1. Pressupostos Teóricos da Disciplina de Geografia
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1. Pressupostos Teóricos da Disciplina de Geografia
COLÉGIO ESTADUAL DO PARANÁ Ensino Fundamental, Médio e Profissional Av. João Gualberto, 250 - Alto da Glória Fone: 3304-8942 e-mail: [email protected] 1. Pressupostos Teóricos da Disciplina de Geografia: CONCEPÇÃO DE ENSINO A Geografia, apoiada, inicialmente, em concepções e fatos de ordem natural, adquiriu, na atualidade, um caráter social e humanístico. Esta área de conhecimento reúne elementos que viabilizam a análise e a interpretação do processo de apropriação e organização do espaço pelo ser humano. Uma de suas características atuais é não se limitar a uma concepção positivista, marcada essencialmente pela apresentação meramente quantitativa e funcionalista dos seus conhecimentos (Geografia Tradicional ou Positivista). Hoje, ela traz o compromisso de uma análise crítica da realidade vivida, subsidiando-se processos de transformação. Novas perspectivas de abordagem geográfica instalam-se em decorrência de mudanças socioeconômicas provocadas pela revolução tecnocientífica, pela globalização da economia e pelos constantes problemas ambientais. Com isso, surge uma Geografia comprometida com a análise e a interpretação das relações de interdependência entre os seres humanos, do ser humano com a natureza e dos fatores sócio-econômicos ambientais entre si. Assim, a tarefa do ensino de Geografia está na possibilidade de construir explicações críticas do constante e dinâmico processo de construção e transformação dos espaços. Partindo dessa concepção, o ensino atual da Geografia procura explicar o espaço geográfico, isto é, o local onde se realizam as relações sociais, econômicas, políticas e do ser humano com a natureza, em escala local, regional, nacional e global. O pressuposto deste ensino está na concepção do espaço geográfico como uma totalidade dinâmica no qual acontecem todas as interações dos fatores sociais, econômicos, políticos e naturais, ou seja, as práticas sociais. O desafio educativo é instrumentalizar o indivíduo para que ele perceba-se como sujeito social e compreenda os fenômenos ligados ao espaço que orientam o seu cotidiano. “Hoje, creio que o objetivo da Geografia deva ser entender a sociedade e suas contradições usando o espaço como categoria para tal entendimento.” (Kaercher, 2002, p. 76). Assim, inspirada na realidade contemporânea, a Geografia torna-se uma área de conhecimento e uma ferramenta que auxilia o entendimento da sociedade atual, a compreensão dos seus valores e dos processos que conduzem as suas transformações. Para isso, utiliza-se do estudo da produção e organização do espaço, reflexos das ações humanas no processo histórico de apropriação dos lugares, nos quais as coletividades imprimem os seus valores socioeconômicos e culturais. Norteada por essa concepção, a Geografia apóia-se em três eixos ou conceitos considerados básicos e capazes de realizar uma análise científica do espaço: o lugar, a paisagem e o território. O lugar é o espaço vivido no cotidiano, imbuído de consensos e conflitos, repleto de identidade. Nele, pratica-se a cidadania. A paisagem é o arranjo espacial que a nossa visão alcança. Ela nos revela os elementos sociais, culturais e naturais e a interação entre eles, o seu permanente processo de transformação e os seus múltiplos espaços e tempos. O território é a base física e material da paisagem, delimitado pelas relações de poder, dominação e influência e, por conseqüência, traz em si a noção de divisão social. A Geografia é uma ciência social e tem como seu objeto de estudo o Espaço Geográfico e sua composição conceitual básica: paisagem, lugar, região, território, natureza e sociedade. Isto é, o espaço geográfico resultante dos atos humanos como frutos da convivência socialcultural, produto histórico da