Caixa mágica invade escolas

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SÍTIO DAS LETRAS LIVRARIA
LER
Universidade de Évora organiza
curso preparatório de Matemática
para ingresso no ensino superior
~ página 13
€1
PARA
SER
REGUENGOS DE MONSARAZ
www.noticiasalentejo.pt
Ano III Nº 29 Setembro 2008
Caixa mágica invade escolas
500.000 crianças
do 1.º ciclo do
ensino básico
vão ter acesso
aos computadores
portáteis Magalhães.
Sistemas de alarme
e videovigilância
previstos para
as escolas
~ páginas 3, 4, e 5
cinco anos de notícias diárias em www.noticiasalentejo.pt
2
no fecho~
“Mexa-se - Programa Nacional
de Desporto para Todos” da
Confederação Portuguesa de
O secretário-geral da JS mani- Colectividades de Cultura,
Recreio
e Desporto de Portugal
festou-se este sábado desagrae do Instituto do Desporto de
do com a decisão da direcção
Portugal em parceria com a
do PS de não querer discutir,
Associação de Solidariedade de
nesta legislatura, o casamento
Nossa Senhora das Neves e
entre pessoas do mesmo sexo.
com o apoio do IPJ, da
Segundo a edição online do
Freguesia
de Nossa Senhora
Expresso, Duarte Cordeiro, que
das
Neves e da Cooperativa
falava na sessão de abertura
Proletário Alentejano.
do I Encontro Ibérico de
Grupos Homossexuais
Cristãos, que decorreu em
Grândola:
Evora, afirmou que “a JS não
vai desistir de apresentar o seu Novo estabelecimento
projecto de lei”. O Encontro
prisional
contou com organizações espanholas e incluiu um debate
O novo Estabelecimento
sobre a adopção de crianças
Prisional (EP) de Grândola, que
por casais homossexuais numa
substituirá a cadeia de
perspectiva cristã.
Pinheiro da Cruz, vai ser construído em Azinheira dos
Barros, num terreno de 40 hecFeira do Tapete
tares cedido pela autarquia,
e Festival da Empada
revelou o presidente do município. O protocolo para a
O “Arraiolos Multiusos” rece- cedência do terreno ao Estado
be de 24 de Outubro a 2 de
por um período de 50 anos, em
Novembro a 9ª Mostra
regime de direito de superfície,
Gastronómica do Concelho de
foi recentemente assinado
Arraiolos. A iniciativa de proentre a autarquia e o Instituto
moção da gastronomia, do arte- de Gestão Financeira e de
sanato e do Tapete de
Infra-estruturas da Justiça, adiArraiolos, mas também dos pro- antou, em declarações à Lusa,
dutos locais de qualidade - que- Carlos Beato. O local, junto a
ijos, enchidos, vinhos, mel,
Canal Caveira, fica próximo da
doces - terá este ano um espasaída da A2 Grândola-Sul, e
ço dedicado à “Empada de
sempre foi, na opinião de
Arraiolos” considerada uma
Beato, "um dos melhores" para
referência na gastronomia
receber a nova prisão. Apesar
local.
dos trabalhos de construção da
cadeia ficarem agora a cargo
do Estado, pela Câmara
Histórias de Santiago do
Municipal terá de passar antes
Cacém
a aprovação do projecto, bem
como a inclusão do novo EP no
“A História e as Histórias de
Plano Director Municipal
Santiago do Cacém - a história
(PDM). "Vamos arranjar uma
de Santiago contada aos jovens solução para a prisão no quae menos jovens” é o titulo do
dro do actual PDM", assegurou
livro que a Junta de Freguesia
o autarca. O terreno a ocupar
de Santiago do Cacém vai lanencontra-se de momento "liçar no próximo dia 5 de
vre", tratando-se de solo agríOutubro, pelas 21 horas, no
cola. Quanto aos terrenos do
Largo do Pelourinho em
antigo EP, uma área de 1.500
Santiago do Cacém (Praça
hectares em Pinheiro da Cruz,
Conde do Bracial), com aprena faixa litoral do concelho
sentação de Sérgio Pereira
grandolense, Beato afirmou
Bento e a presença dos autores: António Gomes de Almeida desconhecer o seu destino,
embora defenda a sua utiliza(texto) e Zé Manel (ilustração).
ção para "fins públicos". Um
A edição das histórias de
Museu da Liberdade, um cenSantiago contadas aos jovens e
menos jovens foi co-financiado tro de artesanato ou uma escola de formação e tecnologia são
pelo Ministério da Agricultura,
alguns dos equipamentos que a
Desenvolvimento Rural e das
autarquia gostaria de ver conPescas - Leadre +, Associação
cretizados naquela área, mas
de Desenvolvimento do Litoral
tudo dependerá de negociações
Alentejano e Feoga e contou
"com o Estado ou com quem
com o apoio da Câmara
vier a adquirir os terrenos".
Municipal de Santiago do
Segundo
apurou a Lusa junto
Cacém.
do Ministério das Finanças, a
cadeia de Pinheiro da Cruz já
foi alienada por cerca de 81
“4ª Caminhada do Dia
milhões de euros, valor que corMundial do Coração nas
responde
à sua avaliação oficiNeves” - Nova data
al, contribuindo para o encaixe
de 200 milhões pelo Estado,
A Secção de Marcha P'ra Saúde
através da venda de imóveis.
da Juventude Desportiva das
Para os cerca de 240 trabalhaNeves informou que a nova
dores de Pinheiro da Cruz, o
data para realização da “4ª
futuro é ainda uma incógnita,
Caminhada do Dia Mundial do
Coração nas Neves” será no pró- já que, de acordo com a
Federação Nacional dos
ximo domingo, dia 05 de
Sindicatos da Função Pública
Outubro (a partir das 08
(FNSFP),
o Ministro da Justiça
horas), com partida do Largo
Catarina Eufémia nas Neves. A respondeu "com um grande
silêncio" ao seu pedido de reucaminhada, prevista para o
nião. "Não temos ainda conhedomingo anterior, não se realicimento do que vai acontecer
zou devido à chuva. Esta iniciàs pessoas que ali trabalham
ativa visa comemorar o Dia
Mundial do Coração no Distrito nem quando será desmantelada a prisão", disse à Lusa o diride Beja no âmbito dos
Programas “Agita Portugal” e
gente sindical Paulo Taborda.
Notícias Alentejo
on-line desde 9 de Junho de 2003
www.noticias alentejo.pt
~@
Evora: JS mantém
casamento homossexual
Autor de best-sellers
no Brasil editado
em Portugal
“Reflexões da Alma”, do
escritor José de Paiva Netto,
chega agora às livrarias portuguesas pelas mãos da editora Pergaminho. Com uma
vasta obra e mais de 3
milhões de livros vendidos
só no Brasil, o autor chega a
Portugal depois de já ter conquistado uma legião de fãs
em todo o mundo. Neste
livro Paiva Netto reúne uma
colectânea de mensagens
que promovem uma cultura
de Paz e Justiça Social. Para
Paiva Netto cada uma destas
mensagens é uma ferramenta que aponta o caminho
para a transformação de
cada um de nós. São pensamentos preciosos que, enunciados de forma simples,
constituem importantes
lições. Estas mensagens são
uma recolha de ideias transmitidas nas últimas décadas
na rádio e na televisão por
Paiva Netto.
O livro reúne ainda interessantes citações de grandes personalidades mundiais
(desde a Antiguidade até aos
nossos dias) que, através do
seu próprio exemplo, contribuíram para o progresso social da Humanidade.
José de Paiva Netto, jornalista e escritor, é presidente da Legião da Boa
Vontade (LBV), primeira ONG
brasileira a conquistar o
estatuto consultivo no
Conselho Económico e Social
da ONU. Desde que assumiu
a direcção da LBV em 1979, a
instituição tem crescido a
olhos vistos, multiplicando
os programas de Promoção
Humana, Social e
Educacional da instituição.
Ao longo de toda a sua vida
Paiva Netto tem sido um lutador incansável em prol dum
mundo digno e solidário,
com educação, cultura, alimentação, saúde e trabalho
para todos. Em 2007, só no
Brasil, o empenho da LBV traduziu-se no apoio social a
quase 7 milhões de pessoas
necessitadas. Igualmente
presente em Portugal há
quase 20 anos, a LBV já
estendeu a sua acção a todo
o território nacional, prestando assistência a cerca de
47 mil crianças e adultos.O
trabalho de Paiva Netto à
frente da LBV e o seu empenho e dedicação às causas
sociais reflectem-se nas
obras que publica. Paiva
Netto é autor de várias
obras literárias que se
transformaram em verdadeiros recordes de vendas no
Brasil. Muitos desses títulos
já foram traduzidos para
dezenas de idiomas.
