O ÚLTIMO EXORCISTA – Minha Batalha contra Satanás – (Trechos

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O ÚLTIMO EXORCISTA – Minha Batalha contra Satanás – (Trechos
O ÚLTIMO EXORCISTA – Minha Batalha contra Satanás – (Trechos do Livro)
Padre Gabriele
Amorth
Trechos da Obra:
O ÚLTIMO EXORCISTA
Minha Batalha contra Satanás
Padre Gabriele Amorth
Editora Ecclesiae
ACORDEMOS ANTES QUE SEJA TARDE DEMAIS
Parto do Evangelho. Jesus por três vezes chama Satanás de “príncipe deste
mundo”. São João afirmou que todo o mundo jaz sob o poder de satanás e que o
objetivo pelo qual Jesus veio ao mundo é o de destruir as obras de satanás.
Satanás é o adversário de Deus.
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O ÚLTIMO EXORCISTA – Minha Batalha contra Satanás – (Trechos do Livro)
Padre Gabriele
Amorth
São Paulo ousa chamar Satanás de “o deus mundo”, afirmando que a nossa
luta cotidiana não é contra uma pessoa de carne e osso, mas contra satanás e seus
anjos, que nos cercam constantemente.
Há mais de trinta anos sigo as aparições de Medjugorje, essa estupenda
catequese que Nossa Senhora envia a todo o mundo, e que é continuação das
mensagens de Fátima. É uma predicação formidável que nunca ocorreu na história
da humanidade. Pois bem, Nossa Senhora fala continuamente sobre satanás solto
de suas correntes. Ela quer libertar-nos dos artifícios de satanás, e fazer nossa
reconciliação com Deus. Estamos vivendo uma época tremenda, uma aparente
vitória do ateísmo.
NOMEIO-TE EXORCISTA
A Igreja tem desesperada necessidade de exorcistas. Sobretudo Roma. Há
muitas pessoas que sofrem porque estão possuídas.
Desde sempre, dois exércitos lutam pela supremacia do mundo: o exército de
satanás e o exército de Cristo. Por que satanás existe e só deseja uma coisa: levar
o mundo à autodestruição, os homens à danação eterna.
Um dia, muito encontro-me exorcizando um possuído. Por meio de sua voz, é
satanás quem me fala. Lança-me insultos, blasfêmias, acusações e ameaças. Mas,
em certo momento, diz-me: "Padre, vai embora. Deixa-me em paz”.
“Vai tu”, respondo-lhe.
“Peço-te, padre, vai. Não posso fazer nada contra ti”.
“Em nome de Cristo, dize-me, por que não podes fazer nada?”
“Porque tu és muito protegido por sua Senhora. Tua Senhora te rodeia com
seu manto, e eu não posso tocar em ti”.
Quais são os sinais da presença do demônio? Falar corretamente línguas
desconhecidas ou entender quem lhe fala. Conhecer fatos distantes ou ocultos.
Demonstrar ter forças superiores à idade e à condição natural do possuído; e outros
fenômenos do gênero.
Os demônios utilizam todos os obstáculos que podem para que o possuído
não se submeta aos exorcismos, ou se esforçam para convencer de que se trata de
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uma doença natural. Em certas ocasiões, durante o exorcismo, fazem com que o
possuído durma e mostram-lhe alguma visão, escondendo-se para criar a
aparência de que o doente está libertado.
Durante o exorcismo, use com frequência as palavras da Sagrada Escritura –
e não suas próprias ou de outros. E ordene ao demônio que diga se entrou nesse
corpo devido a magias, sinais maléficos ou coisas enfeitiçadas que o possuído
comeu.
CORAGEM: AGORA É COM VOCÊ!
MINHA PRIMEIRA VEZ CONTRA SATANÁS
Cada vez que faço um exorcismo, entro numa batalha. Antes de entrar nela,
coloco uma armadura. Uma estola roxa. Envolvo frequentemente o possuído com a
estola. Levo comigo o livro em latim com as fórmulas do exorcismo. A água benta
com que aspirjo o endemoniado. E um crucifixo no qual está incrustada a medalha
de São Bento. É uma medalha especial, muito temida por satanás.
Hoje faço exorcismo em cinco ou seis pessoas por dia. Há alguns meses fazia
muitos mais, até dez ou doze. Exorcizo sempre, inclusive aos domingos.
Padre Cândido diz (me): “Deve sempre levar consigo um óleo especial. Você
o obtém misturando o óleo dos catecúmenos, usado no batismo, com o dos
doentes, que se usa na unção dos enfermos. Marque sempre o possuído, buscando
os seus sentidos: olhos, nariz, boca e garganta. Em seguida, recite a prece do
ritual. “Espírito do Senhor, Espírito de Deus, Pai, Filho, Espírito Santo, Santíssima
Trindade, Virgem Imaculada, anjos, arcanjos, santos do Paraíso desçam sobre
essa pessoa...”
Não pense que é fácil libertar um possuído. As sessões são sempre
longuíssimas. Você está lutando contra o mal absoluto, o mal cego. Não pode ser
um passeio. O maligno é puro espírito. É uma força que entra no corpo. Mas,
algumas vezes, pode simplesmente ser um espírito que age sobre uma pessoa sem
possuí-la. Esteja atento para não acreditar que todos estão possuídos. O padre Pio
de Pietrelcina, por exemplo, sofria diariamente ataques do demônio, exceto em
raras ocasiões. Era golpeado, jogado ao solo. Eram vexações, não estava
possuído. E o mesmo ocorrida com o cura D’Ars, João Maria Vianney. Vexações
gravíssimas. Mas não possessão.
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Outras pessoas sofrem danos em sua própria casa: rangidos, golpes, luzes
que se ascendem e apagam sozinhas, e explodem. A certo engenheiro, ocorreu
que, em sua casa, estouraram de trinta a quarenta lâmpadas por mês. Fenômenos
que terminam com os exorcismos. Mas não há nenhuma possessão.
Provavelmente, nessas casas, deve ter habitado, no passado, algum feiticeiro que
presidia sessões espíritas ou alguém que fizesse ritos satânicos.
Satanás não tem rosto. É puro espírito – e quando deseja fazer-se presente,
deve assumir um corpo falso, de acordo com seus propósitos.
Não discuta com o demônio nem aceite argumentos. Ele é que deve
responder às suas perguntas; e não você as dele. Quem toma parte num exorcismo
não deve falar com o demônio. Somente os exorcistas podem, porque são os
únicos que estão protegidos.
O demônio ameaçará você. Quanto a mim, ele com frequência produz ruídos
no meu quarto. Não tema. Se você está com Deus, é o demônio quem deve ter
medo.
