guaraqueçaba - Revista Náutica

Transcrição

guaraqueçaba - Revista Náutica
paraná
santa catarina
rio gr. do sul
Canoagem
eXtrema!
Quem é o catarinense que adora
despencar de cachoeiras desse jeito...
edição nº 49 | julho – agosto 2014 | R$ 8,90
Guaraqueçaba
O MaiOr TesOurO da baía de ParanaGuá
Como fisgar
um desses
15 dicas de um
especialista em pescarias
de robalos-flecha
será que
preCisa?
As tralhas inúteis
que os barcos
carregam
Xi, não pega
Tudo o que você
precisa saber
sobre baterias
a bordo
Índice
NESTA EDIÇÃO...
O CATARINENSE
MARCELO GALIZIO
É O ÚNICO PRATICANTE
BRASILEIRO DA MAIS
RADICAL MODALIDADE
DA CANOAGEM, CUJO
OBJETIVO É DESCER
ENORMES CACHOEIRAS
DESSE JEITO...
M
arcelo Galizio, de 27 anos, nutre uma paixão
que para todo mundo seria um pesadelo: descer
(ou, melhor dizendo, despencar...) do alto de enormes
cachoeiras com um caiaque. Loucura? Não! Esporte — a mais
técnica e radical classe da canoagem mundial, da qual ele é,
praticamente, o único praticante no país. “Adoro o que faço”, diz
este manezinho de Florianópolis, que, como todo bom atleta,
vive do esporte, tem patrocinadores e viaja pelo mundo para
aperfeiçoar sua natural habilidade em lidar com serenidade
em situações extremas — tão extremas que um dos nomes
desta modalidade da canoagem de águas brancas é justamente
“caiaque extremo”. E basta olhar para as fotos para saber por quê.
SÓ ELE
FAZ ISSO
Cascata do rio
Escondido, na
Argentina, a
preferida de
Marcelo Galizio,
um apaixonado
pela classe
mais radical da
canoagem. No
Brasil, ninguém
faz o que este
catarinense faz
GUARAQUEÇABA
D
I
C
A
L
O TESOURO DA BA Í A
Dentro da imensidão de águas da baía de Paranaguá , nada sur preende mais do que a beleza natural que esta cidade esconde
FOTOS ARQUIVO PESSOAL
PRA L Á DE R A
POR JORGE DE SOUZA FOTOS MOZART LATORRE
26
NÁUTICA SUL
NÁUTICA SUL
27
NÁUTICA SUL
pág. 16
Você e seu barco
A primeira
FOTOS VICTOR SCHNEIDER
16
FOTOS ARQUIVO PESCA ESPORTIVA
Semana de
Vela de Itajaí
foi marcada por
muitos barcos,
apesar da chuva
forte que não
deu trégua para
os velejadores
15UM DESSES
Grande e duro de
ser fisgado, o robaloflecha, também
conhecido como
robalão ou bicudo,
é, por isso mesmo,
muito cobiçado pelos
pescadores do Paraná
e Santa Catarina.
Mas, com estas dicas
do especialista
paranaense Roald
Andretta, fica um
pouco mais fácil.
Ou menos difícil...
1
Maré Sensível às menores variações,
o robalo-flecha exige muita observação
da natureza. As mudanças de maré
são decisivas. As melhores são as de
lua quarto crescente e minguante, que
têm menor amplitude e não turvam
as águas, e os repontos das marés de
Sizígea (luas cheia e nova).
2
3
Clima O flecha gosta de água limpa.
Por isso, é preciso acompanhar de
perto a previsão do tempo e os índices
de chuvas na região da pescaria. Se a
água estiver turva, nada feito.
Habitat Ele tanto pode estar no mangue,
quanto nas costeiras. Rios com nascentes
na serra têm águas mais transparentes
e são boas opções, principalmente no
final das marés vazantes. Já os rios que
nascem nos manguezais têm águas
cor de chá e costumam ser mais
produtivos nas enchentes. Já nas
costeiras, águas rasas com pedras em
fundos de areia são as mais propícias.
4
Equipamento Depende do tipo de
pescaria — especialmente a esportiva,
com iscas artificiais. Na pesca de
arremesso, a baixa vegetação dos
manguezais exige varas curtas (de 5’3 a
5’8”), de ação média, com flexibilidade a
partir do meio do corpo, para arremessos
mais precisos.
TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE
BATERIAS
Sem elas, nenhum barco a motor vai a lugar algum.
Mas poucos donos de lanchas dão a devida importância a este
equipamento tão fundamental quanto o próprio motor
V
ocê já deve ter vivido isso. Planeja o passeio, convoca a família, convida os amigos, liga para a
marina mandando colocar a lancha na
água e, lá chegando, liga a chave, aciona a partida e... nada. O motor mal se
move. Pronto! Lá se foi o passeio. E por
causa da bateria, que está descarregada.
Para evitar isso, há alguns cuidados a serem tomados, mas o primeiro de todos
é saber se a bateria está dimensionada
para a carga necessária a bordo.
Dimensionar as baterias de um
barco é algo que exige certa habilidade com números, mas não chega a ser
complicado. Mas, antes de mais nada,
é preciso compreender como se mede
a carga de uma bateria, o que é dado
em Ah ou “ampères-hora” e que, ao
contrário do que muita gente imagina,
não significa ampères “por” hora. Esta
medida apenas indica a corrente elétrica constante liberada durante um período de 20 horas, antes de a bateria ficar
NO CORPO
A CORPO
O especialista
Roald Andretta
e um dos flechas
que já capturou
na região de
Paranaguá. Ele
admira tanto
este peixe
manhoso e
brigador, que o
tatuou no braço
5
74
sem carga. Para saber de quanto é essa
corrente, basta dividir o número de Ah
por 20. Assim sendo, uma bateria de
100 Ah, por exemplo, proporciona 5 A
durante 20 horas, entendeu?
Com base nisso, defina quantos
aparelhos elétricos e eletrônicos terão de
ser alimentados pela bateria e se a rede
de energia a bordo é de 110 V e 12 V (por
meio do uso de um inversor) ou apenas
12 V. Em seguida, faça uma lista de todos os aparelhos a bordo e verifique qual
a potência de cada um (para aparelhos
de 110 V) ou o consumo em ampères
(para aparelhos de 12 V).
Vamos supor que você queira instalar um forno de micro-ondas (cuja potência é de 1 300 W), uma tv (200 W), duas
bombas de porão (5 A cada), uma bomba de água doce (6 A), luzes de fundeio
(1 A) e um gps de 5 polegadas com sonda
(1A). Nesse caso, você deve transformar
em ampères todas as medidas e somar.
Para fazer essa conversão, divida o valor
indicado em Watts por 12. No caso da tv,
por exemplo, 200 W ÷ 12 = 16,7 A. Faça,
então, uma estimativa de quanto tempo
utilizará cada aparelho por dia e multiplique esse tempo pela potência do aparelho. Para a tv, três horas por dia estão de
bom tamanho. Para o micro-ondas, calcule no máximo meia hora. Gps com
sonda, cerca de oito horas. Luzes de fundeio, outras oito horas/dia. E assim por
diante. No caso da tv, a conta seria 16,7 A
x 3 horas, o que dá 50 A/dia. O micro-ondas, 55 A/dia. O gps com sonda, 8 A/dia.
Pronto: é só somar tudo e obter o consumo diário estimado para a sua lancha.
Por fim, para ter uma margem de segurança de dois dias sem ter de recarregar as baterias, multiplique o consumo
total por dois (para veleiros, o ideal é multiplicar por duas vezes e meia). Assim, se
o consumo diário foi de aproximadamente 140 A, a capacidade das baterias deve
ser de 280 Ah (ampère-hora). Como não
existe uma bateria com tanta energia, é
2
3
4
Aguardar um tempo entre
uma tentativa e outra de partida
preferência às varas de 6’0 a 6’6”,
com ação rápida, que têm maior
sensibilidade. Se a opção for pelo metal
jig, o comprimento da vara pode variar
65
pág. 65
56
NÁUTICA SUL
NÁUTICA SUL
Ampères Horas Ampères/
uso
dia
Luz da âncora
0,80
Guindaste da âncora
150,00
Piloto automático
0,70
12h00
9,60
0h12
30,00
8h00
Exaustor do porão
6,50
0h12
2 ventiladores na cabine
0,20
48h00
0,70
12h00
3 lâmpadas fluorescentes p/ a cabine
1 lâmpada incandescente p/ a cabine
1 lâmpada p/ mesa de navegação (10 W)
2,10
1h00
5,60
1,30
9,60
8,40
2,10
0,80
0h30
0,40
Iluminação da bússola
0,10
8h00
0,80
Iluminação do convés
6,00
0h30
3,00
Sonda de profundidade
0,20
8h00
1,60
Por duas razões básicas: a primeira é que a
energia elétrica da bateria vem de uma reação
química. Portanto, deixá-la “repousar” entre uma
tentativa e outra permite que essa reação se
complete, “acumulando” assim energia suficiente
para a próxima tentativa. E a segunda razão é
evitar superaquecimento do motor de arranque.
Indicador de combustível
0,30
24h00
7,20
Bomba do tanque de esgoto
2,00
Só usar baterias do tipo “náutico”
Radar
4,00
Há algumas características importantes que as
baterias para uso náutico têm que as comuns,
de automóveis, costumam não apresentar, como
capacidade de operar inclinadas, maior resistência a
temperaturas elevadas, maior controle da emissão
de gases nocivos, maior resistência mecânica da
estrutura, menor taxa de autodescarga e maior
vida em ciclos de carga-descarga.
Ao recarregar a bateria,
faça isso bem lentamente
A corrente elétrica máxima para recarregar uma
bateria é de 10% do valor de sua capacidade. Exemplo:
uma bateria de 100Ah deve receber, no máximo, 10Ah.
Correntes maiores que isso geram superaquecimento,
o que causa danos permanentes. E baterias
armazenadas por muito tempo devem ser carregadas
com correntes ainda menores, perto de 5%.
GPS
0,50
Inversor
0,20
Forno de micro-ondas (600 W)
100,00
Bomba de porão
15,00
Bomba de água doce
6,00
8h00
2h00
0h06
0h06
0h02
3h00
4h00
4,00
0,40
10,00
1,50
0,20
0,10
16,00
2 lâmpadas halogênicas p/ leitura
0,80
4h00
3,20
Geladeira
5,00
12h00
60,00
Luz de navegação
2,50
8h00
20,00
Luz de navegação tricolor
0,80
8h00
6,40
1,00
2h00
2,00
Toca-fitas
Televisão (13 polegadas)
Hodômetro
3,50
0,10
SSB (receptor)
30,00
SSB (transmissor)
30,00
Videocassete
2,00
2h00
8h00
0h12
7,00
0,80
2,50
0h12
6,00
2h00
4,00
VHF (receptor)
0,50
VHF (transmissor)
5,00
Indicador de vento
0,10
8h00
0,80
DVD
1,10
4h00
4,40
NÁUTICA SUDESTE
4h00
0h12
2,00
1,00
NÁUTICA SUDESTE
RAIA
MOLHADA
Os barcos
parados diante
da cidade, à
espera de uma
trégua na chuva,
para a largada de
uma das regatas
do maior evento
da vela nacional
que Itajaí já fez.
Apesar disso, o
evento foi um
sucesso
Na pesca de rodada Dê
NÁUTICA SUL
1
O consumo médio de energia dos
equipamentos mais frequentes em um barco
Ligar ou mandar ligar o motor pelo
menos uma vez por semana
Baterias do tipo chumbo-ácido têm uma taxa
natural de autodescarga mensal que vai de 1%
nas melhores marcas (feitas com ligas de PbCa/
chumbo-cálcio ou PbCaAg/chumbo-cálcio prata)
a 10 % nas mais comuns (liga de PbSb/chumboantimônio). Mas outros fatores também aceleram
a autodescarga, como temperatura ambiente
elevada, alta umidade e tempo de uso da bateria.
Por isso, mesmo que não pretenda sair com o
barco, ligue (ou peça para alguém da marina ligar)
o motor pelo menos uma vez por semana, a fim de
repor essa perda natural de energia de toda bateria.
pág. 26
QUANTO CADA
COISA CONSOME
4 dicas para não ficar
sem bateria na hora agá
ÁGUA por todos os lados
DICAS PARA PEGAR
UÉ, NÃO PEGA...
75
pág. 68
57
pág. 56
VERSÃO ELETRÔNICA
gRÁTIS!
PARANÁ
Acesse www.
nautica.com.br/
nauticasudeste
e baixe, de
graça, esta
edição de
NÁUTICA SUL
SANTA CATARINA
RIO GR. DO SUL
BAIXE TAMBÉM AS EDIÇÕES ANTERIORES DE gRAÇA
PARANÁ
SANTA CATARINA
RIO GR. DO SUL
FAROL DE
SANTA MARTA
EDIÇÃO Nº 45 | NOVEMBRO 2013 | R$ 8,90
SANTA CATARINA
RIO GR. DO SUL
LAGUNA
O show dos golfinhos pescadores
EDIÇÃO Nº 46 | JANEIRO 2014 | R$ 8,90
JURERÊ
INTERNACIONAL
EDIÇÃO Nº 49 | JULHO – AGOSTO 2014 | R$ 8,90
Guaraqueçaba
PARANÁ
Por que esta vila de Laguna atrai tanta
gente, há tanto tempo?
CANOAGEM
EXTREMA!
Quem é o catarinense que adora
despencar de cachoeiras desse jeito...
A mais falada de todas as praias
O MaiOr TesOurO da baía de ParanaGuá
Ass JET
JETurmAs
urmAs
A
E os melhores passeios para fazer com um jet nas águas do sul do Brasil
E os melhores passeios para fazer com um jet nas águas do sul do Brasil
CHURRASCO
NO BARCO
Os truques dos experts
para ele ficar ainda
mais gostoso
O CAÇADOR
DE SUBMARINOS
O gaúcho que há anos
pesquisa os U Boats
afundados na guerra
PESCARIA
DE PRAIA
Os macetes para pegar
os melhores peixes
sem sair da areia
Edição 45
COMO FISGAR
UM DESSES
15 dicas de um
especialista em pescarias
de robalos-flecha
SERÁ QUE
PRECISA?
As tralhas inúteis
que os barcos
carregam
XI, NÃO PEGA
Tudo o que você
precisa saber
sobre baterias
a bordo
VICE-PRESIDEnTE
Denise Godoy
Como deixar
seu barco livre
deste problema
FESTANÇA
EM ITAJAÍ
Como uma
regata virou
um espetáculo
Edição 46
AS AnimAdAS
TURmAS dE JET
E + Farol de
Santa Marta
PRESIDEnTE E EDITOR
Ernani Paciornik
CARACA,
QUANTA CRACA!
COlAbORARAm nESTA EDIÇÃO: Haroldo J. Rodrigues (arte),
Aldo macedo (imagens), maitê Ribeiro (revisão)
PublICIDADE
DIRETOR COmERCIAl
Afonso Palomares [email protected]
PARAná – SAnTA CATARInA | GEREnTE REGIOnAl
Gustavo Ortiz [email protected],
tel. 41/3044-0368 e 41/7820 2931
PARA AnunCIAR
[email protected]
Tel. 11/2186-1022, fax 11/2186-1050
NÁuTICA SuL TAMBÉM ESTÁ NO...
8
Náutica Sul
Edição 47
JURERê
inTERnACionAL
E + Os botos
pescadores de Laguna
DIRETORA DE mERCADO náuTICO
mariangela bontempo
[email protected]
DIRETOR DE REDAÇÃO
Jorge de Souza [email protected]
SOL
DE VERÃO
O que fazer
para se
proteger bem
No Facebook
facebook.com/revista.nautica
A LAgoA dA
ConCEição
E + O que fazer para
evitar os enjôos no mar
Edição 48
A bAíA do
CAixA d´Aço
E + Museu
Oceanográfico
REDAÇÃO E ADmInISTRAÇÃO
Av. brigadeiro Faria lima, 1306, 5o andar, CEP 01451-001,
São Paulo, SP. Tel. 11/2186-1005 (adm.), fax 11/2186-1080
e tel. 11/2186-1006 (redação), fax 11/2186-1050
NÁUTICA SUL é uma publicação da G.R. um Editora ltda. –
ISSn 1413-1412. Julho de 2014. Jornalista responsável: Denise
Godoy (mTb 14037). Os artigos assinados não representam
necessariamente a opinião da revista.
Todos os direitos reservados.