Nos seus livros, a forma
diferenciada e actual como o
autor disserta sobre os
temas já conquistou uma
legião de fãs em todo o mundo. Pessoas das mais variadas origens sociais e classes
profissionais encontram aí
uma fonte de ensinamentos
úteis para o seu dia-a-dia.
09.2008
Ficha Técnica
A edição do "Notícias Alentejo"
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- Oliveira de Azeméis.
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Fotografia: Susana Rodrigues
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Formigo, José Frota, Jorge Reis
(www.lusomotores.com),
Mara Alves e Rute Marques
Opinião: Afonso de Almeida,
Alberto Magalhães, Antonio Sáez
Delgado, Manuel Ferreira Patrício,
João Espinho, Joaquina Margalha,
José Gabriel Calixto, Luís
Carmelo e Rui Namorado Rosa
Contacto & Publicidade
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notíciasalentejo~ Setembro 2008
3
~destaque
~breves
Manuais:
«Responsabilidade é das
editoras», diz ministra
A ministra da Educação, Maria
de Lurdes Rodrigues, disse, em
Portel, que a responsabilidade
dos atrasos verificados na distribuição de manuais é das editoras. «Os livros escolares são da
responsabilidade das editoras e
cabe às escolas a escolha dos
títulos», disse. Em Portel, onde
marcou presença para a inauguração do centro escolar e para
distribuição dos computadores
«Magalhães», Maria de Lurdes
Rodrigues admitiu, contudo, que
as «famílias devem ser protegidas» e referiu que as escolas
devem ter em conta, na escolha
dos manuais escolares, as editaras que não cumprem.
Ensino Superior:
Colocações em causa
Dezenas de alunos de currículos
estrangeiros, cujas médias do
secundário terão sido melhoradas ao abrigo de uma portaria
inválida, arriscam ver alteradas
as colocações no ensino superior, caso se confirme que ultrapassaram indevidamente outros
candidatos. A confirmação foi
dada ao DN por Mourão Dias,
director-geral do Ensino
Superior.
Universidade: Portal
Minerva em destaque
Escolas com alarme e videovigilância
Os sistemas de videovigilância e alarme deverão
chegar às 1.200 escolas do
2º e 3º ciclos do básico e
secundárias dentro de
"mês e meio". Esta foi a
informação avançada pelo
coordenador do Plano
Tecnológico da Educação
(PTE), João Trocado da
Mata.
«Dentro de mês e meio
os sistemas chegarão às
escolas. O júri do concurso
já elaborou o relatório preliminar, no qual expressa
a vontade de adjudicação
à ONI. Está a decorrer a
fase de audiência prévia
dos interessados, seguindo-se o relatório final. Foi
necessário fazer vários
esclarecimentos adicionais
aos concorrentes. Se não
fosse isso já tinha sido
feita a adjudicação», disse
à Lua João Trocado da
Mata.
Enquanto decorre este
processo, 120 escolas já
notificaram a Comissão
Nacional de Protecção de
Dados, procedimento obrigatório para a instalação
daqueles equipamentos.
«Desenvolvemos um trabalho com a Comissão no
sentido de facilitar e sim-
plificar a notificação e
foram assinados protocoaprovação deste processo. los de colaboração para a
A muito breve prazo espe- abertura das primeiras
ramos que todas as esco"Academias TIC", com
las notifiquem, já que é
empresas como a
condição para a instalação Microsoft, a Oracle e a
destes sistemas», explicou. Cisco, que arrancam ainda
As câmaras direccionaeste ano com 30 academidas para os pátios ou
as.
recreios exteriores e para
«A expectativa é que
espaços com concentração seja possível implementar
de equipamentos tecnolóaté ao final deste ano lecgicos só estão ligadas fora tivo 100 Academias TIC.
do período de funcionaPoderemos ter 15 ou 16
mento da escola. Durante
grandes empresas da ecoa noite, o acesso ao sistenomia do conhecimento
ma de videovigilância das
com cada uma a constituir
escolas deverá ser realiza- cinco ou seis academias»,
do pelas autoridades poliexplicou.
ciais ou por uma empresa
A formação e certificade segurança privada, con- ção em TIC é um dos três
tratada para esse efeito.
eixos de actuação do PTE.
Na entrevista à Lusa, o
O modelo de formação dos
coordenador do PTE reve- docentes já está "desenhalou ainda que o Governo
do", começando até ao
quer alargar para 100 o
final do ano a formação de
número de Academias
formadores e a partir de
Tecnologias da
Janeiro a formação de proInformação e
fessores.
Comunicação (TIC), que
"Será um modelo moduvão reforçar e certificar as lar, sequencial e disciplicompetências dos alunos.
narmente orientado. Posso
Segundo João Trocado da
garantir que vamos cumMata, está a ser preparada prir a meta de ter 90 por
a adesão de mais dez gran- cento dos professores fordes empresas ao programa mados e certificados em
'Academias TIC', entre as
tecnologias da informação
quais a Intel. Em Junho
e comunicação em 2010",
afirmou. Em relação aos
diversos concursos públicos internacionais lançados para apetrechamento
das escolas, João Trocado
da Mata indicou que a
aquisição de 111 mil computadores já está em fase
de adjudicação e que até
ao final do ano "a esmagadora maioria" destes equipamentos já estarão nas
escolas. O objectivo é ter
um rácio, durante este ano
lectivo, de 1 equipamento
por cada cinco alunos. Em
2010 será de 1 computador por cada dois estudantes. Por outro lado, garantiu que as redes de área
local, que permitirão aceder à internet a partir de
qualquer ponto do estabelecimento de ensino já
estão a ser implementadas
e que o Centro de Apoio
Tecnológico das Escolas
arranca no início de 2009.
O Plano Tecnológico da
Educação representa um
investimento de 400
milhões de euros e pretende colocar Portugal entre
os cinco países europeus
mais avançados na
modernização tecnológica
dos estabelecimentos de
ensino.
O portal do núcleo Minerva da
UE foi o quinto mais visitado
pelos utilizadores de sites de
educação em Portugal, no primeiro semestre de 2008. O
Minerva recebeu 194 mil visitantes, de acordo com o estudo
Netpanel, da Marktest. Dados
deste estudo indicam que cerca
de 1,8 milhões de internautas
navegam, em casa, em sites de
educação. O site do núcleo
Minerva www.minerva.uevora.pt encontra-se na quinta posição quanto ao número de utilizadores. O site
www.prof2000.pt lidera a tabela. São ainda factores de análise
o número de páginas visitadas e
o tempo que o utilizador esteve
no site.
José Luís Ramos, coordenador
do Núcleo Minerva, acredita
que estes números traduzem “a
aposta que a Universidade que
tem vindo a fazer desde há 14
anos, quando criou esta estrutura de ligação com as escolas e
que veio a ser reforçada com a
criação do Centro de
Competência CRIE da
Universidade, apoiado pelo
Ministério da Educação, desde
1997. Estas estruturas dedicamse principalmente ao apoio às
Escolas e aos Professores, nomeadamente através da formação
contínua em TIC, à produção de
conteúdos e à investigação neste
domínio”. Este resultado não é
por isso um resultado de algo
fortuito mas sim de trabalho sistemático e exigente e que certamente prestigia a Universidade
de Évora. Este trabalho é desenvolvido em Equipa, e tem vindo
a ser acolhido pelos Professores
e a ganhar espaço e credibilidade junto da comunidade educativa. A Universidade dispõe hoje
de um grupo de reconhecida
valia científica e pedagógica no
campo da utilização das TIC em
Educação, de tal maneira que
está hoje envolvido e em alguns
lidera equipas de investigação.
notíciasalentejo~ Setembro 2008
4
Navegar
no mar do
conhecimento
E-escolinha permitirá
a cerca de 500.000
crianças do 1.º ciclo do
ensino básico acederem
aos computadores
portáteis Magalhães.
Diz o Ministério da
Educação que
a iniciativa e-escolinha
resulta de um conjunto
de parcerias entre
o Governo Português,
a Intel, os principais
operadores de
telecomunicações
- Optimus, TMN,
Vodafone, Zon -,
a Microsoft, a Caixa
Mágica e as autarquias
aderentes.
