Como Exportar - clube brasil
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COLEÇÃO ESTUDOS E DOCUMENTOS DE COMÉRCIO EXTERIOR COMO EXPORTAR ESPANHA MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES Departamento de Promoção Comercial Divisão de Informação Comercial Seção de Estudos e Publicações 1 Coleção: Estudos e Documentos de Comércio Exterior Série: Como Exportar CEX: 67 Elaboração: Ministério das Relações Exteriores - MRE Departamento de Promoção Comercial - DPR Divisão de Informação Comercial - DIC Seção de Estudos e Publicações - SEP Embaixada do Brasil em Madri Setor de Promoção Comercial - SECOM Coordenação: Divisão de Informação Comercial Distribuição: Divisão de Informação Comercial Os termos e apresentação de matérias contidas na presente publicação não traduzem expressão de opinião por parte do MRE sobre o status jurídico de quaisquer países, territórios, cidades ou áreas geográficas e de suas fronteiras ou limites. Os termos desenvolvidos e em desenvolvimento, empregados em relação a países ou áreas geográficas, não implicam tomada de posição oficial por parte do MRE. É permitida a transcrição total ou parcial do presente estudo, desde que seja citada a fonte. 2 O texto do presente estudo foi concluído em abril de 1996. CDU 339.5 (81:46) E77s Brasil. Ministério das Relações Exteriores, Divisão de Informação Comercial. Como Exportar: Espanha, Brasília, 1996. (Col. Estudos e documentos de comércio exterior, CEX 67). 1. Brasil - Comércio exterior - Brasil. 2. Espanha Comércio exterior - Brasil. I. Série II. Título. 3 SUMÁRIO INTRODUÇÃO DADOS BÁSICOS I - Aspectos gerais 1. Geografia 2. População, centros urbanos e nível de vida 3. Transportes e comunicações 4. Organização política e administrativa 5. Organizações e acordos internacionais II - Economia, moeda e finanças 1. Conjuntura econômica 2. Principais setores de atividade 3. Moeda e finanças 4. Sistema bancário III - Comércio exterior 1. Evolução recente 2. Direção do comércio exterior 3. Composição do comércio exterior 4. Participação brasileiras nas importações espanholas IV - Relações econômicas e comerciais Brasil-Espanha 1. Evolução recente 2. Composição do comércio Brasil-Espanha 3. Investimentos brasileiros na Espanha 4. Investimentos espanhóis no Brasil 5. Balança de pagamentos bilateral 6. Principais acordos bilaterais V - Acesso ao mercado 1. Sistema tarifário da União Européia 2. Sistema Geral de Preferências (SGP) da União Européia 3. Regulamentação de importação 4. Regulamentação específica 5. Regimes especiais VI - Estrutura de comercialização 1. Canais de distribuição 2. Promoção de vendas 3. Práticas comerciais 4 VII - Recomendações às empresas brasileiras 1. Acesso ao mercado e aproveitamento do SGP 2. Informações tarifárias e estatísticas atualizadas 3. Remessa de amostras e material promocional 4. Embarques 5. Canais de distribuição 6. Promoção de produtos 7. Consultoria e marketing 8. Práticas comerciais 9. Designação de representantes comerciais 10. Reclamações comerciais 11. Viagens de negócios 12. Assistência profissional ANEXOS I - Endereços 1. Órgãos oficiais brasileiros na Espanha 2. Principais órgãos oficiais espanhóis 3. Órgãos oficiais espanhóis no Brasil 4. Órgãos oficiais brasileiros que poderão ser consultados na área de comércio exterior 5. Câmaras de comércio 6. Principais entidades de classe da Espanha 7. Principais bancos 8. Principais feiras e exposições 9. Meios de comunicação 10. Consultoria de marketing 11. Aquisição de publicações 12. Companhias de transporte II - Comunicações com o Brasil 1. Telefones 2. Telegramas 3. Correspondência postal III - Informações práticas 1. Moeda 2. Pesos e medidas 3. Feriados 4. Fuso horário 5. Horário comercial 6. Eletricidade 7. Períodos recomendados para viagem 8. Visto de entrada 9. Vacinas 10. Câmbio 11. Hotéis BIBLIOGRAFIA 5 INTRODUÇÃO Com uma posição geográfica privilegiada, possuindo saídas para o Mar Mediterrâneo e Oceano Atlântico, a Espanha é hoje a quinta maior economia de UE e está entre as quinze maiores potências comerciais do mundo, respondendo por cerca de 2% do comércio mundial. O comércio entre Brasil e Espanha, entretanto, não tem o dinamismo e a dimensão que seriam compatíveis , revelando uma margem significativa de possibilidades de crescimento. O Brasil necessita fazer um erforço adicional para aumento da exportação de produtos manufaturados, que apesar de ser o setor mais importante do seu comércio exterior, é o elemento secundário no intercâmbio com a Espanha. As trocas comerciais Brasil-Espanha foram marcadas, no período de 1980 a 1993, por duas fases, com níveis distintos de intercâmbio, e cujo período de transição coincide com a entrada da Espanha na atual União Européia. Isso parece levar a concluir que a efetivação da União Européia e a plena inserção da Espanha nesse processo de integração introduziram um novo e importante elemento no relacionamento comercial Brasil-Espanha. Entre 1993 e 1995 pode ser observada uma terceira fase, motivada pela abertura da economia brasileira às importações. Com efeito, a análise do quadro de importações e exportações entre os dois países mostra as três fases bem caracterizadas: a) fase anterior ao ingresso da Espanha na EU, quando no período observado, de 1980 a 1985, o comércio Brasil-Espanha situou-se em níveis médios anuais de US$ 470 milhões; b) fase posterior ao ingresso da Espanha na EU, de 1986 a 1993, na qual os valores médios anuais do intercâmbio aumentaram para US$ 812 milhões, representando um crescimento médio de 72%; c) período de abertura da economia brasileira às importações, de 1993 a 1995, com crescimento médio do intercâmbio comercial de 35,6% ao ano, e valores médios da ordem de US$ 1,2 bilhão. Os principais produtos exportados do Brasil para a Espanha têm sido mais ou menos os mesmos produtos primários nos últimos cinco anos: soja, ferro, café, carnes, couros e madeiras. As importações brasileiras de produtos espanhóis têm apresentado maior variação, não obstante alguns itens persistam em todos os anos observados. No que se refere às dimensões do intercâmbio bilateral, a Espanha é o décimo quarto principal destino das vendas de produtos brasileiros e o vigésimo quinto principal fornecedor de bens e serviços ao Brasil. O comércio externo brasileiro em 1995 totalizou US$ 96,1 bilhões, dos quais US$ 1,7 bilhão corresponderam às trocas com a Espanha, representando 1,8% desse total. No âmbito do comércio exterior espanhol, em 1994, as exportações para o Brasil corresponderam a cerca de 0,5% e as importações se situaram ao redor de 1%. O Brasil é o décimo nono país de origem das importações espanholas e quadragésimo segundo país de destino das exportações da Espanha. Uma análise dos principais parceiros comerciais do Brasil mostra que tradicionalmente os países da EU são o mercado mais importante para os produtos brasileiros, tendo absorvido, em média, 27,5% do total das exportações brasileiras na primeira metade da década de 90. No comércio com a Espanha diversos produtos brasileiros são beneficiados pelo Sistema Geral de Preferências da EU (SGP). No total do comércio exterior brasileiro, os números com a Espanha mostram-se ainda reduzidos, pois os US$ 876,9 milhões das exportações brasileiras em1995 corresponderam a somente 1,9% do total de vendas do Brasil ao exterior. As importações brasileiras da Espanha apresentaram a cifra de US$ 815,7 milhões, em 1995, o que equivale a 1,6% do total das compras do Brasil no mercado internacional. A tendência de crescimento das importações brasileiras provenientes da Espanha parece provir do aproveitamento das opotunidades surgidas a partir do processo de liberalização da economia brasileira e de um esforço do setor exportador espanhol no sentido da diversificação de mercados, principalmente na direção da América Latina, que a Espanha considera sua inclinação histórica. O interesse espanhol em participar nos mercados ampliados da América Latina cria oportunidade que deve ser aproveitada pelos empresários brasileiros no sentido de incrementar as exportações para aquele país, tendo em vista, inclusive, o mercado da EU como objetivo final. 6 ESPANHA: DADOS BÁSICOS Capital: Madri Área: 505.955 km2 População: 39,2 milhões (junho/1995) Densidade demográfica: 77,5 hab/km2 (junho/1995) Força de trabalho: 15,5 milhões de pessoas (1994) Taxa de desemprego: 22,9% (1995) Principais cidades: Barcelona, Valença, Sevilha, Saragoza, Málaga, Bilbao, Las Palmas, Valladolid, Murcia e Córdoba Moeda: Peseta (Pta) Cotação: US$ 1,00 = Ptas 124,69 (1995) PIB, a preços de mercado: US$ 559,2 bilhões (1995) PIB per capita: US$ 14.265 (1995) Comércio exterior: 1995: Exportações - US$ 91,4 bilhões-FOB Importações - US$ 108,3 bilhões-FOB Intercâmbio comercial Brasil-Espanha (1995, dados preliminares): Exportações brasileiras: US$ 876,9 milhões-FOB Importações brasileiras: US$ 813,4 milhões-FOB 7 I - ASPECTOS GERAIS 1. Geografia Localização e superfície A Espanha limita-se ao norte com a França e a oeste com Portugal. É banhada ao norte pela Baía de Biscaia, a sudoeste pelo Oceano Atlântico e a leste e sudeste pelo Mar Mediterrâneo. Com uma superfície total de 505.955 km2, o território espanhol ocupa a maior parte da Península Ibérica (493.484 km2), além das Ilhas Baleares (4.992 km2) e Ilhas Canárias (7.447 km2). A soberania espanhola abrange ainda algumas pequenas ilhas próximas de Marrocos e duas cidades situadas no norte da África: Ceuta e Melilla. A grande extensão do litoral, explicada pela condição peninsular da Espanha, aliada à localização entre o Atlântico Norte e o mar Mediterrâneo e à grande proximidade do continente africano, do qual é separada pelo Estreito de Gibraltar, concedem ao país uma posição estratégica. As distâncias entre Madri e algumas cidades espanholas e entre Madri e capitais dos países vizinhos são: Barcelona ................................................ 620 km Bilbao ..................................................... 394 km Sevilha .................................................... 541 km Valência .................................................. 356 km Saragoza ................................................. 322 km Paris ........................................................ 1.297km Lisboa ..................................................... 648 km Regiões geográficas e clima Grande parte do território espanhol é composta pela Meseta Central, com altitude média de 700 m. Ao norte encontra-se a Cordilheira Cantábria e a nordeste os Pirineus. Os Montes Catalonianos a leste, e a Serra Nevada a sudeste, completam as partes mais altas do país, que coexistem com extensas planícies. As áreas do nordeste são verdes e úmidas, enquanto que certas zonas do sudeste são áreas de extrema secura. A Espanha insular é bastante distinta, constituindo-se pelas Ilhas Baleares, famosas por suas praias e belezas naturais, e pelas Ilhas Canárias, que são formadas por uma imensa cordilheira vulcânica. A Espanha apresenta grande variedade climática. Seu clima pode ser classificado, em termos gerais, como mediterrâneo. As regiões costeiras do norte apresentam características de um clima temperado úmido, enquanto o clima da costa do Mediterrâneo, incluindo as Ilhas Baleares, é fresco no inverno; quente e seco no verão. No interior da península o clima é seco, com invernos relativamente frios (média de 2oC) e verões quentes (média de 30oC). Em Madri, o mês mais quente é julho, quando a temperatura mínima é de 16oC e a máxima de 32oC; o mês mais frio é janeiro, época em que a temperatura varia entre 0oC e 8oC. 2. População, centros urbanos e nível de vida População A população da Espanha estava estimada em 39,2 milhões de habitantes em junho de 1995, o que representa 2 uma densidade demográfica de aproximadamente 78 habitantes por km . A maior parte da população se localiza na 2 região de Madri, com mais de 600 habitantes por km , seguindo-se o País Basco, as Ilhas Canárias, a Catalunha, Baleares e a região de Valência. Há regiões, como Castilla-La Mancha, Aragão, Estremadura e Castilla-León, onde a 2 densidade demográfica é inferior a 30 habitantes por km . As províncias mais populosas são Madri, com 4,9 milhões de habitantes, e Barcelona, com 4,6 milhões. O último censo, realizado em 1991, demonstra que, já nesse ano, mais de 75% da população concentrava-se em áreas urbanas. A taxa média de crescimento populacional anual é bastante pequena na Espanha, permanecendo na faixa de 0,2 % ao ano, uma das mais baixas da Europa. Caso esta tendência não se modifique, a Espanha terá uma considerável redução populacional nos próximos anos. A expectativa de vida é de 73 anos para os homens e de 80 para as mulheres. 8 Indicadores demográficos, 1995(1) (em 1.000 habitantes) Setores População economicamente ativa Total de mulheres Total de homens População até 14 anos População de 15 a 29 anos População de 30 a 44 anos População de 45 a 59 anos População de 60 a 74 anos Acima de 75 anos Fonte: Instituto Nacional de Estadísticas (INE) (1) Estimativa Número 15.593 20.010 19.179 6.473 9.616 8.517 6.499 5.681 2.400 Part. % 39,7 51,1 48,9 16,5 24,5 21,7 16,6 14,5 6,1 Centros urbanos População das principais cidades, 1995 Cidades População (em 1.000 hab.) Madri 3.041 Barcelona 1.900 Valência 764 Sevilha 714 Saragoza 607 Málaga 531 Bilbao 372 Las Palmas de Gran Canárias 372 Fonte: Ministério do Interior da Espanha Distribuição da população nas Comunidades Autônomas Comunidade Autônoma Habitantes Dens. demográfica (em 1.000) (hab/km2) Andaluzia 6.941 7,9 Aragão 1.189 24,9 Cantábria 527 99,1 Castela-La Mancha 1.658 20,9 Castela e Leão 2.546 27,0 Catalunha 6.059 188,7 Extremadura 1.062 25,5 Galícia 2.733 92,4 Ilhas Baleares 709 142,0 Ilhas Canárias 1.494 200,5 Madri 4.948 616,3 País Basco 2.104 280,9 La Rioja 263 52,2 Valência 3.857 165,9 Navarra 519 50,0 Astúrias 1.094 103,2 Múrcia 1.046 92,4 Fonte: Ministerio de la Presidencia/Secretaria General del Portavoz del Gobierno 9 Principais indicadores sócio-econômicos PIB per capita em US$ (1995) 14.265 Habitantes por veículo (1993) 2,2 Habitantes por linha telefônica (1993) 2,8 Habitantes por televisor (1991) 2,3 Habitantes por médico (1992) 254 Taxa de mortalidade infantil por 1.000 nasc. vivos (1991) 7,8 Fonte: Instituto Nacional de Estadísticas (INE) e Banco de España Principais grupos culturais, idioma e religião A Espanha possui grupos culturais diversificados, que constituem, historicamente, comunidades organizadas em nível regional. Destacam-se como principais grupos culturais o castelhano (na região central), o basco (ao norte), o catalão (a nordeste), o galego (a noroeste) e o andaluz (ao sul). Os ciganos constituem uma minoria étnica tradicional que, devido à vida nômade, encontram-se espalhados por todo o país, concentrando-se mais nas cidades do sul, bem como em Barcelona e Madri. O idioma oficial do país é o espanhol (castelhano). Contudo, algumas línguas e dialetos são utilizados cotidianamente em suas regiões de origem, como é o caso do catalão, do galego, do andaluz e do basco, língua cujas origens ainda não estão bem definidas. A maior parte da população professa a religião oficial que é a católica romana. 3. Transportes e comunicações Transportes Rede rodoviária As rodovias são atualmente o principal meio de transporte na Espanha. O tradicionalmente deficiente sistema rodoviário começou a ser alvo de grandes investimentos a partir de meados da década de 80, em virtude dos quais 3.500 km de rodovias de excelente qualidade foram construídos entre 1984 e 1993. Dos 328.100 km que constituem a malha rodoviária total do país, 6.577 km são rodovias de grande capacidade, que ligam as principais cidades espanholas entre si. Há dois tipos de rodovias na Espanha: autopistas e autovias. As autopistas pertencem à iniciativa privada, cobram pedágio e localizam-se ao longo das regiões mais ricas e populosas do norte e do leste do país, enquanto as autovias são construídas pelo estado e livres de pedágio. Algumas partes do noroeste espanhol e de Extremadura, na fronteira com Portugal, possuem uma estrutura rodoviária ainda deficiente. Há planos governamentais para construção de mais 3.500 km de estradas até o ano 2.007, embora as necessidades sejam ainda maiores. Rede ferroviária As ferrovias foram, até poucas décadas atrás, o principal meio de transporte na Espanha. Com o incremento da rede rodoviária, o transporte ferroviário passou a funcionar como uma forma complementar e especializada em relação ao transporte rodoviário. Nos últimos anos nota-se decréscimo considerável no tráfego por ferrovias, que representa, atualmente, cerca de 4% do transporte total de carga e 6% do transporte de passageiros. Enquanto as rodovias se ampliam e se modernizam, a rede ferroviária espanhola encontra-se ainda abaixo dos padrões da Europa. A topografia acidentada do território e as grandes distâncias a serem cobertas, bem como a largura das bitolas, incompatível com o restante do sistema europeu, dificultam o melhor aproveitamento e a modernização das ferrovias espanholas. Em 1992, foi inaugurada a primeira ferrovia espanhola de alta velocidade, com largura igual à utilizada internacionalmente, ligando Madri a Sevilha. O sucesso desta ferrovia deu impulso à elaboração de um projeto que se destina a dotar diversas regiões do país com ferrovias de largura igual àquelas ferrovias da maioria dos países europeus, tendo como uma das principais metas a ligação Madri-Barcelona-França, além de melhorar a estrutura ferroviária do país. Transportes marítimos A chegada de mercadorias às costas espanholas se dá, em sua quase totalidade, através de 41 portos comerciais, em sua maioria pequenos e médios. Quatro dos maiores portos estão situados na costa mediterrânea: Barcelona, Tarragona, Valência e Cartagena. Destacam-se também Algeciras, localizado no Estreito de Gibraltar, Huelva, no Atlântico Sul, La Corunha, no Atlântico Norte, Gijón e Bilbao, no Mar Cantábrico e Santa Cruz de Tenerife, nas Ilhas 10 Canárias. Os portos de Barcelona e Bilbao estão sendo submetidos a um ambicioso projeto de modernização e expansão. O tráfego total de mercadorias nos portos espanhóis alcançou, em 1994, 260 milhões de toneladas. Os portos com maior tráfego de mercadorias (em milhões de toneladas) foram os de Algeciras (11,9), Barcelona (8,3), Valência (8,1) e Bilbao (5,5). Os maiores tráfegos de passageiros, no mesmo ano, se deram em Algeciras (3,69 milhões), Ceuta (2,13 milhões) e Santa Cruz de Tenerife (2,52 milhões). Em relação à pesca, destacam-se os portos de Vigo (153 mil t/ ano) e Las Palmas (191 mil t/ano). Transportes aéreos Na Espanha se utiliza muito o transporte aéreo como forma de locomoção interna. Em 1994, o número de passageiros domésticos superou os dezesseis milhões, sem contar o grande número de vôos charter internos. Quanto aos vôos internacionais, a movimentação de passageiros nos aeroportos foi de mais de cinquenta milhões. É freqüente o uso de vôos charter também para viagens internacionais. Os principais aeroportos espanhóis são o de Madri/Barajas, com mais de dezoito milhões de passageiros por ano, o de Palma de Mallorca e o de Barcelona. Há previsão de grandes investimentos para expansão e modernização dos principais aeroportos, destacandose os planos de remodelagem do aeroporto de Madri, onde será investido cerca de US$ 1,2 bilhão. Comunicações A rede de telecomunicações espanhola encontra-se em rápido processo de modernização, embora seja ainda deficiente em algumas regiões. Estão previstas mudanças no sistema de telecomunicações, adaptando-o às normas da União Européia. O uso de telefones celulares se expande rapidamente, sendo que o monopólio nessa área foi quebrado pelo Governo, em 1995. As comunicações a cabo também têm sido alvo de grandes investimentos; o Governo vem fazendo tentativas de introduzir uma nova legislação para regulamentação do setor. O uso de fax tem se ampliado consideravelmente, revolucionando o processo de comunicação, principalmente no que se refere às empresas. O setor de comunicações postais está também em fase de adequação aos moldes da União Européia. O projeto de modernização do sistema de correios e telégrafos , que teve início em 1992, seguirá sendo meta importante. O país possui, além de duas emissoras estatais de TV, TVE 1 e TVE 2, canais mantidos pelos governos regionais de Madri, Catalunha (duas estações), País Basco (duas estações), Valência, Galícia e Andaluzia, que muitas vezes têm programação conjunta. As emissoras privadas são Antena 3, Telecinco e Canal Plus. Os principais jornais espanhóis são: El País, ABC, El Mundo e La Vanguardia. 