Geoconservação - Educação e Cultura em Geociências
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Curso de Geodiversidade e Geoconservação Módulo 2 – Patrimônio Geológico e Geoconservação Antonio Liccardo PPG Gestão Territorial - UEPG www. geocultura.net www. geocultura.net Conceitos • • • • • • • Definições e abrangência Geossítios, geotopos, Sítios de Interesse Geológico... Tipos de patrimônio geológico Patrimônio de mineração (?) e Patrimônio arqueológico (?) Principais usos Geoconservação Estratégias www. geocultura.net Relação entre os conceitos www. geocultura.net O que é patrimônio? • Herança, legado... Algo de valor a ser deixado aos descendentes • Do latim patrimonium (patri, pai + monium, recebido) • Patrimônio natural refere-se a um bem natural que, dado seu valor econômico ou paisagístico, merece ser protegido pela sociedade. Envolve conceitos culturais. • O que é patrimônio geológico? • Patrimônio geológico é natural ou cultural? Legado – aquilo que recebemos e aquilo que devemos deixar aos descendentes The World Heritage Convention The most significant feature of the 1972 World Heritage Convention is that it links together in a single document the concepts of nature conservation and the preservation of cultural properties. The Convention recognizes the way in which people interact with nature, and the fundamental need to preserve the balance between the two. Patrimônio geológico não é sinônimo de geodiversidade Patrimônio Geológico - compreende o conjunto de geossítios (ou sitios geológicos) inventariados e caracterizados em uma dada área ou região. Geossítio - ocorrência de um ou mais elementos da geodiversidade (aflorante devido a resultado da ação de processos naturais ou por intervenção humana), bem delimitado geograficamente e que apresente valor singular do ponto de vista científico, didático, cultural, turístico ou outro. O patrimônio geológico corresponde apenas ao que pode ser considerado “topo da geodiversidade”. O patrimônio geológico é o conjunto de pontos notáveis da geodiversidade. Brilha, 2005 O patrimônio geológico não é renovável e, uma vez destruído, parte da memória do planeta é perdida. Patrimônio Geológico Geomorfológico Paleontológico Mineralógico Petrológico Tectônico Estratigráfico Hidrogeológico Espeleológico Pedológico Patrimônio Mineiro ou de Mineração – Arqueologia Industrial Patrimônio Arqueológico “Patrimônio Geológico Construído” - Geodiversidade no Patrimônio Construído Geomorfológico - Geoformas A geomorfologia está diretamente correlacionada ao conceito de paisagem, e o patrimônio geomorfológico envolve muitos componentes em sua definição Paisagem do ponto de vista patrimonial. Modificado de Grandgirard (1997b). La Portada – Antofagasta - Chile Atacama – Calama - Chile Geomorfológico - Geoformas Cadeia de montanhas característica – Alpes - Europa Pináculos da Capadócia - Turquia Relevos de exceção em Ischigualasto - Argentina Paleontológico Refere-se não somente aos fósseis, mas também aos sítios fossilíferos Afloramento de trilobitas gigantes – Geoparque Arouca, Portugal Camadas fossilíferas são ótimos indicadores estratigráficos, que podem trazer informações ambientais e temporais, alé de datação relativa O estudo de fósseis em laboratório pode revelar novas espécies e novos entendimentos sobre o passado Paleontológico Fósseis de pterossauros em arenito – Cruzeiro do Oeste, PR Icnofósseis de São Luiz do Purunã - Paraná Patrimônio móvel ou ex situ Patrimônio fixo ou in situ Mesosaurus brasilensis – Fm Irati – Acervo Museu Copenhagen Fósseis de estromatólitos, Quebec - Canadá Mineralógico Ametista – Ametista do Sul, RS Esmeraldas de Itabira - MG Turmalina Paraíba – S.J. da Batalha - PB Kunzita – Araçuaí MG Topázio Imperial – Ouro Preto - MG Brasilianita – Linópolis - MG Quartzo rutilado – Novo Horizonte - BA Neodímio-lantanita – Curitiba - PR Mineralógico Cabochão de quartzo rosa com efeito de