porto. DISCVRSOVOS nos sobreditos Triduos Festiuos das Tardes de
cada anno o M. R. P. M. FR. LVIS DE S. FRANCISCO, Prègador, & Leitor Apostolico de Moral no dito Conuento, &
Commissario Visitador da Sagrada Ordem Terceira da Penitencia, em todo o Bispado do Porto, filho da Santa Prouincia de
Portugal do Seraphico P. S. Francisco, & natural da Cidade, & Corte de Lisboa, com outros vários Sermoens que vão juntos.
MANDOUOS DAR A IMPRESSAM POR SUA ORDEM & à sua custa João Baptista Ribeyro mercador de Liuros, & filho da
dita Ordem 2. [residente] na dita cidade do Porto, & em sua casa se vendem. EM COIMBRA, Com todas as licenças
necessárias. Na Officina de JOSEPH FERREYRA, Impressor da Universidade: Anno de 1682. In 4º (de 19x15 cm) com [iv]201-[viii] fólios. Encadernação da época em pergaminho flexível. Exemplar apresenta o fólio 1 solto; e leves vestígios de
humidade e de trabalho de trabalho de traça marginal sem afectar a leitura. Ilustrado com vinhetas decorativas no fecho dos
capítulos e capitulares decorativas abertas a talhe-doce no início dos mesmos. Inocêncio V, 289: “FR. LUIS DE S.
FRANCISCO, chamado no século Luis Pinheiro, Franciscano observante da província de Portugal, cujo instituto professou em
1652, sendo já a esse tempo Desembargador da Relação do Porto. Foi natural de Lisboa, e filho do memorável Procurador da
Corôa, e Chanceler-mór do Reino, Tomé Pinheiro da Veiga. Morreu em 1696- Eis aqui por extenso o titulo desta obra,
segundo a indicação que dele me enviou ultimamente o Sr. Pereira Caldas: Quartetos e sextilhas eucharisticas, cantadas pela
solfa de discursos predicativos sobre os dous hymnos das matinas e vesperas da solemnidade de Corpus Christi, no triduo
annual festivo, que se faz ao desaggravo do Sanctissimo Sacramento pelo sacrilego desacato que contra elle se commetteu na
freguezia de Odivellas no anno de 1675: a qual festa faz todos os annos a irmandade dos Escravos defensores do altissimo
mysterio da fé, erecta por esta occasião no real convento de S. Francisco do Porto. Coimbra, na Offic. de José Ferreira 1682.
4.º de VII (inumeradas) 402 pag., e mais XV inumeradas de índice. Consta esta obra (que todos presumiriam ser livro de
poesias!) de sermões do Sacramento, em número de sete; cinco ditos das sextilhas; e seis do santos”.
€150
660. S. JOSÉ DO PRADO, Frei João de. MONUMENTO SACRO DA FABRICA, E SOLEMNISSIMA SAGRAÇAÕ Da
Santa Basílica do Real Convento, que junto á Villa de MAFRA. dedicou a N: SENHORA, e SANTO ANTONIO A
Magestade Augusta do Maximo Rey D. JOAÕ V. ESCRITO POR Fr. JOAÕ DE S. JOSEPH DO PRADO, Religioso da
Província da Arrábida, e primeiro Mestre das Cerimonias da dita Basílica. LISBOA. Na Officina de MIGUEL RODRIGUES,
Impressor do Eminent. Senhor Card. Patriarca. M. DCC. LI. (1751). In fólio de 31x21 cm. Com [xxiv], 152 pags.
Encadernação da época em inteira de pele, um pouco cansada. Ilustrado com 3 gravuras desdobráveis, executadas por
Labouteux, contendo as plantas e os alçados da arquitetura do Convento de Mafra. O texto contém no início duas vinhetas
decorativas gravadas, uma assinada por Le Bouteux, a outra por Debrie, e duas belas vinhetas também executadas por Debrie,
em 1735 e 1740, representando o rei de Portugal, D. José I e o seu escudo real. Obra de grande aparato gráfico, única no seu
género entre nós, descreve a faustosa inauguração, a arquitetura e o funcionamento eclesiástico do majestoso convento de
Mafra. Hoje monumento nacional, foi mandado edificar por D. João V, na época auria da exploração portuguesa dos recursos
minerais do Brasil colonial. Este magnífico monumento destacasse sobretudo pelo seu enorme tamanho, a preciosa biblioteca e
seu conjunto único de carrilhões. Inocêncio III, 391: “FR. JOÃO DE S. JOSEPH DO PRADO, Franciscano da província da
Arrábida, cujo instituto professou no convento de Alferrara a 19 de Março de 1706. Foi Mestre de Cerimónias no real convento
de Santo António de Mafra. Sabe-se que nascera em Lisboa, porém ignoro ainda as datas do seu nascimento e morte.
Monumento Sacro…com três estampas, sendo uma destas descritiva da fachada ou frontispício do convento. Para corrigir
algumas faltas, e adicionar varias noticias, que o autor omitiu n'esta obra, consulte-se o tomo VIII do Gabinete Histórico de Fr.
Cláudio da Conceição. É de todas as do autor a que ainda hoje se procura pela curiosidade do assunto, e creio que os
exemplares bem tratados têm chegado ao preço de 960 réis.”
Contemporary binding. Illustrated with 3 folding plans of the
Monastery of Mafra in Portugal. 2 engraved vignettes by Debrie (1735 e 1740) with the portrait of King Joseph I. Work
commemorating and giving the account of the Grand Opening of the Monastery of Mafra.
€1.800
661. SÁ DE MENESES, Francisco de. MALACA CONQUISTADA PELO GRANDE AFFONSO DE ALBUQUERQUE,
POEMA HERÓICO DE FRANCISCO DE SÁ DE MENESES; COM OS ARGUMENTOS DE D. BERNARDA FERREIRA.
Terceira Impressaõ mais correcta que as precedentes. LISBOA Na Offic. de JOZE’ DE AQUINO BULHOENS. Anno
M.DCC.LXXIX. [1779]. In 4º (20x14 cm) com (8)-461 pags. Encadernação da época inteira de pele mosqueada com ferros a
ouro na lombada e no rótulo vermelho. Corte por folhas marmoreado. Exemplar com ex-libris oleografico no canto superior
direito da folha de rosto. 3ª edição do poema clássico português, em verso endecassilábico, em 12 cantos, sobre a conquista de
Malaca por Afonso de Albuquerque. Inocêncio III, 52 e IX, 370: “FRANCISCO DE SÁ DE MENEZES, Comendador da
Ordem de Cristo, e natural da cidade do Porto. Depois de viúvo professou na Ordem de S. Domingos, entrando no Convento de
Benfica, com o nome de Fr. Francisco de Jesus, e morreu piamente, segundo dizem, no ano de 1664. MALACA
CONQUISTADA… Ha terceira edição, mais correcta que as antecedentes. Lisboa, na Offic. de José de Aquino Bulhões 1779.
4.º de VIII-461 pag. Depois de ser vulgar por muitos anos, e o seu preço 960 réis, acha-se hoje exausta, e só aparecem á venda
exemplares já usados. Não têm sido concordes os juízos dos críticos acerca do mérito deste poema. José Maria da Costa e Silva
o tinha em grande conta, e afirma que « pelo bem arquitectado de sua fabula, variedade e bem sustentado dos caracteres,
movimento dramático, rica invenção dos seus episódios, formosura de suas descrições, e poesia verdadeiramente épica, lhe
cabe de justiça o primeiro lugar entre os nossos épicos, depois de Camões». Francisco Dias Gomes é-lhe menos favorável.
«Este poema (diz ele) tem tido seus panegiristas, apesar dos defeitos que desfiguram o plano da sua invenção como epopeia,
das frequentes incorrecções da sua dicção, e do pouco conhecimento que teve o seu autor das cesuras, que constituem a
harmonia métrica do idioma.» (Obras poeticas, pag. 40.) E n'outro logar (pag. 296) afirma positivamente: «que a Malaca é a
mais inferior das nossas epopeias regulares, sem que contudo sirva de descrédito ao nosso idioma.» Um dos críticos, que não
só pretende emparelhar este nosso epico com Luis de Camões, mas quase o julga superior, e considera a sua Malaca
conquistada ao menos como a nossa segunda epopeia nacional, é Bartolomeu Soares de Lima Brandão. (V. nas suas Obras
poéticas a nota a pag. 116).”
€300
662. SÁ DE MIRANDA, Francisco. AS OBRAS DO DOVTOR FRANCISCO DE SAA de Miranda. Agora de nouo impressas.
LISBOA Antonio Leite, M.DC.LXXVII. [1677] In 16.º de 13x7 cm. com [xxxii],346 pags. Encadernação da época em
pergaminho flexível. 4.ª edição. Impressa em formato de bolso. Muito rara. Inocêncio III, 53. “Francisco Sá de Miranda,
doutor em Direito Civil pela Universidade de Coimbra, commendador da Commenda das Duas-Egrejas, da ordem de Christo, e
senhor da casa e quinta da Tapada, junto a Ponte de Lima, que é ainda hoje solar dos seus descendentes. Discorreu durante
algum tempo pelas cidades mais notaveis de Hespanha e Italia, com o fim de adiantar e polir os seus conhecimentos, e é tido de
justiça como o primeiro fundador entre nós da eschola poetica italiana. n. Em Coimbra, a 27 de Outubro de 1495; e m. na
sobredita quinta, onde vivia retirado desde muitos annos, no de 1558. As obras de Sá de Miranda, que passo a descrever, foram
todas publicadas posthumas, não constando que imprimisse cousa alguma em quanto viveu. Eil-as aqui, pela mesma ordem que
as encontro em Barbosa na Bibl. Lus. As Obras do celebrado Lusitano, o doctor Francisco de Sá de Miranda. Lisboa, por
Manuel de Lyra 1595. 8.º Barbosa dá esta edição em 4.°, As obras do doctor Francisco de Sá de Miranda. Lisboa, por Vicente
Alvares 1614. 4.° Barbosa aponta mais duas edições d'estas Obras, a saber: a terceira, Lisboa, por Paulo Craesbeeck 1632. 32.º;
a quarta, ibi, por Antonio Leite Pereira 1677. 8.º Declaro que ainda não tive opportunidade de encontrar alguma d'ellas.” €900
663. SÁ DE MIRANDA. (Francisco de) OBRAS COMPLETAS. Texto fixado, notas e prefácio pelo prof. M. Rodrigues Lapa.
Colecção de Clássicos Sá da Costa. (Edição Miniatura). Sá da Costa, Editora. Lisboa. 1944. Obra em 2 volumes encadernados
em 1. De 8,8x6,5 cm. Com xxi-328-xv-294 pags. Encadernação da época com ferros a ouro na lombada e cantos em pele.
Ilustrado com um retrato do autor em anterrosto. Obra impressa em «Offset» na tipografia Costa e Valério, Lda; e com
fotolitos executados por Fotogravura Nacional, Lda.
€80
664. SÁ DE MIRANDA. (Francisco de) OBRAS DO DOCTOR ... NOVA EDIÇÃO CORRECTA, EMENDADA, E augmentada
com as suas Comedias. LISBOA, Na Typografia Rollandiana. 1784. Obra em 2 volumes. In 8º (de 15x10 cm) com xxxii, 290,
[vi] e 293, [ii] pags. Encadernações da época inteiras de pele mosqueada com ferros a ouro nas lombadas. Corte das folhas
marmoreado.
€250
665. SÁ E COSTA. (Luís Moreira de) DESCENDÊNCIA DOS 1º MARQUESES DE POMBAL. Edição, composição e
impressão da Tipografia Costa Carregal. Pôrto. 1937. De 26x19 cm. Com xxxii-462 pags. Encadernação (meia-amador) com
lombada e cantos em pele, com finos ferros rolados a ouro. Ilustrado em extra-texto com retratos dos ascendentes das
principais linhas genealógicas. Tiragem de 700/530 exemplares (numerado e rubricado pelo autor) de uma tiragem
completamente subscrita de acordo com a lista dos possuidores que consta no fim da obra; sendo o exemplar da reserva do
próprio autor.
€300
666. SÁ E COSTA. (Luís Moreira de) DESCENDÊNCIA DOS 1º MARQUESES DE POMBAL. Edição, composição e
impressão da Tipografia Costa Carregal. Pôrto. 1937. De 26x19 cm. Com xxxii-462 pags. Brochado com capas de brochura
plastificadas. Ilustrado em extra-texto com retratos dos ascendentes das principais linhas genealógicas. Tiragem de 700/527
exemplares (numerado e rubricado pelo autor) de uma tiragem completamente subscrita de acordo com a lista dos possuidores
que consta no fim da obra; sendo o exemplar da reserva do próprio autor.
€180
667. SABUGOSA (Conde de) O PAÇO DE CINTRA. Desenhos de Sua Magestade a Rainha a Senhora Dona Amelia.
Apontamentos históricos e archeologicos do Conde de Sabugosa. Collaboração artística de E. Casanova e R. Lino. Imprensa
Nacional. Lisboa. 1903. De 31x23 cm. Com 274 pags. Encadernação da época com lombada e cantos em pele, apresentando
título em super-libris na dianteira da lombada. Exemplar com ligeira mancha de humidade em rodapé. Profusamente ilustrado
no texto com desenhos da Rainha Dona Amélia realizados nos últimos anos do século XIX, quando ainda era apenas a
Duquesa de Bragança, em torno dos quais se situam os apontamentos arqueológicos do Conde de Sabugosa, e através dos quais
é feita a visita descritiva a cada uma das dependências palácio real. Capitais decorativas em cada capítulo, segundo os motivos
moçarabes e manuelinos do palácio. A obra contém várias gravuras extra texto desdobráveis entre os quais: uma
cromolitografia com a reprodução do tecto da Salas dos Brasões no Real Palácio de Sintra com a planta da localização e a
ampliação de cada brasão; levantamento dos azulejos moçarabes; planta do Palácio da Vila de Sintra realizada em 1902;
levantamento de uma extensa colecção de siglas maçónicas pertencentes ao palácio de Sintra. Estas siglas segundo os autores
desta obra “era um sinal gravado em cada pedra pela mão do canteiro, com um fim ou maçónico, que servia para os adeptos se
corresponderem misteriosamente, ou com um fim apenas industrial e económico para cada um marcar o seu trabalho e ser pago
por ele. O emprego destes sinais foi efectivamente no começo, exclusivo dos livre maçons, corporações de construtores e
operários que na idade média trabalhavam na construção das grandes catedrais e dos edifícios de carácter civil”.
€250
668. SABUGOSA. (Conde de) GENTE D`ALGO. As musas de D. Diniz – A mysteriosa Beatriz Duquesa de Borgonha –
Imperatriz de Allemanha a excellente senhora. - A côrte em Setubal e os porquês anonymos. - Uma noiva do Prior do Crato –
Matronas de 1640. - A freira portugueza – A Condessa da Ericeira. - Academicas – Duas realezas. Livraria Ferreira. Lisboa
1915. De 23x17 cm. Com 350 pags. Encadernação da época com lombada em pele e rolada com ferros a ouro nas pastas.
Exemplar com falta da capa de brochura.
