excursão ao divisório português

FLORA E VEGETAÇÃO DO DIVISÓRIO PORTUGUÊS
(EXCURSÃO AO DIVISÓRIO PORTUGUÊS)
José Carlos Costa
Maria Dalila Espírito Santo
Mário Lousã
Patricia María Rodriguez González
Jorge Capelo
Pedro Arsénio
ALFA
Lisboa
2001
Bioclimatologia
A bioclimatologia, como o próprio nome indica, procura relacionar o clima com a
vegetação e com a fauna. Tendo em conta os dados meteorológicos estacionais que originam
índices, desde os mais simples aos mais complexos, os investigadores procuram com eles
explicar as complexas relações do ambiente abiótico com a vegetação.
Existem vários sistemas de classificação bioclimática. A bioclimatologia sofreu um grande
impulso com o Professor Salvador Rivas-Martínez que procurou através de simples índices,
de utilização universal explicar o porquê e as variações locais, regionais e supraregionais da
vegetação. Tem feito, ao longo dos últimos anos, uma série de aproximações sucessivas (mais
de 50) à Bioclimatologia Mundial, baseado nos dados actualizados de mais de 15.000
estações meteorológicas, a nível do planeta.
Em todas as fórmulas, a seguir apresentadas, as temperaturas são em graus centígrados
(ºC) e a precipitação em mm.
Índices bioclimáticos mais importantes
Índice de termicidade
É o produto por 10 de T (temperatura média annual), m (média das mínimas do mês
mais frio) e M (média das máximas do mês mais frio). É um índice que pondera a intensidade
do frio que é um factor limitante para muitas plantas e comunidades vegetais. A correlação
entre os valores deste índice e a vegetação é bastante boa.
It=(T+m+M)10
Índice de termicidade compensado (Itc)
Este índice tem por objectivo de compensar nas zonas extratropicais da Terra (a norte
e a sul do paralelo 26) o excesso de frio ou de suavidade durante o Inverno respectivamente
nos territórios de clima continental acentuado ou nos marcadamente oceânicos de modo que
os valores deste índice possam ser comparados entre si.
Se o índice de continentalidade simples (Ic) está compreedido entre 11 e 18, o valor
do Itc considera-se igual ao do It, ou seja, não se modifica (It=Itc). Caso contrário se o índice
de continentalidade não alcança ou ultrapassa os valores mencionados tem que se compensar
o índice de termicidade somando ou subtraindo um valor denominado valor de compensação
(C).
Itc=It C
Nas zonas extratropicais hiperoceânicas (Ic<11,0) o valor de compensação (C0)
calcula-se multiplicando por dez o resultado da subtracção entre 11,0 e o Ic da estação:
C0=(11,0 - Ic) 10
Este valor de compensação (C0) é o que se subtrai ao número correspondente ao
índice de termicidade:
Itc=It - C0
Nos climas extratropicais continentais (Ic>18,0), o valor de compensação (Ci)
adiciona-se ao valor correspondente da termicidade:
Itc=It + Ci
Este valor de compensação (Ci) calcula-se em função do índice de continentalidade
(Ic). Este índice expressa a diferença em graus centígrados entre a temperatura média do mês
mais quente (Tmax) e a do mês mais frio (Tmin) do ano, ou seja é o intervalo da temperatura
média anual. Os tipos de continentalidade que se reconhecem são: hiperoceânico (0-11),
oceânico (11-21) e continental (21-65) que se podem dividir nos seguintes subtipos: muito
hiperoceânico (0-4), eu-hiperoceânico (4-8), pouco hiperoceânico (8-11), semi-hiperoceânico
(11-13), euoceânico (13-17), semicontinental (17-21), subcontinental (21-28), continental
(28-46), hipercontinental (46-65).
1
Ic=Tmax - Tmin
Quando a continentalidade é moderada (18,0 < Ic
21,0), o valor de compensação
(C1) obtém-se multiplicando por f1 (f1 = 5) o resultado da subtracção entre o valor de Ic da
estação e 18. Quando a continentalidade é acentuada (Ic > 21,0), o valor de compensação
calcula-se através de um somatório cujos valores parciais (C1, C2, C3, C4) são
proporcionalmente maiores devido ao incremento do factor multiplicador (fi) em função do
aumento da continentalidade.
Assim:
Valor máximo
fi
Ci
Ic
18<Ic 21
F1=5
Ci=C1; C1=f1 (Ic-18)
C1=5
F
2=15
C
i=C1+C2; C1=f1 (21-18)=15; C2=f2 (Ic-21)
C
2=105
21<Ic 28
28<Ic 46
46<Ic 65
F3=25
Ci=C1+C2+C3; C1=15; C2=105; C3=f3 (Ic-28)
C3=450
F4=30
Ci=C1+C2+C3+C4; C1=15; C2=105; C3=425
C4=f4 (Ic-46)
C4=570
Índice ombrotérmico anual (Io)
É o quociente entre a soma da precipitação média (em mm) dos meses cuja
temperatura média é superior a zero graus (Pp) e a soma das temperaturas médias mensais
superiores a zero graus centígrados em décimas de grau (Tp)
Io = 10 x Pp / Tp
Índices ombrotérmicos estivais compensáveis (Iosc: Iosc2, Iosc3, Iosc4)
Por definição o macrobioclima mediterrânico é do tipo extratropical (>23º N e S) que
coincidindo com o verão (época mais quente do ano) tem um período de secura durante o qual
existem pelo menos dois meses consecutivos em que a precipitação é inferior ao dobro da
temperatura (P 2T). Em tais territórios se o índice ombrotérmico bimestral (Ios2), ou seja,
P Julho + Agosto / T Julho + Agosto no hemisfério norte, ou P Janeiro+Fevereiro / T
Janeiro+Fevereiro no hemisfério sul, é superior a 2,0 (>2,0) estes territórios não são
mediterrânicos. Se Ios2 é menor ou igual a 2,0 (Ios2 2,0), podem sê-lo ou não, pois o
balanço hídrico mensal deficiente, em determinadas condições pode ser compensado com a
precipitação do mês anterior (Junho ou Dezembro, respectivamente). Se o índice
ombrotérmico trimestral P Junho+Julho+Agosto / T Junho+Julho+Agosto no hemisfério
norte, ou P Dezembro+Janeiro+Fevereiro / T Dezembro+Janeiro+Fevereiro no hemisfério sul,
é maior do que 2,0 (Ios3 >2,0) então os territórios não são mediterrânicos. Se Ios3 é menor ou
igual a 2,0 (Ios3 2,0) podem sê-lo ou não, pois com um Ios3 deficitário ainda pode
produzir-se uma compensação com a precipitação do mês anterior (Maio ou Novembro,
respectivamente). Se o índice ombrotérmico quadrimestral P Maio+Junho+Julho+Agosto / P
Maio+Junho+Julho+Agosto no hemisfério norte, ou P Novembro + Dezembro + Janeiro +
Fevereiro / P Novembro+Dezembro+Janeiro+Fevereiro, no hemisfério sul é superior a 2,0
(Ios4>2,0) os territórios não são mediterrânicos e, em caso contrário, (Ios4 2,0) são
definitivamente mediterrânicos. Os índices ombrotérmicos compensáveis Iosc3 e Iosc4 que
correspondem aos valores do Ios3 e Ios4, têm um alto valor na separação dos territórios
fronteiriços temperado-mediterrânicos e mediterrâneo-boreais.
Os valores compensáveis dos índices ombrotérmicos estivais são os seguintes:
Io
Ios2
Ios3
Ios4
2,0-3,6
>1,9
>1,9
>2,0
3,6-4,8
>1,8
>1,9
>2,0
2
4,8-6,0
6,0-8,0
8,0-10,0
10,0-12,0
>12,0
>1,7
>1,5
>1,2
>0,7
>0,1
>1,8
>1,8
>1,6
>1,4
>0,3
>2,0
>2,0
>2,0
>2,0
>2,0
Estes são os intervalos dos valores dos índices ombrotérmicos anuais (Io) que, em função dos
valores limiares dos índices ombrotérmicos estivais (Ios2, Ios3, Ios4), podem compensar-se e
passar do macrobioclima mediterrânico ao temperado (variante submediterrânica).
Macrobioclimas
Os macrobioclimas são as unidades tipológicas de maior nível que se reconhecem
nesta classificação bioclimática. Tratam-se de modelos biofísicos delimitados por
determinados valores latitudinais, climáticos e de vegetação, que possuem uma ampla
jurisdição territorial e que estão relacionados com os grandes tipos de climas e de biomas bem
como as regiões biogeográficas que se distiguem na Terra. Os cinco macrobioclimas são:
tropical, mediterrânico, temperado, boreal e polar. Em cada um deles pelas suas pecularidades
climáticas e de vegetação reconhecem-se diversas unidades subordinadas ou bioclimas.
Apenas referiremos os que englobam o território continental português.
Macrobioclima Mediterrânico – Macrobioclima extratropical, subtropical e
eutemperado (23º a 52º N e S) que se encontra localizado fundamentalmente na parte
ocidental dos Continentes sendo caracterizado por, pelo menos, dois meses consecutivos de
secura durante o verão (o período mais quente do ano). Um mês é considerado como seco se a
precipitação em mm é inferior a duas vezes a temperatura em graus centígrados: Ps2<2Ts2; e
ao mesmo tempo, em territórios com altitude inferior a 200 m dois valores térmicos devem
ser menores que: T 21ºC, M 18ºC, Itc 470.
Macrobioclima Temperado – Macrobioclima extratropical, subtropical, eutemperado e
subtemperado (23º a 66º N e 23º a 54º S), encontrado em todos os continentes, caracterizado
pela ausência de dois meses consecutivos de secura durante o verão (o período mais quente do
ano): Ps2 2Ts2 e ao mesmo tempo nos territórios de altitude inferior a 200 m dois valores
térmicos devem ser menores que: T 21ºC, M 18ºC, Itc 470 e também mais altos na mesma
altitude que os valores seguintes de acordo com o índice de continentalidade, Ic 11: T 6ºC e
Tp>720, Ic 11-21: T>5,3ºC e Tp>740, Ic 21-28: T>4,8 e Tp>740, Ic 28-46: T>3,8ºC e
Tp>800, Ic>46: T>0ºC e Tp>800.
Variantes bioclimáticas
São unidades tipológicas que se reconhecem no seio de determinados bioclimas,
permitindo distinguir diversas pecularidades climáticas de carácter pluviométrico. As
variantes bioclimáticas são: estepária, submediterrânica, bixérica, anfitropical e seropluvial.
Apenas se irá analisar o submediterrânico.
Submediterrânico – Variante bioclimática existente apenas no macrobioclima
temperado no qual pelo menos durante um mês do estio a precipitação é inferior a duas vezes
e meia a temperatura (Iosi: P<2,5T).
As formações vegetais temperadas submediterrânicas mais características são as de
transição ou ecótono entre os bioclimas temperados carentes de aridez estival e os
genuinamente mediterrânicos, nos quais a secura estival se prolonga por mais de dois meses.
No Holártico as formações vegetais constituídas na sua etapa madura por bosques caducos,
marcescentes ou certo tipo de bosques de coníferas xerofíticos costumam ser os mais
representativos.
Andares bioclimáticos
3
Os andares bioclimáticos são cada um dos tipos ou grupos de meios que se sucedem
numa clissérie altitudinal ou latitudinal. Delimitam-se em função dos factores termoclimáticos
(termotipos, It, Itc, Tp) e pluviométricos (ombrotipos, Io). Cada andar bioclimático possuem
determinadas formações e comunidades vegetais. Ainda que o fenómeno de zonação tenha
valor universal, as regiões biogeográficas de um mesmo macrobioclima possuem valores
termoclimáticos peculiares (It, Itc, Tp) e ombroclimáticos (Io) nos quais existem geosséries
particulares de vegetação.
Termotipos
Existe uma sequência altitudinal ou latitudinal de termotipos em cada um dos
macrobioclimas da Terra. Tropical (infra-, termo-, meso-, supra-, oro-, crioro- e gélido),
Mediterrânico (infra-, termo-, meso-, supra-, oro-, crioro- e gélido), Temperado (infra(infracolino), termo- (termocolino), meso- (colino), supra- (montano), oro- (subalpino),
crioro- (alpino) e gélido), boreal (termo-, meso-, supra-, oro-, crioro- e gélido), polar (meso,
supra e gélido).
Ombrotipos
Os intervalos dos valores que delimitam os horizontes ombrotípicos nos
macrobioclimas existentes no sector Divisório Português e áreas adjacentes estão no quadro
seguinte bem como os intervalos de It, Itc, Io, Ic e Tp.
Bioclimas do sector Divisório Português e áreas adjacentes
Macrobioclima Mediterrânico
Mediterrânico Pluviestacional Oceânico
Macrobioclima Temperado
Temperado Hiperoceânico
Temperado Oceânico
Ic
Io
21
>2,0
Ic
11
11-21
Io
>3,6
>3,6
Andares bioclimáticos: termotipos do Divisório Português e áreas adjacentes
Macrobioclima Mediterrânico
Termomediterrânico
Mesomediterrânico
Supramediterrânico
Macrobioclima Temperado
Termotemperado
Mesotemperado
Supratemperado
Orotemperado
It (Itc)
350-450
210-350
80-210
It (Itc)
300-410
180-300
20-180
-
Tp
2150-2450
1500-2150
900-1500
Tp
2000-2350
1400-2000
800-1400
380-800
l) Andares bioclimáticos: Ombrotipos
Macrobioclima Mediterrânico
Seco
Io
2,0-3,6
4
Sub-húmido
Húmido
Hiper-húmido
3,6-6,0
6,0-12
12,0-24,0
Macrobioclima Temperado
Io
3,6-6,0
6,0-12,0
12,0-24,0
>24,0
Sub-húmido
Húmido
Hiper-húmido
Ultra-hiper-húmido
Carta bioclimática do Divisório Português (parte NW)
Com os elementos fornecidos por todas as unidades bioclimáticas é possível elaborar
para a Província Costeiro-Lusitano-Andaluza uma carta bioclimática cuja legenda é a
seguinte:
Nº. da mancha
1
2
3
4
5
6
7
Bioclimas e andares bioclimáticos de Portugal Continental
Temperado Hiperoceânico (Submediterrânico) Termotemperado
Temperado Oceânico (Submediterrânico) Mesotemperado
Temperado Oceânico (Submediterrânico) Supratemperado
Temperado Oceânico (Submediterrânico) Orotemperado
Mediterrânico Pluviestacional-Oceânico Termomediterrânico
Mediterrânico Pluviestacional-Oceânico Mesomediterrânico
Mediterrânico Pluviestacional-Oceânico Supramediterrânico
5
Biogeografia
A Biogeografia é um ramo da Geografia que tem por objecto a distribuição dos seres
vivos na Terra, relacionando o meio físico com o biológico, servindo-se da informação gerada
pela Corologia, Geologia, Bioclimatologia e Fitossociologia. É uma ciência hierarquica em
que a Tessela é a unidade fundamental. As tesselas reunem-se em Mosaicos Tesselares, estas
em Distritos, estes em Sectores, estes em Províncias, estas em Regiões e estas em Reinos
(GÉHU & RIVAS-MARTÍNEZ; 1980; ALCAZAZ, 1976; COSTA et al., 1999. Se for
necessário é possível subdividir ou agrupar. Todas estas unidades, com a excepçõ da tessela,
são espaços geográficos contínuos.
Tipologia biogeográfica
Reino Holártico
A. Região Eurossiberiana
A.a. Sub-região Antlântico-Medioeuropeia
A.a.I. Província Atlântica-Europeia
A.a.I.1. Subprovíncia Cantabro-Atlântica
A.a.I.1.A. Supersector Galaico-Asturiano
1.a.I.1.A. 1. Sector Galaico-Português
1.a.I.1.A. 1.A. Subsector Miniense
1.a.1.1.A.1.A.1 Superdistrito Miniense Litoral
1.a.1.1.A.1.A.2. Superdistrito Beira-Duriense
B. Região Mediterrânica
B.a. Sub-região Mediterrânica Ocidental
B.a.I. Província Mediterrânica-Iberoatlântica
B.a.I.1. Subprovíncia Carpetano-Ibero-Leonesa
B.a.I.1.A.Sector Lusitano-Duriense
B.a.I.1.A.1. Superdistrito Altibeirense
B.a.I.1.B. Sector Estrelense
B.a.I.2. Subprovíncia Luso-Extremadurense
B.a.I.2.A. Sector Toledano-Tagano
B.a.I.2.A.1. Subsector Hurdano-Zezerense
B.a.I.2.A.1.A. Superdistrito Zezerense
B.a.I.2.A.1.B. Superdistrito Carcerense
B.a.I.2.A.2. Subsector Oretano
B.a.I.2.B. Sector Mariânico-Monchiquense
B.a.I.2.B.1. Subsector Araceno-Pacence
B.a.I.2.B.1.A. Superdistrito Alto Alentejano
B.a.II. Província Costeiro-Lusitano-Andaluza (= Gaditano-Onubo-Algarviense)
B.a.II.1. Subprovíncia Portuguêsa-Sadense
B.a.II.1.A. Sector Divisório Português
B.a.II.1.A.1. Subsector Beirense Litoral
B.a.II.1.A.1.A. Superdistrito Bairrada-Soure
B.a.II.1.A.1.B. Superdistrito Dão-Mondego-Ceira
B.a.II.1.A.1.C. Superdistrito Lousã-Açor-Alva
B.a.II.1.A.2. Subsector Oeste-Estremenho
B.a.II.1.A. 2.A. Superdistrito Costeiro Português
B.a.II.1.A. 2.B. Superdistrito Berlenguense
B.a.II.1.A. 2.C. Superdistrito Oeste-Conimbricense
B.a.II.1.A. 2.D. Superdistrito Maciço-Estremenho
B.a.II.1.A. 2.E. Superdistrito Olissiponense
B.a.II.1.A. 2.F. Superdistrito Sintrano
B.a.II.1.B. Sector Ribatagano-Sadense
6
B.a.II.1.B.1. Superdistrito Ribatagano
B.a.II.1.B.2. Superdistrito Sadense
O Sector Divisório Português encontra-se inserido na subprovíncia PortuguesaSadense, da província Costeiro-Lusitano-Andaluza e da Região Mediterrânica.
A província Costeiro-Lusitano-Andaluza, agora prosposta por RIVAS-MARTÍNEZ et
al. (2001) corresponde no trabalho de COSTA et al. (1999) à província Gaditano-OnuboAlgarviense, é rica em endemismos paleobotânicos e paleotropicais lianóides, lauróides e de
folhas coriáceas. O bioclima termomediterrânico predominante, de cáracter oceânico e
hiperoceânico, com Invernos muito suaves permite a ocorrência de numerosas plantas
termófilas de gomos nús e foi o refúgio de diversos elementos paleomediterrânicos que ainda
hoje são assinalados (Myrica faya, Laurus nobilis, Prunus lusitanica subsp. lusitanica,
Convolvulus fernandesii, Euphorbia pedroi, Cheilantes guanchica, Polypodium
macaronesicum, etc.). A flora predominante dos matagais (Asparago-Rhamnion) é
diversificada com arbustos de origem paleotropical xérica (Olea, Pistacia, Rhamnus,
Phillyrea, Myrtus, Asparagus, etc.). Nesta província o género Stauracanthus tem a sua maior
diversidade, sendo endémicas Stauracanthus genistoides, Stauracanthus spectabilis, Salvia
scareoides, Helichrysum picardi var. virescens, Dianthus broteri subsp. hinoxianus, Erica
umbellata var. major, Serratula baetica subsp. lusitanica, Narcissus calcicola, Euphorbia
transtagana, Verbascum litigiosum, Scrophularia sublyrata, Herniaria maritima, Biarum
galiani, Biarum arundanum, Artemisia crithmifolia, Serratula aristata, Brassica barrelieri
subsp. oxyrrina, Fritilaria lusitanica subsp. stenophylla, Euphorbia boetica, Cistus libanotis,
Ulex subsericeus, Ulex australis subsp. australis, Euphorbia baetica, Armeria gaditana,
Armeria macrophylla, Arenaria algarbiense, Thymus carnosus, Thymus albicans, Linaria
lamarckii, Linaria ficalhoana, Loeflingia tavaresiana, Limonium diffusum, Scilla odorata,
etc. Por outro lado outros táxones têm a sua maior área de distribuição nesta território como
Armeria pungens, Asparagus aphyllus, Bartsia aspera, Cheirolophus sempervirens, Corema
album, Deschampsia stricta, Fumana thymifolisa, Genista tournefortii; Halimium calycinum,
Halimium halimifolium, Lavandula pedunculata subsp. lusitanica, Nepeta tuberosa, Quercus
lusitanica, Stachys germanica subsp. lusitanica, Carduus meonanthus, Stauracanthus boivini,
Sideritis hirsuta var. hirtula, Thymus villosus, Teucrium polium subsp. capitatum etc. A
Stauracantho genistoidis-Halimietalia comutatati e Coremion albi são endémicas da
província apresentando uma grande riqueza e diversidade. Os bosques que aqui ocorrem
inserem-se na sua maioria na aliança termófila Querco rotundifoliae-Oleion sylvestris, e os
matagais na Asparago albi-Rhamnion oleoidis. A Quercion fruticosae e Stauracanthion
boivinii são quase exclusivas do território, e é onde estas alianças possuem maior número de
comunidades com grande riqueza e diversidade florística. A vegetação dunar e das arribas
costeiras também é de grande originalidade, a aliança Rubio longifoliae-Coremion albi é
endémica e a Helichrysion picardi é quase exclusiva apresentando aqui a sua maior
diversidade bem como a Crithmo-Daucion halophili. Querco cocciferae-Juniperetum
turbinatae, Osyrio quadripartitae-Juniperetum turbinatae, Teucrio baetici-Quercetum
suberis, Oleo-Quercetum suberis, Asparago aphylli-Myrtetum communis, Asparago albiRhamnetum oleoides, Viti viniferae-Salicetum atrocinereae, Phlomido lychitidisBrachypodietum phoenicoidis, Rubio longifoliae-Coremetum albi, Artemisio crithmifoliaeArmerietum pungentis, Cistancho phelypaeae-Arthrocnemetum fruticosi, Inulo crithmoidisArthrocnemetum glauci, Cistancho phelypaeae-Suaedetum verae, Polygono equisetiformisJuncetum maritimi, Spergulario bocconei-Mesembryanthemetum nodiflori, Frankenio laevisSalsoletum vermiculatae são algumas das comunidades exclusivas ou quase do CosteiroLusitano-Andaluz.
A subprovíncia Portuguesa-Sadense onde predominam os solos arenosos e calcários é
rica em endemismos como Antirrhinum linkianum, Arabis sadina, Cirsium welwitschii, Iberis
procumbens subsp. microcarpa, Juncus valvatus, Leuzea longifolia, Limonium laxiusculum,
Euphorbia welwitschii, Pseudarrhenatherum pallens, Serratula alcalae subsp. aristata,
7
Serratula monardii var. monardii, Serratula estremadurensis, Silene longicilia, Thymus
sylvestris, Ulex airensis, Ulex australis subsp. welwitschianus, Ulex densus. Os bosques do
Arisaro-Quercetum broteroi e do Asparago aphylli-Quercetum suberis são comuns a este
território sendo a primeira endémica e a segunda quase exclusiva. São também endémicas
Calendulo lusitanicae-Antirrhinion lusitanicae, Serratulo estremadurensis-Thymenion
sylvestris, Viburno tini-Oleetum sylvestris, Melico arrectae-Quercetum cocciferae, EricoQuercetum lusitanicae, Bupleuro fruticosae-Arbutetum unedonis, Cirsio welwitschii-Ericetum
ciliaris, Salvio sclareoidis-Ulicetum densi, Leucanthemo sylvatici-Cheirolophetum
sempervirentis, Carici depressae-Hyparrhenietum sinaicae, Juncetum acutiflori-valvati,
Sileno longicilae-Antirrhinetum linkiani, Centrantho rubri-Antirrhinetum linkiani, Narciso
calcicolae-Asplenietum rutae-murariae. O arrelvado do Phlomido lychitidis-Brachypodietum
phoenicoidis é uma associação vulgar em solos calcários. Nos rios e ribeiras a vegetação
rípicola que se observa são os choupais do Populo nigrae-Salicetum neotrichae, os amiais do
Scrophulario scorodoniae-Alnetum glutinosae, em solos arenosos os freixiais do FicarioFraxinetum angustifoliae, e em solos argilo-limosos os ulmais do Aro italici-Ulmetum
minoris.
O sector Divisório Português é um território litoral plano com algumas serras de baixa
altitude onde predomina o andar mesomediterrânico inferior e ombroclima sub-húmido a
húmido, embora no litoral, em alguns vales e no olissiponense possa ocorrer o andar
termomediterrânico. Carduus broteroi, Prunus spinosa subsp. insititioides, Scrophularia
grandiflora, Senecio doronicum subsp. lusitanicus, Ulex jussiaei são endemismos deste
sector. Os cercais do Arisaro-Quercetum broteroi, os sobrais do Asparago aphylli-Quercetum
suberis, os azinhais do Lonicero implexae-Quercetum rotundifoliae, os carvalhais de
carvalho-roble Viburno tini-Quercetum roboris e os zambujais do Viburno tini-Oleetum
sylvestris são as cabeças de séries climatófilas que se observam neste território. Os louriçais
do Vinco difformis-Lauretum nobilis*, carrascais do Melico arrectae-Quercetum cocciferae,
os matagais de carvalhiça Erico-Quercetum lusitanicae quercetosum lusitanicae*, e os tojais
Lavandulo luisieri-Ulicetum jussiaei*, Halimio lasianthi-Ulicetum minoris*, Ulici airensisEricetum scopariae*, os tomilhais do Teucrio capitatae-Thymetum sylvestris*, as orlas
sombrias do Stachyo lusitanicae-Origanetum virentis e do Leucanthemo sylvaticaeCheirolophetum sempervirentis, e os arrelvados do Carici depressae-Hyparrhenietum
sinaicae, Phlomido lychitidis-Brachypodietum phoenicoidis, Avenulo sulcatae-Stipetum
giganteae* são as comunidades conspícuas (* endémica do território). Reconhecem-se os
subsectores: Beirense Litoral e Oeste-Estremenho.
O subsector Beirense Litoral é essencialmente silicioso com algumas pequenas ilhas
calcárias situado no andar mesomediterrânico, com excepção do vale do baixo Mondego que
é termomediterrânico, e ombroclima sub-húmido a húmido. É a área onde se observam
frequentementeos híbridos como o Quercus x coutinhoi (Q. robur x Q. faginea subsp.
broteroi), Quercus x neomarei (Q. faginea subsp. broteroi x Q. pyrenaica) e Quercus x
andegavensis (Q. robur x Q. pyrenaica). O Narcissus scaberulus é uma espécie endémica,
Ranunculus bupleuroides e Ranunculus henriquesii têm o seu óptimo biogeográfico no
Beirense Litoral. Cornus sanguinea, Erica cinerea, Halimium alyssoides, Halimium
ocymoides e Pseudarrhenatherum longifolium são diferenciais desta unidade face às vizinhas.
As séries Asparago aphylli-Querceto suberis S. e Viburno tini-Querceto roboris S. são as que
ocorrem no Beirense Litoral, sendo o tojal Lavandulo luisieri-Ulicetum jussiaei ulicetosum
minoris endémico. Encontra-se subdividido nos superdistritos Bairrada-Soure, Dão-MondegoCeira e Lousã-Açor-Alva.
O superdistrito Bairrada-Soure é um território plano onde se podem observar solos
derivados de arenitos, aluviossolos no vales do baixo Mondego e do Soure, e rochas calcárias
duras (serra da Boa Viagem) e margas calcárias. È um território com uma oceânidade
acentuada (hiperoceânico a oceânico) e em que o Quercus x coutinhoi é assinalado
frequentemente. Nos calcários e margas calcárias assinala-se a série Arisaro-Querceto
broteroi S. (Arisaro-Quercetum broteroi quercetosum roboris, Vinco difformis-Lauretum
8
nobilis, Rubo ulmifoliae-Prunetum insititioidis, Melico arrectae-Quercetum cocciferae,
Phlomido lychitidis-Brachypodietum phoenicoidis); nos arenitos ocorre o Asparago aphylliQuerceto suberis S. (Asparago aphylli-Quercetum suberis, Phillyreo angustifoliae-Arbutetum
unedonis viburnetosum tini, Erico-Quercetum lusitanicae, Lavandulo-Ulicetum jussiaei
ulicetosum minoris, Avenulo sulcatae-Stipetum giganteae). Nos aluviossolos assinalam-se
Salicetum salvifoliae, Populo nigrae-Saliceto neotrichae S., Scrophulario-Alneto glutinosae
S., Ficario-Fraxineto angustifoliae S. e Aro italici-Ulmeto minoris S. Como o território
agricolamente é rico encontra-se altamente cultivado nas margas calcárias (vinha na Bairrada)
e nos aluviões (arroz, milho), estando o restante do território ocupado por pinhais e
eucaliptais.
O superdistrito Dão-Mondego-Ceira é uma área de baixa altitude ao longo destes rios,
de solos siliciosos derivados de xistos, granitos e raros arenitos, com bioclima
mesomediterrânico superior mas com verões mais quentes e invernos mais frios que o
superdistrito anterior (ceânico), e de ombroclima seco a sub-húmido. Os sobrais do Asparago
aphylli-Quercetum suberis são a vegetação potencial, que tem como etapas regressivas
Phillyreo-Arbutetum unedonis viburnetosum tini, Erico-Quercetum lusitanicae quercetosum
lusitanicae, Lavandulo-Ulicetum jussiaei ulicetosum minoris, Avenulo sulcatae-Stipetum
giganteae. Em locais mais secos e em situações edafo-xerófitas pode ocorrere azinhais do
Pyro bourgaeanae-Quercetum rotundifoliae. O Scrophulario-Alneto glutinosae S. é série
ripícola mais comum. A vinha e pomares na bacia do Dão, o pinhal e o eucaliptal ocupam a
maior parte do território.
O superdistrito Lousã-Açor-Alva é um território de serras graníticas e xistosas que
chegam a ultrapassar os 1200 m, com bioclima mesomediterrânico inferior e superior e
supramediterrânico inferior nos pontos mais altos das Serras da Lousã e Açor, e ombroclima
sub-húmido a hiper-húmido. O Viburno tini-Quercetum roboris têm grande expressão neste
território, bem como as suas etapas regressivas Frangulo alni-Prunetum lusitanicae
(endémico deste superdistrito), Ulici latebracteati-Cytisetum striati e Pterosparto lasianthiEricetum cinereae. Nas encostas mais frias e nas zonas mais altas assinala-se o Arbuto
unedonis-Querceto pyrenaicae S. e Holco molli-Querceto pyrenaicae S., nos vales mais
baixos o Asparago aphylli-Querceto suberis S., em etapas edafoxerófilas o Pyro-Querceto
rotundifoliae S., e nos rios e ribeiras ocorre Scrophulario-Alneto glutinosae S. e Salicetum
salvifoliae. A paisagem encontra-se dominada pelo pinhal e algum eucaliptal.
O subsector Oeste-Estremenho é um território essencialmente calcícola com algumas
bolsas de rochas siliciosas e plutónicas. Armeria welwitschii subsp. welwitschii, Coincya
cintrana, Dianthus cintranus subsp. barbatus, Limonium multiflorum, Saxifraga cintrana e
Ulex jussiaei subsp. congestus são exclusivos do Oeste-Estremenho. Por outro lado são
diferenciais territoriais: Anthyllis vulneraria subsp. maura, Bartsia aspera, Cistus albidus,
Deschampsia stricta, Delphinium pentagynum, Fumana thymifolia, Genista tournefortii,
Phlomis lychnitis, Prunella x intermedia, Prunella vulgaris subsp. estremadurensis, Quercus
x airensis, Salvia sclareoidis, Sideritis hirsuta, Teucrium capitatum, Ulex densus.
Predominam as séries de vegetação Arisaro-Querceto broteroi S., Asparago aphylli-Querceto
suberis S., Lonicero implexae-Querceto rotundifoliae S. e Viburno tini-Oleeto sylvestis S. São
endémicas: Quercetum coccifero-airensis, Lavandulo luisieri-Ulicetum jussiaei ulicetosum
jussiaei, Halimio lasianthi-Ulicetum minoris, Ulici airensis-Ericetum scopariae, Daphno
maritimi-Ulicetum congesti, Erico scopariae-Cytisetum grandiflori, Salvio sclareoidisUlicetum densi ulicetosum densi, Teucrio capitatae-Thymetum sylvestris, Armerio
welwitschii-Crucianellietum maritimi, Limonietum multiflori-virgatae. A aliança Calendulo
lusitanicae-Antirrhinion linkiani e as associações Melico arrectae-Quercetum cocciferae,
Vinco difformis-Lauretum nobilis, Rubo ulmifoli-Prunetum insititioidis, Phlomido lychitidisBrachypodietum phoenicoides, Stachyo lusitanicae-Origanetum virentis, Leucanthemo
sylvaticae-Cheirolophetum sempervirentis, Juncetum acutiflori-valvati, Sileno longiciliaeAntirrhinetum linkiani e Centrantho rubri-Antirrhinetum linkiani tem a sua maior expressão
9
no Oeste-Estremenho. Reconhecem-se seis superdistritos: Oeste-Conimbricense, Maciço
Estremenho, Olissiponense, Sintrano, Costeiro Português e Berlenguense.
O superdistrito Oeste-Conimbricense é uma área onde predominam margas calcárias e
arenitos do Cretácico, ainda que pouco frequentes também se assinalam calcários do
Jurássico. O bioclima é termomediterrânico superior a mesomediterrânico inferior, e o
ombroclima é sub-húmido raramente seco. Ulex densus, Cytisus grandiflorus, Laurus nobilis,
Micromeria juliana são algumas diferenciais territoriais. Arisaro-Querceto broteroi S.
(Arisaro-Quercetum broteroi, Vinco difformis-Lauretum nobilis, Rubo ulmifoliae-Prunetum
insititioidis, Leucanthemo sylvaticae-Cheirolophetum sempervirentis, Melico arrectaeQuercetum cocciferae, Erico scopariae-Cytisetum grandiflori, Phlomido lychitidisBrachypodietum phoenicoides, Salvio sclareoidis-Ulicetum densi ulicetosum densi) e
Asparago aphylli-Querceto suberis S. (Asparago aphylli-Quercetum suberis, Bupleuro
fruticosae-Arbutetum, Stachyo lusitanicae-Origanetum virentis, Erico-Quercetum lusitanicae,
Lavandulo-Ulicetum jussiaei, Halimio lasianthi-Ulicetum minoris, Avenulo sulcatae-Stipetum
giganteae) são as séries predominandes, ainda que possam ocorrer muito localizadas o
Lonicero implexae-Querceto rotundifoliae S. e Viburno tini-Oleeto sylvestris S.
As serras de calcários cársicos (Candeeiros, S. Bento, Stº António, Aire, Alvaiázere)
são o que predominam na paisagem do superdistrito Maciço Estremenho. O seu bioclima é
mesomediterrânico inferior e o ombroclima sub-húmido a húmido. Quercus rotundifolia,
Quercus x airensis, Biarum arundanum, Thymus sylvestris, Narcissus calcicola, Scabiosa
turolensis, Ulex airensis são algumas diferenciais deste Superdistrito. A série de vegetação
predominante em larga escala é o Lonicero implexae-Querceto rotundifoliae S. (Lonicero
implexae-Quercetum rotundifoliae, Quercetum coccifero-airensis, Stachyo lusitanicaeOriganetum virentis anthyllidetosum maurae, Ulici airensis-Ericetum scopariae, Phlomido
lychitidis-Brachypodietum phoenicoidis, Teucrio capitellati-Thymetum sylvestris, Anthyllido
lusitanicae-Brachypodietum distachyae). O Arisaro-Quercetum broteroi só aparece em vales
compensados e nunca ocorrem Vinco difformis-Lauretum nobilis, Erico scopariae-Cytisetum
grandiflori e Salvio sclareoidis-Ulicetum densi ulicetosum densi. A série de sobreiros
Asparago aphylli-Querceto suberis S. pode aparecer em arenitos. Ainda, que muito
raramente, em alguns locais mais frios destas serras podem-se observar fragmentos de
carvalhais-negrais do Arbuto-Quercetum pyrenaicae.
O superdistrito Olissiponense é essencialmente um território de pequenas colinas,
termomediterrânico superior (com algumas ilhas mesomediterrânicas inferiores) sub-húmido,
com uma grande diversidade geológica: margas, calcários e arenitos do Cretácico, rochas
eruptivas do complexo vulcânico Lisboa-Mafra (Basaltos, dioritos e andesitos), calcários e
arenitos do Jurássico, arenitos, conglomerados e calcários brancos do Paleogénico e arenitos e
calcários margosos Mio-Pliocénicos. Asparagus albus, Balota nigra subsp. foetida, Biarum
galiani, Cachrys siliqua, Capnophyllum peregrinum, Erodium chium, Ceratonia siliqua,
Convolvulus farinosus, Euphorbia welwitschii, Halimium lasianthum, Orobanche densiflorae,
Ptilostemmon casabonae, Rhamnus oleoides, Scrophularia peregrina são táxones diferenciais
do território, enquanto Omphalodes kuzinskyanae é endémico. Nos vertissolos assinala-se a
série do zambujeiro do Viburno tini-Oleeto sylvestris S. (Viburno tini-Oleetum sylvestris,
Rubo ulmifoliae-Prunetum insititioidis, Asparago albi-Rhamnetum oleoidis, Carici
depressae-Hyparrhenietum sinaicae). Também se observam os sobrais do Asparago aphylliQuercetum suberis e Arisaro-Quercetum broteroi com as mesmas etapas regressivas do
Oeste-Conimbricense. No litoral a vegetação dunar é a mesma da parte meridional do
Costeiro Português, e nas arribas assinala-se Querco cocciferae-Juniperetum turbinatae e
Limonietum multiflorae-virgatae.
O superdistrito Sintrano é uma ilha siliciosa de granitos e sienitos no interior dos solos
alcalinos, com bioclima termomediterrânico superior a mesomediterrânico inferior, subhúmido a húmido, e com uma vegetação muito semelhante ao Beirense Litoral. Armeria
pseudarmeria, Dianthus cintranus subsp. cintranus e Silene cintrana são endemismos
sintranos. Ilex aquifolium, Hypericum androsaemum, Polygonatum odoratum, Primula
10
acaulis, Quercus robur, Ulex europaeus subsp. latebracteatus são alguns táxones diferenciais
do território. No andar termomediterrânico assinala-se o Asparago aphylli-Quercetum
suberis, enquanto que no andar mesomediterrânico se observa o Arbuto-Quercetum
pyrenaicae e o Viburno tini-Quercetum roboris. O Adenocarpo anisochili-Cytisetum striati
ulicetosum latebracteati, Ulicetum latebractiato-minoris thymetosum villosae e Diantho
cintrani-Daucetum halophili são sintáxones exclusivos do sintrano, por outro lado o Daphno
maritimae-Ulicetum congesti tem a sua maior área de distribuição neste superdistrito.
O superdistrito Costeiro Português é um território litoral constituido por dunas, areias
e arribas calcárias, essencialmente termomediterrânico ainda que no Pinhal de Leiria e a norte
do Cabo Mondego seja mesomediterrânico e de ombroclima seco a sub-húmido inferior.
Armeria welwitstichii subsp. cinerea e Limonium plurisquamatum são endemismos costeiros
portugueses. Ammophila arenaria subsp. australis, Antirrhinum majus subsp. cirrhigerum,
Armeria welwitschii subsp. welwitschii, Artemisia crithmifolia, Carex arenaria, Carlina
corymbosa var. major, Corema album, Crucianella maritima, Dactylis marina, Daphne
gnidium var. maritima, Eryngium maritimum, Elymus farctus subsp. boreo-atlanticus,
Euphorbia paralias, Halimium halimifolium, Halimium calycinum, Herniaria maritima,
Iberis procumbens, Juniperus turbinata, Lavandula pedunculata subsp. lusitanica, Limonium
multiflorum, Limonium virgatum, Linaria caesia subsp. decumbens, Lotus creticus,
Malcolmia littorea, Mathiolla sinuata, Myrica faya, Otanthus maritimus, Polycarpon
alsinifolium, Salix arenaria, Scrophularia frutescens, Silene littorea, Stauracanthus
genistoides, Ulex densus, Ulex europaeus subsp. latebracteatus são algumas táxones
diferenciais desta unidade dentro do Sector. Este território é a zona onde se faz a separação
das comunidades atlânticas das mediterrânicas assim nas dunas o Loto cretici-Ammophiletum
australis armerietosum welwitschii e Salsolo kali-Cakiletum aegyptiacae assinalam-se a Sul
de Peniche, enquanto que o Otantho-Ammophiletum australis, Honkenio-Euphorbietum peplis
e Rubio longifoliae-Coremetum albi se apresentam a Norte desta cidade. A Sul do Cabo
Mondego e Quiaios ocorrem Armerio welwitschii-Crucianellietum maritimae, Osyrio
quadripartitae-Juniperetum turbinatae e Querco cocciferae-Juniperetum turbinatae, por
outro lado o Iberidetum procumbentis observa-se a Norte de Quiaios. São exclusivas do
território Myrico fayo-Arbutetum unedonis, Stauracantho genistoidis-Coremetum, Dactylo
marinae-Limonietum plurisquamati, Salvio sclareoidis-Ulicetum densi variante de Daphne
maritima, Cisto-Ulicetum humilis lavanduletosum luisieri. Assinalam-se ainda no território
Euphorbio paraliae-Agropyretum junceiformis, Scrophulario sublyratae-Suaedetum verae,
Limonietum multifloro-virgatae, Daphne maritimae-Ulicetum congesti e Parapholido
incurvae-Catopodietum marini.
O arquipélago granítico e sienítico das Berlengas, localizado a Oeste de Peniche,
constitui o superdistrito Berlenguense. Possui dois endemismos Armeria berlengensis e
Herniria berlengiana. Tem como diferenciais territoriais Angelica pachycarpa, Calendula
suffruticosa subsp. algarbiensis, Cochlearia danica, Dactylis marina, Linaria spartea, Silene
marizii, Silene uniflora, Scrophularia sublyrata, Spergularia rupicola. Em relação à
vegetação observa-se Spergulario rupicolae-Armerietum berlengensis, Scrophulario
sublyratae-Suaedetum verae, Sagino maritimae-Colchlearietum danicae e Asplenietum
marini.
11
Tipologia Fitossociológica
1. QUERCETEA ILICIS Br.-Bl. ex A. & O. Bolòs 1950
Bosques, pré-bosques e matagais densos, de folha persistente, esclerofíticos,
normalmente sombrios, formam um húmus de "mull" florestal. Indiferentes à natureza
química do substrato, prosperam em qualquer tipo de solo, sendo no entanto limitados pela
hidromorfia permanente ou temporal deste. Constituem a vegetação climácica bem como a
sua orla arbustiva e o matagal de substituição daquelas, nos territórios mediterrânicos, de
ombroclima desde seco até húmido dos bioclimas infra, termo e mesomediterrânico e por
vezes de algumas áreas semi-áridas a sub-húmidas supramediterrânicas.
Características no território: Arbutus unedo, Arisarum vulgare, Asparagus acutifolius,
Asparagus aphyllus, Daphne gnidium, Lonicera implexa, Olea europaea var. sylvestris,
Phillyrea angustifolia, Phillyrea media, Rubia peregrina var. longifolia, Selaginella
denticulata, Smilax aspera, Teucrium fruticans.
A. Quercetalia ilicis Br.-Bl. ex Molinier 1934 em. Rivas-Martínez 1975
Bosques climácicos, mediterrânicos, perenifólios ou marcescentes em territórios
chuvosos, criadores de húmus florestal, de microclima sombrio, existentes nos andares termo,
meso e supramediterrânico de ombroclima hiper-húmido a seco. O sub-bosque é rico em
arbustos e lianas de folhas persistentes e esclerófilas com excepção dos territórios frios
supramediterrânicos.
Características no território: Anemone palmata, Asplenium onopteris, Bupleurum
rigidum subsp. paniculatum, Carex depressa, Carex distachya, Luzula forsteri subsp. baetica,
Phillyrea latifolia, Quercus rotundifolia, Quercus suber, Rosa sempervirens, Ruscus
aculeatus, Smilax aspera var. altissima (= Smilax mauritanica), Viburnum tinus.
I. Quercion broteroi Br.-Bl., P. Silva & Rozeira 1956 em. Rivas-Martínez 1975 corr. Fuente
1986
Aliança com o óptimo na província Mediterrânico-Iberoatlântica, constituída por
bosques de carvalho-cerquinho (Quercus faginea subsp. broteroi), de sobreiros (Q. suber),
azinheiras (Quercus rotundifolia) e carvalho-de-monchique (Q. canariensis), dos andares
meso e supramediterrânicos e ombroclima seco a hiper-húmido.
Características no território: Cheirolophus sempervirens (dif. al.), Deschampsia
stricta, Epipactis tremolsii, Genista tournefortii, Hyacintoides hispanica, Paeonia broteroi,
Pyrus bourgaeana, Quercus faginea subsp. broteroi, Sanguisorba hybrida.
Ia. Quercenion broteroi
Bosques ombrófilos de tendência oceânica.
1. Arisaro-Quercetum broteroi Br-Bl., P.Silva, & Rozeira 1956 corr. Rivas-Martínez 1975
Cercais mesomediterrânicos a termomediterrânicos, sub-húmidos a húmidos, em solos
alcalinos do Arrrabidense e do Divisório Português.