aplicação do conhecimento acumulado pela sociedade. Neste sentido percebemos uma relação intrínseca do objeto de estudo com o homem, pois, vivemos num lugar, pertencemos a uma sociedade, fazemos parte da natureza e apropriamos-nos dela para produção e organização de nosso espaço. A Geografia tradicional, a primeira estabelecida no estudo do espaço, vem trabalhar com fundamentos de paisagem e região, secundarizando a abordagem espacial. Ratzel considera base indispensável à vida, valorizando a posse e domínio do espaço. Surge daí dois conceitos chave, que são o território e o espaço necessário á vida, denominado por ele como espaço vital. O território é a posse da área e o espaço o quanto dela é necessário à vida dos que o detém. A relação entre os conceitos de território e espaço vital dá-se pela apropriação de uma porção do espaço por um determinado grupo e as necessidades territoriais, desse grupo em função de seu desenvolvimento tecnológico. O Estado tem então a função primeira de manter ou implicar o território em função do espaço vital dessa sociedade. A geografia ganha partes, como a sociedade, que funcionam cada um com seus fundamentos, mas que se somam no sentido de totalidade. As partes da geografia passam então a tratar especificamente de uma fração do espaço, conceito que não se extingue, mas que se reafirma nas partes. Há a divisão da ciência geográfica em áreas, primeiramente a física e a humana, depois em varias partes do meio. Tornando a geografia uma disciplina reflexiva e instigante, para a abordagem dos conceitos referenciais, conteúdos de ensino e abordagens metodológicas aos determinantes sociais, econômicos, políticos e culturais. Pressupõem uma perspectiva onde os professores junto com seus educandos analisem e reflitam sobre o espaço na busca de compreender as representações que os indivíduos inseridos nos diversos grupos têm sobre o espaço de vida percebido. Visando a compreensão desta geografia critica, faz-se necessário entender todos os conceitos básicos considerados nesta diretriz - Paisagem, Lugar, região, território, natureza e sociedade. O conceito de paisagem junto com demais conceitos geográficos sofre um processo de revisão diante da globalização. Sendo assim, embora tenha uma dimensão subjetiva, deve ser entendido como sendo a materialidade de objetos (materiais e não materiais) em um determinado momento histórico, como o espaço contem o movimento, paisagem e espaço se completam, formando por um par dialético. A observação e a descrição de uma paisagem servem de ponto de partida para as analises do espaço geográfico. O conceito de lugar é mais amplo entre os componentes do Espaço Geográfico, pois ele traz a discussão dos conceitos de território, de natureza, de técnica, de política entre outros. É o espaço onde o particular, o histórico, o cultural e a identidade estão presentes. Os lugares diferenciam-se uns dos outros enquanto espaços produtivos, cada qual revelando suas especificidades, subjetividades e relacionar idades próprias do espaço local. Região tem um conceito definido como sendo o suporte e a condição para que as relações globais se realizem; no mundo globalizado, onde as trocas são intensas e constantes, a forma e o conteúdo das regiões mudam rapidamente. O fundamento político do conceito se baseia no controle e gestão de um território. O conceito de território tem uma conotação política, estando ligado a normalização das ações globais e locais. É no território, assim como também no lugar, que os instrumentos de regulação são constituídos, seja ele nacional regional ou local; é onde acontecem as relações de dialogo, associação e conforto entre o lugar e o mundo. Normalmente é o Estado quem organiza o território, mas o próprio indivíduo ou organizações podem “produzir” o território para suprir a ausência do Estado nos setores sociais. Conceito de natureza é um conjunto