Celebração da Vigília Pascal

Transcrição

Celebração da Vigília Pascal
SÁBADO SANTO
VIGÍLIA PASCAL – MÃE DE TODAS AS VIGÍLIAS - 19 de abril de 2014
“Ele ressuscitou dos mortos
e vai à vossa frente ara
Galileia”
Leituras: Primeira Leitura, Gênesis 1, 1-2,2 (ou 1, 1.26-31a); Salmo Responsorial 103 (104), 1-2a.56.10.12.13-14.24.35c ou (33), 4-5.6-7,12-13.20.22; Segunda Leitura, Gênesis 22, 1-18; Salmo Responsorial
15 (16), 5, 8.9-10.11; Terceira Leitura, Êxodo 14, 15-15,1ª; Salmo Responsorial, Cant. Êxodo 15, 1b-2.3-456.17-18; Quarta Leitura, Isaías 54, 5-14; Salmo Responsorial 29 (30), 2.4.5-6.11.12a.13b; Quinta Leitura,
Isaías 55, 1-11; Salmo Responsorial Isaías 12, 2-3.4bcd.5-6); Sexta Leitura, Baruc 3,9-15.32-4,4; Salmo
Responsorial 18b (19), 8.9.10.11; Sétima leitura, Ezequiel 36,16-17a.18-28; Salmo Responsorial 41 (42),
3.5bcd+42,3-4; Epístola, Romanos 6, 3-11; Salmo Responsorial 117 (118), 1-2,16ab-17.22-23; Evangelho
Marcos 16, 1-7.
COR LITÚRGICA: BRANCA OU DOURADA
ACOLHIDA
A assembleia se reúne fora da Igreja, junto ao fogo aceso. Enquanto as pessoas vão chegando, a equipe de
canto entoa hinos ou refrãos orantes que falem de luz. A mesa da Palavra, o Círio Pascal, a pia batismal e o
altar devem estar bem ornamentados. O dirigente 1 acolhe a assembleia e dá o sentido da celebração desta
noite.
Presidente: Meus irmãos e minhas irmãs, nesta noite santa, em que nosso Senhor Jesus Cristo passou da
morte à vida, a Igreja convida os seus filhos dispersos por toda a terra a se reunirem em vigília e oração. Se
comemorarmos a Páscoa do Senhor ouvindo a sua Palavra e celebrando os seus mistérios, poderemos ter a
firme esperança de participar do seu triunfo sobre a morte e de sua vida em Deus.
Animador: Neste momento o Presidente irá benzer o fogo, que simboliza Cristo, que saindo do sepulcro vai
ao encontro de sua glória. É a luz que ilumina e nos faz ver, sinal de Cristo que disse ser a verdadeira “luz do
mundo”.
BÊNÇÃO DO FOGO
Presidente: Ó Deus, que pelo vosso Filho trouxestes àqueles que crêem o clarão da vossa luz, santificai +
este novo fogo. Concedei que a festa da Páscoa acenda em nós tal desejo do céu, que possamos chegar
purificados à festa da luz eterna. Por Cristo, nosso Senhor!
Todos: Amém.
O presidente da celebração prepara o Círio conforme o costume e o acende, dizendo: "A luz de Cristo
ressuscitado dissipe as trevas de nossos corações e de toda a humanidade".
1
Animador: Agora será preparado o Círio Pascal. O Círio Pascal representa Cristo vivo e ressuscitado,
revestido de luz, aquele que, na noite do mundo, caminha à frente do seu povo e ilumina a vida do povo e
da comunidade.
Presidente: Cristo ontem e hoje; Princípio e Fim; A e Z; A Ele o tempo e a eternidade; a glória e o poder;
pelos séculos sem fim. Amém.
Por suas santas chagas, suas chagas gloriosas; o Cristo Senhor; nos proteja; e nos guarde. Amém.
Animador: Agora o Presidente acende o Círio Pascal no fogo novo que foi abençoado a poucos instantes.
Presente: Irmãos e irmãs, porque nosso Senhor Jesus Cristo é a luz do mundo, nós somos chamados
também a ser luz e a viver na luz do Círio Pascal. Caminhemos iluminados pela luz de Cristo.
