- Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de

Transcrição

- Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de
A imprensa e o mensalão
Raimundo
Rodrigues
Pereira
Págs 6 e 7
JORNAL DOS JORNALISTAS MAIO 2013 número 358
Campanha Salarial 2013
A gente quer muito mais...
Em defesa do jornalista
e do jornalismo!
A participação da categoria é fundamental para um bom reajuste salarial
Pág 4
Participe do Encontro Jornalista é agredido Campanha incentiva
de Assessoria
sindicalização
ao fazer cobrança
de Imprensa
dos profissionais
de um frila
Pág 4
Pág 5
Pág 9
Pesquisa aponta
perfil da categoria
em nível nacional
Pág 8
Ação Sindical
UNIDADE MAIO 2013
D
2
aqui a pouco, Sindicato e jornalistas
vivem novamente o momento estratégico para buscar avanços econômicos,
trabalhistas e sociais que garantam
salários justos, melhores empregos
e mais qualidade de vida. É em junho
que acontecem as negociações da Campanha Salarial 2013 com os sindicatos
patronais de Jornais e Revistas da capital, interior e litoral, além de Assessoria
de Imprensa. É a data base de grande
parte da categoria e hora de buscarmos
o envolvimento e a mobilização de todos e todas para fortalecer nossa luta
no enfrentamento ao jogo duro dos patrões que, certamente, vão continuar
com discursos evasivos na tentativa de
negar as justas reivindicações por salários e benefícios mais condizentes com
o desempenho dos jornalistas.
É fato que mexer nos altos lucros
dos empresários de comunicação nunca foi tarefa fácil. Mas, resistir é preciso e fundamental para a unidade da
categoria, a conquista das reivindicações e o reconhecimento profissional
devido. Só com os jornalistas organizados nas redações é que o Sindicato
tem legitimidade para pressionar a
bancada patronal e conquistar aumento real de salários, piso estadual
unificado, PLR, emprego decente e
pagamento de horas extras, entre outros benefícios, além de combater o
acúmulo de funções, a pejotização, a
precarização, as demissões e o assédio
moral. É por isso que vamos precisar
de todo mundo e de cada um nas atividades da Campanha Salarial que só
está começando.
É preciso virar esse jogo. Em maio,
mês que começou com o Dia Internacional dos Trabalhadores, outra data é
importante para os jornalistas e todos
os trabalhadores da área de Comunicação: o Dia Mundial da Liberdade de
Imprensa. No último dia 03, a direção
do Sindicato divulgou nota oficial abordando a preocupação com a integridade física dos trabalhadores para o pleno exercício da profissão.
A verdade é que os episódios de violência contra os jornalistas têm sido
cada vez mais frequentes. Não bas-
tasse enfrentarem as más condições
decorrentes da precarização nas relações de trabalho, os baixos salários e o
permanente fantasma das demissões,
muitos se veem às voltas com uma rotina de ameaças de morte, agressões
físicas ou verbais, com o intuito de calar o profissional.
Só no estado de São Paulo aconteceram agressões a repórter que foi cobrar a empresa por um trabalho freelancer, ameaças a jornalista impedido
de participar de uma coletiva com o
prefeito, vereador que durante entrevista ameaçou a repórter e até veículo
de um canal comunitário do interior
metralhado em razão de críticas que o
profissional fazia ao governo municipal. No ano passado, um repórter da
Folha de S.Paulo foi obrigado a deixar
o país devido a ameaças a ele e seus
familiares.
O cenário em todo país também é
preocupante. Em levantamento realizado pelo Comitê de Proteção de Jornalistas em 2010, o Brasil era o 18° país
mais perigoso para o exercício da profissão. Dois anos depois, o país já ocupa o
quarto lugar em número de jornalistas
mortos, só perdendo para Síria, Somália e Paquistão. Em 2013, quatro profissionais foram assassinados de janeiro
a abril, sendo dois no Vale do Aço, em
Minas Gerais. As mortes aconteceram
principalmente por denúncias contra
esquemas políticos fraudulentos ou
grupos de extermínio.
Mesmo com tantas adversidades, são
exatamente os jornalistas os principais
defensores da Liberdade de Imprensa
e de Expressão, bandeira de luta que
pertence aos trabalhadores e é fundamental para a democracia. Por isso, e
mais do que nunca, estamos engajados
na coleta de assinaturas para encaminhar o Projeto de Lei de Iniciativa Popular da Mídia Democrática, lançado
oficialmente no dia 1º de maio, além de
pressionar a aprovação pelo Congresso
Nacional. Porque a gente quer muito
mais... Em defesa dos jornalistas e do
jornalismo!
A Direção
Órgão Oficial do Sindicato dos Jornalistas
Profissionais no Estado de São Paulo
Rua Rêgo Freitas, 530 - sobreloja CEP
01220-010 - São Paulo - SP * Tel: (11)
3217-6299 - Fax: (11) 3256-7191
E-mail: [email protected]
site: www.jornalistasp.org.br
Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal ou do Sindicato.
Diretoria Executiva
Presidente
José Augusto de Oliveira Camargo
Secretário Geral
André Luiz Cardoso Freire
Secretária de Finanças
Cândida Maria Rodrigues Vieira
Secretário do Interior e Litoral
Edvaldo Antonio de Almeida
Secretária de Cultura e Comunicação
Lílian Mary Parise
Secretária de Relações Sindicais
e Sociais
Evany Conceição Francheschi Sessa
Secretária de Sindicalização
Márcia Regina Quintanilha
Secretário Jurídico e de Assistência
Paulo Leite Moraes Zocchi
Secretária de Ação e
Formação Sindical
Clélia Cardim
Conselho de Diretores
Kepler Fidalgo Polamarçuk, Alan Felisberto Rodrigues (secretário adjunto
de Cultura e Comunicação), Luis Lucindo de Azevedo, Wladimir Francisco
de Miranda Filho, Alessandro Giannini,
Claudio Luis Oliveira Soares, Rosemary
Nogueira, Fabiana Caramez (secretária
adjunta de Interior e Litoral) e José Eduardo de Souza (secretário adjunto de Interior e Litoral)
Diretores Regionais
ABCD
Peter Suzano Silva
Bauru
Ângelo Sottovia
Campinas
Agildo Nogueira Júnior
Piracicaba
Martim Vieira Ferreira
Ribeirão Preto
Aureni Faustino de Menezes
(secretária adjunta do Interior e Litoral)
Santos
Carlos Alberto Ratton Ferreira
São José do Rio Preto
Andréia Fuzinelli
Sorocaba
José Antonio Silveira Rosa
Vale do Paraíba, Litoral Norte
e Mantiqueira
Fernanda Soares
Oeste Paulista
Tânia Brandão
Conselho Fiscal
Titulares
Sylvio Miceli Jr., James Membribes Rubio, Raul Varassim
Suplentes, Manuel Alves dos Santos e
Karina Fernandes Praça
Comissão de Registro e Fiscalização-,
Titulares
Douglas Amparo Mansur, José Fernandes da Silva, Vitor Celso Ribeiro da Silva
Suplentes José Aparecido dos Santos
e Luigi Bongiovani
Diretores de Base
ABCD
Carlos Eduardo Bazilevski Aragão, Vilma Amaro e Sandra Regina Pereira de
Moraes.
Bauru,
Luis Victorelli, Ieda Cristina Borges, Luiz
Augusto Teixeira Ribeiro e Rita Cornélio
Campinas
Kátia Maria Fonseca Dias Pinto, Hugo
Arnaldo Gallo Mantellato, Edna Madolozzo, Marcos Rodrigues Alves, Djalma
dos Santos e Fernanda de Freitas
Oeste Paulista
Priscila Guidio Bachiega, Geraldo Fernandes Gomes e Altino Oliveira Correa
Piracicaba
Luciana Montenegro Carnevale, Fabrice Desmonts da Silva, Paulo Roberto
Botão, Poliana Salla Ribeiro, Ubirajara
de Toledo, Vanderlei Antonio Zampaulo
e Carlos Castro
Ribeirão Preto
Antonio Claret Gouvea, David Batista
Radesca, José Francisco Pimenta, Ronaldo Augusto Maguetas, Fabio Lopes,
Marco Rogério Duarte e Maria Odila
Theodoro Netto
Santos
Edilson Domingos Costa Baraçal, Eraldo José dos Santos, Glauco Ramos
Braga, Emerson Pereira Chaves, Dirceu Fernandes Lopez, Ademir Henrique
e Reynaldo Salgado
São José do Rio Preto
Harley Pacola, José Luis Lançoni, Sérgio
Ricardo do Amaral Sampaio, Cecília Dionísio e Marcelo Dias dos Santos
Sorocaba
Adriane Mendes, Fernando Carlos Silva
Guimarães, Aldo Valério da Silva, Emídio
Marques e Marcelo Antunes Cau,
Vale do Paraíba
Jorge Silva, Fernanda Soares Andrade
e Vanessa Gomes de Paula.
