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IMPRESSO TOLEDO - PARANÁ EDIÇÃO 189 Toledo sedia Fórum Soja Brasil Convite na página 2 JULHO DE 2013 Ainda nesta edição: Ministra explica Cadastro Ambiental Rural Página 11 Conheça o Pão Integral com Biomassa em “Sabores da nossa terra” Página 10 Toledo - Paraná Julho de 2013 2 SINDICATO RURAL DE TOLEDO Rua 7 de Setembro, 1.101 CEP 85900-220 Toledo - Paraná Fone/Fax: (45) 3055-2410 ou 3055-2510 e-mail: [email protected] site: www.sindicatoruraldetoledo.org.br DIRETORIA EXECUTIVA Presidente: Nelson Natalino Paludo Vice Presidente: Vitorino Rigo Secretário: Salecio Romeu Braun Tesoureira: Maria Marlene Grando Suplentes: Nelson Gafuri Celso Miguel Porsch Egon Portz Arno Dresch CONSELHO FISCAL Efetivos: Reginaldo Gongoleski Itacir Cividini Laércio Galante Suplentes: Valdir Kreve Linori Lídio Cela Pedro Maraschin DELEGADO REPRESENTANTE: Nelson Natalino Paludo Suplente: Vitorino Rigo Expediente É uma publicação do Sindicato Rural Patronal de Toledo Colaboração: Fernanda Toigo (DRT/PR 05724) e Paulo Weber Jr (DRT/PR 6790) [email protected] Impresso nas oicinas da Sul Gráica e Editora Toledo - Paraná Julho de 2013 3 Cursos para profissionalização do homem do campo CURSOS DO SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL (SENAR) E SINDICATO RURAL DE TOLEDO Informações sobre inscrições ligue: (45) 3055-2410 PROGRAMAÇÃO DE CURSOS DO SENAR/SINDICATO RURAL DE TOLEDO - JULHO/2013 Curso Local Paniicação Conserva, Molhos e Temperos Bom Princípio 23 a 24 Auditório do Sindicato 25 e 26 Sítio Paz d’água 29 a 31 Bom Princípio 30 e 31 Ouro Preto Oratória Derivados de Leite Vila Nova Artesanato em Palha de Milho - Flores Agricultura de Precisão I.Riedi Toledo Derivados do Leite Data 25 e 26 25 e 26 29 a 31 PROGRAMAÇÃO DE CURSOS DO SENAR/SINDICATO RURAL DE TOLEDO - AGOSTO /2013 Curso Local Data Curso Local Data Formigas Cortadeiras Operação e Man. de Tratores Coamo - São Pedro do Iguaçu 1º/08 Clube de Bom Princípio 6 a 9/08 Coamo – Toledo Floricultura Básico Cestas e Traçado - Palhas de Milho Paniicação Artesanato em Palha de Milho CRAS de Ouro Verde 6 a 8/08 Escola Municipal Antonio Scain 8 a 9/08 Salão Igreja Verdade que Liberta Gestão Rural 2/08 Auditório Sindicato Rural 8 a 9/08 19 a 23/08 Geleias, doces de corte e pastosos Salão da Igreja Evangélica de Vila Nova 20 a 21/08 Inclusão Digital Clube de Bom Princípio 26 a 29/08 Associação I.riedi 27 a 28/08 Básico em Floricultura Salão da Igreja Evangélica - Linha Dois Marcos20 a 23/08 Inclusão Digital Clube de Bom Princípio Floricultura Avançado Paniicação Qualidade do Leite Compotas e Frutas desidratadas Clube de Vila Flórida 27 a 28/08 Auditório Sindicato Rural 27/08 a 12/09 Casa da Cultura de São Pedro do Iguaçu Apicultura – Prod. de rainhas e própolis 26 a 29/08 Linha Bangu 27/08 29 a 30/08 Toledo - Paraná Julho de 2013 4 Ministra explica Cadastro Ambiental Rural na Câmara Federal Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, participou de audiência pública na Comissão de Agricultura, Pecuária e Abastecimento da Câmara dos Deputados. A audiência foi no começo de julho e teve por objetivo detalhar as fases da implantação do Código Florestal, aprovado no ano passado. Entre as informações prestadas, a ministra citou as contribuições que a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) fez para o aprimoramento do Cadastro Ambiental Rural (CAR), como a possibilidade de retificação de dados lançados no sistema antes de serem consolidados para análise nos órgãos ambientais. Segundo Izabella Teixeira, o governo já tem pronta a minuta de decreto para concluir a regulamentação do novo Código Florestal, já que até agora há normas gerais e os detalhamentos da adequação do produtor serão dados pelo Programa de Regularização Ambiental (PRA). Ela deu ênfase no detalhamento tecnológico do CAR, que será a ferramenta para registro eletrônico de imóveis rurais e um dos desdobramentos da nova legislação ambiental do país. “Estamos na fase de ajustes do sistema, como foi o caso da Faep que testou e mandou uma série de