Modulo 1 Brasil 50 Br con TAPA_MODULO 1.qxd

Transcrição

Modulo 1 Brasil 50 Br con TAPA_MODULO 1.qxd
Staff
Tel.Fax: 54-11-4613-5475 / 4637-0942 / 4612-1726 /
54-9-11-4187-5872
Cordenação Geral
Gustavo Molinatti
[email protected]
Página Web
Website em espanhol: www.guiadelreciclador.com
Website em português: www.guiadoreciclador.com
Desenho e Diagramação
Estudio Connotar
[email protected]
Publicidade e contato comercial
Gustavo Molinatti
[email protected]
Para anunciar e contato no Brasil
(11) 8173-6943
[email protected]
[email protected]
Para anunciar e contato na America Latina
Gustavo Molinatti
[email protected]
Redação - Correio de leitores
E-mail: [email protected]
Fax: 54-11-4637-0942
Envio de artigos técnicos e notícias
E-mail: [email protected]
Assinatura Gratuita
on line : www.guiadoreciclador.com
E-mail: [email protected]
Fax : 54-11-4637-0942
Colaboradores e agradecimentos especiais desta edição
Mike Josiah, Uninet Imaging
Jorge Daniel Santkovsky, Scrap y Rezagos
Sherry Lachine, PrintFleet Inc.
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida sob nenhum
conceito sem a permissão por escrito pelo editor. Se realiza todo o
esforço possível para assegurar a fidelidade do material editado.
De qualquer modo, o editor não assume nenhuma responsabilidade pelos
erros nos artigos nem são expressadas as opiniões do editor
Gustavo Molinatti
Cordenação
Geral
Colaboradores
Leonardo Valente é economista e profissional inscrito do
Conselho Profissional de Ciências Informáticas de Buenos
Aires. Tem sido produtor de meios especializados em
informática, e trabalhado nas áreas de sistemas e marketing de várias empresas. Atualmente dirige a Inkpro.net,
uma empresa de reciclagem ISSO 9001 com distribuidores
em toda Argentina, que ativamente trabalha no teste de cartuchos sob as
normas ASTM. Realiza, também, trabalhos de consultoria e implementação de sistematização e qualidade em empresas do setor.
Eng. Cássio Rodrigues é o responsável técnico pelo
Instituto que leva seu nome, referência no Mercado de
Recondicionadores onde capacita utilizando avançadas
metodologias educacionais que permitem o aumento da
qualidade nos processos técnicos e operacionais.
O ICR atua em todo o território brasileiro assim como
Américas Latina, Central e do Norte, levando palestras, cursos e consultorias para recondicionadores, distribuidores, fabricantes de insumos e
consumidores de produtos recondicionados.
Enrique Stura tem mais de 25 anos de experiência no
campo de eletrografia tendo atuado tanto em
Desenvolvimento e Produção de fotorreceptores de Sete
assim como em Marketing e Vendas de materiais para
reprografia. De 1999 até 2005 foi consultor e também
diretor técnico da Laser Toner do Brasil Ltda. empresa
brasileira de remanufatura de cartuchos para impressoras e copiadoras.
Das 2005 até hoje é Diretor técnico da UniNet Argentina na gerência
técnica. O trabalho inclui investigação e desenvolvimento de produtos
como suporte a UniNet Internacional, criação de manual e notas relacionadas com remanufatura, seminários, treinamento técnico. Software para
seguimentos de custos de remanufactura e ajuda a clientes locais e internacionais. Seus trabalhos são publicados em várias revistas internacionais.
Horácio Murúa é engenheiro químico e administrador de
empresas pela Universidade Mackenzie, com pós graduação em comércio exterior pela Fundação Getúlio Vargas e
em História pela Universidade de São Paulo. Foi diretor
industrial de diversas empresas multinacionais das áreas
químicas e farmacêuticas, realizou diversas conferências
sobre temas técnicos em congressos no Brasil, Estados Unidos e América
Latina. Possui patente de processos de fabricação, projetou e instalou
indústrias no Brasil, Argentina, Uruguai e França. É autor de vários artigos técnicos publicados na área de reciclagem de cartuchos de toner.
Consultor de projetos, implantação e validação de processos, atua hoje
na Ink Press do Brasil como gerente das áreas de marketing e exportação
e é instrutor dos cursos de reciclagem de cartuchos de toner, toner colorido e jato de tinta.
Alejandro Campos Responsável pela área técnica da
Servicint S.A., empresa com mais de 15 anos de experiência no mercado de insumos, trabalhou por mais de 10 anos
em sistemas de impressão de grande formato e gigantografias, dedicando-se há mais de 5 anos ao desenvolvimento
de sistemas de reciclagem de jato de tintas, matriciais e
Mariela Gentilini
Confêrencias
Silvia Fiasche
Administração
e Eventos
toners.
Adriana Ponce Coelho Cerântola é advogada especializada
em meio ambiente, sócia-fundadora de Santos & Cerântola
Sociedade de Advogados, docente e palestrante.
Estudio Connotar
Disenho e
Diagramação
4
Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
Arqta. Paulina
Molinatti
Tradução
Editorial
Gustavo Molinatti
Nosso futuro está no lixo
É tentador sentenciarmos em um simples pensamento a
chave para o sucesso quando analisamos um determinado negócio. Alguns negócios são fáceis, outros nem
tanto. Por exemplo, a chave do sucesso para quem tem
um time de futebol é fazer gols e ganhar campeonatos.
Isso é simples de concluir, não é necessário ser um visionário – ainda mais se o seu time for o Barcelona. Mas em
outros negócios isso é bem mais complexo, como é o
caso da remanufatura de cartuchos. Qual é o pensamento que nos permitirá de uma vez por todas alcançar o
almejado sucesso da nossa atividade? Aposto que se
perguntar a 5 pessoas (recicladores), terei pelo menos 3
respostas diferentes. A “qualidade do cartucho a um
menor preço”, a “economia”, o “serviço”, a “proteção do
meio ambiente”, e posso imaginar outras mãos levantadas na sala. Alguém sabe? É provável que não haja uma
resposta única, alguns dirão, mas uma combinação de
várias. O que começa a ficar claro é que com a oferta do
mercado de cartuchos asiáticos, as agressivas campanhas das marcas originais e a transformação da impressão em serviço, muitos de nossos prognósticos começam a afundar como o Titanic. São poucos os recicladores no Brasil que apenas reciclam, e a grande maioria
que continua na atividade faz somente os cartuchos que
convém. Muitas oportunidades de crescimento do grêmio
ficaram para trás e não é difícil julgar quem mudou de
modelo por uma questão de sobrevivência.
Está tudo perdido? Se o setor deixar para trás seu compromisso com o meio ambiente, sem dúvidas continuará
perdendo aos poucos o especo conquistado com tanto
esforço. Mas se observarmos com inteligência, veremos
uma luz no fim do túnel. Essa luz se chama Lei de
Resíduos Sólidos. Essa lei sancionada incorpora conceitos modernos de gestão de resíduos e traz novas ferramentas à legislação brasileira, como acordos setoriais,
responsabilidades divididas pelo ciclo de vida dos produ-
tos, logística reversa, coleta seletiva, sistema de informações sobre a gestão de resíduos sólidos, catadores de materiais recicláveis e planos de resíduos sólidos.
Ainda que a nova lei já tenha uma regulamentação, seu efeito será sentido depois dos acordos setoriais e a partir da
criação de metas de logística reversa (LR). Dos produtos
obrigados a implantar a LR, somente as embalagens de óleo
lubrificantes foram convocadas por editorial recente para a
apresentação de seus planos. O setor, nossa indústria, será
uma das próximas. O tempo corre e uma nova oportunidade
está a nossa frente. Você vai deixar passar?
Se me perguntarem como editor sobre o que acredito que
será o sucesso do negócio, com certeza hoje eu responderia: nosso futuro está no lixo.
Atingimos 50 edições!
Contrariando a previsão de muitos que não acreditavam na
viabilidade da Indústria e menos ainda na continuidade de
uma mídia impressa que a representasse, o Guia do
Reciclador conseguiu permanecer e crescer durante esses
primeiros 100 meses de vida. Há muitos fatores que colaboram para que o Guia del Reciclador e Guia do Reciclador
continuem existindo. Mas acreditem, a chave disso tudo é
uma só: a pessoas que sempre acreditaram que o futuro de
seu próprio negócio está ligado ao sucesso de todos os que
recebem essa revista. A eles, obrigado.
Nesta Edição
Edição Número 50
M. Ambiente
SdeI
36 •
O Coltan e seus problemas com a Sociedade e o Meio Ambiente
38 •
Política Nacional de Resíduos Sólidos: primeiros passos, grandes desafios
16 •
Um guia através do labirinto TCO
Tecnica
22 •
A ciência por traz da contagem de páginas, rendimento de
cartuchos e a regra de 5%
26 •
Como funcionam os sensores de densidade de toner (sensor TD)?
32 •
Impressão em 3D: Imprimindo o futuro
8
Novos Produtos
58
Instruções
26 •
Remanufatura do Cartucho de Toner Brother ® HL-2130 • TN410
Região 2
60 •
Tendências 2012: Brasil Empresários analisam a atualidade do
setor no Brasil
Região 1
64
Notícias Intenacionais
Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
5
Novos Produtos
As últimas novidades do mercado da Uninet
A Uninet lança o toner Absolute Black e componentes para a Samsung ML-2545
Los Angeles, CA - UniNet lança o toner Absolute Black e
componentes chave homologados para uso na impressora
laser monocromática Samsung ML-4525.
Essa impressora super acessível da Samsung é a resposta
a produtos similares, como a HP P1102, Brother HL-2240,
A Uninet lança toner Absolute Black e componentes para a HP Laserjet Enterprise M 601, 602, 603
Los Angeles, CA - A UniNet tem o prazer de anunciar o lançamento do toner Absolute Black e componentes homologados para uso na HP Laserjet Enterprise 600 series.
A nova série de impressoras monocromáticas HP Enterprise
600 substitui as impressoras antigas P4014/4015/4515. As
impressoras M601 (45ppm), M602 (52 ppm) e a M603 (62
ppm) oferecem uma variedade de bandejas de papel,
impressão frente e verso e opções de disco rígido e foram
A UniNet lança toner Absolute Color e componentes para a remanufatura dos cartuchos Xerox
Phaser 7500
entre outras. Com capacidade de 24ppm, resolução de
1200 x 1200 dpi, é uma impressora monocromática de
velocidade média a um preço muito baixo. Vendida preferencialmente por distribuidores, a ML-2545 utiliza os cartuchos populares MLT-D105 S/L, com capacidades de
1,500 a 2,500 páginas. Esses cartuchos também são utilizados nas impressoras laser ML-1910/1915, 2525 bem
como nas MFPs SCX-4600/4623 e SF-650.
desenvolvidas para o mercado de médio e grande porte
onde o volume de impressão é o principal requisito.
Essas impressoras utilizam o cartucho CE390X com rendimento de 24,000 páginas, também utilizado nas multifuncionais HP4555.
Esses cartuchos oferecem uma excelente oportunidade
de boa margem de lucro para os recicladores e são similares em design aos cartuchos P4014/4015/4515, facilitando a transição para esses cartuchos.
Los Angeles, CA - UniNet lança toner Absolute Color e componentes homologados para a nova impessora laser Xerox
Phaser 7500.
e USD 5.000, dependendo das opções de configurações,
podemos considerar uma impressora importante. Os cartuchos de toner OEM vêm em versões simples de rendimento de 19,800 páginas em preto (USD 3300) e duas
versões de rendimento nos coloridos, de 9,600 páginas
(USD 315) e 17,800 páginas (USD 480).
Esse recente lançamento da Xerox é um impressora top de
linha, completamente equipada, com capacidade de impressão de 35ppm, resolução de 1200 x 1200 dpi e qualidade
profissional de impressão. Com um preço entre USD 3.000
Os custos operacionais OEM são tão altos que esses
cartuchos representam uma oportunidade rentável para
que os remanufaturadores ganhem alguma participação
no mercado.
Cartuchos Uninet de substituição Absolute Color
e componentes para a Konica Minolta Bizhub
C353/C253/203 MFP
Los Angeles, CA - A UniNet lança o cartucho de substituição
Absolute color e componentes homologados para uso nas
MFP
laser
coloridas
Konica
Minolta
Bizhub
C353/C253/C203 .
Todas as MFP das séries Bizhub C353/C253/C203 compartilham a mesma máquina básica, mas com velocidades de
Toner UniNet Absolute Color e componentes
para a Dell2150
Los Angeles, CA - A UniNet lança o toner Absolute Color e
componentes homologados para a remanufatura dos cartuchos coloridos da Dell 2150.
Com velocidade de 24ppm e resolução de 600 x 600 dpi
essa impressora utiliza cartuchos de toner individuais com
8
Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
20 ppm (C203), 25 ppm (C253) e 35 ppm (C353). Essas
são impressoras tamanho padrão e apresentam uma
grande lista de opções (bandeja de papel, alimentador
de documentos duplex, etc.) Ainda que não estejam mais
a venda, essas máquinas tiveram um grande sucesso e
continuam ativas no mercado.
Os Smartchips também são oferecidos separadamente
para aqueles que coletam os cartuchos vazios.
rendimento de 2.500 páginas. Não há outros componentes para substituir, exceto o toner. O módulo do cilindro
(que consiste em quatro cilindros) normalmente nunca
chega a ser substituído. Precisamos apenas carregar os
cartuchos com toner e incluir o smartchip e o cartucho
está pronto para funcionar. Os cartuchos podem ser reutilizados muitas vezes, tornando-os ideal para aqueles
que podem armazenar os vazios.
Novos Produtos
Toner Uninet preto Geração X e componentes
para a remanufatura dos cartuchos da Dell 2335
Los Angeles, CA - A UniNet tem o prazer de anunciar o lançamento do toner preto Geração X e componentes homologados para o cartucho da MFP monocromática Dell 2335.
Essa nova impressora laser 4 em 1 da Dell imprime
35ppm, tem capacidade de cópia, impressão, escâner
colorido e fax e inclui um alimentador automático duplex
para 50 páginas. Os cartuchos OEM são fornecidos em
versões para 3.000 e 10.000 páginas.
Para mais informações, favor contatar a UniNet através do telefone + 1 (424) 675-3300
ou do site www.uninetimaging.com
As últimas novidades do mercado da OCP
Novas tintas OCP para os cartuchos HP HP 950 /
951
Após o término do desenvolvimento, a OCP é a primeira
empresa a lançar no mercado novas tintas para os cartuchos HP 950 / 951.
Para garantir o melhor resultado possível na impressão,
igualando-se a OEM, nós sempre utilizamos a melhor matéria prima disponível em nossas formulações. E como a HP
utiliza tinta pigmentada preta e colorida em seus novos cartuchos HP 950 / 951 como já fizeram nos cartuchos HP 940,
a OPC faz isso muito bem.
Os cartuchos HP 950 / 951 são utilizados apenas nas
impressoras HP Officejet Pro 8100 / 8600 até agora, mas
nossa experiência diz que mais modelos serão incorporados
a esse cartucho.
A HP Officejet Pro 8100 e a Officejet Pro 8600 são equipadas com cabeçotes de impressão permanentes em cartuchos individuais. Em ambas as impressoras a resolução é
de 4800 x 1200 dpi. As impressoras podem imprimir mais de
20 páginas pretas por minuto e até 16 coloridas por minuto.
A HP Officejet Pro 8600 é também equipada com monitor
LCD colorido. O LCD está disponível nos tamanhos de
6,75cm ou 10,92cm, dependendo da versão do modelo da
impressora.
Segue uma lista completa das novas tintas OCP para os cartuchos HP 950 / 951:
Printer
HP
Officejet
Pro
8100 / 8600
Series
OEM cartridge
Colour / Type
OCP ink(s)
CN049AE
CN050AE
CN051AE
CN052AE
Black Pigment
Cyan Pigment
Magenta Pig
Yellow Pigment
BKP 280
CP 280
MP 280
YP 280
Black Pigment
Cyan Pigment
Magenta Pig
Yellow Pigment
BKP 280
CP 280
MP 280
YP 280
(950)
(951)
(951)
(951)
CN045AE (950XL)
CN046AE (951XL)
CN047AE (951XL)
O volume de tinta e rendimento dos cartuchos OEM são:
*de acordo com informação publicada pela HP
10
Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
Cartucho OEM
Cor(es)
Volume
de tinta*
Páginas*
CN049AE (Nº 950)
CN050AE (Nº 951)
CN051AE (Nº 951)
CN052AE (Nº 951)
CN045AE (Nº 950XL)
CN046AE (Nº 951XL)
CN047AE (Nº 951XL)
CN048AE (Nº 951XL)
Black
Cyan
Magenta
Yellow
Black
Cyan
Magenta
Yellow
24ml
8,5ml
8ml
8ml
53ml
24ml
17ml
17ml
1.000
700
700
700
2.300
1.500
1.500
1.500
Como já sabemos de outros cartuchos, os novos HP 950
/ 951 também são equipados com um chip que reconhece a impressora.
Para encontrar a solução e fazer o cartucho funcionar
após a recarga sem a reposição do chip favor contatar a
equipe de vendas da OCP. Os clientes e distribuidores
OCP serão informados sobre como fazer o cartucho funcionar sem a reposição do chip.
Amostras estão – como sempre – disponíveis sob pedido
em embalagem de 0,25kg. Para amostras individuais e
quantidades favor nos informar sobre demanda detalhada.
Seu time de vendas OCP!
Novos Produtos
Tintas OCP para a Epson L800
A primeira impressora OEM de
foto com sistema CISS (Sistema
contínuo de suprimento de
tinta)
A relação acima também
atende as impressoras
das séries Epson L100,
L200, que são equipadas
com 4 cores apenas (BK
155, C 155, M 155, Y
155).
Após o término de seu desenvolvimento, o departamento de pesquisa e desenvolvimento da OCP lança as novas
tintas para a Epson L800
Com a impressora Epson L800 foi desenvolvido um sistema alternativo de
CISS que pode ser instalado na maioria das impressoras Epson. A Epson
L800 vem com um tanque de tinta integrado de maneira a oferecer um fornecimento contínuo de tinta por um longo
período de duração. A base correspondente da L800 é a impressora Epson 6-color T50/P50 – que
fornece uma grande gama de cores para impressão de fotos.
Cada garrafa de 70ml de tinta OEM vem com um código de
13 dígitos que garante sua autenticidade. Antes de iniciar a
impressão é necessário encher os reservatórios de tinta e
digitar o código no menu da impressora.
O preço de revenda para cada garrafa está em torno de
US$ 10, 90 = aprox. 155.71 US$/kg.
As tintas OCP para a Epson L800 são:
Epson-Printer
L100
L200
L800
Colour
OCP Ink
Black
Cyan
Magenta
Yellow
Photo Cyan
Photo Magenta
BK 155
C 155
M 155
Y 155
CL 156
ML 156
A L100 e L200 representam o segmento Epson
de baixo valor e as tintas
correspondentes
são
vendidas em garrafas a
um preço unitário de US$
5,50.
