contando sementes de mudança do aplica

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contando sementes de mudança do aplica
CONTANDO SEMENTES DE MUDANÇA
DO APLICA
14-20 FEVEREIRO 2011, SUMBE, ANGOLA
Escrito pela: Kas M.J. Cascant i Sempere. Revisão do: Altino Gaita,
Ana Maria Sarmento, Huambo, Isilda Colofua, Lourenço Campos e
Sidsel Koordt. Com notas cedidas pelo: Adílson Mendes Cabral.
Com fotos cedidas pela: Arlete Chicomo.
1
0. ÍNDICE
1.
2.
3.
4.
5.
Agradecimentos
Dados de contacto e fotos
Introdução
Dias da formação
Anexos
1. AGRADECIMENTOS
Tem sido uma imensa sorte poder participar nesta formação do Contando Sementes de Mudança (CSM),
avaliação participativa do Aplica-Reflect em Angola. E isto não só pela boa onda da equipa Aplica, mas
também porque é a primeira vez que poso ver de perto um esforço nacional de aplicação do CSM, com a
rotina de M&A dos círculos como centro de gravidade. Se bem já tinha observado em outros países o
uso dalgumas das ferramentas do CSM em estudos de base e avaliações puntuais, bem por equipas
técnicas, bem por consultoras externas, há em Angola um propósito metódico de inserir ferramentas num
guião anual de M&A da facilitador/a, que visa ser a base informativa do sistema do M&A existente.
Um sistema, aliás, que não só inicia entre círculos (com trocas) ou desde os círculos (ferramentas do
Contando Sementes e guião-relatório de M&A do facilitador/a), chegando logo às/aos coordenadoras/es
locais e equipa técnica, mas que põe especial atenção em que essa informação M&A que chegou à
equipa técnica da AAEA e doadores volte aos círculos, seja com visitas de apoio da equipa técnica,
visitas de agentes comunitários, mensagens na rádio ou noticias no boletim comunitário Ndandu (por
exemplo, fazendo duma história de mudança, uma noticia).
Justamente a razão principal, desde a minha perspectiva, pela qual foi criado o CSM: promover o M&A
no seio dos círculos (auto-avaliação e avaliação de outros temas/agentes). Uma avaliação DRP, visual,
debatida, escrita, activa. Uma avaliação “Aplica” que faça parte, simplesmente, do ciclo de aprendizagem
e acção. Algo que aqui na AAEA parece tão evidente. Um esforço M&A que aposta por ser simples, mas
não simplista, ao tempo que sistemático; com evidências locais específicas, mas buscando a
comparabilidade a níveis macros.
Ter tantos facilitadoras/es na formação tem sido também uma tremenda aprendizagem. Partir da sua rica
prática para chegar à necessária teoria. Penso que tivemos ocasião não só de conhecer as ferramentas
(confusões, nomenclaturas, passos,…) mas também de compreender o sentido destas, os objectivos ou
“tarjetas azuis”, para decidir quando é que são necessárias, quando é o momento de usá-las. E também
de ouvir o importante juízo das facilitadoras/es sobre a utilidade, ou não, destas ferramentas.
Obrigada, em fim, às e aos participantes, à IBIS por acreditar nisto, ao inestimável apoio electrônico préformação da Sidsel, à dúctil e pedagógica facilitação do Altino, ao apreciado apoio formativo da Isilda e os
seus lindos Lamps locais, à logística anti-chuva Xavier-Gourgel, ao animador estrela Loló, à iracunda
Rosalina, à escala Ju, à facilitação impecável do Pastor Tomás durante a visita ao seu círculo, à
companhia de teatro Seles, à dansa-teatro Qa-quarta no Kicombo, ao Guião Isilda-Sidsel, à ferramenta
Adílson-Casimiro, ao mapa AAEA-Angola AnaMaria-Gourgel, aos esforçados Cristóvão e Gabi a pôr e
tirar flip-charts assim como poder ver ao grande Bumba com fita-cola na boca e tantos outros bons
momentos. Todo isto sem esquecer as sempre sábias palavras dos experientes Arlete e Vítor. Obrigada
finalmente ao sempre disponível Adílson pelo apoio com impressoras, projectores, dedicatórias, fotos e
relatório. Espero gostem da escrita deste. Tanto como eu gostei de escrevê-lo.
Kas MJ Cascant i Sempere, Luanda, 23.02.11
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2. DATOS DE CONTACTO E FOTOS
Redactora: Maria Josep Cascant i Sempere (Kas) - [email protected]
Associação: AAEA (Associação Angolana de Educação de Adultos) [email protected]
Fotos da Formação: Ver este enlace: https://picasaweb.google.com/Kas.Sempere/WorkshopAplicaReflectContandoSementesDeMudancaSumbeAngolaFev11#
3. INTRODUÇÃO
A AAEA (Associação Angolana de Educação de Adultos) vêm desde 1998 a desenvolver um programa de
alfabetização em Angola através da abordagem Reflect reformulado para Aplica (Alfabetização
Participativa Libertadora Instrumentada por Comunidades Actuantes), contribuindo assim para o combate
da pobreza através de uma educação não formal e empoderamento das comunidades para o exercício da
cidadania.
De forma a reforçar a intervenção das facilitadoras/es e a
aprendizagem das/os participantes, a AAEA tem procurado
introduzir inovações ou ferramentas junto dos círculos, trocas
de experiência com outros grupos que tem se mostrado
pertinentes para o alcance dos objectivos. A AAEA reconhece
todo este processo sem que haja um quadro de referência de
avaliação não é possível medir o impacto da sua intervenção.
Em 2010, a AAEA começou um processo de discussão e
reflexão no sentido de aumentar as habilidades dos
facilitadoras/es e pessoal da equipa técnica da AAEA em
monitorar e avaliar (M&A) o Aplica. Este processo incluiu a
participação de 2 técnicos da AAEA num encontro regional
entre praticantes do Reflect da África-Austral em outubro 2010
e começou também uma reflexão com facilitadores em Angola
da província do Kuanza-sul no sentido de se elaborar
ferramentas de M&A uniformizadas, não esquecendo as especificidades locais. A reflexão incluiu uma
formação de três dias em novembro 2010 sobre o Contando Sementes de Mudança.
Para dar sequência a estes passos, a AAEA realizou uma formação na província do Kuanza-Sul em
fevereiro 2011 com a participação dos principais actores do Reflect em Angola. A formação serviu para:
1) refrescar e aprofundar a passada formação em novembro (Camponês, Flor, LAMP, Mudança Mais
Significativa/MMS), assim como 2) introduzir novas ferramentas do Contando Sementes, nomeadamente
ferramentas de avaliação relativas à elaboração e uso de materiais locais com base à Aplica (mapa de
alfabetização, mapa de cálculo, nuvens de materiais escritos pelos círculos, diagrama Adílson-Casimiro,
uso da MMS e do Ndandu nos círculos e além). A seguir esta formação de fevereiro, tema central deste
relatório, prevê-se organizar mais uma formação, dando especial atenção à questão do acompanhamento
pedagógico.
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DIA 1: BENVINDAS E DEFINIÇÕES (M&A E APLICA)
MANHÃ: ABERTURA E ORGANIZAÇÃO - facilitado pelo Altino
A chuva fez com que a formação começara 1.20h tarde, impedindo também aos colegas da Gabela e
Kibala assistir no 1o dia. O representante da AAEA Kuanza Sul, Carlos Gourgel, deu as bem-vindas.
Seguiram as apresentações Depois houve um debate sobre a duração da formação (7 dias finalmente) e
os horários (de 8.30 às 10.30, lanche, de 10.45 a 12.30, almoço, de 13.30 às 15.00, lanche, e de 15.15 às
16.30). Falou-se sobre a visita aos círculos para o Dia 5 da formação Definiram-se também objectivos e
regras (ver fotos) assim como as pessoas relógio e os grupos de animação, avaliação e resumo para
cada dia da semana. As questões logísticas ficaram com o Gourgel e o Xavier. O Adílson ficou para
apoiar à Kas em tomar notas para o relatório. Também se fez proposta de recolher assinaturas para
homenagear aos fundadores da AAEA, André Brandão e Vítor Barbosa, ficando responsável da tarefa o
Adílson Finalmente apresentou-se, apreciou-se e aprovou-se o programa do workshop.
MANHÃ: A PRÁTICA DO M&A NA AAEA - facilitado pela Isilda
Formaram-se três grupos, um de Luanda e dois de Kuanza Sul. A actividade consistia em elaborar: 1) um
mapa com a localização dos círculos; e 2) um diagrama / listagem sobre o funcionamento do sistema de
M&A da AAEA. O objectivo era conhecer a prática do M&A, nomeadamente as dificuldades de
implementação No mapa, tratava-se de analisar os círculos mais distantes à sede da equipa técnica ou
de difícil acesso. [Sugestão: também se podem analisar as distâncias entre círculos para melhorar a rota
das visitas]. No diagrama, procurava-se analisar às dificuldades logísticas, ou seja, os recursos materiais
(como transporte e horários) e humanos (como coordenadores, facilitadores, equipa técnica).
Resultados. Destacaram no debate as dificuldades de acesso principalmente em época chuvosa, a falta
de meios de transporte para alguns coordenadoras/es locais, o atraso na prestação de contas pelas
facilitadoras/es, a revisão do modelo de guião M&A para o relatório, e o facto da escala LAMP ter ajudado
no trabalho de avaliação.
Chuvas. (Altino e Lourenço) mesmo com 4x4, há zonas inaccesíveis em época de chuva, como Boa
Esperança I, Honga zanga, Dungo, no Bengo. Em Luanda, Campo Dom Henriques, Estalagem (Boa
Esperança) é inacessível, na época de porque as estradas não são asfaltadas, umas ficam cheias de
águas e outras cheias de lodo. As chuvas fortes vão de 15 Setembro a 15 Maio. (Huambo) Há lugares
que depois das 7 horas perde a canoa de travessia para as lavras que estão do outro lado do rio e ficam
atrasadas. É preciso fazer travessia e nem sempre é possível. (André) Há queixas por “falta de visitas”,
todo causado pelo estado das estradas.
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Distâncias e horários dos círculos. Falou-se das distâncias e alguém também fez notar os horários dos
círculos, que às vezes iniciam as 6.00 da manha, com as/os coordenadores tendo que dormir lá.
Mapa de localização dos círculos e distâncias
(Kuanza Sul)
Mapa de localização dos círculos e distâncias
[por acabar] (Luanda)
O coordenador/a local é também facilitador/a. Destaca também o facto da AAEA ter por regra que o
coordenador/a local (visita vários círculos) seja ao mesmo tempo facilitador/a (para que posa perceber
bem os ritmos e realidades dos círculos). Isto faz com que o círculo da coordenador/a local não se reúna
durante o tempo que esta/e esteja visitando os outros círculos. O balanço é necessário. Em Kuanza Sul,
tarda-se uma semana para as visitas de Porto Amboim, mas o tempo é maior em outras áreas. Em Seles,
a dislocação do coordenador (Kamongua) implica 2-3 dias da sede até Amboim por falta de transporte
(pede boleia).
Maior número de círculos. No que diz ao
sistema M&A (foto esquerda), Arlete e
Lourenço comentam que se bem antes
demoravam um mês para visitar Funda e
Viana (uma semana para Bengo), agora o
trabalho tem crescido (mais círculos) e não
dá. Estamos por tanto a puxar para que os
coordenadores locais trabalhem mais,
embora estes manifestem dificuldades no
transporte e distâncias.
Sistema M&A e problemas logísticos à hora de fazer M&A
Isilda corrobora a mesma situação para
Kuanza Sul, onde crescem o número de
círculo, com uma equipa técnica pequena
[há pouco incorporou-se Ana Maria].
Retraso nos relatórios. (Arlete, equipa técnica Luanda) Os coordenadores locais têm dificuldade no
envio de relatórios mensais pela demora dos facilitadores. (Joaquim, Tito, facilitadores) Isto se deve às
reconfirmações das matrículas no inicio do ano. (Rosalina, facilitadora) Ainda pior, as matriculas dão-se
em época de chuvas. (Huambo, coordenador) Isto é só no inicio do ano. E o resto? (Gourgel, equipa
técnica Kuanza Sul) Aqui, agora, os relatórios chegam bem.
Faltava um guião (Isilda) Os facilitadores pediam um novo modelo que agora já temos com o apoio da
Sidsel (o anterior era complicado), tanto para facilitadores como para coordenadores locais. (Arlete) Mas
temos que ver se chegarão a todos. Quem são os que falam dos facilitadores? Em Viana, de 40, faltam
12 (que nunca vêm). (Lourenço) São necessárias ferramentas fixas, um modelo de M&A. (Kas) Qual é a
situação com o novo Guião M&A feito pela Isilda-Sidsel? (Altino, Luanda) Já nos reunimos com os
coordenadores e facilitadores. Começamos agora. (Isilda, Kuanza Sul) Aqui já apresentamos os Guiões
aos facilitadores para ver se é muito, se concordam, etc.
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(Arlete) O tema da ansiedade que saiu na matriz é ansiedade no terreno, no relatório. Os
constrangimentos dos relatórios, a questão Lamp... (Huambo) A orientação é nova, está a demonstrar o
que acontece no círculo. (Carmo, facilitadora) Ver que já sabem ler e escrever. (Huambo) Nós temos três
níveis diferentes, o 2, o 3 e o 5 [da escala LAMP]. Agora já conseguem ajudar aos lideres religiosos na
leitura e no batismo. Já podem assinar. Houve uma mulher que leu mal o autocarro e confundiu onde
tinha que ir, e ela entrou no círculo, e já não se engana mais. Também com as datas de expiração
Outras questões abordadas pelo Huambo que indirectamente podem influir no sistema de M&A foram: 1)
a falta de material didáctico em alguns círculos (cadernos, lapiseiros e giz) que leva às desistências, 2) a
dificuldade dalgumas mulheres de assistirem por questões conjugais (muitos maridos em contra; um foi
mesmo contra o facilitador só porque ajudou a ler e escrever à esposa). (Gabi) também existem crianças
em alguns círculos, promovendo que alguns facilitadoras/es “se tornem professores”. (Casimiro) Nas
missões que fiz, via às facilitadoras/es pressionadas com 40% de crianças porquê estas não têm
professores ou bem o registo de nascimento fica longe. (Gabi) Ou bem não têm escolas. (Arlete) Nestes
casos, devem separar-se os círculos, um de crianças e outro de adultos. (André) Até dizem “professor” e
não “facilitador”. (Arlete) Para nós é costume não mudar as decisões ou nomes locais, o mais difícil é não
se sentir professor. (Altino) É como“coordenador” e “supervisor”. A nomenclatura tanto faz.
