Sumário - Parque Estadual Serra do Mar
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Sumário - Parque Estadual Serra do Mar
Sumário 1. INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................8 2. BIODIVERSIDADE, SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS E INTERDEPENDÊNCIAS ....................................................8 2.1. Biodiversidade...................................................................................................................................9 2.2. Serviços Ecossistêmicos ................................................................................................................... 11 2.2.1. As Florestas e os Recursos Hídricos ......................................................................................... 16 2.2.2. As Florestas e as Mudanças do Clima....................................................................................... 18 3. 2.3. As interdependências....................................................................................................................... 19 2.4. Hotspots de biodiversidade .............................................................................................................. 21 FLORESTAS ............................................................................................................................................ 23 3.1. As florestas no mundo ..................................................................................................................... 23 3.2. As florestas no Brasil ....................................................................................................................... 24 3.2.1. Amazônia .............................................................................................................................. 26 3.2.2. Cerrado ................................................................................................................................. 27 3.2.3. Caatinga ............................................................................................................................... 28 3.2.4. Pampa .................................................................................................................................. 29 3.2.5. Pantanal ................................................................................................................................ 30 1 4. 5. 6. A MATA ATLÂNTICA ................................................................................................................................ 31 4.1. Importância da Mata Atlântica .......................................................................................................... 31 4.2. Ecossistemas .................................................................................................................................. 34 4.3. Aspectos históricos e a sua degradação ............................................................................................ 37 4.4. Trilhas indígenas e caminho dos Tropeiros ........................................................................................ 40 4.5. A Mata Atlântica e a situação atual ................................................................................................... 41 4.6. Comunidades indígenas remanescentes – Os Guarani ........................................................................ 42 4.7. A Serra do Mar e sua geomorfologia ................................................................................................. 44 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO ................................................................................................................. 47 5.1. Unidades de Conservação no mundo ................................................................................................ 47 5.2. Unidades de Conservação no Brasil ................................................................................................... 49 O PARQUE ESTADUAL SERRA DO MAR ..................................................................................................... 55 6.1. A criação do parque ........................................................................................................................ 55 6.2. A importância do Parque Estadual Serra do Mar ................................................................................ 56 6.3. Núcleos, macrorregiões e municípios abrangidos ............................................................................... 58 6.3.1. Macrorregiões do Estado de São Paulo .................................................................................... 58 6.3.2. Municípios abrangidos ............................................................................................................ 62 6.4. 7. Plano de Manejo ............................................................................................................................. 64 NÚCLEOS ............................................................................................................................................... 65 2 7.1. Núcleo Bertioga............................................................................................................................... 65 7.1.1. História ................................................................................................................................. 65 7.1.2. Patrimônio Cultural ................................................................................................................ 66 7.1.3. Comunidades tradicionais ....................................................................................................... 67 7.1.4. Ecossistema .......................................................................................................................... 67 7.1.5. Fauna e Flora ........................................................................................................................ 67 7.1.6. Serviços Ecossistêmicos .......................................................................................................... 71 7.1.7. Atrativos ............................................................................................................................... 72 7.1.8. Informações gerais sobre o Núcleo.......................................................................................... 74 7.2. Núcleo Caraguatatuba ..................................................................................................................... 77 7.2.1. História ................................................................................................................................. 77 7.2.2. Patrimônio Cultural ................................................................................................................ 79 7.2.3. Comunidades tradicionais ....................................................................................................... 80 7.2.4. Ecossistema e Geomorfologia ................................................................................................. 80 7.2.5. Fauna e Flora ........................................................................................................................ 80 7.2.6. Serviços Ecossistêmicos .......................................................................................................... 85 7.2.7. Pesquisas .............................................................................................................................. 86 7.2.8. Atrativos ............................................................................................................................... 87 7.2.9. Informações gerais sobre o Núcleo.......................................................................................... 90 7.3. Núcleo Cunha ................................................................................................................................. 93 7.3.1. História ................................................................................................................................. 93 7.3.2. Patrimônio Cultural ................................................................................................................ 95 7.3.3. Comunidades tradicionais ....................................................................................................... 95 7.3.4. Clima, Ecossistema e Geomorfologia ....................................................................................... 96 7.3.5. Fauna e Flora ........................................................................................................................ 96 7.3.6. Serviços Ecossistêmicos ........................................................................................................ 100 7.3.7. Pesquisas ............................................................................................................................ 101 3 7.3.8. Atrativos ............................................................................................................................. 102 7.3.9. Informações gerais sobre o Núcleo........................................................................................ 105 7.4. Núcleo Curucutu ........................................................................................................................... 108 7.4.1. História ............................................................................................................................... 108 7.4.2. Patrimônio Cultural .............................................................................................................. 109 7.4.3. Comunidades tradicionais ..................................................................................................... 110 7.4.4. Ecossistema, Fauna e Flora ................................................................................................... 112 7.4.5. Serviços Ecossistêmicos ........................................................................................................ 116 7.4.6. Pesquisas ............................................................................................................................ 117 7.4.7. Atrativos ............................................................................................................................. 118 7.4.8. Informações gerais sobre o Núcleo........................................................................................ 121 7.5. Núcleo Itariru................................................................................................................................ 124 7.5.1. História ............................................................................................................................... 124 7.5.2. Patrimônio Cultural .............................................................................................................. 126 7.5.3. Comunidades tradicionais ..................................................................................................... 127 7.5.4. Ecossistema, Fauna e Flora ................................................................................................... 128 7.5.5. Serviços Ecossistêmicos ........................................................................................................ 131 7.5.6. Pesquisas ............................................................................................................................ 132 7.5.7. Atrativos ............................................................................................................................. 135 7.5.8. Informações gerais sobre o Núcleo........................................................................................ 137 7.6. Núcleo Itutinga Pilões .................................................................................................................... 140 7.6.1. História ............................................................................................................................... 140 7.6.2. Patrimônio Cultural .............................................................................................................. 142 7.6.3. Comunidades tradicionais ..................................................................................................... 146 7.6.4. Ecossistema e Geomorfologia ............................................................................................... 146 7.6.5. Fauna e Flora ...................................................................................................................... 146 7.6.6. Serviços Ecossistêmicos ........................................................................................................ 150 4 7.6.7. Pesquisas ............................................................................................................................ 152 7.6.8. Atrativos ............................................................................................................................. 152 7.6.9. Informações gerais sobre o Núcleo........................................................................................ 158 7.7. Núcleo Padre Dória........................................................................................................................ 161 7.7.1. História ............................................................................................................................... 161 7.7.2. Patrimônio Cultural .............................................................................................................. 162 7.7.3. Comunidades tradicionais ..................................................................................................... 164 7.7.4. Ecossistema ........................................................................................................................ 164 7.7.5. Fauna e Flora ...................................................................................................................... 164 7.7.6. Serviços Ecossistêmicos ........................................................................................................ 169 7.7.7. Pesquisas ............................................................................................................................ 171 7.7.8. Projetos Socioambientais ...................................................................................................... 171 7.7.9. Atrativos ............................................................................................................................. 172 7.7.10. ........................................................................................................ Outros pontos de interesse 173 7.7.11. ............................................................................................. Informações gerais sobre o Núcleo 174 7.8. Núcleo Picinguaba ......................................................................................................................... 177 7.8.1. História ............................................................................................................................... 177 7.8.2. Patrimônio Cultural .............................................................................................................. 180 7.8.3. Comunidades tradicionais ..................................................................................................... 180 7.8.4. Geomorfologia e Ecossistema ............................................................................................... 184 7.8.5. Fauna e Flora ...................................................................................................................... 184 7.8.6. Serviços Ecossistêmicos ........................................................................................................ 189 7.8.7. Pesquisas ............................................................................................................................ 190 7.8.8. Projetos socioambientais ...................................................................................................... 195 7.8.9. Atrativos ............................................................................................................................. 195 7.8.10. ............................................................................................. Informações gerais sobre o Núcleo 202 5 7.9. Núcleo Santa Virgínia..................................................................................................................... 206 7.9.1. História ............................................................................................................................... 206 7.9.2. Patrimônio Cultural .............................................................................................................. 208 7.9.3. Comunidades tradicionais ..................................................................................................... 209 7.9.4. Ecossistema ........................................................................................................................ 209 7.9.5. Fauna e Flora ...................................................................................................................... 210 7.9.6. Serviços Ecossistêmicos ........................................................................................................ 214 7.9.7. Pesquisas ............................................................................................................................ 215 7.9.8. Atrativos ............................................................................................................................. 219 7.9.9. Informações gerais sobre o Núcleo........................................................................................ 223 7.10. Núcleo São Sebastião ................................................................................................................ 227 7.10.1. .................................................................................................................................... História 227 7.10.2. ....................................................................................................................Patrimônio Cultural 229 7.10.3. .......................................................................................................... Comunidades tradicionais 230 7.10.4. .............................................................................................................................. Ecossistema 231 7.10.5. ........................................................................................................................... Fauna e Flora 231 7.10.6. ............................................................................................................. Serviços Ecossistêmicos 235 7.10.7. ...................................................................................................................................Atrativos 236 7.10.8. ............................................................................................. Informações gerais sobre o Núcleo 241 8. ANEXOs ............................................................................................................................................... 244 6 Anexo 1 – PEGADA ECOLÓGICA ................................................................................................................. 244 ANEXO 2 - OUTRAS ESPÉCIES ................................................................................................................... 248 ANEXO 3. UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO ESTADO DE SÃO PAULO ......................................................... 251 Anexo 4. Lista de Aves do Parque Estadual da Serra do Mar ........................................................................ 277 Tabela 1. Lista de aves do Parque Estadual da Serra do Mar, SP. ...................................................... 277 Tabela 2. Lista completa de aves do Núcleo Bertioga ........................................................................ 294 Tabela 3. Lista completa de aves do Núcleo Caraguatatuba .............................................................. 306 Tabela 4. Lista completa de aves do Núcleo Cunha .......................................................................... 317 Tabela 5. Lista completa de aves do Núcleo Curucutu....................................................................... 327 Tabela 6. Lista completa de aves do Núcleo Itariru ........................................................................... 339 Tabela 7. Lista completa de aves do Núcleo Itutinga Pilões ............................................................... 346 Tabela 8. Lista completa de aves do Núcleo Padre Dória ................................................................... 355 Tabela 9. Lista completa de aves do Núcleo Picinguaba .................................................................... 366 Tabela 10. Lista completa de aves do Núcleo Santa Virgínia .............................................................. 377 Tabela 11. Lista completa de aves do Núcleo São Sebastião.............................................................. 386 9. BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................................... 493 7 1. INTRODUÇÃO O presente relatório representa o Produto 4 do projeto que visa propor “Cenários de comunicação interativa e sinalização nas estruturas de Uso Publico do Parque Estadual Serra do Mar” e tem como principal objetivo consolidar o conteúdo técnico a ser utilizado de base para o desenvolvimento da comunicação e sinalização do Parque Estadual Serra do Mar (PESM). Este projeto está inserido na estratégia do “Programa de Recuperação da Serra do Mar e Sistema de Mosaicos da Mata Atlântica”, ação do Governo do Estado de São Paulo por intermédio das Secretarias da Habitação e do Meio Ambiente. O Produto 4, também referenciado como “Documento síntese” é fruto de pesquisa e revisão bibliográfica das principais referências sobre o histórico e panorama atual da conservação ambiental no Brasil e no mundo, com foco na Mata Atlântica, assim como de visitas a todos os núcleos que compõem o PESM. O programa tem por objetivo promover a conservação, o uso sustentável e a recuperação socioambiental da Serra do Mar. Pretende-se com isso gerar benefícios sociais e ecológicos, promovendo a efetiva proteção da biodiversidade dos ambientes terrestres e marinhos, e dos mananciais que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo, Baixada Santista e Litoral Norte. As unidades de conservação que compõem o programa de Recuperação Socioambiental da Serra do Mar e Mosaicos da Mata Atlântica protegem parte dos mais importantes remanescentes florestais de Mata Atlântica em todo o país. Assim, este projeto que tem como objetivo final fomentar as visitas, estimular as pesquisas e expandir o conhecimento sobre o PESM através do desenvolvimento de projetos executivos, programas e aplicativos do sistema de comunicação e cenários interativos para o Uso Público, Bases e Centros de Visitante do Parque Estadual Serra do Mar. 2. BIODIVERSIDADE, INTERDEPENDÊNCIAS 8 SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS E 2.1. Biodiversidade A palavra “biodiversidade”, uma contração da expressão sinônima “diversidade biológica” é definida como a variabilidade entre organismos vivos de todas as origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte, compreendendo ainda a diversidade de genes dentro das espécies, entre espécies e de ecossistemas. Essa é a definição utilizada pela Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB, 2010). Infelizmente, a diversidade de seres vivos no planeta continua a ser desgastada como resultado de atividades humanas. As pressões que levam à perda da biodiversidade mostram poucos sinais de abrandamento e, em alguns casos, estão aumentando. As consequências das tendências atuais são muito piores do que se pensava anteriormente e colocam em dúvida a contínua prestação de serviços ecossistêmicos (item 2.2 deste relatório), considerados vitais (CDB, 2010). Estes genes, espécies e habitats são peças de um sistema único e cujos produtos são extremamente diversos, conhecidos em conjunto como serviços ecossistêmicos. Nossa sociedade e economia dependem fortemente dos serviços ecossistêmicos de diversas formas diferentes, e estes serviços dependem da biodiversidade para funcionar. Por isso, uma vez extinta, uma espécie coloca em risco toda uma cadeia produtiva e todos os indivíduos que dela dependem. Justamente por esse motivo, foi criada a Convenção sobre Diversidade Biológica. A CDB é uma das três “Convenções do Rio”, resultantes da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, também conhecida como Cúpula da Terra, realizada no Rio de Janeiro em 1992. Ela entrou em vigor no final de 1993, com os seguintes objetivos: “A conservação da diversidade biológica, a utilização sustentável de seus componentes e a repartição justa e equitativa dos benefícios derivados da utilização dos recursos genéticos, mediante, inclusive, do acesso adequado aos recursos genéticos e a transferência adequada de tecnologias pertinentes, levando em conta todos os direitos sobre tais recursos e tecnologias, e mediante financiamento adequado” (CDB, 2010). Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global, regional e nacional, de forma a contribuir para a redução da pobreza e para benefício de toda a vida na Terra. Esta meta não foi alcançada no nível global, embora algumas submetas tenham sido parcial ou 9 localmente atingidas. Apesar de um aumento nos esforços de conservação, o estado da biodiversidade continua em declínio de acordo com a maioria dos indicadores (CDB, 2010). Um indicador interessante do nível de perda de biodiversidade é o Índice da Lista Vermelha da União Internacional de Conservação da Natureza (IUCN) que acompanha o risco médio de extinção de espécies ao longo do tempo. Esse índice tem mostrado que todos os grupos que foram avaliados para o risco de extinção estão cada vez mais ameaçados. As categorias da Lista Vermelha da IUCN refletem a probabilidade de que uma espécie pode extinguir-se se as condições atuais persistirem, sendo que a condição de risco das espécies é baseada em informações geradas a partir do trabalho de milhares de cientistas. As avaliações seguem um rigoroso sistema que classifica as espécies em uma das oito categorias. Extinta, Extinta na Natureza, Criticamente em Perigo, Em Perigo, Vulnerável, Quase Ameaçada, Não Ameaçada e Deficiente em Dados. As espécies classificadas como Criticamente em Perigo, Em Perigo ou Vulnerável são consideradas ameaçadas. A figura demonstra a situação de ameaça de espécies em grupos taxonômicos avaliados completamente (CDB, 2010). 10 Figura 1. Situação de ameaça de espécies em grupos taxonômicos avaliados completamente Fonte: CDB, 2010 2.2. Serviços Ecossistêmicos A diversidade é de vital importância para a humanidade, pois ela sustenta uma grande variedade de serviços ecossistêmicos, dos quais as sociedades humanas sempre dependeram, embora sua importância seja muitas vezes desvalorizada ou ignorada. Quando os elementos da biodiversidade se perdem, os ecossistemas se tornam mais vulneráveis a pressões repentinas, como as doenças e os eventos climáticos extremos (CDB, 2010). Os serviços ecossistêmicos podem ser desde os mais tangíveis como água, alimentos, fibras, princípios ativos de remédios e cosméticos, até os mais subjetivos como o bem estar proporcionado por uma bela vista da Serra do Mar. Eles podem ser divididos em quatro categorias (BECKER e SEEHUSEN, 2011): 11 ● Serviços de provisão: relacionados com a capacidade dos ecossistemas em prover bens, sejam eles alimentos (frutos, raízes, pescado, caça, mel); matéria-prima para a geração de energia (lenha, carvão, resíduos, óleos); fibras (madeiras, cordas, têxteis); fitofármacos; recursos genéticos e bioquímicos; plantas ornamentais e água. ● Serviços de regulação: benefícios obtidos a partir de processos naturais que regulam as condições ambientais que sustentam a vida humana, como a purificação do ar, regulação do clima, purificação e regulação dos ciclos das águas, controle de enchentes e de erosão, tratamento de resíduos, desintoxicação e controle de pragas e doenças. ● Serviços de suporte: São os processos naturais necessários para que os outros serviços existam, como a ciclagem de nutrientes, a produção primária, a formação de solos, a polinização e a dispersão de sementes. ● Serviços culturais: Estão relacionados com a importância dos ecossistemas em oferecer benefícios recreativos, educacionais, estéticos, espirituais. As florestas e outras formas de vegetação produzem bens e serviços ambientais essenciais para a conservação da diversidade de vida, manutenção dos rios, lagos e depósitos de água, conservação do solo, contenção da erosão e regularização do clima, além de proporcionar recreação e lazer (MMA, 2014). A biodiversidade também tem um importante papel econômico, pois os produtos da flora e da fauna constituem uma imensa riqueza de recursos que a humanidade utiliza para sustentar um sistema de produção cada vez mais sofisticado capaz de gerar emprego e renda para as populações locais. Quase todos os produtos que utilizamos cotidianamente, à exceção dos minérios e derivados de petróleo, são produtos de origem vegetal ou animal e constituem o acervo da biodiversidade do planeta. Nesse conjunto incluem-se a madeira das árvores, os frutos, a carne e outros alimentos, óleos e essências (usados na fabricação de alimentos e cosméticos), medicamentos, borracha, fibras e uma infinidade de outros bens úteis para o homem (MMA, 2014). 12 Figura 2. Exemplos de serviços ecossistêmicos Biodiversidade As florestas tropicais são os ecossistemas terrestres mais biodiversos do mundo. A biodiversidade proporciona muitos benefícios para a sociedade, por exemplo, a madeira, as folhas, os frutos e as sementes das plantas que podem servir como medicamentos, alimentos, matérias-primas para a fabricação de móveis e para a construção de casas e muitos outros. Ela propicia serviços de polinização e garante a resiliência de sistemas agrícolas. Ademais, ela ainda é chave à bioprospecção para novos medicamentos, contribui para a formação dos solos e para a ciclagem de nutrientes. Por fim, também oferece benefícios recreacionais, espirituais e culturais, fundamentais para o bem-estar humano (BECKER e SEEHUSEN, 2011). O ambiente marinho também é extremamente biodiverso. Apresenta a maior diversidade de organismos, em termos de linhagens filogenéticas. O ambiente marinho apresenta potencialmente uma enorme reserva de biodiversidade que pode ser explorada de maneira sustentável, como fonte de recursos renováveis, incluindo fonte de diversos alimentos e produtos naturais (JOLY et al., 2011). Além disso, o mar é vital para a sobrevivência do homem do ponto de vista ecológico e socioeconômico, pois se estima que seus diversos ecossistemas forneçam cerca de US$ 14 trilhões/ano em bens e serviços (COSTANZA et al, 1997). Armazenamento e sequestro de carbono Plantas absorvem carbono através da fotossíntese do dióxido de carbono atmosférico. Nas florestas em crescimento, o montante de carbono sequestrado aumenta, estabilizando quando elas chegam à maturidade. Em um hectare de floresta tropical são armazenados cerca de toneladas de biomassa, contendo cerca de 110.3 toneladas de carbono. Estima-se que as florestas brasileiras armazenam 49.335 milhões de toneladas de carbono em sua biomassa: mais do que todas as florestas europeias juntas conseguem armazenar (FAO, 2007). Os oceanos também têm papel fundamental no sistema climático através do armazenamento da maior parte da energia solar que chega a Terra, distribuição do calor, evaporação e participação no ciclo do carbono (HERR e GALLAND, 2009). Além disso, foram responsáveis pela absorção de mais de 80% do calor adicionado ao clima nos últimos 40 anos (LEVITUS et al., 2005). Um dos principais responsáveis pelo equilíbrio dos oceanos é o fitoplâncton. Também conhecidos como microalgas, estes organismos são unicelulares, em sua maioria fotossintetizantes e que se deslocam passivamente com os movimentos de correntes e de massas d’água. São ainda a base da cadeia alimentar marinha, responsáveis por 95% da produção de matéria orgânica (NYBAKKEN e BERTNESS, 2001) e capazes de absorver 1,8 Gt/ano de carbono através da fotossíntese (HALLEGRAEFF, 2010). 13 Serviços hidrológicos Florestas influenciam os processos hidrológicos, como a regulação dos fluxos hídricos e a manutenção da qualidade da água. Florestas preservadas em margens de rios, encostas e topos de morros e montanhas reduzem os riscos de inundações e deslizamentos por extremos climáticos. Elas protegem os solos contra erosão e evitam que as águas das chuvas carregadas de sedimentos escorram diretamente aos rios, além de amenizarem a rápida perda de água em épocas de seca (BECKER e SEEHUSEN 2012). Beleza cênica As belas paisagens formadas pela composição entre florestas, grandes e pequenos rios, cachoeiras, montanhas e praias, somadas à mistura de populações e culturas, fazem das florestas tropicais algo especial. O lazer, a recreação e a inspiração provida por esses ecossistemas beneficiam não só as populações locais, mas as de grandes centros urbanos, inclusive turistas internacionais. Cada vez mais viajantes apreciam a natureza intacta, a diversidade de ecossistemas e culturas (BECKER e SEEHUSEN 2012). Serviços culturais Os ecossistemas e as espécies proveem serviços culturais para a sociedade ao satisfazer suas necessidades espirituais, psicológicas e estéticas. Elas oferecem inspiração para a cultura, arte e para experiências espirituais. Populações rurais e particularmente as tradicionais, como caiçaras, indígenas, quilombolas e caboclos, têm sua cultura, crenças e modo de vida associados aos serviços culturais de ecossistemas nativos (BECKER e SEEHUSEN 2012). A figura abaixo descreve a relação entre as categorias de serviços ecossistêmicos e o bemestar humano, no qual o tamanho da seta indica o nível de dependência entre o serviço ecossistêmico e o bem estar humano. Além disso, a figura também indica fatores socioeconômicos afetados pela inexistência do serviço ecossistêmico, representado pelo tom de amarelo. Um exemplo disso é a necessidade e possibilidade de comprar um substituto para um serviço degradado, como tratamento e fornecimento de água própria para consumo humano (MA, 2005). 14 Figura 3. Relação entre serviços ecossistêmicos e bem-estar humano Fonte: MA, 2005 Desde 2008, a iniciativa Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade (TEEB) vem promovendo um grande esforço de cientistas do mundo inteiro para aprofundar os conhecimentos sobre os valores dos serviços ambientais providos pelos ecossistemas e pela biodiversidade. Ela visa sensibilizar cidadãos, empresas e tomadores de decisão sobre os valores da biodiversidade e os impactos da sua perda na economia. Um de seus estudos compilou alguns valores econômicos providos por florestas tropicais, como ilustra a figura abaixo. 15 Figura 4. Estimativas de valores econômicos de serviços ambientais de florestas tropicais Fonte: Traduzida e adaptada de TEEB, 2010. 2.2.1. As Florestas e os Recursos Hídricos Como destaque de serviço ecossistêmico, podemos citar os recursos hídricos. A água é um recurso natural de valor inestimável. É vital para a manutenção dos ciclos biológicos, geológicos e químicos que mantém o equilíbrio dos ecossistemas. Além disso, é um recurso estratégico para o desenvolvimento econômico e indispensável à qualidade de vida da população. A água é essencial para a floresta do mesmo modo que a floresta é imprescindível para garantir a qualidade e o volume dos recursos hídricos. As principais nascentes das grandes bacias hidrográficas estão dentro das florestas protegidas pelas unidades de conservação, que exercem seu papel de preservação. Só na Mata Atlântica estão localizadas sete das nove grandes bacias hidrográficas do Brasil, alimentadas pelos Rios São Francisco, Paraíba do Sul, Doce, Tietê, Ribeira de Iguape e Paraná. Os rios e lagos da Mata Atlântica também abrigam ricos ecossistemas aquáticos, grande parte deles ameaçada pelo desmatamento das matas ciliares. Assim como os cílios protegem os 16 olhos, a mata ciliar protege os rios, lagos e nascentes. Com suas raízes, ela evita também a erosão e retém partículas do solo e materiais diversos. Crise hídrica e a ameaça ao ecossistema: O mau uso das fontes de água doce, a poluição, o excesso de consumo e a devastação das florestas colocam em risco a disponibilidade e a qualidade dos recursos hídricos. Essa situação é gravada quando uma ação realizada em uma determinada região de uma bacia pode comprometer ainda outra região, como é o caso de lançamento de esgotos e a contaminação por agrotóxicos. Além disso, o desmatamento tem ocasionado sérios danos para a produção hídrica. O desmatamento da Amazônia tem alterado o regime de chuvas na região Sudeste do Brasil. Para se ter uma ideia, diariamente, cada árvore amazônica bombeia em média 500 litros de água. A Amazônia inteira é responsável por levar 20 bilhões de toneladas de água por dia do solo até a atmosfera, 3 bilhões de toneladas a mais do que a vazão diária do Amazonas, o maior rio do mundo (GLOBO, 2014). Essa umidade forma os chamados “rios voadores”. No oeste da Amazônia, a massa de umidade encontra uma barreira de montanhas de quatro quilômetros de altura, a cordilheira dos Andes, que funciona como uma represa no céu, contendo a correnteza aérea. Boa parte do vapor fica acumulada nos próprios Andes, sob a forma de neve. Ao derreter, essa água desce as montanhas, dando origem a córregos que, por sua vez, formarão os principais rios da bacia Amazônica, como o Amazonas. No entanto, nem todo vapor fica por ali. Cerca de 40% dessa cachoeira celeste segue rumo ao sul. A umidade passa por Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo, terminando a viagem no norte do Paraná, cerca de seis dias depois (NOVAKOWSKI, 2010). Assim, mais da metade da água das chuvas nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil e também na Bolívia, no Paraguai, na Argentina, no Uruguai e até no extremo sul do Chile vem da Amazônia. No entanto, com o desmatamento da Amazônia e da Mata Atlântica, essa situação vem se alterando. As imagens dos satélites que acompanham a movimentação das nuvens de chuva comprovam que a grande seca que assola as regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, em parte, está relacionada aos desmatamentos. No estado de São Paulo, por exemplo, a devastação da Mata Atlântica permite a formação de uma massa de ar quente na atmosfera, tão densa que chega a bloquear os “rios voadores”, já enfraquecidos por conta do desmatamento na Amazônia. Represados no céu, eles acabam desaguando no Acre e em Rondônia, onde, este ano, foram registradas as maiores enchentes da história (GLOBO, 2014). 17 2.2.2. As Florestas e as Mudanças do Clima Nos últimos 20 anos a preocupação com o processo de aquecimento global e seus impactos sobre o clima cresceram de maneira significativa. Este fato se deve, por um lado, ao aumento da certeza da influência humana sobre o fenômeno do aquecimento global, associado à emissão de gases de efeito estufa (IPCC, 2013) e, por outro, ao aumento nos registros e intensidade de eventos relacionados à mudança do clima como ondas de calor, derretimento das geleiras, aumento do nível do mar, aumento na intensidade e frequência de tempestades e secas, redução na intensidade dos fluxos dos rios (IPCC, 2014). As alterações no sistema climático global são cada vez mais frequentes ocupando a agenda das políticas públicas da maior parte dos países. No início, os esforços e iniciativas concentraram-se em entender e desenvolver medidas de mitigação de emissões de gases de efeito estufa, buscando, desta forma, controlar seus efeitos sobre o incremento da temperatura média, numa tentativa de mantê-la em níveis aceitáveis. A preservação das florestas tropicais tem grande importância no combate às mudanças climáticas, seja como medida de mitigação de emissões de GEE, seja como forma de possibilitar a adaptação do homem a um novo clima. Quando ocorrem mudanças no uso do solo, ou seja, uma floresta é derrubada e queimada, dando lugar ao estabelecimento de pastagem, agricultura ou outra forma de uso da terra, ocorre a liberação de uma grande quantidade de carbono na forma de CO2 para a atmosfera contribuindo, assim, para o aquecimento global. Estima-se que 1,6 bilhões de toneladas de carbono foram emitidas para a atmosfera por ano devido às mudanças no uso do solo (IPCC, 2007) durante a década de 1990. Nos últimos 300 anos, cerca de 10 milhões de km2 de florestas deram lugar a outro tipo de uso da terra. Nas regiões tropicais, a retirada da cobertura florestal poderá causar alterações no balanço hídrico, tornando o clima mais seco e quente (FOLEY, 2005). A taxa de evapotranspiração da floresta é muito maior do que qualquer cultivo ou pastagem, e com a mudança no uso do solo, o fluxo de vapor de água para a atmosfera diminui sensivelmente, alterando o ciclo hidrológico. Na Amazônia, por exemplo, estudos prevêem que a temperatura poderá subir de 5 a 8ºC até 2100 e a redução no volume de chuva pode chegar a 20% (MARENGO, 2007), além de ocasionar secas em outras regiões, como citado no tópico acima. 18 2.3. As interdependências Cada espécie animal, vegetal e microrganismo tem um papel a cumprir dentro do seu ecossistema. Os seres vivos relacionam-se entre si e com o ambiente em que se encontram de várias formas: como alimento um para o outro (cadeia alimentar), fertilizando o solo (produção de húmus) ou por meio de sua reprodução (polinização das flores). Se uma espécie é retirada do ambiente, a função que ela realizava deixa de acontecer e assim ocorre um desequilíbrio nos serviços ecossistêmicos (MMA, 2014). Mudanças nos aspectos que afetam indiretamente a biodiversidade, tais como população, tecnologia e estilo de vida, podem levar a mudanças em fatores que afetam diretamente a biodiversidade, tais como a captura de peixe ou a aplicação de fertilizantes. Estes resultam em alterações dos ecossistemas e os serviços que prestam, afetando o bem-estar humano. Estas interações podem ocorrer em nível global, regional e local. Essa situação é ilustrada pela figura abaixo. Figura 5. Interações entre biodiversidade, serviços ecossistêmicos e bem estar humano Fonte: MA, 2005 19 Ao suprimir a vegetação de uma floresta, por exemplo, temos como consequência uma alteração climática. Este fato é facilmente percebido. Nas áreas onde a floresta está preservada, a temperatura ambiente varia muito pouco entre o dia e a noite (1,5 a 2 graus Celsius), mas nas áreas desmatadas, a temperatura pode variar bastante (cerca de 10 graus Celsius) (MMA, 2014). A mudança climática pode afetar de forma negativa a disponibilidade de água doce, a produção de alimentos e a distribuição e propagação sazonal de doenças infecciosas de transmissão vetorial, como a malária, a dengue e a esquistossomose. A biodiversidade também sofre prejuízos, pois muitas espécies animais e vegetais sensíveis a alterações de temperatura e umidade podem entrar em extinção. Para melhorar a produção de alimento, por exemplo, o homem acaba utilizando mais agrotóxicos, que por sua vez contaminam rios e lençóis freáticos, ocasionando poluição de rios e morte de diversas espécies de peixes, que se manejadas de forma sustentável, também poderiam servir de alimento. Além disso, também ocorre o extermínio de insetos, como as abelhas, importantes agentes de polinização de espécies vegetais. Na Mata Atlântica, um exemplo típico de desequilíbrio causado pelo homem ocorreu com a extração irregular de palmito juçara, uma das espécies-chave para o funcionamento do ecossistema (ECOLNEWS, 2014). Seus frutos e sementes são importantes para a sobrevivência de mais de 75 espécies de animais silvestres, como aves, roedores e até de macacos, como tucano, macaco-prego, arapongas, sabiás-unas, veados, esquilos, cutias, antas e etc. Com uma menor disponibilidade de alimento, esses animais ficam seriamente ameaçados. Além disso, eles participam da dispersão das sementes de várias outras espécies de plantas e árvores por toda a floresta. Desse modo, a derrubada das palmeiras juçara afeta em vários níveis os processos ecológicos, fragilizando ainda mais os escassos remanescentes da Mata Atlântica (ECOLNEWS, 2014). A TEIA TRÓFICA OU CADEIA ALIMENTAR Todos os seres vivos (animais, vegetais, microorganismos) relacionam-se direta ou indiretamente entre si, pois cada um alimenta-se de um outro, e serve de alimento a um terceiro. As plantas e algas produzem seu próprio alimento a partir da energia radiante (luz) e dos compostos orgânicos (húmus) e inorgânicos (água e sais minerais) existentes no solo e nos ambientes aquáticos, por meio da fotossíntese. Os herbívoros como boi, cavalo, veado, anta, vários pássaros, insetos, entre outros, alimentam-se das plantas; os carnívoros (onça, raposa, gato-do-mato, gavião, jacaré) alimentam-se dos herbívoros; todos estes, ao morrerem, são aproveitados pelos fungos, bactérias, protozoários e outros seres que se alimentam de matéria 20 orgânica morta, decompondo-a e produzindo o húmus do solo, que armazena os nutrientes que as plantas utilizam. Esse processo, que é complexo e cíclico, é chamado de teia trófica (trofos = alimento) ou cadeia alimentar. Quando determinada espécie é extinta no ecossistema, retira-se um elemento da teia trófica, podendo causar sua interrupção, com consequente desequilíbrio ecológico (MMA, 2014). 2.4. Hotspots de biodiversidade O conceito Hotspot foi criado em 1988 pelo ecólogo inglês Norman Myers para resolver um dos maiores dilemas dos conservacionistas: quais as áreas mais importantes para preservar a biodiversidade na Terra? Ao observar que a biodiversidade não está igualmente distribuída no planeta, Myers procurou identificar quais as regiões que concentravam os mais altos níveis de biodiversidade e onde as ações de conservação seriam prioritárias. Ele chamou essas regiões de Hotspots. Para ser classificado como um Hotspot, uma região deve seguir dois critérios: ● Abrigar no mínimo 1500 espécies de plantas vasculares endêmicas; ● Restar menos de 30% de sua área original, portanto é altamente ameaçada. Atualmente existem 35 Hotspots no mundo, representado apenas 2,3% da superfície do planeta e 50% das plantas e 42% dos vertebrados conhecidos (CONSERVATION INTERNATIONAL, 2014a). São eles (CONSERVATION INTERNATIONAL, 2014b): ● ● África: o Província Florística do Cabo o Florestas da Guiné o Plantas Suculentas do Karoo o Madagascar e Ilhas do Oceano Índico o Florestas afromontanas o Maputaland-Pondoland-Albany o Chifre da África o Montanhas do Arco Oriental Ásia e Pacífico: o Ilhas da Melanésia Oriental o Himalaias o Japão o Montanhas do Centro-Sul da China o Nova Caledónia o Nova Zelândia 21 ● ● ● o Filipinas o Ilhas da Polinésia e Micronésia o Sudoeste da Austrália o Sunda o Wallacea o Ghats Ocidentais o Regiões da Indo-Birmânia Europa e Ásia Central: o Cáucaso o Bacia do Mediterrâneo o Região Irano-Anatólica o Montanhas da Ásia Central América do Sul e Central: o Mesoamérica o Ilhas do Caribe o Província Florística da Califórnia o Floresta de Pinho-Encino de Sierra Madre América do Sul: o Mata Atlântica o Cerrado o Chile Central - Florestas Valdivias o Andes Tropicais o Tumbes-Chocó-Magdalena Figura 6. Hotspots de biodiversidade Fonte: CONSERVATION INTERNATIONAL, 2014b 22 No Brasil há dois Hotspots: a Mata Atlântica e o Cerrado. Originalmente, a Mata Atlântica estendia-se por 17 estados brasileiros, do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte, além da faixa leste do Paraguai e de parte da Argentina. Ao longo dos séculos, porém, a exploração e devastação deste bioma foram tão agressivas que a classificação como hotspot alerta não só para sua riqueza ambiental, mas principalmente para a necessidade da conservação de suas áreas remanescentes (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2013). A Mata Atlântica será aprofundada no item 4 deste relatório. 3. FLORESTAS Cotidianamente, denomina-se "floresta" qualquer vegetação que apresente predominância de indivíduos lenhosos, onde as copas das árvores se tocam formando um dossel. Sinônimos populares para florestas são: mata, mato, bosque, selva. No meio científico e governamental existem diversas definições de floresta. Uma das mais utilizadas é a definição da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO, 2004): Floresta - área medindo mais de 0,5 ha com árvores maiores que 5 m de altura e cobertura de copa superior a 10%, ou árvores capazes de alcançar estes parâmetros in situ. Isso não inclui terra que está predominantemente sob uso agrícola ou urbano. 3.1. As florestas no mundo A área total de florestas no mundo é de aproximadamente 4 bilhões de hectares, correspondendo a 31% da área terrestre total e uma taxa de 0,6 hectares per capita. Somente cinco países representam mais de 50% da área florestal mundial – Rússia, Brasil, Canadá, Estados Unidos e China. Além disso, 10 países não dispõem de áreas florestais e 54 tem áreas florestais em menos de 10% de seu território (FAO, 2011). As taxas de desmatamento e de perda de áreas florestais por causas naturais ainda é bastante alta, entretanto vem decrescendo nos últimos anos. No nível global, a taxa caiu de 16 milhões de hectares por ano na década de 90 para 13 milhões de hectares por ano na última década. Por outro lado, as taxas de reflorestamento e de expansão natural de áreas de florestas permitiram que diminuição da perda líquida de áreas florestais (FAO, 2011). 23 A maior parte da diminuição de áreas florestais ocorre em regiões tropicais, enquanto que o aumento ocorre em zonas temperadas e boreais. O desenvolvimento de políticas públicas visando à proteção das florestas sofreu progressos significativos. 76 países desenvolveram ou atualizaram suas legislações nos últimos anos, tornando possível uma cobertura de 75% da área florestal mundial (FAO, 2011). A figura abaixo apresenta os remanescentes de áreas florestais. Figura 7. Mapa mundial de áreas florestais Fonte: GREENPEACE INTERNATIONAL, 2006 3.2. As florestas no Brasil O Brasil é um país com 463 milhões de hectares de área florestal, o que representa 54,4% do seu território. As áreas de florestas naturais brasileiras são extremamente biodiversas, enquanto as áreas de florestas plantadas são formadas principalmente por espécies dos gêneros Eucalyptus e Pinus (SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013). 24 Tabela 1. Áreas estimadas de florestas no Brasil em 2012 Fonte: SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013. Nosso país abriga uma fauna e flora extremamente diversa e exuberante do planeta. Estudos indicam que pelo menos 103.870 espécies animais e 43.020 espécies vegetais ocorrem no Brasil e, em média, 700 novas espécies animais são reconhecidas anualmente (MMA, 2011). O Brasil abriga seis biomas continentais: Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pampa e Pantanal. BIOMA Segundo o IBGE, bioma é um conjunto de vida (vegetal e animal) constituído pelo agrupamento de tipos de vegetação contíguos e identificáveis em escala regional, com condições geoclimáticas similares e história compartilhada de mudanças, o que resulta em uma diversidade biológica própria (SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013). Figura 8. Biomas brasileiros 25 Fonte: SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013 3.2.1. Amazônia A Amazônia é o maior bioma do Brasil e representa cerca de 30% de todas as florestas tropicais remanescentes do mundo. Sua importância é reconhecida nacionalmente e internacionalmente. Isso se deve principalmente à sua larga extensão e enorme diversidade de ambientes, com mais de 600 tipos diferentes de habitats terrestres e de água doce, o que resulta numa riquíssima biodiversidade, composta por 2.500 espécies de árvores – ou um-terço de toda a madeira tropical do mundo – 30 mil espécies de plantas (MMA, s/d(a)), totalizando cerca de 45.000 espécies de plantas e vertebrados (SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013). Tabela 2. Área do Bioma Amazônia Fonte: SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013 *Em relação à área do Brasil. 26 As vegetações que mais caracterizam o bioma Amazônia são a floresta ombrófila densa e a floresta ombrófila aberta. Além dessas florestas, são encontradas tipologias vegetacionais típicas de savana, campinaranas, formações pioneiras e de refúgio vegetacional. A Amazônia abriga vastos estoques de madeira comercial e possui uma grande variedade de produtos florestais não madeireiros, que sustenta diversas comunidades locais (SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013). O bioma comporta a bacia amazônica, maior bacia hidrográfica do mundo: cobre cerca de 6 milhões de km2 e tem 1.100 afluentes. O Rio Amazonas, seu principal rio, corta a região e desagua no Oceano Atlântico, lançando ao mar cerca de 175 milhões de litros d’água a cada segundo (MMA, s/d(a)). 3.2.2. Cerrado O Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul, ocupando uma área de 2.036.448 km², cerca de 24% do território nacional. Nesse espaço territorial encontram-se as nascentes das três maiores bacias hidrográficas da América do Sul (Amazônica/Tocantins, São Francisco e Prata) (MMA, 2011). Tabela 3. Área do Bioma Cerrado Fonte:SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013 *Em relação à área do Brasil. Do ponto de vista da diversidade biológica, o Cerrado brasileiro é reconhecido como a savana mais rica do mundo, abrigando 11.627 espécies de plantas nativas já catalogadas. Cerca de 200 espécies de mamíferos e 837 espécies de aves são conhecidas. O número de peixes endêmicos não é conhecido, porém os valores são bastante altos para anfíbios e répteis: 28% e 17%, respectivamente. Dessas espécies, mais de 220 têm uso medicinal e 416 podem ser usadas como barreiras contra o vento, na proteção contra a erosão e na recuperação de solos degradados. Mais de 10 27 tipos de frutos comestíveis são regularmente consumidos pela população local e vendidos nos centros urbanos, como os frutos do pequi (Caryocar brasiliense) e o buriti (Mauritia flexuosa) (MMA, s/d(b)). Contudo, inúmeras espécies de plantas e animais correm risco de extinção. Estima-se que 20% das espécies nativas e endêmicas já não ocorram em áreas protegidas e que pelo menos 137 espécies de animais que ocorrem no Cerrado estão ameaçadas de extinção. Nas três últimas décadas, o Cerrado vem sendo degradado pela expansão da fronteira agrícola brasileira. Além disso, o bioma Cerrado é palco de uma exploração extremamente predatória de seu material lenhoso para produção de carvão (MMA, s/d(b)). O Cerrado é classificado como um hotspot de biodiversidade (item 2.4), porém, apesar do reconhecimento de sua importância biológica o Cerrado é a região que possui a menor porcentagem de áreas sob proteção integral. O Bioma apresenta 8,21% de seu território legalmente protegido por unidades de conservação; desse total, 2,85% são unidades de conservação de proteção integral e 5,36% de unidades de conservação de uso sustentável, incluindo RPPNs (MMA, s/d(b)). Além dos aspectos ambientais, o Cerrado tem grande importância social. Muitas populações sobrevivem de seus recursos naturais, incluindo etnias indígenas, geraizeiros, ribeirinhos, babaçueiras, vazanteiros e quilombolas que também fazem parte do patrimônio histórico e cultural brasileiro, e detêm um conhecimento tradicional de sua biodiversidade (MMA, s/d(b)). 3.2.3. Caatinga O bioma Caatinga ocupa uma área de cerca de 844.453 km², o equivalente a 10% do território nacional e é o único bioma exclusivamente brasileiro. Sua vegetação é um mosaico de arbustos espinhosos e florestas sazonalmente secas, e, apesar de ocupar uma região semiárida, é extremamente heterogênea. Tabela 4. Área do Bioma Caatinga Fonte: SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013 28 *Em relação à área do Brasil. Rico em biodiversidade, o bioma abriga 178 espécies de mamíferos, 591 de aves, 177 de répteis, 79 espécies de anfíbios, 241 de peixes e 221 abelhas. Cerca de 27 milhões de pessoas vivem na região, a maioria carente e dependente dos recursos do bioma para sobreviver (MMA, s/d(c)). A biodiversidade da caatinga ampara diversas atividades econômicas voltadas para fins agrosilvopastoris e industriais, especialmente nos ramos farmacêutico, de cosméticos, químico e de alimentos (SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013). Apesar da sua importância, o bioma tem sido desmatado de forma acelerada, devido principalmente ao consumo de lenha nativa, explorada de forma ilegal e insustentável, para fins domésticos e indústrias, ao sobrepastoreio e a conversão para pastagens e agricultura (SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013). 3.2.4. Pampa O Pampa está restrito ao estado do Rio Grande do Sul, onde ocupa uma área de 176.496 km². Isto corresponde a 63% do território estadual e a 2,07% do território brasileiro (MMA, s/d(d)). Tabela 5. Área do bioma Pampa Fonte: SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013 *Em relação à área do Brasil. A estrutura da vegetação dos campos – se comparada à das florestas e das savanas – é mais simples e menos exuberante, mas não menos relevante do ponto de vista da biodiversidade e dos serviços ambientais. Ao contrário: os campos têm uma importante contribuição no sequestro de carbono e no controle da erosão, além de serem fonte de variabilidade genética para diversas espécies que estão na base de nossa cadeia alimentar (MMA, s/d(d)). 29 Por ser um conjunto de ecossistemas muito antigos, o Pampa apresenta flora e fauna próprias e grande biodiversidade, ainda não completamente descrita pela ciência. Estimativas indicam valores em torno de 3000 espécies de plantas, com notável diversidade de gramíneas, são mais de 450 espécies. Nas áreas de campo natural, também se destacam as espécies de compostas e de leguminosas (150 espécies) como a babosa-do-campo, o amendoim-nativo e o trevo-nativo. Nas áreas de afloramentos rochosos podem ser encontradas muitas espécies de cactáceas. Entre as várias espécies vegetais típicas do Pampa vale destacar o Algarrobo (Prosopis algorobilla) e o Nhandavaí (Acacia farnesiana) arbusto cujos remanescentes podem ser encontrados apenas no Parque Estadual do Espinilho, no município de Barra do Quaraí (MMA, s/d(d)). Em relação às áreas naturais protegidas no Brasil o Pampa é o bioma que menor tem representatividade no Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), representando apenas 0,4% da área continental brasileira protegida por unidades de conservação. Atualmente, esse bioma sofre forte pressão sobre seus ecossistemas, com introdução de espécies forrageiras e com a atividade pecuária (MMA, s/d(d)). 3.2.5. Pantanal O bioma Pantanal é considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do planeta. Este bioma continental é considerado o de menor extensão territorial no Brasil, entretanto este dado em nada desmerece a exuberante riqueza que o referente bioma abriga. A sua área aproximada é 150.355 km², ocupando assim 1,76% da área total do território brasileiro. Em seu espaço territorial o bioma, que é uma planície aluvial, é influenciado por rios que drenam a bacia do Alto Paraguai. O Pantanal sofre influência direta de três importantes biomas brasileiros: Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica. Além disso, sofre influência do bioma Chaco (nome dado ao Pantanal localizado no norte do Paraguai e leste da Bolívia) (MMA, s/d(e)). Tabela 6. Área do bioma Pantanal Fonte: SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013 *Em relação à área do Brasil. 30 O bioma Pantanal mantêm 86,77% de sua cobertura vegetal nativa. A vegetação não florestal (savana [cerrado], savana estéptica [chaco], formações pioneiras e áreas de tensão ecológica ou contatos florísticos [ecótonos e encraves]) é predominante em 81,70% do bioma. Desses, 52,60% são cobertos por savana (cerrado) e 17,60% são ocupados por áreas de transição ecológica ou ecótonos. Os tipos de vegetação florestais (floresta estacional semi-decidual e floresta estacional decidual) representam 5,07% do Pantanal. A maior parte dos 11,54% do bioma alterados por ação antrópica é utilizada para a criação extensiva de gado em pastos plantados (10,92%); apenas 0,26% é usado para lavoura (MMA, s/d(e)). Uma característica interessante desse bioma é que muitas espécies ameaçadas em outras regiões do Brasil persistem em populações avantajadas na região, como é o caso do tuiuiú – ave símbolo do Pantanal. Estudos indicam que o bioma abriga os seguintes números de espécies catalogadas: 263 espécies de peixes, 41 espécies de anfíbios, 113 espécies de répteis, 463 espécies de aves e 132 espécies de mamíferos sendo 2 endêmicas. Segundo a Embrapa Pantanal, quase duas mil espécies de plantas já foram identificadas no bioma e classificadas de acordo com seu potencial, e algumas apresentam vigoroso potencial medicinal (MMA, s/d(e)). Apesar de sua beleza natural exuberante o bioma vem sendo muito impactado pela ação humana, principalmente pela atividade agropecuária, especialmente nas áreas de planalto adjacentes do bioma (MMA, s/d(e)). Assim como a fauna e flora da região são admiráveis, há de se destacar a rica presença das comunidades tradicionais como as indígenas, quilombolas, os coletores de iscas ao longo do Rio Paraguai, comunidade Amolar e Paraguai Mirim, dentre outras. No decorrer dos anos essas comunidades influenciaram diretamente na formação cultural da população pantaneira. Apenas 4,4% do Pantanal encontra-se protegido por unidades de conservação, dos quais 2,9% correspondem a UCs de proteção integral e 1,5% a UCs de uso sustentável (apenas RPPNs, no Pantanal, até o momento) (MMA, s/d(e)). 4. A MATA ATLÂNTICA 4.1. Importância da Mata Atlântica Originalmente a Mata Atlântica cobria quase 1,5 milhão km2, 16% do território brasileiro. Ela também cobria parte do território paraguaio e argentino. Além disso, a Mata Atlântica tinha conexões com outros biomas sul-americanos, como a Amazônia e os Andes Tropicais (WWF, 2013), como mostra a Figura 5. 31 Figura 9. Formação original da Mata Atlântica Fonte: Imagem de satélite da NASA A grande extensão longitudinal e latitudinal garantiu uma alta variação de condições climáticas e ecológicas. Por exemplo, em áreas da costa brasileira a taxa pluvial é de mais de 4.000 mm por ano, enquanto que no interior do continente essa taxa fica em torno de 1.000 mm anuais (WWF, 2013). Tais condições permitem que a Mata Atlântica seja considerada atualmente como um dos mais ricos conjuntos de ecossistemas em termos de biodiversidade do planeta e abriga uma enorme variedade de mamíferos, aves, peixes, insetos, répteis, árvores, fungos e bactérias. Estima-se que nesse bioma existam cerca de 20.000 espécies vegetais (cerca de 35% das espécies existentes no Brasil). Essa riqueza é maior que a de alguns continentes (17.000 espécies na América do Norte e 12.500 na Europa) e por isso a região da Mata Atlântica é altamente prioritária para a conservação da biodiversidade mundial (MMA, s/d(f)). 32 Em relação à fauna, os levantamentos mais recentes indicam que a Mata Atlântica abriga 1.020 espécies de aves, 340 espécies de anfíbios e 270 de mamíferos (WWF, 2013). A riqueza pontual é tão significativa que os dois maiores recordes mundiais de diversidade de árvores foram registrados na Mata Atlântica: 454 espécies em um único hectare do sul da Bahia e 476 espécies em amostra de mesmo tamanho na região serrana do Espírito Santo (CONSERVATION INTERNATIONAL DO BRASIL, s/d). Outra dado que impressiona é a enorme quantidade de espécies endêmicas, ou seja, que não podem ser encontradas em nenhum outro lugar do planeta. Estima-se que 40% das espécies vegetais, 20% dos mamíferos, 19% das aves e 26% dos anfíbios sejam endêmicas (WWF, 2013). Além de sua rica biodiversidade, a Mata Atlântica presta diversos serviços ao homem e exerce influência direta na vida de mais de 120 milhões de pessoas (75% da população brasileira), que vive em seu domínio (WWF, 2013). Seus remanescentes regulam o fluxo dos mananciais e garantem o abastecimento de água para 60% da população e é responsável pelo sequestro de 2 bilhões de toneladas de CO2 (WWF, 2013). Além disso, asseguram a fertilidade do solo, controlam o clima, protegem escarpas e encostas das serras. Esta região possui ainda belíssimas paisagens, paraísos tropicais, cuja proteção é essencial para nossa cultura e para o desenvolvimento econômico, por meio do turismo e do ecoturismo (INSTITUTO FLORESTAL, 2008). Dois terços da população brasileira, que vivem em áreas de abrangência da Mata Atlântica, dependem do provimento de água em quantidade e qualidade, do ciclo de chuvas, da polinização natural provida por remanescentes de vegetação nativa a plantações agrícolas, da proteção contra desastres naturais e pestes agrícolas, da beleza cênica para recreação e dos serviços culturais e espirituais. Mas a Mata Atlântica não beneficia somente a população local e regional. A sociedade global também se favorece da proteção de recursos genéticos, da beleza cênica, da proteção de espécies endêmicas, e da mitigação das mudanças climáticas (MMA, 2011). Por fim, a Mata Atlântica abriga uma grande diversidade cultural, constituída por povos indígenas, como os Guarani, e outras culturas tradicionais representadas pelos caiçaras, quilombolas, caipiras e o caboclo ribeirinho. Algumas destas populações vivem em unidades de conservação de uso direto ou indireto (INSTITUTO FLORESTAL, 2008). Além disso, há também diversos patrimônios culturais, que podem ser definido como um conjunto de todos os bens, materiais ou imateriais, que, pelo seu valor próprio, devem ser considerados de interesse relevante para a permanência e a identidade da cultura de um povo. 33 4.2. Ecossistemas Ecossistema pode ser definido como um sistema formado pelos seres vivos e o lugar onde eles vivem, em perfeito equilíbrio. Exemplo: as plantas retiram nutrientes do solo e energia da luz do sol; há animais que se alimentam das plantas; esses animais servem de alimento para outros animais; quando morrem, os seres vivos se decompõem e fornecem nutrientes ao solo, que vão novamente ser aproveitados pelas plantas – num ciclo de vida em que cada ser tem importância fundamental (Ministério do Meio Ambiente). O Bioma Mata Atlântica é composto por diversos ecossistemas. São eles (SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013): a. Floresta ombrófila densa (floresta pluvial tropical) A palavra ombrófila tem origem grega e significa "amigo das chuvas", o mesmo que pluvial de origem latina, e caracteriza uma formação vegetal cujo desenvolvimento depende de regime de águas pluviais abundantes e constantes. Também conhecida como florestal pluvial tropical; possui uma vegetação densa em todos os estratos (arbóreo, arbustivo, herbáceo e lianas); ocorre em regiões onde o período biologicamente seco é praticamente inexistente (SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2010). b. Floresta ombrófila aberta É uma variação da floresta ombrófila densa, sendo uma formação florestal mais aberta, onde comumente observam-se combinações de espécies particulares em associações (fasciações ou fascies); ocorre nas regiões com mais dias secos do que nas regiões onde ocorre Floresta Ombrófila Densa (SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2010). c. Floresta ombrófila mista (floresta de araucária) Caracteriza-se como uma floresta ombrófila, porém com predomínio da espécie Araucaria angustifolia, e por isso é também conhecida como Mata de Araucária; ocorre onde as chuvas são regularmente distribuídas ao longo do ano e as temperaturas são mais baixas em relação às outras regiões com formações ombrófilas (SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2010). d. Vegetação com influência marinha ou fluviomarinha (mangue e restinga) 34 A vegetação com influência fluviomarinha ou manguezal é uma formação também conhecida como floresta de alagados litorâneos. A maior concentração desta vegetação situa-se na desembocadura de rios e/ou canais onde ocorre o encontro das águas doces com as águas salgadas (EMBRAPA, 2011a). A vegetação denominada de influência marinha, também chamada de vegetação de restinga. É uma vegetação relativamente pouco densa com árvores em torno de 10 a 12 metros de altura, troncos finos, ramificação geralmente baixa, caules às vezes tortuosos e copas irregulares e por vezes compreendendo áreas abertas onde se desenvolve uma vegetação conhecida como campo de restinga com presença marcante de gramíneas (EMBRAPA, 2011b). e. Floresta estacional decidual É também denominada Floresta Tropical Caducifólia. Sua vegetação caracteriza-se por duas estações climáticas bem demarcadas: uma chuvosa seguida de outro longo período biologicamente seco, onde a maior parte das espécies perde suas folhas (SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2010), conforme indicado pelo nome da formação (decidual ou caducifólia). f. Floresta estacional semidecidual É também denominada Floresta Tropical Subcaducifólia. Apresenta vegetação condicionada pela dupla estacionalidade climática: uma tropical com época de intensas chuvas de verão, seguida por estiagem acentuada e outra subtropical sem período seco, mas com seca fisiológica provocada pelo intenso frio do inverno, quando parte da vegetação perde suas folhas (SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2010). É um ecossistema típico em áreas de transição entre os biomas Mata Atlântica e Cerrado. g. Estepe arborizada Vegetação submetida à dupla estacionalidade, uma fisiológica, provocada pelo frio das frentes polares e outra seca, mais curta, com déficit hídrico; apresenta composição florística gramíneo-lenhosa. Ocorre em regiões próximas aos polos ou regiões que apresentem homologia ecológica (IBGE, 2012). h. Savana estépica florestada e arborizada (caatinga arbórea) No Brasil, o termo designa formações vegetais como a Caatinga, Campos de Roraima, Chaco Sul-Mato-Grossense e Parque de Espinilho da Barra do Rio Quaraí (RS); vegetação tropical 35 de características estépicas (vide Estepe). Ocorre em regiões com clima que se caracteriza por dupla estacionalidade (IBGE, 2012). i. Savana florestada (cerradão) No Brasil, é sinônimo de Cerrado; caracteriza-se por vegetação xeromorfa (adaptada a regiões com pouca água) que ocorre preferencialmente em regiões de clima estacional, podendo ocorrer também em clima ombrófilo (IBGE, 2012). j. Ecótono (zona de transição) Este contato entre tipos de vegetação com estruturas fisionômicas semelhantes é impossível de ser detectado no mapeamento por simples fotointerpretação. Também é muito difícil separar ou identificar este contato, mesmo quando os tipos de vegetação envolvidos apresentam estruturas fisionômicas diferentes. Também é muito difícil separar ou identificar este contato, mesmo quando os tipos de vegetação envolvidos apresentam estruturas fisionômicas diferentes (IBGE, 2012). k. Vegetação secundária Vegetação que surge após uma intervenção humana para o uso da terra, seja com finalidade mineradora, agrícola ou pecuária, descaracterizando a vegetação primária. Assim sendo, essas áreas, quando abandonadas, reagem diferentemente de acordo com o tempo e a forma de uso da terra, refletindo os parâmetros ecológicos do ambiente (IBGE, 2012). l. Reflorestamento Áreas de reflorestamento, usualmente das espécies Eucalyptus e Pinus (IBGE, 2012). 36 Figura 10. Formações vegetais do bioma Mata Atlântica Fonte: FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA, 2013 4.3. Aspectos históricos e a sua degradação Durante 500 anos a Mata Atlântica propiciou lucro fácil ao colonizador europeu e seus descendentes. Ainda no século XVI, ato contínuo ao descobrimento, já foi iniciada a extração predatória do pau-brasil, marcando o início da destruição da Mata Atlântica. Outras madeiras de alto valor para a construção civil, naval e mobiliária como, sucupiras, canelas, canjaranas, jacarandás, araribás, louro, cedro, peroba, e vinhático, também foram intensamente exploradas. 37 Igualmente os animais silvestres rapidamente transformaram-se em souvenirs preciosos exibidos nos jardins e salões europeus. A este modelo predatório de exploração da natureza somouse o sistema de concessão de sesmarias, originando uma combinação altamente destrutiva para a Mata Atlântica. Destruir, passar a propriedade adiante e receber outra era um excelente negócio (INSTITUTO FLORESTAL, 2008). O Brasil é o único país no mundo a herdar seu nome de uma árvore. Durante muitos anos, o Pau-Brasil, uma árvore da Mata Atlântica, foi fonte de riqueza para os portugueses, que extraíam dela um pigmento vermelho, muito utilizado para tingir tecidos. Hoje sua madeira ainda é utilizada para fabricação de violinos, mas a árvores está ameaçada de extinção (MMA, 2014). Outras grandes investidas como o ciclo da cana-de-açúcar estimularam a destruição Mata Atlântica, não apenas para abrir espaço para os canaviais, mas também para alimentar as construções dos engenhos e as fornalhas da indústria do açúcar. No século XVIII, as jazidas de ouro atraíram para o interior um grande número de portugueses, levando novos desmatamentos estendidos até os limites com o Cerrado, para a implantação de agricultura e pecuária. No século seguinte foi o café que estimulou o desmatamento das florestas da região do Vale do Paraíba. As florestas remanescentes se tornaram alvo dos carvoeiros para alimentar locomotivas e as novas fornalhas industriais. Na metade do século XX as matas passaram a ser derrubadas para fornecer matéria-prima para a indústria de papel e celulose (INSTITUTO FLORESTAL, 2008). Em São Paulo, nos anos 1940, a construção da via Anchieta dinamizou a implantação do Polo Petroquímico de Cubatão, sendo esse mais um vetor de pressão negativa. Na década de 1950 veio a construção da Rodovia dos Tamoios, que alavancou o desenvolvimento turístico e as primeiras pressões de especulação imobiliária no litoral norte, que com a abertura da Rodovia RioSantos (BR 101) na década de 70 vem sofrendo uma verdadeira invasão humana (INSTITUTO FLORESTAL, 2008). Além disso, em 1974 ocorreu a construção da Rodovia que liga Paraty a Ubatuba e em 1985 a que liga Bertioga a São Sebastião, contribuindo ainda mais para o turismo na região. DEVASTAÇÃO DE FLORESTAS A devastação das florestas tem causado diversos prejuízos para a humanidade. A redução do habitat tem levado diversas espécies à extinção. Para ter uma ideia, desde o século 16 o homem já erradicou 322 38 espécies de vertebrados no mundo. Até então, apenas uma em cada 10 milhões de espécies desapareciam no período de um ano. Esse número aumentou mil vezes. Atualmente 100 em milhão são eliminadas atualmente, de acordo com um estudo da Universidade de Standford, na Califórnia (ESTADÃO SUSTENTABILIDADE, 2014). No Brasil, uma espécie criticamente ameaçada é a onça pintada, restando apenas 250 animais na Mata Atlântica, o que representa uma redução de 80% nos últimos 15 anos (TURTELLI, 2014). Com a fragmentação do território, as onças acabam cruzando entre si e enfraquecendo a espécie (ESTADÃO SUSTENTABILIDADE, 2014). A onça pintada é uma espécie de topo da cadeia alimentar. De acordo com estudo publicado na revista Science1, a perda de espécies no topo da cadeia alimentar pode representar um dos maiores impactos da ação humana nos ecossistemas terrestres, afetando os mais variados aspectos do como o clima, a perda de hábitats, poluição, sequestro de carbono, espécies invasoras e até mesmo a propagação de doenças (AGÊNCIA FAPESP, 2011). Segundo Morato, a extinção da onça pintada pode significar o fim da Mata Atlântica. O felino é predador de herbívoros, como veados e capivaras e sua falta poderá ocasionar um grande desiquilíbrio ambiental (TURTELLI, 2014). A Figura abaixo estima a posição dos indivíduos da espécie na Mata Atlântica. Figura 11. Onde está a onça? 1 O artigo Trophic Downgrading of Planet Earth (doi:10.1126/science.1205106), de James Estes e outros, pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencemag.org. 39 Fonte: TURTELLI, 2014 A extinção também gera prejuízos econômicos. Nos Estados Unidos, por exemplo, a redução de 40% do número de abelhas levou a um prejuízo da ordem de US$ 2 bilhões nos últimos 6 anos (ESTADÃO SUSTENTABILIDADE, 2014). O livro “A Ferro e Fogo” (1996), de Warren Dean, aprofunda o tema e conta com detalhe a história e a devastação da Mata Atlântica Brasileira. 4.4. Trilhas indígenas e caminho dos Tropeiros Do ponto de vista histórico, o emaranhado de trilhas que havia na Serra do Mar era de movimentações de indígenas que, sazonalmente, desciam e subiam a Serra. Os caminhos dos indígenas seguiam o caminha já traçado pelas antas, espécie animal característica da região. Quando se deu o início da colonização brasileira estas trilhas auxiliaram na expansão territorial 40 portuguesa (RESSURREIÇÃO, 2002) e na comunicação e comércio entre as recém-formadas vilas. Era primordial a qualquer vila estabelecer relações comerciais para a sua sobrevivência. Durante os séculos XVII e XVIII, as trilhas serviram para o transporte de ouro, diamantes das Minas Gerais aos portos do Litoral, como o de Ubatuba e São Sebastião, e que, na volta, as tropas traziam além dos mantimentos para as Minas, o sal que era artigo escasso na época (ASSOCIAÇÃO LAR TERRA DE RESGATE CULTURAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2013). Posteriormente, as trilhas também serviram o escoamento do café. Muitas dessas trilhas ainda podem ser percorridas, onde é possível visualizar estruturas e elementos da época. No Parque Estadual Serra do Mar, há, por exemplo, a Rota Dória e a Trilha dos Tropeiros, que serão vistas adiante. 4.5. A Mata Atlântica e a situação atual Do período colonial aos dias de hoje, as florestas da Mata Atlântica no Brasil foram reduzidas a aproximadamente 11,7% de sua cobertura original. A grande parte dos remanescentes está isolada em um mosaico juntamente com vegetação secundária, reflorestamento, pastagens a lavouras. A pressão continua pela expansão urbana e da agricultura, além de outras ameaças consequências da presença humana como a caça e extração de madeira (WWF, 2013). Tabela 7. Área do Bioma Mata Atlântica Fonte: SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013 *Em relação à área do Brasil. Atualmente, a Mata Atlântica conta com 1.010 áreas protegidas, sendo 331 unidades de proteção integral e 679 unidades de uso sustentável (Ministério do Meio Ambiente, 2014). Além 41 disso, há diversas terras indígenas, algumas inclusive com superposição com unidades de conservação, o que ajuda também na conservação dos recursos naturais. Essa quantidade de unidades de conservação no Bioma mostra que as áreas protegidas não são suficientes para assegurar a resiliência2 do bioma no longo prazo. Uma grande parte dos fragmentos remanescentes está localizada em terras privadas, portanto são necessárias iniciativas socioambientais para fomentar a criação de novas Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) e garantir a preservação da Mata Atlântica. Atividades como o turismo e o manejo de produtos florestais não madeireiros também são importantes opções para a conservação e o uso sustentável da floresta fora das áreas protegidas (WWF, 2013). Apesar de pouco representativas na área total do bioma, a criação de áreas protegidos diminuiu a aceleração da taxa de desmatamento anual da Mata Atlântica, como é possível perceber no gráfico abaixo. Gráfico 1. Taxa de desmatamento anual da Mata Atlântica e média exponencial Fonte: FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA, 2013 4.6. Comunidades indígenas remanescentes – Os Guarani Os Guarani vêm da família Tupi-Guarani, origem de diversas etnias indígenas presentes na América Meridional. Uma antiga tese afirma que os Tupi-Guarani formaram, muito antes da presença inicial dos europeus em território indígena, um só povo que se localizava as margens do 2 Resiliência significa voltar ao estado normal, e é um termo oriundo do latim resiliens. Resiliência possui diversos significados para a área da psicologia, administração, ecologia e física. Resiliência é a capacidade de voltar ao seu estado natural, principalmente após alguma situação crítica e fora do comum. No contexto da ecologia, a resiliência é a aptidão de um determinado sistema que lhe permite recuperar o equilíbrio depois de ter sofrido uma perturbação. Este conceito remete para a capacidade de restauração de um sistema. A noção de resiliência ambiental ficou conhecida a partir de 1970, graças ao trabalho do famoso ecologista canadiano C. S. Holling (SIGNIFICADOS.COM.BR, s/d). 42 Médio Paraná-Paraguai, de onde, tempos depois, empreenderam uma grande migração que tomaria três direções: um dos ramos subiria o litoral atingindo a foz do Amazonas; outro ramo estendera-se para o noroeste; o terceiro desceria os cursos dos rios Tapajós, Madeira e Uaicali (Itanhaém, s/d). Os Tupi-Guarani do litoral brasileiro ficaram conhecidos, à época da colonização, como Tupinambá, Tamoio, Tupiniquim, Carijó, Caeté, Tabajara, Potiguara, Guajajara, etc.. No Brasil, habitam três grupos Guarani de dialetos e fundamentos culturais diferenciados: os Ñandeva (maior população em território brasileiro); os Mbyá (a maioria das aldeias do litoral de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo) e os Kaiguá (maior presença no Sul de Mato Grosso do Sul) (ITANHAÉM, s/d). No território brasileiro, as rotas de penetração dos Mbyá foram iniciadas pelo Rio Grande do Sul, vindos da Argentina, viajaram pela costa brasileira e mais tarde formaram os aldeamentos de Rio Branco (SP); de Boa Esperança (ES) e Boa Vista (SP). Outra rota partiu do Paraguai, atingindo o estado do Paraná, formando vários aldeamentos (Palmeirinha, Rio das Cobras, etc..), que foram responsáveis também pela população de alguns aldeamentos em São Paulo e Rio de Janeiro (ITANHAÉM, s/d). Atualmente, no bioma da Mata Atlântica no Estado de São Paulo, as terras indígenas somam 42.137,7336 hectares onde vive uma população de aproximadamente 2.260 índios (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013). No Parque Estadual Serra do Mar existem terras indígenas da etnia Guarani reconhecidas pelo Governo Federal, como as aldeias de Boa Vista do Sertão do PróMirim, Guarani do Aguapeú, Bananal/Peruíbe, Ribeirão Silveira, Rio Branco (do Itanhaém) e Tenondé Porã (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013). Já no Estado de São Paulo vivem, segundo o censo 2010, 41.981 índios (IBGE, 2010). As terras indígenas estão localizadas em diversas regiões do estado, havendo uma concentração no litoral e no Vale do Ribeira. A maior população nessas terras é do povo Guarani Mbya e TupiGuarani (Ñandeva) (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013). Algumas unidades de conservação, entre elas o Parque Estadual Serra do Mar, possuem sobreposição com algumas terras indígenas, como mostra a tabela abaixo. Figura 12. Sobreposição Terras Indígenas e Unidades de Conservação 43 Fonte: COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013 Figura 13. Sobreposição com o Parque Estadual Serra do Mar Fonte: COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013 4.7. A Serra do Mar e sua geomorfologia Do ponto de vista geológico a região de estudo é predominantemente constituída por rochas de idade Pré-Cambriana, que estão inseridas no contexto da Faixa Ribeira. É composta por conjuntos litológicos variados, marcados por uma evolução tectonometamórfica distinta, separados por zonas de cisalhamento transcorrentes dextrais, definindo uma estruturação regional de direção NE-SW (STARZYNSKI, 2014). Do ponto de vista geomorfológico a paisagem física da Serra do Mar pode ser compartimentada em três grandes domínios de: Planaltos, Escarpas e Planícies Litorâneas. O Domínio dos Planaltos situa-se nos flancos norte e ocidental da Serra do Mar (onde as altimetrias alcançam mais de 1.200 m) e limita-se aos setores de relevo inferiores, nos níveis de 800 a 900 m; os processos denudacionais são predominantes, implicando em ambiente de alta energia. O 44 Domínio das Escarpas consiste em uma faixa de encostas com vertentes abruptas; geralmente suas formas caracterizam-se por espigões digitados (interflúvios formando promontórios) intercalados a anfiteatros côncavos e paredões retilíneos. Os processos denudacionais também são predominantes, implicando igualmente em ambiente de alta energia. O Domínio das Planícies Litorâneas abrange todo o litoral da área de estudo; esta zona compreende a porção delimitada pela linha do litoral, que demarca o contato entre as águas e as terras e varia com as amplitudes de maré, e a linha de costa, e se estende até o sopé da escarpa da Serra do Mar, compreendendo formações recentes (desde o Pleistoceno), nas quais é predominante o processo de acumulação (STARZYNSKI, 2014). A região da Serra do Mar possui solos que se diferenciam em função do compartimento da paisagem em que se encontram. Geralmente os solos são mais rasos na região da escarpa sobre granitos, pouco profundos a profundos no planalto sobre gnaisses e mais profundos na planície litorânea sobre sedimentos predominantemente marinhos e fluviais. Os Cambissolos são os solos mais comuns, ocorrendo no planalto, escarpa, e nas planícies fluviais; os Latossolos encontram-se nas baixas vertentes das escarpas, nos coluviões e no planalto; os Argissolos ocorrem no planalto, em declives variados, na escarpa, em vertentes de relevo forte ondulado e montanhoso; os Neossolos Litólicos são encontrados em pendentes bem inclinadas do relevo; os Gleissolos encontram-se nas zonas de inundação dos principais rios, sobre sedimentos fluviais e continentais e os Organossolos ocorrem em áreas abaciadas, nas depressões da planície litorânea permanentemente encharcada (STARZYNSKI, 2014). 45 Figura 14. Formação geológica da Serra do Mar Fonte: SERVIÇO GEOLÓGICO DO PARANÁ, s/d Figura 15. As etapas de evolução da Serra do Mar Fonte: SERVIÇO GEOLÓGICO DO PARANÁ, s/d 46 5. UNIDADES DE CONSERVAÇÃO As Unidades de Conservação (UCs) são espaços territoriais e marinhos detentores de atributos naturais e culturais de especial relevância para a manutenção do equilíbrio ecológico. São áreas protegidas, pois têm um papel fundamental na proteção e preservação do meio ambiente. Algumas categorias de Unidades de Conservação protegem também o patrimônio históricocultural e as práticas e o modo de vida das populações tradicionais, permitindo o uso sustentável dos recursos naturais (WWF, 2008). Para a população humana, as UCs contribuem especialmente para (WWF, 2008): Regulação da quantidade e qualidade de água para consumo; Fertilidade dos solos e estabilidade das encostas (relevo); Equilíbrio climático e manutenção da qualidade do ar; Alimentos saudáveis e diversificados; Base para produção de medicamentos para doenças atuais e futuras; Áreas verdes para lazer, educação, cultura e religião; Fornecer matéria-prima para tudo o que se possa imaginar. Outro aspecto positivo das UCs é o fato de que elas promovem a geração de renda e estimulam o desenvolvimento local, apoiando programas de turismo sustentável, criação de cooperativas de ecoprodutos, entre outros, além de incentivarem atividades de pesquisa científica e processos educativos (WWF, 2008). 5.1. Unidades de Conservação no mundo As florestas sempre foram vistas como fontes de riqueza e de sobrevivência para o ser humano. Desde a Antiguidade diversos povos isolavam áreas para a proteção da natureza com finalidades diversas, seja por questões culturais, religiosas, esportivas ou políticas (WWF, 2008). A Rússia, por exemplo, tinha florestas consideradas sagradas. Reservas reais de caça já aparecem nos registros históricos assírios de 700 AC. Os romanos já se preocupavam em manter reservas de madeira que visavam à construção de navios, dentre outros produtos. Na Índia, reservas reais de caça foram estabelecidas no século III (INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL, s/d). Apesar disso, o surgimento do atual modelo de "áreas naturais protegidas" ocorreu nos EUA, devido ao problema da grande expansão urbana e agrícola sobre as áreas naturais. Em 1872 foi criada a primeira área institucionalmente protegida, o Parque Nacional de Yellowstone (WWF, 2008). 47 Posteriormente, diversos países começaram a criar suas áreas protegidas nos mesmos moldes: em 1885, o Canadá criou seu primeiro parque nacional, a Nova Zelândia o fez em 1894, e a África do Sul e a Austrália, em 1898. Na América Latina, o México criou sua primeira área protegida em 1894; a Argentina, em 1903 e o Chile em 1926 (INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL, s/d). No entanto, cinquenta anos depois da criação da primeira área natural protegida, ainda não havia uma definição aceita mundialmente sobre os objetivos dos parques nacionais. Assim, em 1933 foi realizada, em Londres, a Convenção para a Preservação da Flora e Fauna. Nessa ocasião, definiram-se três características dos parques nacionais: 1) Áreas controladas pelo poder público; 2) Áreas para a preservação da fauna e flora, objetos de interesse estético, geológico e arqueológico, onde a caça é proibida; e 3) Áreas de visitação pública. Já em 1959, foi elaborada pelas Nações Unidas a primeira lista dos parques nacionais e reservas equivalentes. A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), uma das mais importantes organizações internacionais dedicadas à conservação dos recursos naturais, estabeleceu, no ano seguinte, a Comissão de Parques Nacionais e Áreas Protegidas, com o intuito de promover, monitorar e orientar o manejo destes espaços (INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL, s/d). Em 1992, na Venezuela, ocorreu o 4º Congresso Mundial de Parques Nacionais, onde foi estabelecido um conjunto de categorias de áreas protegidas, logo depois adotado, em 1994, pela IUCN e que vigora até os dias de hoje (INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL, s/d). São elas: Categoria Ia - Reserva natural estrita: área natural protegida, que possui algum ecossistema excepcional ou representativo, característica geológicas ou fisiológicas e/ou espécies disponíveis para pesquisa científica e/ou monitoramento ambiental. Categoria Ib - Área de vida selvagem: área com suas características naturais pouco ou nada modificadas, sem habitações permanentes ou significativas, que é protegida e manejada para preservar sua condição natural. Categoria II - Parque nacional: área designada para proteger a integridade ecológica de um ou mais ecossistemas para a presente e as futuras gerações e para fornecer oportunidades recreativas, educacionais, científicas e espirituais aos visitantes desde que compatíveis com os objetivos do parque. Categoria III - Monumento natural: área contendo elementos naturais – eventualmente associados com componentes culturais – específicos, de valor excepcional ou único, dada sua raridade, representatividade, qualidades estéticas ou significância cultural. Categoria IV - Área de manejo de habitat e espécies: área sujeita a ativa intervenção para o manejo com finalidade de assegurar a manutenção de habitats que garantam as necessidades de determinadas espécies. 