Apresentação Guilherme Leão
Transcrição
Apresentação Guilherme Leão
A Indústria Mineira: desempenho setorial e perspectivas para 2014-2015 Sumário Desempenho em 2014: PIM, INDEX, PIMES, Sondagem Evolução recente da economia e indústria mineira (5 anos) Expectativas para 2014 e 2015 – Indústria Geral e Setores Desempenho Regional em função da estrutura industrial Fundamentos para o baixo crescimento industrial recente Evolução recente da economia - PIB PIB Industrial (% mesmo trimestre do ano anterior) • O PIB de Minas Gerais apresentou crescimento de 0,8% no 1º trimestre de 2014, patamar superior ao verificado para o Brasil (0,2%). • Seguindo a tendência observada na produção física, o bom resultado de Minas foi influenciado pelo desempenho da indústria. 15,4 5,0 4,9 3,8 2,1 0,8 0,0 -0,4 -0,1 -0,9 -11,6 I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV I 2009 2010 2011 2012 2013 2014 PIB Industrial (% mesmo trimestre do ano anterior) 21,8 6,8 1,5 4,9 4,0 3,8 0,6 0,2 -1,6 -2,4 -21,2 I II III IV 2009 I II III IV 2010 Fonte: IBGE e FJP. I II III IV 2011 I II III IV 2012 I II III IV 2013 I 2014 Evolução recente da economia - PIB 1T14/4T13* 1T14/1T13 Acum. 4T PIB Indústria Geral Extrativo Transformação 0,8 2,7 1,1 1,2 4,0 0,6 2,9 10,8 0,0 1,0 1,4 1,3 Construção Energia e Civil Saneamento -0,1 -0,6 0,1 0,9 12,0 -1,4 • O bom desempenho da indústria foi explicado pelo desempenho do setor extrativo mineral estadual e a indústria de transformação. • Apesar do melhor resultado observado em Minas Gerais, ainda há muitas incertezas no cenário setorial para prognosticar um melhor desempenho da indústria mineira frente ao Brasil em 2014. Fonte: IBGE e FJP. Evolução recente da economia (PIB – acum. 5 anos) Taxa de Crescimento dos Setores Econômicos no PIB de Minas Gerais e do Brasil (%) - Acumulado (2009-2013) PIB 10,8 14,0 Minas Brasil Agropecuária 13,8 12,4 Serviços 15,0 15,2 Indústria 0,6 6,9 Taxa de Crescimento do PIB Industrial de Minas Gerais e do Brasil (%) Acumulado 2009-2013 • No acumulado dos últimos 5 anos (2009 – 2013), entretanto, o PIB Minas Gerais cresceu 3,3 pp abaixo do Brasil. • O menor crescimento foi puxado pelo baixo desempenho da indústria estadual. • O tímido crescimento na indústria mineira nos últimos 5 anos (0,6%) se deve exclusivamente ao bom desempenho do setor de construção civil. • Serviços Industriais de Utilidade Pública – SIUP registrou queda de 0,8% no período (2009 – 2013) em Minas Gerais (no Brasil, crescimento de 20,7%). 18,3 16,6 9,8 6,9 0,9 0,6 -6,3 Ind. Geral Ind. Extrativa Brasil Fonte: IBGE e FJP. -1,5 Ind. de Construção Civil Transformação Minas Gerais Estrutura do PIB por atividade econômica Participação dos Setores Econômicos no PIB de Minas Gerais e do Brasil (%) - (2004-2011) Indústria Agropecuária Serviços Minas Gerais 2011 Média (2008-2011) Média (2004-2007) Brasil 2011 Média (2008-2011) Média (2004-2007) Total Extrativa Transformação Construção SIUP 8,1 7,9 7,7 51,0 51,4 51,4 28,8 28,3 28,2 7,0 5,0 2,8 13,4 15,1 16,6 5,3 5,0 4,5 3,1 3,1 4,3 4,7 4,7 5,0 57,1 57,2 56,0 23,5 23,6 24,8 3,5 2,6 2,1 12,4 13,6 15,3 4,9 4,7 4,2 2,6 2,7 3,2 • Os resultados do PIB nos últimos 5 anos revelam os efeitos da maior densidade industrial do estado frente a média brasileira. Fonte: IBGE e FJP. Desempenho industrial Desempenho industrial Brasil e Minas Gerais- 1º quadrimestre de 2014 (% mesmo período de 2013) Indústria Geral Brasil PIM Faturamento Emprego(*) -1,2 -2,0 Minas Gerais 1,6 -4,6 -1,3 Indústria Extrativa Brasil 3,9 -1,5 Minas Gerais 8,9 -12,5 -1,6 Indústria de Transformação Minas Brasil Gerais -1,8 -0,7 0,7 -4,0 -2,0 -1,3 • O primeiro quadrimestre de 2014 mostra comportamento instável na produção da indústria, seja no Brasil ou em Minas Gerais. • O melhor desempenho de Minas Gerais frente ao Brasil no acumulado/2014 é explicado pela produção