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ANO 5 – ABR/MAI/JUN 2014 #18 UMA REVISTA DO SISTEMA DE COOPERATIVAS DE CRÉDITO DO BRASIL Mais um gol do cooperativismo Ao iniciar suas operações, o FGCoop amplia a unidade e a solidez do segmento no país NOVA GESTÃO Governança única começa a tomar forma no Sicoob DESTAQUE Conheça as estratégias que levaram quatro cooperativas do Sistema a atingirem, em 2013, números que merecem aplausos Procure uma cooperativa Sicoob. SAC: 0800 724 4420 • Ouvidoria: 0800 646 4001 Deficientes auditivos ou de fala: 0800 940 0458 sicoob.com.br Abra uma Poupança Sicoob. E deixe seu porquinho livre para fazer tudo que não pode quando está cheio de moedas. A Poupança Sicoob tem a força da maior instituição financeira cooperativa do País. Poupe no Sicoob. Seu porquinho ganha vida nova e seu dinheiro, vida longa. 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Acervo é o maior da América Latina Jurídico Os aspectos legais do FGCoop, pela assessora jurídica da OCB, Ana Paula Andrade Ramos Rodrigues Produtos e Serviços Veja duas novidades que incrementam o portfólio do Sistema: o Sicoobcard Visa e a parceria com a Azul Linhas Aéreas Comunicação Campanha #LiberteSeuPorquinho lança mão do lúdico para fortalecer imagem e estimular os depósitos em poupança 38 Responsabilidade Social Cooperativas do Sicoob Central MT/MS promovem ações sociais e beneficiam comunidades carentes da região 44 Giro Saiba o que acontece no Sicoob em todo o país EDITORIAL 5 Sicoob Confederação Referência para alinhar ações “ UM MOMENTO DEMOCRÁTICO, UMA PASSAGEM QUE REFERENDOU A UNIÃO E O AMADURECIMENTO DO NOSSO SISTEMA ” Todos nós temos muito a aprender com as pessoas que nos são referências. Com as instituições, não é diferente. Empresas e organizações também se espelham em modelos de gestão e estratégias de sucesso no mercado para alinhar seus planos e ações. Esta edição da Revista Sicoob mostra um pouco disso, ao trazer uma reportagem especial com quatro cooperativas do nosso Sistema. Intitulada Qual é o segredo?, a matéria apresenta exemplos de cooperativas que alcançaram, em 2013, os números mais expressivos do Sicoob, em diferentes indicadores, como número de associados e de postos de atendimento (PAs), ativos, comercialização de consórcios, previdência complementar, entre outros. São exemplos de estratégias de sucesso que inspiram e que servem como modelo para todo o Sistema. A matéria de capa desta 18ª edição detalha a operação do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop). Sua garantia é de até R$ 250 mil, por CPF ou Henrique Vilares e CNPJ, o que equivale ao mesmo valor e à proteção oferecidos José Salvino pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), dos bancos comerciais. O Sicoob, assim como todos os demais sistemas de cooperativas financeiras, está associado ao FGCoop. Outro assunto que ganhou as páginas da revista é a composição dos novos membros dos Conselhos de Administração e Fiscal do Sicoob Confederação. A eleição aconteceu durante a Assembleia Geral Ordinária (AGO), no dia 12 de março, no Centro Corporativo Sicoob (CCS), em Brasília (DF). Esta edição traz uma cobertura completa sobre o evento de posse, realizado em 30 de março, mostrando a composição dos novos conselhos e um balanço da gestão anterior, capitaneada pelo amigo José Salvino de Menezes. Apresenta, também, o momento da transição dos cargos, quando me manifestei, pela primeira vez, como presidente do Conselho de Administração do Sicoob Confederação e, naquele mesmo ato, antecipei algumas prioridades da nossa gestão. Um momento democrático, uma passagem que referendou a união e o amadurecimento do nosso Sistema. Uma transição que repetimos, inclusive, nesta publicação. Este é o meu primeiro editorial da Revista Sicoob e, ao lado do meu antecessor José Salvino de Menezes, convido você, leitor(a), a apreciar essas e outras importantes notícias a seguir. Henrique Castilhano Vilares Presidente do Sicoob o ANO 5 - No 18 - ABR/MAI/JUN 2014 66 ENTREVISTA O assunto é dinheiro e cooperativismo A jornalista Mara Luquet comenta sobre o perfil dos endividados e diz acreditar no crescimento do cooperativismo financeiro O comentário no programa GloboNews Em Pauta, exibido, no final do ano passado, pelo canal a cabo GloboNews, ainda reverbera no segmento cooperativista. Ao responder uma dúvida de um telespectador, a jornalista Mara Luquet destacou a importância do cooperativismo financeiro para a economia brasileira, dando visibilidade ao segmento em um dos principais telejornais da TV a cabo brasileira. Além de comentarista da GloboNews, Luquet é colunista no Jornal da Globo, da TV Globo, e, desde janeiro de 2008, participa do quadro O assunto é dinheiro, na Rádio CBN. Ela também é autora dos livros Aposentada ficava sua avó, em parceria com a jornalista Andrea Assef, Tristezas não pagam dívidas e O assunto é dinheiro, com o jornalista Carlos Alberto Sardenberg, cujo título é o mesmo do programa de rádio. Especialista na área de finanças pessoais, a jornalista trabalhou como editora de Investimentos e Carreira, no jornal Valor Econômico, no caderno Folha Invest, da Folha de São Paulo, e na revista Veja. Também foi repórter da Gazeta Mercantil e da revista Exame. Na entrevista a seguir, Mara Luquet comenta como conheceu o cooperativismo financeiro e dá algumas orientações sobre educação financeira. REVISTA SICOOB - Muitos analistas de mercado preveem juros e inflação mais elevados e menor crescimento econômico em 2014. Você concorda com esse cenário? Sim, realmente os analistas estão mais pessimistas este ano. Os investimentos, geralmente, têm seus riscos. No caso de cotas, também dependerá do risco que representa a cooperativa financeira, da necessidade de liquidez, enfim. Nunca podemos esquecer que, em todos os casos, o retorno em geral é proporcional ao risco da aplicação. Desde abril do ano passado, o Banco Central vem promovendo o aumento gradual da taxa básica de juros da economia brasileira. Podemos dizer que a era dos juros baixos ficou para trás? Não. Até porque existe um limite para a alta dos juros. Estamos vivendo um ciclo de aperto monetário. Você já é bastante conhecida do público que procura informações para os investimentos pessoais. Há muitas perguntas e dúvidas sobre o cooperativismo financeiro? Não há muitas questões sobre o tema. Acredito que isso acontece porque o cooperativismo financeiro ainda é pouco conhecido pela maioria da população. Eu passei a conhecer mais esse mercado no ano passado. Neste cenário, qual é a melhor opção de investimento: renda fixa ou poupança? Acredito que não exista o melhor investimento. O que há são investimentos mais adequados a cada perfil de investidor. Portanto, o investimento ideal depende das metas e do perfil de risco, entre outros aspectos. A rentabilidade real do pagamento de juros (descontada a inflação de 5,91%) ao capital do associado, em 2013, foi acima de 2% em algumas cooperativas do Sicoob, superando em 400% a da caderneta de poupança (0,4%). Aplicar na cota capital é uma boa opção para o associado de cooperativa financeira? Sua participação no GloboNews Em Pauta, do ano passado, comentando sobre a importância do cooperativismo financeiro, teve grande repercussão no meio. Como você avalia a expansão do segmento para este ano? Eu falei durante o GloboNews Em Pauta, onde sou colunista. Confesso que conheço pouco sobre o cooperativismo financeiro para fazer projeções, mas, pelos números que vi, acredito que é um segmento que vem crescendo significativamente a cada ano. As cooperativas financeiras oferecem praticamente todos os produtos Divulgação 7 oferecidos pelos bancos e com taxas mais competitivas. Falta informação para que o público escolha as cooperativas como sua principal instituição? Sim. Falta muita informação e divulgação sobre essa atividade. Mara Luquet defende a necessidade de ampliar a divulgação sobre o cooperativismo Inspirado em seu livro Tristezas não pagam dívidas, o documentário veiculado, em fevereiro deste ano, na GloboNews, trouxe informações básicas para sair da inadimplência. Quais são as principais orientações? No meu livro, falo sobre como se reorganizar financeiramente para descobrir sua real capacidade de pagamento e, só então, partir para a reestruturação do seu passivo. Vai levar tempo e exige disciplina e paciência. O documentário apresentou dez personagens, entre famosos e desconhecidos, que narraram suas próprias histórias e contaram como deram a volta por cima e se livraram das dívidas. Nesse livro, você também conta sua própria história de endividada. O que foi mais fácil e mais difícil pra você nessa caminhada de superação? Descobri que estava quebrada quando precisei de dinheiro para pagar uma dívida no hospital, onde meu avô ficou internado. Naquele momento foi que eu me dei conta de que não tinha dinheiro. O que era um absurdo, porque eu não tinha filhos, era solteira e tinha um bom salário. Nesse processo de me livrar das dívidas, tornar-me organizada foi o mais difícil. Ter paciência, com certeza, foi a tarefa mais fácil. Sou muito paciente. Quais são os principais perfis dos endividados brasileiros? O devedor arrojado, aquele que só vê o valor das parcelas e dificilmente calcula os juros; o devedor desinformado, aquela pessoa que não tem ideia de como planejar seu orçamento; o devedor sortudo, que ganha um bom dinheiro de uma vez e de uma vez também perde tudo; o devedor otimista, que não poupa dinheiro para as emergências; e o devedor iludido, que é aquela pessoa que achou que o limite de crédito do cartão fazia parte de seu salário e acabou gastando muito mais do que devia. Há também o devedor generoso, aquele que empresta dinheiro, cartão de crédito ou folhas de cheque para um amigo ou para um parente que não consegue honrar a dívida. O devedor generoso fica com o prejuízo financeiro e emocional, pois, além do nome sujo na praça, geralmente, também perde a amizade. Desde janeiro de 2008, você tem um quadro, O assunto é dinheiro, na rádio CBN, que rendeu até um livro com o mesmo título. Nesses seis anos de programa, dá para listar as principais dúvidas dos brasileiros sobre finanças pessoais? Com certeza, a principal dúvida, durante todo esse tempo, é sobre aposentadoria. Muitos querem saber qual é a melhor opção em planos complementares, se é PGBL ou VGBL. Há também dúvidas sobre a previdência social do INSS, principalmente por parte daquelas pessoas que querem voltar a pagá-la. Sempre oriento para que priorizarem a previdência do INSS, pois, com todos os problemas, essa continua sendo a melhor opção. O ideal é que, além dela, a pessoa possa fazer um plano de previdência privado, para complementar a renda durante a aposentadoria. (...) pelos números que vi, acredito que é um segmento que vem crescendo significativamente a cada ano 18 - JAN/FEV/MAR/2014 ABR/MAI/JUN 2014 ANO 5 - Noo 17 88 EDUCAÇÃO FINANCEIRA Com as contas em dia N a ponta do lápis, o ano passado foi difícil para a funcionária da Câmara Municipal de Ipatinga (MG) Marli Teixeira. Todo fim de mês, os juros do cartão de crédito e de um empréstimo bancário a impediam de pagar uma dívida crescente, bem acima de sua receita. Marli fechou o ano de 2013 no vermelho, engrossando a estatística da Confederação Nacional do Comércio (CNC), que revela que 62,5% das famílias brasileiras começaram 2014 endividadas, índice 5% superior a 2012. Em março, porém, a servidora pública encontrou uma saída, por meio do cooperativismo financeiro. Ela buscou orientações no Sicoob Cosmipa, cooperativa da região do Vale do Aço, ligada ao Sicoob Central Cecremge, que lhe ofereceu um novo empréstimo, com taxas de juros mais atrativas, possibilitando a liquidação das dívidas anteriores. Agora, com o salário, Marli consegue pagar o parcelamento da cooperativa e ainda poupar uma parte dos seus rendimentos. “Eu deveria ter procurado a cooperativa antes”, reconhece a associada, que é formada em Administração de Empresas. “Além do empréstimo, recebi dicas preciosas, que me ajudaram a mudar a forma de organizar o meu orçamento”, comenta. Ela participou de uma das iniciativas da cooperativa, batizada de Compra de Dívida, para ajudar os associados, concedendo empréstimos com melhores condições de parcelamento que as praticadas no mercado. Em paralelo, a instituição oferece apoio de especialistas que orientam sobre as melhores maneiras de gerenciar as Fábio Souza da Silva Cooperativa financeira também é opção para quem quer deixar de ser endividado Com a parceria de Zélia Rabelo (esq.), à frente do Sicoob Cosmipa, Marli Teixeira (dir.) colocou suas finanças em ordem 9 ENDIVIDADOS são capazes de honrar os compromissos assumidos, mesmo com atrasos. receitas domésticas. O programa aconteceu entre os dias 15 de janeiro e 15 de março, quando a Cosmipa concedeu cerca de R$ 2 milhões em empréstimos, facilitando a vida financeira de 62 pessoas. “Nosso objetivo, mais do que ajudar, é chamar as pessoas a participarem ativamente do cooperativismo”, explica a diretora-presidente do Cosmipa, Zélia Rabelo. “Mostramos que eles não precisam buscar outras instituições ou bancos para resolver seus problemas financeiros. Tudo o que eles encontram lá acham aqui também, só que em melhores condições”, garante. Ela acredita que o programa, iniciado no ano passado, ajudará a consolidar a cooperativa entre as instituições financeiras mais promissoras da região. Fundada em 1981, a Cosmipa cresce, em média, 25% ao ano. Encerrou 2013 com um patrimônio líquido superior a R$ 22 milhões e com mais de 6.500 associados. A diretora não teme que o alto volume de empréstimos se transforme em inadimplência. O motivo é o sentimento de pertencimento que há na relação entre o associado e a cooperativa. Em sua opinião, o usuário entende Já os INADIMPLENTES não possuem receita para essa garantia, por isso, cedo ou tarde, decidirão pelo calote. A inadimplência é um descompasso de crédito. A pessoa não consegue bancar o consumo que fez ontem ou hoje com a renda futura. que a Cosmipa também é dele e que o bom desempenho da instituição refletirá em ganhos para todos, seja com maior distribuição das sobras seja com juros ainda mais competitivos nos financiamentos. Transparê ncia e bons serviços Para que um número maior de associados conheça os serviços, o Sicoob Cosmipa, segundo a diretora, se dedicará ainda mais à transparência de suas ações. A cooperativa já realiza, de quatro em quatro meses, um encontro chamado Governança Corporativa, em que os gestores prestam contas sobre empréstimos, investimentos e demais movimentações financeiras realizadas pela instituição. Não foi preciso participar desses encontros para Marli Teixeira se convencer. Ela está encerrando suas contas em outros bancos e concentrará todos os seus recursos e movimentações, exclusivamente, na cooperativa. Inclusive alguns produtos, como consórcio e seguro de vida, ela tentará migrar para os oferecidos pelo Cosmipa. Aulas