folheto informativo quinzenal n.º 50

Transcrição

folheto informativo quinzenal n.º 50
REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA
GOVERNO REGIONAL
SECRETARIA REGIONAL DO PLANO E FINANÇAS
DIRECÇÃO REGIONAL DE PLANEAMENTO E FINANÇAS
FOLHETO INFORMATIVO QUINZENAL
Data
Tema
29/07
Economia
29/07
Indústria
02/08
Economia
03/08
Comércio
03/08
Economia
Funchal, 08 de Agosto de 2005
N.º 50
Acontecimento
INE divulgou Contas Nacionais (base 2000) – 1995 a 2000
Informação disponível em:
http://www.ine.pt/prodserv/destaque/2005/d050729-3/d050729-3.pdf
INE divulgou Índices de Produção Industrial – Junho 2005
Informação disponível em:
http://www.ine.pt/prodserv/destaque/2005/d050729-6/d050729-6.pdf
INE divulgou Inquéritos de Conjuntura às empresas e aos Consumidores – Julho 2005
Informação disponível em:
http://www.ine.pt/prodserv/destaque/2005/d050802-2/d050802-2.pdf
Eurostat divulgou dados sobre o Comércio a Retalho na UE25 – Junho 2005
Informação disponível em:
http://epp.eurostat.cec.eu.int/pls/portal/docs/PAGE/PGP_PRD_CAT_PREREL/PGE_CAT_PRERE
L_YEAR_2005/PGE_CAT_PREREL_YEAR_2005_MONTH_08/4-03082005-EN-AP.PDF
FMI divulgou Report on Euro Area Policies
Informação disponível em:
http://www.imf.org/external/pubs/ft/scr/2005/cr05265.pdf
No actual contexto de elevada concorrência dos mercados, a produtividade do
trabalho afigura-se cada vez mais como uma das principais fontes de crescimento da
riqueza e contribui para o aumento da competitividade económica dos países. O
esforço da melhoria dos níveis de produtividade do trabalho deve pois constituir uma
preocupação central das economias nacionais no processo de convergência com as
economias mais avançadas.
De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2004, os níveis de
produtividade do trabalho por pessoa empregada em Portugal não ultrapassaram os
66,4% dos níveis médios registados na União Europeia a 25 (UE25).
Não obstante a convergência com a média europeia neste domínio, que resultou numa
aproximação de 9,8 pontos percentuais, entre 1991 e 2004 (em 1991, os níveis de
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produtividade do trabalho por pessoa empregada situavam-se nos 56,6% da média da
UE25) Portugal voltou a apresentar, neste último ano, níveis de produtividade
manifestamente baixos quando comparados com a Espanha (102,8%), com a Grécia
(98,6%) ou mesmo com Malta (86,5%). Ainda em 2004, considerando o conjunto dos
primeiros quinze países aderentes à União Europeia, Portugal registou o desempenho
menos favorável em termos de produtividade do trabalho por pessoa empregada,
registando um diferencial de 32,2 pontos percentuais face ao país que o antecedeu, a
Grécia.
O Luxemburgo era, em 2004, o país da UE25 que apresentava os níveis mais elevados
no que respeita à produtividade do trabalho por pessoa empregada, tendo
ultrapassado a média da UE25 em 43,4 pontos percentuais. A Bélgica, a Irlanda e a
França foram os países que se seguiram, registando níveis de produtividade superiores
à referida média em mais de 20%. O gráfico que se segue ilustra os níveis de
produtividade do trabalho dos países da UE25, em 2004.