física da indústria extrativa mineral. • No faturamento real, a trajetória é de queda, indicador de que a indústria tem dificuldades para repassar aumentos de custos. • O emprego industrial também indica perda de dinamismo frente ao mesmo período de 2013. (*) variação trimestral Desempenho da Indústria de Transformação Brasil e Minas Gerais - 1º quadrimestre de 2014 (% mesmo período de 2013) 0,7 -0,7 -1,3 -1,8 -2,0 Brasil -4,0 PIM Faturamento Minas Gerais Emprego(*) Fonte: IBGE (PIM e PIMES) e FIEMG Index (Faturamento Real – Deflator IPA/OG – FGV). Produção Industrial Destaques Setoriais na Indústria Transformação (% acum. 12 meses – Abril/14 ) MINAS GERAIS BRASIL Fonte: IBGE Máquinas para Escritório e Equip. Informática 8,6% Máquinas e Equipamentos 14,6% Perfumaria, sabões e produtos de limpeza 4,4% Refino de petróleo e álcool 5,7% Refino de petróleo e álcool 4,2% Alimentos 5,4% Máquinas e Equipamentos 2,6% Celulose, papel e produtos de papel 2,7% Outros produtos químicos 2,5% Têxtil 2,1% Bebidas -1,7% Metalurgia Básica 0,0% Têxtil -2,6% Bebidas -3,2% Produtos de metal, excl. máquinas e equipamentos -4,6% Outros produtos químicos -5,0% Edição, impressão e reprodução de gravações -5,0% Veículos Automotores -6,2% Fumo Produtos de metal, excl. máquinas e equip. -10,2% -5,3% Desempenho industrial Produção Física - Ind. Geral (var. mensal com ajuste sazonal) Brasil e Minas Gerais 7,2 2,3 1,2 -1,0 -3,5 -2,4 -6,7 -1,0 -0,3 -1,9 -7,6 • Os resultados recentes para Minas Gerais mostram um padrão de irregularidade na produção física. Com isso, o nível de produção de abril de 2014 encontra-se 7,3% abaixo do observado em julho de 2008, antes da crise internacional (-2,5% no Brasil). • Movimentos grevistas em maio e a provável queda de produtividade no mês de junho (função da Copa), devem afetar o desempenho da indústria no 2º trimestre de 2014. Fonte: IBGE (PIM e PIMES) e FIEMG Index (Faturamento Real – Deflator IPA/OG – FGV). 10 Faturamento Faturamento Real MG 150,00 140,00 130,00 120,00 110,00 100,00 Fat.Dessaz abr/14 jan/14 out/13 jul/13 abr/13 jan/13 out/12 jul/12 abr/12 jan/12 out/11 jul/11 abr/11 jan/11 out/10 jul/10 abr/10 jan/10 out/09 jul/09 abr/09 jan/09 out/08 jul/08 abr/08 jan/08 90,00 Média Móvel Semestral • Faturamento real da indústria mineira recuou 5,2% em abril frente a março (- 0,97% com ajuste sazonal), influenciado pela redução das vendas no mercado interno e externo. • No 1º quadrimestre do ano comparado ao mesmo período 2013, houve decréscimo de 4,63% na variável. • O nível do faturamento real da indústria evolui para patamares inferiores aos padrões de 2008. 11 Faturamento - Influência Faturamento - Variação (em %) x Influência (em p.p.) Jan a Abril / 2014 0,29 0,99 0,38 7,73 31,84 0,38 3,72 0,22 15,19 (7,62) (0,12) (4,86) (0,14) (4,13) (0,17) (20,96) (12,46) (0,87) Extrativa Mineral Produtos de Metal Minerais Não Metálicos Couro e Calçados Vestuário e Acessórios Bebidas Produtos Farmacêuticos Produtos Alimentícios Máquinas e Equipamentos Metalurgia Básica Produtos Químicos (0,32) (18,26) (5,69) Veículos Automotores 23,45 0,43 2,57 maior influência negativa maior influência positiva Variação Influência • A maior influência negativa no acumulado até abril/2014 foi observada no setor Veículos Automotores, seguido da Indústria Extrativa. • Em ambos os setores observam-se perda de dinamismo tanto no mercado interno quanto externo. 18 Utilização da Capacidade Instalada NUCI - MG e Brasil 90,00 88,00 86,00 84,00 82,00 80,00 78,00 76,00 74,00 72,00 NUCI_MG abr/14 jan/14 out/13 jul/13 abr/13 jan/13 out/12 jul/12 abr/12 jan/12 out/11 jul/11 abr/11 jan/11 out/10 jul/10 abr/10 jan/10 out/09 jul/09 abr/09 jan/09 out/08 jul/08 abr/08 jan/08 70,00 NUCI_BRA • O Nível de Utilização da Capacidade Instalada – NUCI mostra estabilidade desde início de 2013, oscilando entre 84% e 86%, patamar mais alto em MG frente ao Brasil pela característica de sua indústria. • Como no faturamento, este patamar do NUCI mostra-se inferior ao verificado em 2008, indicando estagnação do setor. 