48 Categoria V - Paisagem protegida: área onde a interação entre as pessoas e a natureza ao longo do tempo produziu uma paisagem de características distintas com valores estéticos, ecológicos e/ou culturais significativos e, em geral, com alta diversidade biológica. Categoria VI – Área protegida para manejo dos recursos naturais: área abrangendo predominantemente sistemas naturais não modificados, manejados para assegurar proteção e manutenção da biodiversidade, fornecendo, concomitantemente, um fluxo sustentável de produtos naturais e serviços que atenda as necessidades das comunidades. A IUCN disponibiliza uma ferramenta interativa de todas as unidades de conservação do mundo e suas principais informações, como localização e espécies nativas. A ferramenta é gratuita e está disponível no link http://www.protectedplanet.net/. 5.2. Unidades de Conservação no Brasil No Brasil, a primeira área protegida foi criada em 1911, pelo então Presidente da República, Hermes da Fonseca. A Reserva Florestal do Acre, como foi chamada, foi instituída com o propósito de conter a devastação desordenada das matas, que estava produzindo efeitos sensíveis e desastrosos, entre eles alterações climáticas (INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL, s/d). No entanto, a criação do primeiro Parque Nacional ocorreu apenas em 1937. O Parque Nacional de Itatiaia fica localizado entre os estados de MG e RJ e foi criado com o objetivo de incentivar a pesquisa científica e oferecer lazer às populações urbanas. Logo em seguida, em 1939, foram criados os Parques de Iguaçu e Serra dos Órgãos (WWF, 2008). Em 1965 o Brasil teve um grande avanço em sua legislação e instituiu, pela lei n° 4.771, o Novo Código Florestal Brasileiro (WWF, 2008). O Código previa a definição de espaços a serem protegidos, como as áreas de preservação permanente (APP) a reserva legal. As APPs constituem áreas protegidas, cobertas por vegetação nativa ou reflorestada, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, além de proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas. Ela não pode ser explorada. Já a reserva legal é uma área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora nativas. A Reserva Legal não se confunde com as Áreas de Preservação Permanente, uma vez que nela é permitida a exploração econômica de forma sustentável. 49 O Brasil continuou avançando em sua legislação ambiental e em 1981 instituiu a sua Política Nacional de Meio Ambiente. Em 1988 foi promulgada a Constituição Federal Brasileira, que assegura a todos, em seu artigo 225, um “meio ambiente ecologicamente equilibrado” e impõe ao Poder Público o dever de defendê-lo e preservá-lo. Assim, um dos instrumentos que ela aponta para o cumprimento desse dever é a “definição de espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos”, ou seja, indica que o Poder Público deve criar áreas protegidas e garantir que elas contribuam para a existência de um “meio ambiente ecologicamente equilibrado” (INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL, s/d). A partir dessa base constitucional, o país concebeu um Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), ou seja, um conjunto de unidades de conservação (UC) federais, estaduais e municipais. O processo de elaboração e negociação desse Sistema durou mais de dez anos e foi institucionalizado apenas em 2000, pela Lei nº 9.985/2000 (INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL, s/d). O SNUC é composto por 12 categorias de UC, cujos objetivos específicos se diferenciam quanto à forma de proteção e usos permitidos: aquelas que precisam de maiores cuidados, pela sua fragilidade e particularidades, e aquelas que podem ser utilizadas de forma sustentável e conservadas ao mesmo tempo (INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL, s/d). Assim, as 12 categorias estão divididas em dois grupos: unidades de proteção integral e unidades de uso sustentável. As Unidades Proteção Integral visam à preservação da natureza em áreas com pouca ou nenhuma atividade humana e admitem apenas o uso indireto dos seus recursos naturais. Já as de Uso Sustentável têm como objetivo a harmonia entre conservação da natureza e utilização de seus recursos em benefício da comunidade local. A exploração do ambiente é permitida desde que, como o próprio nome indica, seja feita de forma sustentável (WWF, 2008). As tabelas abaixo apresentam todas as unidades, seus objetivos e usos. Tabela 8. Unidades de Proteção Integral Categoria Objetivo Uso Estações Ecológicas Preservar e pesquisar. Pesquisas científicas, visitação pública com objetivos educacionais. Reservas Biológicas (REBIO) Preservar a biota (seres vivos) e demais atributos naturais, sem interferência humana direta ou modificações ambientais. Pesquisas científicas, visitação pública com objetivos educacionais. Parque Nacional (PARNA) Preservar ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica. Pesquisas científicas, desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, recreação em contato com a 50 natureza e turismo ecológico. Monumentos Naturais Refúgios de Vida Silvestre Preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza cênica. Proteger ambientes naturais e assegurar a existência ou reprodução da flora ou fauna. Visitação pública. Pesquisa científica e visitação pública. Fonte: WWF, s/d Tabela 9. Unidades de Uso Sustentável Categoria Característica Objetivo Uso Área de Proteção Ambiental (APA) Área extensa, pública ou privada, com atributos importantes para a qualidade de vida das populações humanas locais. Proteger a biodiversidade, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais. Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) Área de pequena extensão, pública ou privada, com pouca ou nenhuma ocupação humana, com características naturais extraordinárias. Manter os ecossistemas naturais e regular o uso admissível dessas áreas. São estabelecidas normas e restrições para a utilização de uma propriedade privada localizada em uma APA. Respeitados os limites constitucionais, podem ser estabelecidas normas e restrições para utilização de uma propriedade privada localizada em uma ARIE. Floresta Nacional (FLONA) Reserva Extrativista (RESEX) Área de posse e domínio público com cobertura vegetal de espécies predominantemente nativas. Área de domínio público com uso concedido às populações extrativistas tradicionais. Uso múltiplo sustentável dos recursos florestais para a pesquisa científica, com ênfase em métodos para exploração sustentável de florestas nativas. Proteger os meios de vida e a cultura das populações extrativistas tradicionais, e assegurar o uso sustentável dos recursos naturais. Visitação, pesquisa científica e manutenção de populações tradicionais. Extrativismo vegetal, agricultura de subsistência e criação de animais de pequeno porte. Visitação pode ser permitida. 51 Reserva de Fauna (REFAU) Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Área natural de posse e domínio público, com populações animais adequadas para estudos sobre o manejo econômico sustentável. Área natural, de domínio público, que abriga populações tradicionais, cuja existência baseia-se em sistemas sustentáveis de exploração dos recursos naturais. Área privada, gravada com perpetuidade. Preservar populações animais de espécies nativas, terrestres ou aquáticas, residentes ou migratórias. Pesquisa científica. Preservar a natureza e assegurar as condições necessárias para a reprodução e melhoria dos modos e da qualidade de vida das populações tradicionais. Exploração sustentável de componentes do ecossistema. Visitação e pesquisas científicas podem ser permitidas. Conservar a diversidade biológica. Pesquisa científica, atividades de educação ambiental e turismo. Fonte: WWF, s/d Atualmente, o Brasil tem 1860 unidades de conservação em área continental e 151 em área marinha, conforme a tabela abaixo. Tabela 10. Unidades de conservação brasileiras por bioma 52 Fonte: MMA, 2014b Tabela 11. Número e a área das unidades de conservação que estão em acordo com o SNUC por tipo (proteção integral e uso sustentável), categoria e esfera (federal, estadual e municipal). Fonte: (MMA, 2014b) http://www.mma.gov.br/images/arquivo/80112/CNUC_Biomas_Out14.pdf De acordo com o Cadastro Nacional de Unidades de Conservação, somente no Estado de São Paulo há 205 unidades de conservação. A Lista completa pode ser vista no anexo 3. Em 2012, a lei conhecida como novo Código Florestal foi sancionada (Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012), trazendo alterações que apresentam inúmeras implicações para o 53 encaminhamento das questões que vinculam uso do solo e proteção/recuperação da vegetação nativa em todo o território brasileiro (GUYOT e CAVALCANTI, 2014). As figuras abaixo detalham as categorias de APP e de Reserva Legal. Figura 16. Categorias possíveis de APP dentro de uma propriedade Fonte: GUYOT e CAVALCANTI,2014 http://www.mma.gov.br/images/arquivo/80112/CNUC_Categorias_Out14.pdf 54 Figura 17. Reserva legal Fonte: GUYOT e CAVALCANTI, 2014 http://www.copersucar.com.br/pdf/cartillha_-_codigo_florestal.pdf 6. O PARQUE ESTADUAL SERRA DO MAR 6.1. A criação do parque O Parque Estadual Serra do Mar (PESM) é a maior área de proteção integral do litoral brasileiro e o maior parque de toda a Mata Atlântica. Criado em 1977, o parque possui uma extensão de 332 mil hectares, abrangendo parte de 25 municípios paulistas, desde a divisa com o Rio de Janeiro até o litoral sul do Estado de São Paulo (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2013). Figura 18. Núcleos do Parque Estadual Serra do Mar 55 O Parque Estadual Serra do Mar foi criado através do Decreto n° 10.251/1977, na época da construção da BR 101 – Rodovia Rio Santos, que abriu o litoral ao desenvolvimento do turismo (Fundação Florestal, 2007) e ampliado em 2010 pelo Decreto nº. 56.572/2010 (ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2010). Segundo o Decreto n° 10.251, “o Parque Estadual Serra do Mar foi criado com a finalidade de assegurar integral proteção à flora, à fauna, às belezas naturais, bem como para garantir sua utilização a objetivos educacionais, recreativos e científicos e caracteriza-se por ser uma Unidade de Conservação de Proteção Integral”. Algumas comunidades tradicionais também foram incluídas nos seus limites para evitar sua expulsão gradual ou violenta, como ocorreu em outras regiões da Mata Atlântica (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2007). 6.2. A importância do Parque Estadual Serra do Mar Atualmente, o Parque é considerado um polo de concentração das atenções de toda comunidade científica, ONG’s, governos, empresas privadas e demais setores da sociedade, em função da preocupação com a preservação da Mata Atlântica e da necessidade de aprofundamento dos conhecimentos sobre a fauna e a flora regionais. A região apresenta ainda características histórico-culturais valiosas, mantidas pelas comunidades tradicionais e também por meio de registros dos diversos momentos da ocupação humana na Serra do Mar (INSTITUTO FLORESTAL, 2008). A contribuição do Parque é clara para a sustentabilidade da vida, especialmente nos núcleos urbanos localizados em seu entorno. Ele presta diversos serviços ecossistêmicos para a sociedade. Suas florestas, além da constituição de belezas cênicas e paisagens notáveis, preservam nascentes e cabeceiras de rios formadores das bacias hidrográficas do Paraíba do Sul e Tietê, e mananciais 56 que abastecem diversos municípios por onde passa como Baixada Santista, Litoral Norte e Litoral Sul, beneficiando milhões de habitantes (INSTITUTO FLORESTAL, 2008). Contribuem também amenizando o clima, oferecendo a estabilização das encostas dando melhor proteção aos moradores de áreas críticas, propiciando espaços para recreação, lazer e visitação pública e a proteção e a conservação da sua rica biodiversidade (INSTITUTO FLORESTAL, 2008), composta por 468 espécies de aves (SCHUNCK, 2015), 111 de mamíferos, 144 de anfíbios e 46 de répteis (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Específico em relação a aves, das 468 espécies de aves, 142 são endêmicas da Mata Atlântica (Bencke et al., 2006), 39 espécies estão ameaçadas no estado de São Paulo (São Paulo, 2014), 12 espécies estão ameaçadas a nível nacional (MMA, 2014) e 52 espécies ameaçadas globalmente (IUCN, 2012). Em relação à lista das aves do PESM elaborada em 2006 (Buzzetti, 2006), 14 espécies foram retiradas por falta de documentação ou por estar fora da sua área de ocorrência, 109 espécies foram adicionadas por serem registros recentes ou por não terem sido compiladas anteriormente e 359 espécies permaneceram sem alterações. A avifauna do PESM está dividida atualmente da seguinte maneira entre os dez núcleos administrativos: Curucutu (365), Bertioga (353), Padre Dória (314), Picinguaba (308), Caraguatatuba (296), Cunha (274), Santa Virgínia (256), Itutinga-Pilões (230), Itariru (165) e São Sebastião (162). (SCHUNCK, 2015). A lista completa de todas as aves pode ser vista no anexo 4. Segundo dados do Governo do Estado de São Paulo/Secretaria do Meio Ambiente/SMA, o Parque contribui para a conservação de 19% do total de espécies de vertebrados de todo o país e 46% de toda a Mata Atlântica, além de proteger 39% de anfíbios, 40% de mamíferos e 23% de répteis do bioma (Mata Atlântica) (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Além disso, das 200 espécies exclusivas ou endêmicas da Mata Atlântica, 131 ocorrem no PESM e 42 estão ameaçadas de extinção, como a jacutinga, o macuco, o papagaio-de-cara-roxa, o papagaio-chaua, a sabiá-cica e o gavião-pombo-grande (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Por outro lado, a localização do PESM o torna vulnerável em função, principalmente, das pressões de urbanização e das atividades econômicas, decorrentes da mais populosa região do país, a cidade São Paulo e seu entorno (Grande São Paulo), bem como da Baixada Santista, pólo industrial de Cubatão e o Litoral Norte, com altas taxas de crescimento populacional. Dentre os principais impactos estão: implantação de pastagens, reflorestamentos, extrações ilegais, agricultura, moradias e infraestrutura de base, como rodovias, linhas de transmissão, dutos, ferrovias, torres, etc. (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). 57 6.3. Núcleos, macrorregiões e municípios abrangidos Devido a sua imensa área e as diversas pressões que sofre, o parque é gerenciado por meio de núcleos administrativos. Esses núcleos configuram um mosaico de situações diversas, caracterizadas em função do uso do solo, das várias regiões abrangidas e dos programas de manejo desenvolvidos ou potenciais, demandando uma atuação diferenciada da administração, considerando ainda o domínio das terras, que são públicas ou estão em diversos estágios de regularização fundiária (Plano de Manejo). Atualmente o parque conta com 10 núcleos, distribuídos tanto em áreas litorâneas, como de planalto. 6.3.1. Macrorregiões do Estado de São Paulo As principais macrorregiões onde eles estão presentes são: Região Metropolitana de São Paulo, Região Metropolitana da Baixada Santista, Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, além do Vale do Ribeira. Os municípios abrangidos pelo PESM dentro de casa região estão destacados em negrito e itálico. Região Metropolitana de São Paulo A Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) é composta por 39 municípios. Foi instituída pela Lei Complementar Federal nº 14, de 1973, e disciplinada pela Lei Complementar Estadual nº 94, de 1974. No entanto, sua existência legal e política dependia da aprovação de uma lei estadual específica, de acordo com as regras da Constituição Federal de 1988, que atribuiu aos Estados a responsabilidade pela criação das regiões metropolitanas (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, s/d(a)). O Projeto de Lei Complementar nº 6, de 2005, aprovada no dia 13 de junho de 2011, pela Assembleia Legislativa, criou a RMSP preenchendo definitivamente o vazio institucional existente na mais importante concentração urbana do país. A nova lei busca promover o planejamento regional para o desenvolvimento socioeconômico e a melhoria da qualidade de vida, a proteção do meio ambiente, a integração do planejamento e da execução de funções públicas de interesse comum e a redução das desigualdades sociais e regionais (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, s/d(a)). A RMSP é o maior pólo de riqueza nacional. O Produto Interno Bruto (PIB) atingiu em 2011 R$ 760.044,16, o que corresponde a cerca de 56% do total do Estado (SEADE, 2014). Os municípios que compõem a RMSP são: Arujá, Barueri, Biritiba-Mirim, Caieiras, Cajamar, Carapicuíba, Cotia, Diadema, Embu das Artes, Embu-Guaçu, Ferraz de Vasconcelos, Francisco 58 Morato, Franco da Rocha, Guararema, Guarulhos, Itapevi, Itapecerica da Serra, Itaquaquecetuba, Jandira, Juquitiba, Mairiporã, Mauá, Mogi das Cruzes, Osasco, Pirapora do Bom Jesus, Poá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Salesópolis, Santa Isabel, Santana de Parnaíba, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São Lourenço da Serra, São Paulo, Suzano, Taboão da Serra e Vargem Grande Paulista (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, s/d(a)). Tabela 12. Dados da Região Metropolitana de São Paulo Território e População Ano RMSP Estado Área (Em km2) 2014 7.946,84 248.223,21 População 2014 20.284.891 42.673.386 Densidade Demográfica (Habitantes/km2) 2014 2.552,57 171,92 Taxa Geométrica de Crescimento Anual da População – 2010/2014 2014 0,78% a.a. 0,87% a.a. Grau de Urbanização 2014 98,86% 96,21% Habitação e Infraestrutura Urbana Ano RMSP Estado Coleta de Lixo – Nível de Atendimento 2010 99,67% 99,66% Abastecimento de Água – Nível de Atendimento 2010 98,29% 97,91% Esgoto Sanitário – Nível de Atendimento 2010 87,98% 89,75% Economia Ano RMSP Estado PIB (Em milhões de reais correntes) 2011 760.044,16 1.349.465,14 PIB per Capita (Em reais correntes) 2011 38.348,15 32.454,91 Participação no PIB do Estado 2011 56,32% - Fonte: SEADE, 2014 Região Metropolitana da Baixada Santista A Região Metropolitana da Baixada Santista foi criada mediante Lei Complementar Estadual 815, em 30 de julho de 1996, tornando-se a primeira região metropolitana brasileira sem status de capital estadual (ANPM, 2014). A região abrange 2.419,93 quilômetros quadrados (corresponde a menos de 1% da superfície do estado de São Paulo). É a 15ª região metropolitana mais populosa do Brasil, com uma 59 população de cerca de 1.731.403 de moradores fixos (SEADE, 2014). Nos períodos de férias, acolhe igual número de pessoas, que se instalam na quase totalidade em seus municípios. A região atingiu um PIB de R$ 52.364,70 em 2011, o que corresponde a 4% do total do Estado (SEADE, 2014). Os municípios abrangidos pela região são: Bertioga, Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Monguagá, Peruíbe, Praia Grande, Santos e São Vicente. Tabela 13. Dados da Região Metropolitana da Baixada Santista Território e População Ano RM Baixada Santista Estado Área (Em km2) 2014 2.419,93 248.223,21 População 2014 1.731.403 42.673.386 Densidade Demográfica (Habitantes/km2) 2014 715,48 171,92 Taxa Geométrica de Crescimento Anual da População – 2010/2014 2014 1,02% a.a. 0,87% a.a. Grau de Urbanização 2014 99,81% 96,21% Habitação e Infraestrutura Urbana Ano RM Baixada Santista Estado Coleta de Lixo – Nível de Atendimento 2010 99,42% 99,66% Abastecimento de Água – Nível de Atendimento 2010 96,59% 97,91% Esgoto Sanitário – Nível de Atendimento 2010 75,14% 89,75% Economia Ano RM Baixada Santista Estado PIB (Em milhões de reais correntes) 2011 52.364,70 1.349.465,14 PIB per Capita (Em reais correntes) 2011 31.183,51 32.454,91 Participação no PIB do Estado 2011 3,88% - Fonte: SEADE, 2014 Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte A Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte foi criada pela lei complementar estadual 1166, de 9 de janeiro de 2012. É uma das quatro regiões metropolitanas do estado brasileiro de São Paulo. É formada pela união de 39 municípios agrupados em cinco sub-regiões (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, s/d (b)). São elas (EMPLASA, s/d): 1. Caçapava, Igaratá, Jacareí, Jambeiro, Monteiro Lobato, Paraibuna, Santa Branca e São José dos Campos. 60 2. Campos do Jordão, Lagoinha, Natividade da Serra, Pindamonhangaba, Redenção da Serra, Santo Antônio do Pinhal, São Bento do Sapucaí, São Luiz do Paraitinga, Taubaté e Tremembé. 3. Aparecida, Cachoeira Paulista, Canas, Cunha, Guaratinguetá, Lorena, Piquete, Potim e Roseira. 4. Arapeí, Areias, Bananal, Cruzeiro, Lavrinhas, Queluz, São José do Barreiro e Silveiras. 5. Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba. A região possui uma área de 16.192,77 km², uma população de 2,3 milhões de habitantes, que corresponde a 5,5% do Estado de São Paulo. A região está estrategicamente situada entre as duas Regiões Metropolitanas mais importantes do País: São Paulo e Rio de Janeiro. Além disso, destaca-se nacionalmente por intensa e diversificada atividade econômica. Como forma um quadrilátero entre as cidades de Santos, Campinas, São Paulo e São José dos Campos, a chamada Macrometrópole Paulista abriga dois terços da população paulista. A região concentra 82,7% do PIB estadual e, aproximadamente, 27,7% do nacional (EMPLASA, s/d). A produção industrial é altamente desenvolvida, predominando os setores automobilístico, aeronáutico, aeroespacial e bélico nos municípios localizados no eixo da Rodovia Presidente Dutra, as atividades portuárias e petroleiras no Litoral Norte e o turismo na Serra da Mantiqueira, litoral e cidades históricas (EMPLASA, s/d). A região caracteriza-se, ainda, por importantes reservas naturais, como as Serras da Mantiqueira, da Bocaina e do Mar e pelas fazendas de valores histórico e arquitetônico. Além do mais, é o segundo maior produtor de leite do País – atividade que sustenta grande parte da população rural dos pequenos municípios. Na agricultura, a produção tradicional é a cultura de arroz nas várzeas do Rio Paraíba (EMPLASA, s/d). Tabela 14. Dados da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte Território e População Ano RM Vale do Paraíba e Litoral Norte Estado Área (Em km2) 2014 16.192,77 248.223,21 População 2014 2.358.600 42.673.386 Densidade Demográfica (Habitantes/km2) 2014 145,66 171,92 Taxa Geométrica de Crescimento Anual da População – 2010/2014 2014 1,05% a.a. 0,87% a.a. Grau de Urbanização 2014 94,39% 96,21% Fonte: SEADE, 2014 61 Vale do Ribeira O Vale do Ribeira está localizado no sul do estado de São Paulo e norte do estado do Paraná, abrangendo a Bacia Hidrográfica do Rio Ribeira de Iguape e o Complexo Estuarino Lagunar de Iguape-Cananéia-Paranaguá. Possui uma área de 2.830.666 hectares distribuídos integralmente em 31 municípios (22 paulistas e 9 paranaenses) e parcialmente em outros 21 municípios no Paraná e 18 em São Paulo (QUILOMBOS DO RIBEIRA, 2011). Sua população é de 481.224 habitantes, de acordo com o Censo do IBGE de 2000. As cidades do Estado de São Paulo são: Apiaí, Barra do Chapéu, Barra do Turvo, Cajati, Cananéia, Eldorado, Iguape, Ilha Comprida, Iporanga, Itaoca, Itapirapuã Paulista, Itariri, Jacupiranga, Juquiá, Juquitiba, Miracatu, Pariquera-Açu, Pedro de Toledo, Registro, Ribeira, São Lourenço da Serra, Sete Barras, Tapiraí. Já os do Estado do Paraná são: Adrianópolis, Bocaiúva do Sul, Cerro Azul, Doutor Ulysses, Itaperuçu, Rio Branco do Sul e Tunas do Paraná. A região destaca-se pelo alto grau de preservação de suas matas e por grande diversidade ecológica, possuindo áreas preservadas de Mata Atlântica, Restingas e Manguezais. Em contraste a este valioso patrimônio ambiental, o Vale do Ribeira é historicamente uma das regiões mais pobres dos estados de São Paulo e Paraná. Seus municípios possuem índices de desenvolvimento humano inferiores às respectivas médias estaduais, assim como os graus de escolaridade, emprego e renda de suas populações menores do que os de outras populações paulistas e paranaenses (QUILOMBOS DO RIBEIRA, 2011). Os principais ciclos econômicos que se instalaram no Vale do Ribeira ao longo da história foram a exploração aurífera, a partir do século 17, e de outros minérios até décadas recentes, e as culturas do arroz, do café, do chá e da banana. Estes ciclos transformaram o Vale do Ribeira em fornecedor de recursos naturais de baixo custo, explorados sem qualquer respeito ao patrimônio ambiental e cultural e sem geração de benefícios para a população residente. A principal cultura atualmente é a da banana, seguida da carne bovina, do tomate e da tangerina (QUILOMBOS DO RIBEIRA, 2011). 6.3.2. Municípios abrangidos O PESM abrange 25 municípios paulistas, como pode ser visto nas tabelas abaixo. 62 Tabela 15. Municípios abrangidos pelo PESM por núcleo Núcleo Municípios abrangidos Bertioga Bertioga e Biritiba Mirim Caraguatatuba Caraguatatuba, Paraibuna, Natividade da Serra Cunha Cunha e Ubatuba Curucutu Juquitiba, São Paulo, Itanhaém, Mongaguá e São Vicente Padre Dória Salesópolis, Paraibuna e Biritiba-Mirim Itariru Peruíbe, Pedro de Toledo, Juquitiba Itutinga Pilões Mogi das Cruzes, São Bernardo do Campo, Santo André, São Paulo, Cubatão, Santos, Praia Grande Picinguaba Ubatuba Santa Virgínia São Luiz do Paraitinga, Natividade da Serra, Cunha, Ubatuba e Caraguatatuba. São Sebastião São Sebastião Fonte: (INSTITUTO FLORESTAL, 2008) Tabela 16. Áreas aproximadas dos municípios abrangidas pelo PESM Município Área aproximada dos municípios Abrangidos pelo PESM (ha) % da Área Total do Município Bertioga 24.060 50% Biritiba Mirim 5.702 14% Caraguatatuba 35.947 78% Cubatão 7.389 50% Cunha 11.042 8% Itanhaém 21.095 37% Juquitiba 2.942 5% Mogi das Cruzes 287 0,4% Mongaguá 3.773 28% Natividade da Serra 8.522 10% Paraibuna 4.866 7% Pedro de Toledo 41.607 66% Peruíbe 6.697 21% Praia Grande 4.532 31% Salesópolis 8.084 19% 63 Santo André 414 2% Santos 12.694 47% 11.691 28% 7.728 11% São Paulo 6.934 2% São Sebastião 28.393 59% São Vicente 8.408 58% Ubatuba 54.271 80% São Bernardo do Campo São Luiz do Paraitinga Fonte: (INSTITUTO FLORESTAL, 2008) 6.4. Plano de Manejo O plano de manejo é um documento elaborado a partir de diversos estudos, incluindo diagnósticos do meio físico, biológico e social, sua elaboração é essencial para guiar a gestão de uma UC. Ele estabelece as normas, restrições para o uso, ações a serem desenvolvidas e manejo dos recursos naturais da UC, seu entorno e, quando for o caso, os corredores ecológicos a ela associados. Estes planos podem também incluir a implantação de estruturas físicas dentro da UC, visando minimizar os impactos negativos, garantir a manutenção dos processos ecológicos e prevenir a simplificação dos sistemas naturais (INSTITUTO FLORESTAL, 2008). Uma das ferramentas mais importantes do plano de manejo é o zoneamento da UC, que a organiza espacialmente em zonas sob diferentes graus de proteção e regras de uso. O plano de manejo também inclui medidas para promover a integração da UC à vida econômica e social das comunidades vizinhas, o que é essencial para que implementação da UC seja mais eficiente. É também neste documento que as regras para visitação são elaboradas (INSTITUTO FLORESTAL, 2008). O Plano de Manejo do PESM foi aprovado em 2006. Caracteriza-se por ser um plano inovador, pela sua característica de documento estratégico, elaborado a partir de uma abordagem que procurou selecionar temas, atividades e ações que fossem consideradas prioritárias para a utilização dos recursos materiais, humanos e financeiros disponíveis, identificando as áreas de concentração de esforços necessários às soluções (INSTITUTO FLORESTAL, 2008). Ele foi elaborado por meio de um processo multidisciplinar, participativo e contou com o levantamento e a análise de dados primários e secundários de fauna, flora, pressões e ameaças 64 causadas pela ocupação humana, turismo, educação ambiental, patrimônio cultural, recursos hídricos, gestão administrativa e gestão financeira do Parque (INSTITUTO FLORESTAL, 2008). Para conhecer o Plano de Manejo do PESM, acesse o link: http://fflorestal.sp.gov.br/planosde-manejo/planos-de-manejo-planos-concluidos/ 7. NÚCLEOS 7.1. Núcleo Bertioga 7.1.1. História Em 2010, o Núcleo Bertioga surgiu ao ser destacado da área do Núcleo Itutinga Pilões, o que foi considerado como um marco para a conservação da Mata Atlântica na região, uma vez que o Núcleo era grande demais e a gestão raramente atuava em Bertioga. Atulamente, o Núcleo Bertioga compreende uma área de 29.945 mil hectares, incluindo a área da planície de Bertioga, que corresponde ao trecho litorâneo paulista mais preservado de Mata Atlântica (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Adjacente ao Núcleo Bertioga, encontra-se outra unidade de conservação – o Parque Estadual da Restinga de Bertioga - criada também em 2010 e que abriga rica diversidade de ambientes, como dunas, praias, rios, florestas, mangues e uma variada vegetação de restinga, nos quais vivem animais raros e ameaçados de extinção (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Ambos as unidades possuem o mesmo gestor, potencializando a preservação na região. O Núcleo Bertioga abrange dois municípios paulistas: Bertioga e Biritiba Mirim. Seu nome é o mesmo da cidade de Bertioga, que antes da chegada de Portugueses, era chamada pelos índios de “Buriquioca” que na língua Tupi tem como significado Morada dos Macacos Buriquis (buriqui/muriqui - Brachyteles arachnoides: macaco grande; oca: morada) (BERTIOGASP, 2014). A História de Bertioga A história de Bertioga começa oficialmente a partir de 1532, quando Martin Afonso de Souza, nomeado por Portugal, Governador Geral da Costa, aportou seus navios na entrada do Canal de Bertioga, palco de árduas lutas de portugueses e seus aliados tupiniquins contra os tupinambás. Ao chegar no Brasil, fundou a Capitania de São Vicente (a qual pertencia Bertioga), com sede onde hoje é a nova cidade de Santos. Sua missão na Capitania era defender as missões portuguesas dos 65 ataques dos índios e colonizar a região. Naquela época introduziu a cana-de-açúcar como meio sustentável para que a Capitania prosperasse (JORNAL DA BAIXADA, s/d). Nessa mesma ocasião, os índios tupinambás (aliados aos franceses) que dominavam a região de Ubatuba, não queriam a presença dos colonizadores portugueses, uma vez que Martin Afonso já veio a mando da Coroa Portuguesa. Por outro lado, os portugueses contavam com o auxílio dos índios tupiniquins, fixados na região de Bertioga à Itanhaém. As duas tribos eram inimigas mortais (JORNAL DA BAIXADA, s/d). Neste mesmo ano, João Ramalho teria vindo à cidade a fim de verificar a possibilidade de estabelecer no local uma fortificação para defender São Vicente dos ataques tamoios. Assim como em vários pontos da costa brasileira, aqui foram construídas as paliçadas de um fortim. Essa paliçada primitiva daria origem ao que é hoje o cartão postal de Bertioga: o Forte São João. A fortaleza, considerada a mais antiga ainda erguida no Brasil, é um patrimônio histórico, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1940 (BERTIOGASP, s/d). Uma das figuras mais importantes para a história de Bertioga foi, sem dúvida, o artilheiro alemão Hans Staden, que deixou gravado várias observações a respeito da terra, fauna, flora e civilizações indígenas locais. Hans Staden fez duas viagens ao Brasil. Na primeira, em 1547, foi nomeado condestável do Forte São Felipe que, juntamente com o Forte São João de Bertioga, era responsável pela defesa da Vila de São Vicente. Capturado pelos tupinambás, permaneceu prisioneiro entre eles por cerca de nove meses. Foi também de Bertioga que, em 1565, Estácio de Sá e sua esquadra saíram para fundar a cidade do Rio de Janeiro (BERTIOGASP, s/d). Bertioga foi, até 1943, região livre e soberana. A história da dominação santista tem início em 1944, quando o então governador do Estado, Ademar de Barros, decretou a anexação de todo litoral norte a Santos. Em 1946, a prefeitura de Santos elevou Bertioga à condição de subprefeitura. No fim da década de 70, o desenvolvimento da região intensificou-se, devido à abertura das estradas Mogi-Bertioga e Rio-Santos. Em 1991, realizou-se o plebiscito que confirmaria a autonomia do Distrito, transformando-o num dos mais novos municípios paulistas. Realizada a primeira eleição em 1992, Bertioga consolidava sua autonomia, elegendo seu primeiro prefeito (BERTIOGASP, s/d). 7.1.2. Patrimônio Cultural A Trilha do Itapanhaú era um caminho histórico que ligava o Planalto (Mogi das Cruzes) ao Litoral (Bertioga). A trilha ainda conserva vestígios do traçado original, como trechos do caminho construído com pedras, além da Casa de Pedra, antigo casarão sede de uma fazenda inglesa que foi erguido em 1805 e restaurado no ano de 1916 (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). 66 7.1.3. Comunidades tradicionais No Parque Estadual Serra do Mar existem terras indígenas da etnia Guarani reconhecidas pelo Governo Federal, como as aldeias de Boa Vista do Sertão do Pró-Mirim, Guarani do Aguapeú, Bananal/Peruíbe, Ribeirão Silveira, Rio Branco (do Itanhaém) e Tenondé Porã. No Núcleo Bertioga há a Terra Indígena Ribeirão Silveira, que abrange também os municípios de Bertioga, São Sebastião e Salesópolis com uma área de 8.500 hectares (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013) e também tem superposição de terras com o Núcleo São Sebastião. Essa aldeia conta com aproximadamente 400 membros do povo guarani que mantêm a tradição viva através da dança, da música, do artesanato e da agricultura (SECRETARIA DE CULTURA E TURISMO, s/d). 7.1.4. Ecossistema O Núcleo Bertioga está inserido no bioma Mata Atlântica e tem como ecossistemas Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas e Floresta Ombrófila Densa Submontana e Montana (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). 7.1.5. Fauna e Flora O Núcleo apresenta uma fauna característica da Mata Atlântica, com a presença de animais como a Onça-Parda, Anta, Lontra, Cateto, Queixada, Gambá, Paca, Macuco, Jacutinga, Caracoleiro, Araponga, etc. (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Em relação à flora, a região tem uma grande quantidade plantas epífitas, ou seja, espécies que costumam usar as árvores ou rochas como suporte para obter mais luz, umidade e nutrição e são características do continente americano, principalmente nas regiões tropicais, como as bromélias e orquídeas. LONTRA (Lontra longicaudis) As lontras são animais de médio porte. Atingem de 53,0 cm 80,0 cm de comprimento. Possuem corpo alongado, com uma pelagem densa formada por uma camada interna de pelos mais finos e macios e outra externa de pelos mais longos e rígidos, com uma coloração predominantemente marrom e na região da garganta um pouco mais clara. Possuem uma longa cauda, que utiliza de leme quando estão na água. São animais solitários e com hábitos predominantemente diurnos, 67 porém podem ser vistos durante a noite. São semiaquáticos, abrigando-se em tocas feitas por eles as margens dos rios. Alimentam-se de peixes, crustáceos, moluscos e ocasionalmente de mamíferos e aves. Distribuem-se do México ao Uruguai. No Brasil habitam quase todo território nacional, onde as condições dos corpos d’água são propicias para a espécie (ViaRondon, 2011). CACHORRO-DO-MATO (Cerdocyon thous) Animais de médio porte da mesma família dos cães domésticos (Canidae) chegando a atingir de 60 cm a 70 cm de comprimento na fase adulta. Sua pelagem varia do cinzento ao castanho, com faixas de pêlos pretos da nuca até a cauda. Possui hábitos noturnos e costumam andar em pares ou em grupos familiar na hora da caça. Alimentam-se de frutos, pequenos vertebrados, insetos, peixes, crustáceos e carniça. No Brasil habitam os biomas Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal (ViaRondon, 2011). JAGUATIRICA (Leopardus pardalis mitis) A jaguatirica tende a ser a espécie de felino de pequeno-médio porte dominante nas áreas de cobertura vegetal mais densa, especialmente nas úmidas. O gradiente altitudinal vai desde o nível do mar até 3.800 m. É um táxon de porte médio, com corpo esbelto, cabeça e patas grandes e cauda pouco curta, caracterizada pela presença de rosetas abertas que coalescem, formando bandas longitudinais, numa pelagem de fundo amarelo-ocráceo. O comprimento médio da cabeça e do corpo varia entre 67 e 101,5 cm, enquanto o da cauda é de 30 a 44,5 cm e o peso médio fica em torno entre 8 a 15,1 kg. O período de gestação varia entre 70 e 85 dias, após o qual nascem de 1 a 4 filhotes. O potencial reprodutivo máximo de uma fêmea de sete anos, em vida livre, é de 5 a 7 filhotes. São solitários e noturnos. A área do macho engloba, normalmente, a área de duas a três fêmeas. Carnívora, possui um consumo médio de presas na natureza é de cerca de 700 g (OLIVEIRA et al., 2008). PACA (Cuniculus paca) A paca (Cuniculus paca) é considerada uma espécie Guarda-chuva e Cinegéticas para o Parque Estadual Serra do Mar (TAMOIOS INTELIGÊNCIA GEOGRÁFICA, 2011). É um animal de hábitos noturnos, terrestres, territoriais e de comportamento solitários. Habita áreas florestadas e tocas feitas em barrancos ou rochas. Vivem sempre próximo a cursos d´água, podendo imergir em busca de refugio contra predadores. Possuem hábito alimentar herbívoro e é dieta a base de frutos e brotos (Reis, Peracchi, Pedro, & Lima, 2011). Essa espécie não consta da lista Nacional nem da global de espécies ameaçadas, porém é considerada quase ameaçada regionalmente no estado de São Paulo (IUCN, 2011); (MMA, 2008); (SECRETARIA DO MEIO AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2009); (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). GAMBÁ (Didelphis aurita) Também chamado de saruê, são animais de médio porte apresentando de 35,5 cm a 45 cm de comprimento. Pelagem de coloração negra ou grisalha onde na região da face apresenta uma coloração mais esbranquiçada. As fêmeas dessa espécie possuem marsúpio, uma bolsa situada na parte ventral do animal, onde os embriões completam o desenvolvimento, agarrados a um mamilo para a sucção do leite materno. Possuem hábitos noturnos e solitários. Essa espécie adapta-se muito bem a vários ambientes vivendo até mesmo em grandes centros urbanos. Alimentam-se de pequenos mamíferos, invertebrados, aves, répteis, sementes e frutos (ViaRondon, 2011). 68 BROMÉLIAS As bromélias têm grande importância na manutenção da biodiversidade da fauna na Mata Atlântica, já que a disposição de suas folhas em roseta forma um reservatório onde se acumulam água e matéria orgânica, criando microhabitats para muitos organismos (STEINER et al., 2006). Vários animais como Bicho-preguiça (Bradypus variegatus), Bugio (Alouatta guariba), Quatis (Nasua nasua), além de diversas espécies de aves, se utilizam dos vasos de bromélias como bebedouro, como recurso alimentar, ou ainda, como fonte de alimento, por funcionarem como habitat e área de reprodução de insetos e pererecas, os quais são procurados aí por predadores como as serpentes (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Uma espécie típica de bromélia encontrada no núcleo é a Bromélia-zebra (Aechmea sp.) No núcleo também é possível observar espécies pioneiras indicadoras, como o Manacá da serra (Tibouchina mutabilis Cogn. - Melastomataceae), Embaúba (Cecropia pachystachya Trécul. – Urticaceae). As espécies pioneiras são aquelas que iniciam o processo de regeneração natural da floresta quando a cobertura florestal sofreu algum tipo de interferência (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). MANACÁ DA SERRA (Tibouchina mutabilis) O manacá da serra é uma planta pioneira e tolerante à luminosidade direta. Tem como característica flores com cores diversas e que mudam de coloração, indo do branco ao roxo passando pelo rosa, e que costuma florir entre os meses de Novembro e Fevereiro. Pode atingir até 12 metros de altura, com diâmetro de seu tronco de 30 centímetros. Suas folhas são rijas e a frutificação costuma a ocorrer em fevereiro-Março. Normalmente a dispersão das sementes ocorre pelo vento (anemocoria). O manacá da serra é muito utilizado para paisagismo. Além disso, fornece madeira para a construção civil (SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE DE SÃO PAULO, s/d). EMBAÚBA (Cecropia pachystachya Trécul) A embaúba é uma espécie pioneira, ou seja, aquelas que iniciam o processo de regeneração natural da floresta quando a cobertura florestal sofreu algum tipo de interferência, pois sua semente necessita de elevada luminosidade para germinar. Seu tamanho é de 4 a 7 m de altura com tronco de até 25 cm de diâmetro. Possui folhas de superfície superior áspera e inferior com “pêlos” microscópicos, o que dá uma aparência de penugem esbranquiçada; sua raiz é escora. A floração ocorre em setembro e outubro, com polinização realizada por abelhas. Já a frutificação é em junho e a dispersão é realizada por animais (zoocórica), como o Bicho-preguiça, Macaco-bugio, Morcegos e Aves, encontrados no núcleo. As formigas utilizam seu caule oco como abrigo e sua seiva como alimento. Em troca, afugentam predadores herbívoros (mamíferos e aves) que consomem suas folhas e frutos (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). 69 Lista das principais espécies da fauna e flora FAUNA: - AVES: as principais espécies estão listadas abaixo. A lista completa pode ser vista no anexo 4. Jaó-Do-Sul (Crypturellus noctivagus) Jacutinga (Aburria jacutinga) Gavião-Pombo-Pequeno (Amadonastur lacernulatus) Gavião-Pombo-Grande (Pseudastur polionotus) Gavião-Pega-Macaco (Spizaetus tyrannus) Gavião-Pato (Spizaetus melanoleucus) Caburé-Miudinho (Glaucidium minutissimum) Bacurau-Tesoura-Gigante (Hydropsalis forcipata) Choquinha-Pequena (Myrmotherula minor) Choquinha-Cinzenta (Myrmotherula unicolor) Maria-Leque-Do-Sudeste (Onychorhynchus swainsoni) Patinho-Gigante (Platyrinchus leucoryphus) Não-Pode-Parar (Phylloscartes paulista) Saí-De-Pernas-Pretas (Dacnis nigripes) Pixoxó (Sporophila frontalis) Cigarra-Verdadeira (Sporophila falcirostris) Cais-Cais (Euphonia chalybea) Fonte: SCHUNCK, 2015 - MAMÍFEROS ● Jaguatirica (Leopardus pardalis) ● Paca (Cuniculus paca) ● Muriqui (Brachyteles arachnoides) ● Sussuarana (Puma concolor) ● Lontra (Lontra longicaudis) ● Macaco-prego-preto (Cebus nigritus) ● Sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita) ● Cateto (Pecari tajacu) ● Queixada (Tayassu pecari) ● Anta (Tapirus terrestres) ● Gambá (Didelphis sp) ● Quati (Nasua nasua) ● Bugio (Alouatta guariba) ● Tatu (Dasypus novemcinctus) ● Veado mateiro (Mazama americana) ● Cachorro-do-mato (Cerdocyon thous) Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 - ANFÍBIOS E RÉPTEIS ● Sapinho-de-riacho (Cycloramphus cf. boraceiensis) ● Rã-de-corredeira (Hylodes phyllodes) ● Sapo-cururuzinho (Rhinella ornata) 70 ● Rãzinha (Physalaemus sp.); ● Sapinho-de-riacho na forma jovem (Cycloramphus cf. boraceiensis); ● Sapo-cururu (Rhinella cf. schneideri) ● Jararaca (Bothropoides jararaca) ● Lagarto-camaleão (Enyalius perditus) Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 FLORA: ● Manacá da Serra (Tibouchina mutabilis) ● Embaúba (Cecropia pachystachya) ● Palmito-juçara (Euterpe edulis) ● Figueira-mata-pau (Ficus guaranitica Chodat. – Moraceae), ● Samambaiaçu (Cyathea atrovirens) ● Samambaia-xaxim (Dicksonia sellowiana – Dicksoniaceae) ● Bromélia-zebra (Aechmea sp.) ● Helicônia (Heliconia velloziana) ● Lianas herbáceas (Philodendron sp. – Araceae) ● Samambaia (Thelypteris subg. Meniscium (Thelypteridaceae - Pterophyta) ● Samambaia-do-barranco (Dicranopteris pectinata (Willd.) – Gleicheniaceae) ● Calatéia (Calathea sp. – Marantaceae) ● Gravatá (Nidulariun sp. – Bromeliaceae) ● Licopodium (Lycopodium cernuum Linn. – Lycopodiaceae) ● Jucá (Caesalpinia ferrea Mart. Ex Tul. Var. ferrea – Fabaeae) ● Palmeira-indaiá (Attalea dubia (Mart.) Burret – Arecaceae) ● Brejaúva (Astrocaryum aculeatissimum (Schott) Burret – Arecaceae) ● Erva-de-anta (Psychotria nuda (Cham. and Schltdl.) Wawra – Rubiaceae) ● Camboatá (Cupania sp.) ● Guaricanga (Geonoma elegans Mart. – Arecaceae) ● Bicuíba (Virola bicuhyba– Myristicaceae) ● Jatobá (Hymenaea courbaril) ● Espécies de Orchidaceae e Bromeliaceae Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 - FUNGOS ● Elevada riqueza de organismos decompositores do grupo dos Basidiomycota. Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 7.1.6. Serviços Ecossistêmicos O Núcleo Bertioga presta diversos serviços principalmente para a sua comunidade do entorno: ● Regulação da qualidade do ar e do clima; ● Proteção dos morros e encostas; ● Proteção dos solos; ● Bem-estar, lazer e turismo; 71 ● Polinização; ● Recursos hídricos. O Núcleo ajuda a preservar importantes mananciais de água que formam, juntamente com outros rios, a Bacia Hidrográfica da Baixada Santista. Assim, todo abastecimento de água de Bertioga tem origem no PESM. Alguns rios que nascem no Núcleo são: Rio Itapanhaú, principal rio do município em volume de água, Rio Guaratuba e Rio Itaguaré. Além disso, a Usina hidrelétrica Itatinga, de propriedade da CODESP (Companhia Docas de Santos), localizada no sopé da Serra do Mar, produz, com água do rio Itatinga, energia elétrica suficiente para abastecer praticamente todo o porto de Santos. 7.1.7. Atrativos O Núcleo Bertioga conta com diversos atrativos naturais, como trilhas, cachoeiras e piscinas naturais. Os principais atrativos do núcleo são: Trilha do Itapanhaú A Trilha do Itapanhaú abrangia uma parte do caminho histórico entre o Planalto (Mogi das Cruzes) e o Litoral (Bertioga), sendo utilizado para práticas mercantis até a década de 80, quando foi construída a estrada Mogi-Bertioga (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Sua denominação tem origem indígena, tupi guarani, significando em sua toponímia “Caminho das Pedras”. Na trilha em meio a Mata Atlântica é possível os vestígios da pavimentação ainda de pedra. Entre os diversos atrativos, destaca-se (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013): ● Cachoeira Véu de Noiva: com enormes paredes de rocha em meio à mata atlântica a Cachoeira do Véu de Noiva tem aproximadamente 70 metros de altura e se projeta em uma fantástica queda rumo ao profundo vale do rio Itapanhaú; ● Poço do Rio Itapanhaú: quando a trilha atinge o fundo do vale, o rio Itapanhaú forma um profundo poço de águas verdes e cristalinas, cercado por uma exuberante Mata Atlântica. O poço é uma parada ideal para um lanchinho contemplativo e refrescante banho nas águas do rio; ● Poço do Bóia-Cross: o Rio Itapanhaú se alarga formando um gigantesco poço com águas calmas e cristalinas. Cercado por rochas e uma bela floresta fechada, densa e com rica biodiversidade é o ponto de partida para aventureiros que decidem conhecer mais intimamente o traçado do rio através do Bóia-cross; 72 ● Casa de Pedra: antigo casarão sede de uma fazenda inglesa que foi construído em 1805 e restaurado no ano de 1916. Atualmente serve de moradia para uma família e pertence a uma empresa de mineração. Percurso: 11.367 metros Tempo estimado: 05h00min Nível de dificuldade: moderado a difícil Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 Trilha Torre 47 A trilha começa na ponte da Banana, que foi construída em 1929, e que passa em cima do Rio Jacareguava e segue pelo linhão de transmissão de energia, até a torre 47, que dá nome para trilha e cachoeira. Percurso: 4.4800 metros Tempo estimado: 04h00min (ida e volta) Nível de dificuldade: moderado Outros atrativos em Bertioga Bertioga tem mais de uma dezena de trilhas ecológicas, algumas fáceis, outras nem tanto, mas a maioria delas proporcionando banhos em rios e cachoeiras, além do contato com a biodiversidade da Mata Atlântica. As trilhas só podem ser utilizadas por agências credenciadas e com o acompanhamento de um monitor treinado e autorizado pela Prefeitura (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Trilha da Prainha Branca Também é conhecida como Vila dos Pescadores, fica do outro lado do canal de Bertioga, na Ilha de Santo Amaro (Guarujá) e é tombada pelo Condephaat. No final da Rodovia Guarujá – Bertioga há uma trilha que dá acesso às ruínas da Ermida de Santo Antônio do Guaíbê e da Armação das Baleias. Depois é só subir o morro em direção à Vila, durante a caminhada pode-se ter contato com a biodiversidade da Mata Atlântica e uma visão maravilhosa do mar aberto. Na Prainha Branca, lugar de águas calmas e límpidas, é possível se banhar além de ter contato com a vida dos pescadores e seus equipamentos artesanais. Até hoje, muitos pescadores da comunidade 73 fazem da pesca artesanal, o seu sustento e fabricam canoas feita com troncos de árvores (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Percurso: 3.000 metros Tempo estimado: 04h00min Nível de dificuldade: regular Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013. 7.1.8. Informações gerais sobre o Núcleo Dados gerais Área 29.945 mil hectares Bioma Mata Atlântica Município da sede Bertioga Municípios Abrangidos Bertioga e Biritiba Mirim Endereço da sede Sede administrativa: Rua Gonçalo da Costa, 140 - Centro - Bertioga-SP CEP 11250-000 Escritório urbano Sede administrativa: Rua Gonçalo da Costa, 140 - Centro - Bertioga-SP CEP 11250-000 Bases e outras funções Ainda não há Telefones (13) 3317-2094 Sinal de celular da sede s/n Sinal de celular da base s/n E-mail da UC [email protected] Nome do Gestor Carlos Sergio dos Santos Esportes Radicais Capacidade de hospedagem Valor da hospedagem na UC Centro de visitantes Capacidade do auditório Capacidade do refeitório 74 Lanchonete Quiosques pic nic Camping na UC Facilidades no entorno imediato Pousadas e Restaurantes Tipo de Acesso Rodoviário Distância de SP 122,2 km Distância cidade mais próxima(s) Santos 63 km; Mogi das Cruzes 65 km; Guarujá 40 km Cobrança de Ingresso e valor Amplitude Altitudinal 20 a 70m Amplitude de Temperaturas 10° a 34°C Bases e outras funções Base de Proteção/Uso Público Endereço Telefone Capacidade de Hospedagem Mais Informações Sede Administrativa Dias e horário de funcionamento de Segunda a Sexta-feira, das 8:00 às 17:00 Telefones para informação (13) 3317 2094 E-mail [email protected] Gestor (a) Carlos Sergio dos Santos Endereço Rua Gonçalo da Costa, 140 - centro - Bertioga SP CEP. 11250-000 Visitação Dias e horário de funcionamento Endereço 75 Normas de Visitação e Segurança do PESM É proibida a entrada de pessoas descalças. Obrigatório o uso de calçado fechado (tênis ou bota); É proibido o consumo de bebida alcoólica dentro da UC; É proibido o uso de shampoo, sabonete, creme, etc., nas piscinas naturais; É proibido fazer churrasco ou qualquer tipo de fogueira dentro da UC; É proibida a retirada ou a introdução de qualquer espécie (flora e fauna) assim como de qualquer outro produto (pedras, madeiras, etc.) desta UC. Normas para as trilhas Nunca ultrapasse o monitor, pois é ele que irá avisar se houver algum perigo; Mantenha-se no caminho pré-determinado, andando sempre um atrás do outro, para evitar o alargamento da trilha; Não correr, gritar ou falar muito alto, isso pode assustar os animais; Observe os locais antes de apoiar as mãos ou se sentar, pois há muitos animais e insetos peçonhentos que se camuflam e se encontrar algum animal, mantenha a distancia; Não retire flores, frutos, plantas silvestres ou pedras. Quando encontrar galhos ou folhas no meio da trilha, não os retire, pois é onde as cobras gostam de se esconder. Apenas desvie; Não se arrisque nas pedras e não puxe ou pendure em cipós; Temos várias lixeiras que estão colocadas em pontos estratégicos. Então, todo lixo produzido durante a permanência, deverá ser trazido de volta; Símbolo 76 7.2. Núcleo Caraguatatuba 7.2.1. História Os primeiros estudos para a criação da Reserva Florestal de Caraguatatuba datam de 1939, mas a efetivação da Reserva como Unidade de Conservação aconteceu apenas em 1956, por meio do Decreto Estadual nº 26.393. No entanto, a configuração da Reserva como Parque Estadual de Caraguatatuba ocorreu em 14/05/1962 com a promulgação do Decreto Estadual nº 6.884. Em 1977, o parque foi então incorporado ao Parque Estadual Serra do Mar, criado nesse mesmo ano pelo Decreto n° 10.251 (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Dos 332 mil hectares de área do Parque Estadual Serra Mar, 35.947 mil hectares estão localizados no Núcleo Caraguatatuba. Os remanescentes de Mata Atlântica presentes nesse núcleo são formados por exuberantes paisagens, como os mananciais da represa de Paraibuna, os incríveis cenários vistos a partir da Rodovia dos Tamoios e da Estrada do Rio Pardo, matas de encosta, rios e cachoeiras (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(a)). O Núcleo Caraguatatuba abrange 3 municípios paulistas: Caraguatatuba, Natividade da Serra e Paraibuna. Seu nome, assim como da cidade de Caraguatatuba remonta a planta caraguatá (Bromelia pinguin), espécie da família Bromeliaceae, que na língua indígena quer dizer planta espinhosa, pois apresenta longas folhas com fortes espinhos nas bordas e de colorido vermelhoarroxeado quando em flor e tuba, que em tupi significa “muito”, ou seja, região onde havia muito caraguatá. As fibras contidas no fruto dessa planta serviam para o preparo de roupas, cintos e bolsas. Os frutos são apreciados crus, cozidos ou assados e era importante na alimentação dos índios. Quando ocupam grandes áreas, formam barreiras que servem de esconderijos para ninhos de jacarés e refúgios de cobras, tatus, porcos e tamanduás. Na medicina popular, seus frutos, são utilizados para xaropes contra tosse, gripe e pneumonia. História de Caraguatatuba e a catástrofe de 67 Os primeiros sinais de povoamento surgiram após 1534, quando o rei Dom João III de Portugal dividiu o Brasil em 15 Capitanias Hereditárias e as entregou em regime de hereditariedade a nobres, militares e navegadores ligados à da Corte. O objetivo do reino português era facilitar a administração e acelerar a colonização das recém-ocupadas terras brasileiras (SECRETARIA MUNICIPAL DE TURISMO DE CARAGUATATUBA, s/d). 77 Foi criada então a Capitania de Santo Amaro, que se estendia da foz do Rio Juqueriquerê, em Caraguatatuba, até Bertioga. Mas Caraguatatuba surgiu apenas no século 17, por meio da concessão de Sesmarias -- um instituto jurídico criado pelo Império de Portugal para distribuição de terras a particulares para a produção de alimentos. Foi exatamente naquele ponto que a cidade começou a nascer entre 1664 e 1665. Mas o pequeno povoado foi assolado por diversos surtos, entre eles o mais mortífero ocorreu em 1693 - a varíola, que dizimou boa parte da população (SECRETARIA MUNICIPAL DE TURISMO DE CARAGUATATUBA, s/d). O novo povoado foi elevado à condição de Vila de Santo Antônio de Caraguatatuba em 1770. No século 19, o presidente da Província de São Paulo, Manuel da Fonseca Lima e Silva, ordenou que a vila passasse a ser denominada Freguesia. Caraguatatuba recebeu sua emancipação política e administrativa em 1857. A população ainda teve de superar um surto de malária, em 1884, e outro de gripe espanhola, em 1918 (SECRETARIA MUNICIPAL DE TURISMO DE CARAGUATATUBA, s/d). O ressurgimento e, posteriormente, o crescimento do povoado só veio com a chegada de famílias de estrangeiros, que se instalaram na Fazenda dos Ingleses. A propriedade se estabeleceu em 1927 e trouxe benefícios como o aumento da população, a formação de trabalhadores agrícolas e artesãos, o surgimento do comércio e o crescimento substancial da arrecadação municipal (SECRETARIA MUNICIPAL DE TURISMO DE CARAGUATATUBA, s/d). O progressismo da Freguesia de Santo Antônio de Caraguatatuba forçou o Governo do Estado de São Paulo a reconhecê-la como Estância Balneária em 1947. Sua comarca foi instalada poucos anos depois, em 1965 (SECRETARIA MUNICIPAL DE TURISMO DE CARAGUATATUBA, s/d). Em 1967 ocorreu uma nova catástrofe, uma espécie de dilúvio dos morros. Após vários dias de chuvas constantes, o solo acabou enfraquecido e saturado, provocando deslizamentos de terras. Centenas de casas foram soterradas e os rios ganharam fortes correntezas arrastando não somente casas, mas árvores, pontes, entre outros. Na ocasião, o governador do Estado decretou alerta máximo, uma vez que a cidade ficou ilhada, e o Exército teve de prestar auxílio para os sobreviventes. Não se sabe ao certo quantas foram as vítimas desse episódio, que destruiu a cidade, fazendo-a a partir daí renascer, por meio daqueles que sobreviveram e acreditaram no recomeço. Como medida de emergência plantou-se o pinus devido à facilidade de crescimento e por reter grande quantidade de água do solo e, também, por conta do estado possuir na época um grande banco de sementes da árvore. O pinus faz parte do grupo de espécies de pinheiros com área de distribuição no Canadá e Estados Unidos da América. Possui grande porte com altura entre 78 18 m e 30 m. É conhecido por ser uma espécie agressiva, pois captura uma grande quantidade de água e minerais do solo. 7.2.2. Patrimônio Cultural No Núcleo Caraguatatuba é possível observar alguns patrimônios culturais. São eles: Trilha dos Tropeiros Os registros históricos do uso da trilha remontam ao século XIX, quando era uma estrada com calçamento de pedra utilizada para atividades de comércio entre o litoral e o planalto. Todavia, há indícios que o traçado era utilizado anteriormente pelos índios para atividades de caça. Essa afirmação baseia-se em relatos de que, na década de 1960, foram encontrados objetos arqueológicos, como pontas de lanças, por antigos moradores. Outro fato relatado é que a trilha, além de utilizada para o comércio, faria parte de diversos caminhos alternativos usados para o tráfico de escravos, dentre os quais o mais importante era a Rota Dória. Seu traçado inicial foi bastante alterado pela Catástrofe de 1967, quando grande parte do percurso original (aproximadamente 80%) foi soterrada (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). ● Forno de carvão da sede: O forno de carvão não está localizado no traçado da trilha e sim na sede do núcleo, após a hospedaria, próximo à saída da trilha dos Tropeiros. É considerado no Plano de Manejo como um bem prioritário para conservação, dentro da Zona Histórico-Cultural Arqueológica. Insere-se no histórico da segunda metade do século XIX, quando houve a construção da estrada de ferro Santos-Jundiaí (São Paulo Railway) que levou à transformação do padrão de ocupação do litoral (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). ● Estruturas remanescentes da trilha construída e percorrida pelos escravos que conectava o litoral ao planalto, com estruturas de arrimo. Na trilha já foram encontrados ferraduras, com aproximadamente 100 anos, que eram usadas pelas tropas de mulas que carregavam a carga para troca ou para venda no Vale do Paraíba; e telhas de barro moldadas nas coxas de escravos. Com o processo de industrialização resultado em produtos perfeitos, as telhas que saiam com defeito eram apelidadas de “feitas nas coxas”. E até hoje tudo que apresenta defeito é chamado de feito nas coxas. Trilha do Poção ● Forno de carvão: O forno de carvão localiza-se na trilha, próximo à sede do núcleo. É considerado pelo Plano de Manejo como bem cultural de baixa significância em estado crítico de conservação. Insere-se no histórico da segunda metade do século XIX, 79 quando houve a construção da estrada de ferro Santos-Jundiaí (São Paulo Railway) que levou à transformação do padrão de ocupação do litoral (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). PAU JACARÉ (Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F. Macbr.) A apresentação do bem cultural (forno de carvão) relaciona-se à explicação sobre a árvore mais utilizada, na época, para a produção do carvão. Esta árvore é uma das primeiras a se instalar numa área em regeneração natural e, por isso mesmo, é muito abundante e frequente nos fragmentos de Mata Atlântica nos estágios inicial, médio e até no bordo dos fragmentos mais preservados. A espécie é adaptada às condições ambientais severas, como maior insolação, menor disponibilidade de água e nutrientes, solo geralmente compactado. Além disso, produz uma grande quantidade de sementes e possui uma taxa de crescimento elevada, atingindo cerca de 5m aos 2 anos. Todavia, tem ciclo de vida curto, de 20 a 40 anos e por isso é denominada pioneira. Por ser uma madeira mole é utilizada para acabamentos internos, armação de móveis, miolos de portas, confecção de brinquedos e embalagem. Porém, sua utilização mais frequente é como lenha e carvão. Suas flores têm também valor melífero, por isso pode ser utilizada em apicultura (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). 7.2.3. Comunidades tradicionais Não há comunidades tradicionais (quilombolas, indígenas e caiçaras) no Núcleo Caraguatatuba e no seu entorno. Há apenas moradores locais. 7.2.4. Ecossistema e Geomorfologia O núcleo Caraguatatuba está inserido dento do bioma Mata Atlântica e tem como ecossistemas Florestas Deciduais Densa e Áreas Degradadas (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). O núcleo possui relevo montanhoso, sendo cortado por vales profundos e encostas íngremes que tem como pontos máximos de altitude os Picos do Ouriço (1.297m), da Pedra Verde (1.297m), da Pedra Preta (1.213m) e a Pedra da Onça (1.297m) (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). 7.2.5. Fauna e Flora O núcleo apresenta uma grande diversidade de fauna e flora. Apesar de seu símbolo ser a onça-pintada, atualmente é muito difícil encontrá-la. Atualmente, os principais animais vistos são: anta, paca, lontra, muriqui, queixada, jaguatirica, onça parda, macaco-prego, cateto, macuco, caracoleiro, sabiá-cica, etc. (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Em relação à flora, as principais 80 espécies vegetais encontradas no núcleo são: palmito juçara, samambaiaçu, bromélias, orquídeas, caraguatá, jequitibá, figueira, canela, embaúba e pinus (exótica) (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). ONÇA-PARDA (Puma concolor) Os pumas são felinos de grande porte, seu tamanho pode chegar a 1,95 m e podem alcançar 70 kg. Possui coloração branca nas patas e em algumas regiões do peito e pescoço. Sua cauda é comprida e fina, escurecendo gradativamente até chegar a uma ponta preta. Habita florestas densas e bordas de florestas, mas também campos e cerrado, sempre próximo a regiões com água em abundância. É encontrada em todo o Brasil. É um animal carnívoro e possui alimentação bastante variada, desde pequenos vertebrados até os de médio porte, como veados e porcos (ICMBio). O período de gestação é de aproximadamente 95 dias. As fêmeas têm de um a seis filhotes por ninhada. Possui uma enorme importância na natureza, pois realiza controle populacional das espécies de roedores e marsupiais, evitando que suas populações cresçam de forma descontrolada (ICMBio). Vive solitário, é noturno e terrestre (ViaRondon, 2011). MACACO – BUGIO (Alouatta guariba) Primata que mede entre 42 e 63 cm (cabeça e corpo), com sua cauda variando de 48 a 69 cm que auxilia na locomoção e na alimentação. Possui barba espessa, os machos adultos são avermelhados e pesam entre 5 e 9 kg e as fêmeas adultas são marrons, menores que os machos e pesam entre 4 e 7 kg. O bugio é pouco ativo e raramente desce ao solo. Tudo que necessita para viver é obtido nas copas das árvores, inclusive a água, que é retirada de troncos ocos, vasos de bromélias, musgos e outras plantas epífitas. Alimenta-se de folhas de embaúba, presentes no núcleo , tapiá, frutos de jerivá, sementes, flores, caules, cascas de diversas outras espécies de árvores e liquens, facilmente encontradas no Núcleo. É fácil identifica-lo pela sua vocalização (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). CATETO (Tayassu tajacu) O cateto é considerado uma espécie guarda-chuva e cinegética da Mata Atlântica. Também conhecido como porco do mato, mede de 82 a 100 cm de comprimento total e pesa entre 17 e 30 kg. Seus pêlos são longos e grossos, a coloração geral é preto-acinzentada com reflexos esbranquiçados, por terem as pontas dos pêlos brancas; o filhote é mais claro que o adulto. A fêmea tem 4 pares de mamas, mas apenas 2 são funcionais. Alimenta-se principalmente de frutos silvestres caídos no chão, folhas, brotos, talos, raízes, pequenos animais vertebrados, como rãs, ratos e cobras pequenas e invertebrados como minhocas, larvas etc. Tem hábito diurno e crepuscular. Chega a viver até 20 anos. Só ocorrem em áreas bem preservadas de florestas e de relativa extensão. O cateto assim como o queixada, são os únicos representantes de porcos do mato brasileiros. Por ser um animal de médio porte torna-se alvo fácil dos caçadores e está desaparecendo em muitos lugares. Os desmatamentos vêm reduzindo seu hábitat o que causa escassez de alimento e conseqüentemente o extermínio da espécie. O hábitat reduzido também facilita a ação dos caçadores, já que eles não têm para onde fugir ou se esconder. A espécie está ficando rara (INSTITUTO RÃ-BUGIO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE, s/d (a)). TATU-GALINHA (Dasypus novemcinctus) 81 O tatu-galinha é um animal de pequeno porte, podendo atingir de 39,5 cm a 57,3 cm de comprimento e sua cauda pode chegar de 29 a 45 cm. Apresenta uma carapaça dura com coloração marrom escura com escudos amarelados. Possui o hábito de viver em tocas, que chegam até 6 metros de profundidade. Preferencialmente tem hábitos noturnos, mas também pode ser vistos durante o dia. Alimenta-se de invertebrados, plantas, pequenos vertebrados, ovos e carniças. Habita desde o Sul dos Estados Unidos atravessando a América Central até o noroeste da Argentina e do Uruguai. Nos biomas brasileiros ocorrem na Amazônia, caatinga, cerrado, Mata Atlântica, Pantanal e Campos Sulinos (ViaRondon, 2011). IRARA (Eira barbara) A irara é um animal de médio porte, seu comprimento varia de 56 cm a 68 cm. A cor da pelagem é marrom escura no corpo, escurecendo em direção à cauda, e a cabeça e o pescoço tendem a apresentar um marrom mais claro. Alimenta-se de pequenos vertebrados, frutos, cana-de-açúcar e mel. Localizam-se desde sul do México até o norte da Argentina. Distribui-se em quase todo o Brasil, pelos biomas Amazônia, cerrado, caatinga, Pantanal e Mata Atlântica. São animais que normalmente são solitários com hábitos diurnos, são muito ágeis, ótimos corredores e nadadores e com bastante habilidade em escalar em árvores a procura de aves ou abelhas silvestres (ViaRondon, 2011). EMBAÚBA (Cecropia pachystachya Trécul) A embaúba é uma espécie pioneira, ou seja, aquelas que iniciam o processo de regeneração natural da floresta quando a cobertura florestal sofreu algum tipo de interferência, pois sua semente necessita de elevada luminosidade para germinar. Seu tamanho é de 4 a 7 m de altura com tronco de até 25 cm de diâmetro. Possui folhas de superfície superior áspera e inferior com “pêlos” microscópicos, o que dá uma aparência de penugem esbranquiçada; sua raiz é escora. A floração ocorre em setembro e outubro, com polinização realizada por abelhas. Já a frutificação é em junho e a dispersão é realizada por animais (zoocórica), como o Bicho-preguiça, Macaco-bugio, Morcegos e Aves, encontrados no núcleo. As formigas utilizam seu caule oco como abrigo e sua seiva como alimento. Em troca, afugentam predadores herbívoros (mamíferos e aves) que consomem suas folhas e frutos (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). JEQUITIBÁ-ROSA (Cariniana legalis (Mart.). Kuntze) Nas trilhas do núcleo é possível observar jequibás-rosa com, em média de 500 anos. Essa espécie pode atingir de 30 a 50 m de altura, e por este motivo possui raiz pivotante, raiz com um eixo principal alongado e que penetra mais profundamente no solo. Sua copa globosa tem a forma de um guarda-chuva. O caule é lenhoso e reto, com diâmetro de 70 a 100 cm. Suas folhas são simples, membranáceas, glabras (lisas), de formato elíptico-lanceolado e semicaducas (algumas caem). A floração ocorre durante os meses de dezembro a fevereiro. Suas flores são bissexuadas, de cor amarela, e ocorrem em inflorescência dispostas em forma panícula terminal densa. A polinização se faz por abelhas (melitofilia). O fruto do tipo seco é uma caixinha lenhosa, com uma abertura deiscente. Devido à semelhança com o covo, uma armadilha para peixe utilizada pelos índios Tupi-Guarani (ibá=fruto e iqui=armadilha), esta árvore leva esse nome. A frutificação acontece no período de agosto a setembro, e sua semente alada é dispersa por anemocoria (vento). Seu crescimento é de moderado a rápido, chegando a atingir até 3 m em 2 anos. É uma das maiores espécies arbóreas brasileiras, e pelo fato de ocorrer sempre em ambiente florestado é classificada como espécie secundária tardia, por esta razão pode ser utilizada como espécie indicadora de mata secundária em estágios médio a avançado de regeneração, ou ainda 82 de mata primária. O “gigante das florestas” como é merecidamente cognominado, pode ultrapassar 500 anos de idade. Atualmente, esta espécie encontra-se em risco de extinção, devido principalmente à utilização de sua madeira de lei e pela diminuição dos ambientes florestais, uma vez que o Jequitibá-rosa além de pouco abundante em seu ambiente natural, necessita das condições ambientais dos ecossistemas florestais para se desenvolver (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Lista das principais espécies da fauna e flora FAUNA: - AVES: as principais espécies estão listadas abaixo. A lista completa pode ser vista no anexo 4. Jacutinga (Aburria jacutinga) Gavião-Pombo-Pequeno (Amadonastur lacernulatus) Gavião-Pombo-Grande (Pseudastur polionotus) Gavião-Pega-Macaco (Spizaetus tyrannus) Gavião-Pato (Spizaetus melanoleucus) Peixe-Frito-Pavonino (Dromococcyx pavoninus) Caburé-Miudinho (Glaucidium minutissimum) Beija-Flor-De-Topete (Stephanoxis lalandi) Sabiá-Cica (Triclaria malachitacea) Choquinha-Pequena (Myrmotherula minor) Choquinha-Cinzenta (Myrmotherula unicolor) Entufado (Merulaxis ater) Maria-Leque-Do-Sudeste (Onychorhynchus swainsoni) Chibante (Laniisoma elegans) Anambezinho (Iodopleura pipra) Patinho-Gigante (Platyrinchus leucoryphus) Não-Pode-Parar (Phylloscartes paulista) Maria-Pequena (Phylloscartes sylviolus) Papa-Moscas-Estrela (Hemitriccus furcatus) Vite-Vite (Hylophilus thoracicus) Pixoxó (Sporophila frontalis) Fonte: SCHUNCK, 2015 - MAMÍFEROS: Bugio (Alouatta guariba) Macaco-prego (Cebus nigritus) Anta (Tapirus terrestris) Jaguatirica (Leopardus pardalis) Onça-parda (Puma concolor) Queixada (Tayassu pecari) Cateto (Pecari tajacu) Lontra (Lontra longicaudis) Paca (Cuniculus paca) Cutia (Dasyprocta azarae) 83 Caxinguelê (Guerlinguetus ingrami) Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 - RÉPTEIS E ANFÍBIOS Adenomera cf. marmorata Bufo ornatus Cycloramphus boraceiensis Sapinho-da-bromélia (Dendrophryniscus cf. brevipollicatus) Eleutherodactylus binotatus Eleutherodactylus bolbodactylus Eleutherodactylus guentheri Eleutherodactylus parvus Enyalius cf. iheringi Flectonotus fissilis Hyla albosignata Hyla hylax Hyla semilineata Hyla sp. 2 Hylodes asper Hylodes phyllodes Phasmahyla sp. Proceratophrys appendiculata Scinax sp. 3 Scinax sp. (gr. perpusillus) Canina (Spilotes pullatus) Rã-das-pedras (Thoropa miliaris) Bufo ictericus Hyla faber Hyla sp. 1 Imantodes cenchoa Scinax angrensis Eleutherodactylus cf. guentheri (esverdeado) Eleutherodactylus sp. 1 Fonte: INSTITUTO EKOS BRASIL, s/d FLORA: Palmeira-juçara (Euterpe edulis) Gravatá (Nidulariun sp. – Bromeliaceae) Bambu (Olyra sp. - Poaceae) Embaúba (Cecropia pachystachya) Figueira-mata-pau (Ficus insipida Willd. - Moraceae) Quaresmeira (Tibouchina granulosa Cogn.) Manacá-da-serra (Tibouchina mutabilis – Cogn.) Canela (Licania armeniaca (Ness) Kosterm.) Canela-sassafrás (Aniba firmula (Nees and Mart) Mez) Araçarana (Marlierea sp.) Caroba (Jacaranda micrantha Cham. – Bignoniaceae) 84 Pariparoba (Piper umbellatum L. - Piperaceae) Ingá (Inga striata (Benth.) – Fabaceae). Guapuruvu (Schizolobium parahyba (Vell.) S.F. Blake - Fabaceae) Pau-jacaré (Piptadenia gonoacantha (Mart.) Cedro (Cedrela fissilis Vell. – Meliaceae) Figueira (Ficus insipida Willd. – Moraceae) Jequitibá-rosa (Cariniana legalis) Samambaiaçu (Dicksonia sellowiana) Pau-brasil (Caesalpinia echinata) Bromelia (gênero) Orchidaceae (família) Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 7.2.6. Serviços Ecossistêmicos O Núcleo Caraguatatuba presta diversos serviços principalmente para a sua comunidade do entorno: ● Regulação da qualidade do ar; ● Proteção dos morros e encostas; ● Proteção dos solos; ● Bem-estar, lazer e turismo; ● Polinização; ● Recursos hídricos. Um importante papel exercido pela Mata Atlântica é a proteção de encostas das serras contra deslizamentos provocados por eventos climáticos extremos. Como exemplo, podemos citar um estudo de caso realizado pelo Ministério do Meio Ambiente, que fez uma análise das regiões mais atingidas pelas enchentes de 2011 e que demonstrou que apenas 8% dos deslizamentos ocorreram em áreas de vegetação nativa bem conservada, ou seja, pouco antropizadas (MMA, 2014). Um caso real para o núcleo é a “Catástrofe de 67”. Em 1967, Caraguatatuba foi assolada por uma forte tromba d´água que se abateu sobre a Serra do Mar descendo as encostas, destruindo tudo por onde passava, arrastando centenas de árvores e fazendo vítimas fatais. Apesar do grande volume de chuva, a “Catástrofe de 67” não foi apenas um fenômeno climatológico. Colaborou também com a tragédia a falta de planejamento quando da ocupação irregular e remoção de vegetação das encostas da Serra do Mar, incentivadas por investimentos como o da Fazenda dos Ingleses, que provocaram, após intensas chuvas, a maior catástrofe ambiental da História do Brasil. As mesmas chuvas inviabilizaram o funcionamento da Fazenda dos Ingleses que encerrou suas atividades logo após a tromba d'água (MUSEU NÁUTICO, 2013). Talvez se a 85 vegetação não tivesse sido removida, os desastres provocados pela intensa chuva poderiam ter sido menores. Além disso, a Mata Atlântica preservada pelo Núcleo Caraguatatuba também fornece outro serviço fundamental para a população. O Núcleo é percorrido por rios que formam as Bacias do Rio Juqueriquere, maior bacia do litoral norte e com trechos navegáveis; do Rio Santo Antônio; do Rio Mococa e do Rio Guaxinduba. Esses rios abastecem todo município de Caraguatatuba, fornecendo água para mais de 100 mil habitantes. No planalto (Natividade da Serra), o núcleo também abriga nascentes que contribuem para os mananciais da represa de Paraibuna, considerado “Berço do Rio Paraíba do Sul”. Juntamente com o Rio Piraitinga, dão origem ao Rio Paraíba (PREFEITURA DE PARAIBÚNA, s/d). A bacia do rio Paraíba do Sul, porção do Estado de São Paulo, constitui-se como grande produtor dos serviços ambientais para os três estados – São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Denominado como rio Federal, é o principal curso d’água da região, abastecendo cerca 12 milhões de pessoas entre os estados de São Paulo e Rio de Janeiro e fornecendo água para 86% da população do município de Rio de Janeiro. 7.2.7. Pesquisas Algums pesquisas realizadas no núcleo com bolsa FAPESP são: 14/07853-1: Análise de Uso Público do Parque estadual Serra do Mar - Núcleo: Caraguatatuba 14/00648-3: Estudo semidomiciliados sobre presentes impactos na área causados de Mata pelos Atlântica cães do domésticos município de Caraguatatuba e a correlação entre a variabilidade genética dos carrapatos dos cães e do ambiente silvestre 13/04398-9: Efeito da deposição atmosférica na ecofisiologia do uso de nitrogênio em espécies arbóreas da Floresta Ombrófila Densa, Caraguatatuba, SP 12/51509-8: Composição florística, estrutura e dinâmica do funcionamento da Floresta Ombrófila Densa Atlântica dos núcleos Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e Santa Virgínia, do Parque estadual da Serra do Mar (PelD) 07/04073-1: Ligando paisagem a moléculas: análise genética das populações de anta (Tapirus terrestris) na Mata Atlântica de São Paulo O detalhe delas está no anexo 05. 86 7.2.8. Atrativos O Núcleo Caraguatatuba conta com diversos atrativos naturais, como trilhas, cachoeiras e piscinas naturais. Os principais atrativos do núcleo são: Trilha dos Tropeiros: A trilha dos Tropeiros é um caminho histórico, de grande valor cultural, utilizado no século XIX para transporte de carga entre o litoral e o planalto e para o tráfico de escravos. Seu traçado inicial foi bastante alterado pela Catástrofe de 1967, quando grande parte do percurso original (aproximadamente 80%) foi soterrada (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). No trajeto, os visitantes encontram cachoeiras, árvores centenárias como Jequitibás de até 300 anos, pegadas e tocas de mamíferos, além de algumas espécies de aves, anfíbios e répteis, muros de pedras da época das tropas que por ali trafegavam e fornos de carvão (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Percurso: 8.000 metros Tempo estimado: 5h30min Nível de dificuldade: moderado a difícil Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 Trilha do Jequitibá Historicamente, o uso inicial da trilha está relacionado ao trabalho de controle de endemias realizado pela SUCEN. A trilha, em formato de ferradura, tem seu início e fim junto à área de lazer da sede do núcleo, que se localiza logo atrás do centro de visitantes. Uma trilha em meio a Mata Atlântica, praticamente plana com pequenos aclives e declives, margeando, em determinados momentos, o Rio Santo Antônio (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). O nome da trilha deve-se à existência de um grande Jequitibá em seu percurso. Porém, em 1991, durante um temporal, o Jequitibá tombou e assim permanece até hoje ao lado da trilha. A trilha também possui como atrativo uma piscina natural de águas calmas e cristalinas ideal para o banho (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Percurso: 1.200 metros Tempo estimado: 00h50min Nível de dificuldade: muito fácil 87 Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 Trilha do Poção O uso inicial da trilha está relacionado ao trabalho de controle de endemias realizado pela SUCEN. Atualmente consiste em uma caminhada em meio à Mata Atlântica, com moderados aclives e declives. Em alguns trechos existe a necessidade de transposição de rios e caminhadas sobre lajes de pedra. A trilha possui dois atrativos, a Cachoeira Pedra Redonda e Cachoeira da Esmeralda, sendo essa última de grande beleza cênica (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Cutias, esquilos, tamanduás, tucanos, tiês-sangue e surucuás estão entre as espécies de animais possíveis de serem avistados. Sobre a flora, destacam-se árvores como jequitibás, figueiras-brancas e canelas. A trilha termina na cachoeira Pedra Redonda, onde os visitantes podem tomar banho (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Percurso: 7.056 metros Tempo estimado: 04h00min Nível de dificuldade: moderado a difícil Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 Trilha Noturna Na trilha a audição fica mais aguçada e os sons da floresta se tornam mais claros: o sopro do vento nas árvores, o barulho dos rios e dos animais. Entre as espécies que mais chamam a atenção e podem ser avistadas algumas espécies noturnas como as corujas. Trata-se da mesma Trilha do Jequitibá, porém realizada no período noturno. Percurso: 1.200 metros Tempo estimado: 01h00min Nível de dificuldade: muito fácil Outras trilhas e pontos de interesse Trilha Pirassununga A partir do km 14 da Estrada do rio Pardo, dá acesso a mirantes, cachoeiras e um viaduto abandonado na década de 70 utilizado atualmente para a prática de rapel (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(a)). 88 Percurso: 3.300 m Nível de dificuldade: baixa Fonte: (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(a)) Estrada do Rio Pardo Estrada que liga Caraguatatuba a Salesópolis, por acesso de terra, sendo 40 km no Parque, com proposta de requalificação como Estrada Parque, margeada por mata nativa. Contêm trilhas, mirantes, piscinas naturais, cachoeiras e locais para esportes radicais. Restrita a mountain bike e veículos tracionados (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(a)). Percurso: 70.000 m Tempo estimado: 03h00min Nível de dificuldade: xxxxx Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(a) Estrada do Tucano Estrada de terra, com acesso pela Rodovia dos Tamoios (km 62). Trecho antropizado entre belos cenários da represa, vegetação nativa e cachoeiras. Outrora circundava o lago da CESP (Centrais Elétricas de São Paulo) passando pela Fazenda Pavoeiro. Percurso: 5.000 m Nível de dificuldade: baixa Estrada do Pavoeiro Estrada de terra, ao alto da serra, em Paraibuna, que possui belas paisagens cênicas até alcançar a Fazenda Pavoeiro e as margens da represa (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(a)). Travessia realizada com veículo. Percurso: 20.000 m Nível de dificuldade: baixa Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(a) 89 Represa de Paraibuna Limitante com o Parque, ideal para a prática de esportes náuticos tais como canoagem, iatismo, mergulho, pesca esportiva, natação, entre outros (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(a)). Mococa Partindo de Natividade da Serra, é parte do antigo caminho de tropeiros para o litoral, por meio de um caminho sinuoso e compactado pela floresta de encosta, onde o visitante chega a um mirante para observação de Ubatuba, Caraguatatuba, São Sebastião e o arquipélago de Ilhabela. Percurso: 9.000 m Tempo estimado: 04h00min Nível de dificuldade: alta 7.2.9. Informações gerais sobre o Núcleo Dados gerais Área 35.947 mil hectares Bioma Mata Atlântica Município da sede Caraguatatuba Municípios Abrangidos Caraguatatuba, Natividade da Serra e Paraibuna Endereço da sede Rua do Horto Florestal, nº1200 – Rio do Ouro/ Caraguatatuba –SP CEP 11675-736 Escritório urbano Bases e outras funções Base Graví de Proteção e Uso Público (Natividade da Serra) Telefones (12) 3882-3166 / (12) 3882-5999 Sinal de celular da sede Sinal de celular da base E-mail da UC [email protected] Nome do Gestor Miguel Nema Neto Esportes Radicais Não 90 Capacidade de hospedagem 12 pessoas (somente pesquisadores) Valor da hospedagem na UC R$17,00 Centro de visitantes Sim Capacidade do auditório 60 pessoas Capacidade do refeitório Lanchonete Quiosques pic nic 09 quiosques Camping na UC Facilidades no entorno imediato Tipo de Acesso Asfalto Distância de SP 200 km Distância cidade mais próxima(s) Ubatuba: 55,4 km São Sebastião: 25,2 km Paraibuna: 50,2 km São José dos Campos: 87,4 km Cobrança de Ingresso e valor Inteira R$9,00 Meia R$4,50 Acima de 60 e menores de 12 anos - Isentos Amplitude Altitudinal 1.297 Pedra da Onça Amplitude de Temperaturas Bases e outras funções Base Graví- Proteção e Uso Público (Natividade da Serra) Endereço Estrada do Pouso Alto, s/n - Bairro Rio Negro - Natividade da Serra/SP Telefone Capacidade de Hospedagem Base de Uso Público 91 Mais Informações Sede Administrativa Dias e horário de funcionamento De segunda-feira a sexta-feira das 8h às 17h. Telefones para informação (12) 3882-3166 / (12) 3882-5999 E-mail [email protected] e [email protected] Gestor (a) Miguel Nema Neto Endereço Rua do Horto Florestal, nº1200 – Rio do Ouro/ Caraguatatuba –SP CEP 11675-730 Visitação Dias e horário de funcionamento Dias e horário de funcionamento das trilhas (Jequitibá, Poção e Tropeiros) de terça-feira a domingo e feriados, das 8h às 17h. Trilha Noturna: das 19h às 21:30h. Segunda-feira fechado para manutenção das trilhas. Mediante agendamento prévio de 1 dia. Trilha dos Tropeiros: Finais de semana e feriados mediante agendamento prévio de 03 dias. O acesso às trilhas do período diurno é permitido somente até às 16h. Endereço Rua do Horto Florestal, nº1200 – Rio do Ouro/ Caraguatatuba –SP CEP 11675-730 Normas de Visitação e Segurança do PESM É proibida a entrada de pessoas descalças. Obrigatório o uso de calçado fechado (tênis ou bota); É proibido o consumo de bebida alcoólica dentro da UC; É proibido o uso de shampoo, sabonete, creme, etc., nas piscinas naturais; É proibido fazer churrasco ou qualquer tipo de fogueira dentro da UC; É proibida a retirada ou a introdução de qualquer espécie (flora e fauna) assim como de qualquer outro produto (pedras, madeiras, etc.) desta UC. Normas para as trilhas Nunca ultrapasse o monitor, pois é ele que irá avisar se houver algum perigo; Mantenha-se no caminho pré-determinado, andando sempre um atrás do outro, para evitar o alargamento da trilha; 92 Não correr, gritar ou falar muito alto, isso pode assustar os animais; Observe os locais antes de apoiar as mãos ou se sentar, pois há muitos animais e insetos peçonhentos que se camuflam e se encontrar algum animal, mantenha a distancia; Não retire flores, frutos, plantas silvestres ou pedras. Quando encontrar galhos ou folhas no meio da trilha, não os retire, pois é onde as cobras gostam de se esconder. Apenas desvie; Não se arrisque nas pedras e não puxe ou pendure em cipós; Temos várias lixeiras que estão colocadas em pontos estratégicos. Então, todo lixo produzido durante a permanência, deverá ser trazido de volta; É proibido fumar nas trilhas; É proibido comer ou beber nas trilhas. Símbolo A onça-pintada (Panthera onca) é o maior felino do continente americano. Possui o corpo robusto, compacto e musculoso. Sua pelagem varia do amarelo-claro ao castanho-ocreáceo e é caracterizada por manchas pretas em forma de rosetas de diferentes tamanhos. Estas rosetas são como sua “impressão digital”, pois cada indivíduo possui um padrão único de pelagem. A onça-pintada exerce importante função ecológica, principalmente por regular o tamanho das populações de suas espécies presas como, capivaras e jacarés. Dessa forma, a onça-pintada é considerada uma espécie guarda chuva, pois suas exigências ecológicas englobam todas as exigências das demais espécies que ocorrem no seu ambiente. É um animal que exige extensas áreas preservadas para sobreviver e se reproduzir. A extensa conversão de seu habitat natural para atividades agropecuárias forçou a sua inclusão na lista de espécies ameaçadas de extinção pelo IBAMA e “quase ameaçada” pela IUCN (INSTITUTO ONÇA PINTADA, 2009). 7.3. Núcleo Cunha 7.3.1. História Em 1974 foi criada a Reserva Florestal de Cunha. Em 1977, com a criação do Parque Estadual Serra do Mar pelo Decreto 10.251, a reserva foi incorporada, formando então o Núcleo Cunha (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Dos 332 mil hectares de área do Parque Estadual Serra do Mar, 13,3 mil estão localizados no Núcleo Cunha (Fundação Florestal, 2013). Localizado no extremo norte do Parque Estadual, seu território abriga uma das áreas com maior biodiversidade do Parque, onde podem ser encontrados remanescentes de matas nebulares, características de áreas com grande altitude (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(b)). 93 O Núcleo Cunha, como o próprio nome diz, abrange o município paulista de Cunha, além do de Ubatuba. Sua sede é em Cunha, localizada a 250 km da capital paulista e conhecida atualmente pelas tradições da cultura caipira e importante centro produtor de cerâmica artesanal. Origem e evolução de Cunha A Estância Climática de Cunha tem suas origens por volta de 1695. Nessa época, muitos aventureiros subiam a serra pela trilha dos Guaianás com destino ao Sertão de Minas Gerais, em busca de ouro e pedras preciosas. Com isso, Cunha era parada obrigatória para descanso e reabastecimento das tropas. Já em 1730, os viajantes que se fixaram na região construíram um povoado onde a família portuguesa Falcão ergueu uma capela chamada Sagrada Família, dando nome ao povoado de Freguesia do Falcão (Estância Climática de Cunha). No início do século XVIII, muito ouro que vinha de Minais Gerais para embarcar em Paraty, rumo a Portugal, era desviado. Devido à necessidade de se criar um posto para vigiar o local, surgiu a Barreira do Taboão, localizada entre a Freguesia do Falcão e Paraty. Com o declínio do ciclo do ouro, muitos desbravadores acabaram ficando na região. Em 15 de setembro de 1785 o povoado é elevado à vila, com o nome de Vila de Nossa Senhora da Conceição de Cunha, em homenagem ao capitão general Francisco da Cunha Menezes, governador da Província de São Paulo. A autonomia política veio em 1858, ano em que foi elevada à categoria de cidade, e em 1883 tornou-se comarca (ESTÂNCIA CLIMÁTICA DE CUNHA, s/d). Em 1932, Cunha foi palco de batalha na Revolução Constitucionalista, movimento contrário ao Governo Vargas. Um batalhão da marinha composto de 400 praças subiu a Serra do Mar com a intenção de chegar a São Paulo pelo Vale do Paraíba. Os combates no município duraram três meses e nesse período a cidade conheceu seu herói e mártir, o lavrador Paulo Virgínio, que foi morto por não revelar a posição das tropas paulistas. Em homenagem a esse ilustre cidadão, foi construído um monumento às margens da estrada Cunha-Paraty (ESTÂNCIA CLIMÁTICA DE CUNHA, s/d). Tempos depois, com a paz já pairando sobre a região, o potencial turístico do município começou a ganhar corpo apoiado principalmente em seus atrativos naturais. No dia 28 de outubro de 1948 foi promulgada pelo governador de São Paulo a lei nº. 182 que converteu a cidade de Cunha em Estância Climática, título dado a cidades que apresentam atrativos como o clima ameno entre montanhas, cachoeiras e muito verde, onde visitantes podem usufruir da prática de esportes de aventura. Atualmente, apenas 12 municípios paulistas possuem esse título (CIDADES PAULISTAS, s/d). 94 7.3.2. Patrimônio Cultural No Núcleo Cunha, muitas das trilhas existentes funcionavam como antigos caminhos para a extração e transporte de madeira e de carvão, nos tempos em que a área ainda pertencia aos fazendeiros da região. Assim, em alguns locais é possível visualizar antigos fornos de carvão de vegetal. O carvão vegetal é uma das mais antigas e importantes fontes de energia. Ele é obtido através da queima da madeira e sua utilização mais comum hoje é como combustível para aquecedores, lareiras, churrasqueiras e fogões. Sua fabricação é conhecida desde longa data na história da humanidade havendo referências do seu uso há séculos. Os egípcios, por exemplo, utilizavam para a filtragem de óleos e tratamentos de doenças. Na Segunda Guerra serviu para a retirada de gases tóxicos a partir de sua elevada capacidade de absorver impurezas sem alterar sua estrutura, devido a sua composição porosa. No Brasil há relatos de uso de carvão vegetal por parte dos índios, esses realizavam a mistura da substância com gorduras de animais com finalidade de combater doenças como tumores e úlceras (SindiCARV, s/d). 