Comissão de Ética
Denise Fon, Roland Marinho Sierra,
Alcides Rocha, Flávio Tiné, Fernando
Jorge, Dr. Lúcio França, Sandra Rehder,
Antonio Funari Filho e Padre Antonio
Aparecido Pereira
EXPEDIENTE
Diretora responsável: Lílian Parise (MTb
13.522/SP) Editor: Simão Zygband (MTb
12.474/SP) Diagramação: Rubens M. Ferrari (MTb 27.183/SP) Redação: Bárbara
Barbosa (MTb 60.296/SP) Foto da capa:
André Freire
Impressão: Forma Certa Fone (11) 36722727 Tiragem: 8.000 exemplares
Conselho Editorial: Jaqueline Lemos,
Luiz Carlos Ramos, Laurindo Leal Filho
(Lalo), Assis Ângelo, Renato Yakabe e
Adunias Bispo da Luz.
Regional ABCD reabre para fortalecer
a luta dos jornalistas na região
C
erca de 80 pessoas participaram no dia 15 de abril da
solenidade de reabertura da
Regional ABCD do Sindicato
dos Jornalistas Profissionais no Estado de
São Paulo (SJSP), no auditório dos Bancários, em Santo André. O evento aconteceu
exatamente na data de fundação do SJSP,
que completou neste dia 76 anos, e teve
expressiva presença de representantes dos
movimentos sindical e social da região.
A mesa da solenidade foi composta
pelos presidentes do SJSP, José Augusto Camargo (Guto), da CUT/SP, Adi dos
Santos Lima, pelo coordenador da Regional da CUT/ABC, Cladeonor Neves
da Silva, e pelo diretor do Sindicato dos
Bancários do ABC, Belmiro Moreira.
Guto lembrou que se trata de uma reabertura da Regional ABCD, pois ela já
existiu anteriormente e, por vários motivos, acabou fechando as portas. “Reabrir esta Regional era uma antiga reivindicação dos jornalistas da região. Essa
necessidade foi debatida com a categoria
na campanha que elegeu a direção da entidade no ano passado e continuou por
vários meses de reuniões locais”, disse.
Já o presidente da CUT/SP ressaltou a
importância da presença do SJSP na região do ABCD, ampliando a participação
de mais um sindicato ligado à Central exatamente no berço do sindicalismo cutista.
“Há de se ressaltar também a importância
do Sindicato dos Jornalistas nas principais lutas do país, como na mobilização
contra a ditadura militar, na defesa dos
Direitos Humanos e da democratização
dos meios de comunicação”.
Participação de todos
Peter Suzano, que é coordenador da
Regional ABCD, destacou a importância
de a categoria se organizar na região. “É
fundamental unir os jornalistas, com o
objetivo de ampliar as conquistas e melhorar as condições de trabalho. É preciso valorizar o trabalho jornalístico. Os
profissionais devem procurar a Regional
para fortalecer nossas lutas. A participação de todos é muito importante”, diz.
José Eduardo de Souza, diretor adjunto do Interior e Litoral, que atua em
assuntos para a Grande São Paulo e que
organizou as reuniões que viabilizaram a
reabertura da Regional, disse que o even-
to resgata um pouco da história e dos
anseios da categoria na região. “A diretoria Regional ABCD reúne companheiros
como a Vilma Amaro, que é uma militante antiga do movimento social e sindical,
e a juventude de Carlos Eduardo Bazilevski Aragão, o Cadu, e que agora poderão
compor forças e trocar experiências para
o sucesso do SJSP na região”, analisou.
A diretoria da Regional ABCD é composta pelos jornalistas Peter Suzano da
Silva (Santo André), Carlos Eduardo Bazilevski Aragão (São Bernardo do Campo),
Vilma Amaro (Ribeirão Pires) e Sandra
Regina Pereira de Moraes (Santo André).
Para prestigiar a posse da nova diretoria
SJSP participou das greves do ABC
“No final dos anos 70, surgia um
movimento que iria mudar o rumo da
história. As greves dos metalúrgicos
da região do ABC em que despontou a
personalidade combativa e corajosa de
Luiz Inácio Lula da Silva. Em Santo André, outro líder operário comandava as
greves: Benedito Marcílio, que sempre
atuara nas lutas contra a ditadura.
As greves ganharam a simpatia do
povo brasileiro. Para a região do ABC
convergiram deputados, senadores,
intelectuais de todo
o país e até governadores em apoio à luta
dos operários. Já não
era uma luta só de
trabalhadores, era do
povo brasileiro.
Os jornalistas, entusiasmados e impulsionados pelas lutas
dos metalúrgicos, se
reuniram para criar
a ‘Diretoria Regional
do Sindicato dos JorDiretoria prestigia reabertura da Regional ABCD
nalistas no ABC’.
Uma tarde, no início dos anos 80, a
de base e a reabertura da Regional ABCD,
Volkswagen e outras indústrias entraram
que funcionará em um espaço compartiem greve. Mas, surpreendentemente, a
lhado com a Subsede da CUT em Santo
TV Globo informava que a fábrica estava
André (rua Senador Flaquer, 443, Cencom 95% de seus operários trabalhando.
tro), a direção do SJSP compareceu em
A greve, dizia a TV Globo, era de uma
peso na solenidade. Participaram André
minoria. Então, convergiu para São BerFreire (secretário geral), Cândida Vieira
nardo do Campo, toda a grande imprensa
(Finanças), Lílian Parise (Comunicação e
nacional e internacional.
Cultura e direção da CUT/SP), Evany SesOs jornalistas, tendo à frente vários
sa (Relações Sindicais e Sociais), Telé Carmembros da diretoria da Regional do
dim (Ação e Formação Sindical), Edvaldo
Sindicato, saíram pela Via Anchieta,
Antonio de Almeida (Interior e Litoral),
numa verdadeira passeata com todos os
além dos diretores José Eduardo Souza e
órgãos de imprensa, enfileirados rumo à
Fabiana Caramez (adjuntos de Interior e
Volkswagen. Embora não fosse regimenLitoral), Douglas Mansur (Corfep) e Vlatal, pois os sindicatos eram proibidos de
dimir Miranda (adjunto de Finanças).
se meter em política e corriam riscos de
seus dirigentes serem presos, a Regional
Carteira de Trabalho
do Sindicato extrapolou suas funções, já
Segundo levantamento realizado pelo
que esse era um momento histórico de
SJSP, a região do Grande ABCD tem 832
transformações.
jornalistas com registro em carteira. São
Lá chegando, a direção da Volks tentou impedir a entrada dos jornalistas.
441 em São Bernardo do Campo, 221 em
Mas diretores da Regional, que assim
Santo André, 111 em São Caetano do Sul,
se identificaram, junto com profissio48 em Diadema, 7 em Mauá, 3 em Ribeinais da Folha de São Bernardo, Gazerão Pires e 1 em Rio Grande da Serra.
ta de São Bernardo, Diário do Grande
ABC e de outros órgãos locais e da
grande imprensa, exigiram que a imprensa entrasse na fábrica.
Vendo que era impossível barrar a
entrada dos jornalistas, a assessoria de
imprensa da empresa autorizou a entrada. Mas restrita à sala de imprensa.
Quando se viram dentro da fábrica,
os jornalistas, com a liderança da direção da Regional, se espalharam pela fábrica e constaram que a mesma estava
totalmente parada.
Depois de verificar a paralisação na empresa, os jornalistas se reuniram, então,
com a assessoria de imprensa da empresa
e foram “para cima”. Ricardo Kotscho estava presente e questionou: “como é que
a assessoria diz que a fábrica estava funcionando com 95% de seus trabalhadores
presentes, se nós constatamos a paralisação total?”. Os assessores perplexos com
a invasão “da indústria pela imprensa”
não tinham resposta plausível. Mesmo
assim, um repórter anunciou ao vivo,
no Jornal Nacional, que a fábrica estava
funcionando com 95% dos funcionários
trabalhando. Uma deslavada mentira que
revoltou todos profissionais. Um deles
ainda questionou: “como é que você pode
mentir assim?”. Mas todos sabiam da
simpatia da TV Globo e de seus compromissos com a ditadura.
Como ontem, hoje, muitos desses
órgãos são subjetivos em suas notícias. Publicam o que interessa a eles. E
neste momento em que se discute uma
nova regulamentação da comunicação,
este episódio da Volkswagen é emblemático. A sociedade tem o direito de
ser bem informada. E os jornalistas
devem ser respeitados e bem remunerados, com todos direitos assegurados,
para terem a tranquilidade de fazer
boas reportagens, como deram provas
vários jornalistas nesse período. Muitos foram presos, torturados e morreram como Vladimir Herzog. Muitos
tiveram que sair do país. Mas, a luta
dos trabalhadores da região, a qual se
juntaram os jornalistas, deu um exemplo ao mundo.
(Trechos do texto de Vilma Amaro)
UNIDADE MAIO 2013
A Defesa dos Jornalistas e
da Liberdade de Imprensa
Douglas Mansur
Editorial
3
Ação Sindical
Ação Sindical
4
O XXIV EEJAI está se aproximando e
ainda dá tempo para se inscrever. A atividade, que se constitui no principal foro
de debates do exercício da profissão em
Assessoria de Imprensa, acontece entre
os dias 7 e 9 de junho, no Hotel Fazenda
São João, na cidade de São Pedro, interior
de São Paulo. O Encontro tem como tema
A Assessoria de Imprensa no Centro
dos Grandes Acontecimentos.
No primeiro dia do evento, com início
às 20 horas, será definida a mesa dos
trabalhos e eleita a Comissão responsável pela redação da Carta do EEJAI. O
jornalista Sylvio Micelli coordenará a comissão que terá Valci Zucoloto da Fenaj e
Adriana Magalhães, secretária de Comunicação da CUT/SP. No mesmo dia acontece um coquetel de confraternização.