TARDE: FERRAMENTA 01, OS CAMPONÊSES e OS COMERCIANTES - facilitado pela Kas
Objectivos:
1. Explicar monitoria e avaliação com exemplos do dia a dia em
vez de conceitos abstractos
2. Explicar a diferença entre monitoria e avaliação
3. Demonstrar como a monitoria ajuda na replicação de êxitos e
no evitar de insucessos e na verificação do progresso
desejável do projecto
Outros objectivos sugeridos em plenária:
1. Percepção do trabalho com os círculos
2. Facilitador – participantes / participante – participante / se
conseguem ou não comunicar
3. Importante o esforço. Motivação, interesse. Caminhada dos
círculos
Foto: Camponeses (em vermelho) e Comerciantes (em preto). O “bom”
camponês e comerciante (à esquerda). Os “maus” à direita.
Passos: 1) Pede-se a várias pessoas que façam um teatro sobre um “bom” camponês (ex. cuida a sua
terra diariamente) e um “mau” (ex. malandro). [Na formação, fizeram-se duas representações, uma de
camponeses e outra de comerciantes]. No fim, o tamanho da colheita não é a mesma. O bom camponês
obtém mais colheita. 2) Debate-se o porquê. Ex. O comerciante desonesto não tem troco. Dorme. Não
sabe atender ao cliente. Não tem laranja, só tem ananás... no fim, não tem benefícios. 3) Depois do
debate sobre o que aconteceu no teatro, a facilitação pode perguntar: temos visto esta história do bom e
mau camponês/a [ou comerciante], certo? Olhando para os nossos círculos, como queremos que seja o
nosso trabalho? Como o camponês malandro ou como o camponês trabalhador que obteve frutos?
Queremos acompanhar e estar atentos ao nosso progresso? Mudar o que está a correr mal, melhorar
cada dia e assim obter bons resultados no fim?
Também pode perguntar ao grupo sobre mais exemplos de “acompanhamento”. Quando é que a gente
acompanha no nosso dia a dia para ver se as coisas estão a correr bem (ex. escola da criança,
preparação da comida para que não queime...). Bem, então é a mesma coisa com o círculo.
Se achar útil, pode introduzir palavras como “linha de base” (aquilo com o que o camponês parte antes de
plantar), “acompanhamento ou monitoria” (tempo de acompanhar as suas plantas) e “avaliação” (no
tempo da colheita, ver resultados e analisar o que poderá fazer melhor para ter mais produção no futuro).
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OBSERVAÇÕES
1) A primeira vista, “o camponês” pode parecer uma ferramenta de fácil compreensão Na minha
experiência [Kas], o teatro é bem percebido e gosta, mas nem sempre é assim com o paralelismo
posterior que se faz entre o teatro e o M&A nos círculos, assim como a diferença entre “monitoreo” e
“avaliação”. Sugestão: Preparar esta parte da facilitação / debate com especial atenção.
2) A história do camponês está pensada para círculos em áreas rurais, mas você pode alterar os
protagonistas com comerciantes ou pescadores, dependendo da sua área (urbana, comercial,
pesqueira...). A ideia base é ter uma pessoa que faz as coisas “bem”, cuidando o crescimento de
algo (rendimento da colheita ou da venda, peixe pescado) e que finalmente obtêm bons resultados,
e outra pessoa que não acompanha e vê que não obtêm bons rendimentos quando olha para atrás.
TARDE: FERRAMENTA 03, A FLOR DO APLICA - facilitado pelo Altino
Objectivos: Avaliar quais dos princípios basilares do
Reflect são considerados importantes e para avaliar a
compreensão [e aplicação deste] pelas/os
practicantes do Reflect.
Passos:
1. Desenhe uma flor com dez pétalas
2. Liste os princípios [que você] considera
basilares do Reflect e, em forma de pétalas,
devem ser acrescida à flor.
3. Analise quais estão a ser mais difíceis de
cumprir. Pode ficar estas pétalas na parte
mais alta da flor.
Resultados das pétalas:
Grupo 1: mudança social, associativismo, inclusão
social, identidade, participação activa, alfabetização,
encontros frequentes, diálogo, liberdade, promoção
de valores.
Grupo 2: visa a libertação do homem, sem educador e educando, adequa-se ao grupo, ser participativo,
responsabilidade de o grupo perante o trabalho, agir de modo crítico, aprendizagem de leitura e escrita,
promoção do diálogo, combater a cultura do silêncio e do medo, utilização de ferramentas DRP.
Grupo 3 (ver foto): principio democrático, rompe a cultura do silêncio, escrever no chão, sentar em
círculo, o participante não é aluno, o facilitador não é professor, a reunião não é aula, o facilitador deve
ser membro da comunidade, aprender com base à realidade local, representação gráfica.
Grupo 4: diálogo, horizontalidade, aprendizagem com base à realidade, reuniões em círculos,
participativo, reflexão-acção, democrático, banir o silêncio, trabalho no chão, aprendizagem ao longo da
vida.
Grupo 5: debate, direitos iguais, acesso ao estudo nas comunidades, romper a cultura do medo e do
silêncio, liberdade de expressão, utilização dos meios locais, motivação, informação, boas práticas,
aprendizagem de ler e escrever.
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CHUVA DE IDEAS FEITA NO DIA 3
O que difere o Aplica das outras abordagens? Respostas: Está centrado nas preocupações dos
participantes; faz leitura à sua volta; construção da cidadania; versão diferente, igualdade; horizontal;
exploração meio local; construção dos materiais dos próprios círculos/ não usa materiais préconcebidos; incentiva aos participantes a resolver os problemas levantados no grupo como a
higiene; procura resolver questões concretas do grupo; utiliza técnicas participativas / DRP; incentiva
a reflexão e a exercitar a prática; aconselha, promove o bom comportamento no lar e na
comunidade; horários são definidos pelos participantes e pelos facilitadores; visa ao empoderamento
das pessoas, grupos, comunidades facilitador; desperta os participantes; promove troca de
experiência; VIH/Sida, higiene; promove a aprendizagem recíproca independente do dato? social na
comunidade; promove o conhecimento dos seus direitos (participantes).
OBSERVAÇÕES
1) Não parece que surjam complicações na compreensão desta ferramenta. No entanto, é comum
encontrar pétalas bastante abstractas como “igualdade”, “participação”. Neste caso, é bom que a
facilitação peça exemplos concretos dessas pétalas durante o debate.
2) Durante a formação, citou-se como referência a “Flor do Aplica” várias vezes, tipo “o facilitador
[num dos círculos visitados] não cumpria com aquilo que se falou na flor”, o que dá exemplos de
como esta ferramenta pode servir de “termômetro” da nossa prática.
3) Quando há várias flores feitas juntas, é interessante comparar quais as pétalas mais citadas pelos
vários círculos. Se houver tempo, pode se fazer uma matriz comparativa (ver abaixo) e analisar que
tipo de “Aplica” fazemos, a que damos mais importância, a que menos, que falta, etc...
GRUPO 1
GRUPO 2
diálogo
promoção do diálogo
GRUPO 3
GRUPO 4
GRUPO 5
diálogo
debate
4
DIÁLOGO
combater a cultura do
silêncio e do medo
rompe a cultura do
silêncio
banir o silêncio
romper a cultura do
medo e do silêncio
4
BANIR
SILÊNCIO E
MEDO
adequa-se ao grupo
aprender com base
à realidade local
aprendizagem com
base à realidade
utilização dos meios
locais
4
REALIDADE
LOCAL
aprendizagem de ler
e escrever
3
LEITURA E
ESCRITA
alfabetização
aprendizagem de
leitura e escrita
mudança social
agir de modo crítico
reflexão-acção
3
INTEGRA
ACÇÃO
participação activa
ser participativo
participativo
3
PARTICIPATIVO
liberdade
visa a libertação do
homem
liberdade de
expressão
3
LIBERDADE
direitos iguais
3
DEMOCRÁTICO
utilização de
ferramentas DRP
principio
democrático
democrático
sentar em círculo
reuniões em círculos
2
EM CÍRCULO
escrever no chão
trabalho no chão
2
NO CHÃO
2
DRP / GRÁFICO
representação
gráfica
Matriz comparativa das pétalas mais citadas
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DIA 2: AVALIANDO A MUDANÇA SOCIAL
MANHÃ: EQUIPA DE AVALIAÇÃO / RESUMO DO DIA 1 - Adilson, Ana Maria, Gabi, Isilda, Tomás
Boas vinda pelo representante da AAEA K-Sul. Apresentação dos objectivos do workshop. Construcção
de regras de convivéncia. Formação de grupos: relógio, animação, avaliação e do resumo. Apreciação e
aprovação do programa do workshop. Apresentação e aprovação da recolha de assinaturas dos
participantes e outros para homenagear os fundadores da AAEA Vítor Barbosa e André Brandão.
Passou-se ao trabalho em grupos com destaque: diagramas, mapas de localização dos círculos,
monitoria e avaliação. Assuntos candentes nestes aspectos: maior distância entre círculos. Dificuldades
de acesso, principalmente em época chuvosa. Falta de meios de transporte para os coodenadores locais.
Atraso na prestação de contas pelos facilitadores. Revista questão de modelo de relatório. Falta de
material didáctico dos participantes em alguns círculos. Dificuldades presenciais por parte dalgumas
mulheres por questões conjugais. Existência de crianças em alguns círculos, promovendo em alguns
facilitadores o título de professores. A escala LAMP ajudou melhoria do trabalho. Registram intervalos
para lanche – manhã e almoço. Houve teatro para enquadramento de acções do dia a dia dos círculos.
Ferramenta da flor do Reflect onde foram destacados os 10 principios do Reflect. A logística esteve à
altura dentro da sala. As condições de habitabilidade em algumas unidades hoteleiras não foram das
melhores, pelo que se recomenda a sua melhoria.
MANHÃ: FERRAMENTA 28, A MUDANÇA MAIS SIGNIFICATIVA - facilitado pela Kas
Com a animação da selva, formaram-se 4 grupos. Imaginando que estamos no círculo e que queremos
tirar a história mais significativa do grupo, podemos dividir o círculo em grupos como estamos a fazer
aqui. Mas também se pode manter um grupo só.
GUIÃO PARA ESCREVER A HISTÓRIA DE MUDANÇA MAIS
SIGNIFICATIVA (MMS)
Nome da pessoa/s que escreve/m: _______________
Faz parte do círculo: _______________
1. TITULO DA HISTÓRIA
2. HISTÓRIA
 Onde foi?
 Quando foi?
 Quem fez parte da mudança?
 Quê aconteceu?
3. PORQUÊ ACHAS QUE É IMPORTANTE QUE ESTA
HISTÓRIA SEJA PARTILHADA?
4. SEMENTES. Quê o que fez que a mudança acontecesse?
Objectivos: Conhecer as mudanças
acontecidas nas nossas comunidades
com o apoio do círculo / Aplica.
Passos:
1) Divididos os grupos, pede que
respondam ao seguinte: “Olhando
para o último [ano], qual achas que
foi a mudança mais importante que
aconteceu na tua [localidade] com o
apoio do Aplica?”
Nota: Os parenteses [ano, tempo], [localidade,
lugar] podem mudar. Ex: em vez do último “ano”
aos últimos “6 meses”, ou em vez da tua
“localidade”, a tua “família”, ou “tu mesmo”.
2) Cada um individualmente pensa a história que quer partilhar em silêncio
3) Cada membro do grupo partilha oralmente a sua história com o resto. Sem escrever nada ainda.
4) De todas as histórias contadas, escolhemos a que mais temos gostado.
5) Escrevemos só a história escolhida, seguindo os 4 pontos do guião dado (ver encima).
Resultados:
Grupo Funda: Título: Conhecimentos sobre os direitos das mulheres. Onde: Funda/Luanda. Quando:
2009. Quem: participantes dos círculos, mulheres de várias religiões e vendedoras dos mercados. Que:
Um grupo de mulheres da comunidade da Funda fizeram uma manifestação contra a violência doméstica
e violação dos seus direitos. Visto que os homens tratavam a elas como escravas, abusando-as e
violando os seus direitos. E elas como já aprenderam nos círculos Reflect então bateram o pé no chão
exigindo o respeito pelos seus direitos. Porque achas que é importante: porque mostra como o Reflect
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pode influenciar nos comportamentos das pessoas. Sementes: 1) o aparecimento do Aplica na
comunidade; 2) módulos transversais nos círculos; 3) o debate direito com as autoridades sobre a
educação cívica; 4) socialização no grupo; 5) interesse e vontade de mudar.
Grupo Kicombo: Título: Conflito de terra. Onde: Kicombo/Kandumba. Quando: 2009/2010. Quem:
participantes do círculo do Kicombo. Que: A mudança é a tomada de consciência de direitos à terra e à
cidadania. Aconteceu que um general do exercito nacional dirigiu-se na comunidade do Kicombo
querendo apropriar-se duma parcela de terra para fins agrícolas onde um grupo de senhoras praticavam
agricultura para renda familiar. Devido à informação que as senhoras tinham a partir do Aplica fez com
que levassem o assunto junto ao tribunal a traves das mãos livres [associação de advogados que apoia a
pessoas pobres]. Em 2010, o grupo de senhoras viu o assunto resolvido ao seu favor. Porque achas que
é importante esta história: 1) porque é uma história inédita na comunidade; 2) não é hábito desafiar às
autoridades, sobretudo militares; 3) encoraja outras senhoras e a comunidade em geral, é um exemplo
para outras senhoras seguirem. Sementes: 1) alfabetização Aplica/Reflect; 2) autoridade tradicional
(soba); 3) comunicação; 4) mãos livres, 5) tribunal provincial; 6) filhos das senhoras.
Grupo Salinas: Título: Mulher, conhecimento dos seus direitos [posto médico]. Onde: Salinas (Porto
Amboim). Quando: 2010. Quem: participantes, facilitadores, membros da comunidade, autoridades
tradicionais e outros actores sociais locais. Que: A comunidade das Salinas não tinha assistência médica,
os serviços de saneamento eram deficitários, e a comunidade não tinha uma participação activa em
algumas actividades. Com a presencia do Aplica, a comunidade das Salinas tem posto médico, participa
activamente na limpeza da aldeia, participa activamente em todas as actividades que o Aplica programa
na comunidade. Porque achas que é importante esta história: porque permite perceber as mudanças que
ocorrem nas outras localidades ou comunidades. Sementes: 1) partilha de ideias; 2) conhecimento
métodos da higiene; 3) participação activa.