de orçamento familiar No Sicoob Cecremef, com sede no Rio de Janeiro e filiado ao Sicoob Central Rio, os associados recebem um apoio especial para controle de dívidas e melhor aplicação de sua renda. Além dos empréstimos a juros mais atrativos, a cooperativa, que reúne empregados de estatais como Furnas, Eletrobras e Eletronuclear, oferece, há mais de dez anos, um curso de orçamento familiar. O conteúdo, ministrado por especialistas em economia doméstica, aborda os principais motivos para o descontrole financeiro, esclarece as diferenças entre necessidade e desejo e indica formas de aplicações financeiras seguras, como a previdência privada. “A ideia é fornecer aos associados subsídios para uma boa administração de seus recursos, evitando investimentos inadequados e desperdícios”, explica a assistente social da instituição, Elen Carla. As aulas, com carga de quatro a seis horas, normalmente, são realizadas na própria sede. No ano passado, participaram do curso 26 associados. ANO 5 - No 18 - ABR/MAI/JUN 2014 10 EDUCAÇÃO FINANCEIRA 10 HÁBITOS SAUDÁVEIS Devo, sim, mas pago Contrair empréstimo com juros baixos para saldar uma dívida que tem juros altos, assim como fez Marli Teixeira, é um dos caminhos mais seguros para se resolver um problema financeiro. A dica é do professor e coordenador do curso de Economia do Ibmec, Márcio Salvato. Ele explica que encaixar as parcelas dentro do orçamento mensal garante que o endividado não se torne inadimplente. O economista Luis Ewald, que ficou conhecido como “Sr. Dinheiro”, quadro exibido no programa Fantástico, da Rede Globo, concorda e explica que o crescimento dos endividados no país é uma consequência da disseminação do crédito dos últimos anos e do aumento da renda do brasileiro. Segundo ele, quem está endividado precisa, antes de tudo, ter plena consciência do quanto pode pagar todo mês, além de pesquisar, com afinco, o melhor lugar para pegar empréstimos que lhe ajudarão a saldar os compromissos. A Marli, associada ao Cosmipa, e mais de 2,6 milhões de brasileiros sabem que no Sicoob encontram taxas de juros atrativas para as diversas linhas de financiamento, além de um amplo leque de produtos e serviços financeiros, como previdência privada, poupança, consórcios, seguros e muito mais. Outra dica do Sr. Dinheiro é passar a ter o hábito de poupar, o que garantirá alguma verba para os momentos difíceis. “O ideal é destinar pelo menos 10% de sua renda a alguma aplicação financeira”, orienta. CONTROLE Anote as despesas de todos os dias, mesmo as pequenas. Ponha tudo em uma caderneta ou em planilhas do computador. Faça os cálculos e evite que esses gastos não ultrapassem a sua renda. Organize-se de forma a manter um saldo positivo. CRÉDITO ADEQUADO Pesquise e busque orientações sobre o melhor empréstimo para o seu caso. Os mais fáceis de conseguir, normalmente, são os com piores juros. No cooperativismo financeiro, as taxas são mais atrativas que as praticadas na rede bancária. ECONOMIZE Inicie algum tipo de aplicação financeira. Trace metas mensais de recursos poupados e procure cumprilas. Monte, enfim, uma reserva de emergência. Luis Ewald, mais conhecido como “Sr. Dinheiro”, orienta as pessoas a pouparem REDUZA GASTOS Quem está em dívida está assim porque gastou além da conta. Portanto, priorize o essencial, como gastos com saúde, alimentação, locomoção e educação. CARTÃO Arquivo Pessoal Nunca trate o limite do cartão de crédito como extensão de sua receita mensal. Evite pagar o mínimo na fatura se você pode pagar mais. Novos rumos O Sicoob Confederação tem um novo líder. Henrique Castilhano Vilares, que já estava à frente do Conselho de Administração do Bancoob, passa a presidir, também, o Conselho de Administração da Confederação. A solenidade de posse foi realizada no dia 31 de março, no Centro Corporativo Sicoob (CCS), em Brasília (DF). Em seu discurso, ele destacou e agradeceu o trabalho de seu antecessor. “Salvino foi um grande líder, pois assumiu num momento difícil. Foi nosso timoneiro nas águas turbulentas pelas quais o Sicoob passou, há algum tempo. Com tempestividade e calma, nos conduziu à tranquilidade atual”, reconhece Castilhano. Sobre a gestão para os próximos anos, o novo presidente apontou algumas metas a serem atingidas. “O nosso foco é congregarmos o Sicoob Confederação e o Bancoob em um único conjunto, com Conheça o novo presidente Henrique Castilhano Vilares é natural de Jardinópolis (SP). Formou-se em Zootecnia pela Universidade de São Paulo (USP), com pós-graduações em Economia de Empresas com Ênfase em Cooperativismo, pela Fundace/FEA-USP, e MBA em Mercado Financeiro, pela FGV/Unicoc. É cooperado do Sicoob Credicoonai desde 1994, já tendo ocupado os cargos de conselheiro fiscal, membro vogal do Conselho de Administração, diretor de Crédito e, desde 2003, diretorpresidente. Ocupa, ainda, o cargo de diretor-presidente da Cooperativa Central de Crédito do Estado de São Paulo (Sicoob São Paulo), na qual foi membro vogal do Conselho de Administração (2004 a 2007) e diretor operacional (2007 a 2010). No Bancoob, foi do Conselho Fiscal nos mandatos de 2011 e 2012. Também fez parte dos conselhos de Administração (como conselheiro vogal) e Fiscal do Sicoob Confederação. Atualmente, também preside o Conselho de Administração do Bancoob. Sicoob Confederação Sob liderança do novo presidente do Conselho de Admimistração do Sicoob Confederação, Sistema começa a concretizar o projeto de governança única em suas entidades corporativas GESTÃO 11 ANO 5 - No 18 - ABR/MAI/JUN 2014 governança única, estarmos presentes em todas as unidades federativas e mantermos a hegemonia e o crescimento do Sistema, contribuindo, assim, para que o cooperativismo financeiro alcance os tão desejados dois dígitos da movimentação no Sistema Financeiro Nacional. Para isso, contamos com uma grande equipe e com o apoio dos presidentes das Centrais e das cooperativas singulares”, acrescenta. O diretor-presidente do Bancoob, Marco Aurélio Almada, acredita que o Sistema inicia um novo ciclo a partir de uma governança única. “O Sicoob entra em uma nova geração de desafios, entre eles, a coordenação de uma governança única das entidades de terceiro grau. Nesse novo cenário, o Henrique Castilhano tem o importante papel de aperfeiçoar os mecanismos desse modelo de administração, bem como gerar uma sucessão do desenvolvimento com base em novos negócios e em parcerias estratégicas”, destaca. Ele afirma que o novo modelo de gestão resulta na melhor coordenação das atividades das duas casas. “O que nós visualizamos é um ganho de velocidade na implantação dos novos projetos e a redução de custo global para a realização de ações, porque as sinergias serão cada vez mais fortes”, explica. Sicoob Conederação 12 GESTÃO 12 Solenidade de posse A solenidade de posse dos novos membros dos Conselhos de Administração e Fiscal do Sicoob Confederação, realizada no dia 31 de março, no Centro Corporativo Sicoob (CCS), em Brasília (DF), contou com a presença de representantes dos setores financeiro e cooperativo e de autoridades, entre elas, o diretor de Relacionamento Institucional e Cidadania do Banco Central, Luiz Edson Feltrim, o deputado federal Arnaldo Jardim (PPS/SP), a secretária de Agricultura e Abastecimento Sicoob Confederação Henrique Vilares fala aos presentes durante a solenidade de posse, em Brasília do Estado de São Paulo, Mônika Bergamaschi, o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (Sistema OCB), Márcio Lopes de Freitas, o diretor técnico do Sebrae Nacional, Carlos Alberto dos Santos, e o diretor-executivo do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito, Lúcio César de Faria, entre outros. Com a posse dos novos membros, encerra-se a gestão dos conselheiros de Administração José Salvino de Menezes (Sicoob Goiás Central), Grandes conquistas do Sicoob entre 2008 e 2013 >> Aquisição dos ativos de TI do Bancoob >> Inauguração da nova sede do Sicoob >> Lançamento do planejamento estratégico do Sicoob (2009-2012) >> Estruturação da Governança de TI do Sicoob Confederação >>Lançamento do Office Banking para empresas >> Realização do 1º Pense Sicoob >> Criação da nova marca Sicoob >> Lançamento da Revista Sicoob >> Criação do Projeto Acreditar 13 Alberto Ferreira (Sicoob Central Crediminas) e Ivo de Azevedo Brito (Sicoob Central BA); e dos conselheiros fiscais César Mattos (Sicoob Central Cecremge), Rogério Caroca (Sicoob Central DF) e Josemir Pereira Soares (Sicoob Central Bahia). Prioridades da nova gestão Eficiência reconhecida A gestão dos últimos seis anos contribuiu para importantes avanços no Sicoob. A execução, ao lado do Bancoob, centrais e singulares, de projetos relevantes nos dois ciclos do planejamento estratégico possibilitou um ganho de eficiência e proporcionou credibilidade ao Sistema. O investimento em tecnologia foi o foco da gestão anterior. Isso permitiu o desenvolvimento de funcionalidades que possibilitaram melhor gerenciamento informacional, maior disponibilidade e segurança e ampliação do portfólio de produtos e serviços para os associados, o que resultou na expansão dos negócios das cooperativas. “Com investimentos da ordem de R$ 236 milhões, nos últimos seis anos (média anual de R$ 47 milhões), que, nem de longe, se aproximam daqueles realizados pelo segmento bancário, obtivemos rara eficiência, como atestam nossos usuários, e que, aqui, como exemplo, resumo num único dado. Em 2008, cerca de 65% das nossas transações eram realizadas presencialmente, contra apenas 30% feitas via canais eletrônicos. Ao final de 2013, essa relação se inverteu, com ganhos inestimáveis de eficiência administrativa, com economia >> Lançamento do Mobile Banking >> Disponibilização do aplicativo Sicoob no Facebook >> Realização de parceria Cabal e Redecard >> Lançamento do Sisbr 2.0 >> Realização do 2º Pense Sicoob >> Lançamento da 1ª Campanha de Divulgação Nacional >> Inauguração de nova central no Rio de Janeiro >> Premiação do Sicoob no Prêmio Relatório Bancário >> Implantação do Projeto Otimizar Negócios Austeridade nos gastos 10% >> Posse do presidente do Sicoob Confederação no Conselho Consultivo de Crédito da OCB - CECO >> Premiação do Sicoob no XI Prêmio efinance – Melhor solução de TI para compensação de cheque por imagem >> Apresentação do trabalho desenvolvido pelo Sistema na 28º edição do Congresso da Confederação Internacional de Bancos Populares, em Marrocos >> Execução da 2ª Campanha de Divulgação Nacional Trabalhar para que o cooperativismo financeiro alcance os dois dígitos no Sistema Financeiro Nacional Promover a presença do Sicoob em 100% das unidades federativas Promover a governança única entre Confederação e Bancoob >> Realização do 2º Planejamento Estratégico (2013/2015) >> Consolidação e virtualização dos servidores >> Implantação da Plataforma de Gestão de Documentos >> Lançamento do Cartão BNDES Sicoob >> Implantação do Contingenciamento Geográfico de Serviços Críticos de TI >> Lançamento do Portal de Compras do Sistema >> Premiação do Sicoob no XII Prêmio efinance e IX Prêmio Relatório Bancário >> Criação do FGCoop >> Projeto Otimizar Negócios é destaque em evento da IBM >> Lançamento da 3ª Campanha Nacional do Sicoob >> Lançamento da Pedra Fundamental do Centro Corporativo Sicoob II ANO 5 - No 18 - ABR/MAI/JUN 2014 14 GESTÃO 14 Novo Conselho de Administração Presidente: Henrique Castilhano Vilares (Sicoob SP) Conselheiro vogal: Jadir Giroto (Sicoob Central MT/MS) Conselheiro vogal: José Alves de Sena (Sicoob Planalto Central) Conselheiro vogal: Manoel Messias da Silva (Sicoob Central Cecresp) Conselheiro vogal: Francisco Greselle (Sicoob Central SC) Conselho Fiscal Carlos Edilson Santana dos Santos (Sicoob Central Amazônia) José Evaldo Campos (Sicoob Central NE) Marino Delgado (Sicoob Central PR) Suplentes Iris Fernando de Castro (Sicoob Central Norte) Ricardo Ferreira (Sicoob Central Crediminas) relevante de custos da ordem de R$ 400 milhões e, principalmente, com o aumento da comodidade de nossos associados”, destacou Salvino, em seu discurso de encerramento de gestão. Para o diretor de Tecnologia do Sicoob Confederação, Ricardo Antonio Batista, o incremento da tecnologia tem sido um dos instrumentos fundamentais utilizados pelo Sicoob para prestar serviços com qualidade e com eficiência aos associados. “A execução das ações previstas no Planejamento Estratégico de TI (Peti) e a aplicação do Plano de Investimentos têm possibilitado agregar novos produtos ao nosso portfólio, automatizar processos internos nas cooperativas, liberar Mary Virgínia (Sicoob Central Rio) Depoimentos Vejo com entusiasmo a eleição do Henrique Vilares. Sua história já demonstrou sua liderança e sua capacidade de aglutinação e competência para o novo desafio.” Arnaldo Jardim Deputado federal, coordenador do ramo Crédito, da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) O Salvino assumiu em um momento delicado. Mas, com muita competência, fez as reestruturações necessárias, intensificou o diálogo com o Banco Central e consolidou o Sicoob. Tenho certeza de que o Henrique Vilares vai continuar a expansão do Sistema”. Luiz Edson Feltrim Diretor de Relacionamento Institucional e Cidadania do Banco Central Heli Penido iniciou a expansão do Sistema e o Salvino, com um trabalho brilhante, fez a consolidação. Acredito que o principal desafio do Vilares seja dar mais competitividade ao Sistema. Eu o conheço bem e sei da sua capacidade e da sua competência para vencer esse e outros desafios. O Henrique tem o nosso total apoio”. Márcio Lopes de Freitas Presidente do Sistema OCB O crescimento vertiginoso que o Sicoob teve nos últimos anos coloca desafios enormes para a gestão do Henrique Vilares. Contudo, ele tem muita competência e capacidade para vencê-los e ampliar as conquistas do Sistema para os próximos anos”. Carlos Alberto Santos Diretor técnico do Sebrae Nacional Esse processo democrático mostra amadurecimento e consolidação do Sicoob. É bonito ver que o Sistema está cada vez mais unido. Parabenizo o Salvino, pelo excelente trabalho, e desejo sucesso ao Vilares, em sua gestão”. Helder Molina Presidente da Mongeral Aegon Vejo o Henrique com bastante energia e entusiasmo para que o Sicoob canais de relacionamento cada vez mais práticos e seguros aos associados, propiciando o crescimento dos negócios do Sicoob”, afirma Batista. O diretor ressalta ainda que a tecnologia está transformando a sociedade de forma mais acelerada. “Investimentos em infraestrutura, segurança e automação bancária vão continuar existindo e crescendo, mas, nos próximos anos, inovação, mobilidade, big data, cloud e redes sociais colaborativas serão imprescindíveis para entendermos, cada vez mais, as necessidades e as aspirações de nossos associados, criando diferenciais competitivos para o Sicoob”, completa Batista. se desenvolva ainda mais. E isso, para nós, é muito bom, pois iniciamos, recentemente, uma parceria com o Sistema. O Salvino consolidou e o Henrique vai