são paulo boat show
Transcrição
são paulo boat show
são paulo rio de janeiro minas gerais espírito Santo Os 20 barcos que mais brilharam no São Paulo Boat Show edição nº 14 | Dezembro 2015 / Janeiro 2016 | R$ 12,00 Maravi lhosa Maram baia Como é — e o que há — na linda restinga proibida, entre Angra e o Rio Índice NESTA EDIÇÃO Foto e Projeto Gráfico: www.brunocastaing.com.br/nautica pág. 37 C M Y pág. 18 CM pág. 49 MY CY VERSÃO DIGITAL GRÁTIS! Acesse www. nautica.com.br/ nauticasudeste e baixe, de graça, esta edição de NÁUTICA SUdeste BAIXE TAMBÉM AS EDIÇÕES ANTERIORES de graça K SÃO PAULO RIO DE JANEIRO MINAS GERAIS ESPÍRITO SANTO SÃO PAULO RIO DE JANEIRO ESPÍRITO SANTO SIMULADORES NÁUTICOS 25 ANOS DEPOIS... O casal que gastou meia vida construindo este barco EDIÇÃO Nº 10 | ABRIL/MAIO 2015 | R$ 12,00 As máquinas ensinam (de verdade!) a pilotar barcos EDIÇÃO Nº 11 | JUNHO/JULHO 2015 | R$ 12,00 Canal de Rio Boat Bertioga OS RISCOS E PRAZERES DO CANAL QUE CRUZA O GUARUJÁ Show OS NOVOS BARCOS QUE O SALÃO MOSTROU REPRESA DO BROA A praia do interior de São Paulo que poucos conhecem TESOURO DE ILHABELA O velho tesouro do Saco do Sombrio volta à tona BOMBAS DE PORÃO O que você precisa saber para não ficar na mão Edição 10 Rio boat show 2015, um veleiro feito em casa E + Represa de Broa UM CRUZEIRO NA ILHA GRANDE Uma família descobre o enorme prazer de navegar ao redor da maior ilha do litoral do Rio O ESCONDERIJO DOS GRANDES PEIXES O parcel no mar aberto de Ubatuba que enche os olhos de qualquer pescador oceânico Edição 11 Colaboraram nesta edição: Alexandre Sakihama (arte), Aldo Macedo (imagens), Maitê Ribeiro (revisão) Vice-Presidente Denise Godoy redação e administração Av. Brigadeiro Faria Lima, 1306, 5o andar, CEP 01451-001, São Paulo, SP. Tel. 11/2186-1000 publicidade executivos de contas Eduardo Santoro [email protected] Eduardo Saad [email protected] Náutica Sudeste MARKETING Renata Camargos [email protected] Edição 12 canal de bertioga, simuladores E + Cruzeiro na Ilha Grande Diretora de publicidade Mariangela Bontempo [email protected] 6 MINAS GERAIS PRESIDENTE E EDITOR Ernani Paciornik DIRETOR DE REDAÇÃO Jorge de Souza [email protected] CMY Rio Tietê, Barco de Alumínio, E + 8 maneiras de saborear vieiras Edição 13 As ilhas da Divisa E + Passeio de Jet, Um velho rebocador que virou trawler Gerente de Circulação Débora Madureira [email protected] Guilherme Rabelo [email protected] Leide Ortega [email protected] Thaís Macário [email protected] para anunciar [email protected] Tel. 11/2186-1022 HÁ 25 ANOS INVESTINDO EM QUALIDADE E CRIANDO UM NOVO ESTILO DE NAVEGAR NÁUTICA SUDESTE é uma publicação da G.R. Um Editora Ltda. — ISSN 1413-1412. Dezembro 2015. Jorn. resp: Denise Godoy (MTB 14037). Os artigos assinados não representam necessariamente a opinião da revista. Direitos reservados. FOTOS DE CAPA: Nilo de Lima CTP, Impressão e Acabamento — PROL Gráfica www.lanchascoral.com.br S ediada na belíssima São Sebastião, a MARINA IGARARECÊ funciona 24 horas, sempre pronta a atende-lo, colocando à sua disposição um extenso rol de serviços e facilidades, inclusive um POSTO NÁUTICO com capacidade para abastecer embarcações de grande porte, devido ao excelente calado. A MARINA IGARARECÊ, buscando constante inovação e excelência, realiza periodicamente eventos em s e u re s t a u ra n t e , b a r e piscina, disponibilizando ainda, loja de conveniência e heliponto, ampliando constantemente as opções j á c o l o c a d a s à s u a disposição, além do suporte técnico, manutenção, pinturas de fundo para embarcações de até 70 pés e comercialização de embarcações. IGARARECÊ, do tupi-guarani, IGARA (canoa) e RECÊ ('por causa de' ou 'por amor a') revelam a razão de nosso negócio: O AMOR POR NAVEGAR. A área de lazer é complementada por uma piscina de borda infinita, de onde se pode apreciar o Canal de São Sebastião e o arquipélago de Ilhabela, relaxando em uma hidromassagem, aproveitando o solarium ou playground. Mas, se você Equipe especializada e credenciada pela PROPSPEED. quiser só relaxar e contemplar o mar, pode ficar no terraço envidraçado, perfeito também para aquele evento especial. A MARINA IGARARECÊ tem capacidade para receber embarcações de até 60 pés ou 30 toneladas em vagas secas e cobertas, ou 120 pés em vagas molhadas, oferecendo tranquilidade, conforto e acessibilidade para embarque e desembarque em flutuante e disponibilizando carrinho elétrico para locomoção de bagagens e passageiros. Com mais de 27 anos de experiência, profissionais capacitados e periodicamente treinados, a IGARARECÊ tem como missão cuidar de VOCÊ e seu bem-estar. Por isso, já desenvolve um projeto de ampliação criando mais 60 vagas, tudo para permitir uma experiência única aos seus clientes e visitantes. MIKE 85 LAT 23º 46.08' S LONG 045º 24.20' W Publieditorial Av. Dr. Manoel Hipólito do Rego, 2500 Praia do Arrastão - São Sebastião - São Paulo / Brasil [email protected] Tel: +55.12.3862-1555 www.marinaigararece.com.br Aconteceu... 30 anos da Marina Porto Ilhabela Uma das mais tradicionais marinas do litoral de São Paulo comemorou três décadas de existência com muita festa A Porto Ilhabela existe desde 1985 e é a mais antiga da ilha cada vez melhor Gunnar Möller (ao centro), criador e proprietário da marina, homenageou alguns velhos clientes com uma placa comemorativa do evento FOTOS DIVULGAÇÃO A marina também abriga um dos mais famosos restaurantes de comida japonesa de Ilhabela A marina é representante das lanchas Beneteau e exibiu alguns modelos na festa Náutica Sudeste 11 MERO 1 NÚ Em parceria com a loja VS Náutica, a Ventura promoveu um grande encontro com clientes nas águas de Rifaina, no interior de São Paulo EN 1 17/09/15 21:56 QUER GANHAR O GOSTO C M DOS BRASILEIROS! Y CM MY CY CMY • Completa infraestrutura para docagens e serviços com área de 22.500m2 • Travel lift para barcos até 30t • Portaria 24 horas Boat Yard K LANÇAMENTO DE MODELOS EXCLUSIVOS PARA O BRASIL Cozinha gourmet, plataformas grandes e sistemas de refrigeração “tropicais” mais potentes são itens de série nas embarcações vendidas no Brasil.. • Seguro contra incêndio e acidente • Lanchonete, refeitório, loja náutica, armários para guarda de equipamentos e peças • Feira permanente de venda de embarcações Av. Eugênio Fischer, 300 11420730 Guarujá - SP Tel: (13) 33445500 www.pier26.com.br [email protected] Lat: 24º 00’ 16” S Long: 46º 17’ 58” W IT ALL STARTS NOW NOVA LINHA EXCLUSIVA PARA O BRASIL FLYBRIDGE 64BR 59BR 54BR 46BR 42BR YACHTS DIVISION 77BR 70BR * LÍDER NAS CLASSES 50/55” SUPERANDO MARCAS CONSAGRADAS. Pier-Nautica-Final1 copy.pdf 50 E 55PÉS A LIDERANÇA NOS EUA* FOTOS DIVULGAÇÃO Mais de 300 pessoas participaram do evento, que teve almoço e passeio coletivo TRE A MARCA QUE CONQUISTOU Os encontros desse tipo acontecem todos os anos, geram negócios e são bem divertidos só alegria Como de hábito, os barcos seguiram em comboio até um restaurante no Lago Jaguara, onde aconteceu o almoço 1 NOS EU AS 8º Ventura Mania VE EM ND A Aconteceu... Aconteceu... 