Heinz Budweg - Comunidade de Ex-Alunos do Porto

Transcrição

Heinz Budweg - Comunidade de Ex-Alunos do Porto
Heinz Budweg
Agabe Werajecupê
“Ao eternamente sublime, verdadeiro e belo”
Luzes e Sombras
Autocrítica de Heinz Budweg sobre sua obra
A vida oscila entre dois extremos: Luzes e Sombras; entre o Bem e o
Mal; entre o Masculino e o Feminino, enfim.
Estes pólos aparentemente tão antagônicos estão inseparavelmente
unidos, pois alcançam sua plenitude somente quando se manifestam como
unidade. E esta unidade se torna ainda mais aparente, quanto mais fortes
expressam-se seus componentes.
A base de toda forma pictórica é a complementação de Luzes e
Sombras, a fusão de cores vibrantes e nuances discretas, a coordenação de
traços arrojados e superfícies plenas, em equilíbrio estético.
Quando estes ingredientes são observados pelo artista, ele está
indubitavelmente à procura do “transcendente”, seguindo o caminho da
eterna busca do ser humano pela harmonia universal.
Toda pintura ou qualquer forma de arte concebida dentro deste
conceito, persegue a mensagem do “Eternamente Sublime, Verdadeiro e
Belo”, tentando reproduzir o ritmo cósmico da dança de Luzes e Sombras.
Esta filosofia é a que rege toda a minha obra.
Setembro de 2007
Quatro décadas dedicadas à arte e cultura brasileiras
Heinz Budweg nasceu em Berlim/Alemanha, em plena Segunda
Guerra Mundial. Aos 13 anos, chegou ao Brasil, fixando-se em São Paulo.
Ao longo de sua carreira, ganhou inúmeros prêmios e expôs suas obras em
vários países, como: Áustria, Itália, Alemanha, Suíça e Estados Unidos.
O resumo da vida de Heinz Budweg pode ser descrito como “quatro
décadas dedicadas à arte e cultura brasileiras”. Na década de 60, iniciou
suas viagens pelo interior do nosso país, percorrendo centenas de cidades
e povoados a bordo de um ateliê móvel (adaptado em uma perua Kombi).
Desde pequeno, Budweg é fascinado pela cultura e costumes dos
povos indígenas das Américas, temática recorrente em seu trabalho. Em
1976, a convite da Funai (Fundação Nacional do Índio), retratou os
caciques das principais tribos que habitam o Brasil. Quatro anos depois foi
distinguido com a "Ordem Marechal Rondon" da SGB - Sociedade
Geográfica Brasileira - pela dedicação à cultura brasileira.
Por ocasião dos 150 anos de independência do Brasil, executou um
mural comemorativo (de 3,20 x 13,80mts), no saguão de entrada do prédio
da administração metropolitana da ACM (Associação Cristã de Moços), em
São Paulo. Esta obra foi tombada pelo IPHAN - Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional. Em 1974 ganha o “Prêmio Jabuti” de melhor
ilustrador para literatura infantil, pela série de 24 lendas brasileiras
publicadas em co-produção com o MEC (Ministério de Educação e Cultura)
e a editora Melhoramentos de São Paulo/SP.
Em 1983, o artista assumiu a superintendência do Staden Institut e
Fundação Martius, instituições teuto-brasileiras que visam impulsionar o
intercâmbio Brasil/Alemanha. Três anos depois, foi convidado para pintar
vários murais no Berliner Völkerkundemuseum-Dalem (Museu Etnológico
de Berlim), por ocasião da exposição comemorativa do descobrimento das
tribos do Alto Xingu, por Karl von den Steinen, então diretor daquele
museu.
No mesmo período é admitido como membro do IHGSP (Instituto
Histórico e Geográfico de São Paulo), onde ocupou o cargo de Diretor de
Arquivo e Museu José Bonifácio, na gestão da diretoria 2001/2003.
Na década de 90, cria o Projeto Tapajós, que tem por objetivo provar
contatos transoceânicos entre o Velho e o Novo Mundo muito antes do
descobrimento, com a participação de pesquisadores do Brasil e do
mundo. A primeira expedição do projeto se deu em 1998, Na ocasião,
foram registrados 18 sítios arqueológicos, destacando-se o “Santuário da
Pedra Preta” - um gigantesco bloco de granito em plena selva amazônica,
coberto por centenas de petroglifos, cuja provável datação é de mais de
6.000 a.C. Por conta desta descoberta, Heinz Budweg recebeu a Medalha
D. Pedro I da Academia Brasileira de Arte, Cultura e História.
No mesmo período, as redes de televisão ZDF (Alemanha) e ARTE
(Francesa)
produziram
o
documentário
“Das
Phantom
der
Diamantenberge” (O Fantasma da Chapada Diamantina), o qual foi exibido
pelo Discovery Channel, mostrando algumas descobertas arqueológicas
feitas por Heinz Budweg.
Em 1999, o artista plástico foi eleito membro da diretoria da
Associação Paulista de Belas Artes (APBA), da qual ocupou o cargo de
presidente e vice-presidente. Em 2004, Heinz foi eleito Personalidade do
Ano pela Academia Brasileira de Arte, Cultura e História.
Em 2007, Heinz Budweg foi eleito membro da nova diretoria do
Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo (IHGSP).
Atualmente,
Budweg
vem
desenvolvendo
intensas
atividades
artísticas e de pesquisa no Brasil e na Europa, tendo como tema principal,
sempre, assuntos nitidamente brasileiros.