Mata da Curvachia (Leiria), luvissolos e cambissolos calcários, sem exposição, 600 m2:
Características: 5Quercus broteroi, +Quercus suber, 2 Arbutus unedo, +Laurus nobilis, 3Viburnum tinus,
2Phillyrea latifolia, 1Pistacia lentiscus, +Rhamnus alaternus, +Erica arborea, 1Myrtus communis, 2Ruscus
aculeatus, +Euphorbia characias, +Sanguisorba hybrida, 2Hedera helix s.l., +Rubia longifolia, +Rosa
sempervirens, 1Asplenium onopteris, 1Luzula forsteri subsp. baetica +Arisarum vulgare, +Carex distachya,
+Iris foetidissima; Companheiras: 2Crataegus monogyna subsp. brevispina, 1Lonicera hispanica, +Tamus
communis, +Aristolochia paucinervis, +Rubus ulmifolius, 1Arum italicum, +Heracleum sphondilium,
+Polypodium australe, +Asplenium trichomanes.
Ib Paeonio broteroi-Quercenion rotundifoliae Rivas-Martínez in Rivas-Martínez, Costa &
Izco 1986
Azinhais de tendência continental.
12
2. Pyro bourgaeanae-Quercetum rotundifoliae Rivas-Martínez 1987
Azinhais silícicolas, mesomediterrânicos, seco a sub-húmidos inferiores, de
distribuição luso-extremadurense que podem atingir o beirense litoral.
3. Lonicero implexae-Quercetum rotundifoliae Lousã, Espírito Santo & J.C. Costa 1996
Azinhais calcícolas, mesomediterrânicos sub-húmidos a húmidos do Divisório
Português e do Luso-Extremadurense.
Ave Casta, calcários cársicos do Jurássico, exposição SW, 200 m2: Características: 5Quercus
rotundifolia, +Quercus broteroi, +Arbutus unedo, 3Quercus rotundifolia (frut.), +Quercus broteroi (frut.),
2Pistacia lentiscus, 2Olea sylvestris, 1Rhamnus alaternus, 1Crataegus brevispina, +Phillyrea angustifolia,
+Quercus coccifera, +Lonicera implexa, +Pyrus bourgaeana, +Jasminum fruticans, +Daphne gnidium,
+Asparagus aphyllus, +Euphorbia characias, +Sanguisorba hybrida, 1Smilax mauritanica, 2Rubia longifolia,
+Hedera helix s.l., 1Bupleurum paniculatum, 1Epipactis tremolsii, 1Carex distachya, 1Sedum forsteranum,
1Geum sylvaticum, 1Brachypodium phoenicoides, +Melica arrecta, +Scilla monophyllos; companheiras:
1Lonicera hispanica, 1Tamus communis, +Rubus ulmifolius, +Lavandula luisieri, +Cistus monspeliensis,
+Silene longicilia, +Salvia sclareoides, +Teucrium capitatum, +Thymus sylvestris, +Dactylis hispanica,
+Phlomis lychnitis, +Urginea maritima, +Gladiolus italicus, +Sedum album, +Ceterach officinarum,
+Polypodium australe, +Geranium purpureum.
Quadro sintético extraído de LOUSÃ et al. (1996): Características: Quercus rotundifolia V, Olea
sylvestris V, Quercus coccifera IV, Daphne gnidium IV, Rubia longifolia IV, Rhamnus alaternus IV, Quercus x
airensis III, Scilla monophyllos III, Lonicera implexa III, Phillyrea angustifolia III, Crataegus brevispina III,
Arisarum vulgare III, Ruscus aculeatus III, Smilax mauritanica II, Jasminum fruticans II, Asparagus aphyllus II,
Euphorbia characias II, Pistacia lentiscus II, Viburnum tinus II, Phillyrea latifolia II, Lonicera etrusca II,
Bupleurum paniculatum II, Asparagus acutifolius II, Quercus broteroi I, Osyris alba I, Rhamnus oleoides I,
Erica arborea I, Pistacia terebinthus +, Cephalantera longifolia +, Deschampsia stricta +, Epipactis tremolsii +,
companheiras: Cistus salvifolius IV, Erica scoparia IV, Carex hallerana III, Urginea maritima III, Thymus
sylvestris III, Sedum album III, Rosmarinus officinalis III, Arrhenatherum elatius II, Dactylis hispanica II,
Aristolochia paucinervis II, Teucrium capitatum II, Phlomis lycnitis II, Cistus albidus II, Ulex airensis II,
Agrimonia eupatoria II, Brachypodium phoenicoides II, Thapsia villosa II, Cistus monspeliensis II, Clinopodium
vulgare II, Geum sylvaticum II, Cistus crispus I, Helichrysum stoechas I, Bellis perennis I, Calamintha baetica I,
Sanguisorba multicaulis I, Iberis microcarpa +, Asphodelus ramosus +, Sideritis hirsuta var. hirtula +, Psoralea
bituminosa +, Salvia sclareoides +, Smyrnium perfoliatum +, Leontodon tuberosus +, Phagnalon saxatile +,
Brachypodium sylvaticum +, Sedum sediforme +, Galium parisiense +, Ranunculus bulbosus +, Sedum
forteranum +, Lathyrus sylvaticus +, Aceras anthropophorum +, Rosa canina +, Origanum virens +.
II. Querco rotundifoliae-Oleion sylvestris Barbero, Quézel & Rivas-Martínez in RivasMartínez, Costa & Izco 1986
Zambujais (Olea europaea var. sylvestris), azinhais (Q. rotundifolia), sobreirais (Q.
suber), alfarrobais (Ceratonia siliqua) e carrascais arbóreos (Quercus coccifera) termófilos e
ombrófilos. Tem o óptimo no andar termomediterrânico, podendo alcançar o andar
mesomediterrânico inferior pelo menos nos territórios de ombroclima seco. Dominados por
árvores perenifólias e esclerofíticas, raramente marcescentes, com um sub-bosque sombrio
onde abundam ervas vivazes, lianas e arbustos.
Características no território: Asparagus albus (dif. al.), Asparagus aphyllus (dif. al.),
Ceratonia siliqua (dif. al.) Gennaria diphylla, Myrtus communis (dif. al.), Rhamnus oleoides
(dif. al.), Scilla monophyllos.
4. Oleo sylvestris-Quercetum suberis Rivas Goday, F. Galiano & Rivas-Martínez in RivasMartínez 1987
Sobrais psamofílicos, termomediterrânicos, sub-húmidos a secos, de distribuição
tingitana e costeiro lusitano-andaluz.
5. Viburno tini-Oleetum sylvestris J. C. Costa, Capelo & Lousã 1996
Zambujais em vertissolos, termomediterrânicos superiores a mesomediterrânicos
inferiores, sub-húmidos, oceânicos, de distribuição olissiponense podendo atingir o Divisório
Português e o Arrabidense.
Quadro sintético de COSTA et al. (1996): Características: Olea sylvestris V, Arum italicum V, Smilax
mauritanica V, Tamus communis V, Vinca difformis V, Bryonia dioica V, Rubia longifolia V, Rhamnus
13
alaternus V, Arisarum vulgare V; Viburnum tinus IV, Ruscus aculeatus IV, Asparagus albus IV, Asparagus
aphyllus IV, Pistacia lentiscus IV, Rosa sempervirens III, Acanthus mollis III, Ceratonia siliqua III, Quercus
coccifera III, Rhamnus oleoides III, Phillyrea latifolia III, Daphne gnidium III, Arbutus unedo II, Lonicera
implexa II, Euphorbia characias II, Osyris alba II, Coronilla glauca II, Lonicera etrusca II, Fraxinus
angustifolia II, Hedera canariensis II, Ulmus minor II, Prunus insititioides II, Crataegus brevispina II, Myrtus
communis I, Carex distachya I, Anemone palmata I, Iris foetidissima I, Calamintha baetica I, Bupleurum
fruticosum +, Laurus nobilis +, Quercus suber +, Quercus rotundifolia +, Phillyrea media +, Juniperus turbinata
+, Jasminum fruticans +, Teucrium fruticans +, Phlomis purpurea +, Paeonia broteroi +, Erica arborea +,
Juniperus turbinata +, Bupleurum paniculatum +, Brachypodium sylvaticum +, Hyacinthoides hispanica +,
Aristolochia paucinervis +; companheiras: Oxalis pes-caprae V, Rubus ulmifolius IV, Piptatherum miliaceum
IV, Urginea maritima IV, Urtica membranacea IV, Geranium purpureum IV, Lonicera hispanica III, Parietaria
punctata III, Dactylis hispanica II, Ruta chalepensis II, Salvia sclareoides II, Asphodelus ramosus II, Cistus
monspeliensis I, Asparagus asparagoides I, Opuntia ficus-barbarica I Ulex jussiaei I, Cistus salvifolius +.
6. Asparago aphylli-Quercetum suberis Costa, Capelo, Lousã & Espírito Santo 1996
Sobrais silicícolas, mesomediterrânicos inferiores a termomediterrânicos superiores,
sub-húmidos a húmidos, oceânicos, do Divisório Português, Ribatagano-Sadense e AltoAlentejano.
Quadro sintético de COSTA et al. (inéd.): Características: Quercus suber V, Asparagus aphyllus V,
Smilax mauritanica V, Rubia longifolia V, Quercus broteroi IV, Daphne gnidium IV, Rhamnus alaternus IV,
Hedera canariensis IV, Arbutus unedo III, Olea sylvestris III, Quercus coccifera III, Pistacia lentiscus III,
Myrtus communis III, Osyris alba III, Ruscus aculeatus III, Euphorbia characias III, Quercus lusitanica III,
Rosa sempervirens III, Lonicera etrusca III, Arisarum vulgare III, Vinca difformis III, Teucrium scorodonia III,
Calamintha baetica III, Viburnum tinus II, Phillyrea latifolia II, Erica arborea II, Phillyrea angustifolia II,
Asplenium onopteris II, Deschampsia stricta II, Carex distachya II, Scilla monophyllos II, Epipactis tremolsii II,
Aristolochia paucinervis II, Lonicera implexa I, Cephalanthera longifolia I, Biarum galiani I, Laurus nobilis I,
Quercus pyrenaica I, Castanea sativa I, Luzula baetica I, Asparagus acutifolius I, Genista tournefortii +,
Hyacintoides hispanica +, Melica arrecta +Anemone palmata +, Sanguisorba hybrida +, Paeonia broteroi +,
Elaeoseolinum foetidum r; companheiras: Rubus ulmifolius V, Cistus salvifolius IV, Ulex jussiaei IV, Tamus
communis IV, Lonicera hispanica III, Prunus insititioides III, Crataegus brevispina III, Origanum virens III,
Geranium purpureum III, Brachypodium phoenicoides III, Urginea maritima III, Pteridium aquilinum II,
Lavandula luisieri II, Genista triacanthos II, Cistus crispus II, Pulicaria odora II, Cistus psilosepalus II,
Thapsia villosa II, Arum italicum II, Erica scoparia II, Erica cinerea II, Lithodora prostrata II, Dactylis
lusitanica II, Iris foetidissima II, Cistus crispus I, Calluna vulgaris I, Brachypodium sylvaticum I, Ulex airensis
I, Prunella vulgaris subsp. estremadurensis I, Cheirolophus sempervirens I, Pseudarrhenatherum longifolium I,
Geum sylvaticum I, Lathyrus clymenum I, Clinopodium vulgare I, Agrimonia eupatoria r, Carex hallerana r.
B. Pistacio lentisci-Rhamnetalia alaterni Rivas-Martínez 1975
Bosquetes e matagais densos mediterrânicos, perenifólios e esclerofílicos, indiferentes
à natureza química do solo e formadores de húmus "mull" florestal apesar de fazerem pouca
sombra. Normalmente representam uma etapa de substituição dos bosques da Quercetea
ilicis, mas nos territórios de ombroclima árido ou semi-árido representam o clímax, assim
como nos locais de ombroclima húmido em estações desfavoráveis (areias, solos
esqueléticos) representam comunidades permanentes.
Características no território: Asparagus albus, Ceratonia siliqua, Coronilla valentina
subsp. glauca, Juniperus turbinata, Melica minuta subsp. arrecta, Myrtus communis, Osyris
alba, Pistacia lentiscus, Quercus coccifera, Rhamnus alaternus, Teucrium fruticans.
III. Asparago albi-Rhamnion oleoidis Rivas Goday ex Rivas-Martínez 1975
Associações arbustivas ou matagais (carrascais) perenifólios, com o óptimo no andar
termomediterrânico, e ombroclima seco a húmido podendo atingir de forma reliquial os
territórios mesomediterrânicos termófilos. Aparece no sul da Península Ibérica.
Características no território: Rhamnus oleoides.
7. Asparago albi-Rhamnetum oleoides Rivas Goday 1959
Carrascais e espinhais termomediterrânicos, secos a sub-húmidos do sudoeste da
Península Ibérica. No território é subserial do Viburno tini-Oleetum sylvestris.
Quadro sintético de COSTA et al. (1996): Características: Asparagus albus V, Quercus coccifera V,
Olea sylvestris V, Smilax aspera V, Rubia longifolia V, Arisarum vulgare V, Rhamnus oleoides IV, Rhamnus
14
alaternus IV, Daphne gnidium IV, Asparagus aphyllus IV, Pistacia lentiscus III, Lonicera implexa II, Euphorbia
characias II, Osyris alba II, Vinca difformis II, Bupleurum paniculatum I, Phillyrea angustifolia I, Myrtus
communis I, Viburnum tinus I, Delphinium pentagynum I, Asparagus acutifolius I, Rosa sempervirens I, Genista
tournefortii I; companheiras: Urginea maritima V, Brachypodium phoenicoides III, Asphodelus ramosus III,
Rubus ulmifolius III, Ruta chalepensis III, Cistus salvifolius II, Dactylis hispanica II, Cistus monspeliensis II,
Aristolochia paucinervis II, Ulex jussiaei II, Tamus communis II, Cistus crispus I, Teucrium scorodonia I, Silene
longicilia I, Antirrhinum linkianum I, Ulex densus I, Arum italicum I, Salvia sclareoides +, Astragalus
lusitanicus +, Cistus albidus +, Lavandula luisieri +.
8. Melico arrectae-Quercetum cocciferae Br-Bl., P.Silva & Rozeira 1956
Carrascais alcalinos mesomediterrânicos inferiores, raramente termomediterrânicos
superiores, sub-húmidos a húmidos do Divisório Português e do Arrabidense. Resultam da
degradação do Arisaro-Quercetum broteroi.
Quadro sintético de COSTA et al. (inéd.): Características: Quercus coccifera V, Rhamnus alaternus
V, Daphne gnidium V, Smilax aspera V, Lonicera implexa V, Rubia longifolia V, Melica arrecta V, Pistacia
lentiscus IV, Olea sylvestris IV, Asparagus aphyllus IV, Arisarum vulgare IV, Genista tournefortii III, Osyris
alba III, Euphorbia characias III, Arbutus unedo II, Phillyrea angustifolia II, Myrtus communis II, Viburnum
tinus II, Phillyrea latifolia II, Rhamnus oleoides II, Coronilla glauca II, Ruscus aculeatus II, Bupleurum
paniculatum II, Hedera canariensis II, Hyacintoides hispanica II, Vinca difformis II, Anemone palmata II, Scilla
monophyllos II, Selaginella denticulata II, Laurus nobilis I, Bupleurum fruticosum I, Erica arborea I, Quercus
lusitanica +, Delphinium pentaginum +, Asparagus acutifolius +, Carex distachya +; companheiras:
Brachypodium phoenicoides V, Urginea maritima V, Cistus salvifolius IV, Salvia sclareoides IV, Teucrium
scorodonia IV, Origanum virens IV, Silene longicilia IV, Antirrhinum linkianum IV, Cheirolophus sempervirens
IV, Bellis sylvestris III, Geranium purpureum III, Cistus crispus II, Cistus monspeliensis II, Ulex densus II, Ulex
jussiaei II, Tamus communis II, Prunus insititioides II, Rubus ulmifolius II, Cytisus grandiflorus II, Erica
scoparia II, Ruta chalepensis II, Dactylis hispanica II, Asphodelus ramosus II, Aristolochia paucinervis II,
Carex hallerana II, Astragalus lusitanicus II, Lathyrus clymenum II, Thapsia villosa II, Crataegus brevispina I,
Pteridium aquilinum I, Calendula lusitanica I, Clinopodium vulgare I, Stachys lusitanica I, Pulicaria odora I,
Piptatherum miliaceum I, Barlia robertiana I, Arum italicum I, Agrimonia eupatoria +, Sedum sediforme +,
Calluna vulgaris +.
9. Quercetum coccifero-airensis Espírito Santo in Espírito Santo, J.C. Costa, Lousã & Capelo
1995
Carrascais com Quercus x airensis e azinheiras arbustivas, mesomediterrânicos, subhúmidos a húmidos, em calcários cársicos do Divisório Português. Etapa regressiva do
Lonicero implexae-Quercetum rotundifoliae.
Quadro sintético de COSTA et al. (inéd.): Características: Quercus x airensis V, Quercus coccifera V,
Quercus rotundifolia (frut.) V, Rhamnus alaternus V, Pistacia lentiscus IV, Olea sylvestris IV, Daphne gnidium
IV, Asparagus aphyllus IV, Bupleurum paniculatum IV, Phillyrea angustifolia III, Lonicera implexa III,
Euphorbia characias III, Arisarum vulgare III, Scilla monophyllos III, Osyris alba II, Myrtus communis II,
Smilax aspera II, Rubia longifolia II, Melica arrecta II, Anemone palmata II, Carex distachya II, Rhamnus
oleoides I, Jasminum fruticans +, Genista tournefortii +, Arbutus unedo +, Erica arborea +, Lonicera etrusca +;
companheiras: Rosmarinus officinalis V, Cistus albidus V, Cistus salvifolius V, Carex hallerana IV, Ulex
airensis IV, Thymus sylvestris IV, Urginea maritima IV, Brachypodium phoenicoides IV, Erica scoparia III,
Cistus crispus III, Cistus monspeliensis III, Lavandula luisieri III, Teucrium capitatum III, Crataegus brevispina
II, Dactylis hispanica II, Eryngium dilatatum II, Stachys lusitanica I, Agrostis castellana I, Ranunculus rufulus I,
Serratula lusitanica I, Siderites hirsuta I, Avenula occidentalis I, Koeleria vallesiana I, Ajuga iva I, Lonicera
hispanica +, Calluna vulgaris +, Cistus x pulverulentus +, Aristolochia paucinervis +, Origanum virens +,
Pulicaria odora +, Lathyrus sylvestris +, Serratula acanthocoma +, Phlomis lychnitis +, Sedum forsteranum +,
Ranunculus bullatus +.
10. Querco cocciferae-Juniperetum turbinatae (Rivas-Martínez 1975) Rivas-Martínez, Lousã,
T.E. Díaz, Fernandez-González & J.C. Costa 1990
Sabinais e carrascais termomediterrânicos, secos a sub-húmidos, das arribas litorais
calcárias desde o Cabo Mondego até ao Algarve. Comunidade permanente.
Quadro sintético extraído de COSTA et al. (2001): Características: Juniperus turbinata V, Daphne
gnidium var. maritima V, Asparagus aphyllus V, Smilax aspera V, Rubia longifolia V, Quercus coccifera IV,
Rhamnus alaternus IV, Pistacia lentiscus IV, Phillyrea angustifolia IV, Olea sylvestris III, Arisarum vulgare III,
Rhamnus oleoides II, Lonicera implexa II, Osyris alba II, Myrtus communis II, Euphorbia characias II,
Bupleurum paniculatum II, Phillyrea angustifolia I, Coronilla glauca I, Ruscus aculeatus I, Genista tournefortii
I, Rosa sempervirens I, Melica arrecta I, Hyacintoides hispanica I, Asparagus acutifolius +, Scilla monophyllos
15
+, Carex distachya +, Sellaginella denticulata +; companheiras: Cistus salvifolius V, Brachypodium
phoenicoides V, Dactylis marina IV, Calendula algarbiensis IV, Cistus crispus III, Ulex densus III, Pulicaria
odora III, Eryngium dilatatum III, Lonicera hispanica III, Urginea maritima III, Cistus monspeliensis II,
Anthyllis maura II, Antirrhinum linkianum II, Cheirolophus sempervirens II, Thapsia villosa II, Iberis
microcarpa II, Ulex congestus II, Helichrysum decumbens II, Armeria pseudarmeria II, Bellis sylvestris I, Silene
longicilia I, Erica scoparia I, Rubus ulmifolius I, Calluna vulgaris I, Halimium calycinum I, Armeria cinerea I,
Ulex congestus x densus I, Ulex latebracteatus +, Carex hallerana +, Prunus insititioides +, Astragalus
lusitanicus +.
A Sul do Cabo Carvoeiro (Peniche), calcários, SW, 200 m2: características: 3Quercus coccifera,
2Phillyrea angustifolia, 2Smilax aspera, 2Rhamnus alaternus, 1Osyris alba, 1Genista tournefortii, 1Asparagus
aphyllus, 1Daphne gnidium var. maritima, +Pistacia lentiscus, +Rubia longifolia, +Lonicera implexa,
+Antirrhinum linkianum; Companheiras: 2Ulex humilis, 2Brachypodium phoenicoides, 1Thapsia villosa,
1Elaeoselinum foetidum, 1Dactylis marina, 1Cistus salvifolius, 1Cistus crispus, +Carex hallerana, +Pulicaria
odora, +Urginea maritima, +Sedum sediforme, +Sedum album, +Centaurea sphaerocephala.
11. Asparago aphylli-Myrtetum communis Rivas-Martínez, Cantó, Fernandez-González &
Sanchez-Mata ex J.C. Costa, Lousã & Espírito Santo 1997
Murteiras termomediterrânicas, secas a sub-húmidas, em solos arenosos ligeiramente
edafo-higrófilos, de distribuição onubense, algárvica, ribatagano-sadense, serranomonchiquense, alto-alentejano, atingindo o Divisório Português. Subserial do OleoQuercetum suberis e Asparago aphylli-Quercetum suberis.
Quadro sintético extraído de COSTA et al. (inéd.): Características: Myrtus communis V, Pistacia
lentiscus V, Asparagus aphyllus V, Quercus coccifera IV, Phillyrea angustifolia IV, Smilax aspera IV, Quercus
suber (frut.) IV, Olea sylvestris III, Daphne gnidium III, Rubia longifolia III, Quercus lusitanica II, Rhamnus
alaternus I, Euphorbia characias I, Rhamnus oleoides +, Asparagus acutifolius +, Anemone palmata +;
companheiras: Cistus salvifolius V, Rubus ulmifolius III, Ulex welwitschianus III, Cistus psilosepalus II, Cistus
crispus II, Erica scoparia II, Brachypodium phoenicoides II, Ulex jussiaei I, Cistus ladanifer I, Calluna vulgaris
+, Lavandula luisieri +, Lonicera hispanica +, Carex hallerana +.
IV. Juniperion turbinatae Rivas-Martínez 1975 corr. 1987
Associações termomediterrânicas semi-áridas, secas a sub-húmidas de dunas fixas,
paleodunas e areias litorais que sofrem influência de ventos marítimos, onde predominam
arbustos de Juniperus. Representam a etapa madura de séries edafoxerófilas arenícolas.
Características no território: Juniperus navicularis, Juniperus turbinata
12. Osyrio quadripartitae-Juniperetum turbinatae Rivas-Martínez ex Rivas-Martínez, Lousã,
T.E. Díaz, Fernandez-González & J.C. Costa 1990
Sabinais termomediterrânicos, seco a sub-húmidos. Comunidade permanente das
dunas e paleodunas fixas, costeiro-lusitano-andaluzas.
Quadro sintético de COSTA et al. (2001): Características: Juniperus turbinata V, Rubia longifolia V,
Asparagus aphyllus IV, Daphne gnidum IV, Pistacia lentiscus III, Smilax aspera III, Phillyrea angustifolia III,
Antirrhinum cirrhigerum III, Rhamnus alaternus II, Corema album II, Olea sylvestris I, Arisarum vulgare I,
Lonicera implexa I, Scilla monophyllos I, Quercus coccifera +, Myrtus communis +, Osyris alba +, Bupleurum
paniculatum +, Hedera helix +; companheiras: Armeria welwitschii V, Cistus salvifolius IV, Crucianella
maritima IV, Carpobrotus edulis IV, Ononis ramosissima IV, Helichrysum picardi III, Euphorbia portlantica
III, Lotus creticus III, Artemisia crithmifolia II, Halimium calycinum II, Calluna vulgaris II, Dactylis marina II,
Ulex congestus II, Calendula algarbiensis II, Urginea maritima II, Malcolmia littorea II, Seseli tortuosum II,
Lonicera hispanica I, Aetheorhiza bulbosa I, Scrophularia frutescens I, Daucus halophillus I, Lobularia
maritima I, Ammophila australis I, Lithodora lusitanica I, Geranium purpureum I, Brachypodium phoenicoides
I, Pimpinella villosa I, Sedum sediforme I, Cistus crispus I, Iberis procumbens +, Thapsia villosa +, Erica
scoparia +.
13. Daphno gnidii-Juniperetum navicularis Rivas-Martínez, Lousã, T.E. Díaz, FernandezGonzález & J.C. Costa 1990
Comunidade permanente de Juniperus navicularis termomediterrânicos, sub-húmidos
das paleodunas sadenses. Foi identificado um pequeno núcleo no Pinhal de Leiria.
16
V. Rubio longifoliae-Coremion albi Rivas-Martínez in Rivas-Martínez, Costa, Castroviejo &
Valdés 1980
Associações de dunas litorais termomediterrânicas e mesomediterrânicas, secas a subhúmidas, dominadas pelas camarinhas (Corema album). Observa-se no oeste da Península
Ibérica, na província Costeiro-Lusitano-Andaluza.
Características no território: Antirrhinum majus subsp. cirrhigerum, Corema album.
14. Rubio longifoliae-Coremetum albi Rivas-Martínez in Rivas-Martínez, Costa, Castroviejo
& Valdés 1980
Camarinhais termomediterrânicos, secos a sub-húmidos, do litoral da província
Costeiro-lusitano-andaluza. Orla e etapa de substituição do Osyrio-Juniperetum turbinatae.
No Costeiro Português só se observa esta comunidade a Norte de Peniche.
Quadro sintético extraído de COSTA et al. (2001): Características: Corema album V, Rubia longifolia
V, Antirrhinum cirrhigerum V, Daphne gnidium II, Asparagus aphyllus II, Scilla monophyllos II, Juniperus
turbinata I, Pistacia lentiscus +, Euphorbia characias +, Quercus coccifera +, Smilax aspera +; companheiras:
Helichrysum picardi V, Cistus salvifolius IV, Armeria welwitschii IV, Artemisia crithmifolia IV, Carpobrotus
edulis IV, Crucianella maritima III, Sedum sediforme III, Seseli tortuosum III, Ammophila australis II,
Corynephorus maritimus II, Scrophularia frutescens II, Aetheorhiza bulbosa II, Iberis procumbens II, Ononis
ramosissima II, Euphorbia portlantica II, Vulpia alopecurus I, Linaria decumbens I, Lotus creticus I, Carex
arenaria I, Carlina corymbosa +, Anagallis microphylla +, Malcolmia littorea +.
VI Quercion fruticosae Rothmaler 1954 em. Rivas-Martínez, Lousã, T.E. Díaz, FernandezGonzález & J.C. Costa 1990
Associações dominadas pela carvalhiça, Quercus lusitanica, termomediterrânicas e
mesomediterrânicas inferiores, sub-húmidas a húmidas. Desenvolvem-se em solos siliciosos
pobres em bases, em territórios costeiro-lusitano-andaluzes e tangerinos, e representam etapas
regressivas de sobreirais térmicos e ombrófilos.
Características no território: Centaurea africana, Euphorbia transtagana, Quercus
lusitanica, Serratula aristata subsp. alcalae, Serratula monardii var. monardi.
15. Erico-Quercetum lusitanicae Rothmaler ex Br.-Bl., P.Silva & Rozeira 1964.
Formações de carvalhiça termomediterrânicas superiores a mesomediterrânicas
inferiores, sub-húmidas a húmidas, em solos areníticos siliciosos do Divisório Português
(quercetosum lusitanicae), do Ribatagano (ulicetosum airensis Capelo, J.C. Costa, Lousã &
Mesquita ined) e do Sadense (ulicetosum welwitschianii Capelo, J.C. Costa, Lousã &
Mesquita ined). Resultam da destruição do Asparago aphylli-Quercetum suberis.
Vila Nova da Barquinha, arenitos, plano, 20 m2: características: 4Quercus lusitanica, 2Myrtus
communis,1Arbutus unedo, 1Quercus suber (frut.), 1Scilla monophyllos, +Daphne gnidium, +Serratula
monardii, +Serratula alcalae, +Euphorbia transtagana; companheiras 1Erica scoparia, 1Ulex airensis (dif.
subass.), +Cistus crispus, +Cistus ladanifer,+Cistus salvifolius,+Erica umbellata,+Avenula sulcata, +Asphodelus
ramosus, +Urginea maritima.
Quadro sintético de COSTA et al. (inéd.): Características: Quercus lusitanica V, Myrtus communis
IV, Asparagus aphyllus IV, Serratula monardi (dif. ass.) IV, Daphne gnidium III, Phillyrea angustifolia III,
Scilla monophyllos III, Quercus suber (frut.) III, Rubia longifolia III, Rhamnus alaternus II, Arbutus unedo II,
Euphorbia transtagana II, Anemone palmata II, Pistacia lentiscus I, Olea sylvestris I, Carex oedipostyla (dif.
ass.) I, Quercus coccifera I, Osyris alba I, Centaurea africana +, Serratula alcalae +, Danthonia decumbens +,
Carex distachya +, Erica arborea +; companheiras: Erica scoparia V, Cistus salvifolius IV, Lavandula luisieri
IV, Ulex jussiaei (dif. ass.) III, Erica umbellata III, Lithodora lusitanica III, Calluna vulgaris III, Asphodelus
ramosus III, Pterospartum tridentatum III, Genista triacanthos III, Ulex airensis (dif. subass.) II,
Pseudarrhenatherum longifolium (dif. ass.) II, Brachypodium phoenicoides II, Cistus crispus II, Thapsia villosa
II, Urginea maritima II, Avenula sulcata II, Thymus villosus II, Stipa gigantea II, Agrostis curtisii II, Ulex
welwitschianus (dif. subass.) I, Halimium halimifolium I, Pteridium aquilinum I, Cistus psilosepalus I,
Arrhenatherum album I, Simethis mattiazii I, Pulicaria odora I, Stachys algeriensis +, Ulex minor +, Erica
australis +, Erica cinerea +.
VII. Ericion arboreae (Rivas-Martínez, Costa & Izco 1986) Rivas-Martínez 1987
Associações arbustivas perenifólias de folhas lustrosas mediterrânicas e também
cantabro-atlânticas reliquiais, principalmente de solos profundos, siliciosos e,
17
excepcionalmente, alcalinos. Constituem os pré-bosques, as orlas ou substituem os bosques
climácicos ombrófilos, termo a mesomediterânicos, sub-húmidos, húmidos e hiper-húmidos.
Nas estações xerofíticas podem representar comunidades permanentes de séries edafoxeromórficas.
Características no território: Arbutus unedo (dif. al.), Erica arborea (dif. al.), Phillyrea
angustifolia (dif. al.).
16. Phillyreo angustifoliae-Arbutetum unedonis Rivas Goday & Galiano in Rivas Goday,
Borja, Esteve, Galiano, Rigual & Rivas-Martínez 1960
Medronhais siliciosos, mesomediterrânicos, sub-húmidos a hiper-húmidos, de
distribuição mediterrânica ocidental. Assinala-se a subassociação viburnetosum tini PérezChiscano 1956 no Beirense Litoral.
VIII. Arbuto unedonis-Laurion nobilis Rivas-Martínez, Fernandez-González & Loidi 1999
Associações arbustivas e subarbóreas ricas em elementos lauróides de folha larga, de
características ombrófilas e atlânticas. Ocorrem em solos calcários de áreas termo mesotemperadas e mesomediterrânicas da Cordilheira Cantábrica e do Divisório Português.
Características no território: Arbutus unedo (dif.), Bupleurum fruticosum, Clematis
flammula, Laurus nobilis, Myrica faya, Prunus lusitanica, Rosa sempervirens, Vinca
difformis.
17. Vinco difformis-Lauretum nobilis Capelo & J.C. Costa in J.C. Costa, Lopes, Capelo &
Lousã 2001
Louriçais mesomediterrânicos em solos calcários com elevada compensação edáfica
do Divisório Português. Representam a orla e a etapa regressiva mais húmida do ArisaroQuercetum broteroi.
Quadro sintético de COSTA et al. (2001): Características: Laurus nobilis V, Hedera canariensis V,
Smilax mauritanica V, Rosa sempervirens V, Prunus insititioides V, Vinca difformis V, Rubus ulmifolius V,
Quercus broteroi IV, Ruscus aculeatus IV, Rubia longifolia IV, Tamus communis IV, Teucrium scorodonia IV,
Cheirolophus sempervirens IV, Arbutus unedo III, Viburnum tinus III, Osyris alba III, Rhamnus alaternus III,
Quercus coccifera III, Euphorbia characias III, Lonicera hispanica III, Brachypodium sylvaticum III, Crataegus
brevispina III, Bryonia dioica III, Ulmus minor III, Origanum virens III, Iris foetidissima III, Phillyrea latifolia
II, Phillyrea angustifolia II, Pistacia lentiscus II, Olea sylvestris II, Asparagus aphyllus II, Asplenium onopteris
II, Luzula baetica II, Arisarum vulgare II, Castanea sativa II, Fraxinus angustifolia II, Corylus avellana II,
Lathyrus clymenum II, Salix atrocinerea II, Clematis vitalba II, Prunus lusitanica I, Bupleurum fruticosum I,
Lonicera etrusca I, Melica arrecta I, Hyacinthoides hispanica I, Quercus robur I, Prunus avium I, Rosa canina
I, Leucanthemum sylvaticum I; companheiras: Pteridium aquilinum II, Silene longicilia II, Piptatherum
miliaceum II, Polypodium vulgare I, Cistus salvifolius I, Rosmarinus officinalis I.
18. Myrico fayae-Arbutetum unedonis Capelo & Mesquita 1998
Medronhais com faia-das-ilhas psamofílicos, mesomediterrânicos, sub-húmidos do
Costeiro Português. Representam a etapa madura das paleodunas costeiro-portuguesas.
Quadro sintético de CAPELO & MESQUITA (1998): Características: Arbutus unedo V, Myrica faya
V, Cytisus grandiflorus V, Corema album V, Hedera canariensis V, Ruscus aculeatus V, Viburnum tinus V,
Erica arborea V, Smilax aspera V, Rubia longifolia V, Rhamnus alaternus V, Phillyrea angustifolia V, Laurus
nobilis III, Daphne gnidium III, Pistacia lentiscus II, Quercus coccifera II; Companheiras: Pteridium aquilinum
V, Ulex latebracteatus IV, Rubus ulmifolius II, Cistus salvifolius II, Halimium calycinum II, Lonicera hispanica
I, Teucrium scorodonia I, Tamus communis I, Erica scoparia I, Calluna vulgaris I, Polypodium vulgare I.
19. Frangulo alni-Prunetum lusitanicae Lopes, J.C. Costa, Lousã & Capelo in J.C. Costa,
Lopes, Capelo & Lousã 2001
Comunidade de azereiros silicícolas, mesomediterrânicos, húmidos, em biótopos de
elevada humidade edáfica, do Beirense Litoral. Orla do Rusco aculeati-Quercetum roboris
viburnetosum tini ou mais raramente do Scrophulario scorodoniae-Alnetum glutinosae.
Quadro sintético de COSTA et al. (2001): Características: Prunus lusitanica V, Arbutus unedo IV,
Frangula alnus IV, Ruscus aculeatus IV, Asplenium onopteris IV, Hedera canariensis III, Viburnum tinus III,
Erica arborea III, Ilex aquifolium III, Polystichum setiferum III, Saxifraga spathularis III, Rubus ulmifolius III,
18
Crataegus brevispina III, Castanea sativa III, Blechnum spicant III, Brachypodium sylvaticum III, Viola
riviniana III, Phillyrea angustifolia II, Osyris alba II, Luzula baetica II, Teucrium scorodonia II, Athyrium filixfemina II, Laurus nobilis I, Quercus robur I, Tamus communis I, Vitis sylvestris I, Daphne gnidium I,
Calamintha baetica I, Scilla monophyllos I, Quercus suber +, Quercus rotundifolia +, Phillyrea latifolia +,
Selaginella denticulata +; companheiras: Calluna vulgaris IV, Pteridium aquilinum III, Erica scoparia III,
Polypodium vulgare II, Cytisus scoparius II, Lithodora prostrata II, Cytisus striatus II, Genista falcata II,
Lavandula luisieri II, Carex acuta II, Potentilla erecta II, Lotus uliginosus II, Cytisus grandiflorus I, Ulex minor
I, Cistus psilosepalus I, Erica cinerea +.
20. Bupleuro fruticosae-Arbutetum unedonis Capelo, J.C. Costa & Rivas-Martínez ass. nova
hoc. loco
Medronhais de calcários descarbonatados, basaltos e arenitos com cimento calcário,
termomediterrânicos superiores a mesomediterrânicos inferiores, sub-húmidos a húmidos, de
distribuição Arrabidense e do Divisório Português, subserial do Viburno tini-Quercetum
cocciferae, Asparago aphylli-Quercetum suberis e Arisaro-Quercetum broteroi. Da sua
composição florística fazem parte Arbutus unedo, Bupleurum fruticosum, Viburnum tinus,
Coronilla glauca, Erica arborea, Phillyrea angustifolia, Phillyrea latifolia, Myrtus
communis, Pistacia lentiscus, Quercus coccifera, Asparagus aphyllus, Rosa sempervirens,
etc. (syntypus inventário 1, Quadro 1).
2. QUERCO-FAGETEA Br.-Bl. & Vlieger in Vlieger 1937
Bosques, pré-bosques, sebes, silvados e outras orlas arbustivas mesofíticas ou
hidrofíticas, quase sempre caducifólios. Tem o óptimo na região Eurossiberiana penetrando
na região Mediterrânica em áreas de ombroclima chuvoso, e ainda em ribeiras e rios de solos
húmidos, indiferentes à natureza química do solo.
Características no território: Acer pseudoplatanus, Aristolochia paucinervis, Castanea
sativa, Conopodium majus, Corylus avellana, Dryopteris affinis, Dryopteris filix-mas,
Euphorbia amygdaloides, Hedera helix s.l., Hypericum androsaemum, Ilex aquifolium,
Lonicera periclymenum, Polystichum setiferum, Prunus avium, Sambucus nigra, Sedum
forsteranum, Stellaria holostea, Viola riviniana.
A. Quercetalia roboris Tüxen 1931
Ordem de bosques caducifólios acidófilos, sobre substratos siliciosos da sub-região
Atlântico-Medioeuropeia atingindo os territórios mais chuvosos da região Mediterrânica pelo
menos de ombroclim sub-húmido.
Características no território: Arenaria montana, Blechnum spicant, Iris foetidissima,
Luzula forsteri, Mercurialis perennis, Physospermum cornubiense, Polygonatum odoratum,
Primula vulgaris, Quercus robur, Teucrium scorodonia.
I. Quercion pyrenaicae Rivas Goday ex Rivas-Martínez 1965
Carvalhais e vidoais acidófilos, colinos-montanos ou meso-supramediterrânicos, subhúmidos a hiper-húmidos, de distribuição orocantábrica e mediterrânico-iberoatlântica.
Características no território: Physospermum cornubiense, Quercus pyrenaica, Q. x
andegavensis.
Ia.Quercenion pyrenaicae
Carvalhais mediterrânicos-iberoatlânticos, supramediterrânicos a supratemperados,
sub-húmidos a húmidos.
21. Arbuto unedonis-Quercetum pyrenaicae Rivas-Martínez 1987
Carvalhais de carvalho-negral siliciosos, mesomediterrânicos, sub-húmidos a
húmidos, luso-extremadurenses que atingem o Beirense Litoral e o Sintrano.
19
Quadro 1 – Bupleuro fruticosae-Arbutetum unedonis
Nº de ordem
1
2
3
4
5
6
Área mínima (m2)
60
70
50
40
60 100
Exposição
SE NW W NW N SW
Características
Arbutus unedo
4
3
4
3
3
3
Erica arborea
2
2
1
1
2
1
Viburnum tinus
1
2
1
1
1
3
Coronilla glauca*
1
2
2
2
2
2
Smilax aspera
2
1
1
2
2
2
Phillyrea angustifolia
2
2
1
1
1
+
Daphne gnidium
+
1
1
1
+
+
Asparagus aphyllus*
+
1
1
+
1
+
Bupleurum fruticosum*
2
2
1
1
2
.
Rosa sempervirens*
.
1
1
2
2
1
Myrtus communis*
1
1
.
+
2
1
Pistacia lentiscus
1
1
+
.
+
1
Vinca difformis*
.
+
1
2
1
+
Rubia longifolia
1
1
+
.
+
1
Phillyrea latifolia*
1
1
.
+
+
+
Lonicera implexa
+
1
1
.
.
+
Quercus coccifera
1
1
.
.
+
1
Olea sylvestris
.
1
+
1
1
.
Osyris alba
.
+
1
1
+
.
Rhamnus alaternus
.
+
1
.
1
+
Arisarum vulgare
+
+
+
.
+
.
Ruscus aculeatus
1
.
+
.
+
.
Rhamnus oleoides*
1
.
.
+
.
.
Lonicera etrusca
+
.
.
1
.
.
Laurus nobilis*
.
.
1
.
.
+
Quercus suber
.
.
.
.
1
+
Quercus broteroi
.
.
.
.
+
+
Anemone palmata
+
+
.
.
.
.
Bupleurum paniculatum
+
.
+
.
.
.
Euphorbia characias
.
.
.
+
.
+
Genista tournefortii*
.
.
.
+
+
.
Juniperus turbinata
1
.
.
.
.
.
Jasminum fruticans
+
.
.
.
.
.
Companheiras
Brachypodium phoenicoides
1
1
1
1
1
+
Rubus ulmifolius
+
1
1
1
1
1
Teucrium scorodonia
+
1
1
1
+
+
Tamus communis
+
.
+
1
+
+
Crataegus brevispina
.
.
1
1
1
1
Erica scoparia
+
+
+
.
.
+
Cistus monspeliensis
+
+
.
.
.
+
Cistus salvifolius
+
.
+
.
+
+
Calamintha baetica
+
+
.
+
+
.
Pulicaria odora
+
.
+
+
.
.
Geranium purpureum
+
.
.
+
+
.
Prunus insititioides*
.
.
.
1
1
.
Cheirolophus sempervirens*
.
.
+
1
Lavandula luisieri
.
+
+
.
.
.
Mais: +Picris spinifera em 1; +Astragalus lusitanicus em 2; 1Lonicera hispanica,
+Cistus crispus em 3; +Dactylis hispanica, +Bryonia dioica em 4; 1Iris foetidissima
+Salvia sclareoides em 5,+Cytisus grandiflorus, +Geum sylvaticum, em 6
Locais: 1, 2 Serra Arrábida; 3 Cheleiros; 4 Sabugo (Sintra); 5 Galamares (Sintra) 6
Curvachia (Leiria);
Entre o Pé da Serra e Peninha (Sintra), granitos, 380 m.s.m., NW, 200 m2: Características: 4Quercus
pyrenaica, 1Quercus suber, 1Castanea sativa, 1Arbutus unedo, 2Crataegus brevispina, 1Sambucus nigra,
2Hedera helix s.l., 1Smilax mauritanica, 1Tamus communis, 1Rubia longifolia, +Lonicera hispanica, 2 Ruscus
aculeatus, 2Teucrium scorodonia, 2Vinca difformis, +Daphne gnidium, +Asparagus aphyllus, +Euphorbia
characias, +Clinopodium arundanum; companheiras: 1Pittosporum undulatum, 1Rubus ulmifolius, 3Pteridium
aquilinum, +Cytisus striatus, +Dactylis lusitanica, +Holcus lanatus, +Coyncia cintrana.
22. Holco mollis-Quercetum pyrenaicae Br.-Bl., P.Silva & Rozeira 1956
Carvalhais de carvalho-negral silicosos, supramediterrânicos, sub-húmido a húmido,
carpetanos-ibero-leoneses, que ocorrem nas Serras da Lousã e Açor.
20
Ib. Quercenion robori-pyrenaicae (Br.-Bl., P.Silva & Rozeira 1956) Rivas-Martínez 1975
Associações termo-mesotemperadas, cantabro-atlânticas e orocantábricas.
Diferenciais no território: Q. x coutinhoi, Quercus robur.
23. Viburno tini-Quercetum roboris (Br.-Bl., P. Silva & Rozeira 1956) J.C. Costa, Capelo,
Honrado, Aguiar, Lousã stat. nov.
[Basiónimo: Rusco-Quercetum roboris viburnetosum tini Br.-Bl., Pinto da Silva & Rozeira
1956; Agrnom. Lusit. 18 (3): 183 e quadro 1, lectotypus: inventário 8 do quadro 1 de
BRAUN-BLANQUET et al. op.cit.]
Carvalhais de carvalho-alvarinho em solos derivados de granito ou xisto,
mesomediterrânicos inferiores ou termotemperados, húmidos a hiper-húmidos, beirenselitorais, sintranos e minienses litorais. BRAUN-BLANQUET et al. (1956) a quando da
publicação do Rusco aculeati-Quercetum roboris propuseram a subassociação viburnetosum
tini, segundo os trabalhos de AMIGO et al. (1998) este sintaxon devia ser elevado à condição
de associação. Estamos de acordo com estes autores, pois esta comunidade tem uma
composição florística, um bioclima e um território biogeográfico distinto do Rusco aculeatiQuercetum roboris. Diferenciam-se do Rusco aculeati-Quercetum roboris pela presença de
diversas plantas da Quercetea ilicis como Viburnum tinus, Arbutus unedo, Prunus lusitanica,
Olea europaea var. sylvestris, Phillyrea latifolia, Quercus x coutinhoi, Quercus x henriquesii,
Phillyrea angustifolia, Myrtus communis, Daphne gnidium, Rhamnus alaternus, Rubia
peregrina var. longifolia, Smilax aspera var. mauritanica, Rosa sempervirens, Luzula forsteri
subsp. baetica, Asparagus aphyllus, Scilla monophyllos, entre outras (Quadro 2).
