Plano de Atividades e Orçamento - Transtejo
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Plano de Atividades e Orçamento - Transtejo
Grupo TRANSTEJO Plano de Atividades e Orçamento 2016 Grupo TRANSTEJO Plano de Atividades e Orçamento 2 Grupo TRANSTEJO 3 Plano de Atividades e Orçamento Índice I. Nota de Enquadramento .............................................................................................................................. 5 1. Apresentação / Evolução histórica da Empresa ....................................................................................... 6 2. Missão, Visão e Valores ............................................................................................................................ 7 3. Estrutura Organizacional e Organograma ................................................................................................ 9 II. Pressupostos de Referência ....................................................................................................................... 10 1. Orientações para a elaboração dos IPG ................................................................................................. 10 2. Indicadores macroeconómicos .............................................................................................................. 11 3. Horizonte temporal dos PAO 2016......................................................................................................... 11 4. Princípios Financeiros de referência para 2016 ..................................................................................... 11 III. Objetivos Estratégicos ............................................................................................................................ 12 1. Impacto das medidas do Programa do XXI Governo Constitucional...................................................... 12 2. Novo Modelo Organizacional e Plano Estratégico para os transportes de Lisboa ................................. 14 3. Estratégia de desenvolvimento para o Grupo TRANSTEJO .................................................................... 15 4. Estratégia de Sustentabilidade (Económica, Social e Ambiental) .......................................................... 16 IV. Plano de Atividades Anual ...................................................................................................................... 18 1. Atividade Operacional ............................................................................................................................ 18 2. Segurança, Qualidade e Ambiente ......................................................................................................... 25 3. Atividade de Manutenção ...................................................................................................................... 27 4. Gestão de Recursos ................................................................................................................................ 29 5. Sistemas de Gestão e Desenvolvimento Organizacional ....................................................................... 34 6. Responsabilidade Social ......................................................................................................................... 36 7. Representação Internacional ................................................................................................................. 36 8. Gestão Económica e Financeira ............................................................................................................. 37 9. Cumprimento das Orientação Legais ..................................................................................................... 46 V. Plano de Investimentos .............................................................................................................................. 51 VI. Painel de Indicadores ............................................................................................................................. 52 ANEXOS .............................................................................................................................................................. 53 (Demonstrações Financeiras Previsionais) Grupo TRANSTEJO 4 Plano de Atividades e Orçamento Índice de Gráficos Gráfico 1 - Indicadores de Procura e Oferta ............................................................................................................................................. 20 Gráfico 2 - Passageiros Transportados por ligação fluvial - Previsão 2016............................................................................................... 21 Gráfico 3 - Viagens por ligação fluvial - Previsão 2016 ............................................................................................................................. 21 Gráfico 4 - Taxa de Ocupação por ligação fluvial - Previsão 2016 ............................................................................................................ 22 Gráfico 5 - Grupo TRANSTEJO - Evolução do consumo de Gasóleo (milhões de Litros) ........................................................................... 23 Gráfico 6 – Gasóleo: Gastos do consumo e quantidades ......................................................................................................................... 40 Gráfico 7 - Gasóleo - Evolução do preço médio ....................................................................................................................................... 41 Gráfico 8 - FSE - Evolução 2010-2016 ....................................................................................................................................................... 41 Gráfico 9 - Fornecimentos e Serviços Externos - Estrutura - Previsão 2016 (10³ €) ................................................................................. 42 Gráfico 10 - Grupo Transtejo - Evolução do número de efetivos TT-SL .................................................................................................... 43 Gráfico 11 - Gastos com Pessoal e Massa Salarial .................................................................................................................................... 44 Índice de Tabelas Tabela 1 – Pressupostos Macroeconómicos de referência ...................................................................................................................... 11 Tabela 2 – Princípios Financeiros de referência ....................................................................................................................................... 11 Tabela 3 - Indicadores de Atividade R2014-P2016 ................................................................................................................................... 19 Tabela 4 - Indicadores de Procura – Detalhe por ligação fluvial............................................................................................................... 20 Tabela 5 - Indicadores de Oferta - Detalhe por ligação fluvial ................................................................................................................. 21 Tabela 6 - Compensações Financeiras e Tarifárias - Transferências Orçamento Estado .......................................................................... 22 Tabela 7 - Consumo de Gasóleo - Previsão 2016...................................................................................................................................... 24 Tabela 8 - Grupo TRANSTEJO - Evolução e Efetivos e Gastos com Pessoal .............................................................................................. 30 Tabela 9 - Grupo TRANSTEJO - Síntese de Gastos e Rendimentos ........................................................................................................... 37 Tabela 10 - Grupo TRANSTEJO - Síntese de Resultados (DRN) ................................................................................................................. 37 Tabela 11 - EBITDA Ajustado .................................................................................................................................................................... 38 Tabela 12 - Rendimentos Operacionais – Previsão 2016 ......................................................................................................................... 38 Tabela 13 - Prestação de Serviços - Previsão 2016 ................................................................................................................................... 39 Tabela 14 - Gastos Operacionais - Previsão 2016 ..................................................................................................................................... 39 Tabela 15 - Custo das Matérias Consumidas - Previsão 2016: detalhe e análise comparativa ................................................................ 40 Tabela 16 - Gasóleo - Indicadores 2016 e análise comparativa................................................................................................................ 40 Tabela 17 - Fornecimentos e Serviços Externos – Previsão 2016: detalhe e análise comparativa ........................................................... 41 Tabela 18 - Gastos de Manutenção da Frota............................................................................................................................................ 42 Tabela 19 - Gastos com Pessoal - Previsão 2016: detalhe e análise comparativa .................................................................................... 43 Tabela 20 - Necessidades de Financiamento e Plano Financeiro 2016 .................................................................................................... 44 Tabela 21 - Esforço Financeiro do Estado 2016 ........................................................................................................................................ 45 Tabela 22 - Stock da Dívida contratada .................................................................................................................................................... 45 Tabela 23 - PRC - Plano de Redução de Custos 2010-2016 ...................................................................................................................... 46 Tabela 24 - PRC - Análise sem efeito Gasóleo .......................................................................................................................................... 46 Tabela 25 - Controlo de Gastos com Deslocações e Estadas .................................................................................................................... 47 Tabela 26 - Controlo de Gastos com Comunicações ................................................................................................................................ 47 Tabela 27 - Controlo da Frota Automóvel ................................................................................................................................................ 47 Tabela 28 - Evolução do PMP (Prazo Médio de Pagamentos) .................................................................................................................. 48 Tabela 29 – Indicadores do Contrato de Gestão ..........................................................................................Error! Bookmark not defined. Tabela 30 - Plano de Investimentos Anual (TT+SL) ................................................................................................................................... 51 Grupo TRANSTEJO 5 Plano de Atividades e Orçamento I. Nota de Enquadramento No âmbito do projeto de reorganização do modelo de transporte fluvial de passageiros entre as duas margens do Rio Tejo, previsto no Plano Estratégico dos Transportes (PET) para o período 2011-20151, e nos termos da Resolução do Conselho de Ministros nº 101-A/2010, de 15 de dezembro2, que previa a operação de extinção da Soflusa – Sociedade Fluvial de Transportes, S.A. (“Soflusa”) por integração na Transtejo – Transportes Tejo, S.A. (“Transtejo”), os sucessivos Conselhos de Administração, comuns a estas sociedades, têm vindo a dar seguimento à reorganização e concentração societária, iniciada em 2001, com a aquisição da totalidade do capital social da Soflusa à CP – Caminhos de Ferro Portugueses, E.P. O pressuposto de efetiva concretização da integração das duas sociedades numa única entidade tem vindo a ser considerado nos Planos de Atividades do Grupo preparados a partir de 2011 inclusive. Do percurso desenvolvido até final de 2015, destaca-se a concretização da concentração da atividade comercial e das áreas de suporte (administrativa, financeira, recursos humanos e materiais) encontrando-se em fase de conclusão a concentração funcional das áreas de manutenção e exploração operacional. Como recente desenvolvimento deste processo, destaca-se a nomeação conjunta dos membros do Conselho de Administração da Companhia Carris de Ferro de Lisboa, S.A., do Metropolitano de Lisboa, E.P.E., e destas sociedades (Transtejo e Soflusa), considerando o regime de acumulação de funções previsto no Decreto-Lei nº 161/2014, de 29 de outubro. No âmbito do projeto de gestão conjunta destas empresas operadoras de transportes de Lisboa, subordinado ao objetivo de “incremento da interoperabilidade entre os diversos modos de transporte público na área metropolitana de Lisboa, aliado ao foco de racionalização de custos nas empresas do setor”3 o processo de fusão entre a Transtejo e a Soflusa assume maior relevância, sendo expectável que conduza a ganhos de eficiência adicionais, maximização de sinergias e otimização da gestão de recursos. De referir que, para os efeitos do disposto no artigo 34º, do Decreto-Lei n.º 133/2013, de 3 de fevereiro4, em 09.12.2015 o Conselho de Administração da Transtejo apresentou à Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF), com conhecimento à tutela operacional (Secretaria de Estado do Ambiente), enquadramento jurídico da proposta de fusão por incorporação entre a Transtejo – Transportes Tejo, S.A. (Sociedade incorporante) e a Soflusa – Sociedade Fluvial de Transportes, S.A. (Sociedade incorporada), complementado por estudo demonstrativo do interesse e da viabilidade da pretendida operação de fusão. Considerando o enquadramento organizacional apresentado, os Instrumentos Previsionais de Gestão (IPG) para 2016 são apresentados numa base consolidada5 refletindo os impactos económicos e financeiros da atividade a desenvolver pela Transtejo e sua subsidiária Soflusa, tendo em conta a integração da gestão de serviços e processos de negócio das duas entidades que compõem o Grupo Transtejo. 1 Publicado pela Resolução do Conselho de Ministros nº 45/2011, de 10 de novembro. 2 Que enquadrava as medidas de consolidação orçamental referentes ao OE2011, no âmbito do Plano de Estabilidade e Crescimento 2010-2013. 3 Conforme enquadramento no referido diploma, que estabelece as medidas orientadoras para a nomeação conjunta dos membros do Conselho de Administração das sociedades indicadas. 4 Disposições relativas ao enquadramento das operações de transformação, fusão ou cisão de empresas do Setor Público Empresarial. 5 Em coerência com as propostas orçamentais para o OE2016 inscritas no SOE/Sistema do Orçamento de Estado da Direção Geral do Orçamento, referentes a cada uma das entidades (5871 – Transtejo – Transportes Tejo, S.A. e 5872 – Soflusa – Sociedade Fluvial de Transportes, S.A.). Grupo TRANSTEJO 6 Plano de Atividades e Orçamento 1. Apresentação / Evolução histórica da Empresa A sociedade Transtejo – Transportes Tejo, S.A. foi constituída em 17 de dezembro de 19756, sob a forma originária de empresa pública, na sequência da nacionalização de cinco operadores privados de transporte fluvial no rio Tejo7, como medida de reestruturação e coordenação da atividade dos operadores fluviais do Tejo, assegurando o seu regular funcionamento. A atividade de transporte fluvial de passageiros no rio Tejo, com carácter de regularidade, destina-se a fazer face à necessidade coletiva essencial de mobilidade entre as duas margens do rio, havendo, nesta medida, que acautelar a satisfação das necessidades da população. Em 1977 desencadeou-se o primeiro processo de modernização da frota de navios, através da encomenda de construção de 12 Cacilheiros e de um conjunto de obras de expansão e melhoramento das infraestruturas dos portos e terminais, designadamente a construção do terminal do Terreiro do Paço, para as ligações ao Montijo e ao Seixal, e a construção de um terminal em Cacilhas, para passageiros. Em 21 de julho de 1992, através do Decreto-Lei n.