Grupo Seles: Título: A mulher que não sabia ler nem escrever. Onde: Município do Seles, círculo de S.
Tomé. Quando: 2010. Quem: Joaquim Albino, J. Manuel, uma mulher que não sabia ler nem escrever.
Que: uma mulher que não sabia ler nem escrever, cujo marido a ignorava. Sempre que acontecesse uma
briga entre o casal a chamava de analfabeta. Quando apercebeu-se da existência do círculo Aplica na
sua comunidade não hesitou e inscreveu-se. Com a participação dela no círculo, reduziu-se a sua
presencia nos trabalhos de campo: o marido chateou-se, bateu-lhe e decidiu retirá-la do círculo
persistentemente ela continuou a participar e o marido resolveu separar-se dela. O marido deixou de falar
com o facilitador. Passado algum tempo, apercebeu-se que ela estava a frequentar a 6a classe e viu que
o processo era bom Resolveu reconciliar-se. Hoje é um casal feliz e ela é conselheira de outras mulheres
na comunidade. Porque achas que é importante esta história: [não foi respondido]. Sementes: 1)
surgimento do Aplica na comunidade; 2) motivação; 3) força de vontade; 4) diálogo; 5) família.
OBSERVAÇÕES
1) A ferramenta da MMS gosta muito e usa-se muito, mas é importante transmitir que temos que
aproveitá-la na sua totalidade, fazê-la inteira. Não é contar uma história e já está, mas é fazê-lo
seguindo os seus 4 passos: 1) o título; 2) a narração da história com detalhe (que, quando, onde e
quem); 3) explicando porquê é que quem narra / escreve considera importante contar esta história
(porquê); e por último, 4) explicando as razoes que levaram à mudança (sementes). Fazê-la
completa nos permite: primeiro, ser mais sistemáticos na recolha de histórias (todas as histórias
seguem o mesmo guião MMS) e assim poder compará-las logo; e segundo, não perder profundidade
de análise (narro, mas também explico).
2) Quando temos várias histórias, estas podem ser agrupadas e analisadas pelo nível da mudança
(individual, casal, comunitário, provincial). Por exemplo dos quatro grupos, três mudanças foram a
nível comunitário (manifestação, terras, posto saúde) e uma ao nível do casal (homem que se
separa e volta). Também se podem analisar e agregar por temática: coincide que todas as histórias
têm a ver com o gênero (violência doméstica, direito à terra, direito à saúde e relação com o casal).
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PARA SABER MAIS SOBRE A MMS...
- Manual em espanhol (23 páginas): http://preval.org/files/Monitoreo%20con%20el%20cambio%20M%C3%A1s%20Significativo.pdf
- Manual em inglês (104 páginas): http://www.mande.co.uk/docs/MSCGuide.pdf
MANHÃ: FERRAMENTA 23, SEMENTES DE MUDANÇA - facilitado pela Kas
Objectivos: Analisar as causas duma mudança, com
especial atenção ao papel que jogam a comunicação
(debate, visuais) e a alfabetização (escrita) praticadas no
círculos na promoção da mudança social.
Passos: As sementes formam o quatro ponto do guião da
mudança mais significativa (ver encima), embora posa
também ser usada com outras ferramentas (ex. FERR24:
travessando o rio). Passa-se aos grupos da MMS, quando
já tenham escritas as histórias, um visual (ver esquerda) e
pede-se que analisem o que fez crescer essa mudança,
suas sementes, porque a mudança não saiu assim de
repente, um dia qualquer. Teve umas sementes. Quais?
Resultados. Um exemplo muito clarificador foi dado pela Ju (Salinas). A sua história de mudança (posto
médico e limpeza da aldeia), foi consequência, entre outras sementes, dum mapa de saúde (semente da
comunicação visual, semente da alfabetização ou comunicação escrita) que levou ao círculo a debater
(semente da comunicação oral) e conhecer sobre métodos de higiene. Mais tarde, estas sementes
levaram a que o grupo pensasse em acções (mudanças), como pedir um posto médico ou limpar a aldeia.
OBSERVAÇÕES
1) As Sementes é uma das ferramentas mais importantes do Contando Sementes de Mudança (dai
o seu título), porque analisa o mecanismo base do Aplica: o ligame entre “reflexão” e “acção”, entre
os visuais, debates e alfabetização praticada no grupo e a acção derivada (para além doutras
sementes que posam apoiar este processo, como “o papel do soba” ou “a motivação”).
2) Nem sempre é uma ferramenta fácil de transmitir. A facilitação deve fazer especial atenção em
verificar que o ligame “causa-efeito” foi bem percebido. Igualmente, uma causa (saber ler e escrever)
que leva a uma mudança (poder ler medicamentos) pode ser também uma mudança à sua vez (saber
ler e escrever causado por esforço). Isto é comum (o mundo é complexo) e pode criar certa dificuldade à
hora de definir as sementes. A facilitação pode esclarecer que partimos da história de mudança contada
(resultado) e dai olhamos para as suas sementes, mas que, com certeza, essas sementes podem
também ter, à sua vez, outras sementes, e serem elas mesmas resultados ou histórias de mudança.
FRASES DO DIA
1) “Só um próprio pode mudar a sua vida” Huambo
2) “Em Angola se fala muito em geral, mas esta ferramenta permite ir ao detalhe Nós precisamos de
demostrar o que fazemos: as habilitações literárias, provocam mudança ou não?” Vítor
ALMOÇO
Como o almoço demorou meia hora, o grupo aproveitou para adiantar agenda e poder acabar logo na
hora: Assim: 1) Formaram-se os grupos de avaliação e resumo; 2) Apresentaram-se as novas/os
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participantes; 3) Fez-se uma análise comparativa das sementes. Quais são as que se repetem (ou seja,
as que parecem ser mais importantes para as mudanças) para além das duas já dadas de “alfabetização”
e “comunicação”? Resultados. As sementes repetidas foram: motivação / vontade de mudar (3 vezes),
debate (3), conhecimentos adquiridos no círculo / módulos transversais (2), surgimento do Aplica (2),
autoridades / soba (2), filhos / família (2).
TARDE: GABRIEL E ISILDA CONTAM AS SUAS EXPERIÊNCIAS NA RECOLHA DE HISTÓRIAS
Os colegas do Aplica KS Gabriel e Isilda partilharam como tinham recolhido histórias nas suas
experiências da EPT e do Felitamo:
 Gabi (ETP). A recolha de histórias foi em 2008 para a semana de acção , em 3 municípios.
Participaram professores e crianças dentro e fora da escola. Não é fácil recolher. Faltou uma
ferramenta. Fizemos 37 escolas em 11 dias. O tema era o gênero Para a semana de acção
deste ano, queremos repetir.
 Isilda (Felitamo). No 2008, já fizemos com as consultoras que vieram para a avaliação
Trabalhou-se com um grupo de facilitadores e perguntava-se sobre mudança social. Se não se
percebia, dava-se um exemplo. Também se trabalhou com participantes. Usámos aparelhos de
gravação e depois fazia-se resumo. Fizemos uns 15 círculos em 12 dias. O tema foi livre.
Lourenço partilha mais uma história:
 A história do recado: “Um dia na minha casa não tinha peixe nem dinheiro para comprar. Saí a
fim de procurar o que devíamos comer. Cansada e desesperada, quando cheguei em casa, vi
um papel sobre a mesa, era o meu filho que deixou um recado que dizia o seguinte: Mãe estou a
sair, mas o tio ofereceu-nos bagres, que estão no balde com água tapada com a bacia, é nosso,
pode cozinhar. No fim de tudo percebi que quem escreveu é o meu filho, entendi o recado,
porque consegui ler e interpretar a mensagem, se não soubesse ler, o bagre estragaria e
ficávamos com fome naquele dia. Graças ao APLICA percebi que estudar é bom, porque ajuda a
resolver muitos problemas”. Da: Esperança Henrique, participante do António Dória.
É melhor escrever ou gravar as histórias?
 Isilda. Penso que devemos aproveitar se as/os participantes podem escrever e, se não, apoiar a
escrever e a gravar.
 Gabi. Está a questão da língua portuguesa e a local. Devemos passar / traduzir a informação bem.
 Alfredo. Gravar dá-lhes auto-estima e mesmo fazer fotos.
 Vítor. Se queremos fazer advocacia por evidências, ter provas que o Aplica provoca mudança,
podemos usar as duas. Também dentro da escrita, é bom partilhar. É motivador por refletir a sua
própria realidade. E as histórias podem ser convertidas em textos. Há uma história escrita Ndaka
em umbundo e português.
 Kamongua. Pois, estão sempre a solicitar material local. Apela a elaborar o pamfleto e a recolher
as informações em umbundo.
 Alguém. A escrita é melhor, incentiva-lhes mais.
 Caquinda. As vezes tem que ser o facilitador [a narrar?] por causa do português. E também não
há materiais para a gravação
 Gabi. Dá para escrever em línguas locais.
 Maria do Carmo. Conheço o caso dum círculo onde são sulanos [do sul, falam umbundo]. E o
facilitador aprendeu a língua.
Outros temas recolhidos pela equipa resumo foram: na Quibala, os professores depois de ganharem
concursos públicos não aceitam trabalhar no interior. Alegam falta de salas de aulas climatizadas. Uma
estrutura em rede EPT/KS está em estudo. Criança que estudava a 6a em Luanda foi obrigada a
matricular-se na 3a classe.
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TARDE: PLENÁRIO SOBRE A MUDANÇA MAIS SIGNIFICATIVA (MMS)
PASSOS DA MMS
1. Formar-se sobre a ferramenta
2. Escolher se se quer propôr aos círculos um tema concreto ou não (gênero, HIV/SIDA, ou por
contra, geral). Também pode haver interesse em que sejam histórias de mudança individual ou,
pelo contrário, comunitário, ou deixar livre sem definir.
3. Calendário de recolecção de histórias
4. Recolecção de histórias
5. Escolha das histórias mais impactantes (optativo)
6. Análise dos resultados gerais (pela equipa técnica)
7. Devolução dos resultados
8. Escrever as histórias com mais detalhe / verificar que são certas! (Ndandu, equipa técnica...)
QUESTÕES PRÁTICAS COM AS HISTÓRIAS DE MUDANÇA
 As histórias devem estar RELACIONADAS COM O APLICA. Não se trata de contar qualquer
história de mudança. Podem existir, sim, e podemos citá-los, outros factores promotores
(sementes) dessa mudança junto com o Aplica. Mas o Aplica deve estar presente, ser uma
das sementes.
 Seria bom ter pelo menos UMA história de CADA CÍRCULO. Isto permite comparar círculos,
ter representatividade de todas as áreas e poder analisar o que é que está a acontecer em
cada uma. Pegar uma história de aqui e outra dali é potente a nível local, mas não nos diz
nada sobre a situação comunal, municipal ou regional.
 O ideal é que fossem as/os PARTICIPANTES DO CÍRCULO A ESCREVER as suas próprias
histórias se elas/es já podem, para trabalhar a sua escrita e respeitar a maneira em que a
história é contada. Se não, o facilitador/a (ou a/o participante mais avançada) pode escrever
ou ajudar a escrever a/s história/s escolhida/s pelo círculo. Se, contudo, a história precisar de
mais detalhes, os “jornalistas Ndandu” sempre podem melhorar a história junto com o círculo
numa visita posterior. Outra possibilidade debatida foi a gravação e escrita pelo Ndandu.
 USOS: 1) Pode ser fazer um CONCURSO; ex: a história / cinco histórias mais impactante/s
de todos os círculos. Podem se publicar no Ndandu, etc... 2) Também podem se ANALISAR
todas as histórias em conjunto (pela equipa técnica) para ver o que está a ir bem (e onde) e o
que não.
 ÉTICA: 1) Antes de levares contigo a história, explica ao círculo para que é que vai ser usada
(Ndandu, rádio, avaliação pela equipa técnica, doadores...) e pede consentimento. Pergunta
se o nome da pessoa que escreve e das pessoas que saem na história podem ficar ou não 2)
É muito importante DEVOLVER A INFORMAÇÃO aos círculos (ex. por meio do Ndandu, da
rádio, das visitas da equipa técnica...). Esta prática já é hábito na AAEA.

QUALIDADE da narração 1) É importante NARRAR O DETALHE (como, quando, onde,
quem fez a mudança, etc...), sobretudo para as pessoas que não conhecem as nossas
localidades. 2) Sem esquecer de explicar PORQUÊ esta história é importante de ser contada
assim como de listar às SEMENTES (causas), ou seja, o que fez possível que essa mudança
acontecesse; com especial atenção às sementes da alfabetização e da comunicação
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TARDE: REVISÃO DE FERRAMENTAS - facilitado pela Arlete
A revisão visava a que os grupos definissem os objectivos das quatro ferramentas vistas até agora. Os
resultados foram:
1. Teatro (cabritos): expressão oral, desperta interesse, transmite mensagens para a reflexão,
encenação da realidade local.
2. Flor do Aplica (cães): avaliação da compreensão dos praticantes do Aplica (facilitadores,
coordenadores e participantes); avaliação e compreensão dos princípios do Aplica; saber quais
os princípios difíceis de ser alcançados.
3. MMS (bois): autoestima, motivação, sensibilização, advocacia, incentivar, documentar.
4. Sementes de Mudança (galinhas): identificar as causas da mudança, resolução de conflitos,
recolha de boas práticas.
OBSERVAÇÕES
Neste exercício da Arlete, observou-se que podem haver muitos objectivos numa mesma ferramenta
e que seria útil clarificar a distinção entre objectivos de animação e análise e aquele que nos traz
aqui, o objectivo de avaliação. Voltámos a trabalhar nesta distinção em dias posteriores, a raiz da
pergunta da Ana Maria sobre o teatro.
DIA 3: AVALIANDO A ALFABETIZAÇÃO
Começámos 15m tarde por causa das chuvas. A equipa de avaliação perguntou: 1) O que foi bom; 2) O
que foi mau; relativamente à: facilitação / moderação; horário / alimentação; participação nos debates; e
compreensão dos temas / ferramentas.
