6º ANO “M.A” - O ritmo da Congada 6º ANO “M.B”

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6º ANO “M.A” - O ritmo da Congada 6º ANO “M.B”
EXPOART/2015 - “NOS RITMOS, SABORES E CORES DO BRASIL” PESQUISA ELABORADA PELO PROFESSOR DE HISTÓRIA RAFAEL
PAULINO.
6º ANO “M.A” - O ritmo da Congada
Objetivo: a cultura do estado de Minas Gerais, o ciclo do ouro, Inconfidência
Mineira (o mito de Tiradentes), Xica da Silva, o barroco de Aleijadinho.
CONGADA (Congado, Congo). São danças cujo objetivo é celebrar as festas de Natal e
de Reis, ou durante os festejos de Nossa Senhora do Rosário, São Benedito e do Divino
Espírito Santo, de maneira dramática ou através de folguedos (Enciclopédia da Música
Popular Brasileira Popular, Erudita e Folclórica). Na origem, mescla tradições africanas,
bailados e representações populares portuguesas e espanholas.
A congada e o congo apresentam diferenças. Dança-se a congada nas regiões do centro
e do sul do país, com inspiração nas lutas entre cristãos e mouros. O congo é dançado
no Norte e Nordeste, celebrando lutas dos povos africanos e sua parlamentação de paz.
Para marcar o ritmo, os músicos utilizam tambores, caixas, pandeiros, viola e diversos
tipos de chocalho.
Câmara Cascudo considera estas danças como autos populares, cujos elementos de
formação foram a coroação dos reis de Congo; préstitos e embaixadas; reminiscências
de bailados guerreiros e de uma rainha de Angola, Njinga Nhandi, falecida em 1663. A
coroação dos reis de Congo já era realizada na igreja de Nossa Senhora do Rosário, em
1674, em Recife.
A Biblioteca de Ritmos filmou uma apresentação de músicos da Congada de Santa
Ifigênia, em Mogi das Cruzes, São Paulo. Mestre Silvio explica que, na origem, era um
bailado surgido da Confraria de Nossa Senhora do Rosário, no século XIX, e tinha o
sentido de manifestação ―de fé e de alegria da rapaziada‖, entre os negros,
apresentando-se hoje mais com o aspecto caipira. A Congada de Santa Ifigênia tem três
batidas distintas – a marcha, a marcha dobrada e a marcha picada, utilizando como
instrumentos a dobradeira, o tarol, o surdo, pandeiros e bastão.
6º ANO “M.B” - Danças Afros (ritmo de origem africana)
A dança é uma das maiores representações de uma cultura popular, ela ―pode ser maior
que reunião de técnicas, quando se propõe a ser instrumento de transformação social e
difusão histórico cultural.‖
A dança afro surgiu no Brasil no período colonial, foi trazida por africanos retirados do
seu país de origem para realizarem trabalho escravocrata em solo brasileiro. Esse estilo
de dança foi registrada primeiramente na composição de religiões africanas e começou a
se fortalecer em meados do século XIX com a ajuda dos tribos: sudaneses; bantos (dois
povos situados em território africano) e os indígenas, que foram responsáveis pela
criação do candomblé e de outros segmentos regionais que deram origem à dança dos
caboclos e outros aspectos da cultura africana.
A diversidade de ritmos culturais existentes hoje, foi oriunda de uma miscigenação que
desenvolveu a identidade cultural do Brasil. Ao longo dos anos a dança de origem
africana começou a ser modelada e encaminhada a diferentes estados.
A sua trajetória teve início com o fim da escravidão, e em meados dos anos 20 e 30 do
século passado, os negros começam a migrar para o Rio de Janeiro deixando marcas do
samba e umbanda (uma variação da religião afro brasileira, com influencias do
Kardecismo que desenvolveu um novo modelo de entidade cristã denominada Exu), no
estado que contribuiu com a fixação e a valorização de raízes da mestiçagem projetada
no país.
Já nos anos 50 e 60 deste mesmo século, a crescente industrialização fez com que o
povo que no início migrava para o Rio de Janeiro, desloca-se para São Paulo,
consequentemente acabam divulgando e difundindo a cultura afro brasileira. Nos anos
70 com o movimento da contracultura, olhos são voltados para o nordeste, e a Bahia é
redescoberta em diferentes setores culturais, o estado é finalmente visto como um ponto
turístico de máxima importância para história brasileira, por ser formado basicamente
pela cultura afro.
Depois que a umbanda alcançou um devido status, o candomblé tornou-se referência e a
dança passa a ser visualizada de maneira marginalizada, por estar quase sempre
associada a uma adoração de deuses africanos.
6º ANO “V.A” - O Ritmo do Axé (Expressão cultural de
Salvador)
Objetivo: a primeira capital do Brasil, o desenvolvimento do carnaval na cidade,
os principais cantores nacionais, os novos baianos, a cultura afro, Conjuração
Baiana, Revolta dos malês, Jorge Amado e sua obra na literatura.
O Axé é um gênero musical surgido no estado da Bahia na década de 1980, durante as
manifestações populares do carnaval de Salvador, que mistura Frevo pernambucano,
forró, Maracatu, Reggae e Calipso, que é derivado do Reggae.