4. Organização política e administrativa Organização política O regime político da Espanha é a Monarquia Parlamentarista em que o rei é o Chefe do Estado e o primeiroministro é o Chefe de Governo. Compete ao rei indicar ao congresso um candidato à chefia do Governo, bem como nomear os ministros. A administração do Estado espanhol compõe-se, atualmente, dos seguintes ministérios: Ministerio de Asuntos Exteriores Ministerio de Justicia e Interior Ministerio de Defensa Ministerio de Economia y Hacienda Ministerio de Obras Públicas, Transportes y Medio Ambiente Ministerio de Educación e Ciencia Ministerio do Trabajo y Seguridad Social Ministerio de Industria y Energía Ministerio da Agricultura, Pesca y Alimentación Ministerio de la Presidencia Ministerio para las Administraciones Públicas Ministerio de Cultura Ministerio de Sanidad y Consumo Ministerio de Asuntos sociales Ministerio de Comercio y Turismo As Cortes Generales, que constituem o Parlamento espanhol, são compostas por duas Câmaras: o Congresso dos Deputados, eleitos para um mandato de quatro anos, e o Senado, composto por 208 membros eleitos e 46 indicados pelos Parlamentos das Comunidades Autônomas. 11 Organização administrativa A Espanha se divide em cinqüenta províncias, organizadas em dezessete Comunidades Autônomas, além das cidades de Ceuta e Melilla. As províncias, por sua vez, se subdividem em mais de 8.000 municípios, nos quais a população se encontra dividida de forma bastante desigual. As Comunidades Autônomas constituem a Organização Autônoma do Estado, enquanto as províncias e os municípios formam a Administração Local. 5. Organizações e acordos internacionais A Espanha pertence, entre outros, aos seguintes organismos internacionais: ONU - Organização das Nações Unidas UE - União Européia OCDE - Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos FMI - Fundo Monetário Internacional BIRD - Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte OMC - Organização Mundial do Comércio 12 II - ECONOMIA, MOEDA E FINANÇAS 1. Conjuntura econômica Após a Segunda Guerra Mundial a Espanha ficou isolada do resto do mundo, em razão das sanções comerciais impostas pelos países-membros da ONU, causadas pela posição de neutralidade adotada durante a Guerra. O modelo de desenvolvimento autárquico fechou as fronteiras, não só para o comércio de bens e serviços, mas também para os investimentos estrangeiros. Nos anos 50, a necessidade de matérias-primas e tecnologia para a produção levaram a um plano de estabilização econômica, em 1959, com programação até 1974, proporcionando novamente a abertura da economia para o comércio exterior, ainda que de forma não tão abrangente, pois algumas restrições quantitativas à importação e elevado nível de impostos continuaram de modo a proteger a indústria nacional da concorrência estrangeira. Os altos volumes de bens importados, equipamentos e matérias-primas para a indústria, aliados à fraca competitividade dos produtos espanhóis no mercado internacional, geraram significativo desequilíbrio no balanço de pagamentos. Tal déficit teve parcial cobertura pelas receitas do setor de turismo, que apresentaram crescimento expressivo na década de 60, bem como pelas remessas financeiras de trabalhadores espanhóis emigrantes em países europeus. Na década de 70, com a primeira crise do petróleo, os preços industriais se elevaram de tal forma que foi impossível a adaptação da indústria às novas condições do mercado. Com a segunda crise do petróleo, em 1978-79, os desequilíbrios das contas nacionais agravaram-se ainda mais. A inflação e os déficits do setor público e do balanço de pagamentos desestimularam os investimentos estrangeiros. As primeiras medidas rigorosas de ajuste macroeconômico foram tomadas a partir de 1977, com os chamados Pactos de la Moncloa, comprometidos com a desvalorização cambial, acompanhada de política monetária restritiva e uma política de renda comprometida com as reformas estruturais. Nos fins da década de 80, com a redução dos desequilíbrios macroeconômicos, iniciou-se um ciclo de crescimento da economia espanhola, graças à expansão da demanda interna e também ao incremento no volume de capitais estrangeiros que ingressaram no país. Em 1986 a Espanha integrou-se à Comunidade Européia - atual União Européia - e atingiu crescimento real da ordem de 20% entre 1986 e 1990, aproximando-se do nível médio de vida do europeu. Contudo, a partir de 1988 a economia começou a indicar sinais de esgotamento da sua fase expansiva, que se verificavam através do crescimento da inflação e da deterioração do balanço de pagamentos. Em 1989, foi imposta uma política monetária restritiva para corrigir os desequilíbrios do mercado interno. Nos primeiros seis anos da década de 90 o Produto Interno Bruto espanhol expandiu, em média, apenas 0,2% ao ano. Em 1993, as contas nacionais entraram em colapso em razão, principalmente, da expressiva queda na demanda interna e o PIB registrou decréscimo da ordem de 1,0%. Em 1994, o crescimento real do PIB de 2,1% garantiu à Espanha a posição de quinta maior economia da Europa, depois da Alemanha, França, Reino Unido e Itália. Comparando a estrutura da composição do PIB nos anos de 1985 e 1994, pode ser observado o crescimento na participação dos setores de serviços e da construção, em detrimento dos setores de agricultura, silvicultura e pesca, de indústria, mineração e serviços públicos. Em valores, o PIB espanhol atingiu US$ 559,2 bilhões em 1995. Produto Interno Bruto, a preços correntes, 1991-1995 PIB (US$ bilhões) Crescimento real (%) Fonte: OCDE 1991 527,6 2,2 1992 577,1 0,8 1993 478,6 -1,0 1994 482,4 2,1 1995 559,2 3,2 Formação do PIB, por principais setores de atividades, 1985 e 1994 (em % sobre o total) Setores de atividade Agricultura, silvicultura e pesca Indústria, mineração e serviços públicos Construção Serviços Total Fonte: EIU 1985 6,2 30,2 6,7 56,9 100,0 1994 3,7 24,4 8,5 63,4 100,0 13 Desde o ingresso da Espanha na União Européia, o índice de empregos tem aumentado aceleradamente. No qüinqüênio 1986-1990, o pico de crescimento da economia espanhola e a conseqüente criação de novas empresas, causaram quedas significativas no desemprego, apesar do aumento da população ativa. Em 1993 foi aprovada reforma na legislação trabalhista, regulamentando as relações de trabalho, facilitando as negociações coletivas e dando flexibilidade aos contratos de trabalho, visando reduzir o índice de desemprego. No triênio 1993-1995, entretanto, a taxa de desemprego permaneceu em patamares muito altos. Em 1995, o índice de desemprego espanhol foi de 22,9%, menor que no ano anterior, mais ainda muito acima da média da UE, em torno de 10,9%.. Taxa de desemprego, 1991-1995 (em % da força de trabalho) 1991 1992 16,3 18,4 Fonte: OCDE 1993 22,7 1994 24,2 1995 22,9 No âmbito da UE, a Espanha apresentou, em 1995, a terceira maior inflação, depois de Grécia e Itália. Em 1994, o alto índice de preços ao consumidor coincidiu com o período recessivo da economia espanhola. O setor de serviços - transportes, telecomunicações, profissões liberais e serviços prestados pelo setor público - é o grande responsável pela alta da inflação. Enquanto os preços industriais se adequaram ao nível do mercado internacional, os preços do setor de serviços têm-se guiado numa linha independente. As metas das autoridades monetárias estão centradas numa reforma estrutural do mercado de serviços para estabelecer maior competência e liberalização, que levem à estabilidade dos preços e diminuam a taxa de inflação. Variação anual do índice de preços ao consumidor, 1991-1995 (em %) 1991 1992 5,9 5,9 Fonte: OCDE 1993 4,5 1994 4,8 1995 4,6 2. Principais setores de atividade a) Agricultura, silvicultura e pesca Do total da superfície nacional, 40% das terras são aproveitadas para agricultura; 12% se compõem de prados e pastos, 32% de florestas e 16% de terras não agricultáveis (rios, lagos, etc.). As terras cultiváveis são dedicadas à produção de cereais e leguminosas, cultivos industriais, cultivos forrageiros, hortaliças, cítricos, frutas, vinhedo e oliva. A Espanha tem adotado política de incentivo no sentido de diversificação da indústria alimentícia e de controle de qualidade. Os produtos que estão sendo inseridos no novo programa são, entre outros: vinhos, azeites, arroz, leguminosas, aspargos e carnes frescas. O setor processador da produção agrícola é composto por pequenas e micro empresas e se encontra em fase de modernização, com o objetivo de aumentar o volume de produção, principalmente das indústrias de lácteos, de preparação de alimentos para animais, azeites e óleos, vinho e bebidas alcoólicas. Existem hoje na Espanha 622 entidades que congregam mais de 300 mil pequenos empresários agrícolas, absorvendo cerca de 7,4% da força de trabalho. A Espanha destaca-se na produção de vários itens. No âmbito da União Européia, posiciona-se como terceiro maior produtor de carne e sexto na produção de leite; destacando-se, ainda, como um dos maiores produtores de vinho e o maior produtor mundial de azeite de oliva. 14 Evolução agrícola: itens selecionados, 1990-1994 (em mil toneladas) Discriminação Trigo Cevada Milho Aveia Arroz Açúcar de beterraba Alfafa Frutas cítricas Outros vegetais Outras frutas Tomates Batatas Semente de girassol Azeitonas Azeite de oliva Fonte: EIU 1990 4.773 9.382 3.042 512 571 7.358 14.146 4.765 6.868 3.415 3.160 5.331 1.312 3.001 576 1991 5.468 9.270 3.233 404 582 6.679 14.008 4.547 6.396 3.233 2.665 5.182 1.025 2.983 593 1992 4.357 6.105 2.757 313 564 7.408 12.847 5.005 6.135 4.708 2.616 5.271 1.360 3.080 623 1993 5.002 9.520 1.699 316 316 8.622 12.036 4.496 5.862 3.247 2.699 3.977 1.214 2.844 551 1994 4.132 7.596 2.266 394 394 8.005 12.390 4.963 6.109 3.065 2.894 4.075 984 2.543 462 A atividade pesqueira é tradicional na Espanha. São mais de 8.000 km de litoral, incluídas as ilhas, colocando o país como potência pesqueira na União Européia, cuja produção de pescados é reconhecida por sua qualidade. Dentre os países da UE, a Espanha é o maior consumidor per capita de peixes: 43 kg ao ano. O setor pesqueiro ocupou, em 1993, cerca de 0,6% da força de trabalho e a expectativa é de que esse percentual aumente, tendo em vista a modernização do setor com novas tecnologias. b) Indústria A política industrial espanhola, comum a todos os países da UE, tem-se guiado, principalmente, pelo estímulo às pequenas e médias empresas. A lei industrial espanhola, aprovada pelo parlamento em 1992, representa o marco normativo da atividade industrial espanhola, inserindo a indústria no novo contexto sócio-político com a modernização da base industrial. O plano industrial para 1994-1996 foi prolongado até 1998 e tem a finalidade de promoção de tecnologia para a indústria em geral, fortalecimento da infra-estrutura e desenvolvimento de setores específicos. O plano nacional de qualidade para 1994-1997 tem motivado a criação de serviços de certificados de qualidade, de modo que as empresas tenham acesso a informações e instalações necessárias para demonstrar sua capacidade e cumprir as normas técnicas de qualidade. Com a entrada da Espanha na CE, as empresas nacionais tiveram dificuldades de competição e grande parte delas foi vendida a multinacionais atraídas pelo baixo custo de mão-de-obra e livre acesso ao mercado europeu. Hoje os produtos espanhóis têm acesso aos mercados, não só pelo preço, mas principalmente pela sua qualidade. A indústria automobilística é a mais importante do setor. Dentre os países da União Européia, a Espanha é o terceiro maior produtor, depois de Alemanha e França, e no âmbito mundial é o quinto maior produtor de automóveis. O setor industrial espanhol é concentrado na indústria pesada, siderurgia e indústria naval, e nos tradicionais setores têxtil e de calçados. Índices de produção industrial: taxa de variação média, 1991-1994 (em %) Indústrias de transformação Produtos alimentícios Produtos não alimentícios Estruturas metálicas e calderaria Material de transporte Máquinas e equipamentos Fonte: Banco de España 1991 2,0 2,3 - 3,5 - 11,4 - 1,0 1992 - 3,9 - 1,9 - 10,6 0,6 - 2,4 1993 1,6 - 7,4 - 7,8 - 23,5 0,7 1994 3,8 - 2,6 2,0 9,7 7,2 15 b) Serviços O setor de serviços é dominado pelo turismo, um dos ramos mais importantes da economia do país, responsável por cerca de 8% do PIB e que absorve aproximadamente 11,3% da população economicamente ativa. No âmbito mundial, a Espanha é um dos países mais receptivos ao turismo e, para tanto, possui infra-estrutura e know-how adequados. A exemplo das diretrizes voltadas para o setor industrial, a Espanha objetiva incrementar o turismo através da modernização das estruturas existentes e treinamento de mão-de-obra capacitada na conservação e recuperação dos monumentos culturais, para oferecer maior qualidade do serviço prestado. c) Energia As indústrias mais expressivas da Espanha são as que produzem máquinas e equipamentos pesados, que absorvem um volume maior de energia. Em razão da deficiência energética da Espanha, bem como sua sujeição à instabilidade do preço do petróleo no mercado internacional, o país procura formas de amenizar esse quadro por meio de estoques de reserva. Nesse sentido o governo tem procurado contratos de exploração a longo prazo e está em andamento projeto de canalização de 1.255km para transporte de gás natural da Argélia para a Espanha, via Marrocos e Gibraltar. 3. Moeda e finanças Moeda A moeda espanhola é a peseta dividida em 100 partes iguais (cêntimos). Cotação média, 1991-1995 Pta por US$ Fonte: FMI 1991 103,91 1992 102,38 1993 127,26 1994 133,96 1992 - 30.420 65.826 96.247 6.739 48.036 41.297 5.878 - 17.803 5.959 - 5.126 11.084 - 5.965 - 17.809 1993 - 14.946 62.019 76.965 7.534 42.575 35.041 4.571 - 2.841 - 278 - 5.770 5.492 - 1.688 - 4.807 1995 124,69 Balanço de pagamentos, 1992-1994 (US$ bilhões) Discriminação A. Balança comercial (fob) Exportações Importações B. Serviços (líquido) Receita Despesa C. Transferências unilaterais (líquido) D. Transações correntes (A+B+C) E. Movimento de capitais (líquido) A longo prazo A curto prazo F. Erros e omissões G. Saldo (D+E+F) Fonte: FMI 1994 - 14.581 74.315 88.897 6.443 42.900 36.457 4.348 - 3.790 4.448 - 1.079 5.530 - 609 49 16 Reservas internacionais As reservas internacionais da Espanha totalizaram, em fevereiro de 1995, US$ 39,0 bilhões, dos quais 92,9% são referentes a divisas conversíveis. Reservas internacionais, fevereiro de 1995 (US$ milhões) _____________________________________________________________ Discriminação 1995 % _____________________________________________________________ Divisas conversíveis 36.234 92,9 Direitos Especiais de Saque (DES) 424 1,1 Posição das reservas no FMI 1.553 4,0 Ouro 804 2,0 Total ______________________________________________________________ 39.015 100,0 Fonte: FMI 4. Sistema bancário O sistema financeiro europeu será consolidado em um mercado único de serviços, com uma moeda única e a mesma política monetária. A união monetária representará um grande impulso no processo de integração do sistema financeiro, pois proporcionará maior interação entre as entidades do sistema. Durante o processo de liberalização financeira exigido pela União Européia, a Espanha diminuiu a participação do Estado nas ações dos bancos e fundiu alguns bancos em um só; é o caso do Banco Bilbao Vizcaya formado pelo Banco de Vizcaya e o Banco de Bilbao. O sistema financeiro espanhol é concentrado nos bancos nacionais (Banco Bilbao Vizcaya, Banco Central Hispano, Argentaria, Santander-Banesto e Popular), mas o fluxo de capital estrangeiro tem crescido desde os anos 80. A queda nas taxas de retorno de investimentos dos países europeus tornou a Espanha um país atraente para os investimentos estrangeiros. O Banco de España tem as funções de Banco Central com a responsabilidade de elaboração e implementação da política monetária. 17 III - COMÉRCIO EXTERIOR 1. Evolução recente A Espanha responde por cerca de 2% do comércio internacional, o que coloca o país entre as quinze maiores potências comerciais do mundo. Nos últimos trinta anos, o fluxo comercial do país expandiu-se a uma taxa média anual de 14,8%. Nesse mesmo período, o crescimento médio dos países industrializados foi de 11,3%. Apesar de a Espanha mostrar bom desempenho no setor externo, a balança comercial apresenta-se deficitária há mais de trinta anos (o último superávit aconteceu em 1960). O grau de cobertura das importações está entre os mais baixos no âmbito dos países industrializados. Segundo especialistas da The Economist Intelligence Unit (EIU), a principal causa do déficit comercial espanhol é o alto grau de consumo de bens importados. A deterioração do saldo da balança comercial começou nos anos 60, período em que o grau médio de cobertura das importações foi de 0,48, ou seja, as exportações representavam menos da metade das importações. Nesse período, o crescimento anual médio das importações foi duas vezes maior que o das exportações. Nos anos 70, a taxa média de cobertura subiu para 0,63, e ficou em torno de 0,74, nos anos 80. Entre 1974 e 1985, o petróleo foi o item que mais contribuiu para o desempenho negativo da balança comercial e respondeu por cerca de um terço do valor total das importações no período. A rígida política cambial adotada pelo Governo espanhol, no final dos anos 80, resultou em perda de competitividade externa e contribuiu para que o déficit comercial passasse de cerca de US$ 6 bilhões, em 1987, para quase US$ 30 bilhões, em 1992. No final de 1992 e início de 1993, a peseta foi desvalorizada. A medida provocou impacto positivo sobre o setor externo da economia. Em 1993, o déficit na balança comercial diminuiu cerca de 50%, totalizando US$ 14,3 bilhões. Em 1994, a taxa de crescimento das exportações foi superior à de importações e o déficit diminuiu para US$ 13,8 bilhões. Em 1995, o déficit aumentou para US$ 16,9 bilhões. Segundo a EIU, entretanto, os dados dos últimos três anos sugerem estabilização da balança comercial. Em 1993, o déficit comercial representou 4,8% do PIB, valor que diminuiu para 3,5%, em 1995. O grau médio de cobertura das importações, no triênio 1993-1995, foi de 0,83, melhor resultado desde 1985. Comércio exterior total, 1991-1995 Exportações (FOB) Anos Valor 1991 59.914 1992 64.521 1993 62.724 1994 73.120 1995 91.435 Fonte: FMI 2. Direção do comércio exterior (em US$ milhões) Importações (FOB) Var.% 8,2 7,7 -2,8 16,6 25,0 Valor 87.813 94.036 77.115 89.960 108.289 Balança Var.