Anemia falciforme: crise vasoclusiva de difícil manejo

Transcrição

Anemia falciforme: crise vasoclusiva de difícil manejo
Anemia falciforme:
crise vasoclusiva de difícil
manejo
Rosana Cipolotti
Professora Associada da Universidade Federal de Sergipe
Abordagem inicial da crise dolorosa
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Abordagem individualizada
Crise dolorosa = Emergência médica
Considerar a experiência prévia do paciente e dos familiares
Usar escala da intensidade da dor
Iniciar analgesia no máximo em 30 minutos após a entrada do
paciente no serviço de urgência.
• Aferir: Pressão arterial
Saturação transcutânea de O2 – se ≤ 95%, oferecer O2
Frequências cardíaca e respiratória
Temperatura
• Diferenciar entre crise dolorosa, STA, AVC, osteomielite,
osteonecrose, tromboembolismo, abdome agudo isquêmico ou
inflamatório, etc
Escalas para avaliação da dor
Conduta na crise dolorosa
• Verificar se já recebeu analgésicos e se existe um plano de
analgesia elaborado pelo médico assistente
• Através da escala de dor, classificar o episódio como:
leve: até 2
moderado: 3 a 6
intenso: 7 ou mais
• Dor moderada sem medicação prévia: opióide fraco (tramadol
ou codeína)
• Dor intensa ou dor moderada que já utilizou analgésico:
opióide forte (morfina ou metadona), IV em bolus
• Junto do opióide associar paracetamol ou diclofenaco (AINH),
exceto se houver contraindicação individual
Conduta na crise dolorosa
• Não utlizar Meperidina/Pentidine (Dolantina®, Dolosal®
Demerol®) pelo risco de crises convulsivas
• Não utlizar corticosteroides se não houver broncoespasmo
• Evitar AINH em gestantes
• Não usar AINH no terceiro trimestre de gestação (risco de
fechamento precoce do ducto arterial do feto)
Doses habituais recomendadas
Seguimento da dor
• Avaliação a cada 30 minutos durante pelo menos 4 horas,
utlizando a escala de dor.
• Se dor persistente ou piora da dor: nova (ou primeira) dose
de opióide forte
• Se dor persistir: considerar outros diagnósticos.
• Associar à prescrição de opióide: laxativo
• Monitorar eventos adversos (especialmente sedação e
depressão respiratória) a cada hora nas primeiras 6 horas e
depois a cada 4 horas
• Serviços que possuem protocolo para uso de “analgesia
controlada pelo paciente”: considerar seu uso se necessitar
doses repetidas de opioide no intervalo de 2 horas.
Esquema de retirada dos opioides
• Com a resolução da dor, reduzir a dose diária de forma lenta
e progressivamente, 20 a 30% da dose total/dia, mantendo o
intervalo da medicação (meia-vida da medicação)
• Alta: após retirada total do opioide parenteral
• Alta com analgésicos não opióides orais
• Reavaliação precoce após a alta para verificar aderência às
recomendações
• Possíveis complicações relacionadas a crises álgicas de
dificil controle: STA, AVC, infecção (especialmente
osteomielite), sequestro esplênico, isquemia de mesentério

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