ampliar as conquistas.” Diego Azevedo Diretor-executivo da Zurich Seguros O Sicoob mostra amadurecimento e união nesse processo de transição. O Salvino teve muito êxito durante o período em que esteve à frente da Confederação. O Henrique Vilares é competente e está preparado para ampliar as conquistas”. Sicoob Confederação 15 Novo diretor Com a nova estrutura administrativa, Francisco Silvio Reposse Junior assume a diretoria Operacional do Sicoob Confederação. Administrador de empresas e técnico em Contabilidade, pós-graduado em Gestão Empresarial, Francisco atua há mais de 25 anos no cooperativismo financeiro. Foi responsável pela implementação das atividades do Sicoob Central ES, desde a sua fundação, onde atuou como diretor-executivo. Foi membro do Conselho Fiscal do Bancoob e do Sicoob Confederação e atuou como consultor de seguros no Bancoob. O Sistema superou diversos desafios e participou de conquistas importantes, como a LC 130 e a regulamentação do FGCoop, na gestão do Salvino. Talvez os grandes desafios do Henrique, neste primeiro momento, sejam a expansão territorial e a conquista da entidade de auditoria cooperativa, que irá trazer um escopo mínimo para esse processo e dar mais segurança a todos os Sistemas”. O governador Alckmin é um defensor do cooperativismo. Em São Paulo, temos 20 milhões de pessoas no campo e queremos fazer parcerias com o Sicoob para criar um fundo de crédito voltado para esse público. O Vilares é um líder reconhecido pelo seu trabalho. Eu o conheço há bastante tempo e sei de sua experiência e competência para realizar uma excelente gestão à frente do Sicoob Confederação”. Lúcio César de Faria Diretor-executivo do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop) Mônika Bergamaschi Secretária de Estado do Governo de São Paulo. Na cerimônia, representou o governador Geraldo Alckmim Odacir Zonta Ex-presidente da Frencoop ANO 5 - No 18 - ABR/MAI/JUN 2014 16 INTEGRAÇÃO 16 Crescimento estratégico E m sua estratégia de expansão, o Sicoob vai integrar duas importantes centrais da Unicred, o terceiro maior sistema de cooperativas financeiras do país. A integração ocorre com a Unicred Brasil Central, de Goiânia (GO), que atua no CentroOeste, e com a Unicred Central Amazônia Ocidental, do Amazonas, com presença na região Norte do país. Juntas, elas somam dez singulares com mais de 40 mil associados e possuem R$ 1,55 bilhão em ativos. Neste ano, as cooperativas filiadas às duas Centrais passam a oferecer produtos e serviços do Sicoob, o maior sistema cooperativo financeiro do país, que detém mais de 40% dos associados, dos depósitos, do patrimônio líquido e das operações de crédito de todo o cooperativismo financeiro brasileiro. “A atuação dessas novas cooperativas contribuirá ainda Brasil Central A Unicred Brasil Central foi fundada no ano de 2000, com o objetivo de prestar auxílio às cooperativas financeiras do Sistema Unicred da região Planalto Central. A entidade possui cinco singulares filiadas, com atuação em Brasília, Goiás, Tocantins e Mato Grosso. “A integração nos permitirá ter uma nova perspectiva de avanços. Com o Sicoob, acredito que teremos um horizonte ainda maior”, acredita o presidente da Unicred Brasil Central, Dejan Rodrigues. Nos últimos anos, as cooperativas da Unicred Brasil Central atingiram uma taxa de crescimento superior à média das instituições financeiras. Em 2013, o Sistema regional encerrou com 31 mil associados, 39 pontos de atendimento, patrimônio líquido de R$ 343,6 milhões. Unicred Brasil Central União com centrais de outro sistema amplia a presença do Sicoob em cidades do Norte e do Centro do país mais para o crescimento dos resultados do Sicoob, nos próximos anos”, diz o ex-presidente do Sicoob Confederação, José Salvino de Menezes, que esteve à frente das negociações com as Centrais Unicred, até o primeiro trimestre deste ano, quando findou o seu mandato na entidade. Para o diretor de Operações do Bancoob, Ênio Meinen, a união com as duas centrais promoverá ganhos de escala para todos. “Integrar duas instituições desse porte significará fortalecimento para o Sicoob, que poderá ampliar os benefícios da escala e da economia para o Sistema, assim como para os cooperados”, acredita. Ele garante que os objetivos claros e convergentes dos parceiros facilitaram as conversações ao longo de 2013 e agilizaram o processo de união. “As cooperativas ingressantes já tinham informações amplas e precisas sobre 17 Amazônia Os últimos anos também foram positivos para a Unicred Amazônia. O patrimônio líquido passou de R$ 35,8 milhões, em 2012, para R$ 42 milhões, em 2013 - crescimento de 17,3%. No mesmo período, os depósitos à vista aumentaram quase 40%, alcançando R$ 32,5 milhões. A central tem cinco cooperativas filiadas, que juntas possuem 5,4 mil associados. Assim como Dejan Rodrigues, da Brasil Central, o presidente Asdrúbal Melo está confiante em que a integração ao Sicoob melhorará o desempenho das cooperativas. “Teremos uma organização em maior escala, com maior assistência às nossas filiadas”, afirma. A Unicred Amazônia foi inaugurada em 1997, em Manaus (AM), mas rapidamente chegou a Rondônia, ao Acre e a Roraima. Produtos e serviços As duas novas Centrais e suas respectivas cooperativas vão usufruir da mais abrangente e moderna solução tecnológica do cooperativismo financeiro nacional, tanto em automação de processos quanto em disponibilidade de canais e de infraestrutura, por meio do Sistema de Informação do Sicoob (Sisbr), uma plataforma de integração que permite o compartilhamento de documentos e informações à rede de cooperativas singulares filiadas de Norte a Sul do país. Ainda com a integração, todos os produtos e serviços financeiros oferecidos no portfólio do Sicoob estarão automaticamente à disposição dos associados das novas cooperativas. De acordo com Ênio Meinen, “todos os produtos e serviços do portfólio comercial do Sicoob estarão automaticamente à disposição dos associados das novas cooperativas, entre eles mais de 300 convênios de arrecadação; cartões (incluindo o cartão BNDES, emitido com a bandeira do próprio Sicoob – Cabal); adquirência de meios de pagamento; antecipação de recebíveis; cobrança; previdência; consórcios e seguros.” Segundo Meinen, “além dos produtos comerciais, as cooperativas terão acesso a uma abrangente e moderna solução tecnológica, tanto em automação de processos, como em disponibilidade de canais e infraestrutura. A isso tudo somam-se, ainda, os serviços de gestão corporativa de riscos (operacional, crédito, mercado e liquidez), ouvidoria, RH, jurídico, marketing e compras centralizadas.” Unicred Amazônia o Sicoob. Do nosso lado, sempre houve e há disposição de recepcionar novas cooperativas financeiras e estender a elas as soluções construídas e aprimoradas na história do Sicoob”, diz. O presidente da Unicred Brasil Central, Dejan Rodrigues, justificou a escolha de se transferir para o Sicoob com base no objetivo de acelerar a expansão das cooperativas e oferecer, aos seus associados (profissionais da área da saúde), um leque maior de produtos e serviços financeiros. “Nossa ideia, há algum tempo, era nos ligar a um sistema maior, que nos permitisse crescer de forma sustentável. Tenho certeza de que escolhemos o caminho certo”, afirma. Ele destaca, como um dos grandes benefícios aos associados, a forte parceria do Sistema com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por intermédio do Bancoob. “Com o apoio do banco de financiamento público, o Sicoob consegue oferecer boas condições de empréstimos para produtores e empresários”, diz. Uma das ferramentas mais utilizadas é o Cartão Sicoob BNDES, que garante ao usuário juros baixos e possibilidade de pagamento do crédito em até 48 vezes. Já para a Unicred Central Amazônia Ocidental, a associação ao Sicoob representará mais produtos financeiros a baixo custo, que poderão ser oferecidos de forma rápida. “Buscávamos uma alternativa que tivesse abrangência nacional, serviços que atendessem aos nossos cooperados, no menor espaço de tempo possível”, explica o diretor-presidente da instituição, o médico Asdrúbal Melo. “A receptividade que tivemos, devido à semelhança e à aderência no que tange a processos, política, controles e regra de negócios, foi decisiva na escolha do caminho a seguir”, completa. Com a integração, a nova central se tornará a 17ª do Sistema e, em curto prazo, a instituição e suas filiadas passarão a migrar para a marca Sicoob e aderir a ela. ANO 5 - No 18 - ABR/MAI/JUN 2014 Tom Leal 18 TECNOLOGIA 18 Sicoob passa a integrar conselho de líderes da IBM Os executivos da TI do Sicoob Confederação (da esq. para a dir.): Antônio Vilaça, Ricardo Antonio e Dênio Rodrigues A partir de agora, o Sicoob influencia no lançamento de novos produtos A tecnologia do Sicoob conquistou visibilidade mundial pela comodidade, pela praticidade e pela segurança proporcionadas aos cooperados que utilizam os produtos e serviços financeiros das suas cooperativas. Agora, a entidade passa a integrar um seleto grupo da IBM, a maior empresa de tecnologia do mundo: o zBLC - System Z e-Business LeadersCouncil (Conselho de Líderes System Z), composto por grandes corporações, que avaliam, testam, validam novas soluções tecnológicas da empresa e opinam sobre elas. O objetivo desse conselho é garantir o sucesso estratégico da Plataforma System Z (mainframes), apoiar, dar suporte e ampliar o seu papel e sua proposição de valor, como uma infraestrutura de TI eficiente. Outra função é compartilhar experiências entre os participantes, influenciar nas futuras implantações dos produtos IBM e validar previamente os lançamentos. Conhecer, em primeira mão, os produtos que serão lançados é a principal vantagem de participar desse conselho, na opinião do superintendente de Sistemas de Informação do Sicoob Confederação, Antônio Cândido Vilaça Junior. “Testar, antecipadamente, os produtos traz mais qualidade e assertividade em termos de aquisições para o Sistema. Além disso, estaremos à frente de várias empresas do mundo todo, conhecendo novidades antes do mercado em geral”, observa. Participam do grupo outros 52 clientes da plataforma, indústrias da área de cartões, seguradoras, varejistas e financeiras do mundo todo. No Brasil, além do Sicoob, integram o conselho apenas General Motors, Banco de Tókio e Rabobank (holandês). O executivo de Vendas de Servidores da IBM Brasil, Anibal Strianese, considera importante para a corporação ter em seu conselho membros das mais variadas indústrias. “O Sicoob, como representante do cooperativismo financeiro, pode contribuir bastante com sua experiência e visão de mercado. Além do que, como grande usuário da plataforma e com uma postura vanguardista na utilização de novas tecnologias, como Cloud, Analytics e Mobile, ele pode servir de referência na implantação de novas soluções envolvendo System Z”, afirma. O superintendente de Tecnologia da Informação do Sicoob Confederação, Dênio Álbaro de Lima Rodrigues, conta que a entidade participará de duas reuniões presenciais, por ano, nos laboratórios da IBM, na Europa e nos Estados Unidos, e de oito horas, por mês, de videoconferências. 19 “Além disso, teremos de investir na formação dos nossos profissionais para planejamento, definição de requisitos e testes, com o objetivo de homologar novos produtos, bem como apresentar propostas de melhoria ou participar de projetos que possam ser estratégicos para o Sicoob”, explica. O relacionamento com outras empresas do grupo contribuirá para o enriquecimento do debate, na opinião do diretor de Tecnologia da Informação do Sicoob Confederação, Ricardo Antonio Batista. “O grande benefício da interatividade entre os membros é a troca de ideias sobre as inovações tecnológicas e sobre os produtos e serviços. Além disso, será uma ótima oportunidade para divulgar o nome do Sicoob, mundialmente, uma vez que os pareceres emitidos e assinados pelo conselho serão propagados para os demais clientes da IBM”, ressalta. A entrada do Sistema no conselho é reflexo do planejamento, do direcionamento, do plano de investimentos e do esforço qualificado e contínuo de toda a equipe de TI. O Sicoob é a primeira instituição financeira cooperativa a integrar o grupo. O Sistema já fazia parte de outro conselho da IBM, o zNCC – z New CostumerCouncil - Conselho Mundial de Novos Clientes da IBM – Seção Países Emergentes, desde 2008, cujo objetivo é conhecer as novidades e as funcionalidades dos novos produtos da empresa. Especificações das tecnologias Reconhecimento O Sicoob recebeu importantes premiações, com cases de tecnologia, nos últimos dois anos. O prêmio eFinance é um bom exemplo. Em 2013, as vitórias foram nas categorias: Infra de TI para cooperativas financeiras, com o case Iniciativas Sustentáveis de TI; Core System-Crédito Corporativo, com o case Otimizar Negócios; e Mobile Banking, com o case Mobile Banking do Sicoob. Já na edição de 2012, o Sicoob venceu com o case Compensação por Imagem. Outro destaque foi o Prêmio Relatório Bancário 2013, que reconheceu o Sicoob como melhor instituição financeira do país em Atendimento em Agências – Plataforma de Caixas. Iniciativa verde Em 2013, a IBM divulgou, em seus canais oficiais de comunicação, o vídeo sobre o case de tecnologia de virtualização do parque tecnológico do Sicoob com a plataforma System Z. Nos últimos três anos, foram investidos R$ 30 milhões em tecnologia verde. Os recursos foram utilizados em ações conscientes das soluções computacionais, por meio da consolidação e da virtualização de servidores, ao modernizar equipamentos de processamento de informações. O processo de implantação de iniciativas sustentáveis tem contribuído para a redução de consumo elétrico, de dissipação térmica e de recursos de processamento. Com a substituição dos equipamentos, o Sicoob deixa de consumir 6 milhões de kW/ano de energia e de emitir 270 toneladas de gás carbônico por ano. Essa emissão equivale, anualmente, ao consumo elétrico de 273 casas, à necessidade de plantar 1.875 árvores e a 80 carros emitindo gás carbônico na atmosfera. No Sicoob, a plataforma tecnológica utilizada, desde 2007, é baseada em System Z, ou seja, servidores para processamento de grandes volumes de dados, que funcionam com os mais elevados níveis de disponibilidade, desempenho e segurança, em todos os canais de atendimento, como internet, mobile banking, caixas eletrônicos, e nos mais de 2 mil pontos de atendimento no país. A tecnologia também é utilizada por todos os maiores bancos e outras grandes corporações mundiais. Os sistemas operacionais utilizados são z/Linux (em virtualizador z/VM) e z/OS, além do armazenamento de informações em discos (storages) de primeira linha. Esses componentes possibilitam o processamento e o armazenamento de dados em grande escala. A adoção do sistema operacional z/OS, em 2013, também eleva os níveis de confiança do mercado financeiro no Sicoob. Além do ambiente transacional do Sisbr (Sistema de