% 10,6 7,1 -18,0 12,8 20,4 comercial -27.899 -29.515 -14.391 -13.840 -16.854 Mais de 70% do comércio exterior espanhol é feito com a Europa, em particular, com a União Européia. A França e a Alemanha respondem por 50% do comércio espanhol com a UE e por um terço das trocas com o mundo. As importações espanholas provenientes da União Européia aumentaram de 56,81%, em 1988, para 60,85%, em 1994. Levando-se em conta o valor total das importações em 1994, o resultado corresponde a um aumento real de US$ 3,5 bilhões na participação da UE no mercado importador espanhol. Desde 1988, somente o continente europeu vem ganhando espaço naquele mercado. As outras regiões, ou perderam mercado, como é o caso do Oriente Médio e das Américas, ou mantiveram suas participações em valores praticamente estáveis, caso da África e da Ásia. A França é a maior supridora do mercado espanhol, com 17,46%. A Alemanha, primeira até 1992, respondeu por 14,61%. Em seguida estão: Itália (8,94%), Reino Unido (7,85%), EUA (7,30%), Países Baixos (3,90%) e Japão (3,56%). A participação da América Latina caiu de 5,33%, em 1988, para 4,36% em 1994, o que significa perda real de mercado em torno de US$ 850 milhões. México, Brasil e Argentina respondem por cerca de 65% das importações espanholas provenientes da América Latina. No período 1988-1994, Brasil e México sofreram fortes reduções de suas participações relativas no mercado espanhol. A Argentina, entretanto, aumentou sua participação de 0,44% para 0,74%, no período. Cerca de 75% das exportações espanholas destinam-se à Europa. As vendas para a União Européia responderam por 68,72% do total exportado para o mundo. A partir de 1990, torna-se nítida a mudança na direção das exportações espanholas. A América Latina e a Ásia passam a ser, após a Europa, os maiores mercados para os produtos espanhóis, deslocando a América do Norte e a 18 África. A participação da América Latina passou de 3,76%, em 1991, para 6,17%, em 1994. Em valores absolutos, o resultado significa incremento de 100% nas exportações para os países latino-americanos, com destaque para México, Argentina, Chile e Brasil. Os principais países de destino das exportações são: França (20,15%), Alemanha (14,21%), Itália (9,21%), Reino Unido (8,22%), Portugal (7,78%), EUA (4,93%) e Países Baixos (4,16%). Espanha: importações por principais áreas e países, 1988, 1991 e 1994 Áreas/ Países Total Europa União Européia França Alemanha Itália Reino Unido Países Baixos Bélgica-Luxemburgo Portugal Irlanda Dinamarca Grécia Demais países da Europa Suíça Suécia Rússia Áustria Finlândia Noruega Outros ex-URSS Ásia (exc. Oriente Médio) Japão China Coréia do Sul Indonésia Tailândia Outros América do Norte (exc. México) EUA Canadá África Nigéria Líbia Argélia Marrocos Outros América Latina ALADI México Brasil Argentina Outros da ALADI Outros da América Latina Oriente Médio Arábia Saudita Irã Outros Oceania Outros Fonte: ONU 1988 (%) 100,00 63,16 56,81 13,46 16,17 9,60 7,09 3,46 3,27 2,08 0,68 0,73 0,26 6,35 1,50 1,87 0,87 0,64 0,38 1,08 1,84 9,70 5,13 0,64 0,92 0,24 0,29 2,48 9,34 8,90 0,43 6,32 1,55 1,09 0,75 0,46 2,46 5,33 4,83 1,83 1,57 0,44 0,99 0,50 3,32 0,75 0,80 3,27 0,69 0,31 1991 (%) 100,00 65,75 59,97 15,18 16,19 10,05 7,54 3,51 2,98 2,72 0,77 0,78 0,25 5,78 1,48 1,56 0,74 0,74 0,44 0,81 0,80 10,13 4,66 1,22 0,78 0,29 0,47 2,71 8,42 7,95 0,47 6,88 1,90 1,34 1,09 0,46 2,10 4,54 4,20 1,45 0,97 0,66 1,12 0,34 2,86 1,12 0,80 0,94 0,30 0,32 1994 (%) 100,00 68,34 60,85 17,46 14,61 8,94 7,85 3,90 3,34 2,78 0,92 0,80 0,25 7,48 1,47 1,31 1,10 1,05 0,88 0,51 1,15 9,81 3,56 1,95 0,75 0,63 0,48 2,92 7,74 7,30 0,44 6,36 1,16 1,09 0,90 0,55 2,64 4,36 3,83 1,04 1,00 0,74 1,05 0,53 2,75 1,21 0,70 0,85 0,43 0,22 19 Espanha: exportações por principais áreas e países, 1988, 1991 e 1994 Áreas/Países Total Europa União Européia França Alemanha Itália Reino Unido Portugal Países Baixos Bélgica-Luxemburgo Irlanda Dinamarca Grécia Demais países da Europa Suíça Suécia Rússia Áustria Andorra Polônia Outros ex-URSS América Latina ALADI México Argentina Chile Brasil Outros da ALADI Outros da América Latina Cuba Ásia (exc. Oriente Médio) Japão China Coréia do Sul Hong Kong Cingapura Outros América do Norte (exc. México) EUA Canadá África Argélia Marrocos Outros Oriente Médio Arábia Saudita Turquia Outros Oceania Outros Fonte: ONU 1988 (%) 100,00 71,39 65,61 18,46 11,99 9,68 9,79 5,59 4,90 3,39 0,45 0,65 0,70 5,78 1,71 0,97 0,66 0,66 0,13 1,65 0,66 3,94 2,77 0,59 0,33 0,35 0,22 1,28 1,18 0,52 3,92 1,19 0,54 0,26 0,46 0,23 1,23 9,04 7,87 1,17 5,44 0,90 1,22 3,31 3,46 1,11 0,53 1,82 0,49 1,65 1991 (%) 100,00 76,69 71,02 20,01 15,95 11,38 7,68 6,59 4,31 3,11 0,35 0,87 0,77 5,67 1,57 1,02 0,74 0,69 0,28 1,37 0,87 3,76 2,79 1,02 0,42 0,27 0,25 0,83 0,79 0,47 3,79 0,98 0,54 0,62 0,42 0,22 1,02 5,52 4,90 0,61 4,46 1,08 1,03 2,35 2,74 0,59 0,43 1,73 0,27 1,89 1994 (%) 100,00 74,98 68,72 20,15 14,21 9,21 8,22 7,78 4,16 2,99 0,43 0,64 0,93 6,26 1,21 0,76 0,40 0,83 0,57 0,47 2,01 6,17 5,15 1,88 1,24 0,50 0,49 1,55 1,02 0,40 5,83 1,34 1,09 0,76 0,68 0,47 1,49 5,50 4,93 0,58 4,08 1,17 0,94 1,98 2,87 0,71 0,52 1,64 0,45 0,11 20 3. Composição do comércio exterior O principais itens da pauta de importações da Espanha são: produtos alimentícios (10,7%), petróleo e outros combustíveis minerais (9,4%), automóveis de passeio (5,8%), partes e peças de veículos (5,3%) e máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos (5,0%). As vendas de automóveis e autopeças representam 23,3% do total das exportações da Espanha, o que reflete a força da indústria automobilística do país, quinta maior do mundo. Cerca de 70% dos automóveis produzidos no país são exportados. Outros produtos que se destacam: frutas e vegetais (8,1%), máquinas e equipamentos eletro-eletrônicos (4,6%), produtos siderúrgicos (4,3%) e cerâmicas (3,5%). Espanha: importações por principais grupos de produtos, 1988, 1991 e 1994 Grupos de produtos/produtos Equip. de transporte e maquinaria mecânica e elétrica - Automóveis de passageiros - Peças e partes de veículos - Máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos - Máquinas e equip. para a geração de energia - Máquinas e equip. industriais diversos - Equipamentos de informática e para escritório - Equip. e aparelhos de telecomunicações, áudio e vídeo - Máq. e equip. para const. civil, ind. têxtil, agricultura, etc. - Outros equip. de transporte (trens, aviões, navios, etc.) - Outros produtos do grupo Bens manufaturados - Produtos siderúrgicos - Produtos têxteis - Papel, cartão e polpa de papel - Manufaturados diversos de metal - Outros produtos Produtos da indústria química - Produtos químicos orgânicos - Medicamentos e produtos farmacêuticos - Outros produtos Artigos manufaturados diversos - Artigos de vestuário e acessórios - Instrumentos de precisão, científicos e médicos - Outros produtos Alimentos e animais vivos - Peixes, crustáceos e moluscos - Frutas e vegetais - Outros Combustíveis minerais e seus derivados - Petróleo e seus derivados - Outros produtos Matérias-primas não-comestíveis Bebidas e tabaco Subtotal Outros grupos de produtos/produtos TOTAL Fonte: ONU 1988 (%) 39,1 5,5 3,4 4,6 3,0 4,6 4,7 3,2 4,7 2,2 0,8 12,6 2,9 2,0 1,7 1,7 4,3 10,3 3,3 0,0 7,0 7,9 0,0 1,9 6,0 8,8 2,7 0,0 6,1 11,4 10,1 1,3 8,1 0,0 96,8 3,2 100,0 1991 (%) 37,7 4,9 3,3 5,1 2,5 4,7 4,2 3,3 3,7 3,0 0,9 14,1 2,6 2,5 2,2 2,2 4,6 10,0 2,7 1,3 6,0 10,7 2,6 1,9 6,2 9,4 2,9 1,4 5,1 11,0 9,2 1,8 5,3 1,3 97,4 2,6 100,0 1994 (%) 35,3 5,8 5,3 5,0 3,7 3,6 3,4 2,8 2,2 1,7 0,5 14,0 2,6 2,4 2,3 2,1 4,6 11,7 3,1 2,0 6,6 10,8 2,6 1,8 6,4 10,7 2,8 1,6 6,3 9,4 7,8 1,6 5,7 1,6 97,9 2,1 100,0 21 Espanha: exportações por principais grupos de produtos, 1988, 1991 e 1994 Grupos de produtos 1988 (%) Equip. de transporte e maquinaria mecânica e elétrica 33,5 - Veículos e suas partes e peças 17,2 - Máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos 3,4 - Máquinas e equipamentos industriais diversos 3,1 - Outros equip. de transporte (trens, aviões, navios, etc.) 2,6 - Equip. e aparelhos de telecomunicações, áudio e vídeo 0,7 - Máquinas e equip. para a geração de energia (turbinas, geradores, motores, etc.) 1,8 - Equipamentos de informática e para escritório 2,1 - Máquinas e equip. para const. civil, ind. têxtil, agricultura, etc. 1,8 - Outros produtos do grupo 0,8 Bens manufaturados 21,4 - Produtos siderúrgicos 5,3 - Manufaturados de minerais não-metálicos (cimento, vidro, etc.) 3,2 - Produtos têxteis 2,7 - Manufaturados diversos de metal 2,8 - Manufaturados diversos de borracha 2,1 - Metais não-ferrosos 1,9 - Outros produtos 3,4 Produtos da indústria química 9,0 - Produtos químicos orgânicos 2,5 - Medicamentos e produtos farmacêuticos 0,9 - Plásticos na forma primária 0,5 - Outros produtos 5,6 Artigos manufaturados diversos 9,9 - Calçados 2,8 - Outros produtos 7,1 Alimentos e animais vivos 13,8 - Frutas e vegetais 9,0 - Outros 4,8 Combustíveis minerais e seus derivados 4,7 - Petróleo e seus derivados 4,0 - Outros produtos 0,7 Matérias-primas não-comestíveis 4,0 Bebidas 1,6 Subtotal 97,9 Outros grupos de produtos/produtos 2,1 TOTAL 100,0 Fonte: ONU 1991 (%) 41,0 21,7 3,9 3,5 3,5 1,4 2,0 2,2 1,8 1,0 19,0 4,8 3,0 2,5 2,7 1,7 1,7 2,6 7,9 2,0 1,2 1,4 3,3 8,6 2,3 6,3 12,0 8,1 3,9 4,7 4,6 0,1 2,8 1,6 97,6 2,4 100,0 1994 (%) 42,1 23,3 4,6 3,3 3,0 2,1 2,0 1,7 1,5 0,6 19,3 4,3 3,5 2,7 2,5 1,9 1,7 5,2 8,1 1,6 1,5 1,5 3,5 9,3 2,4 6,9 12,9 8,1 4,8 2,2 2,1 0,1 2,1 1,5 97,5 2,5 100,0 4. Participação brasileira nas importações espanholas Em 1994, de acordo com os dados da ONU, o Brasil foi o 19o maior fornecedor de mercadorias à Espanha, participando com 1,0% do total das importações e ficou entre os três maiores fornecedores do mercado espanhol de mais de vinte produtos. Cerca de 75% das importações espanholas provenientes do Brasil são representadas por produtos alimentícios e matérias-primas. O Brasil responde por 60% do minério de ferro e por 51% do farelo de soja importados pela Espanha. Destacam-se também: semimanufaturados de ferro/aço não ligados (44,9%), extratos e sucos de carne (42,3%), suco de laranja (39,9%), café (17,5%), soja (22,9%), carne de frango (17,5%) e carne bovina (13,8%). Além disso, o Brasil é líder do mercado de ceras e gorduras vegetais e animais (47,4%), gomas e resinas naturais (23,3%), ardósia e granito (22,9%) e o segundo maior fornecedor de tabaco, fibras de sisal, couros e peles de bovinos e ovinos. Outros produtos são destacados na tabela a seguir, elaborada de acordo com o Standard International Trade Classification (SITC) - Revision 3, da Organização das Nações Unidas. 22 Participação dos produtos brasileiros nas importações espanholas, 1991 e 1994 1991 1994 (em US$ milhões-CIF) Importação Importação Participação Posição Importação Importação Participação Posição total proveniente brasileira do total proveniente brasileira do da Espanha do Brasil (%) Brasil da Espanha do Brasil (%) Brasil 9.830,6 380,3 3,9 8o Alimentos e animais vivos 8.769,1 359,9 4,1 5o - Farelo da extração do óleo de soja (p/ ração animal) 399,9 203,4 50,9 1o 460,4 235,0 51,0 1o - Café não torrado 259,2 75,5 29,1 1o 398,7 69,6 17,5 1o - Carne de frango congelada 120,7 12,1 10,0 4o 149,6 25,4 17,0 2o - Carne bovina congelada 105,7 20,8 19,7 1o 123,8 17,1 13,8 3o - Suco de laranja congelado 24,5 13,4 54,7 1o 22,8 9,1 39,9 1o - Prep. e conservas de carne, miudezas ou de sangue 8,2 1,6 19,5 3o 9,2 1,8 19,6 2o - Laranjas 0,2 0,0 0 12,1 1,6 13,2 4o - Extratos e sucos de carne 5,5 1,2 21,8 2o 2,6 1,1 42,3 1o Bebidas e tabaco 1.177,9 28,2 2,4 8o 1.487,2 31,1 2,1 9o - Tabaco não manufaturado 362,0 26,9 7,4 3o 281,4 31,0 11,0 2o Matérias-primas, não comestíveis, exc. combustíveis 4.919,6 259,6 5,3 5o 5.254,6 274,9 5,2 5o - Minério de ferro e seus concentrados 233,2 121,5 52,1 1o 185,3 112,2 60,6 1o - Soja, mesmo triturada 589,5 89,5 15,2 3o 511,9 93,1 18,2 2o - Ardósia e granitos 106,1 10,7 10,1 5o 86,0 19,7 22,9 1o - Madeira serrada (não conífera) 273,6 17,6 6,4 5o 243,1 18,4 7,6 5o - Amendoim não torrado 32,1 2,0 6,2 3o 32,1 3,2 10,0 3o - Fibras de sisal 2,2 0,4 18,2 4o 3,6 1,0 27,8 2o - Gomas e resinas naturais 3,0 0,6 20,0 2o 4,3 1,0 23,3 1o Combustíveis minerais e seus derivados 10.222,6 3,6 0,0 44o 8.661,0 0,0 0,0 Óleos, gorduras e ceras animais e vegetais 363,8 4,6 1,3 13o 504,3 1,9 0,4 19o - Ceras vegetais, de abelhas ou de outros insetos 3,1 2,3 74,2 1o 1,9 0,9 47,4 1o - Gorduras ou óleos vegetais ou animais 4,0 0,7 17,5 2o 4,9 0,7 14,3 4o Produtos da indústria química 9.289,8 40,4 0,4 20o 10.736,5 40,5 0,4 23o - Extratos tanantes e corantes 11,2 1,6 14,3 3o 16,8 1,3 7,7 3o Bens manufaturados (1) 13.191,4 139,8 1,1 14o 12.866,8 120,6 0,9 16o - Couros e peles de bovinos e eqüideos curt. e não preparadas 187,2 13,1 7,0 3o 258,0 26,5 10,3 2o - Alumínio em formas brutas 99,9 1,0 1,0 13o 169,9 18,4 10,8 3o - Couros e peles inteiras de bovinos curtidas e preparadas 52,4 8,1 15,5 3o 58,7 9,7 16,5 2o - Prod. semimanufaturados de ferro/aço não ligados (C<0,25%) 30,2 12,5 41,4 1o 13,8 6,2 44,9 1o - Peles depiladas de ovinos 32,2 6,5 20,2 2o 33,9 3,7 10,9 2o - Pedras preciosas e semi-preciosas 10,3 0,9 8,7 3o 5,8 0,9 15,5 2o Equipamentos de transporte e maquinarias(2) 35.133,8 57,9 0,2 25o 32.534,8 56,4 0,2 28o - Bulldozers, anglodozers e motoniveladores 49,4 7,6 15,4 3o 22,3 1,9 8,5 4o - Capacitores elétricos 72,6 0,6 0,8 14o 99,8 7,8 7,8 4o Artigos manufaturados diversos (3) 9.966,5 12,8 0,1 38o 9.927,3 16,4 0,2 37o Transações especiais(4) 274,5 0,1 0,0 21o 254,9 0,2 0,1 24o Total 93.309,1 906,9 1,0 18o 92.058,0 922,3 1,0 19o Fonte: ONU (1) Bens manufaturados classificados principalmente pelo tipo de material. Estão incluídos nesse grupo bens manufaturados de couro, borracha, madeira (exceto móveis), papel e produtos das indústrias têxtil e siderúrgica. (2) Inclui máquinas e aparelhos mecânicos e eletroeletrônicos. (3) Inclui artigos de vestuário, calçados, equipamentos de precisão, produtos manufaturados diversos, móveis e suas partes, construções pré-fabricadas, tubos e conexões, cerâmicas, etc. (4) Ouro (sem valor monetário), consumo de bordo e outras transações não classificadas anteriormente. Grupo de produtos/produtos 23 IV - RELAÇÕES ECONÔMICO-COMERCIAIS BRASIL-ESPANHA 1. Evolução recente Em 1995, o comércio com a Espanha respondeu por 1,77% do comércio exterior brasileiro, resultado que colocou o país como o décimo-quarto maior parceiro comercial do Brasil em âmbito mundial. A corrente de comércio alcançou, em 1995, a cifra recorde de US$ 1,7 bilhão, resultado 80% superior ao de 1991. O incremento anual médio do intercâmbio, no período 1991-95, foi de 15,9%, taxa levemente superior à média de 14,8% do Brasil com a União Européia. As exportações brasileiras para a Espanha registraram aumento médio de 5,5%, no qüinqüênio 1991-95, resultado fraco se comparado com o crescimento das importações. Com a maior abertura brasileira às importações a partir de 1993, as aquisições junto aos espanhóis aumentaram 37,1% ao ano, em média, no qüinqüênio analisado. Em 1995, o montante das importações totalizava US$ 813,8 milhões, valor cinco vezes maior que o de 1992. O saldo da balança comercial brasileira diminuiu de US$ 476,6 milhões, em 1991, para US$ 63,1 milhões. Brasil: intercâmbio comercial com a Espanha, 1991-1995 Exportações brasileiras (US$ milhões - FOB) Variação (%) Participação na UE (%) Participação no total (%) Importações brasileiras (US$ milhões - FOB) Variação (%) Participação na UE (%) Participação no total (%) Balança comercial (US$ milhões) Corrente de comércio (US$ milhões) Fonte: MICT/SECEX 1991 1992 1993 1994 1995(1) 707,0 0,3 7,17 2,23 735,6 4,0 6,92 2,05 671,0 -8,8 6,74 1,74 709,4 5,7 6,00 1,63 876,9 23,6 6,99 1,89 230,4 5,9 4,76 1,06 476,6 937,4 162,2 -29,6 3,41 0,76 573,4 897,8 249,2 53,6 4,48 0,98 421,8 920,2 320,3 28,5 4,18 0,97 389,1 1.029,7 813,8 154,1 6,40 1,64 63,1 1.690,7 2. Composição do comércio Brasil-Espanha Os principais itens exportados para a Espanha são: soja (em grãos ou triturada), farelo da extração do óleo de soja, minério de ferro, café, couros e peles e carne de frango. Tais produtos representaram 61% do valor total embarcado para a Espanha em 1995. Na pauta de importações, destacam-se as aquisições de veículos e autopeças, cujo montante representou 35% do total vendido pela Espanha ao Brasil em 1995. As importações desse grupo de produtos aumentaram quase 500% entre 1994 e 1995. O total do item automóveis de passageiros, por exemplo, passou de US$ 700 mil, em 1994, para US$ 166,3 milhões, em 1995. Também podem ser destacadas as importações de produtos químicos orgânicos e inorgânicos, azeite de oliva, aparelhos para telefonia, fritas de vidro, folhas de alumínio e tripas artificiais para salsicharia. 24 1993 671,0 181,6 170,1 10,7 0,8 119,3 117,2 2,1 100,1 51,1 32,3 11,2 5,5 36,4 35,7 0,2 0,5 21,9 8,6 13,3 45,8 13,8 5,3 26,7 17,2 6,4 3,5 0 7,3 13,7 7,0 6,7 19,6 6,9 6,1 4,8 1,8 10,6 1,2 9,4 4,3 0 4,3 8,0 % 100,00 27,06 25,35 1,59 0,12 17,78 17,47 0,31 14,92 7,62 4,81 1,67 0,82 5,42 5,32 0,03 0,07 3,26 1,28 1,98 6,83 2,06 0,79 3,98 2,56 0,95 0,52 0,00 1,09 2,04 1,04 1,00 2,92 1,03 0,91 0,72 0,27 1,58 0,18 1,40 0,64 0,00 0,64 1,19 (em US$ milhões-FOB) 1994 % 1995 709,3 100,00 876,9 176,7 24,91 220,2 169,7 23,92 212,7 6,1 0,86 4,7 0,9 0,13 2,6 69,3 9,77 113,9 66,8 9,42 112,0 2,5 0,35 1,9 89,5 12,62 93,3 50,1 7,06 51,4 31,6 4,46 32,4 6,9 0,97 5,3 0,9 0,13 4,2 76,6 10,80 78,6 74,8 10,55 73,2 1,4 0,20 4,7 0,4 0,06 0,7 36,1 5,09 40,4 19,9 2,81 29,0 16,2 2,28 11,4 37,6 5,30 39,3 20,2 2,85 22,7 1,2 0,17 6,4 16,2 2,28 10,2 22,4 3,16 36,1 5,1 0,72 11,2 6,7 0,94 11,2 2,9 0,41 3,8 7,7 1,09 9,9 20,9 2,95 34,2 3,7 0,52 18,5 17,2 2,42 15,7 19,4 2,74 24,5 6,7 0,94 11,2 7,8 1,10 8,5 4,0 0,56 4,5 0,9 0,13 0,3 17,9 2,52 22,1 7,3 1,03 13,0 10,6 1,49 9,1 1,5 0,21 15,4 0 0,00 13,0 1,5 0,21 2,4 10,1 1,42 13,1 % 100,00 25,11 24,26 0,54 0,30 12,99 12,77 0,22 10,64 5,86 3,69 0,60 0,48 8,96 8,35 0,54 0,08 4,61 3,31 1,30 4,48 2,59 0,73 1,16 4,12 1,28 1,28 0,43 1,13 3,90 2,11 1,79 2,79 1,28 0,97 0,51 0,03 2,52 1,48 1,04 1,76 1,48 0,27 1,49 Exportações brasileiras para a Espanha, por produtos, 1993-1995 Grupos de produtos/produtos TOTAL Resíduos das indústrias alimentares (para ração animal) - Farelo de soja, da extração do óleo - Resíduos sólidos da extração da gordura ou óleos vegetais - Outros produtos do grupo Sementes e frutos oleaginosos, em grãos ou triturados - Soja, mesmo triturada - Outros produtos do grupo Minérios, cinzas e escórias - Hematita pelotizada (minério de ferro aglomerado) - Hematita fino (minério de ferro não aglomerado) - Qualquer outro minério de ferro não aglomerado - Outros produtos do grupo Café, chá, mate e especiarias - Café, em grãos, não torrado - Pimenta preta, Brasil 1, não triturada ou moída - Outros produtos do grupo Peles e couros (exceto peleteria) - Couro e pele bovinos curtidos - Outros produtos do grupo Carnes e miudezas - Carne de frango congelada, em pedaços - Filé mignon, de bovino, desossado, congelado - Outros produtos do grupo Madeira, carvão vegetal e obras de madeira - Madeira de jatobá, serrada ou cortada em folhas - Qualquer outra madeira serrada ou cortada - Outras madeiras em bruto, esquadriadas, não tratadas - Outros produtos do grupo Ferro fundido, ferro e aço - Semimanufaturados de ferro ou aço não ligados (C<0,25%) - Outros produtos do grupo Fumo e seus manufaturados - Fumo destalado, curado em estufa, virginia - Fumo destalado, curado em estufa, burley - Qualquer outro fumo não destalado - Outros produtos do grupo Máquinas, aparelhos e material elétricos - Capacitor fixo, com dielétrico de papel ou plástico - Outros produtos do grupo Obras de ferro fundido, ferro ou aço - Tubos de ferro/aço soldados, seção circular - Outros produtos do grupo Máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos 25 Papel, cartão e obras de pasta celulósica - Papel para imprimir livros, revistas, jornais, etc. - Outros papéis para imprimir/escrever - Outros produtos do grupo Veículos automóveis, tratores, ciclos, etc. - Camioneta, furgão, etc., ignição por compressão - Outros produtos do grupo Plásticos e suas obras - Policloreto de vinila - Outros produtos do grupo Obras de gesso, pedra, amianto, cimento, etc. - Granitos trabalhados - Outros produtos do grupo Borracha e suas obras - Pneumáticos novos, para automóveis - Outros produtos Gorduras, óleos, ceras animais ou vegetais - Óleo de soja, em bruto, mesmo degomado - Outros produtos Produtos químicos inorgânicos - Amoníaco anidro - Outros produtos Açúcares e produtos de confeitaria - Açúcar refinado, de cana - Outros produtos Produtos de origem animal não especificados - Tripas de bovino, salgadas - Outros produtos Produtos químicos orgânicos Artefatos têxteis confeccionados - Roupas de toucador, de tecido atoalhado - Outros produtos SUBTOTAL OUTROS GRUPOS DE PRODUTOS/PRODUTOS Fonte: MICT/SECEX 1,1 0,0 0,0 1,1 10,6 6,8 3,8 7,3 2,2 5,1 6,9 6,3 0,6 1,2 0 1,2 1,8 0,0 1,8 1,3 0 1,3 0,0 0 0,0 3,8 2,8 1,0 5,7 4,4 4,1 0,3 622,6 48,4 0,16 0,00 0,00 0,16 1,58 1,01 0,57 1,09 0,33 0,76 1,03 0,94 0,09 0,18 0,00 0,18 0,27 0,00 0,27 0,19 0,00 0,19 0,00 0,00 0,00 0,57 0,42 0,15 0,85 0,66 0,61 0,04 92,79 7,21 8,4 2,5 4,1 1,8 17,9 13,8 4,1 8,5 2,2 6,3 9,1 8,7 0,4 1,2 0 1,2 4,6 2,8 1,8 8,0 6,7 1,3 1,1 0,6 0,5 4,9 3,7 1,2 7,5 6,0 5,7 0,3 655,2 54,1 1,18 0,35 0,58 0,25 2,52 1,95 0,58 1,20 0,31 0,89 1,28 1,23 0,06 0,17 0,00 0,17 0,65 0,39 0,25 1,13 0,94 0,18 0,16 0,08 0,07 0,69 0,52 0,17 1,06 0,85 0,80 0,04 92,37 7,63 12,7 6,8 3,8 2,1 11,2 8,0 3,2 10,7 6,5 4,2 10,6 9,9 0,7 8,3 3,4 4,9 8,0 5,2 2,8 7,6 5,4 2,2 6,4 5,6 0,8 5,6 5,2 0,4 5,4 5,1 4,8 0,3 822,7 54,2 1,45 0,78 0,43 0,24 1,28 0,91 0,36 1,22 0,74 0,48 1,21 1,13 0,08 0,95 0,39 0,56 0,91 0,59 0,32 0,87 0,62 0,25 0,73 0,64 0,09 0,64 0,59 0,05 0,62 0,58 0,55 0,03 93,82 6,18 26 Importações brasileiras provenientes da Espanha, 1993-1995 (US$ milhões-FOB) Grupos de produtos/produtos TOTAL Veículos automóveis e suas partes e peças - Automóveis de passageiros - Caminhões - Peças, partes e acessórios para automóveis, caminhões, ônibus, etc. - Ônibus - Outros produtos do grupo Máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos - Máquinas e aparelhos com função própria, não especificados - Bombas de ar ou de vácuo, compressores, coifas aspirantes p/ extração,etc. - Aparelhos e mecânicos p/ projetar, dispersar ou pulverizar líquidos, etc. - Outros Máquinas, aparelhos e material elétricos - Aparelhos elétricos para telefonia - Dínamos e alternadores - Motores e geradores elétricos (exc. eletrogêneos) - Outros Produtos químicos orgânicos Extratos tanantes, pigmentos, corantes, etc. - Fritas e outros vidros, em pó, flocos, etc. - Outros Plásticos e suas obras - Tripas artificiais para salsicharia - Outros Papel e cartão, obras de pasta celulósica - Papel cuché para impressão - Outros Gorduras, óleos e ceras animais ou vegetais - Azeite de oliva, refinado ou virgem - Outros Livros, jornais, gravuras, textos, etc. - Dicionários, enciclopédias, livros culturais, técnicos/científicos, etc. - Outros Produtos químicos inorgânicos - Carbonato monossódico, tipo denso - Outros Alumínio e e suas obras - Folhas de alumínio com suporte - Outros Produtos hortícolas e de frutas, preparados ou não - Azeitonas - Frutas em conserva (pêssegos, cerejas, morangos, etc.) - Outros Borracha e suas obras Obras de pedra, gesso, cimento, amianto, etc. Bebidas, líquidos alcoólicos ou vinagres - Álcool etílico, desnaturado, para fins carburantes - Outros Brinquedos, jogos, artigos para divertimento/esporte, etc. Combustíveis, óleos e ceras minerais Produtos farmacêuticos Fibras sintéticas artificiais SUBTOTAL OUTROS GRUPOS DE PRODUTOS/PRODUTOS Fonte: MICT/SECEX 1993 249,2 5,3 0,0 0,1 % 100,00 2,13 0,00 0,04 1994 320,3 47,5 0,7 14,2 % 100,00 14,83 0,22 4,43 1995 813,8 283,2 166,3 53,2 % 100,00 34,80 20,43 6,54 4,7 0,0 0,5 54,9 1,89 0,00 0,20 22,03 25,6 7,0 0,0 64,4 7,99 2,19 0,00 20,11 41,5 19,1 3,1 114,3 5,10 2,35 0,38 14,05 0,8 0,32 0,3 0,09 7,7 0,95 0,9 0,36 2,2 0,69 7,5 0,92 0,0 53,2 27,8 7,0 0,0 0,2 20,6 26,3 11,7 5,7 6,0 11,7 5,2 6,5 4,2 2,3 1,9 16,7 16,5 0,2 1,7 0,00 21,35 11,16 2,81 0,00 0,08 8,27 10,55 4,70 2,29 2,41 4,70 2,09 2,61 1,69 0,92 0,76 6,70 6,62 0,08 0,68 0,1 61,8 36,1 4,0 1,1 4,0 27,0 35,2 19,4 11,8 7,6 19,2 6,9 12,3 5,7 1,8 3,9 20,4 20,3 0,1 1,5 0,03 19,29 11,27 1,25 0,34 1,25 8,43 10,99 6,06 3,68 2,37 5,99 2,15 3,84 1,78 0,56 1,22 6,37 6,34 0,03 0,47 5,0 94,1 71,9 17,6 6,2 5,2 42,9 54,9 28,9 15,8 13,1 24,7 12,2 12,5 20,8 8,3 12,5 19,9 19,7 0,2 19,3 0,61 11,56 8,84 2,16 0,76 0,64 5,27 6,75 3,55 1,94 1,61 3,04 1,50 1,54 2,56 1,02 1,54 2,45 2,42 0,02 2,37 1,3 0,4 14,5 0 14,5 0,3 0 0,3 12,9 0,6 0,0 12,3 1,3 1,0 1,0 0 1,0 0,7 0,7 1,2 2,3 196,2 53,0 0,52 0,16 5,82 0,00 5,82 0,12 0,00 0,12 5,18 0,24 0,00 4,94 0,52 0,40 0,40 0,00 0,40 0,28 0,28 0,48 0,92 78,73 21,27 1,2 0,3 13,3 8,0 5,3 1,1 0,0 1,1 6,7 2,1 2,1 2,5 3,1 2,8 1,4 0 1,4 1,1 0,4 2,9 1,2 283,4 36,9 0,37 0,09 4,15 2,50 1,65 0,34 0,00 0,34 2,09 0,66 0,66 0,78 0,97 0,87 0,44 0,00 0,44 0,34 0,12 0,91 0,37 88,48 11,52 14,1 5,2 14,9 11,0 3,9 14,8 12,9 1,9 17,0 7,0 3,1 6,9 8,9 8,0 7,9 5,4 2,5 7,2 7,2 5,7 5,4 734,9 78,9 1,73 0,64 1,83 1,35 0,48 1,82 1,59 0,23 2,09 0,86 0,38 0,85 1,09 0,98 0,97 0,66 0,31 0,88 0,88 0,70 0,66 90,30 9,70 27 3. Investimentos brasileiros na Espanha De acordo com dados do Banco Central do Brasil, em junho de 1995, os investimentos e reinvestimentos brasileiros na Espanha somavam US$ 20,9 milhões. Esse montante representa 0,49% do total dos investimentos brasileiros no exterior (17o lugar). 4. Investimentos espanhóis no Brasil A Espanha ocupa o 21o lugar entre os investidores estrangeiros no Brasil. Segundo o Banco Central do Brasil, em junho de 1995, os investimentos e reinvestimentos espanhóis no Brasil somavam US$ 236,0 milhões, ou seja, 0,44% do total. Apesar da participação relativamente discreta do capital espanhol no Brasil, a sua taxa de crescimento foi de 15,8% ao ano, em média, entre dezembro/1990 e junho/1995, o que representa desempenho acima da média global brasileira de 10,4% no período. Até junho de 1994, o setor de serviços havia absorvido 60,0% do total dos investimentos espanhóis no Brasil. A indústria de transformação recebeu 26,3% e a indústria extrativa mineral 1,9%. 5. Balanço de pagamentos bilateral Discriminação Balança comercial (FOB) - Exportações - Importações Serviços - Receitas - Despesas Transferências unilaterais Transações correntes Movimento de capitais Saldo Fonte: Banco Central do Brasil (1) Últimos dados disponíveis (US$ milhões) 1989(1) 638,5 754,2 115,7 -58,5 26,6 85,1 0,5 580,5 4,8 585,3 1990(1) 494,0 704,6 210,6 -58,5 25,2 83,7 0,1 435,6 -54,4 381,2 1991(1) 484,0 707 223 -40,9 31,2 72,1 3,6 446,7 42,6 489,3 6. Principais acordos bilaterais - Convênio básico de cooperação técnica, científica e tecnológica (1989) - Convenção destinada a evitar dupla tributação e prevenir a evasão fiscal em matéria de impostos sobre a renda. (1974) - Acordo zoossanitário (1971) - Acordo de previdência social (1969) 28 V - ACESSO AO MERCADO 1. Sistema tarifário da União Européia Características da União A União Européia, nascida a partir da entrada em vigor do Tratado de Maastricht, é resultado de décadas de evolução no caminho da integração européia. Os ideais de Jean Monnet e Robert Schuman visavam à constituição de um modelo federativo que permitisse a integração das economias limitadas e complementares dos Estados europeus do pós-guerra, a fim de assegurar-lhes a prosperidade e o desenvolvimento social crescentes. Em 1951, criou-se a Comunidade Européia do Carvão e do Aço (CECA), composta pela França, Alemanha Federal, Itália e Benelux. Em 1957, o Tratado de Roma criou a Comunidade Econômica Européia, reunindo os mesmos seis países. De 1957 a 1986, a Europa dos Seis transformou-se em Europa dos Doze, com a incorporação da GrãBretanha, Irlanda e Dinamarca (1972); Grécia (1981); Portugal e Espanha (1986). A expansão da União Européia avançou recentemente com a assinatura de Acordos de adesão com a Áustria, Finlândia, Suécia e Noruega. A Áustria aprovou a adesão à União Européia, em referendo realizado em 12 de junho de 1994. Os cidadãos dos três outros países foram às urnas no outono de 1994. Outra evolução importante da União Européia foi a entrada em vigor, em 1987, do Ato Único Europeu, que estabeleceu as bases para a criação, em 1992, do Mercado Único Europeu. Em 1o de janeiro de 1993, a Europa comunitária passou a permitir, entre seus associados, a livre circulação de mercadorias, mão-de-obra e capitais. Com o Ato Único, adotou-se a maioria qualificada na aprovação de decisões do Conselho de Ministros. Em 1o de novembro de 1993, entrou em vigor o Tratado de Maastricht. Os mais importantes objetivos do tratado são, em primeiro lugar, a união econômica e monetária dos Estados-membros da UE. A seguir, busca-se a definição e a execução de uma política externa e de segurança comuns. Em terceiro lugar, a cooperação em assuntos jurídicos e a criação de uma cidadania européia (UE). Finalmente, busca-se o desenvolvimento de um nível de representação regional dentro da União (Flandres, Catalunha e outros). Em janeiro de 1994, uma importante fase de Maastricht entrou em vigor, com a criação do Instituto Monetário Europeu, o precursor do futuro Banco Central Europeu. O seu objetivo é promover a coordenação da política monetária dos Estados-membros, até que se realize a transição para uma efetiva união monetária. Maastricht deve ser entendido ainda como um tratado-ponte, uma vez que deixou uma série de questões sem solução e comprometeu a UE a realizar uma importante conferência revisora, em 1996, que analisará a estrutura constitucional da União. No plano comercial, a harmonização de regulamentos e normas, eliminação de barreiras artificiais ao comércio, combinada com leis de concorrência e aumento da preocupação existente na opinião pública com o futuro ecológico da Europa e do mundo na UE causam considerável impacto nas importações oriundas de terceiros países. Os países da UE constituem atualmente um único território alfandegário, implementado em etapas progressivas, com a eliminação total de barreiras tarifárias, restrições quantitativas no intercâmbio entre os países-membros e a adoção da Tarifa Externa Comum - TEC (Tarif Douanier Commun ou Common Customs Tariff) e de uma legislação básica uniforme, que regulamenta as importações originárias de terceiros países. Essa legislação básica é complementada por uma série de normas comunitárias, em particular no que diz respeito à origem e ao valor aduaneiro das mercadorias, às salvaguardas, à defesa comercial (regulamentação anti-dumping e anti-subsídios) e à proteção no que tange à concorrência entre empresas. Estrutura da Tarifa Externa Comum O princípio da TEC, que estabelece o conjunto de tarifas a ser aplicado por todos os Estados-membros da UE às importações de produtos de terceiros países, foi definido pelos artigos 18 a 37 do Tratado de Roma. A TEC1 , com 98 capítulos, comporta atualmente 9.500 itens numéricos, formados pelos 6 dígitos do Sistema Harmonizado e por mais 2 dígitos (ou subposições) definidos pela União Européia, de acordo com as Notas Explicativas do Sistema Harmonizado, em função de suas necessidades estatísticas e tarifárias. Na TEC estão indicados os direitos autônomos, estabelecidos unilateralmente pela UE, e os convencionais, resultados de negociações no GATT, que se aplicam às partes contratantes desse Acordo e aos países com os quais a UE celebrou acordos que contenham a Cláusula de Nação Mais Favorecida. O Brasil, como parte contratante do GATT, se beneficia da pauta convencional. Posteriormente, entrou em vigor a Tarifa Externa Integrada - TARlC, que seguindo a classificação da TEC indica, nos seus 98 capítulos e 13.000 itens, não apenas as tarifas autônomas e convencionais, mas também todas as medidas aduaneiras aplicáveis a qualquer produto importado pela União Européia. Os direitos aduaneiros previstos na TEC são, na maior parte dos casos, estabelecidos em base ad valorem e calculados sobre o valor aduaneiro da mercadoria importada, ou seja, o valor de transação, conforme definido no Artigo 1o e seguintes do Acordo sobre a Implementação do Acordo do GATT (também conhecido como Código de Valoração Aduaneira), reproduzidos, com adaptações, no Regulamento CEE no 2658/87, publicado no JOCE L 256, de 7/9/87, modificado pela última vez pelo regulamento no 2551/93. . A TEC será publicada anualmente, na íntegra, no Journal Officiel des Communautés Européennes - JOCE. 1 29 Com respeito aos níveis ou à preferência tarifária, a regulamentação comunitária distingue para o Sistema Geral de Preferências - SGP quatro grandes categorias de produtos: a) os produtos agrícolas (agropecuários), naturais ou processados, abrangidos pelas posições ou subposições tarifárias dos capítulos 1 a 24 da TEC (Regulamento CEE no 3833/90, de 31/12/90, publicado no JOCE L 370 de 31/ 12/90); b) os produtos industriais (matérias-primas, semimanufaturados e manufaturados), incluídos nas posições ou subposições dos capítulos 25 a 49 e 64 a 98, com exceção dos produtos siderúrgicos incluídos nas posições e nas subposições dos capítulos 72 e 73 da TEC (Regulamento CEE no 3831/90, de 20/12/90, publicado no JOCE L 370 de 31/12/90); c) os produtos têxteis, incluídos nas posições ou subposições dos capítulos 50 a 63 da TEC (Regulamento CEE no 3832/90, de 20/12/90, publicado no JOCE L 370, de 31/12/90); d) os produtos siderúrgicos (certas categorias), incluídos nas posições ou subposições dos capítulos 72 e 73 da TEC (Decisão 90/672/CECA, de 20/12/90, publicada no JOCE L 370, de 31/12/90). O SGP atualmente em vigor, deverá ser modificado nos termos da proposta da Comissão ao Conselho, de 7/9/ 94. Níveis das alíquotas - reduções e isenções A UE dispõe de extensiva legislação relativa ao setor agrícola e a Comissão Européia possui poder suficiente para adotar medidas a fim de implementar as regras básicas estabelecidas pelo Conselho da UE, que geralmente não favorece, em virtude da Política Agrícola Comum - PAC, a importação de produtos do referido setor.De fato, além de ser reduzido o número de produtos dos capítulos 1 a 24 da TEC incluídos no SGP comunitário, os produtos de origem agropecuária são normalmente gravados por direitos de importação mais elevados, acrescidos, em muitos casos, de taxas variáveis. Para certos produtos, porém, a inexistência, insuficiência e/ou variações sazonais da produção local justificam isenções ou reduções de direitos, concedidos pela UE, em caráter temporário ou não. As alíquotas tarifárias mais elevadas da TEC são, portanto, as que incidem sobre produtos agrícolas, inclusive processados. Para produtos industriais, no entanto, as alíquotas são geralmente mais baixas e seu nível varia, grosso modo, entre 6% e 17%. Dada a escassez relativa de matérias-primas industriais nos países da UE, existe isenção total de direitos para importação de numerosos itens dessa categoria tais como: produtos minerais não-metálicos (argilas, quartzo, mármore, granito, etc.); minérios metalúrgicos, inclusive hematita; borracha natural; couros, peles e peleteria em bruto ou semipreparada; madeiras em bruto ou simplesmente serradas; pastas e fibras vegetais para fabricação de papel; lã, pêlos e fibras vegetais em bruto (linho, rami, algodão e linters de algodão); pedras e metais preciosos e pedras semipreciosas em bruto; metais não ferrosos em bruto (exclusive alumínio), etc. Há também contingentes tarifários isentos para alguns poucos produtos industriais (por exemplo: madeiras compensadas de coníferas, com espessura superior a 9 mm, e ferro-níquel). São igualmente limitados os casos de isenção ou suspensão temporária de direitos em relação a manufaturados (por exemplo: navios e embarcações de vários tipos, motores marítimos e partes, peças e motores para aeronaves) . Taxas agrícolas variáveis Em virtude da Política Agrícola Comum e com a finalidade de proteger o setor agropecuário, um dos mais vulneráveis da União, mediante a manutenção dos níveis de preços do mercado interno, a UE mantém um sistema de taxas agrícolas variáveis, denominadas prélèvements ou levies, cobradas na importação de determinados produtos agrícolas, juntamente com os direitos aduaneiros. Essas taxas equivalem, de modo geral, à eventual diferença entre os preços do mercado mundial (normalmente calculados em base CIF-Rotterdam) e do mercado interno da União. As taxas agrícolas variáveis são específicas, expressas em European Currency Unit (ECU) e prefixadas periodicamente pela UE. A existência da taxa agrícola é sempre indicada na TEC. Somente alguns produtos agrícolas cobertos pela Organização Comum de Mercado (OCM) não são protegidos pelos prélèvements (óleos protéicos e produtos de substituição de cereais). Outras taxas à importação Embora todos os impostos internos dos países-membros ainda não tenham sido uniformizados no âmbito da política fiscal da União, os principais impostos indiretos foram progressivamente substituídos, a partir de janeiro de 1970, pelo sistema da Taxa sobre o Valor Agregado - TVA (Taxe sur la Valeur Ajoutée -TVA, ou Value Added TaxVAT), em virtude do qual somente o valor agregado nas transações de mercadorias e serviços é sujeito a taxação. O sistema TVA, hoje adotado em sua concepção e em sua estrutura por todos os países da União, não foi ainda harmonizado quanto a seus níveis, que variam de um país para outro, muitas vezes em função das categorias de produtos. A TVA é cobrada sobre mercadorias tanto importadas quanto produzidas localmente, mas não pode ser cobrada em mais de 30 um dos países-membros da UE. A base de imposição da TVA para produtos importados é o preço CIF, acrescido do montante dos direitos aduaneiros e das demais taxas (por exemplo, acisas ou imposto de consumo) que incidem sobre a mercadoria. Todavia, o pagamento da TVA só é exigível no momento em que o produto é consumido em um dos países-membros da UE. As exportações dos países-membros da UE estão isentas de TVA. Os níveis da TVA na UE, variáveis em cada país-membro, apresentam geralmente um percentual básico, aplicável à maior parte dos bens e serviços, que oscila entre um mínimo de 12% (Luxemburgo e Espanha) e um máximo de 25% (Irlanda); a maior parte dos países tem dois outros níveis (mínimo, para bens de primeira necessidade, e máximo, para artigos de luxo). Do ponto de vista comunitário, deve-se registrar que os cofres da UE percebem até o limite de 1,4% da TVA arrecadada pelos Estados-membros, o que constitui a principal fonte de receita do seu orçamento. Acordos preferenciais com terceiros países A UE concede isenções ou reduções tarifárias para produtos originários, quer de países com os quais celebrou acordos preferenciais, quer de países em desenvolvimento, no âmbito do Sistema Geral de Preferências. Entre os acordos preferenciais, sobressai a Convenção de Lomé IV, pela qual, entre outras vantagens, a União concede isenção tarifária aos produtos agrícolas exceto aqueles abrangidos pela PAC ou industriais exportados por 70 países da África, do Caribe e do Pacífico (denominados países ACP). Tratamento preferencial semelhante beneficia, desde 1o de julho de 1977, a maior parte dos produtos industriais dos países-membros da Associação Européia de Livre Comércio-AELC, bem como determinados produtos industriais e alguns agrícolas originários de certos países mediterrâneos (por exemplo: Turquia, Israel, Marrocos, Argélia e Tunísia), por força de acordos bilaterais de associação ou de cooperação com a UE. A partir de 1991, a União começou a negociar uma rede de novos acordos bilaterais com os países da Europa Central e do Leste. Com Polônia, Hungria, República Tcheca, Eslováquia, Romênia e Bulgária foram firmados os Acordos Europeus de Associação, que concedem aos contemplados o grau máximo na escala de preferências da União com a região e os preparam para uma futura adesão à UE. Os chamados Acordos de Parceria e Cooperação passarão a regular as relações entre a União Européia e a Comunidade dos Estados Independentes - CEI, Geórgia e Azerbaijão. Ao contrário dos acordos de associação, os acordos de parceria não visam preparar as Repúblicas da ex-URSS para futura adesão à UE, mas concedem tratamentos tarifários preferenciais em ampla parcela da pauta comercial comum. Com os países bálticos Albânia e Eslovênia foram estabelecidos acordos de cooperação comercial e econômica, semelhantes aos acordos clássicos firmados no final da década de oitenta, cujos aspectos mais relevantes dizem respeito à cooperação econômica e à ajuda financeira. É necessário ressaltar, no entanto, que a cláusula evolutiva desses acordos prevê a possibilidade de aprofundamento das relações, por intermédio da constituição de áreas de livre comércio bilaterais. No caso da Eslovênia, está sendo negociado acordo de associação nos moldes dos descritos anteriormente. A Comunidade concluiu também acordos comerciais não preferenciais com alguns países extra-europeus, tais como: Argentina, Uruguai, México, Canadá, Índia, Paquistão, Irã, entre outros, com cláusulas de redução ou isenção de direitos para determinados produtos originários daqueles países, geralmente matérias-primas ou produtos alimentícios tropicais. Com o Brasil, foi assinado, em 1992, um Acordo de Terceira Geração, de escopo mais amplo do que o primeiro Acordo Comercial assinado em 1974 (praticamente limitado a manteiga de cacau e café solúvel) e com disposições mais completas do que as previstas no Acordo-Quadro de Cooperação, assinado em setembro de 1980. O novo Acordo visa a uma cooperação mais ampla nos campos comercial, econômico, científico e tecnológico. 2. Sistema Geral de Preferências da UE Aspectos gerais O Sistema Geral de Preferências (SGP) emanou da I Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), e foi implementado pela UE a partir de 1o de julho de 1971. O Sistema consiste na eliminação ou redução substancial dos impostos de importação que onerem produtos primários e industrializados originários de países em desenvolvimento, inclusive o Brasil. Por sua natureza, as concessões de margens tarifárias preferenciais no SGP pelos países desenvolvidos são unilaterais e não-recíprocas. Os mecanismos do SGP variam segundo os países desenvolvidos, havendo critério uniforme somente quanto à adoção de um certificado de origem padronizado para embarques destinados àqueles países. O Brasil figura entre os países beneficiários em todos os casos, para produtos tanto agrícolas quanto industriais, salvo quando a preferência aplicar-se a produtos e países específicos. 