A imagem das Relações Públicas pelos próprios RP`s: o
Transcrição
A imagem das Relações Públicas pelos próprios RP`s: o
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO – USP Escola de Comunicações e Artes – ECA Departamento de Relações Públicas, Publicidade e Turismo – CRP A imagem das Relações Públicas pelos próprios RP’s: o caso da série PoweR Girls ALINE TALAVERA Orientador: Prof. Dr. Paulo Nassar SÃO PAULO - 2007 -2- ALINE TALAVERA A imagem das Relações Públicas pelos próprios RP’s: o caso da série PoweR Girls Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Relações Públicas, Publicidade e Turismo da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo como requisito parcial para a formação em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas. Orientador: Prof. Dr. Paulo Nassar SÃO PAULO – 2007 -3- TALAVERA, Aline A imagem das Relações Públicas pelos próprios RP’s: o caso da série PoweR Girls – Aline Talavera São Paulo: ECA/USP – Escola de Comunicações e Artes/Universidade de São Paulo, 2007. Total de folhas.: 82 Orientador: Prof. Dr. Paulo Nassar TCC (graduação) – ECA/USP – Escola de Comunicações e Artes/Universidade de São Paulo, 2007. 1. Assunto: Relações Públicas, profissão, contextos brasileiro e norte-americano, PoweR Girls, série. I. Prof. Dr. Paulo Nassar II. ECA/USP III. A imagem das Relações Públicas pelos próprios RP’s: o caso da série PoweR Girls -4- F olha de aprovação Trabalho de conclusão de curso defendido em ______ de ________________ de _______. Comissão julgadora: 1. ________________________________________________ 2. ________________________________________________ 3. ________________________________________________ -5- "Sou eu próprio uma questão colocada ao mundo e devo fornecer minha resposta; caso contrário, estarei reduzido à resposta que o mundo me der." (Carl Gustav Jung) -6- A gradecimentos À minha família nuclear: Cezar Talavera Junior, Leda Maria Bastoni Talavera e Ana Paula Talavera; que me deram a vida e me ensinaram sobre ela. À minha família extendida: Marco Antônio Bastoni, Ágner Bastoni, Cezar Talavera e Luiza Franzo Martins; pelos bons exemplos de caráter. Às minhas amigas: Carolina Lopes, Lucimara Silva, Sumara Araújo Dias da Silva e Silvia Sousa; lindas mulheres que florescem. Ao meu companheiro: Ronaldo Gomes Gonçalves; o parceiro que caminha ao meu lado. Aos meus guias espirituais: Antonio Féller e Katia Pyloridis; por me ensinarem o caminho do auto-conhecimento. Aos professores ecanos: Prof. Dr. Clóvis de Barros Filho; Prof. Dr. Ismar de Oliveira; Prof. Dr. Luiz Alberto de Farias; Prof. Dra. Margarida Maria Krohling Kunsch; Prof. Dra. Maria Aparecida Ferrari; Prof. Dra. Mariângela Haswani; Prof. Dr. Mássimo Di Felice e especialmente ao Prof. Dr. Paulo Nassar por marcarem minha formação, permitirem um olhar crítico sobre o mundo e fazerem me apaixonar pelas Relações Públicas. -7- R esumo O presente trabalho baseia-se em um estudo de caso a respeito da série norteamericana PoweR Girls. Um grupo focal foi realizado em abril de 2007 com sete alunos do curso de Relações Públicas da ECA-USP para levantar qual a posição e opinião sobre o primeiro capítulo do programa. Houve propostas sobre o histórico da profissão de RP; a situação atual da mesma nos contextos mercadológicos e acadêmicos; o contexto norte-americano em que a série foi produzida e os detalhes sobre a mesma. Desta forma, foi possível identificar as semelhanças e diferenças dos dois países e o conhecimento das opiniões dos futuros graduados no grupo focal. O arcabouço teórico foi feito a partir de autores renomados de comunicação social, filosofia, psicologia e sociologia. Além disso, sites de internet foram consultados a fim de tornar este TCC o mais atualizado possível. Palavras-chave: Relações Públicas, profissão, contextos brasileiro e norte-americano, PoweR Girls, série. -8- A bstract This present work is based on a case study that refers to a North American sitcom called PoweR Girls. A focus group was done in April, 2007 with seven students of the Public Relations course at ECA-USP to understand which are the position and the opinion about the first chapter of the program. There were proposals about the history of PR profession; its situation in the market and in the universities; the North American context in which the sitcom was produced and its details. So, it was possible to identify the equal points and the differences of the two countries and to know the opinions of the future graduated in the focus group. The theorical framework was made by renowned authors in the fields of Communication, Philosophy, Psychology and Sociology. Besides it, internet websites were consulted trying to turn this TCC the most actualized possible. Key-words: Public Relations, profession, Brazilian and North American contexts, PoweR Girls, sitcom. -9- R esumen Este presente trabajo está baseado en un estudio de caso que se refiere a una série norte-americana conocida por PoweR Girls. Un grupo focal fue hecho en abril de 2007 con siete estudiantes de Relaciones Públicas en el curso de ECA-USP para comprender cuáles son la posición y la opinión a respecto del primero capítulo del programa. Hubo propuestas sobre la história de la profesión de RP; su situación en el mercado y en las universidades; el contexto norte-americano en el cual la série fue producida y sus detalles. Entonces, fue posible identificar los puntos en común y las diferencias de los dos países y saber las opiniones de los futuros graduados en el grupo focal. El arcabouso teórico fue baseado en autores renomados en los campos de comunicación, filosofía, sicología y sociología. A parte de todo eso, sítios de internet fueran consultados a fin de tornar este TCC lo más actualizado posible. Palabras-clave: Relaciones Públicas, profesión, contextos brasileños y norteamericano, PoweR Girls, série. - 10 - S umário Capa Contra-capa Ficha catalográfica Folha de aprovação Citação Agradecimento Resumo Abstract Resumen 1 – Introdução …………………………………………………………………... 11 2 – A profissão de RP ………………………………………………………….. 14 2.1 – História ………………………………………………………………….. 14 2.2 – Entidades de categoria ………………………………………………... 18 2.3 – RP na FUVEST …………………………………………………………. 25 3 – Contexto EUA ……………………………………………………………….. 31 3.1 – A série PoweR Girls ……………………………………………………. 35 3.2 – Transcrição primeiro capítulo …………………………………………. 38 3.3 – Grupo Focal ………………………………………………………………58 4 – Considerações finais ………………………………………………………… 65 5 – Anexos ………………………………………………………………………… 66 6 – Referências bibliográficas …………………………………………………….80 7 – Webgrafia …………………………………………………..............................82 - 11 - 1 Introdução O presente trabalho visa analisar a opinião dos profissionais de Relações Públicas sobre a própria profissão. Foi feito um grupo focal no 1º semestre de 2007 com sete graduandos do curso da ECA-USP. A partir da apresentação do vídeo do primeiro capítulo da série PoweR Girls, seguiu-se uma discussão a respeito da percepção que os espectadores tiveram do estereótipo da profissão no vídeo. De acordo com Judy Gahagan: “Um estereótipo é uma supergeneralização: não pode ser verdadeiro para todos os membros de um grupo (...). O estereótipo é, provavelmente, muito inexacto como descrição de um dado sujeito (...), mas não dada qualquer outra informação, constitui uma conjectura racional.” (GAHAGAN, 1980:70) A fim de fundamentar a hipótese, os resultados levantados e a conclusão a respeito da análise, foi proposto um panorama geral a respeito das RRPP no Brasil. “(...) tampouco há unanimidade entre as numerosas definições difundidas acerca das Relações Públicas.” (MORATO, 1991:18) - 12 Desta forma, a história, a análise das entidades de classe, os números de cursos de graduação abertos no país, os concursos públicos e a perspectiva salarial para a profissão permitem um pano de fundo para entender se as opiniões expressas no grupo focal possuem ou não fundamento na realidade ou são questões subjetivas que se referem à auto-estima profissional. “A entrevista moderna de grupo focal geralmente envolve de 8 a 12 indivíduos que discutem um tópico em particular com a orientação do moderador que promove interação e assegura que a discussão ficará em um mesmo (STEWART, tópico de SHAMDASANI interesse.” e ROOK, 1989:37) Em um segundo momento, faz-se a análise da série propriamente dita. A transcrição do roteiro permitiu uma reflexão sobre como a linguagem e o seu discurso realizam a configuração da profissão de RP nos EUA. Saber se a realidade norteamericana possui um espelho moral e ético no cotidiano brasileiro é o objetivo do trabalho. “há uma grande variedade de respostas morais às perguntas que a vida humana, a vida individual e, sobretudo, a vida coletiva suscitam. (...) Em síntese, pode dizer-se que toda norma moral é uma transcriação de significações culturais que definem uma sociedade numa época.” (MORATO, 1991:18) Os anexos coletados são atuais e se referem à profissionalização da atividade e à discussão da (des)regulamentação da profissão. O caminho escolhido de levantar a - 13 realidade das Relações Públicas nestes dois aspectos, o mercado e a universidade, estão na linha de reflexão da Profª Margarida Maria Krohling Kunsch: “(...) elas [as Relações Públicas] devem ser contempladas em duas dimensões: como prática profissional acadêmico 2006:33) de e como estudos.” campo (KUNSCH, - 14 - 2 A profissão de RP 2.1 - História A profissão de Relações Públicas é praticada ao longo da história da humanidade sob diversas alcunhas, acompanhando representantes políticos, reis, imperadores e homens de negócio. Contudo, a nomenclatura como tal se deu no início do século XX com a idéia inicial de Ivy Lee. “(...) nos Estados Unidos cresciam os monopólios, e havia diversos grupos em choque dada a grande concentração de riquezas em poucas mãos. O público demonstrava-se hostil em relação ao mundo dos negócios realizando inúmeros protestos em busca de melhor condição de vida. Por isso, as empresas precisavam repensar o modo de relacionamento com seus públicos (...) .” (POPOV e GODOY, 2006:25) Ele apresentou aos businessmen estadunidenses uma perspectiva de imprensa como via de informação e não como veículo pago. A competição da economia norteamericana e a imagem desgastada que os empresários possuíam frente à opinião pública no início do século XX foram o celeiro para o nascimento da profissão. Elas surgiram para “(...) ajudar as grandes corporações de negócios e os departamentos de governo a - 15 se relacionarem melhor com os seus públicos” (KUNSCH, 2006:33) No Brasil, a primeira empresa a ter um departamento de Relações Públicas foi a The San Paulo Tramway Light and Power Company Limited, hoje Eletropaulo. O “Dia Nacional de Relações Públicas”, em 2 de dezembro, é comemorado devido ao dia do nascimento do engenheiro Eduardo Pinheiro Lobo, engenheiro por formação, mas que foi o primeiro chefe neste departamento. “No Brasil, o avanço da indústria de base no governo de Getúlio Vargas surte medidas voltadas para a legislação social. O DIP – Departamento de Imprensa e Propaganda – foi criado para difundir o getulismo, cujo discurso pregava a democracia econômica e social, melhor compreensão entre as classes e amparo aos humildes. Enfim, a construção de uma imagem na qual o paternalismo adotava uma prática