Informação do Sicoob), o ambiente analítico para tomada de decisões também utiliza tecnologia baseada em System Z. ANO 5 - No 18 - ABR/MAI/JUN 2014 20 DESTAQUE 20 Qual é o segredo? Como quatro cooperativas fecharam 2013 com números representativos e se destacaram no Sistema O Sicoob fechou 2013 com um significativo crescimento e ativos que atingiram R$ 41,5 bilhões, o que o consolidou como o maior sistema financeiro cooperativo do país. No período, suas cooperativas responderam por 44,4% e 41,2% de todos os depósitos e de operações de crédito do segmento, respectivamente. Esse resultado é fruto de uma série de variáveis, que têm a ampliação do portfólio de produtos e serviços e o foco nos negócios como os principais motores de expansão. Nesse quesito, quatro cooperativas conseguiram alcançar números bastante relevantes no ano passado. O Sicoob Credicitrus, associado ao Sicoob São Paulo, foi uma delas. A instituição encerrou 2013 com destaques em número de pontos de atendimento, em volume de ativos, em depósitos de poupança e em movimentação de cartões. De Brasília (DF), vem a Cooperforte, filiada ao Sicoob Planalto Central, com o maior número de associados. Do Espírito Santo (ES), o Sicoob Sul-Serrano, filiado ao Sicoob Central ES, sobressai nas vendas de consórcios. Já o Sicoob Credisulca, filiado ao Sicoob Central SC/RS, liderou, no mesmo ano, a comercialização do produto Sicoob Previ, a previdência complementar do Sistema. As ações estratégicas das quatro cooperativas, com foco nos negócios e em fidelização e ampliação do número de associados, fizeram-nas mais fortes e competitivas em 2013. Para este e os próximos anos, o desafio do segmento é continuar a expansão no Sistema Financeiro Nacional. “Para conquistarem um espaço maior nesse concorrido mercado, as cooperativas têm desafios em comum, que são os de atrair o público jovem para o seu quadro social e ampliar as receitas de produtos e serviços financeiros”, diz o diretor Operacional do Sicoob Confederação, Francisco Reposse Junior. Já faz mais de 30 anos que, em Bebedouro - cidade próxima a Ribeirão Preto —, interior paulista, 24 produtores de café e de laranja montaram uma cooperativa financeira para, inicialmente, atender aos agricultores filiados a uma cooperativa de produção da região. O Sicoob Credicitrus nasceu pequeno, cresceu e tornou-se a terceira maior cooperativa da América Latina. Em 2013, a instituição alcançou 51 pontos de atendimento e contabilizou os maiores ativos totais no Sistema, com montante de R$ 3,5 bilhões. “Registramos, em 2013, crescimento real em praticamente todos os nossos indicadores econômico-financeiros. Em resumo, superamos, mais uma vez, muitos de nossos próprios recordes”, comemora o diretor de Planejamento e Controle da Credicitrus, Siguetoci Matusita. Sicoob Credicitrus Sicoob Credicitrus: café, laranja e muito trabalho Matusita comemora o crescimento dos indicadores econômicofinanceiros da Credicitrus 21 Poupança e cartão A cooperativa também mostrou bom desempenho em volume de poupança. Foram captados R$ 198,4 milhões. Esse resultado é atribuído ao sucesso de uma campanha publicitária realizada nas cidades onde o Sicoob Credicitrus está presente. Os garotospropaganda foram os cantores de música sertaneja Chitãozinho e Xororó, dupla de sucesso, que iniciou a trajetória no interior paulista. A ideia foi explicar aos associados que o volume maior de depósitos em poupança sempre possibilitará à cooperativa ofertar mais crédito e em condições melhores, pois parte do dinheiro investido na aplicação retorna ao local de origem como recursos para a linha de crédito rural. Os associados da cooperativa também priorizaram o uso dos cartões. Em volume de compras de crédito foram R$ 177,2 milhões. Também em 2013, a quantidade de cartões emitidos chegou a 22,4 mil. Matusita adianta que os focos, para este ano, são a comercialização de novos produtos sistêmicos e a oferta de produtos da cooperativa desenvolvidos para atender às necessidades dos associados, como é o caso do Cota Plus. Por meio dele, o cooperado pode adquirir empréstimos em condições especiais de juros e um ano de carência. Outro produto é o Viva Bem Feliz, que permite ao cooperado, no último dia útil do ano, o adiantamento de parte das sobras, normalmente disponibilizada após a apresentação das contas do exercício, meses depois. “Nosso horizonte é bastante positivo, em especial, se considerarmos novos produtos, que não só devem alavancar nossas operações, como devem tornar o cooperativismo financeiro ainda mais conhecido”, orgulha-se. A Cooperforte é referência quando o assunto é volume de cooperados. A instituição, sediada em Brasília (DF), possui 125 mil associados, de Norte a Sul do Brasil. Criada há 30 anos, atendia, inicialmente, apenas funcionários do Banco do Brasil. Com o passar do tempo, começou a acolher, em seu quadro social, trabalhadores do Banco Central, da Caixa Econômica Federal, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do Banco do Nordeste (BNB) e de outras instituições. “Aumentamos nossa abrangência para várias cidades do país. Em pouco tempo, conseguimos auxiliar milhares de servidores públicos e seus familiares”, conta o diretor-presidente da cooperativa, José Valdir Ribeiro. A excelência na prestação de serviço, os profissionais capacitados e a permanente busca pelo aprimoramento são considerados os principais atrativos da Cooperforte. “Temos a preocupação em nos manter sempre atualizados. Nossa cooperativa foi a primeira do Brasil a oferecer Sicoob Cooperforte Cooperforte: cooperativa de muitos donos José Valdir, do Sicoob Coopeforte: volume de cooperados e abrangências são destaques na cooperativa serviços financeiros por telefone, o que, desde cedo, lhe possibilitou uma atuação mais abrangente, em âmbito nacional”, afirma. Para este ano, segundo José Valdir, as metas vão além do aumento de receitas e do número de cooperados. “Queremos continuar contribuindo para o bem-estar dos que nos escolheram como instituição financeira, para o fortalecimento do segmento e para o desenvolvimento da sociedade e o crescimento do país”, planeja. 18 - JAN/FEV/MAR/2014 ABR/MAI/JUN 2014 ANO 5 - Noo 17 Sul Serrano Sicoob 22 DESTAQUE 22 Sicoob Sul-Serrano: força que vem do Espírito Santo O consórcio é uma opção financeira que tem a simpatia de muitos brasileiros. Segundo a Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio (Abac), o número de consorciados chegou a 5,7 milhões, em 2013. Avanço de 9,6% em relação a 2012. O Sicoob Sul-Serrano, no Espírito Santo (ES), é um dos destaques na venda do produto no Sistema, totalizando R$ 37,4 milhões, no acumulado de 2013. Para o diretor-presidente e um dos fundadores do Sul-Serrano, Cleto Venturim, a credibilidade conquistada na região contribui para o rápido crescimento e para os bons resultados. “A propaganda boca a boca tem sido muito eficiente. Cerca de 60% dos que contrataram o produto no Sicoob Sul-Serrano foram por indicação dos quase 30 mil associados. Além disso, a bonificação para os profissionais pelo alcance das metas foi um grande estímulo para os negócios", observa. Neste ano, a expectativa é de aumentar o número de caixas eletrônicos nas unidades de atendimento e estimular o uso do internet e mobile banking do Sicoob. O reconhecimento da instituição não se resume ao Sistema. Ela figura entre as 200 maiores empresas do Espírito Santo, de acordo com o ranking publicado pela Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes) e pelo Instituto Evaldo Lodi (IEL). Inaugurada em Cleto Venturim associa o rápido crescimento do Sicoob Sul-Serrano à credibilidade 1995, com capital pouco superior a R$ 3 mil, a cooperativa foi criada por um grupo de cafeicultores de descendência italiana. Sicoob Credisulca: bom exemplo em Santa Catarina Liderado por Dagustin, Sicoob Credisulca é destaque na comercialização do Sicoob Previ Sicoob Credisulca Em Turvo, cidade de 12 mil habitantes localizada no limite entre os estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, está a sede do Sicoob Credisulca. Com quase 24 mil associados, a instituição foi destaque, em 2013, pela comercialização do plano de previdência complementar do Sistema, o Sicoob Previ. Com 19 pontos de atendimento, todos em municípios de Santa Catarina, a instituição conseguiu registrar 6% de todos os seus associados como participantes do Sicoob Previ. Os bons resultados com o produto se devem ao grande engajamento dos empregados da cooperativa, na avaliação do atual diretor-presidente e um dos fundadores da Credisulca, Romanin Dagustin. “O que os motivou foi o trabalho de convencimento realizado por nossos profissionais, que receberam treinamento para vender a previdência e tinham como estímulo um plano de metas mensais de contratos aliado a bonificações”, revela. Um dos desafios da instituição é intensificar o trabalho de educação financeira em escolas catarinenses. O projeto começou, há três anos, com a distribuição da revista em quadrinhos A Turminha do Sulca. A publicação apresenta noções básicas sobre administração de finanças e sobre o valor do dinheiro. “Foi a forma que encontramos para ajudar os pais, nossos associados, a criarem seus filhos com os conceitos de poupança e de previdência, que lhes serão muito úteis na vida”, explica Dagustin. CAPA 23 FGCoop entra em campo Início das operações do fundo único aumenta a segurança das instituições e dos associados e consolida a imagem do segmento no mercado financeiro A s cooperativas financeiras e os bancos cooperativos começaram a fazer suas contribuições ao Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop), no mês de abril deste ano. O fundo foi inspirado no mesmo modelo do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) e contribuirá para dar mais segurança ao cooperativismo financeiro, atuando na proteção do crédito dos depositantes e investidores. Isso significa que todos os correntistas/ associados estarão garantidos por um fundo único de proteção dos depósitos e investimentos contra as instituições associadas, nos casos decretados pelo Banco Central (BC) de intervenção ou de liquidação extrajudicial. A garantia é de até R$ 250 mil, por CPF ou por CNPJ, o que equivale à mesma proteção oferecida pelo FGC aos bancos comerciais. Todas as instituições financeiras cooperativas do país autorizadas a funcionar pelo BC são obrigatoriamente vinculadas ao FGCoop. O diretor-executivo do FGCoop, Lúcio César de Faria, explica que, até então, as cooperativas contavam apenas com fundos intrassistemas que não tinham o mesmo propósito do FGC. “Não havia unicidade, um fundo de âmbito nacional que abrigasse os depositantes de todas as cooperativas de todos os sistemas. Essa situação não era ideal, pois a liquidação de uma única cooperativa, que não estivesse coberta por um fundo, poderia impactar a imagem do segmento como um todo”, observa. ANO 5 - No 18 - ABR/MAI/JUN 2014 24 CAPA 24 Arquivo Pessoal O vice-presidente do FGCoop, Bento Venturim, que também preside o Sicoob Central ES, acredita que a criação do fundo fortalecerá o cooperativismo financeiro, uma vez que esse mecanismo aumenta a segurança e a credibilidade do segmento, junto ao mercado, e permite ao Sicoob competir em condições de igualdade com os bancos, no que se refere às garantias disponibilizadas aos associados. O executivo preside, ainda, o Fundo Garantidor do Sicoob (FGS), que prevê garantia à cobertura dos depósitos à vista e a prazo dos associados das cooperativas participantes, até o valor de R$ 250 mil, por CPF ou CNPJ. Assim como o FGCoop e o FGC, o fundo do Sicoob também cobre as operações de Letra de Câmbio do Agronegócio (LCA). Venturim reconhece, no entanto, que o FGCoop representa uma evolução para o Sicoob e para todo o cooperativismo financeiro brasileiro. “Trata-se de um avanço significativo. O segmento, apoiado na segurança oferecida pelo FGCoop, terá mais condições de se expandir, de maneira sustentável e responsável”, acredita. Recolhimentos Seguindo as regras divulgadas pelo Banco Central (BC), em 6 de março de 2014, as instituições associadas ao FGCoop são obrigadas a apurar os valores das contribuições até o dia 20 de cada mês, com base nos saldos do último dia do Lúcio César: vasta experiência no cooperativismo financeiro para atuar à frente do FGCoop Como funciona >> Todas as cooperativas, o Bancoob e o Banco Sicredi devem enviar ao FGCoop, até o dia 20 de cada mês, o demonstrativo mensal dos saldos das obrigações que são objeto de garantia. >> Essas mesmas instituições têm até o dia 25 do mesmo mês para recolherem as respectivas contribuições ordinárias e depositarem os valores nas contas do FGCoop: no Bancoob (756) ou no Banco Sicredi (748). 25 mês anterior dos respectivos créditos cobertos, e a efetuar o recolhimento até o dia 25 do mesmo mês. O primeiro recolhimento, realizado no dia 25 de abril, teve como base o saldo apurado em 31 de março de 2014. Ao todo, integram o FGCoop 1.135 instituições (veja box), e a expectativa é de que o valor da contribuição mensal de todas as cooperativas e dos bancos cooperativos fique em torno de R$ 7 milhões. Vale lembrar que, no dia 15 de abril de 2014, o fundo recebeu, diretamente do FGC, a quantia de R$128,9 milhões, relativos ao montante corrigido das taxas sobre cheques sem fundos recolhidos pelas cooperativas a esse fundo, desde sua criação, em 1996. Todas as cooperativas financeiras devem contribuir mensalmente, uma vez que a participação no fundo é compulsória. O valor estipulado é equivalente a 0,0125% dos saldos das obrigações garantidas, que são: depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos a prazo, com ou sem emissão de certificado (CDB/ RDB); depósitos mantidos em contas não movimentáveis por cheques, destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos, aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8/3/2012 por empresa ligada. Mesmo aquelas cooperativas que não captam depósitos – chamadas de “capital e empréstimo” – devem contribuir com o fundo, com o valor mínimo. Lúcio Faria reforça que a credibilidade é para todas as instituições que contribuem, sem distinção de valores. “Além de também serem importantes para a credibilidade do segmento, elas estão ajudando a estruturar, patrimonialmente, o fundo, para que ele atinja um montante que lhe propicie operações de assistência financeira”, explica. As contribuições devem ser depositadas nas contas do FGCoop, mantidas nos bancos cooperativos Bancoob e Banco Sicredi. As centrais ou confederações deverão fazer o recolhimento em nome de suas filiadas. As cooperativas independentes farão o recolhimento em uma das duas contas, conforme orientação do FGCoop. >> Tanto as instituições participantes quanto o FGCoop têm entre os dias 26 e 30 do mês para realizar as correções (recolhimento dos valores complementares ou devolução dos valores excedentes). Composição do FGCoop* 515 cooperativas filiadas ao Sicoob 101 cooperativas filiadas ao Sicredi 174 pertencentes ao Sistema Ancosol 48 filiadas ao Sistema Unicred 79 ligadas a centrais não filiadas às Confederações 216 não filiadas a centrais 2 bancos cooperativos Bancoob e Banco Sicredi * Data-base: 31 de maio de 2014 >> No dia 26 do mesmo mês, o fundo confere os valores recolhidos, tendo como base as informações das instituições e do Banco Central. Em casos de multa ou de devolução de valores, é o próprio fundo quem informa às instituições. ANO 5 - No 18 - ABR/MAI/JUN 2014 26 CAPA 26 Conselho eleito Assembleia Geral, Conselho de Administração, Diretoria-Executiva e Conselho Fiscal são os órgãos que compõem a estrutura de governança do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop). Eleita pelo Conselho de Administração, a Diretoria-Executiva poderá ser composta por até três diretores, sendo um executivo, com mandato de três anos. Neste primeiro momento, o FGCoop terá apenas um diretor-executivo, Lúcio César de Faria, que soma em sua carreira quase quatro décadas de atuação junto ao Banco Central, na maior parte do tempo em atividades ligadas ao cooperativismo financeiro. Nos últimos três anos, exerceu a função de assessor do Departamento de Organização do Sistema Financeiro da autarquia, dedicando-se, exclusivamente, a assuntos relacionados ao segmento. Em assembleia geral, também foram indicados três membros efetivos e três suplentes para o Conselho Fiscal. O mandato é de dois anos, sendo permitida uma reeleição. Veja no box a relação de todos os membros eleitos para ambos os conselhos: Linha do tempo 2012 OUTUBRO O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, anuncia a criação do FGCoop, em Porto Alegre (RS), durante o IV Fórum Banco Central de Educação Financeira. Com a Resolução nº 4.150, de 30 de outubro, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu os requisitos e as características mínimas do fundo. 