Qualquer pessoa que entra no cômodo onde se encontra a pessoa possuída,
certa presença a se fazer sentir. Sente claramente essa presença. O que é? Algo
não humano. Ou melhor, anti-humano, Algo que não pode ser explicado, mas que
está ali. Este é o primeiro estagio, a primeira dificuldade que se encontra. O
reconhecimento iniludível desta sinistra presença. Não se vê. Não se sente. Mas
está. E por todas as partes. Defronte, atrás, em cima, embaixo, ao lado das
pessoas. Envolve tudo. Não tem gênero, não é masculino, nem feminino.
Simplesmente é. E começa a atuar de imediato. Trata de ferir a própria essência
das pessoas presentes. Golpeia a mente, o coração. É preciso permanecer
tranquilo e ter muita fé. E depois encontrar dentro de si as energias necessárias
para reagir, para combater, para mostrar a essa presença quem comanda, quem
conduz o jogo.
ÀS VEZES O DEMÔNIO VOLTA PRA MATAR
Deus sabe o que faz e o que permite. Tudo está a serviço dos fins da Divina
Providência. Ele permite o mal para obter dele algum bem. E isto deve se repetir
especialmente no que se refere a nosso caso.
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(Em um exorcismo) Padre Pier Paolo pergunta ao diabo: “Existem realmente
os feiticeiros?”.
“Sim”;
“Que fazem?”
“São pessoas capazes de fazer mal aos outros”>
“Têm poder sobre ti?”
“Sim.”
“Têm comunicação direta contigo?”
“Sim.”
Estar na graça de Deus, estar perto de Deus é um remédio seguro contra os
ataques do demônio.
Quando se estabelece um pacto com satanás, desfazê-lo pode ser quase
impossível. Se se entrega a alma a satanás por toda eternidade, depois não se
pode arrepender-se e libertar-se, pois esse pacto foi feito e as consequências são
pagas sempre. A alma, enfim, pode se salvar, mas o corpo, misteriosamente, pode
morrer sob as mãos e por vontade de satanás.
CRIANÇAS QUE SE TORNAM ASSASSINAS:
O CASO JAMES BULGER E OUTROS
Aceito a batalha ainda quando á árdua, terrível. Como quando me encontro, a
primeira vez, diante de quem nunca imaginaria: um menino de poucos meses.
É fácil entender, compreender. Mas é uma realidade. Entre as vítimas do
diabo encontram-se muitas crianças. São inocentes. Não têm culpa. Mas também
do seu corpo o diabo se encarrega de tomar posse. E quase sempre consegue. Às
vezes, a possessão começa quando ainda se encontram no ventre materno. É
terrível, mas é assim.
E assim ocorre que, desde o nascimento, uma criança está possuída. Os
sinais são claros, de imediato. Se leva-se a criança à Igreja, começa a chorar e a
agitar-se se motivo. O mesmo ocorre quando os pais rezam em casa. Quando
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cresce, esses fenômenos tornam-se mais fortes. Mas é possível observá-los de
imediato.
Por isso aconselho aos pais que batizem seus filhos assim que nasçam. O
batismo é um exorcismo poderoso. O batismo expulsa o diabo. O diabo teme o
batismo. Não é casualidade que, entre possuídos do mundo, a maior parte seja
gente não batizada.
O choro durante o rito dilacera o coração dos pais. Parece não haver nenhum
consolo para seu filho. Peço aos pais que orem muito, jejuem, vão à missa todos os
dias.
Depois que essas crianças crescem, há sinal evidente de que estão
possessos: a perfídia. Uma perfídia que não é racional, sobretudo nessa idade, um
desejo de fazer o mal, de destruir. Como se fosse uma manifestação da
personalidade, um desabafo cujo objetivo é demonstrar a própria força, contra tudo
e contra todos.
Há muitos fatos, relatados inclusive nos jornais, de crianças ou adolescentes
nos quais a perfídia é um sinal evidente de possessão. Os canais de televisão
convidam criminalistas e psiquiatras para explicar tanta ferocidade. Mas esquecemse de chamar um exorcista. Este, se convidado, resolveria o caso em poucos
minutos. Diria: “Trata-se de uma possessão diabólica”.
A violência dos pais contra os filhos é um dos canais privilegiados para que
satanás chegue ao mundo.
Com frequência, meninos são possuídos pelo demônio quando, antes, foram
violentados pelo pai. A violência do pai contra eles é um canal de transmissão
sumamente eficaz, por meio do qual passa o demônio. A culpa dos pais recai sobre
eles por meio de uma transmissão do mal que tem o caráter do extraordinário. Nem
todos os que são violentados pelos pais sofrem fenômenos de possessão. Mas
muitos, sim, desgraçadamente. Os pais têm, em relação a seus filhos, uma
paternidade também espiritual, que as mães não têm. Se um pai abençoa sempre o
próprio filho, essas bênçãos produzem efeito positivo, muito mais positivo que as
bênçãos maternais.
(O pai de Laura observa atitudes estranhas em sua filha e corre à procura de
Padre Cândido)
Como foi possível libertá-la em tão pouco tempo? Graças ao pai. Ou melhor,
à rapidez de seu pai. As possessões, se atacadas a tempo, não criam raízes. O
diabo ensaiou apoderar-se de Laura. Entrou em seu corpo na sessão espírita. Mas
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não conseguiu, em poucas horas, arraigar-se como desejava. Por isso foi fácil
libertá-la.
A fé é, para Jesus, uma condição essencial para que ocorram milagres; Ele
deplora sua ausência nos escribas, no pai do jovem, nos apóstolos, cuja falha
demonstra terem uma fé débil, indecisa. (Caso bíblico do pai que leva seu filho
possesso aos apóstolos e estes não conseguem exorciza-lo, apenas Jesus)
Jesus responde: “Se podes alguma coisa!... Tudo é possível ao que crê”.
Os apóstolos se aproximam de Jesus e perguntam-lhe, quando estão
sozinhos: “Por que não pudemos expeli-lo?”.
Jesus lhes responde: “Por vossa falta de fé! Em verdade, em verdade vos
digo: se tivésseis fé do tamanho de um grão de mostarda, diríeis a este monte:
‘Passa para o outro lado!’. E ele mudaria de lugar. E nada seria impossível a vós”.
As crianças são inocentes. Os pais, com frequência, não os vigiam de
maneira adequada. E isso porque a vida dos pais é muitas vezes dedicada a
futilidades. O diabo destrói tudo e sempre tenta colocar os homens uns contra os
outros. E quando tenta colocar o pai contra a mãe, quando tenta dividir as famílias,
alcança um de seu objetivos. Porque o diabo sabe que um casal que se separa
provoca dores e divisões inclusive nos que estão perto deles, começando pelos
filhos.
Eleonora e uma mulher de 40 anos, que se casou aos 30. A relação com seu
marido seguiu caminhos bem difíceis logo depois do matrimônio.
