drm - Digital Radio Mondiale

Transcrição

DRM Digital Radio Mondiale –
Planejamento produtivo e de negócios
para o Brasil
Desenvolvido a partir de informações fornecidas
pelo Consórcio DRM & Plataforma DRM Brasil
Outubro de 2012
Uma descrição detalhada das normas DRM e suas vantagens
estão disponíveis no site do Consórcio (www.drm.org)
para download gratuito:
“DRM Introduction & Implementation Guide”
(Guia de introdução e implementação do DRM)
http://www.drm.org/uploads/files/DRM%20intro&implementation%20guide.pdf
© 2012 DRM Consortium
www.drm.org
DRM – Planejamento produtivo e de negócios para o Brasil
Sumário
1.
Introdução
4
2.
A Tecnologia DRM
6
3.
4.
2.1
O que é o DRM? – Perfil técnico
6
2.2
Recursos Básicos do Sistema e suas Vantagens
7
2.3
Opções Avançadas de Conteúdo
8
2.4
Um padrão aberto e reconhecido Mundialmente
O Consorcio DRM
11
3.1
O que é o Consócio DRM?
11
3.2
Membros
12
3.3
Plataforma DRM Brasil
12
Porque o DRM é a solução ideal do Radio Digital para o Brasil
14
4.1
Considerações gerais
14
4.2
Ganhos digitais para o Brasil: Econômicos e comerciais
15
4.2.1
Ganhos diretos para a tecnologia nacional
15
4.2.2
Ganhos diretos para a indústria nacional
15
4.2.3
Ganhos para os radiodifusores
16
4.3
5.
10
Ganhos digitais para o Brasil: Sociais & Culturais
Plano de implementação do DRM no Brasil
5.1
Produtos – Situação e evolução
17
20
20
5.1.1
Equipamentos de transmissão em DRM
20
5.1.2
DRM Chipsets e Modulos
21
5.1.3
Receptores DRM
23
2
5.1.4
Novos aplicativos para rádio
24
5.1.5
DRM Products – Conclusion
24
5.2
6.
Sucesso do desenvolvimento do DRM
25
5.2.1
Fatores chave
25
5.2.2
Considerações para a implantação e linha do tempo
26
5.3
Propriedade intelectual (IP) e Royalty
27
5.4
DRM pode gerar diversos níveis de negócios em um ecossistema complexo 29
5.4.1
Emissoras comerciais
29
5.4.2
Rádios Comunitárias e Educativas
30
5.4.3
Emissoras públicas
31
5.4.4
A Audiência
31
5.5
Ganhos de Espectro e Regulação
32
5.6
DRM - Pesquisa e Educação
35
5.6.1
Pesquisa
35
5.6.2
Educação
35
Conclusões
37
6.1
Ganhos para ouvintes
37
6.2
38
6.3
Ganhos para fabricantes/indústrias
38
6.4
Ganhos para os órgãos reguladores
39
Anexo A
42
Anexo B
44
Anexo C
48
3
1. Introdução
O rádio brasileiro vive atualmente um momento complexo e confuso. A migração da
população para as cidades inchou o dial do FM nas zonas urbanas; o AM foi esvaziado; a
fatia do rádio no bolo publicitário cai a cada ano; muitas emissoras mínguam; os órgãos
governamentais procuram estruturar-se para regulamentar o setor; novos formatos como
rádios comunitárias e rádios educativas lutam por seu espaço no espectro e na audiência;
as rádios piratas proliferam; emissoras alugam suas frequências para igrejas; emissoras
direcionam suas antenas para áreas diferentes da sua outorga; a concorrência das novas
mídias desafia o rádio; a indústria de transmissores passa por dificuldades; a indústria de
receptores está parada a espera da definição do sistema brasileiro de rádio digital; as
emissoras públicas atendem à população do interior em ondas curtas utilizando-se de
tradicionais linguagens e métodos; o ouvinte brasileiro evoluiu e detecta novas utilidades
para o rádio como informações de transito e o recebimento de notícias enquanto se desloca
em seu carro; enfim, o rádio, que utiliza a mesma tecnologia desde que foi criado, precisa
evoluir, renovar-se, atualizar-se e encontrar seus papéis sociais no século XXI. A escolha do
sistema digital de rádio a ser adotado no Brasil deve funcionar como um princípio
organizador desse “momento confuso”.
Mas um sistema robusto tecnicamente não é o suficiente para isto. É preciso um conjunto
de fatores extra-técnica, que abranjam e contemplem todo o espectro de atores envolvidos
com o meio rádio no Brasil. Um sistema que seja flexível e moldável para adaptar-se a todos
os tamanhos e necessidades do setor radiofônico brasileiro. Não nos interessa um modelo
de negócio pronto, nem um sistema que só atenda o lado comercial do rádio. É necessário
um formato que permita a criação de um modelo brasileiro de negócio, que: permita ao
rádio comercial desenvolver estratégias para aumentar seu faturamento; que permita o
desenvolvimento do lado social do rádio; que atenda aos baixos orçamentos das rádios
comunitárias; que permita o desenvolvimento de aplicativos para as rádios educativas, que
seja de código aberto, livre, sem custos disfarçados e escondidos, permitindo o
desenvolvimento de aplicativos digitais genuinamente voltados para as necessidades do
nosso país. A célebre frase do político Juracy Magalhaes, dita em 1964: “O que é bom para
os Estados Unidos, é bom para o Brasil”, já não cabe dentro do desenvolvimento, da cultura
e da soberania brasileira.
O consórcio DRM, pelo seu princípio institucional, possui condições de organizar,
direcionar e encaminhar este novo momento. A estruturação da Plataforma Brasil do
Consórcio DRM, uma entidade independente, totalmente composta por protagonistas do
rádio brasileiro, é a liderança necessária para o sucesso da construção da nova tecnologia
4
do rádio digital brasileiro. Não temos a solução completa, pronta e fechada, com garantias.
Todo o processo, e seu consequente sucesso, dependerá de todos os setores anteriormente
citados. Mas o Consórcio DRM Brasil, por ser uma entidade sem fins lucrativos, com
objetivo de divulgar e organizar o sistema brasileiro de rádio digital adquire condições de
organizar este processo. A sociedade brasileira só tem a ganhar com isso.
A seguir apresentaremos o nosso plano de implantação do rádio digital no Brasil, onde
contemplamos: a técnica, o negócio e a sociedade.
O padrão aberto Digital Radio Mondiale é a solução para todas as necessidades do rádio
digital brasileiro.
5
2. A Tecnologia DRM
2.1
O que é o DRM? – Perfil técnico
Digital Radio Mondiale – DRM – é um padrão de rádio aberto e totalmente digital para a
radio difusão terrestre. É o padrão de rádio digital mais recente e completo, abrangendo
todas as faixas:
Banda AM (configuração "DRM30") e TODAS as faixas de VHF (canais 2 a 4, 5 e 6, 7 a 13) da
banda FM (configuração "DRM +").
AM bands
RADIO BANDS
LW
SW
"DRM+"
configuration
"DRM30"
configuration
DRM
AM
LW
Analog
Frequency
MW
100 kHz
VHF bands
B II
B I (FM) B III
AM
MW
AM
SW
1 MHz
10 MHz
TV
5
+
6
30 MHz
FM
100 MHz
DRM é um padrão reconhecido mundialmente pela ITU, e compartilha tecnologias de base
com o padrão de televisão terrestre selecionado pelo Brasil o ISDB-TB, incluindo o Codec
áudio MPEG-4 HE-AAC v2 assim como a modulação COFDM para proteção ou robustez. O
sinal DRM é particularmente robusto contra falhas de recepção e oferece vários modos e
opções de configuração para atender às mudanças ou condições de propagação específicas.
6
2.2
Recursos Básicos do Sistema e suas Vantagens
O DRM é compativel com o ISDT-Tb:
●
Utilizando o mesmo codec áudio: MPEG-4 HE-AAC v2
●
Utilizando o mesmo esquema para a proteção da modulação: COFDM
●
Permitindo com facilidade e eficiência a implementação conjunta de receptores
A Transmissão Digital:
●
Robustez do Sinal – Sinal claro e sem distorções (dentro da área de cobertura
designada)
●
Compatível com SFN (Single Frequency Networks) para otimização da área de
cobertura com repetidores de baixa potencia ou radio serviços nas auto estradas
●
Eficiência energética “verde”: mesma área de cobertura com uma pequena
porcentagem da energia elétrica necessária para transmissão analógica
O DRM nas faixas AM – “DRM30”:
●
Flexibilidade na ocupação do espectro de 4.5 à 20 kHz para cada canal
●
Compatibilidade com as freqüências OC e OM (9 e 10 kHz )
O DRM nas faixas VHF – “DRM+”:
●
Comprovadamente trabalha nas faixas 76-88 MHz band (Canais TV de 5+6)1,
ajustando-se ao plano de freqüência atual do Brasil2
●
Ocupa somente 96 kHz de largura de banda no espectro
●
Totalmente compativel com a faixa FM existente, as emissoras continuariam a
operar nas mesmas frequencias atuais do dial.
Simulcast com a transmissão analógica:
●
1
2
Nas faixas OM e FM, o sinal DRM pode ser alocado paralelamente ao sinal analógico
existente (mesma faixa de frequência, mesmo canal - In Band, On Channel ou
IBOC)
Veja http://www.csgnetwork.com/tvfreqtable.html
Veja http://portal.oas.org/LinkClick.aspx?fileticket=GRtz4JT2Km8%3D&tabid=1877
7
●
Porém NÃO é necessário o modo IBOC: Um sinal analógico suplementar pode
permancer no seu lugar, enquanto que um sinal DRM é introduzido dentro ou fora
da faixa (ex: Canais 5+6 da TV) ou seja em qualquer espaço livre do espectro.
