guaraqueçaba - Revista Náutica
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guaraqueçaba - Revista Náutica
paraná santa catarina rio gr. do sul Canoagem eXtrema! Quem é o catarinense que adora despencar de cachoeiras desse jeito... edição nº 49 | julho – agosto 2014 | R$ 8,90 Guaraqueçaba O MaiOr TesOurO da baía de ParanaGuá Como fisgar um desses 15 dicas de um especialista em pescarias de robalos-flecha será que preCisa? As tralhas inúteis que os barcos carregam Xi, não pega Tudo o que você precisa saber sobre baterias a bordo Índice NESTA EDIÇÃO... O CATARINENSE MARCELO GALIZIO É O ÚNICO PRATICANTE BRASILEIRO DA MAIS RADICAL MODALIDADE DA CANOAGEM, CUJO OBJETIVO É DESCER ENORMES CACHOEIRAS DESSE JEITO... M arcelo Galizio, de 27 anos, nutre uma paixão que para todo mundo seria um pesadelo: descer (ou, melhor dizendo, despencar...) do alto de enormes cachoeiras com um caiaque. Loucura? Não! Esporte — a mais técnica e radical classe da canoagem mundial, da qual ele é, praticamente, o único praticante no país. “Adoro o que faço”, diz este manezinho de Florianópolis, que, como todo bom atleta, vive do esporte, tem patrocinadores e viaja pelo mundo para aperfeiçoar sua natural habilidade em lidar com serenidade em situações extremas — tão extremas que um dos nomes desta modalidade da canoagem de águas brancas é justamente “caiaque extremo”. E basta olhar para as fotos para saber por quê. SÓ ELE FAZ ISSO Cascata do rio Escondido, na Argentina, a preferida de Marcelo Galizio, um apaixonado pela classe mais radical da canoagem. No Brasil, ninguém faz o que este catarinense faz GUARAQUEÇABA D I C A L O TESOURO DA BA Í A Dentro da imensidão de águas da baía de Paranaguá , nada sur preende mais do que a beleza natural que esta cidade esconde FOTOS ARQUIVO PESSOAL PRA L Á DE R A POR JORGE DE SOUZA FOTOS MOZART LATORRE 26 NÁUTICA SUL NÁUTICA SUL 27 NÁUTICA SUL pág. 16 Você e seu barco A primeira FOTOS VICTOR SCHNEIDER 16 FOTOS ARQUIVO PESCA ESPORTIVA Semana de Vela de Itajaí foi marcada por muitos barcos, apesar da chuva forte que não deu trégua para os velejadores 15UM DESSES Grande e duro de ser fisgado, o robaloflecha, também conhecido como robalão ou bicudo, é, por isso mesmo, muito cobiçado pelos pescadores do Paraná e Santa Catarina. Mas, com estas dicas do especialista paranaense Roald Andretta, fica um pouco mais fácil. Ou menos difícil... 1 Maré Sensível às menores variações, o robalo-flecha exige muita observação da natureza. As mudanças de maré são decisivas. As melhores são as de lua quarto crescente e minguante, que têm menor amplitude e não turvam as águas, e os repontos das marés de Sizígea (luas cheia e nova). 2 3 Clima O flecha gosta de água limpa. Por isso, é preciso acompanhar de perto a previsão do tempo e os índices de chuvas na região da pescaria. Se a água estiver turva, nada feito. Habitat Ele tanto pode estar no mangue, quanto nas costeiras. Rios com nascentes na serra têm águas mais transparentes e são boas opções, principalmente no final das marés vazantes. Já os rios que nascem nos manguezais têm águas cor de chá e costumam ser mais produtivos nas enchentes. Já nas costeiras, águas rasas com pedras em fundos de areia são as mais propícias. 4 Equipamento Depende do tipo de pescaria — especialmente a esportiva, com iscas artificiais. Na pesca de arremesso, a baixa vegetação dos manguezais exige varas curtas (de 5’3 a 5’8”), de ação média, com flexibilidade a partir do meio do corpo, para arremessos mais precisos. TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE BATERIAS Sem elas, nenhum barco a motor vai a lugar algum. Mas poucos donos de lanchas dão a devida importância a este equipamento tão fundamental quanto o próprio motor V ocê já deve ter vivido isso. Planeja o passeio, convoca a família, convida os amigos, liga para a marina mandando colocar a lancha na água e, lá chegando, liga a chave, aciona a partida e... nada. O motor mal se move. Pronto! Lá se foi o passeio. E por causa da bateria, que está descarregada. Para evitar isso, há alguns cuidados a serem tomados, mas o primeiro de todos é saber se a bateria está dimensionada para a carga necessária a bordo. Dimensionar as baterias de um barco é algo que exige certa habilidade com números, mas não chega a ser complicado. Mas, antes de mais nada, é preciso compreender como se mede a carga de uma bateria, o que é dado em Ah ou “ampères-hora” e que, ao contrário do que muita gente imagina, não significa ampères “por” hora. Esta medida apenas indica a corrente elétrica constante liberada durante um período de 20 horas, antes de a bateria ficar NO CORPO A CORPO O especialista Roald Andretta e um dos flechas que já capturou na região de Paranaguá. Ele admira tanto este peixe manhoso e brigador, que o tatuou no braço 5 74 sem carga. Para saber de quanto é essa corrente, basta dividir o número de Ah por 20. Assim sendo, uma bateria de 100 Ah, por exemplo, proporciona 5 A durante 20 horas, entendeu? Com base nisso, defina quantos aparelhos elétricos e eletrônicos terão de ser alimentados pela bateria e se a rede de energia a bordo é de 110 V e 12 V (por meio do uso de um inversor) ou apenas 12 V. Em seguida, faça uma lista de todos os aparelhos a bordo e verifique qual a potência de cada um (para aparelhos de 110 V) ou o consumo em ampères (para aparelhos de 12 V). Vamos supor que você queira instalar um forno de micro-ondas (cuja potência é de 1 300 W), uma tv (200 W), duas bombas de porão (5 A cada), uma bomba de água doce (6 A), luzes de fundeio (1 A) e um gps de 5 polegadas com sonda (1A). Nesse caso, você deve transformar em ampères todas as medidas e somar. Para fazer essa conversão, divida o valor indicado em Watts por 12. No caso da tv, por exemplo, 200 W ÷ 12 = 16,7 A. Faça, então, uma estimativa de quanto tempo utilizará cada aparelho por dia e multiplique esse tempo pela potência do aparelho. Para a tv, três horas por dia estão de bom tamanho. Para o micro-ondas, calcule no máximo meia hora. Gps com sonda, cerca de oito horas. Luzes de fundeio, outras oito horas/dia. E assim por diante. No caso da tv, a conta seria 16,7 A x 3 horas, o que dá 50 A/dia. O micro-ondas, 55 A/dia. O gps com sonda, 8 A/dia. Pronto: é só somar tudo e obter o consumo diário estimado para a sua lancha. Por fim, para ter uma margem de segurança de dois dias sem ter de recarregar as baterias, multiplique o consumo total por dois (para veleiros, o ideal é multiplicar por duas vezes e meia). Assim, se o consumo diário foi de aproximadamente 140 A, a capacidade das baterias deve ser de 280 Ah (ampère-hora). Como não existe uma bateria com tanta energia, é 2 3 4 Aguardar um tempo entre uma tentativa e outra de partida preferência às varas de 6’0 a 6’6”, com ação rápida, que têm maior sensibilidade. Se a opção for pelo metal jig, o comprimento da vara pode variar 65 pág. 65 56 NÁUTICA SUL NÁUTICA SUL Ampères Horas Ampères/ uso dia Luz da âncora 0,80 Guindaste da âncora 150,00 Piloto automático 0,70 12h00 9,60 0h12 30,00 8h00 Exaustor do porão 6,50 0h12 2 ventiladores na cabine 0,20 48h00 0,70 12h00 3 lâmpadas fluorescentes p/ a cabine 1 lâmpada incandescente p/ a cabine 1 lâmpada p/ mesa de navegação (10 W) 2,10 1h00 5,60 1,30 9,60 8,40 2,10 0,80 0h30 0,40 Iluminação da bússola 0,10 8h00 0,80 Iluminação do convés 6,00 0h30 3,00 Sonda de profundidade 0,20 8h00 1,60 Por duas razões básicas: a primeira é que a energia elétrica da bateria vem de uma reação química. Portanto, deixá-la “repousar” entre uma tentativa e outra permite que essa reação se complete, “acumulando” assim energia suficiente para a próxima tentativa. E a segunda razão é evitar superaquecimento do motor de arranque. Indicador de combustível 0,30 24h00 7,20 Bomba do tanque de esgoto 2,00 Só usar baterias do tipo “náutico” Radar 4,00 Há algumas características importantes que as baterias para uso náutico têm que as comuns, de automóveis, costumam não apresentar, como capacidade de operar inclinadas, maior resistência a temperaturas elevadas, maior controle da emissão de gases nocivos, maior resistência mecânica da estrutura, menor taxa de autodescarga e maior vida em ciclos de carga-descarga. Ao recarregar a bateria, faça isso bem lentamente A corrente elétrica máxima para recarregar uma bateria é de 10% do valor de sua capacidade. Exemplo: uma bateria de 100Ah deve receber, no máximo, 10Ah. Correntes maiores que isso geram superaquecimento, o que causa danos permanentes. E baterias armazenadas por muito tempo devem ser carregadas com correntes ainda menores, perto de 5%. GPS 0,50 Inversor 0,20 Forno de micro-ondas (600 W) 100,00 Bomba de porão 15,00 Bomba de água doce 6,00 8h00 2h00 0h06 0h06 0h02 3h00 4h00 4,00 0,40 10,00 1,50 0,20 0,10 16,00 2 lâmpadas halogênicas p/ leitura 0,80 4h00 3,20 Geladeira 5,00 12h00 60,00 Luz de navegação 2,50 8h00 20,00 Luz de navegação tricolor 0,80 8h00 6,40 1,00 2h00 2,00 Toca-fitas Televisão (13 polegadas) Hodômetro 3,50 0,10 SSB (receptor) 30,00 SSB (transmissor) 30,00 Videocassete 2,00 2h00 8h00 0h12 7,00 0,80 2,50 0h12 6,00 2h00 4,00 VHF (receptor) 0,50 VHF (transmissor) 5,00 Indicador de vento 0,10 8h00 0,80 DVD 1,10 4h00 4,40 NÁUTICA SUDESTE 4h00 0h12 2,00 1,00 NÁUTICA SUDESTE RAIA MOLHADA Os barcos parados diante da cidade, à espera de uma trégua na chuva, para a largada de uma das regatas do maior evento da vela nacional que Itajaí já fez. Apesar disso, o evento foi um sucesso Na pesca de rodada Dê NÁUTICA SUL 1 O consumo médio de energia dos equipamentos mais frequentes em um barco Ligar ou mandar ligar o motor pelo menos uma vez por semana Baterias do tipo chumbo-ácido têm uma taxa natural de autodescarga mensal que vai de 1% nas melhores marcas (feitas com ligas de PbCa/ chumbo-cálcio ou PbCaAg/chumbo-cálcio prata) a 10 % nas mais comuns (liga de PbSb/chumboantimônio). Mas outros fatores também aceleram a autodescarga, como temperatura ambiente elevada, alta umidade e tempo de uso da bateria. Por isso, mesmo que não pretenda sair com o barco, ligue (ou peça para alguém da marina ligar) o motor pelo menos uma vez por semana, a fim de repor essa perda natural de energia de toda bateria. pág. 26 QUANTO CADA COISA CONSOME 4 dicas para não ficar sem bateria na hora agá ÁGUA por todos os lados DICAS PARA PEGAR UÉ, NÃO PEGA... 75 pág. 68 57 pág. 56 VERSÃO ELETRÔNICA gRÁTIS! PARANÁ Acesse www. nautica.com.br/ nauticasudeste e baixe, de graça, esta edição de NÁUTICA SUL SANTA CATARINA RIO GR. DO SUL BAIXE TAMBÉM AS EDIÇÕES ANTERIORES DE gRAÇA PARANÁ SANTA CATARINA RIO GR. DO SUL FAROL DE SANTA MARTA EDIÇÃO Nº 45 | NOVEMBRO 2013 | R$ 8,90 SANTA CATARINA RIO GR. DO SUL LAGUNA O show dos golfinhos pescadores EDIÇÃO Nº 46 | JANEIRO 2014 | R$ 8,90 JURERÊ INTERNACIONAL EDIÇÃO Nº 49 | JULHO – AGOSTO 2014 | R$ 8,90 Guaraqueçaba PARANÁ Por que esta vila de Laguna atrai tanta gente, há tanto tempo? CANOAGEM EXTREMA! Quem é o catarinense que adora despencar de cachoeiras desse jeito... A mais falada de todas as praias O MaiOr TesOurO da baía de ParanaGuá Ass JET JETurmAs urmAs A E os melhores passeios para fazer com um jet nas águas do sul do Brasil E os melhores passeios para fazer com um jet nas águas do sul do Brasil CHURRASCO NO BARCO Os truques dos experts para ele ficar ainda mais gostoso O CAÇADOR DE SUBMARINOS O gaúcho que há anos pesquisa os U Boats afundados na guerra PESCARIA DE PRAIA Os macetes para pegar os melhores peixes sem sair da areia Edição 45 COMO FISGAR UM DESSES 15 dicas de um especialista em pescarias de robalos-flecha SERÁ QUE PRECISA? As tralhas inúteis que os barcos carregam XI, NÃO PEGA Tudo o que você precisa saber sobre baterias a bordo VICE-PRESIDEnTE Denise Godoy Como deixar seu barco livre deste problema FESTANÇA EM ITAJAÍ Como uma regata virou um espetáculo Edição 46 AS AnimAdAS TURmAS dE JET E + Farol de Santa Marta PRESIDEnTE E EDITOR Ernani Paciornik CARACA, QUANTA CRACA! COlAbORARAm nESTA EDIÇÃO: Haroldo J. Rodrigues (arte), Aldo macedo (imagens), maitê Ribeiro (revisão) PublICIDADE DIRETOR COmERCIAl Afonso Palomares [email protected] PARAná – SAnTA CATARInA | GEREnTE REGIOnAl Gustavo Ortiz [email protected], tel. 41/3044-0368 e 41/7820 2931 PARA AnunCIAR [email protected] Tel. 11/2186-1022, fax 11/2186-1050 NÁuTICA SuL TAMBÉM ESTÁ NO... 8 Náutica Sul Edição 47 JURERê inTERnACionAL E + Os botos pescadores de Laguna DIRETORA DE mERCADO náuTICO mariangela bontempo [email protected] DIRETOR DE REDAÇÃO Jorge de Souza [email protected] SOL DE VERÃO O que fazer para se proteger bem No Facebook facebook.com/revista.nautica A LAgoA dA ConCEição E + O que fazer para evitar os enjôos no mar Edição 48 A bAíA do CAixA d´Aço E + Museu Oceanográfico REDAÇÃO E ADmInISTRAÇÃO Av. brigadeiro Faria lima, 1306, 5o andar, CEP 01451-001, São Paulo, SP. Tel. 11/2186-1005 (adm.), fax 11/2186-1080 e tel. 11/2186-1006 (redação), fax 11/2186-1050 NÁUTICA SUL é uma publicação da G.R. um Editora ltda. – ISSn 1413-1412. Julho de 2014. Jornalista responsável: Denise Godoy (mTb 14037). Os artigos assinados não representam necessariamente a opinião da revista. Todos os direitos reservados. Capa: foto Jorge de Souza CTP, Impressão e Acabamento – IbEP Gráfica No Twitter No Instagram twitter.com/nauticaonline instagram.com/revistanautica Aconteceu... BOat DaY flOripa