Todos os modelos podem
ser encontrados no mercado onde a CISS está estabelecida. De acordo com as
nossas informações a Epson lançou essas impressoras na
Argentina, China, Índia, Indonésia e Rússia. Na China a
L800 foi lançada com o nome L801.
As amostras estão –
como sempre – disponíveis em embalagens de
0,25kg. Para amostras
individuais e outras quantidades informe sua
demanda detalhada.
Seu time
OCP!
de
vendas
Para mais informações:
[email protected] / http://www.ocp.de
As últimas novidades do mercado da Static Control
Novo toner Odyssey Static Control elimina defeitos relacionados à fusão nos cartuchos HP®
P3015 e Canon® LBP-6750
Sanford, N.C. – Static Control lança o novo toner que elimina os defeitos de impressão relacionados ao problema de
fusão nos cartuchos das impressoras da HP® LaserJet®
Enterprise® P3015 e Canon® LBP-6700.
Problemas de fusão, normalmente descritos como “ghosting”
aparecem como uma imagem repetitiva na página. O defei-
to pode estar relacionado a impressora ou ao cartucho. É
sabido que o defeito de fusão acontece em condições de
baixa temperatura e após longos períodos de inatividade
da impressora.
Para mais informações sobre esse e outros projetos da
Static Control entre em contato com um representante de
vendas da Static Control.
.
Novos Produtos
A Static control oferece um chip único para
muitos modelos de cartuchos
Lexmark®, Dell®, IBM® e Toshiba®
Chips para a família de impressoras da Lexmark®
E250/350/450
Sanford, N.C. – A Static control anuncia o bom desempenho e eficiência dos chips multi marcas para uso na
família de impressoras Lexmark® E250/350/450.
Um único chip pode ser utilizado na remanufatura de
diversos cartuchos Lexmark®, Dell®, IBM® e Toshiba®.
Esses chips multi marcas da Static Control estão disponíveis
para 46 cartuchos utilizados em 10 diferentes modelos de
impressoras vendidos mundialmente. A Static Control oferece a indústria o chip mais completo e funcional, com a maior
cobertura de mudanças de firmware.
Código dos produtos:
LE250CP-MB2
LE250CP-MB2-L
LE352CP-MB2
LE352CP-MB2-L
LE450CP-MB2
LE450CP-MB2-L
LE450CP-MBX2
LE450CP-MBX2-L
Os novos toners da Static Control para os cartuchos da HP® M4555 MFP e HP® 600 Series
oferecem fusão superior, densidade e rendimento
bém oferece componentes secundários como parte da solução completa de remanufatura.
Sanford, N.C. – A Static Control lança o novo toner para
os cartuchos das impressoras LaserJet® Enterprise®
HP® M4555 MFP com qualidade superior de fusão, densidade e rendimento de página.
Essa nova impressora de alta velocidade tem muitos requisitos de fusão. O novo toner da Static Control foi especialmente desenvolvido para atender a esses requisitos
enquanto oferece a densidade necessária e o rendimento
esperado. A utilização de toners não específicos para essa
máquina podem causar problemas relacionados a fusão.
O novo toner foi desenvolvido para funcionar em toda a
gama dos componentes Static Control para os cartuchos
das HP® M4555 MFP e HP® 600. A Static Control tam-
Static Control lança chips para a impressora de
grande formato Canon® imagePROGRAF
iPF8300
Sanford, N.C. – A Static Control lança chips para os cartuchos da impressora de grande format Canon®
imagePROGRAF iPF8300, utilizada largamente nos mercador de arte e fotografia profissional.
As impressoras de grande formato como a
imagePROGRAF iPF8300 oferecem aos remanufaturadores oportunidades únicas pois utilizam 12 reservatórios de tinta. A Static contro tem chip para os cartuchos
de baixo e alto rendimento.
Static Control lança toner novo e melhorado
para os cartuchos das impressoras
Dell® 3130 e Xerox® 6280
Sanford, N.C. – A Static Control lança um toner novo e
melhorado para os cartuchos utilizados nas impressoras.
O novo toner elimina a densidade suave e os defeitos de
impressão relacionados ao fusor.
Alguns toners da remanufatura, no reservatório primário
da Dell® 3130 e Xerox® 6280 normalmente se enroscam
enquanto se movem através do reservatório de toner
Código do produto:
HP4555-460B-OS
HP4555-1070B-OS
Código de Produtos:
PFI704CP-MK, -MK10
PFI704CP-K, -K10
PFI704CP-C, -C10
PFI704CP-MA, -MA10
PFI704CP-Y, -Y10
PFI704CP-PC, -PC10
PFI704CP-PM, -PM10
PFI704CP-R, -R10
PFI704CP-G, -G10
PFI704CP-BL, -BL10
PFI704CP-GY, -GY10
PFI704CP-PGY, -PGY10
PFI304CP-MK, -MK10
PFI304CP-K, -K10
PFI304CP-C, -C10
PFI304CP-MA, -MA10
PFI304CP-Y, -Y10
PFI304CP-PC, -PC10
PFI304CP-PM, -PM10
PFI304CP-R, -R10
PFI304CP-G, -G10
PFI304CP-BL, -BL10
PFI304CP-GY, -GY10
PFI304CP-PGY, -PGY10
antes de se misturarem na unidade de carregamento. Isso
evita que o toner seja levado ao rolo magnético de revelação, o que pode causar densidades de impressão suaves e
acionar o erro na impressora de “Remove Tape Seal”.
Uma fusão mal feita também pode acontecer, já que o ponto
alto e baixo de fusão de toner não está otimizado corretamente para esta aplicação do fusor.
O novo toner da Static Control soluciona esses problemas
com uma melhora no fluxo e fusão
Para mais informações sobre esse e outros projetos da Static Control,
entrem em contato com um representante de vendas da Static Control.
Visite: www.scc-inc.com
Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
13
Novos Produtos
As últimas novidades do mercado da Future Graphics
A Future Graphics lança a peça guia para alinhamento de furo dos cartuchos da
P1505/P1606
San Fernando, CA – A Future
Graphics, líder mundial no fornecimento de componentes e suprimentos
para o Mercado alternativo de suprimentos de imagem, anuncia o lançamento do guia de furadeira e alinhamento
de
lâmina
dosadora
(HP1606THHOLD) para a remanufatura dos cartuchos monocromáticos
HP® P1102/P1606, P1566, M1536,
P1006/P1505.
A nova ferramenta de alinhamento,
desenvolvida internamente na FG,
permite aos remanufaturadores realizar o furo com segurança no reservatório de toner.
Essa peça faz parte da Solução Completa de Remanufatura
da mais popular impressora monocromática do mercado, e
inclui OPC da líder da indústria MK Imaging®, toner dedicado MK Imaging® , lâmina de limpeza homologada, chip e
lacre. Todos os componentes foram rigorosamente testados
para funcionar como uma solução conjunta, o que é crítico
para um cartucho laser de alta performance.
O kit HP1606THHOLD inclui a peça, plugs (100) e manual
de usuário. Pode ser enviado a qualquer lugar do mundo.
A Future Graphics é líder mundial no suprimento de insumos de imagem, combinando expertise de distribuidor
mundial e o maior fabricante de toner e OPC para a
indústria alternativa do mundo. O resultado é uma infinidade de recursos técnicos capazes de oferecer ao mercado sistemas completos de remanufatura. A FG também
é distribuidora exclusiva da marca MK Imaging® para
OPC e toner e Kaleidochrome® para toner colorido e
OPC. A FG possui 3 distribuidores na América do Norte
e nove distribuidores internacionais, oferecendo a seus
clientes o mais alto nível de satisfação em todo o mundo.
Para mais informação:
Future Graphics Corporate, 1175 Aviation Place
San Fernando, CA 91340 - Int’l: 818-837-8100
[email protected]
www.fgimaging.com
14
Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
Um guia através do labirinto TCO
A crescente demanda de soluções MPS e de contratos por CPP, está fazendo com que as empresas comecem a olhar um
pouco mais além do simples preço na hora de comprar uma impressora ou multifuncional. O custo total de possuir uma
impressora ou MFP está afetado por vários fatores importantes que devem ser avaliados além do preço de aquisição, como
os custos de impressão, o impacto do meio ambiente ou o suporte técnico que ofereça a marca.
16 Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
Aos poucos o modelo razor-and-blade que tanto inspirou
o negócio de impressão vai debilitando-se. É que tanto as
empresas e usuários como os provedores de produtos e
serviços começam a compreender que não tem muito
sentido comprar uma impressora barata para depois acabar comprando um sobrepreço na reposição de seus cartuchos ou em seu custo por página por falta de rendimento. Inclusive a quem oferece serviços de gestão de
impressão prejudica o trabalho com equipamentos de
baixo rendimento de impressão, já que gera custos adicionais de serviços, insumos ou até possíveis reclamações do cliente.
Se observarmos as publicidade de venda de impressoras
ou MFP em jornais ou revistas, aqueles que leem os
clientes durante o café da manhã no sábado ou domingo,
veremos que o destaque continua sendo o preço, suas
condições de pagamento ou descontos ocasionais e as
funcionalidade que oferecem (conexão wi-fi, velocidade
em PPM e qualidade de impressão em dpi, etc.) Não é
do interesse dessas cadeias de venda alertar o consumidor sobre outros dados chave, como o custo dos cartuchos ou o custo por página impressa. Algumas marcas se
atrevem a anunciar um baixo custo de impressão, mas
como um lema de marketing cuja referência são uma
letras minúsculas que poucas vezes temos paciência de
ler.
Como remanufaturadores ou provedores de insumos ou
serviços de impressão, estão a par de quais são as
impressoras ou MFP que mais convém ao seu negócio e
a seu cliente (ainda que nem sempre coincida essa conveniência). O motivo desse artigo é dar alguns conselhos
básicos para que possam ajudar seus pequenos, médios
ou grandes clientes a fazer as perguntas corretas no
momento de adquirir uma impressora MFP. Ter a informação correta antes da compra, pode significar economia
de dinheiro e problemas a seus clientes e facilitar vários
aspectos de sua relação comercial como provedor.
Ciclo de vida útil
Conceitualmente, a chave do sucesso na compra de uma
impressora ou MFP é analisar previamente seus custos
globais, tanto o ciclo de vida do equipamento como o seu
desempenho dentro da empresa.
Como provedor é imprescindível conhecer em detalhe as
necessidade de impressão do seu cliente, volumes e
tipos de trabalhos, localização dos equipamentos, quantidade de empregados e toda aquela informação que permite fazer um diagnóstico claro do uso das impressoras.
Ainda existe uma tendência em muitos departamentos IT
(que parecem definir os pedidos de compra de sua área)
de olhar somente o custo de aquisição. E como o custo
de impressão parece estar um tanto oculto dentro dos
pressupostos gerais do departamento, é frequente que
não seja levado em conta na hora da compra.
E enquanto os departamentos IT compram os dispositivos pelo preço, o resto dos setores da empresa convive
com impressoras MFP que tem um alto custo de desem-
penho, que requer muito tempo perdido na intervenção de
cada usuário ou que produzem quantidades de desperdícios
que agridem o meio ambiente. Esses fatores são ainda mais
evidentes nas empresas que tem uma necessidade de imprimir gráficos ou documentos coloridos.
Para ajudar seus clientes a tomar as decisões corretas, dividimos esse artigo em três partes. A primeira analisa as três
perguntas comuns que os compradores IT fazem no
momento de comprar uma impressora ou MFP. Essas perguntas são importantes, mas parecem ser as únicas que
elaboradas. Na segunda parte detalharemos outras cinco
perguntas que deveriam ser feitas, cobrindo problemas que,
se forem investigados corretamente, podem ajudar a economizar dinheiro e desperdícios. Na terceira parte publicamos
um exemplo comparativo entre três impressoras laser monocromáticas do mesmo segmento, que nos permitirá avaliar
seu Custo Total de Propriedade (o TCO em sua sigla em
inglês).
As três perguntas comuns
1. Quanto custa?
É normal que seja difícil para uma empresa pequena ou
média com um capital de investimento limitado, enxergar
além do preço de compra. Em empresas que vivem ou
morrem pelo fluxo de caixa, uma típica decisão é comprar o
produto mais econômico que oferece os mínimos requerimentos para um determinado trabalho.
Essa conduta de compra é a vem alimentando toda a indústria de impressoras por décadas, onde muitos vendedores
atuam como líderes de perda, para que dessa maneira possam maximizar suas entradas a longo prazo. O hardware inicial é vendido a um custo muito barato – inclusive com prejuízo – para fechar vendas futuras a um alto preço para
toners, cilindros, papéis e outros consumíveis.
O que essas empresas não tomam consciência ou ignoram
é que manter uma impressora ou MFP através de seu ciclo
de vida custará muitas vezes mais o seu custo inicial de
compra. O TCO é uma combinação de preço de compra,
consumíveis, espaço a ser utilizado, custo de manutenção e
fatores humanos, como tempo de treinamento, gerenciamento e inclusive de quantidade de tempo esperando que as
impressões terminem. E claramente, o custo para o meio
ambiente.
2. O quanto é rápida?
Como dissemos anteriormente, a velocidade de impressão
(quantidade de páginas que imprime em um minuto, em cor
e em preto) parece ser utilizada com frequência como argumento de venda, em especial para aqueles dispositivos que
serão utilizados em grupos de trabalho ou em rede. Em
outras palavras, a impressora ou MFP mais rápida será mais
atraente para ambientes de trabalho com múltiplos usuários.
Contudo, estabelecer um índice de velocidade de impressão
pode ser enganoso. É importante notar que a velocidade de
impressão na lista de especificações técnicas da impressora é normalmente uma indicação da velocidade básica de
Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
17
seu motor e onde sempre é um reflexo da velocidade que
será alcançada normalmente em um cenário real. Os tempos de pré-aquecimento e de processamento da imagem
são em geral componentes mais relevantes em tempo total
de impressão mais que a alimentação de papel através do
motor da impressora e a aplicação de toner ou tinta.
Isso é especialmente verdadeiro naqueles que imprimem
trabalhos de poucas páginas. Se a velocidade é uma preocupação do cliente, parece ser uma boa ideia solicitar uma
demonstração de impressão de um documento padrão a
cada um dos vendedores que for consultado, o que permitirá avaliar o tempo que demora em sair a primeira página
impressa como também o tempo que leva imprimir todo o
trabalho.
3. Como é a qualidade de impressão?
Assim como a velocidade de impressão, a resolução de uma
impressora tende a ser detalhada nas primeiras linhas das
especificações técnicas ou nos argumentos destacados de
vendas. Devido a crescente tendência a imprimir gráficos ou
fotografias, esse parâmetro está sendo cada vez mais considerado, ainda que a maior quantidade de impressoras continue sendo para textos. A impressão de um texto em 300dpi
em uma impressora laser ou MFP é quase indistinguível de
uma impressão em 600 dpi.
Algumas impressoras incluíram em seu sistema um modo
apagador, uma característica útil já que uma considerável
proporção de impressões de uma empresa tende a ser referencia privada e acabam no lixo. O modo apagador pode ser
usado para economizar 50% ou mais dos custos de toner.
Com o propósito de minimizar o TCO, é importante buscar dispositivos com componentes de longa vida e cartuchos de alto rendimento. Todas as impressoras e MFP
precisam de substituição de seus cartuchos, mas a vida
útil de seus componentes e rendimentos varia em cada
modelo. Existem inclusive máquinas com cilindros que
duram quase toda a vida útil do equipamento e poderiam
não ser substituídos salvo em casos específicos.
-A vida e o custo total dos consumíveis
Nem todos os cartuchos e cilindros são fabricados da
mesma maneira. Alguns clientes são tentados com a promessa de consumíveis baratos, para logo descobrir que
os componentes precisam ser trocados com uma frequência inaceitável. Felizmente os vendedores de
impressoras dispõem hoje de modelos com usos comparáveis, o que facilita a comparação do ciclo de vida, algo
muito complicado de se fazer no passado.
Normalmente o ciclo de vida de um consumível está
baseado no padrão de páginas A4 com um determinado
percentual de cobertura. Por exemplo, um cartucho de
toner poderia especificar um ciclo de vida de 6.000 páginas com 5% de cobertura. O 5% é considerado um bom
percentual para impressões tipicamente em texto.
Contudo, aqueles clientes com requerimentos coloridos
ou de gráficos descobrem que os ciclos de vida são
muito menores que os prometidos. Por exemplo a
impressão de gráficos de páginas web pode chegar a
requerer em torno de 30% de cobertura da página. É
bastante normal que os fabricantes ofereçam um cartucho de baixo rendimento e outro de alto rendimento,
onde o de alto rendimento tende a resultar com o tempo
mais econômico.
Outras 5 perguntas importantes
1. Qual é o custo da impressão?
Em uma pequena ou média empresa, essa deve ser a pergunta mais importante para ser feita. Através do ciclo de vida
da impressora ou MFP, o custo de substituição dos consumíveis será muito maior que o custo inicial de aquisição.
Não é anormal que a soma dos custos de substituição dos
consumíveis seja quatro vezes maior – ou mais – que o
custo inicial de compra do equipamento, em especial aquelas empresas com impressões a cor. A substituição dos cartuchos de toner é normalmente o maior componente de
TCO.
Há quatro coisas que o cliente deveria avaliar ao tentar
determinar o custo dos consumíveis durante o ciclo de vida
da impressora:
- O número de consumíveis
Dependendo do modelo, o fabricante ou o estilo da impressora ou MFP, o número de consumíveis que se requer pode
variar consideravelmente. Algumas impressoras laser colorida chegam a ter até oito diferentes componentes que requer
uma substituição periódica, incluindo os quatro cartuchos de
toner, o OPC, fusor, reservatório de resíduo de toner e
banda de transferência.
18 Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
Inclusive é normal que o cartucho starter que vem com a
impressora seja de muito menor rendimento do que o
oferecido como substituição. Se bem que a carga de pó
de toner ou tinta que há no reservatório do cartucho original é menor que a oferecida por empresas remanufaturadoras diferindo o rendimento entre ambos os produtos.
- Reciclabilidade dos consumíveis
Existem marcas que são mais ou menos “amigáveis”
com a remanufatura, não somente em sua relação com
nossa indústria mas também na hora de colocar dificuldades técnicas ou barreiras tecnológicas. A reciclabilidade é um dos fatores chave a considerar o TCO de um
cliente que permita o uso de consumíveis não originais.
A disponibilidade e qualidade de componentes alternativos (toner, tinta, chips, lâminas, etc), sua vida útil, a estabilidade das carcaças, preços, etc., são itens que o
remanufaturador deve estudar e informar ao cliente antes
da compra.
- Custo dos meios
Outro fator a ser considerado é o custo dos meios, especialmente se a escolha é entre uma solução inke Jet ou
laser. Dependendo do equipamento, pode necessitar de
papéis mais caros em especial em impressoras coloridas
de alta qualidade. O custo médio do papel é outro fator
que pode ser avaliado no TCO.
A disponibilidade de equipamentos com capacidade
dúplex merece ser considerada para minimizar o custo
de papel. O duplexing permite imprimir em ambos os
lados da página sem requerer que o usuário recoloque o
papel.
