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Staff Tel.Fax: 54-11-4613-5475 / 4637-0942 / 4612-1726 / 54-9-11-4187-5872 Cordenação Geral Gustavo Molinatti [email protected] Página Web Website em espanhol: www.guiadelreciclador.com Website em português: www.guiadoreciclador.com Desenho e Diagramação Estudio Connotar [email protected] Publicidade e contato comercial Gustavo Molinatti [email protected] Para anunciar e contato no Brasil (11) 8173-6943 [email protected] [email protected] Para anunciar e contato na America Latina Gustavo Molinatti [email protected] Redação - Correio de leitores E-mail: [email protected] Fax: 54-11-4637-0942 Envio de artigos técnicos e notícias E-mail: [email protected] Assinatura Gratuita on line : www.guiadoreciclador.com E-mail: [email protected] Fax : 54-11-4637-0942 Colaboradores e agradecimentos especiais desta edição Mike Josiah, Uninet Imaging Jorge Daniel Santkovsky, Scrap y Rezagos Sherry Lachine, PrintFleet Inc. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida sob nenhum conceito sem a permissão por escrito pelo editor. Se realiza todo o esforço possível para assegurar a fidelidade do material editado. De qualquer modo, o editor não assume nenhuma responsabilidade pelos erros nos artigos nem são expressadas as opiniões do editor Gustavo Molinatti Cordenação Geral Colaboradores Leonardo Valente é economista e profissional inscrito do Conselho Profissional de Ciências Informáticas de Buenos Aires. Tem sido produtor de meios especializados em informática, e trabalhado nas áreas de sistemas e marketing de várias empresas. Atualmente dirige a Inkpro.net, uma empresa de reciclagem ISSO 9001 com distribuidores em toda Argentina, que ativamente trabalha no teste de cartuchos sob as normas ASTM. Realiza, também, trabalhos de consultoria e implementação de sistematização e qualidade em empresas do setor. Eng. Cássio Rodrigues é o responsável técnico pelo Instituto que leva seu nome, referência no Mercado de Recondicionadores onde capacita utilizando avançadas metodologias educacionais que permitem o aumento da qualidade nos processos técnicos e operacionais. O ICR atua em todo o território brasileiro assim como Américas Latina, Central e do Norte, levando palestras, cursos e consultorias para recondicionadores, distribuidores, fabricantes de insumos e consumidores de produtos recondicionados. Enrique Stura tem mais de 25 anos de experiência no campo de eletrografia tendo atuado tanto em Desenvolvimento e Produção de fotorreceptores de Sete assim como em Marketing e Vendas de materiais para reprografia. De 1999 até 2005 foi consultor e também diretor técnico da Laser Toner do Brasil Ltda. empresa brasileira de remanufatura de cartuchos para impressoras e copiadoras. Das 2005 até hoje é Diretor técnico da UniNet Argentina na gerência técnica. O trabalho inclui investigação e desenvolvimento de produtos como suporte a UniNet Internacional, criação de manual e notas relacionadas com remanufatura, seminários, treinamento técnico. Software para seguimentos de custos de remanufactura e ajuda a clientes locais e internacionais. Seus trabalhos são publicados em várias revistas internacionais. Horácio Murúa é engenheiro químico e administrador de empresas pela Universidade Mackenzie, com pós graduação em comércio exterior pela Fundação Getúlio Vargas e em História pela Universidade de São Paulo. Foi diretor industrial de diversas empresas multinacionais das áreas químicas e farmacêuticas, realizou diversas conferências sobre temas técnicos em congressos no Brasil, Estados Unidos e América Latina. Possui patente de processos de fabricação, projetou e instalou indústrias no Brasil, Argentina, Uruguai e França. É autor de vários artigos técnicos publicados na área de reciclagem de cartuchos de toner. Consultor de projetos, implantação e validação de processos, atua hoje na Ink Press do Brasil como gerente das áreas de marketing e exportação e é instrutor dos cursos de reciclagem de cartuchos de toner, toner colorido e jato de tinta. Alejandro Campos Responsável pela área técnica da Servicint S.A., empresa com mais de 15 anos de experiência no mercado de insumos, trabalhou por mais de 10 anos em sistemas de impressão de grande formato e gigantografias, dedicando-se há mais de 5 anos ao desenvolvimento de sistemas de reciclagem de jato de tintas, matriciais e Mariela Gentilini Confêrencias Silvia Fiasche Administração e Eventos toners. Adriana Ponce Coelho Cerântola é advogada especializada em meio ambiente, sócia-fundadora de Santos & Cerântola Sociedade de Advogados, docente e palestrante. Estudio Connotar Disenho e Diagramação 4 Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 Arqta. Paulina Molinatti Tradução Editorial Gustavo Molinatti Nosso futuro está no lixo É tentador sentenciarmos em um simples pensamento a chave para o sucesso quando analisamos um determinado negócio. Alguns negócios são fáceis, outros nem tanto. Por exemplo, a chave do sucesso para quem tem um time de futebol é fazer gols e ganhar campeonatos. Isso é simples de concluir, não é necessário ser um visionário – ainda mais se o seu time for o Barcelona. Mas em outros negócios isso é bem mais complexo, como é o caso da remanufatura de cartuchos. Qual é o pensamento que nos permitirá de uma vez por todas alcançar o almejado sucesso da nossa atividade? Aposto que se perguntar a 5 pessoas (recicladores), terei pelo menos 3 respostas diferentes. A “qualidade do cartucho a um menor preço”, a “economia”, o “serviço”, a “proteção do meio ambiente”, e posso imaginar outras mãos levantadas na sala. Alguém sabe? É provável que não haja uma resposta única, alguns dirão, mas uma combinação de várias. O que começa a ficar claro é que com a oferta do mercado de cartuchos asiáticos, as agressivas campanhas das marcas originais e a transformação da impressão em serviço, muitos de nossos prognósticos começam a afundar como o Titanic. São poucos os recicladores no Brasil que apenas reciclam, e a grande maioria que continua na atividade faz somente os cartuchos que convém. Muitas oportunidades de crescimento do grêmio ficaram para trás e não é difícil julgar quem mudou de modelo por uma questão de sobrevivência. Está tudo perdido? Se o setor deixar para trás seu compromisso com o meio ambiente, sem dúvidas continuará perdendo aos poucos o especo conquistado com tanto esforço. Mas se observarmos com inteligência, veremos uma luz no fim do túnel. Essa luz se chama Lei de Resíduos Sólidos. Essa lei sancionada incorpora conceitos modernos de gestão de resíduos e traz novas ferramentas à legislação brasileira, como acordos setoriais, responsabilidades divididas pelo ciclo de vida dos produ- tos, logística reversa, coleta seletiva, sistema de informações sobre a gestão de resíduos sólidos, catadores de materiais recicláveis e planos de resíduos sólidos. Ainda que a nova lei já tenha uma regulamentação, seu efeito será sentido depois dos acordos setoriais e a partir da criação de metas de logística reversa (LR). Dos produtos obrigados a implantar a LR, somente as embalagens de óleo lubrificantes foram convocadas por editorial recente para a apresentação de seus planos. O setor, nossa indústria, será uma das próximas. O tempo corre e uma nova oportunidade está a nossa frente. Você vai deixar passar? Se me perguntarem como editor sobre o que acredito que será o sucesso do negócio, com certeza hoje eu responderia: nosso futuro está no lixo. Atingimos 50 edições! Contrariando a previsão de muitos que não acreditavam na viabilidade da Indústria e menos ainda na continuidade de uma mídia impressa que a representasse, o Guia do Reciclador conseguiu permanecer e crescer durante esses primeiros 100 meses de vida. Há muitos fatores que colaboram para que o Guia del Reciclador e Guia do Reciclador continuem existindo. Mas acreditem, a chave disso tudo é uma só: a pessoas que sempre acreditaram que o futuro de seu próprio negócio está ligado ao sucesso de todos os que recebem essa revista. A eles, obrigado. Nesta Edição Edição Número 50 M. Ambiente SdeI 36 • O Coltan e seus problemas com a Sociedade e o Meio Ambiente 38 • Política Nacional de Resíduos Sólidos: primeiros passos, grandes desafios 16 • Um guia através do labirinto TCO Tecnica 22 • A ciência por traz da contagem de páginas, rendimento de cartuchos e a regra de 5% 26 • Como funcionam os sensores de densidade de toner (sensor TD)? 32 • Impressão em 3D: Imprimindo o futuro 8 Novos Produtos 58 Instruções 26 • Remanufatura do Cartucho de Toner Brother ® HL-2130 • TN410 Região 2 60 • Tendências 2012: Brasil Empresários analisam a atualidade do setor no Brasil Região 1 64 Notícias Intenacionais Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 5 Novos Produtos As últimas novidades do mercado da Uninet A Uninet lança o toner Absolute Black e componentes para a Samsung ML-2545 Los Angeles, CA - UniNet lança o toner Absolute Black e componentes chave homologados para uso na impressora laser monocromática Samsung ML-4525. Essa impressora super acessível da Samsung é a resposta a produtos similares, como a HP P1102, Brother HL-2240, A Uninet lança toner Absolute Black e componentes para a HP Laserjet Enterprise M 601, 602, 603 Los Angeles, CA - A UniNet tem o prazer de anunciar o lançamento do toner Absolute Black e componentes homologados para uso na HP Laserjet Enterprise 600 series. A nova série de impressoras monocromáticas HP Enterprise 600 substitui as impressoras antigas P4014/4015/4515. As impressoras M601 (45ppm), M602 (52 ppm) e a M603 (62 ppm) oferecem uma variedade de bandejas de papel, impressão frente e verso e opções de disco rígido e foram A UniNet lança toner Absolute Color e componentes para a remanufatura dos cartuchos Xerox Phaser 7500 entre outras. Com capacidade de 24ppm, resolução de 1200 x 1200 dpi, é uma impressora monocromática de velocidade média a um preço muito baixo. Vendida preferencialmente por distribuidores, a ML-2545 utiliza os cartuchos populares MLT-D105 S/L, com capacidades de 1,500 a 2,500 páginas. Esses cartuchos também são utilizados nas impressoras laser ML-1910/1915, 2525 bem como nas MFPs SCX-4600/4623 e SF-650. desenvolvidas para o mercado de médio e grande porte onde o volume de impressão é o principal requisito. Essas impressoras utilizam o cartucho CE390X com rendimento de 24,000 páginas, também utilizado nas multifuncionais HP4555. Esses cartuchos oferecem uma excelente oportunidade de boa margem de lucro para os recicladores e são similares em design aos cartuchos P4014/4015/4515, facilitando a transição para esses cartuchos. Los Angeles, CA - UniNet lança toner Absolute Color e componentes homologados para a nova impessora laser Xerox Phaser 7500. e USD 5.000, dependendo das opções de configurações, podemos considerar uma impressora importante. Os cartuchos de toner OEM vêm em versões simples de rendimento de 19,800 páginas em preto (USD 3300) e duas versões de rendimento nos coloridos, de 9,600 páginas (USD 315) e 17,800 páginas (USD 480). Esse recente lançamento da Xerox é um impressora top de linha, completamente equipada, com capacidade de impressão de 35ppm, resolução de 1200 x 1200 dpi e qualidade profissional de impressão. Com um preço entre USD 3.000 Os custos operacionais OEM são tão altos que esses cartuchos representam uma oportunidade rentável para que os remanufaturadores ganhem alguma participação no mercado. Cartuchos Uninet de substituição Absolute Color e componentes para a Konica Minolta Bizhub C353/C253/203 MFP Los Angeles, CA - A UniNet lança o cartucho de substituição Absolute color e componentes homologados para uso nas MFP laser coloridas Konica Minolta Bizhub C353/C253/C203 . Todas as MFP das séries Bizhub C353/C253/C203 compartilham a mesma máquina básica, mas com velocidades de Toner UniNet Absolute Color e componentes para a Dell2150 Los Angeles, CA - A UniNet lança o toner Absolute Color e componentes homologados para a remanufatura dos cartuchos coloridos da Dell 2150. Com velocidade de 24ppm e resolução de 600 x 600 dpi essa impressora utiliza cartuchos de toner individuais com 8 Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 20 ppm (C203), 25 ppm (C253) e 35 ppm (C353). Essas são impressoras tamanho padrão e apresentam uma grande lista de opções (bandeja de papel, alimentador de documentos duplex, etc.) Ainda que não estejam mais a venda, essas máquinas tiveram um grande sucesso e continuam ativas no mercado. Os Smartchips também são oferecidos separadamente para aqueles que coletam os cartuchos vazios. rendimento de 2.500 páginas. Não há outros componentes para substituir, exceto o toner. O módulo do cilindro (que consiste em quatro cilindros) normalmente nunca chega a ser substituído. Precisamos apenas carregar os cartuchos com toner e incluir o smartchip e o cartucho está pronto para funcionar. Os cartuchos podem ser reutilizados muitas vezes, tornando-os ideal para aqueles que podem armazenar os vazios. Novos Produtos Toner Uninet preto Geração X e componentes para a remanufatura dos cartuchos da Dell 2335 Los Angeles, CA - A UniNet tem o prazer de anunciar o lançamento do toner preto Geração X e componentes homologados para o cartucho da MFP monocromática Dell 2335. Essa nova impressora laser 4 em 1 da Dell imprime 35ppm, tem capacidade de cópia, impressão, escâner colorido e fax e inclui um alimentador automático duplex para 50 páginas. Os cartuchos OEM são fornecidos em versões para 3.000 e 10.000 páginas. Para mais informações, favor contatar a UniNet através do telefone + 1 (424) 675-3300 ou do site www.uninetimaging.com As últimas novidades do mercado da OCP Novas tintas OCP para os cartuchos HP HP 950 / 951 Após o término do desenvolvimento, a OCP é a primeira empresa a lançar no mercado novas tintas para os cartuchos HP 950 / 951. Para garantir o melhor resultado possível na impressão, igualando-se a OEM, nós sempre utilizamos a melhor matéria prima disponível em nossas formulações. E como a HP utiliza tinta pigmentada preta e colorida em seus novos cartuchos HP 950 / 951 como já fizeram nos cartuchos HP 940, a OPC faz isso muito bem. Os cartuchos HP 950 / 951 são utilizados apenas nas impressoras HP Officejet Pro 8100 / 8600 até agora, mas nossa experiência diz que mais modelos serão incorporados a esse cartucho. A HP Officejet Pro 8100 e a Officejet Pro 8600 são equipadas com cabeçotes de impressão permanentes em cartuchos individuais. Em ambas as impressoras a resolução é de 4800 x 1200 dpi. As impressoras podem imprimir mais de 20 páginas pretas por minuto e até 16 coloridas por minuto. A HP Officejet Pro 8600 é também equipada com monitor LCD colorido. O LCD está disponível nos tamanhos de 6,75cm ou 10,92cm, dependendo da versão do modelo da impressora. Segue uma lista completa das novas tintas OCP para os cartuchos HP 950 / 951: Printer HP Officejet Pro 8100 / 8600 Series OEM cartridge Colour / Type OCP ink(s) CN049AE CN050AE CN051AE CN052AE Black Pigment Cyan Pigment Magenta Pig Yellow Pigment BKP 280 CP 280 MP 280 YP 280 Black Pigment Cyan Pigment Magenta Pig Yellow Pigment BKP 280 CP 280 MP 280 YP 280 (950) (951) (951) (951) CN045AE (950XL) CN046AE (951XL) CN047AE (951XL) O volume de tinta e rendimento dos cartuchos OEM são: *de acordo com informação publicada pela HP 10 Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 Cartucho OEM Cor(es) Volume de tinta* Páginas* CN049AE (Nº 950) CN050AE (Nº 951) CN051AE (Nº 951) CN052AE (Nº 951) CN045AE (Nº 950XL) CN046AE (Nº 951XL) CN047AE (Nº 951XL) CN048AE (Nº 951XL) Black Cyan Magenta Yellow Black Cyan Magenta Yellow 24ml 8,5ml 8ml 8ml 53ml 24ml 17ml 17ml 1.000 700 700 700 2.300 1.500 1.500 1.500 Como já sabemos de outros cartuchos, os novos HP 950 / 951 também são equipados com um chip que reconhece a impressora. Para encontrar a solução e fazer o cartucho funcionar após a recarga sem a reposição do chip favor contatar a equipe de vendas da OCP. Os clientes e distribuidores OCP serão informados sobre como fazer o cartucho funcionar sem a reposição do chip. Amostras estão – como sempre – disponíveis sob pedido em embalagem de 0,25kg. Para amostras individuais e quantidades favor nos informar sobre demanda detalhada. Seu time de vendas OCP! Novos Produtos Tintas OCP para a Epson L800 A primeira impressora OEM de foto com sistema CISS (Sistema contínuo de suprimento de tinta) A relação acima também atende as impressoras das séries Epson L100, L200, que são equipadas com 4 cores apenas (BK 155, C 155, M 155, Y 155). Após o término de seu desenvolvimento, o departamento de pesquisa e desenvolvimento da OCP lança as novas tintas para a Epson L800 Com a impressora Epson L800 foi desenvolvido um sistema alternativo de CISS que pode ser instalado na maioria das impressoras Epson. A Epson L800 vem com um tanque de tinta integrado de maneira a oferecer um fornecimento contínuo de tinta por um longo período de duração. A base correspondente da L800 é a impressora Epson 6-color T50/P50 – que fornece uma grande gama de cores para impressão de fotos. Cada garrafa de 70ml de tinta OEM vem com um código de 13 dígitos que garante sua autenticidade. Antes de iniciar a impressão é necessário encher os reservatórios de tinta e digitar o código no menu da impressora. O preço de revenda para cada garrafa está em torno de US$ 10, 90 = aprox. 