Veja a Revista ArsArt completa

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Veja a Revista ArsArt completa
EDIÇÃO
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out / 2014
Na cena de BH.
Peups Rocker
Lowbrow Art
Robert Williams
Tatoo Art
Jesse Smith
Na cena do Rio
Denise Muller
A Street Art de
André Gonzaga Dalata
Febre de Rato
Especial
UNDERGROUND
Art
Art
J. Rowstock
Na cena de Floripa
Marcos Maia
Punk Couture
Ziad Ghanem
O escultor do subway
Tom Otterness
Pelos bares da vida
Roberto Remiz
Memórias não se apagam
Dzi Croquettes
Falando de Jazz
Lennart Goebel
https://www.facebook.com/pages/Arsart-Ateli%C3%AA-e-Studio/268633916501029
Underground
A arte não pode ser aprisionada ao gosto de alguns afortunados
que se julgam deuses, detentores de toda a sabedoria.
Underground ("subterrâneo", em inglês) é uma expressão usada para
Nós da Arsart, acreditamos que arte, é a mais pura forma de
designar um ambiente cultural que foge dos padrões comerciais, dos
expressão, a dádiva da criação material. Não vemos como justa
modismos e que está fora da mídia. Também conhecido como Cultura
a exclusão de segmentos e movimentos artísticos.
Underground ou Movimento Underground, para designar toda produção
Benvindos a essa viagem ao criativo alternativo, VIVA!
cultural com estas características, ou Cena Underground, usado para nomear a produção de cultura underground em um determinado período.
A Cultura Underground pode estar relacionada a produção musical, as
artes plásticas, a literatura, ou qualquer forma de expressão artística da
cultura urbana contemporânea. A expressão "deixou o underground", ou
"saiu do underground", refere-se a artistas ou movimentos que tornaramse populares e adquiriram notoriedade do grande público, entrando para
o chamado Mainstream."
REVISTA ARSART DIGITAL: [email protected]
Belo Horizonte
Minas Gerais
Contato: 55 31 9667.9926
Fonte Wikipédia
Brasil
Apoio:
www.duniverso.com.br
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Underground
Entrevista ao programa de WebTV KAPITAN UNDERGROUND
Depois do advento internet, as artes ganharam novo vigor e não estão mais restritas a poucos. Como
vocês vêem isso?
Ganmit: Um grande avanço, hoje todo mundo pode expressar sua arte sem ter que passar tanto perrengue
para isso, muitas pessoas conseguiram atingir seus objetivos e outras seguem em total ascensão, e vejo
com bons olhos !!!
Como surgiu a ideia do Kapitän Underground?
Ganmit: Recebi o convite do Marcelo Rocha e aceitei na hora. Ele já me conhecia e sabia de minhas limita‐
ções e a proposta era de ser natural. Lá fomos nós trabalhar !!!
Seria possível, sem meios como o Livestream e o Youtube realizar um trabalho assim?
Ganmit: Na internet, acredito que não. Ao menos que tivéssemos o dom e recursos para inventarmos algo
do tipo !!!
O que é fazer TV Underground em Belo Horizonte, que por tanto tempo ficou fora do Circuito Rio / S P?
na cena de BH por
Peups Rocker
Guitar Hero na empresa Fantasma's
Produtor Movimento Próprio Rock
ADM / RH Turma de 2007 Faculdade Estácio de Sá – FESBH
Ganmit: O que tenho vivenciado esse tempo em que estou junto a equipe do Kapitän Underground é que
muita gente tem mostrado que estava mesmo precisando disso por aqui, vejo a aceitação e a satisfação
das pessoas quando se dirigem ao programa, escuto falar o quanto é importante o mesmo em atividade, não
tínhamos noção e ainda não temos do alcance que tem tomado, fico feliz demais em fazer parte disso
tudo e vamos vendo a cada dia as pessoas se aproximando e querendo participar.... é, estamos servindo de
inspiração para alguns fazerem o mesmo. Nós aplaudimos de pé essa atitude e agradecemos sempre o
apoio que temos recebido.
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Programa de TV online
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Underground
Na opinião de vocês, o que virá na cena mineira, agora que BH tem os olhares de uma parte da mídia com
a implantação do Circuito Cultural?
Ganmit: Não tenho noção do que possa vir e prá quem ou para onde esses olhares possam direcionar.
O que tenho visto já faz um bom tempo é a maioria das bandas sobrevivendo com suas próprias forças,
fazendo valer seus ideais de uma forma ou de outra. Penso é que o que vem a somar é muito bom, se isso
for visar também a parte marginalizada da cena. Seria de boa valia, já que os recursos que são oferecidos
pelo governo deveria abranger todas vertentes da cultura e não apenas alguns. Mas isso acontecendo ou não,
vejo que existem muitas pessoas aqui fazendo acontecer e essas mesmas não vão deixar a chama apagar.
As produções independentes, principalmente os eventos alternativos continuam com a mesma dificuldade
de 10/20 anos atrás. O que precisa mudar na cabeça das pessoas que gerenciam a cultura aqui?
