Programa de erradicaçăo da doença de Aujeszky em Santa Catarina
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Programa de erradicaçăo da doença de Aujeszky em Santa Catarina
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DAS TECNOLOGIAS GERADAS PELA EMBRAPA Nome da tecnologia: Programa de Erradicação da Doença de Aujeszky no Estado de Santa Catarina Ano de avaliação da tecnologia: 2012 Unidade: Embrapa Suínos e Aves Equipe de Avaliação: João Dionísio Henn Jonas Irineu dos Santos Filho Marcos Novaes Nelson Morés Armando Lopes do Amaral Janice Reis Ciacci Zanella Luizita Salete Suzin Marini Marcia Mara Tessmann Zanotto Concórdia, SC, Março de 2013 1 RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DAS TECNOLOGIAS GERADAS PELA EMBRAPA 1. IDENTIFICAÇÃO DA TECNOLOGIA 1.1. Nome/Título Programa de erradicação da doença de Aujeszky no Estado de Santa Catarina 1.2. Objetivo Estratégico PDE/PDU Objetivo Estratégico PDE/PDU X Competitividade e Sustentabilidade do Agronegócio X Inclusão da Agricultura Familiar X Segurança Alimentar – Nutrição e Saúde Sustentabilidade dos Biomas Avanço do Conhecimento Não se aplica 1.3. Descrição Sucinta A doença de Aujeszky (DA) é uma doença infecciosa de suínos que traz enormes prejuízos ao setor produtivo, ao mercado de reprodutores e à exportação. A DA é causada pela infecção do vírus da doença de Aujeszky (VDA) ou vírus da “pseudo-raiva” (PRV), que pertence à família Herpesviridae, subfamília Alphaherpesvirinae. As granjas registradas com diagnóstico da infecção perdem a certificação para a venda de reprodutores e de material genético (sêmen e embriões), baseados na Instrução Normativa Número 19 (IN-19) do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA). Esta doença estava presente no Estado de Santa Catarina (SC) desde 1984, sendo que o maior obstáculo para o estabelecimento de medidas de controle e erradicação da doença tem sido a habilidade dos herpesvírus em estabelecer e reativar a latência constituindo-se no ponto-chave da epidemiologia. A Embrapa Suínos e Aves, em parceria com produtores e outras instituições ligadas à suinocultura (com composição de comitê técnico), iniciou, em 2001, um programa de erradicação da DA no Estado de Santa Catarina, ação esta (objeto de avaliação deste relatório) que gerou grande impacto econômico e socio-ambiental na região, configurando-se como “divisor de águas” entre a situação anterior (denominada situação substituta), onde tínhamos surtos da (DA), amargando um prejuízo regional de R$ 931.224,00, somente em 2001, até chegarmos em 2005 com nenhum caso relatado, graças aos esforços empreendidos no programa. O objetivo central deste programa foi a erradicação da Doença de Aujeszky (DA) no Estado de Santa Catarina (SC), com a meta de sanear os rebanhos infectados e a erradicação total até 2004. O programa iniciou com um cadastro dos rebanhos potencialmente infectados, aplicação do questionário epidemiológico com localização geográfica, produção de material educativo, treinamento de veterinários, realização de inquérito soroepidemiológico nas granjas infectadas com implementação dos protocolos de 2 erradicação e realização de estudos epidemiológicos para localizar possíveis focos. A estratégia inicial de vacinação total dos rebanhos infectados foi alterada após o conhecimento da real situação. A partir de 2002, optou-se pelo despovoamento gradativo dos rebanhos com alta taxa de infecção (>10%) e conseqüente indenização do lucro cessante. Nos demais rebanhos (taxa de infecção ≤10%) a erradicação ocorreu por sorologia diferencial. No total foram avaliados 1.022 rebanhos suínos. O VDA foi erradicado por despovoamento/repovoamento em 23,3% deles e por sorologia em 7,9%. Em 65,3% dos rebanhos a sorologia foi negativa e considerados livres da infecção. Após o saneamento, o Estado foi reconhecido pela Organização Internacional de Epizootia (OIE) como provisoriamente livre da infecção. O último caso de infecção pelo vírus da doença de Aujeszky (VDA) em SC ocorreu em junho de 2004. Em junho de 2006, após o saneamento de todos as granjas identificadas como positivas, a coordenação do programa passou da Embrapa para a Cidasc a qual tem a responsabilidade de execução do Serviço de Defesa Sanitária Animal no estado, para dar continuidade as ações visando a obtenção de Certificação como Estado Livre da DA, seguindo as recomendações do Mapa e da OIE. Programa de Erradicação da Doença de Aujeszky (DA) no estado de Santa Catarina (SC) foi coordenado pela Embrapa Suínos e Aves em parceria com a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agropecuário de SC (Cidasc), o Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados em SC (Sindicarnes-SC) e a Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS). A tecnologia ou situação anterior era caracterizada pela presença da doença nos rebanhos de SC e de outros estados brasileiros. A primeira notificação no Brasil ocorreu em 1912, desde então, já foi identificada nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. A infecção foi mais freqüentemente relatada em Santa Catarina, o que levou a implementação de um programa de erradicação. 1.4. Ano de Lançamento: 2001 1.5. Ano de Início de adoção: 2002 1.6. Abrangência Nordeste AL BA CE MA PB PE PI RN SE Norte AC AM AP PA RO RR TO Centro Oeste DF GO MS MT Sudeste ES MG RJ SP Sul PR RS SC X 3 1.7. Beneficiários De maneira geral, a tecnologia traz benefícios para o conjunto da cadeia produtiva da carne suína no estado de Santa Catarina (benefício sistêmico). Os principais beneficiários são suinocultores e empresas e cooperativas agroindustriais que abatem suínos e processam e exportam a carne suína. Entre os suinocultores, os principais beneficiários da tecnologia são estabelecimentos rurais inseridos na suinocultura industrial. Nesta categoria, as propriedades são tecnificadas e atuam direcionadas para o mercado. Os rebanhos são de raças especializadas na produção de carne, alojados em instalações que variam de simples a sofisticadas, a alimentação é feita com rações balanceadas e as técnicas de manejo e de sanidade são adequadas. Entre esses suinocultores encontram-se agricultores familiares com pequena escala - geralmente associados a cooperativas ou inseridos nos esquemas de integração das agroindústrias líderes, bem como agricultores patronais e empresas agropecuárias – independentes ou integrados. Entre as empresas e cooperativas agro-industriais, os principais beneficiários são organizações que implementaram esquemas de integração ou parceria para o suprimento de animais (ou seja, que arcam com parte dos custos de produção de suínos) e, ao mesmo tempo, têm uma significativa parcela de suas receitas