Trancrição do lecotypus, Marta da Margaraça (Arganil), 600 m.s.m., solo xistoso, N-NW, 400 m2:
2Quercus robur, 2Prunus lusitanica, 2Castanea sativa, 2Viburnum tinus, 1Arbutus unedo, 1Ilex aquilifolium,
+Laurus nobilis, +Quercus pyrenaica, +Corylus avellana, +Hedera helix s.l., +Rubia peregrina, +Ruscus
aculeatus, +Physospermum cornubiense, +Viola riviniana, +Galium rotundifolium, +Asplenium onopteris,
+Luzula forsteri, +Polystichum setiferum, +Dyopteris pseudo-max, +Viola odorata, +Pteridium aquilinum, +
Veronica officinalis, +Agrostis castellana, +Digitalis purpurea, +Rubus sp., r Pinus pinaster, +Polypodium
australe,
B. Populetalia albae Br.-Bl. ex Tchou
Bosques ribeirinhos caducifólios eurossiberianos e mediterrânicos.
Características no território: Alnus glutinosa, Athyrium filix-femina, Carex pendula,
Equisetum telmalteia, Frangula alnus, Humulus lupulus, Osmunda regalis, Populus nigra,
Ranunculus ficaria, Salix atrocinerea, Saponaria officinalis, Silene dioica, Solanum
dulcamara, Vitis vinifera subsp. sylvestris.
II. Populion albae Br-Bl. ex. Tchou 1948
Bosques ripícolas caducifólios mediterrânicos.
Características no território: Bryonia cretica subsp. dioica, Fraxinus angustifolia
subsp. angustifolia, Iris foetidissima, Vinca difformis, Vitis vinifera subsp. sylvestris.
IIa. Populenion albae
Choupais com Salix neotricha que se desenvolvem nos leitos dos rios mediterrânicos.
Característica no território: Salix neotricha.
24. Populo nigrae-Salicetum neotrichae Rivas-Martínez & Cantó nom. inv.
Salgueirais/choupais de choupo-negro e salgueiro-branco dos rios e ribeiras
mesomediterrânicas, raramente termomediterrânicas, do centro e Oeste da Península Ibérica.
IIb. Fraxino angustifoliae-Ulmenion minoris Rivas-Martínez 1975
Ulmais e freixiais mediterrânicos ocidentais, hidrófilos, próprios de solos profundos e
com nível freático elevado.
Características no território: Arum italicum, Ulmus minor.
21
Quadro 2 – Viburno tini-Quercetum roboris
Nº de ordem
Altitude (m)
Exposição
Área mínima (m2)
Características
Quercus robur
Ruscus aculeatus
Hedera helix s.l.
Viburnum tinus *
Rubia peregrina var. longifolia *
Arbutus unedo *
Teucrium scorodonia
Lonicera periclymenum
Ilex aquifolium
Smilax aspera var. mauritanica *
Tamus communis
Viola riviniana
Arenaria montana
Crataegus monogyna subsp. brevispina
Vinca difformis
Asplenium onopteris
Luzula forsteri subsp. baetica *
Holcus mollis
Laurus nobilis
Phillyrea latifolia *
Aristolochia paucinervis
Sedum fosteranum
Arum italicum
Asparagus aphyllus *
Polygonatum odoratum
Castanea sativa
Prunus lusitanica *
Daphne gnidium *
Rosa sempervirens *
Olea sylvestris *
Phillyrea angustifolia *
Brachypodium sylvaticum
Quercus robur *
Rhamnus alaternus *
Geum sylvaticum
Calamintha baetica
Arisarum vulgare *
Bryonia dioica
Physospermum cornubiense
Acer pseudoplatanus
Blechnum spicant
Ulmus minor
Euphorbia amygdaloides
Silene latifolia
Heleborus foetidus
Pyrus communis
Scilla monophyllos *
Carex depressa
Carex distachya *
Primula vulgaris
Epipactis tremolsii *
Linaria triornitophora
Myrtus communis *
Quercus x coutinhoi *
Quercus x henriquesii *
Quercus x airensis
Osmunda regalis
Polystichum setiferum
Athyrium filix-femina
Mercurialis perennis
Hypericum androsaemum
Deschampsia flexuosa
Hyacintoides hispanica*
Osyris alba*
Corylus avellana
Companheiras
Rubus ulmifolius
Polypodium australe
Pteridium aquilinum
Digitalis purpurea
Dactylis lusitanica
Agrostis castellana
Erica scoparia
Cytisus striatus
1
2
3
4
5
6
7
8
410 440 490 475 490 300 270 380
N NE S NW NE NW NW NW
400 300 300 500 300 200 300 400
3
+
2
+
1
.
2
1
.
+
+
.
+
1
2
.
+
.
.
.
+
.
1
.
.
1
.
.
1
.
.
.
.
.
+
1
.
+
.
3
.
+
+
+
.
.
.
.
.
.
.
.
.
1
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
4
2
1
1
+
+
+
.
2
+
1
+
+
.
1
.
1
1
1
.
.
+
+
+
1
.
.
.
.
.
.
.
.
.
1
.
+
+
.
1
.
.
.
.
+
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
4
1
2
2
1
1
1
2
2
.
+
1
1
+
2
.
1
+
.
.
1
1
.
+
2
2
.
.
.
.
.
1
.
.
+
+
+
+
.
.
.
.
.
+
+
.
.
.
.
+
+
.
.
.
1
1
.
.
.
+
+
.
.
.
.
3
2
2
+
+
2
+
1
2
+
+
+
.
.
.
1
+
.
+
+
.
.
.
.
1
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
+
.
.
.
.
.
.
+
+
+
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
+
+
.
.
4
2
2
2
.
+
.
+
1
.
.
+
.
.
.
+
.
+
1
3
+
.
.
.
.
1
1
.
.
1
+
1
1
+
.
.
.
.
.
.
.
+
.
.
.
.
.
.
+
.
.
+
.
.
.
.
1
.
.
.
.
.
.
.
.
4
2
2
1
1
1
+
+
1
+
+
.
+
1
+
1
.
+
.
+
.
+
+
+
.
.
1
1
.
+
.
.
.
1
.
.
.
.
.
.
1
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
+
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
+
.
3
1
1
2
+
1
1
1
+
1
+
+
+
1
.
1
+
.
.
1
.
.
.
+
.
.
2
1
1
1
2
.
+
+
.
.
.
.
+
.
1
.
.
.
.
+
+
+
.
.
.
.
2
.
.
.
.
1
.
.
.
.
.
.
+
4
2
1
.
1
+
1
+
.
1
.
1
1
1
1
+
.
1
2
.
+
+
+
.
.
.
.
1
+
.
+
1
1
.
.
+
+
.
+
.
.
.
+
.
.
.
.
.
+
+
+
.
.
.
.
.
.
1
1
1
+
+
.
.
+
1
+
+
+
.
.
.
.
1
1
1
.
.
+
.
+
.
+
.
+
.
.
.
.
1
+
1
+
+
.
+
+
+
.
1
.
+
1
1
.
1
+
1
+
+
+
1
+
1
+
2
+
1
1
+
.
1
.
.
.
.
.
.
22
Ulex minor
.
.
.
.
+
+
+
1
Pittosporum undulatum
2
1
2
.
.
.
.
.
Calluna vulgaris
.
+
1
.
.
+
.
.
Heracleum sphondylium
1
+
.
.
.
.
.
.
Erica arborea
.
.
.
.
.
1
+
.
Carex hallerana
.
+
+
.
.
.
.
.
Mais: 2Tradescantia fluminensis, +Urtica membranacea em 1; +Ulex latebracteatus em 3;
+Simethis matiazi, +Asphodelus albus em 4; +Erica cinerea em 5; + Erica umbellata em 6;
+ Lithodora prostrata em 7; + Clinopodium arundanum em 8
Locais: 1 Entre a Pena e S.Pedro (Sintra); 2, 3 Entre a Pena e a Cruz Alta (Sintra); 4 Serra
do Buçaco (Br.-Bl., P. Silva & Rozeira, 1956); 5 Fraga da Pena (Serra do Açor); 6 Vale do
Ceira; 7 Avô; 8 Castro Daire (junto à margem esquerda do rio Paiva)
25. Aro italici-Ulmetum minoris Rivas-Martínez ex Fuente1986
Ulmais meso-eutróficos ou de solos argilosos com
mesomediterrânicos de distribuição mediterrânica-ibérica.
pseudogley,
termo-
26. Ficario ranunculoidis-Fraxinetum angustifoliae Rivas-Martínez & Costa in RivasMartínez, Costa, Castroviejo & E. Valdés 1980
Freixiais silicícolas, ribeirinhos, termo-mesomediterrânicos de distribuição costeirolusitano-andaluza e mediterrânico-iberoatlântica.
III. Osmundo-Alnion (Br.-Bl., P.Silva, Rozeira 1956) Dierschke & Rivas-Martínez in RivasMartínez 1975
Amiais e salgueirais de Salix atrocinerea de rios oligotróficos, em solos siliciosos, de
distribuição mediterrânico-iberoatlântica, costeiro-lusitano-andaluza e galaico-portuguesa.
Características no território. Galium broteroanum, Osmunda regalis, Scrophularia
scorodonia.
27. Scrophulario scorodoniae-Alnetum glutinosae Br.-Bl., P.Silva & Rozeira 1956
Amiais termo-mesomediterrânicos, costeiro-lusitano-andaluzes e mediterrânicoiberoatlânticos.
Curvachia (Leiria), 100 m2: características: 4Alnus glutinosa, 2Salix atrocinerea, 1Salix neotricha,
2Frangula alnus, 2Hedera helix, 2Carex pendula, 1Vinca difformis, 1Heracleum sphondylium, 1Ranunculus
ficaria, 1Scrophularia scorodonia, 1Equisetum temalteia 1Tamus communis, +Arum italicum; companheiras:
2Rubus ulmifolius, 1Pteridium aquilinum, 1Rosa sempervirens, 1Oenanthe crocata, 1Arundo donax, +Teucrium
scorodonia, +Smilax aspera, +Rubia longifolia.
28. Viti viniferae-Salicetum atrocinereae Rivas-Martínez & Costa in Rivas-Martínez, Costa,
Castroviejo & Valdés 1980
Salgueirais de borrazeira-negra, siliciosos em solos arenosos, termomediterrânicos do
Sudoeste da Península Ibérica (Costeiro-Lusitano-Andaluza).
3. SALICETEA PURPUREAE Moor 1958
Salgueirais arbóreos ou arbustivos, sujeitos à corrente de cursos de água, que
colonizam os leitos menores de rios e linhas de água torrenciais, mediterrânicos e
eurossiberianos .
Características no território: Salix alba, Salix fragilis, Salix neotricha, Salix x rubens.
A. Salicetalia purpureae Moor 1958
Ordem única.
I. Salicion salvifoliae Rivas-Martínez, Díaz, F. Prieto, Loidi & Penas 1984
Salgueirais silicícolas de rios e ribeiros mediterrânicos iberoatlânticos com uma forte
estiagem.
Características no teritório: Salix salvifolia subsp. salvifolia.
23
29. Salicetum salvifoliae Oberdorfer & Tüxen in Tüxen & Oberdorfer 1958
(Sin. Salicetum lambertiano-salvifoliae Rivas-Martínez 1965 corr. Rivas-Martínez,
Fernandez-González & Sanchez-Mata 1986)
Salgueirais de borrazeira-branca, termo-meso-supramediterrânicos do leito torrencial
de rios e ribeiras a norte da margem direita da bacia do Tejo.
4. ALNETEA GLUTINOSAE Br.-Bl. & Tüxen ex Westhoff, Dijk & Passchier 1946
Bosques pantanosos de amieiros e borrazeira-negra, de distribuição Holártica.
Características no território: Myrica gale, Thelypteris palustris e como diferenciais as
espécies da Phragmito-Magnocaricetea.
A. Alnetalia glutinosae Tüxen 1937 em. Th. Müller & Göers 1958
Ordem única.
I. Alnion glutinosae (Malcuit 1929) Meijer-Drees 1936
Aliança de distribuição europeia.
30. Carici lusitanicae-Alnetum glutinosae T.E. Díaz & F. Prieto 1994
Amiais paludosos asturianos. No vale do Tejo e Sado assinala-se a subassociação
fraxinetosum angustifoliae Espírito Santo, P. Rodriguez & Bingre inéd.
31. Carici lusitanicae-Salicetum atrocinereae Neto, Capelo, J.C. Costa & M. Lousã 1996
Salgueirais palustres de borrazeira-negra da bacia do Sado que atingem o Costeiro
Português.
5. NERIO-TAMARICETEA Br.-Bl. & O. Bólos 1958
Vegetação ripícola ou freatófila, formada por microfanerófitos e nanofanerófitos do
género Tamarix ou Nerium, acompanhados de algumas gramíneas altas. Colonizam solos
hidrófilos de linhas de água temporárias, rios temporariamente secos, margens de lagunas e
salgados de ombroclima seco, semiárido a árido das regiões Mediterrânica, Saaro-Arábica e
Irano-Turânica substituindo os bosques da Populetalia albae.
Características no território: Arundo plinii.
A. Tamaricetalia africanae Br.-Bl.& O. Bolòs 1958 em. Izco, Fernández-González &
Molina 1984
Ordem única.
I. Tamaricion africanae Br.-Bl. & O. Bólos 1958
Tamargais sub-halófilos próprios de águas ricas em bases, submetidos a períodos de
calor e aridez de cursos de água com forte estiagem.
Característica no território: Tamarix africana.
32. Polygono equisetiformis-Tamaricetum africanae Rivas-Martínez & Costa in RivasMartínez, Costa, Castroviejo & Valdés 1980.
Tamargais de rios e ribeiras que sofrem uma forte estiagem, termomesomediterrânicos do SW da Península Ibérica.
Foz do rio Lizandro (Torres Vedras), areias aluvionares, 50 m2: Características: 5Tamarix africana,
3Polygonum equisetiforme; companheiras: 1Aster pannonicus, 1Juncus maritimus, 1Juncus acutus.
6. RHAMNO-PRUNETEA SPINOSAE Rivas Goday & Borja ex Tüxen 1962
Sebes, silvados e formações preflorestais marginais ou substituintes de bosques
geralmente caducifólios e higrofíticos ou mesofíticos. Distribui-se pelas regiões
Eurossiberiana (termotemperada e mesotemperada) e Mediterrânica (termo a
oromediterrânica) principalmente em zonas chuvosas ou estações ripícolas.
24
Características no território: Bryonia dioica, Clematis vitalba, Cornus sanguinea,
Crataegus monogyna subsp. brevispina, Rubus ulmifolius, Sambucus nigra, Tamus
communis.
A. Prunetalia spinosae Tüxen 1952
Sebes e silvados substituintes ou de orlas de bosques caducifólios, mesofíticos ou
hidrofíticos, quer mediterrânicos quer eurossiberianos.
Características no território: Cornus sanguinea, Prunus domestica subsp. insititia,
Rosa canina, Rosa corymbifera, Rosa micrantha, Rosa pouzinii.
I. Pruno-Rubion ulmifolii O. Bolòs 1954
Associações mediterrânicas ocidentais e cantábrico-atlânticas. Constituem o manto ou
a primeira etapa de substituição dos bosques higrofíticos ou mesofíticos, caducifólios ou
perenifólios, e prosperam em solos desde ligeiramente ácidos até alcalinos.
Características no território: Euonymus europaeus, Lonicera periclymenum subsp.
periclymenum, Rosa sempervirens, Rubus ulmifolius.
Ia. Rosenion carioti-pouzinii Arnaiz ex Loidi 1989
Silvados mediterrânicas, iberolevantinas, costeiro-lusitana-andaluzas e iberoatlânticas,
termo-supramediterrânicas e indiferentes à natureza química do solo.
Características no território: Fraxinus angustifolia (dif. subal.), Lonicera
periclymenum subsp. hispanica (dif. subal.), Prunus spinosa subsp. insititioides.
33. Lonicero hispanicae-Rubetum ulmifoliae Rivas-Martínez & Costa in Rivas-Martínez,
Costa, Castroviejo & Valdés 1980
Silvados siliciosos, meso-termomediterrânicos, luso-extremadurenses e costeirolusitano-andaluzes. Subserial de comunidades edafo-higróficas.
34. Rubo ulmifolii-Prunetum insititioidis (Capelo, J.C. Costa & Lousã 1996) stat. nov.
[Basiónimo: Lonicero hispanicae-Rubetum ulmifoliae Rivas-Martínez & Costa in RivasMartínez, Costa, Castroviejo & Valdés 1980 prunetosum insititioidis Capelo, J.C. Costa,
Lousã 1996, Anais Inst. Sup. Agron. 44 (1) pag. 299, quadro 2 pag. 298]
Espinhais de abrunheiro-bravo com silvas, madresilvas e roseiras-bravas, termomesomediterrânicos, sub-húmidos a húmidos, dos calcários descarbonatados do Divisório
Português. Inserem-se nas séries do Arisaro-Querceto broteroi S. e Asparago aphylliQuerceto suberis S., Viburno tini-Oleeto sylvestris S.
Quadro sintético de CAPELO et al. (1995): Características: Prunus insititioides 4, Rubus ulmifolius 4,
Lonicera hispanica 3, Lonicera etrusca 3, Rosa canina 3, Hedera canariensis 3, Smilax aspera 3, Crataegus
brevispina 2, Fraxinus angustifolia 2, Tamus communis 2, Bryonia dioica 2, Rosa pouzinii 1; companheiras:
Arum italicum 4, Asparagus acutifolius 3, Oxalis pes-caprae 3, Geranium purpureum 3, Calamintha baetica 3,
Dactylis hispanica 3, Urginea maritima 3, Quercus broteroi 2, Rubia longifolia 2, Osyris alba 2, Daphne
gnidium 2, Vicia nigra 2, Arisarum vulgare 2, Iris foetidissima 2, Olea sylvestris 1, Euphorbia characias 1,
Pteridium aquilinum 1, Fumaria capreolata 1, Solanum nigrum 1, Geranium lucidum 1, Galactites tomentosa 1.
7. CYTISETEA SCOPARIO-STRIATI Rivas-Martínez 1975
Comunidades onde predominam arbustos da família das Leguminosas da tribo das
Genisteae. Geralmente constituem as orlas naturais ou a primeira etapa de substituição de
diversos bosques climácicos meso-oligotróficos, que crescem em solos siliciosos profundos
com húmus "mull" e sem hidromorfia temporal. Tem óptimo na Península Ibérica
encontrando-se nas áreas mediterrânico-iberoatlântica, orocantábrico-atlântica e pirenaica
ocidental, meso-supramediterânicas e colino montanas.
Características no território: Adenocarpus anisochilus, Adenocarpus complicatus
subsp. lainzii, Cytisus grandiflorus, Cytisus multiflorus, Cytisus striatus subsp. striatus, Erica
arborea (dif. clas.), Pteridium aquilinum (dif. clas.).
25
Quadro 3 - Rubo ulmifoliae-Prunetum insititioidis
Nº de ordem
1
2
3
4
Área mínima (m2)
6
4
4
8
Exposicão
SE
W SW
S
Características
Prunus insititioides
5
5
5
4
Rubus ulmifolius
2
2
2
1
Lonicera hispanica
2
+
3
1
Hedera helix s.l.
1
+
.
.
Rosa canina
1
.
.
2
Lonicera etrusca
.
1
+
.
Smilax aspera
.
1
.
2
Tamus communis
.
+
.
1
Bryonia dioica
.
+
.
+
Rosa pouzinii
.
.
.
1
Rosa sempervirens
.
.
+
.
Companheiras
Arum italicum
1
1
1
+
Asparagus aphyllus
1
1
1
+
Rubia longifolia
3
2
.
1
Urginea maritima
+
+
+
.
Calamintha baetica
+
+
2
.
Daphne gnidium
.
+
2
+
Geranium purpureum
1
1
.
+
Oxalis pes-caprae
+
.
1
1
Dactylis hispanica
+
+
.
1
Osyris alba
.
1
1
.
Arisarum vulgare
.
+
1
.
Fumaria capreolata
1
.
.
+
Olea sylvestris
1
.
.
.
Quercus coccifera
.
.
.
1
Cynara humilis
+
.
.
Galactites tomentosa
+
.
.
.
Iris foetidissima
+
.
.
.
Solanum nigrum
+
.
.
Euphorbia characias
.
+
.
.
Pteridium aquilinum
.
.
+
.
Teucrium scorodonia
.
.
.
+
Locais: 1 Telhal calcários), 2 Queluz (basaltos); 3 Valejas (basaltos); 4
Pero Pinheiro (calcários)
A. Cytisetalia scopario-striati Rivas-Martínez 1974
Ordem única.
I. Ulici europaei-Cytision striati Rivas-Martínez, Bascones, Díaz, Fernández-González &
Loidi 1991
Associações termo-mesotemperadas e mesomediterrânicas, sub-húmidas / húmidas /
hiper-húmidas de territórios com tendência oceânica, tanto no âmbito cantábro-atlântico como
mediterrânico-ibero-atlântico, constituindo o manto florestal de bosques silicícolas,
principalmente do Quercion robori-pyrenaicae e Quercion broteroi.
Características no território: Adenocarpus anisochilus, Cytisus striatus subsp. striatus,
Ulex europaeus subsp. latebracteatus (dif. al.), U. minor (dif. al.).
35. Ulici latebracteati-Cytisetum striati Rivas-Martínez ex J.C. Costa, Izco, Lousã, C. Aguiar
& Capelo in J.C. Costa, Capelo, Lousã, Antunes, Aguiar, Izco & Ladero 2000
Giestais de Cytisus striatus siliciosos, termo-mesotemperados a mesomediterrânicos,
sub-húmidos a hiper-húmidos, minienses, beirense-litorais, beira-durienses e maronês-alvões.
No Beirense Litoral inserem-se na série do Viburno tini-Querceto roboris S.. A subassociação
cytisetosum grandiflori J.C. Costa, Honrado & Izco inéd. é específica do Costeiro Português e
subserial do Myrico fayae-Arbutetum unedonis.
Quadro sintético de COSTA et al. (2001): Características: Cytisus striatus V, Ulex latebracteatus V,
Ulex minor V, Adenocarpus lainzii IV, Pteridium aquilinum IV, Erica arborea II, Cytisus scoparius I,
Orobanche rapum-genistae I, Cytisus multiflorus I, Genista falcata +; companheiras: Rubus ulmifolis IV,
Quercus robur III, Dactylis glomerata III, Holcus lanatus III, Cistus psilosepalus III, Teucrium scorodonia II,
Pseudarrhenatherum longifolium II, Halimium ocymoides II, Calluna vulgaris I, Arbutus unedo I, Cistus
26
salvifolius I, Genista triacanthos I, Quercus suber I, Lavandula sampaioana +, Daboecia cantabrica +,
Lithodora prostrata +, Arenaria montana +.
36. Erico scopariae-Cytisetum grandiflori J.C. Costa, Lousã, Ladero & Capelo in J.C. Costa,
Capelo, Lousã, Antunes, Aguiar, Izco & Ladero 2000
Giestais
de
Cytisus
grandiflorus,
oceânicos,
termomediterrânicos
a
mesomediterrânicos inferiores, sub-húmidos a húmidos, em solos calcários dolomíticos
descarbonatados por lexiviação (luviossolos crómicos) do Divisório Português e subserial do
Arisaro-Quercetum broteroi.
Quadro sintético de COSTA et al. (2001): Características: Cytisus grandiflorus V, Ulex latebracteatus
IV, Pteridium aquilinum IV, Cytisus striatus III, Erica arborea II; Companheiras: Erica scoparia V, Cistus
salvifolius V, Rubus ulmifolius V, Brachypodium phoenicoides IV, Daphne gnidium IV, Genista tournefortii IV,
Quercus coccifera IV, Smilax aspera IV, Aristolochia paucinervis IV, Quercus broteroi III, Ulex jussiaei III,
Rubia longifolia III, Geranium purpureum III, Arbutus unedo II, Coronilla glauca II, Crataegus brevispina II,
Genista triacanthos II, Lonicera hispanica II, Pistacia lentiscus II, Arisarum vulgare II, Rhamnus alaternus II,
Rosa sempervirens II, Asparagus aphyllus II, Asphodelus ramosus II, Asplenium onopteris II, Calamintha
baetica II, Cheirolophus sempervirens II, Cistus monspeliensis II,, Clinopodium vulgare II, Melica arrecta II,
Tamus communis II, Teucrium scorodonia II, Viburnum tinus I, Rosmarinus officinalis I, Heleborus foetidus I,
Myrtus communis I.
37. Adenocarpo anisochili-Cytisetum striati J.C. Costa, Capelo & Lousã in J.C. Costa,
Capelo, Lousã, Antunes, Aguiar, Izco & Ladero 2000
Giestais em solos graníticos e sieníticos, de Cytisus striatus com Adenocarpus
anisochilus, termomediterrânicos húmidos, monchiquenses e sintranos. No Sintrano assinalase a subassociação ulicetosum latebracteati J.C. Costa, Capelo & Lousã in J.C. Costa, Capelo,
Lousã, Antunes, Aguiar, Izco & Ladero 2000 subserial do Arbuto-Quercetum pyrenaicae.
Quadro sintético de COSTA et al. (2001): Características: Cytisus striatus V, Ulex latebracteatus V,
Pteridium aquilinum V, Adenocarpus anisochilus IV, Erica arborea II, Ulex latebracteatus x jussiaei II;
Companheiras: Rubus ulmifolius V, Holcus lanatus V, Coyncia cintrana IV, Ulex minor III, Ulex jussiaei III,
Erica scoparia III, Calluna vulgaris III, Cistus salvifolius III, Dactylis lusitanica III, Teucrium scorodonia III,
Vinca difformis III, Agrostis castellana II, Sambucus nigra II, Prunella vulgaris II, Quercus pyrenaica II,
Digitalis purpurea II, Geranium purpureum II, Arbutus unedo I, Cistus psilosepalus I, Lithodora lusitanica I,
Humulus lupulus I, Arisarum vulgare I, Lonicera hispanica I, Silene latifolia I, Crataegus brevispina I, Hedera
helix I, Rubia longifolia I, Tamus communis I, Clinopodium vulgare I
8. CALLUNO-ULICETEA Br.-Bl. & Tüxen. 1943
Urzais e tojais atlânticos, subatlânticos, costeiro-lusitano-andaluzes, mediterrânicoiberoatlânticos e tingitanos, ombrófilos, acidófilos e humícolas. Prosperam em solos siliciosos
os quais tendem a acidificar ou podzolizar. Representam uma etapa avançada da degradação
dos bosques de ombroclima chuvoso ou pelo menos sub-húmido.
Característica no território: Calluna vulgaris.
A. Ulicetalia minoris Quantin 1935
Urzais e tojais atlânticos, costeiro-lusitano-andaluzes e mediterrânico-iberoatlânticos.
Características no território: Agrostis curtisii, Drosophyllum lusitanicum, Erica
cinerea, Erica ciliaris, Erica scoparia, Halimium alyssoides, Lithodora prostrata subsp.
prostrata, Pseudarrhenatherum longifolium, Simethis mattiazii, Tuberaria lignosa, Ulex
europaeus subsp. latebracteatus, Ulex minor.
I. Ericion umbellatae Br.-Bl., P.Silva, Rozeira & Fontes 1952 em. Rivas-Martínez 1979
Tojais e urzais de ombroclima chuvoso, pelo menos sub-húmido, que podem ser
observados nas áreas costeiro-lusitano-andaluzas mediterrânico-iberoatlânticas, tingitanas e
no andar termotemperado do galaico-português.
Características no território: Cistus psilosepalus, Cistus crispus (dif. al.), Cistus
ladanifer (dif. al.), Cistus salvifolius (dif. al.), Erica australis subsp. australis, Erica
umbellata, Halimium ocymoides, Lavandula luisieri (dif. al.), Luzula lactea, Polygala
27
microphylla, Pterospartum tridentatum subsp. lasianthum, Pulicaria odora, Ranunculus
bupleurifolius, Thymus villosus (inc. Thymus lusitanicus).
Ia Ericenion umbellatae
Associações termo-mesomediterrânicas, costeiro-lusitano-andaluzas e lusoextremadurenses que atingem o andar mesotemperado do sector Galaico-Português,
representam etapas avançadas de degradação de carvalhais e sobrais.
Características: Genista triacanthos, Pterospartum tridentatum subsp. tridentatum,
Ulex airensis, Ulex jussiaei.
38. Pterosparto lasianthi-Ericetum cinereae Rothmaler 1943
(sin. Ulici minoris-Ericetum umbellatae (Br.-Bl., P.Silva & Rozeira 1965) Rivas-Martínez
1979 nom. inv.
Tojais/urzais, mesotemperados a mesomediterrânicos, húmidos, minienses e beirenses
litorais. No território em estudo é subserial do Viburno tini-Quercetum roboris.
Tabela sintética de COSTA et al. (1997): Características: Erica umbellata V, Tuberaria lignosa V,
Agrostis curtisii V, Erica cinerea IV, Pterospartum lasianthum IV, Halimium alyssoides IV, Calluna vulgaris
IV, Ulex minor III, Halimium ocymoides III, Genista triacanthos III, Simethis mattiazii III, Pseudarrhenatherum
longifolium II, Lithodora prostrata II, Erica australis I, Cistus psilosepalus +, Polygala microphylla r, Erica
lusitanica r, Tuberaria globularifolia r, Drosophyllum lusitanicum r, Ranunculus bupleuroides r, Festuca
paniculata r; companheiras: Pteridium aquilinum III, Lavandula luisieri II, Polygala vulgaris II, Quercus suber
I, Erica arborea I, Avenula sulcata I, Cistus salvifolius +, Urginea maritima +, Lavandula sampaioana +, Cistus
crispus r.
39. Cisto psilosepali-Ericetum lusitanicae Ladero ex Rivas-Martínez 1979
Urzais luso-extremadurenses que se assinalam em margens de linhas de água com
pseudogley.
40. Lavandulo luisieri-Ulicetum jussiaei J.C. Costa, Ladero, Díaz, Lousã, Espírito Santo,
Monteiro, Vasconcelos & Amor 1993
Tojal termo a mesomediterrânico, sub-húmido a húmido, em solos arenosos ou
derivados de arenitos do Divisório Português. A subassociação ulicetosum minoris é própria
do Beirense Litoral. Subserial do Asparago aphylli-Quercetum suberis.
Quadro sintético de COSTA et al. (1997): Características: Ulex jussiaei V, Erica umbellata V,
Genista triacanthos V, Calluna vulgaris IV, Simethis mattiazii IV, Pterospartum tridentatum III, Erica scoparia
III, Cistus psilosepalus III, Agrostis curtisii III, Thymus villosus III, Erica cinerea III, Halimium ocymoides II,
Tuberaria lignosa II, Pseudarrhenatherum longifolium II, Ulex minor II, Erica ciliaris I; Companheiras:
Lavandula luisieri IV, Quercus lusitanica IV, Cistus salvifolius III, Pulicaria odora III, Lithodora lusitanica III,
Thapsia villosa III, Pteridium aquilinum II, Daphne gnidium II, Holcus lanatus II, Cistus crispus II, Urginea
maritima II, Asphodelus ramosus II, Myrtus communis I, Asparagus aphyllus I, Stipa gigantea I.
41. Halimio lasianthi-Ulicetum minoris Capelo, J.C. Costa & Lousã 1996
Tojal termo e mesomediterrânico, sub-húmido, em solos erosionados incipientes com
drenagem interna fraca, do Divisório Português e subserial do Asparago aphylli-Quercetum
suberis.
Quadro sintético de CAPELO et al. (1996): Características: Ulex minor V, Erica ciliaris V, Halimium
lasianthum V, Pterospartum tridentatum V, Calluna vulgaris V, Erica scoparia V, Erica umbellata V, Agrostis
curtisii V, Thymus villosus V, Tuberaria lignosa IV, Simethis mattiazii IV, Genista triacanthos III, Polygala
microphylla II, Cistus psilosepalus II; Companheiras: Cistus salvifolius V, Quercus lusitanica IV, Daphne
gnidium III, Thapsia villosa III, Stipa gigantea III, Tulipa australis III, Lavandula luisieri II, Pulicaria odora II,
Pteridium aquilinum II, Stachys algeriensis II, Asphodelus ramosus II, Lithodora lusitanica II, Myrtus communis
II, Thapsia villosa II, Cistus crispus I.
42. Thymo villosi-Ulicetum airensis J.C. Costa, Capelo, Espírito Santo & Lousã in J.C. Costa,
Capelo, Neto, Espírito Santo & Lousã 1997
Tojais ribataganos, termo a mesomediterrânicos, sub-húmidos, em solos derivados de
arenitos e subserial do Asparago aphylli-Quercetum suberis.
28
Vila Nova da Barquinha, arenitos, plano, 40 m2: Características: 2Ulex airensis, 1Thymus villosus,
3Erica umbellata, 2Calluna vulgaris, 1Erica scoparia, 1Tuberaria lignosa, 1Genista triacanthos, +Pulicaria
odora, +Avenula sulcata; Companheiras: 2Lavandula luisieri, 2Cistus ladanifer, 1Quercus lusitanica,
1Dittrichia viscosa, +Cistus crispus, +Cistus salvifolius, +Serratula monardii, +Scilla monophyllos,
+Sesamoides canescens, +Myrtus communis, +Hypericum liniarifolium, +Asphodelus ramosus.
Quadro sintético de COSTA et al. (1997): Características: Ulex airensis V, Calluna vulgaris V,
Pterospartum tridentatum V, Thymus villosus IV, Erica scoparia IV, Erica umbellata IV, Erica australis IV,
Tuberaria lignosa IV, Agrostis curtisii IV, Halimium ocymoides IV, Simethis mattiazii III, Genista triacanthos
II, Cistus psilosepalus I, Ulex minor I, Erica ciliaris I; Companheiras: Cistus salvifolius V, Lavandula luisieri
V, Quercus lusitanica V, Pulicaria odora IV, Lithodora lusitanica IV, Asparagus aphyllus IV, Cistus ladanifer
III, Helichrysum stoechas III, Avenula sulcata III, Stipa gigantea III, Pteridium aquilinum II, Myrtus communis
II, Lavandula sampaioana II, Cistus crispus II, Asphodelus ramosus II, Thapsia villosa II, Rosmarinus
officinalis I, Agrostis castellana I.
43. Ulici airensis-Ericetum scopariae Espírito Santo, Capelo, Lousã & J.C. Costa in Espírito
Santo, Lousã, J.C. Costa & Capelo 2000
Urzal/tojal mesomediterrânico, sub-húmido a húmido, em cambissolos derivados de
calcários cársicos do Divisório Português (Quadro 4), subserial do Lonicero implexaeQuercetum rotundifoliae.
Quadro 4 - Ulici airensis-Ericetum scopariae
Nº de ordem
Área minima (m2)
Exposição
Características
Erica scoparia
Ulex airensis
Avenula occidentalis (dif. ass.)
Pulicaria odora
Genista triacanthos
Calluna vulgaris
Companheiras
Rosmarinus officinalis
Brachypodium phoenicoides
Cistus crispus
Cistus salvifolius
Thymus sylvestris (dif. ass.)
Lavandula luisieri
Genista tournefortii (dif. ass.)
Dactylis hispanica
Cistus albidus (dif. ass.)
Urginea maritima
Quercus coccifera
Daphne gnidium
Euphorbia portlantica
Arisarum vulgare
Quercus rotundifolia (frut.)
Anthyllis maura (dif. subass.)
Pteridium aquilinum
Teucrium capitatum (dif. ass.)
Bupleurum paniculatum
Asparagus aphyllus
Thapsia villosa
Rubus ulmifolius
Quercus x airensis
Rhamnus alaternus
Anemone palmata
Ajuga iva
Biscutella lusitanica
Agrostis castellana
Cistus monspeliensis
Carex hallerana
Helichrysum stoechas
Siderites hirsuta (dif. ass.)
1
60
E
2
60
W
3
100
Pl
4
60
NE
5
100
SE
6
80
SW
7
100
Pl.
8
80
SE
3
.
1
+
.
.
4
1
.
+
.
.
2
3
+
.
.
2
2
3
2
2
3
.
1
4
1
.
1
.
3
3
+
.
.
.
4
1
.
+
1
1
2
2
+
+
.
.
2
2
2
1
+
1
1
1
2
+
1
+
.
.
1
.
.
.
+
.
.
.
+
.
.
.
.
1
.
.
.
.
2
1
+
+
+
+
1
.
+
+
.
.
.
+
.
.
.
+
+
.
+
.
.
.
.
.
.
+
.
.
.
.
2
2
1
1
+
1
1
1
.
+
.
1
+
+
1
.
.
+
.
.
.
.
1
.
+
+
.
.
.
+
.
.
2
1
1
+
1
+
.
+
+
+
+
+
+
+
.
1
.
.
.
+
+
.
.
1
.
.
+
.
.
.
+
.
1
1
1
+
+
.
.
+
+
.
1
.
.
.
.
1
1
+
.
.
+
1
.
.
+
.
+
.
.
.
.
+
2
1
1
+
+
1
1
.
.
+
.
+
+
.
+
.
1
.
.
+
.
1
1
+
.
+
+
.
.
+
.
.
1
1
+
+
+
1
1
+
+
.
+
+
+
+
.
+
+
.
+
+
.
1
.
+
.
.
.
.
1
.
+
+
2
2
1
1
+
1
+
1
1
+
+
.
+
+
+
+
+
+
+
+
+
.
.
.
+
+
.
.
+
.
.
.
29
Mais: +Fumana thymifolia em 2; +Biarum arundanum, +Bellis perennis, +Romulea bulbocodium,
+Asparagus acutifolius, +Ornithogalum baeticum em 3; +Silene longicilia, +Pimpinella villosa,
+Fritillaria lusitranica, +Gladiolus italicus em 4; +Euphorbia characias em 5; +Salvia sclareoides
em 6; +Pistacia lentiscus em 8.
Locais: 1, 2 Serra de Alvaiázere, 3 Cabeço do Milho (Rio Maior); 4 Serra de Stº António; 5, 6, 7
Serra de Aire; 8 Serra de Candeeiros.
44. Ulicetum latebracteato-minoris Rivas-Martínez 1979
Tojal silicioso, miniense, termo-mesotemperado, húmido a hiper-húmido. No sintrano,
no andar mesomediterrânico e ombroclima húmido, observa-se Ulex latebracteatus, Ulex
minor, Thymus villosus, Calluna vulgaris, Cistus psilosepalus, Pterospartum tridentatum,
Agostis curtisii, etc. Propõe-se assim a raça sintrana thymetosum villosae J.C. Costa, Capelo,
Lousã & Espírito Santo subass nova, cuja diferencial é o endemismo do centro da Península
Ibérica Thymus villosus (syntypus inv. 1) Resulta da degradação dos carvalhais do ArbutoQuercetum pyrenaicae e Viburno tini-Quercetum roboris.
Quadro 5 – Ulicetum latebracteato-minoris thymetosum villosae
Nº de ordem
Ára mínima (m2)
Exposição
Altitude
Características
Ulex latebracteatus
Ulex minor
Thymus villosus (dif. subass:9
Calluna vulgaris
Cistus psilosepalus
Pterospartum tridentatum
Agrostis curtisii
Genista triacanthus
Erica umbellata
Avenula sulcata
Erica scoparia
Erica ciliaris
Pulicaria odora
Tuberaria lignosa
Simethis mathiazii
Companheiras
Rubus ulmifolius
Cistus salvifolius
Prunella vulgaris
Pteridium aquilinum
Dactylis lusitanica
Cistus ladanifer
Cistus crispus
Holcus lanatus
Teucrium scorodonia
Euphorbia characias
Cirsium vulgare
Stachys algeriensis
Stipa gigantea
Locais: 1, 3 Peninha, 3 Entre o Pé da Serra e
dos Corvos e Peninha
1
10
NE
400
2
3
2
2
1
.
.
.
.
.
.
+
.
.
.
2
3
30
30
NW SE
340 380
4
1
1
1
1
1
1
.
+
.
.
.
+
.
.
4
2
2
1
+
1
1
+
.
1
.
.
.
+
.
4
40
N
310
3
3
1
+
2
+
+
1
1
.
1
.
.
.
+
1
1
1
1
+
1
1
+
1
+
+
+
2
.
1
+
1
.
1
+
.
1
1
.
.
.
+
1
+
.
.
1
+
.
.
+
+
.
.
.
+
.
.
.
.
+
.
.
.
.
+
.
Peninha4 Entre a Rocha
II. Dactylo maritimae-Ulicion maritimi Géhu 1975
Aliança de comunidades permanentes de tojais e urzais aero-halinos, pulviniformes
que vivem em zonas altas e em margens de arribas atlânticas.
Características no território: Carlina corymbosa var. major, Dactylis marina (dif. al.),
Daphne gnidum var. maritima, Ulex europaeus subsp. latebracteatus var. humilis, Uex
jussiaei subsp. congestus.
45. Cisto salvifolii-Ulicetum humilis Br.-Bl., P. Silva & Rozeira 1965
Tojal aero-halino, termotemperado (submediterrânico), húmido de arribas graníticas
do Miniense litoral. No Costeiro Português, no andar mesomediterrânico e ombroclima subhúmido, assinala-se a subassociação lavanduletosum luisieri Honrado, B. Caldas &
30
Napomuceno 2000, cujas diferenciais são Lavandula luisieri, Cistus ladanifer, Rubia
longifolia e Phillyrea angustifolia.
A Sul do Cabo Carvoeiro, arriba calcária, W, 50 m2: Características: 4Ulex humilis, 1Daphne maritima,
1Cistus psilosepalus, 1Cistus salvifolius, 1Carlina major, 1Dactylis marina, +Erica umbellata, +Calluna vulgaris,
+Asparagus aphyllus, +Pulicaria odora; Companheiras: 2Elaeoselinum foetidum, 2Brachypodium phoenicoides, 1Smilax
aspera, 1Schoenus nigricans, 1Carpobrotus edulis, +Cistus crispus, + Armeria welwitschii subsp. cinerea, +Phillyrea
angustifolia (dif. subass.), +Rubia longifolia (dif. subass.), +Rhamnus alaternus, +Daucus halophillus, +Iberis welwitschii,
+Centaurea sphaerocephala, +Dittrichia viscosa.
46. Daphno maritimi-Ulicetum congesti Rivas-Martínez, T.E. Díaz & J.C. Costa ex J.C.
Costa, Espírito Santo, Capelo & Lousã in J.C Costa, Lousã, Capelo, Espírito Santo, Izco &
Arsénio 2001
Tojal aero-halino, termo-mesomediterrânico, seco a sub-húmido das arribas sieníticas
sintranas e em dunas consolidadas da parte mais meridional do Costeiro Português.
Quadro sintético de COSTA et al. (2001): Características: Ulex congestus V, Daphne maritima V,
Dactylis marina V, Carlina major IV, Armeria pseudarmeria III, Calluna vulgaris III, Pulicaria odora II,
Avenula sulcata II, Ulex latebracteatus I, Ulex minor I, Ulex latebracteatus x congestus +, Simethis mattiazii;
companheiras: Cistus salvifolius V, Daucus halophilus V, Euphorbia portlantica V, Calendula algarbiensis V,
Carpobrotus edulis IV, Brachypodium phoenicoides IV, Cistus crispus IV, Urginea maritima IV, Stipa gigantea
III, Thapsia villosa III, Dianthus cintranus III, Lobularia maritima III, Juniperus turbinata II, Lavandula luisieri
II, Asparagus aphyllus II, Lithodora lusitanica II, Eryngium dilatatum II, Anagallis microphylla II, Holcus
lanatus II, Agrostis castellana II, Asphodelus ramosus II, Rubus ulmifolius II, Armeria welwitschii II,
Crucianella maritima II, Quercus pyrenaica I, Helichrysum decumbens I, Pimpinella villosa I, Lathyrus
clymenum I, Centaurea sphaerocephala I, Halimium calycinum I, Helichrysum picardi I, Cistus ladanifer I,
Quercus coccifera I, Pteridium aquilinum I, Schoenus nigricans I, Coincya cintrana I, Anthyllis maura I, Bellis
perennis I, Ionopsidium acaule I, Rhamnus alaternus I, Smilax aspera I, Cuscuta kotschya I, Anthyllis gerardi +,
Elaeoselinum gummiferum +, Spergularia australis +, Arenaria montana +, Crithmum maritimum +, Seseli
turtuosum +, Beta maritima +, Ononis ramosissima +, Lotus creticus +, Aetheorhiza bulbosa +, Limonium
virgatum +, Sedum sediforme +, Iberis welwitschii +, Scrophularia frutescens +, Carex hallerana +.
III. Genistion micrantho-anglicae Rivas-Martínez 1979
Urzais higrofíticos de óptimo mediterrânico-iberoatlântico, que vivem sobre solos
gleizados com matéria orgânica anemoriforme.
Características no território: Cheirolophus uliginosus, Cirsium welwitschii, Erica
erigena, Euphorbia uliginosa, Genista ancistrocarpa, Molinia caerulea subsp. arundinacea
(dif. al.), Leuzea longifolia.
47. Cirsio welwitschii-Ericetum ciliaris Neto, Capelo, J.C. Costa & Espírito-Santo in Neto,
Capelo, J.C. Costa & Lousã 1996
Urzal/tojal palustre, dominado por Erica ciliaris e Ulex minor var. lusitanicus, termo a
mesomediterrânico, sadense e que atinge locais paludosos do Costeiro Português e do
Beirense Litoral.