contribuições, que nos levaram a mudar algumas coisas e outras vamos discutir no grupo de estudos dentro do Ministério”, disse. Como o CAR é declaratório, a ministra fez questão de frisar que a possibilidade de mudanças de dados lançados no sistema é um direito do produtor. “A Faep fez essa crítica e já estamos estudando a solução para que o produtor possa retificar antes de consolidar a informação”, esclareceu, comparando com o que o ocorre atualmente com o Imposto de Renda, no sistema da Receita Federal. Ministra traz novidades sobre o CAR 6 meses de prazo O prazo para inscrição no Cadastro Ambiental Rural em todo o País deve começar a contar no segundo semestre. A previsão é da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. A partir da inscrição no CAR, os proprietários poderão aderir a programas de regularização ambiental nos estados e, com isso, ter suspensas infrações por eventuais passivos ambientais. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, 5,2 milhões de imóveis rurais no País devem se inscrever no CAR. O prazo para inscrição obrigatória no CAR, no entanto, ainda não começou a valer, por falta de um decreto do governo indicando a data a partir da qual o cadastro será considerado implantado em todo o País. Uma preocupação da bancada ruralista é com a possibilidade de que as normas de regulamentação da nova lei florestal possam aumentar a burocracia para o produtor rural. A ministra explica ainda que cabem aos gestores estaduais implantarem em cada unidade federativa o cadastro e, ao governo federal, auxiliar os estados com imagens de satélites, financiamento e capacitação de técnicos. De acordo com a ministra, tão logo haja segurança de que o sistema esteja em condições de funcionar bem em todo o País, o governo editará o decreto que inicia a contagem de prazo para o cadastro. Izabella Teixeira calcula que a norma saia antes do fim do ano. INVESTIMENTOS Segundo Izabella Teixeira, o governo investiu R$ 30 milhões para compra de imagens de satélite de 2011. Outros R$ 35 a R$ 40 milhões estão estimados para compra de dados referentes a 2012 e 2008. E já há planejamento para a aquisição de imagens de 2013 e 2014. A ministra destacou, além disso, que R$ 266 milhões do Fundo Amazônia estão comprometidos para financiar a implantação do CAR nos estados. (Agência Câmara de Notícias) Toledo - Paraná Julho de 2013 5 Trigo e milho 2ª safra foram os destaque do Seguro Rural do 1º semestre A Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SPA/MAPA), divulgou o balanço do primeiro semestre deste ano referente ao Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). Por ocasião da contratação do seguro, o agricultor conta com o apoio do governo federal para reduzir o custo de aquisição da apólice (subvenção ao prêmio). Entre as principais atividades da safra de inverno que têm suas lavouras seguradas e que contam com a subvenção federal, destacam-se o trigo e o milho 2ª safra respectivamente. Pode-se observar que soma das apólices para essas culturas representa 92% do total de contratações no período, ou 11,5 mil operações de seguro rural subvencionadas. Além dessas duas atividades, também foram contratadas 1.093 apólices de outras culturas de inverno, como aveia e canola. As contratações concen- traram-se na região Centro-Sul do país, principalmente no Estado do Paraná, que registrou mais de 50% das apólices contratadas, seguido do Rio Grande do Sul, com 20%, São Paulo, com 12% e Mato Grosso do Sul, com 9%, respectivamente. Em relação ao montante de subvenção, até a divulgação deste balanço, haviam sido utilizados aproximadamente R$ 100,5 milhões, valor que permitiu segurar uma área superior a um milhão de hectares. Mais uma vez o estado do Paraná foi o líder, garantindo uma área segurada de aproximadamente 462 mil hectares, seguido pelo Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e São Paulo, que juntos somaram mais de 500 mil hectares segurados. MILHO 2ª SAFRA As operações de milho 2ª safra concentraram-se, sobretudo no Estado do Paraná, que, até a divul- gação desse balanço, havia