hiv, sida e educação para a saúde

Transcrição

hiv, sida e educação para a saúde
HIV, SIDA E
EDUCAÇÃO
PARA A SAÚDE
ESCOLA SECUNDÁRIA DE VILELA - PAREDES
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE
DEZEMBRO 2009
Figuras históricas e o HIV/sida
A sida no cinema
A sida na arte contemporânea
A sida na arte contemporânea
Olhar sobre o passado…
…. história da epidemia
1959
1977-78
1º caso no Congo
Primeiros casos nos EUA, Haiti e África Central, descobertos
1981
Primeiras preocupações das autoridades de saúde pública nos EUA
com uma nova e misteriosa doença.
Sarcoma de Kaposi
1982
1983
1984
Adopção temporária do nome Doença dos 5 H
Homossexuais,
Hemofílicos,
Haitianos,
Heroinómanos
Hookers (profissionais do sexo em inglês).
Conhecimento do factor de possível transmissão por contacto
sexual, uso de drogas ou exposição a sangue e derivados. Primeiro
caso de transfusão sanguínea
Primeira notificação de caso de sida em crianças.
Relato de caso de possível transmissão heterossexual.
Homossexuais consumidores de drogas são considerados os
difusores do factor para os heterossexuais
Relato de casos em profissionais de saúde.
Primeiras críticas ao termo grupos de risco (grupos mais
vulneráveis à infecção).
Homossexuais e haitianos são considerados as principais vítimas.
Possível semelhança com o vírus da hepatite B.
Estudos sobre a origem viral da sida.
Primeiro caso de sida em Portugal
Luc Montagner, do Instituto Pasteur, na França, isola e caracteriza
um retrovírus (vírus mutante que se transforma conforme o meio
em que vive), como agente causador da sida
Início da disputa, entre os grupos do médico americano Robert
Gallo e do francês Luc Montagner, pela primazia da descoberta do
HIV.
1985
Odete Ferreira documenta o primeiro caso de sida em Portugal
1981 1985
Descobrem-se e definem-se as formas de transmissão do
vírus de uma pessoa para outra
Os mecanismo que conduzem à falência do sistema
imunitário
As medidas de prevenção para evitar a transmissão do
VIH/SIDA
A partir desta altura estes vírus passaram a ser designados
por HIV-1 e HIV-2
Número de crianças e adultos com
HIV/sida em 2003
América do Norte
1,2 milhões
Europa Ocidental
680,000
Caraibas
590,000
America Latina
1.9 milhões
Norte de Africa
e Médio Oriente
730,000
Europa de Leste e
Asia Central
1.8 milhões
Este Asiático e Pacifico
1.3 milhões
Sul e sudeste asiático
8.2 milhões
Africa SubSahariana
28.2 milhões
Australia
& Nova Zelandia
18,000
Número de crianças e adultos
com HIV/sida em 2008
América do Norte
1.4 milhões
Europa Ocidental
850. 000
Caraibas
240.000
America Latina
2 milhões
Europa de Leste e
Asia Central
1.5 milhões
Este Asiático e Pacifico
850.000
Norte de Africa
e Médio Oriente
310.000
Africa SubSahariana
22.4 milhões
Sul e sudeste asiático
3.8 milhões
Australia
e Nova Zelandia
59.000
Estimativas do número de pessoas
com HIV em 2008
Pessoas infectadas pelo HIV
33.4 milhões [31.1-35.8 milhões]
Novos casos de infecção pelo HIV
2.7milhões [2.4-3.0 milhões]
Mortes devido a SIDA
2.0 milhões [1.7-2.4 milhões]
E no nosso país?
<= 13560 casos
Fonte: CISID, 2009,
dados relativos a 2006
O que é o HIV?
O VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana) é o agente
causador da sida. Este agente pode ficar incubado no corpo
humano por tempo indeterminado, sem que o infectado
manifeste os sintomas da sida. Quando uma pessoa está
infectada com o VIH diz-se que é seropositiva.
Uma pessoa seropositiva pode não ter quaisquer sinais da
doença, aparentando mesmo um estado saudável durante
um longo período, mas tem o vírus presente no seu
organismo e, por isso mesmo, pode transmiti-lo a outra
pessoa.
O que é a sida?
É uma doença não hereditária causada pelo vírus da
imunodeficiência humana (VIH ou HIV - na língua inglesa) que
enfraquece o sistema imunitário do nosso organismo, destruindo a
nossa capacidade de defesa em relação a muitas doenças.
SIDA
S  sindroma – conjunto de sinais e /ou sintomas de uma doença
I  imuno – que diz respeito ao sistema imunológico, responsável
pela defesa do nosso organismo
D  deficiência – falha ou mau funcionamento
A  adquirida – não herdada
Formas de transmissão
Via parentérica
Via sexual
Via peri-natal
Transmissão parenteral
(via parentérica) e transmissão sexual
Via sanguínea:
Viciados em drogas intravenosas;
Hemofílicos;
Receptores aleatórios de transfusões sanguíneas.
Uso comum de agulhas, seringas e outros
Instrumentos com sangue contendo VIH
Via sexual :
Sémen
sexo oral, anal, vaginal desprotegido
Secreções vaginais
Via peri-natal:
Útero
Parto
Amamentação
Evolução da infecção pelo HIV/sida
1 - Sintomas ligeiros, inespecíficos e passageiros. Coincide com o chamado "Período de janela".
2 - Ausência total de sintomas. Aparecem anticorpos anti-VIH no sangue (seropositividade).
3 - Início dos sintomas: inflamação dos gânglios, emagrecimento, algumas infecções.
4 - SIDA. Sintomatologia grave. Aparecimento de infecções oportunistas e tumores.
Não se transmite
Pelo ar,
Alimentos,
Água,
Picadas de insectos e outros animais,
Louça, talheres, sanitas ou qualquer outro meio que não envolva
sangue, esperma, fluidos vaginais ou leite materno.
Através da urina, suor, lágrimas, fezes, saliva, secreções
nasais ou vómitos, desde que estes não tenham sangue
misturado;
Através de contactos sociais, como o beijo na face, um abraço ou
um aperto de mão.
O HIV/SIDA é um
problema de todos…
Ninguém está imune!
Basta uma só vez…
Sinais e sintomas
Os sintomas iniciais não são muito diferentes dos
que ocorrem na vulgar gripe
Fadiga extrema
Perda de peso inexplicável e rápida
Diarreias sucessivas
Perda de apetite e de massa corporal
Mais tarde podem surgir outras complicações
mais graves relacionadas com a perda de
capacidade de resposta do organismo para os
comuns patogénios…
Quem deve fazer um teste de sida?
Todos!
Especialmente se:
Teve relações sexuais desprotegidas
Houve partilha de seringas, agulhas ou outro material de
injecção de drogas;
Fez tatuagens ou piercings com material não
devidamente desinfectado
Teve contacto directo com sangue de outra pessoa
Pensa engravidar
Populações de risco
Jovens e adolescentes
Raparigas e mulheres
jovens
Populações migrantes
Toxicodependentes
Trabalhadores do sexo e
seus clientes
Minorias sociais, sexuais,
religiosas ou etnicas
Crianças abandonadas
e/ou que trabalham