Prêmios e condecorações
1972 - Medalha de Bronze no Salão dos 30 anos da APBA- Associação
Paulista de Belas Artes/São Paulo;
1973 - Medalha de Bronze do XXXVIII Salão Paulista de Belas Artes da
Secretaria de Educação e Cultura do Estado de São Paulo;
1974 - Prêmio Jabuti do Instituto Nacional do Livro (INL), pelas ilustrações
da
série de livros infantis "Lendas Brasileiras";
1975 - Medalha de Prata no Salão da Primavera/Verão da Assembléia
Legislativa do Estado de São Paulo;
1980 - Condecoração "Ordem Mal. Cândido Rondon" da Sociedade
Geográfica Brasileira (SGB);
1992 - Grande Medalha de Prata no XII Salão da Paisagem Paulista da
APBA-Associação Paulista de Belas Artes/São Paulo;
1996 - Pequena Medalha de Ouro - Salão Livre da APBA-Associação
Paulista de Belas Artes/São Paulo;
- Grande Medalha de Prata - Salão da Paisagem Paulista da
Associação Paulista de Belas Artes/São Paulo;
APBA-
1997 - XVIII Salão da Primavera da APBA-Associação Paulista de Belas
Artes/Prêmio APBA;
- 2º Salão dos Aquarelistas da APBA-Associação Paulista de Belas
Artes/Menção Honrosa;
1998 - Medalha D.Pedro I da Academia Brasileira de Arte, Cultura e História
(ABACH);
1999 - Salão da Paisagem Paulista da APBA-Associação Paulista de Belas
Artes/Medalha de Bronze;
2001 - 52º Salão Paulista de Belas Artes da Secretaria de Educação e
Cultura do Estado de São Paulo/Medalha de Bronze;
- 1º Salão "Brasil Folclore" da APBA-Associação Paulista de Belas Artes,
com o apoio da Secretaria de Educação e Cultura do Estado de São
Paulo, da Unesco, Comissão Brasileira de Folclore e Comissão Paulista
de Folclore/Medalha de Bronze;
2004 - Personalidade das Artes Plásticas pela Academia Brasileira de Arte,
Cultura e História (ABACH);
2005 - Ordem “Cavalheiro das Artes Plásticas” pela Academia Brasileira de
Arte, Cultura e História (ABACH);
2007 – “VIP-2007” pela Academia Brasileira de Arte, Cultura e História
(ABACH).
Principais exposições internacionais
1979 - Achern, a convite do Departamento de Cultura do Ministério de
Relações Exteriores/Alemanha;
1981 - Nebbiensches Gartenhaus do Künstlerclub de
Frankfurt/Alemanha;
1983 - St. Ulrich Haus em Augsburgo/Alemanha;
- Nebbiensches Gartenhaus do Künstlerclub de Frankfurt/Alemanha;
- Carl Töpfer Stiftung em Hamburgo/Alemanha;
1986 - Völkerkundemuseum Preussischer Kulturbesitz em
Berlim/Alemanha;
- Nebbiensches Gartenhaus do Künstlerclub de
Frankfurt/Alemanha;
- Ibero-America-Verein em Hamburgo/Alemanha;
- Pinacoteca Europa em Riva de Gardi/Itália;
- Shopping Center Interspar em Innsbruck/Áustria;
1991 - Ferrostaal Gallery em Essen/Alemanha;
- Jakobsbrunnen Gallery em Stuttgart/Alemanha;
1994 - Galeria Painen em Berlim/Alemanha;
- Consulado Geral do Brasil em Munique/Alemanha;
- Nebbiensches Gartenhaus do Künstlerclub de
Frankfurt/Alemanha;
- Verband Bildener Künstler de Magdeburg/Alemanha;
- Centro Cultural de Turicum em Uster-Zurique/Suíça;
1997 - United States District Court, Maryland/Washington/USA;
1998 - BACI - Brazilian American Cultural Institut/Washington/USA;
1999 - Feira Mundial de Hannover/Alemanha - Stand do Brasil e AHK,
Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha;
2005 - Munch Art-Galery, em Munique/Alemanha;
2006 - Embaixada do Brasil em Berlim/Alemanha.