Mas o que é
o Magalhães?
A máquina...
Processador Intel (a partir de
900Mhz); Disco rígido de 30 GB;
1 Gigabyte de memória RAM
(DDR2); LCD 8,9”; Eth 10/100,
Wi-Fi, USB, Leitor SD Card;
Bateria de 4 células; Webcam;
Colunas de som; Microfone
incorporado; Resistente ao choque; O computador tem configuração Dual Boot (Linux Caixa
Mágica e Windows XP); O disco
rígido está particionado, sendo
que 10GB são para o Linux
Caixa Mágica, 10GB para
o Windows XP e 10GB para
os dados do utilizador que assim
ficam disponíveis para ambos
os sistemas operativos.
O software...
Ferramentas de produtividade
(Open Office e MS Office 2007);
Antivírus Avast; Parents carefree - Programa de controlo
parental; Magic Desktop Ambiente de trabalho destinado
aos mais jovens, com Browser,
cliente de correio, jogos didácticos, ferramentas de comunicação e outros; e-Learning Class
- Software de trabalho colaborativo para utilização na sala de
aula; Diciopédia - Enciclopédia
e Dicionários; Eu Sei - Jogos
Educativos para o 1.º ciclo do
ensino básico; Clic Mat - Actividades interactivas de matemática; English is Fun - Actividades
interactivas de inglês; À Desco-
berta do Ambiente - Actividades
interactivas de ciências; A Cidade
do faz de caso - Actividades interactivas de português; Tux Paint
- Programa de desenho para os
mais novos; Childsplay - Jogos
educativos para o 1.º ciclo do
ensino básico; Mingoville - Curso
de iniciação ao Inglês (funcionamento online).
Quanto custa...
O custo depende das condições
económicas das famílias, que se
reflecte nos escalões da Acção
Social Escolar (ASE) dos alunos:
- gratuito para os alunos do
escalão A da ASE;
- 20 Euros para os alunos
do escalão B da ASE;
- 50 Euros para os alunos
não abrangidos pela ASE.
São abrangidos por esta iniciativa todos os alunos matriculados
no 1.º ciclo do ensino básico
público e privado. A adesão
a serviços de Inter net é facultativa. No entanto, é importante
garantir aos alunos o acesso
à Internet em casa, que permitirá
um maior aproveitamento das
potencialidades pedagógicas
e lúdicas do computador.
Controlo parental...
O controlo parental deve ser feito
por pais e educadores, por forma
a não permitir o acesso a páginas
impróprias para crianças...
notíciasalentejo~ Setembro 2008
5
~destaque
Uma criança, um computador...
Trezentas crianças de Portel
passam a navegar na internet. O «Magalhães», computador que ontem começou a ser
distribuído nas escolas do
ensino básico fez as delícias
de miúdos e graúdos. Em
Portel, por exemplo, a ministra da Educação, Maria de
Lurdes Rodrigues, inaugurou
o novo Centro Escolar que
acolhe todas as crianças que
na sede do concelho frequentam educação pré-escolar e o
1.º ciclo do ensino básico. Na
distribuição do «Magalhães» computadores concebidos
para crianças dos seis aos 11
anos, com um custo máximo
de 50 euros, sendo gratuitos
para os alunos que beneficiam do primeiro escalão da
Acção Social Escolar -, a
ministra falou das novas facilidades no acesso ao conhecimento.
Recebida com assobios, proporcionados por uma pequena manifestação promovida
pelo Sindicato dos
Professores da Zona Sul, mas
também com muitos aplausos, a governante inaugurou e
visitou o novo centro escolar,
que considerou «exemplar».
Apresentado como exemplo
de uma nota etapa, o compu-
Centro escolar de Portel
tador portátil é, para Maria
de Lurdes Rodrigues, um verdadeiro exemplo de acesso ao
conhecimento. «O computador com ligação à Internet
permite o acesso à grande
biblioteca global, onde reside
o essencial do conhecimento
e da informação», explicou.
Para a governante, a qualidade é absolutamente essencial
para que a escola pública
cumpra a sua missão. Neste
sentido, a ministra salientou
os investimentos em espaços
físicos, na organização e na
liderança de escolas e no acesso aos mais modernos meios
Com um investimento realizado pela Câmara Municipal
de Portel com financiamento
comunitário no âmbito do
QCA III superior a
1.300.000€, o novo centro
escolar contemplou ainda a
requalificação e beneficiação
dos edifícios da antiga escola
feminina e cantina escolar.
Norberto Patinho, presidente da Câmara Municipal
de Portel, considerou preponderante o papel das autarquias no assumir das responsabilidades perante os espaços
escolares e mostrou-se muito
orgulhoso de poder neste dia,
através da efectividade desta
obra, concluir totalmente o
parque escolar do seu concelho. Considerando este investimento e estes espaços, como
uma mais valia para a poputecnológicos. «É por aí que
lação de Portel, sobretudo
passa a diferença”, sublinhou
para as suas crianças, destaa ministra, referindo que espe- cou a importância que as
ra que os computadores “faobras públicas assumem no
çam a diferença no que respe- plano da igualdade de oportuita à igualdade
nidades e também na proxide oportunidades no acesmidade que uma política local
so à informação e ao conheci- se traduz em melhores resulmento».
tados práticos.
6
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notíciasalentejo~ Setembro 2008
notíciasalentejo~ Setembro 2008
7
~região
Concertos
na Sé de Évora
A Associação Eborae Mvsica
promove, as XI Jornadas
Internacionais “Escola de
Música Sé Évora”, de 2 a 5 de
Outubro. A Sé de Évora vai acolher os Concertos dos Grupos
Vocais – Voces Caelestes,
Officium, A Sei Voci e o
Concerto Final pelo Coro
Polifónico “Eborae Mvsica”
e Coro dos Participantes.
No Convento dos Remédios
realizam-se as Conferências por
João Pedro d’Alvarenga e Owen
Rees sobre a temática das
Jornadas e os ateliers diários
dos participantes que vão estudar e interpretar a obra de
Duarte Lobo “Missa Veni
Domine” sob a orientação de
Maestros como Peter Phillips,
Owen Rees, Armando Possante
e Pedro Teixeira.
Esta iniciativa visa divulgar
o espólio da Escola de Música
da Sé de Évora (sécs. XVI e
XVII), (Frei Manuel Cardoso,
Duarte Lobo, Diogo Dias
Melgaz, Estêvão Lopes Morago,
etc.), dar a conhecer formas de
abordagem diferentes deste
reportório, aprofundar técnicas
vocais de interpretação, criar
um espaço de intercâmbio de
saberes, vivências e culturas,
criar um espaço de abertura à
participação da Comunidade.
Os destinatários são os
Directores de Coros, Membros
de Coros, Profissionais e
Amadores de Canto, Professores
de Educação Musical, Outros.
Este evento integra-se também
na Comemoração dos 700 Anos
da Dedicação da Sé de Évora.
Programa: Dia 2, às 9,30 h Sessão de Abertura; 10,15 h –
Conferência pelo Doutor Owen
Rees“Aires Fernandez: um mistério para resolver”; 11,15 h –
Conferência pelo Doutor João
Pedro d’Alvarenga – “António
Carreira: as múltiplas chaves
de um enigma persistente”;
14,30 h – Visita guiada pelo Dr.
Jorge Raposo à Sé e seus
Arquivos. Às 21,30h, na Sé de
Évora, realiza-se o Concerto
pelo Grupo “Voces Caelestes”
sob a direcção de Sérgio Fontão
que interpretará: Duarte Lobo
(circa 1565-1646), Audivi
vocem de cælo; Filipe de
Magalhães (circa 1571-1652),
Commissa mea pavesco; Frei
Manuel Cardoso (1566-1650),
Lamentatio Feria V in Coena
Domini: Lectio II; Frei Manuel
Cardoso, Missa pro defunctis Introitus: Requiem æternam,
Kyrie, Graduale: Requiem æternam, Offertorium: Domine,
Jesu Christe, SanctusBenedictus, Agnus Dei,
Communio: Lux æterna e
Responsorium: Libera me.
Dia 3, às 19,00h, na Sé de
Évora, realiza-se o Concerto
pelo - “Officium – grupo
vocal”, direcção de Pedro
Teixeira que interpretará:
Missa Paradisi Portas, de Frei
Manuel Cardoso (c.1566-1650) –
Kyrie, Gloria, Credo, Sanctus e
Agnus Dei; Asperges me, a 4 de
Manuel Mendes (1547-1605);
Quem vidistis, pastores? de
Duarte Lobo; O magnum
mysterium, de Duarte Lobo;
Pater peccavi, de Duarte Lobo;
Magnificat octavi toni de
Estêvão Lopes-Morago (c.15751630) e O Rex Gloriæ de
Estêvão de Brito (1575-1641).