assistencialista.” (KUNSCH, 2006:22) Anteriormente à efetivação do curso de Relações Públicas na ECA-USP, houve uma iniciativa pioneira comandada pelo Profº Mário Wagner Vieira da Cunha no departamento de administração da USP: ele promovou uma discussão sobre as RRPP e suas correlações com a propaganda e ciências sociais. De acordo com o Profº Cândido Teobaldo de Andrade, “A Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, em 1967, instituiu, no Brasil, o primeiro curso superior - 16 de Relações Públicas, com a duração de quatro anos.” (ANDRADE, 2001:75) Atualmente, observam-se diversas terminologias para definir a área de atuação do profissional de RP: comunicação organizacional, comunicação institucional, comunicação integradas, relacionamento com os públicos, assessoria de relacionamento. “Uma primeira organizações, departamento frente está nas especificamente de comunicação nos social, marketing e recursos humanos (...). Outra frente é a de prestação de serviços externos, em empresas e assessorias de comunicação, de imprensa e de relações públicas (...). Uma terceira frente é a da atuação independente em nível de consultoria e assessoria de comunicação (...).” (KUNSCH, 2003:118) Além disso, atividades que são originalmente da profissão foram subdivididas, como: endomarketing, assessoria de imprensa, lobby, pesquisa, cerimonial, protocolo, organização de eventos e planejamento de comunicação. “Esses instrumentos [de comunicação institucional] são: as relações públicas, às quais cabe delinear e gerenciar essa comunicação, o jornalismo empresarial, a assessoria de publicidade/propaganda imprensa, institucional, a a imagem e a identidade corporativa, o marketing social, o marketing cultura e a - 17 editoração multimídia.” (KUNSCH, 2003:166) Afinal, a atividade desta habilitação da comunicação social – advinda das ciências sociais aplicadas – é gerir a imagem e a opinião pública de determinado cliente. “As Relações Públicas não se constituem numa ciência enquanto explicação sistemática do mundo. Mas, desde que estão afetos [sic] à sua atividade a compreensão, a previsão e o controle dos fenômenos da sociedade, elas se enquadram entre as Ciências Sociais.” (VIEIRA, 2005:15) - 18 - 2 – Entidades de categoria A apresentação das entidades que congregam a profissão de Relações Públicas visa demonstrar o quanto elas estão unidas pela mesma causa, apesar de atuarem de formas diversas: “A Associação Brasileira de Relações Públicas, a Federação Nacional de Profissionais de Relações Públicas e o Conselho Federal de Profissionais de Relações Públicas vêm se esforçando para criar condições a fim de conseguir a aprovação pública dessa moderna atividade em todos os setores de nossa terra.” (ANDRADE, 2001:160) Em 1954 surgiu a ABRP – Associação Brasileira de Relações Públicas – (www.abrpnacional.com.br) que possui três seções regionais: • Distrito Federal – www.abrp.org.br • Maranhão – www.abrpma.hpg.ig.br • São Paulo – www.abrpsaopaulo.com.br A primeira finalidade da ABRP, exposta no artigo 2º de seu estatuto é, “congregar todos os profissionais que exerçam as atividades de Relações Públicas, pessoas físicas ou jurídicas, e os que exerçam atividades afins dentro dos - 19 campos da Administração e da Comunicação.” (Site ABRP) Em 12 de dezembro de 1975, a ABRP criou a “Medalha de Mérito Eduardo Pinheiro Lobo” a fim de premiar pessoas físicas ou jurídicas nacionais ou internacionais que realizaram importantes contribuições para a profissão de RP. A profissão é disciplinada pela Lei 5377, de 11 de dezembro de 1967, completando 40 anos no período que essa monografia é defendida. A ABERJE – Associação Brasileira de Comunicação Empresarial – (www.aberje.com.br) fundada também em 1967 trata com pessoas físicas e jurídicas que podem ser associados efetivos, afiliados ou honorários e visa “discutir e promover numa perspectiva local e global, a Comunicação Empresarial e Organizacional como função administrativa, política, cultural e simbólica de gestão estratégica das organizações e de fortalecimento da cidadania.” (Site Aberje) O decreto federal 68.582 de 04 de maio de 1972 regulamenta a atividade, surgindo o Conselho Federal de Relações Públicas. Atualmente, o Sistema CONFERP (www.conferp.org.br) conta com oito Conselhos Regionais de Relações Públicas, sendo eles: • CONRERP 1ª Região – Sede: Rio de Janeiro – Jurisdição RJ • CONRERP 2ª Região – Sede: São Paulo – Jurisdição SP/PR • CONRERP 3ª Região – Sede: Belo Horizonte – Jurisdição MG/BA/ES • CONRERP 4ª Região – Sede: Porto Alegre – Jurisdição RS/SC • CONRERP 5ª Região – Sede: Recife – Jurisdição PE/RN/PB/CE/PI • CONRERP 6ª Região – Sede: Brasília – Jurisdição DF/GO/TO/MT/MS - 20 • CONRERP 7ª Região – Sede: São Luís – Jurisdição MA/AM/PA/AC/RO/RR/AP • CONRERP 9ª Região – Sede: Maceió – Jurisdição AL/SE O Conselho Regional é uma autarquia federal que deve fiscalizar e regular a profissão dentro dos seus estados de atuação. Portanto, “zela pelos direitos do relações-públicas, fiscaliza o cumprimento de seus deveres e busca ampliar na sociedade globalizada em que vivemos o grande valor que a profissão representa para planejar e gerenciar os relacionamentos das organizações com seus públicos de interesse e estabelecer uma comunicação estratégica com o verdadeiramente mercado.” (Site CONRERP) Para atuar de forma legal a profissão de Relações Públicas, o profissional formado em instituição reconhecida pelo MEC deve realizar seu registro profissional como pessoa física - em duas modalidades, o provisório, quando somente há o certificado de conclusão de curso; e o definitivo, a partir da apresentação do diploma – ou como pessoa jurídica, no caso de agências de comunicação as quais devem necessariamente ter um responsável técnico com formação em RP e devidamente registrado. Segundo o Profº Cândido Teobaldo de Andrade, “O Brasil foi a primeira nação no globo terrestre a regulamentar a profissão de Relações Públicas, pela Lei n. 5.377, de 11 de dezembro de 1967.” 2001:75) (ANDRADE, - 21 - O Sinprorp - Sindicato dos Profissionais Liberais de Relações Públicas – (www.sinprorp.org.br) fundado em 1988 é “uma associação estável e permanente de profissionais com justiça em defesa dos interesses de sua categoria.” (Site SINPRORP) Observam-se tentativas por parte dessas entidades de aproximarem a realidade das RRPP com o mercado. Dois exemplos ilustrativos do diálogo é a pesquisa feita pela DataAberje e a DMR Consulting sobre a média salarial do profissional de Relações Públicas, publicada na Revista Imprensa no mês de setembro de 2007. Consultar anexo 1. Já o Conselho Federal de Relações Públicas abriu discussão sobre a alteração na Lei 5.377/67, cuja compilação pode ser vista no anexo 2 desta monografia. A Abracom – Associação Brasileira das Agências de Comunicação – (www.abracom.org.br) iniciou-se em 2000 reunindo empresário do setor de diversos estados. Em 17 de abril de 2002 56, representantes de 56 agências realizaram a assembléia que formalizou o nascimento da entidade. A partir de então, as empresas que prestam serviços de assessoria de imprensa, consultoria de comunicação, relações públicas, promoção de eventos, seminários e workshops, publicidade institucional, gerenciamento de crises, entre outros, passaram a ter sua entidade representativa. “Para dar conta da diversidade de um país de dimensões continentais, a Abracom tem 4 diretorias regionais (Sul, Sudeste, CentroOeste e Norte/Nordeste). E conta - 22 atualmente com duas coordenações estaduais (Pará e Pernambuco).” (Site Abracom) A Abrapcorp – Associação Brasileira de Pesquisadores em Comunicação Organizacional e Relações Públicas – (www.abrapcorp.org.br) foi criada depois do I Fórum de Pesquisadores em Comunicação Organizacional e Relações Públicas realizado em 15 de outubro de 2005 e tem por objetivo suprir: “a necessidade da comunidade dos pesquisadores de Relações Públicas e Comunicação Organizacional do Brasil se organizarem na forma de uma associação, a fim de que essas áreas tivessem maior representatividade para junto as Ministério de Ciência e Tecnologia, ao CNPq e aos demais órgãos de fomento a pesquisa científica, bem como na própria comunidade da área de comunicação do País.” (Site Abrapcorp) A Abecom – Associação Brasileira de Escolas de Comunicação Social – (www.eca.usp.br/associa/abecom/) é uma entidade formada por pessoas jurídicas e foi criada dia 23 de janeiro de 1984 na cidade de Brasília. Sua criação foi motivada para atuar contra a campanha desenvolvida pela Folha de S. Paulo que visava extinguir o diploma para o exercício da profissão de Jornalismo. Dentre seus objetivos, está “atuar como coordenação órgão das permanente entidades de filiadas, sempre que necessário, no sentido de adotar medidas de ordem geral relativas à preservação, desenvolvimento e - 23 aperfeiçoamento do ensino superior de Comunicação Social.” (Site ECA-USP) A Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação – (www.intercom.org.br) é uma associação científica sem fins lucrativos que foi fundada em São Paulo no dia 12 de dezembro de 1977 e participa da rede SPBC, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Seus dois primeiros objetivos são: “contribuir para a reflexão pluralista sobre os problemas emergentes da comunicação [e] contribuir para a formação de modelos de análise da Comunicação consentâneos com a sociedade e a cultura brasileiras” (Site Intercom) A Compós – Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação – (www.compos.org.br) foi fundada em Belo Horizonte em junho de 1991, sendo uma sociedade civil, sem fins lucrativos e é apoiada pelo CNPq. Seus objetivos principais são: “fortalecimento e qualificação crescentes da Pós-Graduação em Comunicação no país; a integração e intercâmbio entre os Programas existentes, bem como o apoio à implantação de novos Programas; o diálogo com instituições afins nacionais e internacionais; o estímulo à participação da comunidade acadêmica em Comunicação nas políticas do país para a área, defendendo o aperfeiçoamento profissional e o desenvolvimento teórico, cultural, - 24 científico e tecnológico no campo da Comunicação.” (Site Compós) - 25 - 2.3 – RP na FUVEST Consultando o Guia do Estudante e Vestibular 2008 na seção a respeito da profissão de Relações Públicas, define-se a mesma como “promoção da boa imagem de empresas ou instituições perante o público [sic] interno e externo” (LOMBARDI, 2008:169) e traz as áreas em que este profissional pode atuar: administração; cerimonial e protocolo; comunicação institucional; eventos; atenção ao cliente; pesquisa de opinião; planejamento estratégico e projetos institucionais. Além disso, um dado interessante que corrobora com a pesquisa da DataAberje – que se encontra nos anexos deste TCC – é sobre o salário médio inicial que é de R$ 1.600. A variação das denominações para RP não se dão somente nos departamentos das organizações públicas e privadas, mas também ocorre nas instituições de ensino superior que lecionam o curso de RP, “Comunicação institucional Social e (comunicação relações Comunicação Social comunicação integrada); públicas); (gestão de Comunicação Social (relações públicas com ênfase em marketing); Comunicação Social (relações públicas); Comunicação Social (relações públicas: turismo).” (LOMBARDI, 2008:170) - 26 Analisando as