AIDS

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AIDS
• O Vírus da Imunodeficiência Humana, conhecido como
HIV (sigla originada do inglês: Human Immunodeficiency
Virus), é um vírus pertencente à classe dos retrovírus e
causador da AIDS. Ao entrar no organismo humano, esse
vírus pode ficar silencioso e incubado por muitos
anos. Esta fase denomina-se assintomática e relaciona-se
ao quadro em que uma pessoa infectada não apresenta
nenhum sintoma ou sinal da doença. O período entre a
infecção pelo HIV e a manifestação dos primeiros sintomas
da AIDS irá depender, principalmente, do estado de saúde
da pessoa.
• O HIV age no interior das células do sistema imunológico,
responsável pela defesa do corpo. Ao entrar na célula, o
HIV passa a fazer parte de seu código genético. As células
do sistema imunológico mais atingidas pelo vírus são os
linfócitos CD4+, usados pelo HIV para fazer cópias de si
mesmo.
• As células do sistema imunológico de uma pessoa infectada
pelo vírus começam a funcionar com menos eficiência e,
com o tempo, a habilidade do organismo em combater
doenças comuns diminui, deixando a pessoa sujeita ao
aparecimento de vários tipos de doenças e infecções.
• A produção desses vírus e sua destruição no nosso sistema
imunológico podem ser comparadas ao movimento da água
que sai de uma torneira em direção ao ralo de uma pia. A
quantidade de água que resta na pia é o resultado da
guerra que é travada entre o sistema imunológico e os
vírus do HIV.
• Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a AIDS. Significa
que, no sangue, foram detectados anticorpos contra o
vírus. Há muitas pessoas soropositivas que vivem durante
anos sem desenvolver a doença. No entanto, podem
transmitir aos outros o vírus que trazem consigo.
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A AIDS não se manifesta da mesma forma em todas as pessoas.
Entretanto, os sintomas iniciais são geralmente semelhantes e, além
disso, comuns a várias outras doenças. São eles:
. Cansaço e fraqueza anormais para desenvolver as atividades
habituais;
. Emagrecimento sem causa aparente;
. Febre contínua, suores noturnos;
. Ínguas que duram mais de três meses;
. Tosse seca, prolongada, sem ter bronquite ou ser fumante;
.Sapinho na boca;
. Diarréia prolongada;
. Manchas na pele;
Com a progressão da doença e com o comprometimento do sistema
imunológico do indivíduo, começam a surgir doenças oportunistas. As
mais comuns são pneumonia, câncer, diversos tipos de infecções e
problemas no cérebro. Nesta fase é que se diz geralmente que a pessoa
já está com AIDS. Entre uma complicação e outra, o portador de AIDS
pode apresentar aparência de saúde razoável, pelo menos no começo.
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DUVIDAS FREQUENTES
1) Para se fazer o diagnóstico de uma possível infecção pelo HIV, que período de tempo
deve-se esperar para fazer o teste de AIDS?Não. A pessoa pode estar infectada pelo HIV
e não ter desenvolvido a doença (AIDS), não tendo, portanto, nenhum sintoma da
doença. A AIDS propriamente dita pode levar mais de 10 anos para aparecer e
manifestar os primeiros sinais e sintomas.
2) Após a infecção pelo HIV, quanto tempo pode demorar até a manifestação dos
primeiros sintomas da AIDS em si?Em geral, os primeiros sintomas da AIDS começam a
aparecer entre oito e dez anos após a infecção pelo HIV, como conseqüência à
diminuição do número de linfócitos T CD4+, que são as células de defesa do organismo.
Esse tempo, porém, varia de pessoa para pessoa. Há casos em que a AIDS demora mais
tempo para se manifestar, podendo a presença do HIV passar despercebida por vários
anos. Há registro de casos em que se passaram 15 anos até a manifestação dos primeiros
sintomas da doença (aparecimento das infecções oportunistas), tempo este denominado
período de incubação. Nessa fase, o acompanhamento médico é muito importante. A
queda da contagem de linfócitos T CD4+ é de 30 a 90 células por ano e está diretamente
relacionada à velocidade da reprodução viral e à progressão para a AIDS.