Voces Caelestes é um grupo
vocal de constituição variável,
de acordo com as exigências das
obras a interpretar. Esta característica, aliada à vasta experiência dos cantores que o integram - que se estende da música medieval à criação musical
contemporânea -, permite às
Voces Caelestes abordar um
extenso repertório. Sérgio
Fontão frequentou a Escola de
Música e Bailado de Linda-aVelha e a Escola de Música do
Conservatório Nacional, onde
estudou várias disciplinas musicais, entre elas, Canto com
Filomena Amaro, Liliana
Bizineche, Joana de QuinhonesLevy e António Wagner Diniz.
Frequentou cursos de aperfeiçoamento em Canto com os maiores especialistas. Actualmente,
além do grupo vocal Voces
Caelestes, dirige os coros
Polyphonia Schola Cantorum,
Coral In Vita Musica, Coro do
Grupo Desportivo e Cultural do
Banco de Portugal, Coral
Encontro e Coral Vértice.
O Grupo Vocal Officium foi
fundado em Outubro de 2000
pelo seu orientador Pedro
Teixeira; o grupo vocal
Officium é um projecto que pretende dar primazia à interpretação de obras polifónicas de
compositores portugueses dos
sécs. XVI – XVII, dado o vastíssimo património existente –
muito dele ainda por descobrir
– ao nível da produção musical
da época. Pedro Teixeira nasceu
em Lisboa. É elemento do Coro
Gregoriano de Lisboa, no qual é
solista. Dirige, desde Março de
1997, o Coro Polifónico Eboræ
Musica, em Évora, e, desde
Setembro de 2000, o Grupo
Coral de Queluz. No mesmo ano
funda o Officium – grupo vocal,
dedicado à interpretação de polifonia portuguesa dos sécs.
XVI/XVII, do qual é director
artístico. Recebe em 2002 o prémio “The most promising conductor of Tonen 2002” na
Holanda.
Os concertos na Sé de Évora
continuam dia 4, às 21,30h,
com o Grupo “A Sei Voci” e dia
5, às 17,00h, com o Final (participação do Coro Polifónico
“Eborae Mvsica”, direcção de
Pedro Teixeira). O Coro dos
Participantes interpreta a Missa
“Veni Domine”, de Duarte Lobo,
sob a direcção dos vários
Maestros. Mais informações
em www.eborae-musica.org.
Ferreira Leite contra
segunda ligação rápida
entre Lisboa e Porto
A presidente do PSD não concorda com a construção de
uma segunda ligação rápida
entre Lisboa e Porto, pois considera que esta não traz vantagens em termos de competitividade. Em Santarém, Manuela
Ferreira Leite acusou ainda
o Governo de destruir postos
de trabalho e de maltratar as
Pequenas e Médias Empresas.
No Conselho Nacional dos
Trabalhadores Sociais-Democratas, Manuela Ferreira Leite
considerou que a Auto-estrada
do Litoral, que uma terceira
alternativa na ligação entre as
duas maiores cidades do país,
«dá zero de aumento de competitividade». «E ao dar zero
de aumento de competitividade aquilo que faz é que para
construir essa estrada é necessário endividar-se, o que quer
dizer que está a retirar crédito
a quem precisa dele», explicou
Ferreira Leite.
Zorrinho quer Portugal
a apostar em políticas
para a criação de
massa crítica
Reguengos de Monsaraz
Bombeiros celebram aniversário
Os Bombeiros Voluntários de Reguengos de Monsaraz
celebraram, no dia 27, o 73.º aniversário da instituição.
O aniversário da associação cumpre-se no dia 25 de
Agosto, mas desde há anos que é celebrado em finais de
Setembro, de modo a evitar que as comemorações
coincidam com a época de incêndios florestais
foto João Fructuosa | CMRM
futebol
Atlético venceu Campinense
O Juventude venceu
o Lusitano, por 2-0,
em jogo do Campeonato
Nacional de Futebol - III
Divisão série F. O Atlético,
que venceu, em casa,
o Campinense, também
por 2-0, ascendeu à segunda posição numa série liderada pelo Cova da Piedade.
Resultados
Castrense - Silves, 2-1;
Atlético - Campinense, 2-0;
Barreirense - Farense, 1-2;
Juventude - Lusitano, 2-0;
Messinense - Fabril, 2-3;
Louletano - C. Piedade, 0-1;
Pescadores - Quarteirense, 2-0.
Classificação
1. C. Piedade, 12; 2. Atlético,
9; 3. Louletano, 9; 4. Fabril, 7;
5. Farense, 7; 6. Pescadores, 6;
7. Quarteirense, 6;
8. Juventude, 6;
9. Campinense, 5;
10. Lusitano, 4; 11. Castrense, 4;
12. Messinense, 3;
13. Barreirense, 2; 14. Silves, 0.
Portugal terá de andar mais
depressa que os restantes países da Zona Euro e apostar em
políticas para a criação de
massa crítica se quiser ser
mais competitivo, diz o coordenador nacional do Plano
Tecnológico. “A questão é
muito clara, tem muito a ver
com a dinamização do mercado e com a criação de massa
crítica. Portugal é um país relativamente pequeno que tem de
focalizar muito as suas políticas para criar massa crítica”,
disse hoje o coordenador nacional da Estratégia de Lisboa
e do Plano Tecnológico, Carlos
Zorrinho. O coordenador nacional comentava desta forma
o estudo divulgado na quinta-feira pelo Banco Central
Europeu, que coloca Portugal
na última posição em termos
de competitividade na Zona
Euro. “Nos 12 países do Euro,
Portugal é aquele que tem um
índice de menor competitividade e isso significa que nós
nos próximos anos temos que
andar mais depressa que os
outros”, acrescentou Carlos
Zorrinho. O coordenador nacional considerou ainda que
“hoje há cada vez mais condições para atrair investimento
externo”, no entanto, disse,
“ainda não chegou para ultrapassar os 11 países do Euro,
mas estamos num movimento
de nos aproximarmos da
média de competitividade da
União Europeia”. Carlos
Zorrinho afirmou que o país
está a fazer um esforço para
que esses resultados não se
repitam e que será possível a
médio prazo, “daqui a três ou
quatro anos” observar reflexos
em termos de competitividade,
apontando alguns exemplos
nos quais Portugal ocupa lugares cimeiros nos “rankings”.
“Nos domínios da burocracia
e do ambiente e condições para
os negócios estamos muito
longe dos últimos lugares,
nos serviços para as empresas
somos mesmo dos países mais
competitivos”, disse.
notíciasalentejo~ Setembro 2008
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REGUENGOS DE MONSARAZ
10
notíciasalentejo~ Setembro 2008
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AVISO
Vítor Manuel Barão Martelo, Presidente da Câmara Municipal de Reguengos
de Monsaraz, torna público, nos termos e para os efeitos do n.º 3 e 4 do artigo
77.º do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT) aprovado pelo Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, na redacção dada pelo
Decreto-Lei n.º 316/2007, de 19 de Setembro, que, em cumprimento da deliberação da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, tomada aos 3 dias
do mês de Setembro de 2008, se procede à abertura do período de discussão
pública da proposta da Revisão do Plano de Urbanização de Reguengos de
Monsaraz (PURM).
Mais se informa que o período de discussão pública é de 22 dias, com início
no sexto dia útil posterior à respectiva publicação em Diário da República,
e que os interessados podem consultar a proposta do plano e restantes documentos, na internet no sítio da Câmara Municipal, bem como, na Divisão de
Ordenamento do Território e Gestão Urbanística da Câmara Municipal de
Reguengos de Monsaraz e na Junta de Freguesia de Reguengos de
Monsaraz, no seguinte horário: 9 horas às 12,30 horas e das 14 horas às
16,30 horas.
As reclamações, observações ou sugestões sobre o conteúdo da proposta do
PURM, e outros documentos, deverão ser formuladas por escrito e em conformidade com o n.º 5 do artigo 77.º do RJIGT, entregues até ao final do período
de discussão pública na referida Divisão de Ordenamento do Território
e Gestão Urbanística da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz,
na Junta de Freguesia de Reguengos de Monsaraz ou na sede do Município.