Azabuxo (Leiria), solo arenoso apaludado, SW, 60 m2: Características: 3Erica ciliaris, 3Ulex minor
var. lusitanicus, 2Leuzea longifolia, 2Molinia caerulea subsp. arundinacea, 1Cirsium filipendulum, 1Euphorbia
uliginosa, 1Cheirolophus uliginosus, 1Scorzonera humilis, 2Calluna vulgaris, 1Erica scoparia, 1Erica
umbellata, 1Pseudarrhenatherum longifolium, +Genista triacanthos, +Cistus psilosepalus, +Pterospartum
tridentatum, +Erica cinerea, +Simethis mathiazii; companheiras: 1Schoenus nigricans, 1Juncus effusus,
1Peucedaneum lancifolium, +Danthonia decumbens, +Potentilla erecta, +Geranium sanguineum.
9. CISTO-LAVANDULETEA Br.-Bl. in Br.-Bl., Molinier & Wagner 1940
Estevais mediterrânicos em que predominam nanofanerófitos e caméfitos xerofíticos e
silicícolas especialmente do géneros Cistus, Halimium e Lavandula. Tem o seu óptimo em
solos siliciosos erosionados ou imaturos da sub-região Mediterrânica ocidental. Constitui uma
etapa avançada de degradação dos bosques e pré-bosques meso-oligotróficos pouco exigentes
em precipitação.
Características no território: Astragalus lusitanicus, Cistus crispus, Cistus ladanifer,
Cistus monspeliensis, Cistus populifolius, Cistus salvifolius, Cistus x corbariensis, Cistus x
31
florentinus (C. salvifolius x monspeliensis), Cytinus hypocistis subsp. macranthus, Lithodora
prostrata subsp. lusitanica, Thymus mastichina.
A. Stauracantho genistoidis-Halimietalia commutati Rivas-Martínez, Lousã, Díaz,
Fernandez-González & J. C. Costa 1990
Matos psamofílicos perenifólios, que se desenvolvem em solos arenosos pobres em
nutrientes (charneca), no andar termomediterrânico raramente no mesomediterrânico inferior.
Distribui-se no Sudoeste Península Ibérica e Marrocos ocidental. Representam etapas de
degradação do Oleo-Quercetum suberis ou comunidades do Juniperion turbinatae.
Características: Halimium calycinum (= H. commutatum), Halimium halimifolium.
II. Coremion albi Rothmaler 1943
Aliança psamofílica, costeiro-lusitano-andaluza, termomediterrânica que atinge
finicolamente o mesomediterrânico inferior.
Características no território: Dianthus broteri subsp. hinoxianus, Helichrysum picardi
var. virescens, Iberis concrata subsp. welwitschii, Lavandula pedunculata subsp. lusitanica,
Stauracanthus genistoides.
48. Stauracantho genistoidis-Coremetum albi Br.-Bl., P. Silva & Rozeira 1965
Comunidade psamofílica dominada pelo Stauracanthus genistoides, Corema album e
Ulex latebracteatus, termo-mesomediterrânica sub-húmida a húmida, do Costeiro Português.
Na sua composição florística são comuns espécies da Ericion umbellatae.
Quadro sintético de COSTA et al. (2001): Características: Stauracanthus genistoides V, Corema
album V, Helichrysum virescens V, Cistus salvifolius V, Halimium calycinum IV, Halimium halimifolium IV,
Lavandula lusitanica III, Cistus crispus II, Lavandula luisieri I, Cytinus hypocistis I, Iberis welwitschii +;
Diferenciais da Ericion umbellatae: Ulex latebracteatus V, Calluna vulgaris IV, Genista triacanthos II, Erica
umbellata II, Pterospartum tridentatum I, Tuberaria lignosa I, Erica scoparia I, Agrostis curtisii I, Erica
australis +, Simethis mattiazii +; companheiras: Corynephorus canescens var. maritimus IV, Carpobrotus
edulis IV, Pteridium aquilinum III, Carex arenaria II, Carlina corymbosa II, Thapsia villosa II, Dactylis marina
II, Linaria decumbens II, Armeria welwitschii II, Ammophila australis II, Daphne gnidium II, Scrophularia
frutescens II, Sedum sediforme II, Seseli tortuosum II, Cytisus grandiflorus I, Juniperus turbinata I, Rubia
longifolia I, Aetheorhiza bulbosa I, Artemisia crithmifolia I, Asparagus aphyllus I, Lotus creticus I, Silene
nicaensis I, Dittrichia viscosa I, Briza maxima I, Centaurea polyacantha +, Anagallis microphylla +, Scilla
monophyllos +, Euphorbia portlantica +, Pistacia lentiscus +, Lupinus angustifolius +, Vulpia alopecurus +
Brassica barrelieri +, Euphorbia characias +, Umbilicus rupestris +.
10. ROSMARINETEA OFFICINALLIS Rivas-Martínez, T.E.Díaz, F.Prieto, Loidi & Penas
1991
Matos dominados por caméfitos e nanofanerófitos, que crescem em solos alcalinos
incipientes ou decapitados e frequentemente pedregosos. Tem uma distribuição mediterrânica,
desde o andar termomediterrânico até ao oromediterrânico de ombroclimas de árido a subhúmido, e penetra um pouco no termocolino seco a sub-húmido eurossiberiano sudocidental.
Características no território: Anthyllis vulneraria subsp. maura, Cistus albidus,
Fumana thymifolia, Koeleria vallesiana, Phagnalon rupestre, Onobrychis humilis, Valeriana
tuberosa.
A. Rosmarinetalia officinalis Br.-Bl. ex Molinier1934
Associações próprias de solos incipientes ou decapitados, calcários ou margosos.
Representam quase sempre estádios muito degradados dos bosques climácicos da Quercetea
ilicis. Tem uma distribuição mediterrânica, ibérica e tirrénica nos andares termo, meso e
supramediterrânico de omboclima desde árido a sub-húmido.
Características no território: Argyrolobium zanonii, Elaeoselinum gummiferum,
Rosmarinus officinalis, Staehelina dubia.
32
I. Eryngio-Ulicion erinacei Rothmaler 1943
Tomilhais e matos abertos alcalinos do Sudoeste da Península Ibérica, que tem o
óptimo sobre solos decapitados ou litossolos calcários nos andares termomediterrânico e
mesomediterrânico inferior, e de ombroclima seco e sub-húmido das províncias Bética,
Costeiro-Lusitano-Andaluza e Luso-Extremadurense.
Características no território: Bartsia aspera, Coridothymus capitatus, Eryngium
dilatatum, Micromeria graeca subsp. micrantha, Serratula baetica subsp. lusitanica.
Ia. Serratulo estremadurensis-Thymenion sylvestris Capelo, J.C. Costa, Espírito-Santo &
Lousã 1993
Comunidades calcícolas em solos erosionados do Divisório Português e do
Arrabidense.
Características no território: Iberis procumbens subsp. microcarpa, Serratula
estremadurensis, Sideritis hirsuta var. hirtula, Teucrium polium subsp. capitatum, Thymus
zygis subsp. sylvestris, Ulex densus.
49. Salvio sclareoidis-Ulicetum densi Rivas-Martínez, Lousã, Díaz, Fernandez-González &
J.C. Costa 1990 ex Capelo, J.C. Costa, Lousã & Neto 1992.
Tojal termomediterrânico, sub-húmido em solos calcários decapitados. No Divisório
Português só ocorre a subassociação típica (ulicetosum densi), subserial do ArisaroQuercetum broteroi. A subassociação thymetosum sylvestris Capelo, J.C. Costa, Lousã &
Neto 1992 observa-se no Arrabidense. No Costeiro Português assinala-se a variante aerohalina de Daphne maritima subserial do Querco cocciferae-Juniperetum turbinatae.
Quadro sintético da subassociação típica de CAPELO et al. (1993): Características: Ulex densus V,
Salvia sclareoides V, Eryngium dilatatum V, Anthyllis maura IV, Carex hallerana IV, Daucus crinitus III,
Plantago serraria var. hispanica II, Bartsia aspera I, Serratula estremadurensis I, Carduncellus caeruleus I,
Phagnalon rupestre I, Ruta chalepensis I, Staehelina dubia +, Elaoselinum gummiferum +, Iberis microcarpa r,
Valeriana tuberosa r, Cistus monspeliensis r; companheiras: Brachypodium phoenicoides V, Asparagus
aphyllus V, Bupleurum paniculatum V, Daphne gnidium IV, Olea sylvestris IV, Quercus coccifera IV, Pulicaria
odora IV, Centaurium grandiflorum IV, Rhamnus alaternus III, Dactylis hispanica III, Cistus crispus III,
Atractylis gummifera III, Carlina corymbosa III, Pallenis spinosa III, Cistus salvifolius III, Urginea maritima
III, Rhamnus oleoides II, Genista tournefortii II, Lonicera implexa II, Smilax aspera II, Asphodelus ramosus II,
Campanula rapunculus II, Allium pallens II, Cynara humilis II, Centaurea pullata II, Plantago lanceolata II,
Origanum virens II, Calamintha baetica II, Lonicera etrusca II, Holcus lanatus II, Rubus ulmifolius I, Myrtus
communis I, Rubia longifolia I, Osyris alba I, Phagnalon saxatile I, Scabiosa atropurpurea I, Phlomis lychnitis
I, Sanguisorba spachiana I, Delphynum pentagynum I, Hypericum perforatum I, Stachys algeriensis I, Anthyllis
gerardi I, Dittricchia viscosa I, Foeniculum piperitum I, Melica arrecta +, Pistacia lentiscus +, Anacamptis
pyramidalis +, Psoralea bituminosa +, Quercus lusitanica r, Nepeta tuberosa +, Lithodora lusitanica +, Cynara
cardunculus +, Schoenus nigricans +, Echium tuberculatum +, Erica scoparia +, Convolvulus althaeoides +,
Euphorbia characias +, Cheirolophus sempervirens +, Fritillaria lusitanica +, Lathyrus clymenum +, Picris
echioides +, Aristolochia paucinervis r, Vinca difformis r, Asparagus acutifolius r, Dipsacus comosus r,
Sellaginella denticulata r, Reichardia picrioides r, Silene longicilia r, Serapias vomeracea r, Achillea ageratum
r, Asparagus albus r, Ajuga iva r, Daucus maximus r, Euphorbia amygdaloides r, Iris subbiflora r, Ruscus
aculeatus r, Reichardia gaditana r, Ulex jussiaei r, Cephalantera longifolia r, Tammus communis r, Carlina
racemosa r.
Quadro sintético da variante de Daphne maritima de COSTA et al. (2001): Características: Ulex
densus V, Eryngium dilatatum V, Salvia sclareoides V, Anthyllis maura IV, Plantago serraria var. hispanica
IV, Carex hallerana IV, Cistus monspeliensis II, Ruta chalepensis II, Rosmarinus officinalis II, Bartsia aspera I,
Iberis microcarpa I, Daucus crinitus I; diferenciais da variante de Daphne maritima: Daphne maritima V,
Dactylis marina IV, Calendula algarbiensis IV, Daucus halophilus IV, Carlina major IV, Ononis ramosissima
III, Helichrysum decumbens II; companheiras: Brachypodium phoenicoides V, Cistus salvifolius V, Asparagus
aphyllus V, Rubia longifolia IV, Pulicaria odora IV, Urginea maritima IV, Scabiosa atropurpurea III, Echium
tuberculatum III, Cynara humilis III, Quercus coccifera II, Erica scoparia II, Juniperus turbinata II, Plantago
lanceolata II, Holcus lanatus II,, Schoenus nigricans I, Centaurium grandiflorum I, Smilax nigra I, Convolvulus
althaeoides I, Arisarum vulgare I, Lonicera implexa I, Romulea bulbocodium I, Rhamnus alaternus I, Allium
roseum I, Lobularia maritima I, Allium ampeloprasum I, Cheirolophus sempervirens I, Pistacia lentiscus I,
Phillyrea angustifolia I,
33
50. Teucrio capitati-Thymetum sylvestris Espírito Santo & Capelo in Capelo, J.C. Costa,
Espírito Santo & Lousã 1993.
Tomilhal mesomediterrânico sub-húmido a húmido, subserial do Lonicero implexaeQuercetum rotundifoliae, do Maciço Calcário Estremenho.
Cabeço da Fórnea (S. Bento, Porto de Mós), solo decapitado de calcários cársicos, 500 m, SW, 6 m2:
características: 3Thymus sylvestris, 4Rosmarinus officinalis, 2Helianthemum violaceum, 2Koeleria vallesiana,
1Teucrium chamaedris, 1Avenula occidentalis, 1Anthyllis maura, 1Inula montana, +Salvia sclareoides,
+Erygium dilatatum; companheiras: 1Pulicaria odora, 1Brachypodium phoenicoides, +Urginea maritima,
+Rhamnus alaternus, +Dactylis hispanica, +Carduus broteroi, +Cuscuta epitymum.
Quadro sintético de CAPELO et al. (1993): Características: Thymus sylvestris V, Teucrium capitatum
IV, Siderites hirsuta var. hirtula III, Cistus albidus II, Carex hallerana II, Anthyllis maura II, Rosmarinus
officinalis II, Iberis microcarpa II, Scabiosa turolensis II, Bartsia aspera I, Serratula lusitanica I, Staehelina
dubia I, Koeleria vallesiana I, Agyrolobium zanonii I, Valeriana tuberosa I, Fumana thymifolia I, Serratula
estremadurensis r, Helianthemum pilosum r, Leuzea conifera r, Salvia sclareoides r, Cistus monspeliensis r;
companheiras: Cistus salvifolius V, Lavandula luisieri IV, Quercus coccifera IV, Avenula occidentalis III,
Sanguisorba spachiana III, Rubia longifolia III, Daphne gnidium III, Euphorbia portlantica III, Brachypodium
phoenicoides II, Pistacia lentiscus II, Dactylis hispanica II, Helichrysum stoechas II, Phlomis lychinitis II, Erica
scoparia II, Carlina corymbosa II, Cistus crispus II, Astragalus lusitanicus II, Phillyrea angustifolia II, Arbutus
unedo II, Anemone palmata II, Olea sylvestris II, Urginea maritima II, Arenaria conimbricensis II, Ceterach
officinarum II, Hyparrhenia sinaica II, Anthyllis lusitanica I, Thapsia villosa I, Valantia muralis I, Pistacia
terebinthus I, Arisarum vulgare I, Aristolochia paucinervis I, Asparagus acutifolius I, Calendula lusitanica I,
Campanula rapunculus I, Dianthus cintranus subsp. barbatus I, Lonicera etrusca I, Euphorbia characias I,
Jasminum fruticans I, Phagnalon saxatile I, Psoralea bituminosa I, Rhamnus alaternus I, Scabiosa atropurpurea
I, Sedum forsteranum I, Serapia lingua I, Orchis mascula r, Quercus lusitanica r, Calluna vulgaris r, Ophrys
scolopax r, Pulicaria odora r, Halimium viscosum r, Anacamptis pyramidalis r, Medicago minima r, Ononis
reclinata r, Clinopodium vulgare r, Origanum virens r, Serapias parviflora r, Bupleurum gerardi r, Catapodium
rigidum r, Stipa gigantea r, Brachypodium dstachyon r, Silene longicilia r, Melica magnolli r, Salvia verbenaca
r, Ononis pusilla r, Crucianella angustifolia r, Antirrhinum linkianum r, Chaenorrhinum origanifolium r,
Coronilla glauca r, Galium frutescens r, Helleborus foetidus r, Melica minuta r, Bupleurum paniculatum r,
Carex flacca r, Quercus rotundifolia r, Lithodora lusitanica r, Myrtus communis r, Melica arrecta r, Stachys
lusitanica r, Aceras antropophorum r, Lathyrus amphicarpos r, Orchis italica r, Ranunculus olissiponensis r.
11. MOLINIO-ARRHENATHERETEA Tüxen 1937 em. 1970
Vegetação de pradarias densas e juncais que crescem em solos profundos, húmidos e
raramente submersos. É constituída por espécies vivazes que na sua maioria são
hemicriptófitos e que em certas ocasiões podem ser exploradas pelo homem. Normalmente
representam uma etapa de substituição antrópica dos bosques ripícolas caducifólios da
Querco-Fagetea. As comunidades desta classe distribuem-se pela região Eurossiberiana, mas
conseguem alcançar a região Mediterrânica, ainda que de uma forma empobrecida.
Características no território: Bellis perennis, Briza minor, Bromus hordeaceus, Carex
flacca, Crepis vesicaria subsp. haenseleri, Gaudinia fragilis, Holcus lanatus, Hypochaeris
radicata, Linum bienne, Lolium perenne, Plantago lanceolata, Poa trivialis, Prunella
vulgaris, Serapias lingua, Silene laeta, Trifolium resupinatum.
A. Molinietalia caeruleae W. Koch 1926
Prados higrófilos húmidos com gley, de óptimo eurossiberiano que podem ocorrer no
ocidente da região Mediterrânica.
Características no território: Carum verticillatum, Cyperus longus, Hypericum
undulatum, Juncus effusus, Lobelia urens, Lotus pedunculatus.
I. Juncion acutiflori Br.-Bl. in Br.-Bl & Tüxen 1952
Prados / juncais instalados em solos oligotróficos e pouco explorados, de distribuição
atlântica, costeiro-lusitano-andaluza e mediterrânico-iberoatlântica.
Características no território: Juncus acutiflorus subsp. acutiflorus, Juncus acutiflorus
subsp. rugosus, Oenanthe fistulosa.
34
51. Juncetum rugosi-effusi Rivas-Martínez & Costa in Rivas-Martínez, Costa, Castroviejo &
Valdés 1980
Juncais termófilos, costeiro-lusitano-andaluzes, em solos arenosos, hidromórficos,
gleizados, com estagnação permanente de água freática e pobre em nutrientes.
Margem da Lagoa da Vela (Figueira da Foz), areias húmidas, 20 m2: características: 4Juncus effusus,
2Lotus pedunculatus, 2Trifolium repens, 1Cyperus longus, 1Lobelia urens, 1Schoenus nigricans, 1Agrostis
stolonifera, +Hypericum undulatum, +Lythrum junceum, +Holoschoenus romanus, +Carum verticillatum, +Poa
trivialis; companheiras: 1Juncus articulatus, 1Panicum repens, +Mentha suaveolens, +Poa annua.
52. Juncetum acutifloro-valvati Espírito Santo & Capelo 1998
Juncal termo a mesomemediterrânico, mesotrófico, em solos hidromórficos derivados
de calcários dolomíticos do Divisório Português e do Arrabidense.
Quadro sintético de ESPÍRITO SANTO & CAPELO (1998): Características: Juncus valvatus V,
Juncus acutiflorus IV, Carex flacca IV, Phleum bertolonii II, Oenanthe fistulosa II, Lotus pedunculatus, Holcus
lanatus II, Agrostis stolonifera II, Poa trivialis subsp. silvicola II, Molinia caerulea II, Holoschoenus australis
II, Briza minor II, Gaudinia fragilis II, Dantonia decumbens II, Juncus effusus I, Carum verticillatum I, Cyperus
longus I, Rumex conglomeratus I, Potentilla erecta I, Lobelia urens I, Juncus conglomeratus I, Prunella
laciniata I, Serapias cordigera I, Cynodon dactylon I; companheiras: Lythrum junceum IV, Panicum repens II,
Dactylis lusitanica II, Parentucelia viscosa II, Carex divulsa II, Schoenus nigricans I.
53. Cirsio palustris-Juncetum rugosi Neto, Capelo, J.C. Costa & Lousã 1996
Juncais sadenses, termomediterrânicos, de turfeiras degradadas ou semi-secas em
condições de oligotrofia e anóxia intensa que atingem o Costeiro Português. Subserial do
Carici lusitanicae-Alnetum glutinosae e Carici lusitanicae-Salicetum atrocinereae.
B. Holoschoenetalia Br.-Bl. ex Tchou 1948
Prados junceiformes tipicamente mediterrânicos, crescendo em solos húmidos
profundos.
Características no território: Holoschoenus romanus var. australis (Scirpus
holoschoenus var. australis), Holoschoenus romanus var. romanus, Schoenus nigricans.
II. Molinio-Holoschoenion Br.-Bl. ex Tchou 1948
Prados e juncais formados por hemicriptófitos sobre solos húmidos permeáveis, que
mantêm o nível freático muito próximo da superfície, de distribuição óptima mediterrâneoiberoatlântica e costeiro-lusitano-andaluza.
Características no território: Agrostis reuteri, Galium debile, Galium palustre, Juncus
acutus subsp. acutus, Juncus maritimus, Hypericum tomentosum, Linum triginum subsp.
tenue, Molinia caerulea subsp. arundinacea, Oenanthe lachenalii, Sonchus maritimus subsp.
aquatilis, Trifolium resupinatum.
54. Galio palustris-Juncetum maritimae Rivas-Martínez & Costa in Rivas-Martínez, Costa,
Castroviejo & Valdés 1980
Juncal costeiro-lusitano-andaluz, termomediterrânico dominado por Juncus maritimus,
que se desenvolve em solos arenosos temporariamente encharcados por água doce.
Salir do Porto (Caldas da Rainha), depressão dunar, 20 m2: Características: 4Juncus maritimus,
2Juncus acutus, 1Agrostis stolonifera, 1Trifolium repens, +Holoschoenus australis, +Galium palustre,
+Trifolium resupinatum, +Rumex crispus; companheiras: +Juncus bufonius, 1Panicum repens.
55. Holoschoeno-Juncetum acuti Rivas-Martínez & Costa in Rivas-Martínez, Costa,
Castroviejo & Valdés 1980
Juncal costeiro-lusitano-andaluz, termomediterrânico, a desenvolver-se em solos
arenosos meso-oligotrófocos, cujo o lençol freático, no Inverno, está a poucos centímetros da
superfície (solo com pseudogley).
Dunas de Quiaios (Figueira da Foz), depressão em areias, 20 m2: Características: 4Holoschoenus
romanus var. australis, 1Juncus acutus, 1Schoenus nigricans, 1Agrostis stolonifera, 1Mentha suaveolens,
35
+Rumex crispus, +Holcus lanatus, +Cynodon dactylon; companheiras: 1Hydrocotyle bonariensis, +Juncus
articulatus, +Carex arenaria, +Juncus bufonius, +Panicum repens.
56. Salici arenariae-Holoschoenetum australis M.J. Martins & Penas ex J.C. Costa & Neto
ass. nova hoc loco
Comunidade arbustiva com 1-2 m de altura, dominada pelo Salix arenaria
acompanhado de Holoschoenus australis, Schoenus nigricans, Juncus acutus, Agrostis
stolonifera, Salix atrocinerea, Carex arenaria, Lythrum salicaria entre outras (Quadro 6,
syntypus inventário nº 3). Ocorre em depressões dunares, que de Inverno podem ficar
inundadas, em margens de lagoas e de valas de drenagem, que secam no Verão mas o lençol
freático encontra-se sempre próximo da superfície. Ocorre na parte mais setentrional do
Costeiro Português (entre Quiaios e S. Jacinto). Apesar da dominância do Salix arenaria
posicionamos esta comunidade na Holoschoenetalia devido à sua ecologia. NETO (1994)
observou esta formação nas dunas de S. Jancinto designando-a por comunidade de Salix
arenaria e Salix atrocinerea, posteriormente MARTINS (1999) também a assinalou entre
Mira e Quiaios chamando-a de Salicetum atrocinereo-arenariae.
Quadro 6 - Salici arenariae-Holoschoenetum australis
Nº de ordem
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Área mínima (m2)
40 20 50 20 50 50 20 40 30
Características
Salix arenaria
5
5
3
5
4
4
4
4
4
Holoschoenus romanus var. australis
1
1
2
+
1
2
2
1
.
Schoenus nigricans
.
.
2
+
.
+
.
.
1
Agrostis stolonifera
.
+
.
1
1
.
.
+
.
Juncus acutus
.
.
1
.
+
.
+
.
.
Mentha suaveolens
.
.
.
.
+
.
.
.
.
Companheiras
Carex arenaria
.
.
1
1
2
1
+
1
+
Salix atrocinerea
.
.
.
.
1
.
2
2
2
Lythrum salicaria
+
.
.
+
.
.
1
1
.
Rubus ulmifolius
.
.
.
+
.
.
.
.
+
Carex extensa
+
.
.
.
+
.
.
.
Mentha aquatica
.
.
.
1
.
.
.
.
.
Phragmites australis
+
.
.
.
.
.
.
.
.
Cladium mariscus
.
.
.
+
.
.
.
.
.
Helichrysum virescens
.
.
+
.
.
.
.
.
.
Locais: 1 Lagoa de Mira; 3 Praia da Tocha; 4 Lagoa da Vela (Figueira da Foz); 2, 5, 6, 8 Dunas de Mira;
7, 9 S. Jacinto (Aveiro)
C. Plantaginetalia majoris Tüxen & Preising in Tüxen 1950
Prados e arrelvados vivazes pastoreados, de humidade elevada, enriquecidos em azoto
e pisoteados.
Características no território: Agrostis stolonifera, Lolium perenne, Lythrum junceum,
Panicum repens, Rumex conglomeratus.
III. Mentho-Juncion inflexi de Foucaut 1984
(Agropyro-Rumicion crispi Nordhagen 1940 nom dub.)
Prados e juncais em solos hidromóficos frequentemente encharcados e fortemente
nitrificados.
Características no território: Epilobium hirsutum, Juncus inflexus, Mentha suaveolens,
Rumex crispus.
57. Mentho suaveolentis-Juncetum inflexi Rivas-Martínez in Sánchez-Mata 1989
Juncal que se ocorre em lugares permanentemente encharcados e fortemente
nitrificados, como sejam ao redor de fontes, margens de charcos e ribeiras frequentadas pelo
gado.
36
IV. Potentillion anserinae Tüxen 1947
(sin. Lolio-Plantaginion majoris Sissingh 1969)
Prados mesofíticos sobre solos compactados, frescos e húmidos em estações
pisoteadas e nitrificadas de óptimo eurossiberiano.
Características no território: Chamaemelum nobile, Plantago major.
58. Lolio perennis-Plantaginetum maioris Beger 1930
Prados em locais transitados pelo homem e animais com elevada humidade. Está
caracterizado pela presença de Lolium perenne, Plantago major, Trifolium repens, Plantago
lanceolata e Bellis perennis. No território ocorre nos andares termo e mesomediterrânico.
V. Trifolio fragiferi-Cynodontion Br.-Bl. & O.Bolòs 1958
Arrelvados de cobertura elevada de óptimo mediterrânico, em solos profundos,
compactados pelo pisoteio ou pastoreio, suportando a secura estival.
Características no território: Carex divisa (= C. chaetophylla), Cynodon dactylon,
Medicago arabica, Trifolium fragiferum.
59. Trifolio resupinatae-Caricetum chaetophyllae Rivas-Martínez & Costa in Rivas-Martínez,
Costa, Castroviejo & Valdés 1980
Prados densos formados por Carex divisa, Trifolium resupinatum, Cynodon dactylon,
Agrostis stolonifera entre outras, que desenvolvem solos arenosos húmidos, algo
nitrofilizados, de distribuição costeiro-lusitano-andaluza e mediterrânico-iberoatlântica.
Resultam do pastoreio do Holoschoeno-Juncetum acuti, Galio palustris-Juncetum maritimi e
Juncetum rugosi-effusi.
Lagoa da Vela, depressão arenosa húmida, 20 m2: Características: 3Trifolium resupinatum, 1Carex
divisa, 2Poa annua, 2Agrostis stolonifera, 2Trifolium repens, 1Lolium perenne, 1Cynodon dactylon, +Holcus
lanatus, +Rumex crispus, +Prunella vulgaris, +Lythrum junceum; companheiras: 1Panicum repens, 1Plantago
coronopus, 1Hydrocotyle bonariensis, +Juncus articulatus, +Juncus bufonius.
60. Trifolio fragiferae-Cynodontetum dactyli Br.-Bl. & O. Bolòs 1958
Prados dominados pela grama com elevada cobertura, que ocorrem em solos húmidos
compactados e argilosos dos rios mediterrânicos ou das suas margens inundadas.
D. Paspalo-Heleochloetalia Br.-Bl. in Br.-Bl., Roussine & Négre 1952
Associações mediterrânicas e eurossiberianas, dominadas por gramíneas
hemicriptofíticas de floração tardiestival, em solos húmidos ou encharcados e fortemente
nitrificados.
VI. Paspalo-Polypogonenion semiverticillati Br.-Bl. in Br.-Bl., Roussine & Négre 1952
Arrelvados dominados por gramíneas reptantes, de óptimo mediterrânico, que ocorrem
em solos muito húmidos e temporariamente encharcados, eutrofizados e nitrofilizados.
Características no território: Paspalum dilatatum, Paspalum paspalodes, (P.
distichum), Paspalum vaginatum, Polypogon viridis.
61. Paspaletum dilatato-distichi Herrera & F. Prieto in T.E. Días & F. Prieto 1994
Arrelvado compacto dominado pelo Paspalum paspalodes e P. dilatatum sobre solos
limosos em locais que ficam alagados durante muito tempo e que permanecem sempre
húmidos. É frequente nas margens das lagoas do Costeiro Português.
Margem da Lagoa da Vela (Figueira da Foz), areias húmidas, 40 m2: Características: 4Paspalum
paspalodes, 1Paspalum dilatatum, 2Agrostis stolonifera, 1Panicum repens, 1Mentha suaveolens, +Rumex
crispus, +Ranunculus repens, +Lobelia urens, +Holcus lanatus, +Lythrum junceum; companheiras: 1Juncus
articulatus, 1.Hydrocotyle bonariensis, +Mentha aquatica, 1Taraxacum adamii, +Potentilla erecta, +Plantago
coronopus.
37
62. Paspalo-Polygonetum semiverticillati Br.-Bl. 1936.
Arrelvado de Paspalum paspalodes que cobrem depósitos limosos, arenosos que
ficam inundados pelas águas dos rios mediterrânicos.
12. TRIFOLIO MEDII-GERANIETEA SANGUINEI Th. Müller 1962
Vegetação herbácea vivaz da orla natural semi-sombria, húmicola e não nitrófila dos
bosques climácicos e seus mantos pré-florestais, tanto eurossiberianos como mediterrânicos
chuvosos, colino a montano e termo a supramediterrânicos.
Características no território: Brachypodium sylvaticum, Campanula rapunculus,
Clinopodium vulgare subsp. vulgare, Geranium sanguineum, Hypericum perforatum,
Lathyrus sylvestris, Silene latifolia.
A. Melampyro-Holcetalia Passarge 1979
Associações em solos pouco ácidos ou neutros não oligotróficos.
Características no território: Agrimonia eupatoria, Carex divulsa.
I. Origanion virentis Rivas-Martínez & O. Bolòs in Rivas-Martínez, T.E. Díaz, F. Prieto,
Loidi & Penas 1984.
Associações termo-mesomediterrânicas de ombroclima seco a húmido, mediterrânicas
iberoatlânticas.
Características no território: Calamintha baetica, Clinopodium arundanum, Origanum
virens, Pimpinella villosa, Teucrium scorodonia subsp. scorodonia, Vinca difformis.
IIb. Stachyo lusitanicae-Cheirolophenion sempervirentis Capelo1996
Orlas termo-mesomediterrânicas inferiores, neutro-acidófilas a basófilas, divisório
portuguêsas, arrabidenses e serrano-monchiquenses.
Características no território: Cheirolophus sempervirens, Picris spinifera, Stachys
germanica subsp. lusitanica, Stachys officinalis subsp. algeriensis (dif. subal.).
63. Leucanthemo sylvatici-Cheirolophetum sempervirentis J.C. Costa, Ladero, Díaz, Lousã,
Espírito Santo, Vasconcelos, Monteiro & Amor 1993
Comunidade calcícola do Divisório Português e Arrabidense, dominada pelo
Cheirolophus sempervirens, termo-mesomediterrânica, sub-húmida a húmida, própria das
orlas sombrias do Arisaro-Quercetum broteroi.
Curvachia (Leiria), luviossolo calcário, NW, 60 m2: características: 3Cheirolophus sempervirens,
2Teucrium scorodonia, 2Clinopodium arundanum, 1Vinca difformis, 2Agrimonia eupatoria, 2Brachypodium
sylvaticum, 1Hypericum perforatum, +Picris spinifera, +Calamintha baetica, +Primula vulgaris;
companheiras: 1Digitalis purpurea, 1Dipsacus comosus, 1Sanguisorba hybrida, +Oenanthe crocata, +Luzula
baetica, +Piptatherum miliaceum, +Myosotis baetica, +Vicia sativa.
Quadro sintético de COSTA et al. (1993): Características: Cheirolophus sempervirens 4,
Leucanthemum sylvaticum 3, Clinopodium vulgare 3, Teucrium scorodonia 3, Calamintha baetica 3,
Brachypodium sylvaticum 2, Origanum virens 2, Clinopodium arundanum 2, Sedum forsteranum 2, Silene
latifolia 2, Stachys lusitanica 2, Heleborus foetidus 2, Vinca difformis 1, Hypericum perforatum 1, Agrimonia
eupatoria 1, Carduus broteroi 1, Geum sylvaticum 1, Lathyrus sylvestris 1; companheiras: Geranium
purpureum 3, Cistus salvifolius 3, Prunella vulgaris 3, Antirrhinum linkianum 3, Salvia sclareoides 3, Digitalis
purpura 3, Rubia longifolia 3, Luzula forsteri subsp. baetica 2, Conyza bonariensis 2, Coronilla glauca 2,
Bupleurum fruticosum 2, Myrtus communis 2, Erica arborea 2, Iris foetidissima 2, Psoralea bituminosa 2,
Rhagadilus stellatus 2, Silene longicilia 2, Aristolochia paucinervis 2, Arum italicum 2, Geranium rotundifolium
2, Carex hallerana 2, Bellis perennis 2, Sanguisorba rupicola 2, Brachypodium phoenicoides 2, Thapsia villosa
2, Calendula lusitanica 2, Euphorbia characias 2, Rosa sempervirens 1, Lapsana communis 1, Daucus carota 1,
Andryala integrifolia 1, Centaurium grandiflorum 1, Biscutella lusitanica 1, Carex flacca 1,
38
64. Stachyo lusitanicae-Origanetum virentis (Capelo 1996) Capelo stat. nov.
[Basiónimo: Clinopodio villosi-Origanetum virentis Rivas-Martínez in Rivas-Martínez, T.E.
Díaz, F. Prieto; Loid & Penas 1984 heleboretosum foetidi Capelo 1996, Silva Lusit. 4(1)
pag.124 = inv. 5 do quadro 7]
(sin. Clinopodium villosi-Origanetum virentis sensu J.C. Costa, Ladero, T.E. Díaz, Lousã,
Espírito Santo, Vasconcelos, Monteiro & Amor 1993 non Rivas-Martínez in Rivas-Martínez,
T.E. Díaz, F. Prieto; Loid & Penas 1984)
Associação siliciosa, termo-mesomediterrânica, sub-húmida a húmida, dominada pelo
Origanum virens acompanhado de Stachys lusitanica, Stachys algeriensis, Campanula
rapunculus, Calamintha baetica, Clinopodium arundanum, Teucrium scorodonia, Stachys
algeriensis, Agrimonia eupatoria, Sedum forsteranum, Vinca difformis, Campanula
rapunculus, etc. (Quadro 7). No Divisório Português, ocorre nas orlas sombrias do Asparago
aphylli-Quercetum suberis. Para solos calcários cársicos, na orla do Lonicero implexaeQuercetum rotundifoliae, propõe-se a subassociação anthyllidetosum maurae subass nova
(syntypus inv. 7 do Quadro 7). São diferenciais face à subassociação típica Anthyllis maura,
Salvia sclareoides e Euphorbia characias, notando-se a ausência de Teucrium scorodonia,
Agrimonia eupatoria e Stachys algeriensis.
13. FESTUCO-BROMETEA ERECTI Br.-Bl. & R.Tx. 1943
Arrelvados vivazes, que podem ser observados em solos relativamente profundos,
calcários ou neutros, sem hidromorfia temporal. Distribuem-se na região Eurossiberiana, mas
podem estender-se a enclaves chuvosos ou compensados da região Mediterrânica.
Características no território: Aceras anthropophorum, Anacamptis pyramidalis,
Asphodelus ramosus, Daucus crinitus, Eryngium dilatatum, Leuzea conifera, Plantago
lanceolata.
A. Brachypodietalia phoenicoidis Br.-Bl. ex Molinier 1934
Prados densos, geralmente dominados pelo Brachypodium phoenicoides, próprios de
solos argilosos ou limosos de territórios sub-húmidos a húmidos da região Mediterrânica dos
andares termo a supramediterrânico.
Características no território: Allium roseum, Brachypodium phoenicoides, Daucus
crinitus, Mantisalca salmantica, Orchis italica, Orchis mascula, Ophrys apifera, Ophrys
bombyliflora, Ophrys fusca, Ophrys lutea, Plantago serraria var. hispanica, Phlomis
lychnitis, Salvia sclareoides, Serapias parviflora, Tulipa sylvestris subsp. australis.
I. Brachypodion phoenicoidis Br.-Bl. ex Molinier 1934
Aliança única na Península Ibérica
65. Phlomido lychnitidis-Brachypodietum phoenicoidis Br.-Bl., P. Silva & Rozeira 1956
Arrelvado de Brachypodium phoenicoides, calcícola, termo a mesomediterrânico, subhúmido do Divisório Português, do Arrabidense e do Algarviense.
Quadro sintético de CAPELO et al. (1993): Características: Brachypodium phoenicoides 5, Dactylis
hispanica 5, Eryngium dilatatum 5, Plantago serraria var. hispanica 5, Salvia sclareoides 4, Phlomis lychnitis 4,
Plantago lanceolata 4, Asphodelus ramosus 4, Daucus crinitus 4, Ophrys lutea 4, Allium roseum 4, Campanula
rapunculus 3, Phagnalon saxatile 3, Serapias parviflora 2, Lathyrus amphicarpus 2, Anacamptis pyramidalis 2,
Allium pallens 2, Orchis italica 2, Nepeta tuberosa 2, Ajuga iva 2; Companheiras: Carex hallerana 5, Pulicaria
odora 5, Urginea maritima 5, Cynara hymilis 5, Sanguisorba spachiana 5, Convolvulus althaeoides 4, Anthyllis
maura 4, Brachypodium distachyon 3, Bupleurum paniculatum 3, Atractylis gummifera 3, Scorpiurus
vermiculatus 3, Gynandriris sisyrinchium 3, Asparagus aphyllus 3, Astragalus hamosus 3, Bellis perennis 3,
Centaurium grandiflorum 3, Anagallis arvensis 3, Pallenis spinosa 3, Trifolium angustifolium 3, Euphorbia
exigua 3, Romulea bulbocodium 3, Scabiosa atropurpurea 2, Hyparrhenia sinaica 2, Reichardia intermedia 2,
Leontodon longirrostris 2, Bromus lanceolatus 2, Linum trigynum 2, Onobrychis pedicularis 2, Phalaris
caerulescens 2, Avena barbata 2, Briza maxima 2, Carlina corymbosa 2, Calamintha baetica 2, Centaurea
pullata 2, Clinopodium vulgare 2, Origanum virens 2, Ononis mitissima 2, Medicago minima 2, Sherardia
arvensis 2, Crucianella angustifolia 2, Galium divaricatum 2, Psoralea bituminosa 1, Filago gallica 1, Plantago
afra 1, Stachys arvensis 1, Carduncellus caeruleus 1, Lathyrus clymenum 1, Fritillaria lusitanica 1, Linum
39
strictum 1, Agrostis stolonifera 1, Cynodon dactylon 1, Holcus lanatus 1, Phleum bertolonii 1, Picris echioides
1, Schoenus nigricans 1.
Quadro 7 - Stachyo lusitanicae-Origanetum virentis
Nº de ordem
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Área mínima (m2)
20
20
40
30
10
6
6
4
10
Exposição
SE
N NW SW Pl. NE NW SW W
Características
Origanum virens
1
3
2
2
3
3
3
3
3
Calamintha baetica
+
+
2
1
1
1
2
2
1
Stachys lusitanica
.
1
1
2
1
+
1
2
1
Clinopodium arundanum
1
+
2
1
1
.
+
1
.
Sedum forsteranum
.
+
1
.
+
.
1
1
1
Teucrium scorodonia
2
1
2
2
1
.
.
.
.
Vinca difformis
1
1
1
2
.
.
.
+
.
Campanula rapunculus
+
+
.
+
+
1
.
.
.
Hypericum perforatum
.
.
+
+
+
.
+
.
+
Brachypodium sylvaticum
1
.
1
+
+
.
.
.
.
Agrimonia eupatoria
1
.
1
+
1
.
.
.
.
Stachys algeriensis
.
+
2
1
+
.
.
.
.
Aristolochia paucinervis
.
.
.
1
.
.
+
+
1
Lathyrus sylvaticus
.
.
.
.
.
2
.
1
+
Picris spinifera
.
+
.
+
.
.
.
.
+
Carduus broteroi
.
.
.
.
+
.
+
.
+
Clinopodium vulgare
.
.
+
.
.
.
.
.
1
Silene latifolia
.
.
.
+
1
.
.
.
.
Geum sylvaticum
.
.
.
1
+
.
.
.
.
Vicia disperma
.
.
.
+
+
.
.
.
.
Galium scabrum
.
.
.
.
+
.
.
+
.
Heleborus foetidus
.
.
.
.
3
.
.
.
.
Geranium sanguineum
.
.
.
.
+
.
.
.
.
Diferenciais da subassociação anthyllidetosum maurae
Euphorbia characias
.
.
.
.
.
1
2
2
2
Anthyllis maura
.
.
.
.
.
2
1
2
1
Salvia sclareoides
.
.
.
.
.
1
+
1
2
Allium roseum
.
.
.
.
.
.
.
+
+
Companheiras
Geranium purpureum
.
+
.
.
+
+
1
+
1
Prunella vulgaris
2
+
1
+
1
.
.
.
.
Brachypodium phoenicoides
.
+
.
.
.
1
+
+
1
Briza maxima
+
+
+
.
1
.
.
.
+
Carlina corymbosa
+
+
+
.
+
.
+
.
.
Arisarum vulgare
.
+
.
.
+
.
.
+
+
Vicia sativa
.
+
.
.
.
.
+
+
+
Holcus lanatus
1
.
1
1
.
.
.
.
.
Dactylis hispanica
.
.
1
.
.
1
.
.
+
Rubus ulmifolius
+
.
.
+
.
+
.
.
.
Sanguisorba multicaulis
.
.
.
.
.
.
+
+
+
Cistus monspeliensis
.
.
.
.
.
.
+
+
+
Dittrichia viscosa
+
.
.
+
.
.
+
.
.
Urginea maritima
.
+
.
.
.
.
.
+
+
Cynara humilis
.
.
.
.
.
1
.
.
+
Psoralea betuminosa
+
.
.
.
.
.
1
.
.
Rubia longifolia
.
.
.
+
1
.
.
.
.
Melica arrecta
.
.
.
.
1
.
+
.
.
Antirrhinum linkianum
+
.
.
.
+
.
.
.
.
Piptharum miliaceum
.
.
.
+
.
.
.
.
+
Cistus crispus
.
.
.
.
.
.
+
.
+
Leontodon taraxacoides
.
.
.
.
.
.
+
.
+
Mais: 1Pteridium aquilinum, +Cirsium vulgare em 1; +Foeniculum piperitum em 2; 1Geranium lucidum,
+Biscutella lusitanica, +Silene longicilia, +Anthriscus caucalis, +Asphodelus ramosus, +Carex flacca,
+Centaurium grandiflorum, +Lactuca chondrilliflora em 5; +Carduus tenuiflorus, +Urospermum
picrioides, +Smirnium perforatum em 7; +Serapias parviflora, +Marrubium vulgare, +Jasminum
fruticans, +Senecio jacobea em 8
Locais: 1 Linhó (Sintra), 2 Paio Correia (Torres Vedras); 3 Pé da Serra (Sintra); 4 Mafra; 5 Entre Mira
d'Aire e Alvados; 6 Tomar; 7, 8 Ave Casta (Ferreira do Zêzere); 9 a Norte da Pedreira do Galinha (Vila
Nova de Ourém)
40
14. STIPO GIGANTEAE-AGROSTIETEA CASTELLANAE Rivas-Martínez, FenándezGonzález & Loidi 1999
Arrelvados
silicícolas
vivazes,
mediterrâneo-iberoatlânticos,
meso
a
supramediterrânicos, secos a hiper-húmidos, que alcançam territórios ocidentais
orocantábricos em ambiente submediterrâneo húmido.
Características no território: Agrostis castellana, Allium pallens, Avenula sulcata,
Dactylis glomerata subsp. lusitanica, Festuca ampla, Festuca durandoi, Holcus annuus,
Melica magnolli.
A. Agrostietalia castellanae Rivas Goday in Rivas-Martínez, Costa, Castroviejo & Valdés
1980
Ordem única.
I. Agrostio castellanae-Stipion giganteae Rivas Goday ex Rivas-Martínez & FernandezGonzález 1991
Associações meso-supramediterrânicas, dominadas por gramíneas vivazes do género
Stipa, em cambissolos húmicos bem drenados.
Características no território: Arrhenatherum album, Stipa gigantea.
66. Avenulo sulcatae-Stipetum giganteae J.C. Costa, Capelo & Lousã inéd.
Arrelvado de Stipa gigantea, mesomediterrânico sub-húmido a húmido do Divisório
Português.
