Funcionamento do Disco Rígido Dentro do disco rígido, os dados
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Funcionamento do Disco Rígido Dentro do disco rígido, os dados
Funcionamento do Disco Rígido Dentro do disco rígido, os dados são gravados em discos magnéticos, chamados de platters. O nome ?disco rígido? vem justamente do fato dos discos internos serem lâminas metálicas extremamente rígidas. Os platters são compostos de duas camadas. A primeira é chamada de ?substrato?, e nada mais é do que um disco metálico, geralmente feito de ligas de alumínio. Este disco é polido em salas limpas, para que se torne perfeitamente plano. A fim de permitir o armazenamento de dados, este disco é recoberto por uma segunda camada, agora de material magnético. A aplicação da camada magnética é feita dos dois lados do disco. Como a camada magnética tem apenas alguns mícrons de espessura, é recoberta por uma fina camada protetora, que oferece alguma proteção contra pequenos impactos. Esta camada é importante, pois apesar dos discos serem encapsulados em salas limpas, eles internamente contêm ar, com pressão semelhante à ambiente. Como veremos adiante, não seria possível um disco rígido funcionar caso internamente houvesse apenas vácuo. Os HDs são hermeticamente fechados, a fim de impedir qualquer contaminação proveniente do meio externo, porém, nunca é possível manter um ambiente 100% livre de partículas de poeira. Um pequeno dano na camada protetora não interfere no processo de leitura/gravação, que é feito de forma magnética. Os discos são montados em um eixo também feito de alumínio, que deve ser sólido o suficiente para evitar qualquer vibração dos discos, mesmo a altas rotações. Este é mais um componente que passa por um processo de polimento, já que os discos devem ficar perfeitamente presos e alinhados. Finamente, temos o motor de rotação, responsável por manter uma rotação constante. O motor é um dos maiores responsáveis pela durabilidade do disco rígido, pois a maioria das falhas graves provêem justamente do motor. Para ler e gravar dados no disco, usa-se as cabeças de leitura eletromagnéticas que são presas a um braço móvel, o que permite seu acesso a todo o disco. O braço de leitura é uma peça triangular feita de alumínio ou ligas deste, pois precisa ser ao mesmo tempo leve e resistente. Enquanto o HD está desligado, as cabeças de leitura ficam numa posição de descanso, longe dos discos magnéticos. Elas só saem dessa posição quando os discos já estão girando à velocidade máxima. Para prevenir acidentes, as cabeças de leitura voltam à posição de descanso sempre que não estão sendo lidos dados, apensar dos discos continuarem girando. É justamente por isso que às vezes ao sofrer um pico de tensão, ou o micro ser desligado enquanto o HD é acesso, surgem setores defeituosos. Ao ser cortada a energia, os discos param de girar e é desfeito o colchão de ar, fazendo com que as cabeças de leitura possam vir a tocar os discos magnéticos. Para diminuir a ocorrência deste tipo de acidente, nos HDs modernos é instalado um pequeno imã em um dos lados do actuator, que se encarrega de atrair as cabeças de leitura à posição de descanso, toda vez que a eletricidade é cortada (tecnologia chamada de auto-parking). A camada de proteção dos discos magnéticos, também oferece alguma proteção contra impactos, mas mesmo assim, às vezes os danos ocorrem, resultando em um ou vários setores defeituosos, por isso, é sempre bom desligar o micro apenas na tela ?o seu computador já pode ser desligado com segurança? do Windows. Defeitos comuns Os problemas físicos mais comuns nos discos rígidos são os setores defeituosos, que surgem depois de piscadas na energia elétrica, ou mesmo pelo envelhecimento da mídia. Os setores defeituosos não podem ser corrigidos, mas podem ser marcados, para que o restante do HD pode continuar sendo usado. Outro defeito comum, desta vez mais grave, é quando o motor de rotação do HD simplesmente para de funcionar, neste caso os discos não giram, o HD não é