são paulo boat show

Transcrição

são paulo boat show
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São Paulo Boat Show
edição nº 14 | Dezembro 2015 / Janeiro 2016 | R$ 12,00
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Maram baia
Como é
— e o que há —
na linda restinga
proibida, entre
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OS RISCOS E PRAZERES DO CANAL QUE CRUZA O GUARUJÁ
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OS NOVOS
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MOSTROU
REPRESA
DO BROA
A praia do interior
de São Paulo que
poucos conhecem
TESOURO
DE ILHABELA
O velho tesouro
do Saco do Sombrio
volta à tona
BOMBAS
DE PORÃO
O que você precisa
saber para não
ficar na mão
Edição 10
Rio boat show 2015,
um veleiro feito
em casa
E + Represa de Broa
UM CRUZEIRO
NA ILHA GRANDE
Uma família descobre o enorme
prazer de navegar ao redor da
maior ilha do litoral do Rio
O ESCONDERIJO DOS
GRANDES PEIXES
O parcel no mar aberto de
Ubatuba que enche os olhos de
qualquer pescador oceânico
Edição 11
Colaboraram nesta edição: Alexandre Sakihama (arte),
Aldo Macedo (imagens), Maitê Ribeiro (revisão)
Vice-Presidente
Denise Godoy
redação e administração
Av. Brigadeiro Faria Lima, 1306, 5o andar, CEP 01451-001,
São Paulo, SP. Tel. 11/2186-1000
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PRESIDENTE E EDITOR
Ernani Paciornik
DIRETOR DE REDAÇÃO
Jorge de Souza [email protected]
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Rio Tietê,
Barco de Alumínio,
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saborear vieiras
Edição 13
As ilhas da Divisa
E + Passeio de Jet,
Um velho rebocador
que virou trawler
Gerente de Circulação
Débora Madureira
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Guilherme Rabelo [email protected]
Leide Ortega [email protected]
Thaís Macário [email protected]
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NÁUTICA SUDESTE é uma publicação da G.R. Um Editora Ltda.
— ISSN 1413-1412. Dezembro 2015. Jorn. resp: Denise
Godoy (MTB 14037). Os artigos assinados não representam
necessariamente a opinião da revista. Direitos reservados.
FOTOS DE CAPA: Nilo de Lima
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cada vez
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Gunnar Möller
(ao centro),
criador e
proprietário
da marina,
homenageou
alguns velhos
clientes com
uma placa
comemorativa
do evento
FOTOS DIVULGAÇÃO
A marina também abriga um
dos mais famosos restaurantes
de comida japonesa de Ilhabela
A marina é representante
das lanchas Beneteau e exibiu
alguns modelos na festa
Náutica Sudeste
11
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Em parceria com a loja VS Náutica, a Ventura
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A MARCA QUE CONQUISTOU
Os encontros desse tipo
acontecem todos os anos, geram
negócios e são bem divertidos
só alegria
Como de
hábito,
os barcos
seguiram
em comboio
até um
restaurante
no Lago
Jaguara, onde
aconteceu o
almoço
1
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Náutica, Navetron, Mercury
e Fibrafort
casa cheia
Acima, Marcelo
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Caetano,
promotores
do evento, que
teve a presença
até da Marinha
e do delegado
da Capitania
dos Portos em
São Sebastião,
Marcelo Sá
(foto menor)
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Imagem de capa meramente ilustrativa.
POR JORGE DE SOUZA
Capricho
da natureza
A fina linha de
areia que separa
o mar da baía
de Sepetiba, no
litoral sul do Rio de
Janeiro: a restinga
da Marambaia não
é surpreendente
apenas no formato,
mas também no
que há dentro dela
Anderson Ghuerren
Marambaia Maravilha
Como é e o que há no mais inacessível, desconhecido e curioso tr echo do litoral entre Rio e São Paulo, onde ninguém pode entrar
18
Náutica Sudeste
Náutica Sudeste 19
Marambaia
restinga da Marambaia
tem um formato muito
curioso: duas porções de terra
em forma de triângulo, interligadas
por uma comprida e fina língua de areias
brancas. E ponha comprida e fina nisso! De uma
ponta a outra, são mais de 40 quilômetros de uma simples linha, que, em alguns trechos, não passa dos 50 metros
20
Náutica Sudeste
NILO LIMA
de largura, separando, feito um risquinho, a costa sempre revolta do litoral sul fluminense das tranquilas águas da baía de Sepetiba. Vista assim, do alto, mais parece um caprichoso desenho da natureza, feito especialmente para impressionar os passageiros da Ponte Aérea
Rio-São Paulo, praticamente os únicos a apreciá-la, já que o acesso à restinga é
proibido. Toda a área pertence às três Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica), que ali praticam exercícios e treinamentos militares, com disparos (até de
canhões!) de verdade. Tiros e bombas num lugar tão singelo assim, pode, a princípio,
parecer mais um daqueles contrassensos tão tipicamente brasileiros. Mas, não fosse isso, a
imagem ao lado há muito teria deixado de existir, engolida, como fatalmente seria, pela massiva especulação imobiliária na parte mais cobiçada do litoral brasileiro. A restinga da Marambaia é um longo, curioso e surpreendente oásis no trecho mais enigmático e menos conhecido do
litoral entre São Paulo e Rio. Uma beleza que poucos — bem poucos — já tiveram a oportunidade de
conhecer de outra forma que não assim, vista do alto, como um intrigante risco na água. ​
Quem viaja
pela Ponte
Aérea, sempre
vê a restinga lá
de cima. Mas
pouquíssimos
já entraram
nela, porque
é proibido
Náutica Sudeste 21
Marambaia
linda,
dentro
e fora
Seja nos
desenhos
formados
pela areia ou
na vegetação
intensa, a
restinga enche
os olhos. Mas,
para os militares,
ali é lugar de
trabalho
A restinga é
dividida entre o
Exército, Marinha
e Aeronáutica,
com o mesmo
objetivo: fazer
exercícios
militares. Por isso,
ninguém entra
JORGE DE SOUZA
ão fossem a presené impedindo o acesso dos demais mortais. Já a segunda raça militar e o aceszão pela qual ninguém pode entrar lá é porque não se traso proibido, a restinta de uma área militar convencional, dessas que abrigam
ga da Marambaia, há
apenas quartéis e militares em funções burocráticas. Na
muito, não seria como
Marambaia, o fogo come solto. Literalmente.
ainda é: um lindíssimo
Toda a área da restinga é dividida entre as três Fortrecho de natureza praças Armadas do Brasil, que, por sinal, preferem chaticamente virgem à beiramá-la de “ilha da Marambaia”, já que ela é cercada
mar, entre as duas maiores metrópode água por todos os lados, embora apenas um cales do país. Não haveria lei ambiental
nalzinho a separe da Ponta da Guaratiba, que já faz
nem protesto de ecologistas que impedisparte da área urbana da cidade do Rio de Janeiro.
se a restinga de ser engolida pelos resorts e
O Exército ocupa a parte norte da restinga (justacondomínios de luxo, feito uma versão tupimente no encontro com Guaratiba), a Aeronáuniquim de Cancún — que também nasceu
tica uma pequena faixa central, entre o mar e a
de uma faixa de areia à beira-mar, mas não
Baía de Sepetiba, e a Marinha todo o resto, intão delicada quanto a da Marambaia. O ex-dicluindo o Pico da Marambaia, única parte da
retor da empresa oficial de turismo do Rio de
restinga que não é plana feito uma gigantesJaneiro até tentou isso, no passado. Não foi nem
ca praia, na parte sul, bem diante da entraouvido pelos militares, que, há mais de 100 anos,
da da grande baía que banha Itaguaí, Itamantêm a Marambaia fechada a sete chaves. Por
curuçá e Mangaratiba.
dois motivos. O primeiro é que, num país sempre
Cada uma a sua maneira, as três
sujeito a conchavos econômicos que invariavelmeninstituições usam a restinga para o meste resultam em mutilações na natureza, a única mamo objetivo: realizar treinamentos,
neira de manter algo tão bonito assim 100% preservado
exercícios e testes militares tão reais,
que, às vezes, a restinga mais parece uma praça de guerra, com tiros
de canhões, disparos aéreos e desembarque de tropas nas praias.