●
Em qualquer configuração a interação e transparência entre os serviços DRM e os
sinais analógicos, é garantida via o aplicativo AFS (Alternative Frequency Signaling
& Switching)
Alertas Emergenciais
●
Envia sinais de alerta aos receptores provocando uma mudança automática de
sintonia para os canais emergenciais
●
Os programas de Alerta Emergenciais contém áudio e texto criando uma
plataforma multi-lingua para orientação e informação das populações em tempo
real.
Um sistema com Delay minimo:
●
Característica importante para programas de esporte, interatividade ou programas
com participação ao vivo dos ouvintes
●
No DRM30: Delay algoritmico é de 0.4 à 2 secundos, resultando no maximo 2.5 à
3.5 secundos de ponta à ponta (In do microfone até Out do receptor)
●
No DRM+: Delay algoritmico é de 0.6 secundos, resultando no maximo um delay
2.5 secundos de ponta à ponta.
2.3
Opções Avançadas de Conteúdo
Qualidade de áudio Excelente:
●
áudio claro e sem distorçoes (dentro das áreas de cobertura)
●
Estéreo mesmo em OM/OC
●
Opção de receptor estéreo compatível com 5.1 surround sound
Informações multimídia enviadas conjuntamente com os programas de áudio
Conjunto padronizado para aplicação dados e multimídia:
8
●
Mensagem de Texto:
Acompanhamento da programação em áudio com textos curtos, tais como titulo da
musica ou artista (tela atualizada pelo radio difusor), com suporte Unicode
completo (scripts)
●
Journaline:
Serviço de informação de texto Unicode (todos os Scripts), com pesquisa interativa
de informações na tela do receptor. Compatível com todo tipo de receptores graças
à baixa taxa de transmissao e de decodificaçao (bit-rates). Interatividade tipo Backchannel accionado via (‘Hot Button’) para uma integração completa dos conteúdos
entre a Radio Web a a atual (Hybrid Radio approach). A geo-localização de
conteúdos permite a oferta de serviços em zonas especificas .
●
Slideshow:
Suporte de acompanhamento da emissão e difusão compementadas de imagens e
animação
●
EPG Electronic Programme Guide
Inclui “What’s up now & next”; o ouvinte pode visualizar a programação da
emissora agora e no futuro proximo, com opção para busca de conteúdos e
memorização de programas
●
TPEG and TMC:
Informações e mensagem de transito para sistemas moveis (automóveis)
●
Diveemo:
Vídeo em pequena escala para serviços de informação e educação (em vias de
homologação)
Plataforma Aberta:
●
permite a transmissão de qualquer tipo de dados desejados pelo radio difusor, em
qualquer nível de protocolo. (normas de interatividade definidas nacionalmente,
ou Podcasts)
●
Sem royalties adicionais a serem pagos pelos radio difusores
●
Mais opções de conteúdo para os ouvintes e maior potencial de receitas para o
radio difusor:
●
Comporta entre 1 e 4 serviços em um só canal
●
Programa áudio e data / modulavel em cada serviço
●
Exemplo: Uma estação de radio pode agregar ao seu conteúdo áudio,
(agora em qualidade full-digital) com a capa do álbum (Slideshow),
9
informações sobre as celebridades (Journaline), além do EPG
(Electronic Program Guide) em uma só freqüência.
2.4
Um padrão aberto e reconhecido Mundialmente
O DRM é o único sistema para radio digital recomendado pela ITU, para todas as faixas de
radio difusão tarrestre desde a AM até a FM em VHF com um único receptor. DRM também
é recomendado pela ETSI e NSRC.
●
O DRM atende todas as necessidades das diversas categorias de radiodifusores desde as grandes redes comerciais, rádios de serviço publico, estações de baixo
custo, rádios comunitárias, tanto para grandes areas de cobertura como para uso
local ou regional.
●
O DRM foi testado em AM e VHF em todas as faixas e em diversos países, em todos
os continentes (ex. Brasil, México, USA, Canada, Europa, Índia, Rússia, China,
Austrália, Nigéria, Sri Lanka, entre outros) – todos os resultados podem ser
consultados em livre acesso nos sites da ITU ou do Consorcio DRM Consortium
www.drm.org
O DRM é um sistema ABERTO - todos os aspectos da tecnologia estão publicados e
tem acesso livre, isso significa que:
→ Qualquer pessoa pode implementar codificadores / decodificadores!
→ Não há necessidade de “Licenças” para usar a tecnologia DRM
→ Não depende de um único software (single source) ou de uma única empresa
comercial.
10
3. O Consorcio DRM
3.1
O que é o Consócio DRM?
O padrão DRM é promovido por uma associação sem fins lucrativos, o Consorcio DRM 3,
que foi criada em 1998, na China, e sua sede atual é em Londres, Reino Unido. O Consorcio
DRM é uma plataforma de cooperação aberta e verdadeiramente internacional, composta
por empresas e organismos, comerciais ou públicos, de todas as partes do mundo. A única
fonte de financiamento do Consorcio é a anuidade paga pelos membros, e seu único
objetivo é promover o padrão DRM para o seu sucesso mundial.
Há, atualmente, cerca de 100 membros filiados. Eles pagam uma anuidade para aproveitar
os benefícios do DRM, contribuir ao seu desenvolvimento, trocar experiências, acompanhar
o processo de implantação em um determinado pais, etc. O DRM é uma rede, e cada
membro faz parte da família.
O Consórcio DRM não possui nenhuma patente, embora algumas das empresas que
formam o pool de patentes para a tecnologia DRM também sejam membros do Consórcio
DRM. O Consórcio DRM não recebe qualquer dinheiro através da implementação da norma
DRM, e não tem nenhum interesse comercial. Assim sendo, é um suporte justo, aberto e
objetivo para a norma DRM.
Nenhum radiodifusor, fabricante ou colaborador precisa pedir a permissão do Consórcio
DRM para fabricar ou introduzir produtos e serviços DRM. O Consórcio fornece orientações
e as melhores competências disponíveis para os membros e não-membros. Não há
necessidade de ser uma empresa comercial para integrar a plataforma.
O Consórcio DRM não se envolve em negócios, mas seus membros sim. O propósito
fundamental do Consórcio DRM é explicar e ajudar para que a tecnologia DRM seja adotada
em todo o mundo.
O Consórcio DRM acredita que ao promover o padrão nesses termos, todos se beneficiam,
e não apenas uma empresa ou um país. Ele acredita que manter o padrão DRM disponível e
aberto, ele pode ser adotado e aperfeiçoado de acordo com as necessidades locais e não
como um "tamanho único" (adoção de tecnologia pela força).
3
Veja http://www.drm.org
11
Existem hoje diversas iniciativas mundiais independentes, em países que desejam difundir
a norma DRM, um exemplo é a Argentina, onde um grupo já organizou-se, montou um site4
tendo inclusive instalado uma emissora que transmite em DRM 24 horas. Iniciativas como
estas surgem no mundo todo.
3.2
Membros
Os principais Membros do Consórcio DRM são5:
Babcock, BBC, Broadcast Belgium, Catena Radio Design B.V., Continental Electronics Corp.,
DIGIDIA, Dolby Laboratories Inc., Fraunhofer IIS, Frontier Silicon, HARMAN/BECKER AS
GmbH, Harris, IBB / Voice of America, JVC-Kenwood, Keti, Keystone Semiconductors,
NAUTEL Ltd., NHK, Norkring AS, NXP Semiconductors, Parrot S A, Radio Vaticana,
RFMondial GmbH, RIZ Transmitters, Robert Bosch GmbH, RTP, RTRN / Voice of Russia,
Silicon Laboratories, Sony Deutschland GmbH, ST Microelectronics, Thomson Broadcast &
Multimedia, TRANSRADIO SenderSysteme
3.3
Plataforma DRM Brasil
A Plataforma DRM Brasil6 já existe há aproximadamente 2 anos. Fundada por estudiosos,
acadêmicos, técnicos e amantes do rádio, nasceu com o espírito DRM: rádio livre, como um
meio de comunicação para fazer um mundo melhor.
O desenvolvimento do sistema DRM, já com contribuições da plataforma brasileira, atraiu
novos setores do rádio brasileiro, que uniram-se e deram “musculatura” e força para a
iniciativa. Hoje a plataforma já tem a participação de importantes indústrias, de
engenheiros e muitas organizações, inclusive universidades, já manifestaram o desejo de
tornarem-se membros. Com a escolha do DRM como sistema brasileiro de radiodifusão
digital, a Plataforma DRM Brasil funcionará como o fórum de discussões, democrático e
norteador dos rumos do rádio digital no Brasil.
A Plataforma DRM Brasil, é uma entidade sem fins lucrativos, com o mesmo objetivo do
Consórcio DRM: divulgar e difundir o sistema, criando condições para o seu sucesso.
Funciona de forma independente o Consórcio DRM, podendo deliberar e utilizar o sistema
4
5
6
Veja http://www.drmradio.com.ar
Para a lista completa e atualizada veja http://www.drm.org/about_drm_members
Veja http://www.drm-brasil.org
12
como achar conveniente. O Consórcio DRM funciona como um orientador e apoiador da
plataforma, contribuindo quando solicitado.
A Plataforma DRM Brasil é aberta para membros de todos os setores envolvidos e
interessados no rádio digital: emissoras (comerciais, públicas, comunitárias, educativas),
órgãos reguladores, associações, autoridades do setor, indústrias de transmissores,
indústrias de receptores, indústrias de chipsets, desenvolvedores de softwares,
universidades, institutos de pesquisa, entre outros.