€60
669. SACROBOSCO, Joannis. Sphaera IOANNIS DE SACRO BOSCO, EMENDATA. In eandem Francisci Iunctini
Florentini, Eliae Vineti Santonis, & Alberti Heronis Scholia. Caetera pagina sequens indicabit. ANTVERPIAE, Apud Ioannem
Bellerum, ad insigne Aquilae aureae. M. D. LXXXII. [1582]. In 8º (de 15x10 cm) com [xvi], 327 pags. Encadernação posterior
(séc. xviii) inteira de pele com ferros a ouro na lombada. Profusamente ilustrado e com um fólio desdobrável contendo os
desenhos das peças ou partes para a construção de um planetário (com caractéres móveis tipo “pop up”) segundo Apiano.
Exemplar com fortes manchas de humidade, sem afectar a leitura; e ex-libris da Biblioteca Capucho.
€1.800
670. SALAS, Ramon. LIÇÕES DE DIREITO PUBLICO CONSTITUCIONAL PARA AS ESCOLAS DE HESPANHA.
Por… Doutor de Salamanca; Traduzidas, e dedicadas por D. G. L. D’Andrade: Com o mesmo objecto á Regenerada Naçaõ
Portugueza e OFFERECIDAS AOS SEUS DIGNOS REPRESENTANTES. LISBOA NA TYPOGRAPHIA
ROLLANDIANA. 1822. In 8.º de 18,5x12 cm. Com xlv, 217, [iii] pags. Encadernação da época com lombada e cantos em
pele. Corte das folhas marmoriado. Exemplar com mancha marginal nas primeiras páginas. Inocêncio II, 159 e IX, 125.
“DIOGO DE GOES LARA DE ANDRADE, Bibliothecario da Bibl. Publica do Porto, Juiz da Alfandega da ilha do Fayal, e
ultimamente Director das Alfandegas do sul do reino. Tenho procurado, até agora debalde noticias da sua naturalidade e mais
circumstancias, e sei apenas que morreu em Setubal a 3 de Abril de 1844. Lições de Direito publico Constitucional para as
escolas de Hespanha, por Ramon Salas, Dr. de Salamanca. Traduzidas em portuguez com varias notas. Lisboa, na Typ.
Rollandiana 1822. 8.º gr. de XLV 217 pag. Ha uma reimpressão, feita depois de 1833, de que não posso dar agora as
indicações precisas. O sr. Varnhagen me affirmou ter ouvido da bôcca do proprio Lara de Andrade, a declaração de que
nascera no Rio de Janeiro. Das Lições de Direito Constitucional se fez no Brasil uma nova edição, offerecida aos estudantes
dos cursos juridicos de S. Paulo e Olinda. Rio de Janeiro, Typ. de R. Ogier 1831. 4.º de XXXVIII-183 pag. e mais uma de
indice.”
€300
671. SALAZAR DE MENDOÇA. ORIGEN DE LAS DIGNIDADES SEGLARES DE CASTILLA Y LEON COM
RELACION Summaria de los Reyes de estos Reynos: de sus actiones: casamentos: hijos muretes: sepultura DELOS QVE
HAN CREADO y tenido y de muchus Ricos Homes. Confirmadores de priuilegios. POR EL DOCTOR Salazar de Mendoça.
EN TOLEDO Por Diego Rodriguez de Valdiuielso, Impressor de el Rey. MDC. XVIII. [1618] In fólio de 30x21 cm. Com [iv],
189, [i] fólios. Encadernação da época em pergaminho flexível. Magnifico frontispício arquitetónico gravado.
€3.000
672. SALMON, Tomás. LO STATO PRESENTE DEL REGNO DI SPAGNA. [IN] LO STATO PRESENTE DI TUTTI I
PAESI, E POPOLI DEL MONDO NATURALE, POLITICO, E MORALE, COM NUEVE OSSERVAZIONI, E
CORREZIONI DEGLI ANTICHI, E MODERNI VIAGGIATORI. VOLUME XIV. IN VENEZIA, Presso Giambatista
Albrizzi q.Gir. MDCCXLV. (1745) In 8.º De 18x12 cm. Com (xiv)-464 pags. Encadernação da época inteira de pergaminho
com nervos, rótulo dourado na lombada, e ferros lavrados a seco nas pastas. Ilustrado com: um frontispício gravado, um mapa
desdobrável da península Ibérica 22 gravuras desdobráveis: vista da cidade de Madrid panorama da Praça Mayor Vista do
Palácio Real vista do Buen Retiro o Grande Lago do Buen Retiro a igreja de Sto António no Buen Retiro vista de S. Paulo no
Buen Retiro o Real Palácio del Pardo a entrada principal do Escorial o pátio do Escorial o claustro do Escorial vista do palácio
de Aranjuez panorama da fonte de Aranjuez Vista da Catedral de Toledo panorama da cidade de Sevilha vista da Catedral de
Sevilha e da Torre da Giralda vista do Mosteiro da Praça de S. Francisco em Sevilha vista do Palácio Real de Sevilha vista do
Palácio Real na Grande Praça de Cádis vista do Pátio dos Banhos na Alhambra de Granada vista do Pátio dos Leões na
Alhambra de Granada. Importante livro de viagens em Espanha. Apresenta uma descrição histórica e geográfica de todas as
suas províncias.
Single volume. Binding: later contemporary vellum (pigskin fashioned at the style of an earlier period)
finished on hard paperboards, blank tooled at covers, and gilt on spine labels. Illustrated with a frontispiece engraved cooper
plate and 22 folding engravings: view of the city of Madrid, panorama of the Plaza Mayor, view the Royal Palace, view of the
Buen Retiro, the Great Lake of the Buen Retiro, the church of St. Anthony in the Buen Retiro, view of S. Paul in the Buen
Retiro the Royal Palace del Pardo the main entrance of Escorial, the courtyard of Escorial, the cloister of Escorial view of the
Palace of Aranjuez, panorama of the Aranjuez Fountain, view of the Cathedral of Toledo panorama of Seville view of the
Seville Cathedral and Giralda Tower, view from the Square of the Monastery of St. Francis in Seville, view the Royal Palace
of Seville, view the Royal Palace in the Great Square of Cadiz view of a courtyard in the Alhambra of Granada, seen from the
of the Lions Courtyard in the Alhambra of Granada.
€2.500
673. SAMPAIO. (Gonçalo) ICONOGRAFIA SELECTA DA FLORA PORTUGUESA. Lisboa. 1949. De 39x29 cm. Com 16
pags. inums. de texto e 150 estampas a p/b de página inteira com a respectiva nomenclatura em latim. Meia encadernação
inglesa de pele azul com lombada e cantos em pele, preservando capas de brochura.
€200
674. SANCEAU. (Elaine) D. JOÃO DE CASTRO. Tradução do inglês por António Álvaro Dória. Revista pela autora. Biblioteca
Histórica - Série Ultramarina. Livraria Civilização - Editora. Porto. 1946. De 22x15 cm. Com 413 pags. Encadernação da
época com lombada e cantos em pele. Ilustrado
€80
675. SANNINO. (Dr. F. A.) TRATADO DE ENOLOGÍA. Por el professor… Director de la Real Escuela de Viticultura y
Enologia de Alba (Cuneo). Versón de la 2ª edición italiana por el ingeniero Arnesto Mestre, Jefe del Sevicio Agronómico de
las Baleares. Gustavo Gili, Editor. Barcelona. MCMXXV [1925]. De 25x17 cm. Com vi-920 pags. Encadernação do editor.
Ilustrado. Exemplar com título de posse na página de rosto.
€150
676. SANTA BÁRBARA. (Frei António) RELAÇÃO DA SOLEMNE ACÇÃO DE GRAÇAS QUE O CORPO DO
COMMERCIO DA CIDADE DO PORTO ORDENOU SE RENDESSE AO ALTISSIMO NO DIA 22 DE OUTUBRO, PELA
FELIZ UNIÃO DO SUPREMO GOVERNO DO REINO COM O GOVERNO INTERINO DE LISBOA. [VERIFICADA NO
Iº DE OUTUBRO DE 1820]. NA REAL IMPRENSA DA UNIVERSIDADE. COIMBRA. 1821. De 26x20 cm. Com 47 pags.
Encadernação sintética recente com título em super-libris. Exemplar apresenta ex-libris de Luís de Sttau Monteiro. O texto
inclui o sermão que recitou Frei António de Santa Bárbara da Congregação dos Agostinhos Reformados, Bacharel em Filosofia
e Matemática pela Universidade de Coimbra, e professor Régio de Filosofia. Este sermão; o seu prólogo e os seus
Esclarecimentos (a partir da página 35) fornecem o enquadramento político, social e económico, bem como a esperança num
novo governo na perspectiva dos apoiantes da Revolução de 1820. Inocêncio VIII, 98: “FR. ANTONIO DE SANCTA
BARBARA, da Ordem dos Augustinianos reformados (Grilos), Bacharel em Philosophia e Mathematica pela Universidade de
Coimbra, etc. Inutilmente procurei haver notícias da sua naturalidade, nascimento e mais circunstâncias”.
€60
677. SANTA CATARINA. (Fr. Lucas) O RACIONAL DA GRAC,A TREZENA PREDICATIVA DE S. ANTONIO
REPARTIDA EM TREZE DISCURSOS dos dias de sua celebridade OFERECIDA AO ILLUSTRISSIMO SENHOR JOAÕ
CARLOS CEZAR DE MENEZES. Deaõ da Santa Sé Metropolitana Oriental. POR Fr. LUCAS DE Sta. CATHARINA
Chronista Mòr da Ordem dos Prègadores nesta Provincia de Portugal, e Académico do numero da Academia Real. LISBOA
OCCIDENTAL. Na Officina da MUSICA debaixo da protecçaõ dos Patriarcas S. Domingos, e S. Francisco. M.DCC. XXXV.
[1735]. In 4º (de 20x14 cm) com [xxii], 249 pags. Encadernação da época inteira de pele. Folha de rosto impressa a duas cores.
Obra de grande raridade. Inocêncio V, 202: 'Fr. Lucas de Sancta Catharina, Dominicano, Chronista da sua provincia,
Academico da Academia Real de Historia, etc. Nasceu em Lisboa no anno de 1660, e morreu em 1740. O Racional da Graça:
trezena predicativa de Sancto Antonio, repartida em treze discursos dos dias da sua celebridade. Lisboa, na Offic. da Musica
1735. 4.º de XXII-249 pag. - Não julgo que o preço d'este volume excedesse nunca de 480 réis'.
€600
678. SANTA MARIA ROSA. (Fr. Bernardo de) AVE MARIA PONDERADA, NOVENA Da Immaculada CONCEYÇAÕ DA
SEMPRE VIRGEM MARIA, Mãy, e Protectora dos Frades Menores: Diligenciada pelo Menor dos seus Frades O P. Fr.
BERNARDO DE SANTA MARIA ROSA, Prégador, e Mestre das Cerimonias do Real Convento de S. Francisco da Cidade
do Porto. Para uso dos seus Frades, e Confrades, nos cultos, que lhe consagraõ com affectivo rendimento. Dada a luz pelos
Devotos da mesma Novena. COIMBRA: Na Officina de Antonio Simoens Ferreyra Impressor da Univers. Anno de 1747. In 8º
(de 15x10 cm) com 119 pags. Encadernação da época inteira de pele com finos ferros a ouro na lombada. Profusamente
ilustrado com partituras musicais intercaladas no texto e uma gravura em frontíspicio, ou anterrosto, gravado por De Brie em
1744, representando a Imaculada Conceição. Exemplar com ex-libris oleográfico na folha de guarda. BNP não refere.
Inocêncio (I, 381) não refere a obra, apenas refere o autor: “Fr. Bernardo de Sancta Maria Rosa, Franciscano da província de
Portugal, e Mestre de cerimónias no convento da sua Ordem na Cidade do Porto. Nasceu em Mesão Frio, na província do
Minho, em 1714. A data da sua morte é ainda ignorada”.
€300
679. SANTA MARIA, Fr. Agostinho de. HISTORIA TRIPARTITA COMPRENDIDA COMPREHENDIDA EM TRES
TRATADOS. NO PRIMEYRO Se decrevem as Vidas, & os gloriosos Triumphus dos Santos Martyres, Veríssimo, Máxima, &
Júlia, suas Irmãas Padroeyros de Lisboa, & do Real Mosteyro de Santos. NO SEGUNDO Se dá noticia da vinda, & Prégaçaõ
do Apostolo Santiago às Hespanhas, & do principio, & origem de sua esclarecida Ordem & de seus nobilíssimos Mestres até a
sua separaçaõ, & eleyçaõ dos Mestres Portuguezes. NO TERCEYRO Se descrevem os principios do Real Convento de Santos,
& a noticia de suas Illustres Comendadeyras, desde o Anno de 1212. atè os nossos tempos. QUE C. D. & O. Ao Sereníssimo &
muito Augusto Senhor ElRey DOM JOAÕ O V. Mestre da mesma Illustrissima Ordem de Santiago. Fr. AGOSTINHO DE S.
MARIA. Exvigario Géral da Congregaçaõ dos Agostinhos Descalços de Portugal, Natural da Villa de Estremoz. LISBOA
OCCIDENTAL, Na Officina de ANTONIO PEDROZO GALRAM. Anno de 1724. In 8.º de 20x15 cm. Com (xx) 609 (ii)
pags. Encadernação da época inteira de pele. Obra com interesse para a olisipografia e para a história da ordem militar de S.
Tiago em Portugal. O autor publicou em dez volumes a famosa obra Santuário Mariano. Barbosa Machado I, 71. Pinto de
Matos, 510. Inocêncio I, 18. “Fr. Agostinho de Santa Maria, chamado no Seculo Manuel Gomes Freire, natural da villa de
Extremoz, n. a 28 de Agosto de 1642. Professou a regra dos agostinhos Descalços, e exerceu na ordem varios cargos, inclusivè
os de Chronista, e Vigario Geral da sua congregação em Portugal. Morreu na provecta edade de 86 annos a 3 de Abril de 1728
no convento da Boahora de Lisboa. na bibl. nac. d'esta cidade existe um seu retrato de meio corpo. (v. Canaes, Estudos
Biographico, pag. 256) foi laborioso e fecundissimo escriptor, como se vê das muitas obras que compoz e publicou, alem das
que por sua morte ficaram ineditas, e provavelmente se extraviaram.”
Binding : contemporary full browned calf gilt to
spine and label. Spine worn to top, cover edges bumped, calf missing to rear cover at the lower edge. Missing blank endpages.
Contemporary signatures to title page. Good copy inside leaves are clean, sound and crispy. Work containing 3 books : FIRST
the description of lives and martyrdom from the 3 founder saints of christianity in the actual territory of Portugal: Veríssimo,
Maxima and Julia. SECOND preaching to the Apostle Santiago in Spain, & the beginning of the Order of Santiago & their
most noble Masters until their separation from their Portuguese branch. THIRD describes the principles of the Royal
Monastery of Santos and their abbesses from the year 1212 until 1724. An outstanding work of historical research to the
origins of Lisbon connected to the history of the Military Order of St. Tiago in Portugal. Barbosa I, 71 Pinto de Matos, 510 and
Inocêncio (I, 18): “Fray Agostinho de Santa Maria, whose name was Manuel Gomes Freire, was born in Estremoz, in 1642,
became the official historian his congregation in Portugal. He was laborious and very fertile writer as we can see from the
many works that published, besides those that remained unpublished at his death, and probably went astray.'