Capa: foto Jorge de Souza
CTP, Impressão e Acabamento – IbEP Gráfica
No Twitter
No Instagram
twitter.com/nauticaonline
instagram.com/revistanautica
Aconteceu...
BOat DaY flOripa
FOTOS CLAUDIA GOMES
Donos de barcos de Floripa se reúnem na Costa
da Lagoa para um dia inteiro de diversão e alegrias
muitos
participantes
Acima, os amigos
José Mauro e
Ademar Vargas e
o casal Rodrigo
e Lenuza Alves
conferindo a
revista. Ao lado,
as belas
Tatiany Barão,
Shirley Barreto,
Fernanda Tojo e
Karine Carneiro,
com José Mauro.
entre amigos
À esquerda, os
anfitriões do
evento, Tchello
Brandão e
Leandro Vieira,
que reuniram
muitos amigos,
como João
Scaff e Gilmar
Braga (ao lado)
e Leandro Vieira,
José Renato,
Fabiano Ferreira,
e André Martins
(abaixo)
O evento teve o apoio
4
de NÁUTICA SUL e
deverá acontecer mais
vezes, daqui em diante
mesas cheias
À esquerda,
Tonico Colares,
Luiz Augusto,
Luiz Schaffer
e Murilo Leal,
com Daiani
Reckciegel.
Abaixo, Ademar
Vargas e amigos
em animada
comemoração.
Ao lado, o casal
Rodo Almeida e
Michela Neckel
O encontro aconteceu em um dos restaurantes
4
mais bem frequentados da Lagoa da Conceição, o Cabral
10
Náutica Sul
Náutica Sul
11
Aconteceu...
laNçameNtO
eviNruDe e-tec 2
Os novos E-Tec
4
são 15% mais
FOTOS MARCIO DOTTORI
Para apresentar sua nova linha de motores de
popa, a Evinrude levou donos de lojas e estaleiros
do Brasil inteiro para uma grande festa, nos EUA
anFitriÕes e
conViDaDos
Ao lado, Thiago Canzian,
da Motonáutica, e
Ricardo Oliveira, da
Ecomariner, com
Ednilson Beneli (ao
centro), responsável
técnico para a América
Latina da BRP, a quem
pertence a Evinrude.
Acima, Darwin e
Edgard Buehler, da
Port Marine. À direita,
Alexandre Moraes e
Fernando Alves,
ambos também da
anfritriã, a BRP
econômicos, 20%
mais potentes e
poluem 75% menos
que os concorrentes
grupos De
amigos
Acima, José
Pinteiro, da
Ecomariner, e Felipe
Furquim, da Regatta
(em pé), com o casal
Jana e Elio Ferronato,
da Megajet. No
canto, Miguel
Suchek, da Quest.
Ao lado, os amigos
Jovitor Secaf e
Ghandi Secaf Jr, da
Posto 6, com José
Cury e Alex Silva,
da Mestra Boats
Os E-Tec da geração 2 são de dois
4
tempos, com potência entre 200 e 300 hp
muitos estaLeiros
À esquerda, Glauco e
Anthony Bordignon,
da Gold Fish, com
André Motta, da
Ventura Marine. À
direita, Biju Motta,
também da Ventura,
com Saul Rodrigues,
da Rionáutica. Abaixo,
Guto Cavalcanti, da
Kadu Marine, com
Rafael Ferreira e Cleide
Lana, da Fibrafort, e
Thiago Canzian, da
Motonáutica
12
Náutica Sul
Do BrasiL inteiro
Ao lado, Bruno
Arakaki e Eslei
Giarolla, ambos
também da equipe
BRP, e o casal Aline
e Leonel Pinho, da
Direct Jet, do Pará.
Abaixo, Paulo Sakai,
Gustavo Sakai e
Cleiton Candioto, da
Sanáutica, de Joinville,
e, à esquerda, Almiro
Thiburcio e Luiz
Zacarelli, da FS Yachts
Náutica Sul
13
Aconteceu...
feSta SheD Náutica Sul
1º Jet paSSeiO BaBitONGa
A loja Sanáutica,
de Joinville, levou
donos de jets
para passear na
linda baía que
banha a cidade
Para comemorar o lançamento da
edição sobre o Caixa d´Aço, muita gente
compareceu e se divertiu na Shed
turma
animaDa
O passeio, que
apesar do frio
reuniu 25 jets,
foi comandado
por Paulo
Sakai, dono da
Sanáutica e
um entusiasta
das motos
aquáticas
gente
joVem
e Bonita
Tal qual a
reportagem
sobre as belezas
e as baladas
náuticas no
Caixa d´Aço,
de Porto Belo,
a festa da Shed
reuniu muita
gente que gosta
destas
duas coisas
4Os jets chegaram até a Ilha da Paz, já fora da baía
iNauGuraçÃO lOJa BOat Sp
A mais nova
representante
das marcas
Fishing
e Triton fica
em Balneário
Camboriú
e muitos comentários
bRUnO COCOzzA
crescenDo
a marca
A nova loja,
em plena
BR 101, e, ao lado,
o proprietário,
Fernando
Assinato, que
agora representa
a Fishing e
Triton na região
14
Náutica Sul
A edição sobre o
4
Caixa d´Aço atraiu olhares
Com esta, já são
4
quatro lojas da
marca Boat SP no
país. E a quinta já
está sendo aberta,
em Curitiba
FOTOS DIvULGAçãO
é organizar
passeios todos
os meses
FOTOS DIvULGAçãO
O objetivo
4
da Sanáutica
Festa Bem
FrequentaDa
Gustavo Ortiz, de
NÁUTICA SUL
(na foto à esquerda
com os amigos
Guilherme Moro e
Neto Von Borstel)
recepcionou os
convidados, entre
eles Rafael Ferreira
e esposa (acima)
4
A próxima NÁUTICA SUL comemorará
50 edições. Vem mais festa por aí...
o catarinense
Marcelo Galizio
é o único praticante
brasileiro da mais
radical modalidade
da canoagem, cujo
objetivo é descer
enormes cachoeiras
desse jeito...
M
arcelo Galizio, de 27 anos, nutre uma paixão
que para todo mundo seria um pesadelo: descer
(ou, melhor dizendo, despencar...) do alto de enormes
cachoeiras com um caiaque. Loucura? Não! Esporte — a mais
técnica e radical classe da canoagem mundial, da qual ele é,
praticamente, o único praticante no país. “Adoro o que faço”, diz
este manezinho de Florianópolis, que, como todo bom atleta,
vive do esporte, tem patrocinadores e viaja pelo mundo para
aperfeiçoar sua natural habilidade em lidar com serenidade
em situações extremas — tão extremas que um dos nomes
desta modalidade da canoagem de águas brancas é justamente
“caiaque extremo”. E basta olhar para as fotos para saber por quê.
16
Náutica Sul
Só ele
faz iSSo
Cascata do rio
Escondido, na
Argentina, a
preferida de
Marcelo Galizio,
um apaixonado
pela classe
mais radical da
canoagem. No
Brasil, ninguém
faz o que este
catarinense faz
d
i
c
a
l
FOTOS arquivO peSSOal
pra l á de r a
canoagem extrema
“adoro isso!”
O que pensa Marcelo Galízio sobre o esporte que pratica
Você não acha o caiaque extremo um
esporte um tanto arriscado?
Qualquer esporte, quando levado ao seu extremo, embute risco. Mas na canoagem de águas
brancas aprendemos a prevenir e minimizar isso.
Apesar de estar sozinho no caiaque, o canoísta também sabe que depende do restante da equipe para
ajudá-lo na segurança. Até porque este tipo de esporte quase sempre é praticado em locais ermos e
distantes, onde eventuais socorros externos podem
ser complicados e demorados. Por isso, acima de
tudo, um bom canoísta de águas brancas deve ser
alguém responsável e cuidadoso nos mínimos detalhes. Para mim, também é um estilo de vida intimamente ligado à natureza, o que eu adoro.
Qual é o maior risco?
As pessoas costumam ficar impressionadas
com o volume d´água, mas, para os canoístas,
18
Náutica Sul
os maiores riscos são aqueles que geralmente
passam desapercebidos aos leigos no assunto. Como os troncos de árvores caídos nos rios.
Eles são responsáveis pela maioria dos acidentes
fatais no esporte, porque formam uma espécie
de peneira, onde a água passa, mas um corpo
sólido, como o caiaque e o remador, não. Uma
vez, nos Estados Unidos, fiquei agarrado a um
desses troncos até quase o limite das minhas forças, para não ser tragado para debaixo dele. Fui
socorrido pela equipe de apoio. Mas foi um susto danado. Por isso, para atingir os limites na canoagem extrema é preciso, além de experiência,
habilidade, técnica e equipamentos de qualidade, coisas que, a princípio, podem parecer não
ter nada a ver com um caiaque, como conhecimento de primeiros socorros e técnicas de resgate. É um esporte que exige, acima de tudo, muito planejamento.
Sempre no limite extremo
Impressionante, não? Ainda mais quando se
sabe que, embora muito larga, a cachoeira
de Tahquamenon, nos EUA, só permite uma
descida dessas com sucesso se o canoísta se
posicionar dentro da única “linha” possível de
queda (uma espécie de trilha na água), que ali
não tem mais do que um metro de largura. “Se
não entrar na linha certa, lá embaixo só existirá
pedra”, diz Marcelo, que por esta imagem
levou o terceiro lugar num concurso
internacional de fotos de canoagem. Para
muitos, um prêmio injusto. Deveria ter vencido.
4Riscos?
Claro que
existem. “Mas
é tudo uma
questão de
técnica”, diz
Marcelo
Náutica Sul
19
canoagem extrema
4O maior
risco é cair
de cabeça
para baixo
ou ficar preso
debaixo do
turbilhão
d´água. “Pode
acontecer”,
ele diz
Um presente da natureza
A cachoeira Armagedon, em Santo Amaro
da Imperatriz, é uma velha conhecida
dos canoístas de águas brancas de Santa
Catarina. Mas sempre foi evitada, por
causa do seu altíssimo grau de dificuldade.
“Ela exige uma sequência precisa de
quatro movimentos com o remo, antes de
mergulhar na queda, senão o caiaque vira
e você desce de cabeça pra baixo e dá nas
pedras do lago”, conta Marcelo, que já a
venceu duas vezes. A primeira, no dia do
seu aniversário. “Foi o meu presente”, diz.
20
Náutica Sul
Você não sente medo?
Sim, como todo mundo sente. Mas o medo
ajuda a me concentrar ainda mais no que estou fazendo e a analisar cuidadosamente todos
os riscos envolvidos naquele momento. Durante a queda livre com um caiaque — minha sensação preferida na vida, por sinal — parece que
o tempo se distorce e o cérebro processa todas as
informações muito mais rapidamente. É como
se tudo acontecesse em câmera lenta, embora
a queda em si dure apenas frações de segundo.
Milhares de coisas são processadas na mente. É
uma experiência fascinante, que mostra o potencial do corpo humano
Você acha que o que faz é loucura?
Não, não acho. É apenas um esporte com
algum risco, especialmente se não for encarado
com responsabilidade, como eu sempre faço. Todos os dias, milhares de pessoas morrem em acidentes de automóvel, mas nem por isso deixamos
de dirigir, certo?
e o que dizem os seus familiares?
Meus pais demoraram um pouco para compreender o que eu faço, e mais um pouco ainda
para aceitá-lo (rindo). Mas, hoje, acho que eles
sentem orgulho e confiam nas minhas habilidades. Eles sabem que eu não entro num caiaque
para sair dele machucado, embora isso, às vezes,
aconteça. No ano passado, passei XX meses parado, por causa de uma lesão no ombro. Mas isso
faz parte.
De onde veio o gosto por esse
tipo de canoagem?
Eu sempre gostei de aventuras na natureza. Fazia longas cavalgadas, surfava ondas grandes e rapel em cachoeiras. Um dia, num curso
de primeiros-socorros em áreas remotas de Santo Amaro da Imperatriz, em Santa Catarina, conheci a turma do rafting e gostei de remar um
caiaque. Comecei, então, a pesquisar o esporte,
fiz outros cursos e passei a trabalhar como safetykayaker, aquele cara que ajuda os demais remaNáutica Sul
21
canoagem extrema
dores, numa empresa de rafting. Foi, como se
diz, amor à primeira vista. Desde que tive meu
primeiro contato com uma corredeira, sabia
que era aquilo o que eu queria fazer na vida. E
estou conseguindo isso.
28 metros com um caiaque
Qual é o pior tipo de queda d´água?
Aquele que aterrissa sobre pedras, o que,
inclusive, torna impraticável qualquer descida.
Já o meu rio preferido, por enquanto, é o Escondido, ou rio Blanco, no interior da Argentina, que fica num local de acesso extremamente difícil. É um dos rios mais lindos que já vi
ou remei e a qualidade das quedas d´água para
a canoagem é excepcional. São dois quilômetros sem parar de corredeiras, cânions e cachoeiras, cercados por uma paisagem incrível.
queda em águas furiosas, que ele já encarou
Qual o segredo para encarar uma cachoeira com um caiaque?
Além de experiência, bom equipamento
e uma equipe eficiente de segurança, é muito
importante saber ‘ler a água’, aprender como
o rio flui e a queda d´água se comporta. Também é fundamental executar precisamente as
remadas e seguir à risca o plano de abordagem
traçado antes. Cada remada e a posição do corpo no caiaque influenciam bastante o avanço.
E podem determinar a diferença entre o sucesso e o susto na água.
até o caiaque some na nuvem d’água.
A cachoeira Paugin, no Chile, a mais alta já
vencida por Marcelo Galizio, tem 28 metros de
meia dúzia de vezes. “É tudo uma questão
de análise e técnica”, diz. “É preciso entrar na
queda com o último movimento correto do
remo e aterrissar usando a bolha de ar que se
forma no turbilhão de água, para suavizar a
4A maior
cachoeira
que ele já
desceu tinha
28 metros.
Mas a pior
de todas foi
em Santa
Catarina
queda”. Fácil? Que nada! No meio da queda,
Qual o seu maior sonho no esporte?
Meu maior sonho é manter a saúde e o estilo de vida que hoje eu tenho. Mas há vários
rios e quedas d´água que ainda quero explorar. Até hoje, a maior cachoeira que desci tinha 28 metros de altura. Pretendo ir bem além
disso. Mas, no fundo, o que me dá mais prazer
na canoagem é conhecer rios nunca antes navegados e ser o primeiro a passar por lugares
remotos, mas, quase sempre, de grande beleza. Como as próprias cachoeiras. Mas também
adoro ver as paisagens formadas pela água que
escorre do alto das montanhas.
22
Náutica Sul
Náutica Sul
23
FOTOS: LEANDRO DIEGUIZ.
canoagem extrema
4Esta queda
era considerada
impossível. Até
que ele resolveu
descê-la
Encante-se com
paraná | Brasil
Primeiro e único
Na canoagem, os graus de dificuldades
dos obstáculos são classificados de 1 a 5. A
descida desta cachoeira, a da Ressurreição,
em Santa Catarina, seria considerada de grau
6 — portanto impossível de ser vencida. Até
que, um dia, Marcelo resolveu descê-la, após
analisar cuidadosamente o fluxo d´água.
“Vi uma linha que poderia ser seguida, se
eu acertasse direitinho a entrada na queda,
coisa de centímetros”, recorda. E assim ele
fez, tornando-se a primeira pessoa a vencê-la.
Mas o seu caiaque ganhou tanta velocidade
na descida que decolou, voou e caiu em
queda livre, de mais de dez metros de altura.
“Duvido que alguém tente fazer isso de
novo”, garante. “Nem eu pretendo”.
24
Náutica Sul
o que você faz antes de descer
uma cachoeira?
Primeiro, pesquiso muito em fotos, vídeos, mapas de satélites e com quem já a
conhece. Depois, quando chego lá, passo
um bom tempo, às vezes horas a fio, observando o curso da água do rio e conversando com a equipe que me auxilia. Traçamos
estratégias de ataque e analisamos o percurso e a queda d´água. Tentamos antecipar e
se preparar para tudo o que possa acontecer. Só depois de ter certeza de que tudo
foi pensado e planejado, eu entro na água.
Nas corredeiras, é preciso usar o curso do
rio a seu favor, não ir contra ele. Mas não
se pode apenas ficar boiando e seguindo o
fluxo da água, porque aí, com certeza, você
vai acabar sendo levado para onde não deveria estar. A canoagem nas águas brancas
é um quebra-cabeças que eu adoro jogar.