No dia seguinte, Milton Neves, jornalista esportivo, e André Cintra, assessor de
imprensa da SPCOPA (Secretaria especial
para a Copa do Mundo da prefeitura de São
Paulo e representante do Ministério dos
Esportes), debaterão a Relação da Mídia
com os Grandes Eventos Esportivos.
No mesmo dia, a jornalista Vera Longuini fala sobre Planejamento Estratégico
zação Internacional do Trabalho.
Afinal, os jornalistas tiveram que demonstrar capacidade de organização e unidade em episódios como o fechamento definitivo do Jornal da Tarde, “re-estruturação”
do Estadão e do Brasil Econômico, onde a
intervenção do SJSP foi fundamental para
garantir direitos e até manutenção de postos de trabalho.
Diante disso, as pautas de reivindicações encaminhadas aos empresários têm
cláusula específica que prevê negociação
antecipada com o SJSP:
“As empresas que estiverem planejando transferir
no todo ou em parte, suas
redações para outra localidade, bem como pretendam fechar suas redações
ou dispensar mais de 5%
de seus jornalistas num
período inferior a 30 dias,
deverão obrigatoriamente comunicar previamente o Sindicato dos Jornalistas com antecedência mínima de 60 dias, garantindo
a imediata abertura de negociações”.
Propostas incorporadas
As propostas apresentadas pelos trabalhadores nas assembleias realizadas na
Sede e nas Regionais, em 29 de abril foram
incorporadas à Pauta de Reivindicações dos
jornalistas de Jornais, Revistas e Assessoria
de Imprensa, cuja data base é 1º de junho.
Encontro de
Assessoria de
Imprensa: últimos
dias para inscrição
para Grandes Eventos e o jornalista Leonel
Rossi fecha o dia com o debate Assessoria
de Imprensa em Turismo e Negócios. No
último dia de atividades, domingo (09), o
professor e jornalista Gilberto Lorenzon
comanda a oficina Megaeventos: boa oportunidade para as Assessorias de Imprensa.
EEJAI é importante
Vera Longuini, uma das debatedoras,
acredita que o EEJAI é importante para
a formação e atualização dos jornalistas.
“Hoje o mercado de trabalho está mudando
e esses encontros são importantes para troca de informações e experiências. O mercado nunca esteve tão aberto. Os jornalistas
estão sendo requisitados para cumprir funções novas e fora das redações.”
Já o professor Gilberto Lorenzon pretende realizar uma oficina durante o EEJAI. “A essência do que vou trabalhar é o
que pode nos propiciar esses megaeventos.
Hoje, as simulações de segurança chamam
a atenção da mídia e eu defendo que ele sirva para atrair também a atenção dos assessores de imprensa para que eles invistam
mais em mídia training. Assim, levando lucratividade e também, de certa forma, uma
cultura de prevenção às empresas”, diz.
Este ano, a direção do SJSP antecipou
a entrega das pautas aos patrões para que
eles possam analisar com antecedência as
reivindicações e dar respostas em um prazo menor. Segundo a revista Intermeios,
que publica os balanços das empresas de
comunicação, desde o ano de 2000, elas
apresentam crescimento no faturamento
publicitário: 5,03% para o segmento de
jornais e 7,11% para revistas.
É importante que todos os jornalistas se
engajem na Campanha Salarial já que enfrentaremos muita resistência por parte dos
empresários, que tradicionalmente alegam
dificuldades financeiras para propor índices
incompatíveis com os anseios da categoria.
A participação de todos é fundamental, já que somente com a união e mobilização da categoria é que vamos pressionar para garantir direitos e avançar para
novas conquistas. Em Defesa do Jornalista e do Jornalismo!
Participe!
O EEJAI acontece de dois em dois anos e
é preparatório para o XIX ENJAI (Encontro
Nacional de Jornalistas em Assessoria de
Imprensa) organizado pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), que ocorre
em agosto de 2013, na cidade do Rio de Janeiro. No EEJAI serão escolhidos os delegados que representarão o estado de São Paulo
no Encontro Nacional
Como participar
Para participar do EEJAI, entre em
contato com o SJSP pelo telefone (11)
3217-6299 ou pelo e-mail: [email protected]. Para ter acesso à
ficha de inscrição, basta acessar o site
(sjsp.org.br) e clicar no link do Encontro.
O valor de inscrição é de R$ 390 para jornalistas sindicalizados e de R$ 460 para não
sindicalizados. Já estudantes pré-sindicalizados pagam R$ 300 e não sindicalizados
R$ 370. O valor pode ser dividido em até 3
vezes. Quem quiser participar só no sábado
paga apenas R$ 160, com direito a almoço
e dois coffe breaks. Para os inscritos que
preferirem quarto individual o valor é de R$
500. O Hotel São João fica na Avenida Paschoal Antonelli, 800, em São Pedro.
Entidades de Direitos
Humanos elogiam SJSP
Plenária do Encontro Nacional da Sociedade Civil por Memória, Verdade e
Justiça, realizada em abril, deliberou
pela redação de nota de agradecimento à
direção do SJSP pelo apoio à realização
do encontro, ocorrido em Cajamar.
Na nota, 39 entidades participantes
de 20 estados brasileiros assinam o documento onde reconhecem os esforços
da entidade e dizem sentir que hoje “o
Sindicato continua em sua trajetória,
iniciada ainda nos anos mais duros da
ditadura, de luta pela construção da democracia no país”.
Duas chapas concorrem às
eleições da Fenaj em julho
Duas chapas se inscreveram para as
eleições da FENAJ, que ocorrem de 16
a 18 de julho. A Comissão Eleitoral recebeu e analisou os pedidos de registro da
chapa 1, "Sou Jornalista, Sou FENAJ!",
liderada pelo atual presidente da entidade, Celso Schröder, e da chapa 2, "Luta,
FENAJ!", que tem como candidato a presidente o jornalista Pedro Pomar.
A
agressão física sofrida pelo
jornalista Thiago Moraes de Souza Fernandes,
no início de abril, realizada por um funcionário da empresa de
telemarketing do Grupo Unite, que
presta serviços terceirizados ao jornal
Valor Econômico teve grande repercussão. A denúncia, publicada no site do
Sindicato, teve mais de 14 mil visitas,
tornando-se uma das recordistas de
acessos. O problema ocorreu por uma
divergência nos valores que seriam pagos ao profissional.
Por ser jornalista com passagens
pelos jornais A Tarde, da Bahia e também pela Folha de S.Paulo, o episódio
também ganhou as páginas dos jornais
baianos. A direção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São
Paulo (SJSP) não somente repudiou publicamente a agressão, como se colocou
à disposição do profissional para medidas judiciais.
Thiago relata que foi efetuar trabalho na empresa Unite através de um
anúncio do Facebook. Ela solicitava
com urgência jornalistas e estudantes de jornalismo para o serviço de
Os hematomas no corpo de Thiago e o
boletim de ocorrência registrado
atualização de informações sobre as
empresas que fazem parte do anuário
Valor 1000, editado pelo jornal Valor
Econômico.
Segundo o relato do jornalista, durante duas semanas, ele faria o trabalho de checagem de informações para o
SJSP combate demissões na Rede Bom
Dia e avalia transferências ao Diário
Após a crise criada com demissões
e transferências de alguns trabalhadores da Rede Bom Dia de Sorocaba,
Bauru, São José do Rio Preto e Jundiaí para o Diário de S. Paulo, a direção
SJSP organizou assembleia, dia 13 de
maio, no jornal em Osasco, para avaliar as condições de trabalho e o processo de adaptação à nova redação.
Até o fechamento do Unidade, a empresa não havia fornecido oficialmente
o número de jornalistas dispensados
ou transferidos para a Osasco. Para
manter os trabalhadores mobilizados,
os dirigentes programaram novas assembleias nas cidades do Interior, inclusive em locais onde o título é franqueado, como é o caso de Marília.
No início do mês, dirigentes do SJSP
se reuniram com representantes da
Rede Bom Dia para tratar do assunto.
A entidade foi representada por Edvaldo Antônio de Almeida, secretário
do Interior e Litoral, José Eduardo de
Souza e Fabiana Caramez, adjuntos e
pelo coordenador do Departamento Jurídico do Sindicato, Dr. Raphael Maia.
Além das demissões e do clima de insegurança nas redações, os dirigentes do SJSP
questionaram as dificuldades para os transferidos a Osasco, uma vez que terão que se
utilizar de transporte para chegar ao trabalho ou locar um espaço para morar, seja em
hotel ou imóvel. A empresa garantiu que
oferece todas as condições para os profissionais transferidos, inclusive o reembolso do transporte e o pagamento de hotel
até que estejam devidamente instalados.
anuário, ou seja, ligar para as empresas
para confirmar endereços, telefone e o
nome e contatos de executivos de sete
áreas. No entanto, sem justificativa, o
“job” foi encerrado em seis dias e, ao se
dirigir à empresa para receber o valor
referente ao período, foi agredido violentamente por um funcionário.
O repórter teve óculos e fones de ouvido quebrados e a camisa rasgada. Chegou, inclusive, a registrar um boletim de
ocorrência na delegacia.