oriundas das exportações. Além disso, o serviço estadual de defesa sanitária executado pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agropecuário de SC (Cidasc) também se beneficia com a erradicação da DA. De forma específica ao programa, deve-se considerar que no Brasil a DA é uma doença de notificação obrigatória, sendo que o uso da vacina de controle oficial somente é permitido em rebanhos com diagnóstico positivo ou vizinhos sob risco. Desta forma, os rebanhos que foram inicialmente incluídos no programa foram aqueles que haviam sido cadastrados pelo serviço oficial como infectados e/ou que usam a vacina contra a DA. Posteriormente, outros rebanhos com diagnóstico positivo para DA, notificados pelo serviço oficial ou identificados através de investigação sorológica realizada nos rebanhos em áreas de risco (áreas perifocais ou cuja rastreabilidade incluía o rebanho como suspeito), foram também incluídos no programa. De forma específica, os beneficiários diretos foram os suinocultores cujos rebanhos apresentavam diagnóstico positivo ou eram vizinhos sob risco. Além disso, o serviço estadual de defesa sanitária executado pela Cidasc pôde direcionar seus recursos para outras ações. 2. IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS NA CADEIA PRODUTIVA A carne suína é a fonte de proteína animal mais importante no mundo, representando quase metade do consumo e da produção de carnes. O Brasil é o quarto maior produtor (3,15% do total) e o quinto consumidor em termos absolutos (2,54% do total). Os maiores consumidores per capita são países europeus, norte-americanos e a China, nos quais a população tem tradição de consumo. A trajetória de incremento tecnológico, o aumento de escala, a especialização e coordenação entre os elos da cadeia produtiva foram fatores fundamentais para o desempenho brasileiro nesse segmento do mercado mundial de carnes. Entretanto, a participação crescente de novos países no cenário internacional, assim como as 4 incertezas sanitárias e a prática de protecionismo resultam em um processo de acirramento da concorrência internacional que podem afetar negativamente estes resultados. Isso tem exigido a melhora contínua na eficiência técnica e na condição sanitária dos rebanhos. O estado de SC é competitivo internacionalmente na produção de suínos, com índices de produtividade semelhantes e superiores aos dos europeus e americanos, é responsável por 25% da produção nacional, que é de 2,7 milhões de toneladas/ano; produz 0,7% da produção mundial; participa com 28% das exportações brasileiras; no PIB Estadual, a suinocultura é a primeira principal atividade, participando com 21,43 % do total (Segundo ICEPA 2005); a atividade emprega diretamente em torno de 65 mil e, indiretamente, mais de 140 mil pessoas, Livre de Febre Aftosa desde 1993, erradicação da Doença de Aujeszky, Livre de peste Suína Clássica desde 1990, reconhecimento nacional como área livre sem vacinação desde 27.04.2000, reconhecimento pela OIE Livre de Aftosa sem vacinação desde 25.05.2007. Reconhecimento e liberação desde 10.01.2012, para exportar Carne Suína In Natura para os Estados Unidos. Atualmente, além de Santa Catarina ser o maior produtor de suínos é também o maior exportador de carne suína do país, é ainda o maior produtor de reprodutores suínos. Estão instaladas no Estado, as quatro maiores agroindústrias do Brasil, paralelo e em meio a isso tudo, existem aproximadamente oito mil produtores com 420 mil matrizes e um plantel de 6,2 milhões de animais. Com grande participação econômica, social e também forte consumo de carne suína. Existe no Estado cerca de 107 pequenos e médios abatedouros com inspeção municipal, estadual e federal, sem produção própria de suínos, que abatem mensalmente cerca de 12 mil animais/dia que se destinam ao consumo interno. Santa Catarina possui um plantel de 6,2 milhões de suínos, em torno de oito mil suinocultores com produção em escala comercial. A Doença de Aujeszky (DA) é uma doença infecto-contagiosa que tem como hospedeiros primários os suídeos (suínos domésticos e selvagens). Estes podem apresentar infecção latente, o que não acontece com outras espécies animais. Nos gatos, cães e bovinos, o vírus produz encefalite de curso agudo fatal, o que reduz a importância epidemiológica desses hospedeiros na manutenção e disseminação da enfermidade. A ocorrência da doença nessas espécies, no entanto, pode servir como indicador epidemiológico da presença de atividade viral. Os sinais clínicos da infecção pelo vírus da doença de Aujeszky (VDA) variam de acordo com fatores epidemiológicos como endemicidade e suscetibilidade dos indivíduos. A ocorrência do VDA em áreas endêmicas é associada a manifestações reprodutivas. A introdução do vírus em rebanhos livres resulta em sinais clínicos característicos. Em animais jovens predominam sinais neurológicos com a taxa de mortalidade aproximando-se dos 100%. Animais adultos apresentam febre, taxas variáveis de aborto, reabsorção fetal, dificuldade respiratória e eventualmente vômitos. A mortalidade nessa faixa etária é geralmente baixa. As perdas ocorrem por transtornos reprodutivos e transtornos respiratórios em animais da terminação com estabelecimento de infecção latente em suínos e recorrência viral. A propriedade biológica de maior importância epidemiológica do VDA é a capacidade de estabelecer infecções latentes no sistema nervoso do hospedeiro após a infecção aguda. A infecção latente persiste por toda a vida do animal, podendo ser reativada natural e/ou experimentalmente, resultando em excreção e transmissão de vírus. Por isso, os animais soropositivos constituem-se em reservatórios e fontes potenciais de disseminação do VDA. 5 A primeira notificação no Brasil ocorreu em 1912, desde então, já foi identificada nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. A infecção foi mais freqüentemente relatada em Santa Catarina, o que levou a implementação de um programa de erradicação. A DA é causada por um herpesvírus com conseqüências nas diversas etapas de produção do suíno. Na maternidade leva a uma alta mortalidade, nas fases de creche e crescimento-terminação aumentam os problemas respiratórios, enquanto que nas porcas em reprodução verifica-se uma redução na sua produtividade (podem ocorrer abortos, repetição de cio, mumificação fetal e nascimento de leitões fracos). Além disso, a DA pode atacar os suínos sem que apresentem sintomas, é a chamada forma latente que pode passar despercebida. É a forma mais perigosa em um programa de erradicação, porque podem transmitir a doença quando comercializados ou distribuídos para outros rebanhos. Assim, a DA tem impactos na eficiência produtiva e na moral