Quadro sintético de COSTA et al. (inéd.): Características: Stipa gigantea V, Agrostis castellana V,
Avenula sulcata IV, Stachys algeriensis IV, Arrhenatherum album III, Dactylis lusitanica III, Dactylis hispanica
III, Asphodelus ramosus III, Thapsia villosa II, Festuca durandoi I, Avenula gaditana I, Holcus annuus I;
companheiras: Brachypodium phoenicoides V, Holcus lanatus V, Ulex jussiaei III, Erica scoparia III, Agrostis
curtisii III, Thymus villosus III, Lavandula luisieri III, Carlina corymbosa III, Dianthus cintranus III, Quercus
lusitanica III, Calluna vulgaris III, Briza maxima II, Anthyllis gerardi II, Asparagus aphyllus II, Lagurus ovatus
II, Ulex minor II, Ulex congestus II, Brachypodium sylvaticum II, Armeria pseudarmeria II, Coyincia cintrana I,
Plantago afra I, Plantago coronopus I.
15. LYGEO-STIPETEA Rivas-Martínez 1978
Vegetação herbácea densa constituída por gramíneas vivazes de folhas rijas, de porte
elevado e profundamente enraizadas, de carácter xerofílico sobre solos ricos em bases sem
hidromorfia e salinidade, de distribuição mediterrânica.
Características no território: Ajuga iva, Allium sphaerocephalon, Brachypodium
retusum, Dactylis hispanica, Dipcadi serotinum, Gladiolus illyricus, Phagnalon saxatile.
A. Hyparrhenietalia hirtae Rivas-Martínez 1978
Pastos e arrelvados ricos em gramíneas vivazes, que se desenvolvem em solos pouco
profundos ou em campos agrícolas abandonados em que haja alguma nitrificação.
Características no teritório: Asphodelus fistulosus, Bellardia trixago, Convolvulus
althaeoides, Hyparrhenia sinaica (H. hirta subsp. pubescens), Psoralea bituminosa.
II. Hyparrhenion sinaicae Br.-Bl., Rozeira, P.Silva & Rozeira 1958 corr. J.C. Costa, Capelo,
Espírito Santo, Lousã & Izco inéd.
Aliança única na Península Ibérica.
Características no território: Daucus crinitus, Micromeria graeca, Sedum sediforme.
67. Carici depressae-Hyparrhenietum sinaicae Br.-Bl., Rozeira, P.Silva & Rozeira 1958 corr.
J.C. Costa, Capelo, Espírito Santo, Lousã & Izco inéd.
(sin. Reichardio picroidis-Hyparrhenietum hirtae Costa, Capelo & Lousã 1995 nom. inv.)
Arrelvado dominado por Hyparrhenia sinaica, termo a mesomediterrânico inferior,
sub-húmido a húmido em solos calcários e basálticos do Divisório Português e Arrabidense.
41
No teritório em estudo é subserial do Arisaro-Quercetum broteroi, Viburno tini-Oleetum
sylvestris e Lonicero implexae-Quercetum rotundifoliae.
Quadro sintético de BRAUN-BLANQUET et al. (1958): Características: Hyparrhenia sinaica 2,
Carex depressa 2, Daucus crinitus 2, Dactylis hispanica 2, Phagnalon saxatile 2, Salvia sclareoides 1, Lathyrus
amphicarpos 1, Ajuga iva 1, Arrhenatherum album 1; companheiras: Brachypodium phoenicoides 2,
Reichardia intermedia 2, Pallenis spinosa 2, Brachypodium distachyon 2, Carlina corymbosa 1, Foeniculum
piperitum 1, Urginea maritima 1, Dittrichia viscosa 1, Scorpiurus vermiculatus 1, Salvia verbenaca 1, Scabiosa
atropurpurea 1, Verbascum sinuatum 1.
Quadro sintético de COSTA et al. (1995): Características: Hyparrhenia sinaica V, Dactylis hispanica
V, Phagnalon saxatile V, Convolvulus althaeoides V, Asphodelus ramosus IV, Psoralea bituminosa III,
Asphodelus fistulosus III, Daucus crinitus II, Salvia sclareoides I; Companheiras: Reichardia picroides V,
Urginea maritima V, Foeniculum piperitum V, Piptatherum miliaceum IV, Daucus maximus IV, Salvia
verbenaca III, Brachypodium phoenicoides II, Lobularia maritima II, Ononis natrix II, Verbascum sinuatum II,
Brachypodium distachyon I, Reichardia intermedia I.
16. POETEA BULBOSAE Rivas Goday & Rivas Martínez in Rivas-Martínez 1978
Pastos cespitosos vivazes em que predomina a Poa bulbosa, conjuntamente com
outras espécies anuais e vivazes, submetidos e mantidos por um intenso pastoreio de gado
ovino, em solos secos, raramente afectados por fenómenos de hidromorfia. Tem o seu óptimo
no Mediterrâneo Ocidental com irradiações na área Atlântico-Centro-Europeia. A distribuição
destes pastos (malhadas) apresenta uma vinculação muito estreita com as zonas tradicionais
de pastoreio e com as vias pecuárias de transumância.
Características no território: Bellardia trixago, Bellis annua, Cerastium glomeratum,
Gynanddiris sisyrinchium, Merendera pyrenaica, Moenchia erecta, Parentucellia latifolia,
Paronychia argentea, Plantago coronopus, Plantago lagopus, Poa bulbosa, Ranunculus
paludosus, Scorpiurus muricatus, Scorpiurus vermiculatus, Scilla autumnalis, Sherardia
arvensis, Trifolium subterraneum, Trifolium tomentosum, Vulpia bromoides.
A. Poetalia bulbosae Rivas Goday & Rivas-Martínez in Rivas Goday & Ladero 1978
Ordem única.
I. Trifolio subterranei-Periballion Rivas Goday 1964
Pastos silicícolas mediterrânico-iberoatlânticos.
Características no território: Bisserula pelecinus, Cerastium ramosissimum,
Chamaemelum nobile, Erodium botrys, Mibora minima, Molineriella laevis, Onobrychis
peduncularis (= O. eriophora), Ranunculus olissiponensis, Romulea bulbocodium, Trifolium
bocconei, Trifolium gemellum, Trifolium suffocatum.
68. Poo bulbosae-Trifolietum subterranei Rivas Goday 1964
Associação mediterrâneo-iberoatlântica, meso a termomediterrânica, sub-húmida a
húmida que atinge o Divisório Português.
II. Poo bulbosae-Astragalion sesamei Rivas Goday & Ladero 1970
Associações em solos alcalinos.
Características no território: Astragalus echinatus, Astragalus glaux, Trigonella
monspeliaca.
III. Plantaginion serrariae Galán, Moráles & Vicente 2000
Associações em vertissolos do Sul da Península Ibérica e Norte de África.
Características no território: Daucus muricatus, Leontodon tuberosus, Paronychia
echinulata, Plantago serraria.
42
69. Trifolio subterranei-Plantaginetum serrariae Martin & Galán in Galán, Moráles &
Orellana 2000
Comunidade em solos argilosos e margosos húmidos com má drenagem do Sul da
Península Ibérica. Aparece empobrecida no Divisório Português.
17. HELIANTHEMETEA GUTTATI (Br.-Bl. in Br.-Bl., Roussine & Nègre 1952) Rivas
Goday & Rivas-Martínez 1963 em. Rivas-Martínez 1978
Vegetação de terófitos pioneiros efémeros, de pequeno tamanho e de carácter
xerofílico, indiferente à composição química do substrato, normalmente ocupa biótopos não
nitrificados, nos quais a competição é pequena para as plantas vivazes, nem hidromórficos.
Estes meios costumam ser pobres em matéria orgânica não humificada. De distribuição
mediterrânica, consegue atingir as regiões Eurossiberiana e Saaro-Arábica. No entanto
prefere e tem maior diversidade nos territórios de clima seco ou semiárido, bem como em
substratos xerofílicos (areias, rochas, etc.).
Características no território: Aira caryophyllea, Anthyllis vulneraria subsp. lusitanica,
Arenaria conimbricensis, Asterolinum linum-stellatum, Briza maxima, Crucianella
angustifolia, Euphorbia exigua, Linaria amethystea, Linaria. spartea, Leontodon
longirrostris, Petrorhagia nanteuilli, Silene scabriflora, Tolpis barbata, Trifolium
angustifolium, Trifolium campestre, Trifolium scabrum, Trifolium stellatum, Velezia rigida.
A. Helianthemetalia guttati Br.-Bl. in Br.-Bl., Molinier & Wagner 1940
Comunidades terofíticas, siliciosas e pioneiras que se desenvolvem em solos
oligotróficos geralmente pouco profundos e às vezes pouco ácidos, de textura superficial
pedregosa, arenosa ou limosa e consolidados durante a estação seca.
Características no território: Aira cupaniana, Anthoxanthum aristatum, Anthyllis
vulneraria subsp. lusitanica, Campanula lusitanica, Dipcadi serotinum, Jasione montana,
Hypochaeris glabra, Logfia gallica, Micropyrum tenelum, Molineriella laevis, Ornithopus
compressus, Pterocephalus diandrus, Rumex bucephalophorus subsp. gallicus, Silene
portensis, Trifolium arvensis, Trifolium bocconei, Trifolium striatum, Tuberaria guttata,
Vulpia myurus.
I. Helianthemion guttati Br.-Bl. in Br.-Bl., Molinier & Wagner 1940
Associações silicícolas, de desenvolvimento primaveril e distribuição mediterrânica
tornando-se secas no verão.
Características no território: Airopsis tenella, Lathyrus angulatus, Lotus subbiflorus
subsp. castellanus, Ornithopus pinnatus, Paronychia cymosa, Paronychia echinulata,
Molineriella minuta subsp. australis, Plantago bellardi, Psilurus incurvus, Radiola linoides,
Teesdalia coronopifolia, Teesdalia nudicaulis, Trifolium cherleri.
Ia. Heliathemenion guttati
Pastos em solos ácidos oligótróficos pastoreados ou não.
70. Comunidade de Evax ramosissima e Tuberaria guttata
Comunidade de solos de textura arenosa e areno-limosa, termo-mesomediterrânica,
sub-húmida do Divisório Português e do Ribatagano-Sadense. A diferencial desta associação
é Evax pygmaea subsp. ramosissima acompanhada de Tuberaria guttata, Briza maxima,
Tolpis barbata, Aira caryophyllea, Logfia gallica, Plantago bellardi, Paronychia cymosa,
Vulpia myurus, Leontodon longirrostris, entre outras, (Quadro 8). Observa-se na Primavera
inserida na série do Asparago aphylli-Querceto suberis S.
B. Malcolmietalia Rivas Goday 1958
Comunidades terofíticas arenícolas e pioneiras de floração primaveril, que se
desenvolvem em solos arenosos profundos pouco consolidados durante a estação seca.
43
Características no território: Anthyllis hamosa, Coronilla repanda subsp. repanda,
Erodium aethiopicum subsp. pilosum, Leucojum autumnale, Leucojum tricophyllum,
Medicago littoralis, Ornithopus sativus subsp. isthmocarpus, Rumex bucephalophorus subsp.
gallicus, Vulpia membranacea.
II. Linarion pedunculatae Diez-Garretas, Asensi & Esteve in Diez-Garretas 1984
Associações de dunas litorais semifixas das costas termófilas da Península Ibérica.
Características no território: Cutandia maritima, Malcolmia ramosissima, Medicago
littoralis, Polycarpon alsinifolium, Pseudorlaya minuscula, Silene littorea.
71. Violo henriquesii-Silenetum littoreae Izco, P. & J. Guitián 1988
Comunidade terofítica, termomediterrânica, que se observa na Primavera nas dunas
galaico-portuguesas e costeiro-portuguesas.
Quadro sintético de COSTA et al. (2001): Características: Silene littorea V, Polycarpon alsinifolium
V, Erodium pilosum V, Medicago littoralis IV, Leontodon longirrostris IV, Rumex gallicus III, Cutandia
maritima III, Pseudorlaya minuscula III, Tuberaria guttata II, Polycarpon diphyllum I, Malcolmia ramosissima
I, Coronilla repanda I, Ornithopus pinnatus I; companheiras: Senecio gallicus V, Centranthus calcitrapae III,
Reichardia gaditana II, Plantago coronopus II, Vulpia alopecurus II, Anagallis arvensis II, Paronychia
argentea I, Iberis procumbens I, Anagallis microphylla I, Hedypnois cretica +, Lolium multiflorum +, Bromus
rigidus +.
Quadro 8 – Comunidade de Evax ramosissima e Tuberaria guttata
Nº de ordem
1
2
3
4
5
Área mínima (m2)
6
4
10
8
10
Características
Tuberaria guttata
1
2
3
3
1
Briza maxima
1
1
2
+
2
Tolpis barbata
+
2
1
+
I
Aira caryophyllea
1
+
2
+
2
Evax pygmaea subsp. ramosissima
2
3
2
+
+
Logfia gallica
+
.
1
3
3
Plantago bellardi
2
1
1
.
2
Paronychia cymosa
2
3
.
.
1
Leontodon longirrostris
1
2
3
+
.
Vulpia myurus
+
.
1
.
1
Gastridium ventricosum
.
.
.
2
1
Euphorbia exigua
+
.
1
.
.
Ornithopus pinnatus
1
+
1
.
.
Arenaria conimbricensis
+
.
.
.
+
Catapodium rigidum
.
.
.
+
+
Pterocephalus diandrus
.
1
+
.
.
Galium minutulum
.
+
.
.
.
Trifolium angustifolium
.
.
+
.
1
Lotus castellanus
.
+
.
.
.
Trifolium campestre
.
.
.
+
.
Linaria spartea
.
.
1
.
.
Silene scabriflora
.
.
1
.
.
Aphanes microcarpa
.
.
.
.
1
Brachypodium distachyon
.
.
.
.
+
Legousia speculum-veneris
.
.
.
.
.
Companheiras
Anagallis arvensis
+
.
+
+
+
Centaurium erythraea
1
.
+
1
.
Blackstonia acuminata
1
.
.
+
.
Juncus capitatus
1
+
.
.
+
Silene gallica
.
.
+
+
.
Polycarpon tetraphyllum
.
.
.
.
1
Cerastium glomeratum
.
+
+
.
.
Kickxia cirrhosa
1
1
.
.
.
Lotus subbiflorus
1
+
.
.
.
Centaurium microcalix
1
.
.
Chaetopogon fasciculatus
+
+
.
.
.
Juncus bufonius
.
.
.
.
1
Anarrhinum bellidifolium
.
.
.
.
.
Chamaemelum nobile
+
.
.
.
.
Lythrum junceum
+
.
.
.
.
Crassula tillaea
.
.
.
.
+
Filago lutescens subsp. atlantica
.
.
.
.
.
Locais: 1, 2Vila Nova da Barquinha; 3 Mata nacional Valverde (Alcacer do Sal),
Carregueira (Sintra);4, 6 Belas (Sintra); 5 Sabugo (Sintra); 7 Vale de Cambra (Sintra)
6
10
7
20
1
1
1
+
.
2
1
2
.
1
2
1
.
1
.
.
1
.
+
.
.
.
.
.
+
3
1
1
+
+
1
2
1
2
2
1
+
.
.
+
.
.
.
.
+
.
.
.
.
.
+
+
+
+
+
+
+
.
+
+
1
+
.
+
.
.
.
.
+
.
.
.
.
.
1
.
.
.
.
.
.
.
+
.
4 Serra da
44
C. Trachynietalia distachyae Rivas-Martínez 1978
Comunidades terofíticas, alcalinas, de fenologia primaveril, tornando-se secas durante
o Verão, desenvolvem-se em solos carbonatados ou não mas superficialmente eutróficos e
com um recobrimento calcícola.
Características no território: Brachypodium distachyon, Bupleurum semicompositum,
Campanula erinus, Desmazeria rigida, Linum tryginum, Linum strictum, Medicago minima,
Ononis reclinata.
III. Trachynion distachyaeRivas-Martínez 1978
Associações de terófitos basófilos e calcícolas expandidos por toda a região
Mediterrânica com a ausência somente nos territórios de tendência árida.
Caracteristicas no território: Atractylis cancellata, Astericus aquaticus, Cleonia
lusitanica, Coronilla repanda subsp. dura, Crupina vulgaris, Hornungia petraea, Saxifraga
tridactylites.
72. Velezio rigidae-Asteriscetum aquaticae Rivas Goday 1964
Comunidade sobre solos argilosos, carbonatados de distribuição luso-extremadurense
e bética, atingindo o Divisório Português. No território é subserial do Arisaro-Quercetum
broteroi.
73. Anthyllido lusitanicae-Brachypodietum distachyae Espírito Santo & Capelo ass. nova. hoc
loco
Comunidade terófitica de solos argilosos, pouco profundos, derivados de calcários
cársicos, mesomediterrânica, sub-húmida a húmida, em que Anthyllis lusitanica, Ononis
reclinata, Galium parisiense, Leontodon longirrostris, Brachypodium distachyon, Trifolium
campestre, Linum trigynum, Tuberaria guttata, Briza maxima, Asterolinum linum-stellatum,
entre outras, são espécies mais comuns (syntypus inventário 5 do Quadro 9). Ocorre no OesteEstremenho e é subserial do Lonicero implexae-Quercetum rotundifoliae.
18. GALIO-URTICETEA Passarge ex Kopecky 1969
Vegetação nitrófila de locais húmidos, em que a dessecação não existe ou é muito
atenuada, como é o caso de estações escionitrófilas, onde a sombra do bosque e a folhada
vegetal diminui a evapotranspiração.
Vegetação nitrófila vivaz escionitrófila, própria dos territórios chuvosos temperados,
penetra nas zonas de clima mediterrânico em solos hidromórficos de ribeiras e linhas de água.
Características no território: Lapsana communis, Festuca arundinacea, Rumex
conglomeratus, Urtica dioica, Verbena officinalis.
A. Galio aparines-Allierietaria petiolatae Görs & Müller 1969
Vegetação vivaz escionitrófila que vive abrigada nas orlas de bosques ou da folhada
ou na margem de muros sobre solos frescos e eutróficos.
Caracacterísticas no território: Conium maculatum, Galium aparine, Lamium
maculatum, Smyrnium olusatrum, Torilis arvensis s.l.
I. Galion-Alliarion petiolatae Oberdofer & Lohmeyer in Oberdofer, Görs, Korneck,
Lohmeyer, Müller, Philippi & Seibert 1967
Associações escionitrófilas dominadas por plantas tenras de tamanho médio, que
vivem nos bosques sombrios, suas orlas, à sombra de muros e lugares frescos e alterados. O
seu óptimo é eurossiberiano mas também está representada na região Mediterrânica.
Características no território: Alliaria petiolata, Cruciata laevipes, Geranium lucidum.
45
Quadro 9 - Anthyllido lusitanicae-Brachypodietum distachyae
Nºde ordem
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
pl NW NW NE
E
Exposição
pl NW N NW W
Área mínima (m2)
4
8
1
25
20
30
10
50
50
40
Características
Anthyllis lusitanica
+
1
+
2
1
+
+
+
1
1
Ononis reclinata
.
.
+
3
+
3
+
+
1
+
Galium parisiense
1
.
1
1
2
+
1
1
.
1
Leontodon longirrostris
.
+
.
1
2
1
1
+
+
+
Trifolium campestre
.
1
.
1
+
1
+
+
+
1
Brachypodium distachyon
.
.
+
.
3
+
2
+
+
+
Lynum trigynum
.
1
+
2
+
2
+
+
.
.
Tuberaria guttata
.
1
1
1
1
3
.
+
.
+
Briza maxima
+
+
+
1
.
+
+
.
.
1
Asterolinum linum-stellatum
.
.
.
+
+
1
.
.
+
+
Aira caryophyllea
.
+
.
1
.
2
+
3
.
.
Trifolium stellatum
1
.
.
.
.
.
+
1
2
+
Euphorbia exigua
.
.
.
+
+
+
.
+
+
.
Linum strictum
1
.
.
.
1
1
.
2
.
.
Trifolium scabrum
1
.
.
1
.
+
+
.
.
.
Medicago minima
+
.
.
.
+
.
+
.
1
.
Arenaria conimbricensis
.
.
.
+
.
+
.
+
.
+
Logfia gallica
.
.
.
+
+
+
.
+
.
.
Desmazeria rigida
.
.
.
+
.
+
+
+
.
.
Crupina vulgaris
.
.
.
.
+
1
.
.
.
1
Omphalodes linifolia
.
.
.
2
.
.
.
.
1
+
Silene scabriflora
.
.
.
1
.
+
.
.
.
2
Vulpia ciliata
.
.
.
+
+
2
.
.
.
.
Bupleurum gerardii
.
.
.
.
.
1
+
+
.
.
Blackstonia serotina
.
.
.
.
.
+
.
+
.
+
Petrorhagia nanteuilli
+
.
.
.
.
.
+
.
.
+
Crucianella angustifolia
.
.
.
.
.
+
+
.
.
+
Cerastium brachypetalum
.
.
.
.
+
.
.
.
3
.
Trifolium angustifolium
.
+
.
.
.
.
+
.
.
.
Plantago bellardi
.
.
.
+
.
.
.
+
.
.
Medicago arabica
.
.
.
.
.
.
.
.
3
.
Ornithogalum pyrenaicum
.
.
.
+
.
.
.
.
.
.
Campanula erinus
.
.
.
.
.
+
.
.
.
.
Galium verrucosum
.
.
.
.
.
.
.
.
+
.
Companheiras
Centranthus calcitrapae
.
.
.
2
.
2
.
+
1
+
Sonchus oleraceus
+
.
+
.
+
+
.
.
+
.
Gastridium ventricosum
.
.
.
+
1
+
+
.
.
.
Avena lusitanica
+
.
.
.
.
.
.
1
2
+
Cynosurus echinatus
+
.
.
.
.
.
+
.
3
.
Anagallis arvensis
.
.
.
.
+
+
.
+
.
.
Vicia sativa
.
.
.
.
+
.
.
.
1
.
Sellaginella denticulata
.
.
.
.
.
+
2
.
.
.
Arabis sadina
+
.
.
.
.
.
.
.
.
1
Urospermum picroides
+
.
.
.
.
.
+
.
.
.
Mais: +Parapholis incurva em 4; +Sonchus tenerrimus em 6; Bromus rubens em 5; +Plantago afra em 8;
1Bellardia trixago, 1Scandix australis, 1Vicia lutea, +Poa bulbosa, + Geranium purpureum, +Lophochloa
cristata em 9; 1 Parentucellia viscosa, +Vicia disperma, +Vicia laxiflora em 10
Locais: 1 Serra d'Aire, Goucha Larga, 2 encosta da Mendiga, 3 Minde, 4 marco geodésico da Goucha Larga;
5 fundo do vale da Fórnea, 6 Costa de Alvados, 7 entre Serro Ventoso e Porto de Mós, 8 Ventas do Diabo,
encosta de Mira d'Aire, 9 cimo da Serra d'Aire, 10 Molianos, Serra dos Candeeiros.
Ia. Smyrnienion olusatri Rivas Goday ex Rivas-Martínez, Fernandez-González & Loidi 1999
Comunidades hemicriptófiticas húmicolas, que vivem nas orlas florestais e à beira de
muros sombrios, em bioclimas termomediterrânicos pluviestacionais e termomesotemperados submediterrânicos, sub-húmidos a húmidos na região Mediterrânica e no
Sudoeste da Europa a sul do Canal da Mancha.
Características no território: Bryonia cretica subsp. dioica, Smyrnium olusatrum,
Tradescantia fluminensis.
46
74. Urtico membranaceae-Smyrnietum olusatri A. & O. Bolòs in O. Bòlos & Molinier 1958
Comunidade mediterrânica dominada por Smirnium olusatrum, que se observa nas
margens e interior de bosques nitrofilizados.
II. Conio maculati-Sambucion ebuli Rivas-Martínez & Costa 1998
Associações de óptimo mediterrânico, que prosperam sobre solos húmidos
compensados edáficamente, e podem atingir o andar mesotemperado no mundo atlântico
meriodional.
Características: Ballota nigra subsp. foetida, Balota nigra subsp. uncinata, Silybum
marianum (dif. al.).
75. Galio aparines-Conietum maculati Rivas-Martínez ex G. López 1978
Comunidade mediterrânica, de grande biomassa, que se assinala em solos profundos e
húmidos, fortemente nitrificados frequentadas pelo homem e presidida por Conium
maculatum e Galium aparine.
B. Convolvuletalia sepium Tüxen 1950 em. Mucina 1993
Vegetação vivaz, nitrófila sobre solos hidromórficos, geralmente encharcados, de
margens de água estagnada ou de corrente lenta, onde predominam hemicriptófitos helofíticos
e escandentes. Tem o seu óptimo na região Eurossiberiana mas atinge, ainda de forma
empobrecida, os grandes rios da região Mediterrânica.
Características no território: Angelica sylvestris, Arundo donax, Calystegia sepium,
Epilobium hirsutum, Epilobium parviflorum, Eupatorim cannabinum, Pulicaria dysenterica.
I. Senecionion fluviatilis Tüxen 1950
Ordem única no território.
76. Arundi donacis-Convolvuletum sepium Tüxen & Oberdorfer ex O. Bolòs 1962
Canavial que ocupa margens de ribeiras nitrofilizadas e campos agrícolas
abandonados com alguma húmidade edáfica. Com óptimo na região Eurossiberiana penetra
na região Mediterrânica, em biótopos com água permanente ou estiagem pouco acentuada.
19. ASTERISCO CAUCALIDIS-GERANIETEA PURPUREI Rivas-Martínez, FernandezGonzález & Loidi inéd.
Comunidades escionitrófilas de terófitos efémeros termo a supramediterrânicas secas a
húmidas, que prosperam no interior e margem dos bosques ou matagais e ocasionalmente ao
pé de muros sombrios, com penetrações eurossiberianas.
Características no território: Cardamine hirsuta, Chelidonium majus, Centranthus
calcitrapae, Geranium lucidum, Geranium purpureum, Parietaria lusitanica.
A. Geranio purpurei-Cardaminetalia hirsutae Brullo in Brullo & Marcenò 1985
Ordem única.
I. Geranio purpurei-Torilidion neglectae Lohemeyer & Trautmann 1970 corr. Lohemeyer
1975
Associações escionitrófilas, de ambientes florestais ou locais sombrios, junto a rochas,
onde há acumulação de matéria orgânica, infra, termo a mesomediterrânicas, semi-áridas a
húmidas.
Características no território: Galium aparine, Rhagadiolus edulis, Torilis negleta.
77. Galio aparines-Torilidetum neglectae Lohemeyer & Trautmann 1970
Comunidade mediterrânica, de margens de bosques com ambiente antropizado, em
que ocorrem Torilis neglecta e Galium aparine.
47
II. Geranio pusilli-Anthriscion caucalidis Rivas-Martínez 1978
Associações de pequenos terófitos de consistência tenra, fugazes, de fenologia vernal,
instaladas à sombra dos bosques, arbustos ou muros mediterrânicos onde se acumulam
resíduos.
Características no território: Anthriscus caucalis, Geranium dissectum, Geranium
rotundifolium, Parietaria mauritanica, Ranunculus parviflorus, Torilis elongata, Torilis
nodosa, Valantia muralis.
78. Urtico caudatae-Asthriscetum caucalidis Rivas-Martínez & Costa in Rivas-Martínez,
Costa, Castroviejo & Valdés 1980
Associação termomediterrânica, terofítica, humícola, escionitrófila, de floração
primaveril, em solos arenosos.
20. ARTEMISIETEA VULGARIS Lohmeyer, Preising & Tüxen ex von Rochow 1951
Vegetação nitrófila vivaz de tamanho e biomassa variáveis, mas frequentada por
grandes herbáceas vivazes, cardos bienais ou perenes ou outras plantas de porte elevado, que
prosperam em solos profundos e mais ou menos húmidos.
Características no território: Allium ampeloprasum, Carduus tenuiflorus, Cichorium
intybus, Conium maculatum, Dipsacus comosus, Hypericum perforatum, Lactuca serriola,
Lavatera cretica, Marrubium vulgare, Picris echioides, Reseda luteola, Rumex pulcher subsp.
divaricatus.
20A. Artemisienea vulgaris
Comunidades nitrófilas ou subnitrófilas vivazes, próprias de solos pouco removidos,
frescos e húmidos de óptimo eurossiberiano, que penetra em solos frescos da região
Mediterrânica.
Característica no território: Galium aparine.
A. Agropyretalia repentis Oberdorfer, Müller & Görs in Oberdorfer et al. 1967
Comunidades herbáceas vivazes, nitrófilas, em solos removidos de óptimo
eurossiberiano, no mundo mediterrânico requere compensação por escorrência ou
pluviosidade.
Características no território: Aster squamatus, Conyza albida, Conyza bonariensis,
Conyza canadensis, Daucus carota s.l., Oenothera affinis, Picris echioides, Piptatherum
miliaceum.
I. Bromo-Oryzopsion miliacei O. Bolòs 1970
Comunidades subnitrófilas, mediterrânicas, de entulhos e campos agrícolas
abandonados ricos em caméfitos e hemicriptófitos.
Características no território: Dittrichia viscosa subsp. viscosa, Foeniculum vulgare
subsp. piperitum, Piptatherum miliaceum.
79. Inulo viscosae-Oryzpietum miliaceae O. Bolòs 1957
Comunidade viária e de campos agrícolas abandonados, termomediterrânica, subhúmida, formada por Dittrichia viscosa, Piptatherum miliaceum, Foeniculum piperitum,
Cichorium intybus, Picris echioides, Conyza spp. etc..
II. Agropyrion pungentis Géhu 1968
Associações de hemicriptófitos e plantas perenes halófilas, instaladas em solos
enriquecidos em substâncias azotadas em margens de sapais e costas arenosas atlânticas.
Característica no território: Elymus pycnanthus.
48
80. Inulo crithmoidis-Elymietum pycnanthi Géhu ex Izco, Guitán & J. M. Sánchez 1993
Comunidade dominada por Elymus pycnanthus das margens de salgados, que tem o
seu limite meriodional no sapal da margem direita do rio Mondego.
20B. Onopordenea acanthii Rivas-Martínez, Báscones, Díaz, Fernandez-González & Loidi
1991
Comunidades nitrófilas ou subnitrófilas, dominadas por grandes cardos, bem como de
outras plantas bienais ou vivazes arrosetadas, características de solos removidos, bermas de
caminhos e estradas ou de repouso de animais e de desenvolvimento tardivernal ou estival, de
óptimo mediterrânico e eurossiberiano.
Características no território: Carduus pycnocephalus, Carduus tenuiflorus, Chondrilla
juncea, Cichorium intybus, Eryngium campestre, Foeniculum vulgare spp. piperitum, Lactuca
viminea, Picris echioides, Senecio jacobaea, Verbascum pulverulentum, Verbascum thapsus
subsp. crassifolium, Verbascum virgatum.
B. Carthametalia lanati Brullo in Brullo & Marceno 1985
Cardais com o óptimo mediterrânico.
Características no território: Atractylis gummifera, Carlina corymbosa, Carthamus
lanatus, Centaurea calcitrapa, Cichorium endivia, Daucus carota subsp. maximus, Lactuca
serriola, Marrubium vulgare, Scolymus hispanicus, Verbascum sinuatum.
III. Onopordion nervosi Br.-Bl. & O. Bolòs 1958 corr. Rivas-Martínez 1975
Cardais mediterrânicos ocidentais, indiferentes edáficos, termo e mesomediterrânicos,
que ocasionalmente alcançam o horizonte inferior do andar supramediterrânico.
Características no território: Cynara humilis, Echinops strigosus, Nothobasis syriaca,
Scolymus maculatus.
81. Carlino corymbosae-Carthametum lanati Ladero, F. Navarro & C. Valle 1983
Cardal subnitrófilo, silicioso, mesomediterrânico, luso-extremadurense e carpetanoibérico-leones, a desenvolver-se em margens de caminhos.
82. Cynaro humilis-Carthametum lanati Rivas Goday ex Ladero, Socorro, Molero, M. López,
Zafra, Marin, Hurtado & Pérez Raya 1981
Comunidade silicícola, ao longo de caminhos, estradas e pastos com abundante
pastoreio, no andar termomediterrânico e ombroclima sub-húmido.
83. Comunidade de Carduus tenuiflorus e Scolymus hispanicus
Em locais pastoreados por bovinos ou na margem de caminhos, observa-se uma
comunidade dominada por Carduus tenuiflorus acompanhado de Scolymus hispanicus,
Carduus broteroi, Cynara humilis e Echium tuberculatum entre outras. Esta comunidade
observa-se em solos argilosos calcários, no andar mesomediterrânico e ombroclima subhúmido sub-húmido a húmido do Oeste-Estremenho.
IV. Silybo-Urticion Sissingh ex Br.-Bl. & O. Bolòs 1958
Associações primaveris temporãs, formadas por grandes cardos, próprias de solos
profundos, bem arejados, removidos e indiferentes à natureza química do substrato.
Necessitam de frescura de solo até à entrada do Verão, mas suportam bem o encharcamento e
a hidromorfia temporal.
Características no território: Cynara cardunculus, Silybum marianum.
49
84. Carduo bourgeani-Silybetum mariani Rivas-Martínez ex Rivas-Martínez, Costa & Loidi
1992
Cardal presidida pelo Silybum marianum, de óptimo mesomediterrânico, mas pode
atingir o termomediterrânico e supramediterrânico superior, de fenologia primaveril, própria
de zonas com muito gado bovino. Associação de ampla distribuição mediterrânica.
21. ORYZETEA SATIVAE Miyawaki 1960
Comunidades de infestantes dos arrozais onde predominam terófitos, e hemicriptófitos
hidrofílicos de origem tropical.
Características: Ammania coccinea, Cyperus difformis, Echinochloa oryzoides,
Scirpus mucronatus.
A. Cypero difformis-Echinochloetalia oryzoides O. Bolòs & Masclans 1955
Associações infestantes dos arrozais mediterrânicos.
I. Oryzo sativae-Echinochloion oryzoides O. Bolòs & Masclans 1955
Aliança única.
85. Cypero difformis-Ammanietum coccineae O. Bolòs & Masclans 1955
Comunidade termomediterrânica, infestante dos arrozais. Assinala-se nas bacias do
Tejo, Mondego e Liz.
22. PEGANO HARMALAE-SALSOLETEA VERMICULATAE Br.-Bl. & O. Bolòs 1958
Vegetação nitrofílica, composta por caméfitos e nanofanerófitos suculentos, onde se
alberga um certo número de plantas espinhosas e terófitos nitrofílicos na estação favorável.
Desenvolve-se em qualquer tipo de solo, de preferência rico em azoto, e consegue suportar
um certo grau de salinidade. É uma classe que tem o seu óptimo na região Mediterrânica com
preferência por zonas quentes semiáridas, mas pode também crescer em solos alterados de
territórios mais frios e chuvosos.
A. Salsolo vermiculatae-Peganetalia harmalae Br.-Bl. & O. Bolòs 1954
Vegetação própria de solos ricos em compostos azotados das áreas mediterrânicas
temperadas quentes de ombroclima semiárido ou seco.
Características no território: Atriplex halimus, Beta vulgaris subsp. maritima.
I. Carthamo arborescentis-Salsolion oppositifoliae Rivas Goday & Rivas-Martínez 1963
Associações halonitrofílicas, termo-mesomediterrânicas, que prosperam em solos
subsalinos argilosos húmidos.
86. Comunidade de Suaeda vera e Atriplex halimus
Na margem direita do Tejo observa-se uma comunidade dominada por Atriplex
halimus acompanhado de Suaeda vera e Frankenia laevis. Deve ser um fragmento do
Frankenio laevis-Salsoletum vermiculatae.
B. Nicotiano glaucae-Ricinetalia communis Rivas-Martínez, Fernandez-González & Loidi
1999
Comunidades arbustivas nitrófilas neofíticas, de origem tropical e crescimento rápido,
que prosperam em solos secos a húmidos em bioclimas termomediterrânicos desértico, xérico
ou pluviestacional em territórios holárticos mediterrânicos.
Características no território: Ipomea acuminata, Nicotiana glauca, Ricinus communis,
Salpichroa origanifolia, Tropaeolum majus.
50
II. Nicotiano glaucae-Ricinion communis Rivas-Martínez, Fernandez-González & Loidi
1999
Aliança única.
87. Trapaelo majoris-Ricinietum communis Rivas-Martínez, Wildepret, Del Arco, O.
Rodriguez, Pérez de Paz, Garcia Gallo, Acebes, T.E. Díaz, & Fernandez-González 1999
Comunidade nanofanerofítica infra a termomditerrânica, sub-húmida, própria de solos
removidos e entulhos.
Quadro sintético de COSTA et al. (2000): Características: Ricinus communis V, Ipomea acuminata V,
Ailanthus altissima IV, Nicotiana glauca IV, Salpichroa origanifolia III, Trapaeolum majus II, Lantana camara
I, Aloe arborescens I, Agave americana I, Atriplex halimus +; Companheiras: Lavatera cretica V,
Pipatheterum miliacem V, Dittrichia viscosa V, Foeniculum piperitum V, Lactuca serriola V, Conyza
bonariensis V, Anacyclus radiatus V, Cynodon dactylon IV, Torilis negleta IV, Parietaria punctata IV, Beta
maritima IV, Verbascum sinuatum III, Chenopdium murale III, Arundo donax III, Phytolaca dioica III, Aster
squamatus III, Conium maculatum III, Galactites tomentosa II, Carduus tenuiflorus II, Picris echioides II,
Sylibum marianum II, Sonchus tenerrimus II, Amaranthus albus II, Reseda luteola II, Xanthium spinosum I,
Ficus carica I, Convolvulus altheoides I.
23. POLYGONO-POETEA ANNUAE Rivas-Martínez 1975
Comunidades terofíticas nitrófilas, integradas por plantas rasteiras adaptadas a solos
pisoteados em caminhos de áreas urbanas e rurais, de distribuição cosmopolita.
Características no território: Coronopus didymus, Coronopus squamatus, Herniaria
glabra, Plantago coronopus, Poa annua, Polygonum arenastrum, Polygonum aviculare,
Sagina apetala.
A. Polygono arenastri-Poetalia annuae Tüxen in Géhu, Richard & Tüxen
Ordem única no território.
I. Polycarpion tetraphylli Rivas-Martínez 1975
Associações pisoteadas, próprias da sub-região Mediterrânica Ocidental com
desenvolvimento estival-vernal e de óptimo em áreas de invernos frescos, temperados ou
quentes.
Características no território: Chamomilla aurea (= Cotula aurea), Crassula tillaea,
Gymnostylis stolonifera, Polycarpon tetraphyllum, Trifolium suffocatum.
88. Crassulo tillea-Saginetum apetalae Rivas-Martínez 1975
Associação nitrófila silícicola própria de solos arenosos e areno-limosos compactados
pelo pisoteo, desde o andar temomediterrânico ao supramediterrânico, do centro e oeste da
Península Ibérica.
89. Solivetum stoloniferae Rivas-Martínez 1975
Comunidade que coloniza as gretas de passeios e locais empedrados, de núcleos
urbanos e locais próximos, presídida pelo neófito Gymnostyles stolonifera, de distribuição
costeiro-lusitano-andaluza, luso-extremadurense e bética.
90. Polycarpo tetraphylli-Cotuletum australis Wildipret, Pérez de Paz, Del Arco & Garcia
Gallo 1988
Comunidade caracterizada pela presença do neófito Cotula australis, de passeios e
locais empedrados muito pisoteados, termófilos das Canárias e Oeste da Península Ibérica.
II. Euphorbion prostratae Rivas-Martínez 1976
Associações infra-termomediterrânicas, de desenvolvimento vernal-outonal,
caracterizado por diversos neófitos procumbentes de pequenas dimensões do género
Euphorbia (subgénero Chamaesyce).
51
Características no território: Amaranthus deflexus, Euphorbia chamaesyce, Euphorbia
prostrata, Euphorbia serpens.
91. Euphorbietum chamaesyco-prostratae Rivas-Martínez 1976
Comunidade vernal-outonal, de passeios e locais empedrados pisoteados, termófilos
presidida por Euphorbia chamaesyce, Euphorbia prostrata, Euphorbia serpeans.
24. STELLARIETEA MEDIAE Tüxen, Lohmeyer & Preising ex von Rochow 1951
Vegetação nitrofílica ou subnitrofílica, constituída por terófitos ou pequenos geófitos
que povoam durante um período do ano diversos meios ricos em matérias azotadas. Com
muita frequência ocupam os solos removidos de áreas urbanas e agrícolas, como as margens
de caminhos e estradas, culturas agrícolas, etc., e de uma maneira geral todos os ecótipos
submetidos à acção humana. Consegue normalmente suportar a competição com outros tipos
de vegetação vivaz ou anual de grande biomassa. Ampla classe de distribuição holártica com
irradiação cosmopolita.
Características no território: Amaranthus retroflexus, Anagallis arvensis, Anchusa
italica, Anthemis cotula, Atriplex prostrata, Avena sterilis subsp. sterilis, Beta vulgaris subsp.
maritima, Calendula arvensis, Capsella rubella, Cardaria drabaCerastium glomeratum,
Chenopodium album, Convolvulus althaeoides, Convolvulus arvensis, Cynosurus echinatus,
Erodium malacoides, Geranium dissectum, Geranium molle, Lathyrus annuus, Lolium
multiflorum, Lolium rigidum, Melilotus indica, Melilotus messanensis, Melilotius segetalis,
Mercurialis ambigua (= M. annua aa. lusit.), Muscari comosum, Pallenis spinosa, Papaver
rhoeas, Phalaris brachystachys, Phalaris minor, , Sinapis alba, Sinapis arvensis, Scorpiurus
muricatus, Scorpiurus vermiculatus, Senecio gallicus, Senecio vulgaris Sonchus tenerrimus,
Sonchus oleraceus, Stellaria media, Torilis arvensis, Veronica arvensis, Vicia lutea.
24A. Stellarienea mediae
Vegetação arvense e infestante das culturas.
Características no território: Anthemis arvensis, Arabidopsis thaliana, Lamium
amplexicaule, Lathyrus aphaca, Ranunculus arvensis, Raphanus raphanistrum subsp.
microcarpus, Scandix pecten-veneris, Spergula arvensis, Vicia sativa, Vicia villosa.
A. Centaureetalia cyani Tüxen ex von Rochow 1951
Comunidades mediterrânicas e eurossiberianas de infestantes das culturas invernoprimaveris, especialmente de searas de cereais, chamadas por isso de messícolas, em solos
ricos em bases.
Características no território: Agrostemma githago, Anchusa italica, Asperula arvensis,
Biscutella auriculata, Galium tricornutum, Gladiolus italicus, Lathyrus cicera, Legousia
hybrida, Ornithogalum narbonense, Papaver hybridum, Papaver pinnatifidum, Papaver
rhoeas, Ranunculus arvensis, Rapistrum rugosum subsp. rugosum, Scandix pecten-veneris,
Silene nocturna, Sherardia arvensis, Thlaspi perfoliatum, Vaccaria hispanica, Vicia
benghalensis.
I. Roemerion hybridae Br.-Bl. ex Rivas-Martínez, Fernandez-González & Loidi 1999
Associações messícolas de crescimento primaveril, que prosperam em solos argilosos
ou calcários ricos em bases, em bioclima mesomediterrânico ou supramediterrânico inferior,
semicontinental, semi-árido, seco ou sub-húmido, próprias da Penísula Ibérica, tingitana e
Sudeste de França.
Características no território: Adonis microcarpa, Bifora testiculata, Galium
verrucosum, Coronilla scorpioides, Glaucium corniculatum, Nigella damascena, Valerianella
discoidea.
52
92. Vallerianello discodeae-Blupleretum lacinifolii Rivas Goday 1964
Comunidade messícola, termo a mesomedirrânica, luso-extremadurense, em solos
argilosos derivados de calcários, caracterizada por Buplerum lacinifolium, Valerianella
discodea, Nigella damascena, entre outras.
II. Ridolfion segeti Négre ex in Rivas-Martínez, Fernandez-González & Loidi 1998
Comunidades arvenses de desenvolvimento primaveril, própria de vertissolos, ricos
em argilas montemorilínicas, que crescem em bioclima termomediterrânico e
mesomediterrânico inferior seco a sub-húmido, no Sul da Península Ibérica e do Norte de
África.
Características no território: Adonis annua subsp. baetica, Bupleurum lancifolium,
Capnophyllum peregrinum, Phalaris paradoxa, Ridolfia segetum.
93. Ridolfio segeti-Capnophylletum peregrinae Guinochet 1978
Comunidade termomediterrânica, de solos vérticos que se pode observar no
Olissiponense.
B. Aperetalia spicae-venti J. Tüxen & Tüxen in Malato-Beliz, J. Tüxen & Tüxen 1960
Comunidades messícolas de desenvolvimento invernal ou primaveril, eurossiberianas
e mediterrânicas de solos pobres em bases.
Características no território: Raphanus raphanistrum s.l., Spergula arvensis,
III. Scleranthion annui (Kruseman & Vlieger 1939) Sissingh in Westhoff et al. 1946
Comunidades messícolas eurossiberianas e mediterrânicas de solos pobres em bases.
Características no território: Anthemis arvensis, Anthoxanthum aristatum, Aphanes
microcarpa, Campanula lusitanica, Lupinus angustifolius, Mibora minima, Spergularia
purpurea, Viola arvensis.
IIIa. Spergulo pentrandrae-Arabidopsienion thalianae Rivas Goday 1964
Associações silicícolas de distribuição mediterrânico-iberoatlântica e tingitana.
Características no território: Arabidopsis thaliana, Chamaemelum fuscatum,
Chamaemelum mixtum, Coleostephus myconis, Linaria amethystea, Mibora minima, Rumex
bucephalophorus.
94. Chrysanthemo myconis-Anthemidetum fuscati Rivas Goday 1964
Associação de pousios, de culturas cerealíferas, vinhas e pomares em solos siliciosos
arenosos ou limosos do Luso-Extremadurense que atinge o Divisório Português. Tem como
características Coleostephus myconis, Chamaemelum fuscatum, Chrysanthemum segetum.