MANHÃ: EQUIPA DE AVALIAÇÃO DO DIA 2
O que foi bom: a moderação flexível (a moderação está a fazer muito esforço no seu trabalho), horário,
alimentação/almoço, participação, compreensão das ferramentas. O que foi mau: violação dalgumas
regras de convivência. Dificuldades: medo de enfrentar o público. Pouco espírito crítico na observação
dos trabalhos em grupo. Observações: atraso do almoço. Desobediência ao relojeiro, sobretudo na pausa
do almoço. Falta sumo de fruta. Variar o acompanhante do pão do lanche. Falou-se sobre o alojamento
uns minutos. Como feedback à equipa de avaliação, também se comentou que 24 falaram e que tivesse
sido bom quantificar os dados para ver quanta gente pensava uma ou outra coisa, com percentagens
para ter ideia das tendências. A equipa respondeu que, junto aos resultados do grupo, também tinham
integrado as suas próprias opiniões e que olhariam para essa parte quantitativa.
MANHÃ: EQUIPA DE RESUMO DO DIA 2
As atividades tiveram inicio às 8.30h, à hora combinada. Resumo das atividades do dia anterior (comité
de avaliação). Dinâmica para a eleição das equipas de animação e de resumo. O representante da AAEA
KS justifica as razoes das más condições de alojamento. Para abordar a ferramenta Mudança Mais
Significativa (MMS) dividiu-se quatro grupos de estudo. Chegada do Vítor Barbosa, presidente da AAEA
na sala. Chegada de mais 5 pessoas. Intervalo para o lanche. Tomás, Kas e Tito tiveram dificuldades em
lanchar. Os trabalhos em grupo da MMS foram submetidos ao debate plenário. Dinâmica contagem com
a Bunda até 10. Houve atraso do almoço de 30m. Análise e comparação das sementes dos 4 grupos.
Observou-se um intervalo. Colegas do Aplica/Reflect KS [Gabriel e Isilda] faláram [sobre as suas
experiências na recolha de histórias]. Debate sobre métodos de recolha, valorização, conservação e
publicação das histórias das comunidades ou localidades. Estudo em grupo das ferramentas do Aplica na
MMS. O comité de avaliação distribuiu tarjetas para a recolha de opiniões do que foi bom e mau durante
o dia 15.02.11. A sessão terminou às 16.30. Feedback: o grupo comentou que faltava a parte da Arlete de
revisão Por último, escolheram-se os grupos sucessores.
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MANHÃ: EM CARTÕES INDIVIDUAIS, QUAL É O NOSSO CONCEITO SOBRE A ALFABETIZAÇÃO?
Sobre ignorância / obscurantismo / alfabetismo / ler e escrever / habilidades (12 respostas): Forma de
libertar o homem na ignorância. Forma de aprender, tira-se do analfabeto. Incentivar o alfabetismo. Incutir
na pessoa o alfabeto. Método de combate ao obscurantismo. Forma de aprender a ler e escrever ou de
libertar-se do obscurantismo. Libertar o homem do obscurantismo do saber ler e escrever. Preparar o
homem na escrita. Ensinar ou aprender ou dar oportunidade de aprender a ler e escrever. Acto de ensinar a
ler e escrever aos jovens e adultos. Habilidades de leitura e escrita. Processo de aprendizagem de
habilidades. Sobre conhecimento (3) Informar e capacitar para espalhar conhecimento. Para expandir o
conhecimento às comunidades. Processo que permite aos participantes adquirirem habilidades de leitura e
escrita e outros conhecimentos transversais ao longo da vida. Sobre desenvolvimento / vida pública (2):
O nosso trabalho para o desenvolvimento das comunidades. Presença da habilidade de ler e escrever, de
usar esta habilidade para a comunicação, também é a oportunidade de inserção e de participação na vida
pública. Outros (2): Método de recuperar pessoas com maior idade que não tiveram acesso a ensino
formal. Preparar o homem para o futuro. [As categorias são orientativas; feitas depois da formação].
MANHÃ: FERRAMENTA 18, ESCALA LAMP - facilitado pela Kas
Objectivo: 1) Medir o progresso das participantes na escrita e leitura duma forma participativa. Durante a
formação também surgiu um outro uso da escala LAMP: 2) para separar em dois aqueles círculos com
grandes divergências de níveis entre as participantes. Como explica o Altino: É para compreender com
que estamos a trabalhar. Há muitos círculos com diferentes níveis. Quando os níveis são muito
diferentes, quem está no nível mais alto desiste porque aborrece e quem está no nível mais baixo
também porque nota que está a retardar ao grupo. Os que estão no nível 5 estão a repetir uma e outra
vez o nível 0 ou 1. Querem mais, querem ir para um outro nível. O que aconselhamos é separar, não para
criar ilhas no mesmo círculo, mas para aquelas que estão neste nível alto constituímos outro círculo.
Passos: A Kas pergunta que o que a gente fez ontem A gente fez a MMS (Rosalina). A MMS analisa as
ACÇÕES feitas ou MUDANÇAS conseguidas pelos círculos. E como é que essas acções, essas
mudanças chegam a acontecer? Chegam assim de repente, caídas do céu? Não, há DISCUSSAO
(Tomás). (Kas) Há discussão, e a discussão leva-nos a agir. A acção vem alimentada por várias
SEMENTES (causas), entre elas a discussão, a motivação, a escrita, o soba, depende de cada caso,
como vimos ontem com as Sementes de Mudança.
Hoje, a gente vai analisar o crescimento duma dessas sementes, que é a alfabetização Veremos com
detalhe como esta semente cresce [NÍVEIS de alfabetização] com a ferramenta da montanha LAMP, até
se tornar fruto (saber ler e escrever). Mas esta semente da alfabetização é especial e faz crescer, ao
mesmo tempo, outros frutos (as mudanças que a gente viu ontem, como a campanha de limpeza da Ju).
A alfabetização no Aplica não só dá o fruto de poder ler e escrever, dá muito mais.
Apresenta-se uma linha ascendente desenhada sobre um flip-chart duplo. Alguem diz que é a montanha
LAMP :p. Há duas pessoas desenhadas no flip-chart. Uma abaixo da montanha e outra encima. Olhando
para a sua cara, como é que se sente a pessoa abaixo da montanha? Triste, alguem responde, porque
não sabe ler e escrever. A pessoa que o disse coloca então a 1º tarjeta ou nível “não sabe ler e escrever”
na parte baixa do flip-chart. E aquela arriba da montanha, como está? Contente, porque já fez o esforço
de subir e sabe ler e escrever. Coloca-se uma outra tarjeta encima: “sabe ler e escrever [textos]”.
A partir daí, a gente foi definindo os outros níveis a partir do método Aplica: primeiro a imagem, que leva
às sílabas [nível 1], depois a palavra chave e derivadas [nível 2, palavras conhecidas], depois as palavras
que a gente não trabalha a partir da palavra chave, mas que a/o participante do círculo deveria poder
“adivinhar”, já que conhece as letras/sílabas com que essa nova palavra está formada [nível 3, palavras
novas]; por último, temos a união de várias palavras, ou seja, a leitura duma frase [nível 4] até chegar à
leitura de várias frases ou texto [nível 5].
FRASES DO DIA
“O Aplica não se limita à aprendizagem de leitura e escrita. Vai mais longe” Isilda
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“Há quem sabe ler a bíblia mas não sabe escrever” (Tomás)  Dai a importância de fazer duas
escalas diferentes, uma para a escrita e outra para a leitura.
OBSERVAÇÕES
1) Durante a construção da montanha, alguém propôs um nível não contemplado inicialmente na
escala LAMP, o Nível de “pode ler pequenos textos” (entre o Nível 4 e 5). Com certeza, é possível
agregar mais níveis à escala LAMP para além dos cinco já existentes, definindo-a muito melhor. No
entanto, é RECOMENDÁVEL NAO TIRAR OS NÍVEIS QUE JÁ EXISTEM, porquê estes permitem,
por serem os mesmos em todos os círculos, COMPARAR os níveis entre círculos, áreas e até
comunas, assim como analisar o tempo demorado em cada lugar para ir duns níveis a outros.
2) A escala é flexível. Uma vez chegados ao Nível 5, podem se agregar mais níveis encima (Altino).
IMPORTANTE NA METODOLOGIA LAMP
1. Avaliar a escrita e a leitura (leitura com compreensão! Arlete) de forma separada.
2. Avaliar individualmente (cada participante de forma separada).
3. Usar o LAMP pelo menos três vezes com o círculo: no inicio do círculo / ano, para ver os
seus níveis iniciais (estudo de base), passados uns 6 meses e passado um ano.
4. Demostre o que afirma: se alguém diz que está no Nível 2, deve demostrá-lo (com o
caderno, com um jogo como a salada de sílabas ou a sopa de palavras). Ver exercício abaixo.
5. Ter jogos ou outros para avaliar todos os níveis.
Huambo explica como tem trabalhado a escala LAMP na sua área:
 Cada participante vai saber em que nível se encontra. Os participantes também têm que saber.
Revemos em que nível se encontra com o caderno. Assim, ela se auto-avalia, junto com o
facilitador. Não se pode saber secretamente.
 O desenho fica na cartolina e a colamos na parede onde todos podem ver. Segundo o Huambo
avaliação na sua área faz-se trimestralmente. Ideia que os de outras áreas apoiaram.
Arlete explica alguns exemplos que têm usado para “preencher” a escala LAMP, por exemplo, chegar à
porta do círculo, coloca num sitio alto, escalões onde sobe quem consegue nível, frutos, sopa de
palavras, salada de sílabas, provas (escritas, orais), escrever no quadro...
Isilda também partilhou como demonstrar o LAMP com a salada de sílabas [no seu caso, demonstra o
nível 1 e até o nível 2, se já lêem sílabas juntas].
Escala Lamp construída
entre todas/os
Jogo de ligar níveis com
evidências
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Exemplo de demonstração
do nível 2 LAMP pela Isilda
Os sentimentos
 (Alguém) Tal vez as que estão no último lugar não gostam pôr na parede. Tem que se motivar,
encorajar.
 (Alguém) Isto não é um processo para rotular a alguém. Estamos a falar de liberdade. É bom
que os participantes digam que se encontram no nível tal.
 (Lourenço) Já vimos a Flor Reflect. Falámos de igualdade, respeito. É isto mesmo.
 (Arlete) Bater palmas para motivar. Elogiar às pessoas. O colega que chegou na ponta motiva
para trabalhar mais.
Avaliação participativa
 (Vítor) Este é um momento muito importante para a vida da AAEA. Estamos a introduzir muitas
ferramentas. Mostra que o Aplica é diferente. Que tem a sua própria maneira de analisar o seu
trabalho. O mesmo em outros países. Sinto-me orgulhoso de fazer parte desta família.
Outros (alguns em conversas)
 (Vítor) No Aplica, não damos muita importância a[o nível] “letra”, mais as “sílabas”.
 (Clementina) Podemos escrever os nomes das participantes encima do nível onde se situam. Há
o desafio.
 (Rosalina) A palavra “nível” não se vai perceber. (Kas) Podem ser números 1, 2, 3, 4, 5 em vez
de “níveis”. É flexível. (Arlete) Mas também dá para aprender essa nova palavra “nível”, junto
com outra conhecida. Palavra conhecida e desconhecida vão juntas.
 (Kas) A própria montanha pode se ir “escrevendo” aos poucos. Uma participante que não sabe
ler não vai poder ler nada da própria escrita que explica a escala LAMP. Imagens podem ser
substituídas por palavras progressivamente na montanha.
MANHÃ: JOGO DE LIGAR NÍVEIS (REFERÊNCIAS TEÓRICAS) COM INDICADORES/EVIDÊNCIAS
(EX. SALADA DE SÍLABAS DA ISILDA) PARA DEMOSTRAR ESSES NÍVEIS - facilitado pela Kas
Perguntas chave:
 Que nível está demonstrando o teu exemplo de indicador / evidência?
 Demonstra leitura ou escrita?
INDICADORES ou EVIDÊNCIAS
NÍVEIS (REFERÊNCIAS TEÓRICAS)
Ex: Você pode escrever palavras chave e pedir aos
participantes que as leiam
Mede o nível: Nível 2 (palavras conhecidas)
Leitura ou escrita? Leitura
Ex: Peça às participantes de escrever um texto
pequeno sobre um tema que abordaram no círculo
Mede o nível: Nível 5 (textos)
Leitura ou escrita? Escrita
…/…
…/…
Nota: Ver anexo 03 para o jogo completo
OBSERVAÇÕES
A escala LAMP também se pode usar para analisar a progressão nas habilidades de cálculo (ver
FERR19 do Contando Sementes).
TARDE: MAPA DE ALFABETIZAÇÃO E MAPA DE CÁLCULO - facilitado pelo Altino
Formaram-se quatro grupos, dois para o mapa de alfabetização (Luanda e Seles) e dois para o mapa de
cálculos ou de numeracia (Amboim e Porto Amboim). O objectivo desta ferramenta é analisar os materiais
escritos que temos na nossa área e que podemos usar de material de apoio no círculo.
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Luanda – Mapa de alfabetização
Seles – Mapa de alfabetização (na escola)
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Jornais
Manuais de ensino (MED)
Sentinelas TJ
Boletins informativos
Bíblias, hinários, catecismo.
Revistas
Cartazes publicitários
Guião do facilitador
Livro de leitura
Cadernos [escritos]*
Calendários
Quadro [escrito]*
Cartolinas
Letreiros
Ardosias [quadro que pode não ter
nada, mas aprendemos através das
nossas escritas]
 Gravuras
 Panfletos
*Acrescentou-se durante o plenário
Amboim - Mapa de cálculos
Porto Amboim - Mapa de cálculos
 Dinheiro
 Produtos do campo (semear, colheita,
venda e reserva)
 Exercícios cinestésicos [movimento]
 O preço dos produtos nas cantinas
“Tio João comprou 10 sacos de farinha no
período da manha, e no período da tarde
comprou mais 10 sacos. Quantos sacos de
farinha é que o tio João comprou durante o
dia?” – “O tio João comprou durante o dia 20
sacos de farinha”
IIIIIIIIII + IIIIIIIIII = IIIIIIIIIIIIIIIIIIII 10 + 10 = 20
[o exercício foi posteriormente refeito]
Mercado, cantina, farmácia, restaurante,
bombas de combustíveis, padarias (para
fazer compras e conferir trocos), telefones
(decifrar números e fazer cálculos), e
pescarias (comprar peixe e revender)
Comentários:
 (Isilda) Luanda não colocou o que se faz no grupo. Luanda olhou mais para fora. Seles inclui
também materiais do círculo.