Uma maneira prática de determinar o custo direto dos
consumíveis e os meios utilizados, é definir o custo por
página. Para isso devemos dividir o preço de cada componente consumível (toner, cilindro, tinta, etc.) pelo
número de páginas em seu rendimento por página. Ao
resultado deve-se somar os custos dos meios, e assim
poderemos ter uma ideia básica do custo por página e
meios.
2. Que tipo de serviço oferece o fabricante?
Particularmente em grandes empresas, o serviço e
suporte técnico oferecido pelo fabricante deveria ser um
fator em qualquer decisão de compra. Quando um equipamento quebra e devemos recorrer a garantia ou ao
serviço técnico oficial, é necessário saber a resposta que
teremos, como:
- Há uma linha telefónica de suporte do produto?
- Qual é o horário de atendimento?
- Qual é o tempo médio de resposta nessa região?
- Que tipo de treinamento de reparo é oferecido?
- A garantia cobre o ciclo de vida esperado da impressora ou MFP?
As garantías podem ser difíceis de estimar em um TCO,
especialmente porque sua aplicação é complexa. Mas
ainda em muitos países alguns fabricantes eliminam a
garantia caso não sejam utilizados cartuchos originais.
3. Quanta intervenção requer do usuário?
Tempo é dinheiro. O cenário é conhecido para todos: o
empregado vai até a impressora pegar o seu trabalho
impresso e vê que o cartucho acabou e que há uma quantidade de impressão de outros funcionários aguardando. O
encarregado do tema é chamado para substituir o cartucho
(o encarregado e/ou o cartucho de substituição nem sempre
estão a mão) e uma vez que o cartucho é substituído todos
ficam sentados esperando a sua fez. Quanto mais tempo o
cliente leve para encher as bandejas de papel, mudar os
cartuchos, sem saber o que fazer com o cartucho terminado ou esperando que suas impressões acabem, menor será
o tempo real de trabalho.
Em um contrato MPS ou de CPP, contar com consumíveis
de longa duração e alto rendimento reduzirão o custo e o
número de intervenções humanas, além de reduzir o custo
dos consumíveis (mais ainda se os remanufaturadores tiverem qualidade).
4. Quanta energía consome o equipamento?
O uso de energia é outro custo oculto interessante de se
estimar nos custos de impressão. Impacta tanto no meio
ambiente como no custo de funcionamento do equipamento, mais ainda quando é uma frota de várias impressoras
que consomem energia.
Uma boa maneira de começar é buscar equipamentos que
cumpram com Energy Star, que é um padrão internacional
para o desenvolvimento de energia eficiente em equipamentos de escritório e aparatos de consumo.
Com respeito as impressoras e MFP, Energy Star estabelece uma utilização máxima de energia no modo
“sleep”(dependendo do tipo de dispositivo) e um tempo
mínimo para ativar esse modo. Por exemplo, para cumprir
Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 49
19
com Energy Star, um dispositivo A4 de 18ppm deve ter em
modo “sleep” um uso de energia menor que 20W e entrar no
modo depois de 15 minutos.
Para mais informações sobre a EnergyStar basta visitar o
site:
http://www.energystar.gov.au/products/printtech.html.
Os fabricantes deveriam detalhar o consumo de energia de
suas impressoras, tanto em stand-by como no momento de
imprimir. Seria interessante fazer uma rápida comparação
de uso de energia, levando em conta que a maior parte do
tempo a impressora permanece inativa (mas ainda assim
fica acesa fora dos horários de trabalho). Alguns equipamentos contam com um modo de economia de energia, que permite ir a um estado da baixa energia inclusive no modo
“sleep”. Em alguns casos o uso de energia nesse modo é
mínimo.
5. Que tipo de impacto gera ao meio ambiente?
O impacto que uma impressora ou MFP gera no meio
ambiente por agora é difícil de avaliar em termos numéricos
dentro de um TCO. Claramente utilizar cartuchos remanufaturados providos por uma empresa competente do setor,
que disponha também de um plano de tratamento responsável dos resíduos (toner, tintas, componentes do cartucho e
de dispositivos quebrados, etc) minimiza a agressão que
esse tipo de produto provoca no meio ambiente. Em outras
palavras, o uso de produtos remanufaturados, mais além da
economia de dinheiro permite uma economia de recursos e
dano ambiental, que se mede tanto em dinheiro como em
valor moral que significa estar protegendo o futuro do nosso
planeta.
Como informamos em nossa edição 52, o Comitê
Técnico 130 da Organização Internacional para a
Padronização (ISSO) criou recentemente um novo grupo
de trabalho (WG 11), com a finalidade de desenvolver um
conjunto de normas para cobrir o impacto ambiental da
impressão. O WG 11 está trabalhando no projeto ISSO
16759, sobre os requerimentos para a medição do rastro
de carbono dos produtos impressos. Dessa maneira, os
compradores de produtos de impressão em todo o
mundo poderão comparar os rastros dos diferentes processos de produção. A base onde é calculado o impacto
de carbono de um determinado produto do meio de
impressão, poderá ser definida por cada usuário individual. Utilizando um inventário dos variados processos de
produção utilizados para prover uma determinada peça
de impressão, o impacto de carbono poderá ser determinado para cada etapa em volume de trabalho.
Substratos, tintas, e outros consumíveis estarão incluídos, bem como o transporte, laminado e fatores ambientais bem como iluminação ou aquecimento, com o objetivo de calcular o impacto de carbono para cada etapa do
inventário.
Dessa forma a ISSO 16759 proverá a maneira para
quantificar, comunicar e informar o impacto de carbono
nos meios de impressão, de modo a facilitar o monitoramento contínuo do impacto de carbono da impressão e
poder medi-lo com maior precisão em um cálculo de
TCO.
Análise de TCO
O texto a seguir é um artigo elaborado pela empresa gapTCO, que exemplifica uma maneira de comparar os custos totais de propriedade (TCO) de diferentes impressoras de um mesmo segmento. Os valores e preços aplicados
correspondem ao mercado dos Estados Unidos.
Comparação entre três impressoras monocromáticas A4 de função simples
• Brother HL 2270dw
• Samsung ML 2165W
• HP LaserJet Pro P1102W
Com uma média de volumen mensal de impressão de 1.000 páginas e um período de propriedade de 3 anos.
Conclusões Gerais
• A Brother HL 2270dw é a ganhadora com um baixo TCO de $ 534.34, seguida pela Samsung ML 2165W ($645.48)
e por último a HP LaserJet Pro P1102W ($692.02)
• A Brother HL 2270dw tem o preço mais alto sugerido pelo fabricante ($149), mas seus consumíveis são mais baratos, resultando em uma substituição de toner mais barata, portanto um menor TCO.
• Mudando o período de propriedade, a cobertura em preto e a média de volume mensal de impressão não houve
mudança na ordem de menor e maior TCO.
• Os CPP dos cartuchos de toner preto de alta capacidade de cada impressora baseados em seu preço atual
médio, do menor para o maior são os seguintes
• Brother HL 2270dw
Preto: $51.62/2,600 de rendimento = $0.01985
• Samsung ML 2165W
Preto: $60.72/1,500 de rendimento = $0.04048
• HP LaserJet Pro P1102W
Preto: $64.78/1,600 de rendimento = $0.04049
20 Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
Análise do produto
Captura de pantalla (comprimida) de gapTCO.com
Gráfico de ciclo de vida TCO
Comparación detallada
Comparação Cabeça a Cabeça
Gráfico de ciclo de vida TCO
Análisis de ahorros por Costo
gapTCO é uma experiencia do usuário intuitiva e gráfica
desenhada para permitir uma análise fácil e simples do
Custo Total de Propriedade (TCO) de impressoras e dispositivos MFP. gapTCO é desenvolvido pela Gap Intelligence,
empresa de pesquisa localizada em San Diego (Estado
Unidos), com foco nas indústrias de imagens, IT e eletrônica de consumo.
Para mais detalhes sobre a gapTCO, favor visitar o site
www.gapintelligence.com, ou enviar-nos um email
[email protected]
Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
21
Técnica
A ciência por traz da contagem de páginas,
rendimento de cartuchos e a regra de 5%
Todos querem tomar as melhores decisões no momento de comprar insumos de impressão. Confiabilidade, qualidade de
impressão, velocidade de impressão e facilidade de uso são geralmente as considerações mais importantes. Mas comparar
os custos também é muito importante. Você deseja produtos que entreguem o que prometem!
Que é rendimento de impressora?
Os clientes estão ficando mais conscientes sobre o custo de
possuir e operar suas impressoras e produtos multifuncionais (ver artigo nessa edição “um guia através do labirinto
TCO”). O custo de insumos consumíveis (cartuchos, toner,
tintas, etc.) é o componente maior do Custo Total de
Propriedade (TCO em sua sigla em inglês) para uma
impressora ou MFP. O custo por página de impressão leva
hoje a muitas decisões de compra de impressora ou MFP, já
que esses custos podem ser combinados com volumes de
impressão e cobertura de impressão para dar as empresas
uma estimativa razoável do TCO mensal e anual para uma
impressora ou MFP específicos.
Os padrões internacionais
A ISO e a IEC adotaram um padrão para dispositivos
branco e preto (ISSO/IEC 19752) que é descrito como
um “método para a determinação do rendimento do cartucho de toner para impressoras monocromáticas eletrofotográficas e dispositivos multifuncionais que contém
componentes de impressora”. As impressoras branco e
preta e MFP informando rendimentos de toner sobe
ISSO/IEC 19752 utilizam a seguinte explicação:
Rendimento de Cartucho de Toner: Média XX,XXX páginas padrão (rendimento declarado de acordo com
ISSO/IEC 19752. O rendimento variará baseado na imagem, cobertura de área e modo de impressão).
No passado, os fabricantes de equipamentos originais de
impressoras e MFP (OEM) utilizavam métodos patenteados
diferentes para testar e informar sobre os rendimentos de
seus consumíveis. Isso tornava possíveis as comparações
de fato, exatas, de produtos de diferentes fabricantes. A informação era feita tradicionalmente utilizando a “cobertura de
área 5%”, mas não garantia resultados comparáveis porque
muitas outras variáveis de prova afetam o rendimento estabelecido, incluindo:
• Configuração do tamanho de página e margens
• Tipos de imagens utilizadas para criar cobertura de área
de 5%
• Número de cartuchos utilizados durante o processo de
teste
• Número de impressoras/MFP utilizados durante o processo de teste
• Condições em torno do teste (umidade, temperatura, etc.)
• Falta de nível de confiança estabelecido para o rendimento do consumível publicado
ISO/IEC 19798 é um padrão similar que foi adotado para
dispositivos laser coloridos. ISSO/IEC 19798 é descrito
como um “método para a determinação de rendimento
do cartucho de toner de impressoras coloridas e dispositivos multifuncionais que contém componentes de
impressora”. O formato do artigo é o seguinte: Média de
rendimento CMYK: XX,XXX páginas e média de rendimento contínuo preto: XX, XXX páginas (se o rendimento preto é diferente do colorido, como quando uma
impressora tem um cartucho preto de maior capacidade).
ISO/IEC 24711 é outro padrão que foi adotado para dispositivos a injeção e tinta sólida. ISSO/IEC 24711 é descrito como um “método para a determinação do rendimento do cartucho de tinta para impressora colorida e
injeção e dispositivos multifuncionais que contém componentes de impressora”. O formato é similar ao mostrado anteriormente para ISSO/IEC 19798. Diferentes
implementações de tabela de cor e otimização de balance de cor entre fabricantes pode levar a variações de rendimento entre cartuchos coloridos, inclusive se tiverem o
mesmo peso de toner. Para dar conta disso, a ISSO sustenta um segundo método de informe chamado “rendimento composto”, permitindo uma simples média informando rendimento para cartuchos de toner Cyan,
Magenta, e Amarelo. O preto é informado separadamente como um rendimento individual. Rendimento médio
contínuo CMY: XX,XXX páginas. Rendimento médio contínuo preto: XX, XXX páginas.
Qualquer variação nesses fatores durante o processo de
teste pode ocasionar diferenças significativas nos rendimentos informados. O desenvolvimento de um método industrial
padronizado para teste e rendimentos de consumíveis informados ajudou a eliminar essas inconsistências e deu aos
clientes a informação confiável que necessitavam para
tomar suas decisões tecnológicas de compra. Desse modo,
quase todos os fabricantes agora admitem os padrões
industriais como aqueles estabelecidos pela International
Organization for Standardization (ISSO).
ISO/IEC 19752, ISO/IEC CD 19798, e IS0/IEC 24711
especificam o uso de uma página de teste padrão para
brando e preto e múltiplas páginas de teste para produtos coloridos, explicitam procedimentos de teste, exemplos estatísticos, controles de meio ambiente e um bem
definido estado de vida útil do cartucho
Métodos padrão ISO
Devido aos procedimentos explícitos de teste de ISSO,
os padrões ISSO são o único método rigoroso normali-
22 Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
Técnica
zado para determinar o rendimento do cartucho de toner
e tinta para impressoras laser, color e jato de tinta.
Algumas das suas características principais são:
• Usando um documento padrão de teste:
Usar uma página padrão impressa com configurações de
impressora por defeito. Isso garante que a configuração
permanece constante através das diferentes provas,
independente da plataforma ou tamanho de papel. Esse
documento usa uma cobertura de 5% como sua base de
comparação (ver foto do documento).
Imagem 1 Página de Teste
Padrão ISO/IEC
19752
Imagem 1 - Página de Teste Padrão ISO/IEC 19752
• Número de cartuchos testados:
São testados nove unidades de cada tipo de cartucho, o
que permite obter estimativas confiáveis do menor rendimento previsto com 95% de garantia estatística.
• Fonte para cartuchos:
os cartuchos e impressoras são comprados no mercado
aberto de três diferentes fontes. Isso garante que os cartuchos testados representem aqueles disponíveis para
os clientes e garante uma variação entre lotes.
• Criterio claro e objetivo do final da vida útil:
Determina o rendimento do cartucho através de medições
que estabelecem um critério do final da vida útil baseado em
páginas utilizáveis e que reflitam as recomendações do
fabricante sobre como os cartuchos devem ser tratados a
medida que se aproximam do final da vida útil (por exemplo,
quantas vezes devem ser sacudidos). Essas recomendações foram desenhadas para refletir o comportamento dos
usuários finais.
Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
23
Técnica
• Número de impressoras:
Os cartuchos são testados em três impressoras diferentes (três cartuchos em cada
impressora) para evitar parcialidade devido
a variação da impressora.
• Ambiente Controlado:
O ambiente de impressão é controlado e
estável porque as variações de temperatura
e umidade afetam o rendimento do cartucho.
• Objetividade:
Devido da ampla participação mundial na
indústria, isso reflete a objetividade do desenvolvimento de um padrão rigoroso e confiável.
Os padrões ISO/IEC permitem comparações objetivas de rendimentos de toner e tinta
estabelecidos para diferentes impressoras
e MFP, independente do fabricante. Muitos clientes utilizam
informações de rendimento de consumíveis para calcular a
vida do toner que esperam experimentar em sua impressora, e a adesão do fabricante a esses padrões ISSO/IEC permite essa comparação. Mas é importante notar que o rendimento é uma estatística comparativa e não um real prognóstico mundial dos resultados finais. O número de páginas que
qualquer usuário obterá de sua própria impressora dependerá de uma variedade de fatores, sendo a cobertura de
página o maior impacto (polegadas quadradas de impressão, densidade e qualidade de configuração). A pesquisa
mostrou que a média industrial de cobertura de página branca e preta está entre 4% e 5%. Há uma relação inversa entre
cobertura de página e rendimento de toner/tinta: com menor
cobertura de página, mais páginas de toner ou tinta serão
impressas. Já uma maior cobertura de página resultará em
menos páginas impressas.
Rendimento de cartucho: fatores a considerar
Como indicamos nesse guia, muitos fatores afetam o rendimento do cartucho, entre eles:
• Cobertura do documento impresso: quanto toner é
impresso na página. Os valores estão geralmente baseados
em uma cobertura de 5% (página ou texto).
• Temperatura e umidade.
P:Posso obter o rendimento publicado
para a minha impressora específica?
R: Lamentavelmente não. Os padrões
somente garantem que os rendimentos
de páginas impressas estabelecidos de
diferentes impressoras são comparáveis,
não que você obterá de verdade (a
menos que você imprima centenas de
páginas de uma página teste ISO!). Além
disso, o número de rendimento de página
não é uma garantia de que os usuários
obterão rendimentos declarados em sua
própria impressora (já que a cobertura de
página tem o maior impacto sobre rendimentos atuais). As aplicações do usuário
operando com uma cobertura de página
aproximada de 5% sob condições operativas normais de escritório podem esperar pelo menos experimentar rendimentos que estão bastante próximos aos rendimentos declarados por ISO. Os usuários domésticos podem não obter resultados próximos, já
que a impressão doméstica tende a ter gráficos de cobertura muito maiores, o que reduz drasticamente os redimentos.
P: Quais são os fatores que mais impactam os rendimentos do usuário?
R: O fator mais importante que afeta o rendimento é a
cobertura de página. É normal em escritorios e casas
uma média um pouco acima ou abaixo dos 5% (por
exemplo, se você imprime uma página web com a opção
Print Background Graphics, poderá estar imprimindo com
80% de cobertura).
Em geral, as páginas com áreas importantes obscuras,
com sombras ou coloridas (logos ou ilustrações) ou uma
grande quantidade de impressão fina vão gerar uma área
de cobertura muito maior que 5%
Outros fatores que podem reduzir o rendimento do cartucho são:
- Maior temperatura ou maiores níveis de umidade onde
opera a impressora (em impressoras laser, a umidade
alta pode produzir um toner pegajoso ou aglutinado, e no
caso de injeção pode ocasionar evaporação ou enrosco
nos jets de impressão)
- Usar uma configuração de alta resolução de impressão
(que produz mais pontos a imprimir por polegada resultando em uma maior densidade)
• Idade do cartucho.
• Reservatório de toner ou desenho do tanque de tinta.
• Tambor ou desenho de cabeçote de impressão.
• Armazenagem prévia ao uso.
• Ações de final de vida útil (como sacudida).
Preguntas e Respostas
sobre o rendimento da impressora
24 Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
- A cobertura colorida varia por tipo de produto, mas
geralmente é maior que para produtos branco e preto. As
impressoras coloridas e MFP tamanho carta ou A4
podem ter coberturas de página entre 7 e 15% (dependendo da aplicação e da mistura entre documentos coloridos e pretos). As impressoras coloridas e MFP de grande formato / A3 tendem a levar coberturas de páginas
coloridas mais altas, entre 10 e 30%. Em artes gráficas a
média de cobertura colorida pode aumentar entre 40 e
60%. Nos domicílios a cobertura pode ainda ser mais
alta já que os consumidores finais tendem a ser menos
conscientes das opções utilizando a melhor qualidade
independente da necessidade.
Técnica
Como funcionam os sensores
de densidade de toner (sensor TD)?