C. Solano nigrae-Polygonetalia convolvuli (Sissingh in Westhoff, Dijk & Passchier 1946)
O.Bolòs 1962
Associações eurossiberianas e mediterrânicas, de infestantes de culturas de Verão.
Características no território: Amaranthus albus, Amaranthus graecizans, Amaranthus
hybridus, Amaranthus hypocondriacus, Amaranthus lividus, Amaranthus retroflexus, Atriplex
patula, Atriplex prostrata, Buglossoides arvensis, Cardaria draba, Centaurea pullata,
Cyperus rotundus, Echinocloa crus-galli, Euphorbia peplus, Lamium purpureum, Mercurialis
ambigua, Misopates orontium, Polygonum lapathifolium, Polygonum persicariaSolanum
nigrum, Sonchus asper, Sonchus oleraceus, Stachys arvensis, Veronica persica.
III. Polygono-Chenopodion polyspermi Koch 1926
Associações de culturas estivais-outonais, de distribuição atlântico-medioeuropeia e
mediterrânica.
Características no território: Anagallis arvensis, Euphorbia helioscopia.
53
IVa. Digitario ischaemi-Setarienion viridis (Sissingh ex Westhoff, Dijk & Passier 1946)
Oberdorfer 1957
Associações de infestantes de culturas de Verão em solos sem problemas de
drenagem.
Características no território: Chrysanthemum segetum, Cyperus badius, Digitaria
sanguinalis, Cyperus rotundus, Echinochloa colonum, Echinochloa crus-galli, Portulaca
oleracea, Setaria glauca, Setaria verticillata, Setaria viridis.
95. Setario verticillatae-Echinochloetum cruris-galli Peinado, Bartolomé & Martínez-Parras
1985
Comunidade de infestantes onde predominam gramíneas (Echinochloa crus-galli,
Digitaria sanguinalis, Setaria verticillata) de fenologia vernal / outonal em solos arenolimosos de aluvião, termo a supramediterrânica, de distribuição luso-extremadurense,
costeiro-lusitano-andaluza, carpetano-ibérica-leonesa e castelhano-maestrazgo-manchega.
V. Fumarion wirtgenio-agrariae Brullo in Brullo & Marcenò 1985
Associações mediterrânicas de zonas com invernos temperados ou quentes, próprios
de culturas de sequeiro ou regadio com floração hemi-vernal.
Características no teritório: Fumaria bastardii, Fumaria capreolata, Fumaria muralis,
Fumaria officinalis, Oxalis pes-caprae, Poa annua, Sinapis arvensis, Veronica persica.
96. Citro-Oxalidetum pedis-caprae O. Bolòs 1975
Comunidade termo-mesomediterrânica inferior, dominada por Oxalis pes-caprae
acompanhada de Fumaria bastardii entre outras, própria de culturas de regadio com o óptimo
em citrinos do Sul da Península Ibérica.
97. Fumario capreolatae-Veronicetum persicae Aedo, Herrera, F. Prieto & T.E. Díaz 1988
Associação de culturas arvenses, de desenvolvimento invernal tardio e primaveril, dos
andares termotemperados e mesotemperados cantabro-atlânticos. Fazem parte da sua
composição florística Fumaria capreolata, Fumaria muralis, Veronica persica, Euphorbia
helioscopia, Chenopodium album, Senecio vulgaris, Sonchus oleraceus, Mercurialis
ambigua, Stellaria media, Stachys arvensis, etc. No território em estudo assinalámos esta
comunidade em culturas hortícolas, e em pomares, no andar termomediterrânico e
ombroclima sub-húmido, no Olissiponense e Oeste–Estremenho.
VI. Diplotaxion erucoides Br.-Bl. 1931
Comunidades mediterrânicas de infestantes de culturas de Verão não cerealíferas e
floração estival / outonal.
Características no território: Chrozophora tinctoria, Dittrichia graveolens, Euphorbia
segetalis, Fedia cornucopiae, Heliotropium europaeum, Kickxia lanigera, Misopates
orontium, Solanum luteum.
98. Heliotropio europaei-Amaranthetum albidi Rivas Goday 1964
Associação medianamente nitrificada, a prosperar em solos siliciosos ou pobre em
carbonatos, pouco ou nada irrigados e pouco adubados de de distribuição lusoextremadurense, carpetano-ibérica-leonesa e castelhano-maestrazago-manchega.
99. Chrozophoro tinctoriae-Heliotropietum europaei Rivas Goday 1964
Comunidade de culturas de Verão não irrigados em solos de margas calcáreas de
distribuição castelhano-maestrazago-manchega, que ocorre em enclaves calcícolas lusoextremadurense.
54
24B. Chenopodio-Stellarienea Rivas Goday 1956
Vegetação ruderal e viária de distribuição holártica, de óptimo mediterrânico e
irradiação cosmopolita.
Características no território: Galium murale, Ranunculus parviflorus, Senecio lividus,
Senecio sylvaticus, Sisymbrio irio, Urtica dubia (= U. membranacea).
D. Chenopodietalia muralis Br.-Bl. in Br.-Bl., Gajewesski, Wraber & Walas 1936 em. RivasMartínez 1977
Comunidades vegetais anuais, acentuadamente nitrófilas, comuns nos territórios
mediterrânicos podendo alcançar áreas temperadas ou tropicais frias.
Características no território: Amaranthus graecizans, Aster squamatus, Atriplex rosea,
Hyoscyamus albus, Portulaca oleracea.
VII. Chenopodion muralis Br.-Bl in Br.-Bl., Gajewesski, Wraber & Walas 1936
Vegetação muito nitrófila, de óptimo mediterrânico com irradiações eurossiberianas.
Características no território: Chenopodium murale, Conyza albida, Conyza
bonariensis, Echballium elaterium, Emex spinosa, Tribulus terrestris, Xanthium spinosum.
VIIa. Chenopodienion muralis
Associações de floração estivo-vernal.
Características no território: Amaranthus blitoides, Atriplex patula, Chenopodium
ambrosioides, Chenopodium opulifolium, Chenopodium vulvaria, Datura stramonium.
100. Chenopodietum muralis Br.-Bl. in Br.-Bl., Gajewsski, Wraber & Walas 1936
Comunidade estivo-outonal, própria de entulhos e imediações de casas, nos andares
termo e mesomediteterrânico do Sul da Península Ibérica e Norte de África.
VIIb. Malvenion parviflorae Rivas-Martínez 1978
Associações de fenologia hemi-vernal.
Características no território: Lavatera arborea, Lavatera cretica, Malva nicaeensis,
Malva parviflora, Sisymbrium irio, Urtica urens.
101. Calendulo arvensis-Lavarateretum creticae O. Bolòs 1996
Comunidade dominada por Lavatera cretica, própria de solos muito nitrificados e
compesados hidricamente, nos andares termo e mesomediterrânicos do Sul e Oeste da
Península Ibérica.
VIII. Mesembryanthemion crystallini Rivas-Martínez, Wildepred, Del Arco, O. Rodriguez,
Pérez de Paz, Garcia-Gallo, Acebes, Díaz & Fernandez-González 1993
Associações dominadas por terófitos prostrados e suculentos do género
Mesembryanthemum, que crescem em estações rochosas e em solos removidos ou alterados,
mas geralmente bastante ruderalizados e em algumas ocasiões enriquecidos em sais solúveis,
distribui-se pelas regiões Mediterrânica, e Saaro-Arábica, em ombroclima árido a seco. Em
zonas mais chuvosas só ocorre em estações litorais.
Características no território: Mesembryanthemum cristalinum, Mesembryanthemum
nodiflorum.
102. Spergulario bocconei-Mesembryanthemetum nodiflori J.C. Costa in J.C. Costa, Lousã &
Espírito Santo
Comunidade termomediterrânica, seca a sub-húmida, gaditano-onubo-algarviense,
dominada por Mesambryanthemum nodiflorum, que povoa margens de salinas e caminhos
salgados. No território em estudo assinalou-se no estuário do Tejo.
55
E. Thero-Brometalia (Rivas Goday & Rivas-Martínez ex Esteves 1973) O. Bolòs 1975
Associações terofíticas, mediterrânicas ocidentais, primaveris e subnitrofílicas,
instaladas preferencialmente em campos agrícolas abandonados.
Características no território: Aegilops geniculata, Arctotheca calendula, Andryala
arenaria, Andryala integrifolia, Astragalus hamosus, Avena sterilis subsp. sterilis, Bromus
rigidus, Bromus rubens, Lupinus angustifolius, Medicago orbicularis, Medicago truncatula,
Stipa capensis, Trifolium angustifolium, Trifolium cherleri, Trifolium lappaceum, Trifolium
nigrescens, Trifolium stellatum.
IX. Echio plantaginei-Galactition tomentosae O.Bolòs & Molinier 1969
Associações subnitrófilas de grande biomassa, própria de pousios e campos agrícolas
abandonados. Tem o seu óptimo em territórios termo-mesomediterrânicos de invernos
temperados e chuvosos da sub-regiões Mediterrânica Ocidental e Canária.
Características no território: Echium plantagineum, Gastridium ventricosum,
Galactites tomentosa, Urospermum picroides, Vulpia geniculata, Vulpia membranacea.
103. Galactito-Vulpietum membranaceae O. Bolòs & Molinier 1969 corr. O. Bolòs, Molinier
& Montserrat 1970
Arrelvado denso, que se desenvolve em olivais e pousios, indiferente edáfica, de
ampla distribuição mediterrânica que atinge Portugal.
104. Galactito tomentosae-Echietum plantaginei Molinier 1937
Comunidade, de pousios em solos arenosos ou limosos de distribuição lusoextremadurense que atinge o Divisório Português.
X. Thaenianthero-Aegilopion geniculatae Rivas-Martínez & Izco 1977
Aliança de comunidades subnitrófilas, indiferentes à natureza química do substrato,
onde predominam gramíneas de pequenas dimensões, com óptimo nos andares meso e
supramediterrânico da Península Ibérica.
Características no território: Aegilops geniculata, Aegilops triuncialis, Aegilops
negleta, Petrorrhagia nanteuilli, Senecio gallicus, Trifolium striatum, Trifolium tomentosum.
105. Medicagini rigidulae-Aegilopetum geniculatae Rivas-Martínez & Izco 1977
Associação de terófitos de pequeno tamanho, de desenvolvimento primaveril em solos
alcalinos compactados.
106. Bromo tectorum-Stipetum campensis Rivas-Martínez & Izco 1977
Arrelvados de carácter termófilo, subnitrófilo, em solos siliciosos de textura arenolimosa, termo a mesomediterrânica, de distribuição luso-extremadadurense e carpretanoibérico-leonesa.
XI. Linario viscosae-Vulpion alopecuroris Rivas-Martínez & Izco ex Rivas-Martínez, Costa,
Castroviejo & Valdés 1980
Associações subnitrofílica e psamofílica.
Características no território: Brassica barrelieri subsp. oxyrrhina, Reichardia
gaditana, Vulpia alopecuros.
107. Chamaemelo mixti-Vulpietum alpecuris Rivas-Martínez & Izco ex Rivas-Martínez,
Costa, Castroviejo & Valdés ex J.C. Costa, Lousã,Capelo, Espírito Santo & Izco in J.C. Costa,
Lousã,Capelo, Espírito Santo, Izco & Arsénio 2001
Comunidade termomediterrânica de dunas e areias nitrofilizadas, distribui-se desde o
Costeiro Portugês até ao Sector Onubense.
Quadro sintético de COSTA et al. (2001): Características: Vulpia alopecurus V, Chamaemelum
mixtum V, Centranthus calcitrapae V, Senecio gallicus IV; Silene colorata IV, Reichardia gaditana IV, Bromus
56
diandrus IV, Arctotheca calendula IV, Lagurus ovatus IV, Brassica oxyrrhina IV, Paronychia argentea IV,
Sonchus tenerrimus IV, Lolium rigidum III, Bromus rigidus III, Senecio vulgaris III, Anagallis arvensis III,
Hordeum leporinum II, Urospermum picrioides II, Cerastium glomeratum II, Emex spinosa II, Hypocharis
glabra II, Erodium moschatum II, Spergularia purpurea II, Anacyclus radiatus II, Corrigiola littoralis II,
Echium gaditanum II, Carduus meonanthus II, Trifolium glomeratum II, Avena barbata II, Bromus hordeaceus
I, Papaver dubium I, Logfia minima I, Oxalis pes-caprae I, Bromus madritensis +, Avena longiglumis I,
Lophochloa cristata I, Geranium rotundifolium +, Melilotus messanensis +, Trifolium nigrescens +, Plantago
lagopus + Trifolium striatum +; companheiras: Plantago coronopus V, Briza maxima III, Leontodon
longirrostris II, Trifolium campestre II, Silene scabriflora II, Anagallis microphylla II, Medicago littoralis II,
Trifolium cherleri II, Silene nicaensis II, Trifolium angustifolium I, Euphorbia terracina I, Pseudorlaya pumila I,
Oenothera stricta +, Lathyrus angulatus +, Ornithopus pinnatus +, Medicago tornata +, Teesdalia nudicaulis +,
Polycarpon tetraphyllm +.
F. Sisymbrietalia officinalis J. Tüxen in Lohmeyer et al. 1962 em. Rivas-Martínez, Báscones,
Díaz, Fernandez-González & Loidi 1991
Ordem com uma grande distribuição geográfica, parece ter o seu óptimo na região
Mediterrânica, mas pode ser encontrada nas região Eurossiberiana. É formada por
comunidades subnitrofílicas de floração primaveril que começam a desenvolver-se em meios
antropogénicos a seguir às chuvas outonais.
Características no território: Avena barbata, Bromus diandrus, Bromus hordeaceus,
Bromus madritensis, Bromus wildenowii, Catapodium rigidum, Cynosurus echinatus,
Erodium chium, Lamarckia aurea, Linum usitatissimum, Lolium rigidum, Lupinus
angustifolius, Lupinus luteus, Medicago rigidula, Medicago polymorpha, Plantago afra,
Silene colorata, Silene gallica, Stachys ocymastrum, Trifolium hirtum, Vicia villosa.
XII. Hordeion leporini Br.-Bl in Br.-Bl, Gajweski, Wraber & Walaas 1936 corr. O. Bolòs
1962
Vegetação viária da região Mediterrânica.
Características no território: Anacyclus radiatus, Asphodelus fistulosus,
Chrysanthemum coronarium var. coronarium e var. discolor, Erodium moschatum, Erodium
malacoides, Hedypnois cretica, Hirschfeldia incana, Hordeum murinum subsp. leporinum,
Plantago lagopus, Rumex pulcher, Sisymbrium officinale.
108. Anacyclo radiati-Hordetum leporini O. Bolòs & Rivas-Martínez in Rivas-Martínez 1978
Associação termomediterrânica, sub-húmida, viária, do Sudoeste da península Ibérica
em que são comuns Hordeum leporinum, Anacyclus radiatus, Lolium rigidum, Erodium
moschatum, Bromus diandrus, Plantago lagopus, Crysanthemum coronarium (em solos
calcários), Arthotecha calendula (em solos arenosos), etc.
109. Bromo scoparii-Hordeetum leporini Rivas-Martínez 1978
Associação mesomediterrânica ibérica, de margens de caminhos, reconhecível pela
presença de Hordeum leporinum.
25. ANOMODONTO-POLYPODIETEA Rivas-Martínez 1975
Vegetação pterido-briofítica sub-rupícola, própria de rochedos húmidos e sombrios ou
de taludes terrosos compactados e grandes fissuras de rochas com uma fina camada de terra
(exocomófitos) e que mantêm a humidade. De distribuição mediterrânica e atlântica.
Características no território: Asplenium adiantum-nigrum, Homalothecium sericeum,
Polypodium australe (Polypodium vulgare subsp. serratulum, Polypodium cambricum subsp.
australe), Polypodium interjectum, Polypodium vulgare.
A. Anomodonto-Polypodietalia O.Bolòs & Vives in O.Bolòs 1957
Ordem única.
57
I. Polypodion serrati Br.-Bl. in Br.-Bl., Roussine & Négre 1952
Comunidades exocomofíticas sobre uma camada de terra rica em carbonatos, em
territórios termomediterrânicos e termo-mesotemperados da Península Ibérica.
110. Polypodietum serrati Br.-Bl, Roussine & Nègre 1952
(sin. Anomodonto-Polypodietum serrulati Br.-Bl. 1931)
Comunidade de locais rochososos calcários com alguma terra, sombreados e com
algum húmidade.
Quadro sintético de ESPÍRITO SANTO et al. (1995): Características: Asplenium trichomanes 4,
Asplenium ceterach 4, Polypodium australe 3, Selaginella denticulata 3, Briófitos (Tortula intermedia,
Leucodum sciuroides var. morensis, Pteigonium ornithopoides, Homalotecium sericeum, Hypnum
cupressiforme) 2, Umbilicus rupestris 2, Melica minuta 2, Galium frutiscens 1, Anthirrhinum linkianum 1,
Biscutella lusitanica 1, Scabiosa turolensis 1, Avenula occidentalis 1; Companheiras: Urginea maritima 2,
Jasminum fruticans 2, Hyacinthoides hispanica 2, Coronilla glauca 1, Asplenium ruta-muraria 1, Mercurialis
ambigua 1, Scilla monophyllus 1, Sedum album 1, Sedum sediforme 1, Hedera canariensis 1, Melica ciliata 1.
II. Bartramio-Polypodion serrati O. Bolòs & Vives in O. Bolòs 1957
Comunidades exocomofíticas sobre uma camada de terra sem carbonatos.
Características no território: Asplenium billotii, Asplenium heminiotis, Asplenium
trichomanes, Davalia canariensis.
III. Selaginello denticulatae-Anogrammion leptophyllae Rivas-Martínez, FernandezGonzález & Loidi 1999
Comunidades brio-pteridofíticas e herbáceas efémeras próprias de orlas de bosques,
taludes e muros sombrios ricos em matéria orgânica, que prosperam em bioclimas termomesomediterrânico pluviestacional e termo-mesotemperado submediterrânico da região
Mediterrânica e da província Cantabro-Atlântica.
Características no território: Anogramma leptophylla, Selaginella denticulata.
111. Selaginello denticulatae-Anogrammetum leptophyllae Mollinier 1937
Associação cosmofítica, rupícola, esciófila dominada pela Saginella denticulata.
26. PHAGNALO-RUMICETEA INDURATI (Rivas Goday & Esteve 1972) Rivas-Martínez,
Izco & Costa 1973
Vegetação saxícola de óptimo mediterrânico-iberoatlântico, que coloniza gretas e
fissuras grandes de rochas, assim como taludes rochosos e terrosos.
Características no território: Dianthus lusitanus, Phagnalon saxatile, Rumex
induratus.
A. Phagnalo saxatilis-Rumicetalia indurati Rivas Goday & Esteve 1972
Ordem única.
I. Rumici indurati-Dianthion lusitani Rivas-Martínez, Izco & Costa ex V. Fuente 1986
Associações heliófilas e xerófilas colonizadoras de grandes gretas de rochedos
siliciosos.
Características no território: Anarrhinum belidifolium, Dianthus lusitanus
112. Phagnalo saxatilis-Rumicetum induratae Rivas-Martínez ex F. Navarro & C. Valle in
Ruiz 1986.
Comunidade saxícola, primocolinizadora em taludes de estradas, de locais pedregosos
de quartzitos, de granitos, xistos ou calcários estando presentes Rumex induratus, Phagnalon
saxatile e Dianthus lusitanus. Tem o óptimo no Luso-Extremadurense.
58
II. Calendulo lusitanicae-Antirrhinion linkiani Ladero, Valle, M.T. Santos, Amor, Espiríto
Santo, Lousã & J.C. Costa 1991
Comunidades saxícolas, calcícolas do Divisório Português e do Arrabidense.
Características no território: Antirrhinum linkianum, Arabis sadina, Calendula
suffruticosa subsp. lusitanica, Coyncia cintrana, Silene longicilia.
113. Sileno longiciliae-Anthirrhinetum linkiani Ladero, Valle, M.T. Santos, Amor, Espiríto
Santo, Lousã & J.C. Costa 1991
Comunidade termo a mesomediterrânica, sub-húmida a húmida, de gretas largas do
Divisório Português e do Arrabidense.
Quadro sintético de LADERO et al. (1991): Características: Antirrhinum linkianum V, Calendula
lusitanica V; Sanguisorba multicaulis IV, Galium frutescens IV, Biscutella lusitanica III, Silene longicilia III,
Melica minuta III, Avenula occidentalis II, Arabis sadina II, Ceterach officinarum II, Lactuca chondrilliflora II,
Umbilicus rupestris II, Psoralea bituminosa II, Phagnalon saxatile II, Coincya cintrana I, Scabiosa turolensis I,
Crambe hispanica I, Rumex intermedius I, Asplenium trichomanes subsp. quadrivalens +, Asplenium rutamuraria +, Selaginella denticulata +, Saxifraga cintrana +, Polypodium australe +; companheiras: Sedum
album II, Melica magnolii II, Geranium purpureum II, Sedum sediforme II, Dactylis glomerata I, Lagurus
ovatus I; Anthyllis maura I, Hyparrhenia sinaica I, Allium pallens I, Rhamnus alaternus +, Hedera canariensis
+, Brachypodium distachyon +; Blackstonia perfoliata +, Linaria supina +, Avena barbata +, Sedum
forsteranum +, Arrhenatherum album +, Torilis nodosa +, Sideritis hirsuta +, Sedum brevifolium +,
Hyacinthoides hispanica +, Piptatherum miliaceum +, Cheirolophus sempervirens +, Campanula erinus +,
Iberis microcarpa +, Clinopodium vulgare +, Crepis hanseleri +.
27. ASPLENIETEA TRICHOMANIS (Br.-Bl. in Meier & Br.-Bl 1934) Oberdorfer 1977
Comunidades de ampla distribuição holártica, constituída por hemicriptófitos,
geófitos, e caméfitos que ocupam fissuras de penhascos, arribas ou muros secos (casmófitos).
Características: Asplenium trichomanes, Ceterach officinarum, Phagnalon saxatile,
Sedum album.
A. Androsetalia vandelli Br.-Bl. in Br.-Bl. & Meier 1934
Vegetação casmofítica de fissuras de rochas silíceas, de distribuição mediterrânica e
eurossiberiana.
Característica no território: Asplenium billotii.
I. Cheilanthion hispanicae Rivas Goday 1956
Associações iberoatlânticas, rupícolas sobre quartzitos e xistos silúricos.
Características no território: Cheilanthes hispanica, Dianthus lusitanicus.
114. Asplenio billotii-Cheilanthetum hispanicae Rivas Goday in Sáenz & Rivas-Martínez
1979
Associação fissurícola, que coloniza fissuras com pouca terra, tanto em quartzitos
como em xistos e dominada por Cheilanthes hispanica acompanhada de Asplenium billotii.
B. Asplenietalia glandulosi Br.-Bl. in Br.-Bl. & Meier 1934
Ordem de vegetação rupícola própria de calcários da região Mediterrânica, submetida
a uma forte insolação.
Características: Asplenium ruta-muraria, Melica minuta, Narcissus calcicola,
Saxifraga cintrana.
II. Asplenion glandulosi Br.-Bl. in Br.-Bl. & Meier 1934
Associações termomediterrânicas.
115. Asplenio ceterach-Cheilanthetum acrosticae M.T. Santos 1987
Comunidade casmocomofítica, mesomediterrânica e luso-extremadurense, que atinge
o Oeste-Estremenho de forma empobrecida.
59
Transcrição de um inventário extraído de ESPÍRITO SANTO et. al. (1995): 1Cheilanthes acrostica,
1Asplenium ceterach, +Polypodium cambricum, +Mucizonia hispida, +Galium frutescens, 1Sedum album,
1Avenula occidentalis, +Sanguisorba multicaulis, +Chaenorrhinum origanifolium.
116. Narcisso calcicolae-Asplenietum rutae-murariae Espírito Santo, Ladero & Lousã 1996
Comunidade, mesomediterrânica, de fendas estreitas de calcário do Divisório
Português e do Arrabidense.
Quadro sintético de ESPÍRITO SANTO et. al. (1995): Características: Narcissus calcicola V,
Asplenium ruta-muraria V, Sedum album V, Asplenium trichomanes IV, Asplenium ceterach IV, Saxifraga
cintrana III, Polypodium cambricum III, Antirrhinum linkianum II, Calendula lusitanica II, Lactuca
chondrilliflora II, Biscutella lusitanica I, Selaginella denticulata I, Galium frutescens I, Scabiosa turolensis I;
companheiras: Briófitos IV, Ranunculus olissiponensis IV, Hyacinthoides hispanica III, Geranium purpureum
II.
28. PARIETARIETEA JUDAICAE Rivas-Martínez in Rivas Goday 1964
Vegetação rupícola mural, por vezes epifítica, formada por casmófitos exigentes em
nitratos e sais amoniacais. De distribuição holártica prospera em ambientes urbanos e rurais,
bem como em covas impregnadas por dejecções de animais ou das suas emanações
amoniacais.
Características no território: Centranthus ruber, Cymbalaria muralis, Erigeron
karvinskianus, Ficus carica, Parietaria judaica, Trachelium caeruleum, Umbilicus rupestris.
A Parietarietalia Rivas-Martínez in Rivas Goday 1964
Ordem única da classe.
I. Parietario-Galion muralis Rivas-Martínez in Rivas Goday 1964
Comunidades termo, meso e supramediterrânicas da região Mediterrânica, e termo e
mesotemperadas da região Eurossiberiana.
117. Parietarietum judaicae K. Buchwald 1952
Associação urbana e rural de ampla distribuição holártica, que prospera nos andares
termo-supramediterrânico e termo-supratemperado de seco a sub-húmido, caracterizada por
Parietaria judaica e Erigeron karwinskianus.
118. Cymbalarietum muralis Görs 1966
Comunidades próprias de muros frescos ou temporariamente resumantes,
caracterizada pela presença de Cymbalaria muralis, Sedum album, Umbilicus rupestris e
Asplenium trichomanes subsp. quadrivalens.
119. Centrantho rubri-Antirrhinetum linkiani Mouga, J.C. Costa & Espírito Santo 1995
Comunidade termo-mesomediterrânica, sub-húmida a húmida, de muros, paredes e
beirais de telhados do Divisório Português, caracterizada pela presença de Antirrhinum
linkianum. Para a zona Coimbra/Condeixa propõe-se a subassociação micromerietosum
julianae subass. nova hoc loco (syntypus inventário nº 29, do Quadro 10).
II. Asplenion marini Rivas-Martínez, Fernández-González, Loidi, Lousã & Penas inéd.
Comunidades fissurículas dos rochedos marítimos.
Característica no território: Asplenium marinum.
120. Asplenietum marini Br.-Bl. & Tüxen 1952
Associação fissurícola dos rochedos atlânticos litorais salpicados por gotas salgadas
do mar e dominada pelo Asplenium marinum, que se observa nas Berlengas.
60
Quadro 10 - Centrantho rubri-Antirrhinetum linkiani
Nº de ordem
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33
SE E E S S NE N N N W N S W S N W E S E N S S SE S N SE N W N N N N N
Exposição
Área mínima (m2)
1 2 1 2 1 2 4 2 2 2 1 1 2 1 2 1 5 2 1 2 5 2 2 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2
Características
Antirrhinum linkianum 3 5 4 4 + 3 + 4 3 + 1 3 4 4 3 3 2 4 4 4 1 4 3 3 3 3 3 3 1 2 + 1 2
Parietaria judaica
. . . . 2 1 3 2 1 1 2 + 1 2 1 3 3 + 2 1 2 + + 3 2 2 4 3 1 1 2 + .
Sedum album
1 1 . . . . + + 2 2 1 1 3 1 3 2 3 1 1 2 2 . . . . . . . 3 1 2 3 1
Umbilicus rupestris
. 1 . . . 1 . + . + 1 + 1 + 2 2 + + . . . 2 . 1 . . . . . . 1 2 1
Cymbalaria muralis
1 . + . . 2 + 2 + 1 . . + + 1 . 1 2 . . 2 + 1 1 . . . . . . . . .
Centranthus ruber
. . . + 3 + 3 1 1 4 4 2 . . . . . . . . . . . . . . . 3 1 1 + 1 2
Phagnalum saxatile
. . . . . . 2 1 . 2 . . . 1 3 . . 1 + 3 3 . . + 2 3 . . . 1 . . +
Piptatherum miliaceum . . . . 3 . + . . + . . . . + 1 1 . . . . . . . . + . . + 1 1 1 1
Sonchus tenerrimus
1 + . 1 . . + + . . + 1 + + . . . + 1 . . . + . 1 . . . . . . . .
Polypodium australe
. . . . . + 2 . . . . . . . 2 . . + . 1 . . . . . + . 1 . . . 1 +
Antirrhinum mariolousa . . 2 . . . . . 2 . . . . . . 1 1 2 2 . . 2 . . . . . . . . . . .
Ceterach officinarum
. . . . . . . . . . . . . . 1 . . + . + . . . . . + . . . . . . .
Erigeron karvinskianus . . . . . 3 2 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Galium murale
. . . . . + + . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Diferencial da subassociação micromerietosum julianae
Micromeria juliana
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . + 2 1 2 1 1
Companheiras
Centranthus calcitrapae 2 + + 2 . . . + 1 + 1 + 1 1 . . + 1 1 + . + + . . 1 . . . + . + .
Sonchus oleraceus
. + + + + . . . + + 1 . + + + 1 . 1 . + + + + . . . . . . + . + .
Senecio vulgaris
+ + . 2 . + . . + + + . 2 + . + + + . + . . 1 . . . . . . . . . .
Reichardia picroides
. 1 . + . + . . . 1 . . . . . . + + + 1 + . . . . 1 . . . . . . .
Oxalis pes-caprae
. . . . + . . . . . . . . . . . + + . 1 + . . . + 1 + . . . . 2 1
Mercurialis ambigua
. . + . . . . . . . . . + . . + + . . + . . . . . . . . . . . . .
Euphorbia peplus
. . . . . . . . . + . . . + . . + . . . . . . . . . . . . . . . .
Geranium purpureum
. . . . . . . . . + . . . . + . . . . + . . . . . . + . . . . . .
Sinapis arvensis
2 . 1 . . . . . . . . . . + . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Erodium malacoides
. . . . . . . . . 1 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Geranium molle
. . . . . . . . . + . . . . . . . . . . . . . . . + + . . . . . .
Fumaria muralis
. . . . . . . . . . . . . . + . + . . . . . 3 . . . . . . . . . .
Ruta chalepensis
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . + . . + +
Plantago lanceolata
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . + + + .
Urtiga membranacea
. . . . . . . . . + . . . . . . . . . . . . + . . . + .
. . . .
Lophocloa cristata
2 . . . . . . . . . . . 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Malcolmia maritima
. . . . . . . . . 1 . . . . . . . . . . + . . . . . . . . . . . .
Hyparrhenia sinaica
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 . . . + . . .
Bellardia trixago
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . + . +
Dittrichia viscosa
. . . . . . . . . + . . . . . . . . . . . . . . + . . . . . . . .
Mais: IF6: +Verbascum sinuatum; IF7: +Poa annua;IF12: +Galium fruticescens, +Lamium amplexicaule; IF20: 1Melilotus indica, 1Bromus diandrus;
IF21: +Sanguisorba magnolii; IF23: +Desmazeria rigida; IF25: 1Pseudognaphalium luteo-album, +Conyza bonariensis;
Locais: 1, 14 telhados de Alcântara (Lisboa); 2 telhado Torres Vedras; 3 muro Praça Armada (Lisboa); 4, 13, 16, 23 telhados da Ajuda (Lisboa); 5; 6 Muro
de Sintra; 7 Covento de Mafra; 8 Telhado da Vila de Sintra; 9 telhado S. Domingos de Benfica (Lisboa); 10 Muros do Palácio da Ajuda (Lisboa); 11 telhado
Belem (Lisboa); 12 muro Monfalim (Sobral Montagraço); 15, 20 muro Belas; 17 telhado Quartel da Polícia Militar (Lisboa); 18 telhado Hospital Militar da
Ajuda (Lisboa); 19 muro Quartel polícia militar (Lisboa); 21 muro Tapada da Ajuda; 22 chafariz Praça Armada; 23 rocha das Furnas (Lisboa); 24 Muro
Hospital Militar da Ajuda; 25 Igreja Srª do O (Ericeira); 26 Carvoeira (Ericeira); 27 Praia S. Lourenço (Ericeira); 28 Faculdade Direito Coimbra; 29, 30, 32,
33, Arcos (Coimbra); 31 Conimbriga;
29. ADIANTETEA Br.-Bl. in Br.-Bl., Roussine & Nègre 1952
Comunidades de paredes e penhascos resumantes de águas carbonatadas que se
precipitam sobre os depósitos vegetais.
Características: Adiantus capillus-veneris, Eucladium verticillatum.
A. Adiantetalia capilli-veneris Br.-Bl. ex Horvatic 1934
Ordem única.
I Andiantion capilli-veneris Br.-Bl. ex Horvatic 1934
Associações latemediterrânicas.
Características no território: Samolus valerandi, Conocephalum conicum
121. Eucladio-Adiantetum capilli-veneris Br.-Bl. ex Horvatic 1934
Comunidade mesomediterrânica, sobre rochas que mantêm a resumância durante todo
o ano ou que mantêm humidade elevada durante o ano inteiro.
122. Trachelio coerulei-Adiantetum capillis-veneris O.Bolòs 1957
Comunidade sub-nitrófila, menos higrófita e mais termófila que a anterior.
61
30. CRITHMO-STATICETEA Br.-Bl. in Br.-Bl., Roussine & Négre 1952
Vegetação das arribas marítimas sobre rochas, constituída por geófitos,
hemicriptófitos e alguns caméfitos, sujeitas a uma forte secura edáfica permanente devido
serem salpicadas pelos ventos marítimos carregados de sal.
Característica: Crithmum maritimum.
A. Crithmo-Staticetalia Molinier 1934
Comunidades das arribas marítimas mediterrânicas.
Características no território: Calendula suffruticosa subsp. algarbiensis, Dactylis
marina, Limonium virgatum, Plantago coronopus subsp. occidentalis.
I. Crithmo-Daucion halophili Rivas-Martínez, Lousã, Díaz, Fernandez-González &
J.C.Costa 1990
( sin. Crithmo-Helichrysion Rothmaler 1943 nom. inv.)
Associações costeiro-lusitano-andaluzas e tangerinas a Sul do Cabo Mondego.
Características no território: Armeria welwitschii subsp. cinerea, Armeria
pseudarmeria, Daucus halophilus, Helichrysum decumbens, Limonium multiflorum,
Limonium ovalifolium, Limonium plurisquamatum, Spergularia australis.
123. Limonietum multiflori-virgati J.C. Costa & Capelo in J.C. Costa, Capelo, Lousã &
Espírito Santo 1998
Associação aero-halina das arribas de calcários margosos entre Lisboa e cabo
Carvoeiro e no cabo Mondego.
Quadro sintético de COSTA et al. (1998): Características: Limonium virgatum V, Limonium
multiflorum V, Dactylis marina V, Crithmum maritimum V, Plantago occidentalis V, Daucus halophilus V,
Calendula algarbiensis IV, Spergularia australis III, Armeria cinerea III, Helichrysum decumbens I;
companheiras: Frankenia laevis V, Beta maritima V, Inula crithmoides IV, Leontodon taraxacoides IV,
Limonium ferulaceum III, Lotus creticus II, Parapholis incurva II, Crucianella maritima II, Eryngium dilatatum
II, Euphorbia portlantica II, Sedum sediforme I, Carpobrotus edulis I, Catapodium maritimum I, Romulea
bulbocodium I, Elymus boreo-atlanticus +, Lobularia maritima +, Ononis ramosissima +, Sonchus oleraceus +,
Anthyllis maura +, Centaurium spicatum +, Allium ampeloprasum +, Carlina corymbosa var. major +,
Mesembryanthemum cristalinum r, Mesembryanthemum nodiflorum r, Mathiola sinuata r, Trifolium
angustifolium r.
124. Dactylo marinae-Limonietum plurisquamati J.C. Costa, Capelo & Lousã in J.C. Costa,
Capelo, Lousã & Espírito Santo 1998
Comunidade aero-halina de arribas calcárias entre Peniche e S. Pedro de Muel.
Quadro sintético de COSTA et al. (1998): Características: Limonium plurisquamatum V, Dactylis
marina V, Crithmum maritimum V, Plantago occidentalis V, Daucus halophilus IV, Calendula algarbiensis IV,
Limonium ovalifolium III, Spergularia australis III, Armeria cinerea III, Limonium virgatum II, Helichrysum
decumbens I; companheiras: Frankenia laevis V, Beta maritima III, Frankenia laevis III, Parapholis incurva
III, Sedum sediforme III, Carlina corymbosa var. major II, Suaeda vera II, Elymus boreo-atlanticus II,
Catapodium maritimum II, Elaoselinum gummiferum II, Crucianella maritima I, Limonium ferulaceum I,
Carpobrotus edulis I, Herniaria robusta I, Leontodon taraxacoides I, Ononis ramosissima I, Ammophila
australis +, Lobularia maritima +, Euphobia portlantica +.
125. Diantho cintrani-Daucetum halophili J.C. Costa, Capelo, Lousã & Espírito Santo 1998
Comunidade aero-halina, das falésias sieníticas do Cabo da Roca.
Quadro sintético de COSTA et. al. (1998): Características: Daucus halophilus V, Dianthus cintranus
V, Dactylis marina V, Crithmum maritimum V, Limonium virgatum V, Armeria pseudarmeria V, Plantago
occidentalis V, Calendula algarbiensis IV, Spergularia australis IV, Helichrysum decumbens IV, Silene
mariziana II; Companheiras: Frankenia laevis IV, Euphorbia portlantica IV, Carpobrotus edulis III, Beta
maritima III, Lotus creticus II, Lobularia maritima II, Sedum sediforme II, Inula crithmoides II, Crucianella
maritima I, Juniperus turbinata I, Allium ampeloprasum I.
62
B. Crithmo-Armerietalia Géhu 1968
Comunidades das arribas da superprovíncia Atlântica.
II. Crithmo-Armerion maritimae Géhu 1968
Associações cantabro-atlânticas que atingem o Arquipélago das Berlengas de fraca
cobertura, formada por halocasmófitos e formam a primeira banda cormófita das arribas.
Características no território: Angelica pachycarpa, Armeria berlenguensis, Silene
uniflora, Spergularia rupicola.
126. Spergulario rupicolae-Armerietum berlengensis Capelo, J.C. Costa & Lousã in J.C.
Costa, Capelo, Lousã & Espírito Santo 1998
Comunidade aero-halina das arribas graníticas do Berlenguense.
Quadro sintético de COSTA et. al. (1998): Características: Armeria berlengensis V, Crithmum
maritimum V, Dactylis marina V, Spergularia rupicola IV, Plantago occidentalis IV, Silene uniflora II,
Calendula algarbiensis II, Asplenium marinum II, Angelica plachicarpa II, Silene mariziana +; companheiras:
Suaeda vera V, Beta maritima V, Frankenia laevis IV, Scrophularia sublyrata III; Lobularia maritima III;
Carpobrotus edulis II, Herniaria berlengiana II, Leontodon taraxoides II, Polycarpon alsinifolium I.
31. JUNCETEA MARITIMI Br.-Bl. in Br.-Bl. & Roussine & Négre 1952
Vegetação de pradarias e juncais halofílicos, instalados normalmente em solos
arenosos litorais de esteiros, rias, arribas e em depressões continentais. Classe distribuída
pelas costas atlânticas, mediterrânicas e depressões salgadas do continente europeu.
Características no território: Apium graveolens, Aster tripolium subsp. pannonicus,
Carex extensa, Centaurium spicatum, Inula crithmoides, Juncus acutus, Juncus maritimus,
Limonium vulgare, Oenanthe lachenalii, Spergularia salina.
A. Juncetalia maritimi Br.-Bl. ex Horvatic 1934
Juncais e pradarias halofíticos mediterrânicos.
I. Juncion maritimi Br.-Bl.1931 ex Horvatic 1934
Juncais halofílicas mediterrânicas litorais.
Características no território: Centaurium tenuiflorum, Elymus elongatus, Juncus
acutus, Juncus subulatus, Lactuca saligna, Sonchus maritimus subsp. maritimus.
Ia. Juncenion maritimi
Juncais mediterrânicos litorais.
127. Polygono equisiteformis-Juncetum maritimi J.C. Costa in J.C. Costa, Lousã & Espírito
Santo 1997
Juncal halofítico ou salobro de Juncus maritimus e J. acutus, que se extende desde a
Lagoa de Óbidos até ao Algarve.
128. Comunidade de Juncus subulatus
Associação mediterrânica, dominada por Juncus subulatus em depressões e salinas
abandonadas que sofreram uma inundação durante um curto período de tempo. Foi observada
no sapal do Tejo.
II. Glauco-Puccinellietalia Beeftink & Westhoffs in Beeftink 1962
Juncais e comunidades herbáceas vivazes em solos húmidos e salobros das costas
Cantabro-Atlânticas e Norte-Atlânticas.
Características no território: Frankenia laevis, Puccinellia maritima
63
Glauco maritimae-Juncion maritimi Géhu & Géhu-Frank 1984
Juncais densos de solos húmidos e salobros do litoral atlântico europeus
fundamentalmente cantrabo-atlânticos.
Características no território: Triglochin maritima, Plantago maritima.
129. Limonio–Juncetum maritimi Teles in P.Silva & Teles 1972
Juncais halofíticos galaico-portugueses que tem o seu limite meridional no rio
Mondego.
32. SAGINETEA MARITIMAE Westhoff, Van Leeuwen & Adriani 1962
Vegetação terofítica halonitrofílica que suporta inundação durante certo período de
tempo ou submetida a uma forte maresia salgada. É constituída por diversas espécies de
pequeno tamanho e fraca biomassa. O enriquecimento em azoto pode provir por acção
humana ou por rápida mineralização dos elementos orgânicos adjacentes ao solo, como restos
marinhos lacustres ou detritos orgânicos de charcos salobros, etc. De distribuição
eurossiberiana e mediterrânica.
Característica no território: Catapodium marinum, Sagina maritima.
A. Saginetalia maritimae Westhoff, Van Leeuwen & Adriani 1962
Vegetação atlântica halófita, fracamente nitrófila, em que são preponderantes os
terófitos de pequena biomassa. Desenvolve-se em solos temporariamente encharcados ou
humedecidos por águas salgadas.
Característica no território: Cochlearia danica.
I. Sangion maritimae Westhoff, Van Leeuwen & Adriani 1962
Aliança única que ocorre no território.
130. Sagino maritimae-Cochlarietum danicae Tüxen & Gillner in Tüxen, Bockelmann,
Rivas-Martínez & Wildepret 1957
Comunidade terofítica das arribas cantábro-atlânticas, caracterizada pela presença de
Sagina maritima, Cochlearia danica, Catapodium marinum, própria de promontórios e
arribas marítimas batidas pelo mar e visitadas frequentemente por aves, que no território se
assinala no Berlenguense.
B. Frankenietalia pulverulentae Rivas-Martínez ex Castroviejo & Porta 1976
Comunidades mediterrânicas, terofíticas, halonitrófilas, de fraca biomassa.
Características no território: Parapholis filiformis, Parapholis incurva, Spergularia
salina.
II. Frankenion pulverulentae Rivas-Martínez ex Castroviejo & Porta 1976
Associações halonitrófilas mediterrânicas, formada por terófitos efémeros de pequena
biomassa. Prosperam em zonas salgadas temporariamente inundadas, como em estações
abruptas litorais humedecidas pela maresia e ligeiramente nitrificadas.
Característica no território: Hainardia cylindrica.
131. Parapholido incurvae-Catapodietum marini Rivas-Martínez, Lousã, Díaz, FernándezGonzález & J.C. Costa 1990
Comunidade formada por terófitos efémeros de crescimento precoce, que coloniza
estações humedecidas pela maresia e antropizadas pelo pisoteio. Comunidade do Sul da
Península Ibérica que se extende desde o Costeiro Português até às Baleares.
64
III. Hordeion marini Ladero, F. Navarro, C. Valle, Marcos, Ruiz & M.T. Santos 1984
Comunidades graminóides halofílicas, subnitrofílicas, mediterrânicas, próprias de
lugares salinos nitrificados como consequência da actividade humana e de floração primaveril
tardia.
Características no território: Hordeum marinum, Polypogon maritimus.
132. Polypogono maritimi-Hordeetum marinii Cirujano 1981
Comunidade terofítica e halonitrófila, que se desenvolve nas margens de caminhos,
bebedouros e locais húmidos no final da Primavera.
33. SALICORNIETEA FRUTICOSAE Br.-BL. & Tüxen ex A. & O. Bolòs 1950
Vegetação perene e vivaz em que predominam os arbustos suculentos e plantas em
roseta. Cresce em solos fortemente salinos ricos em sais de sódio, geralmente húmidos e
sujeitos a inundações de águas salobras de origem marinha ou continental. Forma grande
parte da biomassa fundamental dos salgados costeiros e interiores da região Mediterrânica e
parece ser comum nas regiões Irano-Turânica e Saaro-Arábica. De forma discreta e
empobrecida penetra nas costas atlânticas eurossiberianas até ao sector Normando.
Características no território: Artemisia caerulescens, Juncus subulatus, Spergularia
marina, Spergularia media, Triglochin bulbosa subsp. barrelieri.
A. Salicornietalia fruticosae Br.-Bl. 1933
Vegetação formada por caméfitos e nanofanerófitos suculentos, pobres em espécies,
que prospera em solos salinos húmidos submetidos pelo menos temporariamente a inundações
por água salgada ou salobra.
Características no território: Cistanche phelypaea, Halimione portulacoides,
Sarcocornia fruticosa.