asterismo - ES Capela revestida com cristais de água marinha - Ceará Cristal de quartzo - MG Gemas e cristais de água marinha - MG Água marinha aluvionar - ES Petrológico Sienito Tunas - Paraná Petrologia , do grego petros (rocha) + logos (conhecimento), é o ramo da geologia que trata da origem, ocorrência, estrutura e história das rochas, que podem ser ígneas, sedimentares ou metamórficas. Afloramento de diamictito da Formação Iapó – Salto São Jorge, Paraná Formação de geiseritos em El Tatio, Chile Petrológico Granito azul Macaúbas - Bahia Granito orbicular – Caldera - Chile Brecha de impacto – Coronel Vivida - Paraná Pegmatito com turmalina – Solonópole - Ceará Tectônico ramo da geologia que estuda as estruturas da crosta, em particular as forças e movimentos ocorridos numa dada região e que deram origem a tais estruturas. Relaciona-se diretamente com a geologia estrutural, mas a tectônica estuda estruturas em escala muito maior. Siccar Point – Escócia Falha de San Andreas -EUA Quebrada de Las Conchas - Argentina Tectônico Dobras e falhas são a expressão mais comum deste tipo de patrimônio Cafayate - Argentina Cuesta del Obispo – Cachi - Argentina Valle de la Luna – Atacama - Chile Paleta del pintor – Quebrada de Humauaca - Argentina Estratigráfico É o ramo da geologia que estuda os estratos ou camadas de rochas, buscando determinar os processos e eventos que as formaram. Basicamente segue o princípio da sobreposição das camadas. Coluna estratigráfica do Grand Canyon. Arthur’s Seat – Edimburg – Escócia Afloramentos descritos por James Hutton, pai da geologia moderna. Contato geológico que levou à teoria do impacto de meteoro há 65 milhões de anos. Estratigráfico No Brasil, talvez a coluna estratigráfica mais famosa seja a Coluna White, que apontou a estruturação da Bacia do Paraná, estudada na Serra do Rio do Rastro, em Santa Catarina Hidrogeológico Aquíferos e recursos hídricos são naturalmente importantes, mas sua relação com a sociedade o torna um patrimônio especialmente crítico a ser preservado Badab-e Surt, Irã, é um terraço composto por degraus de travertino. São formações criadas ao longo de milhares de anos, por água corrente de duas fontes termais minerais resfriadas, com depósitos de carbonatos na encosta da montanha. In April 2000, a popular struggle against water privatization in Cochabamba, Bolivia’s third largest city, ignited a chain of events that profoundly altered the nation’s political landscape. En Gedi, Israel, is the largest oasis along the western shore of the Dead Sea. The springs here have allowed nearly continuous inhabitation of the site since the Chalcolithic period. The area was allotted to the tribe of Judah, and was famous in the time of Solomon (Josh 15:62). For thousands of years, Huacachina, Peru, otherwise known as the ‘oasis of Americas’ – there is only one – has been a beacon of green, hidden deep amid hundreds of miles of barren desert. Hidrogeológico El Tatyo – San Pedro de Atacama - Chile El Tatyo – San Pedro de Atacama - Chile Entre as surgências de água, as fontes termais são mais raras e apresentam grande complexidade nas relações geológicas. Laguna Miscanti – San Pedro de Atacama - Chile Espeleológico Ambientes cavernícolas estão entre os mais frágeis da geodiversidade Gruta dos Brejões - BA Gruta dos Brejões - BA Gruta dos Brejões - BA Poço Azul – Nova Redenção - BA Espeleológico Gruta Maquiné - MG Caverna Santana – Petar - SP Gruta Rei do Mato - MG Pedológico Solos férteis são fundamentais para o homem e para a biodiversidade. Além do aspecto produtivo, são um patrimônio também no sentido cultural em relação ao seu uso. Numa altitude de 1.500 metros e cobrindo uma área de 11.000 km2, os Terraços de Arroz de Banaue existem há pelo menos 2.000 anos. São considerados pelos Filipinos como a Oitava Maravilha do Mundo. O local foi declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Terra Preta de Índio desperta