consumido aproximadamente R$ 23,2 milhões em subvenção federal, ou seja, 40% do montante total utilizado para segurar essa atividade no país. Esse montante permitiu a contratação de mais de 3.500 apólices de seguro rural subvencionadas, com área amparada de 239 mil hectares. Destaca-se também o Estado do Mato Grosso do Sul que contou com a utilização de R$ 27,4 milhões para subvencionar 1.148 apólices de seguro rural de milho 2ª safra e garantir uma área de aproximadamente 212 mil hectares. Agenda da Presidência do Sindicato Rural O associado precisa tomar conhecimento das principais atividades desenvolvidas pela presidência do 03.07 – Reunião lançamento Plano Safra 2013/2014 no Sindicato Rural Patronal. Deste modo, mais ativo, acompanha os passos dados pela diretoria em favor do Banco do Brasil, em Cascavel-PR e em Toledo-PR seu representado, o produtor rural. Confira a agenda do presidente, já cumprida: 16.07 – II Fórum Mundial de Desenvolvimento Econômico 11.06 – Reunião na Prefeitura de Toledo 24.06 – Encontro de Lideranças Sindicais e Reunião das Comissões Técnicas, na Federação da Agricultura do Estado do Paraná-FAEP, em Curitiba-PR 25.06 – Reunião da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas, na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA, em Brasília-DF Local – DEL, na Prefeitura de Toledo 17.07 - Reunião do Conselho de Desenvolvimento do Município de Toledo – COMDET 17.07 - Almoço de encerramento do Curso DC – Desenvolvimento Comportamental, na Fazenda Esperança 8 e 22/06, 6 e 20/07 - Participação em Programas de Rádio Toledo - Paraná Julho de 2013 7 6 Seguro Rural Agrícola do Paraná vai abranger 29 culturas O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, apresentou na Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), em Curitiba, o novo programa de Seguro Agrícola do Paraná que entrará em vigor a partir da safra 2013/14. A proposta prevê a ampliação de três para 29 as culturas que serão asseguradas com subvenção do governo do Paraná. Ortigara explicou que o Governo do Estado ampliou o orçamento para R$ 6,4 milhões para garantir as operações e atender a demanda do setor, e que esta iniciativa irá permitir aos agricultores paranaenses a diminuição dos custos de contratação do seguro rural. “O programa estará pronto para operar já neste ano, com estimativa para o mês de setembro”, afirmou Norberto Ortigara lembrando que as operações terão um limite de R$ 4,8 mil por cultura ou beneficiário. O secretário falou de mais um benefício do novo programa de seguro agrícola lançado pelo Governo Estadual, ao citar que o credenciamento das seguradoras poderá ser feito por até 60 meses. Esse prazo era de apenas um ano. “Tínhamos burocracia e lentidão nas renovações anuais dos contratos com a Secretaria. Adaptamos as legislações para cada cultura”, explicou. A Seab é responsável pela coordenação estadual do programa, ficando ao encargo da Fomento Paraná a gestão financeira. “O valor investido no seguro agrícola é uma ação fundamental para garantir que agricultura paranaense continue crescendo. Ajudamos a diminuir os riscos de prejuízos em função do clima ou de outros fatores. O recurso diminui o custo de produção dos agricultores”, afirmou o secretário. COMITÊ GESTOR A Secretaria da Agricultura criou em maio deste ano o Comitê Gestor do Programa de Subvenção ao Prêmio de Seguro Rural. Esse comitê é integrado por representantes de órgãos estaduais como a Secretaria do Planejamento e a Agência de Fomento. Participam também do comitê a Faep e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar) e outras instituições representativas dos produtores. AMPLIAÇÃO DE CULTURA E REGRAS O economista Francisco Siamioni, chefe do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura, disse que até 2011 a subvenção ao prêmio de seguro rural se limitava apenas para as culturas do milho da segunda safra, do trigo nas modalidades sequeiro e irrigado e do café. Agora o novo seguro foi ampliado para amparar outras 26 culturas - abacaxi, algodão, alho, arroz, batata, cebola, cevada, feijão de primeira