Ementa e Bibliografia/Semestre 2013.2

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Ementa e Bibliografia/Semestre 2013.2
Ementa e Bibliografia/Semestre 2013.2
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Arte e Pensamento: Das obras e suas interlocuções
Ementa
Tomar as produções artísticas, suas práticas, seus modos de constituição como
expressão do pensamento. Entender as artes como modos de produção do sensível. São
tratadas questões relacionadas à formulação do pensamento a partir dos diferentes
regimes estéticos nos planos da visualidade, da performatividade, do corpo, do texto, do
som e das mediações técnicas, destacando a multiplicidade contemporânea das artes. A
disciplina aborda a arte como pensamento, podendo realizar recortes mais específicos
desta temática a partir das pesquisas desenvolvidas pelos docentes de modo a garantir a
constituição de um pensamento da produção contemporânea.
Bibliografia
BENJAMIN, Walter. (2006). Passagens. Belo Horizonte: Editora UFMG.
DELEUZE, Gilles, Francis Bacon. (2007). Lógica da Sensação. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar.
DELEUZE, Gilles, Francis Bacon. (1992). Conversações. Rio de Janeiro: ed. 34 Letras.
DELEUZE, Gilles, Francis Bacon. (1990).The Logic of Sense: European perspectives.
New York: Columbia University Press.
DERRIDA, Jacques. (2009). A escritura da Diferença. São Paulo: Perspectiva
DIDI-HUBERMAN, Georges. (2011). Sobrevivência dos vaga-lumes. Belo Horizonte:
UFMG.
FOUCAULT, Michel. (1987). Arqueologia do saber. Rio de Janeiro: Forense.
FOUCAULT, Michel. (2011). Microfísica do Poder. São Paulo: Graal.
GIL, José. (1996). A imagem Nua e as pequenas percepções: estética e
metafenomenologia. Lisboa: Relógio D’Água.
PARFAIT, FRANÇOISE. (2001).Video: un art contemporain. Paris: Editions do regard.
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Arte e Processo de criação: Poéticas contemporâneas
Ementa
Esta disciplina terá como objetivo estudar a problemática da processualidade na criação
artística, a emergência da colaboração e das poéticas contemporâneas em arte. em A
partir dos estudos da crítica de processo, propomos: (1) discutir a criação artística como
pesquisa e produção de conhecimento. (2) processo e obra|obra e processo. (3) Poéticas
contemporâneas e as investigações pessoais. (4) colaboração.
** Tópicos específicos de discussão, serão abordados a partir dos projetos dos alunos do
programa.
Bibliografia
COSTA, Luiz C. (org.). (2009). Dispositivos de registro na arte contemporânea. Rio de
Janeiro: Contra Capa Livraria.
CAUQUELIN, Anne. (2005). Arte contemporânea. SãoPaulo: Ed. Martins Fontes.
JOHNSON, Steven. (2011). De onde vêm as boas ideias. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
PARENTE, André (org.). (2004). Tramas da rede. Porto Alegre: Sulina.
RANCIÉRE, Jacques. (2010). Espector Emancipado. Lisboa: Orfeu Negro.
RANCIÉRE, Jacques. (2009). A partilha do sensível: Estética e Política. São Paulo: ed.
34.
SALLES, Cecilia A. (2006). Redes da criação: construção da obra de arte. Vinhedo: Ed.
Horizonte.
SALLES, Cecilia A. (2011). Gesto inacabado. São Paulo: Intermeios.
Livros de Artistas|curadores| catálogos:
BEUYS, Joseph.(2004). What is Art? . Ed. Clairview.
JONAS, Joan, HOFFMAN, Jens.( 2005). Perform. London: Ed. Thames & Hudson.
EAMON, Christopher. (2005). Anthony MaccCallThe Solid Light Films and Related
Works. San Francisco: Ed. Steidl
KAPOOR, Anish. (2009). Anish Kapoor. London: Ed. Phaidon.
** bibliografia complementar será proposta de acordo com as discussões específicas e
projetos artísticos dos alunos.