Você está convidado a fazer um passeio até um lugar mágico. Explore nossas ilhas e
visite esta cidade cheia de charme, cultura e riquezas naturais que só um destino com
a maior biodiversidade do Brasil pode oferecer.
Estamos esperando sua visita. Você irá se surpreender!
SUPERAGUI
. ILHA DAS PEÇAS . ILHA RASA . SEBUÍ . BERTIOGA . BARBADOS . VILA FÁTIMA
por jorge de souza fotos mozart latorre
guaraqueçaba
o tesouro da ba í a
dentro da imensidão de águas da baía de Paranaguá , nada sur preende mais do que a beleza natural que esta cidade esconde
26
Náutica Sul
Náutica Sul
27
guaraqueçaba
A
4Guaraqueçaba se espalha por
18 ilhas e muitas comunidades
isoladas. É bem mais do que
apenas uma pequena cidade
baía de Paranaguá
é bem mais do que apenas
o seu mais famoso cartão-
postal, a Ilha do Mel. Mas
para descobrir isso é preciso
ter um barco, já que não há acesso por
terra à grande maioria dos seus atrativos,
e curiosidade para explorar as várias baías que
tipicamente caiçaras que abundam nas margens, sempre com uma canoa
colorida na porta das casas. Mas nada é mais gratificante dentro desta porção pra lá de generosa de água terra adentro do que o que se irá encontrar no
extremo norte da baía de Paranaguá: a surpreendente Guaraqueçaba, uma
minúscula cidade na sua área urbana, mas gigantesca na beleza natural da região que o município abrange. Fincada bem no meio da maior extensão contínua de Mata Atlântica que restou no Brasil, ela é uma curiosa mistura de cidade caiçara (portanto, à beira d’água), mas dominada pelo verde intenso da mata, o que lhe
rende atrações tão variadas quanto praias e cachoeiras. Todas, porém, muito bem guardadas pela distância e pelo isolamento geográfico. Não fosse isso e também o acesso precário (porque, praticamente, só se chega lá de barco), Guaraqueçaba não seria o que é: o maior
tesouro que a Baía de Paranaguá esconde. E se quiser saber por que, basta ir virando as páginas.
28
Náutica Sul
jorge de souza
se formam dentro da própria baía. Também vale muito
a pena penetrar nos rios que ali deságuam, onde até a água
muda e deixa de ser salgada, bem como visitar algumas das vilas
branca e
colorida
Uma típica canoa
caiçara, na praia
da Ponta do
Ubá, no interior
da baía de
Paranaguá: areia
clara assim nem
na beira do mar
Náutica Sul
29
guaraqueçaba
4No interior da baía de
Paranaguá, canoas e navios, lado
a lado. É o presente e o passado
cyrys daudin
ontem e hoje
O porto de
Paranaguá é
um dos maiores
do país, mas os
navios ainda
dividem as águas
com as canoas
dos pescadores
caiçaras
30
Náutica Sul
Náutica Sul
31
guaraqueçaba
4A sede do município é
minúscula. Mas o que existe
em volta é de cair o queixo
O que Guaraqueçaba esconde
Dentro das águas da baía de paranaguá, nada surpreende mais do que
a beleza natural que envolve esta pequena cidade tipicamente caiçara
G
uaraqueçaba fica a menos de 100
quilômetros de Curitiba em linha
reta, mas, mesmo assim, é uma das
cidades mais isoladas do Paraná. Não há
asfalto até lá e o único acesso por terra
é por meio de uma miserável estradinha
esburacada, que consome mais de três
horas da paciência de quem se dispuser a
vencer os 70 quilômetros que a separam
da vizinha Antonina, também dentro da
baía de Paranaguá. Por isso mesmo, o
principal meio de acesso e locomoção
em Guaraqueçaba são os barcos —
quase sempre canoas motorizadas, que
lá eles chamam de “botes”. É de bote que
a prefeita da cidade, Lílian Ramos, uma
legítima caiçara, se desloca para visitar
as comunidades do município, que se
espalham por nada menos que 19 ilhas.
É de bote que os pouco mais de 8 000
habitantes vão até Paranaguá, distante
quase duas horas de navegação, quando
precisam de algo mais complexo, como um
saco de cimento ou um remédio. E é de
bote que os raros visitantes da cidade saem
para passear pela tranquilíssima baía que
banha a sede do município, que, no entanto,
em área total, é um dos maiores do estado,
justamente porque não há nenhuma cidade
por perto — só a água da baía e o verde do
maior reduto de mata atlântica que restou
no país, do qual a cidade tem um belo
naco. Em Guaraqueçaba, tudo acontece no
ritmo dos botes. Sempre foi assim (a cidade
é habitada desde 1545) e continua sendo.
Ali, o chamado “desenvolvimento” ainda
não chegou por completo. Luz elétrica,
por exemplo, é quase uma novidade nos
povoados mais afastados, onde chegou não
faz nem seis meses. É quase como uma
viagem ao passado, sem precisar avançar
até os confins do Brasil. “Guaraqueçaba era
histórica e virou pré-histórica”, brinca um
morador da cidade.
Este ambiente bucólico-caiçara é um
motivo a mais para ela ser visitada. Mas não
o principal, que continua sendo a natureza
exuberante que envolve esta cidade, cujos
povoados ficam espalhados feito grãos
de areia nas águas a perder de vista da
baía de Paranaguá. São ilhas, rios, baías e
manguezais que permanecem do mesmo
jeito que sempre foram — preservados pelo
próprio acesso complicado. Guaraqueçaba
ainda está por ser descoberta.
Mas, de barco, claro.
tudo
na água
A prefeita Lílian
Ramos e a praça
principal de
Guaraqueçaba,
à beira de
uma linda e
tranquilíssima
baía: tudo na
cidade ainda
gira em torno
das canoas
32
Náutica Sul
Náutica Sul
33
canal do Varadouro
guaraQueÇaBa
guaraqueçaba
A segunda maior baía do país não é
apenas grande. É também formidável
na beleza e no verde que a rodeia
A
Baía de Paranaguá é a segunda maior
do país (só perde em tamanho para
a baía de Todos os Santos, na Bahia), mas
pouca gente a conhece como deveria.
Quase sempre, os donos de barcos limitam
seus passeios à Ilha do Mel, na entrada
da baía, ou à quase vizinha Ilha das
Peças, onde há alguns bons restaurantes
rústicos. Poucos avançam até a bonita
baía dos Pinheiros, onde a maior atração
é uma ilha repleta de papagaios, e menos
ainda vão além disso, embora a baía
abranja quatro municípios (Paranaguá,
Pontal do Sul, Antonina e o mais distante
de todos, Guaraqueçaba) e mais de 50
vilas e povoados, espalhados por toda a
região. São recantos tipicamente caiçaras,
com nomes curiosos como Ararapina,
Guapicu, Tromomô, Tajaçaba de Cima e
Borrachudo, que merecem uma visita —
pensando bem, talvez seja melhor evitar
este último, especialmente em novembro,
quando os mosquitos atacam sem dó.
A baía também abriga o segundo maior
porto em movimento de grãos do país, o
que gera um intenso entra e sai de navios.
Mas não há nenhum sinal de poluição,
até porque o próprio porto monitora
isso de perto e mantém um permanente
controle ambiental. Ao contrário de outras
tantas baías portuárias, a de Paranaguá se
mantém limpa e irresistivelmente linda.
34
Náutica Sul
um mar
de águas
internas
Além de quatro
municípios,
a baía de
Paranaguá
abriga mais
de 50 vilas
e povoados
caiçaras, a
maioria deles
dentro dos
limites de
Guaraqueçaba
antonina
paranaguá
ilha do Mel
pontal do sul
4A baía tem o segundo maior porto de
cyrys daudin
Uma grande baía
Baía dos pinheiros
grãos do país e intenso movimento de
navios. Mas nenhum sinal de poluição
Náutica Sul
35
jorge de souza
guaraqueçaba
36
Náutica Sul
Lindinha e branquinha
A ponta do Ubá tem águas e areias tão clarinhas
que nem parece que fica no fundo de uma baía
P
or conta da fartura de nutrientes que os manguezais geram
para o mar, a água da baía de Paranaguá é turva, escura e
pouco convidativa — embora limpíssima. Mas, em pelo menos um
ponto, isso não acontece: na Ponta do Ubá, a meio caminho entre
Guaraqueçaba e Paranaguá. Trata-se de uma vila de pescadores
com casas fincadas bem diante de uma praia, que, pela cor da
areia e da água, mais parece estar à beira-mar e não ao fundo de
uma baía tradicionalmente cinza. A areia é tão branquinha que
parece ter sido introduzida, e a água, tão transparente e tranquila
que lembra a da margem de um rio. Para quem chega de barco
é melhor ainda, porque a praia tem um grande píer, já que é bem
rasa. Por ser uma comunidade de pescadores, a Ponta do Ubá
tem ainda outro atrativo, que a torna mais bonita: uma das maiores
concentrações das simpáticas e coloridas canoas a motor típicas
da baía — todas com curiosos comandos de leme em forma de
asas de morcego, que são o principal diferenciador para as demais
canoas do litoral brasileiro. Pena que algumas delas já sejam de
fibra de vidro, porque, com as restrições ambientais, está cada vez
mais difícil (para não dizer impossível) conseguir madeira para
esculpir as canoas, como os caiçaras sempre fizeram. Mas, na
ponta do Ubá, ainda é possível vê-las, em grande quantidade.
jorge de souza
sempre
à vista
As canoas
coloridas fazem
parte da paisagem
da Ponta do Ubá
tanto quanto as
montanhas da
Serra do Mar,
que ali ficam
coladas ao litoral
4As canoas estão
por toda a baía.
Especialmente
aqui, na linda praia
da Ponta do Ubá
Náutica Sul
37
guaraqueçaba
4o salto Morato tem
Muita água e muito verde
o salto Morato é a principal atração natural da região e
permite descobrir outra surpresa: a reserva que o abriga
F
ora d’água, a principal atração natural da região da baía de
Paranaguá é esta cachoeira, o Salto Morato, que empresta seu
nome a um dos melhores parques privados do país, a Reserva Natural
Salto Morato, mantida pela Fundação O Boticário, da qual ele faz parte.
O salto é um grande espetáculo — em todos os sentidos. Especialmente
na sua imponência, já que a água despenca, em queda livre, de mais de
100 metros de altura, em meio a uma densa vegetação. Mas é preciso
trocar o barco por um carro para chegar até lá, porque a reserva fica a
cerca de 20 quilômetros, por terra, de Guaraqueçaba. Vale, contudo, o
esforço. Não só pela grandiosidade da cachoeira, como, também, pela
beleza, organização e acessibilidade da reserva, onde, ao contrário do
que geralmente acontece em áreas ambientais, a visitação não só é
permitida como francamente estimulada. Até na água que escorre da
cachoeira há placas que avisam que é “permitido” (em vez do habitual
“proibido”) tomar banho no rio. Para quem vive acostumado aos
permanentes “nãos” em nome da preservação, a reserva soa como
uma ilha de gentilezas, cercada de belezas por todos os lados.
mais de 100 metros
de altura e fica
dentro de um dos
melhores parques
privados do país
permitido
em vez de
proibido
Depois de
despencar do alto
do rochedo, a água
do Salto Morato
segue o seu curso
e dá forma a um
riacho, onde os
banhos são até
estimulados entre
os visitantes desta
reserva
da Fundação
O Boticário
Náutica Sul
39
guaraqueçaba
pernoite
preferido
Tanto os papagaios,
que partem de
manhã e voltam
juntos nos fins de
tarde, quanto os
barcos de passeio
elegeram a ilha dos
Pinheiros como o
melhor lugar para
pernoitar dentro
da baía — seja pela
natureza ou pela
tranquilidade
A ilha dos
papagaios
todos os dias, de manhã e nos
fins de tarde, as aves dão um
espetáculo. Mas só nesta ilha
um fenômeno com hora marcada.
Todos os dias, de manhã bem cedo,
milhares de papagaios da espécie cararoxa, ameaçada de extinção, partem
da ilha da Pinheiros, onde passam a
noite, e voam para locais ignorados do
litoral paranaense — há quem diga que
chegam até os arredores de Curitiba ou
além disso. Mas o mais curioso é o que
acontece nos finais de tarde, quando
todos voltam, praticamente juntos,
para a mesma ilha — e só aquela, o que
torna o fenômeno ainda mais curioso,
porque há muitas outras ilhas por
perto. Eles chegam em bandos, voando
em algazarra e tingindo o céu de
pontinhos pretos. De longe, lembram
os aviões japoneses sobrevoando Pearl
Harbour. É um espetáculo da natureza
sem igual intensidade em outras partes
do país. Por isso mesmo, a ilha dos
Pinheiros é a preferida dos barcos que
optam por pernoitar no interior da baía
de Paranaguá, porque ali você acorda
e vai dormir vendo a natureza agir. E
com um espetáculo que só existe ali.
40
Náutica Sul
4Há várias ilhas por perto, mas
os papagaios só frequentam
esta. Por quê? Ninguém sabe
jorge de souza
É
guaraqueçaba
Reserve estas datas
em seu calendário
4No interior
da baía, para
onde quer que
se olhe, sempre
há muita água
na paisagem
caminhos
da baía
Aves e canoas
fazem parte
da paisagem,
em qualquer
canto da baía.
Acima, um dos
barcos de linha
que fazem
a ligação de
Paranaguá com
Guaraqueçaba.
Para chegar lá,
o mais viável é
ir de barco
guaraqueçaba
Uma
experiência
diferente
Na exótica pousada Mar e Mato,
dentro da reserva do sebuí,
quem manda é a natureza
A
para
gringo ver
A sede da
pousada,
às margens
de um dos
muitos rios da
região, e um
dos rústicos
chalés, que
só costumam
receber
visitantes
estrangeiros,
em busca de
natureza e
das cachoeiras
do Sebuí
4A reserva do Sebuí fica bem na divisa entre o Paraná e
São Paulo, mas cercada de mata e água por todos os lados
48
Náutica Sul
impressão é que você
está na Amazônia, não no
litoral do Paraná, tal a fartura de
verde ao redor. E esta sensação
é reforçada pela quantidade
de turistas estrangeiros,
praticamente os únicos visitantes
deste lugar, que pertence a um
italiano (daí tantos gringos entre
os hóspedes) e é diferente tanto
na proposta quanto na paisagem
de um local praticamente à beiramar. O Sebuí é uma reserva de
proteção ambiental no extremo
norte de Guaraqueçaba, bem na
divisa entre Paraná e São Paulo,
e abriga apenas uma rústica (e
ponha rústica nisso!) pousada,
cujo objetivo é justamente a
integração total com a natureza,
o que explica a ausência de
maiores confortos nos seus
chalés de madeira. Mas quem
a procura não está interessado
nisso, nem preocupado com
eventuais picadas de mosquitos
— só em conhecer manguezais
e cachoeiras. O Sebuí fica tão
isolado no meio da mata, mas,
ao mesmo tempo, tão perto da
água, que justifica plenamente o
nome escolhido para a pousada:
Mar e Mato.
Náutica Sul
45
guaraqueçaba
4A ilha da Banana é a mais
Uma ilha que
vale por muitas
graciosa da baía. Tem uma
prainha e botos sempre à vista
A Ilha da Banana (que, na verdade,
são duas), mais parece um pedaço de
Angra dos reis que desgarrou até lá
A
contecia com frequência, no passado. Sempre que um
barco carregado com as bananas que a região produz
com fartura até hoje virava ou afundava, muitos cachos iam
dar nesta praia, que, com isso, acabou por batizar a própria
ilha: a ilha da Banana — que, na verdade, são duas, separadas
por um estreito canal, que antigamente nem existia. Mesmo
hoje, embora linda e graciosa, a ilha da Banana segue
maravilhosamente deserta, apesar de muito famosa na
região e bastante frequentada, tanto pelos barcos quanto
pelos botos, que sempre aparecem em torno dela. Na sua
única prainha, a água é transparente. No interior de uma das
ilhas, grandes pedras formam uma espécie de gruta. E, nos
dias de céu limpo, é possível ver o mar ao longe, na linha
do horizonte. É a ilha mais graciosa da baía. E se destacaria
mesmo se estivesse entre as muitas ilhas de Angra dos Reis.
de perto
e de longe
Embora fique
no fundo da
baía, na ilha da
Banana, que
é dividida ao
meio por um
estreito canal,
é até possível
ver o mar ao
longe, na linha
do horizonte
guaraqueçaba
4Na comunidade
de Medeiros, a
vida vive em
torno das ostras.
Para criar e comer
Ostra até no churrasco!