e segunda safra, tomate, ameixa, caqui, figo, goiaba, kiwi, laranja, maçã, melancia, morango, nectarina, pera, pêssego, tangerina, uva e floresta cultivada, além da pecuária. Conforme as novas regras da subvenção ao prêmio do seguro rural irão variar de acordo com cada cultura. O Governo do Estado subvenciona até 60% do que caberia aos agricultores. No caso do milho da segunda safra, trigo e demais grãos, o Governo Federal paga até 70% do valor do prêmio e o Governo do Estado arca com até 15% do valor do prêmio, ou seja, metade do que compete ao produtor pagar. No café, o Governo Federal paga 40% e o Governo do Estado contribui com 30%, restando ao produtor pagar 30%. Nas frutas, o Governo Federal paga até 60% e o Governo do Estado arcará com até 20%, restando ao produtor complementar com 20% do valor do prêmio. Os percentuais de subvenção ao prêmio de seguro rural sofreram alterações este ano e deverão se ajustar às condições de maior ou menor risco, sempre visando diminuir as perdas, aumentar a renda, reduzir custos de produção e com rolagem ou negociações de dívidas rurais. Toledo - Paraná Julho de 2013 BNDES financiará investimentos em armazenagem de grãos Os produtores de grãos terão acesso a uma linha de crédito de R$ 1 bilhão para financiar investimentos em armazenagem de grãos. O Conselho Monetário Nacional (CMN) criou um subprograma dentro do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) para financiar a construção e ampliação de silos e estruturas auxiliares. De acordo com o assessor econômico do Tesouro Nacional, Bruno Leal, o orçamento para a nova linha de crédito saiu do remanejamento de recursos de um subprograma para compra de caminhões e ônibus, cujo orçamento foi reduzido de R$ 88,3 bilhões para R$ 87,3 bilhões. Os empréstimos terão prazo de 180 meses (15 anos) e juros de 3,5% ao ano, sendo que o principal da dívida só começará a ser pago em três anos. Criado em 2009, o PSI financia a produção, aquisição e exportação de bens de capital (máquinas e equipamentos usados na produção) e investimentos em inovação tecnológica. Os financiamentos são concedidos com recursos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mas são operados pela rede de agentes financeiros associada ao banco de fomento. O CMN também autorizou que pessoas físicas produtores rurais adquiram caminhões por meio do PSI. Até agora, apenas as empresas podiam ter acesso às linhas de crédito para ônibus e caminhões. Os mutuários pagarão juros de 4% ao ano para as operações contratadas até 31 de dezembro de 2013. Toledo - Paraná Julho de 2013 8 Governo vai considerar títulos de propriedade em áreas indígenas, diz ministro O secretário-geral da Presidência da República, ministro Gilberto Carvalho, garantiu no último dia 26 de junho, em audiência na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, que o governo vai considerar os títulos de propriedade de terra em áreas indígenas emitidos pelos governos federal e estaduais, desde que não haja contestação judicial à legalidade dos documentos. O ministro foi convocado há duas semanas para falar sobre conflitos indígenas no país. “Sabemos que, neste país, há títulos e títulos, e vamos levar isso em conta”, disse Carvalho em resposta Foto: Wilson Dias/ABr a perguntas de deputados da bancada ruralista sobre o pagamento de indenizações em virtude de desapropriações. Em sessão tumultuada e com muita discussão entre deputados ruralistas e defensores dos direitos dos índios, Carvalho defendeu o diálogo como saída para superar os constantes conflitos entre índios e produtores rurais. Em quase cinco horas de debate, o ministro ouviu críticas pela forma como governo federal tem Sindicato Rural marcou presença na audiência com seu presidente tratado o impasse entre indígenas e agricultores. “Não vou responder a provocações. Quero tratar em nível alto. Somos homens públicos, pagos com dinheiro público e não podemos ficar trocando impropérios. O princípio que observamos é que a paz se constrói com a Justiça, com o respeito ao direito de todos aqueles que são detentores de direito. Não