31 Produtos agrícolas Para os produtos agrícolas incluídos no SGP da UE são concedidos, de acordo com a sensibilidade de cada um, reduções em relação às alíquotas convencionais da TEC ou isenção total de direitos. Contudo, alguns produtos agrícolas estão sujeitos a contingentes tarifários (conservas de ananás, café solúvel e fumo não elaborado). Note-se que as preferências do SGP não excluem a aplicação das taxas agrícolas variáveis quando previstas na TEC: cerca de 60 posições ou subposições do SGP estão sujeitas a prélèvement. A UE se reserva, em todos os casos, o direito de aplicação de cláusulas de salvaguarda, que permitem o restabelecimento parcial ou integral dos direitos para qualquer produto agrícola, se julgar que as importações com os benefícios do SGP, por seu volume e/ou preço, possam acarretar dano ou ameaça de dano à produção local (a chamada market disruption) de bens similares ou diretamente concorrentes, ou criarem situação desfavorável aos países ACP, beneficiados pelos dispositivos da Convenção de Lomé. Essa cláusula é aplicada exclusivamente ao país causador do dano e atinge, por conseguinte, todos os exportadores daquele país, no tocante ao produto considerado. Produtos industriais Os contingentes tarifários previstos no SGP para produtos industriais consistem em quotas-partes (contingents tarifaires ou tariff quotas), quando distribuídos entre os Estados-membros da UE, ou em tetos globais (plafonds communautaires ou community ceilings), se fixados apenas para a União Européia. Os limites anuais para a União são previamente estabelecidos pela UE no tocante a cada produto e podem ser expressos em volume ou em valor. Os produtos industriais, manufaturados em sua maior parte, são classificados, a seguir, em função de sua sensibilidade, ou seja, de acordo com a vulnerabilidade dos setores produtores correlatos da UE à concorrência de produtos similares fornecidos por países em desenvolvimento: a) produtos sensíveis: os respectivos contingentes tarifários anuais são sempre distribuídos em quotas-partes entre cada Estado-membro. Em alguns casos, a soma das quotas-partes corresponde exatamente ao contingente global para a UE (por exemplo: madeiras compensadas, calçados, certos artigos têxteis, alguns produtos siderúrgicos); em outros existe ainda uma reserva de 20% do contingente global, que poderá ser alocada posteriormente aos países-membros (por exemplo: artigos de viagem, vestuário de couro, móveis). No tocante a produtos têxteis, o regime de importações comunitárias para aqueles produtos teve sua estrutura alterada em 1980, baseando sua classificação, a partir daquele ano, em categorias de produtos, conforme os acordos bilaterais firmados pela UE com seus principais fornecedores. No que se refere a produtos têxteis cobertos pelo Acordo Multifibras (AMF), o benefício do SGP é reservado apenas aos países em desenvolvimento que concluíram acordos bilaterais com a UE, dentre os quais o Brasil. Esses países recebem franquia total da alíquota tarifária no limite de uma quota individual (não adicional às quotas aplicáveis nos acordos bilaterais), determinada com base em suas exportações de categorias de produtos têxteis para a UE em 1981, e em função do grau de desenvolvimento do país e de sua competitividade. Em 1989, criouse uma reserva comunitária da ordem de 30% para os produtos têxteis cobertos pelo Acordo Multifibras. Para os demais produtos têxteis, o esquema é aplicável ao conjunto dos beneficiários do SGP, porém sujeitos a tetos comunitários e ao sistema de base de referência de batentes ou de soleira2 . 0 esquema preferencial de 1988 introduziu, no setor têxtil, o conceito de graduação (graduation), ou seja, a exclusão do benefício preferencial para produtos cujas parcelas de mercado ultrapassem 10% das importações globais da UE do produto em questão, tendo como base de referência a média das importações da UE nos anos de 1983, 1984 e 1985. Durante o ano de 1988 foi aplicada uma medida transitória, segundo a qual a diferenciação passou a vigorar em duas etapas: a primeira em 1988, com importações sob o SGP reduzidas em 50% para os produtos graduados e a segunda, em 1989, com exclusão total dos benefícios para aqueles produtos. O Brasil foi atingido por essa decisão comunitária nas categorias 1 e 9 (fios de algodão, não acondicionados para venda a varejo; tecidos de algodão, com argolas; roupa de toucador ou de cozinha com exceção das de malha, com argolas; tecidos similares de algodão); b) produtos não-sensíveis: estão sujeitos apenas ao sistema de base de referência ou de batentes, ou de soleira, por país fornecedor, e constituem a maior parte dos produtos industriais abrangidos pelo SGP (capítulos 25 a 98 da TEC), inclusive alguns produtos têxteis e siderúrgicos. As importações desses produtos estão sujeitas a simples controle estatístico por parte da UE, com base nas informações fornecidas pelos países-membros. Todavia, os montantes dos contingentes tarifários anuais para produtos não-sensíveis (para efeitos de aplicação de batentes) não são normalmente divulgados pela União. Para esses produtos, a UE estabelece uma base de referência que se leva em consideração para um eventual restabelecimento dos direitos normais. O restabelecimento dos direitos se dá quando o crescimento das importações em regime preferencial, de um ou vários países, provoca ou ameaça provocar dificuldades econômicas na UE ou em uma região da União. Em virtude do mecanismo de batentes (buttoirs ou buffers), aplicável a todos os produtos industriais incluídos no SGP, nenhum país beneficiário do sistema pode, como regra geral, ultrapassar 50% do teto comunitário ou da quota-parte por Estado-membro durante o ano-calendário. O país fornecedor que atingir individualmente o 2 . Tal sistema constitui um mecanismo utilizado pela UE como referência para a imposição de limites à importação de produtos considerados nãosensíveis. O sistema só é acionado no caso de ocorrerem reclamações por parte dos produtores comunitários que se sintam prejudicados. 32 batente de qualquer produto industrial será excluído do SGP para o restante do ano-calendário em relação a esse produto. Saliente-se, todavia, que tal limite vigora efetivamente apenas para produtos sensíveis, visto que a UE não tem, na prática, aplicado o sistema de batente aos demais produtos industriais desde 1977. A importação de produtos industriais cuja preferência tarifária tenha sido suspensa do SGP para o restante do ano-calendário (quando preenchidas as quotas-partes ou os tetos globais ou atingido o batente) poderá, em todos os casos, continuar a ser efetuada, porém com aplicação das alíquotas normais da TEC. Há, todavia, restrições quantitativas à importação de certos produtos têxteis e siderúrgicos, previstas em geral em acordos bilaterais da UE com terceiros países, independente do regime do SGP (por exemplo, o acordo têxtil Brasil-CEE e os arranjos de autolimitação das exportações entre o Brasil e a CECA sobre ferro gusa e sobre aços). Note-se que, nos casos de dumping ou subsídios devidamente comprovados, a eventual aplicação de direitos anti-dumping ou compensatórios, mediante decisão da Comissão das Comunidades Européias, elimina as preferências do SGP para o produto (e o país) em causa. Não há dispositivo formal a respeito, mas a prática da UE tem sido nesse sentido. Aplica-se então a tarifa, bem como os direitos compensatórios fixados pela Comissão. Regras e certificados de origem As preferências do SGP somente beneficiam os produtos considerados originários dos países em desenvolvimento, inclusive do Brasil. Esses produtos devem ser objeto de transporte direto do país de origem ao país de destino na UE. Em virtude das regras de origem da UE, bastante complexas, o produto deverá, em geral, ter sido obtido ou produzido integralmente no país de origem, ou, caso contrário, ter sofrido naquele país processo de transformação substancial, que justifique alteração de sua classificação tarifária inicial, segundo as posições da TEC e a juízo das autoridades alfandegárias da União Européia. Todavia, em certos casos, os critérios do processo de fabricação e do valor agregado são também utilizados para complementar os princípios de transformação substancial e da mudança de posição tarifária. A concessão das preferências do SGP pelas autoridades alfandegárias dos países da UE está sujeita à apresentação de prova de origem, mediante o certificado Form A, de modelo padronizado, com o visto das autoridades competentes do país exportador. No Brasil, o visto oficial nos certificados de origem do SGP em geral, inclusive para a UE, está exclusivamente a cargo da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX). O SGP comunitário é revisto e publicado anualmente3 . Reforma do SGP Desde o ano de 1989, no entanto, o SGP comunitário tem sido reconduzido sem as revisões anuais previstas, devido à intenção da UE de proceder a uma profunda reforma do sistema, destinada a dotar sua aplicação de maior agilidade e simplicidade e, sobretudo, privilegiar sua vocação de instrumento para a ajuda ao desenvolvimento. A conclusão da mencionada reforma esteve aguardando o fim da Rodada Uruguai para que a definição das tarifas preferenciais pudessem tomar por base os novos níveis de consolidação no GATT. Nesse contexto, a Comissão enviou ao Conselho e ao Parlamento Europeu, no mês de junho de 1994, Comunicação em que são traçadas as novas orientações relativas ao Sistema Geral de Preferências comunitário para o decênio 1995-2005. Das inovações que deverão ser introduzidas no sistema, destacam-se o estabelecimento do princípio da graduação de certos setores para certos países e a inclusão de regimes especiais de incentivo aos países que demonstrem determinação em aprimorar suas práticas sociais e ambientais. Sobre a questão da graduação, o documento esclarece que a UE pretende excluir do sistema países ou setores cujos níveis de prosperidade tornaram injustificáveis as concessões de preferências tarifárias concebidas para impulsionar o desenvolvimento. Inicialmente, prevê-se a graduação de determinados setores para certos países mais competitivos, que poderá, no entanto, evoluir até a graduação total de um país. Como critérios para a graduação, deverá ser utilizada uma combinação dos chamados índices de desenvolvimento e de especialização, vagamente definidos pelo citado texto. Quanto à cláusula incitativa em matéria social e ambiental, que outorgaria reduções de tarifas suplementares às normalmente oferecidas pelo SGP, o documento afirma que a UE tomaria por base, no primeiro caso, o efetivo cumprimento das Convenções da Organização Internacional do Trabalho - OIT e, em meio ambiente, o comprometimento com os objetivos da Agenda 21 e das convenções internacionais sobre camada de ozônio, clima e biodiversidade, dentre outras. Ainda sobre os regimes especiais de incentivo, foi confirmada a manutenção das preferências especiais (reduções suplementares) concedidas em 1990 aos países andinos (Peru, Colômbia, Bolívia e Equador) no contexto da cooperação para o combate ao tráfico de entorpecentes. As chamadas preferências andinas, que foram mais tarde estendidas aos países centro-americanos, deverão também beneficiar a Venezuela a partir de 1997. O documento aventa ainda a possibilidade de serem concedidos benefícios adicionais aos países que adaptem com brevidade às suas legislações os dispositivos acordados na Rodada Uruguai sobre proteção à propriedade intelectual. O novo sistema incorporaria também cláusulas especiais que favoreçam a integração regional (acúmulo). . O SGP para o ano seguinte é publicado no JOCE, ao final do ano anterior. 3 33 Outra novidade proposta refere-se à substituição das limitações de volume (montantes fixos, quotas ou tetos) por uma modulação das tarifas preferenciais de acordo com a sensibilidade de cada setor ou mesmo produto para o mercado comunitário, independentemente de sua origem. Dessa forma, a operacionalização do sistema deverá levar ao estabelecimento de uma lista de setores (produtos) sensíveis e de uma lista de setores (produtos) não sensíveis aos quais será aplicada uma tarifa preferencial diferente, válida por três anos para todos os países beneficiários. A Comunicação da UE prevê ainda alguns comportamentos que poderiam levar a exclusão de determinado país do SGP, tais como fraude, práticas comerciais desleais, desrespeito às obrigações acordadas na Rodada Uruguai, insuficiência do controle ao tráfico de entorpecentes, prática de qualquer forma de escravidão e exportação de produtos fabricados em prisões. O documento esclarece que a exclusão não deverá ser automática, prevendo-se procedimento de hearing, e será sempre limitada a um ano, podendo ser prorrogada. A Comissão aguarda a aprovação das diretrizes que propôs para então apresentar projeto de Regulamento operacional do novo SGP. Cabe registrar, no entanto, que subsistem incertezas jurídicas em relação à cláusula de habilitação do GATT para certos novos dispositivos previstos (graduação, suspensão, regimes de incentivo) e mesmo para alguns já existentes (diferenciação, preferências andinas e centro-americanas). 3. Regulamentação de importação Regulamentação geral da UE A UE possui uma política geral conjunta de comércio exterior e uma legislação básica aplicável às importações em todos os países-membros. Essa legislação está estritamente vinculada aos regimes alfandegários interno (livre circulação de mercadorias) e externo (TEC) estabelecidos pela União. Anteriormente ao término das negociações da Rodada Uruguai do GATT, o regime de importação da UE estava basicamente caracterizado em três regulamentos distintos: a) Regulamento no 1.765/82, de 30/06/82, publicado no JOCE L 195, de 05/07/82, relativo às importações provenientes dos países de economia centralizada (URSS, Europa do Leste, Coréia do Norte, etc.); b) Regulamento no 1.766/82, de 30/06/82, publicado no JOCE L 195, de 05/07/82, relativo às importações oriundas da República Popular da China; e c) Regulamento no 288/82, de 05/02/82, publicado no JOCE L 35, de 09/02/82, relativo às importações originárias dos demais terceiros países (partes contratantes do GATT e outros de economia de mercado), à exceção de Cuba. Em virtude do terceiro regulamento, as importações dos produtos constantes da chamada lista comum de liberação da UE, originários dos países-membros do GATT ou assimilados, não estão sujeitas a quaisquer restrições quantitativas. As alterações ao regime comum, que cobre hoje cerca de 90% das posições (quatro dígitos) da TEC, somente podem ser efetuadas pelo Conselho das CE, mediante decisão majoritária dos Estados-membros. A União prevê os seguintes procedimentos de proteção comercial para qualquer produto e regime de comércio: a) processos de informação (dos países-membros para a Comissão) e de consulta (entre países-membros): no caso de as importações, a juízo dos países-membros interessados, causarem perturbação no mercado interno; b) medidas de vigilância: por decisão da Comissão ou do Conselho, segundo o caso, determinadas importações podem ser colocadas sob controle, seja em toda a União, seja em certos Estados-membros. A vigilância é exercida pela Comissão, com base em informações estatísticas fornecidas pelos países-membros sobre as importações efetuadas. A importação dos produtos colocados sob esse regime está sujeita, em cada país, à apresentação do chamado documento de importação, emitido automaticamente pelo Estado-membro. A vigilância não implica, todavia, restrições quantitativas à importação, e seu prazo de aplicação, salvo se a medida for renovada, geralmente é limitado ao fim do semestre seguinte ao qual foi adotada; e c) medidas de salvaguarda: contingenciamentos ou contingentes quantitativos, que consistem na retirada do produto do regime de liberação comum e na imposição de quota à importação, que deve ser pago pela União de um de vários países-membros, quando as importações puderem causar dano grave ou ameaça de dano grave aos setores produtores da UE. A medida é decidida pela Comissão, mas deverá ser confirmada ou modificada pelo Conselho no prazo de três meses, caso seja contestada por um país-membro; em casos urgentes e por prazo limitado (cinco dias úteis), os Estados-membros podem adotar salvaguardas unilaterais, mas a medida deverá ser confirmada pela Comissão ou pelo Conselho. Os produtos contingenciados, que correspondem em geral a produtos muito sensíveis, estão sempre sujeitos à autorização (licença) de importação. Os contingentes quantitativos comunitários aplicam-se a determinados produtos têxteis (incluídos no AMF), cuja importação na UE está subordinada, além do licenciamento, à apresentação de certificado especial de origem. A emissão de documentos de importação (produtos sob vigilância) e de autorizações de importação (licenças, para produtos contingenciados, pela UE ou pelo país-membro, inclusive os que não constam do regime de liberação comum), é de atribuição de cada Estado-membro interessado, por intermédio de suas autoridades alfandegárias. Os documentos e autorizações, emitidos (ou visados) sem ônus para o importador, são válidos somente para o país-membro interessado; as autorizações (licenças) têm prazo de validade, em geral, de seis meses. Assim, enquanto as decisões sobre medidas de controle ou restrições às importações são da alçada da União, a questão dos con34 tingentes e formalidades respectivas é descentralizada e cabe aos Estados-membros. O Tratado de Roma e, a partir deste, a legislação comunitária prevêem a adoção de medidas de defesa comercial contra determinadas práticas ou políticas comerciais eventualmente adotadas por terceiros países. Em consequência, a União Européia adotou legislação (Regulamento CEE no 2.176/74 e Decisão CECA 2.177/84, ambos de 23/07/84) contra práticas de dumping e políticas de subsídios de países extra-comunitários. O processo comercial anti-dumping ou anti-subsídios depende de iniciativa da Comissão ou de petição apresentada pelo setor econômico comunitário afetado pelas importações, ou ainda queixa de algum Estado-membro, em nome da indústria comunitária, e é conduzido pelo próprio Executivo Comunitário. Assim, a Comissão realiza as investigações do dumping ou do subsídio nas exportações de terceiros países para a UE, do dano à indústria comunitária e determina a existência ou não do vínculo causal entre a prática de dumping ou o subsídio e o dano material. Se a Comissão comprovar a existência do dumping ou do subsídio, do dano e do vínculo causal, poderá aplicar, se aprovados pelo Conselho de Ministros, direitos anti-dumping ou compensatórios às importações de produtos originários do país investigado, além de alíquota normal da TEC. No caso de dumping, a Comissão poderá, ao invés de aplicar direitos adicionais, negociar compromissos de preços com os exportadores; no caso de subsídios, a Comissão pode também negociar com os governadores a eliminação do subsídio à exportação ou a aplicação da taxa à exportação que elimine o efeito adverso do subsídio. Novos procedimentos de política comercial Com o término da Rodada Uruguai, a UE adaptou os procedimentos de política comercial existentes e criou normas que procurassem atender a esse novo contexto do comércio internacional, mediante a adoção de medidas específicas no âmbito da defesa comercial, da vigilância e salvaguarda e dos regimes de importação. Dessa maneira, com os Regulamentos do Conselho (CE) 521 e 522, publicados no Jornal Oficial L66, de 10/3/ 94, definiram-se novos procedimentos para as medidas de defesa comercial da Comunidade. As alterações em causa referem-se, de modo especial, à introdução do critério da maioria simples para a adoção de direitos anti-dumping definitivos e aos novos prazos para os procedimentos sobre produtos importados com suspeita de dumping ou subsídios, respectivamente. Os processos devem agora ser iniciados um mês após a denúncia e, em princípio, encerrados no prazo de um ano. Caso este prazo seja insuficiente, há previsão de extensões. Assim, as investigações anti-dumping terão no máximo quinze meses para serem concluídas, enquanto que, no caso de direitos compensatórios, estão previstos treze meses, contados a partir do seu início. Os direitos anti-dumping ou anti-subsídios provisórios (cuja validade deverá durar até quatro meses) serão adotados no prazo máximo de nove meses do início do procedimento. Em se tratando de pedido de reexame, as investigações comunitárias deverão terminar, o mais tardar, quinze meses depois da data do início da revisão do processo. Os