No entanto, o termo Axé Music é utilizado erroneamente para designar todos os ritmos
de raízes africanas ou o estilo de música de qualquer banda ou artista que provém da
Bahia. Sabe-se hoje, que nem toda música baiana é Axé, pois lá há o Olodum, um ritmo
da África do Sul, Samba de Roda e Pagode produzidos por algumas bandas, Calipso
(gênero musical), proveniente do Pará e Samba-reggae, uma novidade.
A palavra "axé" é uma saudação religiosa usada no candomblé e na umbanda, que
significa energia positiva. Expressão corrente no circuito musical soteropolitano, ela foi
anexada à palavra da língua inglesa music pelo jornalista Hagamenon Brito para formar
um termo que designaria pejorativamente aquela música dançante com aspirações
internacionais.
Com o impulso da mídia, o axé music rapidamente se espalhou pelo país todo (com a
realização de carnavais fora de época, as micaretas), e fortaleceu-se como indústria,
produzindo sucessos durante todo o ano.
7º ANO “M.A” - Danças indígenas do Brasil
Objetivo: região centro-oeste, o estado do Mato Grosso, o parque do Xingu, o
folclore indígena, entre outros conceitos dessa região.
A dança, poderosa linguagem universal, é um meio de expressão importante desde
épocas remotas, assim como a música. Os hebreus e egípcios tinham suas danças
sagradas. Entre os gregos e romanos ela era inspirada pelo espírito profano.
Criados em contato íntimo com a natureza – em meio a florestas exuberantes, rios
caudalosos, fauna e flora ricas e diversificadas – os índios brasileiros são impregnados
pelos seus mistérios onde paira o misticismo. Nos seus rituais e crenças, a dança e a
música têm um papel fundamental e uma grande influência na sua vida social.
O índio dança para celebrar atos, fatos e feitos relativos à vida e aos costumes. Dançam
enquanto preparam a guerra; quando voltam dela; para celebrar um cacique, safras, o
amadurecimento de frutas, uma boa pescaria; para assinalar a puberdade de adolescentes
ou homenagear os mortos em rituais fúnebres; espantar doenças, epidemias e outros
flagelos.
As danças indígenas podem ser realizadas por um único individuo ou em grupo e, salvo
raras exceções no alto Xingu, não é executada em pares. As mulheres não participam de
danças sagradas, executadas pelos pajés ou grupos de homens. São utilizados, ainda,
símbolos mágicos, totens, amuletos, imagens e diversos instrumentos musicais e
guerreiros em danças religiosas, dependendo do objetivo da cerimônia.
Em algumas delas muitos usam máscaras, denominadas dominós, que lhes cobrem o
corpo todo e lhes servem de disfarce. A linguagem do corpo em movimento, sua
organização estética e coreográfica, além do canto, ocupam um lugar fundamental no
desempenho do ritual indígena.
Danças de rituais xamanísticos – centralizadas na figura do xamã, um líder que tem o
papel de intermediação entre a realidade profana e a dimensão sobrenatural, em seus
transes místicos e nos poderes mágicos e curativos que lhe são atribuídos – são
realizadas em diversas tribos amazônicas.
Entre os rituais e danças mais conhecidos dos índios brasileiros estão o toré e o kuarup.
A dança do toré apresenta variações de ritmos e toadas dependendo de cada povo. O
maracá – chocalho indígena feito de uma cabaça seca, sem miolo, na qual se colocam
pedras ou sementes – marca o tom das pisadas e os índios dançam, em geral, ao ar livre
e em círculos. O ritual do toré é considerado o símbolo maior de resistência e união
entre os índios do Nordeste brasileiro. Faz parte da cultura autóctone dos povos Karirixocó, Xukuru-kariri, Pankararú, Tuxá, (índios de Pernambuco) Pankararé, Geripancó,
Kantaruré, Kiriri, Pataxó, Tupinambá, Tumbalalá, Pataxó Hã-hã-hãe, Wassu Cocal entre
outros.
A dança do kuarup (nome de uma árvore sagrada) – um ritual de reverência aos mortos
– é própria de povos indígenas do Alto Xingu, em Mato Grosso. Iniciada sempre aos
sábados pela manhã, os índios dançam e cantam em frente a troncos de kuarup,
colocados no local onde os mortos homenageados foram enterrados.
7º ANO “M.B” - O ritmo do Carimbó (expressão da cultura do
norte)
Objetivo: a Ilha de Marajó, as lendas do norte, a revolta da Cabanagem no estado
do Pará.
O Carimbó é uma sonoridade de procedência indígena, aos poucos mesclada à cultura
africana, com a assimilação das percussões dos negros; e a elementos de Portugal, como
o estalar dos dedos e as palmas, que intervêm em alguns momentos da coreografia.
Originalmente, em tupi, esta expressão significa tambor, ou seja, curimbó, como
inicialmente era conhecido este ritmo. Gradualmente o termo foi evoluindo para
carimbó.
Esta dança teve sua origem no território de Belém, mais precisamente na área do
Salgado, composta por Marapanim, Curuçá e Algodoal; e também se disseminou pela
Ilha de Marajó, onde era cultivada pelos pescadores. Acredita-se que o Carimbó
navegou pela baía de Guajará, pelas mãos dos marajoaras, desembarcando nas areias do
Pará, justamente nas praias do Salgado. Não se sabe exatamente em que ponto desta
região ele tomou forma e se consolidou, embora Marapanim clame pela paternidade
desta coreografia, editando anualmente o famoso Festival de Carimbó de Marapanim.