2007 – Geko-Arts-Nürnberg/Alemanha
Principais exposições no Brasil
1958 - Colégio Visconde de Porto Seguro/São Paulo;
1964 - MASP/Museu de Arte de São Paulo;
- Clube Transatlântico/São Paulo;
1973 - Iate Club de Brasília (com Aldemir Martins, Furushima, Kogure e
Ugarte);
- Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo/XXXVIII Salão Paulista
de Belas Artes;
1975 - Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo/Salão PrimaveraVerão;
1977 - Clube Transatlântico/São Paulo;
1980 - Galeria Itaú/São Paulo;
1984 - Clube Transatlântico/São Paulo;
1990 - Galeria Karin Kupfer/São Paulo;
1992 - Salão Especial dos 50 anos da APBA-Associação Paulista de Belas
Artes/São Paulo;
1994 - Galeria de Arte da ECT/Brasília/Distrito Federal;
- Clube Transatlântico/São Paulo;
1995 - Fundação Mokiti Okada/São Paulo;
1996 - Galpão das Artes/São Paulo;
- Salão Livre/Salão da Paisagem da APBA-Associação Paulista de Belas
Artes/São Paulo;
1997 - Salão da Natureza Morta/Salão do Desenho, Escultura e Aquarela da
APBA-Associação Paulista de Belas Artes/São Paulo;
1998 - Salão da Primavera/Salão da Paisagem Brasileira da APBA
Associação Paulista de Belas Artes/São Paulo;
1999 - Centro de Convivência de Campinas (exposição organizada pela
Unicamp e prefeitura de Campinas);
2000 - Salão dos premiados da APBA-Associação Paulista de Belas
Artes/São Paulo;
2001 - 52º Salão Paulista de Obras de Arte da Secretaria de Educação e
Cultura do Estado de São Paulo;
- 1º Salão "Brasil Folclore" da APBA-Associação Paulista de Belas Artes
no Shopping Center Norte/São Paulo;
- IV Salão da Marinha da APBA-Associação Paulista de Belas Artes/São
Paulo;
- Exposição no Edifício do Conjunto Nacional de São Paulo
"O Universo Indígena Revisado";
-
Salão Livre e Contemporâneo da APBA-Associação Paulista de
Belas Artes/São Paulo;
-
Salão da Marinha da APBA-Associação Paulista de
Belas Artes/São Paulo;
-
Salão da Primavera da APBA-Associação Paulista de
Belas Artes/São Paulo;
-
Salão da Paisagem Brasileira da APBA-Associação Paulista de
Belas Artes/São Paulo;
2003 - Sociedade São Bonifácio/Esporte Clube Pinheiros/São Paulo;
2004 - "Quatro Séculos e Meio de Glória Paulistana", Banco Central/São
Paulo.
2005 - “Encantos do Brasil”, Academia Brasileira de Arte, Cultura e História
(ABACH), Casa da Fazenda do Morumbi/São Paulo;
2006 - Clube Paineiras do Morumbi/São Paulo;
2007 - Centro Cultural Árabe-Sírio/São Paulo;
- Galeria de Arte Spazio Surreale/São Paulo;
Demais atividades culturais e artísticas
Teatro e Musicais:
Turandot (1959): peça de Friedrich von Schiller – cenário e figurino;
para as comemorações de 200 anos do nascimento do poeta, escritor e
dramaturgo alemão realizada no Teatro Municipal de São Paulo;
O Mago UR (1989): peça infantil de Mey Pedroso (considerada pelos
críticos a melhor peça infantil de São Paulo) – direção artística e produção
de cenário e figurino para o Staden Institut, no Teatro Carlos Gomes em
São Paulo;
Kabarettungs GMBH (1965-1970): teatro íntimo de Edith Goengk –
cenário, figurino, iluminação e efeitos especiais de som - Clube
Transatlântico de São Paulo/Rolândia/Curitiba;
Carnaval no Esporte Clube Corinthians Paulista (1970): decoração
do ginásio, efeitos especiais de som e luzes rítmicas (1ª aplicação desta
técnica no Brasil);
Hans Staden no País dos Tupinambás (1986): opereta em 12 cenas
com textos de Henrique Matteucci e música de Ceila Ricci e Édson Leite –
criação e produção para o Staden Institut – SESC Pompéia – São
Paulo/SP;
Salão do Automóvel (1974): show áudio-visual de “Fórmula 1” no
stand da VDO – Indústria e Comércio de Medidores Ltda.;
Xingu-Symphonie (1986): criação e produção de obra áudio-visual
sobre os índios do Alto-Xingu, com música de Ceila Ricci e Édson Leite –
Clube Transatlântico de São Paulo;
Alpen-Symphonie (1980): obra áudio-visual com 18 quadros
sinfônicos, baseada na música de Richard Strauss, apresentada em
diversas entidades culturais e religiosas do Brasil;
Tabacaria: Violão, Voz & Poesia: criação de logotipo e cenário para o
projeto solo (violão e voz) do músico-compositor Mário Sérgio Barroso, o
qual vem sendo apresentado por todo o país desde 2005.
Monumento:
Monumento para Hans Staden: criação e execução de estrutura de
concreto armado em mosaico português e concreto de 50m² para o StadenInstitut em Itanhaém – litoral sul do estado de São Paulo;
Filmes Documentários em Super-8:
- A Grande Aventura – o rio São Francisco da nascente até a foz;
- Belém – Ver-o peso;
- Soure – capital da Ilha de Marajó;
- Horas Tranqüilas – a vida no campo em Minas Gerais;
- Índios Xavante, Xerente, Urubu-Kaapor, Krahô, Bororo e tribos do
Alto-Xingu;
- 5º Concerto para Piano e Orquestra de Ludwig van Beethoven –
uma interpretação cinematográfica.
Filme Documentário Longa Metragem:
- “Das Phantom der Diamantenberge” (O Fantasma da Chapada
Diamantina) em co-produção com a televisão francesa ARTE, o qual,
também foi exibido pela Discovery Channel.
Livros:
- Marajó;
- Rio São Francisco;
- O país dos Tupinambás;
-
Os 30 povos das missões;
Minas Gerais;
Eine Reise Durch Deutsche Lande (Uma viagem pela Alemanha);
Dennoch (poesias próprias – coleção de 1981 a 1994);
Pantanal – terra prometida dos animais;
Amazônia Encantada;
Festa de Empenação dos Índios Krahô;
Vida Caiçara;
Viagem Pictórica pelo Brasil (2 volumes);
Xingu e seus mistérios.