dos produtores e, consequentemente, na rentabilidade da atividade e na competitividade da carne suína no mercado internacional. Além disso, e apesar de não ser uma doença restritiva às exportações pelas regras da OIE (como é o caso da influenza aviária ou da febre aftosa), pode servir como poder de barganha nas negociações internacionais, sobretudo no mercado russo. Isso é importante tendo em vista que à exceção de Canadá e Austrália, todos os demais competidores internacionais têm uma situação sanitária em relação à DA semelhante ou pior à do Brasil e de Santa Catarina (Tabela 1). Tabela 1. Situação da DA entre os principais exportadores de carne suína. Exportações País Situação sanitária em relação à DA (mil t) (%) EUA 1.209 24 Restrita a certa(s) zona(s) / região(ões) do país Ausente durante o período relatado (Alemanha, Dinamarca, França, Países Baixos e Reino Unido) e UE-27 1.143 23 mortes clínicas demonstradas (Espanha, Itália e Polônia) Canadá 1.084 22 Nunca houve ocorrência Ausente durante o período relatado (erradicada em Brasil 607 12 SC desde 2004) China 502 10 Restrita a certa(s) zona(s) / região(ões) do país Chile 150 3 Nunca houve ocorrência México 65 1 Mortes clínicas demonstradas Austrália 50 1 Nunca houve ocorrência Outros 185 4 Diversas situações Total 5.013 100 Fonte: OIE para situação sanitária, USDA para exportações mundiais e Abipecs para exportações brasileiras. Até o ano de 2000 existiam oficialmente em SC, cerca de 110 granjas de suínos que haviam sido infectadas e/ou usavam vacina para controlar a DA. Entretanto, após a implementação dos protocolos de erradicação1, constatou-se que 1 O Protocolo 1 previa o despovoamento gradual do rebanho e foi aplicado em granjas que apresentavam surto da doença ou tinham prevalência superior a 10% de infecção pelo VDA nos 6 este número estava subestimado (Tabela 2). De fato, até dezembro de 2005 foram investigados 1.022 rebanhos suínos em 986 granjas, envolvendo 80.817 reprodutores, com o seguinte resultado: em 239 (24,16%) rebanhos o VDA foi erradicado por despovoamento/repovoamento; em 81 (8,12%) rebanhos, o VDA foi erradicado por sorologia e 666 (67,72%) rebanhos apresentaram sorologia negativa. Tabela 2. Número de granjas e matrizes envolvidas no programa de erradicação da doença de Aujeszky em Santa Catarina, em 2004. Situação das granjas Número de granjas Número de matrizes Livres 666 38.661 Erradicação por sorologia 81 15.588 Despovoadas 239 26.618 Total 986 80.867 Considerando que na época o Estado de SC tinha cerca de 17.000 rebanhos suínos, a taxa de rebanhos positivos foi de 1,87%. Após o saneamento, o Estado foi reconhecido pela OIE como provisoriamente livre da infecção, sendo que o último caso de infecção pelo VDA em SC ocorreu em junho de 2004. Estes números contrastam significativamente com o provável cenário caso o programa não tivesse sido implementado, no qual estima-se que o número de rebanhos infectados teria aumentado a uma taxa (conservadora) de aproximadamente 10% ao ano, ou entre 30 e 45 novos rebanhos infectados por ano (Fig. 1). 700 N.º de rebanhos infectados 600 Com programa Sem programa 500 400 depovoamento das granjas em jan. e fev. de 2003 primeiro surto em 1984 300 200 início do programa em abr. de 2001 100 último caso de infecção em jun. de 2004 9 8 n/ 0 ja n/ 0 ja 7 n/ 0 ja 6 n/ 0 ja 5 4 n/ 0 ja 3 n/ 0 ja 2 n/ 0 ja n/ 0 ja 1 n/ 0 ja 0 9 n/ 0 ja 8 n/ 9 ja 7 n/ 9 ja n/ 9 ja ja n/ 9 6 0 Fig. 1: Cenários para a evolução da doença de Aujeszky em Santa Catarina reprodutores, enquanto que o Protocolo 2 previa sorologia diferencial por ELISA gpI e foi aplicado nas granjas onde a sorologia para o VDA apresentou prevalência igual ou inferior a 10% nos reprodutores 7 O programa foi coordenado pela Embrapa Suínos e Aves de abril de 2001 a junho de 2006. Após esse período, com o saneamento de todos as granjas identificadas como positivas, a coordenação do programa passou para a Cidasc que tem a responsabilidade de execução do Serviço de Defesa Sanitária Animal no Estado, para dar continuidade as ações visando a obtenção de Certificação como Estado Livre da DA, seguindo as recomendações do Mapa e da OIE. Além destas duas instituições, contou com o apoio financeiro direto e técnico do Sindicarnes-SC Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados no Estado de Santa Catarina – Sindicarnes-SC e da Associação Catarinense de Criadores de Suínos – ACCS. Do ponto de vista econômico há seis benefícios a serem destacados. Para os suinocultores cujos rebanhos foram desinfectados verifica-se um aumento de produtividade (medido em n.º de leitões nascidos, desmamados e terminados por matriz, por ano), bem como uma redução nos custos, tanto em função dos menores gastos com vacinas, quanto que em função dos gastos decorrentes de novos surtos da DA. Este impacto beneficia não apenas os suinocultores, mas também as empresas e cooperativas agroindustriais que fornecem animais, ração e outros insumos através dos esquemas de integração e parceria. Além disso, pode-se destacar outros três benefícios, os quais não foram quantificados neste estudo. O serviço estadual de defesa sanitária executado pela Cidasc pode direcionar seus recursos para outras ações. Por sua vez, o agronegócio exportador se beneficia em termos de poder de barganha nas negociações internacionais, bem como dos efeitos sinérgicos entre as ações do programa e a gestão e a bioseguridade das granjas, as quais receberam investimentos em benfeitorias (carregador de leitões, cerca de isolamento, cordão vegetal e portaria com banho) e cujos proprietários e técnicos receberam capacitação e conhecimento. 3. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS ECONÔMICOS A Unidade utilizou a metodologia do excedente econômico. Os indicadores de Expansão da Produção para Novas Áreas e Agregação de Valor, não se aplicam à tecnologia avaliada. O aumento da produtividade das matrizes em número leitões terminados por matriz/ano, representa um benefício no incremento de produtividade, mas também ocorre uma redução dos custos com utilização de vacinas, uma vez que o programa de erradicação impede o surto e, tornou o Estado de Santa Catarina livre da doença de Aujeszky, sendo estes os dois indicadores de benefícios econômicos impactados. Destacando-se que o método de avaliação do programa de erradicação da DA, conforme foi realizado nos anos anteriores, passou por diversas revisões em 2011 e 2012 e, as referências para os cálculos foram refeitas em toda a série histórica. No que diz respeito ao incremento de produtividade, temos o aumento em dois leitões terminados por matriz/ano no início do programa, devido a erradicação da DA. Para fins deste trabalho, considerou-se este ganho de 2 leitões por matriz até 2012. Sendo que os valores do leitão ao produtor foram obtidos na página do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola de Santa Catarina - CEPA, base estatística, em preços agrícolas e não se considerou custo adicional para esse benefício. Desta forma, para este indicador de impacto e, conforme cenário descrito do acréscimo dos leitões, o ganho proporcionado pelo programa de erradicação é direto, com um excedente unitário de R$ 8,42 por matriz alojada em 2012 (Tabela 3). 