A Plataforma DRM Brasil pode apoiar, interferir, comunicar e manejar todas as questões
envolvendo a implantação do rádio digital no Brasil, podendo, por seu caráter de entidade
sem fins lucrativos, realizar convênios e acordos de cooperação com órgãos públicos e
privados. Pode inclusive vir a orientar a implantação do DRM, com transferencia de
tecnologia para outros países da América do Sul, que certamente seguirão nosso país no
sistema de rádio digital a ser implantado.
A Plataforma DRM Brasil pode ser o gestor do rádio digital brasileiro, alinhando os
interesses todos os atores da técnica, do negócio e do social, sem donos ou proprietários,
sem royalties ou licenças, democrático, aberto e livre.
13
4. Porque o DRM é a solução ideal
do Radio Digital para o Brasil
4.1
Considerações gerais
●
O DRM é o único sistema que cumpre na totalidade as determinações do
Ministério das Comunicações em sua PORTARIA Nº 290, de 30 de MARÇO de 2010,
que criou o sistema brasileiro de rádio digital - SBRD (ver a portaria no Anexo A
deste documento)
●
DRM é flexível, oferece excelente qualidade de áudio e eficiência espectral
●
DRM compartilha as principais tecnologias com ISDB-Tb, facilitando o
desenvolvimento de soluções de receptores nacionais
●
As estações DRM tem melhor qualidade do que as estações de FM atuais, - e
não haverá necessidade de abandonar AM
●
DRM oferece até quatro serviços por canal (em vez do atual um serviço do
analógico)
●
DRM suporta áudio, texto, imagens e vídeo
●
DRM é ideal para pequenas emissoras comunitárias garantindo a mesma
cobertura com menos energia
●
Caso necessário, em simulcasting (transmissão simultânea digital e analógica) o
DRM pode ser introduzido em qualquer parte do espectro. Relacionando a
transmissão analógica original (FM ou AM) através de um serviço de
correspondência, sem necessidade de localizar fisicamente o sinal analógico e o
digital lado-a-lado.
●
SFN (Single Frequency Networking) otimiza a cobertura com potência reduzida
●
O delay do sinal algorítmico (mínimo) de DRM30 é ou 0,4 ou 2 segundos e 0,6
segundos para DRM + (como descrito na norma ETSI). O delay global real é
extremamente baixo entre 2,5 a 3,5 segundos, de ponta à ponta!
●
Fabricantes chipsets, transmissores, de receptores para carro, ou receptores
avulsos estão prontos para lançar parcerias com fabricantes brasileiros
14
4.2
Ganhos digitais para o Brasil: Econômicos e comerciais
A escolha do DRM como padrão brasileiro de rádio digital traz ganhos econômicos e
comerciais indiscutíveis para a economia brasileira. DRM gerará empregos diretos e
indiretos na indústria, emissoras, produtoras de conteúdo, nos laboratórios de tecnologia,
na indústria de softwares, e mais, vai implusionar a indústria de transmissores e
receptores brasileira, bem como as emissoras de rádio. Possiblitará a exportação de
tecnologia e produtos para países que futuramente adotarem o mesmo sistema de rádio
digital. Enfim, possibilidades que impactam o PIB nacional.
4.2.1
Ganhos diretos para a tecnologia nacional
●
Como o DRM é o único sistema completo, transparente e para adoção global, pode
ser melhorado e otimizado para ser o padrão brasileiro sob medida para todas as
nossas necessidades. Como anteriormente mencionado o DRM permite
transferencia de tecnologia completa, autêntica e imediata, sem a necessidade de
permissoes ou licenciamentos para a produção de nova tecnologia brasileira.
●
DRM, um padrão aberto que contribui para os laboratórios de pesquisa e as
indústrias de alta tecnologia brasileiras
●
Todo valor agregado à tecnologia DRM no Brasil, fica no país. E pode ser exportado
no futuro.
●
DRM é conhecido e promovido por especialistas brasileiros.
4.2.2
Ganhos diretos para a indústria nacional
●
Como um padrão aberto, o DRM tem potencial natural para desenvolver e a
indústria nacional, abrindo caminho para a exportação (veja o exemplo do ISDBTb)
●
Qualquer fabricante brasileiro pode começar a desenvolver, apresentar ao
mercado e vender produtos DRM IMEDIATAMENTE, pois todas as informações
técnicas necessárias são públicas. Não existem segredos industriais escondidos ou
elementos da tecnologia disponíveis sob licença restrita de uma única empresa
comercial. É isso que significa ABERTO.
●
Para o início da fabricação doméstica nenhuma licença é requerida e nenhuma
grande soma de dinheiro precisa ser paga adiantada para acesso a alguma fonte de
tecnologia exclusiva. Transferencia de tecnologia é desnecessária, pois toda a
informação está a mão e disponível gratuitamente. DRM pode ser implementado
no primeiro dia, e existem diversas companias pelo mundo que estarão
15
interessadas em trabalhar com parceiros brasileiros. As empresas participantes do
Consórcio DRM desejam acordos individuais, elas podem fornecer imediatamente
os componentes que a indústria brasileira ainda não tem capacidade de produzir.
●
DRM apoia a livre competição.
●
O Consórvio DRM não é proprietário de nenhuma patente ou licença e não se
beneficia de propriedade intelectual (IPR-royalties). Os valores arrecadados
com royalties nunca vem para o Consórcio. O Consórcio existe e é sustentado,
como citado anteriormente, pelas contribuições anuais de seus associados e
membros.
●
Não existem e nunca existiram royalties ou taxas para operar um transmissor
DRM. Todos os pagementos de royalties são únicos, pagos pelo fabricante do
equipamento de transmissão ou recepção, invisíveis aos radiodifusores e ouvintes
(exatamente igual aos aparelhos celulares). Todos os royalties são publicos e
totalmente transparentes7 - sem custos escondidos!
4.2.3
O DRM abre uma grande quantidade de oportunidades para as emissoras de rádio, em
todos os segmentos, abrindo caminho para:
7
●
Mais conteúdo - a possibilidade de passar a transmitir 4 conteúdos onde antes
trafegava 1 possibilita às emissoras 4 vezes mais chance de agradar aos seus
ouvintes
●
Mais proximidade com os ouvintes - através do textos (Journaline), sequencias de
imagens e interação
●
Maior retenção do ouvinte - com a exibição da programação futura da emissora o
ouvinte espera acabar o conteúdo atual, que talvez não lhe agrade, para ouvir o que
deseja logo em seguida
●
Mais recursos para educação e informação
●
Maiores opçoes para anúncios de produtos
●
Possibilidade de interação em tempo real do ouvinte, com conseguentes medições
de audiência
Veja http://vialicensing.com/licensing/drm-overview.aspx
16
●
Fidelização do ouvinte que trafega entre cidades, pois a sintonia do rádio digital
pode migrar de uma emissora para outra afiliada ou parceira sem o ouvinte
perceber
●
O ouvinte poderá sintonizar a emissora por nome, ou estilo musical ou segmento
de conteúdo
●
Maior interação e convergência com as novas mídias digitais
Todos estes fatores, e certamente fatores novos que se agregarão ao sistema no Brasil
permitem um incremento na audiência, no faturamento o no impacto social das emissoras
brasileiras, em quaisquer bandas de transmissão e com quaisquer finalidades.
4.3
Ganhos digitais para o Brasil: Sociais & Culturais
DRM pode beneficiar o Brasil em construções sociais e culturais coerentes e duradouras:
O fato da norma DRM ser aberta e pública revela-se muito útil para fins educativos.
Significa que as universidades brasileiras podem facilmente iniciar suas pesquisas e
desenvolvimentos bem como implantar emissoras com o sistema. Isso não é possível com
qualquer sistema de transmissão proprietário e de código fechado.
DRM é ecologicamente sustentável, promovendo economia nos custos de transmissão,
reduzindo a radiação radioelétrica e utilizando menos energia.
A grande inovação que o DRM traz à sociedade brasileira é a possibilidade, através de seu
padrão aberto, de um grande número de serviços e funcionalidades. Considerando quem
em numerosas partes do país o Rádio é uma mídia central, várias inovações podem ser
construídas para atender à necessidades específicas.
As demandas da sociedade somente podem ser atendidas se adotarmos um padrão que
possa suportar serviços específicos e particulares, feitos para suprir as necessidades de
uma realidade política e geográfica bastante diversa. Por conta da ausência de segredos
industriais e elementos tecnológicos obscuros, o padrão DRM permite serviços de várias
características a serem implementados e utilizados por radiodifusores em diferentes
situações, acoplando cada serviço à sua realidade de maneira barata e efetiva.
Exemplos: Serviços de ensino à distância. desenvolvimento de serviços para áreas
altamente urbanizadas bem como para áreas remotas e rurais; Construção de Start-ups e
cooperativas de trabalho para desenvolvimento de serviços.
O DRM apresenta um novo paradigma para ondas curtas e tropicais e para serviços
públicos de radiodifusão, colaborando para a integração.
17
Considerando a complexidade da realidade social e geográfica do Brasil (e mais
amplamente da América do Sul e África), o DRM recupera a importância das ondas curtas e
tropicais, tornando estes eficientes tipo de transmissões de grande área, um novo
paradigma para a radiodifusão. Serviços públicos, serviços internacionais e projetos de
integração poderiam encontrar uma maneira acessível e eficaz de comunicação. Em suma,
o Brasil tem a oportunidade de ser pioneiro no mercado de ondas tropicais, bem como em
projetos sociais e públicos de comunicação, atingindo audiências de lugares remotos.
Como dito anteriormente, DRM integra transmissões nestas bandas com a transmissão
local nas faixas de VHF, proporcionando uma experiência perfeita para os ouvintes, se a
área é coberta por ondas curtas ou FM. E como todas as bandas de freqüência são
compatíveis com um único receptor padrão, o custo de implantação e receptor de
fabricação é minimizado.
Considerando os serviços públicos já disponíveis e os esforços para a integração sulamericana, ondas curtas e tropicais devem ser tomadas em elevada consideração. DRM é o
único padrão digital que trabalha nessas bandas.