1º Workshop de Navegação FOTOS DIVULGAÇÃO A loja Porto do Rio, de Caraguatatuba, reuniu seus novos clientes para um dia inteiro de aprendizado náutico gratuito A Capitania dos Portos de São Sebastião fez provas de motonauta e arrais amador no próprio evento Navegue Com TRANQUILIDADE. PEÇAS GENUINAS Consulte nossa revenda autorizada Volvo Penta e faça a revisão preventiva da sua embarcação. Nossas soluções em pós-vendas ajudam você a aproveitar a temporada da melhor maneira: no mar. 30 anos Revenda Autorizada Rua das Heliconias, 227 - Parque Enseada . Guarujá-SP 13 3351-6600 . [email protected] . www.pierboat.com.br LINHA DIRETA VOLVO PENTA - 0800 41 8485 O evento teve o apoio da prefeitura da cidade, revista Náutica, Navetron, Mercury e Fibrafort casa cheia Acima, Marcelo e Mirian Caetano, promotores do evento, que teve a presença até da Marinha e do delegado da Capitania dos Portos em São Sebastião, Marcelo Sá (foto menor) PÁGINAS QUE INSPIRAM SONHOS... O mais completo Guia do setor náutico. Nas bancas e pelo site: www.shoppingnautica.com.br PUBLICAÇÃO: Imagem de capa meramente ilustrativa. POR JORGE DE SOUZA Capricho da natureza A fina linha de areia que separa o mar da baía de Sepetiba, no litoral sul do Rio de Janeiro: a restinga da Marambaia não é surpreendente apenas no formato, mas também no que há dentro dela Anderson Ghuerren Marambaia Maravilha Como é e o que há no mais inacessível, desconhecido e curioso tr echo do litoral entre Rio e São Paulo, onde ninguém pode entrar 18 Náutica Sudeste Náutica Sudeste 19 Marambaia restinga da Marambaia tem um formato muito curioso: duas porções de terra em forma de triângulo, interligadas por uma comprida e fina língua de areias brancas. E ponha comprida e fina nisso! De uma ponta a outra, são mais de 40 quilômetros de uma simples linha, que, em alguns trechos, não passa dos 50 metros 20 Náutica Sudeste NILO LIMA de largura, separando, feito um risquinho, a costa sempre revolta do litoral sul fluminense das tranquilas águas da baía de Sepetiba. Vista assim, do alto, mais parece um caprichoso desenho da natureza, feito especialmente para impressionar os passageiros da Ponte Aérea Rio-São Paulo, praticamente os únicos a apreciá-la, já que o acesso à restinga é proibido. Toda a área pertence às três Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica), que ali praticam exercícios e treinamentos militares, com disparos (até de canhões!) de verdade. Tiros e bombas num lugar tão singelo assim, pode, a princípio, parecer mais um daqueles contrassensos tão tipicamente brasileiros. Mas, não fosse isso, a imagem ao lado há muito teria deixado de existir, engolida, como fatalmente seria, pela massiva especulação imobiliária na parte mais cobiçada do litoral brasileiro. A restinga da Marambaia é um longo, curioso e surpreendente oásis no trecho mais enigmático e menos conhecido do litoral entre São Paulo e Rio. Uma beleza que poucos — bem poucos — já tiveram a oportunidade de conhecer de outra forma que não assim, vista do alto, como um intrigante risco na água. Quem viaja pela Ponte Aérea, sempre vê a restinga lá de cima. Mas pouquíssimos já entraram nela, porque é proibido Náutica Sudeste 21 Marambaia linda, dentro e fora Seja nos desenhos formados pela areia ou na vegetação intensa, a restinga enche os olhos. Mas, para os militares, ali é lugar de trabalho A restinga é dividida entre o Exército, Marinha e Aeronáutica, com o mesmo objetivo: fazer exercícios militares. Por isso, ninguém entra JORGE DE SOUZA ão fossem a presené impedindo o acesso dos demais mortais. Já a segunda raça militar e o aceszão pela qual ninguém pode entrar lá é porque não se traso proibido, a restinta de uma área militar convencional, dessas que abrigam ga da Marambaia, há apenas quartéis e militares em funções burocráticas. Na muito, não seria como Marambaia, o fogo come solto. Literalmente. ainda é: um lindíssimo Toda a área da restinga é dividida entre as três Fortrecho de natureza praças Armadas do Brasil, que, por sinal, preferem chaticamente virgem à beiramá-la de “ilha da Marambaia”, já que ela é cercada mar, entre as duas maiores metrópode água por todos os lados, embora apenas um cales do país. Não haveria lei ambiental nalzinho a separe da Ponta da Guaratiba, que já faz nem protesto de ecologistas que impedisparte da área urbana da cidade do Rio de Janeiro. se a restinga de ser engolida pelos resorts e O Exército ocupa a parte norte da restinga (justacondomínios de luxo, feito uma versão tupimente no encontro com Guaratiba), a Aeronáuniquim de Cancún — que também nasceu tica uma pequena faixa central, entre o mar e a de uma faixa de areia à beira-mar, mas não Baía de Sepetiba, e a Marinha todo o resto, intão delicada quanto a da Marambaia. O ex-dicluindo o Pico da Marambaia, única parte da retor da empresa oficial de turismo do Rio de restinga que não é plana feito uma gigantesJaneiro até tentou isso, no passado. Não foi nem ca praia, na parte sul, bem diante da entraouvido pelos militares, que, há mais de 100 anos, da da grande baía que banha Itaguaí, Itamantêm a Marambaia fechada a sete chaves. Por curuçá e Mangaratiba. dois motivos. O primeiro é que, num país sempre Cada uma a sua maneira, as três sujeito a conchavos econômicos que invariavelmeninstituições usam a restinga para o meste resultam em mutilações na natureza, a única mamo objetivo: realizar treinamentos, neira de manter algo tão bonito assim 100% preservado exercícios e testes militares tão reais, que, às vezes, a restinga mais parece uma praça de guerra, com tiros de canhões, disparos aéreos e desembarque de tropas nas praias. Isso inclui, muitas vezes, o uso de munição de verdade, como no caso do Exército, que usa a sua área para testar balas para canhões, cujo alcance passa dos 15 quilômetros de distância — algo só possível numa área desabitada e livre de obstáculos naturais como a restinga. Náutica Sudeste CASSIO VASCONCELLOS 22 Náutica Sudeste 23 FOTOS JORGE DE SOUZA Marambaia paraíSo CASSIO VASCONCELLOS Nas partes mais estreitas, a restinga não passa dos 50 metros de largura. Um risquinho de areia na água, separando o mar da baía 24 Náutica Sudeste proibido uando os dispaApesar dos ros de canhões avisos de área militar acontecem, as espalhados corporações vizipela região, nem sempre nhas são avisadas os donos das manobras e até de barcos o mar ao largo da resresistem a dar uma paradinha tinga fica proibido aos na estupenda barcos. O mesmo aconpraia do Sino tece quando o corpo de Enquanto na parte norte da restinga, a do Fuzileiros Navais da MaExército, as únicas casas de um pequeno conglorinha decide realizar ações de desembarmerado são ocupadas apenas por soldados, alque de tropas ou invasões de áreas na resguns com suas famílias, na parte oposta, a da tinga, simulando ações de combate. Um Marinha, a presença humana não se restrindesavisado que caísse de paraquedas na rege aos militares. Ali também há uma comugião durante um desses exercícios (que aconnidade de exatas 94 famílias, que ganharam tecem com bastante frequência, especialmeno direito de permanecer “na ilha” depois te na parte da Marinha, que ali mantém um de comprovarem (ou algo próximo disso) centro de avaliação e treinamento, o Cadim – serem descendentes dos escravos que foCentro de Adestramento da Ilha da Marambaia), ram levados para lá no passado. Ou seja, juraria estar no meio de uma guerra, com solseriam quilombolas, embora nem todos dados armados e camuflados, carros de combate pareçam com tal. “Aqui tem até quilome aviões dando rasantes nos ares. Mesmo assim, a bola de olho azul, onde já viu isso?”, restinga é bem pouco (ou quase nada) afetada pelos indigna-se um oficial da Marinha. “Alexercícios militares. No mínimo, permanece muito gumas dessas famílias são realmente mais protegida nas mãos dos militares do que dos corquilombolas, mas outras não passam retores imobiliários. Graças a eles, a região ainda prede descendentes dos frequentadores serva a mesma aparência que tinha nos tempos de Cada escola de pesca que existiu aqui bral. Pena que ninguém possa testemunhar isso de perto, antigamente”, ele argumenta. porque o seu acesso é proibido. Ou quase isso. Náutica Sudeste 25 INCOMPARAVEL Marambaia A Marambaia é tão isolada e protegida que se tornou destino preferido de férias para alguns presidentes da República a vila da ilha A antiga senzala, que virou alojamento para oficiais visitantes (acima), e a igreja do Cadim: no centro de treinamento da Marinha, a Marambaia é quase uma minicidade FOTOS JORGE DE SOUZA 26 Náutica Sudeste questão remonta à história da própria Marambaia. Na época do Império, a restinga fazia parte das terras do Comendador Joaquim José de Souza Breves, um riquíssimo plantador de café e importador de escravos, que se orgulhava de ir “do Rio a São Paulo sem sair de suas terras”, e que transformou a Marambaia em um entreposto negreiro, para a engorda dos escravos trazidos da África — que assim valeriam mais no mercado. Mas, em 1888, com a abolição da escravatura, o negócio declinou e, em seguida, afundou de vez com a morte do Comendador. Sua viúva vendeu, então, a restinga a uma empresa, que logo faliu e transferiu a área a um banco, que, por sua vez, a repassou à Marinha, em 1908, para a criação de uma escola de aprendizes de marinheiros. Trinta anos depois, o governo de Getúlio Vargas decidiu criar uma escola de pesca na Marambaia, para ensinar jovens carentes trazidos do Nordeste. E muitos deles ficaram para sempre na restinga, misturando-se aos legítimos descendentes dos escravos do Comendador Breves e dando origem aos atuais “quilombolas da Marambaia” — nem todos, como se vê, legítimos herdeiros deste direito. 