Isso inclui, muitas vezes, o uso
de munição de verdade, como
no caso do Exército, que usa a
sua área para testar balas para
canhões, cujo alcance passa
dos 15 quilômetros de distância — algo só possível
numa área desabitada e
livre de obstáculos naturais como a restinga.
Náutica Sudeste
CASSIO VASCONCELLOS
22
Náutica Sudeste 23
FOTOS JORGE DE SOUZA
Marambaia
paraíSo
CASSIO VASCONCELLOS
Nas partes mais
estreitas, a restinga
não passa dos 50
metros de largura. Um
risquinho de areia na
água, separando
o mar da baía
24
Náutica Sudeste
proibido
uando os dispaApesar dos
ros de canhões
avisos de
área militar
acontecem, as
espalhados
corporações vizipela região,
nem sempre
nhas são avisadas
os donos
das manobras e até
de barcos
o mar ao largo da resresistem a dar
uma paradinha
tinga fica proibido aos
na estupenda
barcos. O mesmo aconpraia do Sino
tece quando o corpo de
Enquanto na parte norte da restinga, a do
Fuzileiros Navais da MaExército, as únicas casas de um pequeno conglorinha decide realizar ações de desembarmerado são ocupadas apenas por soldados, alque de tropas ou invasões de áreas na resguns com suas famílias, na parte oposta, a da
tinga, simulando ações de combate. Um
Marinha, a presença humana não se restrindesavisado que caísse de paraquedas na rege aos militares. Ali também há uma comugião durante um desses exercícios (que aconnidade de exatas 94 famílias, que ganharam
tecem com bastante frequência, especialmeno direito de permanecer “na ilha” depois
te na parte da Marinha, que ali mantém um
de comprovarem (ou algo próximo disso)
centro de avaliação e treinamento, o Cadim –
serem descendentes dos escravos que foCentro de Adestramento da Ilha da Marambaia),
ram levados para lá no passado. Ou seja,
juraria estar no meio de uma guerra, com solseriam quilombolas, embora nem todos
dados armados e camuflados, carros de combate
pareçam com tal. “Aqui tem até quilome aviões dando rasantes nos ares. Mesmo assim, a
bola de olho azul, onde já viu isso?”,
restinga é bem pouco (ou quase nada) afetada pelos
indigna-se um oficial da Marinha. “Alexercícios militares. No mínimo, permanece muito
gumas dessas famílias são realmente
mais protegida nas mãos dos militares do que dos corquilombolas, mas outras não passam
retores imobiliários. Graças a eles, a região ainda prede descendentes dos frequentadores
serva a mesma aparência que tinha nos tempos de Cada escola de pesca que existiu aqui
bral. Pena que ninguém possa testemunhar isso de perto,
antigamente”, ele argumenta.
porque o seu acesso é proibido. Ou quase isso.
Náutica Sudeste 25
INCOMPARAVEL
Marambaia
A Marambaia é tão
isolada e protegida que se
tornou destino preferido
de férias para alguns
presidentes da República
a vila da ilha
A antiga senzala,
que virou
alojamento para
oficiais visitantes
(acima), e a
igreja do Cadim:
no centro de
treinamento
da Marinha, a
Marambaia é
quase uma
minicidade
FOTOS JORGE DE SOUZA
26
Náutica Sudeste
questão remonta
à história da própria Marambaia.
Na época do
Império, a restinga fazia parte das terras do
Comendador Joaquim José de Souza Breves, um riquíssimo plantador
de café e importador de escravos, que
se orgulhava de ir “do Rio a São Paulo sem sair de suas terras”, e que transformou a Marambaia em um entreposto negreiro, para a engorda dos escravos
trazidos da África — que assim valeriam
mais no mercado. Mas, em 1888, com a
abolição da escravatura, o negócio declinou
e, em seguida, afundou de vez com a morte
do Comendador. Sua viúva vendeu, então, a
restinga a uma empresa, que logo faliu e transferiu a área a um banco, que, por sua vez, a repassou à Marinha, em 1908, para a criação de
uma escola de aprendizes de marinheiros. Trinta
anos depois, o governo de Getúlio Vargas decidiu
criar uma escola de pesca na Marambaia, para ensinar jovens carentes trazidos do Nordeste. E muitos deles ficaram para sempre na restinga, misturando-se aos legítimos descendentes dos escravos do
Comendador Breves e dando origem aos atuais “quilombolas da Marambaia” — nem todos, como se vê,
legítimos herdeiros deste direito.
360
MERCRUISER 2x 4.3L 220HP
Marambaia
O QUE HÁ DE MELHOR EM GARAGEAMENTO NÁUTICO
AO LADO DA RIVIERA DE SÃO LOURENÇO
C
M
Y
FOTOS JORGE DE SOUZA
Descendentes de
escravos puderam
permanecer na restinga.
São os únicos moradores
da Marambaia
té tempos atrás, o
embate entre militares e quilombolas rendeu muito pano pra
manga na Marambaia.
Em compensação, como bons vizinhos, os moradoHoje, no entanto, a quesres civis podem usufruir de certas benfeitorias militares
tão está superada. Os milida vila do Cadim, como a escola, a igreja e o pequetares fazem seus exercícios em áreas especíno hospital. Mas, às vezes, nasce mais um bebê denficas e os moradores mantêm suas casas junto
tro do barco da Marinha, a caminho da maternidade.
às praias da parte sul da restinga, aonde os dis“Tem horas que me sinto como prefeito da Maramparos não chegam. Mesmo assim, por estarem
baia”, brinca o atual comandante do Cadim, capidentro de uma área militar (que também faz partão de mar-e-guerra Guilherme Stark, que veio
te de uma área de preservação ambiental), eles
para a ilha depois de comandar a força brasileira
têm de seguir certas regras. Como, por exemplo,
de paz no Haiti. Na Marambaia, entre um e ounão receber visitantes sem o devido consentimento
tro atendimento corriqueiro a moradores, ele
do comandante. Visita, só se for de familiar e em nútesta e avalia os limites das tropas de fuzileiros
mero limitado, o que é rigidamente controlado. Nenavais da Marinha, seja no moderníssimo sinhum barco particular pode atracar na restinga e o únimulador de tiros que há no Cadim ou nos
co acesso à área da Marinha é feito através da lancha da
duros campos de prova da restinga, onde
corporação, que parte duas vezes por dia de Itacuruçá, do
há até jacarés nas lagoas.
outro lado da baía de Sepetiba.
28
Náutica Sudeste
entre
armas e a
natureza
A parte do
Centro de
Adestramento
da Marinha (no
alto, à esq.), é
a mais bonita
da restinga,
mas tem os
execícios
militares mais
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de canhões e a Marinha
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a restinga está bem
mais protegida nas mãos
dos militares do que nas
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centro de
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da Marinha
(acima) e a
linda praia
Grande, que
fica ao lado:
a parte sul da
Marambaia
mais parece
uma ilha.