informações fornecidas pelo Guia do Estudante e Vestibular 2008, pôde-se fazer uma análise mais aprofundada a respeito da situação atual dos cursos de RP fornecidos no Brasil, partindo primeiro de uma análise qualitativa, posteriormente de comparação com os índices demográficos de cada região. De acordo com a fonte, que pode ser consultada no anexo 3, essa é a proporção por regiões dos cursos de Relações Públicas: Região Sudeste ES MG RJ SP Subtotal 2 9 3 31 45 Região Norte AM AP PA Subtotal 3 1 2 6 Região Nordeste AL BA CE MA PB PE PI Subtotal 1 9 1 1 1 3 1 17 Região Centro-Oeste DF GO MS MT Subtotal 1 4 1 1 7 Região Sul PR RS SC Subtotal 11 12 6 29 Total Geral 104 Distribuição de cursos de RP nas regiões Sudeste 28% 43% Norte Nordeste Centro-oeste Sul 7% 16% 6% - 27 Consultando a relação entre instituições públicas e privadas, obteve-se a seguinte proporção: Região Sudeste ES MG RJ SP Subtotal Pública 0 1 1 2 4 Privada 2 8 2 29 41 Região Norte AM AP PA Subtotal Pública 1 0 0 1 Privada 2 1 2 5 Região Nordeste AL BA CE MA PB PE PI Subtotal Pública 1 1 0 1 1 0 1 5 Privada 0 8 1 0 0 3 0 12 Região Centro-Oeste DF GO MS MT Subtotal Pública 0 1 0 0 1 Privada 1 3 1 1 6 Região Sul PR RS SC Subtotal Pública 2 1 1 4 Privada 9 11 5 25 Total Geral 15 89 Proporção faculdades públicas e privadas 14% Pública Privada 86% - 28 Tomou-se como referência o vestibular da Fuvest para ingresso na carreira de Relações Públicas para análise da evolução da concorrência e conhecimento sobre o curso devido aos participantes do grupo focal serem desta instituição. De acordo com os dados disponíveis no site www.fuvest.br a partir de 1980, obtiveram-se as seguintes informações: → 1980 a 1982 – nos três anos em que foi aplicada a prova para ingresso no vestibular da USP, o curso de Relações Públicas não foi contemplado separadamente em relação à carreira “Comunicações”. Todos os gráficos: “Distribuição dos pontos na Primeira Fase”; “Distribuição dos pontos nas provas da Segunda Fase” [sic]; “Distribuição por Sexo dos Candidatos” [sic]; “Índice de Discriminação nas provas da Primeira Fase” [sic]; “Questionário de Avaliação Sócio-Econômica” [sic] consideram os candidatos globalmente, impossibilitando uma análise específica do curso de RRPP. → 1983 – a partir deste ano, a carreira de Relações Públicas é analisada separamente. O único gráfico disponível é o de “Distribuição dos pontos nas provas de Segunda Fase” [sic] o qual revela que houve 51 candidatos para a 2ª fase do vestibular, sendo 8 ausentes e totalizando 15 convocados para a matrícula. → 1984 – neste período, o mesmo gráfico de 1983 é o disponível. Houve um decréscimo dos candidatos de 2ª fase (47), sendo 2 ausentes e 15 matriculados. → 1985 – nesta data, houve 46 candidatos para a 2ª fase, 3 ausentes e 15 matriculados. → 1986 – neste ano, há além do gráfico de 1983 a possibilidade de acesso ao “Distribuição por Sexo dos Candidatos” [sic]. Compareceram 42 candidatos na 2ª fase, 7 se ausentaram e 15 foram aprovados. Analisando a proporção da presença de inscritos, convocados e matriculados, há uma presença maciça de mulheres; respectivamente 86,6%, 78,6% e 77,8%. → 1987 – para esta época foram feitos mais gráficos a respeito do vestibular da FUVEST. Houve 326 inscritos para o curso de RP, 38 ausentes na 1ª fase. Na 2ª fase, foram 43 candidatos, 4 ausentes e 15 inscritos. Do total de inscritos, - 29 convocados e matriculados; houve respectivamente 51,3%, 45,7% e 46,2% de mulheres. → 1988 – aconteceu um decréscimo no número de inscritos em relação ao ano anterior, o total foi de 289 inscritos, sendo 25 ausentes. Dos inscritos, convocados e matriculados, houve 51,2%, 45,8% e 43,5% de mulheres. → 1989 – neste período, ocorreram 308 inscrições, sendo 13 candidatos ausentes. A porcentagem de mulheres foi a maior encontrada: 89,3% de inscritas; 86,8% de convocadas e 85,7% de matriculadas. → 1990 – neste ano, existiram 404 inscrições e 22 ausências. Manteve-se a proporção de mulheres relativamente: 86,9% de inscritas; 83,6% de convocads e 89,8% de matriculadas. → 1991 – o número de inscritos chegou a 397, sendo 14 ausentes. Da proporção de mulheres: 92,2% inscritas, 86,2% de convocadas e 86% de matriculadas. → 1992 – ocorreram 491 inscrições 14 ausências. De inscritos, convocados e matriculados do sexo feminino respectivamente: 83,9%, 79,3% e 77,6%. → 1993 – 401 inscrições realizadas e 6 ausências apresentadas. Existiram 85,8% de inscritas, 81,3% de convocadas e 82,6% de matriculadas. → 1994 – aumentou-se o número de inscritos: 590 e ausentes: 22. 84,4% dos inscritos, 79,7% dos convocados e 79,3% dos matriculados eram mulheres. → 1995 – 625 pessoas se inscreveram e 23 se ausentaram. 82,6% dos inscritos, 67,3% dos convocados e 55% dos matriculados eram mulheres. → 1996 – neste ano, 431 pessoas se inscreveram, 5 se ausentaram. Houve 81% de ubscrutism 77% de convocados e 70% de matriculados. → 1997 – houve 558 inscritos e 5 ausentes. 79,9% dos inscritos, 73,4% dos convocados e 70% dos matriculados são mulheres. → 1998 – 677 fizeram inscrição, 14 foram ausentes. A proporção de mulheres de inscritos, convocados e matriculados foi respectivamente 78,4%, 73,3% e 95%. → 1999 – 723 se inscreveram e 25 se ausentaram. 79,5% eram inscritas, 75,2% convocadas e 75,6% matriculadas. - 30 → 2000 – a partir deste ano, os pontos do ENEM começaram a ser utilizados. Houve um crescimento no número de inscritos (1877), porém 70 se ausentaram. 73,9% inscritas, 67,06% de convocadas e 72% aprovadas. → 2001 – 1445 inscritos e 37 ausentes. 75,43% inscritas, 65,38% convocadas e 64% aprovadas. → 2002 – 1146 inscritos e 43 ausentes. 79,14% inscritas, 80% convocadas e 84% aprovadas. → 2003 – 1420 inscritos e 63 ausentes. A partir deste ano, não há estatísticas por sexo, porém, do total, houve 146 convocados para a 2ª fase e 50 vagas (30 noturnas e 20 diurnas). → 2004 – 1371 inscritos e 50 ausentes. 141 convocados para a 2ª fase e 50 vagas. → 2005 – 1380 inscritos e 63 ausentes. 145 convocados para a 2ª fase e 50 vagas. → 2006 – 1408 inscritos e 85 ausentes. 126 convocados para a 2ª fase e 50 vagas. → 2007 – 1182 inscritos e 55 ausentes. 166 convocados para a 2ª fase e 50 vagas. - 31 - 3 Contexto nos EUA Ao contrário do que ocorre no Brasil, cujas iniciativas de fortalecimento da profissão são recentes, nos Estados Unidos, as Relações Públicas são reconhecidas por todo o mundo e o status que a atividade possui no país é grande. Isso porque, basicamente, citam-se duas realidades distintas, com historicidades específicas. “Se no século XIX existiu a prepoderância britânica no Brasil, no século XX os Estados Unidos passaram a ser importante referência no ideário brasileiro de desenvolvimento.” (CORREA, 1995:273) O problema de divulgação da profissão e a inexistência do mesmo status norteamericano do PR man também existiu “Nos Estados Unidos da América do Norte, por muito tempo, preocupações dos uma das estudiosos maiores e das entidades de RR.PP. foi a fixação dos exatos limites daquilo que poderia e deveria ser entendido como trabalho típico de Relações Públicas.” (ANDRADE, 2001:160) Ou seja, pode-se observar um maior conhecimento da profissão de RP nos EUA do que no Brasil, o que permite que o vídeo das PoweR Girls aprofunde e caracterize - 32 os diversos âmbitos das RP, ao contrário do que no Brasil, onde ainda não há uma imagem prévia da profissão, apesar da tendência crescente da mesma. Tal questão poderia explicar o porquê da série norte-americana não ter vingado nacionalmente, apresentando somente 4 capítulos na televisão fechada. “As modificações no mercado de trabalho de Relações Públicas, com o aumento de novas agências, seja por ampliação, transformação, seja por florescimento, (...), são em grande parte motivadas pelos acontecimentos decorrentes da globalização.” (FARIAS, 2004:63) Contudo, vale observar que a série norte-americana tampouco foi um sucesso estrondoso na sua terra natal. Ela teve ao todo seis capítulos na primeira temporada e não foi dada continuidade à sua feitura ou à sua divulgação televisiva. O curioso a observar é o porquê de a série PoweR Girls ter nascido nos EUA. A maneira como a sociedade norte-americana se organiza em torno dos media traz indícios a respeito do contexto em que a série foi produzida. “Quando se fala da relevância das relações públicas modernas, é lembrado o seu papel nas origens da democracia nos Estados Unidos.” (NASSAR, 2007:37) As atividades de comunicação servem para o povo norte-americano como uma via à liberdade individual, onde os assuntos privados se estiverem na circunferência do bem público devem e irão ser divulgadas. “É no final do século XIX que as relações públicas começam a ganhar nos Estados Unidos a sua face contemporânea, ainda delineada por ações comunicacionais de caráter reativo, que aconteceram em - 33 decorrência dos questionamentos acerca do comportamento empresarial por parte de sindicatos de trabalhadores, comunidades, autoridades e imprensa.” (NASSAR, 2007:40) A relação entre o que é público e privado no caso de uma figura política ou de um artista da grande mídia torna-se muito crítica, pois a curiosidade humana é alimentada pelo o que é íntimo. “As relações públicas se dizem promover o bem-estar social e a igualdade nas relações sociais numa sociedade marcada por profundas diferenças de classe, tratam os interesses privados como sendo interesses comuns de toda a sociedade, escondendo que esses interesses são comuns à classe que detém o controle econômico, social, cultural e político da sociedade.” (PERUZZO, 1986:55) É sabido que para determinado conteúdo ter relevância em uma dada cultura, a construção da notícia ocorre quando o assunto é importante para aquela comunidade. “(...) são muitos os indícios de que atualmente a área da pesquisa em meios de comunicação de massa esteja voltando a se tornar compacta sob o impulso de uma abordagem sociológica, que coloca como ponto central a questão das relações entre - 34 estrutura social, sistemas de poder e modelos de valor.” (WOLF, 2003:271) Ou seja, apesar de a série não ter vingado nos EUA, ela foi feita neste território e isso aconteceu porque há pautas para isso, devido ao conhecimento maior que a população possui da profissão de Relações Públicas, ou seja, o sistema valorativo que o povo dá a esta atividade. “os valores/notícia são critérios de relevância difundidos ao longo de todo o processo de produção: sendo assim, estão presentes não apenas na seleção das notícias, mas também permeiam os procedimentos posteriores, porém com uma importância diferente.” (WOLF, 2003:202) O status da profissão de Relações Públicas na sociedade norte-americana é grande e cabem as atividades do publicist como definido na série porque há um mercado que se alimenta de celebridades, das suas fofocas e da hipervalorização dos “15 minutos de fama” que levam o indivíduo a ser conhecido e ser esquecido rapidamente. - 35 - 3.1 – A série PoweR Girls A série PoweR Girls foi apresentada no Brasil pelo canal Multishow (www.multishow.com.br) na televisão por assinatura. O Multishow é um canal de TV por assinatura da Globosat, com foco voltado para a produção nacional para jovens e adultos de 18 a 34 anos. Um dos mais importantes canais brasileiros de entretenimento, o Multishow baseia sua programação sobre três pilares: música, humor e