Em nota, o jornal Valor Econômico
procurou se eximir das responsabilidades dizendo que “a empresa foi escolhida após análise criteriosa de seu
portfolio de clientes e que desaprova
a conduta praticada pela Unite descumprindo o acertado na contratação
de “free lancer” e que “não concorda
ou compartilha com atitudes supostamente tomadas e repudia qualquer tipo
de agressão física de, ou entre profissionais, que direta ou indiretamente,
estejam envolvidos no desenvolvimento de seus produtos e serviços”
UNIDADE MAIO 2013
UNIDADE MAIO 2013
A
direção do Sindicato dos
Jornalistas Profissionais no
Estado de São Paulo (SJSP)
apresentou em meados de
maio as pautas de reivindicações para os
patrões de Jornais, Revistas e Assessoria
de Imprensa da Capital, Interior e Litoral. Elas prevêem nas cláusulas econômicas reposição do índice de inflação do
período (INPC), calculada próximo a 7%
mais 3% de aumento real.
A categoria vai lutar pelo Piso Estadual
Unificado, manutenção do nível de emprego, pagamento de horas extras, fim
do acúmulo de funções, combate às demissões, à pejotização, à precarização e
ao assédio moral nas redações.
Com o slogan A gente quer muito
mais... Em defesa do jornalista e
do jornalismo!, a Campanha Salarial
deste ano prioriza o combate às demissões, reivindicando que as empresas
cumpram a Convenção 158 da Organi-
A direção do SJSP, através dos dirigentes
José Eduardo Souza (secretário adjunto de
Interior e Litoral) e Ieda Borges (da Regional de Bauru), visitou no final de abril os
jornais da Manhã, Correio Mariliense e Diário de Marília, na cidade de Marília, interior
paulista. O objetivo foi ouvir as principais
reivindicações dos trabalhadores e dialogar
com as empresas para sanar os problemas.
No Jornal da Manhã, os dirigentes do
SJSP se reuniram com os representantes
da empresa para tratar de diversos assuntos como a necessidade da regularização
das cestas básicas, o controle da jornada
de trabalho, plano de saúde e melhorias
nas condições de trabalho, que segundo
as denúncias, estão insalubres.
No Correio Mariliense, o SJSP se reuniu com representantes da diretoria e
RH da empresa e retomou conversas
sobre o atraso no pagamento das PLRs
e cesta básica.
Já no Diário de Marília, em conversa
com o responsável pelo RH da empresa,
o SJSP foi comunicado que o jornal está
efetuando levantamento e vai apresentar proposta de pagamento das PLRs
atrasadas e das cestas básicas.
Jornalista
agredido ao cobrar
pagamento do frila
Dojival Vieira
Campanha Salarial em defesa
do jornalista e do jornalismo
Sindicato cobra solução
de problemas
trabalhistas em Marília
Sindicato participa de ato
dos jornalistas da EBC
A direção do SJSP participou no dia
25 de abril de atos em prol da revisão do
Plano de Empregos, Carreiras e Salários
(PECS) na Empresa Brasil de Comunicação (EBC) realizados em Brasília, Rio de
Janeiro e São Paulo.
Em São Paulo, a entidade foi representada
pelo secretário geral do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo
(SJSP), André Freire, que juntamente com
os dirigentes dos Radialistas de São Paulo
foram prestar solidariedade e proporcionar
apoio ao movimento, que paralisou por uma
hora as operações na emissora.
A mobilização teve o objetivo de pressionar a diretoria da empresa, ligada ao
governo federal, a iniciar o processo de
revisão do plano de cargos e salários que,
segundo os trabalhadores, está com atraso em sua implantação..
5
Imprensa e Mensalão
UNIDADE MAIO 2013
6
Unidade - A revista que você dirige, a
Retrato do Brasil, deu um furo jornalístico
ao mostrar que não houve desvio de dinheiro público no chamado mensalão. Mesmo
assim, o trabalho jornalístico não mereceu
a repercussão que uma novidade desta, em
caso tão notório, mereceria. A que o sr. atribui o fato de a imprensa em geral e a Justiça
em particular não terem dado ouvidos ao
que a equipe da publicação conseguiu identificar de falhas no processo?
Raimundo Pereira – Não existe força política organizada suficiente para
garantir um debate multilateral do caso
do mensalão. Formou-se um grande
consenso político para condenar os chamados mensaleiros. A oposição à direita
ao governo do PT defende os métodos
e a sentença pronunciada pelo STF. Na
oposição situada à esquerda do governo, de um modo geral, prevalece a mesma posição. E nas forças políticas que
compõem o governo são minoritárias as
correntes que tentam promover um debate democrático do mensalão. Veja por
exemplo que, até agora, a despeito de
todo o trabalho que fizemos, não conseguimos ainda que a imprensa oficial,
o rádio e a televisão públicos, cujo estatuto exige a apresentação de múltiplos
pontos de vista sobre as questões relevantes, nos ouvisse para divulgar, com
os meios que tem, que são expressivos,
os fatos extremamente importantes
que temos levantado.
Unidade - O sr. considera que realmente
existe uma ditadura midiática no Brasil que
somente divulga o que interessa aos empresários da grande mídia. Qual a sua análise
sobre a atuação dos jornalistas dentro dester contexto?
RP - É mais complicado que isso. A
grande mídia mais conservadora tem um
ponto de vista político claro e escolhe
seus editores de forma a que eles orientem suas publicações dentro de determinados parâmetros que garantem a defesa
desses pontos de vista. Mas as redações
e Veja. Hoje dirige a publicação Retrato do
Brasil, que entre seus furos jornalísticos,
mostra que há falhas no processo do chamado “Mensalão”. Esse ano, por todos estes
trabalhos, será um dos homenageados do
Prêmio Vladimir Herzog.
e os jornalistas têm certa autonomia
dentro desses limites. Além do mais, há
publicações com orientação política mais
progressista do que essa grande mídia
que também não deram importância
ao nosso trabalho, nem estão apoiando
nossa linha de investigação. Como já disse, a própria imprensa oficial não deu,
até agora, importância aos fatos, extremamente graves, que relatamos.
Unidade - Depois de ter passagens pela
Veja e Realidade (duas publicações da editora Abril), o sr. foi um dos mais importantes
nomes da chamada imprensa alternativa
que ajudou a desmontar a ditadura militar
brasileira. Como era fazer jornalismo nos
anos da repressão e agora na democracia.
Aliás, existe democracia hoje em dia em termos de meios de comunicação no Brasil?
RP - A grande diferença entre os dois
períodos é a de que, antes, no campo
político popular, em boa parte do tempo
houve unidade no apoio à chamada mídia alternativa legal, cujo principal expoente nacional era o jornal Movimento
formado por jornalistas progressistas e
políticos do chamado grupo Autêntico
do MDB. Deve-se notar, também, que O
Estado de S. Paulo foi censurado durante
parte do tempo da ditadura. No passado,
o combate à ditadura foi feito por diferentes correntes políticas. Hoje, podese dizer, quando se fala em democracia,
que é preciso qualificar esta palavra. Para
mim, existe no país um regime de democracia burguesa, a democracia do grande
capital: nela todos têm ampla liberdade
para dizer e escrever o que pensam; mas
poucos têm os recursos materiais para
fazer um jornal como o Estadão ou a Folha, com capacidade para um trabalho diário de seleção e apresentação de fatos e
comentários. E, do lado dos que estavam
na oposição à ditadura pelos setores populares, não se criou uma cultura política
suficiente para formar um governo que
ampliasse a participação popular de forma a dar um passo adiante na qualidade
da democracia sob a qual vivemos.
Unidade - Poderia relatar em poucas palavras o que Retrato do Brasil descobriu em
termos do chamado mensalão. Quais foram
os documentos analisados pelos jornalistas
de sua equipe. O que eles comprovam,
exatamente?
RP - Estamos já há quase dois anos
estudando o julgamento do mensalão.
No segundo semestre de 2011 decidimos que o tema seria um dos grandes
assuntos de 2012 e nosso editor, Armando Sartori, escalou
a Lia Imanishi, nossa
repórter, para estudar
os documentos básicos
do julgamento. Quando
o julgamento começou,
no segundo semestre do
ano passado, estávamos
o ACQ (Antônio Carlos
Queiroz, nosso colaborador em Brasilia) e eu,
estudando a intervenção
da mídia, especialmente
Veja, no mensalão. Na
nossa diretoria, então
com cinco pessoas, havia um intenso debate
O livro de Raimundo: A Prova do Erro do STF
sobre a história, dada a
Fotos André Freire
O jornalista Raimundo Rodrigues Pereira
tem 48 anos de profissão. Em sua bagagem
jornalística constam a criação de dois dos
mais importantes jornais de resistência à
ditadura militar, o Opinião e o Movimento.
Foi também editor das revistas Realidade
Altamiro Borges, Raimundo Pereira e José Augusto Camargo (Guto) no debate no SJSP
diversidade de pontos de vista. Graças a
isso fomos os primeiros a descobrir que
Henrique Pizzolato, o petista que era
diretor de Comunicação e Marketing do
Banco do Brasil, e acusado de comandar
um desvio de R$ 73,8 milhões da empresa para o esquema do mensalão, era
inocente. Localizamos nos autos e estudamos preliminarmente os mais de cem
apensos da auditoria feita sobre esses
desvios. Mostramos que existiam e existem, é claro, amplíssimas provas de que
o dinheiro não foi desviado mas, sim,
aplicado efetivamente para a realização
de serviços de promoção de vendas de
cartões de bandeira Visa do banco. Para
nós ruiu então a viga mestra do mensalão, a do desvio de dinheiro público para
comprar deputados.