De qualquer forma, esta cadência evoluiu para um formato mais moderno, inspirando
decisivamente o nascimento da lambada e do zouk. Tradicionalmente este estilo musical
era executado em tambores. Os tocadores golpeavam este instrumento, manufaturado
com troncos de árvores, utilizando as mãos no lugar de pequenas varas. Eles eram
secundados por reco-reco, viola, ganzá, banjo, maracás e flauta. Juntos, eles conferiam
ao carimbó uma musicalidade original e voluptuosa.
Nas décadas de 60 e 70 guitarras elétricas foram acrescentadas aos tradicionais
instrumentos, e a dança passou a receber forte inspiração de ritmos como o merengue e
a cúmbia. Ao se disseminar pela região Nordeste do país, ela impulsionou o surgimento
da lambada, que se difundiria por todo o Planeta.
Nas apresentações do carimbó os homens vestem blusas lisas ou mesmo estampadas,
acompanhadas de calças sem estampas; eles não se esquecem do lenço adornando o
pescoço, do chapéu de arumã, e os pés ficam nus. As mulheres, por sua vez, trajam
blusas que liberam os ombros e a barriga, para que fiquem visíveis, usam inúmeros
colares e pulseiras confeccionadas com sementes que florescem na região paraense,
sobre saias amplas ou franzidas, repletas de cores e estampas. Arranjos florais são
dispostos sobre as cabeças, e elas igualmente dispensam sapatos.
A coreografia principia com os casais posicionados em filas, e então o homem acerca -se
de sua companheira batendo palmas, sinal para que ela se considere convidada para
dançar. Elas cedem e dão início a um volteio circular, constituindo simultaneamente um
amplo círculo, movendo as saias, com a intenção de arrojá-las sobre a cabeça de seu
parceiro.
A dança segue com uma das bailarinas lançando ao solo um lenço; seu companheiro,
dobrado para frente e com os braços jogados para trás, simulando asas, abrem as pernas
e se esforçam para apanhar o acessório com a boca, sem sair do ritmo. Enquanto isso a
moça apanha a saia com as mãos, agita-a, como se ela fosse um peru, e todos cantam
um trecho da música referente a este gesto: O Peru está na roda chô Peru. Tudo corre
como se obedecesse, portanto, a um ritual pré-estabelecido, já memorizado por todos.
7º ANO “V.A” - Boi-Bumbá (manifestação artística da Região
Norte)
Objetivo: expor a complexidade geográfica da floresta amazônica, a festa de
Parintins e sua famosa disputa do boi, a Zona Franca de Manaus, as lendas da
região, a lenda das Amazonas.
A dança folclórica do bumba meu boi é um dos traços culturais marcantes na cultura
brasileira, principalmente na região Nordeste. A dança surgiu no século XVIII, como
uma forma de crítica à situação social dos negros e índios. O bumba meu boi combina
elementos de comédia, drama, sátira e tragédia, tentando demonstrar a fragilidade do
homem e a força bruta de um boi.
O bumba meu boi é resultado da união de elementos das culturas européia, africana e
indígena, com maior ou menor influência de cada uma dessas culturas. A dança
misturada com teatro incorpora elementos da tradição espanhola e da portuguesa, com
encenações de peças religiosas nascidas na luta da Igreja contra o paganismo. O
costume da dança do bumba meu boi foi intensificado pelos jesuítas, que através das
danças e pequenas representações, desejavam evangelizar os negros, indígenas e os
próprios aventureiros portugueses.
A história que envolve a dança é a seguinte: Um rico fazendeiro possui um boi muito
bonito, que inclusive sabe dançar. Pai Chico, um trabalhador da fazenda, rouba o boi
para satisfazer sua mulher Catarina, que está grávida e sente uma forte vontade de
comer a língua do boi. O fazendeiro manda seus empregados procurarem o boi e quando
o encontra, ele está doente. Os pajés curam a doença do boi e descobre a real intenção
de Pai Chico, o fazendeiro o perdoa e celebra a saúde do boi com uma grande
festividade.
O bumba meu boi possui diversas denominações em todo o Brasil. No Maranhão, Rio
Grande do Norte e Alagoas a dança é chamada de bumba meu boi, no Pará e Amazonas,
boi-bumbá, em Pernambuco, boi-calemba, na Bahia, boi-janeiro, etc.
8º ANO “M.A” - Fandango: expressão cultural do Paraná
Objetivo: pesquisar as principais informações históricas e geográficas do estado do
Paraná, a influencia dos imigrantes europeus.
O Fandango é o conjunto de várias danças de natureza popular, conhecidas como
‗marcas‘. Embora já tenha sido executado nas celebrações sediadas em palácios, hoje
ele está integrado ao folclore brasileiro, principalmente o do sul do país, e seus
movimentos e gestos causam profundo impacto nos que testemunham esta coreografia.
Estas danças desembarcaram nas praias paranaenses pelas mãos dos portugueses
açorianos, que detinham forte inspiração da cultura espanhola, aproximadamente em
1750. O fandango passou então a integrar as comemorações do Intrudo, o ancestral do
Carnaval. Durante 4 dias os dançarinos, chamados de ‗folgadores‘ e ‗folgadeiras‘,
praticavam os mais diversos bailados – entre eles o Anu, Andorinha, Chimarrita, Tonta,
Caranguejo, Vilão do Lenço, Sabiá, Marinheiro, Xarazinho, Xará Grande, entre outros –
e consumiam o tradicional Barreado, mistura de carne e toucinho.