3) Se após um comportamento de risco a pessoa contrai o vírus da AIDS, quais são e
quando surgirão os primeiros sinais dessa infecção pelo HIV?A manifestação do vírus
não ocorre de forma idêntica para todas as pessoas. Porém, geralmente, os sintomas
aparecem como uma gripe (febre alta, dores pelo corpo e mal estar) acompanhada de
manchas vermelhas pelo corpo (denominadas rash cutâneo) e linfadenopatia
generalizada (aumento dos gânglios em diferentes partes do corpo). O tempo entre a
exposição ao vírus e o aparecimento dos primeiros sintomas é de cinco a 30 dias, com
uma duração média na faixa de sete a 14 dias. No entanto, como os sinais e sintomas
dessa fase são inespecíficos e comuns a outras patologias, eles não definem o diagnóstico
de infecção pelo HIV. Por isso, a única maneira de saber a causa de tais sintomas é
fazendo um teste anti-HIV.
Transmissão Acidental
• Dois aspectos devem ser considerados: a transmissão da doença para
profissionais da área de saúde (médicos, pessoal de enfermagem,
dentistas, etc.) e a transmissão do profissional para seus pacientes.
Ambos os casos são raros e o risco pode ser nulo, desde que as medidas
preventivas sejam respeitadas.
Transmissão Vertical
• Para a mulher infectada, engravidar significa um grande risco de
transmissão da Aids ao próprio filho. Amamenta-lo com o próprio
leite, nessas condições, também é contra-indicado.
• Mas a gravidez pode ter ocorrido antes da contaminação ou antes que
se tomasse conhecimento do fato. Nesse caso, alguns estudiosos têm
sugerido o parto cesariano para evitar que a contaminação se dê pelo
contato com o sangue na passagem do bebê pelas vias naturais.
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Transmissão por Sangue ou Derivados
O contágio através de transfusões de sangue e seus derivados tornou-se raro. No Brasil e
na maioria dos países do mundo, já se transformou em lei a obrigatoriedade da triagem,
ou seleção, dos doadores de sangue.Os eventuais doadores são obrigados a responder a
questionários padronizados e específicos. Além disso, em todo sangue doado são feitas as
reações sorológicas anti- HIV, para se ter certeza de que ele não está contaminado.Outra
medida preventiva, nesse sentido, é restringir as transfusões somente aos casos em que
elas forem realmente necessárias. Por outro lado, tem sido pesquisados mecanismos de
inativação do HIV no sangue e seus derivados. O grande problema é desenvolver
procedimentos que inativem o vírus, mas não alterem as propriedades do sangue que vai
ser utilizado na transfusão.Isto já foi conseguido, por exemplo, em relação a fatores de
coagulação que são utilizados para pacientes que sofrem de hemofilia. No fim da década
de 70 e inicio da de 80, os hemofílicos foram as grandes vitimas da Aids adquirida por
transfusão de sangue. A triagem vale também para órgãos e tecidos transplantados, bem
como para o esperma, quando se trata de casos de inseminação artificial.Para controlar
o contágio pelo uso compartilhado de seringas e agulhas por viciados em drogas
injetáveis, as pessoas que não conseguem abandonar o vicio tem de usar seringas e
agulhas descartáveis, ou material de uso próprio, individual e exclusivo, devidamente
esterilizado.No tocante aos utensílios de manicures, pedicures, acupunturistas e
tatuadores, quando não forem descartáveis, deve-se certificar de que eles passaram por
processos de esterilização. Instrumentos cortantes (lâminas de barbear, por exemplo)
não podem ser compartilhados com ninguém.
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Transmissão Sexual
Para evitar a infecção pela Aids através do relacionamento sexual, são necessários
alguns pequenos cuidados,relacionados ao comportamento. A liberdade sexual que se
propunha há cerca de três décadas tornou-se um comportamento de risco.
A possibilidade de infecção através do sexo é diretamente proporcional ao número de
parceiros(as) sexuais. O relacionamento com um(a) único(a) companheiro(a), com
fidelidade recíproca, é um método seguro de evitar o contágio.O contato sexual com
pessoas desconhecidas ou que tem comportamento promiscuo é arriscado. Na
eventualidade de um relacionamento assim, o uso da camisinha tornou-se obrigatório.