Exemplo: Áreas de fronteira remota com projetos para a população indígena que fala a
mesma língua; comunidades ribeirinhas e dos serviços públicos em locais rurais.
DRM é mais barato, permitindo a pequenas emissoras multiplicar e diversificar,
construindo uma consciência social e uma economia criativa
O Brasil tem mais de 5 mil rádios comunitárias, operando legalmente e muitas ainda
esperam autorização do governo. Os custos de royalties são muito baixo para
transmissores de baixa potência (em torno de 2% do preço de venda), além disto, o custo
do chipset para o receptor é muito mais barato devido à lógica da formação de consórcio.
Rádios comunitárias podem se beneficiar de preços mais baratos, mas também da
utilização do recurso de multiprogramação, compartilhando a mesma infra-estrutura para
até quatro rádios a transmitir simultaneamente e cooperativamente. Sendo não só uma
vantagem economica mas proporcionanso um novo sentido de organização e
responsabilidade de comunidades, bem como proporcionando a troca de conteúdos e
práticas, solidificando a identidade comunitária e aumentando a economia criativa.
É por isto que a autonomia brasileira sobre o desenvolvimento do seu sistema de rádio
digital é tão importante: a organização de todos os atores envolvidos na implementação e
uso, permite ao Brasil organizar o mercado e seus aspectos sócio-culturais, a fim de tornálo apto a todas as suas necessidades diversas.
18
Em resumo:
●
DRM permite maior conteúdo aos ouvintes, mais opções de informação,
promovendo a educação e a elevação do nível cultural da população
●
As universidades podem colaborar com a indústria para o desenvolvimento do
sistema
●
DRM permite, pela multiplicidade de conteúdos, a diversidade cultural e a coesão
social
●
DRM promove a livre competição
●
DRM pode oferecer um eficiente e ágil sistema de segurança e de alerta de
emergência, através de um meio de baixo custo e capilarizado como o rádio
●
DRM oferece uma forma rápida e segura para treinamento de baixo custo à
distância de jornalistas com a criação de bons conteúdos multiplataforma
●
DRM permite a pluralidade de vozes no rádio
19
5. Plano de implementação do DRM
no Brasil
A implantação do rádio digital no Brasil com o sistema DRM será um sucesso, pois o
formato técnico e institucional do DRM é um bom negócio para todos os atores envolvidos.
Bom negócio para a indústria, para todas as emissoras de rádio, para os radialistas, para o
governo e, principalmente para a população brasileira, ouvinte de rádio. Para que isto
ocorra é necessário um plano de implantação nacionalizado, que atenda às demandas de
todos os protagonistas citados acima. A plataforma brasileira do DRM, em sua condição de
entidade organizada sem fins lucrativos, é capaz de executar um plano de negócios que
oriente todos os setores para uma ação conjunta e sincronizada a fim de tornar o rádio
digital um sucesso no Brasil.
5.1
5.1.1
Produtos – Situação e evolução
Equipamentos de transmissão em DRM
●
Membros do Consórcio DRM nesta área:
Continental Electronics, Harris, Nautel, Transradio, Thomson, etc.
●
Já existem dois fabricantes brasileiros:
BT and Teletronix (Mais fabricantes preparando-se) veja carta da ABIRD –
Associação Brasileira da Indústria da Radiodifusão – Anexo B)
●
Servidores de conteúdo e moduladores DRM:
Fraunhofer, RFmondial, Digidia, and others
→ Componentes prontos para integração com transmissores já existentes nas
emissoras brasileiras
●
Diversidade muito grande de necessidades - de emissoras comunitárias a grandes
emissoras comerciais
→ Todas o leque de necessidades é atendido pelo DRM por implementações de
código aberto em equipamentos profissionais de transmissão
Fabricação & Instalação de transmissores DRM pode começar imediatamente!
20
Transmitter Equip.
Year 1
Year 2
Year 3
6-8 Brazilian manufacturers
All international manufacturers ready
All Brazilian manufacturers
Ready for export
Ano 1
Ano 2
Ano 3
6-8 fabricantes brasileiros prontos
para vender.
Todos (grandes, médios
e pequenos) fabricantes
prontos para vender.
Todos (grandes, médios e
pequenos) fabricantes
prontos para exportar.
Todas principais marcas mundiais
de transmissores prontas para
receber pedidos imediatamente.
5.1.2
DRM Chipsets e Modulos
●
ISDB-Tb compartilha codec de áudio principal (MPEG-4 HE-AAC v2) e tecnologia
de modulação COFDM com o DRM, abrindo um caminha curto para chipsets e
receivers de baixo preço, e também outras aplicações
●
Membros do Consórcio DRM no campo de chipsets para receptores e módulos:
Parrot, NXP, Frontier Silicon, Silicon Labs, KeyStone, ST Micorelectronics, etc.
●
Membros do Consórcio DRM no campo de componentes de sistema (como áudio
decoders, data service decoders, DRM demodulation implementations, DRM
service layer decoders, RF front-ends, etc.) para rapidamente permitir a fabricação
de chipsets nacionais:
Fraunhofer, RFmondial, KETI, Dolby, etc.
21
●
Membros do consórcio estão trabalhando em chipsets DRM integrados para
telefones celulares. Adicionar integração do FM é uma simples atualização de
software baseado em soluções existentes. Recepção em OM requer a criação
cuidadosa de uma antena e uma prevenção de interferência interna, ambos os
casos tem sido testados com sucesso por fabricantes internacionais de aparelhos
celulares.
Tanto a organização e preparação como o desenvolvimento doméstico de chipsets e
módulos para receptores DRM podem começar imediatamente!
Receiver Chipsets
Year 1
Year 2
Year 3
2-4 manufacturers ready to supply to Brazil
New generation low-cost chipsets
Brazilian (co-produced) chips.
Brazilian universities + high-tech companies: international research & cooperation agreements
Development of DRM + ISDB-Tb combined chipset
Ano 1
Ano 2
Ano 3
2-4 fabricantes de chipsets
prontos para fornecer ao
Brasil.
Chipsets de nova geração, mais
baratos disponíveis no mercado
internacional.
Pesquisas e acordos de
cooperação sendo feitos por
universidades e empresas
brasileiras de alta tecnologia
com institutos internacionais
de pesquisa.
Desenvolvimento de um chipset
único para DTV and DRM, com
primeiros resultados e um protótipo
pronto (fabricantes de chipsets para
DTV já abastecem o mercado
brasileiro de receptores)
Chipset brasileiros
ou co-produzidos
já estarão
disponíveis em
milhões de
unidades
22
Bom saber:
●
Chipsets são fatores chaves para o baixo custo do receptor de rádio DRM
●
A maioria dos chipsets para receptores, hoje em dia, são desenhados para um
mercado mundial, combinando DRM com outros padrões importantes localmente
●
Mesmo que receptores de diferentes padrões de rádio digital utilizem exatamente
o mesmo chipset, um receptor DRM pode ser bem mais barato por causa da
estrutura de propriedade intelectual aberta, aplicando royalties somente no
produto final (veja o item abaixo: Propriedade intelectual da tecnologia/ Royalty).
5.1.3
Receptores DRM
●
Membros do Consórcio DRM no campo dos receptores para consumidores finais:
Harman/Becker, JVC-Kenwood, Robert Bosch, Sony, etc.
●
Receptores já existem, funcionando comprovadamente com eficiência, e estão
disponíveis em grande quantidade. Ex: from NewStar, Uniwave, Himalaya, etc.
●
Membros do Consórcio DRM no campo dos receptores para monitoração
profissional e medição de sinal:
Fraunhofer, RFmondial, KETI, Digidia, etc.
●
Protótipos de receptores DRM para carro já estão prontos e já foram mostrados. A
indústria internacional de automóveis está atenta à decisão do sistema de rádio
digital brasileiro apra então iniciar a oferta do rádio digital DRM nos carros novos
(como está sendo realizado atualmente na Índia)
Tanto a produção de receptores DRM como o desenvolvimento e fabricação de
modelos nacionais podem começar imediatamente!
DRM Receivers
Year 1
Year 2
Year 3
Serveral international brands ready to supply
First Brazilian receiver (with international partners)
Mass-production of Brazilian receivers, car receivers, etc.
Brazilian rx. ready for export
23
Ano 1
Ano 2
Ano 3
Diversos fabricantes
internacionais prontos pra
enviar receptores DRM.ao
Brasil.
Receptores nacionais são
produzidos em larga escala, tanto
para carros como outros modelos.
Produção nacional
em massa pronto
para exportação.
1 milhão de rádios a
aproximadamente 40 dollars
1 a 5 milhões de
rádios a 20 dólares
Primeiro receptores nacionais
produzidos juntamente com
um parceiro internacional
10,000-50,000 com preços
entre 100-70 dolares
Bom saber:
●
Já existem mais receptores DRM disponíveis hoje em dia do que quando o Brasil
decidiu pelo ISDB-Tb!
●
Para fins específicos e educacionais existem formas de implementação de
receptores Open Source, possível devido à natureza aberta do padrão DRM
5.1.4
Novos aplicativos para rádio
De uma perspectiva da camada de serviços, DRM como padrão aberto, permite às
emissoras e geradores de conteúdos brasileiros criar novos aplicativos para rádio, como
interatividade on line, etc.
DRM permite a todos trabalharem em novos aplicativos baseados na plataforma, e de
forma livre oferecer serviços nestes produtos. Não há necessidade de nenhuma permissão
para isto e nenhum royalty adicional será cobrado pela inserção de novos aplicativos em
qualquer nível do protocolo DRM!