PROCISSÃO DO CÍRIO
Todos acendem suas velas no Círio e inicia-se a procissão. O dirigente 1 segue à frente levando o Círio e em
três momentos canta o refrão, que todos repetem.
Presidente: EIS A LUZ DE CRISTO. Todos: Demos graças a deus. (bis)
Animador: Vamos seguir a procissão com o Círio Pascal e nele acender as nossas velas. A celebração do
Lucernário é a grande proclamação da Páscoa Cósmica. Envolvidos na noite de um mundo sem luz, a Igreja
proclama o brilho da Luz divina a todo o universo, fruto da ressurreição de Jesus. Luz que significa
nascimento na vida nova e plenamente envolvida no amor divino. Envolvidos e iluminados pela luz divina,
caminhamos seguindo a luz de Cristo e, uma vez iluminados pela ressurreição do Senhor, clareamos o
mundo com a luz da vida nova e plena da ressurreição do Senhor. (A Igreja fica toda apagada e só o Círio
Pascal vem aceso do fundo da Igreja)
PROCISSÃO DO CÍRIO
Todos acendem suas velas no Círio e inicia-se a procissão. O dirigente 1 segue à frente levando o Círio e em
três momentos canta o refrão, que todos repetem.
Pres.: EIS A LUZ DE CRISTO.
T. Demos graças a deus. (bis)
PROCLAMAÇÃO DA PÁSCOA
Animador: (Depois que o Círio Pascal já estiver no presbitério no pedestal e for incensado):
Iremos agora ouvir a Proclamação da Passagem, que é um canto proclamativo que anuncia a ressurreição
de Jesus.
Chegando ao local da vigília, estando a Igreja com as luzes apagadas, o Círio é colocado em local preparado
e é incensado. Um cantor e uma cantora entoam a proclamação da Páscoa ("Exulte"). Todos mantêm suas
velas acesas.
REFLEXÃO DA VIGÍLIA PASCAL
1. Situando-nos na celebração litúrgica
Segundo uma antiquíssima tradição, esta noite é ‘em honra do Senhor’, e a vigília que nela se celebra,
comemorando a noite santa em que o Senhor ressuscitou, deve ser considerada como ‘mãe de todas as
santas vigílias’. Nesta vigília, de fato, a Igreja permanece à espera da ressurreição do Senhor e celebra-a
com “os sacramentos da iniciação cristã” (CONGREGAÇÃO PARA O CULTO DIVINO. Paschalis Sollenitatis:
preparação e Celebração das Festas Pascais. Documentos Pontifícios, 224, nº 77).
2
Vale lembrar as incisivas palavras de Santo Agostinho: “com a sua Ressurreição, nosso Senhor Jesus Cristo
converteu em glorioso o dia que a sua morte tornara triste. Por isso, trazendo solenemente à memória
aqueles dois momentos, permaneçamos recordando a sua morte e alegremo-nos, acolhendo a sua
Ressurreição. Esta é a nossa festa anual, a nossa Páscoa, (...) pois Cristo, nossa Páscoa, foi imolado e o que
era antigo passou; tudo foi renovado (...) Para tantos e tantos povos, que esta célebre solenidade reúne por
toda a parte em nome de Cristo, pôs-se o sol, mas sem deixar de ser dia, pois à luz que brilhava no Céu
sucedeu a luz da terra (...) Assim, pois, nesta solenidade celebramos agora a memória daquela noite que
dava início ao dia do Senhor e passamos em vigília a noite em que o Senhor ressuscitou e em que inaugurou
para nós a sua carne, aquela vida em que não há morte nem sono” (AGOSTINHO DE HIPONA. Sermão 221.
In Antologia Litúrgica. Textos litúrgicos, patrísticos e canônicos do Primeiro Milênio. Fátima Secretariado
Nacional de Liturgia, 2003, nn. 3859-3860.3862).
Nesta noite de alegria verdadeira, que o Cristo ressuscitado, vencedor da morte, dissipe as trevas do nosso
coração e da nossa mente. Com toda a criação, celebramos a vitória da vida sobre a morte. Não
procuremos entre os mortos. Aquele que está vivo. Sejamos pessoas que professam a fé na ressurreição e
na possibilidade de vida para todas as pessoas e de todas as coisas que existem neste mundo.