de elementos naturais com dinâmica própria e que independe da ação humana. Atualmente a natureza é vista pelo homem apenas como fonte provedora de recursos, devido aos avanços técnicos e científicos, causando uma falsa idéia de domínio do homem sobre a natureza. Mas, a especialização dos lugares, hoje, se deve mais as condições técnicas e sociais do que aos recursos naturais, devido à artificialização do meio, tanto urbano, quanto rural. Entende-se o conceito de sociedade pela sua relação com a natureza e em seus aspectos culturais, políticos, sociais e econômicos. A sociedade produz um intercambio com a natureza, transformando-a em função de seus interesses econômicos e ao mesmo tempo sendo influenciado por ela, criando seus espaços conforme as relações políticas e as manifestações culturais. Este conceito deve ser discutido, também, a partir das relações globais-locais, e deve estar associado às discussões políticas sobre planejamento ambiental, rural, industrial e urbano e demonstrando as contradições socais existentes dentro de uma mesma sociedade. Na compreensão do conhecimento geográfico é importante salientar as várias linguagens que o mundo moderno oferece, e constituem instrumentos fundamentais a serem apropriados pelos professores e educando para a compreensão da atual realidade. O acesso ás diferentes linguagens e aos diferentes documentos na escola proporciona aos educando a compreender melhor a realidade espacial e temporal em que eles vivem para que atuem de forma comprometida com as necessidades, os interesses individuais e de seu grupo social. O computador e a Internet já fazem parte do cotidiano de algumas escolas, mas ainda seu uso e suas possibilidades, além de substituir a máquina de escrever, necessitam ser explorada pelos nossos educandos. O estudo de imagens é de sua importância em sala de aula, pois proporciona ao educando a compreensão do espaço estudado de forma real e presente (imagens de satélites), bem como as fotografias, planta baixa que podem mostrar as transformações de uma rua, de uma cidade ou de espaços maiores: ir à busca do porque dessas transformações é tarefa da Geografia e da História. O espaço e o tempo caminham juntos. Dados estatísticos precisam ser utilizados e transformados em gráficos de vários tipos. A sua leitura e interpretação fazem parte do cotidiano da mídia. Uma problematização sobre uma área rural ou urbana pode ser feita através de dados estatísticos e de sua evolução no tempo. O educando necessita saber utilizar os dados transformá-los em gráficos, mas também conhecer as instituições que produzem como os órgãos oficiais Instituto de Geografia Estatística - IBGE, Instituto Paranaense de Desenvolvimentos Econômico e Social – PARDES, as Organizações das Nações Unidas-ONU e as diferentes Organizações Não Governamentais - ONGs. Os jornais, fontes de orientação da opinião pública são indispensáveis para a seleção de temas e problemas a serem estudados, mesmo que não concordemos com as respectivas análises. Para a Geografia, mas não só para essa disciplina, outra importante fonte de informação são as pessoas. As entrevistas feitas com pessoas que se relacionam com certo espaço ou com fenômenos espaciais fornecem subsídios que os ajudam a entender o significado de acontecimentos e de ação sobre o espaço, através das representações sociais que passam através de seu discurso. Analisar com os educandos do ensino médio essas falas e descobrir a gênese das representações que exprimem é auxiliá-los a desvendar o seu espaço, a conhecer os agentes sociais responsáveis por sua construção e saber que ele, educando, também é responsável pela sua construção. 