Acredita que a mãe de seu marido realizou algum malefício contra ela no dia
do casamento. (Pois antes do mesmo, seu relacionamento como o então esposo
era ótimo)
Dessa forma, o Padre pediu a ela que trouxesse seu vestido de noiva no dia
seguinte.
No dia seguinte, Eleonora volta. Traz seu vestido. Ela e o Padre vão para um
grande campo isolado. Depois o padre tenta atear fogo no vestido, com um fósforo.
Nada acontece. O vestido não queima. É evidente: alguém fez, no vestido, um
feitiço para que o casamento de Eleonora acabe.
(O Padre) Decide benzer o vestido (quando voltam do campo), durante dois
meses, aspergindo-o com água benta.
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Depois de dois meses, chama Eleonora. Voltam ao campo. Desta vez, o
vestido pega fogo. Lentamente, mas queima. No fim, recolheram as cinzas. Um
vestido enfeitiçado deve ser queimado e, depois, ter as cinzas jogadas na água
corrente.
Não são somente as famílias que sofrem, por culpa do demônio, há divisões
dolorosas que provocam sofrimentos enormes. Existe outra divisão tremenda, que
produz consequências terríveis. É a divisão que satanás provoca entre as pessoas
que estão consagradas a Deus e o próprio Deus. Um sacerdote ou uma religiosa
possuídos, quando a possessão é de certo modo querida e buscada pelo sacerdote
ou religiosa, provocam nos fiéis que vivem próximos deles um rastro de dor e morte
terríveis.
SACERDOTES, RELIGIOSAS E SIMPLES FIÉIS À MERCÊ DO DEMÔNIO
Irmã Gisella é uma irmã muito devota. No entendo, de um dia para o outro
começa a ter atitudes inexplicáveis. Quando entra na Igreja, sente-se mal. Sente-se
tão sufocada, que precisa sair e ficar em seu quarto. Depois de certo tempo, já não
consegue participar das orações.
Mal termino o exorcismo, Irmã Gisella volta a si. Levanta-se e diz: “O que
aconteceu?”.
Depois de meses de exorcismo uma irmã telefona. Diz que é superiora da
congregação religiosa a que pertence Gisella.
“Caro padre Amorth, agradecemos ao senhor por tudo que tem feito por irmã
Gisella, mas consideramos que e conveniente interromper os exorcismos”.
“Por quê?”, pergunto-lhe.
“Decidimos assim. É uma decisão da comunidade. Obrigado por tudo. Até
logo”.
Desde esse dia não tenho mais notícias de Irmã Gisella. Qual teria sido seu
fim? Conseguiu libertar-se? Os exorcismos, com frequência, põem à mostra o
diabo, os superiores se assustam e preferem interrompê-los. Afortunadamente,
nem sempre é assim. Mas é o que ocorre na maioria das vezes; e é um grave dano
para os religiosos que estão possuídos.
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Sofrer em silêncio. Sofrer penas terríveis. E oferecer essas dores pelo
próximo. É uma maneira eficaz de fazer o bem. Quem vê esse sofrimento?
Ninguém. Está escondido para o homem. Mas bem visível para Deus. Deus quem
está mal e não acredita que pode seguir caminhando. A quem peca e não sabe
libertar-se do pecado. Àqueles que não tem fé.
Satanás é o mal – e frequentemente o mal é cego. Lembram-se de Jesus?
Pensem em tudo que Ele teve de sofrer antes de morrer. Era o Cordeiro inocente.
Tinha a Seu favor o próprio Deus, Seu Pai, mas o mal não o perdoou. Abateu-se
contra Ele ate matá-lo. No fundo, as possessões também podem ser entendidas
assim: como ataques violentos do demônio, que, indiscriminadamente, golpeia
inclusive os inocentes. As possessões nem sempre têm explicação, como
tampouco o mal. Algumas vezes, até mesmo a pessoa mais santa e inocente deste
mundo pode ser golpeada pelo demônio.
É o grande mistério da vida: a cegueira do mal. Por isso, nunca procuro
maiores explicações sobre as possessões. Existem e pronto. E contra elas é
preciso rezar a Deus. Rezar, rezar e rezar.
Mas (em outros casos) o pacto com o diabo tem seu preço. Presentear o
demônio com a própria alma significa levar uma vida sempre colocada em xeque
por satanás.
Como satanás se faz presente? Por meio de ataques furiosos. Ataques de ira
e ódio.
(abaixo, diálogo de uma mulher, Simona - que vendeu sua alma ao diabo,
para ter riquezas - com o padre)
“E quando satanás me atacar no trabalho, o que devo fazer, padre?”
“Primeiro, deve se esconder. Por enquanto, isso basta. Você não conseguirá
resistir. Mas, ao mesmo tempo que se esconde, deve também rezar. Recite esta
oração: ‘Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós’.
Você sabe que oração é essa? É a única oração que a Santíssima Virgem nos
ditou. Logo, é uma oração muito importante, pois veio diretamente do coração de
Nossa Senhora”.
No trabalho, Simona trata de colocar em prática a minha “técnica”. Durante os
ataques foge para o banheiro e ali recita a oração que lhe ensinei, apertando com
força a Medalha Milagrosa. No começo, essa oração não produz nenhum efeito.
Mas, depois de alguns meses, aparece o resultado. Quando Simona sai do
banheiro, já não está marcada com hematomas ou manchas roxas. Ainda golpeia a
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parede com a cabeça, dá pontapés e socos, mas, misteriosamente, seu corpo não
sofre danos.
Simona descobrirá depois. Durante anos, e sem que ela soubesse, pedi a
muitas pessoas que rezassem por ela. Essas orações também ajudaram. Pessoas
que rezam são uma bênção do céu. Uma bênção para os exorcismos. Nesses
anos, tive muita gente ao meu lado, apoiando-me com a oração. Inclusive, houve
uma pessoa especial. Uma pessoa com um carisma único. Sem ela, meu trabalho
teria sido muito mais difícil.
(Outro caso)
Gianluca tem 50 anos. Nunca foi à Igreja. Declara-se ateu.
Aos seis anos de idade, começa a sofrer alguns pequenos distúrbios. À noite,
não consegue dormir. Ouve vozes que falam no escuro: “Gianluca, Gianluca, não
podes dormir. Somos nós, deves estar atento. Não podes dormir, Gianluca. Agora
viremos para te pegar e te levarmos, Gianluca...”.
Gianluca liga para o professor, indicado por padre Gabriele Amorth.