360 MERCRUISER 2x 4.3L 220HP Marambaia O QUE HÁ DE MELHOR EM GARAGEAMENTO NÁUTICO AO LADO DA RIVIERA DE SÃO LOURENÇO C M Y FOTOS JORGE DE SOUZA Descendentes de escravos puderam permanecer na restinga. São os únicos moradores da Marambaia té tempos atrás, o embate entre militares e quilombolas rendeu muito pano pra manga na Marambaia. Em compensação, como bons vizinhos, os moradoHoje, no entanto, a quesres civis podem usufruir de certas benfeitorias militares tão está superada. Os milida vila do Cadim, como a escola, a igreja e o pequetares fazem seus exercícios em áreas especíno hospital. Mas, às vezes, nasce mais um bebê denficas e os moradores mantêm suas casas junto tro do barco da Marinha, a caminho da maternidade. às praias da parte sul da restinga, aonde os dis“Tem horas que me sinto como prefeito da Maramparos não chegam. Mesmo assim, por estarem baia”, brinca o atual comandante do Cadim, capidentro de uma área militar (que também faz partão de mar-e-guerra Guilherme Stark, que veio te de uma área de preservação ambiental), eles para a ilha depois de comandar a força brasileira têm de seguir certas regras. Como, por exemplo, de paz no Haiti. Na Marambaia, entre um e ounão receber visitantes sem o devido consentimento tro atendimento corriqueiro a moradores, ele do comandante. Visita, só se for de familiar e em nútesta e avalia os limites das tropas de fuzileiros mero limitado, o que é rigidamente controlado. Nenavais da Marinha, seja no moderníssimo sinhum barco particular pode atracar na restinga e o únimulador de tiros que há no Cadim ou nos co acesso à área da Marinha é feito através da lancha da duros campos de prova da restinga, onde corporação, que parte duas vezes por dia de Itacuruçá, do há até jacarés nas lagoas. outro lado da baía de Sepetiba. 28 Náutica Sudeste entre armas e a natureza A parte do Centro de Adestramento da Marinha (no alto, à esq.), é a mais bonita da restinga, mas tem os execícios militares mais frequentes CM MY CY CMY K Posto de combustível Tel: (13) 3313-1161 vhf: 11 Deck de embarque e desenbarque Restaurante Portaria 24 horas www.marinacapital.com.br Informações: (13) 3313-1348 Caminho do Capão n° 240 | Cantão do Indaiá | Bertioga - SP. LON 23° 49´11” S e LAT 46° 02´38” 0 Garageamento coberto até 30 toneladas www.rivieranas4estacoes.com.br [email protected] Marambaia DIVULGAÇÃO CADIM O Exército faz disparos de canhões e a Marinha simula invasões. Mas a restinga está bem mais protegida nas mãos dos militares do que nas dos corretores imobiliários NOVAS SUPER OFERTAS DO PROGRAMA DE OWNERSHIP WIND CHARTER. ilha ou restinga? A vila do centro de adestramento da Marinha (acima) e a linda praia Grande, que fica ao lado: a parte sul da Marambaia mais parece uma ilha. Tanto que assim é chamada pelos militares Ownership na medida do seu sonho. A Wind Charter oferece mais opções com maior flexibilidade para você ser proprietário de uma embarcação de luxo com todo o suporte e tranquilidade. JORGE DE SOUZA 30 Náutica Sudeste JEANNEAU 50DS Ano 2012 - 2 anos a operar. Consulte! BARCOS NOVOS lém disso, por ficar Mas não são apenas os quilombolas e os militares em serviço que pocompletamente isodem frequentar a restinga. Oficiais de patentes mais altas também polada do continente e dem visitar a “ilha” e até levar suas famílias, desde que autorizados de frente para o mar pelos comandantes de cada corporação. O mesmo vale para alguns numa região sem nepolíticos e pesquisadores do meio ambiente, como certo grupo de nhum abrigo, a restinga biólogos, que, neste momento, estuda o impressionante — e desestem arrebentações violenperador — poder de fogo das mutucas da restinga, que ali somam tas nas praias, o que inibe 26 espécies, a maior concentração do gênero conhecida no país. qualquer aproximação dos barcos, e é particuVez por outra, até o presidente da República aproveita o prolarmente quente, arenosa, algo inóspita e basvidencial isolamento e segurança da Marambaia para descantante chuvosa. Os militares até brincam que, sar. Fernando Henrique Cardoso costumava passar férias lá, na Marambaia, “chove todo dia ou chove o dia numa das casas da vila do Cadim, algumas até com piscitodo”. “Quem vem treinar aqui, sabe que veio para na. Lula aparecia ainda mais, atraído pela irresistível comsofrer, apesar da paisagem magnífica”, diz o comanbinação de lindas praias e nenhum repórter por perto. dante Stark, já saudoso do posto que deixará agora em Só Dilma ainda não deu as caras na restinga. E ela não janeiro. “Vou sentir saudades da ilha”, confessa. sabe o que está perdendo... SUN ODISSEY 379 2015 SUN ODISSEY 469 2015 SUN ODISSEY 509 2015 SUN ODYSSEY 379 Ano 2012 - 3 anos a operar. Consulte! WIND 34 Ano 2013 - 4 anos a operar. Consulte! ENTRE EM CONTATO E DESCUBRA AS POSSIBILIDADES EXTRAORDINÁRIAS QUE RESERVAMOS PARA VOCÊ. [email protected] W I N D C H A R T E R . U M O C E A N O D E P O S S I B I L I D A D E S E S TÁ À S U A E S P E R A W I N D C H A R T E R . C O M . B R Marambaia JORGE DE SOUZA GOOGLE DIVULGAÇÃO CADIM omo se não bastassem os quase 40 quilômetros da deserta linha que dá forma à restinga (aonde ninguém vai e até os mais poderosos veículos 4x4 têm dificuldade para passar) e os bancos de areia que avançam baía de Sepetiba adentro, formando idílicas ilhotas nas marés mais baixas, a Marambaia ainda tem uma sucessão de praias cinematográficas na parte que pertence à Marinha. Praia Grande, Cutuca, Caetana e Pescaria Velha, todas dignas de cartazes de agências de viagens e unidas por uma única trilha, são algumas delas. Mas a mais bonita de todas é a praia do Sino, onde não existe casa alguma e só se chega ao cabo de mais de uma hora de caminhada, beirando a costeira da restinga. A praia do Sino é tão linda que, vira e mexe, os donos de barcos não resistem e dão uma paradinha, a despeito dos cartazes que indicam ser uma área militar. Mas quem há de descobrir a travessura, se não há vivalma por perto? Só quando surge uma patrulha pelo mar pedindo que eles se retirem é que os invasores descobrem que, a despeito de ser uma praia deserta, há, sim, câmeras de vigilância por todos os lados. A Marambaia é isso: uma área lindíssima, mas inacessível; selvagem, mas intensamente monitorada. Não existe nada igual no país. Muito menos na geografia. 32 Náutica Sudeste PROTEGIDA naturalmente Na faixa da restinga (à esquerda), a arrebentação é sempre violenta, o que inibe a aproximação dos barcos e deixa a Marambaia (acima), ainda mais protegida ONDE FICA? A restinga da Marambaia fica na baía de Sepetiba, em Mangaratiba, entre Angra dos Reis e o Rio de Janeiro, e é bem extensa. De uma ponta a outra, são 42 quilômetros, quase todos desertos e sem acesso São duas porções de terra em forma de triângulo, interligadas por uma fina e comprida linha de areia, de 40 km. Na geografia, não existe nada igual Grupo Naútica A principal interface do mercado náutico com os apaixonados pelas águas e pela vida saudável ESPECIAIS ANUAIS EVENTOS PUBLICAÇÕES www.grupo nautica.com.br NOVO SITE O maior projeto de Sustentabilidade há 18 anos incentivando o uso consciente da água nas regiões de Angra e Paraty. Uma parceria entre a Revista Náutica e o cartunista Ziraldo. O estaleiro carioca Coral completa 25 anos como um dos que mais cresceram no Brasil nos últimos tempos. Graças, em parte, às ousadias do passado FOTOS fernando monteiro A ousadia que deu certo firme e forte Os sócios Josué Amaral e Leonardo Chiavazzoli, donos da Coral: 25 anos crescendo sem parar Náutica Sudeste 37 Lanchas Coral DE 16 A 46 PÉS A atual linha de lanchas da Coral 24’ 21’ 28’ 16’ Uma das menores lanchas do país 31’ 31’ 21 pés, mas já com targa esportiva Proa aberta com cabine e cama A sucessora da pioneira Angra 28 Versões com ou sem cabine convencional 34’ 34’ 43’ 46’ Também em duas versões, com para-brisa envolvente ou não orria o ano de 1996, quando o irmão do carioca Leonardo Chiavazzoli chegou em casa com uma novidade bombástica: ele comprara a própria fábrica de barcos na qual trabalhava, a Coral, então com não mais que uma dúzia de funcionários e uma produção ainda menor que isso. — Você está maluco? — indignou-se Leonardo, então um jovem engenheiro recém-formado, que trabalhava como empregado numa empresa do Rio de Janeiro e mal tinha dinheiro para comprar um carro usado. Tampouco o seu irmão, que, mesmo assim, agora, virara “dono de estaleiro”. 