vamos fazer a paz pisando em cima de direito de um ou de outro”, respondeu Carvalho. (Agência Brasil) Não respondeu Para o líder da minoria na Câmara e vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Nilson Leitão (PSDB-MT), o ministro foi evasivo e não respondeu às perguntas que lhe foram feitas. “O ministro veio, não respondeu nada, quis fazer poesia com todas as acusações. Ele tinha que responder, não respondeu.” Leitão ressaltou que, apesar de garantir que os proprietários que tiverem que deixar suas terras serão indenizados, o governo não assegurou o pagamento de indenizações para os que já tiveram que sair de suas propriedades. “Como ficam as famílias que estão fora de suas áreas, que foram despejadas, mesmo tendo títulos emitidos pelos governos? São famílias que estão na beira da estrada. Ele [Carvalho] veio aqui apenas contar da sua vida, não respondeu a nada, como sempre, e enganou a todo mundo”, disse Leitão. Na audiência, Carvalho defendeu também o respeito ao direito de propriedade e cobrou a publicação do acórdão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre as condicionantes do julgamento da demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol. Segundo ele, isso contribuirá para a solução de uma série de problemas relacionados à demarcação de terras no país. O secretário-geral da Presidência defendeu ainda o fortalecimento da Fundação Nacional do Índio (Funai), que também foi muito criticada pela bancada ruralista. “Não posso aceitar que a Funai seja desqualificada. O que falta é o fortalecimento da Funai e dar a ela condições para que tenha capacidade de dar assistência aos índios”. (ABr) Toledo - Paraná Julho de 2013 9 Diagnóstico aponta gastos com três pragas na safra 2013/2014 A produção agrícola do país, na safra 2013/2014, poderá ser afetada devido à forte incidência de três pragas de difícil controle. São os casos da lagarta Helicoverpa armigera, da “mosca branca” e da “ferrugem asiática” que atacam e afetam a produtividade de culturas como as da soja, algodão, feijão e milho, em diferentes regiões produtoras do país. Esse é o diagnóstico preliminar da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). No entender do presidente da Comissão, Rui Carlos Ottoni Prado, também presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso (Famato), “é preciso que o governo federal adote medidas urgentes capazes de minimizar as perdas dos produtores e evitar que a safra de grãos 2013/2014 acabe prejudicada”. Para a superintendente técnica da CNA, Rosemeire Cristina dos Santos, o cenário é preocupante em relação ao que pode acontecer com o segmento de vegetais e fibras. Diante dessa situação, explicou ela, “será feito um mapeamento completo sobre as pragas que poderão provocar perdas na safra 2013/2014”. O objetivo é identificar possíveis prejuízos à produção agrícola, além do impacto econômico que poderá afetar a renda do produtor, assinalou. Ela anunciou a realização de um seminário técnico, no dia 8 de julho, que vai debater e identificar ameaças dessas pragas para o setor agrícola brasileiro. As conclusões do encontro serão encaminhadas ao governo federal para que sejam adotadas medidas preventivas no curto prazo. O grande problema, segundo Ottoni Prado, está nos entraves legais que impedem a rápida liberação de novos defensivos agrícolas. No seu entender, a lentidão e a bu- POLÍTICA FITOSSANITÁRIA Para o Coordenador-Geral de Registro e Fiscalização de Agrotóxicos e Afins, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Luis Eduardo Rangel, que participou dos debates na Comissão, “mais importante do que a liberação emergencial de produtos químicos no combate às pragas é a adoção de uma nova política fitossanitária para o país”. Os critérios que definem as ações nessa área ainda remontam a um decreto-lei de 1934, durante o governo do então presidente Getúlio Vargas, destaca o especialista. Naquela época, lembrou ele, predominava “a produção de café e do fumo, em um Ferrugem asiática ainda é um dos grandes problemas rocracia fazem com que a validação de novos