º 150/92 a Transtejo foi transformada em sociedade anónima, mantendo o capital integralmente detido pelo Estado. Nos termos dos estatutos aprovados pelo referido diploma, o seu objeto consubstancia-se na “exploração de transportes fluviais de passageiros, podendo, acessoriamente, explorar os serviços e efetuar as operações civis e comerciais, industriais e financeiras relacionadas, direta ou indiretamente, no todo ou em parte, com aquele objeto ou que sejam suscetíveis de facilitar ou favorecer a sua realização.” Em 1993 foi constituída a Soflusa - Sociedade Fluvial de Transportes SA, a partir do setor fluvial da CP – Caminhos de Ferro Portugueses, E.P., projeto subjacente à intenção governamental de individualizar a exploração da travessia fluvial Lisboa – Terreiro do Paço/Barreiro, integrada na rede ferroviária a Norte e a Sul do estuário do Tejo. Em 2001, a Transtejo adquiriu a totalidade do capital social da Soflusa, passando a explorar todas as carreiras fluviais no rio Tejo. Atualmente, o Grupo Transtejo opera cinco (5) ligações fluviais (Montijo – Terreiro do Paço, Barreiro – Terreiro do Paço, Seixal – Cais do Sodré, Cacilhas – Cais do Sodré e Trafaria – Porto Brandão – Belém), servidas por navios de passageiros e mistos, de tipo catamarã ou convencional, gerindo 6 terminais e 3 estações fluviais. Em complemento da atividade de prestação de serviços de transporte fluvial de passageiros, o Grupo Transtejo desenvolve um conjunto de atividades acessórias, contemplando a cedência de espaços para exploração comercial por terceiros (espaços publicitários, espaços comerciais e parques de estacionamento), procurando oferecer aos seus clientes serviços adicionais. 6 7 Através do Decreto-Lei nº 701-D/75 de 17 de dezembro. Sociedade Marítima de Transportes, Lda. / Empresa de Transportes Tejo, Lda. / Sociedade de Motonaves, Lda. / Jerónimo Rodrigues Durão, Herd., Lda. / Damásio, Vasquez & Santos, Lda. Grupo TRANSTEJO 7 Plano de Atividades e Orçamento 2. Missão, Visão e Valores Missão O Grupo Transtejo tem como missão a prestação do serviço de transporte público fluvial de passageiros e veículos com padrões elevados de qualidade e segurança, seguindo critérios de sustentabilidade económicofinanceira, social e ambiental. Visão Promover a mobilidade sustentável, seguindo uma estratégia integrada de transportes para a Área Metropolitana de Lisboa e ser reconhecido pelo seu bom desempenho em termos de conforto, economia de tempo e qualidade do serviço proporcionado aos seus clientes. Valores Os valores de natureza ética que regem a atuação do Grupo Transtejo e dos seus colaboradores são, entre outros, os seguintes: Respeito pelos direitos das pessoas, pelos princípios da não discriminação, da igualdade de oportunidades e do cumprimento da legislação; Proteção do ambiente e promoção da segurança de pessoas e bens; Integridade e ética na relação com clientes e fornecedores; Melhoria constante do serviço; Eficiência nos custos e investimentos para reduzir/conter o esforço financeiro do Estado. A necessidade de observância e respeito por valores de natureza ética que regem a atuação do Grupo Transtejo e dos seus colaboradores encontra-se enquadrada no Código de Ética, publicado em 2008, documento que reforça o foco na adoção de padrões de conduta, tendo por base princípios de crescimento sustentável, regras de rigor e transparência. Nos termos previstos no artigo 47º do Decreto-Lei nº 133/2013 de 3 de outubro, o código de ética do Grupo Transtejo encontra-se disponível para consulta nos sites da DGTF e da Transtejo (www.transtejo.pt). Com o objetivo de melhorar continuamente o serviço de transporte público fluvial e a mobilidade na área metropolitana de Lisboa, mais especificamente entre as margens do rio Tejo, o Grupo Transtejo criou a Carta do Cliente, documento que procura fortalecer a relação entre as empresas do grupo e os seus Clientes, estabelecendo os seguintes compromissos para com o cliente: Fornecer um serviço com qualidade, fiável e adequado às expectativas e necessidades dos clientes; Reforçar a articulação intermodal; Definir horários ajustados e adaptados às necessidades dos clientes; Garantir a segurança e proteção dos passageiros; Contribuir para a facilitação do quotidiano do cliente; Manter canais abertos de comunicação com o cliente, fornecendo a informação e o apoio necessários de forma clara e correta; Manter a frota e os terminais fluviais em bom estado de conservação e limpeza; Grupo TRANSTEJO 8 Plano de Atividades e Orçamento Assegurar a qualidade dos Recursos Humanos da Empresa; Melhorar o desempenho energético e ambiental das embarcações e terminais, contribuindo para um consumo eficiente dos recursos naturais e para a proteção do rio; Atender às reclamações e sugestões dos clientes, utilizando a informação obtida para aperfeiçoamento do serviço; Respeitar os direitos humanos agindo com ética, profissionalismo, respeito, honestidade e empatia. Por outro lado, o mesmo documento procura suscitar as seguintes responsabilidades do Cliente: Ser portador de título válido na sala de embarque e no navio (Lei n.º 28/2006, de 4 Julho); Respeitar e estimar o bem comum que é o património público, evitando sujar, danificar durante a sua utilização; Não fumar dentro do terminal e no navio (Lei n.º 37/2007); Respeitar os direitos dos outros clientes e dos colaboradores do Grupo Transtejo, agindo de forma cívica, respeitadora e conscienciosa; Respeitar os avisos de segurança e as normas de transporte de animais e de objetos; Colaborar com os clientes prioritários e de mobilidade reduzida, sempre que necessário; Alertar os colaboradores para a existência de alguma situação anómala ou perigosa; Proteger o Tejo e a sua biodiversidade, não poluindo o rio. O Grupo Transtejo, integrado no projeto de gestão conjunta dos operadores de transportes de Lisboa, a par da Carris e do Metropolitano de Lisboa, pretende contribuir para a implementação e desenvolvimento de um novo e dinâmico modelo empresarial, com foco na melhoria da intermodalidade, eficiência e aumento da qualidade dos serviços prestados. Grupo TRANSTEJO 9 Plano de Atividades e Orçamento 3. Estrutura Organizacional e Organograma Na sequência da nomeação em 08 de janeiro de 2015 de um Conselho de Administração comum às empresas de transportes públicos de Lisboa (Carris, Metropolitano, Transtejo e Soflusa), foi aplicado a partir de 18 de maio de 2015 um novo modelo organizacional, consubstanciado num Manual de Organização que define as atribuições da macroestrutura. Foram ainda aprovadas as dependências hierárquicas e funcionais dos novos Órgãos de direção assim como nomeados os respetivos responsáveis e aprovado o seu estatuto remuneratório. O novo modelo organizacional, comum às 4 empresas é caracterizado pela concentração das áreas corporativas e de suporte, mantendo individualizado cada um dos 4 modos de transporte (Autocarro, Elétrico, Metropolitano e Navio). Conselho de Administração Direção de Gestão do Conhecimento (DGC) Gabinete de Auditoria Interna (GAI) Gabinete de Controlo de Gestão (GCG) Gabinete de Comunicação e Marketing (GCM) Gabinete Jurídico e Contencioso (GJC) Gabinete de Segurança e Vigilância (GSV) Direção Comercial (DCO) Direção de Desenvolv. Organizacional (DDO) Direção de Desenvolvimento da Rede (DDR) Direção Financeira (DFI) Direção de Logística (DLO) Direção do Património e Documentação (DPD) Direção de Recursos Humanos (DRH) Gabinete de Tecnologias de Informação (DTI) Ca rri s Tur Ferconsult Secretaria Geral (SG) Modo Autocarro Modo El étrico Aurora F, BV Metrocom Modo Metro Modo Na vi o Autori dade de Segurança de Expl oração (ASA) Autori dade de Segurança de Expl oração (ASE) Autori dade de Segurança de Expl oração (ASM) Autoridade de Segurança de Exploração (ASN) Di reção de Operações (DOA) Di reção de Operações (DOE) Di reção de Operações (DOM) Direção de Operações (DON) Di reção de Ma nutenção (DMA) Di reção de Ma nutenção (DME) Di reção de Ma nutenção (DMM) Direção de Manutenção (DMN) Ilustração 1 - Organograma Grupo TRANSTEJO 10 Plano de Atividades e Orçamento II. Pressupostos de Referência 1. Orientações para a elaboração dos IPG Os Instrumentos Previsionais de Gestão (IPG) do Grupo Transtejo, compreendendo o Plano de Atividades e Orçamento (PAO), o Plano de Investimentos e as Demonstrações Financeiras Previsionais para 2016, foram preparados em observância das diretrizes definidas pelo Acionista. Nos termos do Regime Jurídico do Setor Público Empresarial, publicado pelo Decreto-Lei nº 133/2013, de 3 de outubro de 2013, as orientações específicas para a preparação dos IPG foram transmitidas pela DGTF, através do Ofício Circular nº 5536, de 23 de setembro de 2015, referente às “Instruções sobre a elaboração dos Instrumentos Previsionais de Gestão – 2016”. Como principais orientações do Acionista, destacam-se as recomendações referentes (i) à “necessidade de adequação dos planos e orçamentos aos recursos e fontes de financiamento disponíveis, tendo em conta o cumprimento da missão e objetivos de que a empresa tenha sido incumbida” e (ii) à “necessidade de definir estratégias de sustentabilidade nos domínios económicos, social e ambiental, identificando para o efeito os objetivos a atingir e explicitando os respetivos instrumentos de planeamento, execução e controlo”. Considerando que desde abril de 2013 as sociedades Transtejo e Soflusa foram incluídas na lista de entidades reclassificadas no perímetro das Administrações Públicas8 como entidades públicas reclassificadas (EPR), equiparadas a Serviços e Fundos Autónomos (SFA), têm vindo a ser aplicáveis desde janeiro de 2014, nas referidas sociedades, medidas com impacto relevante em matéria de controlo e execução orçamental. Neste sentido, pelo 3º ano consecutivo, a preparação do PAO para 2016 teve também em consideração as Instruções para preparação do Orçamento de Estado para 2016, aprovadas por despacho do Secretário de Estado Adjunto e do Orçamento de 18 de dezembro de 2015 e transmitidas pela Direção-Geral do Orçamento através da Circular Série A nº 1379. Nos termos da referida Circular, foram preparadas as Propostas Orçamentais da Despesa e da Receita a desenvolver em 2016 por cada uma das entidades que compõem o Grupo Transtejo (Sociedades Transtejo e Soflusa)9. No âmbito deste processo foram ainda observadas orientações específicas recebidas da Entidade Coordenadora do Processo Orçamental (Secretaria Geral do Ministério do Ambiente) e da DGTF, no âmbito das operações financeiras a realizar com o Estado em 2016. 8 Em 2 de abri de 2013 o INE publicou a lista retificada das entidades que integram o Setor Institucional das Administrações Públicas, com referência aos dados de 2012, na sequência do Procedimento dos Défices Excessivos de março de 2013. O baixo grau de autonomia financeira e a insuficiência de meios financeiros próprios, gerados pela atividade da Transtejo e da Soflusa, foi determinante para a reclassificação destas entidades, aferindo pelo rácio de Mercantilidade a dificuldade em cobrir, pelo menos 50% dos custos de exploração, com receitas próprias. 9 Processo que decorreu entre os dias 26 e 29 de dezembro de 2015 envolvendo o carregamento de Propostas Orçamentais no SOE – Sistema do Orçamento de Estado da DGO. Grupo TRANSTEJO 11 Plano de Atividades e Orçamento 2. Indicadores macroeconómicos Conforme indicado no Ofício Circular n.º 5536 da DGTF, os pressupostos macroeconómicos de referência considerados na elaboração dos Instrumentos Previsionais de Gestão de 2016, foram os seguintes: Indicadores 2016 2017 2018 Taxa de variação do PIB 2,0 2,4 2,4 Consumo privado 1,9 2,1 2,1 Consumo público 0,1 0,1 0,2 Investimento 4,4 4,9 4,9 Exportações 5,5 5,7 5,7 Importações 5,3 5,4 5,4 Taxa de inflação 1,3 Tabela 1 – Pressupostos Macroeconómicos de referência 3. Horizonte temporal dos PAO 2016 Dando cumprimento às orientações emitidas pela DGTF, o PAO apresenta indicadores previsionais para o ano 201610, enquadrados pela informação histórica referente aos dados de execução de 2014 e à melhor estimativa de execução de 2015 (dados reais provisórios). 4. Princípios Financeiros de referência para 2016 As projeções económicas e financeiras integradas nos IPG traduzem os impactos dos Planos de Atividades a desenvolver pelo Grupo Transtejo no exercício 2016, no âmbito da estratégia definida. Em capítulo próprio deste documento, é efetuada análise da proposta orçamental avaliando o cumprimento dos princípios financeiros de referência, no âmbito das orientações emitidas pela DGTF, conforme tabela seguinte: EBITDA Gastos Operacionais (I) Gastos Operacionais (II) Resultados antes de juros, No mínimo igual ao projetado para o exercício de 2015 e, em qualquer impostos depreciações e caso, superior ao verificado no exercício de 2014, de forma a garantir amortizações a sustentabilidade económico-financeira da entidade CMVMC + FSE + Pessoal (sem indemnizações) Objetivo (empresas deficitárias): Redução de 15 % face a 2010, no conjunto destas rubricas; Gastos com Comunicações, Objetivo: inferior ao Gasto incorrido em 2014 ou 2015 Deslocações, Ajudas de (o que apresentar menor valor) Custo e Frota Automóvel Tabela 2 – Princípios Financeiros de referência 10 Em alguns casos para o triénio 2016-2018 Grupo TRANSTEJO 12 Plano de Atividades e Orçamento III. Objetivos Estratégicos 1. Impacto das medidas do Programa do XXI Governo Constitucional Na sequência das eleições legislativas de 4 de outubro de 2015, tomou posse em 26 de novembro de 2015 o XXI Governo Constitucional, para o mandato 2016-2019. O XXI Governo Constitucional tem subjacente ao seu Programa uma estratégia caracterizada pela inversão das anteriores políticas de austeridade, não obstante a preocupação e o esforço que será empreendido em assegurar o cumprimento dos compromissos europeus e internacionais assumidos por Portugal, defendendo os interesses nacionais e da economia Portuguesa, no contexto da União Europeia. Em síntese, o conjunto de medidas de política económica e social elencado no programa deste Governo, tendo como principal foco colocar o país “no rumo do crescimento”, encontra-se sistematizado nos seguintes objetivos essenciais11: “Virar a página na política de austeridade e na estratégia de empobrecimento consagrando um novo modelo de desenvolvimento e uma nova estratégia de contas públicas, assente no crescimento e no emprego, no aumento do rendimento das famílias e na criação de condições para o investimento das empresas; A defesa do Estado Social e dos serviços públicos, na segurança social, na educação e na saúde, para um combate sério à pobreza e às desigualdades; Relançar o investimento na Ciência, na Inovação, na Educação, na Formação e na cultura, devolvendo ao país uma visão de futuro na economia global do século XXI; O respeito pelos compromissos europeus e internacionais, para a defesa dos interesses de Portugal e da economia portuguesa na União Europeia, para uma política reforçada de convergência e coesão”. Estes princípios programáticos serão traduzidos em medidas de política pública, a contemplar nos Orçamentos de Estado a preparar ao longo da legislatura, tendo em vista alcançar as seguintes metas: 11 Inverter a tendência de perda de rendimento das famílias, dos trabalhadores, dos funcionários públicos e dos pensionistas; Estimular a criação de emprego e combater a precariedade no mercado do Trabalho; Impulsionar e incentivar a modernização e a diversificação da economia portuguesa, criando condições para o investimento, a inovação e a internacionalização das empresas e para a qualificação dos trabalhadores; Proteger e reforçar as políticas sociais, com o objetivo de aumentar a estabilidade da vida dos trabalhadores, desempregados e pensionistas, reduzir a pobreza e as desigualdades e promover a natalidade; Melhorar a capacidade de o Estado garantir a provisão de serviços públicos