5.1.5
DRM Products – Conclusion
Fabricantes de transmissores, de receptores para carros e independentes e de chipsets
estão prontos para a implantação de DRM e a parceria com fabricantes brasileiros. Para
24
algumas áreas, como equipamentos de transmissão, produtos brasileiros já estão
disponíveis no mercado, enquanto outras categorias a preparação de fabricação doméstica
pode começar imediatamente devido a componentes-chave e know-how disponível. Devido
à natureza aberta da tecnologia de DRM, fabricantes brasileiros podem começar
imediatamente a criar soluções domésticas em toda a cadeia de componentes para
receptores. O diagrama a seguir demonstra o fluxo de componentes e elementos que cria o
receptor DRM e também destaca algumas dessas áreas chave para o envolvimento imediato
dos fabricantes brasileiros.
DR Software
makers
Module
Makers
Car OEMs
Auto Aftermarket
Consumer
Radio
Statios
End
customer
Retail
Broadcasters
Tier-1
Brdcst HW and
Data
Service
Provid.
Standard organization
Regional and Governmental organizations
A tecnologia e as soluções baseadas em DRM tornarão-se um grande fator de exportação
das empresas brasileiras.
5.2
5.2.1
Sucesso do desenvolvimento do DRM
Fatores chave
O plano de implantação do DRM pode começar IMEDIATAMENTE! Sem contrato, sem
licença, sem espera e sem restrição.
O objetivo do DRM com relação aos produtos é FEITO NO BRASIL e não "transferido ao
Brasil". A Copa do mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 oferecem uma excelente
oportunidade de introduzir o DRM como o novo padrão com muitas possibilidades
interessantes para a população brasileira e para o DRM no mercado de produtos
relacionados. Esses eventos também permitirão mostrar e ampliar o impacto na América
Latina e no mundo para os produtos Made In Brasil. Grandes eventos esportivos tem sido
25
sempre a oportunidade para lançar novas tecnologias como o rádio, com informações
detalhadas do texto e som surround 5.1.
Equipamentos de transmissão estão disponível imediatamente a preços acessíveis,
atendendo todas as faixas de freqüência, todos os requisitos de nível de potência e todos os
orçamentos. Qualquer transmissor de rádio digital moderno pronto é capaz de ser
transformado facilmente em equipamentos de DRM. Transmissores nacionais já estão
disponíveis.
Componentes para a produção de receptor DRM estão disponíveis, para que o
desenvolvimento de soluções de receptor interno pode começar imediatamente após a
decisão de adotar DRM. ISDB-Tb compartilha muitos componentes de tecnologia de núcleo
com DRM; Isso pode ajudar ao receptor de acelerar fabricação e reduzir o custo dos
receptores devido ao acesso mais rápido a quantidades de massa.
Oportunidades de fabricação e desenvolvimento de tecnologia já estão disponíveis e
prontas para se tornarem brasileiras desde o início, ao invés de sub-licenciada do exterior,
de uma única entidade comercial. Não há necessidade de colocarmos todos os ovos em uma
única cesta, e uma cesta estrangeira.
5.2.2
Considerações para a implantação e linha do tempo
O plano de implantação do DRM no Brasil pode começar a partir do momento em que a
decisão é tomada no governo. Para alinhar as atividades de todas as partes interessadas,
um comitê geral deve ser formado. Os principais protagonistas pelo lado de transmissão
são: governo, órgãos reguladores, emiossoras de rádio públicas/privadas/comunitárias e a
indústria de transmissores. No lado do receptor uma cooperação é necessária entre
varejistas, governo e fabricantes de dispositivos de chipset e de receptores. Finalmente,
para comunicar a data de lançamento data e dos interessantes benefícios de rádio digital
para os ouvintes, comerciantes, pesquisadores e, claro, as emissoras devem cooperar.
Com base no trabalho já realizado e experiência acumulada na atual Comissão do Digital,
um Comitê de implementação Digital para o Brasil poderia orientar o lançamento de
rádio digital eficazmente, mesmo em um curto prazo. O consórcio DRM pode compartilhar
experiências bem sucedida de órgãos semelhantes (por exemplo no Reino Unido, Alemanha
e Austrália) com os representantes brasileiros. Também apoiaria o comitê, sem custos,
fornecendo todos os seus conhecimentos e experiencias acumuladas na implantação do
DRM em outros países.
Um dos fatores chave de sucesso para o processo de implantação será um acordo entre
todas as partes interessadas para uma data comum de lançamento e início das operações
26
do rádio digital no Brasil. Esta data deve ser comunicada rapidamente aos ouvintes e a
indústria em geral. Ele permitirá às emissoras investirem em equipamentos de transmissão
e preparar conteúdo inovador para o rádio digital. Varejistas e fabricantes de receptor
serão capazes preparar seus estoques, treinar sua equipe de vendas e instalar cabines de
informações nas lojas (com mensagens alinhadas com as mensagens dadas por empresas
de radiodifusão para seus ouvintes sobre o ar).
1.
2.
3.
4.
Decision for DRM taken + published
Setup of Digital Implementation Body for Brazil (all stakeholders)
Launch Date (!) agreed + announced
Broadcasters prepare (transmitters & content!)
Basic consumer informat. starts
Launch of SBDR with DRM
DRM + content on air
Receivers in stores
Consumer info (broadcast, retail)
5.3
Propriedade intelectual (IP) e Royalty
●
Royalties (IP) aplicam-se a produtos comerciais do DRM nas linhas de recepção e
transmissão, assim como para qualquer tecnologia moderna multimídia
●
Royalties são uma parte integrante de equipamentos de transmissão e receptores,
pagos pelos fabricantes e, portanto, invisível para emissoras e ouvintes
●
Royalties são aplicados com base no dispositivo final unitário, como um simples
pagamento único
●
SEM royalties de execução ou anuais
●
SEM royalties a pagar pelas emissoras para usar a tecnologia (agora e no futuro)
27
●
Todos os aspectos da tecnologia DRM (incluindo os codecs de áudio MPEG) são
publicados e disponíveis como informação livre para todos começarem a
implementar soluções - sem segredos comerciais ou elementos ocultos controlados
por uma única entidade comercial!
●
Nenhuma permissão, licença ou contrato é necessário para produzir produtos DRM
●
Fabricantes podem usar o logotipo DRM após a certificação de seus produtos
●
Para cada componente de tecnologia de base existem vários provedores –
fabricantes e clientes nunca dependem de uma única fonte
●
Royalties são coletados de fabricantes por uma organização independente
(ViaLicensing) em nome dos titulares de patentes de tecnologia e distribuídos para
o pool dos titulares de patentes
●
O consórcio DRM não está envolvido e não beneficia de royalties IP!
●
Todos os royalties são totalmente transparentes e publicados – cada licenciado
tem a garantia de receber as mesmas condições
Bom saber:
●
O royalty final pode ser ainda mais reduzido para receptores combinados (ex.
receptores que integrarem ISDB-Tb e DRM) devido às bases da tecnologia serem
compartilhadas (COFDM, MPEG-4 HE-AAC, etc.)
●
royalties DRM são somente aplicados ao produto final (ex. um rádio na loja), Não
aos componentes (como chipsets);
Portanto, mesmo se DRM e outros padrões de transmissão compartilham
exatamente o mesmo chipset hardware e um royalty IP semelhante se aplica ao
produto final, o receptor como disponível ao consumidor pode ser
significativamente mais barato para o padrão DRM do que para outros padrões de
transmissão, se esses padrões impõem um royalty para os chipsets e para outros
componentes, além do produto final.8
8
A razão para isso é que qualquer custo adicionado em um componente inicial de um receptor será
multiplicado exponencialmente em cada etapa da cadeia de produção até o produto final. Exemplo
virtual: O chipset idêntico pode suportar dois padrões de transmissão (vamos chamá-los de sistemas "D"
e "H"). O chipset custa $5. Além disso, um royalty (de $1 por exemplo) aplica-se se o chipset funciona
com sua configuração de "H", mas não se o chipset é configurado para o sistema "D". Neste caso o
custo de compra deste chipset para o fabricante do módulo seguinte seria US $5 para o sistema D, mas
US $6, se configurado para o sistema de "H". O fabricante pode escolher (por exemplo) para dobrar o
seu custo de peças e assim vender o módulo final por US $10 na configuração do sistema "D", mas por
$12 na configuração do sistema "H" - já uma diferença de US $2 sem qualquer diferença de custo de
28
5.4
DRM pode gerar diversos níveis de negócios em um
ecossistema complexo
Para que o rádio digital seja um sucesso é necessário que as emissoras, em todas as
modalidades e finalidades, saibam utilizar esta nova ferramenta. Deve haver geração de
bom conteúdo e a correta utilização das funcionalidades que o DRM permite e coloca a
disposição dos radialistas. Por isso cada tipo de emissora deve ser abastecida com
conhecimento para utilizar os recursos do sitema DRM.
5.4.1
Emissoras comerciais
Emissoras comerciais podem beneficiar-se muito com o radio digital, mas necessitam de
orientação e acompanhamento. O DRM oferece ao seu ouvinte:
●
Melhora a qualidade de escuta do ouvinte
●
Seleção de programação à partir de uma lista de nomes, ou seja, não há mais
necessidade do ouvinte decorar a frequencia da emissora.
●
Nenhuma perda para o radiodifusor se a sua programação está sendo transmitida
em AM ou FM (Indiferente para o ouvinte não sabe, ou nem precisa saber)
●
Os receptores seguem automaticamente as emissoras parceiras quando saem da
área de cobertura da emissora sintonizada inicialmente (Alternative Frequency
Signaling)
●
Switch automático, se necessário, entre DRM e AM/FM analógicos.