A Baía de paranaguá é bem rica
em ostras frescas. E elas estão em
todas as mesas, de todos os jeitos
M
da água
para a brasa
Na comunidade
de Medeiros, as
ostras são a base
da economia
local e criadas
ali mesmo,
depois de serem
recolhidas,
pequenas, no
mangue. Os
visitantes as
preferem cruas.
Mas os caiçaras
comem ostras de
todas as formas,
até na brasa,
feito churrasco
(no alto)
48
Náutica Sul
edeiros é uma pequena comunidade, quase
na foz de um dos rios que deságuam na
Baía de Paranaguá, onde todos vivem da mesma
matéria-prima: as ostras, que ali crescem até o
tamanho de um palmo, graças a cuidadosos
viveiros implantados na água. Elas são colhidas
ainda pequenas, no mangue, colocadas em
gaiolas divididas por tamanhos e deixadas meses
submersas, até crescerem e engordarem. Quando
chega a hora, saem da água direto para a panela
— ou para outras formas nada convencionais de se
comer ostras. Como, por exemplo, na brasa, feito
uma espécie de churrasco com casca. Em Medeiros,
as famílias comem ostras todos os dias e das mais
diferentes maneiras — com arroz, com feijão, com
ovo, mas raramente crua e viva, como sempre
pedem os turistas. “É a nossa mistura”, diz uma
das moradoras, cuja família vive há três gerações
daquelas conchas. E não sente falta de mais nada.
guaraqueçaba
4subindo os rios,
surge a outra face da
Baía de paranaguá
Um rio inteiro só para você
Dezenas de rios e riachos deságuam na baía. Quase todos assim, sem ninguém por perto
M
uitos rios e riachos que escorrem da
Serra do Mar (que ali fica colada ao litoral)
deságuam na baía de Paranaguá, o que torna os
passeios de barco ainda mais gostosos, porque
permite variar a paisagem a todo instante. Basta
penetrar nos cursos d’água para mudar não só o
ambiente como a própria água, que se torna doce,
limpa e transparente — um irresistível convite para
paradas e mergulhos. Além disso, como quase
ninguém vai assim tão longe na baía, os rios estão
50
Náutica Sul
sempre vazios, sem ninguém por perto, feito
paraísos de tranquilidade. O único problema é que,
quanto mais se avança, mais os rios vão ficando
rasos e estreitos, o que exige certa atenção na
navegação. Por isso mesmo, os melhores barcos
para explorar os recantos escondidos da baía de
Paranaguá são as pequenas lanchas, de até 20
pés de comprimento. Mais do que isso, já fica
difícil de entrar nos rios. E o que não faltam são
cantinhos assim para serem explorados.
lindos,
mas rasos
Os rios que
escorrem da
Serra do Mar
trazem água
doce, pura e
cristalina para
a baía. Explorálos é um ótimo
programa, mas
exige barco
pequeno e
muita atenção
na navegação
guaraqueçaba
4 o Canal do
Varadouro é um
formidável atalho no
litoral paranaense
O uísque caiçara
A cataia é a bebida mais típica
da baía. Mas cada vila faz a sua
A
receita é bem simples: um litro de cachaça
(qualquer cachaça) com uma dúzia de
folhas da mais típica planta da região da baía de
Paranaguá, a cataia. Difícil é achá-la em outro
lugar, razão pela qual esta bebida tornou-se tão
peculiar. Só isso? Não. Tem, também, o sabor,
levemente adocicado que as folhas curtidas na
cachaça conferem à bebida mais popular entre
os pescadores do litoral norte do Paraná, e a cor,
amarelada, que lembra a dos
destilados e rendeu à bebida
o apelido de “uísque caiçara”.
Hoje, as folhas da cataia já são
até vendidas aos turistas, mas
a produção da bebida ainda é
100% artesanal. Cada vila faz
a sua, embora a mais famosa
— e gostosa — seja a da Barra
de Ararapira, onde, tal qual o
uísque, ela é até envelhecida.
52
Náutica Sul
Varando o Varadouro
Ninguém resiste a um passeio pelo Canal do
Varadouro, onde a água invade o mangue e cria o
que os caiçaras chamam de Mar de Dentro
Q
uem navegar entre Cananéia e a baía de Paranaguá terá
duas opções de roteiro: um pelo mar, outro por um estreito
canal, que segue paralelo ao litoral e que é muito mais bonito e
original — o Canal do Varadouro. Ele foi construído pela mão do
homem, na sua parte mais estreita (e ponha estreito nisso, às
vezes não mais do que a largura do próprio barco!), para criar
uma passagem segura para os barcos que transportavam os
produtos de um porto ao outro, no passado. Com isso, imaginavase, a região se desenvolveria, o que, felizmente, jamais aconteceu
— pelo menos para quem só quer passear de barco em meio à
natureza ainda virgem que margeia o canal. Os caiçaras chamam
o canal de “Mar de Dentro” ou “Mar Pequeno”, já que ele serve
como uma espécie de atalho ao litoral, mas, para os donos de
barcos não familiarizados com sua peculiaridade e baixíssima
profundidade, o Varadouro exige muita atenção — quando não
um guia local que conheça bem os “canais que se formam
dentro do canal”. Os bancos de areia se sucedem a cada metro
e o roteiro é uma sequência de zigue-zagues, aparentemente
sem sentido. Mas o prêmio disso é um delicioso passeio, com o
verde dos manguezais dos dois lados do barco, para quem tiver a
curiosidade de conhecê-lo. Quer um conselho? Vá!
guaraqueçaba
É só chegar e
sentar. Desde
que abra...
As cozinhas comunitárias
foram criadas para receber
os visitantes com a deliciosa
simplicidade caiçara, mas pena
que nem sempre abram
A
nos atrás, para estimular a
visitação de algumas vilas da
baía de Paranaguá, os governos
municipais criaram as Cozinhas
Comunitárias, que, a despeito do
nome equivocado, têm por objetivo
atender os turistas, não as próprias
comunidades. No início, foi um
sucesso, até pela originalidade do
projeto: servir comida caiçara de
verdade, para quem não tem isso
diariamente em casa. Mas, hoje,
Barrados no Barrado
Cansados de serem proibidos, os
moradores da vila do Barrado resolveram
proibir a entrada dos fiscais ambientais
54
Náutica Sul
C
a quantidade de cozinhas ainda
em funcionamento é pequena e,
muitas vezes, elas só abrem em
datas especiais. Quais? “Depende
da vontade das cozinheiras”, explica
um dos responsáveis.
ansados de serem proibidos de usar os recursos das terras
dos seus antepassados e fartos de serem ameaçados
com a expulsão do lugar onde nasceram e sempre viveram,
os caiçaras da vila do Barrado, na ilha do Superagui (hoje
transformada em parque nacional, portanto com sérias
restrições), resolveram agir. Numa curiosa inversão de
autoridade, passaram a proibir a entrada de fiscais ambientais
na vila. Hoje, isso está explícito em um
intimidador aviso, escrito no mais puro
caiçarês, na entrada do povoado. A revolta
é compreensível. Além dos exageros
das leis, que não lhes permitem fazer
nada nem nos quintais de suas casas, os
moradores do Barrado (onde, no passado,
chegou a viver o pintor William Michaud)
ainda precisam lidar com a bagunça de
siglas e órgãos ambientais que atuam
na baía de Paranaguá. São nada menos
que uma dezena de instituições, com
incompreensíveis superposições de
atuações. E se nem os órgãos ambientais,
que deveriam falar a mesma língua (quando
não, serem unificados...), se entendem, que
dirá quem nem sabe a diferença entre
Ibama e IcmBio. Aliás, alguém sabe?
Semana de
Vela de Itajaí
foi marcada por
muitos barcos,
apesar da chuva
forte que não
deu trégua para
os velejadores
fotos victor schneider
A primeira
Água por todos os lados
raia
molhada
Os barcos
parados diante
da cidade, à
espera de uma
trégua na chuva,
para a largada de
uma das regatas
do maior evento
da vela nacional
que Itajaí já fez.
Apesar disso, o
evento foi um
sucesso
56
Náutica Sul
Náutica Sul
57
fotos arquivo pessoal
semana de vela
D
ifícil dizer o que mais molhou os
barcos na primeira Semana de Vela
promovida pela cidade de Itajaí, entre os dias 7 e 8 de junho: se a água
do mar ou da chuva, que desabou
sem clemência durante os dois dias do evento.
Era tanta água que caía do céu, fruto da mesma
chuvarada que inundou diversas cidades do interior do Paraná e Santa Catarina, que, por pouco,
as regatas não tiveram que ser suspensas, por falta de visibilidade no mar para os competidores.
Mas, como havia vento — e vento, afinal, é o que
importa em regatas! —, a competição seguiu em
frente, apesar daquele dilúvio quase bíblico.
Na prática, contudo, o maior inconveniente da chuvarada foi que, com ela, o rio Itajaí-Açu,
pelo qual entram e saem os barcos da cidade, subiu muito, o que fez com que os veleiros menores
não conseguissem voltar sozinhos à Vila da Regata — por causa da forte correnteza no rio, até o
58
Náutica Sul
porto da cidade foi fechado para a entrada e saída
de navios. Foi preciso colocar infláveis motorizados para rebocar os veleiros menores até a cidade.
Mas nada que tirasse o bom humor dos organizadores e velejadores, ambos satisfeitíssimos com
o evento — apesar do mau tempo. Os primeiros porque, apesar de ser a primeira vez que organizavam uma Semana de Vela (inspirada nos
mesmos moldes da de Ilhabela, só que com menor duração — na verdade, um simples fim de
semana), conseguiram reunir nada menos que
90 barcos nas duas raias simultâneas da competição: uma na praia, para os monotipos (que reuniram muitos jovens velejadores da região), e outra no mar, para os barcos das classes de Oceano,
que somaram 31 embarcações, inclusive de classes específicas de competição, como a C30. “Não
esperávamos tantos inscritos”, surpreendeu-se
Cláudio Copello, presidente da Associação Náutica de Itajaí, que organizou o evento, com a aju-
vela
também
daqui
Alguns
dos muitos
velejadores
da Semana de
Vela (no alto)
e o secretário
de turismo de
Itajaí, Agnaldo
dos Santos
(acima): depois
das competições
internacionais,
como a Volvo
Ocean Race,
força também
para as regatas
nacionais na
cidade
foto leonardo cristofoli
edição, a competição reuniu
90 barcos de toda a região
fotos victor schneider
4Logo na sua primeira
O benfeitor náutico de Itajaí
O presidente da associação náutica da cidade, Cláudio Copello, faz
bem mais pelo esporte do que apenas organizar a Semana de Vela
N
o final de abril, um velho sonho dos
velejadores de Itajaí deixou de ser
apenas um desejo para começar a virar
fato: a tão aguardada Semana de Vela da
cidade foi incluída nas comemorações
oficiais do aniversário do município, ganhou
alguns patrocinadores e data marcada, para
a primeira semana de junho. Ótima notícia!
Exceto pelo fato de que restava apenas
pouco mais de um mês e meio para isso...
Foi quando entrou em ação o
responsável pela organização do evento,
Cláudio Copello, presidente da Associação
Náutica de Itajaí, a ANI. Com o apoio
de algumas pessoas, quase todas tão
voluntárias quanto ele no desenvolvimento
da vela na cidade, Cláudio conseguiu, em
apenas 45 dias, não só arregimentar os
90 barcos que participaram da primeira
Semana de Vela de Itajaí, como organizar
todos os detalhes do evento, para que todo
mundo saísse de lá satisfeito — o que, de
fato aconteceu, apesar da chuva forte e
intermitente. “Foi muito bom, para o pouco
tempo que tivemos”, analisou, ao final do
evento, visivelmente satisfeito.
A Semana de Vela
foi um prêmio ao esforço
de Cláudio e da ANI para
estimular as atividades
náuticas na cidade, que,
atualmente, mais tem se
empenhado em popularizar
a vela no país. Na sede da
ANI, todos os dias, há algum
tipo de atividade náutica
sendo colocada em prática,
visando, principalmente, as
crianças da rede pública
pai dos
novatos
escolar — que, de outra
Cláudio e um
forma, jamais teriam
dos barcos da
acesso a um barco, que
ANI, que ensina
as crianças a
dirá ao esporte náutico.
navegar: tudo
“Estamos com cerca de
por amor ao
200 crianças nos nossos
esporte
programas”, diz Cláudio,
orgulhoso. “Além de velejar, elas também
aprendem a remar as canoas típicas da nossa
região, o que ajuda a fortalecer a cultura
local”, diz. Nas competições de monotipos da
Semana de Vela, os alunos da ANI estavam
quase todos lá, participando ou torcendo para
os companheiros.
A ANI tem instrutores contratados,
atividades diárias e diretoria que trabalha
de graça. “Temos amor pela vela e pelas
crianças”, resume Cláudio. Sem dúvida, um
exemplo a ser seguido.
Náutica Sul
59
semana de vela
O homem por trás da vela
O entusiasta Alexandre dos Santos promete fazer ainda mais
C
para a vela e
para a cidade
Para Alexandre,
o segredo do
sucesso das
regatas na
cidade passa,
também, pelo
envolvimento
da população nos
eventos, como
aconteceu na
Volvo Ocean
Race e na
Jacques Vabre
4O próximo
objetivo é
criar em Itajaí
um memorial
permanente da
regata de volta
ao mundo, que,
pela segunda
vez, fará escala
na cidade
60
Náutica Sul
omeçou com o projeto de construção de uma grande marina na
cidade, avançou quando a regata de volta ao mundo Volvo Ocean Race
optou por levar a escala brasileira da competição para lá, tomou corpo com
a perfeita organização e calorosa receptividade naquele evento, evoluiu
quando virou sede de outra regata internacional, a Jacques Vabre, no ano
passado, encheu os olhos das pessoas quando recebeu os lindos veleiros da
Velas Latinoamerica, no início deste ano, e, por fim, teve confirmada a volta
da escala verde-e-amarela da Volvo à cidade, o que vai acontecer em abril do
ano que vem. E, além disso tudo, ainda criou a sua primeira Semana de Vela,
para incentivar os velejadores locais.
Como se vê, não é por acaso que Itajaí vem se tornando a nova
capital da vela no país. E quem está por trás de tudo isso, de uma maneira
ou de outra, é Alexandre dos Santos, um dos diretores do porto da cidade,
entusiasta declarado dos barcos a vela e novo presidente da comissão
organizadora da próxima escala da Volvo, nas águas de Itajaí. “Teremos
até uma possível novidade”, diz ele, entusiasmado: “Um museu-memorial
da regata, a ser construído na cidade”, adianta. “Já temos o projeto e os
recursos da iniciativa privada para construí-lo. Só falta o ok definitivo da
organização da Volvo, o que deve acontecer em breve”, garante.
Nos planos do memorial, desenvolvido em conjunto com a prefeitura
de Itajaí, está a exibição permanente do barco Brasil 1, que participou da
penúltima edição da Volvo, com uma equipe brasileira. “O barco não está mais
em uso e deve vir para cá em definitivo, para ficar exposto no memorial”, diz
Alexandre. Se der certo, será mais um golaço de Itajaí na sua cada vez
maior afinidade com as competições a vela. “O segredo é envolver toda
a comunidade nas regatas”, diz Alexandre, que vibra com os projetos
sociais que acontecem em paralelo aos eventos náuticos na cidade.
“Durante a Volvo, teremos, de novo, campanha de coleta de lixo no rio,
programa de reflorestamento na cidade, palestras dos participantes
nas escolas do município, concursos escolares com temas ligados à
preservação dos mares e mais uma série de atividades, que, a rigor, não
têm nada a ver com o esporte, mas acabam envolvendo os moradores
em torno do mundo da vela”, explica Alexandre. “Além disso, as regatas
divulgam mundialmente a nossa cidade. A Volvo já é a principal vitrine
internacional de Itajaí. É a nossa Olimpíada”, brinca.