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Ateliê de criação IV
Ementa
O ateliê se propõe à experimentação corpo|escrita na busca por modos de dizer em arte
desafiados pela hibridação entre formato e objeto investigado. É porque o corpo resiste
a tornar-se objeto (de estudo) que outros regimes de escrita são exigidos. A queda do
corpo (Antonio Pinto Ribeiro, 2011) apresenta-se assim como queda do texto. Escrita
como pensamento. Modos de dizer como modos de existir. No contexto de um ateliê de
criação, pretende promover a passagem de uma escrita sobre arte, a uma escrita de arte
ou em arte para entende-la como um fazer|conhecer. Ladeia ateliês de pesquisa corporal,
ministrados por professores especialmente convidados, e ateliês de composição textual,
na busca pela entremeadura: palavra|gesto; movimento|pensamento; corpo|escrita. A
suposição é de que estudar as assim chamadas dramaturgias do corpo pode dar a ver a
produção textual, no contexto da pesquisa em arte, como uma dramaturgia do conceito.
O tempo no pensamento. Este é o nosso convite.
Bibliografia
ARISTÓTELES. Poética. São Paulo: Nova Cultural, 1991. (Coleção Os Pensadores,
v.2)
BARDAWIL, Andrea (Org.). Tecido afetivo: por uma dramaturgia do encontro.
Fortaleza: Expressão Gráfica, 2010.
BARDET, Marie. Pensar con mover: un encuentro entre danza y filosofia. Buenos
Aires: Cactus, 2012.
BARTHES, Roland. O rumor da língua. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
BECKETT, Samuel. O inominável. São Paulo: Globo, 2009.
BERENSTEIN Jacques, Paola. Estética da Ginga. Casa da Palavra: Rio de Janeiro,
2001.
BERNARD, Michel. El cuerpo. Buenos Aires: Paidós, 1980.
BERNARD, Michel. De la création chorégraphique. Paris: Centre National de la Danse
2001.
BLANCHOT, Maurice. Uma voz vinda de um outro lugar. Rio de Janeiro: Rocco, 2011.
BLANCHOT, Maurice. O espaço Literário. Rio de Janeiro: Rocco, 2011.
BLANCHOT, Maurice. A conversa infinita: a palavra plural. São Paulo: Escuta, 2010.
BLANCHOT, Maurice. A conversa infinita: a ausência do livro. São Paulo: Escuta,
2010.
BORGES, Jorge Luis. Obras completas. São Paulo: Globo, 1998.
CASSIN, Barbara. O efeito sofístico. São Paulo: Ed. 34, 2005.
DELEUZE, Gilles, GUATTARI, Félix. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia, v. 3.
Rio de
Janeiro: Ed. 34,
DERRIDA, Jacques. A escritura e a diferença. São Paulo : Perspectiva, 1995.
DERRIDA, JACQUES, BERGSTEIN, LENA. Enlouquecer o Subjétil. São Paulo:
Ateliê Editorial:
Fundação Editora da UNESP, 1998.
DURAS, Marguerite. Escrever. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.
FLUSSER, Vilém. A escrita: Há futura para a escrita? São Paulo: Annablume, 2010.
FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 1996.
FOUCAULT, Michel. O que é um autor?. Lisboa: Veja, 1992.
FOUCAULT, Michel. História da loucura na Idade Clássica. São Paulo: Perspectiva,
1972.
GIL, José. Movimento total: o corpo e a dança. São Paulo: Iluminuras, 2005.
LEPECKI, André. Exhausting dance : performance and the politics of movement. New
York: Routledge, 2006.
LEPECKI, André. Planos de composição. In: GREINER, Christine et al. (Org.).
Cartografia: Rumos Itaú Cultural DANÇA 2009-2010. São Paulo: Itaú Cultural, 2010.
LIGHTMAN, Alan. Sonhos de Einstein. São Paulo: Companhia das Letras, 1993
LINS, Daniel, GADELHA, Sylvio (Orgs.). Nietzsche e Deleuze: O que pode o corpo?
Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2002.
LINS, Daniel. Antonin Artaud: o artesão do corpo sem órgãos. São Paulo: Lumme
Editor, 2011.
LOUPPE, Laurence. Poética da dança contemporânea. Lisboa: Orfeu Negro, 2012.