Com todos os recursos acima listados, e recursos que podem advir do desenvolvimento de
novos aplicativos, diversas novas formas de comercialização de espaço publicitário podem
ser criadas. A publicidade no sistema DRM de rádio digital pode ser convergente e
transmídia. Por isso tanto emissoras como agências de propaganda precisam ser
informadas das possibilidades do novo sistema, só assim podendo utilizar na totalidade o
potencial que o sistema DRM oferece para vendas no rádio. As emissoras e agências de
publicidade podem inclusive desenvolver aplicativos próprios e exclusivos, com baixo
custo, pelos códigos do sistema serem abertos. Para orientar estes setores, o Consórcio
DRM pode:
hardware! Com a próxima etapa de integração ao longo da cadeia de produção, a diferença de custo
aumentaria para US $4, depois US $8, etc., até o produto final chega ao cliente.
Resultado: Uma potencial enorme diferença no preço do produto final devido a um relativamente
pequeno royalty cobrado muito cedo no ciclo de produção, mesmo que o hardware de receptores para
dois padrões de transmissão seja exatamente o mesmo.
29
●
Preparar um “Kit digitalização”, para as emissoras que decidirem migrar para o
sistema digital que incluirá material didático, técnico e comercial. Orientação
inicial sobre equipamentos a serem adquiridos, orientação da equipe da emissora e
acompanhamento de perto da implantação pela plataforma brasileira do consórcio
DRM;
●
Montar cursos para gestão de emissoras, em parceria com o SEBRAE.
Desenvolvendo um novo modelo de negócio para o radio;
●
Organizar seminários e palestras com manuais e material didático, patrocinados
pela ABERT ou por associações regionais;
●
Orientar instituições de pesquisa de audiência, como o IBOPE, para
desenvolvimento de um aplicativo de pesquisa digital, em tempo real, para
medição de audiência de emissoras;
●
Orientar desenvolvedores que desejem criar aplicativos específicos para atender
às necessidades das emissoras comerciais;
●
Conectar emissoras brasileiras a emissoras estrangeiras para troca de conteúdo,
experiencias e programação;
●
oferecer e divulgar aplicativos criados para emissoras brasileiras a outros países,
provendo ganhos sobre a propriedade intelectual para o Brasil;
●
Levar as experiencias do mercado brasileiro de rádio digital para os grandes
eventos do setor como a NAB e a IBC.
5.4.2
Rádios Comunitárias e Educativas
Emissoras Comunitárias e Educativas necessitam um tratamento diferenciado, dado sua
função social e seus baixos orçamentos. Por ser um sistema aberto e com baixo custo de
propriedade intelectual o DRM proporciona a possibilidade da indústria desenvolver
equipamentos de baixo custo para estas emissoras. Como a fabricação será totalmente
nacional, desde o seu início, os equipamentos podem ser pagos parceladamente ou com
financiamentos bancários. Além destas vantagens, a plataforma DRM Brasil pode:
●
sistema digital que incluirá material didático e técnico. Orientação inicial sobre
equipamentos a serem adquiridos, orientação para a equipe da emissora e
acompanhamento sistemático da implantação do novo sistema;
●
Montar cursos para gestão de emissoras sem fins lucrativos, em parceria com o
SEBRAE e com as associações de rádios comunitárias. Desenvolvendo novos
modelos de gerenciamento das emissoras;
30
●
Conectar emissoras brasileiras a emissoras estrangeiras para troca de conteúdo e
programação;
●
Fornecer às emissoras comunitárias conteúdos para divulgação do rádio digital na
sua comunidade, inclusive com orientação de onde adquirir e das vantagens de um
receptor de rádio digital DRM.
5.4.3
Emissoras públicas
Rádios públicas tem muito a ganhar com a digitalização em DRM. Por seu caráter social,
informativo e educativo, a possibilidade de transmissão de textos enriquece de maneira
extraordinária a programação destas emissoras. Além do que os testes mostratram o
sucesso do DRM em ondas curtas, permitindo que a digitalização rádio não privilegie
somente as populações urbanas, deixando de lado o interior e a amazônia legal. As
emissoras publicas inclusive deverão fazer parte do plataforma independente DRM Brasil,
assim como as principais emissoras públicas da Europa, pois com isso terão voz ativa nos
rumos do processo de digitalização do rádio no Brasil. Para esta importante categoria de
emissoras, a plataforma brasil do consórcio DRM pode:
●
sistema digital que incluirá material didático e técnico. Orientação inicial sobre
equipamentos a serem adquiridos, orientação para a equipe da emissora e
acompanhamento sistemático da implantação do novo sistema;
●
Montar cursos para gestão de emissoras sem fins lucrativos, em parceria com o
SEBRAE e com as associações de rádios comunitárias. Desenvolvendo novos
modelos de gerenciamento das emissoras;
●
Conectar emissoras brasileiras a emissoras estrangeiras para troca de conteúdo e
programação.
5.4.4
A Audiência
O plano de negócios do DRM contempla o ouvinte, o povo do Brasil. O rádio faz parte da
cultura brasileira, e sua mensagem norteou a vida de muitas geraçoes. O rádio digital
quebra alguns paradigmas do analógico, é preciso criar essa nova cultura na população
brasileira, mostrando que o rádio digital não matará o “querido” amigo analógico, e sim o
elevará a um novo patamar. Será preciso ensinar o brasileiro a “gostar” deste novo meio de
comunicação de massa.
Primeiramente são necessárias ações e campanhas para informar à população sobre o
rádio digital, suas vantagens, como acessá-lo e saber utilizar todos os seus recursos. O
consórcio DRM pode manter um núcleo de comunicação com campanhas permanentes de
31
incentivos do uso do rádio, prestando assessoria aos departamentos de comunicação de
todos os órgãos governamentais para concepção e formatação de campanhas de
esclarecimento e de incentivo ao uso do rádio digital. Mais uma vez, por ser uma instituição
sem fins lucrativos, pode realizar convênios com a Secretaria de Comunicação da
Presidência da República para atuar em favor do meio, permanentemente. Ou seja, o
DRM/B pode ser um consultor constante do governo, a custo zero.
Uma vez conhecedor do sistema, o que interessará para o ouvinte é a possibilidade de
poder comprar seu receptor de rádio digital a um custo acessível. Também interessará
receber conteúdo de qualidade o que já está contemplado no item 2 acima. Para isto o DRM
propõe incentivos fiscais nos primeiros 3 (três) anos de implantação para indústrias de
receptores que fabricarem seus produtos no Brasil. Isso possibilitará um receptor no
mercado a preço mais baixo, favorecendo à disseminação da tecnologia, impactando
diretamente os itens 1 e 2 deste plano de negócios.Também propomos incentivos fiscais
para importação de componentes para todas as indústrias ligadas ao rádio digital DRM,
também nos primeiros 3 (três) anos, período necessário para que a indústria brasileira
possa organizar-se para iniciar a fabricação de componentes semelhantes. Medida que
impactará positivamente nos custos das emissoras e dos ouvintes, colaborando com o
sucesso do rádio digital.
5.5
Ganhos de Espectro e Regulação
DRM fornece aos órgãos reguladores e às emissoras toda uma gama de benefícios
exclusivos que podem ajudar a melhorar a cobertura de rádio do país, ao mesmo tempo
reduzindo o custo de transmissão, proporcionando assim um caminho de transição para
um futuro sustentável e ambientalmente responsável da radiodifusão.
●
DRM é o rádio digital global, único padrão para radiodifusão terrestre
recomendado pela ITU para todas as freqüências de transmissão das bandas AM
para faixas de VHF altas.
●
Outros países dos BRICs já estão no processo de implantação do DRM (tais como a
Índia), permitindo a troca de experiências durante o processo, e ao mesmo tempo
dando a indústria brasileira uma enorme potencial para exportação de soluções
em transmissores e receptores DRM desenvolvidas no mercado interno.
●
Os parâmetros de planejamento de freqüência de DRM são bem estabelecidos
tanto para AM bem como faixas de VHF e publicada através da ITU. Estes
parâmetros incluem um campo de força mínimo na recepção (em vários cenários
de recepção, do interior de automóvel a um celular) bem transmisões com grandes
potênicas e distâncias sem interferências em frequencias vizinhas. Este fato
32
permite que as emissoras iniciem imediatamente o planejamento para redes
baseadas em DRM (bem como redes mistas DRM e analógicas).
●
Com base no paradigma de acesso do rádio digital DRM, será tarefa do receptor
para encontrar o melhor método de recepção adequado para o serviço selecionado
pelo ouvinte. Por exemplo, se um serviço é simultaneamente disponível localmente
na faixa de FM e, simultaneamente, em toda a região através de MW, o receptor irá
inicialmente sintonizar o sinal na faixa de FM e então automaticamente mudar
para transmissão MW alternativa logo que o ouvinte deixa a área de cobertura da
transmissão de banda de FM.
●
Essa funcionalidade é suportada pelo recurso do DRM AFS: sinalização de
freqüência alternativa & Switching. Isso garante que com a primeira recepção de
um programa DRM, o receptor imediatamente aprende sobre todas as fontes
alternativas do mesmo conteúdo, que lhe permite mudar automaticamente se
necessário. Tudo isso ocorre de maneira invisível para o ouvinte, simplesmente,
resultando em uma experiência integrada em escutar a estação preferida. Pelo lado
da emissora, habilitar o recurso AFS é muito simples, pois apenas requer a
especificação da lista de freqüências alternativas no equipamento de transmissão.
●
Os atuais canais 5 e 6 da TV podem ser adicionados imediatamente para o cabedal
das freqüências de transmissão no DRM, que já comprovou funcionar de forma
confiável nestas frequencias como nas bandas AM e FM.
●
Graças a codificação eficiente de sinais DRM (apenas 96 kHz de largura de banda),
cada um dos antigos canais de TV de # 6 MHz podem ser convertidos para 60
frequências individuais de DRM, com cada freqüência carregando entre 1 e 4
serviços (áudio e dados). Dois canais de TV antigos resultam em um total de 120
freqüências DRM, carregando entre 120 e 480 conteúdos (conforme regulação e
decisões da emissora).
