Escalas de Avaliação Neurológica no AVC

Transcrição

Escalas de Avaliação Neurológica no AVC
Curso de Escalas de Avaliação Neurológica no AVC
Organização: Dra. Elsa Azevedo/Dr. Miguel Rodrigues
Dia 7-2 das 15h00 às 17h00
Programa:
 Introdução - Dra. Elsa Azevedo
 Características e utilidade de uma escala – Dr. Miguel
Rodrigues
 Escalas clínicas de AVC
- Escalas para caracterização de défices – Dra. Elsa Azevedo
- Escalas clínicas funcionais, globais e de qualidade de vida Dr. Miguel Rodrigues
 Aplicação prática das escalas - vídeos de casos clínicos para
certificação – Dra. Elsa Azevedo, Dr. Miguel Rodrigues, Dr.
Pedro Castro
 Introdução - Dra. Elsa Azevedo
 Características e utilidade de uma escala – Dr. Miguel
Rodrigues
A necessidade de medir o impacto da doença no indivíduo
levou à criação de escalas, que são instrumentos de avaliação
clínica em que um ou vários itens são pontuados de forma a
criar um sistema de medida dividido em intervalos regulares.
O hábito de cada investigador desenvolver a sua própria
escala levou a que já em 1987 houvesse 230 instrumentos
para medir a mobilidade do doente. A clinimetria é a disciplina
metodológica ligada à qualidade das medidas em Medicina e
é a base para a determinação das características de uma
escala.
As escalas existentes para avaliação do AVC podendo ser
divididas em escalas que avaliam défices, resultado funcional,
resultado global e qualidade de vida. Estes diferentes tipos de
escala não são mutuamente exclusivos e permitem analisar
as várias dimensões da doença.
Os critérios de qualidade de uma escala são: validade de
conteúdo, validade comparada (de critério), consistência
interna, validade construtiva, reprodutibilidade (concordância e
fiabilidade), capacidade de resposta (responsiveness), efeito
de chão e tecto e interpretabilidade. Estes critérios permitem
avaliar as escalas e ajudam na escolha adequada para cada
estudo clínico.
Os participantes no curso tomarão contacto com estes
conceitos, com o objectivo de compreender e avaliar o
desempenho de uma escala de avaliação de AVC.
 Escalas clínicas de AVC
Escalas para caracterização de défices – Dra. Elsa
Azevedo
As escalas de caracterização dos défices neurológicos no
doente com AVC são instrumentos clínicos que permitem
objectivar a gravidade do défice, através da sua quantificação,
e possibilitam a estandardização da avaliação. Estas escalas
são válidas para prever o tamanho da lesão e a gravidade do
AVC, tendo valor prognóstico a curto e a longo prazo.
Adicionalmente, as escalas de défices servem para
monitorizar o estado do doente, útil no planeamento dos
cuidados e na avaliação dos resultados de intervenções
terapêuticas, e permitem uma linguagem comum para troca
de informações entre os profissionais de saúde.
Embora se faça referência a diversas escalas de
caracterização de défices, incidir-se-á particularmente na
escala de AVC do National Institute of Health (NIHSS). Esta
escala foi inicialmente desenhada como instrumento de
investigação, para medir o estado neurológico inicial nos
ensaios clínicos da fase aguda do AVC. Actualmente, a escala
é utilizada generalizadamente na valorização do AVC agudo,
na determinação do tratamento mais apropriado e na previsão
do prognóstico do doente. É uma escala com 11 itens de
exame neurológico para avaliação do efeito do AVC agudo no
nível de consciência, linguagem, negligência, perda de campo
visual, movimentos oculares, força muscular, ataxia, disartria
e perda sensitiva. A avaliação completa de um doente requer
menos de 10 minutos.
Escalas clínicas funcionais, globais e de qualidade de
vida - Dr. Miguel Rodrigues
O impacto do AVC no doente não se reduz à soma dos
défices que resultaram do evento. A complexa interacção com
os aspectos contextuais psicológicos, familiares e sociais
levam a que doentes com défices semelhantes possam ter
diferente incapacidade e deficiência.
São abordadas as características das principais escalas
funcionais (Barthel, Functional Independence Measure e
Stroke Impact Scale), globais (Rankin modificado, Glasgow
Outcome Scale, International Stroke Trial Measure) e de
qualidade de vida.
Pretende-se que os participantes no curso adquiram a
capacidade de combinar as diferentes tipos de escalas para
obter resultados mais completos e robustos na apreciação
clínica diária ou em estudos clínicos.
 Aplicação prática das escalas - vídeos de casos clínicos
para certificação – Dra. Elsa Azevedo, Dr. Miguel
Rodrigues, Dr. Pedro Castro
A escala do AVC do NIH (NIHSS) foi elaborada pelo NINDS
para avaliação e quantificação dos défices neurológicos no
doente com AVC. A escala de Rankin modificada, por seu
lado, visa avaliar a capacidade funcional do doente,
nomeadamente, o seu grau de independência. Ambas
constituem ferramentas essenciais para o profissional de
saúde
que trata doentes com AVC.
Neste módulo de aplicação prática pretende-se treinar os
formandos na aplicação prática das escalas NIHSS e Rankin
modificada. Com efeito, a cada escala corresponderá uma
demonstração exemplificativa e um teste utilizando casos
clínicos em suporte audio-visual:
A. Escala de NIHSS
1. Demonstração 10:00 min
2. Teste 10:00min
B. Escala de Rankin Modificada
1. Demonstração 10:00 min
2. Teste 10:00 min
A execução de cada teste será auxiliada com a escala em
suporte de papel.
No final, o formando deverá ser capaz de (1) avaliar e
quantificar os défices neurológicos em doentes com AVC,
usando consistentemente a escala NIHSS; (2) avaliar e
quantificar o grau de funcionalidade do doente com AVC
aplicando a escala de Rankin modificada.

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