Livros Infantis Ilustrados
- Lendas Brasileiras (24 volumes) – vencedor do Prêmio Jabuti como
melhor ilustrador de livros infantis/1976*;
- Cantos e Cantigas do Brasil*;
- Os indiosinhos*;
- As Aventuras de Tainá▪;
- Uma aventura no Reino Verde▪;
- Imagens Brasileiras (o Hino Nacional, entre outros hinos)▪;
*co-edição do Ministério de Educação e Cultura (MEC) e Editora Melhoramentos;
▪ Edições Paulinas.
Calendários Artísticos de Parede
- Brasil Panorâmico;
- Paisagens Tropicais;
- Brasil e sua gente;
- Do Espírito Santo ao Ceará – percorrendo a BR-101;
- Ilha Bela;
- Rio-Santos;
- Parque Nacional do Itatiaia;
- Flores Brasileiras;
- Fauna Brasileira;
- Aquarela do Brasil;
- Bahia Colonial;
- Mundo Pataxó;
- Brasil Flora;
- Flores Tropicais;
- Parque Nacional do Xingu;
- Seis Profetas do Aleijadinho;
- Rio Tietê;
- Juréia - Itatins – Sapucaitava;
- São Paulo Antiga;
- Paisagens Maravilhosas;
- Minas Colonial;
- Aquarelas do Brasil.
Principais Viagens de Pesquisa
Paralelamente às atividades artísticas, Heinz Budweg desenvolveu ao
longo dos anos um intenso trabalho de pesquisa de campo, abrangendo
dois aspectos da pré-história brasileira: a etnologia (antropologia) e
arqueologia.
Este trabalho de pesquisa de campo, realizado há quase 50 anos, já
o fez percorrer em território brasileiro mais de 450.000 km, o equivalente a
mais de onze voltas ao redor do planeta.
Todas estas incursões pelo Brasil foram devidamente documentadas
através de vídeos, fotografias, diários e relatórios de viagens.
1968 - Rodovia Belém-Brasília, percorrendo os estados de Minas Gerais,
Mato Grosso e Goiás, retornando pelo litoral e visitando os estados
do Maranhão, Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambuco,
Alagoas, Sergipe, Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro – sendo o
primeiro carro de passeio a chegar em Belém por via terrestre;
1973 - Cidades Históricas Mineiras
1975 - Estados do sul do Brasil: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do
Sul;
1976 - Tribos indígenas: Xerente (Goiás), Krahô (Goiás) e Urubu-Kaapor
(Maranhão);
1978 - Pantanal mato-grossense e tribos indígenas Bororo, Xavante e Avê
Canoeiros;
1980 - Ilha de Marajó;
1981 - Rio São Francisco, da nascente até a foz;
1982 - Sete Povos das Missões, incluindo as missões jesuíticas do
Paraguai e Argentina;
1983 - Brasil-Central: Mato-Grosso e comunidades indígenas do Alto
Xingu – Kalapalo, Mehinaco, Waurá e Kuikuro;
1984 - Estados do Nordeste: Sergipe, Alagoas, Bahia, Pernambuco,
Paraíba, Ceará e Piauí;
1985 - Estados do Sul do Brasil: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do
Sul;
1986 - Brasil-Central: Exploração do Alto Rio Coluene, índios Kalapalo,
Maitipu, Kuikuro, Yawalapeti, Mehinaco e Kamaiurá;
1987 - Duas viagens ao Parque Nacional do Alto-Xingu e Índios Xavante
em Mato Grosso;
1988 - Parque Nacional do Alto-Xingu, índios Kalapalo;
1990 - Bahia, índios Kiriri e Pataxó;
1992 - Parque Nacional do Alto-Xingu, índios Kalapalo / Bahia, índios
Pataxó;
1994 - Duas viagens à Bahia e Chapada Diamantina, índios Pataxó / São
Paulo, índios Guarani;
1995 - Pantanal mato-grossense e Parque Nacional do Alto-Xingu / BrasilCentral (Goiás, Mato-Grosso e Mato-Grosso do Sul) / Chapada Diamantina
/ Bahia;
1996 - Estados de Minas Gerais, Bahia, Goiás, Mato-Grosso e MatoGrosso do Sul;
1998 - Projeto Tapajós I – prospecção arqueológica pelos estados de MatoGrosso e Mato-Grosso do Sul;
1999 - Projeto Tapajós II – prospecção arqueológica pelos estados de MatoGrosso e Mato-Grosso do Sul (diversas do ano anterior);
2001 - Litoral Norte e Sul do Estado de São Paulo / Parque Nacional do
Alto-Xingu, índios Waurá;
2002 - Litoral Sul do Estado do Rio de Janeiro;
2004 - Litoral Sul de São Paulo e Norte do Paraná;
2005 - Baía de Paranaguá e Serra do Mar;
2006 - Parque Nacional do Alto Xingu, índios Kalapalo;
2007 - Parque Nacional do Alto-Xingu, índios Kalapalo;
2008 - Projeto Tapajós III - Mato-Grosso / Goiás / Bolívia
Obs: todas as viagens citadas acima tiveram como ponto de partida a cidade de São Paulo/SP.
Opinião de Críticos
Bandeirante das artes, Heinz Budweg revive em suas telas o
roteiro dos antigos viajantes do século XVIII
Longe de qualquer acadêmica reminiscência, de qualquer flutuação
de corrente artística que contenha, junto aos componentes químicos as
componentes cromáticas da realidade exterior, Heinz Budweg associa a
análise da cor à análise da visão.