comportamento. Segue uma análise comparativa do Ibope do canal em comparação com a televisão a cabo. Tv Paga Multishow Sexo HH MM 46,6 53,4 48,7 51,3 Classe Social Faixa Etária AB C 4 a 11 12 a 17 18 a 24 25 a 34 35 a 49 77,9 17,9 9,0 8,4 12,6 17,1 23,8 69,1 24,2 6,3 14,8 17,4 19,8 18,9 50+ 29,1 22,7 Fonte: Ibope MediaQuiz 6. A assessoria de imprensa do canal é a In Press Porter Novelli (www.inpresspni.com.br) do Rio de Janeiro que Novelli também desenvolve as estratégias de comunicação de lançamentos para a imprensa de novos programas e produções. Contudo, na época da divulgação da série a conta era da agência Linhas & Laudas Comunicação em São Paulo a qual foi contatada para fornecer o clipping da divulgação da série, porém, não houve sucesso na resposta. - 36 Elizabeth "Lizzie" Grubman (nascida em 30 de janeiro de 1971) é uma relações públicas norte-americana. Ela é a filha de um advogado do ramo do entretenimento, Allen Grubman, e sua esposa, a falecida Yvette Grubman. Lizzie é bem conhecida como uma divulgadora de celebridades a qual fundou sua própria companhia em 1996 e tem representado Britney Spears, Jay - Z e os Backstreet Boys. Em 2005 o reality show PoweR Girls na MTV tratava de um grupo de jovens rp’s que trabalhavam para a agência de comunicação de Lizzie. O título é uma referência a um artigo de da New York Magazine a respeito dela e de seus rivais no ano de 1998, fazendo referência aos “poderes” de Lizzie, uma referência ao desenho animado “The Powerpuff Girls”, em português, As Meninas Super Poderosas. O artigo na Ela estudou na cidade de Nova Iorque nas escolas Horace Mann School, Lenox School e Dwight School e se formou na Northeastern University. Em 1995, ela se casou com Eric Gatoff, um sócio do seu pai na advocacia. Posteriormente, ela casou-se novamente com Chris Stern em 17 de março de 2006, e deu à luz a sua primeira filha, chamada Harrison Irving Stern, em 12 de dezembro de 2006. PoweR Girls foi um reality show com seis episódios exibido em 2005 pela MTV norte-americana sobre a agência de comunicação de Lizzie Grubman e sua equipe de jovens esperançosas em galgar o caminho das celebridades, glamour e relações públicas. Elas queriam conseguir uma vaga efetiva no time de Lizzie e ganhar seu respeito. A forma de chegar ao objetivo era utilizar suas habilidades profissionais e seu sex appeal feminino. - 37 - A equipe era formada por Lizzie e quatro jovens assistentes, Rachel Krupa, Ali Zweben, Kelly Brady, e Millie fazendo Monyo, divulgadoras de o trabalho de celebridades em Manhattan: planejamento a abertura de boates, lançamento de álbuns e a assessoria de imprensa à celebridades. Lizzie fazia o papel de Donald Trump em “The Apprentice” ou Roberto Justus em “O Aprendiz” no Brasil. O show estreou na MTV no dia 10 de março de 2005, porém obteve uma má resposta dos críticos. Seis episódios foram produzidos na primeira temporada, sendo que somente quatro passaram no Brasil. Para ler a entrevista que Lizzie deu ao canal CNN, acessar o anexo 4. O episódio final passou dia 14 de abril de 2005. Havia rumores que em outubro de 2005, Lizzie estava tentando produzir a segunda temporada pela Viacom Networks, mas as negociações não deram prosseguimento. Após o show, Ali Zweben passou a ser PR Manager da Intermix Boutique em Manhattan. Em 2006, Rachel Krupa tornou-se RP em Los Angeles na Berk Communications, Inc. Kelly Brady continuou a trabalhar na Lizzie Grubman Public Relations. Em 30 de setembro de 2006, ela casou com Walter Zegers, um banqueiro investidor em Manhattan, que tinha aparecido como seu namorado no programa. - 38 - 3.2 – Transcrição primeiro capítulo Segue a transcrição dos diálogos do primeiro episódio da série PoweR Girls, objeto do grupo focal, cujo CD se encontra anexo a este trabalho: - Lizzie Grubman, RP. (Lizzie) – Sou Lizzie Grubman, relações públicas. Represento boates, restaurantes, empresas, atores. Meus clientes querem seu nome na imprensa. Eu faço famosos, pessoas, lugares e coisas. (Ator) – Lizzie Grubman é minha menina, ela é a melhor do ramo. (Lizzie) – Oi, pessoal. (Pessoas) - Olá. (Lizzie) – Parabéns por ontem. (NI) – Obrigada. (Lizzie) – Tenho muitos funcionários, mas quatro garotas são a cara da empresa. Rachel é a mais antiga. Ela trabalha e farreia muito. (Rachel) – Adoro RP. Vamos às melhores inaugurações, vemos as tendências da moda antes de chegarem no mercado. Faço bico como garçonete. Foi como conheci Kelly. (Kelly) – Que bagunça! (Rachel) – E consegui um estágio para ela. - 39 - (Kelly) – Faço estágio há 6 meses na empresa da Lizzie. Trabalho meio período porque também sou modelo e atriz. (Fotógrafa) – Se aparecer tudo, relaxe. (Kelly) – Aumentei os seios porque ficava insegura com as roupas. Agora, é ótimo. Não preciso pôr enchimento. (Fotógrafa) – Está linda. (Narrador) – Kelly é insegura, mas é um doce. (Lizzie) – Kelly pode ser uma ótima RP. (Kelly) – Star Jones respondeu. (Lizzie) – Mas ou ela representa celebridades ou vira uma. Esta é Millie. Ela é uma diva. (Millie) – Se tiver que ir, vá. (Lizzie) – Isso porque é uma princesa de verdade: o pai dela é chefe de uma tribo africana. (Millie) – Meu pai é meu caixa eletrônico. (Lizzie) – E esta é Ali, que é ambiciosa e decidida. (Ali) – Vou ligar e retorno. Cresci em Nova Jersey e fiz uma boa faculdade. Escolhi Lizzie Grubman por causa de um artigo há alguns anos. Havia jovens na capa. Achei um ótimo ramo para trabalhar em NY. - 40 - (Lizzie) – Mas RP é um ramo difícil, e a vida nem sempre é bela nos agitos. Não estrague tudo (NI) – Um deles sumiu. (Ali) – Vou matar a Lizzie. (Lizzie) – Os clientes contam conosco. (Ja Rule) – Estou fazendo papel de palhaço. (Lizzie) – Puffy chega em dois minutos. A pressão é grande. (Rachel) – Estou em pânico. (Lizzie) – É a emergência? (Kelly) – Todos estão chateados comigo. (Lizzie) – Não vou tolerar isso de novo. (Kelly) – É horrível trabalhar com quem não gosta de você. (Rachel) – É horrível. (Lizzie) – Não gostei. E, neste ramo competitivo, o sucesso se mede a cada inauguração, a cada álbum e a cada tapete vermelho. (Kelly) – Estou aprendendo. (Millie) – É assim. - 41 - (Lizzie) – Este é o mundo das PoweR Girls. (Chamada do programa) - Apresentação das personagens: Lizzie, Rachel, Millie, Ali, Kelly. “It´s a wonderful night, everybody can see. It´s a wonderful night, come on and break on me. It´s a wonderful night, let´s go and release. It´s a wonderful night, come on and break on me.” (Música) – With a little help! (Lizzie) – Vamos lançar a boate Ruby Falls. Bom dia a todos. Dei o evento para Rachel, porque ela trabalha bem. Mas, se ela quer ter futuro aqui, tem que conseguir administrar a festa e as meninas. (Rachel) – Mandem esta notícia por fax. (Kelly) – Hoje, é a inauguração da Rugby Falls. (Rachel) – É meu primeiro evento. Sou responsável pela lista de convidados, pelo apoio à imprensa, pela presença de VIP´s, pela satisfação da Ruby Falls. Quem está na cidade? (Kelly) - Charlize Theron, Kiefer Sutherland, Kate Hudson, Outkast. (Rachel) – Isso. (Kelly) – Ótimo. Ellen DeGeneres. Precisamos de celebridades nos eventos porque é sobre elas que escrevem, é o que as pessoas lêem nas revistas. “O elenco de ‘O.C.’ na Ruby Falls! Quero ir lá e tentar vê-los!” Eu fazia isso. - 42 - (Música) – What a girl wants! (Rachel) – Os Backstreet Boys estão na cidade. Chame-os. (Kelly) – A Rachel fica nervosa e mandona nos eventos dela. (Rachel) – Faça cópias e envie por fax para os fotógrafos. (Millie) – Pode deixar. (Rachel) – Quando voltar. (Millie) – É difícil ouvir ordens uma das outras, porque trabalhamos muito juntas. Às vezes, alguém é meio autoritário e isso pode irritar. Rachel, já chega. (Repórter da US Weekly ao telefone) - Oi. (Rachel) – Quero publicidade para a Ruby Falls. Sabendo quais celebridades a imprensa quer, podemos fazê-las ir ao evento. Na Ruby Falls, que celebridades quer ver? (Repórter da US Weekly ao telefone) – Mischa Barton, Lindsay Lohan, The Teen Terrors. (Rachel) – Elas? Vamos ver se elas podem entrar. (Repórter da US Weekly ao telefone) – Elas são divertidas. (Rachel) – Que informações quer? - 43 (Repórter da US Weekly ao telefone) – O que beberam? Dançaram nas mesas? Com quem vieram? Estavam bêbados? Tudo. (Rachel) – Obrigada, tchau. (Lizzie) – Venham todas para a reunião. Kelly, Rachel. (Reunião sobre a Ruby Falls) (Lizzie) – Vamos falar do evento. Quem vem? (Rachel) – Wilmer e o elenco de “That 70´s Show.” (Lizzie) – E de “O Aprendiz”? (Rachel) – Ereka e Katrina. (Lizzie) – E Kwame? (NI) – Está a fim dele? (Lizzie) – Sou obcecada por ele. Sabem quem é Steve Sands? (Kelly) – Steve Sands é um “paparazzo” que aparece só para importunar as celebridades. (Rachel) – Ele gritou comigo. (Risadas) (Rachel) – Não o deixem entrar. Qualquer uma. - 44 (Lizzie) – Todas vão trabalhar das 21h às 1h. E todas as regras valem: nada de beber, nem se comportar mal. Nem água, porque dá má impressão. Obrigada! (Música) (Lizzie) – Nesta empresa movimentada, não posso me dividir. Como as garotas precisam da minha ajuda, uma RP mais experiente, Kelly Womack, vai me substituir com Ja Rule. (Lizzie) – E aí? Vai fazer algo na Bally? (Kelly) – Faremos 3 horas de autógrafos com Ja Rule para a inauguração da Bally na Filadélfia. (Lizzie) – Legal! Ele adora! Lancei a carreira de Ja Rule. Fui sua 1ª RP. Ele disse que ia ser um astro, e eu acreditei. Excelente. Vai ser ótimo para o álbum. Ele quer ajuda. O último álbum não foi bem. Vou fazer o que precisar para este álbum ser o número 1. (Música) (Autógrafos de Ja Rule na Bally Total Fitness) (Vice-presidente da Bally) – Sou o vice-presidente. (Gerente da Bally) – Sou o gerente. (NI) – Trouxeram as fotos para autografar? (Ja Rule) – Trouxeram as fotos? (Kelly) – Pergunte ao Nroc. - 45 - (Ja Rule) – Nroc, trouxemos as fotos, não é? Temos o que autografar. Não diga que não temos em que autografar. Pessoal, não temos o que autografar. Estou fazendo papel de palhaço. É ridículo. Eu desisto. Eu desisto. É loucura. Viemos autografar e não temos onde. (Kelly) – Eu não tenho isso. É do selo! (Ja Rule) – Têm que se comunicar! Eles sabem o que fazem. (Kelly) – Sabem, sim (Ja Rule) – Não é tarefa minha. Eu só autografo. (Kelly - out) – A 1ª regra em RP é não perder a calma. (Ja Rule) – Não faz sentido! Não vou assinar em papel. (Kelly – out) – Vi algumas bolas e outras coisas que ele podia autografar. (Ja Rule) – Vamos! (Kelly – out) – Foi uma boa solução. (Ja Rule) – E aí, pessoal? (Música de Ja Rule) (Ja Rule) – Dê-me um abraço! Tchau! Ótimo trabalho! (Kelly) – Obrigada. - 46 (Música de Ja Rule) (Voltando para NY) (Lizzie) – Como foi com Ja Rule? (Kelly – telefone) – Não havia fotos para assinar. (Lizzie) – Isso passou despercebido? (Lizzie – out) – Não ter essas fotos é um grande problema. Vou ter que me envolver mais com Ja Rule. (Kelly – telefone) – No final, deu tudo certo. (Lizzie) – Certo. Tchau. (Rachel) – Está com a lista? (Kelly) – Esta? (Rachel – out) – Hoje é a inauguração. Por último, finalizamos a lista de convidados. Assim, controlamos quem foi convidado, celebridades, socialites e VIP´s. (Rachel) – Por que estão respondendo agora? (Millie) – Porque são retardados. (Kelly – out) - Organizamos a lista para acharmos as pessoas e deixá-las entrar. (Rachel) – Ali, temos pranchetas? - 47 - (NI) – Vai malhar? (Lizzie) – Vou. Meninas, boa