Ganmit: Na minha opinião algumas barreiras ainda são impostas, mas vejo que melhorou muito. A 10 ou 20
anos atrás, como não tínhamos acesso em participações nos eventos importantes na cidade, digo no
Underground mesmo, ficávamos fazendo nossos próprios com o que tínhamos que muitas e muitas vezes
eram precários até por demais, juntando equipamentos um aqui outro ali de pouca qualidade. Hoje temos
mais condições de fazermos nossos eventos com equipamentos melhores. Com nossa persistência durante
essa trajetória, somos mais bem vistos em ambientes que antes era impossível realizar eventos do nosso
estilo, temos mais recurso, tem muitos amigos envolvidos em prol de ajudar que também evoluíram com o
passar do tempo. Então juntando essas forças, vamos fervilhando a cena.
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Lowbrow Art
Robert Williams
A arte lowbrow, ou lowbrow, descreve um movimento de arte visual no subsolo que surgiu na
área de Los Angeles, Califórnia, na década de 1970. É um movimento de arte populista com suas
raízes culturais em underground comix, música punk e culturas de Hot-Rod da rua. Muitas vezes
também é conhecido pelo Surrealismo pop de nome. tem um senso de humor - às vezes o humor
é alegre, às vezes endiabrado, e às vezes é um comentário sarcástico.
A maioria das obras de arte lowbrow são pinturas, mas também existem brinquedos, arte digital
e escultura. Alguns dos primeiros artistas a criar o que veio a ser conhecido como arte lowbrow
eram subterrâneos cartunistas como Robert Williams e Gary Panter. Primeiros shows foram em
galerias alternativas em Nova York e Los Angeles como Galeria de soluções psicodélicas na cidade
de Greenwich Village, Nova York, que foi executada por Jacaeber Kastor, La Luz de Jesus dirigida
por Billy Shire e 01 galeria em Hollywood, dirigido por John Pochna. O movimento cresceu
firmemente desde o seu início, com centenas de artistas adotando esse estilo. À medida que
crescia o número de artistas, assim como o número de galerias mostrando Lowbrow; Julie Rico
Galeria, Galeria de Cutler Bess mostrou importantes artistas e ajudou a expandir o tipo de arte
que foi classificada como Lowbrow. O lowbrow revista Juxtapoz escrita por Robert Williams,
publicada pela primeira vez em 1994, tem sido um esteio da escrita na arte lowbrow e ajudou
direto a crescer o movimento.
vídeo
Fonte: Wikipédia
http://video.style.com/watch/fashion-shows-tim-blanks-tours-dries-van-noten-s-first-art-exhibit-inspirations
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Williams seguiu uma carreira como um pintor belas
artes há uns anos antes de entrar para o estúdio de
arte de Ed "Big Daddy" Roth em meados da década
de 1960. E como esta posição como diretor de arte
do construtor do famoso carro personalizado, ele
mudou-se para os círculos de rebeldes, contra a
guerra do início underground comix.
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Guitarra personalizada com ilustração detalhe da capa do disco
«Apetite for Destruction» Guns N` Roses autorizada por Willians.
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Lowbrow Art
Bridget Riley
Jesse Smith
Bridget
Rileytem
ganhou
fama através
dasjunho
suas imagens
exploram por
as falibilidades
percepção
Jesse Smith
sido tatuador
desde
de 1996 eque
é conhecido
sua arte comda
base
peculiar,
visual.
Explorando
tanto
as
combinações
entre
o
preto
e
o
branco,
quanto
ricas
combinações
colorida e ilustrativa. Ele já ganhou inúmeros prêmios por seu trabalho de tatuagem e tem sido
entre cores e formas, a artista trabalha se utilizando de uma grande variedade de tons, sombras,
destaque em quase todas exposições de tatuagem mundo a fora. Atualmente trabalha em seu
repetições, sobreposições, alternâncias e perspectivas que quando combinadas entre si causam
próprio estúdio o “Loose Screw Tattoo” Richmond, Virgínia.
uma diversidade incrível de experiências visuais.
Nascidoestas
de natureza
inconstante,
Jesse Bridget
tem vasculhado
os cantos
da terra
em busca
de
Foram
características
que fizeram
ser convidada
no início
da década
de 80
algo diversos
que preencha
seu
vazio
criativo.asDesde
a tenra
idade,
era bastante
óbvio que ele não
para
trabalhos
que
explorassem
percepções
visuais
geradas
pelo seu estilo.
eraconvites
inteiramente
normal, Jesse
vezdentro
foi visto
a parede
ao lado
seu berço
Os
se estenderam
não uma
apenas
dodecorando
contexto artístico
(como
nosdo
cenários
do
com o conteúdo
de sua
fralda.
Aí começaria
sua aventura
criativa.
espetáculo
de ballet
“Colour
moves”),
mas também
de maneira
funcional, como no Royal
Liverpool Hospital, onde a combinação entre linhas e cores gerada, proporcionou um ambiente
mais
calmode
para
os pacientes.
Na idade
21 anos,
Jesse deparou-se com um sujeito chamado Carlos que tinha sido
Estudou
no Goldsmiths
(1949-52),aearte
mais tarde
no Royal
College
of Art (1952-5),
com Peter
libertado
da cadeia,College
ele apreciou
de Jesse
e logo
ensinou-o
a construir
uma
Blake
e Frank
Auerbach.
de uma
ao mesmo
máquina
tatuadora
doTrabalhou
gueto. Acomo
partirilustradora
daí passou
cadaempresa
minutodedepublicidade,
sua vida aprendendo
tempo
que ensinava
na Loughborough
Schoolaofarte
Art da
(1959),
na Hornsey School of Art (1962) e na
tudo quanto
ele poderia
aprender sobre
tatuagem.
Croydon
of Artpara
(1962-4).