Mesmo que o projeto do memorial da Volvo não siga adiante, a
próxima escala da regata (já ansiosamente aguardada) usará as instalações
da primeira fase da primeira e grande marina da cidade, que, quando estiver
concluída, terá capacidade para mais de 900 barcos. “Esperamos que a
marina atraia ainda mais os veleiros para cá”, conclui Alexandre, satisfeito
com o rumo que a cidade está tomando, embalada pelos ventos das regatas.
fotos victor schneider
semana de vela
bons
prÊmios
Bonitos troféus
e até prêmios
em dinheiro
para as classes
de Oceano:
o objetivo da
Semana de Vela
de Itajaí é atrair
cada vez mais
os velejadores
Todos os
Vencedores
4Não houve nem em Itajaí
taxa de inscrição. 660 toques
Mesmo assim, por não haver
alguns prêmios variedades
foram em dinheiro
Classes de OCeanO
ORC - Melody
C30 - Zeus
RGS A - Manos Champ
RGS B - Jacopo
Bico de Proa A - Marmay
Bico de Proa B - Sailor Made
Classes MOnOtipOs
da de várias pessoas da cidade. “Ainda
mais com esta chuva”. Já os velejadores,
que vieram até do Rio Grande do Sul
para o evento, adoraram a forma como
foram recebidos na cidade — não pagaram taxa de inscrição, ganharam ajuda
de custo para o transporte dos barcos até
Itajaí e os vencedores das classes de Oceano ainda receberam prêmios em dinheiro, de R$ 1 000 cada. Resultado: ali
mesmo ficou acertada a segunda edição
da Semana de Vela de Itajaí, para junho
do ano que vem. Só o que se espera é
que, nela, o sol também compareça.
Optimist Estreante - Matheus Silva (seguido por Miguel Gallo e Samer Kayali)
Optimist Veterano - Thiago Lock
(seguido por Erik Hoffmann e Guilherme Berenhauser)
Laser Standard - Vinicius Bandil
(seguido por Luciano Gubert e
Benno Volrath)
Laser 4.7 - Eduardo Cleiton (seguido
por Lucas Michalak e Martin Gallo)
Laser Radial - Henrique Dias
(seguido por Carolina Copello e
Alberto Sanchotene)
Snipe - Adriano Santos e Christian
Franzen (seguido por Roberto Salles e
Daniel Martins)
Holder - Mauro Calderaro
Shelback - Pedro Fantini
(seguido por Manoel Camilo)
Dingue - Cassiano Pittol e Maria Clara
Hobie Cat 14 - Adam Max
(seguido por Mario Gern)
fotos arquivo pesca esportiva
15um desses
Grande e duro de
ser fisgado, o robaloflecha, também
conhecido como
robalão ou bicudo,
é, por isso mesmo,
muito cobiçado pelos
pescadores do Paraná
e Santa Catarina.
Mas, com estas dicas
do especialista
paranaense Roald
Andretta, fica um
pouco mais fácil.
Ou menos difícil...
dicas para pegar
1
Maré Sensível às menores variações,
o robalo-flecha exige muita observação
da natureza. As mudanças de maré
são decisivas. As melhores são as de
lua quarto crescente e minguante, que
têm menor amplitude e não turvam
as águas, e os repontos das marés de
Sizígea (luas cheia e nova).
2
3
clima O flecha gosta de água limpa.
Por isso, é preciso acompanhar de
perto a previsão do tempo e os índices
de chuvas na região da pescaria. Se a
água estiver turva, nada feito.
Habitat Ele tanto pode estar no mangue,
quanto nas costeiras. Rios com nascentes
na serra têm águas mais transparentes
e são boas opções, principalmente no
final das marés vazantes. Já os rios que
nascem nos manguezais têm águas
cor de chá e costumam ser mais
produtivos nas enchentes. Já nas
costeiras, águas rasas com pedras em
fundos de areia são as mais propícias.
4
equipamento Depende do tipo de
pescaria — especialmente a esportiva,
com iscas artificiais. Na pesca de
arremesso, a baixa vegetação dos
manguezais exige varas curtas (de 5’3 a
5’8”), de ação média, com flexibilidade a
partir do meio do corpo, para arremessos
mais precisos.
No corpo
a corpo
O especialista
Roald Andretta
e um dos flechas
que já capturou
na região de
Paranaguá. Ele
admira tanto
este peixe
manhoso e
brigador, que o
tatuou no braço
5
Na pesca de rodada Dê
preferência às varas de 6’0 a 6’6”,
com ação rápida, que têm maior
sensibilidade. Se a opção for pelo metal
jig, o comprimento da vara pode variar
Náutica Sul
65
MarceL NisHiyaMa
“
Tudo influencia na pesca do flecha:
maré, turbidez da água, até pressão atmosférica.
É um desafio para qualquer pescador
6
de 5’3” a 5’8”, e a ação, de lenta a média.
iscas de fundo O peso dos
anzóis de jig mais usados variam entre
5 e 20 gramas — quanto mais leve
melhor, para sentir o toque da isca no
fundo. Para os metal jigs, modelos de 8
a 25 gramas são boas escolhas.
7
Linhas O multifilamento é a melhor
opção. Possui baixa memória e muita
resistência e sensibilidade. Entre 100 e
150 metros de linha 0,15
a 0,20 mm são suficientes.
8
9
Líder Mesmo com linhas resistentes,
use um líder de fluorcarbono, de 0,48
a 0,55 mm, com cerca de dois metros
de comprimento. É invisível na água e
tem boa resistência.
iscas O flecha muda bastante de
preferência. Por isso, no caso de
iscas artificiais, é preciso ter várias,
de diferentes cores e modelos.
Nos manguezais, prefira as de meia-água
ou superfície. Tenha também iscas com
flutuação neutra, para quando o peixe
estiver manhoso. Camarões plásticos e
outras softbaits são eficientes quando
deslizam sobre as águas e entram
debaixo da vegetação do mangue.
10
11
carretilhas As de perfil
baixo são as que propiciam maior
conforto e controle da saída da linha
com o polegar.
cores das iscas Como regra
geral, claras e naturais em águas
limpas, fortes e opacas nas turvas e
cores vivas nos manguezais. Para os
camarões, iscas com cores escuras
dão bons resultados.
66
Náutica Sul
12
13
presilhas Seu uso agiliza as
mudanças de iscas. Opte por modelos
leves, desde que resistentes, porque
os flechas têm muita força bruta. Se
o equipamento de arremesso for
carretilha, não precisa de girador.
reponto Os flechas preferem
as marés repontadas ou muito lentas
e penetram mais nos rios no verão
— mas sempre em água salobra. Se
a maré estiver correndo, pontos com
redemoinhos formando remansos
são os mais indicados.
14
estratégia de pesca Mesmo nos
melhores pesqueiros, dê um tempo
de vez em quando, interrompendo
os arremessos. O excesso de
movimentação na água gera estresse
nos peixes. E, quanto maior o flecha,
mais arredio ele será.
15
tirá-lo da água Não tenha pressa.
Mesmo quando um flecha parece
estar vencido, ainda lhe restam forças
para uma arrancada extraordinária.
Não é por acaso que é um troféu e
tanto.
Você e seu barco
Ué, não pega...
QUanto cada
coisa consome
4 dicas para não ficar
sem bateria na hora agá
1
O consumo médio de energia dos
equipamentos mais frequentes em um barco
Ligar ou mandar ligar o motor pelo
menos uma vez por semana
Tudo o que você precisa saber sobre
baTerias
Sem elas, nenhum barco a motor vai a lugar algum.
Mas poucos donos de lanchas dão a devida importância a este
equipamento tão fundamental quanto o próprio motor
V
ocê já deve ter vivido isso. Planeja o passeio, convoca a família, convida os amigos, liga para a
marina mandando colocar a lancha na
água e, lá chegando, liga a chave, aciona a partida e... nada. O motor mal se
move. Pronto! Lá se foi o passeio. E por
causa da bateria, que está descarregada.
Para evitar isso, há alguns cuidados a serem tomados, mas o primeiro de todos
é saber se a bateria está dimensionada
para a carga necessária a bordo.
Dimensionar as baterias de um
barco é algo que exige certa habilidade com números, mas não chega a ser
complicado. Mas, antes de mais nada,
é preciso compreender como se mede
a carga de uma bateria, o que é dado
em Ah ou “ampères-hora” e que, ao
contrário do que muita gente imagina,
não significa ampères “por” hora. Esta
medida apenas indica a corrente elétrica constante liberada durante um período de 20 horas, antes de a bateria ficar
68
NáuTica sul
sem carga. Para saber de quanto é essa
corrente, basta dividir o número de Ah
por 20. Assim sendo, uma bateria de
100 Ah, por exemplo, proporciona 5 A
durante 20 horas, entendeu?
Com base nisso, defina quantos
aparelhos elétricos e eletrônicos terão de
ser alimentados pela bateria e se a rede
de energia a bordo é de 110 V e 12 V (por
meio do uso de um inversor) ou apenas
12 V. Em seguida, faça uma lista de todos os aparelhos a bordo e verifique qual
a potência de cada um (para aparelhos
de 110 V) ou o consumo em ampères
(para aparelhos de 12 V).
Vamos supor que você queira instalar um forno de micro-ondas (cuja potência é de 1 300 W), uma tv (200 W), duas
bombas de porão (5 A cada), uma bomba de água doce (6 A), luzes de fundeio
(1 A) e um gps de 5 polegadas com sonda
(1A). Nesse caso, você deve transformar
em ampères todas as medidas e somar.
Para fazer essa conversão, divida o valor
indicado em Watts por 12. No caso da tv,
por exemplo, 200 W ÷ 12 = 16,7 A. Faça,
então, uma estimativa de quanto tempo
utilizará cada aparelho por dia e multiplique esse tempo pela potência do aparelho. Para a tv, três horas por dia estão de
bom tamanho. Para o micro-ondas, calcule no máximo meia hora. Gps com
sonda, cerca de oito horas. Luzes de fundeio, outras oito horas/dia. E assim por
diante. No caso da tv, a conta seria 16,7 A
x 3 horas, o que dá 50 A/dia. O micro-ondas, 55 A/dia. O gps com sonda, 8 A/dia.
Pronto: é só somar tudo e obter o consumo diário estimado para a sua lancha.
Por fim, para ter uma margem de segurança de dois dias sem ter de recarregar as baterias, multiplique o consumo
total por dois (para veleiros, o ideal é multiplicar por duas vezes e meia). Assim, se
o consumo diário foi de aproximadamente 140 A, a capacidade das baterias deve
ser de 280 Ah (ampère-hora). Como não
existe uma bateria com tanta energia, é
Baterias do tipo chumbo-ácido têm uma taxa
natural de autodescarga mensal que vai de 1%
nas melhores marcas (feitas com ligas de PbCa/
chumbo-cálcio ou PbCaAg/chumbo-cálcio prata)
a 10 % nas mais comuns (liga de PbSb/chumboantimônio). Mas outros fatores também aceleram
a autodescarga, como temperatura ambiente
elevada, alta umidade e tempo de uso da bateria.
Por isso, mesmo que não pretenda sair com o
barco, ligue (ou peça para alguém da marina ligar)
o motor pelo menos uma vez por semana, a fim de
repor essa perda natural de energia de toda bateria.
2
3
4
Aguardar um tempo entre
uma tentativa e outra de partida
Por duas razões básicas: a primeira é que a
energia elétrica da bateria vem de uma reação
química. Portanto, deixá-la “repousar” entre uma
tentativa e outra permite que essa reação se
complete, “acumulando” assim energia suficiente
para a próxima tentativa. E a segunda razão é
evitar superaquecimento do motor de arranque.
Só usar baterias do tipo “náutico”
Há algumas características importantes que as
baterias para uso náutico têm que as comuns,
de automóveis, costumam não apresentar, como
capacidade de operar inclinadas, maior resistência a
temperaturas elevadas, maior controle da emissão
de gases nocivos, maior resistência mecânica da
estrutura, menor taxa de autodescarga e maior
vida em ciclos de carga-descarga.
Ampères Horas Ampères/
uso
dia
Luz da âncora
Guindaste da âncora
Piloto automático
0,80
12h00
9,60
150,00
0h12
30,00
0,70
8h00
5,60
Exaustor do porão
6,50
0h12
1,30
2 ventiladores na cabine
0,20
48h00
9,60
3 lâmpadas fluorescentes p/ a cabine
0,70
12h00
8,40
1 lâmpada incandescente p/ a cabine
2,10
1h00
2,10
1 lâmpada p/ mesa de navegação (10 W)
0,80
0h30
0,40
Iluminação da bússola
0,10
8h00
0,80
Iluminação do convés
6,00
0h30
3,00
Sonda de profundidade
0,20
8h00
1,60
Indicador de combustível
0,30
24h00
7,20
GPS
0,50
8h00
4,00
Inversor
0,20
2h00
0,40
Forno de micro-ondas (600 W)
100,00
0h06
10,00
Bomba de porão
15,00
0h06
1,50
Bomba de água doce
6,00
0h02
0,20
Bomba do tanque de esgoto
2,00
3h00
0,10
Radar
4,00
4h00
16,00
2 lâmpadas halogênicas p/ leitura
0,80
4h00
3,20
Geladeira
5,00
12h00
60,00
Luz de navegação
2,50
8h00
20,00
Luz de navegação tricolor
0,80
8h00
6,40
Toca-fitas
1,00
2h00
2,00
Televisão (13 polegadas)
3,50
2h00
7,00
Hodômetro
0,10
8h00
0,80
Ao recarregar a bateria,
faça isso bem lentamente
SSB (receptor)
30,00
0h12
2,50
SSB (transmissor)
30,00
0h12
6,00
A corrente elétrica máxima para recarregar uma
bateria é de 10% do valor de sua capacidade. Exemplo:
uma bateria de 100Ah deve receber, no máximo, 10Ah.
Correntes maiores que isso geram superaquecimento,
o que causa danos permanentes. E baterias
armazenadas por muito tempo devem ser carregadas
com correntes ainda menores, perto de 5%.
Videocassete
2,00
2h00
4,00
VHF (receptor)
0,50
4h00
2,00
VHF (transmissor)
5,00
0h12
1,00
Indicador de vento
0,10
8h00
0,80
DVD
1,10
4h00
4,40
NáuTica sul
69
Você e seu barco
preciso montar um banco com algumas
delas — por exemplo, duas baterias de
150 Ah, ou quatro de 75 Ah.
Lembre-se, contudo, que não é recomendável ligar todos os aparelhos ao
mesmo tempo, pois as baterias não geram toda a energia que o fabricante estipula em Ah na embalagem. Este valor
representa o que ela libera em 20 horas
diretas. Ou seja, uma bateria de 100 Ah
gera 5 A por 20 horas seguidas. Desse
modo, com o nosso hipotético banco de
baterias só seria possível ligar, ao mesmo
tempo, aparelhos com o consumo somado de até 30 A. Uma última precaução: o banco de baterias não deve estar
conectado diretamente ao motor, sob o
risco de ficar sem partida, caso elas descarreguem. O motor exige uma bateria
exclusiva para ele. Mas, durante a navegação, é recomendável ligar o motor ao
banco de baterias, para recarregá-las.
como recarregar?
As respostas para as dúvidas mais frequentes
O tempo para recarregar uma bateria
depende da potência do carregador?
Não. Uma bateria obtém energia a partir de uma reação química.
Para recarregá-la, é preciso “reverter” esta reação, aplicando uma tensão
(V, de volt) e uma corrente elétrica (A, de ampère). Este processo ocorre
em uma velocidade própria, que, quando não respeitada, gera um
recarregamento apenas parcial e pode danificar a bateria para sempre. Em
geral, o tempo de recarga deve ficar entre 8 e 12 horas, independentemente
da potência do carregador de energia de toda bateria.
Usar o alternador do motor é bom para recarregar a bateria?
É uma forma simples, mas precária. Na maioria dos casos, o
conjunto alternador/regulador fornece tensão entre 13 V e 14 V e
correntes elevadas. Com isso, uma bateria descarregada receberá
uma corrente acima da recomendada e, na medida em que sua carga
for aumentando, a tensão do alternador se tornará insuficiente para
continuar o processo de recarga. Resultado: uma recarga parcial (de
70% a 80% da capacidade), além da diminuição na vida útil da bateria.
Painéis solares são eficientes para recarregar uma bateria?
São bons para manter as baterias carregadas quando o barco
não estiver em uso, suprindo assim a “autodescarga” que toda bateria
sofre. Um painel solar rígido de silício cristalino (mais eficiente que
os flexíveis de silício amorfo), com 0,6 m x 0,3 m, pode gerar até
20 w, ou cerca de 1,4 A com 14 V. Para recarregar uma bateria de 150
Ah (ampères/hora), com meia carga, ele exigirá, portanto, cerca de
53 horas de sol forte. E se for um painel flexível, subirá para 120 h!
Portanto, convém avaliar se o investimento em painéis realmente vale
a pena, caso o principal objetivo seja recarregar baterias.
E os geradores eólicos, muito usados nos veleiros?