Com o passar do tempo, o Fandango executado no Paraná foi assimilado pelo caboclo
do litoral, assumindo assim seu caráter folclórico, e desta forma é preservado até hoje.
Suas danças podem ser bailadas ou sapateadas, invariavelmente; apenas se modificam
as músicas e as palavras. Aliás, estas coreografias não prescindem jamais da poesia
cantada e da viola, sua ferramenta essencial.
Além do uso de duas violas, é fundamental também a presença do acordeão, da rabeca e
do pandeiro rural, conhecido como adufo ou maxixe. Normalmente as violas, que quase
sempre são compostas de cinco cordas duplas e uma meia corda, são confeccionadas
com a caxeta, uma espécie de madeira, bem aprimorada artisticamente. Os dançarinos,
trajando típicas vestes gaúchas, giram em torno um do outro sensualmente, sem jamais
se roçarem, nem mesmo com as mãos. Os casais executam movimentos tentadores,
insinuantes e ondulantes.
Os homens sapateiam sem cessar, provocando assim o constante e ritmado soar das
esporas, que acabam atuando como um instrumento a mais. Eles se movem em linhas
sinuosas, como as serpentes, enquanto as mulheres também avançam sutilmente,
movimentando-se com meneios lânguidos, sem recorrer ao sapateado, apenas marcando
sua evolução espacial com castanholas.
As danças que compõem o fandango podem ser rufadas ou batidas, imitando o som de
tambores; bailadas ou semelhantes às valsas; uma mescla do estilo rufado e do valsado.
Sempre se parte de um amplo círculo, integrado pelos homens e suas parceiras, o qual
se transforma constantemente, pois em um momento os casais estão frente a frente, em
outro eles se encontram ao lado um do outro. Seus movimentos refletem as paixões e
desejos mal contidos, sentimentos que deixam os pares em estado de êxtase.
Há um estilo, porém, o ‗tatuí‘, no qual os cavalheiros dispensam suas damas, sendo
praticado por dez homens. Eles começam a dançar ao som de pancadas com a palma da
mão ou ao soar das castanholas, e se movem da esquerda para a direita. Os passos que
compõem esta coreografia são o viracorpo, pega-na-bota, quebra-chifre, pula-sela,
mandadinho, cada um com suas características especiais, mas todas se concluem com a
formação de uma nova roda.
Atualmente o Fandango se estende do extremo sul a São Paulo. No litoral paulista o
Fandango inclui coreografias que englobam ou não o sapateado, entre elas o DãoDão,
DãoDãozinho, Graciana, Tiraninha, Tirana-Grande, Rica-Senhora, Recortado,
Recortado Grande, Morro Seco, Pica-Pau, João Dum Maruca, São João do Porto,
Chimarrita, Querumana, e outras mais. A música é normalmente composta em
compasso binário.
O Fandango original integrava as peças teatrais encenadas nas celebrações jesuítas,
como a marujada, a nau catarineta, e outras figuras do folclore brasileiro. Sua
modalidade rural, porém, se refere a várias coreografias conhecidas genericamente
como danças de salão, especialmente na região Sul. Assim este termo se estendeu a
qualquer reunião de pessoas para dançar ou a todo tipo de diversão.
8º ANO “M.B” - Danças Gaúchas: o estado do Rio Grande do
Sul e sua cultura
Objetivo: pesquisar sobre os acontecimentos históricos desse estado, a Revolução
Farroupilha, as missões jesuíticas, o festival de cinema de Gramado, a influencia
dos espanhóis.
As danças gaúchas são algumas das mais antigas Danças Populares brasileiras. Tiveram
origem na Espanha em meados dos séculos XVII e XVIII. O Rio Grande do Sul iniciou
seu processo de formação dois séculos e meio após a descoberta do Brasil; assim sendo,
o estado mais meridional da União sentiu sua principal influência: a profunda
mestiçagem cultural que dois séculos de povoamento haviam elaborado no Brasil.
As danças tradicionalistas gaúchas são legítimas expressões da alma gauchesca. Em
todas elas está presente o espírito de fidalguia e de respeito à mulher, que sempre
caracterizou o campesino rio-grandense. Todas elas dão margem a que o gaúcho
extravase sua impressionante teatralidade.
Segundo Paixão Côrtes (1997), a primeira dança regional gaúcha que colheram em suas
pesquisas veio da Vila de Palmares (atual município de Osório-RS). As danças,
inicialmente, apenas integravam as festas regionais do Rio Grande do Sul e hoje são
divulgadas e praticadas por diversos estados como a mais bela manifestação do folclore
gaúcho. Tamanho é o seu alcance que existem CTGs espalhados por 23 estados
brasileiros além dos Estados Unidos, Paraguai e Portugal.
A mais típica representação do Rio Grande do Sul é o ―fandango‖ que, posteriormente,
se entremeou ao sapateado, originado nas antigas danças de par solto da romântica
Espanha. Estes bailados espanhóis constituíram o primeiro ciclo/geração coreográfica
de formação das danças populares brasileiras.
Passando pela corte de Luiz XIV com o ―Minueto‖, pela Inglaterra com a ―Country
Dance‖ e, finalmente com a ―Valsa‖ chega a Paris onde a vida social sofria influência
de muitos fatos mundialmente significativos, e se espalhava por todo o círculo cultural
ocidental: novas ideias, novas técnicas, novas modas, logo, novas danças.