mais reconhecido no Setup, simplesmente "morre?. Os dados foram apagados mas o HD funciona O modo através do qual os dados são gravados no disco rígido, permite que praticamente qualquer dado anteriormente apagado possa ser recuperado. Na verdade, quando apagamos um arquivo, seja através do DOS ou do Windows Explorer, é apagada apenas a referência a ele na FAT, a tabela gravada no início do disco rígido que armazena a localização de cada arquivo no disco. Com o endereço anteriormente ocupado pelo arquivo marcado como vago na FAT, o sistema operacional considera vaga a parcela do disco ocupada por ele. Porém, nada é realmente apagado até que um novo dado seja gravado subscrevendo o anterior. O Norton Utilities possui um utilitário, chamado ?Rescue Disk?, que permite armazenar uma cópia da FAT em disquetes. Caso seu HD seja acidentalmente formatado por um vírus, ou por qualquer outro motivo, você poderá restaurar a FAT com a ajuda destes discos, voltando a ter acesso a todos os dados como se nada tivesse acontecido. Além do Norton, existem vários outros programas extremamente amigáveis especializados em recuperação de dados, mesmo caso não exista backup algum da FAT. A Ontrack tem o seu Easy Recovery com versões para Fat 16, Fat 32, NTFS, Novel Netware e discos Zip/Jaz. Estes programas são capazes de recuperar arquivos apagados, ou mesmo um HD inteiro vítima da ação de vírus, mesmo que qualquer vestígio da FAT tenha sido apagado. Ele faz isso se baseando nas informações no final de cada cluster, e baseado em estatísticas. Estes não são exatamente programas baratos. Existe uma demonstração gratuita que apenas mostra os arquivos que podem ser recuperados. Na mesma categoria, temos também o Lost and Found da Power Quest. O modo de recuperação é bem parecido com o usado pelo Easy Recovery, e a eficiência também é semelhante, sua vantagem é ser bem mais barato, e ter versão em Português. Existe ainda um demo que pode ser baixado gratuitamente: http://www.powerquest.com.br/ Alguns vírus podem bloquear o acesso ao HD, fazendo com que você não consiga acessa-lo nem mesmo usando um disco de boot. Neste caso, dê boot via disquete e use o comando FDISK /MBR, isto zera o setor de boot do HD. Em seguida, passe uma antivírus atualizado. Pode ser que você nem precise do programa de recuperação de dados. O HD não é sequer detectado pelo BIOS Existe um truque que costuma dar certo, e vale à pena tentar primeiro, pois não traz riscos. Coloque o HD dentro de um plástico hermeticamente fechado e deixe no Freezer por 4 horas ou mais. Parece estranho, mas tem sua lógica, o frio altera a posição das marcas magnéticas nos discos (contração do material) e alguns componentes do HD funcionam melhor a baixas temperaturas. Reinstale rapidamente o HD, cruze os dedos. Existem uma possibilidade razoável dele voltar a funcionar durante alguns minutos, tempo suficiente para fazer uma cópia dos dados mais importantes e aposenta-lo definitivamente. Por incrível que pareça, isso também costuma funcionar com CDs riscados que não lêem mais. Experimente também passar no site do fabricante e configurar o HD manualmente no Setup, dando o número de trilhas, setores e cilindros, como nos micros antigos, resolve em alguns casos raros. Experimente também dar boot usando um disquete com o boot manager do fabricante, muitas vezes ele é capaz de acessar o drive, mesmo sem ter sido reconhecido pelo BIOS. Se você ouvir o ruído dos discos girando, seguido de um "click", "click", "click", significa que a placa lógica está tentando posicionar as cabeças de leitura, mas não está conseguindo. Este defeito é comum em HD antigos. Experimente apoiar o HD sobre uma mesa, na vertical e dar um tapinha sobre o lado superior. Um tapinha leve, pois como os HDs estão girando um tranco mais forte pode danificar os discos magnéticos e aí que os dados não vão mais ser recuperados mesmo. Lembre-se que você precisará manter um segundo HD instalado para onde possa copiar os dados para qualquer uma das hipóteses apresentadas acima.