13 Nível de Estoques Estoques - MG Estoques - Brasil Efetivo-Panejado MG Evolução Estoques Finais MG 54,2 55 52,1 52,1 51,0 51,1 51,4 51,4 50,5 51,9 51,3 50,8 50,8 50,5 Evolução Estoques Finais BR 55 52,1 54,3 49,9 50 50,1 51,2 51,4 50 48,2 49,9 49,5 49,5 46,7 48,4 51,4 51,0 50,9 50,6 50,0 51,2 51,5 Efetivo-Panejado BR 48,9 49,8 49,9 49,4 49,3 48,8 48,6 49,2 49,7 50,0 50,4 50,4 50,1 51,3 50,5 50,7 50,6 50,4 49,8 51,7 51,4 50,8 49,8 49,2 49,9 49,9 48,7 48,8 48,2 48,4 47,6 46,5 abr/14 mar/14 fev/14 jan/14 dez/13 nov/13 out/13 set/13 ago/13 jul/13 jun/13 mai/13 abr/13 mar/13 fev/13 jan/13 abr/14 mar/14 fev/14 jan/14 dez/13 nov/13 out/13 set/13 ago/13 jul/13 jun/13 mai/13 abr/13 mar/13 fev/13 45 jan/13 45 • Os estoques na indústria mostram alta volatilidade desde o início de 2013. • Em abril houve forte crescimento dos estoques na indústria, acima do planejado. • Este fato reflete a volatilidade do cenário econômico para o setor industrial e afeta a gestão do fluxo de caixa. Fonte: Sondagem Industrial FIEMG e CNI Indicadores de Satisfação com a Situação Financeira 49,2 48,5 • A instabilidade da produção e dos estoques impacta o quadro financeiro das indústrias. • O reflexo disso é o arrefecimento na confiança dos empresários e nas decisões de investimento. • De forma geral, o empresário de Minas Gerais mostra-se mais insatisfeito com a situação financeira frente a média observada entre os empresários brasileiros. 47,2 46,3 46,1 45,1 44,1 43,2 42,3 41,9 42,2 41,5 43,4 42,0 40,9 40,2 39,2 36,6 Brasil MG 2013 - 1 Brasil MG Brasil 2013 - 4 MG 2014 - 1 Margem de Lucro operacional Situação Financeira Condições de Acesso ao Crédito Fonte: Sondagem Industrial FIEMG e CNI 14 Confiança e Expectativas 60 55 50 Comparativo ICEI Minas Gerais e Brasil 55,5 54,8 52,5 54,2 53,8 54,5 54,3 53,1 53,8 52,6 49,9 47,1 51,6 50,2 50,8 48,9 O ICEI aponta falta de confiança do empresário, tanto em Minas quanto no Brasil, pelo segundo mês consecutivo. • Em Minas Gerais o ICEI de maio (44,0 pontos) foi o segundo menor desde o início da série histórica. • No Brasil, apesar de ainda estar positiva (51,7 pontos), as expectativas para os próximos seis meses tem mostrado tendência de queda. • Em Minas Gerais os empresários estão pessimistas com relação aos próximos seis meses, conforme índice de 47,2 pontos. • A expectativa de Minas foi a menor aferida desde o início da série histórica, em abril de 2005. 52,4 52,5 50,5 49,9 • 50,1 49,3 49,2 48,0 43,8 44,0 45 40 mai/13 jul/13 set/13 nov/13 ICEI / MG jan/14 mar/14 mai/14 ICEI / Brasil Expectativa para os próximos seis meses 65,0 62,6 60,0 62,4 55,0 62,0 62,3 59,6 58,7 58,4 56,9 57,4 58,9 56,5 57,6 53,5 50,0 58,2 54,4 51,7 53,1 45,0 47,2 mai/12 ago/12 nov/12 fev/13 mai/13 ago/13 nov/13 fev/14 mai/14 Brasil MG Fonte: FIEMG e CNI Indicadores variam de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam otimismo. Indústria Extrativa Desempenho Abr/2014 e Projeções 2014 Setor Produção Física Abr/20141 Extrativo Exportações Minério de Ferro Abr/20141 - Destaques - - Projeções - - Brasil: 4,8% Minas Gerais: 3,4% - Brasil: Crescimento de 5,8% na quantidade e queda de 18,6% no valor (US$). Minas Gerais: Redução de 5,4% na quantidade e de 29,1% no valor (US$). - O recuo nas exportações da commodity em Minas Gerais, aliado a queda no preço, motivou a redução de 24,3%1 no faturamento do setor no estado. O preço do minério de ferro em abril de 2014, frente ao mesmo mês em 2013, recuou 16,6%, passando de US$ 137,4 para US$ 114,6 a tonelada. No acumulado até abril de 2014 o preço do produto reduziu 18,3%. Com o aumento da demanda de minério de ferro nos países asiáticos