 (Arlete) Que fazer com o material que não perdura, como o quadro?
 (Alfredo). Falamos de materiais visíveis de apoio à alfabetização.
 (Altino) Em Luanda, também poderíamos acrescentar os nomes das ruas, os placares, os preços
escritos, recibos, facturas. Também o telemóvel/mensagem, tanto aritmética como alfabetização.
 (Isilda) Sim, o que existe e não estamos a aproveitar. E o que grupo usa e traz ao círculo.
OBSERVAÇÕES
1) Discute-se que a palavra “numeracia” do Contando Sementes [traduzido em Moçambique] não é
muito comum em Angola. O plenário sugere “cálculo” ou “aritmética” ou “números” como sinônimos
2) Confusão no grupo de Porto Amboim entre um EXERCÍCIO DE CÁLCULO e um MAPA DE
CÁLCULO / NUMERACIA. A confusão foi debatida e refeita (ver quadro abaixo).
3) Só 1 dos 4 grupos fez um mapa, tal vez por falta de tempo. Apresentam-se aqui abaixo as listas
com que os grupos trabalharam
4) Não se está a avaliar o cálculo mental (da mesma maneira que não avaliamos se a gente sabe
falar!) mas sim o cálculo ESCRITO. De facto, como comentou Arlete, o cálculo mental está muito
desenvolvido em pessoas que não escrevem (ex. vendedoras no mercado que dão trocos altos).
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5) Houve certa confusão entre que material pôr no mapa, se MATÉRIAL GERAL (numa igreja:
cadeiras, altar…) ou MATÉRIAL PARA LER E ESCREVER (numa igreja: bíblia). É bom que a
facilitação visite os grupos durante o trabalho de analise para verificar que não existe esta confusão
e se existir, perguntar tipo: “Uma mesa na igreja, ajuda-te a ler? Podes ler uma cadeira?” e lembrar
que isto não é um mapa comunitário geral, mas sim um MAPA DE ALFABETIZAÇAO, de coisas
escritas.
6) Certa confusão entre MAPA DE ALFABETIZAÇAO e MAPA DE LOCAIS ONDE SE ENSINA A
ALFABETIZAÇAO (que é chamado por um dos participantes “mapa de alfabetização”). Concorda-se
que para não misturar, podemos titular “mapa de lugares de alfabetização” aquele que mostra as
insituiçoes e locais onde se dá alfabetização e deixar “mapa de alfabetização” para o mapa que
mostra os materiais escritos que podem ser encontrados a nosso arredor.
7) Lourenço e o grupo de Luanda fizeram uma importante análise de se uma “rádio” ou “televisão”,
que são orais, era ou não material de alfabetização A Isilda comenta se não serão mais
componentes para um mapa de comunicação A Kas concorda que os mapas podem discriminar por
separado os componentes da comunicação: visual, oral e escrito. Altino comenta que toda
visualização pode apoiar à leitura. A rádio se pode usar para trabalhar a escrita (por exemplo, um
resumo escrito daquilo ouvido ou lendo os subtítulos da televisão).
FRASE DO DIA
“As vezes, pedem-se muitos materiais mas não se aproveita o que se tem” Altino  O mapa de
alfabetização e de cálculo podem sermos úteis para analisar aqueles materiais que temos ao arredor.
TARDE: JOGO DA BOLA PARA AVALIAR CONTEÚDOS RETIDOS POR CADA PARTICIPANTE
Resultados: Ana Maria: Sou nova mas me sinto familiarizada. Com a facilitação,
conseguimos tirar ideias. O conteúdo gostei também muito. Que é que o Reflect
traz. Muitas noções sobre que é alfabetização já vi na formação de Amboim e
aqui aprofunda. Sobretudo o exercício das tarjetas [ligar exemplos de indicadores
de níveis com níveis teóricos]. Ajuda a distinguir. Vitorino: Gostei de ver novas
caras. O meu formador foi o Lourenço no Amboim. Gostei da montanha, dos
níveis 2-5. O que nos faltava é formar a mais facilitadores para poder dividir mais
círculos, que são muitos. Adílson: a escala LAMP ajudara muito aos facilitadores
a posicionar aos participantes. Ju. Me bateu a escala LAMP; temos que marcar o
passo e continuarmos até morrer :p. Também a flor Aplica. Gabriel. Coisas feitas
LAMP, pelo Adílson
de acordo à realidade local. Com a escala LAMP, permite trabalho avaliativo.
Trocar opiniões. Tito. Escala da montanha. Nível 1 ali onde dá (?) muitos frutos. Se a montanha é muito
larga, precisa-se de muito acompanhamento. Se não fazermos como o Estado, que chegam ao alto nível
sem saber. Alfredo. As ferramentas permitem fazer um trabalho cooperativo, de forma aberta. Também
podem ser usadas no dia a dia. São extremamente valiosas. Não só no círculo mas também na família e
comunidade. Mudar atitudes, e também expor aquilo que se sente. Joaquim. A escala Lamp. No 2007,
era um facilitador formado na Unapa. Não sabia nem separar. Nem nível 1, nem nível 2. Em 2010,
aumentei mais conhecimento sobre a escala que já vimos em novembro na Kibala. Cristóvão Ganhei
conhecimento sobre o mapa de numeracia. Sobretudo não estava a perceber bem, achava que era criar
números. Arlete. Gostei da bola de rir do pescoço. Armando. O mapa de alfabetização e de numeracia.
Rosalina. Gostei também do mapa de literacia. Caquinda. O LAMP. Kamongua. Com o LAMP no nível 1
ou 2, aprendi a colocar cada coisa no seu lugar. A convivência. Alguem. Trazia dúvidas, mas a troca
ajudou. Isilda. Cada um de nós está a compreender as definições [de alfabetização], não é só ler e
escrever. Um dos elementos que me marcou mais foi o LAMP. Fomos construindo passo a passo o
processo. O meu [material LAMP que a Isilda trouxe] já era construído. Isso junto com o exercício, levou a
uma boa assimilação. É aprender até morrer :p. Altino. Isilda tocou no ponto que é o meu. Está a haver
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uma convergência daquilo que é o objectivo em função da experiência que já temos. O espírito de
construção conjunta das ferramentas. Também a moderação sinto-me a vontade porque não estou a
partir dum marco desconhecido. Ajuda-me a perceber melhor. Agradeço o grupo de convivência e o
trabalho com a Kas. Kas. Estou a aprender muito. Tinha lido do vosso país. Vou levar as vossas
experiências a outros países. André. Bom conhecer aos colegas. Há quem sabe ler e não sabe escrever.
Beny. Escala LAMP. Até que nível está o participante. O mapa de numeracia também me marcou. E o
privilégio de conhecer novas caras. Maria do Carmo. Estar com os colegas. Aplica é para seguir
conhecido. O gráfico LAMP fica no meio do círculo e o participante tem a sua posição. Clementina. A
escala LAMP ajuda a diagnosticar em que lugar está o participante. O mapa porque também achava que
era sobre contar números. O exercício cinestésico também gostei.
DIA 4: AVALIANDO OS MATERIAIS ESCRITOS
Começaram o dia as equipas de resumo e avaliação. Seguiu a animação “mar e terra” para escolher os
grupos do dia. Depois o Adílson fez uma atualização sobre a iniciativa da homenagem, e comentou que
faltava gente por assinar, que o contactassem. O domingo estará pronto para a equipa de Luanda levar.
MANHÃ: EQUIPA DE RESUMO DO DIA 3 - André, Beny, Kamongua
Escala LAMP. Mapa de alfabetização Mapa de numeracia. Dinâmicas (transferência da bola, iracunda,
canção com gestos, conheces o miguel). Despedida do Vítor. Conceito de alfabetização. Diferença entre
a metodologia Aplica e outras. Jogo da bola para avaliar conteúdos retidos por cada participante.
MANHÃ: EQUIPA DE AVALIAÇÃO DO DIA 3 - Armando, Clementina, Maria do Carmo
O que foi bom: A compreensão dos temas. O último remate do Vítor Barbosa sobre a escala LAMP. Boa
participação nas discussões dos temas. A alimentação foi gostosa. O que foi mau: Violação do horário.
Conversas paralelas. Violação das regras de convivência (telemóvel). O atraso do almoço. Pouca água
para o consumo. Dificuldades: Poluição da atmosfera (no local onde estamos alojados). Chuva, causou o
atraso dos colegas.
MANHÃ: FERRAMENTA 70 DAS NÚVENS - facilitado pelo Altino
Objectivos:
1) Colher informações sobre materiais escritos pelo círculo.
2) Analisar os materiais mais comuns e os menos comuns.
3) Trocar experiências com o resto do grupo (ex. entre
facilitadores) aqueles DRP ou outros materiais menos
conhecidos (isolados, sem nuvem).
Altino pergunta: no mapa ontem, trabalhamos o que?
Alguem responde: a alfabetização Tito responde: o que é
que a gente pode aproveitar. Altino prossegue: agora
vamos ver o que é que os círculos produzem.
Passos:
1) Cada pessoa escreve em tarjetas materiais escritos produzidos no seu círculo. Um material por tarjeta Não
há limite. Todas as que queiramos.
2) Quando todos acabem, as pessoas do grupo apresentam as suas tarjetas em plenário uma de cada vez e
ficam-nas no chão Primeiro, a pessoa lê a tarjeta (ex. calendário agrícola), depois a explica brevemente (“é um
calendário que...”), e por último pergunta ao resto do grupo se alguém tem a mesma tarjeta ou material escrito.
3) Se alguem tem a mesma tarjeta, agrupa-a junto com a tarjeta no chão da pessoa que apresentou. Formamos
assim uma nuvem (gota a gota, forma-se uma nuvem; tarjeta a tarjeta forma-se uma nuvem de materiais).
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4) Se alguem esquecer de agrupar uma tarjeta, pode fazer-lo depois.
5) O grupo analisa as tarjetas em conjunto. É interessante ver: 1) as tarjetas mais nomeadas (ou seja,
aqueles grupos de tarjetas ou nuvens maiores) e 2) as tarjetas menos nomeadas ou aquelas que estão
sozinhas. A facilitação pode se centrar nas tarjetas que estão a ficar sozinhas (ou com nuvens pequenas) e
perguntar porquê é que isso acontecesse. As tarjetas sozinhas podem ser muito interessantes porque são
materiais pouco usados ou conhecidos na maioria dos círculos. Só poucos círculos as trabalham. É pois
uma boa ocasião para explicá-las melhor, intercambiá-las com os círculos que não as conhecem e aprender
sobre ferramentas e materiais novos.
Resultados1: As maiores nuvens (ou seja, os DRP / materiais mais usados nos círculos) foram:
Calendário / Mapa
Agrícola (em 7 círculos)
Calendário / Mapa de Saúde ou
Doenças (em 6 círculos)
Matriz / Mapa de Cuidados
Curativos (em 4 círculos)
OBSERVAÇÕES
1) Houve certa confusão entre QUE TRAZEMOS ao círculo (materiais de apoio já existentes) e QUE
PRODUZIMOS no círculo (as nossas criações). Apareceram bastante exemplos nas nuvens de
materiais não produzidos mas sim TRAZIDOS ao círculo: desdobráveis, brochuras de ciências
integradas, cartões de validade de produtos, manual de leitura, manual de aritmética, “Meu livro,
Meu amigo”... É importante incidir nesta diferença. Os dois processos (trazer e produzir) são muito
importantes para o Aplica, mas têm ferramentas de avaliação diferentes (mapa de alfabetização e
nuvens respectivamente).
2) Houve certa confusão entre PRODUÇÃO ESCRITA e PRODUÇÃO GERAL (construção dum
djambo pelo círculo, produção de cestos, produção dum quadro para escrever…). Se bem as nuvens
estão pensadas para avaliar a produção escrita só, poderia se criar outra ferramenta (ou usar as
nuvens uma segunda vez) para produções dos círculos não escritas.
1Lista
completa de Materiais. Calendário (mapa) agrícola (7); Calendário (mapa) de saúde / doenças (6); Matriz
(Mapa) de cuidados curativos (4); Árvore de receitas e despesas / de rendimentos (2); Cadernos escritos (2); Mapa
residencial (2); Jornal Mural (2); Calendário de pesca (P.Amboim); Calendário do ano para o ensino (Seles); Mapas de
localização dos círculos; Mapa de destino dos produtos agrícolas; Mapa de oxilação de preços; Mapa de recursos
naturais; Rotinas diárias; A fita do alfabeto; Gráficos; Escalas; Matrices; Mapas; Gravuras; Calendário; Calendário de
vendas; Horário de entrada; Mapa de informações Boa entrada (Amboim); Cartões com nomes dos participantes;
Cartões de alfabetos móvel e sons; Cartões de números; Cartões de frases curtas; Manual local; Materiais para o
Boletim Ndandu (todos os círculos); Meu livro, Meu amigo; [Sobre os três seguintes, houve debate] Dramas; Cestos
(Seles); Um fundo para o grupo (Funda). [Os seguintes parecem ser mais materiais de apoio?] Brochuras de ciências
integradas; Manual de aritmética; Manual de leitura; Desdobráveis; Cartões de validade de produtos.
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3) Houve certa discussão sobre COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA. Huambo fala dum círculo que
recolhe dinheiro para despesas do círculo (caixa comum). Considerou-se que não é material
produzido pelo círculo, que é só uma iniciativa. Kas comenta que se o círculo utilizar essa caixa para
praticar o cálculo escrito no círculo, então sim pode ser material numérico escrito pelo círculo. A
mesma coisa acontece com o drama proposto pela Clementina. O drama não implica escrita, mas
pode com certeza dar entrada à palavra escrita. Contudo, num “mapa de comunicação”, mais
abrangente do que um “mapa de alfabetização” (só escrita) poderia entrar todo isto.
4) Voltou-se a questionar a DURABILIDADE. Um quadro “escrito” pelo círculo que depois se limpa,
serve como material escrito?