8 Tabela 3. Ganhos líquidos unitários por aumento de produtividade. Preço Unidade Rendimento Rendimento Custo Ganho Unitário de Anterior Atual Adicional Unitário Ano R$/Kg Medida Leitão/UM Leitão/UM R$/Leitão R$/UM do leitão (UM) (A) (B) (D) E=[(B-A)xC]-D (C) 2002 16,5000 18,5000 2,2710 4,54 2003 17,0000 19,0000 2,9057 5,81 2004 17,5000 19,5000 3,7894 7,58 2005 18,2000 20,2000 4,0159 8,03 2006 19,5000 21,5000 2,7915 5,58 Matriz 2007 19,5000 21,5000 3,0000 6,00 (cabeça) 2008 19,5000 21,5000 4,2200 8,44 2009 20,5000 22,5000 3,5000 7,00 2010 21,5000 23,0000 4,0700 6,11 2011 22,0000 24,0000 4,0100 8,02 2012 22,0000 24,0000 4,2105 8,42 A área de abrangência do programa, para fins de cálculo dos benefícios econômicos, com rebanhos médios de 200 matrizes, evoluiu de 19 rebanhos em 2002 para 774 em 2012, com a ocorrência de 57 novos casos por ano (hipótese), totalizando-se 154.800 matrizes que teriam sido protegidas em Santa Catarina (2011). Desta forma, com base no ganho unitário (Tabela 3), temos um benefício regional de R$166.200,00 atribuídos aos esforços da Embrapa, somente em 2012 (tabela 4). Observando-se que em 2006, a Embrapa passou gradativamente a responsabilidade sobre o programa de erradicação da DA, para o Centro de Diagnóstico de Sanidade Animal - Cedisa e, desta forma, a participação direta da Embrapa mudou de 70% em 2006, para estimados 25% dos recursos e esforços empregados em 2007, permanecendo assim até 2012 (Tabela 4). Tabela 4. Benefícios econômicos com aumento de produtividade na região. Ganho Participação Líquido Adoção: Área total de Benefício Ano da Embrapa Embrapa Rebanho de Adoção: Econômico - % (F) R$/UM 200 Matrizes UM (H) R$ I=(GxH) G=(ExF) 2002 70% 3,18 19,00 3.800,00 12.084,00 2003 70% 4,07 165,00 33.000,00 134.310,00 2004 70% 5,31 389,00 77.800,00 413.118,00 2005 70% 5,62 470,00 94.000,00 528.280,00 2006 70% 3,91 514,00 102.800,00 401.948,00 2007 25% 1,50 559,00 111.800,00 167.700,00 2008 25% 2,11 607,00 121.400,00 256.154,00 2009 25% 1,75 660,00 132.000,00 231.000,00 2010 25% 1,53 717,00 143.400,00 291.402,00 2011 25% 2,01 774,00 154.800,00 311.148,00 2012 25% 2,11 831,00 166.200,00 350.682,55 3.097.826,55 9 Os benefícios econômicos unitários da redução de custos com vacinas, são de R$7,71 por matriz, em 2012, tendo sido calculados com base em informações internas sobre preço e número de aplicações/ano (entrevistas com especialistas), sendo que a metodologia também foi aplicada para os anos anteriores, conforme índice de inflação (Tabela 5). Os benefícios econômicos da redução de custos para a região foram calculados com base na diferença entre a evolução verificada do número de rebanhos infectados (de aproximadamente 320 em 2002 para nenhum a partir de junho de 2004), Figura 1, e a estimativa de evolução caso o programa não tivesse sido implementado, de 19 rebanhos em 2002 para 831 em 2012 (Tabela 6). Tabela 5. Ganhos líquidos unitários por redução de custos com vacinas. Custo Custo Economia Unidade de Preço da anterior p/ atual p/ Doses / UM Obtida Ano Medida Vacina em UM com UM sem Atual (B) R$/UM (UM) R$ (A) Vacina Vacina E=C-D (C=AxB) (D) 2002 2,400 2,300 5,520 5,52 2003 2,400 2,300 5,520 5,52 2004 2,400 2,300 5,520 5,52 2005 2,500 2,300 5,750 5,75 2006 2,600 2,300 5,980 5,98 Matriz 2007 2,800 2,300 6,440 6,44 (cabeça) 2008 3,000 2,300 6,900 6,90 2009 3,000 2,300 6,900 6,90 2010 3,000 2,300 6,900 6,90 2011 3,200 2,300 7,360 7,36 2012 3,350 2,300 7,705 7,71 Observando-se que, o benefício acumulado com redução de custos para a região, desde o início do programa em 2002, soma cerca de 2,723 milhões de reais. Somente em 2012 o programa de erradicação da DA foi responsável diretamente por uma economia de R$ 320.766,00, abrangendo 166.200,00 matrizes (tabela 6). Os benefícios econômicos obtidos com a implementação do programa, sejam eles, o aumento de produtividade com estimados 2 leitões a mais por matriz na ausência da doença e, redução de custos com vacinas, juntos somam o montante de R$ 671.448,55 reais para 2012. São cerca de 5,8 milhões de reais acumulados como benefícios econômicos na região, desde 2002 até 2012. 10 Tabela 6. Benefícios econômicos com redução de custos para a região. Ganho Adoção: Participação Líquido Área de Rebanho Área total Benefício Ano da Embrapa Embrapa - Adoção em de de Adoção: Econômico - % (F) R$/UM (UM) 200 UM (C) R$ (F) G=(FxE) Matrizes 2002 70% 3,86 19,0000 3.800,00 14.668,00 2003 70% 3,86 165,0000 33.000,00 127.380,00 2004 70% 3,86 389,0000 77.800,00 300.308,00 2005 70% 4,03 470,0000 94.000,00 378.820,00 2006 70% 4,19 514,0000 102.800,00 430.732,00 Matriz 2007 25% 1,61 559,0000 111.800,00 179.998,00 (cabeça) 2008 25% 1,73 607,0000 121.400,00 210.022,00 2009 25% 1,73 660,0000 132.000,00 228.360,00 2010 25% 1,73 717,0000 143.400,00 248.082,00 2011 25% 1,84 774,0000 154.800,00 284.832,00 2012 25% 1,93 831,0000 166.200,00 320.766,00 2.723.968,00 4. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS SOCIAIS A Unidade utilizou a metodologia AMBITEC-Social ( X ) sim ( ) não. 4.1. Aspecto Emprego O indicador “Capacitação” apresenta coeficiente de impacto no valor de 10,0 (Tabela 7), conforme entrevistas realizadas com especialistas e produtores (3 especialistas e 201 produtores, tabela 14). O aspecto capacitação foi considerado o mais importante, tendo em vista as ações desenvolvidas junto a produtores, aos técnicos das agroindústrias e da extensão rural pública e aos técnicos do órgão de defesa sanitária. Além das visitas às granjas para coleta de material e esclarecimentos, foram realizadas 18 palestras e seminários e dois cursos de treinamento para veterinários e técnicos, aos quais coube a difusão do conhecimento para os suinocultores. Apesar disso, uma das principais dificuldades encontradas foi a falta de mão-de-obra oficial especializada para acompanhar e orientar todos os procedimentos operacionais nas granjas infectadas e para fiscalizar o transporte de suínos para reposição. No caso do indicador “Oportunidade de Emprego Local Qualificado”, temos o coeficiente com resultado médio geral de 3,7 (Tabela 7), conforme entrevistas realizadas com especialistas e produtores (3 especialistas e 201 produtores, tabela 14). O impacto relacionado a adoção da tecnologia (curso) é positivo e, afetando principalmente quanto a origem do trabalhador, regional e, também temos impacto na qualificação para a atividade, tendo em vista as implicações do programa para a rentabilidade das granjas infectadas. Quanto ao indicador “Oferta de Emprego e 11 Condição do Trabalhador”, temos o coeficiente no valor de 2,8, com atributos referentes a condição do trabalhador, também é afetado no que diz respeito ao engajamento familiar e ao tipo de trabalho permanente. A adoção da tecnologia não altera a relação de trabalho nem a organização da produção ao longo da cadeia produtiva, por isso não se aplica o indicador “Qualidade do emprego”. 