FOTOS CLAUDIA GOMES Donos de barcos de Floripa se reúnem na Costa da Lagoa para um dia inteiro de diversão e alegrias muitos participantes Acima, os amigos José Mauro e Ademar Vargas e o casal Rodrigo e Lenuza Alves conferindo a revista. Ao lado, as belas Tatiany Barão, Shirley Barreto, Fernanda Tojo e Karine Carneiro, com José Mauro. entre amigos À esquerda, os anfitriões do evento, Tchello Brandão e Leandro Vieira, que reuniram muitos amigos, como João Scaff e Gilmar Braga (ao lado) e Leandro Vieira, José Renato, Fabiano Ferreira, e André Martins (abaixo) O evento teve o apoio 4 de NÁUTICA SUL e deverá acontecer mais vezes, daqui em diante mesas cheias À esquerda, Tonico Colares, Luiz Augusto, Luiz Schaffer e Murilo Leal, com Daiani Reckciegel. Abaixo, Ademar Vargas e amigos em animada comemoração. Ao lado, o casal Rodo Almeida e Michela Neckel O encontro aconteceu em um dos restaurantes 4 mais bem frequentados da Lagoa da Conceição, o Cabral 10 Náutica Sul Náutica Sul 11 Aconteceu... laNçameNtO eviNruDe e-tec 2 Os novos E-Tec 4 são 15% mais FOTOS MARCIO DOTTORI Para apresentar sua nova linha de motores de popa, a Evinrude levou donos de lojas e estaleiros do Brasil inteiro para uma grande festa, nos EUA anFitriÕes e conViDaDos Ao lado, Thiago Canzian, da Motonáutica, e Ricardo Oliveira, da Ecomariner, com Ednilson Beneli (ao centro), responsável técnico para a América Latina da BRP, a quem pertence a Evinrude. Acima, Darwin e Edgard Buehler, da Port Marine. À direita, Alexandre Moraes e Fernando Alves, ambos também da anfritriã, a BRP econômicos, 20% mais potentes e poluem 75% menos que os concorrentes grupos De amigos Acima, José Pinteiro, da Ecomariner, e Felipe Furquim, da Regatta (em pé), com o casal Jana e Elio Ferronato, da Megajet. No canto, Miguel Suchek, da Quest. Ao lado, os amigos Jovitor Secaf e Ghandi Secaf Jr, da Posto 6, com José Cury e Alex Silva, da Mestra Boats Os E-Tec da geração 2 são de dois 4 tempos, com potência entre 200 e 300 hp muitos estaLeiros À esquerda, Glauco e Anthony Bordignon, da Gold Fish, com André Motta, da Ventura Marine. À direita, Biju Motta, também da Ventura, com Saul Rodrigues, da Rionáutica. Abaixo, Guto Cavalcanti, da Kadu Marine, com Rafael Ferreira e Cleide Lana, da Fibrafort, e Thiago Canzian, da Motonáutica 12 Náutica Sul Do BrasiL inteiro Ao lado, Bruno Arakaki e Eslei Giarolla, ambos também da equipe BRP, e o casal Aline e Leonel Pinho, da Direct Jet, do Pará. Abaixo, Paulo Sakai, Gustavo Sakai e Cleiton Candioto, da Sanáutica, de Joinville, e, à esquerda, Almiro Thiburcio e Luiz Zacarelli, da FS Yachts Náutica Sul 13 Aconteceu... feSta SheD Náutica Sul 1º Jet paSSeiO BaBitONGa A loja Sanáutica, de Joinville, levou donos de jets para passear na linda baía que banha a cidade Para comemorar o lançamento da edição sobre o Caixa d´Aço, muita gente compareceu e se divertiu na Shed turma animaDa O passeio, que apesar do frio reuniu 25 jets, foi comandado por Paulo Sakai, dono da Sanáutica e um entusiasta das motos aquáticas gente joVem e Bonita Tal qual a reportagem sobre as belezas e as baladas náuticas no Caixa d´Aço, de Porto Belo, a festa da Shed reuniu muita gente que gosta destas duas coisas 4Os jets chegaram até a Ilha da Paz, já fora da baía iNauGuraçÃO lOJa BOat Sp A mais nova representante das marcas Fishing e Triton fica em Balneário Camboriú e muitos comentários bRUnO COCOzzA crescenDo a marca A nova loja, em plena BR 101, e, ao lado, o proprietário, Fernando Assinato, que agora representa a Fishing e Triton na região 14 Náutica Sul A edição sobre o 4 Caixa d´Aço atraiu olhares Com esta, já são 4 quatro lojas da marca Boat SP no país. E a quinta já está sendo aberta, em Curitiba FOTOS DIvULGAçãO é organizar passeios todos os meses FOTOS DIvULGAçãO O objetivo 4 da Sanáutica Festa Bem FrequentaDa Gustavo Ortiz, de NÁUTICA SUL (na foto à esquerda com os amigos Guilherme Moro e Neto Von Borstel) recepcionou os convidados, entre eles Rafael Ferreira e esposa (acima) 4 A próxima NÁUTICA SUL comemorará 50 edições. Vem mais festa por aí... o catarinense Marcelo Galizio é o único praticante brasileiro da mais radical modalidade da canoagem, cujo objetivo é descer enormes cachoeiras desse jeito... M arcelo Galizio, de 27 anos, nutre uma paixão que para todo mundo seria um pesadelo: descer (ou, melhor dizendo, despencar...) do alto de enormes cachoeiras com um caiaque. Loucura? Não! Esporte — a mais técnica e radical classe da canoagem mundial, da qual ele é, praticamente, o único praticante no país. “Adoro o que faço”, diz este manezinho de Florianópolis, que, como todo bom atleta, vive do esporte, tem patrocinadores e viaja pelo mundo para aperfeiçoar sua natural habilidade em lidar com serenidade em situações extremas — tão extremas que um dos nomes desta modalidade da canoagem de águas brancas é justamente “caiaque extremo”. E basta olhar para as fotos para saber por quê. 16 Náutica Sul Só ele faz iSSo Cascata do rio Escondido, na Argentina, a preferida de Marcelo Galizio, um apaixonado pela classe mais radical da canoagem. No Brasil, ninguém faz o que este catarinense faz d i c a l FOTOS arquivO peSSOal pra l á de r a canoagem extrema “adoro isso!” O que pensa Marcelo Galízio sobre o esporte que pratica Você não acha o caiaque extremo um esporte um tanto arriscado? Qualquer esporte, quando levado ao seu extremo, embute risco. Mas na canoagem de águas brancas aprendemos a prevenir e minimizar isso. Apesar de estar sozinho no caiaque, o canoísta também sabe que depende do restante da equipe para ajudá-lo na segurança. Até porque este tipo de esporte quase sempre é praticado em locais ermos e distantes, onde eventuais socorros externos podem ser complicados e demorados. Por isso, acima de tudo, um bom canoísta de águas brancas deve ser alguém responsável e cuidadoso nos mínimos detalhes. Para mim, também é um estilo de vida intimamente ligado à natureza, o que eu adoro. Qual é o maior risco? As pessoas costumam ficar impressionadas com o volume d´água, mas, para os canoístas, 18 Náutica Sul os maiores riscos são aqueles que geralmente passam desapercebidos aos leigos no assunto. Como os troncos de árvores caídos nos rios. Eles são responsáveis pela maioria dos acidentes fatais no esporte, porque formam uma espécie de peneira, onde a água passa, mas um corpo sólido, como o caiaque e o remador, não. Uma vez, nos Estados Unidos, fiquei agarrado a um desses troncos até quase o limite das minhas forças, para não ser tragado para debaixo dele. Fui socorrido pela equipe de apoio. Mas foi um susto danado. Por isso, para atingir os limites na canoagem extrema é preciso, além de experiência, habilidade, técnica e equipamentos de qualidade, coisas que, a princípio, podem parecer não ter nada a ver com um caiaque, como conhecimento de primeiros socorros e técnicas de resgate. É um esporte que exige, acima de tudo, muito planejamento. Sempre no limite extremo Impressionante, não? Ainda mais quando se sabe que, embora muito larga, a cachoeira de Tahquamenon, nos EUA, só permite uma descida dessas com sucesso se o canoísta se posicionar dentro da única “linha” possível de queda (uma espécie de trilha na água), que ali não tem mais do que um metro de largura. “Se não entrar na linha certa, lá embaixo só existirá pedra”, diz Marcelo, que por esta imagem levou o terceiro lugar num concurso internacional de fotos de canoagem. Para muitos, um prêmio injusto. Deveria ter vencido. 4Riscos? Claro que existem. “Mas é tudo uma questão de técnica”, diz Marcelo Náutica Sul 19 canoagem extrema 4O maior risco é cair de cabeça para baixo ou ficar preso debaixo do turbilhão d´água. “Pode acontecer”, ele diz Um presente da natureza A cachoeira Armagedon, em Santo Amaro da Imperatriz, é uma velha conhecida dos canoístas de águas brancas de Santa Catarina. Mas sempre foi evitada, por causa do seu altíssimo grau de dificuldade. “Ela exige uma sequência precisa de quatro movimentos com o remo, antes de mergulhar na queda, senão o caiaque vira e você desce de cabeça pra baixo e dá nas pedras do lago”, conta Marcelo, que já a venceu duas vezes. A primeira, no dia do seu aniversário. “Foi o meu presente”, diz. 20 Náutica Sul Você não sente medo? Sim, como todo mundo sente. Mas o medo ajuda a me concentrar ainda mais no que estou fazendo e a analisar cuidadosamente todos os riscos envolvidos naquele momento. Durante a queda livre com um caiaque — minha sensação preferida na vida, por sinal — parece que o tempo se distorce e o cérebro processa todas as informações muito mais rapidamente. É como se tudo acontecesse em câmera lenta, embora a queda em si dure apenas frações de segundo. Milhares de coisas são processadas na mente. É uma experiência fascinante, que mostra o potencial do corpo humano Você acha que o que faz é loucura? Não, não acho. É apenas um esporte com algum risco, especialmente se não for encarado com responsabilidade, como eu sempre faço. Todos os dias, milhares de pessoas morrem em acidentes de automóvel, mas nem por isso deixamos de dirigir, certo? e o que dizem os seus familiares? Meus pais demoraram um pouco para compreender o que eu faço, e mais um pouco ainda para aceitá-lo (rindo). Mas, hoje, acho que eles sentem orgulho e confiam nas minhas habilidades. Eles sabem que eu não entro num caiaque para sair dele machucado, embora isso, às vezes, aconteça. No ano passado, passei XX meses parado, por causa de uma lesão no ombro. Mas isso faz parte. De onde veio o gosto por esse tipo de canoagem? Eu sempre gostei de aventuras na natureza. Fazia longas cavalgadas, surfava ondas grandes e rapel em cachoeiras. Um dia, num curso de primeiros-socorros em áreas remotas de Santo Amaro da Imperatriz, em Santa Catarina, conheci a turma do rafting e gostei de remar um caiaque. Comecei, então, a pesquisar o esporte, fiz outros cursos e passei a trabalhar como safetykayaker, aquele cara que ajuda os demais remaNáutica Sul 21 canoagem extrema dores, numa empresa de rafting. Foi, como se diz, amor à primeira vista. Desde que tive meu primeiro contato com uma corredeira, sabia que era aquilo o que eu queria fazer na vida. E estou conseguindo isso. 28 metros com um caiaque Qual é o pior tipo de queda d´água? Aquele que aterrissa sobre pedras, o que, inclusive, torna impraticável qualquer descida. Já o meu rio preferido, por enquanto, é o Escondido, ou rio Blanco, no interior da Argentina, que fica num local de acesso extremamente difícil. É um dos rios mais lindos que já vi ou remei e a qualidade das quedas d´água para a canoagem é excepcional. São dois quilômetros sem parar de corredeiras, cânions e cachoeiras, cercados por uma paisagem incrível. queda em águas furiosas, que ele já encarou Qual o segredo para encarar uma cachoeira com um caiaque? Além de experiência, bom equipamento e uma equipe eficiente de segurança, é muito importante saber ‘ler a água’, aprender como o rio flui e a queda d´água se comporta. Também é fundamental executar precisamente as remadas e seguir à risca o plano de abordagem traçado antes. Cada remada e a posição do corpo no caiaque influenciam bastante o avanço. E podem determinar a diferença entre o sucesso e o susto na água. até o caiaque some na nuvem d’água. A cachoeira Paugin, no Chile, a mais alta já vencida por Marcelo Galizio, tem 28 metros de meia dúzia de vezes. “É tudo uma questão de análise e técnica”, diz. “É preciso entrar na queda com o último movimento correto do remo e aterrissar usando a bolha de ar que se forma no turbilhão de água, para suavizar a 4A maior cachoeira que ele já desceu tinha 28 metros. Mas a pior de todas foi em Santa Catarina queda”. Fácil? Que nada! No meio da queda, Qual o seu maior sonho no esporte? Meu maior sonho é manter a saúde e o estilo de vida que hoje eu tenho. Mas há vários rios e quedas d´água que ainda quero explorar. Até hoje, a maior cachoeira que desci tinha 28 metros de altura. Pretendo ir bem além disso. Mas, no fundo, o que me dá mais prazer na canoagem é conhecer rios nunca antes navegados e ser o primeiro a passar por lugares remotos, mas, quase sempre, de grande beleza. Como as próprias cachoeiras. Mas também adoro ver as paisagens formadas pela água que escorre do alto das montanhas. 22 Náutica Sul Náutica Sul 23 FOTOS: LEANDRO DIEGUIZ. canoagem extrema 4Esta queda era considerada impossível. Até que ele resolveu descê-la Encante-se com paraná | Brasil Primeiro e único Na canoagem, os graus de dificuldades dos obstáculos são classificados de 1 a 5. A descida desta cachoeira, a da Ressurreição, em Santa Catarina, seria considerada de grau 6 — portanto impossível de ser vencida. Até que, um dia, Marcelo resolveu descê-la, após analisar cuidadosamente o fluxo d´água. “Vi uma linha que poderia ser seguida, se eu acertasse direitinho a entrada na queda, coisa de centímetros”, recorda. E assim ele fez, tornando-se a primeira pessoa a vencê-la. Mas o seu caiaque ganhou tanta velocidade na descida que decolou, voou e caiu em queda livre, de mais de dez metros de altura. “Duvido que alguém tente fazer isso de novo”, garante. “Nem eu pretendo”. 