Sim, mas com ressalvas. A maior vantagem dos
geradores eólicos é funcionar dia e noite, pois não dependem da luz
solar, como os painéis — mas, desde que os ventos estejam acima dos
10 km/h. Para um gerador médio, com um diâmetro próximo de 1,2 m,
ventos de 20 km/h podem gerar em torno de 3 A (14 V). É, portanto,
uma boa opção para quem navega em locais de vento constante,
como o Nordeste, por exemplo. Mas, mesmo nessas condições, serão
necessárias mais de 25 horas para deixar uma bateria de 150 Ah a meia
carga. O investimento é alto e a interferência estética no barco, grande.
Por que não se deve deixar um carregador
comum ligado à bateria por muito tempo?
Porque, em geral, eles operam com corrente constante, ou seja,
vão aumentado a tensão sobre a bateria na medida em que ela se
carrega. Esta tensão não deveria ultrapassar 14,8 V ou 15 V. Dentro
desse limite, evitaria o superaquecimento e a decomposição do
líquido da bateria. Ocorre, contudo, que este tipo de carregador não
tem capacidade de ir diminuindo a corrente/tensão. Por isso, pode
danificar a bateria se não for desconectado a tempo.
o QUe levar em
conta ao instalar
Peso Uma bateria pesa cerca de 45 quilos e
quanto mais abaixo da linha d´água e centralizada
ela estiver, melhor para a estabilidade do barco.
Ventilação Toda bateria emite gases
potencialmente perigosos, o que exige bom
sistema de exaustão — além disso, boa ventilação
evita o aquecimento inadequado delas.
Acesso É fundamental que estejam à vista.
Baterias “escondidas” são um incômodo e risco.
Instale-as o mais próximo possível do motor.
Assim, você evita a perda de energia através dos
cabos. Se isto não for possível, use cabos de maior
diâmetro.
Tipos Nunca misture baterias velhas com
novas, porque as já usadas comprometerão a
durabilidade das novas.
triton 325
Você a bordo de um sonho possíVel
www.sulboats.com.br
Linha triton 2014
Marina Pier 340 I Rua dos Pescadores, 340 I Ilha das Flores I 51 3264.6800 I Plantão 51 8118.8008
Você e seu barco
S E M I N O V O S
Encontre aqui seu novo Barco!
Pra quE tudo isso?
Juntar tralhas a bordo é um hábito de todo dono de barco. Mas isso pode custar caro
Azimut 72S - 2011
S
im, é um filme. Faça o teste: abra os paióis do seu
barco e coloque tudo o que há neles para fora.
Depois, espalhe tudo no convés e responda: será
que você precisa mesmo levar tudo isso a bordo
quando sai para um simples passeio? Será que irá mesmo precisar de tantas mangueiras, galões e ferramentas
ou apenas uma ou outra coisa já daria conta de eventuais
problemas? Acumular coisas inúteis a bordo (as chamadas “tralhas”) é um hábito que 99% dos donos de barcos
cultivam. Mas não deveriam, porque qualquer coisa pesa
e peso é algo crucial no desempenho de qualquer barco
— seja ele a vela ou a motor. É bem provável que você
mesmo esteja levando uma série de quinquilharias e inutilidades náuticas a bordo, com a mínima chance de vir
a precisar de alguma delas — se é que se lembrará delas,
caso seja preciso.
Peso rouba muito desempenho. Só para ter uma
ideia, numa lancha de 26 pés, 100 quilos extras a bordo
(coisa fácil de juntar quando há espaço para guardar coisas a bordo) representam uma queda de cerca de 10%
no desempenho e elevam o consumo em outros 5%. E a
grande maioria dos barcos de médio porte carrega bem
mais do que isso na forma de tranqueiras que jamais serão usadas e que ficam esquecidas nos armários da cabine e paióis do convés. Outra consequência do acúmulo
de coisas a bordo é o aumento no risco de incidentes, especialmente se o porão do casco também for usado como
depósito, o que jamais deveria ocorrer, por sinal. Qualquer coisa que deslize pode romper a fiação ou impedir
o funcionamento do motor. Sem falar que peso excessivo
compromete a estabilidade de qualquer barco.
72
Náutica sul
Portanto, a regra é, de tempos em tempos, fazer o que
o primeiro parágrafo deste texto sugere (botar tudo pra
fora e fazer um pente fino) e, dali em diante, passar a perguntar a si mesmo qual a real utilidade de qualquer coisa
que entrar a bordo e nele ficar. Afinal, pra que levar três
latas de óleo se uma só já basta para completar o nível do
motor, no caso de um (improvável, por sinal) vazamento
durante um passeio? Pense nisso. E em muitas outras coisas também.
Azimut 62S - 2011
Azimut 60 - 2013
Azimut 82 - 2010
A tralha mais frequente
O que geralmente vai a bordo,
sem a menor necessidade
O quê?
E pra quê?
Muitos livros
Não basta aquele que você
está lendo?
Muitas panelas
Não bastariam duas ou três
delas?
todas as ferraMentas
Uma caixa já dá conta do
recado
Capa do barCo
Você pretende cobri-lo
durante o passeio?
louças de porCelana
Vidro pesa bem mais que
plástico. E quebra
Muitas peças
De que adianta, se não há
como trocá-las?
rolos de Cabos
Um a mais é mais do que
suficiente
Sea Ray 370 - 2011
Intermarine 600 Full - 2007
Na VIP BOAT você encontra um cadastro de barcos seminovos, de
diversas marcas e modelos, nacionais ou importados.
Mais informações:
Curitiba
41 3010 3838
Guaratuba
41 3443 2093
Joinville
47 9927 6052
w w w .v i p b o at . c o m . b r
Florianopólis
48 9988 9297
Porto Alegre
51 8421 6782
Onde encontrar
PARANÁ
EstalEiros
• Bassboat
Tel. 41/3029-0512
www.bassboat.com.br
Lanchas para pesca
Curitiba
• Engetec
Tel. 41/3383-0182
www.engetecbrasil.com.br
Botes de alumínio, infláveis
e lanchas
São JoSé doS PinhaiS
• Vom Wasser
Tel. 41/3344-5806
www.evw.com.br
Lanchas
Curitiba
• Way Brasil
Tel. 41/3278-7433
www.waybrasil.com
Lanchas Triton e Quest
Curitiba
• Wind Náutica
Tel. 41/3383-1865
www.windnautica.com.br
Veleiros
Curitiba
MoTores e
eQuipaMenTos
• Britanite
Tel. 41/3671-8200
[email protected]
Material de salvatagem
Quatro barraS
• Fort Car
Tel. 41/3673-2386
www.fortcarreboques.
com.br
Fábrica de carretas
Curitiba
• Mar Sul
Tel. 41/3443-6024
www.marsulservicos.com.br
Motores Man
Guaratuba
• Nautimax
Tel. 41/3333-0410
www.nautimax.com.br
Motores Volvo penta
Curitiba
• Piqui Naval
Tel. 41/3472-1327
[email protected]
acessórios de aço inox
Guaratuba
74
Náutica Sul
• Retipar
Tel. 41/3016-0206
www.retipar.com.br
retífica, peças e acessórios
Curitiba
• Separ
Tel. 41/3324-7205
www.separ.com.br
Carregadores de bateria,
divisores e conversores
Curitiba
• Volvo Penta Brasil
www.volvopenta.com.br
Fabricante de motores
Curitiba
Lojas e serViços
• Bankoc/Almir
Capotas
Tel. 41/3282-4804
www.bankoc.com.br
Capotas e revestimentos
São JoSé doS PinhaiS
• Berneck
Tel. 41/2109-1513
www.berneck.com.br
painéis de madeira teca
arauCária
• Centro Náutico
Tel. 41/3366-7677
www.centronautico.net
Barcos, motores
e equipamentos
Curitiba
• Ciclonáutica
44/3425-1267
www.ciclonautica.
com.br
Lanchas Ventura
e rionáutica, jets
e motores Yamaha
Loanda
• Despachante
Marítimo JB
Tel. 41/3333-6660
Legalizações,
registros e
cursos náuticos
Curitiba
• Diprofiber
Tel. 41/3373-0057
www.diprofiber.com.br
Material para laminação
Curitiba
• First Yacht
Tel. 41/3333-0410
www.firstyacht.com.br
Lanchas azimut e atlantis
Curitiba
• Horst Transporte
Tel. 41/3275-7228
Transporte de barcos
Curitiba
• Interyachts
Tel. 41/4102-7362
www.interyachts.com.br
Lanchas intermarine
Curitiba
• Kapazi Tapetes
Tel. 41/3232-8282
www.kapazi.com.br
Tapetes náuticos
Curitiba
• Kapot Capotaria
Tel. 41/3333-7122
www.kapot.com.br
Fábrica de capotas
Curitiba
• Lakshmi
Tel. 41/3392-6002
www.moveislakshmi.com.br
Marcenaria com teca
CamPo LarGo
• Loba do Mar
Tel. 41/3027-7788
www.lobadomar.com.br
eletrônicos,
despachante, cursos
Curitiba
• Londrináutica
Tel. 43/3328-5858
www.londrinautica.com.br
Lanchas, jets e motores
Londrina
• Marine Service
Tel. 41/3665-9393
oficina, motores, elétrica
Curitiba
• MM Náutica
Tel. 41/3333-9011
www.mmnautica.com.br
Lanchas, motores,
equipamentos
Curitiba
• Náutica Gold Fish
Tel. 43/3347-1509
www.nauticagoldfish.com.br
Lanchas Ventura, Mestra,
Metal Glass; motores
evinrude; jets sea Doo
Londrina
• Náutica Paraná
Tel. 43/3336-1900
www.nauticaparana.com.br
Lanchas Fs, jets
e motores Mercury
Londrina
• Náutica Wilke
Tel. 41/3442-2519
www.nauticawilke.com.br
Manutenção e fabricação
de peças. representante
Fischer panda
Guaratuba
• Nautipar
Tel. 41/3016-0020
www.nautipar.com.br
representante Ferretti
Curitiba
• Paraná Boats Broker
Tel. 41/7819-1854
www.paranaboats.com.br
Lanchas singular
Curitiba
• Per Mare
Tel. 41/3030-3313
www.permare.com.br
representante sessa
Marine
• Piçarras
Tel. 41/3472-1438
posto e equipamentos
Guaratuba
• Promar
Tel. 41/3254-1502
www.promar.com.br
Fábrica de tintas
Curitiba
• Rionáutica
Tel. 44/3262-6365
www.rionautica.com
Lanchas, jets e motores
evinrude
marinGá
• Sailing Shop Náutico
Tel. 41/3079-3040
www.shopnautico.com.br
Veleiros e acessórios
Curitiba
• Schneider Naval
Tel. 41/3283-5893
www.schneidernaval.com.br
peças de inox e madeira
Curitiba
• Separ
Tel. 41/3324-7205
www.separ.com.br
Lanchas singular
Curitiba
• SP Marine
Tel. 41/3233-3636
www.spmarine.com.br
Lanchas intermarine
Curitiba
• Sport Náutica Foz
Tel. 45/3573-3151
www.sportnauticafoz.com.br
Lanchas Ventura, jets e
motores Mercury
Foz do iGuaçu
• Vip Boat
Tel. 41/9841-3838
www.vipboat.com.br
Lanchas nacionais
e importadas
Curitiba
• Yamanáutica
Tel. 41/3333-3738
www.yamanautica.com.br
Lanchas, motores suzuki e
Yamaha e jets Yamaha
Curitiba
SANTA
CATARINA
esTaLeiros
• Armada Yachts
Tel. 48/3242-9600
www.armada.com.br
Lanchas
PaLhoça
• Azimut Yachts
Tel. 47/3249-7700
www.azimutyachts.com.br
Lanchas
itaJaí
• BB Barcos
Tel. 48/3255-3590
www.bbbarcos.com Veleiros
e catamarãs
imbituba
• Blujoi Catamarãs
Tel. 47/4009-0341
www.blujoi.com.br
Trawlers e catamarãs
JoinviLLe
• Brasboats
Tel. 48/3242-4927
www.brasboats.com.br
Lanchas
PaLhoça
• Brunswick
Boat Group
Tel. 47/3025-4984
www.bayliner.com.br
Lanchas Bayliner e
sea ray
JoinviLLe
• Catarina Yachts
Tel. 47/3404-6801
www.catarinayachts.com
Lanchas e veleiros
naveGanteS
• Century Yachts
Tel. 48/9119-1991
www.centuryachts.com.br
Lanchas
itaJaí
• Dream Boats
www.dreamboats.com.br
Canoas de madeira
JaraGuá do SuL
• Fibrafort
Tel. 47/3249-9958
www.fibrafort.com.br
Lanchas Focker
itaJaí
• FS Yachts
Tel. 48/3243-1990
www.fsyachts.com.br
Lanchas
biGuaçu
• Gamper Náutica
Tel. 47/3442-2456
www.gampernautica.com.br
infláveis
São FranCiSCo do SuL
• Império Yachts
Tel. 47/3045-3080
www.imperioyachts.com.br
Lanchas DM
itaJaí
• Intech Boating
Tel. 48/3259-0484
www.intechboating.com
Lanchas
São JoSé
• Kalmar
Tel. 47/3348-2916
www.kalmar.com.br
Lanchas e veleiros
itaJaí
• Krause Boats
Tel. 48/4107-0260
www.estaleirokrause.
com.br
Lanchas
PaLhoça
• Lancer
Tel. 48/32429840
www.lanceryachts.com.br
Lanchas
PaLhoça
• Mastro d’Ascia
Tel. 48/3238-2314
www.mastrodascia.com.br
Lanchas nomad
FLorianóPoLiS
• Ocean Life
Tel. 48/3342-0204
www.evolveboats.com.br
Lanchas evolve
biGuaçu
• Psari Boats
Tel. 47/3365-0906
www.psari.com.br
Lanchas
Camboriú
• Sail Master
Tel. 48/3343-8930
www.sail-master.com.br
infláveis
São JoSé
• Schaefer Yachts
Tel. 48/2106-0001
www.schaeferyachts.com.br
Lanchas phantom PaLhoça
• Sea Crest
Tel. 48/3278-1252
www.seacrest.com.br
Lanchas
São JoSé
• Sessa Marine
Brasil
www.sessamarine.com
Tel. 48/3278-1169
Lanchas
São JoSé
• Singular Boats
Tel. 48/3341-3343
www.singularboats.com
Lanchas
PaLhoça
• Top Line Yachts
Tel. 48/4109 -0414
www.toplineyachts.com.br.