A prevalencia da infecção é,
geralmente maior nestes
grupos
Os jovens e a sida
Mais de metade das novas infecções que
surgem ocorrem entre jovens
A vulnerabilidade dos jovens é muito grande
Jovens, especialmente das áreas urbanas, estão a
ser cada vez mais cedo sexualmente activos
Vocês são a nossa maior
esperança em mudar o curso da
evolução da epidemia!!!!
Consequências da inacção dos
governos/governantes
Falta de
investimento
publico na
educação para a
prevenção
Aumento da
prevalência da
doença
Aumento do
abandono escolar
Diminuição da
qualidade de ensino
Abrandamento do
crescimento
económico
Decrescimo de
apoio
Económico e
da competitividade
do pais no
respeitante
A conhecimentos
Aumento da
iliteracia
Diminuição das
capacidades
Importância dos programas de
prevenção
A educação fornece ferramentas no que respeita ao
desenvolvimento da capacidade decisória dos indivíduos:
Permite-lhes fazer escolhas mais assertivas;
Permite-lhes desenvolver comportamentos de prevenção e atitudes de
promoção da saúde
Para as mulheres a educação:
Ajuda a diminuir e inverter as taxas de propagação da doença;
Casamentos mais tarde e planeamento familiar
Favorece a independência económica
A educação é infinitamente menos dispendiosa do
que os custos com o tratamento da doença!!!!!
As escolas são o local privilegiado para se desenvolverem
programas de prevenção, já que permitem que estes atinjam uma
larga população, em risco, mas não infectada…
Estigmatização das pessoas
com sida
Deriva da associação do HIV/AIDS com:
sexo, doença e morte,
comportamentos considerados ilegais, proibidos ou tabu,
como o sexo pré e extramarital, trabalhadores do sexo,
sexo entre homens e abuso de drogas
Causa mais problemas do que a doença em si –
discriminação da pessoa com sida
Leva a taxas de infecção maiores devido a que
impede que as pessoas façam rastreio e se
protejam a si e aos seus parceiros
As mulheres e a sida
O número de mulheres infectadas está a
aumentar
A desigualdade de género e outros factores
colocam as mulheres em maior risco de infecção
Uma vez infectadas ,são mais rejeitadas e
estigmatizadas
Cuidar de pacientes com sida é visto como uma
tarefa feminina
As mulheres são mais
vulneráveis do que os homens…
Biologicamente as mulheres são mais vulneráveis,
sobretudo as jovens devido à imaturidade dos seus
tecidos genitais
Factores sociais e culturais restringem as opções das
mulheres, por exemplo no acesso à educação sexual
ou no simples facto de insitirem para que os seus
parceiros utilizem preservativos
Dependência económica de muitas mulheres
relativamente aos seus parceiros sexuais
SIDA e toxicodependência…
Pessoas que usam drogas , especialmente
intravenosas
Têm o direito de saber como se proteger a si, aos seus
filhos e parceiros
O álcool também pode conduzir a alterações de
comportamento conducentes a comportamentos de
risco
Metas a atingir no biénio 2009-2011:
9 áreas prioritárias no combate á
infecção pelo HIV/ SIDA:
reduzir a transmissão pela via sexual
prevenir a morte das mães e a transmissão da doença aos seus bebés
assegurar que as pessoas infectadas tenham acesso e recebam
tratamento
prevenir a morte por tuberculose das pessoas com sida
evitar que os consumidores de drogas sejam infectados
retirar leis punitivas, politicas e práticas, a estigmatização e a
discriminação que impedem resposta efectiva para a SIDA
impedir violência contra as raparigas e mulheres
tornar os jovens capazes de se protegerem contra o HIV
facultar protecção social para quem está infectado
“Sem a educação, a sida vai continuar a
sua disseminação galopante. Com a sida fora
de controlo, a educação estará fora do
alcance.”
Peter Piot, Executive Director UNAIDS
Bibliografia
Edusida, Onusida, Junho de 2008
HIV/AIDS and Women,Unesco and Unaids
Advogacy Kit
WHO information series on school health,
doc.6.1, Teachers Exercise book for HIV
prevention
WHO 2009 AIDS epidemic update
(documentos disponíveis para consulta e download em diversos links de associações ligadas à
prevenção da doença, Who,Unaids)

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