As danças tradicionalistas são acompanhadas de músicas típicas gaúchas. Nestas
prepondera o som do acordeom, também conhecida como gaita, violão e alguns outros
instrumentos de corda e percussão. Pela tradição Gaúcha a dama é chamada de ―prenda‖
e o cavaleiro de ―peão‖.
8º ANO “V.A” - O ritmo Sertanejo: o som do Brasil
Objetivo: elaborar uma linha do tempo sobre a construção desse gênero musical, a
ascensão do sertanejo universitário, a festa de peão de boiadeiro, as grandes duplas
dos anos 90, o interior do Brasil (zona rural)
O subgênero musical ―sertanejo‖ é totalmente brasileiro. Na verdade, o sertanejo é uma
variação ou uma ―urbanização‖, se é que podemos assim dizer, da música caipira, onde
são utilizados instrumentos artesanais e típicos do Brasil-colônia, como a viola, o
acordeão e a gaita, algo voltado para o público extremamente rural do Brasil.
O sertanejo se caracteriza pela melodia simples e melancólica das músicas, bem
semelhante à música caipira, talvez um pouco mais dançante e sem dúvida, mais urbana.
Enquanto a música caipira tinha uma temática baseada na vida do campo, os sertanejos
mudaram essa temática para agradar o grande público das cidades, adotando temas
como amor e traição. Ocorreu o cuidado particular em se evitar o termo ―caipira‖, visto
com preconceito por grande parte da população.
A partir de 1980, houve no Brasil uma grande exploração comercial da música
sertaneja, começando com Chitãozinho & Xororó e Leandro & Leonardo, passando
posteriormente para uma grande quantidade de duplas, tendo seu auge entre os anos de
1988 e 1990.
Após esse período, a música sertaneja começou a ―esfriar‖ devido ao destaque dado na
mídia à outros estilos musicais, como pop e funk, porém sempre continuou bastante
presente na região centro-sul do Brasil. Por volta dos anos 2000, a música sertaneja
conquistou novo destaque na mídia através do amplo espaço cedido à nova geração de
duplas, como Bruno & Marrone, Edson & Hudson, etc.
9º ANO “M.A” - O Ritmo do Frevo (Estado de Pernambuco/
Olinda e Recife)
Frevo é um estilo de dança e ritmo musical típico do carnaval popular de
Pernambuco. Em 2012, o frevo ganhou o título de Patrimônio Imaterial da
Humanidade pela UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação,
Ciência e Cultura.
Originalmente, o frevo surgiu na cidade do Recife, capital do estado de Pernambuco,
entre o final do século XIX e início do século XX, como um ritmo carnavalesco nascido
a partir das marchinhas de Carnaval, com influência da polca russa, de alguns passos de
ballet clássico, e de outras danças afro-brasileiras populares, como o maxixe e a
capoeira.
O nome "frevo" se originou a partir da palavra "ferver", que popularmente se pronuncia
"frever". Ou seja, o significado é o mesmo de "fervura", que conota a "agitação" e
"rebuliço" dos dançarinos. O termo "frevo", no entanto, foi utilizado pela primeira vez
em uma publicação do jornal vespertino do Recife chamado "Pequeno", em 1907.
A dança do frevo, embora pareça simples, é marcada pela sua complexidade, com o
uso de malabarismos, rodopios, gingados, passos curtos e ritmo frenético. A sombrinha
colorida aberta é outra característica marcante do frevo durante a dança, fazendo com
que os dançarinos mostrem toda a sua técnica em saltos e rodopios, enquanto carregam
o pequeno guarda-chuva. Atualmente, estão catalogados mais de cem passos diferentes
na dança do frevo.
O frevo pode ser dividido em três principais gêneros:
Frevo-de-Rua: um estilo de frevo exclusivamente instrumental, com uso de pistões,
trombones, trompetes e notas agudas.
Frevo-de-Bloco: surgiu a partir das serenatas de carnaval, com o uso de banjos,
cavaquinhos, violões e outros instrumentos de corda e de sopro, como o clarinete.
Frevo-Canção: é o frevo "cantado", diferente do estilo tradicional, que acompanhava
apenas a percussão da banda. É um gênero de frevo mais lento.
Devido a sua natureza popular, o carnaval do frevo é feito pelas famílias e comunidade
de uma cidade ou bairro, sem a presença de samba-enredo, escolas de samba e trioselétricos, como existem em outras regiões do Brasil.
O carnaval de Olinda é considerado o maior carnaval do frevo. O símbolo cultural do
frevo é tão importante que o dia 14 de setembro é marcado como o Dia do Frevo, no
Brasil.
9º ANO “M.B” - O ritmo do Maracatu (manifestação da cultura
africana no Nordeste / Pernambuco)
O objetivo dessa equipe é fazer uma referência sobre o processo de escravização no
Nordeste Brasileiro e como a cultura africana influenciou os sabores e ritmos dessa
região.
O que é e origem
O Maracatu é uma dança folclórica de origem afro-brasileira, típica do estado de
Pernambuco. Surgiu em meados do século XVIII, a partir da miscigenação musical das
culturas portuguesa, indígena e africana.
É uma dança de cortejo associada aos reis congos. Os maracatus, tradicionalmente,
surgiram e se desenvolveram ligados às irmandades negras do Rosário. Nos maracatus
há um forte componente religioso.
Como as irmandades foram, com o passar do tempo, perdendo força, os maracatus
passaram a fazer suas apresentações durante o Carnaval, principalmente o de Recife.