Deve-se escolher as camisinhas de marca conhecida e de qualidade comprovada. Mais
preferir as que já vem lubrificadas, o que é especificado na embalagem.A lubrificação
diminui o atrito e impede que o preservativo rasgue. A data de validade deve ser
verificada, como em qualquer outro produto industrializado.As camisinhas são
descartáveis e jamais devem ser reutilizadas. Quando forem manipuladas, deve-se tomar
cuidado para não perfurá-las com as unhas ou anéis.O preservativo deve ser colocado
quando o pênis estiver ereto, para que se ajuste perfeitamente a ele. É importante não
esquecer de comprimir a ponta da camisinha, para que fique sem ar: esse espaço vai
receber o esperma. Assim, evita-se que ela se rompa no momento da ejaculação.Após a
ejaculação, a camisinha deve ser retirada com cuidado, procurando-se evitar o
vazamento do esperma. Em seguida, ambos os parceiros devem lavar com água e sabão
os órgãos genitais.
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Outras Formas de Contaminação
O uso de certas drogas também se mostrou uma perigosa forma de transmissão e
contágio. A injeção na veia, um dos modos pêlos quais algumas drogas são utilizadas,
revelou-se um veiculo fulminante da doença.Através dessa via, o vírus se transmitiu para
um número grande de usuários ou consumidores eventuais de tóxicos,
independentemente de se tratar de homens, mulheres, heterossexuais, homossexuais ou
bissexuais.Hoje, á medida que uma maior conscientização das pessoas reduz
gradativamente a transmissão pelo sexo, o uso de drogas por meio de seringas tem se
mostrado um dos modos mais comuns de contaminação. Antes de mais nada, é preciso
deixar bem claro o que estamos chamando aqui de drogas, já que a palavra é
genérica.Em sentido amplo, ela compreende substâncias que podem ir desde a nicotina
do cigarro e o álcool de certas bebidas até o canabinol da maconha, a morfina e o LSD,
passando inclusive por comprimidos contra a gripe e outros remédios corriqueiros
(aliás, drogaria é um sinônimo de farmácia).As drogas a que nos referimos são os
entorpecentes. Trata-se de substâncias utilizadas pelo homem para obter de maneira
artificial sensações em principio agradáveis, física ou mentalmente.Não é simples
determinar o que leva um indivíduo ou grupo social a se utilizar das drogas. Seu uso,
porém, conduz ao vicio. Cria-se inevitavelmente uma relação de dependência entre o
usuário e o produto. As conseqüências tendem a ser fatais: perda de contato com a
realidade, doenças, loucura e morte.Entre os entorpecentes, alguns como a cocaína, a
heroína e a morfina podem ser consumidos sob a forma de injeção intravenosa, isto é, na
veia. Desse modo, facilita-se a absorção da substância pelo organismo. Uma vez no
sangue, a droga atinge rapidamente o cérebro, proporcionando em menos tempo os
efeitos desejados pelo usuário.
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Os casos de contaminação por uso de drogas injetáveis têm aumento em alguns grupos
da população, demonstrando que as seringas descartáveis não têm sido devidamente
utilizadas.Além dos outros problemas que o consumo de drogas cria, a aplicação
intravenosa é propicia á veiculação da Aids, porque, com os sentidos alterados pelo
entorpecente, o usuário não se preocupa com questões mínimas de
higiene.Freqüentemente, o viciado perde de vista a preocupação consigo mesmo e com os
outros e uma mesma agulha é utilizada por várias pessoas. Restos de sangue se
acumulam então nas seringas e agulhas, sendo injetados juntamente com a droga na veia
dos consumidores.É importante observar que a ausência de cuidados higiênicos que
caracteriza esse modo de propagação do HIV não se restringe aos viciados.Quando
relacionada ao sangue, a manipulação de instrumentos de metal, que furam ou cortam,
pode ocasiona o contágio. Isso vale para instrumentos de dentistas, de manicures,
lâminas de barbear, agulhas de tatuagem ou de acupuntura, etc. De qualquer modo, até
hoje são pouquíssimos os casos de profissionais de saúde que se infectaram e não existem
registros de contaminação de qualquer pessoa através dos instrumentos
mencionados.Como o sangue é o veiculo preferencial do HIV, as transfusões tornaramse também uma forma relativamente comum de contagio, antes do desenvolvimento dos
testes anti-Aids.Os hemofílicos acabaram se incluindo nos grupos de risco, pois quem
sofre de hemofilia deve se submeter a freqüentes transfusões.Do mesmo modo, o
transplante de órgãos do corpo humano pode ocasionar a contaminação, se o doador
estiver infectado Nesse caso, é necessário um processo de triagem, através dos testes de
prevenção. É possível também que ocorra a chamada transmissão vertical, isto é, da mãe
contaminada para o feto ou o recém-nascido. Isso pode acontecer de três maneiras: no
primeiro trimestre da gravidez, através da placenta que envolve o feto; no contato direto
com o sangue materno durante o parto; ou pelo
leite materno.