Não há dúvida quer a cor é para o artista um dado essencial da
percepção enquanto fator extremamente complexo que investe toda a sua
temática ao mesmo tempo que o enfocado em relação ao espaço, a luz, ao
movimento, a variação das cores segundo as incidências da luz, a própria
percepção da cor finita, do observador da obra.
O todo é obviamente ligado também a um interesse de determinação
espacial e ao valor atribuído às formas descritas em relação ao espaço, isto
é, variando as cores de conformidade com os módulos de luminosidade
diversificada.
Através de uma linha pós-expressionista, Heinz Budweg tende a
uma espacialidade da cor que coincide com a conquista de sua tonalidade
geral. Esse discurso pode ajudar o observador a compreender como suas
obras tem um contexto unitário, isto é, se solucionam num tom geral,
diretamente correlato à disposição psicológica final de uma análise
interpretativa da realidade passada pelo filtro do sentir do artista.
Sua
mensagem
artística
se
desenvolve
num
crescendo
de
tonalidades expressivas para ressaltar uma linguagem diversificada e
sugestiva, mas sempre autêntica de valores humanos e poéticos.
Suas paisagens, suas figuras, a flora e a fauna amazônicas são de
rara autenticidade interpretativa e transformam o artista num verdadeiro
bandeirante da arte qual os antigos viajantes que aqui acorreram no
século XVIII na busca do Eldorado.
Através das obras “Em busca de Manoa: a epopéia dos bandeirantes”
e “O Mulato” doadas ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, o
pintor colhe a essência das coisas, interpreta a natureza e faz reviver as
sensações que cada um de nós prova quando parte à descoberta deste
continente tropical chamado Brasil”.
(Emanuel von Lauenstein Massarani – Curador da Galeria de Arte da
Assembléia Legislativa de São Paulo/2007)
A saga de uma paixão pelo Brasil
“Uma orquídea nasce em Berlim. Não cai neve na Amazônia. Apesar
dos passaportes, das fronteiras, das raças e dos idiomas, a Terra é o
habitat natural e total do homem. Nosso inconsciente sabe disso e é por
essa razão que amamos o contrário do que somos. E buscamos aquilo que
está do outro lado da nossa geografia, ao redor do nosso corpo, mas não
do espírito.
O Brasil foi descoberto por europeus. Fascinados com a abundância
e exuberância do Novo Mundo, eles foram cruéis com os seres humanos, a
fauna e a flora que aqui encontraram. A redenção se deu séculos depois
quando expedições científicas e artísticas vieram para cá, redimir os
excessos cometidos. De Debret e Rugendas todos eles se preocuparam em
“fotografar” nossa realidade. A flora ainda estava intacta, mas os índios já
eram aculturados. Artistas da França e da Alemanha e até da Inglaterra
retrataram nossos usos e costumes. E fizeram de maneira cenográfica.
Suas obras, minuciosas, ficaram como documentos utilíssimos de um
tempo acabado que a Humanidade, agradecida, reverencia hoje. Mas há
nessas obras, de maneira genérica, algo de telão operístico. Procurou-se
ordenar o caos selvagem em moldura dourada (e nem poderia ser de outro
jeito, afinal, era o encontro do Barroco europeu com o Barroco (natural) do
Brasil. Uma osmose recíproca.
Há um polonês tímido, mas bravo quando ferido em seus direitos e
verdades ecológicas, chamado Frans Krajcberg, que vive, hoje, na Bahia,
nordeste brasileiro. Ele mora numa casa construída sobre o tronco de uma
árvore gigantesca. É artista plástico (talentosíssimo) e costuma dizer que a
natureza é maior e mais forte do que o homem. E isso só se descobre
numa relação íntima com ela e com sua força.
Heinz Budweg tinha 13 anos de idade quando veio ao Brasil. Hoje,
ele é (sem dúvida) o alemão mais brasileiro que o Brasil tem. Nem ele sabe
disso. Mas eu posso afirmar porque sei o que digo.
O que o difere dos seus ancestrais que documentaram o Brasil
antigo e extinto, é que Heinz não faz telão operístico. E mesmo tendo sido
publicitário anteriormente, não faz, agora, pintura publicitária como
acontece, por exemplo, hoje em São Paulo, com outros artistas –
publicitários europeus, notadamente, os espanhóis.
Heinz Budweg tem vocação para o mural. É um pintor-cineasta que
ama as multidões. Sabe desenhar, percebe-se isso no esboço de uma tela
em seu estúdio na Serra da Cantareira, onde o ar de São Paulo (ainda) é
puro.
Heinz pinta com camadas grossas de tinta e é um pintor, não um
ilustrador. A sua ansiedade existencial está expressa é nas cores tão
brasileiras, tão tropicais, tão exuberantes que só mesmo um alemão de
Berlim, onde não nasce uma orquídea, poderia imaginar.
Heinz pinta com força, como se fosse possível pintar a música
arrebatadora. Seus azuis tão pessoais, lindíssimos, são, ao mesmo tempo,
luz, transparência, brilho, reflexo e magia. Quem, senão ele, poderia
inventar bananeiras vermelhas, douradas, atrevidas e tão brasileiras? Os
índios que ele conhece e retrata já não são antropófagos e nem trocam,
com o homem branco, cocares por espelhinhos. Índios, no Brasil, querem,
em tempos de Internet, é telefone celular. Mas a maestria de Heinz Budweg
nesse contato humano e direto com os nossos índios está em saber extrair
deles o que restou de pureza e inocência ancestrais e primitivas. Ele capta
a beleza expressionista dos gestos da vida vegetal e humana e o olhar
(triste) e duro dos homens da selva.