Reguengos de Monsaraz, 10 de Setembro de 2008
O Presidente da Câmara Municipal
VÍTOR MANUEL BARÃO MARTELO
notíciasalentejo~ Setembro 2008
11
~debate
pub
A transferência de competências
para as autarquias, na área da
educação, deu recentemente
mais um passo. Concorda?
Palma Rita
PSD
Norberto Patinho
PS
SÍTIO DAS LETRAS LIVRARIA
LER
PARA
SER
REGUENGOS DE MONSARAZ
‘Relação democrática
de proximidade’
‘Grande impacto
nos serviços’
O Poder local foi sem qualquer dúvida uma das maiores conquistas da Revolução de Abril.
O êxito do poder local assentou na relação democrática de proximidade criada entre os autarcas e as
populações. É quem está mais próximo que melhor
pode diagnosticar e solucionar os problemas das pessoas. A prestação do serviço público ganha qualidade
com a proximidade. A tomada de decisão mais perto
da realidade ajuda a combater as assimetrias.
Foi assim que o poder local contribuiu decisivamente para dotar as comunidades dos equipamentos
necessários. Foi assim no saneamento básico, no abastecimento de água, nas acessibilidades...
Foi também assim que no 1º ciclo e na educação
pré-escolar, nos transportes escolares, na acção social, nas refeições, na construção, recuperação e beneficiação dos edifícios, as respostas educativas melhoraram significativamente.
Foi com o assumir de mais competências por parte
dos Municípios, que se alargaram as actividades de
enriquecimento curricular ao inglês, à música e à educação física, construindo-se assim uma verdadeira
escola a tempo inteiro.
As autarquias que celebraram agora contratos de
transferência de competências com o Ministério da
Educação, mostraram a sua disponibilidade para aceitar e partilhar mais responsabilidades em matérias de
Educação, considerando que os problemas das escolas
são também problemas seus e que se consideram à
altura de assumir um maior envolvimento na procura
de soluções para eles.
O aprofundar das competências na educação é desejável e fundamental para assegurar a igualdade de
oportunidades às nossas crianças e contribuir para o
seu sucesso educativo.
Sendo necessário que novas responsabilidades
sejam acompanhadas pelos correspondentes meios
financeiros, é importante perceber que não estamos a
tratar de um mero negócio, mas sim de uma partilha
de responsabilidades que tem como principal objectivo melhor resolver os problemas das escolas e, assim,
melhor servir as nossas crianças.
Num momento em que o poder central mostra abertura para ir mais longe em matéria de transferência
de competências, as famílias não aceitarão que por
alguns euros, ou por força das agendas partidárias,
não sejam dados os passos necessários para vencer os
desafios do futuro.
As mudanças nunca estão completamente preparadas pelo que essa também não pode ser razão para o
seu adiamento.
O grande desafio que coloca ao Governo e às
Autarquias em matéria de descentralização de competências é hoje o de concretizar, passar à prática, fazer.
O diploma que estabelece o quadro de transferência
de competências para os Municípios em matéria de
educação, nomeadamente no que se refere à gestão do
pessoal não docente do ensino básico e da educação
pré-escolar, apoio à família, enriquecimento curricular, gestão do parque escolar, acção social escolar,
transportes escolares, constitui a resposta a um conjunto de reivindicações dos autarcas portugueses
desde há longo tempo, por considerarem ser possível
contribuir para uma melhor resolução dos problemas
estruturais da educação em Portugal através do
maior envolvimento das autarquias.
A diminuição do peso do “monstro” que é o Ministério da Educação, através de uma maior autonomia
das escolas e maior participação das autarquias num
novo modelo de gestão das mesmas, contribuirá, na
óptica dos autarcas, para uma mudança de paradigma
no funcionamento e consequente melhoria da escola
pública, bem como para uma maior motivação de
alunos e professores.
No entanto, não deixam os municípios de mostrar
alguma apreensão pelo facto de tal se traduzir num
impacto grande sobre os serviços municipais que
verão crescer o seu peso empregador já esmagador
em muitos concelhos, com implicações na organização
e funcionamento dos serviços municipais.
Sendo profundos conhecedores das realidades locais, prometem os municípios suprir com maior eficácia
as mais importantes carências no âmbito da educação, o que não dispensará mas antes justificará (do
ponto de vista dos munícipes) uma afinação dos mecanismos de fiscalização autárquica, de forma a que
componentes tão determinantes no apoio à família
como o fornecimento das refeições, o prolongamento
do horário escolar, os transportes ou ainda a organização de tempos livres, não restem sujeitas ao livre
arbítrio da sensibilidade dos autarcas para tais
dimensões.
É essencial que as mesmas sejam garantidas de
igual forma e em igualdade de circunstâncias a todos
os portugueses em qualquer concelho do pais, seja ele
do interior ou do litoral, rural ou urbano, populoso
ou em erosão demográfica.
A garantia da igualdade de acesso de todos os portugueses a um meio essencial à sua formação que
é a educação, deve ser assegurada de tal forma que
o sistema educativo contribua para a diminuição das
desigualdade social e para o esbatimentos das elevadas assimetrias regionais existentes em Portugal
e não para as aprofundar através de alguma eventual
diferenciação substancial das condições e qualidade
da oferta promovida pelos municípios à população
portuguesa em idade escolar.
notíciasalentejo~ Setembro 2008
12
opinião~
instruçõesprimárias
Tempo oral
António Saias
João Oliveira
[email protected]
[email protected]
Página em branco:
recurso a “guarda-factos”.
Fim-de-Verão, reg resso a casa
e ao trabalho: à Escola, à Repartição,
ao Balcão da Loja, à Oficina,
à Tipografia, à Clínica, à Esquadra
de Polícia.
Tempo oral : Chuva, trovoada /
tempo de falar. Do Murro de
Scollari, do discurso de Bush,
da reunião do Ecofin, da Guerra
no Iraque.
Os Bancos ameaçam falência.
Falta de liquidez.
A que corresponde o oposto disto?:
Excesso de solidez???
Não é bem falência o que os
Bancos ameaçam. Ainda há pouco
anunciavam lucros fabulosos.
Quando todos os europeus, americanos, japoneses tiverem casas na
Cidade, na Praia, na M ontanha
– o que vão fazer das empresas
de construção civil?
Carlos Trigo
[email protected]
«Navegar é preciso; viver não é preciso». A frase foi atribuída a Pompeu,
general romano (106-48 aC), que desta
forma tentou motivar os marinheiros
que recusavam viajar durante a guerra. Fernando Pessoa usou-a como
mote num dos seus poemas - «Viver
não é necessário; o que é necessário é criar. | Não conto gozar a
minha vida; nem em gozá-la penso.
| Só quero torná-la grande, | ainda
que para isso tenha de ser o meu
corpo e a (minha alma) a lenha
desse fogo.».
Recentemente, em Portel, a ministra da Educação veio inaugurar o centro escolar e iniciar a distribuição do
«Magalhães», computador portátil
especialmente concebido para as crianças dos primeiros anos do ensino
básico. Como é hábito, foi recebida
com uma mini-manifestação de protesto sindical mas também com aplausos de quem se empenhou para marcar presença na cerimónia. Foi um dos
retratos possíveis de um país com dois
andamentos. Que já pensa em computadores as escolas, mas que chegou ao
final de Setembro sem que as editoras
colocassem no mercado os manuais
escolares que se comprometeram a
comercializar. Que pretende democratizar o conhecimento mas que tem
escolas a funcionar sem ter colocado
todos os professores necessários.
Este é um País dividido. De um
lado, os que querem um Estado para
tudo, do outro, os que prefere um
Estado «light». Caminham, há déca-
Quando os serviços de Saúde
Pública esclarecerem que é uma medida saudável não comer carne mais
do que uma vez por semana
(ou mesmo não tocar-lhe) o que vão
fazer os grandes criadores de gado,
e os talhantes, e os intermediários do
negó cio, e os vendedores da s grandes
e pequenas superfícies?
Sá Carneiro, nos seus tempos nostálgicos de Paris, gritava ao Mundo
que morria à míngua de excessos.
A nossa sociedade – de consumo exacerbado – morre ao excesso de excessos: proteínas, hidratos de carbono,
vitaminas, álcool, calorias, energia.
A nossa civilização corre o sério
risco de morrer de obesidade!
Um reconhecido cientista português comentava um artigo (científico
também) publicado na NATURE –
sobre as 85 maneiras diferentes de
dar nós de gravata. Ao que parece,
a coisa mete mesmo elaborados cál-
culos matemáticos. E o que dizia
mais?: que a matéria interessava
pelo menos a metade da humanidade.