I. Salicornion fruticosae Br.-Bl. 1933
Associações de nanofanerófitos e caméfitos suculentos dos géneros Sarcocornia e
Arthrocnemum, instalados em sapais litorais ricos em sal e inundados durante as marés com
período variável, de distribuição mediterrânica e cantabro-atlântica.
Características no território: Puccinellia maritima, Puccinellia convoluta.
Ia. Salicornienion fruticosae
Associações em solos sempre húmidos que sofrem inundações e algumas das vezes de
águas pouco salobras; predomina o caméfito Sarcocornia fruticosa de distribuição
mediterrânica, cantábrico-atlântica e alcança o sul da Bretanha.
Característica no território: Sarcocornia fruticosa.
133. Cistancho phelypaeae-Arthrocnemetum fruticosi Géhu ex Géhu & Géhu-Frank 1977
Comunidade costeiro-lusitano-andaluza e tingitana-atlântica, dominada por
Sarcocornia fruticosa e Halimione portulacoides, que tem o seu limite setentrional no sapal
do Tejo.
134. Puccinellio maritimae-Arthrocnemetum fruticosi Géhu 1976
Associação dominada por Sarcocornia fruticosa e Halimione portulacoides
acompanhadas de Puccinellia maritima, etc. Encontra-se assinalada desde o rio Mondego até
à Bretanha meridional, em França.
Ib. Arthrocnemenion perennis Rivas-Martínez in Rivas-Martínez & Costa 1984
Comunidades de rias e salgados costeiros submetidos ao fluxo diário das marés, em
que domina o caméfito rizomatoso Sarcocornia perennis subsp. perennis, de distribuição
65
costeiro-lusitano-andaluza, cantábrico-atlântica e marroquina ocidental e ocupa as posições
mais baixas do sapal.
Características no território: Limonium vulgare (dif. subal.), Sarcocornia perennis
subsp. perennis, Spartina maritima (dif. subal.).
135. Puccinellio maritimae-Arthrocnemetum perennis Géhu 1976
Comunidade cantabro-atlântica, do sapal baixo dominada por Sarcocornia perennis
acompanhada de Limonium vulgare, Puccinellia maritima, Triglochin maritima, etc. que
atinge o sapal do Mondego.
136. Sarcocornio perennis-Puccinellietum convolutae J.C. Costa in J.C. Costa, Lousã &
Espírito Santo 1997
Associação do sapal baixo dominada por Sarcocornia perennis acompanhada de
Limonium vulgare, Puccinellia convoluta, etc., de distribuição costeiro-lusitano-andaluza que
tem o seu limite setentrional no sapal do Tejo.
II. Arthrocnemion glauci Rivas-Martínez & Costa 1984
Associações mediterrânicas litorais, que crescem em solos fortemente salinos só
ocasionalmente inundados e suportam uma grande dessecação. Ocupa posição mais elevada
que as anteriores.
Características no território: Limonium daveaui, Limonium ferulaceum.
Ic. Arthrocnemenion glauci
Comunidades dominadas pelo Arthrocnemum macrostachyum
Característica no território: Arthrocnemum macrostachyum.
137. Inulo crithmoidis-Arthrocnemetum glauci Fontes ex Géhu & Géhu-Frank 1977
Comunidade costeiro-lusitano-andaluza do sapal alto dominada por Arthrocnemum
macrostachyum, que se assinala no sapal do Tejo e atingem de maneira empobrecida a
margem esquerda do Mondego.
Id. Sarcocornienion alpini Rivas-Martínez, Lousã, Díaz, Fernandez-González & J.C. Costa
1990
Comunidades principalmente mediterrânicas, que atingem o sector Galaico-Português,
e em que predomina o caméfito Sarcocornia perennis subsp. alpini. Nas zonas salgadas do
mar Mediterrâneo ocupa a banda mais exterior e por isso mais frequentemente inundada,
enquanto no Atlântico situa-se numa faixa interior mais elevada e adjacente ao
Sarcocornienion perennis.
Característica no território: Sarcocornia perennis subsp. alpini.
138. Halimiono portulacoidis-Sarcocornietum alpini Rivas-Martínez & Costa 1984
Associação costeiro-lusitano-andaluza, galaico-portuguesa e tingitana, dominada por
Sarcocornia alpini e Halimione portulacoides, inundada diariamente ocupa a faixa mais
elevada que as comunidades do Arthrocnemenion perennis.
III. Suaedion verae (Rivas-Martínez, Lousã, Díaz, Fernández-González & J.C. Costa 1990)
Rivas-Martínez , Fernandez-González & Loidi 1999
Associações que ocupam a posição mais elevada dos salgados costeiros e locais
nitrofilizados, podendo ser ainda observado nos taludes, muros das salinas e solos removidos.
Características no território: Suaeda vera subsp. vera, Polygonum equisetiforme.
66
139. Cistancho phelypaeae-Suaedetum verae Géhu & Géhu-Frank 1977
Comunidade do sapal alto, costeiro-lusitano-andaluza e murciano-almeriense, é
dominada por Suaeda verae, vive junto aos detritos deixados pela preia-mar e tem o seu
limite setentrional no rio Tejo.
140. Scrophulario sublyratae-Suaedetum verae J.C. Costa, Capelo & Lousã in J.C. Costa,
Capelo, Aguiar, Neto, Lousã & Espírito Santo 1998
Associação das arribas fortemente batidas e salpicadas pelas ondas do mar,
berlenguense, costeiro português e sintrano, que ocorre em locais nitrofilizados por acção das
aves marinhas ou do homem. Apesar de estar posiciona na Salicornietea fruticosae, devido à
sua ecologia, encontra-se enriquecida por plantas da Crithmo-Staticetea e Pegano-Salsoletea
vermiculatae.
Quadro sintético de COSTA et al. (2000): Características: Suaeda vera V, Scrophularia sublyrata V,
Inula crithmoides II, Limonium ferulaceum II, Arthrocnemum macrostachyum I; companheiras: Frankenia
laevis IV, Beta maritima IV, Crithmum maritimum IV, Calendula algarbiensis IV, Plantago occidentalis III,
Atriplex halimus II, Lavatera olbia II, Limonium ovalifolium II, Daucus halophilus II, Piptatherum miliaceum II,
Armeria berlenguensis II, Armeria pseudarmeria II, Lobularia maritima II, Limonium virgatum II, Herniaria
berlengiana II, Limonium plurisquamatum II, Dactylis marina II, Hyoscyamus niger II,, Carpobrotus edulis II,
Armeria cinerea I, Spergularia rupicola I, Dianthus cintranus I.
34. SPARTINETEA MARITIMAE Tüxen ex Beeftink & Géhu 1962
Vegetação hidrofítica, constituída por gramíneas vivazes halofíticas, mono ou
pauciespecíficas, a povoar estuários ou costas baixas. Tem que estar sujeita à influência diária
das marés porque não suporta águas estagnadas. São comunidades pioneiras instaladas em
sedimentos marinhos ou fluvio-marinhos mais ou menos finos (vasas ou areias) saturados
pelo menos na maré baixa. A classe encontra-se assinalada nas costas atlânticas e iberoalânticas e marroquinas.
Características no território: Spartina maritima.
A. Spartinetalia maritimae Conard ex Beeftink & Géhu 1962
Ordem única.
I. Spartinion maritimae Conard ex Beeftink & Géhu 1962
Aliança única na Europa.
141. Spartinetum maritimae Corillion 1953
Associação pauciespecífica, pioneira de areias saturadas e lodos fofos, dominada pela
Spartina maritima, de distribuição atlântica alcança as costas gaditanas.
35. THERO-SUAEDETEA Rivas-Martínez 1972
Vegetação de terófitos suculentos, pioneira, que prospera em solos inundados
temporáriamente e sapais de distribuição holártica.
Característica no território: Suaeda maritima.
B. Thero-Suaedetalia Br.-Bl. & O. Bolòs 1958
Associações mediterrânicas, de plantas anuais halonitrófilas, carnudas de
desenvolvimento estival em solos salinos enriquecidos em compostos azotados, quer por
decomposição de restos orgânicos acumulados nas margens dos salgados quer por acção
humana.
Características na Ria Formosa: Cressa cretica, Salsola soda, Spergularia salina,
Suaeda splendens.
I. Thero-Suaedion Br.-Bl. in Br.-Bl., Roussine & Nègre 1952
Aliança única da ordem.
67
142. Cressetum villosae Rothmaler 1943
(sin. Cressetum creticae Brullo & Furnari 1976)
Comunidade mediterrânica, halonitrófila, vernal, em que a espécie directriz é o
terófito suculento Cressa cretica. Encontra-se no sapal do Tejo.
143. Suaedo splendentis-Suaedetum sodae Br.-Bl. 1933
Comunidade mediterrânica que atinge o sapal do Tejo, própria de solos argilosos
salinos húmidos, revolvidos e nitrificados, que aparece no Verão e Outono e em que a Suaeda
splendens e Salsola soda são as espécies mais comuns.
B. Thero-Salicornietalia Tüxen in Tüxen & Oberdorfer ex Géhu & Géhu-Franck 1984
Vegetação pioneira de terófitos suculentos (Salicornia spp.), que prospera em solos
sem vegetação, inundados temporariamente em sapais e costas planas arenosas ou limosas,
com uma amplitude grande, podendo ser observada a níveis mais baixos do sapal ou em zonas
interiores dos salgados, de repartição holártica.
II. Salicornion dolycostachyo-fragilis Géhu & Rivas-Martínez ex Géhu & Géhu-Franck 1984
Associações das costas atlânticas e geralmente formada por espécies tetraplóides, que
ocupam posições mais baixas e diariamente são submersas durante a preia-mar.
Característica no território: Salicornia fragilis.
144. Salicornietum fragilis Géhu & Géhu-Frank 1984
Comunidade de fenologia temporã, dominada por Salicornia fragilis, que se
desenvolve na posição mais baixa dos sapais, sobre solos limosos ou limosos-arenosos.
Comunidade das costas atlânticas que atinge o Algarve.
III. Salicornion europaeo-ramosissimae Géhu & Géhu-Franck 1984
Comunidades atlânticas dominadas por espécies diplóides (2n=18) do género
Salicornia, próprias do nível superior dos esteiros e salgados litorais e interiores.
Característica no território: Salicornia ramosissima.
145. Sarcocornio perennis-Salicornietum ramosissimae (Géhu & Géhu-Frank 1979) RivasMartínez 1990
Comunidades abertas, cantabro-atlânticas, caracterizada pela Salicornia ramosissima,
que ocupam níveis elevados dos esteiros em solos arenosos ou limo-arenosos. Foi assinalada
no sapal do Mondego.
IV. Salicornion patulae Géhu & Géhu-Franck 1984
Associações mediterrânicas que se extendem até à entrada do Mar do Norte em
posições mais elevadas e é formada por espécies diplóides, que são inundadas de Inverno,
mas susceptíveis a uma forte dessecação no Verão.
Característica no território: Salicornia patula.
146. Suaedo splendentis-Salicornietum patulae Rivas-Martínez, Costa, Catroviejo & Valdés
1980 corr. Rivas-Martínez 1990
Comunidade mediterrânica, dominada pela Salicornia patula acompanhada de Suaeda
splendens, própria de solos salinos argilosos ou arenossos desnudados de depressões, canais
ou salinas inundadas ou encharcadas durante o Inverno ou príncipio da Primavera.
Comunidade do interior e do litoral do Sudoeste da Península Ibérica foi assinalada no sapal
do Tejo.
68
147. Halimiono portulacoidis-Salicornietum patulae J.C. Costa in J.C. Costa, Lousã &
Espírito Santo 1997
Comunidade litoral própria de solos salinos inundados e desnudados, do Sudoeste da
Península Ibérica constituída pela Salicornia patula e Suaeda maritima, que se desenvolve
nas clareiras entre o Sarcorcornio perennis-Arthrocnemetum perennis e o InuloArthrocnemetum glauci. Foi observada no sapal do Tejo.
36. AMMOPHILETEA Br.-Bl. & Tüxen ex Westhoff, Dijk & Passchier 1946
Vegetação de dunas costeiras móveis ou semifixas dominada por gramíneas vivazes e
caméfitos arenícolas. Distribui-se pelas costas atlânticas e mediterrânicas penetrando
ligeiramente nas dunas embrionárias do Báltico.
Características no território: Aetheorhiza bulbosa subsp. bulbosa, Carex arenaria,
Calystegia soldanella, Cyperus capitatus, Euphorbia portlandica, Hedypnois arenaria, Lotus
creticus, Mathiola sinuata, Medicago marina, Pancratium maritimum.
A. Ammophiletalia Br.-Bl. 1933
Vegetação dominada por gramíneas vivazes, que povoam as dunas litorais móveis.
Características no território: Eryngium maritimum, Euphorbia paralias.
I. Ammophilion australis Br.-Bl. 1921 corr. Rivas-Martínez, Costa & Izco in RivasMartínez, Lousã, Díaz, Fernandez-González & J.C.Costa 1990
Comunidades de dunas móveis dominadas pelo estorno (Ammophila arenaria subsp.
australis) das costas ocidentais atlânticas até ao Cabo Mogador (Marrocos) e do litoral do mar
Mediterrâneo.
Característica no território: Otanthus maritimus.
Ia. Ammophilenion australis
Associações dominadas pela Ammophila arenaria subsp. australis das cristas dunares
móveis que tendem a estabilizar.
Característica no território: Ammophila arenaria subsp. australis (= A. arenaria
subsp. arundinacea).
148. Otantho maritimi-Ammophiletum australis Géhu & Tüxen 1975 corr. Rivas-Martínez,
Lousã, Díaz, Fernandez-González & J.C.Costa 1990
Associação das cristas dunares móveis dominada pela Ammophila arenaria subsp.
australis a norte de Peniche. Além da subassociação típica também se assinala a
subassociação crucianelletosum maritimae Géhu & Tüxen 1975 onde se verifica alguma
fixação de areia.
Quadro sintético de COSTA et al. (2001): Características: Ammophila australis V, Otanthus
maritimus V, Eryngium maritimum IV, Medicago marina IV, Calystegia soldanella IV, Euphorbia paralias IV,
Pancratium maritimum III, Leontodon arenarius III, Polygonum maritimum II, Aetheorrhiza bulbosa II,
Matthiola sinuata II, Cyperus capitatus I; diferenciais da subassociação crucianelletosum maritimae:
Crucianella maritima IV, Artemisia crithmifolia III, Helichrysum picardi II, Armeria welwitschii II, Iberis
procumbens +; companheiras: Carpobrotus edulis III, Elymus boreo-atlanticus II, Seseli tortuosum II,
Malcolmia littorea II, Hydrocotyle bonariensis I, Verbascum litigiosum I, Silene littorea I, Sedum sediforme I,
Silene nicaensis +, Reichardia gaditana +, Crithmum maritimum +.
149. Loto cretici-Ammophiletum australis (Rivas Goday & Rivas-Martínez 1958) RivasMartínez 1965
Associação das cristas dunares móveis, dominada pela Ammophila arenaria subsp.
australis a Sul de Peniche. No Costeiro Português ocorre a subassociação armerietosum
welwitschii J.C. Costa, Lousã, Capelo, Espírito Santo & Izco in J.C. Costa, Lousã, Capelo,
Espírito Santo, Izco & Arsénio 2001 própria deste território.
Quadro sintético de COSTA et al. (2001): Características: Ammophila australis V, Lotus creticus V,
Eryngium maritimum V, Otanthus maritimus IV, Medicago marina III, Calystegia soldanella III, Euphorbia
69
paralias III, Pancratium maritimum II, Polygonum maritimum II, Euphorbia portlantica II; diferenciais da
subassociação armerietosum welwitschii: Armeria welwitschii IV, Artemisia crithmifolia III, Helichrysum
picardi III, Ononis ramosissima III, Crucianella maritima II, Malcolmia littorea I; companheiras: Carpobrotus
edulis III, Elymus boreo-atlanticus II, Verbascum litigiosum II, Iberis procumbens II, Lobularia maritima II,
Silene littorea I.
II. Agropyro-Minuartion peplodis Tüxen in Br.-Bl. & Tüxen 1952
Associações colonizadoras das dunas embrionárias das praias atlânticas quer
mediterrânicas quer eurossiberianas. Podem ser observadas desde o Cabo Mogador até ao Sul
da Noruega e ainda em zonas meridionais do Báltico.
Característica no território: Elymus farctus subsp. boreo-atlanticus, Honckenia
peploides.
IIa. Agropyro-Minuartienion peplodis
Dunas embrionárias atlânticas.
150. Euphorbio paraliae-Agropyretum junceiformis Tüxen in Br.-Bl. & Tüxen 1952 corr.
Darimont, Duvigneaud & Lambinon 1962
Associação das dunas embrionárias das costas atlânticas, dominadas pelo
hemicriptófito Elymus farctus subsp. boreo-atlanticus. Além da subassociação típica também
se assinala a subassociação otanthetosum maritimae Rivas-Martínez, Costa & Izco in RivasMartínez, Lousã, Díaz, Fernandez-González & J.C. Costa 1990, nos locais onde as
rempestades marítimas destruira o Ammophiletum.
Quadro sintético extraído de COSTA et al. (2001): Características: Elymus boreo-atlanticus V,
Eryngium maritimum V, Euphorbia paralias IV, Calystegia soldanella III, Pancratium maritimum III,
Polygonum maritimum III, Medicago marina II; Diferencial da subassociação otanthetosum maritimae:
Otanthus maritimus IV; companheiras: Cakile maritima II, Crucianella maritima r, Reichardia gaditana r,
Silene nicaensis r, Crithmum maritimum r.
B. Crucianelletalia maritimae Sissingh 1974
Associações dominadas por caméfitos que crescem nas dunas litorais semifixas (dunas
cinzentas), que se desenvolvem por detrás das cristas dunares. Tem distribuição
mediterrânica, cantábro-atlântica e franco-atlântica.
Características no território: Crucianella maritima, Herniaria ciliolata subsp. robusta,
Malcolmia littorea, Ononis natrix subsp. ramosissima, Seseli tortuosum, Silene nicaensis.
II. Helichrysion picardii (Rivas-Martínez, Costa & Izco in Rivas-Martínez, Lousã, Díaz,
Fernandez-González & J.C. Costa 1990) Rivas-Martínez, Fernandez-González & Loidi 1999.
Associações de caméfitos psamófilos ricas em endemismos fixadores de dunas
litorais, com distribuição costeiro-lusitano-andaluza e galaico-asturiana entre Punta Palomas
(Cádiz) e Cabo Prior (Astúrias).
Características no território: Anagallis monelli var. microphylla, Armeria welwitschii
subsp. welwitschii, Artemisia crithmifolia, Helichrysum picardii, Herniaria maritima, Iberis
procumbens, Linaria caesia subsp. decumbens, Scrophularia frutescens.
151. Armerio welwitschii-Crucianelletum maritimae Br.-Bl., Rozeira & P.Silva in J. & G.
Br.-Bl., Rozeira & P. Silva 1972
Associação das dunas fixadas por caméfitos entre Cascais e a Praia de Quiaios.
Quadro sintético de COSTA et al. (2001): Características: Crucianella maritima V, Helichrysum
picardi V, Armeria welwitschii V, Pancratium maritimum IV, Artemisia crithmifolia IV, Ononis ramosissima
IV, Malcolmia littorea IV, Euphorbia portlantica IV, Sedum sediforme IV, Lotus creticus III, Aetheorhiza
bulbosa III, Corynephorus canescens var. maritimus III, Scrophularia frutescens III, Iberis procumbens III,
Cyperus capitatus III, Linaria caesia subsp. decumbens III, Seseli tortuosum III, Medicago marina II, Anagallis
monelli var. microphylla II, Mathiolla sinuata II, Silene nicaensis II, Carex arenaria I, Herniaria maritima I,
Herniaria robusta +, Leontodon arenarius r; Companheiras: Carpobrotus edulis V, Ammophilla australis IV,
Verbascum litigiosum III, Vulpia alopecuros II, Calendula algarbiensis II, Senecio gallicus II, Silene littorea II,
Calystegia soldanella I, Dactylis marina I, Lobularia maritima I, Reichardia gaditana I, Anchusa calcarea I,
70
Pimpinella villosa I, Corema album I, Otanthus maritimus +, Eryngium maritimum +, Medicago littoralis +,
Crithmum maritimum +, Euphorbia terracina r.
152. Iberidetum procumbentis Bellot 1968
(sin. Scrophulario-Vulpietum alopecuris J. & G. Br.-Bl., Rozeira & P. Silva 1972)
Associação das dunas fixadas por caméfitos a norte de Quiaios. Nas dunas do Costeiro
Português não se assinalaram as características da associação Jasione lusitanica e Coyncia
johnstonii, que só ocorrem a norte de Aveiro.
Quadro sintético extraído de COSTA et al. (2001): Características: Crucianella maritima V,
Helichrysum picardi V, Artemisia crithmifolia V, Seseli tortuosum V, Medicago marina V, Sedum sediforme V,
Pancratium maritimum IV, Lotus arenarius IV, Cyperus capitatus IV, Corynophorus maritimus IV, Aetheorhiza
bulbosa IV, Euphorbia portlantica IV, Linaria decumbens III, Carex arenaria III, Malcolmia littorea II,
Anagallis microphylla II, Herniaria robusta II, Scrophularia frutescens II, Silene nicaensis II, Mathiola sinuata
I; Companheiras: Carpobrotus edulis V, Vulpia alopecuros V, Ammophila australis V, Calystegia soldanella
V, Hydrocotile bonariensis IV, Eryngium maritimum III, Corema album III, Otanthus maritimus II, Reichardia
gaditana II, Verbascum litigiosum II, Plantago coronopus II, Arctotheca calendula II, Bromus diandrus II,
Polygonum maritimum I, Paronychia argentea I.
37. CAKILETEA MARITIMAE Tüxen & Preising ex Br.-Bl. & Tüxen 1952
Vegetação pioneira halonitrofílica, migratória, psamofílica, constituida por terófitos
que possuem normalmente caules e folhas algo suculentos. Forma-se nas praias e costas
arenosas, numa orla mais ou menos coincidente com os depósitos e restos orgânicos trazidos
pelo mar durante as marés vivas. São comunidades anuais pobres em espécies que podem
alternar com as associações vivazes dos ecossistemas dunares em comunidades secundárias;
também aparecem em solos arenosos profundos do litoral submetidos a uma forte acção
humana e ainda nas orlas dos sapais.
Características no território: Atriplex prostrata, Euphorbia peplis, Glaucion flavum,
Polygonum maritimum.
A. Cakiletalia integrifoliae Tüxen ex Oberdorfer 1949 corr. Rivas-Martínez, Costa & Loidi
1992
Comunidades efémeras, dominadas por terófitos, que ocupam estações ricas em azoto
das praias e sapais das costas europeias e norte africanas. É geovicária da norte americana
Cakiletalia endulatae.
Características no teritório: Euphorbia peplis, Salsola kali subsp. kali.
I. Atriplicion littoralis Nordhagen 1940
Comunidades atlânticas das praias europeias a norte de Peniche.
Característica no território: Cakile maritima subsp. integrifolia.
153. Honckenyo-Euphorbietum peplis Tüxen ex Géhu 1964
Comunidades cantábro-atlânticas que ocorrem a Norte de S. Martinho do Porto, de
terófitos halonitrófilos, entre os quais Salsola kali e Cakile maritima subsp. integrifolia, cuja
posição primária se situa no limite superior da praia onde o mar deposita os detritos.
II. Cakilion maritimae Pignatti 1953
Comunidades mediterrânicas das praias a Sul Peniche (inclusive).
Característica no território: Cakile maritima subsp. maritima (Cakile maritima subsp.
aegyptiaca).
154. Salsolo kali-Cakiletum aegyptiacae Costa & Mansanet 1981
Comunidades halonitrófila mediterrânica, a Sul de Peniche, formada por Cakile
maritima subsp. maritima, ocorre nas praias altas, onde o mar deposita os detritos.
71
38. PHRAGMITO-MAGNOCARICETEA Klika in Klika & Novak 1941
Vegetação cosmopolita, hidrofílica de margens de cursos de água, zonas pantanosas,
lagoas e lodos húmidos que em grande parte do ano ou mesmo todo o ano está localizada em
estações hidrofíticas. É constituida por helófitos de grandes dimensões.
Características no território: Alisma plantago-aquatica, Carex pseudocyperus,
Cladium mariscus, Eleocharis vulgaris, Iris pseudacorus, Lycopus europaeus, Lythrum
salicaria, Lysimachia vulgaris, Mentha aquatica, Rorippa amphibia, Scirpus
tabernaemontani, Sparganium erectum, Thelypteris palustris, Typha domingensis, Veronica
anagallis-aquatica.
A. Phragmitetalia Koch 1926
Comunidades de grandes helófitos rizomatosos, próprias de margens de rios, nas áreas
lênticas ou em lagoas de águas doces meso-oligotróficas temporárias ou permanentes, de
distribuição cosmopolita.
Características no território: Scirpus lacustris (= Schoenoplectus lacustris), Typha
angustifolia, Typha latifolia.
I. Phragmition communis Koch 1926
Única aliança na Europa.
Característica no território: Phragmites australis.
Ia. Phragmitenion communis
Comunidades de grandes helófitos rizomatosos de água doce.
155. Thypo angustifoliae-Phragmitetum australis (Tüxen & Preising 1942) Rivas-Martínez,
Báscones,T.E Díaz, Fernández-González & Loidi 1991
Comunidade do Norte, Oeste e Sudoeste da Península Ibérica, própria de águas mesoeutrófas, que não suportam grandes períodos de seca. A facies de Scirpus lacustris
desenvolve-se nas margens de rios e linhas de água em solos grosseiros ou sobre rocha; a
facies de Typha spp. prefere águas tranquilas sendo por isso comum nas margens de lagoas,
charcos e remansos de rios em solos limosos; a facies de Phragmites australis tem um grau
ecológico mais amplo, mas é nas margens das albufeiras que se mostra mais competitivo,
porque o caniço suporta uma maior dessecação.
Lagoa da Braças (Figueira da Foz), 100 m2: características: 3Typha latifolia, 3Typha domingensis,
1Phragmites australis, 1Scirpus lacustris, 1Lythrum salicaria, +Lycopus europaeus, +Mentha aquatica,
+Galium palustre, +Alisma plantago-aquatica, +Apium nodiflorum; companheiras: 1Myriophyllum aquaticum,
+ Calystegia soldanella, +Equisetum palustre, +Baldellia ranunculoides, +Prunella vulgaris, +Juncus
articulatus, +Paspalum paspalodes.
Ib. Scirpenion maritimi Rivas-Martínez in Rivas-Martínez, Costa, Castroviejo & Valdés
1980
Comunidades de águas doces, ocasionalmente ricas em nutrientes minerais, mas não
salinas, que podem suportar períodos de seca prolongados.
Característica no Território: Scirpus maritimus var. maritimus.
156. Bolboschoenetum maritimi Eggler 1933
(sin. Scirpetum maritimi Tüxen 1937)
Comunidades presididas por Scirpus maritimus var. maritimus, que se desenvolvem
em solos argilosos temporariamente inundados por água doce ocasionalmente ricas em
nutrientes.
72
B. Nasturtio-Glycerietalia Pignatti 1954
Comunidades de helófitos de alta e média dimensão, erguidos ou decumbentes, de
distribuição holártica, onde são comuns algumas gramíneas de folhas flutuantes do género
Glyceria.
Características no território: Alisma lanceolatum, Glyceria declinata, Oenanthe
fistulosa.
II. Glycerio-Sparganion Br.-Bl. & Sissingh in Boer 1942
Associações de helófitos próprias de águas profundas de nível oscilante, fluentes ou
estanques, de distribuição europeia e norte africana.
Características no território: Eleocharis palustris subsp. palustris.
IIa. Glycerienion fluitantis (Géhu & Géhu-Franck 1987) J.A. Molina 1996
Associações e comunidades helofíticas, em que são abundantes gramíneas
decumbentes do género Glyceria, a desenvolverem-se sobre solos temporariamente inundados
em águas quietas.
157. Glycerio declinatae-Eleocharitetum palustris Rivas-Martínez & Costa in RivasMartínez, Costa, Castroviejo & Valdés 1980.
Comunidades helofíticas de águas doce pobres em bases, em que são comuns
Eleocharis palustris e Glyceria declinata. Ocorre em águas tranquilas de lagoas e margens de
rios que suportam uma estiagem prolongada. Tem distribuição costeiro-lusitano-andaluza,
mediterrâneo-iberoatlântica, orocantábrica e cantabro-atlântica.
Lagoa da Vela, 40 m2: características: 3Eleocharis palustris, 1Glyceria declinata, 1Alisma-plantago
aquatica, 1Lythrum salicaria, +Veronica anagallis-aquatica, +Galium palustre, +Oenanthe fistulosa,
+Oenanthe crocata; companheiras: 1Paspalum paspalodes, +Cyperus longus, +Bidens frondosa, +Cynodon
dactylon, +Calystegia soldanella.
IIb. Phalaridenion arundinaceae (Kopecky 1961) J.A. Molina 1996
Associações e comunidades helofíticas, constituídas por gramíneas erguidas ou
megafórbios que colonizam leitos submetidos a inundações periódicas.
Características no território: Oenanthe crocata, Phalaris arundinacea.
158. Glycerio declinatae-Oenanthetum crocatae Rivas-Martínez, Belmonte, FernándezGonzález & Sánchez-Mata in Sánchez-Mata 1989
Comunidade helofítica, silicícola, dominada por Oenanthe crocata, a desenvolver-se
sobre solos aluvionares pouco evoluídos, arenosos, nos leitos e margens de rios e linhas de
água rápidos e oligotróficos, do centro e oeste da Península Ibérica.
159. Oenantho crocatae-Phalaridetum arundinaceae J.A. Molina 1996
Associação helofítica, silícicola, do Noroeste e centro da Península Ibérica, presidida
por Phalaris arundinacea, que coloniza leitos de rios alteradas pelo homem submetidos a
inundações periódicas. No território só se observou a norte da bacia do rio Mondego.
Vala de Carmação (Cantanhede), 20 m2: características: 4Phalaris arundinacea, 2Oenanthe crocata,
1Lythrum salicaria, 1Eleocharis palustris, +Galium palustre, +Apium nodiflorum, +Veronica anagallisaquatica; companheiras: +Myriophyllum aquaticum, +Agrostis stolonifera, +Panicum repens.
III. Nasturtion officinalis Géhu & Géhu-Franck 1987
Associações constituida por helófitos latifólios tenros, que prosperam em águas
superficiais ricas em azoto.
Características no território: Apium nodiflorum, Nasturtium officinale.
73
160. Glicerio declinatae-Apietum nodiflori J.A. Molina 1996
Comunidade helofítica dominada por Apium nodiflorum, do Norte e Oeste da
Península Ibérica, própria de leitos de rios e linhas de água com corrente moderada e com
estiagem.
Lagoa da Vela (Figueira da Foz), 10 m2: características: 4Apium nodiflorum, +Glyceria declinata,
1Alisma plantago-aquatica, +Rorippa sylvestris, +Oenanthe fistulosa; companheiras: +Bidens frondosa,
+Paspalum paspalodes, +Cotula coronopifolia.
C. Magnocaricetalia Pignatti 1954
Comunidades de grandes Carex spp. helófitos de aspecto graminóide.
Características no território: Carex hispida, Galium palustre.
III.
Magnocaricion elatae Koch 1926
Comunidades de Carex higrofílicas que se desenvolvem em margens de águas calmas
ou estagnadas, sobre solos higroturfosos prolongamente inundados. Tem o óptimo de
distribuição no atlântico-centroeuropeu, atingindo empobrecida a área mediterrânica.
Características no território: Carex acuta, Cladium mariscus.
161. Cladietum marisci Zobrist 1935
Comunidade dominada por Cladium mariscus de margens de lagos e lagoas de
distribuição centro-atlântica, atlântica e costeiro-lusitano-andaluza.
Lagoa da Vela (Figueira da Foz), 40 m2: características: 5Cladium mariscus, +Lythrum salicaria,
+Lycopus europaeus; companheiras: +Hydrocotyle vulgaris, +Schoenus nigricans, +Mentha suaveolens,
+Calystegia sepium.
V. Caricion broterianae (Rivas-Martínez, Fernandez-González & Sanchez-Mata 1986) J.A.
Molina 1996
Associações de Carex spp., de óptimo mediterrâneo-iberoatlântico, que se encontram
nas margens de cursos de água sobre substratos oligo-mesotróficos.
Características no território: Carex paniculata subsp. lusitanica.
162. Galio palustris-Caricetum lusitanicae Rivas-Martínez, Belmonte & Sánchez-Mata in
Sánchez-Mata 1989
Associação dominada por Carex paniculata subsp. lusitanica, própria de solos
compactados de pseudogley de margens de rios e linhas de água, extendendo-se pelos
territórios Mediterrânico-Iberoatlântico e Costeiro Lusitano-Andaluz.
D. Scirpetalia compacti Hejny in Holub, Hejny, Moravec & Neuhäusl 1967 corr. RivasMartínez, Costa, Castroviejo & Valdés 1980
Comunidades holárticas, que se observam sobre solos salobros quer em sapais como
em salinas, presididas por ciperáceas helófitas.
Característica no território: Sicirpus maritimus var. compactus.
VI. Scirpion compacti Dahl & Hadac 1941 corr. Rivas-Martínez in Rivas-Martínez, Costa,
Castroviejo & Valdés 1980
Comunidades halofílicas, mediterrânicas e eurossiberianas, presididas por Sicirpus
maritimus var. compactus.
Característica no território: Scirpus pungens.
163. Scirpetum compacto-litoralis (Br.-Bl. in Br.-Bl., Roussine & Nègre 1952) O. Bolòs 1962
corr. Rivas-Martínez, Costa, Castroviejo & Valdés 1980
Comunidade mediterrânanica ocidental, dominada por Scirpus maritimus var.
compactus, de depressões e salinas abandonadas que sofreram um período longo de
inundação por água salobras. Foi observada nas margens do Tejo.
74
39. SCHEUCHZERIO-CARICETEA FUSCAE Tüxen 1937
Comunidades de turfeiras baixas, planas em áreas encharcadas, formadas por
hemicriptófitos e geófitos de carácter hidrofítico acompanhados de musgos.
Características no território: Drosera intermedia.
A. Caricetalia fuscae W.Koch 1926 em. Br.-Bl 1949
Vegetação de turfeiras planas dis-oligotróficas.
I. Anagallido tenellae-Juncion bulbosi Br.-Bl. 1967
Aliança de carácter atlântico, que reune comunidades de turfeiras oligotróficas de
áreas termotemperadas.
Características no território: Anagallis tenella, Carex serotina, Juncus bulbosus,
Pedicularis sylvatica subsp. lusitanica, Scutellaria minor, Wahlenbergia hederacea.
164. Anagallido-Juncetum bulbosi Br.-Bl. 1967
Associação de solos oligrotrófos higroturfosos, de nível freático elevado (turfeiras
baixas planas), de inclinação escassa ou nula e de díficil drenagem em solos siliciosos. De
distribuição cantabro-atlântica atinge as lagoas do Costeiro Português de forma empobrecida.
Lagoa da Vela, 20 m2: Características: 3Juncus bulbosus, 2Anagallis tenella, 1Carex serotina,
+Isolepis setacea, +Pedicularis lusitanica, +Wahlenbergia hederacea; trangressivas da Isoeto-Littorelletea:
2Hypericum elodes, 1Juncus articulatus, +Hydrocotyle vulgaris, +Baldellia ranunculoides; companheiras:
1Utricularia australis, 1Juncus effusus, 1Potentilla erecta, +Ranunculus flammula, +Mentha aquatica, +Cotula
coronopifolia.
40. ISOETO-LITTORELLETEA Br.-Bl. & Vlieger in Vlieger 1937
Vegetação anfíbia vivaz constituida por helófitos junceiformes e isoetídeos ou
hidrogeófitos, própria de águas doces oligotróficas ou ligeiramente mesotróficas de nível
variável, quietas ou ligeiramente fluentes, a prosperar em lodos e solos gleiformes iniciais,
minerais, em lagunas, de distribuição holártica.
Características no território: Juncus bulbosus, Potamogeton polygonifolius, Scirpus
fluitans.
A. Littorelletalia Koch 1926
Ordem única.
I. Hyperico elodis-Sparganion Br.-Bl. & Tüxen ex Oberdofer 1957
Associações de hidrófitos e helófitos que ocupam leitos de regatos e margens de
charcos submetidos a submersão periódica por águas meso-oligótróficas, de distribuição
atlântica, costeiro-lusitano-andaluza e mediterrânico-iberoatlântica.
Características no território: Baldellia ranunculoides, Eleocharis multicaulis,
Hypericum elodes, Hydrocotyle vulgaris, Juncus articulatus.
165. Hyperico elodis-Rhyncosporetum rugosae Neto, Capelo, J.C. Costa & Lousã in Neto
1997
Comunidade helofítica, de lagoas e canais arenosos, de águas oligotróficas, do
Sadense e Costeiro Português, presididas por Hypericum elodes, Rhyncospora rugosa, Juncus
bulbosus, Eleocharis multicaulis, Myosotis lusitanica, entre outras.
Lagoa da Vela, 40 m2: características: 4Hypericum elodes, 1Rhyncospora rugosa, 2Juncus
bulbosus, 2Juncus articulatus, 1Baldellia ranunculoides, 1Hydrocotyle vulgaris, 1Ranunculus flammula,
+Myosotis lusitanica, +Eleocharis multicaulis; companheiras: 1Utricularia australis, 1Myriophyllum
aquaticum, 1Molinia caerulea, +Myriophyllum alterniflorum, +Carum verticillatum, +Lotus pedunculatus,
+Lycopus europaeus.
75
166. Ludwigio palustris-Potametum polygonifolii Peinado & A. Velasco in Peinado, Moreno
& A. Velasco 1983
Associação luso-extremadurense, presidida por Potamogetum polygonifolius, própria
de lagoas, rios calmos e depressões permanentemente encharcadas por águas mesooligotróficas. Foi observada nas lagoas do Costeiro Português.
Lagoa das Braças, 20 m2: Características: 4Potamogetum polygonifolius, +Ludwigia palustris,
1Juncus articulatus, +Baldellia ranunculoides, +Eleocharis multicaulis, +Hydrocotyle vulgaris, +Myriophyllum
spicatum, +Myriophyllum alterniflorum; companheiras: 2 Myriophyllum aquaticum, +Potamogetum gramineus,
+Lycopus europaeus, + Potentilla erecta, +Galium palustre, +Panicum repens.
167. Hyperico elodis-Scirpetum fluitans Rivas Goday 1964
Comunidade luso-extremadurense (mariânica-monchiquense), presidida por Scirpus
fluitans e Hypericum elodes de charcos, lagoas e rios que exige grande persistência de água
de encharcamento. Foi assinalada no Beirense Litoral.
Azabuxo (Leiria), lagoas em solo arenoso, 10 m2 /5 m2: Características: 4/2 Scirpus fluitans, 1/4
Hypericum elodes, 2/1 Juncus bulbosus, ./2 Eleocharis multicaulis 1/. Fuirena pubescens; companheiras: 1/1
Juncus effusus, 1/1 Molinea caerulea, +/2 Potentilla erecta, 1/1 Peucedaneum longifolium, 2/+ Isolepis setacea,
1/. Potamogeton natans, 1/. Cirsium filipendulum, +/. Juncus tenegeia, ./1 Erica ciliaris, ./+ Lycopus europaeus.
41. BIDENTETEA TRIPARTITAE Tüxen, Lohmeyer & Preising ex von Rochow 1951
Vegetação formada por plantas anuais, que crescem sobre depósitos ripícolas ou
lacustres ricos em substâncias azotadas que emergem no Verão e Outono.
Características no territórios: Atriplex prostrata, Bidens frondosa, Bidens tripartita,
Polygonum hydropiper, Polygonum lapathifolium.
A. Bidetentalia tripartitae Br.-Bl. & Tüxen ex Klika & Hadac 1944
Ordem única.
I. Bidention tripartitae Nordhagen 1940 em. Tüxen in Poli & J.Tüxen 1960
( sin. = Chenopodium rubri (Tüxen ex Poli & J. Tüxen 1960) Kopecky 1969)
Vegetação nitrofílica sedimentar que fica a descoberto no Verão.
Características no território: Atriplex prostrata, Bidens aurea, Polygonum persicaria,
Xanthium strumarium subsp. italicum.
168. Comunidade de Bidens frondosa
Comunidade dominada por Bidens frondosa acompanhada de Polygonum
lapathifolium, Polygonum persicaria, Atriplex prostrata, Xanthium strumarium, etc. Foi
observada no Verão, nas margens arenosas das lagoas do Costeiro Português que sofreram
inundação invernal.
41. ISOETO-NANOJUNCETEA Br.-Bl. & Tüxen ex Westhoff et al. 1946
Vegetação de terófitos e geófitos efémeros, pioneiros, em geral, com um período de
vida curto, que se desenvolve em solos periodicamente encharcados ou cobertos de água
doce. Classe com um óptimo na região Mediterrânica instala-se também na sub-região
Atlântica-Medioeuropeia.
Características no território: Isolepis setacea, (= Scirpus setaceus), Juncus buffonius,
Lythrum hyssopifolia, Lythrum portula, Mentha pulegium, Molineriella laevis, Pulicaria
paludosa.
A. Isoetetalia Br.-Bl. 1936 em. Rivas Goday 1970
Comunidades mediterrânicas e ocidentais, de floração primaveril ou pré-estival, em
que o período de inundação não se prolonga até meio do Verão.
Características no território: Hypericum humifusum, Isoetes hystrix, Isolepis cernua (=
Scirpus cernum), Isolepis pseudosetacea (=Scirpus pseudosetaceus), Juncus capitatus, Juncus
hybridus, Juncus pygmaeus, Lotus subbiflorus, Lythrum borysthenicum.
76
I. Isoetion Br.-Bl. 1936
Associações mediterrânicas, fugazes, primaveris, de pequenos charcos ou depressões
inundadas temporariamente por águas superficiais no Inverno ou princípio da Primavera.
Características no território: Isoetes delilei, Isoetes durieui, Isoetes hystrix.
II. Cicendion (Rivas Goday in Rivas Goday & Borja 1961) Br.-Bl. 1967
Associações iberoatlânticas e costeiro-lusitano-andaluzas, fugazes de plantas de
pequeno tamanho e floração primaveril, crescendo em locais encharcados ou cobertos durante
alguns meses por águas superficiais.
Características no território: Cicendia filiformis, Illecebrum verticillatum, Radiola
linoides, Trifolium ornithopodioides.
169. Loto subbiflori-Chaetopogonetum fasciculati Rivas-Martínez & Costa in RivasMartínez, Costa, Castroviejo & Valdés 1980
Comunidade costeirao-lusitano-andaluza e luso-extremadurense, do fim do Inverno
ínicio da Primavera, presidida por Chaetopogon fasciculatus, em solos arenosos, siliciosos
que sofreram inundação invernal.
Lagoa da Vela, 10 m2: Características: 3Chaetopogon fasciculatus, 2 Lotus subbiflorus, 3Juncus
bufonius, 2Isolepis cernua, 1Juncus minutulus, 1Pulicaria paludosa, +Lythrum portula; companheiras: 1Poa
annua, 1Hydrocotyle bonariensis, +Aster squamatus, +Stellaria media.
III. Preslion cervinae Br.-Bl. ex Moor 1936
Associações estivais de meios inundados por águas relativamente profundas na
Primavera e que secam no Verão.
Características no território: Eryngium corniculatum, Mentha cervina (= Preslium
cervina), Sisymbrella aspera, Veronica anagalloides.
B. Nanocyperetalia Klika 1935
Comunidades de fraca cobertura, de floração tardestival ou outonal submetida a
períodos de inundação que se prolongam até ao Verão. Apresentam um certo carácter
nitrófilo.
Características no território: Centaurium maritimum, Corrigiola littoralis, Cyperus
flavescens, Cyperus fuscus, Cyperus michelianus, Pseudognaphalium luteo-album.
IV.
Nanocyperion Koch ex Libbert 1932
Vegetação tardioestival de óptimo atlântico-centro-europeu que engloba associações
menos exigentes em sais e crescem em solos mais ou menos arenosos
Característica no território: Isolepis setacea.
170. Comunidade de Cyperus flavescens
No Verão nas margens da lagoas do Costeiro Português, que dessecaram observa-se
uma comunidade dominada por Cyperus flavescens acompanhada de Pseudognaphalium
luteo-album, Juncus bufonius, Isolepis cernua, Scirpus juncoides, Pulicaria paludosa, entre
outras.
V. Verbenion supinea Slavnic 1951
Associações tardoestivais ou outonais, de óptimo mediterrânico, instaladas em solos
mais ou menos argilosos, que secaram tardiamente e estiveram submersos por águas
eutrofizadas ou nitrificadas, mas sempre ricos em sais minerais.
Características no território: Blackstonia imperfoliata, Centaurium spicatum, Crypsis
aculeata, Damasonium alisma, Heliotropium supinum, Lythrum tribracteatum, Polypogon
maritimus, Verbena supina.
77
171. Damasonio alismae-Crypsietum aculeatae Rivas-Martínez & Costa in Rivas-Martínez,
Costa, Castroviejo & Valdés 1980
Associação costeiro-lusitano-andaluza, de pequenos terófitos, dominada por Crypsis
aculeata, que se desenvolve em solos mais ou menos salinos algo argilosos e que secam de
Verão. Foi observada no sapal do Tejo.
42. ZOSTERETEA MARINAE Pignatti 1954
Vegetação formada por monocotiledóneas vivazes vivendo em águas marinhas euhalinas ou poli-halinas, pouco profundas (0,3 a 4 metros), submersas e enraizadas em
substrato arenoso ou limoso móvel, de costas ou estuários, às quais frequentemente se unem
várias algas epifíticas. Classe com distribuição holártica.
