- PDF - IHF - Instituto Hercule Florence
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O Olhar de Hercule Florence sobre os Índios Brasileiros Os Apiaká HERCULE FLORENCE, 1804-1879 Indienne Apiacá au Diamantino de Matto Grosso - Fevereiro 1828 Aquarela e nanquim, 19,0 x 27,2 cm Arquivo da Academia de Ciências (São Petersburgo) Os homens tatuam o rosto, tatuagem que é sempre a mesma em todos, enquanto a das mulheres é mais simples e uniforme. Além da do rosto, que parece uma distinção tribal, capricham os homens em desenhos do tipo, espalhados pelo peito e pelo ventre, em que predominam quadrados e ângulos retos, paralelos entre si. — Hercule Florence, 1828 HERCULE FLORENCE, 1804-1879 Indien Apiacá 28 abril 1828 Aquarela, 22,0 x 30,0 cm Arquivo da Academia de Ciências (São Petersburgo) Grosseiras figuras de animais e peixes distribuem-se por seus braços e pernas, em meio a elas a de homem ou mulher. Afora a tatuagem fixa, pintam com suco do jenipapo o próprio corpo, dando as mais caprichosas conformações às negras pinturas, que duram até que a tinta se apague, obra de vinte dias ou um mês. HERCULE FLORENCE, 1804-1879 Página 373 do manuscrito L’Ami des Arts..., 1837-1859 Tinta ferrogálica e grafitesobre papel: 30,0 x 20,0 cm Coleção Instituto Hercule Florence (São Paulo) Encontro da Expedição Langsdorff com os índios Apiaká Histórico do contato HERCULE FLORENCE, 1804-1879 Os Apiaká, falantes da língua Apiaká, da família Tupi-Guarani, distribuíam-se pelas margens dos Rios Arinos e Juruena. Guerreavam contra os Kayabi, os Tapayúna e os Nambikwára. Com os brancos, porém, estabeleceram uma relação pacífica. Apiacás. Habitation des Apiacás sur l’Arinos, Avril 1828 De 1850 a 1960, os Apiaká foram submetidos ao brutal regime de trabalho dos seringais e vitimados por epidemias. Em dois séculos de contato, perderam a língua e o modo de vida tradicional. Miscigenaram-se com brancos e outras etnias, formando diferentes arranjos “misturados” na sociedade nacional. Considerados extintos em 1957, sua população hoje é estimada em 500 a 1000 pessoas. Aquarela, nanquim e grafite sobre papel Arquivo da Academia de Ciências (São Petersburgo) Ampliação na página seguinte. Apiaká no L’Ami des Arts HERCULE FLORENCE, 1804-1879 Página 372 do manuscrito L’Ami des Arts…, 1837-1859 Tinta ferrogálica e grafite sobre papel 30,0 x 20,0 cm Coleção Instituto Hercule Florence (São Paulo) Apiaká no L’Ami des Arts HERCULE FLORENCE, 1804-1879 Página 374 do manuscrito L’Ami des Arts…, 1837-1859 Tinta ferrogálica e grafite sobre papel 30,0 x 20,0 cm Coleção Instituto Hercule Florence (São Paulo) Situação Atual A população Apiaká, sem contar o grupo arredio de que a FUNAI (Fundação Nacional do Índio) teve notícia, soma de 500 a 1000 pessoas distribuídas por várias aldeias nos cursos dos rios Arinos, Juruena e Teles Pires e em cidades como Juara, Porto dos Gaúchos e Cuiabá, no estado de Mato Grosso e Belém, no Pará. A maior parte da população vive na Terra Indígena Apiaká-Kayabi, na margem direita do rio dos Peixes. Os Apiaká, famosos pela rica culinária, retomaram as atividades tradicionais de caça, pesca, coleta e agricultura, além de criação de animais domésticos e extração do látex da seringueira. WENZEL, Eugênio Gervásio Apiakás na Aldeia Nova Esperança (MT) 1981 Fotografia Arquivo pessoal do autor Ampliação na página seguinte. Situação Atual • Considerados extintos em meados do século XX • Buscas posteriores mostraram a existência de 7 aldeias no Mato Grosso e Pará • O Quadro Geral dos Povos Indígenas disponibilizado pelo Instituto Socioambiental (ISA) registrava 844 Apiakás em 2012 • Sua língua não teve a mesma sorte: o último falante faleceu em 2011 no Mato Grosso HERCULE FLORENCE, 1804-1879 Apiaká em Diamantino - 1º março 1828 Aquarela, 21,8 x 32,0 cm Arquivo da Academia de Ciências (São Petersburgo) Hercule Florence e a reconstrução da memória Apiaká Hercule Florence e a reconstrução da memória Apiaká Fotos de Eugênio Gervásio Wenzel Hercule Florence e a reconstrução da memória Apiaká Cartilha Apiacá, 2009 Acervos parceiros: Ficha Técnica Projeto, Coordenação geral e Produção Instituto Hercule Florence Transporte Millenium Transportes Curadoria Glória Kok Seguro Affinitè Consultoria e Corretagem de Seguros Francis Melvin Lee Textos Glória Kok Instituto Hercule Florence Expografia e Comunicação visual Zol Design Comunicação visual em tablets Lucas Aguilera - Alth Design Tratamento de imagens Motivo Assessoria de imprensa Cecilia do Val Laudos de conservação Ana Carolina Delgado Vieira Maria Julia Vicentim Montagem Regivaldo Leite da Silva Renato Coelho Gomes Realização Governo do Estado Secretaria da Cultura do Estado Instituto Hercule Florence Parcerias Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo Instituto Socioambiental LEER-USP Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária PRCEU Apoio Arquivo da Academia de Ciências da Rússia Bibliothèque Nationale de France Instituto Moreira Salles – Fotografia Instituto Moreira Salles – Iconografia Laboratório de Imagem e Som em Antropologia da Universidade de São Paulo Museu do Índio (Rio de Janeiro) Museu Índia Vanuire (Tupã) Museu Nacional (Rio de Janeiro) Agradecimentos Ana Lange Betty Mindlin Bruno Aguiar Carlito Dutra Claudio A. 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