38 Náutica Sudeste — Que nada! — tranquilizou o irmão, autopromovido a empresário do setor náutico – basta trabalhar direito que dá certo. Como “trabalhar direito” era uma espécie de mantra para o jovem Leonardo, Léo para todos que o conhecem, lá foi ele ajudar o irmão no novo negócio, mesmo a contragosto. Passou a fazer dois turnos de trabalho: de dia na empresa onde recebia salário e à noite na fábrica de lanchas, então resumida a um único modelo, de 17 pés. E foi assim que Léo descobriu que adorava construir barcos. Descobriu, também, que não se dava com o irmão o bastante para os dois trabalharem juntos. Eles, então, se separaram. O irmão ficou com a loja que vendia a lanchinha da marca, e ele com a fábrica. Foi a vez de Leonardo chegar em casa e avisar que tinha comprado um estaleiro. E do próprio irmão, que ele taxara de maluco. Recente, mas já sendo atualizada A história da Coral, que está completando 25 anos (quase 20 sob o comando de Leonardo, agora em sociedade com o amigo e excliente Josué Amaral), é tão curiosa quanto a origem do próprio nome do estaleiro. “Coral não tem nada a ver com os bonitos seres marinhos, como todo mundo pensa, e sim com a mistura dos nomes das duas lanchas mais famosa da época, a Cobra e Real, que inspiraram os primeiros modelos da nossa marca”, revela Leonardo, com a mesma honestidade com que assume, que, no começo, a Coral só cresceu graças aos barcos concorrentes, que eram comprados e aperfeiçoados. Do extinto estaleiro Red Scorpion, por exemplo, veio o casco de uma lanchinha de 16 pés, que, até hoje, depois de muitos melhoramentos, é produzida pela Coral. Da também finada Crismar foi arrematada a forma de uma A maior da marca, lançada no São Paulo Boat Show Um dia, o irmão de Leonardo resolveu comprar o estaleiro onde trabalhava, a Coral. Foi taxado de maluco pelo irmão, que hoje é o dono da fábrica 23 pés, que durou muito tempo na mão deles. Da Engeboat vieram dois modelos da lancha Angra. E, por fim, da endividada Runner só veio mesmo o prestígio de a Coral ter arrematado uma marca nacionalmente conhecida, mas comercialmente falida. “No dia que contei para o meu sócio que havia comprado a Runner, ele caiu fora da sociedade”, recorda Leonardo, rindo. “E com razão, porque, sem que eu soubesse, a Runner devia quase 50 barcos a clientes que já haviam pago”. Náutica Sudeste 39 Lanchas Coral BRUNO CASTAING No começo, a Coral comprava fôrmas dos concorrentes e aprimorava os barcos. Depois, revolucionou o mercado BRUNO CASTAING eonardo quase apanhou de alguns clientes mais exaltados da Runner, mas conseguiu fazer um acordo com os funcionários do estaleiro arrematado para que eles interrompessem a greve por falta de salários e entregassem os barcos, dando como pagamento as próprias fôrmas de alguns modelos. “Paguei os funcionários com praticamente tudo o que eu havia comprado”, resume. No final, para a Coral só restou o prestígio de ter incorporado uma 40 Náutica Sudeste marca famosa. E isso fez com que ela decolasse de vez, agora com barcos próprios. Mas não foi só isso. Houve, também, a genial sacada de Leonardo de lançar, em 2006, a Angra 28, primeira lancha a ter proa aberta e cabine ao mesmo tempo (leia mais na próxima página). Foi um divisor de águas na história da Coral e a fez se tornar o que é hoje: um dos estaleiros que mais cresceram no país, nos últimos tempos. No recente São Paulo Boat Show, a Coral apresentou sua mais nova lancha, de 46 pés de comprimento. E outros três novos modelos já estão no forno. Nada mal para o que começou como uma ideia que foi logo taxada de maluca. E pelo próprio Leonardo. Lanchas Coral fotos BRUNO CASTAING entrADA PELA PROA A Angra 28 foi a primeira lancha a oferecer proa aberta e cabine, ao mesmo tempo Proa aberta com cabine: o pulo do gato da Coral Ao aproveitar um espaço perdido nos cascos, a Coral revolucionou o mercado E m pelo menos um aspecto, o estaleiro Coral foi pioneiro e revolucionário: foi o primeiro – e, até hoje, o único – a oferecer lanchas com proa aberta e cabine ao mesmo tempo. Ou seja, alguns de seus barcos têm sofás e espreguiçadeiras também na proa, mas, ainda assim, uma cabine completa dentro, com banheiro, saleta e até cama de casal. Como isso é possível, já que proa aberta e cabine sempre disputaram o mesmo espaço? Simples, deslocando a cabine mais para o centro do barco e fazendoa ocupar o espaço oco (e geralmente não aproveitado) entre o piso do convés e o fundo do casco. Mas isso só foi possível graças a dois detalhes que passariam desapercebido a praticamente todo mundo: um imperceptível aumento na altura do costado, de forma a aumentar a área dentro do casco, e, sobretudo, a mudança da porta de entrada da cabine do meio (como acontece em qualquer lancha cabinada) para a frente do barco. “A porta na proa, e não no cockpit, é o pulo do gato”, reconhece Leonardo Chiavazzoli, engenheiro, projetista e sócio do estaleiro, que, inclusive, patenteou o método. “Com o acesso pela proa, a escada não rouba espaço da cabine e ainda permite descer em pé, sem precisar baixar a cabeça”, completa. 42 Náutica Sudeste Para que isso fosse possível, a “porta” de acesso à cabine ficou camuflada debaixo de uma das espreguiçadeiras da proa (na outra, fica a “porta” do banheiro, que também é interligado à cabine por dentro) e é acessada erguendo-se o encosto – algo tão simples quanto genial. No mínimo, uma verdadeira aula de aproveitamento de espaços a bordo de um barco. Não por acaso, o primeiro modelo do gênero, a lancha Angra 28, lançada quase dez anos atrás, é, até hoje, o barco mais vendido na história da Coral e marcou época na indústria náutica nacional. Nunca, até então, uma lancha de proa aberta oferecera, também, uma cabine a bordo. Em seguida, outros modelos do estaleiro passaram a oferecer o mesmo recurso, o que persiste até hoje. “O acesso invertido à cabine permitiu aos nossos barcos oferecer quase o dobro do espaço interno dos concorrentes”, diz Leonardo, inventor da novidade. “Para passar noites a bordo, uma cabine convencional talvez seja mais indicada”, ele reconhece. “Mas, para dar uma descansadinha nos passeios, ninguém precisa mais do que o que as nossas lanchas híbridas oferecem. E nenhuma cabine é tão bem ventilada, porque nenhuma porta é tão grande”, completa. Lanchas Coral “Sou um dono de estaleiro diferente” Por que as lanchas da Coral não são tão conhecidas no mercado quanto as das outras marcas? Porque, como sou engenheiro e meu negócio é ficar dentro da fábrica, construindo barcos, nunca me preocupei muito em fazer publicidade. Mas a chegada do Josué na sociedade mudou isso, porque ele sabe bem a real importância de uma marca ser conhecida. Mesmo assim, posso garantir que no nosso principal mercado, o Rio de Janeiro, nossas lanchas são bem populares e muito respeitadas, justamente porque são bem construídas. Agora, vamos oferecer isso também para os outros estados. Mesmo assim, a Coral cresceu muito nos últimos anos. Ao que se deve este crescimento? Além da qualidade – repito – dos nossos barcos, houve alguns momentos que marcaram positivamente a nossa história. O primeiro foi termos comprado alguns pequenos estaleiros no começo, como a Crismar, que fazia uma boa lanchinha de 23 pés, e a Engeboat, que produzia as Angra, que nós melhoramos e produzimos por bom tempo. Depois, compramos também a Runner, o que gerou filas de compradores no nosso estande, no Rio Boat Show daquele ano. Mas só compramos a Runner por causa do nome. Nem chegamos a produzir todos os modelos que eles tinham, porque havia sérias pendências judiciais na marca, que nós desconhecíamos. Quase foi uma roubada, mas acabou trazendo muita gente para conhecer os nossos barcos. E eles gostaram. Em seguida, veio o sucesso da Angra 28, a primeira lancha com cabine e proa aberta, que marcou época. Por fim, de tempos para cá, houve a decisão de aumentar o tamanho da nossa linha, não só na quantidade de modelos, mas, também, no tamanho