Ora bem: o nosso reconhecido cientista deve andar alheado dos relatórios da FAO e organizações afins
– que denunciam o número crescente
de gente que não dispõe do mínimo
de alimentos. A FOM E no Mundo
deve crescer na proporção directa do
número dos fantasiosos adereços.
E quantas (cada vez mais) gravatas
– pelo custo exorbitante – não dariam para alimentar por largo tempo
uma família de indigentes!
Por hoje fico-me por aqui.
Amanhã – que a Meteorologia aponta para chuva em todo o território
vai ter mais uns rabiscos de prosa
menos seca.
Ou sêca? - começaram as Aulas
e eu estou a precisar de reciclag em!
Bom abraço
Um País,
dois andamentos,
milhões de figurantes
das, por rotas paralelas, não desviando um milímetro, com receio de se
encontrarem. No meio, alguns milhões
de «figurantes» que precisariam e um
Estado leve nos procedimentos mas
forte na actuação em matérias como
o social, a saúde e a educação. De um
Estado que não mostre apenas força
quando lança uma pesada carga fiscal
sobre os mais fracos, enquanto se submete aos interesses da banca e das
gasolineiras.
No meio há gente resignada mas
também há quem deseje navegar ou,
mesmo, como escreveu Pessoa, tornar
a vida grande. Por isso, o futuro pode
passar pelo Magalhães e pela facilidade de acesso ao conhecimento, mesmo
sabendo que na grande rede também
há perigos...
E a Escola também serve para
formar.
Com a geração Magalhães poderemos, talvez, pensar que no futuro
poderemos ser governados por gente
que tem cultura científica e que leu
Pessoa.
O futuro é sempre incerto. Mas é
futuro. Se tivermos em conta a desumanização que resta depois de tantos
anos em que a decisão esteve entregue
a gestores de interesses (corporativos,
financeiros…) resta-nos apostar na formação de uma geração capaz de criar.
Caso contrário, continuaremos à
mercê de gabinetes onde os decisores
se agitam por questões hormonais e
sem perceber que também há vida
fora daquelas quatro paredes. Navegar
é preciso...
Máquina de escrever de Fernando Pessoa
Segurança,
polícias, justiça
e as “reformas”
do PS
Esta semana a Assembleia da
República vai debater o tema da
segurança, estando em discussão
várias propostas da oposição.
Perante o fracasso da política do
Governo PS nas áreas da segurança, da administração interna e da
justiça, PSD e CDS têm “cavalgado”
a onda de mediatização da criminalidade e têm eles mesmos contribuído para a criação de um clima
de inquietação dos portugueses,
com discursos alarmados e alarmistas e propostas securitárias.
O CDS tem mesmo ficcionado
um país onde todas as pessoas
têm medo de sair à rua e quando
o fazem espreitam por cima do
ombro, como se estivéssemos
no far-west.
A criminalidade não pode ser
ignorada pelo Estado, pelo contrário tem que ser prevenida e combatida com eficácia e punida com
firmeza.
Se é verdade que as “reformas”
levadas a cabo pelo PS nas áreas da
administração interna, das polícias
e da justiça não contribuem para
que esses objectivos sejam concretizados, não é menos verdade que o
regresso ao estado-polícia também
não é a resposta certa. Nunca foi
abdicando da liberdade que se
obteve mais segurança.
É pois indispensável que se faça
uma discussão séria (mas tranquila) das medidas a tomar. É fundamental garantir o policiamento de
proximidade, que as forças de segurança sejam dotadas dos meios
necessários ao cumprimento cabal
da sua missão e que sejam corrigidos os erros da reforma penal que
impedem os tribunais de responder
com rapidez e eficácia à criminalidade, sobretudo à criminalidade
violenta e altamente organizada.
É este o debate que o PCP quer
fazer e para o qual já apresentou
propostas!
notíciasalentejo~ Setembro 2008
13
~região
António Dieb sobre o Skylander
Curso Preparatório de Matemática
para o ingresso no ensino superior
‘Mais uma promessa
não cumprida’
Em entrevista ao NA,
António Dieb (PSD)
mantém as críticas ao
executivo socialista da
Câmara de Évora por
ter perdido o projecto
Skylander. O vereador
social-democrata e líder
da distrital ”laranja”
lembra que esta é
a segunda vez que José
Ernesto Oliveira se diz
enganado sobre questões
relacionadas com
o investimento externo
Governo Francês ultrapassounos! Será este caso uma amostra do que irá acontecer com os
“milhões” de Euros prometidos
em projectos PIN?!
NA - O Conselho de Ministros
aprovou dois diplomas relacionados com a instalação em
Évora de duas fábricas da
Embraer...
AD - Resta a Évora a esperança
de que o projecto das anunciadas duas fábricas da Embraer
se concretize efectivamente.
Mas, os eborenses têm agora
legitimidade para só acreditar
quando estas abrirem as portas.
Porém, não podemos deixar de
alertar os eborenses para a
perda de oportunidade de constituição do cluster aeronáutico
em Évora: ao contrário da
NA - O PSD, no requerimento
GECI, a Embraer não se propõe
para audição do Ministro da
construir aviões em Évora, mas
Economia na comissão parlatão só alguns dos componentes
mentar, refere as contradi(asas e caudas) posteriormente
ções nos discursos do
montados no Brasil.
Governo e do autarca de ÉvoPassados anos de promessas,
ra. Admite, por exemplo, que
desejaríamos que em Évora se
no caso do projecto
tivesse aprendido com este
Skylander José Ernesto
caso, que não podemos continuOliveira tenha sido enganaar a prometer, apenas para
do?
ganhar eleições e que é fundaAD - É já a segunda vez que o
mental assumir a responsabiliPresidente da Câmara de Évora
dade dos actos; não apenas
se diz enganado sobre o assunto quando tudo corre bem mas
dos investimentos externos no
sempre. Pela nossa parte, contiConcelho; primeiro a
nuaremos a não fazer promesFalconWings e agora a
sas, mas antes a assumir comSkyLander. Mas ainda não foi
promissos, feitos com os pés
desta a primeira vez que recobem assentes na Terra. As
nheceu ter prometido aquilo
expectativas das Populações
que não podia! Também o
não podem ser manipuladas sob
Governo dá provas de pouca cre- risco de estas deixarem de acredibilidade; Este não era um pro- ditar naqueles que democratijecto vulgar, era um Projecto de camente as representam.
Interesse Nacional, assim o clasTodos erramos, a todos surge
sificou o Governo. Durante qua- o inesperado e todos temos
tro anos não conseguiram conobjectivos que não conseguimos
cretizá-lo e em três semanas o
atingir... Mas é essencial, deve-
rá ser ponto de nobreza política, assumir, explicar, corrigir
fazendo melhor; não podemos
atribuir responsabilidades apenas a outros e pretender que
não somos responsáveis.
NA - Mesmo com duas fábricas da Embraer, o projecto de
fazer de Évora um local de
referência na indústria aeronáutica fica debilitado...
AD - Pela nossa parte estamos
solidários com a CME e continuaremos a tentar ajudar no
que for importante para a população, mas não deixaremos de
assumir as nossas responsabilidades e levar a que outros
façam o mesmo. Através do
Grupo Parlamentar inquirimos
já o Governo e, vamos solicitar
uma Audição ao Sr. Ministro da
Economia no sentido de tentar
esclarecer o que se passou.
Apelamos ao Sr. Presidente da
Câmara de Évora que se junte a
nós nesta iniciativa.
A Universidade de Évora volta
a disponibilizar o Curso Preparatório de Matemática para
o ingresso no ensino superior.
Da responsabilidade do Departamento de Matemática da
U.E., o curso é destinado a alunos do 12.º ano e a candidatos
ao acesso ao ensino superior
com mais de 23 anos e tem por
objectivo «ajudar a consolidar
e reforçar os conhecimentos
de Matemática».
O curso decorrerá entre
13 Outubro a 20 Junho
e as inscrições são limitadas.
A Matemática é uma disciplina fundamental para a maioria dos cursos superiores, mas
apresenta elevadas taxas de
insucesso, razão pela qual
a U.E. pretende com este curso
estabelecer pontes que facilitem
o ingresso na Universidade.