1.1 Aulas de campo Fundamentação Teórica As aulas de campo são muito importantes no aprendizado da Geografia. É em contato com a natureza que o aluno poderá perceber e aprender os diversos aspectos que envolvem o seu estudo, quer seja social, cultural ou econômico. Diferentemente de uma aula de Geografia em sala, ou em um laboratório, a aula de campo apresenta uma visão do real. Saindo do abstrato, o aluno poderá analisar e investigar assuntos relativos ao ambiente estudado, podendo assim problematizar e ter uma visão critica das ações antrópicas, buscando soluções para os problemas já existentes na região ou que surgirão no futuro. É muito gratificante para o professor perceber que o aluno através da prática está se apropriando do conhecimento, que muitas vezes durante a teoria, não contempla todas as suas possibilidades de aprendizado. Para cada tipo de excursão, os métodos de ensino e a interdependência professoraluno devem ser analisados para que assim se atinjam os objetivos propostos. Os métodos de ensino em uma saída de campo podem ser classificados em dirigidos, semi-dirigidos e não-dirigidos (Brusi,1992) e a relação professor-aluno pode ser centrada no professor, centrada no aluno ou de equilíbrio. A situação de equilíbrio, vista pela maioria como sendo a ideal, em alguns casos, pode tender para um lado ou para o outro de acordo com os objetivos didáticos propostos. Os estudos dirigidos pressupõem que o professor é que direciona o objeto de estudo do aluno, que por sua vez desempenha um papel que paulatinamente redescobre os conceitos e fatos que o professor pretendia enfatizar desde o início. Na atividade nãodirigida, os alunos são estimulados a uma investigação autônoma, são desconhecidos a princípio para os alunos, os resultados que podem ser atingidos. Finalmente na condição de equilíbrio, o aluno é orientado pelo professor, mas este não define previamente as conclusões que devem ser obtidas . Quanto a lógica predominante que engloba referencias de conteúdo e esquemas de raciocínio, estes podem habilitar o estudante ao uso de certas técnicas, transmitir conceitos ou simplesmente ilustrar feições citadas em sala de aula. A partir desse parâmetro, Compiani (1991) classifica as atividades de campo de acordo com seu papel didático que pode ser uma atividade de campo ilustrativa, que é a considerada mais tradicional. Serve para mostrar ou reforçar os conhecimentos já vistos em sala de aula, onde o aluno faz as anotações repassadas pelo professor. Já numa atividade de campo indutiva, a função do professor é guiar o aluno seqüencialmente no processo de observação e interpretação para que estes possam resolver os problemas propostos. Desta forma, neste tipo de aula de campo o aluno pode responder um questionário envolvendo questões teóricas e conceituais, previamente estabelecidos. O estudo pode ser dirigido ou semi-dirigido, mas é o professor que delimita e define o ritmo dos trabalhos. Neste formato, o processo de aprendizagem valoriza os métodos científicos e o raciocínio lógico dos alunos, sem se preocupar com os conhecimentos prévios. A atividade de campo motivadora pressupõe despertar o interesse dos alunos para um dado problema ou aspecto a ser estudado. Valoriza aspectos mais genéricos como a paisagem o senso comum e a afetividade com o meio. O objetivo é despertar a curiosidade e o interesse do aluno para a disciplina, valorizando a experiência de cada aluno e seus questionamentos. A atividade de campo é considerada treinadora, quando busca treinar o aluno quanto ao uso de aparelhos, instrumentos ou aparatos científicos como exemplo o uso da bússola ou do GPS (Sistema de posicionamento Global), podendo também haver, anotações de dados, coletas de amostras entre outros. Nesse processo, é o professor que direciona as atividades. A chamada atividade de campo investigadora, estimula o aluno a resolver determinados problemas existentes no campo, elaborando hipóteses a serem estudadas, discutindo as estratégias, verificando a necessidade de buscarem mais informações em livros e analisando as reflexões e conclusões. Neste