7.3.3. Comunidades tradicionais Não há comunidades tradicionais (quilombolas, indígenas e caiçaras) no Núcleo Cunha e no seu entorno. Há apenas moradores locais com predomínio da cultura caipira. CULTURA CAIPIRA Segundo Camara Cascudo – caipira seria uma corruptela de “caapora”, palavra de origem tupi que significa “morador do mato”. Outras definições, mais recentes, consideram caipira, matuto ou capiau, o homem ligado ao campo que possui uma identidade e cultura própria – o que de fato era verdade, até meados do século 20, quando os meios de transporte e comunicação de massa interferiram nos costumes locais e regionais, padronizando-os a partir de modelos urbanos (BrasilCultura, 2010). A cultura caipira representa a adaptação do colonizador europeu ao Brasil e seu modo de ser, pensar e agir no território brasileiro. O modo de vida caipira inclui o fogão a lenha, o café feito no coador de pano, o leite quente ordenhado da vaca, biscoito de polvilho, pães de queijo, broas, bolos de fubá, geleias e licores de frutas típicas (pequi e jenipapo) e, é claro, na famosa cachaça – que se transformou numa espécie de bebida típica do Brasil (BrasilCultura, 2010). Nas casas simples, todos têm direito a um “dedo de prosa” para ouvir um “causo”, passar as horas na janela, sentar na soleira da porta, pitar um cigarro de palha. Até meados do século 20, essas casas eram feitas de pau-a-pique – madeira trançada e barro batido – e cobertas de palha ou sapé (BrasilCultura, 2010). O caipira formou sua cultura através de uma mistura: herdou a religiosidade dos portugueses, a familiaridade com o mato, a arte das ervas e o ritmo do bate-pé com os índios. A autêntica música caipira, a “moda de viola”, retratava a vida do homem no campo, a lida na roça, o contato com a natureza, a melancolia e a solidão do caboclo. Na literatura, o caipira é retratado por Monteiro Lobato em seu personagem Jeca Tatu, do livro “Urupês” (BrasilCultura, 2010). 95 7.3.4. Clima, Ecossistema e Geomorfologia Apesar de abrigar um território que abrange os municípios de Ubatuba e Cunha, um dos principais diferenciais do Núcleo Cunha é o seu clima de montanha. Em Cunha, sede do Núcleo, a altitude chega a 1500 m, o que influencia o clima e o ecossistema da região. O clima é o temperado seco, com variações de temperatura de –3 a 15 º C no inverno e de 15 a 25 º C no verão (ESTÂNCIA CLIMÁTICA DE CUNHA, s/d). Já o ecossistema é formado predominantemente de Floresta Ombrófila Densa Montana (ou Floresta Sempre-verde do Planalto), com alguns estratos de Floresta de Neblina (Floresta da Crista da Serra do Mar), esta última pouco conhecida e típica de altitudes mais elevadas. 7.3.5. Fauna e Flora O núcleo Cunha abriga diversas espécies de animais, muitas delas em risco de extinção. Algumas espécies características são jacuguaçu, pica-pau-rei, jaguatirica, onça parda, lontra, sagui, paca, cateto, queixada, anta, lontra, dentre outros (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). No núcleo há também espécies endêmicas, ou seja, espécies que habitam uma área geográfica única e bem definida. Um exemplo é o, Brachycephalus, pequeno sapo de cor amarelo brilhante ou alaranjado. Em relação à flora, o núcleo Cunha protege importantes remanescentes de matas nebulares, a mais de mil metros de altitudes, com árvores de grande porte, como araucária, cedro, peroba, ipê e canela que abrigam uma enorme quantidade de bromélias, orquídeas e samambaias (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). ARAUCÁRIA (Araucaria angustifólia) A araucária é característica do bioma Mata Atlântica em regiões de altitudes mais elevadas e clima mais ameno. Elas podem atingir até 50 metros de altura e possuem uma madeira leve, macia, pouco durável quando exposta ao tempo. Todavia, sua madeira foi largamente explorada durante o período das guerras e para a produção de forros, molduras, ripas, brinquedos, estrutura de móveis, palitos de fósforos, lápis, carretéis, utensílios domésticos, etc. Produz sementes comestíveis conhecidas como “pinhão”, muito utilizadas na alimentação. Cunha é o município de São Paulo com a maior produção de pinhão (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). A araucária também interage intensamente com a fauna, que constitui um elemento muito importante para a dispersão das sementes. Entre estes animais destacam-se os roedores e as aves. Alberts (1992 apud IPEF, s/d) cita, entre os roedores, as cotias, as pacas, os ouriços, os camundongos e os esquilos. Entre as aves são citados o papagaio-de-peito-roxo (Solórzano,1999 96 apud IPEF, s/d), a gralha azul e os tucanos (Bustamante, 1948 apud IPEF, s/d). Atualmente a redução das matas de pinhais, ou floresta de araucárias, e a exploração predatória forçaram a inclusão da Araucaria angustifolia nas listas das espécies de plantas ameaçadas de extinção do IBAMA e da IUCN (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). MURIQUI (Brachyteles arachnoides) Já o macaco muriqui, também conhecido como mono-carvoeiro é uma espécie endêmica da Mata Atlântica. Considerado o maior primata das Américas, tem um peso corporal médio de 15 kg (macho adulto) e 12 kg (fêmea adulta), pelagem espessa de coloração amarelada, cauda longa prênsil, com terço final desnudo, servindo de superfície táctil e prensora. São animais herbívoros, ou seja, se alimentam de uma grande diversidade de itens vegetais: frutos, folhas (maduras e novas), flores de árvores, lianas e epífitas, de acordo com sua disponibilidade sazonal e vivem em grupos grandes de vários machos e fêmeas, podendo formar grupos com mais de 50 indivíduos. Infelizmente, embora reconhecido pela UNESCO como identificador de qualidade ambiental, o Muriqui está entre as 35 espécies mais criticamente ameaçadas da Terra (PROGRAMA MURIQUI, s/d). PICA-PAU-REI (Campephilus robustus) Considerado o maior pica-pau do Brasil, medindo cerca de 36 centímetros de comprimento, com peso médio de 200 gramas. De rara beleza, possui a cabeça e o pescoço vermelhos, dorso creme, asas e cauda negras. O peito e o ventre são brancos, inteiramente barrados de finas faixas horizontais negras. O macho tem uma pequena mancha auricular preta e branca, enquanto a fêmea possui uma grande estria malar branca, vilada de negro. Assim como as demais espécies de pica-pau, possui um canto territorial, diversos tipos de chamados e uma música instrumental, o “tamborilar”. Ela é executada através de repetidos golpes do bico sobre a superfície de troncos secos ou ocos, substrato escolhido de maneira a proporcionar boa ampliação da sonoridade e alcance do ruído. Possui dieta insetívora, forrageando em árvores infestadas pelos mais variados tipos de insetos e larvas. Martelam o tronco com força, perfurando a casca, e capturam as presas com a língua pegajosa de ponta afiada. A língua móvel é também adequada para lamber o sumo de frutas moles (WikiAves, s/d (a)). QUEIXADA (Tayassu pecari) Estes porcos-do-mato são conhecidos popularmente como queixadas, devido à mandíbula branca. O nome do gênero, Tayassu, tem origem no idioma tupi e significa “dentes grandes”. Os queixadas estão ameaçados de extinção da lista da IUCN (IUCN, 2011) e na lista regional do Estado de São Paulo (MMA, 2008). Além disso, é uma espécie guarda-chuva e cinegética (TAMOIOS INTELIGÊNCIA GEOGRÁFICA, 2011). Por serem animais de porte relativamente grande, e viverem em bandos que podem passar de 100 indivíduos, a manutenção de populações de queixadas em vida livre exige grandes áreas naturais conservadas. Vive em regiões de florestas densas. São animais onívoros, ou seja, se alimentam de uma grande variedade de itens, como sementes, insetos, fungos e principalmente frutos. Tem uma enorme importância na natureza, pois pelas fezes espalha sementes de várias plantas e participa da cadeia alimentar, servindo de alimento para espécies carnívoras (ICMBio, s/d). CUTIA (Dasyprocta azarae) A cutia mede de 50 a 60cm e pesa de 1 a 3 kg. A cauda é rudimentar como na capivara. A coloração geral é marrom-avermelhada, sendo o lado ventral mais claro. A região próxima à cauda 97 é mais avermelhada. Os membros dianteiros são curtos e têm cinco dedos providos de fortes unhas. Os posteriores são longos e tem três dedos também com fortes unhas. O membro posterior alongado auxilia a cutia a pular. É um animal herbívoro, alimentando-se de frutos, tais como bacupari (Rheedia gardneriana), cambucá, palmito, ingá entre outros, e talos de palmito jovem. Este animal pode estocar um grande número de frutos, enterrando-os para alimentação posterior, assim acaba por esquecer parte deles, que, desta forma, acabam germinando, o que faz desse animal um ótimo dispersor da floresta. A cutia vive em regiões com floresta densa, ou em matas ralas. Ocorre também no cerrado. É mais ativa durante as horas crepusculares, apesar de poder ser vista durante o dia em regiões onde não sofre perseguições. Procura como abrigo tocas que constrói em barrancos, ocos de árvores caídas e sob raízes. Vive praticamente solitária e quando pressente algum perigo costuma ficar parada, tentando passar despercebida. Ao comer, a cutia costuma segurar o alimento com as patas dianteiras, ficando sentada sobre as patas traseiras. Este hábito de usar os membros na alimentação é bastante comum entre os roedores (INSTITUTO RÃ-BUGIO PARA A CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE, s/d (b). Lista das principais espécies da fauna e flora FAUNA - AVES: as principais espécies estão listadas abaixo. A lista completa pode ser vista no anexo 4. Jacutinga (Aburria jacutinga) Urubu-De-Cabeça-Amarela (Cathartes burrovianus) Gavião-Pombo-Grande (Pseudastur polionotus) Gavião-Pega-Macaco (Spizaetus tyrannus) Beija-Flor-De-Topete (Stephanoxis lalandi) Seriema (Cariama cristata) Choquinha-Da-Serra (Drymophila genei) Pinto-Do-Mato (Hylopezus nattereri) Tovaca-De-Rabo-Vermelho (Chamaeza ruficauda) Arapaçu-De-Cerrado (Lepidocolaptes angustirostris) Pi-Puí (Synallaxis cinerascens) Fruxu (Neopelma chrysolophum) Maria-Leque-Do-Sudeste (Onychorhynchus swainsoni) Saudade (Tijuca atra) Caneleirinho-De-Chapéu-Preto (Piprites pileata) Estalinho (Phylloscartes difficilis) Catraca (Hemitriccus obsoletus) Tucão (Elaenia obscura) Papa-Moscas-De-Costas-Cinzentas (Polystictus superciliaris) Tesoura-Cinzenta (Muscipipra vetula) Gralha-Do-Campo (Cyanocorax cristatellus) Caminheiro-De-Barriga-Acanelada (Anthus hellmayri) Bico-Grosso (Saltator maxillosus) Sanhaçu-Frade (Stephanophorus diadematus) Peito-Pinhão (Poospiza thoracica) 98 Quete (Poospiza lateralis) Pixoxó (Sporophila frontalis) Negrinho-Do-Mato (Amaurospiza moesta) Fonte: SCHUNCK, 2015 - MAMÍFEROS Jaguatirica (Leopardus pardalis (Linnaeus, 1758)) Sussuarana (Puma concolor (Linnaeus, 1771)) Lontra (Lontra longicaudis (Olfers, 1818)) Mono-carvoeiro ou Muriqui (Brachyteles arachnoides (É. Geoffroy, 1806)) Macaco-prego-preto (Cebus nigritus (Goldfuss,1809)) Sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita (É. Geoffroy, 1812)) Cateto (Pecari tajacu (Linnaeus, 1758)) Queixada (Tayassu pecari (Linnaeus, 1795)) Anta (Tapirus terrestris (Linnaeus, 1758)) Paca (Cuniculus paca (Linnaeus, 1766)) Cutia (Dasyprocta azarae (Humboldt, 1811)) Dados secundários Cuíca-de-quatro-olhos (Philander frenatus (Olfers, 1818)) Sauá ou Guigó (Callicebus nigrifrons (Spix, 1823)) Morcego (Tadarida brasiliensis (I. Geoffroy, 1824)) Morcego-borboleta (Myotis levis (I. Geoffroy, 1824)) Morcego-vermelho (Myotis ruber (É. Geoffroy, 1806)) Rato-do-mato, rato-do-chão (Akodon serrensis (Thomas, 1902)) Rato-do-mato (Delomys dorsalis (Hensel, 1873)) Rato-do-mato (Oligoryzomys nigripes (Olfers, 1818)) Rato-da-árvore (Rhipidomys mastacalis (Lund, 1840)) Rato-do-mato (Trinomys iheringi (Thomas, 1911)) Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 - ANFÍBIOS E RÉPTEIS Adenomera cf. marmorata Jararaca-da-mata (Bothrops jararaca) Sapinho-pingo-douro (Brachycephalus sp). Bufo ictericus Sapinho-da-bromélia (Dendrophryniscus cf. brevipollicatus) Eleutherodactylus binotatus Eleutherodactylus cf.parvus Eleutherodactylus guentheri Eleutherodactylus parvus Eleutherodactylus sp. Enyalius cf. iheringi Flectonotus fissilis Hyla albosignata Hyla faber Hyla hylax 99 Hylodes phyllodes Paratelmatobius poecylogaster Physalaemus sp. (gr. olfersii) Proceratophrys appendiculata Scinax sp. (gr. perpusillus) Fonte: INSTITUO EKOS BRASIL, s/d FLORA: Araucária (Araucaria angustifólia) Cedro (Cedrela fissilis Vell.) Palmito (Euterpe edulis Mart.) Bambu (Chusquea sp.) Samambaia-de-barranco (Dicranopteris pectinata (Willd.) Underw.) Embaúba (Cecropia pachystachya Trécul) Pau-jacaré (Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.f. Macbr.) Taquara (Chusquea sp.) Samambaiaçu (Dicksonia sellowiana) Manacá-da-serra (Tibouchina mutabilis (Vell.) Cogn.) Canela (Ocotea sp.) Canela-sassafrás (Ocotea odorifera (Vell.) Rohwer) Quaresmeiras (Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn.) Guapuruvú (Schizolobium parahyba (Vell.) S.F. Blake) Jatobá (Hymenaea courbaril L.) Samambaiaçu (Dicksonia sellowiana) Guaricangas (Geonoma elegans Mart.) Bromélias; Orquídeas; Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 7.3.6. Serviços Ecossistêmicos O Núcleo Cunha presta diversos serviços, principalmente para a sua comunidade do entorno. Os principais são: ● Regulação da qualidade do ar; ● Polinização; ● Proteção dos morros e encostas; ● Proteção dos solos; ● Bem-estar, lazer e turismo; ● Recursos hídricos. As florestas preservadas do Núcleo Cunha abrigam importantes mananciais para o abastecimento de água das cidades do Vale do Paraíba e até mesmo do Rio de Janeiro. O núcleo é cortado por diversos rios, como Rio Paraibuna, Rio Bonito e Rio Ipiranga. 100 O Rio Paraibuna é considerado “Berço do Rio Paraíba do Sul”, pois juntamente com o Rio Piraitinga, dão origem ao Rio Paraíba do Sul. Além do fornecimento de água, desempenha outro importante papel: ao chegar na cidade de Paraibuna, suas águas são aproveitadas para gerar energia elétrica (PREFEITURA DE PARAIBÚNA, s/d). 7.3.7. Pesquisas Simulador de chuvas No Núcleo Cunha há um experimento chamado Simulador de Chuva. O simulador é um equipamento preparado para produzir chuva e simular uma situação em que é possível comparar o que ocorre quando há precipitação, simultaneamente, sobre superfície de solo com algum tipo de cobertura vegetal e quando essa cobertura vegetal não existe. Quando a vegetação é suprimida, o solo fica desprotegido e mais impermeável. Assim, a água da chuva não consegue penetrar e acaba escorrendo e levando consigo sedimentos do solo. Esse processo causa dois fenômenos: erosão e assoreamento. A erosão é o processo de desagregação de partículas do solo normalmente causado por chuva e ventos. O homem vem acelerando esse processo através da supressão da vegetação e do uso incorreto do solo. Muitos desses sedimentos acabam indo parar dentro de corpos d´água, causando o assoreamento dos rios. Como consequência do assoreamento, há uma redução no volume de água do rio, que também se tornam turvas e impedem a entrada de luz, impossibilitando a renovação do oxigênio que os peixes e outros organismos precisam para sobreviver. Além disso, os rios tornam-se mais rasos, podendo provocar alagamentos em épocas de chuva. Laboratório de Hidrologia Walter Emerich Local onde são realizadas pesquisas hidrológicas sobre a Mata Atlântica. Pesquisas acadêmicas Algumas pesquisas realizadas no núcleo com bolsa FAPES foram: 12/51509-8: Composição florística, estrutura e dinâmica do funcionamento da Floresta Ombrófila Densa Atlântica dos núcleos Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e Santa Virgínia, do Parque estadual da Serra do Mar (PelD) 101 07/04073-1: Ligando paisagem a moléculas: análise genética das populações de anta (Tapirus terrestris) na Mata Atlântica de São Paulo 00/12405-5: Dieta de alguns mamíferos da ordem Carnivora na Floresta Atlântica do núcleo Santa Virgínia e núcleo Cunha, Parque Estadual da Serra, SP 97/11798-9: Estudo das anomalias apresentadas no balanço hídrico de duas microbacias monitoradas no Parque Estadual da Serra do Mar, núcleo Cunha - SP O descritivo delas estão no anexo 5. 7.3.8. Atrativos O Núcleo Cunha conta com diversos atrativos naturais, como trilhas, cachoeiras e piscinas naturais. Os principais atrativos do núcleo são: Trilha do Rio Paraibuna A trilha acompanha a margem esquerda do Rio Paraibuna, por entre araucárias e palmeiras. Autoguiada, seus principais atrativos são poços e cachoeiras para banho e contemplação, entre elas a Cachoeira do Paredão (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). A caminhada é tranquila e o visitante pode desfrutar o visual de corredeiras e de quedas d’águas, como a do Paredão, que está localizada após uma descida de pedras que o deixará de frente para ela. Na região há também um poço profundo bastante utilizado para banho (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Percurso: 1.700 metros Tempo estimado: 01h Nível de dificuldade: fácil Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(b) Trilha do Rio Bonito Circuito circular, marcada pelo ambiente de floresta e pela presença do Rio Bonito, que dá nome à trilha. Proporciona o contato com águas cristalinas, cachoeiras e poços para banho que compensam o esforço físico feito pelos visitantes nos trechos iniciais do percurso. Destaca-se a Cachoeira da Laje, ideal para banho, relaxamento e contemplação da natureza (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). 102 A trilha cruza uma área de Mata Atlântica bem preservada com diversos tipos de palmeiras e percorre um trecho que margeia o Rio Bonito com sua água pura e transparente, podendo visualizar facilmente o fundo com areia e pedras. Como um espelho, o curso d’água reflete a floresta, criando um belo visual (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Percurso: 7.600 metros Tempo estimado: 04h30min Nível de dificuldade: dificuldade alta Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(b) Trilha das Cachoeiras A trilha margeia os rios Paraibuna e Ipiranga com vários pontos de contemplação da Mata Atlântica de altitude, muito bem preservada e belas cachoeiras, como a do Ipiranguinha com quatro quedas d’água e poços ótimos para banho. Apesar de sua extensão, 14,4 quilômetros (ida e volta), existe a possibilidade de percorrer parte desse caminho de carro (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Durante o percurso de aproximadamente seis horas para quem o faz a pé, o visitante poderá observar pegadas de diversos animais, como gatos-do-mato e até mesmo de onças-pardas (suçuarana). Aves como nhambu, macuco, jacu, e alguns tipos de gaviões, além de macacos-prego e bugios, estão entre as espécies mais facilmente avistadas (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Na trilha é possível observar a preservação de importantes áreas remanescentes da Mata Atlântica, cachoeiras e águas cristalinas dos rios Paraibuna e Ipiranga, como destaque para a cachoeira do Ipiranguinha, com 4 quedas d’água e poços ótimos para banho (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Percurso: 14.400 metros Tempo estimado: de 4h a 6h Nível de dificuldade: média Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(b) Trilha Mirante: A Trilha Mirante percorre as margens do Rio Bonito com suas corredeiras, cachoeiras e piscinas naturais de águas cristalinas. Permite um convívio grande com a biodiversidade, sendo possível observar araucárias, palmitos, canelas, mata ciliar e diversas espécies da fauna, como o sapinho-pingo-douro, jararacas, saíras, macucos, tucano-de-bico-verde, etc. A trilha possui altíssimo 103 potencial para a prática de observação de aves por apresentar avifauna muito rica, com espécies raras, endêmicas, visualmente vistosas e ameaçadas de extinção (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). No caminho há o Mirante, onde é possível observar o Oceano Atlântico com a Ilha das Couves, além das Vilas do Puruba e do Cambucá, no munícipio de Ubatuba. É possível também tomar banho na cachoeirinha do Mirante, piscina natural de fácil acesso, com águas calmas e cristalinas, rodeadas de rochas e florestas. Seu poço raso apresenta dimensões aproximadas de 8,50 metros de comprimento por 5 metros de largura, apresentando condições ideais para um refrescante banho (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Antigamente, uma parcela da extensão da trilha servia como caminho para a extração, transporte de madeira e carvão quando a área do Núcleo era constituída por terras de antigas fazendas (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Percurso: 8.022 metros Tempo estimado: 4h30min Nível de dificuldade: moderado a difícil Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 Trilha do Espigão: A trilha permite um convívio com a biodiversidade, tangenciando num trecho as margens do Rio Bonito com suas corredeiras, cachoeiras e piscinas naturais para por fim transpor um espigão com paisagismo destacado (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Antigamente, uma parcela da extensão da trilha era um caminho que serviu para a extração, transporte de madeira e carvão quando a área do Núcleo era constituída por terras de antigas fazendas. Assim, é possível observar antigos fornos de carvão da época (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Percurso: 11.398 metros Tempo estimado: 4h30min Nível de dificuldade: moderado a difícil Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 Trilha Tranquilo: A trilha permite um convívio com a biodiversidade, tangenciando num trecho as margens do Rio Bonito com suas corredeiras, cachoeiras e piscinas naturais (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). 104 Antigamente, uma parcela da extensão da trilha era um caminho que serviu para a extração, transporte de madeira e carvão quando a área do Núcleo era constituída por terras de antigas fazendas. Assim, é possível observar antigos fornos de carvão da época (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Percurso: 1.522 metros Tempo estimado: 1h30min Nível de dificuldade: fácil Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 Trilha Adaptada do Tranquilo: A trilha permite um convívio com a biodiversidade, tangenciando num trecho as margens do Rio Bonito com suas corredeiras, cachoeiras e piscinas naturais (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Antigamente, uma parcela da extensão da trilha era um caminho que serviu para a extração, transporte de madeira e carvão quando a área do Núcleo era constituída por terras de antigas fazendas. Assim, é possível observar antigos fornos de carvão da época (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Percurso: 739 metros Tempo estimado: 1h00min Nível de dificuldade: fácil Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 7.3.9. Informações gerais sobre o Núcleo Dados gerais Área 14.000 hectares Bioma Mata Atlântica Município da sede Estância Climática de Cunha Municípios Abrangidos Cunha – Ubatuba Endereço da sede Estrada do Paraibuna km 20, Bairro Paraibuna, Cunha – SP Escritório urbano Praça Midair José Teodoro, nº 101. Bairro do Falcão, Cunha SP. CEP 12.530-000 105 Bases e outras funções Telefones (12) 3111-2353 / (12) 3111-1818 Sinal de celular da sede Sinal de celular da base E-mail da UC [email protected] Nome do Gestor Luane Reni Mattos Fenille Esportes Radicais Não Capacidade de hospedagem 20 vagas Valor da hospedagem na UC R$ 17,00 Centro de visitantes Sim Capacidade do auditório 50 pessoas Capacidade do refeitório 30 Lanchonete Não Quiosques pic nic Não Camping na UC Não Facilidades no entorno imediato Pousadas, restaurantes, pesqueiros, barracas de artesanato e comidas típicas da região. Tipo de Acesso Terra Distância de SP 250 km Distância cidade mais próxima(s) 30 km Cobrança de Ingresso e valor Não Amplitude Altitudinal 1000 a 1500 Amplitude de Temperaturas 10ºC a 22ºC Bases e outras funções Base da Barra Endereço 106 Estrada do Caçador Novo, s/n - Bairro da Barra - Cunha/SP Telefone Capacidade de hospedagem Base de Uso Público Endereço Telefone Capacidade de hospedagem Mais Informações Sede Administrativa Dias e horário de funcionamento De segunda-feira a sexta-feira das 7h30min às 17h. Telefones para informação (12) 3111-2353 / (12) 3111-1818 E-mail [email protected] Gestor (a) Luane Reni Mattos Fenille Endereço Praça Midair José Teodoro, nº101 - Bairro do Areião/ Cunha –SP CEP 12530-000 Visitação Dias e horário de funcionamento De segunda-feira a domingo das 8h às 17h. Endereço Estrada do Paraibuna km 20, Bairro Sertão do Paraibuna / Cunha – SP Normas de Visitação e Segurança do PESM – Núcleo Cunha É proibida a entrada de pessoas descalças. Obrigatório o uso de calçado fechado (tênis ou bota); É proibido o consumo de bebida alcoólica dentro da UC; É proibido o uso de shampoo, sabonete, creme, etc., nas piscinas naturais; É proibido fazer churrasco ou qualquer tipo de fogueira dentro da UC; É proibida a retirada ou a introdução de qualquer espécie (flora e fauna) assim como de qualquer outro produto (pedras, madeiras, etc.) desta UC. Normas para as trilhas Nunca ultrapasse o monitor, pois é ele que irá avisar se houver algum perigo; 107 Mantenha-se no caminho pré-determinado, andando sempre um atrás do outro, para evitar o alargamento da trilha; Não correr, gritar ou falar muito alto, isso pode assustar os animais; Observe os locais antes de apoiar as mãos ou se sentar, pois há muitos animais e insetos peçonhentos que se camuflam e se encontrar algum animal, mantenha a distancia; Não retire flores, frutos, plantas silvestres ou pedras. Quando encontrar galhos ou folhas no meio da trilha, não os retire, pois é onde as cobras gostam de se esconder. Apenas desvie; Não se arrisque nas pedras e não puxe ou pendure em cipós; Temos várias lixeiras que estão colocadas em pontos estratégicos. Então, todo lixo produzido durante a permanência, deverá ser trazido de volta; Símbolo A araucária (Araucaria angustifolia) é característica do bioma Mata Atlântica em regiões de altitudes mais elevadas e clima mais ameno. Elas podem atingir até 50 metros de altura e possuem uma madeira leve, macia, pouco durável quando exposta ao tempo. Todavia, sua madeira foi largamente explorada durante o período das guerras e para a produção de forros, molduras, ripas, brinquedos, estrutura de móveis, palitos de fósforos, lápis, carretéis, utensílios domésticos, etc. Produz sementes comestíveis conhecidas como “pinhão”, muito utilizadas na alimentação. Cunha é o município com a maior produção de pinhão no Estado de São Paulo. Atualmente a redução das matas de pinhais, ou floresta de araucárias, e a exploração predatória forçaram a inclusão da Araucaria angustifolia nas listas das espécies de plantas ameaçadas de extinção do IBAMA e da IUCN (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). 7.4. Núcleo Curucutu 7.4.1. História O Núcleo Curucutu tem seu histórico alicerçado na preservação do manancial que atende a metrópole paulista. O núcleo foi criado em 1958 quando a antiga Fazenda Curucutu, produtora de carvão vegetal, foi desapropriada pelo Estado pelo decreto Nº 36.544/60 e transformada em Reserva Florestal com uma área de 12.029 ha sob os cuidados do então Serviço Florestal do Estado, através da Seção de Reservas da Capital, a qual além de garantir a integridade física da área, desenvolvia pesquisas objetivando a recuperação da área desflorestada com espécie de rápido crescimento “experimentalmente”, onde a partir de 1963 foram produzidas e cultivadas aproximadamente 63.000 árvores de Pinus elliottii (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Em 1977, como a criação do Parque Estadual Serra do Mar pelo Decreto 10.251, a reserva florestal foi incorporada, dando origem então ao Núcleo Curucutu (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). 108 Apesar da exploração de madeira para a carvoaria nas décadas de 1940 e 1950, o Núcleo não tem ocupação humana intensa e se localiza em um dos trechos menos conhecidos e estudados da Mata Atlântica de São Paulo (INSTITUO KAIRÓS, 2012, p. 28). Atualmente, dos 332 mil hectares de área do Parque Estadual Serra do Mar, 37.518 mil estão localizados no Núcleo Curucutu, que abrange parte dos municípios de Juquitiba, Itanhaém, Monguagá e São Paulo. Tem como característica o clima de serra, mar de morros e paisagem característica dos campos nebulares, assim chamados por terem a influência direta e frequente da neblina formada pela ascensão do ar pela Serra do Mar (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(c)). Segundo as lendas locais, o nome Curucutu pode ter origem indígena. Acredita-se que, durante a migração dos índios guaranis em busca de lugares altos, ao alcançarem estes campos, no alto da Serra, depararam com enorme quantidade de corujas e batizaram a região com algo relacionado ao local, ou seja, Curucutu - espécie de coruja (MUNICÍPIO DE ITANHAEM, 2014). Há ainda quem fale na lenda indígena do “protetor das matas”. Além disso, na região também a uma Aldeia Indígena chamada Krukutu. No entanto, não é possível afirmar isso atualmente e o nome do Núcleo é atribuído ao nome da antiga Fazenda do local. 7.4.2. Patrimônio Cultural No Núcleo Curucutu há importantes patrimônios culturais, como: Fornos de carvão utilizados no processo exploratório da década de 40 (INSTITUTO FLORESTAL, 2008); O carvão vegetal é uma das mais antigas e importantes fontes de energia. Ele é obtido através da queima da madeira e sua utilização mais comum hoje é como combustível para aquecedores, lareiras, churrasqueiras e fogões. Sua fabricação é conhecida desde longa data na história da humanidade havendo referências do seu uso há séculos. Os egípcios, por exemplo, utilizavam para a filtragem de óleos e tratamentos de doenças. Na Segunda Guerra serviu para a retirada de gases tóxicos a partir de sua elevada capacidade de absorver impurezas sem alterar sua estrutura, devido a sua composição porosa. No Brasil há relatos de uso de carvão vegetal por parte dos índios, esses realizavam a mistura da substância com gorduras de animais com finalidade de combater doenças como tumores e úlceras (SindiCARV, s/d). Trilha do Mirante: capela datada de 04/08/1963, onde até hoje são realizadas missas. Trilha de Santo Amaro – Itanhaém: caminho utilizado para a instalação da linha de telégrafo entre São Paulo e Itanhaém e que provavelmente trata-se de uma antiga trilha indígena (ITANHAÉM, 2013); 109 Estrada do Telégrafo: a construção da linha do telégrafo foi viabilizada através do traçado da antiga trilha do Mambu, também denominada Estrada da Conceição, pois se acredita que era um antigo caminho de ligação de São Paulo a Itanhaém (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Aldeias indígenas: no Núcleo Curucutu há duas terras indígenas: Tenondé Porã (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013) e Rio Branco (ITANHAÉM, 2013). 7.4.3. Comunidades tradicionais No Parque Estadual Serra do Mar existem terras indígenas da etnia Guarani reconhecidas pelo Governo Federal, como as aldeias de Boa Vista do Sertão do Pró-Mirim, Guarani do Aguapeú, Bananal/Peruíbe, Ribeirão Silveira, Rio Branco (do Itanhaém) e Tenondé Porã. No Núcleo Curucutu há duas terras indígenas: Tenondé Porã e Rio Branco. Além disso, há a Aldeia Krukutu, não situada na área do PESM, mas não muito distante e a Aldeia Indígena Aguapeú, situada no munícipio de Monguaguá, onde o PESM também abrange uma área. Muitas das trilhas do Núcleo eram utilizadas como passagem, entre as aldeias do planalto (Tenondé Porã e Krukutu) e do litoral (Rio Branco – Itanhaém) (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Aldeia Tenondé Porã A aldeia Tenondé Porã está localizada em Parelheiros, zona sul do município de São Paulo, em uma das rotas históricas da Migração Guarani. Esta aldeia também é chamada de Morro da saudade ou Aldeia barragem. Ocupa um território de 26 hectares, demarcado como Reserva Indígena na década de 80 e homologado pelo Decreto Federal n° 94.223, de 15 de abril de 1987 (SMA/ CEA, 2010). Sua criação aconteceu em 1965 por famílias vindas de outras aldeias – Aldeia Palmeirinha do Paraná, do Vale do Ribeira e do Litoral Paulista. Com mais de 100 famílias e aproximadamente 900 pessoas, entre as quais a maioria são crianças, é a mais populosa aldeia paulista (SMA/ CEA, 2010). A Aldeia mantém suas tradições, como a dança, o canto e a reza. Preocupados com o processo de manutenção e resgate cultural, a aldeia possui duas escolas, uma Municipal de Educação Infantil, Centro de Educação da Criança Indígena – CECI – e outra estadual. Nas duas escolas lecionam professores indígenas (SMA/ CEA, 2010). 110 Aldeia Rio Branco Já a aldeia Rio Branco, passa pelos municípios de Itanhaém, São Vicente, São Paulo, com uma superfície de 2.856,10 hectares (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013) e com cerca de 120 indígenas que vivem de extrativismo, o palmito Juçara, artesanato que vendem na cidade, alguma agricultura de subsistência e caça (ITANHAÉM, 2013). Aldeia Krukutu A aldeia Krukutu fica apenas no município de São Paulo, com uma superfície de 25,88 hectares (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013). Ela foi homologada pelo Decreto Federal n° 94222/87. De acordo com Ladeira (2008), a aldeia originou-se como um prolongamento da aldeia Morro de Saudade, em decorrência de sua dependência econômica, ritual e vínculos familiares. A formação dos assentamentos familiares ocorre em locais que tenham condições para a manutenção do modo de ser indígena (SMA/ CEA, 2010). Atualmente, na aldeia vivem cerca de 138 pessoas distribuídas em 29 famílias nucleares (GRANADO, 2005). Existem duas escolas, uma CECI e outra estadual de ensino fundamental básico (primeiro ciclo). Em ambas são trabalhadas questões da cultura e da língua indígena (SMA/ CEA, 2010). Aldeia Indígena Aguapeú A Terra Indígena do Aguapeú está localizada no município de Mongaguá. É formada por índios Guarani Mbya e Tupi-Guarani (Ñandeva). Possui uma dimensão de 4.372,26 hectares e uma população de 109 índios (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013). Nessa aldeia, a miscigenação não é permitida e assim eles mantêm viva a cultura indígena herdada de seus ancestrais e garantem sua linhagem. A aldeia Aguapeú é uma das poucas da região onde não há mistura de raças. Reservados, os guaranis tem pouco contato com a população da Cidade e sobrevivem da venda do artesanato produzido pelas índias. As peças — brincos, colares, chocalhos, bibelôs — são feito com sementes e bambus colhidos na própria mata ou comprados na Cidade (DIÁRIO DO LITORAL, 2007). 111 7.4.4. Ecossistema, Fauna e Flora O núcleo Curucutu está inserido dento do bioma Mata Atlântica e tem como ecossistemas áreas que vão desde Floresta Ombrófila Densa Submontana localizadas nos municípios de São Paulo, Itanhém e Mongaguá, até áreas com Campo Alto Montano e Floresta Ombrófila Densa Alto Montano no município de São Paulo (MALAGOLI, 2013). O núcleo é marcado pelos campos nebulares, ou seja, influência direta e frequente da neblina formada pela ascensão do ar pela Serra do Mar. Sua paisagem típica é formada de gramíneas e samambaias. O Núcleo Curucutu é o único núcleo do PESM com a presença desse ecossistema. Além disso, no núcleo há uma diversidade de outras espécies, como bromélias, orquídeas, palmito-juçara, guapuruvu, quaresmeira, araçá piranga, jequitibá, cambuci, canela, cidreira silvestre, dentre outras (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(c)). Já em relação às espécies da fauna, as principais são: coruja jurucutu, símbolo do núcleo, anta, paca, cateto, cutia, lontra, onça parda, macaco-prego, muriqui, tucano do bico-verde, tucanodo-bico-preto, chibante, pica-pau-rei, gralha-azul, dentre outros (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). BROMÉLIAS As bromélias têm grande importância na manutenção da biodiversidade da fauna na Mata Atlântica, já que a disposição de suas folhas em roseta forma um reservatório onde se acumulam água e matéria orgânica, criando microhabitats para muitos organismos (STEINER et al., 2006). Vários animais como Bicho-preguiça (Bradypus variegatus), Bugio (Alouatta guariba), Quatis (Nasua nasua), além de diversas espécies de aves, se utilizam dos vasos de bromélias como bebedouro, como recurso alimentar, ou ainda, como fonte de alimento, por funcionarem como habitat e área de reprodução de insetos e anuros, os quais são procurados aí por predadores como as serpentes (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Elas são plantas epífitas, ou seja, costumam usar as árvores ou rochas como suporte para obter mais luz, umidade e nutrição e são características do continente americano, principalmente nas regiões tropicais. MACACO-PREGO (Cebus nigritus) O macaco-prego é um primata de médio porte, chegando de 35 cm à 49 cm de comprimento. Sua pelagem pode ser de marrom-amarelado até quase preta. Seus membros e a cabeça apresentam pelos com uma coloração preta. Essa espécie é considerada uma das mais inteligentes espécies de macacos. Possui mãos muito manipulativas e ágeis onde, utilizam ferramentas na natureza a fim de facilitar a exploração dos recursos. O macaco-prego possui hábitos diurnos e arborícolas, vivendo mais na parte central do dossel, sendo animais que costumam viver em bandos de 6 a 35 indivíduos. Alimentam-se de Frutos sementes, brotos e também pequenos invertebrados. No Brasil são encontrados nos biomas: Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica (ViaRondon, 2011). MURIQUI (Brachyteles arachnoides) Já o macaco Muriqui é uma espécie endêmica da Mata Atlântica. Considerado o maior primata das 112 Américas, tem um peso corporal médio de 15 kg (macho adulto) e 12 kg (fêmea adulta), pelagem espessa de coloração amarelada, cauda longa prênsil, com terço final desnudo, servindo de superfície táctil e prensora. São animais herbívoros, ou seja, se alimentam de uma grande diversidade de itens vegetais: frutos, folhas (maduras e novas), flores de árvores, lianas e epífitas, de acordo com sua disponibilidade sazonal e vivem em grupos grandes de vários machos e fêmeas, podendo formar grupos com mais de 50 indivíduos. Infelizmente, embora reconhecido pela UNESCO como identificador de qualidade ambiental, o Muriqui está entre as 35 espécies mais criticamente ameaçadas da Terra (PROGRAMA MURIQUI, s/d). ANTA (Tapirus terretris) A anta é um mamífero de grande porte, cujo corpo mede de 1,70 a 2,00 m e pode pesar até 300 kg. É o maior mamífero brasileiro. Sua coloração é marrom escura e o focinho tem uma pequena tromba móvel. Nas patas anteriores possui quatro dedos e nas patas posteriores três dedos. Frequenta diversos ambientes florestais, desde que se sinta segura nessas áreas. Tem hábitos solitários e geralmente é vista durante a noite. São animais herbívoros, considerados importante dispersora de sementes nas florestas, como as sementes de palmito juçara (ICMBio, s/d). Além disso, o Núcleo Curucutu recebe todos os anos dezenas de espécies de aves migratórias, mas uma merece atenção especial, é a guaracava-de-crista-branca (Elaenia chilensis) (SCHUNK, 2014). GUARACAVA-DE-CRISTA-BRANCA (Elaenia chilensis) Espécie de ave migratória que se reproduz no Chile e migra por uma boa parte da América do Sul depois de criar os filhotes. Durante a migração estas aves sobem pela faixa leste do Brasil até o nordeste brasileiro, entram pela caatinga, passam pelo cerrado, pelo Sul da Amazônia até chegar nos Andes, de onde retornam para o Sul até atingir as áreas de reprodução no Chile, completando o ciclo anual. Desde 2009 estas aves são registradas e estudadas no Núcleo Curucutu pelo pesquisador Fabio Schunck e sua equipe, que faz seu doutorado na USP com as aves desta região. Já foram anilhadas 140 guaracavas, mas nenhuma destas aves ainda foi recuperada no Núcleo ou em outra região, mas as chances vão aumentando a cada ano e a cada ave anilhada. As guaracavas são muito pontuais, elas passam pelo Núcleo Curucutu sempre na primeira semana de março, isso já se repete por seis anos consecutivos. Estas aves também usam as ilhas litorâneas durante sua migração, sendo um dos itens da dieta da jararaca-ilhoa, espécie de serpente arborícola e endêmica da ilha da Queimada Grande, litoral Sul de São Paulo. O anilhamento de aves silvestres é uma ferramenta fundamental para se estudar rotas migratórias, além de características biológicas das espécies, como seu tempo de vida. Este tipo de estudo, assim como as matas nebulares da parte alta do Núcleo Curucutu são de extrema importância para conservação desta espécie migratória que passa pelo PESM todos os anos (SCHUNK, s/d). Em relação aos anfíbios, o Núcleo Curucutu é o núcleo do PESM que possui a maior riqueza de espécies, atualmente com 66 espécies. Este amplo conhecimento foi obtido a partir de um estudo sistemático e de longo prazo, realizado desde 2005 até os dias de hoje, totalizando mais de 113 nove anos de trabalhos de campo e laboratório. Sua fauna de anfíbios é muito peculiar com espécies associadas aos campos de altitude, às matas nebulares, matas de encosta e também às matas de baixada. Dentre as espécies que ocupam os campos naturais (Campos de Altitude) e sua transição com as matas nebulares, destacam-se a perereca-das-folhagens (Phyllomedusa distincta), a rãzinha-assobiadora (Leptodactylus furnarius), a rãzinha-piadeira (Adenomera aff. marmorata) e a rãzinha-de-barriga-colorida (Paratelmatobius cardosoi), que costumam habitar alguns ambientes no entorno da sede do núcleo. Já nas matas nebulares e de encosta, destacam-se o sapinho-pingo-deouro (Brachycephalus ephippium), o sapinho-de-bromélia (Dendrophryniscus brevipollicatus), a rãde-vidro (Vitreorana uranoscopa), a perereca-flautinha (Aplastodiscus aff. albosignatus), a rã-decorredeira (Cycloramphus dubius) e a rãzinha-de-corredeira (Hylodes phyllodes). O Núcleo Curucutu apresenta espécies raras e com distribuição restrita ao estado de São Paulo. Este fato ressalta o seu papel fundamental na conservação dos anfíbios da Serra do Mar, graças à grande diversidade de fisionomias vegetais e ambientes aquáticos presentes em seus limites (MALAGOLI, 2013). Lista das principais espécies da fauna e flora FAUNA: - AVES: as principais espécies estão listadas abaixo. A lista completa pode ser vista no anexo 4. Jaó-Do-Sul (Crypturellus noctivagus) Jacutinga (Aburria jacutinga) Gavião-Pombo-Pequeno (Amadonastur lacernulatus) Gavião-Pega-Macaco (Spizaetus tyrannus) Gavião-Pato (Spizaetus melanoleucus) Narcejão (Gallinago undulata) Caburé-Miudinho (Glaucidium minutissimum) Mocho-Diabo (Asio stygius) Bacurau-Tesoura-Gigante (Hydropsalis forcipata) Apuim-De-Costas-Pretas (Touit melanonotus) Choquinha-Pequena (Myrmotherula minor) Choquinha-Cinzenta (Myrmotherula unicolor) Choquinha-De-Asa-Ferrugem (Dysithamnus xanthopterus) Pinto-Do-Mato (Hylopezus nattereri) Maria-Leque-Do-Sudeste (Onychorhynchus swainsoni) Chibante (Laniisoma elegans) Sabiá-Pimenta (Carpornis melanocephala) Patinho-Gigante (Platyrinchus leucoryphus) Não-Pode-Parar (Phylloscartes paulista) Estalinho (Phylloscartes difficilis) Guaracava-De-Crista-Branca (Elaenia chilensis) Tucão (Elaenia obscura) Tesoura-Cinzenta (Muscipipra vetula) 114 Caminheiro-De-Barriga-Acanelada (Anthus hellmayri) Sanhaçu-Frade (Stephanophorus diadematus) Pixoxó (Sporophila frontalis) Negrinho-Do-Mato (Amaurospiza moesta) Cais-Cais (Euphonia chalybea) Fonte: SCHUNCK, 2015 - MAMÍFEROS Jaguatirica (Leopardus pardalis (Linnaeus, 1758)) Sussuarana (Puma concolor (Linnaeus, 1771)) Mono-carvoeiro ou Muriqui (Brachyteles arachnoides (Geoffroy, 1806)) Macaco-prego-preto (Cebus nigritus (Goldfuss,1809)) Anta (Tapirus terrestris (Linnaeus, 1758)) Paca (Cuniculus paca (Linnaeus, 1766)) Dados secundários Lontra (Lontra longicaudis (Olfers, 1818)) Cuíca-cauda-de-rato (Metachirus nudicaudatus (Desmarest, 1817)) Cateto (Pecari tajacu (Linnaeus, 1758)) Morcego (Tadarida brasiliensis (I. Geoffroy, 1824)) Morcego-beija-flor (Anoura caudifer (É. Geoffroy, 1818)) Morcego (Anoura geoffroyi Gray 1838) Morcego-das- frutas (Artibeus cinereus (Gervais, 1855)) Morcego-das- frutas (Artibeus obscurus (Schinz, 1823)) Morcego (Lonchorhina aurita (Tomes, 1863)) Morcego-das- frutas (Sturnira lilium (É. Goffroy, 1810)) Morcego (Sturnira tildae (de la Torre, 1959)) Morcego-borboleta (Myotis nigricans (Schinz, 1821)) Rato-do-chão (Akodon cursor (Winge, 1887)) Cutia (Dasyprocta azarae (Humboldt, 1811)) Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 - ANFÍBIOS E RÉPTEIS Adenomera cf. marmorata Sapinho-de-brómelia (Dendrophryniscus cf. brevipollicatus) Eleutherodactylus cf. guentheri Eleutherodactylus guentheri Eleutherodactylus sp. 1 Eleutherodactylus sp. 3 Cágado-da-serra (Hydromedusa maximilianii) Hyla hylax Hyla sp. 3 Scinax sp. (gr. perpusillus) Thamnodynastes cf. nattereri Bufo cf. margaritifer Bufo ornatus Eleutherodactylus binotatus 115 Flectonotus fissilis Proceratophrys melanopogon Scinax cf. perpusillus Scinax littoralis Bufo ictericus Cycloramphus boraceiensis Eleutherodactylus sp. 2 Hyla hylax Hyla sp. 2 Hylodes phyllodes Micrurus corallinus Eleutherodactylus sp. 4 Flectonotus sp.? Hyla sp. 1 Fonte: INSTITUTO EKOS BRASIL, s/d FLORA: Canela (Ocotea curucutuensis Baitello) Manacá (Tibouchina sellowiana (Cham.) Cogn.) Jacatirão (Miconia cinnamomifolia (DC.) Naud.) Palmito-juçara (Euterpe edulis) Samambaiaçu (Dicksonia sellowiana) Araçá (Psidium cattleianum Sabine) Embaúba (Cecropia pachystachya Trécul) Caqui (Diospyros kaki Thunb.) Herbáceas, notadamente das famílias Poaceae, Cyperaceae e Asteraceae Bambu (Merostachys spp.) Guaricanga (Geonoma elegans Mart.) Araçá-piranga (Eugenia leitonii D. Legram sp. Inéd.) Micônias (Miconia sp.) Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 7.4.5. Serviços Ecossistêmicos O Núcleo Curucutu presta diversos serviços, principalmente para a sua comunidade do entorno: ● Regulação da qualidade do ar; ● Proteção dos morros e encostas; ● Proteção dos solos; ● Polinização; ● Bem-estar, lazer e turismo; ● Recursos hídricos. 116 O Núcleo Curucutu abriga as nascentes dos rios Capivari e Embu-Guaçu, que são importantes contribuintes do sistema Guarapiranga, um dos principais mananciais da Região Metropolitana de São Paulo. A bacia Guarapiranga foi construída originalmente para atender às necessidades de produção de energia elétrica na Usina Hidroelétrica de Parnaíba. Sua área é extensa, com cerca de 630 km². Engloba partes dos territórios de diferentes municípios, como Embu-Guaçu, Itapecerica da Serra, São Lourenço da Serra, Juquitiba, Embu e São Paulo (SABESP, 2008). O Sistema Guarapiranga é o segundo maior em produção de água, com uma produção média de 14m³/s, que por seu lado, atende a cerca de 3,7 milhões de consumidores (cerca de 20% da população da Região Metropolitana de São Paulo). Além da água produzida dentro da sua bacia hidrográfica, o Sistema Guarapiranga também conta com a contribuição das águas dos rios Capivari e Monos (capacidade de 3,2 m³/s), afluente do rio Capivari, e da Represa Billings, através do braço Taquacetuba (capacidade de 4m³/s) (SABESP, 2008). O processo de crescimento descontrolado da mancha urbana sobre os mananciais da Represa Guarapiranga coloca em risco a capacidade de abastecimento deste importante manancial da metrópole de São Paulo, pois além de promover a degradação da cobertura vegetal, a impermeabilização do solo, favorece o lançamento de esgotos e dejetos urbanos na represa e a contaminação de córregos e das águas subterrâneas que drenam para o seu corpo d’água, comprometendo a qualidade e a quantidade de água disponível (SABESP, 2008). A proteção e a recuperação das áreas degradadas deste manancial, bem como o controle mais efetivo da expansão de diferentes formas de uso e ocupação do solo na sua bacia hidrográfica são peças fundamentais para o futuro do abastecimento hídrico da Região Metropolitana de São Paulo (SABESP, 2008). 7.4.6. Pesquisas Dentre os projetos existentes no PESM, Núcleo Curucutu, destacam-se: Pesquisador Leo Malagoli - Projeto "Diversidade e distribuição dos anfíbios anuros em diferentes fisionomias do Núcleo Curucutu do Parque Estadual Serra do Mar, SP" e "Diversidade filogenética, funcional e conservação dos anfíbios da Serra do Mar, sudoeste do Brasil"; Pesquisador Fabio Schunck com Projeto "Levantamento de aves do Parque Estadual Serra do Mar, Núcleo Curucutú, São Paulo - SP"; 117 Pesquisadora Lilian Borjorne de Almeida com o Projeto “Uso da paisagem por onças-pardas (Puma concolor) em fragmentos de Mata Atlântica e Cerrado na Região Metropolitana de São Paulo”; Pesquisadora Silara Fatima Batista com o Projeto "Diversidade e distribuição de serpentes no mosaico de fisionomias do Núcleo Curucutu - Parque Estadual Serra do Mar" (em análise pelo Cotec). Outras pesquisas realizadas no núcleo com bolsa FAPES foram: 04/15531-2: Reconstrução da paleovegetação e do paleoclima em regiões do litoral Sul do Estado de São Paulo (Parque Estadual da Serra do Mar - Núcleo de Curucutu e Ilha do Cardoso) no Quaternário tardio 06/00017-7: Climate changes and vegetation dynamics during the late pleistocene in the Parque Estadual da Serra do mar-nucleo curucutu, São Paulo State, southeastern Brazil, inferred from pollen and carbon.. 03/03297-2: Estudo multi/interdisciplinar de reconstrução da vegetação e clima na região do Parque Estadual da Serra do mar-nucleo curucutu, São Paulo, SP no quaternário tardio 07/00705-3: Reconstrução da vegetação no Parque Estadual da Serra do Mar Núcleo Curucutu, desde o Holoceno Médio 98/00178-2: Parâmetros geomorfológicos na determinação da fragilidade ambiental no Núcleo Curucutu do Parque Estadual da Serra do Mar. O descritivo delas pode ser visto no anexo 5. 7.4.7. Atrativos O Núcleo Curucutu conta com diversos atrativos naturais, como trilhas, cachoeiras e piscinas naturais. Os principais atrativos do núcleo são: Trilhas abertas a visitação Trilha do Mirante: A trilha do Mirante percorre o divisor de águas entre a Bacia do Rio Capivari. Ao percorrê-la é possível observar à diversidade de paisagens de mar de morros e encostas da Serra do Mar 118 (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(c)). Durante a caminhada, o visitante poderá presenciar e sentir diferenças e mudanças climáticas como nevoadas, umidade variando, calor, mormaço, entre outros (TRILHAS DE SÃO PAULO, 2011a). A trilha atinge o cume da serra, limite entre os municípios de São Paulo e Itanhaém onde, em dias de baixa nebulosidade (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(c)), é possível apreciar parte do litoral sul do Estado, como as praias de Mongaguá, Itanhaém e Praia Grande, além da Laje de Santos – formação rochosa que integra o Parque Estadual Marinho Laje de Santos (única Unidade de Conservação marinha de proteção integral marinha do Estado de São Paulo) e a Ilha da Queimada Grande, também conhecida como Ilha das Cobras (TRILHAS DE SÃO PAULO, 2011a). Há relatos de que a trilha do Mirante existe desde os tempos anteriores a criação do núcleo, quando ainda havia a Fazenda Curucutu. Na época, a região era utilizada para a produção madeireira de pinus e as pessoas visitavam o caminho que dava acesso ao mirante, bem como a capela existente nas mediações (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Percurso: 2.654 metros Tempo estimado: 2h00min Nível de dificuldade: fácil Fonte: (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(c) Trilha do Mambu/Trilha da Travessia Trilha histórico cultural que atravessa a Serra. Denominada por equivoco como Trilha do Telégrafo, pois se tratava de um antigo caminho dos indígenas da etnia Guarani que ligava o planalto ao litoral e que viabilizou a construção da linha do telégrafo. A antiga Trilha do Mambu, também era chamada de Estrada da Conceição, pois se acredita que era um antigo caminho de ligação de São Paulo a Itanhaém (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Durante a trilha é possível observar vegetação em diferentes níveis, desde áreas mais abertas e com plantação de pinus, até áreas com vegetação mais densa. A fauna é bem diversa, marcada por rastros e presença de pacas, antas, bugios, macacos-prego, veado-mateiro e onçaparda (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Percurso: 7.600 metros Tempo estimado: 04h30min Nível de dificuldade: dificuldade alta 119 Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(c) Trilha da Bica Acredita-se que a Trilha da Bica existe desde os tempos anteriores a criação do núcleo, quando ainda havia a Fazenda Curucutu. Na época, a região era utilizada para a produção madeireira de pinus e as pessoas visitavam o caminho que dava acesso ao mirante, bem como a capela existente nas mediações (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Durante o percurso é possível observar a flora, passando por estágios mais iniciais de vegetação e com presença de pinus reflorestado que era utilizado antigamente para a produção de madeira, até áreas mais conservadas. Possui uma parada em uma bica d´água, ideal para os visitantes se refrescarem. A trilha pode ser feita por crianças e idosos (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Percurso: 1.102 metros Tempo estimado: 01h30min Nível de dificuldade: fácil Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(c) Outras trilhas (não abertas à visitação) Trilha da Cachoeira da Usina Capivari Antigamente, o percurso da trilha era inicialmente o acesso até a usina Capivari. Atualmente, em uma de suas áreas foi criada a Terra Indígena Tenondé Porã. A trilha margeia o rio Capivari com vários pontos de contemplação da Mata Atlântica de altitude, até a Cachoeira da Usina com uma queda d’água de 80 metros (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Percurso: 8.716 metros Tempo estimado: 06h00min Nível de dificuldade: moderado Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 Trilha da Santa Margarida (Corredeiras do Rio Mambu) Extensão (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013) 120 Trilha do Degrau (Cachoeira do Rio Mambu) Extensão aproximada 8.000 metros (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). 7.4.8. Informações gerais sobre o Núcleo Dados gerais Área 37.518 hectares Bioma Mata Atlântica Município da sede São Paulo e Itanhaém Municípios Abrangidos Itanhaém, São Paulo Juquitiba e Mongaguá Endereço da sede Município da Sede Administrativa: Itanhaém (Rua Dom Sebastião Leme, 135 - Jardim Ivoty – Itanhaém/SP); Município da Sede de Uso Público: São Paulo (Estrada Bela Vista, 7090 Emburá do Alto, Parelheiros/SP). Escritório urbano Bases e outras funções Base de Proteção Juquitiba (inativa) Telefones (11) 5975-2000 / (13) 3422-5657 / (13) 3426-9223 Sinal de celular da sede Sinal de celular da base E-mail da UC [email protected] Nome do Gestor Marcelo José Gonçalves Esportes Radicais Não Capacidade de hospedagem Não Valor da hospedagem na UC Não Centro de visitantes Sim Capacidade do auditório 46 pessoas Capacidade do refeitório Não possui Lanchonete Não 121 Quiosques pic nic 1 galpão amplo que serve como área para lanche Camping na UC Não Facilidades no entorno imediato Não Há Tipo de Acesso Asfalto, Terra, 19 km Distância de SP 70 km Distância cidade mais próxima(s) 24 km – Embu Guaçu; 22 km – Parelheiros Cobrança de Ingresso e valor Não Amplitude Altitudinal 756 m Amplitude de Temperaturas Média de 20°C Bases e outras funções Base de Proteção Juquitiba – atualmente inativa Endereço Telefone Capacidade de hospedagem Base de Proteção Endereço Telefone Capacidade de hospedagem Mais Informações Sede Administrativa Dias e horário de funcionamento De segunda-feira a sexta-feira das 8h às 17h. Telefones para informação (11) 5975-2000 / (13) 3422-5657 / (13) 3426-9223 E-mail [email protected] Gestor (a) Marcelo José Gonçalves Endereço Rua Dom Sebastião Leme, nº135, Jardim Ivoty/ Itanhaém –SP CEP 11740-000 122 Visitação Dias e horário de funcionamento De terça-feira a domingo, das 8h30 às 17h. Endereço Estrada Bela Vista, nº7090 - Emburá do Alto –SP Normas de Visitação e Segurança do PESM É proibida a entrada de pessoas descalças. Obrigatório o uso de calçado fechado (tênis ou bota); É proibido o consumo de bebida alcoólica dentro da UC; É proibido o uso de shampoo, sabonete, creme, etc., nas piscinas naturais; É proibido fazer churrasco ou qualquer tipo de fogueira dentro da UC; É proibida a retirada ou a introdução de qualquer espécie (flora e fauna) assim como de qualquer outro produto (pedras, madeiras, etc.) desta UC. Normas para as trilhas Nunca ultrapasse o monitor, pois é ele que irá avisar se houver algum perigo; Mantenha-se no caminho pré-determinado, andando sempre um atrás do outro, para evitar o alargamento da trilha; Não correr, gritar ou falar muito alto, isso pode assustar os animais; Observe os locais antes de apoiar as mãos ou se sentar, pois há muitos animais e insetos peçonhentos que se camuflam e se encontrar algum animal, mantenha a distancia; Não retire flores, frutos, plantas silvestres ou pedras. Quando encontrar galhos ou folhas no meio da trilha, não os retire, pois é onde as cobras gostam de se esconder. Apenas desvie; Não se arrisque nas pedras e não puxe ou pendure em cipós; Temos várias lixeiras que estão colocadas em pontos estratégicos. Então, todo lixo produzido durante a permanência, deverá ser trazido de volta; Símbolo O nome do núcleo é devido a antiga Fazenda Curucutu, onde hoje o núcleo estpa localizado. Antigamente, nome era atribuído a uma espécie de coruja, que se tornou o seu símbolo. 123 7.5. Núcleo Itariru 7.5.1. História Conformada como Reserva Florestal de Itariru, em 1977 foi incluída no Parque Estadual Serra do Mar criado pelo Decreto 10.251, formando o Núcleo Itariru. Em 2010, com a ampliação do PESM, algumas glebas foram incluídas no Núcleo Itariru, totalizando 4 mil ha, sendo duas delas no município de Miracatu, que anteriormente não fazia parte do Parque. Atualmente, dos 332 mil hectares de área do Parque Estadual Serra do Mar, 53.927 mil estão localizados no Núcleo Itariru, que abrange parte dos municípios de Itariri, Juquitiba, Peruíbe, Miracatu e Pedro de Toledo. Localizado no Vale do Ribeira, configura-se como uma das regiões de Mata Atlântica mais conservadas do país (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(d)). O Núcleo Itariru apresenta uma vegetação exuberante e protege as únicas manchas de floresta de várzea de todo o Parque. As matas de várzea constituem ambientes frágeis, cuja origem e funcionamento estão ligados à deposição de sedimentos geologicamente recentes, caracteriza-se pela vazão constante dos rios, ou seja, pela entrada e saída de água das marés fluviais. Essas mesmas condições propiciaram a formação de solos com bons níveis de nutrientes e estoques biológicos. O nome Itariru significa “Pedra Preciosa”. Em tupi-guarani, “ita” quer dizer pedra, firme, forte, resistente. No município de Peruíbe também há um rio chamado Itariru. Cidades abrangidas pelo Núcleo Itariri Localizada na antiga região do Rio do Azeite, cujo povoamento foi iniciado em 1865, Itariri teve como marco inicial a construção de uma estação da Estrada de Ferro Sorocabana, trecho Santos–Juquiá, inaugurada apenas em 1914. No ano seguinte, recebeu um grande número de imigrantes japoneses. Com o loteamento de terras vizinhas à estação, em 1922, e a construção da capela de São Benedito, em 1925, teve início o desenvolvimento mais efetivo do povoado. Foi elevado a distrito do município de Itanhaém em 30 de novembro de 1938 e adquiriu autonomia municipal em 24 de dezembro de 1948. O vocábulo Itariri provém do tupi, ita, “pedra”, riri, “ostra” (BATTISTELLA, 2012). 124 Juquitiba A fundação do bairro de São Lourenço por Manoel Jesuíno Godinho, em 1887, deu início ao município de Juquitiba (“terras de muitas águas”, em tupi-guarani). Passou a ser conhecido, posteriormente, como Capela Nova da Bela Vista do Rio Juquiá e, em 27 de dezembro de 1907, foi elevado à categoria de distrito do município de Itapecerica da Serra, com sede no povoado de Bela Vista de Juquiá. Apenas em 28 de fevereiro de 1964, obteve autonomia político-administrativa (BATTISTELLA, 2012). Pedro de Toledo O núcleo inicial do futuro município foi marcado pela Parada Carvalho, pertencente à Estrada de Ferro Sorocabana, construída em 1912, no trecho que ligava Santos a Juquiá, no litoral sul. A estação fazia limite com a propriedade de Manoel Francisco de Carvalho, um dos primeiros moradores locais. Passou a ser chamada de Parada Vasconcelos, em homenagem a outro pioneiro, o Coronel Raimundo Vasconcelos e, posteriormente, Parada Alecrim, devido ao arbusto bastante comum na região (BATTISTELLA, 2012). O povoado, que se desenvolveu em torno da estação, tornou-se distrito no município de Iguape, em 13 de dezembro de 1929, com o nome de Alecrim, e se dedicava basicamente à agricultura, em especial, ao cultivo da banana. Seu nome foi alterado para Pedro de Toledo em 20 de setembro de 1937. Transferido para o município de Prainha (atual Miracatu), em 30 de novembro de 1938, obteve autonomia político-administrativa em 24 de dezembro de 1948 (BATTISTELLA, 2012). Miracatu O antigo povoado de Prainha, localizado na margem esquerda do Rio São Lourenço, deve seu nome a uma pequena praia onde paravam canoeiros para descansar e fazer refeições durante a viagem. Sua origem estaria ligada ao núcleo formado nas terras do francês Pierre Laragnoit, que, em 1871, doou dois alqueires para a construção da igreja Nossa Senhora das Dores de Prainha. Em 6 de abril de 1872, o povoado foi elevado a freguesia do município de Iguape. Em 30 de novembro de 1938, tornou-se município autônomo que, em 30 de novembro de 1944, teve sua denominação alterada para Miracatu (em tupi, “gente boa”) (BATTISTELLA, 2012). O transporte na região era basicamente fluvial, e os dois principais rios navegáveis eram o São Lourenço e o Ribeira de Iguape. Grande número de canoas e depois de vapores de tonelagem 125 regular cruzavam essesrios ligando o Porto de Iguape, escoadouro das riquezas de toda a região, à vila de Prainha. A navegação fluvial perdeu sua importância a partir de 1914, quando foi inaugurado o ramal Santos–Juquiá da Estrada de Ferro Sorocabana e o Porto de Iguape, aos poucos, foi substituído pelo Porto de Santos. A partir do início do século XX, a região recebeu grande contingente de imigrantes japoneses que desenvolveram a cultura do arroz e da banana (BATTISTELLA, 2012). Peruíbe A origem de Peruíbe está vinculada à história de São Vicente e, em especial, à trajetória dos jesuítas pelo litoral do Estado de São Paulo. No século XVI, uma missão jesuítica estabeleceu-se no local que recebeu o nome de Aldeamento de São João Batista, ou São João da Aldeia, cujo objetivo, além de converter e pacificar os índios Carijós e Tamoios, que viviam ao sul da capitania de Itanhaém, era o de servir como pouso a viajantes. Situava-se em uma região estratégica na defesa contra investidas de corsários (BATTISTELLA, 2012). No final do século XVIII, com a expulsão dos padres jesuítas, a aldeia passou a ser administrada pelos franciscanos e o núcleo de Peruíbe entrou em declínio. Só retomou o desenvolvimento como cidade balneária em meados do século XX, quando foi transformada por lei, em 18 de fevereiro de 1959, em distrito e município, com território desmembrado de Itanhaém (BATTISTELLA, 2012). Peruíbe, em tupi-guarani, significa “no rio dos tubarões”. Consta, porém, de alguns documentos que esse nome estaria associado ao modo como José de Anchieta se referia ao lugar, chamando-o de Tapirema do Peru, por suas semelhanças com a região peruana, onde os jesuítas haviam enfrentado dificuldades no exercício da catequese (BATTISTELLA, 2012). 7.5.2. Patrimônio Cultural No Núcleo Itariru, na trilha da Cachoeira da Usina, é possível observar as ruínas de uma antiga hidroelétrica construída em 1939 por imigrantes suíços, bem como fornos de carvão da mesma época. O carvão vegetal é uma das mais antigas e importantes fontes de energia. Ele é obtido através da queima da madeira e sua utilização mais comum hoje é como combustível para aquecedores, lareiras, churrasqueiras e fogões. Sua fabricação é conhecida desde longa data na história da humanidade havendo referências do seu uso há séculos. Os egípcios, por exemplo, 126 utilizavam para a filtragem de óleos e tratamentos de doenças. Na Segunda Guerra serviu para a retirada de gases tóxicos a partir de sua elevada capacidade de absorver impurezas sem alterar sua estrutura, devido a sua composição porosa. No Brasil há relatos de uso de carvão vegetal por parte dos índios, esses realizavam a mistura da substância com gorduras de animais com finalidade de combater doenças como tumores e úlceras (SindiCARV). 7.5.3. Comunidades tradicionais No entorno do Núcleo Itariru sobrevivem índios Guarani que ainda preservam costumes tradicionais, como roças de mandioca, a produção de farinha e o artesanato de cipó e palha. TI Bananal (Peruíbe) ● Localização: município de Peruíbe ● Bioma: Mata Atlântica ● Aldeia: Bananal ● Povo: Tupi-Guarani (Ñandeva) ● População: 31 índios (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013) ● Situação fundiária: homologada em 1994, com registro no CRI ● Dimensão: 480,4737 hectares TI Piaçaguera ● Localização: município de Peruíbe ● Bioma: Mata Atlântica ● Aldeias: Piaçaguera, Tanyguá, Nhamandu-mirim, Kuaray Mirim e Tabaçure Koypy (ISA, 2012) ● Povo: Tupi-Guarani (Ñandeva) ● População: 254 índios (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013) ● Situação fundiária: declarada em 2011 e em fase de demarcação física ● Dimensão: 2.795 hectares TI Itariri (Serra do Itatins) ● Localização: município de Itariri ● Bioma: Mata Atlântica ● Aldeias: Rio do Azeite e Capoeirão ● Povos: Tupi-Guarani (Ñandeva) ● População: 66 índios COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO 127 ● Situação fundiária: homologada em 1987, com registro no SPU e CRI ● Dimensão: 1.212 hectares 7.5.4. Ecossistema, Fauna e Flora O núcleo Itariru está inserido dento do bioma Mata Atlântica e abrange tanto áreas próximas ao litoral, quanto áreas com altitudes mais elevadas, tendo uma amplitude altitudinal de 20 à 780 metros. Como consequência, o Núcleo tem como ecossistemas vegetação formada pela Floresta Ombrófila Densa Montana (ou Floresta Sempre-verde do Planalto), com alguns estratos de Floresta de Neblina (Floresta da Crista da Serra do Mar). Esta vegetação é muito pouco conhecida e muitas vezes encontrada em altitudes mais elevadas, com probabilidade de estender dentro do Núcleo (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). O núcleo Itariru possui uma das áreas mais preservadas do Parque Estadual Serra do Mar, com as únicas manchas de floresta de várzea de todo o parque. Algumas espécies vegetais típicas do núcleo são: jequitibá, palmito juçara, guapuruvu, angico, canela branca, jatobá, ipês, palmeiras e bromélias. Em relação à fauna, as principais espécies encontradas são o bicho preguiça, anta, jacu, sagui, gambá, tucano do bico verde, araçari banana (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). BICHO PREGUIÇA (Bradypus variegatus) O bicho preguiça é a espécie símbolo do núcleo. Essas espécies medem, em média, 60 cm e chegam a pesar até 5 kg. Seu nome advém do metabolismo muito lento do seu organismo, responsável pelos seus movimentos extremamente lentos e por seus hábitos de dormir por aproximadamente 15 horas ao dia. Preferem viver em árvores altas, com copa volumosa e densa, onde se penduram usando as garras que, embora possam parecer assustadoras, praticamente não servem para nenhuma defesa, devido à lentidão dos seus movimentos. Graças a essa lentidão, à sua coloração e ao fato de permanecerem na copa de árvores muito altas, é muito difícil enxergar as preguiças na mata. Mesmo assim, elas têm predadores naturais como onças e serpentes. Os Bichos Preguiça são animais com hábitos noturnos e alimentam-se de folhas novas de um número restrito de árvores como a embaúba. Dela são consumidas as folhas, flores e frutos. Grande parte da agua necessária para sua sobrevivência é obtida a partir da digestão, tornando o hábito de beber água inexistente (UNIVERSITY OF MICHIGAN, 2011). PALMITO JUÇARA (Euterpe edulis Mart.) O palmito juçara serve de alimento para um grande número de espécies de aves e mamíferos, como a anta, o tucano do bico verde e o muriqui, sendo considerada uma espécie chave para a Mata Atlântica. Sua palmeira atinge até 25 m de comprimento, possuindo tronco reto e fino, com diâmetro de até os 10 cm. Na parte terminal do tronco encontra-se um tecido, recoberto pelas bainhas das folhas palmito. A floração ocorre de setembro a janeiro - flores pequenas de cor creme, polinizadas por insetos, mais especificamente por besouros. A frutificação ocorre de abril a novembro - fruto carnoso, esférico e roxo-escuro. Pelo sabor e alto valor 128 comercial do palmito, a espécie é alvo de exploração predatória, pois são sacrificadas até as plantas mais jovens. O intenso extrativismo do palmito contribuiu para que a espécie fosse incluída na lista das espécies ameaçadas de extinção (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). CACHORRO-DO-MATO (Cerdocyon thous) Animais de médio porte da mesma família dos cães domésticos (Canidae) chegando a atingir de 60 cm a 70 cm de comprimento na fase adulta. Sua pelagem varia do cinzento ao castanho, com faixas de pêlos pretos da nuca até a cauda. Possui hábitos noturnos e costumam andar em pares ou em grupos familiar na hora da caça. Alimentam-se de frutos, pequenos vertebrados, insetos, peixes, crustáceos e carniça. No Brasil habitam os biomas Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal (ViaRondon, 2011). MÃO-PELADA (Procyon cancrivorus) São animais mamíferos, de hábitos noturnos (INSTITUTO RÃ-BUGIO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE, s/d(e)) e de pequeno porte, com tamanho variando de 40cm a 1m de comprimento. Possuem a pelagem densa e curta e a coloração de seu corpo varia de marrom escuro ao grisalho. Apresentam uma pelagem mais escura na região dos olhos, o que lembra uma “máscara” e vários anéis escuros na cauda. O termo “Mão-pelada” refere-se ao fato de suas mãos serem desprovidas de pelos. Além disso, possuem muita agilidade nas mãos para capturarem seus alimentos. Possuem uma dieta carnívora e habitam desde a América central, até Uruguai, nordeste da Argentina e Brasil. No território nacional ocorrem em todos os biomas: Amazônia, Cerrado, Caatinga, Pantanal, Mata Atlântica e Campos Sulinos (ViaRondon, 2011). ESQUILO (Guerlinguetus ingrami) Também conhecido como caxinguelê ou serelepe, é um animal de pequeno porte. Possui uma cauda tão longa que ultrapassa o tamanho do corpo, sua pelagem é longa densa e crespa, com uma coloração cinza-amarelada. Os esquilos têm o hábito arborícola (vivem em árvores) e terrestre, são ótimos escaladores. Alimentam-se de pequenos frutos e sementes e habitam o sudeste do estado de Minas Gerais, parte sudeste do estado da Bahia até o estado do Rio Grande do Sul (ViaRondon, 2011). SAMAMBAIAÇU (Dicksonia sellowiana) A samambaiaçu é uma espécie de samambaia característica da Floresta Ombrófila Mista, na Mata Atlântica. Também é conhecida como xaxim, xaxim imperial, xaxim bugio, samabaiaçuimperial e feto arborescente. Foi muito explorada até o ano 2000 para a confecção de vasos para a jardinagem, motivo que levou essa espécie endêmica da Mata Atlântica a lista oficial do IBAMA como espécie ameaçada de extinção. Caracteriza-se por ser uma planta grande, podendo chegar a até 4m de altura. É resistente ao frio e possui crescimento lento (OLIVEIRA et al., 2013). As samambaias são plantas vasculares que se reproduzem por meio de esporos. Quando adultas são formadas por um caule, um rizoma e por folhas, denominadas de frondes. Essas plantas são as mais antigas existentes, predominam no planeta terra por cerca de 345 milhões de anos (OLIVEIRA et al., 2013). Lista das principais espécies da fauna e flora FAUNA: 129 - AVES: as principais espécies estão listadas abaixo. A lista completa pode ser vista no anexo 4. Fonte: Jacutinga (Aburria jacutinga) Caburé-Miudinho (Glaucidium minutissimum) Bacurau-Tesoura (Hydropsalis torquata) Beija-Flor-De-Bochecha-Azul (Heliothryx auritus) Barbudo-Rajado (Malacoptila striata) Choquinha-Pequena (Myrmotherula minor) Choquinha-Cinzenta (Myrmotherula unicolor) Choquinha-De-Peito-Pintado (Dysithamnus stictothorax) Chocão-Carijó (Hypoedaleus guttatus) Pintadinho (Drymophila squamata) Assanhadinho (Myiobius barbatus) Tiririzinho-Do-Mato (Hemitriccus orbitatus) Sabiá-Pimenta (Carpornis melanocephala) Gralha-Azul (Cyanocorax caeruleus) SCHUNCK, 2015 - MAMÍFEROS ● ● ● ● Macaco-prego-preto (Cebus nigritus (Goldfuss,1809)) Paca (Cuniculus paca (Linnaeus, 1766)) Cutia (Dasyprocta azarae (Humboldt, 1811)) Serelepe (Guerlinguetus ingrami) Dados secundários ● ● ● ● ● ● ● Fonte: Onça parda (Puma concolor (Linnaeus, 1771) Veado-mateiro (Mazama americana) Cachorro-do-mato (Cerdocyon thous) Mão-pelada (Procyon cancrivorus) Gato-do-mato (Leopardus sp.) Tatu-galinha (Dasypus novemcinctus) Bicho-preguiça (Bradypus variegatus) FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 - ANFÍBIOS E REPTÉIS ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● 130 Adenomera cf. marmorata Jararacuçu (Bothrops jararacuçu) Bufo ornatus Crossodactylus caramaschii Cycloramphus boraceiensis Eleutherodactylus binotatus Eleutherodactylus bolbodactylus Eleutherodactylus parvus Eleutherodactylus guentheri Hyla hylax Hylodes dactylocinus Hylodes sp. 1 (gr. heyeri) Scinax cf. perpusillus Siphlophis pulcher Zachaenus parvulus ● ● ● Fonte: INSTITUTO EKOS BRASIL, s/d ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● Fonte: FLORA: Ingás (Inga sessilis (Vell.) Mart. e Inga edulis Mart.) Pau-jacaré (Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F. Macbr.) Micônias (Miconia sp.) Embaúba (Cecropia pachystachya Trécul) Palmito-juçara (Euterpe edulis) Samambaiaçus (Dicksonia sellowiana Hook. e Nephelea sternbergii Lem.) Tapiá (Alchornea triplinervia (Spreng.) Müll. Arg.) Guapuruvú (Schizolobium parahyba (Vell.) S.F. Blake) Figueiras (Ficus sp.) Bicuíba (Virola bicuhyba (Schott ex Spreng.) Warb.) FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 7.5.5. Serviços Ecossistêmicos O Núcleo Itariru presta diversos serviços principalmente para a sua comunidade do entorno: ● Regulação da qualidade do ar; ● Proteção dos morros e encostas; ● Proteção dos solos; ● Bem-estar, lazer e turismo; ● Recursos hídricos. No Núcleo Itariru há o Rio São Lourencinho, importante afluente da Bacia Ribeira de Iguape, que além de ser importante para o abastecimento hídrico da região, possui potencial para o ecoturismo. O rio Ribeira de Iguape localiza-se na região sul do Estado de São Paulo. Nasce no Estado do Paraná e apresenta um desenvolvimento aproximadamente paralelo à orla marítima, confrontando-se, ao norte e a leste, com as bacias dos rios Paranapanema e Tietê, respectivamente, e, ao sul, com a bacia do rio Iguaçu (SECRETARIA DE SANEAMENTO E RECURSOS HÍDRICOS, 2007). A bacia do Ribeira do Iguape abrange uma área total de 24.980 km2, dos quais 15.480 km2 (62%) pertencem ao Estado de São Paulo, abrangendo 23 municípios e 9.500 km2 (38%) ao Estado do Paraná, com 5 municípios. O principal tributário do Ribeira é o rio Juquiá, cuja foz está localizada 10 km a montante de Registro, abrangendo uma área de contribuição de 5.280 km2. A vazão mínima (Q7,10) é de 153 m3/s, enquanto que a vazão média total da bacia é de 508 m3/s, 131 que corresponde a cerca de 17% da vazão média total do Estado de São Paulo (SECRETARIA DE SANEAMENTO E RECURSOS HÍDRICOS, 2007). 7.5.6. Pesquisas As pesquisas cadastradas no Núcleo Itariru são: TÍTULO Análise filogenética e biogeográfica e revisão sistemática de Goniosomatinae (Arachnida, Opiliones, Gonyleptidade). Em direção ao turismo sustentável: o caso do Parque Estadual Serra do Mar Estudo taxonômico do gênero Schefflera J. R. Forst & G. Forst (Araliaceae) na região sudeste do Brasil. Histórias do Parque Estadual Serra do Mar – Conflitos entre moradores, funcionários e proprietários na visão dos protagonistas. Uso da estrutura genética e do mapeamento da diversidade genética de espécies em extinção de Passiflora (Passifloreaceae) no planejamento da conservação in situ e ex situ Matrizes demonstrativas de árvores nativas Filogeografia, sistemática e distribuição espacial de um bagre na Mata Atlântica, Trichomycterus zonatus (Eigenmann, 1918) (Siruliformes: Trichomycteridae) A estrutura das comunidades de peixes na bacia do rio Itanhaém no Litoral Sul Paulista O efeito do mesohabitat, da estação do ano e da ordem do riacho sobre a distribuição de insetos aquáticos em riachos da Serra do Mar, Estado de SP. Os peixes ornamentais do sul de São Paulo Estrutura e desenvolvimento de sementes de Paullinia L. (Sapindaceae) Estudo do Uso e Ocupação do Solo no Núcleo Pedro de Toledo Parque Estadual Serra do Mar. 132 PESQUISADOR INSTITUIÇÃO ANO Marcio Bernardino da Silva Usp Instituto de Biociências Depto de Zoologia 2001 Yara Margarida Evans Institute of Geography and Earth Sciences UK 2001 Pedro Fiaschi IB-USP Depto de Botânica 2001 Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero 2002 Giancarlo Conde Xavier Oliveira Esalq /USP 2002 Ricardo Ribeiro Rodrigues Esalq /USP 2002 Sérgio Maia Queiroz Lima UFRJ – Depto de Genética 2005 Fábio Cop Ferreira Unesp Rio Claro 2005 Pitágoras C. Bispo Unesp Assis 2005 Ana Mendonça Poletto Walter Barrella Sandra Heliany Obando Polo PUC SP – Depto de Ciências do Ambiente Unicamp – Instituto de Biologia – Departamento de Botânica 2005 2005 Iara Fonseca de Sousa UNESP – São Vicente 2005 Estudo da Viabilidade de implantação do ecoturismo no Núcleo Pedro de Toledo Parque Estadual da Serra Mar. O gênero Loxosceles (Araneae, Sicariidae) no Brasil. Ecologia e Taxonomia de insetos aquáticos de riachos Avaliação de populações de minhocas (Annelida: Oligochaeta) em sistemas agrícolas e naturais, e seu potencial como bioindicadoras ambientais. Percepção ambiental, perfil socioeconômico e uso e ocupação do solo pela comunidade residente no núcleo Pedro de Toledo – Parque Estadual Serra do Mar – SP. Ligando paisagem a moléculas: análise genética das populações de anta (Tapirus Terrestris) da Mata Atlântica de São Paulo. Efeitos do Plano de Manejo do Parque Estadual Serra do Mar sobre as estratégias de ocupação do Bananal, Guanhanhã e Rio do Ouro; município de Peruíbe/SP. Políticas Públicas e construção dos bairros Bananal, Guanhanhã e Rio do Ouro no Parque Estadual Serra do Mar; município de Peruíbe/SP. Diversidade de Fungos conidiais na serapilheira de plantas do Estado de São Paulo. Onças da Região do Vale do Ribeira e do Alto Paranapanema. RENOVADO EM 2013. Trilha nos Parques Estaduais Anarcadiaceae R. Brown. Nom. na flora Fanerogâmica do Estado de SP De onde vêm os pássaros apreendidos no comércio legal? Reconhecimento da avifauna do Estado de São Paulo. Dados espaciais como uma ferramenta para resolução de conflitos fundiários em Peruíbe. Estudos Florísticos e Sistemáticos em Acanthaceae no Brasil Extinção ecológica de grandes herbívoros e diversidade de plantas em um gradiente de defaunação na Mata Atlântica Léo Eduardo de Campos Ferreira UNESP – São Vicente 2005 Rute Maria Gonçalves de Andrade Instituto Butantan 2006 Pitagoras C. Bispo Unesp Assis 2006 Embrapa 2006 Iara Fonseca de Sousa, Léo Eduardo Campos Ferreira, Christiano Magini, Denis Moledo de Sousa Abessa. UNESP – São vicente 2006 Alexandra Sanches UNESP Rio Claro 2007 Mariany Martinez dos Santos UNESP São Vicente 2007 Mariany Martinez dos Santos UNESP São Vicente 2007 Priscila da Silva Instituto de Botânica 2008 Beatriz de Mello Beisiegel CENAP - ICMBio 2008 Waldir Joel de Andrade IF 2009 Cintia Luiza da Silva Luz IB USP Depto de Botânica 2009 George Gardner Brown Juliana Machado Ferreira Luiz Fernando de Andrade Figueiredo Ana Flora Sarti de Oliveira, Denis Moledo de Souza Abessa, Rogério Hartung Toppa USP IB Depto de genética e biologia evolutiva CEO – Centro de Estudos Ornitológicos UNESP – São Vicente 2009 Cíntia Kameyama Instituto de Botânica 2010 Gabriela Schmaedecke Unesp Rio claro – Depto de Ecologia 2010 2009 2009 133 Ecologia e biogeografia do gênero Brachycephalus Fitzinger 1971 (Anura: Brachycephalidae) Taxonomia e biogeografia de Urticinae (senso amplo) do Brasil e países limítrofes, evidenciando os centros de endemismo e zonas a proteger. Diversidade e distribuição de insetos aquáticos do sudeste do Sudeste do Brasil Análise da dinâmica espacial de ocupação de áreas do Parque Estadual Serra do Mar Núcleo Itariru (Peruíbe e Pedro de Toledo, SP) e áreas contíguas. Influência dos fatores climáticos e geomorfológicos nas bacias hidrográficas da Serra do Mar: a história natural impressa no DNA dos peixes continentais. Modelagem preditiva de comunidades de insetos aquáticos em riachos da Mata Atlântica, do Estado de São Paulo, utilizando abordagens tradicionais e redes neurais. Busca por pontos de ocorrência de Harpia harpyja no litoral sul do Estado de São Paulo Pomar de Sementes – implantação de ensaio de conservação genética de espécies arbóreas nativas na Floresta Ombrófila Densa, no PESM N. Picinguaba. Estrutura e dinâmica de comunidades em rios e riachos costeiros da Mata Atlântica – Bacia do Rio Itanhaém Enriquecimento botânico da Palmeira Juçara nas matas nativas do Vale do Itariri. Plano Diretor Como Ferramenta Efetiva na Preservação da Espécie Puma Concolor. Conhecimento Ecológico Local das populações rurais do Núcleo Itariru, Parque Estadual Serra do Mar. Entrevistas e observação participante nas unidades de conservação do Estado de São Paulo Diversidade Filogenética, funcional e conservação dos anfíbios da Serra do Mar, sudeste do Brasil. “Diversidade alfa, beta, funcional e filogenética de Opiliões na Mata 134 Thais Helena Condez Unesp Rio Claro – Depto de Zoologia 2010 Sergio Romaniuc Neto Instituto de Botânica 2010 Jorge Luiz Nessimian UFRJ 2010 Ana Flora Sarti de Oliveira UNESP São Vicente 2010 Sérgio Maia Queiroz Lima Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) 2011 Pitágoras da Conceição Bispo Unesp Assis 2011 Bruno de Almeida Lima 2012 Miguel Luiz Menezes Freitas IF 2012 Antônio Fernando Monteiro Camargo UNESP Rio Claro 2013 Sandro Vinicius Ortega Nicodemo e Daniel Kurupira Turi Ibiosfera 2013 Kátia Mazzei Instituto Florestal Nicole Katin Tulane University 2013 Nicole Katin Tulane University 2014 Leo Ramos Malagoli Unesp Rio Claro 2014 André do Amaral Nogueira 2013 2014 Atlântica: Padrões e relação com fatores ecológicos e históricos”. Educação ambiental em Áreas Protegidas do estado de São Paulo e sua contribuição à prática docente Delimitação taxonômica de espécies de Tabernaemontana L. (Apocynaceae, Rauvolfioidea, Tabernaemontaneae). Maria Luísa Bonazzi Palmieri (IF/SMA) e Vânia Galindo Massabni (ESALQ/USP) IF E ESALQ 2014 Natali Gomes Bordon IB UNICAMP 2014 7.5.7. Atrativos O Núcleo Itariru conta com diversos atrativos naturais, como trilhas, cachoeiras e piscinas naturais. Os principais atrativos do núcleo são: Trilha da Cachoeira da Usina A trilha leva o visitante às ruínas de uma pequena central hidroelétrica construída por imigrantes suíços no ano de 1939 e à Cachoeira da Usina ou das Antas que é uma bela sequencia de quedas d’água, com cerca de 12 metros, formando uma piscina natural com vegetação de entorno bem preservada (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(d)). No percurso é possível observar as ruínas da usina, como a antiga Casa das Máquinas e fornos de carvão utilizados durante a ocupação pelos imigrantes suíços (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Percurso: 6.400 metros Tempo estimado: 04h00min Nível de dificuldade: moderado Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(d) Trilha Zé Bedeu A trilha recebe esse nome devido a um morador local que vive na região há 30 anos, o Zé Bedeu, que atua de forma voluntária na conservação e fiscalização da área. Apresenta um trajeto curto, de fácil acesso, em meio à Mata Atlântica e termina na cachoeira Zé Bedeu, que possui 10 metros de altura e forma uma piscina natural propícia para banho (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Percurso: 1.200 metros Tempo estimado: 00h30min 135 Nível de dificuldade: fácil Observação: 12 km pela estrada, saindo da Sede, sentido o bairro Piririca - tempo do deslocamento de carro 01h00min. Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 Trilha do Ribeirão Grande Por entre rios e pedras a estrada de acesso ao Bairro com o mesmo nome a trilha leva a uma grande formação rochosa com uma queda d’água de cerca de 6 metros formando piscinas naturais próprias ao banho. Dista cerca de 12 km da sede administrativa do Núcleo (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(d)). Percurso: 1.000 metros Tempo estimado: 00h20min Nível de dificuldade: muito fácil Observação: 6,0 km pela estrada (sentido bairro Ribeirão Grande), saindo da sede – tempo estimado de deslocamento de carro de 00h30min. Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 Trilha Sensorial do Itariru Conformado por um conjunto de ambientes como um jardim, uma pequena trilha em terra e uma sala sensorial com pontos tangíveis que informam sobre árvores, plantas, pedras, restos de madeira, papel, areia, folhas secas e outros materiais, que estimulam os diferentes sentidos, por meio de aromas e tato em diversos objetos, utilizando diferentes materiais oriundos do meio ambiente (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). A trilha deverá ser desenvolvida para atender escolas ou instituições que trabalhem com pessoas de necessidades especiais de aprendizado (deficientes motores, visuais, auditivos, mentais e analfabetos), essas trilhas são criadas com o objetivo de proporcionar um passeio educativo e seguro (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Percurso: 70 metros Tempo estimado: 00h30min Nível de dificuldade: muito fácil Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 136 Viveiro de Mudas Nativas Viveiro de mudas nativas da Mata Atlântica, com 384 m2 e mais de 20 espécies diferentes de mudas. Possui capacidade para 20 mil mudas, onde é possível aprender a diferenciar algumas espécies vegetais características do bioma Mata Atlântica, sobre a produção de mudas, as técnicas de semeaduras, preparo da terra e etapas do plantio. As mudas produzidas são utilizadas para recuperação de áreas no Núcleo e para trabalho de Educação ambiental com escolas locais. 7.5.8. Informações gerais sobre o Núcleo Dados gerais Área 53.927 mil hectares Bioma Mata Atlântica Município da sede Pedro de Toledo Municípios Abrangidos Peruíbe, Itariri, Miracatu e Pedro de Toledo Endereço da sede Estrada do Caracol n.º 410 – bairro Caracol – Pedro de Toledo – CEP 11790-000 Escritório urbano Bases e outras funções Base de Proteção Pedra Lisa Telefones (13) 3419.2792 Sinal de celular da sede Sinal de celular da base E-mail da UC [email protected] Nome do Gestor Joaquim do Marco Neto Esportes Radicais Não Capacidade de hospedagem Não Valor da hospedagem na UC Não Centro de visitantes Não. Não possui o centro de visitantes efetivo, mas conta com uma estrutura similar (sede administrativa) onde se encontra materiais informativos sobre o parque. Neste ambiente que é realizada a recepção dos visitantes e demais reuniões com colaboradores e parceiros. Capacidade do auditório Auditório para 35 pessoas na Sede Administrativa 137 Capacidade do refeitório Não possui Lanchonete Não Quiosques pic nic Não Camping na UC Não Facilidades no entorno imediato Pousadas Tipo de Acesso Asfalto Distância de SP 170 km Distância cidade mais próxima(s) 1,5 km – Pedro de Toledo Cobrança de Ingresso e valor Não Amplitude Altitudinal 20 à 780 metros Amplitude de Temperaturas Mínima de 13ºC e máxima de 30ºC Bases e outras funções Base de Proteção Pedra Lisa Endereço Estrada da Siderúrgica, s/n - Pedro de Toledo/SP Telefone Capacidade de hospedagem Base de Proteção Endereço Telefone Capacidade de hospedagem Mais Informações Sede Administrativa Dias e horário de funcionamento De segunda-feira a sexta-feira das 8h às 17h. Telefones para informação (13) 3419 2792 / (13) 3419 2631 138 E-mail [email protected] Gestor (a) Joaquim de Marco Neto Endereço Estrada do Caracol, nº410 - bairro Caracol/ Pedro de Toledo –SP CEP 11790-000 Visitação Dias e horário de funcionamento Diariamente das 8h às 17h. Somente mediante agendamento prévio. Endereço Estrada do Caracol, nº410 - bairro Caracol/ Pedro de Toledo -SP CEP 11790-000 Normas de Visitação e Segurança do PESM É proibida a entrada de pessoas descalças. Obrigatório o uso de calçado fechado (tênis ou bota); É proibido o consumo de bebida alcoólica dentro da UC; É proibido o uso de shampoo, sabonete, creme, etc., nas piscinas naturais; É proibido fazer churrasco ou qualquer tipo de fogueira dentro da UC; É proibida a retirada ou a introdução de qualquer espécie (flora e fauna) assim como de qualquer outro produto (pedras, madeiras, etc.) desta UC. Normas para as trilhas Nunca ultrapasse o monitor, pois é ele que irá avisar se houver algum perigo; Mantenha-se no caminho pré-determinado, andando sempre um atrás do outro, para evitar o alargamento da trilha; Não correr, gritar ou falar muito alto, isso pode assustar os animais; Observe os locais antes de apoiar as mãos ou se sentar, pois há muitos animais e insetos peçonhentos que se camuflam e se encontrar algum animal, mantenha a distancia; Não retire flores, frutos, plantas silvestres ou pedras. Quando encontrar galhos ou folhas no meio da trilha, não os retire, pois é onde as cobras gostam de se esconder. Apenas desvie; Não se arrisque nas pedras e não puxe ou pendure em cipós; Temos várias lixeiras que estão colocadas em pontos estratégicos. Então, todo lixo produzido durante a permanência, deverá ser trazido de volta. Símbolo O bicho-preguiça (Bradypus variegatus) medem, em média, 60 cm e chegam a pesar até 5 kg. Seu nome advém do metabolismo muito lento do seu organismo, responsável pelos seus movimentos extremamente lentos e por seus hábitos de dormir por aproximadamente 15 horas ao 139 dia. Preferem viver em árvores altas, com copa volumosa e densa, onde se penduram usando as garras que, embora possam parecer assustadoras, praticamente não servem para nenhuma defesa, devido à lentidão dos seus movimentos. Graças a essa lentidão, à sua coloração e ao fato de permanecerem na copa de árvores muito altas, é muito difícil enxergar as preguiças na mata. Mesmo assim, elas têm predadores naturais como onças e serpentes. As preguiças alimentam-se de folhas novas de um número restrito de árvores como a embaúba. Dela são consumidas as folhas, flores e frutos. Grande parte da agua necessária para sua sobrevivência é obtida a partir da digestão, tornando o hábito de beber água inexistente (UNIVERSITY OF MICHIGAN, 2011). 