24 Náutica Sul o que você faz antes de descer uma cachoeira? Primeiro, pesquiso muito em fotos, vídeos, mapas de satélites e com quem já a conhece. Depois, quando chego lá, passo um bom tempo, às vezes horas a fio, observando o curso da água do rio e conversando com a equipe que me auxilia. Traçamos estratégias de ataque e analisamos o percurso e a queda d´água. Tentamos antecipar e se preparar para tudo o que possa acontecer. Só depois de ter certeza de que tudo foi pensado e planejado, eu entro na água. Nas corredeiras, é preciso usar o curso do rio a seu favor, não ir contra ele. Mas não se pode apenas ficar boiando e seguindo o fluxo da água, porque aí, com certeza, você vai acabar sendo levado para onde não deveria estar. A canoagem nas águas brancas é um quebra-cabeças que eu adoro jogar. Você está convidado a fazer um passeio até um lugar mágico. Explore nossas ilhas e visite esta cidade cheia de charme, cultura e riquezas naturais que só um destino com a maior biodiversidade do Brasil pode oferecer. Estamos esperando sua visita. Você irá se surpreender! SUPERAGUI . ILHA DAS PEÇAS . ILHA RASA . SEBUÍ . BERTIOGA . BARBADOS . VILA FÁTIMA por jorge de souza fotos mozart latorre guaraqueçaba o tesouro da ba í a dentro da imensidão de águas da baía de Paranaguá , nada sur preende mais do que a beleza natural que esta cidade esconde 26 Náutica Sul Náutica Sul 27 guaraqueçaba A 4Guaraqueçaba se espalha por 18 ilhas e muitas comunidades isoladas. É bem mais do que apenas uma pequena cidade baía de Paranaguá é bem mais do que apenas o seu mais famoso cartão- postal, a Ilha do Mel. Mas para descobrir isso é preciso ter um barco, já que não há acesso por terra à grande maioria dos seus atrativos, e curiosidade para explorar as várias baías que tipicamente caiçaras que abundam nas margens, sempre com uma canoa colorida na porta das casas. Mas nada é mais gratificante dentro desta porção pra lá de generosa de água terra adentro do que o que se irá encontrar no extremo norte da baía de Paranaguá: a surpreendente Guaraqueçaba, uma minúscula cidade na sua área urbana, mas gigantesca na beleza natural da região que o município abrange. Fincada bem no meio da maior extensão contínua de Mata Atlântica que restou no Brasil, ela é uma curiosa mistura de cidade caiçara (portanto, à beira d’água), mas dominada pelo verde intenso da mata, o que lhe rende atrações tão variadas quanto praias e cachoeiras. Todas, porém, muito bem guardadas pela distância e pelo isolamento geográfico. Não fosse isso e também o acesso precário (porque, praticamente, só se chega lá de barco), Guaraqueçaba não seria o que é: o maior tesouro que a Baía de Paranaguá esconde. E se quiser saber por que, basta ir virando as páginas. 28 Náutica Sul jorge de souza se formam dentro da própria baía. Também vale muito a pena penetrar nos rios que ali deságuam, onde até a água muda e deixa de ser salgada, bem como visitar algumas das vilas branca e colorida Uma típica canoa caiçara, na praia da Ponta do Ubá, no interior da baía de Paranaguá: areia clara assim nem na beira do mar Náutica Sul 29 guaraqueçaba 4No interior da baía de Paranaguá, canoas e navios, lado a lado. É o presente e o passado cyrys daudin ontem e hoje O porto de Paranaguá é um dos maiores do país, mas os navios ainda dividem as águas com as canoas dos pescadores caiçaras 30 Náutica Sul Náutica Sul 31 guaraqueçaba 4A sede do município é minúscula. Mas o que existe em volta é de cair o queixo O que Guaraqueçaba esconde Dentro das águas da baía de paranaguá, nada surpreende mais do que a beleza natural que envolve esta pequena cidade tipicamente caiçara G uaraqueçaba fica a menos de 100 quilômetros de Curitiba em linha reta, mas, mesmo assim, é uma das cidades mais isoladas do Paraná. Não há asfalto até lá e o único acesso por terra é por meio de uma miserável estradinha esburacada, que consome mais de três horas da paciência de quem se dispuser a vencer os 70 quilômetros que a separam da vizinha Antonina, também dentro da baía de Paranaguá. Por isso mesmo, o principal meio de acesso e locomoção em Guaraqueçaba são os barcos — quase sempre canoas motorizadas, que lá eles chamam de “botes”. É de bote que a prefeita da cidade, Lílian Ramos, uma legítima caiçara, se desloca para visitar as comunidades do município, que se espalham por nada menos que 19 ilhas. É de bote que os pouco mais de 8 000 habitantes vão até Paranaguá, distante quase duas horas de navegação, quando precisam de algo mais complexo, como um saco de cimento ou um remédio. E é de bote que os raros visitantes da cidade saem para passear pela tranquilíssima baía que banha a sede do município, que, no entanto, em área total, é um dos maiores do estado, justamente porque não há nenhuma cidade por perto — só a água da baía e o verde do maior reduto de mata atlântica que restou no país, do qual a cidade tem um belo naco. Em Guaraqueçaba, tudo acontece no ritmo dos botes. Sempre foi assim (a cidade é habitada desde 1545) e continua sendo. Ali, o chamado “desenvolvimento” ainda não chegou por completo. Luz elétrica, por exemplo, é quase uma novidade nos povoados mais afastados, onde chegou não faz nem seis meses. É quase como uma viagem ao passado, sem precisar avançar até os confins do Brasil. “Guaraqueçaba era histórica e virou pré-histórica”, brinca um morador da cidade. Este ambiente bucólico-caiçara é um motivo a mais para ela ser visitada. Mas não o principal, que continua sendo a natureza exuberante que envolve esta cidade, cujos povoados ficam espalhados feito grãos de areia nas águas a perder de vista da baía de Paranaguá. São ilhas, rios, baías e manguezais que permanecem do mesmo jeito que sempre foram — preservados pelo próprio acesso complicado. Guaraqueçaba ainda está por ser descoberta. Mas, de barco, claro. tudo na água A prefeita Lílian Ramos e a praça principal de Guaraqueçaba, à beira de uma linda e tranquilíssima baía: tudo na cidade ainda gira em torno das canoas 32 Náutica Sul Náutica Sul 33 canal do Varadouro guaraQueÇaBa guaraqueçaba A segunda maior baía do país não é apenas grande. É também formidável na beleza e no verde que a rodeia A Baía de Paranaguá é a segunda maior do país (só perde em tamanho para a baía de Todos os Santos, na Bahia), mas pouca gente a conhece como deveria. Quase sempre, os donos de barcos limitam seus passeios à Ilha do Mel, na entrada da baía, ou à quase vizinha Ilha das Peças, onde há alguns bons restaurantes rústicos. Poucos avançam até a bonita baía dos Pinheiros, onde a maior atração é uma ilha repleta de papagaios, e menos ainda vão além disso, embora a baía abranja quatro municípios (Paranaguá, Pontal do Sul, Antonina e o mais distante de todos, Guaraqueçaba) e mais de 50 vilas e povoados, espalhados por toda a região. São recantos tipicamente caiçaras, com nomes curiosos como Ararapina, Guapicu, Tromomô, Tajaçaba de Cima e Borrachudo, que merecem uma visita — pensando bem, talvez seja melhor evitar este último, especialmente em novembro, quando os mosquitos atacam sem dó. A baía também abriga o segundo maior porto em movimento de grãos do país, o que gera um intenso entra e sai de navios. Mas não há nenhum sinal de poluição, até porque o próprio porto monitora isso de perto e mantém um permanente controle ambiental. Ao contrário de outras tantas baías portuárias, a de Paranaguá se mantém limpa e irresistivelmente linda. 34 Náutica Sul um mar de águas internas Além de quatro municípios, a baía de Paranaguá abriga mais de 50 vilas e povoados caiçaras, a maioria deles dentro dos limites de Guaraqueçaba antonina paranaguá ilha do Mel pontal do sul 4A baía tem o segundo maior porto de cyrys daudin Uma grande baía Baía dos pinheiros grãos do país e intenso movimento de navios. Mas nenhum sinal de poluição Náutica Sul 35 jorge de souza guaraqueçaba 36 Náutica Sul Lindinha e branquinha A ponta do Ubá tem águas e areias tão clarinhas que nem parece que fica no fundo de uma baía P or conta da fartura de nutrientes que os manguezais geram para o mar, a água da baía de Paranaguá é turva, escura e pouco convidativa — embora limpíssima. Mas, em pelo menos um ponto, isso não acontece: na Ponta do Ubá, a meio caminho entre Guaraqueçaba e Paranaguá. Trata-se de uma vila de pescadores com casas fincadas bem diante de uma praia, que, pela cor da areia e da água, mais parece estar à beira-mar e não ao fundo de uma baía tradicionalmente cinza. A areia é tão branquinha que parece ter sido introduzida, e a água, tão transparente e tranquila que lembra a da margem de um rio. Para quem chega de barco é melhor ainda, porque a praia tem um grande píer, já que é bem rasa. Por ser uma comunidade de pescadores, a Ponta do Ubá tem ainda outro atrativo, que a torna mais bonita: uma das maiores concentrações das simpáticas e coloridas canoas a motor típicas da baía — todas com curiosos comandos de leme em forma de asas de morcego, que são o principal diferenciador para as demais canoas do litoral brasileiro. Pena que algumas delas já sejam de fibra de vidro, porque, com as restrições ambientais, está cada vez mais difícil (para não dizer impossível) conseguir madeira para esculpir as canoas, como os caiçaras sempre fizeram. Mas, na ponta do Ubá, ainda é possível vê-las, em grande quantidade. jorge de souza sempre à vista As canoas coloridas fazem parte da paisagem da Ponta do Ubá tanto quanto as montanhas da Serra do Mar, que ali ficam coladas ao litoral 4As canoas estão por toda a baía. Especialmente aqui, na linda praia da Ponta do Ubá Náutica Sul 37 guaraqueçaba 4o salto Morato tem Muita água e muito verde o salto Morato é a principal atração natural da região e permite descobrir outra surpresa: a reserva que o abriga F ora d’água, a principal atração natural da região da baía de Paranaguá é esta cachoeira, o Salto Morato, que empresta seu nome a um dos melhores parques privados do país, a Reserva Natural Salto Morato, mantida pela Fundação O Boticário, da qual ele faz parte. O salto é um grande espetáculo — em todos os sentidos. Especialmente na sua imponência, já que a água despenca, em queda livre, de mais de 100 metros de altura, em meio a uma densa vegetação. Mas é preciso trocar o barco por um carro para chegar até lá, porque a reserva fica a cerca de 20 quilômetros, por terra, de Guaraqueçaba. Vale, contudo, o esforço. Não só pela grandiosidade da cachoeira, como, também, pela beleza, organização e acessibilidade da reserva, onde, ao contrário do que geralmente acontece em áreas ambientais, a visitação não só é permitida como francamente estimulada. Até na água que escorre da cachoeira há placas que avisam que é “permitido” (em vez do habitual “proibido”) tomar banho no rio. Para quem vive acostumado aos permanentes “nãos” em nome da preservação, a reserva soa como uma ilha de gentilezas, cercada de belezas por todos os lados. mais de 100 metros de altura e fica dentro de um dos melhores parques privados do país permitido em vez de proibido Depois de despencar do alto do rochedo, a água do Salto Morato segue o seu curso e dá forma a um riacho, onde os banhos são até estimulados entre os visitantes desta reserva da Fundação O Boticário Náutica Sul 39 guaraqueçaba pernoite preferido Tanto os papagaios, que partem de manhã e voltam juntos nos fins de tarde, quanto os barcos de passeio elegeram a ilha dos Pinheiros como o melhor lugar para pernoitar dentro da baía — seja pela natureza ou pela tranquilidade A ilha dos papagaios todos os dias, de manhã e nos fins de tarde, as aves dão um espetáculo. Mas só nesta ilha um fenômeno com hora marcada. Todos os dias, de manhã bem cedo, milhares de papagaios da espécie cararoxa, ameaçada de extinção, partem da ilha da Pinheiros, onde passam a noite, e voam para locais ignorados do litoral paranaense — há quem diga que chegam até os arredores de Curitiba ou além disso. Mas o mais curioso é o que acontece nos finais de tarde, quando todos voltam, praticamente juntos, para a mesma ilha — e só aquela, o que torna o fenômeno ainda mais curioso, porque há muitas outras ilhas por perto. Eles chegam em bandos, voando em algazarra e tingindo o céu de pontinhos pretos. De longe, lembram os aviões japoneses sobrevoando Pearl Harbour. É um espetáculo da natureza sem igual intensidade em outras partes do país. Por isso mesmo, a ilha dos Pinheiros é a preferida dos barcos que optam por pernoitar no interior da baía de Paranaguá, porque ali você acorda e vai dormir vendo a natureza agir. E com um espetáculo que só existe ali. 40 Náutica Sul 4Há várias ilhas por perto, mas os papagaios só frequentam esta. Por quê? Ninguém sabe jorge de souza É guaraqueçaba Reserve estas datas em seu calendário 4No interior da baía, para onde quer que se olhe, sempre há muita água na paisagem caminhos da baía Aves e canoas fazem parte da paisagem, em qualquer canto da baía. Acima, um dos barcos de linha que fazem a ligação de Paranaguá com Guaraqueçaba. Para chegar lá, o mais viável é ir de barco guaraqueçaba Uma experiência diferente Na exótica pousada Mar e Mato, dentro da reserva do sebuí, quem manda é a natureza A para gringo ver A sede da pousada, às margens de um dos muitos rios da região, e um dos rústicos chalés, que só costumam receber visitantes estrangeiros, em busca de natureza e das cachoeiras do Sebuí 4A reserva do Sebuí fica bem na divisa entre o Paraná e São Paulo, mas cercada de mata e água por todos os lados 48 Náutica Sul impressão é que você está na Amazônia, não