€1.200
680. SANTA ROSA DE VITERBO. Fr. Joaquim de, ELUCIDARIO DAS PALAVRAS, TERMOS, E FRASES, QUE EM
PORTUGAL ANTIGUAMENTE SE USÁRÃO, E QUE HOJE REGULARMENTE SE IGNORÃO: OBRA
INDISPENSAVEL PARA ENTENDER SEM ERRO OS DOCUMENTOS MAIS RAROS, E PRECIOSOS, QUE ENTRE
NÓS SE CONSERVÃO: PUBLICADO EM BENEFICIO DA LITERATURA PORTUGUEZA POR Fr. JOAQUIM DE
SANTA ROSA DE VITERBO. LISBOA NA OFFICINA DE SIMÃO THADDEO FERRREIRA. M. DCC. XCVIII. (1798) In
fólio de 29,5x20,5 cm. Com [iv], 484, [ii] e 416, 62, [i] pags. Encadernação da época inteira de pele com rótulo vermelho.
Ilustrado no texto com assinaturas, selos, epigrafia romana símbolos régios e templários e 5 gravuras em extra-texto com
paleografia clássica e portuguesa (abreviaturas e acrónimos). Exemplar com insignificantes vestígios de traça. Obra clássica
fundamental e única na cultura portuguesa. Inocêncio IV, 152. “Franciscano da provincia da Conceição, Prégador na sua
Ordem, Chronista da provincia, Notario apostolico, Correspondente da Academia Real das Sciencias de Lisboa, etc. N. na
povoação de Gradiz, bispado de Viseu, conselho de Aguiar da Beira, a 13 de Maio de 1744. Aprendida a lingua latina, tomou o
habito religioso, professando a regra de S. Francisco em 7 de Septembro de 1760. Era dotado de rara memoria, e levava a
maior parte do seu tempo a ler e escrever. Com quanto se applicasse a diversas materias scientificas, parece comtudo que a sua
paixão predominante era o estudo da historia e antiguidades, particularmente das do nosso paiz, e n'elle se tornou tão versado
como bem se deixa ver dos seus escriptos. Viajou por diversas partes do reino, para indagar inscripções e monumentos
romanos, gothicos e mouriscos, esquadrinhando as livrarias e archivos publicos e particulares, para o que estava munido de
uma ordem regia. As copias de manuscriptos antigos tirados por elle ficavam valendo como originaes, em virtude de privilegio
real que assim o mandava: por isso varios sujeitos o encarregaram de pôr-lhes em ordem os seus cartorios; e tambem fez no
mesmo sentido importantes trabalhos no da Torre do Tombo. «Obra utilissima, de que muito carecia a litteratura portugueza»
chamou a este trabalho Francisco Manuel, remettendo para ella os seus leitores em uma das notas que ajuntou na segunda
edição ao prologo da sua versão do Oberon. Viterbo reconheceu a conveniencia de resumir a sua obra, supprimindo as
digressões e documentos, e limitando-se só ao necessario para os que pretendessem entender com acerto os monumentos
anteriores, ou coevos dos primeiros seculos da monarchia, e os manuscriptos ou impressos dos auctores que floreceram até o
seculo XVI. N'este sentido refundiu e abbreviou o Elucidario, preparando uma nova edição, que a morte o impediu de dar á
luz, mas que veiu pouco depois a publicar-se posthuma, com o titulo seguinte: Diccionario portatil das palavras, termos e
phrases, que em Portugal antigamente se usaram, e que hoje regularmente se ignoram: resumido, correcto e addicionado pelo
mesmo auctor do Elucidario a beneficio da litteratura portuguesa. Coimbra, na Imp. da Universidade 1825. 4.º.
€600
681. SANTA THEREZA. (Fr. Lourenço de) SERMOENS VARIOS MYSTICOS, E DOUTRINAES. DO PADRE MESTRE...
LEYTOR JUBILADO EXAMINADOR SYNODAL DO Bispado de Miranda, Missionario Apostolico, Penitenciario geral de
toda a Ordem Seraphica, Alumno da Real Academia de N. Senhora, e Santo Antonio junto de Mafra, Filho da Santa Provincia
de Portugal da Regular Observancia e natural da cidade do Porto. PRIMERA PARTE [SEGUNDA PARTE | TERCEIRA
PARTE], OFFERECIDA, E DEDICADA AO SENHOR PEDRO PEDROSSEN DA SILVA, Fidalgo da Casa de Sua
Magestade Cavaleiro Professo na Ordem de Christo, e Cidadaõ da Cidade do Porto &c. LISBOA: Na Offic. de FRANCISCO
BORGES DE SOUSA. ANNO MDCCLX. [1760]. MDCCLXI [1761] e MDCCLXIII [1763]. 3 (de 4) volumes. In 4º (de
20x15 cm) com 503, 383 e 443 pags. Encadernações da época inteiras de pele com ferros a ouro nas lombadas, sendo a do 2º
volume ligeiramente diferente. Exemplar com titulos de posse da época nas folhas de guarda. Obra impessa em coluna dupla.
Apenas os 3 primeiros volumes desta obra.
€150
682. SANTARÉM. (2º Visconde de) OPUSCULOS E ESPARSOS. Colligidos e coordenados por Jordão de Freitas. Novamente
publicados pelo 3º Visconde de Santarém. Imprensa Libanio da Silva. Lisboa. 1910. Obra em 2 volumes. De 29x21 cm. Com
xi-478 e 492 pags. Encadernações da época (meia-amador) com lombadas e dianteiras das pastas em pele gravadas com finos
ferros a ouro. Corte das folhas aparado à cabeça. Ilustrado com os fac-similes dos frontispícios das obras reunidas.
€200
683. SANTARÉM. (Pedro de) TRATATUS DE ASSECURATIONIBUS ET SPONSIONIBUS, NUNC PRIMÉRUM
LUCEDONATUS. [Por] Petro Santerna Lusitano. Edição do Grémio dos Seguradores. Lisboa. 1961. De 19x13 cm. Com 517
pags. Encadernação artística da época em inteira de pele executada pelo mestre encadernador Frederico d'Almeida. Exemplar
com o ex-libris da Biblioteca do Grémio dos Seguradores (encadernação gravada em super-libis com o mesmo logótipo do
Grémio dos Seguradores). Tiragem de 850/02 exemplares. Contém com o fac-simile integral (em latim) da obra portuguesa
quinhentista sobre seguros; seguido das versões portuguesa, inglesa e francesa.
€120
684. SANTIAGO. (Diogo) POSTILLA RELIGIOSA, E ARTE DE ENFERMEIROS, Guarnecida com eruditos conceitos de
diversos Authores, facundos, Moraes, e Escriturarios PELO PADRE Fr. DIOGO DE SANT-IAGO, RELIGIOSO DE S. JOAÕ
DE DEOS, com que educou, e praticou aos seus Noviços, sendo Mestre delles no Convento de Elvas, para perfeição da vida
Religiosa, e voto da Hospitalidade, DEDICADA AO REVERENDISSIMO PADRE Fr. JOZÉ DE JESUS MARIA, Dignissimo
Provincial Apostolico da mesma Provincia. LISBOA OCCIDENTAL. Na Officina de MIGUEL MANESCAL DA COSTA,
Impressor do Santo Officio. Anno MDCCXLI. [1741]. In 8º (20x15 cm) com [xxxi], 300 pags. Encadernação ao gosto do séc.
xviii inteira de pele mosqueada, com ferros a ouro e nervos na lombada. Exemplar com ligeiros vestígios de humidade e com
título de posse manuscrito na página de rosto: «Ex-libris Congregationis Missionis Eborensis». Obra com o primeiro tratado de
enfermagem escrito em português por Frei Diogo de Santiago mestre de noviços da mesma ordem no Coventto de Elvas. Em
2005 foi publicado um fac-simile desta obra com apresentação do Prof. Luís Graça e uma introdução do Padre Aires Gameiro.
Inocêncio IX,131: 'Frei Diogo S. Tiago, Religioso da Ordem dos Hospitaleiros de S. João de Deus, e a cujo respeito póde
consultar-se a Bibl. Lusitana no tomo IV. - E. 473) Postilla religiosa e arte de enfermeiros, guarnecida com eruditos conceitos
de diversos auctores, facundos, moraes e escripturarios. Lisboa, por Miguel Manescal da Costa 1741. 4.º de XXXII-300 pag. Na Bibl. Lusit. acha-se errada a indicação do formato d'este livro, que alli se diz ser 8.º. Se a obra tem prestimo ou valia, é
problema que não me atrevo a resolver: mas que os exemplares são raros, posso attestal-o de facto proprio, pois nunca
encontrei de venda no mercado mais que um ou dous exemplares, além do que possuo'.
€400
685. SANTO ESTEVÃO, Gomes de. INFANTE D. PEDRO. LIVRO DO INFANTE D. PEDRO DE Portugal, o qual andou
nas Sete partidas do Mundo. Feyto por Gomes de Santo Estevaõ, hum dos doze que foraõ em sua companhia. LISBOA. Na
Officina de Domingos Carneyro. Anno 1698. In 8.º de 19x14,5 cm. com 31 pags. Encadernação recente inteira de pele com
ferros a ouro nas pastas. Ilustrado com bela vinheta tipográfica com as armas reais portuguesas gravadas na folha de rosto.
Exemplar com ex-libris oleográfico da coleção Rocha Madahil, manchas de humidade e leves restauros marginais. Obra muito
famosa especialmente no estrangeiro, para tal bastante contribui-o ter sido escrita em estilo popular. Relata as viagens do
Infante D. Pedro de Portugal, efetuadas entre 1424 e 1428. O mesmo foi o 2.º filho de D. João I Mestre de Avis e primeiro
Duque de Coimbra. O infante D. Pedro foi regente de Portugal durante a menoridade de D. Afonso V, filho de D. Duarte, seu
sobrinho. Morreu na Batalha de Alfarrobeira, travada contra os partidários de D. Duarte. As edições desta obra (cento e doze
em português e castelhano 1520-1912) são e sempre foram muito raras e procuradas, de grande curiosidade bibliográfica pois
apresentam muitas variantes tipográficas. Sobre esta quarta edição em português Inocêncio diz ser a mais antiga que viu, mas a
primeira em português publicou-se em 1602. Francis M. Rogers, List of Editions of the Libro… n.º 34. “Copy in the Greenlee
Collection of Newberry Library. There are also copies in Torre do Tombo, the library of Comandante Ernesto Vilhena,
[extinta] and with minor differences on title-page, the library of Visconde da Trindade, [extinta]. The edition is mentioned,
among other places, in the Catálogo Biblioteca Tavares de Macedo, [extinta]. Livraria Biblarte, cat. I, 318. [Lisboa 1956.
Muito Raro 1.500$00]” Inocêncio III, 149. “GOMES DE SANCTO ESTEVAM, que se diz ter sido um dos doze criados que
acompanharam o infante D. Pedro, filho d'el-rei D. João I, em suas longinquas peregrinações, começadas segundo a opinião
vulgar dos nossos historiadores em 1424 (mas que o sr. Abbade de Castro, sem duvida mais bem informado, faz datar de
1416). Livro do infante D. Pedro que andou as quatro partidas do mundo. Lisboa, por Antonio Alvares 1554. 4.º. Anda aqui
dobrado engano, porque o impressor Antonio Alvares não exercia ainda por este tempo a arte typographica, e só principiam a
apparecer edições suas muitos annos depois do indicado. Observarei a proposito, que José Soares da Silva (nas Mem. d'elrei D.
João I, tomo I, pag. 318) diz mui claramente, que a edição mais antiga que encontrára do Auto d o Infante D. Pedro (que de
certo assim se intitulou nas primeiras que sahiram, e pelo que vejo foi Barbosa o primeiro que mudou este titulo no de Livro)
fôra uma traducção castelhana, impressa em Burgos em 1564, por Filippe Junti: tudo isto torna para mim problematica a
existencia da tal edição de 1554, em quanto não descobrir exemplar d'ella, com que possa resolver as duvidas que me
occorrem. Pela minha parte declaro, que ainda não consegui ver edição d'este papel, mais antiga que a de Lisboa, por
Domingos Carneiro, 1698. 4.º de 31 pag. Depois d'esta vi outra, ibi, por Manuel Fernandes da Costa 1739. 4.º de 31 pag. Outra,
ibi, por Francisco Borges de Sousa 1767. 4.º de 20 pag. Outra, ibi, por Simão Thaddeo Ferreira 1794. 4.º e outras já do presente
seculo, de que não tenho tomado nota por falta de opportunidade. Quanto ás traducções castelhanas (se é que não foi n'esta
lingua, que a obra se imprimiu originalmente) acho apontadas em Barbosa a sobredita edição de 1564, o mais duas, ambas
feitas ao que parece em Sevilha, por Domingos de Robertis 1595. 4.º, e 1626. 4.º No catalogo da livraria de Lord Stuart, vejo
tambem citada outra com o titulo: Historia del infante D. Pedro de Portugal, el qual anduvo las siete partidas del mundo.
Sevilha, sem anno, 4.º; edição differente das indicadas por Barbosa, e talvez mais antiga que ellas. As edições que vi, e
comparei entre si, têem muitas variantes, e differem notavelmente em vocabulos e phrases, porque cada um dos editores foi
emendando a seu gosto, e accrescentando o que lhe pareceu, de modo que julgo se não acharão talvez duas inteiramente
conformes. A primeira alteração ou mudança que se nota, é no proprio titulo, que sendo em principio Auto (ou Livro?) do
Infante etc., que andou as quatro partidas do mundo, depois lhe puzeram septe partidas em vez das quatro, talvez para tornal-o
mais apparatoso e retumbante! Já o academico Soares da Silva, e com elle Barbosa, advertiram que as mesmas quatro partidas
não deviam entender-se das quatro partes, em que o mundo se dividia, pois que ao tempo a que o livro se presume composto
não era ainda descoberta a America. Talvez terei de tocar novamente estas especies no artigo D. Pedro, infante de Portugal.
Entretanto remetto os leitores para o que a respeito da obra, e do seu titulo diz Manuel de Faria e Sousa nos Commentarios aos
Lusiadas, canto VIII, est. 37.ª.”
€1.500
686. SANTOS SIMÕES. (J. M. dos) AZULEJARIA EM PORTUGAL NO SÉCULO XVIII. Edição revista e actualizada.
[In] CORPUS DA AZULEJARIA PORTUGUESA. Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa. 2010. De 30x25 cm. Com 728
pags. Encadernação editorial em tela com sobrecapa de protecção. Ilustrado com catálogos de padrões e anexos com estampas,
contendo fotogravuras p/b e a cores. Último volume (da obra de referência da azulejaria portuguesa em 6 volumes) reeditado,
revisto e actualizado.
€120
687. SANTOS SIMÕES. (J. M.) AZULEJARIA PORTUGUESA NO BRASIL (1500-1822). Corpus de Azulejaria Portuguesa.
Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa. 1965. De 30x25 cm. Com 459 pags. Encadernação editorial em tela com sobrecapa de
protecção plastificada. Ilustrado com Catálogo de Padrões e um anexo com 67 estampas com fotogravuras p/b e a cores. Obra
de referência da azulejaria portuguesa.