• Como se prevenir da Aids:
• Usando camisinha masculina ou feminina nas relações sexuais vaginais
e orais
• Usando camisinha masculina ou feminina e lubrificantes a base de
água (KY, Preserv Gel) nas relações sexuais anais
• Não compartilhando seringas e agulhas com outras pessoas
• Verificando se o sangue recebido em hospitais foi testado contra HIV
• Tomando o AZT durante a gestação, para não passar para o bebê
(somente gestantes com HIV/Aids)
• Não amamentando o bebês com seu próprio leite (somente mães com
HIV/aids)
• AIDS como se pega e como não se pega.
pega
• Quando uma pessoa é contaminada pelo vírus da aids, vários
fantasmas passam por sua cabeça. Um deles, o medo de contaminar os
outros.No entanto, o hiv não é um vírus que se transmite facilmente.
• Doar sangue, amamentar, fazer sexo sem proteção e compartilhar
agulhas e seringas com outras pessoas são atitudes de alto risco para a
transmissão do hiv. Mas ações cotidianas como beber no mesmo copo,
usar o mesmo banheiro, beijar, abraçar, entre outras, não oferecem o
menor perigo.
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Algumas das duvidas mais freqüentes:
Beijo na boca passa AIDS?
O beijo nunca foi estabelecido como forma de infecção pelo HIV. O
que pode preocupar são sangramentos que a pessoa soropositivas por
ventura tiver na gengiva. Feridas secas não conseguem transmitir o
vírus.
E a saliva?
A quantidade de HIV na saliva é muito pequena e, além disso, nela
existem várias enzimas que protegem a boca de uma possível
contaminação. Só há perigo de contaminação pelo HIV caso as duas
pessoas tenham péssima higiene oral e sangramentos constantes na
boca.
Uma pessoa que tem cuidados básicos com sua boca e costuma ir ao
dentista não tem como transmitir o HIV através do beijo.
Qual o risco de se contaminar no vaso sanitário?
Essa preocupação não deve existir. É muito mais fácil se contaminar
por várias outras doenças em banheiro sujo do que pelo vírus da aids.
Qual o risco no Dentista? E na acupuntura?
Todos os procedimentos de esterilização normalmente feitos num
consultório dentário ou em um médico acupunturistas são suficientes
para eliminar o HIV.
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Qual o perigo de se praticar sexo oral com uma pessoa contaminada pelo HIV?
No sexo oral, a pessoa ativa não transmite o HIV porque não é possível
transmiti-lo através da saliva. Já quem recebe a ejaculação de uma pessoa
soropositiva na boca corre o sério risco de se contaminar. A secreção que sai
do pênis antes da ejaculação, por ser em pouca quantidade e conter um
número menor de vírus, dificilmente é capaz de contaminar alguém.
O ideal é usar preservativo também durante o sexo oral. Caso contrário, não se
estenda por muito tempo nesta prática. Use-a apenas como preliminar. Desse
modo, o risco de contaminação torna-se menor.
Quando a mulher soropositiva recebe o sexo oral, a probabilidade do parceiro
ser contaminado é menor, pois a secreção feminina apresenta menos
quantidade de vírus do que a ejaculação masculina. No entanto, durante ou
próximo ao período menstrual, deve-se evitar essa prática, pois o risco
aumenta muito.
O problema maior para quem pratica o sexo oral é pegar outras doenças
venéreas, como sífilis, gonorréia ou herpes. Se houver feridas no pênis, o risco
de transmitir o HIV é maior. Praticar sexo oral implica correr algum risco,
mas você diminui esse risco se evitar a ejaculação na boca, contato com feridas
no pênis ou na vagina e contato durante ou próximo ao período menstrual.
• O sangue contaminado pelo HIV entra em contato com outra pessoa. Qual
o perigo nesse caso?
• É muito pouco provável que aconteça o contagio em uma situação como
essa. Se a pele da pessoa que não é soropositiva estiver íntegra, ela
funciona como uma barreira eficaz contra o HIV.
• Mas entrar em contato com o sangue de outra pessoa nunca é bom,
soropositiva ou não. A possibilidade de contrair outras doenças como
hepatite, por exemplo, é muito maior. Existem diversos tipos de
microrganismos presentes na corrente sanguínea que são transmissíveis
pelo sangue.