no litoral do Paraná, tal a fartura de verde ao redor. E esta sensação é reforçada pela quantidade de turistas estrangeiros, praticamente os únicos visitantes deste lugar, que pertence a um italiano (daí tantos gringos entre os hóspedes) e é diferente tanto na proposta quanto na paisagem de um local praticamente à beiramar. O Sebuí é uma reserva de proteção ambiental no extremo norte de Guaraqueçaba, bem na divisa entre Paraná e São Paulo, e abriga apenas uma rústica (e ponha rústica nisso!) pousada, cujo objetivo é justamente a integração total com a natureza, o que explica a ausência de maiores confortos nos seus chalés de madeira. Mas quem a procura não está interessado nisso, nem preocupado com eventuais picadas de mosquitos — só em conhecer manguezais e cachoeiras. O Sebuí fica tão isolado no meio da mata, mas, ao mesmo tempo, tão perto da água, que justifica plenamente o nome escolhido para a pousada: Mar e Mato. Náutica Sul 45 guaraqueçaba 4A ilha da Banana é a mais Uma ilha que vale por muitas graciosa da baía. Tem uma prainha e botos sempre à vista A Ilha da Banana (que, na verdade, são duas), mais parece um pedaço de Angra dos reis que desgarrou até lá A contecia com frequência, no passado. Sempre que um barco carregado com as bananas que a região produz com fartura até hoje virava ou afundava, muitos cachos iam dar nesta praia, que, com isso, acabou por batizar a própria ilha: a ilha da Banana — que, na verdade, são duas, separadas por um estreito canal, que antigamente nem existia. Mesmo hoje, embora linda e graciosa, a ilha da Banana segue maravilhosamente deserta, apesar de muito famosa na região e bastante frequentada, tanto pelos barcos quanto pelos botos, que sempre aparecem em torno dela. Na sua única prainha, a água é transparente. No interior de uma das ilhas, grandes pedras formam uma espécie de gruta. E, nos dias de céu limpo, é possível ver o mar ao longe, na linha do horizonte. É a ilha mais graciosa da baía. E se destacaria mesmo se estivesse entre as muitas ilhas de Angra dos Reis. de perto e de longe Embora fique no fundo da baía, na ilha da Banana, que é dividida ao meio por um estreito canal, é até possível ver o mar ao longe, na linha do horizonte guaraqueçaba 4Na comunidade de Medeiros, a vida vive em torno das ostras. Para criar e comer Ostra até no churrasco! A Baía de paranaguá é bem rica em ostras frescas. E elas estão em todas as mesas, de todos os jeitos M da água para a brasa Na comunidade de Medeiros, as ostras são a base da economia local e criadas ali mesmo, depois de serem recolhidas, pequenas, no mangue. Os visitantes as preferem cruas. Mas os caiçaras comem ostras de todas as formas, até na brasa, feito churrasco (no alto) 48 Náutica Sul edeiros é uma pequena comunidade, quase na foz de um dos rios que deságuam na Baía de Paranaguá, onde todos vivem da mesma matéria-prima: as ostras, que ali crescem até o tamanho de um palmo, graças a cuidadosos viveiros implantados na água. Elas são colhidas ainda pequenas, no mangue, colocadas em gaiolas divididas por tamanhos e deixadas meses submersas, até crescerem e engordarem. Quando chega a hora, saem da água direto para a panela — ou para outras formas nada convencionais de se comer ostras. Como, por exemplo, na brasa, feito uma espécie de churrasco com casca. Em Medeiros, as famílias comem ostras todos os dias e das mais diferentes maneiras — com arroz, com feijão, com ovo, mas raramente crua e viva, como sempre pedem os turistas. “É a nossa mistura”, diz uma das moradoras, cuja família vive há três gerações daquelas conchas. E não sente falta de mais nada. guaraqueçaba 4subindo os rios, surge a outra face da Baía de paranaguá Um rio inteiro só para você Dezenas de rios e riachos deságuam na baía. Quase todos assim, sem ninguém por perto M uitos rios e riachos que escorrem da Serra do Mar (que ali fica colada ao litoral) deságuam na baía de Paranaguá, o que torna os passeios de barco ainda mais gostosos, porque permite variar a paisagem a todo instante. Basta penetrar nos cursos d’água para mudar não só o ambiente como a própria água, que se torna doce, limpa e transparente — um irresistível convite para paradas e mergulhos. Além disso, como quase ninguém vai assim tão longe na baía, os rios estão 50 Náutica Sul sempre vazios, sem ninguém por perto, feito paraísos de tranquilidade. O único problema é que, quanto mais se avança, mais os rios vão ficando rasos e estreitos, o que exige certa atenção na navegação. Por isso mesmo, os melhores barcos para explorar os recantos escondidos da baía de Paranaguá são as pequenas lanchas, de até 20 pés de comprimento. Mais do que isso, já fica difícil de entrar nos rios. E o que não faltam são cantinhos assim para serem explorados. lindos, mas rasos Os rios que escorrem da Serra do Mar trazem água doce, pura e cristalina para a baía. Explorálos é um ótimo programa, mas exige barco pequeno e muita atenção na navegação guaraqueçaba 4 o Canal do Varadouro é um formidável atalho no litoral paranaense O uísque caiçara A cataia é a bebida mais típica da baía. Mas cada vila faz a sua A receita é bem simples: um litro de cachaça (qualquer cachaça) com uma dúzia de folhas da mais típica planta da região da baía de Paranaguá, a cataia. Difícil é achá-la em outro lugar, razão pela qual esta bebida tornou-se tão peculiar. Só isso? Não. Tem, também, o sabor, levemente adocicado que as folhas curtidas na cachaça conferem à bebida mais popular entre os pescadores do litoral norte do Paraná, e a cor, amarelada, que lembra a dos destilados e rendeu à bebida o apelido de “uísque caiçara”. Hoje, as folhas da cataia já são até vendidas aos turistas, mas a produção da bebida ainda é 100% artesanal. Cada vila faz a sua, embora a mais famosa — e gostosa — seja a da Barra de Ararapira, onde, tal qual o uísque, ela é até envelhecida. 52 Náutica Sul Varando o Varadouro Ninguém resiste a um passeio pelo Canal do Varadouro, onde a água invade o mangue e cria o que os caiçaras chamam de Mar de Dentro Q uem navegar entre Cananéia e a baía de Paranaguá terá duas opções de roteiro: um pelo mar, outro por um estreito canal, que segue paralelo ao litoral e que é muito mais bonito e original — o Canal do Varadouro. Ele foi construído pela mão do homem, na sua parte mais estreita (e ponha estreito nisso, às vezes não mais do que a largura do próprio barco!), para criar uma passagem segura para os barcos que transportavam os produtos de um porto ao outro, no passado. Com isso, imaginavase, a região se desenvolveria, o que, felizmente, jamais aconteceu — pelo menos para quem só quer passear de barco em meio à natureza ainda virgem que margeia o canal. Os caiçaras chamam o canal de “Mar de Dentro” ou “Mar Pequeno”, já que ele serve como uma espécie de atalho ao litoral, mas, para os donos de barcos não familiarizados com sua peculiaridade e baixíssima profundidade, o Varadouro exige muita atenção — quando não um guia local que conheça bem os “canais que se formam dentro do canal”. Os bancos de areia se sucedem a cada metro e o roteiro é uma sequência de zigue-zagues, aparentemente sem sentido. Mas o prêmio disso é um delicioso passeio, com o verde dos manguezais dos dois lados do barco, para quem tiver a curiosidade de conhecê-lo. Quer um conselho? Vá! guaraqueçaba É só chegar e sentar. Desde que abra... As cozinhas comunitárias foram criadas para receber os visitantes com a deliciosa simplicidade caiçara, mas pena que nem sempre abram A nos atrás, para estimular a visitação de algumas vilas da baía de Paranaguá, os governos municipais criaram as Cozinhas Comunitárias, que, a despeito do nome equivocado, têm por objetivo atender os turistas, não as próprias comunidades. No início, foi um sucesso, até pela originalidade do projeto: servir comida caiçara de verdade, para quem não tem isso diariamente em casa. Mas, hoje, Barrados no Barrado Cansados de serem proibidos, os moradores da vila do Barrado resolveram proibir a entrada dos fiscais ambientais 54 Náutica Sul C a quantidade de cozinhas ainda em funcionamento é pequena e, muitas vezes, elas só abrem em datas especiais. Quais? “Depende da vontade das cozinheiras”, explica um dos responsáveis. ansados de serem proibidos de usar os recursos das terras dos seus antepassados e fartos de serem ameaçados com a expulsão do lugar onde nasceram e sempre viveram, os caiçaras da vila do Barrado, na ilha do Superagui (hoje transformada em parque nacional, portanto com sérias restrições), resolveram agir. Numa curiosa inversão de autoridade, passaram a proibir a entrada de fiscais ambientais na vila. Hoje, isso está explícito em um intimidador aviso, escrito no mais puro caiçarês, na entrada do povoado. A revolta é compreensível. Além dos exageros das leis, que não lhes permitem fazer nada nem nos quintais de suas casas, os moradores do Barrado (onde, no passado, chegou a viver o pintor William Michaud) ainda precisam lidar com a bagunça de siglas e órgãos ambientais que atuam na baía de Paranaguá. São nada menos que uma dezena de instituições, com incompreensíveis superposições de atuações. E se nem os órgãos ambientais, que deveriam falar a mesma língua (quando não, serem unificados...), se entendem, que dirá quem nem sabe a diferença entre Ibama e IcmBio. Aliás, alguém sabe? Semana de Vela de Itajaí foi marcada por muitos barcos, apesar da chuva forte que não deu trégua para os velejadores fotos victor schneider A primeira Água por todos os lados raia molhada Os barcos parados diante da cidade, à espera de uma trégua na chuva, para a largada de uma das regatas do maior evento da vela nacional que Itajaí já fez. Apesar disso, o evento foi um sucesso 56 Náutica Sul Náutica Sul 57 fotos arquivo pessoal semana de vela D ifícil dizer o que mais molhou os barcos na primeira Semana de Vela promovida pela cidade de Itajaí, entre os dias 7 e 8 de junho: se a água do mar ou da chuva, que desabou sem clemência durante os dois dias do evento. Era tanta água que caía do céu, fruto da mesma chuvarada que inundou diversas cidades do interior do Paraná e Santa Catarina, que, por pouco, as regatas não tiveram que ser suspensas, por falta de visibilidade no mar para os competidores. Mas, como havia vento — e vento, afinal, é o que importa em regatas! —, a competição seguiu em frente, apesar daquele dilúvio quase bíblico. Na prática, contudo, o maior inconveniente da chuvarada foi que, com ela, o rio Itajaí-Açu, pelo qual entram e saem os barcos da cidade, subiu muito, o que fez com que os veleiros menores não conseguissem voltar sozinhos à Vila da Regata — por causa da forte correnteza no rio, até o 58 Náutica Sul porto da cidade foi fechado para a entrada e saída de navios. Foi preciso colocar infláveis motorizados para rebocar os veleiros menores até a cidade. Mas nada que tirasse o bom humor dos organizadores e velejadores, ambos satisfeitíssimos com o evento — apesar do mau tempo. Os primeiros porque, apesar de ser a primeira vez que organizavam uma Semana de Vela (inspirada nos mesmos moldes da de Ilhabela, só que com menor duração — na verdade, um simples fim de semana), conseguiram reunir nada menos que 90 barcos nas duas raias simultâneas da competição: uma na praia, para os monotipos (que reuniram muitos jovens velejadores da região), e outra no mar, para os barcos das classes de Oceano, que somaram 31 embarcações, inclusive de classes específicas de competição, como a C30. “Não esperávamos tantos inscritos”, surpreendeu-se Cláudio Copello, presidente da Associação Náutica de Itajaí, que organizou o evento, com a aju- vela também daqui Alguns dos muitos velejadores da Semana de Vela (no alto) e o secretário de turismo de Itajaí, Agnaldo dos Santos (acima): depois das competições internacionais, como a Volvo Ocean Race, força também para as regatas nacionais na cidade foto leonardo cristofoli edição, a competição reuniu 90 barcos de toda a região fotos victor schneider 4Logo na sua primeira O benfeitor náutico de Itajaí O presidente da associação náutica da cidade, Cláudio Copello, faz bem mais pelo esporte do que apenas organizar a Semana de Vela N o final de abril, um velho sonho dos velejadores de Itajaí deixou de ser apenas um desejo para começar a virar fato: a tão aguardada Semana de Vela da cidade foi incluída nas comemorações oficiais do aniversário do município, ganhou alguns patrocinadores e data marcada, para a primeira semana de junho. Ótima notícia! Exceto pelo fato de que restava apenas pouco mais de um mês e meio para isso... Foi quando entrou em ação o responsável pela organização do evento, Cláudio Copello, presidente da Associação Náutica de Itajaí, a ANI. Com o apoio de algumas pessoas, quase todas tão voluntárias quanto ele no desenvolvimento da vela na cidade, Cláudio conseguiu, em apenas 45 dias, não só arregimentar os 90 barcos que participaram da primeira Semana de Vela de Itajaí, como organizar todos os detalhes do evento, para que todo mundo saísse de lá satisfeito — o que, de fato aconteceu, apesar da chuva forte e intermitente. “Foi muito bom, para o pouco tempo que tivemos”, analisou, ao final do evento, visivelmente satisfeito. A Semana de Vela foi um prêmio ao esforço de Cláudio e da ANI para estimular as atividades náuticas na cidade, que, atualmente, mais