as expectativas são de incremento nas exportações e consequente aumento na produção física da indústria extrativa nacional até dezembro deste ano e em 2015. A queda no preço da commodity persiste, assim as perspectivas são de redução no faturamento do setor no ano de 2014 e 2015. As expectativas são de queda no preço do produto em 2014 e 2015, devido ao aumento da oferta global de minério de ferro em relação a demanda. Fonte: IBGE, Tendências, FIEMG, FMI, MDIC 1 Comparativamente a abr/2013. Metalurgia e Siderurgia Setor Desempenho Abril/2014 e Projeções 2014 Metalurgia Destaques - Projeções - Produção Física Abr/20141 - Brasil: -6,2% Minas Gerais: -1,4% Faturamento Abr/20141 - Brasil: -7,3% Minas Gerais: -1,4% Exportações Brasil (quantum) Abr/20141 - Aço: -20,5% (650,0 mil toneladas) Ferro-Gusa: -6,7% (256,4 mil toneladas) Exportações (1º quadrimestre/2014): totalizaram declínio de 19,4% em volume e 7,2 % em valor, em relação ao mesmo período do ano anterior. Importações: registrou de janeiro a abril alta de 5,7% em relação ao mesmo período de 2013. Produção física: recuou 2,7% no país, após ajuste sazonal no mês de abril. Para 2014 a expectativa é de aumento de 4,0% na produção mundial de aço e de 1,5% na produção nacional. Para a produção de aços planos, a expectativa é de alta de 1,2% neste ano, em relação a 2013. Consumo aparente de aço: estimado em 27,0 milhões de toneladas métricas em 2014, o que representa um acréscimo de 2,0%. Fonte: IBGE, FIEMG Index, CNI, IABr e Tendências Consultoria 1 – Comparativamente a Mar/13. Automotivo Setor Desempenho Abr/2014 e Projeções 2014/2015 Automotivo Destaques - Projeções 2014/2015 - Produção Física Abr/20141 - Brasil: -21,3% Minas Gerais: -30,80% Faturamento Abr/2014¹ - Brasil: -19,0% Minas Gerais: -30,0% - Brasil: -30,4% Exportações Abr/2014¹ O ajuste ocorrido na produção diante do enfraquecimento nas vendas internas e externas explicou a retração na produção de veículos automotores, que acumulou recuo de 10,2% nos primeiros quatro meses do ano. As exportações brasileiras decresceram pelo quarto mês consecutivo na comparação anual, e já acumulam redução de 31,9% no primeiro quadrimestre de 2014. Produção: as perspectivas são de queda de 3,5% e aumento de 3,1% em 2014 e 2015, respectivamente. Vendas: estabilidade em 2014, com viés de baixa explicado pelo fraco desempenho do mercado no mês de maio e a tendência de que permaneça assim nos próximos meses - a demanda deve continuar desaquecida em virtude da elevação do comprometimento da renda e baixos índices de confiança do consumidor. Para 2015 a expectativa é de expansão de 2,9% nas vendas, influenciada pela baixa base de comparação em 2014. Em relação às exportações a perspectiva é de recuo de 24,5% em 2014, tendo em vista a crise na Argentina. A projeção para 2015 ainda é incerta dado a situação da Argentina. Fonte: IBGE, FIEMG Index, CNI, ANFAVEA e Tendências Consultoria ¹ Comparativamente a Abr/2013. Bens de Capital Setor Desempenho Abril/2014 e Projeções 2014 Máquinas e Equipamentos - Destaques - Projeções² - 1 Produção Física Abril /20141 - Brasil: - 9,9% Minas Gerais: -7,8% Faturamento1 Abril/2014 - Brasil: - 5,1% Minas Gerais: - 6% Exportações1 Abril /2014 - Brasil: 0,3% Minas Gerais: - 38% O resultado negativo do mês reflete a redução no nível de investimentos do setor privado, especialmente para os setores de mineração e siderurgia. Observa-se aumento de estoques no setor de máquinas e equipamentos. Máquinas e equipamentos destinados à construção, transporte e o agronegócio têm maior potencial frente a equipamentos seriados para a indústria. As expectativas são de manutenção do cenário negativo no primeiro semestre devido ao excesso de estoques da indústria, à queda nas aprovações de crédito para o setor pelo BNDES e o efeito Argentina. Para o segundo semestre, a