produtos para o combate às pragas seja demorada. Esse modelo, disse, é frágil e pode não estar pronto a tempo de alcançar o plantio da nova safra, que começa a ser cultivada a partir de setembro. De acordo com o especialista da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Maurício Meyer, só com a “ferrugem da soja”, praga que foi identificada no Brasil em 2001, as perdas dos produtores rurais chegam US$ 20,8 bilhões. Trata-se de um custo brutal para o segmento soja, de US$ 1,8 bilhão ao ano, que o agricultor é obrigado a suportar devido, principalmente, a essas intempéries. A “ferrugem da soja” apresentou maior incidência na região Sul durante a colheita da safra 2012/2013 e está relacionada à intensidade das chuvas nas áreas de produção. Quanto mais intensas as chuvas, maior é a ação dessa praga que provoca o desfolhamento prematuro da leguminosa, reduzindo a capacidade da planta produzir grãos. contexto econômico completamente diverso do existente nos dias atuais”. A CNA, segundo o presidente da Comissão, enxerga a necessidade de uma mudança estrutural – com alteração da legislação específica – mas “quer uma política de curtíssimo prazo capaz de evitar danos ao setor agrícola na próxima safra”. Essas medidas emergenciais seriam, basicamente, a liberação pelos órgãos técnicos do governo de novos defensivos agrícolas que tenham eficácia comprovada. O registro emergencial de novos defensivos agrícolas enfrenta um cenário muito complexo porque a solução do problema depende de procedimentos simultâneos em diversos órgãos do governo federal, casos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do próprio Mapa. Toledo - Paraná Julho de 2013 10 Sabores da Nossa Terra Pão Integral com Biomassa Ingredientes - 1 colher (sopa) de fermento biológico seco - 250 ml de leite morno - 300g de biomassa de banana verde - 2 gemas - 30g de manteiga - 2 colher (chá) sal - 50g de açúcar - Farinha integral para dar ponto (ou quem preferir misturar farinha integral e farinha de trigo branca, ou se não gostar de farinha integral só farinha trigo branca) Modo de fazer - Em um tigela, desmanche o fermento no leite morno e adicione +- umas 50g de farinha e o açúcar, deixe Colaboração: Jéssica Paludo, acadêmica de Gastronomia da Univel. fermentar por uns 30 minutos. Adicione a biomassa, as gemas, a manteiga, o sal. Junte aos poucos farinha suficiente para dar ponto. Sove bastante para liberar todo o glúten e a massa crescer mais! Faça os pães no formato de sua preferência, se preferir cilindre. Deixe crescer, e depois asse em forno pré-aquecido. Biomassa Ingredientes - Banana verde de qualquer variedade - Água o suficiente para cobrir Modo de fazer - Lave bem as bananas com esponja e detergente, corte as pontas sem deixar aparecer a polpa. Em seguida leve em uma panela de pressão com água fervendo, suficiente para cobrir as bananas. Conte dez minutos a partir do início da pressão da panela. Desligue o fogo e deixe a pressão sair sozinha. Separe as cascas das polpas e leve apenas as polpas bem quentes para processar até que fique uma massa homogênea. Para ajudar a processar pode-se utilizar água bem quente (mas não a do cozimento). Ela pode ser armazenada na geladeira por uma semana. HUMOR: Charadas - Como as bruxas voam na chuva? - De rodo! - O que o livro de matemática disse para o livro de português? - Pare de contar historinhas que eu já estou cheio de problemas. ? Toledo - Paraná Julho de 2013 11 Chuvas podem afetar qualidade dos grãos nas lavouras do Paraná A instabilidade do clima que ainda permanece nas várias regiões do Estado está dificultando a realização de um levantamento de campo mais preciso sobre os impactos nas principais lavouras de grãos com as chuvas que caíram de forma intensa sobre o Paraná entre os dias 13 a 30 de junho. Técnicos da Secretaria estadual da Agricultura e do Abastecimento, responsáveis pelas áreas de feijão e milho segunda safra, trigo e café, concluíram no dia 9 deste mês, com a direção do Departamento de Economia Rural (Deral) que ainda não é possível qualificar e quantificar os prejuízos nas