Objectivos
Ajudar o aluno a consolidar
e reforçar os seus conhecimentos de Matemática no final do
Ensino Secundário e a preparar-se para os exames de
admissão ao Ensino Superior;
Dar-lhe uma cultura matemática e o conhecimento de
alguns tópicos de Matemática
de nível superior que o coloque
numa posição vantajosa para
a realização das disciplinas de
Matemática na Universidade;
Permitir-lhe contactar com
a comunidade universitária
e científica.
Público-alvo
Alunos do 12º ano que queiram
ingressar no Ensino Superior
no próximo ano lectivo em cursos que exijam a disciplina de
Matemática ou em que a disciplina de Matemática pertença
ao leque de disciplinas de formação básica;
Alunos que concluíram
o 12º ano, não ingressaram no
Ensino Superior e têm vocação
para as Ciências Exactas e/ou
Ciências das Engenharias;
Alunos que queiram ingressar na Universidade de Évora
através do acesso aos maiores
MADRP com 1425 funcionários na «mobilidade especial»
Cerca de metade dos 1.425
funcionários do Ministério da
Agricultura, Desenvolvimento
Rural e Pescas que no final de
Agosto estavam em mobilidade
especial eram de três direcções
regionais: a do Norte, Centro e
do Alentejo, avançou uma fonte
do ministério. Com base nos últimos dados oficiais do ministério
liderado por Jaime Silva, a que
a Lusa teve acesso, do total de
trabalhadores colocados em
situação de mobilidade especial
(SME), 275 são da Direcção Regional de Agricultura e Pescas
(DRAP) do Norte, 258 são da
DRAP do Centro e 175 eram funcionários da DRAP do Alentejo.
Estas três DRAP totalizam
708 funcionários em mobilidade
especial. A Direcção-Geral de
Veterinária também deu um dos
maiores contributos para o total
de 1.425, ao colocar em situação
de mobilidade especial 163 fun-
cionários.Do Instituto Nacional
dos Recursos Biológicos foram
para mobilidade especial 63 trabalhadores e do Instituto da
Vinha e do Vinho 39. Do total
das cinco DRAP, a de Lisboa e
Vale do Tejo colocou em mobilidade especial 89 funcionários
e a do Algarve 66. Entre as três
direcções-gerais, além de Veterinária, contribuíram para
aquele grupo a de Agricultura
e Desenvolvimento Rural, com
151 trabalhadores, e a de Pescas
e Aquicultura, com 43. Para
completar o conjunto das entidades sob tutela do MADRP,
a Secretaria-Geral colocou em
mobilidade especial 30 trabalhadores, a que acresce três funcionários da ex-Auditoria Jurídica, o Gabinete de Planeamento
e Políticas tem 32, e o ex-Serviço
Nacional Coudélico 38.
Como refere a fonte do MADRP,
dos 1.425 funcionários, a maior
parte (547) são auxiliares,
seguindo-se os funcionários
administrativos, com 285, e os
técnicos profissionais, com 205
a transitarem para situação
de mobilidade especial. Entre
os técnicos superiores do Ministério, 139 foram colocados em
mobilidade especial.Os funcionários em regime de mobilidade
especial podem reiniciar funções em outros serviços do
Estado, o que aconteceu com
165 casos, dos quais 77 são
administrativos, refere a informação do MADRP, que não especifica quantos poderão ter começado a trabalhar no sector pri-
vado. O Ministério da Agricultura foi o primeiro a iniciar
o processo de colocação de funcionários públicos em situação
de mobilidade especial, um procedimento que resulta da reestruturação de todos os ministérios, na sequência das novas
leis orgânicas, aprovadas no
âmbito do Programa de Reestruturação da Administração
Central do Estado (PRACE).
Quando chegou ao governo,
o ministério tinha 11.870 funcionários e o objectivo para as
novas funções dos seus organismos era chegar aos 7.000, como
tinha apontado Jaime Silva.
de 23. Terão isenção da prova
de Matemática, em caso de
aprovação no Curso Preparatório.
Conteúdos programáticos
principais
Serão abordados e aprofundados, numa forma sistematizada e consolidada, temas principais da Matemática do Ensino
Secundário, entre os quais:
Combinatória, Probabilidades
e Estatística;
Funções elementares de variável real; Cálculo diferencial
e aplicações;
Geometria; Trigonometria;
Números Complexos.
Horários
3ª Feira e 5ª Feira,
das 18 às 20h.
Avaliação
No final do curso os conhecimentos do aluno serão avaliados. Nas matérias em que os
alunos demonstrem bons
conhecimentos através da avaliação referida, haverá dispensa de avaliação nas correspondentes matérias das disciplinas
de Matemática da Universidade
de Évora.
Inscrições
Secretariado do Departamento
de Matemática
Universidade de Évora
Rua Romão Ramalho, 59
7000-671 Évora
www.preparatorio-mat.uevora.pt
[email protected]
fax: 266 745 393
Propinas
O custo do curso é de 100
Euros.
Inscrições / Candidaturas
Até 10 de Outubro*
Funcionamento
13 Outubro a 20 Junho
Sessão de abertura
13 de Outubro
Palestra “Como mentir
com a Estatística”,
pela Prof. Dulce Gomes
Turismo com sede em Beja
O novo organismo criado para
gerir o Turismo no Alentejo, denominado "Turismo Alentejo - ERT
(Entidade Regional de Turismo)",
deverá ficar sedeado em Beja. O
novo organismo vai gerir, a partir de Beja, o sector turístico nos
47 concelhos da região Alentejo.
Depois da publicação dos estatutos em Diário da República, a
Comissão Instaladora vai enviar
convites aos 47 municípios do
Alentejo, às várias Associações
Empresariais e diversos organismos públicos para que integrem
a Assembleia-geral. Caberá depois a esta a convocação de eleições
para a direcção da "Turismo
Alentejo - ERT". O processo de
eleição dos órgãos deverá ficar
concluído no início do mês de
Novembro. Para além da Turismo
Alentejo - ERT, a região contará
com os pólos de desenvolvimento
turístico de Alqueva e do litoral
Alentejano. Segundo a Pax, o pólo
de Alqueva deverá ficar sediado
em Reguengos de Monsaraz e o
do Litoral Alentejano em
Grândola.
notíciasalentejo~ Setembro 2008
14
região~
Aprendizagens do Interior:
Reflexões e Fragmentos
Bravo Nico (Org.)
Edições Pedago
Colecção Educação e Formação
‘Pensar a Educação no
interior português - esvaziado de pessoas, debilitado económica e socialmente e sujeito ao maior
desafio que alguma vez já
enfrentou, tendo em vista
a sua sobrevivência -,
deve-nos remeter para...
[a] necessidade de estancar o despovoamento, de
promover um adequado
ordenamento do território, de assegurar a sustentabilidade das pequenas
comunidades, de promover a empregabilidade
dos indivíduos e a competitividade das empresas,
de reforçar os laços sociais e de aumentar a atractabilidade do território’
Bravo Nico
‘O futuro da educação
articula-se organicamente
com a educação do futuro.
Tem a educação futuro?
A responder positivamente, que futuro vai ela ter?
Ou queremos que tenha?’
Manuel Ferreira Patrício
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‘[É importante] que o 'local' se coloque na linha da
frente resgatando a escolarização pública da sua
posição de refém das pérfidas forças de mercado e,
simultaneamente, continue foucaultianamente
a 'objectivar seres humanos em sujeitos' através
das suas práticas político
pedagógicas que, apoiadas
nos seus 'sotaques', permitirão a 'construção de
novas relações de poder
económico', razão essencial para a transformação
social. Para isto... não é
preciso ter coragem, basta
sermos honestos’
João M. Paraskeva
Bravo Nico é professor no
Departamento de Pedagogia
e Educação da Universidade de
Évora. É membro fundador e
Investigador Responsável do
Centro de Investigação em
Psicologia e Educação, do qual é
Vice-Presidente do Conselho
Científico. A sua investigação
recente tem-se centrado nas
redes territoriais, comunitárias
e institucionais de aprendizagem. O Encontro Regional de
Educação Aprender no
Alentejo tem sido o principal
evento que divulga alguns dos
mais significativos resultados
dos seus projectos de investigação, que envolvem estudantes
da Universidade de Évora.
Exerceu as funções de Pró-Reitor
da Universidade de Évora,
Director Regional de Educação
do Alentejo e Presidente da
Junta de Freguesia de São
Miguel de Machede. Coordena,
também, a Escola Comunitária
de São Miguel de Machede, através da qual tem promovido diversas iniciativas no âmbito da promoção da literacia e da criação
de oportunidades para o exercício do Direito à Educação para
os residentes da comunidade
onde vive desde que nasceu.
