produção enxuta - PET Políticas Públicas
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produção enxuta - PET Políticas Públicas
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ RELATÓRIO DE ATIVIDADE CURSO DE EXTENSÃO: “PRODUÇÃO ENXUTA” CURITIBA OUTUBRO DE 2012 EQUIPE TÉCNICA: Prof. Dr. Christian Luiz da Silva (coordenador) – Tutor Bolsista PET/ MEC BOLSISTAS PET/MEC: Gabriela Pelissari Machado – Graduanda em Tecnologia em Radiologia – UTFPR Heloisa Sbrissia Selzler – Graduanda em Bacharelado em Administração UTFPR Leila Aparecida Szychta – Graduanda em Bacharelado em Administração UTFPR Letícia Duwe – Graduanda em Bacharelado em Administração – UTFPR Leticia Sayuri Kumegawa – Graduanda em Comunicação Institucional – UTFPR Lucas Eduardo Mathias – Graduando em Engenharia Elétrica – UTFPR Marta Chaves Vasconcelos – Graduanda em Bacharelado em Administração – UTFPR FINANCIAMENTO: Programa de Educação Tutorial (PET) – Ministério da Educação APOIO: Programa de Pós-graduação em Planejamento e Governança Pública (PGP – UTFPR) Programa de Pós-graduação em Tecnologia (PPGTE – UTFPR) Departamento de Gestão e Economia (DAGEE – UTFPR) Sumário APRESENTAÇÃO .............................................................................................01 SÍNTESE DA DISCUSSÃO ...............................................................................02 APRESENTAÇÃO O curso de extensão Produção Enxuta, juntamente com a mesa redonda, cujo tema foi Inovação, ciclo de cinema, ciclo de leitura, palestras e cursos compõem a I Semana Acadêmica de Administração e a V Semana de Políticas Públicas que tem por objetivo o debate sobre temas pertinentes a políticas públicas a partir de produções com finalidades não acadêmicas, mas que permeiam o discurso acadêmico sobre o tema. O curso ocorreu nos dias 24 e 25 de Outubro de 2012, às 13:30h, na sala I-002 – sede central do Câmpus Curitiba da UTFPR . Foi ministrado por Flávio Kaminishi, Celso Penço e Nelson Raphael, três alunos de Engenharia de Produção da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que também integram o GLean – Grupo de Estudos em Lean – uma entidade acadêmica do Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas. Durante o curso foi exposto referencial teórico sobre o assunto, seguido de uma dinâmica de grupo para mostrar a aplicação dos conceitos. A seguir, segue uma síntese dos temas discutidos. SÍNTESE DA DISCUSSÃO As empresas buscam melhorar seus processos de produção, com custos mais baixos, de forma que atendam à demanda dos clientes e também, pela alta competitividade enfrentada no mercado. Dessa forma, o conceito de Manufatura Enxuta, atua como transformadora na produção. Assim, utiliza-se o termo LEAN, o qual significa “enxuto”. A produção enxuta baseia-se num amplo estudo sobre o Sistema Toyota de Produção. O conceito baseia-se na redução dos sete tipos de desperdícios: super-produção, tempo de espera, transporte, excesso de processamento, inventário, movimento e defeitos. Segundo o sistema LEAN, ao eliminar esses desperdícios ou minimizalos, a qualidade da produção melhora, bem como o tempo e custos de produção diminuem. Para aplicação das ferramentas LEAN, é necessário seguir os seguintes procedimentos contínuos de análise (Kaizen), produção “pull” (kaiban) e elementos/ processos para conter as falhas (Poka-Yuke). Fundamentalmente a Lean Production é apoiada em sete elementos: 1. Configuração técnica adequada: Em uma produção, são importantes um monitoramento e comando automáticos do processo de fabricação mecânico assim como tempos reduzidos de preparação. 2. Organização do trabalho com reduzida hierarquia: A transição para o trabalho em grupo com autonomia de peças. Grupos de trabalho independentes e com isso uma distribuição muito mais flexível de mão-de-obra, menos funcionários indiretos, concentração na adição de valor assim como manutenção rigorosa dos tempos de ciclos formam a espinha dorsal do projeto. 3. Gerenciamento consequente da qualidade: É conjugado com o princípio de que nos produtos (intermediários) reconhecidos uma vez como falhos devem ser corrigidos imediatamente, mesmo que seja necessário paralisar a linha de produção para corrigi-las. Dessa forma evita-se o “retrabalho”, ou seja, economia no tempo. Ainda, deve-se fazer uma pesquisa e levantar quais são as causas dessas falhas, não atrelando-se a justificativas superficiais. 4. Processo contínuo de melhorias: A relação para o gerenciamento de qualidade de forma contínua ajuda a prever e evitar possíveis falhas. 5. Qualificação e motivação: Isto está acompanhado da organização do trabalho preferida do trabalho em grupo. O objetivo é funcionários multi-tarefas, com possibilidades ampliadas de utilização com elevada qualificação técnica e acentuadas competências sociais, que são conduzidas menos por hierarquia e mais por obrigação, confiança e responsabilidade. 6. Produção Just-in-time: Nada deve ser produzido, transportado ou comprado antes do tempo exato. É a produção por demanda, para evitar estoque e desperdícios. 7. Adição de valor e orientação de processo. Ainda, para que sejam aplicados os sete elementos para melhoria, devese identificar os sete desperdícios, pois o desperdício é a parte central do procedimento LEAN, sendo que aquele é o que não agrega valor algum a produção. Os sete desperdícios trabalhados na Manufatura Enxuta são: 1. Superprodução: São produtos gerados e semimanufaturados, sem que tenham sido solicitados pelos clientes. A maioria dos desperdícios seguintes são causados, entre outros, devido a superprodução. 2. Estoques: Estoques como amortecedores de produção escondem pontos fracos, como superprodução. Normalmente, acaba-se dando baixa nos estoques e isso aparece no departamento financeiro uma capacidade ocorrida que não produz receita. 3. Transporte: Transportes de material não trazem ao produto um aproveitamento imediato por parte do cliente. A falha no processo de logística (transportar, em um caminhão que cabem 100 caixas, apenas 50), é um desperdício para a empresa. 4. Tempo de espera: no término do estoque ou processos interrompidos, falta de material, meios de operação danificados ou inadequados, há a vinculação de recursos que não podem mais ser utilizados nesses períodos para agregar valores. 5. Processos dispendiosos: Ineficiência no envolvimento da produção no processo de desenvolvimento, meios de operação inadequados e sistemas inadequados. Isto provoca falhas diminui, em geral, a flexibilidade. Isso contribui para falha nos procedimentos e desperdício de tempo (improdutividade). 6. Caminhos longos: Processos longos e desnecessários atrasam a produção. 7. Falha: Produtos defeituosos significam gasto a mais para a correção (processos cegos) ou capacidades que são perdidas nos desperdícios (processos falhos). Além do que o processo que sofreu interferência deve ser reiniciado (processo cego). Assim, é fundamental diferenciar o desperdício evitável e desperdício inevitável. Desperdícios evitáveis devem ser consequentemente eliminados. A aplicação do Lean pode ser feita em qualquer área, não fica restrita apenas a uma linha de produção. O que pode ser observado é que, reduzindo os desperdícios e realizando uma prevenção a fim de evita-los, é possível reduzir custos excedentes para as empresas e um melhor aproveitamento dos recursos que ela possui.