Unidade - Qual a sua análise sobre a
questão do marco regulatório da comunicação e sobre a posição que o Brasil tem em
relação a outros países, como o Equador e a
Argentina. O país está atrás destes países
em relação à regulação os meios de comunicação?
RP - O governo Dilma Rousseff não
quer saber de regulamentar as concessões públicas de rádio e televisão e o PT,
há tempos, está acomodado na posição
de achar que elegeu a presidente mas
que ela tem todo o direito de ter uma
posição contrária à sua nessa questão.
Por outro lado, o PT sabe que, no atual
Congresso, dificilmente teria condições
de fazer passar uma legislação que force a regulamentação dessas concessões
mesmo em termos que sejam apenas
equivalentes aos de vários países capitalistas avançados que são vistos como
modelo de democracia.
Por esse motivo, acho que, ao lado da
luta política mais geral por uma lei que
regulamente as concessões de rádio e
televisão de forma a garantir um debate
mais democrático das questões, deveríamos nos dedicar especialmente à construção de um movimento de unidade
dos setores democrático-populares pela
recriação de uma publicação nacional.
Poderia ser, inicialmente, um semanário, com recursos e apoio político suficientes para ter peso na conjuntura política do País.
Unidade - Qual a sua avaliação sobre
a Comissão da Verdade que está sendo
realizada no Brasil, já que as publicações
que você trabalhou ou dirigiu tratavam
exatamente de denúncias de assassinatos, torturas e maus tratos dos presos
políticos brasileiros?
RP - Veja: nós não podíamos tratar
dessas questões. Nem mesmo o Estadão
podia, porque estava censurado. O que
nos distinguia era o nosso caráter democrático-popular, o fato de cobrirmos as
lutas camponesas, de denunciarmos o
endividamento externo e a dependência
do país, de propugnarmos por um outro
tipo de combate a inflação. Quanto à Comissão da Verdade, acho que ela está fazendo um bom trabalho.
Unidade - Recentemente, o jornal Unidade entrevistou o jurista Fábio Konder
Comparato sobre a judicialização da censura. Na sua opinião, a Justiça age como um
instrumento de censura no Brasil?
RP - Talvez sim, mas por um motivo
que parece o oposto disso. Com frases
como a de que a liberdade de imprensa
não pode ter limites, muitos juízes defendem a atuação sem limites da grande
imprensa burguesa, inclusive para caluniar pessoas e movimentos, através da
divulgação escandalizada de detalhes irrelevantes de certos fatos.
Unidade - Na sua avaliação, é mais difícil fazer jornalismo hoje em dia ou foi mais
complicado durante a ditadura militar? Quais as diferenças que o sr. apontaria entre
estes dois momentos em nosbanco tinham sido realizados pela agênsa profissão?
cia. Há recibos e provas materiais disso.
RP - A grande burguesia
Como o desvio deste dinheiro era a prova
hoje é maior e mais conbásica da existência do mensalão, o pilar
centrada em termos de
da tese é falso”.
poder econômico e está
O jornalista Altamiro Borges, o Miro,
mais unida do que no pasdisse que a imprensa age como um parsado do ponto de vista potido político, que inclusive ignora doculítico. O patronato mudou
mentos obtidos pela revista Retrato do
e piorou, do ponto de visBrasil, que estão nos autos da Ação Penal
ta político. Já tive patrões
470, e teve objetivos eleitorais para precomo o Fernando Gaspajudicar as candidaturas progressistas nas
rian, o único representaneleições de 2010 e 2012. “O furo dado
te de entidade patronal
pela equipe de Raimundo Pereira merece
cassado pela ditadura, um
prêmio, mas foi absolutamente ignorado
nacionalista e democrapela grande mídia, assim como aconteceu
ta. Por esse motivo é que
com o livro “Privataria Tucana”. É por isso
acho que uma imprensa
que se faz urgente a criação de um marco
que seja de qualidade e na
regulatório para a mídia, para que fatos
qual, de certo modo, sejacomo estes não mais aconteçam”.
mos patrões de nós mesmos, é uma tarefa do dia.
UNIDADE MAIO 2013
“Precisamos de uma imprensa onde sejamos patrões de nós mesmos”
Sindicato promoveu debate sobre o “mensalão”
O Sindicato promoveu no dia 17 de abril
passado, no auditório Vladimir Herzog, o
debate “A cobertura da imprensa na Ação
Penal 470 – caso Mensalão”, com os jornalistas Raimundo Rodrigues Pereira (revista Retrato do Brasil), Altamiro Borges
(Centro de Estudos da Mídia Alternativa
Barão de Itararé) e José Augusto Camargo, presidente da entidade.
A revista dirigida por Raimundo trouxe uma série de reportagens, que culminaram na elaboração de um livro e edição
especial da publicação, com provas documentais que comprovam que o “mensalão” foi criado através do conluio entre a
mídia privada e o Poder Judiciário, inexistindo provas do desvio de dinheiro
público, o das denúncias. O episódio se
transformou em um “escândalo” midiático contra o governo do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, envolvendo o
ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu,
o presidente do PT, José Genoíno, o tesoureiro do partido, Delúbio Soares, o
então presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha e o ex-diretor de
marketing do Banco do Brasil, Henrique
Pizzolato, entre outros.
“Há provas de que a Justiça foi pressionada pela grande imprensa para julgar,
como em um tribunal de exceção, os réus
do “mensalão”. Fizemos matérias sobre as
auditorias feitas no Banco do Brasil, que
inclusive estão nos autos da Ação Penal
470, demonstrando que a agência de Marcos Valério havia prestado todos os serviços encomendados pelo Banco do Brasil
para divulgação da Visanet, então sob a
responsabilidade de Pizzolato, e que os R$
73,8 milhões supostamente desviados do
7
Radiografia
Em Legítima Defesa
Pesquisa mostra o perfil
do jornalista brasileiro
8
55%, os que atuam em assessoria de
imprensa ou outras atividades jornalísticas fora da mídia são 40%, e os que
atuam como professores são 5%.
A pesquisa constatou que apenas
25,2% são filiados a Sindicatos. Em
termos políticos, 25% se declaram de
esquerda; 23% de centro-esquerda,
30% não declarou posição política, 7%
de centro, 6% de centro-direita, 4% de
direita, 1% de extrema-direita e 3%
outros.
Além disso, 92% defendem que o
jornalista tenha formação superior,
dos quais 55,4%, com diplomação
específica em jornalismo. 72% defendem a criação de órgão de autorregulamentação da profissão. Dos jornalistas que declaram trabalhar em
algum veículo de mídia, 63,9% são em
impresso, 44,6% na internet; 33,6%
em TV, Rádio ou Cinema e 20,5% em
outras mídias. Já 87,7% dos que não
atuam em mídias trabalham em assessorias de imprensa.
A pesquisa completa está no site
da Fenaj (www.fenaj.org.br).
Dia do Trabalhador reúne milhares em todo estado
Roberto Claro
Lílian homenageia Artur Henrique
Márcia na passeata em Campinas
ao Projeto de Lei 4330/2004, do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), que
amplia a terceirização e precariza o trabalho no Brasil. A regulamentação do
direito de negociação do serviço público, segundo a Convenção 151 da OIT,
também é tema prioritário da Central.
No evento estiveram presentes dois
ministros da presidenta Dilma Roussef: Gilberto Carvalho (Governo) e
Manoel Dias (Trabalho). Além deles,
o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, anunciou durante a festa um
reajuste de 79,8% aos servidores municipais.
Outras cidades
O 1° de maio também foi comemorado
em várias cidades do estado. Em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, o tema
central foi a Democratização dos Meios de
Comunicação. O objetivo da campanha
“Quero Falar Também!” é recolher assinaturas para o projeto de iniciativa popular para
criar um marco regulatório para o setor.
O SJSP é uma das entidades que apoia a
iniciativa (vide ao lado). Também em Campinas, os dirigentes do SJSP, Márcia Quintanilha e Agildo Nogueira participaram das
atividades, que reuniu várias centrais sindicais como a CUT, CTB, entre outras.
CUT/SP e SJSP vão às ruas
pela Democratização
da Comunicação
A CUT/SP realizou em 15 de maio reunião para organizar coleta de assinaturas
para as campanhas de Reforma Política e
por um novo Marco Regulatório da Comunicação.
O objetivo é recolher 1,3 milhão de
assinaturas para encaminhar um PLIP
(Projeto de Lei de Iniciativa Popular) ao
Congresso Nacional até outubro. O SJSP
participa da campanha. Mais informações no www.sjsp.org.br
sustentação e representatividade”.
A direção do SJSP avalia que, nos últimos anos, as condições de trabalho da
categoria têm sido fortemente atacadas
pelos patrões. E esse é o principal motivo para que os trabalhadores fortaleçam seu sindicato. “Na maioria das em-
presas, a jornada de trabalho é ignorada
com cargas diárias excessivas, sem que
os patrões paguem horas extras. As relações de trabalho estão cada vez mais
precarizadas. O vínculo trabalhista não
é registrado em carteira e o profissional
vive a absurda situação de frila fixo ou é
obrigado a ser "PJ". Somente um sindicato representativo e reconhecido pela
categoria tem mais chances de garantir
conquistas”, destacam.