(O professor relata)
“Você não sabe, mas nessa época (dos seis anos de Gianluca), um
conhecido de sua família (o sensitivo diz a Gianluca nome e sobrenome da pessoa)
fez um malefício para sua mãe. Essa pessoa recorreu a um mago, o qual, bem
pago, solicitou ajuda a satanás. O malefício se arraigou. Diversos demônios
entraram em sua mãe, mas também em você. Você sofre devido a esse poderoso
malefício”.
Encontro-me com Gianluca durante anos. A batalha é duríssima. Mas, ao
final, Cristo triunfa. O mago é derrotado. Sem ajuda do “professor”, tudo seria
diferente. De modo que começo a indicar o seu nome a outros exorcistas. E muitos
obtêm benefícios dessa relação. Recordo, por exemplo, o que aconteceu a um
exorcista, o padre Gerard, quando, em certo dia, teve de ir a uma casa. Não era
uma casa qualquer. Mas uma casa infestada.
Existem casas infestadas no mundo. São casas onde talvez tenha morado,
durante anos, um satanista. A presença diabólica permanece ainda depois dessa
pessoa ter partido. Ou são casas construídas, sem saber, onde muito tempo antes
havia um cemitério. A alma de algum defunto, por motivos misteriosos, poderia
influenciar de maneira negativa o lugar, causando problemas. Ou, também, poderia
ser uma casa em que ocorreram delitos, homicídios. O mal deixa sempre um rastro.
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E algumas vezes, esse rastro é como uma ferida viva, da qual pode, em qualquer
momento, aparecer a morte, a destruição, a perversidade, a maldade.
Os laicos não são exorcistas. Os exorcistas são sacerdotes que atuam graças
a um mandato conferido a eles pela Igreja. Os leigos não tem esse mandato. Não
podem exorcizar. É extremamente perigoso se tentam fazê-lo. Nem sempre podem
dialogar com o demônio durante o exorcismo realizado por um sacerdote. O
demônio com frequência tenta conversar com eles. É uma maneira de atacá-los e,
ao mesmo tempo, distrair a atenção do exorcista.
SAI BABA, O FILHO PREDILETO DE SATANÁS
É preciso prestar muita atenção. Juntamente com os sensitivos bons, existem
os maus. Como reconhecê-los? Muito simples. Sempre pedem dinheiro. O dinheiro
é a primeira tentação do demônio. Porque, com o dinheiro, pode-se comprar tudo:
sexo, drogas, prazer e poder. A maioria dos sensitivos hoje em dia é falsa; e
devemos fugir deles. Fazem pactos com o demônio. E pedem dinheiro sem parar.
Dinheiro, dinheiro e mais dinheiro. Jamais estão satisfeitos.
Não é uma casualidade que a figura-chave da história do satanismo tenha
sido precisamente um mago. Chamava-se Edward Alexander “Aleister Crowley.
Nasceu em 1875 e morreu em 1947. Era um mago inglês. Mantinha-se firme graças
à morfina e ao ópio. Manipulava a mente das pessoas. Seu aliado era satanás.
Juntos destruíram muitas vidas. Foi ele quem escreveu as regras do satanismo.
Depois de Crowley chegou Anton Szandon LaVey. É pseudônimo de Howard
Stanton Levey Morreu em 1997. Foi ele quem fundou – tudo isso é muito bem
relatado por, entre outros, Fabrizio Artale, um expert em temas satânicos -, junto
com o cineasta de Hollywood, Kanneth Anger, a associação Magic Circle, que em
1966, se transforma em São Francisco (EUA), na igreja de satanás. Buscava
adeptos decididos a dedicar toda a vida a satanás. A ele uniram-se diversas
estrelas do rock.
Os adeptos do satanismo estão em todo o mundo. Mas a maioria reside em
Londres. Dali seguem para Turim, São Francisco, Chicago e Roma. Por quê?
Porque o diabo tem seus planos e desígnios. Estas cidades estão unidas por
inquietantes geometrias esotéricas, que aludem ao diabo e ao oculto. Mas o centro
do satanismo é Londres.
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Marco é um dos muitos gurus com que me encontrei. Um dos poucos, talvez o
único, que voltou a si, que escapou da servidão do demônio.
Marco realiza um pacto de sangue com o diabo. Muitas vezes coloca-se em
contato com ele por meio do chamado “jogo do copo”. Satanás fala com ele. De
início, envia-lhe mensagens de paz e fraternidade. É claro, não quer amedronta-lo.
Ao contrário, procura oferecer a Marco uma imagem bondosa de si mesmo.
Marco se transformou num clarividente, lê os pensamentos das pessoas,
pode fazer diagnósticos clínicos, recorda o passado de pessoas que não conhece.
Prevê o futuro.
A salvação chega a Marco quando um grupo de católicos ouve falar dele.
Conhecem-no e começam a rezar por ele. Essas pessoas rezam e tentam mostrarlhe a origem diabólica de suas faculdades. Graças às orações dessas pessoas,
Marco inicia um percurso para libertar-se de satanás. E consegue. Assim que
rompe o pacto de sangue feito com o demônio, seus poderes acabam. Marco volta
ser um homem como muitos. Menos poderoso que antes, é verdade, mas livre. Já
não é escravo do príncipe do mal, mas é livre porque é filho de Deus.
O satanismo não se difunde no mundo apenas por meio de seitas ou grupos
como o dos seguidores de Sai Baba. Existem também outros modos dele se
expandir. Um desses modos é o rock satânico. Aqui não quero ser
instrumentalizado. Não quero dizer, em absoluto, que todo tipo de rock é pervertido
e pertence a satanás. Não é assim. De forma alguma. Mas o rock satânico existe e
encontra-se nesse tipo de música, na qual penso quando falo de outras formas de
difusão do satanismo, além das seitas. O que faz o rock satânico? Defende o
niilismo mais completo, combate a religião católica e qualquer outra ordem social.
Ensina que tudo é permitido e que o indivíduo é Deus. Leva a odiar a Igreja. O rock
satânico tem inimigos conclamados: Cristo e a Igreja. E um só objetivo: o de colocar
o homem a serviço de satanás e, depois, leva-lo à autodestruição.
Penso em Marilyn Manson, o cantor artista norte-americano, completamente
escravo do demônio. Escravo de tal maneira, que chegou a declarar: “o demônio
existe. O satanismo é o culto de si mesmo”. É mesmo? Só satã pode fazer que um
adepto diga semelhante besteiras. Manson é um escravo, um filho do demônio, que
existe e o manipula. É um homem sem fé. Gostaria de chamar a atenção de todos
os pais sobre os filhos que vão por esse caminho. E dizer-lhes: “Se seus filhos
escutam música satânica, vigiem-nos. Salvem seus filhos, para não ter de chorá-los
quando estiverem mortos”. Quero dizer aos pais que tem filhos que escutam musica
satânica: salvem seus filhos acompanhando-os desde a adolescência. Eduquem
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seus filhos na fé. Levem seus filhos à igreja desde pequenos. Ainda que chorem e
corram por toda a igreja. Levem eles com vocês. Ó por osmose que se educa na fé.