• As pessoas fantasiam muito com a forma de contaminação. Ninguém se
contamina por encostar-se em sangue com HIV. O vírus da aids precisa
entrar na corrente sanguínea para contaminar alguém. Ou seja, para haver
contaminação seria necessária uma grande quantidade de sangue caindo em
cima de um corte profundo.
• Quanto maior a carga viral no sangue, ,maior o risco de se transmitir o
HIV?
• Sim. Quem tem mais vírus pode transmiti-lo com mais facilidade. Isso não
quer dizer que quem tem carga viral baixa ou indetectável não transmite o
HIV, quer dizer que a probabilidade é menor.
• Como Prevenir?
• Reduzir ao máximo o número de parceiros sexuais. Quanto
maior o número, maior a possibilidade de pegar AIDS.
• A igreja recomenda a castidade antes e a fidelidade no
casamento como única prevenção. Se não concordar com as
exigências da moral cristã e tiver um ou mais parceiros
sexuais, é mal menor usar camisinhas.
• NÃO USAR DROGAS
• Em caso de uso, usar seringas descartáveis
• Quando receber transfusão de sangue certificar-se de que o
sangue tenha sido previamente testado para detectar o vírus da
AIDS.
• Onde não se pega AIDS:
• Na piscina/No ônibus/No beijo social/Em visitas aos
hospitais/Nos talheres/No sanitário/Na convivência social
Na picada de inseto/No assento/Na escola
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As estatísticas do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS
(UNAIDS) indicam o alcance desta catástrofe no meio juvenil:
- Em 1998, a data da estimativa mais recente de novas infecções, mais de 2,5
milhões de pessoas jovens, de 15 a 24 anos de idade, foram infectadas com o
HIV , ou seja, metade de todas as novas infecções por HIV naquele ano.
- A cada dia são infectadas mais de 7.000 pessoas, ou seja, cinco por minuto .
- No mundo inteiro, 30% de todas as pessoas portadoras de HIV/AIDS têm
entre 15 e 24 anos.
Apesar a propaganda favorável no exterior sobre os resultados do país no
combate à doença, os adolescentes são atualmente o grupo mais vulnerável ao
contágio.
A educação sexual constitui um dos temas transversais propostos nos
Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN/MEC. É um assunto polêmico, que
envolve questões de foro íntimo, mas a escola tem o dever de orientar os alunos e
esclarecer
suas dúvidas a esse respeito.
Aids, métodos contraceptivos, Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e a
descoberta do próprio corpo e da sexualidade são questões a serem abordadas
em sala de aula.
Em 2000, o Ministério da Saúde havia notificado 2.780 novos casos de Aids
entre meninos e meninas entre 15 e 24 anos, um aumento de quase 1.600 novos
casos em relação a 1990, o que torna o problema extremamente preocupante.
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Dados e Pesquisa em DST e Aids:
Até dez/2003 foram notificados pelo Programa Nacional de DST e Aids
310 mil 310 casos de aids no Brasil.
Cerca de 140 mil pessoas necessitam do tratamento que o programa de
combate à aids brasileiro fornece na rede
pública de saúde.
Os novos dados revelam que a epidemia de aids no Brasil está num
processo de estabilização, embora em patamares
elevados, tendo sido diagnosticado, em 2003 um total de 32.247 casos
novos com uma taxa de 18,2 casos por 100 mil habitantes.
Entre os anos de 1980 e 2004 foram registrados um total de 362.364
casos no País. A tendência à estabilização da incidência da doença é
observada apenas entre os homens, que registrou, em 2003, 22,6 casos
por 100 mil homens, menor do que a observada em 1998, de 26,3 por
100 mil.
Entretanto, observa-se ainda o crescimento da incidência em mulheres,
tendo sido observada a maior taxa de incidência em 2003: 14,0 casos
por 100 mil mulheres.
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A tendência de aumento da incidência da doença também foi observada em
todas as regiões geográficas, com exceção
da região Sudeste, que apresentou, em 2003, taxa de incidência menor do que a
observada em 1998.
Nas demais regiões, o crescimento ainda é pronunciado, principalmente nas
regiões Sul, Centro-Oeste e Norte. Os casos masculinos devido à transmissão
pelo uso de drogas injetáveis continuam a decrescer, os casos devido a
transmissão homo/bissexual mantiveram-se estabilizados em cerca de 26%, e
aqueles casos devido a transmissão heterossexual continuam com tendência
crescente.