Decidiu School
mudar-se
Richmond, Virgínia, para buscar um bacharelado em belas artes.
Em dezembro de 2004, recebeu seu diploma e começou do zero. Desde então tem sido
publicado em dezenas de revistas de tatuagem ganhando uma tonelada de prêmios pelo
vídeo
vídeo
uso brilhante de suas cores.
http://youtu.be/N1rHTlPBZgM
http://video.style.art-exhibit-inspirations
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Uma pintura do tamanho de uma parede, dominada pelo padrão xadrez a preto e branco, da autoria de Tobias Rehberger e encomendada pela Biblioteca Nacional de Berlim,
esteve coberta durante quase um ano devido a uma reclamação feita pela pintora de Op-Art Bridget Riley. Centro de uma ação judicial entre Rehberger e Riley, afirmando que
a peça trata-se de um plágio da sua Movement of Squares de 1961 ( a cima a direita ). Voltou a estar exposta após um acordo selado a 15 de Dezembro na corte de Berlim.
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www.panelabonanza.com.br
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www.duniverso.com.br
Lennart
Entrevista com o músico, pianista e artista plástico Lennart Goebel
Lennart "Leslie" Goebel ( no Rio desde 2003) – músico, arquiteto e pintor alemão.
Apaixonado pelo som do Hammond Organ desde jovem, notavelmente por Jimmy
Smith, Jon Lord e Barbara Dennerlein, estudou no Jazzschule Berlin com Ralf Ruh
antes de sucumbir aos encantos do Rio de Janeiro.
DM: Lennart, como você se divide entre essas duas artes tão diferentes, a música
e a pintura?
Lennart Goebel: - Naturalmente! Já tocava piano e pintava também. Aqui no Brasil
comecei com a música, depois, mais com a pintura. Mas não me sinto dividido.
DM: - E a paixão pelo Rio de Janeiro?
LG: - Primeiro, quem veio foi meu irmão ( Wolfram Goebel- no Rio desde 2000 – é
na cena do Rio, por
Denise Muller
Meu Olhar Digital fotografa e proprietária
Projetos musicais, produção e mídia social
Recursos Humanos - Universidade Candido Mendes (Campus Santa Cruz)
músico, saxofonista e arquiteto da Alemanha ), que gostava muito de Stan Getz
(saxofonista norte-americano de jazz). Fez parcerias com João Gilberto e Antonio
Carlos Jobim, tornando-se um dos principais responsáveis em difundir o movimento
musical brasileiro conhecido como bossa nova pelo mundo. ). E então eu também
vim experimentar (risos)...
Bom, é difícil sair do Rio, né? Dizem que quem fica mais de sete meses já foi perdido
pela terra natal. (risos)
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Lennart
DM: - O que inspira sua arte no momento?
LG: - A paisagem, o vento, as pessoas, esse pais tropical, o estilo diferente, o estilo
de vida. O jeito do brasileiro de viver me inspira bastante.
DM: - Você acha que todo músico acaba tendo outros dons artísticos?
LG: - Realmente tem vários músicos que tem outros dons também. Não sei, mas tem
outros que estão só na música. Depende... (risos)
A música inspira a ter outros dons artísticos. Como imaginar um filme no cinema sem
música? Não funciona! Então tem que ter música. Mesmo que só numa pintura,
ninguém sabe, mas tem que ter música. Cada pintura tem uma música que inspira.
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Lennart
DM: - Qual o sentimento, a sensação que você quer passar para o público que está
apreciando sua arte?
LG: - A alma desse pais tropical; de alguma forma eu sinto que tenho raízes aqui
também. Engraçado que as vezes eu me sinto mais em minha terra, aqui, do que na
Alemanha. Uma coisa de alma, que eu não consigo explicar. Eu nasci lá, todo mundo
acha que minha terra é lá, mas de alguma forma metafísica fui trocado de lugar.
Não sei se em outra vida, não sou experiente nesse assunto, mas sinto alguma coisa
muito forte aqui nesse pais. Não sei explicar mas tento transmitir.
DM: - E seu trabalho musical, como está?
LG: - Vamos ensaiar hoje (risos)... Estou com duas vertentes: um trabalho solo, só
com piano e o outro trabalho com a banda. E as vezes só com o piano é até mais
profundo. Pretendo gravar um trabalho instrumental, abstrato, só com piano.
DM: - E tem alguma novidade para acrescentar?
LG: - Sim, minha ultima criação são camisas, pintadas com minha arte ( camisetas
pintadas a mão ou silk e extencil ), de uma forma mais acessivel, mais popular,
mais do dia-a-dia; a arte não está diariamente com as pessoas.
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A exposição do pintor "A Poesia da antiga fábrica"
até outubro no Castelinho 38 ( Rua Triunfo, 38 - Santa Teresa )
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Street Art
André Gonzaga Dalata
Nascido e criado em Belo Horizonte, André Gonzaga (Dalata), atua na cena do graffiti desde 97.
Conhecido tanto no Brasil quanto no mundo, seu trabalho é um coquetel de abstração com
surrealismo em uma mistura de tecnicas variadas. Passeando pela pintura, o desenho e a escultura,
o artista cria um mundo próprio voltado para o positivismo. Dalata retrata a vida em um lugar
não muito distante, onde seres mutantes trazem a tona naturalmente, cenarios e personagens
de um universo lúdico.