de alguns deles. No último salão de São Paulo lançamos uma lancha de fernando monteiro O engenheiro, projetista e mais antigo sócio da Coral, Leonardo Chiavazzoli, fala sobre os pontos altos da marca dono e operário Leonardo: o negócio dele é ficar no chão da fábrica, botando a mão em todos os barcos 46 pés. E temos três novos barcos a serem lançados em breve. A próxima será uma 38 pés. A Coral prega bastante a qualidade dos barcos que produz. Dê um exemplo disso. Todos os nossos barcos são feitos com o mais puro gelcoat, não têm madeira no meio para apodrecer com o tempo e não arranham nem se você riscar o casco de propósito com uma chave. Isso ninguém oferece. Muito menos para barcos pequenos. Temos, com certeza, as melhores 24 e 31 pés do mercado. Tanto que damos 10 anos de garantia no casco para toda a linha e, agora, para comemorar os 25 anos da marca, também 25 meses de garantia para tudo o mais no barco. Até para as lâmpadas que eventualmente queimarem. Mas estou tranquilo, porque conheço bem a qualidade dos nossos barcos e participo diretamente da produção de todos eles. Sei laminar, montar, instalar fiação elétrica e tudo o mais. Sou um dono de estaleiro diferente, porque, na fábrica, ponho a mão na massa de fato. E gosto do que faço. Acima de tudo, somos honestos, o que é algo cada vez mais raro 44 Náutica Sudeste Por que a Coral prefere vender diretamente os seus barcos em vez de nomear representantes? Porque, no passado, tivemos experiências ruins com representantes e isso afetou a nossa política de venda, até hoje. Continuamos preferindo ter nossas próprias lojas que ficar na mão de grandes representantes, que querem mandar na fábrica e nem sempre atendem direito os nossos clientes. Para compensar a falta de representantes em São Paulo, por exemplo, temos uma assistência técnica volante, que a cada 20 dias vai para lá, atender os barcos dos clientes. Mesmo que eles não tenham pedido reparos. Somos acessíveis, amigos dos nossos clientes, sólidos financeiramente, mantemos o mesmo CNPJ desde o começo e, acima de tudo, honestos, o que é algo cada vez mais raro. O futuro da Pesca Esportiva está aqui todas as novidades em equipamentos, acessórios, serviços, turismo, varejo, atacado, barcos, motores, lojas e muito mais. Uma feira completa, com atrações para toda a família. 10 a 13 de março Expo Center Norte - São Paulo + 12 mil m² de área de exposição + 40 mil visitantes www.Feispesca2016.com.br RESERVE SUA ÁREA PISTA DE ARREMESSO Tel: (11) 2186-1068 [email protected] PESQUE E SOLTE Realização: VITRINE DA PESCA Apoio: MUITO + ATRAÇÕES... Organização e Promoção: ENCONTRE O BARCO QUE VOCÊ PROCURA! As melhores ofertas de lanchas, veleiros, jets, infláveis e iates à venda no Brasil Fotos Fernando Monteiro Os barcos que brilharam ainda mais no salão náutico de São Paulo Intermarine 80 Ah, como eu queria... A Compre ou venda o seu barco www.nautica.com.br/classificados maior lancha já produzida pelo consagrado estaleiro Intermarine foi, também, o maior barco exposto no salão de São Paulo. Com um design muito atual e recursos tecnológicos de última geração, como um sistema norueguês de estabilização por aletas que reduz barbaramente o balanço do casco, estando ele parado ou em movimento, a Intermarine 80, lançada recentemente, arrancou suspiros de todo mundo. Até dos amantes da performance, já que embora seja um quase iate, com quatro suítes e tudo o mais de um grande barco, é capaz de navegar a vibrantes 33,5 nós, quando equipado com dois motores de 1 650 hp cada. Náutica Sudeste 49 Cimitarra 760 A estrela maior da Cimitarra E m um salão marcado pelo lançamento de vários grandes barcos (nos dois sentidos), este foi um dos principais destaques: a novíssima Cimitarra 760, maior lancha (já quase iate) produzida pelo estaleiro gaúcho Cimitarra, até então dedicado a produzir apenas barcos de médio porte. A novidade agradou em cheio. Até no preço: algo entre R$ 6,5 e R$ 7 milhões, com dois motores Volvo IPS 1200, o que é significativamente menos que o dos concorrentes. A configuração interna da cabine fica a critério do cliente, mas o modelo exibido tinha dois quartos e duas suítes, além de uma espaçosa sala, cozinha, átrio, lavabo, etc. etc. Do lado de fora, além do flybridge, há, também, teto solar, para ventilar e deixar parte da sala igualmente ao ar livre. Com este barco, a Cimitarra, literalmente, mudou de patamar. 1 Cristiniane Silva, Silvio Corgnier, Ariel Leite, Debora Silva e Helen Geraldo 2 Joaldo Rocha Santos e Aline Pimentel 3 Marcelo Conde 1 2 3 4 Ghandi Secaf, Gustavo Nicolau, Jorge Nery e Jovitor Secaf 4 Schaefer 560 Parece bem mais O novo barco de 56 pés da Schaefer Yachts, apresentado pela primeira vez no São Paulo Boat Show, não é o maior modelo da marca, mas talvez seja o que melhor soube aproveitar espaços e recursos de outros barcos para conseguir o efeito de parecer maior do que é. Isso fica claro no delicioso sofá externo na proa, mimo que só costuma ser oferecido em lanchas bem maiores. Ou na suíte principal, cujo banheiro também ocupa toda a largura (4,90 m) do casco. Além dela, há outros dois camarotes e uma cozinha estrategicamente fincada entre a sala e praça de popa. O preço, a partir de R$ 4,9 milhões (com dois motores Volvo IPS 800), não é exatamente uma pechincha, mas é menos do que custaria uma lancha de 60 pés, que, no fundo, oferece praticamente os mesmos recursos. 50 Náutica Sudeste Real 525 Fly Uma grande lancha de uma grande marca T ambém lançada no salão de São Paulo, a novíssima 525 Fly é a maior lancha já produzida pelo estaleiro carioca Real Power Boats, famoso por construir lanchas abertas de boa performance. Mas, apesar do estilo de barco bem familiar e comportado (flybridge, três camarotes, etc. — como um típico barco do gênero), nem de longe decepcionou os fãs da marca. Ao contrário, arrancou muitos elogios, especialmente na altura da cabine, que chega a 2,10 m, e na cozinha, entre a sala e a popa, e diante de um bar que ajuda a integrar ainda mais a parte de dentro com a de fora do barco. Com dois motores de 600 hp cada, foi vendido no salão a partir de R$ 4 milhões. Náutica Sudeste 51 Triton 500 Fly A primeira com flybridge D e tempos para cá, o estaleiro paranaense Triton tem lançado um barco atrás do outro. E cada vez maiores, o que mostra o vigor da marca. Faltava, no entanto, uma lancha com flybridge, para atender os clientes em busca de mais espaço a bordo. Faltava... Agora, não mais. A versão com fly do modelo Triton 500, de 50 pés, apresentado no último salão do Rio, estreou em São Paulo agradando bastante, até no preço: por volta de R$ 2,1 milhões, com dois motores Volvo IPS 500. Por dentro, destaque para cabine de solteiros, bem maior do que o habitual. E, do lado de fora, para a popa, que tem garagem para o bote inflável e uma larga escada de acesso, conseguida graças ao sutil deslocamento do sofá um pouco para o lado. 1 Alessio Freire e Eliana Purcino 2 Marcelo Huertas, Adrian Fuhrhausser, João e Conrado Galante 2 1 Azimut 60 Bonita por fora, linda por dentro O que já é bom pode ficar melhor? Sim, sempre pode. Se for um grande barco, por exemplo, basta decorá-lo com bom gosto, como foi feito nesta série especial da Azimut 60, apresentada no salão de São Paulo, com decoração assinada por famosos escritórios italianos de design, como Missoni Home, Armani e Loro Piana. No barco exposto, predominava o contraste entre madeira escura e os tecidos bem coloridos. Ficou lindo. De resto, era a mesma lancha de três camarotes, sala, cozinha, flybridge, plataforma de popa submergível, estabilizador e tudo o mais de bom que quase dois milhões de dólares podem comprar. Inclusive decoração de grife. 