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30
Náutica Sudeste
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lém disso, por ficar
Mas não são apenas os quilombolas e os militares em serviço que pocompletamente isodem frequentar a restinga. Oficiais de patentes mais altas também polada do continente e
dem visitar a “ilha” e até levar suas famílias, desde que autorizados
de frente para o mar
pelos comandantes de cada corporação. O mesmo vale para alguns
numa região sem nepolíticos e pesquisadores do meio ambiente, como certo grupo de
nhum abrigo, a restinga
biólogos, que, neste momento, estuda o impressionante — e desestem arrebentações violenperador — poder de fogo das mutucas da restinga, que ali somam
tas nas praias, o que inibe
26 espécies, a maior concentração do gênero conhecida no país.
qualquer aproximação dos barcos, e é particuVez por outra, até o presidente da República aproveita o prolarmente quente, arenosa, algo inóspita e basvidencial isolamento e segurança da Marambaia para descantante chuvosa. Os militares até brincam que,
sar. Fernando Henrique Cardoso costumava passar férias lá,
na Marambaia, “chove todo dia ou chove o dia
numa das casas da vila do Cadim, algumas até com piscitodo”. “Quem vem treinar aqui, sabe que veio para
na. Lula aparecia ainda mais, atraído pela irresistível comsofrer, apesar da paisagem magnífica”, diz o comanbinação de lindas praias e nenhum repórter por perto.
dante Stark, já saudoso do posto que deixará agora em
Só Dilma ainda não deu as caras na restinga. E ela não
janeiro. “Vou sentir saudades da ilha”, confessa.
sabe o que está perdendo...
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Marambaia
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omo se não bastassem os quase
40 quilômetros da
deserta linha que
dá forma à restinga (aonde ninguém
vai e até os mais poderosos veículos 4x4
têm dificuldade para passar) e os bancos de areia que avançam baía de Sepetiba adentro, formando idílicas ilhotas
nas marés mais baixas, a Marambaia ainda tem uma sucessão de praias cinematográficas na parte que pertence à Marinha.
Praia Grande, Cutuca, Caetana e Pescaria
Velha, todas dignas de cartazes de agências de
viagens e unidas por uma única trilha, são algumas delas. Mas a mais bonita de todas é a
praia do Sino, onde não existe casa alguma e só
se chega ao cabo de mais de uma hora de caminhada, beirando a costeira da restinga.
A praia do Sino é tão linda que, vira e mexe, os
donos de barcos não resistem e dão uma paradinha,
a despeito dos cartazes que indicam ser uma área militar. Mas quem há de descobrir a travessura, se não
há vivalma por perto? Só quando surge uma patrulha
pelo mar pedindo que eles se retirem é que os invasores
descobrem que, a despeito de ser uma praia deserta, há,
sim, câmeras de vigilância por todos os lados.
A Marambaia é isso: uma área lindíssima, mas inacessível; selvagem, mas intensamente monitorada. Não
existe nada igual no país. Muito menos na geografia.
32
Náutica Sudeste
PROTEGIDA
naturalmente
Na faixa da
restinga (à
esquerda), a
arrebentação é
sempre violenta,
o que inibe a
aproximação dos
barcos e deixa
a Marambaia
(acima), ainda
mais protegida
ONDE FICA?
A restinga da
Marambaia fica na
baía de Sepetiba,
em Mangaratiba,
entre Angra dos Reis e o Rio de
Janeiro, e é bem extensa. De uma
ponta a outra, são 42 quilômetros,
quase todos desertos e sem acesso
São duas porções
de terra em forma de
triângulo, interligadas
por uma fina e comprida
linha de areia, de 40 km.
Na geografia, não existe
nada igual
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Josué Amaral
e Leonardo
Chiavazzoli,
donos da
Coral: 25 anos
crescendo
sem parar
Náutica Sudeste 37
Lanchas Coral
DE 16 A 46 PÉS
A atual linha de lanchas da Coral
24’
21’
28’
16’
Uma das menores lanchas do país
31’
31’
21 pés, mas já com targa esportiva
Proa aberta com cabine e cama
A sucessora da pioneira Angra 28
Versões com ou sem cabine convencional
34’
34’
43’
46’
Também em duas versões, com para-brisa envolvente ou não
orria o ano de 1996, quando o irmão do carioca Leonardo Chiavazzoli chegou
em casa com uma novidade bombástica: ele comprara a própria fábrica de barcos na qual trabalhava, a
Coral, então com não mais
que uma dúzia de funcionários e uma produção ainda menor que isso.
— Você está maluco? — indignou-se Leonardo, então um jovem engenheiro recém-formado, que trabalhava como
empregado numa empresa do Rio de Janeiro e
mal tinha dinheiro para comprar um carro usado. Tampouco o seu irmão, que, mesmo assim,
agora, virara “dono de estaleiro”.
38
Náutica Sudeste
— Que nada! — tranquilizou o irmão, autopromovido a empresário do setor náutico –
basta trabalhar direito que dá certo.
Como “trabalhar direito” era uma espécie
de mantra para o jovem Leonardo, Léo para todos que o conhecem, lá foi ele ajudar o irmão
no novo negócio, mesmo a contragosto. Passou
a fazer dois turnos de trabalho: de dia na empresa onde recebia salário e à noite na fábrica
de lanchas, então resumida a um único modelo, de 17 pés. E foi assim que Léo descobriu que
adorava construir barcos. Descobriu, também,
que não se dava com o irmão o bastante para
os dois trabalharem juntos. Eles, então, se separaram. O irmão ficou com a loja que vendia
a lanchinha da marca, e ele com a fábrica. Foi
a vez de Leonardo chegar em casa e avisar que
tinha comprado um estaleiro. E do próprio irmão, que ele taxara de maluco.
Recente, mas já sendo atualizada
A história da Coral, que está completando 25 anos (quase 20 sob o comando de Leonardo, agora em sociedade com o amigo e excliente Josué Amaral), é tão curiosa quanto a
origem do próprio nome do estaleiro. “Coral
não tem nada a ver com os bonitos seres marinhos, como todo mundo pensa, e sim com a
mistura dos nomes das duas lanchas mais famosa da época, a Cobra e Real, que inspiraram os primeiros modelos da nossa marca”,
revela Leonardo, com a mesma honestidade
com que assume, que, no começo, a Coral só
cresceu graças aos barcos concorrentes, que
eram comprados e aperfeiçoados.
Do extinto estaleiro Red Scorpion, por
exemplo, veio o casco de uma lanchinha de 16
pés, que, até hoje, depois de muitos melhoramentos, é produzida pela Coral. Da também
finada Crismar foi arrematada a forma de uma
A maior da marca, lançada no São Paulo Boat Show
Um dia, o irmão de Leonardo
resolveu comprar o estaleiro
onde trabalhava, a Coral. Foi
taxado de maluco pelo irmão,
que hoje é o dono da fábrica
23 pés, que durou muito tempo na mão deles. Da Engeboat vieram dois modelos da lancha Angra. E, por fim, da endividada Runner
só veio mesmo o prestígio de a Coral ter arrematado uma marca nacionalmente conhecida, mas comercialmente falida. “No dia que
contei para o meu sócio que havia comprado
a Runner, ele caiu fora da sociedade”, recorda
Leonardo, rindo. “E com razão, porque, sem
que eu soubesse, a Runner devia quase 50 barcos a clientes que já haviam pago”.
Náutica Sudeste 39
Lanchas Coral
BRUNO CASTAING
No começo, a Coral comprava
fôrmas dos concorrentes e
aprimorava os barcos. Depois,
revolucionou o mercado
BRUNO CASTAING
eonardo quase apanhou
de alguns clientes mais
exaltados da Runner,
mas conseguiu fazer um
acordo com os funcionários do estaleiro arrematado para que eles interrompessem a greve por
falta de salários e entregassem os barcos, dando
como pagamento as próprias fôrmas de alguns
modelos. “Paguei os funcionários com praticamente tudo o que eu havia comprado”, resume. No final, para a Coral
só restou o prestígio de ter incorporado uma
40
Náutica Sudeste
marca famosa. E isso fez com que ela decolasse de vez, agora com barcos próprios.
Mas não foi só isso. Houve, também,
a genial sacada de Leonardo de lançar, em
2006, a Angra 28, primeira lancha a ter proa
aberta e cabine ao mesmo tempo (leia mais
na próxima página). Foi um divisor de águas
na história da Coral e a fez se tornar o que é
hoje: um dos estaleiros que mais cresceram
no país, nos últimos tempos.