Existem dois tipos de maracatus:
- Maracatu Rural, também conhecido como maracatu de baque solto;
- Maracatu Nação, também conhecido como maracatu de baque virado.
Coreografia dos maracatus
Os maracatus dançam ao som dos seguintes instrumentos musicais: tarol, zabumba e
ganzas. As danças são marcadas por coreografias específicas, parecidas com danças do
camdomblé. Os participantes representam personagens históricos (reis, embaixadores,
rainhas).
9º ANO “V.A’ - O ritmo da Ciranda (Litoral nordestino/
Pernambuco e Alagoas)
Objetivo: desenvolver um trabalho sobre o trabalho dos pescadores e a
importância do litoral nordestino para o desenvolvimento da historiografia
nacional.
A ciranda é uma dança muito conhecida no Brasil como brincadeira infantil, porém na
região Nordeste, principalmente em Pernambuco, ela é uma dança de rodas de adultos.
Os participantes podem ser de várias faixas etárias e as crianças também podem
participar. A ciranda é uma dança típica das praias, especialmente no norte
pernambucano, mas sua prática não se restringe ao litoral.
Desde 1961 a ciranda faz parte de todas as festas folclóricas do Recife. É uma dança de
roda, cantada e dirigida pelo "Mestre Cirandeiro", responsável por tirar as cantigas
(improvisar os versos). Forma-se uma roda e de mãos dadas todos seguem na batida do
'bumbo' ou 'zabumba‘.
Os participantes são denominados de cirandeiros e cirandeiras, também participam da
dança o mestre, o contramestre e os músicos, que ficam no centro da roda. Os
dançadores rodam balançando o corpo à medida que fazem o movimento de translação
em sentido anti-horário.
A coreografia é bastante simples: no compasso da música, dá-se quatro passos para a
direita, começando-se com o pé esquerdo, na batida do bombo, balançando os ombros
de leve no sentido da roda. Há cirandeiros que acompanham esse movimento elevando e
baixando os braços de mãos dadas. O ganzá, o bombo e a caixa formam o instrumental
básico de uma ciranda tradicional. Às vezes, encontram-se ainda a cuíca, o pandeiro, a
sanfona, ou algum instrumento de sopro.
As músicas cantadas pelo mestre podem ser aquelas já decoradas ou improvisações, ou
até mesmo canções populares desenvolvidas em ritmo de ciranda. Os passos da dança
variam com a própria dinâmica da manifestação. Geralmente começa com uma pequena
roda de poucas pessoas, que vai aumentando à medida que outros chegam para juntar-se
aogrupo.
1ª SÉRIE “M.A” - O ritmo do Samba (da origem na Bahia até o
sucesso no Rio de Janeiro)
Objetivo: a origem das primeiras favelas no Rio de Janeiro, o processo de
libertação dos escravos – a lei áurea, as diferenças entre o samba e o pagode, os
principais artistas do passado e atualmente, os espetáculos promovidos pelas
escolas de samba no carnaval do Rio de Janeiro, o destaque para Chiquinha
Gonzaga, a importância dos carnavalescos.
O samba nasceu na Bahia, no século 19, da mistura de ritmos africanos. Mas foi no Rio
de Janeiro que ele criou raízes e se desenvolveu, mesmo sendo perseguido. Durante a
década de 1920, por exemplo, quem fosse pego dançando ou cantando samba corria um
grande risco de ir batucar atrás das grades. Isso porque o samba era ligado à cultura
negra, que era malvista na época.
Só mais tarde é que ele passou a ser encarado como um símbolo nacional,
principalmente no início dos anos 40, durante o governo de Getúlio Vargas. Nessa
música brasileiríssima, a harmonia é feita pelos instrumentos de corda, como o
cavaquinho e o violão.
Já o ritmo é dado, por exemplo, pelo surdo ou pelo pandeiro. Com o passar do tempo,
outros instrumentos, como flauta, piano e saxofone, também foram incorporados, dando
origem a novos estilos de samba. ―À medida que o samba evoluiu, ele ganhou novos
sotaques, novos modos de ser tocado e cantado. É isso que faz dele um dos ritmos mais
ricos do mundo", afirma o músico Eduardo Gudin.
1ª SÉRIE “M.B” - O Ritmo do Hip Hop (dos EUA até a
explosão na cidade de São Paulo)
Objetivo: desenvolver um trabalho relacionando a influência da cultura norte
americana com o desenvolvimento dos movimentos sociais nos estados de São
Paulo e Rio de Janeiro, a luta trabalhista, os processos migratórios na capital
paulista, a fundação da cidade pelos bandeirantes.
Para abordar o Hip Hop torna-se essencial resgatar, de forma sucinta, a origem do funk,
pois essa forma de música surgiu da música negra americana, o ―Rhythym and Blues‖,
rotulada como ―race music‖ até cair no gosto popular dos jovens brancos americanos.
Houve a partir da década de trinta, uma grande migração da população negra que vivia
no sul do país, para os centros urbanos do norte dos Estados Unidos e que necessitava,
emergencialmente, de trabalho. Neste período o Blues absorve instrumentos elétricos
dando origem ao Rhythm‘d Blues, que conseqüentemente mistura-se com a música
gospel protestante, resultando no ―Soul‖, cuja tradução é ―alma‖. Na década de sessenta
o Soul passa a ser a música de protesto dos movimentos em favor dos direitos civis dos
negros, tornando-se a ―black music‖ americana. Na luta por uma real cidadania, eles
começam a fazer uso da palavra ―funky‖ (fedorento), muito utilizada por seus
agressores. Desta forma o Funky passa ser uma forma de atitude e identidade negra no
vestir, falar, dançar, enfim, viver.