Característica no território: Zostera noltii.
A. Zosteretalia Béguinot 1941 em. Tüxen & Oberdofer 1958
Ordem única.
I. Zosterion Christiansen 1934
Aliança única.
172. Zosteretum noltii Harmsen 1936
Comunidade monoespecífica de Zostera noltii, atlântica, de estuários e costas arenosas
ou limosas pouco profundas que ficam a descoberto durante a preia-mar.
43. RUPPIETEA J. Tüxen 1960
Vegetação pobre em espécies, de águas salobras e salinas de origem marinha ou
continental, encontrando-se inundada, pelo menos temporariamente, por águas com cloreto de
sódio ou sulfatos de sódio, gesso, cálcio ou magnésio, sendo o sulfato de magnésio o principal
composto necessário para o seu desenvolvimento, de distribuição holártica.
Característica no território: Ruppia maritima.
A. Ruppietalia maritimae J. Tüxen 1960
Ordem única na Península Ibérica.
I. Ruppion maritimae Br.-Bl. ex Westhoff in Bennema, Sissingh & Westhoff 1943
Aliança de comunidades de hidrófitos que vivem em águas salobras fechadas
(lagoachos, salinas abandonadas, enseadas barradas, fossas, canais, açudes, tanques, etc.) que
suportam uma grande amplitude de variação de salinidade. Consegue viver em locais com
salinidades superiores às do mar. Nas grandes áreas de águas fechadas, em que a salinidade é
quase constante, só ocorre nas localidades onde há uma certa instabilidade nas condições
hidrográficas, como por exemplo nas vizinhanças dum rio onde o volume de água aumenta
durante um período de tempo. Nas zonas sujeitas ao movimento de marés estas comunidades
só se podem desenvolver quando a diferença de altura de maré é muito pequena.
173. Ruppietum maritimae Iverson 1934
Comunidade formada por Ruppia maritima, que ocupa canais, charcos, salinas
abandonadas com água salgada. De distribuição holártica no território foi assinalada nos
estuários do Tejo e Mondego
44. POTAMETEA Klika in Klika & Novak 1941
Comunidades de hidrófitos enraizados e grandes pleustófitos de água doces ou
ligeiramente salinas.
Características no território: Myriophyllum spicatum, Potamogeton crispus,
Potamogeton natans.
78
A. Potametalia Koch 1926
Comunidades holárticas, de ninfídeos, elodeídeos, miriofilídeos e batraquídeos
enraizados em águas doces, ou ligeiramente salinas.
Características no território: Callitriche stagnalis, Potamageton lucens, Potamogeton
nodosus.
I. Potamion (Libbert 1931) Koch 1926
Associações dominadas por elodeídeos e alguns miriofilídeos, próprios de águas doces
e oligo-halinas permanentes, moderadamente expostas à acção do vento, ondulação e
correntes.
Características no território: Myriophyllum alterniflorum, Najas minor, Potamogeton
gramineus, Potamogeton perfoliatus, Potamogeton pusillus, Zannichellia palustris.
174. Comunidade de Myriophyllum alterniflorum e Potamogeton gramineus
Comunidade enraizada, submersa por águas meso-eutrofas, algo profundas, que se
observa nas lagoas do Costeiro Português dominada pelo Potamogeton gramineus.
Lagoa das Braças, 50 m2: Características: 4Potamogetum gramineus, 1Myriophyllum alterniflorum,
+Myriophyllum spicatum, +Potamogeton crispus, +Potamogeton perfoliatus; companheiras: 2Myriophyllum
aquaticum, +Potamogeton polyganypholius, +Baldellia ranunculoides, +Ludwigia palustris.
II. Nymphaeion albae Oberdorfer 1957
Comunidades de grandes plantas dulceaquícolas enraizadas, constituidas
fundamentalmente por ninfídeos (plantas com caules ramificados e folhas flutuantes com
grandes pecíolos) e alguns elodeídeos (plantas com folhas submersas indivisas e sem folhas
fluantes especializadas), de águas relativamente profundas e sem ondulação
Características no território: Nuphar luteum, Nymphaea alba.
175. Nymphaeetum albo-luteae Nowisski 1928
Associação formada por ninfídeos que se desenvolvem em águas profundas mesoeutrófas. Comunidade de óptimo centro-europeu, atinge o Costeiro-Lusitano-Andaluz e o
Luso-Extremadurense.
Lagoa das Braças, 50 m2: Características: 4Nymphaea alba, +Nuphar lutea, 1Potamogeton gramineus,
1Myriophyllum alterniflorum, +Myriophyllum spicatum, +Potamogeton crispus; companheiras: 2Myriophyllum
aquaticum, +Potamogetum polyganifolius.
B. Utricularietalia Den Hartog & Segal 1964
Comunidades de grandes plestófitos que flutuam à superfície ou se encontram
submersos entre a superfície e o fundo da água.
176. Comunidade de Eichhornia crassipes
Nas valas e em águas paradas nitrofilizadas do rio Tejo ocorre a infestante tropical de
raizes flutuantes, Eichhornia crassipes, que chega a cobrir totalmente a superfície da água,
algumas vezes acompanhado do neófito tropical Myriophyllum aquaticum.
III. Utricularion Den Hartog & Segal 1964
Comunidades de ceratofilídeos com flores e frutos emersos (urticularídeos), que
apresentam estruturas foliares adaptadas para a alimentação heterótrofica, o que permite viver
em águas oligo-mesotróficas. Encontram-se em águas pouco profundas, tranquilas e quentes
no Verão.
Características no território: Utricularia australis.
177. Utricularietum exoleto-australis Rivas-Martínez, Costa, Castroviejo & Valdés 1980
79
Comunidade de utricalarídeos de charcos e lagoas de águas doces meso-oligotróficas
formada por Utricularia australis. Só conhecida do território costeiro-lusitano-andaluz.
Lagoa da Vela, 10 m2: Características: 4Utricularia australis, +Myriophyllum spicatum;
companheiras: 2Myriophyllum aquaticum, +Myriophyllum alterniflorum, +Potamogeton polygonifolius,
+Ludwigia palustris, +Baldellia ranunculoides.
45. LEMNETEA MINORIS Tüxen ex O.Bolòs & Masclans 1955
Comunidades dulceaquícolas de plantas macroscópicas não enraizadas, flutuantes ou
submergidas, de distribuição cosmopolita.
Características no território: Lemna minor.
A. Lemnetalia minoris Tüxen ex O. Bolòs & Masclans 1955
Ordem única na Europa, subcosmopolita.
I. Lemnion minoris Tüxen ex O. Bolòs & Masclans 1955
Associações uniestratificadas de acropleustófitos, facilmente movíveis pelo vento e
fluxos de água, com o óptimo em águas básicas, eutrofizadas, paradas, ricas em iões
fosfatados ou azotados e frequentemente microbiologicamente contaminadas.
Características no território: Azolla filiculoides, Lemna gibba, Wolffia arrhiza.
178. Lemnetum minoris Oberdorffer ex Müller & Görs 1960
Comunidade de meios pouco eutrofizados com populações quase extremes de Lemna
minor.
179. Lemno-Azolletum filiculoidis Br.-Bl. in Br.-Bl, Roussine & Nègre 1952
Comunidade quase extreme do pteridófito Azolla filiculoides, em águas paradas
fortemente eutrofizadas.
180. Comunidade de Lemna minor e Wolffia arrhiza.
Comunidade quase extreme do acropleustófito Wolffia arrhiza em lagoas muito
nitrofilizadas por acção agrícola.
Lagoa da Salgueira (Cantanhede), 1 m2: 5 Wolffia arrhiza, + Lemna minor, +Elodea canadensis.
80
Bibliografia
AGUIAR, C., J. CAPELO, J.C. COSTA, M.D. ESPÍRITO-SANTO & M. LOUSÃ (1995) - Tipologia das
geoséries ripícolas mediterrânicas de Portugal. Congresso Nacional de Conservação da Natureza.
Ecossistemas Ribeirinhos: 25-32.
AGUIAR, C., A. CARVALHO, A. P. RODRIGUES & A. ESTEVES (1997) - Guia da Excursão Geobotânica
do I Encontro de Fitossociologia - ALFA. Inst. Polit. de Bragança. ALFA. Bragança.
ALCARAZ, F. (19969 – Fitosociologia integrada, paisaje y biogeografia. In J. Loidi (ed.). Advances en
Fitosociologia: 59-94. Bilbau.
ALCARAZ, F., T.E. DÍAZ GONZÁLEZ, S. RIVAS-MARTÍNEZ & P. SÁNCHEZ-GOMES (1989) - Datos
sobre la vegetación del sureste de España: Provincia Biogeografica Murciano-Almeriense. Itinera Geobot. 2:
5-133.
ALCARAZ, F., P. SANCHEZ-GOMES, A. DE LA TORRE, S. RIOS & J.A. ROGEL (1991) – Datos sobre la
vegetación de Murcia (España). Guia Geobotánica de la excursion de las XI Jornadas de Fitosociologia.
DM PPU. Múrcia
ALMEIDA, A. FERREIRA DE & J. CAPELO (1996) - Carta de séries de vegetação da Serra da Arrábida. In
Notas do Herbário da Estação Florestal Nacional (LISFA). Fasc. IV. Silva Lusit. 4 (2): 259-264.
ALVES, J.M. S., M.D. ESPÍRITO SANTO, J.C. COSTA, J. CAPELO & M. LOUSÃ (1998) – Habitats Naturais e
Seminaturais de Portugal continental. Tipos de Habitats mais significativos e agrupamentos vegetais
característicos. 7-155. Lisboa, ICN.
AMIGO, J., J. IZCO, J. GUITÁN & I. ROMERO (1998) – Reinterpretación del robledal termófilo galaicoportugués: Rusco aculeati-Quercetum roboris. Lazaroa 19: 85-98.
AMOR, A., M. LADERO & C. VALLE (1993) - Flora y vegetación vascular de la comarca de la Vera y laderas
meridionales de la Sierra de Tormantos (Caceres, España). Studia Bot. 11: 11-207.
BRAUN-BLANQUET (1979) – Fitosociologia. Bases para el estudio de las comunidades vegetales. Ed. H.
Blume. Madrid.
BRAUN-BLANQUET, J., A.R. PINTO DA SILVA, A. ROZEIRA, & F. FONTES (1952) - Résultats de deux
excursions géobotanique à travers le Portugal septentrional & moyen I. Une incursion dans la Serra da
Estrela. Agron. Lusit. 14 (4): 303-323
BRAUN-BLANQUET, J., A.R. PINTO DA SILVA & A. ROZEIRA (1956) - Résultats de deux excursions
géobotanique à travers le Portugal septentrional & moyen II. Chenaies à feuilles caduques (Quercion
occidentale) et chenaies à feuilles persistentes (Quercion faginae) au Portugal. Agron. Lusit. 18 (3): 167-234
BRAUN-BLANQUET, J., A.R. PINTO DA SILVA & A. ROZEIRA (1964) - Résultats de deux excursions
géobotanique à travers le Portugal septentrional & moyen III. Landes à Cistes et Ericacées (CistoLavanduletea et Calluno-Ulicetea). Agron. Lusit. 23 (4): 229-313.
BRAUN-BLANQUET, J., G. BRAUN-BLANQUET, A. ROZEIRA & A.R. PINTO DA SILVA (1956) Résultats de deux excursions géobotanique à travers le Portugal septentrional & moyen IV. Esquisse sur la
végétation dunale. Agron. Lusit. 33 (1-4): 217-234.
CANO, E., A. GARCÍA-FUENTES & N. SÁNCHEZ-PASCUAL (1993) - Vegetación de la Cordillera
Mariánica y Cuenca del Guadiana. Univ. Jaen.
CALADO, F. , M.D. ESPÍRITO-SANTO & J.C. COSTA (2000) - Comunidades vegetais e espécies com valor
para conservação no Centro-Oeste-Olissiponense (Sintra, Malveira e Loures). Quercetea 1: 77-88.
CAPELO, J. (1996) - VIII Nota à sintaxonomia das orlas herbáceas florestais do SW da Península Ibérica. Silva
Lusit. 4 (1): 123-125.
CAPELO, J. (1996) - Esboço da paisagem vegetal da bacia portuguesa do rio Guadiana. Silva Lusit. 4 (especial):
13-64.
CAPELO, J., C. AGUIAR & J. GOMES PEDRO (1996) - Comunidades pteridofíticas de Asplenietea
trichomanes de Portugal continental. In Livro de Resumos do I Congresso Internacional de Fitossociologia.
Oviedo.
CAPELO, J., C. AGUIAR, A. PENAS, J. C. COSTA & M. LOUSÃ (1998) - Vegetação saxícola dos leitos de
cheia dos grandes rios ocidentais ibéricos: Festucion duriotaganae. Silva Lusit. 6 (1): 117-120.
CAPELO, J. & A. FERREIRA DE ALMEIDA (1993) - Dados sobre a paisagem vegetal do Parque Natural da
Serra da Arrábida: proposta de uma tipologia fitossociológica. Silva Lusit. 1 (2): 217-236.
CAPELO, J., J.C. COSTA, M. D. ESPÍRITO SANTO & M. LOUSÃ (1993) - As comunidades camefíticas dos
calcários do Centro-Oeste Português (Serratulo estremadurensis-Thymenion sylvestris, suball. nova). In Guia
Geobotânico das XIII Jornadas de Fitossocilogia: 99-118. I.S. Agronomia. Lisboa.
CAPELO, J., J.C. COSTA & M. LOUSÃ (1996) - Distribuição das séries de vegetação climatófilas da região de
Lisboa segundo padrões edáficos e mesoclimáticos. Anais do Inst. Sup. Agron. 44 (1): 285-301.
CAPELO, J., J.C. COSTA, M. LOUSÃ & S. MESQUITA (inéd.) – A aliança Quercion fruticosae Rothmaler 1954
em. Rivas-Martínez, Lousã, Díaz, Fernández-Gonzalez & J.C. Costa 1990. Quercetea 3 (no prelo).
CAPELO, J., M. LOUSÃ & J.C. COSTA (1996) - Phlomido purpureae-Juniperetum turbinatae, ass. nova; uma
nova comunidade de Juniperus turbinata Guss. ssp. turbinata em xistos na bacia hidrográfica do rio
Guadiana. Anais do Inst. Sup. Agron. 44 (2): 515-530.
81
CAPELO, J. & S. MESQUITA (1999) – Nota sobre a vegetação natural e potencial das dunas estabelizadas do
Superdistrito Costeiro Português. Silva Lusit. 6 (2): 257-259.
CASTRO ANTUNES, J.H. (1996) - Aspectos sinfitossociológicos da Serra de S. Mamede. Silva Lusit. 4 (1): 97107.
CASTRO ANTUNES, J.H. (1996) - Percurso da Ribeira de Sôr zona a proteger. Anais Inst. Sup. Agron. 44 (2):
711-731.
CASTROVIEJO, S. et al. (ed) (1986-1997) - Flora Iberica. 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8. Real Jardín Bot. Madrid. Madrid.
CORREIA, A.I. & A.R PINTO DA SILVA (1994) - A vegetação da Serra de Sintra. Aspectos gerais. Port. Acta
Biol. (B) 16: 181-208.
COSTA, J. C. (1991) - Flora e vegetação do Parque Natural da Ria Formosa. Tese de Doutoramento. Lisboa.
COSTA, J.C. (1999) – Guia das Excursão científica: Estuários do Tejo e Sado. Livro de Resumos e Guia das
Excursões da V Jornadas de Taxonomia Botânica: 87-101. Faculdade de Ciências de Lisboa. Lisboa.
COSTA, J.C., C. AGUIAR, J. CAPELO, M. LOUSÃ, J. CASTRO ANTUNES, J. HONRADO, J. IZCO & M.
LADERO (inéd.) – A classe Cytisetea scopario-striati em Portugal Continental. Quercetea 3 (no prelo).
COSTA, J.C., C. AGUIAR, J. CAPELO, M. LOUSÃ & C. NETO (1999) - Biogeografia de Portugal
Continental. Quercetea 0: 5-56
COSTA, J.C. & J. CAPELO (1996)- Duas fórmulas nomenclaturais em Armeria Willd. (Plumbaginaceae). Silva
Lusitana 3(2): 252.
COSTA, J.C., J. CAPELO, C. AGUIAR, C. NETO, M. LOUSÃ & M.D. ESPÍRITO SANTO (1998) - An
overview of the Pegano harmalae-Salsoletea vermiculatae Br.-Bl. & O.Bolòs 1958, vegetation class in
continental Portugal. Colloques Phytosoc. 27: 81-93.
COSTA, J. C., J. CAPELO, M.D. ESPÍRITO SANTO, M. LOUSÃ, A. MONTEIRO, S. MESQUITA, M.T.
VASCONCELOS & I. MOREIRA (2000) – Plant communities of the lagoons of the Portuguese Coastal
Superdistrict – a multivariate approach. Hydrobiologia 415: 67-75.
COSTA, J. C., J. CAPELO, M. D. ESPÍRITO SANTO, M. LOUSÃ & J. IZCO (inéd.) - Corrección
nomenclatural de los sintaxones basados en Hyparrhenia hirta del sector Divisorio portugués. Lazaroa (no
prelo).
COSTA, J.C., J. CAPELO & M. LOUSÃ (1996) - Os bosques de zambujeiro (Olea europaea L. var. sylvestris
Miller): vegetação potencial dos vertissolos das áreas termomediterrânicas da Extremadura portuguesa. Anais
do Inst. Sup. Agron. 44 (2): 497-513.
COSTA, J.C., J. CAPELO, M. LOUSÃ & C. AGUIAR (1994) - Communautées de Juniperus au Portugal.
Colloques Phytosoc. 22: 499-526.
COSTA, J.C., J. CAPELO, M. LOUSÃ, J.H.S. CASTRO ANTUNES, C. AGUIAR, J. IZCO & M. LADERO
(2000) – Nota acerca dos giestais da Ulici europaei-Cytision striati Rivas-Martínez, Báscones, T. E. Diáz,
Fernández-González & Loidi em Portugal continental. Silva Lusit. 8 (1): 120-128.
COSTA, J.C., J. CAPELO, M. LOUSÃ & M.D. ESPÍRITO-SANTO (1996) - Asparago aphylli-Querceto
suberis sigmetum - a new coark-oak woodlands vegetation series of central-west Portugal. A case-study of an
integrated approach to the forest syntaxonomy. Livro de Resumos do I Congreso de la Federación
Internacional de Fitosociologia: 66. Oviedo.
COSTA, J.C., J. CAPELO, M. LOUSÃ & M.D. ESPÍRITO SANTO (1998) Guia da II excursão ALFA.
Vegetação da bacia hidrográfica do rio Guadiana. ALFA, Associação Lusitana de Fitossociologia. 95pp.
COSTA, J.C., J. CAPELO, M. LOUSÃ, & M.D. ESPÍRITO SANTO (1997) - Sintaxonomia da vegetação
halocasmofítica das arribas marítimas portuguesas (Crithmo-Staticetea Br.-Bl. 1947) Itinera Geobot. 11: 227
-247.
COSTA J. C., J. CAPELO, M. LOUSÃ & M.D. ESPÍRITO SANTO (inéd)– Os sobreirais do Divisório Português:
Asparago aphylli-Quercetum suberis. Quercetea 3 (no prelo).
COSTA, J.C., J. CAPELO, M. LOUSÃ & M.D. ESPÍRITO SANTO (inéd.)- As comunidades de Asparago albiRhamnion oleoidis Rivas Goday ex Rivas-Martínez 1975 do Divisório Português. Quercetea 3 (no prelo).
COSTA, J.C., J. CAPELO, C. NETO, M. D. ESPÍRITO-SANTO & M. LOUSÃ (1997) - Notas fitosociológicas
sobre os tojais do Centro e Sul de Portugal. Silva Lusit. 5 (2): 275-282.
COSTA, J.C., M.D. ESPÍRITO-SANTO & M. LOUSÃ (1994) - The vegetation of dunes of Southwest of
Portugal. Silva Lusit. 2 (1): 51-68.
COSTA, J.C., M. LADERO, T. DÍAZ, M. LOUSÃ, M.D. ESPÍRITO SANTO, T. VASCONCELOS, A.
MONTEIRO & A. AMOR (1993) - Guia Geobotânico da Excursão das XIII Jornadas de Fitossociologia: 198. I. S. Agronomia. Lisboa.
COSTA, J.C., M. C. LOPES, J. CAPELO. & M. LOUSÃ. (2001) – Sintaxonomia das comunidades de Prunus
lusitanica L. subsp. lusitanica no ocidente da Península Ibérica. Silva Lusit. 8 (2): 253-263.
COSTA, J.C. & M. LOUSÃ (1992) - Communautés psammophyliques et halophyliques de “Ria de Alvor".
Phytosociologie littorale et Taxonomie” Colloques Phytosoc. 18: 119-135. Lille.
COSTA, J.C & M. LOUSÃ (1996) - O género Salicornia L. em Portugal. Silva Lusitana 4(1): 121-123.
COSTA, J.C., M. LOUSÃ, J. CAPELO, A. MONTEIRO, M.D. ESPÍRITO SANTO, T. VASCONCELOS & I.
MOREIRA (1998) – The vegetation of the lagoons of the Portuguese Superdistrict. Proceedings of the 10th
EWRS International Symposium on Aquatic weeds: 51-54.
82
COSTA, J.C., M. LOUSÃ, J. CAPELO, M.D. ESPÍRITO SANTO, J. IZCO & M. LADERO (2001) – The
coastal vegetation of the Portuguese Divisory Sector: dunes, cliffs and low-scrub communities. Finisterra,
XXXV, 69: 69-93.
COSTA, J.C., M. LOUSÃ & M.D. ESPÍRITO SANTO (1990) - Vegetação dos pinhais da Ria Formosa. II
Congresso Florestal Nacional 2: 923-930. Porto.
COSTA; J.C., M. LOUSÃ & M.D. ESPÍRITO SANTO (1997) - Vegetação do Parque Natural da Ria Formosa.
Studia Bot. 15: 69-157.
COSTA, J.C., M. LOUSÃ & A.P. PAES (1997) - As comunidades ribeirinhas da bacia hidrográfica do rio Sado
Actas do I Coloquio Internacional de Ecologia da Vegetação: 291-320. Évora.
COUTINHO, A.X. PEREIRA (1939) - Flora de Portugal. Bertrand. Lisboa.
DÍAZ, T.E. & J.A. PRIETO (1994) - El paisaje vegetal de Asturias: Guia de la excursión. Itinera Geobot. 8: 5242.
DÍAZ GONZÁLEZ, T., S. RIVAS-MARTÍNEZ & F. FERNANDEZ-GONZÁLEZ (1990) - Stauracanthus Link
(Leguminosae) en la Península Ibérica. Itinera Geobot. 3: 131-135.
DIEZ-GARRETAS, B. (1984) - Datos sobre la végetación psammofila de las costas portuguesas. Doc.
Phytosociol. n.s. 8: 71-81.
DIEZ-GARRETAS, B. & A. ASENSI (1994) - Revision sintaxonomica y sinsistematica de la classe
Rosmarinetea officinalis Br.-Bl. em. Rivas-Martínez, T.E. Díaz, Fdez.-Prieto & Penas 1991 como base
tipologica de los habitats en Andalucia (España). Colloques Phytosoc. 22: 539-554.
DIEZ-GARRETAS, B. & A. ASENSI (1994) – Syntaxonomic analysis of the Andropogon-rich grasslands
(Hyparrhenietalia hirtae) in the western Mediterranean region. Folia Geobot. 34: 307-320.
DIEZ-GARRETAS, B., A. ASENSI. & F. ESTEVES (1978) - Pastizales terofíticos de playas y dunas en el sur
de la Península Ibérica. Colloques Phytosoc. 6: 73-80. Lille.
EHRENDDORFER, F. (1994) - Geobotânica. In Strasbourg et al. Tratado de Botánica: 871-978. Ediciones
Omega. Barcelona.
ESPÍRITO SANTO, M.D. (1999) – Habitats naturais e de espécies do Maçico Calcário Estremenho. Quercetea
1: 89-102.
ESPÍRITO SANTO, M.D. & J. CAPELO (1997) - Contribuição para o estudo da aliança Juncion acutiflori Br.-Bl.
in Br.-Bl. & Tüxen 1952 no Sudoeste da Península Ibérica. Itinera Geobot. 11: 205-211.
ESPÍRITO SANTO, M.D., J.C. COSTA, J. CAPELO & P. ARSÉNIO (1999) – Vegetação potencial das
margens das ribeiras do Algarve. Revista de Biologia (Lisboa) 17: 73-87.
ESPÍRITO SANTO, M.D., J.C. COSTA, J. CAPELO & M. LOUSÃ (1998) – Sintaxonomia dos agrupamentos
vegetais mais representativos em Portugal. In Alves, J. et al. Habitats Naturais e Seminaturais de Portugal
continental. Tipos de Habitats mais significativos e agrupamentos vegetais característico:156-164. Lisboa,
ICN.
ESPÍRITO SANTO, M.D., J.C COSTA, M. LOUSÃ, J. CAPELO & C. AGUIAR (1995) - Sinopsis da
vegetação de Portugal Continental. Deptº Bot. Eng. Biol.. I. S. Agronomia. 45pp.
ESPÍRITO SANTO, M.D., J.C COSTA & F. REGO (1993) - Vegetation dynamics in "Serra dos Candeeiros"
(Central Portugal). In Trabaud, L. & R. Prodon (eds). Fire in Mediterranean Ecosystems. Ecosystems
Research Report 5: 29-46. CEE.
ESPÍRITO SANTO, M.D., P. CUBAS, M. LOUSÃ, C. PARDO & J.C. COSTA - Ulex parviflorus sensu lato
(Genisteae, Leguminosae) en la zona centro de Portugal. Anales del Jardín Botánico de Madrid 55 (1): 49-65.
ESPÍRITO SANTO, M.D., M. LADERO & M. LOUSÃ (1996) - Comunidades rupícolas do Parque Natural das
Serras de Aire e Candeeiros. Studia Bot. 14: 13-22.
ESPÍRITO SANTO; M. D. & M. LOUSÃ 1981 - A Flora do Parque Natural da Serra de Aires e Candeeiros.
Cent. Bot. Aplic. Agricultura. I. S. Agronomia. Lisboa.
ESPÍRITO SANTO, M.D., M. LOUSÃ, J.C. COSTA & J. CAPELO (1994) - Lonicero implexae-Querceto
rotundifoliae sigmetum: uma nova série de vegetação do Divisório Português. Libro de resumen das XIV
Jornadas de Fitosociologia: 35. Bilbao.
ESPÍRITO SANTO, M.D., M. LOUSÃ, J.C. COSTA & J. CAPELO (2000) – Nota sobre a série de vegetação
dos azinhais no Maciço Calcário Estremenho: os matos de Ulex airensis e Erica scoparia. Silva Lusit. 8 (1):
119-120.
ESPÍRITO SANTO, M.D., F. REGO & J.C COSTA (1990) - Estratégia de regeneração, após incêndio, de duas
comunidades esclerofíticas da Serra de Candeeiros. II Congresso Florestal Nacional 2: 822-833. Porto.
ESPÍRITO SANTO, M.D., P. RODRIGUEZ & P. BINGRE (inéd.) – Amiais paludosos de Portugal continental.
Quercetea 3.
FRANCO, J.A. (1971-1984) - Nova Flora de Portugal (Continente e Açores). vol I e II. Lisboa.
FRANCO, J.A. (1996) - Zonas fitogeográficas predominantes em Portugal Continental. Anais Inst. Sup. Agron.
44(1): 39-56.
FRANCO, J.A. & M.L. ROCHA AFONSO (1994 - 1998) - Nova Flora de Portugal (Continente e Açores). vol
III, fasc. 1, 2. Escolar Editora. Lisboa.
GÉHU, J.M. (1985) - La végétation des dunes et bordures des plages européennes. Comité Européen pour la
Sauvegarde de la Nature et des Ressources Naturelles. Conseil de l’Éurope. Strasbourg.
83
GÉHU. J.M. & J. GÉHU-FRANCK (1977) - Quelques donées sur les Arthrocnemetea fruticosi iberiques sudoccidentaux. Acta Bot. Malacitana 3: 145-157.
GÉHU, J.M. & S. RIVAS-MARTÍNEZ (1981) - Notions fondamentales de phytosociologie. In Syntaxonomie. 533. Ed. J.Cramer. Vaduz.
GÉHU, J.M. & S. RIVAS-MARTÍNEZ (1983) - Classification of European Salt Plant Communities. In Dijkema
et al. Study on European salt marshes and salt steppes. Conseil de l’Éurope, SN-VS (83) 4: 32-40.
GOMES PEDRO, J. (1991) - Vegetação e flora da Arrábida. Colecção Parques Naturais. S.N.P.R.C.N. Lisboa.
HONRADO, J.J., F. BARRETO CALDAS & H. NEPOMUCENO (2000) – Sobre os tojais costeiros do litoral
Norte e Centro de Portugal. Silva Lusit. 7 (2): 283-286.
IZCO, J. (1993) - Dry coatal ecosystems of Nothern and Northertern Spain. In E. van der Maarel (ed.). Dry
coatal ecosystems, polar regions and Europe: 329-340. Elsevier.
IZCO, J., P. GUITAN P. & J. GUITAN (1988) - Presencia de la alianza Linarion pedunculatae en los cordones
dunares Galaico-Portugueses. Acta Bot. Malacitana 3: 209-216.
IZCO, J., P. GUITAN P. & J.M. SÁNCHEZ (1992) - La marisma superior cántabro-atlántica meriodional:
estudio de las comunidades de Juncus maritimus y de Elymus pycnanthus. Lazaroa 13: 149-169.
IZCO, J., P. GUITAN P. & J.M. SÁNCHEZ (1993) - Análisis y clasificación de las comunidades vegetales
vivaces de las dunas vivas gallegas. Rev. Acad. Galega Ciencias 5 (12): 79-104.
JANSEN, J. (1994) – Heide- und zwerg-wacholdervegetation in den höheren stufen der Serra da Estrela
(Portugal), unter besonderer berücksichtigung des Potentillo-Callunetum. Ber. d. Reinh.-Tüxen-Ges. 6: 279303.
JANSEN, J. (1998) - Übersicht der silikatschutt-vegetation in den höheren stufen der Serra da Estrela, Portugal.
Ber. d. Reinh.-Tüxen-Ges. 10: 95-124.
LADERO, M, T.E. DÍAZ GONZALEZ, A. PENAS, S. RIVAS-MARTÍNEZ & C. VALLE (1987) - Datos sobre
la vegetación de las Cordilleras Central y Cantábrica (II Excursion Internacional de Fitosociologia). Itinera
Geobot. 1: 3-147.
LADERO, M., J.L. PÉREZ-CHISCANO, M.T. SANTOS, C.VALLE & A. AMOR (1990) - Encinares lusoestremadurenses y sus etapes preclimácicas. Acta Bot. Malactina 15: 323-329.
LADERO, M., C.J. VALLE, M.T. SANTOS, A. AMOR, M.D. ESPÍRITO-SANTO, M. LOUSÃ & J.C. COSTA
(1991) - Sobre la végetación y flora rupicola de las intercalaciones calcareas de los sectores Divisorio
portugés y Beirense litoral. Candollea 46 (1): 53-59.
LADERO, M., C. VALLE, J.L. PEREZ-CHISCANO, M.T. SANTOS, A. AMOR & F. GONZALEZ (1996) Memoria de los mapas de vegetación potencial del macizo oriental de las Villuercas (Caceres, España).
Escalas 1:50 000 y 1:100 000. Anais Inst. Sup. Agron. 44 (2): 755-782.
LOIDI, J., I. BIRRUN & M. HERRERA (1997) - La vegetación del centro-spentrional de España. Itinera
Geobot. 9: 161-618.
LOUSÃ, M. (1986) - Comunidades halofílicas da Reserva de Castro Marim. Tese de Doturamento Univ. Tec.
Lisboa. I.S. Agronomia.170 pp.
LOUSÃ, M., J.C. COSTA, J. CAPELO, C. PINTO GOMES & C. NETO (1999)- Overview of the vegetation
and landscape of the lower Algarve (southern Portugal): silicious ecosystems, schist, sandy substracta, dunes
and saltmarshes. In Rivas-Martínez, S., J. Loidi, M. Costa, T.E. Díaz & A. Penas (ed) - Iter Ibericum A.D.
MIM. (Excursus geobotanicus per Hispaniam et Lusitaniam, ante XLII Syposium Sociatatis Internationalis
Scientiae Vegetationis Bilbao mense Iulio celebrandu dicti Anni). Itinera Geobot. 13: 137-147.
LOUSÃ, M., J.C. COSTA, J. CAPELO, C. PINTO GOMES & C. NETO (1999) - The vegetation of the stretch
between Faro and Evora. In Rivas-Martínez, S., J. Loidi, M. Costa, T.E. Díaz & A. Penas (ed) - Iter Ibericum
A.D. MIM. (Excursus geobotanicus per Hispaniam et Lusitaniam, ante XLII Syposium Sociatatis
Internationalis Scientiae Vegetationis Bilbao mense Iulio celebrandu dicti Anni). Itinera Geobot. 13: 149168.
LOUSÃ, M., J.C. COSTA, J. CAPELO, C. PINTO GOMES & C. NETO (1999) - The Plants communities and
landscape between Évora and Badajoz. In Rivas-Martínez, S., J. Loidi, M. Costa, T.E. Díaz & A. Penas (ed) Iter Ibericum A.D. MIM. (Excursus geobotanicus per Hispaniam et Lusitaniam, ante XLII Syposium
Sociatatis Internationalis Scientiae Vegetationis Bilbao mense Iulio celebrandu dicti Anni). Itinera Geobot.
13: 169.
LOUSÃ, M., M.C. LOPES, M.D. ESPÍRITO SANTO & J. C. COSTA (1998)– O rio Nabão e afluentes: sua
conservação e valorização. Revista de Biologia (Lisboa) 16: 157-161.
LOUSÃ, M & M.D. ESPÍRITO SANTO (1984) - Fitocenoses das margens da albufeira de Castelo de Bode.
Actas do Colóquio Nacional para a conservação das zonas ribeirinhas 1: 77-103. Lisboa.
LOUSÃ, M & M.D. ESPÍRITO SANTO (1988) - Os carvalhais do Parque Natural da Serra de Aire e
Candeeiros. Sua conservação. Acta Bot. Malacitana 15: 923-930.
LOUSÃ, M., M.D. ESPÍRITO SANTO & J.C. COSTA (1996) - A vegetação da Serra de Alvaiázere. Anais Inst.
Sup. Agron. 49 (1): 215-233.
LOUSÃ, M., M.D. ESPÍRITO SANTO, M.L. ROSA & J.P. LUZ (1989) - Estevais do Centro e Sul de Portugal.
Studia Bot. 8: 67-77.
MALATO-BELIZ, J. (1990) - A Serra de Portel. Flora e vegetação. Colecção Natureza e Paisagem. Nº8.
S.N.P.R.C.N. Lisboa.
84
MARTINS, M.J.S. (1999) – Estudo fitossociológico e cartográfico da paisaem vegetal natural e semi-natural do
litoral centro de Portugal entre a Praia de Mira e Figueira da Foz. Dissertação apresentada à Faculdade de
Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra para obtenção de grau de Mestre. Coimbra. 170pp.
MOLINA, J.A. (1996) – Sobre la vegetación de los humedales de la Península Ibérica (1. PhragmitiMagnocaricetea). Lazaroa 16: 27-88.
MOREIRA, M.E. (1987) - Estudo fitogeográfico do ecossistema de sapal do Estuário do Sado. Finisterra 22:
247-296. Lisboa.
MOUGA, T., J.C. COSTA & M.D. ESPÍRITO SANTO (1995) - Centrantho rubri-Antirrhinetum linkiani ass.
nova - uma nova comunidade dos muros e telhados do Divisório Português (centro de Portugal). XV
Jornadas de Fitosociologia: pp. 79. Palma de Maiorca.
NETO, C. (1994) - A flora e a vegetação das dunas de S. Jacinto. Finesterra. 55/56: 101-148.
NETO, C. (1994) - Notas sobre a flora e a vegetação do Cabo Espichel. Finesterra. 55/56: 201-214.
NETO, C. (1997) - A flora e a vegetação dos meios palustres do Superdistrito Sadense. Centro de Estudos
Geográficos. ISA / ICN. Lisboa 96 pp.
NETO, C., J. CAPELO, J.C. COSTA & M. LOUSÃ (1997) - Sintaxonomia das comunidades de turfeiras do
Superdistrito Sadense. Silva Lusit. 5 (2): 257-258.
ORTIZ, S. & N. MARCOS SAMANIEGO (1989) - Una nueva asociación de las gleras graniticas de la Serra da
Estrela (Portugal): Violetum langeanae. Bol. Soc. Brot. Sér. 2, 62: 205-210.
PEREZ-CHISCANO, J.L. (1976) - Charnecales y medroñales del noroeste de la Provincia de Badajoz. Anales
Inst. Bot. Cavanilles 33: 219-238.
PINTO CRUZ, C. & M.D. ESPÍRITO SANTO (1999) – Habitats naturais da Serra de Montejunto. Quercetea 1:
103-115.
PINTO DA SILVA, A.R., A. ROZEIRA & F. FONTES (1950) - Os carvalhais da Serra do Gerês - esboço
fitossociológico. Agron. Lusit.12 (3): 433-448.
PINTO DA SILVA, A.R. & A. TELES (1972) - Description sommaire des aires visités. Excursion au Portugal.
29 Mai-7 Juin. E.A.N. Oeiras.
PINTO DA SILVA, A.R. & A. TELES (1986) - A flora e vegetação da Serra da Estrela. Colecção Parques
Naturais. 7. S.N.P.R.C.N. Lisboa.
RIVAS GODAY, S. (1950) - Apreciación sintética de los grados de vegetación de la Sierra de Gerês. Agron.
Lusit. 12 (3): 449-480.
RIVAS GODAY, S. (1964) - Vegetación y flórula de la cuenca extremeña del Guadiana (Vegetación y flórula
de la Provincia de Badajoz). Publ. Exma Dip. Pov. de Badajoz. 777 pp.
RIVAS-MARTÍNEZ, (1974) - Datos sobre la flora y vegetación de la Serra da Estrela (Portugal). Anales Real
Acad. Farm. Madrid 40 (1): 65-74.
RIVAS-MARTÍNEZ, S. (1976) - Sinfitosociologia, una nueva metodologia para el estudio del paisaje vegetal.
Anales Inst. Bot. Cavanilles 30: 69-87.
RIVAS-MARTÍNEZ, S (1979) - Brezales y jarales de Europa occidentale (Revisión de las clases CallunoUlicetea y Cisto-Lavanduletea). Lazaroa 1: 5-128.
RIVAS-MARTÍNEZ, (1981) - Sobre la vegetación de la Serra da Estrela (Portugal). Anales Real Acad. Farm.
Madrid 47 (4): 435-480.
RIVAS-MARTÍNEZ, S. (1985) - Biogeografía y vegetación: Publ. Real Acad. Cienc. Exactas, Físicas y Nat: 1103. Madrid.
RIVAS-MARTÍNEZ, S. (1987) - Memoria del mapa de séries de vegetación de España. ICONA.
RIVAS-MARTÍNEZ, S. (1988) - Bioclimatologia, Biogeografia y Series de Vegetación de Andalucía
occidental. Lagascalia 15 (extra): 91-119.
RIVAS-MARTÍNEZ, S., C. AGUIAR, J.C. COSTA, M. COSTA, J. JANSEN, M. LADERO, M. LOUSÃ & C.
PINTO GOMES (2000)– Dados sobre a vegetação da Serra da Estrela (Sector Estrelense) [Guia do itinerário
geobotânico dos III Encontros de Fitossociologia]. Quercetea 2: 3-63.
RIVAS-MARTÍNEZ, S., J.C. BÁSCONES, T.E. DÍAZ, F. FERNÁNDEZ-GONZÁLEZ & J. LOIDI (1991) Vegetación del Pirineo occidental y Navarra. Itinera Geobot. 5: 5-456.
RIVAS-MARTÍNEZ, S., P. CANTÓ, F. FERNANDEZ-GONZÁLEZ & D. SANCHEZ-MATA (1988) - Ensayo
preliminar para una révision de la clase Quercetea ilicis en España y Portugal. Publ. Dept. Biologia Vegetal
Univ. Complutense de Madrid. 19 pp.
RIVAS-MARTÍNEZ, S., P. CANTÓ, F. FERNANDEZ-GONZÁLEZ, C. NAVARRO, J.M. PIZARRO & D.
SANCHEZ-MATA (1990) - Biogeografia de la Peninsula Iberica, Islas Baleares y Canarias. Publ. Dept.
Biologia Vegetal 2: 1-5. Univ. Complutense de Madrid.
RIVAS-MARTÍNEZ, S., M. COSTA, S. CASTROVIEJO & E. VALDÉS (1980) - Vegetación de Donaña
(Huelva, España). Lazaroa 2: 5-190.
RIVAS-MARTÍNEZ, S., T.E. DÍAZ, J.A. PRIETO, J. LOIDI & A. PENAS (1991) - Festuco hystricisOnonidetea striatae y Rosmarinetea officinalis, classes de vegetación independientes. Itinera Geobot. 5: 505516.
RIVAS-MARTÍNEZ, S., F. FERNANDEZ-GONZÁLEZ & D. SANCHEZ-MATA (1987) - El sistema central
español de la Sierra de Ayllon a Serra da Estrela. In M. Peinado & S. Rivas-Martínez ed. La vegetación de
España: 197-230. Publ. Univers. Alcalá de Henares.
85
RIVAS-MARTÍNEZ, S., F. FERNÁNDEZ-GONZÁLEZ, J. LOIDI, et al. (1999) – Checklist of plant communities
of Iberian Peninsula, Balearic and Canary islands to suballiance level. Itinera Geobot. 13: 353-451.
RIVAS-MARTÍNEZ, S., F. FERNANDEZ-GONZÁLEZ, J. LOIDI, M. LOUSÃ & A. PENAS (2001)
Sintaxomical checklist of vascular communities of Spain and Portugal to association level. (version 7-5-01).
RIVAS-MARTÍNEZ, S., J. LOIDI, M. COSTA, T.E. DÍAZ & A. PENAS (ed.) - Iter Ibericum A.D. MIM.
(Excursus geobotanicus per Hispaniam et Lusitaniam, ante XLII Syposium Sociatatis Internationalis
Scientiae Vegetationis Bilbao mense Iulio celebrandu dicti Anni). Itinera Geobot. 13: 5-37
RIVAS-MARTÍNEZ, S., M. LOUSÃ, T.E. DÍAZ GONZÁLEZ, F. FERNANDEZ-GONZÁLEZ. & J.C. COSTA
(1990) - La vegetación del sur de Portugal (Sado, Alentejo y Algarve) Itinera Geobot. 3: 5- 126.
RIVAS-MARTÍNEZ, S., A. PENAS & T.E. DÍAZ (2001) – Biogeographic map of Europe. Serviços
Cartográficos da Universidad de Léon.
RIVAS-MARTÍNEZ, S. D. SÁNCHEZ-MATA & M. COSTA (1999) – North American Boreal and Western
Temperate forest vegetation (syntaxonimical synopsis of the potential natural plant communities of North
America, II). Itinera Geobot. 12: 5-316.
RIVAS-MARTÍNEZ, S., W. WILDPRET, M. DEL ARCO, O. RODRIGUEZ, P.L. PÉREZ DE PAZ, A.
GARCIA-GALLO, J.R. ACEBES, T.E. DÍAZ & F. FERNÁNDEZ-GONZÁLEZ (1993) – Las comunidades
vegetales de la Isla de Tenerife (Islas Canarias). Itinera Geobot. 7: 169-374.
ROTHMALER, W. (1943) - Promontorium Sacrum, Vegetationsstudien in südwestlichen Portugal. Repert.
Spec. Nov. Regni Veg. Beih. 128.
ROTHMALER, W. (1954) - Vegetationsstudien in Nordwestspanien. Vegetatio 5-6: 595-601.
ROZEIRA, A. (1944) - A flora da Província de Trás-os-Montes e Alto Douro. Mem. Soc. Brot. 3: 7-203.
SANCHEZ-MATA, D. (1989) - Flora y vegetación del macizo oriental de la Sierra de Gredos (Avila). Excma.
Dip. Prov. Avila. 440 pp.
SAMPAIO, G. (1947) - Flora Portuguesa. Ed 2. Imprensa Moderna. Porto.
SANTOS, M.T. & M. LADERO (1988) - Vegetación de las intercalaciones basicas de la Provincia de Caceres
(Extremadura, España). Studia Bot. 7: 9-146.
SOUSA, E. & J.C. COSTA (1996) - As pastagens arenícolas da região de Setúbal. Anais Inst. Sup. Agron. 44
(2): 791-803.
TELES, A. (1969) - Os lameiros do norte de Portugal. Subsídios para a sua caracterização fitossociológica e
química. Agron. Lusit. 31 (1/2): 5-132.
TUTIN et al. (1964-1980) - Flora Europaea (I-V). Cambridge University Press.
VALDÉS, B., S. TALAVERA & E. GALIANO (1987) - Flora vascular de Andalucía occidental. Vol. 1-3.
Ketres. ed. Barcelona.
VASCONCELLOS, J.C. & J. A. FRANCO (1954) – Carvalhos de Portugal. Anais do Inst. Sup. Agron. 21: 1135.
WALTER, H. (1980) – Vegetação e zonas climáticas. Editora Pedagógica Universitária. São Paulo. 337 pp.
(tradução brasileira).
WEBER, E.H. (1998) – Outline of the vegetation of scrubs and hedges in temperate and boreal zone of Europe.
Itinera Geobot. 11: 85-120.
86