No recente São Paulo Boat Show, a Coral
apresentou sua mais nova lancha, de 46 pés de
comprimento. E outros três novos modelos já
estão no forno. Nada mal para o que começou
como uma ideia que foi logo taxada de maluca. E pelo próprio Leonardo.
Lanchas Coral
fotos BRUNO CASTAING
entrADA
PELA PROA
A Angra 28 foi a
primeira lancha
a oferecer
proa aberta
e cabine, ao
mesmo tempo
Proa aberta com cabine: o pulo do gato da Coral
Ao aproveitar um espaço perdido nos cascos, a Coral revolucionou o mercado
E
m pelo menos um aspecto, o estaleiro Coral foi
pioneiro e revolucionário: foi o primeiro – e,
até hoje, o único – a oferecer lanchas com proa
aberta e cabine ao mesmo tempo. Ou seja, alguns de seus barcos têm sofás e espreguiçadeiras também na proa, mas, ainda assim, uma cabine completa
dentro, com banheiro, saleta e até cama de casal.
Como isso é possível, já que proa aberta e cabine
sempre disputaram o mesmo espaço? Simples, deslocando a cabine mais para o centro do barco e fazendoa ocupar o espaço oco (e geralmente não aproveitado)
entre o piso do convés e o fundo do casco. Mas isso só
foi possível graças a dois detalhes que passariam desapercebido a praticamente todo mundo: um imperceptível
aumento na altura do costado, de forma a aumentar a
área dentro do casco, e, sobretudo, a mudança da porta
de entrada da cabine do meio (como acontece em qualquer lancha cabinada) para a frente do barco.
“A porta na proa, e não no cockpit, é o pulo do gato”,
reconhece Leonardo Chiavazzoli, engenheiro, projetista
e sócio do estaleiro, que, inclusive, patenteou o método.
“Com o acesso pela proa, a escada não rouba espaço da cabine e ainda permite descer em pé, sem precisar baixar a cabeça”, completa.
42
Náutica Sudeste
Para que isso fosse possível, a “porta” de acesso à cabine ficou camuflada debaixo de uma das espreguiçadeiras da proa (na outra, fica a “porta” do banheiro, que
também é interligado à cabine por dentro) e é acessada
erguendo-se o encosto – algo tão simples quanto genial.
No mínimo, uma verdadeira aula de aproveitamento de
espaços a bordo de um barco.
Não por acaso, o primeiro modelo do gênero, a
lancha Angra 28, lançada quase dez anos atrás, é, até
hoje, o barco mais vendido na história da Coral e marcou época na indústria náutica nacional. Nunca, até
então, uma lancha de proa aberta oferecera, também,
uma cabine a bordo. Em seguida, outros modelos do
estaleiro passaram a oferecer o mesmo recurso, o que
persiste até hoje.
“O acesso invertido à cabine permitiu aos nossos
barcos oferecer quase o dobro do espaço interno dos
concorrentes”, diz Leonardo, inventor da novidade.
“Para passar noites a bordo, uma cabine convencional
talvez seja mais indicada”, ele reconhece. “Mas, para
dar uma descansadinha nos passeios, ninguém precisa
mais do que o que as nossas lanchas híbridas oferecem.
E nenhuma cabine é tão bem ventilada, porque nenhuma porta é tão grande”, completa.
Lanchas Coral
“Sou um dono de
estaleiro diferente”
Por que as lanchas da Coral não são tão conhecidas
no mercado quanto as das outras marcas?
Porque, como sou engenheiro e meu negócio é ficar dentro da fábrica, construindo barcos, nunca me
preocupei muito em fazer publicidade. Mas a chegada
do Josué na sociedade mudou isso, porque ele sabe bem
a real importância de uma marca ser conhecida. Mesmo assim, posso garantir que no nosso principal mercado, o Rio de Janeiro, nossas lanchas são bem populares
e muito respeitadas, justamente porque são bem construídas. Agora, vamos oferecer isso também para os outros estados.
Mesmo assim, a Coral cresceu muito nos últimos
anos. Ao que se deve este crescimento?
Além da qualidade – repito – dos nossos barcos,
houve alguns momentos
que marcaram positivamente a nossa história. O primeiro foi termos comprado alguns pequenos estaleiros no
começo, como a Crismar,
que fazia uma boa lanchinha de 23 pés, e a Engeboat, que produzia as Angra,
que nós melhoramos e produzimos por bom tempo. Depois, compramos também a Runner, o que gerou filas
de compradores no nosso estande, no Rio Boat Show daquele ano. Mas só compramos a Runner por causa do
nome. Nem chegamos a produzir todos os modelos que
eles tinham, porque havia sérias pendências judiciais na
marca, que nós desconhecíamos.
Quase foi uma roubada, mas acabou trazendo muita gente para conhecer os nossos barcos. E eles gostaram. Em seguida, veio o sucesso da Angra 28, a primeira lancha com cabine e proa aberta, que marcou época.
Por fim, de tempos para cá, houve a decisão de aumentar o tamanho da nossa linha, não só na quantidade de
modelos, mas, também, no tamanho de alguns deles.
No último salão de São Paulo lançamos uma lancha de
fernando monteiro
O engenheiro, projetista e mais antigo
sócio da Coral, Leonardo Chiavazzoli,
fala sobre os pontos altos da marca
dono e
operário
Leonardo:
o negócio
dele é ficar
no chão
da fábrica,
botando a
mão em todos
os barcos
46 pés. E temos três novos barcos a serem lançados em
breve. A próxima será uma 38 pés.
A Coral prega bastante a qualidade dos barcos que
produz. Dê um exemplo disso.
Todos os nossos barcos são feitos com o mais puro
gelcoat, não têm madeira no meio para apodrecer com
o tempo e não arranham nem se você riscar o casco de
propósito com uma chave. Isso ninguém oferece. Muito menos para barcos pequenos. Temos, com certeza,
as melhores 24 e 31 pés do mercado. Tanto que damos
10 anos de garantia no casco para toda a linha e, agora,
para comemorar os 25 anos da marca, também 25 meses
de garantia para tudo o mais no barco. Até para as lâmpadas que eventualmente queimarem. Mas estou tranquilo, porque conheço bem a qualidade dos nossos barcos e participo diretamente
da produção de todos eles.
Sei laminar, montar, instalar fiação elétrica e tudo o
mais. Sou um dono de estaleiro diferente, porque, na fábrica, ponho a mão na massa
de fato. E gosto do que faço.
Acima de tudo,
somos honestos,
o que é algo cada
vez mais raro
44
Náutica Sudeste
Por que a Coral prefere vender diretamente os seus
barcos em vez de nomear representantes?
Porque, no passado, tivemos experiências ruins com
representantes e isso afetou a nossa política de venda,
até hoje. Continuamos preferindo ter nossas próprias
lojas que ficar na mão de grandes representantes, que
querem mandar na fábrica e nem sempre atendem direito os nossos clientes. Para compensar a falta de representantes em São Paulo, por exemplo, temos uma assistência técnica volante, que a cada 20 dias vai para lá,
atender os barcos dos clientes. Mesmo que eles não tenham pedido reparos. Somos acessíveis, amigos dos nossos clientes, sólidos financeiramente, mantemos o mesmo CNPJ desde o começo e, acima de tudo, honestos,
o que é algo cada vez mais raro.
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Os barcos que brilharam ainda
mais no salão náutico de São Paulo
Intermarine 80
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A
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maior lancha já produzida pelo consagrado estaleiro Intermarine foi, também, o maior barco exposto no salão de São Paulo. Com um design muito atual e recursos tecnológicos de última
geração, como um sistema norueguês de estabilização por aletas
que reduz barbaramente o balanço do casco, estando ele parado
ou em movimento, a Intermarine 80, lançada recentemente, arrancou suspiros de todo mundo. Até dos amantes da performance, já que embora seja um quase iate, com quatro suítes e tudo
o mais de um grande barco, é capaz de navegar a vibrantes 33,5
nós, quando equipado com dois motores de 1 650 hp cada.