Regulamentos (CE) 517 e 519, publicados no Jornal Oficial L67, de 10.3.94, são relativos a regimes específicos de importação. O Regulamento (CE) 517 instituiu o regime comum aplicável às importações de produtos têxteis de determinados terceiros países, não abrangidas por acordos ou regras comunitárias específicas de importação. Aplica-se principalmente às importações de produtos têxteis originários da Albânia, China, Coréia do Norte, Vietnã e da ex-URSS. Embora não estejam sujeitas a quaisquer restrições quantitativas, as compras comunitárias dos referidos produtos, originárias de terceiros países, poderão, contudo, ser restringidas, mediante a imposição de medidas de vigilância ou de salvaguarda. O Regulamento (CE) 519 tem por fim ordenar as correntes de comércio com aqueles países primeiramente especificados, tendo em vista igualmente a possibilidade da adoção de medidas de vigilância ou de salvaguarda. O Regulamento do Conselho (CE) 518, publicado no Jornal Oficial L67, de 10.3.94, refere-se às importações comunitárias de produtos oriundos de terceiros países, excetuados os produtos têxteis mencionados no Regulamento 517 e os produtos originários da Albânia, China, Coréia do Norte, Vietnã e da ex-URSS. A importação pela UE dos produtos em apreço está liberada, salvo no caso da adoção de medidas de salvaguarda. De acordo com o artigo 15 do referido Regulamento 518, o Conselho poderá adotar também regime de contingenciamento no caso de comércio de produtos de base sujeitos a compromissos internacionais da União. Acordos Brasil-CEE (UE): têxteis e produtos siderúrgicos O setor têxtil tem sido um dos mais sensíveis na União Européia, suas dificuldades são atribuídas, em grande parte, às importações de produtos similares, geralmente considerados de baixo custo de produção, originários de países em desenvolvimento. Em conseqüência, a UE negociou acordos de limitação de suprimento de produtos têxteis com os principais fornecedores do mercado comunitário, inclusive o Brasil, estabelecendo restrições quantitativas para importação da maior parte daqueles produtos, independente das margens preferenciais e contingentes tarifários previstos no SGP. O atual acordo têxtil com o Brasil (Acordo Brasil-CEE sobre o Comércio de Produtos Têxteis) foi renegociado 35 no âmbito do acordo Multifibras, tendo entrado em vigor a partir de 01/01/87 com vigência de cinco anos. Em dezembro de 1992, foi renovado por mais dois anos com a possibilidade de vigência, nos mesmos termos acordados durante a renegociação, também em 1995. Com o término da Rodada Uruguai, foi concluído o Acordo sobre Têxteis e Vestuários (ATC), que prevê o desmantelamento, no prazo de 10 anos, de todas as restrições vigentes no comércio internacional de têxteis previstas nos acordos bilaterais firmados ao amparo do AMF. Assim, o Acordo Têxtil Brasil-UE deverá deixar de ter base legal com a entrada em vigor do ATC, a partir de 1997, o qual então passará a reger o mercado internacional de produtos têxteis. No tocante ao setor siderúrgico, igualmente sensível, estão em vigor arranjos por troca de notas, renováveis anualmente, relativos à autolimitação das exportações brasileiras de aços e ferro gusa para a UE. Ademais, negocia-se em Genebra um novo Multilateral Steel Agreement (MSA), que deverá reger o intercâmbio de produtos siderúrgicos entre os principais produtores mundiais de aço com base em restrições quantitativas definidas pelo perfil dos respectivos mercados. Importações proibidas Na UE, encontra-se ainda proibida a importação das carnes suínas e ovinas, bem como os animais vivos, oriundos do Brasil, que por exclusão não constem da Decisão 93/402/CEE da Comissão, publicada no Jornal Oficial das Comunidades Européias L 179, de 22/07/93. 4. Regulamentação específica Normas sanitárias e técnicas No plano da regulamentação sanitária4 (produtos de origem animal ou vegetal) e técnica (normas de segurança, qualidade, proteção ao consumidor, práticas comerciais, etc.), existem diretrizes e algumas regras comuns à UE; no entanto, sua aplicação, em alguns casos como o de tripas, farinha de carne, lã e mel, é ainda efetuada de forma diferente e segundo padrões diversos nos países-membros da União. Dentre as normas técnicas da UE, aplicadas por todos os Estados-membros e complementadas eventualmente por regulamentos próprios destes últimos, podem ser citadas: as normas sanitárias relativas à importação de ração animal para animais domésticos; normas de defesa à saúde dos consumidores (cosméticos, aerosóis, substâncias nocivas ou perigosas); padrões de segurança (veículos automotores); etc. No campo específico das exportações de carnes para a União, os estabelecimentos brasileiros interessados naquele mercado deverão sujeitar-se a inspeções de ordem sanitária por técnicos da UE. Essas inspeções referem-se a exames tanto das condições higiênicas dos estabelecimentos de abate e de processamento da carne quanto da qualidade do produto final a ser importado pelos europeus. Uma vez aprovado nessa inspeção e atendidos os requisitos da Secretaria de Defesa Animal do Ministério da Agricultura, o estabelecimento exportador brasileiro está apto a figurar na lista dos exportadores autorizados a vender a qualquer país da União Européia. A UE encontra-se igualmente empenhada na harmonização dos padrões industriais dos países-membros; várias diretrizes comunitárias já foram adotadas nesse sentido. Da mesma forma, está também sendo elaborada uma regulamentação comum de informação e proteção ao consumidor. Entretanto, mesmo quando existirem normas ou padrões técnicos comunitários, as medidas de aplicação dos mesmos encontrar-se-ão sempre a cargo dos paísesmembros. Normas técnicas, uniformização e padronização do setor de embalagens de alimentos A Comissão européia publicou documentos relativos à uniformização das disposições legislativas, regulamentares e administrativas dos Estados-membros concernentes ao setor de embalagens de alimentos. Os referidos documentos contêm compilação de pesquisa comunitária no setor de embalagens realizada entre 1972 e 1992 bem como diretivas aprovadas até meados de 1993. A fim de eliminar entraves técnicos ao comércio no setor das substâncias e preparações nocivas, a Comunidade adotou diretiva 93/18/CEE, em 5/4/93, relativa à aproximação das disposições legislativas, regulamentares e administrativas dos Estados-membros no tocante à classificação, embalagem e rotulagem das referidas substâncias e preparações nocivas. Marcas comerciais O processo de harmonização das legislações de seus doze países-membros segue sendo objetivo prioritário da UE no campo da propriedade intelectual e industrial. No tocante às marcas comerciais, o Conselho adotou, em dezembro de 1988, diretiva que lhes atribui a mesma proteção em todos os Estados-membros, a fim de facilitar a livre circulação de produtos e a livre prestação de serviços no mercado comunitário. Cada Estado mantém a faculdade, contudo, de conferir uma proteção mais ampla às marcas 4 . As normas sanitárias da União aplicáveis a produtos de origem animal são contempladas na Diretiva no 72/462/CEE (Jornal Oficial L 302/72), do Conselho das Comunidades, modificada posteriormente pela Diretiva 91/688 do Conselho (Jornal Oficial L 377/91). 36 de maior renome. Ainda nesse campo, a UE adotou regulamento (CE) 40/94 do Conselho, publicado no Jornal Oficial das Comunidades Européias L 11, de 14/1/94, sobre a marca comunitária. Tal regulamento, cujas disposições não são conflitantes com as da diretiva antes mencionada, visa a estabelecer uma só marca comercial para toda a UE, a ser registrada junto ao serviço central da propriedade industrial de um Estado-membro ou do Instituto Benelux de Marcas. 5. Regimes especiais Entrepostos alfandegários A UE dispõe de entrepostos alfandegários nos Estados-membros, sob controle de Alfândega, para armazenagem de mercadorias que ainda não tenham sido colocadas em livre circulação na União (sem pagamento de direitos aduaneiros e outras taxas, TVA ou de consumo). Esses armazéns podem apresentar várias modalidades (públicos: abertos a todas as empresas e mercadorias; privados: para mercadorias específicas tais como bebidas alcoólicas, fumo e substâncias perigosas; fictícios: geralmente para granéis), sendo permitidas somente operações simples de manuseio que não envolvam transformação (reembalagem, rotulagem, separação ou mistura, empacotamento, conservação e outros). As mercadorias depositadas poderão ser postas em circulação na UE, em parte ou na sua totalidade, na saída desses armazéns. A UE possui igualmente zonas e portos francos, com extraterritorialidade alfandegária (não pagamento de tributos de importação e demais taxas), nos quais as mercadorias poderão sofrer manipulação e transformação. As referidas zonas francas existem em todos os doze Estados- membros da UE. Aperfeiçoamento ativo O regime de aperfeiçoamento ativo5 (processing relief), previsto na regulamentação da UE, é o sistema pelo qual mercadorias destinadas a transformação, processamento, montagem ou acabamento final podem ser introduzidas em país-membro da União, com suspensão de direitos de importação (inclusive eventuais direitos compensatórios) e demais taxas, para posterior exportação do produto final para fora do território comunitário. Caso tenham sido pagos na importação os direitos e taxas, poderão os mesmos ser restituídos após a exportação, em regime semelhante ao drawback; esta última modalidade, todavia, não é aplicável a produtos abrangidos pela PAC. A importação sob regime de aperfeiçoamento ativo pode originar-se de terceiros países ou provir de armazém alfandegário na UE. Está sujeita à autorização da Alfândega do país de importação, que poderá ser específica, para determinada operação e exportação no prazo estipulado, ou geral (em aberto), para exportação no prazo de seis meses após a importação. As autorizações são concedidas a pessoas físicas ou jurídicas estabelecidas na Comunidade; o exportador do produto final é normalmente o titular da autorização, mas eventuais intermediários deverão ser também autorizados. As operações de aperfeiçoamento ativo são efetuadas sob supervisão da Alfândega. Os produtos obtidos através de aperfeiçoamento ativo poderão ser exportados para terceiros países, colocados em armazém alfandegário ou zona franca em país-membro da UE, ou encaminhados para trânsito através de outros países-membros com destino final fora da Comunidade. Mercadorias em trânsito Em virtude da regulamentação da UE, as mercadorias comunitárias, ou seja, aquelas originárias de um país-membro ou as importadas que tenham sido colocadas em livre circulação no território do país de entrada, podem normalmente circular de um país-membro para outro. É esse o processo de trânsito comunitário (Community Transit-CT), efetuado sob cobertura do Certificado T1 para produtos oriundos de terceiros países e T2 para os comunitários. Essas mercadorias estarão sempre sujeitas ao pagamento da taxa sobre o valor agregado - TVA e dos impostos específicos de consumo (excise) no país-membro de destino final. As referidas taxas nunca poderão, entretanto, ser cobradas mais de uma vez. Um depósito equivalente às taxas terá de ser feito no país de entrada. Todavia, o sistema CT não é válido para mercadorias originárias de país não membro da União Européia que não tenham sido postas em livre circulação ou destinadas a terceiros países. Aplica-se, neste caso, o regime denominado trânsito externo, com suspensão temporária de direitos e taxas, no território da União. Para facilitar as formalidades alfandegárias em cada país-membro intermediário, poderão ser utilizados na União os carnês previstos nos sistemas TIR (Transporte Internacional por Rodovia) ou TIF (Transporte Internacional por Ferrovia)6 . O regime de trânsito com suspensão de direitos e taxas aplica-se também a mercadorias originárias de fora da UE, que devem transitar pelo território da União até um país-membro de destino final, onde serão pagos os tributos alfandegários e taxas. O regime de trânsito prevê, salvo disposição em contrário, o transporte de mercadorias, sob custódia da Alfândega, com suspensão de direitos, taxas, proibições e outras medidas econômicas, até atingirem o posto alfandegário mais próximo do local onde serão desembaraçadas para consumo. 5 . Trata-se do regime de aperfeiçoamento ativo para produtos destinados à exportação, previsto pela regulamenta;cão da UE (Diretriz no 69/73/ CEE do Conselho, de 04/03/69, posteriormente modificada pelo Regulamento CEE no 2.412/87, de 07/08/87 (JOCE L 219, de 08/08/87).. 6 . TIR: aplicável ao transporte rodoviário de carga ou containers selados do país de proveniência ou de destino. O acordo original é de 1949, mas foi atualizado por nova convenção, em Genebra, em vigor desde de março de 1978. É complementada pela Convenção Internacional sobre Segurança de Containers. O sistema TIF, para transporte por ferrovia, contém disposições semelhantes. 37 VI - ESTRUTURA DE COMERCIALIZAÇÃO 1. Canais de distribuição Considerações gerais Com a entrada da Espanha no Mercado Comum Europeu, a atual União Européia - UE, o Estado perdeu seu monopólio na distribuição de mercadorias. Atualmente somente alguns setores como o da energia, da telefonia, do tabaco e das comunicações contam com a participação do Estado Espanhol. Os demais setores têm livre mercado e sua distribuição é realizada conforme as instruções da UE. Nos últimos anos, as lojas de departamento, hipermercados e cadeias de supermercados, aumentaram sua participação na distribuição do comércio na Espanha. Por outro lado, existe um número elevado de agentes comerciais e de importadores que distribuem seus produtos diretamente, ou através de centrais de compra, aos pequenos varejistas e mercados municipais. Comparando a distribuição de mercadorias na Espanha com outros países da UE, observa-se que os pequenos comerciantes ainda mantêm uma sólida tradição no mercado. Assim encontram-se numerosos pontos de vendas de microempresas que compram seus produtos diretamente do fabricante, do importador, do representante e das centrais de compras. O horário de abertura é mais flexível, atualmente de 72 horas semanais incluindo 8 domingos por ano (no ano 2.001 está prevista a liberação total do horário de abertura). O pequeno comerciante abre das 10:00 às 14:00 e das 17:00 às 20:00 e as lojas de departamento têm um horário corrido das 10:00 às 22:00 (no ano 2.001 haverá liberdade total de abertura para os estabelecimentos de venda e distribuição de mercadorias). O horário e demais aspectos, tais como forma de pagamento, instalações, ofertas especiais, venda ambulante, garantia do produto, entre outros, estão regulados pela Lei do Comércio Varejista (Ley de Ordenación del Comercio Minorista) de 21 de dezembro de 1995. Dentro da UE, a Espanha é um dos países com maior flexibilidade no tocante às instalações de novos centros de distribuição e venda de mercadorias. O clima favorável do setor de distribuição e vendas atraiu muitas grandes empresas de países da UE que se instalaram na Espanha. Como exemplo, figuram companhias como Pryca, Alcampo, Continente, Jumbo, Pão de Açúcar, Makro, Mark & Spencer, C&A, Texas e IKEA. Com o aumento da participação de companhias estrangeiras neste setor, as empresa espanholas ampliaram seus pontos de venda. Destacam-se nessa área empresas como El Corte Inglés Hipercor, Erosky, Mercadona, entre outras. A distribuição é um setor importante na economia espanhola. Sua participação no PIB nacional é de 15% situando-se acima de outros setores como agricultura/pesca, construção, atividades financeiras e seguros. Comparado com os países da União Européia, situa-se acima da média de 13,8%. Estrutura geral O empresário brasileiro que pretende introduzir seu produto no mercado espanhol deve, em primeiro lugar, considerar as diretrizes gerais estipuladas para o mercado da UE e, posteriormente, analisar o mercado espanhol. Dentro da UE, a Espanha pretende ocupar um lugar de destaque com relação à América Latina. Neste sentido, observa-se um maior interesse dos empresários espanhóis pelo mercado brasileiro, tanto em relação à procura por novos produtos, como no que tange o estudo de formas de cooperação empresarial, o que poderia transformá-las em trampolim para o resto do mercado da União Européia. O Setor de Promoção Comercial da Embaixada do Brasil em Madri dispõe de programa especial de divulgação das oportunidades oferecidas por empresários brasileiros. Por outro lado estão disponíveis escritórios específicos como as Câmaras de Comércio, Bancos, Sindicatos de Agentes Comerciais e as Associações de Classe, cujos endereços encontram-se nos anexos. Comércio atacadista (mayorista) Pela estrutura tradicional do mercado espanhol, que conta com grande número de pequenos varejistas, o comércio atacadista forma uma parte importante da distribuição comercial na Espanha. Segundo estudo realizado pelo Ministério do Comércio e do Turismo, publicado no segundo semestre de 1995, o comércio atacadista conta com cerca de 82.000 estabelecimentos repartidos principalmente nas seguintes Comunidades Autônomas: Catalunha (18.245 empresas); Comunidade Valenciana (12.126 empresas) e Andalucia (10.326 empresas). Como se pode observar no quadro a seguir, a maioria dos estabelecimentos atacadistas são: de pequeno porte e empresas individuais, sendo que grande parte de seus clientes encontram-se entre os varejistas. O tamanho das empresas atacadistas na Espanha (conforme a atividade principal da empresa) 38 MATÉRIASPRIMAS AGRÍCOLAS EMPREGO Número médio de empregados por estabelecimento 11,5 8,1 No DE LOCAIS POR EMPRESA % de empresas com um só local 69,1 77,4 Número médio de locais por empresa 7,8 3,3 COBERTURA Número médio de clientes 693 525 Principais tipos de clientes (%): Varejistas 40,0 24,3 Outros atacadistas 14,7 14,0 Estabelecimentos próprios (varejistas) 9,3 7,5 FATURAMENTO MÉDIO, 1993 (US$ mil) 2.460 2.483 PRINCIPAIS FORMAS DE VENDAS Tradicional (serviço de balcão) 94,5 97,0 Auto-serviço (Cash & Carry) 5,4 4,9 % DAS EMPRESAS ASSOCIADAS 9,9 11,8 Fonte: Direção Geral do Comércio Interior/Ministério de Comércio e Turismo da Espanha ALIMENTAÇÃO E BEBIDAS DROGARIAS E FARMÁCIAS |TÊXTIL E CALÇADOS EQUIP. DOMÉSTICOS INTERINDUSTRIAL 13,2 15,3 8,4 10,8 11,3 70,1 9,8 61,3 6,0 74,2 4,9 67,9 10,0 67,6 6,6 755 600 577 859 633 47,9 15,6 11,3 3.277 45,0 11,9 13,0 5.375 57,5 12,3 12,0 1.163 51,5 12,1 9,5 1.902 27,4 15,5 7,0 2.074 91,4 7,2 10,7 95,2 4,8 13,2 92,9 3,8 7,0 96,1 4,1 13,0 96,3 2,7 8,7 Outras características das empresas atacadistas espanholas: TOTAL 39 a) estabelecimentos: 57,5% dos locais são alugados, 39,5% são próprios e 2,0% estão sob forma de leasing ou concessão; b) localização: 41,5% estão situados em áreas periféricas, 27,5% em zona central e 24,9% nas cincunvizinhanças dos bairros; c) propriedade: 38,1% são sociedades limitadas, 37,8% são sociedades anônimas, 16,2% pessoas físicas e 7,9% outros; d) capital: 96,6% das empresas são de capital nacional, sendo que a participação de capital estrangeiro é detectada somente nas grandes empresas. e) margens de lucro bruto sobre o preço de venda, por setor: - matérias primas agrícolas: 34,5% - alimentação e bebidas: 29,5% - drogaria e farmácia: 34,5% - têxtil e calçados:39,2% - equipamentos domésticos: 36,4% - inter-industrial: 36,0% O alto nível da margem do lucro bruto explica-se pela existência de grande número de empresas ineficientes, principalmente no que se refere à informatização e modernização, o que permite às empresas mais eficientes (com maior produtividade) a manutenção de seus preços finais, obtendo assim maiores lucros. Comércio varejista (minorista) Segundo o último censo realizado em 1990, a Espanha contava com cerca de 907.000 estabelecimentos distribuídos nos seguintes grupos: alimentos (311.055), produtos têxteis (148.881), drogaria/farmácias (72.918), móveis (68.177), veículos e acessórios (24.947), combustíveis e lubrificantes (42.512), outros comércios varejistas (96.723), comércio ambulante (34.287) e comércio por setores, inclusive as lojas de departamento (109.277). A maioria destes estabelecimentos são de caráter individual. No período de 1990 a 1996, devido à maior concorrência e ao incremento da participação das lojas de departamento no comércio local, os pequenos comerciantes se viram obrigados a mudar sua estratégia de comércio. Muitos pequenos comerciantes fecharam seu negócio e outros melhoraram seus serviços, criaram centrais de compras ou se associaram entre si para poder enfrentar a concorrência das lojas de departamento e hipermercados. Pela análise do setor alimentício, excluindo aqueles estabelecimentos que vendem somente produtos perecíveis, pode-se observar a evolução das lojas de departamento. Número de estabelecimentos Comércio tradicional Auto-serviços Supermercados pequenos Supermercados grandes Hipermercados TOTAL Fonte: Nielsen Consultoria janeiro/1989 86.251 18.410 5.217 691 108 110.677 janeiro/1991 71.734 18.072 5.941 746 151 96.644 janeiro/1993 63.580 17.436 6.378 855 181 88.430 janeiro/1995 57.758 16.925 6.783 965 221 82.652 Superfície ocupada por categoria de comércio O número de estabelecimentos tradicionais diminuiu cerca de 33%, sendo que o número de supermercados Superfície média por estabelecimento (m2) 1991 1995 Comércio tradicional 34,6 39,0 Auto-serviços 87,8 91,6 Supermercados pequenos 304,4 413,1 Supermercados grandes 1.071,8 1.115,6 Hipermercados 6.759,6 7.232,5 TOTAL 83,0 112,3 Fontes: Nielsen Consultoria e Ministério de Comércio e Turismo Sup. total por tipo de estabelecimento (mil m2) 1991 1995 2.349,2 2.252,5 1.564,0 1.550,3 1.872,0 2.802,0 831,7 1.076,5 1.081,5 1.598,3 7.702,2 9.281,8 40 grandes e hipermercados aumentou quase 50%. A superfície total ocupada por este último segmento registrou um aumento de 38% de 1991 a 1995, totalizando 2,6 milhões de m2. Outro setor que está crescendo na Espanha é o de venda direta (venda por telefone, por correio e por televisão). Em 1994, 13 empresas deste setor faturaram cerca de US$ 780 milhões. Canais recomendados Para o produtor brasileiro que deseja distribuir sua mercadoria na Espanha, é recomendável que procure um importador/atacadista, de preferência um que seja especializado no tipo de produto que deseja colocar no mercado. Com a evolução do mercado espanhol, pode-se também optar pelas lojas de departamento e centrais de compras que, com maior freqüência, estão importando diretamente os produtos comercializados por seus associados. Compras governamentais As compras governamentais, tanto do Governo Central como das Comunidades Autônomas, são realizadas mediante licitações publicadas no Boletim Oficial do Estado. Em princípio, companhias estrangeiras podem participar destas licitações, sendo que, na prática, a maioria das licitações são adjudicadas a empresas sediadas na Espanha, principalmente pela complexidade dos mecanismos envolvidos e pelo curto prazo para a apresentação das ofertas. 