2013 SETEMBRO Conselho de Administração Presidente: Manfred Alfonso Dasenbrock (Sicredi) Vice-presidente: Bento Venturim (Sicoob) Conselheiro efetivo: Márcio Lopes de Freitas (OCB) Conselheiro efetivo: Euclides Reis Quaresma (Unicred) Conselheiro efetivo: Moacir Krambeck (Cecred) Conselheiro suplente: Orlando Borges Müller (Sicredi) Conselheiro suplente: Alberto Ferreira (Sicoob) Conselheiro suplente: Celso Ramos Régis (OCB) Conselheiro suplente: José Luis Barreto Alves (Unicred) Conselheiro suplente: José Paulo Crisóstomo Ferreira (Confesol) Conselheiro suplente: Alex Robert Spengler (Uniprime) São elaborados o estatuto e o regulamento do FGCoop, pelo Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC), ambos aprovados pela Assembleia Geral de Constituição, em 27 de setembro de 2013. A assembleia também elegeu os conselhos de Administração e Fiscal, cujos nomes foram submetidos à aprovação do Banco Central (BC). 2014 MARÇO BC aprova a nomeação do diretor-executivo. ABRIL Conselho Fiscal Obtenção do CNPJ, posse do diretorexecutivo e início das atividades do FGCoop. Conselheiro efetivo: José Alves de Sena (Sicoob) FEVEREIRO Conselheiro efetivo: Egídio Morsch (Sicredi) A Diretoria Colegiada do BC aprova os membros dos conselhos de Administração e Fiscal, em 12 de fevereiro, e são arquivados os atos constitutivos no Cartório de Registro de Títulos e Documentos de Brasília (DF). Conselheiro efetivo: José Maria de Azevedo (Unicred) Conselheiro suplente: Jonas Alberto Klein (Confesol) Conselheiro suplente: Ricardo Accioly Calderari (OCB) Conselheiro suplente: Noaman Raimundo Alencar (Federalcred) BALANÇO 27 Momento favorável Balanço do Sicoob comprova manutenção da expansão do crédito das cooperativas, cada vez mais fortalecidas no Sistema Financeiro Nacional A economia brasileira exibiu um cenário de incertezas durante todo o ano de 2013, com elevações contínuas da taxa básica de juros, a Selic, ritmo moderado de expansão do crédito no Sistema Financeiro Nacional e crescimento tímido do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Nesse contexto, o Sicoob se destacou e manteve o crescimento acima da média do mercado. As operações de crédito, por exemplo, tiveram evolução de 24,1% e chegaram a R$ 25,1 bilhões, em 2013, e os ativos atingiram R$ 41,6 bilhões, crescimento de 21,6% superior ao registrado no ano anterior. Já o patrimônio líquido avançou 19%, alcançando R$ 9,7 bilhões no final do ano passado. De acordo com o presidente do Sicoob, Henrique Castilhano Vilares, a expansão das cooperativas financeiras é resultado do incremento do portfólio e das novas oportunidades de negócios. “O lançamento de novos produtos e a concretização de parcerias, durante o ano passado, ampliaram as possibilidades de negócios em novos mercados para as cooperativas e possibilitaram o fortalecimento do Sistema, o que resultou na conquista dos excelentes resultados”, ressalta. Operações de crédito no Sicoob Evolução de 24,4% ANO 5 - No 18 - ABR/MAI/JUN 2014 28 28 Patrimônio líquido do Sicoob Crescimento de 17,7% Os números demonstram, ainda, uma forte expansão nos depósitos, que tiveram crescimento de 22,5% chegando a R$ 25,5 bilhões. E uma expansão também verificada na carteira de poupança, que alcançou R$ 460 milhões de volume captado, durante o ano de 2013, já acrescido da rentabilidade, fechando o período com volume de R$ 1,94 bilhão, em depósitos. O saldo da carteira de crédito do Sicoob, destinado à pessoa física, teve acréscimo de 31%, alcançando R$ 4,8 bilhões, no final de 2013. Para o produtor rural pessoa física, o acumulado do crédito ofertado foi de R$ 11 bilhões, o que equivale a crescimento de 19% em relação a igual período do ano anterior. Para a pessoa jurídica, as operações de crédito ultrapassaram a marca dos R$ 6,8 bilhões, o que significou crescimento de 34%, e de R$ 1,1 bilhão de saldo acumulado. A expansão do Sistema e os bons resultados apresentados se deram em função da execução sistemática de projetos do Planejamento Estratégico. Ações como a ampliação do portfólio de produtos e serviços, o aumento da presença em centros urbanos e entre o público jovem, a simplificação de processos e o incremento da cultura de negócios têm influenciando, de forma decisiva, na expansão das cooperativas. Evolução no Bancoob Em 2013, o Bancoob atuou fortemente no portfólio de produtos e serviços para o Sistema, agregando, assim, maior competitividade às cooperativas filiadas, o que resultou em indicadores positivos. Os números apresentados pelo banco comprovam essa expansão. O lucro líquido no exercício foi de R$ 46,88 milhões, com retorno de 8,86% sobre o patrimônio líquido médio do ano. Já o patrimônio líquido chegou ao montante de R$ 580,84 milhões, o que representa crescimento de 25,27%, em relação ao ano anterior. O bom desempenho pode ser percebido em todas as linhas de negócios, de acordo com o diretorpresidente do Bancoob, Marco Aurélio Almada. “Em 2013, o banco repassou às cooperativas do Sicoob mais de R$ 168 milhões, provenientes de comissionamento gerado pela oferta de produtos e serviços financeiros, representando um aumento de 40% em relação ao ano de 2012”, compara. O Bancoob também se destacou nos números apresentados pela carteira de crédito, totalizando R$ 6,6 bilhões, Sicoob em números Participação no Sistema Financeiro 2,6 milhões de associados Cooperativo 47% dos pontos de atendimento cooperativo em todo país 6a maior rede de serviços financeiros em pontos de atendimento 26 Presente em estados brasileiros e no Distrito Federal 44,4% dos depósitos totais 41,2% das operações de crédito 40,2% dos ativos totais 29 o que correspondeu a crescimento de 31,97% em relação a 2012. Na composição total, entre as linhas que se destacaram, estão as de BNDES, Funcafé, Crédito Rural - Recursos Obrigatórios e Poupança Rural. As operações realizadas com recursos próprios apresentaram desempenho positivo. A carteira de crédito consignado (crédito consignado INSS e tradicional), por exemplo, atingiu R$ 271,89 milhões, o que significou aumento de 14,4%, em relação a 2012. “Destacamos também o reforço nos negócios das cooperativas, com o lançamento da Plataforma Cabal Benefícios - novos produtos, como Cartão Combustível, Cartão Premiação, Cartão Controle e Cartão Presente, que fortaleceram o portfólio voltado ao segmento pessoa jurídica”, completa. Os ativos totais do banco aumentaram 21,97% em relação ao ano anterior, chegando a R$ 18,1 bilhões. Já os depósitos, congregados com a carteira de operações compromissadas, alcançaram, em 2013, R$ 15,4 bilhões, aumento de 18,73%, em relação a igual período do ano anterior. A Poupança Sicoob fechou 2013 em R$ 1,94 bilhão, crescimento de 31,22% em relação a 2012. Produtos e serviços em alta O volume de negócios produzidos com a comercialização dos produtos e serviços gerou bons comissionamentos. Na captação de poupança, o valor foi de R$ 14,4 milhões, repassados às cooperativas do Sicoob, e, na carteira de consórcios, chegou a R$ 11 milhões, sendo 64% desse valor repassados em 2013. A carteira de previdência do Sicoob também evoluiu e superou R$ 102 milhões, o que representou evolução de 87% em relação ao ano anterior. O número de participantes ultrapassou 28,5 mil, um incremento de 70% no total registrado em 2012. A base de cartões de crédito chegou a 646,7 mil plásticos, enquanto a de débito ultrapassou 1,57 milhão de cartões, representando, respectivamente, crescimento de 28% e 19% em relação ao ano anterior. Ainda no universo de meios eletrônicos de pagamento, o domicílio bancário atingiu R$ 3,7 bilhões em valores transacionados, crescimento de 51% em relação ao ano anterior. “O importante a ser ressaltado é que o bom desempenho do Bancoob é resultado direto dos negócios das cooperativas do Sicoob, indicando, portanto, que nossas cooperativas estão ‘indo muito bem, obrigado’ e têm confiado no seu banco”, completa Almada. Carteira de previdência do Sicoob Evolução de 87% em relação ao ano anterior Bancoob no mercado financeiro* 2o entre os grandes bancos que mais cresceram em depósitos totais 9o entre os grandes bancos com menor custo operacional 11o no ranking de crescimento das operações de crédito 11o na avaliação da qualidade da rentabilidade operacional (sem equivalência patrimonial) 13o entre os mais rentáveis sobre o patrimônio * Dados divulgados na Revista Valor 1000 (edição de 2013) e com data-base de 2012 18 - JAN/FEV/MAR/2014 ABR/MAI/JUN 2014 ANO 5 - Noo 17 PONTO DE VISTA Desafios da cooperação Ao assumirmos a presidência da Cooperativa Central de Crédito dos Estados do Pará e do Amapá (Sicoob Central Amazônia), em dezembro de 2012, constatamos os enormes desafios para a retomada do crescimento do cooperativismo financeiro em nossa região. A atividade originou-se com o crédito mútuo centralizado, na Região Metropolitana de Belém (PA), onde se expandiu a partir da constituição da nossa central, em 1992, na época com o nome de Cecrespa. Percebemos, hoje, as dificuldades pelas quais passam algumas de nossas cooperativas, que não conseguem crescer e que, em vez de se agruparem a outras, preferem se isolar com o argumento de redução de custos, em função do rateio da cooperativa central. Isso é muito preocupante, pois tais iniciativas enfraquecem o movimento local e colocam em risco a existência da própria cooperativa singular. Isso porque, isoladamente, ela terá dificuldades em atender às exigências normativas e de controle estabelecidas pelo Banco Central. Na região Amazônica, onde o cooperativismo financeiro ainda é incipiente, as dificuldades são maiores, e temos que trabalhar no sentido de reverter o quadro atual, que contraria o que acontece no restante do país, onde o segmento é dinâmico e crescente. Hoje cerca de 5% da população economicamente ativa do Brasil participa do Sistema Financeiro Cooperativo, enquanto, no Pará, apenas 0,3% da população economicamente ativa é filiada a cooperativas financeiras. O Sicoob Central Amazônia, desde 2013, vem passando por um processo de reestruturação organizacional e de pessoal. Já promovemos a centralização dos serviços de contabilidade e de controles internos. Com isso, garantimos o suporte necessário às atividades-meio das filiadas, viabilizando a economia de escala e possibilitando que passem a se dedicar mais à comercialização de produtos e de serviços financeiros, melhorando, dessa forma, os seus resultados. Atualmente, 15 cooperativas compõem o Sicoob na região. Acreditamos que esse número diminua para um dígito, até o final de 2014, pois é perceptível a mudança de postura na direção da maioria das nossas cooperativas, em prol das incorporações. Esse processo fortalece o Sistema e permite ganhos de escala e redução dos custos, mantendo e ampliando o número de pontos de atendimentos e de associados. Anteriormente, esse tema era abominável, não se conversava a respeito, mas, hoje, vem sendo visto como alternativa de sobrevivência e de manutenção dos serviços financeiros aos associados. Neste ano, dando continuidade ao processo de reestruturação, direcionaremos nossas ações para estimular o processo de incorporações entre cooperativas e para a abertura de duas novas: a criação da primeira cooperativa de livre admissão e da primeira cooperativa de empresários no interior do estado do Pará. No Sicoob Central Amazônia, assumi o compromisso de trabalhar para que o cooperativismo financeiro cresça nos estados do Pará e do Amapá. Para isso, juntamente com Sicoob Central Amazônia 30 30 Carlos Edilson Santana dos Santos é conselheiro fiscal do Sicoob Confederação e presidente do Sicoob Central Amazônia as demais lideranças, estamos atuando em parceria com as instituições que apoiam e fomentam iniciativas empreendedoras e de desenvolvimento sustentável nesses estados, como a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), entre outras. Acredito que somente com a força da cooperação será possível superar todos os desafios. PERFIL 31 Arquivo Pessoal Determinado a vencer Carlos Eduardo Polo Sartor, 64 anos, é natural de Botucatu (SP) e foi pioneiro no cooperativismo da região Norte do Brasil. Ele garante que, ao conhecer Rondônia, não quis mais se mudar para outro lugar. Recém-formado no curso de Veterinária pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), em 1975, Carlos Eduardo Polo Sartor saía de sua cidade natal, Botucatu (SP), para trabalhar em prol do Plano de Integração Nacional, criado pelo governo militar brasileiro, em 1970. O destino escolhido? Vilhena, no estado de Rondônia. Quando conheceu as terras do então sertão do Chupinguaia não teve dúvida quanto às possibilidades de realizar o sonho de ser pecuarista. Lá, o veterinário deu início à criação de gado, casou, constituiu família e, com o apoio de colegas e amigos, fundou a Credisul, primeira cooperativa financeira da cidade - hoje Sicoob Credisul, cooperativa filiada ao Sicoob Central Norte. Carlos Eduardo já estava no ramo pecuarista há alguns anos, mas, apesar da plena expansão do setor, sentia necessidade de uma instituição financeira que apoiasse os seus negócios. Foi