sorte. Vejo vocês às 20h. (Lizzie – out) – Rachel sabe o que quero. Sei que ela vai cuidar dos últimos detalhes. (Rachel) – Não faça isso agora. (Kelly - out) – Tínhamos que organizar a lista, ir para casa nos trocar e ir para o evento. Mas era algo grande. Queríamos ficar bonitas. Achamos que daria tempo de comprar uma roupa. (Música) (Rachel) – Vai ser ótimo. Vair ser um sucesso! Que imitação boa! Estamos com pressa. Podemos passar? (NI) – Ok. (Rachel) – Muito obrigada. (Kelly) – Obrigada. É uma boa ação. Perdemos um táxi. (Rachel) – Está chovendo. (Kelly) – Eu sei. (Rachel) – Pode pegar o caminho mais rápido? - 48 (Kelly – falando ao telefone) – Como vai? Comprei uma blusa. Rachel comprou outra coisa. Estamos organizando a lista no táxi. E o seu cabelo? (Rachel) – Pensei em usar um terno com a calça ou um corpete de amarrar. (Kelly) – Não está em ordem alfabética. (Rachel) – No final, não. (Kelly) – Ótimo. (Rachel) – Não tenho comida. (Kelly) – Ótimo. É como emagrecemos. (Rachel) – O que vamos vestir? (Kelly) – Temos pouco tempo. Experimente este. (Rachel) – Mas comprei a calça. (Kelly) – Use a calça. (Música) (Kelly) – Espero que dê tudo certo. Estou nervosa com a porta. As pessoas querem entrar, e você tem que ser dura. Eu sou meio frouxa. Mas vou barrar pessoas. Tenho que parecer durona. (Rachel – falando ao telefone) – Alô. (Lizzie – telefone) – Sou eu. - 49 - (Rachel – falando ao telefone) – Oi, Lizzie. (Lizzie – telefone) – São 19h30. E aí? (Rachel – falando ao telefone) – Acabamos de chegar. (Lizzie – telefone) – Agora? (Rachel – falando ao telefone) – Estávamos imprimindo a lista, o papel acabou, a máquina parou e tivemos que imprimir em outro lugar. (Música) (Lizzie – telefone) – Já estão prontas? Como é? (Rachel – falando ao telefone) – Estamos nos arrumando. (Lizzie – telefone) – Até mais. (Rachel – falando ao telefone) – Tchau. (Kelly) – Contou sobre as compras? (Rachel) – Não. (Música) (Rachel) – Temos que ir. (Kelly) – Estou pronta. Vamos. - 50 (Música) (Rachel – falando ao telefone) – Estamos a caminho. (Música) (Rachel – falando ao telefone) – Espero que esteja tudo lá. (Seguranças) – Olá, moças. Como vão? (Kelly) – Bem. (Rachel) – Vou cuidar da imprensa e das fotos. Só a imprensa que está na lista pode entrar. O fim da lista não está em ordem alfabética. Às 18h, vi que não dava mais para ordenar. Mas vai dar certo. (Rachel – out) - Sem saber quem viria e o que daria certo, fiquei nervosa, sem saber o que ia acontecer. (Rachel) – A fila começa ali. (Convidadas) – Somos as primeiras da fila. (Lizzie – out) – Em NY, é difícil entrar em boates. Há sempre grandes cordões e grandes seguranças. Controlar isso é difícil. Elas têm poder para decidir quem entra. (Ali) – Como se chama? (NI) – Stefan Boltsan. (Ali) – Tem um cartão? Lamento. - 51 (Música) (NI) – Sou da empresa de lingerie da J-Lo. (Rachel) – Ainda tem que entrar na fila. (Millie) – Está um caos. Temos cinco listas que não estão organizadas. (NI) – Olhe todas as listas. (Ali) – Que confusão! (Emily) – Lizzie vai entrar. (Lizzie) – Oi, pessoal! (Kelly – out) – Lizzie é uma celebridade. Quando ela chega, chama a atenção. (Lizzie - out) – Os paparazzi são importantes porque vendem as fotos para outras publicações. Uma foto numa revista é muito importante. Faz da boate a mais visitada de NY. (Música) (Lizzie) - Scott Speedman é um gato. RP é a indústria do ego, dos puxa-sacos profissionais. Kwame! Que bom que veio! (Lizzie – out) – Fazemos todos se sentirem os melhores do mundo. (Rachel – out) – Com tanta gente, precisava das meninas na porta e lá dentro. - 52 (Kelly) – Está lotado, e Rachel me manda guardar uma mesa. Quando vejo a hora, passaram 20 minutos. Mandei Nick ficar na mesa e vim para cá. (Rachel) – O que foi? (Kelly) – Você me fez guardar a mesa. (Rachel) – Eu limpei aquela área. (Kelly) – E me mandou guardar, mas não voltou para falar comigo. (Rachel) – Cheguei aqui agora. Isso é trabalho seu. (Kelly) – Mas você me deixou lá. (Rachel) – É trabalho seu. (Kelly) – Lizzie, a Rachel só sabe mandar. Está me deixando louca. Está andando em círculos, me deixando doida. (NI) – Rachel! (Lizzie) – Rachel! (Ali) – Não pode entrar ninguém. (Rachel) – Podemos parar a entrada? (NI) – Pare agora. (Rachel) – Lamento, a casa está lotada. - 53 (NI) – Só entram VIP´s e a imprensa. (Segurança) – É muita gente. (NI) – Chega. (Millie – out) - Rachel acabou com a lista. Foi uma loucura sem controle. (Música) (Segurança) – Estamos lotados. (Rachel) – Ninguém entrar. (Millie) – Vou desmaiar. Foi o pior de todos. Não agüento mais. (Steve Sands paparazzo) – Qual é o problema? A rua é pública. (Segurança) – Tem que sair. (NI) – É Steve Sands. (Steve) – Vou processá-los. Filmou isso? (Rachel) – Não! (Steve) – Não gosto de você nem da boate. Era de se esperar de Lizzie Grubman. Kelly deveria falar comgio. (Lizzie) – Sabe como ela é. (Steve) – Seu pessoal é um problema. - 54 - (Lizzie) – Não insulte meu pessoal. (Steve) – Certo. (Lizzie) – Não insulto vocè. Nós nos damos bem há tempos. (Steve) – Peço desculpas. Está certa. Está certa. (Lizzie) – Até mais. (Kelly) – Quero que a noite acabe. (Lizzie) – Lindsay Lohan vai entrar pelo lado. (NI) – Quem? (Lizzie) – Lindsay Lohan. (Lizzie) – Chegue para trás. (Kelly – out) – Eu estava na porta, e estava um caos. Quando vejo, as portas batem, e ela passa com um casaco na cabeça. Nem vi a cara dela. Disseram que era Lindsay Lohan. E pensei: “Com o casaco?”. Ela fugiu do tapete. Isso não é legal. (Música) (Lizzie) – Parabéns! Está satisfeito? (Iggy – dono da Boate Ruby Falls) – Muito. Ótimo trabalho. Nós a treinamos bem. - 55 (Lizzie – out) – A lista e a porta estavam um caos, mas Rachel ficou calma, a coisa certa em RP. (Lizzie) – Rachel arrasou. (Música) (Ali) – Você dá a ordem oficial. (Rachel) – Vamos beber! (Kelly) – Vamos! (Música) (Rachel) – Obrigada pela ajuda. (Ali) – Sem problema. (Música) (Lizzie – out) – Todos acham que meu trabalho acaba depois da festa, mas ele só começou. No dia seguinte, preciso de matérias sobre a boate. (Lizzie – falando ao telefone) – Reunião com todo mundo. Tenho que ligar para a “Page Six”. (Lizzie – out) – Para ajudar a imprensa, separo fofocas das celebridades. (Lizzie) – Lembrem-se rapidamente das celebridades. Rápido. Estamos cansadas. Sabem que sou uma grande fã do Kwame, mas ele está ficando… - 56 (Kelly) – Metido. (NI) – Sim! (Lizzie) – Não quis posar para as câmeras. (NI) – Benjamin McKenzie. (Lizzie) – Ele não é nada. (Kelly) – Eu o adoro. (NI) - Eu também. (Lizzie) – Próximo. (Lizzie – out) – É o dia seguinte de uma festa. Dizemos quem ficou com quem, mas, neste caso, contamos para o país todo. É divertido. (Lizzie) – Lindsay Lohan é boa atriz, mas quem ela pensa que é? Agora, ela se esconde e entra pelos fundos? Sinto muito. (Lizzie – falando ao telefone com a editora da “Page Six”) – É tarde, mas tenho um furo. É sobre a Lindsay Lohan. O que há com ela? Ela cobriu a cabeça. É ridículo. Quando vai sair? Quero algo grande Beleza. (Lizzie – out) - O evento foi incrível. Havia ótimas pessoas. Vai ser boa publicidade. (Revista: “Esta é Lindsay Lohan debaixo do casaco.” / “Quem ela pensa que é?”) (Lizzie) – Rachel, fez um ótimo trabalho. Aplausos para ela. - 57 - (Aplausos) (Rachel) – Obrigada. (Rachel – out) – Meu 1º evento foi um sucesso. Fiquei feliz. É só o que quero. (Lizzie) – O último evento é o que importa. Saibam disso. Agora você se deu bem. Em uma semana, pode se dar mal. (Cenas do próximo capítulo) - 58 - 3.3 – Grupo Focal Os graduandos de RP que fizeram parte do Grupo Focal na 6ª feira dia 4 de abril de 2007 na biblioteca da ECA deram suas opiniões e impressões a respeito do primeiro episódio da série PoweR Girls. No anexo 5, é possível encontrar o questionário aplicado aos sete participantes. Chegou-se a estes estudantes por meio de um convite enviado ao endereço de e-mail [email protected]. A intenção era ter um mínimo de seis participantes e máximo de doze. Conseguiram-se sete. Tomou-se a decisão de não nomear os mesmos, conduta que foi comunicada no dia do grupo focal. Tal atitude permitiu uma maior liberdade nos comentários expressos. O perfil dos estudantes foi levantado: → 4 do sexo feminino → 1 ingressante do ano de 2003; 4 ingressantes de 2004 e 2 ingressantes de 2005 → 6 participantes estavam empregados → 5 eram estagiários e 1 efetivo → 5 trabalhavam em RP e 1 na área de Marketing → Em relação à afirmação “As RP dentro da minha empresa são vitais ao sucesso do negócio”, 4 a consideram medianamente verdadeira e 3 parcialmente verdadeira → 3 trabalham com assessoria de imprensa; 2 com organização de eventos e 1 com responsabilidade social - 59 Obtiveram-se os seguintes comentários depois da exibição do primeiro episódio de PoweR Girls: (Mediadora) - Muito bem, primeiro, eu gostaria de saber das impressões de vocês, se vocês se sentiram representados nesse vídeo? Há alguma diferença nas RP no Brasil e nos EUA? (Aluno 1) - Eu não me senti nenhum pouco representada. (Aluno 2) – Eu não acho que RP seja basicamente isso que foi representado no vídeo. Não pode ser. (Aluno 3) – Eu acho que os RP com cabeça podem até fazer esse tipo de trabalho, mas RP não é só isso, eu não sei. (Aluno 4) – O problema aqui está na abrangência da área, porque não podemos falar que os RP servem só para isso. Porque não é isso. São muitas coisas. Aqui no Brasil, trabalhamos além da divulgação de uma celebridade. Por isso elas precisam ter boa aparência e elas são superficiais. Mas isso é por causa da área com que elas trabalham. Promovendo o artista, as boates e todo o meio artístico norte-americano. (Aluno 5) - É uma agência de RP, mas ela trata com um nicho de mercado específico. Aqui no Brasil tem RP que faz esse trabalho, existe agência grande de RP que faz esse tipo de coisa. Essa divulgação do artista, do evento, mas algumas vezes o profissional entra em uma agência conceituada e tem que estar nesse meio, conhecer celebridades e tal. Para atender ao cliente dele. O que choca é que elas são extremamente especializadas nisso. Voltadas para esse mundo e recrutam gente que quer trabalhar nesse mundo não por ser uma RP com trabalho consciente, mas quer trabalhar nesse mundinho especificamente. (Mediadora) - O que você achou? (Aluno 6) - Bem, eu achei o seguinte: a agência não tem um problema, pois nós como RPs também buscamos que o evento dê certo, tenha repercussão e saia na mídia. E - 60 se for preciso colocar celebridades, a gente vai colocar. Eu acho que o problema disso foi focar o RP como um organizador de festa de celebridade, como uma pessoa superficial. Eu acho que talvez a agência lá que seja especializada nisso não tenha um problema, não sei se elas formadas em RP, mas mesmo uma pessoa que não seja formada em RP pode trabalhar nessa área. Acho que focar toda a área de RP nesse tipo de ação, denigre completamente a imagem de RP. Mesmo porque os EUA têm já uma imagem de RP formada, aí eles podem ficar um pouco diminuído com isso. Mas no Brasil não há imagem alguma dos RP e quem conhece? Ah, se eu falo “eu sou RP”, ninguém conhece. E se essa minissérie começa a passar aqui eles vão começar a formar a imagem de RP a partir disso e eu acho que está completamente distorcido e errado. (Aluno 7) – E você? (Aluno 7) – Concordo, acho que RP nos EUA é super estratégico, pelo menos é a impressão