manutenção de um volume considerável previsto para a safra agrícola e a ligeira recuperação dos investimentos após a Copa do Mundo, deve manter o indicador levemente positivo. As projeções para o crescimento da produção são de 0,5% em 2014 e 3,5% em 2015. Comparativamente a Abril/2013. ² Tendências Consultoria Fonte: IBGE, FIEMG Index, CNI, ABIMAQ, Valor Econômico, MDIC e Tendências Consultoria Perspectivas Setoriais – Outros Setores Setor Projeções 2014 e 2015 - Alimentos e Bebidas - Químico - Construção Civil - Reformulação metodológica da PIM – IBGE e resultado de abril reduzem as expectativas de crescimento do setor em 2014. Para 2015, o setor deve apresentar avanço moderado em função do crescimento modesto da renda e a inflação pressionada. Setor de bebidas também deve registrar crescimento modesto em 2014 e 2015 por conta da inflação e renda e a provável elevação da carga tributária incidente no setor. Os principais drivers na demanda setorial relacionam-se com o desempenho do setor automotivo, construção civil e o agronegócio A expectativa para o setor é de crescimento moderado em 2014 e 2015, puxado pela indústria de fertilizantes. A produção dos insumos típicos da construção civil (ICC-IBGE), acumulou queda de 3,4% no primeiro quadrimestre de 2014 ante igual período do ano passado. Perspectivas quanto ao desempenho do setor em 2014 mostram moderação. O segmento imobiliário deve mostrar crescimento modesto, mas ainda assim contribuir positivamente para o resultado da construção civil no ano. O segmento de infraestrutura tem impedido resultados mais fracos da construção, de tal sorte que boa parte do nosso cenário de crescimento esperado para este ano leva em consideração a continuidade dos projetos já iniciados e dos novos investimentos em aeroportos e rodovias concedidos à iniciativa privada. Fonte: IBGE, FIEMG Index, CNI, ANFAVEA e Tendências Consultoria Projeções Estimativas 2014 Estimativas 2014 e 2015 Brasil 2014 2015 PIB (% crescimento) 1,44 1,80 PIB (% crescimento) 1,80 Produção Industrial (% crescimento) 0,96 2,25 Produção Industrial (% crescimento) 2,78 Comércio (%)* 4,10 2,70 Comércio (% do crescimento) 3,70 Massa Salarial Real (% crescimento)* 1,80 1,10 Massa Salarial Real - RMBH (% crescimento) 3,90 IPCA (%) 6,47 6,03 IGP-M (%) 6,56 5,50 Taxa de câmbio - fim de período (R$/US$) 2,40 2,50 Taxa de câmbio - média do período (R$/US$) 2,33 2,47 Meta Taxa Selic - fim de período (%a.a.) 11,00 12,00 Meta Taxa Selic - média do período (%a.a.) 10,91 11,97 Dívida Líquida do Setor Público (% do PIB) 34,85 35,05 Conta Corrente (US$ bilhões) -80,00 -75,60 Balança Comercial (US$ bilhões) 2,25 10,00 Invest. Estrangeiro Direto (US$ bilhões) 60,00 55,00 Minas Gerais 2014 Observações: Projeções para Minas Gerais foram construídas em dezembro/2013, devendo ser revistas em julho. A expectativa é de redução na previsão para a produção industrial, que não deve passar de 1,50% em 2014. Fonte: Relatório Focus Banco Central do Brasil, Fiemg e *Tendências Consultoria. Projeções Minas Gerais – Aspectos qualitativos Contexto econômico 2014 e 2015: Cenário externo: Recuperação econômica mundial segue de forma lenta, especialmente na Europa. China dá sinais de gradual redução do crescimento ao longo dos próximos anos. Ambos os fatores tendem a reduzir o crescimento das exportações estaduais. Cenário interno: Inflação segue pressionada em 2014 e 2015. Emprego tende a estabilização. Renda da população mostra avanço mais tímido em 2014 e 2015. Juros permanece em patamares elevados em 2014 e 2015. Crédito tende ao arrefecimento. O ano de 2015 deve ser um ano de ajuste fiscal. Todos estes fatores agindo conjuntamente geram a perspectiva de um baixo crescimento para 2014 e 2015. A indústria mineira deve ser favorecida em 2015, por conta da melhora do cenário externo. Índice de desempenho