universais e de qualidade; Atingir uma trajetória sustentável de redução do défice orçamental e da dívida pública. Cada um destes objetivos corresponde a um capítulo do documento de apresentação do “Programa do XXI Constitucional 20152019”. Grupo TRANSTEJO 13 Plano de Atividades e Orçamento A formulação destes objetivos parte da premissa da necessidade de fazer “algo diferente”, tendo em vista o relançamento da economia portuguesa, pela via do aumento do rendimento das famílias, da promoção do emprego e dos direitos dos trabalhadores, em resultado dos seguintes compromissos: I. II. III. IV. V. VI. VII. VIII. IX. X. XI. Redução da carga fiscal sobre as famílias, extinguindo a sobretaxa do IRS entre 2016 e 2017; Recuperação do rendimento dos trabalhadores do Estado, compreendendo: o Fim dos cortes salariais; o Reposição integral dos salários da função pública durante o ano 2016 (reversão gradual da norma de redução remuneratória ao longo dos trimestres); o Descongelamento de carreiras a partir de 2018; Aumento anual das pensões (reposição da atualização suspensa desde 2010); Implementação de medidas de apoio complementar ao rendimento disponível das famílias, compreendendo: o Redução progressiva e temporária da taxa contributiva dos trabalhadores que auferem um salário base inferior a 600 €; o Criação de nova prestação, o “Complemento Salarial Anual”, dirigido a trabalhadores com baixos salários e elevada rotação do emprego; Reposição nos valores de 2011, das prestações do abono de Família, Complemento Solidário para Idosos e Rendimento Social de Inserção; Reposição do pagamento dos complementos de reforma nas empresas do Setor Empresarial do Estado; Medidas de revalorização do Salário Mínimo Nacional (trajetória de aumento gradual com objetivo: atingir 600 € em 2019); Reposição da totalidade dos feriados suprimidos em 2012 (2 feriados civis e 2 religiosos); Desenvolvimento de políticas de promoção do emprego em setores com potencial de desenvolvimento articulado com a estratégia de modernização e competitividade da economia; Redução do IVA da restauração para 13%; Relançamento do diálogo social e desbloqueio da contratação coletiva Em particular as medidas referidas em (II), (VI), (VII) e (XI) terão implicações diretas nos planos de atividades e no modelo de financiamento da Empresa, sendo de salientar que nem todos os impactos foram considerados nos Instrumentos Previsionais de Gestão, preparados em fase anterior à divulgação deste Programa de Governo sob orientações que não se encontravam totalmente alinhadas com estes objetivos. É expectável que, em fase subsequente à aprovação do Orçamento de Estado para 2016, sejam efetuadas as eventuais retificações aos planos e respetivas propostas orçamentais. Grupo TRANSTEJO 14 Plano de Atividades e Orçamento 2. Novo Modelo Organizacional e Plano Estratégico para os transportes de Lisboa No âmbito da Lei Orgânica deste XXI Governo, publicada pelo Decreto-Lei nº 251-A de 17 de dezembro, foi apresentada a recomposição de algumas competências ministeriais, tendo sido cometida ao Ministro do Ambiente a responsabilidade pelas políticas urbanas, com destaque para a inclusão do setor dos transportes urbanos e habitação. Deste modo, tem implicação específica nesta Empresa a transição da Tutela Operacional do Ministério da Economia para o Ministério do Ambiente. O Conselho de Administração que acompanhou o processo de preparação destes Instrumentos Previsionais de Gestão cessou funções em 7 de janeiro de 201612, na sequência da designação dos atuais membros, ocorrida em 8 de janeiro de 2016. Esta mudança conduzirá a uma alteração de pressupostos com impacto em nova perspetiva de abordagem da atividade das empresas operadoras de transportes de Lisboa, que, mantendo uma administração comum, serão integradas num novo projeto de Gestão, decorrente de novo enquadramento estratégico em fase de preparação para todo o setor dos transportes. Face às principais medidas do Programa do Governo e ao atual contexto macroeconómico, salientam-se as seguintes tendências dominantes para o Setor dos Transportes: I. Aumento da Oferta dos Transporte Públicos Coletivos, com foco na intermodalidade, assegurando um serviço de elevada relevância social, a baixo custo para o Cliente, cumprindo níveis de qualidade, segurança rapidez e frequência; II. Redução das emissões de Gases com Efeito de Estufa, desenvolvendo soluções de eficiência energética e mobilidade sustentável; III. Promoção do diálogo social, minimizando em particular nestas empresas os constrangimentos decorrentes da instabilidade e contestação laboral. IV. Reforço das competências das autarquias locais na área dos transportes, assegurando o planeamento do sistema de mobilidade com estas entidades13. V. Continuidade dos constrangimentos decorrentes do baixo grau de autonomia financeira e insuficiência de receitas próprias para financiamento da atividade; VI. Impossibilidade de aumento tarifário compensatório dos níveis de gastos operacionais associados à prestação do serviço, mantendo-se a forte dependência da subsidiação do Estado para compensação financeira e tarifária; VII. Concorrência do Transporte Individual vs. Transporte Público e desafio decorrente de novas soluções de mobilidade urbana vs. Transporte Público; VIII. Necessidade de desenvolvimento de programas de modernização e expansão da rede de transportes, envolvendo captação de fontes de financiamento para novos investimentos, considerando as limitações do Orçamento de Estado. 12 À data da cessação de funções, não se encontrava concluído o processo orçamental de 2016, tendo em conta que excecionalmente, em 2015, o processo de preparação do OE2016 decorreu na última semana do mês de dezembro. Deste modo, não foi possível encerrar o processo anterior tendo em vista a sua aprovação formal pelo Conselho de Administração cessante. 13 Tendo já sido concretizada a anulação dos projetos de subconcessões e privatizações dos transportes coletivos de Lisboa e Porto que estavam em curso Grupo TRANSTEJO 15 Plano de Atividades e Orçamento 3. Estratégia de desenvolvimento para o Grupo TRANSTEJO No âmbito do enquadramento estratégico definido para o setor dos transportes, e considerando o projeto de Gestão conjunta das empresas que integram o universo Carris, Metropolitano de Lisboa e Grupo Transtejo, destacam-se os seguintes princípios orientadores da estratégia de desenvolvimento a seguir pelo Grupo Transtejo: I – Reforço das condições de Oferta, compreendendo: Recuperação dos níveis de qualidade do serviço de transporte por modo fluvial, considerando o potencial deste modo de transporte como elemento estruturante do sistema de mobilidade na região metropolitana de Lisboa, alimentando os modos de transporte a norte e a sul do Tejo. Adequação dos meios (navios e pontões) para fazer face aos níveis de serviço, designadamente recuperando o atraso nas intervenções de manutenção, incrementando o nível de disponibilidade de frota operacional; Reforçar as capacidades internas de resposta ao nível da manutenção de modo a aumentar a taxa de disponibilidade da frota, impactando positivamente o serviço público; Desenvolvimento de estudos tendo em vista melhorar a qualidade do serviço e identificar soluções técnicas para eventual projeto de renovação de frota de navios, visando adequar a tipologia de embarcações às condições específicas de navegabilidade e de procura em cada ligação e aos níveis de serviço a prestar; Reforço da oferta complementar ao transporte fluvial, disponibilizando nos terminais um conjunto de serviços adicionais com valor para os clientes, explorando os espaços comerciais existentes. II – Medidas com impacto no aumento da procura, compreendendo: Orientação da oferta para o cliente tendo em vista incrementar os níveis de satisfação, fidelização e sensibilização para a opção pelo transporte público em detrimento do transporte individual, designadamente disponibilizando novas soluções de bilhética e adequação tarifária, dirigida a determinados segmentos. III – Alinhamento com o compromisso de mobilidade sustentável, compreendendo: Opção por soluções de maior eficiência energética designadamente no âmbito dos novos investimentos (projeto de renovação e adaptação da frota) e equipamentos, contribuindo para a redução da emissão de Gases com Efeito Estufa; Prossecução das medidas especificas inerentes à estratégia de sustentabilidade em vigor na empresa, tendo em vista a preservação de recursos energéticos, a otimização do seu consumo e a minimização do impacto decorrente da atividade. IV – Promoção do diálogo social, compreendendo: Desenvolvimento de medidas que contribuam para a concertação e melhoria do clima laboral, criando condições de trabalho e empregabilidade, no âmbito da estratégia de responsabilidade social. Grupo TRANSTEJO 16 Plano de Atividades e Orçamento 4. Estratégia de Sustentabilidade (Económica, Social e Ambiental) O Grupo Transtejo assume o compromisso de uma Gestão Sustentável, nomeadamente nas suas responsabilidades económicas, ambientais e sociais, mantendo como desafio permanente contribuir para o Desenvolvimento Sustentável, procurando ser alternativa ao transporte individual, diferenciando-se pela crescente qualidade, inclusão social e pela melhoria do seu desempenho ambiental. A principal contribuição para o desenvolvimento sustentável concretiza-se pela promoção do transporte público, em detrimento do transporte individual, suscitando o envolvimento nesta causa, dos seus clientes, dos colaboradores, de outros operadores de transportes públicos, das câmaras municipais e da tutela. Os princípios de sustentabilidade subjacentes ao desenvolvimento da atividade do Grupo Transtejo, têm em conta os direitos e expectativas de todas as Partes Interessadas, esperando dar o melhor contributo para a promoção da mobilidade urbana baseada no transporte público. De modo a cumprir os objetivos a que se propõe, o Grupo Transtejo definiu na sua estratégia de sustentabilidade os seguintes princípios: 4.1 Responsabilidade Económica Prestar um serviço público de qualidade, atraindo e retendo clientes Criar valor para o Acionista e restantes Partes Interessadas 4.2 Promovendo a eficiência nos custos e investimentos para reduzir/conter o esforço financeiro do Acionista (Estado); Potenciando um tarifário acessível para o cliente; Aumentando a produtividade do trabalho. Responsabilidade Social Motivar e formar os colaboradores Fornecendo um serviço fiável e adequado às expectativas e necessidades dos clientes; Reforçando a articulação intermodal (integração tarifária, coordenação de horários, sistemas de bilhética e desenvolvimento de interfaces); Garantindo a segurança e proteção dos passageiros; Fornecendo um serviço público e a preços acessíveis a todos; Contribuindo para uma facilitação do quotidiano do cliente; Mantendo canais abertos de comunicação com o cliente, fornecendo a informação e apoio necessários. Aumentando a coesão interna em torno de um projeto comum; Disponibilizando a formação adequada às necessidades e expectativas; Promovendo a gestão do desempenho; Garantindo níveis elevados de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho. Ancorar a comunidade ribeirinha e reavivar a memória do Tejo Aumentando o potencial turístico e de lazer do rio e suas margens; Disponibilizando as embarcações e terminais para a realização de eventos; Desenvolvendo parcerias e protocolos com instituições e organizações locais. Grupo TRANSTEJO 17 Plano de Atividades e Orçamento 4.3 Responsabilidade Ambiental Proteger o rio e o ambiente Melhorando o desempenho energético e ambiental das embarcações e terminais; Promovendo a proteção do rio através de uma melhor gestão da sua atividade, bem como do apoio à investigação e desenvolvimento; Promovendo um consumo eficiente dos recursos e uma gestão adequada dos resíduos; Sensibilizando e envolvendo nesta preocupação os colaboradores, fornecedores e clientes. Grupo TRANSTEJO 18 Plano de Atividades e Orçamento IV. Plano de Atividades Anual 1. Atividade Operacional 1.1 Serviço Público de Transporte de Passageiros Durante o ano de 2016, na expectativa de responder à conjuntura de recuperação económica, e de modo a consolidar a inflexão verificada em 2015, o Grupo Transtejo continuará a apostar numa estratégia comercial de potenciação da procura e de fidelização dos seus clientes, mantendo a prioridade da sustentabilidade económica e financeira da empresa. Deste modo, será reforçado o foco na captação de novos clientes, sejam estes antigos utilizadores dos transportes públicos ou exclusivamente utilizadores do transporte individual. Estruturalmente, em 2016 consolidar-se-á a política comercial já encetada em 2015, envolvendo a otimização dos sistemas de produção, venda e fiscalização, medida a aplicar transversalmente às várias empresas operadoras de transportes (Carris, Metro e Grupo Transtejo). Prevê-se, assim, o investimento na promoção da intermodalidade bem como na relação com o cliente, adaptando e reforçando a comunicação de um serviço de qualidade superior. Foi ainda considerado que a integração dos quatro modos de transporte permita alcançar ganhos efetivos na rotina diária e na qualidade de vida dos clientes, pela integração tarifária e pela sua gestão operacional otimizada, com reflexos positivos também na recuperação da atividade do Grupo. Medidas específicas a desenvolver: Participar ativamente, enquanto primeira linha de contacto com o cliente, no processo de transmissão da imagem integradora comum aos vários operadores de transportes, através da uniformização dos procedimentos existentes relativos à utilização dos cartões Lisboa Viva, bem como na dinamização do Espaço Cliente (Terminal Cais do Sodré); Renovar a imagem e sinalética dos terminais fluviais e Espaço Cliente; Explorar potencialidades do Sistema de Informação Intermodal de Transportes (SIIT) enquanto instrumento definidor de uma política comercial mais consentânea com as reais necessidades do mercado; Participar nos projetos de integração tarifária interoperadores (ou outras políticas que venham a ser adotadas) antecipando eventuais impactos que possam afetar a procura ou a estrutura tarifária da Transtejo e da Soflusa; Gerir o sistema tarifário de acordo com as orientações definidas, atualizando e criando novos títulos se necessário, numa perspetiva de simplificação e adequação tarifária; Avaliar a necessidade de criar canais de venda alternativos e complementares, mais modernos e económicos, que possibilitem ao cliente um acesso mais fácil e cómodo aos serviços e produtos; Desenvolver ações de combate à fraude, não só através de campanhas de sensibilização mas também de reforço efetivo dos meios envolvidos (humanos e materiais); Otimizar modelos de guarnecimento dos terminais e estações fluviais, postos de venda e atividades acessórias e complementares (Espaços Cliente, centros de atendimento e de produção dos cartões Lisboa Viva); Implementar políticas de rentabilização de receitas não tarifárias (e.g. fretamento de navios). Grupo TRANSTEJO 19 Plano de Atividades e Orçamento 1.2 Indicadores de Atividade Indicadores ATIVIDADE OFERTA Viagens LKO (Lugares.Km Oferecidos) PROCURA Passageiros Transportados PKT (Passageiros.Km Transp.) Taxa de ocupação Prev 2016 Real 2015* Real 2014 D P2016/R2015 D P2016/R2014 135.771 134.592 134.430 460.488.108 452.539.152 466.963.119 1.179 0,9% 1.341 1,0% 7.948.956 1,8% -6.475.011 -1,4% 15.938.785 15.583.630 15.282.618 110.191.454 106.702.107 111.648.620 23,9% 23,6% 23,9% 355.155 2,3% 656.167 4,3% 3.489.347 3,3% -1.457.165 -1,3% * Dados Provisórios Tabela 3 - Indicadores de Atividade R2014-P2016 No cenário de exploração subjacente às projeções dos níveis de atividade principal – Serviço de transporte fluvial de passageiros, foram considerados para 2016, os seguintes pressupostos, aplicáveis ao Grupo Transtejo: Cenário de procura contemplando ligeiro incremento de 1,4% 14; Manutenção de todas as ligações fluviais servidas pelo Grupo Transtejo, com referência aos níveis de Oferta praticados em 201515, em termos de horários e frequência. Ilustração 2 - Ligações Fluviais - Grupo TRANSTEJO De referir que o modelo de apuramento de indicadores de Oferta e Procura para 2016 teve por base a aplicação dos pressupostos supramencionados a uma base de estimativas para 2015, entretanto corrigidas por valores mais próximos da execução anual. 