Náutica Sudeste 49
Cimitarra 760
A estrela maior da Cimitarra
E
m um salão marcado pelo lançamento de vários grandes
barcos (nos dois sentidos), este foi um dos principais destaques: a novíssima Cimitarra 760, maior lancha (já quase iate)
produzida pelo estaleiro gaúcho Cimitarra, até então dedicado a
produzir apenas barcos de médio porte. A novidade agradou em
cheio. Até no preço: algo entre R$ 6,5 e R$ 7 milhões, com dois
motores Volvo IPS 1200, o que é significativamente menos que
o dos concorrentes. A configuração interna da cabine fica a critério do cliente, mas o modelo exibido tinha dois quartos e duas
suítes, além de uma espaçosa sala, cozinha, átrio, lavabo, etc. etc.
Do lado de fora, além do flybridge, há, também, teto solar, para
ventilar e deixar parte da sala igualmente ao ar livre. Com este
barco, a Cimitarra, literalmente, mudou de patamar.
1 Cristiniane Silva, Silvio Corgnier,
Ariel Leite, Debora Silva e Helen Geraldo
2 Joaldo Rocha Santos e Aline Pimentel
3 Marcelo Conde
1
2
3
4 Ghandi Secaf, Gustavo Nicolau,
Jorge Nery e Jovitor Secaf
4
Schaefer 560
Parece bem mais
O
novo barco de 56 pés da
Schaefer Yachts, apresentado pela primeira vez no São Paulo
Boat Show, não é o maior modelo da
marca, mas talvez seja o que melhor
soube aproveitar espaços e recursos de outros barcos para conseguir
o efeito de parecer maior do que é.
Isso fica claro no delicioso sofá externo na proa, mimo que só costuma
ser oferecido em lanchas bem maiores. Ou na suíte principal, cujo banheiro também ocupa toda a largura (4,90 m) do casco. Além dela, há
outros dois camarotes e uma cozinha estrategicamente fincada entre a sala e praça de popa. O preço,
a partir de R$ 4,9 milhões (com dois
motores Volvo IPS 800), não é exatamente uma pechincha, mas é menos do que custaria uma lancha de
60 pés, que, no fundo, oferece praticamente os mesmos recursos.
50
Náutica Sudeste
Real 525 Fly
Uma grande
lancha de uma
grande marca
T
ambém lançada no salão de São Paulo, a
novíssima 525 Fly é a maior lancha já produzida pelo estaleiro carioca Real Power Boats,
famoso por construir lanchas abertas de boa
performance. Mas, apesar do estilo de barco
bem familiar e comportado (flybridge, três camarotes, etc. — como um típico barco do gênero), nem de longe decepcionou os fãs da marca.
Ao contrário, arrancou muitos elogios, especialmente na altura da cabine, que chega a 2,10 m,
e na cozinha, entre a sala e a popa, e diante de
um bar que ajuda a integrar ainda mais a parte de dentro com a de fora do barco. Com dois
motores de 600 hp cada, foi vendido no salão
a partir de R$ 4 milhões.
Náutica Sudeste 51
Triton 500 Fly
A primeira com flybridge
D
e tempos para cá, o estaleiro paranaense Triton tem lançado um barco atrás do outro. E cada vez maiores, o que
mostra o vigor da marca. Faltava, no entanto, uma lancha com
flybridge, para atender os clientes em busca de mais espaço
a bordo. Faltava... Agora, não mais. A versão com fly do modelo Triton 500, de 50 pés, apresentado no último salão do Rio,
estreou em São Paulo agradando bastante, até no preço: por
volta de R$ 2,1 milhões, com dois motores Volvo IPS 500. Por
dentro, destaque para cabine de solteiros, bem maior do que
o habitual. E, do lado de fora, para a popa, que tem garagem
para o bote inflável e uma larga escada de acesso, conseguida
graças ao sutil deslocamento do sofá um pouco para o lado.
1 Alessio Freire
e Eliana Purcino
2 Marcelo
Huertas, Adrian
Fuhrhausser,
João e Conrado
Galante
2
1
Azimut 60
Bonita por fora,
linda por dentro
O
que já é bom pode ficar melhor?
Sim, sempre pode. Se for um
grande barco, por exemplo, basta decorá-lo com bom gosto, como foi feito nesta série especial da Azimut 60,
apresentada no salão de São Paulo,
com decoração assinada por famosos
escritórios italianos de design, como
Missoni Home, Armani e Loro Piana. No
barco exposto, predominava o contraste entre madeira escura e os tecidos
bem coloridos. Ficou lindo. De resto,
era a mesma lancha de três camarotes,
sala, cozinha, flybridge, plataforma de
popa submergível, estabilizador e tudo
o mais de bom que quase dois milhões
de dólares podem comprar. Inclusive
decoração de grife.
52
Náutica Sudeste
Coral 46
O
A Coral
que cresceu
DEDICAÇÃO - EFICIÊNCIA - TRANSPARÊNCIA
maior barco já produzido pelo estaleiro carioca Coral (uma grande lancha de 46 pés,
com duas ou três cabines e até máquina de lavar roupas a bordo, o que
não é tão comum assim), foi outra
boa novidade do salão de São Paulo.
Lá, a primeira unidade do modelo (feita para ser do próprio dono do estaleiro, que, na última hora, resolveu vendê-la) foi oferecida por pouco mais de
R$ 2 milhões, com dois motores de
centro, de 370 hp cada.
C
1 Gisele Canella,
Denise e Antonio
Carlos Lobato,
Marco e Roberto
Abreu
1
2 André
Luis Albino
e Fernando
Marques
2
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
Ventura
Vintage
Moderna
e retrô ao
mesmo tempo
O
estaleiro mineiro Ventura
Marine lançou uma versão meio clássica da bem-sucedida lancha V250 Confort,
a Vintage Edition, com padrão
de cores e acabamento que remete ao passado. Praticamente
tudo a bordo pode ser customizado (da pintura ao estofamento), mas alguns itens são de série, como a targa, o puxador de
esqui e os porta-copos em aço
inox. Usa um motor centro-rabeta, de 200 a 300 hp, e custa
a partir de R$ 140 mil.
54
Náutica Sudeste
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VEM AÍ A
FS 320 Elite
A maior da marca
O
estaleiro catarinense FS Yachts apresentou no salão a
sua mais nova lancha, a FS 320
Elite, a maior da marca e com um
visual moderno, que agradou bastante. Como a targa invertida, que
confere certo aspecto esportivo
ao barco. Sua cabine tem 1,91 m
de altura, camas de solteiro conversíveis em duas de casal, banheiro e minicozinha, com espaço para eletrodomésticos. Pode
usar motor centro-rabeta de 320
ou 380 hp e foi oferecida no salão
por preços a partir de R$ 380 mil.
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INSCRIÇÕES EM BREVE
1 Marcos e
Gunnar Möller
2 Sérgio Moraes,
Carlos Eduardo
da Silva, Italo
Gasparotti e Dirk
Kirschstein
1
2
3
3 Marcos Herr
Um veleiro em evolução
E
20 de Fevereiro de 2016
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Fishing 33 St Tropez
Mais espaço a bordo
E
volução da Fishing 32, carro-chefe do estaleiro paulista
Fishing, com mais de 300 unidades vendidas em dez anos
de produção, esta 33 pés traz algumas melhorias principalmente na cabine e pode ser usada tanto para pesca quanto para passeios. A cabine ficou mais ampla e arejada, com janela panorâmica, duas vigias e 15 centímetros a mais de altura à meia-nau.
Já a parte dedicada aos pescadores manteve os mesmos bons
predicados do modelo anterior. Usa dois motores de popa, de
220 a 400 hp cada, e custa a partir de R$ 480 mil.