setorial e regional Objetivos: Avaliar o desempenho das regiões e municípios no Estado. Avaliar o desempenho setorial no estado e regiões. Indicadores avaliados Saldo do emprego – disponibilizado pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), apresenta relação com o mercado de trabalho local e pode ser utilizado como proxy para o volume da produção industrial. ICMS - Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicação. Disponibilizado pela Secretaria de Estado da Fazenda, apresenta relação com valor da produção gerado pelo setor e pode ser utilizado como proxy para o faturamento. Exportação – disponibilizado pelo Mdic (Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), apresenta relação com o grau de abertura e de competitividade do setor. Metodologia • Os pesos foram definidos a partir do conhecimento econômico, tendo como base o efeito multiplicador das variáveis. • Os resultados foram normalizados para que as variações ficassem entre 0 e 1. Assim, o indicador demonstra quanto o município ou regional contribuiu para o resultado trimestral da regional ou do estado, respectivamente. • Os resultados setoriais apresentados representam, aproximadamente, 90% do total geral do estado e das regionais. Ponderações • Índice de Desenvolvimento Regional: • Índice de Desenvolvimento Setorial: ICMS 0,35 Exportação 0,15 Caged 0,50 ICMS 0,35 Exportação 0,15 Caged 0,50 Resultados – Minas Gerais IDR Regional Sede Vale do Aço Vale do Paranaíba Vale do Rio Grande Sul Centro Oeste Zona da Mata Alto Paranaíba Norte Pontal do Triângulo Rio Doce Vale do Jequitinhonha 1° Trim - 2013 4° Trim - 2013 0,545 0,142 0,065 0,059 0,055 0,044 0,030 0,020 0,016 0,010 0,004 0,000 0,557 0,159 0,055 0,051 0,056 0,039 0,028 0,014 0,016 0,011 0,003 0,000 Comportamento 1° Trim - 2014 1º trim 2013/ 1º trim 2014 0,540 0,125 0,069 0,060 0,061 0,048 0,031 0,020 0,019 0,009 0,003 0,000 = = O resultado da regional é a soma dos índices municipais em relação ao total de Minas Gerais. Resultados Setoriais – Minas Gerais IDS Setores - Minas Gerais Extração de Minerais Metálicos Coque e Combustível Metalurgia Veículos Automotores Alimentos Minerais Não-Metálicos Bebidas Fumo Produtos Químicos Produtos de Metal Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos Borracha e Material Plástico Calçados, Couro e Artefatos de Couro Artigos do Vestuário e Acessórios 1° Trim - 2013 4° Trim - 2013 1° Trim - 2014 0,264 0,180 0,170 0,080 0,064 0,036 0,030 0,027 0,020 0,019 0,012 0,012 0,005 0,003 0,349 0,169 0,138 0,063 0,068 0,036 0,024 0,015 0,020 0,017 0,012 0,012 0,006 0,004 0,268 0,194 0,138 0,072 0,070 0,043 0,032 0,025 0,023 0,021 0,011 0,013 0,006 0,005 Comportamento 1º trim 2013/ 1º trim 2014 O índice setorial é a contribuição do setor para o resultado geral da indústria mineira. Resultados Setoriais – Regionais IDS Setores – SEDE Coque e Combustível Extração de Minerais Metálicos Metalurgia Veículos Automotores Minerais Não Metálicos Bebidas Máquinas e Equipamentos Produtos de Metal Alimentos 1° Trim - 2013 4° Trim - 2013 1° Trim - 2014 0,379 0,197 0,099 0,092 0,052 0,038 0,024 0,021 0,020 0,432 0,151 0,078 0,086 0,059 0,043 0,022 0,023 0,022 0,282 0,318 0,102 0,099 0,037 0,029 0,023 0,020 0,018 O índice setorial é a contribuição do setor para o resultado geral da regional. Comportamento 1º trim 2013/ 1º trim 2014 Fundamentos para o baixo crescimento industrial recente do Brasil Fundamentos do baixo crescimento industrial Evolução do crédito e dos juros 2008 a 2014 (abr.) 55,9 33,4 10,9 Selic Anualizada abr/14 nov/13 jun/13 jan/13 ago/12 mar/12 out/11 mai/11 dez/10 jul/10 fev/10 set/09 abr/09 nov/08 jun/08 jan/08 11,2 Crédito (% do PIB) Governo reagiu a crise 2008/2009 via estímulo à demanda: Redução SELIC, que caiu de 13,75% em janeiro/2009 para 8,75% em julho. Estimulou a expansão do crédito