4.2. Aspecto Renda O indicador “Geração de Renda no Estabelecimento” apresenta coeficiente com resultado médio de 3,8 (Tabela 7), conforme entrevistas realizadas com especialistas e produtores (3 especialistas e 201 produtores, tabela 14). A partir da adoção da tecnologia, identificou-se impactos positivos no montante da renda, uma vez que com a adoção do programa, reduziu-se a mortalidade nas maternidades das granjas, bem como, problemas respiratórios nas creches e problemas com produtividade em geral, trazendo mais lucro para os produtores. Para o indicador “Diversidade de Fontes de Renda”, não foi identificado impacto. Mas para o último indicador do aspecto renda, que diz respeito ao “Valor da Propriedade”, temos um impacto percebido de forma mais expressiva, com coeficiente no valor de 4,0 (Tabela 7), conforme entrevistas realizadas com especialistas e produtores (3 especialistas e 201 produtores, tabela 14) e está relacionado aos investimentos em benfeitorias (ligados à biosseguridade da granja), bem como à valorização dos preços das carcaças (maior porte) quando nas transações comerciais. 4.3. Aspecto Saúde Nos indicadores “Saúde Ambiental e Pessoal” e “Segurança e Saúde Ocupacional”, para os especialistas e produtores entrevistados (3 especialistas e 201 produtores, tabela 14), não foram percebidos impactos nos riscos para a saúde do trabalhador e do ambiente, por isso, não se aplicam estes itens. Quanto ao indicador “Segurança Alimentar”, temos impacto com coeficiente no valor de 3,0 (Tab. 7), conforme entrevistas realizadas, está relacionado a garantia da produção, especialmente quanto a questão sanitária envolvida e, também no que diz respeito a quantidade de alimento, com diminuição da mortalidade e melhoria do desempenho zootécnico dos suínos. 4.4. Aspecto Gestão e Administração O indicador “Dedicação e Perfil do Responsável” apresenta impacto positivo com coeficiente no valor de 5,0 (Tab. 7), conforme entrevistas realizadas com especialistas e produtores (3 especialistas e 201 produtores, tabela 14). A mudança está nas variáveis que dizem respeito a capacitação dirigida à atividade e ao engajamento familiar, efeito do programa na dedicação do suinocultor para a atividade. Quanto ao indicador “Condição de Comercialização” tem-se o impacto positivo geral com coeficiente de 0,7, menos expressivo, mas neste caso, a tecnologia afeta de forma singular as relações de cooperação, melhorando a 12 interação entre produtores locais numa questão sanitária que depende da participação de todos. O indicador “Disposição de Resíduos” é percebido pelos entrevistados (especialistas e produtores: 3 especialistas e 201 produtores, tabela 14), de forma expressiva, valor do coeficiente de impacto em 3,0 (Tab. 7). Conforme entrevistas realizadas com especialistas (3 entrevistas). Ressalta-se que uma das conseqüências da política/ programa foi a redução na geração de resíduos, na forma de carcaças condenadas/ mortalidade, conforme se dava a erradicação de plantéis com elevado nível de infecção. Por fim, temos o indicador “Relacionamento Institucional”, com coeficiente médio de impacto positivo no valor de 5,0, percebido de forma expressiva pelos entrevistados. Refere-se principalmente a utilização de assistência técnica e a fomentação do cooperativismo. 4.5. Impacto Social - Análise Agregada A avaliação dos impactos sociais foi realizada a partir de três entrevistas com especialistas (dois pesquisadores e outro analista da Embrapa Suínos e Aves), os quais chegaram a um consenso nas suas respostas. O impacto social é positivo (coeficiente de 3,16 na Tabela 7). O aspecto capacitação é o mais importante, tendo em vista as ações desenvolvidas junto a produtores, aos técnicos das agroindústrias e da extensão rural pública e aos técnicos do órgão de defesa sanitária. Além das visitas às granjas para coleta de material e esclarecimentos, foram realizadas 18 palestras e seminários e dois cursos de treinamento para veterinários e técnicos, aos quais coube a difusão do conhecimento para os suinocultores. Apesar disso, uma das principais dificuldades encontradas foi a falta de mão-de-obra oficial especializada para acompanhar e orientar todos os procedimentos operacionais nas granjas infectadas e para fiscalizar o transporte de suínos para reposição. Também foram considerados importantes os impactos na gestão e administração do estabelecimento suinícola, seja pelos efeitos do programa na dedicação do suinocultor para a atividade, seja pela maior e melhor interação com os órgão oficiais de defesa sanitária e de extensão rural. Também merecem destaque os impactos positivos no montante da renda e no valor da propriedade a partir dos investimentos realizados em benfeitorias (ligados à bioseguridade da granja). 13 Tabela 7. Impactos sociais Indicadores Capacitação Oportunidade de emprego local qualificado Oferta de emprego e condição do trabalhador Qualidade do emprego Geração de Renda do estabelecimento Diversidade de fonte de renda Valor da propriedade Saúde ambiental e pessoal Segurança e saúde ocupacional Segurança alimentar Dedicação e perfil do responsável Condição de comercialização Reciclagem de resíduos Relacionamento institucional Total Não se aplica Especialistas e produtores 10,0 3,7 2,8 X 3,8 X 4,0 X X 3,0 5,0 0,7 3,0 5,0 3,16 A adoção da tecnologia não altera a relação de trabalho nem a organização da produção ao longo da cadeia produtiva, por isso não se aplica o item “Qualidade do emprego”. Além disso, também não se verificam impactos nos riscos para a saúde do trabalhador e do ambiente, por isso não se aplicam os itens “Saúde ambiental e pessoal” e ”Segurança e saúde ocupacional”. Também não se identificou impacto na diversificação das fontes de renda. 5. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS NA GERAÇÃO DE EMPREGOS De forma específica, o programa atingiu 986 granjas, com um emprego estimado de 1.347 ocupados diretos. Destas, 320 estavam infectadas, envolvendo 703 empregos diretos. Após o processo de erradicação (por sorologia e despovoamento), constatou-se que 64 granjas saíram da atividade, envolvendo 150 empregos diretos, correspondendo a 6,5% das granjas e 11,2% dos empregos diretos beneficiados pelo programa. Além disso, 39 granjas saíram da produção de leitões (em ciclo completo ou em unidade de produção de leitões) e se especializaram no processo de crescimento-terminação, provavelmente por restrições de escala e de recursos (financeiros, humanos e terra). Entretanto, deve-se considerar que a crise na suinocultura que durou até o primeiro semestre de 2004 também foi determinante para esse processo de desligamento e especialização. Assim, conclui-se que o programa gera um impacto positivo (e significativo) no nível de emprego por fortalecer a competitividade sistêmica da cadeia produtiva da carne suína. Entretanto, apesar de manter na atividade a maioria dos beneficiados diretos, e apesar da avaliação positiva dos especialistas apontada acima, acarretou a saída da atividade daqueles suinocultores menos capitalizados que não conseguiram acompanhar o processo de erradicação da DA, mas que provavelmente também não estavam acompanhando outros processos como o 14 incremento tecnológico, o aumento de escala e as crescentes pressões para a adequação à legislação ambiental. Estima-se que o impacto sobre o nível de emprego seja elevado tendo em vista as implicações do programa para a rentabilidade das granjas infectadas, bem como para o poder de barganha das agroindústrias exportadoras no mercado internacional. Entretanto, não é possível estimar este valor tendo em vista que o nível de emprego direto e indireto varia em função de inúmeros fatores conjunturais, evolução tecnológica e deslocamentos regionais. 5.1 EMPREGOS GERADOS EM 2012: 0 empregos 6. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS A Unidade utilizou a metodologia AMBITEC ( X ) sim ( ) não. 6.1. Alcance da Tecnologia O objetivo do projeto é a erradicação da Doença de Aujeszky (DA) no estado de Santa Catarina (SC), com a meta de sanear os rebanhos infectados e a erradicação total até 2004. A partir de 2002, optou-se pelo despovoamento gradativo dos rebanhos com alta taxa de infecção (>10%) e conseqüente indenização do lucro cessante. Nos demais rebanhos (taxa de infecção ≤10%) a erradicação ocorreu por sorologia diferencial. No total foram avaliados 1.022 rebanhos suínos. O VDA foi erradicado por despovoamento/repovoamento em 23,3% deles e por sorologia em 7,9%. Em 65,3% dos rebanhos a sorologia foi negativa e considerados livres da infecção. Após o saneamento, o Estado foi reconhecido pela Organização Internacional de Epizootia (OIE) como provisoriamente livre da infecção. O último caso de infecção pelo vírus da doença de Aujeszky (VDA) em SC ocorreu em junho de 2004. 6.2. Aspecto Eficiência Tecnológica O indicador “Uso de Insumos Materiais”, apresentou coeficiente no valor de 10,5 (Tabela 8), conforme entrevistas realizadas com especialistas e produtores (3 especialistas e 201 produtores, tabela 14). Este impacto refere-se ao fato de que a erradicação da doença no Estado trouxe conseqüências diretas no uso de medicamentos em sistemas produtivos, ou seja, deixou-se de consumi-los. Quanto aos indicadores de “Uso de Energia” e “Uso dos Recursos Naturais”, não foram percebidos impactos a partir da adoção do programa de erradicação da Doença de Aujeszky ou, os indicadores não se aplicam a tecnologia avaliada. 15 6.3. Aspecto Conservação Ambiental Não foram identificados impactos nos indicadores ligados a conservação ambiental, sejam eles “Atmosfera”, “Qualidade do solo”, “Qualidade da água” ou “Biodiversidade”. 6.4. Aspecto Recuperação Ambiental A exemplo do aspecto de conservação ambiental, a recuperação ambiental também não tem impacto percebido pelos entrevistados. Seja nas variáveis de degradação do solo ou ecossistemas, bem como nas Áreas de Proteção Permanente ou nas Reservas Legais. 6.5. Aspecto Bem-estar e Saúde Animal O indicador de “Bem-estar Animal Sob Pastejo” não se aplica a tecnologia avaliada, uma vez que o programa de erradicação da D.A. é direcionado a suinocultura industrial, em escala e confinamento. Quanto ao indicador “Bem-estar Animal Sob Confinamento”, temos neste caso um impacto expressivo com valor de 6,0 (Tab. 8), conforme entrevistas realizadas com especialistas e produtores (3 especialistas e 201 produtores, tabela 14). Uma vez que, estando a doença erradicada, consequentemente, os rebanhos não mais estariam expostos ao agente causal e aos sintomas inerentes a esta, desta forma o bem-estar e saúde dos animais é favorecido nas variáveis de segurança sanitária do recinto/ reduzindo-se enfermidades e melhorando a assepsia animal. 6.6. Aspecto Qualidade do Produto O aspecto “Qualidade do Produto”, também não tem impacto percebido pelos entrevistados. Seja nas variáveis de aditivos ou resíduos químicos presentes na carne, bem como nos contaminantes biológicos. Muito embora este aspecto possa estar diretamente ligado aos resultados da erradicação da D.A., os entrevistados especialistas não apontaram impacto através da metodologia Ambitec. 6.7. Capital Social O aspecto “Capital Social” não se aplica a esta tecnologia, uma vez que, para fins deste trabalho, o módulo utilizado foi o Ambitec - Produção Animal. 6.8. Impacto Ambiental - Análise Agregada A avaliação dos impactos ambientais foi realizada a partir de três entrevistas com especialistas (dois pesquisadores e outro analista da Embrapa Suínos e Aves), e 201 produtores (tabela 14). 16 O impacto ambiental é positivo (coeficiente de 1,49 na Tabela 8). O aspecto eficiência tecnológica é o mais importante. Considera-se que a erradicação da doença no Estado trouxe conseqüências diretas no uso de medicamentos pelos sistemas produtivos, ou seja, deixou-se de consumi-los. Tal fato explica o índice de 10,5 para o indicador (Tabela 8). Por outro lado, estando a doença erradicada, consequentemente, os rebanhos não mais expostos ao agente causal e aos sintomas inerentes a esta, o bem-estar e saúde dos animais apresentará um melhor estado de qualidade. Tabela 8. Impactos ambientais Indicadores Uso de agroquímicos/insumos químicos e ou materiais Uso de energia Uso de recursos naturais Atmosfera Qualidade do Solo Qualidade da Água Biodiversidade Recuperação ambiental Qualidade do produto Capital Social Bem-estar e saúde do animal Total Não se aplica Especialistas /Produtores 10,5 X X X X X X X X X 6,0 1,49 O índice de impacto ambiental da tecnologia é positivo, apesar de ser um índice moderado. Ressalta-se que uma das conseqüências da política foi a geração de resíduos, na forma de carcaças, devido a prática de erradicação de plantéis com elevado nível de infecção. Estes resíduos não foram aqui considerados, mas sim na avaliação do impacto social. Por outro lado, a erradicação tem como conseqüência uma menor geração de dejetos animais no Estado, o que ambientalmente seria positivo, mas também não foi considerado pelos especialistas nas respostas. 7. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS SOBRE CONHECIMENTO, CAPACITAÇÃO E POLÍTICO-INSTITUCIONAL O desenvolvimento da tecnologia trouxe significativos impactos sobre o conhecimento, a capacitação e no âmbito político-institucional (Tabela 9). Os principais benefícios na capacitação das equipes e na capacidade de formar redes e de estabelecer parcerias estão relacionados à interação e cooperação entre Embrapa, Cidasc e as áreas técnicas das agroindústrias. Se estendendo para a socialização do conhecimento gerado na Embrapa para os veterinários de campo e os próprios suinocultores. Foram 18 palestras e seminários, além de dois cursos 17 ministrados em 2002 de treinamento para implementação dos procedimentos de despovoamento das granjas infectadas e posterior limpeza, desinfeção, vazio sanitário e repovoamento das granjas despovoadas. Tabela 9. Impacto sobre o Conhecimento, Capacitação e Político-Institucional Não se Indicadores / Foram realizadas 3 entrevistas Avaliador aplica Nível de geração de novos conhecimentos 1 Grau de inovação das novas técnicas e métodos gerados X Nível de intercâmbio de conhecimento 1 Diversidade dos conhecimentos aprendidos 1 Patentes protegidas X Artigos técnico-científicos publicados em periódicos 1 indexados Teses desenvolvidas a partir da tecnologia 1 Capacidade de se relacionar com o ambiente externo 1 Capacidade de formar redes e de estabelecer parcerias 3 Capacidade de compartilhar equipamentos e instalações 1 Capacidade de socializar o conhecimento gerado 3 Capacidade de trocar informações e dados codificados 1 Capacitação da equipe técnica 3 Capacitação de pessoas externas 3 Mudanças organizacionais e no marco institucional 3 Mudanças na orientação de políticas públicas 1 Relações de cooperação público-privada 1 Melhora da imagem da instituição 3 Capacidade de captar recursos 3 Multifuncionalidade e interdisciplinaridade das equipes 1 Adoção de novos métodos de gestão e de qualidade 1 Escala: Muito negativo (-3): redução de mais de 75%; Negativo (-1): redução de mais de 25% e menos de 75%; Sem mudança (0): sem alteração ou alterações que representam reduções ou aumentos menos de 25%; Positivo (1): aumento de mais de 25% e menos de 75%; Muito positivo (3): aumento de mais de 75%. Em termos político-institucionais, destacam-se três questões: mudanças no marco institucional tendo em vista que o programa deu origem ao Plano Nacional para Erradicação da Doença de Aujeszky (IN 08/2007 do Mapa) e a programas estaduais já implementados no Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul; melhora na imagem da instituição no conjunto dos atores da cadeia produtiva, assim como no sistema nacional de pesquisa agropecuária (forma três premiações em 2003, 2004 e 2005); e, capacidade de captar recursos através de parcerias (ver detalhamento dos custos a seguir). Por fim, na geração de novos conhecimentos destaca-se o aprendizado na elaboração, negociação e implementação de programas de erradicação de doenças na produção animal. Sobretudo no que diz respeito à seriedade (prazos e valores) dada às indenizações pagas aos suinocultores atingidos pelo programa. Além de teses e artigos científicos publicados. 18 8. AVALIAÇÃO INTEGRADA E COMPARATIVA DOS IMPACTOS GERADOS O Programa de erradicação da doença de Aujeszky no Estado de Santa Catarina atingiu o objetivo no ano de 2004 conforme meta inicial. Os protocolos de erradicação e as ações de educação sanitária e vigilância sanitária foram eficientes na eliminação do VDA de rebanhos infectados. O resultado foi o fortalecimento da competitividade e do poder de barganha da cadeia produtiva da carne suína no mercado internacional. Os benefícios (sistêmicos) se estendem dos suinocultores e agroindústrias para o conjunto da cadeia produtiva e, também, para os órgãos oficiais de defesa animal, pesquisa e extensão. Os benefícios econômicos mensurados, de R$ 5,8 milhões desde o início do programa e de cerca de R$ 671 mil em 2012, decorrem dos impactos positivos na produtividade das matrizes e da redução nos custos com vacinas e com a debelação de novos surtos. Esses benefícios tendem a aumentar ao longo dos anos em função da estimativa de propagação da DA, caso o programa não tivesse sido implementado. Também merecem destaque os impactos sociais em função da capacitação, da maior dedicação do suinocultor e da sua melhor interação com os órgão oficiais, bem como dos investimentos realizados em benfeitorias ligados à bioseguridade da granja. Do ponto de vista ambiental, apesar dos ganhos de eficiência e do potencial de redução de resíduos, considera-se que a metodologia proposta não seja a mais adequada para avaliar programas desta natureza. Além disso, as implicações sobre o marco institucional (base para programa nacional de erradicação), a capacitação das equipes do projeto, a imagem da instituição e sua capacidade de captar recursos foram positivas para a Unidade, sua inserção na cadeia produtiva e sua relação com outras instituições, sobretudo na área de defesa animal. 9. CUSTOS E RECEITAS DA TECNOLOGIA O total de recursos financeiros investidos no programa foi de 8,7 milhões de reais, sendo a principal fonte o Fundo Estadual de Desenvolvimento da Suinocultura, seguida Secretaria Estadual da Agricultura através da Cidasc e da Embrapa através do Macroprograma 3. A principal finalidade dos recursos foi o pagamento de indenizações e subsídios aos suinocultores, seguido de exames laboratoriais e compra de vacinas (Tabela 10). Além destes valores, estima-se que a Embrapa tenha incorrido em custos com pessoal (pesquisadores, analistas e técnicos de campo) e administrativos de cerca de 1,2 milhões de reais entre 2001 e 2006 (Tabela 11). Não se dispõe desses valores para os demais parceiros do programa, por isso não foram contabilizados. Estes gastos se encerram em junho de 2006, porque a partir deste mês, após o saneamento de todos as granjas identificadas como positivas, a coordenação do programa passou para a Cidasc. 