Por Edgardo Boiero
Esse artigo é a adaptação a uma linguagem simples de uma monografia desenvolvida para a assinatura Controle
de Processos da Faculdade de Engenharia Eletrônica (U.N.L.P) intitulado: “Estudo das Características dos
Sensores de Concentração de Toner para Aplicação em Sistemas de Impressão por Transferência Eletrostática
Seca”.
Em primeiro lugar se apresentam os fundamentos teóricos e
dos princípios físicos em que se baseiam esses sensores. A
continuação proporcionamos informações de referência
dada nas folhas de dados dos fabricantes desses sensores,
e finalmente se expõem os detalhes de sua aplicação nas
fotocopiadoras RICOH como dispositivos fundamentais de
laço de controle de insumo de toner.
Introdução
A seguir, estudaremos um tipo particular de sensores da
série TS-L, TS-M e TS-H, fabricados pela empresa TDK, que
se emprega a medição da concentração de toner que tenha
sido mesclada com o transportador dentro de unidades de
revelação de fotocopiadoras RICOH. Todas as fotocopiadoras, a maioria das impressoras laser e algumas máquinas de
fax empregam revelador como elemento essencial de formação de imagem impressa sobre papel. O mesmo é composto de toner (resina granulada em pó recoberta de um pigmento preto) e Carrier (partículas de ferro recobertas por
uma película polimérica). Para poder assegurar uma impressão com níveis satisfatórios de toda a escala de cinza e de
preto pleno é necessário que essa mescla de toner e carrier
se mantenha nas proporções adequadas. Na imagem
seguinte podemos ver uma partícula de Carrier rodeada por
partículas menores de toner.
Carrier dentro da unidade de revelação.
Em qualquer máquina de formação de imagens por
meios eletro-fotográficos (ou também chamado método
xerográfico) como podem ser as fotocopiadoras, impressoras laser e algumas máquinas de fax, o toner deve ser
administrado desde um reservatório de armazenamento
para uma unidade onde se encontra alojado o revelador.
Ali o toner e o revelador adquirem carga triboelétrica por
agitação e são transportados para um cilindro fotocondutor onde se forma a imagem que finalmente se transferirá e fixará no papel. É evidente que se faz necessário
poder ter algum elemento de medição da quantidade de
toner que se encontra no revelador em todo momento de
maneira a poder determinar que quantidade será consumida e com que velocidade. Isso torna possível atuar
convenientemente sobre o mecanismo de insumo de
toner e também manter uma densidade constante de
toner com revelador. Dessa maneira é possível garantir a
revelação das imagens com uma densidade uniforme ao
longo do tempo e poder determinar de forma simples,
econômica e efetiva, em que o momento deve substituir
o cartucho de toner por uno novo em função dos sensados realizados ao longo do tempo.
Em resumo, existe um sensor capaz de medir quanto
toner se encontra dentro da unidade de revelação proporcionando ao microprocessador um sinal elétrico que
guarda uma determinada proporção com a magnitude
que se está medindo. A tal sensor RICOH em sua literatura técnica denomina-se: sensor de densidade de toner
(toner density sensor) ou sensor TD.
Características constitutivas internas do sensor de
densidade de toner
Os sensores TS-L, TS-M e TS-H, fabricados pela TDK, e
empregados massivamente pela RICOH, possuem um
transformador diferencial com núcleo de ferrite como elemento de sensor e vem, por sua vez, com um par de terminais de controle para ajustar o ponto de funcionamento desejado do sensor (ajuste que se realiza somente na
fábrica). Todos os sensores dessa série funcionam com
24V de corrente contínua.
A empresa RICOH emprega esses sensores há mais de 2
décadas em todas as fotocopiadoras bi-componentes (tanto
branco e preto como colorida) como mecanismo de detecção e controle da adequada concentração de toner com
26 Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
A possibilidade de ajustar a vontade o ponto de funcionamento brinda as seguintes possibilidades:
1-O fabricante das máquinas tem a liberdade de colocar
o sensor na localização que for mais conveniente.
Técnica
2-Devido a ampla rede de controle que permite o sensor,
é possível ressetar fácilmente o ponto de trabalho cada
vez que se substituí o revelador ou sempre que for
necessário.
3-A CPU da máquina pode ajustar o ponto de funcionamento mudando a tensão nos terminais de controle do
sensor para realizar auto calibrações programadas.
4-Em fotocopiadoras coloridas, não é necessário dispor
de um sensor diferente para cada cor de toner empregado mas um mesmo sensor é colocado em cada unidade
de revelação, cada um com um ponto de funcionamento
ajustado para as características do toner dessa cor.
O transformador diferencial
Esse sensor emprega um transformador diferencial de constituição muito similar ao transformador diferencial de variação linear LVDT (Linear Variable Diferencial Transformer)
que é um transdutor eletromecânico capaz de converter o
movimento retilíneo do núcleo em um sinal elétrico proporcional. A diferença está no fato de que o núcleo que se
encontra dentro do sensor está fixo e não tem possibilidade
de se mover.
Um transformador diferencial consta de três bobinas envolvidas sobre um mesmo núcleo fabricado a base de níquel
(material de alta permeabilidade magnética), um primário
que ocupa a parte central e dos secundários idênticos a
ambos os lados cujos pontos homólogos se conectam em
oposição-série. Geralmente um desses bobinados secundários é conectado a massa e se denomina bobinado de referência e o outro bobinado que é o que se conecta ao circito
acondicionador de sinal é denominado bobinado de detecção.
Princípio de Funcionamento
Em todo sistema bi-componente, isto é em todo sistema
que utilize revelador (composto por toner e Carrier), a
medida que o toner vai sendo consumido, a concentração de toner no revelador diminui. Por isso, para manter
a concentração de toner o mais constante possível dentro da unidade de revelação, é necessário repor a mesma
quantidade que está sendo consumida. Isso faz com que
seja necessário poder medir de alguma maneira as
variações que vai sofrendo a concentração de toner de
modo a produzir um reabastecimento do mesmo ao
mesmo ritmo em que está sendo consumido.
Permeabilidade magnética.
Para poder realizar um sensor eficiente da permeabilidade magnética do meio que se encontra em contato com
o sensor, os fabricantes fazem uso de um transformador
diferencial como elemento constitutivo de medição como
se mostra na figura seguinte, e cujo princípio de funcionamento descrevemos a seguir. Dentro do mesmo sensor encontra-se um dispositivo de conversão do sinal de
alimentação, já que esses devem operar com corrente
alternada, e outro armazenador de sinal de saída para
produzir uma tensão proporcional ao nível de toner medido e dentro de valores padrão.
Como todo transformador, esse deve receber uma alimentação de corrente alterna. O sensor que estamos estudando
aqui se alimenta com corrente contínua, mas a mesma não
se conecta diretamente ao bobinado primário mas previamente passa por um oscilador que gera um sinal alternado
de uma frequência de aproximadamente 5KHz. Na seguinte
figura podemos apreciar o esquema em bloqueios de um
LVDT alimentado continuamente cuja ideia conceitual pode
transferir-se perfeitamente para o caso desse sensor.
Sensores Indutivos
Dentro da ampla variedade de sensores que aproveitam a
variação de algum parâmetro de natureza magnética para
proporcionar uma medida de alguma magnitude física, a
maior parte desses sensores (denominados sensores indutivo) são os que se baseiam na variação da relutância como
parâmetro de transdução. Segundo detalhamos a continuação, a relutância de um circuito magnético pode modificar-se
Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
27
Técnica
por quatro motivos: (1) quando varia a longitude de entreferro, no caso que exista. (2) por variação do número de voltas
do circuito, (3) por variação na permeabilidade magnética do
meio que atravessa o campo ou bem, (4) quando varia a
seção transversal do bobinado.
Fisicamente, os bobinados do sensor são construídos sobre
um núcleo oco de elevada permeabilidade, geralmente, de
alguma liga de Fe-Ni. Todo o bobinado se encontra recoberto de um isolamento termicamente estável de polímero reforçado de cristais que o protegem das condições ambientais
externas ao sensor. Todo ele é envolto em uma capsula que
funciona como escudo magnético de alta permeabilidade
que minimiza os efeitos de campos externos e finalmente se
envolve em um cilindro de aço inoxidável para torná-lo resistente a corrosão.
A maioria dos sensores indutivos de relutância variável se
baseia na modificação da posição de algum elemento móvel
para produzir mudanças na relutância do circuito magnético
que eles formam. Os sensores nos quais as modificações na
relutância surgem a partir de variações de longitude do
entreferro denominam-se sensores de entreferro variável.
Por outro lado, aqueles onde o deslocamento afeta a permeabilidade magnética denominam-se sensores de núcleo
móvel. No caso do sensor que estamos estudando aqui, não
há partes móveis mas justamente aproveitam a mudança na
permeabilidade do meio através da qual se forma o circuito
magnético para gerar uma medida da composição desse
meio.
Quando o revelador, material com um grau determinado de
ferromagnetismo segundo a concentração de toner que possua, flui nas proximidades do sensor, o campo magnético
que produz o transformador diferencial o atravessa. O revelador atuará como uma extensão do núcleo do transformador. O grau de ferromagnetismo que possua o revelador
gerará mudanças na indutância mútua entre o enrolamento
primário e o enrolamento de detenção. Em virtude do fato
que as mudanças são produzidas sobre essa indutância se
produzem em função da densidade de partículas ferromagnéticas que possua um revelador (Carrier) é possível medir
indiretamente a quantidade de toner que se encontra misturado entre o meio através da tensão alternada que entrega o
enrolamento de detenção. A informação relativa ao conteúdo
de Carrier (e indiretamente de toner) contendo o revelador
se traduz em uma determinada amplitude do sinal alternado
de saída do enrolamento de detenção.
esse procedimento chamamos ajuste inicial de sensor
TD e o executamos a partir de um determinado programa de serviço. No geral, o fabricante garante uma dada
concentração de toner com o revelador quando esse é
novo, o que deve ser um valor preciso entre 3 e 6%
dependendo do equipamento. Nesse procedimento de
inicialização realizam-se várias tarefas de maneira automática e sem necessidade de intervenção do técnico.
Em primeiro lugar, se produz a agitação e a consequente carga de toner e revelador. Uma vez finalizado o
mesmo, realizamos as detenções sucessivas do nível de
toner e armazenamos os valores medidos em uma
memória para o revelador recentemente instalado. A
média das últimas leituras se utiliza como valor de referência contra a qual se realizarão comparações ao longo
de toda a vida útil do revelador (quer dizer, se utilizará
como referência até que se coloque um novo revelador e
se realize novamente a inicialização anteriormente descrita). Cada vez que a máquina realizar uma leitura do
sensor de densidade de toner irá compará-la com o valor
médio de referência adquirido durante a inicialização do
revelador com o objeto que um algoritmo de controle,
programado na placa principal, comande o motor de
insumo de toner de maneira consequente com a diferença entre o valor de concentração lido e de referência.
A presença do revelador com uma concentração de toner
superior à requerida, quer dizer, uma concentração
maior que a referência detectada na inicialização, as linhas de campo magnético produzidas pelo enrolamento
primário atravessarão m meio de alta permeabilidade
magnética no qual produzirá uma tensão induzida menor
nos enrolamentos secundários; é possível evidenciar
este fato na seguinte figura através do ponto To que produz uma tensão de saída VTo.
Em troca, se o revelador se encontra com uma concentração mais baixa que a inicialização, as linhas de campo
produzidas no primário atravessarão um meio pouco
ferromagnético, baixa permeabilidade, gerando assim
uma tensão maior nos enrolamentos secundários. Na
figura seguinte, essa situação se reflete no ponto T1 que
produz a tensão de saída VT1.
Um fato também importante, é que, como ocorre com todos
os sensores baseados nas propriedades magnéticas dos
materiais, esses devem trabalhar sempre a uma temperatura inferior a temperatura de Curie. Isso limita fundamentalmente o campo de temperaturas onde se pode aplicar cada
sensor.
Característica de Resposta
Cada vez que instalamos um revelador novo em um equipamento (o qual tem uma vida útil que oscila entre as 60.000 e
as 180.000 cópias segundo seu tipo) o mesmo sensor se
encarrega de realizar um procedimento de medição da concentração de toner inicial com a que vem no revelador. A
28 Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
A curva anterior não é a curva real de um sensor pois
expõe a característica inversamente proporcional da tensão de saída a respeito da concentração de toner. A
Técnica
seguir mostramos um par de curvas características reais
que proporciona TDK para a série de sensores utilizados
pela RICOH.
Oscilador de Entrada
O sistema de medição que empregam esses sensores
requer ter presente algumas questões relativas aos
sinais que se utilizam. É necessário que a tensão do
oscilador que gera a tensão alternada com a que se alimenta o primário seja muito estável; do contrário, suas
flutuações podem confundir-se com variações na variável a medir. De outro lado, é necessário que o tamanho
da banda da variável medida seja ao menos 5 ou 10
vezes inferior à frequência de oscilação; se não for
assim, o/os filtro/s passam sob o que se requer recusar
eficientemente restos da portadora e seus harmônicos
deveriam ser de ordem elevada. Como regra de desenho
seria desejável que a largura da banda do amplificador
de alterna fosse ao menos uns 20% da frequência do
oscilador. Em sensores indutivos, é comum que a portadora tenha uma frequência que se encontre entre os 5 e
10KHz, e que a largura da banda da moduladora seja
menor que os 500 ou 1500Hz.
A demodulação do amplificador de portadora deve ser
sincrônica ou coerente. Se não for assim e se ocorrer
uma mera detecção do envolvido, quer dizer só retificação e filtragem baixa, se perderá a informação sobre o
signo da variável a medir. A demodulação sincrônica ou
coerente, consiste simplesmente em multiplicar em primeiro lugar o sinal modulado por uma tensão alternada
de referência que se encontra na fase com a alimentação e depois filtrar o sinal resultante com uma despensa
para que elimine o componente de alta frequência que
resulta da multiplicação. Dessa maneira a fase da variável a medir não se perde ao demodular. A detenção coerente permite também uma boa rejeição de série, quer
dizer as interferências que sejam superpostas ao sinal
que se quer medir.
sário dispor de uma fonte de tensão alternada para alimentar o sensor e de um meio para detectar variações produzidas em resposta a magnitude desejada. Se por algum motivo for preciso também utilizar um conversor A/D para processar o sinal de saída do sensor, o sinal entregue por esse
último deve também ser contínuo e com uma margem de
valores normalizados em função do alcance dinâmico do
conversor.
O transformador diferencial que faz uso desse tipo de sensor, entrega como sinal de saída uma forma de onda alternada modulada em amplitude que também inclui ao zero
dentro do alcance de valores possíveis que esta pode tomar.
Quer dizer que contempla que pode haver uma mudança de
signo na magnitude medida. Nesse caso é necessário
conectar a saída do sensor o que conhece como amplificador de portadora. Em geral, isso ocorre em todos os LVDTs,
em pontes alternadas, ou em todos aqueles sensores montados em um divisor de tensão como é o caso do sensor em
estúdio. A modulação da amplitude surge do produto da tensão a medir e da tensão de alimentação que é alternada.
Denomina-se Amplificador de Portadora (Carrier amplifier) o
circuito encarregado de realizar as seguintes funções: amplificação do sinal alternado modulada em amplitude, demodulação, e finalmente, filtrado.
No caso estudado, o sinal que proporciona o sensor se processa digitalmente, e no caso da demodulação recebe o
nome de detecção coerente e se realiza mediante amostra
sincrônica com o sinal do oscilador como sinal de referência.
Outra possibilidade para extrair a informação que contém a
amplitude do sinal alternado de saída do transformador diferencial é aproveitar o fato que tanto o enrolamento de detenção como o de medição são idênticos (mesmo número de
voltas). A tensão do primário junto com a de ambos os bobinados secundários em série se passa por um circuito denominado comparador de fase que simplesmente realiza a função XOR entre as mesmas. Seguidamente um circuito de
suavizado em forma de onda que produz o bloqueio anterior
permite obter um sinal contínuo contendo a informação desejada. Esse método é o que se emprega no primeiro esquema apresentado e que se repete a seguir mais detalhadamente.
Circuito Acondicionador do sinal de saída do sensor
É muito importante observar que, segundo costuma
acontecer com todos os sensores cujo elemento de
medição está alimentado com corrente alternado, que a
saída é “bipolar”, quer dizer, que em toda a excursão do
sinal, existe um ponto central com tensão nula. É por isso
que se faz necessário conectar um amplificador de portadora para detectar a fase do sinal de saída já que não
basta medir somente sua amplitude.
Para poder obter um sinal útil a saída de um sensor que
seja uma fiel representação da variação de algum parâmetro tal como a capacidade ou a indutância, é necesGuia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
29
Técnica
Métodos de Controle da
Concentração de Toner
com o Revelador
Como mencionamos anteriormente, a maioria das
máquinas fotocopiadoras
empregam revelador, o
qual é uma mescla bi-componente de toner (resina
pigmentada) e Carrier
(ferro em pó). Para manter
uma densidade uniforme
de toner na cópia ao longo
do tempo, é fundamental
poder manter uma adequada concentração de toner
com o carrier no revelador.
Se a concentração de toner
é baixa, a imagem revelada
sobre o cilindro, e mais tarde sobre o papel, será mais clara
que a do original. Ao contrário de uma elevada de concentração de toner produzirá uma imagem mais obscura que a do
original e também aparecerá um fundo cinza donde deveria
ser branco. A reprodução contínua de cópias de uma qualidade constante requer um método adequado de medição da
densidade de toner no revelador com o objetivo de mantê-la
dentro de limites precisamente determinados.
Ao longo do tempo, foram sendo implementados diversos
métodos de sensor e controle da densidade de toner com o
objetivo de conseguir uma reprodução o mais fiel possível
dos originais e a sustentação dessa característica ao longo
do tempo. Entre eles destacam-se duas técnicas de medição
que se demonstraram eficientes e hoje em dia os fabricantes de fotocopiadoras utilizam ambas para conseguir um
controle mais rigoroso beneficiando-se das vantagens que
cada um aporta. Mais detalhes sobre esse tema podem ser
vistos no artigo “Evolução dos Sistemas de Insumos de
Toner” de 19 de julho de 2009 publicado nesse mesmo blog.
O primeiro deles é um método ótico e consiste em revelar
um padrão pleno sobre o cilindro e monitorar sua refletividade através de um sensor infra-vermelho (densitômetro). Se o
padrão revelado é menos refletivo que um valor prefixado em
fábrica, isso indicará que a densidade de toner é alta. Em
compensação, se o padrão é mais refletivo que o pré fixado,
a densidade de toner com o revelador é baixa. Com base
nessas medições, o algoritmo de controle tomará a decisão
de entrar ou não em um ciclo de insumo de toner.
Essa técnica apresenta várias desvantagens. Em primeiro
lugar, e quem sabe a mais crítica, é que é um método lento.