Lanchas
biGuaçu
• Zeta Yachts
Tel. 48/9982-2118
www.zetaestaleiro.com.br
Lanchas
PaLhoça
MoTores e
eQuipaMenTos
• Boa Vista Reboques
Tel. 47/3433-4815
www.boavistareboques.
com.br
Fábrica de reboques
itaJaí
• De Vento em Popa
Tel. 47/9977-0676
Mecânica de motores
Camboriú
• Elber
Tel. 47/3542-3000
www.elber.ind.br
Geladeiras e freezers
aGronômiCa
• Formula Import
Tel. 47/3473-0088
www.formulaimport.
com.br
Geradores, gaiutas, vigias,
condicionadores de ar e
equipamentos
hidráulicos
JoinviLLe
• Hoffmann
Tel. 47/3348-1069
www.heliceshoffmann.
com.br
Fábrica de hélices
itaJaí
• Motor Marine
Tel. 47/3264-1439
assistência técnica
de motores
baLneário Camboriú
• Nautcar Carretas
Tel. 48/3257-6243
www.nautcar.com
Fabricante de carretas
FLorianóPoLiS
• Optolamp – HE
Tel. 47/3369-4184
www.optolamp.com
iluminação e sinalização
para barcos
Porto beLo
• Pirâmide Reboques
Tel. 47/3473-1078
www.piramidereboques.
com.br
Fábrica de reboques
JoinviLLe
• Real Marítima
Tel. 48/3348-7885
autorizada Volvo
FLorianóPoLiS
• Xexeumar
Tel. 48/3243-2726
www.xexeumar.com.br
Fábrica de peças de inox
biGuaçu
Lojas e serViços
• American Boat
Tel. 47/3427-2143
www.americanboat.com.br
Lanchas importadas Chris
Craft
JoinviLLe
• Acrilatec
Tel. 48/3257-1038
www.acrilatec.com.br
peças em acrílico
São JoSé
• AJX
Tel. 48/3222-7752
www.ajxtec.com.br
Torres de abastecimento e
equipamentos de
fibra para marinas
FLorianóPoLiS
• Alenáutica
Tel. 48/3244-4466
www.alenautica.com.br
Lanchas Ventura,
oficina e loja náutica
FLorianóPoLiS
• Armazém Naval
Tel. 48/3225-9370
www.armazemnaval.com.br
Loja Yanmar e Holt nautos;
oficina
FLorianóPoLiS
• Beneteau
Tel. 48/3066-2222
Lanchas e veleiros
biGuaçu
• Boat Sul
Tel. 47/3367-6813
www.boatsul.com.br
Lanchas importadas
sunseeker e Cobalt
biGuaçu
• Brasil Adventure
(by Dente)
Tel. 47/3366-3114
www.bydente.com.br
Venda e reparo de jets
Camboriú
• Brisa Yachts
Tel. 48/9133-7418
www.brisayachts.com.br
Lanchas singular
FLorianóPoLiS
• Calamar
Tel. 48/3244-3863
www.calamarsc.com.br
peças e serviços náuticos
FLorianóPoLiS
• Cleo Muller
Tel. 47/3043-0497
Lanchas sea Gold
JoinviLLe
• Cia. da Praia
Tel. 48/3269-5988
www.companhiadapraia.
com.br
Barcos e equipamentos
FLorianóPoLiS
• Coltri Sub
Tel. 48/3348-2114
www.coltrisub.it
Compressores para recarga
de ar FLorianóPoLiS
• Estofatec
Tel. 48/7812-6727
revestimentos náuticos
São JoSé
• First Yacht
Tel. 48/3027-1038
www.firstyacht.com.br
FLorianóPoLiS e
baLneário Camboriú
• Floripa Náutica
Tel. 48/3243-2232
www.floripanautica.
com.br
Lanchas e motores
biGuaçu
• Guaíba
Tel. 48/3304-7223
www.guaibanautica.
com.br
Barcos e equipamentos
FLorianóPoLiS
• Gurupés Náutica
Tel. 47/3366-1410
www.gurupes.com.br
Veleiros Bramador
e catracas sea Winch
baLneário Camboriú
• Inter Coatings
Tel. 48/3349-9090
www.intercoatings.com.br
Tintas marítimas
itaJaí
• Interyachts
Tel. 48/3365-9570
www.interyachts.com.br
Lanchas intermarine
FLorianóPoLiS
• Jet Hause
Tel. 48/3232-5451
[email protected]
Venda e manutenção de
jets
FLorianóPoLiS
• Katavento Capas
Náuticas
Tel. 48/3225-7600
www.kataventocapas
nauticas.com.br
Capas e reparos de velas
FLorianóPoLiS
• Jet Point
Tel. 47/3361-0294
www.jetpoint.com.br
Venda e manutenção de
jets
Camboriú
• L.A. Infláveis
Tel. 47/3369-4711
www.lainflaveis.net
infláveis, serviços náuticos
Porto beLo
Náutica Sul
75
Onde encontrar
Tel. 47/3423-3351
Loja, oficina e despachante
JoinviLLe e São
FranCiSCo do SuL
• Mar&Mar Náutica
Tel. 48/3365-9570
www.maremarnautica.
com.br
Venda de barcos novos
e usados; aluguel
FLorianóPoLiS
• Marina da Conceição
Tel. 48/3232-0345
www.marinada conceicao.
com.br
Venda de lanchas
FLorianóPoLiS
• Marine Express
Tel. 47/3367-7167
www.marinexpress.com.br
eletrônicos, geradores e
equipamentos
Camboriú
• Mega Jet & Boats
Tel. 48/3246-4546
www.megajet.net
revenda e assistência
técnica de jets, lanchas
e motores de popa
São JoSé
• Mídia Signs
Tel. 47/3367-2192
www.midiasigns.com.br
adesivos para barcos
Camboriú
• Moto Jeans
Tel. 49/3319-2480
www.motojeans.com.br
Lanchas Ventura, jets sea
Doo e motores envirude
ChaPeCó
• Náutica Mané Ferrari
Tel. 48/7811-8391
www.nauticamaneferrari.
com.br.
Lanchas, equipamentos,
transporte e serviços gerais
FLorianóPoLiS
• Náutica Tecnimar
• Nautiservi
Tel. 47/3369-9001
www.nautiservi.com.br
Venda e reparo de lanchas
Porto beLo
• One Yachts
Tel. 47/3368-6870
www.oneyachts.com.br
76
Náutica Sul
• Pier 33
Tel. 48/3285-3333
www.pier33.com.br
revenda schaefer
biGuaçu
• Pino
www.pino.com.br
roupas, botas e
acessórios de neoprene
Porto beLo
• Paulo Marques
Tel. 48/9911-9488
www.pmoyd.wordpress.
com
projetos de barcos
FLorianóPoLiS
• Power News Baterias
Tel. 48/3241-0908
revenda de baterias
São JoSé
• Pro Náutica
Tel. 48/3232-1963
www.pronautica.com.br
Venda e manutenção
de jets; venda de lanchas;
roupas e equipamentos
para jet e wakeboard;
flyboard
FLorianóPoLiS
• RC Náutica
Tel. 48/3240-4731
acessórios para lanchas
FLorianóPoLiS
• Real Class Sul
Tel. 47/3028-1230
www.powerboats.com.br
Lanchas real Class
JoinviLLe
• Rinaldi Yacht Design
Tel. 47/3348-1354
www.rinaldi-yd.com
projetos de barcos
baLneário Camboriú
• Sailing International
Tel. 47/3366-2753
www.melim.com.br
Loja náutica
Camboriú
• Rio Marine Service
Tel. 48/3236-2107
www.coppercoat.com.br
Distribuidor de resina antiincrustante
FLorianóPoLiS
• Sanautica Joinville
Tel. 47/3028-0888
www.sanautica.com.br
Venda e assistência
Brp e Mercury;
lanchas
JoinviLLe
• SC Yachts
Tel. 48/3222-0052
www.scyachts.com.br
Lanchas sessa
FLorianóPoLiS
• Sea Doo-Mega Jet
Tel. 48/3246-4546
Venda e oficina de jets
São JoSé
• Só Náutica
Tel. 47/3361-9393
www.sonautica.com.br
Venda e oficina
Camboriú
• SP Marine
Tel. 47/3361-6139
www.spmarine.com.br
Lanchas intermarine
baLneário Camboriú
• Squadramarine
Tel. 48/3365-9613
www.squadramarine.
com.br
Lanchas, veleiros,
manutenção e
administração de obras
FLorianóPoLiS
• Sul Yachts
Tel. 48/3012-1444
www.sulyachts.com.br
Lanchas multi-marcas
FLorianóPoLiS
• Trans Acácio
Tel. 48/3342-0653
www.transacacio.com.br
Transporte de barcos
FLorianóPoLiS
• Transportadora
Dois Irmãos
Tel. 48/3245-5566
www.g2irmãos.com.br
Transporte de barcos,
máquinas e motores
Santo amaro
da imPeratriz
• Ultramar
International
Tel. 48/3236-2611
jets e componentes para
estaleiros
FLorianóPoLiS
• Universo Náutico
Tel. 47/3361-0005
www.universonautico.
com.br
Lanchas armada,
Cimitarra e ecomariner
baLneário Camboriú
• Velas Oceano
Tel. 48/3223-6051
Velas e capas
FLorianóPoLiS
• Via Náutica
Tel. 48/3205-1212
www.vianauticasc.com.br
Lanchas Fs e Brasboats
e motores Mercury
São JoSé
• X-Float
Tel. 48/3346-0999
www.xfloat.com.br
equipamentos
FLorianóPoLiS
• Ocean Boats
Porto aLeGre
Lojas
e serViços
Tel. 51/3627-4399
www.seagoldlanchas.
com.br
Lanchas sea Gold
imbé
• Aventura Brasil
Tel. 51/3341-9858
www.aventurabrasilrs.
com.br
infláveis e alumínio
Porto aLeGre
• Quality Marine
Tel. 51/3482-1697
www.qualitymarine.
com.br
Veleiros e lanchas
barra do ribeiro
• Bica Jet
Tel. 51/3375-0033
www.bicajet.com.br
jets e motores
Porto aLeGre
• Skipper
RIO GRANDE
DO SUL
esTaLeiros
• Allfibras
Tel. 51/3661-4557
[email protected]
Lanchas Millenium
tramandaí
• Cia. Câmara
Tel. 51/3035-5080
www.ciacamara.com.br
Veleiros e trawlers
Porto aLeGre
• Delta Yachts
Tel. 51/3431-3007
www.deltayachts.com.br
Veleiros
Porto aLeGre
• Estaleiro Cimitarra
Tel. 51/3388-4444
www.cimitarra.com.br
Lanchas
Porto aLeGre
Tel. 51/3311-8476
www.skipper.com.br
Veleiros
Porto aLeGre
Tel. 51/3427-3566
www.sunsetboats.
com.br
Lanchas intruder
CanoaS
• Nautiflex
Tel. 51/3697-1544
www.nautiflex.com.br
Botes e balsas salva-vidas
broChier
• Equinautic
Tel. 51/3268-6675
www.equinautic.com.br
Veleiros Laser e pico
e equipamentos
• Kali Náutica
Tel. 51/3037-4872
www.kalinautica.com.br
Lanchas, motores
e serviços
São LeoPoLdo
• Nautiescola
Tel. 51/3203-2177
www.nautiescola.com
Habilitação náutica
Porto aLeGre
• Marina das Flores
Tel. 51/3203-2002
www.marinadasflores.
com.br
Lanchas solara
Porto aLeGre
• Nautipar
Tel. 51/3337-4788
www.nautipar.com.br
Lanchas Ferretti
Porto aLeGre
• Marítima
Tel. 51/3061-4261
www.maritima.eng.br
Lanchas, veleiros, e vistoria
Porto aLeGre
• Nautisul
tel. 51/3264-4000
www.nautisul.com.br
Lanchas e equipamentos
Porto aLeGre
• Moto Sport
www.motosportyamaha.
com.br
jets e motores Yamaha
ereChim, PaSSo Fundo,
Sâo LuíS GonzaGa,
São borJa, Carazinho,
trêS PaSSoS,
FrederiCo WeStPhaLen e
PaLmeira daS miSSõeS
• Nautiway
• Multináutica
Motoryama
Tel. 51/3406-4040
[email protected]
Lanchas, jets e
equipamentos
Porto aLeGre
MoTores e
eQuipaMenTos
• Farol Náutica
resposta das
Tel. 51/3242-1085
www.farolnautica.com.br
Fábrica de mastros
Porto aLeGre
CruzaDas
• Manotaço
Tel. 51/3268-4611
www.manotaco.com.br
Fábrica de mastros
Porto aLeGre
• Nautiway
Tel. 51/9866-6755
www.estaleiromuller.com.br
Lanchas e veleiros
Santa Cruz do SuL
Tel. 51/3347-4747
artigos de fibra de vidro
Porto aLeGre
Tel. 53/3228-1383
www.vilasboasnautica.com.br
Barcos de aço
PeLotaS
• Ilha Sul
• Müller
• Emesul
• Vilas Boas Náutica
• Marnáutica
Tel. 51/3482-2010
www.ilhasulnauticas.
com.br
Cascos de alumínio
Porto aLeGre
Tel. 51/3268-4695
www.centralnautica.org
Broker e charters
Porto aLeGre
• Sunset Boats
• HF Marine – Solara
Tel. 51/3718-1838
www.hfmarine.com.br
Lanchas
Porto aLeGre
• Central Náutica
tel. 54/3229-0405
www.multinautica.com.br
peças para estaleiros
CaxiaS do SuL
Tel. 51/3476-4770
[email protected]
revenda Volvo penta
CanoaS
Motoryama
Tel. 51/3406-4040
[email protected]
Motores Mercury
e Yamaha
Porto aLeGre
nome desta ave
• Nautos
Tel. 54/3026-1600
www.nautos.com.br
equipamentos para
veleiros
CaxiaS do SuL
• Port Marinne
Tel. 51/3337-4788
www.portmarinne.com.br
Lanchas e equipamentos
Porto aLeGre
Divulgação
Tel. 47/3361-1120
e 47/9117-6622
www.tecnimar.com.br
Manutenção e reparos
Camboriú
Lanchas importadas
baLneário Camboriú
Shutterstock
• Mar & Cia
• Olimpic Sails
tel. 51/32666-0523
www.olisails.com.br
Velas de competição
e lazer
Porto aLeGre
• Piccolo Sails
Tel. 51/3266-7196
www.piccolosails.com.br
Velas, lonas e capas
Porto aLeGre
• Port Marinne
Tel. 51/3337-4788
www.portmarinne.com.br
Lanchas, motores e jets
Porto aLeGre
• Powered by Kri Kri
Tel. 51/3024-3757
www.krikri.com.br
Loja e oficina de jets
Porto aLeGre
• Refrináutica
Tel. 51/4101-2233
www.refrinautica.com.br
refrigeração embarcada
Porto aLeGre
• Sanáutica
Tel. 55/3412-3907
www.sanautica.com.br
Lanchas e motores
uruGuaiana
• Sul Boats
Tel. 51/8118-8008
www.sulboats.com.br
Lanchas Triton
Porto aLeGre
• Sul Náutica
Tel. 51/3269-2332
equipamentos náuticos
Porto aLeGre
• Turbo Moto Náutica
51/3084-7200
Lanchas Ventura
e motores Mercury
Porto aLeGre
• Vascopopa
55/3312-4398
www.vascopopa.com.br
Lanchas Ventura, jets
e motores Yamaha
Santo anGeLo
• Vida Náutica
Tel. 53/3278-8675
www.vidanautica.com.br
Lanchas, jets, motores
Mercury
PeLotaS
Marinas e Iates Clubes
PARANÁ
ANTONINA
www.icpgua.com.br
• Marina­Velho­Marujo
Tel. 41/3424-4672
[email protected]
• Clu­be­Náu­ti­co­de­An­to­ni­na
Tel. 41/3432-1331
www.nautico-online.com.br
• ­Marina­Quebra-Mar
Tel. 41/3455-1222
•
• ­Marina­Arvoredo
Tel. 47/3393 4653
­ e­des­co­Ma­ri­na
T
Tel. 47/3361-1420
www.te­des­co­ma­ri­na.com.br
• ­Ma­ri­na­Gua­rá
Tel. 48/3232-9614
•
Marina­São­Sebastião
Tel. 48/3262-7414
www.marinasaosebastiao.com.br
•
ANI
Tel. 47/9146-2020
www.culturanautica.org.br
•
Marina­do­Galego
Tel. 47/3368-3474
• Marlim­Azul­Marina­Clube
Tel. 41/3422-7238
• ­Marina­Sete­Mares
Tel. 41/3455-2177
• Marina­Canto­Grande
• ­­Vi­la­Ma­ria­Ma­ri­na­Clu­be
CAMBORIÚ
Tel. 41/3452-1545
www.icc.org.br
•
GUARATUBA
Porto­Marina­Oceania
Tel. 41/3423-1831
portomarinaoceania­
@yahoo.com.br
I­ lha­do­Mel
Tel. 41/3455-1580
•
Cond.­Náutico
Ilhas­do­Sul
Tel. 41/3455-1380
• Iate­Clube­de­Guaratuba
Tel. 41/3442-1535/3222-6813
www.iateguaratuba.com.br
Tel. 47/3367-0452
• Iate­Clube
Tel. 41/3455-1450
• ­Jet­Point­(só­jets)
Tel. 47/3361-0294
www.jet­point.com.br
Mares­do­Sul
Tel. 41/3455-1447
www.marinamaresdosul.com.br
• Marina­Aragão
BIGUAçU
Tel. 41/3455-1392
•
Tel. 41/3442-1909
• Iate­Clube­de­Paranaguá
Tel. 41/3422-5622
www.icpgua.com.br
78
Náutica Sul
Marina­da­Âncora
Tel. 48/3269-6356
•
Marina­Barra­da­Lagoa
Tel. 48/3232-4657
•
Tel. 41/3455-2187
marinalagamar.com.br
• Marina­Las­Palmas
Tel. 41/3256-1709
• ­Ma­ri­na­Ma­rina
• Marina­Pier­33
Tel. 48/3285-3333
Tel. 47/3366-8564
www.marinaoceano.com.br
• Marina­Terra­Firme
Tel. 48/3285-1524
www.marinaterrafirme.com.br
• Marina­3­Mares
Tel. 48/3243-1199
www.marina3mares.com.br
• Ma­ri­na­Off­Sho­re
Tel. 47/3361-0765
• Ma­ri­na­Vip
Tel. 47/3361-9393
ma­ri­na@so­nau­ti­ca.com.br
Ma­ri­na­da­Croa
Tel. 48/3266-1980
www.marinadacroa.com.br
•
Ma­ri­na­Club
Tel. 48/3284-5080
•
­ a­ri­na­do­Costão
M
Tel. 48/9972-2143
www.costaogolf.com.br
•
Ma­ri­na­Fortaleza
Tel. 48/3232-3296
CN­Porto­do­Sol
Tel. 47/3427-2143
www.centronauticoportodosol.com.br
•
Ia­te­Clu­be­Boa­Vista
Tel. 47/3433-4429
•
•
Ma­ri­na­Pon­ta­da­Areia­
(Fe­do­ca)
Tel. 48/3232-0759
www.chef­fe­do­ca.com
•
Ma­ri­na­Ponta­Norte
Tel. 48/3284-1558
IC­de­Por­to­Be­lo
Tel. 47/3369-4333
•
Ma­ri­na­Atlân­ti­da
Tel. 47/3369-5665
•
Ma­ri­na­Cos­ta­Man­sa
Tel. 47/3369-4760
ma­ri­na­cos­ta­man­[email protected]
•
Ma­ri­na­Por­to­Be­lo
Tel. 47/3369-4570
•
Ma­ri­na­Porto­do­Rio
Tel. 47/3369-4000
www.marinaportodorio.com.br
•
Ma­ri­na­Ribeirão­da­Ilha
Tel. 48/9925-9188
•
Marina­Santo­Antônio
Tel. 48/3233-0009
www.marinasantoantonio.com.br
•
•
Marina­Sea­Escape
Tel. 48/3248-3596
www.seaescape.com.br
Marina­Verde­Mar
Tel. 48/3232-7323
www.marinaverdemar.com.br
Joinville­Iate­Clube
Tel. 47/3434-1744
www.joinvilleiateclube.com.br
SÃO FRANCISCO DO SUL
• Marina­das­Garças
Tel. 47/3467-3801
www.marinadasgarcas.com.br
Ma­ri­na­Recanto­da­Lagoa
Tel. 48/3232-2260
Ma­ri­na­da­Con­cei­ção
Tel. 48/3232-1297
• Ma­ri­na­Oce­a­no
•
Tel. 48/3235-2418
www.ma­ri­na­marina.com.br
•
•
• ­Marina­Lagamar
Ma­ri­na­Blue­Fox
Tel. 48/3369-0185
• Ma­ri­na­Cam­bo­riú
• Porto­Estaleiro
PARANAGUÁ
•
•
• Marina­Central­Náutica
La­goa­Ia­te­Clu­be
Tel. 48/3232-0088
www.lic.org.br
Tel. 47/3367-3699
Tel. 41/3455-1528
Tel. 41/3472-2609
www.portoestaleiro.com.br
•
I­ a­te­Clu­be­de
Santa­Catarina
Tel. 48/3225-7799
www.icsc.com.br
Tel. 47/3366-3114
www.byden­te.com.br
Tel. 41/3472-3791
www.marinaguarapesca.com.br
• Marina­Vela­Mar
Pro­Náu­ti­ca
Tel. 48/3232-8457
[email protected]
• Ma­ri­na­By­Den­te (só­jets)
SANTA
CATARINA
• Marina­do­Sol
•­­Marina­Guarapesca
• Ponta­do­Poço
ITAPeMA
• ­Ia­te­Clu­be­de­Cam­bo­riú
• Porto­Marina
Pontal­do­Sul
Tel. 41/3455-1145/3264-1153
Tel. 41/3442-1178
[email protected]
•
jOINvILLe
• ­Cond.­Náutico
Tel. 41/3472-1624
CN­Por­to­Be­lo
Tel. 47/3369-4361
[email protected].