14 Em conformidade com resultados obtidos em estudo efetuado pela TIS / inquérito à mobilidade e procura, para os modos de transporte Autocarro e Metropolitano. 15 Em 2015, na sequência do projeto de intervenção estrutural e reparação das estacas de fixação dos pontões do Terminal do Terreiro do Paço, foi necessário deslocar (novamente) para o Cais do Sodré, a ligação do Montijo, que tinha sido reposta no Terreiro do Paço em outubro de 2013. Este cenário de exploração e ligação do Montijo à margem Norte será mantido ao longo de 2016. Grupo TRANSTEJO 20 Plano de Atividades e Orçamento Os indicadores apresentados nos gráficos e tabelas seguintes evidenciam a ligeira recuperação da atividade relativamente ao ano de 2015, ainda assim, com níveis de oferta e procura inferiores aos praticados em 2014. Gráfico 1 - Indicadores de Procura e Oferta Dando cumprimento às orientações constantes do Relatório do Tribunal de Contas e de Recomendação específica da Inspeção-Geral de Finanças, desde 1 de janeiro de 2015 o Grupo Transtejo tem vindo a aplicar um novo modelo de contagem de passageiros transportados, tendo por base a informação extraída do Sistema de Bilhética sem contacto (validações efetivas), obtendo, deste modo, informação de maior rigor relativamente aos níveis de procura por ligação fluvial. Esta metodologia de monitorização e controlo da procura será mantida no Grupo Transtejo ao longo do exercício de 2016. Procura por Ligação Fluvial PREVISÃO 2016 1º TRIM Nº Passageiros Transportados Montijo (Cais do Sodré) 2º TRIM 3º TRIM 4º TRIM TOTAL 2016 15.938.785 Real 2015* 15.583.630 Real D P 2016/ R 2015* 2014 15.282.618 355.155 2,3% 3.816.306 4.058.546 3.921.762 4.142.171 239.451 241.426 211.758 259.262 951.897 936.639 936.257 15.258 1,6% 296.194 294.995 272.142 304.716 1.168.047 1.154.641 1.143.265 13.406 1,2% Barreiro (Terreiro do Paço) 1.925.854 1.971.109 1.834.243 2.050.958 7.782.164 7.600.423 7.609.741 181.741 2,4% Cacilhas (Cais do Sodré) 1.284.408 1.451.129 1.476.766 1.450.822 5.663.126 5.531.365 5.258.620 131.761 2,4% 70.399 99.886 126.853 76.413 373.551 360.562 334.735 12.989 3,6% 27.057.719 27.962.239 26.199.989 28.971.507 110.191.454 106.702.107 111.648.620 3.489.347 3,3% 3.580.264 3.609.805 3.166.211 Seixal (Cais do Sodré) Trafaria / Porto Brandão (Belém) Passageiros.Km (PKT) 14,952 km Montijo (Cais do Sodré)*** 8,496 km Seixal (Cais do Sodré) 9,320 km Barreiro (Terreiro do Paço)** 2,150 km Cacilhas (Cais do Sodré) 3,559 km Trafaria / Porto Brandão (Belém) Passageiros com Titulo Pago Passageiros Gratuitos % Gra tui tos 3.876.490 14.232.771 12.880.660 12.920.347 1.352.111 10,5% 2.516.464 2.506.279 2.312.118 2.588.867 9.923.728 9.809.830 9.603.426 113.898 1,2% 17.948.964 18.370.732 17.095.144 19.114.929 72.529.768 70.835.942 76.097.410 1.693.826 2,4% 2.761.478 3.119.928 3.175.048 3.119.266 12.175.720 11.892.435 11.621.550 283.285 2,4% 250.549 355.495 451.469 271.954 1.329.467 1.283.240 1.405.887 46.227 3,6% 3.770.123 4.010.052 3.875.502 4.092.350 15.748.027 15.388.771 15.079.587 359.256 2,3% 46.183 48.494 46.260 49.820 190.758 194.859 203.031 1,2% 1,2% 1,2% 1,2% 1,2% 1,3% 1,3% * Dados Provisórios ** Alteração do percurso médio da ligação a partir de 2015 (de 10Km para 9,320 Km) *** Alteração do percurso médio da ligação a partir de 2015 (de 13,752 km para 14,952 km) Tabela 4 - Indicadores de Procura – Detalhe por ligação fluvial -4.101 -2,1% Grupo TRANSTEJO 21 Plano de Atividades e Orçamento Gráfico 2 - Passageiros Transportados por ligação fluvial - Previsão 2016 Oferta por Ligação Fluvial PREVISÃO 2016 1º TRIM Nº Viagens 2º TRIM 3º TRIM 4º TRIM TOTAL Real 2015* 2016 135.771 134.592 33.646 33.646 34.163 34.316 Montijo (Cais do Sodré) 3.208 3.208 3.305 3.284 13.005 Seixal (Cais do Sodré) 3.860 3.860 3.983 3.952 Barreiro (Terreiro do Paço) 10.812 10.812 10.783 Cacilhas (Cais do Sodré) 13.308 13.308 2.458 2.458 Trafaria / Porto Brandão (Belém) Lugares.Km (LKO) 14,952 km Montijo (Cais do Sodré)*** Real 2014 D P 2016/ R 2015* 134.430 1.179 0,9% 12.932 12.893 73 0,6% 15.655 15.625 15.563 30 0,2% 11.052 43.459 42.756 42.844 703 1,6% 13.598 13.536 53.750 53.424 53.280 326 0,6% 2.494 2.492 9.902 9.855 9.850 47 0,5% 114.166.231 114.166.231 115.491.968 116.663.677 460.488.108 452.539.152 466.963.119 7.948.956 1,8% 23.791.144 23.791.144 24.510.515 24.354.775 96.447.577 87.246.662 85.268.075 9.200.915 10,5% 8,496 km Seixal (Cais do Sodré) 11.581.220 11.581.220 11.983.931 11.874.417 47.020.789 51.428.777 50.592.486 (4.407.988) -8,6% 9,320 km Barreiro (Terreiro do Paço)** 60.460.704 60.460.704 60.298.536 61.802.784 243.022.728 239.108.067 256.848.710 2,150 km Cacilhas (Cais do Sodré) 13.619.407 13.619.407 13.916.193 13.852.742 55.007.750 4.713.756 4.713.756 4.782.794 4.778.958 18.989.263 3,559 km Trafaria / Porto Brandão (Belém) 3.914.661 1,6% 56.366.086 56.421.819 (1.358.336) -2,4% 18.389.560 17.832.029 * Dados Provisórios ** Alteração do percurso médio da ligação a partir de 2015 (de 10Km para 9,320 Km) *** Alteração do percurso médio da ligação a partir de 2016 (de 13,752 km para 14,952 km) Tabela 5 - Indicadores de Oferta - Detalhe por ligação fluvial Gráfico 3 - Viagens por ligação fluvial - Previsão 2016 599.703 3,3% Grupo TRANSTEJO 22 Plano de Atividades e Orçamento Taxa de Ocupação16 por Ligação Fluvial Gráfico 4 - Taxa de Ocupação por ligação fluvial - Previsão 2016 Receitas da atividade principal Na previsão de receitas para 2016 não foi considerado qualquer aumento tarifário. O detalhe dos rendimentos previsionais encontra-se apresentado em ponto específico deste documento. Relativamente aos subsídios à exploração, foi contemplada a dotação correspondente ao plafond atribuído pela Secretaria Geral do Ministério do Ambiente, inscrita nas propostas para o Orçamento de Estado, no montante de 1.915.334 €, destinando-se a fazer face às compensações tarifárias dos títulos subsidiados (Passes Social+, 4_18 e sub23). De referir que o montante destas transferências correntes tem vindo a ser substancialmente reduzido nos últimos anos, conforme se demonstra na tabela seguinte: Transferências correntes (IVA inc) OE 2016 OE 2015 Real 2014 D OE2016/OE2015 D OE2016/R2014 Subsídios do Estado (IC's + Compens. Tarif) Transtejo Soflusa 1.378.765 536.569 1.915.334 1.414.118 550.327 1.964.445 6.832.575 2.030.465 8.863.040 -35.353 -2,5% -5.453.810 -79,8% -13.758 -2,5% -1.493.896 -73,6% -49.111 -2,5% -6.947.706 -78,4% Tabela 6 - Compensações Financeiras e Tarifárias - Transferências Orçamento Estado 1.3 Atividades Complementares Em 2016, paralelamente às iniciativas referidas para a melhoria do serviço de transporte de passageiros, intensificar-se-á, sempre que possível, o estabelecimento de novas parcerias com players estratégicos, através da implementação de novos projetos geradores de receitas complementares, potenciadores de uma mobilidade mais sustentada e ajustada às necessidades dos nossos clientes. Por outro lado, pretende-se agregar ao serviço de transporte ofertas de valor acrescentado nas frotas e nos terminais e estações que, desenvolvidas sob o conceito de "serviço público de transporte", posicionem a oferta global, na mente dos consumidores, como uma verdadeira e enriquecedora experiência. 16 Taxa de Ocupação = Passageiros x km transportados / Lugares x km oferecidos Grupo TRANSTEJO 23 Plano de Atividades e Orçamento No âmbito da gestão interna das atividades acessórias complementares ao serviço de transporte fluvial de passageiros e veículos, prevê-se em 2016: Dar continuidade à dinamização da concessão de espaços comerciais, rentabilizando as potencialidades existentes nos vários terminais da empresa, com destaque para os que apresentam maiores potencialidades de exploração: Interfaces do Cais do Sodré e do Terreiro do Paço. Relançar o projeto de gestão interna da atividade de exploração dos Parques de Estacionamento do Barreiro, Montijo (Seixalinho) e Seixal, numa perspetiva de assegurar a efetiva complementaridade do serviço de parqueamento ao modo de transporte fluvial; Dar continuidade ao protocolo celebrado em junho de 2015 com a Carristur, empresa do Grupo Carris, no âmbito do produto comercial “Yellow Boat – Lisbon Sightseeing Cruise”, destinado à promoção da atividade turística de Cruzeiros no Tejo; Desenvolver outras atividades, com destaque para o aluguer ocasional de navios, a cedência de espaços para publicidade e outras concessões para eventos nos Terminais Fluviais e a bordo dos navios. 1.4 Exploração e recursos energéticos Consumo de Gasóleo O combustível (Gasóleo) constitui o principal recurso energético consumido da atividade de exploração, estando implementado um sistema que permite obter indicadores de desempenho energético da frota suportado por software específico (sistema ISA) instalado nos navios catamaran. Desde 2014 têm vindo a ser ministrados em ambas as empresas do Grupo cursos de condução eco-eficiente dirigidos a Mestres e Maquinistas e desenvolvidas ações de sensibilização para o desempenho responsável e comprometido com estes objetivos. A monitorização dos consumos energéticos e o conjunto de ações que têm vindo a ser desenvolvidas no âmbito das intervenções de manutenção, otimização das operações de navegação e acostagem e também o controlo de velocidades têm vindo a permitir alcançar alguns ganhos de eficiência no consumo energético. Gráfico 5 - Grupo TRANSTEJO - Evolução do consumo de Gasóleo (milhões de Litros) As alterações introduzidas na oferta no período acima analisado, designadamente a aplicação em 2012 de um novo plano de oferta com significativa redução de ligações fins-de-semana e fora das horas de ponta, assim como a deslocalização em 2014, da operação com Ferry da ligação de Cacilhas – Cais do Sodré para a ligação de Trafaria-Porto Brandão – Belém, são exemplos de medidas que implicaram, no primeiro caso, redução de consumos e no segundo, um ligeiro agravamento. Grupo TRANSTEJO 24 Plano de Atividades e Orçamento Previsão 2016 11.399.988 Real 2015* 11.283.697 Real 2014 11.075.551 TRANSTEJO 5.199.996 5.092.390 4.981.425 SOFLUSA 6.199.992 6.191.307 6.094.126 Consumo GASÓLEO (L) Tabela 7 - Consumo de Gasóleo - Previsão 2016 O plano de consumos projetado para 2016 contempla os efeitos da alteração operacional que foi necessário implementar em 2015 na sequência do incidente com a estaca de fixação do pontão Telheiras no Terreiro do Paço. Esta situação obrigou à deslocalização da operação do Montijo (atracação na margem norte) para o Terminal do Cais do Sodré, situação que implica ligeiro aumento do percurso e que se manterá ao longo de 2016. Dragagens e levantamentos hidrográficos Em 2016 será dada continuidade a um conjunto de medidas de gestão de recursos associados à exploração, nomeadamente a realização de levantamentos hidrográficos e dragagens nos canais de navegação, projetos adiados de 2015 por motivos de restrição orçamental. Salienta-se que estas operações de conservação plurianual têm relevante impacto na melhoria das condições de navegabilidade, sendo expectável que a sua realização se reflita a curto prazo na redução dos tempos de navegação e também ao nível dos consumos de combustível. Gestão das tripulações A otimização dos recursos da atividade de exploração envolve ainda um conjunto de medidas de gestão de tripulações e revisão de escalas, visando a otimização dos turnos e tempos de trabalho, tendo como objetivo a redução do volume de trabalho extraordinário. Grupo TRANSTEJO 25 Plano de Atividades e Orçamento 2. Segurança, Qualidade e Ambiente 2.1 Segurança de Pessoas e Bens Dando cumprimento aos objetivos de responsabilidade social e ambiental previstos no artigo 49.º do DecretoLei nº 133/2013, de 3 de outubro, o Grupo Transtejo reforçará em 2016 um conjunto de ações de promoção das condições de segurança de pessoas e bens, contribuindo para a melhoria do índice de qualidade da oferta e observando o cumprimento de disposições legais, designadamente: Monitorização do cumprimento de requisitos legais em matéria de higiene e segurança, tendo em vista a redução de acidentes e a melhoria das condições de trabalho. Reforço das condições de segurança nos terminais e embarcações (Projeto de investimento em sistema de videovigilância para navios da classe Cacilhense e Austal). Concretização do projeto iniciado em 2015 (lançamento de procedimento concursal e registo de compromisso plurianual), referente à substituição de meios de salvação a bordo dos navios (jangadas rígidas por balsas pneumáticas), dando cumprimento aos normativos legais em matéria de segurança na navegação. Substituição de outros equipamentos de apoio à navegação em condições adversas. Segurança de Exploração Em maio de 2015, foi constituída a Autoridade de Segurança de Exploração do modo navio, assumindo um conjunto de competências anteriormente integradas na Direção de Segurança e Ambiente do Grupo Transtejo. As questões de segurança e proteção no âmbito da “Security” passaram a ser atribuídas a uma área corporativa comum (Gabinete de Segurança e Vigilância), sendo cometidas às Autoridades de Segurança de Exploração de cada modo (Elétrico, Autocarro, Metro e Navio), as questões de “Safety”, dando deste modo cumprimento ao disposto no Despacho n.º 1094/98 (2.ª série), de 19 de janeiro, emitido pelo Ministério do Equipamento, Planeamento e da Administração do Território. Para o ano de 2016, a Autoridade de Segurança de Exploração modo navio estabeleceu um plano de “Safety”, focado na segurança do transporte de passageiros por via fluvial, tendo como propósito salvaguardar que para cada um dos riscos (abaixo enunciados), existe um plano de ações de resposta à emergência, devidamente especificadas, a observar pelos tripulantes e pelo responsável pelas estações/terminais envolvidas, de modo a minimizar ou anular as consequências mais gravosas: Riscos associados às condições de governo e manobra das embarcações (incêndio, colisão, encalhe, água aberta - alagamento, falta de governo – leme ou propulsão); Riscos associados ao embarque e desembarque dos passageiros e das viaturas (quedas, homem ao mar, afogamentos, avarias nas viaturas); Riscos associados à presença dos passageiros nos salões e viaturas no parque (deck) do navio (quedas, fogo/incêndio nos salões de passageiros, alarme de bomba, homem ao mar, afogamentos, abandono); Grupo TRANSTEJO 26 Plano de Atividades e Orçamento Este plano tem como principal fundamento: (i) O estrito cumprimento das regras Internacionais de governo e manobra (RIEAM), assim como das disposições das Autoridades Marítimas e Administração do Porto de Lisboa, adotando, também, as boas práticas da tradição marítima; (ii) O pressuposto de que as condições de segurança, das infraestruturas envolvidas no transporte (navios, pontões e passadiços de acesso), bem como dos equipamentos operados, são mantidas ou melhoradas; (iii) Que todos os acidentes e incidentes são analisados de modo a serem identificadas eventuais ações de melhoria que contribuam para um transporte cada vez mais seguro. 