tem se empenhado em popularizar a vela no país. Na sede da ANI, todos os dias, há algum tipo de atividade náutica sendo colocada em prática, visando, principalmente, as crianças da rede pública pai dos novatos escolar — que, de outra Cláudio e um forma, jamais teriam dos barcos da acesso a um barco, que ANI, que ensina as crianças a dirá ao esporte náutico. navegar: tudo “Estamos com cerca de por amor ao 200 crianças nos nossos esporte programas”, diz Cláudio, orgulhoso. “Além de velejar, elas também aprendem a remar as canoas típicas da nossa região, o que ajuda a fortalecer a cultura local”, diz. Nas competições de monotipos da Semana de Vela, os alunos da ANI estavam quase todos lá, participando ou torcendo para os companheiros. A ANI tem instrutores contratados, atividades diárias e diretoria que trabalha de graça. “Temos amor pela vela e pelas crianças”, resume Cláudio. Sem dúvida, um exemplo a ser seguido. Náutica Sul 59 semana de vela O homem por trás da vela O entusiasta Alexandre dos Santos promete fazer ainda mais C para a vela e para a cidade Para Alexandre, o segredo do sucesso das regatas na cidade passa, também, pelo envolvimento da população nos eventos, como aconteceu na Volvo Ocean Race e na Jacques Vabre 4O próximo objetivo é criar em Itajaí um memorial permanente da regata de volta ao mundo, que, pela segunda vez, fará escala na cidade 60 Náutica Sul omeçou com o projeto de construção de uma grande marina na cidade, avançou quando a regata de volta ao mundo Volvo Ocean Race optou por levar a escala brasileira da competição para lá, tomou corpo com a perfeita organização e calorosa receptividade naquele evento, evoluiu quando virou sede de outra regata internacional, a Jacques Vabre, no ano passado, encheu os olhos das pessoas quando recebeu os lindos veleiros da Velas Latinoamerica, no início deste ano, e, por fim, teve confirmada a volta da escala verde-e-amarela da Volvo à cidade, o que vai acontecer em abril do ano que vem. E, além disso tudo, ainda criou a sua primeira Semana de Vela, para incentivar os velejadores locais. Como se vê, não é por acaso que Itajaí vem se tornando a nova capital da vela no país. E quem está por trás de tudo isso, de uma maneira ou de outra, é Alexandre dos Santos, um dos diretores do porto da cidade, entusiasta declarado dos barcos a vela e novo presidente da comissão organizadora da próxima escala da Volvo, nas águas de Itajaí. “Teremos até uma possível novidade”, diz ele, entusiasmado: “Um museu-memorial da regata, a ser construído na cidade”, adianta. “Já temos o projeto e os recursos da iniciativa privada para construí-lo. Só falta o ok definitivo da organização da Volvo, o que deve acontecer em breve”, garante. Nos planos do memorial, desenvolvido em conjunto com a prefeitura de Itajaí, está a exibição permanente do barco Brasil 1, que participou da penúltima edição da Volvo, com uma equipe brasileira. “O barco não está mais em uso e deve vir para cá em definitivo, para ficar exposto no memorial”, diz Alexandre. Se der certo, será mais um golaço de Itajaí na sua cada vez maior afinidade com as competições a vela. “O segredo é envolver toda a comunidade nas regatas”, diz Alexandre, que vibra com os projetos sociais que acontecem em paralelo aos eventos náuticos na cidade. “Durante a Volvo, teremos, de novo, campanha de coleta de lixo no rio, programa de reflorestamento na cidade, palestras dos participantes nas escolas do município, concursos escolares com temas ligados à preservação dos mares e mais uma série de atividades, que, a rigor, não têm nada a ver com o esporte, mas acabam envolvendo os moradores em torno do mundo da vela”, explica Alexandre. “Além disso, as regatas divulgam mundialmente a nossa cidade. A Volvo já é a principal vitrine internacional de Itajaí. É a nossa Olimpíada”, brinca. Mesmo que o projeto do memorial da Volvo não siga adiante, a próxima escala da regata (já ansiosamente aguardada) usará as instalações da primeira fase da primeira e grande marina da cidade, que, quando estiver concluída, terá capacidade para mais de 900 barcos. “Esperamos que a marina atraia ainda mais os veleiros para cá”, conclui Alexandre, satisfeito com o rumo que a cidade está tomando, embalada pelos ventos das regatas. fotos victor schneider semana de vela bons prÊmios Bonitos troféus e até prêmios em dinheiro para as classes de Oceano: o objetivo da Semana de Vela de Itajaí é atrair cada vez mais os velejadores Todos os Vencedores 4Não houve nem em Itajaí taxa de inscrição. 660 toques Mesmo assim, por não haver alguns prêmios variedades foram em dinheiro Classes de OCeanO ORC - Melody C30 - Zeus RGS A - Manos Champ RGS B - Jacopo Bico de Proa A - Marmay Bico de Proa B - Sailor Made Classes MOnOtipOs da de várias pessoas da cidade. “Ainda mais com esta chuva”. Já os velejadores, que vieram até do Rio Grande do Sul para o evento, adoraram a forma como foram recebidos na cidade — não pagaram taxa de inscrição, ganharam ajuda de custo para o transporte dos barcos até Itajaí e os vencedores das classes de Oceano ainda receberam prêmios em dinheiro, de R$ 1 000 cada. Resultado: ali mesmo ficou acertada a segunda edição da Semana de Vela de Itajaí, para junho do ano que vem. Só o que se espera é que, nela, o sol também compareça. Optimist Estreante - Matheus Silva (seguido por Miguel Gallo e Samer Kayali) Optimist Veterano - Thiago Lock (seguido por Erik Hoffmann e Guilherme Berenhauser) Laser Standard - Vinicius Bandil (seguido por Luciano Gubert e Benno Volrath) Laser 4.7 - Eduardo Cleiton (seguido por Lucas Michalak e Martin Gallo) Laser Radial - Henrique Dias (seguido por Carolina Copello e Alberto Sanchotene) Snipe - Adriano Santos e Christian Franzen (seguido por Roberto Salles e Daniel Martins) Holder - Mauro Calderaro Shelback - Pedro Fantini (seguido por Manoel Camilo) Dingue - Cassiano Pittol e Maria Clara Hobie Cat 14 - Adam Max (seguido por Mario Gern) fotos arquivo pesca esportiva 15um desses Grande e duro de ser fisgado, o robaloflecha, também conhecido como robalão ou bicudo, é, por isso mesmo, muito cobiçado pelos pescadores do Paraná e Santa Catarina. Mas, com estas dicas do especialista paranaense Roald Andretta, fica um pouco mais fácil. Ou menos difícil... dicas para pegar 1 Maré Sensível às menores variações, o robalo-flecha exige muita observação da natureza. As mudanças de maré são decisivas. As melhores são as de lua quarto crescente e minguante, que têm menor amplitude e não turvam as águas, e os repontos das marés de Sizígea (luas cheia e nova). 2 3 clima O flecha gosta de água limpa. Por isso, é preciso acompanhar de perto a previsão do tempo e os índices de chuvas na região da pescaria. Se a água estiver turva, nada feito. Habitat Ele tanto pode estar no mangue, quanto nas costeiras. Rios com nascentes na serra têm águas mais transparentes e são boas opções, principalmente no final das marés vazantes. Já os rios que nascem nos manguezais têm águas cor de chá e costumam ser mais produtivos nas enchentes. Já nas costeiras, águas rasas com pedras em fundos de areia são as mais propícias. 4 equipamento Depende do tipo de pescaria — especialmente a esportiva, com iscas artificiais. Na pesca de arremesso, a baixa vegetação dos manguezais exige varas curtas (de 5’3 a 5’8”), de ação média, com flexibilidade a partir do meio do corpo, para arremessos mais precisos. No corpo a corpo O especialista Roald Andretta e um dos flechas que já capturou na região de Paranaguá. Ele admira tanto este peixe manhoso e brigador, que o tatuou no braço 5 Na pesca de rodada Dê preferência às varas de 6’0 a 6’6”, com ação rápida, que têm maior sensibilidade. Se a opção for pelo metal jig, o comprimento da vara pode variar Náutica Sul 65 MarceL NisHiyaMa “ Tudo influencia na pesca do flecha: maré, turbidez da água, até pressão atmosférica. É um desafio para qualquer pescador 6 de 5’3” a 5’8”, e a ação, de lenta a média. iscas de fundo O peso dos anzóis de jig mais usados variam entre 5 e 20 gramas — quanto mais leve melhor, para sentir o toque da isca no fundo. Para os metal jigs, modelos de 8 a 25 gramas são boas escolhas. 7 Linhas O multifilamento é a melhor opção. Possui baixa memória e muita resistência e sensibilidade. Entre 100 e 150 metros de linha 0,15 a 0,20 mm são suficientes. 8 9 Líder Mesmo com linhas resistentes, use um líder de fluorcarbono, de 0,48 a 0,55 mm, com cerca de dois metros de comprimento. É invisível na água e tem boa resistência. iscas O flecha muda bastante de preferência. Por isso, no caso de iscas artificiais, é preciso ter várias, de diferentes cores e modelos. Nos manguezais, prefira as de meia-água ou superfície. Tenha também iscas com flutuação neutra, para quando o peixe estiver manhoso. Camarões plásticos e outras softbaits são eficientes quando deslizam sobre as águas e entram debaixo da vegetação do mangue. 10 11 carretilhas As de perfil baixo são as que propiciam maior conforto e controle da saída da linha com o polegar. cores das iscas Como regra geral, claras e naturais em águas limpas, fortes e opacas nas turvas e cores vivas nos manguezais. Para os camarões, iscas com cores escuras dão bons resultados. 66 Náutica Sul 12 13 presilhas Seu uso agiliza as mudanças de iscas. Opte por modelos leves, desde que resistentes, porque os flechas têm muita força bruta. Se o equipamento de arremesso for carretilha, não precisa de girador. reponto Os flechas preferem as marés repontadas ou muito lentas e penetram mais nos rios no verão — mas sempre em água salobra. Se a maré estiver correndo, pontos com redemoinhos formando remansos são os mais indicados. 14 estratégia de pesca Mesmo nos melhores pesqueiros, dê um tempo de vez em quando, interrompendo os arremessos. O excesso de movimentação na água gera estresse nos peixes. E, quanto maior o flecha, mais arredio ele será. 15 tirá-lo da água Não tenha pressa. Mesmo quando um flecha parece estar vencido, ainda lhe restam forças para uma arrancada extraordinária. Não é por acaso que é um troféu e tanto. Você e seu barco Ué, não pega... QUanto cada coisa consome 4 dicas para não ficar sem bateria na hora agá 1 O consumo médio de energia dos equipamentos mais frequentes em um barco Ligar ou mandar ligar o motor pelo menos uma vez por semana Tudo o que você precisa saber sobre baTerias Sem elas, nenhum barco a motor vai a lugar algum. Mas poucos donos de lanchas dão a devida importância a este equipamento tão fundamental quanto o próprio motor V ocê já deve ter vivido isso. Planeja o passeio, convoca a família, convida os amigos, liga para a marina mandando colocar a lancha na água e, lá chegando, liga a chave, aciona a partida e... nada. O motor mal se move. Pronto! Lá se foi o passeio. E por causa da bateria, que está descarregada. Para evitar isso, há alguns cuidados a serem tomados, mas o primeiro de todos é saber se a bateria está dimensionada para a carga necessária a bordo. Dimensionar as baterias de um barco é algo que exige certa habilidade com números, mas não chega a ser complicado. Mas, antes de mais nada, é preciso compreender como se mede a carga de uma bateria, o que é dado em Ah ou “ampères-hora” e que, ao contrário do que muita gente imagina, não significa ampères “por” hora. Esta medida apenas indica a corrente elétrica constante liberada durante um período de 20 horas, antes de a bateria ficar 68 NáuTica sul sem carga. Para saber de quanto é essa corrente, basta dividir o número de Ah por 20. Assim sendo, uma bateria de 100 Ah, por exemplo, proporciona 5 A durante 20 horas, entendeu? Com base nisso, defina quantos aparelhos elétricos e eletrônicos terão de ser alimentados pela bateria e se a rede de energia a bordo é de 110 V e 12 V (por meio do uso de um inversor) ou apenas 12 V. Em seguida, faça uma lista de todos os aparelhos a bordo e verifique qual a potência de cada um (para aparelhos de 110 V) ou o consumo em ampères (para aparelhos de 12 V). Vamos supor que você queira instalar um forno de micro-ondas (cuja potência é de 1 300 W), uma tv (200 W), duas bombas de porão (5 A cada), uma bomba de água doce (6 A), luzes de fundeio (1 A) e um gps de 5 polegadas com sonda (1A). Nesse caso, você deve transformar em ampères todas as medidas e somar. Para fazer essa conversão, divida o valor indicado em Watts por 12. No caso da tv, por exemplo, 200 W ÷ 12 = 16,7 A. Faça, então, uma estimativa de quanto tempo utilizará cada aparelho por dia e multiplique esse tempo pela potência do aparelho. Para a tv, três horas por dia estão de bom tamanho. Para o micro-ondas, calcule no máximo meia hora. Gps com sonda, cerca de oito horas. Luzes de fundeio, outras oito horas/dia. E assim por diante. No caso da tv, a conta seria 16,7 A x 3 horas, o que dá 50 A/dia. O micro-ondas, 55 A/dia. O gps com sonda, 8 A/dia. Pronto: é só somar tudo e obter o consumo diário estimado para a sua lancha. Por fim, para ter uma margem de segurança de dois dias sem ter de recarregar as baterias, multiplique o consumo total por dois (para veleiros, o ideal é multiplicar por duas vezes e meia). Assim, se o consumo diário foi de aproximadamente 140 A, a capacidade das baterias deve ser de 280 Ah (ampère-hora). Como não existe uma bateria com tanta energia, é Baterias do tipo chumbo-ácido têm uma taxa natural de autodescarga mensal que vai de 1% nas melhores marcas (feitas com ligas de PbCa/ chumbo-cálcio ou PbCaAg/chumbo-cálcio prata) a 10 % nas mais comuns (liga de PbSb/chumboantimônio). Mas outros fatores também aceleram a autodescarga, como temperatura ambiente elevada, alta umidade e tempo de uso da bateria. Por isso, mesmo que não pretenda sair com o barco, ligue (ou peça para alguém da marina ligar) o motor pelo menos uma vez por semana, a fim de repor essa perda natural de energia de toda bateria. 