interesse da ciência internacional Estruturas de terra escavadas no solo e formadas por valetas e muretas que representam figuras geométricas de diferentes formas. Foram encontradas na região sudoeste da Amazônia ocidental (Acre). As pesquisas arqueológicas nestas áreas, ainda que esparsas, dão conta de informações importantes sobre o manejo da paisagem amazônica por grupos indígenas que habitaram a região e sugerem um novo paradigma sobre o modelo de ocupação da Amazônia por densas sociedades pré-coloniais. Pedológico Solos agriculturáveis são conquistados a duras penas por muitas culturas. Um dos desafios da alimentação no espaço é o cultivo de vegetais. Patrimônio de Mineração A história de mineração revela a geodiversidade escondida e as relações do homem com os seus valores. Antigas minas de mercúrio na Europa – Idrija e Almadén Mina de Brejuí em Currais Novos, RN – extração de scheelita Mina de Passagem e extração de ouro em Minas Gerais Patrimônio de Mineração Antiga cava de areia- Curitiba Antiga olaria - Curitiba Parque Tanguá - Curitiba Lençóis, Bahia – extração de diamantes Antigo garimpo de diamantes Mucugê Patrimônio Arqueológico Uma das vertentes sobre a arqueologia é a do estudo de ECOFATOS, BIOFATOS E ARTEFATOS. (Funari, 1988) Ecofatos – evidências ambientais de culturas anteriores Biofatos – vestígios de plantas e animais. Artefatos – produtos do engenho humano que produzem transformações sobre a materialidade física (fixas ou móveis – ruínas ou instrumentos e cerâmicas) Geodiversidade Pinturas rupestres dos Campos Gerais - PR Patrimônio Arqueológico O sítio das Itacoatiaras do Rio Ingá (PB) congrega o mais representativo conjunto conhecido desse tipo de gravura no Brasil, que se notabiliza pelo uso quase exclusivo de representações não figurativas na composição de grandes painéis de arte rupestre, exprimindo o gênio criativo de um grupo humano que se apropriou de padrões estéticos abstratos como forma de expressão, e possivelmente, de conceitos simbólico-religiosos, diferentemente de outras culturas que, em sua maioria, utilizaram-se de representações antropomórficas e zoomórficas. Pintura rupestre “restaurada” com massa plástica no Salto Santa Rosa, Tibagi, Paraná www. geocultura.net Geoconservação • • • • • • Legislação Estratégias Inventariação, valoração Monitoramento Aspectos políticos Conservação de natureza e ordenamento territorial Geoconservação “A geoconservação visa a preservação da diversidade natural (ou geodiversidade) de significativos aspectos e processos geológicos (substrato), geomorfológicos (formas de paisagem) e de solo, pela manutenção da evolução natural desses aspectos e processos” Sharples, 2002 Burek & Prosser, 2008 www. geocultura.net A conservação de elementos representativos da geodiversidade é denominada Geoconservação e tem implicações diretas em todo o meio ambiente. A geoconservação reconhece que no processo de conservação da natureza, o componente abiótico é tão importante quanto o biótico. Conservar a geodiversidade de significativos aspectos e processos geológicos, geomorfológico e de solo, mantendo a evolução natural destes aspectos e processos (Patrimônio Geológico) Os principais objetivos da geoconservação são: 1.conservar e assegurar a manutenção da geodiversidade; 2.proteger e manter a integridade dos locais com relevância em termos de geoconservação; 3.minimizar os impactos adversos dos locais importantes em termos de geoconservação; 4.interpretar a geodiversidade para os visitantes de áreas protegidas; 5.contribuir para a manutenção da biodiversidade e dos processos ecológicos dependentes da geodiversidade. www. geocultura.net A geoconservação pode acontecer por vários mecanismos: - Pela aplicação de leis que já existem; - Por meio da criação de leis/programas específicos para o patrimônio geológico - Por ações específicas em casos isolados; - Pela sensibilização do público sobre a importância