5) A ferramenta das nuvens está sobretudo indicada para encontros de facilitadores ou encontros
de formadores onde pode haver troca de ideias. As nuvens também podem ser muito úteis para os
coordenadores locais, para promover a troca de ferramentas entre os facilitadores da área. No
círculo, é possível adaptar esta ferramenta com uma lista ou chuva de ideias daqueles materiais
criados até o momento, com fines de auto-avaliação e de troca futura com outros círculos.
MANHÃ: NOVA FERRAMENTA, O DIAGRAMA “ADILSON-CASIMIRO” - facilitado pela Kas
Objectivos: Analisar como são distribuídos, partilhados e utilizados
na comunidade os materiais escritos pelo círculo. Na formação,
trabalhou-se com um material em concreto, o Boletim Ndandu,
produzido pelo círculo com o apoio da equipa Ndandu. No entanto,
esta ferramenta pode se utilizar não só com o Boletim, mas com
qualquer material escrito no círculo (ver FERR 71 do Contando
Sementes: usos dos materiais escritos pelos círculos).
Passos: Escolher um material que o círculo tenha produzido. Situálo no meio do chão, cartolina ou flip-chart. A partir dai, traçar uma
linha por cada pessoa ou organização com quem se partilhou o
material, formando um diagrama (ver foto).
Resultados: O Boletim Ndandu partilhou-se com: o soba, igrejas,
círculos, professores do ensino geral, financiadores, organizações
parceiras, instituições vocacionadas (educação) e administrações locais.
TARDE: ESTUDOS DE CASO – MATERIAIS PRODUZIDOS SOBRE O APLICA/REFLECT
1. Estudo da Felitamo
2. Boletim Ndandu
3. Cirac Reflect Internacional
1. FELITAMO - apresentado pela Isilda
 É um estudo de base, ou seja, uma recolha de dados inicial sobre o ambiente de aprendizagem
dos lugares onde se vai realizar o projeto Felitamo, para saber a situação no inicio do projeto.
 No fim do projeto, vamos olhar para atrás, para esses dados iniciais e ver se as coisas mudaram
como queríamos ou não
 Análise de: a educação, saúde e alfabetização nas áreas tanto urbanas, peri-urbanas como
rurais. Por exemplo: infraestruturas, fontes de captação da água... Também: o que é que os
participantes querem aprender. Também: foram feitos mapas das línguas faladas com os
candidatos a facilitadoras/es. Às vezes, há círculos com duas línguas. Que material produzir?
Em que língua local?
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2. NDANDU: BOLETIM COMUNITÁRIO - apresentado pelo Casimiro e pelo Adílson
Casimiro:
 Em 2003, já existia na AAEA com o objectivo de falar da Lei angolana e de educação cívica.
Depois passámos a fazer abordagem dos materiais, daquilo debatido nos círculos.
 Em 2006, houve uma formação para os agentes comunitários, para a recolha de informações
nas comunidades de valor cultural ou social. Mas não está a correr bem.
 Em 2007, houve uma troca de experiências IBIS-DVV.
 Objectivo: formar (sobre a lei constitucional e a importância de consumir os produtos locais) e
informar (das realidades dos círculos).
 Temas tratados: importância das artes e dos oficios; desemprego por falta de visão; promover
actividades tradicionais que ninguém quer fazer mas dão dinheiro e sem roubar; contra a bebida
e droga; importância de frutas e verduras; promover o regime alimentar dos nossos
antepassados; promover adobes verdes, maquinas pulverizam e os nossos camponeses ficam
sem protecção; prevenção de doenças; associativismo...
 Impacto: Administradora do Kicombo: muito mudou com o Aplica. Artigo no Jornal de Angola.
 Futuro: ainda não constituímos concelho; a impressão está a melhorar como o apoio da Sidsel
para as fotos não mexerem; a ideia é transformar o Ndandu numa Tribuna de Justíça, mais isto
vai depender das capacidades financeiras do doador.
 MMS: Falou-se de gravação Mas não sempre. O escrito é o ideal e acho que todos defendemos
esta posição ante-ontem Eu mesmo que sou jornalista não consigo trabalhar bem isso.
 Nestes meses, o soba Manuel morreu na Kibala. Partilhou muitas informações Já ficamos em
contacto com o seu sucessor.
Adílson:
 Há 4 anos que entrei na AAEA. No inicio, fazia só trabalhos informáticos mas depois comecei a
trabalhar com o Casimiro. Passei a fazer recolha de dados nas comunidades. Agora já sinto que
estou capacitado para fazer o Boletim. Com o apoio do Casimiro. Já levo muito.
 O Ndandu pode servir de material de apoio para os facilitadores. [Parece que a maioria na sala
não conhecia o Ndandu. Só 4 dizem conhecer e usar nos círculos].
Comentários sobre o Boletim:
 (Lourenço) Achei muito importante. Sobretudo a questão da comida, a anemia. Vende saúde e
compra doenças. (Arlete) Nos temos na AAEA instruções de alimentação melhorada.
 (Cristóvão) 1a vez que vejo. Gostei o 1o dia e ainda mais agora com a explicação Qual é a
tiragem? Quantas pessoas envolvidas no Ndandu? No tema da nutrição, há alguém que apoia?
 (Casimiro) A periodicidade é de 2 meses. A tiragem depende.
 Propostas: que se divulgasse: 1) Quantificar as pessoas alfabetizadas que entraram no ensino
formal; 2) materiais escritos, que aparecessem, para serem valorizados.
FRASE DO DIA
“O Ndandu poderia se ver tanto como material de apoio para os círculos (mapa de alfabetização),
como material criado pelos círculos [escrito pelos jornalistas mas com histórias dos círculos]
(nuvens), como material próprio partilhado na comunidade (Diagrama Adílson-Casimiro)” Arlete
3. CIRAC - apresentado pela Kas
CIRAC
 Em 2000, Manual Matriz. Publicação internacional. Também no mesmo ano, formação de CIRAC
(Circulo Internacional de Reflect-Accão e Comunicação).
 Publicações de CIRAC: a página Web internacional www.reflect-action.org em espanhol, francês,
inglês e português (2001), Revisão de 13 avaliações Reflect (2001), Inquérito Global Reflect
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(2001), Comunicação e Poder (2003), Revisão de 16 avaliações Reflect (2009), Contando
Sementes de Mudança (2009)...
CONTANDO SEMENTES
 Iniciou-se o processo com dois workshops, um em Reino Unido (2007) e outro em Africa do Sul
(2008) com representantes Reflect de vários países. Alfredo e Vítor estiveram no segundo. Mas
pensou-se que dava para o processo ser ainda mais participativo (implicar a mais países e em
mais línguas do que só inglês).
 Em 2008, cria-se um projeto específico para o Contando Sementes com coordenação multilingue em espanhol, francês, inglês e português sitado em Africa do Sul e formada por uma
coordenadora (Kas), 4 tradutoras (Aurélie, Emma, Lylian e Sue) e uma equipa de apoio (pessoas
que já tinham participado no processo antes).
 Objectivo: recolher ferramentas de avaliação usadas nos diferentes países. Como fazê-lo: com
uma discussão no internet em 4 línguas, 88 pessoas, 42 países. Em 2009, chega a publicação
em inglês, francês, espanhol e português.
 Workshops sobre aplicação do Contando Sementes: Região Ásia em Bangladesh (Março 2010),
Região África Oeste em Mali (Junho 2010), Região Africa Austral em Zimbabué (Outubro 2010
com Altino, Alfredo e Eliseu presentes) e muitas outras a nível de país (Afeganistão, Índia,
Moçambique...). Em Angola, primeira em Novembro 2010, e segunda em Fevereiro 2011.
TARDE: ORGANIZAÇÃO PARA A SAÍDA DE CAMPO - moderado pelo Altino e pelo Gourgel
Formaram-se dois grupos. Grupo Tomás: Cristóvão, Clementina, Alfredo, Vitorino, Julieta, Adílson, Casy,
Tito, Arlete, Kas, Armando, Gourgel. Grupo Isilda: Altino, Rosalina, Beny, Joaquim, Kamongua, André,
Huambo, Ana Maria, Maria do Carmo, Gabi, Lourenço, Qa-quarta :p.
Debateu-se em plenário quais os objectivos da visita. Entre algumas ideias surgiram:
 Tipo de círculo, se é novo (7 meses) ou antigo
 Relações com as autoridades tradicionais
 Materiais de apoio que o círculo utiliza e materiais produzidos pelo círculo
 Escala LAMP
 Dinâmicas
Também se comentou que o facilitador/a pode ter já a visita preparada e que o primeiro é seguir a sua
agenda, ver o que o facilitador preparou. Também a possibilidade de debater as dificuldades que têm e
como as ultrapassam quando existem. Comentou-se também que eramos muitos, o que podia resultar
incómodo para o círculo ao que alguém respondeu que é bom para o círculo receber visitas, trata-se só
de avisar do número do pessoas que somos e evitar conversas paralelas.
TARDE: FERRAMENTA 61, TEATRO SELES DA MÁ FACILITAÇÃO - facilitado pelo Altino
André, Beny, Joaquim, Kamongua e Caquinda representaram numa peça de teatro um círculo com o seu
facilitador trabalhando a palavra chave “família. Depois da representação, um análise foi feito pelo
Lourenço, “observador das Nações Unidas”:







Os participantes tinham dificuldade de pronuncia a palavra facilitador
O facilitador não está motivado “já são as sete horas e tenho que ir a essa coisa de facilitador”
Forma de orientar o trabalho errônea
Postura da mão no bolso
“Tua cabeça” diz a um dos participantes = impaciência
Escreveu no inicio com letras maiúsculas
Não houve motivação nem comunicação aberta
Esta ferramenta também serviu para preparar a saída de campo de amanha, para ter uma referência
sobre que é para nós uma facilitação de qualidade e analisar a prática dos facilitadoras/es de amanha.
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TARDE: EQUIPA DE AVALIAÇÃO DE HOJE; APRESENTA HOJE - Adílson, Arlete e Joaquim
O que foi bom: Alimentação Animação (dinâmicas). Moderação Participação Ferramenta que falou sobre
materiais escritos pelos círculos. A revisão das ferramentas do dia anterior. Conhecimento da ligação que
o Aplica tem a nível internacional e quando começou. Cumprimento do horário. O que foi mau: Falta de
papel higiênico Falta de guardanapos. Conversas paralelas (no círculo não devem existir). Atraso do
almoço. Rotura das regras. Falha de energia. Comida não adequada para alguns. Sugestões: Produzir
um relatório e distribuir aos participantes. Mais cuidado com a alimentação Mais formações destas devem
abranger a todos os facilitadores. Fazer chegar o Ndandu a todos. Manter a dinâmica de perguntas como
faz o colega Altino.
DIA 5: SAÍDA DE CAMPO
A jornada correu bem. A AAEA preparou para o grupo da manha ver dois círculos da área de Porto
Amboim e o grupo da tarde ver um círculo no Kicombo. Usaram-se os carros da AAEA e da IBIS:
1. Manha (Porto Amboim): Círculo novo com também novo facilitador; formado por jovens rapaces
e raparigas; sitado numa igreja.
2. Manha (Porto Amboim): Círculo velho do pastor Tomás [facilitador presente na formação].
3. Tarde (Kicombo): Círculo novo (começou há um tempo mas tiveram dificuldades de continuar
por causa das chuvas que destruíram as suas casas e do posterior traslado a outras terras). O
facilitador é já conhecido pelo grupo, o senhor Baptista.
DIA 6: AVALIANDO A MOTIVAÇÃO E A ADVOCACIA
O dia começou meia hora tarde por causa da chuva. A equipa de avaliação (Arlete) já tinha apresentado
resultados o DIA 4 antes da saída de campo para deixar fechado. Passou-se então à equipa resumo:
MANHÃ: GRUPO RESUMO DO DIA 4 - Caquinda, Isilda e Rosalina
 Tipos de mapas: alfabetização e numeracia, cujo objecto é identificar os materiais existentes na
localidade para apoiar os participantes no exercício de leitura e numeracia.
 Ferramenta nuvens de materiais produzidos pelos participantes.
 Exercício: escrever numa tarjeta um material escrito e produzido no círculo (individual). Cada
escrita numa tarjeta. Não há limite na tarjeta. Cada participante, levanta, lê o que escreveu e
explica. Pergunta à maioria se alguem tem o mesmo material Faz-se o agrupamento das ideias
convergentes No final, se alguem se lembrar de algum material que se tenha esquecido, pode
agrupá-lo à nuvem correspondente. Finalmente, fez-se a análise dos materiais mais usados e
menos usados. Mais usados: calendário agrícola, matriz de cuidados curativos… Menos usados:
mapa de recursos naturais [nota redactora: este era também um dos mais usados].
 Porquê é que existem muitas ferramentas pouco usadas? Lourenço: depende da criatividade do
facilitador e do círculo. Recomendação da Kas: Existem muitas. Criatividade de se explorar mais
em troca de experiência entre facilitadores.
 Ferramenta Casimiro: Para identificar fontes de distribuição de informação Ex: Ndandu.
 Apresentação Felitamo (Isilda); Apresentação Ndandu (Casimiro e Adílson); Apresentação Kas
 Apresentação do programa da viagem (Gourgel)
MANHÃ: PLENÁRIO SOBRE A SAÍDA AO CAMPO - moderado pelo Altino
Depois de ter escolhido as novas equipas de resumo e avaliação para o último dia, o Altino moderou um
plenário sobre as saídas ao campo do dia anterior:
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1o GRUPO: Círculo novo de jovens com facilitador jovem
 (Cristóvão) Não eram os participantes a fazerem, mas sim o facilitador. Nada a ver com aquilo
que a Arlete deu na Kisamba. E estavam com batas de escola e todo.
 (Uma outra pessoa concorda) Sim, quem fazia era o facilitador.
 (Arlete) Havia erros ortográficos do próprio facilitador; falava o tempo todo e tinha receio de pôr a
cartolina no chão, de sujá-la. Nós começamos no chão Havia muitas coisas que não eram
Aplica. O colega Altino viu com o LAMP, havia pessoas que já sabiam escrever. Também os
nomes é melhor com letra minúscula. Mas em todo caso, no grupo são todos adolescentes. É
bom que ele é jovem. É bom.
 (Alfredo) Se fizermos um esforço em apoiar o colega, ele pode se re-encaixar. É todo melhorar o
acompanhamento.
 (Cristóvão) Só queria reforçar o que a Arlete disse, os problemas ortográficos que vêm do
professor mesmo. Mas é o que a Rosalina disse, “aprender até morrer”. Nós somos os actores e
temos que tirar esse medo.