2.2 Gestão da Qualidade e Ambiente O Grupo Transtejo dispõe de um sistema de Gestão Ambiental em fase de consolidação. Para 2016 prevê-se que a gestão do Ambiente passe a ser regulada pelas normas do SGI comuns às empresas operadoras de transportes de Lisboa (Carris e Metropolitano de Lisboa), mantendo-se o compromisso de continuidade do cumprimento dos requisitos legais, da promoção do aumento do desempenho ambiental, do aumento da eficiência energética do serviço e do respeito pela preservação das comunidades bióticas da zona ribeirinha do rio Tejo. Grupo TRANSTEJO 27 Plano de Atividades e Orçamento 3. Atividade de Manutenção 3.1 Plano de Manutenção da Frota O planeamento das atividades de manutenção da frota de navios e pontões do Grupo Transtejo tem como pressuposto a continuidade do modelo de manutenção em vigor, mantendo a gestão diferenciada nas duas empresas (no caso da Soflusa, a gestão técnica da frota é efetuada em regime de outsourcing), embora no âmbito do projeto de fusão entre as duas sociedades, este modelo possa vir a ser alterado, tendo em vista a uniformização do modelo de Gestão destas atividades. A melhoria dos índices de operacionalidade da frota e da segurança e fiabilidade dos equipamentos, com efeitos na qualidade e regularidade do serviço de transporte fluvial, constituem as principais preocupações da Gestão destas atividades, pelo que o planeamento das intervenções a efetuar 2016 teve em consideração os seguintes objetivos: Assegurar disponibilidade de frota de navios e pontões para a exploração (operação); Contribuir preventivamente para a minimização de avarias e redução da sinistralidade; Dar cumprimento ao normativo vigente no âmbito do Sistema de Gestão Ambiental, Sociedades Classificadoras e Autoridades; Contribuir para a redução do consumo de combustível. O plano de intervenções a realizar em 2016 na frota de navios e pontões, contempla a necessidade imperiosa de recuperar o atraso em intervenções de algumas unidades. Salienta-se que por motivos de restrições financeiras e orçamentais, um conjunto relevante de revisões têm vindo a ser sucessivamente adiadas ao longo dos últimos anos, situação que torna inevitável contemplar neste orçamento a realização de rotinas de manutenção, indispensáveis à renovação dos certificados de navegabilidade da frota de navios e pontões. De referir que o cumprimento do cronograma tem vindo a ser condicionado, exigindo adaptação às disponibilidades orçamentais das dotações liquidas atribuídas às empresas no âmbito do Orçamento de Estado.17 O referido planeamento contempla ainda os efeitos da reversão da medida subjacente ao plano de 2015, que incluía retirar da atividade um conjunto de oito navios, identificados para venda. Estas unidades, tinham intervenções planeadas, sendo inevitável enquadrar neste plano algumas dessas intervenções (navios Palmelense, Algés, Castelo e Chiado), no sentido de manter esses navios em condições de operacionalidade. 3.2 Infraestruturas As infraestruturas de apoio à atividade desenvolvida pelo Grupo Transtejo contemplam um conjunto de equipamentos e sistemas de amarração de apoio às operações de embarque e desembarque de passageiros e de suporte às atividades de manutenção, reparação e abastecimento de combustível. 17 Nos anos 2014 e 2015, as dotações para despesa com aquisição de bens e serviços inscritas pela Transtejo e Soflusa nas propostas de Orçamento de Estado, foram sujeitas a uma cativação de 15%, situação que, a verificar-se novamente em 2016 (orçamento em fase de aprovação), constituirá novo condicionante à realização destas intervenções. Nestas circunstâncias, não sendo possível adiar mais um ano intervenções e despesas que são condicionantes da qualidade e segurança do serviço a prestar, será inevitável remeter para apreciação da tutela, pedido de reforço das rubricas orçamentais de maior criticidade para assegurar os níveis de oferta. Grupo TRANSTEJO 28 Plano de Atividades e Orçamento Destacam-se os ativos de apoio à operação e fixação (estacas, passadiços de acesso aos pontões, muralhas e outras infraestruturas marítimas). Das atividades programadas para 2016 destaca-se o projeto de intervenção estrutural nas estacas de fixação dos pontões do Terminal do Terreiro do Paço, tendo sido suscitada a necessidade de avaliar as condições destas infraestruturas, na sequência da quebra da estaca de fixação ao pontão Telheiras que implicou a deslocalização da operação da ligação do Montijo para o Cais do Sodré. Relativamente às infraestruturas terrestres, o Grupo Transtejo possui património de instalações fixas que necessitam de beneficiação, reabilitação e/ou manutenção. Deste modo, sob coordenação da área corporativa que gere o Património, encontra-se refletido no orçamento de 2016 um conjunto de atividades de manutenção e assistências técnicas a estas infraestruturas, com contratos em vigor ou procedimento a lançar, compreendendo: Manutenção dos elevadores do Terminal do Cais do Sodré; Manutenção de unidades de ar condicionado chiller dos Terminais do Terreiro do Paço e do Cais do Sodré; Manutenção de unidades de ar condicionado em várias instalações; Manutenção corretiva das instalações; Serviços de manutenção preventiva sistemática, manutenção preventiva condicionada e manutenção corretiva das instalações (Equipamentos, Sistemas e Edificado); Prestação de serviço de Engenheiro com certificação energética; Prestação de serviço de Técnico Responsável de Exploração das Instalações Elétricas. Realização de obras de beneficiação no Terminal de Cacilhas/Ferries e no Auditório do Cais de Sodré. Grupo TRANSTEJO 29 Plano de Atividades e Orçamento 4. Gestão de Recursos 4.1 Recursos Humanos Medidas de Política Salarial No cumprimento das orientações constantes da Circular DGO Série A, n.º 1379, a orçamentação das despesas com pessoal foi efetuada com base nos vencimentos de novembro de 2015, tendo sido mantida a aplicação de 80% da redução remuneratória que se encontrava em vigor (reversão de 20%). Esta orientação mantém o cumprimento dos pressupostos assumidos no Documento de Estratégia Orçamental (DEO 2014-2018), tendo como base para determinação da redução remuneratória, a taxa variável entre 3,5% e 10% para remunerações mensais superiores a 1.500 euros, conforme estatuído na Lei n.º 75/2014, de 12 de setembro. No Orçamento dos Gastos com Pessoal foram ainda mantidas as restantes medidas de política salarial que, pelo cumprimento de obrigações legais, têm vindo a ser aplicadas às empresas do Setor Empresarial do Estado, designadamente: Aplicação do regime remuneratório em vigor na Administração Pública relativamente a algumas remunerações adicionais; Não atribuição de remuneração variável aos Gestores Públicos; Não atribuição de aumentos salariais ou outros complementos remuneratórios adicionais; Processamento de 14 meses de remuneração; Pagamento de subsídio de natal em duodécimos; Pagamento do subsídio de férias de acordo com a prática em vigor na Empresa 18; Suspensão do pagamento dos prémios com origem no desempenho, bem como dos acréscimos resultantes da antiguidade; Aplicação das regras de pagamento do trabalho extraordinário previstas para a vigência do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF). De referir que posteriormente à submissão das Propostas Orçamentais para o OE2015 preparadas de acordo com os pressupostos acima enunciados, têm merecido desenvolvimentos no âmbito do processo de aprovação do OE medidas que contemplam a reversão de algumas das situações acima enunciadas, designadamente a reposição total das reduções remuneratórias até final de 2016 e a reposição dos quatro feriados suprimidos em 2013, situação que poderá constituir um risco de insuficiência de meios financeiros para assegurar os impactos orçamentais decorrentes dessa alteração legislativa. Gestão do Efetivo Durante o exercício de 2016, o Grupo Transtejo procurará desenvolver a Gestão do seu Efetivo dando cumprimento às orientações transmitidas às empresas do Setor Público Empresarial (SPE), “prosseguindo com a racionalização dos seus quadros de pessoal adequando-os às efetivas necessidades de uma organização eficiente”. Deste modo, mantendo-se vedadas as admissões de pessoal, não foram consideradas entradas de efetivos em 2016. 18 No processamento salarial que antecede o maior período de férias. Grupo TRANSTEJO 30 Plano de Atividades e Orçamento O número de efetivos das empresas do Grupo projetado para final de 2016 ascende a 444 trabalhadores (297 na Transtejo e 147 na Soflusa), situação que corresponde a uma redução de 6 efetivos na Transtejo e estabilização do número de efetivos na Soflusa, face ao estimado para 2015. O quadro seguinte evidencia a evolução do efetivo do Grupo, apresentando informação referente aos Gastos com pessoal no período 2014-2016 desagregado por órgãos sociais, dirigentes e restantes trabalhadores. PREVISÃO 2016 Gastos totais com pessoal (1) (a) Gastos com Órgãos Sociais 3º TRIM TOTAL 2016 4º TRIM Real 2015* Real 2014 D P 2016/ R 2015* 1º TRIM 2º TRIM 2.889.122 5.856.339 8.845.231 11.738.799 11.738.799 12.183.649 11.649.573 40.952 90.411 130.088 169.765 169.765 207.214 166.974 (37.449) -18,1% (142.445) -23,9% (444.850) -3,7% (b) Gastos com Cargos de Direção 113.602 227.204 340.805 454.407 454.407 596.852 596.852 (c) Gastos com o Restante Pessoal 2.734.568 5.538.725 8.374.338 11.114.627 11.114.627 11.379.583 10.885.746 (264.956) -2,3% 0 0 0 117.569 117.569 479.769 62.800 146.785 30,6% 450 450 450 444 444 450 472 (6) -1,3% 10 10 10 10 10 10 10 - 0,0% 6 6 6 6 6 6 11 - 0,0% Nº Trabalhadores sem O.S. e sem Cargos de Direção 444 444 444 438 438 444 461 (6) -1,4% Gastos com Dirigentes / Gastos com pessoal (b)/[(1)-(2)] * Real Provisório 3,9% 3,9% 3,9% 3,9% 3,9% 5,1% 5,2% Rescisões / Indemnizações (2) Número de Efetivos no Final do Período (sem O.S.) (3) Nº Órgãos Sociais (O.S.) Nº Cargos de Direção 24,1% 472,1% Tabela 8 - Grupo TRANSTEJO - Evolução e Efetivos e Gastos com Pessoal 4.2 Gestão do Conhecimento As atividades de Gestão do Conhecimento visam promover a criação e potenciação de redes (presenciais e virtuais) ativas em torno do conhecimento, a união das pessoas a conhecimentos que estejam disponíveis, inibindo a evasão do conhecimento, propiciando intercâmbios, estimulando o trabalho corporativo e a resolução de problemas em grupo. Face ao contexto empresarial desafiante e de mudança acelerada, constata-se que as verdadeiras fontes de riqueza estão associadas ao capital intelectual, ao potencial de inovação, geração e aproveitamento de ideias e à capacidade criativa dos talentos da empresa. É neste enquadramento que, em 2016, no âmbito da Gestão do Conhecimento serão desenvolvidos os seguintes subprocessos: Geração de Conhecimento, Codificação e Coordenação do Conhecimento e Transferência do Conhecimento, através das seguintes vertentes: Biblioteca Técnica As ações a desenvolver ao nível da biblioteca técnica: Harmonização do sistema de Bibliotecas Técnicas Online e desenvolvimento de um Repositório do Conhecimento comum às várias empresas de transportes de Lisboa; Integração da Biblioteca Técnica com o Repositório do Conhecimento. Formação Num ambiente de crescente globalização, a formação profissional é um importante veículo de valorização e vantagem competitiva no âmbito do desempenho técnico, económico e social das empresas. Assim, e dando continuidade à aposta na exigência da qualificação de competências nas componentes técnicas, operacionais e comportamentais dos colaboradores do Grupo Transtejo, as necessidades de Grupo TRANSTEJO 31 Plano de Atividades e Orçamento formação identificadas para o triénio 2016-2018 – que incluem programas de formação inicial, contínua e de qualificação – e a sua concretização, permitirão alcançar os níveis de excelência de desempenho dos colaboradores, com expectáveis resultados positivos em termos de qualidade do serviço de transporte prestado na cidade de Lisboa e reconhecimento por parte dos clientes, principais stakeholders das Empresas. Neste sentido, o Plano de Formação foi preparado seguindo uma metodologia que teve por base: Diagnóstico de necessidades de desenvolvimento, considerando competências de natureza técnica e comportamental; Alinhamento de necessidades e estabelecimento de prioridades em função da estratégia do Grupo; Identificação da tipologia de formação (externa ou interna), tendo em consideração competências existentes na bolsa de formadores internos; Sistematização do plano por “vetor de desenvolvimento”, “unidade orgânica” e “nível de criticidade” (considerando: formação contínua, formação específica do negócio e formação estratégica); Orçamento para fazer face ao conjunto de ações a desenvolver no triénio 2016-2018. No sentido de monitorizar a atividade de formação e o cumprimento do plano estabelecido para o período, propõe-se os seguintes indicadores: Investimento médio de formação por colaborador; Custo médio da hora de formação = custos diretos/N.º total de horas formação; Média de horas de formação por empregado = Total horas formação (volume) no período/n.º médio empregados (FTE´s) no mesmo período; Taxa de formação (€) = Total custos formação/Massa salarial; Taxa de probabilidade (%) = Nº total participantes/Total de colaboradores; Rácio de Horas de formação interna e externa; Rácio de Horas de formação comportamental/técnica; Nível médio de satisfação com a formação = somatório de avaliações/Nº de questionários contabilizados; Nível médio de retenção do conhecimento = soma das diferenças entre 2 questionários/testes/Nº total de testes/questionários contabilizados. (objetivo: conhecer, acompanhar a evolução e comparar a eficácia de transmissão de conhecimentos feita através de formação. No caso de formação comportamental, a avaliação é através de alteração no seu comportamento). Inovação & Desenvolvimento A inovação tem um papel central na economia do conhecimento, constituindo uma das competências básicas numa economia de competitividade. Considerando que o processo de inovação empresarial ocorre em geral, ao nível organizacional, tecnológico ou de marketing tendo em vista o reforço da posição competitiva, do aumento do desempenho ou do conhecimento da organização, em 2016 a área da Gestão do conhecimento propõe-se desenvolver as seguintes atividades: Estabelecer a ligação com entidades associadas ao meio científico-tecnológico; Estabelecer redes de conhecimento; Acompanhar a evolução global tecnológica nos sistemas de transportes; Assegurar o acompanhamento dos projetos internacionais em matérias de inovação e desenvolvimento; Desenvolver Glossário Técnico de Transportes referentes a cada modo de transporte (autocarro, elétrico metro e navio), nas seguintes línguas: português, espanhol, inglês e francês. Grupo TRANSTEJO 32 Plano de Atividades e Orçamento 4.3 Sistemas de Informação As empresas de transportes de Lisboa integradas no projeto de gestão conjunta e com áreas corporativas comuns, têm plataformas diferentes para os mesmos processos de negócio, existindo regras próprias e procedimentos implementados de forma diferenciada, sendo que, do ponto de vista operacional, a grande maioria dos colaboradores tem apenas o conhecimento aprofundado das regras e das plataformas adotadas na empresa de origem. Face a este contexto, pretende-se proceder à uniformização das plataformas aplicacionais mais críticas utilizadas neste contexto empresarial, tendo como objetivo obter mais-valias resultantes das sinergias operacionais decorrentes da gestão comum. Para a consecução dos objetivos acima enunciados existem, no entanto, várias condicionantes que dificultam o processo de uniformização das plataformas, nomeadamente a nível jurídico, técnico e operacional. Salientase o facto de serem entidades jurídicas distintas, quer do ponto de vista estatutário, quer do cumprimento de obrigações legais e fiscais, o que constitui um obstáculo ao processo de contratação e licenciamento. No plano de investimentos de 2016 do Grupo Transtejo encontra-se contemplada uma dotação para fazer face ao projeto de implementação SAP nas empresas Transtejo e Soflusa. 