2. Promoção de vendas Considerações gerais A promoção de vendas no mercado espanhol, tanto a que é feita pelos atacadistas, como a que é de interesse dos varejistas, é realizada pelos canais tradicionais, que podem ser os meios de comunicação (rádio/televisão, imprensa nacional/regional/municipal), publicações especializadas do ramo, revistas comerciais, e mala direta. Dependendo do produto, as lojas de departamento e os hipermercados realizam atividades específicas para a introdução de novas marcas e produtos. De modo geral, o custo relacionado com a promoção do produto corre por conta do atacadista/produtor/ importador. Como foi mencionado anteriormente, a grande maioria destes estabelecimentos são de pequeno porte e não estão dispostos a arcar com grandes gastos publicitários. Neste sentido, observa-se que a grande maioria das promoções são realizadas diretamente pelos produtores ou pelas lojas de departamento e hipermercados. Recomenda-se aos empresários brasileiros interessados em introduzir um novo produto no mercado espanhol, que combinem com o parceiro espanhol a promoção do produto. Feiras e exposições A participação em feiras e exposições, com a finalidade de dar a conhecer um novo produto, ou para analisar o potencial do mercado, é fundamental. Pela diversificação do mercado e pelo elevado número de distribuidores, a Espanha conta com grande número de eventos nacionais, regionais e municipais. A tendência na Espanha, como em outros países, é de promover cada vez a especialização setorial dos eventos. As mostras gerais, abrangendo grande variedade de produtos e setores, tendem a desaparecer. Nos ANEXOS, estão relacionadas as principais feiras de caráter internacional realizadas na Espanha. A relação completa daqueles eventos pode ser solicitado diretamente no Setor de Promoção Comercial (SECOM) de Madri. Veículos publicitários Nos ANEXOS, estão relacionados os principais meios de comunicação da Espanha. Para uma primeira aproximação, são recomendadas as revistas especializadas cujos editores podem ser obtidos através das Associações de Classe ou Câmaras de Comércio e Indústria. Consultoria de marketing Como já mencionado anteriormente, com a abertura do mercado espanhol, grandes empresas multinacionais de consultoria se instalaram neste país. Há numerosas empresas espanholas dedicadas a estudos de mercado, telemarketing e mala direta. Recomenda-se às empresas brasileiras consultar previamente as entidades de classe do setor específico de interesse, já que muitas dispõem de estudos básicos sobre o mercado espanhol. Ao mesmo tempo, as entidades podem indicar empresas de consultoria especializada no ramo em questão. 41 3. Práticas comerciais 3.1. Negociações e contratos de importação Correspondência A correspondência dirigida a empresários espanhóis deve, de preferência, ser escrita no idioma espanhol já que o domínio de outros idiomas não é generalizado. Quando utilizado o telefone, recomenda-se confirmar por fax os o que foi decidido. Em caso de material promocional, recomenda-se que a tradução para o castelhano seja feita por um tradutor espanhol. Não é recomendável distribuir na Espanha material traduzido para o mercado latino-americano. O fax é o meio preferido para a comunicação, seguido pela carta postal. O telex praticamente não é utilizado na Espanha e o correio eletrônico ainda está em fase de expansão. Condições gerais dos contratos de importação As regras gerais dos contratos comerciais vêm se simplificando e são retransmitidos por fax. No entanto, recomenda-se especificar ao máximo as condições acertadas, tais como prazo de entrega, forma de pagamento, qualidade da mercadoria e preço, a fim de evitar problemas posteriores. As cotações de preços devem, de preferência, ser realizadas em US$-CIF, porto espanhol. A forma de pagamento tradicional com o Brasil é a carta de crédito, que oferece garantia ao exportador. Por outro lado, em relação a outros mercados, a tendência é de conceder ao importador espanhol facilidades de pagamento de até 60 dias. Recomenda-se, neste caso, que o empresário brasileiro se assegure da idoneidade do importador (referências bancárias e informação cadastral). Designação de agentes No mercado espanhol é usual a figura do agente comercial. Nos ANEXOS, estão relacionados os principais Colégios de Agentes Comerciales, que podem ser contatados diretamente pelos empresários interessados em distribuir seus produtos. Pela diversidade do mercado espanhol, com grande número de pequenos empresários, o agente comercial pode ser uma opção para atingir um meio de distribuição eficaz. Os agentes podem ser classificados como: especializados, gerais e exclusivos, e podem atuar a nível nacional ou regional. De modo geral, operam sob forma de comissão de vendas. No caso de se designar um importador, ou agente, como representante exclusivo, recomenda-se que seja estipulado um prazo específico passível de ampliação. Assim, caso o importador ou agente não atinja as expectativas do exportador, será mais fácil anular o compromisso de exclusividade. Abertura de escritório de representação comercial A abertura de escritório de representação na Espanha é possível sem maiores restrições. A tramitação, entretanto, é complexa, para a qual se recomenda contratação de empresa de consultoria jurídica que, em muitos casos, pode servir de endereço comercial. Endereços de empresas especializadas podem ser obtidos nas repartições oficiais de promoção comercial relacionadas nos ANEXOS. Caso a empresa brasileira queira realizar investimentos, no sentido de abrir uma empresa de produção ou de distribuição, a Espanha oferece vários tipos de incentivos, tanto nacionais, como regionais, dependendo do volume de negócio que será gerado pela nova empresa e do número de pessoas que serão empregadas. A cooperação empresarial entre empresas estrangeiras e espanholas também esta sendo incentivada pelos governos central e autônomo. Informações sobre esta atividade poderão ser obtidas diretamente nos Setores de Promoção Comercial da Embaixada da Espanha no Brasil ou na Embaixada do Brasil em Madri. Seguros de embarque Não há obrigação de seguros de embarque, porém para produtos perecíveis este seguro é recomendável. Neste sentido, é importante que o exportador brasileiro especifique as responsabilidades e se assegure da documentação necessária para a importação do produto evitando, o que evitará a retenção da mercadoria pela alfândega espanhola. 42 Supervisão de embarque Não há exigência referente à supervisão de embarque das mercadorias exportadas para a Espanha. Em alguns casos, o importador poderá exigir tal supervisão para garantir as especificações estipuladas no contrato de compra. Os gastos normalmente correm, neste caso, por conta do importador. É recomendável que o empresário brasileiro confira a nota fiscal das mercadorias a serem embarcadas, a fim de evitar problemas posteriores. Financiamento das importações O financiamento das importações com juros especiais pode ser concedido ao importador, desde que haja interesse da parte espanhola. A cooperação entre empresários do Brasil e da Espanha é outra forma de se conseguir apoio para a exportação de produtos brasileiros. Neste sentido, a empresa espanhola poderá solicitar apoio para investir na empresa brasileira, produzir um novo produto, exportar à Espanha e distribuir na UE. Os setores prioritários são a agro-indústria e o de máquinas e ferramentas. Litígios e arbitragem comercial A Espanha assinou os principais acordos internacionais relacionados ao tema. Caso as empresas afetadas não sejam capazes de chegar a um acordo, a questão é levada ao Conselho Nacional da Câmara de Comércio Internacional, para fins de Arbitragem. Em último caso, o assunto é entregue à Corte de Arbitragem da Câmara de Comércio Internacional em Paris. 43 VII - RECOMENDAÇÕES ÀS EMPRESAS BRASILEIRAS 1. Acesso ao mercado e aproveitamento do SGP A Espanha, como membro da União Européia, mantém as mesmas regras de acesso ao mercado que os demais membros da União. Nesse sentido, uma grande variedade de produtos de exportação brasileira se vê beneficiada pelo Sistema Geral de Preferências - SGP. A assinatura do acordo entre a UE e os países membros do MERCOSUL, em 15 de dezembro de 1995, abre um novo horizonte para o comércio bilateral. A Espanha procura desempenhar papel importante na aproximação dos dois mercados. O empresário brasileiro deve aproveitar a iniciativa espanhola, no sentido de analisar o potencial deste mercado, não somente em relação à Espanha, como também com vistas a utilizar este país para atingir outros mercados da União Européia. 2. Informações tarifárias e estatísticas atualizadas Informações sobre estatísticas de comércio exterior, tarifas alfandegárias e barreiras não tarifárias, relação de importadores e demais temas relacionados com o mercado espanhol poderão ser obtidos diretamente na Divisão de Informação Comercial (DIC) do Ministério das Relações Exteriores em Brasília, nos Setores de Promoção Comercial (SECOMs) de Madri ou de Barcelona e nas representações oficiais espanholas no Brasil. 3. Remessa de amostras e material promocional A remessa de material promocional está isenta do imposto de importação, salvo aquelas que contenham informações específicas sobre preços e condições. A remessa de amostras sem valor comercial segue as mesmas diretrizes estipuladas pela UE. É recomendável que o exportador se informe previamente junto ao possível importador sobre a documentação específica exigida para o produto em questão. 4. Embarques É fundamental que o exportador brasileiro prepare cuidadosamente a documentação que deve acompanhar sua exportação, a fim de evitar problemas posteriores, tais como retenção na alfândega espanhola, preços e qualidade, entre outros. Quando se trata de produtos beneficiados pelo SGP é indispensável o certificado de origem. Recomenda-se aos exportadores que verifiquem junto aos importadores espanhóis, antes de embarcar a mercadoria, a documentação específica requerida pelas autoridades espanholas para o produto em questão. 5. Canais de distribuição A Espanha conta com grande número de atacadistas, em sua maioria pequenas e médias empresas, que distribuem produtos, ora de importação própria, ora de outros importadores. Os agentes comerciais desempenham importante papel na distribuição de produtos importados. Dependendo do tipo de produto, as lojas de departamento e os hipermercados podem oferecer uma excelente oportunidade para a distribuição na Espanha. 6. Promoção de produtos Uma vez detectado um importador ou um agente comercial, o exportador brasileiro deve preocupar-se pela promoção do seu produto, já que, de um modo geral, a promoção realizada pelo parceiro espanhol é bastante limitada. Estão à sua disposição uma grande variedade de meios para promocionar um produto no mercado espanhol. Dependendo do tipo de produto, pode-se pensar em campanhas publicitárias em revistas especializadas, em meios de comunicação, mala direta e telemarketing. Por outro lado, existe a possibilidade de participar em feiras comerciais que oferecem uma excelente oportunidade para perquisar o mercado e a potencialidade de seu produto. 7. Consultoria e marketing O serviço de consultoria e de marketing é bem desenvolvido na Espanha e pode-se optar entre empresas espanholas e multinacionais. O custo das pesquisas, dependendo do seu teor, pode ser bastante elevado. Recomenda-se aos empresários que utilizem os meios disponíveis nas Câmaras de Comércio e Indústria e nas diversas entidades de classe que, geralmente, podem fornecer informações básicas sobre o mercado espanhol. 44 8. Práticas comerciais O idioma deve ser , de preferência, o espanhol, já que o domínio de outros idiomas na Espanha é limitado. No caso de publicações e material promocional, deve-se utilizar o castellano da Espanha e evitar o espanhol da América Latina. Nos contratos comerciais, procurar ser o mais detalhado possível sobre os aspectos relacionados com a forma de pagamento, prazo de entrega, preço, entre outros. Recomenda-se confirmar por fax os acordos feitos por telefone. O convite a importadores para que visitem o Brasil pode ser considerado, sempre e quando se analise seu horizonte de atuação e sua idoneidade. Os gerentes de compras das grandes cadeias de lojas e hipermercados são freqüentemente convidados por grandes exportadores dos países asiáticos. 9. Designação de representantes comerciais O mercado espanhol é bastante diversificado e conta com grande número de pequenos e médios empresários. A designação de um agente ou representante comercial pode ser muito útil para atender ao grande número de atacadistas e varejistas. Caso a designação tenha caráter de exclusividade, recomenda-se a inclusão, no contrato, de um prazo determinado. Assim evitam-se problemas de encerramento de contratos. Para a instalação de escritório de representação, recomenda-se a contratação de escritório de consultoria jurídica que podem servir de ponto de apoio e de endereço comercial. Informações podem ser obtidas junto às representações oficiais da Espanha no Brasil e junto ao SECOM Madri. 10. Reclamações comerciais Sugere-se primeiramente que sejam esgotadas todas as possibilidades junto aos serviços dos Setores de Promoção Comercial das Embaixadas dos dois países. Em último caso o assunto poderá ser levado ao Comitê Nacional da Câmara de Comércio Internacional. 11. Viagens de negócios É fundamental que uma viagem de negócios seja preparada com antecedência. Detectar as áreas prioritárias, contatar as empresas via fax e solicitar, pelo menos trinta dias antes, o apoio do SECOM-Madrid ou do SECOMBarcelona. Caso se trate de uma missão comercial composta por vários empresários, é recomendável comunicar o fato o mais cedo possível, ao Departamento de Promoção Comercial do Ministério das Relações Exteriores, que poderá dar apoio na preparação da missão. Períodos não recomendáveis: segunda quinzena de dezembro, primeira quinzena de janeiro e os meses de julho e agosto. Horário de visitas: 10:00 às 14:00 e de 17:00 às 20:00. Em muitos casos, é praxe o almoço de trabalho. Trato: formal; traje: formal; pontualidade: regular. 12. Assistência profissional Setor de Promoção Comercial: Madri e Barcelona Tanto o SECOM de Madri como o de Barcelona dispõem de excelente sistema informatizado, com informações básicas sobre o mercado espanhol e relação de importadores efetivos. É importante destacar que, embora ambos disponham de informações similares, cada SECOM cuida da área de sua jurisdição. Neste sentido, solicita-se ao empresário brasileiro verificar qual é a sua área prioritária de atuação e posteriormente selecionar o SECOM mais próximo desta área. Caso deseje enviar pedido de apoio a ambos os SECOMs, fazer menção na correspondência: solicitei informação similar ao SECOM de...... Desta forma cada SECOM poderá dedicar maior tempo na arrecadação de informações de sua jurisdição. As consultas dirigidas ao SECOM, dependendo do caso, são divulgadas, por meio do Boletim de Oportunidades Comerciais, junto às Entidades de Classe, Agentes Comerciais, Grandes Bancos e empresários. O SECOM mantém um ótimo relacionamento com as entidades de classe locais, que por sua vez são bastante eficientes e dispostas a facilitar informações a empresários estrangeiros. Estas entidades também podem ser contatadas diretamente pelos empresários brasileiros. Na área de cooperação empresarial e captação de investimentos, ambos os SECOMs fazem parte do Sistema de Promoção de Investimentos (SIPRI) e podem proporcionar apoio ao empresário brasileiro interessado em divulgar seu projeto na Espanha. Os bancos brasileiros instalados em Madri, assim como os departamentos internacionais dos maiores bancos espanhóis, dispõem de informações úteis para o empresário brasileiro que deseja introduzir seu produto no mercado espanhol. 