nos bancos oficiais. Cortou impostos e ampliou os gastos públicos (redução 2 pp superávit/PIB). Fonte: BCB. Fundamentos do baixo crescimento industrial Evolução do PIB total e industrial (% - cresc. anual) Brasil (2008-2013) 10,4 PIB Total 5,2 7,5 -0,3 4,1 2,7 1,0 PIB Industrial 2,5 1,7 1,6 -0,8 -5,6 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Taxa de Crescimento dos Setores Econômicos do PIB no Brasil (%) (2009-2013) 2009 2010 2011 2012 2013 PIB Agropecuária Serviços -0,3 7,5 2,7 1,0 2,5 -3,1 6,3 3,9 -2,1 7,3 2,1 5,5 2,7 1,9 2,2 Indústria Total -5,6 10,4 1,6 -0,8 1,7 Extrativa Transformação Construção -3,2 -8,7 -0,7 13,6 10,1 11,6 3,2 0,1 3,6 -1,1 -2,4 1,4 -2,2 2,7 1,6 SIUP 0,9 8,1 3,8 3,5 2,9 Com os estímulos do Governo, a economia saiu rapidamente da recessão. Mesmo após a crise, o governo continuou estimulando a expansão da demanda. O consumo puxou o crescimento do PIB, mas a indústria começou a perder força. Fonte: IBGE. Fundamentos do baixo crescimento industrial Taxa de Desemprego Brasileira (% mensal) 2005 a 2014 (abr.) 10,2 mar/14 out/13 mai/13 dez/12 jul/12 fev/12 set/11 abr/11 nov/10 jun/10 jan/10 ago/09 mar/09 out/08 mai/08 dez/07 jul/07 fev/07 set/06 abr/06 nov/05 jun/05 jan/05 4,9 População Ocupada (em milhões de trabalhadores) Brasil (2005-2012) Ano Indústria Participação (%) Serviços Participação (%) Total 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 6.623 7.123 7.632 7.891 7.955 8.499 8.758 8.831 19,9 20,3 20,3 20,0 19,3 19,3 18,9 18,6 18.055 18.952 20.134 20.892 21.999 23.268 24.476 25.105 54,3 53,9 53,5 53,0 53,4 52,8 52,9 52,9 33.239 35.155 37.607 39.442 41.208 44.068 46.311 47.459 Fonte: IBGE e Rais. Conforme estatísticas do CAGED, a queda na taxa de desemprego no Brasil nos últimos anos foi explicada, principalmente, pela forte demanda de mão de obra no setor de serviços. A taxa de desemprego caiu abaixo de 5% a partir de 2011. Fundamentos do baixo crescimento industrial Remuneração Média Nominal por Trabalhador - Brasil (2005-2012) Ano Indústria (R$) Participação (%) Serviços (R$) Participação (%) Total (R$) 2007 2008 2009 2010 2011 2012 1314,7 1451,2 1534,2 1665,0 1834,9 2017,3 21,5 21,4 20,3 20,2 20,0 19,7 1420,4 1553,1 1679,2 1826,7 1981,6 2170,0 61,3 60,6 61,4 60,7 60,4 60,3 1078,9 1169,6 1240,6 1357,3 1461,2 1588,4 Folha de Pagamento Real e IPCA - Variação anual Brasil (2007-2013) 6,2 5,9 8,1 7,4 6,4 6,0 3,1 2007 2008 -2,4 2009 4,3 4,4 2,1 2010 Folha de Pagamento Real Fonte: IBGE e Rais. 6,6 5,0 2011 2012 IPCA 12 meses 1,3 2013 As baixas taxas de desemprego vêm pressionando os salários reais médios na economia. Observa-se razoável mobilidade da mão de obra entre o setor industrial e o setor serviços. Desemprego baixo e em queda associado ao crescimento dos salários acima da inflação sugere uma economia próxima do nível de pleno emprego. Fundamentos do baixo crescimento industrial Acumulado no Ano. Indústria Geral Indústria Geral 10,9 6,1 5,8 3,4 3,3 2,9 7,7 5,6 5,4 2,5 0,6 0,1 1,3 1,8 -0,4 2010 2011 Produtividade 2012 Folha de Pagamento* 2013 2010 -2,5 2011 Produtividade 2012 2013 Folha de Pagamento* A evolução dos salários não seria um problema se a produtividade da mão de obra na indústria estivesse crescendo igual ou acima da elevação dos salários. Observa-se, entretanto, que não é isso que vem ocorrendo, pelo contrário. Portanto, o custo relativo do trabalho tem crescido fortemente na indústria. Fonte: PIM – PF e PIMES IBGE. *Folha de Pagamento Real por Trabalhador Produtividade = Produção Física/Horas Pagas na Produção Produtividade do Trabalho (2000 – 2012) Contribuições Setoriais para o Aumento da Produtividade no Brasil (% do Total) Setor Agropecuária Indústria Serviços Extrativa Mineral Transformação Construção SIUP Comércio Transporte, armazenagem e correio Serviços de Informação Intermediação Financeira e Seguros