MACHADO, Renato. Foucault, a filosofia e a literatura. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.
NASCIMENTO, Evaldo. Derrida e a literatura: notas de literatura e filosofia nos textos
da Desconstrucão. Niteroi: EDUFF, 2004.
NOVARINA, Valère. Diante da palavra, tradução de Ângela Leite Lopes. Rio de
Janeiro: 7 Letras, 2009.
PELBART, Peter Pal. O tempo não reconciliado. imagens de tempo em Deleuze. São
Paulo: Perspectiva, 2007.
PERRONE-MOISÉS, Leyla. Texto, crítica, escritura. São Paulo: Martins, 2005.
RIBEIRO, Antonio Pinto. Questões permanentes. Lisboa: Cotovia, 2011.
RICOEUR, Paul. Tempo e Narrativa. São Paulo: Martins Fontes, 2011.
ROBBE-GRILLET, Alain. Pour un nouveau roman. Paris: Les Éditions de Miniut,
1996.
SCHÖPKE, Regina. Matéria em movimento: a ilusão do tempo e o eterno retorno. São
Paulo: Martins Martins Fontes, 2009
SELIGMANN-SILVA, Márcio. Palavra e imagem: memória e escritura. Chapecó:
Argos, 2006.
SPINOZA, Baruch. Ética. Belo Horizonte: Autêntica, 2009.
SZONDI, Peter. Teoria do drama burguês [século XVIII]. SP: Cosac Naif, 2004.
TIBURI, Marcia, ROCHA, Thereza. Diálogo|Dança. São Paulo: SENAC, 2012.
UNO, Kuniichi. A gênese de um copo desconhecido. São Paulo: n-1, 2012.
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Tópicos Especiais II
Ementa
O objetivo da disciplina é apresentar conceitos e questões centrais à discussão
contemporânea sobre os modos de articulação entre arte e política. As sessões serão
organizadas em torno dos seguintes tópicos: (i) principais paradigmas que relacionam
arte e política; (ii) condições e modos em que é possível representar situações de
conflito e de despossessão; (iii) afeto e emancipação;(iv) relação entre imagem,
memória e esquecimento; (v) práticas participativas ou de cooperação estabelecidas pela
produção artística; (vi) subalternidade e o “direito de narrar”; (vii) cidade, ambiente e
cidadania; (viii) arte e política no Brasil. Os três primeiros tópicos serão tratados nas
cinco sessões iniciais da disciplina, a serem realizadas entre 2 e 6 de setembro de 2013.
Os demais tópicos serão discutidos nas cinco sessões finais do curso, entre 18 e 22 de
novembro de 2013.
Bibliografia
Tópico 1: Polícia / Política / Político (1 sessão)
Introdução a conceitos e questões centrais à discussão contemporânea sobre arte e
política: arte engajada, “desentendimento”, “dissenso”, “política”, “polícia”, “o
político”, “antagonismo”, “agonismo”.
Rancière, Jacques. O Desentendimento. São Paulo, editora 34, 1996. Capítulos 2 (“O
dano: política e polícia”) e 3 (“A razão do desentendimento”), pp. 35 a 70.
Rancière, Jacques. “Paradoxos da arte política”. In O Espectador Emancipado. São
Paulo, WMF Martins Fontes, 2012, pp. 50 a 81.
Mouffe, Chantal. “Politics and the Political”. In On the Political. Londres, Routledge,
2006, pp. 8 a 34.
Mouffe, Chantal. “Prácticas artísticas e política democrática en una era pospolítica”. In
Prácticas artísticas y democracia agonística. Barcelona, MACBA, 2007, pp. 59 a 70.
Tópico 2: Representação de conflitos e de despossessão (3 sessões)
Discussão sobre as condições e as maneiras em que é possível representar situações de
conflito e de despossessão. Definições sobre os conceitos de “tempos sombrios”,
“biopolítica”, “vida nua”, “estado de exceção”, “evidência”, “imagem intolerável”.
Proximidades e diferenças entre documentário e ficção.