€150
688. SANTOS. (Henrique Matheus) MONOGRAPHIA HISTORICA DE CERNACHE E APONTAMENTOS
BIOGRAPHICOS. Lendas – Annexos. Por… Estamparia do Banco de Portugal. Lisboa. 1921. De 28x21 cm. Com 125-(iii)
pags. Encadernação (meia-amador) com lombada e cantos em pele. Ilustrado com retrato do autor em anterrosto e gravuras
intercaladas em extra-texto. Exemplar de uma tiragem de 200/77 ex. numerados e com ex-libris armoriado de A. Ramel. Obra
impressa sobre papel couché; finamente apresentada no seu arranjo gráfico com esquadrias e quadrilongos decorativos a duas
cores.
€300
689. SANTOS. (Reinaldo dos) A ESCULTURA EM PORTUGAL. Séculos XII a XV. Séculos XVI a XVIII. Impresso nas
oficinas gráficas de Bertrand (Irmãos), Lda. Academia Nacional de Belas Artes. Lisboa. 1948 e 1950. Obra em 2 volumes. De
37x29 cm. Com 66-CLXVI e 74-CLXXIX páginas e estampas. Encadernações da época com lombadas e cantos em pele. Obra
de grande aparato, qualidade gráfica e excelente fotocomposição. Exemplar com extensa dedicatória do autor na página de
anterrosto.
€500
690. SANTOS. (Reinaldo dos) O ESTILO MANUELINO. Por… Impresso na Oficinas Gráficas Bertrand, Lda. Academia
Nacional de Belas Artes. Lisboa. 1952. De 35x25 cm. Com 67 pags. Encadernação da época com finos ferros a ouro sobre
lombada e cantos em pele. Ilustrado com 119 estampas em extra-texto.
€200
691. SANTOS. (Reinaldo dos) OS PRIMITIVOS PORTUGUESES. (1450-1550). 3.ª Edição, corrigida e aumentada. Lisboa.
1958. De 32X25 cm. Com 68-190 pags. Encadernação do editor inteira de pele com ferros a ouro na lombada e em super libris.
Profusamente ilustrado com 142 estampas (p/b e cromogravuras) com reproduções da pintura primitiva portuguesa da Idade
Média e da Renascença, entre as quais os painéis de São Vicente de Fora. Exemplar com extensa dedicatória do autor sobre a
folha de anterrosto.
€300
692. SANTOS. (Reynaldo dos) e Irene Quilhó. OURIVESARIA PORTUGUESA NAS COLECÇÕES PARTICULARES.
Por… e… Edição dos Autores. Lisboa. 1959. 2 volumes. De 32x23 cm. Com 112 e 130 pags. Encadernações editoriais.
Profusamente ilustrados. Contém o resumo de cada uma das principais obras das colecções particulares e o contexto decorativo
dos interiores das residências históricas.
€200
693. SANTOS. (Reynaldo dos) O AZULEJO EM PORTUGAL. Fotografia de Mário Novais. Editorial Sul Limitada. Lisboa.
1957. De 33x24 cm. Com 170 pags. Encadernação meia-amadora (lombada larga e cantos em pele) com finos ferros a ouro em
casas fechadas na lombada. Profusamente ilustrado. Exemplar apenas aparado à cabeça. Obra com o estudo da azulejaria
portuguesa e a comparação das peças com outras existentes no estrangeiro - nomeadamente em Espanha e Itália - contendo
elaborados índices: cronológio das peças datáveis; onomástico; toponímico; índice dos desenhos; índice das fotogravuras e
índice dos extra-textos a cores.
€400
694. SANTOS. (Reynaldo dos) OITO SÉCULOS DE ARTE PORTUGUESA. História e espírito. [Por]… Presidente da
Academia Nacional de Belas-Artes. Empresa Nacional de Publicidade. Lisboa. S/ d. (196?). Obra em 3 volumes. De 30x24 cm.
Com 381, 310 e 480 pags. Encadernações editoriais inteiras de pele; excelente exemplar. Profusamente ilustrado com
fotogravuras p/b e a cores, na sua maioria de uma recolha fotográfica de Mário Novais, começada nos anos de 1950, em
conjunto com o autor. Obra impressa sobre papel couché com excelente acabamento gráfico.
€500
695. SÃO JOÃO DE DEUS. Homenagem de Portugal ao seu glorioso filho. 1550-1950. Bertrand, Irmãos, Lda. Lisboa. 1950. In
fólio (de 41x30 cm). Com 308-i pags. Encadernação com lombadas e cantos em pele. Profusamente ilustrado com
fotogravuras, mapas e reproduções de gravuras e documentos da época.
€120
696. SÃO JOSÉ. (Frei António de) VIDA DA SERAPHICA MADRE SANTA TERESA DE JESUS, DOUTORA MYSTICA,
E Fundadora dos Carmelitas Descalços, ESCRITA PELA MESMA SANTA, Agora traduzida de lingua Castelhana em nossa
Portugueza: E DILUCIDAÇOENS, Para melhor intelligencia de quem ler: Escritas pelo menor de seus Filhos O PADRE Fr.
ANTONIO DE S. JOZÉ, Prior do Santo Deserto do Busaco. Offerecida A’ SOBERANA IMMACULADA IMPERATRIZ do
Ceo, e Terra MARIA SANTISSIMA MAY DE DEOS, E SENHORA NOSSA DA VISITAÇAÕ, QUE SE VENERA EM
HUMA IGREJA EXTRA-MURAS da Villa de Monte mor o novo Pelo seu mais indigno escravo LUIZ ANTONIO
ALFEIRAÕ. LISBOA: Na Officina de ANTONIO VICENTE DA SILVA. Anno de MDCCLXI. [1761]. In 4º (de 21x15 cm)
com [viii]-499 pags. Encadernação da época inteira de pele com lombada restaurada. Inocêncio não refere.
€150
697. SÃO JOSÉ. (Frei João de) CEREMONIAL MODERNO DA PROVINCIA DA ARRABIDA, SEGUNDO O RITO
ROMANO, e Serafico : distribuído em nove Tratados do Coro, e Altar; e de algumas acções particulares dirigidas á Refórma
da mesma Provincia. OFFERECIDO A’ MAGESTADE FIDELISSIMA DE ELREY D. JOZE’ I. NOSSO SENHOR.
COMPOSTO PELO PADRE Fr. JOAÕ DE S. JOZE’ DO PRADO, Primeiro Mestre de Cerimonias da Real Basilica de Mafra.
LISBOA: NA OFFICINA DE FRANCISCO DA SILVA. Anno de MDCCLII. [1752]. In fólio de 31x21 cm. Com [xxviii]-440
pags. Encadernação da época inteira de pele cansada nas coifas da lombada. Exemplar com leves manchas de humidade.
Ilustrado com vinhetas e letras capitais decorativas com motivos florais. Obra do mesmo autor do livro “Monumento Sacro…
junto à Villa de Mafra”. Encontra-se dividida em 9 tratados, a saber: do modo de assistir aos oficios divinos; dos oficios em
particular; dos oficios divinos quanto ao coro; da celebração da Missa; dos oficios do coro e do Altar no tempo do Advento, da
Quaresma e outras solenidades; das procissões e preces; do modo de receber as pessoas insignes nos Conventos; do modo de
administrar os Sacramentos e as Exéquias; e um tratado final com várias temas (miscelânea) tais como o do Oficio do
Relojoeiro. Contém um índice final remissivo com os assuntos e os temas mais importantes do cerimonial franciscano da
Arrábida, entre os quais: absolvições; comemorações, comunhões, disciplina e penitência, hebdomadário e calendários, a
Missa e os seus ritos comparados com outros cerimoniais como p. ex. o de Xabregas; modo de professar os noviços desta
ordem, etc. Inocêncio III, 391 “Fr. João de S. Joseph do Prado, Franciscano da provincia da Arrabida, cujo instituto professou
no convento de Alferrara a 19 de Março de 1706. Foi Mestre de Ceremonias no real convento de Sancto Antonio de Mafra.
Sabe-se que nascêra em Lisboa, porém ignoro ainda as datas do seu nascimento e morte”.
€500
698. SÃO MAMEDE. (2º Conde de) DON SÉBASTIEN ET PHILIPPE II. Exposé des négociations entamées en vue du
marriage du roi de Portugal avec Marguerite de Valois. Par Le comte de São Mamede, Docteur ès lettres, Attaché à la Légation
de Portugal en Allemagne. A. Durand & Pedone-Lauriel, Éditeurs. Paris. 1884. De 24x16 cm. Com 129 pags. Encadernação
com lombada e cantos em pele. Exemplar com dedicatória do autor e cartão de visita do mesmo, apenso na folha de guarda da
encadernação.
€150
699. SAXONIA, Ludolphus de. Vita Jesu christi domini ac salvatoris nostri ex evangelio & approbatis ab ecclesia catholica
doctoribus sedule collecta per Ludolphum de Saxonia candidissimi chartusianorum ordinis servantissimum: et accurate per
Jodocum badium ascensium annotata: atque alphabetico indicio ac vita sancte Anne: atque laudibus divi Joachim aucta :
diligenterque rursus Lugdunum impressa 1510. Claude Davost (para) Stephanus Gueynard (Etienne Gueynard, dit Pinet) In
fólio de 25x18 cm. Com 428 fólios sem numeração. Encadernação da época em pergaminho flexível com o título caligráfico na
lombada. Bela impressão pós incunabular em caracteres góticos, frontispício gravado com cenas bíblicas, o titulo a duas cores.
Texto impresso a duas colunas com belas capitulares. Ilustrado com uma gravura xilográfica inicio do texto representado o
presépio. Importante obra sobre a vida de Cristo, comentário devocional aos evangelhos com citações da literatura patrística e
medieval. Principal texto do autor, monge cartuxo natural de Estrasburgo (1295-1378), impresso pela primeira vez em 1474, na
cidade natal do autor. Esta foi a primeira obra ilustrada impressa em Portugal (1495) e a terceira impressa em língua
portuguesa, tendo considerada a primeira até cerca de 1965.
Binding: in a contemporary flexible vellum with calligraphic
title on the spine. Calf ties remains. Very fine post incunabular print in Gothic characters, frontispiece engraved with biblical
scenes, and title page printed in two colors. Text printed in two columns with beautiful capital letters containing biblical
scenes. Title page with an engraved woodcuts (beginning of the text) representing the Nativity. Very important devotional
book - devotional commentary to the Gospels with citations from literature patristic and medieval - printed in Lyon in 1510
from the Carthusian monastery Marienburg, near Duelmen, for Stephanus Gueynard (Etienne Gueynard, dit Pinet), 29 July
1510. (Main text of the author, a native of Strasbourg Carthusian monk (1295-1378), first printed in 1474, in the hometown of
the author). In 4to. Title (printed in red and black) beginning with a woodcut initial (V), underneath a woodcut of 122x
124mm. with Maria and the infant Christ sitting on a pillow and holding a large cross at the right probably the publisher is
praying framed by woodcut borders of portraits of saints at the left, of five angels and saints, below and six separate woodcuts
of ca. 32x20mm of angels and saints at the right together in a second border of floral and decorative woodblocks. An
interesting and beautiful woodcut of the birth of Christ in a fantasized architectural setting (98x75mm), flanked by three
woodcuts of angels and saints (ca.32x20mm) at either side, in a border of floral woodcut blocks at the beginning of the text.
Headline and beginning of the text printed in red. Many small woodcuts (ca.32x20mm) with biblical scenes and saints at the
beginning of each chapter (some are bigger) and many woodcut initials. The artist who made these cuts is the famous Lyonese
woodcutter G. Leroy II (Baudrier, IX, p. 172). The book is rubricated throughout. (12), (416) leaves. Very rare lavishl y
illustrated re-edition of the Lyonese edition printed by Etienne Gueynard and Martin Bouillon in 1507. This time the book was
printed, as stated in the colophon on f. 2E7v by Claude Davost for Gueynard. The edition is sometimes dated '1514' in the
bibliographies as the date in the colophon reads: 'M. quingentesimodecimo: quarto Kal. Aug.' Etienne Gueynard (1460-1525)
was active as a printer in Lyon from 1485 onwards. This famous devotional work mostly referred to as the Vita Christi, is the
main work of the Carthusian monk Ludolphus de Saxonia (ca.1295-Stassburg 1378). In fact it is a commentary on the four
Gospels interspersed with citations from patristic and medieval literature. The result is a continuing story of the life of Jesus
that has been very influential for, among others, Ignatius of Loyola (see: H. Böhmer, Loyola und die deutsche Mystik (1921)).
The editio princeps of the Vita was published in Strassbourg in 1474, with another edition in the same year in Schletstadt. The
standard modern edition is by L.M. Rigollot (1878). On the verso of the title page is the dedicatory letter of Josse Badius
Ascensius to Petrus Rostanus, dated 27.11.1507 (the date of the first Gueynard edition), followed by a poem 'ad studiosos
lectores'. The 'Tabula' is on the next 11 leaves. The 'Prologus'of Ludolphus' Vita Christi is on f. 1-4r the first part on f. 4r-217r
and the second part on f. 217r-412r.f. 412v-413v: Petrus Dorlandus, Vita gloriosissime matris Anne.f. 414r : Jodocus
Bessellius, Rosarium de Sancta Anna.f. 414v-415r: Laudes et hymni (a.o. a hymn by Jacobus Keimolanus). f. 415r-v:
Guillermus Bibaucius, Octo epigrammata. f. 415v: two poems by Robertus Baguinus the colophon and a 'Tetrasticon' to the
reader by Josse Badius Ascensius.f. 416r: the often lacking 'Registrum' (list of the quires verso: blank). Very good copy of this
important devotional work complete with the last leaf containing the list of quires ('Registrum') BM STC French, p. 292
Graesse IV, 291 Baudrier, XI, p. 172 and 223-4 BSB, 24, p.230 (this ed.?) Renouard, Josse Badius Asc., III, p.33-4 I. Schunke,
Die Schwenke Sammlung, II, p.276 M.I. Bodenstedt, The Vita Christi of Ludolphus the Carthusian (1944) not in the BN, Paris.
[This file was extracted mostly from Antiquariatt FORUM / Esta ficha foi extraída em grande parte de Antiquariatt FORUM].
€4.000
700. SCEVOLE, Lovis DE SAINCTE-MARTHE. A Genealogical History of the KINGS OF PORTUGAL. And of all those
Illustrious Houses that in Masculine Line are branched from that Royal Family. Containing A DISCOURSE Of their
several Lives, Marriages, and Issues, Times of Birth, Death, and Places of Burial. With their Armes and Emblazons according
to their several alterations, as also their Symboles and Mottoe. All Engraven in Copper-Plates. Written in French by Scevole
and Lovis De Saincte-Marthe, Brethren, and Advocates in the Court of Parliament of Paris, Unto the Year, M. DC. LXII. By
Francis Sandford, Rouge-Dragon, Pursuiuant of Arms. LONDON, Printed by E. M. for the Author, Anno, 1662. In fólio de
32,5x21,5 cm. com [xii], 141,[iii], [ii], 53 pags. Encadernação recente inteira de marroquim verde com super-libris a ouro de
José Pinto Leite 2.º conde de Olivais e Penha Longa em ambas as pastas. Cortes dourados por folhas. Ilustrado com duas
gravuras em separado (anterrosto alegórico gravado e gravura com emblemas e motos), no texto brasões.