4.4 Recursos Materiais e Contratação Pública Na atual estrutura orgânica do Grupo Transtejo, considerando a gestão conjunta das áreas corporativas, as atividades de logística e contratação pública são efetuadas de forma centralizada, tendo como objetivo o desenvolvimento e implementação de processos de aquisição de bens e serviços e de empreitadas de obras públicas, garantindo a harmonização e promovendo a transparência dos procedimentos de compra nas várias empresas de transportes. Estes processos decorrem em observância do respetivo enquadramento legal, em particular o Código dos Contratos Públicos (CCP) e tendo em conta as orientações do Sistema Nacional de Compras Públicas (SNCP). Assim, para o ano de 2016, no âmbito do desenvolvimento destas atividades, destacam-se os seguintes objetivos: Obtenção de poupanças através dos procedimentos utilizados e da agregação de necessidades e das Entidades Adjudicantes; Uniformização dos procedimentos entre as diferentes empresas, visando igualmente a implementação do Sistema de Gestão Integrado; Promoção da concorrência; Implementação de uma aplicação web para a realização de consultas expeditas; Definição de procedimentos internos e implementação de uma aplicação que permita a gestão do fardamento das empresas do Grupo Transtejo; Implementação de processos de monitorização. Grupo TRANSTEJO 33 Plano de Atividades e Orçamento 4.5 Gestão do Património O Grupo Transtejo tem procurado valorizar o seu património imobiliário através do arrendamento de espaços comerciais e dos parques de estacionamento existentes nos seus terminais. Durante o ano de 2016 deverá manter-se a dinâmica desta atividade. Grupo TRANSTEJO 34 Plano de Atividades e Orçamento 5. Sistemas de Gestão e Desenvolvimento Organizacional 5.1 Sistema de Gestão Integrado (SGI) As empresas do Grupo Transtejo não têm Sistema de Gestão Integrado, estando previsto para 2016 que nestas empresas possa ser adotado o SGI em desenvolvimento para as várias empresas operadoras de transportes de Lisboa. A implementação de um SGI comum às empresas Carris, Metropolitano de Lisboa, Transtejo e Soflusa, prevista para 2016, irá permitir, simultaneamente, a implementação de uma gestão do tipo Business Process Management (BPM) e dar resposta aos requisitos das normas ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001/NP 4397. A sustentabilidade da Organização, gerida através do Sistema de Gestão Integrado, será suportada em quatro pilares: Desempenho económico Desempenho ambiental Desempenho social (interno e externo à organização) Gestão e processos internos O SGI permitirá, deste modo, a criação de um ciclo de Gestão representando o encadeamento entre as etapas mais significativas do ciclo anual de atividades de cada empresa: Ilustração 3 - SGI - Ciclo Anual de Gestão 5.2 Controlo de Gestão As atividades de Controlo de Gestão a desenvolver em 2016 terão como principal objetivo assegurar o apoio à Gestão integrada das empresas operadoras de transportes de Lisboa, potenciando o controlo das atividades e da Gestão, por via do desenvolvimento de instrumentos de monitorização adequados ao controlo da performance global alinhada com a estratégia definida no âmbito do novo modelo organizacional. Destaca-se, no plano anual, o cumprimento dos deveres de reporte e relato externo a que as empresas se encontram sujeitas, no âmbito do seu enquadramento legal e institucional. Grupo TRANSTEJO 35 Plano de Atividades e Orçamento 5.3 Auditoria Interna e Gestão do Risco A atual integração das empresas Carris, Metro, Transtejo e Soflusa e suas Subsidiárias (Carristur, Carrisbus, Metrocom e Ferconsult), sob um único projeto de Gestão centralizado, face à sua materialidade financeira, natureza e complexidade técnica, dispersão geográfica dos serviços e a praxis administrativa, constituem, por si, áreas de intervenção, cujos riscos potenciais associados necessitam de ser identificados, mitigados e devidamente supervisionados. Neste contexto, destaca-se a necessidade de submeter este modelo de organização a processos de monitorização permanente e a ações de auditoria periódicas. Constitui um dos objetivos da Auditoria Interna dispor de meios humanos qualificados para a realização plena do seu trabalho, de acordo com os princípios, as normas e as melhores práticas reconhecidas e aceites a nível nacional e internacional. É expectável que os resultados a alcançar, contribuam para o reforço da transparência da gestão e para a credibilidade e prestígio de todas as empresas que integram este projeto, respeitando as exigências impostas pelo modelo de governação e pelas boas práticas, consolidadas no Código do Bom Governo das Sociedades. Em face do exposto, a atividade a desenvolver em 2016 assumirá essencialmente duas grandes vertentes: O exercício de funções de auditoria interna e a atuação no âmbito de GRC - Governance, Risk & Compliance: Auditoria Interna Executar o Plano Anual de Auditoria Interna, elaborado em consonância com o previsto no Plano Anual de Atividades, normas internas, procedimentos, diretrizes adotadas e de acordo com as orientações e necessidades do Conselho de Administração, tendo igualmente em conta o Plano de Gestão de Risco de Corrupção e Infrações Conexas, bem como a auto avaliação e follow-up dos riscos de controlo interno; Executar auditorias internas, centrando-se na realização de ações de auditoria, ações de verificação, ações de monitorização e ações colaborativas, estas últimas com características essencialmente preventivas e de cooperação pedagógica com as áreas/serviços; Acompanhar a execução das recomendações que resultem das auditorias realizadas; Realizar as auditorias extraordinárias decorrentes de ocorrências não previstas ou que venham a ser superiormente determinadas pelo Conselho de Administração; Implementar quatro indicadores de desempenho da função de Auditoria Interna, no âmbito do novo modelo do SGI. Ações de GRC - Governance, Risk & Compliance Em cumprimento da Deliberação, a 4 de março de 2009, do Conselho de Prevenção da Corrupção, e posteriormente da Recomendação, a 1 de julho de 2009, surge a necessidade das entidades gestoras de dinheiros, valores ou patrimónios públicos elaborarem planos de gestão de riscos de corrupção e infrações conexas, assim como um relatório anual de execução do plano. Face ao exposto, em 2016, terá lugar um novo ciclo de funcionamento do GRC com revisão/atualização de riscos, em consideração com a nova estrutura orgânica em vigor desde o dia 18 de maio de 2015, bem como da respetiva avaliação e das correspondentes medidas de mitigação. Grupo TRANSTEJO 36 Plano de Atividades e Orçamento 6. Responsabilidade Social No âmbito da política de Responsabilidade Social, o Grupo Transtejo continuará, em 2016, a desenvolver um conjunto de boas práticas e iniciativas, destacando-se: Disponibilização de serviços de medicina curativa; Administração da vacinação da gripe; Atribuição aos trabalhadores de um seguro de saúde gratuito, extensível ao agregado familiar, a preços reduzidos; Prestação de serviços de orientação e aconselhamento aos trabalhadores em situação económica difícil, de forma a evitar a sua exclusão social; Disponibilização de serviço de refeitórios, cafetarias e máquinas de vending, de qualidade e a preços reduzidos; Realização de consultas de desabituação tabágica, multidisciplinares, com o intuito de incutir nos trabalhadores hábitos de vida saudáveis. Realização de rastreios temáticos de prevenção de doenças crónicas com maior prevalência na população. Desenvolvimento de ações de valorização e qualificação do Capital Humano, incentivando o desenvolvimento e a melhoria de competências dos colaboradores, adotando reconhecidas boas práticas de gestão e reforçando a cultura de mérito organizacional; Sensibilização para o desenvolvimento de políticas que potenciem a conciliação da vida pessoal, familiar e profissional, a equidade de direitos e a igualdade de oportunidades. 7. Representação Internacional Considerando os grupos internacionais em que o Grupo Transtejo está integrado19, serão desenvolvidas as seguintes atividades: 19 Coordenação das relações internacionais, operacionalizando a participação das empresas nas organizações internacionais a que pertence, incluindo propostas de recomendações para uma estratégia internacional; Assessorar o Conselho de Administração na representação institucional da Empresa junto das organizações em que tem assento; Representar a Empresa em organismos internacionais quando superiormente decidido e participar ou assegurar a organização de eventos internacionais, em colaboração com a estrutura da Empresa; Organizar e acompanhar as visitas de delegações estrangeiras; Acompanhar os projetos internacionais em curso na Empresa, em matérias de inovação e desenvolvimento; Disponibilização à Macroestrutra, de informação resultante das deslocações às reuniões internacionais. UITP – União Internacional dos Transportes Públicos / INTERFERRY – Representing the ferry industry world-wide Grupo TRANSTEJO 37 Plano de Atividades e Orçamento 8. Gestão Económica e Financeira 8.1 Projeções Económicas e Financeiras Síntese de Resultados PREVISÃO 31/12/2016 ESTIMADO 31/12/2015 REAL REAL 31/12/2014 31/12/2010 2016 Vs estimado 2015 2016 Vs 2010 GASTOS 61 CUSTO MATÉRIAS CONSUMIDAS 8.128.148 19% 62 FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS 12.770.998 30% 63 GASTOS COM O PESSOAL 11.738.799 28% 5.240.804 64 GASTOS DE DEPRECIAÇÃO E DE AMORTIZAÇÃO 6.463.913 7.956.050 8.338.143 1.664.235 26% 7.645.690 8.743.478 10.758.357 5.125.308 67% 2.012.640 19% 12.183.649 11.649.573 14.090.723 (444.850) -4% (2.351.924) -17% 5.344.299 6.957.199 (79.770) -2% (1.796.164) -26% - (453.795) -100% (209.995) -3% 5.161.034 12% 65 PERDAS POR IMPARIDADE - 0% - 295.371 453.795 67 PROVISÕES DO PERÍODO - 0% 6.000 391.036 298.901 (6.000) -100% (298.901) -100% 48.803 0% 364.960 (266.301) -85% (316.157) -87% 4.404.732 10% 4.699.889 167.896 4% (295.157) -6% 110.550 42.363.064 0% 68 OUTROS GASTOS E PERDAS 69 GASTOS E PERDAS DE FINANCIAMENTO IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO TOTAL Gastos 100% 315.105 4.236.836 340.261 4.988.976 10.550 36.102.546 17.759 39.726.803 10.161 45.972.130 100.000 948% 100.389 988% 6.260.518 17% (3.609.066) -8% 9% RENDIMENTOS 72 PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS 15.182.695 72% 14.701.650 14.821.242 13.970.015 481.045 3% 1.212.680 75 SUBSÍDIOS À EXPLORAÇÃO 1.806.919 9% 1.847.309 7.818.054 11.565.582 (40.390) -2% (9.758.663) -84% - 0% - 1.048.136 376.260 - (376.260) -100% 4.112.076 19% 4.793.508 9.746.063 7.460.414 (681.431) -14% (3.348.338) -45% 21.101.690 0% 90.599 33.462.870 (42.336) -100% (90.599) -100% (283.112) -1% (12.361.180) -37% (6.196.376) (12.509.260) (6.543.629,56) 76 REVERSÕES 78 OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS 79 JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES TOTAL Rendimentos RESULTADO LÍQUIDO 100% (21.261.374) 42.336 21.384.802 (14.717.744) 96.933 33.530.427 (8.752.113,58) Tabela 9 - Grupo TRANSTEJO - Síntese de Gastos e Rendimentos Dando cumprimento aos princípios financeiros de referência para 2016, o Grupo Transtejo prosseguirá o esforço de crescimento sustentado do EBITDA (Resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações). O quadro seguinte apresenta a análise comparativa dos resultados contabilísticos, extraída da DRN20 previsional consolidada, publicada em anexo a este documento: Previsão 2016 EBITDA (14.718.770) Real* 2015 Real 2014 D P 2016/ R 2015* (8.341.038) 1.239.043 (6.377.732) 76,5% (15.957.813) -1287,9% Resultado Operacional (15.746.092) (10.512.694) (1.286.573) (5.233.397) 49,8% (14.459.519) 1123,9% Resultado Liquido (20.261.374) (14.717.744) (6.196.376) (5.543.630) 37,7% (14.064.998) * Da dos provi s óri os Tabela 10 - Grupo TRANSTEJO - Síntese de Resultados (DRN) 20 D P 2016/ R 2014 DRN – Demonstração dos Resultados por Naturezas (Referencial contabilístico: IFRS) 227,0% Grupo TRANSTEJO 38 Plano de Atividades e Orçamento Para efeitos de análise e avaliação do cumprimento dos objetivos determinados relativamente ao nível do EBITDA, importa proceder a ajustamentos a este indicador, expurgando na série histórica efeitos de natureza “não-cash”, que no referencial contabilístico anterior ao SNC seriam considerados como rubricas extraordinárias (designadamente subsídios ao investimento e provisões). Para comparabilidade foram ainda retirados outros efeitos extraordinários, de operações financeiras pontuais, com relevante impacto no EBITDA contabilístico. Previsão 2016 EBITDA (DRN) Real* 2015 (14.718.770) Ajustamentos: Reforço de Provisões Ajustamentos de Inventários Imparidades Impacto extraoridnário: Protocolo Cais do Sodré EBITDA (ajustado) - Real 2014 (8.341.038) 1.239.043 6.000 (5.925.913) 6.000 356.036 281.181 (998.946) - - (14.718.770) (8.335.038) (5.564.184) (4.686.870) * Da dos provi s óri os Tabela 11 - EBITDA Ajustado Conforme se demonstra no quadro seguinte, prevê-se que em 2016 o EBITDA ajustado atinja -14,7 M€, situação de agravamento face a 2015 (dados reais provisórios), decorrente essencialmente de um aumento de 6 M€ (23%) nos Gastos Operacionais e de uma ligeira redução nos Rendimentos Operacionais. Rendimentos Operacionais IPG's 2016 Unidade: milhares de euros Rubrica O 2016 E 2015 R 2014 R 2010 Rendimentos Operacionais* 17.968 18.273 24.002 29.582 Prestação de Serviços 15.183 14.702 14.821 13.970 Indemniz. Compensatórias 1.414 1.456 7.129 11.117 Outros Subs. Exploração 393 391 689 449 Outros (excluindo Subs Invest) 978 1.724 1.363 4.046 O16/E15 % O16/R10 % (305) -2% (11.614) -39% 481 3% 1.213 9% (42) -3% (9.703) -87% 2 1% (55) -12% (746) -43% (3.068) -76% *Excluindo não CASH e operações extraordiárias em 2014 Tabela 12 - Rendimentos Operacionais – Previsão 2016 Grupo TRANSTEJO 39 Plano de Atividades e Orçamento Os Rendimentos Operacionais previstos para 2016 ascendem a 18 M€, destacando-se face ao estimado para 2015, uma ligeira recuperação nos rendimentos da prestação de serviços. Salienta-se a redução do montante de Indemnizações Compensatórias, variação que assume maior expressão face a 2010 (- 10 M€). IPG's 2016 Unidade: milhares de euros Rubrica Prestação de Serviços Bilhetes Passes próprios Combinados Zapping Veículos Alugueres + Turismo O 2016 15.183 3.713 1.106 8.126 2.052 60 125 E 2015 14.702 3.555 1.097 7.985 1.937 63 65 R 2014 14.821 3.436 1.085 7.929 1.783 51 538 R 2010 13.970 3.927 780 7.665 978 83 536 O16/E15 % 481 3% 158 4% 9 1% 141 2% 115 6% (3) -4% 60 93% O16/R10 1.213 (214) 326 461 1.073 (23) (411) % 9% -5% 42% 6% 110% -27% -77% Tabela 13 - Prestação de Serviços - Previsão 2016 Gastos Operacionais Unidade: milhares de euros Rubrica Gastos Operacionais** Custo Matérias Consumidas F. Serviços Externos Pessoal Outros O 2016 E 2015 R 2014 R 2010 32.687 26.608 28.689 33.552 8.128 6.464 7.956 8.338 12.771 7.646 8.743 10.758 11.739 12.184 11.650 14.091 49 315 340 365 O16/E15 6.078 1.664 5.125 (445) (266) % O16/R10 % 23% (865) -3% 26% (210) -3% 67% 2.013 19% -4% (2.352) -17% -85% (316) -87% **Excluindo não CASH (Amortizações, Ajustamentos e Provisões) e operações extraordiárias em 2014 Tabela 14 - Gastos Operacionais - Previsão 2016 A previsão de Gastos Operacionais para 2016, no montante de 32,7 M€ representa um aumento de 23% (+6 M€) face a 2015 (dados reais provisórios), assinalando-se a variação mais significativa nas rubricas de Fornecimentos e Serviços Externos (+ 5,1 M€) e Custo das Matérias Consumidas (+1,7 M€). Os Gastos com Pessoal apresentam uma redução de 4%, aproximadamente 0,5 M€. Grupo TRANSTEJO 40 Plano de Atividades e Orçamento Custo das Matérias Consumidas O Custo das Matérias Consumidas inclui o consumo de stocks de títulos de transporte, materiais para incorporar na reparação da frota e lubrificantes, destacando-se porém, o consumo de Gasóleo para exploração (representando 91% do total), sendo também esta a rubrica que apresenta maior crescimento face a 2015 (+21%). IPG's 2016 Unidade: milhares de euros Rubrica Custo Matérias Consumidas Gasóleo Outros O 2016 E 2015 R 2014 R 2010 8.128 6.464 7.956 8.338 7.410 6.121 7.425 6.755 718 343 531 1.583 O16/E15 1.664 1.289 375 % O16/R10 % 26% (210) -3% 21% 655 10% 109% (865) -55% Tabela 15 - Custo das Matérias Consumidas - Previsão 2016: detalhe e análise comparativa Conforme análise efetuada na tabela 7 deste documento, para 2016 prevê-se aumento de 1% nas quantidades consumidas, pelo que o aumento dos Gastos decorre essencialmente da variação do preço médio por litro (+0,11 € face a 2015). IPG's 2016 Rubrica GASÓLEO - Custo total Consumo (milhares de litros) Preço médio / litro O 2016 E 2015 R 2014 R 2010 7.410 6.121 7.425 6.755 11.400 11.284 11.076 13.718 0,65 € 0,54 € 0,67 € 0,49 € O16/E15 1.289 116 0,11 € % O16/R10 % 21% 655 10% 1% (2.318) -17% 20% 0,16 € 32% Tabela 16 - Gasóleo - Indicadores 2016 e análise comparativa O preço de referência (0,65 €) considerando no cálculo dos Gastos com gasóleo foi determinado com base na média do preço real dos últimos 3 anos (2013-2014-2015). Gráfico 6 – Gasóleo: Gastos do consumo e quantidades Grupo TRANSTEJO 41 Plano de Atividades e Orçamento Gráfico 7 - Gasóleo - Evolução do preço médio Fornecimentos e Serviços Externos A rubrica Fornecimentos e Serviços Externos contempla o montante previsional de cerca de 13M€, destacando-se os Gastos de Conservação e Reparação que representam 55% do total. Apresenta-se na tabela seguinte análise por rubrica, identificando as situações mais relevantes: IPG's 2016 Unidade: milhares de euros Rubrica F. Serviços Externos Conserv. reparação (Frota) Conserv. reparação (Outra) Trabalhos Especializados Seguros Vigilância e Segurança Limpeza, Higiene e