155.71 US$/kg. As tintas OCP para a Epson L800 são: Epson-Printer L100 L200 L800 Colour OCP Ink Black Cyan Magenta Yellow Photo Cyan Photo Magenta BK 155 C 155 M 155 Y 155 CL 156 ML 156 A L100 e L200 representam o segmento Epson de baixo valor e as tintas correspondentes são vendidas em garrafas a um preço unitário de US$ 5,50. Todos os modelos podem ser encontrados no mercado onde a CISS está estabelecida. De acordo com as nossas informações a Epson lançou essas impressoras na Argentina, China, Índia, Indonésia e Rússia. Na China a L800 foi lançada com o nome L801. As amostras estão – como sempre – disponíveis em embalagens de 0,25kg. Para amostras individuais e outras quantidades informe sua demanda detalhada. Seu time OCP! de vendas Para mais informações: [email protected] / http://www.ocp.de As últimas novidades do mercado da Static Control Novo toner Odyssey Static Control elimina defeitos relacionados à fusão nos cartuchos HP® P3015 e Canon® LBP-6750 Sanford, N.C. – Static Control lança o novo toner que elimina os defeitos de impressão relacionados ao problema de fusão nos cartuchos das impressoras da HP® LaserJet® Enterprise® P3015 e Canon® LBP-6700. Problemas de fusão, normalmente descritos como “ghosting” aparecem como uma imagem repetitiva na página. O defei- to pode estar relacionado a impressora ou ao cartucho. É sabido que o defeito de fusão acontece em condições de baixa temperatura e após longos períodos de inatividade da impressora. Para mais informações sobre esse e outros projetos da Static Control entre em contato com um representante de vendas da Static Control. . Novos Produtos A Static control oferece um chip único para muitos modelos de cartuchos Lexmark®, Dell®, IBM® e Toshiba® Chips para a família de impressoras da Lexmark® E250/350/450 Sanford, N.C. – A Static control anuncia o bom desempenho e eficiência dos chips multi marcas para uso na família de impressoras Lexmark® E250/350/450. Um único chip pode ser utilizado na remanufatura de diversos cartuchos Lexmark®, Dell®, IBM® e Toshiba®. Esses chips multi marcas da Static Control estão disponíveis para 46 cartuchos utilizados em 10 diferentes modelos de impressoras vendidos mundialmente. A Static Control oferece a indústria o chip mais completo e funcional, com a maior cobertura de mudanças de firmware. Código dos produtos: LE250CP-MB2 LE250CP-MB2-L LE352CP-MB2 LE352CP-MB2-L LE450CP-MB2 LE450CP-MB2-L LE450CP-MBX2 LE450CP-MBX2-L Os novos toners da Static Control para os cartuchos da HP® M4555 MFP e HP® 600 Series oferecem fusão superior, densidade e rendimento bém oferece componentes secundários como parte da solução completa de remanufatura. Sanford, N.C. – A Static Control lança o novo toner para os cartuchos das impressoras LaserJet® Enterprise® HP® M4555 MFP com qualidade superior de fusão, densidade e rendimento de página. Essa nova impressora de alta velocidade tem muitos requisitos de fusão. O novo toner da Static Control foi especialmente desenvolvido para atender a esses requisitos enquanto oferece a densidade necessária e o rendimento esperado. A utilização de toners não específicos para essa máquina podem causar problemas relacionados a fusão. O novo toner foi desenvolvido para funcionar em toda a gama dos componentes Static Control para os cartuchos das HP® M4555 MFP e HP® 600. A Static Control tam- Static Control lança chips para a impressora de grande formato Canon® imagePROGRAF iPF8300 Sanford, N.C. – A Static Control lança chips para os cartuchos da impressora de grande format Canon® imagePROGRAF iPF8300, utilizada largamente nos mercador de arte e fotografia profissional. As impressoras de grande formato como a imagePROGRAF iPF8300 oferecem aos remanufaturadores oportunidades únicas pois utilizam 12 reservatórios de tinta. A Static contro tem chip para os cartuchos de baixo e alto rendimento. Static Control lança toner novo e melhorado para os cartuchos das impressoras Dell® 3130 e Xerox® 6280 Sanford, N.C. – A Static Control lança um toner novo e melhorado para os cartuchos utilizados nas impressoras. O novo toner elimina a densidade suave e os defeitos de impressão relacionados ao fusor. Alguns toners da remanufatura, no reservatório primário da Dell® 3130 e Xerox® 6280 normalmente se enroscam enquanto se movem através do reservatório de toner Código do produto: HP4555-460B-OS HP4555-1070B-OS Código de Produtos: PFI704CP-MK, -MK10 PFI704CP-K, -K10 PFI704CP-C, -C10 PFI704CP-MA, -MA10 PFI704CP-Y, -Y10 PFI704CP-PC, -PC10 PFI704CP-PM, -PM10 PFI704CP-R, -R10 PFI704CP-G, -G10 PFI704CP-BL, -BL10 PFI704CP-GY, -GY10 PFI704CP-PGY, -PGY10 PFI304CP-MK, -MK10 PFI304CP-K, -K10 PFI304CP-C, -C10 PFI304CP-MA, -MA10 PFI304CP-Y, -Y10 PFI304CP-PC, -PC10 PFI304CP-PM, -PM10 PFI304CP-R, -R10 PFI304CP-G, -G10 PFI304CP-BL, -BL10 PFI304CP-GY, -GY10 PFI304CP-PGY, -PGY10 antes de se misturarem na unidade de carregamento. Isso evita que o toner seja levado ao rolo magnético de revelação, o que pode causar densidades de impressão suaves e acionar o erro na impressora de “Remove Tape Seal”. Uma fusão mal feita também pode acontecer, já que o ponto alto e baixo de fusão de toner não está otimizado corretamente para esta aplicação do fusor. O novo toner da Static Control soluciona esses problemas com uma melhora no fluxo e fusão Para mais informações sobre esse e outros projetos da Static Control, entrem em contato com um representante de vendas da Static Control. Visite: www.scc-inc.com Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 13 Novos Produtos As últimas novidades do mercado da Future Graphics A Future Graphics lança a peça guia para alinhamento de furo dos cartuchos da P1505/P1606 San Fernando, CA – A Future Graphics, líder mundial no fornecimento de componentes e suprimentos para o Mercado alternativo de suprimentos de imagem, anuncia o lançamento do guia de furadeira e alinhamento de lâmina dosadora (HP1606THHOLD) para a remanufatura dos cartuchos monocromáticos HP® P1102/P1606, P1566, M1536, P1006/P1505. A nova ferramenta de alinhamento, desenvolvida internamente na FG, permite aos remanufaturadores realizar o furo com segurança no reservatório de toner. Essa peça faz parte da Solução Completa de Remanufatura da mais popular impressora monocromática do mercado, e inclui OPC da líder da indústria MK Imaging®, toner dedicado MK Imaging® , lâmina de limpeza homologada, chip e lacre. Todos os componentes foram rigorosamente testados para funcionar como uma solução conjunta, o que é crítico para um cartucho laser de alta performance. O kit HP1606THHOLD inclui a peça, plugs (100) e manual de usuário. Pode ser enviado a qualquer lugar do mundo. A Future Graphics é líder mundial no suprimento de insumos de imagem, combinando expertise de distribuidor mundial e o maior fabricante de toner e OPC para a indústria alternativa do mundo. O resultado é uma infinidade de recursos técnicos capazes de oferecer ao mercado sistemas completos de remanufatura. A FG também é distribuidora exclusiva da marca MK Imaging® para OPC e toner e Kaleidochrome® para toner colorido e OPC. A FG possui 3 distribuidores na América do Norte e nove distribuidores internacionais, oferecendo a seus clientes o mais alto nível de satisfação em todo o mundo. Para mais informação: Future Graphics Corporate, 1175 Aviation Place San Fernando, CA 91340 - Int’l: 818-837-8100 [email protected] www.fgimaging.com 14 Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 Um guia através do labirinto TCO A crescente demanda de soluções MPS e de contratos por CPP, está fazendo com que as empresas comecem a olhar um pouco mais além do simples preço na hora de comprar uma impressora ou multifuncional. O custo total de possuir uma impressora ou MFP está afetado por vários fatores importantes que devem ser avaliados além do preço de aquisição, como os custos de impressão, o impacto do meio ambiente ou o suporte técnico que ofereça a marca. 16 Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 Aos poucos o modelo razor-and-blade que tanto inspirou o negócio de impressão vai debilitando-se. É que tanto as empresas e usuários como os provedores de produtos e serviços começam a compreender que não tem muito sentido comprar uma impressora barata para depois acabar comprando um sobrepreço na reposição de seus cartuchos ou em seu custo por página por falta de rendimento. Inclusive a quem oferece serviços de gestão de impressão prejudica o trabalho com equipamentos de baixo rendimento de impressão, já que gera custos adicionais de serviços, insumos ou até possíveis reclamações do cliente. Se observarmos as publicidade de venda de impressoras ou MFP em jornais ou revistas, aqueles que leem os clientes durante o café da manhã no sábado ou domingo, veremos que o destaque continua sendo o preço, suas condições de pagamento ou descontos ocasionais e as funcionalidade que oferecem (conexão wi-fi, velocidade em PPM e qualidade de impressão em dpi, etc.) Não é do interesse dessas cadeias de venda alertar o consumidor sobre outros dados chave, como o custo dos cartuchos ou o custo por página impressa. Algumas marcas se atrevem a anunciar um baixo custo de impressão, mas como um lema de marketing cuja referência são uma letras minúsculas que poucas vezes temos paciência de ler. Como remanufaturadores ou provedores de insumos ou serviços de impressão, estão a par de quais são as impressoras ou MFP que mais convém ao seu negócio e a seu cliente (ainda que nem sempre coincida essa conveniência). O motivo desse artigo é dar alguns conselhos básicos para que possam ajudar seus pequenos, médios ou grandes clientes a fazer as perguntas corretas no momento de adquirir uma impressora MFP. Ter a informação correta antes da compra, pode significar economia de dinheiro e problemas a seus clientes e facilitar vários aspectos de sua relação comercial como provedor. Ciclo de vida útil Conceitualmente, a chave do sucesso na compra de uma impressora ou MFP é analisar previamente seus custos globais, tanto o ciclo de vida do equipamento como o seu desempenho dentro da empresa. Como provedor é imprescindível conhecer em detalhe as necessidade de impressão do seu cliente, volumes e tipos de trabalhos, localização dos equipamentos, quantidade de empregados e toda aquela informação que permite fazer um diagnóstico claro do uso das impressoras. Ainda existe uma tendência em muitos departamentos IT (que parecem definir os pedidos de compra de sua área) de olhar somente o custo de aquisição. E como o custo de impressão parece estar um tanto oculto dentro dos pressupostos gerais do departamento, é frequente que não seja levado em conta na hora da compra. E enquanto os departamentos IT compram os dispositivos pelo preço, o resto dos setores da empresa convive com impressoras MFP que tem um alto custo de desem- penho, que requer muito tempo perdido na intervenção de cada usuário ou que produzem quantidades de desperdícios que agridem o meio ambiente. Esses fatores são ainda mais evidentes nas empresas que tem uma necessidade de imprimir gráficos ou documentos coloridos. Para ajudar seus clientes a tomar as decisões corretas, dividimos esse artigo em três partes. A primeira analisa as três perguntas comuns que os compradores IT fazem no momento de comprar uma impressora ou MFP. Essas perguntas são importantes, mas parecem ser as únicas que elaboradas. Na segunda parte detalharemos outras cinco perguntas que deveriam ser feitas, cobrindo problemas que, se forem investigados corretamente, podem ajudar a economizar dinheiro e desperdícios. Na terceira parte publicamos um exemplo comparativo entre três impressoras laser monocromáticas do mesmo segmento, que nos permitirá avaliar seu Custo Total de Propriedade (o TCO em sua sigla em inglês). As três perguntas comuns 1. Quanto custa? É normal que seja difícil para uma empresa pequena ou média com um capital de investimento limitado, enxergar além do preço de compra. Em empresas que vivem ou morrem pelo fluxo de caixa, uma típica decisão é comprar o produto mais econômico que oferece os mínimos requerimentos para um determinado trabalho. Essa conduta de compra é a vem alimentando toda a indústria de impressoras por décadas, onde muitos vendedores atuam como líderes de perda, para que dessa maneira possam maximizar suas entradas a longo prazo. O hardware inicial é vendido a um custo muito barato – inclusive com prejuízo – para fechar vendas futuras a um alto preço para toners, cilindros, papéis e outros consumíveis. O que essas empresas não tomam consciência ou ignoram é que manter uma impressora ou MFP através de seu ciclo de vida custará muitas vezes mais o seu custo inicial de compra. O TCO é uma combinação de preço de compra, consumíveis, espaço a ser utilizado, custo de manutenção e fatores humanos, como tempo de treinamento, gerenciamento e inclusive de quantidade de tempo esperando que as impressões terminem. E claramente, o custo para o meio ambiente. 2. O quanto é rápida? Como dissemos anteriormente, a velocidade de impressão (quantidade de páginas que imprime em um minuto, em cor e em preto) parece ser utilizada com frequência como argumento de venda, em especial para aqueles dispositivos que serão utilizados em grupos de trabalho ou em rede. Em outras palavras, a impressora ou MFP mais rápida será mais atraente para ambientes de trabalho com múltiplos usuários. Contudo, estabelecer um índice de velocidade de impressão pode ser enganoso. É importante notar que a velocidade de impressão na lista de especificações técnicas da impressora é normalmente uma indicação da velocidade básica de Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 17 seu motor e onde sempre é um reflexo da velocidade que será alcançada normalmente em um cenário real. Os tempos de pré-aquecimento e de processamento da imagem são em geral componentes mais relevantes em tempo total de impressão mais que a alimentação de papel através do motor da impressora e a aplicação de toner ou tinta. Isso é especialmente verdadeiro naqueles que imprimem trabalhos de poucas páginas. Se a velocidade é uma preocupação do cliente, parece ser uma boa ideia solicitar uma demonstração de impressão de um documento padrão a cada um dos vendedores que for consultado, o que permitirá avaliar o tempo que demora em sair a primeira página impressa como também o tempo que leva imprimir todo o trabalho. 3. Como é a qualidade de impressão? Assim como a velocidade de impressão, a resolução de uma impressora tende a ser detalhada nas primeiras linhas das especificações técnicas ou nos argumentos destacados de vendas. Devido a crescente tendência a imprimir gráficos ou fotografias, esse parâmetro está sendo cada vez mais considerado, ainda que a maior quantidade de impressoras continue sendo para textos. A impressão de um texto em 300dpi em uma impressora laser ou MFP é quase indistinguível de uma impressão em 600 dpi. Algumas impressoras incluíram em seu sistema um modo apagador, uma característica útil já que uma considerável proporção de impressões de uma empresa tende a ser referencia privada e acabam no lixo. O modo apagador pode ser usado para economizar 50% ou mais dos custos de toner. Com o propósito de minimizar o TCO, é importante buscar dispositivos com componentes de longa vida e cartuchos de alto rendimento. Todas as impressoras e MFP precisam de substituição de seus cartuchos, mas a vida útil de seus componentes e rendimentos varia em cada modelo. Existem inclusive máquinas com cilindros que duram quase toda a vida útil do equipamento e poderiam não ser substituídos salvo em casos específicos. -A vida e o custo total dos consumíveis Nem todos os cartuchos e cilindros são fabricados da mesma maneira. Alguns clientes são tentados com a promessa de consumíveis baratos, para logo descobrir que os componentes precisam ser trocados com uma frequência inaceitável. Felizmente os vendedores de impressoras dispõem hoje de modelos com usos comparáveis, o que facilita a comparação do ciclo de vida, algo muito complicado de se fazer no passado. Normalmente o ciclo de vida de um consumível está baseado no padrão de páginas A4 com um determinado percentual de cobertura. Por exemplo, um cartucho de toner poderia especificar um ciclo de vida de 6.000 páginas com 5% de cobertura. O 5% é considerado um bom percentual para impressões tipicamente em texto. Contudo, aqueles clientes com requerimentos coloridos ou de gráficos descobrem que os ciclos de vida são muito menores que os prometidos. Por exemplo a impressão de gráficos de páginas web pode chegar a requerer em torno de 30% de cobertura da página. É bastante normal que os fabricantes ofereçam um cartucho de baixo rendimento e outro de alto rendimento, onde o de alto rendimento tende a resultar com o tempo mais econômico. Outras 5 perguntas importantes 1. Qual é o custo da impressão? Em uma pequena ou média empresa, essa deve ser a pergunta mais importante para ser feita. Através do ciclo de vida da impressora ou MFP, o custo de substituição dos consumíveis será muito maior que o custo inicial de aquisição. Não é anormal que a soma dos custos de substituição dos consumíveis seja quatro vezes maior – ou mais – que o custo inicial de compra do equipamento, em especial aquelas empresas com impressões a cor. A substituição dos cartuchos de toner é normalmente o maior componente de TCO. Há quatro coisas que o cliente deveria avaliar ao tentar determinar o custo dos consumíveis durante o ciclo de vida da impressora: - O número de consumíveis Dependendo do modelo, o fabricante ou o estilo da impressora ou MFP, o número de consumíveis que se requer pode variar consideravelmente. Algumas impressoras laser colorida chegam a ter até oito diferentes componentes que requer uma substituição periódica, incluindo os quatro cartuchos de toner, o OPC, fusor, reservatório de resíduo de toner e banda de transferência. 18 Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 Inclusive é normal que o cartucho starter que vem com a impressora seja de muito menor rendimento do que o oferecido como substituição. Se bem que a carga de pó de toner ou tinta que há no reservatório do cartucho original é menor que a oferecida por empresas remanufaturadoras diferindo o rendimento entre ambos os produtos. - Reciclabilidade dos consumíveis Existem marcas que são mais ou menos “amigáveis” com a remanufatura, não somente em sua relação com nossa indústria mas também na hora de colocar dificuldades técnicas ou barreiras tecnológicas. A reciclabilidade é um dos fatores chave a considerar o TCO de um cliente que permita o uso de consumíveis não originais. A disponibilidade e qualidade de componentes alternativos (toner, tinta, chips, lâminas, etc), sua vida útil, a estabilidade das carcaças, preços, etc., são itens que o remanufaturador deve estudar e informar ao cliente antes da compra. - Custo dos meios Outro fator a ser considerado é o custo dos meios, especialmente se a escolha é entre uma solução inke Jet ou laser. Dependendo do equipamento, pode necessitar de papéis mais caros em especial em impressoras coloridas de alta qualidade. O custo médio do papel é outro fator que pode ser avaliado no TCO. A disponibilidade de equipamentos com capacidade dúplex merece ser considerada para minimizar o custo de papel. O duplexing permite imprimir em ambos os lados da página sem requerer que o usuário recoloque o papel. Uma maneira prática de determinar o custo direto dos consumíveis e os meios utilizados, é definir o custo por página. Para isso devemos dividir o preço de cada componente consumível (toner, cilindro, tinta, etc.) pelo número de páginas em seu rendimento por página. Ao resultado deve-se somar os custos dos meios, e assim poderemos ter uma ideia básica do custo por página e meios. 2. Que tipo de serviço oferece o fabricante? Particularmente em grandes empresas, o serviço e suporte técnico oferecido pelo fabricante deveria ser um fator em qualquer decisão de compra. Quando um equipamento quebra e devemos recorrer a garantia ou ao serviço técnico oficial, é necessário saber a resposta que teremos, como: - Há uma linha telefónica de suporte do produto? - Qual é o horário de atendimento? - Qual é o tempo médio de resposta nessa região? - Que tipo de treinamento de reparo é oferecido? - A garantia cobre o ciclo de vida esperado da impressora ou MFP? As garantías podem ser difíceis de estimar em um TCO, especialmente porque sua aplicação é complexa. Mas ainda em muitos países alguns fabricantes eliminam a garantia caso não sejam utilizados cartuchos originais. 