2. Recordando a Palavra
A leitura de evangelho de Mateus começa ressaltando o gesto piedoso de Maria Madalena e da outra
Maria, que vão ao sepulcro de Jesus, ao raiar do primeiro dia da semana. Em meio às trevas da noite, a
ressurreição de Jesus ilumina, renova a criação e faz renascer a esperança.
As mulheres discípulas, que haviam seguido o Mestre desde a Galiléia, prestando-lhe serviços, não o
abandonaram na hora da paixão e a cruz (cf. 27, 55-56.61). Elas retornam ao sepulcro, impelidas pelo amor
a Jesus, que havia restaurado sua dignidade e as acolhido como discípulas.
A ressurreição de Jesus é acompanhada de sinais salvíficos que remetem, sobretudo, às teofanias. Como
novo Moisés, Cristo ressuscitado é o verdadeiro libertador, que realiza plenamente as promessas antigas de
salvação. O anjo do Senhor desce do céu, remove a pedra do túmulo e senta-se sobre ela, como sinal da
vitória sobre a morte.
O Pai não abandona o Filho, o ressuscita e lhe dá o poder (cf. 28,18). As vestes resplandecentes do anjo
lembram o Cristo transfigurado (cf. 17,2). O enviado de Deus revela a Boa Notícia da ressurreição de Jesus
às mulheres discípulas: “Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui! Ressuscitou, como havia dito! Vinde
ver o lugar em que ele estava” (28,5-6). Junto ao sepulcro vazio, na manhã da Páscoa, as mulheres
compreendem o sentido da vitória de Cristo sobre a morte.
O anúncio do mensageiro de Deus leva a compreender o ensinamento sobre a ressurreição de Jesus (cf.
16,21; 17,23;20,19). A memória das palavras e dos gestos de Jesus, a experiência pascal faz as discípulas
fiéis superarem o medo e anunciarem a alegre notícia da ressurreição: “Ide depressa contar aos discípulos:
Ele ressuscitou dos mortos e vai à vossa frente para a Galileia “ (28,7).
Jesus, na hora da paixão, havia prometido que, de novo, encontraria os discípulos na Galileia (cf. 26,31-32).
Ele manifesta sua presença viva naquela região de todas as raças, região dos pobres e excluídos, onde havia
iniciado seu ministério.
Jesus ressuscitado vem ao encontro e saúda as mulheres com a alegria pascal: “Alegrai-vos!” (28,9),
fortalecendo a fé e a esperança. O encontro com o Ressuscitado na vida, nas orações e nas celebrações,
transforma a vida da comunidade. As mulheres se aproximam do Senhor e prostram-se num gesto de
súplica e adoração.
3
Experimentam novamente a força viva do seu amor, que as impulsiona a anunciar a Boa-Nova da
ressurreição: “Não tenhais medo; ide anunciar a meus irmãos que vão para Galileia. Lá me verão” (28,10). A
comunidade discípula, iluminada pela presença viva do Senhor, pelo encontro com sua palavra, continua a
missão libertadora em meio às adversidades.
As outras leituras desta noite de júbilo pascal revelam também o mistério da luz divina, que ilumina o povo
ao longo da história da salvação. Por seu conteúdo e simbolismo, constituem uma catequese batismal, que
culmina na vida nova manifestada em Cristo. Assim, na obra salvífica de Cristo, plenificada por sua
ressurreição gloriosa, cumprem-se plenamente as promessas antigas de salvação.
Na leitura de Gênesis 1, 1-2,2 , o Deus Criador faz luz resplandecer sobre as trevas e transforma o caos em
cosmos. Sua obra de amor proporciona que a vida desabroche plenamente em todo o universo. ”Deus criou
o ser humano à sua imagem, à imagem de Deus o criou” (1,27), para estar a serviço da liberdade e da
dignidade. Em Cristo, morto e ressuscitado, Deus manifesta a nova criação, o mundo renovado.
Em Gênesis 22, 1-18, Abraão revela-se como o pai da fé através da obediência incondicional ao Senhor. A
palavra o orienta a “redimir” seu primogênito Isaac com o sacrifício de um animal. O caminho de fidelidade
de Abraão é coroado com a confirmação da promessa de uma “descendência numerosa” (22,17).