Conforto Rendas e Alugueres Outros O 2016 E 2015 R 2014 R 2010 12.771 7.646 8.743 10.758 6.965 3.575 4.354 4.095 342 31 100 176 1.698 874 943 1.447 850 819 798 1.500 1.011 943 989 900 394 341 335 542 398 399 446 423 1.113 662 778 1.676 O16/E15 5.125 3.389 311 824 31 67 53 (1) 451 % O16/R10 % 67% 2.013 19% 95% 2.870 70% 990% 166 94% 94% 251 17% 4% (650) -43% 7% 111 12% 15% (148) -27% 0% (25) -6% 68% (562) -34% Tabela 17 - Fornecimentos e Serviços Externos – Previsão 2016: detalhe e análise comparativa Gráfico 8 - FSE - Evolução 2010-2016 Grupo TRANSTEJO 42 Plano de Atividades e Orçamento Gráfico 9 - Fornecimentos e Serviços Externos - Estrutura - Previsão 2016 (10³ €) No orçamento de Fornecimentos e Serviços Externos destacam-se os gastos com Conservação e Reparação da frota, decorrentes do plano de manutenção da frota de navios e pontões, associado aos ciclos plurianuais. Em consequência do sucessivo adiamento de intervenções na frota de navios e pontões, torna-se inevitável refletir no orçamento de 2016 o plano de manutenção programada, contemplando as intervenções que terão que ser inevitavelmente efetuadas neste ano. Para além da necessidade de recuperar o plano de intervenções programadas, como já referido anteriormente, esta rubrica contempla ainda um incremento de cerca de 1M€ para fazer face à medida de reversão do cenário anteriormente projetado relativamente à gestão da frota, que contemplava retirar da operação um conjunto de navios, identificados para alienação. Esta alteração, implicará efetuar em 2016 as necessárias intervenções para assegurar as condições de operacionalidade desses navios. Na tabela seguinte, apresenta-se a situação do orçamento de 2015, que contemplava o montante de 5,3 M€ para gastos de manutenção. Estas dotações foram reduzidas pelo efeito da cativação do OE2015 (15%) e por este motivo, a execução ficou limitada ao montante de 3,7 M€. IPG's 2016 Unidade: milhares de euros Rubrica Gastos Manutenção - FROTA CMVMC - Stocks FSE - Estaleiros FSE - Oficinas FSE - Mat+Sobressalentes FSE - Outsourcing O 2016 E 2015 O 2015 R 2014 R 2010 7.298 3.733 5.302 4.620 5.086 334 158 150 266 991 3.651 1.212 2.453 982 1.062 1.858 904 1.350 1.723 1.281 190 79 190 259 32 1.266 1.380 1.158 1.391 1.720 Tabela 18 - Gastos de Manutenção da Frota O16/E15 3.565 176 2.440 954 111 (115) % O16/R10 95% 2.213 111% (657) 201% 2.589 105% 577 141% 158 -8% (454) % 44% -66% 244% 45% 496% -26% Grupo TRANSTEJO 43 Plano de Atividades e Orçamento Salienta-se ainda em Trabalhos Especializados os efeitos decorrentes da necessidade de subcontratar mãode-obra externa especializada para assegurar o serviço de amarração nas operações de atracação, estando previsto para 2016 o recurso a este serviço externo para as ligações da triangulação (Belém, Trafaria, Porto Brandão) e para os terminais do Cais do Sodré e Terreiro do Paço. No âmbito das intervenções de manutenção a realizar na frota de navios e pontões, o orçamento contempla nesta rubrica um incremento de gastos com serviços técnicos especializados, associados a trabalhos subaquáticos, vistorias a licenças a emitir pelas sociedades classificadoras, no âmbito da certificação das intervenções efetuadas. Gastos com Pessoal Os Gastos com Pessoal previstos para 2016 no montante de 11,7 M€ refletem as medidas de política salarial referidas no capítulo 4. Assinala-se a significativa redução do número de efetivos, situação que se reflete ao nível da redução destes gastos operacionais. IPG's 2016 Unidade: milhares de euros Rubrica O 2016 E 2015 R 2014 R 2010 Pessoal 11.739 12.184 11.650 14.091 Remunerações OS 170 207 167 242 Remunerações Pessoal 7.948 8.197 8.128 9.638 Encargos sociais 2.036 2.102 2.076 2.338 Indemnizações 118 480 63 44 Outros Gastos Processamento* 933 909 931 1.137 Seguros 273 229 226 370 Fardamentos 125 2 10 31 Formação 88 19 12 51 Outros Gastos Pessoal 49 39 37 239 O16/E15 % O16/R10 % (445) -4% (2.352) -17% (37) -18% (72) -30% (249) -3% (1.691) -18% (66) -3% (302) -13% (362) -75% 74 167% 24 3% (204) -18% 44 19% (97) -26% 123 7075% 94 308% 69 364% 37 74% 9 24% (190) -80% * Subsídios refeição e outros abonos Tabela 19 - Gastos com Pessoal - Previsão 2016: detalhe e análise comparativa Gráfico 10 - Grupo Transtejo - Evolução do número de efetivos TT-SL Grupo TRANSTEJO 44 Plano de Atividades e Orçamento Gráfico 11 - Gastos com Pessoal e Massa Salarial 8.2 Modelo de Financiamento O Modelo de Financiamento projetado para 2016 contempla um cenário de apoio financeiro do Acionista, inscrito na proposta orçamental da Transtejo, preparada no âmbito do Orçamento de Estado. Esta proposta compreende um conjunto de pressupostos, previamente estabelecidos com a DGTF, incluindo no apoio financeiro a obter pela Transtejo, o montante necessário para cobertura do défice de exploração e do plano de investimentos da participada Soflusa. Detalhe - Necessidades de Financiamento Base: Plano Tesouraria previsional / IPG's 2016 Necessidades de Financiamento (detalhe) DÉFICE TESOURARIA OPERACIONAL Plano TT 12.483.051 Plano SL 5.706.829 (TOTAL) Plano TT TESOURARIA INVESTIMENTOS Previsão 2016 18.189.880 13.154.536 Plano SL SÍNTESE / APOIO FINANCEIRO DOT CAPITAL Númerário I Previsão 2016 16.970.994 DOT CAPITAL Conversão Créditos 23.761.290 EMPRÉSTIMO (DGTF) 18.189.880 TOTAL 58.922.165 2.236.629 (TOTAL) 15.391.165 ENCARGOS FINANCEIROS JUROS - ACIONISTA 2.659.927 JUROS - B. COMERC 1.579.829 REEMBOLSOS FINANC. - ACIONISTA TOTAL DAS NEC. FIN. 21.101.363 58.922.165 Tabela 20 - Necessidades de Financiamento e Plano Financeiro 2016 Conforme detalhe apresentado no quadro anterior, das operações financeiras a realizar com o Estado em 2016 destaca-se: Novo financiamento a contratar a M/L Prazo junto do IGCP, no montante de 18,190 M€ para apoio de tesouraria operacional da Transtejo (12,483 M€) e da sua participada Soflusa (5,707 M€). Dotações de Capital em numerário, no montante de 16,971 M€ para (i) cobertura do plano de investimentos do Grupo (15,391 M€), (ii) pagamento de encargos financeiros do empréstimo obrigacionista contratado junto da Banca Comercial (1,580 M€). Dotações de Capital por conversão de créditos, no montante de 23,761 M€ referentes (i) ao serviço da dívida associado aos financiamentos contratados junto do IGCP no período 2013-2014 (2,660 M€), e (ii) reembolsos referentes ao financiamento contratado em 2014 (21,101 M€). Grupo TRANSTEJO 45 Plano de Atividades e Orçamento Em síntese, o esforço financeiro do Estado, compreendendo as operações a realizar com a Tutela Financeira (via DGTF) e as transferências provenientes da entidade coordenadora do programa orçamental, estima-se em 60,729 M€. Apoio Financeiro do Estado / 2016 - Síntese: Dotações de Capital / DGTF Numerário Conversão de Créditos Novos Financiamentos / DGTF A contratar junto do IGCP / MLP Compensações Financeiras / Min. Ambiente A receber da Secret. Geral do M. Ambiente Total (DGTF) Total (Min. Amb) 40.732.284 16.970.994 23.761.290 18.189.880 18.189.880 1.806.919 1.806.919 58.922.165 1.806.919 60.729.084 Tabela 21 - Esforço Financeiro do Estado 2016 8.3 Stock da Dívida € Endividamento Previsão 2016 Estimado 2015 Curto Prazo 22.000.000 40.872.196 M/L Prazo Real 2014 Real 2013 Real 2012 Real 2011 Real 2010 19.770.833 - 102.239.573 88.628.826 61.798.000 55.000.000 55.000.000 55.000.000 55.000.000 55.000.000 55.000.000 148.287.884 152.098.004 161.837.345 173.625.000 Emp. Obrigacionista 55.000.000 55.000.000 55.000.000 55.000.000 Emp. IGCP 93.287.884 97.098.004 106.837.345 118.625.000 170.287.884 192.970.200 181.608.178 173.625.000 157.239.573 143.628.826 116.798.000 O envididamento estimado para 2015 contempla por regularizar a conversão de 19.770.833 € em Capital, referente aos reembolsos de financiamentos IGCP que se encontravam previstos para o período. Este montante apresenta-se em "Endividamento de Curto Prazo". Tabela 22 - Stock da Dívida contratada Grupo TRANSTEJO 46 Plano de Atividades e Orçamento 9. Cumprimento das Orientação Legais 9.1. Plano de Redução de Custos (PRC) No âmbito do acompanhamento do Plano de Redução de Custos (PRC), as previsões para 2016 referentes ao conjunto das rubricas CMVMC, FSE e Gastos com Pessoal representam uma redução de 1,9% face ao real de 2010. REAL REAL REAL REAL REAL 2016 2015 2014 2013 2012 2011 2010 Valor % Valor % Valor 8.128.148 6.463.913 7.956.050 8.826.334 9.888.568 11.036.937 8.338.143 (209.995) -2,5% 1.664.235 25,7% 172.098 2,2% 12.770.998 7.645.690 8.743.478 8.943.713 9.998.634 9.917.915 10.758.357 2.012.640 18,7% 5.125.308 67,0% 4.027.520 46,1% 79.528 24.180 33.676 41.978 100.790 135.117 131.233 (51.705) -39,4% 55.347 228,9% 45.852 136,2% 7.226 1.459 883 4.661 7.522 12.628 13.941 (6.715) -48,2% 5.767 395,2% 6.343 718,4% Gastos com pessoal* (c) 11.621.230 11.703.880 11.586.773 12.571.998 12.180.542 12.707.201 14.046.657 (2.425.427) -17,3% (82.650) -0,7% 34.457 0,3% (1) TOTAL (GO) = (a)+(b)+(c) 32.520.375 25.813.483 28.286.301 30.342.045 32.067.744 33.662.053 33.143.158 (622.782) -1,9% 6.706.893 26,0% 4.234.075 15,0% (2) Volume de negócios** (VN) 15.182.695 14.701.650 14.821.242 14.773.085 15.084.256 14.743.833 13.970.015 1.212.680 8,7% 481.045 3,3% 361.453 2,4% 176% 191% 205% 213% 228% 237% -23,1% - 38,6% - 23,3% - PLANO DE REDUÇÃO DE CUSTOS (valores em €) CMVMC (a) FSE (b) Comunicações Deslocações e Estadas (3) GO/VN = (1)/ (2) PREVISÃO ESTIMADO 214% Variação 2016/2010 Variação 2016/2015 Variação 2016/2014 % * Sem indemnizações por rescisão de contratos / ** Sem subsídios à exploração Tabela 23 - PRC - Plano de Redução de Custos 2010-2016 Verifica-se não ser possível cumprir o objetivo de redução de 15% face a 2010, pelo agravamento de gastos com FSE decorrente das situações já anteriormente expostas que fundamentam as necessidades orçamentais refletidas nesta rubrica, designadamente para fazer face a gastos de conservação da frota. Por outro lado, a inclusão da rubrica CMVMC – natureza de gastos que inclui o consumo de combustível – no cálculo deste indicador, compromete o seu controlo dentro dos limites estabelecidos, por motivos exógenos à gestão, sendo penalizado pelo fator preço. Conforme apresentado na tabela 16 deste documento, o preço médio estimado para 2016 apresenta um agravamento de 32% (+0,16 € por litro de gasóleo) face a 2010. Retirando desta análise o gasto com Gasóleo, verifica-se que a redução de gastos operacionais seria de 4,8% face a 2010, ainda assim abaixo dos 15% de redução exigidos, decorrentes do já referido aumento dos gastos com FSE. PLANO DE REDUÇÃO DE CUSTOS (valores em €) CMVMC (a) - Sem Gasóleo PREVISÃO ESTIMADO 2016 718.156 REAL REAL REAL REAL REAL 2015 2014 2013 2012 2011 2010 Valor % Valor % Valor 342.890 531.368 846.280 1.105.251 1.521.222 1.583.481 (865.325) -54,6% 375.266 109,4% 186.788 35,2% 46,1% Variação 2016/2010 Variação 2016/2015 Variação 2016/2014 % FSE (b) 12.770.998 7.645.690 8.743.478 8.943.713 9.998.634 9.917.915 10.758.357 2.012.640 18,7% 5.125.308 67,0% 4.027.520 Gastos com pessoal* (c) 11.621.230 11.703.880 11.586.773 12.571.998 12.180.542 12.707.201 14.046.657 (2.425.427) -17,3% (82.650) -0,7% 34.457 0,3% (1) TOTAL (GO) = (a)+(b)+(c) 25.110.383 19.692.460 20.861.619 22.361.992 23.284.427 24.146.338 26.388.495 (1.278.112) -4,8% 5.417.923 27,5% 4.248.764 20,4% Tabela 24 - PRC - Análise sem efeito Gasóleo Grupo TRANSTEJO 47 Plano de Atividades e Orçamento 9.2. Controlo de Gastos com Deslocações e Estadas, Comunicações e Frota Automóvel Os gastos com deslocações, ajudas de custo e alojamento previstos para 2016 ascendem a 7.226 €. Este valor, ainda que reduzido, representando um agravamento relativamente a 2015 (real provisório), não cumprindo o objetivo de redução estabelecido. Porém, salienta-se a redução de 48% face a 2010, ano em que esta natureza de gastos ascendeu a 13.941 €. De referir que estes gastos decorrem da necessidade de deslocações a estaleiros, por vezes fora do estuário do Tejo, tendo em vista acompanhar intervenções de manutenção em navios, estando estes serviços apenas disponíveis fora da área geográfica da empresa. Deslocações e Estadas PREVISÃO ESTIMADO 2016 2015 Deslocações e Estadas 5.026 Despesas Representação REAL REAL 2014 2010 1.133 752 2.200 326 7.226 1.459 Variação 2016/2010 Valor Variação 2016/2015 % Valor % Variação 2016/2014 Valor % 7.541 (2.515) -33,3% 3.893 343,5% 4.274 568,4% 131 6.400 (4.200) -65,6% 1.874 574,9% 2.069 1579,4% 883 13.941 (6.715) -48,2% 5.767 395,2% 6.343 718,4% Tabela 25 - Controlo de Gastos com Deslocações e Estadas Quanto aos gastos com comunicações, o valor previsto para 2016 (79.528 €) supera o limite estabelecido, não cumprindo o objetivo de não agravamento face a 2015 (real provisório). Salienta-se que as rubricas de comunicações fixas e móveis registam uma significativa redução face a 2010 (-72 mil € no seu conjunto). O agravamento dos gastos com comunicações, conforme se pode aferir na tabela seguinte, decorre da orçamentação nesta rubrica do montante de 41.280 € referente ao aluguer de linhas telefónicas pela Transtejo a um operador de comunicações21. Comunicações PREVISÃO ESTIMADO 2016 2015 REAL REAL 2014 2010 Variação 2016/2010 Valor % Variação 2016/2015 Valor 4.810 3.179 2.742 3.038 1.772 58,3% 1.631 Telefones 15.682 10.083 12.582 61.292 (45.611) -74,4% Telemóveis 14.156 6.746 12.840 41.019 (26.863) -65,5% (Outros / comunicação) 44.880 4.171 5.511 25.884 18.996 79.528 24.180 33.676 131.233 (51.705) Despesas Postais % Variação 2016/2014 Valor % 51,3% 2.068 75,4% 5.598 55,5% 3.099 24,6% 7.410 109,8% 1.316 10,2% 73,4% 40.709 975,9% 39.369 714,3% -39,4% 55.347 228,9% 45.852 136,2% Tabela 26 - Controlo de Gastos com Comunicações Relativamente ao controlo da frota automóvel, assinala-se o esforço de redução e otimização da gestão do parque automóvel. Porém, considerando a elevada antiguidade de algumas unidades, regista-se um ligeiro agravamento dos gastos de conservação e reparação. Frota Automóvel Nº Veículos PREVISÃO ESTIMADO REAL REAL 2016 2015 2014 2010 11 12 16 21 Variação 2016/2010 Valor % Variação 2016/2015 Valor % Variação 2016/2014 Valor (10) -47,6% (1) -8,3% (5) % -31,3% Gastos (€) Combustível 23.962 16.637 22.761 33.669 (9.707) -28,8% 7.325 44,0% 1.201 5,3% Conservação e Reparação 16.280 12.108 13.694 21.352 (5.072) -23,8% 4.172 34,5% 2.586 18,9% Rendas 1.979 2.124 20.961 30.366 (28.387) -93,5% (146) -6,9% (18.983) -90,6% Seguros 10.919 9.105 10.021 16.491 (5.571) -33,8% 1.814 19,9% 899 9,0% 1.309 975 990 971 338 34,8% 334 34,3% 319 32,2% 54.449 40.949 68.426 102.849 (48.400) -47,1% 13.500 33,0% (13.978) -20,4% Impostos Tabela 27 - Controlo da Frota Automóvel 21 Este gasto será reduzido após concretização do up grade da rede telefónica e de dados da Transtejo, projeto de investimento a realizar em 2016. Grupo TRANSTEJO 48 Plano de Atividades e Orçamento 9.3. Prazo Médio de Pagamentos Na sequência da aplicação da Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso (LCPA – Lei nº 8/2012 de 21 de fevereiro e Decreto-Lei nº 127/2012 de 21 de junho), as empresas Transtejo e Soflusa têm vindo a efetuar esforços no sentido da não acumulação de pagamentos em atraso22. Este objetivo impõe uma criteriosa gestão de tesouraria, procurando que não seja ultrapassado o prazo de pagamento acordado com fornecedores (60 dias), evitando atraso nos pagamentos para além deste limite. Variação 2016/2015 OBJETIVO 2016 ESTIMADO 2015 REAL 2014 REAL 2013 REAL 2012 60 62 77 79 82 Prazo médio de pagamentos [dias] Valor -2 % -3,9% Tabela 28 - Evolução do PMP (Prazo Médio de Pagamentos) 9.4. Plano de Redução de Efetivos A implementação de um novo modelo organizacional gerou, entre outras sinergias, ao nível administrativo a possibilidade de otimização do número de trabalhadores, salientando-se que o efetivo estimado para 2016, quando comparado com o verificado a 31 de Dezembro de 2014, evidencia uma redução global de 5,9%. Conforme se pode verificar na tabela 8, são cumpridos de igual modo os objetivos de redução do número de cargos dirigentes e melhorado o rácio “Gastos com cargos dirigentes / Total Gastos com Pessoal”. 