Querem um exemplo de como o rock satânico leva à morte?
Irmã Maria Laura sai do convento em que vive. Uma jovem de 17 anos,
Ambra Gianasso, a pede a ajuda. Diz que foi violentada e está grávida. É uma
desculpa para poder encontrar com a religiosa em um lugar afastado, frequentado
por viciados e prostitutas. A ideia é oferecer a religiosa como sacrifício a satanás.
Três jovens acompanham a religiosa ao longo de um caminho pouco iluminado, a
golpeiam com tijolo e, com 19 punhaladas. Quando as três jovens confessam,
dizem que a irmã, ajoelhada no chão, pediu a Deus que as perdoasse.
Os meios de comunicação enfatizam o interesse das jovens por esoterismo e
Marilyn Manson. Que papel pode ter tido essa paixão musical no gesto dessas
garotas? A música satânica é um dos principais meios de difusão do satanismo
entre os jovens.
É como uma lavagem cerebral que conduz ao nada, à abominação, à fúria
homicida, à autodestruição. A mensagem negativa proposta por um disco é uma
semente perigosa lançada na alma dos jovens. Almas puras e fáceis de contaminar.
Muitos desses cantores estão ligados de maneira estreita a seitas satânicas.
Vejamos os Estados Unidos. Prestemos atenção nos cantores King Diamond e
Acheron. Colaboram com a igreja de satanás. Marilyn Manson, inclusive,
encontrou-se, há alguns anos, com Anton LaVey, e foi ordenado sacerdote.
Blanche Barton, um expoente dessa seita, declarou: “Recebemos muitas perguntas
da parte de jovens que começaram a se interessar por satanismo graças à música
e ao comportamento de Marilyn Manson”.
No ano de 1996, um jovem de La Spezia, na Itália, profanava, à noite, os
cemitérios. Foi detido pela polícia e, arrependido, declarou: “Estou arrependido.
Deixei-me arrastar pela música Black metal, que ouço há mais de dez anos. Em
especial pelas letras de alguns grupos noruegueses e suecos, como Marilyn
Manson, Darkthrone e Marduk.
Além do rock satânico, existem também muitas imagens que destroem a
alma, sobretudo as dos mais jovens. Por exemplo, há muitas histórias em
quadrinhos que louvam a satanás. Elas também deixam uma marca, uma ferida na
alma. E a televisão. Nem sempre as imagens ajudam. Ao contrario, quase sempre
inculcam nas crianças a ideia de que só o dinheiro, o sexo e o poder nos fazem
felizes. Dinheiro, sexo e poder: os três ídolos que satanás mais preza.
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O ÚLTIMO EXORCISTA – Minha Batalha contra Satanás – (Trechos do Livro)
Padre Gabriele
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A internet tornou mais acessível do que no passado as informações sobre
satanismo. Pode cair com extrema facilidade nessas seitas. Pode ser, para ele (o
jovem), o princípio do fim. Está cheio de gente que, ainda que por simples
curiosidade, assiste filmes que teria sido melhor jamais ter visto. Satanás, com um
simples filme, pode lançar no coração de uma pessoa certa semente má. Pode ser
o princípio do fim. A web não é o mal absoluto. Mas na web, desgraçadamente, o
mal absoluto está presente. E atua. E há quem se deixe seduzir.
CERTO DIA, UM CARDEAL ME DISSE: NÓS DOIS SABEMOS QUE SATANÁS
NÃO EXISTE
Eminência, é o Evangelho que fala do demônio. É o Evangelho que nos diz
que Jesus expulsa os demônios. E não só isso. É o Evangelho que diz que, entre
os poderes que Jesus deu aos apóstolos, está o de expulsar os demônios. O que o
senhor deseja fazer? Eliminar o Evangelho?
Quero ser franco com o senhor. A Igreja comete um pecado grave ao não
falar mais do demônio. As consequências desse comportamento são gravíssimas.
Cristo veio e lutou. Contra quem? Contra satanás. E o que venceu. Mas ele segue
livre para tentar o mundo. Hoje. Agora. E o senhor, o que faz? Me diz que são
apenas superstições? Então o Evangelho também é uma superstição? Mas como a
Igreja pode explicar o mal sem falar do diabo?
Quando Jesus expulsa demônios não se trata de parábolas, mas da
realidade. Ele não lutou contra um fantasma, mas contra uma realidade, do
contrario tudo não teria passado de uma farsa. Muitos santos lutaram contra o
demônio, muitos santos foram tentados pelo demônio; pense, por exemplo, nas
experiências dos Padres do Deserto. Muitos santos realizaram exorcismos. Então,
todos foram falsos, todos neuróticos? Como é possível não acreditar na existência
de satanás?
O Evangelho diz que o demônio existe e que tentou inclusive ao próprio
Cristo. Jesus deu as armas, deu também a nós, para vencer o demônio. O demônio
pode nos tentar ainda, todos podemos ser tentados, como demonstra a oração
contra o maligno que o próprio Jesus nos ensinou, o Pai-nosso. Até o Vaticano II
terminada a missa, dizia-se a oração de São Miguel Arcanjo, esse pequeno
exorcismo composto pelo Papa Leão XIII, e lia-se o Prólogo o Evangelho de São
João, numa chave libertadora.
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O ÚLTIMO EXORCISTA – Minha Batalha contra Satanás – (Trechos do Livro)
Padre Gabriele
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É preciso recordar 313. É nesse ano que o edito Constantino faz do
cristianismo a religião do Estado. A Igreja, como consequência do edito, corre
grande perigo de se secularizar. Ou seja, corre perigo de ver seus próprios fiéis se
adaptarem aos princípios do mundo. Tudo isso poderia ter consequências nefastas,
como a decadência do empenho evangélico e o empobrecimento dos valores de
tradição cristã.
Os primeiros monges aparecem no Egito, no século III depois de Cristo.
Chamam-se anacoretas ou solitários. No século IV, surgem as duas primeiras
grandes figuras: Antão (também conhecido como Santo Antônio do Deserto) e
Pacômio; o primeiro, expressão de um monaquismo solitário, eremítico – o
segundo, comunitário, cenobítico.
O mundo sobrenatural existe e nos acompanha sempre. Não só o mundo da
luz. Mas também o das trevas. Só o homem cujo espírito é especialmente treinado
pode ir além do mundo real e ver o que ocorre no mundo sobrenatural.
A oração e o jejum transformam-se rapidamente num muro intransponível
para satanás.
Satanás existe, e como! E não crer em satanás é um fato gravíssimo que tem
consequências terríveis. É um pecado pelo qual são responsáveis,
desgraçadamente, muitos homens da Igreja.