Agamben, Giorgio. “Introdução” e “O Paradoxo da Soberania”. In Homo Sacer. O
poder soberano e a vida nua I. Belo Horizonte, Editora UFMG, 2002, pp. 9 a 36.
Agamben, Giorgio. “O Estado de exceção como paradigma de governo”. In Estado de
Exceção. São Paulo, Boitempo, 2004, pp. 9 a 49.
Arendt, Hannah. Homens em tempos sombrios. São Paulo, Companhia das Letras,
2008. Capítulo 1 (Sobre a humanidade em tempos sombrios: Lessing), pp. 10 a 40.
Azoulay, Ariella. “The execution portrait”. In Geoffrey Batchen, Mick Gidley, Nancy
K. Miller e Jay Prosser (orgs), Picturing Atrocity. Londres, Reacktion Books, 2012, pp.
249 a 259.
Demos, T. J. “Poetics justice: on the art of evidence”. In A question of evidence.
Colônia, Verlag der Buchhandlung Walther König, pp. 49 a 53.
Didi-Huberman, Georges. Coisa pública, Coisa do povos, Coisa plural. In Rodrigo Silva
(org.), A República Por Vir. Arte, Política e Pensamento para o Século XXI. Lisboa,
Fundação Gulbenkian, 2011, pp. 41 a 70.
Didi-Huberman, Georges. Cascas. In Revista Serrote, n. 13, pp.99 a 133.
Foucault, Michel. História da Sexualidade 1. A Vontade de Saber. São Paulo, Graal,
1988. Capítulo 5 (Direito de morte e poder sobre a vida), pp. 145 a 174.
Glissant, Édouard. “For Opacity”. In Édouard Glissant, Poetics of Relation. Michigan,
University of Michigan Press, 2007, pp. 189 a 194.
Lind, Maria e Steyerl, Hito. “Introduction. Reconsidering the Documentary and
Contemporary Art”. In Maria Linda e Hito Steyerl, Reconsidering the Documentary and
Contemporary Art #1, Berlim, Sternberg Press, 2008, pp. 11 a 26.
Pál Pelbart, Peter. “Cinema e Holocausto”. In Arthur Nestrovisk e Márcio SeligmannSilva (orgs), Catástrofe e Representação. São Paulo, editor Escuta, 2000, pp. 171 a 183.
Rancière, Jacques. “A imagem intolerável”. In O Espectador Emancipado. São Paulo,
WMF Martins Fontes, 2012, pp. 83 a 102.
Sontag, Susan. Diante da dor dos outros. São Paulo, Companhia das Letras, 2004.
Tópico 3: Afeto e emancipação (1 sessão)
Deleuze, Gilles. “Spinoza e as três ‘Éticas’”. In Gilles Deleuze, Crítica e Clínica. Rio de
Janeiro, Ed. 34, 1997, pp. 156 a 170.
Deleuze, Gilles e Guattari, Félix. “Percepto, Afecto e Conceito”. In Gilles Deleuze e
Félix Guattari, O que é a filosofia?. Rio de Janeiro, Ed. 34, 1992, pp. 211 a 255.
Rancière, Jacques. “O Espectador Emancipado”. In O Espectador Emancipado. São
Paulo, WMF Martins Fontes, 2012, pp. 7 a 26.
* OBSERVAÇÃO: Embora parte significativa da bibliografia listada provenha de
campos disciplinares diversos (filosofia, ciência política, sociologia, estética, etc), não é
objetivo do curso discutir cada um dos conceitos e questões destacados em função do
lugar que ocupam nos embates próprios a cada uma daquelas áreas de conhecimento. O
que se pretende é familiarizar o(a) aluno(a) com ideias centrais à discussão corrente
sobre as relações entre arte e política, discutindo-as sempre à luz de trabalhos artísticos,
de modo que o foco do curso seja mantido. Para tanto, as aulas serão fartamente
ilustradas com fotografias, vídeos e filmes. Assim, embora a bibliografia indique
referências fundamentais ao assunto do curso, será somente por meio de sua articulação
com a produção artística contemporânea – objetivo maior das sessões em sala de aula –
que a leitura desses textos fará pleno sentido. Infelizmente, parte relevante da
bibliografia não está disponível em português.

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