processo o papel do professor é resolver um problema quando solicitado pelo grupo, além de incentivá-los. Assim, a atividade é centrada no aluno, que é considerado capaz de solucionar os problemas. A saída de campo autônoma tem um caráter investigativo, que pode também preparar o aluno para sua atividade profissional futura . É realizada em regiões escolhidas pelos alunos sem a presença do professor. A investigação é constante, e cabe ao professor ser o orientador do trabalho de campo. Os alunos retornam ao campo quantas vezes forem necessárias e a relação professor-aluno e aluno-aluno é ampliada pelas várias discussões e análises, além da troca de experiências entre todas as partes. Um exemplo desta forma de se conduzir o trabalho de campo, pode ser a análise de um rio, de um perfil de solo, da área urbana, entre tantas outras possibilidades. O professor, não vai ao campo, mas recebe informações e discute com o grupo os direcionamentos tomados. É importante salientar que numa saída de campo, independente da série trabalhada, pode-se abranger conteúdos diversos dentro da própria série, bem como uma retomada de conteúdos das séries anteriores. 1.2 Anexo: Imagens: Vila Velha. Imagens: Parque Estadual de Campinhos. Imagens: Parque Estadual Newton Freire – Semana Pedagógica Jul. 2012. 2. Objetivos Gerais da Disciplina: O aluno deve ser estimulado a aprender a conhecer por meio de temas que retratam a sua realidade e permitam a ele perceber, pelas relações amistosas e conflituosas que se desenrolam no espaço geográfico, que a cidadania é um processo em constante construção e que ela, aos poucos, vai se realizando com a participação de todas as pessoas, não obstante possuam distintos modos de vida, habitem e construam espaços diferentes do seu. Assim, durante todo o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, é importante que o aluno: • entenda a Geografia como instrumento de seu conhecimento de mundo, como palco de contradições e de prática da cidadania; • conheça os fenômenos ligados ao espaço, reconhecendo-os não apenas a partir do binômio dicotômico sociedade-natureza, mas tomando-os como produtos das relações que orientam seu cotidiano, que definem seu local espacial e o interligam a outros conjuntos espaciais; • reconheça as contradições e os conflitos políticos, econômicos, sociais e culturais, trazendo e relatando em sala de aula as experiências de seu cotidiano; • compare e avalie a qualidade de vida, os hábitos, as formas de utilização e/ou de exploração de recursos e pessoas; • respeite as diferenças e contribua para uma organização social mais equânime; • torne-se agente de convívio em escala local, regional, nacional e global e de sua pró pria aprendizagem; • esteja receptivo a aprender, a conhecer, a fazer, a conviver e a ser, desenvolvendo as suas competências cognitivas, sócio-afetivas e psicomotoras e os valores de sensibilidade e solidariedade necessários ao aprimoramento da vida. 3. Pressupostos Metodológicos: Segundo Vigotski o aluno deve ter participação ativa no processo de construção do seu conhecimento que é realizado com base na cultura e contexto de que ele faz parte. Considerando essa linha de pensamento para o ensino da Geografia, privilegiou-se a inte gração da prática social à rotina do aluno, conferindo-lhe sentido através da contextualiza ção dos temas-eixos da disciplina: paisagem, lugar, região, território, natureza e sociedade, por meio: • de relatos e debates que propiciarão uma compreensão mais abrangente e real desses temas; • da promoção e do desenvolvimento das competências e habilidades que os alunos estão desenvolvendo ao longo de sua trajetória escolar, através de: leituras e conseqüentes interpretações; comparação, análise e interpretação de diferentes linguagens com informações gráficas e cartográficas com tabelas, mapas, infográficos, imagens, charges, cartuns músicas