45 ANEXOS I - Endereços 1. Órgãos oficiais brasileiros na Espanha Representação diplomática e consular brasileira: Embaixada do Brasil Chancelaria Calle Fernando el Santo no 6 28010 Madrid Tel: (00 34 1) 308-0459 Fax: (00 34 1) 308-0465 Serviço Consular e Setor de Promoção Comercial Calle Almagro 14 28010 Madrid Tel.: (00 34 1) 319-5004 Fax: (00 34 1) 308-0465 Atendimento ao público: segunda a sexta-feira de 10:00 às 13:30. Consulado Geral do Brasil em Barcelona Consell de Cent 357, 1o piso 08007 Barcelona Tel: (00 34 3) 488-2288 Fax: (00 34 3) 487-2645 2. Principais órgãos oficiais espanhóis Ministério do Comércio e do Turismo Paseo de la Castellana, 162 28046 Madrid Tel.: (00 34 1) 349-3638 Secretaria de Estado de Comércio Exterior Tel.: (00 34 1) 349-4000 Fax: (00 34 1) 345-7085 Direção Geral do Comércio Exterior Tel.: (00 34 1) 349-3860 Fax: (00 34 1) 457-2863 Subdireção Geral de Comércio Exterior de Produtos Agroalimentares Tel.: (00 34 1) 349-3780 Fax: (00 34 1) 349-3806 Subdireção Geral de Política Alfandegária Tel.: (00 34 1) 349-3895 Fax: (00 34 1) 349-3802 Subdireção Geral de Investimentos Externos na Espanha Tel.: (00 34 1) 349-3616 Fax: (00 34 1) 349-3562 Instituto Espanhol de Comércio Exterior (ICEX) Paseo de la Castellana 14/16 28046 Madrid Tel.: (00 34 1) 349-6100 Fax: (00 34 1) 431-6128 46 Ministério de Saúde e Consumo Paseo del Prado, 18/20 28014 Madrid Direção Geral da Saúde Pública Tel.: (00 34 1) 596-2062 Fax: (00 34 1) 596-4409 Subdireção Geral da Saúde Externa e Veterinária (Inspeção Sanitária) Tel.: (00 34 1) 596-2038 Fax:: (00 34 1) 596-2047 Ministério da Economia e da Fazenda Subdireção Geral da Gestão Alfandegária Guzman el Bueno, 137 28003 Madrid Tel.: (00 34 1) 553-9381 Fax: (00 34 1) 553-5242 3. Órgãos oficiais espanhóis no Brasil Representação Diplomática da Espanha Embaixada da Espanha Avenida das Nações, lote 44 70429-900 Brasília - DF Tel.: (061) 244-2121/2023 Fax: (061) 242-1781 Escritório Comercial da Embaixada Tel.: (061) 244-4966/2145 e 342-9394 Fax: (061) 242-0899 Consulado Geral da Espanha no Rio de Janeiro Rua Lauro Müller 116, salas 1601/2 - Torre Rio Sul 22290-160 Rio de Janeiro - RJ Tel.: (021) 541-2299 Fax: (021) 541-7999 Escritório Comercial do Consulado Geral Praia do Botafogo, 142 - 5o andar - apto. 502 22250-040 - Rio de Janeiro - RJ Tel.: (021) 553-5009 Fax: (021) 551-7171 E-mail: [email protected] Consulado Geral da Espanha em São Paulo Av. Bernandino de Campos, 98 - 1o andar 04004-040 São Paulo - SP Tel.: (011) 889-8733/7008/7009 Fax: (011) 889-8412 Consulado da Espanha em Porto Alegre Rua Engo Hildefonso Simões Lopes, 85 91330-180 Porto Alegre - RS Tel.: (051) 338-1300/1667 Fax: (051) 338-1444 47 Consulado da Espanha em Salvador Rua Marechal Floriano, 91 40110-010 Salvador - BA Tel.: (071) 336-9055/1937 4. Órgãos oficiais brasileiros que poderão ser consultados na área de comércio exterior Ministério das Relações Exteriores Divisão de Informação Comercial (DIC) Informações sobre mercado, inclusive condições de acesso, importadores locais e oportunidades comerciais. A Divisão é responsável pela edição e distribuição do guia Como Exportar. Esplanada dos Ministérios Bloco H - Anexo I - 5o andar 70170-900 Brasília - DF Tel.: (061) 411-6390/6391/6884 Fax: (061) 223-2392 Home Page Internet: http://www.braziltradenet.gov.br Divisão de Operações de Promoção Comercial (DOC) Apoia empresários brasileiros em missões comerciais ao exterior e empresários estrangeiros em viagens comerciais ao Brasil; presta assistência à realização de operações comerciais de interesse para o Brasil, facilitando negociações e acompanhando sua execução. A Divisão também organiza a participação em Feiras e Seminários no Brasil e no exterior. Esplanada dos Ministérios Bloco H - Anexo I - 4o andar 70170-900 Brasília - DF Tel.: (061) 411-6577/6378/6642/6665 Fax: (061) 223-2392 Home Page Internet: http://www.braziltradenet.gov.br Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo Secretaria de Comércio Exterior - SECEX Esplanada dos Ministérios Bloco J - 8o andar 70056-900 Brasília - DF Tel.: (061) 325-2076/2082/2085 Fax: (061) 325-2075 5. Câmaras de comércio 5.1. Na Espanha Câmara de Comércio do Brasil na Espanha Jacometrezo 4 - 7o piso Madrid Tel.: (00 34 1) 532-6864 Fax: (00 34 1) 522-4844 Obs.: entidade privada, as consultas são pagas. Câmara Hispano-Brasileira de Comércio, Indústria e Navegação Consell de Cant, 357-359 14o piso 08007 Barcelona Tel.: (00 34 3) 487-0428 Obs.: entidade privada, as consultas são pagas. 48 Conselho Superior das Câmaras de Comércio, Indústria e Navegação da Espanha Claudio Coelho, 19 28001 Madrid Tel.: (00 34 1) 575-2306/07 Fax: (00 34 1) 435-4255 Câmara de Comércio, Indústria e Navegação Em Madri: Plaza Independência, 1 28001 Madrid Tel.: (00 34 1) 538-3500 Fax: (00 34 1) 538-3718 Em Barcelona: Avda. Diagonal, 452/454 08006 Barcelona Tel.: (00 34 3) 415-9300 Fax: (00 34 3) 416-9301 Em Vizcaya: Alameda Recalde, 50 48008 Bilbao Tel.: (00 34 4) 410-4664 Fax: (00 34 4) 443-6171 Em Valência: Poeta Querol, 15 46002 Valencia Tel.: (00 34 6) 351-1301 Fax: (00 34 6) 351-6349 Em La Corunha: Alameda, 30-32 - piso 1 Apartado de Correos, 201 15003 La Coruña Tel.: (00 34 81) 22-2133 Fax: (00 34 81) 22-5208 Em Saragoza: Isabel Católica, 2 50009 Zaragoza Tel.: (00 34 76) 55-2298 Fax: (00 34 76) 35-7945 Em Las Palmas: León y Castillo, 24 35003 Las Palmas de Gran Canaria Tel.: (00 34 28) 37-1000 Fax: (00 34 28) 36-2350 5.2. No Brasil Câmara Oficial Espanhola de Comércio Rua Líbero Badaró, 471 - 18o andar 01009-000 São Paulo - SP Tel.: (011) 232-9220 Fax: (011) 604-6951 49 6. Principais entidades de classe locais Associação Espanhola de Comércio Exterior (AECE) Estébanez Calderón, 5 28020 - Madrid Tel.: (00 34 1) 572-0218 Fax: (00 34 1) 570-6482 Associação Espanhola de Factoring Paseo de la Castellana, 128 28046 Madrid Tel.: (00 34 1) 411-5465 Fax: (00 34 1) 562-1230 Associação de Feiras da Espanha General Pardiñas, 112 bis 1o C 28006 Madrid Tel.: (00 34 1) 562-1022 Fax: (00 34 1) 564-4273 Associação Espanhola de Normalização e Certificação (AENOR) Fernández de la Hoz, 52 28010 Madrid Tel.: (00 34 1) 310-4851 Fax: (00 34 1) 310-4976 Associação Espanhola de Médias e Grandes Empresas de Distribuição (ANGED) Alfonso XI, 3 - piso 1 28014 Madrid Tel.: (00 34 1) 522-3004 Fax: (00 34 1) 522-6125 Associação Espanhola de Marketing Direto (AEMD) Avda. del Brasil, 4 10o , 1o B 28020 Madrid Tel.: (00 34 1) 556-9220 Fax: (00 34 1) 556-7060 Confederação Espanhola de Organizações Empresariais (CEOE) Alcántara, 20 28006 Madrid Tel.: (00 34 1) 431-2233 Fax: (00 34 1) 578-0342 Instituto de la Pequeña y Mediana Empresa (IMPI) Paseo de la Castellana, 141 28046 Madrid Tel.: (00 34 1) 582-9300 Fax: (00 34 1) 571-2831 Federação Nacional de Empresas de Publicidade (FINEP) Gran Via, 57 9o E 28013 Madrid Tel.: (00 34 1) 574-9458 Fax: (00 34 1) 559-1308 50 Colégio Oficial de Agentes de Patente e Marcas Montera, 13 28013 Madrid Tel.: (00 34 1) 522-3824 Fax: (00 34 1) 522-3824 Oficina Espanhola de Patentes e Marcas Panamá, 1 28001 Madrid Tel.: (00 34 1) 349-5300 Fax: (00 34 1) 457-2280 7. Principais bancos 7.1. Bancos brasileiros com representação na Espanha Banco do Brasil S.A. Calle Serrano, 73 28006 Madrid Tel.: (00 34 1) 575-1809 Fax: (00 34 1) 575-2607 Banco do Estado de São Paulo S.A. (BANESPA) Plaza de Manuel Gómez Moreno, 2 - 7o B 28010 Madrid Tel.: (00 34 1) 597-1728 Fax: (00 34 1) 597-2553 Banco Real S.A. Calle José Ortega y Gasset, 29 28006 Madrid Tel.: (00 34 1) 576-2400 Fax: (00 34 1) 577-5780 7.2. Principais bancos espanhóis Banco de Espanha Calle Alcala, 50 2814 Madrid Tel.: (00 34 1) 338-5651 Fax: (00 34 1) 338-5320 Banco Bilbao Vizcaya (BBV) Comércio Internacional Paseo de la Castellana, 81 28046 Madrid Tel.: (00 34 1) 374-6000/6163 Fax: (00 34 1) 374-6432 Banco Central Hispanoamericano Área de Latinoamérica Marqués de Villamagna, 3 28001 Madrid Tel.: (00 34 1) 558-2692 Fax: (00 34 1) 578-2403 51 Banco Exterior de Espanha S.A. - ARGENTARIA Divisão de Comércio Internacional - Club del Exterior Goya, 14 28001 Madrid Tel.: (00 34 1) 537-7999 Fax: (00 34 1) 537-8219 Banco Pastor Cantón Pequeño, 1 15003 La Coruña Tel.: (00 34 81) 22-4100/6600 Fax: (00 34 81) 21-0301 Banco Pastor Paseo de Recoletos, 19 28004 Madrid Tel.: (00 34 1) 522-6111/5220 Fax: (00 34 1) 521-1220 Banco Santander Divisão de Negócios Internacionais Paseo de la Castellana, 24 28046 Madrid Tel.: (00 34 1) 342-4600/3621 Fax: (00 34 1) 342-3303 7.3. Representações bancárias espanholas no Brasil Banco Bilbao Vizcaya (BBV) No Rio de Janeiro: Av. Rio Branco, 143-16 20040-001 Rio de Janeiro - RJ Tel.: (021) 242-5118/5460 Fax: (021) 242-7026 Em São Paulo: Av. Paulista, 453 - 13o andar 01311-000 São Paulo - SP Tel.: (011) 283-3098 Fax: (011) 289-6469 Banco Central Hispanoamericano No Rio de Janeiro: Av. Rio Branco, 134 - 20o andar 20040-000 Rio de Janeiro - RJ Tel.: (021) 221-2945 Fax: (021) 221-2905 Em São Paulo: Av. Paulista, 1754 - 11o andar 01210-200 São Paulo - SP Tel.: (011) 284-9355 Fax: (011) 289-7961 Banco Exterior de Espanha S.A. - ARGENTARIA Rua Geraldo Flaustino Gomes, 42 - Cj. 111 04575-060 São Paulo - SP Tel.: (011) 543-4466 Fax: (011) 530-7459 52 Banco Pastor Rua da Assembléia, 10 - s/1.301 20011-000 Rio de Janeiro - RJ Tel.: (021) 531-2423 Fax: (021) 531-1504 Banco Santander No Rio de Janeiro: Rua da Assembléia, 10 30o andar GR 3116 20011-000 Rio de Janeiro - RJ Tel.: (021) 531-1203 Fax: (021) 531-1606 Em São Paulo: Av. Paulista, 2.073 Ed. De Horsa II, 5o andar 01311-300 São Paulo - SP Tel.: (011) 253-4362 Fax: (011) 289-0481 8. Principais feiras e exposições Em Madri: A organização dos principais eventos é feita pela: Instituición Ferial de Madrid (IFEMA) Parque Ferial Juan Carlos I Apartado de Correos, 67067 28067 Madrid Tel.: (00 34 1) 772-5000 Fax: (00 34 1) 772-5799 Feira Internacional do Presente - INTERGIFT (janeiro e setembro) Feira Internacional de Jóias e Bijuterias - IBERJOYA/BISUTEX (janeiro e setembro) Feira Internacional de Turismo - FITUR (janeiro) Semana Internacional da Moda - Inmoda/Animoda - moda feminina importada; Imagenmoda - moda feminina internacional; Intermoda - Confecção; Ibermoda - moda masculina; Intima/Moda-Baño - moda de banho, roupa íntima e meias. (fevereiro e setembro) Salão Internacional de Bricolagem/Expo-Ócio (março) Feira Internacional de Artigos de Couro- IBERPIEL (março e outubro) Feira Internacional do Móvel (abril) Salão de Decoração de Interiores - DECOTEC (maio) Salão da Pedra Natural - PIEDRA (maio) Salão Internacional de Equipamentos para Hotéis e Restaurantes - HOSTELCO (outubro) Semana Internacional do Urbanismo e do Meio Ambiente (novembro) 53 Em Barcelona: Os eventos em Barcelona são organizados por: FIRA de Barcelona Avda. Reina Maria Cristina, s/n 08004 Barcelona Tel.: (00 34 3) 423-3101 Fax: (00 34 3) 423-8651 Salão Internacional da Pele - PIELESPAÑA (janeiro) Salão Internacional do Turismo - SITC (abril) Salão Náutico Internacional (novembro) Em Alicante: Os eventos são organizados por: Instituición Ferial Alicantina Poligono, 2 03280 Elche Tel.: (00 34 6) 568-2500 Fax: (00 34 6) 568-2444 Em março: Salão Internacional do Calçado - EXPOCALZADO (semestral) Em Saragoza Os eventos são organizados por: Instituición Ferial Oficial y Nacional de Muestras Carretera Nacional II, Km 311 Apartado de Correos, 108 50012 Zaragoza Tel.: (00 34 76) 53-4420 Fax: (00 34 76) 33-0649 Em fevereiro: Feira Internacional de Máquinas para Obras Públicas e Construção (bienal - anos pares) Em março: Feira Internacional de Máquinas Agrícolas (anual) 9. Meios de comunicação 9.1. Jornais El País (Madri) Tel.: (00 34 1) 337-9200 ABC (Madri) Tel.: (00 34 1) 339-9000 Fax: (00 34 1) 320-3620 El Mundo (Madri) Tel.: (00 34 1) 586-4800 Fax: (00 34 1) 586-4848 54 Diário 16 (Madri) Tel.: (00 34 1) 558-9800 Fax: (00 34 1) 396-5246 La Vanguardia (Barcelona) Tel.: (00 34 3) 318-5587 Fax: (00 34 3) 301-5454 Jornais especializados em economia e comércio: Cinco Dias (Madri) Tel.: (00 34 1) 538-6100 Fax: (00 34 1) 523-1128 Expansión (Madri) Tel.: (00 34 1) 575-6502 Fax: (00 34 1) 337-3220 La Gaceta de los Negócios (Madri) Tel.: (00 34 1) 586-3389 Fax: (00 34 1) 586-3389 9.2.Revistas Semanais: Cambio 16 (Madri) Dinero (Madri) Tribuna (Madri) Mensais: Dirigentes (Madri) Cataluña Empresarial (Barcelona) Q (Madri) Revistas especializados em economia e comércio: Actualidad Económica (Madri) Conjuntura Económica (Madri) Marketing Actual (Madri) Metales y Maquinas (Madri) La Tienda (Madri) ARAL (Madri) 9.3. Canais de televisão TVE (estatal) TVE-Internacional (estatal) Antena 3 (privada) Tele 5 (privada) Canal Plus (privada televisão por assinatura) Cada Comunidade Autônoma da Espanha dispõe de um canal com programação total. 55 9.4. Estações de rádio Radio Nacional da Espanha Radio Exterior de Espanha Cadena SER (privada) Cadena COPE (privada) Cada Comunidade Autônoma dispõem de canal local de rádio. 9.5. Agências de publicidade A.P.G. Difusión Calle General Margallo, 24 28020 Madrid Tel.: (00 34 1) 570-8392 Fax: (00 34 1) 570-9778 Ayer Direct Global Calle Jenner 3 28010 Madrid Tel.: (00 34 1) 319-4350 Fax: (00 34 1) 308-3261 Grupo Ruiz Nicoli Plaza de Manuel Gomez Moireno s/n 5 28020 Madrid Tel.: (00 34 1) 556-0376 Fax: (00 34 1) 555-3060 10. Consultoria de marketing Comunicación UNO Calle Miguel Yuste, 26 28037 Madrid Tel.: (00 34 1) 304-5542 Fax: (00 34 1) 754-5239 Deyk Consultores Av. Generalíssimo, 43 1o piso 28224 Pozuelo del Arcón Tel.: (00 34 1) 351-1878 Fax: (00 34 1) 351-1851 Redes de Campo Plaza C. Trias Bertrán 7 6o piso 28020 Madrid Tel.: (00 34 1) 555-0000 Fax: (00 34 1) 555-9697 11. Aquisição de publicações Publicações do Banco da Espanha: Calle Alcalá 50 28014 Madrid Tel.: (00 34 1) 338-5180 Fax: (00 34 1) 338-5320 56 Informe Anual - edições em espanhol e inglês Balanzas de Pagos de España Boletín Económico y Boletín Estadístico Indicadores Económicos Publicações do Ministério de Comércio e Turismo: Paseo de la Castellana, 162 28046 Madrid Tel.: (00 34 1) 349-3595 Fax: (00 34 1) 349-3634 Información Comercial Española (ICE) - semanal Boletín Económico del ICE - mensal Publicações do Instituto de Comércio Exterior (ICEX): Paseo de la Castellana, 14, 28046 Madrid Tel.: (00 34 1) 349-6137 Fax: (00 34 1) 349-6120 Expansion - revista sobre mercados externos Spain Goumetour Guia de Negócios A Guide to Business in Spain Publicações oficiais: Boletín Oficial del Estado Tel.: (00 34 1) 538-2297 Fax: (00 34 1) 538-2275 Estatísticas de Comércio Exterior: Libreria Lines-Chiel Tel.: (00 34 1) 403-1456 Fax: (00 34 1) 326-7972 Tarifa Alfandegária: Actualidad Editorial S.A. Tel.: (00 34 1) 634-0024 Fax: (00 34 1) 634-1623 12. Companhias de transporte com o Brasil 12.1 Marítimas Brasileiras: Lloyd brasileiro Maritima Davila Calle Hermosilla, 30 piso 2 28001 Madrid Tel.: (00 34 1) 433-1778 Fax: (00 34 1) 576-2338 Frota Amazônica Maritima Davila Calle Hermosilla, 30 piso 2 28001 Madrid Tel.: (00 34 1) 433-1778 Fax: (00 34 1) 576-2338 57 Aliança Companhia Marítima E. Erhardt & Cia. Bilbao Tel.: (00 34 4) 329-3100 Fax: (00 34 4) 435-0100 Estrangeiras: Ybarra & Cia Paseo de Gracia, 87 piso 3 08008 Barcelona Tel.: (00 34 3) 487-9705 Fax: (00 34 3) 487-9297 Co-signatários de carga Maritima Davila Calle Hermosilla, 30 piso 2 28001 Madrid Tel.: (00 34 1) 433-1778 Fax: (00 34 1) 576-2338 Bergé Marítima S.A. Alcarria, 5 28820 Coslada (Madrid) Tel.: (00 34 1) 674-1014 Fax: (00 34 1) 673-7532 12.2. Aéreas Brasileiras: VARIG Grán Via, 88 - piso 5 28013 Madrid Tel.: (00 34 1) 542-0208 (diretoria)/542-7272 (reservas) 305-4147 (aeroporto)/305-8397 (carga) Fax: (00 34 1) 559-1310/305-5819 (carga) Frequência: Domingo: Madri/Rio/São Paulo Segunda-feira: Madri/Recife/Rio Demais dias: Madri/São Paulo/Rio VASP Paseo de Gracia, 44 08007 Barcelona Tel.: (00 34 3) 487-0983/1106 Fax: (00 34 3) 487-1138 Tel.: (00 34 3) 370-0061(aeroporto de Barcelona) Cargas: Cargo Rate and Sales Violante de Hungria, 82 08034 Barcelona Tel.: 490-4038 Frequência: Sábado: Barcelona/Salvador/SãoPaulo Terça -feira: Barcelona/São Paulo/Rio de Janeiro. 58 Estrangeira: IBÉRIA Velazquez, 130 28006 Madrid Tel.: (00 34 1) 587-8787 Fax: (00 34 1) 587-7400 59 II - Comunicações com o Brasil 1. Telefone de 08:00 às 22:00 - cerca de US$ 1,60 por minuto de 22:00 às 08:00 - cerca de US$ 1,05 por minuto Conexão direta com a operadora da Telebrás para chamadas a cobrar: 900 99 00 55. 2. Telegramas O preço por palavra é de US$ 1,25 + 16% IVA. (São contadas todas as palavras inclusive as do nome e endereço do destinatário) 3. Correspondência postal Via aérea: Peso (g) 20 a 30 50 a 60 90 a 100 500 Preço (US$) 1,60 2,30 3,00 16,70 Colis posteaux: O serviço de Correio da Espanha vende embalagens padronizadas para este tipo de serviço. É obrigatório preencher formulário específico para fins alfandegários. Via aérea: (prazo de entrega: cerca de 10 dias) Peso (kg) 1,00 5,00 10,00 20,00 Preço (US$) 25,40 62,00 106,00 194,60 Via marítima: (prazo de entrega: cerca de três meses) Peso (kg) 1,00 5,00 10,00 10,00 Preço (US$) 17,90 24,40 30,00 42,90 60 III - Informações práticas 1. Moeda A moeda espanhola é a PESETA (Pts), com subdivisão decimal em cêntimos. Cotação em fevereiro de 1996: US$ 1,00 = Pts 123,51 Moedas de 5, 10, 25, 50, 100, 200 e 500 pesetas; Notas de 1.000,00, 2.000,00, 5.000,00 e 10.000,00 pesetas. 2. Pesos e medidas Sistema Métrico Decimal 3. Feriados São observados os seguintes feriados nacionais: 1o de janeiro (Ano Novo) 6 de janeiro (Dia dos Reis) 19 de março (São José) 1o de maio (Dia do Trabalho) 15 de agosto(Assunção da Virgem) 12 de outubro (Dia da Raça ou Hispanidad) 1o de novembro(Todos os Santos) 6 de dezembro(Dia da Constituição Espanhola) 25 de dezembro (Natal) Além desses dias, há de se considerar as festas móveis como a Semana Santa, e os feriados regionais, de cada Comunidade Autônoma. Os meses de julho e agosto são considerados meses de férias. 4. Fuso horário Existe uma diferença de quatro horas a mais entre o Brasília e a Espanha peninsular. Com o horário de verão a diferença pode variar de três a cinco horas. Com relação às Ilhas Canárias a diferença se reduz em uma hora. 5. Horário comercial Atividades comerciais: de 09:00/10:00 às 14:00 e de 15:30/17:00 às 18:00/20:00 Bancos: de 09:00h às 14:00h (atendimento ao público) Entidades Públicas: de 09:00 às 14:00 Comércio: de 09:00/10:00 às 14:00 e 17:00h às 20:00 Lojas de departamento: de 10:00 às 21:30/22:00. Horário de verão: com exceção das lojas de departamento, as demais atividades têm um horário corrido de 09:00 às 14:00 nos meses de verão (de meados de junho a meados de setembro). 6. Eletricidade 220V/50Hz 7. Períodos recomendados para viagem As atividades econômicas/comerciais concentram-se principalmente no período de outubro a junho. Não é recomendável realizar viagem de negócios nos meses de julho/agosto e durante os feriados da Semana Santa e Natal. 61 8. Visto de entrada Não é exigido o visto em passaporte brasileiro para uma permanência de até 90 dias. 9. Vacinas Para brasileiros, não há exigência de qualquer vacina. 10. Câmbio Não há restrições de câmbio na Espanha. 11. Hotéis Nos aeroportos internacionais existe o serviço de reserva de hotéis. Em Madrid os principais hotéis são: Hotel Ritz Plaza de la Lealtad, 5 28014 Madrid Tel.: (00 34 1) 521-2857 Fax: (00 34 1) 532-8776 Hotel Villa Magna Paseo de la Castellana, 22 28046 Madrid Tel.: (00 34 1) 576-7500 Fax: (00 34 1) 575-9504 Husa Princesa Princesa, 40 28008 Madrid Tel.: (00 34 1) 542-3500 Fax: (00 34 1) 542-3501 Hotel Castellana Inter-Continental Paseo de la Castellana, 49 28046 Madrid Tel.: (00 34 1) 410-0200 Fax: (00 34 1) 319-5853 Hotel Cuzco Paseo de la Castellana, 133 28046 Madrid Tel.: (00 34 1) 556-0600 Fax: (00 34 1) 556-0372 Eurobuilding Padre Damián, 23 28036 Madrid Tel.: (00 34 1) 563-8088 Fax: (00 34 1) 345-4576 Hotel Tryp Fénix Hermosilla, 2 28001 Madrid Tel.: (00 34 1) 431-6700 Fax: (00 34 1) 576-0661 62 BIBLIOGRAFIA - ESPAÑA 1995. Madri, Ministerio de la Presidencia/Secretaria General del Portavoz del Gobierno, 1995. - BOLETÍN MENSUAL DE ESTADÍSTICA DICIEMBRE 1995. 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São Paulo, Edições Aduaneiras, dezembro/1995. Outras publicações sobre comércio exterior podem ser obtidas no: Centro de Documentação de Comércio Exterior - CDC Divisão de Informação Comercial - DIC o 5 andar - sala 520 Ministério das Relações Exteriores 70170-900 Brasília - DF 63 Títulos publicados na série Como Exportar*: 1978- CEX/ 1: Espanha CEX/ 2: Países Baixos CEX/ 3: Nigéria CEX/ 4: Canadá CEX/ 5: Japão CEX/ 6: México CEX/ 7: França CEX/ 8: Estados Unidos da América CEX/ 9: Bélgica e Luxemburgo CEX/10: Venezuela 1979- CEX/11: Reino Unido CEX/12: Arábia Saudita CEX/13: Suécia CEX/14: Suíça 1980- CEX/15: República Popular da China CEX/16: República Federal da Alemanha CEX/17: Austrália CEX/18: Coveite CEX/19: Chile CEX/20: Hungria CEX/21: Itália CEX/22: Costa Rica 1981- CEX/23: Uruguai CEX/24: Estados Unidos da América (2a edição) CEX/25: Equador CEX/26: Costa do Marfim CEX/27: Peru CEX/28: Argentina CEX/29: Argélia CEX/30: Paraguai 1982- CEX/31: Noruega CEX/32: Hong Kong CEX/33: Panamá CEX/34: Países Baixos (2a edição) CEX/35: Colômbia 1983- CEX/36: Portugal CEX/37: Japão (2a edição) CEX/38: Bélgica e Luxemburgo (2a edição) CEX/39: França (2a edição) CEX/40: Indonésia 1984- CEX/41: Senegal CEX/42: Cingapura CEX/43: Venezuela (2a edição) CEX/44: Malásia CEX/45: Dinamarca CEX/46: República Federal da Alemanha (2a edição) 1985- CEX/47: Hungria (2a edição) CEX/48: Grécia 1986- CEX/49: Paraguai (2a edição) CEX/50: Austrália (2a edição) 1987- CEX/51: Índia CEX/52: Canadá (2a edição) CEX/53: Cuba 1988- CEX/54: Chile (2a edição) 1989- CEX/55: Itália (2a edição) CEX/56: Coréia do Sul CEX/57: México (2a edição) 64 1990- CEX/58: Reino Unido (2a edição) 1994- CEX/59: Portugal (2a edição) CEX/60: Brasil 1995- CEX/61: Reino Unido (3a edição) CEX/62: Panamá (2a edição) CEX/63: Tailândia CEX/64: Malásia (2a edição) 1996- CEX/65: Costa Rica (2a edição) CEX/66: Chile (3a edição) CEX/67: Espanha (2a edição) * Títulos disponíveis: CEX/60 e CEX/62 ao CEX/67. Os pedidos de informações adicionais sobre os estudos da série Como Exportar ou de remessa de novos exemplares deverão ser encaminhados à: Divisão de Informação Comercial - DIC Anexo I - 5o andar Ministério das Relações Exteriores 70.170-900 Brasília - DF Tel.: (061) 211-6390/6391 Fax: (061) 223-2392 Home Page Internet: http://www.braziltradenet.gov.br 65