3. Quanta intervenção requer do usuário? Tempo é dinheiro. O cenário é conhecido para todos: o empregado vai até a impressora pegar o seu trabalho impresso e vê que o cartucho acabou e que há uma quantidade de impressão de outros funcionários aguardando. O encarregado do tema é chamado para substituir o cartucho (o encarregado e/ou o cartucho de substituição nem sempre estão a mão) e uma vez que o cartucho é substituído todos ficam sentados esperando a sua fez. Quanto mais tempo o cliente leve para encher as bandejas de papel, mudar os cartuchos, sem saber o que fazer com o cartucho terminado ou esperando que suas impressões acabem, menor será o tempo real de trabalho. Em um contrato MPS ou de CPP, contar com consumíveis de longa duração e alto rendimento reduzirão o custo e o número de intervenções humanas, além de reduzir o custo dos consumíveis (mais ainda se os remanufaturadores tiverem qualidade). 4. Quanta energía consome o equipamento? O uso de energia é outro custo oculto interessante de se estimar nos custos de impressão. Impacta tanto no meio ambiente como no custo de funcionamento do equipamento, mais ainda quando é uma frota de várias impressoras que consomem energia. Uma boa maneira de começar é buscar equipamentos que cumpram com Energy Star, que é um padrão internacional para o desenvolvimento de energia eficiente em equipamentos de escritório e aparatos de consumo. Com respeito as impressoras e MFP, Energy Star estabelece uma utilização máxima de energia no modo “sleep”(dependendo do tipo de dispositivo) e um tempo mínimo para ativar esse modo. Por exemplo, para cumprir Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 49 19 com Energy Star, um dispositivo A4 de 18ppm deve ter em modo “sleep” um uso de energia menor que 20W e entrar no modo depois de 15 minutos. Para mais informações sobre a EnergyStar basta visitar o site: http://www.energystar.gov.au/products/printtech.html. Os fabricantes deveriam detalhar o consumo de energia de suas impressoras, tanto em stand-by como no momento de imprimir. Seria interessante fazer uma rápida comparação de uso de energia, levando em conta que a maior parte do tempo a impressora permanece inativa (mas ainda assim fica acesa fora dos horários de trabalho). Alguns equipamentos contam com um modo de economia de energia, que permite ir a um estado da baixa energia inclusive no modo “sleep”. Em alguns casos o uso de energia nesse modo é mínimo. 5. Que tipo de impacto gera ao meio ambiente? O impacto que uma impressora ou MFP gera no meio ambiente por agora é difícil de avaliar em termos numéricos dentro de um TCO. Claramente utilizar cartuchos remanufaturados providos por uma empresa competente do setor, que disponha também de um plano de tratamento responsável dos resíduos (toner, tintas, componentes do cartucho e de dispositivos quebrados, etc) minimiza a agressão que esse tipo de produto provoca no meio ambiente. Em outras palavras, o uso de produtos remanufaturados, mais além da economia de dinheiro permite uma economia de recursos e dano ambiental, que se mede tanto em dinheiro como em valor moral que significa estar protegendo o futuro do nosso planeta. Como informamos em nossa edição 52, o Comitê Técnico 130 da Organização Internacional para a Padronização (ISSO) criou recentemente um novo grupo de trabalho (WG 11), com a finalidade de desenvolver um conjunto de normas para cobrir o impacto ambiental da impressão. O WG 11 está trabalhando no projeto ISSO 16759, sobre os requerimentos para a medição do rastro de carbono dos produtos impressos. Dessa maneira, os compradores de produtos de impressão em todo o mundo poderão comparar os rastros dos diferentes processos de produção. A base onde é calculado o impacto de carbono de um determinado produto do meio de impressão, poderá ser definida por cada usuário individual. Utilizando um inventário dos variados processos de produção utilizados para prover uma determinada peça de impressão, o impacto de carbono poderá ser determinado para cada etapa em volume de trabalho. Substratos, tintas, e outros consumíveis estarão incluídos, bem como o transporte, laminado e fatores ambientais bem como iluminação ou aquecimento, com o objetivo de calcular o impacto de carbono para cada etapa do inventário. Dessa forma a ISSO 16759 proverá a maneira para quantificar, comunicar e informar o impacto de carbono nos meios de impressão, de modo a facilitar o monitoramento contínuo do impacto de carbono da impressão e poder medi-lo com maior precisão em um cálculo de TCO. Análise de TCO O texto a seguir é um artigo elaborado pela empresa gapTCO, que exemplifica uma maneira de comparar os custos totais de propriedade (TCO) de diferentes impressoras de um mesmo segmento. Os valores e preços aplicados correspondem ao mercado dos Estados Unidos. Comparação entre três impressoras monocromáticas A4 de função simples • Brother HL 2270dw • Samsung ML 2165W • HP LaserJet Pro P1102W Com uma média de volumen mensal de impressão de 1.000 páginas e um período de propriedade de 3 anos. Conclusões Gerais • A Brother HL 2270dw é a ganhadora com um baixo TCO de $ 534.34, seguida pela Samsung ML 2165W ($645.48) e por último a HP LaserJet Pro P1102W ($692.02) • A Brother HL 2270dw tem o preço mais alto sugerido pelo fabricante ($149), mas seus consumíveis são mais baratos, resultando em uma substituição de toner mais barata, portanto um menor TCO. • Mudando o período de propriedade, a cobertura em preto e a média de volume mensal de impressão não houve mudança na ordem de menor e maior TCO. • Os CPP dos cartuchos de toner preto de alta capacidade de cada impressora baseados em seu preço atual médio, do menor para o maior são os seguintes • Brother HL 2270dw Preto: $51.62/2,600 de rendimento = $0.01985 • Samsung ML 2165W Preto: $60.72/1,500 de rendimento = $0.04048 • HP LaserJet Pro P1102W Preto: $64.78/1,600 de rendimento = $0.04049 20 Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 Análise do produto Captura de pantalla (comprimida) de gapTCO.com Gráfico de ciclo de vida TCO Comparación detallada Comparação Cabeça a Cabeça Gráfico de ciclo de vida TCO Análisis de ahorros por Costo gapTCO é uma experiencia do usuário intuitiva e gráfica desenhada para permitir uma análise fácil e simples do Custo Total de Propriedade (TCO) de impressoras e dispositivos MFP. gapTCO é desenvolvido pela Gap Intelligence, empresa de pesquisa localizada em San Diego (Estado Unidos), com foco nas indústrias de imagens, IT e eletrônica de consumo. Para mais detalhes sobre a gapTCO, favor visitar o site www.gapintelligence.com, ou enviar-nos um email [email protected] Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 21 Técnica A ciência por traz da contagem de páginas, rendimento de cartuchos e a regra de 5% Todos querem tomar as melhores decisões no momento de comprar insumos de impressão. Confiabilidade, qualidade de impressão, velocidade de impressão e facilidade de uso são geralmente as considerações mais importantes. Mas comparar os custos também é muito importante. Você deseja produtos que entreguem o que prometem! Que é rendimento de impressora? Os clientes estão ficando mais conscientes sobre o custo de possuir e operar suas impressoras e produtos multifuncionais (ver artigo nessa edição “um guia através do labirinto TCO”). O custo de insumos consumíveis (cartuchos, toner, tintas, etc.) é o componente maior do Custo Total de Propriedade (TCO em sua sigla em inglês) para uma impressora ou MFP. O custo por página de impressão leva hoje a muitas decisões de compra de impressora ou MFP, já que esses custos podem ser combinados com volumes de impressão e cobertura de impressão para dar as empresas uma estimativa razoável do TCO mensal e anual para uma impressora ou MFP específicos. Os padrões internacionais A ISO e a IEC adotaram um padrão para dispositivos branco e preto (ISSO/IEC 19752) que é descrito como um “método para a determinação do rendimento do cartucho de toner para impressoras monocromáticas eletrofotográficas e dispositivos multifuncionais que contém componentes de impressora”. As impressoras branco e preta e MFP informando rendimentos de toner sobe ISSO/IEC 19752 utilizam a seguinte explicação: Rendimento de Cartucho de Toner: Média XX,XXX páginas padrão (rendimento declarado de acordo com ISSO/IEC 19752. O rendimento variará baseado na imagem, cobertura de área e modo de impressão). No passado, os fabricantes de equipamentos originais de impressoras e MFP (OEM) utilizavam métodos patenteados diferentes para testar e informar sobre os rendimentos de seus consumíveis. Isso tornava possíveis as comparações de fato, exatas, de produtos de diferentes fabricantes. A informação era feita tradicionalmente utilizando a “cobertura de área 5%”, mas não garantia resultados comparáveis porque muitas outras variáveis de prova afetam o rendimento estabelecido, incluindo: • Configuração do tamanho de página e margens • Tipos de imagens utilizadas para criar cobertura de área de 5% • Número de cartuchos utilizados durante o processo de teste • Número de impressoras/MFP utilizados durante o processo de teste • Condições em torno do teste (umidade, temperatura, etc.) • Falta de nível de confiança estabelecido para o rendimento do consumível publicado ISO/IEC 19798 é um padrão similar que foi adotado para dispositivos laser coloridos. ISSO/IEC 19798 é descrito como um “método para a determinação de rendimento do cartucho de toner de impressoras coloridas e dispositivos multifuncionais que contém componentes de impressora”. O formato do artigo é o seguinte: Média de rendimento CMYK: XX,XXX páginas e média de rendimento contínuo preto: XX, XXX páginas (se o rendimento preto é diferente do colorido, como quando uma impressora tem um cartucho preto de maior capacidade). ISO/IEC 24711 é outro padrão que foi adotado para dispositivos a injeção e tinta sólida. ISSO/IEC 24711 é descrito como um “método para a determinação do rendimento do cartucho de tinta para impressora colorida e injeção e dispositivos multifuncionais que contém componentes de impressora”. O formato é similar ao mostrado anteriormente para ISSO/IEC 19798. Diferentes implementações de tabela de cor e otimização de balance de cor entre fabricantes pode levar a variações de rendimento entre cartuchos coloridos, inclusive se tiverem o mesmo peso de toner. Para dar conta disso, a ISSO sustenta um segundo método de informe chamado “rendimento composto”, permitindo uma simples média informando rendimento para cartuchos de toner Cyan, Magenta, e Amarelo. O preto é informado separadamente como um rendimento individual. Rendimento médio contínuo CMY: XX,XXX páginas. Rendimento médio contínuo preto: XX, XXX páginas. Qualquer variação nesses fatores durante o processo de teste pode ocasionar diferenças significativas nos rendimentos informados. O desenvolvimento de um método industrial padronizado para teste e rendimentos de consumíveis informados ajudou a eliminar essas inconsistências e deu aos clientes a informação confiável que necessitavam para tomar suas decisões tecnológicas de compra. Desse modo, quase todos os fabricantes agora admitem os padrões industriais como aqueles estabelecidos pela International Organization for Standardization (ISSO). ISO/IEC 19752, ISO/IEC CD 19798, e IS0/IEC 24711 especificam o uso de uma página de teste padrão para brando e preto e múltiplas páginas de teste para produtos coloridos, explicitam procedimentos de teste, exemplos estatísticos, controles de meio ambiente e um bem definido estado de vida útil do cartucho Métodos padrão ISO Devido aos procedimentos explícitos de teste de ISSO, os padrões ISSO são o único método rigoroso normali- 22 Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 Técnica zado para determinar o rendimento do cartucho de toner e tinta para impressoras laser, color e jato de tinta. Algumas das suas características principais são: • Usando um documento padrão de teste: Usar uma página padrão impressa com configurações de impressora por defeito. Isso garante que a configuração permanece constante através das diferentes provas, independente da plataforma ou tamanho de papel. Esse documento usa uma cobertura de 5% como sua base de comparação (ver foto do documento). Imagem 1 Página de Teste Padrão ISO/IEC 19752 Imagem 1 - Página de Teste Padrão ISO/IEC 19752 • Número de cartuchos testados: São testados nove unidades de cada tipo de cartucho, o que permite obter estimativas confiáveis do menor rendimento previsto com 95% de garantia estatística. • Fonte para cartuchos: os cartuchos e impressoras são comprados no mercado aberto de três diferentes fontes. Isso garante que os cartuchos testados representem aqueles disponíveis para os clientes e garante uma variação entre lotes. • Criterio claro e objetivo do final da vida útil: Determina o rendimento do cartucho através de medições que estabelecem um critério do final da vida útil baseado em páginas utilizáveis e que reflitam as recomendações do fabricante sobre como os cartuchos devem ser tratados a medida que se aproximam do final da vida útil (por exemplo, quantas vezes devem ser sacudidos). Essas recomendações foram desenhadas para refletir o comportamento dos usuários finais. Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 23 Técnica • Número de impressoras: Os cartuchos são testados em três impressoras diferentes (três cartuchos em cada impressora) para evitar parcialidade devido a variação da impressora. • Ambiente Controlado: O ambiente de impressão é controlado e estável porque as variações de temperatura e umidade afetam o rendimento do cartucho. • Objetividade: Devido da ampla participação mundial na indústria, isso reflete a objetividade do desenvolvimento de um padrão rigoroso e confiável. Os padrões ISO/IEC permitem comparações objetivas de rendimentos de toner e tinta estabelecidos para diferentes impressoras e MFP, independente do fabricante. Muitos clientes utilizam informações de rendimento de consumíveis para calcular a vida do toner que esperam experimentar em sua impressora, e a adesão do fabricante a esses padrões ISSO/IEC permite essa comparação. Mas é importante notar que o rendimento é uma estatística comparativa e não um real prognóstico mundial dos resultados finais. O número de páginas que qualquer usuário obterá de sua própria impressora dependerá de uma variedade de fatores, sendo a cobertura de página o maior impacto (polegadas quadradas de impressão, densidade e qualidade de configuração). A pesquisa mostrou que a média industrial de cobertura de página branca e preta está entre 4% e 5%. Há uma relação inversa entre cobertura de página e rendimento de toner/tinta: com menor cobertura de página, mais páginas de toner ou tinta serão impressas. Já uma maior cobertura de página resultará em menos páginas impressas. Rendimento de cartucho: fatores a considerar Como indicamos nesse guia, muitos fatores afetam o rendimento do cartucho, entre eles: • Cobertura do documento impresso: quanto toner é impresso na página. Os valores estão geralmente baseados em uma cobertura de 5% (página ou texto). • Temperatura e umidade. P:Posso obter o rendimento publicado para a minha impressora específica? R: Lamentavelmente não. Os padrões somente garantem que os rendimentos de páginas impressas estabelecidos de diferentes impressoras são comparáveis, não que você obterá de verdade (a menos que você imprima centenas de páginas de uma página teste ISO!). Além disso, o número de rendimento de página não é uma garantia de que os usuários obterão rendimentos declarados em sua própria impressora (já que a cobertura de página tem o maior impacto sobre rendimentos atuais). As aplicações do usuário operando com uma cobertura de página aproximada de 5% sob condições operativas normais de escritório podem esperar pelo menos experimentar rendimentos que estão bastante próximos aos rendimentos declarados por ISO. Os usuários domésticos podem não obter resultados próximos, já que a impressão doméstica tende a ter gráficos de cobertura muito maiores, o que reduz drasticamente os redimentos. P: Quais são os fatores que mais impactam os rendimentos do usuário? R: O fator mais importante que afeta o rendimento é a cobertura de página. É normal em escritorios e casas uma média um pouco acima ou abaixo dos 5% (por exemplo, se você imprime uma página web com a opção Print Background Graphics, poderá estar imprimindo com 80% de cobertura). Em geral, as páginas com áreas importantes obscuras, com sombras ou coloridas (logos ou ilustrações) ou uma grande quantidade de impressão fina vão gerar uma área de cobertura muito maior que 5% Outros fatores que podem reduzir o rendimento do cartucho são: - Maior temperatura ou maiores níveis de umidade onde opera a impressora (em impressoras laser, a umidade alta pode produzir um toner pegajoso ou aglutinado, e no caso de injeção pode ocasionar evaporação ou enrosco nos jets de impressão) - Usar uma configuração de alta resolução de impressão (que produz mais pontos a imprimir por polegada resultando em uma maior densidade) • Idade do cartucho. • Reservatório de toner ou desenho do tanque de tinta. • Tambor ou desenho de cabeçote de impressão. • Armazenagem prévia ao uso. • Ações de final de vida útil (como sacudida). Preguntas e Respostas sobre o rendimento da impressora 24 Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 - A cobertura colorida varia por tipo de produto, mas geralmente é maior que para produtos branco e preto. As impressoras coloridas e MFP tamanho carta ou A4 podem ter coberturas de página entre 7 e 15% (dependendo da aplicação e da mistura entre documentos coloridos e pretos). As impressoras coloridas e MFP de grande formato / A3 tendem a levar coberturas de páginas coloridas mais altas, entre 10 e 30%. Em artes gráficas a média de cobertura colorida pode aumentar entre 40 e 60%. Nos domicílios a cobertura pode ainda ser mais alta já que os consumidores finais tendem a ser menos conscientes das opções utilizando a melhor qualidade independente da necessidade. Técnica Como funcionam os sensores de densidade de toner (sensor TD)? Por Edgardo Boiero Esse artigo é a adaptação a uma linguagem simples de uma monografia desenvolvida para a assinatura Controle de Processos da Faculdade de Engenharia Eletrônica (U.N.L.P) intitulado: “Estudo das Características dos Sensores de Concentração de Toner para Aplicação em Sistemas de Impressão por Transferência Eletrostática Seca”. Em primeiro lugar se apresentam os fundamentos teóricos e dos princípios físicos em que se baseiam esses sensores. A continuação proporcionamos informações de referência dada nas folhas de dados dos fabricantes desses sensores, e finalmente se expõem os detalhes de sua aplicação nas fotocopiadoras RICOH como dispositivos fundamentais de laço de controle de insumo de toner. Introdução A seguir, estudaremos um tipo particular de sensores da série TS-L, TS-M e TS-H, fabricados pela empresa TDK, que se emprega a medição da concentração de toner que tenha sido mesclada com o transportador dentro de unidades de revelação de