A doença vem atingindo, também, de maneira importante, os indivíduos com
menor escolaridade, principalmente as mulheres.
Embora as informações sobre raça/cor somente passaram a ser registradas a
partir de 2001, é interessante observar que,
entre 2001 e 2004, mais de 60% dos casos de aids masculinos foram
considerados brancos, sofrendo pouca variação no
período analisado; já entre as mulheres, observa-se redução na proporção de
casos na raça/cor branca, compensada pelo aumento na proporção de casos na
parda, de 25%.
A mortalidade por aids foi 2% maior em 2003 do que a registrada em 2002,
com 11.276 óbitos.
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O HIV foi descoberto e identificado como causador da AIDS por Luc
Montagnier da França e Robert Gallo dos Estados Unidos em 1983.
Uma minoria de cientistas continuam a questionar a conexão entre
HIV e a AIDS e até a existência do HIV (ver AIDS reappraisal),
embora a relação entre o vírus e o desenvolvimento da doença já seja
bem estabelecida.
O último boletim da UNAIDS projeta cerca de 33,2 milhões de pessoas
que vivem com o HIV em todo o mundo ao final de 2007, a maioria na
África.
Nos Estados Unidos, torna-se ilegal uma pessoa com HIV infectar
voluntariamente outra pessoa com o vírus. Acontece o mesmo em
muitos países ocidentais.
É provável que o vírus do HIV tenha vindo pelo contato com o macaco
que tem o vírus SIV (há variações de teorias de como teria ocorrido,
como testes científicos ou pelo ato de zoofilia). Depois de o vírus termos
infectado o ser humano, sofreu mutações genéticas
• Polêmicas do HIV
• A partir de uma breve contextualização do cenário social em
que surge a epidemia da Aids no Brasil, o artigo situa a
formação das primeiras Organizações Não Governamentais de
luta contra a Aids no País. Atribuem-se peculiaridades às
ONGs/Aids, na medida em que elas apresentam uma
ambivalência entre o que caracteriza uma instituição
profissionalizada e um grupo de pressão, além de lidar com
questões como a sexualidade e a morte, rompendo as fronteiras
entre as esferas pública e privada. Mas a principal polêmica
que envolve a AIDS é de cunho religioso, a Igreja católica
insiste em proibir o uso de preservativos, ou seja, um atentado
a vida humana nos dias atuais.
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O movimento de reavaliação da hipótese SIDA/HIV
Desde 1984, quando Peter Duesberg publicou seu primeiro trabalho contestando a
hipótese da patogenicidade dos retrovirus existe um movimento alternativo de vários
cientistas e ativistas contestando a hipótese principal.As Hipóteses de Duesberg
conseguiram a simpatia de muitos cientistas famosos, entre eles Kary Mullis e até um leve
e insinuoso aval de Luc Montagnier que afirmou que "O HIV não causa a destruição das
células vista em pacientes com SIDA". Paradoxalmente Duesberg foi um dos pais da
Retrovirologia, fazendo importantes descobertas acerca do código genético dos
retrovírus, e Kary Mullis foi o descobridor do PCR, um método que quantifica material
genético e é usado para medir o vírus HIV no sangue de um infectado.Estes estudos
gozaram de relativa atenção da mídia até meados dos anos 90, pois afirmavam que
drogas, poluição, fome, miséria e atitudes autodestrutivas eram as causas da AIDS e não
o HIV, num período em que se conhecia pouco de vírus, e não havia tratamento eficaz
para a doença. Entretanto caíram em desgraça quando David Ho, a luz de modernos
estudos, desenvolveu medicamentos potentes que destruíam até 99% dos vírus, levando
os pacientes a uma vida quase normal. Então, a partir dessas descobertas que
enterraram o mito de que o HIV ficava incubado, e que existia em pequenas quantidades,
ficou constatado que ele ataca o sistema imunológico da data de entrada nos linfócitos até
o óbito do paciente.O movimento persiste até hoje oferecendo prêmios em dinheiro a
quem provar que o HIV foi purificado, que provoca SIDA e é transmissível sexualmente.
Recentemente o pai do HIV SIDA, Robert Gallo, em tribunal na Austrália, alimentou de
novo a controvérsia ao admitir que seus estudos não comprovavam que o HIV causava
SIDA. Também nessa audiência não foi capaz de apresentar um documento que provasse
que o HIV causa SIDA.