a partir daí que, junto a um grupo de empresários, decidiu criar um mecanismo de poupança regional para integrar e financiar o próprio empreendimento, dando origem à Cooperativa de Crédito do Sul de Rondônia. O Sicoob Credisul era o que faltava para que o negócio dele deslanchasse. “Hoje, eu não preciso de outra instituição financeira, pois o Sicoob me atende plenamente e, ainda, com o apoio da sociedade, me sinto cada vez mais fortalecido”, garante. Carlos Eduardo explica que os ganhos não foram apenas em benefício próprio e dos demais associados da instituição, toda a cidade passou a colher os frutos do cooperativismo. “Antes da chegada do Sicoob, os bancos descontavam 4,5% de juros sobre a NPR (Nota Promissória Rural), por exemplo. Com o Credisul, estabeleceu-se uma taxa menor que a cobrada pelos bancos, o que os obrigou a reduzir os juros cobrados para competir com a cooperativa, beneficiando, portanto, toda a sociedade”, recorda. Expansão Após a criação da cooperativa, em 2000, muita coisa mudou. O pecuarista explica que, antes do cooperativismo, havia dois desafios: o crédito e o comercial. “O receio dos empréstimos por causa dos juros altos tomava conta de todos. Mas, a partir do momento em que passamos a ter uma instituição na qual podíamos confiar, tudo se transformou. Afinal, a segurança é a base de qualquer investimento”, acredita. Para ele, o Sicoob está em sua plenitude em termos de estabilidade. “Possuímos um departamento exclusivo para a nossa atividade, além do ganho social, já que o Sicoob Credisul é o responsável pela maioria da movimentação financeira de Vilhena, alimentando o comércio e toda a política econômica da cidade e região”, garante. ANO 5 - No 18 - ABR/MAI/JUN 2014 Fotos: Rúbio Guimarães 32 Cultura Na Binagri, os milhares de livros, teses, revistas, vídeos, entre outros documentos, são disponibilizados ao público Entre as maiores da América Latina Binagri reúne mais de 400 mil títulos sobre cooperativismo e agropecuária. Acervo é aberto à consulta pública Sempre imaginei que o paraíso fosse uma espécie de livraria”. Se a famosa frase do poeta e escritor argentino Jorge Luis Borges fosse comprovada, a Biblioteca Nacional da Agricultura (Binagri), localizada em Brasília (DF), seria o legítimo paraíso para os apaixonados e interessados pelo cooperativismo e pelo agronegócio. Criada por decreto, em 1909, no Rio de Janeiro, é considerada pioneira no Brasil e, atualmente, possui mais de 400 mil títulos disponíveis para pesquisa. A biblioteca representa uma viagem ao passado, com exemplares de raridades, que fazem parte da história do país. Com milhares de livros, teses, revistas, vídeos, entre outros documentos, a Binagri é uma das maiores da América Latina e se destaca pelo seu grandioso acervo sobre o cooperativismo. A coordenadora-geral da biblioteca, Neuza Arantes Silva, conta que algumas das obras brasileiras datam das primeiras décadas do século passado. “O segmento cooperativista marca a história do nosso desenvolvimento econômico na agricultura. Por isso, é muito importante termos um espaço onde todos esses acontecimentos podem ser encontrados na forma de narrativas brilhantes”, considera. Os materiais da biblioteca estão organizados no anexo da sede do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Além do próprio acervo, o espaço abriga milhares de títulos do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (lica) e da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) no Brasil. Aberto ao público, permite que qualquer pessoa faça pesquisas no local, mas apenas os servidores do ministério e de outras bibliotecas têm direito a empréstimos. Para a coordenadora de Autogestão Cooperativa do Mapa, Vera Lúcia Oliveira, a experiência com as publicações da biblioteca representou a descoberta de um novo mundo. “Em 2010, fui convidada para escrever um dos capítulos de um livro sobre o cooperativismo. O meu artigo era sobre a evolução do segmento no Ministério da Agricultura, e foi na Binagri que encontrei tudo de que eu precisava”. Vera conta que começou a pesquisa pelo século XIX. 33 “O cooperativismo possui mais de cem anos de história, e a biblioteca possui títulos para cada um desses momentos”, comenta. Neuza Arantes Silva: “o segmento cooperativista marca a história do nosso desenvolvimento econômico na agricultura” Na rede As obras sobre o cooperativismo não estão localizadas apenas nas estantes da Binagri. Parte do acervo também está disponível na internet. Desde 2004, o Mapa, em parceria com o Ministério da Educação (MEC), passou a disponibilizar as publicações, na íntegra, no Portal Domínio Público do MEC (www.mec.gov.br). Por enquanto, há uma média de 60 obras disponíveis na rede. Segundo Neuza Arantes Silva, o baixo número de volumes na internet se deve ao respeito aos direitos autorais. “Tivemos o cuidado para, neste primeiro momento, incluir apenas documentação oriunda do Ministério da Agricultura e obras de entidades que cederam os direitos. A intenção é irmos disponibilizando mais títulos, conforme as autorizações”, explica. A coordenadora-geral da biblioteca adianta que, em breve, a digitalização também irá abranger outros temas da agropecuária, mas o cooperativismo foi o pioneiro devido à sua importância no Brasil e aos esforços do Ministério em divulgar informações sobre seus princípios e atuação. Parte do acervo pode ser acessada também via internet Binagri em números 5.698 é o número de registros sobre cooperativismo 1916 é o ano do título mais antigo do acervo: O crédito agrícola e a ciência da cooperação, uma monografia publicada em São Paulo (SP) 2012 é o ano da mais nova aquisição: Copacol: 50 anos na vanguarda do cooperativismo, monografia publicada em Cafelândia (PR). Neste ano, o Sicoob doou dois exemplares do livro O cooperativismo de crédito ontem, hoje e amanhã, dos autores Ênio Meinen e Márcio Port 0800 704 1995 é o número da Central de Relacionamentos e Serviços, que funciona desde 2005 e é composta por Ouvidoria, Recursos Humanos e Help Desk, além dos próprios profissionais da Binagri 17 mil é o número de contatos mensais, via central, incluindo profissionais da Binagri e cidadãos Serviço Biblioteca Nacional da Agricultura Local: anexo do Ministério da Agricultura Horário de funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 8h às 8h, sem intervalo para almoço Informações: (61) 3218-2410 e www.agricultura.gov.br/biblioteca ANO 5 - No 18 - ABR/MAI/JUN 2014 FGCoop – aspectos legais S urgido a partir de uma necessidade premente do cooperativismo financeiro e fruto de um processo crescente de reconhecimento, pelo órgão supervisor, da consolidação econômica e financeira do segmento e de suas especificidades em relação às demais instituições financeiras, o Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito, denominado FGCoop, teve sua primeira menção legislativa em 2009. Com efeito, já previa o inciso IV do art. 12 da LC 130/2009 que o Conselho Monetário Nacional poderia dispor sobre fundos garantidores, bem como sobre a vinculação das cooperativas de crédito a tais fundos. A partir de então, iniciou-se um profícuo processo de construção conjunta, entre o Banco Central e o Conselho Consultivo de Crédito da OCB (Ceco), das diretrizes para a constituição de um fundo garantidor próprio para as cooperativas de crédito, que pudesse abrangê-las em sua totalidade, e não apenas aquelas organizadas em sistemas e que, pela inexistência de um fundo nacional único, viram-se obrigadas à criação de fundos intrassistêmicos. Desses estudos, resultou o marco regulatório que foi dando corpo ao FGCoop, destacando-se: 1) Resolução CMN 4.150/2012 (requisitos e características mínimas do Fundo Garantidor do Cooperativismo Financeiro); 2) Lei n 12.873/2013 (isenção de Imposto de Renda e CSLL); 3) Resolução CMN n 4.284/2013, com as alterações dadas pela Resolução CMN n 4.312/2014 (aprovação do estatuto e do regulamento do fundo); 4) Circular n 3.700/2014 (apuração e recolhimento das contribuições ordinárias das instituições associadas); 5) Carta Circular n 3.636/2014, com alteração dada pela Carta Circular n 3.639/2014 (títulos e subtítulos do Cosif utilizados como base de cálculo das contribuições ordinárias). O FGCoop tem personalidade jurídica de direito privado, revestindose da forma de associação civil, sem 0 0 0 0 0 0 fins lucrativos. Seu quadro associativo é composto por todas as cooperativas financeiras singulares e bancos cooperativos. A Resolução CMN nº. 4.150/2012 impõe, a esses dois grupos, a associação compulsória ao FGCoop, liberando os bancos cooperativos da vinculação ao Fundo Garantidor de Crédito (FGC). As reservas que compõem o FGCoop assumem uma dupla finalidade: 1) assegurar crédito (depósitos, em especial) de titularidade de cooperados e clientes das instituições associadas, nas hipóteses de encerramento das atividades; 2) realizar operações de assistência e suporte financeiro também às associadas. No tocante à cobertura dos depósitos (à vista, a prazo, de poupança, LCA, LCI), algumas regras merecem destaque: • o total de créditos de cada pessoa contra a mesma cooperativa ou banco cooperativo será garantido até o valor de R$ 250 mil, montante atualizado de tempo em tempo; • devem ser somados todos os créditos de cada credor, identificado pelo CPF ou pelo CNPJ, na mesma cooperativa ou no banco cooperativo; • os cônjuges são considerados pessoas distintas, seja qual for o regime de casamento; • os créditos de dependentes são computados separadamente; • nas contas conjuntas, o valor de garantia é limitado a R$ 250 mil ou ao saldo da conta, quando inferior a esse limite, dividido pelo número de titulares, sendo o crédito do valor garantido feito de forma individual; • o pagamento dos créditos garantidos será iniciado em até 60 dias após a intervenção ou liquidação. Para que o fundo cumpra sua finalidade, são necessários recursos, provenientes de diversas fontes: • contribuições ordinárias e extraordinárias das instituições associadas; • taxas de serviços decorrentes da emissão de cheques sem provisão de fundos recolhidos de forma direta ou Ana Paula Andrade Ramos Rodrigues é assessora jurídica da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) indireta pelas instituições associadas; • recuperação de direitos creditórios nos quais o FGCoop houver-se sub-rogado; • resultado líquido dos serviços prestados pelo FGCoop e rendimentos de aplicação de seus recursos; • remuneração e encargos correspondentes ao recebimento dos valores devidos em função da realização das operações de assistência e de suporte financeiro e aquisição de direitos creditórios (quando passarem a ser realizadas); • receitas de outras origens, inclusive recursos recebidos do FGC. Conhecidas as principais características do FGCoop, é possível concluir que se trata de um importante instrumento de proteção ao Sistema Financeiro Cooperativo, além de traduzir-se em outros benefícios não diretamente relacionados à garantia conferida aos associados de cooperativas financeiras. Entre eles, o fomento a novas admissões de associados, motivados pela maior segurança e e pela solidez do sistema; o aumento da credibilidade e o ganho de imagem das instituições associadas. Andréia Marlière 34 Jurídico Produtos e serviços 35 Mais recheio ao portfólio de cartões Sistema lança Sicoobcard Visa e firma parceria com a Azul Linhas Aéreas U m portfólio amplo e diversificado garante ao Sicoob maior competitividade no Sistema Financeiro Nacional e possibilita aos cooperados escolherem produtos e serviços adequados a cada perfil. Por isso, o Sicoob investe cada vez mais em novos lançamentos e amplia o leque de parcerias. Neste início de ano, as novidades são os cartões Sicoobcard Visa e a parceria com a Azul Linhas Aéreas. De acordo com o diretor-presidente do Bancoob, Marco Aurélio Almada, os cartões Sicoobcard estão entre os produtos que o Bancoob administra para o Sistema que mais se renovam. “As três últimas inovações equiparam nosso portfólio ao dos principais bancos de varejo e, ainda, aperfeiçoam os cartões já existentes”, disse. O diretor de Operações do Bancoob, Ênio Meinen, ressalta que as duas empresas (Visa e Azul) são importantes e qualificados players de mercado, justificando a oferta de seus serviços aos associados. “Com portfólio eclético e pleno em soluções comerciais, o cooperado tem a opção de escolher o que melhor atende às suas necessidades”, destaca. Família maior A família de cartões não para de crescer e agora tem mais integrantes, com o lançamento dos plásticos Sicoobcard Visa, no dia 24 de fevereiro, em edição comemorativa à Copa do Mundo Fifa 2014, em três versões: Visa Clássico, Visa Gold e Visa Platinum. “No segundo semestre deste ano, lançaremos a família Sicoobcard Visa completa, com os cartões múltiplos, puro débito e destinado ao público pessoa jurídica”, adianta Meinen. Com essa alternativa, o portfólio de cartões passará a oferecer três opções de bandeira: Cabal (solução própria do Sistema), MasterCard e Visa. Para o diretor-executivo sênior de Vendas e Desenvolvimento de Negócios da Visa, Eduardo Barreto, a parceria só tem a agregar para a empresa. “O Sicoob representa um passo importante para a consolidação e para a ampliação do uso de cartões Visa dentro do Sistema Financeiro Cooperativo no Brasil”, destaca. Viaje mais! O Sicoob quer que seus associados tenham cada vez mais vantagens e oportunidades para se divertirem e viajarem. Por isso, firmou parceria com a Azul Linhas Aéreas. A empresa irá oferecer vantagens em seu programa de milhagens, o Tudo Azul, por meio do Programa de Recompensas dos cartões Sicoobcard, o Sicoobcard Prêmios. A cada 5 mil pontos acumulados, os portadores dos cartões Sicoobcard Gold, Sicoobcard Platinum e Sicoobcard Empresarial, independentemente da bandeira, podem trocar pontos por passagens aéreas. Para o superintendente de Cartões do Bancoob, Marcos Chaves Carvalho, os benefícios oferecidos pelo novo negócio serão um atrativo para os usuários dos cartões Sicoobcard. “A Azul possui muitos voos para o interior, onde vive grande parte de nossos cooperados. Com a parceria, eles passarão a contar com outra opção para o resgate de milhas aéreas, além do Multiplus”, finaliza. Divulgação ANO 5 - No 18 - ABR/MAI/JUN 2014 36 Comunicação Liberdade ao porquinho Em tom lúdico, campanha do Sicoob busca fortalecer sua imagem e estimular os depósitos em poupança E rro de um engenheiro, um malentendido ou uma tradição? São as hipóteses mais prováveis para o surgimento dos cofres com o formato de porquinhos. Porém, a teoria da tradição é a mais aceita entre os historiadores. De acordo com ela, povos antigos sempre tiveram o hábito de criar porcos no quintal como uma primitiva forma de poupança. Quando se iniciou a circulação de moeda, as famílias passaram a vender os animais e a guardar o dinheiro. A nova campanha do Sicoob tem a mesma linha de raciocínio. Ela sugere aos poupadores que libertem os seus porquinhos (cofrinhos) e coloquem o dinheiro na Poupança Sicoob. Intitulada “#LiberteseuPorquinho”, a ação de marketing tem como objetivo incentivar os depósitos na aplicação, fortalecendo a marca e atraindo a simpatia do público. De maneira lúdica, a ideia é mostrar aos poupadores que eles podem confiar na instituição, depositando suas economias no Sicoob e deixando o porquinho livre para fazer tudo o que ele não pôde quando estava cheio de moedas. De acordo com a diretora de Planejamento e Atendimento da Loggia Comunicação, Sylvia Pina, a campanha segue os princípios da pertinência e a abordagem criativa diferente, com leveza e humor. “As campanhas que mais se destacam são as que fortalecem a imagem do produto e, ao mesmo tempo, fazem com que as pessoas se simpatizem com as marcas”, destaca. A analista de Comunicação e Marketing do Sicoob, Itaciara Leite, afirma que a campanha busca evidenciar que é muito mais vantajoso poupar no Sicoob que deixar o dinheiro parado, já que a poupança possui rendimentos mensais. “A partir dessa ideia, a campanha traz o principal ícone do ato de guardar dinheiro: o porquinho cofrinho. Seguindo nessa linha, foi elaborado o conceito ‘Liberte seu Porquinho. Poupe no Sicoob.’ Livre, o porquinho pode ter uma vida mais interessante, enquanto o dinheiro do dono está rendendo e garantido”, explica. Para o gerente de Captações do Bancoob, Ricardo de Amorim Hermes, campanhas desse porte são importantes para o fortalecimento dos produtos oferecidos pelo Sicoob. “As campanhas com um tom lúdico e que possuem uma ampla divulgação despertam a curiosidade da sociedade, proporcionam um melhor entendimento quanto ao produto e aumentam o interesse pela instituição”, afirma. Além disso, ele lembra a importância dessa modalidade de investimento no cenário do cooperativismo financeiro. “A poupança promove o desenvolvimento da região em que está inserida, por meio da aplicação dos recursos em operações de crédito rural e, em breve, em crédito imobiliário. Com isso, a cooperativa atende à demanda em financiamentos de seus associados, promovendo o desenvolvimento da região onde o recurso foi captado”, destaca. Divulgação 37 Na web “O primeiro chamariz da campanha, que ocorre intensamente no ambiente web, está na hashtag presente em seu nome. Agregada ao nome de um produto tradicional, ela traz uma linguagem de comunicação moderna, inovadora e com poder de aglutinação”, afirma Sylvia Pina. A campanha apresenta o porquinho em várias situações, nas quais ele não poderia estar caso estivesse cheio de moedas, como jogando futebol, no parque, pescando e no cinema. Um dos destaques da ação é a criação de um game com várias fases, cujo objetivo é levar moedas para o Sicoob e, com isso, libertar o porquinho. O game está disponível em várias plataformas: web (via hotsite), mobile e tablets com plataforma Apple (App Store) e Android (Google Play) e também adaptado para TV touch screen, podendo ser usado em feiras e eventos. Ainda na web, há o hotsite interativo www.liberteseuporquinho. com.br, no qual o internauta poderá conhecer tudo sobre a campanha, receber dicas de economia do porquinho, fazer o download do game, de ringtone, paper toy e papéis de parede. Nele, também será possível assistir aos filmes, ouvir o jingle e fazer upload de uma foto com o porquinho e compartilhá-la com os amigos no Facebook. Ainda compõem as peças da campanha: filmes para TV e internet, jingle para rádio, cartazes, filipetas, display de mesa e uma série de materiais gráficos. Além disso, o tema escolhido poderá gerar outras possibilidades de novas ações, banners, anúncios, entre outros. “Com essa campanha, queremos conquistar novos poupadores e também mostrar que o Sicoob é uma instituição que pensa e se comunica de forma diferente”, destaca Itaciara Leite. Na mídia A campanha foi lançada no dia 10 de maio, com exibição do VT comercial no intervalo do programa Caldeirão do Huck. Além da divulgação nesse e em diversos programas da Rede Globo, outros três filmes serão exibidos na web e veiculados em páginas como a da Rede de Display Google, o YouTube e o Facebook. “As cooperativas terão à disposição um brinde do produto, que é um cofre no formato do porquinho, estrela da campanha. Esse e outros materiais poderão ser adquiridos no Portal de Compras do Sicoob. e u q o h in u q r o p O a ç n a p u o p u o ir v Os povos antigos sempre tiveram o hábito de criar porcos no quintal como uma primitiva forma de poupança. Na época, era comum manter os pertences em potes de cerâmica. Então, os artesãos começaram a modelar os cofres no formato desses bichinhos. Os suínos tornaram-se tão populares na então GrãBretanha que, rapidamente, espalharam-se para o restante da Europa e pelo mundo. Até os dias de hoje, a figura do porquinho é utilizada e não perde a atualidade, sendo uma das primeiras imagens que vêm à cabeça quando se pensa em algum símbolo de poupança. ANO 5 - No 18 - ABR/MAI/JUN 2014 38 rESPONSABILIDADE SOCIAL Praticando o bem Cooperativas do MT/MS promovem ações sociais e beneficiam comunidades carentes da região M undialmente conhecidos pela biodiversidade e pelo Complexo do Pantanal, os estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul também estão inseridos no mapa do cooperativismo financeiro. Por meio do Sicoob Central MT/MS e de suas filiais, esse ramo criou raízes nos estados, e a solidariedade, um dos princípios do cooperativismo, faz com que muitas comunidades carentes da região sejam assistidas em ações sociais realizadas pelas cooperativas do Sistema. Um exemplo são as doações mensais feitas, desde 2013, pelos próprios empregados do Sicoob Central MT/ MS. O Josafá Catarino do Vale, responsável pela mediação entre a central e as instituições que recebem os donativos, diz que o Sicoob realiza um importante trabalho de responsabilidade social. “Nossa última intervenção foi no Instituto Mato-Grossense de Apoio à Criança, onde a central contribuiu com a reforma da creche e com a aquisição de equipamentos, como geladeira, fogão e mesas, entre outros”, conta. Além das doações, a central também realiza outros projetos e ações em parceria com suas filiadas. E as cooperativas atuam com solidariedade em todos os aspectos: socioambiental, educacional, esportivo e outros. Veja, a seguir, como alguns desses programas são desenvolvidos. Ecoopesca Realizada todos os anos, a Ecoopesca reúne diretores do Sistema para dias de lazer no Alto Pantanal. O evento, que já está em sua 5ª edição, tem como principal objetivo a conscientização ambiental das comunidades localizadas nos arredores do rio Cuiabá. Antes de cada edição, os participantes realizam o plantio de mudas e fazem a soltura de peixes no rio. A Ecoopesca se baseia na pesca esportiva, em que os peixes são devolvidos ao seu habitat, portanto, é uma forma de incentivo à sustentabilidade socioeconômica e ambiental. “Preservar o meio ambiente e conscientizar a sociedade a esse respeito é colocar em prática o nosso compromisso com a natureza. Desde 2011, já realizamos a soltura de mais de 10 mil peixes. Definitivamente, a Ecoopesca é uma verdadeira expedição, por água, terra e ar, em prol da harmonia entre o homem e a natureza”, destaca o presidente da central, Jadir Girotto. Capacitação aos jovens Em Rondonópolis (MT), a cooperativa Sicoob Sul realiza dois projetos sociais de apoio a jovens. O Páginas do Bem, que é desenvolvido em parceria com a Associação Koblenz Brasil (Kobra), proporciona a crianças e adolescentes, com idades entre 10 e 14 anos, a chance de trabalhar a criatividade por meio de oficinas de arte com papel, confecção de cestos e enfeites de materiais reutilizáveis, sustentabilidade, consumo consciente e classificação de resíduos. De acordo com o presidente da cooperativa, Ernando Cabral Machado, o apoio se dá por meio da aquisição dos materiais para as atividades e a remuneração de instrutores, além do 39 Evento de pesca esportiva, realizado pelo Sicoob Central MT/MS, incentiva a sustentabilidade da região Sicoob Central MT/MS espaço que é cedido para a exposição das peças produzidas. Outra iniciativa do Sicoob Sul é o curso Adolescência, Juventude, Humanismo e Mercado de Trabalho. O projeto, desenvolvido também em parceria com a associação, visa à capacitação e ao ingresso de jovens e adolescentes, entre 14 e 24 anos, no mercado de trabalho. Cabral explica que as aulas são ministradas por voluntários (de preferência, associados) e nelas são abordadas noções de ética, responsabilidade, comprometimento profissional, educação financeira e finanças pessoais, aproveitamento do tempo, dicas de como se apresentar e se comportar em uma entrevista de emprego e como preparar um currículo, entre outros temas. Sicoob Central MT/MS Sicoob Sul Funcionários do Sicoob Múltiplo marcaram presença em ação pelo Dia C Programa Páginas do Bem desenvolve aptidões artísticas das crianças participantes Dia de cooperar Um dia mais que especial. Esse foi o nome do projeto desenvolvido pelo Sicoob Múltiplo para o Dia C, que aconteceu em 2013. A ação, voltada para a Escola Estadual de Educação Livre Aprender, que atende pessoas com deficiência múltipla, beneficiou mais de 300 participantes. As atividades envolveram colaboradores, diretoria e conselho em prol da mobilização de associados, familiares e amigos para as doações. Segundo a gerente administrativa da cooperativa, Adriane Cristina Fassbinder, o desejo era de fazer do Dia C um marco na vida de todos os beneficiados. “Além de todas as doações, o nosso carinho e a nossa atenção fizeram com que alcançássemos o nosso objetivo”, recorda. Na data, a cooperativa doou inúmeros brinquedos, tatames, alimentos, produtos de higiene pessoal e de limpeza. ANO 5 - No 18 - ABR/MAI/JUN 2014 40 regionalismo Crescendo juntos Cooperativismo financeiro colabora para o desenvolvimento de Minas Gerais, um dos estados estratégicos do país Igrejinha da Pampulha, um dos principais cartões-postais da capital mineira Quem te conhece não esquece jamais.” Essa é uma das frases que mais remetem à importância que Minas Gerais possui para as pessoas. Desde o final do século XVII, o estado foi importante para o desenvolvimento do país, seja na exploração do ouro e dos minerais seja como líder de movimentos para independência. Atualmente, Minas Gerais ainda possui uma grande importância estratégica e econômica para o Brasil. Com uma população estimada em 20.593.356, o estado detém o terceiro maior Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, atrás somente de São Paulo e do Rio de Janeiro. Sua contribuição para o PIB nacional é de 9,1% e, no âmbito regional, tem participação de 16,1%, com a seguinte composição: agropecuária 8,4%; indústria 31,9%; serviços 59,7%. De acordo com a Organização das Cooperativas de Minas Gerais (Ocemg), Minas abriga 10,6% de todas as cooperativas do país, com 781 cooperativas registradas no Sistema Ocemg. Com participação anual de 6,4% no PIB mineiro, o setor, que agrega 925.701 cooperados e 29.829 empregados, é responsável por uma movimentação anual de R$ 18,4 bilhões. Um estado com tanta diversidade e características tão distintas conta com duas Centrais para atender as demandas de públicos diferentes: o Sicoob Central Crediminas, que possui um viés maior para as cooperativas de agronegócio, e o Sicoob Central Cecremge, mais voltado para a área de negócios. De acordo com o presidente do Sistema Ocemg, Ronaldo Scucato, o cooperativismo financeiro é bastante forte em Minas Gerais. O segmento é responsável por fomentar a acessibilidade financeira a milhares de pessoas. “O Sicoob Central Crediminas e o Sicoob Central Cecremge são instituições idôneas, que primam pela boa gestão e são comprometidas com o desenvolvimento de suas singulares, a partir do acompanhamento das atividades e do oferecimento de todo o portfólio necessário, sempre com o apoio do Sistema Ocemg”, destaca. 41 Comunicar Minas Luiz Gonzaga e Alberto Ferreira Sicoob Central Cecremge Atualmente, o Sicoob Central Cecremge é composto por 73 cooperativas, que se originam dos mais diversos segmentos econômicos e se localizam em todas as regiões do estado de Minas Gerais, distribuídas em 247 pontos de atendimento e prestando serviços financeiros para mais de 327 mil associados. “A soma de esforços da central e de suas filiadas para fortalecer o cooperativismo financeiro nos confere uma posição de destaque no estado. Ao coordenar esse movimento, o Sicoob Central Cecremge se consolida e faz da crença no cooperativismo e em seus valores uma marca constante do seu trabalho”, afirma o presidente do Conselho de Administração do Sicoob Central Cecremge, Luiz Gonzaga Viana Lage. De acordo com o gerente de Acesso a Serviços Financeiros do Sebrae (MG), Alessandro Chaves, o Sicoob oferece alta capilaridade em Minas Gerais e possui inúmeras vantagens para micro e pequenos empresários, além de uma grande parceria com o Sebrae. “O Sicoob não está apenas interessado em vender o seu produto, ele está comprometido com o sucesso do empresário e oferece todas as alternativas para isso, inclusive cursos de capacitação, consultorias e palestras”, destaca. Endereço: Av. Contorno, 4.924 – 3º andar, Funcionários Belo Horizonte/MG CEP: 30.110-032 Telefax: (31) 2104-8700 E-mail: [email protected] Funcionamento: segunda a sexta-feira, das 8h30 às 18h ANO 5 - No 18 - ABR/MAI/JUN 2014 42 regionalismo Arquivo Pessoal Garantia para a saúde O Dr. Wagner Neder Issa encontrou apoio no Credicom para melhorar o HVS Sicoob Credicom A diretoria do Credicom (da esq. para a dir.): Dr. Josemar Moura, Dr. João Augusto, Dra. Cáthia Costa e Dr. Garibalde Mortoza Uma das principais cooperativas filiadas à Central Cecremge é o Sicoob Credicom, voltado a profissionais e estudantes da área da saúde. Com 21 anos no mercado, a instituição alcançou os maiores resultados de sua história em 2013, ano em que 4 mil novas pessoas se associaram à cooperativa, que totalizou 43 mil associados. No comparativo entre 2012 e 2013, seus ativos totais passaram de R$ 829 milhões para R$ 1,05 bilhão e o patrimônio líquido chegou a R$ 106 milhões. As operações de crédito passaram de R$ 278 milhões para R$ 311 milhões. As sobras foram as maiores da história da cooperativa, atingindo R$ 15 milhões. “Mais do que o resultado financeiro, os números se refletem na vida dos nossos cooperados. Eles expressam mais qualidade no trabalho, a realização de sonhos pessoais e profissionais, além da melhoria das instituições de saúde”, destaca o diretor-presidente do Sicoob Credicom, Garibalde Mortoza Junior. Todos esses números fazem com que a instituição se consolide como a maior cooperativa financeira de Minas Gerais, contribuindo com produtos e serviços adequados aos seus associados e crédito para financiar diversos investimentos na área de saúde. Um deles é o apoio ao Hospital Vila da Serra (HVS), localizado em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, que, desde sua inauguração, em 1999, é referência no atendimento à gestação de alto risco e à neonatologia, vertente da pediatria responsável por tratar crianças desde o nascimento até os 28 dias de idade. O HVS possuía 65 leitos e precisava de ampliações e de serviços de alta tecnologia, a fim de proporcionar mais segurança ao atendimento da criança e da mulher. O crédito oferecido pelo Sicoob Credicom possibilitou a realização de obras de ampliação e melhorias, além do quitamento de compromissos com fornecedores. “Poder contar com esse apoio da cooperativa nos traz grande tranquilidade, pois sabemos que os princípios que permeiam esse relacionamento priorizam o fomento à atividade médico-hospitalar, e não simplesmente às questões mercadológicas”, observa o médico do HVS, Wagner Neder Issa. Os pioneiros O Sicoob Vale do Aço originou-se de duas conceituadas cooperativas de crédito. A Coopeco atuou durante 42 anos e somou mais de 9.500 mil cooperados, todos empregados do Sistema Usiminas. A Açocredi permaneceu por dez anos no mercado e possuía aproximadamente 2 mil cooperados, vindos da classe empresarial. Após a união, o quadro de associados foi ampliado e hoje conta com cerca de 23 mil cooperados. 