52 Náutica Sudeste Coral 46 O A Coral que cresceu DEDICAÇÃO - EFICIÊNCIA - TRANSPARÊNCIA maior barco já produzido pelo estaleiro carioca Coral (uma grande lancha de 46 pés, com duas ou três cabines e até máquina de lavar roupas a bordo, o que não é tão comum assim), foi outra boa novidade do salão de São Paulo. Lá, a primeira unidade do modelo (feita para ser do próprio dono do estaleiro, que, na última hora, resolveu vendê-la) foi oferecida por pouco mais de R$ 2 milhões, com dois motores de centro, de 370 hp cada. C 1 Gisele Canella, Denise e Antonio Carlos Lobato, Marco e Roberto Abreu 1 2 André Luis Albino e Fernando Marques 2 M Y CM MY CY CMY K Ventura Vintage Moderna e retrô ao mesmo tempo O estaleiro mineiro Ventura Marine lançou uma versão meio clássica da bem-sucedida lancha V250 Confort, a Vintage Edition, com padrão de cores e acabamento que remete ao passado. Praticamente tudo a bordo pode ser customizado (da pintura ao estofamento), mas alguns itens são de série, como a targa, o puxador de esqui e os porta-copos em aço inox. Usa um motor centro-rabeta, de 200 a 300 hp, e custa a partir de R$ 140 mil. 54 Náutica Sudeste Venha desfrutar dos prazeres da navegação Praia de Barequeçaba Profissionalismo www.clubenauticobare.com [email protected] Informações: (12) 3862-6100 Vagas Cobertas VEM AÍ A FS 320 Elite A maior da marca O estaleiro catarinense FS Yachts apresentou no salão a sua mais nova lancha, a FS 320 Elite, a maior da marca e com um visual moderno, que agradou bastante. Como a targa invertida, que confere certo aspecto esportivo ao barco. Sua cabine tem 1,91 m de altura, camas de solteiro conversíveis em duas de casal, banheiro e minicozinha, com espaço para eletrodomésticos. Pode usar motor centro-rabeta de 320 ou 380 hp e foi oferecida no salão por preços a partir de R$ 380 mil. REGATA MAIS CHARMOSA DO BRASIL ! INSCRIÇÕES EM BREVE 1 Marcos e Gunnar Möller 2 Sérgio Moraes, Carlos Eduardo da Silva, Italo Gasparotti e Dirk Kirschstein 1 2 3 3 Marcos Herr Um veleiro em evolução E 20 de Fevereiro de 2016 Participe e saiba mais: Fishing 33 St Tropez Mais espaço a bordo E volução da Fishing 32, carro-chefe do estaleiro paulista Fishing, com mais de 300 unidades vendidas em dez anos de produção, esta 33 pés traz algumas melhorias principalmente na cabine e pode ser usada tanto para pesca quanto para passeios. A cabine ficou mais ampla e arejada, com janela panorâmica, duas vigias e 15 centímetros a mais de altura à meia-nau. Já a parte dedicada aos pescadores manteve os mesmos bons predicados do modelo anterior. Usa dois motores de popa, de 220 a 400 hp cada, e custa a partir de R$ 480 mil. 56 Náutica SudeSte REGATA MAIS CHARMOSA DO BRASIL ! VEM AÍ A Jeanneau Sun Odyssey 449 ntre os veleiros, o que despertou maiores comentários foi este barco da marca francesa Jeanneau, uma evolução do modelo anterior, o Sun Odyssey 439. A nova versão tem plataforma de popa três vezes maior que a anterior, escada para a cabine menos inclinada e mais larga, mesa de jantar que pode ser convertida em cama da casal e opção de dois, três ou até quatro camarotes — o cliente escolhe. Como é importado, seu preço depende das taxas de câmbio e de importação. Na Europa, custa € 380 mil. - www.nautica.com.br/regatailhadecaras VTR 350 FB Novidade catarinense C atamarãs não são barcos muito populares no Brasil. Movidos a motor, menos ainda. Mas, aos poucos, isso está mudando — e quem comparar o espaço que estes barcos oferecem em relação às lanchas convencionais do mesmo porte optará na hora pelos dois cascos. Por isso, o recém-criado estaleiro catarinense Sec Boats escolheu um (bom) catamarã para estrear no mercado: este projeto australiano, que eles, agora, começam a produzir no Brasil. O barco tem 35 pés de comprimento (mas com espaço de mais de 40), três cabines, sala, cozinha (externa), capacidade para oito pessoas dormirem a bordo e flybridge. Usa dois motores de popa, de 150 ou 200 hp e custa R$ 770 mil, na versão básica. 1 Vagner Guidon 2 Mauricio Nicolau Barreto, João Manuel Figueiredo, Keller Perotti, André Spinola e Robinson Golfeto 1 2 3 3 Thibaund Maudet e Jean Fançois de Premorel R Beneteau GT40 Ainda fazendo sucesso O bom espaço gourmet na plataforma de popa é um dos atrativos desta lancha de 40 pés, que não chega a ser uma novidade por aqui, mas segue atraindo olhares. O cockpit tem arranjo interessante, com comando central e a mesa pode ser convertida em solário. Já a cabine é bem alta e tem duas camas de casal, em cômodos fechados – e já vem com ar-condicionado. Com dois motores de 300 hp, custa a partir de R$ 1,1 milhão. 58 Náutica Sudeste obusta e com espaços muito bem aproveitados, esta lancha de pesca do estaleiro paulista Sedna tem vários componentes importados, o que aumenta ainda mais a sua qualidade (o estaleiro seguiu normas americanas de segurança). O posto de comando é central, abrigado por uma capota T-Top e tem regulagem para pilotagem tanto em pé quanto sentado. Debaixo dele, um bom banheiro, com até chuveiro. E, na popa, há um espaço gourmet. Usa dois ou três motores de popa e custa a partir de R$ 580 mil. CONFORME MANUA CERTIFICADO DE GARANTIA Brasileira com qualidade internacional CONFORME MANUA CERTIFICADO DE GARANTIA Sedna 315 REDE AUTORIZADA Princess V57 Quase uma grife A nova V57, do conceituado estaleiro inglês Princess Yachts (que faz parte do mesmo conglomerado de marcas de luxo da Louis Vuitton) é uma lancha de mais de 20 toneladas, mas com certo apelo esportivo, já que chega aos 38 nós de velocidade, quando equipada com dois motores de 900 hp. Mas, melhor até do que sua performance é a distribuição dos espaços na cabine. A cozinha fica no convés inferior, diante de uma pequena saleta, que pode virar um terceiro banheiro. E a suíte de proa tem um interessante par de camas de solteiro, em forma de tesoura, que pode virar uma de casal. Como é importada, seu preço é um pouco mais salgado: cerca de R$ 8,3 milhões, dependendo da taxa de câmbio. Mas tem qualidade de sobra e representação oficial no Brasil. 1 Paulo Fedele 2 Helio Kodama e Isaia di Bello 1 2 3 3 Gilberto Bonfati, Miguel Russo Neto e José Eduardo Prestige 420 Lancha com estilo R ecém-lançada no Brasil, esta estilosa lancha da marca francesa Prestige, que pertence ao grupo Beneteau e é importada para o Brasil pela Yacht Center Group, tem plataforma de popa submersível, um bom flybridge e, na cabine, duas suítes, ambas com entradas independentes, sendo que a principal ocupa toda a meia-nau. Já o salão é dividido em dois níveis e tem a cozinha logo na entrada. Usa motorização Volvo IPS 500 e custa a partir de US$ 820 mil. Sessa F42 Uma estrela que ainda brilha E sta lancha de médio porte com flybridge do estaleiro catarinense Intech Boating — que produz barcos sob licença da marca italiana Sessa Marine —, não é exatamente uma novidade, mas segue colhendo admiradores a cada novo salão náutico. Em São Paulo não foi diferente. Quem não a conhecia, gostou do que viu, especialmente do tamanho do flybridge, que tem 6,5 m2 de área e mais parece o de uma lancha bem maior do que ela. O preço também é interessante: a partir de R$ 2 milhões, com dois motores Volvo IPS 500. 60 Náutica Sudeste Sea-Doo RXP-X 300 O novo número 1 A Sea Doo sempre fez jets esportivos e potentes. Mas nenhum tanto quanto este. A explicação está no próprio número que o batiza: o novo RXP-X 300 tem nada menos que 300 hp de potência, com o benefício extra de que pesa menos de 400 quilos. Trata-se do mais novo jet mais potente do mundo, recém-lançado mundo afora e apresentado em primeira mão no Brasil no São Paulo Boat Show, onde as primeiras unidades foram vendidas ao preço de R$ 81 990. Além do novo motor e de um aperfeiçoamento no sistema de ré e freio, o X 300 vem, também, com guidão totalmente regulável e banco mais estreito, tipo de competição. Com 300 hp de potência, este detalhe faz diferença. 