2 3 4 Aguardar um tempo entre uma tentativa e outra de partida Por duas razões básicas: a primeira é que a energia elétrica da bateria vem de uma reação química. Portanto, deixá-la “repousar” entre uma tentativa e outra permite que essa reação se complete, “acumulando” assim energia suficiente para a próxima tentativa. E a segunda razão é evitar superaquecimento do motor de arranque. Só usar baterias do tipo “náutico” Há algumas características importantes que as baterias para uso náutico têm que as comuns, de automóveis, costumam não apresentar, como capacidade de operar inclinadas, maior resistência a temperaturas elevadas, maior controle da emissão de gases nocivos, maior resistência mecânica da estrutura, menor taxa de autodescarga e maior vida em ciclos de carga-descarga. Ampères Horas Ampères/ uso dia Luz da âncora Guindaste da âncora Piloto automático 0,80 12h00 9,60 150,00 0h12 30,00 0,70 8h00 5,60 Exaustor do porão 6,50 0h12 1,30 2 ventiladores na cabine 0,20 48h00 9,60 3 lâmpadas fluorescentes p/ a cabine 0,70 12h00 8,40 1 lâmpada incandescente p/ a cabine 2,10 1h00 2,10 1 lâmpada p/ mesa de navegação (10 W) 0,80 0h30 0,40 Iluminação da bússola 0,10 8h00 0,80 Iluminação do convés 6,00 0h30 3,00 Sonda de profundidade 0,20 8h00 1,60 Indicador de combustível 0,30 24h00 7,20 GPS 0,50 8h00 4,00 Inversor 0,20 2h00 0,40 Forno de micro-ondas (600 W) 100,00 0h06 10,00 Bomba de porão 15,00 0h06 1,50 Bomba de água doce 6,00 0h02 0,20 Bomba do tanque de esgoto 2,00 3h00 0,10 Radar 4,00 4h00 16,00 2 lâmpadas halogênicas p/ leitura 0,80 4h00 3,20 Geladeira 5,00 12h00 60,00 Luz de navegação 2,50 8h00 20,00 Luz de navegação tricolor 0,80 8h00 6,40 Toca-fitas 1,00 2h00 2,00 Televisão (13 polegadas) 3,50 2h00 7,00 Hodômetro 0,10 8h00 0,80 Ao recarregar a bateria, faça isso bem lentamente SSB (receptor) 30,00 0h12 2,50 SSB (transmissor) 30,00 0h12 6,00 A corrente elétrica máxima para recarregar uma bateria é de 10% do valor de sua capacidade. Exemplo: uma bateria de 100Ah deve receber, no máximo, 10Ah. Correntes maiores que isso geram superaquecimento, o que causa danos permanentes. E baterias armazenadas por muito tempo devem ser carregadas com correntes ainda menores, perto de 5%. Videocassete 2,00 2h00 4,00 VHF (receptor) 0,50 4h00 2,00 VHF (transmissor) 5,00 0h12 1,00 Indicador de vento 0,10 8h00 0,80 DVD 1,10 4h00 4,40 NáuTica sul 69 Você e seu barco preciso montar um banco com algumas delas — por exemplo, duas baterias de 150 Ah, ou quatro de 75 Ah. Lembre-se, contudo, que não é recomendável ligar todos os aparelhos ao mesmo tempo, pois as baterias não geram toda a energia que o fabricante estipula em Ah na embalagem. Este valor representa o que ela libera em 20 horas diretas. Ou seja, uma bateria de 100 Ah gera 5 A por 20 horas seguidas. Desse modo, com o nosso hipotético banco de baterias só seria possível ligar, ao mesmo tempo, aparelhos com o consumo somado de até 30 A. Uma última precaução: o banco de baterias não deve estar conectado diretamente ao motor, sob o risco de ficar sem partida, caso elas descarreguem. O motor exige uma bateria exclusiva para ele. Mas, durante a navegação, é recomendável ligar o motor ao banco de baterias, para recarregá-las. como recarregar? As respostas para as dúvidas mais frequentes O tempo para recarregar uma bateria depende da potência do carregador? Não. Uma bateria obtém energia a partir de uma reação química. Para recarregá-la, é preciso “reverter” esta reação, aplicando uma tensão (V, de volt) e uma corrente elétrica (A, de ampère). Este processo ocorre em uma velocidade própria, que, quando não respeitada, gera um recarregamento apenas parcial e pode danificar a bateria para sempre. Em geral, o tempo de recarga deve ficar entre 8 e 12 horas, independentemente da potência do carregador de energia de toda bateria. Usar o alternador do motor é bom para recarregar a bateria? É uma forma simples, mas precária. Na maioria dos casos, o conjunto alternador/regulador fornece tensão entre 13 V e 14 V e correntes elevadas. Com isso, uma bateria descarregada receberá uma corrente acima da recomendada e, na medida em que sua carga for aumentando, a tensão do alternador se tornará insuficiente para continuar o processo de recarga. Resultado: uma recarga parcial (de 70% a 80% da capacidade), além da diminuição na vida útil da bateria. Painéis solares são eficientes para recarregar uma bateria? São bons para manter as baterias carregadas quando o barco não estiver em uso, suprindo assim a “autodescarga” que toda bateria sofre. Um painel solar rígido de silício cristalino (mais eficiente que os flexíveis de silício amorfo), com 0,6 m x 0,3 m, pode gerar até 20 w, ou cerca de 1,4 A com 14 V. Para recarregar uma bateria de 150 Ah (ampères/hora), com meia carga, ele exigirá, portanto, cerca de 53 horas de sol forte. E se for um painel flexível, subirá para 120 h! Portanto, convém avaliar se o investimento em painéis realmente vale a pena, caso o principal objetivo seja recarregar baterias. E os geradores eólicos, muito usados nos veleiros? Sim, mas com ressalvas. A maior vantagem dos geradores eólicos é funcionar dia e noite, pois não dependem da luz solar, como os painéis — mas, desde que os ventos estejam acima dos 10 km/h. Para um gerador médio, com um diâmetro próximo de 1,2 m, ventos de 20 km/h podem gerar em torno de 3 A (14 V). É, portanto, uma boa opção para quem navega em locais de vento constante, como o Nordeste, por exemplo. Mas, mesmo nessas condições, serão necessárias mais de 25 horas para deixar uma bateria de 150 Ah a meia carga. O investimento é alto e a interferência estética no barco, grande. Por que não se deve deixar um carregador comum ligado à bateria por muito tempo? Porque, em geral, eles operam com corrente constante, ou seja, vão aumentado a tensão sobre a bateria na medida em que ela se carrega. Esta tensão não deveria ultrapassar 14,8 V ou 15 V. Dentro desse limite, evitaria o superaquecimento e a decomposição do líquido da bateria. Ocorre, contudo, que este tipo de carregador não tem capacidade de ir diminuindo a corrente/tensão. Por isso, pode danificar a bateria se não for desconectado a tempo. o QUe levar em conta ao instalar Peso Uma bateria pesa cerca de 45 quilos e quanto mais abaixo da linha d´água e centralizada ela estiver, melhor para a estabilidade do barco. Ventilação Toda bateria emite gases potencialmente perigosos, o que exige bom sistema de exaustão — além disso, boa ventilação evita o aquecimento inadequado delas. Acesso É fundamental que estejam à vista. Baterias “escondidas” são um incômodo e risco. Instale-as o mais próximo possível do motor. Assim, você evita a perda de energia através dos cabos. Se isto não for possível, use cabos de maior diâmetro. Tipos Nunca misture baterias velhas com novas, porque as já usadas comprometerão a durabilidade das novas. triton 325 Você a bordo de um sonho possíVel www.sulboats.com.br Linha triton 2014 Marina Pier 340 I Rua dos Pescadores, 340 I Ilha das Flores I 51 3264.6800 I Plantão 51 8118.8008 Você e seu barco S E M I N O V O S Encontre aqui seu novo Barco! Pra quE tudo isso? Juntar tralhas a bordo é um hábito de todo dono de barco. Mas isso pode custar caro Azimut 72S - 2011 S im, é um filme. Faça o teste: abra os paióis do seu barco e coloque tudo o que há neles para fora. Depois, espalhe tudo no convés e responda: será que você precisa mesmo levar tudo isso a bordo quando sai para um simples passeio? Será que irá mesmo precisar de tantas mangueiras, galões e ferramentas ou apenas uma ou outra coisa já daria conta de eventuais problemas? Acumular coisas inúteis a bordo (as chamadas “tralhas”) é um hábito que 99% dos donos de barcos cultivam. Mas não deveriam, porque qualquer coisa pesa e peso é algo crucial no desempenho de qualquer barco — seja ele a vela ou a motor. É bem provável que você mesmo esteja levando uma série de quinquilharias e inutilidades náuticas a bordo, com a mínima chance de vir a precisar de alguma delas — se é que se lembrará delas, caso seja preciso. Peso rouba muito desempenho. Só para ter uma ideia, numa lancha de 26 pés, 100 quilos extras a bordo (coisa fácil de juntar quando há espaço para guardar coisas a bordo) representam uma queda de cerca de 10% no desempenho e elevam o consumo em outros 5%. E a grande maioria dos barcos de médio porte carrega bem mais do que isso na forma de tranqueiras que jamais serão usadas e que ficam esquecidas nos armários da cabine e paióis do convés. Outra consequência do acúmulo de coisas a bordo é o aumento no risco de incidentes, especialmente se o porão do casco também for usado como depósito, o que jamais deveria ocorrer, por sinal. Qualquer coisa que deslize pode romper a fiação ou impedir o funcionamento do motor. Sem falar que peso excessivo compromete a estabilidade de qualquer barco. 72 Náutica sul Portanto, a regra é, de tempos em tempos, fazer o que o primeiro parágrafo deste texto sugere (botar tudo pra fora e fazer um pente fino) e, dali em diante, passar a perguntar a si mesmo qual a real utilidade de qualquer coisa que entrar a bordo e nele ficar. Afinal, pra que levar três latas de óleo se uma só já basta para completar o nível do motor, no caso de um (improvável, por sinal) vazamento durante um passeio? Pense nisso. E em muitas outras coisas também. Azimut 62S - 2011 Azimut 60 - 2013 Azimut 82 - 2010 A tralha mais frequente O que geralmente vai a bordo, sem a menor necessidade O quê? E pra quê? Muitos livros Não basta aquele que você está lendo? Muitas panelas Não bastariam duas ou três delas? todas as ferraMentas Uma caixa já dá conta do recado Capa do barCo Você pretende cobri-lo durante o passeio? louças de porCelana Vidro pesa bem mais que plástico. E quebra Muitas peças De que adianta, se não há como trocá-las? rolos de Cabos Um a mais é mais do que suficiente Sea Ray 370 - 2011 Intermarine 600 Full - 2007 Na VIP BOAT você encontra um cadastro de barcos seminovos, de diversas marcas e modelos, nacionais ou importados. Mais informações: Curitiba 41 3010 3838 Guaratuba 41 3443 2093 Joinville 47 9927 6052 w w w .v i p b o at . c o m . b r Florianopólis 48 9988 9297 Porto Alegre 51 8421 6782 Onde encontrar PARANÁ EstalEiros • Bassboat Tel. 41/3029-0512 www.bassboat.com.br Lanchas para pesca Curitiba • Engetec Tel. 41/3383-0182 www.engetecbrasil.com.br Botes de alumínio, infláveis e lanchas São JoSé doS PinhaiS • Vom Wasser Tel. 41/3344-5806 www.evw.com.br Lanchas Curitiba • Way Brasil Tel. 41/3278-7433 www.waybrasil.com Lanchas Triton e Quest Curitiba • Wind Náutica Tel. 41/3383-1865 www.windnautica.com.br Veleiros Curitiba MoTores e eQuipaMenTos • Britanite Tel. 41/3671-8200 [email protected] Material de salvatagem Quatro barraS • Fort Car Tel. 41/3673-2386 www.fortcarreboques. com.br Fábrica de carretas Curitiba • Mar Sul Tel. 41/3443-6024 www.marsulservicos.com.br Motores Man Guaratuba • Nautimax Tel. 41/3333-0410 www.nautimax.com.br Motores Volvo penta Curitiba • Piqui Naval Tel. 41/3472-1327 [email protected] acessórios de aço inox Guaratuba 74 Náutica Sul • Retipar Tel. 41/3016-0206 www.retipar.com.br retífica, peças e acessórios Curitiba • Separ Tel. 41/3324-7205 www.separ.com.br Carregadores de bateria, divisores e conversores Curitiba • Volvo Penta Brasil www.volvopenta.com.br Fabricante de motores Curitiba Lojas e serViços • Bankoc/Almir Capotas Tel. 41/3282-4804 www.bankoc.com.br Capotas e revestimentos São JoSé doS PinhaiS • Berneck Tel. 41/2109-1513 www.berneck.com.br painéis de madeira teca arauCária • Centro Náutico Tel. 41/3366-7677 www.centronautico.net Barcos, motores e equipamentos Curitiba • Ciclonáutica 44/3425-1267 www.ciclonautica. com.br Lanchas Ventura e rionáutica, jets e motores Yamaha Loanda • Despachante Marítimo JB Tel. 41/3333-6660 Legalizações, registros e cursos náuticos Curitiba • Diprofiber Tel. 41/3373-0057 www.diprofiber.com.br Material para laminação Curitiba • First Yacht Tel. 41/3333-0410 www.firstyacht.com.br Lanchas azimut e atlantis Curitiba • Horst Transporte Tel. 41/3275-7228 Transporte de barcos Curitiba • Interyachts Tel. 41/4102-7362 www.interyachts.com.br Lanchas intermarine Curitiba • Kapazi Tapetes Tel. 41/3232-8282 www.kapazi.com.br Tapetes náuticos Curitiba • Kapot Capotaria Tel. 41/3333-7122 www.kapot.com.br Fábrica de capotas Curitiba • Lakshmi Tel. 41/3392-6002 www.moveislakshmi.com.br Marcenaria com teca CamPo LarGo • Loba do Mar Tel. 41/3027-7788 www.lobadomar.com.br eletrônicos, despachante, cursos Curitiba • Londrináutica Tel. 43/3328-5858 www.londrinautica.com.br Lanchas, jets e motores Londrina • Marine Service Tel. 41/3665-9393 oficina, motores, elétrica Curitiba • MM Náutica Tel. 41/3333-9011 www.mmnautica.com.br Lanchas, motores, equipamentos Curitiba • Náutica Gold