que eu tive até hoje em todos os campos. E essa é uma área de atuação, deve ser uma agência especializada nisso. E eles parecem fazer um trabalho bom, assim para o que eles se propõe a fazer. Acho que nos EUA eles não têm esse problema de fazer uma imagem dos RP. Porque no Brasil a gente tem meio que vergonha de dizer que somos RP (risos). O problema é mais de quem está editando o programa, como se fosse um raio X da profissão do que o que elas fazem. Porque parecem que elas fazem um trabalho bem feito. (Aluno 2) - Ele falou que a gente tem vergonha de falar... (Aluno 4) - Ah, não sei, é uma brincadeira que eu quis fazer, mas é algo que... (Aluno 1) - É, então, é algo que eu estava concordando. Porque a gente tinha que ter algo parecido no Brasil. Essa demanda de serviços de fofoca. O problema é que a gente não conhece ninguém que trabalha com isso. Pra essa área, acho que o mais importante não é ser estrategista e sim ser bonita, ser descolada, conhecer as celebridades. - 61 - (Aluno 7) - Aqui é uma opinião que eu não vou transcrever, mas nos EUA tem um mercado de mídia que pede isso. Então se há um mercado, há alguém que vai nutrir esse mercado. E isso aqui não acontece. (Aluno 6) - Mas elas não têm faculdade. (Aluno 4) - Então, não têm faculdade, mas não deixa de ser um trabalho estratégico. (Aluno 3) - Mas acho que a gente tem que deixar claro que elas são pouco profissionais. Você viu? Elas queriam primeiro comprar roupa e depois arrumar a lista, e a lista estava uma bagunça e gerou uma confusão: algumas pessoas ficaram de fora da festa. (Aluno 2) - Pois é, o que é isso? Um organizador da festa que permite que a lista não esteja em ordem alfabética, como assim, né? (Aluno 1) - Eu acho que mesmo assim a chefe estava acompanhando o trabalho, então tipo assim ela sabendo ou não só apareceu na festa para dar um oi. Pelo o que me parece da edição do filme, não acredito que aquelas moças que estavam lá eram realmente formadas em RP porque elas cometeram alguns erros bem, bem sérios. (Aluno 2) - Você viu? Uma era garçonete e conheceu a amiga que era modelo. (Aluno 5) – O que a gente tem que considerar é que eles não têm curso de graduação em RP, pode ser formado em qualquer coisa e trabalhar na área fazendo uma pós em RP. O pessoal que trabalha nessa área não possui uma profissão regulamentada como no Brasil. Então, vai bombar de gente que não é [RP]. (Aluno 3) – Bem, os cargos e funções de cada um naquela festa. Uma era responsável pela festa, mas as outras não obedeciam e começavam a falar mal dela. 2 na porta, enquanto faltava 1 lá dentro. E aquela confusão, e pegava e voltava para a pista. Do - 62 tempo, elas demoraram para se produzir. E no final de tudo ainda foram beber ainda! Então acho que elas colocaram na frente a aparência delas do que a organização da festa. (Mediadora) – Vocês acham que a profissão de RP é conhecida no Brasil dessa forma? (Aluno 4) – Eu acho que as pessoas que conhecem RP acham que RP é organizador de evento. (Aluno 3) – É, poucas vezes eu ouvi alguém dizer o que realmente um RP faz. Igual aquela RP falida da novela das 8. (Aluno 4) – Então, é isso mesmo: ela é um RP falida que trabalha “por baixo dos panos”. Não sei o nome dela, é uma gordinha velha. (Aluno 3) – Nossa! (Mediadora) – Você viram alguma coisa de Comunicação Integrada? (Aluno 1) - Eu não vi nada. Praticamente é só assessoria de imprensa, contato com os formadores de opinião que são celebridades e que vão levar essa resposta à mídia. Isso é muito engraçado, ontem fizemos um lançamento de um trabalho. A mídia vai atrás das gafes do nosso cliente, a maior divulgação virá com o próximo mico que ele vai pagar. (Aluno 7) - A estratégia de colocar a celebridade na mídia só é vista por quem já trabalha na mídia, quem não tem essa visão, acha que a mulher só tem contatos. (Aluno 3) – Por que não há nenhum homem? - 63 (Aluno 2) – Eu acho que é uma questão de chamar a atenção. Se colocássemos lá um homem, talvez não funcionasse para aquele público. Talvez o cara não desse o formato de trabalho necessário. (Aluno 5) – Eu acho que por exemplo a Máfia quisesse contratar um Relações Públicas, seria um homem, por ser um trabalho mais sério e tal. (Aluno 2) – Acho que colocaram as meninas de propósito mesmo. (Aluno 6) – Eu acho que RP não é só isso, e que não tem que fazer uma faculdade de quatro anos para fazer o que elas fazem. (Aluno 5) - Quero a liberdade de fazer uma pergunta: vocês fariam o que elas fazem? (Aluno 2) - Eu tentaria. (Aluno 1) - Eu também tentaria por um tempo. Tentar melhorar tanto o serviço de lá como a imagem dos RP de lá. (Mediadora) - Como você quer melhorar a imagem de lá? (Aluno 1) - Ah, sei lá, porque também pode ter notícias ruins sobre RP quando você trabalha com paparazzi. O evento que a gente trabalha, se o cara tá se drogando sai em todo lugar, como no Skol Beats. Tem que tomar cuidado com esse tipo de notícia. E se o evento for um sucesso no sentido de não ter gafes? (Aluno 2) - Pois, é, esse é muito o jeito americano de ser e ver o mundo. (Aluno 1) - Bem, por isso que eu admiro muito quem organiza eventos. São muitos detalhes, é uma questão de esforço pessoal e você não precisa necessariamente ser formado. Tem muita gente que não é formada e consegue dar conta de um evento. - 64 Exemplo de quem organiza casamentos: você tem que realizar o sonho da pessoa em um dia. É uma coisa bem mais operacional do que teórica, filosófica ou acadêmica. (Aluno 4) - Aquilo que as meninas estavam fazendo lá era o operacional. O erro estava em elas se autointitularem RP´s. (Aluno 1) - Tipo assim, nunca aqui no Brasil a pessoa ia ligar para o jornalista dizendo como e quando ela quer que saia a matéria. (Aluno 3) - É verdade, e a visão era fale bem, fale mal, mas falem de mim… O importante era promover o nome da pessoa. Porque o famoso freqüenta a boate, então o povão entre aspas vai querer ir. (Aluno 5) - E naquela noite de autógrafos? Não tinha nada de estratégico. Ela ficou com cara de idiota e só tinha que manter a calma. (Aluno 7) - Parece auto-ajuda, sabe? (Mediadora) - Vocês ficaram ansiosos em ver o capítulo 2 ou não? (Aluno 6) - Ah, eu fiquei. (Aluno 7) - É, mais ou menos… (Aluno 1) - Pois, é se nem nós queremos ver um programa sobre RP, mesmo que distorcido, quem vai querer? RP é muito pouco conhecido e ficar batendo na mesma tecla ou num programa que não traz a imagem completa da profissão é complicado. (Aluno 2) - Mas esse negócio de falar de celebridade também funciona, como por exemplo o Big Brother. A galera que participa está inclusive em outros canais. - 65 - 4 Considerações Finais A construção da história da profissão de Relações Públicas no Brasil e nos EUA, permitiu levantar a diferença que há na área nestes dois países. No primeiro, a profissão está se consolidando e não há imagem pré-definida, nem por aqueles que se graduam. Isso quer dizer que existe um potencial de crescimento tanto para os campos acadêmico quanto profissional. No Brasil, há uma tendência de crescimento da profissão. A exemplo do vestibular da FUVEST, a procura pelo curso na ECA-USP tem aumentado e se divide ao longo do tempo em um maior número de mulheres do que homens. Mas nos últimos exames, observa-se uma maior iquidade. Contudo, nos EUA, as RRPP já se consolidaram e começam a se segmentar. É esta visão que a série PoweR Girls traz: um segmento de atuação com celebridades, que, no entanto, não limita a visão das Relações Públicas. Observou-se no grupo focal, que os participantes não se vêem refletidos no microcosmos da atuação da agência de Lizzie. Afinal, se há um mercado para a assessoria de famosos, isso significa que, pelo menos nos EUA, há demanda de consumo pelos meios de comunicação que divulgam os mesmos. Mesmo assim, a audiência da série nos EUA e no Brasil não foi suficiente para dar prosseguimento às gravações. É possível que a abordagem de trabalho nos bastidores não tenha interessado aos espectadores brasileiros e norteamericanos. - 66 - 5 (1) Anexos http://www.aberje.com.br/novo/noticias/2007/pesquisa_salarios.pdf - 67 - (2) http://www.conferp.org.br/arquivos/imagens/conteudo/Image/070906/conssuglei.pdf - 68 - (3) http://nymag.com/nymetro/news/people/features/11259/ Lizzie Grubman’s Star Vehicle Is the original Power Girl a new woman? • By Adam Sternbergh (Photo: Phillip Toledano) When Lizzie Grubman opens a newspaper, she doesn’t read it the way you or I might. “Everything in the newspaper, or in magazines like Us Weekly and In Touch—it’s all contrived,” she says. “I could pick up any magazine and tell you precisely what’s true and what’s not true. Because that’s what I do.” Take, for example, a recent front-page flap that Grubman recounts in classic blinditem style: Which publicity-friendly celebrity, perhaps upset over the increased attention granted her recently engaged reality-show co-star, claimed to have had her electronic organizer hacked into and her celebrity contacts revealed to the world? “I 100 percent don’t believe it,” says Lizzie, practically snorting and obviously referring to the Paris Hilton kerfuffle. “I mean, please. People are calling me all weekend, worried about prank phone calls. I tell them, don’t change your number yet. The FBI is looking into it? I don’t think so.” This is the kind of insider dish that Lizzie Grubman loves, and loves to share. She knows the real story, and she wants you to know she knows. But the founder and owner of Lizzie Grubman PR is also savvy enough to understand that her livelihood’s built on relationships—the kind she doesn’t want to sour with flippant quotes in the media. So she toggles back and forth between on-the-record and off- - 69 the-record as though she’s bilingual and switching languages. To a lot of questions, she’ll give well-prepped, boilerplate answers, but when she gets going on a juicy topic, she gets animated. She shifts forward to perch on the edge of a long white sofa in her Upper East Side duplex, against a backdrop of top-dollar city views. The room is spare and the carpet is stained—she throws a lot of slumber parties, she says—and it feels like the home of someone who isn’t home very much. She tells me how she “made” several celebrities, from Tara Reid to the rapper Ja Rule. She says she engineered Jay-Z’s crossover into the mainstream, which took her all of four days to accomplish. Not only that, but she invented hip-hop. Well, not invented, exactly, but she made sure middle-class white people discovered it. “No one believed in hip-hop but me. Everyone was like, ‘Lizzie, are you sure you’re going to be able to get this in the mainstream?’ ” She leans in. “But I would beat those reporters down, and look at it now. There’s nothing bigger. Everyone looks at me now and says, ‘You were so right.’ ” Then she sits back on the sofa and says, with an almost mystical lilt, “I can see things that nobody else can see.” Of course, all this makes it hard to believe her when, later, she claims to be shocked—shocked!