1 João Victor, Toninho Moraes, Hermano Carvalho e Carlos Cesar Grotto 2 Gustavo Novita e Nello Boreli 3 Marcelo e Mirian Caetano Volvo FWD O mini IPS A Yamaha VX Cruiser HO Agora, com motor mais potente E ste jet da linha Cruiser, a mais luxuosa da Yamaha, acaba de ganhar o mesmo motor de 1 800 dos modelos mais sofisticados, o que é uma boa novidade para quem não quer gastar muito para ter um jet equipado e com boa potência. Ele não chega a ser tão requintado quanto os modelos tops de linha, mas, agora, usa o mesmo motor e, por ser mais leve, deve até ter melhor rendimento. É a principal novidade da linha 2016 dos jets Yamaha, que chegará ao mercado brasileiro em janeiro do ano que vem. O preço do novo VX Cruiser HO será em torno de R$ 95 mil. 62 Náutica Sudeste nos atrás, a Volvo revolucionou a forma de navegar ao lançar o sistema IPS, que, entre outras características, colocou os hélices na frente — em vez de atrás — das rabetas, com inúmeras vantagens. Até hoje, no mundo náutico, IPS é sinônimo de modernidade. Mas, como ele só existe para barcos maiores, faltava algo semelhante para as pequenas lanchas. Por isso, no salão de São Paulo, a Volvo apresentou o novo sistema Forward, que usa o mesmo princípio de hélices à frente das rabetas, embora sem todas as demais funções do IPS. A vocação natural da nova propulsão são os esportes náuticos (esqui e wakeboard, especialmente), porque, com os hélices não mais à mostra, aumenta a segurança para os praticantes. Mas o sistema vai bem, também, em simples lanchas de passeio. Farol Notícias náuticas do Sul do Brasil O SUPER SUP Chega ao Brasil a prancha que leva a família inteira A marca alemã de pranchas infláveis Mistral já está vendendo no Brasil, através das lojas Regatta, as primeiras unidades da nova Big Sup, uma prancha gigante de stand up paddle, com dimensões de um pequeno barco. Ela tem 5,50 m de comprimento por 1,50 m de largura e capacidade para até 10 pessoas remarem ao mesmo tempo — ideal, portanto, para a família inteira se divertir junto na água. Também vai muito bem nas longas travessias, porque permite que só alguns ocupantes remem, enquanto os outros descansam. Apesar do seu tamanho impressionante e bem maior do que as pranchas convencionais, a Big Sup, que é inflável, pesa apenas 33 quilos e, quando vazia, pode ser transportada no porta-malas de qualquer carro. A novidade custa R$ 15 900 e já tem unidades vendidas no país. gigante A Big Sup tem o triplo de área das maiores pranchas convencionais e pode levar até 10 pessoas Mais uma marca A partir dos moldes da extinta Tecnoboats, nascem as lanchas Seatech FOTOS DIVULGAÇÃO M inas Gerais acaba de ganhar mais um estaleiro dedicado às lanchas de passeio: a Seatech Boats, com sede nas Escarpas do Lago, na represa de Furnas. Mas o seu primeiro barco, a Seatech 355 Classic, não é propriamente uma completa novidade, pois trata-se de um aprimoramento das consagradas lanchas Tecnoboats 330, do extinto estaleiro carioca homônimo. Entre as diferenças no novo modelo, está a possibilidade de customizar o interior da cabine, de acordo com a vontade do proprietário. A cabine, aliás, é outro ponto forte do barco, com cerca de 1,90 metro de altura. Náutica Sudeste 65 Farol a nova cara da Marina da Glória A mais famosa marina do Rio entra na reta final das obras A FOTOS DIVULGAÇÃO data já está marcada. Em 29 de fevereiro próximo, a nova Marina da Glória estará 100% pronta e será inaugurada, junto com o projeto de revitalização do Aterro do Flamengo em torno dela, que também já estará finalizado. O objetivo não é apenas cumprir o cronograma do Comitê Olímpico para as competições de vela das Olimpíadas, cuja sede será na marina, mas também celebrar o novo Aterro, cuja renascimento tem direta ligação com o projeto da Marina da Glória. “Fomos a locomotiva das mudanças no Aterro”, comemora a presidente do grupo BR Marinas, que detém a concessão da Marina da Glória, Gabriela Lobato. “O objetivo do entorno da marina foi resgatar os conceitos tanto da criadora do aterro, a arquiteta Lota Macedo, que queria uma área recreativa, quanto do paisagista Burle Max, que buscava algo mais contemplativo”, explica Gabriela. “Vai ficar lindo”, garante. Já, para os usuários da marina, as mudanças são ainda mais positivas. “Teremos vagas na água com acesso exclusivo para os donos dos barcos, 240 vagas no seco e nada menos que seis restaurantes, um deles o mais famoso bar náutico do mundo, o Peter Café Sport, dos Açores, que terá sua primeira filial mundial na Marina da Glória”, vibra Gabriela. quase pronta No final de fevereiro, a nova Marina da Glória estará completa, bem como a revitalização do Aterro do Flamengo em torno dela, para alegria da presidente do Grupo BR Marinas, Gabriela Lobato Aqui seus sonhos se tornam realidade... Marina Pier44 Resort fica localizada às margens da represa de Nazaré Paulista. Infraestrutura náutica completa: garagens,tratores e 03 lanchas p/ resgate. Serviço de hotelaria c/ chalés de 35 a 500M2 para locação anual, finais de semana ou férias. Restaurante - Bar - 02 Piscinas - Heliponto Boutique - Quadra de vôlei - Salão de jogos em 84.700M2 de puro lazer. MARINA PIER 44 RESORT: (19)3256-5660 (19)99773-1982 www.pier44.com.br Farol para os sem lancha na ilha grande Depois das coquilles, a vez dos camarões Durante dez dias, no final de novembro, os melhores restaurantes da região de Angra dos Reis se uniram para oferecer aos visitantes e apreciadores de camarão em geral um verdadeiro festival gastronômico dedicado ao mais desejado dos crustáceos. O Festival do Camarão aconteceu simultaneamente em nada menos que 37 restaurantes da baía de Ilha Grande e foi a segunda iniciativa gastronômica do gênero promovida pelo site navegueemangra.com.br, que, este ano, já havia promovido um festival semelhante dedicado às coquilles, também típicas da região. Cada restaurante preparou dois pratos especiais com camarão e participou do festival. Muitos, de tão saborosos, acabaram incorporados aos cardápios regulares. Novas pag_53_Coninco Nsud 13_v2.pdf 1 27/11/2015 18:07:17 iniciativas gastronômicas do gênero virão por aí. P elo menos quatro lanchas (uma Tecnoboat 26, outra 28, uma Riostar 26 e uma Real 22) fazem parte da frota da Lig — Lanchas Ilha Grande, uma empresa que oferece passeios e aluguel de barcos motorizados na ilha mais desejada do litoral do Rio de Janeiro. A empresa, com sede na Vila do Abraão, oferece dois tipos de serviços: passeios regulares aos pontos mais famosos da ilha (entre R$ 130 e R$ 200 por pessoa, dependendo do destino) ou aluguel do barco inteiro, com direito a escolher o roteiro (R$ 1 500, incluindo marinheiro para pilotar o barco). Interessou? Ligue tel. 24/99836-5302 e sabia mais. C M Y CM MY CY CMY K FOTOS DIVULGAÇÃO Angra teve festival gastronômico dedicado ao crustáceo mais desejado Empresa oferece passeios e aluguel de lanchas na ilha *IMAGENS MERAMENTE ILUSTRATIVAS cruzadas náuticas 0 .00 110 $ R Você entende de mar? HORIZONTAIS 1 Construção acima do convés principal, que serve de passagem entre o convés do castelo ou do tombadilho e uma superestrutura • 5 Uma das capitais sul-americanas banhadas pelo rio da Prata • 9 As conchas usadas como arte divinatória • 10 Estudo do relevo submarino • 12 A cidade litorânea baiana onde se desenrola a trama do romance “Gabriela, Cravo e Canela”, de Jorge Amado • 14 Cabo usado para içar velas, bandeiras etc. • 16 Fazer um navio que ficou preso em baixio, rochas etc. boiar novamente • 19 Um metal muito comum na construção de lanchas • 20 Embarcação miúda robusta, de duas proas, usada para serviço nos portos, praticagem e pesca • 22 Outro nome do flamingo, ave de plumagem carmim e bico vermelhoalaranjado, comum nas costas das Américas e Antilhas • 24 O arquipélago do Pacífico com tamanho aproximadamente igual à metade de Sergipe, com capital Porto-Vila • 26 Chapa colocada em torno da escotilha, cockpit etc., para impedir a entrada de água que varre o convés • 27 Céu, firmamento • 28 Camada atmosférica mais próxima da superfície terrestre, situada de 10 km a 12 km de altitude • 29 É a maior ilha fluviomarinha do mundo • 30 (Ingl.) Moderno dispositivo dotado de alavancas e botões para controle de movimento e ações da embarcação • 31 Diz-se da água do mar, em oposição à doce. REAL 24 * ANO 2013 MERCRUISER 150 HP DIESEL ! ! LTE SU N N CO ! LTE SU CO LTE SU N CO C SEGUE 58 MINIFLY M Y CM MY Elaboradas por A Recreativa — palavras cruzadas e passatempos — www.recreativa.com.br Fotolia Nome desta ilha V E R T I C A I S 2 Nos guindastes e outros aparelhos de força, cilindro em que se enrola ou desenrola o cabo • 3 Barco usado para puxar outro • 4 Peixe dos rios brasileiros, também chamado saicanga • 5 Grande círculo que passa pelos polos da esfera celeste • 6 Cada uma das cavilhas que servem de apoio ao movimento dos remos • 7 Viga estrutural transversal de porão que não recebe pavimento, servindo apenas para atracar as cavernas quando o porão é grande • 8 Diz-se de alimento que teve a água retirada, para fins de conservação e facilidade no transporte • 9 Temporal com chuva e vento intensos, que deixa o mar muito agitado • 11 Num contrato de seguro, parte com que o segurado tem de arcar, para cobrir as despesas decorrentes de eventuais acidentes • 13 Um dos rios brasileiros mais extenso (1.902 km) • 15 Cabo suspenso de uma margem à outra de um curso de água, sobre o qual os tripulantes das embarcações de travessia exercem tração manual para fazê-las deslocar • 17 Representação gráfica da direção de uma embarcação na carta náutica • 18 Um tipo de cata-vento • 21 Ferragem que, costurada às tralhas, é usada em punhos de vela para servir de olhal • 23 Um dos cursos dágua que forma o famoso “encontro das águas”, em Manaus (1.700 km) • 24 A cidade chilena com o principal porto do país • 25 Ameixa de cor amarela que dá em cachos • 28 Catamarã monotipo de regata, com 6,10 m de comprimento. TE UL Náutica Sudeste R$ 9 59 0 00 R$ K ARMADA 44 REAL 41 OPEN ANO 2014 2 X VOLVO PENTA IPS 950 R$ 3 FISHING 32 * ANO 2010 2 X EVINRUDE 250 HP /yachtcentergroup R$ 1 8 ANO 2012 2 X CUMMINS 350 HP ! 