Em um jogo de formas pensantes no denominado estilo bizarro apaixonante, reconhecido também pelo seu trabalho em superficies irregulares, onde faz intervenções em locais degradados,
interagindo com a natureza do lugar. Ele explora manchas, bolores, rachaduras e todo tipo de
deformação que o ambiente tenha a oferecer. A infinidade de interpretações em sua obra é
uma das marcas registradas do seu trabalho, abrindo as portas para um dialogo entre a arte
e o público num contexto mais amplo.
vídeo
http://vimeo.com/45170686
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Febre de Rato
J. Rowstock
Você provavelmente não o conhece, mas é bem possível que já tenha visto alguma poesia sua
por aí, em um muro, um poste, ou mesmo pela internet. Ainda que raramente assine os textos
com seu nome de batismo, costuma utilizar o pseudônimo J. Rowstock e, em alguns casos, lança
mão do título de seu projeto, o “Febre de Rato”.
Quem lê seus poemas marginais, se pergunta quem seria a figura por trás do autor “sem rosto”.
E, embora seja um jovem de apenas 20 anos, o acadêmico do curso de Letras da UFSM, Josué Feltrin,
vê sua idéia crescer a cada dia e, após muito esforço e alguns “nãos”, prepara-se para o lançamento de seu primeiro livro de poesias. J. Rowstock, escritor de Santa Maria - RS nascido em
Porto Alegre, reside na região central onde coordena o projeto independente literário, Febre
de Rato e cursa Letras na Universidade Federal de Santa Maria.
Sua escrita é terapia para quem faz, sua leitura e para ele que escreve, o que é um bom remédio
e uma excelente maneira de lidar para com nossos dias.
Rowstock escreve poesia,crônicas, romances e acaba se contando para contar a vida.
Fonte: www.arazao.com.br
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Febre de Rato
Animal Selvagem
Parodiando Kerouac. de J. Rowstock
O homem é um animal selvagem de fato.
Passou um vagabundo por Jack e sua Mãe:
Mas poucos foram à guerra e desenvolveram
-Mamãe, quem é aquele tipo?
Seus instintos de sobrevivência ou faro.
-É um vagabundo,esse tipo é um vagabundo.
São singulares os cachorros que latem!
-Mamãe também quero ser um vagabundo...
Existem cachorros com mais estilos que gatos.
E Kerouac,escritor de On The Road,foi um dos
Pelo mesmo motivo que existem homens e garotos.
maiores "vagabundeadores" da América.
Escritores que realmente viveram o esgoto.
E outros que se picam com alfinete.
Um poeta português sentado numa mesa,
lá em baixo escrevia e me guardava poesia.
Para fingir a dor que deveras sentir.
Todos os dias quando eu chegava:
-Aonde esta meu bisavô?
-Esta lá sentado por horas escrevendo
naquela mesma.
-Meu bisavô é um escritor né vó?
-Se diz um poeta meu neto...
Bom acho que vou acabar que nem meu bisavô...
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Joel Colman
Técnica e melodia. Este é Joel Colman. Seu estilo é uma mescla de New age,
world music, Celtic Music, passeando por sonoridades brasileiras, utilizando
técnicas como hammer-on, tappings, harmônicos artificiais e afinações não
convencionais no violão. Desde 1996 dedica-se ao estudo das afinações
alternativas, com forte influência de Michael Hedges, Preston Reed, Don Ross,
Justin king e dos brasileiros André Geraissati, Egberto Gismonti.
Em 1997 grava o cd demonstrativo Terraguar e, em 2001, participa do Cd SEIS
CORDAS, com as músicas SONHO DOURADO, e MOINHO.
Atualmente vem realizando workshops no RS e em Floripa onde reside, o músico
gaúcho Joel Colman, aos 35 anos, tem história pra contar, reconhecido por Peter
Ratzenbeck como um dos mais talentosos músicos da nova geração no Brasil.
na cena de Floripa, por
Marcos Maia
Guitarra na Banda Sobreviventes - Floripa
Fanático por Rock & Roll
Formado na instituição de ensino UERJ - Rio de Janeiro
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1983 · Inicia seus estudos de violão popular, em São Leopoldo/RS, cidade onde
nasceu e aos 16 anos começa a tocar guitarra escutando Ritchie Blackmore,
Yngwie Malmsteen, Eddie Van Halen e Steve Howe.
Em1988, começa a estudar violão clássico e inicia uma busca por novas sonoridades,
deixando para trás a "velha guitarra" para descobrir as afinações alternativas.
André Geraissati e Egberto Gismonti são suas primeiras referências e influências
da música instrumental no violão.
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Joel Colman
Em 1991, torna-se professor de violão em Novo Hamburgo-RS e em 93, muda-se para
Florianópolis- conhecida como Ilha da Magia, onde atua como professor de violão clássico
no Conservatório Musical de Florianópolis, participando do Recital dos Professores
da Escola Clave, no Teatro Álvaro de Carvalho. Entre outras participações: I Seminário de
Música de Florianópolis, I Seminário de Violão de Florianópolis, promovido pelo Conservatório Musical de Florianópolis, XVI Seminário Internacional de Violão, promovido
pela faculdade de música Palestrina, em Porto Alegre, 1996 foi um ano dedicado ao
estudo das afinações alternativas.
Conhece neste período o trabalho de Michael Hedges, que se torna uma influência
marcante em seus estudos. Logo em 1997, grava seu primeiro CD demonstrativo:
Terraguar, com 10 faixas em estúdio e 6 faixas produzidas por computador.
