Indicação de Botox® em hiperidrose axilar e
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Boletim Informativo da Comissão Técnica da Unimed Cuiabá | Edição 29 | Março de 2011 Indicação de Botox® em hiperidrose axilar e palmar Toxina Botulínica em pacientes com distonia cervical Botox® no tratamento do blefaroespasmo Botox® no tratamento da bexiga hiperativa Foto de Luiz Fernando Vieira Toxina Botulínica em espasticidade focal de membro superior |1 Indicação de Botox® em hiperidrose axilar e palmar A recomendação é de indicação em pacientes portadores de hiperidrose axilar severa e em casos de hiperidrose palmar com falha ao tratamento prévio com agentes tópicos locais e iontoforese, suportando a indicação nessas situações. Documentos exigidos para análise do caso: - relatório médico com diagnóstico, prescrição da droga e descrição dos tratamentos já realizados anteriormente. Toxina Botulínica em espasticidade focal de membro superior CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Esse parecer avaliou a eficácia e segurança do tratamento com toxina botulínica em pacientes com espasticidade focal do membro superior. A literatura encontrada mostra redução significativa do tônus muscular e melhora da função passiva com o uso da BTX, melhorando a possibilidade de treinamento funcional. Não foram encontrados estudos que avaliaram o papel da BTX-A em melhorar a função ativa do membro superior. Esses benefícios foram demonstrados tanto para adultos com sequela de AVC, como para crianças com paralisia cerebral. Entretanto, as recomendações e estendem para adultos com traumatismo medular e craniano. DOSAGEM Existem duas apresentações comerciais de toxina botulínica, com formas e armazenamento, diluição e dose distintas. As unidades de uma toxina são exclusivas para aquele produto, não existem unida- 2| des-padrão internacionais, as unidades de uma preparação não são intercambiáveis com as de outras que contenham toxina botulínica. Em crianças > 18 meses e adolescentes, recomenda-se a dose de 1-2U/Kg em músculos pequenos; 3-6U/Kg em músculos grandes, não ultrapassando a dose máxima injetada de 50U. A dose máxima recomendada para uma visita é de 12U/ Kg, até 400U, não se devendo administrar mais do que 400U durante período de três meses. Tipo Toxina Toxina Botulínica Botulínica A1 A2 Adultos 400-600 1000-1500 Crianças 12U/Kg ou 400 20U/Kg ou 1000 Dose máx. por músculo 3-6U/kg grande por injeção 9-18u/Kg Dose máx. por músculo 1-2U/Kg pequeno por injeção 3-6U/Kg PONTOS DE APLICAÇÃO Abaixo, dose por músculo (usa-se apenas nos que foram acometidos pela espasticidade: Músculo Toxina Toxina Botulínica Botulínica A1 A2 Pectoralis magnus Deltóide Bíceps braquial Braquiorradial Braquial Flexor radial do carpo Flexor ulnar do carpo Flexor dos dedos Flexor longo do polegar Adutor do polegar Músculos tênares 25-100 25-100 50-100 25-75 25-50 10-50 10-50 10-30 8-15 5-15 3-8 100-400 100-400 200-400 100-300 100-200 40-200 40-200 40-120 32-60 20-60 12-32 SEGURANÇA Complicações relativas ao procedimento são dor, hematoma, infecção local e as relativas à toxina, atrofia focal, alterações da sudorese, sensação de perda de força, náuseas, fadiga, dor em extremidades, febre (1%), letargia (1%), formação de anticorpos (22). Documentos exigidos para análise do caso: - relatório médico com diagnóstico de base, exame físico completo, medicações em uso, prescrição da droga e lista de pontos de aplicação com respectivas dosagens. A toxina botulínica A tipo 1 - TBA1 – Botox® - (1U = DL50 0,04ng apresentação 100U/frasco) e toxina botulínica A tipo 2 - TBA2 – Dysport® (1U = DL50; 0,025ng frasco/500U). Em geral, a dose máxima por sessão de aplicação é: A dose letal do Botox® em humanos não é conhecida. Estima-se que 2.800U poderia ser letal para uma pessoa de 70 Kg. a dose letal de Dysport® também não é conhecida.A maioria das doses terapêuticas do Botox® varia entre 25U e 300U e do Dysport® entre 250U e 1000U. Toxina Botulínica em pacientes com distonia cervical Em adultos > 18 anos, a dose deve ser individualizada com base no tamanho do paciente, extensão e localização do envolvimento muscular, grau de espasticidade, fraqueza muscular local e resposta ao tratamento prévio. Nos estudos, foram administradas doses totais de Botox® de até 360U, como injeções separadas. Recomenda-se aplicação de doses individualizadas para cada músculo. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Recomendamos tratamento com BTX-A como primeira linha em pacientes portadores de distonia cervical, devido sua superioridade em relação ao placebo e anticolinérgicos. Recomendamos o tratamento com BTX-B em pacientes resistentes à BTX-A. Documentos exigidos para análise do caso: - relatório médico com histórico clínico (diagnóstico diferencial entre torcicolo comum e espasmódico) e prescrição da droga. |3 Botox® no tratamento do blefaroespasmo Blefaroespasmo é uma alteração caracterizada por repetidas contrações involuntárias ao músculo orbicular do olho. Existe indicação do Botox® para o tratamento de pacientes adultos portadores de blefaroespasmo. Documentos exigidos para a análise do caso: - relatório médico com diagnóstico e prescrição da droga; DOSAGEM Dose inicial de Botox® em blefaroespasmo: 1,25 - 2,5U IM, podendo ser aumentada para 2,5 - 5U em sessões repetidas, não excedendo 5U por injeção ou dose cumulativa de 200U em período de 30 dias. A dose total para doença unilateral geralmente não excede 20 - 25U. O início de ação ocorre entre 3 e 4 dias e a duração varia entre 2 e 3,5 meses. - considerar a realização de perícia, pela possibilidade de fraude (desvio da indicação para procedimento estético). Botox® no tratamento da bexiga hiperativa A bexiga hiperativa pode ter origem neurogênica ou ser idiopática, cursando com urgência e incontinência urinária, polaciúria e/ou nictúria. Esse parecer avaliou a segurança e eficácia do tratamento com toxina botulínica (BTX) em pacientes portadores de bexiga hiperativa idiopática e neurogênica e encontrou NE 2 recomendando a aplicação intra-detrusor da BTX tipo A (BTX-A) guiada por cistoscopia apenas em pacientes selecionados (refratários aos tratamentos de primeira linha: medicamentos e fisioterapia). Entretanto, existe risco de retenção urinária sintomática requerendo auto-cateterização vesical intermitente em um quarto dos pacientes. Documentos exigidos para análise do caso: 4| - avaliação urodinâmica comprovando a doença e com incontinência; - relatório médico demonstrando falha com tratamento farmacológico e fisioterápico. DOSAGEM A maioria dos estudos usou dose que variou entre 100U e 300U. Recomenda-se iniciar o tratamento com 100U, devido ao risco menor de retenção urinária do que quando aplicadas doses mais elevadas. As aplicações são feitas na maioria das vezes a cada 6 - 12 meses. PONTOS DE APLICAÇÃO A BTX-A é aplicada intra-detrusor via cistoscopia, em 10 a 20 locais.
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