deste patrimônio. É preciso uma estratégia para o planejamento territorial que envolva geoconservação! A Convenção de 1972 para a Proteção do Patrimônio Mundial Cultural e Natural constitui um dos instrumentos mais importantes na conceituação e criação de um patrimônio de valor universal e considera: No Artigo 1, como PATRIMÔNIO CULTURAL: Os monumentos. – Obras arquitetônicas, de escultura ou de pintura monumentais, elementos de estruturas de caráter arqueológico, inscrições, grutas e grupos de elementos com valor universal excepcional do ponto de vista da história, da arte ou da ciência; Os conjuntos. – Grupos de construções isoladas ou reunidos que, em virtude da sua arquitetura, unidade ou integração na paisagem têm valor universal excepcional do ponto de vista da história, da arte ou da ciência; Os locais de interesse. – Obras do homem, ou obras conjugadas do homem e da natureza, e as zonas, incluindo os locais de interesse arqueológico, com um valor universal excepcional do ponto de vista histórico, estético, etnológico ou antropológico. ARTIGO 2.º Para fins da presente Convenção serão considerados como PATRIMÔNIO NATURAL: Os monumentos naturais constituídos por formações físicas e biológicas ou por grupos de tais formações com valor universal excepcional do ponto de vista estético ou científico; As formações geológicas e fisiográficas e as zonas estritamente delimitadas que constituem habitat de espécies animais e vegetais ameaçadas, com valor universal excepcional do ponto de vista da ciência ou da conservação; Os locais de interesse naturais ou zonas naturais estritamente delimitadas, com valor universal excepcional do ponto de vista a ciência, conservação ou beleza natural. www. geocultura.net O IPHAN instituiu o Decreto-lei n. 25 de 30 de novembro de 1937, onde o patrimônio natural é equiparado ao patrimônio histórico e artístico nacional, tornando-os passíveis de tombamento com o objetivo de conservar sua feição excepcional. § 2º Equiparam-se aos bens a que se refere o presente artigo e são também sujeitos a tombamento os monumentos naturais, bem como os sítios de paisagens que importe conservar e proteger feição notável com que tenha sido dotado pela natureza ou agenciados pela indústria humana. A Constituição Federal de 1988 revitalizou e ampliou o conceito de patrimônio estabelecido pelo Decreto-lei nº 25, de 30 de novembro de 1937, substituindo a nominação Patrimônio Histórico e Artístico, por Patrimônio Cultural O artigo 216 da Constituição conceitua patrimônio cultural como os bens “de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira. www. geocultura.net Principais usos do patrimônio geológico: Científico Didático Cultural Econômico (Geoturismo) Para Brilha (2005), ainda é importante inserir o Patrimônio Geológico na: i) ii) iii) iv) Políticas e ações de conservação da natureza; Instrumentos de planejamento e ordenamento do território; Estrutura curricular dos diversos graus de ensino; e Estratégias de turismo de natureza. Educação formal e não formal www. geocultura.net Desafios para a geoconservação no Brasil - Patrimônio Natural x Patrimônio Cultural ? Patrimônio Natural x Mineração ? Patrimônio Natural x Agronegócio ? Patrimônio Natural x Expansão Urbana ? Valor econômico x outros valores? Valor cultural x outros valores? Geodiversidade x Biodiversidade ? Patrimônio Geológico x Geologia ? Patrimônio Natural x Paleontologia ? Órgãos que atuam na proteção de patrimônio cultural-natural • UNESCO – esfera internacional • IPHAN – esfera nacional • ICMBio – esfera nacional • Ministério Público – esferas nacional, estadual e municipal • Órgãos estaduais – Ex. IAP, CEPHA,... www. geocultura.net Desafios para a geoconservação A quem compete a geoconservação de sítios paleontológicos? Constituição de 1942 O art. 1. do decreto-lei n. 4146/42 assim dispõe: Art.1º - Os depósitos fossilíferos são propriedade da Nação, e, como tais, a