Na década seguinte, anos setenta, a mídia no Brasil se apropria desse estilo e passa a
comercializa-lo, projetando o estilo ―Black Power‖ com Gerson King Combo. Uma
espécie de James Brown à brasileira. O Rio de Janeiro, por concentrar a maior mídia de
massa da época, aglomera grandes equipes de som, como as ―Soul Grand‖ e ―Furacão
2000‖, com realização de grandes bailes na zona sul e subúrbio da cidade. A imprensa
batizou este movimento ao orgulho negro de ―Black Rio‖, entrando a década de oitenta
sacudindo clubes, discotecas e casas noturnas das grandes capitais brasileiras.
O berço do hip hop brasileiro é São Paulo, onde surgiu com força nos anos 1980, dos
tradicionais encontros na rua 24 de Maio e no Metrô São Bento, de onde saíram muitos
artistas reconhecidos como Thaíde, DJ Hum, Styllo Selvagem, Região Abissal, Nill
(Verbo Pesado), Sérgio Riky, Defh Paul, Mc Jack, Racionais MC's, Doctor MC's, Shary
Laine,M.T. Bronks, Rappin Hood, entre outros.
Atualmente, existem diversos grupos que representam a cultura hip hop no país, como
Movimento Enraizados, MHHOB, Zulu Nation Brasil, Casa do Hip Hop, Posse Hausa
(São Bernardo do Campo), Hip Hop Mulher, FNMH2, Nação Hip Hop Brasil,
Associação de Hip Hop de Bauru, Cedeca, Cufa (Central Única das Favelas).
2ª SÉRIE “M.A” - O ritmo do Pastoril (resultado da
religiosidade católica)
Objetivo: a catequização indígena, os grandes jesuítas na história do Brasil, os
principais santos católicos, o barroco religioso, a figura de Antonio Conselheiro, a
primeira missa no Brasil, o Rio São Francisco e as tradicionais festas de reis.
O Pastoril é um auto que tem origem na Lapinha, com raízes dos dramas litúrgicos
representados inicialmente nas Igrejas Portuguesas e de características puramente
religiosas; é um bailado que integra o ciclo das festas natalinas do Nordeste, teve início
na Idade Média e era clássico em Portugal onde recebia a denominação de Auto do
Presépio. Tinha, contudo, um sentido apologético, de ensino e defesa da verdade
religiosa e da encarnação da divindade.
Segundo os estudos de Mário de Andrade, celebrar Noites de Festa (refere-se aqui as
festividades do Natal) é um verdadeiro tempo de "brinquedos" das danças dramáticas
iniciada com a representação do Pastoril da Noite de Festa do Natal e terminada com a
celebração dos Caboclinhos no Carnaval.
Historicamente as representações natalícias do Pastoril e seus dramas chegaram ao
Brasil pelas mãos dos jesuítas e registros apontam que no Século XVI lá na Província de
Pernambuco como local que primeiro apresentou essa manifestação com as
dramatizações natalinas, depois apareceram no Século XIX registros de Bailes Pastoris
na Bahia e no restante do nordeste brasileiro.
Outra observação feita por Mário de Andrade é que os Pastoris nunca tiveram uma
evolução nacional, permaneceram nas suas terras de origem: o nordeste brasileiro. Para
ele "se o presépio é usança nacional, o Pastoril não se estendeu para o centro-sul do
País" (pag.350, Danças Dramáticas do Brasil).
No Brasil o auto mantém a tradição portuguesa e permanece se apresentando apenas
nas igrejas para anunciar a chegada do menino Jesus. Continua fazendo parte dos
festejos de Reis que retrata as andanças dos Três Reis Magos do Oriente na entrega dos
presentes ao menino Jesus que tem inicio no dia 24 de dezembro e se estendo até o dia
de 06 de janeiro.
2ª SÉRIE “M.B” - O ritmo dos Guerreiros
Objetivo: exclusivamente o estado de Alagoas, a cultura alagoana, as cores da
bandeira, a independência do estado de Pernambuco, o ciclo do açúcar, Zumbi dos
Palmares, a terra dos Marechais, a capital Maceió, as principais lagoas, os
folcloristas.
Guerreiros é uma dança dramática ou folguedo de Alagoas. Pode ser considerada versão
local do bumba-meu-boi, pois apresenta peças e figuras semelhantes às de uma série de
reisados. A isso foi agregado, na parte inicial, um episódio fundado numa tradição
ibérica e em reminiscências ameríndias.
É um folguedo que parece ter nascido por volta de 1930. Ocorre na mesma época que os
reisados e é divisível em oito partes distintas, não interligadas, cada uma com assunto
completo. A maioria dos episódios tem apenas um personagem. É ele quem canta,
alternando com o coro e com o mestre.
A primeira parte mistura reminiscências de lutas entre cristãos e mouros numa briga
entre caboclos (índios) e guerreiros. As sete partes restantes apresentam os seguintes
personagens, cantando e dançando: estrela-d‘alva, borboleta, sereia, Mateus e capitãodo-campo (que lutam), Lira (que é assassinada pelos caboclos) e o boi — o mesmo do
bumba-meu-boi, revivida aqui apenas a passagem de sua morte e ressurreição.