56
Náutica SudeSte
REGATA MAIS
CHARMOSA DO BRASIL !
VEM AÍ A
Jeanneau Sun Odyssey 449
ntre os veleiros, o que despertou maiores comentários foi este barco da marca
francesa Jeanneau, uma evolução do modelo
anterior, o Sun Odyssey 439. A nova versão
tem plataforma de popa três vezes maior que
a anterior, escada para a cabine menos inclinada e mais larga, mesa de jantar que pode
ser convertida em cama da casal e opção de
dois, três ou até quatro camarotes — o cliente escolhe. Como é importado, seu preço depende das taxas de câmbio e de importação.
Na Europa, custa € 380 mil.
-
www.nautica.com.br/regatailhadecaras
VTR 350 FB
Novidade catarinense
C
atamarãs não são barcos muito populares
no Brasil. Movidos a motor, menos ainda.
Mas, aos poucos, isso está mudando — e quem
comparar o espaço que estes barcos oferecem
em relação às lanchas convencionais do mesmo
porte optará na hora pelos dois cascos. Por isso,
o recém-criado estaleiro catarinense Sec Boats
escolheu um (bom) catamarã para estrear no
mercado: este projeto australiano, que eles, agora, começam a produzir no Brasil. O barco tem 35
pés de comprimento (mas com espaço de mais
de 40), três cabines, sala, cozinha (externa), capacidade para oito pessoas dormirem a bordo e
flybridge. Usa dois motores de popa, de 150 ou
200 hp e custa R$ 770 mil, na versão básica.
1 Vagner Guidon
2 Mauricio Nicolau
Barreto, João Manuel
Figueiredo, Keller
Perotti, André Spinola
e Robinson Golfeto
1
2
3
3 Thibaund Maudet
e Jean Fançois de
Premorel
R
Beneteau GT40
Ainda fazendo sucesso
O
bom espaço gourmet na plataforma de popa
é um dos atrativos desta lancha de 40 pés,
que não chega a ser uma novidade por aqui, mas
segue atraindo olhares. O cockpit tem arranjo interessante, com comando central e a mesa pode
ser convertida em solário. Já a cabine é bem alta e
tem duas camas de casal, em cômodos fechados –
e já vem com ar-condicionado. Com dois motores
de 300 hp, custa a partir de R$ 1,1 milhão.
58
Náutica Sudeste
obusta e com espaços
muito bem aproveitados,
esta lancha de pesca do estaleiro paulista Sedna tem vários
componentes importados, o
que aumenta ainda mais a sua
qualidade (o estaleiro seguiu
normas americanas de segurança). O posto de comando é
central, abrigado por uma capota T-Top e tem regulagem
para pilotagem tanto em pé
quanto sentado. Debaixo dele,
um bom banheiro, com até
chuveiro. E, na popa, há um espaço gourmet. Usa dois ou três
motores de popa e custa a partir de R$ 580 mil.
CONFORME MANUA
CERTIFICADO DE GARANTIA
Brasileira
com qualidade
internacional
CONFORME MANUA
CERTIFICADO DE GARANTIA
Sedna 315
REDE AUTORIZADA
Princess V57
Quase uma grife
A
nova V57, do conceituado estaleiro inglês Princess Yachts (que faz parte do mesmo conglomerado de marcas de luxo da Louis Vuitton) é uma
lancha de mais de 20 toneladas, mas com certo apelo esportivo, já que chega aos 38 nós de velocidade,
quando equipada com dois motores de 900 hp. Mas,
melhor até do que sua performance é a distribuição
dos espaços na cabine. A cozinha fica no convés inferior, diante de uma pequena saleta, que pode virar um
terceiro banheiro. E a suíte de proa tem um interessante par de camas de solteiro, em forma de tesoura,
que pode virar uma de casal. Como é importada, seu
preço é um pouco mais salgado: cerca de R$ 8,3 milhões, dependendo da taxa de câmbio. Mas tem qualidade de sobra e representação oficial no Brasil.
1 Paulo Fedele
2 Helio Kodama
e Isaia di Bello
1
2
3
3 Gilberto
Bonfati, Miguel
Russo Neto e
José Eduardo
Prestige 420
Lancha com estilo
R
ecém-lançada no Brasil, esta estilosa lancha da marca
francesa Prestige, que pertence ao grupo Beneteau e é
importada para o Brasil pela Yacht Center Group, tem plataforma de popa submersível, um bom flybridge e, na cabine,
duas suítes, ambas com entradas independentes, sendo que
a principal ocupa toda a meia-nau. Já o salão é dividido em
dois níveis e tem a cozinha logo na entrada. Usa motorização
Volvo IPS 500 e custa a partir de US$ 820 mil.
Sessa F42
Uma estrela que ainda brilha
E
sta lancha de médio porte com flybridge do estaleiro catarinense
Intech Boating — que produz barcos sob licença da marca italiana
Sessa Marine —, não é exatamente uma novidade, mas segue colhendo admiradores a cada novo salão náutico. Em São Paulo não foi diferente. Quem não a conhecia, gostou do que viu, especialmente do tamanho do flybridge, que tem 6,5 m2 de área e mais parece o de uma
lancha bem maior do que ela. O preço também é interessante: a partir
de R$ 2 milhões, com dois motores Volvo IPS 500.
60
Náutica Sudeste
Sea-Doo RXP-X 300
O novo número 1
A
Sea Doo sempre fez jets esportivos e potentes. Mas nenhum tanto quanto este. A explicação está no próprio número que o batiza: o novo RXP-X 300 tem nada menos que 300 hp de potência, com o benefício extra de
que pesa menos de 400 quilos. Trata-se do mais novo
jet mais potente do mundo, recém-lançado mundo afora e
apresentado em primeira mão no Brasil no São Paulo Boat
Show, onde as primeiras unidades foram vendidas ao preço
de R$ 81 990. Além do novo motor e de um aperfeiçoamento no sistema de ré e freio, o X 300 vem, também, com guidão totalmente regulável e banco mais estreito, tipo de competição. Com 300 hp de potência, este detalhe faz diferença.
1 João Victor,
Toninho Moraes,
Hermano Carvalho e
Carlos Cesar Grotto
2 Gustavo Novita
e Nello Boreli
3 Marcelo e
Mirian Caetano
Volvo FWD
O mini IPS
A
Yamaha VX Cruiser HO
Agora, com motor
mais potente
E
ste jet da linha Cruiser, a mais luxuosa da Yamaha, acaba de ganhar o mesmo motor de 1 800 dos modelos mais sofisticados, o
que é uma boa novidade para quem não quer gastar muito para ter
um jet equipado e com boa potência. Ele não chega a ser tão requintado quanto os modelos tops de linha, mas, agora, usa o mesmo motor e, por ser mais leve, deve até ter melhor rendimento. É a principal novidade da linha 2016 dos jets Yamaha, que chegará ao mercado
brasileiro em janeiro do ano que vem. O preço do novo VX Cruiser HO
será em torno de R$ 95 mil.
62
Náutica Sudeste
nos atrás, a Volvo revolucionou a forma de navegar ao lançar o sistema IPS, que, entre outras características, colocou
os hélices na frente — em vez de atrás — das rabetas, com inúmeras vantagens. Até hoje, no mundo náutico, IPS é sinônimo
de modernidade. Mas, como ele só existe para barcos maiores,
faltava algo semelhante para as pequenas lanchas. Por isso, no
salão de São Paulo, a Volvo apresentou o novo sistema Forward,
que usa o mesmo princípio de hélices à frente das rabetas, embora sem todas as demais funções do IPS. A vocação natural da
nova propulsão são os esportes náuticos (esqui e wakeboard,
especialmente), porque, com os hélices não mais à mostra, aumenta a segurança para os praticantes. Mas o sistema vai bem,
também, em simples lanchas de passeio.