Fish Tel. 43/3347-1509 www.nauticagoldfish.com.br Lanchas Ventura, Mestra, Metal Glass; motores evinrude; jets sea Doo Londrina • Náutica Paraná Tel. 43/3336-1900 www.nauticaparana.com.br Lanchas Fs, jets e motores Mercury Londrina • Náutica Wilke Tel. 41/3442-2519 www.nauticawilke.com.br Manutenção e fabricação de peças. representante Fischer panda Guaratuba • Nautipar Tel. 41/3016-0020 www.nautipar.com.br representante Ferretti Curitiba • Paraná Boats Broker Tel. 41/7819-1854 www.paranaboats.com.br Lanchas singular Curitiba • Per Mare Tel. 41/3030-3313 www.permare.com.br representante sessa Marine • Piçarras Tel. 41/3472-1438 posto e equipamentos Guaratuba • Promar Tel. 41/3254-1502 www.promar.com.br Fábrica de tintas Curitiba • Rionáutica Tel. 44/3262-6365 www.rionautica.com Lanchas, jets e motores evinrude marinGá • Sailing Shop Náutico Tel. 41/3079-3040 www.shopnautico.com.br Veleiros e acessórios Curitiba • Schneider Naval Tel. 41/3283-5893 www.schneidernaval.com.br peças de inox e madeira Curitiba • Separ Tel. 41/3324-7205 www.separ.com.br Lanchas singular Curitiba • SP Marine Tel. 41/3233-3636 www.spmarine.com.br Lanchas intermarine Curitiba • Sport Náutica Foz Tel. 45/3573-3151 www.sportnauticafoz.com.br Lanchas Ventura, jets e motores Mercury Foz do iGuaçu • Vip Boat Tel. 41/9841-3838 www.vipboat.com.br Lanchas nacionais e importadas Curitiba • Yamanáutica Tel. 41/3333-3738 www.yamanautica.com.br Lanchas, motores suzuki e Yamaha e jets Yamaha Curitiba SANTA CATARINA esTaLeiros • Armada Yachts Tel. 48/3242-9600 www.armada.com.br Lanchas PaLhoça • Azimut Yachts Tel. 47/3249-7700 www.azimutyachts.com.br Lanchas itaJaí • BB Barcos Tel. 48/3255-3590 www.bbbarcos.com Veleiros e catamarãs imbituba • Blujoi Catamarãs Tel. 47/4009-0341 www.blujoi.com.br Trawlers e catamarãs JoinviLLe • Brasboats Tel. 48/3242-4927 www.brasboats.com.br Lanchas PaLhoça • Brunswick Boat Group Tel. 47/3025-4984 www.bayliner.com.br Lanchas Bayliner e sea ray JoinviLLe • Catarina Yachts Tel. 47/3404-6801 www.catarinayachts.com Lanchas e veleiros naveGanteS • Century Yachts Tel. 48/9119-1991 www.centuryachts.com.br Lanchas itaJaí • Dream Boats www.dreamboats.com.br Canoas de madeira JaraGuá do SuL • Fibrafort Tel. 47/3249-9958 www.fibrafort.com.br Lanchas Focker itaJaí • FS Yachts Tel. 48/3243-1990 www.fsyachts.com.br Lanchas biGuaçu • Gamper Náutica Tel. 47/3442-2456 www.gampernautica.com.br infláveis São FranCiSCo do SuL • Império Yachts Tel. 47/3045-3080 www.imperioyachts.com.br Lanchas DM itaJaí • Intech Boating Tel. 48/3259-0484 www.intechboating.com Lanchas São JoSé • Kalmar Tel. 47/3348-2916 www.kalmar.com.br Lanchas e veleiros itaJaí • Krause Boats Tel. 48/4107-0260 www.estaleirokrause. com.br Lanchas PaLhoça • Lancer Tel. 48/32429840 www.lanceryachts.com.br Lanchas PaLhoça • Mastro d’Ascia Tel. 48/3238-2314 www.mastrodascia.com.br Lanchas nomad FLorianóPoLiS • Ocean Life Tel. 48/3342-0204 www.evolveboats.com.br Lanchas evolve biGuaçu • Psari Boats Tel. 47/3365-0906 www.psari.com.br Lanchas Camboriú • Sail Master Tel. 48/3343-8930 www.sail-master.com.br infláveis São JoSé • Schaefer Yachts Tel. 48/2106-0001 www.schaeferyachts.com.br Lanchas phantom PaLhoça • Sea Crest Tel. 48/3278-1252 www.seacrest.com.br Lanchas São JoSé • Sessa Marine Brasil www.sessamarine.com Tel. 48/3278-1169 Lanchas São JoSé • Singular Boats Tel. 48/3341-3343 www.singularboats.com Lanchas PaLhoça • Top Line Yachts Tel. 48/4109 -0414 www.toplineyachts.com.br. Lanchas biGuaçu • Zeta Yachts Tel. 48/9982-2118 www.zetaestaleiro.com.br Lanchas PaLhoça MoTores e eQuipaMenTos • Boa Vista Reboques Tel. 47/3433-4815 www.boavistareboques. com.br Fábrica de reboques itaJaí • De Vento em Popa Tel. 47/9977-0676 Mecânica de motores Camboriú • Elber Tel. 47/3542-3000 www.elber.ind.br Geladeiras e freezers aGronômiCa • Formula Import Tel. 47/3473-0088 www.formulaimport. com.br Geradores, gaiutas, vigias, condicionadores de ar e equipamentos hidráulicos JoinviLLe • Hoffmann Tel. 47/3348-1069 www.heliceshoffmann. com.br Fábrica de hélices itaJaí • Motor Marine Tel. 47/3264-1439 assistência técnica de motores baLneário Camboriú • Nautcar Carretas Tel. 48/3257-6243 www.nautcar.com Fabricante de carretas FLorianóPoLiS • Optolamp – HE Tel. 47/3369-4184 www.optolamp.com iluminação e sinalização para barcos Porto beLo • Pirâmide Reboques Tel. 47/3473-1078 www.piramidereboques. com.br Fábrica de reboques JoinviLLe • Real Marítima Tel. 48/3348-7885 autorizada Volvo FLorianóPoLiS • Xexeumar Tel. 48/3243-2726 www.xexeumar.com.br Fábrica de peças de inox biGuaçu Lojas e serViços • American Boat Tel. 47/3427-2143 www.americanboat.com.br Lanchas importadas Chris Craft JoinviLLe • Acrilatec Tel. 48/3257-1038 www.acrilatec.com.br peças em acrílico São JoSé • AJX Tel. 48/3222-7752 www.ajxtec.com.br Torres de abastecimento e equipamentos de fibra para marinas FLorianóPoLiS • Alenáutica Tel. 48/3244-4466 www.alenautica.com.br Lanchas Ventura, oficina e loja náutica FLorianóPoLiS • Armazém Naval Tel. 48/3225-9370 www.armazemnaval.com.br Loja Yanmar e Holt nautos; oficina FLorianóPoLiS • Beneteau Tel. 48/3066-2222 Lanchas e veleiros biGuaçu • Boat Sul Tel. 47/3367-6813 www.boatsul.com.br Lanchas importadas sunseeker e Cobalt biGuaçu • Brasil Adventure (by Dente) Tel. 47/3366-3114 www.bydente.com.br Venda e reparo de jets Camboriú • Brisa Yachts Tel. 48/9133-7418 www.brisayachts.com.br Lanchas singular FLorianóPoLiS • Calamar Tel. 48/3244-3863 www.calamarsc.com.br peças e serviços náuticos FLorianóPoLiS • Cleo Muller Tel. 47/3043-0497 Lanchas sea Gold JoinviLLe • Cia. da Praia Tel. 48/3269-5988 www.companhiadapraia. com.br Barcos e equipamentos FLorianóPoLiS • Coltri Sub Tel. 48/3348-2114 www.coltrisub.it Compressores para recarga de ar FLorianóPoLiS • Estofatec Tel. 48/7812-6727 revestimentos náuticos São JoSé • First Yacht Tel. 48/3027-1038 www.firstyacht.com.br FLorianóPoLiS e baLneário Camboriú • Floripa Náutica Tel. 48/3243-2232 www.floripanautica. com.br Lanchas e motores biGuaçu • Guaíba Tel. 48/3304-7223 www.guaibanautica. com.br Barcos e equipamentos FLorianóPoLiS • Gurupés Náutica Tel. 47/3366-1410 www.gurupes.com.br Veleiros Bramador e catracas sea Winch baLneário Camboriú • Inter Coatings Tel. 48/3349-9090 www.intercoatings.com.br Tintas marítimas itaJaí • Interyachts Tel. 48/3365-9570 www.interyachts.com.br Lanchas intermarine FLorianóPoLiS • Jet Hause Tel. 48/3232-5451 [email protected] Venda e manutenção de jets FLorianóPoLiS • Katavento Capas Náuticas Tel. 48/3225-7600 www.kataventocapas nauticas.com.br Capas e reparos de velas FLorianóPoLiS • Jet Point Tel. 47/3361-0294 www.jetpoint.com.br Venda e manutenção de jets Camboriú • L.A. Infláveis Tel. 47/3369-4711 www.lainflaveis.net infláveis, serviços náuticos Porto beLo Náutica Sul 75 Onde encontrar Tel. 47/3423-3351 Loja, oficina e despachante JoinviLLe e São FranCiSCo do SuL • Mar&Mar Náutica Tel. 48/3365-9570 www.maremarnautica. com.br Venda de barcos novos e usados; aluguel FLorianóPoLiS • Marina da Conceição Tel. 48/3232-0345 www.marinada conceicao. com.br Venda de lanchas FLorianóPoLiS • Marine Express Tel. 47/3367-7167 www.marinexpress.com.br eletrônicos, geradores e equipamentos Camboriú • Mega Jet & Boats Tel. 48/3246-4546 www.megajet.net revenda e assistência técnica de jets, lanchas e motores de popa São JoSé • Mídia Signs Tel. 47/3367-2192 www.midiasigns.com.br adesivos para barcos Camboriú • Moto Jeans Tel. 49/3319-2480 www.motojeans.com.br Lanchas Ventura, jets sea Doo e motores envirude ChaPeCó • Náutica Mané Ferrari Tel. 48/7811-8391 www.nauticamaneferrari. com.br. Lanchas, equipamentos, transporte e serviços gerais FLorianóPoLiS • Náutica Tecnimar • Nautiservi Tel. 47/3369-9001 www.nautiservi.com.br Venda e reparo de lanchas Porto beLo • One Yachts Tel. 47/3368-6870 www.oneyachts.com.br 76 Náutica Sul • Pier 33 Tel. 48/3285-3333 www.pier33.com.br revenda schaefer biGuaçu • Pino www.pino.com.br roupas, botas e acessórios de neoprene Porto beLo • Paulo Marques Tel. 48/9911-9488 www.pmoyd.wordpress. com projetos de barcos FLorianóPoLiS • Power News Baterias Tel. 48/3241-0908 revenda de baterias São JoSé • Pro Náutica Tel. 48/3232-1963 www.pronautica.com.br Venda e manutenção de jets; venda de lanchas; roupas e equipamentos para jet e wakeboard; flyboard FLorianóPoLiS • RC Náutica Tel. 48/3240-4731 acessórios para lanchas FLorianóPoLiS • Real Class Sul Tel. 47/3028-1230 www.powerboats.com.br Lanchas real Class JoinviLLe • Rinaldi Yacht Design Tel. 47/3348-1354 www.rinaldi-yd.com projetos de barcos baLneário Camboriú • Sailing International Tel. 47/3366-2753 www.melim.com.br Loja náutica Camboriú • Rio Marine Service Tel. 48/3236-2107 www.coppercoat.com.br Distribuidor de resina antiincrustante FLorianóPoLiS • Sanautica Joinville Tel. 47/3028-0888 www.sanautica.com.br Venda e assistência Brp e Mercury; lanchas JoinviLLe • SC Yachts Tel. 48/3222-0052 www.scyachts.com.br Lanchas sessa FLorianóPoLiS • Sea Doo-Mega Jet Tel. 48/3246-4546 Venda e oficina de jets São JoSé • Só Náutica Tel. 47/3361-9393 www.sonautica.com.br Venda e oficina Camboriú • SP Marine Tel. 47/3361-6139 www.spmarine.com.br Lanchas intermarine baLneário Camboriú • Squadramarine Tel. 48/3365-9613 www.squadramarine. com.br Lanchas, veleiros, manutenção e administração de obras FLorianóPoLiS • Sul Yachts Tel. 48/3012-1444 www.sulyachts.com.br Lanchas multi-marcas FLorianóPoLiS • Trans Acácio Tel. 48/3342-0653 www.transacacio.com.br Transporte de barcos FLorianóPoLiS • Transportadora Dois Irmãos Tel. 48/3245-5566 www.g2irmãos.com.br Transporte de barcos, máquinas e motores Santo amaro da imPeratriz • Ultramar International Tel. 48/3236-2611 jets e componentes para estaleiros FLorianóPoLiS • Universo Náutico Tel. 47/3361-0005 www.universonautico. com.br Lanchas armada, Cimitarra e ecomariner baLneário Camboriú • Velas Oceano Tel. 48/3223-6051 Velas e capas FLorianóPoLiS • Via Náutica Tel. 48/3205-1212 www.vianauticasc.com.br Lanchas Fs e Brasboats e motores Mercury São JoSé • X-Float Tel. 48/3346-0999 www.xfloat.com.br equipamentos FLorianóPoLiS • Ocean Boats Porto aLeGre Lojas e serViços Tel. 51/3627-4399 www.seagoldlanchas. com.br Lanchas sea Gold imbé • Aventura Brasil Tel. 51/3341-9858 www.aventurabrasilrs. com.br infláveis e alumínio Porto aLeGre • Quality Marine Tel. 51/3482-1697 www.qualitymarine. com.br Veleiros e lanchas barra do ribeiro • Bica Jet Tel. 51/3375-0033 www.bicajet.com.br jets e motores Porto aLeGre • Skipper RIO GRANDE DO SUL esTaLeiros • Allfibras Tel. 51/3661-4557 [email protected] Lanchas Millenium tramandaí • Cia. Câmara Tel. 51/3035-5080 www.ciacamara.com.br Veleiros e trawlers Porto aLeGre • Delta Yachts Tel. 51/3431-3007 www.deltayachts.com.br Veleiros Porto aLeGre • Estaleiro Cimitarra Tel. 51/3388-4444 www.cimitarra.com.br Lanchas Porto aLeGre Tel. 51/3311-8476 www.skipper.com.br Veleiros Porto aLeGre Tel. 51/3427-3566 www.sunsetboats. com.br Lanchas intruder CanoaS • Nautiflex Tel. 51/3697-1544 www.nautiflex.com.br Botes e balsas salva-vidas broChier • Equinautic Tel. 51/3268-6675 www.equinautic.com.br Veleiros Laser e pico e equipamentos • Kali Náutica Tel. 51/3037-4872 www.kalinautica.com.br Lanchas, motores e serviços São LeoPoLdo • Nautiescola Tel. 51/3203-2177 www.nautiescola.com Habilitação náutica Porto aLeGre • Marina das Flores Tel. 51/3203-2002 www.marinadasflores. com.br Lanchas solara Porto aLeGre • Nautipar Tel. 51/3337-4788 www.nautipar.com.br Lanchas Ferretti Porto aLeGre • Marítima Tel. 51/3061-4261 www.maritima.eng.br Lanchas, veleiros, e vistoria Porto aLeGre • Nautisul tel. 51/3264-4000 www.nautisul.com.br Lanchas e equipamentos Porto aLeGre • Moto Sport www.motosportyamaha. com.br jets e motores Yamaha ereChim, PaSSo Fundo, Sâo LuíS GonzaGa, São borJa, Carazinho, trêS PaSSoS, FrederiCo WeStPhaLen e PaLmeira daS miSSõeS • Nautiway • Multináutica Motoryama Tel. 51/3406-4040 [email protected] Lanchas, jets e equipamentos Porto aLeGre MoTores e eQuipaMenTos • Farol Náutica resposta das Tel. 51/3242-1085 www.farolnautica.com.br Fábrica de mastros Porto aLeGre CruzaDas • Manotaço Tel. 51/3268-4611 www.manotaco.com.br Fábrica de mastros Porto aLeGre • Nautiway Tel. 51/9866-6755 www.estaleiromuller.com.br Lanchas e veleiros Santa Cruz do SuL Tel. 51/3347-4747 artigos de fibra de vidro Porto aLeGre Tel. 53/3228-1383 www.vilasboasnautica.com.br Barcos de aço PeLotaS • Ilha Sul • Müller • Emesul • Vilas Boas Náutica • Marnáutica Tel. 51/3482-2010 www.ilhasulnauticas. com.br Cascos de alumínio Porto aLeGre Tel. 51/3268-4695 www.centralnautica.org Broker e charters Porto aLeGre • Sunset Boats • HF Marine – Solara Tel. 51/3718-1838 www.hfmarine.com.br Lanchas Porto aLeGre • Central Náutica tel. 54/3229-0405 www.multinautica.com.br peças para estaleiros CaxiaS do SuL Tel. 51/3476-4770 [email protected] revenda Volvo penta CanoaS Motoryama Tel. 51/3406-4040 [email protected] Motores Mercury e Yamaha Porto aLeGre nome desta ave • Nautos Tel. 54/3026-1600 www.nautos.com.br equipamentos para veleiros CaxiaS do SuL • Port Marinne Tel. 51/3337-4788 www.portmarinne.com.br Lanchas e equipamentos Porto aLeGre Divulgação Tel. 47/3361-1120 e 47/9117-6622 www.tecnimar.com.br Manutenção e reparos Camboriú Lanchas importadas baLneário