7.6. Núcleo Itutinga Pilões 7.6.1. História Localizado junto à antiga Reserva Estadual da Serra do Mar, criada por meio de diversos Decretos Estaduais s/nº de 23/03/1960; 6.933 de 02/02/1935, Decretos-leis nº. 12.753 de 12/06/1942; 15.634 de 09/02/1946; Decretos nº. 34.083 de 28/11/1958 e 46.865 s/nº de 25/06/1968. Nos anos de 1935, 1942, 1946 e 1958 (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Atualmente, a sede administrativa do núcleo localiza-se na base de Pilões que antigamente envolvia, além da Reserva da Serra do Mar, as Reservas de Rio Branco - Cubatão (criada pelo Decreto Estadual nº. 6.933 de 02/02/1935) e São Vicente (criada por meio do Decreto Estadual nº. 30.773 de 28/01/1958). Essas Reservas foram incorporadas ao Parque Estadual Serra do Mar por meio do Decreto Estadual nº. 10.251 em 1977 (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Dos 332 mil hectares de área do Parque Estadual Serra do Mar, 43,8 mil estão localizados no Núcleo Itutinga Pilões, o que representa 13,43% da sua área total. Atualmente, abrange os municípios de Mongaguá, Praia Grande, São Vicente, Santos, Cubatão, São Bernardo do Campo, Santo André e Mogi das Cruzes (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). O Núcleo sofre constantes pressões com o crescimento urbano-industrial da Grande São Paulo e da Baixada Santista, duas grandes regiões metropolitanas de grande importância para a economia nacional (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Assim, como parte do apoio à Fiscalização, Proteção e Programa de Uso Público, dentro do PESM Núcleo Itutinga Pilões, conta-se com a SEDE Itutinga Pilões de Cubatão e suas 02 bases de Apoio: Base Tibiriçá e Guariuma, instaladas em São Bernardo do Campo e Praia Grande, respectivamente. Atualmente, ainda operamos de forma tímida na Base Tibiriçá (SBC), com poucas visitações e alguns programas de Educação Ambiental. A Base Guariúma (PG) está em fase de finalização das 140 instalações e estrutura (centro de visitantes, refeitório, receptivo, sanitários) para que se possa dar início às visitas. A história da região Cubatão teve sua formação em 1532 e foi onde as primeiras Sesmarias do Brasil foram doadas. A Sesmaria que hoje é a atual região do Núcleo Itutinga Pilões era conhecida como “Sesmaria de Antônio Rodrigues de Almeida”, de 1556 (MATTOSO, 2012). Em 1653 os Jesuítas dominam as regiões das Sesmarias e tinham como objetivo desenvolver essas regiões, estimulando o crescimento demográfico e da economia local em prol da região portuária da Baixada para o Planalto. Uma das maneiras era a cobrança por uso de qualquer transporte dentro de suas áreas. O acesso principal dava-se pelo Rio Cubatão, ligando o município a Santos (MATTOSO, 2012). Foi em 1759 o ano de expulsão dos Jesuítas no Brasil. As terras da Região passaram a ser administradas pelo Poder do Estado. E em 1792, o português Bernardo José Maria de Lorena ficou responsável por construir o caminho de Cubatão a São Paulo. O caminho escolhido é a “Calçada do Lorena” (MATTOSO, 2012). O aumento do movimento de cargas praticamente obrigou as autoridades a estudarem novos caminhos. A saturação da Calçada do Lorena levou o Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar, em 1841, a defender a ideia de uma nova estrada. Em 1846, o Imperador D. Pedro II inaugurou a Estrada da Maioridade, posteriormente conhecida como Caminho do Mar (FERREIRA et al., 2008). A construção da Calçada do Lorena e do Caminho do Mar propiciou uma melhoria considerável no trânsito de mercadorias. Isso, consequentemente, refletiu no aumento das exportações e importações. Todas as atividades refletiam em Cubatão (FERREIRA et al., 2008). A Região da Vila de Itutinga-Pilões, conhecida como “Cubatão de Cima” a partir dos anos de 1800 também possuía caminhos que davam acesso a São Paulo, só que eram de difícil viabilidade. A Região passou por desenvolvimentos em 1881 quando a Companhia inglesa The City of Santos Improvements Company Ltda. foi contratada para operar na captação de água no Rio das Pedras, em Itutinga Pilões (MATTOSO, 2012). Em 1947, as plantações de Eucalipto tomam espaço nas áreas do Itutinga para fornecer a celulose para a Cia Santista de Papel (de 1931), contudo o fracasso é certo devido às condições do solo e das formigas (MATTOSO, 2012). 141 Com o surgimento de novas companhias de Eletricidade e desenvolvimento intensificado no centro da Cidade, a Vila passou a ser produtora de Banana, Laranjas e Tangerinas. A Vila teve um desenvolvimento considerável e passou a ter cadeia e inclusive um hospital próprio (MATTOSO, 2012). A Ferrovia Pilões, que ligava os moradores à Usina de Itutinga e também à cidade é desativada devido a trombas d´água. A vila passa a resumir-se em apenas sítios. Assim, em 1977 é criado o Parque Estadual Serra do Mar com o objetivo de cuidar e preservar o que ainda existe de Mata Atlântica (MATTOSO, 2012). SIGNIFICADOS DO NOME CUBATÃO Há várias origens e significados para o nome Cubatão. Segundo o historiador Francisco Martins dos Santos, o nome da cidade deriva do tupi Cui-pai-ta-ã, contraído em Cui-pai-tã e transformado por assimilação em Cubatão. Para ele, a palavra significa “rio que cai do alto”. Outro estudioso, José de Souza Bernardino, considera que o significado seja “pequeno morro”, mas não cita a origem da palavra. Já o historiador João Mendes de Almeida, defende a teoria de que o nome Cubatão significa “empinado em escadaria” e provém da palavra Gu-bi-itã. O termo defendido por um dos grandes cronistas do século XVIII, frei Gaspar da Madre de Deus, é que Cubatão era a designação comum de portos fluviais. A região possuía muitos portos devido à existência de vários rios. Para o estudioso cubatense Joaquim Miguel Couto, a palavra vem de Cu-ba-tã, ou seja, “rio de pé de serra” (FERREIRA et al., 2008). SIGNIFICADO NO NOME ITUTINGA Do tupi “i”, água; “tu”, rumorejante, que faz barulho; “tinga”, branco. Significado: “água branca rumorejante” ou “água branca que cai do alto”. 7.6.2. Patrimônio Cultural No Núcleo Itutinga Pilões é possível encontrar diversas evidências de patrimônios culturais com valor significativo para a história da região e do Brasil. São eles: a) Ruínas da Vila de Itutinga: Na sede do núcleo é possível observar as ruínas da antiga Vila de Itutinga, como o antigo hospital, construído da na década de 20 que atendia moradores da vila e da região. 142 b) Calçada de Lorena e Caminhos dos Mar A Calçada do Lorena foi a primeira estrada pavimentada com macadames (blocos de pedra) do Brasil e que serviu de ligação entre o planalto e a baixada. Construída em 1792, a mando do governador Bernardo José Maria de Lorena, a estrada foi aberta para substituir o caminho anteriormente utilizado para acessar o litoral, ou seja, a trilha do vale do rio Mogi. Tal medida foi tomada por conta dos ataques dos Tamoios (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). A estrada foi construída pelo Corpo Real de Engenheiros vindo de Portugal. Os profissionais escolheram um local por onde não passava nenhum curso d´água para instalar a calçada. Ademais, a estrada, toda em pedra, foi construída em “zig-zag” para diminuir o declive e, ao contrário do sistema atual, o escoamento da chuva se dava pelo meio da estrada (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). O caminho era majoritariamente utilizado para o transporte do café que era produzido no interior do Brasil para o Porto de Santos. Além disso, Dom Pedro passou pela Calçada do Lorena para proclamar a independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822 (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). A calçada foi usada por aproximadamente 50 anos. O aumento do movimento de cargas praticamente obrigou as autoridades a estudarem novos caminhos. A saturação da Calçada do Lorena levou o Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar, em 1841, a defender a ideia de uma nova estrada (FERREIRA et al., 2008). Assim, em 1846, o Imperador D. Pedro II inaugurou a Estrada da Maioridade, que recebeu este nome em homenagem à maioridade do segundo imperador. A estrada recebia manutenção por parte dos presidentes da província. Em 1864, José Vergueiro era o responsável pelas reformas e, em sua homenagem, a via passou a ser denominada Estrada do Vergueiro. O traçado deste caminho abrangia desde o planalto, a Serra do Mar, até a margem esquerda do rio Cubatão. O seu intenso uso, no século XIX, resultou em sua denominação mais popular, ou seja, Caminho do Mar (FERREIRA et al., 2008). Posteriormente, foi construída a ferrovia, o que acabou por inutilizar parcialmente a Estrada Velha de Santos (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Em 1922, Washington Luiz, então governador do Estado de São Paulo, entregava ao público os Ranchos do Caminho do Mar, ou seja, seis monumentos construídos como homenagem aos 100 anos da Independência do Brasil: Cruzeiro Quinhentista, Pontilhão da Serra, Belvedere Circular, Padrão de Lorena, Rancho da Maioridade, e Pouso de Paranapiacaba. Esses monumentos, juntamente com alguns outros, como o monumento do Pico, as ruínas do Pouso, a Calçada do Lorena e a Casa de Visitas Alto da Serra foram tombadas como patrimônio Histórico Cultural pelo 143 CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo) em 1972 (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Assim, os principais atrativos da Calçada do Lorena e da estrada Caminhos do Mar são: Atrativos da Calçada do Lorena ● Monumento do Pico: Construído por ordem do Prefeito de São Paulo, Firmino de Moraes Pinto. Localiza-se onde, em 1792, foi inaugurado o marco que homenageava o governador Lorena e que continha as placas de pedra colocadas no Padrão do Lorena, no Km 47,2. Marca o início do trecho de serra da antiga calçada (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013); ● Pouso Circular ou Belvedere Circular: situa-se no Km 45 do caminho do Mar. Trata-se de uma construção simples de alvenaria de pedra, mas com grande requinte arquitetônico. Marca o primeiro encontro da Calçada do Lorena com a estrada Caminhos do Mar (FERREIRA et al., 2008); ● Rancho da Maioridade: parada de descanso e reabastecimento durante a viagem entre São Paulo e Santos. O prédio relembra a antiga Estrada da Maioridade, reproduzindo símbolos da autoridade de D. Pedro II, como as armas do Império com seu escudo e esfera armilar. Na curva onde se encontra é preservado o piso em macadame da estrada original (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013); ● Padrão Lorena: Marca um dos três pontos de cruzamento da estrada caminhos do mar com a Calçada do Lorena. É formado por um paredão de pedra, escadarias, um belo painel de azulejos e um arco de abrigo que possui em seu topo a esfera armilar o símbolo da família real brasileira (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013); ● Pontilhão da Raiz da Serra: Localizado na planície, após o fim da serra. Foi construído junto com o fim da pavimentação com asfalto da estrada, com o propósito de homenageá-la. Não é de fato uma ponte, mas somente as "paredes" da ponte disposta no chão (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Atrativos do Caminhos do Mar: ● Cruzeiro Quinhentista: construído no ponto de encontro entre o Caminho do Mar e a Calçada do Lorena, o Cruzeiro Quinentinsta apresenta no seu corpo centrak, além das datas 1500 e 1922, os nomes dos colonizadores e jesuítas que utilizaram os primitivos acessos do Planalto Paulista ao mar: Tibiriçá, Anchieta, Mem de Sá, Nóbrega, Leonardo Nunes, Martim Afonso e João Ramalho (FERREIRA et al., 2008). ● Pouso Paranapiacaba: Se localiza na estrada do caminho do mar, com uma vista deslumbrante a bela casa de pedra representa a época moderna, a era rodoviária. Há um painel de azulejos retratando um mapa rodoviário do estado de São Paulo, com estradas que nem ao menos existiam, demonstrando a visão de futuro de seus idealizadores (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013); 144 ● Ruínas do Pouso: Uma casa em ruínas que se encontra na estrada do caminhos do mar, especula-se que era a casa dos engenheiros responsáveis pela construção da estrada (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013); ● Centro de interpretação Henry Borden: complexo Henry Borden, localizado no sopé da Serra do Mar, em Cubatão, é composto por duas usinas de alta queda (720 m), denominadas de Externa e Subterrânea. Nesse ponto a estrada da serra do mar cruza com os dutos da usina (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). c) Estrada de Ferro Santos Jundiaí A São Paulo Railway foi a primeira estrada de ferro construída em solo paulista. Por iniciativa de Irineu Evangelista de Souza, o barão de Mauá, foram realizados estudos de viabilidade que confirmaram a exequibilidade de um empreendimento ligando Santos à Jundiaí, passando pela Serra do Mar. O empresário obteve o direito de explorar a linha férrea em 1856 (Junior, 2010). A inauguração da linha férrea ocorre em fevereiro de 1867, pouco mais de sete anos depois de iniciada a sua construção. O sucesso da empreitada foi imediato, tanto no transporte de cargas, quanto no transporte de passageiros. A ferrovia passou por inúmeras reformas e em 1946 a SPR foi nacionalizada, noventa anos depois da assinatura do contrato que permitiu o seu funcionamento (SOUKEF JUNIOR, 2010). Atualmente, boa parte da antiga via permanente da São Paulo Railway está em mau estado, assim como a maioria de suas estações, armazém, oficinas, depósitos, vilas, etc., por terem sido alvo de modificações descaracterizadoras, ou pelo descaso ou abandono, correndo, portanto, risco de desaparecimento, como por exemplo o caso dos imóveis remanescentes nos pátios ferroviários de Santos e Jundiaí (SOUKEF JUNIOR, 2010). d) Vila de Paranapiacaba A Vila de Paranapiacaba e seu entorno constituem uma porção de território de grande importância histórica e ambiental. Registra um período que mostra a influência da cultura inglesa. As origens da ocupação da Vila de Paranapiacaba estão associadas à construção da ferrovia, a São Paulo Railway, a partir de 1860. Para a realização das referidas obras, foi necessária a construção de alojamentos provisórios destinados ao abrigo dos operários, os quais se instalaram ao longo do leito de implantação da linha férrea (PREFEITURA DE SANTO ANDRÉ, s/d). Depois da inauguração da ferrovia, em 1867, houve a necessidade de se fixar parte deles no local para cuidar da manutenção do sistema. Assim, construiu-se a Estação Alta da Serra, que 145 também foi o primeiro nome dado ao lugarejo. Por causa da sua localização, último ponto antes da descida da serra, a vila começou a ganhar importância. Também nesta época foi fundada, em torno da estação São Bernardo, a futura cidade de Santo André, à qual a vila de Paranapiacaba pertence hoje (CIDADES HISTÓRICAS BRASILEIRAS, s/d). Paranapiacaba teve seu patrimônio cultural, tecnológico e ambiental reconhecido em 1987 pelo tombamento do CONDEPHAAT, em 2002 pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), e em 2003 na esfera municipal, pelo Comdephaapasa (PREFEITURA DE SANTO ANDRÉ, s/d). 7.6.3. Comunidades tradicionais Não há comunidades tradicionais (quilombolas, indígenas e caiçaras) no Núcleo Itutinga Pilões e no seu entorno. Há apenas moradores locais. 7.6.4. Ecossistema e Geomorfologia O Núcleo Itutinga Pilões abrange territórios de municípios tanto litorâneos, quanto do planalto, possuindo uma amplitude altitudinal que varia de 30 a 800 m. Como consequência, seu ecossistema varia desde Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas até Floresta Ombrófila Densa Submontana e Montana (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). O Núcleo apresenta alguns trechos com vegetação em mau estado de conservação, possivelmente ocasionado pela ocupação urbana e industrial da região metropolitana de São Paulo e da Baixada Santista (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). 7.6.5. Fauna e Flora O Núcleo Itutinga Pilões possui diversas espécies características da fauna e da flora de Mata Atlântica, sendo que muitas delas estão ameaçadas de extinção. As espécies da fauna mais típicas no núcleo são: tucano do bico verde, araçari-poca, papagaio-da-cara-roxa, entufado, araponga, onça parda, macaco-prego, anta, cutia, cateto. Em relação à flora são: Palmito juçara, guaricana, quaresmeira, figueira, etc. (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). PALMITO JUÇARA (Euterpe edulis Mart.) O palmito juçara serve de alimento para um grande número de espécies de aves e 146 mamíferos, como a anta, o tucano do bico verde e o muriqui, sendo considerada uma espécie chave para a Mata Atlântica. Sua palmeira atinge até 25 m de comprimento, possuindo tronco reto e fino, com diâmetro de até os 10 cm. Na parte terminal do tronco encontra-se um tecido, recoberto pelas bainhas das folhas palmito. A floração ocorre de setembro a janeiro - flores pequenas de cor creme, polinizadas por insetos, mais especificamente por besouros. A frutificação ocorre de abril a novembro - fruto carnoso, esférico e roxo-escuro. Pelo sabor e alto valor comercial do palmito, a espécie é alvo de exploração predatória, pois são sacrificadas até as plantas mais jovens. O intenso extrativismo do palmito contribuiu para que a espécie fosse incluída na lista das espécies ameaçadas de extinção (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). TUCANO DE BICO VERDE (Ramphastos dicolorus) O tucano do bico verde tem cerca de 48 centímetros de tamanho, sendo que boa parte corresponde ao bico, pesa em torno de 320 g a 400, com papo amarelo e bico verde. O serrilhado do bico é bem desenvolvido e realçado pela cor vermelha sanguínea. Vive em áreas florestadas, desde o litoral até as zonas montanhosas, incluindo as florestas de planalto. Habita a copa de florestas altas, principalmente em áreas montanhosas da Mata Atlântica, em seu interior e nas bordas (Wikiaves, s/d (c)). CUTIA (Dasyprocta azarae) A cutia mede de 50 a 60cm e pesa de 1 a 3 kg. A cauda é rudimentar como na capivara. A coloração geral é marrom-avermelhada, sendo o lado ventral mais claro. A região próxima à cauda é mais avermelhada. Os membros dianteiros são curtos e têm cinco dedos providos de fortes unhas. Os posteriores são longos e tem três dedos também com fortes unhas. O membro posterior alongado auxilia a cutia a pular. É um animal herbívoro, alimentando-se de frutos, tais como bacupari (Rheedia gardneriana), cambucá, palmito, ingá entre outros, e talos de palmito jovem. Este animal pode estocar um grande número de frutos, enterrando-os para alimentação posterior, assim acaba por esquecer parte deles, que, desta forma, acabam germinando, o que faz desse animal um ótimo dispersor da floresta. A cutia vive em regiões com floresta densa, ou em matas ralas. Ocorre também no cerrado. É mais ativa durante as horas crepusculares, apesar de poder ser vista durante o dia em regiões onde não sofre perseguições. Procura como abrigo tocas que constrói em barrancos, ocos de árvores caídas e sob raízes. Vive praticamente solitária e quando pressente algum perigo costuma ficar parada, tentando passar despercebida. Ao comer, a cutia costuma segurar o alimento com as patas dianteiras, ficando sentada sobre as patas traseiras. Este hábito de usar os membros na alimentação é bastante comum entre os roedores (INSTITUTO RÃ-BUGIO PARA A CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE, s/d(b)). GAMBÁ (Didelphis aurita) Também chamado de saruê, são animais de médio porte apresentando de 35,5 cm a 45 cm de comprimento. Pelagem de coloração negra ou grisalha onde na região da face apresenta uma coloração mais esbranquiçada. As fêmeas dessa espécie possuem marsúpio, uma bolsa situada na parte ventral do animal, onde os embriões completam o desenvolvimento, agarrados a um mamilo para a sucção do leite materno. Possuem hábitos noturnos e solitários. Essa espécie adapta-se muito bem a vários ambientes vivendo até mesmo em grandes centros urbanos. Alimentam-se de pequenos mamíferos, invertebrados, aves, répteis, sementes e frutos (ViaRondon, 2011). 147 Lista das principais espécies da fauna e flora FAUNA: - AVES: as principais espécies estão listadas abaixo. A lista completa pode ser vista no anexo 4. Macuco (Tinamus solitarius) Caracoleiro (Chondrohierax uncinatus) Gavião-Pombo-Pequeno (Amadonastur lacernulatus) Beija-Flor-Rajado (Ramphodon naevius) Rabo-Branco-Rubro (Phaethornis ruber) Araçari-Banana (Pteroglossus bailloni) Choquinha-Cinzenta (Myrmotherula unicolor) Choquinha-De-Peito-Pintado (Dysithamnus stictothorax) Cuspidor-De-Máscara-Preta (Conopophaga melanops) Entufado (Merulaxis ater) Arapaçu-De-Garganta-Branca (Xiphocolaptes albicollis) Chibante (Laniisoma elegans) Garrinchão-De-Bico-Grande (Cantorchilus longirostris) Pula-Pula-Ribeirinho (Myiothlypis rivularis) Catirumbava (Orthogonys chloricterus) Sanhaçu-Frade (Stephanophorus diadematus) Pixoxó (Sporophila frontalis) Papa-Capim-De-Costas-Cinzas (Sporophila ardesiaca) Gaturamo-Bandeira (Chlorophonia cyanea) Fonte: SCHUNK, 2015 - MAMÍFEROS Sussuarana (Puma concolor) Macaco-preto-preto (Cebus nigritus) Anta (Tapirus terrestres) Cutia (Dasyprocta azarae) Preguiça (Bradypus variegatus) Veado-mateiro (Mazama americana) Dados secundários Cateto (Pecari tajacu) Tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla) Cachorro-do-mato (Cerdocyon thous) Quati (Nasua nasua) Gambá (Didelphis sp.) Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 - ANFÍBIOS E RÉPTEIS 148 Adenomera cf. marmorata Dendrophryniscus cf. brevipollicatus Eleutherodactylus cf. guentheri Eleutherodactylus guentheri Eleutherodactylus sp. 1 Eleutherodactylus sp. 3 Cágado-da-serra (Hydromedusa maximilianii) Hyla hylax Hyla sp. 3 Scinax sp. (gr. perpusillus) Thamnodynastes cf. nattereri Bufo cf. margaritifer Bufo ornatus Eleutherodactylus binotatus Flectonotus fissilis Proceratophrys melanopogon Scinax cf. perpusillus Scinax littoralis Bufo ictericus Cycloramphus boraceiensis Eleutherodactylus sp. 2 Hyla hylax Hyla sp. 2 Hylodes phyllodes Micrurus corallinus Eleutherodactylus sp. 4 Flectonotus sp.? Hyla sp. 1 Jararaca-da-mata (Bothrops jararaca) Eleutherodactylus parvus Enyalius cf. iheringi Hyla bischofii Scinax fuscovarius Scinax sp. 1 Fonte: INSTITUTO EKOS BRASIL, s/d FLORA: Embaúba (Cecropia pachystachya) Araribá (Centrolobium robustum) Samambaiaçu (Dicksonia sellowiana) Bromélia (Vriesa sp.) Micônias (Miconia sp.) Manacá (Tibouchina sellowiana (Cham.) Cogn.) Manacá-da-serra (Tibouchina granulosa) Pariparoba (Piper umbellatum– Piperaceae) Palmito-juçara (Euterpe edulis) Helicônias (Heliconia spp. – Heliconiaceae) Trapoeraba (Piper sp.) Tapiá (Alchornea triplinervia – Euphorbiaceae) 149 Caninha-do-brejo (Costus spiralis – Zingiberaceae) Morango silvestre (Rubus rosaefolius – Rosaceae) Maracujá (Passiflora edulis– Passifloraceae) Brejaúva (Astrocaryum sp.) Jambolão (Syzygium cumini) Mangue-do-mato (Clusia criuva Clusiaceae) Jacatirão (Miconia sp. Melastomataceae) Carqueja (Baccharis trimera Asteraceae) Assa-peixe (Vernonia ferruginea Asteraceae) Ingá (Inga edulis - Fabaceae-Mimosoidae) Ingá-macaco (Inga sessilis - Fabaceae-Mimosoidae) Cambará (Piptocarpha axillaris– Asteraceae) Macuqueiro (Bathysa meridionalis) Pixirica (Miconia sp.) Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 7.6.6. Serviços Ecossistêmicos O Núcleo Itutinga Pilões presta diversos serviços, principalmente para a sua comunidade do entorno. Os principais são: ● Regulação da qualidade do ar e do clima; ● Polinização; ● Proteção dos morros e encostas; ● Proteção dos solos; ● Bem-estar, lazer e turismo; ● Produção de energia pela Usina Henry Borden; ● Recursos hídricos e abastecimento hídrico. O Núcleo está inserido em uma área de grande ocupação urbana e industrial da região metropolitana de São Paulo e Baixada Santista. A região é marcada pela poluição atmosférica, principalmente na região de Cubatão e pela poluição hídrica. Assim, dois importantes serviços ecossistêmicos que merecem ser destacados são: regulação da qualidade do ar e recursos hídricos. Em relação aos recursos hídricos, o Núcleo preserva importantes rios, como o Rio Passariúva, Rio Pilões e o Rio Cubatão, responsáveis pelo abastecimento de água de 80% da Baixada Santista, além dos mananciais da Represa Billings. 150 Represa Billings Com o crescimento da população e do parque industrial de São Paulo e dos municípios vizinhos na década de 20, o engenheiro ASA White Kenney Billings começa a estudar a implantação do “Projeto Serra”, cujo objetivo era aproveitar o desnível de 720 m da Serra do Mar para a geração de energia elétrica em Cubatão (SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE/ COOREDENADORIA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2010). A Serra do Mar é uma barreira geográfica naturalmente intransponível para os rios. Assim, para aproveitar o grande desnível provocado pela Serra para a geração de energia elétrica é necessário reverter o fluxo dos rios e represar suas águas. Com esse intuito, as águas do Rio Grande e Rio das Pedras foram represadas, originando o Reservatório Rio das Pedras. Para atingir então Cubatão, foi construída a Usina Henry Borden (SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE/ COOREDENADORIA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2010). Para aumentar a capacidade da Usina Henry Borden e atender a demanda por energia elétrica do pólo industrial perto do Porto de Santos, foi a autorizado a construção do Reservatório Billings em 1925. O Reservatório Rio das Pedras é ligado a Represa Billings através do Canal Summit Control, hoje localizado na Base São Bernardo do Núcleo Itutinga Pilões (SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE/ COOREDENADORIA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2010). Na década de 50, o reservatório passou a servir de manancial para o abastecimento público da região do ABC, atendendo a demanda de água da população, que estava crescendo (SECRETARIA DE GESTÃO AMBIENTAL DA PREFEITURA DE SÃO BERNARDO DO CAMPO, 2013). Atualmente, a Represa Billings possui um volume aproximado de 1,2 bilhões de metros cúbicos de água, sendo o maior reservatório de água da Região Metropolitana de São Paulo. Seu espelho d´água tem 12.750 hectares, aproximadamente 100 km² e abastece cerca de 1,2 milhões de pessoas. No entanto, estima-se que a represa teria capacidade para fornecer água para aproximadamente 4,5 milhões, o que não ocorre devido à poluição em alguns trechos, resultante da falta de planejamento urbano e da intensa ocupação irregular ocorrida principalmente nas décadas de 60 e 80 (SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE/ COOREDENADORIA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2010). Apesar de ser uma área protegida desde a década de 70, a Billings vem sofrendo com o processo acelerado de expansão urbana e ocupação irregular, que levou ao lançamento de efluentes domésticos, industriais e agrícolas diretamente nos corpos d´água, ao descarte inadequado de lixo e à perda da cobertura vegetal, devido ao desmatamento indiscriminado, 151 comprometendo a quantidade e a qualidade do manancial (SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE/ COOREDENADORIA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2010). 7.6.7. Pesquisas Uma pesquisa realizada no núcleo com bolsa FAPES foi: 13/20035-3: O contexto territorial e ambiental no Programa de Uso Público do Parque Estadual da Serra do Mar O descritivo dela estão no anexo 5. 7.6.8. Atrativos O Núcleo Itutinga Pilões conta com diversos atrativos naturais, como trilhas, cachoeiras e piscinas naturais. Os principais atrativos do núcleo são: A. Caminho do Mar e Trilha Calçada do Lorena: O histórico Caminho do Mar é uma grande atração do Núcleo Itutinga Pilões. São vários roteiros estruturados a partir da Estrada Velha de Santos, observando a floresta e suas cachoeiras, a Calçada do Lorena, o conjunto de monumentos construídos em 1922, em comemoração ao centenário da Independência do Brasil, tombados pelo Condephaat em 1972 (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Para maiores informações, consultar item sobre patrimônio histórico cultura. Trilha Calçada do Lorena Percurso: 2.427 metros Tempo estimado: 1h30min Nível de dificuldade: fácil a moderado Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 Caminhos do Mar Para escolher o melhor roteiro, acesse o site: http://www.caminhosdomar.org.br/ 152 Percurso: 16.000 metros Tempo estimado: 06h00min Nível de dificuldade: moderado a difícil Fonte: GUIA DO LITORAL, 2009 B. Trilhas da Sede Itutinga-Pilões Trilha do Rio Pilões Beirando às águas do Rio Pilões é possível observar as belezas da flora e da fauna local. É a trilha mais usada para educação ambiental. Iniciamente a trilha tinha 1.200 metros, mas com as chuvas de 2013, parte da trilha foi destruída. Percurso: 600 metros Tempo estimado: 00h30min Nível de dificuldade: fácil Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(e) Trilha da Usina Por dentro de densa floresta, margeando o Rio Vubatão, chega-se às ruínas da antiga usina da antiga Usina da Companhia Santista de Papel e Celulose, construída em 1919. Atualmente a trilha está em manutenção, sem previsão de reabertura. Percurso: 9.000 metros Tempo estimado: 06h00min Nível de dificuldade: moderado a difícil Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(e) Trilha do Rio Passaeúva Acesso às águas claras e límpidas da cachoeira do Passareúva (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(e)). Ao realizar a trilha, o visitante estará em uma espécie de “tríplice fronteira” ao cruzar o Rio Pilões: de um lado fica o município de Cubatão, do outro o município de São Vicente e a cachoeira do Passareúva está localizada no município de São Bernardo do Campo (TRILHAS DE SÃO PAULO, 2011b). 153 O trajeto é repleto de belezas naturais, em um trecho da Floresta atlântica de encosta, rico em espécies nativas como as palmeiras juçara, embaúbas e samambaias, além de macacos-prego e tucanos (TRILHAS DE SÃO PAULO, 2011b). Percurso: 3.000 metros Tempo estimado: 03h00min Nível de dificuldade: baixo Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(e) e TRILHAS DE SÃO PAULO, 2011b C. Trilhas da Vila de Paranapiacaba Trilha do Rio Mogi: Com inicio na histórica localidade de Paranapiacaba, a trilha do Rio Mogi se caracteriza por ter um traçado misto e ao mesmo tempo interessante, pois se inicia por uma longa descida da Serra do Mar, cuja declividade constante e moderada se estende em meio a uma preservada Mata Atlântica. No momento em que a trilha encontra-se com o Rio Mogi, ela se desdobra por um profundo vale, estendendo-se pelo interior do leito largo e rochoso, ora por pedras, ora por dentro das cristalinas águas do rio (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Antigamente a trilha era um caminho indígena utilizado para ligar o planalto à baixada e também caminho da colonização. Entrou em desuso em 1564 quando Mem de Sá, governador geral, mandou fechar o trajeto em função dos sucessivos ataques dos Tamoios. Passados trezentos anos de desuso do caminho do vale do rio Mogi, o local volta a adquirir importância como caminho de acesso à baixada. Encomendado pelo Barão de Mauá, Edson Fox realizou um estudo para encontrar o local mais apropriado para a construção da ferrovia que ligaria o interior do estado ao Porto de Santos. Fox apenas descobriu o que os índios já sabiam: o vale do rio Mogi era o melhor lugar com a melhor topografia para subir a Serra do Mar (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Como atrativos, possui diversos poços ideais para o banho, como o Poço do Rio Mogi I e II, com águas cristalinas de cor azul esverdeada (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Percurso: 10.520 metros Tempo estimado: 06h00min Nível de dificuldade: moderado a difícil Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(e) 154 Trilha da Cachoeira Escondida A trilha permite o acesso a um mirante, que oferece uma visão fantástica da Serra do Mar e da baixada santista. Percurso: 7.000 metros (apenas ida) Tempo estimado: 04h00min Nível de dificuldade: moderado a difícil Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(e) Trilha da Cachoeira da Fumaça A trilha leva a um mirante com visual da Serra do Mar e de onde se chega a uma cachoeira que possui 4 quedas d'águas, com piscinas naturais e mirante ao final da Trilha. Percurso: 9.000 metros (apenas ida) Tempo estimado: xxhxxmin Nível de dificuldade: difícil Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(e) Trilha do Poço Formoso Próximo a Vila e as ferrovias de Paranapiacaba. Neste passeio é possível observar paisagens fantásticas das Serra, tendo como a maior atração uma refrescante piscina natural. Percurso: 4.000 metros Tempo estimado: 03h30min Nível de dificuldade: moderada Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(e) D. Trilhas da Base São Bernardo do Campo Trilha da Barragem À beira da Represa Billings, observando bromélias e orquídeas, cruzando riachos até chegar à barragem e à represa, refúgio de garças, socós e Martins-pescadores. Percurso: 2.000 metros Tempo estimado: 02h30min 155 Nível de dificuldade: moderado a difícil Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(e) Trilha da Ferradura Trilha mais comum da base. O seu percurso é circular e é possível perceber a declividade/aclividade. A trilha foi alvo de Enriquecimento Florestal com a finalidade de se aumentar a biodiversidade nela existente. A Trilha não possui cachoeira. Não é para crianças. Percurso: 1.500 metros Tempo estimado: 00h50min Nível de dificuldade: fácil Um pequeno trecho da Trilha da Ferradura pode ser feito para público infantil ou com mobilidade reduzida sem perder o contato junto ao ambiente de Mata Atlântica. Neste trecho é possível desenvolver atividades de percepção do meio natural e explanação de espécies da flora da Mata Atlântica. Percurso: xxxx metros Tempo estimado: 00h15min Nível de dificuldade: trilha muito fácil E. Trilhas da Base Guariúma Trilha do Guariúma Localizada na Praia Grande, a trilha do Guariuma é caracterizada por estar próxima a um ponto de captação de água da Sabesp e ao bairro do Jardim Melvi. A trilha se desenvolve em um traçado praticamente plano em meio a uma mata preservada. Ao longo de sua extensão, a trilha acompanha o conduto que é proveniente da adutora da Sabesp responsável pela captação de água potável (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Na trilha há cachoeira do Melvi, que se projeta em queda livre do alto de uma parede rochosa de aproximadamente 20 metros de altura e em sua base, em meio às rochas, forma-se um majestoso poço de águas cristalinas e geladas (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). É possível tomar banho apenas nos poços de águas cristalianas, abaixo da captação de água. 156 Percurso: 1.728 metros Tempo estimado: 01h00min Nível de dificuldade: muito fácil Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 Trilha Lambari Localizada na Praia Grande, a trilha do Lambari se localiza na área de captação de água para abastecimento da Sabesp, rodeada por Mata Atlântica, com serrapilheira bem conservada. É uma trilha de fácil acesso, sem muitos aclives e declives (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Ao final da trilha encontra-se um rio represado pela SABESP – captação Lambaria, formando um poço em meio às rochas, exclusivamente para o abastecimento da população, com 19 metros de largura (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Percurso: 1.326 metros Tempo estimado: 01h00min Nível de dificuldade: muito fácil Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 Trilha Laranjal Localizada na Praia Grande, a trilha do Laranjal se localiza na área de captação de água para abastecimento da Sabesp. A trilha possui a mesma característica de um leito de estrada, praticamente plana e com a mata bem preservada (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). No percurso é possível tomar um banho na Cachoeira do Laranjal, que na sua parte baixa apresenta uma queda em uma laje de pedra de 30 metros de largura, com um poço profundo de águas cristalinas e esverdeadas, com um comprimento de 10 metros (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Percurso: 2.706 metros Tempo estimado: 01h30min Nível de dificuldade: fácil Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 157 Trilha Serraria Localizada na Praia Grande, a Trilha Serraria é rodeada por uma mata bem preservada, acompanhando os dutos de captação de água para abastecimento da Sabesp (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). No caminho há o poço Serraria, ponto ideal para um banho em meio a Mata Atlântica, raso e bem seguro, tem 10m de largura por 25 de comprimento e a Cachoeira Serraria, que possui aproximadamente 30 metros de altura em uma laje de pedra (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Percurso: 1.452 metros Tempo estimado: 1h00min Nível de dificuldade: muito fácil Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 Trilha Soldado Localizada na Praia Grande, a Trilha Soldado é rodeada por uma mata bem preservada, acompanhando os dutos de captação de água para abastecimento da Sabesp. No caminho há a captação Soldado, local de captação de água para a SABESP (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Percurso: 1.386 metros Tempo estimado: 01h00min Nível de dificuldade: muito fácil Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 7.6.9. Informações gerais sobre o Núcleo Dados gerais Área 43.800 hectares Bioma Mata Atlântica Município da sede Cubatão Municípios Abrangidos São Bernardo do Campo, Cubatão, São Vicente, Santos, Praia Grande, Santo André, Mogi das Cruzes e São Paulo Endereço da sede Estrada Elias Zarzur, Km 8 s/nº. Bairro Água Fria. Cubatão -SP Escritório urbano 158 Bases e outras funções Bases de Apoio:Base Tibiriçá no Bairro do Riacho Grande em São Bernardo do Campo e; Base Guariúma, instalado no Jardim Melvi na Praia Grande. Estas bases servem de apoio à Fiscalização, Proteção, Educação Ambiental e Eventos. Telefones (13) 3361 8250 / (13) 3377 9154 Sinal de celular da sede Sinal de celular da base E-mail da UC [email protected] Nome do Gestor Patrícia Cristiane Camargo Rodrigues Esportes Radicais Não Capacidade de hospedagem Não Valor da hospedagem na UC Não Centro de visitantes Sim Capacidade do auditório 60 pessoas Capacidade do refeitório Não Lanchonete Não Quiosques pic nic Não Camping na UC Não Facilidades no entorno imediato Não Tipo de Acesso Asfalto, terra Distância de SP 57 km Distância cidade mais próxima(s) Centro da Cidade de Cubatão: 8km; São Vicente: 10km; Santos 8km; Praia Grande - 27km Cobrança de Ingresso e valor Não Amplitude Altitudinal 30 a 800 metros Amplitude de Temperaturas 10° a 34° C Bases e outras funções Base de Proteção e Uso Público Guariuma 159 Endereço Rua Wilson de Oliveira, nº 20.029 - Bairro Jardim Melvi - Praia Grande SP Telefone Não há. Capacidade de hospedagem Base de Proteção e Uso Público São Bernardo (Tibiriçá) Endereço Rodovia Anchieta, KM 35,5 - sentido São Paulo->Litoral. Bairro Riacho Grande - São Bernardo do Campo Telefone (11) 4359 9191 Área de atuação Planalto (São Bernardo do Campo, Santo André, Paranapiacaba, São Paulo e Mogi das Cruzes). Capacidade de hospedagem Mais Informações Sede Administrativa Dias e horário de funcionamento De segunda-feira a sexta-feira das 8h às 17h. Telefones para informação (13) 3377-9154 / (13) 3361-8250 E-mail [email protected] Gestor (a) Endereço Estrada Elias Zarzur, Km 8, s/nº - Água Fria - Cubatão - –SP Visitação Dias e horário de funcionamento De terça-feira a sexta-feira das 9h às 17h, somente mediante agendamento prévio. Aos sábados das 9h até às 12h. Não atendemos aos domingos. Endereço Estrada Elias Zarzur, Km 8 s/nº - Cubatão -SP. Normas de Visitação e Segurança do PESM É proibida a entrada de pessoas descalças. Obrigatório o uso de calçado fechado (tênis ou bota); É proibido o consumo de bebida alcoólica dentro da UC; É proibido o uso de shampoo, sabonete, creme, etc., nas piscinas naturais; É proibido fazer churrasco ou qualquer tipo de fogueira dentro da UC; É proibida a retirada ou a introdução de qualquer espécie (flora e fauna) assim como de qualquer outro produto (pedras, madeiras, etc.) desta UC. 160 Normas para as trilhas Nunca ultrapasse o monitor, pois é ele que irá avisar se houver algum perigo; Mantenha-se no caminho pré-determinado, andando sempre um atrás do outro, para evitar o alargamento da trilha; Não correr, gritar ou falar muito alto, isso pode assustar os animais; Observe os locais antes de apoiar as mãos ou se sentar, pois há muitos animais e insetos peçonhentos que se camuflam e se encontrar algum animal, mantenha a distancia; Não retire flores, frutos, plantas silvestres ou pedras. Quando encontrar galhos ou folhas no meio da trilha, não os retire, pois é onde as cobras gostam de se esconder. Apenas desvie; Não se arrisque nas pedras e não puxe ou pendure em cipós; Temos várias lixeiras que estão colocadas em pontos estratégicos. Então, todo lixo produzido durante a permanência, deverá ser trazido de volta. Símbolo O tucano-de-bico-verde (Ramphastos dicoloru) tem cerca de 48 cm e pesa em torno de 320 g. Além de seu bico verde, apresenta uma coloração amarelada no papo. Sua alimentação é baseada principalmente de frutos do palmito juçara, embaúba, artrópodes e pequenos vertebrados. É responsável pela dispersão dessas espécies vegetais e com a exploração ilegal do palmito juçara houve um decréscimo na população do tucano-de-bico-verde. Com a destruição de seu habitat natural, tem se tornado cada vez mais raro em sua área de ocorrência original (Wikiaves, s/d (c)). 7.7. Núcleo Padre Dória 7.7.1. História O Núcleo Padre Dória foi instituído no Parque Estadual Serra do Mar em 2014. Possui uma área de aproximadamente 19.320 hectares, sendo 3.630 hectares oriundos do Núcleo Caraguatatuba e 15.690 hectares do Núcleo São Sebastião. Assim, ele compreende toda a parte de planalto dos núcleos citados, abrangendo os municípios de Salesópolis, Paraibuna e Biritiba-Mirim (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2014). O nome do Núcleo Padre Dória é em homenagem ao Padre Manuel de Faria Dória, responsável pela construção da Estrada Dória, que liga as regiões do Vale do Paraíba e Grande São Paulo ao Litoral Norte Paulista, além de ser o fundador da cidade de Salesópolis (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2014). 161 Padre Manuel de Faria Dória O Padre Manoel de Faria Dória nasceu na Vila de São Sebastião, Litoral Norte Paulista, no ano de 1781, filho do Capitão Amaro Alvares e Maria Barbosa do Amaral. Foi vigário de São Sebastião entre os anos de 1816 e 1837, tendo sido inscrito, nas ordens diocesanas no ano de 1816. Foi também deputado provincial por quatro legislaturas entre os anos de 1835 a 1842, ano de sua morte. Foi o responsável pela abertura e construção da Estrada Nova entre São José do Parahytinga e São Sebastião, estrada que mais tarde levou seu nome (ASSOCIAÇÃO LAR TERRA DE RESGATE CULTURAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2013). A Estância Turística de Salesópolis é o berço do lendário e histórico Rio Tietê, um dos mais importantes rios do Estado de São Paulo. Localiza-se a 96 km da Capital, na Serra do Mar. Tem clima ameno (18°C) e muita tranquilidade, pois preserva as características de cidade do interior. 98% do seu território é abrangido pela Lei de Proteção aos Mananciais, que trata da proteção e recuperação de condições ambientais específicas com o intuito de garantir a produção de água necessária para o abastecimento e consumo das gerações atuais e futuras. O nome da cidade quer dizer “Terra de Sales”, uma homenagem ao presidente da República Dr. Manuel Ferraz de Campos Sales. Antigamente, o nome do município era São José do Parahytinga. A cidade surgiu entre os séculos XVI e XVII no cruzamento das poucas que serviam de rotas comerciais e que ligavam o Litoral Norte Paulista ao Alto do Tietê e Vale do Paraíba (ESTÂNCIA TURÍSTICA DE SALESÓPOLIS, s/d). 7.7.2. Patrimônio Cultural No Núcleo Padre Dória passa a Rota Dória, trilha do século XVIII que ligava o litoral ao planalto. Muitas das rotas existentes eram traçados abertos pelos índios que subiam e desciam a Serra e que posteriormente foram utilizadas no período de colonização do Brasil (ASSOCIAÇÃO LAR TERRA DE RESGATE CULTURAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2013). Com a Estrada Doria não foi diferente. Era uma antiga trilha indígena, que depois passou a ser a Rota do Sal ligando as Minas Gerais ao Porto de São Sebastião na época da mineração. Tal rota era assim conhecida devido ao movimento de tropas que transportavam ouro para ser exportado no porto e que, na volta, traziam além dos mantimentos para as Minas, o sal que era artigo escasso na época (ASSOCIAÇÃO LAR TERRA DE RESGATE CULTURAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2013). Em 1832, essa antiga rota ganhou um traçado definitivo sendo oficializada graças ao trabalho do Padre Dória, com o objetivo de intensificar o comércio entre o porto de São Sebastião, 162 o Vale do Paraíba e parte do Alto Tietê. A Estrada está ligada também ao desenvolvimento do núcleo populacional que deu origem a Salesópolis e a um dos períodos de auge do Porto de São Sebastião, quando servia como porto de escoamento de artigos de grandes ciclos econômicos como o ouro e o café. Em 1842, com a morte do Padre Dória, a estrada foi fechada por um de seus inimigos políticos, o Padre Pinto (ASSOCIAÇÃO LAR TERRA DE RESGATE CULTURAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2013). A partir de 1850, com a lei Eusébio de Queiroz o tráfico de escravos ficava proibido. No entanto, alguns lugares resistiram à legislação e, oito anos após o fechamento da Estrada, ela volta a ser muito utilizada como uma rota clandestina que serve ao tráfico negreiro. Com isso, São José do Parahytinga (Salesópolis), entra no contexto do tráfico negreiro como o principal ponto de venda desses escravizados no Alto da Serra. Acredita-se que após a Lei Eusébio de Queiroz passaram mais de 25.000 escravos pela Rota (ASSOCIAÇÃO LAR TERRA DE RESGATE CULTURAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2013). Várias praias de São Sebastião, Ilhabela e Caraguatatuba eram portas de entrada para o desembarque de negros escravizados que subiam a Serra por diversas trilhas, tendo a antiga Estrada Dória como espinha dorsal dessa Rota Clandestina. Essas trilhas convergiam para um antigo Casarão localizado à margem do Rio Parahytinga há menos de uma légua da sede da Vila de São José do Parahytinga, conhecido atualmente como Casarão Senzala que, na época, foi um importante entreposto comercial do tráfico de diversos gêneros, mas principalmente de escravos, servindo a fazendeiros de diversos pontos do Estado, principalmente os localizados no Vale do Paraíba, mas sendo identificados também outros pontos do Estado, como em Fazendas na região de Jundiaí (ASSOCIAÇÃO LAR TERRA DE RESGATE CULTURAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2013). Atualmente, a Rota Dória reúne diversos bens históricos, culturais, religiosos, ambientais e turísticos nos municípios por onde passa. Parte dela passa pelo Parque Estadual Serra do Mar, saindo do município de Salesópolis até o sítio arqueológico São Francisco, localizado no Núcleo São Sebastião (ASSOCIAÇÃO LAR TERRA DE RESGATE CULTURAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2013). Os possíveis percursos e ativos são (ASSOCIAÇÃO LAR TERRA DE RESGATE CULTURAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2013): ● De Salesópolis – Marco Zero na Igreja Matriz, percorrendo os Municípios de Paraibuna, Caraguatatuba, São Sebastião e Ilhabela, temos: o Casarão Senzala, Casarão do Café, Cruz do Dória, em Salesópolis, Capela de São Lourenço, além de equipamentos como o Parque Estadual Serra do Mar, Sítio Arqueológico São Francisco, barcos e paisagens. ● De Salesópolis – Marco Zero na Igreja Matriz a Aparecida do Norte, como rota cultural e religiosa, percorrendo antigos trechos da Rota Dória pelo Vale do Paraíba e com 163 destino a Basílica de Aparecida, marcadamente roteiro de romarias, herança de uma cultura religiosa, centrada na figura de Nossa Senhora Aparecida, Virgem Negra; ● De Salesópolis – Marco Zero na Igreja Matriz ao Pateo do Colégio em São Paulo, percorrendo o traçado, passando pela Aldeia Indígena Lobo Velho em Suzano e atingindo o destino do Padre Dória quando Deputado Provincial na busca de interesses da região. 7.7.3. Comunidades tradicionais No Núcleo não há presença de comunidades tradicionais, como as indígenas, quilombolas ou caiçaras. 7.7.4. Ecossistema O Núcleo Padre Dória está inserido no ecossistema de Floresta Ombrófila Densa, representativa do domínio mata atlântica com ampla diversidade de tipos de vegetação originalmente contínuos e integrados sobre uma variedade de compartimentos morfológicos de relevos e variações climáticas. A atividade de reflorestamento dos Municípios do entorno vieram crescendo e invadindo os fragmentos florestais de forma que hoje observa-se um mosaico intrincado entre espécies regionais de floresta madura, espécies regionais cobrindo áreas em estágio inicial de regeneração, espécies exóticas plantadas e espécies exóticas que invadiram a região pela exposição do solo. 7.7.5. Fauna e Flora O Núcleo abriga diversas espécies animais e vegetais, diversas delas ameaçadas de extinção. Em relação a fauna, algumas espécies características do núcleo são jaguatirica, esquilo (serelepe), sagui da cara branca e as aves tangará, tie-sangue e araponga. Já as espécies vegetais mais características são: cambuci, araçá, angico, manacá, chá de bugre. CAMBUCI (Campomanesia phae) Como espécie característica do Núcleo, podemos citar o cambuci (Campomanesia phae). A história da Rota Dória se entrelaça à dessa árvore nativa, endêmica da Serra do Mar paulista, com consumo tradicional secular dos seus frutos pelos índios, bandeirantes e caipiras, além da fauna brasileira. O cambucizeiro atinge cerca de 8m de altura, sua frutificação ocorre de abril a junho. Seu fruto varia entre o verde e o verde-amarelado, o sabor é ácido e é rico em vitamina c, além de possuir agentes antioxidantes e adstringentes, que combatem radicais livres, retardam o envelhecimento e fortalecem o sistema imunológico. 164 O fruto pode ser utilizado para a produção de geleias, sorvetes, sucos, licores e molhos para carnes e peixes. Faz-se ainda chá da casca do fruto e das folhas das árvores, além de extraíremse óleos essenciais que bem poderiam ser empregados na indústria de cosméticos, de alimentos e farmacológica. O homem também utiliza sua madeira para a fabricação de cabos de ferramentas e instrumentos agrícolas. Sua interação com a fauna é grande. Seu fruto serve de alimento para diversas espécies de aves e mamíferos. Os principais disseminadores da espécie são as pacas, as antas e os veados. Ao se alimentarem, espalham suas sementes pelos locais em que circulam. Até os dias atuais o cambuci permeia a Rota Dória e tem grande importância cultural, social e ambiental da preservação de espécies animais que dele se alimentam. Fonte: ANDRADE e LEMOS, 2011 TANGARÁ (Chiroxiphia caudata) Ave que possui cerca de 13 centímetros e apresenta dimorfismo sexual. Os machos têm plumagem azul-celeste, cauda preta com duas penas centrais mais longas que as outras e, no alto da cabeça, uma brilhante coroa vermelha. Os mais jovens são verde-oliva, já as fêmeas são verde-escuras, cauda mais longa que a dos machos, o que as torna ligeiramente maiores que estes. São, também, mais silenciosas. Entre os seus principais hábitos, está a típica dança pré-nupcial, onde os machos se revelam verdadeiros acrobatas, enfileirando-se vários deles num galho e exibindo-se ante a fêmea, um de cada vez. Depois de executarem o rito, cada um volta ao fim da fila e espera a vez de exibir-se novamente. São onívoros, alimentando-se de bagas e pequenos artrópodes e apreciam a Michelia champaca (Magnólia-amarela) e fruta do sabiá Fonte: WikiAves, s/d (e) JAGUATIRICA (Leopardus pardalis mitis) A jaguatirica tende a ser a espécie de felino de pequeno-médio porte dominante nas áreas de cobertura vegetal mais densa, especialmente nas úmidas. O gradiente altitudinal vai desde o nível do mar até 3.800 m. É um táxon de porte médio, com corpo esbelto, cabeça e patas grandes e cauda pouco curta, caracterizada pela presença de rosetas abertas que coalescem, formando bandas longitudinais, numa pelagem de fundo amarelo-ocráceo. O comprimento médio da cabeça e do corpo varia entre 67 e 101,5 cm, enquanto o da cauda é de 30 a 44,5 cm e o peso médio fica em torno entre 8 a 15,1 kg. O período de gestação varia entre 70 e 85 dias, após o qual nascem de 1 a 4 filhotes. O potencial reprodutivo máximo de uma fêmea de sete anos, em vida livre, é de 5 a 7 filhotes. São solitários e noturnos. A área do macho engloba, normalmente, a área de duas a três fêmeas. Carnívora, possui um consumo médio de presas na natureza é de cerca de 700 g Fonte: OLIVEIRA et al., 2008 CAPIVARA (Hydrochoerus hydrochaeris) A capivara é um animal de grande porte. Considerado o maior roedor do mundo, atingindo altura média de 50 cm. Sua pelagem é grossa de coloração marrom-avermelhada. Possui hábitos semiaquáticos, sendo uma excelente nadadora, podendo permanecer submersas por vários minutos. As capivaras são ativas a qualquer hora do dia. Alimenta-se de gramíneas (capim) e plantas aquáticas. Ocorrem na Bolívia, Colômbia, Venezuela, Guianas, Paraguai e Brasil, em todos os estados, em geral próximo a lagos e rios (ViaRondon, 2011) 165 TAMANDUÁ-MIRIM (Myrmecophaga tedradactyla) O tamanduá-mirim apresenta atividade predominantemente noturna, e quando não estão ativos costumam descansar nos ocos das árvores e nas tocas dos tatus. Possui um hábito, que quando atacado assume uma postura ereta, deixando suas garras dianteiras livres para se defender. Possui porte médio, variando de 47 cm a 77 cm de comprimento. Apresenta uma pelagem curta e densa e uma coloração amarela pálida, com duas listras pretas que avançam da região escapular do animal, lembrando um colete. Alimenta-se de formigas e cupins. Vive na América do Sul, a leste a leste dos Andes da Venezuela até o norte da Argentina. Sul do Brasil e norte do Uruguai. Onde no Brasil ocorrem em todos os biomas (Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal e Campos Sulinos) (ViaRondon, 2011) Lista das principais espécies da fauna e flora FAUNA: - Aves: as principais espécies estão listadas abaixo. A lista completa pode ser vista no anexo 4. Jacutinga (Aburria jacutinga) Gavião-Pombo-Pequeno (Amadonastur lacernulatus) Gavião-Pombo-Grande (Pseudastur polionotus) Gavião-Pega-Macaco (Spizaetus tyrannus) Gavião-Pato (Spizaetus melanoleucus) Caburé-Miudinho (Glaucidium minutissimum) Bacurau-Tesoura-Gigante (Hydropsalis forcipata) Beija-Flor-De-Topete (Stephanoxis lalandi) Pinto-Do-Mato (Hylopezus nattereri) Juruva-Verde (Baryphthengus ruficapillus) Araçari-Poca (Selenidera maculirostris) Choquinha-Pequena (Myrmotherula minor) Choquinha-Cinzenta (Myrmotherula unicolor) Choca-De-Chapéu-Vermelho (Thamnophilus ruficapillus) Matracão (Batara cinerea) Fruxu (Neopelma chrysolophum) Araponga-Do-Horto (Oxyruncus cristatus) Maria-Leque-Do-Sudeste (Onychorhynchus swainsoni) Chibante (Laniisoma elegans) Papinho-Amarelo (Piprites chloris) Estalinho (Phylloscartes difficilis) João-Pobre (Serpophaga nigricans) Tesoura-Cinzenta (Muscipipra vetula) Tico-Tico-Do-Mato (Arremon semitorquatus) Pula-Pula-Ribeirinho (Myiothlypis rivularis) Sanhaçu-Pardo (Orchesticus abeillei) Saí-De-Pernas-Pretas (Dacnis nigripes) Tico-Tico-Do-Banhado (Donacospiza albifrons) 166 Pixoxó (Sporophila frontalis) Cigarra-Verdadeira (Sporophila falcirostris) Cais-Cais (Euphonia chalybea) Fonte: SCHUNCK, 2015 ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● - Mamíferos: Bugio (Alouatta guariba) Macaco-prego (Cebus nigritus) Tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla) Anta (Tapirus terrestris) Jaguatirica (Leopardus pardalis) Gato-do-mato-pequeno (Leopardus tigrinus) Onça-parda (Puma concolor) Queixada (Tayassu pecari) Cateto (Pecari tajacu) Lontra (Lontra longicaudis) Quati (Nasua nasua) Gambá-de-orelha-preta (Didelphis aurita) Preguiça-comum (Bradypus variegates) Capivara (Hydrochoerus hydrochaeris) Paca (Cuniculus paca) Cutia (Dasyprocta azarae) Fonte: GUAPURUVU, s/d ● ● ● ● ● - ANFIBIOS E REPTEIS: Cobra-coral-verdadeira (gênero: Micrurus) Jararaca-da-mata (Bothrops jararaca) Jararacuçu (Bothrops jararacuçu) Cobra-cipó (gênero: Chironius) Caninana (Spilotes pullatus) ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● - PEIXES: Lambari (Astyanax eigenmanniorum) Saguiru (Cyphocharax modestus) Acará (Geophagus brasiliensis) Peixe Cadela (Oligosarcus sp.) Turvina (Gymnotus carapo) Traira (Hoplias malabaricus) Trairão (Hoplias lacerdae) Cascudo (Hypostomus sp) Bagre (Rhamdia quelen) Tilapia (Oreochromis niloticus) Mandi (Pimelodella meeki) Tamboatá (Hoplosternum littorale) FLORA: 167 ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● 168 Angico (Parapiptadenea sp. Fabaceae) Araçá (Myrcia citrifolia Myrtacea) Araçá piranga (Eugenia leitonii Myrtaceae) Araucária (Araucaria angustifolia) Aroeira pimenteira (Schinus terebinthifolius Anacardiaceae) Caetê (Heliconia sp. Heliconiaceae) Cambuizinho (Myrcia selloi Myrtaceae) Canafistula (Peltophorum dubium Fabaceae) Canela (Ocotea sp. Lauraceae) Canela guaicá (Ocotea Puberula Lauraceae) Capixingui (Croton floribundus Euphorbiaceae) Capororoca (Rapanea umbellata Myrsinaceae) Caraguatá (Bromelia sp. Bromeliaceae) Cedro (Cedrela fissilis Meliaceae) Chá (Camellia sinensis Theaceae) Cha de bugre (Cordia sellowiana Boraginaceae) Clusia (Clusia sp. Clusiaceae) Crindiúva (Trema micrantha Cannabaceae) Cuvantã (Cupania vernalis Sapindaceae) Embauba (Cecropia glaziovi Cecropiaceae) Espinheiro (Maytenus ilicifolia Celastraceae) Eucalipto (Eucalyptus sp.* Myrtaceae) Fumão (Bathysa meridionalis Rubiaceae) Guabiroba (Campomanesia pubescens Myrtaceae) Guabiroba (Campomanesia pubescens Myrtaceae) Helicônia (Heliconia velloziana Heliconiaceae) Ingá (Inga sessilis Mimosaceae) Jaboticaba do mato (Plinia sp. Myrtaceae) Jacatirão (Leandra sp. Melastomataceae) Japecanga (Smilax brasiliensis Liliaceae) Jerivá (Syagrus romanzoffiana Arecaceae) limão bravo (Siparuna guianensis Siparunaceae) Lirio-do brejo (Hedychium coronarium* Zingiberaceae) Mamica de porca (Zanthoxylum riedelianum Rutaceae) Manacá (Tibouchina mutabilis Melastomataceae) Moranguinho (Fragaria vesca Rosaceae) Nespera (Eriobothrya japonica* Rosaceae) Orelha de onça (Tibouchina grandiflora Melastomataceae) Palmito (Euterpe edulis Arecaceae) Pente de macaco (Amphilophium crucigerum Bignoniaceae) Piper (Piper sp. Piperaceae) Psichotria (Psichotria sp. Rubiaceae) Pteridium (Pteridium sp. Dennstaedtiaceae) Quaresmeira (Tibouchina grandulosa Melastomataceae) Quina de São Paulo (Solanum pseudoquina Solanaceae) Samambaiaçu (Dicksonia sellowiana Dicksoniaceae) Sangra d'agua (Croton urucurana Euphorbiaceae) Tapiá (Alchornea sidifolia Euphorbiaceae) ● ● ● ● Taquara (NI Graminae) Terminalia (Terminalia sp. Combretaceae) Vinhático (Plathymenia sp. Mimosaceae) Xilopia (Xilopia sp. Annonaceae) Fonte:material enviado pela gestora, 7.7.6. Serviços Ecossistêmicos O Núcleo Padre Dória presta diversos serviços principalmente para a sua comunidade do entorno: ● Regulação da qualidade do ar e do clima; ● Proteção dos morros e encostas; ● Proteção dos solos; ● Bem-estar, lazer e turismo; ● Recursos hídricos e abastecimento. O Núcleo Padre Dória tem um papel fundamental na preservação dos recursos hídricos, contribuindo para dois importantes sistemas: Sistema do Rio Claro e Sistema Produtor de Água do Alto Tietê - SPAAT. O Rio Tietê nasce a uma altitude de 1.030 metros da Serra do Mar, no município de Salesópolis. Ao contrário de muitos rios, que descem para o litoral e desaguam no mar, o Rio Tietê não consegue vencer os picos da Serra do Mar e atravessa a Região Metropolitana de São Paulo, seguindo para o interior do Estado, desaguando posteriormente no rio Paraná, num percurso de quase 1.136 km, cortando o estado de leste a oeste (DAEE, s/d). Possui importância histórica e econômica diretamente relacionada às conquistas territoriais, realizadas pelos Bandeirantes que desbravavam os sertões, fundando povoados e cidades ao longo de suas margens (DAEE, s/d). O Rio banha 62 municípios ribeirinhos e sua bacia compreende seis sub-bacias hidrográficas: Alto Tietê, onde está inserida a Região Metropolitana de São Paulo; Piracicaba; Sorocaba/Médio Tietê; Tietê/Jacaré; Tietê/Batalha e Baixo Tietê (DAEE, s/d). Suas nascentes fornecem água de boa qualidade para a população. No entanto, quando o rio começa a avançar próxima a região metropolitana de São Paulo (RMSP) a situação muda bastante. As características geográficas e o processo de ocupação territorial da RMSP levaram a quando crítico de degradação das águas em virtude do processo de urbanização desordenado e do despejo de efluentes domésticos e industriais tratamento adequado, comprometendo o uso de seus mananciais e reduzindo a disponibilidade hídrica por habitantes da bacia (SMA/ CEA, 2010). Atualmente, a disponibilidade hídrica da bacia equivale somente a 50% da demanda, fazendo que essa região seja uma das mais críticas do estado. Assim, a demanda – disponibilidade 169 de água da Bacia já apresenta índices comparáveis às áreas mais secas do Nordeste brasileiro e é necessário um complexo sistema para importar águas de outras bacias para que as necessidades da população da RMSP sejam supridas (SMA/ CEA, 2010). A quantidade de água disponível para consumo por habitante em determinada região ou bacia hidrográfica é medida pela disponibilidade hídrica. Segundo a ONU, a disponibilidade hídrica no mundo é classificada da seguinte forma (Secretaria do Meio Ambiente/Coordenadoria de Educação Ambiental, 2010): ● Abundante > 20.000 m³/hab.ano ● Adequada (ou correta) > 2.500 m³/ hab.ano ● Podre < 2.500 m³/ hab.ano ● Crítica < 1.500 m³/ hab.ano No Brasil, a quantidade de água disponível por habitante é dividida de forma muito heterogênea entre as regiões, sendo que em alguns locais a disponibilidade hídrica, adotando a classificação da ONU, é muito abaixo da situação crítica, como acontece com a RMSP (SMA/ CEA, 2010). REGIÃO DISPONIBILIDADE HÍDRICA RELATIVA (m³/hab.ano) Brasil 35.000* Estado de São Paulo 2.468* Pernambuco 1.118* Bacia Hidrográfica do Piracicaba 408* ou 400** Bacia Hidrográfica do Alto Tietê 201* ou 60** Fonte: *Água Doces do Brasil, 2002 apud SMA/ CEA, 2010 e **SMA CRHi, 2009 apud SMA/ CEA, 2010. Já o sistema produtor do Rio Claro é composto do reservatório do ribeirão do Campo, implantado no Ribeirão do Campo, que propicia a regularização das afluências. Tendo como afluentes principais o rio Clarinho, Rio São João, rio do Alferes e rio do Campo. As águas descarregadas pelo reservatório e as contribuições intermediárias da bacia do ribeirão do Campo e do rio Claro são parcialmente captadas em um local denominado Poço Preto e transferidas para a Estação de Tratamento de Água de Casa Grande. As águas remanescentes do rio Claro são complementadas com a transposição de cerca de 0,50 m3/s do rio Guaratuba da vertente Marítima que, juntamente com as contribuições intermediárias, são parcialmente captadas no local denominado km 76 e transferidas para a Estação de Tratamento de Água de Casa Grande. As águas 170 remanescentes do rio Claro descarregam no rio Tietê, no reservatório de Ponte Nova, pertencente ao sistema produtor do Alto Tietê (COMITÊ DA BACIA HIDROGRÁFICA DO ALTO TIETÊ, 2009) Os Sistemas Produtores do Alto Tietê e do Rio Claro controlam uma área de drenagem de 919 km2 com uma vazão média de longo termo de 19,9 m3/s, resultando em uma vazão específica de 21,7 l/s.km2. A vazão mínima média mensal é de 5,9 m3/s enquanto a vazão média mensal associada a uma garantida de 95 % é de 8,8 m3/s. Portanto, o limite máximo de produção dos Sistemas Produtores do Alto Tietê e do Rio Claro é de 19,9 m3/s (COMITÊ DA BACIA HIDROGRÁFICA DO ALTO TIETÊ, 2009). 7.7.7. Pesquisas A Estação Biológica de Boracéia - EBB, criada pelo Decreto Lei nº 23198/1954, é uma Unidade de conservação pertencente à Universidade de São Paulo – USP. Administrada pelo Museu de Zoologia está localizada dentro do Núcleo Padre Dória. A região de localização da estação é considerada um "hotspot" mundial por apresentar mais de 70% da sua cobertura vegetal original destruída e com altas porcentagens de espécies endêmicas. A EBB sempre atraiu, mesmo antes de sua implementação, a atenção de inúmeros pesquisadores, tanto da área zoológica quanto da botânica. Um histórico das atividades ali realizadas, até o ano de 1957, pode ser encontrado em Travassos-Filho e Camargo (1958). Os autores enfocam as coletas noturnas de insetos especialmente de "diptera" e "lepidoptera". Uma lista das espécies de mariposas Arctiidae com registro de ocorrência na Estação Biológica de Boracéia (EBB) é apresentada. Esta listagem foi obtida através da observação de material depositado em quatro coleções científicas brasileiras. A riqueza registrada na EBB foi de 237 espécies, sendo uma das maiores já encontradas em apenas um sítio de coleta no Brasil. http://www.biotaneotropica.org.br/v7n3/pt/abstract?inventory+bn03107032007 Estação Biológica de Boraceia - www.mz.usp.br 7.7.8. Projetos Socioambientais A Rota Gastronômica do Cambuci, uma iniciativa da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo e Associação Holística de Participação Comunitária Ecológica - AHPCE com participação atual dos Núcleos Padre Dória e Caraguatatuba, tem como objetivo resgatar o cultivo e o consumo dessa fruta nativa da Mata Atlântica e endêmica na região, promovendo o 171 desenvolvimento socioambiental e econômico sustentável das comunidades do entorno. Engloba em um único projeto aspectos históricos, culturais, de preservação ambiental, turísticos e de geração de renda. Tem potencial para se constituir como uma alternativa econômica sustentável para os municípios envolvidos através de Arranjos Produtivos Locais. 7.7.9. Atrativos O Núcleo Padre Dória conta com diversos atrativos naturais, como trilhas, cachoeiras e piscinas naturais. Os principais atrativos do núcleo são: Trilha da Rota Dória Antiga rota que ligava São Sebastião ao Alto do Tietê e Vale do Paraíba, oficializada pelo Padre Dória, cujo objetivo era intensificar o comércio de ouro e sal e, posteriormente, tornou-se uma rota clandestina para o tráfico de escravos. No caminho é possível atravessar diversas estruturas da época da escravidão, como Casarão Senzala, Casarão do Café, Cruz do Dória, em Salesópolis, Capela de São Lourenço, terminando no Sítio Arqueológico São Francisco, localizado no Núcleo São Sebastião. Como espinha dorsal na Serra do Mar, temos a Estrada do Rio Pardo, que dá acesso ao litoral Norte, passando pelos Núcleos de Caraguatatuba e São Sebastião, num percurso de aproximadamente 49 km dentro da área do PESM, contando com cenário contemplativo e muitas trilhas, cachoeiras e rios, além do aspecto histórico, arqueológico e cultural. Percurso: 95 km de carro Tempo estimado: 12h00min Nível de dificuldade: médio Caminhadas por PICADAS pelo Rio Claro (opcional) e pela TRILHA DO SAL, também conhecido como Rota Dória. No século XVIII até meados do século XX a troca de mercadorias entre a região de Mogi das Cruzes e o Vale do Paraíba com o Litoral Norte era feita por trilha que cortava a Mata Atlântica. Parte dessa trilha margeava o Rio Clarinho e parte passava pela Serra do Mar. Até hoje estão conservados os sulcos feitos pelos cascos dos burros que, carregados, levavam para o litoral, café, açúcar, farinha, etc e subiam com produtos manufaturados recebidos dos navios que vinham do além mar. A trilha percorrida pelas tropas de burros recebeu, por causa dessa ligação com o litoral, o nome de Trilha do Sal. Ao longo da trilha existem cachoeiras e até o local de uma 172 antiga Fazenda de Café da qual se pode ver vestígios. Durante determinado período foi muito utilizada para o contrabando de Escravizados que vinham por Ilhabela, eram comercializados em Salesópolis, antiga São José do Paraitinga e tinha como destino o Vale do Paraíba e São Paulo de Piratininga. Trilha da Cachoeira do Poço Bonito Percurso: 4.420metros Tempo estimado: 09h00min Nível de dificuldade: média Trilha da Cachoeira do Guardião Percurso: 1.000 metros Tempo estimado: 05h00min Nível de dificuldade: fácil Trilha da Cachoeira do Balcão Nesta trilha é possível observar as ruínas de uma antiga fazenda instalada no meio da rota do sal, que segundo a lenda local, hoje ainda é escavada por aventureiros em busca de um tesouro. No local é possível observar as escavações feitas no entorno das grandes palmeiras e resquícios de plantações de chá (planta oriental trazida por europeus para produção de diferentes infusões), Camellia sinensis. Esta planta também foi largamente difundida na região do vale do Anhangabaú em São Paulo e que acabou por dar nome ao viaduto que ali está - viaduto do chá. Percurso: 4.000 metros Tempo estimado: 08h00min Nível de dificuldade: média 7.7.10. Outros pontos de interesse Estudos de Interesse Arqueológicos: Fazenda Rio Claro, Cruz do Dória, vestígios da estrada colonial construída pelo Padre Dória. 173 7.7.11. Informações gerais sobre o Núcleo Dados gerais Área 19.320 hectares Bioma Mata Atlântica Município da sede Salesópolis Municípios Abrangidos Paraibuna, Salesópolis e Biritiba Mirim Endereço da sede Escritório urbano Bases e outras funções Base 1 - Estrada Rodrigues de Campos, km 3, bairro dos Pintos. Função: apoio às trilhas do Balcão, Poço Bonito e Guardião Telefones Sinal de celular da sede Sinal de celular da base E-mail da UC [email protected] Nome do Gestor Ana Lucia de Moraes Wuo Esportes Radicais Capacidade de hospedagem Valor da hospedagem na UC Centro de visitantes Capacidade do auditório Capacidade do refeitório Lanchonete Quiosques pic nic Camping na UC Facilidades no entorno imediato Tipo de Acesso Estradas de terra Distância de SP Varia de acordo com o local a ser visitado dentro do Núcleo Padre Dória, de 90 a 110 km. 174 Distância cidade mais próxima(s) Salesópolis: 12 km; Mogi das Cruzes: 52 km; São José dos Campos: 60 km. Cobrança de Ingresso e valor Amplitude Altitudinal Varia de 900 a 1.200 Amplitude de Temperaturas Mínima 15º, máxima 22º e média 19ºC. Índice pluviométrico - media de 1.300mm. Bases e outras funções Base 1 Endereço Estrada Rodrigues de Campos, km 3, bairro dos Pintos. Função: apoio as trilhas do Balcão, Poço Bonito e Guardião Telefone Capacidade de hospedagem Base de Uso Público Endereço Telefone Capacidade de hospedagem Mais Informações Sede Administrativa Dias e horário de funcionamento Telefones para informação E-mail Gestor (a) Ana Lúcia Moraes Wuo Endereço (11) 97204-6316 Visitação Dias e horário de funcionamento Endereço 175 Normas de Visitação e Segurança do PESM É proibida a entrada de pessoas descalças. Obrigatório o uso de calçado fechado (tênis ou bota); É proibido o consumo de bebida alcoólica dentro da UC; É proibido o uso de shampoo, sabonete, creme, etc., nas piscinas naturais; É proibido fazer churrasco ou qualquer tipo de fogueira dentro da UC; É proibida a retirada ou a introdução de qualquer espécie (flora e fauna) assim como de qualquer outro produto (pedras, madeiras, etc.) desta UC. Normas para as trilhas Nunca ultrapasse o monitor, pois é ele que irá avisar se houver algum perigo; Mantenha-se no caminho pré-determinado, andando sempre um atrás do outro, para evitar o alargamento da trilha; Não correr, gritar ou falar muito alto, isso pode assustar os animais; Observe os locais antes de apoiar as mãos ou se sentar, pois há muitos animais e insetos peçonhentos que se camuflam e se encontrar algum animal, mantenha a distancia; Não retire flores, frutos, plantas silvestres ou pedras. Quando encontrar galhos ou folhas no meio da trilha, não os retire, pois é onde as cobras gostam de se esconder. Apenas desvie; Não se arrisque nas pedras e não puxe ou pendure em cipós; Temos várias lixeiras que estão colocadas em pontos estratégicos. Então, todo lixo produzido durante a permanência, deverá ser trazido de volta; Símbolo Homenagem ao Padre Manuel de Faria Dória, responsável pela construção da Estrada Dória, que liga as regiões do Vale do Paraíba ao Litoral Norte Paulista, além de ser o fundador da cidade de Salesópolis. Poesia de More Ventura Resultado da sua experiência na visita a ROTA DORIA dias 30 e 31 de julho 2011. Do rio e Do ria Duas rotas surgem, nos anais de nossa historia a do rio Tietê, e a do padre Doria Pelas mãos do Padre Nosso, surge a primeira pelas mãos do padre deles, vem a derradeira 176 seus vestígios em terra, aos poucos vão aparecendo uma no seu leito estreito, outra capinando o despeito Ambas surgem, de cristalinas fontes ligando distantes regiões, feito grandes pontes Formando duas, rotas de alegria atando os distantes, pela mercadoria Uma é o ventre, donde nasce a metrópolis A Outra traz riqueza, e justiça a Salesópolis Mas se paralelas, as duas vem do nascimento No meio do caminho, se bifurcam em lamento Uma asfixiada, em seu leito de cimento A outra assassinada, pelo trafico ciumento Mas como após centenas, de km em movimento O Tietê renasce, do seu lixo lamacento Após séculos de mato, e esquecimento A Rota Doria, ressuscita perante o olho atento Revelando a luta do padre, do africano e seu rebento Por um Brasil sem dor, com justiça a contento Que reúna suas rotas em unificado leito límpido, transparente com paixão e amor no peito. De dó não Rio de Dó não Ria Mas sim aprendo Do Rio e Do-Ria ! More Ventura 7.8. Núcleo Picinguaba 7.8.1. História O Núcleo Picinguaba corresponde ao extremo norte do PESM situado no município de Ubatuba e contém 47.500 hectares, abrangendo cerca de 80% do território municipal, predominantemente da altitude de 100m até os picos mais altos da Serra do Mar que formam os divisores de água. Em 1979 a antiga Fazenda Picinguaba, área de domínio do governo do Estado, contendo cerca de 7.800 hectares, foi incorporada ao PESM, de modo a incluir trecho na divisa com o município de Paraty atingindo o nível do mar, onde foi possível implantar as estruturas administrativas a partir de 1984 e a Base de Visitação da Praia da Fazenda, em 1990 (NAVARRO, 2013). Dessa forma foram incorporados ao PESM restingas, manguezais, praias e costões rochosos que se tornaram parte do cenário protegido pela Unidade de Conservação, assim como os territórios utilizados historicamente por comunidades tradicionais (caiçaras e quilombolas) habitantes da região do distrito municipal de Picinguaba há cerca de 200 a 300 anos. Entre os 177 territórios tradicionais situados no Núcleo Picinguaba destacam-se a Terra Indígena Boa Vista (demarcada em 1987), no bairro do Promirim, o Quilombo do Cambury (reconhecido em 2005) e o Quilombo da Fazenda (em fase de reconhecimento), situados nos bairros de mesmo nome (NAVARRO, 2013). Em 2007 foram incorporados cerca de 13.300 hectares à área de domínio público do Estado, com a desapropriação da Fazenda Sesmarias da Cachoeira Grande, situada no Sertão do Puruba/Cambucá, onde está em fase de implantação uma nova base de visitação pública (NAVARRO, 2013). O Núcleo Picinguaba contém paisagens diversificadas, desde a costa marinha, protegendo cinco belíssimas praias (Brava da Almada, Fazenda, Picinguaba, Cambury e Brava do Cambury) até as escarpas da Serra do Mar, onde se encontram os picos do Corcovado, Pedra do Espelho, Corisco, Cuscuzeiro e Papagaio, todos com mais de mil metros de altitude, que demarcam as divisas com os municípios de Caraguatatuba, São Luiz do Paraitinga, Cunha e Paraty, este último já no Estado do Rio de Janeiro (NAVARRO, 2013). Cerca de 20% do território do Núcleo Picinguaba em seu extremo mais ao norte está sobreposto com o Parque Nacional da Serra da Bocaina, criado em 1971. A área costeira do Núcleo é contígua à Área de Proteção Ambiental (APA) Marinha do Litoral Norte, criada em 2008. E ainda, faz divisa com a APA Cairuçú e a Reserva Estadual da Juatinga, situadas em Paraty. Dessa forma, juntamente com os outros Núcleos do PESM e o Parque Estadual da Ilha Anchieta (Ubatuba), compõe extenso corredor ecológico com cerca de 250.000ha, transformado em Mosaico Bocaina (Decreto Federal MMA nº 349/2006) em 2006, abrangendo assim: 9 municípios, 18 Unidades de Conservação, 5 Terras Indígenas e 4 Terras Quilombolas, do sul fluminense e norte paulista (NAVARRO, 2013). Origem do nome Os povos que viviam nessa região entre 6 a 10 mil anos atrás utilizavam esse ponto como área de pesca e coleta. A fartura de alimento permitia a adaptação tecnológica, como a produção de utensílios e ferramentas a partir de rochas polidas. Posteriormente, a vila que dá nome ao Parque, foi formada a partir do trânsito de embarcações e dos movimentos de comerciantes que viajavam de Paraty-RJ para Santos e paravam na região para realizar trocas e se alimentarem. A vila se formou antes mesmo do município de Ubatuba e foi considerada durante muito tempo, como um distrito. O nome Picinguaba possui um significado amplo que remete a geografia da região ("enseada lugar de parada"), pois a reentrância da costa com abertura para o mar forma uma grande baía e as barras de rios são consideradas refúgios/berçários para peixes que se reproduzem e se alimentam nesses locais. Por fim, poderíamos dizer que o nome remete a um sentido de "lugar 178 próspero que atrai e serve de refúgio muitos peixes". A História de Ubatuba Os índios Tupinambás foram os primeiros habitantes da região de Ubatuba. Eram excelentes canoeiros e viviam em paz com os índios vizinhos de São Vicente, os Tupiniquins, até a chegada dos portugueses e franceses, que tentaram escravizar os índios, com o intuito de colonização (FUNDART, s/d(a)). Naquela época Ubatuba era conhecida como Aldeia de Iperoig e passou a categoria de Vila somente em 1554. Travou-se uma batalha diplomática fundamental para se decidir o futuro do Brasil, pois os portugueses e franceses disputavam essa região (FUNDART, s/d(a)). Incitados pelos europeus, Tupinambás e Tupiniquins passam a guerrear, até reconhecerem sua dependência dos estrangeiros. Formam, então, a "Confederação dos Tamoios" (o termo Tamoios significa “o mais antigo, o dono da terra”, portanto a Confederação era a união dos índios, verdadeiros donos da terra) para combater os portugueses. Para evitar o conflito, os portugueses convocaram, em 1563, uma dupla de negociadores, os Jesuítas Manoel da Nóbrega e José de Anchieta (FUNDART, s/d(a)). Nesse mesmo ano, o Padre Anchieta promove junto aos índios, a chamada Paz de Iperoig, que impediu os silvícolas de destruir as Vilas de São Paulo e São Vicente. Em 14 de setembro de 1563 foi assinado o tratado que para algumas tribos significou sua aniquilação. Os franceses foram expulsos e os índios pacificados. Eles partiram de São Vicente para a Aldeia de Iperoig e sua missão de paz foi lenta e difícil (FUNDART, s/d(a)). Anchieta ficou prisioneiro durante aproximadamente quatro meses, enquanto Manoel da Nóbrega voltava à Aldeia de São Paulo para concluir o Tratado da Paz de Iperoig – o primeiro tratado de paz das Américas. Com a paz firmada, o Governador Geral do Rio de Janeiro, Salvador Corrêa de Sá e Benevides, tomou providências para colonizar a região, enviando os primeiros moradores para garantir a posse da terra para a Coroa Portuguesa (UBATUBASP, s/d). Nessa época, os portugueses instalaram engenhos de cana, serrarias, fornos de olaria, fazendas e pequenas indústrias. Com o porto para escoamento da produção, a cidade começa a prosperar, até que em 1787, quando as embarcações passam a se dirigir ao porto de Santos, por ordem do presidente da Província de São Paulo. Com isso, Ubatuba entra em franca decadência. Isso dura até 1808, quando ocorre a reabertura dos portos ao comércio estrangeiro. Recupera-se o 179 porto local e ele passa a ser o mais movimentado de todo o Estado, escoando a produção do Vale do Paraíba e Minas Gerais (UBATUBASP, s/d). Na cidade erguem-se inúmeros casarões que atestam os fartos recursos dos comerciantes locais. Mais tarde a maioria deles é demolia em nome do progresso. A cidade entra em nova crise com a construção da estrada de ferro D. Pedro II, que liga o Rio de Janeiro a São Paulo, desviando as exportações do porto de Ubatuba. A cidade isola-se novamente e só se recupera em 1952, com a construção da rodovia ligando Ubatuba a Taubaté, a SP 125, e mais tarde a rodovia BR 101, ou Rio-Santos. Hoje, ambas contribuem para alimentar o fluxo turístico na cidade, que chega a receber por volta de 800 mil há 1.000 milhão de visitantes a cada temporada (UBATUBASP, s/d). 7.8.2. Patrimônio Cultural Na trilha do Jatobá há importantes patrimônios histórico-culturais, como a Casa da Farinha e a antiga roda d´água. A Casa de Farinha localiza-se no sertão da Fazenda Picinguaba, ao norte da rodovia, e faz parte de um conjunto de ruínas de uma antiga usina de açúcar e álcool construída no final do século passado por imigrantes italianos. Abandonada a usina, aproveitou-se a roda d'água para movimentar os aviamentos de uma casa de farinha construída na década de 50, a qual foi recuperada em 1986. Atualmente, é utilizada pela comunidade quilombola para a produção de farinha de mandioca (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Além disso, a Vila de Picinguaba foi tombada como patrimônio histórico e cultural em 1983. Trata-se de uma vila de pescadores que preserva a cultura caiçara, as antigas canoas e a edificação da época (GERALDES, 2001). Há também a Toca da Josefa, local onde a escrava Josefa teria se refugiado. Acredita-se que a Josefa era uma escrava fugida da região de Paraty, sendo umas das primeiras escravas a ocupar a Fazenda Cambory, local onde hoje está a comunidade quilombola (GERALDES, 2001). 7.8.3. Comunidades tradicionais No Núcleo Picinguaba há a presença de comunidades indígenas, caiçaras e quilombolas. Indígenas A aldeia Boa Vista é habitada pelo povo indígena Guarani, que, além de ocupar terras em outras regiões do Estado de São Paulo, possui comunidades no Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. O povo Guarani também está presente na Argentina, no Paraguai, no Uruguai e na Bolívia. A aldeia, onde residem 30 famílias, 180 está localizada na Terra Indígena Boa Vista do Sertão do Promirim, no município de Ubatuba. Essa terra indígena já se encontra demarcada pelo Decreto Presidencial N.º 94.220/87, que garantiu aos Guarani 920,66 hectares (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, s/d(a)). A terra indígena está localizada em área de Mata Atlântica, o que é fundamental para os Guarani. Na visão Guarani, um bom Tekoa (expressão Guarani para denominar o local onde é possível realizar o modo de ser Guarani) deve estar próximo da floresta. Na busca por áreas que tenham tais características, nas últimas décadas os Guarani têm retornado para seus antigos territórios na faixa litorânea (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, s/d(a)). A aldeia Boa Vista é um exemplo desse processo. Ela se formou em meados dos anos 1960, quando três famílias, vindas da aldeia de Rio Silveira, chegaram à região e ali se estabeleceram. Na época, a única ligação da aldeia com Ubatuba era uma pequena trilha, a quatro horas de caminhada (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, s/d(a)). Hoje a aldeia conta com 156 índios, sendo possível visita-los e comprar o seu artesanato (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013). Caiçaras A Vila de Picinciguaba é marcada pela cultura caiçara, exemplo vivo da combinação índio/colono, terra/mar – que se estabeleceram nos costões rochosos, restingas, mangues e encostas da Mata Atlântica. A palavra caa-içara é de origem tupi-guarani. Separadas, as duas palavras sugerem uma definição: caa significa galhos, paus, “mato”, enquanto que içara significa armadilha, ou seja, armadilha de galhos (FUNDART, s/d(b)). Com poucos contatos com o “mundo de fora”, os caiçaras evoluíram aproveitando os recursos naturais à sua volta, que resultou numa grande intimidade com o ambiente. Assim, sobrevivem principalmente da pesca e da agricultura, cujos limites são exclusivamente familiares. Além disso, ainda combinam atividades de coleta, extrativismo e artesanato (FUNDART, s/d(b)). A associação do peixe com a farinha de mandioca é um dos aspectos mais gerais da dieta deste povo, que se vê hoje dividido entre a necessidade de dinheiro expressa pela intensa relação com a cultura urbana e o receio de perder sua identidade de grupo de pescadores artesanais situados em áreas preservadas (FUNDART, s/d(b)). Os caiçaras são, originalmente, um povo de religião católica, herança esta gerada pelo colono português. Há várias festas relacionadas ao catolicismo, porém a mais famosa acontece no mês de maio em homenagem à Cruz (Santa Cruz). É necessário que se realize no “claro”, isto é, na lua cheia, para que todos possam comparecer. A cada ano é escolhido o festeiro – figura central na 181 organização da festa – que, por sua vez, escolhe outros responsáveis. Durante três dias, a comunidade estará ocupada na realização da Festa de Santa Cruz (FUNDART, s/d(b)). Atualmente várias comunidades caiçaras fazem parte de Igrejas Pentecostais e Associações, dado o forte grau de contato das últimas décadas. Igrejas da Assembléia do Reino de Deus e Congregação de Cristo estão se tornando comuns e se espalhando rapidamente, o que faz com que o Catolicismo tradicional, suas festas e rituais vão se tornando cada vez mais raros e, também, são responsáveis por alguns conflitos entre comunidades (FUNDART, s/d(b)). Quilombolas No Núcleo Picinguaba há duas comunidades quilombolas: Cambury e Fazenda. O Quilombo da Fazenda fazia parte da antiga “Fazenda Picinguaba”, que remonta o final do século XIX, período em que faleceu Maria Alves de Paiva, proprietária da Fazenda. Em 1884 ela falece e em testamento declara o desejo que seus escravos sejam libertos e que possam habitar em certas áreas da Fazenda (QUILOMBO DA FAZENDA PICINGUABA, 2010). A Fazenda Picinguaba possuiu vários proprietários até que no ano de 1943 seu novo dono Saint Claire adquire parte da Fazenda e nomeia o Sr. Leopoldo Braga o administrador da Fazenda Picinguaba. Leopoldo recebe a autorização de trazer 12 famílias para trabalharem através de usufruto, sendo proibidas de vender a arrendar suas terras (QUILOMBO DA FAZENDA PICINGUABA, 2010). Em 1951, a Fazenda Picinguaba foi hipotecada pela Caixa Econômica do Estado de São Paulo e perdurou esse domínio até 1974, por isso, a Fazenda Picinguaba também é conhecida como Fazenda da Caixa. Em 1975, o trecho entre Ubatuba e Paraty (RJ) da rodovia Rio-Santos - BR 101 foi construído e no ano de 1979 a Fazenda é anexada ao Parque Estadual Serra do Mar. No ano de 2005, a Fazenda Picinguaba recebeu o reconhecimento da Fundação Palmares como sendo um remanescente de quilombo (QUILOMBO DA FAZENDA PICINGUABA, 2010). Já o Quilombo do Cambury abrigou, no início de sua ocupação, vários núcleos de escravos fugidos de fazendas de São Paulo e do Rio de Janeiro. Segundo relatos dos moradores da comunidade, um grupo de negros, liderado por uma escrava chamada Josefa, que vieram fugidos de fazendas da região de Paraty, no Rio de Janeiro, teria sido um dos primeiros a ocupar a área. Muitos moradores se referem à escrava Josefa como uma "parenta" distante e o lugar onde ela teria se refugiado até hoje se mantém na comunidade como um marco histórico: a Toca da Josefa (Comissão Pró-Índio de São Paulo). 182 Nessa região também havia uma fazenda denominada Cambory, que não fugia ao padrão das outras fazendas do litoral norte dessa época (séculos XVIII e XIX): grandes propriedades que tiveram, num primeiro momento, engenhos de cana-de-açúcar e posteriormente produziram café para exportação com mão-de-obra escrava. E, a partir da metade do século XIX, entraram em decadência, tendo suas terras divididas e doadas, vendidas ou mesmo abandonadas (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, s/d(b)). Ao que tudo indica, a Fazenda Cambory foi ocupada, por compra e doação, por núcleos de escravos que nela trabalhavam. Este núcleo de escravos agregava-se a outros núcleos, vindos de outras regiões (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, s/d(b)). O quilombo permaneceu relativamente isolado até a década de 1970 quando uma série de acontecimentos ameaçou sua permanência em suas terras e trouxe mudanças para seu modo de vida. Por um lado, houve a construção da BR 101 que atraiu para a região grileiros, especuladores e empresas que usaram de todo tipo de violência e subterfúgios para expulsar as comunidades tradicionais da região, como as dos Quilombos do Camburi e da Caçandoca (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, s/d(b)). A comunidade foi alvo de diversos processos de grilagem e compras ilegais de posse, derivados da especulação imobiliária. No início da década de 1970, 80% do território do Quilombo do Camburi estava sob o domínio e posse de dois grandes compradores de terra, Francisco Munhoz e José Bento de Carvalho, que expulsaram os antigos moradores. Estes se deslocaram para as áreas mais íngremes, de mais difícil acesso, ou se mudaram para outras cidades do litoral paulista, como Santos (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, s/d(b)). Por outro lado, ocorreu a criação do Parque Nacional da Serra da Bocaina (em 1972) e do Parque Estadual Serra do Mar/Núcleo Picinguaba (em 1977). Atualmente 60% do bairro são reconhecidos como Quilombo, onde é possível conhecer os projetos comunitários e realizar roteiros especiais de visita (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, s/d(b)). A inclusão das comunidades tradicionais nos limites do PESM - Núcleo Picinguaba, teve, na época, o objetivo de "proteger" as mesmas da fortíssima especulação imobiliária que gerou inúmeros conflitos fundiários no litoral, principalmente partir da construção da rodovia Rio/Santos, em 1974. Durante sua construção, a região foi palco de inúmeros conflitos de terra onde, muitas vezes, os caiçaras foram bastante prejudicados, pois muitos venderam suas áreas por preços aviltantes, ou até mesmo foram expulsos por "grileiros" das mais diversas maneiras. A proteção do seu território pelo Parque, embora tenha criado sérias limitações para a abertura de roças ou extrativismo, limitou também, embora não completamente, a especulação imobiliária nesta região. 