1999, apresenta-se na Audição da Escola de Música Bartosiak, em agosto no Teatro
Álvaro de Carvalho com o Projeto Seis Cordas, formado por Joel Colman, Edson Del
Castel, Renato Pimentel, Eduardo Pimentel, Ricardo Pauletti, Gil Medeiros, Otávio Rosa
e Tiago Nogueira, violonistas de Santa Catarina. O Projeto Seis Cordas vence em 2000,
o concurso "Prêmio Estímulo à Gravação de CDs", promovido pela Fundação Catarinense
de Cultura – Governo do Estado de Santa Catarina.
De 2001 a 2006, shows, festivais, workshops e gravações, durante todo este período,
desde os primeiros acordes em 83, Joel apresenta-se constante em bares de diversos
estilos e cidades. Destacando-se, em Santa Catarina, os bares Cervejaria Continental,
www.joelcolman.com.br
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Píer 301 e, no Rio Grande do Sul, Manara Bar e Expresso 356.
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http://dance100parar.com/
Classificados
GICLÊES ON CANVAS
[email protected]
Venda e manutenção de computadores
Up-grades, peças novas e usadas
Instalações de programas e serviços de rede
www.tiloscainformática.com
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Punk Couture
Ziad Ghanem
Pense em drama, em sofisticação, em tamanhos grandes, em impacto e beleza, você pensa: Ziad
Ghanem. Rotulado como um costureiro cult, Ziad Ghanem está se tornando o prodígio sob medida
para a cena underground de Londres. O designer Líbano-nascido, que se descreve como um
"costureiro punk," tem atraído seguidores dedicados. Esse estilista libanês que vive em Londres
é certamente o que há de mais diferenciado na Moda atual.
Seu ready-to-wear inspirado no underground, com elementos étnicos e originalidade lança mão de
materiais recicláveis e eco-friendly para ter uma pegada de exclusividade barroca.
Em seu desfile Couture outono/inverno de 2010, Zaid colocou nas passarelas tipos exóticos como
a modelo de cabeça raspada bem careca mesmo e muito tatuada, uma mulher super gorda e
modelos negros com ares geométricos. Há quem diga que sua característica principal foi mostrar a
androgenia misturada a um visual alienígena-intergalático-zumbi.
Enquanto vivia em Dubai, Ghanem aprendeu sobre beading e alta costura têxteis "pela prática,
auto-educação e determinação. Todo dia eu aprendo algo novo. Agradeço a todos os meus
professores na vida." Com poucas oportunidades de emprego, Ghanem prosseguiu os seus próprios
designs. "Comecei a fazer roupas com qualquer material que eu tinha em torno de mim e é assim
que a minha abordagem ética para a moda começou", diz ele. Ghanem diz que a sociedade
multicultural de Londres constantemente o inspira. Sua linha júnior, Donzela Grã-Bretanha - uma
colaboração com o designer gráfico Robert Boon - é uma celebração da cultura de rua vibrante
vídeo
de Londres.
http://vimeo.com/59193554
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Punk Couture
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http://vimeo.com/78766149
Subway Art
Tom Otterness
Tom Otterness (nascido em 1952) é um escultor americano conhecido do público como um dos
mais prolíficos da América. Obras do artistas enfeitam parques, praças, estações de metrô,
bibliotecas, tribunais e museus em Nova York — notadamente no parque de Rockefeller em
Battery Park City e na estação de Metro Avenida Street/8th e outras cidades ao redor do mundo.
Ele contribuiu com um balão ( um gigante de ponta-cabeça Humpty Dumpty ) para a parada do
dia de ação de Graças em 1994 foi eleito como membro do Museu Nacional de academia.
Seu estilo é descrito frequentemente como desenho animado e alegre, mas também político, suas
esculturas fazem alusão ao sexo, classe, dinheiro e corrida. estas esculturas retratam, entre outras
coisas: enormes tostões, pudgy (personagens em trajes de negócios com cabeças de saco do dinheiro),
trabalhadores de capacete segurando ferramentas gigantes e um jacaré rastejando para fora
debaixo de uma tampa de esgoto. Sua estética pode ser vista como um riff no realismo capitalista.
Conhecido principalmente como um artista público, Otterness é talvez mais conhecido dos novaiorquinos por sua instalação de vida subterrânea de 2002, que está localizada na estação de metrô
de New York City Street – Oitava Avenida, é um grupo escultórico que consiste em mais de 100
esculturas de bronze fundido, colocadas em toda as plataformas e escadas das linhas A, C, E e L
da estação. Seu estúdio está localizado na vizinhança de Gowanus, no Brooklyn.
Fonte: Wikipédia
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Estação de metrô de New York City Street – Oitava Avenida
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visite o site
www.controledamente.com.br
Curso ministrado pelo psycorientólogo Prof DiPaolo, graduado nos USA, com mais de 20 anos de prática.
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www.bonanzawebradio.com
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Underground
JULIO CESAR, UMA GAITA BLUZEIRA
É incrivel o que você pode encontrar em uma tour pelos bares de BH. O cenário cultural e pito‐
resco dessa cidade é algo realmente muito farto e numa dessas tardes, em que você casualmente
passa por um desses bares, rrssss, pude saborear cerveja gelada e Blues de primeira linha.