e obras de arte, entre outras; • da ênfase dada ao presente vivido, apreendido e sentido pelos alunos, referenciando-se em textos históricas, para analisar a transformação do espaço vivenciado, comparar a evolução da cultura e dos processos de desenvolvimento das sociedades, desenvolvendo a criticidade na análise, por exemplo, dos sistemas econômicos existentes; • de pesquisas, que possibilitem conhecer, interpretar e ter condições de avaliar a (re) organização do espaço geográfico e suas constantes modificações; • de aulas de campo para “sentir” a realidade das paisagens, suas transformações e características; • de leitura, interpretação e conhecimento de mapas e tecnologias mais avançadas de registro do espaço que lhe permitam estabelecer comparações e constatar a evolução da ciência cartográfica; • de aulas interativas, onde alunos e professor trocam informações e discutem a respeito das mesmas, estabelecendo conclusões; • de análise de filmes e documentários referentes aos conteúdos trabalhados para ampliar o conhecimento do educando e permitir o acompanhamento das transformações sócio-culturais do mundo; • de entrevistas e coleta de informações em sua comunidade para entender melhor o contexto local e daí partir para análises de espaços mais amplos. • De construção de conceitos advindos de análise pessoal de situações propostas com o intuito de tornar-se co-participante e atuante no meio em que vive. 4. Organização Curricular dos conteúdos: 4.1 Ensino Fundamental: 4.2 Ensino Médio: PRIMEIRO ANO UNIDADE I – A PRODUÇÃO DO ESPAÇO NO CAPITALISMO Capítulo 1 A formação do mundo capitalista Capítulo 2 A Revolução Industrial Capítulo 3 A inserção do Brasil na economia-mundo Capítulo 4 O papel do comércio mundial Capítulo 5 Circulação e Transportes UNIDADE II Capítulo 6 Capítulo 7 Capítulo 8 Capítulo 9 - A DINÂMICA DA NATUREZA Estrutura geológica da Terra Relevo Formação e Tipos de Solo Hidrologia e Hidrografia UNIDADE III –ESPAÇO AGRÁRIO Capítulo 10 O mundo rural Capítulo 11 A agricultura brasileira Capítulo 12 A modernização da Agricultura Capítulo 13 O mundo rural brasileiro Capítulo 14 Brasil: Potência agropecuária UNIDADE 1V – A REPRESENTAÇÃO DO ESPAÇO PRODUZIDO Capítulo 15 Localização e orientação geográfica Capítulo 16 Diferentes formas de representação do espaço Capítulo 17 Novas tecnologias e suas aplicações SEGUNDO ANO UNIDADE I – PAISAGENS NATURAIS Capítulo 1 Dinâmica Climática Capítulo 2 Formações Vegetais e domínios morfoclimáticos Capítulo 3 Recursos Naturais Capítulo 4 fontes de energia UNIDADE II - PRODUÇÃO DO ESPAÇO INDUSTRIAL Capítulo 5 Capítulo 6 Capítulo 7 Capítulo 8 Capítulo 9 Capítulo 10 Características Gerais da Industrialiazção Industrialização Clássica I – Europa Industrialização Clássica II – os Estados Unidos Industrialização Tardia I – Ásia, América Latina e África Industrialização Tardia II - Brasil Industrialização na Antiga União Soviética e na China UNIDADE III – DINÂMICAS POPULACIONAIS Capítulo 11 População Mundial Capítulo 12 A população Brasileira Capítulo 13 Migração Capítulo 14 Migração no Brasil Capítulo 15 Mudanças no Mundo do Trabalho UNIDADE 1V – URBANIZAÇÃO E NOVIMENTOS SOCIAIS Capítulo 16 Urbanização Capítulo 17 Urbanização Brasileira Capítulo 18 Os movimentos sociais TERCEIRO ANO UNIDADE I – A PRODUÇÃO DO ESPAÇO POLÍTICO Capítulo 1 Território e fronteiras Capítulo 2 As grandes guerras e a reordenação do espaço mundial Capítulo 3 A geopolítica no pós guerra Capítulo 4 A geopolítica no Brasil UNIDADE II Capítulo 5 Capítulo 6 Capítulo 7 Capítulo 8 - A NOVA ORDEM INTERNACIONAL Globalização As críticas à globalização A formação dos blocos econômicos As grandes potências Globais UNIDADE III – O ESPAÇO POLÍTICO: FOCOS DE TENSÃO Capítulo 9 Europa Capítulo 10 África Capítulo 11 América Latina Capítulo 12 Ásia UNIDADE 1V – OS DESAFIOS GEOPOLÍTICOS DO SÉCULO XXI Capítulo 13 Geopolítica dos recursos naturais Capítulo 14 Geopolítica do petróleo Capítulo 15 Geopolítica dos alimentos Capítulo 16 Geopolítica da produção. OBS. Os conteúdos referentes a História do Paraná, História e Cultura Áfro, Educação Ambiental e Fiscal, Enfrentamento à Violência, Drogas, Educação Tributária e Relações Étnico-raciais serão trabalhados paralelamente aos conteúdos acima expostos pois já encontram-se em sub-títulos que constam do livro adotado para 2012. 