Farol
Notícias náuticas do Sul do Brasil
O SUPER SUP
Chega ao Brasil a prancha que leva a família inteira
A
marca alemã de pranchas infláveis Mistral já está vendendo no Brasil, através
das lojas Regatta, as primeiras unidades da nova Big Sup, uma prancha gigante
de stand up paddle, com dimensões de um pequeno barco. Ela tem 5,50 m de
comprimento por 1,50 m de largura e capacidade para até 10 pessoas remarem
ao mesmo tempo — ideal, portanto, para a família inteira se divertir junto na água.
Também vai muito bem nas longas travessias, porque permite que só alguns
ocupantes remem, enquanto os outros descansam. Apesar do seu tamanho
impressionante e bem maior do que as pranchas convencionais, a Big Sup, que é
inflável, pesa apenas 33 quilos e, quando vazia, pode ser transportada no porta-malas
de qualquer carro. A novidade custa R$ 15 900 e já tem unidades vendidas no país.
gigante
A Big Sup
tem o triplo
de área das
maiores
pranchas
convencionais
e pode
levar até 10
pessoas
Mais uma marca
A partir dos moldes da extinta
Tecnoboats, nascem as lanchas Seatech
FOTOS DIVULGAÇÃO
M
inas Gerais acaba de ganhar mais um estaleiro
dedicado às lanchas de passeio: a Seatech
Boats, com sede nas Escarpas do Lago, na represa
de Furnas. Mas o seu primeiro barco, a Seatech
355 Classic, não é propriamente uma completa
novidade, pois trata-se de um aprimoramento das
consagradas lanchas Tecnoboats 330, do extinto
estaleiro carioca homônimo. Entre as diferenças no
novo modelo, está a possibilidade de customizar
o interior da cabine, de acordo com a vontade do
proprietário. A cabine, aliás, é outro ponto forte do
barco, com cerca de 1,90 metro de altura.
Náutica Sudeste 65
Farol
a nova cara da
Marina da Glória
A mais famosa marina do Rio entra na reta final das obras
A
FOTOS DIVULGAÇÃO
data já está marcada. Em 29 de fevereiro próximo, a nova Marina da Glória
estará 100% pronta e será inaugurada, junto com o projeto de revitalização
do Aterro do Flamengo em torno dela, que também já estará finalizado. O objetivo
não é apenas cumprir o cronograma do Comitê Olímpico para as competições
de vela das Olimpíadas, cuja sede será na marina, mas também celebrar o novo
Aterro, cuja renascimento tem direta ligação com o projeto da Marina da Glória.
“Fomos a locomotiva das mudanças no Aterro”, comemora a presidente do
grupo BR Marinas, que detém a concessão da Marina da Glória, Gabriela Lobato.
“O objetivo do entorno da marina foi resgatar os conceitos tanto da criadora
do aterro, a arquiteta Lota Macedo, que queria uma área recreativa, quanto do
paisagista Burle Max, que buscava algo mais contemplativo”, explica Gabriela.
“Vai ficar lindo”, garante. Já, para os usuários da marina, as mudanças são ainda
mais positivas. “Teremos vagas na água com acesso exclusivo para os donos
dos barcos, 240 vagas no seco e nada menos que seis restaurantes, um deles o
mais famoso bar náutico do mundo, o Peter Café Sport, dos Açores, que terá sua
primeira filial mundial na Marina da Glória”, vibra Gabriela.
quase pronta
No final de
fevereiro, a nova
Marina da Glória
estará completa,
bem como a
revitalização do
Aterro do
Flamengo em
torno dela,
para alegria da
presidente do
Grupo BR Marinas,
Gabriela Lobato
Aqui seus sonhos se tornam realidade...
Marina Pier44 Resort fica localizada às margens
da represa de Nazaré Paulista.
Infraestrutura náutica completa: garagens,tratores
e 03 lanchas p/ resgate.
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locação anual, finais de semana ou férias.
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Farol
para os sem
lancha na
ilha grande
Depois das coquilles,
a vez dos camarões
Durante dez dias, no final de novembro, os melhores
restaurantes da região de Angra dos Reis se uniram para
oferecer aos visitantes e apreciadores de camarão em geral um
verdadeiro festival gastronômico dedicado ao mais desejado dos
crustáceos. O Festival do Camarão aconteceu simultaneamente
em nada menos que 37 restaurantes da baía de Ilha Grande e foi
a segunda iniciativa gastronômica do gênero promovida pelo
site navegueemangra.com.br, que, este ano, já havia promovido
um festival semelhante dedicado às coquilles, também típicas
da região. Cada restaurante preparou dois pratos especiais
com camarão e participou do festival. Muitos, de tão saborosos,
acabaram incorporados aos cardápios regulares. Novas
pag_53_Coninco Nsud 13_v2.pdf 1 27/11/2015 18:07:17
iniciativas gastronômicas do gênero virão por aí.
P
elo menos quatro lanchas (uma Tecnoboat 26,
outra 28, uma Riostar 26 e uma Real 22) fazem
parte da frota da Lig ­— Lanchas Ilha Grande, uma
empresa que oferece passeios e aluguel de barcos
motorizados na ilha mais desejada do litoral do
Rio de Janeiro. A empresa, com sede na Vila do
Abraão, oferece dois tipos de serviços: passeios
regulares aos pontos mais famosos da ilha (entre
R$ 130 e R$ 200 por pessoa, dependendo do
destino) ou aluguel do barco inteiro, com direito a
escolher o roteiro (R$ 1 500, incluindo marinheiro
para pilotar o barco). Interessou? Ligue tel.
24/99836-5302 e sabia mais.
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
FOTOS DIVULGAÇÃO
Angra teve festival gastronômico
dedicado ao crustáceo mais desejado
Empresa oferece passeios e
aluguel de lanchas na ilha
*IMAGENS MERAMENTE ILUSTRATIVAS
cruzadas náuticas
0
.00
110
$
R
Você entende de mar?
HORIZONTAIS 1 Construção acima do convés principal, que serve de passagem entre o convés do castelo ou do tombadilho e uma superestrutura •
5 Uma das capitais sul-americanas banhadas pelo rio da Prata • 9 As conchas usadas como arte divinatória • 10 Estudo do relevo submarino • 12 A cidade
litorânea baiana onde se desenrola a trama do romance “Gabriela, Cravo e Canela”, de Jorge Amado • 14 Cabo usado para içar velas, bandeiras etc. • 16
Fazer um navio que ficou preso em baixio, rochas etc. boiar novamente • 19 Um metal muito comum na construção de lanchas • 20 Embarcação miúda
robusta, de duas proas, usada para serviço nos portos, praticagem e pesca • 22 Outro nome do flamingo, ave de plumagem carmim e bico vermelhoalaranjado, comum nas costas das Américas e Antilhas • 24 O arquipélago do Pacífico com tamanho aproximadamente igual à metade de Sergipe, com
capital Porto-Vila • 26 Chapa colocada em torno da escotilha, cockpit etc., para impedir a entrada de água que varre o convés • 27 Céu, firmamento • 28
Camada atmosférica mais próxima da superfície terrestre, situada de 10 km a 12 km de altitude • 29 É a maior ilha fluviomarinha do mundo • 30 (Ingl.)
Moderno dispositivo dotado de alavancas e botões para controle de movimento e ações da embarcação • 31 Diz-se da água do mar, em oposição à doce.
REAL 24 *
ANO 2013
MERCRUISER 150 HP DIESEL
!
!