183 7.8.4. Geomorfologia e Ecossistema O Núcleo Picinguaba possui desde áreas litorâneas, até áreas de Pico, como o Pico do Corcovado, tendo, portanto, uma altitude que varia da cota zero a 1600m, no ponto de divisa entre Ubatuba, Paraty e Cunha. Esse relevo repercute na formação dos seus ecossistemas, que são formados por Floresta Ombrófila Densa Montana e Submontana (também denominadas Floresta da Encosta da Serra do Mar), apresentando vários trechos degradados possivelmente decorrentes da antiga exploração madeireira, pela existência de roças e pela extração de palmito (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Além dessas formações, o Núcleo apresenta a maior porção da Floresta de Terras Baixas (também conhecida como Floresta Alta do Litoral, Floresta de Planície ou Restinga Alta) no Parque da Serra do Mar, ecossistema bastante ameaçado pela especulação imobiliária do litoral (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). 7.8.5. Fauna e Flora O Núcleo Picinguaba abriga uma grande diversidade de fauna e flora. Possui espécies típicas da Mata Atlântica, como tucano de bico verde, guaiamu, jacu, saracura, lagarto, palmito juçara; bem como ecossistemas e espécies características de ambiente litorâneo, como o jundu (restinga de praia), os manguezais e o uçá. GUAIAMU (Cardisoma guanhumi) O Guaiamu é um grande caranguejo terrestre de ampla distribuição no litoral brasileiro. É um importante recurso econômico, uma espécie bastante consumida, sendo comercializada frequentemente em feiras ou em beiras de estrada próximas a manguezais. Geralmente são coletados utilizando-se armadilhas, chamadas de “ratoeiras”, feitas com latas de óleo de cozinha. Algumas populações nativas têm mostrado uma redução preocupante, em especial nas regiões Norte e Nordeste, sobretudo secundário à degradação ambiental. É incluída na lista oficial de espécies sobre-exploradas do Ministério do Meio Ambiente (2004). É um dos maiores crustáceos terrestres, sua carapaça podendo atingir 11 cm de largura, mais de 30 cm de envergadura incluindo as pernas, e pesar 500 gramas. Possui carapaça oval, alta, com olhos pedunculados. As pernas são longas e robustas, dispostas lateralmente. Garras bem desenvolvidas, assimétricas, em especial nos machos adultos. Seu aspecto geral lembra um pouco os Uçás, mas não possuem muitos pêlos nas pernas, e a coloração é distinta. Há uma variação no padrão de coloração da carapaça destes animais, influenciada pela sua maturidade. A cor é determinada por diferentes combinações de efeitos da presença de pigmentos na carapaça e cromatóforos da epiderme. Em animais juvenis são observadas ambas as fontes de coloração, na fase de transição os pigmentos da carapaça são mais expressivos, e nos adultos a coloração é devida exclusivamente aos cromatóforos da epiderme. São onívoros funcionais, tendendo a herbivorismo. Coleta frutas e folhas mortas no solo próximo à 184 sua toca, num raio de aproximadamente 2 metros. Sua alimentação principal é constituída por folhas de árvores do mangue. Consomem também animais mortos (inclusive outros caranguejos), insetos e outros pequenos animais. Geralmente carregam estes alimentos para dentro da sua toca, onde se alimentam, ou deixam estocados para comer depois. Já foram vistos caranguejos entrando na toca de outros animais para roubar comida. Fonte: PLANETA INVERTEBRADOS, 2013 UÇÁ (Ucides cordatus) O Uçá é um caranguejo de grandes dimensões que vive nos manguezais, comestível, também chamados de “caranguejo-verdadeiro”, “caranguejo-do-mangue”, “uçaúna” ou simplesmente “caranguejo”. É uma importante fonte de subsistência das populações litorâneas, pois trata-se de ser o caranguejo de maior interesse comercial dos manguezais brasileiros. São vendidos em beiras de estrada, geralmente amarrados a cordões. Algumas populações nativas têm mostrado uma redução preocupante. Está incluído na lista oficial de espécies sobre-exploradas do ministério do meio ambiente (2004). A coleta deste caranguejo é supervisionada pelo IBAMA, determinando dimensões mínimas e época adequada para a coleta. As pessoas que coletam os caranguejos no mangue são chamadas de “catadores” ou “tiradores”. A captura geralmente é feita manualmente, durante a maré baixa, eventualmente com o auxílio de um gancho artesanal. É um caranguejo de grandes dimensões, sua carapaça pode atingir 10 cm de largura. Possui carapaça oval, alta, com olhos pedunculados. As pernas são longas e robustas, dispostas lateralmente, com muitos pêlos, especialmente na face ventral. Garras bem desenvolvidas, com espinhos curtos de extremidade negra na face interna. A carapaça tem cor variável, dependendo da época do ano. A coloração básica é em tons de marrom, mas por volta de outubro ocorre a muda nupcial, quando os animais adquirem uma coloração azul celeste intensa. Suas pernas mostram um tom lilás ou roxo desde a fase jovem, embora possam adquirir tonalidade ferruginosa ou marrom-escura pouco antes da muda. São animais onívoros, mas essencialmente herbívoros, se alimentam de folhas do mangue em decomposição. É considerada uma espécie-chave dos manguezais como reciclador de nutrientes, sendo responsável pelo consumo e degradação de mais da metade das folhas mortas produzidas nestes ambientes. Em cativeiro, devem ser alimentados idealmente com folhas de mangue (Rhizophora, Laguncularia, etc.). Fonte: PLANETA INVERTEBRADOS, 2013 RESTINGA Segundo a Resolução CONAMA n°07 de 23 de Julho de 1996, “entende-se por vegetação de restinga o conjunto de comunidades vegetais, fisionomicamente distintas, sob influência marinha e fluvio-marinha. Estas comunidades, distribuídas em mosaicos, ocorrem em áreas de grande diversidade ecológica, sendo consideradas edáficas por dependerem mais da natureza, do solo e do clima”. Ecologicamente, as restingas são ecossistemas costeiros, fisicamente determinados pelas condições edáficas (solo arenoso) e pela influência marinha, possuindo origem sedimentar recente (início do período Quartenário), sendo que as espécies que ali vivem (fauna e flora) possuem mecanismos para suportar os fatores físicos dominantes como: salinidade, extremos de temperatura, forte presença de ventos, escassez de água, solo instável, insolação forte e direta, entre outros. A vegetação das restingas é formada principalmente por plantas herbáceas com caules longos e flexíveis que se transformam em árvores cada vez mais altas ao se afastarem do mar. Algumas espécies características são: Sumaré, alfa-goela, açucena, aroeirinha, jurema, caixeta, canela, 185 argelim, etc. A fauna é bastante diversificada, sendo formados principalmente por caranguejos, sabiás, pererecas, aves migratórias, etc. Fonte: CORTE, 2009 MANGUE O manguezal é caracterizado pela transição entre os ambientes marinho e terrestre, típico de regiões tropicais e subtropicais (SCHAEFFER-NOVELLI, 1995). Os mangues são formados pelo encontro do estuário de rios com os mares; portanto, quando o relevo é quase plano, como no caso de Picinguaba, se favorece a entrada das marés, justificando a característica salobra da água (ANASTÁCIO e SILVA, 2010). A vegetação é adaptada a este ambiente caracterizado pela salinidade, porém não é muito variada, sendo verificada a ocorrência majoritária das espécies Rhizophora mangle (mangue vermelho), Laguncularia racemosa (mangue branco - Figura 3), e Avicennia sp (mangue preto) (COSTA et al., 2004). Estas árvores que se fixam no solo dos mangues possuem pneumatóforos, que são como raízes projetadas para fora da água, para poderem absorver o oxigênio (ANASTÁCIO e SILVA, 2010). Os mangues são considerados um verdadeiro berçário para as espécies que conseguem se adaptar às suas condições, e possuem uma grande variedade de microorganismos, microalgas, moluscos e crustáceos. Por possuírem uma grande quantidade de matéria orgânica e abrigos (raízes e plantas), estas espécies encontram um ótimo local para a sua reprodução (RAMOS, 2002 apud COPQUE et al., 2010; ANASTÁCIO e SILVA, 2010). MANGUE VERMELHO (Rizophora mangle) Também conhecido como mangue verdadeiro, mangue sapateiro, mangue preto, mangue de pensão, quarapaíba e apareíba, tem como característica mais peculiar o seu sistema de sustentação, com raízes-escoras (rizóforos) que partem do troco e as raízes adventícias que partem dos galhos. Os frutos germinam ainda presos à árovore-mãe e dão origem a propágulos em forma de lança. Em geral, as plantas desse gênero toleram salinidade de até 55ppm, porem crescem melhor quando esses valores se aproximam ou são menores do que 35ppm (salinidade da água do mar) (FRUEHAUF, 2005). Além disso, no Núcleo está situada a Base Cambucá, local que funciona como um observatório de aves. Ubatuba é referência em observação de aves. Em um dia de observação pode-se avistar tranquilamente 120 espécies. Segundo o trabalho de Carlos Rizzo, só em 2011, foram catalogadas 560 espécies de aves em Ubatuba. O Brasil tem 230 espécies de aves endêmicas, sendo que destas, 60 estão em Ubatuba. O Cambucá é um dos locais mais prováveis de encontro do tiê-de-coroa, que está entre as 50 espécies mais raras do mundo. Dentre os roteiros de Birdwatching em Ubatuba têm-se a Fazenda Capricórnio, Fazenda Angelim (ao lado da Capricórnio), Fazenda Folha Seca que é referência mundial em observação de 186 beija-flor e a trilha do Lago do Cambucá, no PESM. Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 Lista das principais espécies da fauna e flora anexo ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● FAUNA: - AVES: as principais espécies estão listadas abaixo. A lista completa pode ser vista no 4. Tesourão (Fregata magnificens) Atobá-Pardo (Sula leucogaster) Águia-Pescadora (Pandion haliaetus) Gavião-Pombo-Pequeno (Amadonastur lacernulatus) Gavião-Pombo-Grande (Pseudastur polionotus) Gavião-Pega-Macaco (Spizaetus tyrannus) Gavião-Pato (Spizaetus melanoleucus) Batuiruçu-De-Axila-Preta (Pluvialis squatarola) Batuíra-De-Bando (Charadrius semipalmatus) Batuíra-De-Coleira (Charadrius collaris) Maçarico-Rasteirinho (Calidris pusilla) Gaivotão (Larus dominicanus) Caburé-Miudinho (Glaucidium minutissimum) Ariramba-De-Cauda-Ruiva (Galbula ruficauda) Barbudo-Rajado (Malacoptila striata) Apuim-De-Costas-Pretas (Touit melanonotus) Choquinha-Pequena (Myrmotherula minor) Choquinha-Cinzenta (Myrmotherula unicolor) Pintadinho (Drymophila squamata) Entufado (Merulaxis ater) Tapaculo-Pintado (Psilorhamphus guttatus) Vira-Folha-De-Peito-Vermelho (Sclerurus macconnelli) Chibante (Laniisoma elegans) Anambezinho (Iodopleura pipra) Caneleiro-Bordado (Pachyramphus marginatus) Patinho-Gigante (Platyrinchus leucoryphus) Não-Pode-Parar (Phylloscartes paulista) Papa-Moscas-Estrela (Hemitriccus furcatus) Piolhinho-Serrano (Phyllomyias griseocapilla) Maria-Cabeçuda (Ramphotrigon megacephalum) Japacanim (Donacobius atricapilla) Saíra-Sapucaia (Tangara peruviana) Sanhaçu-Frade (Stephanophorus diadematus) Pixoxó (Sporophila frontalis) Cigarra-Verdadeira (Sporophila falcirostris) Cigarra-Do-Coqueiro (Tiaris fuliginosus) Fonte: SCHUNCK, 2015 187 ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● Fonte: - MAMÍFEROS Jaguatirica (Leopardus pardalis (Linnaeus, 1758)) Sussuarana (Puma concolor (Linnaeus, 1771)) Lontra (Lontra longicaudis (Olfers, 1818)) Mono-carvoeiro ou Muriqui (Brachyteles arachnoides (É. Geoffroy, 1806)) Macaco-prego-preto (Cebus nigritus (Goldfuss,1809)) Cateto (Pecari tajacu (Linnaeus, 1758)) Queixada (Tayassu pecari (Linnaeus, 1795)) Anta (Tapirus terrestris (Linnaeus, 1758)) Paca (Cuniculus paca (Linnaeus, 1766)) Cutia (Dasyprocta azarae (Humboldt, 1811)) Dados secundários Gato-do-mato-pequeno (Leopardus tigrinus (Schreber, 1775)) Furão (Galictis cuja (Molina, 1782)) Marmosa, Guaiquica, Catita (Marmosops incanus (Lund, 1840)) Catita, Cuíca-de-três-listras (Monodelphis americana (Müller, 1776)) Rato-do-mato (Euryoryzomys russatus (Wagner, 1887)) Rato-da-Árvore (Oecomys catherinae (Thomas, 1909)) Rato-do-mato-laranja (Rhagomys rufescens (Thomas, 1886)) Rato-de-espinho (Kannabateomys amblyonyx (Wagner, 1845)) Rato-de-espinho (Trinomys dimidiatus (Günther, 1877)) FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 - ANFÍBIOS E RÉPTEIS ● Jararacuçu (Bothrops jararacuçu) ● Dendrophryniscus cf. leucomystax ● Eleutherodactylus binotatus ● Eleutherodactylus bolbodactylus ● Eleutherodactylus guentheri ● Eleutherodactylus parvus ● Hyla albomarginata ● Hyla albosignata ● Hylodes phyllodes ● Scinax angrensis ● Scinax sp. (gr. perpusillus) ● Adenomera cf. marmorata ● Bufo ornatus ● Cycloramphus boraceiensis ● Sapinho-de-brómelia (Dendrophryniscus cf. brevipollicatus) ● Micrurus corallinus ● Proceratophrys appendiculata ● Scinax sp. (gr. catharinae) Fonte: INSTITUTO EKOS BRASIL, s/d ● ● 188 FLORA: Embiruçu (Pseudobombax grandiflorum (Cav.) A. Robyns) Bicuíba (Virola bicuíba (Schott ex Spreng.) Warb.) ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● Ingá (Inga vera Willd.) Cedro (Cedrela fissilis Vell.) Jatobá (Hymenaea courbaril L.) Jequitibá (Cariniana legalis (Mart.) Kuntze) Chichá (Sterculia chicha A. St.-Hil. ex Turpin). Palmito-juçara (Euterpe edulis) Brejaúva (Astrocaryum aculeatissimum (Schott) Burret.) Araçarana (Calyptranthes clusiifolia (Miq.) O. Berg) Trombeta-dos-anjos (Datura arbórea L.) Figueira (Ficus insipida Willd.) Embaúbas (Cecropia pachystachya Trécul e Cecropia hololeuca Miq.) Samambaia-de-barranco (Dicranopteris pectinata (Willd.) Underw.) Manacá-da-serra (Tibouchina mutabilis (Vell.) Cogn.) Samambaiaçu (Dicksonia sellowiana) Canelas (Nectandra sp. Roe. ex Rottb. e Ocotea odorifera Rohwer) Mulungus (Erythrina speciosa Andrews) Tapiá (Alchornea triplinervia (Spreng.) müll. Arg.) Pau-jacaré (Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F. Macbr) Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 7.8.6. Serviços Ecossistêmicos O Núcleo Picinguaba presta diversos serviços principalmente para a sua comunidade do entorno: ● Regulação da qualidade do ar; ● Proteção dos morros e encostas; ● Proteção da paisagem cultura, testemunho da pré-urbanização do litoral, das comunidades caiçaras e quilombolas; ● Proteção dos solos; ● Bem-estar, lazer e turismo; ● Recursos hídricos. Em relação aos recursos hídricos, o Núcleo Picinguaba preserva importantes rios que são utilizados tanto para o abastecimento de água da cidade de Ubatuba, como para atividades recreativas e de lazer. Um exemplo é a Bacia do Rio Grande. Ela é formada por diversos rios que nascem na Serra do Mar, como por exemplo, o Rio Puruba, Rio Quiririm, Rio Grande, Rio Pruminim, dentre outros (MAGALHÃES, s/d). A Bacia ocupa uma área de 703 km², extensão de 13 km, desaguando na Praia do Cruzeiro e sendo responsável pelo abastecimento de água de 88% da população do município de Ubatuba (MINNITI et al., 2014). 189 Atualmente, a Bacia do Rio Grande está em uma situação bem crítica por conta de diversos fatores, como a falta de saneamento da população que vive próxima aos rios, desmatamento, construção irregular de casas e a presença de um pequeno porto (MINNITI et al., 2014). Além disso, o Núcleo Picinguaba abrange territórios litorâneos com belas praias e um enorme potencial de turismo e lazer. A praia da Fazenda foi utilizada como cenários de várias produções cinematográficas, bem como de novelas e minissérie da Globo, tais como "A Muralha", a "Casa das Sete Mulheres", o filme "Desmundo", de Alain Fresnot, além de uma novela global das 7. É uma das únicas praias do litoral brasileiro cuja paisagem remete a época do descobrimento. 7.8.7. Pesquisas Para o desenvolvimento da pesquisa no PESM - Núcleo Picinguaba é necessário encaminhar o projeto para cadastramento no Instituto Florestal (IF). O IF é responsável pela gestão da pesquisa científica nas UC’s Estaduais integrantes do Sistema Estadual de Florestas (SIEFLOR). O projeto é recebido, cadastrado e avaliado pela Comissão Técnico-científica (COTEC) do Instituto Florestal. Todos os projetos de pesquisa na Unidade devem ser aprovados pelo COTEC perante parecer técnico elaborado pelo Núcleo Picinguaba, juntamente com a cópia da licença SISBIO/ICMBio. Normas de Pesquisa A visita para pesquisa é realizada mediante agendamento e através do ofício de solicitação de pesquisa enviado via e-mail; Durante a estadia e trabalhos de campo é obrigatório o uso do crachá, tanto o pesquisador e o ajudante de campo. No final da visita é preenchido relatório parcial de pesquisa e acrescentado às coordenadas da área de estudo. Banco de Dados – NP 190 Projetos aprovados: 78 Concluídos: 352 Aguardando aprovação: 15 Cancelados: 37 S/COTEC: 6 Total: 488 Antes de 2000: 11% Depois de 2000: 90% Principais Instituições Demais Universidades: 25% Parcerias Internacionais: 2% Instituto Florestal: 2% UFSCar: 3% UFRJ: 5% USP: 28% UNICAMP: 21% ÁREA DE ESTUDO Botânica: 169 Fauna (Zoologia): 130 Socioambiental: 22 Uso público: 24 Geografia: 17 Historico cultural: 16 Demais áreas: 98 Algumas pesquisas realizadas no núcleo com bolsa FAPES foram: 03/12595-7 Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrofila Densa dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque 13/24929-9 Comunidade de aves como indicadora da qualidade florestal 01/05263-2 Etnoecologia do mar e da terra na costa paulista da Mata Atlântica: áreas de pesca e uso de recursos naturais 08/57174-2 Ciclagem de carbono, nitrogênio e enxofre na serapilheira em Floresta Ombrófila Densa sob diferentes altitudes no Parque Estadual da Serra do Mar, no Estado de São Paulo 06/61759-0 Fenologia de espécies de Floresta Atlântica do Estado de São Paulo: comparação entre estratos, influência de borda natural e importância da família Myrtaceae 07/52482-8 Ciclagem de carbono, nitrogênio e nutrientes de solo em Floresta Ombrófila Densa do Parque Estadual da Serra do Mar, no estado de São Paulo 191 05/01354-4 A comunidade de plantas esfingófilas da floresta ombrófila densa do Núcleo Picinguaba: composição, fenologia e biologia da polinização 06/55136-0 Processos hidrológicos e transporte de nitrogênio em bacias com cobertura de floresta e pasto no litoral norte do Estado de São Paulo 92/01390-9 Forrageamento ótimo: pesca e dieta em comunidades de pescadores da região de Ubatuba - II parte 93/03604-9 Estudos fenológicos em Floresta Atlântica, Núcleo Picinguaba, Ubatuba, SP 93/04286-0 Ecologia do tiê-sangue, Ramphocelus bresilius (aves:thraupidae),no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Picinguaba, ubatuba,sp 94/06258-7 Uso de recursos por comunidade de caiçaras da Mata Atlântica: etnobiologia, modelos de subsistência e territorialidade 08/10740-3 Levantamento taxonômico e distribuição ecológica de Trentepohliales (Ulvophyceae, Chlorophyta) em diferentes biomas brasileiros 11/50384-4 O papel das leguminosas na ciclagem de nutrientes em florestas ombrófilas densas de terras baixas e montana situadas nos núcleos de Picinguaba e Santa Virginia do Parque Estadual da Serra do Mar 06/60185-0 Ciclagem de nitrogênio e fluxo de gases em floresta tropical de Mata Atlântica do estado de São Paulo 05/53390-4 Efito da saturação hídrica no solo na taxa de assimilação de CO2 de Calophyllum brasiliense Camb. (Clusiaceae) 05/54267-1 Fenologia de espécies de Floresta Atlântica, Núcleo Picinguaba, Parque Estadual da Serra do Mar, Estado de São Paulo: comparação entre estratos e influência de borda natural 04/14354-0 A comunidade de plantas esfingófilas da Floresta Ombrófila Densa do Núcleo Picinguaba: composição, fenologia e biologia da polinização 08/57314-9 Variação sazonal no incremento diamétrico de indivíduos arbóreos em uma Floresta de Restinga do Parque Estadual da Serra do Mar - SP, Núcleo Picinguaba 06/53412-0 Formas inorgânicas de nitrogênio em diferentes áreas de floresta tropical de Mata Atlântica do Estado de São Paulo 05/56837-0 Ciclagem de nitrogênio e fluxo de gases em floresta tropical de Mata Atlântica do estado de São Paulo 192 12/51509-8 Composição florística, estrutura e dinâmica do funcionamento da Floresta Ombrófila Densa Atlântica dos núcleos Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e Santa Virgínia, do Parque estadual da Serra do Mar (PelD) 12/50466-3 O dilema das decisões sobre populações humanas em parques:jogo compartilhado entre técnicos e residentes no Núcleo Picinguaba 08/53648-0 Alternativas de subsistência da comunidade caicara/quilombola do sertão da fazenda, no Núcleo Picinguaba do Parque Estadual da Serra do Mar, Ubatuba-SP 07/02947-4 Métodos de estimativa de altura e sua contribuição na determinação da biomassa arbórea em um gradiente topográfico localizado no Parque Estadual da Serra do Mar, SP 08/09350-6 Análise morfológica e cromossômica de duas populações da palmeira clonal Geonoma elegans Mart. em diferentes altitudes no Núcleo Picinguaba, Parque Estadual da Serra do Mar - SP 10/09146-0 Dinâmica do carbono e nitrogênio do solo sob restinga na Ilha do Cardoso e Núcleo Picinguaba no Estado de São Paulo 07/50561-8 Caracterização química do solo em Floresta Ombrófila Densa do Parque Estadual da Serra do Mar 05/59168-1 Padrões e diversidade de tipos funcionais em floresta ombrófila densa dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar 09/03676-0 Estrutura genética e variação altitudinal em uma espécie da Mata Atlântica 03/04154-0 Etnoictiologia em Picinguaba e Ilhabela, litoral de São Paulo 01/12454-9 Análise citogenética em algumas espécies de opiliões (Opiliones Laniatores, Gonyleptidae) da Mata Atlântica (Parque Estadual da Serra do Mar, núcleo de Picinguaba, Ubatuba, SP, Alto da Serra.. 06/59536-3 Estudo do balanço hídrico e balanço biogeoquímico de nitrogênio em uma microbacia com plantação florestal de eucalipto no litoral norte do Estado de São Paulo 06/51488-0 Caracterização hidrológica e dinâmica do nitrogênio na microbacia do ribeirão do Ipiranga, do Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Santa Virgínia 06/52519-6 Florística e estrutura da comunidade arbórea da Floresta Ombrófila Densa Submontana do Núcleo Picinguaga - PESM, Ubatuba, SP 06/54292-9 Estudo do balanço hídrico e balanço biogeoquímico de nitrogênio em uma microbacia de primeira ordem com cobertura de pastagem no litoral norte do Estado de São Paulo 193 08/08344-2 Fenologia de espécies de Floresta Atlântica do Estado de São Paulo: comparação entre estratos, influência de borda natural e importância da família Myrtaceae 08/08346-5 Fenologia de espécies de Floresta Atlântica do Estado de São Paulo: comparação entre estratos, influência de borda natural e importância da família Myrtaceae 99/06902-7 Mapeamento das áreas suscetíveis a prática agroecológica no Núcleo Picinguaba (Parque Estadual da Serra do Mar), através do geoprocessamento como subsídio a atividades econômicas sustentáveis 00/00011-2 Ecologia da polinização de duas espécies de bromélias de Mata Atlântica no Estado de São Paulo 96/08000-2 Fenologia de vegetação de duna da praia da fazenda, Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Picinguaba, Ubatuba, SP 96/06757-9 Morfo-anatomia de espécies de Marantaceae do Núcleo Picinguaba, Parque Estadual da Serra do Mar - Ubatuba - SP 97/11592-1 Proposta de um plano de educação ambiental com ênfase na questão dos resíduos sólidos, para a comunidade caiçara do bairro de camburi, localizado no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Picinguaba.. 10/51494-5 Biologia reprodutiva e polinização de espécies de Melastomataceae em duas áreas de gradiente altitudinal no Sudeste do Brasil 94/03387-0 Ecologia do tiê-sangue Ramphocelus bresilius (aves, Thraupidae) no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Picinguaba, Ubatuba, SP 07/57284-0 Estoque de Madeira Morta ao longo de um gradiente altitudinal de Mata Atlântica no Nordeste do Estado de São Paulo 08/52279-0 Modelagem da dinâmica do nitrogênio em uma micro-bacia com cobertura florestal no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Santa Virgínia 06/57135-1 Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa nos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque estadual da Serra do Mar 06/57790-0 Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque estadual da Serra do Mar, Estado de São Paulo, Brasil 06/60183-8 Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque estadual da Serra do Mar, Estado de São Paulo, Brasil 09/15175-5 Ciclagem do fósforo em Floresta Ombrófila Densa dos núcleos de Picinguaba e Santa Virginia -SP 194 Os descritivos delas estão no anexo 5. 7.8.8. Projetos socioambientais “Manejo Florestal Comunitário da Juçara e Cambuci” O projeto “Manejo Florestal Comunitário da Juçara e Cambuci”, consiste na continuidade das experiências desenvolvidas pelo Instituto de Permacultura e Ecovilas da Mata Atlântica - IPEMA e uma rede de parcerias com objetivo de fortalecer os arranjos produtivos da sociobiodiversidade na Mata Atlântica, por meio da promoção do manejo sustentável da palmeira juçara e outras espécies nativas (MANEJO COMUNITÁRIO DA JUÇARA E DO CAMBUCI, s/d). O projeto está sendo realizado na Comunidade Tradicional Caiçara do Sertão do Ubatumirim. A comunidade tem seu território em sobreposição com áreas de interior e entorno de duas Unidades de Conservação (UC) de Proteção Integral: o Parque Estadual Serra do Mar (PESM) e o Parque Nacional da Serra Bocaína (PNSB). A maior produção de banana e mandioca do município vem desta comunidade, sendo também área onde está concentrado o maior estoque da palmeira juçara e de cambuci, mantido devido ao uso tradicional dos recursos do território. Além da preservação dos estoques existentes destas duas espécies, o plantio visando o manejo sustentável tem contribuído na geração de renda e permanência desta população em seu território (MANEJO COMUNITÁRIO DA JUÇARA E DO CAMBUCI, s/d). A consolidação da cadeia produtiva da polpa de juçara (Euterpe edulis) e do Cambuci (Campomanesia phae), aliada ao repovoamento e conservação destas espécies, ambas ameaçadas de extinção, assim como de outras espécies nativas e de uso tradicional, irá contribuir para promover o manejo sustentável do Bioma, fortalecendo a organização social e produtiva de uma comunidade tradicional (MANEJO COMUNITÁRIO DA JUÇARA E DO CAMBUCI, s/d). Vale ainda ressaltar, que essa forma de extrativismo só ocorre no interior da UC, devido ao zoneamento específico que permite o uso de recursos naturais no interior do Parque através da Zona Histórico-Cultural Antropológica, prevista no Plano de Manejo. 7.8.9. Atrativos O Núcleo Picinguaba conta com diversos atrativos naturais, como trilhas, cachoeiras e piscinas naturais. Os principais atrativos do núcleo são: 195 Trilha do Picadão da Barra Passeio de barco ou caminhada passando pela praia e restinga chegando ao manguezal, na barra dos Rios Fazenda e Picinguaba. Percurso: 2.500 metros Tempo estimado: 02h30min Nível de dificuldade: fácil Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f) Trilha do Corisco/Rasa/Jatobá Percurso que pode ser efetuado em vários trechos a partir da Casa de Farinha e alcançando o Pico do Cuscuzeiro a 1.240 metros de altitude com mirante para Ubatuba e Paraty. A área onde se localiza a Trilha do Jatobá era uma fazenda, onde havia a produção de açúcar, álcool, farinha. Atualmente, o local é o bairro Sertão da Fazenda, que abriga a comunidade do Quilombo da Fazenda. A visitação inclui o contato com a comunidade quilombola, roda de conversa, a visita à Casa de Farinha, à roda d´água construída por imigrantes italianos (patrimônio histórico-cultural do final do século XIX) (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Percurso: 20.000 metros Tempo estimado: xxhxxmin Nível de dificuldade: xxxxxxxxxxx Trilha do Cubatão A trilha por entre a planície e a mata de encosta, com culturas de subsistência e poço natural do Rio Picinguaba. Atualmente a trilha está desativada. Percurso: 3.300 metros Tempo estimado: xxhxxmin Nível de dificuldade: xxxx Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 196 Trilha do Camburi/Trindade A trilha atravessa a divisa entre Ubatuba (SP) e Paraty (RJ) interligando duas vilas caiçaras, por entre mirantes, brejos e tocas em mata costeira, trechos em costão rochoso e trechos do Parque Nacional da Serra da Bocaina, com pontos mais altos que atingem 300m de altitude. É recomendável roupa de banho por baixo da roupa, protetor solar e repelente e obrigatório o uso de calça comprida até o pé e tênis/sapato fechado. Há também necessidade de transporte para o retorno (condição própria). Percurso: 6.000 metros Tempo estimado: 04h30min Nível de dificuldade: difícil Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f) Trilha da Toca da Josefa Atividade de turismo de aventura em caminho acidentado até chegar à toca a 850 metros de altitude, na Toca da Josefa, com lindo mirante para o Cambury, passando por cachoeiras e remansos em meio à floresta. Boas possibilidades de avistamento de aves e mamíferos silvestres. A toca foi utilizada por uma escrava chamada Josefa, que fugiu de Fazenda e se refugiou no local, dando origem à história do quilombo do Cambury. Percurso: 4.500 metros Tempo estimado: 00h00min Nível de dificuldade: moderado Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f) Trilha Cunha - Puruba Travessia interligando o Planalto, as Encostas e a Planície Litorânea no Núcleo Picinguaba. Atualmente, a trilha não está cadastrada nos atrativos da Unidade, sendo realizada somente para fim de fiscalização. A trilha inicia no Núcleo Cunha, percorrendo trechos de mata de altitude e fazendo ligação com o Núcleo Picinguaba. Esse trecho é um dos mais importantes do PESM, refúgio de grandes primatas, felinos e várias outras espécies, onde se pode encontrar vários vestígios e pegadas desses animais. 197 Percurso: 24.000 metros Tempo estimado: 00h00min Nível de dificuldade: difícil Fonte: (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013) Trilha dos Três Poços A trilha indica ter sido um caminho primitivo para o transporte de madeira e carvão anteriormente à construção da BR 101. Percorre trechos de Mata Atlântica bem preservada, às margens do Rio do Cedro que apresenta três quedas d´água , a Cachoeira dos Poços, que formam poços cristalinos propícios para banho. Além disso, o trajeto abrange o interior da comunidade Quilombola com possibilidade de aquisição de artesanato local e a Praia Brava do Camburi, com ondas fortes e grande beleza cênica (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Percurso: 2.912 metros Tempo estimado: 04h00min Nível de dificuldade: fácil Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 Trilha Brava do Camburi - surfistas O traçado da trilha Brava do Camburi Surfistas sai da rodovia BR 101, no Km 04, na beira da estrada, onde há acesso para a praia. Esse caminho é utilizado pelos surfistas que descem a pé até a praia. Não há elementos históricos associados a esse caminho e pode-se relacioná-lo ao período posterior à construção da estrada, que data da década de 1970 (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Já a Praia Brava do Camburi, com ondas fortes e grande beleza cênica, faz parte do antigo percurso utilizado pela comunidade local para acessar Picinguaba e outras praias sucessivamente até se chegar a Ubatuba. O caminho era utilizado para trocas mercantis e atividades culturais; era o principal acesso ao Camburi antes da construção da estrada BR 101 (1971) (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Percurso: 996 metros Tempo estimado: 00h30min Nível de dificuldade: fácil Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 198 Trilha Brava do Camburi – via Camburi Trilha histórica anterior à construção da estrada BR 101. Acredita-se que o percurso data de mais de 100 anos e era utilizado para comércio de produtos como peixes, bananas e farinha, além de atividades culturais como a Festa de Reis (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). A trilha passa por mata costeira e praia Grossa alcançando a vila caiçara e quilombola que mantém atividades de uma casa de farinha artesanal, pesca e passeios de barco. Por fim, chega-se na Praia Brava do Camburi, que possui ondas fortes e grande beleza cênica e faz parte do antigo percurso utilizado pela comunidade local para acessar Picinguaba e outras praias sucessivamente até se chegar a Ubatuba (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Percurso: 3.062 metros Tempo estimado: 01h30min Nível de dificuldade: fácil a moderado Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 Trilha Brava da Almada A trilha da Brava da Almada era usada pela comunidade tradicional para atividades mercantis, como a venda de peixe, farinha, marisco, etc., entre a Almada e Picinguaba. A trilha inicia no costão rochoso da praia da Fazenda e percorre trechos de mata de encosta e da praia das Conchas até atingir a praia dos pescadores (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Percurso: 6.596 metros Tempo estimado: 05h00min Nível de dificuldade: moderado Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 Trilha Lago do Cambucá A área era uma antiga fazenda que foi desapropriada com a implantação do Parque Estadual Serra do Mar. No local está situado o Centro de Observação de Aves, possui um grande lago com beleza paisagística excepcional, onde são avistadas e registradas as paradas de aves migratórias (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Percurso: 1.526 metros Tempo estimado: 01h30min 199 Nível de dificuldade: fácil Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f) Trilha do Pico do Corcovado - Picinguaba A Trilha do Corcovado é compartilhada entre os Núcleos Santa Virgínia e Picinguaba. Partindo do Bairro da Vargem Grande (município de Natividade da Serra) tem seu traçado bem suave acompanhando o rio e sua transição do relevo de morro para os contrafortes da serra do mar. A Pedra do Corcovado com altitude de 1.168 metros é o grande atrativo, de onde se avista toda a baía de Ubatuba e a encosta da Serra do Mar. No caminho também há poços para banho (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). O traçado da Trilha é bastante antigo, sendo um caminho histórico usado para duas finalidades: acesso entre o local onde hoje se localiza o Bairro do Corcovado no Sertão da Praia Dura em Ubatuba e a região de Vargem Grande em Natividade da Serra para realização de trocas mercantis (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Percurso: 11.120 metros Tempo estimado: 12h00min Nível de dificuldade: muito difícil Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f) Outros pontos de interesse Praia da Fazenda Praia plana e de águas mansas, ideal para ir com crianças e para caminhar. A Praia da Fazenda faz parte do antigo percurso utilizado pela comunidade local para acessar Picinguaba e outras praias sucessivamente até se chegar a Ubatuba. O caminho era utilizado para trocas mercantis e atividades socioculturais; era o principal acesso entre Picinguaba e Almada antes da construção da estrada BR 101 (1971) (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)). Praia de Picinguaba Vila de pescadores situada em uma pequena e calma baía (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)). 200 Praia Brava da Almada Vila de pescadores situada em uma pequena e calma baía. A Praia Brava da Almada está posicionada à margem do antigo percurso utilizado pela comunidade local para acessar Picinguaba e outras praias sucessivamente até se chegar a Ubatuba. O caminho era utilizado para trocas mercantis e atividades socioculturais; era o principal acesso entre Picinguaba e Almada antes da construção da estrada BR 101 (1971) (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)). Praia e Vila de Cambury Vila caiçara e quilombola, que mantém casa de farinha artesanal, pesca de cerco e passeios de barco (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)). Casa de Farinha Movida à roda d´água, estruturas que, junto com o moinho de fubá foram recuperadas das ruínas de uma antiga fábrica de açúcar e álcool, construída por italianos no início do século passado. Está localizada no Sertão da Fazenda (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)). Aldeia Boa Vista Terra indígena demarcada pela FUNAI, em sobreposição ao Parque (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)). Vila de Picinguaba Antiga aldeia de pescadores tombada como patrimônio histórico e cultural em 1983, de onde se pode sair para passeios de barco (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)). Sítios arqueológicos Rochas á beira-mar com registros que atestam a ocupação humana há mais de 6 mil anos (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)). 201 Quilombo de Cambury 60% do bairro foi reconhecido como quilombo, onde é possível conhecer os projetos comunitários e roteiros especiais de visita (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)). 7.8.10. Informações gerais sobre o Núcleo Dados gerais Área 47.900 hectares Bioma Mata Atlântica Município da sede Ubatuba Municípios Abrangidos Ubatuba Endereço da sede Rodovia BR 101 km 08, Bairro de Picinguaba, CP 157, CEP: 11.680-000, Ubatuba/SP Escritório urbano Bases e outras funções Telefones (12) 3832-1397 / (12) 3833-6552 / (12) 3832-9011 Sinal de celular da sede Sinal de celular da base E-mail da UC [email protected] Nome do Gestor Danilo Santos da Silva Esportes Radicais Não Capacidade de hospedagem 44 leitos Valor da hospedagem na UC R$ 17,00/pessoa Centro de visitantes 120 Praia da Fazenda e 50 Base Centro Capacidade do auditório 120 pessoas Capacidade do refeitório 80 pessoas Lanchonete Sim, terceirizada Quilombo Fazenda Quiosques pic nic Não 202 Camping na UC Caracol, Praia da Fazenda, posse particular; Ipê, Cambury, posse particular. Facilidades no entorno imediato 3 pousadas na Vila de Picinguaba, 2 restaurantes; 3 pousadas e 6 restaurantes no entorno (Almada e Ubatumirim); rodovia asfaltada, ônibus diversos horários Tipo de Acesso Asfalto Distância de SP 270 km Distância cidade mais próxima(s) 40km centro Ubatuba e 30km centro de Paraty Cobrança de Ingresso e valor Valor geral: R$ 6. Isentos de pagamentos: Menores de 12 e maiores de 60 anos de idade; Pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida; Escolas públicas de primeiro e segundo graus e ensino técnico em visita com finalidade educativa, autorizado pela Unidade; Frequentadores rotineiros e moradores do entorno, mediante apresentação de comprovante de residência, e/ou cadastro autorizado pelo responsável da Unidade; Cobrança de meia entrada: Estudantes legalmente identificados; Professores da rede pública estadual e das redes municipais de ensino. Amplitude Altitudinal Cota zero a 1260m de altitude Amplitude de Temperaturas 15° a 35° C Bases e outras funções Base Cambucá Endereço Telefone Capacidade de hospedagem Base de Uso Público Endereço Telefone Capacidade de hospedagem Base de Uso Público Endereço Telefone Área 203 Mais Informações Sede Administrativa Dias e horário de funcionamento De segunda-feira a sexta-feira das 8h às 17h. Telefones para informação (12) 3845-1155 / (12) 3833 – 6552 E-mail [email protected] Endereço Rodovia BR 101 – Km 08 – Picinguaba - Ubatuba/SP Centro de Visitantes Dias e horário de funcionamento Diariamente das 8h às 17h. Telefones para informação: (12) 99707-2426 / (12) 3833-6552. Para realização de trilhas no parque é necessário agendamento prévio. Agendamento [email protected] Endereço Rodovia BR, nº101, km 11 – Picinguaba – Ubatuba / SP Escritório Regional Dias e horário de funcionamento De segunda-feira a sexta-feira das 8h às 17h. Telefones para informação (12) 3832-1397 / (12) 3832-6552 E-mail [email protected] Endereço Rua Dr. Esteves da Silva, n º 510 – Centro – Ubatuba / SP – CEP: 11680000 Normas de Visitação e Segurança do PESM É obrigatório o uso de calçado fechado (tênis ou bota) e calça comprida até os pés para a realização de todas as trilhas. No caso do passeio fluvial é permitido o uso de roupas mais leves, como chinelos e bermudas, porém é obrigatório o uso de coletes salva vidas, que são fornecidos pelo parque. É proibido o consumo de bebida alcoólica dentro da UC; É proibido o uso de shampoo, sabonete, creme, etc., nas piscinas naturais; É proibido fazer churrasco ou qualquer tipo de fogueira dentro da UC; É proibida a retirada ou a introdução de qualquer espécie (flora e fauna) assim como de qualquer outro produto (pedras, madeiras, etc.) desta UC. 204 Devido às condições climáticas, todas as atividades podem sofrer alterações sem aviso prévio. A maioria das atividades requer meio de transporte como van, ônibus, etc. Fique atendo ao agendar com o transporte a Km a ser percorrida para acessar os locais a serem visitados, conforme previsto e sua programação (o parque não dispõe de veículos para apoiar ao visitante). Recomenda-se a saída para as atividades pela manhã, podendo ser feita a partir das 08h, com término às 17h, podendo se estender até às 18h no horário de verão. O número máximo de visitantes por trilha foi definido visando à segurança do visitante, a qualidade da vivência na trilha e a redução dos impactos ambientais. Desta forma, o Núcleo Picinguaba não permitirá a entrada de pessoas acima da capacidade estabelecida por trilha. Nenhuma trilha deve ser percorrida no Núcleo Picinguaba sem o acompanhamento de monitor cadastrado. Itens como repelente, protetor solar e capa de chuva são fundamentais para uma visita agradável ao Parque. Sugere-se que o visitante traga lanche, cantil ou garrafa para água, lanterna, roupa extra e, em caso de alérgicos, medicamentos pessoais. Normas para as trilhas Nunca ultrapasse o monitor, pois é ele que irá avisar se houver algum perigo; Mantenha-se no caminho pré-determinado, andando sempre um atrás do outro, para evitar o alargamento da trilha; Não correr, gritar ou falar muito alto, isso pode assustar os animais; Observe os locais antes de apoiar as mãos ou se sentar, pois há muitos animais e insetos peçonhentos que se camuflam e se encontrar algum animal, mantenha a distancia; Não retire flores, frutos, plantas silvestres ou pedras. Quando encontrar galhos ou folhas no meio da trilha, não os retire, pois é onde as cobras gostam de se esconder. Apenas desvie; Não se arrisque nas pedras e não puxe ou pendure em cipós; Temos várias lixeiras que estão colocadas em pontos estratégicos. Então, todo lixo produzido durante a permanência, deverá ser trazido de volta. Os serviços realizados em parceria com as comunidades locais devem ser remunerados em dinheiro diretamente aos prestadores cadastrados. Sem autorização prévia é proibida qualquer tipo de coleta – animal, vegetal e mineral, mesmo que apenas partes deles (sementes, flores, galhos, folhas, frutos, conchas, carapaças, etc.) com ou sem vida. Para grupos que tenham interesse em realizar coleta / manipulação, enviar ofício incluindo projeto de pesquisa (disciplina, justificativa, projeto de trabalho, objetivos da coleta, área de coleta, quantidade de exemplares) para solicitar autorização a esta administração. O responsável pela atividade deve portar a autorização no ato de sua visita a Unidade. Ônibus e/ou vans necessitam de uma senha expedida pela COMTUR (Companhia de Turismo de Ubatuba) para circularem no município de Ubatuba. Informações no telefone (12) 3833-9887. Enviar relatórios, apostilas, resumos e/ou resultados obtidos referentes às atividades realizadas no Núcleo Picinguaba. 205 Símbolo 7.9. Núcleo Santa Virgínia 7.9.1. História O Núcleo Santa Virgínia foi criado em 02 de maio de 1989 através das desapropriações das antigas fazendas Ponte Alta e Santa Virgínia, cujo nome foi mantido durante a criação do núcleo (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Dos 332 mil hectares de área do Parque Estadual Serra do Mar, 17.500 mil estão localizados no Núcleo Santa Virgínia, incluindo os municípios de São Luiz do Paraitinga, Natividade da Serra, Cunha, Ubatuba e Caraguatatuba, em uma região denominada Vale do Paraíba (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). O maior atributo do núcleo é proteger parte da maior porção de florestas intactas do Vale do Paraíba. A vegetação denominada Mata Atlântica é composta por Floresta Ombrófila Densa Montana e Floresta Ombrófila Alto Montana, onde ainda existem várias espécies da flora e da fauna ameaçadas de extinção. Além disso, o relevo acidentado da região favorece a formação de cachoeiras, tornando- o Núcleo o principal atrativo natural das cidades de São Luiz do Paraitinga e de Natividade da Serra (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Vale do Paraíba O Vale do Paraíba é uma região socioeconômica que abrange cidades do estado de São Paulo e Rio de Janeiro. Recebe esse nome, pois é cortado pela Bacia do Rio Paraíba do Sul, que fornece água para ambos os estados. A região também tem uma enorme importância histórica. A colonização do Brasil passa pelo Vale do Paraíba, onde nasceram as principais bandeiras compostas por exploradores que saiam desta região em busca de novas terras, índios, pedras preciosas e ouro. O Vale do Paraíba foi, no passado, a região mais rica do país em função do ciclo do café, gerando muita riqueza e prosperidade, principalmente com a fundação de vários municípios importantes no cenário nacional como Bananal, Guaratinguetá, São José dos Campos, Taubaté, Aparecida do Norte e Jacareí, entre outros. Com o declínio do café, o Vale foi tomado pela pecuária de leite, que até os anos de 1970, foi conhecido como a maior bacia leiteira do Brasil. Tanto o café, quanto a pecuária leiteira, gerou um passivo ambiental muito grande na região, restando apenas algumas áreas com cobertura florestal nativa, distribuídas nas encostas da Serra da Mantiqueira, Serra do Mar e Serra 206 da Bocaina (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). São Luís do Paraitinga As primeiras sesmarias nos sertões do Rio Paraitinga foram concedidas em 1688, mas somente no século seguinte ocorreu a fundação do povoado, que deu origem ao município de São Luís do Paraitinga. O centro surgiu como entreposto de tropeiros e sua primeira atividade econômica foi a agricultura de subsistência: feijão, mandioca, milho e cana-de-açúcar. Em meados do século XVIII, moradores locais, por meio do sargento mor Manoel Antônio de Carvalho (considerado seu fundador) conseguiram, do governador D. Luís Antônio Mourão, licença para fundar a nova povoação, que recebeu o nome de São Luís e Santo Antônio do Paraitinga, nas terras de Taubaté. A capela existente, construída em louvor a Nossa Senhora dos Prazeres, mudou depois para São Luís. Em 2 de maio de 1769, criou-se a freguesia de São Luís do Paraitinga na vila de Taubaté. Tornou-se vila em 9 de janeiro de 1773, e recebeu foros de cidade em 30 de abril de 1857 (BATISTELLA, 2012). A economia do município permaneceu, durante um longo período, restrita à cultura de cereais, até que se iniciassem as plantações de café e algodão. No século XX, mais precisamente a partir da década de 30, a pecuária leiteira começou a se sobressair, tornando-se a principal atividade econômica, ao lado da agricultura de subsistência, que voltou a ganhar importância com a queda da produção cafeeira (BATISTELLA, 2012). A cidade abriga o maior conjunto arquitetônico tombado do Estado de São Paulo e é famosa pelo intenso calendário cultural, tais como a Festa do Divino, a Folia de Reis, o carnaval, as congadas e os festivais de marchinhas, músicas juninas, da cachaça, gastronômico e pelas manifestações do tradicional modo de vida caipira (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(g)). Em 2010, a cidade foi devastada por uma enchente. Com o grande volume de chuvas, o Rio Piraitinga subiu cerca de 12 m, derrubando grande parte da cidade e provocando o maior desastre da região (PREFEITURA MUNICIPAL E SÃO LUIZ DO PARAITINGA, s/d). Esta catástrofe promoveu uma reflexão do governo Estadual ao qual vem criando vários projetos, como: pagamento por serviços ambientais, proteção das nascentes, manejo sustentável da pastagem e certificação orgânica e restauração florestal. Varias iniciativas da sociedade civil também estão sendo desenvolvidas no sentido de recuperar a paisagem, promovendo o desenvolvimento da agricultura orgânica, restauração florestal, diagnósticos participativas, mapeamento e planejamento de micro bacias hidrográficas e o manejo sustentável do palmito Juçara para fabricação de polpa. Natividade da Serra: história e economia Em 1853, o Coronel José Lopes Figueira de Toledo fundou a capela do Rio do Peixe. Em 24 de abril de 1858, foi criada a freguesia pertencente ao município de Paraibuna, com a denominação de Natividade de Nossa Senhora do Rio do Peixe. Em 18 de abril de 1863, tornou-se vila com o nome de Vila da Natividade. Em 3 de julho de 1934, foi reconduzida à categoria de distrito, incorporado ao município de Paraibuna. Obteve autonomia político-administrativa em 5 de julho de 1935 e, em 30 de novembro de 1944, recebeu sua atual denominação (BATISTELLA, 2012). Em Natividade da Serra havia muitos escravos, que foram levados pelo fundador da cidade, 207 Coronel José Lopes Figueira de Toledo. O maior número de escravos trabalhava no bairro do Porto, hoje propriedade da família de Norberto Jacinto. A produção das fazendas do município era de cana de açúcar, feijão, milho, arroz, na época tinha muito engenhos que fabricavam rapadura, pois, não existia açúcar. Por volta de 1870 começou a plantação de café, as fazendas que plantavam café vendiam a produção nas grandes cidades da região e no século 19 começou a exploração pecuária leiteira e gado de corte. Hoje a agricultura esta no índice baixo devido à construção da represa Paraibuna/ Paraitinga. Atualmente é o plantio de eucalipto para utilização na fabrica de celulose que vem se destacando (NATIVIDADE DA SERRA, 2008). 7.9.2. Patrimônio Cultural No Núcleo Santa Virgínia, há diversos patrimônios culturais materiais. Na Trilha Pirapitinga, ainda é possível visualizar antigos fornos de carvão de vegetal utilizados quando a área ainda pertencia as Fazendas Ponte Alta e Santa Virgínia. O carvão vegetal é uma das mais antigas e importantes fontes de energia. Ele é obtido através da queima da madeira e sua utilização mais comum hoje é como combustível para aquecedores, lareiras, churrasqueiras e fogões. Sua fabricação é conhecida desde longa data na história da humanidade havendo referências do seu uso há séculos. Os egípcios, por exemplo, utilizavam para a filtragem de óleos e tratamentos de doenças. Na Segunda Guerra serviu para a retirada de gases tóxicos a partir de sua elevada capacidade de absorver impurezas sem alterar sua estrutura, devido a sua composição porosa. No Brasil há relatos de uso de carvão vegetal por parte dos índios, esses realizavam a mistura da substância com gorduras de animais com finalidade de combater doenças como tumores e úlceras (SindiCARV, s/d). Além dos fornos de carvão, há outros patrimônios que merecem destaque (GUIMARÃES, 2013): 1. Trilhas do Açúcar e do Café; 2. Antiga sede da Fazenda Ponte Alta; 3. Capela da Fazenda Ponte Alta; 4. Estrada Catuçaba - Alto da Serra; 5. Sítio arqueológico na estrada de Santa Virgínia; 6. Trechos de panos de calçamento de pedra; 7. Alicerces em pedra e vestígios dispersos por Catuçaba; 8. Evidências de estruturas de madeira e alvenaria de concreto no cruzamento da antiga estrada para Catuçaba; e 9. Estruturas escavadas em encosta com cobertura de tijolos em abóboda na Trilha do Ipiranga. 208 7.9.3. Comunidades tradicionais No Núcleo não há presença de comunidades tradicionais, como as índigenas, quilombolas ou caiçaras. No entanto, em São Luiz do Paraitinga e Cunha há a presença de comunidades caipiras. Cultura caipira Segundo Camara Cascudo – caipira seria uma corruptela de “caapora”, palavra de origem tupi que significa “morador do mato”. Outras definições, mais recentes, consideram caipira, matuto ou capiau, o homem ligado ao campo que possui uma identidade e cultura própria – o que de fato era verdade, até meados do século 20, quando os meios de transporte e comunicação de massa interferiram nos costumes locais e regionais, padronizando-os a partir de modelos urbanos. A cultura caipira representa a adaptação do colonizador europeu ao Brasil e seu modo de ser, pensar e agir no território brasileiro. O modo de vida caipira inclui o fogão a lenha, o café feito no coador de pano, o leite quente ordenhado da vaca, biscoito de polvilho, pães de queijo, broas, bolos de fubá, geleias e licores de frutas típicas (pequi e jenipapo) e, é claro, na famosa cachaça – que se transformou numa espécie de bebida típica do Brasil. Nas casas simples, todos têm direito a um “dedo de prosa” para ouvir um “causo”, passar as horas na janela, sentar na soleira da porta, pitar um cigarro de palha. Até meados do século 20, essas casas eram feitas de pau-a-pique – madeira trançada e barro batido – e cobertas de palha ou sapé. O caipira formou sua cultura através de uma mistura: herdou a religiosidade dos portugueses, a familiaridade com o mato, a arte das ervas e o ritmo do bate-pé com os índios. A autêntica música caipira, a “moda de viola”, retratava a vida do homem no campo, a lida na roça, o contato com a natureza, a melancolia e a solidão do caboclo. Na literatura, o caipira é retratado por Monteiro Lobato em seu personagem Jeca Tatu, do livro “Urupês”. Fonte: BrasilCultura, 2010 7.9.4. Ecossistema O núcleo Santa Virgínia está inserido dento do bioma Mata Atlântica e tem como ecossistemas vegetação formada por Floresta Ombrófila Densa Montana e Alto Montana; e Áreas Reflorestadas com espécies exóticas. Sob a forma de mosaicos, onde 60% das áreas são compostas por florestas primitivas ou poucas antropizadas, sendo o restante formado por campo limpo, campo sujo, capoeira, capoeirão, floresta secundária e reflorestamento de Eucalyptus saligna (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). 209 7.9.5. Fauna e Flora O núcleo apresenta uma grande diversidade de fauna e flora. As espécies da fauna características do núcleo são: onça parda, lontra, muriqui, sagui-da-serra-escuro, cateto, queixada, anta, paca e cutia (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Além delas, há a uma espécie endêmica e ameaçada de extinção, o peixe Pirapitinga-do-Sul (Brycon opalinus), cujo habitat é as águas do Rio Paraibuna. Em relação à flora, o Núcleo Santa Virgínia é a área do Parque Estadual Serra do Mar com a maior densidade de palmito. Além dele, outras espécies facilmente encontradas são: canela, cedro, guatambu, canela parda, canela amarela, sassafraz, grumixama, guapuruvu e varias espécies de bromélias, orquídeas e samambaias (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). ONÇA-PARDA (Puma concolor) Os pumas são felinos de grande porte, seu tamanho pode chegar a 1,95 m e podem alcançar 70 kg. Possui coloração branca nas patas e em algumas regiões do peito e pescoço. Sua cauda é comprida e fina, escurecendo gradativamente até chegar a uma ponta preta. Habita florestas densas e bordas de florestas, mas também campos e cerrado, sempre próximo a regiões com água em abundância. É encontrada em todo o Brasil. É um animal carnívoro e possui alimentação bastante variada, desde pequenos vertebrados até os de médio porte, como veados e porcos. O período de gestação é de aproximadamente 95 dias. As fêmeas têm de um a seis filhotes por ninhada. Possui uma enorme importância na natureza, pois realiza controle populacional das espécies de roedores e marsupiais, evitando que suas populações cresçam de forma descontrolada (ICMBio, s/d). Vive solitário, é noturno e terrestre (ViaRondon, 2011). PIRAPITINGA-DO-SUL (Brycon opalinus) A Pirapitinga-do-Sul pertence a família Characidae. É um peixe de porte médio, endêmico da Bacia do Rio Paraíba do Sul (NARAHARA et al., 2002). Caracteriza-se por possuir um corpo alongado, escamas de tamanho médio e uma nadadeira anal relativamente longa. A boca possui três séries de dentes em sua mandíbula superior, e uma série na inferior. Atinge um cumprimento máximo de aproximadamente 30 cm. Alimenta-se de frutas caídas da floresta marginal, bem como de insetos (CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAPETINGA, s/d). Atualmente é uma espécie bastante rara e está incluída na lista de espécies de peixes brasileiras ameaçadas de extinção. Os principais fatores que ameaçam a espécie são: desmatamento, construção de hidrelétricas, poluição e introdução de espécies exóticas (NARAHARA et al., 2002). PALMITO JUÇARA (Euterpe edulis Mart.) O palmito juçara atinge até 25 m de comprimento. Seu tronco é reto e fino, com diâmetro de até os 10 cm. Na parte terminal do tronco encontra-se um tecido, recoberto pelas bainhas das folhas palmito. A floração ocorre de setembro a janeiro - flores pequenas de cor creme, polinizadas por insetos, mais especificamente por besouros. A frutificação ocorre de abril a novembro - fruto carnoso, esférico e roxo-escuro. A dispersão é realizada por animais, dentre eles várias espécies de aves e mamíferos, que utilizam 210 seus frutos como recurso alimentar, por exemplo, o Tucano-de-bico-verde que é comumente avistado nesta região se alimentando dos frutos dessas palmeiras. Pelo sabor e alto valor comercial do palmito, a espécie é alvo de exploração predatória, pois são sacrificadas até as plantas mais jovens. O intenso extrativismo do palmito contribuiu para que a espécie fosse incluída na lista das espécies ameaçadas de extinção. Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 CANELA-GUAICÁ (Ocotea puberula (Rich.) Nees) Nomes populares: Canela-guaicá, canela, canela-amarela, canela-babosa, canela-branca, canelacoté, canela-de-corvo, canela-gosmenta, canela-guaiacá, canela-guiacá, canela-parda, canelapimenta, canela-pinha, canela-sebo, guaiacá, guaicá, inhumirim, louro, louro-abacate, lourobacato, louro-pimenta, louro-vermelho. Comportando-se como espécie pioneira, ou seja, uma das primeiras espécies a inicializar o processo de regeneração natural, chegando a dominar um determinado estágio da regeneração. Todavia é mais adequadamente classificada como espécie secundária inicial, pois se encontra presente também nas fases intermediárias e avançadas da sucessão secundária. Espécie com ampla distribuição geográfica, ocorrendo do México até a Argentina, em diferentes formações florestais. No Brasil, sua extensão de ocorrência é de 6.897.181,724km 2, com uma área de ocupação de 1.736km². O estado de conservação desta espécie, segundo a lista das espécies ameaçadas de extinção (IUCN, 2011) é de baixo risco (LR). Na lista oficial do Estado de São Paulo, não se encontra em nenhuma categoria de ameaça. Árvore perenifólia (sempre verde), de 10 a 15m de altura e 20 a 60cm de diâmetro, podendo atingir até 25m de altura e 90cm de diâmetro na fase adulta. Floresce de janeiro a novembro, sendo as flores desta espécie visitadas por diversos insetos pequenos como abelhas, formigas, vespas, mariposas, borboletas, moscas, mosquitos e percevejos, dentre outros; mas o inseto frequentemente observado polinizando suas flores é a abelha. Frutifica de maio a fevereiro. Seus frutos são muito apreciados pelas aves, que são atraídas pela coloração vermelha da cúpula que envolve a semente. Produzem anualmente grande quantidade de sementes que são amplamente disseminadas pela avifauna, seus principais dispersores. Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 LONTRA (Lontra longicaudis) As lontras são animais de médio porte. Atingem de 53,0 cm 80,0 cm de comprimento. Possuem corpo alongado, com uma pelagem densa formada por uma camada interna de pelos mais finos e macios e outra externa de pelos mais longos e rígidos, com uma coloração predominantemente marrom e na região da garganta um pouco mais clara. Possuem uma longa cauda, que utiliza de leme quando estão na água. São animais solitários e com hábitos predominantemente diurnos, porém podem ser vistos durante a noite. São semiaquáticos, abrigando-se em tocas feitas por eles as margens dos rios. Alimentam-se de peixes, crustáceos, moluscos e ocasionalmente de mamíferos e aves. Distribuem-se do México ao Uruguai. No Brasil habitam quase todo território nacional, onde as condições dos corpos d’água são propicias para a espécie (ViaRondon, 2011). CATETO (Tayassu tajacu) O cateto é considerado uma espécie guarda-chuva e cinegética da Mata Atlântica. Também conhecido como porco do mato, mede de 82 a 100 cm de comprimento total e pesa entre 17 e 30 kg. Seus pêlos são longos e grossos, a coloração geral é preto-acinzentada com reflexos esbranquiçados, por terem as pontas dos pêlos brancas; o filhote é mais claro que o adulto. A 211 fêmea tem 4 pares de mamas, mas apenas 2 são funcionais. Alimenta-se principalmente de frutos silvestres caídos no chão, folhas, brotos, talos, raízes, pequenos animais vertebrados, como rãs, ratos e cobras pequenas e invertebrados como minhocas, larvas etc. Tem hábito diurno e crepuscular. Chega a viver até 20 anos. Só ocorrem em áreas bem preservadas de florestas e de relativa extensão. O cateto assim como o queixada, são os únicos representantes de porcos do mato brasileiros. Por ser um animal de médio porte torna-se alvo fácil dos caçadores e está desaparecendo em muitos lugares. Os desmatamentos vêm reduzindo seu hábitat o que causa escassez de alimento e conseqüentemente o extermínio da espécie. O hábitat reduzido também facilita a ação dos caçadores, já que eles não têm para onde fugir ou se esconder. A espécie está ficando rara. Fonte: INSTITUTO RÃ-BUGIO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE, s/d (c) Lista das principais espécies da fauna e flora FAUNA: - AVES: as principais espécies estão listadas abaixo. A lista completa pode ser vista no anexo 4. Inhambu-Chintã (Crypturellus tataupa) Jacutinga (Aburria jacutinga) Tauató-Pintado (Accipiter poliogaster) Gavião-Pombo-Pequeno (Amadonastur lacernulatus) Gavião-Pombo-Grande (Pseudastur polionotus) Gavião-Pega-Macaco (Spizaetus tyrannus) Gavião-Pato (Spizaetus melanoleucus) Murucututu-De-Barriga-Amarela (Pulsatrix koeniswaldiana) Falcão-Relógio (Micrastur semitorquatus) Apuim-De-Costas-Pretas (Touit melanonotus) Choquinha-De-Asa-Ferrugem (Dysithamnus xanthopterus) Papo-Branco (Biatas nigropectus) Trovoada-De-Bertoni (Drymophila rubricollis) Pinto-Do-Mato (Hylopezus nattereri) Tapaculo-Pintado (Psilorhamphus guttatus) Fruxu (Neopelma chrysolophum) Maria-Leque-Do-Sudeste (Onychorhynchus swainsoni) Chibante (Laniisoma elegans) Tropeiro-Da-Serra (Lipaugus lanioides) Corocoxó (Carpornis cucullata) Borboletinha-Do-Mato (Phylloscartes ventralis) Olho-Falso (Hemitriccus diops) Maria-Preta-De-Bico-Azulado (Knipolegus cyanirostris) Catirumbava (Orthogonys chloricterus) Pixoxó (Sporophila frontalis) Cigarra-Verdadeira (Sporophila falcirostris) Cais-Cais (Euphonia chalybea) Fonte: SCHUNCK, 2015 212 - MAMÍFEROS Sussuarana (Puma concolor (Linnaeus, 1771)) Lontra (Lontra longicaudis (Olfers, 1818)) Mono-carvoeiro ou Muriqui (Brachyteles arachnoides (É. Geoffroy, 1806)) Macaco-prego-preto (Cebus nigritus (Goldfuss,1809)) Sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita (É. Geoffroy, 1812)) Cateto (Pecari tajacu (Linnaeus, 1758)) Queixada (Tayassu pecari (Linnaeus, 1795)) Anta (Tapirus terrestris (Linnaeus, 1758)) Paca (Cuniculus paca (Linnaeus, 1766)) Cutia (Dasyprocta azarae (Humboldt, 1811)) Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 - ANFÍBIOS E RÉPTEIS ● Sapinho-pingo-douro (Brachycephalus sp.) ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● Brachycephalus vertebralis Bufo ictericus Cycloramphus boraceiensis Sapinho-de-brómelia (Dendrophryniscus cf. brevipollicatus) Eleutherodactylus binotatus Eleutherodactylus bolbodactylus Eleutherodactylus guentheri Eleutherodactylus parvus Erythrolamprus aesculapii Hyla albosignata Hyla hylax hyla minuta Hyla sp. (listrada) Hylodes asper Hylodes phyllodes Physalaemus sp. Scinax sp. (gr. perpusillus) Scinax sp. (gr.rizibilis) Fonte: INSTITUTO EKOS BRASIL, s/d FLORA: ● ● Tryon) ● ● ● ● ● ● ● ● Palmito-juçara (Euterpe edulis) Samambaiaçus (Dicksonia sellowiana Hook. e Nephelea sternbergii (Sternb.) R.M. Canjerana (Cabralea canjerana (Vell.) Mart.) Maria-mole (Dendropanax cuneatum (DC.) Decne & Planch.) Jatobá (Hymenaea courbaril L.) Araçarana (Psidium cattleyanum Sabine) Figueira (Ficus insipida Willd.) Canela (Ocotea puberula (Rich.) Nees.) Cedro (Cedrela fissilis Vell.) Guatambu (Aspidosperma olivaceum Müll. Arg.) 213 ● Canela noz-moscada (Cryptocarya moschata Nees.) ● Canela-sassafrás (Ocotea odorifera (Vell.) Rohwer) ● Grumixama (Eugenia brasiliensis Lam.) ● Caeté (Heliconia sp.) ● Guaricanga (Geonoma elegans Mart.) ● Tapiá (Alchornea triplinervia (Spreng.) Müll. Arg.), ● Guapuruvú (Schizolobium parahyba (Vell.) S.F. Blake), ● Quaresmeira (Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn.) ● Brejaúva (Astrocaryum aculeatissimum (Schott.) Burret.) ● Embaúbas (Cecropia pachystachya Trécul) ● Bromélia (Nidularium sp.) ● Orquídeas Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 7.9.6. Serviços Ecossistêmicos O Núcleo Santa Virginia presta diversos serviços principalmente para a sua comunidade do entorno: ● Regulação da qualidade do ar; ● Proteção dos morros e encostas; ● Proteção dos solos; ● Polinização; ● Bem-estar, lazer e turismo; ● Recursos hídricos. Um importante papel exercido pela Mata Atlântica é a proteção do solo e de encostas das serras contra deslizamentos provocados por eventos climáticos extremos. Um estudo de caso realizado pelo Ministério do Meio Ambiente, que fez uma análise das regiões mais atingidas pelas enchentes de 2011, demonstrou que apenas 8% dos deslizamentos ocorreram em áreas de vegetação nativa bem conservada, ou seja, pouco antropizadas (MMA, 2014a). Em 2010, a cidade de São Luiz de Paraitinga foi devastada por uma grande enchente. Com o excesso de chuvas na região, o Rio Paraitinga subiu 12 acima do normal, inundando grande parte da cidade, provocando enormes danos. Centenas de pessoas ficaram desalojadas e grande parte do patrimônio desabou. O que aconteceu na região foi uma somatória de fatores. Um deles é a ocupação desordenada da região, que teve início na segunda metade do século XVIII (BERGAMO, 2010). O desenvolvimento dos diferentes ciclos das monoculturas do café, do gado e do eucalipto e outras formas culturais predatórias do meio ambiente rural como o uso intensivo das várzeas para as produções de alimentos impactaram negativamente o meio ambiente com a destruição intensa 214 da vegetação nativa e de matas ciliares, além do intenso pisoteamento do solo pelo gado, provocando uma maior impermeabilização (ALVES et al., 2011). Esses fatores ocasionaram processos erosivos e assoreamentos de córregos e rios à montante da cidade de São Luiz do Paraitinga e mesmo na sua área urbana, o que tem provocado um número cada vez maior de enchentes na região (ALVES et al., 2011). Apenas em 2009, o rio Paraitinga transbordou seis vezes (BERGAMO, 2010). Assim fica claro o papel o papel da vegetação na proteção do solo e das encostas. Vale ressaltar que além das agressões do homem, há também fatores naturais cíclicos, que estão relacionadas com a própria história de formação geográfica da Serra do Mar e da Serra da Mantiqueira, que envolveram os seus levantamentos pela separação das placas tecnônicas que uniam a América do Sul à África e os deslizamentos naturais das encostas, etc. (ALVES et al., 2011). Além dessa proteção, as florestas preservadas do Núcleo Santa Virgínia preservam também importantes mananciais para o abastecimento de água das cidades do Vale do Paraíba e até mesmo do Rio de Janeiro. O núcleo é percorrido diversos rios como Rio Paraibuna, Rio Ipiranga, Ribeirão Grande, Palmital, Rio da Anta, Rio dos Martins. Eles pertencem a Bacia do Rio Paraíba do Sul (ALVES et al., 2011). O Rio Paraibuna é considerado “Berço do Rio Paraíba do Sul”, pois juntamente com o Rio Piraitinga, dão origem ao Rio Paraíba (PREFEITURA DE PARAIBUNA, s/d). A bacia do rio Paraíba do Sul, porção do Estado de São Paulo, constitui-se como grande produtor dos serviços ambientais para os três estados – São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Denominado como rio Federal, é o principal curso d’água da região, abastecendo cerca 12 milhões de pessoas entre os estados de São Paulo e Rio de Janeiro e fornecendo água para 86% da população do município de Rio de Janeiro e Baixada Fluminense (FUNDAÇÃO FLORESTAL,2013). 7.9.7. Pesquisas Atualmente o Núcleo Santa Virgínia é reconhecido mundialmente por abrigar importantes pesquisas realizadas por universidades Federais, Estaduais, Municipais, Instituição de Ensino, Institutos de Pesquisas, EMBRAPA, etc. Por possuir um mosaico de vegetação nativa em vários estágios sucessionais no Bioma Mata Atlântica e, além de estar situado no Planalto Paraibuna/ Paraitinga em altitudes que variam entre 860 a 1.700 metros, a UC ainda guarda grande diversidade biológica da fauna e flora silvestre, apresentando significativo numero de espécies endêmicas e ameaçadas. Após 25 anos de existência 215 o Núcleo apresenta diversos projetos de pesquisas já realizados e em andamento, produzindo um volume respeitado de publicações acadêmicas, artigos científicos, dissertações e teses. Algumas pesquisas com bolsa Fapesp realizadas no Núcleo foram: 11/15892-9 "Estrutura e diversidade da família Lauraceae na Mata Atlântica do Parque Estadual da Serra do Mar, São Paulo, Brasil" 03/12595-7 Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrofila Densa dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque 13/24929-9 Comunidade de aves como indicadora da qualidade florestal 12/03554-4 Estudo da biomassa radicular em uma área de pastagem em regeneração natural no Parque Estadual da Serra do Mar- Núcleo Santa Virgínia 08/57174-2 Ciclagem de carbono, nitrogênio e enxofre na serapilheira em Floresta Ombrófila Densa sob diferentes altitudes no Parque Estadual da Serra do Mar, no Estado de São Paulo 07/52482-8 Ciclagem de carbono, nitrogênio e nutrientes de solo em Floresta Ombrófila Densa do Parque Estadual da Serra do Mar, no estado de São Paulo 01/06023-5 Distribuição da comunidade de palmeiras no gradiente altitudinal da Floresta Atlântica na região Nordeste do estado de São Paulo 06/55136-0 Processos hidrológicos e transporte de nitrogênio em bacias com cobertura de floresta e pasto no litoral norte do Estado de São Paulo 92/04627-0 Avaliação diagnóstica da vegetação no Núcleo Santa Virgínia, como subsídio a elaboração de modelos de reflorestamento 03/09052-1 Biologia alimentar e reprodutiva da piratininga do sul, Brycon cf. opalinus (Cuvier, 1819) e a diversidade de peixes no Núcleo Santa Virgínia, Parque Estadual da Serra do Mar 10/50811-7 Composição florística e estrutura da Floresta Ombrófila Densa Atlântica dos Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar, São Paulo, Brasil 11/50384-4 O papel das leguminosas na ciclagem de nutrientes em florestas ombrófilas densas de terras baixas e montana situadas nos núcleos de Picinguaba e Santa Virginia do Parque Estadual da Serra do Mar 12/50425-5 Características florais e reprodutivas de espécies de Melastomataceae em um gradiente altitudinal no Sudeste do Brasil 13/19377-7 A efetividade do maior corredor de mata atlântica em manter conectadas populações de mamíferos de grande porte, como a Anta (Tapirus terrestris) 216 05/53955-1 Os gêneros physcia (schreber) Michaux e pyxine fries (ascomicetes liquenizados, physciaceae) no Estado de São Paulo, de São Paulo, Brasil 08/58901-5 Alteraçãoes nos fluxos de CO2 do solo e na ciclagem de carbono após aquecimento do solo em áreas de Mata Atlântica 03/05696-1 Biologia alimentar e reprodutiva da pirapitinga do sul, Brycon cf. opalinus (Cuvier, 1819) e a diversidade de peixes no Núcleo Santa Virgínia, Parque Estadual da Serra do Mar 12/51509-8 Composição florística, estrutura e dinâmica do funcionamento da Floresta Ombrófila Densa Atlântica dos núcleos Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e Santa Virgínia, do Parque estadual da Serra do Mar (PelD) 05/51011-6 Biologia da polinização e reprodução de espécies arbóreas da família Fabaceae, polinizadas por abelhas, de Floresta Atlântica no Sudeste do Brasil 07/02947-4 Métodos de estimativa de altura e sua contribuição na determinação da biomassa arbórea em um gradiente topográfico localizado no Parque Estadual da Serra do Mar, SP 05/59168-1 Padrões e diversidade de tipos funcionais em floresta ombrófila densa dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar 09/03667-0 Demografia de queixada (Tayassu pecari) analisada através de DNA fecal no Núcleo Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar, SP 06/57010-4 Produtividade primária líquida em diferentes fitofisionomias do Parque Estadual da Serra do Mar, SP 06/59536-3 Estudo do balanço hídrico e balanço biogeoquímico de nitrogênio em uma microbacia com plantação florestal de eucalipto no litoral norte do Estado de São Paulo 06/50014-4 Dinâmica e estrutura populacional de quatro espécies arbóreas no Núcleo Picinguaba e Santa Virgínia, Parque Estadual da Serra do Mar, SP 06/51488-0 Caracterização hidrológica e dinâmica do nitrogênio na microbacia do ribeirão do Ipiranga, do Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Santa Virgínia 05/57549-8 Perdas de nitrogênio pela emissão de gases e sua relação com a decomposição da liteira e biomassa de raízes na floresta de Mata Atlântica 06/54292-9 Estudo do balanço hídrico e balanço biogeoquímico de nitrogênio em uma microbacia de primeira ordem com cobertura de pastagem no litoral norte do Estado de São Paulo 14/01245-0 Avaliação da influência da exclusão experimental de vertebrados insetívoros na decomposição de folhas de três espécies sob diferentes coberturas do solo no Parque Estadual da Serra do Mar - núcleo santa virgína 217 09/15175-5 Ciclagem do fósforo em Floresta Ombrófila Densa dos núcleos de Picinguaba e Santa Virginia -SP 07/04073-1 Ligando paisagem a moléculas: análise genética das populações de anta (Tapirus terrestris) na Mata Atlântica de São Paulo 00/12405-5 Dieta de alguns mamíferos da ordem Carnivora na Floresta Atlântica do núcleo Santa Virgínia e núcleo Cunha, Parque Estadual da Serra, SP 93/03717-8 A sucessão secundária em floresta na encosta Atlântica - SP 10/13593-1 O papel das leguminosas na ciclagem de nutrientes em uma Floresta Ombrófila Densa situada no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Santa Virgínia 10/13592-5 Ciclagem de nutrientes em áreas de pastagem sob regeneração natural no Parque Estadual da Serra do Mar, núcleo Santa Virgínia 10/51494-5 Biologia reprodutiva e polinização de espécies de Melastomataceae em duas áreas de gradiente altitudinal no Sudeste do Brasil 07/57285-6 Estrutura e funcionamento de um trecho de Floresta Ombrófila Densa Montana com bambus do Núcleo Santa Virgínia/PESM, SP 11/09241-5 Manejo de frutos de Euterpe edulis Martius e uso múltiplo da Mata Atlântica em Ubatuba e São Luís do Paraitinga (SP) como estratégia de conservação 10/19951-7 "comparação entre dossel e subosque de uma área de Floresta Ombrófila Densa montanta (Mata Atlântica), Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Santa Virgínia, São Paulo, Brasil" 10/52705-0 Dinâmica do nitrogênio e carbono em rios da bacia do alto Paraíba do Sul, Estado de São Paulo 07/58666-3 Diversidade, composição florística e biologia reprodutiva da comunidade de plantas esfingófilas de Floresta Ombrófila Densa Montana - Mata Atlântica, no sudoeste brasileiro 07/57284-0 Estoque de Madeira Morta ao longo de um gradiente altitudinal de Mata Atlântica no Nordeste do Estado de São Paulo 08/50748-3 Distribuição espacial de insetos predadores em riachos da região norte da Serra do Mar, Estado de São Paulo 08/52279-0 Modelagem da dinâmica do nitrogênio em uma micro-bacia com cobertura florestal no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Santa Virgínia 08/52280-9 Alterações nos fluxos de gases do solo e na ciclagem de carbono e nitrogênio após aquecimento do solo em áreas de Mata Atlântica 06/57135-1 Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa nos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque estadual da Serra do Mar 218 06/57790-0 Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque estadual da Serra do Mar, Estado de São Paulo, Brasil 06/60183-8 Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque estadual da Serra do Mar, Estado de São Paulo, Brasil 12/25493-7 Políporos (Basidiomycota) do Núcleo Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar, SP, Brasil "Modelos de sustentabilidade de caça de subsistência na Serra do Mar, Mata Atlântica" Priority areas for the conservation of Atlantic forest large mammals Functional Extinction of Birds Drives Rapid Evolutionary Changes in Seed Size EXTINÇÃO ECOLÓGICA DE GRANDES HERBÍVOROS E DIVERSIDADE DE PLANTAS EM UM GRADIENTE DE DEFAUNAÇÃO NA MATA ATLÂNTICA "Density and Spatial Distribution of Buffy-tufted-ear Marmosets (Callithrix aurita) in a Continuous Atlantic Forest" How to not inflate population estimates? Spatial density distribution of white-lipped peccaries in a continuous Atlantic forest Mamíferos não voadores do Núcleo Santa Virgínia, Parque Estadual da Serra do Mar, São Paulo, Brasil Caracterização do perfil e da qualidade da experiência do praticante de rafting no Parque Estadual Serra do Mar − Núcleo Santa Virgínia Efeitos da defaunação na herbivoria, pisoteio de plântulas, remoção e predação de sementes na Floresta Atlântica O descritivo delas encontra-se no anexo 5. 7.9.8. Atrativos O Núcleo Santa Virgínia conta com diversos atrativos naturais, como trilhas, mirantes cachoeiras e piscinas naturais. Os principais atrativos do núcleo são: 219 Trilhas da Sede (São Luiz do Paraitinga) Trilha do Pirapitinga A Trilha do Pirapitinga era uma antiga estrada que serviu para o transporte de madeira e carvão quando a área do Núcleo ainda pertencia às antigas fazendas de Ponte Alta e Santa Virgínia. O caminho margeia os Rios Paraibuna e Ipiranga e a trilha recebe esse nome devido à presença da espécie endêmica e ameaçada em extinção do peixe pirapitinga-do-sul (Brycon opalinus) no Rio Paraibuna (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). O percurso conta com diversos atrativos: cachoeiras – Cachoeira das Andorinhas, Cachoeira do Salto Grande, Cachoeira do Saltinho; poço do Peixe Grande; fornos de carvão; e a foz do Rio Ipiranga com o Paraibuna, ou seja, o encontro entre os dois rios (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Percurso: 5.700 metros Tempo estimado: 3h00min Nível de dificuldade: fácil a moderado Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(g) Trilha do Poço do Pito A trilha percorre uma bela paisagem ao longo do Rio Paraibuna em floresta secundária, passando pela Pedra do Lageado e chegando até a cachoeira do mesmo nome. É possível observar o peixe Pirapitinga-do-Sul (Brycon opalinus) espécie endêmica ameaçada de extinção, que promove saltos para apanhar insetos e frutas silvestres (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Percurso: 8.000 metros Tempo estimado: 04h00min Nível de dificuldade: fácil a moderado Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(g) Trilha Ipiranga Caminhada por uma trilha/estrada às margens do Rio Ipiranga com grande possibilidade de observação de aves e mamíferos e com parada na cachoeira de mesmo nome (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Percurso: 16.000 metros Tempo estimado: 04h00min 220 Nível de dificuldade: fácil a moderado Atrativos: Caminhada por uma trilha/estrada às margens do Rio Ipiranga com grande possibilidade de observação de aves e mamíferos e com parada na cachoeira de mesmo nome. Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(g) Rafting Rio Paraibuna Atividade de turismo de aventura no Rio Paraibuna, passando por cachoeiras e remansos em meio à floresta. É realizada em botes de borracha com guias credenciados e certificados. No percurso há diversas cachoeiras e saltos: Cachoeira do Saltinho, Cachoeiras do Salto Grande, Ponte de Pedra, Foz do Rio Ipiranga no Rio Paraibuna, Corredeira Gamela de Pedra, Cachoeira do Itapavão e Cachoeira do Surf (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Percurso: 9.0019metros Tempo estimado: 05h00min Nível de dificuldade: nível III e IV Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 Trilha Olho D´água Em formato de circuito esta é uma caminhada agradável que passa por nascentes de água cristalina em meio a uma preservada Mata Atlântica. Trata-se de uma trilha alternativa a do Pirapitinga, com menor extensão (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). O caminho preserva uma rica biodiversidade e tem como um dos seus atrativos a Cachoeira Salto Grande (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Percurso: 1.545 metros Tempo estimado: 01h00min Nível de dificuldade: fácil Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 221 Trilhas da Base Natividade da Serra / Base Vargem Grande Trilha do Pico do Corcovado Por dentro da mata de altitude ou nebular em ótimo estado de conservação, alcança-se o topo do Pico do Corcovado, um dos pontos mais altos do Parque Estadual Serra do Mar, com 1.168m de altitude, de onde se avista o litoral de Ubatuba e o Vale do Paraíba (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). No caminho é possível se refrescar no poço Lageado, local onde o Ribeirão Grande encontra uma laje de pedra que proporciona a formação de um lindíssimo poço de águas frias e cristalinas e meio à mata e na Cachoeira do Rio Calçado, da Laje da Pedra e do Rio Furado (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Percurso: 17.000 metros Tempo estimado: 08h00min Nível de dificuldade: difícil Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(g) Trilha da Cachoeira da Boneca Trilha de fácil acesso margeando o Rio Grande sob Floresta Atlântica Montana, ótima para observação de pássaros e fauna, possui cachoeiras e corredeiras perfeitas para banho. Percurso: 12.000 m Tempo estimado: 04h00min Nível de dificuldade: moderado Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(g) Trilha do Garcês Trilha que percorre bom trecho de mata primária, passando pelo Rio Grande, Cachoeira do Jacu e do Garcês. Boas possibilidades de visualização de aves e mamíferos silvestres (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Percurso: 6.000 metros Tempo estimado: 03h00min Nível de dificuldade: dificuldade baixa Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(g) 222 Trilhas da Base Catuçaba (São Luiz do Paraitinga) Trilha Palmital Trilha de longa duração que parte da base Catuçaba, localizada no Bairro do Sertãozinho no município de São Luiz do Paraitinga e chega na base Puruba, no mesmo município. A trilha passa por várias fisionomias florestais e pela cachoeira do Rio Palmital, ótima paisagem da região. Percurso: 16.000 metros Tempo estimado: 08h00min Nível de dificuldade: difícil Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 Trilha do Mirante Trilha com desnível acentuado de 350 metros em uma distancia de 1km, percorre parte dos altos da Serra do Mar no divisor das bacias hidrográficas dos rios Paraibuna e Paraitinga. Percurso: 1.000 metros Tempo estimado: 02h00min Nível de dificuldade: dificuldade moderada a difícil Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 7.9.9. Informações gerais sobre o Núcleo Dados gerais Área 17.500 hectares Bioma Mata Atlântica Município da sede São Luiz do Paraitinga Municípios Abrangidos São Luiz do Paraitinga, Natividade da Serra, Cunha, Ubatuba e Caraguatatuba Endereço da sede Rodovia Dr. Oswaldo Cruz, km 78 mais 800 metros Escritório urbano Ainda não implantado 223 Bases e outras funções O núcleo possui 05 bases de fiscalização e pesquisa: Base Itamambuca, Base Puruba, Base Catuçaba e Base Sede em São Luiz do Paraitinga e Base Vargem Grande, em Natividade da Serra. Telefones (12)3671-9159 / (12)3671-9266 / (12) 3833-1230 Sinal de celular da sede Sinal de celular da base E-mail da UC [email protected] ou nú[email protected] Nome do Gestor João Paulo Villani Esportes Radicais Rafting no Rio Paraibuna (percurso 10 Km) Empresas autorizadas: Cia. de Rafting e Paraitinga Turismo Capacidade de hospedagem Somente para Pesquisadores com projetos aprovados pela COTEC/Intituto Florestal e Fundação Florestal. 30 leitos Valor da hospedagem na UC R$ 19,00 Capacidade de sala de conferencia 40 Pessoas Centro de visitantes Capacidade do refeitório Não possui 40 Pessoas Lanchonete Não Quiosques pic nic Não Camping na UC Não Facilidades no entorno imediato Existem cinco pousadas na Zona de Amortecimento ou entorno: Eco Pousada Canteiros (11- 95152875), Reserva Guainumbi (19-97082983), Eco Pousada Canaã da Serra (1170489400), Hotel Faz.Catuçaba (12-36716158) e Pousada das 7 Cachoeiras, em Catuçaba (11- 50722143/12- 36716201) Tipo de Acesso Para o Setor “Sede” o acesso é em asfalto até o km 78 mais 800m da Rodovia Dr. Oswaldo Cruz. Deste ponto, segue por 3km em estrada de terra bem conservada até o estacionamento. Para o Setor “Vargem Grande” seguir por asfalto até o km 66 ou ponte sobre o rio Paraibuna.Deste ponto segue por 14km até a Vila rural da Vargem Grande. Do vilarejo rural segue por 03 km até a Base Vargem Grande. Distância de SP 200 km Distância cidade mais próxima(s) 16km de Ubatuba, São Luís do Paraitinga 35 km, Natividade da Serra 110km 224 Cobrança de Ingresso e valor Não Amplitude Altitudinal 860m a 1650m Amplitude de Temperaturas Máxima 35º; Média 21º; Mínima -3º Bases e outras funções Base de Proteção Catuçaba Endereço Rodovia Oswaldo Cruz km 47 - Bairro Catuçaba - São Luiz do Paraitinga/SP Entrar no km 47 da rodovia Oswaldo Cruz até o distrito de Catuçaba. Seguir pela estrada do Pinga por 2 km e entrar a direita para o bairro Sertãozinho 6 km até o final da estrada. Existem placas indicativas. Telefone (12) 3671-9159 / (12) 3671-9266 / (12) 3833-1230 Capacidade de hospedagem Base de Proteção Vargem Grande Endereço Rodovia Oswaldo Cruz km 66 - Vila Vargem Grande - Natividade da Serra/SP Seguir pela Rodovia Oswaldo Cruz até o km 66. Após passar a ponte do Rio Paraibuna, entrar a direita e percorrer 14,5 km até a vila da Vargem Grande. Ao cruzar a ponte do Rio Grande dentro da Vila, entrar a esquerda por 3 km até o final da estrada. Telefone Capacidade de hospedagem Base de Uso Público Endereço Rodovia Oswaldo Cruz km 78,5 - São Luiz do Paraitinga/SP Telefone (12) 3671-9159 / (12) 3671-9266 / (12) 3833-1230 Área Mais Informações Sede Administrativa Dias e horário de funcionamento De segunda-feira a sexta-feira das 8h às 17h. Telefones para informação (12) 3671-9159 / (12) 3671-9266 / (12) 3833-1230 E-mail [email protected] Gestor (a) João Paulo Villani 225 Rodovia Dr. Oswaldo cruz, km 78 – Alto da Serra / São Luis do Paraitinga –SP CEP 12140-000. Km 78,5. Caixa postal 13. Endereço Visitação Dias e horário de funcionamento Terça-feira a domingo das 8h às 17h. Endereço Rodovia Dr. Oswaldo cruz, km 78. São Luiz do Paraitinga - SP CEP 12140-000. Km 78,5. Normas de Visitação e Segurança do PESM É proibida a entrada de pessoas descalças. Obrigatório o uso de calçado fechado (tênis ou bota); É proibido o consumo de bebida alcoólica dentro da UC; É proibido o uso de shampoo, sabonete, creme, etc., nas piscinas naturais; É proibido fazer churrasco ou qualquer tipo de fogueira dentro da UC; É proibida a retirada ou a introdução de qualquer espécie (flora e fauna) assim como de qualquer outro produto (pedras, madeiras, etc.) desta UC. Normas para as trilhas Nunca ultrapasse o monitor, pois é ele que irá avisar se houver algum perigo; Mantenha-se no caminho pré-determinado, andando sempre um atrás do outro, para evitar o alargamento da trilha; Não correr, gritar ou falar muito alto, isso pode assustar os animais; Observe os locais antes de apoiar as mãos ou se sentar, pois há muitos animais e insetos peçonhentos que se camuflam e se encontrar algum animal, mantenha a distancia. Cuide dos locais por onde passa;; Não retire flores, frutos, plantas silvestres ou pedras. Quando encontrar galhos ou folhas no meio da trilha, não os retire, pois é onde as cobras gostam de se esconder. Apenas desvie. Deixe tudo no seu devido lugar; Não se arrisque nas pedras e não puxe ou pendure em cipós; Temos várias lixeiras que estão colocadas em pontos estratégicos. Então, todo lixo produzido durante a permanência, deverá ser trazido de volta. Voce será responsável pela sua segurança; Não faça fogueiras; Respeite os animais e plantas; Seja cordial com outros visitantes e população local; Não é permitido trazer animais domésticos como: cão, gato, ave e animais exóticos. Normas para o rafting 226 Antes de iniciar a atividade de rafting o usuário deverá assinar o Termo de responsabilidade do Usuário, apresentado pelas operadoras autorizadas, preencher a ficha médica e efetuar o pagamento diretamente para operadora; Obedecer às orientações dadas pelos condutores e ou funcionários da Unidade de Conservação; Zelar pela infraestrutura disponibilizada, preservando o meio ambiente local; Utilizar obrigatoriamente todos os equipamentos necessários na prática do rafting, especialmente aqueles descritos na Norma ABNT NBR 15.370; Os menores de 18 anos deverão apresentar o Termo de Responsábilidade, assinado pelos pais ou responsável legal. Os praticantes autônomos deverão respeitar as Normas NBR 15.370 e 15.285 efetuar o pagamento na Unidade de Conservação, preencher o Termo de Responsabilidade apresentado pela Fundação Florestal, a ficha médica e agendar com antecedência as descidas junto a Unidade de Conservação. Símbolo O palmito juçara (Euterpe edulis Mart.) atinge até 25 m de comprimento. Seu tronco é reto e fino, com diâmetro de até os 10 cm. Na parte terminal do tronco encontra-se um tecido, recoberto pelas bainhas das folhas palmito. A floração ocorre de setembro a janeiro - flores pequenas de cor creme, polinizadas por insetos, mais especificamente por besouros. A frutificação ocorre de abril a novembro - fruto carnoso, esférico e roxo-escuro. A dispersão é realizada por animais, dentre eles várias espécies de aves e mamíferos, que utilizam seus frutos como recurso alimentar, por exemplo, o Tucano-de-bico-verde que é comumente avistado nesta região se alimentando dos frutos dessas palmeiras. Pelo sabor e alto valor comercial do palmito, a espécie é alvo de exploração predatória, pois são sacrificadas até as plantas mais jovens. O intenso extrativismo do palmito contribuiu para que a espécie fosse incluída na lista das espécies ameaçadas de extinção (Fundação Florestal, 2013) 7.10. Núcleo São Sebastião 7.10.1. História O Núcleo São Sebastião foi criado em 31 de março de 1998 e abrange aproximadamente 26.268 mil hectares do Parque Estadual Serra do Mar, incluindo o município de São Sebastião. O núcleo protege a serra, mananciais de água e a floresta, que abriga uma alta diversidade de espécies de aves e de anfíbios (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(h)). Em dezembro de 2010, ocorreu à ampliação do PESM e as áreas mais importantes incluídas localizam-se justamente no Núcleo São Sebastião: a Praia Brava e todo o costão rochoso até Maresias, bem como a totalidade das penínsulas situadas entre as praias de Maresias, Paúba e Santiago, Toc Toc Grande e Toc Toc Pequeno. Com isso, o Parque ganhou uma significativa 227 extensão de costões rochosos, importantes nichos ecológicos para a alimentação e abrigo de espécies marinhas. Seu nome é o mesmo da cidade de São Sebastião, que tem o santo como padroeiro da cidade. São Sebastião O nome São Sebastião deriva do grego sebastós, que significa divino. Originário de Narbonne e cidadão de Milão, foi um mártir e santo cristão, morto durante a perseguição levada a cabo pelo imperador romano Diocleciano. De acordo com a tradição oral, Sebastião era um soldado que teria se alistado no exército romano por volta de 283 d.C. com a única intenção de afirmar o coração dos cristãos, enfraquecido diante das torturas. Era querido dos imperadores Diocleciano e Maximiliano, que o designaram capitão da sua guarda pessoal conhecida na época de Guarda Pretoriana. São Sebastião nunca deixou de ser um cristão convicto e ativo. Secretamente, Sebastião conseguiu converter muitos pagãos ao cristianismo, até mesmo o governador de Roma, Cromácio, e seu filho, Tibúrcio, foram convertidos por ele. Por volta de 286, Sebastião foi denunciado, pois estava contrariando o seu dever de oficial da lei. O imperador o julgou como traidor e ordenou a sua execução por meio de flechas. Foi dado como morto e atirado no rio, porém, Sebastião não havia falecido. Encontrado e socorrido por uma viúva chamada Irene (futura Santa Irene) que retirou as flechas do peito de Sebastião e o tratou. Assim que se recuperou, se apresentou novamente diante do Imperador, censurando-o pelas injustiças cometidas contra os cristãos. Novamente foi condenado e açoitado até a morte. O fato ocorreu no dia 20 de janeiro de 288. São Sebastião foi um dos soldados romanos mártires e santos, cujo culto nasceu no século IV e que atingiu o seu auge na Baixa Idade Média. Fonte: SANTO PROTETOR, s/d A História do município de São Sebastião São Sebastião é a cidade mais antiga do Litoral Norte. Antes da colonização portuguesa, a região era ocupada por índios Tupinambás ao norte e Tupiniquins ao sul, sendo a serra de Boiçucanga uma divisa natural das terras das tribos. O município recebeu este nome em homenagem ao santo do dia em que passou ao largo da Ilha de São Sebastião - hoje Ilhabela - a expedição de Américo Vespúcio: 20 de janeiro de 1502 (SÃO SEBASTIÃO, s/d). A ocupação portuguesa ocorre com o início da História do Brasil, após a divisão do território em Capitanias Hereditárias. Diogo de Unhate, Diogo Dias, João de Abreu, Gonçalo Pedroso e Francisco de Escobar Ortiz foram os sesmeiros que iniciaram a povoação, desenvolvendo o local com agricultura e pesca. Nesta época a região contava com dezenas de engenhos de cana de açúcar, responsáveis por um maior desenvolvimento econômico e a caracterização como núcleo 228 habitacional e político. Isto possibilitou a emancipação político-administrativa de São Sebastião em 16 de março de 1636, motivada também pela necessidade de proteger a região dos ataques dos piratas e corsários ingleses, franceses e holandeses (SÃO SEBASTIÃO, s/d). A criação do porto motivou ainda mais o desenvolvimento econômico da região, que era baseado nas culturas da cana de açúcar, café e fumo. Também era utilizado para o transporte do ouro de Minas Gerais. Na metade do século passado a região tinha 106 fazendas, onde 2.185 escravos produziram 86 mil arrobas de café no ano de 1854 (SÃO SEBASTIÃO, s/d). A economia entra em declínio com a abolição da escravatura e abertura da ferrovia SantosSão Paulo, o que aumentou a saída de mercadorias pelo porto de Santos. É quando passam a predominar a pesca artesanal e a agricultura de subsistência, com pequenas roças de mandioca, feijão e milho, característica das comunidades caiçaras isoladas mesmo nos dias de hoje. Nos anos 40, implanta-se a infraestrutura portuária e nos anos 60 chega o terminal marítimo de petróleo, da Petrobras, fatores decisivos para a retomada do desenvolvimento econômico (SÃO SEBASTIÃO, s/d). 