—about a paparazzi photo of her in workout gear, sprawled over an exercise ball at her gym, which appeared in that morning’s New York Post, under the headline THIN LIZZIE GETTING REALITY-READY. “Can you believe they put this on page 3? Page 3!” she says. “I’m practically naked!” She’s not really that perturbed, of course; the photo, after all, is essentially a full-color plug for her upcoming MTV reality show, Power Girls. She shrugs. “I’m used to it. Besides, the Post would never hurt me. I’m totally in bed with the Post.” Lizzie Grubman’s Star Vehicle On March 10, the day Power Girls premieres, Lizzie Grubman will start a new, remarkable chapter in her ongoing saga: She’ll get her own TV show. It’s an improbable twist, even by the debased standards of reality TV, given the events of summer 2001. You remember, right? The Incident at Conscience Point? When an SUV that Lizzie was driving slammed backward into a crowd of people at a Hamptons club, injuring sixteen—and generating a few days of mild interest from the press? At the time, some thought her business was ruined, and possibly her reputation as well. Clients such as Chanel left her firm, and longtime professional relationships, like her partnership with PR guru Peggy Siegal, dissolved. A Website allowed visitors to steer an animated Lizzie in a blood-spattered car as she screamed “Fuck you, white trash!” at unseen victims (Grubman strenuously denies ever having uttered the notorious phrase). She even became the butt of a David Letterman Top Ten list. Lizzie Grubman’s No. 1 complaint about jail: “You can’t, like, leave.” At her apartment, I ask her if, during her ordeal—which she refers to unwaveringly as “the accident”—she ever thought of giving up PR, maybe retiring from the spotlight. She answers before the question’s even finished. - 70 “Never. Not for a second. I would go into that office every single solitary day. Whether I closed that door and locked it and started to cry all day long, I was in that office every day.” It must have been hard though, I say, given that some people left her during her crisis— “No one left. Who left?” she says, cutting me off. “I didn’t lose any clients. I lost maybe two clients. I had the most loyal clients in the entire world.” Then she calms a bit. She says, “Did people leave, in terms of employees? Yes. I lost two employees. If those two employees felt I wasn’t going to have a career or a business after that whole thing, it’s their loss. Because look what happened now.” She smooths her tweed skirt. “And I’m not saying that in an egotistical way. But they underestimated me.” Recall Lizzie Grubman in the spring of 2001, pre–Conscience Point. She had surfed the notoriety from a 1998 New York Magazine cover story—from which her new MTV show borrows its name—to an intense, if localized, fame. She was a “Page Six” staple, seemingly out at a new club every night. She ran with Paris Hilton and Tara Reid. She was known as the Party Princess, a plugged-in publicist who clinked glasses with Sean “Puffy” Combs and Britney Spears. Now behold Lizzie Grubman in 2005. Ever since November 29, 2002—the day she was released from the Suffolk County Correctional Facility, having served 38 days of a 60-day sentence (she got time off for good behavior) after pleading guilty to reduced charges of third-degree assault and leaving the scene of an accident causing serious bodily injuries—she’s been carefully rebuilding her business, and her image. She’s retained several clients, such as Combs, and even the nightclub Conscience Point, the site of her infamous crash, and she now does work for HBO, DreamWorks, and the MGM Grand. She’s also started a new partnership with fellow celebrity publicist Jonathan Cheban. Her rivals still whisper, as they did before the accident, that she’s only a minor publicity player whose client list is bolstered by the connections of her father, powerful entertainment lawyer Allen Grubman. “Listen, her business is not thriving,” says a publicist who worked with Lizzie, pre-crash. “It’s just her father who’s keeping it alive.” For Lizzie, who’s already a celebrity, the goal of ‘Power Girls’ is to help people forget how she got so famous in the first place. Lizzie’s also been slowly and strategically reinserting herself into the limelight: She’s quoted in the papers as a PR expert; she’s appeared as a pundit on shows like The O’Reilly Factor; she had, for a time, a gig with radio station WNEW as a Hamptons party reporter. With Power Girls, however, she’ll stop flirting with the spotlight and step back to center stage. The MTV show follows Grubman and four of her comely real-life assistants—Rachel (the small-town girl), Ali (the brain), Kelly (the California blonde), and Millie (the black Manhattan-born diva)—as they plan parties, corral celebrities, and generally enjoy what’s portrayed on the show as the go-go, jet-setting, red-carpet-and-velvet-rope lifestyle of the young and glamorous New York publicist. Lizzie is the indisputable star, acting as a tough but fair Trumplike mentor to her young apprentices. - 71 MTV has had great success with similar projects, like The Osbournes and Newlyweds, that promise a warts-and-all treatment of celebrities but also act as a kind of long-form infomercial for their stars. For Lizzie’s girls—and though they’re all in their mid-twenties, they’re invariably referred to, even by themselves, as “Lizzie’s girls”—the show promises a chance to step out on the red carpet, after loitering at its fringes. For Lizzie, who’s already a celebrity, the goal is different. She hopes the show will help people forget how she got so famous in the first place. If you know Lizzie Grubman primarily from her summer of infamy, then a few things about her might surprise you. For starters, she’s tiny. She has the proportions and the styling of a movie star: wasp-waisted, well dressed, with blonde hair and bleached eyebrows, and as small and fragile as a bird. She’s also friendly. Charming, even. This shouldn’t be shocking; it is, after all, her job. She holds eye contact. She nods with interest. She touches your arm, repeatedly. At the slightest hint of a joke, she’ll loose a peal of laughter and, if you’re sitting close enough, rub up against you like a cat. Lizzie Grubman’s Star Vehicle She’s also become, both despite and because of Conscience Point, a kind of rock star. On a Saturday afternoon during Fashion Week, I met Lizzie and two of her Power Girls at the launch of UPN actress LisaRaye McCoy’s lingerie line. When I arrived, Rachel and Kelly were checking in guests at a table by the entrance of the Altman Building on West 18th Street. About a half-hour before the show’s start time, a commotion broke out by the door. From across the room, a crown of whiteblonde hair peaked out above the cluster of crouching paparazzi. The photographers chanted—“Lizzie! Lizzie! Lizzie!”—over a cannonade of camera flashes. “I have to do the press and paparazzi thing,” she said, once she arrived at our table, having navigated an obstacle course of squealed hellos, hugs, and air kisses. “I’d rather not, but—you know.” She widened her large eyes in a “What can you do?” expression. Of course, the questions everyone really wants to know about Lizzie are, Does she regret the accident? Is she sorry? Has she changed? She can’t address issues of responsibility or the details of what happened. While she’s settled fifteen of the sixteen civil cases brought against her by people injured that night, there’s one case still outstanding (typically, the plaintiffs can’t talk about the terms of their settlements, but most of them are reportedly pleased). What she will say is this: “My car accident was a period of my life that I wish never happened. No one feels more horrified about it than myself. And every day of my life, for the rest of my life, it will be with me. But I have to move on.” She says she rarely goes out now, never drinks, wakes up at 5:30 a.m., and exercises three hours a day. She works all the time, and when she’s not working, she claims to stay home watching TiVo. As for Lizzie’s famous party lifestyle—“That was a misconception that I created,” she says. “I allowed the press to think I was this party animal because it was good for my business. Quite frankly, it came back to bite me.” - 72 In the months running up to her plea bargain and jail term, when Lizzie was in the eye of the media maelstrom, she says she would sit up all night in her apartment and surf the Internet, reading every clip, every article, every mention of her on the Web that she could find. “I wouldn’t sleep. I’d beat myself up. My punishment was to read everything. I was crazy,” she says. It’s easy to suspect that Grubman offers this information to elicit sympathy. But maybe for a distraught Lizzie, watching her story unfold like this, out there, beyond her control, was a kind of self-inflicted purgatory. In August 2002, as part of her plea agreement, Lizzie received a 60-day prison term, to be served at the Suffolk County Correctional Facility. She also can’t talk about the events that led to her sentence, but a source close to her legal team says that, although some of her advisers believed she could win an acquittal if her case went to trial, she wanted a deal that would include jail time. She thought that, if she didn’t serve a sentence, the story would always be, Rich girl buys her way out of trouble. She knew the people wanted to see her punished. Lizzie doesn’t like to talk about the details of her term, which she describes as “personal and private.” In 2004, though, a source credited as Lizzie’s “friend” told Joanna Molloy, a gossip columnist for the New York Daily News, about Grubman’s life at Suffolk. Grubman was kept in solitary confinement because of her celebrity. “Lizzie had freedom for only one hour a day,” the friend said. “She was in 23-houra-day lockdown. Imagine sitting in your bathroom 23 hours a day. That’s how big her cell was.” When Grubman was released on Friday, November 29, she wasn’t met at the prison by friends or family; she was picked up by a security team and whisked home. “There were 60 camera crews camped out all night, so getting me out of there was a bit of a circus,” she says. She stops to pour herself some water in a plastic cup—her hands are visibly shaking. That weekend, her father hosted a post-Thanksgiving party where hundreds of guests welcomed her home. She said hellos for a while, she says, but then she locked herself in the bathroom. “It freaked me out to be around so many people.” For Lizzie, there was only one remedy. On Monday, she went back to work, and that night, she hosted a party for the shoe company Cesare Paciotti. When Lizzie was serving her prison sentence, she’d fantasize about a new life: She wanted to open a bakery. “I love to bake,” she says. “It’s like my therapy.” It’s tempting to imagine Lizzie living out her days in a quaint kitchen, far from the spotlight, industrious as a monk in a cloud of flour dust. But that’s not exactly the plan. The bakeshop is just one arm of what she envisions as a Lizzie Grubman empire. “I’m an entrepreneur,” she says. “This show is the first thing. I’ll open a bakery down the road. I have offers to do a clothing line.” Of course, Lizzie will never escape the incident. It will always be, as the saying goes, the first line of her obituary. But the final irony of Conscience Point is that the - 73 notoriety from the accident, far from ruining her, has actually given her a career boost—and a fresh chance to spin her story. Before meeting with Grubman, I paid a visit to the MTV office of Power Girls’ producer, Tony