2o GRUPO: Círculo velho do pastor Tomás
 (Cristóvão) O Tomás muito esforçado. Vê-se a evolução Na 4a feira abordámos a escala LAMP.
Acho que da para o Tomás abordar em breve. Ontem havia ainda desconhecimento dele.
Também precisávamos de ver os materiais produzidos pelos círculos. Ou seja, não só o nível [de
alfabetização] mas também o material que elas produzem.
 (Vitorino?) Acho que a Arlete falando umbundo fez com que as colegas começaram a abrir-se.
Já mostraram que sabem ler, mas como sabemos se isto era antes do círculo ou depois? Uma
das participantes fez referência aos manuais [escassos].
 (Alfredo) Fiquei animado e satisfeito. Um grupo forte com ideias bem estruturadas O facilitador
não se apropriou do processo.
3o GRUPO: Círculo novo do Kicombo do facilitador Baptista
 (Mª do Carmo) Vi iniciativa. Na nossa chegada, eramos mais [do que o esperado]. Houve fraca
participação das participantes. O círculo ainda está a nascer. É necessário que se visite muitas
vezes o círculo. É o meu conselho.
 (Rosalina) Tem muitos rapaces mas não estavam la.
 (Kas) E ainda assim, com tanta mamá, era um homem a falar. É poder.
 (Arlete) Mas do que poder, é cultura do silêncio. Também porque havia filhos e pães no círculo.
 (Gabriel) Sim, muito acompanhamento sério, começando pelo colega facilitador Baptista. O
trabalho é ainda muito individualizado A povoação também não é muito fixa, é semi-nômada
 (Ana Maria) Era como assistir a uma aula. Também a área ainda não arrancou por causa do
traslado duma zona a outra. O próprio calendário que mostraram parece já muito antigo. Vai
precisar de muito acompanhamento.
 (Isilda) Sim, o calendário era um trabalho já feito. Por isso elas não sabiam, nem participavam. É
só uma simulação É antigo. (Ana Maria) Concordo.
 (Altino) Quando há dificuldades na escrita, não se tem que ter medo. No total, temos agora 255
círculos. Podemos ter mais 100 círculos. Pode ser bom e pode ser mau para a AAEA. Reflect
precisa de bastante acompanhamento, de um diálogo permanente. É difícil sair da alfabetização
tradicional.
 (Arlete) Ai tocas uma ferida. É questão de vestir a camisola. Assumirmos a palavra Reflect com
todas as suas letras. Estamos no Reflect por causa de 50 dólares? [Não (respondem todas/os)].
Então é a identificação da causa. Sou facilitador não pelo dinheiro, mas para desenvolver a
comunidade. (Altino) Até dormir lá, por causa das horas [em que se reúne o círculo]
 (Isilda) Eu via muitas ferramentas que podiam ser úteis O mapa de alfabetização, a mudança, as
sementes, para ver as motivações, assim com os materiais ou aquilo que eles produziam.
 (Ana Maria) O teatro ai serviu para chamar a atenção
 (Kas) Também a visita permitiu-me ver momentos onde as ferramentas podem ser úteis. O
teatro da má facilitação serviu-nos para ter uma referência e analisar aos facilitadores.
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 Também nos círculos que começam agora, para ver os níveis iniciais de escrita e leitura das/os
participantes. Uma mulher do circulo 3 dizia que já sabia escrever o seu nome no 77 quando
tirou a 4a. Por isso é importante a escala LAMP, para saber desde onde partem.
 A ferramenta da árvore das motivações, que veremos mais tarde, é boa para elas deixar claro
para que vieram ao círculo, que querem trabalhar (uma das mulheres queria poder matricular
aos filhos, outra ter a cédula, outra ver os subtítulos na TV…).
 Pediam materiais, cadernos, mas tal vez fazer o mapa de alfabetização pode lhes servir para
analisar aquilo que podem aproveitar de perto na área, como uma rapariga que estava lá e que
está a tirar a 6a e tem cadernos que pode emprestar.
 Depois também a construção da estrutura em madeira que fizeram as senhoras do 3er círculo,
para os encontros do círculo quando chove. E a advocacia ao governo para obter as chapas.
Tivemos mesmo que puxar para que o comentassem. Acho que a mudança mais significativa
pode servir para analisar isto melhor, sem ficar só na parte de leitura e escrita, mas sim nas
acções que o círculo faz para mudar coisas. Também porque é importante que o círculo analise
que pode ir mais além do que escrever nomes. Assim como conhecer as causas que fizeram
possível essa construção Quem tomou a iniciativa? Que fez falta? (sementes de mudança).
No flip-chart ficaram gravados outros pontos [os anteriores não são exaustivos daquilo debatido]:
 Entusiasmo participantes; Verificou-se receio pelos participantes; Muita energia nos participantes
 Dificuldade de enquadramento dos participantes por níveis; [A importância do] uso da escala
LAMP no inicio dos círculos; Todos no nível 0 (?)
 Pouco material produzido pelos círculos; Falta de manuais do participante.
 Facilitadores a moderarem os processos; Problemas de divisão de sílabas [pelo facilitador];
Simplicidade dos facilitadores dentro dos círculos.
 Exigir mais acompanhamento da coordenação aos facilitadores; Fazer maior esforço em apoiar
ao facilitador; Criar motivação aos facilitadores para aumento do seu nível acadêmico
 Uso de batas pelos participantes; Foram transparentes na informação.
FRASE DO DIA
“Tem que se escrever. Não é suficiente com os visuais. Tem que se praticar. Os cadernos são
importantes. A questão central é QUEM FAZ AS COISAS? O facilitador/a ou as/os participantes?”
MANHÃ: FERRAMENTA 47, A ÀRVORE DAS MOTIVAÇÕES - facilitado pela Isilda
Objectivo: Analisar as razoes que teve cada participantes
para se unir ao Aplica. Verificar, passado um tempo, se essas
expectativas iniciais fora atingidas, se mudaram.
Passos: 1) Desenhar uma arvore no chão ou numa folha de
papel; 2) Escrever a palavra Aplica no tronco; 3) As/os
participantes enumeram em cartolinas (uma razão por
cartolina), ou pedaços de papel, os seus motivos para unir-se
ao círculo e afixá-las às raízes da arvores, enco-rajando-os a
serem específicos. Ex. “Vim para aprender a contar para o
meu negócio.” 4) As cartolinas indicando os benefícios obtidos
do Reflect são afixadas nos ramos da arvore. (Ex. “Sei
escrever o meu nome e ler a bíblia”). Se o círculo estiver no
seu início, os ramos podem ficar em branco, com as cartolinas
a serem acrescentadas logo.
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Resultados: “Vim ao Aplica porquê/para”... Desenvolver capacidades nas comunidades (5).
Melhorar a vida das pessoas; Ajudar a outros a conhecerem os seus direitos; Porque quero mudar a
minha comunidade tanto na leitura e escrita como na convivência do dia a dia; Desejo de participar na
consciencialização Ser um actor de mudanças; Para participar... comunitário. Desenvolvimento de
capacidades. Eliminar analfabetismo e dar conhecimento (5). Para espalhar nas comunidades o
conhecimento; Gosto de ensinar. Libertar as pessoas da comunidade do analfabetismo; Ouvi falar do
Aplica e .. com toda vontade de alfabetizar aos outros participantes; Para despertar as pessoas que estão
no mundo da inocência; Para despertar e espalhar conhecimento na comunidade é direito do cidadão
Para ajudar... Porque gostam do método Aplica (7). Promove mudança de atitude e comportamento;
Porque promove a liberdade, o diálogo, a esperança e mudanças; Porque gostei das boas maneiras do
que existe dentro do Aplica (espero que com esta formação continue sempre a trabalhar no meu círculo);
Porque vejo nela resultados positivos e tem muitas mudanças no seu geral das comunidades; Porque
acho que é bom eu participar tendo em conta os objectivos do próprio Aplica; É um método que leva a
mudança das pessoas; Porque gostei de participar colectivamente no círculo e levar mensagem aos
outros. Auto-dirigidos (3). Para me libertar do silêncio e ser democrática; Para aprender uns com os
outros; Viver na diferença e buscar novos valores da minha vida, etc. Outros (2). É um dever de
cidadania. Desperta a mente. Contribui para o desenvolvimento da sociedade. Para aprender mais coisas
com outras pessoas; Porquê gosto de desafios. [Categorias são orientativas; feitas depois da formação].
OBSERVAÇÕES
A “árvore das motivações” também pode se tornar “árvore de objectivos de aprendizagem”
perguntando às/aos participantes quais são as temáticas que querem trabalha no círculo e servindo
de orientação à/o facilitador/a para a sua preparação dos encontros.
A FERR 48 do Contando Sementes “Eu vim ao Aplica porque…” é semelhante à arvore, só que
utiliza uma estrada como símbolo.
MANHÃ: REVISÃO DE FERRAMENTAS: JOGO DOS CASAIS BRANCOS E AZUIS - facilitado pela Kas
Objectivo: Revisar os objectivos das ferramentas.
Passos: Distribuiu-se um papel a cada participante, a
metade brancos e a outra metade azuis. Estes
procederam a lê-los em voz alta um por um. Perguntouse que acham que une aos brancos e que une aos
azuis. Os azuis resultaram ser FERRAMENTAS e os
BRANCOS, que começavam sempre por “serve para...”
resultaram ser OBJECTIVOS. Uma vez lidos, as/os
participantes levantaram-se e procuraram o seu “casal”,
ou seja, as ferramentas os seus objectivos e vice-versa.
Uma vez em pares, procedeu-se a ler os resultados de
dois em dois e a analisar se era correcto.
CONFUSÃO ENTRE OS OBJECTIVOS DA “MUDANÇA MAIS SIGNIFICATIVA” E DAS “SEMENTES”
A mudança narra uma história enquanto que as sementes explicam as causas. A diferença está no
QUE e no PORQUE. Cristóvão dá um exemplo: QUE: “Fui à lavra e cai” / PORQUE [porquê caíste]:
“Panquei numa pedra”. Kas dá um outro exemplo: QUE: “Hoje estou triste” / PORQUE [porquê estás
triste?]: “Estou triste porquê…”. Nas histórias: QUE [MMS]: Serve para ESCREVER sobre
mudanças. Estamos simplesmente CONTANDO uma história, sem entrar nas razões de porquê todo
passou. PORQUE [Sementes]: Serve para ANALISAR as CAUSAS dessas mudanças.
EXPLICAMOS com detalhe porquê essa mudança passou.
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PERGUNTA DA ANA MARIA: QUANDO UTILIZAMOS O TEATRO?
Há muitos usos do teatro, a gente fez uma chuva de ideias:
 Motivação; Mobilização; Identificação de problemas; Identificação de possíveis soluções;
Desperta interesse; Meio de Informação; Monitoria e Avaliação.
 Este último uso (M&A) é o interesse central desta formação, e temos visto 2 exemplos:
 Teatro do Camponês: Para perceber conceitos de M&A facilmente e para avaliar
esforços nesse sentido. Estamos a olhar para atrás suficiente? A acompanhar o Aplica?
 Teatro da Má Facilitação: Para ter uma referência sobre a boa e a má facilitação e
avaliar a nossa prática nesse sentido.
O ponto da Ana Maria é muito importante. Ajuda-nos a distinguir entre ferramenta DRP de análise
(às que estamos habituadas/os) e ferramenta DRP de avaliação (que podem ser umas especiais,
como a Mudança mais Significativa, mas também qualquer ferramenta DRP de análise, sempre que
seja analisada pelo menos 2 vezes para permitir comparar e analisar mudanças da 1a à 2a análise).
TARDE: AVALIANDO A NOSSA ADVOCACIA - facilitado pelo Altino
A Ana Maria moderou uma chuva de ideias sobre a palavra “advocacia”. Aqui os resultados:
1. Dar voz aos sem voz. Interceder. Ser interlocutor de. Pressionar. Defender os direitos. (Alfredo)
Mas é mais as habilidades para elas mesmas falarem por elas mesmas. (Arlete) Ideal que
elas/es falem por elas mesmas, mas ás vezes não é possível. Por isso temos o papel de
interlocutor. As vezes é necessário. Depende. Como o Casimiro, que transmite quando não há
possibilidade por necessidade.
2. (Alguém) Uma mensagem que se quer passar ao governo. (Kas) Comunicação entre a
sociedade e o seu governo. (Altino) Não só com o governo. Também pode haver advocacia a
nível internacional entre governo e organismos internacionais, etc.
3. (Gabriel) Dizer às autoridades o que estamos a fazer e porquê. Também o que precisamos.
Temos o exemplo do Kicombo ontem onde o círculo construiu a estrutura e pediu as chapas ao
governo. [Outro exemplo é] Uma vez que a gente chegar ao nível 5 [escala LAMP] pode ir ao
formal. Não é só contestar. É proposta. É propôr. (Gabriel) A melhor forma de advocacia é
DIALOGANDO, não confrontando, e estando contra o governo. Em Angola é difícil. Na AAEA,
falamos e depois fazemos. A nossa advocacia é dialogando. Isso é a nossa resposta para quem
diz que não fazemos advocacia na AAEA. (Cristóvão) Por exemplo, num encontro sobre o SIDA,
o Altino aproveitou para falar do Aplica. Assim envolveu ao governo. (Caquinda) Sobretudo aqui
[o ter que dialogar]. Quando eu fazia Aplica, era visto como “um partido a nascer no meu
partido”. Como uma campanha para ganhar votos. O soba ficou o meu inimigo. E a SIFO [polizia
secreta] atrás. (Altino) Estamos a falar duma advocacia um pouco “de lá encima”. Mas dá para
fazer advocacia abaixo. Tem a ver com construir, negociar. Como no exemplo do Kicombo.
4. (Gabriel) Devemos partir de estudos. Resultados já visíveis nas comunidades, mas não no geral.
5. [É possível] Individual. [Mas também] Grupos organizados.
Depois, o Altino apresentou uma ferramenta para avaliar a advocacia, a matriz de advocacia, na que se
avaliam os momentos / lugares de advocacia, quem fez parte e que objectivos se buscavam:
OBSERVAÇÕES
1) O grupo propôs dividir a categoria QUEM entre “quem organiza” e “quem participa”.
2) Embora não tivemos tempo a ver-la, é possível agregar à matriz uma outra coluna sobre o
impacto ou resultados que teve cada acção.