São Paulo é o estado onde há o maior
número de sindicalizados no Brasil e
onde se concentram a maioria das empresas de comunicação. “É onde também elas fazem as maiores maldades
contra a categoria”, afirma Márcia. “Nos
últimos tempos o Sindicato tem combatido todos esses crimes contra a categoria. Por isso, quando mais jornalistas se
sindicalizam, principalmente nas grandes redações, mostramos aos patrões a
nossa força e a nossa unidade. Trabalhadores fortes, com sindicato representativo, têm mais chances de conquistas”,
completas a dirigente.
Cartão do Sindicalizado
O Sindicato comunica aos filiados em
dia com suas mensalidades que o Cartão
de Sindicalizado, que os credencia junto
aos convênios, tiveram a validade prorrogada de dezembro de 2012 até outubro
de 2013.
Jornalistas defendem o importante papel do Sindicato
João Negrão Professor no Curso de
Comunicação em Sorocaba
Agildo NogueiraJr
O Dia do Trabalhador, organizado pela
CUT São Paulo, reuniu cerca de 120 mil
pessoas no Vale do Anhangabaú, em uma
tarde repleta de atrações musicais e intervenções políticas com autoridades nacionais e estaduais. O tema do combate
à inflação e o reconhecimento dos avanços da política econômica do governo da
presidenta Dilma Rousseff marcaram a
atividade.
No entanto, as atividades cutistas não
se restringiram ao Anhangabaú. Várias
oficinas regionais aconteceram antes de
25 de abril passado, quando aconteceu
o Seminário Sindical Internacional, com
o tema Desenvolvimento Econômico
e Sustentabilidade. Nessa atividade, o
Sindicato dos Jornalistas Profissionais
no Estado de São Paulo (SJSP) foi representado pela secretária de Cultura e Comunicação e dirigente da CUT/SP, Lílian
Parise e pelo membro da Comissão de
Registro e Fiscalização do Exercício Profissional da entidade, Douglas Mansur.
Lilian Parise foi responsável pela entrega do troféu de trinta anos da CUT
ao secretário-adjunto de Relações Internacionais da CUT, o ex-presidente
da Central, Artur Henrique, homenageado durante o evento.
No dia 1º de Maio, Adi dos Santos
Lima, presidente da CUT/SP e Vagner
Freitas, presidente da CUT Nacional,
falaram sobre as prioridades da Central para esse período. Vagner ressaltou que a CUT luta por uma alternativa
Q
uanto mais trabalhadores
participam de sua entidade de classe, maior a sua
força na sociedade. Mas
qual é, exatamente, a importância de ser sindicalizado? Qual a função de um sindicato e
como ele pode ser útil à classe trabalhadora?
Para Márcia Quintanilha, secretária
de Sindicalização do SJSP, a sindicalização é a chave para o fortalecimento
da entidade. “É o melhor instrumento
que os trabalhadores têm para garantir
conquistas. Porque somente a sindicalização pode garantir o fortalecimento e
a solidificação do Sindicato, dando-lhe
O Sindicato é uma instituição fundamental da
sociedade democrática.
O trabalhador sozinho,
isolado, torna-se muito fragilizado na relação
com os empresários compradores de sua força de
trabalho. Já a revolução
industrial mostrou claramente a necessidade desta união dos trabalhadores.
Sem os sindicatos nós, assalariados,
não temos nenhuma força para ampliar
nossas conquistas trabalhistas.
A importância de alguns sindicatos
extrapolam o universo das categorias.
O nosso é um deles. Tivemos um papel
de destaque nas lutas pela redemocratização do país. Hoje, temos um papel
importante a desempenhar no que diz
respeito à democratização da comunicação.
Silvio Montenegro
Tribunal de Contas do Estado de São Paulo
Acredito que qualquer
tipo de mobilização por
uma causa é melhor do
que as experiências solitárias. As causas trabalhistas e, em especial, de
uma categoria são ainda mais importantes quando tratadas por um Sindicato.
A importância do nosso, como de qualquer outro Sindicato é grande, mas, infelizmente, a categoria de jornalistas, historicamente, é bastante desmobilizada e
desunida. Acredito que hoje, assim como
ao longo da nossa história, falta um pouco de criatividade para conseguirmos
essa mobilização e, consequentemente,
nossa união. Porém, reconheço que, por
sermos uma categoria formada por pessoas com convicções políticas (inclusive
partidárias) arraigadas, isso não é fácil.
Mas não custa nada tentar, não é?
Maria Fígaro
Sindicato dos Metroviários de SP
A sindicalização
dá ao trabalhador
a sensação de que
faz parte de uma
categoria profissional com interesses
específicos bem definidos.
Sabemos
que não estamos
sozinhos na eventualidade de um conflito trabalhista. Aos patrões, sinaliza a
força coletiva dos empregados. Quantos
crimes contra a dignidade profissional já
não foram prevenidos pela simples existência do Sindicato? E hoje a sindicalização ainda é mais importante devido
às mudanças no mundo do trabalho dos
jornalistas. O Acordo Coletivo é sempre
um parâmetro mesmo para aqueles que
são contratados como Pessoa Jurídica.
Os sindicatos são uma ferramenta histórica de união dos trabalhadores. Embora tenham perdido muito de sua força,
em virtude das mudanças nas relações
de trabalho em curso no mundo, permanecem como um porto seguro de defesa
dos interesses da categoria.
Marcos Aidar
Chefe da Apuração
da Rede Globo
A sindicalização é
importante. É a única
maneira de manter o
Sindicato organizado
e vivo. Para manter a categoria com o
mínino de unidade e informada de seus
direitos trabalhistas.
É importante ressaltar que o Sindicato é fundamental quando consegue mobilizar a categoria e ao mesmo tempo
fazer a categoria perceber a importância dele. É necessário ter uma liderança
capaz de mobilizar a categoria e fazer
com que ela sinta que não está sozinha,
que está cumprindo sua função de atender as necessidades. É importante sim
ser sindicalizado e participar. Fazer o
sindicato funcionar, mas com maior representatividade.
Regiane Muniz da Silva
Assessora de Imprensa em Campinas
UNIDADE MAIO 2013
O estudo indica que a categoria
tornou-se majoritariamente feminina (64%) e jovem (59% têm até 30
anos). Entre outros dados, o levantamento constata que 98% da categoria
tem formação superior e 40% já com
pós-graduação. Dos jornalistas, 59,9%
recebem até cinco salários mínimos,
aproximadamente 50% trabalham
mais de oito horas por dia e 27% trabalham em mais de um emprego. A
pesquisa aferiu a distribuição dos profissionais por tipo de atividade: os que
atuam principalmente na mídia são
Douglas Mansur
UNIDADE MAIO 2013
O
Núcleo de Estudos sobre
Transformações no Mundo do Trabalho (TMT/
UFSC) lançou, no dia 6 de
maio, o livro “Perfil do jornalista brasileiro – Características demográficas,
políticas e do trabalho jornalístico em
2012”. A publicação apresenta os resultados quantitativos de uma pesquisa
com 2.731 profissionais, realizada entre
setembro e novembro do ano passado
pelo Programa de Pós-Graduação em
Sociologia Política (PPGSP/UFSC), em
convênio com a FENAJ.
Sindicalização é instrumento de
união e fortalecimento da categoria
O
jornalismo passa por
profundas mudanças, e neste
momento, é fundamental estarmos unidos para
levar a nossa era
da comunicação
às condições necessárias para uma atuação pautada
na ética e na qualidade.
Gilberto Nascimento –
Produtor da Rede Record
É importante o trabalhador ser sindicalizado
para que a categoria tenha força e voz. Somente
com a atuação e a participação do trabalhador,
a entidade terá representatividade e poder de
negociação na defesa dos
seus direitos. Quem faz o
Sindicato é o próprio trabalhador. Ao
participar das discussões e votações
em assembleias dos temas importantes, ele consegue avanços e melhorias.
Eu, inclusive, já recorri ao serviços jurídicos do Sindicato.
9
Moagem deste mês destaca a “reestruturação” do Estadão, com a saída de diversos
profissionais com anos de casa e mudanças no jornal Brasil Econômico. Na RedeTV,
a estreia de Silvio Luiz, Juarez Soares e Luiz Ceará em novo programa esportivo. O
SBT produz o dominical, Jornal da Semana. Há também a ida de jornalistas da Rede
Bom Dia para o Diário de S. Paulo e a perda de Rubens Mainente. Boa Leitura!
UNIDADE MAIO 2013
Jornal
10
Eduardo Ribeiro
O GRUPO ESTADO anunciou uma nova reestruturação
editorial e o corte de 40 vagas
na redação do Estadão. É o sexto
corte em apenas dois anos, um
deles no Jornal da Tarde e outro
na Agência Estado. Saíram André
Lessa, Ana Paula Lucinski, Audiane Amada Pereira, Camilo da
Rocha, Carlos Müller, Cláudia Ribeiro, Daniel Akstein, Décio Trujillo, Eduardo Baptistão, Ernesto
Rodrigues, Filipe Corso Campoi,
Gilson Vilhena, Eduardo Barella,
Jairo Rodrigues, José Francisco
de Oliveira, José Rinaldo Gama,
Leandro Martins, Lilian Cunha
Marcelo Rehder, Melina Costa,
Mônica Bento de Souza, Valéria
França, Valeria Zukeran, William
Gonçalves Cardoso e Yara Martinez, mais as secretárias Isabel
Silva e Sonia Maria Pereira. Houve demissões ainda nas sucursais
Brasília e Rio de Janeiro. Acordo
conquistado pelo nosso Sindicato
garantiu dois salários a mais para
cada demitido, além de seis meses adicionais de plano de saúde.