Camboriú Shutterstock • Mar & Cia • Olimpic Sails tel. 51/32666-0523 www.olisails.com.br Velas de competição e lazer Porto aLeGre • Piccolo Sails Tel. 51/3266-7196 www.piccolosails.com.br Velas, lonas e capas Porto aLeGre • Port Marinne Tel. 51/3337-4788 www.portmarinne.com.br Lanchas, motores e jets Porto aLeGre • Powered by Kri Kri Tel. 51/3024-3757 www.krikri.com.br Loja e oficina de jets Porto aLeGre • Refrináutica Tel. 51/4101-2233 www.refrinautica.com.br refrigeração embarcada Porto aLeGre • Sanáutica Tel. 55/3412-3907 www.sanautica.com.br Lanchas e motores uruGuaiana • Sul Boats Tel. 51/8118-8008 www.sulboats.com.br Lanchas Triton Porto aLeGre • Sul Náutica Tel. 51/3269-2332 equipamentos náuticos Porto aLeGre • Turbo Moto Náutica 51/3084-7200 Lanchas Ventura e motores Mercury Porto aLeGre • Vascopopa 55/3312-4398 www.vascopopa.com.br Lanchas Ventura, jets e motores Yamaha Santo anGeLo • Vida Náutica Tel. 53/3278-8675 www.vidanautica.com.br Lanchas, jets, motores Mercury PeLotaS Marinas e Iates Clubes PARANÁ ANTONINA www.icpgua.com.br • MarinaVelhoMarujo Tel. 41/3424-4672 [email protected] • ClubeNáuticodeAntonina Tel. 41/3432-1331 www.nautico-online.com.br • MarinaQuebra-Mar Tel. 41/3455-1222 • • MarinaArvoredo Tel. 47/3393 4653 edescoMarina T Tel. 47/3361-1420 www.tedescomarina.com.br • MarinaGuará Tel. 48/3232-9614 • MarinaSãoSebastião Tel. 48/3262-7414 www.marinasaosebastiao.com.br • ANI Tel. 47/9146-2020 www.culturanautica.org.br • MarinadoGalego Tel. 47/3368-3474 • MarlimAzulMarinaClube Tel. 41/3422-7238 • MarinaSeteMares Tel. 41/3455-2177 • MarinaCantoGrande • VilaMariaMarinaClube CAMBORIÚ Tel. 41/3452-1545 www.icc.org.br • GUARATUBA PortoMarinaOceania Tel. 41/3423-1831 portomarinaoceania @yahoo.com.br I lhadoMel Tel. 41/3455-1580 • Cond.Náutico IlhasdoSul Tel. 41/3455-1380 • IateClubedeGuaratuba Tel. 41/3442-1535/3222-6813 www.iateguaratuba.com.br Tel. 47/3367-0452 • IateClube Tel. 41/3455-1450 • JetPoint(sójets) Tel. 47/3361-0294 www.jetpoint.com.br MaresdoSul Tel. 41/3455-1447 www.marinamaresdosul.com.br • MarinaAragão BIGUAçU Tel. 41/3455-1392 • Tel. 41/3442-1909 • IateClubedeParanaguá Tel. 41/3422-5622 www.icpgua.com.br 78 Náutica Sul MarinadaÂncora Tel. 48/3269-6356 • MarinaBarradaLagoa Tel. 48/3232-4657 • Tel. 41/3455-2187 marinalagamar.com.br • MarinaLasPalmas Tel. 41/3256-1709 • MarinaMarina • MarinaPier33 Tel. 48/3285-3333 Tel. 47/3366-8564 www.marinaoceano.com.br • MarinaTerraFirme Tel. 48/3285-1524 www.marinaterrafirme.com.br • Marina3Mares Tel. 48/3243-1199 www.marina3mares.com.br • MarinaOffShore Tel. 47/3361-0765 • MarinaVip Tel. 47/3361-9393 marina@sonautica.com.br MarinadaCroa Tel. 48/3266-1980 www.marinadacroa.com.br • MarinaClub Tel. 48/3284-5080 • arinadoCostão M Tel. 48/9972-2143 www.costaogolf.com.br • MarinaFortaleza Tel. 48/3232-3296 CNPortodoSol Tel. 47/3427-2143 www.centronauticoportodosol.com.br • IateClubeBoaVista Tel. 47/3433-4429 • • MarinaPontadaAreia (Fedoca) Tel. 48/3232-0759 www.cheffedoca.com • MarinaPontaNorte Tel. 48/3284-1558 ICdePortoBelo Tel. 47/3369-4333 • MarinaAtlântida Tel. 47/3369-5665 • MarinaCostaMansa Tel. 47/3369-4760 marinacostaman[email protected] • MarinaPortoBelo Tel. 47/3369-4570 • MarinaPortodoRio Tel. 47/3369-4000 www.marinaportodorio.com.br • MarinaRibeirãodaIlha Tel. 48/9925-9188 • MarinaSantoAntônio Tel. 48/3233-0009 www.marinasantoantonio.com.br • • MarinaSeaEscape Tel. 48/3248-3596 www.seaescape.com.br MarinaVerdeMar Tel. 48/3232-7323 www.marinaverdemar.com.br JoinvilleIateClube Tel. 47/3434-1744 www.joinvilleiateclube.com.br SÃO FRANCISCO DO SUL • MarinadasGarças Tel. 47/3467-3801 www.marinadasgarcas.com.br MarinaRecantodaLagoa Tel. 48/3232-2260 MarinadaConceição Tel. 48/3232-1297 • MarinaOceano • Tel. 48/3235-2418 www.marinamarina.com.br • • • MarinaLagamar MarinaBlueFox Tel. 48/3369-0185 • MarinaCamboriú • PortoEstaleiro PARANAGUÁ • • • MarinaCentralNáutica LagoaIateClube Tel. 48/3232-0088 www.lic.org.br Tel. 47/3367-3699 Tel. 41/3455-1528 Tel. 41/3472-2609 www.portoestaleiro.com.br • I ateClubede SantaCatarina Tel. 48/3225-7799 www.icsc.com.br Tel. 47/3366-3114 www.bydente.com.br Tel. 41/3472-3791 www.marinaguarapesca.com.br • MarinaVelaMar ProNáutica Tel. 48/3232-8457 [email protected] • MarinaByDente (sójets) SANTA CATARINA • MarinadoSol •MarinaGuarapesca • PontadoPoço ITAPeMA • IateClubedeCamboriú • PortoMarina PontaldoSul Tel. 41/3455-1145/3264-1153 Tel. 41/3442-1178 [email protected] • jOINvILLe • Cond.Náutico Tel. 41/3472-1624 CNPortoBelo Tel. 47/3369-4361 [email protected]. br • MarinadaLagoa/ PONTAL DO SUL • PortoMarinaGuaratuba Tel. 48/3348-7084 FLORIANÓPOLIS • MarinaValedoSol Tel. 41/3455-2282 [email protected] • MarinaItaguaçu Tel. 47/3361-4721 lobodomarsc@terra.com.br Tel. 47/3393-3227 • IateClubedeCaiobá Tel. 41/3473-5174/99742209 • ITAjAí CAIOBÁ • MarinaBali PORTO BeLO GOv. CeLSO RAMOS BOMBINHAS • NassMariner Tel. 47/3427-4915 • Sociedade RecreativaMarbi Tel. 47/3437-4124 LAGUNA • I.C.Laguna Tel. 48/3644-0551 • CapriIateClube Tel. 47/3444-7247 www.capriiateclube.com.br • ClubeNáutico CruzeirodoSul Tel. 47/3444-2493 • Iperoba HangaragemNáutica Tel. 47/9922-0070 • MarinaNautilus Tel. 47/3444-7172 www.marinanautilus.com.br PIçARRAS • MarinaPark Tel. 47/3345-0338 www.marinaparksc.com.br Náutica Sul 79 cruzadas Náuticas Marinas RIO GRANDe DO SUL OSÓRIO • MarinaPorto30 Tel. 51/3022-3217 Você eNteNde de mar? • MarinaVitóriaRégia Tel. 51/3211-7938 • Nautiescola Tel. 51/3203-2177 www.nautiescola.com O espaço certo para a sua empresa falar com o mercado náutico. Conheça nosso novo portal, • FazendaPontal IateClube Tel. 51/3628-8080 www.pinguelaiateclube.com.br 2 Peixe da região amazônica; sua carne é muito consumida pela população local e sua pele utilizada na fabricação de couro • 6 A maior do Brasil, que, com seu canto mavioso, atraía marujos para o mar, onde morriam afogados • 13Grande planície inundável da América do Sul, um dos ecossistemas mais ricos do Tel. 51/9971-1793 www.fazendapontal.com.br • LagoadaPinguela www.nautica.com.br. HORIZONTAIS em área, é a de Sobradinho, na Bahia • 8 Primeira graduação na hierarquia do pessoal subalterno da Marinha do Brasil • 10 Ser mitológico, metade mulher, metade peixe, planeta • 15 enchova, especialmente a preparada na salmoura para conserva • 16 A maior reentrância marítima do mundo • 19 Repartição da Marinha encarregada • Píer340 Tel. 51/3264-6800 www.pier340.com.br da segurança e do tráfego marítimo em sua jurisdição • 21 Limite territorial entre dois ou mais países • 22 O recipiente usado para servir a feijoada • 23 Condição urgente, que demanda ação ou assistência rápida • 26 Data comemorada pelos cristãos em 25 de dezembro • 31 Navegação com vento de viés • 32 Carroceria metálica usada para depositar entulho de obras, lixo etc., posteriormente transportadas por um caminhão • 33 Palavra do alfabeto fonético que representa a letra F. PeLOTAS • PortoAlegreBoatClub • VeleirosSaldanhada Gama Maio 2014 | N0 309 | R$ 18,00 | www.nautica.com.br Tel. 51/9956-1033 www.portoalegreboatclub. com.br Tel. 53/3225-5399 www.veleirossaldanhadagama. com.br PORTO ALeGRe Junho 2014 | N0 310 | R$ 18,00 | www.nautica.com.br • SavaClube ESTREIA NO BRASIL Este Delfino 93, destaque no Rio Boat Show 2014, é a quinta unidade desse modelo feito pelo tradicional estaleiro italiano Benetti Tel. 51/3269-1984 www.savaclube.com.br Zaphira • ClubedosJangadeiros O primeiro iate italiano Benetti 93 em nossas águas Clássicos do Brasil Tel. 51/3268-0080 www.jangadeiros.com.br 28/04/14 21:13 Capa 310 Assinantes_FINAL.indd 1 Os mais bonitos e antigos barcos a motor que ainda desfilam em nossas águas • VeleirosdoSul Tel. 51/3265-1733 www.vds.com.br 27/05/14 21:16 • IateClubeGuaíba Tel. 51/3268-0397 www.iateclubeguaiba.com.br • MarinaSul Tel. 51/3203-1944 www.marinasul.com.br TAPeS Nome desta ave • ClubeNáuticoTapense Tel. 51/3672-1209 www.nauticotapense.com.br RIO GRANDe Abril 2014 | N0 308 | R$ 18,00 | www.nautica.com.br • MarinadaConga Março 2014 | N0 307 | R$ 18,00 | www.nautica.com.br Nera Tel. 51/9899-2894 www.marinadaconga.com.br • MarinadasFlores Tel. 51/3203-2002 www.marinadasflores.com.br 24/03/14 20:39 Capa 307_Assinante_FINAL.indd 1 Tel. 53/3232-7196 www.rgyc.com.br SÃO LOUReNçO 15 a Regata Ilha de Caras/Revista Náutica A charmosa festa da vela em Angra A nova estrela da lista dos maiores iates do Brasil Capa 308 Assinantes_v4.indd 1 • RioGrandeYachtClub Shutterstock Lenda náutica Derivado de uma italiana Technema, o Nera passou por uma minuciosa reforma, até se transformar neste elegante 105 pés • IateClube SãoLourençodoSul Tel. 53/3251-3606 www.icsls.com.br 26/02/14 17:15 vIAMÃO • MarinaDatelli Tel. 51/3018-1001 • MarinadoLessa Tel. 51/9967-3036 Anuncie! 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Respostasnapágina79 Náutica Sul 81 elaboradas por A Recreativa — palavras cruzadas e passatempos — www.recreativa.com.br Capa 309 Assinantes_final.indd 1 arquivo pessoal 3 perguntas “A PRIMEIRA DO BRASIL” O pesquisador e escritor Idolo de Carvalho garante que foi Cananéia (e não São Vicente), a primeira cidade do Brasil. E graças a um personagem que a História preferiu ignorar O mineiro Idolo de Carvalho é apaixonado pela pesquisa histórica e pela cidade que escolheu para viver, há mais de 20 anos: a pequena Cananéia, na divisa do litoral de São Paulo com o Paraná. E foi lá que ele decidiu pesquisar um personagem histórico que poucos já ouviram falar: o português Cosme Fernandes, o 1 Aprendemos errado na escola? “De certa forma, sim. Porque foi em Cananéia que se estabeleceu o primeiro povoado do país, bem antes de Martim Afonso “fundar” São Vicente, em 1532. A própria Secretaria da Cultura de São Paulo admite isso, ao afirmar que Cananéia foi “criada” em 1531. Mas o fato é que desde 1498 já havia um “povoado” na região de Cananéia, com a chegada do primeiro homem branco a se estabelecer no nosso país, o português Cosme Fernandes, o Mestre Bacharel, como se tornaria conhecido. Ele veio para cá na expedição secreta e exploratória de Duarte Pacheco e ali foi deixado como “marco humano” português, a fim de preestabelecer o limite sul do Tratado de Tordesilhas. Portanto, Cananéia existe desde antes de o Brasil ter sido oficialmente “descoberto”, o que a torna ainda mais histórica. Mas São Vicente sempre teve mais força política e levou a fama”. 82 NáutIcA SuL 2 Mestre Bacharel, que, segundo ele (e todos na cidade), foi o primeiro colonizador a se estabelecer em solo brasileiro, o que também tornaria Cananéia o primeiro povoado do Brasil — antes mesmo de o país ser oficialmente “descoberto”, em 1500. A questão virou tema de um livro que Idolo escreveu e que ele aqui comenta, rapidamente. O que comprova isso? “Os próprios registros históricos, embora exista certa lacuna de informações sobre o Brasil no período compreendido entre o seu real descobrimento e a fundação de São Vicente, justamente quando Mestre Bacharel mais atuou por aqui. No Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa, está gravado, no mármore, uma referência a Cananéia, o que deixa evidente a sua importância na época. Oficialmente, no entanto, a História registrou que Bacharel só veio para cá na expedição de Gonçalo Coelho, de 1501, porque Portugal não poderia admitir que já sabia da existência do Brasil antes de Cabral “descobrir” o nosso país, obviamente. E isso também fez com que Cananéia fosse ignorada na sua real relevância histórica. Mas, na cidade, isso é ensinado até nas escolas e ela é classificada, sem nenhuma dúvida, como o primeiro povoado do Brasil”. 3 Quem foi este Bacharel que a História ignorou? “Mestre Bacharel foi um degradado português, que aqui virou uma espécie de rei entre os índios, porque, além de branco, tinha recursos que eles desconheciam. Tornou-se, então, temido e respeitado. E aproveitou-se disso para ficar rico e poderoso, criando um exército de nativos, capturando ouro e explorando aquele trecho do litoral brasileiro. Foi ele quem também estabeleceu o primeiro povoado no que é hoje São Vicente, depois de fazer o mesmo em Cananéia. Quando Martim Afonso chegou lá, o Bacharel já havia criado uma comunidade. Mas pouco se sabe sobre ele, até porque o grande incêndio de Lisboa queimou boa parte dos arquivos históricos. Ao que tudo indica, morreu aqui mesmo. Em Iguape, existe o Outeiro do Bacharel e lá, até hoje, se celebra uma missa em homenagem a ele. Mas, no fundo, ele foi um grande aproveitador”. Imagens meramente ilustrativas. O empreendimento somente será comercializado após o Registro do Memorial de Incorporação junto ao Cartório de Registro de imóveis. AGORA VOCE VAI TER UM NOVO ESTILO DE VIDA: UNICO. Conheca o The View Club Residence Jurere. O The View Club Residence é perfeito para quem gosta de todo charme e glamour de Jurerê. Com uma vista privilegiada, exclusiva e surpreendente, o The View alia tecnologia a todo conforto que você merece. 2 e 3 suites 2, 3 e 4 vagas de garagem areas privativas de 178m2 a 235m2 Biometria nas portas de entrada apartamentos Porta de segurança na entrada dos Persianas automatizadas Vidros duplos nas janelas Lounge Gourmet Sports Bar Fitness Place Health Spa Hall de entrada climatizado e finamente mobiliado Home Cinema E muito mais. Saiba mais em: www.TheViewJurere.com.br