In folio. Binding:
later 19th/20th Century full calf (dark green morocco) gilt tooled in both folders with armorial super-libris of José Pinto Leite
2º Count of Penha Longa. Paper cuts gilt at edges. Illustrated with two hors-text engravings (allegorical frontispiece with
Portugal's coat-of-arms; and a panoplia with 10 emblems and mottoes of the most important kings of Portugal) and heraldry
concerning each royal ruler.
€6.000
701. SCHAEFER. (Henrique) HISTORIA DE PORTUGAL. Desde a Fundação da Monarquia até à Revolução de 1820 vertida
fiel, integral e directamente por F. de Assis Lopes continuada, sob o mesmo plano, até aos nossos dias por J. Pereira de
Sampaio (Bruno). Escritorio da Empreza Editora. Porto. 1893, 1893, 1895, 1898, 1899. 5 (de 7) volumes. De 23x16 cm. Com
[xiii]-527, 472, 518, 740, 891 pags. Encadernações da época com lombadas em pele. Exemplar de trabalho com vestígios de
manuseamento, sublinhados e notas marginais a tinta. Obra foi impressa na Livraria Civilização e na Typographia da Empreza
Litteraria e Typographica, no Porto. Monumental tradução portuguesa da obra do historiador alemão Heinrich Schäfer,
Geschichte von Portugal von der Entstehung des Staates bis zum… Hamburg, 1836, considerada por Brito Aranha como uma
das fontes históricas de Alexandre Herculano (Inocêncio XXI, 112 e 113) : 'Muito se tem discreteado a fim de estabelecer os
guias, que Alexandre Herculano poderia haver escolhido para as suas composições historicas. Parece ate que por parte de
certos esmerilhadores emeritos ha um malicioso prazer em descobrir os escritores, que acaso serviram de norma ao nosso
historiador, julgando assim os que sentem tão mesquinina satisfação apoucar-lhe a personalidade literaria com o mal
intencionado proposito de reconstituir a genealogia da sua obra. Por isso é farta a lista dos nomes que aparecem indicados á
guisa de paraninfos da Historia de Portugal. Nomeia um Guizot; apresenta outro Thierry; outro ainda lembra-se de Savigny ou
de Rancke. Apontam-se Schaefer, Rosseeuw Saint-Hilaire e Macaulay, como fontes proximas onde ele foi com abundancia
beber. […] Assim vê-se que conhecia: Rancke o historiador do papado; Wilken, o historiador das cruzadas; Raumer, o
historiador das Hohenstauffen, Eichhorn, o historiador do direito alemão; Pfister, o historiador dos teutões; Lapenberg, o
historiador da Inglaterra, Schaefer, o historiador de Portugal; Lembke. o historiador da Hespanha; Niebuhr, o historiador de
Roma, Savigny, o historiador do direito romano na idade media; e ainda outros que sou forçado a calar, por não querer demais
alongár-me'. Exemplar não contém os dois últimos volumes, da autoria de José Agostinho, com continuação no período de
1820 até 1910.
€150
702. SCHLEGEL. (H.) e A. H. Verster de Wulverhorst. TRAITÉ DE FAUCONNERIE. [Fac-simile]. [Par]… et… publié à
Leyde et Düsseldorf em 1844-1853. Nouvelle édition integrale. Hermann Éditeur des Sciences et des Arts. Paris. 1980. De
43x30 cm. Com 90-viii pags. Encadernação do editor, um pouco manchada de humidade. Ilustrado com 1 frontispício e 12
estampas coloridas, representando as várias espécies de aves utilizadas; cenas de montarias; e utensilagem da falcoaria.
Exemplar de uma tiragem de 500 exemplares sobre papel Euri mate fabricado por Dujardin.
€150
703. SEANCE DE LA COUR DES MONNOIES DE LYON. Du Mercredi deuxiéme May 1764. Et PROCEZ-VERBAL de ce
qui s’est passé le meme jour, au sujet de la retraite de Monsieur le Premier President en la Cour des Monnoies, Sénechaussée
& Siege Présideal de Lyon: Avec les Discours prononcés à cette occasion. Le tout imprimé par les soins de Mes. Henry
Nompere & Philibert-Auguste Delarue, Procureurs aux Cours de Lyon, & Sindics de la Communauté des Procureurs de la
même Ville. A LYON, De l’Imprimerie de J. J. BARBIER, sur le Quai des Célestins. M. DCC. LXIV. (1764). In 4.º ee 27x21
cm. Com 48 páginas. Encadernação da época inteira de pele cansada. Ilustrado com magnifico retrato gravado a buril na
página de anterrosto. A obra transcreve os discursos pronunciados na audiência da Comissão de Moeda e Valores da cidade de
Lyon em homenagem ao seu Primeiro Presidente o Senhor Barthelemy Jean Claude Pupil e documenta como, ao longo de mais
de cem anos, duas famílias aliadas, os Sêve e os Pupil controlaram a bolsa de valores Franco-Lionesa. A bolsa de valores de
Paris tinha sido amputada pela criação da bolsa de Lyon em 1704 a qual controlava o Definado, a Provença, o Auvergne, o
Languedoc e Bayonna até à região de Gex. Esta bolsa Lionesa foi suprimida em 1771 e os seus arquivos trazidos para Paris,
onde ainda hoje se encontram. O retrato de Barthelemy Jean Claude Pupil gravado por Tardieu é idêntico ao quadro de Nicolas
de Largillierre (1656-1746) pintado a óleo sobre tela, em 1729, onde o retratado tem o vestuário e a cabeleira de juiz. Este
quadro encontra-se na The Putnam Foundation, no Timken Museum of Art, em San Diego, USA.
Contemporary full calf
binding worn at spine and edges. Report of Lyon Stock Exchange commemorating the retirement of its president Barthelemy
Jean Claude Pupil and containing his engraved portrait copied from an existing painting oil in canvas dated from 1729.
€300
704. SECO FERREIRA (Luís) OPUSCULO THEOLOGICO DAS CONSTITUIÇÕES, OU Bullas, Cartas circulares, e
Decretos Apostólicos DO SANTISSIMO PADRE BENEDICTO PAPA XIV. Elucidadas com várias Resoluções Moraes, e
Juristas, utilissimas aos Parochos, Confessores, Religiosos, e Ministros, COMPOSTO PELO LICENCIADO ANTONIO
FERREIRA, Comissario do Santo Officio, Conego Magistral na Cathedral do Bispado de Lamego, e Examinador Synodal,
OFFERECIDO A’ GLORIOSISSIMA V. MARIA Mãy do Eterno Verbo, Emperatriz dos Ceos, Rainha dos Anjos, e Senhora
do Universo. COIMBRA: Na Officina de LUIS SECCO FERREIRA, Anno M.DCC.LIX. [1759]. In 4º (De 20x15 cm) com
xxviii-543 pags. Encadernação da época inteira de pele. Lombada com ferros a ouro por nervos e casas fechadas. Inocêncio
VIII, 146 “ANTONIO FERREIRA (4.º) Nada mais consta de suas circumstancias pessoaes. [2464] Opusculo theologico das
constituições, bullas, cartas circulares, e decretos apostolicos do SS. P. Benedicto XIV, elucidado com varias resoluções
moraes etc. Coimbra, na Offic. de Luis Secco Ferreira 1759. 4.º - Menciono este livro, por não acha-lo descripto na Bibl. Lus.,
onde, segundo a data, devera ter entrado”.
€300
705. SEGURADO. (Jorge) LISBOA NO PASSADO E NO PRESENTE. Direcção de... Prefácio do General França Borges.
Edições Excelsior. [Composto e impresso na Gráfica Brás Monteiro]. Lisboa. 1971. De 32x23 cm. com 368 pags.
Encadernação do editor inteira de pele com ferros a seco e a ouro nas pastas, preservando sobrecapa de protecção. Ilustrado
com reprodução de gravuras e quadros intercalados em extra-texto. Obra de grande aparato gráfico com mais de 150 trabalhos
fotográficos dos principais fotografos lisboetas, entre os quais: Horácio Novais, Reis Balsinha, Almeida Junior e outros. €150
706. SEGURADO. (Jorge) LISBOA NO PASSADO E NO PRESENTE. Direcção de… Prefácio do General França Borges.
Edições Excelsior. Lisboa. 1971. De 35x25 cm. Com 368-xxii. Encadernação com lombada e cantos em pele. Profusamente
ilustrado com fotogravuras e similigravuras de quadros de fotógrafos e artistas plásticos que retrataram Lisboa.
€150
707. SEMEDO, Alvaro. IMPERIO DE LA CHINA Y CULTURA EVANGELICA EN EL, Por los Religiosos de la Compañia
de JESUS, Sacado de las noticias del Padre Alvaro Semmedo de la propria Compañia. POR MANUEL DE FARIA Y SOUSA,
Cavallero de la Orden de Christo, y de la Casa Real. LISBOA OCCIDENTAL, EN LA OFFICINA HERRERIANA. M.
DCC.XXXI. [1731] In fólio menor de 29x20 cm. Com [xviii], 252 pags. Encadernação da época inteira de pele com rótulo
vermelho, nervos e ferros a ouro na lombada. Folha de rosto impressa a duas cores adornada com o escudo real de D. João V, a
quem é dedicada a obra. Exemplar com assinatura de posse do bibliógrafo Pinto de Matos no verso da folha de rosto; e ex-
libris do Dr. José Bayolo Pacheco de Amorim. Segunda edição em castelhano, a primeira publicou-se em Madrid no ano de
1642. Inocêncio I, 50. “Imperio de la China y cultura evangelica en el, por los religiosos de la Compañia de Jesus. Sacado de
las noticias del P. Alvaro Semmedo de la propria Compañia. Madrid, por Juan Sanchez 1642. 4.º - É dividida em tres partes,
das quaes a. I tracta geralmente da descripção do paiz, e de suas provincias, sitio, e qualidades: a II do seu governo, e do
tocante ás pessoas e costumes de seus habitadores: a III emfim do que diz respeito á cultura evangelica, e introducção do
christianismo no imperio. Foi tão bem aceita esta relação, que todas as nações da Europa se apressaram a transportal a para os
seus idiomas, o que se prova pelas traducções que d’ella se fizeram, a saber: Em italiano com o titulo: Relazione della grande
monarchia della Cina, Roma 1643. 4.º, adornada com o retrato do auctor, e reimpressa ibi, 1653. 4.º - Em francez, com o titulo
Histoire universelle du grand royaume de la Chine composée en italien par le P. Alvares de Semmedo, et traduite en notre
langue par L. Coulon. Paris 1645. 4.° Reimpressa em Lyon 1667. 4.°, da qual tinha um exemplar o cav. Francisco José Maria
de Brito. - Em inglez: History of the grande and renowed monarchy of China. London 1665 fol. illustrada com mappas, e
retrato do auctor, da qual Barbosa declara ter tido um exemplar. Reimpressa ibi, 1665 fol., se é exacto o que diz Mr. Ternaux
Compans na sua Bibliotheque Asiatique et Africaine n.º 2001.[O] original manuscripto, tal como o escrevera o P. Semmedo, e
que parece ter estado em poder de Manuel de Faria, que por elle fez a sua versão, esse original é mais que raro, e mesmo se
ignora, creio, o destino que levou: A traducção de Faria (n.º 265) sahiu novamente com o mesmo titulo, Lisboa Occidental, na
Off. Herreriana 1731. fol. de XVII 252 pag., por diligencia de Miguel Lopes Ferreira, a quem muito se deve pelo serviço
prestado ás lettras nas varias publicações que fez de alguns ineditos, e nas reimpressões de livros antigos e estimaveis que se
iam tornando raros.
SEMEDO, Alvaro. (1586-1658) [Empire of China and the Christian culture of the Society of Jesus,
taken from the accounts of P. Alvaro Semmedo]. Second Edition in Spanish. Small Folio. Conteporary Period gilt tooled full
calf with a red gilt morocco label. A very good copy. Rare work. Semedo was the Portuguese Jesuit “Procurador General” for
China. This is a general description of Chinese society which describes the foreign missions and the Manchu campaigns. The
manuscript was written by Semedo in Goa in 1638 and contains the first description of tea in a European work on China.
'Semedo first arrived in China in 1613, and worked there for the next twenty-four years. During this time he was associated
with Johann Adam Schall von Bell, whom he joined at Xian in 1628, and was responsible for the first European translation of
the engraved pillar commemorating the arrival of the Nestorian Alopen. Sent back to Europe as procurator in Rome for the
China mission, he called at Goa, where in 1638 he completed his Relacao da propagacao de fe no regno da China e outras
adjacentes, a valuable account of the conditions in China at the end of the Ming dynasty. The Portuguese original of the work
eventually reached the hands of the Portuguese historian, Manuel Faria y Sousa, who edited it into an historical form and had it
translated into Spanish' (Howgego S81). 'This work gives a long account of China, its various provinces, inhabitants and their
manners and customs, Government and Military Art, propagation of the Gospel, and more particularly an account of the
labours of the Jesuits there' (Cox. I, p. 323); Cordier Sinica 23-24; 'On 29 March 1608, [Semedo] left for Goa and the Far East
aboard Na. Sra. Do Vencimento. He arrived to Macau in 1610, and to Nanjing in 1613. Along with another Jesuit, Alfonso
Vagnoni, he was imprisoned during an anti-Christian campaign in Nanjing in 1616, and then sent back to Macau, where he
stayed till 1621. As the persecution campaign in the mainland China abated, Fr. Semedo changed his Chinese name from Xie
Wulu to Zeng Dezhao and re-entered China, now working in Jiangsu and Jiangnan provinces. He spent most of his term in
China in the central and southern provinces; perhaps his only trip north was the one he made to Xi'an in 1625, during which he
was the first European to see the recently unearthed Nestorian Stele'. Work divided into three parts, of which the 1st is the
description of China and its provinces: the 2nd of his government, the people, and customs: the 3rd concerns the evangelical
culture, and introduction of Christianity in the Chinese Empire. It was so well accepted that all the nations of Europe translated
it into their languages, namely, in Italian under the title: Relazione della grande monarchia della Cina, Roma 1643, reprinted in
1653. – In French Histoire Universelle du grand royaume de la Chine composée en italien par le P. Alvares de Semmedo, et
traduite en notre langue par L. Coulon. Paris 1645. Reprinted in Lyon 1667; and in English: History of the grande and renowed
monarchy of China. London 1665
€3.000
708. SEMEDO, Álvaro. RELATIONE DELLA GRANDE MONARCHIA DELLA CINA DEL P. ALVARO SEMEDO
PORTVGHESE DELLA COMPAGNIA DI GIESV. In Roma, et In Bologna 1678. Per Gio. Recaldini. In 12.º de 14x7 cm.
com [xii], 506, 160 pags. Encadernação da época em pergaminho flexível. Inocêncio I, 49. “P. ALVARO SEMMEDO, Jesuita,
cujo instituto professou a 30 de Abril de 1602, quando contava 17 annos de edade. Partindo pouco depois para o Oriente, e
tendo estado alguns annos em Goa, conseguiu penetrar no imperio da China, onde missionou por largos annos com muito
fructo, soffrendo porém grandes trabalhos e perseguições, como contam os seus biographos. Tendo vindo á Europa na
qualidade de Procurador das Missões, voltou concluidos os seus negocios para a China, e ahi faleceu no exercicio dos cargos
de Provincial e Visitador. - Foi natural da villa de Niza, no Alemtejo, e m. na cidade de Cantão a 6 de Maio de 1658, com 73
annos de edade. - Das noticias adquiridas e observações feitas pessoalmente em vinte e dous annos de assistencia continuada
na China, formou este padre e concluiu no de 1637 a sua Relação, que Manuel de Faria e Sousa verteu em castelhano, e
publicou com o titulo seguinte: 265) Imperio de la China y cultura evangelica en el, por los religiosos de la Compañia de Jesus.