Do século XVIII em diante, nega-se a existência do demônio. De quem é a
culpa? Sem dúvida alguma, da cultura laca, do ateísmo ensinado às massas, do
racionalismo do mundo científico e cultural. O resultado é essa perda de fé que
estamos vivendo até agora; e, junto com isso, o crescimento de todas as formas de
superstição e a expansão de todo tipo de ocultismo.
Se estas duas carências, de estudo e de experiência direta, adicionamos os
erros doutrinais de tantos teólogos ou biblistas, que chegam inclusive a negar os
exorcismos do Evangelho, considerando-os “linguagem cultural”, “adaptação à
mentalidade da época”, entendemos bem em que abismo nos encontramos. É
verdade que, contra esses erros, levantaram-se as vozes dos pontífices, sobretudo
as de Paulo VI e João Paulo II – e hoje também a de Bento XVI; é verdade que a
Congregação para a Doutrina da Fé publicou, em 26 de junho de 1975, incluindo-o
entre os documentos oficiais da Santa Sé, um documento dedicado à demonologia,
mas tudo isso não basta. A incredulidade acerca da existência de satanás difundiuse e não permite que as pessoas se defendam do inimigo, salvem-se de suas
garras infernais.
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O ÚLTIMO EXORCISTA – Minha Batalha contra Satanás – (Trechos do Livro)
Padre Gabriele
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Por que as faculdades de teologia não adotam o mesmo método com os
seminaristas? Façam com que eles assistam a exorcismos! Não importa se, depois,
não se transformam em exorcistas. Pelo menos veem e se dão conta do que é uma
possessão, de quanto mal pode fazer o demônio, um mal que pode levar à morte. É
difícil crer na existência de satanás sem jamais ter assistido a um exorcismo.
“Os que creem em mim expulsarão demônios em meu nome... imporão as aos
sobre os enfermos e os curarão”, disse Jesus. Se pelo menos os sacerdotes
acreditassem nas palavras do Senhor e no poder que elas têm, não se cansaria, de
abençoar a todas as pessoas que apenas pedem uma benção. Creio que muitos
males desapareceriam e que um exército de pessoas (magos, cartomantes,
clarividentes e assemelhados) terminaria na fila dos desempregados. É um dos
objetivos que nós, os exorcistas, ao menos de maneira indireta, lutamos para
alcançar.
Um dia, 13 de outubro de 1884, Leão XIII assiste à missa. Sempre de pé,
depois de haver celebrado uma missa, assiste a outra. É missa em ação de graças.
Em certo momento, aqueles que se encontram ao seu lado veem que ele
ergue a cabeça, buscando algum ponto no alto. Depois, olha fixamente à frente,
como se estivesse em transe. O que ele vê? Seu rosto muda de cor. Fica roxo.
Leão XIII parece assustado. Durante alguns momentos, parece, inclusive,
aterrorizado, como se estivesse num mundo monstruoso.
Na realidade, havia ocorrido algo. Com efeito, Leão XIII senta-se em seu
escritório e isola-se em momentos de profunda e imensa escrita. Escreve. Escreve
sem parar.
É uma oração a São Miguel Arcanjo, a quem, nas Escrituras Sagradas,
defende a fé em Deus contra os ataques de satanás.
“São Miguel Arcanjo, protegei-nos no combate, sede nosso auxílio contra a
malícia e as ciladas do demônio. Exerça Deus sobre ele império, como
instantemente vos pedimos, e Vós, Príncipe da milícia celeste, pelo divino poder,
precipitai no Inferno a Satanás e os outros espíritos malignos que vagueiam pelo
mundo para perder as almas. Amém”.
Por que esta oração?
Por causa da visão que teve pouco antes. É uma visão que tem a ver com o
futuro da Igreja. Um período de cerca de cem anos futuros, quando o poder de
satanás alcançaria o seu ponto Maximo. Cem anos! Trata-se, na verdade, de nossa
época! Leão XIII escuta duas vozes: uma suave, amável; a outra, rouca e áspera.
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Padre Gabriele
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Parece-lhe que essas vozes vêm do tabernáculo. Compreende, de imediato, que a
voz suave e amável é a de Jesus Cristo, enquanto a outra, rouca e áspera, é a de
satanás.
Satanás afirma, com orgulho, que pode destruir a Igreja, mas para fazer isso
pode mais tempo e poder.
Jesus, de maneira misteriosa, aceita a petição e pergunta-lhe de quanto
tempo e de quanto poder ele necessita. Satanás responde que necessita de cerca
de cem anos e um poder maior sobre aqueles que se colocaram a serviço de
Cristo.
Jesus concede a satanás o tempo e o poder que solicita, dando-lhe plena
liberdade para dispor como quiser: mas não destruirá a Igreja.
SATANÁS NO VATICANO – OS ENDEMONIADOS DE BENTO XVI E JOÃO
PAULO II
NOTA SOBRE O CASO ORLANDI
O Concílio Vaticano II havia disposto, ao término de seus trabalhos, que se
atualizassem todos os textos litúrgicos. Neste trabalho de atualização prevaleceu,
desgraçadamente, a busca da novidade, de maneira que, ao invés de renovar,
pensou-se em acabar com os textos antigos e fazê-los todos de novo. Uma ação
muitas vezes perversa, porque partiu do pressuposto de que o antigo sempre
esteve equivocado. Que loucura!
O último texto que caiu nas mãos dos “inovadores” foi o ritual para os
exorcistas, isto é, o texto que um exorcista segue quando deve realizar um
exorcismo. Eu, juntamente com outros exorcistas, tinha me preparado, pensando
que logo seria consultado por essa comissão. Contudo, nada ocorreu. Ao contrário,
com surpresa, no dia 4 de junho de 1990 apareceu um novo ritual ad ínterim, sem
que nenhum de nós tivéssemos sido consultados, nem de viva voz, nem por
telefone.
A leitura e a prática do novo ritual foram para nós, com efeito, absolutamente
desastrosas. Era demasiado evidente que o novo ritual havia sido preparado por
pessoas que nunca tinham feito ou assistido a exorcismos em suas vidas.
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O ÚLTIMO EXORCISTA – Minha Batalha contra Satanás – (Trechos do Livro)
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Nossa desilusão foi imensa. O texto definitivo, para nossa surpresa, baseavase essencialmente na edição ad ínterim, mas com a adição de erros
macroscópicos. Por exemplo, o texto proibia fazer uso dos exorcismos em casos de
feitiços, bruxarias, casos que são a causa de mais de 90% dos problemas
diabólicos. O texto também proibia realizar exorcismos sem que se tivesse certeza
da presença do demônio. Algo absurdo. É só fazendo exorcismos que se tem a
certeza ou não da possessão! Além disso, esses mesmos textos não se deram
conta de que contradiziam o Catecismo da Igreja Católica.