extração de espécimes fósseis depende de autorização prévia e fiscalização do Departamento Nacional da Produção Mineral, do Ministério da Agricultura. Parágrafo único - Independem dessa autorização e fiscalização as explorações de depósitos fossilíferos feitas por museus nacionais e estaduais, e estabelecimentos oficiais congêneres, devendo, nesse caso, haver prévia comunicação ao Departamento Nacional da Produção Mineral. Recurso mineral Constituição de 1988 Título VIII - Da Ordem Social, Seção II, que versa sobre a Cultura: Art. 216 - “Constituem patrimônio cultural brasileiro, os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:” ... “ V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.” Recurso cultural O valor cultural x valor econômico ou funcional Desafios culturais para a geoconservação É aceitável o comprometimento de fósseis, pinturas rupestres ou paisagens para a geração de petróleo, cimento ou areia? www. geocultura.net Tombamentos e medidas de proteção - Sítios urbanos Sítios arqueológicos Sítios paleontológicos Sítios geológicos Unidades de Conservação -Estrias glaciais de Witmarsum -Icnofósseis de São Luiz do Purunã -Cratera de Impacto de Coronel Vivida -Sítio paleontológico de Cruzeiro do Oeste BASE NO VALOR CULTURAL Em 2015 está em andamento o processo de tombamento da Escarpa Devoniana junto ao CEPHA, proposto por pesquisadores da UEPG Estratégias Estratégias 1. utilização sustentável dos recursos geológicos; 2. introdução do conhecimento geológico nos instrumentos de ordenamento das áreas protegidas; 3. levantamento dos locais de interesses geológico, geomorfológico e paleontológico ou arqueológico que ocorram no interior das áreas protegidas; 4. integração da política de conservação da natureza e do princípio da utilização sustentável dos recursos geológicos na política de ordenamento do território e nas diferentes políticas setoriais sustentabilidade; 5.projetos de educação ambiental em matéria de conservação da natureza, em escalas Federal, Estadual e Municipal Inventariação Estratégias Avaliação Quantitativa Classificação Conservação Valorização e Divulgação Monitoramento adaptado de Brilha (2005) e Lima (2008) Inventariação Comissão Brasileira dos Sítios Geológicos e Paleobiológicos SIGEP, já existe desde 1997. O ProGEO na Europa disponibiliza uma ficha para cadastramento de geossítios. http://sigep.cprm.gov.br/ Avaliação Quantitativa A - Características Intrínsecas A1 - Abundância/Raridade A2 - Extensão A3 - Grau de conhecimento científico A4 - Representatividade na ilustração de modelos, processos ou unidades geológicas (local tipo) A5 - Diversidade de elementos de interesse A6 - Localidade-tipo A7 - Associação com elementos culturais A8 - Associação com elementos naturais A9 - Estado de conservação Critérios para quantificação dos geossítios propostos pelo sistema GEOSIT – CPRM – (Baseado em metodologia de Brilha (2005) e Pereira & Brilha (2008) B - Uso Potencial B1 - Possibilidade de realizar as atividades propostas B2 - Condições de Observação B3 - Possibilidade de coleta de materiais B4 - Acessibilidade B5 - Proximidade de povoações B6 - População a ser beneficiada com a utilização/divulgação do geossítio B7 - Condições socioeconômicas Atribui-se valores de 1 a 5 C - Necessidade de Proteção C1 - Ameaças atuais ou potenciais C2 - Situação atual C3 - Interesse para exploração mineral C4 - Valor dos terrenos C5 - Regime de propriedade C6 - Fragilidade http://www.cprm.gov.br/geoecoturismo/geoparques/morrodochapeu/metodologia.html Classificação Critérios de relevância dos geossítios: a) Geossítios de relevância internacional: A1; A3; A9 simultaneamente maior ou igual a 4 e A6; B1; B2 igual a 5 b) Geossítios de relevância nacional: A1; A6; A9; B1; B2 simultaneamente maior ou igual a 3 e A3 maior ou igual a 4 Quantificação específica = (2A + B + 1.5C) / 3 c) Geossítios de relevância regional: Não obedecem aos critérios