DiSanto, in Times Square. The room was filled with gadgets and toys, and a poster of the cast of Laguna Beach, an MTV reality hit about pretty teens in Orange County, was propped against a window. From the corner of DiSanto’s desk, Lizzie Grubman’s famous face stared out at me from a snow globe. The globe is a promotional trinket, sent out to announce the coming of Lizzie’s show. On one side there’s a picture of the four Power Girls, standing shoulder to shoulder like a quartet of backup singers, the Supremes to Lizzie’s Diana Ross. On the other side is a photo of Lizzie posed against a fantasy backdrop of bowing palm trees and a tropical pink sunset. Shake the globe, and she’s engulfed in a sudden, incongruous blizzard. But eventually the snow settles, and there’s Lizzie, smiling out from a tiny, hermetic world where no one asks, no one tells, and it’s spring 2001 all over again. - 74 - (4) http://transcripts.cnn.com/TRANSCRIPTS/0503/09/sbt.01.html SHOWBIZ TONIGHT SHOW BIZ TONIGHT for March 9, 2005, CNNHN Aired March 9, 2005 - 19:00 ET THIS IS A RUSH TRANSCRIPT. THIS COPY MAY NOT BE IN ITS FINAL FORM AND MAY BE UPDATED. HAMMER: When a star`s picture is in a magazine or when they`re called out for kanoodling in a gossip page, it`s not always by chance. It could be a carefully calculated public relations move. And now celebrity publicist Lizzie Grubman is letting us in on her secrets. She`s doing it with a team of gorgeous gals in a new MTV reality show called "PoweR Girls." Check it out. (BEGIN VIDEO CLIP) UNIDENTIFIED FEMALE: Lizzie Grubman PR. LIZZIE GRUBMAN, "POWER GIRLS": I`m Lizzie Grubman. I`m a publicist. I represent nightclubs, restaurants, corporations, movie stars. These clients come to me because they want to get their names in the press. People, places and things -I make them famous. I have a lot of people working for me, but I have four glamorous girls who really are the face of my company. But PR is a tough business, and life is not always glamorous behind the velvet ropes. Don`t screw this up. UNIDENTIFIED MALE: They`ve got me here looking like a complete bozo right now. UNIDENTIFIED FEMALE: Puffy`s coming in in two minutes! GRUBMAN: The pressure`s intense. UNIDENTIFIED FEMALE: I`m not happy with this. - 75 GRUBMAN: And in this competitive industry, success is measured one club opening, one hit record and one red carpet at a time. This is the world of "PoweR Girls." (END VIDEO CLIP) HAMMER: Joining us live now are Lizzie Grubman and those "PoweR Girls" of hers, Ali, Kelly, Millie and Rachel. Ladies, welcome to SHOWBIZ TONIGHT. GRUBMAN: Thank you for having us! HAMMER: It`s our pleasure to have you here. And Lizzie, for people who don`t know, give us the quick, 30-second education on what a PR firm does. GRUBMAN: Well, PR firms do so many different things. What we do is we connect celebrities with products and put them in the press. Is that quick enough? HAMMER: That was quick. That was a good explanation. GRUBMAN: Basically, that`s what we do, don`t you think? HAMMER: Now, Lizzie, it`s really important for you, obviously -- you have clients who are paying you tons of cash to get the best message out about them, so they want to know their money is being well spent. So my question is, what`s your motivation for doing the show? Because it does not always paint you guys in the best light. Sometimes it shows you slacking off a little bit and not really, you know, spending their money wisely. GRUBMAN: Well, we`re real. People make mistakes. And what you see is what you get. We`re not perfect. And we -- basically, in the show, you go behind the scenes, and what we do is, like, show what real-life things happen. And it`s fun. It`s real. It`s light-hearted. It`s MTV. Come on! HAMMER: Yes. GRUBMAN: People -- you know, don`t take it too seriously... (CROSSTALK) GRUBMAN: Exactly, you know? HAMMER: A big part of what you do is placing those items in the gossip column... GRUBMAN: Well, no. HAMMER: ... like "Page 6" here in New York. - 76 GRUBMAN: Yes. Yes. HAMMER: Well, you show -- on tonight`s show, we actually see you phoning up "Page 6" and saying, This is what happened, I want to see it in the paper. GRUBMAN: Right. That`s only a part of what we do. These gossip things are fun, and you know, they happen. The photographs, the paparazzi, that`s one aspect of our job. But also, we do "Wall Street Journal," "New York Times," "Forbes," the bigpicture press, the things -- CNN. HAMMER: Right. GRUBMAN: We get our clients on your show. That`s what -- you know, also fun and exciting. So you know, don`t lose perspective on what PR really is. HAMMER: OK. GRUBMAN: But you know. HAMMER: All right. Well, several years ago, there was an article in "New York" magazine called "PoweR Girls," from which this show gets its name. Ali, you say that you saw that article and said, I want to do that, I want to be in a PR firm. So here you are. You`re working for Lizzie for a while now. Has it worked out? Has it met up to your expectations? ALI ZWEBEN, "POWER GIRLS": It totally has met up to my expectations. When I read that article, it just really piqued my interest. I`m, like, This is a great career for someone young and in the city to do and just be at the right places and do all these things... HAMMER: A lot of fun, but I imagine a lot more work than you expected it to be. ZWEBEN: Yes. And I was actually just really impressed with Lizzie and how she managed to grow her company, and that`s why I went to work for her, because I knew I`d be learning from the best, and I`ve just -- I love it. HAMMER: OK. All right. Now, Kelly, Lizzie questions whether you want to rep celebrities or be one. (LAUGHTER) HAMMER: Which one is it, Kelly? KELLY BRADY, "POWER GIRLS": Well, you`re going to have to watch the show and find out. But I really love PR. I`ve really found, like, it`s actually become my dream job. It`s really fun. - 77 HAMMER: And you love having the cameras following you around, don`t you. (LAUGHTER) BRADY: I`m not going to lie. I love the cameras. HAMMER: All right. OK, now, Rachel, what`s the best part about what you do? RACHEL KRUPA, "POWER GIRLS": I think going out and meeting so many different people, that you never know who`s sitting next to you, what they`re doing, and who you may know that are mutually -- you know? HAMMER: Well, what`s the worst part? KRUPA: The worst part? HAMMER: Yes. KRUPA: I don`t know... HAMMER: When something goes horribly wrong at an event that you`re planning? KRUPA: When something goes horribly wrong, I`m a cryer, so... HAMMER: OK. Well, one of those things happens at something we`re going to see on the show tonight, Millie. You`re part of this whole Ja Rule autograph signing, and you don`t bring pictures. (LAUGHTER) GRUBMAN: No. That`s not Millie, that`s another Kelly. HAMMER: My confusion, then. GRUBMAN: Yes, it is. No, it`s not Millie. Millie is the diva in the show. HAMMER: OK, that`s right. GRUBMAN: She`s really tough. HAMMER: How do you feel about being portrayed as the diva? Are you OK with that? Because you know, reality shows are going to be cut to show the biggest drama. MILLIE MONYO, "POWER GIRLS": That`s -- exactly. I think people need to understand that it`s cut in a way that, you know, I`m not like that every day of my life. But you know, there`s some days when I`m a diva, and it`s just going to - 78 happen. HAMMER: Lizzie, is that right? Just some days? GRUBMAN: No, she is the sweetest girl in the entire world. And I want you to know... (CROSSTALK) MONYO: Just some days. GRUBMAN: Just some days. And these girls are a big group of cryers, so you`re going to see a lot of crying. It`s not me. I`m not -- I`m the nicest girl in the world, but they all cry a lot. So just everyone know I don`t make them cry! (CROSSTALK) HAMMER: We`ve got to go. Ladies, thanks for stopping by. Best of luck with the show. "PoweR Girls" premieres Thursday night on MTV, so check it out. END - 79 - (5) Questionário Grupo Focal Questionário de Pré-Pesquisa para o Grupo Focal Nome Completo: Telefone Celular: E-mail: Bairro Residencial: Ano de ingresso: Ano de formação: 1) Você atualmente está empregado? a) Sim b) Não 2) Qual o seu cargo na empresa? a) Estagiário b) Trainee c) Efetivo d) Tercerizado e) Outro:____________________ 3) Você trabalha na área de Relações Públicas? a) Sim b) Não Caso trabalhe com RP, responda as questões 4 e 5: 4) “As RP dentro da minha empresa são vitais ao sucesso do negócio.” Você considera essa afirmação: a) Totalmente verdadeira b) Medianamente verdadeira c) Parcialmente verdadeira d) Medianamente falsa e) Totalmente falsa 5) Qual é a atividade principal de RP que você realiza? a) Assessoria de Imprensa b) Comunicação Interna c) Organização de Eventos d) Responsabilidade Social e) Outra: ____________________ - 80 - 6 Referências bibliográficas ANDRADE, Cândido Teobaldo de Souza. Para entender Relações Públicas. São Paulo: Edições Loyola, 2001, 3ª edição. CORRÊA, Tupã Gomes (org.). Comunicação para o Mercado. São Paulo: Edicon, 1995, 1ª edição. FARIAS, Luiz Alberto de. A literatura de Relações Públicas. São Paulo: Summus Editorial, 2004, 1ª edição. GAHAGAN, Judy. Comportamento Interpessoal e de Grupo. Comportamento Interpessoal e de Grupo. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1980, 2ª edição. LOMBARDI, Ricardo (redator-chefe). Guia do Estudante e Vestibular 2008. São Paulo: Editora Abril. KUNSCH, Margarida Maria Krohling. Planejamento de Relações Públicas na Comunicação Integrada. São Paulo: Summus Editorial, 2003, 4ª edição. ________________________________. Organicom – Revista Brasileira de Comunicação Organizacional e Relações Públicas. São Paulo: ano 3, número 5, 2º semestre de 2006. MORATO, José M. Del Rey. Deontologia das Relações Públicas. Pelotas: Educat, 1991, 1ª edição. - 81 NASSAR, Paulo. Relações Públicas na construção da responsabilidade histórica e no resgate da memória institucional das organizações. São Caetano do Sul: Difusora Editorial, 2007, 1ª edição. PERUZZO, Cicília Krohling. Relações Públicas no modo de produção capitalista. São Paulo: Summus Editorial, 1986, 3ª edição. POPOV, Carolina e GODOY, Danielle. TCC: Regulamentação da Profissão de Relações Públicas no Brasil: Panorama e Implicações. São Paulo: Denise Monteiro (orientadora), FAAP, junho de 2006. STEWART, David W., SHAMDASANI, Prem N. e ROOK, Dennis W. Focus Group: Theory and Practice. Londres: Sage Publications, 1989, 2ª edição. VIEIRA, Roberto Fonseca. Relações Públicas: Opção pelo cidadão. Rio de Janeiro: Mauad, 2005, 1ª edição. WOLF, Mauro. Teorias das comunicações de massa. São Paulo: Martins Fontes, 2003, 1ª edição. - 82 - 7 Webgrafia http://www.aberje.com.br/novo/oque_aberje.asp, consultado dia 17 de setembro de 2007, às 17h06min. http://www.abrpnacional.com.br/files/estatutoabrp.pdf, consultado dia 17 de setembro de 2007, às 18h42min. http://www.compos.org.br, consultado dia 13 de novembro de 2007, às 16h50min. http://www.conrerp2.org.br/quem_somos.asp, consultado dia 17 de setembro de 2007, às 16h45min. http://www.eca.usp.br/associa/abecom/estatu.htm consultado dia 13 de novembro de 2007, às 16h34min. http://www.intercom.org.br/intercom/intercom.shtml consultado dia 13 de novembro de 2007, às 16h42min. http://www.sinprorp.org.br/, consultado dia 17 de setembro de 2007, às 18h33min.