br
• ­Ma­ri­na­da­La­goa/
PONTAL DO SUL
• ­Porto­Marina­Guaratuba
Tel. 48/3348-7084
FLORIANÓPOLIS
• Marina­Vale­do­Sol
Tel. 41/3455-2282
[email protected]
• ­Ma­ri­na­Itaguaçu
Tel. 47/3361-4721
lo­bo­do­marsc@ter­ra.com.br
Tel. 47/3393-3227
• ­Ia­te­Clu­be­de­Cai­o­bá
Tel. 41/3473-5174/99742209
•
ITAjAí
CAIOBÁ
• Marina­Bali
PORTO BeLO
GOv. CeLSO RAMOS
BOMBINHAS
•
Nass­Mariner
Tel. 47/3427-4915
•
Sociedade
Recreativa­Marbi
Tel. 47/3437-4124
LAGUNA
•
I.C.­Laguna
Tel. 48/3644-0551
•
Capri­Iate­Clube
Tel. 47/3444-7247
www.capriiateclube.com.br
•
Clube­Náutico
Cruzeiro­do­Sul
Tel. 47/3444-2493
•
Iperoba­
Hangaragem­Náutica
Tel. 47/9922-0070
•
Marina­Nautilus
Tel. 47/3444-7172
www.marinanautilus.com.br
PIçARRAS
•
Marina­Park
Tel. 47/3345-0338
www.marinaparksc.com.br
Náutica Sul
79
cruzadas Náuticas
Marinas
RIO GRANDe
DO SUL
OSÓRIO
• Marina­Porto­30
Tel. 51/3022-3217
Você eNteNde de mar?
• Marina­Vitória­Régia
Tel. 51/3211-7938
• Nautiescola
Tel. 51/3203-2177
www.nautiescola.com
O espaço certo para a sua empresa falar com
o mercado náutico. Conheça nosso novo portal,
• ­Fa­zen­da­Pon­tal
Iate­Clube
Tel. 51/3628-8080
www.pin­gue­lai­a­te­clu­be.com.br­
2 Peixe da região amazônica; sua carne é muito consumida pela população local e sua pele utilizada na fabricação de couro • 6 A maior do Brasil,
que, com seu canto mavioso, atraía marujos para o mar, onde morriam afogados • 13­Grande planície inundável da América do Sul, um dos ecossistemas mais ricos do
Tel. 51/9971-1793
www.fa­zen­da­pon­tal.com.br
• La­goa­da­Pin­gue­la
www.nautica.com.br.
HORIZONTAIS
em área, é a de Sobradinho, na Bahia • 8 Primeira graduação na hierarquia do pessoal subalterno da Marinha do Brasil • 10 Ser mitológico, metade mulher, metade peixe,
planeta • 15 enchova, especialmente a preparada na salmoura para conserva • 16 A maior reentrância marítima do mundo • 19 Repartição da Marinha encarregada
• Píer­340
Tel. 51/3264-6800
www.pier340.com.br
da segurança e do tráfego marítimo em sua jurisdição • 21 Limite territorial entre dois ou mais países • 22 O recipiente usado para servir a feijoada • 23 Condição
urgente, que demanda ação ou assistência rápida • 26 Data comemorada pelos cristãos em 25 de dezembro • 31 Navegação com vento de viés • 32 Carroceria
metálica usada para depositar entulho de obras, lixo etc., posteriormente transportadas por um caminhão • 33 Palavra do alfabeto fonético que representa a letra F.
PeLOTAS
• Porto­Alegre­Boat­Club
• Veleiros­Saldanha­da­
Gama
Maio 2014 | N0 309 | R$ 18,00 | www.nautica.com.br
Tel. 51/9956-1033
www.portoalegreboatclub.
com.br
Tel. 53/3225-5399
www.veleirossaldanhadagama.
com.br
PORTO ALeGRe
Junho 2014 | N0 310 | R$ 18,00 | www.nautica.com.br
• Sava­Clube
ESTREIA
NO BRASIL
Este Delfino 93,
destaque no
Rio Boat Show
2014, é a quinta
unidade desse
modelo feito
pelo tradicional
estaleiro italiano
Benetti
Tel. 51/3269-1984
www.savaclube.com.br
Zaphira
• Clu­be­dos­Jan­ga­dei­ros
O primeiro iate italiano Benetti 93 em nossas águas
Clássicos
do
Brasil
Tel. 51/3268-0080
www.jan­ga­dei­ros.com.br
28/04/14 21:13
Capa 310 Assinantes_FINAL.indd 1
Os mais bonitos
e antigos barcos
a motor que
ainda desfilam
em nossas águas
• ­Veleiros­do­Sul
Tel. 51/3265-1733
www.vds.com.br
27/05/14 21:16
• Ia­te­Clu­be­Guaí­ba
Tel. 51/3268-0397
www.ia­te­clu­be­guai­ba.com.br
• Marina­Sul
Tel. 51/3203-1944
www.marinasul.com.br
TAPeS
Nome desta ave
• Clu­be­Náu­ti­co­Ta­pen­se
Tel. 51/3672-1209
www.nauticotapense.com.br
RIO GRANDe
Abril 2014 | N0 308 | R$ 18,00 | www.nautica.com.br
• Marina­da­Conga
Março 2014 | N0 307 | R$ 18,00 | www.nautica.com.br
Nera
Tel. 51/9899-2894
www.marinadaconga.com.br
• Marina­das­Flores
Tel. 51/3203-2002
www.marinadasflores.com.br
24/03/14 20:39
Capa 307_Assinante_FINAL.indd 1
Tel. 53/3232-7196
www.rgyc.com.br
SÃO LOUReNçO
15 a Regata Ilha de Caras/Revista Náutica
A charmosa festa
da vela em Angra
A nova estrela da
lista dos maiores
iates do Brasil
Capa 308 Assinantes_v4.indd 1
• Rio­Gran­de­Yacht­Club
Shutterstock
Lenda náutica
Derivado de uma
italiana Technema,
o Nera passou por
uma minuciosa
reforma, até se
transformar neste
elegante 105 pés
• Iate­Clube­
São­Lourenço­do­Sul
Tel. 53/3251-3606
www.icsls.com.br
26/02/14 17:15
vIAMÃO
• Marina­Datelli
Tel. 51/3018-1001
• Marina­do­Lessa
Tel. 51/9967-3036
Anuncie!
[email protected] 11-2186 1022
• Marina­Ilha­Bela
Tel. 51/3211-7551
• Clube­Náutico­Itapuã
Tel. 51/3494-1355
www.clubenauticoitapua.com.br
V
E
R
T
I
C
A
I
S
1 A constelação austral cuja estrela mais brilhante é dupla • 2 Nevoeiro muito denso (principalmente nas manhãs de inverno, em terra ou no mar) que
impede a visão a grande distância • 3 Um mecanismo para reduzir atrito entre superfícies • 4 Um tipo de poltrona que se pode recostar para melhor
se acomodar • 5 Peixe de pequeno e médio porte, corpo fusiforme e fendas branquiais laterais, também conhecido como cação • 6 Força que se
opõe ao deslocamento de um corpo que se move • 7 O grande lago da capital federal • 9 O percurso de um navio no mar ou de um avião em voo
• 11 Oficial que ocupa o segundo lugar na linha de comando de um navio • 12 O ato de subsistir, de escapar de um acidente, desastre, naufrágio,
incêndio etc. • 13 Uma ave que não sabe voar, característica do hemisfério Sul • 14 Material plástico sintético usado como matéria-prima para cordas,
roupas, material esportivo etc. • 17 Monte de areia típico de praias como jericoacoara e Natal • 18 Lado direito do navio, olhando da popa para
a proa • 20 Cômodo e fácil de ser usado • 24 (Fig.) Alta, aumento • 25 Cada um dos sete amiguinhos da Branca de Neve • 27 Interjeição usada
pelos que saúdam com copos de bebida • 28 Cidade histórica de Santa Catarina, com importante porto • 29 O automático é o aparelho do barco, que
dispensa a intervenção da tripulação durante a navegação, mantendo a velocidade e a direção • 30 Unidade de medida da energia elétrica, de símbolo v.
Respostas­na­página­79
Náutica Sul
81
elaboradas por A Recreativa — palavras cruzadas e passatempos — www.recreativa.com.br
Capa 309 Assinantes_final.indd 1
arquivo pessoal
3 perguntas
“A PRIMEIRA DO BRASIL”
O pesquisador e escritor Idolo de Carvalho garante que foi Cananéia (e não São Vicente),
a primeira cidade do Brasil. E graças a um personagem que a História preferiu ignorar
O
mineiro Idolo de Carvalho é apaixonado pela pesquisa histórica e pela cidade que escolheu para
viver, há mais de 20 anos: a pequena Cananéia,
na divisa do litoral de São Paulo com o Paraná. E foi lá
que ele decidiu pesquisar um personagem histórico que
poucos já ouviram falar: o português Cosme Fernandes, o
1
Aprendemos
errado
na escola?
“De certa forma, sim. Porque foi em Cananéia que se estabeleceu o primeiro povoado do país, bem antes de Martim Afonso “fundar” São Vicente, em 1532. A própria
Secretaria da Cultura de São Paulo admite
isso, ao afirmar que Cananéia foi “criada” em
1531. Mas o fato é que desde 1498 já havia
um “povoado” na região de Cananéia, com
a chegada do primeiro homem branco a se
estabelecer no nosso país, o português Cosme Fernandes, o Mestre Bacharel, como se
tornaria conhecido. Ele veio para cá na expedição secreta e exploratória de Duarte Pacheco e ali foi deixado como “marco humano” português, a fim de preestabelecer o
limite sul do Tratado de Tordesilhas. Portanto,
Cananéia existe desde antes de o Brasil ter
sido oficialmente “descoberto”, o que a torna
ainda mais histórica. Mas São Vicente sempre teve mais força política e levou a fama”.
82
NáutIcA SuL
2
Mestre Bacharel, que, segundo ele (e todos na cidade), foi
o primeiro colonizador a se estabelecer em solo brasileiro,
o que também tornaria Cananéia o primeiro povoado do
Brasil — antes mesmo de o país ser oficialmente “descoberto”, em 1500. A questão virou tema de um livro que Idolo escreveu e que ele aqui comenta, rapidamente.
O que
comprova
isso?
“Os próprios registros históricos, embora exista certa lacuna de informações sobre o Brasil no período compreendido entre
o seu real descobrimento e a fundação de
São Vicente, justamente quando Mestre Bacharel mais atuou por aqui. No Padrão dos
Descobrimentos, em Lisboa, está gravado,
no mármore, uma referência a Cananéia,
o que deixa evidente a sua importância na
época. Oficialmente, no entanto, a História
registrou que Bacharel só veio para cá na
expedição de Gonçalo Coelho, de 1501, porque Portugal não poderia admitir que já sabia da existência do Brasil antes de Cabral
“descobrir” o nosso país, obviamente. E isso
também fez com que Cananéia fosse ignorada na sua real relevância histórica. Mas,
na cidade, isso é ensinado até nas escolas
e ela é classificada, sem nenhuma dúvida,
como o primeiro povoado do Brasil”.
3
Quem foi este
Bacharel que a
História ignorou?
“Mestre Bacharel foi um degradado português, que aqui virou uma espécie de rei
entre os índios, porque, além de branco, tinha recursos que eles desconheciam. Tornou-se, então, temido e respeitado. E aproveitou-se disso para ficar rico e poderoso,
criando um exército de nativos, capturando ouro e explorando aquele trecho do litoral brasileiro. Foi ele quem também estabeleceu o primeiro povoado no que é hoje São
Vicente, depois de fazer o mesmo em Cananéia. Quando Martim Afonso chegou lá,
o Bacharel já havia criado uma comunidade. Mas pouco se sabe sobre ele, até porque
o grande incêndio de Lisboa queimou boa
parte dos arquivos históricos. Ao que tudo
indica, morreu aqui mesmo. Em Iguape, existe o Outeiro do Bacharel e lá, até hoje, se celebra uma missa em homenagem a ele. Mas,
no fundo, ele foi um grande aproveitador”.
Imagens meramente ilustrativas. O empreendimento somente será comercializado após o Registro do Memorial de Incorporação junto ao Cartório de Registro de imóveis.
AGORA VOCE VAI TER UM
NOVO ESTILO DE VIDA: UNICO.
Conheca o The View Club Residence Jurere.
O The View Club Residence é perfeito para quem gosta de
todo charme e glamour de Jurerê. Com uma vista privilegiada,
exclusiva e surpreendente, o The View alia tecnologia a todo
conforto que você merece.
2 e 3 suites
2, 3 e 4 vagas de garagem
areas privativas de 178m2 a 235m2
Biometria nas portas de entrada
apartamentos
Porta de segurança na entrada dos
Persianas automatizadas
Vidros duplos nas janelas
Lounge Gourmet
Sports Bar
Fitness Place
Health Spa
Hall de entrada climatizado e finamente mobiliado
Home Cinema
E muito mais.
Saiba mais em: www.TheViewJurere.com.br

Documentos relacionados