●
DRM possibilita uma opção de transição imediata para MW existente e estações
SW para a era do rádio digital. Que lhes permitirá fornecer aos seus ouvintes
qualidade de áudio e recepção sem ruído comparável às transmissões de FM,
acrescentando serviços extras atrativos (como Journaline texto avançado). Isso
permitirá que o Brasil mantenha sua cobertura de rádio de grande áreas vitais,
com exclusividade, e mais eficientemente ativada por MW e SW, oferecendo os
ouvintes uma qualidade de áudio que facilmente concorre com estações de FM.
33
●
Graças ao paradigma de acesso de rádio digital DRM, da seleção de estações por
nome (e deixar o receptor a escolher o melhor método de recepção), os ouvintes
não precisam saber se sua cobertura atualmente é fornecida pelo DRM (ou um
sinal analógico) em bandas de FM (em áreas metropolitanas), ou através da
cobertura de DRM SW ou MW (fora dessas áreas). Isso vai vitalizar as estações SW
e MW existentes e potencialmente atrair novos organismos de radiodifusão para
essas freqüências que possuem ótima cobertura.
DRM está pronto para operação do SFN (rede de frequência única), significando
que os transmissores podem operar na mesma freqüência de transmissão com
áreas de cobertura iguais ou sobrepostas. Funcionamento do SFN não é
normalmente possível com transmissões analógicas. No entanto usar SFN é uma
ótima ferramenta para melhorar ou ativar cobertura em situações críticas.
●
Funcionamento do SFN permite a utilização de gap-fillers, redes de transmissor de
baixa potência, bem como a confiabilidade da rede geralmente melhorada.
●
Gap-fillers são transmissores com potência muito baixa localizados
dentro da área de cobertura de um transmissor principal forte, onde o
principal transmissor pode não alcançar corretamente certas áreas
devido ao terreno montanhoso ou urbano.
●
Redes de transmissores de baixa potência permitirão Brasil uma
possível mudança na sua regulamentação no futuro. Em vez de definir
a área de licença de uma emissora implicitamente através da
localização e potência do (antigo analógico) transmissor, a licença
pode ser atribuída para a real área de cobertura equivalente. Em
seguida, a emissora poderia decidir configurar alguns transmissores
de baixa potência em toda a área de licença, substituindo o ineficiente
único transmissor de alta potência. Este mecanismo é comprovado na
diminuição drástica do consumo de energia, proporcionando uma
cobertura global melhor dentro da área licenciada.
●
SFNs também pode ser configurado em larga escala para melhorar a
confiabilidade geral da rede. Por exemplo, Deutsche Welle realizou
um teste de transmissão muito bem sucedido em SW, cobrindo a
Europa central, com um transmissor principal de DRM, acompanhado
por um transmissor secundário há várias centenas de quilómetros de
distância. Os resultados documentados provam que a estabilidade de
recepção dentro da área de cobertura almejada melhorou muito, sem
a necessidade do ouvinte sintonizar uma freqüência diferente em
34
casos onde o caminho direto de recepção do sinal de um dos
transmissores foi interrompido.
5.6
5.6.1
DRM - Pesquisa e Educação
Pesquisa
A parte inicial da implantação será a realização de pesquisas sobre a situação do rádio no
Brasil. O DRM Brasil irá realizar convênios com universidades para realização de pesquisas
sobre a conjuntura e a estrutura do meio rádio no país. Estas pesquisas podem ser
financiadas por fundaçoes com verbas para estes fins. Pesquisas internas podem gerar
resultados que serão alimentados à plataforma internacional do consórcio, permitindo
melhorias no sistema em todos os países, e, com isto, as organizações brasileiras
realizadoras das pesquisas receberiam ganhos de propriedade intelectual (IP). Este
processo só é possível em um sistema aberto como o DRM.
5.6.2 Educação
A plataforma brasileira do consórcio DRM, apoiada e em parceria com o DRM internacional,
vai gerar conteúdo e organizar cursos técnicos para educação à distancia e presenciais para
todos os setores do rádio. Estes cursos podem ser oferecidos gratuitamente, pois como o
DRM/B é uma entidade sem fins lucrativos pode realizar convênios com entidades
patrocinadoras de educação como o FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador, Fundação
Roberto Marinho, etc.
Exemplos de cursos:
●
Cursos técnicos de radiodifusão com parcerias de instituições convidadas a
fazerem parte do consórcio DRM, como os Institutos Federais (Ministério da
Educação), o SEST/SENAT, SENAC;
●
Cursos de formação e capacitação de gestores para rádio, em parceria com os
SEBRAEs das unidades da federação;
●
Cursos de administração de rádios comunitárias – sem fins lucrativos
●
Cursos técnicos de publicidade e marketing direcionado para rádio em parceria
com instituições como a ESPM. Cursos pagos, a distância.
●
Convênios com universidades públicas e privadas para que o DRM/B possa gerar
conteúdo e supervisionar disciplinas direcionadas para rádio digital
35
●
Convênios de universidades brasileiras com as universidades europeias e asiáticas
membros do Consórcio DRM, para o intercambio de profissionais, palestras e
cursos.
36
6. Conclusões
●
DRM é a melhor solução para o Brasil com sua geografia, herança de estações AM e
FM, divisão setorial entre privado, público, educativo e comunitárias, necessidades
sociais das populações desfavorecidas, e grande potencial econômico.
●
DRM pode tornar-se o padrão brasileiro, adaptado e desenvolvido para atender
todas as necessidades sociais, econômicas, limitações do espectro e as expectativas
de desenvolvimento
●
Produtos DRM, para satisfazer as diversas necessidades de diversos públicos,
podem ser fabricados imediatamente. Potencial de crescimento da indústria, PIB e
exportação de oportunidades não apenas na América Latina, mas também outros
países (ex: Índia)
6.1
Ganhos para ouvintes
DRM oferece benefícios evidentes para os ouvintes:
●
Tem potencial de trazer uma seleção vasta de novas conteúdos e inúmeras
estações. Novos programas de emissoras locais, regionais e nacionais, com
conteúdo multimídia estão disponíveis no DRM. Não dependentes da internet ou
eletricidade. Tem excelente qualidade de som.
●
A grande inovação que o DRM traz é que ondas curtas e transmissões de ondas
médias agora podem ser ouvidas com qualidade de som de FM. E transmissões
locais e som de estações de FM com qualidade de CD.
●
Um receptor DRM de baixo custo proporcionará todos os benefícios associados
com o moderno rádio digital: acesso a um guia de programa eletrônico (EPG),
Sintonia fácil pela freqüência, pelo nome da estação ou pelo tipo de programa.
Além disso, os programas vêm com informações de texto associado – o nome da
estação, o título do programa ou o título e artista da música apresentada.
Journaline, o serviço de informações de texto avançado, permite que os ouvintes
leiam as informações relevantes na tela enquanto escutam o rádio (Informação de
fundo sobre o atual programa e show, notícias, tempo, tabelas de resultados
desportivos, etc.) e - em dispositivos conectados – clique no botão para conectar-se
facilmente com as estações de rádio (telefone números, SMS, Internet URLs, etc.).
37
6.2
DRM tem claros benefícios para empresas de radiodifusão:
●
Expande o alcance - DRM em ondas médias é perfeito para emissoras, visando um
público nacional, especialmente nos países com grandes áreas territoriais.
●
Programas multilingues são possíveis + informações extras
DRM permite que até quatro fluxos de programa por frequência, o que significa que as
emissoras podem planejar novos formatos, shows e canais para atingir o público e nichos
de mercado. As aplicações multimídia, como Journaline e mensagens de texto significam
que muito mais informações podem ser enviadas através de transmissões terrestres.
●
Maior oportunidade para a geração de receita
●
DRM é perfeito para emissoras que planejam a implantação de novos serviços
digitais que podem gerar novos fluxos de receita sem comprometer a sua oferta de
conteúdo existente.
●
Mesmo para emissoras menores visando nichos urbanos bem definidos, o DRM
tem uma solução. DRM + permite rádios comunitárias emissoras comerciais
especializadas alcancem seu público pretendido ignorando o congestionamento e
os elevados custos da banda FM analógico.
●
Consumo de energia reduzido em 40-50 %
Transmissores DRM usam muito menos energia do que os transmissores analógicos e,
portanto, diminuem o custo total da emissora.
6.3
Ganhos para fabricantes/indústrias
DRM apresenta benefícios claros para fabricantes de semicondutores, transmissores e
receptores:
●
Um grande novo mercado interno no Brasil
●
Com potencial para exportar tecnologia doméstica e desenvolvimento a todos da
América do Sul e do mundo.
●
Uma tecnologia comprovada
38
●
A tecnologia foi testada e continua a ser testado em todo o globo, do Reino Unido
para o Brasil para a Índia. Os solidamente bons resultados dos testes sempre foram
disponibilizados abertamente e seu sucesso certificado pelos organismos
profissionais e científicos líderes na indústria.
●
Uma tecnologia complementar e versátil
É relativamente simples e de custo eficaz para integrar as capacidades do DRM em uma
ampla variedade de dispositivos – de aparelhos de rádio híbridos com funcionalidade
Multi-Band para celulares.
6.4
Ganhos para os órgãos reguladores
●
DRM tem benefícios evidentes para os órgãos reguladores:
●
DRM, em todas as freqüências de transmissão é um padrão de transmissão
internacional, aberto, oficialmente recomendado pela ITU.
●
DRM atende igualitáriamente a todos os tipos de emissoras: de estações comerciais
a rádio comunitárias e de cobertura local até internacional.