Por sorte, in extremis, o cardeal Jorge Arturo Medina Estévez, que em 1996
se converteu em prefeito da Congregação para o Culto Divino, conseguiu, no último
momento, inserir uma notificação especial, na qual se concedia aos exorcistas
continuar utilizando-se do antigo ritual, depois de solicitar ao bispo. Foi a nossa
salvação. Todos podemos seguir exorcizando com o ritual antigo, em minha opinião
o único eficaz contra o demônio.
Para quem segue pecando, sem mostrar nenhuma forma de arrependimento,
a perspectiva é a da condenação eterna, o inferno, porque o apego ao pecado pode
nos conduzir ao fracasso da nossa existência. É o trágico destino que aguarda a
quem vive no pecado, sem invocar a Deus. Só o perdão divino nos dá força para
resistir ao mal e não pecar mais. Jesus veio dizer-nos que quer a todos o Paraíso, e
que o Inferno, do qual pouco se fala no nosso tempo, existe e é eterno para todos
os que fecham seu coração ao amor.
Sabe-se que Wojtyla fez diversos exorcismos no Vaticano. A primeira vez, em
27 de março de 1982.
Durante seu longo pontificado, João Paulo II lutou muitas vezes contra
satanás. E sua batalha continua ainda hoje, quando já está morto.
Com efeito, João Paulo II está ainda hoje presente durante muitos
exorcismos.
Dou um exemplo. Certa vez, uma possuída disse-me: “Enquanto o senhor me
exorcizava, vi João Paulo II ao seu lado. O senhor não percebeu, mas ele me
exorcizava junto com o senhor”.
Segundo informações de diversos exorcistas, pode-se acreditar que a
invocação de João Paulo II tem um impacto devastador sobre o diabo.
“Odeio Karol Wojtyla. Todos o odiamos (os demônios). Wojtyla destruiu meus
planos. Eu queria destruir o mundo, mas foi ele quem fez o comunismo cair na
Rússia e na Europa Oriental, antes que meu projeto tivesse êxito.
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Quando se diz o nome de João Paulo II num exorcismo, o possuído
literalmente espuma de raiva. Creio, inclusive, que o demônio lutou bastante contra
a beatificação de João Paulo II e lutará ainda mais contra a sua canonização. Mas
não conseguirá impedi-la, porque satanás é o grande perdedor, enquanto Deus
vence sempre.
Quando se cita o nome do padre Pio de Pietrelcina, o demônio também
enlouquece, fica enfurecido e se agita muito.
Um nome de mulher que deixa satanás especialmente furioso: trata-se de
Santa Gemma Galgani.
João Paulo II foi fundamental para nós, exorcistas. E ele sempre dizia à
Igreja: “Aquele eu, na Igreja, não crê no demônio, tampouco crê no Evangelho”.
Paulo VI faz esta terrível denúncia: “Tenho a sensação de que, por alguma
fissura, a fumaça de satanás entrou no templo de Deus. Existe a duvida, a
incerteza, a problemática, a inquietude, a insatisfação, o confronto. Não há
confiança na Igreja... Acredita-se que, depois do Concílio, chegaria um dia de sol à
história da Igreja. Ao contrário, chegou um tempo de nuvens, tempestades,
escuridão, busca, incerteza... Cremos em algo sobrenatural (o diabo) que veio ao
mundo precisamente para perturbar e sufocar os frutos do Concílio ecumênico e
para impedir que a Igreja prorrompa um hino de glória por ter voltado à plena
consciência de si mesma. Abandona os marcos dos ensinamentos bíblicos e
eclesiásticos se nega a reconhecê-los como existente...”. Paulo VI fala com
frequência do demônio. E quase sempre vincula sua figura à Igreja. Por quê?
Talvez porque deseja, simplesmente, admoestar a Igreja, pedir-lhe que seja
prudente, que fuja das tentações de Satanás. Mas, em minha opinião, há algo mais.
Paulo VI se dá conta, de alguma maneira, que satanás está dentro da Igreja,
inclusive, quem sabe, dentro do Vaticano. E dispara o alarme.
A segunda coisa que quero dizer refere-se a um livro: Em 1999, publicaram
um livro cujo título é Via col vento in Vaticano. Esse livro confirma que, quando
Paulo VI falava da presença do demônio na Igreja, não estava de todo equivocado.
Deveria ter sido um alarme para a Igreja, mas não foi.
Emanuela Orlandi é uma menina de 15 anos, filha de um empregado do
Vaticano, precisamente de um empregado que trabalha na Prefeitura da Casa
Pontifícia, alguém que, em seu trabalho, tem a oportunidade de ver perto o Papa,
com frequência. Emanuela é uma menina radiosa e alegre. Desaparece, de forma
repentina, em 22 de junho de 1983. Até hoje não foi encontrada.
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A viram pela última vez, por duas colegas do colégio, às 19h15, entrando em
um carro preto.
Penso que uma jovem de 15 anos não entra em um carro se não conhece
bem a pessoa que a convida para entrar. As seitas satânicas com frequência atuam
assim: fazem uma jovem entrar num carro e desaparecem com ela. O jogo,
desgraçadamente, é fácil. Fazem ela subir no carro, injetam-lhe uma injeção para
dormir e depois fazem com a jovem o que desejam. Em todo o mundo, com
frequência, desaparecem jovens mulheres dessa maneira.
Satanás ataca, sobretudo, os sacerdotes e as pessoas que se consagraram a
Deus. Porque atacar um sacerdote significa arrastar para o inferno a muitas outras
pessoas.
Os sacerdotes são as pessoas mais atacadas pelo demônio. Têm só uma
possibilidade de não se deixar vencer: rezar e jejuar.
Estamos na batalha final contra o demônio. Leão XIII compreendeu isso muito
bem. Depois dele, todos os Papas lutaram sua batalha pessoal contra satanás.
Todos – até Bento XVI, tão odiado por satanás, que o considera “pior” que João
Paulo II. A algumas pessoas, finalmente, Deus pede hoje uma grande prova: a de
ver o inferno e o retiro de satanás para, a seguir, advertir todos sobre os perigos
que correm se não vivem segundo a vontade de Deus.
A BATALHA FINAL
CORRENTES
– DEUS
CONTRA SATANÁS,
LIVRE DE SUAS
A visão do Papa Leão XIII nos diz que a história da humanidade não é
completamente igual. Diz que nosso tempos é especial. É o tempo que se concede
a satanás para que ele lance um ataque mais duro e mais violento que outras
vezes, provavelmente seu último e definitivo ataque.
Nossa Senhora de Medjugorje também confirma que as coisas estão assim.