Julio Cesar é compositor, gaitista de Blues e vocalista na banda TRÍTONO‐BLUES. Desenvolve um
trabalho autoral mesclado com algumas releituras livres de músicas representativas na história
do Blues, abordando as diversas vertentes do gênero (Delta‐Blues, Country‐Blues, Slow‐Blues,
Chicago‐Blues, Blues‐Rock) entre outras .
pelos bares da vida
Roberto Remiz
Graphic Designer / Digital Painter
Produtor Arsart Studio
Colméia dos Pintores da Guanabara
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Underground
Atualmente, Julio toca em diversos bares e espaços da grande BH, assim como em cidades do
interior. Durante as suas apresentações, ele tece comentários sobre a história do Blues, suas raízes
e linguagem sonora, tem tido grande sucesso junto ao público presente, que se encanta com a
qualidade do repertório, performance musical, técnica apurada e domínio absoluto do instrumento.
Constantemente solicitado para gravações e participações em shows de outros artistas, é uma das
grandes revelações do Blues em Minas Gerais, sendo considerado um dos melhores gaitistas de
Blues da capital.
Em 2015 planeja lançar um disco autoral, totalmente focado no Delta‐Blues.
Para conferir:
sextas‐feiras a partir das 18:00 hs
Bar do Peixe, na Av. das Palmeiras,
em frente ao Mineirinho
sábados, a partir das 15:00 hs
R&C Espetos, Rua Otávio Nicolai, 40
(esquina com Rua Prof. Massanielo
Santos) no Planalto
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Contracultura
Dzi Croquettes
Eram feitos de carne, assim como croquetes. Foi a partir dessa conclusão que, sentados numa mesa de bar,
alguns artistas decidiram nomear o seu recém-criado grupo. A repetição da letra 't' e o 'Dzi' ( um aportuguesamento espirituoso do artigo da língua inglesa 'the') foram inspirados no conjunto norte-americano
The Coquettes. E assim, com humor e criatividade, uma das maiores manifestações de contracultura da
História do Brasil ganhou forma. Em julho deste ano, depois de ter rodado o mundo em festivais de cinema,
um filme sobre essas figuras tão controversas entrou em cartaz em diversas cidades do país.
No momento mais repressivo da ditadura militar que se instalou no Brasil a partir de 1964, os Dzi Croquettes
celebravam a alegria, a androginia e a liberdade. Cílios postiços, purpurina, plumas e pernas cabeludas sob
saias. Vestidos de mulheres, ou então com trajes minúsculos, os trezes jovens entravam em cena, escandalizando o público e, é claro, os censores. Em dezembro de 1968, com a decretação do Ato Institucional no.
5, o regime ditatorial brasileiro se tornou ainda mais fechado. A alternativa à luta armada se dava no campo
comportamental com o desbunde e a irreverência. Foi, portanto, no coração de um governo opressor que
surgiu um movimento tão ousado do ponto de vista dos costumes.
Os Dzi Croquettes eram uma mistura entre espírito libertário e invenção artística. Eles foram influenciados
por diferentes manifestações culturais, como o teatro de vanguarda, o jazz, a bossa-nova e o movimento
gay. Com o passar do tempo, se tornaram influência para outros artistas, inclusive para o teatro de humor
que ficou conhecido como besteirol, e se consagrou com programas de televisão como Armação Ilimitada
e TV Pirata. Além disso, eles foram a semente para a criação do grupo musical 'As Frenéticas'.
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Contracultura
O conjunto montou, em 1972, o espetáculo Gente Computada Igual a Você. Os próprios intérpretes criavam
os personagens e figurinos. Dois nomes se destacam na equipe: o ator, cantor e compositor Wagner Ribeiro,
e o coreógrafo e bailarino nova-iorquino Lennie Dale. Este, adorado pela crítica, trouxe a tradição do
profissionalismo da Broadway à música popular brasileira. “Ele transformou um monte de mocorongos em
bailarinos profissionais”, afirma um dos antigos membros. Além dos dois, o grupo contava com Cláudio Gaya,
Cláudio Tovar, Ciro Barcelos, Reginaldo de Poli, Bayard Tonelli, Rogério de Poli, Paulo Bacellar, Benedictus
Lacerda, Carlinhos Machado e Eloy Simões.
Wagner e Lennie mudaram o conceito de espetáculo na época: os Dzi, como eram chamados, não foram
apenas atores ou dançarinos. Os shows alternavam quadros clássicos de clowns, imitações, pole-dancing,
tango, bolero e improvisações. Ainda que não seja possível ter acesso aos textos na íntegra, os trechos
disponíveis e as imagens de arquivo demonstram um humor sarcástico, o uso de diversas línguas ( sempre
com sotaque cômico carregado ) e o rompimento de barreiras entre artista e plateia. Em Paris, depois
de ter sido censurado, o grupo alcançou fama inimaginável, em parte pelo apoio da estrela Liza Minnelli.
Além das atividades cênicas, os Dzi Croquettes expressavam irreverência também fora dos palcos. Viviam
juntos, numa comunidade – ou, como eles preferiam se chamar, uma família. O impacto artístico e também
cotidiano dos Dzi são os temas do recém-lançado documentário de Tatiana Issa e Raphael Alvarez.
“A ditadura apagou qualquer imagem existente dos Dzi Croquettes”, disse Tatiana, que tem uma relação
especialmente próxima do assunto: é filha de Américo Issa, cenógrafo e iluminador do grupo, e morou
vídeo
http://youtu.be/rgy8fXEqw98
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com os artistas que, segundo ela, eram “como palhacinhos que enfeitavam sua vida”.