TAMBÉM deixaram o jornal
Denize Ramos Guedes (a pedido), Leandro Modé, contratado
pela FSB, Raquel Landim, que
foi para a Folha e Fabio Lemos
Lopes, a caminho da Veja São
Paulo. E ali começou, como repórter do Jornal do Carro, José
Antonio Leme.
MUDANÇAS na editoria de
Poliesportivo do Lance. Com
a ida do editor Paulo Roberto
Conde para a Folha de S.Paulo,
revezam-se no posto Rafael Valesi e Guilherme Cardoso.
DEIXARAM o Brasil Econômico Juliana Garçon, a caminho
de O Globo, no Rio de Janeiro,
e Felipe Perone, para a Folha.
Também saíram, em decorrência da transferência da sede do
jornal para o Rio de Janeiro:
Alex Silva, Ana Paula Ribeiro,
Carla Romero, Carolina Marcelino, Cíntia Esteves, Flávia
Furlan, Henrique Peixoto, Letícia Alves, Maicon Silva, Mônica
Sobral, Paulo Argento, Rafael
Palmeira, Renata Rodrigues,
Renato Gaspar, Rubens Ângulo
e Wellington Budin.
SUZANA SINGER iniciou seu
quarto mandato como ombudsman da Folha de S.Paulo. Antes
dela, nenhum dos nove antecessores ficou quatro anos no cargo.
Deixaram o jornal Priscila Pastre,
contratada como editora da revista da TAM, e a correspondente
em Campinas Marília Rocha.
FRAN AUGUSTI deixou o
Tribuna do Direito, em que atuava como editor-chefe desde 2000.
Revista
PETER MOON deixou a editoria de Ciência e Tecnologia
da Época, onde esteve por cinco anos.
VAN FINOTTI assumiu interinamente a edição da são
paulo, da Folha, no lugar de
Michele Oliveira, que foi para a
Bamboo, da Editora Turquesa.
ALINE MAGALHÃES começou na reportagem da Autoesporte.
GABRIEL MARAZZI deixou
a Motor Quatro para lançar a
revista Cultura do Automóvel.
CÍCERO LIMA, que estava
na Duas Rodas, foi para a Infomotor.
VERENA FORNETTI começou na Exame como repórter de
Internacional.
VANESSA VIEIRA começou
como editora de Mercado e Finanças Pessoais de Você S/A.
CHEGARAM à Trip Millos
Kaiser, como editor, e Anna Virgínia Balloussier, como repórter.
Televisão
A REDETV estreou Bola Dividida, dirigido por Edson Porto e ancorado por Silvio Luiz,
com participações de Juarez
Soares e Luiz Ceará. O programa vai ao ar de 2ª a 6ª.feira, de
11h30 às 12h. Integram o time
o editor-chefe Alex Fogaça, a
editora-executiva Thais Drumont, o chefe de Reportagem
César Antonio Ferreira Filho, os
repórteres Fernando Fontana
e Ricardo Neves, os produtores
Soraia Oliveira, Fernanda Lima,
Tamires Souza, Débora Velozo
e Guilherme Ludwig e os editores Fernanda Capelli, Raphael
Florêncio, Daniela Pires e Felipe
Jardini.
FÁTIMA TURCI acertou seu
retorno à Record News e ao seu
Economia & Negócios, com estréia programada para este mês
de maio, em versão semanal, às
2as.feiras, 23 horas.
CARLOS CRISTOFANILLI é
o novo chefe de Redação da TV
Cultura, no lugar de Fernando
Coelho, que saiu. Marici Capitelli e Marici Arruda passaram
a dividir as tarefas de criação e
produção do Jornalismo.
GUTA NASCIMENTO deixou a Record para ficar apenas
como diretora de Conteúdo do
Portal Tempo de Mulher, de Ana
Paula Padrão, de quem é parceira desde os tempos de Globo.
ESTREOU pelo SBT o dominical Jornal da Semana, de
5h15 às 6h30, com apresentação de Carolina Castelo Branco.
Ainda por lá, Tatiana Mocelin
passou a editora-assistente do
Jornal do SBT no lugar de Luiz
Bernardo, que foi para a FSB; e
Fábio Fleury começou na Produção.
KELLY CRISTINA SPINELLI está de volta ao Brasil
O PULO DO GATO, da Bandeirantes, completou, em 2/4,
40 anos sob direção de José Paulo de Andrade. Em fevereiro,
Zé Paulo completou 50 anos de emissora.
MONA DORF deixou a rádio Eldorado, onde desde 2007
conduzia o boletim Letras e Leituras.
GIOCONDA BORDON saiu da Rádio Cultura FM, onde estava desde 2005.
Interior e Litortal
O DIÁRIO DE S.PAULO e
rede de jornais Bom Dia passaram a compartilhar conteúdo e
a centralizar o fechamento das
edições regionais na sede, em
São Paulo, sob a coordenação de
Carlos Frey de Alencar. Os editores Wilson Gasino (Rio Preto), Rodrigo Viudes (Bauru), Leandro Amaral (ABCD) e Marcelo
Macaus (Sorocaba) – liderados
pelo editor-chefe dos jornais locais Edu Cerioni – mudaram-se
para a capital.
A TRIBUNA IMPRESSA e a
Jovem Pan de Araraquara (ambas do Grupo EPTV) fecharam
parceria para produzir o Jornal
Regional, que vai ao ar para Araraquara e região de 2ª a 6ª.feira,
das 7h às 7h30. A apresentação
é de Emerson Bellini e André
Lourenço, com reportagens de
Felipe Santilho, Micheli Valala
NO CANALRH (www.canalrh.com.br), a operação foi
assumida pela diretora e editora-executiva Marisa Torres
e a coordenadora de Conteúdo
Odete Pacheco. Elas dirigem
uma equipe de seis repórteres
e dois profissionais de web, todos colaboradores regulares do
portal.
Assessoria
Rádio
depois de um ano e meio em
Buenos Aires, onde produzia o
MTV at the Movies.
HUMBERTO CANDIL, Ciro
Lilla e Salomão Schvartzman pilotam às 6ªs.feiras, 22h, a coluna Sua Excelência, o Vinho, na
BandNews TV. A produção é de
João Paulo Duarte.
COM A IDA de Carla Vilhena
para o Fantástico, Rodrigo Bocardi a sucedeu na apresentação
do Bom Dia São Paulo
O Vaivém de mercado
e Carlos Alberto Baldassari. A
direção é de Josué Suzuki.
MICHELLE PORTELA deixou a Agência de Notícias e
Editora Comunicativa, de Campinas, e foi substituída por
Amanda Cotrim, que segue
frilando para a Caros Amigos.
Ainda por lá, registro para a
chegada de Manuela Azevedo
Queiroz, para cuidar do conteúdo de Clicknoticia e Jornal Alto
Taquaral eletrônico, ambos dirigidos por Gilberto Gonçalves.
Midias Digitais
LUÍS NASSIF lançou o GGN,
projeto de jornalismo colaborativo, que tem na coordenação
sua irmã Maria Inês Nassif, vinda do Instituto Lula.
A UNIDADE TECNOLOGIA
e Negócios da Editora Abril
criou um pool para a produção
das versões das publicações em
plataformas tablet e mobile, coordenado por Roseli de Almeida
e integrado por Bruno Lozich,
Eduardo Ianicelli, Gabriel Lira,
Germano Lüders, Luiz Lula,
Marcel Facetto, Marilia Traversim, Mayte Coelho, Suely Andreazzi, Teresa Morrone e Valéria Marin.
COM A SAÍDA de Claudia Ribeiro, a Economia do Portal do
Estadão foi assumida por Cley
Scholz, que até então cuidava
da pauta da editoria.
ANTONIETTA
VARLESE
assumiu a Gerência de Comunicação Corporativa e Desenvolvimento Sustentável na América
Latina do Grupo Accor.
JOSÉ ROBERTO MELLO
começou na chefia de Comunicação da Subprefeitura da Sé, da
Prefeitura de São Paulo.
MARIANE CORAZZA e Bruna Gama passaram a integrar o
time da Agência Ideal
RENATO PEZZOTTI deixou
a Gerência de Comunicação da
9ine, que terceirizou a comunicação com a Ogilvy PR Brasil,
sob direção de Sandra Azedo,
gerência de Carla Guimarães e
assessoria de Fernanda Sokoloski e Suellen Barreto.
ANTONIO LERIA assumiu
a Assessoria de Imprensa da
Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), na
equipe de Eduardo Reina.
SONIA MITAINI deixou a
diretoria de Relações Institucionais e Imprensa da Viavarejo
e iniciou na mesma função na
Capital Brasileiro Empreendimentos e Participações (CBEP),
holding da família Klein (Casas
Bahia). Sonia também responde
pela assessoria de imprensa da
família.
MÁRCIO GASPAR e Lucas
Alves começaram na Ogilvy PR
Brasil.