Isto é, uma vez que o laço de controle detecta uma baixa
concentração de toner, começa ali o reabastecimento, quer
dizer, trata-se de um laço não antecipado. Por outro lado, o
toner adicionado deve misturar-se com o Carrier e carregarse triboeletricamente ao nível apropriado. Mesclar e carregar
o toner requer tempo que se soma ao que possa revelar o
padrão. Tudo isso conforma em um laço de controle com
vários retardos o que resulta em uma ampla banda de controle amplo.
Outra desvantagem é que esse método é pouco exato dada
a escassa repetição do padrão sob as mesmas condições.
30 Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
O potencial do cilindro
varia já que é impossível
que se carregue da
mesma maneira sempre
nem que tenha a mesma
capacidade de ser carregado, o que afeta a estabilidade do sensor.
Por último, como o sensor infra vermelho fica
sujo de toner ao longo do
tempo, é necessário prover um mecanismo de
autolimpeza ou reduzir
os períodos de manutenção
O segundo método que
versa sobre o sensor
estudado aquí é baseado nas diferenças de um das propriedades físicas do toner e do Carrier como a permeabilidade magnética. O sensor consiste em um arranjo de
bobinas que conformam o transformador diferencial. O
campo magnético gerado por uma das bobinas muda
segundo a permeabilidade do material que se encontra
nas proximidades das bobinas. Isso gera mudanças na
corrente auto induzida em outro dos rolamentos do transformador dando assim uma medida relativa da permeabilidade do meio e por consequência da concentração de
toner da seguinte maneira. Se o revelador tiver com
excesso de toner e em virtude de que o toner é uma resina pigmentada e o Carrier é um material ferroso, induzirá uma tensão menor já que o campo magnético se vê
debilitado frente ao que teria como uma concentração
adequada. Agora se o revelador contém pouco toner, o
meio será mais magnético e portanto o campo será fortalecido dando uma tensão auto induzida maior pelo
enrolamento. A CPU da fotocopiadora monitora essa tensão e o mecanismo de insumo de toner adiciona a quantidade apropriada de toner para levar a leitura do sensor
ao nível desejado.
Sobre o autor
Edgardo Boiero possui formação de técnico eletrônico. É formado pela E.N.E.T N°1 "Albert Thomas" da Plata, Pcia. de
Buenos Aires. Atualmente está cursando o último ano em
engenharia eletrônica pela U.N.L.P. Edgardo tem 15 anos de
experiência como técnico de fotocopiadoras, duplicadoras e
impressoras laser, é consultor técnico externo e capacitador
em DC Digtital Copiers (La Plata) Participou do desenvolvimento de sistemas digitais baseados em lógica programável
(FPGA) para uma empresa local dedicada ao desenho de
máquinas capturadoras de dados em documentos de alta
velocidade. É designer de sistemas digitais de controle para
aplicações industriais com base em sistemas embebidos e
microcontrolados. Desde 2010 oferece serviços de consultoria, capacitação e assessoria a empresas com departamentos
técnicos que brindam serviço técnico RICOH. Recentemente
foi contratado como assessor de inspeção em sistemas de instrumentação e controle de processos industriais.
Para mais informações envie-nos um email:
[email protected] ou visite
www.digital-copiers.blogspot.com.ar
Técnica
Impressão em 3D:
Imprimindo o futuro
Imagine um futuro no qual um dispositivo conectado a um
computador possa imprimir um objeto sólido. Um futuro no
qual possamos ter artigos tangíveis bem como serviços
intangíveis entregues a nossos computadores ou empresas
através da internet. E um futuro onde a “atomização” cotidiana de objetos virtuais torne-se realidade, convertendo a préprodução em série e o estoque de produtos de uma grande
gama de artigos e repostos em um legado histórico.
Esse futuro pode parecer vindo dos mundos do Star Trek.
Contudo, enquanto os teletransportadores que irão nos
enviar instantaneamente a lugares distantes ainda são uma
fantasia, as impressoras 3D capazes de imprimir objetos físicos a distância estão em desenvolvimento há mais de duas
décadas e começam a apresentar uma grande quantidade
de novas capacidades de manufatura digital. A impressão
3D poderia, portanto, fazer tanto pela remanufatura como já
fizeram os computadores e internet para a criação, processamento e armazenamento da informação.
Propomos nesse artigo uma visão geral das tecnologias de
impressão 3D, seu presente e sua provável aplicação futura.
Tecnologias Atuais
A impressão 3D é uma tecnologia aditiva na qual os objetos
são desenvolvidos em capas e no geral durante várias
horas. A primeira impressora comercial 3D foi baseada em
uma técnica chamada estereolitografia. Foi inventada por
Charles Hull em 1984. As impressoras 3D estereolitográficas
colocam uma plataforma perfurada bem debaixo da superfície de um tanque de polímero líquido fotocurável. Logo, um
raio laser UV rastreia
o primeiro pedaço do
objeto na superfície
desse líquido, produzindo o endurecimento de uma capa
muito fina de fotopolímero. A plataforma
perfurada é em
seguida ligeiramente
baixada e outro
pedaço é rastreado e
endurecido
pelo
laser. Outro pedaço
então é criado, e
depois outro, até que
um objeto completo
tenha sido impresso
e possa ser removido do tanque de fotopolímero, drenando
o líquido em excesso. As impressoras
estereolitográficas
permanecem como
um dos tipos mais
32 Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
apropriados de hardware para fabricar impressão 3D,
com uma espessura mínima de capa de apenas 0,06mm
(0.0025”).
Outra tecnología comercial de impressão 3D é a de
modelagem por deposição fundida (FDM, em sua sigla
em inglês). Nesse caso, um termoplástico quente é
espremido a partir de um cabeçote de impressão com
temperatura controlada para produzir objetos bastante
sólidos com um alto grau de exatidão. Um benefício
chave dessa técnica é que os objetos podem ser feitos
dos mesmos termoplásticos utilizados na modelagem de
injeção tradicional. A maioria das impressoras 3D FDM
podem agora imprimir tanto com plásticos ABS (acrylonitrile butadiene styrene), como com um plástico biodegradável chamado PLA (em sua sigla de ingês, ácido polático) que é produzido a partir de alternativas orgânicas até
azeite.
M o d e l ag e m
p
o
r
Deposição
Fu n d i d a
(FDM)
Uma terceira tecnología muito utilizada é a de sinterização por laser seletivo (SLS em sua sigla em inglês). Essa
tecnologia constrói objetos colocando uma capa fina de
pó utilizando um laser seletivo para fundir alguns de seus
Técnica
grãos. Atualmente, as impressoras SLS podem imprimir
objetos utilizando uma ampla gama de materiais em pó,
como o poliestireno, nylon, vidro, cerâmica, aço, titânio,
alumínio e a prata. Durante a impressão, os grãos de pó
que não aderiram sustentam o objeto a medida que é
construído. Uma vez completada a impressão, a maior
parte do pó em excesso é reciclado. Uma técnica de
impressão 3D estreitamente relacionada com SLS é conhecida como fusão seletiva de laser. Essa tecnologia usa
um laser para fundir completamente grãos de pó que formam um objeto final mais que somente esquentá-los não
é suficiente para fundi-los.
Outra variante é uma técnica chamada seleção de sintetizado por calor (SHS em sua sigla em inglês), que utiliza um cabeçote de impressão térmica (mais que um
laser) para aplicar calor e capas sucessivas de um pó
termoplástico. Finalmente, uma aplicação muito comum
é a de modelagem multi-jet (MJM em sua sigla em
inglês). Essa também constrói objetos a partir de sucessivas capas de pó, com um cabeçote de impressão e
injeção usado para pulverizar sobre uma solução de ligação que pega de maneira seletiva em conjunto somente
os grãos requeridos. Algumas impressoras MJM (bem
como a impressora Z650 de Zcorp) podem pulverizar
quatro diferentes cores de solução de ligação, permitindo
assim criar objetos 3D em cor até 600 x 540 dpi.
Impressoras Comerciais 3D e serviços online
Um amplo ramo de impressoras comerciais 3D para aplicação industrial é hoje oferecida por empresas incluindo
sistemas 3D (que trabalham com a maioria das tecnologias e que estão rapidamente sendo adquiridas por muitos fabricantes pequenos), como a Stratays (que a prin-
cípio desenvolveu FDM), Fortus e Dimension Printing (que
utiliza o processo Stratasys FDM), Solid Scape (que utiliza
seu próprio processo FDM mas que agora é propriedade da
Stratasys) e ZCorp (que se especializa em MJM como indicado antes). Outro jogador importante é a envisionTEC
cujas impressoras 3D PerfactoryXede e PerfactoryXtreme
conseguem uma melhor qualidade de superfície que a obtida com outras tecnologias projetando conjuntos de dados
voxel em um fotopolímero.
Todos os produtores de impressoras 3D mencionados construíram seus negócios de sucesso a partir do zero dentro
desse mercado de impressão 3D. Contudo, os fabricantes de
impressoras tradicionais 2D também estão começando a se
aventurar no mundo 3D. Por exemplo, a Hewlet Packard (HP)
agora vende sua série de impressoras 3D Designjet com
base FDM-HP, após fechar um acordo com a Stratasys.
Os preços para a maioria das impressoras comerciais ou
industriais 3D tendem a começar dentro da faixa de 15.000
a 30.000 dólares e subindo. Ainda que muitos modelos de
escritório já estejam no mercado, a maioria das impressoras
comerciais 3D é geralmente bastante volumosa e geralmente precisa ser apoiada no chão. Contudo, já é possível para
designers e indivíduos particulares obter cópias impressas
3D de hardware de impressão comercial 3D utilizando uma
agência online. Por exemplo a Sculpteo, Shapewaysand 3D
e ProParts permitem a qualquer um ter seus desenhos
impressos em 3D e comercializados online. A primeira dessas empresas inclusive oferece uma facilidade para enviar
as fotografias pessoais tornando-as uma estatua colorida. A
Industrial Platic Fabrications Limited também oferece serviços de impressão 3D online.
Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
33
Técnica
Impressão Pessoal 3D
Aplicações Atuais de Impressão 3D
Os entusiastas domiciliares e inventores solitários que desejam começar por si mesmos sua impressão 3D, dispõem
hoje de uma crescente gama de iniciativas pessoais de
impressão 3D, kits e impressoras. Para aqueles seriamente
interessados em um “faça você mesmo” real, há duas fontes
de iniciativas de impressão 3D, chamadas RepRap (de
Replicating Rapid-prototyper) e Fab@Home. Ambas iniciativas estão baseadas em comunidades online que utilizam a
web para compartilhar todos os desenhos e outras informações requeridas para construir uma impressora.
A maioria das impressoras 3D não é utilizada para criar
produtos para o consumidor final. São geralmente utilizadas para elaborar um rápido protótipo do produto, ou
para produzir moldes e padrões que por sua vez permitirão a produção de artigos finais. Tal impressão de objetos 3D já permite aos engenheiros controlar o ajuste de
diferentes partes muito antes de comprometerem-se
com uma produção custosa, os arquitetos mostrarem
aos seus clientes modelos detalhados em escala a um
custo relativamente baixo, e a profissionais médicos ou
arqueólogos para administrarem cópias impressas 3D
de ossos em tamanho padrão a partir de dados 3D escaneados. Há também um amplo registro para fins educativos.
Para os não entusiastas ou hábeis em partir do zero, várias
empresas agora vendem kit de impressoras 3D, com frequência baseados nos desenhos RepRap descritos anteriormente. Por exemplo, BitsfromBytes.com vende seu kit de
impressora RapMan 3.1 3D e sua impressora BFB-3000 3D
pré montada. A central RepRap é também um grande provedor de kits de impressora 3D. Além de vários modelos
RepRap, isso inclui o MakerBot Thing-O-Matic.
Para aqueles que não desejam construir sua própria impressora 3D, um hardware pessoal pré-montado já está disponível. Isso inclui um MakerBot montado, o BotMill Glider 3.0
(que também está disponível como um kit), e a excelente
impressora 3D pessoal portátil UP! Essa última é uma verdadeira impressora 3D de instalação automática FDM que
pode estar operando 15 minutos após ser desembalada, e
não requer nenhuma calibração por parte do usuário.
Recentemente, a impressora pessoal clube 3D foi lançada
como parte da Cybify (www.cubify.com).
34 Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
O registro de produtos que utilizam as impressoras 3D
em seu desenho de processo o una produção de moldes
padrão está crescendo constantemente. Tais produtos
incluem automóveis, sapatos, jóias, jogos plásticos,
cafeteiras e todo tipo de garrafas plásticas, embalagens
e potes. Inclusive alguns laboratórios dentários durante
alguns anos vem utilizando impressoras 3D para ajudar
na criação de peças de ortodontia. Esse é o caso da
envisionTEC, cuja impressora Dental Digital Perfactory
foi utilizada por dentistas na criação de coroas, pontes e
dentes provisórios. Utilizando essa tecnologia, podemos
inclusive criar peças provisórias dentais que durem muitos anos. Em outras palavras, isso significa que as
impressoras 3D já podem literalmente imprimir seus
novos dentes! As impressoras 3D envisionTEC são
agora amplamente utilizadas por muitos fabricantes
importantes de audiofones para produzir moldes e estruturas de ouvidos para utilização pelo consumidor final.
São impressos em 3D todo
tipo de peça dental como
espaços de arcadas superiores e inferiores, esqueletos para utilização em fundição ou coroas dentais e
pontes para capas dentais
(foto:
www.undoprototipos.com)
Fabricação Digital Direta
Enquanto a maioria das impressoras 3D são atualmente
utilizadas para protótipos e na produção de moldes, também se começa a desenvolver o uso da impressão 3D
para a fabricação de partes para uso final. Isso é conhecido como manufatura digital direta (DDM em sua sigla
em inglês). Para a manufatura de baixo volume a DDM é
mais efetiva em custo e mais simples do que ter que
pagar e esperar pela fabricação das máquinas ou ferramentas necessárias. Essa tecnologia permite também
fazer muitas mudanças e prover a quantidade correta.
Por exemplo, a empresa Klock Werks Kustom Cycles
constrói motocicletas únicas utilizando a impressora
Fortus 3D para fabricar digitalmente de forma direta
algumas das partes requeridas sob medida.
Outra empresa que utiliza impressão 3D para criar produtos finais é a Freedom of Creation (recentemente
adquirida pela 3D Systems). Sua incrível gama de produtos finais desenhados em 3D inclui iluminação,
móveis, bandejas, bolsas e jóias. De maneira parecida,
uma empresa chamada Make Eyewear está atualmente
fabricando óculos desenhados sob medida para o cliente utilizando impressoras 3D.
Mas não são apenas poucos artigos plásticos especiais
que podem ser feitos através de uma impressora 3D. Por
exemplo, recentemente engenheiros da Universidade de
Southampton imprimiram em 3D um avião que pode
voar (quer dizer, fora o motor elétrico). Rolls Royce está
atualmente colocando em prática um projeto chamado
“Merlin” com o propósito de utilizar a impressão 3D na
fabricação de máquinas de aviões civis. Um protótipo de
um novo automóvel elétrico chamado Urbee também foi
impresso em 3D
Stratasys se uniu a Kor Ecologic para criar o Urbee, o
primeiro automóvel impresso em 3D
Futuras aplicações de impressão 3D
Mais além da dificuldade de não atingir massivamente os
lares, as impressoras 3D tem muitas áreas de grande potencial para aplicação futura. Podem, por exemplo, serem utilizadas para imprimir partes de reposição para todo tipo de
produtos, e que não poderiam ser armazenados como parte
do estoque. Portanto, mais do que jogar um artigo quebrado
(algo pouco provável de ser justificado uma década ou duas
atrás devido ao esgotamento de recursos e a reciclagem forçada), os artigos defeituosos estarão em condições de
serem levados a um local que buscará online as partes de
reposição apropriadas e simplesmente a imprimirá. A NASA
já testou uma impressora 3D na Estação Espacial
Internacional e recentemente anunciou seu requerimento
por uma impressora 3D de alta resolução para produzir partes de naves espaciais durante as missões no espaço exterior. O exército dos Estados Unidos experimentou também
uma impressora 3D montada em um caminhão capaz de
imprimir tanque de reposição e outros componentes do veículo em um campo de batalha.
As impressoras 3D podem ser utilizadas no futuro para fazer
edifícios. Para esse fim, uma equipe da Universidade
Loughborough está trabalhando em um projeto de concreto
em 3D que permitirá que grandes componentes do edifício
sejam impressos em 3D no lugar de qualquer desenho e
com propriedades térmicas melhoradas.
Outra possível aplicação futura é o uso de impressoras 3D
em criar órgãos de substituição para o corpo humano. Isso
é conhecido como bio impressão, e é uma área de desenvolvimento muito rápido.
Outro campo potencial de aplicação de impressão 3D está
nas indústrias culturais. A Escultora Bathsheba Grossman já
utiliza impressoras 3D para criar seus trabalhos. No futuro,
os museus poderão também imprimir exibições como as
requeridas de sua própria coleção digital, ou seu arquivo
global de material gráfico escaneado, há tempos perdido ou
com originais muito delicados para serem exibidos.
Uma Firme Manhã
Em uma época em que as notícias, livros, música, vídeos e
inclusive nossas comunidades estão sujeitas a desmaterialização digital, o desenvolvimento e aplicação de impressão
3D nos recorda que os seres humanos tem tanta necessidade física como psicológica para manter um pé no mundo
real. A impressão 3D tem um futuro brilhante, não somente
na rápida produção de protótipos (onde seu impacto já é
altamente significativo) mas também na medicina, artes e
espaço exterior. As impressoras 3D de escritório para lares
já são uma realidade se você estiver preparado para pagar
por uma e/ou construir você mesmo. Também existem
impressoras 3D capazes de imprimir em cor e em múltiplos
materiais e continuarão melhorando. Como dispositivos que
proverão uma sólida ponte entre o ciberespaço e o mundo
físico, e como uma importante manifestação da Segunda
Revolução Digital, é muito provável que a impressão 3D
tenha seu espaço no futuro de todos nós.
Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
35
Meio Ambiente
Por Jorge Daniel Santkovsky
O Coltan e seus problemas com
a Sociedade e o Meio Ambiente
O avanço contínuo da tecnologia e o lançamento permanente de novos produtos gera nos consumidores a
necessidade de uma mudança constante de seus celulares, televisores, vídeo games e outros artigos. Essa
situação acentua a necessidade dos fabricantes em obter coltan, um mineral de cor cinza metálico imprescindível para a produção dos dispositivos.
fantes e gorilas e o corte dos
bosques são alguns dos
danos sofridos no território.
A denominação coltan provém de columbita, de onde retiramos o columbio, o nióbio e a tantalita, de onde obtemos o
tantalato. De fato, o coltan é uma mistura dos dois minerais,
columbita e tantalita.
Por causa de suas propriedades o coltan é muito requerido
para o desenvolvimento tecnológico, pois permite a miniaturização e uma maior potência dos aparatos. Além disso, possibilita que as baterias estendam seu tempo de carga, possui uma larga resistência a corrosão e a alteração, suporta
temperaturas maiores que 3 mil graus e armazena carga
elétrica de forma temporal liberando-a quando necessária.
Em resumo, graças a esse recurso natural é possível a fabricação dos equipamentos que se encontram atualmente no
mercado.