fotocopiadoras RICOH. Todas as fotocopiadoras, a maioria das impressoras laser e algumas máquinas de fax empregam revelador como elemento essencial de formação de imagem impressa sobre papel. O mesmo é composto de toner (resina granulada em pó recoberta de um pigmento preto) e Carrier (partículas de ferro recobertas por uma película polimérica). Para poder assegurar uma impressão com níveis satisfatórios de toda a escala de cinza e de preto pleno é necessário que essa mescla de toner e carrier se mantenha nas proporções adequadas. Na imagem seguinte podemos ver uma partícula de Carrier rodeada por partículas menores de toner. Carrier dentro da unidade de revelação. Em qualquer máquina de formação de imagens por meios eletro-fotográficos (ou também chamado método xerográfico) como podem ser as fotocopiadoras, impressoras laser e algumas máquinas de fax, o toner deve ser administrado desde um reservatório de armazenamento para uma unidade onde se encontra alojado o revelador. Ali o toner e o revelador adquirem carga triboelétrica por agitação e são transportados para um cilindro fotocondutor onde se forma a imagem que finalmente se transferirá e fixará no papel. É evidente que se faz necessário poder ter algum elemento de medição da quantidade de toner que se encontra no revelador em todo momento de maneira a poder determinar que quantidade será consumida e com que velocidade. Isso torna possível atuar convenientemente sobre o mecanismo de insumo de toner e também manter uma densidade constante de toner com revelador. Dessa maneira é possível garantir a revelação das imagens com uma densidade uniforme ao longo do tempo e poder determinar de forma simples, econômica e efetiva, em que o momento deve substituir o cartucho de toner por uno novo em função dos sensados realizados ao longo do tempo. Em resumo, existe um sensor capaz de medir quanto toner se encontra dentro da unidade de revelação proporcionando ao microprocessador um sinal elétrico que guarda uma determinada proporção com a magnitude que se está medindo. A tal sensor RICOH em sua literatura técnica denomina-se: sensor de densidade de toner (toner density sensor) ou sensor TD. Características constitutivas internas do sensor de densidade de toner Os sensores TS-L, TS-M e TS-H, fabricados pela TDK, e empregados massivamente pela RICOH, possuem um transformador diferencial com núcleo de ferrite como elemento de sensor e vem, por sua vez, com um par de terminais de controle para ajustar o ponto de funcionamento desejado do sensor (ajuste que se realiza somente na fábrica). Todos os sensores dessa série funcionam com 24V de corrente contínua. A empresa RICOH emprega esses sensores há mais de 2 décadas em todas as fotocopiadoras bi-componentes (tanto branco e preto como colorida) como mecanismo de detecção e controle da adequada concentração de toner com 26 Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 A possibilidade de ajustar a vontade o ponto de funcionamento brinda as seguintes possibilidades: 1-O fabricante das máquinas tem a liberdade de colocar o sensor na localização que for mais conveniente. Técnica 2-Devido a ampla rede de controle que permite o sensor, é possível ressetar fácilmente o ponto de trabalho cada vez que se substituí o revelador ou sempre que for necessário. 3-A CPU da máquina pode ajustar o ponto de funcionamento mudando a tensão nos terminais de controle do sensor para realizar auto calibrações programadas. 4-Em fotocopiadoras coloridas, não é necessário dispor de um sensor diferente para cada cor de toner empregado mas um mesmo sensor é colocado em cada unidade de revelação, cada um com um ponto de funcionamento ajustado para as características do toner dessa cor. O transformador diferencial Esse sensor emprega um transformador diferencial de constituição muito similar ao transformador diferencial de variação linear LVDT (Linear Variable Diferencial Transformer) que é um transdutor eletromecânico capaz de converter o movimento retilíneo do núcleo em um sinal elétrico proporcional. A diferença está no fato de que o núcleo que se encontra dentro do sensor está fixo e não tem possibilidade de se mover. Um transformador diferencial consta de três bobinas envolvidas sobre um mesmo núcleo fabricado a base de níquel (material de alta permeabilidade magnética), um primário que ocupa a parte central e dos secundários idênticos a ambos os lados cujos pontos homólogos se conectam em oposição-série. Geralmente um desses bobinados secundários é conectado a massa e se denomina bobinado de referência e o outro bobinado que é o que se conecta ao circito acondicionador de sinal é denominado bobinado de detecção. Princípio de Funcionamento Em todo sistema bi-componente, isto é em todo sistema que utilize revelador (composto por toner e Carrier), a medida que o toner vai sendo consumido, a concentração de toner no revelador diminui. Por isso, para manter a concentração de toner o mais constante possível dentro da unidade de revelação, é necessário repor a mesma quantidade que está sendo consumida. Isso faz com que seja necessário poder medir de alguma maneira as variações que vai sofrendo a concentração de toner de modo a produzir um reabastecimento do mesmo ao mesmo ritmo em que está sendo consumido. Permeabilidade magnética. Para poder realizar um sensor eficiente da permeabilidade magnética do meio que se encontra em contato com o sensor, os fabricantes fazem uso de um transformador diferencial como elemento constitutivo de medição como se mostra na figura seguinte, e cujo princípio de funcionamento descrevemos a seguir. Dentro do mesmo sensor encontra-se um dispositivo de conversão do sinal de alimentação, já que esses devem operar com corrente alternada, e outro armazenador de sinal de saída para produzir uma tensão proporcional ao nível de toner medido e dentro de valores padrão. Como todo transformador, esse deve receber uma alimentação de corrente alterna. O sensor que estamos estudando aqui se alimenta com corrente contínua, mas a mesma não se conecta diretamente ao bobinado primário mas previamente passa por um oscilador que gera um sinal alternado de uma frequência de aproximadamente 5KHz. Na seguinte figura podemos apreciar o esquema em bloqueios de um LVDT alimentado continuamente cuja ideia conceitual pode transferir-se perfeitamente para o caso desse sensor. Sensores Indutivos Dentro da ampla variedade de sensores que aproveitam a variação de algum parâmetro de natureza magnética para proporcionar uma medida de alguma magnitude física, a maior parte desses sensores (denominados sensores indutivo) são os que se baseiam na variação da relutância como parâmetro de transdução. Segundo detalhamos a continuação, a relutância de um circuito magnético pode modificar-se Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 27 Técnica por quatro motivos: (1) quando varia a longitude de entreferro, no caso que exista. (2) por variação do número de voltas do circuito, (3) por variação na permeabilidade magnética do meio que atravessa o campo ou bem, (4) quando varia a seção transversal do bobinado. Fisicamente, os bobinados do sensor são construídos sobre um núcleo oco de elevada permeabilidade, geralmente, de alguma liga de Fe-Ni. Todo o bobinado se encontra recoberto de um isolamento termicamente estável de polímero reforçado de cristais que o protegem das condições ambientais externas ao sensor. Todo ele é envolto em uma capsula que funciona como escudo magnético de alta permeabilidade que minimiza os efeitos de campos externos e finalmente se envolve em um cilindro de aço inoxidável para torná-lo resistente a corrosão. A maioria dos sensores indutivos de relutância variável se baseia na modificação da posição de algum elemento móvel para produzir mudanças na relutância do circuito magnético que eles formam. Os sensores nos quais as modificações na relutância surgem a partir de variações de longitude do entreferro denominam-se sensores de entreferro variável. Por outro lado, aqueles onde o deslocamento afeta a permeabilidade magnética denominam-se sensores de núcleo móvel. No caso do sensor que estamos estudando aqui, não há partes móveis mas justamente aproveitam a mudança na permeabilidade do meio através da qual se forma o circuito magnético para gerar uma medida da composição desse meio. Quando o revelador, material com um grau determinado de ferromagnetismo segundo a concentração de toner que possua, flui nas proximidades do sensor, o campo magnético que produz o transformador diferencial o atravessa. O revelador atuará como uma extensão do núcleo do transformador. O grau de ferromagnetismo que possua o revelador gerará mudanças na indutância mútua entre o enrolamento primário e o enrolamento de detenção. Em virtude do fato que as mudanças são produzidas sobre essa indutância se produzem em função da densidade de partículas ferromagnéticas que possua um revelador (Carrier) é possível medir indiretamente a quantidade de toner que se encontra misturado entre o meio através da tensão alternada que entrega o enrolamento de detenção. A informação relativa ao conteúdo de Carrier (e indiretamente de toner) contendo o revelador se traduz em uma determinada amplitude do sinal alternado de saída do enrolamento de detenção. esse procedimento chamamos ajuste inicial de sensor TD e o executamos a partir de um determinado programa de serviço. No geral, o fabricante garante uma dada concentração de toner com o revelador quando esse é novo, o que deve ser um valor preciso entre 3 e 6% dependendo do equipamento. Nesse procedimento de inicialização realizam-se várias tarefas de maneira automática e sem necessidade de intervenção do técnico. Em primeiro lugar, se produz a agitação e a consequente carga de toner e revelador. Uma vez finalizado o mesmo, realizamos as detenções sucessivas do nível de toner e armazenamos os valores medidos em uma memória para o revelador recentemente instalado. A média das últimas leituras se utiliza como valor de referência contra a qual se realizarão comparações ao longo de toda a vida útil do revelador (quer dizer, se utilizará como referência até que se coloque um novo revelador e se realize novamente a inicialização anteriormente descrita). Cada vez que a máquina realizar uma leitura do sensor de densidade de toner irá compará-la com o valor médio de referência adquirido durante a inicialização do revelador com o objeto que um algoritmo de controle, programado na placa principal, comande o motor de insumo de toner de maneira consequente com a diferença entre o valor de concentração lido e de referência. A presença do revelador com uma concentração de toner superior à requerida, quer dizer, uma concentração maior que a referência detectada na inicialização, as linhas de campo magnético produzidas pelo enrolamento primário atravessarão m meio de alta permeabilidade magnética no qual produzirá uma tensão induzida menor nos enrolamentos secundários; é possível evidenciar este fato na seguinte figura através do ponto To que produz uma tensão de saída VTo. Em troca, se o revelador se encontra com uma concentração mais baixa que a inicialização, as linhas de campo produzidas no primário atravessarão um meio pouco ferromagnético, baixa permeabilidade, gerando assim uma tensão maior nos enrolamentos secundários. Na figura seguinte, essa situação se reflete no ponto T1 que produz a tensão de saída VT1. Um fato também importante, é que, como ocorre com todos os sensores baseados nas propriedades magnéticas dos materiais, esses devem trabalhar sempre a uma temperatura inferior a temperatura de Curie. Isso limita fundamentalmente o campo de temperaturas onde se pode aplicar cada sensor. Característica de Resposta Cada vez que instalamos um revelador novo em um equipamento (o qual tem uma vida útil que oscila entre as 60.000 e as 180.000 cópias segundo seu tipo) o mesmo sensor se encarrega de realizar um procedimento de medição da concentração de toner inicial com a que vem no revelador. A 28 Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 A curva anterior não é a curva real de um sensor pois expõe a característica inversamente proporcional da tensão de saída a respeito da concentração de toner. A Técnica seguir mostramos um par de curvas características reais que proporciona TDK para a série de sensores utilizados pela RICOH. Oscilador de Entrada O sistema de medição que empregam esses sensores requer ter presente algumas questões relativas aos sinais que se utilizam. É necessário que a tensão do oscilador que gera a tensão alternada com a que se alimenta o primário seja muito estável; do contrário, suas flutuações podem confundir-se com variações na variável a medir. De outro lado, é necessário que o tamanho da banda da variável medida seja ao menos 5 ou 10 vezes inferior à frequência de oscilação; se não for assim, o/os filtro/s passam sob o que se requer recusar eficientemente restos da portadora e seus harmônicos deveriam ser de ordem elevada. Como regra de desenho seria desejável que a largura da banda do amplificador de alterna fosse ao menos uns 20% da frequência do oscilador. Em sensores indutivos, é comum que a portadora tenha uma frequência que se encontre entre os 5 e 10KHz, e que a largura da banda da moduladora seja menor que os 500 ou 1500Hz. A demodulação do amplificador de portadora deve ser sincrônica ou coerente. Se não for assim e se ocorrer uma mera detecção do envolvido, quer dizer só retificação e filtragem baixa, se perderá a informação sobre o signo da variável a medir. A demodulação sincrônica ou coerente, consiste simplesmente em multiplicar em primeiro lugar o sinal modulado por uma tensão alternada de referência que se encontra na fase com a alimentação e depois filtrar o sinal resultante com uma despensa para que elimine o componente de alta frequência que resulta da multiplicação. Dessa maneira a fase da variável a medir não se perde ao demodular. A detenção coerente permite também uma boa rejeição de série, quer dizer as interferências que sejam superpostas ao sinal que se quer medir. sário dispor de uma fonte de tensão alternada para alimentar o sensor e de um meio para detectar variações produzidas em resposta a magnitude desejada. Se por algum motivo for preciso também utilizar um conversor A/D para processar o sinal de saída do sensor, o sinal entregue por esse último deve também ser contínuo e com uma margem de valores normalizados em função do alcance dinâmico do conversor. O transformador diferencial que faz uso desse tipo de sensor, entrega como sinal de saída uma forma de onda alternada modulada em amplitude que também inclui ao zero dentro do alcance de valores possíveis que esta pode tomar. Quer dizer que contempla que pode haver uma mudança de signo na magnitude medida. Nesse caso é necessário conectar a saída do sensor o que conhece como amplificador de portadora. Em geral, isso ocorre em todos os LVDTs, em pontes alternadas, ou em todos aqueles sensores montados em um divisor de tensão como é o caso do sensor em estúdio. A modulação da amplitude surge do produto da tensão a medir e da tensão de alimentação que é alternada. Denomina-se Amplificador de Portadora (Carrier amplifier) o circuito encarregado de realizar as seguintes funções: amplificação do sinal alternado modulada em amplitude, demodulação, e finalmente, filtrado. No caso estudado, o sinal que proporciona o sensor se processa digitalmente, e no caso da demodulação recebe o nome de detecção coerente e se realiza mediante amostra sincrônica com o sinal do oscilador como sinal de referência. Outra possibilidade para extrair a informação que contém a amplitude do sinal alternado de saída do transformador diferencial é aproveitar o fato que tanto o enrolamento de detenção como o de medição são idênticos (mesmo número de voltas). A tensão do primário junto com a de ambos os bobinados secundários em série se passa por um circuito denominado comparador de fase que simplesmente realiza a função XOR entre as mesmas. Seguidamente um circuito de suavizado em forma de onda que produz o bloqueio anterior permite obter um sinal contínuo contendo a informação desejada. Esse método é o que se emprega no primeiro esquema apresentado e que se repete a seguir mais detalhadamente. Circuito Acondicionador do sinal de saída do sensor É muito importante observar que, segundo costuma acontecer com todos os sensores cujo elemento de medição está alimentado com corrente alternado, que a saída é “bipolar”, quer dizer, que em toda a excursão do sinal, existe um ponto central com tensão nula. É por isso que se faz necessário conectar um amplificador de portadora para detectar a fase do sinal de saída já que não basta medir somente sua amplitude. Para poder obter um sinal útil a saída de um sensor que seja uma fiel representação da variação de algum parâmetro tal como a capacidade ou a indutância, é necesGuia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 29 Técnica Métodos de Controle da Concentração de Toner com o Revelador Como mencionamos anteriormente, a maioria das máquinas fotocopiadoras empregam revelador, o qual é uma mescla bi-componente de toner (resina pigmentada) e Carrier (ferro em pó). Para manter uma densidade uniforme de toner na cópia ao longo do tempo, é fundamental poder manter uma adequada concentração de toner com o carrier no revelador. Se a concentração de toner é baixa, a imagem revelada sobre o cilindro, e mais tarde sobre o papel, será mais clara que a do original. Ao contrário de uma elevada de concentração de toner produzirá uma imagem mais obscura que a do original e também aparecerá um fundo cinza donde deveria ser branco. A reprodução contínua de cópias de uma qualidade constante requer um método adequado de medição da densidade de toner no revelador com o objetivo de mantê-la dentro de limites precisamente determinados. Ao longo do tempo, foram sendo implementados diversos métodos de sensor e controle da densidade de toner com o objetivo de conseguir uma reprodução o mais fiel possível dos originais e a sustentação dessa característica ao longo do tempo. Entre eles destacam-se duas técnicas de medição que se demonstraram eficientes e hoje em dia os fabricantes de fotocopiadoras utilizam ambas para conseguir um controle mais rigoroso beneficiando-se das vantagens que cada um aporta. Mais detalhes sobre esse tema podem ser vistos no artigo “Evolução dos Sistemas de Insumos de Toner” de 19 de julho de 2009 publicado nesse mesmo blog. O primeiro deles é um método ótico e consiste em revelar um padrão pleno sobre o cilindro e monitorar sua refletividade através de um sensor infra-vermelho (densitômetro). Se o padrão revelado é menos refletivo que um valor prefixado em fábrica, isso indicará que a densidade de toner é alta. Em compensação, se o padrão é mais refletivo que o pré fixado, a densidade de toner com o revelador é baixa. Com base nessas medições, o algoritmo de controle tomará a decisão de entrar ou não em um ciclo de insumo de toner. Essa técnica apresenta várias desvantagens. Em primeiro lugar, e quem sabe a mais crítica, é que é um método lento. Isto é, uma vez que o laço de controle detecta uma baixa concentração de toner, começa ali o reabastecimento, quer dizer, trata-se de um laço não antecipado. Por outro lado, o toner adicionado deve misturar-se com o Carrier e carregarse triboeletricamente ao nível apropriado. Mesclar e carregar o toner requer tempo que se soma ao que possa revelar o padrão. Tudo isso conforma em um laço de controle com vários retardos o que resulta em uma ampla banda de controle amplo. Outra desvantagem é que esse método é pouco exato dada a escassa repetição do padrão sob as mesmas condições. 