No momento em que este livro
é concluído, exerce as funções
de Deputado à Assembleia da
República, onde pertence à Comissão de Educação e Ciência
e é Relator para a Ciência.
RÁDIO CORVAL, C.R.L.
RUA DE S. PEDRO, 25 - S. PEDRO DO CORVAL - 7200-132 CORVAL
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Há 20 anos uma referência
porque o Alentejo merece
Esporão quer complexo
arqueológico dos Perdigões
como «Monumento Nacional»
O complexo arqueológico dos
Perdigões, na Herdade do Esporão, em Reguengos de Monsaraz,
um conjunto pré-histórico com
mais de cinco mil anos, pretende
a classificação de «Monumento
Nacional». A iniciativa foi divulgada em Setembro durante uma
visita ao complexo arqueológico
alentejano.
”Desde 1997, que a Herdade do
Esporão se dedica à preservação,
promoção e desenvolvimento
deste complexo arqueológico,
com evidente relevância para
a arqueologia nacional e internacional”,disse o José Roquette, presidente da Finagra, empresa proprietária da Herdade do Esporão.
Segundo José Roquette, a empresa investiu, ainda, na criação do
Núcleo Museológico da Torre do
Esporão, ”um moderno museu”
onde se pode observar os mais
importantes artefactos recolhidos nos últimos anos.
Os arqueólogos confirmaram,
a partir de 1996, que os Perdigões
constituíam ”um dos grandes
acontecimentos da arqueologia
portuguesa do final do século
XX”. O conjunto pré-histórico
é constituído pelos vestígios de
um santuário megalítico, incluindo diversos menires, e um extenso conjunto de recintos concêntricos definidos por grandes fossos escavados na terra e na
rocha, que incorpora, num local
muito específico, um cemitério
de sepulturas colectivas.
Nas escavações deste ano,
realizadas pela empresa ERA - Arqueologia, foi identificado
um conjunto de três esqueletos
humanos, em fossas escavadas
há cerca de 4.500 anos, o que
para os arqueólogos se apresenta
”surpreendente“ porque não ocorreu na necrópole, local onde até
agora eram conhecidas todas as
sepulturas do sítio. ”Era já sabido
que, depois da morte de cada
indivíduo, existiria um local
onde o corpo era colocado para
decomposição, sendo os ossos
transportados posteriormente
para a necrópole, no decorrer de
alguma cerimónia fúnebre.
Porém, não eram ainda conhecidos locais onde os corpos fossem
colocados para decomposição e
em nada se suspeitava ser na
zona agora intervencionada”,
explicou António Valera, responsável pelo Núcleo de Investigação
Arqueológica da ERA - Arqueologia.
Dada a relevância do conjunto
pré-histórico, o complexo dos
Perdigões já suscita o interesse
da comunidade científica internacional, começando a ser ”um
sítio de referência no âmbito da
investigação da pré-história
recente europeia”.
Este ano, para além da equipa
da ERA-Arqueologia, que desde
1997 dirige o projecto arqueológico, teve início uma parceria
com uma equipa do
Departamento de Pré-História da
Universidade de Málaga (Espanha) que, no local, irá desenvolver nos próximos anos um projecto próprio de investigação
científica.
“Rodinhas Seguras/2008”
encerrou em Montemor-o-Novo
Decorreu entre os dias 24 e 26 de
Setembro a última actividade do
projecto “Rodinhas Seguras” programada para 2008. No Parque
de Feiras e Exposições de
Montemor-o-Novo, crianças dos
3os e 4os anos do Ensino Básico
dos Concelhos de Arraiolos,
Montemor-o-Novo, Mora e Viana
do Alentejo participaram na última actividade do “Rodinhas
Seguras” programada para 2008.
Este projecto de prevenção e
segurança rodoviárias promovido
pelo Governo Civil do Distrito de
Évora esteve no terreno desde
Março deste ano – a inauguração
ocorreu no Parque de Feiras e
Exposições de Estremoz e contou
com a presença do Ministro da
Administração Interna e do
Secretário de Estado da protecção Civil, entre muitos outros
convidados – sendo desenvolvido
por uma parceria alargada que
inclui Autarquias, Forças de
Segurança (GNR e PSP), Protecção Civil (CDOS e Associações
Humanitárias de Bombeiros
Voluntários), Direcção Regional
de Educação do Alentejo, Centro
Distrital de Segurança Social de
Évora, Escola Profissional da
Região Alentejo, BRISA e JUMICAR.
O “Rodinhas Seguras” abrangeu todos os concelhos do
Distrito e envolveu mais de 3.000
crianças, às quais se juntaram
um grande número de pais, professores e auxiliares de acção
educativa. O sucesso do projecto,
construído por todos os que dele
participaram, ditou a sua prossecução para 2009, estando neste
momento a equipa do Governo
Civil a trabalhar os moldes estruturais que procurarão garantir a
sustentabilidade da intervenção
futura, passando esta natural e
indubitavelmente pela lógica de
parceria e colaboração que permitiu atingir os bons resultados
alcançados.
notíciasalentejo~ Setembro 2008
15
~música&letra
SÍTIO DAS LETRAS LIVRARIA
LER
PARA
SER
Práticas
e processos
J. Alberto Ferreira
[email protected]
Performance practice
and process. Contemporary
[women] practitioners
Aston, Elaine & Harris, Geraldine
Hampshire e Nova Iorque, Palgrave
Macmillan, 2008
E
laine Aston e Geraldine Harris
são professoras de estudos teatrais e de tendências contemporâneas na Universidade de
Lancaster, Reino Unido. São especialistas em teatro e feminismo, área onde
a primeira tem várias publicações de referência para este campo de investigação,
com a problemática do género em lugar central. Em colaboração, publicaram já um
livro (Feminist futures?: Theatre, performance, theory, de 2006), a anteceder este
Performance practice and process que aqui
apresento acabado de publicar.
As duas investigadoras desenvolveram,
entre 2003 e 2006, com financiamento do
Arts and Humanities Research Council, um
projecto de investigação ‘practice-based’,
intitulado Contemporary [women] practitioners. Objectivos: investigar as estratégias
e os processos de criação de 12 artistas e/ou
companhias através de sessões de trabalho
(workshops) curtos, com 3 a 5 dias de duração, dirigidos pelas próprias artistas, em
estreito contacto com os processos de criação. O livro reúne os resultados desse projecto com base na observação dos workshops e das estratégias aplicadas e em
entrevistas às artistas, numa metodologia
que desloca o eixo crítico da 'análise depois
da performance' para o tempo dos processos e das estratégias criativas, e dedicando
a sua atenção a 8 das 12 artistas envolvidas, algumas das quais nomes de primeiríssimo plano na actual cena artística britânica: Bobby Baker, Curious (Helen Paris
e Leslie Hill), SuAndi, Sarah Daniels, Split
Bitches, Rebecca Prichard, Vayu Naidu
e Jenny Eclair, artistas a trabalhar em
áreas como performance, perfor mance
poética, stand-up, radio art, performance
site-specific e em vários cruzamentos
e sobreposições disciplinares.
Em comum, todas apresentam um trabalho centrado na problemática de género
e no modo como essa questão é objecto ora
de inquirição teórica ora de realização formativa, prática e artística. Na selecção do
corpus de artistas, foi de especial relevo
não o facto de serem mulheres, o que em si
poderia conduzir a um mero confinamento
de grupo, mas antes as relações que os seus
trabalhos apresentam face às representações colectivas de género, mas também às
etnicidades, identidades e sexualidades, territórios onde a criação contemporânea vai
decididamente mergulhando expectativas
e criações. Se bem que centrado na escrita
(entendida aqui também de forma aberta,
não ideintificável apenas com 'texto'), foi na
condição prática do trabalho e na metodologia dos workshops que ele melhor se esta-
beleceu. Foi aí que as manifestações de
consciência de género e a sua expressão
artística encontraram campo de investigação.
Por fim, uma nota sobre a metodoogia de
investigação aplicada, que levou artistas,
académicas e investigadoras (também as
editoras do livro) a participar nos workshops, assim inscrevendo as condições de
reflexão teórica numa fisicalidade (literalmente) incorporada, onde o fazer é condição do saber, onde a teoria se faz escorada
na prática, onde o corpo é lugar de investigação, pesquisa e produção de conhecimento.
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REGUENGOS DE MONSARAZ
notíciasalentejo~ Setembro 2008
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