Heinz Budweg é um maestro solitário regendo uma orgia de cores e
luz tropicais, em pinceladas rápidas, precisas, decididas. O seu corpo é
alemão, veio de Berlim. Sua alma é uma orquídea (rara) da Amazônia. E
sua arte rasga passaportes inúteis e zomba das fronteiras. Heinz Budweg é
universal, aleluia!”.
(Olney Krüse – Membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte/1995)
“Ele entrou em comunhão com a natureza do Brasil, que posa para
seus pincéis como não posa para mais ninguém. E, se entrou em
comunhão, é porque captou a sua alma e faz parte dela como se fosse ele
mesmo uma folha, uma palmeira ou uma flor. Hoje, quando Budweg pinta
uma paisagem, pinta olhando para dentro de si, para o mais profundo do
seu ser. Ali estão os trópicos, ali está o canto da patativa e o rosnado do
caititu. E, desse modo, tanto ele pode pintar um recanto no alto Xingu à
beira do rio, como pode pintar esse mesmo recanto em atelier do
Tremembé da Cantareira. Não importa. Sempre será Brasil, sempre haverá
som de tambores indígenas e gorjeio de pássaros silvestres...”.
(Henrique Mateucci – Editor do Diário Popular, poeta, escritor e crítico de
arte/1994)
“...sua obra é um grito no deserto!”
(Albert Kerber – Associação de Artistas Plásticos da cidade de
Frankfurt/1994)
Uma nova visão dos trópicos
“No século XIX vários naturalistas e artistas alemães estiveram na
América Latina desenvolvendo atividades de pesquisa e documentação.
Estas viagens foram incentivadas pela expedição que Alexander von
Humboldt empreendeu a vários países da América espanhola, de 1799 a
1804. Acompanhado pelo botânico Aimé Bompland, Humboldt realizou
uma expedição de 65.000 quilômetros pela Venezuela, Colômbia, Equador,
Peru, México e Cuba. Sua permanência no Brasil foi irrelevante e
conflituosa, pois o governador do Pará o impediu de penetrar e explorar a
floresta Amazônica.
De volta à Alemanha, Humboldt começou um extenso trabalho de
divulgação de suas observações. A publicação de “Viagem de Humboldt e
Bompland” despertou enorme interesse em relação à misteriosa, tropical e
longínqua região que haviam pesquisado. Humboldt, um misto de
geógrafo, naturalista e artista, estava convencido de que arte e ciência
podem ser atividades complementares e sinérgicas. Ele acreditava que a
pintura paisagística européia poderia renascer quando artistas de grande
talento pudessem “captar em seu vigor a natureza de múltiplas faces nos
úmidos vales do mundo tropical”.
Na esteira da expedição de Humboldt, outros alemães se animaram
a atravessar o Atlântico e a se embrenhar em terras sul-americanas,
movidos pelo amor ao conhecimento, à descoberta, ao inusitado, tangidos
pelo espírito de aventura. Entre eles figuram Adalbert, Bauch, Burmeister,
Ender, Fleiuss, Grimm, Groshof, Goering, Hagedorn, Hildebrandt, KellerLeuzinger, Krumholz, Martius, Planitz, Poeppig, Rugendas, Spix, Steinen,
Wied. Estes alemães tinham formações diversificadas. Entre eles havia
artistas plásticos, médicos, ornitólogos, engenheiros, botânicos e até um
príncipe (Maximilian zu Wied). Deixaram obra extensa, fundamental para o
conhecimento da América Latina em geral e do Brasil, em particular,
naquele período.
No século XX muitos outros alemães imigraram para o Brasil,
fixando-se principalmente no sul do país. Em 1953 aportou aqui um
adolescente que não veio atraído pela exuberância da natureza tropical,
pois pouco sabia dela aos 12 anos de idade, mas acompanhando seu pai
arquiteto que, tendo participado de duas guerras, almejava viver num país
distante dos grandes conflitos mundiais: Heinz Budweg. Com o tempo,
porém, se transformaria num dos mais lídimos herdeiros da tradição
naturalística alemã no Brasil.
Personalidade temperada num ambiente familiar humanista e com
forte tendência artística – seu bisavô materno foi diretor da Escola de
Belas Artes de Riga, na Rússia e seus antepassados, pelo lado paterno,
sempre se interessaram pela arte, razão pela qual seu pai acabou
diplomando-se em arquitetura – Heinz Budweg se interessou desde cedo
pela flora e pela fauna brasileiras e por nossa cultura indígena. Redigiu,
ilustrou e editou uma longa série de livros sobre o Brasil, para crianças e
adultos, o último dos quais “O País dos Tupinambás”. Estas publicações
documentam, analisam e transcendem uma realidade negligenciada pela
maioria
dos
brasileiros,
mas
que
foi
estudada
detalhadamente
e
exemplarmente compreendida por este alemão que hoje se dedica a
pesquisas antropológicas e etnográficas.