Ao mesmo tempo, seu alto valor comercial originou em 1998
a “Guerra do coltan” entre Ruanda e Uganda contra a RDC
(República Democrática do Congo), o que provocou mais de
5 milhões de mortes como consequência da ocupação do
território do Congo para controlar a exploração do mineral.
Assim mesmo, foram comprovadas execuções, violações,
torturas e o trabalho de adultos e crianças em condições sub
humanas.
A guerra pelo coltan também deixou sequelas na fauna e no
meio ambiente do Congo. A diminuição da população de ele36
Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
Somado a isso, o comércio
ilegal de coltan também é
uma realidade na América
Latina. Em 2009, o presidente da Venezuela, Hugo
Chávez, anunciou o descobrimento de reservas desse
mineral na fronteira com a
Colômbia, que estava sendo
comercializado com os
Estados Unidos através do
território
colombiano.
Consequentemente, foram
enviadas forças de segurança para garantir e preservar
os recursos naturais locais.
Além disso, foi proibido a
extração por parte de empresas privadas e declarou-se o
material como recurso estratégico.
O ex ministro de Minas e Energia da Colômbia, Carlos
Rodado, admitiu no final de agosto do ano passado que
“a Colômbia não sabe onde tem nem quanto tem do
mineiro, as únicas explorações que existem são ilícitas”.
Além disso, a fiscalização geral colombiana descobriu
comerciantes com registros falsos para a atividade,
assentados em áreas onde se encontra o coltan, apesar
de haver negado mais de 300 solicitações para a exploração do mineral.
Sobre o autor
Jorge Daniel Santkovsky é o responsável das Relações
Institucionais de Scrap e Rezagos SRL. Presidente da
Comissão de meio ambiente CAMOCA (Câmara Argentina
de Máquinas de Escritório, Comerciais e Afins). Colaborador
em diferentes organizações do terceiro setor. Atualmente a
Fundação Ecológica Verde. Presidente da Associação
Argentina do Jogo de Go.
Scrap e Rezagos recebe seus equipamentos eletrônicos e elétricos em desuso. Para mais informações, visite o site
www.rezagos.com, ou nos envie um email para [email protected], ou telefone +5411-4139-8229.
Meio Ambiente
Política Nacional de Resíduos Sólidos:
primeiros passos, grandes desafios
Por Prof. Mauro
Silva Ruiz
Por Prof. Alexandre
de Oliveira e Aguiar
Como a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº.
12.305) foi sancionada em 2 de agosto de 2010, os programas e projetos relacionados à sua fase inicial de implementação ainda estão se delineando, propiciando apenas reflexões sobre alguns tópicos da matéria (BRASIL, 2010a). Ela
demorou 21 anos para ser discutida e aprovada no
Congresso, o que demonstra as dificuldades que precedem
o processo de implementação, ou seja, a da aprovação de
uma lei em nosso país. Com base nisso, dá para imaginar os
desafios que estão por vir em função dos múltiplos interesses que ela direta ou indiretamente afetará.
Apenas para dar uma ideia do potencial de perda de divisas
que a demora na regulamentação de uma lei como esta
representou, estudo recente realizado pelo Instituto de
Pesquisas Econômicas (IPEA) indicou que o potencial de
38
Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
Por Prof. Rui
Alexandre
Christofoletti
Por Maíra
Rubini Ruiz
reciclagem do Brasil é de R$ 8,5 bilhões / ano. Ou seja,
esta é a soma que o país perde anualmente por não
aproveitar o potencial de gestão adequada dos resíduos
sólidos (TEIXEIRA, 2011).
Um tópico relevante é a logística reversa, instrumento
econômico e social que prevê a restituição de resíduos
sólidos a seus geradores, prescindindo a geração de
rejeitos. A PNRS introduziu a responsabilidade compartilhada entre os atores da cadeia produtiva de bens
manufaturados, fabricantes, distribuidores, comerciantes, consumidores e titulares de serviços públicos de limpeza urbana responsáveis pelo ciclo de vida dos produtos. Ela visa dividir as responsabilidades entre a sociedade, o poder público e a iniciativa privada.
Meio Ambiente
A logística reversa já era praticada em alguns segmentos
industriais antes da promulgação da PNRS, como por
exemplo, no caso dos eletroeletrônicos e pneus em função da existência de resoluções específicas do Conselho
Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) que versam
sobre esses resíduos. Induzidas pelo próprio mercado,
algumas práticas de logística reversa e reciclagem também ocorriam nos segmentos de embalagens de bebidas em alumínio e de papel, papelão e cartonados, em
função dos preços de mercado atrativos pagos aos catadores e recicladores.
A logística reversa para a reciclagem ou remanufatura
dos resíduos da indústria eletroeletrônica (particularmente de pilhas e baterias) também já existia antes da
PNRS, porém, a sua condução nem sempre foi bem
coordenada entre os atores da cadeia e as práticas
pouco difundidas na sociedade. Essa dinâmica limitada
levou a um alcance pequeno das práticas de logística
reversa de tais produtos quando comparados com a
geração de resíduos. A pesquisa Ciclosoft do
Compromisso Empresarial para Reciclagem (2010) mostra que apenas 12% da população brasileira é servida
por programas de coleta seletiva, que é uma das bases
para a logística reversa da fração seca do lixo. Embora a
reciclagem de diversos materiais tenha apresentado
avanços nos últimos dez anos, de acordo com a
Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública
e Resíduos Especiais (2011), o alumínio é absoluta exceção com um índice de reciclagem de 98%. Isto ilustra a
forte influência do componente econômico na reciclagem.
Aitiyel (2001) destaca que a aderência de iniciativas de
reciclagem e remanufatura de resíduos eletroeletrônicos
nos setores empresariais, na maioria das vezes, é motivada pelo marketing verde que, ao caracterizar a empresa como “ambientalmente responsável”, acentua a ostentação desta imagem. Em geral, trata-se de iniciativas
localizadas e pontuais, sem respaldo de ações educativas ao público em geral, com resultados difíceis de
serem analisados quanto à sua real efetividade.
Há expectativas de que a PNRS venha no sentido de fortalecer e difundir essas práticas, tanto nas esferas públicas como privadas (RUIZ; TEIXEIRA, 2010). A quantificação dos resultados dessas práticas, por exemplo, permitirá estabelecer alguns indicadores de desempenho a
essas iniciativas, propiciando a difusão de informações
atreladas a ações de educação ambiental.
Se analisada sob a ótica dos resíduos industriais, a política em questão fará uso de ferramentas da ecologia
industrial (avaliação de ciclo de vida; logística reversa;
redução, reciclagem, reuso e remanufatura, e ecodesign)
como instrumentos de gestão pública. Esta abordagem é
inovadora e poderá proporcionar um grande avanço na
gestão de resíduos no país (RUIZ; TEIXEIRA, 2010).
A abordagem da gestão e do gerenciamento de resíduos
vem aos poucos saindo do controle no descarte para o
controle durante todo o ciclo de vida, vislumbrando a não
geração de resíduos e a qualidade ambiental dos processos, bem como a oferta de produtos sustentáveis.
Contudo, para fechar este ciclo, é necessário além da
abordagem técnica, estratégias de cunho econômico, social
e político. Esses campos foram reconhecidos pela PNRS
dentro do conceito de gerenciamento integrado dos resíduos.
Dentro da esfera social convém ressaltar, a intrincada e particular relação que ocorre no Brasil entre resíduos, responsabilidade e inserção social, aspecto importante a ser considerado. Como exemplo, pode-se citar o caso das embalagens de alumínio, fonte de renda para inúmeros catadores,
pessoas geralmente marginalizadas do mercado de trabalho
formal.
Além disso, a instituição dos acordos setoriais para definição
do detalhamento das regras e metas da logística reversa
pressupõe uma articulação política dos setores produtivos
para interagir com o setor público. Somente com uma interação construtiva entre os setores, os acordos poderão ser
construídos.
Por outro lado, a Política focou seus instrumentos a partir da
geração dos resíduos, faltando uma integração com políticas
de desenvolvimento e política industrial para fins de incentivar produtos ecologicamente amigáveis. Nesse sentido,
espera-se que os instrumentos da política venham exercer
pressão progressiva quanto às exigências e os cuidados
com os produtos no fim de sua vida útil, incluindo a logística
reversa. Espera-se também que o aumento desta pressão
possa levar as indústrias a avançar na adoção de tecnologias limpas em seus processos produtivos.
Nesta análise preliminar é importante considerar que o desenvolvimento econômico brasileiro aconteceu de forma não
uniforme entre os diversos estados e entre municípios. A distribuição geográfica das diversas atividades econômica no
país criou diferentes níveis de cultura relacionados com a
gestão de resíduos. É, portanto, fundamental compreender
os diferentes níveis de desenvolvimento existentes em âmbito regional para que a PNRS possa ser implementada considerando uma perspectiva de sustentabilidade realista para
cada região. Por exemplo, poderia a logística reversa ser tratada da mesma maneira nas regiões metropolitanas e na
Amazônia? Certamente não.
A gestão integrada dos resíduos sólidos, preconizada pela
política, já vinha sendo adotada em alguns municípios e
setores industriais antes mesmo da sua promulgação,
embora na maioria dos casos com alcance bastante limitado. O que se espera a partir de agora é que a sua adoção
possa seja ampliada para a gestão das cadeias produtivas
nos diversos elos de uma mesma cadeia produtiva e na
intersecção entre cadeias distintas. Neste caso, é ilustrativo
a reutilização, reuso e reciclagem de embalagens de alumínio e PETs dentre uma diversidade de outros produtos. A
efetividade desse aspecto da política pode depender, entre
outros fatores, da capacidade dos gestores de elaborar planos que considerem a possibilidade de aproveitamento dos
produtos recicláveis e a destinação adequada em aterros
daqueles que ainda não são passíveis de aproveitamento no
contexto atual.
As iniciativas de gestão integrada já são práticas disseminadas em países da comunidade européia, como na
Alemanha, e também no Japão. No Brasil, a coleta, transporte e disposição de vários resíduos perigosos (Classe I) já
Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
39
Meio Ambiente
são objeto de regulação específica (por exemplo: resoluções CONAMA nº 257, nº 258 e nº 264), porém, nem todos os
estados dispõem de mecanismos de comando e controle
para que a gestão de todo este processo seja feita de forma
eficiente (BRASIL, 1999a; 1999b; 2000). Além disso, nem
todos os estados já elaboraram seus inventários de resíduos
sólidos industriais no contexto do inventário nacional deflagrado há pelo menos uma década (Resolução CONAMA nº
313) (BRASIL, 2002). Ressalte-se que os resultados de tal
inventário não vêm sendo divulgados, embora uma série de
tipos de indústrias seja obrigada a relatar anualmente as
quantidades de resíduos geradas, por tipo, e a sua destinação.
No Brasil as inovações em gestão por parte das empresas,
via utilização de avaliação de ciclo de vida, ecodesign, reciclagem etc. são ainda tímidas, pois estão na esfera das
grandes empresas e corporações localizadas principalmente no eixo Sul – Sudeste. Em suma, como “situação – problema”, a realidade atual da gestão dos resíduos sólidos no
país, em nível de cadeias produtivas geradoras de resíduos
industriais (muitos destes perigosos à saúde humana e ao
meio ambiente), ainda prescinde de uma gestão integrada.
Esta gestão deve enfocar aspectos técnicos, econômicos,
sociais e ambientais, que, por sua vez, demandam uma
abordagem que desça ao nível dos elos das cadeias produtivas, por meio da utilização de conceitos e ferramentas de
gestão como avaliação de ciclo de vida, reciclagem, reuso,
ecodesign, dentre outros (RUIZ; TEIXEIRA, 2010).
Neste contexto, é importante lembrar que a lei em questão,
terá interrelação com vários outros diplomas legais, quais
sejam: a Lei nº 11.107/2005 – Lei dos Consórcios Públicos e
seu Decreto regulamentador; a Lei nº 11.445/2007 – Lei do
Saneamento Básico; a Lei nº 9.433/1997 – Lei que instituiu
a Política Nacional de Recursos Hídricos; a Lei nº
6.938/1981 – Política Nacional de Meio Ambiente; a Lei nº
9.795/1999 – Política Nacional de Educação Ambiental; a
Lei nº 10.257/2001 – Estatuto das Cidades, e a Lei
12.187/09 – Política Nacional sobre Mudança do Clima; bem
como resoluções CONAMA pertinentes ao tema. Por outro
lado, o texto final não faz nenhuma menção às políticas tecnológica e industrial vigentes no país. Em face deste quadro,
pode-se dizer que a implementação dos princípios e objetivos da PNRS certamente não será tarefa fácil, pois demandará interação entre governantes e uma ampla gama de atores sociais num horizonte de anos.
Acrescente-se a isso, as diferenças culturais que têm efeito
na forma como as pessoas abordam a problemática dos
resíduos em nível regional. Destaque-se também a necessidade de se construir todo um aprendizado no nível de
cadeias produtivas, para que as ferramentas de gestão preconizadas pela lei possam ser utilizadas de forma efetiva e
eficiente.
Outro desafio que se apresenta é o do controle social, inserido na PNRS como um dos instrumentos. No entanto, este
instrumento foi citado poucas vezes ao longo do seu texto e,
portanto, sua articulação com outros instrumentos e a possibilidade de cobrança pela sociedade por tal participação, a
partir de propostas objetivas, torna-se mais difícil.
Ainda no que se refere aos aspectos sociais da PNRS,
40
Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
merece destaque o caso dos catadores de papel, papelão e cartonados. São várias as iniciativas de cooperativas de catadores de recicláveis que se expandiram nas
grandes cidades nos últimos anos. Merece destaque a
Coopamare – Cooperativa de Catadores Autônomos de
Papel, Papelão, Aparas e Materiais Recicláveis, de São
Paulo, e a Asmare – Associação de Catadores do Papel,
Papelão e Material Reciclável, de Belo Horizonte, ambas
com apoio das prefeituras municipais. Várias cooperativas e associações de catadores estão se organizando
em rede para ampliar e organizar práticas de economia
solidária, com vistas a fortalecer a vida dos catadores e
de suas famílias. É o caso, por exemplo, da Rede Cata
Sampa, que congrega quinze dessas organizações.
Segundo Teixeira (2011), em Belo Horizonte, se os catadores de rua fossem excluídos do processo de reciclagem, a prefeitura precisaria contratar 40% mais garis.
Destaque-se que o diálogo e a parceria entre os atores
envolvidos neste processo são fundamentais para assegurar que a implementação da lei encampe práticas préexistentes à sua regulamentação e, desta forma, cumpra
seu papel social de forma sustentável.
Neste contexto, é importante mencionar que uma das
últimas ações do governo Lula foi a instituição do
Programa Pró-Catador, com a finalidade de integrar e
articular as ações do Governo Federal voltadas ao apoio
e ao fomento à organização produtiva dos catadores de
materiais reutilizáveis e recicláveis, à melhoria das condições de trabalho, à ampliação das oportunidades de
inclusão social e econômica e à expansão da coleta
seletiva de resíduos sólidos, da reutilização e da reciclagem por meio da atuação desse segmento segundo o
Decreto nº 7.405 (BRASIL, 2010b).
Tendo em vista as diversas oportunidades que a presente política traz para a melhoria na gestão dos resíduos
sólidos no país, o Sindicato das Empresas de Limpeza
Urbana no Estado de São Paulo (SELUR) e a
Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza
Pública (ABLP), com o suporte técnico da PwC, desenvolveu o Guia de Orientação para Adequação dos
Municípios à Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Este guia tem o objetivo de orientar os gestores municipais a atender às exigências da Política, apresentando
os possíveis caminhos para implantação de soluções na
forma de prestação de serviço, fundamentadas em sustentabilidade técnica e financeira de longo prazo e na
respectiva adequação legislativa. Essa obrigação também se apresenta como grande oportunidade de promover avanços nas áreas de Conscientização Social,
Cidadania e Educação Ambiental, além de possibilitar a
atração de investimentos no município (SINDICATO DAS
EMPRESAS DE LIMPEZA URBANA NO ESTADO DE
SÃO PAULO, 2011).
Nesta linha, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) está
elaborando manuais para a orientação de estados e
municípios na construção dos Planos de Gestão de
Resíduos Sólidos, condição necessária para acesso aos
recursos da União ou aos que serão por ela controlados.
A Frente Nacional dos Prefeitos também vem participan-
Meio Ambiente
do das discussões relativas à construção desses planos.
Brasília, 02 dez. 1999b.
Nesses manuais, nota-se um claro incentivo à participação da população na elaboração dos planos estaduais,
regionais e municipais de gestão dos resíduos. Acreditase que se houver estimulo à participação, serão criadas
instâncias de controle do que for acordado entre as partes.
- Ministério do Meio Ambiente, Conselho Nacional do Meio
Ambiente. Resolução CONAMA nº 264, de 26 de agosto de
1999. Licenciamento de fornos rotativos de produção de clínquer para atividades de co-processamento de resíduos. Diário
Oficial da União, Brasília, 20 mar. 2000.
Finalmente, cabe destacar uma iniciativa recente voltada
à reciclagem e reutilização de resíduos da indústria eletroeletrônica que está sendo consubstanciada na proposição de projeto de lei sobre o e-lixo na Cidade de Rio
Claro (Ruiz, 2011). A repercussão positiva em nível municipal e entre colegas acadêmicos foi o principal motivador da elaboração deste artigo. Esta iniciativa partiu de
uma aluna do Ensino Médio do Colégio Koelle, em projeto desenvolvido como monografia para a décima edição
da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE) que será realizada em março de 2012. Isso mostra
que a gestão de resíduos sólidos já vem despertando a
atenção de jovens que futuramente poderão desempenhar um importante papel na construção de uma sociedade mais sustentável.
Referências
- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS EMPRESAS DE LIMPEZA PÚBLICA E RESIDUOS ESPECIAIS. Panorama 2010.
São
Paulo:
ABRELPE;
2011.
Disponível
em:
<http://www.abrelpe.org.br>. Acesso em: 15 maio 2011.
- AITIYEL, S. O. Gestão de resíduos sólidos: o caso das lâmpadas fluorescentes. Porto Alegre: [s.n.], 2001.
- BRASIL. Lei Federal nº 12.305, de 2 de agosto de 2010.
Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei
nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 3 ago. 2010a.
- Decreto nº 7.405, de 23 de Dezembro de 2010. Institui o
Programa Pró-Catador, denomina Comitê Interministerial
para Inclusão Social e Econômica dos Catadores de
Materiais Reutilizáveis e Recicláveis o Comitê
Interministerial da Inclusão Social de Catadores de Lixo
criado pelo Decreto de 11 de setembro de 2003, dispõe
sobre sua organização e funcionamento, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 23 dez. 2010b.
- Ministério do Meio Ambiente, Conselho Nacional do Meio
Ambiente. Resolução CONAMA nº 257, de 30 de junho de
1999. Estabelece que pilhas e baterias que contenham em
suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos, tenham os procedimentos de reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final ambientalmente adequados”. Alterada pela Resolução nº 263, de 1999.