0 .00 0 .60 .0 50 ARMADA 40 ANO 2010 2 X MERCRUISER 320 HP 00 .0 30 /yachtcentergroup 70 ANO 2011 2 X VOLVO PENTA 435 HP .00 NS CO SEGUE 48 ANO 2013 2 X CUMMINS 380 HP ! CY CMY PRESTIGE 400 ANO 2014 2 X VOLVO PENTA IPS 950 LTE SU N CO PHANTOM 500 HT ANO 2012 2 X VOLVO PENTA 575 HP ARMADA 300M CABRIO ANO 2010 2 X MERCRUISER 220 HP (21) 3823-8181 W W W. Y C G . C O M . B R 0 .00 R$ 0 .80 2 SEGUE 55 FLY ANO 2012 2 X VOLVO PENTA 700 HP classificados LANCHAS Respostas das Cruzadas LANCHAS Real Power Top 350. 2012. 02 Volvo 220. Flaps, Filtros Racor, Inversor. R$ 445 mil. Tel. 16/99201.6656 — Renato Focker 255. 2007. Mercury 250 hp Optimax, com 295 horas de uso. Som, capota e eletrônicos. R$ 100 mil. Tel. 11/98692.0788 — Fernando Flexboat SR 550. 2010. Mercury 115 hp 4T. Único dono, console central, capota, carreta, som e gps. R$ 65 mil. Tel. 11/96397-3888 — Claudio Tecnomarine 43. 1990. 2 Scania 485 HP. Com gerador Onam, ar condicionado, flybridge estendido R$ 250 mil. Tel. 11/3743.8477 c/ Eduardo Real Power 34+4. 2006. 2 Mercruiser 230 hp. Motores com 750 horas de uso, flapes, capota e bote motorizado. R$ 230 mil. Tel. 11/97207.2740 — Marcos Focker 255. 2007. Mercury 250 hp Optimax, com 295 horas de uso. Som, capota e eletrônicos. R$ 100 mil. Tel. 11/98692.0788 — Fernando Phantom 365. 2014. Mercruiser Axius 380 HP. Capa, Boiler, Churrasqueira. R$ 850 mil. Tel. 65/9998.5754 — Divino Cimitarra 410. 2012. 2 x volvo penta 740 HP. Bússola, Rádio VHF, Rádio SSB, Inversor 110/220. R$ 650 mil. Tel. 21/99461.9874 — Julio Cesar HD 7.9 Cuddy. 2001. Yamaha 250 hp. Eletrônicos, churrasqueira, capota, som, estofamento interno e externo novos. R$ 60 mil. Tel. 48/9959-2322 — Yann Ventura 22. 2006. Evinrude e-tec 150. Único proprietário, mais usado em água doce. R$ 65 mil. Tel. 11/2954.1950 - Paulo Soares Phantom 500 HT. 2012. 2 Volvo 435 hp IPS 600. Ar, gps, gerador, churrasqueira e camarote marinheiro. R$ 2 milhões. Tel. 37/9924.5171 — Kassio Bayliner 350 BR. 2014. 2 Mercruiser 270 hp, com 115 horas e um ano de garantia. Gerador, capota e cabine completa. R$ 620 mil. Tel. 47/9976.4757 — Daniel Real Power Fish 250. 2012. Mercury 250. Completo, vhf, capota, material salvatagem. R$ 90 mil. Tel. 11/97271.8300 — Dadolost Focker 310 GT. 2011. Mercruiser 220 hp Gasolina. Boiler de água quente, Gps, Sonda, Radio Vhf, Cd Player. R$ 297 mil. Tel. 11 9 9917.7470 — Felipe Intermarine Scarab 41. 2007. 2 Yanmar 435 hp cada. Guincho elétrico, capota, vhs, gps, manete eletrônica. R$ 545 mil. Tel. 11/99964.4366 — Guilherme Segue Custom 40. 2011. 2 Volvo diesel 370. Completa, com ar, aquecedor de água, geladeira e gerador. R$ 850 mil. Tel. 21/99518.5048 — Celio Evolve 235 Cab. 2013. Volvo 225 hp. Capota, churrasqueira, som, sonda, pintura personalizada e puxador de esqui. R$ 115 mil. Tel. 11/97361.4949 — Marcos Phantom 290. 2009. 2 Mercruiser 120 hp. Guincho elétrico, flapes, som, churrasqueira. R$ 235 mil. Tel. 11/98456.4771 — Andrei Tabatinga - Caraguatatuba/SP 12 3884-4940 12 7815-8013 - ID 976*10854 www.carretastropical.com.br [email protected] ‘’Carretas de Encalhe e Rodo Encalhe em Aço ou Madeira’’ ‘’Trabalhamos com projetos próprios desenvolvidos conforme as características da embarcação, visando à segurança e compatibilidade da carreta em cada marina. Fotolia classificados IVAN CAVAS DIVULGAÇÃO 3 perguntas A GuerreirA do CorAL-SoL A bióloga Adriana Gomes, da Estação Ecológica de Tamoios, explica por que os ambientalistas estão empenhados em acabar com uma linda espécie de coral na baía de Ilha Grande, em nome da própria natureza A rrancar e destruir corais não é exatamente o que se espera de ambientalistas empenhados em proteger espécies marinhas. Mas é exatamente o que vem acontecendo em certas ilhas da baía de Ilha Grande, desde 2013. Por um bom motivo. O que se pretende é eliminar ao máximo o coral-sol, um tipo de coral que não é das águas brasileiras e está aniquilando com 1 Não é esquisito ver ambientalistas matando corais? A princípio, sim. Até porque o coralsol é muito bonito, o que já rendeu muitas reclamações dos mergulhadores de fins de semana. Mas ele não é daqui e é muito agressivo com as espécies nativas, como o coral-cérebro, que ele ataca e mata. Além disso, o coral-sol cresce bem mais rápido do que as outras espécies e logo infesta toda a área, o que gera um tremendo desequilíbrio em todo o ecossistema. Ao ocupar todos os espaços, ele acaba, por exemplo, com os alimentos dos peixes. A Ilha Grande já está infestada por esta praga, bem como, praticamente, todas as ilhas da baía. Como não temos como ‘limpar’ todas as ilhas, limitamos as ações de remoção às ilhas da estação ecológica. Mesmo assim, são 29 ilhas e não damos conta de todas elas. Mas, pelo menos naquelas que limpamos regularmente, estamos impedindo que eles cresçam tanto. 74 NáutiCA SudeSte 2 as espécies locais. A mais recente investida exterminadora do gênero aconteceu em novembro, na idílica ilha do Catimbau, em Paraty, e foi comandada pela coordenadora do Projeto Eclipse, da Estação Ecológica de Tamoios, a bióloga Adriana Gomes, que fala aqui, rapidamente, qual é o grande problema do magnificamente lindo coral-sol, também chamado de “coral-assassino”. De onde veio esse tipo de coral? Do oceano Pacífico, trazido nos cascos ou lastros d’água dos navios. O coral-sol amarelo é endêmico das ilhas Galápagos e o laranja, das ilhas Fiji. No Brasil, já temos os dois, espalhados em certos trechos de uma gigantesca área de costa que vai de Sergipe a Santa Catarina. Mas a baía da Ilha Grande é a região mais crítica, porque aqui o coral-sol encontrou condições propícias para proliferar, como a tranquilidade das águas do Saco do Bananal, na Ilha Grande, por onde acreditamos que ele chegou à região, grudado nas estruturas das plataformas de petróleo, que ficavam meses ali à espera de reparos. Como nessa parte do planeta o coral-sol não tem predador natural, o único remédio é ficar removendo, para tentar impedir que ele se alastre ainda mais. É um trabalho que nunca termina. Mais ou menos como enxugar gelo. Mas não há outra coisa que possa ser feita. 3 O que as pessoas podem fazer para ajudar? Não é muito fácil diferenciar o coralsol de outros tipos de corais. Portanto, não é uma boa ideia sair por aí arrancando qualquer coral que pareça o sol. O ideal é apenas fotografar e enviar a imagem para nós, indicando onde ela foi feita, pelo email esec. [email protected], ou para os técnicos do Projeto Coral-Sol, do Instituto Brasileiro de Biodiversidade. Com isso fica mais fácil atualizar os locais onde ele já está presente. Depois, na medida do possível, mergulhadores treinados irão recolhê-los e exterminá-los, o que é bem simples de fazer: basta desprender o coral do local onde ele está agarrado com uma marreta e uma talhadeira e colocálo na água doce. Em duas horas ele morre. Tirar o coral-sol da pedra e jogá-lo no fundo do mar não resolve nada, porque ele continuará vivo. E só espalhará ainda mais o problema. Um grande problema, por sinal. oyster perpetual submariner date SHOPPING RIO SUL Tel.: (21) 2542-1552
Documentos relacionados
edição especial - Revista Náutica
ão, o mais recente lançamento da Azimut, o modelo de 83 pés de comprimento, apresentado na festa dos cinco anos da fábrica catarinense da marca (veja na página 13 desta edição), não estará no salão...
Leia mais