Como artista plástico – e esta exposição é prova eloqüente disto –
Heinz Budweg é um profissional bem aparelhado, conhecedor do
instrumento de seu ofício. Ao realizar sua obra, referenciada na paisagem
brasileira, em nossa flora riquíssima, em nossa fauna e na figura do índio,
ele assume uma postura diferente daquela de Humboldt e dos que lhe
sucederam, no século passado, em seus trabalhos artísticos, que tinham
uma nítida preocupação documental e científica. Heinz Budweg realiza
uma obra autônoma a partir da referência brasileira. Uma obra que se
aproxima das formas originais, mas que explode numa sinfonia de cores
descompromissadas com a realidade, que ele acentua. Por isso, Heinz
situa-se no campo da verdadeira arte, que cria sua própria realidade. Um
admirável mundo novo...utilizando a aquarela, Budweg produz não raro
paisagens de cores baixas, rarefeitas, líricas, que contrastam com o vigor
de seus óleos. Quando aproxima-se de seus motivos florais, todavia as
cores sobem, mas não muito. Os contrapontos tornam-se delicados,
envolventes, musicais. Do ponto de vista plástico, é neste domínio que
Heinz colhe alguns de seus frutos mais maduros. Mas é no âmbito da
cultura de nossos índios, sobretudo dos Kalapalo, dos Xavante, dos
Pataxó, que ele vem produzindo sua obra mais ambiciosa. O painel
Kwarup – Morte e Transfiguração é o melhor exemplo do resultado do
contato de Budweg com a cultura indígena...”
(Enock Sacramento – Membro da Associação Brasileira de Críticos de
Arte/1987)
“Dramática, estrondosa, delicada, surpreendente às vezes, quase
óbvia outras, mas sempre forte”.
(Van Acker – artista plástico e crítico de arte/1986)
“...Descrever as raízes brasileiras e voltar às origens alemãs é
sabedoria! Apesar dos poucos anos que nos conhecemos a amizade é
suficiente para reconhecer, como artista, na preocupação com o supérfulo,
o banal, aquilo que dá sentido à vida: a beleza. Aqui lembro os filósofos
antigos: ‘o belo é o esplendor da verdade!”
(Cláudio Pastro – Artista plástico/1985)
“...os
quadros
de
Budweg
são
quadros
pacíficos,
aquarelas,
desenhos e pinturas, bicos...onde o artista elimina a agitação humana, os
contrastes sócio-econômicos e as angústias do mundo atual. Quem nos
fala são os indígenas e seu mundo intocado pelo homem civilizado”.
(Guenter Balhausen – Frankfurter Allgemeine/1983)
“...a nova geração encontrou em Heinz Budweg um dos seus mais
legítimos representantes, que com seu estilo característico consegue
transmitir as mais exuberantes imagens, cheias de vida e calor”.
(Enzio Luiz Nico – Professor de Arte – São Paulo/1982)
“São raros os artistas que conseguem relatar a paisagem com tanta
autenticidade. Os desenhos de Budweg revelam sua capacidade de
observação e domínio dos recursos técnicos do desenho artístico...o caso
Budweg constitui, sem dúvida, uma das mais agradáveis revelações no
campo artístico brasileiro, abrindo perspectivas muito promissoras para o
futuro”.
(Mussio Ferreira – Crítico de Arte da Folha de São Paulo/1968)
“...Budweg é um jovem artista, que muito impressionado com a
grandeza da paisagem brasileira, observa em suas pinturas mais a cor do
que propriamente a forma. Nota-se influências de Van Gogh e Emil
Nolde...”.
(Dra. Lisetta Levi – Crítica de arte da Pró-Arte de São Paulo/1967)
“...os quadros de Heinz refletem a vitalidade e paixão pelo
movimento, embora sentimos que ele procura a forma definitiva para sua
expressão...dessa procura é que depende a filtragem do colorido, a
contenção de sua pincelada, quase que atabalhoada e, por que não dizer:
Budweg tem talento, é pintor...mas precisa conter seu entusiasmo e
distanciar-se muito da habilidade”.
(Quirino da Silva – Crítico de arte dos Diários Associados/1967)
“Os gigantescos quadros de Budweg um impacto de imensa
intensidade pelo seu realismo obtido por uma combinação feliz de
elementos decorativos e pictóricos numa verdadeira explosão colorida. Os
cocares amarelos dos Mehinaco e dos Kalapalo se transformam nos
quadros em condimento precioso, assim como os próprios objetos
expostos, culminando numa dramaticidade visual que se enquadra
magnificamente no caráter museal da exposição”.
(Johann Michael Möller/Frankfurter Allgemeine – sobre as pinturas de Heinz
Budweg no Museum für Völherkunde, em Berlim, por ocasião da exposição
sobre os 100 anos da descoberta dos Índios do Xingu)
Opinião do Público
“Este pintor consegue criar algo com o pincel e a tinta que agrada
aos olhos tanto como uma boa música agrada aos ouvidos”.
(Veli Naef – pintor/Zurique)
“Heinz, thank you very much. You show how Brazil is in reality. You
may say I’m a dreamer, but I’m not the only one!”
(Cônsul do Canadá – exposição realizada em Munique/1995)
“Apesar de conhecer as obras de Heinz Budweg a menos de uma
hora, só posso definir o seu trabalho como surpreendente. Nunca vi tanto
vigor e paixão pelos temas brasileiros em nenhuma obra de outro artista
brasileiro. E faz que nós, natos, nos envergonhemos de nossa falta de
paixão pelas nossas coisas”.
(Telma Eloísa – Londrina/1995)
“Finalmente um alemão conseguiu ver o Brasil! Parabéns, o seu
trabalho é fabuloso!”