Outros Serviços Serviços imobiliários e aluguel APU, educação e saúde pública TOTAL 2000-2012 8% 5% -18% 4% 5% 24% 3% 10% 27% 18% 9% 5% 100% Numa visão de longo prazo, a produtividade da mão de obra na indústria não tem avançado. Fontes: O Brasil de Amanhã – Cysne, Rubens e outros – Baseado em dados do IBGE Desempenho industrial • Diferentemente do setor de serviços, a indústria é um setor econômico aberto. • Portanto, submete-se à competição internacional, num momento em que os mercados globais estão operando em baixa. • O resultado disso é a menor capacidade do setor repassar pressões de custos diversas. • Enquanto os preços dos bens duráveis subiram apenas 6,8% no período 2004-2013, o salário médio cresceu 126,6% e o deflator da indústria, 90%. • Estes custos reduzem margens e desestimulam a produção. Inflação, salários e componentes (%) 2004-2007 2008-2010 2011-2013 2004-2013 (*) IPCA (% a.a.) - média período Preços Livres (% a.a.) - média periodo Preços Duráveis (% a.a.) - média período Preços Serviços (% a.a.) - média período Salário Mínimo Nominal - média período Salário Médio Nominal - média período 5,2 4,8 2,4 6,0 12,2 7,5 5,4 6,1 -0,4 6,8 10,3 9,3 6,1 6,8 -0,5 8,8 10,0 9,1 71,1 75,4 6,8 98,3 182,5 126,6 Deflatores PIB (%) 2004-2007 2008-2010 2011-2013 2014-2013 (*) Deflator PIB - acum. Período Deflator Indústria - acum. Período Deflator Serviços - acum. Período Deflator Consumo - acum. Período Deflator Investimento - acum. Período Deflator Importações - acum. Período 30,2 31,1 32,9 25,1 26,4 -12,2 25,6 31,0 24,7 19,5 23,0 -1,7 Fonte: IBGE e BRAM (*) Dados acumulados no período. 20,9 10,6 24,0 22,3 13,5 35,9 97,8 90,0 105,7 82,9 76,3 17,2 Fundamentos do baixo crescimento industrial Jan02 = 100 240 190 Vendas Comércio x Produção Industrial Comércio Indústria 140 90 A baixa produtividade e os altos custos de produção desestimulam a produção indústrial. Os estímulos governamentais mantém a economia em crescimento com base no fomento ao consumo. Esta estratégia, entretanto, tem limites, dado pela evolução da renda e capacidade de endividamento das famílias. Fonte: IBGE e FJP. Balança Comercial Brasileira Saldo anual da Balança Comercial Total e por Indústria - US$ bilhões Brasil (2005-2013) 40.000 20.000 0 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 -20.000 -40.000 -60.000 Ind. de Transformação Ind. Extrativa Saldo total - Balança Comercial O diferencial entre a produção física e o consumo (e investimentos) passa a ser suprido pelas importações. O câmbio valorizado também contribui para este resultado. Fonte: MDIC. Fundamentos do baixo crescimento industrial Câmbio nominal e câmbio real 180 Câmbio Real (eixo da esquerda) Câmbio Nominal Médio do Mês (eixo da direita) 160 4,00 3,50 3,00 140 2,50 120 2,00 100 1,50 80 1,00 60 0,50 O câmbio ainda permanece num patamar que prejudica a indústria. Fonte: BCB. (*) Primeiro trimestre. Participação Brasil nas exportações e importações mundiais Participação do Brasil nas exportações e importações mundiais de manufaturas (% sobre valor em US$) 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Exportações 0,85% 0,83% 0,79% 0,82% 0,70% 0,70% 0,73% Importações 0,69% 0,75% 0,78% 1,13% 1,12% 1,29% 1,37% As exportações brasileiras perderam espaço na proporção das vendas mundiais de manufaturas no período entre 2005 e 2011. Inversamente, o Brasil quase dobrou sua participação nas importações mundiais de manufaturas, no mesmo período. Fonte: IEDI/OMC Ficha Técnica Realização: Sistema FIEMG – Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais Responsabilidade Técnica: Gerência de Estudos Econômicos Esta publicação é elaborada com base em análises internas, desenvolvidas através de dados públicos. Não nos responsabilizamos pelos resultados das decisões tomadas com base no conteúdo da mesma. Obrigado. www.fiemg.com.br