LTE
SU
N
N
CO
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LTE
SU
CO
LTE
SU
N
CO
C
SEGUE 58 MINIFLY
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Elaboradas por A Recreativa — palavras cruzadas e passatempos — www.recreativa.com.br
Fotolia
Nome desta ilha
V
E
R
T
I
C
A
I
S
2 Nos guindastes e outros aparelhos de força, cilindro em que se enrola ou desenrola o cabo • 3 Barco usado para puxar outro • 4 Peixe dos
rios brasileiros, também chamado saicanga • 5 Grande círculo que passa pelos polos da esfera celeste • 6 Cada uma das cavilhas que servem de
apoio ao movimento dos remos • 7 Viga estrutural transversal de porão que não recebe pavimento, servindo apenas para atracar as cavernas
quando o porão é grande • 8 Diz-se de alimento que teve a água retirada, para fins de conservação e facilidade no transporte • 9 Temporal
com chuva e vento intensos, que deixa o mar muito agitado • 11 Num contrato de seguro, parte com que o segurado tem de arcar, para cobrir as
despesas decorrentes de eventuais acidentes • 13 Um dos rios brasileiros mais extenso (1.902 km) • 15 Cabo suspenso de uma margem à outra
de um curso de água, sobre o qual os tripulantes das embarcações de travessia exercem tração manual para fazê-las deslocar • 17 Representação
gráfica da direção de uma embarcação na carta náutica • 18 Um tipo de cata-vento • 21 Ferragem que, costurada às tralhas, é usada em punhos
de vela para servir de olhal • 23 Um dos cursos dágua que forma o famoso “encontro das águas”, em Manaus (1.700 km) • 24 A cidade chilena
com o principal porto do país • 25 Ameixa de cor amarela que dá em cachos • 28 Catamarã monotipo de regata, com 6,10 m de comprimento.
TE
UL
Náutica Sudeste
R$
9
59
0
00
R$
K
ARMADA 44
REAL 41 OPEN
ANO 2014
2 X VOLVO PENTA IPS 950
R$
3
FISHING 32 *
ANO 2010
2 X EVINRUDE 250 HP
/yachtcentergroup
R$
1
8
ANO 2012
2 X CUMMINS 350 HP
!
0
.00
0
.60
.0
50
ARMADA 40
ANO 2010
2 X MERCRUISER 320 HP
00
.0
30
/yachtcentergroup
70
ANO 2011
2 X VOLVO PENTA 435 HP
.00
NS
CO
SEGUE 48
ANO 2013
2 X CUMMINS 380 HP
!
CY
CMY
PRESTIGE 400
ANO 2014
2 X VOLVO PENTA IPS 950
LTE
SU
N
CO
PHANTOM 500 HT
ANO 2012
2 X VOLVO PENTA 575 HP
ARMADA 300M CABRIO
ANO 2010
2 X MERCRUISER 220 HP
(21) 3823-8181
W W W. Y C G . C O M . B R
0
.00
R$
0
.80
2
SEGUE 55 FLY
ANO 2012
2 X VOLVO PENTA 700 HP
classificados
LANCHAS
Respostas
das Cruzadas
LANCHAS
Real Power Top 350. 2012. 02 Volvo
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Tel. 11/98692.0788 — Fernando
Flexboat SR 550. 2010. Mercury 115 hp
4T. Único dono, console central,
capota, carreta, som e gps. R$ 65 mil.
Tel. 11/96397-3888 — Claudio
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Tel. 11/3743.8477 c/ Eduardo
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750 horas de uso, flapes, capota e
bote motorizado. R$ 230 mil.
Tel. 11/97207.2740 — Marcos
Focker 255. 2007. Mercury 250 hp
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capota e eletrônicos. R$ 100 mil.
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380 HP. Capa, Boiler, Churrasqueira.
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Real Power Fish 250. 2012. Mercury
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Tel. 11/97271.8300 — Dadolost
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Gasolina. Boiler de água quente, Gps,
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vhs, gps, manete eletrônica.
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Capota, churrasqueira, som, sonda,
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conforme as características da embarcação, visando à
segurança e compatibilidade da carreta em cada marina.
Fotolia
classificados
IVAN CAVAS
DIVULGAÇÃO
3 perguntas
A GuerreirA do CorAL-SoL
A bióloga Adriana Gomes, da Estação Ecológica de Tamoios, explica
por que os ambientalistas estão empenhados em acabar com uma linda
espécie de coral na baía de Ilha Grande, em nome da própria natureza
A
rrancar e destruir corais não é exatamente o que
se espera de ambientalistas empenhados em proteger espécies marinhas. Mas é exatamente o que
vem acontecendo em certas ilhas da baía de Ilha Grande, desde 2013. Por um bom motivo. O que se pretende é eliminar ao máximo o coral-sol, um tipo de coral
que não é das águas brasileiras e está aniquilando com
1
Não é esquisito
ver ambientalistas
matando corais?
A princípio, sim. Até porque o coralsol é muito bonito, o que já rendeu muitas
reclamações dos mergulhadores de fins
de semana. Mas ele não é daqui e é muito
agressivo com as espécies nativas, como o
coral-cérebro, que ele ataca e mata. Além
disso, o coral-sol cresce bem mais rápido do
que as outras espécies e logo infesta toda a
área, o que gera um tremendo desequilíbrio
em todo o ecossistema. Ao ocupar todos
os espaços, ele acaba, por exemplo, com
os alimentos dos peixes. A Ilha Grande já
está infestada por esta praga, bem como,
praticamente, todas as ilhas da baía. Como
não temos como ‘limpar’ todas as ilhas,
limitamos as ações de remoção às ilhas da
estação ecológica. Mesmo assim, são 29 ilhas
e não damos conta de todas elas. Mas, pelo
menos naquelas que limpamos regularmente,
estamos impedindo que eles cresçam tanto.
74
NáutiCA SudeSte
2
as espécies locais. A mais recente investida exterminadora do gênero aconteceu em novembro, na idílica ilha
do Catimbau, em Paraty, e foi comandada pela coordenadora do Projeto Eclipse, da Estação Ecológica de Tamoios, a bióloga Adriana Gomes, que fala aqui, rapidamente, qual é o grande problema do magnificamente
lindo coral-sol, também chamado de “coral-assassino”.
De onde veio esse
tipo de coral?
Do oceano Pacífico, trazido nos cascos
ou lastros d’água dos navios. O coral-sol amarelo é endêmico das ilhas Galápagos e o laranja, das ilhas Fiji. No Brasil, já temos os dois,
espalhados em certos trechos de uma gigantesca área de costa que vai de Sergipe a
Santa Catarina. Mas a baía da Ilha Grande é
a região mais crítica, porque aqui o coral-sol
encontrou condições propícias para proliferar, como a tranquilidade das águas do Saco
do Bananal, na Ilha Grande, por onde acreditamos que ele chegou à região, grudado nas
estruturas das plataformas de petróleo, que ficavam meses ali à espera de reparos. Como
nessa parte do planeta o coral-sol não tem
predador natural, o único remédio é ficar removendo, para tentar impedir que ele se alastre ainda mais. É um trabalho que nunca termina. Mais ou menos como enxugar gelo.
Mas não há outra coisa que possa ser feita.
3
O que as pessoas
podem fazer
para ajudar?
Não é muito fácil diferenciar o coralsol de outros tipos de corais. Portanto, não
é uma boa ideia sair por aí arrancando qualquer coral que pareça o sol. O ideal é apenas fotografar e enviar a imagem para nós,
indicando onde ela foi feita, pelo email esec.
[email protected], ou para os técnicos
do Projeto Coral-Sol, do Instituto Brasileiro de
Biodiversidade. Com isso fica mais fácil atualizar os locais onde ele já está presente. Depois, na medida do possível, mergulhadores
treinados irão recolhê-los e exterminá-los, o
que é bem simples de fazer: basta desprender o coral do local onde ele está agarrado
com uma marreta e uma talhadeira e colocálo na água doce. Em duas horas ele morre.
Tirar o coral-sol da pedra e jogá-lo no fundo
do mar não resolve nada, porque ele continuará vivo. E só espalhará ainda mais o problema. Um grande problema, por sinal.
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SHOPPING RIO SUL
Tel.: (21) 2542-1552

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