7.10.2. Patrimônio Cultural No Núcleo São Sebastião está localizado o sítio arqueológico mais importante do Parque Estadual Serra do Mar – o Sítio São Francisco (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(h)). Os vestígios arqueológicos datam no final do século XVIII e início do século XIX, mas foram descobertos apenas em 1991 e em 2007 (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). O Sítio é composto por elementos que evidenciam uma antiga unidade produtiva. Foram encontrados vestígios de edificações, sistema de captação de água, estradas, bolsões de cultura agrícola e áreas de descarte de material, dentre outros. Várias fazendas encontradas no litoral norte são caracterizadas, por influência direta portuguesa, por grandes construções que uniam as dependências de morada e as fabris sob o mesmo teto (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Entre as ruínas, foram identificados diversos elementos. Alguns deles são (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013): ● Casa Grande: apresenta técnicas de construção similares às encontradas nas grandes construções da faixa litorânea brasileira, do século XVI ao XIX, com o emprego de estruturas de alvenaria de pedra, barro e cal e pau-a-pique. Os restos arquitetônicos da casa contêm elementos que indicam preocupação estética, como cornijas, jardins e floreiras. Ademais, também foi observada a utilização de materiais construtivos nobres, como a ardósia. 229 ● Alpendre: há indícios da existência de alpendre central, que dava acesso às outras dependências e que, na época, era essencial pela necessidade de “um espaço aberto para receber visitantes”, resguardando deste modo a intimidade familiar. ● Seteiras: ambiente para a reclusão da família. Tal estrutura proporciona às famílias um cenário de segregação. ● Forno circular: espaço destinado para o preparo das “quitandas”, quitutes assados; ou à chamada “cozinha suja”, cômodo de serviço destinado às atividades mais rústicas de preparo de alimentos. ● Cozinha: cozinha contígua com fornalhas que possivelmente alimentavam suportes apoiados em balcão, onde foi encontrado fragmento metálico relacionado ao apoio das panelas, as bocas do fogão. ● Capela: representa a atenção dada à religiosidade na época ● Grande pátio: espaço destinado aos eventos da fazenda, recepção de visitantes ilustres, à celebração de um evento familiar ou ainda, à passagem de ordens à criadagem. ● Fornalhas: local onde era depositado os tachos de cobre com o caldo de cana. ● Senzala: há ruínas que indicam uma suposta senzala, local onde os escravos ficavam alojados Além das ruínas, foram identificadas assinaturas etnográficas produzidas pelos escravos, que eram representações de sua cultura e religião. 7.10.3. Comunidades tradicionais No Parque Estadual Serra do Mar existem terras indígenas da etnia Guarani reconhecidas pelo Governo Federal, como as aldeias de Boa Vista do Sertão do Pró-Mirim, Guarani do Aguapeú, Bananal/Peruíbe, Ribeirão Silveira, Rio Branco (do Itanhaém) e Tenondé Porã. No Núcleo São Sebastião há a superposição com a Terra Indígena Ribeirão Silveira, que abrange os municípios de Bertioga, São Sebastião e Salesópolis em área declarada de 7.551,6 hectares e 948,4 hectares de área homologada (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013). Conta com aproximadamente 350 membros do povo guarani de origem Guarani Mbya e TupiGuarani (Ñandeva) que mantêm a tradição viva através da dança, da música, do artesanato e da agricultura (SECRETARIA DE CULTURA E TURISMO, s/d). A Terra Indígena Ribeirão Silveira representa um local de importância histórica, material e simbólica para os Guarani. Os relatos apontam o reconhecimento da área como antiga região de perambulação e habitação para os ascendentes dos Guarani que estão em Ribeirão Silveira. Esse território reconhecido pelos Guarani tem uma perspectiva sócioregional que ultrapassa seus limites territoriais e é revelada pela categoria guára, expressão que significa um conjunto de aldeias unidas por laços de parentesco e reciprocidade (FUNAI, s/d). 230 Na aldeia há intensa circulação de palmiteiros, caçadores e os posseiros que ainda não foram retirados. A região limítrofe a terra indígena sofre com a expansão urbana e pressões de projetos de desenvolvimento com objetivo de criar novas cidades e destinos turísticos ao longo da costa. Empreendimentos de grande porte, tais como pré sal e oleoduto Petrobrás, localizam-se nas proximidades da área (FUNAI, s/d). Hoje, a coleta e a roça têm uma grande importância para a sobrevivência, assim como a venda de artesanatos. A agricultura constitui-se em uma das principais atividades da tradição Guarani de modo geral, seja no plantio de espécies convencionais voltadas à sua alimentação e comercialização de excedentes, como, e principalmente, pela presença de vários cultivos agrícolas tradicionais do grupo, por exemplo, milho, amendoim, feijão, batata, cana-de-açúcar, etc., cujas sementes, quando da mudança das famílias para outro território, são sempre carregadas consigo para que possam, nessas novas áreas, plantá-las em suas roças. A criação de animais, também localizada nos quintais das casas, na porção sudoeste do território indígena delimitado, ocorre em escala bastante reduzida, e destina-se exclusivamente ao consumo alimentar dos Guarani, destacando-se, neste caso, basicamente a criação de frangos e patos para consumo de sua carne e, principalmente, ovos. A pesca é realizada ao longo dos dois rios principais (Rio Vermelho e Ribeirão Silveira). Para sua execução, os Guarani utilizam redes, covos ou anzóis. Os peixes mais comuns são a traíra, o bagre e o cará (FUNAI, s/d). 7.10.4. Ecossistema O núcleo São Sebastião está inserido dento do bioma Mata Atlântica e tem como ecossistemas (Floresta Ombrófila Densa Terras Baixas, Submontana, Montana), Restinga e Manguezal (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). 7.10.5. Fauna e Flora O núcleo São Sebastião apresenta uma fauna e flora com uma grande diversidade de espécies. A flora é rica em epífitas, ou seja, espécies que costumam usar as árvores ou rochas como suporte para obter mais luz, umidade e nutrição, como orquídeas e bromélias. As bromélias têm grande importância na manutenção da biodiversidade da fauna na Mata Atlântica, já que a disposição de suas folhas em roseta forma um reservatório onde se acumulam água e matéria orgânica, criando microhabitats para muitos organismos (Steiner, Zillikens, Marcondes, Harter-Marques, & Lopes, 2006). Vários animais como Bicho-preguiça (Bradypus variegatus), Bugio (Alouatta guariba), Quatis (Nasua nasua), além de diversas espécies de aves, 231 se utilizam dos vasos de bromélias como bebedouro, como recurso alimentar, ou ainda, como fonte de alimento, por funcionarem como habitat e área de reprodução de insetos e pererecas, os quais são procurados aí por predadores como as serpentes (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Além de espécies epífitas é possível encontrar outras espécies como Guapuruvu, Pau-Jacaré, Embaúba, Jerivá, Palmito – Juçara, Jequitibá-rosa, Jatobá, etc. (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). PAU-JACARÉ (Piptadenia gonoacantha) Esta árvore é uma espécie pioneira, pois é uma das primeiras a se instalar numa área em regeneração natural e, por isso mesmo, é muito abundante e frequente nos fragmentos de Mata Atlântica nos estágios inicial, médio e até no bordo dos fragmentos mais preservados (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). JEQUITIBÁ-ROSA (Cariniana legalis) Esta espécie encontra-se em risco de extinção, devido principalmente à utilização de sua madeira de lei e pela diminuição dos ambientes florestais, uma vez que o Jequitibá-rosa além de pouco abundante em seu ambiente natural, necessita das condições ambientais dos ecossistemas florestais para se desenvolver. Na medicina popular, sua casca tem propriedades medicinais e terapêuticas (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). EMBAÚBA (Cecropia hololeuca) Essa árvore apresenta um rápido crescimento e produz folhas e frutos avidamente procurados por animais, os quais dispersam suas sementes. Sua semente necessita de muita luminosidade para quebrar a dormência e germinar. Por estes motivos é muito comum em bordas de florestas, matas secundárias em diferentes estágios de regeneração e em clareiras, sendo caracterizada como espécie indicadora de alguma alteração na mata (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). A fauna é marcada pela presença de espécies como: cateto, macaco-prego, cutia, paca, anta, bicho-preguiça, bugio, quati, sapinho-de-bromélia, jararaca; além de diversas aves, desde as menos exigentes, como como o sabiá-laranjeira, macuco, jacuaçu e tangará, até as espécies de hábitos mais florestais como o flautim, o gavião-de-cabeça-cinza, o tucano-de-bico-verde, o chorozinho-de-asa-vermelha e, o endêmico da Mata Atlântica, cuiú-cuiú (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). QUATI (Hydrochoerus hydrochaeris) Animais de pequeno porte podem medir cerca de 40 cm a 65 cm de comprimento Pode possuir coloração alaranjada, avermelhada, acinzentada ou marrom escura, e suas patas possuem uma coloração quase preta. São essencialmente diurnos e podem viver em grupos de mais de 30 indivíduos. Alimentam-se de invertebrados (insetos e minhocas), bromélias, frutos, e pequenos 232 vertebrados. São exclusivos da América do Sul. No Brasil habita em diversos biomas como: Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pantanal e Campos Sulinos (ViaRondon, 2011) BUGIO (Cuniculus paca) Primata que mede entre 42 e 63 cm (cabeça e corpo), com sua cauda variando de 48 a 69 cm que auxilia na locomoção e na alimentação. Possui barba espessa, os machos adultos são avermelhados e pesam entre 5 e 9 kg e as fêmeas adultas são marrons, menores que os machos e pesam entre 4 e 7 kg. O bugio é pouco ativo e raramente desce ao solo. Tudo que necessita para viver é obtido nas copas das árvores, inclusive a água, que é retirada de troncos ocos, vasos de bromélias, musgos e outras plantas epífitas. Alimenta-se de folhas de embaúba, tapiá, frutos de jerivá, sementes, flores, caules, cascas de diversas outras espécies de árvores e liquens, facilmente encontradas no Núcleo. É fácil identifica-lo pela sua vocalização (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). PACA (Cuniculus paca) Habita áreas florestadas e tocas feitas em barrancos ou rochas. Vivem sempre próximo a cursos d´água, podendo imergir em busca de refugio contra predadores. Possuem hábito alimentar herbívoro e é dieta a base de frutos e brotos (REIS et al., 2011). Essa espécie não consta da lista Nacional nem da global de espécies ameaçadas, porém é considerada quase ameaçada regionalmente no estado de São Paulo (MMA, 2008; SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2009; IUCN, 2011; FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013) e considerada uma espécie guarda-chuva e Cinegéticas (TAMOIOS INTELIGÊNCIA GEOGRÁFICA, 2011) para o Parque Estadual Serra do Mar . MACUCO (Tinamus solitarius) O macuco é um Tinamiforme da família Tinamidae. Nome de origem tupi-guarani: “Mogoico-erê”. É o maior representante dos tinamídeos na Mata Atlântica. É espécie cinegética (caçada). Atinge até 52 cm e entre 1,5 a 2,0 Kg de peso médio. As fêmeas geralmente são maiores e mais pesadas que os machos. Possui coloração geral acinzentada com matiz verdeoliva, e desenho críptico nas penas traseiras (retrizes). Alimenta-se de sementes, bagas, frutas (ex: merindiba, coquinhos de palmiteiro), insetos e vermes (WikiAves, s/d(f)). Lista das principais espécies da fauna e flora FAUNA: - AVES: as principais espécies estão listadas abaixo. A lista completa pode ser vista no anexo 4. Jaó-Do-Sul (Crypturellus noctivagus) Jacutinga (Aburria jacutinga) Gavião-De-Cabeça-Cinza (Leptodon cayanensis) Gavião-Pega-Macaco (Spizaetus tyrannus) Saracura-Lisa (Amaurolimnas concolor) Beija-Flor-De-Garganta-Verde (Amazilia fimbriata) Juruva-Verde (Baryphthengus ruficapillus) Pica-Pau-Bufador (Piculus flavigula) 233 Sabiá-Cica (Triclaria malachitacea) Choquinha-Pequena (Myrmotherula minor) Choquinha-Cinzenta (Myrmotherula unicolor) Entufado (Merulaxis ater) Trepador-Sobrancelha (Cichlocolaptes leucophrus) Araponga-Do-Horto (Oxyruncus cristatus) Araponga (Procnias nudicollis) Tiririzinho-Do-Mato (Hemitriccus orbitatus) Garrinchão-De-Bico-Grande (Cantorchilus longirostris) Tiê-Galo (Lanio cristatus) Saí-Verde (Chlorophanes spiza) Ferro-Velho (Euphonia pectoralis) Fonte: SCHUNCK, 2015 - MAMÍFEROS Cateto (Pecari tajecu) Macaco-prego (Cebus sp) Cutia (Dasyprocta azarae) Paca (Cuniculus paca) Anta (Tapirus terrestris) Dados secundários Sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita (É. Geoffroy, 1812) Bugio (Alouatta guariba) Quati (Nasua nasua) Rato d´água (Nectomys squamipes – Cricetidae) Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 - ANFÍBIOS E RÉPTEIS Adenomera cf. marmorata Jararacuçu (Bothrops jararacuçu) Bufo ornatus Cycloramphus boraceiensis Sapinho-da-bromélia (Dendrophryniscus cf. brevipollicatus) Eleutherodactylus binotatus Eleutherodactylus guentheri Eleutherodactylus parvus Eleutherodactylus sp. Enyalius cf. iheringi Hyla minuta Rã-de-corredeira (Hylodes asper) Hylodes phyllodes Proceratophrys appendiculata Scinax sp. (gr. perpusillus) Spilotes pullatus Rã-das-pedras (Thoropa miliaris) Bufo ictericus 234 Eletherodactylus binotatus Proceratophrys melanopogon Bufo cf. margaritifer Hyla faber Hyla sp. 3 Myersiella microps Physalaemus sp. Scinax sp. 1 Scinax sp. 2 Eleutherodactylus sp. 2 Eluetherodactylus parvus Hyla hylax Hyla sp. 1 Tropidophis paucisquamis Fonte: INSTITUO EKOS BRASIL, s/d FLORA: Guapuruvu (Schizolobium parahyba) Pau-Jacaré (Piptadenia gonoacantha) Embaúba (Cecropia hololeuca) Jerivá (Syagrus romanzoff) Paineiras (Ceiba speciosa (A.St.-Hil.) Ravenna - Bombacaceae) Figueiras (Ficus insipida Willd. – Moraceae) Plantas epífitas: Bromeliaceae, Orchidaceae, musgos e líquenes Palmito – Juçara (Euterpe edulis) Pau-brasil (Caesalpinia echinata Lam. Fabaceae) Caapeba (Piper sp – Piperaceae) Helicônia (Heliconia velloziana Emygdio – Heliconiaceae) Guaricanga (Geonoma elegans Mart. – Arecaceae) Samambaiaçu (Dicksonia sellowiana) Samambaiaçu-do-brejo (Blechnum brasiliensis – Blechnaceae) Samambaia-de-barranco (Dicranopteris pectinata (Willd.) - Gleicheniaceae) Brejauva (Astrocaryum aculeatissimum (Schott) Burret – Arecaceae) Quaresmeiras (Tibouchina sp. – Melasomataceae) Araçá-piranga (Eugenia leitonii Legrand sp. inéd. – Myttaceae) Jatobá (Hymenaea courbaril L. var. stirbocarpa) Jequitibá-rosa (Cariniana legalis) Erva de anta (Psychotria nuda) Bocuva (Virola oleifera (Schott) A.C. Smith – Miristicaceae) Mirinduva (Lafoensia glyptocarpa Koehne - Lythraceae) Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 7.10.6. Serviços Ecossistêmicos O Núcleo São Sebastião presta diversos serviços principalmente para a sua comunidade do entorno: 235 ● Regulação da qualidade do ar; ● Proteção dos morros e encostas; ● Proteção dos solos; ● Polinização; ● Bem-estar, lazer e turismo; ● Recursos hídricos. O Núcleo São Sebastião abriga importantes mananciais de água que garantem a qualidade ambiental da região. A região faz parte da Bacia Hidrográfica do Litoral Norte, formada por vários cursos d´água que partem de diversas altitudes da Serra do Mar em direção ao Oceano Atlântico. Alguns rios que nascem no Núcleo são: Rio São Sebastião, Juqueriquere, São Franciso, Ribeirão Grande, Paúba, Maresias, Rio Grande, Camburi, Saí, Juqueí, Una, Rio Grande e o Ribeirão do Itu em Boiçucanga, Rio Cristina, Pouso Alto e Rio Verde em Barra do Una. Além disso, o Núcleo ajuda a proteger a paisagem da Serra do Mar, da Praia Brava e dos pontões que emolduram as praias de Maresias, Paúba, Santiago, Toc Toc Grande e Toc Toc Pequeno. 7.10.7. Atrativos O Núcleo São Sebastião conta com diversos atrativos naturais, como trilhas, cachoeiras e piscinas naturais. Os principais atrativos do núcleo são: Trilha São Francisco: Trilha histórico-cultural em meio à Mata Atlântica que leva ao mais importante sítio arqueológico do Parque Estadual Serra do Mar, o Sítio São Francisco (Fundação Florestal). Os vestígios arqueológicos datam no final do século XVIII e início do século XIX, mas foram descobertos apenas em 1991 e em 2007 (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). O Sítio é composto por elementos que evidenciam uma antiga unidade produtiva. Foram encontrados vestígios de edificações, sistema de captação de água, estradas, bolsões de cultura agrícola e áreas de descarte de material, dentre outros. Várias fazendas encontradas no litoral norte são caracterizadas, por influência direta portuguesa, por grandes construções que uniam as dependências de morada e as fabris sob o mesmo teto (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Entre as ruínas, foram identificadas a Casa Grande, alpendre, seteiras, forno circular, cozinha, capela, grande pátio, elementos de decoração, fornalhas, área de captação de água, área de controle e vigilância, senzala e mirante (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). 236 Percurso: 2.207 metros Tempo estimado: 04h00min Nível de dificuldade: moderado a difícil Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(h) Trilha Praia Brava A trilha era um antigo caminho de moradores locais que moravam na Praia Brava e trabalhavam na fazenda de café de Boiçucanga no século XIX. Como o tempo, o traçado original foi alterado com a instalação do Oleoduto da Petrobrás (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Durante o caminho, há diversos atrativos, como alguns mirantes: no primeiro é possível avistar a Praia de Boiçucanga e a Praia de Cambury, além da cadeia de montanhas da Serra do Mar. Já no segundo, o Mirante da Praia Brava, é possível avistar a Praia Brava e seus ecossistemas, como a mata de encosta e o costão rochoso; a cachoeira da Praia Brava, pequena cachoeira com quatro metros de altura, no canto direito da praia, em meio à Mata Atlântica, sendo propícia para um banho de água doce e por fim a Praia Brava. A Praia Brava começou a ser chamada assim pelos surfistas e aventureiros em virtude de suas ondas fortes e perigosas. Também é conhecida como a “praia das pranchas quebradas” (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Não é indicada para crianças (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Percurso: 3.000 metros Tempo estimado: 03h00min Nível de dificuldade: moderado à difícil Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(h) Trilha Cachoeira da Ribeira do Itu A trilha é um caminho supostamente aberto pelos indígenas, que moravam no litoral e buscavam acessar o planalto e posteriormente utilizado pelos caiçaras. O caminho era um dos principais acessos à Caraguatatuba (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Atualmente, a trilha consiste em uma longa caminhada em meio a Mata Atlântica conservada com diversos poços para banho, como o Poço das Antas, piscina natural de águas verdes e cristalinas com aproximadamente 13 metros de largura e oito de comprimento é propício para um mergulho; Poço dos Macacos, piscina natural azul-esverdeada de aproximadamente trinta metros de comprimento por nove metros de largura; Poço da Serpente, formado por uma cachoeira 237 de aproximadamente sete metros de altura e um razoável volume de águas cristalinas e geladas e a Cachoeira Samambaiaçu, queda d´água de aproximadamente vinte metros de altura (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). No entanto, a intenção do Núcleo São Sebastião, no momento, é priorizar a divulgação da trilha do Ribeirão do Itu em sua porção inicial (partindo de Boiçucanga) até a 3ª queda (Serpente). O motivo é o trabalho de monitoria focado nesse trecho, permitindo maior controle sobre a visitação. Quando houver condições de monitorarmos a trilha como um todo, passaremos a destinar a visitação por todo o percurso. O percurso inicial conta com travessias de rios e boa parte são trechos de subida. Possui atrativos como grandes árvores, presença de bromélias, orquídeas e lianas e ótimas estruturas para banho, como hidromassagens e escorregador naturais e quedas de diversos tamanhos. No local não é permitido acessar com bebidas alcoólicas, acampar, acender fogueira e levar animais domésticos. Todo resíduo gerado, deve ser levado de volta pelo visitante e destinado em local correto. Há estacionamento no local. Além disso, embora a cachoeira da Pedra Lisa (1ª queda) não esteja em área do Parque, é a maior queda do Rio Ribeirão do Itu e a mais visitada pelos turistas, sendo utilizada como um atrativo para o uso público do Núcleo. Possui uma queda de 50m e uma "hidromassagem", com quedas menores que formam pequenos poços naturais. Percurso inicial Percurso: 1.600 metros Tempo estimado: 02h00min Nível de dificuldade: fácil a moderado Percurso completo Percurso: 9.670 metros Tempo estimado: 05h30min Nível de dificuldade: moderado a difícil Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(h) 238 Trilha do Jatobá A trilha oferece uma caminhada na Mata Atlântica, onde é possível observar diversas espécies características, como o palmito juçara, jatobá, jequitibá, bromélias e orquídeas. Além disso, a trilha possui duas cachoeiras com piscina para banho (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Localizada ao final da trilha, a Cachoeira do Jatobá é formada por uma queda positiva em corredeira, com aproximadamente 7 metros, rodeada de muita mata em bom estado de conservação. O pequeno poço de águas cristalinas é convite ideal para um banho refrescante (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Já a pequena cachoeira do Jatobazinho é caracterizada pelo seu curioso formato em “V”. Localizada imediatamente ao lado da trilha, em meio a uma preservada Mata Atlântica, seu caminho é totalmente feito de pedras (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Percurso: 1.625 metros Tempo estimado: 01h30min Nível de dificuldade: fácil Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(h) O Jatobá é uma planta com crescimento lento e mais frequente em matas de vegetação primária em bom estado de conservação. Podem atingir até 20 m de altura, suas flores brancas florescem no verão e são polinizadas por diferentes animais. A frutificação inicia-se com 8 a 15 anos de idade, normalmente na primavera e suas sementes são normalmente dispersas por morcegos. Por ser uma das dez espécies de árvores consideradas madeiras de lei, essa espécie encontra-se em perigo de extinção. Estudos realizados indicam um grande potencial para sequestrar carbono da atmosfera, fornecendo assim um importante serviço ecossistêmico. Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013 Sertão do Camburi O passeio consiste em 2 km de trilha com quatro cachoeiras de tamanhos variados ao longo do percurso. É conhecida por suas belezas naturais e mata conservada. Oferece ótimas opções para banhos. No local não é permitido acessar com bebidas alcoólicas, acampar, acender fogueira e levar animais domésticos. Todo resíduo gerado, deve ser levado de volta pelo visitante e destinado em local correto. Há estacionamento no local. Não é monitorada pela equipe de uso público do Núcleo São Sebastião. 239 Percurso: 2.000 metros Tempo estimado: 02h00min Nível de dificuldade: baixa Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(h) Estrada da Limeira A estrada da Limeira, mais conhecida como estrada da Petrobrás, liga o bairro do Jaraguá em São Sebastião até a estrada do Rio Pardo ou Intermediária.O percurso, de 24km, pode ser percorrido por bicicleta (modelo mountain bike), motocicleta ou veículos de passeio (melhor 4x4) e é opção de interligação da cidade de São Sebastião Salesópolis (litoral norte ao planalto), com altitudes de até 900 m. Durante o percurso é possível também passar por fazendas e sítios antigos com criação de gado e outros desativados com seus campos verdes. Serve como acesso para os veículos de manutenção do oleoduto que liga o porto de São Sebastião às refinarias do Estado de São Paulo. Os atrativos naturais são diversos, desde mirantes onde se avistam algumas praias, como Maresias e também o canal de São Sebastião e Ilhabela e rios / riachos de diferentes proporções, que oferecem cenários dos mais interessantes da Mata Atlântica, com sua fauna e flora característica da região da Serra do Mar. Já no início da estrada de terra, com acesso pela praia da Enseada e passando pelo bairro do Jaraguá, a vegetação é predominante e o visual preservado impressiona. São árvores de grande porte espalhadas pelo caminho, misturadas com orquídeas, bromélias e outras diversas espécies interessantes. O trajeto, desde o princípio, oferece subidas íngremes que são constantes durante boa parte do trajeto. Percurso: 24.000 metros Tempo estimado: Carro: 01h30min a 02h00min Bicicleta: 05h00min Nível de dificuldade: alto para bicicleta Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(h) 240 7.10.8. Informações gerais sobre o Núcleo Dados gerais Área 26.286 mil hectares Bioma Mata Atlântica Município da sede São Sebastião Municípios Abrangidos São Sebastião Endereço da sede Praça Simeão Faustino, 17 Escritório urbano Bases e outras funções Telefones (12) 3863-1707 / (12) 3863-1575 Sinal de celular da sede Sinal de celular da base E-mail da UC [email protected] Nome do Gestor Ricardo Laerte Romero Esportes Radicais Não Capacidade de hospedagem Não Valor da hospedagem na UC Não Centro de visitantes Sim Capacidade do auditório Não Capacidade do refeitório Não Lanchonete Não Quiosques pic nic Não Camping na UC Não Facilidades no entorno imediato Sim. O Núcleo São Sebastião estende-se paralelamente à orla marítima, onde se concentra toda a zona urbana do município. Tipo de Acesso Asfalto Distância de SP 175 km 241 Distância cidade mais próxima(s) 45 km do centro de São Sebastião Cobrança de Ingresso e valor Não Amplitude Altitudinal 0m a 453m Amplitude de Temperaturas Máxima 38º; Média 22º; Mínima 8º Bases e outras funções Base de Proteção Endereço Telefone Capacidade de hospedagem Base de Uso Público Endereço Telefone Capacidade de hospedagem Mais Informações Sede Administrativa Dias e horário de funcionamento De segunda-feira a sexta-feira das 8h às 17h. Telefones para informação (13) 3419 2792 / (13) 3419 2631 E-mail Gestor (a) Endereço Visitação Dias e horário de funcionamento Endereço 242 Normas de Visitação e Segurança do PESM É proibida a entrada de pessoas descalças. Obrigatório o uso de calçado fechado (tênis ou bota); É proibido o consumo de bebida alcoólica dentro da UC; É proibido o uso de shampoo, sabonete, creme, etc., nas piscinas naturais; É proibido fazer churrasco ou qualquer tipo de fogueira dentro da UC; É proibida a retirada ou a introdução de qualquer espécie (flora e fauna) assim como de qualquer outro produto (pedras, madeiras, etc.) desta UC. Normas para as trilhas Nunca ultrapasse o monitor, pois é ele que irá avisar se houver algum perigo; Mantenha-se no caminho pré-determinado, andando sempre um atrás do outro, para evitar o alargamento da trilha; Não correr, gritar ou falar muito alto, isso pode assustar os animais; Observe os locais antes de apoiar as mãos ou se sentar, pois há muitos animais e insetos peçonhentos que se camuflam e se encontrar algum animal, mantenha a distancia; Não retire flores, frutos, plantas silvestres ou pedras. Quando encontrar galhos ou folhas no meio da trilha, não os retire, pois é onde as cobras gostam de se esconder. Apenas desvie; Não se arrisque nas pedras e não puxe ou pendure em cipós; É proibido fumar nas trilhas; É proibido o uso de bebidas alcoolicas. Símbolo Gavinha 243 8. ANEXOS Anexo 1 – PEGADA ECOLÓGICA A Pegada Ecológica é uma metodologia de contabilidade ambiental que avalia a pressão do consumo das populações humanas sobre os recursos naturais. É uma ferramenta que permite comparar diferentes padrões de consumo e verificar se estão dentro da capacidade regenerativa da Terra, ou sua biocapacidade – área efetivamente disponível para a produção dos recursos naturais e a absorção das emissões de CO2. Ela é expressa em hectares globais (gha) que representa um hectare de produtividade média mundial para terras e águas produtivas em um ano. A pegada ecológica leva em consideração em sua metodologia seis componentes: ● Área construída: Representa a extensão de áreas cobertas por infraestrutura humana, inclusive transportes, habitação, estruturas industriais e reservatórios para a geração de energia hidrelétrica. ● Área de cultivo: Representa a extensão de áreas de cultivo usadas para a produção de alimentos e fibras para consumo humano, ração para o gado, oleaginosas e borracha. ● Pesqueiros: Calculada a partir da estimativa de produção primária necessária para sustentar os peixes e mariscos capturados, com base em dados de captura relativos a espécies marinhas e de água doce. ● Área florestal: Representa a extensão de áreas florestais necessárias para o fornecimento de produtos madeireiros, celulose e lenha. ● Pastagem: Representa a extensão de áreas de pastagem utilizadas para a criação de gado de corte e leiteiro e para a produção de couro e produtos de lã. ● Carbono: Representa a extensão de áreas florestais capaz de sequestrar emissões de CO2 derivadas da queima de combustíveis fósseis, excluindo-se a parcela absorvida pelos oceanos que provoca a acidificação. A pegada ecológica mundial vem crescendo anualmente, como os estudos realizados pela Global Footprint Network vêm demonstrando. Atualmente, seria necessário 1,5 planeta Terra para atender o consumo humano, sendo que a maior parte é associada às áreas florestais necessárias para o sequestro das emissões de carbono (55%) (WWF, 2012a). 244 Fonte: WWF, 2012a A Global Footprint Network também disponibiliza uma ferramenta, na qual é possível o cálculo da pegada de carbono de pessoas físicas em: http://www.footprintnetwork.org/en/index.php/GFN/page/calculators/ Uma análise comumente realizada é a associação da pegada ecológica de um determinado país e seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Assim, é possível determinar a habilidade do país de atingir padrões adequados de saúde, de educação e econômicos respeitando a biocapacidade planetária. Uma pequena pegada ecológica associada a um alto IDH são as condições mínimas para o desenvolvimento humano sustentável. A área destacada em azul no gráfico demonstra que este ainda é um cenário pouco atingido pelos países atualmente. 245 Fonte: GLOBAL FOOTPRINT NETWORK, 2012 No Brasil, o dado mais relevante é o forte declínio sofrido pela biocapacidade ao longo dos anos devido ao empobrecimento dos serviços ecológicos e degradação dos ecossistemas. Ainda assim, o Brasil encontra-se em uma importante posição no cenário mundial, como um dos maiores credores ecológicos do planeta (WWF, 2012b). Para se manter nesta posição de credor ecológico, o Brasil precisa reverter este quadro de declínio de sua biocapacidade com ações de conservação e de produção ecoeficiente, buscando diminuir a Pegada Ecológica de sua população por meio do consumo consciente e da manutenção da estabilidade populacional (WWF, 2012b). 246 Fonte: WWF, 2012b A Pegada Ecológica média do Estado de São Paulo é de 3,52 hectares globais per capta (gha/cap) e de sua capital, a cidade de São Paulo, 4,38 gha/cap. Isso significa que, se todas as pessoas do planeta consumissem de forma semelhante aos paulistas, seriam necessários quase dois planetas para sustentar esse estilo de vida. Se vivessem como os paulistanos, quase dois planetas e meio (WWF, 2012b). A Pegada Ecológica da cidade de São Paulo é 49% maior que a brasileira, 25% maior do que a do Estado de São Paulo. O Estado de São Paulo apresenta, por sua vez, uma Pegada Ecológica 20% maior que a média brasileira, que é de 2,93 hectares globais por pessoa (WWF, 2012b). Fonte: WWF, 2012b 247 ANEXO 2 - OUTRAS ESPÉCIES GATO MORISCO (Puma yagouaroundi) O gato mourisco é considerado uma espécie guarda-chuva para o Parque Estadual Serra do Mar (TAMOIOS INTELIGÊNCIA GEOGRÁFICA, 2011). Possui cerca de 60 cm de comprimento de corpo, 45 cm de cauda e pesa de 6 a 9 Kg. Habita áreas de mata primária, secundária, de preferência na mata ciliar dos rios, lagos e banhados. O gato-mourisco alimenta-se de roedores, lebres, macacos, cotias, quatis e até pequenos veados. O gato mourisco é um animal de hábitos diurno e noturno, terrestre, podendo subir em árvore. Sua dieta inclui também de aves, répteis, anfíbios e peixes. Costuma andar sozinho, podendo ser visto aos casais somente durante a época de reprodução, comportamento típico dos felinos (INSTITUTO RÃ-BUGIO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE, s/d(d)). Estudos científicos recentes revelam que a espécie tornou-se muito rara e a destruição de hábitats é a principal causa de ameaça de extinção (IUCN, 2011). A perda de habitats tem um impacto negativo sobre a sua probabilidade de ocorrência (MICHALSKI e PERES, 2005). Além disso, o pouco conhecimento sobre a biologia desta espécie limita a possibilidade de estratégias de conservação eficazes. É uma das espécies de felinos com maior deficiência de dados, tanto relacionados com a biologia da espécie e padrão de distribuição geográfica, quanto com a sua atual situação de densidade populacional (SUNQUIST e SUNQUIST, 2002). SARUCUÁ (Trogon surrucura) Espécie de ave colorida. Também chamada de dorminhoco porque permanece muito tempo empoleirado sobre o mesmo galho procurando alimento. Os machos têm as cores mais intensas, com a cabeça azul e as pálpebras amarelas. Nas fêmeas estas regiões são cinza. Possuem plumagem macia, pernas curtas, bico grosso e curto e cauda longa, graduada e de ponta quadrada. Vivem em ambientes florestais. Alimentam-se de insetos, aranhas e frutos como o da embaúba. Constrói seu ninho em ocos de árvores com até 17 cm de profundidade e em média 10 cm de diâmetro e põe quatro ovos brancos. Tem uma grande importância na Natureza, pois são dispersores de sementes e auxiliam no controle da população de insetos e aranhas (ICMBio, s/d). CUIÚ-CUIÚ (Pionopsitta pileata) 248 Emite um som barulhento e semelhante ao da Maitaca-verde. Há dimorfismo sexual. Ambos sexos apresentam plumagem verde uniforme, mas somente os machos tem a testa, o loro e a corôa vermelha. A fêmea apresenta a fronte com faixa levemente azulada. Ambos possuem a borda superior das asas, em azul escuro. Alimenta-se de grande variedade de frutas silvestres, como a candeia, um dos alimentos prediletos desta espécie, a goiaba e o caqui. O casal vive unido e permanece assim a vida inteira, como outros psitacídeos faz seu ninho no oco de árvores, aonde a fêmea põe de 3 a 4 ovos e os choca por 24 dias, o macho cuida de sua alimentação durante todo o período de incubação (Wikiaves, s/d(g)). ONÇA-PINTADA (Panthera onca) A onça-pintada é um animal de grande porte com o comprimento de seu corpo atingindo de 188,2 a 207,2 cm. Sua coloração é amarelada na cabeça, dorso, patas e cauda e esbranquiçada no peito e no ventre; é acompanhada por pintas pretas nas regiões da cabeça, pescoço e patas, rosetas com pontos no interior na região dos ombros, costas e flancos. Possui hábitos solitários (exceto no período reprodutivo e de cuidado com os filhotes), noturnos e terrestres, apesar de escalar árvores e nadarem muito bem. Basicamente carnívora, sua alimentação é composta de animais de médio a grande porte como: anta, capivara, cateto, tatu, entre outros. Ocorrem em todos biomas brasileiros como: Amazônia, Cerrado, Pantanal, Caatinga, Mata Atlântica e Campos Sulinos. Espécie ameaçada (ViaRondon, 2011). 249 250 ANEXO 3. UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO ESTADO DE SÃO PAULO Código UC Nome do Órgão Gestor Nome da UC Esfera Administrativa Categoria de Manejo Categoria IUCN Bioma declarado Municípios Abrangidos Estados Abrangidos MG, RJ, SP 0000.00.0011 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL SERRA DA MANTIQUEIRA Federal Área de Proteção Ambiental Category V Mata Atlântica Aiuruoca (MG), Alagoa (MG), Bocaina de Minas (MG), Baependi (MG), Delfim Moreira (MG), Itamonte (MG), Itanhandu (MG), Liberdade (MG), Marmelópolis (MG), Passa Quatro (MG), Passa Vinte (MG), Piranguçu (MG), Pouso Alto (MG), Virgínia (MG), Wenceslau Braz (MG), Itatiaia (RJ), Resende (RJ), Campos do Jordão (SP), Cruzeiro (SP), Guaratinguetá (SP), Lorena (SP), Lavrinhas (SP), Pindamonhangaba (SP), Piquete (SP), Queluz (SP), Santo Antônio do Pinhal (SP), São Bento do Sapucaí (SP) 0000.00.0014 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DE CANANÉIAIGUAPÉPERUÍBE Federal Área de Proteção Ambiental Category V Mata Atlântica Ilha Comprida (SP), Peruíbe (SP), Miracatu (SP), Itariri (SP), Iguape (SP), Cananéia (SP) SP MS, PR, SP 0000.00.0025 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL ILHAS E VÁRZEAS DO RIO PARANÁ 0000.00.0030 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade ÁREA DE RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICA VASSUNUNGA Federal Área de Proteção Ambiental Category V Mata Atlântica Bataiporã (MS), Eldorado (MS), Iguatemi (MS), Itaquiraí (MS), Ivinhema (MS), Japorã (MS), Jateí (MS), Mundo Novo (MS), Naviraí (MS), Nova Andradina (MS), Novo Horizonte do Sul (MS), Taquarussu (MS), Altânia (PR), Diamante do Norte (PR), Guaíra (PR), Icaraíma (PR), Ivaté (PR), Marilena (PR), Nova Londrina (PR), Porto Rico (PR), Querência do Norte (PR), Santa Cruz de Monte Castelo (PR), São Jorge do Patrocínio (PR), São Pedro do Paraná (PR), Terra Roxa (PR), Vila Alta (PR), Rosana (SP) Federal Área de Relevante Interesse Ecológico Category IV Mata Atlântica Santa Rita do Passa Quatro (SP) SP 251 0000.00.0032 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 0000.00.0036 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 0000.00.0037 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 0000.00.0040 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 0000.00.0041 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 0000.00.0064 0000.00.0071 0000.00.0073 252 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade ÁREA DE RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICA PÉDE-GIGANTE ÁREA DE RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICA ILHA AMEIXAL ÁREA DE RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICO ILHAS QUEIMADA GRANDE E QUEIMADA PEQUENA ÁREA DE RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICA MATA DE SANTA GENEBRA ÁREA DE RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICA MATÃO DE COSMÓPOLIS Federal Área de Relevante Interesse Ecológico Category IV Mata Atlântica Santa Rita do Passa Quatro (SP) SP Federal Área de Relevante Interesse Ecológico Category IV Mata Atlântica Peruíbe (SP) SP Federal Área de Relevante Interesse Ecológico Category IV Marinho Peruíbe (SP) SP Federal Área de Relevante Interesse Ecológico Category IV Cerrado Paulínia (SP) SP Federal Área de Relevante Interesse Ecológico Category IV Cerrado Artur Nogueira (SP), Cosmópolis (SP) SP ESTAÇÃO ECOLÓGICA TUPINAMBÁS Federal Estação Ecológica Category Ia Marinho São Sebastião (SP), Ubatuba (SP) SP ESTAÇÃO ECOLÓGICA DOS TUPINIQUINS Federal Estação Ecológica Category Ia Marinho Cananéia (SP), Itanhaém (SP), Peruíbe (SP) SP ESTAÇÃO ECOLÓGICA MICO LEÃO PRETO Federal Estação Ecológica Category Ia Mata Atlântica Euclides da Cunha Paulista (SP), Marabá Paulista (SP), Presidente Epitácio (SP), Teodoro Sampaio (SP) SP 0000.00.0079 0000.00.0094 0000.00.0098 0000.00.0142 0000.00.0234 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade FLORESTA NACIONAL DE CAPÃO BONITO Federal Floresta Category VI Mata Atlântica Buri (SP), Capâo Bonito (SP) SP FLORESTA NACIONAL DE IPANEMA Federal Floresta Category VI Mata Atlântica Araçoiaba da Serra (SP), Capela do Alto (SP), Iperó (SP) SP FLORESTA NACIONAL DE LORENA Federal Floresta Category VI Mata Atlântica Lorena (SP) SP PARQUE NACIONAL DA SERRA DA BOCAINA Federal Parque Category II Mata Atlântica Angra dos Reis (RJ), Parati (RJ), Areias (SP), Cunha (SP), São José do Barreiro (SP), Ubatuba (SP) RESERVA EXTRATIVISTA MANDIRA Federal Reserva Extrativista Category VI Mata Atlântica Cananéia (SP) SP SP RJ, SP 0000.35.0798 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo PARQUE ESTADUAL DA SERRA DO MAR Estadual Parque Category II Mata Atlântica Bertioga (SP), Biritiba-Mirim (SP), Caraguatatuba (SP), Cubatão (SP), Cunha (SP), Itanhaém (SP), Juquitiba (SP), Moji das Cruzes (SP), Mongaguá (SP), Natividade da Serra (SP), Paraibuna (SP), Pedro de Toledo (SP), Peruíbe (SP), Praia Grande (SP), Salesópolis (SP), Santo André (SP), Santos (SP), São Bernardo do Campo (SP), São Luís do Paraitinga (SP), São Paulo (SP), São Sebastião (SP), São Vicente (SP), Ubatuba (SP) 0000.35.0800 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo PARQUE ESTADUAL DE CAMPOS DO JORDÃO Estadual Parque Category II Mata Atlântica Campos do Jordão (SP) SP 0000.35.0801 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo PARQUE ESTADUAL DO JURUPARÁ Estadual Parque Category II Mata Atlântica Piedade (SP), Ibiúna (SP) SP 253 0000.35.0807 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE PAULO DE FARIA Estadual Estação Ecológica Category Ia Mata Atlântica Paulo de Faria (SP) SP 0000.35.0808 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo ESTAÇÃO ECOLÓGICA JATAÍ Estadual Estação Ecológica Category Ia Cerrado Luís Antônio (SP) SP 0000.35.0810 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo PARQUE ESTADUAL CARLOS BOTELHO Estadual Parque Category II Mata Atlântica Capâo Bonito (SP), Sete Barras (SP), São Miguel Arcanjo (SP) SP 0000.35.0812 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE RIBEIRÃO PRETO Estadual Estação Ecológica Category Ia Mata Atlântica Ribeirão Preto (SP) SP 0000.35.0816 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo PARQUE ESTADUAL DO MORRO DO DIABO Estadual Parque Category II Mata Atlântica Teodoro Sampaio (SP) SP 0000.35.0817 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo ESTAÇÃO ECOLÓGICA CHAÚAS Estadual Estação Ecológica Category Ia Mata Atlântica Iguape (SP) SP 0000.35.0818 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE SÃO CARLOS Estadual Estação Ecológica Category Ia Mata Atlântica Brotas (SP) SP 0000.35.0819 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo ESTAÇÃO ECOLÓGICA IBICATU Estadual Estação Ecológica Category Ia Mata Atlântica Piracicaba (SP) SP 0000.35.0820 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo ESTAÇÃO ECOLÓGICA BANANAL Estadual Estação Ecológica Category Ia Mata Atlântica Bananal (SP) SP 254 0000.35.0821 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo ESTAÇÃO ECOLÓGICA ITABERÁ Estadual Estação Ecológica Category Ia Mata Atlântica Itaberá (SP) SP 0000.35.0823 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo PARQUE ESTADUAL DE PORTO FERREIRA Estadual Parque Category II Mata Atlântica Porto Ferreira (SP) SP 0000.35.0825 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo PARQUE ESTADUAL DAS FURNAS DO BOM JESUS Estadual Parque Category II Mata Atlântica Pedregulho (SP) SP 0000.35.0826 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo PARQUE ESTADUAL TURÍSTICO DO ALTO DO RIBEIRA Estadual Parque Category II Mata Atlântica Iporanga (SP), Apiaí (SP) SP 0000.35.0831 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo PARQUE ESTADUAL DO JUQUERY Estadual Parque Category II Cerrado Franco da Rocha (SP), Caieiras (SP) SP 0000.35.0833 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo PARQUE ESTADUAL XIXOVÁ-JAPUÍ Estadual Parque Category II Mata Atlântica São Vicente (SP), Praia Grande (SP) SP 0000.35.0834 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo Estadual Parque Category II Marinho Santos (SP) SP 0000.35.0836 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo Estadual Parque Category II Mata Atlântica Campos do Jordão (SP) SP 0000.35.0841 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo Estadual Parque Category II Mata Atlântica Cananéia (SP) SP PARQUE ESTADUAL MARINHO DA LAJE DE SANTOS PARQUE ESTADUAL DOS MANANCIAIS DE CAMPOS DO JORDÃO PARQUE ESTADUAL DA ILHA DO CARDOSO 255 0000.35.0844 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo PARQUE ESTADUAL DA CANTAREIRA 0000.35.0845 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo PARQUE ESTADUAL DO AGUAPEÍ 0000.35.0852 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo Parque Category II Mata Atlântica São Paulo (SP), Mairiporã (SP), Guarulhos (SP), Caieiras (SP) SP Estadual Parque Category II Mata Atlântica São João do Pau D'Alho (SP), Nova Independência (SP), Monte Castelo (SP), Junqueirópolis (SP), Guaraçaí (SP), Castilho (SP) SP FLORESTA ESTADUAL EDMUNDO NAVARRO DE ANDRADE Estadual Floresta Category VI Mata Atlântica Rio Claro (SP), Santa Gertrudes (SP) SP 0000.35.0853 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo PARQUE ESTADUAL DE VASSUNUNGA Estadual Parque Category II Mata Atlântica Santa Rita do Passa Quatro (SP) SP 0000.35.0854 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo PARQUE ESTADUAL DA CAMPINA DO ENCANTADO Estadual Parque Category II Mata Atlântica Pariquera-Açu (SP) SP 0000.35.0855 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo PARQUE ESTADUAL DE ILHABELA Estadual Parque Category II Mata Atlântica Ilhabela (SP) SP 0000.35.0856 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo PARQUE ESTADUAL DA ILHA ANCHIETA Estadual Parque Category II Mata Atlântica Ubatuba (SP) SP 0000.35.0857 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo ESTAÇÃO ECOLÓGICA DOS CAETETUS Estadual Estação Ecológica Category Ia Cerrado Alvinlândia (SP), Gália (SP) SP 0000.35.0859 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo PARQUE ESTADUAL DO JARAGUÁ Estadual Parque Category II Mata Atlântica São Paulo (SP), Osasco (SP) SP 256 Estadual 0000.35.0862 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo ESTAÇÃO ECOLÓGICA JURÉIA-ITATINS Estadual Estação Ecológica Category Ia Mata Atlântica Iguape (SP), Itariri (SP), Miracatu (SP), Peruíbe (SP) SP 0000.35.0863 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo ESTAÇÃO ECOLÓGICA VALINHOS Estadual Estação Ecológica Category Ia Mata Atlântica Valinhos (SP) SP 0000.35.0870 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo PARQUE ESTADUAL DO RIO PEIXE Estadual Parque Category II Mata Atlântica Dracena (SP), Ouro Verde (SP), Piquerobi (SP), Presidente Venceslau (SP) SP 0000.35.0909 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE BAURU Estadual Estação Ecológica Category Ia Mata Atlântica Bauru (SP) SP 0000.35.0910 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE ITAPETI Estadual Estação Ecológica Category Ia Mata Atlântica Moji das Cruzes (SP) SP 0000.35.0911 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE XITUÉ Estadual Estação Ecológica Category Ia Mata Atlântica Ribeirão Grande (SP) SP 0000.35.0913 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo PARQUE ESTADUAL DA ARA Estadual Parque Category II Mata Atlântica Valinhos (SP), Campinas (SP) SP 0000.00.1044 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade Federal Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Cerrado Itápolis (SP) SP 0000.00.1045 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade Federal Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica Caraguatatuba (SP) SP RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL SITIO PALMITAL RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL SÍTIO DO JACU 257 0000.00.1046 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 0000.00.1047 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 0000.00.1048 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 0000.00.1049 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 0000.00.1050 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 0000.00.1051 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 0000.00.1052 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 258 RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL SÍTIO DO CANTONEIRO RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL SÍTIO CURUCUTU RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL SÍTIO CAPUAVINHA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL MEANDROS II RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL RESERVA ECOLÓGICA AMADEU BOTELHO RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL PARQUE FLORESTAL SÃO MARCELO RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL SÍTIO PITHON Federal Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica Monteiro Lobato (SP) SP Federal Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica São Paulo (SP) SP Federal Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica Mairiporã (SP) SP Federal Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica Ibiúna (SP) SP Federal Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica Jaú (SP) SP Federal Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica Moji-Mirim (SP) SP Federal Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica Araçariguama (SP) SP 0000.00.1053 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 0000.00.1054 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 0000.00.1055 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 0000.00.1056 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 0000.00.1058 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 0000.00.1059 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL MORRO DO CURUSSU MIRIM RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL FAZENDA SILVO AGRO-PASTORIL GONÇALVES RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL FLORESTA NEGRA, PARQUE NATURAL PARA ESTUDOS, PESQUISA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL FAZENDA SAN MICHELE RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL FAZENDA RELÓGIO QUEIMADO RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL MEANDROS Federal Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica Ubatuba (SP) SP Federal Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica Tapiraí (SP) SP Federal Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica Araçoiaba da Serra (SP) SP Federal Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica São José dos Campos (SP) SP Federal Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica Cafelândia (SP) SP Federal Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica Ibiúna (SP) SP 259 0000.00.1060 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 0000.00.1061 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 0000.00.1062 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 0000.00.1063 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 0000.00.1064 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 0000.00.1065 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 0000.00.1066 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 260 RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL MEANDROS III RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL FAZENDA HORII RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL FAZENDA BELA AURORA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL ESTÂNCIA JATOBÁ RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL CENTRO DE VIVÊNCIA COM A NATUREZA CVN RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL RESERVA RIZZIERI RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL PARQUE DOS PÁSSAROS Federal Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica Ibiúna (SP) SP Federal Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica Guapiara (SP) SP Federal Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica Cruzeiro (SP) SP Federal Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica Jaguariúna (SP) SP Federal Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica Araçoiaba da Serra (SP) SP Federal Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica São Sebastião (SP) SP Federal Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Cerrado Bragança Paulista (SP) SP 0000.00.1067 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 0000.00.1068 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 0000.00.1069 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 0000.00.1070 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 0000.00.1071 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 0000.00.1072 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 0000.00.1073 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 0000.00.1074 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL FAZENDA PALMIRA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL SÍTIO RYAN RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL SÍTIO SABIUNA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL TOQUE TOQUE PEQUENO RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL VOTURUNA II RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL VOTURUNA V RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL FAZENDA SERRINHA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL ECOWORLD Federal Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Cerrado Serra Azul (SP) SP Federal Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica Itapevi (SP) SP Federal Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica Joanópolis (SP) SP Federal Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica São Sebastião (SP) SP Federal Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica Santana de Parnaíba (SP) SP Federal Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica Pirapora do Bom Jesus (SP) SP Federal Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica Bragança Paulista (SP) SP Federal Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica Atibaia (SP) SP 261 RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL CARBOCLORO S/A RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL SÍTIO PRIMAVERA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL BACIA DO PARAÍBA DO SUL 0000.00.1075 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 0000.00.1076 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 0000.00.1521 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 0950.35.1570 Secretaria Municipal de Meio Ambiente Prefeitura Municipal de Campinas AREA DE PROTEçãO AMBIENTAL DE CAMPINAS Municipal Área de Proteção Ambiental Category V Mata Atlântica Campinas (SP) SP 0000.35.1672 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo ESTAÇÃO ECOLÓGICA DO BARREIRO RICO Estadual Estação Ecológica Category Ia Mata Atlântica Anhembi (SP) SP 0000.35.1675 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo PARQUE ESTADUAL CAVERNA DO DIABO Estadual Parque Category II Mata Atlântica Iporanga (SP), Eldorado (SP), Cajati (SP), Barra do Turvo (SP) SP 0000.35.1676 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo PARQUE ESTADUAL INTERVALES Estadual Parque Category II Mata Atlântica Ribeirão Grande (SP) SP 0000.35.1677 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo PARQUE ESTADUAL DO ITINGUÇU Estadual Parque Category II Mata Atlântica Peruíbe (SP), Iguape (SP) SP 262 Federal Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica Cubatão (SP) SP Federal Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica São Luís do Paraitinga (SP) SP Federal Área de Proteção Ambiental Category V Mata Atlântica Aparecida (SP) SP 0000.35.1678 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo PARQUE ESTADUAL LAGAMAR DE CANANEIA Estadual Parque Category II Mata Atlântica Cananéia (SP), Jacupiranga (SP) SP 0000.35.1679 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo PARQUE ESTADUAL DO PRELADO Estadual Parque Category II Mata Atlântica Iguape (SP) SP 0000.35.1681 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo REFÚGIO DE VIDA SILVESTRE DAS ILHAS DO ABRIGO E GUARARITAMA Estadual Refúgio de Vida Silvestre Category III Mata Atlântica Peruíbe (SP) SP 0000.35.1685 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo RESERVA EXTRATIVISTA ILHA DO TUMBA Estadual Reserva Extrativista Category VI Marinho Cananéia (SP) SP 0000.35.1686 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo RESERVA EXTRATIVISTA TAQUARI Estadual Reserva Extrativista Category VI Mata Atlântica Cananéia (SP) SP 0000.35.1687 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo RDS DA BARRA DO UNA Estadual Reserva de Desenvolvim ento Sustentável Category VI Mata Atlântica Peruíbe (SP) SP 0000.35.1688 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo RDS BARREIRO ANHEMAS Estadual Reserva de Desenvolvim ento Sustentável Category VI Mata Atlântica Barra do Turvo (SP) SP 0000.35.1689 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo RDS DO DESPRAIADO Estadual Reserva de Desenvolvim ento Sustentável Category VI Mata Atlântica Iguape (SP) SP 0000.35.1690 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo Estadual Reserva de Desenvolvim ento Sustentável Category VI Mata Atlântica Cajati (SP) SP RDS LAVRAS 263 0000.35.1691 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo RDS DOS PINHEIRINHOS Estadual Reserva de Desenvolvim ento Sustentável Category VI Mata Atlântica Barra do Turvo (SP) SP 0000.35.1692 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo RDS QUILOMBOS DE BARRA DO TURVO Estadual Reserva de Desenvolvim ento Sustentável Category VI Mata Atlântica Barra do Turvo (SP) SP 0000.35.1693 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo RDS ITAPANHAPIMA Estadual Reserva de Desenvolvim ento Sustentável Category VI Mata Atlântica Cananéia (SP) SP 0000.35.1695 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo APA CABREUVA Estadual Área de Proteção Ambiental Category V Mata Atlântica Cabreúva (SP), Indaiatuba (SP), Itu (SP), Salto (SP) SP 0000.35.1696 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo APA CAJAMAR Estadual Área de Proteção Ambiental Category V Mata Atlântica Cajamar (SP) SP 0000.35.1697 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo APA CAJATI Estadual Área de Proteção Ambiental Category V Mata Atlântica Campos do Jordão (SP) SP 0000.35.1698 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo APA CAMPOS DO JORDÃO Estadual Área de Proteção Ambiental Category V Mata Atlântica Campos do Jordão (SP) SP 0000.35.1700 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo APA CORUMBATAí, BOTUCATU E TEJUPá PERIMETRO CORUMBATAí Estadual Área de Proteção Ambiental Category V Mata Atlântica Analândia (SP), Barra Bonita (SP), Brotas (SP), Corumbataí (SP), Dois Córregos (SP), Ipeúna (SP), Itirapina (SP), Mineiros do Tietê (SP), Rio Claro (SP), Santa Maria da Serra (SP), São Carlos (SP), São Pedro (SP) SP 0000.35.1701 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo APA IBITINGA Estadual Área de Proteção Ambiental Category V Mata Atlântica Ibitinga (SP) SP 264 0000.35.1702 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo APA ILHA COMPRIDA 0000.35.1703 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo Estadual Área de Proteção Ambiental Category V Mata Atlântica Ilha Comprida (SP) SP APA ITUPARARANGA Estadual Área de Proteção Ambiental Category V Mata Atlântica Alumínio (SP), Cotia (SP), Ibiúna (SP), Mairinque (SP), Piedade (SP), São Roque (SP), Vargem Grande Paulista (SP), Votorantim (SP) SP 0000.35.1704 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo APA JUNDIAí Estadual Área de Proteção Ambiental Category V Mata Atlântica Campo Limpo Paulista (SP), Itupeva (SP), Jarinu (SP), Jundiaí (SP) SP 0000.35.1706 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo APA MORRO DE SãO BENTO Estadual Área de Proteção Ambiental Category V Mata Atlântica Ribeirão Preto (SP) SP 0000.35.1707 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo APA PARQUE E FAZENDA DO CARMO Estadual Área de Proteção Ambiental Category V Mata Atlântica São Paulo (SP) SP SP 0000.35.1708 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo APA PIRACICABA JUQUERí-MIRIM AREA II Estadual Área de Proteção Ambiental Category V Mata Atlântica Amparo (SP), Analândia (SP), Bragança Paulista (SP), Campinas (SP), Charqueada (SP), Corumbataí (SP), Holambra (SP), Ipeúna (SP), Itirapina (SP), Jaguariúna (SP), Joanópolis (SP), Mairiporã (SP), Monte Alegre do Sul (SP), Morungaba (SP), Nazaré Paulista (SP), Pedra Bela (SP), Pedreira (SP), Pinhalzinho (SP), Piracaia (SP), Rio Claro (SP), Santo Antônio de Posse (SP), Serra Negra (SP), Socorro (SP), Tuiuti (SP), Vargem (SP) 0000.35.1709 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo APA PLANALTO DO TURVO Estadual Área de Proteção Ambiental Category V Mata Atlântica Barra do Turvo (SP), Cajati (SP) SP 0000.35.1710 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo APA QUILOMBOS DO MéDIO RIBEIRA Estadual Área de Proteção Ambiental Category V Mata Atlântica Barra do Turvo (SP), Eldorado (SP), Iporanga (SP) SP 265 0000.35.1711 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo APA REPRESA BAIRRO DA USINA 0000.35.1712 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo Estadual Área de Proteção Ambiental Category V Mata Atlântica Atibaia (SP) SP APA RIO BATALHA Estadual Área de Proteção Ambiental Category V Mata Atlântica Agudos (SP), Avaí (SP), Balbinos (SP), Bauru (SP), Duartina (SP), Gália (SP), Pirajuí (SP), Piratininga (SP), Presidente Alves (SP), Reginópolis (SP), Uru (SP) SP 0000.35.1713 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo APA RIO PARDINHO E RIO VERMELHO Estadual Área de Proteção Ambiental Category V Mata Atlântica Barra do Turvo (SP) SP 0000.35.1715 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo APA SAPUCAí MIRIM Estadual Área de Proteção Ambiental Category V Mata Atlântica Santo Antônio do Pinhal (SP), São Bento do Sapucaí (SP) SP 0000.35.1716 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo APA SERRA DO MAR Estadual Área de Proteção Ambiental Category V Mata Atlântica Apiaí (SP), Capâo Bonito (SP), Eldorado (SP), Guapiara (SP), Ibiúna (SP), Iporanga (SP), Juquitiba (SP), Juquiá (SP), Miracatu (SP), Pedro de Toledo (SP), Pilar do Sul (SP), Sete Barras (SP), Tapiraí (SP) SP 0000.35.1717 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo APA SILVEIRAS Estadual Área de Proteção Ambiental Category V Mata Atlântica Silveiras (SP) SP 0000.35.1718 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo APA SISTEMA CANTAREIRA Estadual Área de Proteção Ambiental Category V Mata Atlântica Atibaia (SP), Bragança Paulista (SP), Joanópolis (SP), Mairiporã (SP), Nazaré Paulista (SP), Piracaia (SP), Vargem (SP) SP 0000.35.1719 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo APA TIETê Estadual Área de Proteção Ambiental Category V Mata Atlântica Tietê (SP) SP 0000.35.1720 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo Mata Atlântica Barueri (SP), Biritiba-Mirim (SP), Carapicuíba (SP), Guarulhos (SP), Itaquaquecetuba (SP), Moji das Cruzes (SP), Osasco (SP), Poá (SP), Salesópolis (SP), Santana de Parnaíba (SP), Suzano (SP), São Paulo (SP) SP 266 APA VáRZEA DO RIO TIETê Estadual Área de Proteção Ambiental Category V 0000.35.1721 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo APA MARINHA DO LITORAL NORTE 0000.35.1722 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo Estadual Área de Proteção Ambiental Category V Marinho Caraguatatuba (SP), Ilhabela (SP), São Sebastião (SP), Ubatuba (SP) SP ARIE DE SãO SEBASTIãO Estadual Área de Relevante Interesse Ecológico Category IV Marinho Caraguatatuba (SP), Ilhabela (SP), São Sebastião (SP), Ubatuba (SP) SP 0000.35.1723 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo APA MARINHA DO LITORAL CENTRO Estadual Área de Proteção Ambiental Category V Marinho Bertioga (SP), Guarujá (SP), Itanhaém (SP), Mongaguá (SP), Peruíbe (SP), Praia Grande (SP), Santos (SP), São Vicente (SP) SP 0000.35.1724 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo APA MARINHA DO LITORAL SUL Estadual Área de Proteção Ambiental Category V Marinho Cananéia (SP), Iguape (SP), Ilha Comprida (SP) SP 0000.35.1725 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo Estadual Área de Relevante Interesse Ecológico Category IV Marinho Ilha Comprida (SP) SP Municipal Parque Category II Mata Atlântica Mirassol (SP) SP Municipal Área de Proteção Ambiental Category V Mata Atlântica São Paulo (SP) SP Municipal Área de Proteção Ambiental Category V Mata Atlântica São Paulo (SP) SP Municipal Parque Category II Mata Atlântica São Paulo (SP) SP 3030.35.1942 Prefeitura Municipal de Mirassol - SP 5030.35.1959 Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo - SP 5030.35.1961 Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo - SP 5030.35.1962 Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo - SP ARIE DO GUARá PARQUE NATURAL MUNICIPAL DA GROTA DE MIRASSOL ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL MUNICIPAL DO CAPIVARIMONOS ÁREA DE PROTEçãO AMBIENTAL BORORéCOLôNIA PARQUE NATURAL MUNICIPAL FAZENDA DO 267 CARMO 0000.35.1964 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo PARQUE ESTADUAL RESTINGA DE BERTIOGA Estadual Parque Category II Mata Atlântica Bertioga (SP) SP 0000.35.1965 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo PARQUE ESTADUAL DE ITAPETINGA Estadual Parque Category II Mata Atlântica Atibaia (SP), Bom Jesus dos Perdões (SP), Mairiporã (SP), Nazaré Paulista (SP) SP 0000.35.1966 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo PARQUE ESTADUAL DE ITABERABA Estadual Parque Category II Mata Atlântica Arujá (SP), Guarulhos (SP), Nazaré Paulista (SP), Santa Isabel (SP) SP 0000.35.1967 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo MONUMENTO NATURAL ESTADUAL DA PEDRA GRANDE Estadual Monumento Natural Category III Mata Atlântica Atibaia (SP), Bom Jesus dos Perdões (SP), Mairiporã (SP), Nazaré Paulista (SP) SP 0000.35.1968 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo MONUMENTO NATURAL ESTADUAL DA PEDRA DO BAú Estadual Monumento Natural Category III Mata Atlântica São Bento do Sapucaí (SP) SP 0000.35.1969 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo PARQUE ESTADUAL DO RIO TURVO Estadual Parque Category II Mata Atlântica Barra do Turvo (SP), Cajati (SP), Jacupiranga (SP) SP 5030.35.1971 Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo - SP Municipal Parque Category II Mata Atlântica São Paulo (SP) SP 0000.35.1972 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo Estadual Área de Proteção Ambiental Category V Cerrado Angatuba (SP), Avaré (SP), Barra Bonita (SP), Bofete (SP), Botucatu (SP), Guareí (SP), Itatinga (SP), Pardinho (SP), Porangaba (SP) SP 268 PARQUE NATURAL MUNICIPAL DA CRATERA DE COLôNIA APA CORUMBATAÍ BOTUCATU TEJUPA PERIMETRO BOTUCATU 0000.35.1973 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo APA CORUMBATAÍ BOTUCATU TEJUPÁ PERIMETRO TEJUPá Estadual Área de Proteção Ambiental Category V Cerrado Fartura (SP), Piraju (SP), Sarutaiá (SP), Taguaí (SP), Tejupá (SP), Timburi (SP) SP SP Estadual Área de Proteção Ambiental Category V Mata Atlântica Amparo (SP), Analândia (SP), Bragança Paulista (SP), Campinas (SP), Charqueada (SP), Corumbataí (SP), Holambra (SP), Ipeúna (SP), Itirapina (SP), Jaguariúna (SP), Joanópolis (SP), Mairiporã (SP), Monte Alegre do Sul (SP), Morungaba (SP), Nazaré Paulista (SP), Pedra Bela (SP), Pedreira (SP), Pinhalzinho (SP), Piracaia (SP), Rio Claro (SP), Santo Antônio de Posse (SP), Serra Negra (SP), Socorro (SP), Tuiuti (SP), Vargem (SP) Estadual Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica Mairiporã (SP) SP Estadual Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica Guatapará (SP) SP Estadual Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica Moji das Cruzes (SP) SP RPPN SAO JUDAS TADEU Estadual Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica Juquitiba (SP) SP 4850.35.2063 Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Santos - SP ÁREA DE PROTEçãO AMBIENTAL SANTOS CONTINENTE Municipal Área de Proteção Ambiental Category V Mata Atlântica Santos (SP) SP 0000.00.2083 Instituto Chico Mendes de Conservação da RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO Reserva Particular do Patrimônio Category IV Cerrado Barretos (SP) SP 0000.35.1974 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo 0000.35.2015 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo RPPN PARAÍSO 0000.35.2017 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo RPPN TOCA DA PACA 0000.35.2019 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo RPPN MAHAYANA 0000.35.2020 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo APA PIRACICABA JUQUERI MIRIM ÁREA I Federal 269 Biodiversidade 0000.00.2148 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 0000.00.2201 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 0000.00.2224 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 0000.00.2230 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 0000.00.2236 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 0000.00.2237 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 2590.35.2246 Prefeitura de Jundiaí SP 0000.35.2262 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo 270 NATURAL CAVA II RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL PARQUE DAS NASCENTES RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL RIO DOS PILÕES RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL TRILHA COROADOS - FB RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL VALE DO CORISCO RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL VISTA BONITA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL VOTURUNA RESERVA BIOLóGICA MUNICIPAL DA SERRA DO JAPI RPPN O PRIMATA Natural Federal Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica Bragança Paulista (SP) SP Federal Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica Santa Isabel (SP) SP Federal Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica Presidente Alves (SP) SP Federal Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica Itararé (SP) SP Federal Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica Sandovalina (SP) SP Federal Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica Santana de Parnaíba (SP) SP Municipal Reserva Biológica Category Ia Mata Atlântica Jundiaí (SP) SP Estadual Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica São José dos Campos (SP) SP 0000.35.2317 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo RPPN MOSQUITO Estadual Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica Narandiba (SP) SP 0000.35.2318 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo RPPN SERRA DO ITATINS Estadual Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica Iguape (SP) SP 0000.35.2325 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo RPPN POUSADA CAMPOS DA BOCAINA Estadual Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica São José do Barreiro (SP) SP 0000.35.2326 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo RPPN FAZENDA RENOPOLIS Estadual Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica Santo Antônio do Pinhal (SP) SP 0000.35.2559 Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SP PARQUE ESTADUAL ALBERTO LöFGREN Estadual Parque Category II Mata Atlântica São Paulo (SP) SP 5030.35.2562 Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo - SP Municipal Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica São Paulo (SP) SP 4780.35.2580 Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André - SP Municipal Parque Category II Mata Atlântica Santo André (SP) SP 4990.35.2587 Secretaria de Meio Ambiente - Prefeitura Municipal de São José dos Campos - SP Municipal Parque Category II Mata Atlântica São José dos Campos (SP) SP RESERVA PARTICULAR DO PATRIMONIO NATURAL MUTINGA PARQUE NATURAL MUNICIPAL DO PEDROSO PARQUE NATURAL MUNICIPAL AUGUSTO RUSCHI 271 0000.35.2589 Departamento de Descentralização do Desenvolvimento/Age ncia Paulista de Tecnologia das Agronegócios/Secretar ia de Agricultura e Abastecimento/Gover no do Estado de São Paulo RESERVA BIOLóGICA DE ANDRADINA Estadual Reserva Biológica Category Ia Mata Atlântica Andradina (SP) SP 0000.35.2605 Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SP ESTAçãO ECOLóGICA DE MARíLIA Estadual Estação Ecológica Category Ia Mata Atlântica Marília (SP) SP 0000.35.2606 Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SP ESTAçãO ECOLóGICA DE AVARé Estadual Estação Ecológica Category Ia Cerrado Avaré (SP) SP 0000.35.2617 Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SP ESTAçãO ECOLóGICA DE MOGI-GUAçU Estadual Estação Ecológica Category Ia Mata Atlântica Mogi Guaçu (SP) SP 0000.35.2618 Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SP FLORESTA ESTADUAL PEDERNEIRAS Estadual Floresta Category VI Mata Atlântica Pederneiras (SP) SP 0950.35.2631 Secretaria Municipal de Meio Ambiente Prefeitura Municipal de Campinas PARQUE NATURAL MUNICIPAL DOS JATOBáS Municipal Parque Category II Cerrado Campinas (SP) SP 0000.35.2635 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo RPPN FLORESTA DAS AGUAS PERENES Estadual Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica Brotas (SP), Ribeirão Bonito (SP) SP 0950.35.2637 Secretaria Municipal de Meio Ambiente Prefeitura Municipal de Campinas PARQUE NATURAL MUNICIPAL DO CAMPO GRANDE Municipal Parque Category II Mata Atlântica Campinas (SP) SP 272 0950.35.2638 Secretaria Municipal de Meio Ambiente Prefeitura Municipal de Campinas ÁREA DE PROTEçãO AMBIENTAL DO CAMPO GRANDE Municipal Área de Proteção Ambiental Category V Mata Atlântica Campinas (SP) SP 0750.35.2662 Secretaria Municipal de Meio Ambiente Botucatu PARQUE NATURAL MUNICIPAL CACHOEIRA DA MARTA Municipal Parque Category II Mata Atlântica Botucatu (SP) SP 0000.35.2666 Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SP ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE ITAPEVA Estadual Estação Ecológica Category Ia Cerrado Itapeva (SP) SP 0000.35.2669 Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SP ESTAçãO ECOLóGICA DE PARANAPANEMA Estadual Estação Ecológica Category Ia Mata Atlântica Paranapanema (SP) SP 0000.35.2672 Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas da UNESP - Câmpus São José do Rio Preto ESTAçãO ECOLóGICA DO NOROESTE PAULISTA Estadual Estação Ecológica Category Ia Mata Atlântica Mirassol (SP), São José do Rio Preto (SP) SP 0000.35.2697 Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SP ESTAçãO ECOLóGICA DE SANTA MARIA Estadual Estação Ecológica Category Ia Mata Atlântica São Simão (SP) SP 0000.35.2698 Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SP FLORESTA ESTADUAL SERRA D'ÁGUA Estadual Floresta Category VI Mata Atlântica Campinas (SP) SP 0000.35.2699 Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SP ESTAçãO ECOLóGICA DE SANTA BáRBARA Estadual Estação Ecológica Category Ia Cerrado Águas de Santa Bárbara (SP) SP 0000.35.2700 Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SP FLORESTA ESTADUAL DE GUARULHOS Estadual Floresta Category VI Mata Atlântica Guarulhos (SP) SP 273 0000.35.2701 Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SP ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE ITIRAPINA 0000.35.2720 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo RPPN SITIO KON TIKI 3800.35.2723 Secretaria de Governo - Prefeitura de Pindamonhangaba 0000.00.2741 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 5220.35.2750 Secretaria de Meio Ambiente - Prefeitura de Sorocaba 1050.35.2776 Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca da Estância Balneária de Caraguatatuba PARQUE NATURAL MUNICIPAL DO JUQUERIQUERê 0000.35.2795 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo 4730.35.2799 Prefeitura do Município de Santana de Parnaíba - SP 274 Estadual Estação Ecológica Category Ia Cerrado Brotas (SP), Itirapina (SP) SP Estadual Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica Santa Rita do Passa Quatro (SP) SP Municipal Parque Category II Mata Atlântica Pindamonhangaba (SP) SP Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica Ibiúna (SP) SP Municipal Parque Category II Mata Atlântica Sorocaba (SP) SP Municipal Parque Category II Mata Atlântica Caraguatatuba (SP) SP RPPN RESERVA DO DADINHO Estadual Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica Atibaia (SP) SP RESERVA BIOLóGICA TAMBORé Municipal Reserva Biológica Category Ia Mata Atlântica Santana de Parnaíba (SP) SP PARQUE NATURAL MUNICIPAL DO TRABIJU RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL CRUZ PRETA PARQUE NATURAL MUNICIPAL CORREDORES DE BIODIVERSIDAD E Federal 3560.35.2836 Diretoria Municipal de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente - Paraibuna / SP PARQUE NATURAL MUNICIPAL "DOUTOR RUI CALAZANS DE ARAÚJO" Municipal Parque Category II Mata Atlântica Paraibuna (SP) SP 0000.35.2839 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo PARQUE ESTADUAL NASCENTES DO PARANAPANEMA Estadual Parque Category II Mata Atlântica Capâo Bonito (SP) SP 1340.35.2840 Secretaria Municipal de Meio Ambiente Cruzeiro / SP Municipal Monumento Natural Category III Mata Atlântica Cruzeiro (SP) SP 4780.35.2857 Secretaria de Gestão de Recursos Naturais de Paranapiacaba e Parque Andreense SP Municipal Parque Category II Mata Atlântica Santo André (SP) SP 0000.35.2867 Instituto de Botância de São Paulo Estadual Parque Category II Mata Atlântica São Paulo (SP) SP 0000.35.2875 Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo RPPN SITIO MANACA Estadual Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica Guaratinguetá (SP) SP 0000.35.2935 Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SP ESTAçãO ECOLóGICA DE ASSIS Estadual Estação Ecológica Category Ia Cerrado Assis (SP) SP 0000.35.2936 Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SP ESTAçãO ECOLóGICA DE ANGATUBA Estadual Estação Ecológica Category Ia Cerrado Angatuba (SP), Guareí (SP) SP 0000.35.2937 Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SP FLORESTA ESTADUAL DE ASSIS Estadual Floresta Category VI Cerrado Assis (SP) SP MONUMENTO NATURAL MUNICIPAL DO PICO DO ITAGUARÉ PARQUE NATURAL MUNICIPAL NASCENTES DE PARANAPIACABA PARQUE ESTADUAL DAS FONTES DO IPIRANGA 275 4870.35.2955 Prefeitura Municipal de São Bernardo do Campo - Secretaria de Gestão Ambiental / SP 0000.00.3093 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 0000.00.3094 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade Fonte: MMA, 2014 276 PARQUE NATURAL MUNICIPAL ESTORIL VIRGíLIO SIMIONATO RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL RIO VERMELHO RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL ÁGUAS CLARAS Parque Category II Mata Atlântica São Bernardo do Campo (SP) SP Federal Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica Bananal (SP) SP Federal Reserva Particular do Patrimônio Natural Category IV Mata Atlântica São Luís do Paraitinga (SP) SP Municipal Anexo 4. Lista de Aves do Parque Estadual da Serra do Mar O trabalhado abaixo foi elaborado por Fábio Schunck, pesquisador especializado em aves. A lista atual do Parque Estadual da Serra do Mar (PESM) possui 468 espécies de aves, sendo 142 endêmicas da Mata Atlântica (Bencke et al., 2006), 39 espécies ameaçadas no estado de São Paulo (São Paulo, 2014), 12 espécies ameaçadas a nível nacional (MMA, 2014) e 52 espécies ameaçadas globalmente (IUCN, 2012). Em relação a lista das aves do PESM elaborada em 2006 (Buzzetti, 2006), 14 espécies foram retiradas por falta de documentação ou por estar fora da sua área de ocorrência, 109 espécies foram adicionadas por serem registros recentes ou por não terem sido compiladas anteriormente e 359 espécies permaneceram sem alterações. A avifauna do PESM está dividida atualmente da seguinte maneira entre os dez núcleos administrativos: Curucutu (365), Bertioga (353), Padre Dória (314), Picinguaba (308), Caraguatatuba (296), Cunha (274), Santa Virgínia (256), Itutinga-Pilões (230), Itariru (165) e São Sebastião (162). Esta lista atual foi elaborada com registros exclusivos feitos dentro dos limites desta UC, os registros disponíveis para o seu entorno, mesmo que direto, não foram considerados. Foram consultadas as seguintes fontes: Pinto, 1938; 1944; Wiilis & Oniki, 1981; 1985; 1993; 2003; Wege & Long, 1995; Whitney & Pacheco, 1995; Höfling & Lencioni-Neto, 1992; Goerck, 1999; Marques, 2004; Bencke et al., 2006; Buzzetti, 2006; Agnello, 2007; Gussoni, 2007; Cavarzere, 2010, Cavarzere et al., 2010, Ambiens, 2013; Silveira, 2013; CEO, 2014 e Minns et al., 2009, além de informações disponíveis nas bases digitais online wikiaves (www.wikiaves.co.br) e xeno-canto (www.xeno-canto.org). Foram utilizados dados não publicados do pesquisador Fabio Schunck para diferentes Núcleos do PESM, principalmente o Núcleo Curucutu, onde ele realiza um estudo ornitológico desde 2007. Os dados atribuídos ao Núcleo Bertioga, são em sua maioria, informações disponíveis para a Estação Biológica de Boracéia, que situa-se na parte alta da Serra do Mar, uma região que abrange tanto o Núcleo Padre Dória como uma parte do Núcleo Bertioga localizada no Planalto. 