Fonte: Julia Moreira
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Claudio Tovar e Elke Maravilha
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Jazztopia
Cheguei ao Rio em 2003 trazendo uma mala, meu teclado em um estojo
bem pesado, o meu sax soprano, para começar uma vida em uma cultura
tropical. Me surpreendi com a multidão em frente ao Bar do Gomes, todo
mundo se encontrando, comprando cervejas no armazém, onde se comprava até sabão em pó – e o Bonde passou no meio desta multidão toda,
parecia uma feira oriental. Meu irmão Wolfram se apresentava com Beto
Monteiro, em um Bar “Canto da Boca”, mais tarde “Bonde Bar.”
Falando de Jazz
Lennart Goebel
Músico
Designer,
Artista Plástico
Músico,alemão,
Designer,
e ArtistaePlástico
Piano na banda de jazz JAZZTOPIA
Universidade Técnica de Berlin
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A paixão do meu irmão pelo Brasil começara ainda na Alemanha, ouvindo discos de vinii ( na
época ), “Getz and Gilberto.” Assim Wolf virou a voz do saxofone no bairro. Às vezes eu também
levava meu soprano e dava uma canja. Jazz e piano pareciam ser perfeitamente descnhecidos
e inúteis naquele ambiente cultural. Meu irmão porém, sentia saudades do jazz, e montamos
o teclado em casa, tocávamos nos finais da tarde. Dali, levamos o som para umas festas na
“Casa Áurea” do Cornélius, e o sarau de Gijs Andriessen, pianista holandês casado com uma
pianista brasileira que tinham um apartamento lindo em Copacabana, com a vista panorâmica
da praia e um piano da cauda. Provavelmente o primeiro piano que tinha visto no Brasil.
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vídeo
http://vimeo.com/94407927
Jazztopia
Aqui, surpresa, tinha um povo bem divertido em frente a um barzinho, que logo
me cumprimentavam, e um deles me levou até a casa do Bob.
Do lado de fora, era uma casa como qualquer uma, ao entrar, abriu -se um espaço enorme, uma luz de fundo em primeiro plano, uma pilha enorme de madeira
para construção – Fui até o final, onde Bob tinha uma mesa enorme de madeira,
pessoas tomando cervejas com nosso amigo em comum, Peter.
No fundo, a majestade do Pão de Açucar, tão próxima, quase entrava na sala,
Bob tinha uma barba igual Salvador Dalí, foi muito divertido, e mostrava-se que
era pintor e correspondente da BBC Londres, e com as próprias mãos tinha construída a casa enorme que lembrava um pouco Antoni Gaudí ( que conhecera em
Barcelona ). Por enquanto Bob e eu estavamos conversando, nosso amigo Pedro
experimentava roupas do papa do último carnaval, e posava em frente do carta
Um amigo alemão me convidou para conhecer a casa cultural de um inglês,
na Rua Tavares Bastos. Falou: Lennart, leva seu clarinete, o Bob gosta de jazz.
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postal da Baía.Até cheguei a fotografá-lo. Cenário bem surreal, digno a um
Salvador Dalí. Bob me falou que precisava de um site, e justamente deste
Ele me tinha dado o endereço, e eu nem fazia ideia que era um local dentro
momento tiramos nossa inspiração – aviões dos anos 20, com bandeiras
de uma comunidade. Subi a rua a pé, no inicio tinha casarões centenários em
do Brasil, Inglaterra e Alemanha, rodando em frente do Pão de Açúcar.
decadência, vista panorâmica o Pão de Açúcar e no final começavam as barracas
Peter sempre falava que era poeta e piloto, e segunda alegação nunca
do morro. Eu já tinha conhecido o Morro dos Macacos, onde um rapaz com uma
foi comprovada, mas entrou na criação da animação ( funciona até hoje
pistola cumprimentava, e perguntava para onde a gente ia.
no endereço www.jazzrio.com ).
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Jazztopia
The MAZE casa de Jazz
Na encosta do Catete uma vista
estonteante da Baia de Guanabara
Hoje em dia, o “The MAZE” é bem conhecido, sempre lotado, e a “Downbeat”
Revista de jazz, constatou que seria um dos melhores clubes de Jazz do mundo,
onde, segundo a revista, Louis Armstrong e Ella Fitzgerald tivessem se encontrando em um Jam.
Umas semanas depois, Bob fez um churrasco na casa dele, convidou todo mundo.
Wolfram e eu estavamos tocando, o meu teclado e o churrasco compartilhavam
uma única mesa, e tinha 12 pessoas.
A FUNDAÇÃO DE JAZZTOPIA
Um amigo nosso, Beto Monteiro, avisou que ninguém no Rio queria ouvir Jazz,
e justamente na época o último clube de Jazz da cidade, a Mistura Fina fechou
Foi em dezembro de 2007 que Maurício Theo convidou Wolfram, Vinícius
as portas. Bob, Wolfram e eu continuamos insistindo, fazendo jam session toda
e mim no sarau cultural dele - “Rio Artmosfera”, em uma pousada no
primeira sexta-feira do mês. O cenário surreal e lindo, com a música inédita
Catete, e contando com a participação de artistas plásticos, poetas e músicos.
contribuíram para o local se tornasse um espaço de encontro cada vez mais
Foi ele que constatou que o formato da banda merecia um próprio nome,
querido. Vinícius Cordeiro Prado improvisava uma bateria usando latas velhas
de filme, caixa de fósforos e um vaso de barro que ele tinha construído.