lavouras, mas adiantam que há uma preocupação grande com a qualidade dos grãos. Os técnicos regionais do Deral no Interior foram a campo assim que cessaram as chuvas no início de julho para levantarem os danos causados pelas chuvas. Mas em muitas regiões esses trabalhos foram suspensos com a permanência do clima instável. Segundo o diretor do Deral, Francisco Carlos Simioni, também há uma preocupação com o desempenho das lavouras que estão em fase de conclusão de plantio como trigo e demais lavouras de inverno. Simioni adianta que técnicos do Deral estão fazendo todos os esforços para apresentar as estimativas de perdas de qualidade e de produtividade mais próximas da realidade. Esse trabalho só pode evoluir com o andamento da colheita de milho, café e feijão e com os tratos culturais de trigo e demais culturas de inverno, explicou. Segundo Simioni, por enquanto há uma tranquilidade em relação aos preços desses produtos no mercado, o que demonstra que os prejuízos se ocorrerem devem se concentrar mais na qualidade da produção. O milho está sendo comercializado em torno de R$ 19,50 a R$ 20,00 a saca, o trigo a R$ 41,33 a saca e o feijão preto em torno de R$ 145,60 e o feijão de cor por R$ 155,00 a saca, considerados preços bons e que remuneram os produtores. Ainda não há indícios de redução da safra de milho segunda safra, cuja estimativa do Deral prevê a colheita de 10,8 milhões de toneladas de grãos. Contudo, as lavouras que estão sendo colhidas apresentam elevado índice de umidade, o que poderá prejudicar a produtividade e elevar os custos ao produtor com a necessidade maior tempo de secagem dos grãos, explicou Simioni. Segundo ele, na região Noroeste algumas áreas de milho segunda safra foram afetadas por alagamentos do Rio Ivaí. Os grãos que estão chegando nas cooperativas e cerealistas apresentam uma média de 25% a 26% de umidade. “Esse quadro eleva os custos com a limpeza e secagem, que vai impactar no preço recebido pelo produ- tor”, disse Simioni. Outro fator que está chamando a atenção é o percentual de grãos ardidos que estão sendo revelados na colheita, em algumas regiões na ordem de 8% a 10% da produtividade esperada, conforme avaliação da assistência técnica. O café é outra lavoura que estava em ponto de colheita no período da ocorrência das chuvas intensas, prejudicando os frutos. Muitos que estão sendo colhidos agora também apresentam excesso de umidade e de qualidade. A expectativa é que com a normalização do tempo deverá ocorrer redução da umidade naturalmente, o que vai contribuir para diminuir os custos/descontos aos produtores, afirmou o diretor do Deral. Nas lavouras de trigo, a preocupação é com os tratos culturais nas lavouras que estão em ciclos de desenvolvimento mais adiantados e com possíveis aparecimentos de doenças. E, também, com a conclusão do plantio dos demais cereais de inverno na região Centro Sul do Estado. O Deral terá um levantamento preciso somente daqui a duas semanas, considerando a possibilidade de melhora do tempo, para que prossigam com normalidade os tratos culturais nos cereais de inverno em diversos estágios de produção (trigo, aveia, cevada, centeio, etc), e os trabalhos de colheita para milho segunda safra, café e feijão 2ª safra. Prorrogada a suspensão da averbação da Reserva Legal Baseada na resolução conjunta nº 05 da SEMA/IAP de 2013, a Corregedoria de Justiça do Paraná prorrogou por mais 90 dias a suspensão da obrigatoriedade de averbação da Reserva Legal no registro de imóveis por ainda não ter sido regulamentado o Cadastro Ambiental Rural (CAR). A medida passou a valer a partir do dia 25 de junho de 2013, salvo interrupção determinada pela Corregedoria de Justiça do Paraná. Toledo - Paraná Julho de 2013 12 Encerramento do Curso Qualidade de Vida – Família Rural, realizado na Vila Industrial dia 12/07 Curso de Aplicação de Agrotóxicos - Formigas Cortadeiras realizado dia 12/07 em Novo Sarandi Mãos que aprenderam a MULTIPLICAR continuam ensinando o FUTURO DO BRASIL. Homenagem do Sindicato Rural Patronal ao Dia do Colono (25/07) e Dia do Agricultor (28/07)