Sacado de las noticias del P. Alvaro Semmedo de la propria Compañia. Madrid, por Juan Sanchez 1642. 4.º - É dividida em
tres partes, das quaes a. I tracta geralmente da descripção do paiz, e de suas provincias, sitio, e qualidades: a II do seu governo,
e do tocante ás pessoas e costumes de seus habitadores: a III em fim do que diz respeito á cultura evangelica, e introducção do
christianismo no imperio. Foi tão bem aceita esta relação, que todas as nações da Europa se apressaram a transportal a para os
seus idiomas, o que se prova pelas traducções que d’ella se fizeram, a saber: Em italiano com o titulo: Relazione della grande
monarchia della Cina, Roma 1643. 4.º, adornada com o retrato do auctor, e reimpressa ibi, 1653. 4.º - Em francez, com o titulo
Histoire universelle du grand royaume de la Chine composée en italien par le P. Alvares de Semmedo, et traduite en notre
langue par L. Coulon. Paris 1645. 4.° Reimpressa em Lyon 1667. 4.°, da qual tinha um exemplar o cav. Francisco José Maria
de Brito. - Em inglez: History of the grande and renowed monarchy of China. London 1665 fol. illustrada com mappas, e
retrato do auctor, da qual Barbosa declara ter tido um exemplar. Reimpressa ibi, 1665 fo.l A traducção de Faria (n.º 265) sahiu
novamente com o mesmo titulo, Lisboa Occidental, na Off. Herreriana 1731. fol. de XVII 252 pag., por diligencia de Miguel
Lopes Ferreira, a quem muito se deve pelo serviço prestado ás lettras nas varias publicações que fez de alguns ineditos, e nas
reimpressões de livros antigos e estimaveis que se iam tornando raros.“
Álvaro Semedo (1586-1658), Portuguese Jesuit
Missionary, lived and worked in China for over 20 years (1617-37). This account deals with the provinces, inhabitants,
manners and customs, language, government, military art, etc. Work divided into three parts, of which the 1st is the description
of China and its provinces: the 2nd of his government, the people, and customs: the 3rd concerns the evangelical culture, and
introduction of Christianity in the Chinese Empire. It was so well accepted that all the nations of Europe translated it into their
languages, namely, in Italian under the title: Relazione della grande monarchia della Cina, Roma 1643, reprinted in 1653. – In
French Histoire Universelle du grand royaume de la Chine composée en italien par le P. Alvares de Semmedo, et traduite en
notre langue par L. Coulon. Paris 1645. Reprinted in Lyon 1667; and in English: History of the grande and renowed monarchy
of China. London 1665 Palau 307309. NUC NS 409902.
€2.000
709. SENNA FREITAS. (Bernardino José de) MEMORIAS DE BRAGA. Contendo muitos e interessantes escriptos extrahidos
e recopilados de differentes archivos, assim de obras raras, como de manuscriptos ainda ineditos e descripção de pedras
inscripcionais. Obra posthuma do Commendador Bernardino José de Senna Freitas. Imprensa Catgholica. Braga. 1890. 5
volumes. De 21x15 cm. Com 429-[xiv], 463-[vii], 465-[vi], 465-[v] e 465-[v] pags. Encadernações da época inteiras de pele.
Inocêncio I, 365 e VIII, 385: 'Bernardino José de Sena Freitas, Oficial da Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e
Ultramar, Associado provincial da Academia Real das Ciências de Lisboa, e Membro de outras Corporações científicas e
literárias. Nasceu no Rio de Janeiro em 1812. Viveu alguns nas ilhas dos Açores. Escreveu «Uma Viagem ao valle das Furnas,
na ilha de S. Miguel em Junho de 1840», obra foi impressa com esmero”. Relativamente às «Memorias de Braga», tanto
Inocêncio como a GEPB (Vol. 28, pag. 259) são omissos. Obra não republicada em Portugal.
€300
710. SENTENÇA PROFERIDA A FAVOR DE JOAÕ INFANTE DE LACERDA, CORONEL DO REGIMENTO DE
MILICIAS DA VILLA D’ALCACER, PELO CONSELHO DE GUERRA, A QUE SE PROCEDEO EM JANEIRO DE 1810.
De 29x21 cm. Com 24 pags. Encadernação recente em percalina vermelha com título em super-libris. Exemplar com ex-libris
de Sttau Monteiro. Inocêncio XIX, 202: 'Sentença crime de absolvição proferida em conselho de guerra a 18 de janeiro de
1810, a favor de João Infante de Lacerda, coronel de milicias de Alcacer do Sal, accusado de abusos de auctoridade, e outros
crimes civis e militares'.
€150
711. SERPA PINTO. (Alexandre Alberto) COMO EU ATRAVESSEI ÀFRICA do Atlantico ao mar indico, viagem de
Benguela á contra-costa. A-travès regiões desconhecidas; determinações geográphicas e estudos ethnographicos. Por… Dois
volumes. Contendo 16 mappas e facsimiles e 133 gravuras feitas dos desenhos do autor. [Volume Primeiro. Primeira Parte – A
Carabina d’El-Rei. Volume segundo. Segunda Parte – A Familia Coillard]. Londres; Sampson Low, Marston, Searle, e
Rivington, Editores, Feet Street. Londres. 1881. Obra em 2 volumes. De 23x15 cm. Com xxiv-336 e vi-340 pags.
Encadernações do editor com belas decorações. Profusamente ilustrado e com mapa (de 70x100 cm) desdobrável, colocado em
estojo apropriado dentro da guarda posterior do primeiro volume. Mapa com o título “AFRICA TROPICAL E AUTRAL
MOSTRANDO A VIAGEM DE EXPLORAÇÃO DO MAJOR SERPA PINTO DE 1877 A 1879” na escala de 11 cm=250
milhas inglesas (sendo 1 milha inglesa=1609 metros), colorido com as poucas fronteiras coloniais portuguesas e inglesas da
época, apresenta o percurso do explorador delineado e a escala vertical do percurso com altitudes em metros, desde Benguela
na costa atlântica até Durban na costa índica. O mapa foi impresso na imprensa da mesma casa editora da obra e apresenta
rasgos nas dobras sem qualquer perda gráfica. Obra sobre a viagem que Serpa Pinto iniciou em 1877 com os oficiais da
marinha portuguesa Capelo e Ivens com o objectivo de reconhecer o interior do continente africano. Partiram de Benguela, na
Costa Atlântica e - enquanto Capelo e Ivens seguiram pelas regiões a norte - Serpa Pinto seguiu para sudoeste e atingiu,
atravessou o rio Cuando em 1878 e atingiu Barotze no Zambeze onde obteve ajuda do missionário François Coillard. Este
apoio (profusamente descrito e ilustrado na segunda parte da obra) permitiu-lhe chegar às cataratas Vitória e daí continuar para
sul onde chegou a Durban em 1879.
2 volumes. Editor’s bindings; together with map of Central Africa [70x100 cm].
Superb edition on the account of the journey of Major Serpa Pinto’s African exploration from coast to coast. In 1877 Serpa
Pinto together with the Portuguese naval captains Capelo and Ivens were sent to explore the southern African interior. They
left Benguela where they parted company. Soon after, Capello and Ivens turned northward, whilst Serpa Pinto continued
eastward. He crossed the Cuando river in 1878 and reached the Barotse on the Zambezi. There he received assistance from the
missionary François Coillard (2nd volume is dedicated and illustrated to the Coillard family) enabling him to continue his
journey along the Zambezi to the Victoria Falls. He then turned south and arrived at Durban in 1879.
€600
712. SEVERIM DE FARIA, Manuel DISCVRSOS VARIOS POLITICOS POR MANOEL SEVERIM DE FARIA Chantre &
Conego na Santa Sê de Euora. EM EVORA. Impressos por Manoel Carvalho. Impressor da Vniversidade. Anno 1624. De
19x13 cm. Com 185 fólios. Encadernação da época inteira de pele, com ferros a ouro na lombada. Rara impressão eborense,
adornada com o escudo gravado com as armas do autor e tarja tipográfica no rosto. Ilustrado com o magínifico primeiro retrato
impresso de Luís de Camões, assinado Aidus Sculp. Todos os fólios com cercadura xilográfica dupla. Primeira edição.
Exemplar com falta das 2 raríssimas gravuras com os retratos de João de Barros e Diogo do Couto, o que geralmente acontece
aos exemplares desta edição. O discurso primeiro trata do muito que importará para a conservação da Monarquia de Espanha,
assistir sua Magestade com sua Corte em Lisboa. Vida de João de Barros. Discurso II: Das partes que á de haver na linguagem
para ser perfeita, e como a Portuguesa as tem todas, e algumas com eminência de outras línguas. Vida de Luís de Camões.
Discurso com que condições seja louvável o exercício da caça. Vida de Diogo do Couto. Discurso quarto sobre a origem e
grande antiguidades das vestes que usa por hábito Eclesiástico o clero de Portugal. Inocêncio XVI, 106. “Escreveu Severim de
Faria grande numero de obras estimaveis em diversos generos, pela maior parte illustradoras da historia patria, cujos titulos
pódem ver-se extensamente na Bibl. Lus. As que ficaram manuscriptas passaram depois do seu falecimento, juntamente com a
sua copiosa e escolhida livraria, a enriquecer outra, ainda mais abundante e numerosa, qual era em Lisboa a do Conde do
Vimieiro, riquissimo thesouro litterario, que foi como tantos outros reduzido a cinzas pelo incendio subsequente ao terremoto
de 1755. - As que hoje se conservam, por terem gosado do beneficio da impressão, ainda em vida do auctor, são as
seguintes:1290) (C) Discursos varios politicos. Evora, por Manuel Carvalho 1624. 4.º de VI-185 folhas, numeradas por uma só
face. - Ahi se comprehendem tambem as vidas de Luis de Camões, João de Barros e Diogo do Couto acompanhadas as duas
primeiras de retratos, que serviram de typo ou modelo para os que posteriormente se gravaram, tanto do famoso poeta, como
do insigne historiador.” Azevedo e Samodães, 3167. “Na composição, embelezada de varias letras iniciais de desenho de
fantasia, cabeções e florões decorativos e vinhetas ornamentais (gravura em madeira), aplicaram-se caracteres redondos e
itálicos de vários corpos, sendo os de menor nas notas e citações marginais que acompanham o texto. Além do mencionado, o
volume tem tambem a ilustrá-lo os (3) retratos, colocados em frente das Vidas respectivas destes escritores. Os retratos são
gravados a buril em chapa de cobre, tendo os últimos as rubricas dos artistas que os executaram. Por o que fica transcrito se
avalia facilmente do muito merecimento do livro, realmente notável a muitos respeitos. O autor é considerado um dos nossos
bons clássicos seiscentistas. Edição primitiva, sem duvida a melhor e por isso a mais estimada. Os exemplares são actualmente
MUITO RAROS, mormente quando completos e perfeitos como está o nosso, que contem os tres mencionados retratos, o que
rarissimamente se vê, pois quasi sempre falta o de Diogo do Couto.”
€5.000
713. SEVERO, Sulpício. SULPICI SEVERI Presbyteri OPERA OMNIA. Editio Tercia. Autior et Emendatior Giorgio Hornio.
Amstelodami, Apud Elzeviros. Lugd[unum]. Bat[avorum]. Et Roterod[amu]. Apud Hackios. Aº. 1665. In 8.º de 19x12 cm.
Com [xxxii]-578-[xxx] pags. Encadernação recente ao gosto da época: inteira de pele com nervos, ferros a ouro na lombada, e
ferros rolados a ouro nas esquadrias das pastas. Corte das folhas carminado. Ilustrado com frontispício gravado. Exemplar com
título de posse da época manuscrito na folha de guarda 'de Jozé Caetano de Mesquita e Quadros, Professo na Ordem de Cristo,
Conego da Basilica de Sta. Maria.' Obra com comentário aos textos bíblicos, contém um quadro cronológico da história
universal e um índice final.
€300
714. SHAKSPEARE. (William) THE HANDY-VOLUME SHAKSPEARE. [] Bradbury, Evans and Co. London. 1868-1870.
Obras em 13 volumes. De 12x8 cm. Com 233, 275, 285, 306, 299, 327, 337, 372, 349, 351, 346, 356 e 355 pags.
Encadernações do editor inteiras de pele (marroquin verde) com ferros decorativos a seco nas pastas. Cortes dourados por
folhas. Conjunto das obras completas do autor em edição completa em 13 vols. impressos em formato de miniatura ou de
bolso, com um glosário no fim.
Complete works of Shakspeare in a miniature complet set of 13 volumes, including an
glossary at the end. Original green morroco calf; blind stamped at flexible covers. Paper cuts gilt.
€150
715. SILVA COUVREUR. (Guilherme António da) MANUAL DO VIAJANTE. Em que por jornadas que se conhecem não só
as distancias que ha de Lisboa para as principais terras do Reino; mas também as que se fazem de humas para outras
Provincias, especificando o numero de habitantes que contém os Povos por onde as estradas tocão, e bem assim os rios que lhe
ficão proximos. Por G. A. da S. C. Lisboa. Na Imprensa Nevesiana. 1845. De 16x11 cm. Com xxiv-236 pags. Encadernação da
época com lombada e pequenos cantos em pele. Inocêncio XI, 432 “é actualmente General de Brigada reformado, e secretario
da Eschola do Exercito. Além do n.º 195, attribue-se-lhe o seguinte, publicado com as iniciaes G. A. S. C.”
€100
716. SILVA FERRÃO. (Francisco António Fernandes da) REPERTORIO COMMENTADO SOBRE FORAES E
DOAÇÕES REGIAS. Por… Ministro e Secretário de Estado Honorario, Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça,
Membro Honorario do Tribunal do Thesouro Publico, etc. Lisboa. Na Imprensa Nacional. 1848. 2 volumes em 1. De 22x16
cm. Com lvi-216-327 pags. Encadernação da época com lombada em pele. Obra de consulta juridica histórica facilitada pela
descrição dos temas e das noções por ordem alfabética. Inocêncio II, 338: “Francisco Antonio Fernandes da Silva Ferrão, Grão
cruz da Ordem de S. Tiago da Espada, Comendador da de Cristo, Par do Reino, Ministro de Estado honorario, Conselheiro do
Supremo Tribunal de Justiça, antigo Procurador geral da Fazenda, Doutor em Direito pela Univ. de Coimbra, Sócio da
Academia Real das Ciências de Lisboa, etc. Nasceu em Coimbra, pelos anos de 1798. Repertorio commentado sobre foraes e
doações regias. Lisboa, na Imp. Nacional 1848. 4.° 2 tomos com LVI 216, e 327 pag. Refere se á carta de lei de 22 de Junho de
1846, e mais determinações posteriores correlativas, as quais vêm descritas por ordem alfabética, e acompanhadas de
elucidações e notas, para facilitar a sua inteligência e aplicações”.