3) Antes da matriz, se for muito abstracto, pode ser fazer um desenho dum “momento de advocacia”
e a partir dai, tirar o “onde”, “quando”, “quem” e “que” [sugestão da Sidsel].
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QUANDO / ONDE
Dia Internacional da
Alfabetização / Semana
da Acção Global
QUEM
Sociedade Civil, Comunidades, Rede
EPT
O QUE SE PRETENDE
Financiamento, identificar
oportunidades, certificação de
facilitadores e participantes
Salinas
(Porto Amboim)
Círculo, facilitação, OMA,
coordenação local
Ter um posto de saúde
Abastecimento de água
Salinas
(Porto Amboim)
Supervisora, facilitadora,
participantes
Pedido Sala para Alfabetização
(Resultado: oferta da sala pelo
proprietário das Salinas)
Funda, 2004
Grupo moradores, TPA, coordenador
Aplica
Falta de energia (Resultados: TPA
teve que pagar energia)
Funda
Parteiras tradicionais
Amboim
CHOFA, EPT, Administração pública
Levantamento de parteiras
internacionais?
Certificação e enquadramento de
facilitadores no quadro de educação
do governo, para serem professores
por concurso + Que os participantes
consigam os seus títulos.
Matriz de Advocacia: Quem faz a advocacia no Aplica? Quais os resultados?
DIA 7: TROCAS, GUIÃO e ENCERRAMENTO
MANHÃ: EQUIPA AVALIAÇÃO - Alfredo, Julieta, Kamongua
Processo:
A votação foi anonima e individual.
Resultados
TOTAL: 21
Temas / Conteúdos: 17 – 1 – 0 (falta 3 pessoas)
Participação: 19 – 1 – 0 (falta 1 pessoa)
Alimentação: 13 – 3 – 5
MANHÃ: EQUIPA RESUMO - Joaquim, Maria do Carmo e Vitorino
 Apresentação do comité de resumo do dia 17
 Nomeação de três candidatos para o grupo de resumo
 Visita de campo dos dois círculos de Porto Amboim, e um círculo do Kicombo, sendo o 1º grupo
que visitou os 2 círculos de Porto Amboim e por último, o 2º grupo visitou o círculo do Kicombo.
 Segundo o Altino, o Aplica tem actualmente 255 círculos e ainda com previsões de acrescer
aproximadamente 75 círculos.
 Teatro: motivação, mobilização, identificação de problemas, despertar interesse.
 Árvore da motivação que foi descrita pela Isilda.
 Distribuição das tarjetas azuis e brancas pela Kas, onde fizemos um exercício para acasalar as
tarjetas.
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 Advocacia: QUANDO, semana global, semana de aprendizagem do adulto, dia internacional de
alfabetização que é no dia 8 setembro. QUEM, organizações da sociedade civil, comunidades e Rede
EPT. QUE, financiamento, identificar oportunidades, certificação dos participantes e facilitadores.
MANHÃ: TROCA DE EXPERIÊNCIAS - facilitado pelo Altino
O objectivo era analisar os seguintes pontos na troca de experiências já existentes: 1) O que tem tratado;
2) Principais dificuldades; 3) Como têm resolvido e, 4) Sugestões para futuras trocas. Formaram-se três
grupos. Trabalhou-se em grupo uns 40m e depois partilhou-se em plenário:
 GRUPO Luanda-Bengo: 1) Encontro de alfabetização onde podemos medir a aplicação do
método, comparação dos níveis de aprendizagem dos diferentes participantes dos círculos. A
motivação dos facilitadores em superar os seus níveis acadêmicos. 2) Falta de verbas para
transporte, alimentação e alojamento. 3) Poucas vezes temos encontrado solução. 4) Que se
disponibilizem verbas nos projetos para troca de experiências de todos os círculos.
 GRUPO Sumbe: 1) Tem se tratado questões do dia a dia dos círculos a nível local. Planificação
de acções conjuntas entre grupos. 2) Limitação do número de participantes nesses encontros. 3)
Seleccionar o número possível de participantes. 4) Procurar envolver maior número de
participantes para possibilitar que haja mais discussões à valia dos assuntos a serem
abordados. Realizar troca entre círculos da mesma área. Realizar encontros periódicos entre
facilitadores da mesma área para preparar conteúdos a serem apresentados nas trocas.
 GRUPO Seles?: 1) Primeiro temos feito uma junção de facilitadores (2 áreas). Exploracão dos
temas que cada facilitador trabalha. Selecção dos temas com maior dificuldades. Realização de
trabalhos em grupos. Debate em plenária. Recomendações. 2) Procedimento duma unidade.
Articulação teoria e prática. Influência da língua materna na pronúncia. Elaboração de mapas,
matrizes e calendários. Reflexão-acção. 3) Trabalho em grupo. Debate em plenária. Simulação
de encontros nos círculos. 4) Utilização de mapas de alfabetização e numeracia. Troca de
experiências locais, municipais e provinciais.
Depois das apresentações, seguiu um plenário muito interessante:
 (Altino) 1) Que círculos são próximos e não exigem apoio no transporte (=apoio AAEA)? Temos
que aproveitar isto, e 2) Que fizeram quando era necessária a comida?
 (Isilda) Os nossos intercâmbios têm sido mais a nível de facilitadores. Com os participantes de
círculos só temos uma experiência na Kibala. Saiu muito bem e gostávamos de trabalhá-lo mais.
 (Huambo) No nosso caso já houve encontros, tanto entre facilitadores como entre círculos.
Quando foi preciso transporte, os participantes dos círculos fizeram uma pequena contribuição
cada um/a, assim como para o mata-bicho. Quando isto não era possível e a distância permitia,
andava-se a pé (uns 2km). Duns 2 a 5 círculos já fizeram isto. Sem custo nenhum para a AAEA.
 (Tito) Já se faz troca de participantes em Viana. Mesmo as/os facilitadores são muito generosos
e fazem os mata-bichos. A Arlete confirma esta cultura generosa.
 (Alguem) Também temos que considerar o papel do Casimiro via o boletim Ndandu em termos
de troca de experiências.
 (Alguem) Mas há outras comunidades onde a troca fica mais difícil de implementar.
 (Arlete) Nesses casos é quando a AAEA pode intervir. A gente está a procurar que haja verbas
para trocas de experiências.
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MANHÃ: REVISÃO DE FERRAMENTAS e LIGAÇÃO AO GUIÃO DE M&A DA FACILITADOR/A facilitado pela Kas
Revisaram-se as ferramentas vistas do Contando
Sementes. Teatro dos Camponeses; Flor do Aplica;
Mudança mais Significativa; Sementes de Mudança;
Montanha LAMP; Mapa de Alfabetização e de
Cálculo; Núvens de Criação de Matériais; Diagrama
Adilson-Casimiro; Teatro Seles da Má Facilitação;
Árvore das Motivações; Matriz de Advocacia; Lista de
Presênça; mais pelo menos 3 novas e aquelas
usadas pelos grupos de avaliação cada dia (ver
abaixo).
Apresentou-se o guião da facilitador/a, comentando
que havia um antigo cujas perguntas gerais levavam a
obter respostas também gerais (ex. vai bem, é bom..).
Agora, e em reposta à demanda das facilitadoras/es
que pediam um apoio / guião para escrever o
relatório, Altino, Isilda e Sidsel trabalháram neste
guião novo mais adaptado e detalhado.
Mas que tem que ver isto com as ferramentas que a
gente tem visto estes dias? Bem, as ferramentas são para “preencher” o guião da facilitador/a. Assim,
consegue-se fazer uma avaliação REALMENTE participativa. Não só porque todas/os participam em
avaliar Reflect (consultores, equipa técnica, autoridades tradicionais) como comenta a Arlete, mas
também porque promovemos ESPECIALMENTE a avaliação por parte das e dos participantes do círculo
e a facilitador/a. O seja, a avaliação no seio, no coração do Aplica. Isto é uma prática muito importante.
Pouco feita. Temos que ser promotores disto no Aplica. Não podemos ser participativos durante todo o
processo e quando chega a hora de avaliar, ter SÓ pessoas externas a nos dizer o que se precisa de
melhorar. Temos que ser nós, círculos, facilitadoras/es e coordenadores locais a fazer isto de maneira
continua. Para ajudar nisto, as ferramentas DRP de avaliação destes dias podem ser úteis.
Será que as/os facilitadores estão a fazer todo sozinhos ou incluem no relatório ao círculo? Pergunta-se
em plenário quais das duas opções é mais participativa, mais Aplica. Responde-se que a segunda,
implicar ao círculo. Da-se o exemplo do Pastor (Tomás), que usa a ferramenta da lista de presência
para fazer participar ao membros do círculo no seu próprio seguimento. Nas sessões, comenta o Tomás,
é um membro do círculo a “passar lista” cada vez, e marca quem está e quem não. Assim praticam as
habilidades de leitura e escrita das/os participantes em quanto que ao mesmo tempo, o círculo se autoavalia (neste caso o tema da “presência / desistência”. Isto em vez de fazer o Tomás todo sozinho.
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Realiza-se depois um exercício de ligar os “temas”
descritos no guião com as ferramentas vistas.
Faltou acabar:
 Calendário do guião do facilitador/a. O último dia
conseguimos trabalhar a planificação do QUE
(ferramentas no guião) mas não o QUANDO
(mensal, trimestral.. e tendo em conta o trabalho
do DIA 1 sobre os inconvenientes logísticos do
M&A).
 Guião do coordenador/a local. Como realizar as
pequenas agregações conceptuais e numéricas
que exige a suma de dados de vários círculos.
CONVERSA DURANTE A COMIDA
Para o guião, era bom que a letra fosse maior. Muitos de nós estudamos à noite e estamos mal da
vista (Beny). Tal vez também fazer mais pequeno [em A5 em vez de A4], para caber nos sacos das
mulheres? (Ju)
MANHÃ: VARIOS ANTES DO ALMOÇO
Antes do último almoço juntos, procedeu-se a finalizar quatro pontos:
 Apresentação pelo Adílson da recolha de dedicatórias em homenagem ao André Brandão e ao
Vítor Barbosa. Aprovação pelas/os presentes.
 Leitura pela Clementina da nota de imprensa do Casimiro. Houve algumas inserções por parte
do grupo, sobretudo nas recomendações, a saber:
 Maior integração no ensino formal (Cristóvão)
 Enquadramento dos facilitadores de outras metodologias (Altino)
 Que o programa PAI seja expandido (Cristóvão)
 Nomear o facto de ter a presencia da Kas, que sirva para incluir a prática de outros
actores e para levar a nossa prática a outros países (Altino). [Nota: o relatório será
partilhado com outros países lusofones como Guine-Bissau e Moçambique].
 Aplica é uma metodologia (Arlete)
 Apresentação pela Ana Maria do mapa do Aplica em Angola e preenchimento das tarjetas
individuais por cada participante (ver na página de portada)
 Foto de família (ver na página de portada)
HOMENAGEM AOS FUNDADORES DA AAEA,
ANDRÉ BRANDÃO E VÍTOR BARBOSA
MAPA AAEA (LOCALIZAÇÃO DOS PRACTICANTES DO APLICA PRESENTES NA FORMAÇÃO)
Coordenado pelo Adílson, que recolheu as
assinaturas, fotografou, formatou, imprimiu
num pequeno livrinho, apresentou ao grupo no
domingo e deu à equipa da AAEA Luanda.
Fotos feitas pelo Adílson, imprimidas pela Kas.
Mapa feito pela Ana Maria e pelo Gourgel.
Apresentado pela Ana Maria. O mapa ficará na
AAEA KS. O Caquinda propôs tirar fotos do
mapa para todas/os levarem uma cópia
porque “é forte”.
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Por último destacar que houve pelo menos três novas ferramentas de avaliação surgidas desta formação:
NOVAS FERRAMENTAS CRIADAS NESTA FORMAÇÃO
FERR Diagrama Adílson-Casimiro. Semelhante à FERR71 (uso de materiais escritos produzidos
no círculo nas comunidades) sobre o uso que se faz do boletim Ndandu nas comunidades. Surgiu
dum comentário do Casimiro no 1o dia sobre “a ausência duma ferramenta que avalie o
entendimento e impacto do boletim assim como do apoio do governo e autoridades [o Capítulo 8,
nomeadamente a FERR44 do Contando Sementes trata isto, mas não se trabalhou na formação].
FERR Nuvens de materiais NÃO escritos criados pelos círculos. Este ponto saiu como confusão
na FERR 70 de materiais escritos pelos círculos onde as/os participantes também integraram
materiais não escritos (ex. construção dum Djambo pelo círculo, produção de cestas,…). Mas pode
se aproveitar para criar uma outra ferramenta. Esta nova ferramenta de criação de materiais não
escritos daria uma ideia do GRAU DE DINAMISMO e ACTIVIDADE dos círculos (=objectivo).
FERR Mapa de Localização de Lugares de Alfabetização. Lugares onde se impartem programas
de alfabetização. Diferente do “Mapa de Alfabetização”, onde se citam só matériais escritos
existentes na nossa área e os lugares onde os encontramos (não necessáriamente na escola ou
centro de alfabetização, pode ser no mercado, no centro de saúde, etc...).
TARDE: ENCERRAMENTO DA FORMAÇÃO
Depois do almoço, procedeu-se a fechar a formação com a seguinte agenda:
 Releitura pela Clementina da nota de imprensa do Casimiro com os comentários integrados.
Para além do Casimiro, também esteve presente hoje e outros dias o jornalista Fernando (rádio).
 Realizou-se uma avaliação escrita.
 Distribuíram-se os certificados da formação às e aos assistentes pelo Gourgel e pela Kas.
Fizeram-se, por último, fotos com os certificados.
A formação acabou às 14.30 horas do domingo 20 de fevereiro 2011.
5. ANEXOS






Anexo 1: Programa Formação
Anexo 2: Participantes na Formação
Anexo 3: Jogo 1 - demonstrar níveis da escala LAMP com indicadores
Anexo 4: Jogo 2 - tarjetas brancas e azuis: ligar ferramentas e objectivos
Anexo 5: Jogo 3 - completando o guião com ferramentas
Anexo 6: Nota de imprensa final pelo Casimiro
Quem quiser os anexos, pode contactar a [email protected] ou bem visitar o Basecamp /
Biblioteca Global Reflect, grupo lusófono (pedir senha à [email protected]).
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