43 Sicoob Central Crediminas O Sicoob Central Crediminas foi criado em 1988 e, atualmente, possui 80 cooperativas, com mais de 500 pontos de atendimento em mais de 400 municípios mineiros, cerca de 500 mil associados, 5 mil empregos diretos e patrimônio líquido que supera R$ 1 bilhão. “Com bons resultados financeiros, nosso sistema fomenta a prosperidade e a solidariedade. Além disso, disponibilizamos produtos e serviços diferenciados aos associados, por meio de um atendimento muito próximo e especial”, afirma o presidente do Conselho de Administração do Sicoob Central Crediminas, Alberto Ferreira. Para o diretor da Federação da Agricultura de Minas Gerais (Faemg), Breno Mesquita, o Sicoob contribui para o desenvolvimento do agronegócio no estado, já que possui um serviço personalizado para os produtores. “Sou um fã incondicional do Sistema, que vem crescendo a olhos vistos. O Sicoob oferece linhas focadas no produtor e tem seus recursos pulverizados, o que atende a muito mais pessoas”, destaca. Av. Amazonas, 298 – 10º andar– Centro – Belo Horizonte/MG CEP: 30.180-904 Telefone: (31) 3270-7600 E-mail: [email protected] Funcionamento: segunda a sexta-feira, das 8h30 às 18h Para todos O Sicoob Carlos Chagas, filiado ao Sicoob Central Crediminas, exerce um papel fundamental no desenvolvimento da economia da região em que está inserido. Um exemplo disso é o trabalho realizado há sete anos com o Microcrédito Produtivo Orientado, uma das opções de crédito disponibilizadas para atender às demandas financeiras de pequeno porte formais e informais, que contribuem para que a cooperativa se destaque em âmbito nacional. De acordo com o agente de microcrédito do Sicoob Carlos Chagas, Valdemir Machado de Souza, a cooperativa atua diretamente com o associado para orientar e viabilizar a concessão do crédito. “Os financiamentos de microcrédito atendem aos mais variados públicos, entre eles, os referentes à atividade rural. A região conta com 659 produtores rurais e aproximadamente 290 empreendedores, formais e informais”, afirma Souza. O Sicoob Carlos Chagas atende também às cidades de Águas Formosas, Pavão, Machacalis e Santa Helena de Minas e possui uma carteira de mais de R$ 2,5 milhões de pessoas, com Arquivo Pessoal 950 empreendedores associados e 505 empreendedores com operações ativas. A inadimplência é de 0,28% e o tíquete médio é de R$ 5.038,41. A cooperativa recebe acompanhamentos e orientações por meio de visitas de um agente de microcrédito. Mônica Viana Reis, que sonhava em ter um negócio próprio, Mônica Reis comemora a abertura de sua padaria conseguiu abrir uma padaria, graças ao microcrédito oferecido pelo Sicoob Carlos Chagas. Ela trabalhou por seis anos, como faxineira, em uma padaria em Nanuque (MG) e outros cinco anos, como confeiteira, em Teófilo Otoni (MG). Em 2012, teve acesso ao microcrédito e, desde então, contabiliza resultados positivos. “O Sicoob Carlos Chagas foi a única instituição que confiou em minha capacidade e me ofereceu a oportunidade de montar meu próprio negócio”, comemora. ANO 5 - No 18 - ABR/MAI/JUN 2014 44 giro Vem aí, o Concred Nos dias 10, 11 e 12 de setembro acontece, em Manaus (AM), a 10ª edição do Congresso Brasileiro do Cooperativismo de Crédito (Concred), realizado em parceria com o Sicoob Norte. O tema é Integração do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo: O Melhor Caminho. Assim como nas edições anteriores, o objetivo é o crescimento e a expansão do Sistema Financeiro Cooperativo, além da ênfase dada para a expansão do Sistema na região-sede. O Concred, que acontece a cada dois anos, é organizado pela Confederação Brasileira das Cooperativas de Crédito (Confebras). O formulário de inscrição e outras informações estão disponíveis no site: www.confebras.com.br/concred/ Sicoob Credi-Rural 13a Tecnoshow O Sicoob Credi-Rural foi um dos patrocinadores da 13ª edição da Tecnoshow Comigo, maior feira do Centro-Oeste, realizada no Centro Tecnológico Comigo (CTC), em Rio Verde (GO). Durante o evento, que aconteceu em abril, a cooperativa expôs as melhores ofertas de financiamento de produtos e serviços voltados aos produtores rurais. No último dia da feira, representantes do Sistema visitaram o estande do Sicoob Credi-Rural. Entre eles, o presidente da cooperativa, Antonio Chavaglia; o presidente do Sicoob Goiás Central, José Salvino de Menezes; do Sicoob Goiás Central, o vice-presidente, Vanderval Ferreira Lima; a superintendente administrativa da cooperativa, Edina Francisca de Sousa Fileti; e o superintendente financeiro e de tecnologia da entidade, Pedro Ivo Santana Gomes; o diretor-presidente do Bancoob, Marco Aurélio Almada; e o superintendente comercial do Bancoob, Marcelo Carneiro. Justa homenagem O Espaço Cooperativo do Ponto de Atendimento Sicoob Vale do Aço recebeu o nome do ex-presidente, do Sicoob Confederação e atual presidente do Sicoob Goiás Central, José Salvino de Menezes, em homenagem ao Espaço Cooperativo do Ponto de Atendimento Sicoob Vale do Aço, sediado em Ipatinga/MG. O PA fica em Melo Viana, distrito de Coronel Fabriciano. A inauguração do espaço aconteceu no dia 28 de maio. “Nós, Sicoob Vale do Aço, cooperativa mais antiga em funcionamento em Minas, temos, por tradição, homenagear as pessoas que se destacam pela prestação de serviços à comunidade ou ao cooperativismo, dando seus nomes aos postos de atendimentos, que aqui são chamados de Espaço Cooperativo”, destaca o diretorpresidente do Sicoob Central Cecremge Luiz Gonzaga Viana Lage. “É uma homenagem simples, aquém do mérito, mas procuramos retratar e registrar a nossa gratidão ao grande dirigente, sempre tão perto da gente”, reconhece. Incentivo à qualificação A Escola de Dirigentes e Executivos (Edex) do Sicoob Central SC/RS realizou, em 2013, 64 cursos, com 263 turmas e 8.311 participantes. Os investimentos foram de R$ 1,1 milhão, sendo R$ 205,8 mil disponibilizados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/SC). Desde o ano 2000, quando a Edex foi criada, o Sicoob Central SC/RS já realizou 462 cursos, com 1.298 turmas e 40.851 participantes, com investimentos na ordem de R$ 6,7 milhões. 45 Sicoob Planalto Central Sicoob Solidário No mês de abril, representantes do Sicoob Planalto Central e das cooperativas filiadas acompanharam de perto a execução do projeto Sicoob Solidário, que promove inclusão digital, profissionalização e cidadania para as crianças e adolescentes do Orfanato Filhas de Maria Associação das Filhas do Puríssimo Coração de Maria, com sede em Planaltina de Goiás (GO). O centro de informática da entidade foi equipado com computadores doados pelas cooperativas filiadas, parceiros e pela própria central, que na oportunidade fez a doação de brinquedos arrecadados durante a 14ª Gincana Intercredis, realizada em outubro de 2013. O Orfanato Filhas de Maria atende cerca de 100 crianças vítimas de violência, maus-tratos ou abandono. Lideranças O Sebrae promoveu, em abril, o Seminário de Lideranças do Cooperativismo Financeiro e Empresarial, no Centro Corporativo Sicoob, em Brasília (DF). O evento discutiu o atual cenário das instituições financeiras cooperativas, que estão apresentando, cada vez mais, exemplos de sucesso. Elas contribuem para a inclusão financeira, além de desenvolverem uma cultura de boas práticas de atendimento às micro e pequenas empresas. Na ocasião, foram apresentados cases de sucesso e os desafios de atender um maior número de pequenos negócios com portfólio de produtos e serviços para esses clientes, além de desenvolver novos produtos destinados a esse público. Também houve a apresentação de experiências bem-sucedidas de cooperativas de Mato Grosso, Paraná, Minas Gerais e Paraíba, que participam do projeto Fomento a Boas Práticas, do Sebrae. O evento contou, ainda, com oficinas temáticas com representantes de Sebrae, Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob), Sistema de Crédito Cooperativo (Sicredi), Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Banco Central, Banco Mundial/IFC e Fundo Multilateral de Investimentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID/Fomin). TI participa de evento da Febraban O diretor e superintendentes de TI Ricardo Antonio Batista, Dênio Rodrigues e Antonio Vilaça Junior, respectivamente, acompanhados do gerente de Sistemas Corporativos, Edson Lisboa, todos do Sicoob Confederação, participaram, no dia 23 de abril, do Ciab Day, evento promovido, anualmente, pela Febraban. Ele antecede o Congresso e Exposição de Tecnologia da Informação das Instituições Financeiras (Ciab). Neste ano, o Sicoob foi convidado pela entidade para palestrar sobre Big Data. O painel intitulado Big Data – Estratégia para o mundo conectado foi moderado por Sidinei Rossoni, gerente nacional de Arquitetura de Soluções e Integração da Caixa Econômica Federal, e contou com palestras do diretor da Delloite, Paschoal Pipolo, da Brazil Leader Smarter Planet Solutions Team da IBM, Cristina Adib, e de Edson Lisboa, representando o Sicoob. Visita italiana A Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de Associados Nova Trento (Sicoob Trentocredi), localizada no município de Nova Trento (SC) e filiada ao Sicoob Central SC/RS, recebeu uma delegação da Cassa Rural e de Trento (Itália), o maior banco de crédito da região trentina italiana, no início de fevereiro. Na ocasião, compareceram oito pessoas, entre elas, o presidente Giorgio Fracalossi. A vinda dos italianos foi em retribuição a uma visita feita pelo gerente-geral da Trentocredi, Hernani Smaniotto, e pelo conselheiro Valentin Casett à cidade de Trento, em 2013. Sicoob Trentocredi ANO 5 - No 18 - ABR/MAI/JUN 2014 46 Coordenação Geral Confederação Nacional das Cooperativas do Sicoob Ltda. – Sicoob Confederação SIG Quadra 6 – Lote 2.080 – 70.610-460 – Brasília - DF Conselho de Administração Henrique Castilhano Vilares – Sicoob São Paulo Francisco Greselle – Sicoob Central SC Jadir Giroto – Sicoob Central MT/MS José Alves de Sena – Sicoob Planalto Central Manoel Messias da Silva – Sicoob Central Cecresp Comitê Editorial Jadir Girotto – Diretor-presidente do Sicoob Central MT/MS José Alves de Sena – Diretor-presidente do Sicoob Planalto Central Henrique Castilhano Vilares – Presidente do Sicoob Francisco Silvio Reposse Junior – Diretor Operacional do Sicoob Confederação Ricardo Antonio de Souza Batista – Diretor de Tecnologia da Informação do Sicoob Confederação Gianne Maria Sant'Ana Martelo – Superintendente de Apoio a Negócios FALE CONOSCO Marco Aurélio Borges de Almada Abreu – Diretor-presidente do Bancoob Ênio Meinen – Diretor de Operações do Bancoob Cláudio Halley David Pereira – Superintendente de Gestão Estratégica do Bancoob Ricardo Belízio de Faria Senra – Gerente Jurídico do Bancoob Débora Márcia Bruno Ingrisano – Gerente de Comunicação e Marketing do Sicoob Confederação Jussimara Zobel de Deus – Supervisora de Comunicação e Marketing do Sicoob Confederação Elisa Gregória Abarca Guimarães – Analista de Comunicação e Marketing do Sicoob Confederação Correspondentes Ana Carolina Oliveira – Bancoob Envie sua opinião e/ou suas sugestões sobre as matérias da Revista Sicoob. Encaminhe seu comentário para [email protected] ou deixe sua mensagem no Twitter, no Facebook ou no blog do Sicoob. As cartas podem ser enviadas para: SIG Quadra 6 - Lote 2.080 - CEP 70.610-460 - Brasília - DF Alessandra Del Nero – Sicoob Central Cecresp Carlos Edilson Santana dos Santos – Sicoob Central Amazônia Celso Vicenzi – Sicoob Central SC/RS Cristiane Lopes Orso – Sicoob Central MT/MS www.facebook.com/Fanpage.Sicoob Edivaldo Alves de Oliveira – Sicoob Planalto Central Emannuelle Marques de Ramalho – Sicoob Central NE Fernanda Lopes – Sicoob Central Crediminas Gianne Maria Sant’ Ana Martelo – Sicoob São Paulo Karla Brandão Lage – Sicoob Central Cecremge Luiz Augusto Araújo – Sicoob Goiás Central www.blogsicoob.com.br Marcelo Vieira da Silva – Sicoob Central ES Priscilla F. Binhardi – Sicoob Central PR Rebeca Brandão Matos de Souza – Sicoob Central BA Rodrigo Neves de Alencar – Sicoob Central Norte Sheila Rego – Sicoob Central Rio www.twitter.com/SICOOB_oficial Coordenação Editorial Débora Márcia Bruno Ingrisano – Sicoob Confederação Luiz Augusto Araújo – LHC Comunicação Coordenação de Produção Jussimara Zobel de Deus – Sicoob Confederação Elisa Gregória Abarca Guimarães – Sicoob Confederação Produção Editorial Press Comunicação Empresarial (www.presscomunicacao.com.br) Jornalistas Responsáveis Luiz Augusto Araújo/Ana Paula de Oliveira Edição: Luciana Neves Redação: Ana Paula de Oliveira, Louise Rodrigues e Thiago Silvério Colaboração: Isabela Diniz, Maysa Souza e Rayane Dieguez Projeto Gráfico e Editoração Press Comunicação Empresarial Designer Fernando Freitas Revisão Cláudia Rezende Impressão Gráfica Coronário Tiragem 20 mil exemplares *Em razão do espaço reservado à coluna, a Revista Sicoob se reserva o direito de editar as cartas. Mais de 1 bilhão de pessoas trabalhando, produzindo e crescendo juntas. É assim que o Cooperativismo transforma o mundo. 5 DE JULHO - DIA INTERNACIONAL DO COOpERATIvIsmO Uma homenagem do Sicoob. Período de cadastramento: 1º/5 a 29/8. Sicoob. Associado ao que há de melhor no futebol: união e comemoração. Central de Atendimento Sicoob: 0800 642 0000 | Ouvidoria: 0800 725 0996 | Deficientes auditivos ou de fala: 0800 940 0458 *O RDC – Recibo de Depósito Cooperativo – é um título de renda fixa, emitido pelas cooperativas de crédito do Sicoob aos seus associados. Imagem meramente ilustrativa. Acesse sicoob.com.br/golaco, cadastre-se e confira o regulamento. Certificado de Autorização SEAE/MF nº 04/0226/2014. Para ganhar números da sorte e concorrer, invista na Poupança Sicoob, RDC*, Sicoob Previ, Sicoob Consórcios ou use seu Sicoobcard.
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