Desde 1981 a Virgem aparece nesse lugar. São aparições sobre as quais a Igreja
ainda não se manifestou. Mas, para mim, afirmo sem temor, são aparições
verdadeiras; e logo, muito em breve, tudo se desvelará em sua potente
luminosidade.
É Nossa Senhora, não o demônio, como sustentam alguns, quem fala ao
mundo, desde 1981, em Medjugorje.
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São duas as metas diante das quais nos encontraremos, é bom que
saibamos: o inferno e o paraíso. Ou vamos para o inferno, ou para o paraíso.
O destino de satanás é irrevogável. E é o mesmo destino daqueles que
tenham se decidido pelo inferno. Não é Deus quem nos envia ao inferno. Somo nós
que, voluntariamente, vamos para ele.
Satanás não atua sempre com a mesma força. Estou convencido, por
exemplo, de que à noite sua ação se faz mais forte do que durante o dia. A noite é
o tempo do diabo. À noite ele se move livremente e pode semear sua colheita de
morte. E não pensemos na noite apenas como horas sem luz. A noite é também a
noite do espírito. Quando nosso espírito está na escuridão, vive nas trevas, o
demônio tem um espaço de manobra maior. Por isso, é necessário confessar-se
com frequência. A confissão faz com que o homem volte à luz. Uma confissão é
mais poderosa do que um exorcismo. Satanás teme mais a confissão do que o
exorcismo. Porque a confissão faz com que o homem se encontra na graça de
Deus; e contra um homem que se encontra na graça de Deus, satanás nada poder
fazer. A confissão destrói o mal. Aniquila-o. e conduz o homem à luz, ao bem. É
preciso estar sempre vigilantes, claro.
Satanás ataca principalmente ao Papa. Seu ódio contra o sucessor de Pedro
é feroz. Experimentei isso em meus exorcismos. Quando falo em João Paulo II, os
demônios espumam pela boca, por causa de sua raiva. Outros tremem. Alguns
outros suplicam que não se fale mais no nome desse Papa. O mesmo acontece
com Bento XVI. Todos os gestos de Joseph Ratzinger, suas liturgias tão ordenadas
e sem afetação, representam um poderoso exorcismo contra a fúria do demônio.
Este é o relato da irmã Faustina: “Então, o caminho que eu seguia se abriu e
me encontrei em outra caverna, que estava sobre a primeira e era ainda mais
horrível. Ali estavam os sacerdotes indignos, que haviam tido a ousadia de receber
sacrilegamente, em suas mãos e em seu coração, o Filho da Virgem. Aqueles
miseráveis sofriam torturas que, comparadas às que citei, tornavam estas um nada.
Eram tormentos feitos especialmente nas partes do corpo que haviam tocado a
hóstia consagrada; para aumentar a dor, arrebatavam suas mãos, que depois eram
transformadas em carvões ardentes; suas línguas eram dilaceradas e pendiam de
suas bocas, a fim de demonstrar seus sacrilégios; todo o interior de seus corpos,
em especial seus corações, eram devorados pelo fogo e tomados por dores
horríveis. Ali, vi um sacerdote que conheci – e que morrera subitamente, depois de
haver provocado grandes escândalos – erguer-se como uma serpente que vai
saltar. Olhou para mim com raiva e, imediatamente, precipitou0se nas profundezas
da fornalha”.
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O mundo está sob o poder do demônio. Com satanás estão muitos dos seus
profetas. Muitas pessoas que a Bíblia chama de falsos profetas. Falsos porque
anunciam a mentira e não a verdade. Essas pessoas existem fora, mas também
dentro da Igreja.
A raiva de satanás existe desde que o mundo foi criado. Mas desde que Deus
enviou Seu Filho, Jesus, ao mundo, essa raiva tornou-se mais feroz. Desde que
Jesus veio, enfrentando entre os dois exércitos é aberto e total. Satanás atiça o
povo contra Cristo, tentando convencer as pessoas de que é preciso matá-Lo. A
morte de Jesus é a vitória de satanás. Uma vitória aparente, porque, na realidade,
Jesus triunfa com sua ressurreição. Mas seu triunfo não elimina o mal. Não
descarta a presença do dragão, da besta, satanás. Este ainda segue; mas, desde a
vinda de Cristo, o homem tem a certeza de que, se confia Nele, pode seguir
adiante. Pode derrotar a morte, inclusive nas dificuldades da vida.
A Virgem de Medjugorje disse no dia 14 de abril de 1982: “Deus permitiu que
satanás ponha a Igreja à prova por um século”, mas acrescentou: “Não a destruirá.
Este século no qual vós viveis está sob o poder de satanás, mas quando se
realizarem os segredos que vos confiei, seu poder será destruído”.
É realmente deplorável a atitude de bispos que não nomeiam exorcistas.
Cheguei a uma conclusão: os bispos que não nomeiam exorcistas, apesar da
necessidade de suas dioceses, estão em pecado mortal. E terão de responder por
esse pecado. São omissos diante de uma grave obrigação, uma obrigação que
Cristo nos dá claramente no Evangelho: “Ide e expulsai os demônios!”.
Quem é satanás?
É o chefe dos demônios. Um anjo que, em algum tempo, foi belíssimo, mas
se rebelou contra Deus.
Por que ele não se mostra?
Porque ele é puro espírito. É invisível. Mas se manifesta por meio de
blasfêmias e dores nas pessoas das quais toma posse. Pode permanecer
escondido. Ou falar diferentes línguas. Transformar-se. Ou fazer-se simpático. Às
vezes zomba de mim. Mas eu tenho o Senhor, Ele me defende; e não me deixo
intimidar.
Depois, terminada a missa, me censuram. Dizem-me: Padre, também havia
crianças na missa. Não deve atemorizá-las com essas coisas.
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Você deve dizer a eles que não se preocupem. Que falar às crianças sobre o
demônio é uma maneira de ajudá-las a descobrir que a vida não é só bem, mas
também há o mal. E depois diga-lhes: Não será que vocês têm medo?
Satanás é como um cão que está acorrentado. Se não nos aproximarmos do
seu raio de ação ele não pode nos fazer nada.
Percebi algo: que os exorcismos transcorrem de uma maneira melhor se me
lembro de, antes do início, recitar o ato de contrição. A humildade confunde o
demônio e agrada a Deus.
O Senhor tem medo de satanás? (perguntaram a padre Gabriele)
Não sou eu quem tem medo. Ele que deve ter medo de mim. De mim e de
todos aqueles que vivem em Jesus Cristo.
Nota: Estes são apenas trechos do livro. Quem quiser adquiri-lo, acesse:
http://www.ecclesiae.com.br/Dem%C3%B4nio-e-Exorcismo/O-%C3%9Altimo-Exorcista/flypage.tpl.html
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