€300
717. SIMÃO MACHADO, Boaventura. COMEDIAS PORTUGUEZAS, Feytas pelo excellente Poeta SIMAÕ MACHADO.
Comedias do Cerco de Dio, primeyra, & segunda parte. Comedias da Pastora Alfea, primeyra, & segunda parte. Neste terceyra
impressaõ emendadas, & acrescentadas, dous Entremeses, & quatro Loas famosas. LISBOA, Na Officina de ANTONIO
PEDROZO GALRAM. Anno de 1706. Com todas as licenças necessárias. A custa dos herdeiros de Domingos Carneyro. In 4º
(de 19x14 cm) com 212 pags. Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada. Exemplar com título de
posse da época sobre a folha de rosto. INOCÊNCIO I, 388: “Frei Boaventura Machado, Franciscano, chamado no século
Simão Machado, nome pelo qual ficou sendo entre nós mais conhecido. Foi natural de Torres Novas. Professou a regra de S.
Francisco em Castela, no convento de Barcelona. Vê se que ainda vivia em 1632, pois nesse ano imprimiu a obra que logo
mencionarei. O pouco que dele se sabe acha-se também consignado no Ensaio biográfico crítico de Costa e Silva, tomo VI de
pag. 106 a 153, onde vem longamente analisadas as comédias que dele nos restam. «COMEDIAS PORTUGUEZAS feitas pelo
excellente poeta Simão Machado. A Dom Francisco de Saa de Menezes, Conde de Penaguyão, Camareiro mór de Sua
Magestade etc. Comedias do Cerco de Dio, primeira e segunda parte. Comedias da Pastora Alfea, primeira e segunda parte.
N’esta segunda impressão emendadas e acrescentados dous entremeses, e quatro loas famosas. Lisboa, por Antonio Alvares
1631. 4.º As loas e entremezes acrescentados são escriptos em castelhano». Saíram novamente em terceira impressão, Lisboa,
por Antonio Pedroso Galrão 1706 4.º de IV 212 pag. Barbosa indica uma primeira edição, mas só das comedias de Dio, feita
em 1601 por Pedro Craesbeeck, a qual ainda não tive ocasião de ver. A edição de 1631, que é a mais estimada, tem valido de
1:600 réis até 2:400. A de 1706, feita em péssimo papel, maus tipos, e sobremaneira incorrecta, é contudo procurada na falta da
anterior, e tem se tornado pouco menos rara que ela. Possuo um exemplar comprado por 800 réis, porém sei que alguns se
venderam até por 1:200. José Maria da Costa e Silva ao terminar a sua análise das comédias de que se trata, diz a respeito delas
e do seu autor: «Simão Machado foi um génio eminentemente dramático, igual a Gil Vicente na facilidade do diálogo, e muito
superior a ele na contextura dos dramas, na variedade dos lances, e no desenho e desempenho dos caracteres. As comédias de
Alphea executadas por bons actores, e decoradas com o necessário aparato por maquinistas hábeis, e boas pinturas, ainda hoje
seriam muito aplaudidas no teatro como dramas mágicos. Foi na verdade uma desgraça para a cena portuguesa que ele a
abandonasse tão cedo para meter-se frade. Se tivesse continuado na carreira encetada, emestrado pelo uso, e pela experiencia,
quem sabe até onde um génio tão raro poderia levantar o vôo?». É para lamentar que este nosso dramático não seja mais
conhecido, e que ainda se não empreendesse uma edição correcta e aprimorada das obras que dele nos restam, trabalho que
nínguem deixaria de ter por um serviço de grande valia as nossas letras, tornando assim mais vulgar a leitura destas peças, que
hoje estão ao alcance de muito poucos”.
€900
718. SIMÕES. (João Gaspar) VIDA E OBRA DE FERNANDO PESSOA. História de uma geração. Por… [Composto e
impresso na Imprensa Portugal-Brasil. Lisboa]. Livraria Bertrand. S/L [Lisboa]. S/d [1951]. 2 volumes. De 24x17 cm. Com
310 e 390 pags. Encadernações com lombada e cantos em pele com finos ferros a ouro. Ilustrado em extra texto com
fotogravuras e fac-similes impressos sobre papel couché. Exemplar apenas aparado e carminado à cabeça. 1ª edição desta obra
biográfica de referência. 1º volume: infancia e adolescência; 2º volume: maturidade e morte.
€150
719. SLEIDANUS, Joannis. De Statu religionis et reipublicae, Carolo Quinto Caesare, Commentarii. Addita est apologia ipso
authore conscripta. Argentorati. [Estrasburgo W. Rihels Erben] Anno M. D. LVII. [1557] In 4.º de 20x13,5 cm. Com [viii],
491, [xx] fólios. Encadernação da época em pele de porco com ferros decorativos a secos nas pastas, com fechos metálicos.
Frontispício arquitetónico gravado, capitulares e marca de impressor no cólofon coloridos manualmente na época.
Contemporary work on the political state of public affairs and religion at the time of the Emperor Charles V (1519-1556).
Binding: contemporary pigskin tooled with decorative blind irons on folders. Metal furniture and fastening device. Engraved
architectural frontispiece, ornamental initials and printer’s device (logo) hand colored.
€3.600
720. SMITH, E. G. A PANORAMIC VIEW OF THE CITY OF FUNCHAL, in the island of Madeira: Sketched on the Spot by
Mrs. Reginald Southwood Smith, of Stafford Rectory, Dorset: Executed in the Tinted Style of Lithography, by L. Haghe, Esq.,
Lithographer to the Queen. Weymouth: B. Benson, 1844. Second Edition. In fólio oblongo de 32x43 cm. Com 3 fólios com
folha de rosto, dedicatória, lista de subescritores da obra e texto. Ilustrado com uma magnifica litografia de 120x30 cm. com a
vista panoramica do Funchal.
Oblong folio. 4 leaves of text and index. Illustrated with a folding Lithographed Panorama of
Funchal approx. 120x30 cm. Original dark brown quarter sheep with cloth boards and gilt tooled sheep label.
€3.000
721. SMITH. (Robert C.) NICOLAU NASONI ARQUITECTO DO PORTO. Livros Horizonte. Lisboa. 1966. De 32x23 cm.
Com 225 pags. Ilustrado com 175 fotogravuras e inúmeros planos de arquitectura (a maioria a 3 dimensões) impressos em
extra-texto sobre fólios cartonados desdobráveis. Obra sobre a produção artística do arquitecto da Torre dos Clérigos.
€150
722. SOARES. (Ernesto) EVOLUÇÃO DA GRAVURA DE MADEIRA EM PORTUGAL. Séculos XV a XIX. Lisboa. 1951.
De 30x24 cm. Com 65 pags. Encadernação da época [meia-amadora] com ferros rolados a ouro na lombada e nas pastas.
Ilustrado com 50 gravuras extra-texto.
€150
723. SOARES. (Ernesto) ICONOGRAFIA DO INFANTE D. HENRIQUE. Lisboa. 1959. De 29x23 cm. Com 161 pags.
Encadernação com lombada e cantos em pele. Profusamente ilustrado. Exemplar de uma tiragem de 150 exemplares assinados
pelo autor.
€150
724. SOARES. (Ernesto) INVENTÁRIO DA COLECÇÃO DE REGISTOS DE SANTOS. Organizado e prefaciado por…
[Composição e impressão de Ramos, Afonso e Moita, Lda]. Biblioteca Nacional. 1955. De 30x22 cm. Com xxxvi-491pags.
Encadernação inteira de pele com nervos, rótulos vermelos e finos ferros a ouro na lombada. Ilustrado no texto com fac-similes
de registos de santos.
€200
725. SOKOLOFF. (Valentin A.) NAVIOS DA CHINA. SHIPS OF CHINA. Tradução Contra-Almirante Manuel Vilarinho.
Fotocomposição e impressão Tipografia Macau Hung Heng. Macau. 1990. Edição Museu e Centro de Estudos Marítimos de
Macau. 1982. De 41x26 cm. Com 53 fólios. Encadernação do editor. Edição bilingue comemorativa dos 125 anos do Banco
Nacional Ultramarino, S. A.
€90
726. SOLANO, Francisco Inácio. EXAME INSTRUCTIVO SOBRE A MUSICA MULTIFORME, METRICA, Y
RYTHMICA, No qual se pergunta, e dá resposta de muitas cousas interessantes para o Solfejo, Contraponto, e Composição,
Seus termos privativos, Regras, e Preceitos, segundo a melhor Pratica, e verdadeira Theorica, OFFERECIDO A SUA
ALTEZA REAL O SENHOR D. JOÃO PRINCIPE DE BRAZIL POR SEU AUTHOR FRANCISCO IGNACIO SOLANO.
LISBOA, NA REGIA OFFICINA TYPOGRAFICA. Anno M. DCC. XC. [1790]. In 8º (15x10 cm) com [xviii]-289-[i] pags.
Encadernação da época inteira de pele apresentando falha sobre a pasta anterior e falta do rótulo na lombada. Corte por folhas
marmoreado. Ilustrado com tabela de dados musicais. Contém ao longo do texto um léxico das expressões musicais (e dos seus
sinónimos) utilizadas em língua portuguesa. Inocêncio II, 392 e IX, 308: “FRANCISCO IGNACIO SOLANO, foi no seu
tempo mestre distinto e compositor músico, e Professor da mesma arte no Seminário de Lisboa. Diz Fétis que ele nascera em
Lisboa em 1727, e que já era falecido em 1764, quando se publicou a sua Nova Instrucção musical (n.º 827). Esta última
asserção é evidentemente falsa, pois que ele vivia ainda em 1793, ano em que deu á luz as Vindicias do tono (n.º 831). Quanto
á data do nascimento, bem poderá ser exacta, com quanto d'ella não encontre mais prova que o dito daquele escritor, em quem,
força é dize-lo, não confio demasiadamente á vista das muitas inexactidões em que o tenho achado. 829) Exame instructivo
sobre a musica multiforme, metrica e rythmica, no qual se pergunta e dá resposta de muitas cousas interessantes para o solfejo,
contraponto e composição. Ibi, na Regia Oific. Typ. 1790. 8.° de XVIII 289 pag”.
€400
727. SOUSA COSTA. DONA CATARINA DUQUESA DE BRAGANÇA. Rainha de Portugal à face do Direito. [Por]... da
Academia das Ciências de Lisboa. Fundação da Casa de Bragança. 1958. De 25x22 cm. Com 365 pags. Encadernação com
lombada e cantos em pele. Exemplar com dedicatória do Presidente do Conselho de Administação da Casa de Bragança. €90
728. SOUSA COSTA. FAVORITAS E FAVORITOS CÉLEBRES. Por… da Academia das Ciências de Lisboa. Direcção
artística e desenhos de Fernando Carlos. Papelaria Fernandes, Editora. Lisboa. 1954. De 31x24 cm. Com 632 pags.
Encadernação do editor. Profusamente ilustrado com reproduções fac-simile (e similigravuras a cores) de quadros e
frontispícios com os retratos das amantes e amigos dos reis europeus.
€80
729. SOUSA COSTA. GRANDES DRAMAS DA HISTÓRIA. Editorial “O Século”. Lisboa. 1940. De 31x25 cm. Com 394-3
pags. Encadernação inteira de pele com ferros a ouro na lombada e em super-libris. Profusamente ilustrado no texto e com
similigravuras encarceladas em extra-texto.
€150
730. SOUSA COSTA. GRANDES DRAMAS JUDICIÁRIOS (TRIBUNAIS PORTUGUESES). [Por]… da Academia de
Ciencias de Lisboa. Editorial “O Primeiro de Janeiro”. Porto. 1944. De 31x26 cm. Com 395 pags. Encadernação com lombada
e cantos em pele. Profusamente ilustrado e com gravuras e vinhetas de Fernando Carlos.
€120
731. SOUSA DE CASTELO BRANCO. (Pedro de) ELEMENTOS DE HISTORIA, OU O QUE HE NECESSARIO SABERSE Da Chronologia, da Geografia, do Brazaõ, da Historia universal, da Igreja do Testamento velho, das Monarquias antigas, da
Igreja do Testamento novo, e das Monarquias novas, ANTES DE LER A HISTORIA PARTICULAR PELO ABBADE DE
VALLEMONT, Traduzida da língua Franceza na Portugueza, e accrescentada com algumas noticias de Portugal [de que trata,
até o anno de 1750]. Por PEDRO DE SOUSA DE CASTELLOBRANCO, Senhor do Concelho de Guardaõ, Commendador na
Ordem de Christo, General de Batalha dos Exercitos de Sua Magestade, e Governador da Praça de Setubal &c. Quinta
impressão accerscentada com huma explicaçaõ de medalhas Imperiaes desde Julio Cesar até Heraclito. LISBOA: NA
OFFICINA DE ANTONIO VICENTE DA SILVA. Anno de MDCCLXVI –MDCCLXVII [1766-1767]. 5 volumes in 8.º de
21x15 cm. Com [xxiv]-419, [xxvii]-299, 327-[ii], 324-[iv] e 335-[iii] pags. Encadernações da época inteiras de pele com ferros
a ouro nas lombadas. Inocêncio VI, 448: “Pedro de Sousa de Castello Branco, Comendador da Ordem de Cristo, e senhor do
Guardão. Depois de ocupar vários nossos maiores no exército e na armada, chegou ao de General de batalha, e foi Governador
da praça de Setúbal. Nasceu em Lisboa em 1678 e morreu em 1755. Foi pai de Fr. Pedro de Sousa de quem tracto no artigo
precedente. Elementos da historia, ou o que é necessario saber se da chronologia, da geographia, do brazão, da historia
universal, da egreja do testamento velho, das monarchias antigas, da igreja do testamento novo, e das monarchias novas, antes
de ler a historia particular: pelo Abbade de Vallemont. Traduzida da lingua franceza na portugueza, e accrescentada com
algumas noticias de Portugal. Lisboa, na Offic. de Miguel Rodrigues 1734 a 1751. 4.º 5 tomos com estampas. E novamente,
Quinta impressão accrescentada com uma explicação de medalhas imperiaes desde Julio Cesar até Heraclio. Lisboa, na Offic.
de Antonio Vicente da Silva 1767. 4.º 5 tomos, com XXIV 419 pag., XXVIII 299 pag., 329 pag., 328 pag., e II 338 pag.,
inclusive as dos índices finais. Creio que a indicação de quinta edição é feita com referência às do original francês pois não sei
que haja da tradução portuguesa mais que as duas que ficam mencionadas sendo destas a primeira em tudo preferível à
segunda, cujo preço nos Catálogos da casa da Viúva Bertrand & Filhos é ainda hoje de 3:000 réis. Tem esta obra muita
analogia e semelhança com a Política moral e Civil de Damião António de Lemos publicada pelo mesmo tempo. A ordem ou
disposição das matérias é contudo diversa, como se verá da seguinte resenha dos títulos dos nove livros em que se divide, a
saber: Tomo I. - Livro 1.º Contém os princípios da cronologia. Livro 2.° Princípios de geografia. Tomo II - Livro 3.º Princípios
do brasão. Livro 4.º Princípios da história universal. Livro 5.º Historia da Igreja do testamento velho. Tomo III. - Livro 6.º
Historia das monarquias antigas, isto é, que floresceram antes do nascimento de Cristo. Tomo IV. - Livro 7.o Historia da Igreja
de Jesus Cristo. Tomo V. - Livro 8.º Historia das monarquias novas. Livro 9.º Continuação das monarquias novas. O tradutor,
para tornar a obra de maior utilidade para os seus patrícios, introduziu nela vários aditamentos originais, que respeitam
particularmente à história de Portugal. Tais são: no tomo I a Cronologia de Portugal desde a fundação do reino, continuada em
cinco épocas. (Da pág. 91 à 112 na edição de 1767.). Descrição de Portugal, repartido em três governos, eclesiástico, civil e
militar com os catálogos dos Vice-reis e Governadores -gerais da Índia e do Brasil dos Capelães-móres, Inquisidores gerais,
Reitores da Universidade, Presidentes do Desembargo do Paço, e mais tribunais civis, Governadores do Algarve, etc. (Dito
tomo, da pág. 277 à 352). Descrição dos escudos de armas das famílias portuguesas. (Tomo II de pág. 14 até 84). Catálogo dos
Reis e sucessos de Portugal, continuados de 1734 até 1750”.