O episódio prefigura, para os cristãos, a morte e a ressurreição de Jesus., Semelhante a Isaac, que carrega a
lenha para o próprio sacrifício (cf. Gn 22,6), Jesus é a vitima que carrega sua cruz (cf. Jo 19,17), sobre a qual
entrega a vida pela redenção da humanidade.
A leitura do livro do Êxodo sublinha a ação salvífica de Deus, que intervém em favor do povo oprimido no
Egito, “fazendo recuar o mar e transformando-o em terra seca” (14,21). Conduzido pela presença luminosa
do Senhor, o povo alcança a liberdade e atravessa o Mar Vermelho em busca da terra prometida.
A fé no Deus libertador é celebrada com gratidão: “Ele foi para mim a salvação. Ele é meu Deus, eu o
glorificarei” (15,2). Em Cristo, que passou da morte para a vida por meio da ressurreição, realiza-se um novo
êxodo. A luz do Ressuscitado ilumina o caminho batismal, que conduz ao renascimento para uma vida nova.
As leituras dos profetas Isaías (54,5-14; 55 1-11), Baruc e Ezequiel acentuam o amor incondicional do
Senhor, que leva o povo a renovar a esperança de libertação plena ao longo do caminho. Com misericórdia
eterna, o Senhor consola o povo exilado na Babilônia, manifestando-lhe a salvação (cf. Is 54,8). O povo é
convidado a acolher a palavra, que “não volta sem produzir seu resultado (...) sem cumprir com sucesso sua
missão” (Is 55,11).
Em meio ao sofrimento causado pelas infidelidades à aliança, pelas injustiças e opressões, a palavra
profética impele à conversão: “Derramarei sobre vós água pura e sereis purificados. (...) Eu vos darei um
coração novo e porei em vós um espírito novo” (Ez 36, 25-26). Jesus, com sua ressurreição, faz renascer a
esperança de vida nova em todos os que mergulham nas águas batismais e se deixam transformar por sua
palavra de salvação.
A leitura da carta aos Romanos ressalta que a ressurreição de Cristo venceu a morte para sempre,
libertando-nos da escravidão para a vida nova de filhos e filhas. Paulo, a partir da experiência de conversão
em Cristo, afirma que “pelo batismo fomos, sepultados com ele na morte, para que, como Cristo foi
ressuscitado dos mortos pela ação gloriosa do Pai, assim também nós vivamos uma vida nova” (6,4).
Mergulhados na morte e na ressurreição de Cristo, nos tornamos criaturas novas, comprometidas em
construir relações de comunhão com o outro, com Deus e com toda criação.
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“No batismo, o ser humano recebe uma doutrina que deve professar e uma forma concreta de vida que
requer o envolvimento de toda a sua pessoa, encaminhando-a para o bem; é transferido para um novo
âmbito, confiado a um novo ambiente, a uma nova maneira comum de agir, na Igreja.
Deste modo, o batismo recorda-nos que a fé não é obra do indivíduo isolado, não é um ato que o ser
humano possa realizar contando apenas com as próprias forças, mas tem de ser recebida, entrando na
comunhão eclesial que transmite o dom de Deus: ninguém se batiza a si mesmo, tal como ninguém vem
sozinho à existência. Fomos batizados” (Lumen Fidei, n.41).
3. Atualizando a Palavra
Nesta noite luminosa da Vigília Pascal, a palavra sublinha o mistério da luz do Ressuscitado, que
resplandece e vence a morte, plenificando a história da salvação. A presença amorosa do Pai, que sustentou
o cainho da fé e esperança do povo, permanece conosco em Cristo ressuscitado. Como para as discípulas do
evangelho de hoje, a ressurreição de Jesus é a Boa Notícia, que no enche de alegria e nos impele ao
testemunho.
Jesus ressuscitado manifesta a força da vida, que renova todas as criaturas, todo o universo. Ressuscitado
dentre os mortos, ele tornou-se o fundamento da nossa fé e da nossa esperança. Paulo afirma que “se
Cristo não ressuscitou, a vossa fé não tem nenhum valor” (1Cor 15,17).