referidos acima Quantificação geral = (A + B + C) / 3 http://www.cprm.gov.br/geoecoturismo/geoparques/morrodochapeu/metodologia.html Conservação Planejamento de estruturas de visitação tende a “educar” visitantes para a preservação e sustentabilidade Estrias glaciais de Witmarsum - PR Descoberta de fósseis em Uberaba foram ponto de partida para adoção de medidas públicas de geoconservação . Conservação Eventualmente são necessárias intervenções especiais para a preservação das feições principais. Parque Serra da Capivara - Piauí Parque Estadual de Vila Velha - PR Valorização e Divulgação Painéis geoturísticos implantados no Paraná pela MINEROPAR Geoparques e projetos educativos. Monitoramento Manobras de máquinas - 2011 Passagem de alunos de geologia- 2011 Reunião icnofósseis - 2011 Instalação de painel e cerca - 2011 A evolução na proteção dos icnofósseis de São Luiz do Purunã só ocorreu pelo monitoramento, denúncias e diálogo Reunião icnofósseis - 2015 Bibliografia • • • • • • • • • • • • • Brilha, J. 2005. Patrimônio Geológico e Geoconservação: a Conservação da Natureza na sua Vertente Geológica. Palimage Editores, 190p. Burek, C.V. & Prosser, C.D. 2008. The History of Geoconservation. Geological Society of London, Special Publication no 300, 312p. Borba, A.W. (2011) Geodiversidade e geopatrimônio como bases para estratégias de geoconservação: revisão de conceitos, metodologias de avaliação e aplicabilidade ao contexto do Estado do Rio Grande do Sul. Pesquisas em Geociências, vol. 38(1), p. 3-13. Disponível em: http://www.pesquisasemgeociencias.ufrgs.br/3801/01-3801.pdf Digne (1991) Declaração Internacional do Direito à Memória da Terra, disponível em: http://sigep.cprm.gov.br/destaques/Declaracao_Internacional_Direitos_a_Memoria_da_Terra.pdf FONSECA, M. H. A. da. Estabelecimento de critérios e parâmetros para a valoração do patrimônio geológico português: aplicação prática ao patrimônio geológico do Parque Nacional de Sintra-Cascais. 2009, 166f. Dissertação de Mestrado em Ordenamento Territorial e Planejamento Ambiental. Faculdade de Ciências e Tecnologia. Universidade Nova de Lisboa. Portugal, 2009. Henriques, M.H., Pena dos Reis, R., Brilha, J.B.R. & Mota, T. (2011) Geoconservation as an emerging geoscience. Geoheritage, DOI 10.1007/s12371-011-0039-8, publicado on-line em 21/4/2011. Mansur, K. & Erthal, F., 2003. Preservação do Patrimônio Natural – Desdobramentos do Projeto Caminhos Geológicos do RJ. Anais do 8º Simpósio de Geologia do Sudeste – Águas de São Pedro- SP. Nascimento, M.A.L.; Ruchkys, Ú.A.; Mantesso Neto, V. 2008. Geodiversidade, Geoconservação e Geoturismo: trinômio importante para proteção do patrimônio geológico. Sociedade Brasileira de Geologia, 82p. PEREIRA, P. J. da S. Patrimônio geomorfológico: conceptualização, valiação e divulgação. Aplicação ao Parque Nacional de Montesinho. 2006, 395f. Tese de Doutorado em Ciências – Geologia. Universidade do Minho. Portugal, 2006. PEREIRA, R.G.F. de A. Geoconservação e desenvolvimento sustentável na Chapada Diamantina (Bahia-Brasil). 2010. 317f. Tese de Doutorado em Ciências - Geologia. Universidade do Minho. Portugal, 2010. Schobbenhaus, C.; Campos, D.A.; Queiroz, E.T.; Winge, M.; Berbert-Born, M.L.C. 2002. Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil. 1a Ed., Brasília. DNPM/CPRM. Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos (SIGEP), v. 01, 554p. SHARPLES, C. Concepts and principles of geoconservation. Published electronically on the Tasmanin Parks & Wildlife Service web site. 3. ed. Set, 2002 Winge, M.; Schobbenhaus, C.; Souza, C.R.G.; Fernandes, A.C.S.; Queiroz, E.T.; Berbert-Born, M.L.C.; Campos, D.A. 2009. Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil. 1a Ed., Brasília. CPRM. Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos (SIGEP), v. 02, 515p. Sites, Periódicos e Anais de Congressos e Simpósios.
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