5. Avaliação: A avaliação, como parte do processo de ensino-aprendizagem, traz consigo o objetivo de avaliar os processos de ensino e as conquistas realizadas pelos alunos. Sendo assim, precisa caracterizar-se como sendo uma observação contínua, sistemática e qualitativa do processo de ensino e aprendizagem. Ela serve para se ter consciência do curso dos processos, dos resultados educativos e, portanto, se os objetivos pedagógicos estão sendo atingidos. Nessa concepção, ela se constitui em grande auxiliar do aprendizado, um indicativo dos avanços de aprendizagem e dificuldades encontradas pelos alunos. É uma norteadora da prática pedagógica do professor, contribuindo para que ele repense o seu trabalho, o que deve ser retomado e que procedimentos poderão ser adotados. É por meio dela que se torna possível verificar se o caminho escolhido para o desenvolvimento de uma proposta deve ser mantido ou alterado. Como o ensino da Geografia visa à formação de um cidadão consciente e crítico, a avaliação não deve privilegiar a memorização e a reprodução do que foi dito e lido em classe e, sim, a observação, a análise, o entendimento e a aplicação. Portanto, o conteúdo avaliado deve ser muito bem contextualizado e de aprendizagem significativa. Tal procedimento requer que o professor utilize diferentes instrumentos e formas de avaliar que possam envolver tanto o desenvolvimento cognitivo (operacionalização dos conceitos) quanto o desenvolvimento das habilidades e competências (critérios procedimentais como os de observação, análise, explicação, representação, interpretação, aplicação de conceitos, estabelecimento de relações, etc.) e critérios atitudinais (sociabilidade, responsabilidade, opiniões, participação individual ou em grupo, na sala de aula e fora dela, interesse, respeito às diferenças e valores, etc.). Avaliar dessa forma não é nada fácil, é uma tarefa desafiadora, porém compensadora, pois permite ao educando a construção da autonomia e dos valores necessários ao exercício de sua cidadania. 6. Referências: ANDRADE, M. C. Geografia Ciência da Sociedade. São Paulo: Atlas, 1987 CORREA, R. L. Introdução a Geografia Cultural. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003. Diretrizes Curriculares – Versão Preliminar, SEED – Superintendência da Educação, julho, 2008. GOMES, P. C. Geografia e Modernidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1996. LIMA, Elvira Souza Lima. Avaliação na Escola. São Paulo. Sobradinho 107. 2003. MOREIRA, Ruy. O que é geografia. 14ª ed. São Paulo, Brasiliense, 1994. OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino. Para onde vai o ensino de geografia?. 4ª ed. São Paulo: Contexto 1993. PREFEITURA MUNICIPAL DE FAZENDA RIO GRANDE. Proposta Curricular Municipal: Educação Infantil, Ensino Fundamental, primeira à quarta série e série e Educação Especial. Fazenda Rio Grande. 2004 MENDONÇA, Francisco. Geografia Física: Ciência Humana? 6ª edição. São Paulo: Contexto, 1998. MENDONÇA F. Geografia Sócio Ambiental. Terra Livre, p 113, 2001. SANTOS, M. Da Totalidade ao Lugar. São Paulo: Edusp, 2005. SANTOS, M. A Natureza do espaço: Técnica e tempo. São Paulo: Hucitec, 1996. SANTOS, M. Metamorfoses do Espaço Habitado. São Paulo: Hucitec, 1998. VESENTINI, J. W. Para uma Geografia Crítica na Escola. São Paulo: Àtica, 1992. VLACH, V. R. F. O Ensino da Geografia no Brasil. O ensino de Geografia no século XXI. Campinas: Papirus, 2004