Luís da Câmara Cascudo refere-se ainda a personagens como rei, rainha dos guerreiros
e rainha da nação, primeiro e segundo embaixadores, o índio Peri, dois palhaços, damas
etc. Descreve também as vestimentas: chapéus imitando catedrais, coroas, tiaras com
miçangas, fitas prateadas e outros enfeites. Diz esse autor que ―a coreografia é pobre, e
os instrumentos constavam apenas de sanfonas (uma para cada grupo) e vários
pandeiros‖. Segundo sua descrição, havia dois grupos de guerreiros.
Um folguedo dos guerreiros descrito por Artur Ramos apresenta outros personagens,
como o rei dos caboclos, dois contraguias, governador, dançador de entremeio e os já
descritos antes.
3ª SÉRIE “M.A” - O Ritmo do Funk: a década de 90 (a geração
dos nossos pais)
Objetivo: os principais acontecimentos políticos, a conjuntura social, o surgimento
do plano real, o Impeachment de Collor (os caras pintadas), a ascensão da classe C.
O funk é um estilo musical que surgiu através da música negra norte-americana no final
da década de 1960. Na verdade, o funk se originou a partir da soul music, tendo uma
batida mais pronunciada e algumas influências do R&B, rock e da música psicodélica.
De fato, as características desse estilo musical são: ritmo sincopado, a densa linha de
baixo, uma seção de metais forte e rítmica, além de uma percussão (batida) marcante e
dançante.
Década de 60: O Funk Indecente
O funk surgiu como uma ―mescla‖ entre os estilos R&B, jazz e soul. No início, o estilo
era considerado indecente, pois a palavra ―funk‖ tinha conotações sexuais na língua
inglesa. O funk acabou incorporando a característica, tem uma música com um ritmo
mais lento e dançante, sexy, solto, com frases repetidas.
Década de 70: O P-Funk
A alteração mais característica do funk, na década de 70, foi feita por George Clinton,
com suas bandas Parliament, e, posteriormente, Funkadelic. Tratava-se de um funk mais
pesado, influenciado pela psicodelia, dando origem ao subgênero chamado P-Funk.
Nesse período surgiram renomadas bandas como B.T. Express, Commodores, Earth
Wind & Fire, War, Lakeside, Brass Construction, Kool & The Gang, etc.
Década de 80 e Contexto Atual: As Fusões Comerciais
A década de 80 serviu para ―quebrar‖ o funk tradicional e transformá-lo em vários
outros subgêneros, de acordo com o gosto do ouvinte, já que a música nesse período era
extremamente comercial. Seus derivados rap, hip-hop e break ganhavam uma força
gigantesca nos EUA através de bandas como Sugarhill Gang e Soulsonic Force.
No final dos anos 80, surgiu a house music. Derivado do funk, esse estilo tinha como
característica a mistura do funk tradicional com samplers e efeitos sonoros eletrônicos.
O derivado do funk mais presente no Brasil é o funk carioca. Na verdade, essa alteração
surgiu nos anos 80 e foi influenciada por um novo ritmo originário da Flórida, o Miami
Bass, que dispunha de músicas erotizadas e batidas mais rápidas. Depois de 1989, os
bailes funk começaram a atrair muitas pessoas. Inicialmente as letras falavam sobre
drogas, armas e a vida nas favelas, posteriormente a temática principal do funk veio a
ser a erótica, com letras de conotação sexual e de duplo sentido. O funk carioca é
bastante popular em várias partes do Brasil e inclusive no exterior, chegou a ser uma das
grandes sensações do verão europeu em 2005.
3ª SÉRIE “M.B” - O ritmo do Forró (o interior do Nordeste:
Caruaru e Campina Grande)
Objetivo: demonstrar a cultura do interior nordestino, a fé dos cristãos em Padre
Cícero, a história de Lampião, o mito musical de Luiz Gonzaga, as lendas
populares, as festas de vaquejada.
O que é
O forró é uma dança popular de origem nordestina. Esta dança é acompanhada de
música, que possui o mesmo nome da dança. A música de forró possui temática ligada
aos aspectos culturais e cotidianos da região Nordeste do Brasil. A música de forró é
acompanhada dos seguintes instrumentos musicais: triângulo, sanfona e zabumba.
História do Forró
De acordo com pesquisadores, o forró surgiu no século XIX. Nesta época, como as
pistas de dança eram de barro batido, era necessário molhá-las antes, para que a poeira
não levantasse. As pessoas dançavam arrastando os pés para evitar que a poeira subisse.
Origem do nome
A origem do nome forró tem várias versões, porém a mais aceita é a do folclorista e
pesquisador da cultura popular Luiz Câmara Cascudo. Segundo ele, a palavra forró
deriva da abreviação de forrobodó, que significa arrasta-pé, confusão, farra.
Características
Uma das principais características do forró é o ato de arrastar os pés durante a dança.
Esta é realizada por casais, que dançam com os corpos bem colados, transmitindo
sensualidade.
Embora seja tipicamente nordestino, o forró espalhou-se pelo Brasil fazendo grande
sucesso. Foram os migrantes nordestinos que espalharam o forró, principalmente nas
décadas
60
e
70.
Atualmente, existem vários gêneros de forró: forró eletrônico, forró tradicional, forró
universitário e o forró pé de serra.
Dia do Forró
- É comemorado em 13 de dezembro o Dia Nacional do Forró.

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