(Brasília/1995)
“Seu trabalho nos traz um mundo mágico, há muito perdido e
esquecido por nós”.
(Brasília/1995)
“A mostra de Budweg é uma expressão de espírito pacífico do pintor,
uma obra sem malícia e sem polêmica. Uma humilde mensagem de amor”.
(Geraldo A. Muzzi – Cônsul Geral do Brasil em Munique/1994)
“Cheguei a sentir o calor do sol nos seus quadros”.
(Cônsul Geral do Brasil – Frankfurt/1994)
“Estes quadros são um convite para conhecer o Brasil”.
(Olívia van Caspel – Frankfurt/1994)
“There is so much to see in your pictures if you just let your
imagination run wild. They’re absolutely beautiful!”
(Else Niffha – Expo American Elementary and High School)
“Gostei
muito
do
seu
modo
de
retratar
o
nosso
Nordeste,
principalmente, as cores. A simplicidade dos quadros, apesar de em
muitos deles haver uma profusão de cores, transmite uma calma e sossego
no ambiente, que reflete a simplicidade das terras e da vida do interior
brasileiro. Todos os quadros transmitiram beleza e autenticidade intensa,
sem ressalvas. Sinto apenas que tanta sensibilidade e percepção do meio
não sejam provavelmente capazes de tocar e mudar esse comportamento
grotesco e poluidor ambiental e mental de nossa sociedade. Porém, esse
fato não tira nem um pouco o mérito do objetivo e da obra em si”.
(Aluno do Colégio Visconde de Porto Seguro – exposição em São Paulo/SP)
Histórico Profissional
Heinz Budweg chegou ao Brasil em 1953, com 13 anos de idade.
Completou o ginásio no Colégio Visconde de Porto Seguro, em 1959,
ingressou no Mackenzie onde se formou em Eletrotécnico, cursando vários
cursos complementares na Faculdade de Ciências Econômicas, como
Administração de Empresas, Organização, Métodos e Tempos, entre
outros.
Naturalizou-se brasileiro em 1958. Iniciou sua carreira profissional
como subgerente da “Usina Hidroelétrica de Salto Grande”, na época da
USELPA.
Mas sua vocação artística não era compatível com a vida
“tecnológica”
recém
iniciada
e,
assim,
em
1965
mudou
o
rumo
profissional, ingressando no “Magazine Mesbla” como vitrinista.
Ainda em 1965, Heinz formou um grupo de profissionais, começou a
projetar e executar “stands” em feiras como a UD, Fenit, Salão do
Automóvel, atendendo inúmeras empresas do mercado, dentre elas, a
SIEMENS, por ocasião da “2ª Feira Eletro-Eletrônica”.
Conquistou a confiança da diretoria da SIEMENS e ingressou no
Departamento de Propaganda, onde permaneceu até 1968, quando foi
convidado pela Hoechst-Química e Farmacêutica para dirigir o setor de
publicidade da mesma.
Em 1972 assume a chefia do Departamento de Publicidade da DKWVemag, sendo transferido em 1973 para o Departamento de Propaganda
da Volkswagen no Brasil, quando esta adquiriu o grupo DKW-Vemag,
passando a ser o responsável pela “Propaganda Institucional” da Volks.
Neste período dedicou atenção especial à “Banda Sinfônica da VW”,
transformando-a na mais popular da época e na peça promocional mais
importante da empresa.
De 1974/1978 foi coordenador geral da Leuenroth Publicidade e,
posteriormente, pela “Quadrant-Publicidade” (subsidiária da MC Cann
Erikson-Publicidade) como executivo responsável pelo setor de contas
tecno-industriais, atendendo, entre outras empresas: a SKF, PHILIPSComputadores, GTE, FOXBORO, sendo responsável integralmente pelo
marketing das mesmas.
Em 1979 formou sua própria agência de propaganda, notadamente
voltada ao atendimento de empresas de origem alemã, atendendo entre
outras:
KLÜBER-Lubrificantes,
DEGUSSA,
LABOFARMA,
REXROTH-Equipamentos
MÜLLER-Máquinas
Agrícolas,
Industriais,
DANZAZ-
Transportes Internacionais, SACHS-Automotive, AHK-Câmara de Comércio
e Indústria da Alemanha, FEMAT-Automação Industrial, HARTMANN &
BRAUN-Material Elétrico, entre outras inúmeras empresas.
Em 1984 retirou-se da publicidade, transferindo sua agência para os
filhos (HB Creaktiv) e assumiu a Superintendência do Instituto Hans
Staden e Fundação Martius, duas instituições teuto-brasileiras com a
finalidade de incentivar e apoiar o intercâmbio cultural Brasil/Alemanha,
as quais dirigiu até 1988.
À partir de 1989, Heinz Budweg resolveu dedicar-se exclusivamente
à Arte e Pesquisa, ocupando por vários anos a presidência da Comissão
Sócio-Cultural da ACM-Metropolitana de São Paulo/SP (Associação Cristã
de Moços).
Em 2003, Heinz Budweg mudou-se para São Roque/SP, onde
instalou o Santuário das Artes – espaço cultural independente.
Material organizado e produzido por
Mário Sérgio Barroso (jornalista / músico-compositor)
MTB: 47.431/SP
Contatos: [email protected] / [email protected]
(11)4714.1108 / 7247.1493
www.budweg.com.br