●
DRM aumenta a atratividade de rádio nas faixas de FM com serviços avançados e
recursos, originalmente suporta toda a banda VHF Banda I (incluíndo os canais 5 e
6 da TV) e VHF Banda III para os planos de expansão futura.
●
DRM permite manter a cobertura, altamente relevante, de MW e SW, que é vital
para um país de grande área como o Brasil, dando aos ouvintes serviços de
qualidade de FM, com todas as características avançadas.
●
DRM permite manter analógico transmitindo intacto - o sinal digital pode ser
colocado lado a lado com o sinal analógico ou como alternativa para colocar o novo
digital sinal em qualquer lugar do espectro disponível (como o uso de canais de TV
antigos 5++ 6); em qualquer um dos casos a mudança do analógico para o digital é
completamente transparente para o ouvinte, que irá selecionar estações pela nome
e não precisa se preocupar mais com freqüências.
●
DRM tem o potencial para SFN (rede de frequência única) em todas as freqüências
suportadas: isso abre o potencial de regulação para áreas de cobertura em
outorgas futuras, em vez de locais de transmissor e potência, permitindo
transmissores de enchimento “gap” de baixa potência, proporcionando uma maior
área de cobertura área, reduzindo a potência de transmissão global.
39
●
Outros países do grupo dos BRIC, como a Índia, estão em vias de implantação do
DRM simultaneamente, permitindo compartilhar experiências e abrindo
oportunidades de exportação para a indústria brasileira.
40
DRM – DIGITAL RADIO MONDIALE
É A SOLUÇÃO IDEAL
PARA O RÁDIO DIGITAL NO BRASIL
cumpre na totalidade as exigências determinadas
pelo Ministério das Comunicações
para o Sistema Brasileiro de Rádio Digital - SBRD
41
Anexo A
"PORTARIA No- 290, DE 30 DE MARÇO DE 2010 Institui o Sistema Brasileiro de Rádio
Digital - SBRD e dá outras providências.
PORTARIA No- 290, DE 30 DE MARÇO DE 2010Institui o Sistema Brasileiro de Rádio
Digital - SBRD e dá outras providências.
O MINISTRO DE ESTADO DAS COMUNICAÇÕES, no uso das atribuições que lhe confere o art. 87,
parágrafo único, inciso IV, da Constituição, e considerando o disposto no art. 27, inciso IV, alínea "b", da
Lei no 10.683, de 27 de maio de 2003, resolve:
Art. 1o Fica instituído, por esta Portaria, o Sistema Brasileiro de Rádio Digital - SBRD.
Art. 2o Para o serviço de radiodifusão sonora em Onda Média (OM) e em Frequência Modulada (FM)
deve ser adotado padrão que, além de contemplar os objetivos de que trata o art. 3o, possibilite a
operação eficiente em ambas as modalidades do serviço.
Art. 3o O SBRD tem por finalidade alcançar, entre outros, alcançar os seguintes objetivos:
I - promover a inclusão social, a diversidade cultural do País e a língua pátria por meio do acesso à
tecnologia digital, visando à democratização da informação;
II - propiciar a expansão do setor, possibilitando o desenvolvimento de serviços decorrentes da
tecnologia digital como forma de estimular a evolução das atuais exploradoras do serviço;
III - possibilitar o desenvolvimento de novos modelos de negócio adequados à realidade do País;
IV - propiciar a transferência de tecnologia para a indústria brasileira de transmissores e receptores,
garantida, onde couber, a isenção de royalties;
V - possibilitar a participação de instituições brasileiras de ensino e pesquisa no ajuste e melhoria do
sistema de acordo com a necessidade do País;
VI - incentivar a indústria regional e local na produção de instrumentos e serviços digitais;
VII - propiciar a criação de rede de educação à distância;
VIII - proporcionar a utilização eficiente do espectro de radiofreqüências;
IX - possibilitar a emissão de simulcasting, com boa qualidade de áudio e com mínimas interferências em
outras estações;
X - possibilitar a cobertura do sinal digital em áreas igual ou maior do que as atuais, com menor potência
de transmissão;
42
XI - propiciar vários modos de configuração considerando as particularidades de propagação do sinal em
cada região brasileira;
XII - permitir a transmissão de dados auxiliares;
XIII - viabilizar soluções para transmissões em baixa potência, com custos reduzidos; e
XIV - propiciar a arquitetura de sistema de forma a possibilitar, ao mercado brasileiro, as evoluções
necessárias.
Art. 4o Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
HÉLIO COSTA
43
Anexo B
ABIRD – Carta da Associação Brasileira da Radiodifusão
44
45
46
47
Anexo C
Carta de lançamento do DRM plataforma Brasil
DRMb: Uma proposta de padrão para o Sistema Brasileiro de Rádio Digital
Há 90 anos, o dia 7 de setembro de 1922 marcou a primeira transmissão de rádio no país
que ocorreu simultaneamente à exposição internacional em comemoração ao centenário da
Independência do Brasil.
E hoje, dia 7 de setembro de 2012 o DRM-Brasil lança o DRMb, a
proposta de padrão para o Sistema Brasileiro de Rádio Digital.
Com o apoio do professor Luiz Fernando G. Soares da PUC-Rio, criador do Ginga, está
lançado o DRMb!
Segue a carta de lançamento:
O meio rádio tem uma função central e extremamente relevante na
comunicação local, regional e fronteiriça no Brasil e na América do Sul.
Entendida como a continuação de um processo de constante mudança de
paradigma para a comunicação, a evolução consciente do rádio (operando há
90 anos e historicamente marcando sua enorme relevância social) permitirá
um novo panorama para a troca de informações independente e autônoma, ampla
e potente, corroborando com o direito humano fundamental de liberdade de
expressão e comunicação e também com o desenvolvimento socioeconômico do
Brasil e da América do Sul. Esta quebra de paradigma que se apresenta
atualmente no processo de migração do rádio analógico para o sistema
digital precisa ser pensada no contexto da realidade geopolítica, econômica
e tecnológica em toda a sociedade na qual este desafio se apresenta.
Queremos demonstrar como o padrão DRM possui as qualidades necessárias
para o desenvolvimento aberto e adequado às necessidades brasileiras e
passível
de
intervenções
e
tecnologias
desenvolvidas
no
país,
podendo
potencializar o protagonismo brasileiro no desenvolvimento de produtos e
soluções para um rádio digital mundial em processo de adoção em várias
nações em diferentes partes do globo.
A tecnologia do padrão DRM, por ser aberta e internacionalmente
reconhecida, por ser independente de empresas detentoras de tecnologias
proprietárias (como é o caso do padrão HD Radio), por ser adaptável às
necessidades
nacionais
e
por
proporcionar
a
otimização
do
espectro
48
eletromagnético, é a melhor opção para o Brasil. Com a possibilidade de
pesquisas nacionais na área e a inerente transferência de tecnologia que o
sistema oferece, as
possibilidades
de criação de um
sistema brasileiro
fundado sobre o Digital Radio Mondiale - que possui implementações
completas em software livre - é não só possível como também desejável.
Consideramos fundamental a adoção de um padrão de rádio digital que
funcione mundialmente e que permita abertura para a entrada de novos atores
nas dinâmicas da comunicação: o DRM é o único que apresenta essa proposta.
No entanto alterações compatíveis ao serviço de difusão de áudio nesse
sistema são possíveis e necessárias para o Brasil e América do Sul,
considerando a demanda existente por pesquisas e desenvolvimentos nacionais
para o rádio digital.
Na concepção da TV Digital brasileira, baseada no padrão japonês, em
função da necessidade de adaptações à realidade nacional, foi incorporada
uma plataforma de apresentação e execução de software desenvolvida para
levar interatividade à TV: o Ginga. Essa modificação do padrão japonês é
tida como a maior contribuição brasileira ao sistema de TV Digital,
permitindo que serviços públicos e privados estejam disponíveis a todos os
usuários da TV aberta, não só no Brasil mas também nos países da América do
Sul que adotaram o padrão brasileiro.
Consideramos portanto
é o caminho natural
do Brasil: rádio e TV.
que a inclusão do Ginga ao rádio digital brasileiro
no processo de integração dos sistemas de radiodifusão
O perfil viável do Ginga para a incorporação ao DRM segue a Recomendação ITU-T
H.761
para IPTV, sendo também adotado para receptores portáteis (ABNT/NBR 15606-5) no
sistema brasileiro de TV digital. Chamado de Ginga-NCL, o sistema foi concebido e
desenvolvido inteiramente no Brasil sob coordenação do professor Luiz Fernando G.
Soares da PUC-Rio. O Ginga-NCL é livre de royalties e possui implementação de
referência gratuita e de código aberto. Ginga é também marca registrada da PUC-Rio,
que é cedida sem nenhum custo a receptores com o software.
A incorporação ao Digital Radio Mondiale permite que receptores portáteis de TV
digital one-seg compartilhem exatamente o mesmo software para o rádio digital, e
sendo o codec de áudio do DRM o mesmo da TV Digital - o AAC, teremos sistemas de
difusão interoperáveis que compartilham da mesma tecnologia, barateando o custo dos
receptores e da produção de conteúdo interativo para a radio e teledifusão
brasileira, algo que o padrão HD Radio não possibilita.
A proposta do DRM-Brasil para o padrão do Sistema Brasileiro de Rádio Digital é
49
portanto a incorporação do Ginga-NCL (que consiste do uso das linguagens NCL e Lua
como linguagens do middleware do rádio digital) ao DRM. Como consequência dessa
alteração no DRM, a utilização da tecnologia que possui royalties desenvolvida pela
alemã Fraunhofer Institute conhecida como “Journaline” será eliminada, barateando
os custos e fomentando tecnologia nacional. Propomos portanto, um padrão misto, que
passaria a se chamar DRMb.
Assina essa carta o DRM-Brasil.
50

drm - Digital Radio Mondiale

Transcrição

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