277 Tabela 1. Lista de aves do Parque Estadual da Serra do Mar, SP. Status de Ameaça NOME DO TÁXON Tinamiformes Tinamidae Tinamus solitarius Crypturellus obsoletus Crypturellus noctivagus Crypturellus tataupa Anseriformes Anhimidae Anhima cornuta Anatidae Dendrocygna bicolor Dendrocygna viduata Dendrocygna autumnalis Cairina moschata Amazonetta brasiliensis Netta erythrophthalma Nomonyx dominica Galliformes Cracidae Penelope obscura Aburria jacutinga Odontophoridae Odontophorus capueira Podicipediformes Podicipedidae Tachybaptus dominicus Podilymbus podiceps Suliformes Fregatidae Fregata magnificens Sulidae Sula leucogaster 278 NOME COMUM NOME EM INGLÊS Ambiente típico Endêmica São Paulo F F F F X X X X macuco inhambuguaçu jaó-do-sul inhambu-chintã Solitary Tinamou Brown Tinamou Yellow-legged Tinamou Tataupa Tinamou anhuma Horned Screamer AL marreca-caneleira irerê asa-branca pato-do-mato pé-vermelho paturi-preta marreca-de-bico-roxo Fulvous Whistling-Duck White-faced Whistling-Duck Black-bellied Whistling-Duck Muscovy Duck Brazilian Teal Southern Pochard Masked Duck AL AL AL AL AL AL AL jacuaçu jacutinga Dusky-legged Guan Black-fronted Piping-Guan F F X uru Spot-winged Wood-Quail F X mergulhão-pequeno mergulhão-caçador Least Grebe Pied-billed Grebe AL AL tesourão Magnificent Frigatebird P atobá-pardo Brown Booby P Brasil IUCN NT VU NT EN EN X X Phalacrocoracidae Phalacrocorax brasilianus Anhingidae Anhinga anhinga Pelecaniformes Ardeidae Tigrisoma lineatum Nycticorax nycticorax Butorides striata Bubulcus ibis Ardea cocoi Ardea alba Syrigma sibilatrix Pilherodius pileatus Egretta thula Egretta caerulea Threskiornithidae Mesembrinibis cayennensis Theristicus caudatus Cathartiformes Cathartidae Cathartes aura Cathartes burrovianus Coragyps atratus Accipitriformes Pandionidae Pandion haliaetus Accipitridae Leptodon cayanensis Chondrohierax uncinatus Elanoides forficatus Elanus leucurus Harpagus diodon Accipiter poliogaster Accipiter superciliosus Accipiter striatus Accipiter bicolor biguá Neotropic Cormorant AL biguatinga Anhinga AL socó-boi savacu socozinho garça-vaqueira garça-moura garça-branca-grande maria-faceira garça-real garça-branca-pequena garça-azul Rufescent Tiger-Heron Black-crowned Night-Heron Striated Heron Cattle Egret Cocoi Heron Great Egret Whistling Heron Capped Heron Snowy Egret Little Blue Heron AL AL AL C,AL AL AL C,AL C,AL AL AL coró-coró curicaca Green Ibis Buff-necked Ibis F,AL C,A urubu-de-cabeça-vermelha urubu-de-cabeça-amarela urubu-de-cabeça-preta Turkey Vulture Lesser Yellow-headed Vulture Black Vulture águia-pescadora Osprey gavião-de-cabeça-cinza caracoleiro gavião-tesoura gavião-peneira gavião-bombachinha tauató-pintado gavião-miudinho gavião-miúdo gavião-bombachinha-grande Gray-headed Kite Hook-billed Kite Swallow-tailed Kite White-tailed Kite Rufous-thighed Kite Gray-bellied Hawk Tiny Hawk Sharp-shinned Hawk Bicolored Hawk F,C,A,AL F,C,A,AL F,C,A,AL AL F,C,A F,C,A,AL F,C,A C,A F F F F F NT 279 Ictinia plumbea Rostrhamus sociabilis Geranospiza caerulescens Heterospizias meridionalis Amadonastur lacernulatus Urubitinga urubitinga Rupornis magnirostris Parabuteo leucorrhous Geranoaetus albicaudatus Pseudastur polionotus Buteo nitidus Buteo brachyurus Spizaetus tyrannus Spizaetus melanoleucus Gruiformes Aramidae Aramus guarauna Rallidae Aramides cajaneus Aramides saracura Amaurolimnas concolor Laterallus melanophaius Laterallus leucopyrrhus Porzana albicollis Pardirallus nigricans Gallinula galeata Porphyrio martinicus Charadriiformes Charadriidae Vanellus chilensis Pluvialis squatarola Charadrius semipalmatus Charadrius collaris Scolopacidae Gallinago undulata Bartramia longicauda Actitis macularius Tringa solitaria 280 sovi gavião-caramujeiro gavião-pernilongo gavião-caboclo gavião-pombo-pequeno gavião-preto gavião-carijó gavião-de-sobre-branco gavião-de-rabo-branco gavião-pombo-grande gavião-pedrês gavião-de-cauda-curta gavião-pega-macaco gavião-pato Plumbeous Kite Snail Kite Crane Hawk Savanna Hawk White-necked Hawk Great Black-Hawk Roadside Hawk White-rumped Hawk White-tailed Hawk Mantled Hawk Gray Hawk Short-tailed Hawk Black Hawk-Eagle Black-and-white Hawk-Eagle carão Limpkin saracura-três-potes saracura-do-mato saracura-lisa sanã-parda sanã-vermelha sanã-carijó saracura-sanã frango-d'água-comum frango-d'água-azul Gray-necked Wood-Rail Slaty-breasted Wood-Rail Uniform Crake Rufous-sided Crake Red-and-white Crake Ash-throated Crake Blackish Rail Common Gallinule Purple Gallinule quero-quero batuiruçu-de-axila-preta batuíra-de-bando batuíra-de-coleira Southern Lapwing Black-bellied Plover Semipalmated Plover Collared Plover narcejão maçarico-do-campo maçarico-pintado maçarico-solitário Giant Snipe Upland Sandpiper Spotted Sandpiper Solitary Sandpiper F,C,A AL F,AL F,C,A,AL F F,AL F,C,A F F,C,A F,C F,C,A F,C,A F,C F,C X X X X X X AL AL AL F,AL AL AL AL AL AL AL C,A,AL AL,P AL,P AL,P AL C,AL AL,P AL,P X VU VU NT Tringa melanoleuca Calidris alba Calidris pusilla Calidris fuscicollis Jacanidae Jacana jacana Laridae Larus dominicanus Columbiformes Columbidae Columbina talpacoti Claravis pretiosa Columba livia Patagioenas picazuro Patagioenas cayennensis Patagioenas plumbea Zenaida auriculata Leptotila verreauxi Leptotila rufaxilla Geotrygon montana Cuculiformes Cuculidae Piaya cayana Coccyzus melacoryphus Coccyzus americanus Coccyzus euleri Crotophaga ani Guira guira Tapera naevia Dromococcyx pavoninus Strigiformes Tytonidae Tyto furcata Strigidae Megascops choliba Megascops atricapilla Pulsatrix koeniswaldiana maçarico-grande-de-pernaamarela maçarico-branco maçarico-rasteirinho maçarico-de-sobre-branco Greater Yellowlegs Sanderling Semipalmated Sandpiper White-rumped Sandpiper jaçanã Wattled Jacana AL gaivotão Kelp Gull P rolinha-roxa pararu-azul pombo-doméstico pombão pomba-galega pomba-amargosa pomba-de-bando juriti-pupu juriti-gemedeira pariri Ruddy Ground-Dove Blue Ground-Dove Rock Pigeon Picazuro Pigeon Pale-vented Pigeon Plumbeous Pigeon Eared Dove White-tipped Dove Gray-fronted Dove Ruddy Quail-Dove alma-de-gato papa-lagarta-acanelado papa-lagarta-de-asa-vermelha papa-lagarta-de-euler anu-preto anu-branco saci peixe-frito-pavonino Squirrel Cuckoo Dark-billed Cuckoo Yellow-billed Cuckoo Pearly-breasted Cuckoo Smooth-billed Ani Guira Cuckoo Striped Cuckoo Pavonine Cuckoo F,A F F F C,A C,A F F coruja-da-igreja American Barn Owl F,A corujinha-do-mato corujinha-sapo murucututu-de-barriga-amarela Tropical Screech-Owl Black-capped Screech-Owl Tawny-browed Owl F,A F F AL,P AL,P AL,P AL,P NT C,A F C,A F,C,A F F C,A F F F X X 281 Bubo virginianus Strix hylophila Strix virgata Glaucidium minutissimum Glaucidium brasilianum Athene cunicularia Aegolius harrisii Asio clamator Asio stygius Nyctibiiformes Nyctibiidae Nyctibius griseus Caprimulgiformes Caprimulgidae Lurocalis semitorquatus Hydropsalis albicollis Hydropsalis torquata Hydropsalis forcipata Apodiformes Apodidae Cypseloides fumigatus Cypseloides senex Streptoprocne zonaris Chaetura cinereiventris Chaetura meridionalis Panyptila cayennensis Trochilidae Ramphodon naevius Glaucis hirsutus Phaethornis squalidus Phaethornis ruber Phaethornis pretrei Phaethornis eurynome Eupetomena macroura Aphantochroa cirrochloris Florisuga fusca Colibri serrirostris 282 jacurutu coruja-listrada coruja-do-mato caburé-miudinho caburé coruja-buraqueira caburé-acanelado coruja-orelhuda mocho-diabo Great Horned Owl Rusty-barred Owl Mottled Owl Least Pygmy-Owl Ferruginous Pygmy-Owl Burrowing Owl Buff-fronted Owl Striped Owl Stygian Owl F F F F F,A C,A F,A F,A F,A X mãe-da-lua Common Potoo tuju bacurau bacurau-tesoura bacurau-tesoura-gigante Short-tailed Nighthawk Pauraque Scissor-tailed Nightjar Long-trained Nightjar taperuçu-preto taperuçu-velho taperuçu-de-coleira-branca andorinhão-de-sobre-cinzento andorinhão-do-temporal andorinhão-estofador Sooty Swift Great Dusky Swift White-collared Swift Gray-rumped Swift Sick's Swift Lesser Swallow-tailed Swift F,C F F,C,A F,C F,C,A F,C,A beija-flor-rajado balança-rabo-de-bico-torto rabo-branco-pequeno rabo-branco-rubro rabo-branco-acanelado rabo-branco-de-gargantarajada beija-flor-tesoura beija-flor-cinza beija-flor-preto beija-flor-de-orelha-violeta Saw-billed Hermit Rufous-breasted Hermit Dusky-throated Hermit Reddish Hermit Planalto Hermit F F F F F,C,A X Scale-throated Hermit Swallow-tailed Hummingbird Sombre Hummingbird Black Jacobin White-vented Violetear F F,C,A F F,C,A F,C X X NT X F F C,A C C X X X X NT Anthracothorax nigricollis Stephanoxis lalandi Lophornis magnificus Lophornis chalybeus Chlorostilbon lucidus Thalurania glaucopis Hylocharis cyanus Leucochloris albicollis Amazilia versicolor Amazilia fimbriata Amazilia lactea Clytolaema rubricauda Heliothryx auritus Calliphlox amethystina Trogoniformes Trogonidae Trogon viridis Trogon surrucura Trogon rufus Coraciiformes Alcedinidae Megaceryle torquata Chloroceryle amazona Chloroceryle aenea Chloroceryle americana Chloroceryle inda Momotidae Baryphthengus ruficapillus Galbuliformes Galbulidae Galbula ruficauda Bucconidae Notharchus swainsoni Nystalus chacuru Malacoptila striata Piciformes Ramphastidae beija-flor-de-veste-preta beija-flor-de-topete topetinho-vermelho topetinho-verde besourinho-de-bico-vermelho beija-flor-de-fronte-violeta beija-flor-roxo beija-flor-de-papo-branco beija-flor-de-banda-branca beija-flor-de-garganta-verde beija-flor-de-peito-azul beija-flor-rubi beija-flor-de-bochecha-azul estrelinha-ametista Black-throated Mango Plovercrest Frilled Coquette Festive Coquette Glittering-bellied Emerald Violet-capped Woodnymph White-chinned Sapphire White-throated Hummingbird Versicolored Emerald Glittering-throated Emerald Sapphire-spangled Emerald Brazilian Ruby Black-eared Fairy Amethyst Woodstar F,C,A C F,C,A F F,C,A F F,C,A C F,C,A F,C,A F,C,A F F F,C,A surucuá-grande-de-barrigaamarela surucuá-variado surucuá-de-barriga-amarela White-tailed Trogon Surucua Trogon Black-throated Trogon martim-pescador-grande martim-pescador-verde martinho martim-pescador-pequeno martim-pescador-da-mata Ringed Kingfisher Amazon Kingfisher American Pygmy Kingfisher Green Kingfisher Green-and-rufous Kingfisher juruva-verde Rufous-capped Motmot F ariramba-de-cauda-ruiva Rufous-tailed Jacamar F,A macuru-de-barriga-castanha joão-bobo barbudo-rajado Buff-bellied Puffbird White-eared Puffbird Crescent-chested Puffbird F F F X X NT X X X X F,AL F,AL F,AL F,AL F,AL F F,C,A F X X X NT 283 Ramphastos toco Ramphastos vitellinus Ramphastos dicolorus Selenidera maculirostris Pteroglossus bailloni Picidae Picumnus cirratus Picumnus temminckii Melanerpes candidus Melanerpes flavifrons Veniliornis spilogaster Piculus flavigula Piculus aurulentus Colaptes melanochloros Colaptes campestris Celeus flavescens Dryocopus lineatus Campephilus robustus Cariamiformes Cariamidae Cariama cristata Falconiformes Falconidae Caracara plancus Milvago chimachima Herpetotheres cachinnans Micrastur ruficollis Micrastur semitorquatus Falco sparverius Falco femoralis Psittaciformes Psittacidae Psittacara leucophthalmus Pyrrhura frontalis Forpus xanthopterygius Brotogeris tirica Touit melanonotus Pionopsitta pileata 284 tucanuçu tucano-de-bico-preto tucano-de-bico-verde araçari-poca araçari-banana Toco Toucan Channel-billed Toucan Red-breasted Toucan Spot-billed Toucanet Saffron Toucanet F,C,A F F F F pica-pau-anão-barrado pica-pau-anão-de-coleira pica-pau-branco benedito-de-testa-amarela picapauzinho-verde-carijó pica-pau-bufador pica-pau-dourado pica-pau-verde-barrado pica-pau-do-campo pica-pau-de-cabeça-amarela pica-pau-de-banda-branca pica-pau-rei White-barred Piculet Ochre-collared Piculet White Woodpecker Yellow-fronted Woodpecker White-spotted Woodpecker Yellow-throated Woodpecker Yellow-browed Woodpecker Green-barred Woodpecker Campo Flicker Blond-crested Woodpecker Lineated Woodpecker Robust Woodpecker F,A F,A C,A F F,A F F F C,A F,A F,A F seriema Red-legged Seriema C,A caracará carrapateiro acauã falcão-caburé falcão-relógio quiriquiri falcão-de-coleira Southern Caracara Yellow-headed Caracara Laughing Falcon Barred Forest-Falcon Collared Forest-Falcon American Kestrel Aplomado Falcon C,A C,A F,C F F C,A C,A periquitão-maracanã tiriba-de-testa-vermelha tuim periquito-rico apuim-de-costas-pretas cuiú-cuiú White-eyed Parakeet Maroon-bellied Parakeet Blue-winged Parrotlet Plain Parakeet Brown-backed Parrotlet Red-capped Parrot F,A F,A F,A F,A F F VU X X X X X NT X X X X NT X X X X X X VU EN Pionus maximiliani Triclaria malachitacea Passeriformes Thamnophilidae Terenura maculata Myrmotherula minor Myrmotherula unicolor Rhopias gularis Dysithamnus stictothorax Dysithamnus mentalis Dysithamnus xanthopterus Herpsilochmus rufimarginatus Thamnophilus ruficapillus Thamnophilus caerulescens Hypoedaleus guttatus Batara cinerea Mackenziaena leachii Mackenziaena severa Biatas nigropectus Myrmoderus squamosus Pyriglena leucoptera Drymophila ferruginea Drymophila rubricollis Drymophila genei Drymophila ochropyga Drymophila malura Drymophila squamata Conopophagidae Conopophaga lineata Conopophaga melanops Grallariidae Grallaria varia Hylopezus nattereri Rhinocryptidae Merulaxis ater Eleoscytalopus indigoticus maitaca-verde sabiá-cica Scaly-headed Parrot Blue-bellied Parrot F F zidedê choquinha-pequena choquinha-cinzenta choquinha-de-garganta-pintada choquinha-de-peito-pintado choquinha-lisa choquinha-de-asa-ferrugem Streak-capped Antwren Salvadori's Antwren Unicolored Antwren Star-throated Antwren Spot-breasted Antvireo Plain Antvireo Rufous-backed Antvireo F F F F F F F chorozinho-de-asa-vermelha choca-de-chapéu-vermelho Rufous-winged Antwren Rufous-capped Antshrike F F,A choca-da-mata chocão-carijó matracão borralhara-assobiadora borralhara papo-branco papa-formiga-de-grota papa-taoca-do-sul trovoada trovoada-de-bertoni choquinha-da-serra choquinha-de-dorso-vermelho choquinha-carijó pintadinho Variable Antshrike Spot-backed Antshrike Giant Antshrike Large-tailed Antshrike Tufted Antshrike White-bearded Antshrike Squamate Antbird White-shouldered Fire-eye Ferruginous Antbird Bertoni's Antbird Rufous-tailed Antbird Ochre-rumped Antbird Dusky-tailed Antbird Scaled Antbird F,A F F F F F F F F F F F F F chupa-dente cuspidor-de-máscara-preta Rufous Gnateater Black-cheeked Gnateater F F X X tovacuçu pinto-do-mato Variegated Antpitta Speckle-breasted Antpitta F F X entufado macuquinho Slaty Bristlefront White-breasted Tapaculo F F X X X X X X X X X X X NT VU VU NT NT X X X X X X X X X X X X X X VU X NT NT NT 285 Scytalopus speluncae Psilorhamphus guttatus Formicariidae Formicarius colma Chamaeza campanisona Chamaeza meruloides Chamaeza ruficauda Scleruridae Sclerurus macconnelli Sclerurus scansor Dendrocolaptidae Dendrocincla turdina Sittasomus griseicapillus Xiphorhynchus fuscus Campylorhamphus falcularius Lepidocolaptes angustirostris Lepidocolaptes falcinellus Dendrocolaptes platyrostris Xiphocolaptes albicollis Xenopidae Xenops minutus Xenops rutilans Furnariidae Furnarius figulus Furnarius rufus Lochmias nematura Automolus leucophthalmus 286 tapaculo-preto tapaculo-pintado Mouse-colored Tapaculo Spotted Bamboowren F F X X galinha-do-mato tovaca-campainha tovaca-cantadora tovaca-de-rabo-vermelho Rufous-capped Antthrush Short-tailed Antthrush Such's Antthrush Rufous-tailed Antthrush F F F F X X vira-folha-de-peito-vermelho vira-folha Tawny-throated Leaftosser Rufous-breasted Leaftosser F F arapaçu-liso arapaçu-verde arapaçu-rajado Plain-winged Woodcreeper Olivaceous Woodcreeper Lesser Woodcreeper F F F X arapaçu-de-bico-torto Black-billed Scythebill F X arapaçu-de-cerrado arapaçu-escamado-do-sul arapaçu-grande arapaçu-de-garganta-branca Narrow-billed Woodcreeper Scalloped Woodcreeper Planalto Woodcreeper White-throated Woodcreeper bico-virado-miúdo bico-virado-carijó Plain Xenops Streaked Xenops casaca-de-couro-da-lama joão-de-barro joão-porca barranqueiro-de-olho-branco Wing-banded Hornero Rufous Hornero Sharp-tailed Streamcreeper White-eyed Foliage-gleaner White-collared Foliagegleaner White-browed Foliagegleaner Ochre-breasted Foliagegleaner Black-capped Foliagegleaner Buff-fronted Foliage-gleaner Sharp-billed Treehunter Buff-browed Foliage-gleaner Anabazenops fuscus trepador-coleira Anabacerthia amaurotis limpa-folha-miúdo Anabacerthia lichtensteini limpa-folha-ocráceo Philydor atricapillus Philydor rufum Heliobletus contaminatus Syndactyla rufosuperciliata limpa-folha-coroado limpa-folha-de-testa-baia trepadorzinho trepador-quiete F,C,A F F F NT X VU X X X F F C,A,AL C,A,AL F F X F X F X F X F F F F X X NT Cichlocolaptes leucophrus Leptasthenura setaria Phacellodomus erythrophthalmus Phacellodomus ferrugineigula Anumbius annumbi Certhiaxis cinnamomeus Synallaxis ruficapilla Synallaxis cinerascens Synallaxis spixi Cranioleuca pallida Pipridae Neopelma chrysolophum Manacus manacus Ilicura militaris Chiroxiphia caudata Oxyruncidae Oxyruncus cristatus Onychorhynchidae Onychorhynchus swainsoni Myiobius barbatus Myiobius atricaudus Tityridae Schiffornis virescens Laniisoma elegans Iodopleura pipra Tityra inquisitor Tityra cayana Pachyramphus viridis Pachyramphus rufus Pachyramphus castaneus Pachyramphus polychopterus Pachyramphus marginatus Pachyramphus validus Cotingidae trepador-sobrancelha grimpeiro Pale-browed Treehunter Araucaria Tit-Spinetail F F X X joão-botina-da-mata Orange-eyed Thornbird F,A X joão-botina-do-brejo cochicho curutié pichororé pi-puí joão-teneném arredio-pálido Orange-breasted Thornbird Firewood-Gatherer Yellow-chinned Spinetail Rufous-capped Spinetail Gray-bellied Spinetail Spix's Spinetail Pallid Spinetail F,AL C,A,AL AL F,A F F,A F,A X fruxu rendeira tangarazinho tangará Serra do Mar TyrantManakin White-bearded Manakin Pin-tailed Manakin Swallow-tailed Manakin F F F F X araponga-do-horto Sharpbill F maria-leque-do-sudeste assanhadinho assanhadinho-de-cauda-preta Atlantic Royal Flycatcher Whiskered Flycatcher Black-tailed Flycatcher F F F X X flautim chibante anambezinho anambé-branco-de-bochechaparda anambé-branco-de-rabo-preto caneleiro-verde caneleiro-cinzento caneleiro Greenish Schiffornis Shrike-like Cotinga Buff-throated Purpletuft F F F,A X X X X X Black-crowned Tityra Black-tailed Tityra Green-backed Becard Cinereous Becard Chestnut-crowned Becard F,A F,A F F,A F,A caneleiro-preto caneleiro-bordado caneleiro-de-chapéu-preto White-winged Becard Black-capped Becard Crested Becard F,A F,A F,A NT X X X X VU EN NT 287 Lipaugus lanioides Tijuca atra Procnias nudicollis Pyroderus scutatus Carpornis cucullata Carpornis melanocephala Phibalura flavirostris Pipritidae Piprites chloris Piprites pileata Platyrinchidae Platyrinchus mystaceus Platyrinchus leucoryphus Rhynchocyclidae Mionectes rufiventris Leptopogon amaurocephalus Phylloscartes ventralis Phylloscartes paulista Phylloscartes oustaleti Phylloscartes difficilis Phylloscartes sylviolus Tolmomyias sulphurescens Cinnamon-vented Piha Black-and-gold Cotinga Bare-throated Bellbird Red-ruffed Fruitcrow Hooded Berryeater Black-headed Berryeater Swallow-tailed Cotinga X X X X X X X papinho-amarelo caneleirinho-de-chapéu-preto Wing-barred Piprites Black-capped Piprites F F X X VU patinho patinho-gigante White-throated Spadebill Russet-winged Spadebill F F X X VU abre-asa-de-cabeça-cinza Gray-hooded Flycatcher F X cabeçudo borboletinha-do-mato não-pode-parar papa-moscas-de-olheiras estalinho maria-pequena bico-chato-de-orelha-preta F F F F F F F,A X NT NT NT NT catraca tiririzinho-do-mato tachuri-campainha papa-moscas-estrela Sepia-capped Flycatcher Mottle-cheeked Tyrannulet Sao Paulo Tyrannulet Oustalet's Tyrannulet Serra do Mar Tyrannulet Bay-ringed Tyrannulet Yellow-olive Flycatcher Yellow-lored TodyFlycatcher Common Tody-Flycatcher Ochre-faced TodyFlycatcher Eared Pygmy-Tyrant Drab-breasted Pygmy-Tyrant Brown-breasted PygmyTyrant Eye-ringed Tody-Tyrant Hangnest Tody-Tyrant Fork-tailed Pygmy-Tyrant gibão-de-couro piolhinho-chiador risadinha Cliff Flycatcher Rough-legged Tyrannulet Southern Beardless- C,A F F,A Todirostrum poliocephalum Todirostrum cinereum teque-teque ferreirinho-relógio Poecilotriccus plumbeiceps Myiornis auricularis Hemitriccus diops tororó miudinho olho-falso Hemitriccus obsoletus Hemitriccus orbitatus Hemitriccus nidipendulus Hemitriccus furcatus Tyrannidae Hirundinea ferruginea Tyranniscus burmeisteri Camptostoma obsoletum 288 tropeiro-da-serra saudade araponga pavó corocochó sabiá-pimenta tesourinha-da-mata F F F F F F F,A F,A F,A X X X X NT NT VU X X X VU NT VU NT X F,A F,A F X X F F F,A F X X X X NT X VU VU Tyrannulet Elaenia flavogaster Elaenia chilensis Elaenia parvirostris Elaenia mesoleuca Elaenia obscura Myiopagis caniceps Capsiempis flaveola Phyllomyias virescens Phyllomyias fasciatus Phyllomyias griseocapilla Polystictus superciliaris Serpophaga nigricans Serpophaga subcristata Attila phoenicurus Attila rufus Legatus leucophaius Ramphotrigon megacephalum Myiarchus swainsoni Myiarchus ferox Sirystes sibilator Rhytipterna simplex Pitangus sulphuratus Philohydor lictor Machetornis rixosa Myiodynastes maculatus Megarynchus pitangua Myiozetetes similis Tyrannus melancholicus Tyrannus savana Empidonomus varius Conopias trivirgatus Colonia colonus Myiophobus fasciatus Pyrocephalus rubinus Fluvicola nengeta guaracava-de-barriga-amarela guaracava-de-crista-branca guaracava-de-bico-curto tuque tucão guaracava-cinzenta marianinha-amarela piolhinho-verdoso piolhinho piolhinho-serrano papa-moscas-de-costascinzentas joão-pobre alegrinho capitão-castanho capitão-de-saíra bem-te-vi-pirata Yellow-bellied Elaenia Chilean Elaenia Small-billed Elaenia Olivaceous Elaenia Highland Elaenia Gray Elaenia Yellow Tyrannulet Greenish Tyrannulet Planalto Tyrannulet Gray-capped Tyrannulet F,A F F,A F F F F,A F F,A F,A Gray-backed Tachuri Sooty Tyrannulet White-crested Tyrannulet Rufous-tailed Attila Gray-hooded Attila Piratic Flycatcher C F,AL F,A F F F,A maria-cabeçuda irré maria-cavaleira gritador vissiá bem-te-vi bentevizinho-do-brejo suiriri-cavaleiro bem-te-vi-rajado neinei bentevizinho-de-penachovermelho suiriri tesourinha peitica bem-te-vi-pequeno viuvinha filipe príncipe lavadeira-mascarada Large-headed Flatbill Swainson's Flycatcher Short-crested Flycatcher Sirystes Grayish Mourner Great Kiskadee Lesser Kiskadee Cattle Tyrant Streaked Flycatcher Boat-billed Flycatcher F F,A F,A F F F,C,A,AL F,A,AL C,A F,A F,A Social Flycatcher Tropical Kingbird Fork-tailed Flycatcher Variegated Flycatcher Three-striped Flycatcher Long-tailed Tyrant Bran-colored Flycatcher Vermilion Flycatcher Masked Water-Tyrant F,A F,C,A C,A F,A F,A F,A F,A C,A C,A,AL X X NT X 289 Arundinicola leucocephala Cnemotriccus fuscatus Lathrotriccus euleri Contopus cooperi Contopus cinereus Knipolegus cyanirostris Knipolegus lophotes Knipolegus nigerrimus Satrapa icterophrys Xolmis cinereus Xolmis velatus Muscipipra vetula Vireonidae freirinha guaracavuçu enferrujado piui-boreal papa-moscas-cinzento maria-preta-de-bico-azulado maria-preta-de-penacho maria-preta-de-gargantavermelha suiriri-pequeno primavera noivinha-branca tesoura-cinzenta White-headed Marsh Tyrant Fuscous Flycatcher Euler's Flycatcher Olive-sided Flycatcher Tropical Pewee Blue-billed Black-Tyrant Crested Black-Tyrant Velvety Black-Tyrant Yellow-browed Tyrant Gray Monjita White-rumped Monjita Shear-tailed Gray Tyrant F,A C,A,AL C,A C,A F F,A F,A F F Cyclarhis gujanensis Vireo chivi Hylophilus poicilotis Hylophilus thoracicus Corvidae Cyanocorax caeruleus Cyanocorax cristatellus Hirundinidae Pygochelidon cyanoleuca Atticora tibialis pitiguari juruviara verdinho-coroado vite-vite Rufous-browed Peppershrike Chivi Vireo Rufous-crowned Greenlet Lemon-chested Greenlet gralha-azul gralha-do-campo Azure Jay Curl-crested Jay andorinha-pequena-de-casa calcinha-branca Stelgidopteryx ruficollis Progne tapera Progne chalybea Tachycineta albiventer Tachycineta leucorrhoa Riparia riparia Petrochelidon pyrrhonota Troglodytidae Troglodytes musculus Cantorchilus longirostris Donacobiidae Donacobius atricapilla Polioptilidae andorinha-serradora andorinha-do-campo andorinha-doméstica-grande andorinha-do-rio andorinha-de-sobre-branco andorinha-do-barranco andorinha-de-dorso-acanelado Blue-and-white Swallow White-thighed Swallow Southern Rough-winged Swallow Brown-chested Martin Gray-breasted Martin White-winged Swallow White-rumped Swallow Bank Swallow Cliff Swallow corruíra garrinchão-de-bico-grande Southern House Wren Long-billed Wren japacanim Black-capped Donacobius 290 AL F,A F,A F,A F,A F,A F,A F,A F,C,A F,C,A,AL F,A F,C,A,AL F,C,A F,C,A,AL AL AL C,A C,A F,C,A F,A AL NT X X X X NT Ramphocaenus melanurus Turdidae Catharus swainsoni Turdus flavipes Turdus leucomelas Turdus rufiventris Turdus amaurochalinus Turdus albicollis Mimidae Mimus saturninus Motacillidae Anthus lutescens Anthus hellmayri Passerellidae Zonotrichia capensis Arremon semitorquatus Parulidae Setophaga pitiayumi Geothlypis aequinoctialis Basileuterus culicivorus Myiothlypis leucoblephara Myiothlypis rivularis Icteridae Psarocolius decumanus Cacicus chrysopterus Cacicus haemorrhous Gnorimopsar chopi Agelasticus cyanopus Chrysomus ruficapillus Molothrus oryzivorus Molothrus bonariensis Sturnella superciliaris Mitrospingidae Orthogonys chloricterus Thraupidae Coereba flaveola Saltator similis bico-assovelado Long-billed Gnatwren F sabiá-de-óculos sabiá-una sabiá-barranco sabiá-laranjeira sabiá-poca sabiá-coleira Swainson's Thrush Yellow-legged Thrush Pale-breasted Thrush Rufous-bellied Thrush Creamy-bellied Thrush White-necked Thrush F F F,A F,A F,A F sabiá-do-campo Chalk-browed Mockingbird C,A caminheiro-zumbidor caminheiro-de-barrigaacanelada Yellowish Pipit C,A Hellmayr's Pipit C tico-tico tico-tico-do-mato Rufous-collared Sparrow Half-collared Sparrow F,C,A F mariquita pia-cobra pula-pula pula-pula-assobiador pula-pula-ribeirinho Tropical Parula Masked Yellowthroat Golden-crowned Warbler White-browed Warbler Neotropical River Warbler F,A C,A,AL F F F japu tecelão guaxe graúna carretão garibaldi iraúna-grande vira-bosta polícia-inglesa-do-sul Crested Oropendola Golden-winged Cacique Red-rumped Cacique Chopi Blackbird Unicolored Blackbird Chestnut-capped Blackbird Giant Cowbird Shiny Cowbird White-browed Blackbird F,A F,A F,A C,A AL AL C,A C,A C,A catirumbava Olive-green Tanager cambacica trinca-ferro-verdadeiro Bananaquit Green-winged Saltator F X X X F,A F,A 291 Saltator maxillosus Saltator fuliginosus Orchesticus abeillei Thlypopsis sordida Pyrrhocoma ruficeps Tachyphonus coronatus Ramphocelus bresilius Lanio cristatus Lanio cucullatus Lanio melanops Tangara seledon Tangara cyanocephala Tangara cyanoventris Tangara desmaresti Tangara sayaca Tangara cyanoptera Tangara palmarum Tangara ornata Tangara peruviana Tangara cayana Stephanophorus diadematus Cissopis leverianus Schistochlamys ruficapillus Pipraeidea melanonota Tersina viridis Dacnis nigripes Dacnis cayana Chlorophanes spiza Hemithraupis guira Hemithraupis ruficapilla Conirostrum speciosum Haplospiza unicolor Donacospiza albifrons Poospiza thoracica Poospiza lateralis Sicalis flaveola Emberizoides herbicola 292 bico-grosso pimentão sanhaçu-pardo saí-canário cabecinha-castanha tiê-preto tiê-sangue tiê-galo tico-tico-rei tiê-de-topete saíra-sete-cores saíra-militar saíra-douradinha saíra-lagarta sanhaçu-cinzento sanhaçu-de-encontro-azul sanhaçu-do-coqueiro sanhaçu-de-encontro-amarelo saíra-sapucaia saíra-amarela Thick-billed Saltator Black-throated Grosbeak Brown Tanager Orange-headed Tanager Chestnut-headed Tanager Ruby-crowned Tanager Brazilian Tanager Flame-crested Tanager Red-crested Finch Black-goggled Tanager Green-headed Tanager Red-necked Tanager Gilt-edged Tanager Brassy-breasted Tanager Sayaca Tanager Azure-shouldered Tanager Palm Tanager Golden-chevroned Tanager Black-backed Tanager Burnished-buff Tanager F F F F F F F,A F,A F,A F F,A F,A F F F,A F,A F,A F,A F,A F,A sanhaçu-frade tietinga bico-de-veludo saíra-viúva saí-andorinha saí-de-pernas-pretas saí-azul saí-verde saíra-de-papo-preto saíra-ferrugem figuinha-de-rabo-castanho cigarra-bambu tico-tico-do-banhado peito-pinhão quete canário-da-terra-verdadeiro canário-do-campo Diademed Tanager Magpie Tanager Cinnamon Tanager Fawn-breasted Tanager Swallow Tanager Black-legged Dacnis Blue Dacnis Green Honeycreeper Guira Tanager Rufous-headed Tanager Chestnut-vented Conebill Uniform Finch Long-tailed Reed Finch Bay-chested Warbling-Finch Buff-throated Warbling-Finch Saffron Finch Wedge-tailed Grass-Finch F,A F C,AL F,A F,A F,A F,A F,A F,A F,A F,A F C,AL F,A F,A C,A C,A X X X NT X X X X X X X X X X X X X X X X X VU VU NT Volatinia jacarina Sporophila frontalis Sporophila falcirostris Sporophila lineola Sporophila ardesiaca Sporophila caerulescens Sporophila leucoptera Sporophila angolensis Tiaris fuliginosus Cardinalidae Piranga flava Habia rubica Amaurospiza moesta Cyanoloxia glaucocaerulea Cyanoloxia brissonii Fringillidae Sporagra magellanica Euphonia chlorotica Euphonia violacea Euphonia chalybea Euphonia cyanocephala Euphonia pectoralis Chlorophonia cyanea Estrildidae Estrilda astrild Passeridae Passer domesticus tiziu pixoxó cigarra-verdadeira bigodinho papa-capim-de-costas-cinzas coleirinho chorão curió cigarra-do-coqueiro Blue-black Grassquit Buffy-fronted Seedeater Temminck's Seedeater Lined Seedeater Dubois's Seedeater Double-collared Seedeater White-bellied Seedeater Chestnut-bellied Seed-Finch Sooty Grassquit C,A F F C,A C,A C,A C,A C,A F sanhaçu-de-fogo tiê-do-mato-grosso negrinho-do-mato azulinho azulão Hepatic Tanager Red-crowned Ant-Tanager Blackish-blue Seedeater Glaucous-blue Grosbeak Ultramarine Grosbeak F,A F F,A F,A F,A X pintassilgo fim-fim gaturamo-verdadeiro cais-cais gaturamo-rei ferro-velho gaturamo-bandeira Hooded Siskin Purple-throated Euphonia Violaceous Euphonia Green-throated Euphonia Golden-rumped Euphonia Chestnut-bellied Euphonia Blue-naped Chlorophonia D,A,C F,A F,A F F F,A F X bico-de-lacre Common Waxbill C,A pardal House Sparrow C,A X X X X VU VU VU VU X X X NT X X NT X Legenda: Ordem taxonômica, nome comum e inglês segundo CBRO (2014). Espécies endêmicas da Mata Atlântica segundo Bencke et al., 2006. Espécies ameaçadas a nível estadual segundo São Paulo (2014), á nível nacional segundo MMA (2014) e ameaçadas globalmente segundo IUCN (2012). Categorias de ameaça: EN - Em Perigo; VU - Vulnerável e NT - Quase Ameaçada. Obs. Na última versão da Lista de Espécies Ameaçadas do estado de São Paulo não constam as categorias específicas de ameaça. Ambiente típico: F. Ambiente Florestal (mata alta, média ou capoeiras); C. Campo aberto ou campo sujo; A. Ambiente degradado (áreas urbanas, rurais ou mesmo naturais); AL. Ambiente alagado (brejos, campos, rios, represas, etc) e P. Ambiente litorâneo (praias, dunas, mangues e costões rochosos). 293 Tabela 2. Lista completa de aves do Núcleo Bertioga Status de Ameaça NOME DO TÁXON Tinamiformes Tinamidae Tinamus solitarius Crypturellus obsoletus Crypturellus noctivagus Anseriformes Anatidae Dendrocygna autumnalis Cairina moschata Amazonetta brasiliensis Nomonyx dominica Galliformes Cracidae Penelope obscura Aburria jacutinga Odontophoridae Odontophorus capueira Podicipediformes Podicipedidae Podilymbus podiceps Suliformes Fregatidae 294 NOME COMUM NOME EM INGLÊS Ambiente típico F F F Endêmica São Paulo X X X X VU NT X EN EN macuco inhambuguaçu jaó-do-sul Solitary Tinamou Brown Tinamou Yellow-legged Tinamou asa-branca pato-do-mato pé-vermelho marreca-de-bico-roxo Black-bellied Whistling-Duck Muscovy Duck Brazilian Teal Masked Duck jacuaçu jacutinga Dusky-legged Guan Black-fronted Piping-Guan F F X uru Spot-winged Wood-Quail F X mergulhão-caçador Pied-billed Grebe Brasil IUCN NT AL AL AL AL AL Fregata magnificens Phalacrocoracidae Phalacrocorax brasilianus Anhingidae Anhinga anhinga Pelecaniformes Ardeidae Tigrisoma lineatum Butorides striata Bubulcus ibis Ardea cocoi Ardea alba Pilherodius pileatus Egretta thula Threskiornithidae Theristicus caudatus Cathartiformes Cathartidae Cathartes aura Coragyps atratus Accipitriformes Accipitridae Leptodon cayanensis Harpagus diodon Accipiter striatus Accipiter bicolor Rostrhamus sociabilis Amadonastur lacernulatus Rupornis magnirostris Parabuteo leucorrhous Geranoaetus albicaudatus Pseudastur polionotus Buteo brachyurus Spizaetus tyrannus Spizaetus melanoleucus Gruiformes Aramidae Aramus guarauna tesourão Magnificent Frigatebird P biguá Neotropic Cormorant AL biguatinga Anhinga AL socó-boi socozinho garça-vaqueira garça-moura garça-branca-grande garça-real garça-branca-pequena Rufescent Tiger-Heron Striated Heron Cattle Egret Cocoi Heron Great Egret Capped Heron Snowy Egret AL AL C,AL AL AL C,AL AL curicaca Buff-necked Ibis C,A urubu-de-cabeça-vermelha urubu-de-cabeça-preta Turkey Vulture Black Vulture gavião-de-cabeça-cinza gavião-bombachinha gavião-miúdo gavião-bombachinha-grande gavião-caramujeiro gavião-pombo-pequeno gavião-carijó gavião-de-sobre-branco gavião-de-rabo-branco gavião-pombo-grande gavião-de-cauda-curta gavião-pega-macaco gavião-pato Gray-headed Kite Rufous-thighed Kite Sharp-shinned Hawk Bicolored Hawk Snail Kite White-necked Hawk Roadside Hawk White-rumped Hawk White-tailed Hawk Mantled Hawk Short-tailed Hawk Black Hawk-Eagle Black-and-white Hawk-Eagle carão Limpkin F,C,A,AL F,C,A,AL F,C,A F F F AL F F,C,A F F,C,A F,C F,C,A F,C F,C X X X X VU VU NT X X AL 295 Rallidae Aramides cajaneus Aramides saracura Laterallus melanophaius Porzana albicollis Pardirallus nigricans Gallinula galeata Porphyrio martinicus Charadriiformes Charadriidae Vanellus chilensis Charadrius semipalmatus Charadrius collaris Scolopacidae Actitis macularius Calidris alba Calidris fuscicollis Jacanidae Jacana jacana Laridae Larus dominicanus Columbiformes Columbidae Columbina talpacoti Columba livia Patagioenas picazuro Patagioenas cayennensis Patagioenas plumbea Zenaida auriculata Leptotila verreauxi Leptotila rufaxilla Geotrygon montana Cuculiformes Cuculidae Piaya cayana Coccyzus americanus Crotophaga ani Guira guira 296 saracura-três-potes saracura-do-mato sanã-parda sanã-carijó saracura-sanã frango-d'água-comum frango-d'água-azul Gray-necked Wood-Rail Slaty-breasted Wood-Rail Rufous-sided Crake Ash-throated Crake Blackish Rail Common Gallinule Purple Gallinule AL AL AL AL F AL AL quero-quero batuíra-de-bando batuíra-de-coleira Southern Lapwing Semipalmated Plover Collared Plover maçarico-pintado maçarico-branco maçarico-de-sobre-branco Spotted Sandpiper Sanderling White-rumped Sandpiper jaçanã Wattled Jacana AL gaivotão Kelp Gull P rolinha-roxa pombo-doméstico pombão pomba-galega pomba-amargosa pomba-de-bando juriti-pupu juriti-gemedeira pariri Ruddy Ground-Dove Rock Pigeon Picazuro Pigeon Pale-vented Pigeon Plumbeous Pigeon Eared Dove White-tipped Dove Gray-fronted Dove Ruddy Quail-Dove C,A C,A F F F C,A F F F alma-de-gato papa-lagarta-de-asa-vermelha anu-preto anu-branco Squirrel Cuckoo Yellow-billed Cuckoo Smooth-billed Ani Guira Cuckoo F,A F CA AL X X X X X NT C,A,AL AL,P AL,P AL,P F AL,P VU NT Tapera naevia Strigiformes Tytonidae Tyto furcata Strigidae Megascops choliba Megascops atricapilla Pulsatrix koeniswaldiana Strix hylophila Strix virgata Glaucidium minutissimum Glaucidium brasilianum Athene cunicularia Nyctibiiformes Nyctibiidae Nyctibius griseus Caprimulgiformes Caprimulgidae Lurocalis semitorquatus Hydropsalis albicollis Hydropsalis torquata Hydropsalis forcipata Apodiformes Apodidae Cypseloides fumigatus Streptoprocne zonaris Chaetura cinereiventris Chaetura meridionalis Trochilidae Ramphodon naevius Phaethornis squalidus Phaethornis eurynome Eupetomena macroura Florisuga fusca Colibri serrirostris Anthracothorax nigricollis Stephanoxis lalandi Lophornis magnificus saci Striped Cuckoo AL coruja-da-igreja American Barn Owl FA corujinha-do-mato corujinha-sapo murucututu-de-barriga-amarela coruja-listrada coruja-do-mato caburé-miudinho caburé coruja-buraqueira Tropical Screech-Owl Black-capped Screech-Owl Tawny-browed Owl Rusty-barred Owl Mottled Owl Least Pygmy-Owl Ferruginous Pygmy-Owl Burrowing Owl F F F F F F F,A C,A mãe-da-lua Common Potoo tuju bacurau bacurau-tesoura bacurau-tesoura-gigante Short-tailed Nighthawk Pauraque Scissor-tailed Nightjar Long-trained Nightjar taperuçu-preto taperuçu-de-coleira-branca andorinhão-de-sobre-cinzento andorinhão-do-temporal Sooty Swift White-collared Swift Gray-rumped Swift Sick's Swift F,C F,C,A F,C AL beija-flor-rajado rabo-branco-pequeno rabo-branco-de-garganta-rajada beija-flor-tesoura beija-flor-preto beija-flor-de-orelha-violeta beija-flor-de-veste-preta beija-flor-de-topete topetinho-vermelho Saw-billed Hermit Dusky-throated Hermit Scale-throated Hermit Swallow-tailed Hummingbird Black Jacobin White-vented Violetear Black-throated Mango Plovercrest Frilled Coquette F F F F,C,A F,C,A F,C F,C,A C AL X X X EN EN NT X F F C,A C C X X X X NT X X 297 Lophornis chalybeus Chlorostilbon lucidus Thalurania glaucopis Hylocharis cyanus Leucochloris albicollis Amazilia versicolor Amazilia fimbriata Amazilia lactea Clytolaema rubricauda Calliphlox amethystina Trogoniformes Trogonidae Trogon viridis Trogon surrucura Trogon rufus Coraciiformes Alcedinidae Megaceryle torquata Chloroceryle amazona Chloroceryle americana Momotidae Baryphthengus ruficapillus Galbuliformes Bucconidae Nystalus chacuru Piciformes Ramphastidae Ramphastos vitellinus Ramphastos dicolorus Selenidera maculirostris Pteroglossus bailloni Picidae Picumnus cirratus Melanerpes flavifrons Veniliornis spilogaster Piculus flavigula Piculus aurulentus 298 topetinho-verde besourinho-de-bico-vermelho beija-flor-de-fronte-violeta beija-flor-roxo beija-flor-de-papo-branco beija-flor-de-banda-branca beija-flor-de-garganta-verde beija-flor-de-peito-azul beija-flor-rubi estrelinha-ametista Festive Coquette Glittering-bellied Emerald Violet-capped Woodnymph White-chinned Sapphire White-throated Hummingbird Versicolored Emerald Glittering-throated Emerald Sapphire-spangled Emerald Brazilian Ruby Amethyst Woodstar surucuá-grande-de-barrigaamarela surucuá-variado surucuá-de-barriga-amarela White-tailed Trogon Surucua Trogon Black-throated Trogon martim-pescador-grande martim-pescador-verde martim-pescador-pequeno Ringed Kingfisher Amazon Kingfisher Green Kingfisher juruva-verde Rufous-capped Motmot joão-bobo White-eared Puffbird tucano-de-bico-preto tucano-de-bico-verde araçari-poca araçari-banana Channel-billed Toucan Red-breasted Toucan Spot-billed Toucanet Saffron Toucanet pica-pau-anão-barrado benedito-de-testa-amarela picapauzinho-verde-carijó pica-pau-bufador pica-pau-dourado White-barred Piculet Yellow-fronted Woodpecker White-spotted Woodpecker Yellow-throated Woodpecker Yellow-browed Woodpecker F F,C,A F F,C,A C F,C,A F,C,A F,C,A F AL F F F NT X X X X F,AL F,AL F,AL F X F,C,A F F F F F,A F F,A F F VU X X X X X NT X X X NT Colaptes melanochloros Colaptes campestris Celeus flavescens Dryocopus lineatus Falconiformes Falconidae Caracara plancus Milvago chimachima Herpetotheres cachinnans Micrastur ruficollis Micrastur semitorquatus Psittaciformes Psittacidae Pyrrhura frontalis Forpus xanthopterygius Brotogeris tirica Touit melanonotus Pionopsitta pileata Pionus maximiliani Triclaria malachitacea Passeriformes Thamnophilidae Terenura maculata Myrmotherula minor Myrmotherula unicolor Rhopias gularis Dysithamnus stictothorax Dysithamnus mentalis Dysithamnus xanthopterus Herpsilochmus rufimarginatus Thamnophilus ruficapillus Thamnophilus caerulescens Hypoedaleus guttatus Batara cinerea Mackenziaena severa Myrmoderus squamosus Pyriglena leucoptera Drymophila ferruginea pica-pau-verde-barrado pica-pau-do-campo pica-pau-de-cabeça-amarela pica-pau-de-banda-branca Green-barred Woodpecker Campo Flicker Blond-crested Woodpecker Lineated Woodpecker F C,A F F,A caracará carrapateiro acauã falcão-caburé falcão-relógio Southern Caracara Yellow-headed Caracara Laughing Falcon Barred Forest-Falcon Collared Forest-Falcon C,A C,A F,C F F tiriba-de-testa-vermelha tuim periquito-rico apuim-de-costas-pretas cuiú-cuiú maitaca-verde sabiá-cica Maroon-bellied Parakeet Blue-winged Parrotlet Plain Parakeet Brown-backed Parrotlet Red-capped Parrot Scaly-headed Parrot Blue-bellied Parrot F,A F,A F,A F F F F X zidedê choquinha-pequena choquinha-cinzenta choquinha-de-garganta-pintada choquinha-de-peito-pintado choquinha-lisa choquinha-de-asa-ferrugem chorozinho-de-asa-vermelha choca-de-chapéu-vermelho choca-da-mata chocão-carijó matracão borralhara papa-formiga-de-grota papa-taoca-do-sul trovoada Streak-capped Antwren Salvadori's Antwren Unicolored Antwren Star-throated Antwren Spot-breasted Antvireo Plain Antvireo Rufous-backed Antvireo Rufous-winged Antwren Rufous-capped Antshrike Variable Antshrike Spot-backed Antshrike Giant Antshrike Tufted Antshrike Squamate Antbird White-shouldered Fire-eye Ferruginous Antbird F F F F F F F P F,A F,A F F F F F F X X X X X X X X X X NT X NT VU EN X X X X X X 299 Drymophila ochropyga Drymophila malura Drymophila squamata Conopophagidae Conopophaga lineata Conopophaga melanops Grallariidae Grallaria varia Hylopezus nattereri Rhinocryptidae Merulaxis ater Eleoscytalopus indigoticus Scytalopus speluncae Formicariidae Formicarius colma Chamaeza campanisona Chamaeza meruloides Scleruridae Sclerurus scansor Dendrocolaptidae Dendrocincla turdina Sittasomus griseicapillus Xiphorhynchus fuscus Campylorhamphus falcularius Lepidocolaptes falcinellus Dendrocolaptes platyrostris Xiphocolaptes albicollis Xenopidae Xenops minutus Xenops rutilans Furnariidae Furnarius rufus Lochmias nematura Automolus leucophthalmus Anabazenops fuscus Anabacerthia amaurotis Anabacerthia lichtensteini Philydor atricapillus 300 choquinha-de-dorso-vermelho choquinha-carijó pintadinho Ochre-rumped Antbird Dusky-tailed Antbird Scaled Antbird F F F X X X chupa-dente cuspidor-de-máscara-preta Rufous Gnateater Black-cheeked Gnateater F F X X tovacuçu pinto-do-mato Variegated Antpitta Speckle-breasted Antpitta F F X entufado macuquinho tapaculo-preto Slaty Bristlefront White-breasted Tapaculo Mouse-colored Tapaculo F F F X X X galinha-do-mato tovaca-campainha tovaca-cantadora Rufous-capped Antthrush Short-tailed Antthrush Such's Antthrush F F F X vira-folha Rufous-breasted Leaftosser F X arapaçu-liso arapaçu-verde arapaçu-rajado arapaçu-de-bico-torto arapaçu-escamado-do-sul arapaçu-grande arapaçu-de-garganta-branca Plain-winged Woodcreeper Olivaceous Woodcreeper Lesser Woodcreeper Black-billed Scythebill Scalloped Woodcreeper Planalto Woodcreeper White-throated Woodcreeper F F F F AL F F X bico-virado-miúdo bico-virado-carijó Plain Xenops Streaked Xenops joão-de-barro joão-porca barranqueiro-de-olho-branco trepador-coleira limpa-folha-miúdo limpa-folha-ocráceo limpa-folha-coroado Rufous Hornero Sharp-tailed Streamcreeper White-eyed Foliage-gleaner White-collared Foliage-gleaner White-browed Foliage-gleaner Ochre-breasted Foliage-gleaner Black-capped Foliage-gleaner X NT NT NT X X F F C,A,AL F F F F F F X X X X X NT Philydor rufum Heliobletus contaminatus Syndactyla rufosuperciliata Cichlocolaptes leucophrus Phacellodomus ferrugineigula Certhiaxis cinnamomeus Synallaxis ruficapilla Synallaxis cinerascens Synallaxis spixi Cranioleuca pallida Pipridae Neopelma chrysolophum Manacus manacus Ilicura militaris Chiroxiphia caudata Oxyruncidae Oxyruncus cristatus Onychorhynchidae Onychorhynchus swainsoni Myiobius barbatus Myiobius atricaudus Tityridae Schiffornis virescens Laniisoma elegans Tityra inquisitor Tityra cayana Pachyramphus viridis Pachyramphus castaneus Pachyramphus polychopterus Pachyramphus marginatus Pachyramphus validus Cotingidae Tijuca atra Procnias nudicollis Pyroderus scutatus Carpornis cucullata Phibalura flavirostris limpa-folha-de-testa-baia trepadorzinho trepador-quiete trepador-sobrancelha joão-botina-do-brejo curutié pichororé pi-puí joão-teneném arredio-pálido Buff-fronted Foliage-gleaner Sharp-billed Treehunter Buff-browed Foliage-gleaner Pale-browed Treehunter Orange-breasted Thornbird Yellow-chinned Spinetail Rufous-capped Spinetail Gray-bellied Spinetail Spix's Spinetail Pallid Spinetail F F F F F,AL AL FA F F,A F,A fruxu rendeira tangarazinho tangará Serra do Mar Tyrant-Manakin White-bearded Manakin Pin-tailed Manakin Swallow-tailed Manakin F F F F araponga-do-horto Sharpbill P maria-leque-do-sudeste assanhadinho assanhadinho-de-cauda-preta Atlantic Royal Flycatcher Whiskered Flycatcher Black-tailed Flycatcher F F F X X flautim chibante anambé-branco-de-bochechaparda anambé-branco-de-rabo-preto caneleiro-verde caneleiro caneleiro-preto caneleiro-bordado caneleiro-de-chapéu-preto Greenish Schiffornis Shrike-like Cotinga F F X X X Black-crowned Tityra Black-tailed Tityra Green-backed Becard Chestnut-crowned Becard White-winged Becard Black-capped Becard Crested Becard F,A F,A F F,A F,A F,A F,A saudade araponga pavó corocochó tesourinha-da-mata Black-and-gold Cotinga Bare-throated Bellbird Red-ruffed Fruitcrow Hooded Berryeater Swallow-tailed Cotinga F F F F AL X X X X X X X X X X X X X X VU NT VU NT 301 Pipritidae Piprites chloris Platyrinchidae Platyrinchus mystaceus Platyrinchus leucoryphus Rhynchocyclidae Mionectes rufiventris Leptopogon amaurocephalus Phylloscartes ventralis Phylloscartes paulista Phylloscartes oustaleti Tolmomyias sulphurescens Todirostrum poliocephalum Poecilotriccus plumbeiceps Myiornis auricularis Hemitriccus diops Hemitriccus orbitatus Hemitriccus nidipendulus Tyrannidae Hirundinea ferruginea Tyranniscus burmeisteri Camptostoma obsoletum Elaenia flavogaster Elaenia parvirostris Elaenia mesoleuca Elaenia obscura Myiopagis caniceps Phyllomyias virescens Phyllomyias fasciatus Phyllomyias griseocapilla Serpophaga nigricans Serpophaga subcristata Attila phoenicurus Attila rufus Legatus leucophaius Ramphotrigon megacephalum Myiarchus swainsoni Myiarchus ferox 302 papinho-amarelo Wing-barred Piprites F patinho patinho-gigante White-throated Spadebill Russet-winged Spadebill F F abre-asa-de-cabeça-cinza cabeçudo borboletinha-do-mato não-pode-parar papa-moscas-de-olheiras bico-chato-de-orelha-preta teque-teque tororó miudinho olho-falso tiririzinho-do-mato tachuri-campainha Gray-hooded Flycatcher Sepia-capped Flycatcher Mottle-cheeked Tyrannulet Sao Paulo Tyrannulet Oustalet's Tyrannulet Yellow-olive Flycatcher Yellow-lored Tody-Flycatcher Ochre-faced Tody-Flycatcher Eared Pygmy-Tyrant Drab-breasted Pygmy-Tyrant Eye-ringed Tody-Tyrant Hangnest Tody-Tyrant F F F F AL FA FA AL AL C,AL AL AL gibão-de-couro piolhinho-chiador risadinha guaracava-de-barriga-amarela guaracava-de-bico-curto tuque tucão guaracava-cinzenta piolhinho-verdoso piolhinho piolhinho-serrano joão-pobre alegrinho capitão-castanho capitão-de-saíra bem-te-vi-pirata maria-cabeçuda irré maria-cavaleira Cliff Flycatcher Rough-legged Tyrannulet Southern Beardless-Tyrannulet Yellow-bellied Elaenia Small-billed Elaenia Olivaceous Elaenia Highland Elaenia Gray Elaenia Greenish Tyrannulet Planalto Tyrannulet Gray-capped Tyrannulet Sooty Tyrannulet White-crested Tyrannulet Rufous-tailed Attila Gray-hooded Attila Piratic Flycatcher Large-headed Flatbill Swainson's Flycatcher Short-crested Flycatcher AL F F,A F,A F,A F F F F F,A F,A F,AL F,A F F F,A F F,A F,A X X VU X NT X X X X X X NT Sirystes sibilator Rhytipterna simplex Pitangus sulphuratus Machetornis rixosa Myiodynastes maculatus Megarynchus pitangua Myiozetetes similis Tyrannus melancholicus Tyrannus savana Empidonomus varius Colonia colonus Myiophobus fasciatus Pyrocephalus rubinus Fluvicola nengeta Arundinicola leucocephala Cnemotriccus fuscatus Lathrotriccus euleri Contopus cooperi Contopus cinereus Knipolegus cyanirostris Knipolegus nigerrimus Satrapa icterophrys Xolmis velatus Muscipipra vetula Vireonidae Cyclarhis gujanensis Vireo chivi Hylophilus poicilotis Hirundinidae Pygochelidon cyanoleuca Stelgidopteryx ruficollis Progne tapera Progne chalybea Tachycineta leucorrhoa Riparia riparia Petrochelidon pyrrhonota gritador vissiá bem-te-vi suiriri-cavaleiro bem-te-vi-rajado neinei bentevizinho-de-penachovermelho suiriri tesourinha peitica viuvinha filipe príncipe lavadeira-mascarada freirinha guaracavuçu enferrujado piui-boreal papa-moscas-cinzento maria-preta-de-bico-azulado maria-preta-de-gargantavermelha suiriri-pequeno noivinha-branca tesoura-cinzenta Sirystes Grayish Mourner Great Kiskadee Cattle Tyrant Streaked Flycatcher Boat-billed Flycatcher Velvety Black-Tyrant Yellow-browed Tyrant White-rumped Monjita Shear-tailed Gray Tyrant F,A AL C,A F pitiguari juruviara verdinho-coroado Rufous-browed Peppershrike Chivi Vireo Rufous-crowned Greenlet F,A F,A F andorinha-pequena-de-casa andorinha-serradora andorinha-do-campo andorinha-doméstica-grande andorinha-de-sobre-branco andorinha-do-barranco andorinha-de-dorso-acanelado Blue-and-white Swallow Southern Rough-winged Swallow Brown-chested Martin Gray-breasted Martin White-rumped Swallow Bank Swallow Cliff Swallow Social Flycatcher Tropical Kingbird Fork-tailed Flycatcher Variegated Flycatcher Long-tailed Tyrant Bran-colored Flycatcher Vermilion Flycatcher Masked Water-Tyrant White-headed Marsh Tyrant Fuscous Flycatcher Euler's Flycatcher Olive-sided Flycatcher Tropical Pewee Blue-billed Black-Tyrant F F F,C,A,AL C,A F,A F,A F,A F,C,A C,A F,A F,A AL C,A C,A,AL AL F,A F,A F,A F,A F,A NT X X X F,C,A,AL F,C,A,AL C,AL F,C,A,AL AL C,A C,A 303 Troglodytidae Troglodytes musculus Cantorchilus longirostris Donacobiidae Donacobius atricapilla Polioptilidae Ramphocaenus melanurus Turdidae Catharus swainsoni Turdus flavipes Turdus leucomelas Turdus rufiventris Turdus amaurochalinus Turdus albicollis Mimidae Mimus saturninus Motacillidae Anthus lutescens Passerellidae Zonotrichia capensis Arremon semitorquatus Parulidae Setophaga pitiayumi Geothlypis aequinoctialis Basileuterus culicivorus Myiothlypis leucoblephara Myiothlypis rivularis Icteridae Cacicus chrysopterus Cacicus haemorrhous Agelasticus cyanopus Molothrus bonariensis Mitrospingidae Orthogonys chloricterus Thraupidae Coereba flaveola Saltator similis Saltator fuliginosus 304 corruíra garrinchão-de-bico-grande Southern House Wren Long-billed Wren F,C,A F,A japacanim Black-capped Donacobius bico-assovelado Long-billed Gnatwren sabiá-de-óculos sabiá-una sabiá-barranco sabiá-laranjeira sabiá-poca sabiá-coleira Swainson's Thrush Yellow-legged Thrush Pale-breasted Thrush Rufous-bellied Thrush Creamy-bellied Thrush White-necked Thrush F F F,A F,A F,A F sabiá-do-campo Chalk-browed Mockingbird AL caminheiro-zumbidor Yellowish Pipit C,A tico-tico tico-tico-do-mato Rufous-collared Sparrow Half-collared Sparrow F,C,A F mariquita pia-cobra pula-pula pula-pula-assobiador pula-pula-ribeirinho Tropical Parula Masked Yellowthroat Golden-crowned Warbler White-browed Warbler Neotropical River Warbler F,A C,A,AL F C,AL F tecelão guaxe carretão vira-bosta Golden-winged Cacique Red-rumped Cacique Unicolored Blackbird Shiny Cowbird catirumbava Olive-green Tanager cambacica trinca-ferro-verdadeiro pimentão Bananaquit Green-winged Saltator Black-throated Grosbeak AL F X F,A F,A AL C,A F F,A F,A C,A X Orchesticus abeillei Pyrrhocoma ruficeps Tachyphonus coronatus Ramphocelus bresilius Lanio cristatus Lanio melanops Tangara seledon Tangara cyanocephala Tangara desmaresti Tangara sayaca Tangara cyanoptera Tangara palmarum Tangara ornata Tangara cayana Cissopis leverianus Schistochlamys ruficapillus Pipraeidea melanonota Tersina viridis Dacnis nigripes Dacnis cayana Hemithraupis ruficapilla Conirostrum speciosum Haplospiza unicolor Donacospiza albifrons Sicalis flaveola Volatinia jacarina Sporophila frontalis Sporophila falcirostris Sporophila lineola Sporophila caerulescens Sporophila angolensis Tiaris fuliginosus Cardinalidae Habia rubica Cyanoloxia glaucocaerulea Cyanoloxia brissonii Fringillidae Sporagra magellanica sanhaçu-pardo cabecinha-castanha tiê-preto tiê-sangue tiê-galo tiê-de-topete saíra-sete-cores saíra-militar saíra-lagarta sanhaçu-cinzento sanhaçu-de-encontro-azul sanhaçu-do-coqueiro sanhaçu-de-encontro-amarelo saíra-amarela tietinga bico-de-veludo saíra-viúva saí-andorinha saí-de-pernas-pretas saí-azul saíra-ferrugem figuinha-de-rabo-castanho cigarra-bambu tico-tico-do-banhado canário-da-terra-verdadeiro tiziu pixoxó cigarra-verdadeira bigodinho coleirinho curió cigarra-do-coqueiro Brown Tanager Chestnut-headed Tanager Ruby-crowned Tanager Brazilian Tanager Flame-crested Tanager Black-goggled Tanager Green-headed Tanager Red-necked Tanager Brassy-breasted Tanager Sayaca Tanager Azure-shouldered Tanager Palm Tanager Golden-chevroned Tanager Burnished-buff Tanager Magpie Tanager Cinnamon Tanager Fawn-breasted Tanager Swallow Tanager Black-legged Dacnis Blue Dacnis Rufous-headed Tanager Chestnut-vented Conebill Uniform Finch Long-tailed Reed Finch Saffron Finch Blue-black Grassquit Buffy-fronted Seedeater Temminck's Seedeater Lined Seedeater Double-collared Seedeater Chestnut-bellied Seed-Finch Sooty Grassquit tiê-do-mato-grosso azulinho azulão Red-crowned Ant-Tanager Glaucous-blue Grosbeak Ultramarine Grosbeak pintassilgo Hooded Siskin F F F,C,A,AL F,C,A,AL F,A F,A F,C,A F,A F F,A F,A F,A F,A F,A F C,AL F,A C,A F,A F,A F,A F,A F C,AL C,A C,A F F C,A C,A C,A F F F,A F,A X X NT X X X X X X NT X X X X X X X VU VU VU VU X X D,A,C 305 Euphonia violacea Euphonia chalybea Euphonia cyanocephala Euphonia pectoralis Chlorophonia cyanea Estrildidae Estrilda astrild Passeridae Passer domesticus gaturamo-verdadeiro cais-cais gaturamo-rei ferro-velho gaturamo-bandeira Violaceous Euphonia Green-throated Euphonia Golden-rumped Euphonia Chestnut-bellied Euphonia Blue-naped Chlorophonia F,A F F F,A F bico-de-lacre Common Waxbill C,A pardal House Sparrow C,A X X NT X Legenda: Ordem taxonômica, nome comum e inglês segundo CBRO (2014). Espécies endêmicas da Mata Atlântica segundo Bencke et al., 2006. Espécies ameaçadas a nível estadual segundo São Paulo (2014), á nível nacional segundo MMA (2014) e ameaçadas globalmente segundo IUCN (2012). Categorias de ameaça: EN - Em Perigo; VU - Vulnerável e NT - Quase Ameaçada. Obs. Na última versão da Lista de Espécies Ameaçadas do estado de São Paulo não constam as categorias específicas de ameaça. Ambiente típico: F. Ambiente Florestal (mata alta, média ou capoeiras); C. Campo aberto ou campo sujo; A. Ambiente degradado (áreas urbanas, rurais ou mesmo naturais); AL. Ambiente alagado (brejos, campos, rios, represas, etc) e P. Ambiente litorâneo (praias, dunas, mangues e costões rochosos). Tabela 3. Lista completa de aves do Núcleo Caraguatatuba Status de Ameaça NOME DO TÁXON Tinamiformes Tinamidae Tinamus solitarius Crypturellus obsoletus Crypturellus tataupa Galliformes Cracidae Penelope obscura Aburria jacutinga Odontophoridae Odontophorus capueira 306 NOME COMUM NOME EM INGLÊS Ambiente típico Endêmica São Paulo X X X macuco inhambuguaçu inhambu-chintã Solitary Tinamou Brown Tinamou Tataupa Tinamou F F F jacuaçu jacutinga Dusky-legged Guan Black-fronted Piping-Guan F F X uru Spot-winged Wood-Quail F X Brasil IUCN NT EN EN Suliformes Fregatidae Fregata magnificens Phalacrocoracidae Phalacrocorax brasilianus Pelecaniformes Ardeidae Tigrisoma lineatum Butorides striata Bubulcus ibis Ardea alba Syrigma sibilatrix Pilherodius pileatus Egretta thula Cathartiformes Pandionidae Pandion haliaetus Cathartidae Cathartes aura Coragyps atratus Accipitriformes Accipitridae Leptodon cayanensis Chondrohierax uncinatus Elanoides forficatus Harpagus diodon Accipiter striatus Accipiter bicolor Geranospiza caerulescens Heterospizias meridionalis Amadonastur lacernulatus Rupornis magnirostris Parabuteo leucorrhous Geranoaetus albicaudatus Pseudastur polionotus Spizaetus tyrannus Spizaetus melanoleucus Charadriiformes tesourão Magnificent Frigatebird P biguá Neotropic Cormorant AL socó-boi socozinho garça-vaqueira garça-branca-grande maria-faceira garça-real garça-branca-pequena Rufescent Tiger-Heron Striated Heron Cattle Egret Great Egret Whistling Heron Capped Heron Snowy Egret águia-pescadora Osprey urubu-de-cabeça-vermelha urubu-de-cabeça-preta Turkey Vulture Black Vulture F,C,A,AL F,C,A,AL gavião-de-cabeça-cinza caracoleiro gavião-tesoura gavião-bombachinha gavião-miúdo gavião-bombachinha-grande gavião-pernilongo gavião-caboclo gavião-pombo-pequeno gavião-carijó gavião-de-sobre-branco gavião-de-rabo-branco gavião-pombo-grande gavião-pega-macaco gavião-pato Gray-headed Kite Hook-billed Kite Swallow-tailed Kite Rufous-thighed Kite Sharp-shinned Hawk Bicolored Hawk Crane Hawk Savanna Hawk White-necked Hawk Roadside Hawk White-rumped Hawk White-tailed Hawk Mantled Hawk Black Hawk-Eagle Black-and-white Hawk-Eagle F,C,A F,C,A,AL F,C,A,AL F F F F,AL F,C,A,AL F F,C,A F F,C,A F,C F,C F,C AL AL C,AL AL C,AL C,AL AL AL X X X X X X VU VU NT 307 Charadriidae Vanellus chilensis Scolopacidae Actitis macularius Gruiformes Rallidae Aramides saracura Pardirallus nigricans Columbiformes Columbidae Columbina talpacoti Patagioenas picazuro Patagioenas plumbea Geotrygon montana Cuculiformes Cuculidae Piaya cayana Coccyzus americanus Crotophaga ani Guira guira Tapera naevia Dromococcyx pavoninus Strigiformes Strigidae Megascops choliba Megascops atricapilla Pulsatrix koeniswaldiana Glaucidium minutissimum Athene cunicularia Nyctibiiformes Nyctibiidae Nyctibius griseus Caprimulgiformes Caprimulgidae Lurocalis semitorquatus Hydropsalis albicollis Apodiformes Apodidae 308 quero-quero Southern Lapwing C,A,AL maçarico-pintado Spotted Sandpiper AL,P saracura-do-mato saracura-sanã Slaty-breasted Wood-Rail Blackish Rail rolinha-roxa pombão pomba-amargosa pariri Ruddy Ground-Dove Picazuro Pigeon Plumbeous Pigeon Ruddy Quail-Dove C,A F,C,A F F alma-de-gato papa-lagarta-de-asa-vermelha anu-preto anu-branco saci peixe-frito-pavonino Squirrel Cuckoo Yellow-billed Cuckoo Smooth-billed Ani Guira Cuckoo Striped Cuckoo Pavonine Cuckoo F,A F C,A C,A F F corujinha-do-mato corujinha-sapo murucututu-de-barriga-amarela caburé-miudinho coruja-buraqueira Tropical Screech-Owl Black-capped Screech-Owl Tawny-browed Owl Least Pygmy-Owl Burrowing Owl F,A F F F C,A mãe-da-lua Common Potoo tuju bacurau Short-tailed Nighthawk Pauraque AL AL F F C,A X X X X Cypseloides fumigatus Streptoprocne zonaris Chaetura cinereiventris Chaetura meridionalis Trochilidae Ramphodon naevius Glaucis hirsutus Phaethornis ruber Phaethornis pretrei Phaethornis eurynome Eupetomena macroura Aphantochroa cirrochloris Florisuga fusca Stephanoxis lalandi Lophornis chalybeus Chlorostilbon lucidus Thalurania glaucopis Hylocharis cyanus Leucochloris albicollis Amazilia versicolor Amazilia fimbriata Clytolaema rubricauda Trogoniformes Trogonidae Trogon viridis Trogon surrucura Trogon rufus Coraciiformes Alcedinidae Chloroceryle americana Momotidae Baryphthengus ruficapillus Galbuliformes Bucconidae Notharchus swainsoni Malacoptila striata Piciformes taperuçu-preto taperuçu-de-coleira-branca andorinhão-de-sobre-cinzento andorinhão-do-temporal Sooty Swift White-collared Swift Gray-rumped Swift Sick's Swift F,C F,C,A F,C F,C,A beija-flor-rajado balança-rabo-de-bico-torto rabo-branco-rubro rabo-branco-acanelado rabo-branco-de-garganta-rajada beija-flor-tesoura beija-flor-cinza beija-flor-preto beija-flor-de-topete topetinho-verde besourinho-de-bico-vermelho beija-flor-de-fronte-violeta beija-flor-roxo beija-flor-de-papo-branco beija-flor-de-banda-branca beija-flor-de-garganta-verde beija-flor-rubi Saw-billed Hermit Rufous-breasted Hermit Reddish Hermit Planalto Hermit Scale-throated Hermit Swallow-tailed Hummingbird Sombre Hummingbird Black Jacobin Plovercrest Festive Coquette Glittering-bellied Emerald Violet-capped Woodnymph White-chinned Sapphire White-throated Hummingbird Versicolored Emerald Glittering-throated Emerald Brazilian Ruby F F F F,C,A F F,C,A F F,C,A C F F,C,A F F,C,A C F,C,A F,C,A F surucuá-grande-de-barrigaamarela surucuá-variado surucuá-de-barriga-amarela White-tailed Trogon Surucua Trogon Black-throated Trogon martim-pescador-pequeno Green Kingfisher juruva-verde Rufous-capped Motmot F X macuru-de-barriga-castanha barbudo-rajado Buff-bellied Puffbird Crescent-chested Puffbird F F X X F F F X NT X X X X NT X X X X F,AL NT 309 Ramphastidae Ramphastos vitellinus Ramphastos dicolorus Selenidera maculirostris Pteroglossus bailloni Picidae Picumnus cirratus Picumnus temminckii Melanerpes flavifrons Veniliornis spilogaster Piculus flavigula Piculus aurulentus Colaptes campestris Celeus flavescens Campephilus robustus Falconiformes Falconidae Caracara plancus Milvago chimachima Herpetotheres cachinnans Micrastur ruficollis Micrastur semitorquatus Falco sparverius Psittaciformes Psittacidae Psittacara leucophthalmus Pyrrhura frontalis Forpus xanthopterygius Brotogeris tirica Touit melanonotus Pionopsitta pileata Pionus maximiliani Triclaria malachitacea Passeriformes Thamnophilidae Terenura maculata Myrmotherula minor Myrmotherula unicolor 310 tucano-de-bico-preto tucano-de-bico-verde araçari-poca araçari-banana Channel-billed Toucan Red-breasted Toucan Spot-billed Toucanet Saffron Toucanet F F F F pica-pau-anão-barrado pica-pau-anão-de-coleira benedito-de-testa-amarela picapauzinho-verde-carijó pica-pau-bufador pica-pau-dourado pica-pau-do-campo pica-pau-de-cabeça-amarela pica-pau-rei White-barred Piculet Ochre-collared Piculet Yellow-fronted Woodpecker White-spotted Woodpecker Yellow-throated Woodpecker Yellow-browed Woodpecker Campo Flicker Blond-crested Woodpecker Robust Woodpecker F,A F,A F F,A F F C,A F,A F caracará carrapateiro acauã falcão-caburé falcão-relógio quiriquiri Southern Caracara Yellow-headed Caracara Laughing Falcon Barred Forest-Falcon Collared Forest-Falcon American Kestrel C,A C,A F,C F F C,A periquitão-maracanã tiriba-de-testa-vermelha tuim periquito-rico apuim-de-costas-pretas cuiú-cuiú maitaca-verde sabiá-cica White-eyed Parakeet Maroon-bellied Parakeet Blue-winged Parrotlet Plain Parakeet Brown-backed Parrotlet Red-capped Parrot Scaly-headed Parrot Blue-bellied Parrot F,A F,A F,A F,A F F F F zidedê choquinha-pequena choquinha-cinzenta Streak-capped Antwren Salvadori's Antwren Unicolored Antwren F F F VU X X X X X NT X X X X NT X X X X X X X X X X X X X VU EN NT VU VU NT Rhopias gularis Dysithamnus stictothorax Dysithamnus mentalis Herpsilochmus rufimarginatus Thamnophilus caerulescens Hypoedaleus guttatus Batara cinerea Mackenziaena leachii Mackenziaena severa Myrmoderus squamosus Pyriglena leucoptera Drymophila ferruginea Drymophila genei Drymophila ochropyga Drymophila squamata Conopophagidae Conopophaga lineata Conopophaga melanops Grallariidae Grallaria varia Hylopezus nattereri Rhinocryptidae Merulaxis ater Psilorhamphus guttatus Formicariidae Formicarius colma Chamaeza campanisona Chamaeza meruloides Chamaeza ruficauda Scleruridae Sclerurus scansor Dendrocolaptidae Dendrocincla turdina Sittasomus griseicapillus Xiphorhynchus fuscus Campylorhamphus falcularius Lepidocolaptes falcinellus Dendrocolaptes platyrostris choquinha-de-garganta-pintada choquinha-de-peito-pintado choquinha-lisa chorozinho-de-asa-vermelha choca-da-mata chocão-carijó matracão borralhara-assobiadora borralhara papa-formiga-de-grota papa-taoca-do-sul trovoada choquinha-da-serra choquinha-de-dorso-vermelho pintadinho Star-throated Antwren Spot-breasted Antvireo Plain Antvireo Rufous-winged Antwren Variable Antshrike Spot-backed Antshrike Giant Antshrike Large-tailed Antshrike Tufted Antshrike Squamate Antbird White-shouldered Fire-eye Ferruginous Antbird Rufous-tailed Antbird Ochre-rumped Antbird Scaled Antbird F F F F F,A F F F F F F F F F F X X chupa-dente cuspidor-de-máscara-preta Rufous Gnateater Black-cheeked Gnateater F F X X tovacuçu pinto-do-mato Variegated Antpitta Speckle-breasted Antpitta F F X entufado tapaculo-pintado Slaty Bristlefront Spotted Bamboowren F F X X galinha-do-mato tovaca-campainha tovaca-cantadora tovaca-de-rabo-vermelho Rufous-capped Antthrush Short-tailed Antthrush Such's Antthrush Rufous-tailed Antthrush F F F F X X vira-folha Rufous-breasted Leaftosser F X arapaçu-liso arapaçu-verde arapaçu-rajado arapaçu-de-bico-torto arapaçu-escamado-do-sul arapaçu-grande Plain-winged Woodcreeper Olivaceous Woodcreeper Lesser Woodcreeper Black-billed Scythebill Scalloped Woodcreeper Planalto Woodcreeper F F F F F F X NT X X X X X X X X X X NT NT NT X X X 311 Xiphocolaptes albicollis Xenopidae Xenops minutus Xenops rutilans Furnariidae Furnarius rufus Lochmias nematura Automolus leucophthalmus Anabazenops fuscus Anabacerthia amaurotis arapaçu-de-garganta-branca White-throated Woodcreeper F bico-virado-miúdo bico-virado-carijó Plain Xenops Streaked Xenops F F joão-de-barro joão-porca barranqueiro-de-olho-branco trepador-coleira limpa-folha-miúdo Anabacerthia lichtensteini Philydor atricapillus Philydor rufum Heliobletus contaminatus Syndactyla rufosuperciliata Cichlocolaptes leucophrus Phacellodomus erythrophthalmus Certhiaxis cinnamomeus Synallaxis ruficapilla Synallaxis spixi Cranioleuca pallida Pipridae Manacus manacus Ilicura militaris Chiroxiphia caudata Oxyruncidae Oxyruncus cristatus Onychorhynchidae Onychorhynchus swainsoni Myiobius barbatus Myiobius atricaudus Tityridae Schiffornis virescens Laniisoma elegans Iodopleura pipra Tityra cayana Pachyramphus castaneus limpa-folha-ocráceo limpa-folha-coroado limpa-folha-de-testa-baia trepadorzinho trepador-quiete trepador-sobrancelha joão-botina-da-mata curutié pichororé joão-teneném arredio-pálido Rufous Hornero Sharp-tailed Streamcreeper White-eyed Foliage-gleaner White-collared Foliage-gleaner White-browed Foliage-gleaner Ochre-breasted Foliagegleaner Black-capped Foliage-gleaner Buff-fronted Foliage-gleaner Sharp-billed Treehunter Buff-browed Foliage-gleaner Pale-browed Treehunter Orange-eyed Thornbird Yellow-chinned Spinetail Rufous-capped Spinetail Spix's Spinetail Pallid Spinetail rendeira tangarazinho tangará White-bearded Manakin Pin-tailed Manakin Swallow-tailed Manakin F F F araponga-do-horto Sharpbill F maria-leque-do-sudeste assanhadinho assanhadinho-de-cauda-preta Atlantic Royal Flycatcher Whiskered Flycatcher Black-tailed Flycatcher F F F X X flautim chibante anambezinho anambé-branco-de-rabo-preto caneleiro Greenish Schiffornis Shrike-like Cotinga Buff-throated Purpletuft Black-tailed Tityra Chestnut-crowned Becard F F F,A F,A F,A X X X X X 312 C,A,AL F F F F F F F F F F F,A AL F,A F,A F,A X X X NT X X X X X X X X X VU EN NT Pachyramphus polychopterus Pachyramphus marginatus Pachyramphus validus Cotingidae Procnias nudicollis Pyroderus scutatus Carpornis cucullata Pipritidae Piprites chloris Platyrinchidae Platyrinchus mystaceus Platyrinchus leucoryphus Rhynchocyclidae Mionectes rufiventris Leptopogon amaurocephalus Phylloscartes ventralis Phylloscartes paulista Phylloscartes oustaleti Phylloscartes difficilis Phylloscartes sylviolus Tolmomyias sulphurescens Todirostrum poliocephalum Todirostrum cinereum Poecilotriccus plumbeiceps Myiornis auricularis Hemitriccus diops Hemitriccus orbitatus Hemitriccus furcatus Tyrannidae Hirundinea ferruginea Tyranniscus burmeisteri Elaenia obscura Myiopagis caniceps Phyllomyias fasciatus Phyllomyias griseocapilla Attila phoenicurus Attila rufus Ramphotrigon megacephalum caneleiro-preto caneleiro-bordado caneleiro-de-chapéu-preto White-winged Becard Black-capped Becard Crested Becard F,A F,A F,A araponga pavó corocochó Bare-throated Bellbird Red-ruffed Fruitcrow Hooded Berryeater F F F papinho-amarelo Wing-barred Piprites F patinho patinho-gigante White-throated Spadebill Russet-winged Spadebill F F abre-asa-de-cabeça-cinza cabeçudo borboletinha-do-mato não-pode-parar papa-moscas-de-olheiras estalinho maria-pequena bico-chato-de-orelha-preta teque-teque ferreirinho-relógio tororó miudinho olho-falso tiririzinho-do-mato papa-moscas-estrela Gray-hooded Flycatcher Sepia-capped Flycatcher Mottle-cheeked Tyrannulet Sao Paulo Tyrannulet Oustalet's Tyrannulet Serra do Mar Tyrannulet Bay-ringed Tyrannulet Yellow-olive Flycatcher Yellow-lored Tody-Flycatcher Common Tody-Flycatcher Ochre-faced Tody-Flycatcher Eared Pygmy-Tyrant Drab-breasted Pygmy-Tyrant Eye-ringed Tody-Tyrant Fork-tailed Pygmy-Tyrant F F F F F F F F,A F,A F,A F,A F,A F F F gibão-de-couro piolhinho-chiador tucão guaracava-cinzenta piolhinho piolhinho-serrano capitão-castanho capitão-de-saíra maria-cabeçuda Cliff Flycatcher Rough-legged Tyrannulet Highland Elaenia Gray Elaenia Planalto Tyrannulet Gray-capped Tyrannulet Rufous-tailed Attila Gray-hooded Attila Large-headed Flatbill C,A F F F F,A F,A F F F X X X X X VU X X VU X NT NT NT NT NT X X X X X X X X X X X X VU NT VU NT X 313 Myiarchus swainsoni Myiarchus ferox Sirystes sibilator Pitangus sulphuratus Machetornis rixosa Myiodynastes maculatus Megarynchus pitangua Myiozetetes similis Tyrannus melancholicus Empidonomus varius Conopias trivirgatus Colonia colonus Myiophobus fasciatus Fluvicola nengeta Arundinicola leucocephala Lathrotriccus euleri Contopus cinereus Knipolegus cyanirostris Knipolegus lophotes Knipolegus nigerrimus Xolmis velatus Muscipipra vetula Vireonidae Cyclarhis gujanensis Vireo chivi Hylophilus poicilotis Hylophilus thoracicus Hirundinidae Pygochelidon cyanoleuca Atticora tibialis Stelgidopteryx ruficollis Progne chalybea Tachycineta leucorrhoa Troglodytidae Troglodytes musculus Cantorchilus longirostris 314 irré maria-cavaleira gritador bem-te-vi suiriri-cavaleiro bem-te-vi-rajado neinei bentevizinho-de-penachovermelho suiriri peitica bem-te-vi-pequeno viuvinha filipe lavadeira-mascarada freirinha enferrujado papa-moscas-cinzento maria-preta-de-bico-azulado maria-preta-de-penacho maria-preta-de-gargantavermelha noivinha-branca tesoura-cinzenta Swainson's Flycatcher Short-crested Flycatcher Sirystes Great Kiskadee Cattle Tyrant Streaked Flycatcher Boat-billed Flycatcher Velvety Black-Tyrant White-rumped Monjita Shear-tailed Gray Tyrant F,A C,A F pitiguari juruviara verdinho-coroado vite-vite Rufous-browed Peppershrike Chivi Vireo Rufous-crowned Greenlet Lemon-chested Greenlet F,A F,A F F andorinha-pequena-de-casa calcinha-branca andorinha-serradora andorinha-doméstica-grande andorinha-de-sobre-branco Blue-and-white Swallow White-thighed Swallow Southern Rough-winged Swallow Gray-breasted Martin White-rumped Swallow corruíra garrinchão-de-bico-grande Southern House Wren Long-billed Wren Social Flycatcher Tropical Kingbird Variegated Flycatcher Three-striped Flycatcher Long-tailed Tyrant Bran-colored Flycatcher Masked Water-Tyrant White-headed Marsh Tyrant Euler's Flycatcher Tropical Pewee Blue-billed Black-Tyrant Crested Black-Tyrant F,A F,A F F,C,A,AL C,A F,A F,A F,A F,C,A F,A F,A F,A F,A C,A,AL AL F,A F,A F,A F,A F,C,A,AL F,A F,C,A,AL F,C,A,AL AL F,C,A F,A X X X Polioptilidae Ramphocaenus melanurus Turdidae Turdus flavipes Turdus leucomelas Turdus rufiventris Turdus amaurochalinus Turdus albicollis Motacillidae Anthus lutescens Passerellidae Zonotrichia capensis Parulidae Setophaga pitiayumi Geothlypis aequinoctialis Basileuterus culicivorus Myiothlypis leucoblephara Myiothlypis rivularis Icteridae Psarocolius decumanus Cacicus chrysopterus Cacicus haemorrhous Sturnella superciliaris Mitrospingidae Orthogonys chloricterus Thraupidae Coereba flaveola Saltator similis Saltator fuliginosus Orchesticus abeillei Thlypopsis sordida Tachyphonus coronatus Ramphocelus bresilius Lanio cristatus Lanio melanops Tangara seledon Tangara cyanocephala Tangara cyanoventris bico-assovelado Long-billed Gnatwren F sabiá-una sabiá-barranco sabiá-laranjeira sabiá-poca sabiá-coleira Yellow-legged Thrush Pale-breasted Thrush Rufous-bellied Thrush Creamy-bellied Thrush White-necked Thrush F F,A F,A F,A F caminheiro-zumbidor Yellowish Pipit C,A tico-tico Rufous-collared Sparrow F,C,A mariquita pia-cobra pula-pula pula-pula-assobiador pula-pula-ribeirinho Tropical Parula Masked Yellowthroat Golden-crowned Warbler White-browed Warbler Neotropical River Warbler F,A C,A,AL F F F japu tecelão guaxe polícia-inglesa-do-sul Crested Oropendola Golden-winged Cacique Red-rumped Cacique White-browed Blackbird catirumbava Olive-green Tanager cambacica trinca-ferro-verdadeiro pimentão sanhaçu-pardo saí-canário tiê-preto tiê-sangue tiê-galo tiê-de-topete saíra-sete-cores saíra-militar saíra-douradinha Bananaquit Green-winged Saltator Black-throated Grosbeak Brown Tanager Orange-headed Tanager Ruby-crowned Tanager Brazilian Tanager Flame-crested Tanager Black-goggled Tanager Green-headed Tanager Red-necked Tanager Gilt-edged Tanager X F,A F,A F,A C,A F F,A F,A F F F F F,A F,A F F,A F,A F X X X NT X X X X X 315 Tangara desmaresti Tangara sayaca Tangara cyanoptera Tangara palmarum Tangara ornata Tangara peruviana Stephanophorus diadematus Pipraeidea melanonota Dacnis cayana Hemithraupis guira Hemithraupis ruficapilla Conirostrum speciosum Haplospiza unicolor Volatinia jacarina Sporophila frontalis Sporophila caerulescens Sporophila leucoptera Tiaris fuliginosus Cardinalidae Habia rubica Fringillidae Euphonia chlorotica Euphonia violacea Euphonia cyanocephala Euphonia pectoralis Passeridae Passer domesticus saíra-lagarta sanhaçu-cinzento sanhaçu-de-encontro-azul sanhaçu-do-coqueiro sanhaçu-de-encontro-amarelo saíra-sapucaia sanhaçu-frade saíra-viúva saí-azul saíra-de-papo-preto saíra-ferrugem figuinha-de-rabo-castanho cigarra-bambu tiziu pixoxó coleirinho chorão cigarra-do-coqueiro Brassy-breasted Tanager Sayaca Tanager Azure-shouldered Tanager Palm Tanager Golden-chevroned Tanager Black-backed Tanager Diademed Tanager Fawn-breasted Tanager Blue Dacnis Guira Tanager Rufous-headed Tanager Chestnut-vented Conebill Uniform Finch Blue-black Grassquit Buffy-fronted Seedeater Double-collared Seedeater White-bellied Seedeater Sooty Grassquit F F,A F,A F,A F,A F,A F,A F,A F,A F,A F,A F,A F C,A F C,A C,A F tiê-do-mato-grosso Red-crowned Ant-Tanager F fim-fim gaturamo-verdadeiro gaturamo-rei ferro-velho Purple-throated Euphonia Violaceous Euphonia Golden-rumped Euphonia Chestnut-bellied Euphonia F,A F,A F F,A pardal House Sparrow C,A X X X X X VU VU X VU VU X X X X Legenda: Ordem taxonômica, nome comum e inglês segundo CBRO (2014). Espécies endêmicas da Mata Atlântica segundo Bencke et al., 2006. Espécies ameaçadas a nível estadual segundo São Paulo (2014), á nível nacional segundo MMA (2014) e ameaçadas globalmente segundo IUCN (2012). Categorias de ameaça: EN - Em Perigo; VU - Vulnerável e NT - Quase Ameaçada. Obs. Na última versão da Lista de Espécies Ameaçadas do estado de São Paulo não constam as categorias específicas de ameaça. Ambiente típico: F. Ambiente Florestal (mata alta, média ou capoeiras); C. Campo aberto ou campo sujo; A. Ambiente degradado (áreas urbanas, rurais ou mesmo naturais); AL. Ambiente alagado (brejos, campos, rios, represas, etc) e P. Ambiente litorâneo (praias, dunas, mangues e costões rochosos). 316 Tabela 4. Lista completa de aves do Núcleo Cunha Status de Ameaça NOME DO TÁXON Tinamiformes Tinamidae Tinamus solitarius Crypturellus obsoletus Galliformes Cracidae Penelope obscura Aburria jacutinga Odontophoridae Odontophorus capueira Suliformes Phalacrocoracidae Phalacrocorax brasilianus Pelecaniformes Ardeidae Butorides striata Bubulcus ibis Ardea cocoi Ardea alba Syrigma sibilatrix Egretta thula Cathartiformes Cathartidae Cathartes aura Cathartes burrovianus Coragyps atratus Accipitriformes Accipitridae Leptodon cayanensis Chondrohierax uncinatus Elanoides forficatus Ambiente típico NOME COMUM NOME EM INGLÊS Endêmica São Paulo macuco inhambuguaçu Solitary Tinamou Brown Tinamou F F X X jacuaçu jacutinga Dusky-legged Guan Black-fronted Piping-Guan F F X X uru Spot-winged Wood-Quail F X biguá Neotropic Cormorant socozinho garça-vaqueira garça-moura garça-branca-grande maria-faceira garça-branca-pequena Striated Heron Cattle Egret Cocoi Heron Great Egret Whistling Heron Snowy Egret urubu-de-cabeça-vermelha urubu-de-cabeça-amarela urubu-de-cabeça-preta Turkey Vulture Lesser Yellow-headed Vulture Black Vulture F,C,A,AL F,C,A,AL F,C,A,AL gavião-de-cabeça-cinza caracoleiro gavião-tesoura Gray-headed Kite Hook-billed Kite Swallow-tailed Kite F,C,A F,C,A,AL F,C,A Brasil IUCN NT EN EN AL AL C,AL AL AL C,AL AL 317 Elanus leucurus Harpagus diodon Ictinia plumbea Rupornis magnirostris Geranoaetus albicaudatus Pseudastur polionotus Buteo brachyurus Spizaetus tyrannus Gruiformes Rallidae Aramides saracura Pardirallus nigricans Charadriiformes Charadriidae Vanellus chilensis Columbiformes Columbidae Columbina talpacoti Patagioenas picazuro Patagioenas cayennensis Patagioenas plumbea Leptotila verreauxi Leptotila rufaxilla Geotrygon montana Cuculiformes Cuculidae Piaya cayana Crotophaga ani Guira guira Strigiformes Tytonidae Tyto furcata Strigidae Megascops choliba Pulsatrix koeniswaldiana Strix hylophila Strix virgata Athene cunicularia 318 gavião-peneira gavião-bombachinha sovi gavião-carijó gavião-de-rabo-branco gavião-pombo-grande gavião-de-cauda-curta gavião-pega-macaco White-tailed Kite Rufous-thighed Kite Plumbeous Kite Roadside Hawk White-tailed Hawk Mantled Hawk Short-tailed Hawk Black Hawk-Eagle C,A F F,C,A F,C,A F,C,A F,C F,C,A F,C saracura-do-mato saracura-sanã Slaty-breasted Wood-Rail Blackish Rail quero-quero Southern Lapwing rolinha-roxa pombão pomba-galega pomba-amargosa juriti-pupu juriti-gemedeira pariri Ruddy Ground-Dove Picazuro Pigeon Pale-vented Pigeon Plumbeous Pigeon White-tipped Dove Gray-fronted Dove Ruddy Quail-Dove alma-de-gato anu-preto anu-branco Squirrel Cuckoo Smooth-billed Ani Guira Cuckoo F,A C,A C,A coruja-da-igreja American Barn Owl F,A corujinha-do-mato murucututu-de-barriga-amarela coruja-listrada coruja-do-mato coruja-buraqueira Tropical Screech-Owl Tawny-browed Owl Rusty-barred Owl Mottled Owl Burrowing Owl F,A F F F C,A AL AL X X NT X X C,A,AL C,A F,C,A F F F F F X X NT Nyctibiiformes Nyctibiidae Nyctibius griseus Caprimulgiformes Caprimulgidae Lurocalis semitorquatus Hydropsalis albicollis Apodiformes Apodidae Cypseloides fumigatus Streptoprocne zonaris Chaetura cinereiventris Chaetura meridionalis Trochilidae Phaethornis squalidus Phaethornis pretrei Phaethornis eurynome Eupetomena macroura Florisuga fusca Colibri serrirostris Stephanoxis lalandi Chlorostilbon lucidus Thalurania glaucopis Leucochloris albicollis Clytolaema rubricauda Trogoniformes Trogonidae Trogon viridis Trogon surrucura Trogon rufus Coraciiformes Alcedinidae Megaceryle torquata Chloroceryle americana Momotidae Baryphthengus ruficapillus Galbuliformes mãe-da-lua Common Potoo tuju bacurau Short-tailed Nighthawk Pauraque taperuçu-preto taperuçu-de-coleira-branca andorinhão-de-sobre-cinzento andorinhão-do-temporal Sooty Swift White-collared Swift Gray-rumped Swift Sick's Swift F,C F,C,A F,C F,C,A rabo-branco-pequeno rabo-branco-acanelado rabo-branco-de-gargantarajada beija-flor-tesoura beija-flor-preto beija-flor-de-orelha-violeta beija-flor-de-topete besourinho-de-bico-vermelho beija-flor-de-fronte-violeta beija-flor-de-papo-branco beija-flor-rubi Dusky-throated Hermit Planalto Hermit F F,C,A X Scale-throated Hermit Swallow-tailed Hummingbird Black Jacobin White-vented Violetear Plovercrest Glittering-bellied Emerald Violet-capped Woodnymph White-throated Hummingbird Brazilian Ruby F F,C,A F,C,A F,C C F,C,A F C F X surucuá-grande-de-barrigaamarela surucuá-variado surucuá-de-barriga-amarela White-tailed Trogon Surucua Trogon Black-throated Trogon martim-pescador-grande martim-pescador-pequeno Ringed Kingfisher Green Kingfisher juruva-verde Rufous-capped Motmot F F C,A F F F X X X X X X F,AL F,AL F X 319 Bucconidae Nystalus chacuru Piciformes Ramphastidae Ramphastos toco Ramphastos vitellinus Ramphastos dicolorus Picidae Picumnus cirratus Melanerpes candidus Veniliornis spilogaster Piculus aurulentus Colaptes campestris Celeus flavescens Dryocopus lineatus Campephilus robustus Cariamiformes Cariamidae Cariama cristata Falconiformes Falconidae Caracara plancus Milvago chimachima Herpetotheres cachinnans Micrastur ruficollis Micrastur semitorquatus Falco sparverius Psittaciformes Psittacidae Psittacara leucophthalmus Pyrrhura frontalis Forpus xanthopterygius Brotogeris tirica Touit melanonotus Pionopsitta pileata Pionus maximiliani Triclaria malachitacea Passeriformes 320 joão-bobo White-eared Puffbird F,C,A tucanuçu tucano-de-bico-preto tucano-de-bico-verde Toco Toucan Channel-billed Toucan Red-breasted Toucan F,C,A F F pica-pau-anão-barrado pica-pau-branco picapauzinho-verde-carijó pica-pau-dourado pica-pau-do-campo pica-pau-de-cabeça-amarela pica-pau-de-banda-branca pica-pau-rei White-barred Piculet White Woodpecker White-spotted Woodpecker Yellow-browed Woodpecker Campo Flicker Blond-crested Woodpecker Lineated Woodpecker Robust Woodpecker F,A C,A F,A F C,A F,A F,A F seriema Red-legged Seriema C,A caracará carrapateiro acauã falcão-caburé falcão-relógio quiriquiri Southern Caracara Yellow-headed Caracara Laughing Falcon Barred Forest-Falcon Collared Forest-Falcon American Kestrel C,A C,A F,C F F C,A periquitão-maracanã tiriba-de-testa-vermelha tuim periquito-rico apuim-de-costas-pretas cuiú-cuiú maitaca-verde sabiá-cica White-eyed Parakeet Maroon-bellied Parakeet Blue-winged Parrotlet Plain Parakeet Brown-backed Parrotlet Red-capped Parrot Scaly-headed Parrot Blue-bellied Parrot F,A F,A F,A F,A F F F F VU X X X NT X X X X X X X X VU EN NT Thamnophilidae Terenura maculata Rhopias gularis Dysithamnus mentalis Dysithamnus xanthopterus Herpsilochmus rufimarginatus Thamnophilus ruficapillus Thamnophilus caerulescens Hypoedaleus guttatus Batara cinerea Mackenziaena leachii Mackenziaena severa Myrmoderus squamosus Pyriglena leucoptera Drymophila ferruginea Drymophila rubricollis Drymophila genei Drymophila ochropyga Drymophila malura Conopophagidae Conopophaga lineata Grallariidae Grallaria varia Hylopezus nattereri Rhinocryptidae Eleoscytalopus indigoticus Scytalopus speluncae Formicariidae Formicarius colma Chamaeza campanisona Chamaeza meruloides Chamaeza ruficauda Scleruridae Sclerurus scansor Dendrocolaptidae Dendrocincla turdina Sittasomus griseicapillus Xiphorhynchus fuscus zidedê choquinha-de-garganta-pintada choquinha-lisa choquinha-de-asa-ferrugem chorozinho-de-asa-vermelha choca-de-chapéu-vermelho choca-da-mata chocão-carijó matracão borralhara-assobiadora borralhara papa-formiga-de-grota papa-taoca-do-sul trovoada trovoada-de-bertoni choquinha-da-serra choquinha-de-dorso-vermelho choquinha-carijó Streak-capped Antwren Star-throated Antwren Plain Antvireo Rufous-backed Antvireo Rufous-winged Antwren Rufous-capped Antshrike Variable Antshrike Spot-backed Antshrike Giant Antshrike Large-tailed Antshrike Tufted Antshrike Squamate Antbird White-shouldered Fire-eye Ferruginous Antbird Bertoni's Antbird Rufous-tailed Antbird Ochre-rumped Antbird Dusky-tailed Antbird F F F F F F,A F,A F F F F F F F F F F F X X chupa-dente Rufous Gnateater F X tovacuçu pinto-do-mato Variegated Antpitta Speckle-breasted Antpitta F F X macuquinho tapaculo-preto White-breasted Tapaculo Mouse-colored Tapaculo F F X X galinha-do-mato tovaca-campainha tovaca-cantadora tovaca-de-rabo-vermelho Rufous-capped Antthrush Short-tailed Antthrush Such's Antthrush Rufous-tailed Antthrush F F F F X X vira-folha Rufous-breasted Leaftosser F X arapaçu-liso arapaçu-verde arapaçu-rajado Plain-winged Woodcreeper Olivaceous Woodcreeper Lesser Woodcreeper F F F X X X X X X X X X X X X X NT NT X 321 Campylorhamphus falcularius Lepidocolaptes angustirostris Lepidocolaptes falcinellus Dendrocolaptes platyrostris Xiphocolaptes albicollis Xenopidae Xenops rutilans Furnariidae Furnarius rufus Lochmias nematura Automolus leucophthalmus arapaçu-de-bico-torto arapaçu-de-cerrado arapaçu-escamado-do-sul arapaçu-grande arapaçu-de-garganta-branca Black-billed Scythebill Narrow-billed Woodcreeper Scalloped Woodcreeper Planalto Woodcreeper White-throated Woodcreeper bico-virado-carijó Streaked Xenops joão-de-barro joão-porca barranqueiro-de-olho-branco C,A,AL F F Anabazenops fuscus Anabacerthia amaurotis Philydor atricapillus Philydor rufum Heliobletus contaminatus Syndactyla rufosuperciliata Cichlocolaptes leucophrus Leptasthenura setaria Phacellodomus ferrugineigula Anumbius annumbi Certhiaxis cinnamomeus Synallaxis ruficapilla Synallaxis cinerascens Synallaxis spixi Cranioleuca pallida Pipridae Neopelma chrysolophum Ilicura militaris Chiroxiphia caudata Oxyruncidae Oxyruncus cristatus Onychorhynchidae Onychorhynchus swainsoni Tityridae Schiffornis virescens Tityra cayana trepador-coleira limpa-folha-miúdo limpa-folha-coroado limpa-folha-de-testa-baia trepadorzinho trepador-quiete trepador-sobrancelha grimpeiro joão-botina-do-brejo cochicho curutié pichororé pi-puí joão-teneném arredio-pálido Rufous Hornero Sharp-tailed Streamcreeper White-eyed Foliage-gleaner White-collared Foliagegleaner White-browed Foliage-gleaner Black-capped Foliage-gleaner Buff-fronted Foliage-gleaner Sharp-billed Treehunter Buff-browed Foliage-gleaner Pale-browed Treehunter Araucaria Tit-Spinetail Orange-breasted Thornbird Firewood-Gatherer Yellow-chinned Spinetail Rufous-capped Spinetail Gray-bellied Spinetail Spix's Spinetail Pallid Spinetail F F F F F F F F F,AL C,A,AL AL F,A F F,A F,A X X X fruxu tangarazinho tangará Serra do Mar Tyrant-Manakin Pin-tailed Manakin Swallow-tailed Manakin F F F X X X araponga-do-horto Sharpbill F maria-leque-do-sudeste Atlantic Royal Flycatcher F X flautim anambé-branco-de-rabo-preto Greenish Schiffornis Black-tailed Tityra F F,A X 322 F F,C,A F F F X X F X NT X X X X NT X X X VU Pachyramphus castaneus Pachyramphus polychopterus Pachyramphus validus Cotingidae Tijuca atra Procnias nudicollis Pyroderus scutatus Carpornis cucullata Phibalura flavirostris Pipritidae Piprites pileata Platyrinchidae Platyrinchus mystaceus Rhynchocyclidae Mionectes rufiventris Leptopogon amaurocephalus Phylloscartes ventralis Phylloscartes oustaleti Phylloscartes difficilis Tolmomyias sulphurescens Todirostrum poliocephalum Poecilotriccus plumbeiceps Myiornis auricularis Hemitriccus diops caneleiro caneleiro-preto caneleiro-de-chapéu-preto Chestnut-crowned Becard White-winged Becard Crested Becard F,A F,A F,A saudade araponga pavó corocochó tesourinha-da-mata Black-and-gold Cotinga Bare-throated Bellbird Red-ruffed Fruitcrow Hooded Berryeater Swallow-tailed Cotinga F F F F F,A X X X X X X caneleirinho-de-chapéu-preto Black-capped Piprites F X X patinho White-throated Spadebill F abre-asa-de-cabeça-cinza cabeçudo borboletinha-do-mato papa-moscas-de-olheiras estalinho bico-chato-de-orelha-preta teque-teque tororó miudinho olho-falso F F F F F F,A F,A F,A F,A F X Hemitriccus obsoletus Tyrannidae Hirundinea ferruginea Tyranniscus burmeisteri catraca Gray-hooded Flycatcher Sepia-capped Flycatcher Mottle-cheeked Tyrannulet Oustalet's Tyrannulet Serra do Mar Tyrannulet Yellow-olive Flycatcher Yellow-lored Tody-Flycatcher Ochre-faced Tody-Flycatcher Eared Pygmy-Tyrant Drab-breasted Pygmy-Tyrant Brown-breasted PygmyTyrant F X Cliff Flycatcher Rough-legged Tyrannulet Southern BeardlessTyrannulet Yellow-bellied Elaenia Small-billed Elaenia Olivaceous Elaenia Highland Elaenia Greenish Tyrannulet Planalto Tyrannulet Gray-capped Tyrannulet Gray-backed Tachuri C,A F Camptostoma obsoletum Elaenia flavogaster Elaenia parvirostris Elaenia mesoleuca Elaenia obscura Phyllomyias virescens Phyllomyias fasciatus Phyllomyias griseocapilla Polystictus superciliaris gibão-de-couro piolhinho-chiador risadinha guaracava-de-barriga-amarela guaracava-de-bico-curto tuque tucão piolhinho-verdoso piolhinho piolhinho-serrano papa-moscas-de-costas- F,A F,A F,A F F F F,A F,A C X X NT VU NT NT VU NT NT X X X X X NT 323 cinzentas Serpophaga nigricans Serpophaga subcristata Attila phoenicurus Attila rufus Legatus leucophaius Myiarchus swainsoni Myiarchus ferox Pitangus sulphuratus Machetornis rixosa Myiodynastes maculatus Megarynchus pitangua Myiozetetes similis Tyrannus melancholicus Tyrannus savana Empidonomus varius Colonia colonus Myiophobus fasciatus Fluvicola nengeta Lathrotriccus euleri Knipolegus cyanirostris Knipolegus lophotes Knipolegus nigerrimus Xolmis cinereus Xolmis velatus Muscipipra vetula Vireonidae Cyclarhis gujanensis Vireo chivi Hylophilus poicilotis Corvidae Cyanocorax cristatellus Hirundinidae Pygochelidon cyanoleuca Stelgidopteryx ruficollis Progne tapera 324 joão-pobre alegrinho capitão-castanho capitão-de-saíra bem-te-vi-pirata irré maria-cavaleira bem-te-vi suiriri-cavaleiro bem-te-vi-rajado neinei bentevizinho-de-penachovermelho suiriri tesourinha peitica viuvinha filipe lavadeira-mascarada enferrujado maria-preta-de-bico-azulado maria-preta-de-penacho maria-preta-de-gargantavermelha primavera noivinha-branca tesoura-cinzenta Sooty Tyrannulet White-crested Tyrannulet Rufous-tailed Attila Gray-hooded Attila Piratic Flycatcher Swainson's Flycatcher Short-crested Flycatcher Great Kiskadee Cattle Tyrant Streaked Flycatcher Boat-billed Flycatcher F,AL F,A F F F,A F,A F,A F,C,A,AL C,A F,A F,A Social Flycatcher Tropical Kingbird Fork-tailed Flycatcher Variegated Flycatcher Long-tailed Tyrant Bran-colored Flycatcher Masked Water-Tyrant Euler's Flycatcher Blue-billed Black-Tyrant Crested Black-Tyrant F,A F,C,A C,A F,A F,A F,A C,A,AL F,A F,A F,A Velvety Black-Tyrant Gray Monjita White-rumped Monjita Shear-tailed Gray Tyrant F,A C,A C,A F pitiguari juruviara verdinho-coroado Rufous-browed Peppershrike Chivi Vireo Rufous-crowned Greenlet F,A F,A F gralha-do-campo Curl-crested Jay andorinha-pequena-de-casa Blue-and-white Swallow Southern Rough-winged Swallow Brown-chested Martin andorinha-serradora andorinha-do-campo F,C,A F,C,A,AL F,C,A,AL F,C,A X X X X Tachycineta leucorrhoa Troglodytidae Troglodytes musculus Turdidae Turdus flavipes Turdus leucomelas Turdus rufiventris Turdus amaurochalinus Turdus albicollis Mimidae Mimus saturninus Motacillidae Anthus hellmayri Passerellidae Zonotrichia capensis Parulidae Setophaga pitiayumi Geothlypis aequinoctialis Basileuterus culicivorus Myiothlypis leucoblephara Myiothlypis rivularis Icteridae Psarocolius decumanus Cacicus chrysopterus Gnorimopsar chopi Molothrus bonariensis Mitrospingidae Orthogonys chloricterus Thraupidae Coereba flaveola Saltator similis Saltator maxillosus Saltator fuliginosus Orchesticus abeillei Tachyphonus coronatus Lanio melanops Tangara desmaresti andorinha-de-sobre-branco White-rumped Swallow AL corruíra Southern House Wren F,C,A sabiá-una sabiá-barranco sabiá-laranjeira sabiá-poca sabiá-coleira Yellow-legged Thrush Pale-breasted Thrush Rufous-bellied Thrush Creamy-bellied Thrush White-necked Thrush F F,A F,A F,A F sabiá-do-campo Chalk-browed Mockingbird C,A caminheiro-de-barrigaacanelada Hellmayr's Pipit tico-tico Rufous-collared Sparrow F,C,A mariquita pia-cobra pula-pula pula-pula-assobiador pula-pula-ribeirinho Tropical Parula Masked Yellowthroat Golden-crowned Warbler White-browed Warbler Neotropical River Warbler F,A C,A,AL F F F japu tecelão graúna vira-bosta Crested Oropendola Golden-winged Cacique Chopi Blackbird Shiny Cowbird catirumbava Olive-green Tanager cambacica trinca-ferro-verdadeiro bico-grosso pimentão sanhaçu-pardo tiê-preto tiê-de-topete saíra-lagarta Bananaquit Green-winged Saltator Thick-billed Saltator Black-throated Grosbeak Brown Tanager Ruby-crowned Tanager Black-goggled Tanager Brassy-breasted Tanager C X F,A F,A C,A C,A F X F,A F,A F F F F F F X X X X NT X 325 Tangara sayaca Tangara cyanoptera Tangara palmarum Tangara ornata Tangara cayana Stephanophorus diadematus Schistochlamys ruficapillus Pipraeidea melanonota Dacnis cayana Haplospiza unicolor Poospiza thoracica Poospiza lateralis Sicalis flaveola Sporophila frontalis Sporophila lineola Sporophila caerulescens Sporophila angolensis Tiaris fuliginosus Cardinalidae Habia rubica Amaurospiza moesta Fringillidae Sporagra magellanica Euphonia chlorotica Euphonia chalybea Euphonia pectoralis sanhaçu-cinzento sanhaçu-de-encontro-azul sanhaçu-do-coqueiro sanhaçu-de-encontro-amarelo saíra-amarela sanhaçu-frade bico-de-veludo saíra-viúva saí-azul cigarra-bambu peito-pinhão quete canário-da-terra-verdadeiro pixoxó bigodinho coleirinho curió cigarra-do-coqueiro Sayaca Tanager Azure-shouldered Tanager Palm Tanager Golden-chevroned Tanager Burnished-buff Tanager Diademed Tanager Cinnamon Tanager Fawn-breasted Tanager Blue Dacnis Uniform Finch Bay-chested Warbling-Finch Buff-throated Warbling-Finch Saffron Finch Buffy-fronted Seedeater Lined Seedeater Double-collared Seedeater Chestnut-bellied Seed-Finch Sooty Grassquit F,A F,A F,A F,A F,A F,A C,AL F,A F,A F F,A F,A C,A F C,A C,A C,A F tiê-do-mato-grosso negrinho-do-mato Red-crowned Ant-Tanager Blackish-blue Seedeater F F,A X X NT pintassilgo fim-fim cais-cais ferro-velho Hooded Siskin Purple-throated Euphonia Green-throated Euphonia Chestnut-bellied Euphonia D,A,C F,A F F,A X X X NT X X X X X X VU VU X Legenda: Ordem taxonômica, nome comum e inglês segundo CBRO (2014). Espécies endêmicas da Mata Atlântica segundo Bencke et al., 2006. Espécies ameaçadas a nível estadual segundo São Paulo (2014), á nível nacional segundo MMA (2014) e ameaçadas globalmente segundo IUCN (2012). Categorias de ameaça: EN - Em Perigo; VU - Vulnerável e NT - Quase Ameaçada. Obs. Na última versão da Lista de Espécies Ameaçadas do estado de São Paulo não constam as categorias específicas de ameaça. Ambiente típico: F. Ambiente Florestal (mata alta, média ou capoeiras); C. Campo aberto ou campo sujo; A. Ambiente degradado (áreas urbanas, rurais ou mesmo naturais); AL. Ambiente alagado (brejos, campos, rios, represas, etc) e P. Ambiente litorâneo (praias, dunas, mangues e costões rochosos). 