LUIZ CARLOS MONTEIRO
DE OLIVEIRA, o Lucas, Paula
Nunes e Andreia Henriques estão agora na Kreab Gavin Anderson.
RAUL VIANA assumiu o posto de diretor de Novos Negócios
da MCO.
GUILHERME LOUREIRO
despediu-se da Global Editora,
depois de quase 13 anos de casa.
MARÍLIA TAUFIC e Luísa
Alcalde começaram na Assessoria de Comunicação Social do
Ministério Público do Estado de
São Paulo.
NUNZIO BRIGUGLIO, secretário de Comunicação da Prefeitura de São Paulo, tem agora
a seu lado a secretária-adjunta
Leila Swan e o chefe de Gabinete
José Jacinto de Amaral.
PAULA CONTIM deixou a
Aberje e começou na Natura.
q Daniela Loreto começou na
In Press Porter Novelli, no atendimento da Qualcomm.
EUGÊNIO ARAÚJO começou como assessor Institucional
da Câmara Municipal de São
Paulo e foi substituído como
editor da Negócios da Comunicação por Amilton Pinheiro.
REIKO MIURA deixou a Comunicação da Fundação Perseu
Abramo para dedicar-se às coleções que serão publicadas pela
entidade em 2013.
Telegráficas
LAURENTINO GOMES está
de volta ao Brasil depois de um
ano nos Estados Unidos fazendo pesquisas para seu próximo
livro, 1889, sobre a Proclamação da República. A obra sairá
com 200 mil exemplares.
O REVISOR aposentado Clóvis Meira, que atuou em diversos veículos, entre eles o Estadão, celebrou em 14/4 cem anos
de vida. A ele os parabéns de todos os jornalistas de São Paulo.
CARTACAPITAL, aos 19
anos de vida, está de projeto gráfico novo, de autoria de
Mariana Ochs. Várias novas
colunas estrearam, assinadas,
entre outros, por Nirlando Beirão, Drauzio Varella, Riad Yunes, Rogério Tuma, Afonsinho
e Márcio Alemão. O site da revista também mudou e é agora
editado por Lino Bocchini.
MAIS de 30 voluntários estão
traduzindo o Data Journalism
Handbook (Manual de Jornalismo de Dados), numa iniciativa
da Abraji. O livro mostra como
usar dados em reportagens. A
versão em português é coordenada por Tiago Mali, da Galileu.
O lançamento está previsto para
o segundo semestre deste ano.
Agência
GISELE ALEXANDRE deixou a agência Coletânea Editorial, do Grupo MTCom SP.
Seus contatos pessoais são
[email protected] e
11-98414-8949.
O FATURAMENTO bruto
das Organizações Globo aumentou 16% em 2012, batendo
em R$ 12,7 bilhões. O lucro líquido foi de R$ 2,9 bilhões, 38%
maior do que 2011.
SEGUE até 25/6, no Espaço
Itaú de Cinema Frei Caneca (rua
Frei Caneca, 569), a exposição
A João Guimarães Rosa: fotografias de Maureen Bisilliat, do
Instituto Moreira Salles.
VEJA SÃO PAULO estreou
novo projeto gráfico, liderado
por Alecsandra Zapparoli, Daniela Giorno e Valdécio de Oliveira, com apoio de Thomaz Souto Corrêa. As mudanças foram
estendidas a Veja Rio e Veja BH.
JÁ CHEGOU ao mercado a
nova revista de Maurício de
Sousa editada pela Panini com
o novo personagem em quadrinhos Neymar Jr..
WANDERLEY MIDEI deixou
São Paulo por motivo de saúde e
está morando em Aracaju, com
a família da sua filha Daniela.
Os contatos dele são [email protected] e 79-32432722 / 11-99402-1262.
Livros
ANDRÉ LUIZ PEREIRA
DA SILVA, Antonio Marcos
Abrahão Jr., Celso Unzelte e
Dante Grecco Neto com Vai,
Corinthians! (Que nós vamos
atrás...) (Maquinária Editora),
com histórias divertidas do
Mundial de Clubes de 2012.
ANDREI BASTOS com Sala
de Espelhos, livro digital reunindo histórias do movimento
estudantil no final dos anos
1960 e início dos 1970.
BENEDITO REQUENA DA
CONCEIÇÃO (de Bauru) com
Uma história que vem de longe,
em que conta a saga das famílias espanholas que migraram
para o Brasil.
CLARISSA ROCHA e Liz
Wood com Na trilha da cultura, obra que apresenta um reconhecimento ao trabalho de
educadores.
CRISTIANE D’AVILA com
Cartas de João do Rio (Funarte), que faz uma reconstituição do Rio de Janeiro da Belle
Époque.
DANIEL BUARQUE com
Brazil: Um País do presente
(Alameda), fruto de um trabalho de pesquisa realizado nos
Estados Unidos para saber o
que pensam os especialistas e
o público médio americanos sobre o Brasil.
DÊNIS DE MORAES, Ignacio
Ramonet e Pascual Serrano com
Mídia, poder e contrapoder –
Da concentração monopólica à
democratização da informação,
abordando as novas formas de
jornalismo com a ascensão da
internet.
GILBERTO DE NICHILE
com O sorriso de Gioconda
(www.osorrisodegioconda.com.
br), com histórias inspiradas em
fatos cotidianos e personagens
da mitologia grega.
GILVAN RIBEIRO com Casagrande e seus demônios (Globo
Livros), descrevendo o envolvimento do ex-craque e atual comentarista da Globo com drogas e como delas se livrou.
HELLE ALVES com Eu Vi –
Quando mataram Che Guevara
e outros momentos da História
(Nhambiquara), em que narra,
aos 85 anos, passagens de sua
carreira como repórter, no Brasil e no exterior.
IVAN MARSIGLIA com A
poeira dos outros – Um repórter na Casa da Morte e mais 19
histórias (Arquipélago), reunindo 20 reportagens de sua lavra.
JANETE GUTIERRE com
As águas rolam (e-book), onde
demonstra como a troca de comando numa unidade de conservação trai princípios e coloca
em perigo os territórios protegidos do País.
LUIZ CARLOS DUARTE
com Friedenreich – A saga
de um craque nos primeiros
tempos do futebol brasileiro
(Casa Maior Editorial), que
detalha a carreira do craque
do passado.
REGINA AUGUSTO com No
centro do poder – A trajetória
de Petrônio Corrêa, fundador
da MPM e o maior articulador
da publicidade brasileira (Livros
de Safra).
ROSEANN KENNEDY com
Jornalismo e Publicidade no
Rádio: como fazer, em parceria
com o publicitário Amadeu Nogueira de Paula.
SÉRGIO PEREIRA COUTO
com Os arquivos secretos do Vaticano (Gutenberg), que aborda
temas guardados pelo Vaticano
em 800 anos de história.
VITOR GUEDES com Paixão Corinthiana – A história de
amor de um povo pelo seu time,
contada em 100 histórias cotidianas (Publisher).
Registros
RUBENS MAINENTE, em
15/05, aos 80 anos, em São
Paulo, de complicações da Diabete. Repórter cinematográfico,
diretor da AJAESP, com mais
de 50 anos de experiência em
rádio e televisão. Começou na
profissão como assistente e depois cinegrafista na extinta TV
Tupi. Trabalhou também na TV
Manchete e durante 20 anos na
TV Cultura.
EDILSON COELHO faleceu
em 6/4, aos 54 anos, em São
Paulo, de enfisema pulmonar.
Didi, como todos o conheciam,
teve passagens por Editora Abril,
Gazeta Mercantil, Estadão e
CDN. Foi idealizador de projetos
como um programa de economia
de rádio e de TV, com José Paulo
Kupfer; e do primeiro telejornal
na internet, ancorado por Lillian
Wite Fibe, no portal Terra. Esteve na assessoria do Sebrae em
Osasco.
EDUARDO HIROSHIO O
editor do do caderno “Máquina”
Agora São Paulo faleceu no dia
6 de maio. Começou a carreira
em 2000 como assessor de imprensa. Em 2003, foi contratado como repórter do Agora São
Paulo. Já em 2007, migrou para
a revista Car and Driver, onde
ficou até 2010, quando retornou ao jornal.
UNIDADE MAIO 2013
O
O Vaivém do mercado
11
UNIDADE MAIO 2013
Imagem
12
Fausto Bergocce é cartunista profissional desde
1974. Ilustrou jornais como o Estado de S. Paulo,
Folha de S. Paulo, Última Hora, Pasquim, Diário do
Grande ABC, Popular da Tarde, Diário Popular, Diário de S. Paulo, entre outros.
Produziu charges animadas para os programas
Vídeo Esporte e Jornal 60 Minutos da TV Cultura.
Ilustrou para jornais da imprensa sindical e para revistas da Editora Três.
Participou do Salão Internacional de Humor de
Piracicaba, de Saint-Just-Le-Martel, na França, e
de Desenho para Imprensa, em Porto Alegre (RS).
É autor dos livros "Sem Perder a Linha" (prêmio
HQ-Mix versão 1999), "Esqueçam o Que Ele Desenhou" e "Traço Extra". No dia 20 de junho, Fausto
lança o livro “Uns e outros, cartuns soltos”, no auditório Vladimir Herzog do SJSP. A publicação tem
prefácio do cartunista Geandré.
Atualmente Fausto é chargista do Jornal Olho
Vivo de Guarulhos e ilustrador free-lancer.

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