19 Tabela 10. Recursos financeiros aplicados para o desenvolvimento do Programa de Erradicação da doença de Aujeszky até dezembro de 2004, ano da erradicação da doença. Instituição (fonte) Finalidade (usos) Total indenizações aos produtores por lucro cessante 4.282.777,70 - subsídio à reposição de reprodutores - exames laboratoriais - vacina contra a DA 4.097.767,14 - contratação de um veterinário Sub-total 8.380.544,84 - coordenação do programa - exames e insumos laboratoriais 83.000,00 - combustível - colheita de sangue - visitas de investigação epidemiológica - acompanhamento e vigilância 234.727,00 vistorias dos rebanhos infetados - combustível, desinfetantes e mão-de-obra 8.698.271,84 Participação Fundo estadual de desenvolvimento da suinocultura Embrapa (Macroprograma 3) Secretaria da Agricultura de Santa Catarina / Cidasc Total 49% 47% 96% 1% 3% 100% Tabela 11 – Demonstração dos custos Programa de Erradicação da doença de Aujeszky (Histórico 2001 - 2012). ANO 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Total Custos com Custos Depreciação Custos Pessoal Pesquisa Capital Administração 194.830,36 194.830,36 194.830,36 194.830,36 194.830,36 114.420,22 2.510,50 1.091.082,52 37.236,93 33.800,25 27.227,17 24.396,21 122.660,56 - 5.585,54 5.070,04 4.084,08 3.659,43 18.399,09 Custos Transf. Tecn. - TOTAL 237.652,83 233.700,65 226.141,61 222.886,00 194.830,36 114.420,22 2.510,50 1.232.142,17 Não existem receitas com vendas diretas, ou outras, ou royalties correlacionadas a tecnologia. Entretanto, devemos considerar a economia proporcionada com redução de custos a partir da adoção da tecnologia avaliada. Somente em 2012, temos o valor de R$ 671.448,55 que a sociedade economizou com a adoção do programa avaliado, compreendendo-se a diminuição da mortalidade e a redução dos custos com vacinas. Vale destacar que o benefício 20 econômico acumulado chega ao montante de R$ 4.589.652,38 referentes aos anos de 2001 até 2012 (Tabela 12). Por fim, se considerarmos os custos, então temos um superávit acumulado de R$ 5.821.794,55 referentes a redução de custos para a sociedade (Tabela 12). Tabela 12 – Programa de Erradicação da doença de Aujeszky - Demonstração dos Resultados. ANO Acumulado Doença de Aujeszky 2012 2001-2012 Receitas (R$) Custos Operacionais/ Pesquisa 1.213.743,08 Despesas Administrativas e de TT 18.399,09 Outras Despesas Resultado (1.232.142,17) Benefício Econômico (R$) 671.448,55 5.821.794,55 Resultado com Benefício Econômico 671.448,55 4.589.652,38 Taxa Interna de Retorno (TIR) 61% Tempo (anos) 12 9.1. ANÁLISE CUSTO/BENEFÍCIO Esta tecnologia proporcionou uma relação benefício/custo de R$ 4,72, no período avaliado, de 2001 até 2012, ou seja, para cada real investido, houve um retorno foi de R$ 4,72. A avaliação da TIR nos apresenta a taxa de desconto que faz com que o valor atualizado dos benefícios seja igual ao valor atualizado dos custos. A tecnologia será economicamente viável se a TIR for maior do que o retorno exigido. Caso contrário, a menos que ela tenha impactos sociais e ambientais positivos que compensem o investimento, ela deve ser rejeitada. No período de 12 anos, a TIR foi de 61%, para a tecnologia em avaliação, apresentando impacto econômico altamente positivo. O retorno tão alto é justificado porque os custos são muito baixos em comparação com a receita (Tabela 12). O retorno é tão alto porque os gastos são muito baixos em comparação com a redução de custos. 21 10. AÇÕES SOCIAIS As ações sociais relacionadas a esta tecnologia para fins do Balanço Social da Empresa estão sintetizadas na tabela 13. Tabela 13. Ações sociais ação x x x x x Tipo de ação Ações de filantropia Agricultura familiar Apoio Comunitário Comunidades Indígenas Educação e formação profissional externa Educação e formação profissional interna Meio ambiente e educação ambiental Participação no Fome Zero Reforma Agrária Saúde, segurança e medicina do trabalho Segurança Alimentar 11. FONTE DE DADOS A avaliação de impacto do programa baseou-se nas informações obtidas junto a pesquisadores e técnicos da Embrapa Suínos e Aves para caracterizar o programa, seus benefícios e beneficiários e a área de abrangência. Esta foi calculada a partir da composição do rebanho em Santa Catarina e de estimativas de evolução da doença caso o programa não tivesse sido implementado. Os dados secundários foram obtidos junto a fontes estatísticas oficiais e setoriais. Os preços foram levantados junto à Associação Catarinense de Criadores de Suínos - ACCS (http://www.accs.org.br/), à Companhia Nacional de Abastecimento - Conab (http://www.conab.gov.br) e ao fornecedor de vacinas (escritório de representação comercial da Intervet). A composição do rebanho foi obtida a partir de dados do Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados no Estado de Santa Catarina Sindicarnes-SC, enquanto que a produtividade das matrizes foi obtida a partir dos dados do Levantamento Sistemático da Produção e Abate de Suínos – LSPS desenvolvido pela Embrapa Suínos e Aves em parceria com a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (http://www.cnpsa.embrapa.br/). As entrevistas de coletas de dados e informações qualificados foram realizadas com os pesquisadores responsáveis pelo desenvolvimento da tecnologia, bem como com os produtores de suínos da região de abrangência do programa de erradicação da DA (Tabela 14). 22 Tabela 14 - Número de consultas realizadas por município* Produtor Familiar Produtor Patronal Municípios Estado Pequeno Médio Grande Comercial SC 13 1 4 Itapiranga SC 8 4 2 Seara São SC 5 8 2 13 Miguel do Oeste SC 15 5 6 Videira Braço do SC 1 20 3 11 Norte SC 7 10 1 10 Xanxerê SC 11 13 Concórdia SC 7 5 16 Chapecó Total 56 53 19 73 Especialistas Total 18 14 28 26 35 2 1 3 28 26 29 204 Tendo em vista a natureza do programa e, sobretudo, o fato de terem sido avaliados 1.022 rebanhos bem como realizadas 204 entrevistas através de questionário de investigação epidemiológica em granjas despovoadas, optou-se por não realizar entrevistas com usuários finais. Por fim, para as estimativas dos custos do programa foram realizadas consultas à área orçamentária da Unidade. Os seguintes gastos foram alocados para o programa: - os gastos das instituições participantes foram obtidos a partir de consultas específicas (constantes no relatório final do programa); - para os custos de pessoal alocou-se as despesas com pesquisadores, analistas e técnicos envolvidos (ponderadas por sua dedicação ao programa, entre 30% e 50%); - gastos através do Macroprograma 3 a título de custeio de pesquisa; - não foram considerados custos de depreciação; - 15% do custeio de pesquisa a título de custos administrativos (padrão para todos os projetos da Unidade); - não foram considerados gastos específicos em transferência de tecnologia tendo em vista o caráter do programa e nem mesmo de depreciação de capital. Optou-se por manter os valores nominais sem correção monetária. 23 12. BIBLIOGRAFIA MIELE, M.; MACHADO, J. S. 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