Cantava divinamente Bossa Nova e Chet Baker. Fomos bem em cima do morro,
no final de um beco estreito, e foi praticamente impossível carregar bateria,
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“Jazztopia”. Tinha outra proposta de Alexandre, “Tupiniquim Jazz”, mas
a gente ficou com a ilha tropical de um romance. E foi com Maurício e
Alexandre que saiu nossa primeira gravação ao vivo, do Rio Artmosfera.
baixo, teclados – foi tudo no improviso. Uma irlandesa, Julie Huhges, matava
O Jazz, eterna utopia, experimento, viagens para terras distantes. Uma
saudades do próprio idioma inglês com o Bob, e fazia dupla com ele, igual
música que surge de um bar lotado e a fumaça dos cigarros e vai até o
Ella e Louis.
“Love Supreme” - como exprimiu John Coltrane.
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Jazztopia
A partir de agora saímos para vários locais para tocar – aos domingos nono terraço
do Hotel Santa Teresa, no barco da “Pink Fleet”, em casamentos, nos concertos
de “Música no Museu”. E recentemente, até em São Pedro da Serra, no Espaço
Bistrô, onde a cultura da Bavaria, minha terra natal, e do Brasil se encontram.
Em 2011 gravamos um disco de “Organ Trio” com o baterista finlandês, Sami
Kontola e em 2012, no quarteto, com a cantora carioca Mariúza - “Lapa at Night.”
Nesta ocasião, entrou Bruno Collyer, contrabaixista na Orquestra Sinônica
Petrobrás.
Um encontro entre a música erudita, com os sopros de New Orleans. Um caminho de experimentação diferente dos conceitos das escolas de Jazz – improviso
coletivo, e temático – viajando entre as duas esferas, do clássico e do jazz.
Como, recentemente, comentou Fernando Pereira, baterista de jazz: “Estilista
de piano”.
Em um show semana passada, de surpresa, Beto Monteiro, apareceu e cantou
“As Time Goes By” - e todo mundo quis ouvir.
Lennart Goebel
Rio de Janeiro, setembro de 2014
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Black Dog
Entrevista com a Banda Black Dog
A Black Dog presta homenagem a algumas das maiores bandas de rock clássico dos 70`s,
especialmente ao trabalho de estúdio do Led Zeppelin. Formada em 1995, devido à
admiração de muitos fãs e seguidores, o maior fã-clube Zepp da América do Sul,
( The Zeppeliano Fan Club ) os escolheu como sua banda oficial.
DM: Rumo aos 20 anos de banda, e o que mudou?
BD: Envelhecemos fisicamente, rejuvenescemos mentalmente, fazemos as coisas como
sempre fizemos, desde o inicio....
DM: Como vcs comparam a reação do publico de hoje ao de antes?
BD: A galera do Rock n' roll sempre é muito heterogênea; o tempo passa, as pessoas mudam
mas continuam ao mesmo tempo seguindo a mesma lógica. A galera hoje que curte rock
esta mais exigente, e talvez por isso tenhamos nos esforçado tanto em sempre melhorar....
na cena do Rio, por
Denise Muller
Meu Olhar Digital fotografa e proprietária
Projetos musicais, produção e mídia social
Recursos Humanos - Universidade Candido Mendes (Campus Santa Cruz)
DM: É muito difícil equalizar 3 bandas de peso, tão diferentes em uma só? Qual a receita?
Qual o segredo do sucesso, depois de quase 20 anos?
BD: Não é dificil. Ouvimos tanto as músicas e tocamos tanto, que as vezes nos sentimos
meio que padrastos das crianças, meio que responsáveis pelas músicas.
O segredo é que somos meio aficcionados pelo que fazemos. Não é facil rodar o Brasil,
tocar em todo tipo de equipamento e ainda conservar a sonoridade.
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Não é técnica eu acho, isso mora em nosso DNA. Sucesso maior, é que conseguimos
fazer o que mais gostamos esse tempo todo, nos respeitamos como pessoas e como
musicos. Esse é o segredo do sucesso!
DM: Novidades para essa grande comemoração?
BD: Bom, após décadas de pedidos, resolvemos gravar nosso album autoral, será
lançado em 2015. Outra coisa legal, é que lançaremos nossa própria cerveja: Black
Dog Brazil Beer. Diferente das outras bandas que compraram cervejas e colocaram
rótulos, nós desenvolvemos a receita e nós mesmos fizemos a cerveja artesanalmente.
Será uma cerveja estilo Stout, forte, densa e de alto teor alcoólico, com mais
ou menos 7,5%. Em 2015 também executaremos novamente os álbuns na íntegra, os
que mais gostamos ao vivo. Será 2015 todo comemorativo. Não é qualquer banda que
fica no underground brasileiro 20 anos direto, sem apoio financeiro externo nenhum,
vivendo de sua própria arte...
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Quem seria você, se não fosse por mim.
Eu te assisto, sou o espelho de sua alma.
Roberto Remiz
FICHA TÉCNICA
DIREÇÃO, COORDENAÇÃO E ARTE FINAL: Roberto Remiz [email protected]
PESQUISA: Roberto Remiz [email protected]
COLABORAÇÃO: Peusp Rocker , Denise Muller
Marcos Maia e Lennart Goebel
DISTRIBUIÇÂO: DUNIVERSO Tomé Ferreira [email protected]