30 Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 O potencial do cilindro varia já que é impossível que se carregue da mesma maneira sempre nem que tenha a mesma capacidade de ser carregado, o que afeta a estabilidade do sensor. Por último, como o sensor infra vermelho fica sujo de toner ao longo do tempo, é necessário prover um mecanismo de autolimpeza ou reduzir os períodos de manutenção O segundo método que versa sobre o sensor estudado aquí é baseado nas diferenças de um das propriedades físicas do toner e do Carrier como a permeabilidade magnética. O sensor consiste em um arranjo de bobinas que conformam o transformador diferencial. O campo magnético gerado por uma das bobinas muda segundo a permeabilidade do material que se encontra nas proximidades das bobinas. Isso gera mudanças na corrente auto induzida em outro dos rolamentos do transformador dando assim uma medida relativa da permeabilidade do meio e por consequência da concentração de toner da seguinte maneira. Se o revelador tiver com excesso de toner e em virtude de que o toner é uma resina pigmentada e o Carrier é um material ferroso, induzirá uma tensão menor já que o campo magnético se vê debilitado frente ao que teria como uma concentração adequada. Agora se o revelador contém pouco toner, o meio será mais magnético e portanto o campo será fortalecido dando uma tensão auto induzida maior pelo enrolamento. A CPU da fotocopiadora monitora essa tensão e o mecanismo de insumo de toner adiciona a quantidade apropriada de toner para levar a leitura do sensor ao nível desejado. Sobre o autor Edgardo Boiero possui formação de técnico eletrônico. É formado pela E.N.E.T N°1 "Albert Thomas" da Plata, Pcia. de Buenos Aires. Atualmente está cursando o último ano em engenharia eletrônica pela U.N.L.P. Edgardo tem 15 anos de experiência como técnico de fotocopiadoras, duplicadoras e impressoras laser, é consultor técnico externo e capacitador em DC Digtital Copiers (La Plata) Participou do desenvolvimento de sistemas digitais baseados em lógica programável (FPGA) para uma empresa local dedicada ao desenho de máquinas capturadoras de dados em documentos de alta velocidade. É designer de sistemas digitais de controle para aplicações industriais com base em sistemas embebidos e microcontrolados. Desde 2010 oferece serviços de consultoria, capacitação e assessoria a empresas com departamentos técnicos que brindam serviço técnico RICOH. Recentemente foi contratado como assessor de inspeção em sistemas de instrumentação e controle de processos industriais. Para mais informações envie-nos um email: [email protected] ou visite www.digital-copiers.blogspot.com.ar Técnica Impressão em 3D: Imprimindo o futuro Imagine um futuro no qual um dispositivo conectado a um computador possa imprimir um objeto sólido. Um futuro no qual possamos ter artigos tangíveis bem como serviços intangíveis entregues a nossos computadores ou empresas através da internet. E um futuro onde a “atomização” cotidiana de objetos virtuais torne-se realidade, convertendo a préprodução em série e o estoque de produtos de uma grande gama de artigos e repostos em um legado histórico. Esse futuro pode parecer vindo dos mundos do Star Trek. Contudo, enquanto os teletransportadores que irão nos enviar instantaneamente a lugares distantes ainda são uma fantasia, as impressoras 3D capazes de imprimir objetos físicos a distância estão em desenvolvimento há mais de duas décadas e começam a apresentar uma grande quantidade de novas capacidades de manufatura digital. A impressão 3D poderia, portanto, fazer tanto pela remanufatura como já fizeram os computadores e internet para a criação, processamento e armazenamento da informação. Propomos nesse artigo uma visão geral das tecnologias de impressão 3D, seu presente e sua provável aplicação futura. Tecnologias Atuais A impressão 3D é uma tecnologia aditiva na qual os objetos são desenvolvidos em capas e no geral durante várias horas. A primeira impressora comercial 3D foi baseada em uma técnica chamada estereolitografia. Foi inventada por Charles Hull em 1984. As impressoras 3D estereolitográficas colocam uma plataforma perfurada bem debaixo da superfície de um tanque de polímero líquido fotocurável. Logo, um raio laser UV rastreia o primeiro pedaço do objeto na superfície desse líquido, produzindo o endurecimento de uma capa muito fina de fotopolímero. A plataforma perfurada é em seguida ligeiramente baixada e outro pedaço é rastreado e endurecido pelo laser. Outro pedaço então é criado, e depois outro, até que um objeto completo tenha sido impresso e possa ser removido do tanque de fotopolímero, drenando o líquido em excesso. As impressoras estereolitográficas permanecem como um dos tipos mais 32 Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 apropriados de hardware para fabricar impressão 3D, com uma espessura mínima de capa de apenas 0,06mm (0.0025”). Outra tecnología comercial de impressão 3D é a de modelagem por deposição fundida (FDM, em sua sigla em inglês). Nesse caso, um termoplástico quente é espremido a partir de um cabeçote de impressão com temperatura controlada para produzir objetos bastante sólidos com um alto grau de exatidão. Um benefício chave dessa técnica é que os objetos podem ser feitos dos mesmos termoplásticos utilizados na modelagem de injeção tradicional. A maioria das impressoras 3D FDM podem agora imprimir tanto com plásticos ABS (acrylonitrile butadiene styrene), como com um plástico biodegradável chamado PLA (em sua sigla de ingês, ácido polático) que é produzido a partir de alternativas orgânicas até azeite. M o d e l ag e m p o r Deposição Fu n d i d a (FDM) Uma terceira tecnología muito utilizada é a de sinterização por laser seletivo (SLS em sua sigla em inglês). Essa tecnologia constrói objetos colocando uma capa fina de pó utilizando um laser seletivo para fundir alguns de seus Técnica grãos. Atualmente, as impressoras SLS podem imprimir objetos utilizando uma ampla gama de materiais em pó, como o poliestireno, nylon, vidro, cerâmica, aço, titânio, alumínio e a prata. Durante a impressão, os grãos de pó que não aderiram sustentam o objeto a medida que é construído. Uma vez completada a impressão, a maior parte do pó em excesso é reciclado. Uma técnica de impressão 3D estreitamente relacionada com SLS é conhecida como fusão seletiva de laser. Essa tecnologia usa um laser para fundir completamente grãos de pó que formam um objeto final mais que somente esquentá-los não é suficiente para fundi-los. Outra variante é uma técnica chamada seleção de sintetizado por calor (SHS em sua sigla em inglês), que utiliza um cabeçote de impressão térmica (mais que um laser) para aplicar calor e capas sucessivas de um pó termoplástico. Finalmente, uma aplicação muito comum é a de modelagem multi-jet (MJM em sua sigla em inglês). Essa também constrói objetos a partir de sucessivas capas de pó, com um cabeçote de impressão e injeção usado para pulverizar sobre uma solução de ligação que pega de maneira seletiva em conjunto somente os grãos requeridos. Algumas impressoras MJM (bem como a impressora Z650 de Zcorp) podem pulverizar quatro diferentes cores de solução de ligação, permitindo assim criar objetos 3D em cor até 600 x 540 dpi. Impressoras Comerciais 3D e serviços online Um amplo ramo de impressoras comerciais 3D para aplicação industrial é hoje oferecida por empresas incluindo sistemas 3D (que trabalham com a maioria das tecnologias e que estão rapidamente sendo adquiridas por muitos fabricantes pequenos), como a Stratays (que a prin- cípio desenvolveu FDM), Fortus e Dimension Printing (que utiliza o processo Stratasys FDM), Solid Scape (que utiliza seu próprio processo FDM mas que agora é propriedade da Stratasys) e ZCorp (que se especializa em MJM como indicado antes). Outro jogador importante é a envisionTEC cujas impressoras 3D PerfactoryXede e PerfactoryXtreme conseguem uma melhor qualidade de superfície que a obtida com outras tecnologias projetando conjuntos de dados voxel em um fotopolímero. Todos os produtores de impressoras 3D mencionados construíram seus negócios de sucesso a partir do zero dentro desse mercado de impressão 3D. Contudo, os fabricantes de impressoras tradicionais 2D também estão começando a se aventurar no mundo 3D. Por exemplo, a Hewlet Packard (HP) agora vende sua série de impressoras 3D Designjet com base FDM-HP, após fechar um acordo com a Stratasys. Os preços para a maioria das impressoras comerciais ou industriais 3D tendem a começar dentro da faixa de 15.000 a 30.000 dólares e subindo. Ainda que muitos modelos de escritório já estejam no mercado, a maioria das impressoras comerciais 3D é geralmente bastante volumosa e geralmente precisa ser apoiada no chão. Contudo, já é possível para designers e indivíduos particulares obter cópias impressas 3D de hardware de impressão comercial 3D utilizando uma agência online. Por exemplo a Sculpteo, Shapewaysand 3D e ProParts permitem a qualquer um ter seus desenhos impressos em 3D e comercializados online. A primeira dessas empresas inclusive oferece uma facilidade para enviar as fotografias pessoais tornando-as uma estatua colorida. A Industrial Platic Fabrications Limited também oferece serviços de impressão 3D online. Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 33 Técnica Impressão Pessoal 3D Aplicações Atuais de Impressão 3D Os entusiastas domiciliares e inventores solitários que desejam começar por si mesmos sua impressão 3D, dispõem hoje de uma crescente gama de iniciativas pessoais de impressão 3D, kits e impressoras. Para aqueles seriamente interessados em um “faça você mesmo” real, há duas fontes de iniciativas de impressão 3D, chamadas RepRap (de Replicating Rapid-prototyper) e Fab@Home. Ambas iniciativas estão baseadas em comunidades online que utilizam a web para compartilhar todos os desenhos e outras informações requeridas para construir uma impressora. A maioria das impressoras 3D não é utilizada para criar produtos para o consumidor final. São geralmente utilizadas para elaborar um rápido protótipo do produto, ou para produzir moldes e padrões que por sua vez permitirão a produção de artigos finais. Tal impressão de objetos 3D já permite aos engenheiros controlar o ajuste de diferentes partes muito antes de comprometerem-se com uma produção custosa, os arquitetos mostrarem aos seus clientes modelos detalhados em escala a um custo relativamente baixo, e a profissionais médicos ou arqueólogos para administrarem cópias impressas 3D de ossos em tamanho padrão a partir de dados 3D escaneados. Há também um amplo registro para fins educativos. Para os não entusiastas ou hábeis em partir do zero, várias empresas agora vendem kit de impressoras 3D, com frequência baseados nos desenhos RepRap descritos anteriormente. Por exemplo, BitsfromBytes.com vende seu kit de impressora RapMan 3.1 3D e sua impressora BFB-3000 3D pré montada. A central RepRap é também um grande provedor de kits de impressora 3D. Além de vários modelos RepRap, isso inclui o MakerBot Thing-O-Matic. Para aqueles que não desejam construir sua própria impressora 3D, um hardware pessoal pré-montado já está disponível. Isso inclui um MakerBot montado, o BotMill Glider 3.0 (que também está disponível como um kit), e a excelente impressora 3D pessoal portátil UP! Essa última é uma verdadeira impressora 3D de instalação automática FDM que pode estar operando 15 minutos após ser desembalada, e não requer nenhuma calibração por parte do usuário. Recentemente, a impressora pessoal clube 3D foi lançada como parte da Cybify (www.cubify.com). 34 Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 O registro de produtos que utilizam as impressoras 3D em seu desenho de processo o una produção de moldes padrão está crescendo constantemente. Tais produtos incluem automóveis, sapatos, jóias, jogos plásticos, cafeteiras e todo tipo de garrafas plásticas, embalagens e potes. Inclusive alguns laboratórios dentários durante alguns anos vem utilizando impressoras 3D para ajudar na criação de peças de ortodontia. Esse é o caso da envisionTEC, cuja impressora Dental Digital Perfactory foi utilizada por dentistas na criação de coroas, pontes e dentes provisórios. Utilizando essa tecnologia, podemos inclusive criar peças provisórias dentais que durem muitos anos. Em outras palavras, isso significa que as impressoras 3D já podem literalmente imprimir seus novos dentes! As impressoras 3D envisionTEC são agora amplamente utilizadas por muitos fabricantes importantes de audiofones para produzir moldes e estruturas de ouvidos para utilização pelo consumidor final. São impressos em 3D todo tipo de peça dental como espaços de arcadas superiores e inferiores, esqueletos para utilização em fundição ou coroas dentais e pontes para capas dentais (foto: www.undoprototipos.com) Fabricação Digital Direta Enquanto a maioria das impressoras 3D são atualmente utilizadas para protótipos e na produção de moldes, também se começa a desenvolver o uso da impressão 3D para a fabricação de partes para uso final. Isso é conhecido como manufatura digital direta (DDM em sua sigla em inglês). Para a manufatura de baixo volume a DDM é mais efetiva em custo e mais simples do que ter que pagar e esperar pela fabricação das máquinas ou ferramentas necessárias. Essa tecnologia permite também fazer muitas mudanças e prover a quantidade correta. Por exemplo, a empresa Klock Werks Kustom Cycles constrói motocicletas únicas utilizando a impressora Fortus 3D para fabricar digitalmente de forma direta algumas das partes requeridas sob medida. Outra empresa que utiliza impressão 3D para criar produtos finais é a Freedom of Creation (recentemente adquirida pela 3D Systems). Sua incrível gama de produtos finais desenhados em 3D inclui iluminação, móveis, bandejas, bolsas e jóias. De maneira parecida, uma empresa chamada Make Eyewear está atualmente fabricando óculos desenhados sob medida para o cliente utilizando impressoras 3D. Mas não são apenas poucos artigos plásticos especiais que podem ser feitos através de uma impressora 3D. Por exemplo, recentemente engenheiros da Universidade de Southampton imprimiram em 3D um avião que pode voar (quer dizer, fora o motor elétrico). Rolls Royce está atualmente colocando em prática um projeto chamado “Merlin” com o propósito de utilizar a impressão 3D na fabricação de máquinas de aviões civis. Um protótipo de um novo automóvel elétrico chamado Urbee também foi impresso em 3D Stratasys se uniu a Kor Ecologic para criar o Urbee, o primeiro automóvel impresso em 3D Futuras aplicações de impressão 3D Mais além da dificuldade de não atingir massivamente os lares, as impressoras 3D tem muitas áreas de grande potencial para aplicação futura. Podem, por exemplo, serem utilizadas para imprimir partes de reposição para todo tipo de produtos, e que não poderiam ser armazenados como parte do estoque. Portanto, mais do que jogar um artigo quebrado (algo pouco provável de ser justificado uma década ou duas atrás devido ao esgotamento de recursos e a reciclagem forçada), os artigos defeituosos estarão em condições de serem levados a um local que buscará online as partes de reposição apropriadas e simplesmente a imprimirá. A NASA já testou uma impressora 3D na Estação Espacial Internacional e recentemente anunciou seu requerimento por uma impressora 3D de alta resolução para produzir partes de naves espaciais durante as missões no espaço exterior. O exército dos Estados Unidos experimentou também uma impressora 3D montada em um caminhão capaz de imprimir tanque de reposição e outros componentes do veículo em um campo de batalha. As impressoras 3D podem ser utilizadas no futuro para fazer edifícios. Para esse fim, uma equipe da Universidade Loughborough está trabalhando em um projeto de concreto em 3D que permitirá que grandes componentes do edifício sejam impressos em 3D no lugar de qualquer desenho e com propriedades térmicas melhoradas. Outra possível aplicação futura é o uso de impressoras 3D em criar órgãos de substituição para o corpo humano. Isso é conhecido como bio impressão, e é uma área de desenvolvimento muito rápido. Outro campo potencial de aplicação de impressão 3D está nas indústrias culturais. A Escultora Bathsheba Grossman já utiliza impressoras 3D para criar seus trabalhos. No futuro, os museus poderão também imprimir exibições como as requeridas de sua própria coleção digital, ou seu arquivo global de material gráfico escaneado, há tempos perdido ou com originais muito delicados para serem exibidos. Uma Firme Manhã Em uma época em que as notícias, livros, música, vídeos e inclusive nossas comunidades estão sujeitas a desmaterialização digital, o desenvolvimento e aplicação de impressão 3D nos recorda que os seres humanos tem tanta necessidade física como psicológica para manter um pé no mundo real. A impressão 3D tem um futuro brilhante, não somente na rápida produção de protótipos (onde seu impacto já é altamente significativo) mas também na medicina, artes e espaço exterior. As impressoras 3D de escritório para lares já são uma realidade se você estiver preparado para pagar por uma e/ou construir você mesmo. Também existem impressoras 3D capazes de imprimir em cor e em múltiplos materiais e continuarão melhorando. Como dispositivos que proverão uma sólida ponte entre o ciberespaço e o mundo físico, e como uma importante manifestação da Segunda Revolução Digital, é muito provável que a impressão 3D tenha seu espaço no futuro de todos nós. Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 35 Meio Ambiente Por Jorge Daniel Santkovsky O Coltan e seus problemas com a Sociedade e o Meio Ambiente O avanço contínuo da tecnologia e o lançamento permanente de novos produtos gera nos consumidores a necessidade de uma mudança constante de seus celulares, televisores, vídeo games e outros artigos. Essa situação acentua a necessidade dos fabricantes em obter coltan, um mineral de cor cinza metálico imprescindível para a produção dos dispositivos. fantes e gorilas e o corte dos bosques são alguns dos danos sofridos no território. A denominação coltan provém de columbita, de onde retiramos o columbio, o nióbio e a tantalita, de onde obtemos o tantalato. De fato, o coltan é uma mistura dos dois minerais, columbita e tantalita. Por causa de suas propriedades o coltan é muito requerido para o desenvolvimento tecnológico, pois permite a miniaturização e uma maior potência dos aparatos. Além disso, possibilita que as baterias estendam seu tempo de carga, possui uma larga resistência a corrosão e a alteração, suporta temperaturas maiores que 3 mil graus e armazena carga elétrica de forma temporal liberando-a quando necessária. Em resumo, graças a esse recurso natural é possível a fabricação dos equipamentos que se encontram atualmente no mercado. Ao mesmo tempo, seu alto valor comercial originou em 1998 a “Guerra do coltan” entre Ruanda e Uganda contra a RDC (República Democrática do Congo), o que provocou mais de 5 milhões de mortes como consequência da ocupação do território do Congo para controlar a exploração do mineral. Assim mesmo, foram comprovadas execuções, violações, torturas e o trabalho de adultos e crianças em condições sub humanas. A guerra pelo coltan também deixou sequelas na fauna e no meio ambiente do Congo. A diminuição da população de ele36 Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 Somado a isso, o comércio ilegal de coltan também é uma realidade na América Latina. Em 2009, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou o descobrimento de reservas desse mineral na fronteira com a Colômbia, que estava sendo comercializado com os Estados Unidos através do território colombiano. Consequentemente, foram enviadas forças de segurança para garantir e preservar os recursos naturais locais. Além disso, foi proibido a extração por parte de empresas privadas e declarou-se o material como recurso estratégico. O ex ministro de Minas e Energia da Colômbia, Carlos Rodado, admitiu no final de agosto do ano passado que “a Colômbia não sabe onde tem nem quanto tem do mineiro, as únicas explorações que existem são ilícitas”. Além disso, a fiscalização geral colombiana descobriu comerciantes com registros falsos para a atividade, assentados em áreas onde se encontra o coltan, apesar de haver negado mais de 300 solicitações para a exploração do mineral. Sobre o autor Jorge Daniel Santkovsky é o responsável das Relações Institucionais de Scrap e Rezagos SRL. Presidente da Comissão de meio ambiente CAMOCA (Câmara Argentina de Máquinas de Escritório, Comerciais e Afins). Colaborador em diferentes organizações do terceiro setor. Atualmente a Fundação Ecológica Verde. Presidente da Associação Argentina do Jogo de Go. Scrap e Rezagos recebe seus equipamentos eletrônicos e elétricos em desuso. Para mais informações, visite o site www.rezagos.com, ou nos envie um email para [email protected], ou telefone +5411-4139-8229. Meio Ambiente Política Nacional de Resíduos Sólidos: primeiros passos, grandes desafios Por Prof. Mauro Silva Ruiz Por Prof. Alexandre de Oliveira e Aguiar Como a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº. 12.305) foi sancionada em 2 de agosto de 2010, os programas e projetos relacionados à sua fase inicial de implementação ainda estão se delineando, propiciando apenas reflexões sobre alguns tópicos da matéria (BRASIL, 2010a). Ela demorou 21 anos para ser discutida e aprovada no Congresso, o que demonstra as dificuldades que precedem o processo de implementação, ou seja, a da aprovação de uma lei em nosso país. Com base nisso, dá para imaginar os desafios que estão por vir em função dos múltiplos interesses que ela direta ou indiretamente afetará. Apenas para dar uma ideia do potencial de perda de divisas que a demora na regulamentação de uma lei como esta representou, estudo recente realizado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas (IPEA) indicou que o potencial de 38 Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 Por Prof. Rui Alexandre Christofoletti Por Maíra Rubini Ruiz reciclagem do Brasil é de R$ 8,5 bilhões / ano. Ou seja, esta é a soma que o país perde anualmente por não aproveitar o potencial de gestão adequada dos resíduos sólidos (TEIXEIRA, 2011). Um tópico relevante é a logística reversa, instrumento econômico e social que prevê a restituição de resíduos sólidos a seus geradores, prescindindo a geração de rejeitos. A PNRS introduziu a responsabilidade compartilhada entre os atores da cadeia produtiva de bens manufaturados, fabricantes, distribuidores, comerciantes, consumidores e titulares de serviços públicos de limpeza urbana responsáveis pelo ciclo de vida dos produtos. Ela visa dividir as responsabilidades entre a sociedade, o poder público e a iniciativa privada. Meio Ambiente A logística reversa já era praticada em alguns segmentos industriais antes da promulgação da PNRS, como por exemplo, no caso dos eletroeletrônicos e pneus em função da existência de resoluções específicas do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) que versam sobre esses resíduos. Induzidas pelo próprio mercado, algumas práticas de logística reversa e reciclagem também ocorriam nos segmentos de embalagens de bebidas em alumínio e de papel, papelão e cartonados, em função dos preços de mercado atrativos pagos aos catadores e recicladores. A logística reversa para a reciclagem ou remanufatura dos resíduos da indústria eletroeletrônica (particularmente de pilhas e baterias) também já existia antes da PNRS, porém, a sua condução nem sempre foi bem coordenada entre os atores da cadeia e as práticas pouco difundidas na sociedade. Essa dinâmica limitada levou a um alcance pequeno das práticas de logística reversa de tais produtos quando comparados com a geração de resíduos. A pesquisa Ciclosoft do Compromisso Empresarial para Reciclagem (2010) mostra que apenas 12% da população brasileira é servida por programas de coleta seletiva, que é uma das bases para a logística reversa da fração seca do lixo. Embora a reciclagem de diversos materiais tenha apresentado avanços nos últimos dez anos, de acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (2011), o alumínio é absoluta exceção com um índice de reciclagem de 98%. Isto ilustra a forte influência do componente econômico na reciclagem. Aitiyel (2001) destaca que a aderência de iniciativas de reciclagem e remanufatura de resíduos eletroeletrônicos nos setores empresariais, na maioria das vezes, é motivada pelo marketing verde que, ao caracterizar a empresa como “ambientalmente responsável”, acentua a ostentação desta imagem. Em geral, trata-se de iniciativas localizadas e pontuais, sem respaldo de ações educativas ao público em geral, com resultados difíceis de serem analisados quanto à sua real efetividade. Há expectativas de que a PNRS venha no sentido de fortalecer e difundir essas práticas, tanto nas esferas públicas como privadas (RUIZ; TEIXEIRA, 2010). A quantificação dos resultados dessas práticas, por exemplo, permitirá estabelecer alguns indicadores de desempenho a essas iniciativas, propiciando a difusão de informações atreladas a ações de educação ambiental. Se analisada sob a ótica dos resíduos industriais, a política em questão fará uso de ferramentas da ecologia industrial (avaliação de ciclo de vida; logística reversa; redução, reciclagem, reuso e remanufatura, e ecodesign) como instrumentos de gestão pública. Esta abordagem é inovadora e poderá proporcionar um grande avanço na gestão de resíduos no país (RUIZ; TEIXEIRA, 2010). A abordagem da gestão e do gerenciamento de resíduos vem aos poucos saindo do controle no descarte para o controle durante todo o ciclo de vida, vislumbrando a não geração de resíduos e a qualidade ambiental dos processos, bem como a oferta de produtos sustentáveis. Contudo, para fechar este ciclo, é necessário além da abordagem técnica, estratégias de cunho econômico, social e político. Esses campos foram reconhecidos pela PNRS dentro do conceito de gerenciamento integrado dos resíduos. Dentro da esfera social convém ressaltar, a intrincada e particular relação que ocorre no Brasil entre resíduos, responsabilidade e inserção social, aspecto importante a ser considerado. Como exemplo, pode-se citar o caso das embalagens de alumínio, fonte de renda para inúmeros catadores, pessoas geralmente marginalizadas do mercado de trabalho formal. Além disso, a instituição dos acordos setoriais para definição do detalhamento das regras e metas da logística reversa pressupõe uma articulação política dos setores produtivos para interagir com o setor público. Somente com uma interação construtiva entre os setores, os acordos poderão ser construídos. Por outro lado, a Política focou seus instrumentos a partir da geração dos resíduos, faltando uma integração com políticas de desenvolvimento e política industrial para fins de incentivar produtos ecologicamente amigáveis. Nesse sentido, espera-se que os instrumentos da política venham exercer pressão progressiva quanto às exigências e os cuidados com os produtos no fim de sua vida útil, incluindo a logística reversa. Espera-se também que o aumento desta pressão possa levar as indústrias a avançar na adoção de tecnologias limpas em seus processos produtivos. Nesta análise preliminar é importante considerar que o desenvolvimento econômico brasileiro aconteceu de forma não uniforme entre os diversos estados e entre municípios. A distribuição geográfica das diversas atividades econômica no país criou diferentes níveis de cultura relacionados com a gestão de resíduos. É, portanto, fundamental compreender os diferentes níveis de desenvolvimento existentes em âmbito regional para que a PNRS possa ser implementada considerando uma perspectiva de sustentabilidade realista para cada região. Por exemplo, poderia a logística reversa ser tratada da mesma maneira nas regiões metropolitanas e na Amazônia? Certamente não. A gestão integrada dos resíduos sólidos, preconizada pela política, já vinha sendo adotada em alguns municípios e setores industriais antes mesmo da sua promulgação, embora na maioria dos casos com alcance bastante limitado. O que se espera a partir de agora é que a sua adoção possa seja ampliada para a gestão das cadeias produtivas nos diversos elos de uma mesma cadeia produtiva e na intersecção entre cadeias distintas. Neste caso, é ilustrativo a reutilização, reuso e reciclagem de embalagens de alumínio e PETs dentre uma diversidade de outros produtos. A efetividade desse aspecto da política pode depender, entre outros fatores, da capacidade dos gestores de elaborar planos que considerem a possibilidade de aproveitamento dos produtos recicláveis e a destinação adequada em aterros daqueles que ainda não são passíveis de aproveitamento no contexto atual. As iniciativas de gestão integrada já são práticas disseminadas em países da comunidade européia, como na Alemanha, e também no Japão. No Brasil, a coleta, transporte e disposição de vários resíduos perigosos (Classe I) já Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 39 Meio Ambiente são objeto de regulação específica (por exemplo: resoluções CONAMA nº 257, nº 258 e nº 264), porém, nem todos os estados dispõem de mecanismos de comando e controle para que a gestão de todo este processo seja feita de forma eficiente (BRASIL, 1999a; 1999b; 2000). Além disso, nem todos os estados já elaboraram seus inventários de resíduos sólidos industriais no contexto do inventário nacional deflagrado há pelo menos uma década (Resolução CONAMA nº 313) (BRASIL, 2002). Ressalte-se que os resultados de tal inventário não vêm sendo divulgados, embora uma série de tipos de indústrias seja obrigada a relatar anualmente as quantidades de resíduos geradas, por tipo, e a sua destinação. No Brasil as inovações em gestão por parte das empresas, via utilização de avaliação de ciclo de vida, ecodesign, reciclagem etc. são ainda tímidas, pois estão na esfera das grandes empresas e corporações localizadas principalmente no eixo Sul – Sudeste. Em suma, como “situação – problema”, a realidade atual da gestão dos resíduos sólidos no país, em nível de cadeias produtivas geradoras de resíduos industriais (muitos destes perigosos à saúde humana e ao meio ambiente), ainda prescinde de uma gestão integrada. Esta gestão deve enfocar aspectos técnicos, econômicos, sociais e ambientais, que, por sua vez, demandam uma abordagem que desça ao nível dos elos das cadeias produtivas, por meio da utilização de conceitos e ferramentas de gestão como avaliação de ciclo de vida, reciclagem, reuso, ecodesign, dentre outros (RUIZ; TEIXEIRA, 2010). Neste contexto, é importante lembrar que a lei em questão, terá interrelação com vários outros diplomas legais, quais sejam: a Lei nº 11.107/2005 – Lei dos Consórcios Públicos e seu Decreto regulamentador; a Lei nº 11.445/2007 – Lei do Saneamento Básico; a Lei nº 9.433/1997 – Lei que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos; a Lei nº 6.938/1981 – Política Nacional de Meio Ambiente; a Lei nº 9.795/1999 – Política Nacional de Educação Ambiental; a Lei nº 10.257/2001 – Estatuto das Cidades, e a Lei 12.187/09 – Política Nacional sobre Mudança do Clima; bem como resoluções CONAMA pertinentes ao tema. Por outro lado, o texto final não faz nenhuma menção às políticas tecnológica e industrial vigentes no país. Em face deste quadro, pode-se dizer que a implementação dos princípios e objetivos da PNRS certamente não será tarefa fácil, pois demandará interação entre governantes e uma ampla gama de atores sociais num horizonte de anos. Acrescente-se a isso, as diferenças culturais que têm efeito na forma como as pessoas abordam a problemática dos resíduos em nível regional. Destaque-se também a necessidade de se construir todo um aprendizado no nível de cadeias produtivas, para que as ferramentas de gestão preconizadas pela lei possam ser utilizadas de forma efetiva e eficiente. Outro desafio que se apresenta é o do controle social, inserido na PNRS como um dos instrumentos. No entanto, este instrumento foi citado poucas vezes ao longo do seu texto e, portanto, sua articulação com outros instrumentos e a possibilidade de cobrança pela sociedade por tal participação, a partir de propostas objetivas, torna-se mais difícil. Ainda no que se refere aos aspectos sociais da PNRS, 40 Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 merece destaque o caso dos catadores de papel, papelão e cartonados. São várias as iniciativas de cooperativas de catadores de recicláveis que se expandiram nas grandes cidades nos últimos anos. Merece destaque a Coopamare – Cooperativa de Catadores Autônomos de Papel, Papelão, Aparas e Materiais Recicláveis, de São Paulo, e a Asmare – Associação de Catadores do Papel, Papelão e Material Reciclável, de Belo Horizonte, ambas com apoio das prefeituras municipais. Várias cooperativas e associações de catadores estão se organizando em rede para ampliar e organizar práticas de economia solidária, com vistas a fortalecer a vida dos catadores e de suas famílias. É o caso, por exemplo, da Rede Cata Sampa, que congrega quinze dessas organizações. Segundo Teixeira (2011), em Belo Horizonte, se os catadores de rua fossem excluídos do processo de reciclagem, a prefeitura precisaria contratar 40% mais garis. Destaque-se que o diálogo e a parceria entre os atores envolvidos neste processo são fundamentais para assegurar que a implementação da lei encampe práticas préexistentes à sua regulamentação e, desta forma, cumpra seu papel social de forma sustentável. Neste contexto, é importante mencionar que uma das últimas ações do governo Lula foi a instituição do Programa Pró-Catador, com a finalidade de integrar e articular as ações do Governo Federal voltadas ao apoio e ao fomento à organização produtiva dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis, à melhoria das condições de trabalho, à ampliação das oportunidades de inclusão social e econômica e à expansão da coleta seletiva de resíduos sólidos, da reutilização e da reciclagem por meio da atuação desse segmento segundo o Decreto nº 7.405 (BRASIL, 2010b). Tendo em vista as diversas oportunidades que a presente política traz para a melhoria na gestão dos resíduos sólidos no país, o Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana no Estado de São Paulo (SELUR) e a Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública (ABLP), com o suporte técnico da PwC, desenvolveu o Guia de Orientação para Adequação dos Municípios à Política Nacional de Resíduos Sólidos. Este guia tem o objetivo de orientar os gestores municipais a atender às exigências da Política, apresentando os possíveis caminhos para implantação de soluções na forma de prestação de serviço, fundamentadas em sustentabilidade técnica e financeira de longo prazo e na respectiva adequação legislativa. Essa obrigação também se apresenta como grande oportunidade de promover avanços nas áreas de Conscientização Social, Cidadania e Educação Ambiental, além de possibilitar a atração de investimentos no município (SINDICATO DAS EMPRESAS DE LIMPEZA URBANA NO ESTADO DE SÃO PAULO, 2011). Nesta linha, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) está elaborando manuais para a orientação de estados e municípios na construção dos Planos de Gestão de Resíduos Sólidos, condição necessária para acesso aos recursos da União ou aos que serão por ela controlados. A Frente Nacional dos Prefeitos também vem participan- Meio Ambiente do das discussões relativas à construção desses planos. Brasília, 02 dez. 1999b. Nesses manuais, nota-se um claro incentivo à participação da população na elaboração dos planos estaduais, regionais e municipais de gestão dos resíduos. Acreditase que se houver estimulo à participação, serão criadas instâncias de controle do que for acordado entre as partes. - Ministério do Meio Ambiente, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução CONAMA nº 264, de 26 de agosto de 1999. Licenciamento de fornos rotativos de produção de clínquer para atividades de co-processamento de resíduos. Diário Oficial da União, Brasília, 20 mar. 2000. Finalmente, cabe destacar uma iniciativa recente voltada à reciclagem e reutilização de resíduos da indústria eletroeletrônica que está sendo consubstanciada na proposição de projeto de lei sobre o e-lixo na Cidade de Rio Claro (Ruiz, 2011). A repercussão positiva em nível municipal e entre colegas acadêmicos foi o principal motivador da elaboração deste artigo. Esta iniciativa partiu de uma aluna do Ensino Médio do Colégio Koelle, em projeto desenvolvido como monografia para a décima edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE) que será realizada em março de 2012. Isso mostra que a gestão de resíduos sólidos já vem despertando a atenção de jovens que futuramente poderão desempenhar um importante papel na construção de uma sociedade mais sustentável. Referências - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS EMPRESAS DE LIMPEZA PÚBLICA E RESIDUOS ESPECIAIS. Panorama 2010. São Paulo: ABRELPE; 2011. Disponível em: <http://www.abrelpe.org.br>. Acesso em: 15 maio 2011. - AITIYEL, S. O. Gestão de resíduos sólidos: o caso das lâmpadas fluorescentes. Porto Alegre: [s.n.], 2001. - BRASIL. Lei Federal nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 3 ago. 2010a. - Decreto nº 7.405, de 23 de Dezembro de 2010. Institui o Programa Pró-Catador, denomina Comitê Interministerial para Inclusão Social e Econômica dos Catadores de Materiais Reutilizáveis e Recicláveis o Comitê Interministerial da Inclusão Social de Catadores de Lixo criado pelo Decreto de 11 de setembro de 2003, dispõe sobre sua organização e funcionamento, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 23 dez. 2010b. - Ministério do Meio Ambiente, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução CONAMA nº 257, de 30 de junho de 1999. Estabelece que pilhas e baterias que contenham em suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos, tenham os procedimentos de reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final ambientalmente adequados”. Alterada pela Resolução nº 263, de 1999. Revogada pela Resolução nº 401, de 2008. Diário Oficial da União, Brasília, 22 jul. 1999a. - Ministério do Meio Ambiente, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução CONAMA nº 258, de 26 de agosto de 1999. Determina que as empresas fabricantes e as importadoras de pneumáticos ficam obrigadas a coletar e dar destinação final ambientalmente adequadas aos pneus inservíveis”. Alterada pela Resolução nº 301, de 2002. Revogada pela Resolução nº 406, de 2009. Diário Oficial da União, - Ministério do Meio Ambiente, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução CONAMA nº 313, de 29 de outubro de 2002. Diário Oficial da União, Brasília, 22 nov. 2002. COMPROMISSO EMPRESARIAL PARA RECICLAGEM. Pesquisa Ciclosoft 2010. Disponível em: <http://www.cempre.org.br/ciclosoft_2010.php>. Acesso em: 1 fev. 2010. RUIZ, M. R. Gestão de resíduos sólidos: proposição de projeto de lei sobre o e-lixo na Cidade de Rio Claro-SP. Projeto aprovado para apresentação na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia, Rio Claro, dez. 2011. RUIZ, M. S.; TEIXEIRA, C. E. Reflexões sobre o recém aprovado projeto de lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Habitante verde, São Paulo, 20 mar. 2010. TEIXEIRA, I. Governo trabalha para melhorar o licenciamento ambiental. Conjuntura da infraestrutura. São Paulo: EESP- FGV/ ABDIB, abril 2011. SINDICATO DAS EMPRESAS DE LIMPEZA URBANA NO ESTADO DE SÃO PAULO. Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública. PricewaterhouseCoopers Serviços Profissionais. Guia de orientação para adequação dos Municípios à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). São Paulo: SELUR/ ABLP/ PwC, 2011. Autores: Prof. Mauro Silva Ruiz Coordenador e professor do MBA em Gestão Ambiental e Práticas de Sustentabilidade do Instituto Mauá de Tecnologia em São Caetano, professor do Mestrado em Gestão Ambiental e Sustentabilidade da Uninove, e pesquisador licenciado do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo. Contato: [email protected] Prof. Alexandre de Oliveira e Aguiar Professor do Mestrado Profissional em Gestão Ambiental e Sustentabilidade da Uninove, professor convidado de cursos de pós-graduação lato-sensu, e auditor e consultor em sistemas de gestão ambiental e sistemas de gestão de segurança e saúde ocupacional.Contato: [email protected] Prof. Rui Alexandre Christofoletti Rui Alexandre Engenheiro elétrico, mestre em Educação Especial, e professor do Ensino Médio no Colégio Koelle de Rio Claro – SP onde coorienta monografia sobre e-lixo no município. Contato: [email protected] Maíra Rubini Ruiz Aluna do Ensino Médio do Colégio Koelle, membro do Parlamento Jovem Municipal, e participante (finalista) da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia – FEBRACE, Edição 10 – Ano 2012, com monografia que propõe um projeto de lei para e-lixo em Rio Claro. Contato: [email protected] Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 41 Instruções Instruções de Remanufatura do Cartucho de Toner Brother ® HL-2130 • TN410 Por Enrique Stura, Mike Josiah, e equipe técnica da UniNet Cartucho de reposição de toner Brother TN410 REMANUFATURANDO O CARTUCHO DE TONER TN410 PARA HL-2130/DCP-7055 Introduzida em mercados específicos (Argentina e Austrália até agora) pela Brother em 2011, a impressora HL-2130 de baixo custo e a versão multi funcional DCP7055 se enquadram na série denominada HL-2 e são equipamentos eletrofotográficos laser que admitem apenas um tipo de cartucho, o TN410 e com especificações similares aos modelos que ultimamente foram lançados ao mercado como o HL-2240/2270 (toner TN420/TN450). Isto é, no caso da impressora HL-2130 utiliza um processador ARM9 de 200MHz, capacidade de memória padrão e não modificável de 8MB, trabalha com uma resolução de 600 x 600 dpi e eletronicamente HQ1200 (2400 x 600 dpi). Para imprimir a primeira folha o tempo de aquecimento desde a ligação é de 25 segundos e o tempo de impressão a partir do modo de espera é de 7 segundos com temperatura ambiente não menor do que 23C. A bandeja inferior possui uma capacidade para 250 folhas de 80g/m2 e a bandeja de saída acumula até 100 impressões. A máquina é capaz de imprimir 20 páginas por minuto em folha A4 e 21ppm em Carta. Possui um alimentador manual onde é possível colocar papel de até 163g.m2 e uma bandeja para papéis de no máximo 105g/m2. Em teoria o sistema eletrofotográfico desse modelo HL-2130 é idêntico ao das séries HL-2240/2270 e tem em comum a mesma unidade OPC, DR420 mas o cartucho de toner não é assim. A HL-2130 e a DCP7055 não aceitam os cartuchos TN420 & TN450 e vice-versa, os modelos HL-2240/2270 tampouco aceitam o TN410. O cartucho de toner que nos preocupa aqui, o TN410, que vem com a impressora rende 700 páginas e requer uma modificação para poder ser reciclado e colocado em uso novamente. O cartucho de reposição novo da Brother TN410 para 1000 páginas traz incorporado o sistema de engrenagem bandeira para fazer com que o contador zere e que a máquina passe a imprimir novamente. 42 Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 Instruções Salvo a não intercambialidade (que é solucionável), o tipo de engrenagem e o volume de toner de carga, o funcionamento, método de trabalho e insumos para remanufaturar esse cartucho são idênticos aos modelos TN420 & TN450. 02 A primeira vista os cartuchos iniciais da TN410 & TN420 são idênticos exceto por algumas mudanças no cabeçote de ambos que impedem ou travam o fechamento da tampa da impressora em cada caso. Como foi mencionado antes, a unidade OPC DR420 é a mesma para ambos os cartuchos e também para a TN450. Diferença entre o TN410 (superior) e TN420 (inferior) O kit do fusor, alimentação de papel e da unidade laser possuem um ciclo de vida de 50.000 páginas. A impressora tem também um ciclo de vida de 50.000 páginas, portanto essas partes se desgastam ao mesmo tempo que o equipamento. Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 43 Instruções 03 Há uma engrenagem de reinício que repõe os contadores da máquina cada vez que um cartucho de novo é instalado. Para poder utilizar novamente um cartucho inicial TN410 deve-se instalar uma engrenagem especial denominada Engrenagem Bandeira e também substituir a lateral esquerda por uma que permita assomar a engrenagem que possui três alabes actuadores. (photo 003) Engrenagem bandeira, mola e lateral plástica para TN410 y TN420 (photo 004) A teoria básica de impressão Brother encontra-se explicada nas instruções de remanufatura dos cartuchos TN420/450 e a unidade de imagem DR420. 04 FERRAMENTAS NECESSÁRIAS 1. Aspirador de pó 2. Chave Philips média 3. Chave de fenda pequeña 4. Pinça de ponta INSUMOS NECESSÁRIOS 1. Toner para TN410 de 45 gramas 2. Tampa do rolo de revelação 3. Panos sem fiapos 4. Graxa condutiva 5. Graxa de litio branca para engranagens 6. Alcool isopropílico 05 1. Aspire o exterior do cartucho. Retire a tampa do cartucho de toner. Elimine o toner residual e aspire/sopre o cartucho. (photo 005) 44 Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 Instruções 06 2. Remova os dois parafusos do rolo de revelação do lado que não tem engrenagens. Remova os dois braços de plástico. O braço menor precisa ser girado para liberar a trava. (photos 006 & 007) 07 08 3.Remova a placa do eixo do cilindro levantando-a das duas linguetas como indicado. Levante a placa e retire-a. (photos 008 & 009) Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 45 Instruções 09 4.No lado da tampa esquerda retire os dois parafusos e a lateral. (photo 010) 5. A engrenagem de reinício é montada com sua respectiva mola e deve ser posicionada corretamente para que a impressora aceite um cartucho novo. O cartucho inicial não possui engrenagem de reinício e a tampa lateral é cega, portanto deve ser trocada também. (photo 011) 11 46 Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 10 Instruções 12 6.Retirar o espaçador preto de plástico da ponta do eixo do rolo de revelação. Pressione a lingueta preta para liberá-lo. (photos 012 & 013) 13 14 7. Remova a trava “E”. (photo 014) Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 47 Instruções 15 8. Retire todas as engrenagens do cartucho. Separe as molas. (photos 015 & 016) 16 17 9. No lado da engrenagem do rolo de revelação pressione a lingueta de segurança e gire para liberá-la. (photos 017 & 018) 48 Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 Instruções 18 10. Retire o rolo de revelação. (photo 019) 19 11.Remova os dois parafusos da lâmina dosadora e também a lâmina. Diferente de outros modelos de cartuchos esse não tem a lâmina presa aos selos, de modo que pode ser retirada para ser limpa. (photos 020 & 021) 20 Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 49 Instruções 21 22 12.Termine de limpar o toner residual que possa ter ficado no cartucho, aspirando especialmente todo o rolo de alimentação que ficou descoberto. (photo 022) 23 13. Inspecione os feltros do rolo de revelação e se estiverem brilhantes raspe-os com a ponta da chave de fenda pequena. (photo 023) 50 Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 Instruções 14.Limpe cuidadosamente a lâmina dosadora tomando cuidado para não dobrá-la. Instale a lâmina novamente com seus parafusos (photo 024) 24 25 15.Limpe o rolo de revelação com um limpador especial para rolos Brother utilizando um pano sem fiapos. Não utilize outros produtos químicos diferentes do limpador especial. Reinstale o rolo desde o eixo maior para a engrenagem primeiro, a trava branca deve estar apontada para cima. Gire a trava para dentro até que fique calçada em seu lugar. (photos 025 & 026) 26 Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 51 Instruções 27 16. Instale a placa do eixo do rolo de revelação do lado sem engrenagens. Certifique-se que a lingueta esteja segura (photos 027 & 028) 28 29 17.Limpe as engrenagens de todo resto de toner e revise os eixos. Se os mesmos tiverem graxa velha contaminada com toner limpe com álcool e lubrifique com graxa de lítio. Instale a engrenagem do rolo de revelação, a trava “E”, o espaçador do eixo e o resto das engrenagens na ordem indicada. Certifique-se que todos estejam encaixados perfeitamente. (photos 029 & 030) 52 Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 Instruções 30 31 32 18.Coloque a mola da engrenagem bandeira como se mostra e a engrenagem atuador com a posição exatamente como demonstrado na foto. (photos 031 & 032) Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 53 Instruções 33 19. Monte a engrenagem bandeira como se mostra. (photo 033) 34 Leve em conta que os dentes da engrenagem não devem estar entrelaçados quando forem instalados, como mostra a figura, eles devem estar em boas condições. A engrenagem bandeira fica carregada com a mola e irá girar quando a impressora iniciar. (photo 034) 35 20.Instale a tampa de engrenagem com a engrenagem orientada como mostra a foto. A flecha na tampa deve coincidir com o triângulo branco da engrenagem marcada com o número 3. Isso se aplica tanto para o TN410 como para o TN420. A TN450 leva uma engrenagem diferente. (photo 035) 54 Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 Instruções 36 21.No lado que não tem engrenagens, instale os braços de plástico e seus respectivos parafusos. O braço menor é instalado no final e deve ser girado de baixo para cima, para que a trava encaixe. (photos 036 & 037) 37 38 22.Enche o cartucho com a quantidade adequada de toner preto para cartuchos Brother TN410 (aproximadamente 45g). (photo 038) Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 55 Instruções 23. Substitua a tampa de recarga. Limpe o exterior do cartucho para eliminar os restos de toner. (photo 039) 39 40 24. Instale a tampa do rolo de revelação. (photo 040) Tabela de defeitos repetitivos OPC: Rolo fusor superior: Rolo de presão inferior: Rolo de revelação: 94,2mm 53,4mm 78,5mm 32,5mm NOTA: se aparecerem manchas horizontais na página impressa e a mudança do cartucho não resolver, olhe no fundo da bandeja de papel da impressora, normalmente terá um terminal de terra metálico redondo que se estiver danificado ou sujo pode causar esse defeito. (photo 041) Para mais informações www.uninetimaging.com 56 Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 41 Região 1 · Noticias Relatório de 2011 comparado a 2010, 2009, 2008 e 2007 e alguns casos anteriores. Remanufatura de Insumos de Informática (Cartuchos de toner, tinta e fitas de sistemas de impressão). Informe de 2011. O setor continua crescendo desde 2003 e ainda que durante 2008 e 2009 tenhamos presenciado uma queda no ritmo, 2010 recuperou-o vigorosamente e 2011 manteve a tendência. Os remanufaturadores formais (empresas que se ajustam as normas legais sobre habitações, impacto ambiental e certificação como operador – gerador de produtos perigosos) crescerão acima do esperado pela nossa câmara, acompanhando esse crescimento há um grupo de empresas que melhoraram seus produtos e lutam para obter uma parte significativa do mercado que continuará crescendo no futuro, baseando em três premissas: 1) olhar de maneira mais séria a estabilidade do Meio Ambiente, 2) acrescentar o interesse da utilização de mão de obra Argentina nas indústrias vinculadas com a informática e telecomunicações (produtos IT) e 3) ir em busca da qualidade para igualar a disputa do mercado. O quadro comparativo sobre a importação de cartuchos e matérias primas nos dá como resultado que a soma da importação de cartuchos novos e a matéria prima para a reciclagem de outros resulta uma oferta de mais de 5.000.000 de cartuchos em 2010, para sistemas de impressão a laser, os 6.000.000 em 2011 nos confirma a pauta de que os insumos de impressão vivem um ciclo de crescimento, com a mesma tendência dos equipamentos de impressão onde o parque de impressoras, equipamentos multifuncionais e fotocopiadoras chegaram a 1.692.000 unidades deduzindo que cada um deles utilizou em média 3,8 cartuchos durante o ano de 2011, número esse muito baixo em relação ao utilizado nos países do hemisfério Norte. De todas as formas, o setor de insumos para sistemas de impressão faturou durante 2011 aproximadamente 2.500 milhões de pesos. Os pontos a serem destacados são: o forte crescimento de cartuchos de origem Chinesa não originais (denominados alternativos) resultado de que as empresas produtoras de impressoras, fundamentalmente a HP (que é a que administra o maior volume de equipamentos) não realizou nenhuma ação contra essas falsificações. Outro ponto é o nível de aumento dos quilos de toner importados durante 2011 (650.000kg) que tem incidência direta com a recarga e remanufatura de cartuchos de impressoras e fotocopiadoras, assim mesmo e graças a intervenção da CAMOCA novamente em 2008 e 2009 para manter a taxa de 0%, os importadores foram beneficiados na otimização dos custos de fabricação. Também é determinante o grande crescimento nas unidade de equipamentos, que não foi maior pelas diferenças impositivas discriminatórias de mais de 20% que atua sobre os equipamentos multifuncionais com um grau de tecnologia muito superior aos do parque instalado. 58 Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 No caso de cartuchos para impressoras jato de tinta o aumento de importações foi de 32% de 2005 a 2006 estabilizando-se em 2007 e 2008 e aumentando novamente em 2009 em 21% e mais um pouco em 2010 e 15,5% em 2011 mantendo a decisão dos consumidores em adquirir produtos econômicos, sedo o de origem chinesa o que monopoliza o mercado com um volume muito significativo de volume de cartuchos para cobrir um parque de algo em torno de 5.200.000 impressoras e equipamentos multifuncionais InkJet de baixo preço e rendimento, dos quais 70.000 equipamentos vão ao lixo anualmente junto com quase 20.000.000 de cartuchos usados. Devemos destacar o importante volume de cartuchos importados da China que gera um volume de resíduos contaminantes, o que nos faz ter que buscar soluções rápidas a respeito, uma delas é prestigiar e promover a utilização de cartuchos remanufaturados por parte dos Governos, coisa que até o momento não foi realizada, como é feito nos países do hemisfério norte, para isso os sócios da CAMOCA trabalham fortemente no protocolo já aprovado pela INTI e depois pela IRAM para garantir o rendimento e dessa forma poder chegar a uma revalorização do produto com o selo de qualidade que deverá ser acompanhado por uma campanha de difusão importante para levar ao conhecimento da população os benefícios da utilização do reciclado. 2012 continuará crescendo proporcionalmente para a Indústria Nacional de remanufatura, que continuará melhorando sua qualidade com o incentivo da Certificação esperando que o Estado comece a demandar os produtos com Selo de Qualidade, uma vez cumprida a oficialização da norma IRAM durante esse ano, no sentido de considerarmos que chegou a hora de tomar decisões por parte das empresas para poder estar em condições de prover aos Estados uma vez colocada em prática a norma IRAM de qualidade, assim mesmo a CAMOCA colocará ênfase na vigilância do mercado de cartucho evitando qualquer movimento transfronteiriço e incentivando a indústria nacional com o objetivo de equipará-la ao México e Costa Rica. Um dos temas mais graves em nossa indústria é a entrada de cartuchos NÃO ORIGINAIS Chineses (chamados alternativos) que triplicaram em quatro anos, com preços menores que um terço dos originais e 25% menores que os oferecidos pela indústria Nacional, tema que já foi plantado e contemplado pelas autoridades que se comprometeram a tomar medidas durante esse ano. Se o combinado for cumprido acreditamos que as 6.000 ARGENTINA, URUGUAI, CHILE, PARAGUAI e BOLIVIA. famílias que vivem dessa indústria em nosso país poderão crescer em quantidade, qualidade de vida e desen- Região 1 · Noticias volvimento de uma estratégia de substituição de importações muito maior do que a obtida até hoje. Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 59 Região 2 · Noticias Tendências 2012: Brasil Empresários analisam a atualidade do setor no Brasil Como comentamos em vários editoriais, o cenário de crise que afeta há tempos a Europa e os Estados Unidos, junto ao freio por questões legais de patentes, deram um novo atrativo comercial aos mercados emergentes, entre eles a América Latina. De todos os países da região, o Brasil foi sem dúvida o mais prejudicado nesse aspecto, já que os fabricantes tomaram consciência do volume de seu mercado, de seu bom momento econômico e da falta de políticas governamentais que freiem sua entrada. Para conhecer a situação de outra ótica, publicamos em nosso blog do Brasil (www.blogdoreciclador.com) uma série de entrevistas que o Guia do Reciclador realizou com empresários destacados do setor. A continuação temos um resumo de 3 delas, onde podemos claramente ver as distintas percepções frente a uma mesma pergunta. Você acredita que o reciclador brasileiro "legítimo" tenha desaparecido? Aquele que somente recicla cartuchos negando-se a vender compatíveis? Issamu Ichi da Fast Laser: “Não acredito que o reciclador brasileiro "legítimo" tenha desaparecido, acredito sim que houve uma adequação de seus negócios às tendências e oportunidades do mercado. Como a oferta de cartuchos compatíveis no mercado é muito grande, acredito que os recicladores continuam estão incorporando cartuchos compatíveis a sua linha de produtos, conseqüentemente reduzindo a quantidade de cartuchos produzidos em sua indústria, agora o percentual de utilização de um e de outro depende da estratégia utilizada por cada empresa”. Rodrigo Belatto Marques da Xtoner: “Eu acredito que o grande problema não só no Brasil mas em vários países do mundo é a falta de visão a longo prazo e o egoísmo exacerbado que faz com que pessoas, empresas e até nações só olhem para si próprios e se esqueçam dos outros e principalmente do futuro. Os grandes recicladores "legítimos" como você sugere, e que se negam a vender compatíveis, na minha opinião nunca existiram, todo mundo vende compatível. O cartucho recondicionado no Brasil sempre foi uma opção mais barata de compra e só, pode ser que agora com todo o apelo ambiental que o mundo inteiro esta fazendo algumas empresas privadas e até alguns órgãos públicos, 60 Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 optem em recondicionar seus cartuchos ou utilizar cartuchos recondicionados, mas isso se os cartuchos couberem no custo e funcionarem. Tanto é assim, que a grande maioria dos antigos grandes recicladores se tornaram importadores de cartuchos chineses, alguns até começaram a trazer outros produtos que hoje são muito mais importantes para o seu negócio do que o cartucho propriamente dito como é o caso da Multilaser. Isso sem contar também que a grande maioria dos distribuidores de insumos, vende cartuchos compatíveis chineses para seus clientes "recicladores". O mercado de recondicionamento de cartuchos só se mantém porque existem muitas empresas que fazem o recondicionamento de cartuchos como complemento do seu negocio e não como negocio principal, este é o caso de milhares de bancas de jornais e pequenas papelarias e copiadoras, quem não diversificou e manteve somente o recondicionamento de cartuchos como negocio principal não deve estar muito bem. Claro que também há modelos de cartuchos que os chineses não fazem, fazem mal feito ou o recondicionamento é mais barato, mas é mais barato por que? Porque as pessoas querem encher o cartucho vazio de pó e não trocar mais nada e isso também é péssimo para imagem do nosso mercado pois o produto final fica ruim”. Camilo da Static Toner: “Não, porém no futuro muito próximo vai ocupar uma fatia pequena do mercado, principalmente o corporativo, e ficará cada vez mais difícil se manter. Acho o crescimento pouco provável. Para o mercado domestico, terá serviços de reciclagem e manutenção, o que pode garantir sua sobrevivência, vai depender da maneira como administrar e adequar a empresa a esta situação. E aquele que somente recicla cartuchos negando-se a vender compatíveis é tolo, porque está nadando contra a correnteza. Toda empresa para sobreviver precisa ter lucro, se você tem um produto bom com custo de entrada bem abaixo daquele que você já tem, qual o problema? O que não pode acontecer é você desativar sua indústria, demitir seus técnicos e usar apenas os compatíveis. Eu uso alguns modelos de compatíveis que foram testados e homologados na empresa, sempre os monocromáticos, nunca os coloridos, porque não possuem a qualidade de tenho”. João Carlos Rauber da RM Soluções para Impressão: “O reciclador "legítimo" não desapareceu ainda, tanto que nossa Empresa ainda não vende cartuchos compatíveis, mesmo que a oferta destes seja tentadora. BRASIL Região 2 · Noticias Continuamos a acreditar neste mercado porque nossos clientes também acreditam no nosso produto e no nosso trabalho. Agora se não houver atitudes econômicas por parte do nosso governo não sabemos até quando os "legítimos" recicladores vão aguentar esta concorrência desleal e destruidora da nossa atividade”. rios, portanto é um mercado crescente. 2 - Segmento que é o consumidor corporativo: notamos um crescimento muito apático por causa dos altos custos dos insumos, acho que este crescimento na cor ainda depende de custos. Agora, há muito tempo ouvimos que o futuro do mercado é a impressão colorida, mas estamos aguardando este futuro”. Porque o mercado não consegue crescer no segmento dos coloridos? Você se sente representado por alguma das associações do setor que existe no Brasil? Issamu Ichi: “Há pelo menos dez anos ouço falar a célebre frase "O futuro é cor", mas como podemos notar, foi um mercado que não se desenvolveu na mesma proporção da impressão mono cor. Acredito que o maior entrave para o crescimento da impressão colorida seja o custo em relação à página mono cor”. Issamu Ichi: “Sei que existem algumas associações ligadas ao seguimento, mas de forma alguma me sinto representado. Talvez estas associações tenham boas idéias e algumas ações, mas acredito que nenhuma conseguiu unificar e ter abrangência em âmbito nacional a fim de unir o seguimento”. Rodrigo Belatto Marques: “Quanto a associação, baseado nas informações anteriores eu não preciso dizer que fica muito difícil para qualquer entidade, associação, sindicato que representa esta classe trabalhar direito, pois se a maioria do mercado faz o recondicionamento de cartuchos como negocio secundário quem vai querer gastar dinheiro com isso? Ninguém! Então a associação fica fraca, sem condições de tomar medidas enérgicas e imediatas para a defesa do mercado, todo o trabalho é feito nos bastidores. Eu sou vice-presidente da ABRECI, e junto com outros colegas fazemos nossa reunião semanal na sede para tentar de alguma forma nos ajudar, todo mundo que participa é voluntario, gasta uma tarde inteira toda semana para tentar fazer alguma coisa pelo mercado, e maioria das empresas não estão nem ai para a Associação. Para você ter uma idéia só à Brasília eu devo ter ido umas 5 vezes para falar com algum político a respeito do mercado, e tudo com dinheiro próprio pois a associação não arrecada verbas suficiente para bancar estes trabalhos. Conseguimos acesso ao Senador Cristovam Buarque, como já deve ser de seu conhecimento, estamos entrando com uma petição para o aumento dos impostos dos cartuchos originais e compatíveis e também tivemos uma reunião com o Secretário do Ministério do Planejamento, Sr. Delfino Natal de Souza, para tentarmos encaixar o recondicionamento de cartuchos como serviço obrigatório na aquisição publica de bens e serviços. A nova política de gestão de resíduos sólidos do nosso governo nos da uma ótima oportunidade de exigir reconhecimento, a política diz que todos os produtos devem seguir a seguinte Rodrigo Belatto Marques: “Em se tratando de cartuchos coloridos o problema é outro, apesar das impressoras coloridas estarem ocupando um lugar cada vez maior no mercado, os consumidores ficam temerosos em usar cartuchos recondicionados ou compatíveis, muitos tentam, mas ao primeiro sinal de erro voltam a comprar os originais, ainda existem muitos problemas de fundo e fidelidade de cor. Eu particularmente não conheço nenhuma empresa brasileira que tenha realmente investido no mercado de coloridos, com seções separadas de produção e equipamentos adequados para os testes. O cartucho colorido ainda precisa ser muito melhor trabalhado para ganhar espaço no mercado, e isso só vai acontecer antes de os chineses desenvolverem um produto melhor e mais barato que o recondicionado”. Camilo: “Falta de qualificação técnica, aliado ao uso de produtos de qualidade duvidosa formam a parceria perfeita para o insucesso deste segmento. Como podemos nestes produtos oferecer reduções de até 70% em relação aos originais se o custo de produção, impostos, lucro, etc., quase se equipara ao valor de venda dos originais? Somente com mágica ou produtos de péssima qualidade”. João Carlos Rauber: “Acho que temos que separar dois segmentos de coloridos: 1 - Segmento de colorido domestico, ou seja aquele consumidor que usa tinta: este sim vem crescendo mas em número de usuá- Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 61 Região 2 · Noticias ordem de consumo: 1 redução, 2 Reutilização, 3 Reciclagem, 4 tratamento, 5 descarte adequado. Nós nos enquadramos perfeitamente no numero "2 Reutilização", não reciclagem como costumamos dizer. Nós economizamos energia e matéria prima básica quando reutilizamos as carcaças e peças existentes dentro do cartucho, a reciclagem será feita em um terceiro processo. Tudo isso fora a quantidade de empregos que são gerados aqui no Brasil para o recondicionamento dos mesmos”. Camilo: “Temos a ABRECI, que vem matando um leão por dia para se firmar no mercado como uma ferramenta de auxilio ao reciclador. Dou valor aos profissionais que dedicam seu tempo extra em favor da classe e ali tentam desempenhar da melhor maneira seu trabalho. Minha participação junta a ABRECI é praticamente zero, apenas faço minha contribuição mensal com objetivo de ajudar, até gostaria de participar mais, porém a distancia de BH para SP dificulta bastante”. João Carlos Rauber: “Apesar de participar de uma associação ainda não me sinto representado, porque enquanto as associações não forem prestigiadas pelo próprio setor fica difícil ter um segmento representativo. E infelizmente enquanto o setor não se unir fortemente não vamos ter ações fortes o suficiente para sermos reconhecidos perante os nossos órgãos, principalmente governamentais”. Comparado ao ano anterior: você tem mais ou menos funcionários? Recicla mais ou recicla menos? Issamu Ichi: “Em nosso planejamento para 2012, não estamos esperando crescimento de produção, estamos trabalhando praticamente com os mesmos números de 2011. Com relação a nosso quadro de funcionários reduzimos em aproximadamente dez por cento”. tável, viável e necessária no ciclo de vida dos cartuchos, aliás, o governo brasileiro tem por tradição olhar somente o que interessa aos bolsos dos governantes. Mas o pior, é que quando se iniciou o mercado de recondicionamento de cartuchos o governo comprou, e se deu mal, comprou cartuchos recondicionados de péssima qualidade e por isso começou a exigir cartuchos 100% novos em seus editais o que incentivou ainda mais as empresas de recondicionamento a importar cartuchos novos. Em uma das conversas eles me perguntaram: “Como fazemos para comprar cartuchos recondicionados de boa qualidade sem precisar de um laboratório de analises como é o caso do Banco do Brasil?”. Honestamente eu disse para eles que ia ser difícil, só com acompanhamento continuo. Mas isso gera mais trabalho para eles que não querem trabalhar. O recondicionador, também tem sua parcela de culpa na rejeição dos produtos recondicionados e isso é bom você publicar pois quanto mais barato e mal feito for o recondicionamento, maior será a rejeição. Mas voltando ao que interessa, agora temos a oportunidade de mostrar através de regras estabelecidas pelo próprio governo, que somos necessários, pois a reutilização vem obrigatoriamente antes da reciclagem. Estamos conversando com algumas universidades a pedido e indicação do próprio ministério para que eles façam um estudo sócio, econômico e ambiental do nosso mercado, pois até hoje nenhuma instituição de credibilidade publica fez qualquer publicação benéfica a respeito do nosso mercado. A partir daí a conversa muda pois com dados técnicos validados por instituições sérias não há como o governo se manter omisso sobre a questão”. Camilo: “Primeiro pela economia, depois pela contribuição ao Meio Ambiente. Porém o mais importante é a confiança que você transmite ao seu cliente, que seu produto é bom e ainda é mais barato”. Rodrigo Belatto Marques: “Em relação ao ano passado eu tenho metade dos funcionários que eu tinha, e minha perspectiva para 2012 é que nós vamos recondicionar cada vez menos, e os chineses vão crescer cada vez mais, isso até que alguma coisa mude, o que pode sim acontecer, mas mais para o fim do ano”. João Carlos Rauber: “Nossos produtos são associados às duas alternativas, agora em grande parte dos nossos clientes está caracterizado o espírito ecológico. Agora também não podemos ser hipócritas que o preço e um grande fator sim”. Camilo: “Mais funcionários e reciclando 40% menos porque esta fatia foi preenchida pelos compatíveis. Quero chegar a 50% do uso de compatíveis na empresa”. Quais são seus prognósticos para 2012? João Carlos Rauber: “Temos menos funcionários e estamos produzindo menos também, agora no nosso planejamento para o ano de 2012 acreditamos que podemos ampliar nosso mercado abrindo novas fronteiras”. Você acha que o cliente vê o cartucho reciclado como uma alternativa ecológica ou somente como uma alternativa mais barata? Issamu Ichi: “Sempre associamos os nossos cartuchos a uma alternativa ecológica, de qualidade e com preço justo junto aos nossos clientes, mas acredito que o mercado é muito sensível ao preço”. Rodrigo Belatto Marques: “Infelizmente nosso governo ainda não enxerga este mercado como uma opção susten62 Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 Issamu Ichi: “Não esperamos mudanças profundas para 2012, mas um cenário similar ao de 2011”. Camilo: “Empresas do segmento entrando cada vez mais no Outsourcing de impressão como meio de sobrevivência; Clientes cada vez mais exigentes; Originais cada vez mais baratos e com menos capacidade de impressão dos cartuchos; Compatíveis com melhor qualidade e ocupando cada vez mais o mercado; Margens de lucro cada vez mais estreitas. Porém, temos cada dia mais consumidores para os nossos produtos, então é arregaçar as mangas, trabalhar muito e reclamar menos. Tudo depende de você para o sucesso da sua empresa, então faça o melhor e vá a luta”. João Carlos Rauber: “Aquilo que depende de nós Empresários pode ser positivo, agora depende só das ações econômicas e atitudes governamentais para se concretizar”. Notícias Internacinais OCP novamente em expansão Depois de mais de 15 anos nas antigas instalações de administração e depósito em Hattingen, OCP e EWEKO GmbH mudou-se para os novos escritórios centrais em Bochum em maio de 2011. Desde o início, o centro R&D e a planta de produção estavam localizados em Lage, um pequeno povoado perto de Bielefeld. O sucesso no desenvolvimento das tintas OCP pedia uma expansão das facilidades de produção em Lage para prover uma capacidade adicional de produção de 2.000-2.500 toneladas por ano, bem como uma expansão da capacidade de depósito em seus escritórios centrais em Bochum. Essas ampliações permitiram que a OCP armazenasse as quantidades de tinta requeridas antes de serem despachadas aos clientes e distribuidores em todo o mundo. Com esse investimento, a OCP duplicou sua capacidade de produção a aproximadamente 4.500 toneladas de tinta por ano. Além disso agregou 750m2 de espaço para depósito com capacidade de armazenagem de mais de 250 toneladas de tinta. No total, a OCP ampliou suas facilidades de produção em Lage a aproximadamente 2.400m2 e as facilidade de depósito em Bochum a aproximadamente 3.000m2. A OCP deseja agradecer a todos os seus clientes e distribuidores ao redor do mundo pelo contínuo aumento na compra de tintas OCP. Para mais informações www.ocp.de A primeira feira de impressão digital e comercial da China acontecerá em outubro em Zhuhai A primeira feira de impressão digital e comercial da China acontecerá entre os dias 15 e 17 de outubro em Zhuhai, a Print Consumables Capital of the world. iPrint (china) Expo espera receber 120 expositores de 10 países e regiões diferentes e 5,000 visitantes. Estatísticas mostram que há mais de 500,000 lojas de impressão digital e quiosques na China. Eles oferecem em torno de 700,000 empregos e geram 50 bilhões de RMB (em torno de $ 7.91 bilhões de dólares) de receita todo ano.Alguns 500 fabricantes produzem hardware e suprimentos para impressão digital. Em 2011, mais de 650,000 copiadoras/multifuncionais e 200,000 impressões digitais foram vendidos na china. Estima-se que o mercado de impressão digital na China valha 10 bilhões de RMB (em torno de $ 1.6 bilhões de dólares). Pesquisas apontam que esse número irá crescer 14% ao ano, duas vezes mais rápido que os 7% de média de crescimento em outras regiões da Asia. “É essencial termos uma feira profissional para um mercado Chinês tão grande”, diz Tony Lee, diretor da Recycling Times Media Corporation. “Por isso faremos a iPrint Expo em 2012 – a primeira feira de impressão digital e comercial na China. Irá incluir pré-impressão, impressão digital e equipamentos acabados bem como fornecimento de suprimentos e consumíveis para impressoras e copiadoras”. Equipamentos e consumíveis estarão na feira no mesmo local e ao mesmo tempo, oferecendo oportunidade de ver tudo junto. A iPrint (China) Expo 2012 também está 64 Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50 programada para acontecer ao mesmo tempo que outras feiras regionais como a China Sourcing Fair, a Hong Kong Electronic Fair e a Canton Fair, permitindo uma economia aos compradores internacionais com a possibilidade de visitarem vários eventos na mesma semana. A CIFEX/Remax Asia Expo, a maior feira da indústria de computação e imagem do mundo também acontecerá entre os dias 15 e 17 no mesmo local da Zhuhai Airshow Center. Espera-se que 440 expositores e 10,500 visitantes de todo o mundo compareçam na CIFEX|RemaxAsia Expo 2012. Em 2012 Recycling Times estará na Remax@Paperworld, D-PES Digital Printers & Engravers & Signage, 19th South China International Printing Industry Exhibition, ReIndia Expo. A empresa de publicação e evento também atenderá ao ITEX, China OEC, Business inform Expo, ReciclaMais Expo, Drupa 2012 e algumas outras feiras no mundo para promover a iPrint Expo. Além disso, a iPrint Expo será promovida através de 40 publicações regionais e internacionais, e fontes online em mais de 120 países e regiões. Para mais informações, visitem o site iPrint Expo: www.iPrintexpo.com e da CIFEX|RemaxAsia Expo website: www.iRecyclingTimes.com. Or contacte Jessica Yin Tel: +86 756 3919264 Email: [email protected]