“Quem acredita, vê; vê com uma luz que ilumina todo percurso da estrada, porque nos vem de Cristo
ressuscitado, estrela da manhã que não tem ocaso” (Lumen Fidei, n.1). O Senhor, vivo e atuante em nosso
meio, renova nossa esperança, pra que possamos construir um mundo novo, de amor e solidariedade.
Ione Buyst chama a atenção para reconhecermos os sinais da presença viva do Senhor em nosso meio.
“Proclamamos, Senhor, a vossa ressurreição naqueles que conseguem dar a volta por cima da pobreza, da
falta de tudo na vida, da mágoa, da cobiça e da vontade de vingança, da inércia e da falta de vontade de
viver e lutar; naqueles que promovem o direto e as condições de vida digna, a cidadania e a paz entre povos
e culturas; naqueles que promovem e trabalham para instaurar estruturas de justiça e do bem-viver,
naqueles que trabalham para recuperar o equilíbrio ecológico de nossa mãe Terra” (cf. Ione Buyst, 27ª
Semana de Liturgia. São Paulo, 14-18/10/2013).
Alegremo-nos, porque o Senhor, o Vivente, vem ao nosso encontro e confirma nossa missão, como fez com
as discípulas do evangelho. O Papa Francisco afirma que a morte e a ressurreição de Jesus é o coração da
nossa esperança. As primeiras testemunhas deste acontecimento foram às mulheres. De madrugada, elas
vão ao sepulcro para ungir o corpo de Jesus e encontram o primeiro sinal: o túmulo vazio (cf. Mc 16,1).
Depois, segue-se o encontro com um mensageiro de Deus que anuncia: “Jesus, o nazareno, aquele que foi
crucificado? Ele ressuscitou, não está aqui!” (Mc 16, 5-6).
As mulheres são impelidas pelo amor e sabem acolher este anúncio com fé: acreditam e imediatamente o
transmitem; não o conservam para si mesmas, mas o transmitem. A alegria de saber que Jesus está vivo e a
esperança que enche o coração não podem ser contidas. Isto deveria se verificar também nas nossas vidas.
Sintamos a alegria de ser cristãos! Acreditemos no Ressuscitado que venceu o mal e a morte! Tenhamos a
coragem de “sair” para levar esta alegria e esta luz a todos os lugares da nossa vida! A Ressurreição de
Cristo é nossa maior certeza; é o tesouro mais precioso!
Como não compartilhar com os outros este tesouro, esta certeza? Não é somente para nós, devemos
transmiti-la, comunicá-la aos outros, compartilhá-la com o próximo. Consiste precisamente nisto o nosso
testemunho (Cf. Papa Francisco. Audiência geral. Praça de São Pedro, quarta-feira, 3 de abril de 2013).
4. Ligando a Palavra com ação litúrgica
5
Celebrando a Vigília Pascal, a comunidade vai sendo introduzida na contemplação da Páscoa em todas as
suas dimensões: a liturgia da luz celebra a Páscoa cósmica, que marca a passagem das trevas para a luz; a
liturgia da Palavra celebra a Páscoa histórica, evocando os principais momentos da história da salvação; a
liturgia batismal celebra a Páscoa da Igreja, povo novo suscitado pela fonte batismal; a liturgia eucarística
celebra a Páscoa perene e escatológica, com a participação no convite eucarístico, imagem da vida nova e
do reino prometido (Cf. Matias AUGÉ. Quaresma, páscoa, pentecostes; tempo de renovação no Espírito.
São Paulo, Ave Maria, 2005, p.66-67).
De rito em rito, embora diferenciados em diversas partes claramente definidas, formam um conjunto
unitário girando em torno do núcleo essencial da Palavra de Deus e da Eucaristia. Pelos sinais sacramentaispascais da luz, da água, do pão e do vinho – explicitados e feitos presentes pela Palavra de Deus – se
significa e se faz presente a realidade da Páscoa do Senhor, para que se torne nossa e a expressemos em
nossa vida.