9.5. Limites de Endividamento Bancário PREVISÃO 2016 FR Financiamento Remunerado AC Aumento de Capital AC CC AC SD AC CI 170.287.884 Financiamento Remunerado 60.503.117 AC Aumento de Capital Por conversão de créditos 43.532.123 AC CC Por conversão de créditos Para serviçoPara da dívida remunerada 1.579.829 AC SD serviço da dívida remunerada* AC CIcobertura Para de investimento 15.391.165 Para decobertura investimento FR ESTIMADO 2015 REAL 2014 30-09-2014 31-12-2013 192.970.200 181.608.178 173.625.000 180.100.601 173.625.000 1.609.590 0 1.409.345 3.838.875 -22.682.316 (VAR Fi na nc. Remunera do) 6.475.601 (VAR finac. remunerado) 0 65.751.337 (Total a umento ca pi tal des de 2013) 1.609.590 (Total aumento capital desde 2013) 0 1.447.433 0 162.157 0 Aplicação da fórmula: Aplicação da fórmula: REAL 2013 4,66% 14,6% O acréscimo do endividamento previsto para 2016, considerando o financiamento remunerado corrigido pelo capital social realizado (conforme aplicação da fórmula indicada), ascenda a 14,6%. Este aumento decorre das necessidades de tesouraria de exploração e reflete por outro lado, a significativa redução de indemnizações compensatórias ocorrida desde 2014, não sendo possível às empresas do Grupo Transtejo gerar receitas próprias suficientes para compensar os gastos operacionais decorrentes do desenvolvimento da sua atividade, sendo inevitável recorrer ao endividamento junto da DGTF. 22 O Art.º 3 da LCPA estabelece com “Pagamentos em Atraso” as contas a pagar que permaneçam nessa situação mais de 90 dias posteriormente à data de vencimento acordada ou especificada na fatura. Grupo TRANSTEJO 49 Plano de Atividades e Orçamento 9.6. Princípio de Unidade de Tesouraria do Estado No cumprimento do Princípio de Unidade de Tesouraria do Estado previsto no artigo 28.º do Decreto-Lei n.º 133/2013, de 3 de outubro, o Plano Financeiro de 2016 prevê o recurso exclusivo aos serviços bancários do IGCP na obtenção de novos financiamentos. Por outro lado, ressalvando a especificidade dos procedimentos associados às operações de recolha e depósito das receitas próprias, as empresas do Grupo continuarão a dar cumprimento ao objetivo de manutenção das suas Disponibilidades depositadas no IGCP. Considerando a especificidade da atividade comercial das duas sociedades que compõem o Grupo Transtejo, que compreende um conjunto de operações e serviços que o IGCP não se encontra vocacionado para disponibilizar, e atendendo a que a aplicação do princípio da UTE pode ser excecionada em casos devidamente fundamentados, mediante autorização do titular da função acionista, o Conselho de Administração submeteu à apreciação da DGTF o pedido de dispensa fundamentada do cumprimento integral do disposto no princípio da UTE, nos termos do n.º 3 do artigo 28.º do Decreto-Lei n.º 133/2013 de 3 de outubro, relativamente ao qual o Grupo Transtejo obteve em 13.04.2015 o seguinte despacho da Senhora Secretária da Estado do Tesouro: Despacho nº 506/15-SET: “Autorizo a exceção ao princípio da UTE para a Transtejo no que respeita aos pontos 1 e 2 do presente ofício” Cc: DGTF / IGF / UTAM / DGO, Ponto 1 do referido ofício: Considerando que os serviços disponibilizados pelo IGCP não incluem a recolha e o tratamento de valores nem o fornecimento de trocos; Ponto 2 do referido ofício: Considerando que o IGCP não assegura garantias bancárias ou qualquer outra operação de financiamento de curto ou médio prazo, uma vez que não possui enquadramento legal para o efeito. 9.7. Síntese das Propostas Orçamentais da Despesa / Receita incluídas no OE2016 No cumprimento das obrigações de reporte à DGO no âmbito dos trabalhos de preparação do Orçamento do Estado para 2016, foram preparadas para cada sociedade as propostas de Orçamento de Despesa e Receita a inscrever na Proposta de OE/2016. Este processo, que decorreu no final de dezembro de 2015, implicou o desenvolvimento interno de um modelo de orçamentação complementar ao que sustenta a preparação dos IPG (base económica), exigindo o tratamento da informação previsional numa ótica de tesouraria (pagamentos/recebimentos), respeitando e adaptando às especificidades da Transtejo e Soflusa o Plano de Codificação Económica da Despesa e da Receita previsto no Decreto-Lei nº 26/2002, de 14 de fevereiro. Apresenta-se em seguida, a síntese das propostas orçamentais de cada uma das empresas, submetidas conforme estabelecido na plataforma SIGO/SOE da DGO. Grupo TRANSTEJO 50 Plano de Atividades e Orçamento TRANSTEJO ORÇAMENTO DA RECEITA ORÇAMENTO DA DESPESA ATIVIDADES ATIVIDADES 01 Despesas com Pessoal 02 Aquisições de Bens e Serviços 03 Juros e Outros Encargos 06 Outras Despesas Correntes 09 Ativos Financeiros TOTAL Despesa de ATIVIDADES 06 07 08 12 Transferências Correntes Venda de Bens e Serviços Correntes Outras Receitas Correntes Passivos Financeiros TOTAL Receita de ATIVIDADES 1.378.765 7.796.025 3.237.528 16.970.994 29.383.311 PROJETOS 12 Passivos Financeiros TOTAL Receita de PROJETOS TOTAL ORÇAMENTO DA RECEITA 7.899.369 15.885.980 1.579.829 1.110.019 7.943.458 34.418.656 PROJETOS 18.189.880 18.189.880 07 Aquisição de Bens e Capital 13.154.536 TOTAL Despesa de PROJETOS 13.154.536 47.573.192 TOTAL ORÇAMENTO DA DESPESA 47.573.192 SOFLUSA ORÇAMENTO DA RECEITA ATIVIDADES 06 Transferências Correntes 07 Venda de Bens e Serviços Correntes 08 Outras Receitas Correntes TOTAL Receita de ATIVIDADES ORÇAMENTO DA DESPESA 536.569 8.018.313 1.421.466 9.976.348 PROJETOS 12 Passivos Financeiros TOTAL Receita de PROJETOS TOTAL ORÇAMENTO DA RECEITA ATIVIDADES 01 Despesas com Pessoal 3.659.436 02 Aquisições de Bens e Serviços 11.556.246 06 Outras Despesas Correntes 467.495 TOTAL Despesa de ATIVIDADES 15.683.177 PROJETOS 7.943.458 7.943.458 17.919.806 07 Aquisição de Bens e Capital 2.236.629 TOTAL Despesa de PROJETOS 2.236.629 TOTAL ORÇAMENTO DA DESPESA 17.919.806 Grupo TRANSTEJO 51 Plano de Atividades e Orçamento V. Plano de Investimentos PROJETOS DE INVESTIMENTO / 2016 (Capitalização, valores em €, sem IVA) PROJETOS TRANSTEJO 11.522.936 01 CONSTRUÇÃO DE NAVIOS E PONTÕES 05 TERMINAL CACILHAS I 20.000 09 TERMINAL CAIS DO SODRÉ 95.000 13 TERMINAL TERREIRO DO PAÇO II 520.000 15 INVESTIMENTOS CORRENTES 490.335 16 SEGURANÇA 621.524 PROJETOS SOFLUSA 9.776.077 1.797.600 03 BENEFICIAÇÕES DA FROTA 15 INVESTIMENTOS CORRENTES 16 SEGURANÇA 1.650.000 600 147.000 13.320.536 Tabela 29 - Plano de Investimentos Anual (TT+SL) O plano de investimentos para o ano 2016 apresenta o montante de 13,3 M€, sendo a sua cobertura financeira totalmente assegurada por Dotações de Capital, conforme modelo de financiamento previamente acordado com a DGTF. Em síntese, os projetos mais relevantes têm o seguinte enquadramento: Aquisição de Pontões – Referente à aquisição dos Pontões do Interface do Terreiro do Paço, construídos pelo Metropolitano de Lisboa / Operação Financeira de transferência patrimonial. Terminal do Terreiro do Paço – Estacas – Projeto de revisão estrutural da fixação dos pontões no Terminal do Terreiro do Paço, na sequência de incidente ocorrido em 2015 com a estaca do Pontão Telheiras. Equipamentos de Segurança – Navios TT e SL - Projeto Plurianual, transitado de 2015, referente à substituição de balsas rígidas por balsas pneumáticas (imposição legal) – Aplicável a toda a frota TT e à classe Austal da SL. Sistema de videovigilância – Navios TT e SL - Instalação de equipamento de videovigilância em 5 embarcações TT (Classe Cacilhense) e 6 embarcações SL (Classe Damen). Grandes beneficiações da frota SL – Intervenções em motores - Grande intervenção máquinas principais + caixas redutoras - Navios Classe Damen: Damião de Goes / Miguel Torga / Fernando Namora. Grupo TRANSTEJO 52 Plano de Atividades e Orçamento VI. Painel de Indicadores INDICADORES DE ATIVIDADE IPG 2016 Real provisório 2016 2015 2014 2013 2012 Indicadores de PROCURA PT (Pa s s a gei ros Tra ns porta dos ) Un. PKT (Pa s s a gei ros x Km) Un. 110.191.454 106.702.107 111.648.620 111.155.045 115.954.598 Un. 460.488.108 452.539.152 466.963.119 464.179.155 469.609.403 15.938.785 15.583.630 15.282.618 15.218.386 15.942.640 Indicadores de OFERTA LKO (Luga res x Km) Qualidade de Serviço Regul a ri da de % 100,00% 99,68% 99,25% 98,22% Taxa de Ocupação % 24% 24% 24% 24% INDICADORES DE RH 2016 Nº de efeti vos a 31.DEZ Un. Número médi o de efeti vos Un. Ma s s a Sa l a ri a l Milhares€ Res ci s ões por Indemni za çã o Milhares€ ESTRUTURA ACIONISTA 2015 444 Milhares€ % Ca p. Soci a l deti do pel o Es ta do SITUAÇÃO PATRIMONIAL 450 2013 472 25% 2012 479 509 447 463 475 501 515 9.080 9.572 9.207 10.067 9.590 118 2016 Tota l do Ca pi ta l Soci a l 2014 99,94% 480 2015 118.751 100 2016 63 2014 58.248 100 2015 355 2013 56.839 100 2014 147 2012 53.000 100 2013 53.000 100 2012 Ati vo nã o corrente Milhares€ 48.824 40.664 45.262 59.921 66.168 Ati vo corrente Milhares€ 12.517 8.718 4.912 6.638 14.038 Total Ativo Ca pi ta l Própri o Pa s s i vo Total Capital Próprio e Passivo INVESTIMENTOS Milhares€ 61.341 49.383 50.174 66.559 80.206 Milhares€ (147.479) (186.720) (173.412) (171.823) (153.191) Milhares€ 208.820 236.103 223.586 239.381 233.398 Milhares€ 61.341 49.383 50.174 67.559 80.206 2015 2014 2013 2012 Renova çã o e Benefi ci a çã o Infra es trutura Milhares€ 9.776 - - - - Renova çã o e Benefi ci a çã o de Frota (Na vi os e Pontões ) Milhares€ 2.855 - 392 329 447 Outros Inves ti mentos Milhares€ 689 14 88 192 114 Milhares€ 13.321 14 479 522 561 Milhares€ DESPESA DE INVESTIMENTO INDICADORES DE ESTRUTURA Milhares€ 2016 2016 2015 2014 2013 2012 Milhares€ 170.288 192.970 181.608 173.625 157.240 Autonomia Financeira % % -240,4% -378,1% -345,6% -258,2% -191,0% Solvabilidade % % -70,6% -79,1% -77,6% -71,8% -65,6% Passivo Remunerado INDICADORES FINANCEIROS Prazo médio de pagamentos (PMP) Volume de Negócios EBITDA (ajustado) 3 Margem do EBITDA (ajustado) Milhares€ Dias 2016 2015 2014 2013 2012 60 62 77 79 82 Milhares€ 15.183 14.702 14.821 14.773 15.084 Milhares€ -14.719 -8.335 -4.687 -7.478 -8.782 % -96,94% -56,69% -31,62% -50,62% -58,22% Rendimentos Operacionais 4 Milhares€ 17.968 18.273 24.002 23.493 24.042 Gastos Operacionais (sem indemnizações por rescisão) 5 Milhares€ 32.569 25.984 28.627 30.616 32.678 Gastos Operacionais por Passageiro Transportado € 2,04 1,67 1,87 2,01 2,05 Taxa de Cobertura dos Gastos Operacionais % 55,17% 70,32% 83,85% 76,73% 73,57% 1) Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 2) Resultado antes de gastos de financiamento e impostos 3) Exclui Provisões e efeitos extraordinários (conforme tabela 11) 4) Exclui Reversões, Ajustamentos e efeitos extraordinários (conforme tabelas 11 e 12) 5) Exclui Provisões + Ajustamentos + Amortizações Grupo TRANSTEJO Plano de Atividades e Orçamento ANEXOS 53 Grupo TRANSTEJO 54 Plano de Atividades e Orçamento Grupo TRANSTEJO Plano de Atividades e Orçamento BALANÇO PREVISIONAL ATIVO Orçamento Estimativa Un: €uro Execução Ano 2016 Ano 2015 Ano 2014 Ativo não corrente Ativos fixos tangíveis 48.443.977 40.509.476 45 126 039 Ativos fixos intangíveis 253.792 28.792 23 792 Interesses em empreendimentos conjuntos 125.726 125.726 111 405 496 496 Outros ativos financeiros Total do ativo não corrente 532 48 823 992 40 664 490 45 261 768 1 015 997 1 004 553 1 110 344 838 591 748 679 189 599 Ativo corrente Inventários Clientes Imposto sobre o rendimento corrente Estado e outros entes públicos Acionistas/Sócios Outras contas a receber Outros activos correntes Caixa e depósitos bancários - - 67 719 2 746 598 747 391 449 793 306 544 - - 3 327 222 1 934 997 980 223 321 264 321 264 676 612 1 437 681 3 961 182 3 961 182 Total do ativo corrente 12 517 398 8 718 067 4 911 971 Total do Ativo 61 341 390 49 382 558 50 173 739 118 751 337 58 248 220 56 838 875 (2 664 322) (2 664 322) (2 664 322) Capital Próprio Capital Reservas de cobertura Outras variações no capital próprio (1 905 138) (1 905 138) (1 905 138) (240 399 232) (225 681 488) (219 485 113) Resultado líquido do exercício ( 21 261 374) ( 14 717 744) ( 6 196 376) Total do capital próprio ( 147 478 729) ( 186 720 472) ( 173 412 073) 148 287 884 152 098 004 161 837 345 2 664 322 2 664 322 2 664 322 Resultados transitados Passivo Passivo não corrente Financiamentos obtidos Instrumentos Financeiros Derivados Provisões Outros passivos não correntes Outras contas a pagar Total do passivo não corrente 386 297 386 297 896 786 24 736 927 27 870 639 26 711 253 - - - 176 075 429 183 019 261 192 109 706 22 000 000 40 872 196 20 220 047 804 192 2 412 555 1 360 604 10 550 10 550 17 759 1 974 200 366 955 372 952 2 704 452 Passivo corrente Financiamentos obtidos Fornecedores Imposto sobre o rendimento corrente Estado e outros entes públicos Outras contas a pagar 309 483 1 955 240 7 646 265 7 466 272 6 800 292 Total do passivo corrente 32 744 689 53 083 768 31 476 106 Total do passivo 208 820 118 236 103 029 223 585 812 Total do capital próprio e do passivo 61 341 390 49 382 558 50 173 739 Outros passivos correntes 55 Grupo TRANSTEJO 56 Plano de Atividades e Orçamento DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS PREVISIONAL RENDIMENTOS E GASTOS Vendas e serviços prestados Orçamento Estimativa Un: €uro Execução Ano 2016 Ano 2015 Ano 2014 15 182 695 14 701 650 14 821 242 1 806 919 1 847 309 7 818 054 (8 128 148) (6 463 913) (7 956 050) Fornecimentos e serviços externos (12 770 998) (7 645 690) (8 743 478) Gastos com o pessoal (11 738 799) (12 183 649) (11 649 573) Subsídios à exploração Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas Ajustamento de inventários (perdas / reversões) - ( 281 181) Imparidade de dívidas a receber (perdas / reversões) - 998 946 Provisões (aumentos / reduções) - ( 6 000) ( 356 036) Outros rendimentos e ganhos 978 364 1 724 360 6 927 380 Outros gastos e perdas ( 48 803) ( 315 105) ( 340 261) ( 14 718 770) ( 8 341 038) 1 239 043 (2 027 322) (2 171 657) (2 525 616) ( 16 746 092) ( 10 512 694) ( 1 286 573) (4 404 732) (4 260 284) (4 988 976) 65 784 96 933 ( 21 150 824) ( 14 707 194) ( 6 178 617) ( 110 550) ( 10 550) ( 17 759) ( 21 261 374) ( 14 717 744) ( 6 196 376) Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos Gastos / reversões de depreciação e de amortização Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) Juros e gastos similares suportados Juros e rendimentos similares obtidos Resultado antes de impostos Imposto sobre o rendimento do exercício Resultado líquido do exercício - Grupo TRANSTEJO 57 Plano de Atividades e Orçamento DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA Orçamento Estimativa Un: €uro Execução Ano 2016 Ano 2015 Ano 2014 Atividades operacionais Recebimentos de clientes 16 373 747 15 650 663 15 116 303 Pagamentos a fornecedores (27 442 226) (19 215 375) (21 844 280) Pagamentos ao pessoal (11 558 805) (12 094 015) (6 996 129) (22 627 284) ( 15 658 726) ( 13 724 106) - 10 550 6 107 1 915 334 1 803 865 Caixa gerada pelas operações Pagamento e recebimento de impostos Indemnizações Compensatórias Outros pagamentos / Recebimentos da atividade operacional Fluxos de caixa das atividades operacionais (1) 2 522 070 1 615 632 5 919 166 ( 18 189 880) ( 12 228 680) ( 7 798 833) 2 726 700 333 732 Atividades de investimento Recebimentos provenientes de: Ativos fixos tangíveis - Subsídios de investimento - Juros, dividendos e outros rendimentos similares - Total dos recebimentos - 437 500 2 726 700 771 232 ( 33 185) (1 088 619) Pagamentos respeitantes a: Ativos fixos tangíveis (15 391 165) Ativos intangíveis Total dos pagamentos ( 15 391 165) ( 33 185) ( 1 088 619) Fluxos de caixa das atividades de investimento (2) ( 15 391 165) 2 693 515 ( 317 387) Financiamentos Obtidos 18 189 880 11 697 700 13 673 644 Realizações de capital e outros instrumentos de capital próprio 16 970 994 1 409 345 - 42 295 96 926 35 160 874 13 149 341 13 770 570 (1 465 586) (1 679 659) Atividades de financiamento Recebimentos provenientes de: Outras operacões de financiamento (di vi dentos +juros obti dos +uti l i za çã o f.c.) Total dos empréstimos Pagamentos respeitantes a: Financiamentos Obtidos - Juros e gastos similares (1 579 829) Outras operacões de financiamento (a poi o fi n concedi do) - (3 816 501) Total dos pagamentos ( 1 579 829) ( 1 465 586) ( 5 496 160) Fluxos de caixa das atividades de financiamento (3) 33 581 045 11 683 755 8 274 410 Variação de caixa e seus equivalentes (4)=(1)+(2)+(3) ( 0) 2 148 590 158 189 Caixa e seus equivalentes no ínicio do período 3 961 182 1 812 592 Caixa e seus equivalentes no fim do período 3 961 182 3 961 182 (A) - Diferença para o valor de Balanço correspondente a penhora 1 654 403 (A) 1 812 592