Revogada pela Resolução nº 401, de 2008. Diário Oficial da
União, Brasília, 22 jul. 1999a.
- Ministério do Meio Ambiente, Conselho Nacional do Meio
Ambiente. Resolução CONAMA nº 258, de 26 de agosto de
1999. Determina que as empresas fabricantes e as importadoras de pneumáticos ficam obrigadas a coletar e dar destinação final ambientalmente adequadas aos pneus inservíveis”. Alterada pela Resolução nº 301, de 2002. Revogada
pela Resolução nº 406, de 2009. Diário Oficial da União,
- Ministério do Meio Ambiente, Conselho Nacional do Meio
Ambiente. Resolução CONAMA nº 313, de 29 de outubro de
2002. Diário Oficial da União, Brasília, 22 nov. 2002.
COMPROMISSO EMPRESARIAL PARA RECICLAGEM.
Pesquisa
Ciclosoft
2010.
Disponível
em:
<http://www.cempre.org.br/ciclosoft_2010.php>. Acesso em: 1
fev. 2010.
RUIZ, M. R. Gestão de resíduos sólidos: proposição de projeto
de lei sobre o e-lixo na Cidade de Rio Claro-SP. Projeto aprovado para apresentação na Feira Brasileira de Ciências e
Engenharia, Rio Claro, dez. 2011.
RUIZ, M. S.; TEIXEIRA, C. E. Reflexões sobre o recém aprovado
projeto de lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Habitante verde, São Paulo, 20 mar. 2010.
TEIXEIRA, I. Governo trabalha para melhorar o licenciamento
ambiental. Conjuntura da infraestrutura. São Paulo: EESP- FGV/
ABDIB, abril 2011.
SINDICATO DAS EMPRESAS DE LIMPEZA URBANA NO
ESTADO DE SÃO PAULO. Associação Brasileira de Resíduos
Sólidos e Limpeza Pública. PricewaterhouseCoopers Serviços
Profissionais. Guia de orientação para adequação dos
Municípios à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).
São Paulo: SELUR/ ABLP/ PwC, 2011.
Autores:
Prof. Mauro Silva Ruiz
Coordenador e professor do MBA em Gestão Ambiental e
Práticas de Sustentabilidade do Instituto Mauá de Tecnologia em
São Caetano, professor do Mestrado em Gestão Ambiental e
Sustentabilidade da Uninove, e pesquisador licenciado do
Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo.
Contato: [email protected]
Prof. Alexandre de Oliveira e Aguiar
Professor do Mestrado Profissional em Gestão Ambiental e
Sustentabilidade da Uninove, professor convidado de cursos de
pós-graduação lato-sensu, e auditor e consultor em sistemas de
gestão ambiental e sistemas de gestão de segurança e saúde ocupacional.Contato: [email protected]
Prof. Rui Alexandre Christofoletti
Rui Alexandre
Engenheiro elétrico, mestre em Educação Especial, e professor
do Ensino Médio no Colégio Koelle de Rio Claro – SP onde coorienta monografia sobre e-lixo no município. Contato:
[email protected]
Maíra Rubini Ruiz
Aluna do Ensino Médio do Colégio Koelle, membro do
Parlamento Jovem Municipal, e participante (finalista) da Feira
Brasileira de Ciências e Engenharia – FEBRACE, Edição 10 – Ano
2012, com monografia que propõe um projeto de lei para e-lixo
em Rio Claro. Contato: [email protected]
Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
41
Instruções
Instruções de Remanufatura do Cartucho de
Toner Brother ® HL-2130 • TN410
Por Enrique Stura, Mike Josiah, e equipe técnica da UniNet
Cartucho de reposição
de toner Brother TN410
REMANUFATURANDO O CARTUCHO DE TONER TN410
PARA HL-2130/DCP-7055
Introduzida em mercados específicos (Argentina e Austrália até agora) pela Brother em 2011, a impressora HL-2130 de baixo
custo e a versão multi funcional DCP7055 se enquadram na série denominada HL-2 e são equipamentos eletrofotográficos
laser que admitem apenas um tipo de cartucho, o TN410 e com especificações similares aos modelos que ultimamente foram
lançados ao mercado como o HL-2240/2270 (toner TN420/TN450). Isto é, no caso da impressora HL-2130 utiliza um processador ARM9 de 200MHz, capacidade de memória padrão e não modificável de 8MB, trabalha com uma resolução de 600
x 600 dpi e eletronicamente HQ1200 (2400 x 600 dpi).
Para imprimir a primeira folha o tempo de aquecimento desde a ligação é de 25 segundos e o tempo de impressão a partir
do modo de espera é de 7 segundos com temperatura ambiente não menor do que 23C. A bandeja inferior possui uma capacidade para 250 folhas de 80g/m2 e a bandeja de saída acumula até 100 impressões. A máquina é capaz de imprimir 20
páginas por minuto em folha A4 e 21ppm em Carta.
Possui um alimentador manual onde é possível colocar papel de até 163g.m2 e uma bandeja para papéis de no máximo
105g/m2.
Em teoria o sistema eletrofotográfico desse modelo HL-2130 é idêntico ao das séries HL-2240/2270 e tem em comum a
mesma unidade OPC, DR420 mas o cartucho de toner não é assim. A HL-2130 e a DCP7055 não aceitam os cartuchos
TN420 & TN450 e vice-versa, os modelos HL-2240/2270 tampouco aceitam o TN410.
O cartucho de toner que nos preocupa aqui, o TN410, que vem com a impressora rende 700 páginas e requer uma modificação para poder ser reciclado e colocado em uso novamente. O cartucho de reposição novo da Brother TN410 para 1000
páginas traz incorporado o sistema de engrenagem bandeira para fazer com que o contador zere e que a máquina passe a
imprimir novamente.
42
Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
Instruções
Salvo a não intercambialidade (que é solucionável), o
tipo de engrenagem e o volume de toner de carga, o funcionamento, método de trabalho e insumos para remanufaturar esse cartucho são
idênticos
aos
modelos
TN420 & TN450.
02
A primeira vista os cartuchos
iniciais da TN410 & TN420
são idênticos exceto por
algumas mudanças no cabeçote de ambos que impedem
ou travam o fechamento da
tampa da impressora em
cada caso. Como foi mencionado antes, a unidade OPC
DR420 é a mesma para
ambos os cartuchos e também para a TN450.
Diferença entre o TN410
(superior) e TN420 (inferior)
O kit do fusor, alimentação
de papel e da unidade laser
possuem um ciclo de vida de 50.000 páginas. A impressora tem também um ciclo de vida de 50.000 páginas, portanto essas
partes se desgastam ao mesmo tempo que o equipamento.
Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
43
Instruções
03
Há uma engrenagem de reinício que repõe os contadores da máquina cada vez que um cartucho de
novo é instalado. Para poder utilizar novamente um
cartucho inicial TN410 deve-se instalar uma engrenagem especial denominada Engrenagem
Bandeira e também substituir a lateral esquerda
por uma que permita assomar a engrenagem que
possui três alabes actuadores.
(photo 003)
Engrenagem bandeira, mola e lateral plástica para
TN410 y TN420
(photo 004)
A teoria básica de impressão Brother encontra-se
explicada nas instruções de remanufatura dos cartuchos TN420/450 e a unidade de imagem DR420.
04
FERRAMENTAS NECESSÁRIAS
1. Aspirador de pó
2. Chave Philips média
3. Chave de fenda pequeña
4. Pinça de ponta
INSUMOS NECESSÁRIOS
1. Toner para TN410 de 45 gramas
2. Tampa do rolo de revelação
3. Panos sem fiapos
4. Graxa condutiva
5. Graxa de litio branca para engranagens
6. Alcool isopropílico
05
1. Aspire o exterior do
cartucho. Retire
a
tampa do cartucho de
toner. Elimine o toner
residual e aspire/sopre
o cartucho.
(photo 005)
44
Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
Instruções
06
2. Remova os dois parafusos
do rolo de revelação do lado
que não tem engrenagens.
Remova os dois braços de
plástico. O braço menor precisa ser girado para liberar a
trava.
(photos 006 & 007)
07
08
3.Remova a placa do eixo
do cilindro levantando-a
das duas linguetas como
indicado. Levante a placa e
retire-a.
(photos 008 & 009)
Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
45
Instruções
09
4.No lado da tampa esquerda
retire os dois parafusos e a
lateral.
(photo 010)
5. A engrenagem de reinício é
montada com sua respectiva
mola e deve ser posicionada
corretamente para que a
impressora aceite um cartucho novo. O cartucho inicial
não possui engrenagem de
reinício e a tampa lateral é
cega, portanto deve ser trocada também.
(photo 011)
11
46
Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
10
Instruções
12
6.Retirar o espaçador preto de plástico da ponta do eixo do rolo de
revelação. Pressione a lingueta
preta para liberá-lo.
(photos 012 & 013)
13
14
7. Remova a trava “E”.
(photo 014)
Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
47
Instruções
15
8. Retire todas as engrenagens do
cartucho. Separe as molas.
(photos 015 & 016)
16
17
9. No lado da engrenagem do rolo de revelação
pressione a lingueta de
segurança e gire para
liberá-la.
(photos 017 & 018)
48
Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
Instruções
18
10. Retire o rolo de
revelação.
(photo 019)
19
11.Remova os dois parafusos da lâmina dosadora e também a lâmina. Diferente de outros modelos de cartuchos esse
não tem a lâmina presa aos selos, de modo que pode ser retirada para ser limpa.
(photos 020 & 021)
20
Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
49
Instruções
21
22
12.Termine de limpar o toner
residual que possa ter ficado
no cartucho, aspirando especialmente todo o rolo de alimentação que ficou descoberto.
(photo 022)
23
13. Inspecione os feltros do rolo
de revelação e se estiverem
brilhantes raspe-os com a
ponta da chave de fenda
pequena.
(photo 023)
50
Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
Instruções
14.Limpe cuidadosamente a lâmina dosadora tomando cuidado para não dobrá-la. Instale a lâmina novamente com seus
parafusos
(photo 024)
24
25
15.Limpe o rolo de revelação com um limpador
especial para rolos Brother
utilizando um pano sem fiapos. Não utilize outros produtos químicos diferentes
do limpador especial.
Reinstale o rolo desde o
eixo maior para a engrenagem primeiro, a trava branca deve estar apontada
para cima. Gire a trava para
dentro até que fique calçada em seu lugar.
(photos 025 & 026)
26
Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
51
Instruções
27
16. Instale a placa do eixo do rolo de revelação do lado sem engrenagens.
Certifique-se que a lingueta esteja segura
(photos 027 & 028)
28
29
17.Limpe as engrenagens
de todo resto de toner e revise os eixos. Se os mesmos
tiverem graxa velha contaminada com toner limpe
com álcool e lubrifique com
graxa de lítio. Instale a
engrenagem do rolo de
revelação, a trava “E”, o
espaçador do eixo e o resto
das engrenagens na ordem
indicada. Certifique-se que
todos estejam encaixados
perfeitamente.
(photos 029 & 030)
52
Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
Instruções
30
31
32
18.Coloque a mola da engrenagem bandeira como se mostra
e a engrenagem atuador com a
posição exatamente como
demonstrado na foto.
(photos 031 & 032)
Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
53
Instruções
33
19. Monte a engrenagem bandeira
como se mostra.
(photo 033)
34
Leve em conta que os dentes
da engrenagem não devem
estar entrelaçados quando
forem instalados, como mostra a figura, eles devem estar
em boas condições. A engrenagem bandeira fica carregada com a mola e irá girar
quando a impressora iniciar.
(photo 034)
35
20.Instale a tampa de
engrenagem
com
a
engrenagem orientada
como mostra a foto. A flecha na tampa deve coincidir com o triângulo branco
da engrenagem marcada
com o número 3. Isso se
aplica tanto para o TN410
como para o TN420. A
TN450 leva uma engrenagem diferente.
(photo 035)
54
Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
Instruções
36
21.No lado que não tem
engrenagens, instale os
braços de plástico e seus
respectivos parafusos. O
braço menor é instalado
no final e deve ser girado
de baixo para cima, para
que a trava encaixe.
(photos 036 & 037)
37
38
22.Enche o cartucho com a quantidade adequada de toner preto
para cartuchos Brother TN410
(aproximadamente 45g).
(photo 038)
Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
55
Instruções
23. Substitua a tampa de
recarga. Limpe o exterior
do cartucho para eliminar
os restos de toner.
(photo 039)
39
40
24. Instale a
tampa do rolo
de revelação.
(photo 040)
Tabela de defeitos repetitivos
OPC:
Rolo fusor superior:
Rolo de presão inferior:
Rolo de revelação:
94,2mm
53,4mm
78,5mm
32,5mm
NOTA:
se aparecerem manchas horizontais na
página impressa e a mudança do cartucho
não resolver, olhe no fundo da bandeja de
papel da impressora, normalmente terá um
terminal de terra metálico redondo que se
estiver danificado ou sujo pode causar
esse defeito.
(photo 041)
Para mais informações
www.uninetimaging.com
56
Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
41
Região 1 · Noticias
Relatório de 2011 comparado a
2010, 2009, 2008 e 2007 e alguns
casos anteriores.
Remanufatura de Insumos de Informática (Cartuchos de toner, tinta e fitas de
sistemas de impressão). Informe de 2011.
O setor continua crescendo desde 2003 e ainda que durante 2008 e 2009 tenhamos presenciado uma queda no ritmo,
2010 recuperou-o vigorosamente e 2011 manteve a tendência. Os remanufaturadores formais (empresas que se ajustam as normas legais sobre habitações, impacto ambiental e
certificação como operador – gerador de produtos perigosos) crescerão acima do esperado pela nossa câmara,
acompanhando esse crescimento há um grupo de empresas
que melhoraram seus produtos e lutam para obter uma parte
significativa do mercado que continuará crescendo no futuro, baseando em três premissas: 1) olhar de maneira mais
séria a estabilidade do Meio Ambiente, 2) acrescentar o interesse da utilização de mão de obra Argentina nas indústrias
vinculadas com a informática e telecomunicações (produtos
IT) e 3) ir em busca da qualidade para igualar a disputa do
mercado.
O quadro comparativo sobre a importação de cartuchos e
matérias primas nos dá como resultado que a soma da
importação de cartuchos novos e a matéria prima para a
reciclagem de outros resulta uma oferta de mais de
5.000.000 de cartuchos em 2010, para sistemas de impressão a laser, os 6.000.000 em 2011 nos confirma a pauta de
que os insumos de impressão vivem um ciclo de crescimento, com a mesma tendência dos equipamentos de impressão
onde o parque de impressoras, equipamentos multifuncionais e fotocopiadoras
chegaram a 1.692.000 unidades
deduzindo que cada um deles utilizou em média 3,8 cartuchos durante o ano de 2011, número esse muito baixo em
relação ao utilizado nos países do hemisfério Norte. De
todas as formas, o setor de insumos para sistemas de
impressão faturou durante 2011 aproximadamente 2.500 milhões de pesos.
Os pontos a serem destacados são: o forte crescimento de
cartuchos de origem Chinesa não originais (denominados
alternativos) resultado de que as empresas produtoras de
impressoras, fundamentalmente a HP (que é a que administra o maior volume de equipamentos) não realizou nenhuma
ação contra essas falsificações. Outro ponto é o nível de
aumento dos quilos de toner importados durante 2011
(650.000kg) que tem incidência direta com a recarga e remanufatura de cartuchos de impressoras e fotocopiadoras,
assim mesmo e graças a intervenção da CAMOCA novamente em 2008 e 2009 para manter a taxa de 0%, os importadores foram beneficiados na otimização dos custos de
fabricação. Também é determinante o grande crescimento
nas unidade de equipamentos, que não foi maior pelas diferenças impositivas discriminatórias de mais de 20% que
atua sobre os equipamentos multifuncionais com um grau de
tecnologia muito superior aos do parque instalado.
58
Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
No caso de cartuchos para impressoras jato de tinta o
aumento de importações foi de 32% de 2005 a 2006
estabilizando-se em 2007 e 2008 e aumentando novamente em 2009 em 21% e mais um pouco em 2010 e
15,5% em 2011 mantendo a decisão dos consumidores
em adquirir produtos econômicos, sedo o de origem chinesa o que monopoliza o mercado com um volume muito
significativo de volume de cartuchos para cobrir um parque de algo em torno de 5.200.000 impressoras e equipamentos multifuncionais InkJet de baixo preço e rendimento, dos quais 70.000 equipamentos vão ao lixo anualmente junto com quase 20.000.000 de cartuchos usados.
Devemos destacar o importante volume de cartuchos
importados da China que gera um volume de resíduos
contaminantes, o que nos faz ter que buscar soluções
rápidas a respeito, uma delas é prestigiar e promover a
utilização de cartuchos remanufaturados por parte dos
Governos, coisa que até o momento não foi realizada,
como é feito nos países do hemisfério norte, para isso os
sócios da CAMOCA trabalham fortemente no protocolo já
aprovado pela INTI e depois pela IRAM para garantir o
rendimento e dessa forma poder chegar a uma revalorização do produto com o selo de qualidade que deverá
ser acompanhado por uma campanha de difusão importante para levar ao conhecimento da população os benefícios da utilização do reciclado.
2012 continuará crescendo proporcionalmente para a
Indústria Nacional de remanufatura, que continuará melhorando sua qualidade com o incentivo da Certificação
esperando que o Estado comece a demandar os produtos com Selo de Qualidade, uma vez cumprida a oficialização da norma IRAM durante esse ano, no sentido de
considerarmos que chegou a hora de tomar decisões por
parte das empresas para poder estar em condições de
prover aos Estados uma vez colocada em prática a
norma IRAM de qualidade, assim mesmo a CAMOCA
colocará ênfase na vigilância do mercado de cartucho
evitando qualquer movimento transfronteiriço e incentivando a indústria nacional com o objetivo de equipará-la
ao México e Costa Rica.
Um dos temas mais graves em nossa indústria é a entrada de cartuchos NÃO ORIGINAIS Chineses (chamados
alternativos) que triplicaram em quatro anos, com preços
menores que um terço dos originais e 25% menores que
os oferecidos pela indústria Nacional, tema que já foi
plantado e contemplado pelas autoridades que se comprometeram a tomar medidas durante esse ano.
Se o combinado for cumprido acreditamos que as 6.000
ARGENTINA, URUGUAI,
CHILE, PARAGUAI e BOLIVIA.
famílias que vivem dessa indústria em nosso país poderão crescer em quantidade, qualidade de vida e desen-
Região 1 · Noticias
volvimento de uma estratégia de substituição de importações muito maior do que a obtida até hoje.
Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
59
Região 2 · Noticias
Tendências 2012: Brasil
Empresários analisam a atualidade
do setor no Brasil
Como comentamos em vários editoriais, o cenário de crise
que afeta há tempos a Europa e os Estados Unidos, junto ao
freio por questões legais de patentes, deram um novo atrativo comercial aos mercados emergentes, entre eles a
América Latina. De todos os países da região, o Brasil foi
sem dúvida o mais prejudicado nesse aspecto, já que os
fabricantes tomaram consciência do volume de seu mercado, de seu bom momento econômico e da falta de políticas
governamentais que freiem sua entrada. Para conhecer a
situação de outra ótica, publicamos em nosso blog do Brasil
(www.blogdoreciclador.com) uma série de entrevistas que o
Guia do Reciclador realizou com empresários destacados do
setor. A continuação temos um resumo de 3 delas, onde
podemos claramente ver as distintas percepções frente a
uma mesma pergunta.