Produtividade do trabalho por pessoa empregada em 2004
(UE25=100)
150
143,4
128,4
130
126,6
120,3
110,4
M édia
UE 25 = 100
109,4 108,9
104,7 104,7 103,2 103,2 102,8
101,2
110
98,6
90
86,5
76,2
70
71,9
68,9
66,4
65,1
60,2
54,8
50
49,9
49,7
43,7
30
LU
BE
IE
FR
GB
FI
IT
DK
SE
AT
NL
ES
DE
GR
MT
SI
CY
HU
PT
CZ
SK
PL
LT
EE
LV
Fonte: INE
De acordo com os dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
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Económico (OCDE) para o crescimento anual da produtividade do trabalho1, Portugal
terá registado, em 2004, um acréscimo de 1,6%, tendo recuperado da quebra
registada no ano anterior (-1,2%). Para os anos de 2005 e 2006, a OCDE prevê que a
produtividade do trabalho no sector privado português cresça a um ritmo de 1,5%.
O Gráfico seguinte mostra a evolução da produtividade do trabalho no sector privado,
expressa em crescimento anual, desde 1994 até 2006, para Portugal e para o total dos
países da OCDE.
Evolução da produtividade do trabalho no sector privado de Portugal e dos países da OCDE
Portugal
%
6
3,6
4
2
OCDE
5,7
1,9
1,9
2,0
2,0
0,9
2,5
1,4
2,8
2,0
3,0
2,5
2,1
2,2
1,3
1,5
0,7
1,2
2,1
1,9
1,6
1,5
0
-0,4
-2
1994
-0,2
-1,2
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
Fonte: OCDE
O gráfico acima mostra uma grande volatilidade no que respeita à evolução da
produtividade do trabalho no sector privado português. Com efeito, depois do aumento
de 1,2% em 1994, a produtividade do trabalho cresceu 5,7% em 1995 e apresentou
evoluções significativas até 1999. O ano de 2000 caracterizou-se por um crescimento
de produtividade modesto comparativamente ao ano anterior, que correspondeu a um
abrandamento de 1,5 pontos percentuais, a que se seguiram três anos de decréscimo
(entre 2001 e 2003).
Os países da OCDE no seu conjunto registaram, em 2004, um acréscimo de
produtividade do trabalho no sector privado a rondar os 3%, o que significou um
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Considera apenas o sector privado
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diferencial de 1,4 pontos percentuais face ao registado em Portugal, nesse ano. Para
os dois anos seguintes, a Organização projecta, para o total dos países da OCDE, um
crescimento anual da produtividade no sector privado em torno dos 2%, conforme
indica o gráfico anterior.
Recorrendo à lista dos países seleccionados pela OCDE para estimar o crescimento
anual da produtividade do trabalho no sector privado, é possível verificar que a
Islândia foi o país que registou o maior aumento de produtividade em 2004, atingindo
um crescimento de 6,8%. A Polónia (5,4%) e a República Checa (4,9%) registaram
igualmente crescimentos muito significativos, tendo sido os países da UE25 com
melhor desempenho nesta matéria, à frente da Suécia (4,5%) e da Finlândia (3,8%),
como pode verificar-se no gráfico que se segue.
%
Crescimento da produtividade do trabalho no sector privado em 2004
8,0
6,8
7,0
6,0
5,4
4,9
5,0
4,0
4,0
3,7
3,3
Total OCDE = 3,0%
3,0
2,4
2,6 2,7
2,5
2,5 2,6
NZ
EL MEX NL
2,8
2,9
4,2
4,3
4,5
3,8
3,5
3,0
2,1 2,1
1,8
2,0
1,4
1,5
1,6
1,0
1,0
0,7
0,3
0,0
IT
ES
DE CAN AUT PT SUI AUS LU
BE
UK
FR DK
HU KOR IE EUA
FI
JP SK
NO
SE
CZ
PL
Fonte: OCDE
A Itália (0,3%), a Espanha (0,7%) e a Alemanha (1,0%) foram, dos 29 países
considerados pela OCDE, os que registaram um crescimento de produtividade do
trabalho menos significativo, em 2004. Por seu turno, a Irlanda, com um crescimento
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IC
de produtividade que ascendeu a 3,5%, registou um desempenho muito positivo,
assim como o Japão (4,0%) e os EUA (3,7%).
Fonte: INE; OCDE
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