Nós, comunidade de fé em constante vigília, participamos exterior e interiormente, escutando Deus que
nos fala por sua Palavra e falando com Ele por nossas orações, como lembra Santo Agostinho: “Se
escutarmos com obediência suas palavras, Aquele que nós invocamos com a nossa oração morará em nós”
(AGOSTINHO DE HIPONA. Sermão 219. In Antologia Litúrgica., Texto litúrgicos, patrísticos e canônicos do
Primeiro Milênio. Fátima: Secretariado Nacional de Liturgia, 2003, nº 3857).
Todos os sinais simbólicos são pascais. O Espírito do Senhor vai nos guiando de forma que, ouvindo a
Palavra e celebrando os mistérios do Senhor, podemos ter a firme esperança e certeza de participar do seu
triunfo sobre a morte e de sua vida em Deus (Cf. exortação inicial).
Percorremos este itinerário na certeza de que Ele ressuscitou. A vida triunfou, aleluia. A luz venceu as
trevas.
Que a experiência da ressurreição nos faça pessoas pascais – unidas no amor do Senhor e comprometidas
com o Reino de paz e de justiça.
ORAÇÃO DOS FIÉIS:
Presidente Na noite que Deus demonstra sua força e seu poder com a vitória sobre a morte para nos
conceder a vida plena, elevemos nossas preces aos céus.
1. Senhor do céu e da terra, vós que sois a fonte de toda a vida;
Todos: Fortalecei a Igreja para que nunca se canse de promover a vida plena no mundo.
(Silêncio)
2. Vós que ofereceis a vida plena pela ressurreição de vosso Filho Jesus;
Todos: Ajudai-nos a dar vida ao nosso planeta, que geme as dores de parto.
(Silêncio)
3. Vós que enviastes vosso Filho para nos trazer o dom da fraternidade e da paz;
Todos: Olhai nosso mundo que destrói a vida pelo aborto, pela eutanásia, pelas drogas, pelas guerras e
com tantas formas de violência.
(Silêncio)
4. Vós que nos concedeis a alegria de celebrar mais uma Páscoa;
Todos: Iluminai nossa comunidade com a luz da ressurreição de Jesus para que possamos ser fiéis ao
vosso projeto salvador.
6
(Silêncio)
(Outras intenções)
Presidente: Nós vos agradecemos, ó Pai a alegria de poder participar da vida plena que vós nos ofereceis
pela ressurreição de Jesus. Considerai nossas preces que fazemos com o coração em festa e atendei-nos em
nossas necessidades. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.
ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS
Presidente: Acolhei, ó Deus, com estas oferendas as preces do vosso povo, para que a nova vida, que brota
do Mistério Pascal, seja por vossa graça penhor da eternidade. Por Cristo, nosso Senhor!
Todos: Amém.
ORAÇÃO PÓS-COMUNHÃO:
Presidente: Ó Deus, derramai em nós o vosso espírito de caridade, para que, saciados pelos sacramentos
pascais, permanecemos unidos no vosso amor. Por Cristo, nosso Senhor!
Todos: Amém.
BÊNÇÃO
Presente: O Senhor esteja convosco. Aleluia. Aleluia.
Todos: Ele está no meio de nós. Aleluia. Aleluia.
Presidente: Abençoe-vos o Deus todo-poderoso nesta solenidade da Páscoa, e cheio de misericórdia vos
defenda de todo o perigo do pecado. Aleluia. Aleluia.
Todos: Amém. Aleluia. Aleluia.
Presidente: E Aquele que na ressurreição do seu Unigênito vos restaura para uma vida eterna vos cumule
com os prêmios da imortalidade. Aleluia. Aleluia.
Todos: Amém. Aleluia. Aleluia.
Presidente: E vós, que terminados os dias da Paixão do Senhor, celebrais as festas da Páscoa, possais chegar
àquele festim que se soleniza em gozos eternos, com sua ajuda e as almas exultantes. Aleluia. Aleluia.
Todos: Amém. Aleluia. Aleluia.
Presidente: Abençoe-vos Deus todo-poderoso PAI + E FILHO E ESPÍRITO SANTO.
Todos: Amém.
Presidente: Levai a todos a alegria de Jesus Ressuscitado. Ide em paz e o Senhor vos acompanhe.
Todos: Graças a Deus, aleluia, aleluia!
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