Você acredita que o reciclador brasileiro "legítimo"
tenha desaparecido? Aquele que somente recicla cartuchos negando-se a vender compatíveis?
Issamu Ichi da Fast Laser: “Não
acredito que o reciclador brasileiro
"legítimo" tenha desaparecido,
acredito sim que houve uma adequação de seus negócios às tendências e oportunidades do mercado. Como a oferta de cartuchos
compatíveis no mercado é muito
grande, acredito que os recicladores continuam estão incorporando
cartuchos compatíveis a sua linha
de produtos, conseqüentemente
reduzindo a quantidade de cartuchos produzidos em sua
indústria, agora o percentual de utilização de um e de outro
depende da estratégia utilizada por cada empresa”.
Rodrigo Belatto Marques da
Xtoner: “Eu acredito que o grande
problema não só no Brasil mas
em vários países do mundo é a
falta de visão a longo prazo e o
egoísmo exacerbado que faz com
que pessoas, empresas e até
nações só olhem para si próprios
e se esqueçam dos outros e principalmente do futuro.
Os grandes recicladores "legítimos" como você sugere, e que se
negam a vender compatíveis, na
minha opinião nunca existiram, todo mundo vende compatível. O cartucho recondicionado no Brasil sempre foi uma
opção mais barata de compra e só, pode ser que agora com
todo o apelo ambiental que o mundo inteiro esta fazendo
algumas empresas privadas e até alguns órgãos públicos,
60
Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
optem em recondicionar seus cartuchos ou utilizar cartuchos recondicionados, mas isso se os cartuchos couberem no custo e funcionarem.
Tanto é assim, que a grande maioria dos antigos grandes
recicladores se tornaram importadores de cartuchos chineses, alguns até começaram a trazer outros produtos
que hoje são muito mais importantes para o seu negócio
do que o cartucho propriamente dito como é o caso da
Multilaser. Isso sem contar também que a grande maioria dos distribuidores de insumos, vende cartuchos compatíveis chineses para seus clientes "recicladores".
O mercado de recondicionamento de cartuchos só se
mantém porque existem muitas empresas que fazem o
recondicionamento de cartuchos como complemento do
seu negocio e não como negocio principal, este é o caso
de milhares de bancas de jornais e pequenas papelarias
e copiadoras, quem não diversificou e manteve somente
o recondicionamento de cartuchos como negocio principal não deve estar muito bem. Claro que também há
modelos de cartuchos que os chineses não fazem, fazem
mal feito ou o recondicionamento é mais barato, mas é
mais barato por que? Porque as pessoas querem encher
o cartucho vazio de pó e não trocar mais nada e isso
também é péssimo para imagem do nosso mercado pois
o produto final fica ruim”.
Camilo da Static Toner: “Não,
porém no futuro muito próximo
vai ocupar uma fatia pequena
do mercado, principalmente o
corporativo, e ficará cada vez
mais difícil se manter. Acho o
crescimento pouco provável.
Para o mercado domestico,
terá serviços de reciclagem e
manutenção, o que pode
garantir sua sobrevivência, vai
depender da maneira como
administrar e adequar a
empresa a esta situação.
E aquele que somente recicla cartuchos negando-se a
vender compatíveis é tolo, porque está nadando contra a
correnteza. Toda empresa para sobreviver precisa ter
lucro, se você tem um produto bom com custo de entrada bem abaixo daquele que você já tem, qual o problema? O que não pode acontecer é você desativar sua
indústria, demitir seus técnicos e usar apenas os compatíveis. Eu uso alguns modelos de compatíveis que foram
testados e homologados na empresa, sempre os monocromáticos, nunca os coloridos, porque não possuem a
qualidade de tenho”.
João Carlos Rauber da RM Soluções para Impressão:
“O reciclador "legítimo" não desapareceu ainda, tanto
que nossa Empresa ainda não vende cartuchos compatíveis, mesmo que a oferta destes seja tentadora.
BRASIL
Região 2 · Noticias
Continuamos a acreditar neste mercado porque nossos
clientes também acreditam no nosso produto e no nosso
trabalho.
Agora se não houver atitudes econômicas por parte do
nosso governo não sabemos até quando os "legítimos"
recicladores vão aguentar esta concorrência desleal e
destruidora da nossa atividade”.
rios, portanto é um mercado crescente.
2 - Segmento que é o consumidor corporativo: notamos um
crescimento muito apático por causa dos altos custos dos
insumos, acho que este crescimento na cor ainda depende
de custos.
Agora, há muito tempo ouvimos que o futuro do mercado é
a impressão colorida, mas estamos aguardando este futuro”.
Porque o mercado não consegue crescer no segmento dos coloridos?
Você se sente representado por alguma das associações
do setor que existe no Brasil?
Issamu Ichi: “Há pelo menos dez anos ouço falar a célebre frase "O futuro é cor", mas como podemos notar, foi
um mercado que não se desenvolveu na mesma proporção da impressão mono cor. Acredito que o maior entrave para o crescimento da impressão colorida seja o custo
em relação à página mono cor”.
Issamu Ichi: “Sei que existem algumas associações ligadas
ao seguimento, mas de forma alguma me sinto representado. Talvez estas associações tenham boas idéias e algumas
ações, mas acredito que nenhuma conseguiu unificar e ter
abrangência em âmbito nacional a fim de unir o seguimento”.
Rodrigo Belatto Marques: “Quanto a associação, baseado
nas informações anteriores eu não preciso dizer que fica
muito difícil para qualquer entidade, associação, sindicato
que representa esta classe trabalhar direito, pois se a maioria do mercado faz o recondicionamento de cartuchos como
negocio secundário quem vai querer gastar dinheiro com
isso? Ninguém! Então a associação fica fraca, sem condições de tomar medidas enérgicas e imediatas para a defesa do
mercado, todo o trabalho é feito nos bastidores.
Eu sou vice-presidente da ABRECI, e junto com outros colegas fazemos nossa reunião semanal na sede para tentar de
alguma forma nos ajudar, todo mundo que participa é voluntario, gasta uma tarde inteira toda semana para tentar fazer
alguma coisa pelo mercado, e maioria das empresas não
estão nem ai para a
Associação. Para você ter
uma idéia só à Brasília eu
devo ter ido umas 5 vezes
para falar com algum político a respeito do mercado, e
tudo com dinheiro próprio
pois a associação não arrecada verbas suficiente para
bancar estes trabalhos.
Conseguimos acesso ao
Senador
Cristovam
Buarque, como já deve ser
de seu conhecimento, estamos entrando com uma
petição para o aumento dos
impostos dos cartuchos originais e compatíveis e também tivemos uma reunião
com o Secretário do
Ministério do Planejamento,
Sr. Delfino Natal de Souza,
para tentarmos encaixar o
recondicionamento de cartuchos como serviço obrigatório na aquisição publica de
bens e serviços.
A nova política de gestão de
resíduos sólidos do nosso
governo nos da uma ótima
oportunidade de exigir
reconhecimento, a política
diz que todos os produtos
devem seguir a seguinte
Rodrigo Belatto Marques: “Em se tratando de cartuchos
coloridos o problema é outro, apesar das impressoras
coloridas estarem ocupando um lugar cada vez maior no
mercado, os consumidores ficam temerosos em usar cartuchos recondicionados ou compatíveis, muitos tentam,
mas ao primeiro sinal de erro voltam a comprar os originais, ainda existem muitos problemas de fundo e fidelidade de cor.
Eu particularmente não conheço nenhuma empresa brasileira que tenha realmente investido no mercado de
coloridos, com seções separadas de produção e equipamentos adequados para os testes. O cartucho colorido
ainda precisa ser muito
melhor trabalhado para
ganhar espaço no mercado, e isso só vai acontecer
antes de os chineses desenvolverem um produto
melhor e mais barato que o
recondicionado”.
Camilo: “Falta de qualificação técnica, aliado ao uso
de produtos de qualidade
duvidosa formam a parceria perfeita para o insucesso deste segmento. Como
podemos nestes produtos
oferecer reduções de até
70% em relação aos originais se o custo de produção, impostos, lucro, etc.,
quase se equipara ao
valor de venda dos originais? Somente com mágica ou produtos de péssima
qualidade”.
João Carlos Rauber:
“Acho que temos que separar dois segmentos de
coloridos:
1 - Segmento de colorido
domestico, ou seja aquele
consumidor que usa tinta:
este sim vem crescendo
mas em número de usuá-
Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
61
Região 2 · Noticias
ordem de consumo: 1 redução, 2 Reutilização, 3
Reciclagem, 4 tratamento, 5 descarte adequado.
Nós nos enquadramos perfeitamente no numero "2
Reutilização", não reciclagem como costumamos dizer. Nós
economizamos energia e matéria prima básica quando reutilizamos as carcaças e peças existentes dentro do cartucho,
a reciclagem será feita em um terceiro processo. Tudo isso
fora a quantidade de empregos que são gerados aqui no
Brasil para o recondicionamento dos mesmos”.
Camilo: “Temos a ABRECI, que vem matando um leão por
dia para se firmar no mercado como uma ferramenta de
auxilio ao reciclador. Dou valor aos profissionais que dedicam seu tempo extra em favor da classe e ali tentam desempenhar da melhor maneira seu trabalho. Minha participação junta a ABRECI é praticamente zero, apenas faço minha
contribuição mensal com objetivo de ajudar, até gostaria de
participar mais, porém a distancia de BH para SP dificulta
bastante”.
João Carlos Rauber: “Apesar de participar de uma associação ainda não me sinto representado, porque enquanto as
associações não forem prestigiadas pelo próprio setor fica
difícil ter um segmento representativo. E infelizmente
enquanto o setor não se unir fortemente não vamos ter
ações fortes o suficiente para sermos reconhecidos perante
os nossos órgãos, principalmente governamentais”.
Comparado ao ano anterior: você tem mais ou menos
funcionários? Recicla mais ou recicla menos?
Issamu Ichi: “Em nosso planejamento para 2012, não estamos esperando crescimento de produção, estamos trabalhando praticamente com os mesmos números de 2011. Com
relação a nosso quadro de funcionários reduzimos em aproximadamente dez por cento”.
tável, viável e necessária no ciclo de vida dos cartuchos,
aliás, o governo brasileiro tem por tradição olhar somente o que interessa aos bolsos dos governantes. Mas o
pior, é que quando se iniciou o mercado de recondicionamento de cartuchos o governo comprou, e se deu mal,
comprou cartuchos recondicionados de péssima qualidade e por isso começou a exigir cartuchos 100% novos em
seus editais o que incentivou ainda mais as empresas de
recondicionamento a importar cartuchos novos. Em uma
das conversas eles me perguntaram: “Como fazemos
para comprar cartuchos recondicionados de boa qualidade sem precisar de um laboratório de analises como é o
caso do Banco do Brasil?”. Honestamente eu disse para
eles que ia ser difícil, só com acompanhamento continuo.
Mas isso gera mais trabalho para eles que não querem
trabalhar.
O recondicionador, também tem sua parcela de culpa na
rejeição dos produtos recondicionados e isso é bom você
publicar pois quanto mais barato e mal feito for o recondicionamento, maior será a rejeição.
Mas voltando ao que interessa, agora temos a oportunidade de mostrar através de regras estabelecidas pelo
próprio governo, que somos necessários, pois a reutilização vem obrigatoriamente antes da reciclagem. Estamos
conversando com algumas universidades a pedido e indicação do próprio ministério para que eles façam um estudo sócio, econômico e ambiental do nosso mercado, pois
até hoje nenhuma instituição de credibilidade publica fez
qualquer publicação benéfica a respeito do nosso mercado. A partir daí a conversa muda pois com dados técnicos validados por instituições sérias não há como o
governo se manter omisso sobre a questão”.
Camilo: “Primeiro pela economia, depois pela contribuição ao Meio Ambiente. Porém o mais importante é a confiança que você transmite ao seu cliente, que seu produto é bom e ainda é mais barato”.
Rodrigo Belatto Marques: “Em relação ao ano passado eu
tenho metade dos funcionários que eu tinha, e minha perspectiva para 2012 é que nós vamos recondicionar cada vez
menos, e os chineses vão crescer cada vez mais, isso até
que alguma coisa mude, o que pode sim acontecer, mas
mais para o fim do ano”.
João Carlos Rauber: “Nossos produtos são associados
às duas alternativas, agora em grande parte dos nossos
clientes está caracterizado o espírito ecológico. Agora
também não podemos ser hipócritas que o preço e um
grande fator sim”.
Camilo: “Mais funcionários e reciclando 40% menos porque
esta fatia foi preenchida pelos compatíveis. Quero chegar a
50% do uso de compatíveis na empresa”.
Quais são seus prognósticos para 2012?
João Carlos Rauber: “Temos menos funcionários e estamos
produzindo menos também, agora no nosso planejamento
para o ano de 2012 acreditamos que podemos ampliar
nosso mercado abrindo novas fronteiras”.
Você acha que o cliente vê o cartucho reciclado como
uma alternativa ecológica ou somente como uma alternativa mais barata?
Issamu Ichi: “Sempre associamos os nossos cartuchos a
uma alternativa ecológica, de qualidade e com preço justo
junto aos nossos clientes, mas acredito que o mercado é
muito sensível ao preço”.
Rodrigo Belatto Marques: “Infelizmente nosso governo
ainda não enxerga este mercado como uma opção susten62
Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
Issamu Ichi: “Não esperamos mudanças profundas para
2012, mas um cenário similar ao de 2011”.
Camilo: “Empresas do segmento entrando cada vez
mais no Outsourcing de impressão como meio de sobrevivência; Clientes cada vez mais exigentes; Originais
cada vez mais baratos e com menos capacidade de
impressão dos cartuchos; Compatíveis com melhor qualidade e ocupando cada vez mais o mercado; Margens
de lucro cada vez mais estreitas. Porém, temos cada dia
mais consumidores para os nossos produtos, então é
arregaçar as mangas, trabalhar muito e reclamar menos.
Tudo depende de você para o sucesso da sua empresa,
então faça o melhor e vá a luta”.
João Carlos Rauber: “Aquilo que depende de nós
Empresários pode ser positivo, agora depende só das
ações econômicas e atitudes governamentais para se
concretizar”.
Notícias Internacinais
OCP novamente em expansão
Depois de mais de 15 anos nas antigas instalações de
administração e depósito em Hattingen, OCP e EWEKO
GmbH mudou-se para os novos escritórios centrais em
Bochum em maio de 2011. Desde o início, o centro R&D
e a planta de produção estavam localizados em Lage,
um pequeno povoado perto de Bielefeld.
O sucesso no desenvolvimento das tintas OCP pedia
uma expansão das facilidades de produção em Lage
para prover uma capacidade adicional de produção de
2.000-2.500 toneladas por ano, bem como uma expansão da capacidade de depósito em seus escritórios centrais em Bochum. Essas ampliações permitiram que a
OCP armazenasse as quantidades de tinta requeridas
antes de serem despachadas aos clientes e distribuidores em todo o mundo.
Com esse investimento, a OCP duplicou sua capacidade de produção a aproximadamente 4.500 toneladas de tinta por ano. Além disso agregou 750m2 de
espaço para depósito com capacidade de armazenagem de mais de 250 toneladas de tinta.
No total, a OCP ampliou suas facilidades de produção em Lage a aproximadamente 2.400m2 e as facilidade de depósito em Bochum a aproximadamente
3.000m2.
A OCP deseja agradecer a todos os seus clientes e
distribuidores ao redor do mundo pelo contínuo
aumento na compra de tintas OCP.
Para mais informações www.ocp.de
A primeira feira de impressão digital e comercial da China
acontecerá em outubro em Zhuhai
A primeira feira de impressão digital e comercial da China acontecerá entre os dias 15 e 17 de outubro
em Zhuhai, a Print Consumables
Capital of the world. iPrint (china)
Expo espera receber 120 expositores de 10 países e regiões diferentes e 5,000 visitantes.
Estatísticas mostram que há mais
de 500,000 lojas de impressão
digital e quiosques na China. Eles
oferecem em torno de 700,000
empregos e geram 50 bilhões de
RMB (em torno de $ 7.91 bilhões
de dólares) de receita todo
ano.Alguns 500 fabricantes produzem hardware e suprimentos para
impressão digital. Em 2011, mais de 650,000 copiadoras/multifuncionais e 200,000 impressões digitais foram
vendidos na china. Estima-se que o mercado de impressão digital na China valha 10 bilhões de RMB (em torno
de $ 1.6 bilhões de dólares). Pesquisas apontam que
esse número irá crescer 14% ao ano, duas vezes mais
rápido que os 7% de média de crescimento em outras
regiões da Asia.
“É essencial termos uma feira profissional para um mercado Chinês tão grande”, diz Tony Lee, diretor da
Recycling Times Media Corporation. “Por isso faremos a
iPrint Expo em 2012 – a primeira feira de impressão digital e comercial na China. Irá incluir pré-impressão,
impressão digital e equipamentos acabados bem como
fornecimento de suprimentos e consumíveis para impressoras e copiadoras”.
Equipamentos e consumíveis estarão na feira no mesmo
local e ao mesmo tempo, oferecendo oportunidade de
ver tudo junto. A iPrint (China) Expo 2012 também está
64
Guia do Reciclador - Ano 8 - Número 50
programada para acontecer ao
mesmo tempo que outras feiras
regionais como a China Sourcing
Fair, a Hong Kong Electronic Fair e
a Canton Fair, permitindo uma economia aos compradores internacionais com a possibilidade de visitarem vários eventos na mesma
semana.
A CIFEX/Remax Asia Expo, a
maior feira da indústria de computação e imagem do mundo também
acontecerá entre os dias 15 e 17 no
mesmo local da Zhuhai Airshow
Center. Espera-se que 440 expositores e 10,500 visitantes de todo o
mundo
compareçam
na
CIFEX|RemaxAsia Expo 2012.
Em
2012
Recycling
Times
estará
na
Remax@Paperworld, D-PES Digital Printers &
Engravers & Signage, 19th South China International
Printing Industry Exhibition, ReIndia Expo. A empresa
de publicação e evento também atenderá ao ITEX,
China OEC, Business inform Expo, ReciclaMais
Expo, Drupa 2012 e algumas outras feiras no mundo
para promover a iPrint Expo. Além disso, a iPrint Expo
será promovida através de 40 publicações regionais
e internacionais, e fontes online em mais de 120 países e regiões.
Para mais informações, visitem o site iPrint Expo:
www.iPrintexpo.com e da CIFEX|RemaxAsia Expo
website: www.iRecyclingTimes.com.
Or contacte Jessica Yin
Tel: +86 756 3919264
Email: [email protected]

Documentos relacionados