Bindings: contemporary full calf gilt to spine. An interesting
translation of a French contemporary World History.
€500
732. SOUSA DE MACEDO, António de. EVA, E AVE, OU MARIA TRIUNFANTE. THEATRO DA ERUDIÇAÕ, e Filosofia
Christãa. Em que se representaõ os dous estados do mundo: CAHIDO EM EVA, E LEVANTADO EM AVE. PRIMEYRA, E
SEGUNDA PARTE, OFFERECIDA AO EMINENTISSIMO SENHOR NUNO DA CUNHA DE ATTAIDE, Presbytero
Cardeal da Santa Igreja de Roma, Bispo Inquisidor Géral, Capelaõ mór de S. Magestade, do seu Conselho de Estado, e do seu
Despacho, &c. ESCREVIA ANTONIO DE SOUSA DE MACEDO. DECIMA IMPRESSAM, A CUSTA DE JOSEPH LEITE
PEREIRA, Cavaleiro Professo na Ordem de Christo, e Familiar do Santo Officio &c. LISBOA. Na Officina de FRANCISCO
BORGES DE SOUSA. Anno de MDCCLXVI. (1766). De 29x21 cm. Com (xxxii)- 610 pags. Encadernação da época inteira
de pele ferros a ouro na lombada com falta de rótulo. Ilustrado com o retrato gravado de Sousa de Macedo. Exemplar com
ocasionais e leves manchas de humidade nas últimas páginas, de resto miolo limpo e sólido. António de Sousa de Macedo
(1606-1682) foi Residente de Portugal em Londres de 1642 a 1646) depois de ter sido secretário na Embaixada da que D. João
IV mandara a Londres. No conflito entre Carlos I e o Parlamento auxiliou o soberano mostrando-se muito firme com os
parlamentários; falava como se fosse representante de uma poderosa nação, contando com a possibilidade de represálias dos
comerciantes ingleses em Portugal. No ano de 1652 estava de regresso a Lisboa e então dedicou se a redigir a Arte de Furtar,
que se manteve anónima. Nos seus últimos anos dedicou-se a escrever obras de carácter religioso como Eva e Ave.
(Enciclopédia Portuguesa Brasileira, Vol.29, 861 a 865) Inocêncio Vol. I, 276 Eva e Ave, ou Maria triumphante. Theatro da
erudição e philosophia christã, em que se representam os dous estados do mundo, cahido em Eva, e levantado em Ave 1.ª e 2.ª
parte. Lisboa, por Antonio Craesbeeck de Mello 1676 fol. - Ibi, por Miguel Deslandes 1700 fol. de 499 pag. - Ibi, na Off.
Deslandesiana 1711 fol. - Ibi, por Paschoal da Silva 1716 fol. (augmentada com o Dominio sobre a Fortuna) - Ibi, por Antonio
Pedroso Galrão 1720 fol. de XXII 610 pag. O preço d’este livro é assás variavel, e tem corrido de 600 ou 720 réis até 1:440. Eu
comprei um exemplar da edição de 1716 por 700 réis. Ha d’elle uma versão hespanhola, por Diogo Soares de Figueirôa,
Madrid 1731 fol. Todas as obras portuguezas d’este nosso classico são estimadas, e dignas de muito apreço, não só pela
riquesa de noticias que n’ellas ha, mas por sua pureza e elegancia de phrase. No que diz respeito a erudição e saber, poucos são
os contemporaneos que possam levar lhe vantagem.” Inocêncio deu mais tarde conta desta 10ª edição no seu Vol. VIII, página.
312.
€200
733. SOUSA DE MACEDO, António. DOMINIO SOBRE A FORTVNA, E TRIBVNAL DA RAZAÕ. EM QUE SE
EXAMINAM AS FELICIdades, & se beatifica a vida NO PATROCINIO DA VIRGEM MÃY da Graça, HOROSCOPO da
Constellaçaõ melhor afortunada. ESCRIVIA ANTONIO DE SOVSA DE MACEDO &c. LISBOA. Na Officina de MIGVEL
DESLANDES. A custa de Antonio Leite Pereira. M.DC.LXXXII. [1682]. In 4º (de 19x14 cm) com (xvi)- 230-(xviii) pags.
Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada e no rótulo vermelho. Exemplar apresenta folha de rosto
com título de posse da época. Obra escrita pelo mesmo autor de “Flores de España, Excelencias de Portugal”; “Eva e Ave, ou
Maria triumphante”;” Mercurios Portuguezes, com as novas da guerra entre Portugal e Castella”; e muitas outras obras
importantíssimas. Barbosa Machado I, 401. Pinto de Matos, 592. Inocêncio I, 276: “Antonio de Sousa de Macedo, Fidalgo da
Casa Real, Commendador das Ordens de Christo e S. Bento de Avis, Doutor em Direito Civil pela Univ. de Coimbra,
Desembargador da Casa da Supplicação, Secretario de Embaixada na Côrte de Londres, e Embaixador aos Estados de
Hollanda, Secretario d’Estado d’Elrei D. Affonso VI, etc. etc. Foi oriundo da villa de Amarante, mas nascido na cidade do
Porto, e ahi baptisado na freguezia de N. S. da Victoria (segundo diz Barbosa) a 15 de Dezembro de 1606. Depois de prospera
e adversa fortuna veiu a falecer em Lisboa no 1.º de Novembro de 1682”… “Dominio sobre a Fortuna, e Tribunal da Razão em
que se examinam as felicidades, e se beatifica a vida. Lisboa, por Miguel Deslandes 1682. 4.o - Sahiu tambem no fim da Eva e
Ave nas edições de 1716 e 1720”.
€400
734. SOUSA DE MACEDO. (António) EVA, E AVE, OU MARIA TRIUNFANTE. THEATRO DA ERUDIÇAM, & filosofia
Christã. Em que se representaõ dous estados do Mundo: CAHIDO EM EVA, E LEVANTADO EM AVE. PRIMEYRA, E
SEGUNDA PARTE, OFFERECIDA AO EMINENTISSIMO SENHOR NUNO DA CUNHA ATTAIDE, Presbytero Cardeal
da Santa Igreja de Roma, Bispo Inquisidor Geral, Capelaõ mór de S. Magestade, do seu Conselho de Estado, e do seu
Despacho, &c. ESCREVIA ANTONIO DE SOUSA DE MACEDO Accrescentado nesta quinta impressaõ com o Dominio
sobre a Fortuna. LISBOA OCCIDENTAL, Na Officina de ANTONIO PEDROZO GALRAM. M. D. CC. XXXIV. (1734) A’
custa de Miguel de Almeida de Vasconcellos, Livreyro das Tres Ordens Militares. De 30x21 cm. Com (xxxii)- 610 pags.
Encadernação de época inteira de pele com rótulo vermelho ferros a ouro na lombada um pouco cansada. Ilustrado com o
retrato gravado de Sousa de Macedo. Exemplar com leves manchas de humidade nas primeiras paginas. Enciclopédia
Portuguesa Brasileira, Vol. 29, 861 a 865. “António de Sousa de Macedo (1606-1682) foi Residente de Portugal em Londres
de 1642 a 1646 depois de ter sido secretário na Embaixada da que D. João IV mandara a Londres. No conflito entre Carlos I e
o Parlamento auxiliou o soberano mostrando-se muito firme com os parlamentários falava como se fosse representante de uma
poderosa nação, contando com a possibilidade de represálias dos comerciantes ingleses em Portugal. No ano de 1652 estava de
regresso a Lisboa e então dedicou se a redigir a Arte de Furtar, que se manteve anónima. Nos seus últimos anos dedicou-se a
escrever obras de carácter religioso como Eva e Ave.” Inocêncio Vol. I, 276. “Eva e Ave, ou Maria triumphante. Theatro da
erudição e philosophia christã, em que se representam os dous estados do mundo, cahido em Eva, e levantado em Ave 1.ª e 2.ª
parte. Lisboa, por Antonio Craesbeeck de Mello 1676 fol. - Ibi, por Miguel Deslandes 1700 fol. de 499 pag. - Ibi, na Off.
Deslandesiana 1711 fol. - Ibi, por Paschoal da Silva 1716 fol. (augmentada com o Dominio sobre a Fortuna) - Ibi, por Antonio
Pedroso Galrão 1720 fol. de XXII-610 pag. O preço d’este livro é assás variavel, e tem corrido de 600 ou 720 réis até 1:440.
Eu comprei um exemplar da edição de 1716 por 700 réis. Ha d’elle uma versão hespanhola, por Diogo Soares de Figueirôa,
Madrid 1731 fol. Todas as obras portuguezas d’este nosso classico são estimadas, e dignas de muito apreço, não só pela
riquesa de noticias que n’ellas ha, mas por sua pureza e elegancia de phrase. No que diz respeito a erudição e saber, poucos são
os contemporaneos que possam levar-lhe vantagem.”
€300
735. SOUSA PINTO. (Manoel) RAPHAEL BORDALLO PINHEIRO. Desenhos escolhidos por Manoel Gustavo Bordallo
Pinheiro. Com um estudo de.... Livraria Ferreira. Lisboa. 1915. De 29x23 cm. Com lxxxvii-153 pags. Encadernação com
lombada e cantos em pele rolados com finos ferros a ouro. Profusamente ilustrado no texto e em extra texto. Exemplar com
assinatura de posse sobre a folha de rosto. Obra completamente impressa sobre papel couché e com um estudo nas primeira 77
páginas com o seguinte índice: Ao Fundador da dinastia; Primeiras afirmações; do 'Calcanhar de Aquiles' ao 'Binóculo'; das
'Bodas D'Aldeia à Lanterna Mágica'; Bordallo no Brasil; o 'Antonio Maria' e o 'Album das Glórias'; e dos 'Pontos nos ii's' à
'Paródia'.
€120
736. SOUSA VITERBO. CRUZEIROS DE PORTUGAL. Contribuições para o seu Catalogo Descritivo. Primeira [e segunda]
série. Separata do Boletím da Real Associação dos Architectos Civies e archeologos Portuguezes. Lisboa, Typ. Lallemant
1907. De 27x19 cm. 2 volumes com 78 e 53 pags. Encadernação meia amador (com nervos, ferros a ouro na lombada e cantos
em pele. Exemplar preserva capas de brochura. Ilustrado.
€200
737. SOUSA VITERBO. DICCIONARIO HISTORICO E DOCUMENTAL DOS ARCHITECTOS, ENGENHEIROS E
CONSTRUCTORES PORTUGUEZES OU A SERVIÇO DE PORTUGAL. Coordenado por… Lisboa. Imprensa
Nacional. 1899, 1904 e 1922. Obra em 3 volumes. De 24x17 cm. Com 584, 547e 491-14 pags. Encadernações da época com
lombadas e cantos em pele. Obra publicada por indicação da Comissão dos Monumentos. Contém nas últimas 16 páginas do
último volume (póstumo): 'Notas sobre alguns engenheiros nas praças de África' coligidas por Henrique Lopes de Mendonça.
1ª edição.
€600
738. SOUSA, Fr. Antonio de. VERDADERO ORIGEN DEL TRIBUNAL DEL SANTO OFICIO DE LA INQUISICION EN
LOS REYNOS DE PORTUGAL CONTRA LA FABULOSA HISTORIA DE su falso Nuncio: ESCRITO EN LATIN EN
EL AÑO DE 1628 por el M. R. P. Fr. Antonio de Sousa, del Orden de Predicadores, Maestro de Sagrada Teologia, y Consejero
en el de la Suprema y General Inquisicion de dicho Reyno. Traducido e añadido con varias Notas y un Discurso, por el Dr. D.
Josef Marcos Hernandez, Abogado de los Reales Consejos, y del Colegio de esta Corte. Con licencia en Madrid, en la Oficina
de AZNAR. Año 1789. De 15x10 cm. Com 279 pags. Encadernação inteira de pele com ferros a ouro na lombada e etiqueta
vermelha. Inocêncio I, 295 'FR. ANTONIO DE SOUSA (2.º), sobrinho do antecedente, e como elle religioso Dominicano,
Mestre na sua provincia, Deputado da Inquisição de Lisboa e do Conselho geral do Sancto Officio. - Foi natural de Lisboa, e
m. em 1632.'. Barbosa I, 398. Obra publicada originalmente em latim com o título 'Aphorismi inquisitorum in quatuor libros
distributi. Cum vera historia de origine S. Inquisitionis Lusitanae [sic], & quaestione de testibus singularibus in causis Fidei... /
authore P. Fr. Antonio de Sousa Ulyssiponensi Ordinis Predicatorum' 1628.
€900
739. SOUSA, Francisco de. ORIENTE CONQUISTADO A JESU CHRISTO PELOS PADRES DA COMPANHIA DE
JESUS da Provincia de Goa. PRIMEYRA PARTE, Na qual se contèm os primeiros vinte, & dous annos desta Provincia.
SEGUNDA PARTE, Na qual se contèm o que se obrou desdo anno de 1564. até o anno 1585. LISBOA, Na Officina
VALENTIM DA COSTA DESLANDES. M. DCCX. [1710] 2 volumes. In fólio de 30x20 cm. Com [xxxvi], 895 e [xxviii],
620 pags. Ilustrados com 2 frontispícios gravados e 2 gravuras. Encadernação em pergaminho ao gosto da época. Bela
impressão ilustrada com 4 gravuras, as folhas de rosto de ambos os volumes impressas a duas cores. O P. Francisco de Sousa
foi nomeado cronista da companhia de Jesus e encarregue, por superiores da companhia de Jesus em Roma, de escrever a
biografia de S. Francisco Xavier. Segundo ele, S. Francisco Xavier nutria grande estima aos portugueses, especialmente aos
que o acompanharam na sua epopeia, como por exemplo Fernão Mendes Pinto, e assim não fazia sentido escrever a obra em
outra língua que não a portuguesa. O P. Franc

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