326 Tabela 5. Lista completa de aves do Núcleo Curucutu Status de Ameaça NOME DO TÁXON Tinamiformes Tinamidae Tinamus solitarius Crypturellus obsoletus Crypturellus noctivagus Anseriformes Anatidae Amazonetta brasiliensis Galliformes Cracidae Penelope obscura Aburria jacutinga Odontophoridae Odontophorus capueira Suliformes Fregatidae Fregata magnificens Phalacrocoracidae Phalacrocorax brasilianus Anhingidae Anhinga anhinga Pelecaniformes Ardeidae Tigrisoma lineatum Nycticorax nycticorax Butorides striata Bubulcus ibis Ardea alba Syrigma sibilatrix Egretta thula Egretta caerulea NOME COMUM NOME EM INGLÊS macuco inhambuguaçu jaó-do-sul Solitary Tinamou Brown Tinamou Yellow-legged Tinamou pé-vermelho Brazilian Teal jacuaçu jacutinga Dusky-legged Guan Black-fronted Piping-Guan uru Ambiente típico Endêmica São Paulo X X X X VU NT F F X X EN EN Spot-winged Wood-Quail F X tesourão Magnificent Frigatebird P biguá Neotropic Cormorant AL biguatinga Anhinga AL socó-boi savacu socozinho garça-vaqueira garça-branca-grande maria-faceira garça-branca-pequena garça-azul Rufescent Tiger-Heron Black-crowned Night-Heron Striated Heron Cattle Egret Great Egret Whistling Heron Snowy Egret Little Blue Heron F F F Brasil IUCN NT AL AL AL AL C,AL AL C,AL AL AL 327 Threskiornithidae Mesembrinibis cayennensis Cathartiformes Cathartidae Cathartes aura Coragyps atratus Accipitriformes Accipitridae Leptodon cayanensis Chondrohierax uncinatus Elanoides forficatus Harpagus diodon Accipiter poliogaster Accipiter striatus Ictinia plumbea Rostrhamus sociabilis Heterospizias meridionalis Amadonastur lacernulatus Urubitinga urubitinga Rupornis magnirostris Parabuteo leucorrhous Geranoaetus albicaudatus Buteo nitidus Buteo brachyurus Spizaetus tyrannus Spizaetus melanoleucus Gruiformes Aramidae Aramus guarauna Rallidae Aramides cajaneus Aramides saracura Laterallus melanophaius Porzana albicollis Pardirallus nigricans Gallinula galeata Porphyrio martinicus Charadriiformes 328 coró-coró Green Ibis F,AL urubu-de-cabeça-vermelha urubu-de-cabeça-preta Turkey Vulture Black Vulture F,C,A,AL F,C,A,AL gavião-de-cabeça-cinza caracoleiro gavião-tesoura gavião-bombachinha tauató-pintado gavião-miúdo sovi gavião-caramujeiro gavião-caboclo gavião-pombo-pequeno gavião-preto gavião-carijó gavião-de-sobre-branco gavião-de-rabo-branco gavião-pedrês gavião-de-cauda-curta gavião-pega-macaco gavião-pato Gray-headed Kite Hook-billed Kite Swallow-tailed Kite Rufous-thighed Kite Gray-bellied Hawk Sharp-shinned Hawk Plumbeous Kite Snail Kite Savanna Hawk White-necked Hawk Great Black-Hawk Roadside Hawk White-rumped Hawk White-tailed Hawk Gray Hawk Short-tailed Hawk Black Hawk-Eagle Black-and-white Hawk-Eagle F,C,A F,C,A,AL F,C,A F F F F,C,A AL F,C,A,AL F F,AL F,C,A F F,C,A F,C,A F,C,A F,C F,C carão Limpkin AL saracura-três-potes saracura-do-mato sanã-parda sanã-carijó saracura-sanã frango-d'água-comum frango-d'água-azul Gray-necked Wood-Rail Slaty-breasted Wood-Rail Rufous-sided Crake Ash-throated Crake Blackish Rail Common Gallinule Purple Gallinule AL AL AL AL AL AL AL NT X X X X X VU VU Charadriidae Vanellus chilensis Scolopacidae Gallinago undulata Jacanidae Jacana jacana Columbiformes Columbidae Columbina talpacoti Patagioenas picazuro Patagioenas cayennensis Patagioenas plumbea Zenaida auriculata Leptotila verreauxi Leptotila rufaxilla Geotrygon montana Cuculiformes Cuculidae Piaya cayana Coccyzus melacoryphus Coccyzus euleri Crotophaga ani Guira guira Tapera naevia Dromococcyx pavoninus Strigiformes Tytonidae Tyto furcata Strigidae Megascops choliba Megascops atricapilla Pulsatrix koeniswaldiana Bubo virginianus Strix hylophila Strix virgata Glaucidium minutissimum Aegolius harrisii Asio clamator quero-quero Southern Lapwing C,A,AL narcejão Giant Snipe AL jaçanã Wattled Jacana AL rolinha-roxa pombão pomba-galega pomba-amargosa pomba-de-bando juriti-pupu juriti-gemedeira pariri Ruddy Ground-Dove Picazuro Pigeon Pale-vented Pigeon Plumbeous Pigeon Eared Dove White-tipped Dove Gray-fronted Dove Ruddy Quail-Dove alma-de-gato papa-lagarta-acanelado papa-lagarta-de-euler anu-preto anu-branco saci peixe-frito-pavonino Squirrel Cuckoo Dark-billed Cuckoo Pearly-breasted Cuckoo Smooth-billed Ani Guira Cuckoo Striped Cuckoo Pavonine Cuckoo F,A F F C,A C,A F F coruja-da-igreja American Barn Owl F,A corujinha-do-mato corujinha-sapo murucututu-de-barriga-amarela jacurutu coruja-listrada coruja-do-mato caburé-miudinho caburé-acanelado coruja-orelhuda Tropical Screech-Owl Black-capped Screech-Owl Tawny-browed Owl Great Horned Owl Rusty-barred Owl Mottled Owl Least Pygmy-Owl Buff-fronted Owl Striped Owl F,A F F F F F F F,A F,A C,A F,C,A F F C,A F F F X X X X NT X 329 Asio stygius Nyctibiiformes Nyctibiidae Nyctibius griseus Caprimulgiformes Caprimulgidae Lurocalis semitorquatus Hydropsalis albicollis Hydropsalis torquata Hydropsalis forcipata Apodiformes Apodidae Cypseloides fumigatus Streptoprocne zonaris Chaetura cinereiventris Chaetura meridionalis Trochilidae Ramphodon naevius Glaucis hirsutus Phaethornis squalidus Phaethornis ruber Phaethornis pretrei Phaethornis eurynome Eupetomena macroura Aphantochroa cirrochloris Florisuga fusca Colibri serrirostris Anthracothorax nigricollis Stephanoxis lalandi Lophornis chalybeus Chlorostilbon lucidus Thalurania glaucopis Hylocharis cyanus Leucochloris albicollis Amazilia versicolor Amazilia fimbriata Amazilia lactea Clytolaema rubricauda 330 mocho-diabo Stygian Owl F,A mãe-da-lua Common Potoo tuju bacurau bacurau-tesoura bacurau-tesoura-gigante Short-tailed Nighthawk Pauraque Scissor-tailed Nightjar Long-trained Nightjar taperuçu-preto taperuçu-de-coleira-branca andorinhão-de-sobre-cinzento andorinhão-do-temporal Sooty Swift White-collared Swift Gray-rumped Swift Sick's Swift F,C F,C,A F,C F,C,A beija-flor-rajado balança-rabo-de-bico-torto rabo-branco-pequeno rabo-branco-rubro rabo-branco-acanelado rabo-branco-de-garganta-rajada beija-flor-tesoura beija-flor-cinza beija-flor-preto beija-flor-de-orelha-violeta beija-flor-de-veste-preta beija-flor-de-topete topetinho-verde besourinho-de-bico-vermelho beija-flor-de-fronte-violeta beija-flor-roxo beija-flor-de-papo-branco beija-flor-de-banda-branca beija-flor-de-garganta-verde beija-flor-de-peito-azul beija-flor-rubi Saw-billed Hermit Rufous-breasted Hermit Dusky-throated Hermit Reddish Hermit Planalto Hermit Scale-throated Hermit Swallow-tailed Hummingbird Sombre Hummingbird Black Jacobin White-vented Violetear Black-throated Mango Plovercrest Festive Coquette Glittering-bellied Emerald Violet-capped Woodnymph White-chinned Sapphire White-throated Hummingbird Versicolored Emerald Glittering-throated Emerald Sapphire-spangled Emerald Brazilian Ruby F F F F F,C,A F F,C,A F F,C,A F,C F,C,A C F F,C,A F F,C,A C F,C,A F,C,A F,C,A F F F C,A C C X X NT X X X X X NT X X X Trogoniformes Trogonidae Trogon viridis Trogon surrucura Trogon rufus Coraciiformes Alcedinidae Megaceryle torquata Chloroceryle amazona Chloroceryle aenea Chloroceryle americana Momotidae Baryphthengus ruficapillus Galbuliformes Bucconidae Notharchus swainsoni Nystalus chacuru Malacoptila striata Piciformes Ramphastidae Ramphastos toco Ramphastos vitellinus Ramphastos dicolorus Selenidera maculirostris Pteroglossus bailloni Picidae Picumnus temminckii Melanerpes candidus Melanerpes flavifrons Veniliornis spilogaster Piculus flavigula Piculus aurulentus Colaptes melanochloros Colaptes campestris Celeus flavescens Dryocopus lineatus Campephilus robustus surucuá-grande-de-barrigaamarela surucuá-variado surucuá-de-barriga-amarela White-tailed Trogon Surucua Trogon Black-throated Trogon martim-pescador-grande martim-pescador-verde martinho martim-pescador-pequeno Ringed Kingfisher Amazon Kingfisher American Pygmy Kingfisher Green Kingfisher juruva-verde Rufous-capped Motmot macuru-de-barriga-castanha joão-bobo barbudo-rajado F F F X F,AL F,AL F,AL F,AL F X Buff-bellied Puffbird White-eared Puffbird Crescent-chested Puffbird F F,C,A F X tucanuçu tucano-de-bico-preto tucano-de-bico-verde araçari-poca araçari-banana Toco Toucan Channel-billed Toucan Red-breasted Toucan Spot-billed Toucanet Saffron Toucanet F,C,A F F F F pica-pau-anão-de-coleira pica-pau-branco benedito-de-testa-amarela picapauzinho-verde-carijó pica-pau-bufador pica-pau-dourado pica-pau-verde-barrado pica-pau-do-campo pica-pau-de-cabeça-amarela pica-pau-de-banda-branca pica-pau-rei Ochre-collared Piculet White Woodpecker Yellow-fronted Woodpecker White-spotted Woodpecker Yellow-throated Woodpecker Yellow-browed Woodpecker Green-barred Woodpecker Campo Flicker Blond-crested Woodpecker Lineated Woodpecker Robust Woodpecker F,A C,A F F,A F F F C,A F,A F,A F X NT VU X X X X X NT X X X X NT X 331 Falconiformes Falconidae Caracara plancus Milvago chimachima Herpetotheres cachinnans Micrastur ruficollis Micrastur semitorquatus Falco sparverius Falco femoralis Psittaciformes Psittacidae Pyrrhura frontalis Forpus xanthopterygius Brotogeris tirica Touit melanonotus Pionopsitta pileata Pionus maximiliani Triclaria malachitacea Passeriformes Thamnophilidae Terenura maculata Myrmotherula minor Myrmotherula unicolor Rhopias gularis Dysithamnus stictothorax Dysithamnus mentalis Dysithamnus xanthopterus Herpsilochmus rufimarginatus Thamnophilus caerulescens Hypoedaleus guttatus Batara cinerea Mackenziaena leachii Mackenziaena severa Myrmoderus squamosus Pyriglena leucoptera Drymophila ferruginea Drymophila rubricollis Drymophila ochropyga 332 caracará carrapateiro acauã falcão-caburé falcão-relógio quiriquiri falcão-de-coleira Southern Caracara Yellow-headed Caracara Laughing Falcon Barred Forest-Falcon Collared Forest-Falcon American Kestrel Aplomado Falcon C,A C,A F,C F F C,A C,A tiriba-de-testa-vermelha tuim periquito-rico apuim-de-costas-pretas cuiú-cuiú maitaca-verde sabiá-cica Maroon-bellied Parakeet Blue-winged Parrotlet Plain Parakeet Brown-backed Parrotlet Red-capped Parrot Scaly-headed Parrot Blue-bellied Parrot F,A F,A F,A F F F F X zidedê choquinha-pequena choquinha-cinzenta choquinha-de-garganta-pintada choquinha-de-peito-pintado choquinha-lisa choquinha-de-asa-ferrugem chorozinho-de-asa-vermelha choca-da-mata chocão-carijó matracão borralhara-assobiadora borralhara papa-formiga-de-grota papa-taoca-do-sul trovoada trovoada-de-bertoni choquinha-de-dorso-vermelho Streak-capped Antwren Salvadori's Antwren Unicolored Antwren Star-throated Antwren Spot-breasted Antvireo Plain Antvireo Rufous-backed Antvireo Rufous-winged Antwren Variable Antshrike Spot-backed Antshrike Giant Antshrike Large-tailed Antshrike Tufted Antshrike Squamate Antbird White-shouldered Fire-eye Ferruginous Antbird Bertoni's Antbird Ochre-rumped Antbird F F F F F F F F F,A F F F F F F F F F X X X X X X X X X X X X X VU EN NT VU VU NT NT X X X X X X X X X X NT Drymophila malura Drymophila squamata Conopophagidae Conopophaga lineata Conopophaga melanops Grallariidae Grallaria varia Hylopezus nattereri Rhinocryptidae Merulaxis ater Eleoscytalopus indigoticus Scytalopus speluncae Formicariidae Formicarius colma Chamaeza campanisona Chamaeza meruloides Scleruridae Sclerurus scansor Dendrocolaptidae Dendrocincla turdina Sittasomus griseicapillus Xiphorhynchus fuscus Campylorhamphus falcularius Lepidocolaptes falcinellus Dendrocolaptes platyrostris Xiphocolaptes albicollis Xenopidae Xenops minutus Xenops rutilans Furnariidae Furnarius rufus Lochmias nematura Automolus leucophthalmus Anabazenops fuscus Anabacerthia amaurotis Anabacerthia lichtensteini Philydor atricapillus choquinha-carijó pintadinho Dusky-tailed Antbird Scaled Antbird F F X X chupa-dente cuspidor-de-máscara-preta Rufous Gnateater Black-cheeked Gnateater F F X X tovacuçu pinto-do-mato Variegated Antpitta Speckle-breasted Antpitta F F X entufado macuquinho tapaculo-preto Slaty Bristlefront White-breasted Tapaculo Mouse-colored Tapaculo F F F X X X galinha-do-mato tovaca-campainha tovaca-cantadora Rufous-capped Antthrush Short-tailed Antthrush Such's Antthrush F F F X vira-folha Rufous-breasted Leaftosser F X arapaçu-liso arapaçu-verde arapaçu-rajado arapaçu-de-bico-torto arapaçu-escamado-do-sul arapaçu-grande arapaçu-de-garganta-branca Plain-winged Woodcreeper Olivaceous Woodcreeper Lesser Woodcreeper Black-billed Scythebill Scalloped Woodcreeper Planalto Woodcreeper White-throated Woodcreeper F F F F F F F X bico-virado-miúdo bico-virado-carijó Plain Xenops Streaked Xenops F F joão-de-barro joão-porca barranqueiro-de-olho-branco trepador-coleira limpa-folha-miúdo Rufous Hornero Sharp-tailed Streamcreeper White-eyed Foliage-gleaner White-collared Foliage-gleaner White-browed Foliage-gleaner Ochre-breasted Foliagegleaner Black-capped Foliage-gleaner limpa-folha-ocráceo limpa-folha-coroado NT NT X X X C,A,AL F F F F X X X F F X X NT 333 Philydor rufum Heliobletus contaminatus Syndactyla rufosuperciliata Cichlocolaptes leucophrus Phacellodomus ferrugineigula Certhiaxis cinnamomeus Synallaxis ruficapilla Synallaxis spixi Cranioleuca pallida Pipridae Neopelma chrysolophum Manacus manacus Ilicura militaris Chiroxiphia caudata Oxyruncidae Oxyruncus cristatus Onychorhynchidae Onychorhynchus swainsoni Myiobius barbatus Myiobius atricaudus Tityridae Schiffornis virescens Laniisoma elegans Tityra inquisitor Tityra cayana Pachyramphus viridis Pachyramphus rufus Pachyramphus castaneus Pachyramphus polychopterus Pachyramphus marginatus Pachyramphus validus Cotingidae Procnias nudicollis Pyroderus scutatus Carpornis cucullata Carpornis melanocephala Phibalura flavirostris 334 limpa-folha-de-testa-baia trepadorzinho trepador-quiete trepador-sobrancelha joão-botina-do-brejo curutié pichororé joão-teneném arredio-pálido Buff-fronted Foliage-gleaner Sharp-billed Treehunter Buff-browed Foliage-gleaner Pale-browed Treehunter Orange-breasted Thornbird Yellow-chinned Spinetail Rufous-capped Spinetail Spix's Spinetail Pallid Spinetail F F F F F,AL AL F,A F,A F,A fruxu rendeira tangarazinho tangará Serra do Mar Tyrant-Manakin White-bearded Manakin Pin-tailed Manakin Swallow-tailed Manakin F F F F araponga-do-horto Sharpbill F maria-leque-do-sudeste assanhadinho assanhadinho-de-cauda-preta Atlantic Royal Flycatcher Whiskered Flycatcher Black-tailed Flycatcher F F F X X flautim chibante anambé-branco-de-bochechaparda anambé-branco-de-rabo-preto caneleiro-verde caneleiro-cinzento caneleiro caneleiro-preto caneleiro-bordado caneleiro-de-chapéu-preto Greenish Schiffornis Shrike-like Cotinga F F X X X Black-crowned Tityra Black-tailed Tityra Green-backed Becard Cinereous Becard Chestnut-crowned Becard White-winged Becard Black-capped Becard Crested Becard F,A F,A F F,A F,A F,A F,A F,A araponga pavó corocochó sabiá-pimenta tesourinha-da-mata Bare-throated Bellbird Red-ruffed Fruitcrow Hooded Berryeater Black-headed Berryeater Swallow-tailed Cotinga F F F F F,A X X X X X X X X X X X X VU X X X VU VU NT VU NT Pipritidae Piprites chloris Platyrinchidae Platyrinchus mystaceus Platyrinchus leucoryphus Rhynchocyclidae Mionectes rufiventris Leptopogon amaurocephalus Phylloscartes ventralis Phylloscartes paulista Phylloscartes oustaleti Phylloscartes difficilis Tolmomyias sulphurescens Todirostrum poliocephalum Todirostrum cinereum Poecilotriccus plumbeiceps Myiornis auricularis Hemitriccus diops Hemitriccus obsoletus Hemitriccus orbitatus Hemitriccus nidipendulus Tyrannidae Hirundinea ferruginea Tyranniscus burmeisteri Camptostoma obsoletum Elaenia flavogaster Elaenia chilensis Elaenia parvirostris Elaenia mesoleuca Elaenia obscura Myiopagis caniceps Phyllomyias virescens Phyllomyias fasciatus Phyllomyias griseocapilla Serpophaga subcristata Attila phoenicurus Attila rufus Legatus leucophaius papinho-amarelo Wing-barred Piprites F patinho patinho-gigante White-throated Spadebill Russet-winged Spadebill F F abre-asa-de-cabeça-cinza cabeçudo borboletinha-do-mato não-pode-parar papa-moscas-de-olheiras estalinho bico-chato-de-orelha-preta teque-teque ferreirinho-relógio tororó miudinho olho-falso catraca tiririzinho-do-mato tachuri-campainha Gray-hooded Flycatcher Sepia-capped Flycatcher Mottle-cheeked Tyrannulet Sao Paulo Tyrannulet Oustalet's Tyrannulet Serra do Mar Tyrannulet Yellow-olive Flycatcher Yellow-lored Tody-Flycatcher Common Tody-Flycatcher Ochre-faced Tody-Flycatcher Eared Pygmy-Tyrant Drab-breasted Pygmy-Tyrant Brown-breasted Pygmy-Tyrant Eye-ringed Tody-Tyrant Hangnest Tody-Tyrant F F F F F F F,A F,A F,A F,A F,A F F F F,A gibão-de-couro piolhinho-chiador risadinha guaracava-de-barriga-amarela guaracava-de-crista-branca guaracava-de-bico-curto tuque tucão guaracava-cinzenta piolhinho-verdoso piolhinho piolhinho-serrano alegrinho capitão-castanho capitão-de-saíra bem-te-vi-pirata Cliff Flycatcher Rough-legged Tyrannulet Southern Beardless-Tyrannulet Yellow-bellied Elaenia Chilean Elaenia Small-billed Elaenia Olivaceous Elaenia Highland Elaenia Gray Elaenia Greenish Tyrannulet Planalto Tyrannulet Gray-capped Tyrannulet White-crested Tyrannulet Rufous-tailed Attila Gray-hooded Attila Piratic Flycatcher C,A F F,A F,A F F,A F F F F F,A F,A F,A F F F,A X X VU X NT NT NT X X X X X X X X X X NT X X NT X 335 Ramphotrigon megacephalum Myiarchus swainsoni Myiarchus ferox Sirystes sibilator Rhytipterna simplex Pitangus sulphuratus Myiodynastes maculatus Megarynchus pitangua Myiozetetes similis Tyrannus melancholicus Tyrannus savana Empidonomus varius Colonia colonus Myiophobus fasciatus Pyrocephalus rubinus Fluvicola nengeta Arundinicola leucocephala Cnemotriccus fuscatus Lathrotriccus euleri Contopus cinereus Knipolegus cyanirostris Knipolegus nigerrimus Satrapa icterophrys Muscipipra vetula Vireonidae Cyclarhis gujanensis Vireo chivi Hylophilus poicilotis Corvidae Cyanocorax caeruleus Hirundinidae Pygochelidon cyanoleuca Atticora tibialis Stelgidopteryx ruficollis Progne tapera Progne chalybea 336 maria-cabeçuda irré maria-cavaleira gritador vissiá bem-te-vi bem-te-vi-rajado neinei bentevizinho-de-penachovermelho suiriri tesourinha peitica viuvinha filipe príncipe lavadeira-mascarada freirinha guaracavuçu enferrujado papa-moscas-cinzento maria-preta-de-bico-azulado maria-preta-de-gargantavermelha suiriri-pequeno tesoura-cinzenta Large-headed Flatbill Swainson's Flycatcher Short-crested Flycatcher Sirystes Grayish Mourner Great Kiskadee Streaked Flycatcher Boat-billed Flycatcher pitiguari juruviara verdinho-coroado Rufous-browed Peppershrike Chivi Vireo Rufous-crowned Greenlet F,A F,A F X gralha-azul Azure Jay F,A X andorinha-pequena-de-casa calcinha-branca Blue-and-white Swallow White-thighed Swallow Southern Rough-winged Swallow Brown-chested Martin Gray-breasted Martin andorinha-serradora andorinha-do-campo andorinha-doméstica-grande F F,A F,A F F F,C,A,AL F,A F,A Social Flycatcher Tropical Kingbird Fork-tailed Flycatcher Variegated Flycatcher Long-tailed Tyrant Bran-colored Flycatcher Vermilion Flycatcher Masked Water-Tyrant White-headed Marsh Tyrant Fuscous Flycatcher Euler's Flycatcher Tropical Pewee Blue-billed Black-Tyrant F,A F,C,A C,A F,A F,A F,A C,A C,A,AL AL F,A F,A F,A F,A Velvety Black-Tyrant Yellow-browed Tyrant Shear-tailed Gray Tyrant F,A C,A,AL F F,C,A,AL F,A F,C,A,AL F,C,A F,C,A,AL X X NT Tachycineta albiventer Tachycineta leucorrhoa Troglodytidae Troglodytes musculus Cantorchilus longirostris Polioptilidae Ramphocaenus melanurus Turdidae Turdus flavipes Turdus leucomelas Turdus rufiventris Turdus amaurochalinus Turdus albicollis Motacillidae Anthus lutescens Anthus hellmayri Passerellidae Zonotrichia capensis Parulidae Setophaga pitiayumi Geothlypis aequinoctialis Basileuterus culicivorus Myiothlypis leucoblephara Myiothlypis rivularis Icteridae Cacicus chrysopterus Cacicus haemorrhous Gnorimopsar chopi Chrysomus ruficapillus Molothrus bonariensis Mitrospingidae Orthogonys chloricterus Thraupidae Coereba flaveola Saltator similis Saltator fuliginosus Orchesticus abeillei andorinha-do-rio andorinha-de-sobre-branco White-winged Swallow White-rumped Swallow AL AL corruíra garrinchão-de-bico-grande Southern House Wren Long-billed Wren F,C,A F,A bico-assovelado Long-billed Gnatwren F sabiá-una sabiá-barranco sabiá-laranjeira sabiá-poca sabiá-coleira Yellow-legged Thrush Pale-breasted Thrush Rufous-bellied Thrush Creamy-bellied Thrush White-necked Thrush F F,A F,A F,A F caminheiro-zumbidor caminheiro-de-barrigaacanelada Yellowish Pipit C,A Hellmayr's Pipit C tico-tico Rufous-collared Sparrow F,C,A mariquita pia-cobra pula-pula pula-pula-assobiador pula-pula-ribeirinho Tropical Parula Masked Yellowthroat Golden-crowned Warbler White-browed Warbler Neotropical River Warbler F,A C,A,AL F F F tecelão guaxe graúna garibaldi vira-bosta Golden-winged Cacique Red-rumped Cacique Chopi Blackbird Chestnut-capped Blackbird Shiny Cowbird F,A F,A C,A AL C,A catirumbava Olive-green Tanager cambacica trinca-ferro-verdadeiro pimentão sanhaçu-pardo Bananaquit Green-winged Saltator Black-throated Grosbeak Brown Tanager X F X F,A F,A F F X X NT 337 Thlypopsis sordida Tachyphonus coronatus Ramphocelus bresilius Lanio cristatus Lanio melanops Tangara seledon Tangara cyanocephala Tangara desmaresti Tangara sayaca Tangara cyanoptera Tangara palmarum Tangara ornata Tangara cayana Stephanophorus diadematus Schistochlamys ruficapillus Pipraeidea melanonota Tersina viridis Dacnis cayana Chlorophanes spiza Hemithraupis ruficapilla Conirostrum speciosum Haplospiza unicolor Donacospiza albifrons Sicalis flaveola Emberizoides herbicola Volatinia jacarina Sporophila frontalis Sporophila falcirostris Sporophila lineola Sporophila caerulescens Sporophila angolensis Tiaris fuliginosus Cardinalidae Habia rubica Amaurospiza moesta Cyanoloxia glaucocaerulea Fringillidae Sporagra magellanica 338 saí-canário tiê-preto tiê-sangue tiê-galo tiê-de-topete saíra-sete-cores saíra-militar saíra-lagarta sanhaçu-cinzento sanhaçu-de-encontro-azul sanhaçu-do-coqueiro sanhaçu-de-encontro-amarelo saíra-amarela sanhaçu-frade bico-de-veludo saíra-viúva saí-andorinha saí-azul saí-verde saíra-ferrugem figuinha-de-rabo-castanho cigarra-bambu tico-tico-do-banhado canário-da-terra-verdadeiro canário-do-campo tiziu pixoxó cigarra-verdadeira bigodinho coleirinho curió cigarra-do-coqueiro Orange-headed Tanager Ruby-crowned Tanager Brazilian Tanager Flame-crested Tanager Black-goggled Tanager Green-headed Tanager Red-necked Tanager Brassy-breasted Tanager Sayaca Tanager Azure-shouldered Tanager Palm Tanager Golden-chevroned Tanager Burnished-buff Tanager Diademed Tanager Cinnamon Tanager Fawn-breasted Tanager Swallow Tanager Blue Dacnis Green Honeycreeper Rufous-headed Tanager Chestnut-vented Conebill Uniform Finch Long-tailed Reed Finch Saffron Finch Wedge-tailed Grass-Finch Blue-black Grassquit Buffy-fronted Seedeater Temminck's Seedeater Lined Seedeater Double-collared Seedeater Chestnut-bellied Seed-Finch Sooty Grassquit tiê-do-mato-grosso negrinho-do-mato azulinho Red-crowned Ant-Tanager Blackish-blue Seedeater Glaucous-blue Grosbeak pintassilgo Hooded Siskin F F F,A F,A F F,A F,A F F,A F,A F,A F,A F,A F,A C,AL F,A F,A F,A F,A F,A F,A F C,AL C,A C,A C,A F F C,A C,A C,A F F F,A F,A D,A,C X X X X X X X X X X X X X X VU VU VU VU X X X NT Euphonia chlorotica Euphonia violacea Euphonia chalybea Euphonia cyanocephala Euphonia pectoralis Chlorophonia cyanea Estrildidae Estrilda astrild Passeridae Passer domesticus fim-fim gaturamo-verdadeiro cais-cais gaturamo-rei ferro-velho gaturamo-bandeira Purple-throated Euphonia Violaceous Euphonia Green-throated Euphonia Golden-rumped Euphonia Chestnut-bellied Euphonia Blue-naped Chlorophonia F,A F,A F F F,A F bico-de-lacre Common Waxbill C,A pardal House Sparrow C,A X X NT X Legenda: Ordem taxonômica, nome comum e inglês segundo CBRO (2014). Espécies endêmicas da Mata Atlântica segundo Bencke et al., 2006. Espécies ameaçadas a nível estadual segundo São Paulo (2014), á nível nacional segundo MMA (2014) e ameaçadas globalmente segundo IUCN (2012). Categorias de ameaça: EN - Em Perigo; VU - Vulnerável e NT - Quase Ameaçada. Obs. Na última versão da Lista de Espécies Ameaçadas do estado de São Paulo não constam as categorias específicas de ameaça. Ambiente típico: F. Ambiente Florestal (mata alta, média ou capoeiras); C. Campo aberto ou campo sujo; A. Ambiente degradado (áreas urbanas, rurais ou mesmo naturais); AL. Ambiente alagado (brejos, campos, rios, represas, etc) e P. Ambiente litorâneo (praias, dunas, mangues e costões rochosos). Tabela 6. Lista completa de aves do Núcleo Itariru Status de Ameaça NOME DO TÁXON Tinamiformes Tinamidae Crypturellus obsoletus Anseriformes Anatidae Dendrocygna viduata Galliformes Cracidae Penelope obscura Aburria jacutinga NOME COMUM NOME EM INGLÊS Ambiente típico inhambuguaçu Brown Tinamou irerê White-faced Whistling-Duck AL jacuaçu jacutinga Dusky-legged Guan Black-fronted Piping-Guan F F Endêmica São Paulo Brasil IUCN X X EN EN F 339 Pelecaniformes Ardeidae Tigrisoma lineatum Ardea cocoi Cathartiformes Cathartidae Coragyps atratus Accipitriformes Accipitridae Heterospizias meridionalis Rupornis magnirostris Gruiformes Rallidae Aramides saracura Amaurolimnas concolor Laterallus melanophaius Pardirallus nigricans Gallinula galeata Charadriiformes Charadriidae Vanellus chilensis Scolopacidae Tringa solitaria Jacanidae Jacana jacana Columbiformes Columbidae Columbina talpacoti Patagioenas picazuro Leptotila verreauxi Cuculiformes Cuculidae Piaya cayana Crotophaga ani Strigiformes Strigidae Glaucidium minutissimum Caprimulgiformes 340 socó-boi garça-moura Rufescent Tiger-Heron Cocoi Heron AL AL urubu-de-cabeça-preta Black Vulture F,C,A,AL gavião-caboclo gavião-carijó Savanna Hawk Roadside Hawk F,C,A,AL F,C,A saracura-do-mato saracura-lisa sanã-parda saracura-sanã frango-d'água-comum Slaty-breasted Wood-Rail Uniform Crake Rufous-sided Crake Blackish Rail Common Gallinule quero-quero Southern Lapwing C,A,AL maçarico-solitário Solitary Sandpiper AL,P jaçanã Wattled Jacana rolinha-roxa pombão juriti-pupu Ruddy Ground-Dove Picazuro Pigeon White-tipped Dove alma-de-gato anu-preto Squirrel Cuckoo Smooth-billed Ani F,A C,A caburé-miudinho Least Pygmy-Owl F AL F,AL AL AL AL X AL C,A F,C,A F X Caprimulgidae Hydropsalis albicollis Hydropsalis torquata Apodiformes Apodidae Chaetura cinereiventris Chaetura meridionalis Trochilidae Ramphodon naevius Phaethornis squalidus Phaethornis eurynome Eupetomena macroura Thalurania glaucopis Heliothryx auritus Trogoniformes Trogonidae Trogon viridis Coraciiformes Alcedinidae Megaceryle torquata Galbuliformes Bucconidae Notharchus swainsoni Malacoptila striata Piciformes Ramphastidae Ramphastos vitellinus Ramphastos dicolorus Picidae Picumnus temminckii Melanerpes flavifrons Veniliornis spilogaster Celeus flavescens Dryocopus lineatus Falconiformes Falconidae bacurau bacurau-tesoura Pauraque Scissor-tailed Nightjar andorinhão-de-sobrecinzento andorinhão-do-temporal Gray-rumped Swift Sick's Swift beija-flor-rajado rabo-branco-pequeno rabo-branco-de-gargantarajada beija-flor-tesoura beija-flor-de-fronte-violeta beija-flor-de-bochecha-azul Saw-billed Hermit Dusky-throated Hermit Scale-throated Hermit Swallow-tailed Hummingbird Violet-capped Woodnymph Black-eared Fairy C,A C F,C F,C,A F F X X F F,C,A F F X NT X surucuá-grande-de-barrigaamarela White-tailed Trogon martim-pescador-grande Ringed Kingfisher macuru-de-barriga-castanha barbudo-rajado Buff-bellied Puffbird Crescent-chested Puffbird F F X X tucano-de-bico-preto tucano-de-bico-verde Channel-billed Toucan Red-breasted Toucan F F X pica-pau-anão-de-coleira benedito-de-testa-amarela picapauzinho-verde-carijó pica-pau-de-cabeça-amarela pica-pau-de-banda-branca Ochre-collared Piculet Yellow-fronted Woodpecker White-spotted Woodpecker Blond-crested Woodpecker Lineated Woodpecker F F,AL F,A F F,A F,A F,A NT VU X X X 341 Caracara plancus Milvago chimachima Micrastur ruficollis Psittaciformes Psittacidae Pyrrhura frontalis Forpus xanthopterygius Brotogeris tirica Pionopsitta pileata Pionus maximiliani Passeriformes Thamnophilidae Terenura maculata Myrmotherula minor Myrmotherula unicolor Rhopias gularis Dysithamnus stictothorax Dysithamnus mentalis Herpsilochmus rufimarginatus Thamnophilus caerulescens Hypoedaleus guttatus Myrmoderus squamosus Pyriglena leucoptera Drymophila ferruginea Drymophila squamata Conopophagidae Conopophaga lineata Conopophaga melanops Grallariidae Grallaria varia Rhinocryptidae Eleoscytalopus indigoticus Formicariidae Formicarius colma Dendrocolaptidae Sittasomus griseicapillus Xiphorhynchus fuscus 342 caracará carrapateiro falcão-caburé Southern Caracara Yellow-headed Caracara Barred Forest-Falcon C,A C,A F tiriba-de-testa-vermelha tuim periquito-rico cuiú-cuiú maitaca-verde Maroon-bellied Parakeet Blue-winged Parrotlet Plain Parakeet Red-capped Parrot Scaly-headed Parrot F,A F,A F,A F F X zidedê choquinha-pequena choquinha-cinzenta choquinha-de-gargantapintada choquinha-de-peito-pintado choquinha-lisa chorozinho-de-asa-vermelha choca-da-mata chocão-carijó papa-formiga-de-grota papa-taoca-do-sul trovoada pintadinho Streak-capped Antwren Salvadori's Antwren Unicolored Antwren F F F X X X Star-throated Antwren Spot-breasted Antvireo Plain Antvireo Rufous-winged Antwren Variable Antshrike Spot-backed Antshrike Squamate Antbird White-shouldered Fire-eye Ferruginous Antbird Scaled Antbird F F F F F,A F F F F F X X chupa-dente cuspidor-de-máscara-preta Rufous Gnateater Black-cheeked Gnateater F F X X tovacuçu Variegated Antpitta F macuquinho White-breasted Tapaculo F galinha-do-mato Rufous-capped Antthrush F arapaçu-verde arapaçu-rajado Olivaceous Woodcreeper Lesser Woodcreeper F F X X X X VU VU NT NT X X X X X X X NT Campylorhamphus falcularius Dendrocolaptes platyrostris Xenopidae Xenops minutus Xenops rutilans Furnariidae Furnarius figulus Furnarius rufus Lochmias nematura Automolus leucophthalmus Anabazenops fuscus arapaçu-de-bico-torto arapaçu-grande Black-billed Scythebill Planalto Woodcreeper F F bico-virado-miúdo bico-virado-carijó Plain Xenops Streaked Xenops F F casaca-de-couro-da-lama joão-de-barro joão-porca barranqueiro-de-olho-branco trepador-coleira Anabacerthia lichtensteini Philydor atricapillus Philydor rufum Cichlocolaptes leucophrus Certhiaxis cinnamomeus Synallaxis ruficapilla Synallaxis spixi Pipridae Manacus manacus Ilicura militaris Chiroxiphia caudata Onychorhynchidae Myiobius barbatus Tityridae Schiffornis virescens limpa-folha-ocráceo limpa-folha-coroado limpa-folha-de-testa-baia trepador-sobrancelha curutié pichororé joão-teneném Wing-banded Hornero Rufous Hornero Sharp-tailed Streamcreeper White-eyed Foliage-gleaner White-collared Foliage-gleaner Ochre-breasted Foliagegleaner Black-capped Foliage-gleaner Buff-fronted Foliage-gleaner Pale-browed Treehunter Yellow-chinned Spinetail Rufous-capped Spinetail Spix's Spinetail rendeira tangarazinho tangará White-bearded Manakin Pin-tailed Manakin Swallow-tailed Manakin F F F assanhadinho Whiskered Flycatcher F flautim anambé-branco-debochecha-parda caneleiro caneleiro-de-chapéu-preto Greenish Schiffornis F Black-crowned Tityra Chestnut-crowned Becard Crested Becard F,A F,A F,A corocochó sabiá-pimenta Hooded Berryeater Black-headed Berryeater F F patinho White-throated Spadebill F abre-asa-de-cabeça-cinza cabeçudo Gray-hooded Flycatcher Sepia-capped Flycatcher F F Tityra inquisitor Pachyramphus castaneus Pachyramphus validus Cotingidae Carpornis cucullata Carpornis melanocephala Platyrinchidae Platyrinchus mystaceus Rhynchocyclidae Mionectes rufiventris Leptopogon amaurocephalus C,A,AL C,A,AL F F F F F F F AL F,A F,A X X X X X X X X X X X X X VU NT VU X 343 Phylloscartes paulista Tolmomyias sulphurescens Todirostrum poliocephalum Myiornis auricularis Hemitriccus orbitatus Tyrannidae Hirundinea ferruginea Camptostoma obsoletum Elaenia flavogaster Attila rufus Myiarchus ferox Pitangus sulphuratus Myiodynastes maculatus Megarynchus pitangua Myiozetetes similis Tyrannus melancholicus Colonia colonus Myiophobus fasciatus Fluvicola nengeta Vireonidae Cyclarhis gujanensis Vireo chivi Corvidae Cyanocorax caeruleus Hirundinidae Pygochelidon cyanoleuca Atticora tibialis Progne chalybea Tachycineta albiventer Troglodytidae Troglodytes musculus Cantorchilus longirostris Polioptilidae Ramphocaenus melanurus Turdidae Turdus rufiventris 344 não-pode-parar bico-chato-de-orelha-preta teque-teque miudinho tiririzinho-do-mato Sao Paulo Tyrannulet Yellow-olive Flycatcher Yellow-lored Tody-Flycatcher Eared Pygmy-Tyrant Eye-ringed Tody-Tyrant F F,A F,A F,A F gibão-de-couro Cliff Flycatcher Southern BeardlessTyrannulet C,A risadinha guaracava-de-barrigaamarela capitão-de-saíra maria-cavaleira bem-te-vi bem-te-vi-rajado neinei bentevizinho-de-penachovermelho suiriri viuvinha filipe lavadeira-mascarada X X X X X NT NT F,A Yellow-bellied Elaenia Gray-hooded Attila Short-crested Flycatcher Great Kiskadee Streaked Flycatcher Boat-billed Flycatcher F,A F F,A F,C,A,AL F,A F,A Social Flycatcher Tropical Kingbird Long-tailed Tyrant Bran-colored Flycatcher Masked Water-Tyrant F,A F,C,A F,A F,A C,A,AL pitiguari juruviara Rufous-browed Peppershrike Chivi Vireo F,A F,A gralha-azul Azure Jay F,A andorinha-pequena-de-casa calcinha-branca andorinha-doméstica-grande andorinha-do-rio Blue-and-white Swallow White-thighed Swallow Gray-breasted Martin White-winged Swallow corruíra garrinchão-de-bico-grande Southern House Wren Long-billed Wren F,C,A F,A bico-assovelado Long-billed Gnatwren F sabiá-laranjeira Rufous-bellied Thrush F,A F,C,A,AL F,A F,C,A,AL AL X X NT Turdus amaurochalinus Turdus albicollis Mimidae Mimus saturninus Motacillidae Anthus lutescens Parulidae Setophaga pitiayumi Geothlypis aequinoctialis Basileuterus culicivorus Icteridae Cacicus haemorrhous Mitrospingidae Orthogonys chloricterus Thraupidae Coereba flaveola Saltator fuliginosus Orchesticus abeillei Tachyphonus coronatus Ramphocelus bresilius Lanio cristatus Lanio melanops Tangara seledon Tangara cyanocephala Tangara desmaresti Tangara sayaca Tangara cyanoptera Tangara palmarum Tangara ornata Pipraeidea melanonota Tersina viridis Dacnis cayana Hemithraupis ruficapilla Sicalis flaveola Sporophila lineola Cardinalidae Habia rubica sabiá-poca sabiá-coleira Creamy-bellied Thrush White-necked Thrush F,A F sabiá-do-campo Chalk-browed Mockingbird C,A caminheiro-zumbidor Yellowish Pipit C,A mariquita pia-cobra pula-pula Tropical Parula Masked Yellowthroat Golden-crowned Warbler guaxe Red-rumped Cacique F,A catirumbava Olive-green Tanager F cambacica pimentão sanhaçu-pardo tiê-preto tiê-sangue tiê-galo tiê-de-topete saíra-sete-cores saíra-militar saíra-lagarta sanhaçu-cinzento sanhaçu-de-encontro-azul sanhaçu-do-coqueiro sanhaçu-de-encontroamarelo saíra-viúva saí-andorinha saí-azul saíra-ferrugem canário-da-terra-verdadeiro bigodinho Bananaquit Black-throated Grosbeak Brown Tanager Ruby-crowned Tanager Brazilian Tanager Flame-crested Tanager Black-goggled Tanager Green-headed Tanager Red-necked Tanager Brassy-breasted Tanager Sayaca Tanager Azure-shouldered Tanager Palm Tanager F,A F F F F,A F,A F F,A F,A F F,A F,A F,A Golden-chevroned Tanager Fawn-breasted Tanager Swallow Tanager Blue Dacnis Rufous-headed Tanager Saffron Finch Lined Seedeater F,A F,A F,A F,A F,A C,A C,A tiê-do-mato-grosso Red-crowned Ant-Tanager F F,A C,A,AL F X X X X X NT X X X X X X 345 Fringillidae Euphonia chlorotica Euphonia violacea Euphonia pectoralis Estrildidae Estrilda astrild Passeridae Passer domesticus fim-fim gaturamo-verdadeiro ferro-velho Purple-throated Euphonia Violaceous Euphonia Chestnut-bellied Euphonia F,A F,A F,A bico-de-lacre Common Waxbill C,A pardal House Sparrow C,A X Legenda: Ordem taxonômica, nome comum e inglês segundo CBRO (2014). Espécies endêmicas da Mata Atlântica segundo Bencke et al., 2006. Espécies ameaçadas a nível estadual segundo São Paulo (2014), á nível nacional segundo MMA (2014) e ameaçadas globalmente segundo IUCN (2012). Categorias de ameaça: EN - Em Perigo; VU - Vulnerável e NT - Quase Ameaçada. Obs. Na última versão da Lista de Espécies Ameaçadas do estado de São Paulo não constam as categorias específicas de ameaça. Ambiente típico: F. Ambiente Florestal (mata alta, média ou capoeiras); C. Campo aberto ou campo sujo; A. Ambiente degradado (áreas urbanas, rurais ou mesmo naturais); AL. Ambiente alagado (brejos, campos, rios, represas, etc) e P. Ambiente litorâneo (praias, dunas, mangues e costões rochosos). Tabela 7. Lista completa de aves do Núcleo Itutinga Pilões Status de Ameaça NOME DO TÁXON Tinamiformes Tinamidae Tinamus solitarius Crypturellus obsoletus Anseriformes Anatidae Dendrocygna bicolor Amazonetta brasiliensis Galliformes Cracidae Penelope obscura Odontophoridae 346 NOME COMUM NOME EM INGLÊS macuco inhambuguaçu Solitary Tinamou Brown Tinamou marreca-caneleira pé-vermelho Fulvous Whistling-Duck Brazilian Teal jacuaçu Dusky-legged Guan Ambiente típico F F AL AL F Endêmica São Paulo X X Brasil IUCN NT Odontophorus capueira Podicipediformes Podicipedidae Tachybaptus dominicus Podilymbus podiceps Suliformes Fregatidae Fregata magnificens Phalacrocoracidae Phalacrocorax brasilianus Pelecaniformes Ardeidae Nycticorax nycticorax Butorides striata Ardea cocoi Ardea alba Pilherodius pileatus Egretta thula Cathartiformes Cathartidae Coragyps atratus Accipitriformes Accipitridae Leptodon cayanensis Chondrohierax uncinatus Elanus leucurus Accipiter striatus Amadonastur lacernulatus Rupornis magnirostris Gruiformes Aramidae Aramus guarauna Rallidae Aramides saracura Laterallus leucopyrrhus Pardirallus nigricans Gallinula galeata Porphyrio martinicus uru Spot-winged Wood-Quail F mergulhão-pequeno mergulhão-caçador Least Grebe Pied-billed Grebe AL AL tesourão Magnificent Frigatebird P biguá Neotropic Cormorant AL savacu socozinho garça-moura garça-branca-grande garça-real garça-branca-pequena Black-crowned Night-Heron Striated Heron Cocoi Heron Great Egret Capped Heron Snowy Egret urubu-de-cabeça-preta Black Vulture F,C,A,AL gavião-de-cabeça-cinza caracoleiro gavião-peneira gavião-miúdo gavião-pombo-pequeno gavião-carijó Gray-headed Kite Hook-billed Kite White-tailed Kite Sharp-shinned Hawk White-necked Hawk Roadside Hawk F,C,A F,C,A,AL C,A F F F,C,A carão Limpkin AL saracura-do-mato sanã-vermelha saracura-sanã frango-d'água-comum frango-d'água-azul Slaty-breasted Wood-Rail Red-and-white Crake Blackish Rail Common Gallinule Purple Gallinule AL AL AL AL AL X AL AL AL AL C,AL AL X X VU VU X 347 Charadriiformes Charadriidae Vanellus chilensis Jacanidae Jacana jacana Columbiformes Columbidae Patagioenas picazuro Patagioenas cayennensis Patagioenas plumbea Leptotila verreauxi Leptotila rufaxilla Geotrygon montana Cuculiformes Cuculidae Piaya cayana Strigiformes Strigidae Megascops choliba Glaucidium brasilianum Apodiformes Apodidae Cypseloides fumigatus Streptoprocne zonaris Chaetura cinereiventris Chaetura meridionalis Trochilidae Ramphodon naevius Phaethornis squalidus Phaethornis ruber Phaethornis pretrei Phaethornis eurynome Eupetomena macroura Aphantochroa cirrochloris Florisuga fusca Chlorostilbon lucidus Thalurania glaucopis Leucochloris albicollis 348 quero-quero Southern Lapwing C,A,AL jaçanã Wattled Jacana pombão pomba-galega pomba-amargosa juriti-pupu juriti-gemedeira pariri Picazuro Pigeon Pale-vented Pigeon Plumbeous Pigeon White-tipped Dove Gray-fronted Dove Ruddy Quail-Dove alma-de-gato Squirrel Cuckoo F,A corujinha-do-mato caburé Tropical Screech-Owl Ferruginous Pygmy-Owl F,A F,A taperuçu-preto taperuçu-de-coleira-branca andorinhão-de-sobre-cinzento andorinhão-do-temporal Sooty Swift White-collared Swift Gray-rumped Swift Sick's Swift F,C F,C,A F,C F,C,A beija-flor-rajado rabo-branco-pequeno rabo-branco-rubro rabo-branco-acanelado rabo-branco-de-garganta-rajada beija-flor-tesoura beija-flor-cinza beija-flor-preto besourinho-de-bico-vermelho beija-flor-de-fronte-violeta beija-flor-de-papo-branco Saw-billed Hermit Dusky-throated Hermit Reddish Hermit Planalto Hermit Scale-throated Hermit Swallow-tailed Hummingbird Sombre Hummingbird Black Jacobin Glittering-bellied Emerald Violet-capped Woodnymph White-throated Hummingbird F F F F,C,A F F,C,A F F,C,A F,C,A F C AL F,C,A F F F F F X X X X X X X NT Amazilia versicolor Amazilia lactea Clytolaema rubricauda Calliphlox amethystina Trogoniformes Trogonidae Trogon viridis Trogon surrucura Trogon rufus Coraciiformes Alcedinidae Megaceryle torquata Chloroceryle amazona Chloroceryle americana Piciformes Ramphastidae Ramphastos vitellinus Ramphastos dicolorus Selenidera maculirostris Pteroglossus bailloni Picidae Picumnus temminckii Melanerpes candidus Melanerpes flavifrons Veniliornis spilogaster Piculus flavigula Colaptes melanochloros Celeus flavescens Falconiformes Falconidae Caracara plancus Herpetotheres cachinnans Micrastur ruficollis Falco sparverius Psittaciformes Psittacidae Pyrrhura frontalis beija-flor-de-banda-branca beija-flor-de-peito-azul beija-flor-rubi estrelinha-ametista Versicolored Emerald Sapphire-spangled Emerald Brazilian Ruby Amethyst Woodstar F,C,A F,C,A F F,C,A surucuá-grande-de-barrigaamarela surucuá-variado surucuá-de-barriga-amarela White-tailed Trogon Surucua Trogon Black-throated Trogon martim-pescador-grande martim-pescador-verde martim-pescador-pequeno Ringed Kingfisher Amazon Kingfisher Green Kingfisher tucano-de-bico-preto tucano-de-bico-verde araçari-poca araçari-banana Channel-billed Toucan Red-breasted Toucan Spot-billed Toucanet Saffron Toucanet pica-pau-anão-de-coleira pica-pau-branco benedito-de-testa-amarela picapauzinho-verde-carijó pica-pau-bufador pica-pau-verde-barrado pica-pau-de-cabeça-amarela Ochre-collared Piculet White Woodpecker Yellow-fronted Woodpecker White-spotted Woodpecker Yellow-throated Woodpecker Green-barred Woodpecker Blond-crested Woodpecker F,A C,A F F,A F F F,A caracará acauã falcão-caburé quiriquiri Southern Caracara Laughing Falcon Barred Forest-Falcon American Kestrel C,A F,C F C,A tiriba-de-testa-vermelha Maroon-bellied Parakeet F,A F F F X X F,AL F,AL F,AL F F F F VU X X X X X NT X X X X 349 Forpus xanthopterygius Brotogeris tirica Pionopsitta pileata Pionus maximiliani Passeriformes Thamnophilidae Terenura maculata Myrmotherula unicolor Rhopias gularis Dysithamnus stictothorax Dysithamnus mentalis Herpsilochmus rufimarginatus Thamnophilus caerulescens Hypoedaleus guttatus Batara cinerea Mackenziaena leachii Mackenziaena severa Myrmoderus squamosus Pyriglena leucoptera Drymophila ochropyga Drymophila malura Conopophagidae Conopophaga lineata Conopophaga melanops Grallariidae Grallaria varia Rhinocryptidae Merulaxis ater Eleoscytalopus indigoticus Scytalopus speluncae Formicariidae Chamaeza meruloides Scleruridae Sclerurus scansor Dendrocolaptidae Dendrocincla turdina Sittasomus griseicapillus Xiphorhynchus fuscus 350 tuim periquito-rico cuiú-cuiú maitaca-verde Blue-winged Parrotlet Plain Parakeet Red-capped Parrot Scaly-headed Parrot F,A F,A F F zidedê choquinha-cinzenta choquinha-de-garganta-pintada choquinha-de-peito-pintado choquinha-lisa chorozinho-de-asa-vermelha choca-da-mata chocão-carijó matracão borralhara-assobiadora borralhara papa-formiga-de-grota papa-taoca-do-sul choquinha-de-dorso-vermelho choquinha-carijó Streak-capped Antwren Unicolored Antwren Star-throated Antwren Spot-breasted Antvireo Plain Antvireo Rufous-winged Antwren Variable Antshrike Spot-backed Antshrike Giant Antshrike Large-tailed Antshrike Tufted Antshrike Squamate Antbird White-shouldered Fire-eye Ochre-rumped Antbird Dusky-tailed Antbird F F F F F F F,A F F F F F F F F X X X X chupa-dente cuspidor-de-máscara-preta Rufous Gnateater Black-cheeked Gnateater F F X X tovacuçu Variegated Antpitta F entufado macuquinho tapaculo-preto Slaty Bristlefront White-breasted Tapaculo Mouse-colored Tapaculo F F F X X X tovaca-cantadora Such's Antthrush F X vira-folha Rufous-breasted Leaftosser F X arapaçu-liso arapaçu-verde arapaçu-rajado Plain-winged Woodcreeper Olivaceous Woodcreeper Lesser Woodcreeper F F F X X X X NT NT X X X X X X X X X NT NT NT Lepidocolaptes falcinellus Dendrocolaptes platyrostris Xiphocolaptes albicollis Xenopidae Xenops minutus Xenops rutilans Furnariidae Furnarius rufus Lochmias nematura Automolus leucophthalmus Anabazenops fuscus Anabacerthia amaurotis Anabacerthia lichtensteini Philydor atricapillus Philydor rufum Heliobletus contaminatus Syndactyla rufosuperciliata Cichlocolaptes leucophrus Synallaxis ruficapilla Synallaxis spixi Cranioleuca pallida Pipridae Manacus manacus Ilicura militaris Chiroxiphia caudata Onychorhynchidae Onychorhynchus swainsoni Myiobius barbatus Tityridae Schiffornis virescens Laniisoma elegans Tityra cayana Pachyramphus viridis Pachyramphus castaneus Pachyramphus polychopterus Pachyramphus validus Cotingidae Procnias nudicollis arapaçu-escamado-do-sul arapaçu-grande arapaçu-de-garganta-branca Scalloped Woodcreeper Planalto Woodcreeper White-throated Woodcreeper F F F bico-virado-miúdo bico-virado-carijó Plain Xenops Streaked Xenops F F joão-de-barro joão-porca barranqueiro-de-olho-branco trepador-coleira limpa-folha-miúdo limpa-folha-ocráceo limpa-folha-coroado limpa-folha-de-testa-baia trepadorzinho trepador-quiete trepador-sobrancelha pichororé joão-teneném arredio-pálido Rufous Hornero Sharp-tailed Streamcreeper White-eyed Foliage-gleaner White-collared Foliage-gleaner White-browed Foliage-gleaner Ochre-breasted Foliage-gleaner Black-capped Foliage-gleaner Buff-fronted Foliage-gleaner Sharp-billed Treehunter Buff-browed Foliage-gleaner Pale-browed Treehunter Rufous-capped Spinetail Spix's Spinetail Pallid Spinetail rendeira tangarazinho tangará White-bearded Manakin Pin-tailed Manakin Swallow-tailed Manakin F F F maria-leque-do-sudeste assanhadinho Atlantic Royal Flycatcher Whiskered Flycatcher F F X X flautim chibante anambé-branco-de-rabo-preto caneleiro-verde caneleiro caneleiro-preto caneleiro-de-chapéu-preto Greenish Schiffornis Shrike-like Cotinga Black-tailed Tityra Green-backed Becard Chestnut-crowned Becard White-winged Becard Crested Becard F F F,A F F,A F,A F,A X X X araponga Bare-throated Bellbird F X X C,A,AL F F F F F F F F F F F,A F,A F,A X X X X X X NT X X X X X X VU VU 351 Carpornis cucullata Platyrinchidae Platyrinchus mystaceus Rhynchocyclidae Mionectes rufiventris Leptopogon amaurocephalus Tolmomyias sulphurescens Todirostrum poliocephalum Poecilotriccus plumbeiceps Myiornis auricularis Hemitriccus orbitatus Tyrannidae Hirundinea ferruginea Tyranniscus burmeisteri Camptostoma obsoletum Phyllomyias fasciatus Serpophaga subcristata Attila phoenicurus Attila rufus Legatus leucophaius Myiarchus swainsoni Pitangus sulphuratus Myiodynastes maculatus Megarynchus pitangua Myiozetetes similis Tyrannus melancholicus Empidonomus varius Myiophobus fasciatus Pyrocephalus rubinus Cnemotriccus fuscatus Lathrotriccus euleri Contopus cinereus Xolmis velatus Vireonidae Cyclarhis gujanensis Vireo chivi Hylophilus poicilotis 352 corocochó Hooded Berryeater F patinho White-throated Spadebill F abre-asa-de-cabeça-cinza cabeçudo bico-chato-de-orelha-preta teque-teque tororó miudinho tiririzinho-do-mato Gray-hooded Flycatcher Sepia-capped Flycatcher Yellow-olive Flycatcher Yellow-lored Tody-Flycatcher Ochre-faced Tody-Flycatcher Eared Pygmy-Tyrant Eye-ringed Tody-Tyrant gibão-de-couro piolhinho-chiador risadinha piolhinho alegrinho capitão-castanho capitão-de-saíra bem-te-vi-pirata irré bem-te-vi bem-te-vi-rajado neinei bentevizinho-de-penachovermelho suiriri peitica filipe príncipe guaracavuçu enferrujado papa-moscas-cinzento noivinha-branca Cliff Flycatcher Rough-legged Tyrannulet Southern Beardless-Tyrannulet Planalto Tyrannulet White-crested Tyrannulet Rufous-tailed Attila Gray-hooded Attila Piratic Flycatcher Swainson's Flycatcher Great Kiskadee Streaked Flycatcher Boat-billed Flycatcher pitiguari juruviara verdinho-coroado Rufous-browed Peppershrike Chivi Vireo Rufous-crowned Greenlet Social Flycatcher Tropical Kingbird Variegated Flycatcher Bran-colored Flycatcher Vermilion Flycatcher Fuscous Flycatcher Euler's Flycatcher Tropical Pewee White-rumped Monjita F F F,A F,A F,A F,A F C,A F F,A F,A F,A F F F,A F,A F,C,A,AL F,A F,A X X X X X X F,A F,C,A F,A F,A C,A F,A F,A F,A C,A F,A F,A F NT X NT Hirundinidae Pygochelidon cyanoleuca Atticora tibialis Stelgidopteryx ruficollis Progne tapera Progne chalybea Troglodytidae Troglodytes musculus Cantorchilus longirostris Polioptilidae Ramphocaenus melanurus Turdidae Turdus flavipes Turdus leucomelas Turdus rufiventris Turdus amaurochalinus Turdus albicollis Passerellidae Zonotrichia capensis Parulidae Setophaga pitiayumi Geothlypis aequinoctialis Basileuterus culicivorus Myiothlypis leucoblephara Myiothlypis rivularis Icteridae Cacicus chrysopterus Cacicus haemorrhous Mitrospingidae Orthogonys chloricterus Thraupidae Coereba flaveola Saltator similis Saltator fuliginosus Orchesticus abeillei Tachyphonus coronatus Ramphocelus bresilius andorinha-pequena-de-casa calcinha-branca andorinha-serradora andorinha-do-campo andorinha-doméstica-grande Blue-and-white Swallow White-thighed Swallow Southern Rough-winged Swallow Brown-chested Martin Gray-breasted Martin F,C,A,AL F,A corruíra garrinchão-de-bico-grande Southern House Wren Long-billed Wren F,C,A F,A bico-assovelado Long-billed Gnatwren F sabiá-una sabiá-barranco sabiá-laranjeira sabiá-poca sabiá-coleira Yellow-legged Thrush Pale-breasted Thrush Rufous-bellied Thrush Creamy-bellied Thrush White-necked Thrush tico-tico Rufous-collared Sparrow F,C,A mariquita pia-cobra pula-pula pula-pula-assobiador pula-pula-ribeirinho Tropical Parula Masked Yellowthroat Golden-crowned Warbler White-browed Warbler Neotropical River Warbler F,A C,A,AL F F F tecelão guaxe Golden-winged Cacique Red-rumped Cacique catirumbava Olive-green Tanager cambacica trinca-ferro-verdadeiro pimentão sanhaçu-pardo tiê-preto tiê-sangue Bananaquit Green-winged Saltator Black-throated Grosbeak Brown Tanager Ruby-crowned Tanager Brazilian Tanager F,C,A,AL F,C,A F,C,A,AL F F,A F,A F,A F X F,A F,A F X F,A F,A F F F F,A X X X X NT 353 Lanio cristatus Lanio melanops Tangara seledon Tangara cyanocephala Tangara desmaresti Tangara sayaca Tangara cyanoptera Tangara palmarum Tangara ornata Tangara cayana Stephanophorus diadematus Pipraeidea melanonota Tersina viridis Dacnis cayana Chlorophanes spiza Hemithraupis ruficapilla Conirostrum speciosum Haplospiza unicolor Sicalis flaveola Sporophila frontalis Sporophila ardesiaca Cardinalidae Habia rubica Fringillidae Euphonia chlorotica Euphonia violacea Euphonia pectoralis Chlorophonia cyanea tiê-galo tiê-de-topete saíra-sete-cores saíra-militar saíra-lagarta sanhaçu-cinzento sanhaçu-de-encontro-azul sanhaçu-do-coqueiro sanhaçu-de-encontro-amarelo saíra-amarela sanhaçu-frade saíra-viúva saí-andorinha saí-azul saí-verde saíra-ferrugem figuinha-de-rabo-castanho cigarra-bambu canário-da-terra-verdadeiro pixoxó papa-capim-de-costas-cinzas Flame-crested Tanager Black-goggled Tanager Green-headed Tanager Red-necked Tanager Brassy-breasted Tanager Sayaca Tanager Azure-shouldered Tanager Palm Tanager Golden-chevroned Tanager Burnished-buff Tanager Diademed Tanager Fawn-breasted Tanager Swallow Tanager Blue Dacnis Green Honeycreeper Rufous-headed Tanager Chestnut-vented Conebill Uniform Finch Saffron Finch Buffy-fronted Seedeater Dubois's Seedeater F,A F F,A F,A F F,A F,A F,A F,A F,A F,A F,A F,A F,A F,A F,A F,A F C,A F C,A tiê-do-mato-grosso Red-crowned Ant-Tanager F fim-fim gaturamo-verdadeiro ferro-velho gaturamo-bandeira Purple-throated Euphonia Violaceous Euphonia Chestnut-bellied Euphonia Blue-naped Chlorophonia F,A F,A F,A F X X X X X X X X X X VU VU X Legenda: Ordem taxonômica, nome comum e inglês segundo CBRO (2014). Espécies endêmicas da Mata Atlântica segundo Bencke et al., 2006. Espécies ameaçadas a nível estadual segundo São Paulo (2014), á nível nacional segundo MMA (2014) e ameaçadas globalmente segundo IUCN (2012). Categorias de ameaça: EN - Em Perigo; VU - Vulnerável e NT - Quase Ameaçada. Obs. Na última versão da Lista de Espécies Ameaçadas do estado de São Paulo não constam as categorias específicas de ameaça. Ambiente típico: F. Ambiente Florestal (mata alta, média ou capoeiras); C. Campo aberto ou campo sujo; A. Ambiente degradado (áreas urbanas, rurais ou mesmo naturais); AL. Ambiente alagado (brejos, campos, rios, represas, etc) e P. Ambiente litorâneo (praias, dunas, mangues e costões rochosos). 354 Tabela 8. Lista completa de aves do Núcleo Padre Dória Status de Ameaça NOME DO TÁXON Tinamiformes Tinamidae Tinamus solitarius Crypturellus obsoletus Anseriformes Anatidae Nomonyx dominica Galliformes Cracidae Penelope obscura Aburria jacutinga Odontophoridae Odontophorus capueira Podicipediformes Podicipedidae Podilymbus podiceps Suliformes Fregatidae Fregata magnificens Phalacrocoracidae Phalacrocorax brasilianus Anhingidae Anhinga anhinga Pelecaniformes Ardeidae Butorides striata Bubulcus ibis Ardea cocoi Ardea alba Ambiente típico NOME COMUM NOME EM INGLÊS Endêmica São Paulo macuco inhambuguaçu Solitary Tinamou Brown Tinamou X X marreca-de-bico-roxo Masked Duck jacuaçu jacutinga Dusky-legged Guan Black-fronted Piping-Guan F F X X uru Spot-winged Wood-Quail F X mergulhão-caçador Pied-billed Grebe AL tesourão Magnificent Frigatebird P biguá Neotropic Cormorant AL biguatinga Anhinga AL socozinho garça-vaqueira garça-moura garça-branca-grande Striated Heron Cattle Egret Cocoi Heron Great Egret F F Brasil IUCN NT AL EN EN AL C,AL AL AL 355 Threskiornithidae Theristicus caudatus Cathartiformes Cathartidae Cathartes aura Coragyps atratus Accipitriformes Accipitridae Leptodon cayanensis Harpagus diodon Accipiter striatus Accipiter bicolor Amadonastur lacernulatus Rupornis magnirostris Parabuteo leucorrhous Geranoaetus albicaudatus Pseudastur polionotus Buteo brachyurus Spizaetus tyrannus Spizaetus melanoleucus Gruiformes Rallidae Aramides cajaneus Aramides saracura Porzana albicollis Pardirallus nigricans Charadriiformes Charadriidae Vanellus chilensis Scolopacidae Actitis macularius Jacanidae Jacana jacana Columbiformes Columbidae Columbina talpacoti Patagioenas picazuro Patagioenas cayennensis 356 curicaca Buff-necked Ibis C,A urubu-de-cabeça-vermelha urubu-de-cabeça-preta Turkey Vulture Black Vulture gavião-de-cabeça-cinza gavião-bombachinha gavião-miúdo gavião-bombachinha-grande gavião-pombo-pequeno gavião-carijó gavião-de-sobre-branco gavião-de-rabo-branco gavião-pombo-grande gavião-de-cauda-curta gavião-pega-macaco gavião-pato Gray-headed Kite Rufous-thighed Kite Sharp-shinned Hawk Bicolored Hawk White-necked Hawk Roadside Hawk White-rumped Hawk White-tailed Hawk Mantled Hawk Short-tailed Hawk Black Hawk-Eagle Black-and-white Hawk-Eagle saracura-três-potes saracura-do-mato sanã-carijó saracura-sanã Gray-necked Wood-Rail Slaty-breasted Wood-Rail Ash-throated Crake Blackish Rail quero-quero Southern Lapwing C,A,AL maçarico-pintado Spotted Sandpiper AL,P jaçanã Wattled Jacana rolinha-roxa pombão pomba-galega Ruddy Ground-Dove Picazuro Pigeon Pale-vented Pigeon F,C,A,AL F,C,A,AL F,C,A F F F F F,C,A F F,C,A F,C F,C,A F,C F,C AL AL AL AL AL C,A F,C,A F X X X X X X X VU VU NT Patagioenas plumbea Leptotila rufaxilla Geotrygon montana Cuculiformes Cuculidae Piaya cayana Coccyzus americanus Crotophaga ani Guira guira Tapera naevia Dromococcyx pavoninus Strigiformes Tytonidae Tyto furcata Strigidae Megascops choliba Megascops atricapilla Pulsatrix koeniswaldiana Strix hylophila Strix virgata Glaucidium minutissimum Glaucidium brasilianum Nyctibiiformes Nyctibiidae Nyctibius griseus Caprimulgiformes Caprimulgidae Lurocalis semitorquatus Hydropsalis albicollis Hydropsalis torquata Hydropsalis forcipata Apodiformes Apodidae Cypseloides fumigatus Streptoprocne zonaris Chaetura cinereiventris Chaetura meridionalis Trochilidae pomba-amargosa juriti-gemedeira pariri Plumbeous Pigeon Gray-fronted Dove Ruddy Quail-Dove F F F alma-de-gato papa-lagarta-de-asa-vermelha anu-preto anu-branco saci peixe-frito-pavonino Squirrel Cuckoo Yellow-billed Cuckoo Smooth-billed Ani Guira Cuckoo Striped Cuckoo Pavonine Cuckoo F,A F C,A C,A F F coruja-da-igreja American Barn Owl F,A corujinha-do-mato corujinha-sapo murucututu-de-barriga-amarela coruja-listrada coruja-do-mato caburé-miudinho caburé Tropical Screech-Owl Black-capped Screech-Owl Tawny-browed Owl Rusty-barred Owl Mottled Owl Least Pygmy-Owl Ferruginous Pygmy-Owl F,A F F F F F F,A mãe-da-lua Common Potoo tuju bacurau bacurau-tesoura bacurau-tesoura-gigante Short-tailed Nighthawk Pauraque Scissor-tailed Nightjar Long-trained Nightjar taperuçu-preto taperuçu-de-coleira-branca andorinhão-de-sobre-cinzento andorinhão-do-temporal Sooty Swift White-collared Swift Gray-rumped Swift Sick's Swift X X X NT X F F C,A C C X F,C F,C,A F,C F,C,A 357 Ramphodon naevius Phaethornis pretrei Phaethornis eurynome Eupetomena macroura Florisuga fusca Colibri serrirostris Stephanoxis lalandi Lophornis magnificus Lophornis chalybeus Chlorostilbon lucidus Thalurania glaucopis Hylocharis cyanus Leucochloris albicollis Amazilia versicolor Amazilia fimbriata Amazilia lactea Clytolaema rubricauda Calliphlox amethystina Trogoniformes Trogonidae Trogon viridis Trogon surrucura Trogon rufus Coraciiformes Alcedinidae Megaceryle torquata Chloroceryle amazona Chloroceryle americana Momotidae Baryphthengus ruficapillus Galbuliformes Bucconidae Nystalus chacuru Piciformes Ramphastidae Ramphastos dicolorus Selenidera maculirostris 358 beija-flor-rajado rabo-branco-acanelado rabo-branco-de-garganta-rajada beija-flor-tesoura beija-flor-preto beija-flor-de-orelha-violeta beija-flor-de-topete topetinho-vermelho topetinho-verde besourinho-de-bico-vermelho beija-flor-de-fronte-violeta beija-flor-roxo beija-flor-de-papo-branco beija-flor-de-banda-branca beija-flor-de-garganta-verde beija-flor-de-peito-azul beija-flor-rubi estrelinha-ametista Saw-billed Hermit Planalto Hermit Scale-throated Hermit Swallow-tailed Hummingbird Black Jacobin White-vented Violetear Plovercrest Frilled Coquette Festive Coquette Glittering-bellied Emerald Violet-capped Woodnymph White-chinned Sapphire White-throated Hummingbird Versicolored Emerald Glittering-throated Emerald Sapphire-spangled Emerald Brazilian Ruby Amethyst Woodstar F F,C,A F F,C,A F,C,A F,C C F,C,A F F,C,A F F,C,A C F,C,A F,C,A F,C,A F F,C,A surucuá-grande-de-barrigaamarela surucuá-variado surucuá-de-barriga-amarela White-tailed Trogon Surucua Trogon Black-throated Trogon martim-pescador-grande martim-pescador-verde martim-pescador-pequeno Ringed Kingfisher Amazon Kingfisher Green Kingfisher juruva-verde Rufous-capped Motmot joão-bobo White-eared Puffbird F,C,A tucano-de-bico-verde araçari-poca Red-breasted Toucan Spot-billed Toucanet F F F F F X NT X X X X NT X X X X F,AL F,AL F,AL F X X X X Pteroglossus bailloni Picidae Picumnus cirratus Melanerpes flavifrons Veniliornis spilogaster Piculus aurulentus Colaptes melanochloros Colaptes campestris Celeus flavescens Dryocopus lineatus Falconiformes Falconidae Caracara plancus Milvago chimachima Herpetotheres cachinnans Micrastur ruficollis Micrastur semitorquatus Psittaciformes Psittacidae Psittacara leucophthalmus Pyrrhura frontalis Forpus xanthopterygius Brotogeris tirica Touit melanonotus Pionopsitta pileata Pionus maximiliani Triclaria malachitacea Passeriformes Thamnophilidae Terenura maculata Myrmotherula minor Myrmotherula unicolor Rhopias gularis Dysithamnus mentalis Dysithamnus xanthopterus Thamnophilus ruficapillus Thamnophilus caerulescens Hypoedaleus guttatus araçari-banana Saffron Toucanet F pica-pau-anão-barrado benedito-de-testa-amarela picapauzinho-verde-carijó pica-pau-dourado pica-pau-verde-barrado pica-pau-do-campo pica-pau-de-cabeça-amarela pica-pau-de-banda-branca White-barred Piculet Yellow-fronted Woodpecker White-spotted Woodpecker Yellow-browed Woodpecker Green-barred Woodpecker Campo Flicker Blond-crested Woodpecker Lineated Woodpecker F,A F F,A F F C,A F,A F,A caracará carrapateiro acauã falcão-caburé falcão-relógio Southern Caracara Yellow-headed Caracara Laughing Falcon Barred Forest-Falcon Collared Forest-Falcon C,A C,A F,C F F periquitão-maracanã tiriba-de-testa-vermelha tuim periquito-rico apuim-de-costas-pretas cuiú-cuiú maitaca-verde sabiá-cica White-eyed Parakeet Maroon-bellied Parakeet Blue-winged Parrotlet Plain Parakeet Brown-backed Parrotlet Red-capped Parrot Scaly-headed Parrot Blue-bellied Parrot F,A F,A F,A F,A F F F F zidedê choquinha-pequena choquinha-cinzenta choquinha-de-garganta-pintada choquinha-lisa choquinha-de-asa-ferrugem choca-de-chapéu-vermelho choca-da-mata chocão-carijó Streak-capped Antwren Salvadori's Antwren Unicolored Antwren Star-throated Antwren Plain Antvireo Rufous-backed Antvireo Rufous-capped Antshrike Variable Antshrike Spot-backed Antshrike F F F F F F F,A F,A F X X NT X X X NT X X X X X X X X X X X X X VU EN NT VU VU NT X X 359 Batara cinerea Mackenziaena severa Myrmoderus squamosus Pyriglena leucoptera Drymophila ferruginea Drymophila ochropyga Drymophila malura Conopophagidae Conopophaga lineata Conopophaga melanops Furnariida Grallariidae Grallaria varia Hylopezus nattereri Rhinocryptidae Merulaxis ater Eleoscytalopus indigoticus Scytalopus speluncae Formicariidae Formicarius colma Chamaeza campanisona Chamaeza meruloides Chamaeza ruficauda Scleruridae Sclerurus scansor Dendrocolaptidae Dendrocincla turdina Sittasomus griseicapillus Xiphorhynchus fuscus Campylorhamphus falcularius Lepidocolaptes falcinellus Dendrocolaptes platyrostris Xiphocolaptes albicollis Xenopidae Xenops minutus Xenops rutilans Furnariidae Furnarius rufus 360 matracão borralhara papa-formiga-de-grota papa-taoca-do-sul trovoada choquinha-de-dorso-vermelho choquinha-carijó Giant Antshrike Tufted Antshrike Squamate Antbird White-shouldered Fire-eye Ferruginous Antbird Ochre-rumped Antbird Dusky-tailed Antbird F F F F F F F X X X X X X chupa-dente cuspidor-de-máscara-preta Rufous Gnateater Black-cheeked Gnateater F F X X tovacuçu pinto-do-mato Variegated Antpitta Speckle-breasted Antpitta F F X entufado macuquinho tapaculo-preto Slaty Bristlefront White-breasted Tapaculo Mouse-colored Tapaculo F F F X X X galinha-do-mato tovaca-campainha tovaca-cantadora tovaca-de-rabo-vermelho Rufous-capped Antthrush Short-tailed Antthrush Such's Antthrush Rufous-tailed Antthrush F F F F X X vira-folha Rufous-breasted Leaftosser F X arapaçu-liso arapaçu-verde arapaçu-rajado arapaçu-de-bico-torto arapaçu-escamado-do-sul arapaçu-grande arapaçu-de-garganta-branca Plain-winged Woodcreeper Olivaceous Woodcreeper Lesser Woodcreeper Black-billed Scythebill Scalloped Woodcreeper Planalto Woodcreeper White-throated Woodcreeper F F F F F F F X bico-virado-miúdo bico-virado-carijó Plain Xenops Streaked Xenops F F joão-de-barro Rufous Hornero C,A,AL X X X X NT NT NT Lochmias nematura Automolus leucophthalmus Anabazenops fuscus Anabacerthia amaurotis Anabacerthia lichtensteini Philydor atricapillus Philydor rufum Heliobletus contaminatus Syndactyla rufosuperciliata Cichlocolaptes leucophrus Phacellodomus erythrophthalmus Phacellodomus ferrugineigula Certhiaxis cinnamomeus Synallaxis ruficapilla Synallaxis cinerascens Synallaxis spixi Cranioleuca pallida Pipridae Neopelma chrysolophum Manacus manacus Ilicura militaris Chiroxiphia caudata Oxyruncidae Oxyruncus cristatus Onychorhynchidae Onychorhynchus swainsoni Myiobius atricaudus Tityridae Schiffornis virescens Laniisoma elegans Tityra cayana Pachyramphus viridis Pachyramphus castaneus Pachyramphus polychopterus Pachyramphus validus Cotingidae Tijuca atra Procnias nudicollis joão-porca barranqueiro-de-olho-branco trepador-coleira limpa-folha-miúdo limpa-folha-ocráceo limpa-folha-coroado limpa-folha-de-testa-baia trepadorzinho trepador-quiete trepador-sobrancelha joão-botina-da-mata joão-botina-do-brejo curutié pichororé pi-puí joão-teneném arredio-pálido Sharp-tailed Streamcreeper White-eyed Foliage-gleaner White-collared Foliage-gleaner White-browed Foliage-gleaner Ochre-breasted Foliage-gleaner Black-capped Foliage-gleaner Buff-fronted Foliage-gleaner Sharp-billed Treehunter Buff-browed Foliage-gleaner Pale-browed Treehunter Orange-eyed Thornbird Orange-breasted Thornbird Yellow-chinned Spinetail Rufous-capped Spinetail Gray-bellied Spinetail Spix's Spinetail Pallid Spinetail F F F F F F F F F F F,A F,AL AL F,A F F,A F,A fruxu rendeira tangarazinho tangará Serra do Mar Tyrant-Manakin White-bearded Manakin Pin-tailed Manakin Swallow-tailed Manakin F F F F araponga-do-horto Sharpbill F maria-leque-do-sudeste assanhadinho-de-cauda-preta Atlantic Royal Flycatcher Black-tailed Flycatcher F F X X flautim chibante anambé-branco-de-rabo-preto caneleiro-verde caneleiro caneleiro-preto caneleiro-de-chapéu-preto Greenish Schiffornis Shrike-like Cotinga Black-tailed Tityra Green-backed Becard Chestnut-crowned Becard White-winged Becard Crested Becard F F F,A F F,A F,A F,A X X X saudade araponga Black-and-gold Cotinga Bare-throated Bellbird F F X X X X X X X X NT X X X X X X X X X VU NT VU 361 Pyroderus scutatus Carpornis cucullata Phibalura flavirostris Pipritidae Piprites chloris Platyrinchidae Platyrinchus mystaceus Platyrinchus leucoryphus Rhynchocyclidae Mionectes rufiventris Leptopogon amaurocephalus Phylloscartes ventralis Phylloscartes oustaleti Phylloscartes difficilis Tolmomyias sulphurescens Todirostrum poliocephalum Poecilotriccus plumbeiceps Myiornis auricularis Hemitriccus diops Hemitriccus orbitatus Hemitriccus nidipendulus Tyrannidae Hirundinea ferruginea Tyranniscus burmeisteri Camptostoma obsoletum Elaenia flavogaster Elaenia parvirostris Elaenia mesoleuca Elaenia obscura Myiopagis caniceps Phyllomyias virescens Phyllomyias fasciatus Phyllomyias griseocapilla Serpophaga nigricans Serpophaga subcristata Attila phoenicurus Attila rufus Legatus leucophaius 362 pavó corocochó tesourinha-da-mata Red-ruffed Fruitcrow Hooded Berryeater Swallow-tailed Cotinga F F F,A papinho-amarelo Wing-barred Piprites F patinho patinho-gigante White-throated Spadebill Russet-winged Spadebill F F abre-asa-de-cabeça-cinza cabeçudo borboletinha-do-mato papa-moscas-de-olheiras estalinho bico-chato-de-orelha-preta teque-teque tororó miudinho olho-falso tiririzinho-do-mato tachuri-campainha Gray-hooded Flycatcher Sepia-capped Flycatcher Mottle-cheeked Tyrannulet Oustalet's Tyrannulet Serra do Mar Tyrannulet Yellow-olive Flycatcher Yellow-lored Tody-Flycatcher Ochre-faced Tody-Flycatcher Eared Pygmy-Tyrant Drab-breasted Pygmy-Tyrant Eye-ringed Tody-Tyrant Hangnest Tody-Tyrant F F F F F F,A F,A F,A F,A F F F,A gibão-de-couro piolhinho-chiador risadinha guaracava-de-barriga-amarela guaracava-de-bico-curto tuque tucão guaracava-cinzenta piolhinho-verdoso piolhinho piolhinho-serrano joão-pobre alegrinho capitão-castanho capitão-de-saíra bem-te-vi-pirata Cliff Flycatcher Rough-legged Tyrannulet Southern Beardless-Tyrannulet Yellow-bellied Elaenia Small-billed Elaenia Olivaceous Elaenia Highland Elaenia Gray Elaenia Greenish Tyrannulet Planalto Tyrannulet Gray-capped Tyrannulet Sooty Tyrannulet White-crested Tyrannulet Rufous-tailed Attila Gray-hooded Attila Piratic Flycatcher C,A F F,A F,A F,A F F F F F,A F,A F,AL F,A F F F,A X X X X X NT NT VU X X X NT NT X X X X X NT X X X NT Ramphotrigon megacephalum Myiarchus swainsoni Myiarchus ferox Sirystes sibilator Pitangus sulphuratus Machetornis rixosa Myiodynastes maculatus Megarynchus pitangua Myiozetetes similis Tyrannus melancholicus Tyrannus savana Empidonomus varius Colonia colonus Myiophobus fasciatus Cnemotriccus fuscatus Lathrotriccus euleri Contopus cooperi Contopus cinereus Knipolegus cyanirostris Knipolegus nigerrimus Satrapa icterophrys Xolmis velatus Muscipipra vetula Vireonidae Cyclarhis gujanensis Vireo chivi Hylophilus poicilotis Hirundinidae Pygochelidon cyanoleuca Stelgidopteryx ruficollis Progne tapera Progne chalybea Tachycineta leucorrhoa Riparia riparia Petrochelidon pyrrhonota Troglodytidae maria-cabeçuda irré maria-cavaleira gritador bem-te-vi suiriri-cavaleiro bem-te-vi-rajado neinei bentevizinho-de-penachovermelho suiriri tesourinha peitica viuvinha filipe guaracavuçu enferrujado piui-boreal papa-moscas-cinzento maria-preta-de-bico-azulado maria-preta-de-gargantavermelha suiriri-pequeno noivinha-branca tesoura-cinzenta Large-headed Flatbill Swainson's Flycatcher Short-crested Flycatcher Sirystes Great Kiskadee Cattle Tyrant Streaked Flycatcher Boat-billed Flycatcher F F,A F,A F F,C,A,AL C,A F,A F,A Social Flycatcher Tropical Kingbird Fork-tailed Flycatcher Variegated Flycatcher Long-tailed Tyrant Bran-colored Flycatcher Fuscous Flycatcher Euler's Flycatcher Olive-sided Flycatcher Tropical Pewee Blue-billed Black-Tyrant F,A F,C,A C,A F,A F,A F,A F,A F,A F,A F,A F,A Velvety Black-Tyrant Yellow-browed Tyrant White-rumped Monjita Shear-tailed Gray Tyrant F,A C,A,AL C,A F pitiguari juruviara verdinho-coroado Rufous-browed Peppershrike Chivi Vireo Rufous-crowned Greenlet andorinha-pequena-de-casa Blue-and-white Swallow Southern Rough-winged Swallow Brown-chested Martin Gray-breasted Martin White-rumped Swallow Bank Swallow Cliff Swallow andorinha-serradora andorinha-do-campo andorinha-doméstica-grande andorinha-de-sobre-branco andorinha-do-barranco andorinha-de-dorso-acanelado F,A F,A F NT X X X F,C,A,AL F,C,A,AL F,C,A F,C,A,AL AL C,A C,A 363 Troglodytes musculus Polioptilidae Ramphocaenus melanurus Turdidae Catharus swainsoni Turdus flavipes Turdus leucomelas Turdus rufiventris Turdus amaurochalinus Turdus albicollis Mimidae Mimus saturninus Passerellidae Zonotrichia capensis Arremon semitorquatus Parulidae Setophaga pitiayumi Geothlypis aequinoctialis Basileuterus culicivorus Myiothlypis leucoblephara Myiothlypis rivularis Icteridae Cacicus chrysopterus Molothrus bonariensis Mitrospingidae Orthogonys chloricterus Thraupidae Coereba flaveola Saltator similis Saltator fuliginosus Orchesticus abeillei Pyrrhocoma ruficeps Tachyphonus coronatus Lanio cristatus Lanio melanops Tangara seledon Tangara cyanocephala Tangara desmaresti 364 corruíra Southern House Wren F,C,A bico-assovelado Long-billed Gnatwren F sabiá-de-óculos sabiá-una sabiá-barranco sabiá-laranjeira sabiá-poca sabiá-coleira Swainson's Thrush Yellow-legged Thrush Pale-breasted Thrush Rufous-bellied Thrush Creamy-bellied Thrush White-necked Thrush F F F,A F,A F,A F sabiá-do-campo Chalk-browed Mockingbird C,A tico-tico tico-tico-do-mato Rufous-collared Sparrow Half-collared Sparrow F,C,A F mariquita pia-cobra pula-pula pula-pula-assobiador pula-pula-ribeirinho Tropical Parula Masked Yellowthroat Golden-crowned Warbler White-browed Warbler Neotropical River Warbler F,A C,A,AL F F F tecelão vira-bosta Golden-winged Cacique Shiny Cowbird catirumbava Olive-green Tanager cambacica trinca-ferro-verdadeiro pimentão sanhaçu-pardo cabecinha-castanha tiê-preto tiê-galo tiê-de-topete saíra-sete-cores saíra-militar saíra-lagarta Bananaquit Green-winged Saltator Black-throated Grosbeak Brown Tanager Chestnut-headed Tanager Ruby-crowned Tanager Flame-crested Tanager Black-goggled Tanager Green-headed Tanager Red-necked Tanager Brassy-breasted Tanager X X F,A C,A F F,A F,A F F F F F,A F F,A F,A F X X X X X X X X NT Tangara sayaca Tangara cyanoptera Tangara palmarum Tangara ornata Tangara cayana Cissopis leverianus Schistochlamys ruficapillus Pipraeidea melanonota Tersina viridis Dacnis nigripes Dacnis cayana Hemithraupis ruficapilla Conirostrum speciosum Haplospiza unicolor Donacospiza albifrons Sicalis flaveola Volatinia jacarina Sporophila frontalis Sporophila falcirostris Sporophila lineola Sporophila caerulescens Sporophila angolensis Tiaris fuliginosus Cardinalidae Habia rubica Cyanoloxia brissonii Fringillidae Sporagra magellanica Euphonia chalybea Euphonia cyanocephala Euphonia pectoralis Chlorophonia cyanea Passeridae Passer domesticus sanhaçu-cinzento sanhaçu-de-encontro-azul sanhaçu-do-coqueiro sanhaçu-de-encontro-amarelo saíra-amarela tietinga bico-de-veludo saíra-viúva saí-andorinha saí-de-pernas-pretas saí-azul saíra-ferrugem figuinha-de-rabo-castanho cigarra-bambu tico-tico-do-banhado canário-da-terra-verdadeiro tiziu pixoxó cigarra-verdadeira bigodinho coleirinho curió cigarra-do-coqueiro Sayaca Tanager Azure-shouldered Tanager Palm Tanager Golden-chevroned Tanager Burnished-buff Tanager Magpie Tanager Cinnamon Tanager Fawn-breasted Tanager Swallow Tanager Black-legged Dacnis Blue Dacnis Rufous-headed Tanager Chestnut-vented Conebill Uniform Finch Long-tailed Reed Finch Saffron Finch Blue-black Grassquit Buffy-fronted Seedeater Temminck's Seedeater Lined Seedeater Double-collared Seedeater Chestnut-bellied Seed-Finch Sooty Grassquit F,A F,A F,A F,A F,A F C,AL F,A F,A F,A F,A F,A F,A F C,AL C,A C,A F F C,A C,A C,A F tiê-do-mato-grosso azulão Red-crowned Ant-Tanager Ultramarine Grosbeak F F,A pintassilgo cais-cais gaturamo-rei ferro-velho gaturamo-bandeira Hooded Siskin Green-throated Euphonia Golden-rumped Euphonia Chestnut-bellied Euphonia Blue-naped Chlorophonia D,A,C F F F,A F pardal House Sparrow X X X X NT X X X X X X X VU VU VU VU X X X X NT X C,A Legenda: Ordem taxonômica, nome comum e inglês segundo CBRO (2014). Espécies endêmicas da Mata Atlântica segundo Bencke et al., 2006. Espécies ameaçadas a nível estadual segundo São Paulo (2014), á nível nacional segundo MMA (2014) e ameaçadas globalmente segundo IUCN (2012). Categorias de ameaça: EN - Em Perigo; VU - Vulnerável e NT - Quase Ameaçada. Obs. Na última versão da Lista de Espécies Ameaçadas 365 do estado de São Paulo não constam as categorias específicas de ameaça. Ambiente típico: F. Ambiente Florestal (mata alta, média ou capoeiras); C. Campo aberto ou campo sujo; A. Ambiente degradado (áreas urbanas, rurais ou mesmo naturais); AL. Ambiente alagado (brejos, campos, rios, represas, etc) e P. Ambiente litorâneo (praias, dunas, mangues e costões rochosos). Tabela 9. Lista completa de aves do Núcleo Picinguaba Status de Ameaça NOME DO TÁXON Tinamiformes Tinamidae Tinamus solitarius Crypturellus obsoletus Anseriformes Anatidae Dendrocygna viduata Cairina moschata Amazonetta brasiliensis Netta erythrophthalma Galliformes Cracidae Penelope obscura Odontophoridae Odontophorus capueira Podicipediformes Podicipedidae Tachybaptus dominicus Suliformes Fregatidae Fregata magnificens Sulidae Sula leucogaster Pelecaniformes 366 Ambiente típico NOME COMUM NOME EM INGLÊS macuco inhambuguaçu Solitary Tinamou Brown Tinamou irerê pato-do-mato pé-vermelho paturi-preta White-faced Whistling-Duck Muscovy Duck Brazilian Teal Southern Pochard jacuaçu Dusky-legged Guan F uru Spot-winged Wood-Quail F mergulhão-pequeno Least Grebe AL tesourão Magnificent Frigatebird P atobá-pardo Brown Booby P F F Endêmica São Paulo X X AL AL AL AL X Brasil IUCN NT Ardeidae Nycticorax nycticorax Butorides striata Bubulcus ibis Ardea alba Syrigma sibilatrix Egretta thula Cathartiformes Cathartidae Cathartes aura Coragyps atratus Accipitriformes Pandionidae Pandion haliaetus Accipitridae Leptodon cayanensis Elanoides forficatus Harpagus diodon Accipiter striatus Amadonastur lacernulatus Urubitinga urubitinga Rupornis magnirostris Pseudastur polionotus Buteo brachyurus Spizaetus tyrannus Spizaetus melanoleucus Gruiformes Rallidae Aramides cajaneus Aramides saracura Laterallus melanophaius Charadriiformes Charadriidae Vanellus chilensis Pluvialis squatarola Charadrius semipalmatus Charadrius collaris Scolopacidae savacu socozinho garça-vaqueira garça-branca-grande maria-faceira garça-branca-pequena Black-crowned Night-Heron Striated Heron Cattle Egret Great Egret Whistling Heron Snowy Egret urubu-de-cabeça-vermelha urubu-de-cabeça-preta Turkey Vulture Black Vulture águia-pescadora Osprey gavião-de-cabeça-cinza gavião-tesoura gavião-bombachinha gavião-miúdo gavião-pombo-pequeno gavião-preto gavião-carijó gavião-pombo-grande gavião-de-cauda-curta gavião-pega-macaco gavião-pato Gray-headed Kite Swallow-tailed Kite Rufous-thighed Kite Sharp-shinned Hawk White-necked Hawk Great Black-Hawk Roadside Hawk Mantled Hawk Short-tailed Hawk Black Hawk-Eagle Black-and-white Hawk-Eagle saracura-três-potes saracura-do-mato sanã-parda Gray-necked Wood-Rail Slaty-breasted Wood-Rail Rufous-sided Crake quero-quero batuiruçu-de-axila-preta batuíra-de-bando batuíra-de-coleira Southern Lapwing Black-bellied Plover Semipalmated Plover Collared Plover AL AL C,AL AL C,AL AL F,C,A,AL F,C,A,AL AL F,C,A F,C,A F F F F,AL F,C,A F,C F,C,A F,C F,C AL AL AL X X X X VU VU NT X X X C,A,AL AL,P AL,P AL,P 367 Bartramia longicauda Tringa melanoleuca Calidris alba Calidris pusilla Jacanidae Jacana jacana Laridae Larus dominicanus Columbiformes Columbidae Columbina talpacoti Claravis pretiosa Patagioenas picazuro Patagioenas cayennensis Patagioenas plumbea Leptotila verreauxi Leptotila rufaxilla Geotrygon montana Cuculiformes Cuculidae Piaya cayana Coccyzus melacoryphus Crotophaga ani Guira guira Tapera naevia Strigiformes Tytonidae Tyto furcata Strigidae Megascops choliba Megascops atricapilla Pulsatrix koeniswaldiana Strix virgata Glaucidium minutissimum Nyctibiiformes Nyctibiidae 368 maçarico-do-campo maçarico-grande-de-pernaamarela maçarico-branco maçarico-rasteirinho Upland Sandpiper C,AL Greater Yellowlegs Sanderling Semipalmated Sandpiper AL,P AL,P AL,P jaçanã Wattled Jacana AL gaivotão Kelp Gull P rolinha-roxa pararu-azul pombão pomba-galega pomba-amargosa juriti-pupu juriti-gemedeira pariri Ruddy Ground-Dove Blue Ground-Dove Picazuro Pigeon Pale-vented Pigeon Plumbeous Pigeon White-tipped Dove Gray-fronted Dove Ruddy Quail-Dove alma-de-gato papa-lagarta-acanelado anu-preto anu-branco saci Squirrel Cuckoo Dark-billed Cuckoo Smooth-billed Ani Guira Cuckoo Striped Cuckoo F,A F C,A C,A F coruja-da-igreja American Barn Owl F,A corujinha-do-mato corujinha-sapo murucututu-de-barrigaamarela coruja-do-mato caburé-miudinho Tropical Screech-Owl Black-capped Screech-Owl F,A F Tawny-browed Owl Mottled Owl Least Pygmy-Owl NT C,A F F,C,A F F F F F F F F X X X Nyctibius griseus Caprimulgiformes Caprimulgidae Lurocalis semitorquatus Hydropsalis albicollis Apodiformes Apodidae Cypseloides senex Streptoprocne zonaris Chaetura cinereiventris Chaetura meridionalis Panyptila cayennensis Trochilidae Ramphodon naevius Phaethornis squalidus Phaethornis ruber Phaethornis eurynome Florisuga fusca Anthracothorax nigricollis Lophornis chalybeus Thalurania glaucopis Hylocharis cyanus Amazilia versicolor Clytolaema rubricauda Trogoniformes Trogonidae Trogon viridis Trogon surrucura Trogon rufus Coraciiformes Alcedinidae Megaceryle torquata Chloroceryle amazona Chloroceryle americana Chloroceryle inda Momotidae mãe-da-lua Common Potoo tuju bacurau Short-tailed Nighthawk Pauraque taperuçu-velho taperuçu-de-coleira-branca andorinhão-de-sobre-cinzento andorinhão-do-temporal andorinhão-estofador Great Dusky Swift White-collared Swift Gray-rumped Swift Sick's Swift Lesser Swallow-tailed Swift beija-flor-rajado rabo-branco-pequeno rabo-branco-rubro rabo-branco-de-gargantarajada beija-flor-preto beija-flor-de-veste-preta topetinho-verde beija-flor-de-fronte-violeta beija-flor-roxo beija-flor-de-banda-branca beija-flor-rubi Saw-billed Hermit Dusky-throated Hermit Reddish Hermit Scale-throated Hermit Black Jacobin Black-throated Mango Festive Coquette Violet-capped Woodnymph White-chinned Sapphire Versicolored Emerald Brazilian Ruby surucuá-grande-de-barrigaamarela surucuá-variado surucuá-de-barriga-amarela White-tailed Trogon Surucua Trogon Black-throated Trogon martim-pescador-grande martim-pescador-verde martim-pescador-pequeno martim-pescador-da-mata Ringed Kingfisher Amazon Kingfisher Green Kingfisher Green-and-rufous Kingfisher F F C,A F F,C,A F,C F,C,A F,C,A F F F X X F F,C,A F,C,A F F F,C,A F,C,A F X X F F F NT NT X X X F,AL F,AL F,AL F,AL 369 Baryphthengus ruficapillus Galbuliformes Galbulidae Galbula ruficauda Bucconidae Notharchus swainsoni Malacoptila striata Piciformes Ramphastidae Ramphastos toco Ramphastos vitellinus Ramphastos dicolorus Selenidera maculirostris Pteroglossus bailloni Picidae Picumnus cirratus Melanerpes flavifrons Veniliornis spilogaster Piculus flavigula Piculus aurulentus Colaptes melanochloros Celeus flavescens Dryocopus lineatus Campephilus robustus Falconiformes Falconidae Caracara plancus Milvago chimachima Herpetotheres cachinnans Micrastur ruficollis Psittaciformes Psittacidae Pyrrhura frontalis Forpus xanthopterygius Brotogeris tirica Touit melanonotus Pionopsitta pileata Pionus maximiliani 370 juruva-verde Rufous-capped Motmot F ariramba-de-cauda-ruiva Rufous-tailed Jacamar F,A macuru-de-barriga-castanha barbudo-rajado Buff-bellied Puffbird Crescent-chested Puffbird tucanuçu tucano-de-bico-preto tucano-de-bico-verde araçari-poca araçari-banana Toco Toucan Channel-billed Toucan Red-breasted Toucan Spot-billed Toucanet Saffron Toucanet pica-pau-anão-barrado benedito-de-testa-amarela picapauzinho-verde-carijó pica-pau-bufador pica-pau-dourado pica-pau-verde-barrado pica-pau-de-cabeça-amarela pica-pau-de-banda-branca pica-pau-rei White-barred Piculet Yellow-fronted Woodpecker White-spotted Woodpecker Yellow-throated Woodpecker Yellow-browed Woodpecker Green-barred Woodpecker Blond-crested Woodpecker Lineated Woodpecker Robust Woodpecker F,A F F,A F F F F,A F,A F caracará carrapateiro acauã falcão-caburé Southern Caracara Yellow-headed Caracara Laughing Falcon Barred Forest-Falcon C,A C,A F,C F tiriba-de-testa-vermelha tuim periquito-rico apuim-de-costas-pretas cuiú-cuiú maitaca-verde Maroon-bellied Parakeet Blue-winged Parrotlet Plain Parakeet Brown-backed Parrotlet Red-capped Parrot Scaly-headed Parrot F,A F,A F,A F F F X F F X X F,C,A F F F F X X X NT VU X X NT X X X NT X X X X X X VU EN Triclaria malachitacea Passeriformes Thamnophilidae Terenura maculata Myrmotherula minor Myrmotherula unicolor Rhopias gularis Dysithamnus stictothorax Dysithamnus mentalis Dysithamnus xanthopterus Herpsilochmus rufimarginatus Thamnophilus ruficapillus Thamnophilus caerulescens Hypoedaleus guttatus Batara cinerea Mackenziaena leachii Mackenziaena severa Biatas nigropectus Myrmoderus squamosus Pyriglena leucoptera Drymophila ferruginea Drymophila genei Drymophila ochropyga Drymophila squamata Conopophagidae Conopophaga lineata Conopophaga melanops Grallariidae Grallaria varia Hylopezus nattereri Rhinocryptidae Merulaxis ater Eleoscytalopus indigoticus Scytalopus speluncae Psilorhamphus guttatus Formicariidae Formicarius colma sabiá-cica Blue-bellied Parrot F X X zidedê choquinha-pequena choquinha-cinzenta choquinha-de-gargantapintada choquinha-de-peito-pintado choquinha-lisa choquinha-de-asa-ferrugem chorozinho-de-asa-vermelha choca-de-chapéu-vermelho choca-da-mata chocão-carijó matracão borralhara-assobiadora borralhara papo-branco papa-formiga-de-grota papa-taoca-do-sul trovoada choquinha-da-serra choquinha-de-dorso-vermelho pintadinho Streak-capped Antwren Salvadori's Antwren Unicolored Antwren F F F X X X X X Star-throated Antwren Spot-breasted Antvireo Plain Antvireo Rufous-backed Antvireo Rufous-winged Antwren Rufous-capped Antshrike Variable Antshrike Spot-backed Antshrike Giant Antshrike Large-tailed Antshrike Tufted Antshrike White-bearded Antshrike Squamate Antbird White-shouldered Fire-eye Ferruginous Antbird Rufous-tailed Antbird Ochre-rumped Antbird Scaled Antbird F F F F F F,A F,A F F F F F F F F F F F X X chupa-dente cuspidor-de-máscara-preta Rufous Gnateater Black-cheeked Gnateater F F X X tovacuçu pinto-do-mato Variegated Antpitta Speckle-breasted Antpitta F F X entufado macuquinho tapaculo-preto tapaculo-pintado Slaty Bristlefront White-breasted Tapaculo Mouse-colored Tapaculo Spotted Bamboowren F F F F X X X X galinha-do-mato Rufous-capped Antthrush F NT VU VU NT NT X X X X X X X X X X X X VU X NT NT NT NT 371 Chamaeza campanisona Chamaeza meruloides Scleruridae Sclerurus macconnelli Sclerurus scansor Dendrocolaptidae Dendrocincla turdina Sittasomus griseicapillus Xiphorhynchus fuscus Campylorhamphus falcularius Lepidocolaptes falcinellus Dendrocolaptes platyrostris Xiphocolaptes albicollis Xenopidae Xenops minutus Xenops rutilans Furnariidae Furnarius rufus Lochmias nematura Automolus leucophthalmus Anabazenops fuscus Anabacerthia lichtensteini Philydor atricapillus Philydor rufum Heliobletus contaminatus Syndactyla rufosuperciliata Cichlocolaptes leucophrus Phacellodomus erythrophthalmus Certhiaxis cinnamomeus Synallaxis ruficapilla Synallaxis spixi Pipridae Manacus manacus Ilicura militaris Chiroxiphia caudata Oxyruncidae 372 tovaca-campainha tovaca-cantadora Short-tailed Antthrush Such's Antthrush F F X vira-folha-de-peito-vermelho vira-folha Tawny-throated Leaftosser Rufous-breasted Leaftosser F F X arapaçu-liso arapaçu-verde arapaçu-rajado arapaçu-de-bico-torto arapaçu-escamado-do-sul arapaçu-grande arapaçu-de-garganta-branca Plain-winged Woodcreeper Olivaceous Woodcreeper Lesser Woodcreeper Black-billed Scythebill Scalloped Woodcreeper Planalto Woodcreeper White-throated Woodcreeper F F F F F F F bico-virado-miúdo bico-virado-carijó Plain Xenops Streaked Xenops F F joão-de-barro joão-porca barranqueiro-de-olho-branco limpa-folha-ocráceo limpa-folha-coroado limpa-folha-de-testa-baia trepadorzinho trepador-quiete trepador-sobrancelha joão-botina-da-mata curutié pichororé joão-teneném Rufous Hornero Sharp-tailed Streamcreeper White-eyed Foliage-gleaner White-collared Foliagegleaner Ochre-breasted Foliagegleaner Black-capped Foliage-gleaner Buff-fronted Foliage-gleaner Sharp-billed Treehunter Buff-browed Foliage-gleaner Pale-browed Treehunter Orange-eyed Thornbird Yellow-chinned Spinetail Rufous-capped Spinetail Spix's Spinetail rendeira tangarazinho tangará White-bearded Manakin Pin-tailed Manakin Swallow-tailed Manakin trepador-coleira X X X X X C,A,AL F F X F X F F F F F F F,A AL F,A F,A X X F F F X X X X X X VU Oxyruncus cristatus Onychorhynchidae Myiobius barbatus Tityridae Schiffornis virescens Laniisoma elegans Iodopleura pipra Tityra inquisitor Tityra cayana Pachyramphus viridis Pachyramphus castaneus Pachyramphus polychopterus Pachyramphus marginatus Pachyramphus validus Cotingidae Procnias nudicollis Pyroderus scutatus Carpornis cucullata Platyrinchidae Platyrinchus mystaceus Platyrinchus leucoryphus Rhynchocyclidae Mionectes rufiventris Leptopogon amaurocephalus Phylloscartes ventralis Phylloscartes paulista Phylloscartes oustaleti Phylloscartes sylviolus Tolmomyias sulphurescens Todirostrum poliocephalum Poecilotriccus plumbeiceps Myiornis auricularis Hemitriccus diops Hemitriccus orbitatus Hemitriccus nidipendulus Hemitriccus furcatus araponga-do-horto Sharpbill F assanhadinho Whiskered Flycatcher F flautim chibante anambezinho anambé-branco-debochecha-parda anambé-branco-de-rabopreto caneleiro-verde caneleiro caneleiro-preto caneleiro-bordado caneleiro-de-chapéu-preto Greenish Schiffornis Shrike-like Cotinga Buff-throated Purpletuft F F F,A Black-crowned Tityra F,A Black-tailed Tityra Green-backed Becard Chestnut-crowned Becard White-winged Becard Black-capped Becard Crested Becard F,A F F,A F,A F,A F,A araponga pavó corocochó Bare-throated Bellbird Red-ruffed Fruitcrow Hooded Berryeater F F F X X X X X patinho patinho-gigante White-throated Spadebill Russet-winged Spadebill F F X X VU abre-asa-de-cabeça-cinza cabeçudo borboletinha-do-mato não-pode-parar papa-moscas-de-olheiras maria-pequena bico-chato-de-orelha-preta teque-teque tororó miudinho olho-falso tiririzinho-do-mato tachuri-campainha papa-moscas-estrela Gray-hooded Flycatcher Sepia-capped Flycatcher Mottle-cheeked Tyrannulet Sao Paulo Tyrannulet Oustalet's Tyrannulet Bay-ringed Tyrannulet Yellow-olive Flycatcher Yellow-lored Tody-Flycatcher Ochre-faced Tody-Flycatcher Eared Pygmy-Tyrant Drab-breasted Pygmy-Tyrant Eye-ringed Tody-Tyrant Hangnest Tody-Tyrant Fork-tailed Pygmy-Tyrant X NT NT NT F F F F F F F,A F,A F,A F,A F F F,A F X X X X X EN NT VU NT X X X X X X X X X X NT X VU VU 373 Tyrannidae Hirundinea ferruginea Tyranniscus burmeisteri Camptostoma obsoletum Elaenia flavogaster Myiopagis caniceps Capsiempis flaveola Phyllomyias fasciatus Phyllomyias griseocapilla Attila phoenicurus Attila rufus Legatus leucophaius Ramphotrigon megacephalum Myiarchus swainsoni Rhytipterna simplex Pitangus sulphuratus Philohydor lictor Machetornis rixosa Myiodynastes maculatus Megarynchus pitangua Myiozetetes similis Tyrannus melancholicus Tyrannus savana Colonia colonus Myiophobus fasciatus Pyrocephalus rubinus Fluvicola nengeta Cnemotriccus fuscatus Lathrotriccus euleri Contopus cinereus Knipolegus cyanirostris Knipolegus nigerrimus Satrapa icterophrys Muscipipra vetula Vireonidae 374 gibão-de-couro piolhinho-chiador risadinha guaracava-de-barrigaamarela guaracava-cinzenta marianinha-amarela piolhinho piolhinho-serrano capitão-castanho capitão-de-saíra bem-te-vi-pirata maria-cabeçuda irré vissiá bem-te-vi bentevizinho-do-brejo suiriri-cavaleiro bem-te-vi-rajado neinei bentevizinho-de-penachovermelho suiriri tesourinha viuvinha filipe príncipe lavadeira-mascarada guaracavuçu enferrujado papa-moscas-cinzento maria-preta-de-bico-azulado maria-preta-de-gargantavermelha suiriri-pequeno tesoura-cinzenta Cliff Flycatcher Rough-legged Tyrannulet Southern BeardlessTyrannulet C,A F Yellow-bellied Elaenia Gray Elaenia Yellow Tyrannulet Planalto Tyrannulet Gray-capped Tyrannulet Rufous-tailed Attila Gray-hooded Attila Piratic Flycatcher Large-headed Flatbill Swainson's Flycatcher Grayish Mourner Great Kiskadee Lesser Kiskadee Cattle Tyrant Streaked Flycatcher Boat-billed Flycatcher F,A F F,A F,A F,A F F F,A F F,A F F,C,A,AL F,A,AL C,A F,A F,A Social Flycatcher Tropical Kingbird Fork-tailed Flycatcher Long-tailed Tyrant Bran-colored Flycatcher Vermilion Flycatcher Masked Water-Tyrant Fuscous Flycatcher Euler's Flycatcher Tropical Pewee Blue-billed Black-Tyrant F,A F,C,A C,A F,A F,A C,A C,A,AL F,A F,A F,A F,A Velvety Black-Tyrant Yellow-browed Tyrant Shear-tailed Gray Tyrant F,A C,A,AL F F,A X X X X NT Cyclarhis gujanensis Vireo chivi Hylophilus thoracicus Hirundinidae Pygochelidon cyanoleuca Atticora tibialis pitiguari juruviara vite-vite Rufous-browed Peppershrike Chivi Vireo Lemon-chested Greenlet andorinha-pequena-de-casa calcinha-branca Stelgidopteryx ruficollis Progne chalybea Troglodytidae Troglodytes musculus Cantorchilus longirostris Donacobiidae Donacobius atricapilla Polioptilidae Ramphocaenus melanurus Turdidae Turdus flavipes Turdus leucomelas Turdus rufiventris Turdus amaurochalinus Turdus albicollis Passerellidae Zonotrichia capensis Parulidae Setophaga pitiayumi Geothlypis aequinoctialis Basileuterus culicivorus Myiothlypis rivularis Icteridae Psarocolius decumanus Cacicus chrysopterus Cacicus haemorrhous Chrysomus ruficapillus Molothrus oryzivorus Molothrus bonariensis Mitrospingidae Orthogonys chloricterus andorinha-serradora andorinha-doméstica-grande Blue-and-white Swallow White-thighed Swallow Southern Rough-winged Swallow Gray-breasted Martin corruíra garrinchão-de-bico-grande Southern House Wren Long-billed Wren japacanim Black-capped Donacobius bico-assovelado Long-billed Gnatwren sabiá-una sabiá-barranco sabiá-laranjeira sabiá-poca sabiá-coleira Yellow-legged Thrush Pale-breasted Thrush Rufous-bellied Thrush Creamy-bellied Thrush White-necked Thrush tico-tico Rufous-collared Sparrow F,C,A mariquita pia-cobra pula-pula pula-pula-ribeirinho Tropical Parula Masked Yellowthroat Golden-crowned Warbler Neotropical River Warbler F,A C,A,AL F F japu tecelão guaxe garibaldi iraúna-grande vira-bosta Crested Oropendola Golden-winged Cacique Red-rumped Cacique Chestnut-capped Blackbird Giant Cowbird Shiny Cowbird F,A F,A F,A AL C,A C,A catirumbava Olive-green Tanager F,A F,A F F,C,A,AL F,A F,C,A,AL F,C,A,AL F,C,A F,A AL F F F,A F,A F,A F F X 375 Thraupidae Coereba flaveola Saltator similis Saltator fuliginosus Tachyphonus coronatus Ramphocelus bresilius Lanio cristatus Lanio melanops Tangara seledon Tangara cyanocephala Tangara desmaresti Tangara sayaca Tangara palmarum Tangara ornata Tangara peruviana Stephanophorus diadematus Pipraeidea melanonota Tersina viridis Dacnis cayana Chlorophanes spiza Hemithraupis ruficapilla Conirostrum speciosum Haplospiza unicolor Sicalis flaveola Volatinia jacarina Sporophila frontalis Sporophila falcirostris Sporophila caerulescens Sporophila leucoptera Tiaris fuliginosus Cardinalidae Piranga flava Habia rubica Fringillidae Sporagra magellanica Euphonia violacea Euphonia cyanocephala 376 cambacica trinca-ferro-verdadeiro pimentão tiê-preto tiê-sangue tiê-galo tiê-de-topete saíra-sete-cores saíra-militar saíra-lagarta sanhaçu-cinzento sanhaçu-do-coqueiro sanhaçu-de-encontroamarelo saíra-sapucaia sanhaçu-frade saíra-viúva saí-andorinha saí-azul saí-verde saíra-ferrugem figuinha-de-rabo-castanho cigarra-bambu canário-da-terra-verdadeiro tiziu pixoxó cigarra-verdadeira coleirinho chorão cigarra-do-coqueiro Bananaquit Green-winged Saltator Black-throated Grosbeak Ruby-crowned Tanager Brazilian Tanager Flame-crested Tanager Black-goggled Tanager Green-headed Tanager Red-necked Tanager Brassy-breasted Tanager Sayaca Tanager Palm Tanager F,A F,A F F F,A F,A F F,A F,A F F,A F,A Golden-chevroned Tanager Black-backed Tanager Diademed Tanager Fawn-breasted Tanager Swallow Tanager Blue Dacnis Green Honeycreeper Rufous-headed Tanager Chestnut-vented Conebill Uniform Finch Saffron Finch Blue-black Grassquit Buffy-fronted Seedeater Temminck's Seedeater Double-collared Seedeater White-bellied Seedeater Sooty Grassquit F,A F,A F,A F,A F,A F,A F,A F,A F,A F C,A C,A F F C,A C,A F sanhaçu-de-fogo tiê-do-mato-grosso Hepatic Tanager Red-crowned Ant-Tanager F,A F pintassilgo gaturamo-verdadeiro gaturamo-rei Hooded Siskin Violaceous Euphonia Golden-rumped Euphonia D,A,C F,A F X X X X X X X X X VU VU X X VU VU VU VU X X X X Euphonia pectoralis Chlorophonia cyanea Estrildidae Estrilda astrild Passeridae Passer domesticus ferro-velho gaturamo-bandeira Chestnut-bellied Euphonia Blue-naped Chlorophonia F,A F bico-de-lacre Common Waxbill C,A pardal House Sparrow C,A X Legenda: Ordem taxonômica, nome comum e inglês segundo CBRO (2014). Espécies endêmicas da Mata Atlântica segundo Bencke et al., 2006. Espécies ameaçadas a nível estadual segundo São Paulo (2014), á nível nacional segundo MMA (2014) e ameaçadas globalmente segundo IUCN (2012). Categorias de ameaça: EN - Em Perigo; VU - Vulnerável e NT - Quase Ameaçada. Obs. Na última versão da Lista de Espécies Ameaçadas do estado de São Paulo não constam as categorias específicas de ameaça. Ambiente típico: F. Ambiente Florestal (mata alta, média ou capoeiras); C. Campo aberto ou campo sujo; A. Ambiente degradado (áreas urbanas, rurais ou mesmo naturais); AL. Ambiente alagado (brejos, campos, rios, represas, etc) e P. Ambiente litorâneo (praias, dunas, mangues e costões rochosos). Tabela 10. Lista completa de aves do Núcleo Santa Virgínia Status de Ameaça NOME DO TÁXON Tinamiformes Tinamidae Tinamus solitarius Crypturellus obsoletus Crypturellus tataupa Anseriformes Anhimidae Anhima cornuta Galliformes Cracidae Penelope obscura Aburria jacutinga Odontophoridae Odontophorus capueira Ambiente típico NOME COMUM NOME EM INGLÊS Endêmica São Paulo macuco inhambuguaçu inhambu-chintã Solitary Tinamou Brown Tinamou Tataupa Tinamou F F F X X anhuma Horned Screamer AL jacuaçu jacutinga Dusky-legged Guan Black-fronted Piping-Guan F F X uru Spot-winged Wood-Quail F X Brasil IUCN NT X X EN EN 377 Cathartiformes Cathartidae Cathartes aura Coragyps atratus Accipitriformes Accipitridae Leptodon cayanensis Chondrohierax uncinatus Elanoides forficatus Harpagus diodon Accipiter poliogaster Accipiter bicolor Amadonastur lacernulatus Rupornis magnirostris Pseudastur polionotus Buteo brachyurus Spizaetus tyrannus Spizaetus melanoleucus Gruiformes Rallidae Aramides cajaneus Aramides saracura Laterallus leucopyrrhus Charadriiformes Charadriidae Vanellus chilensis Scolopacidae Tringa solitaria Columbiformes Columbidae Patagioenas picazuro Patagioenas plumbea Leptotila verreauxi Leptotila rufaxilla Geotrygon montana Cuculiformes Cuculidae Piaya cayana 378 urubu-de-cabeça-vermelha urubu-de-cabeça-preta Turkey Vulture Black Vulture F,C,A,AL F,C,A,AL gavião-de-cabeça-cinza caracoleiro gavião-tesoura gavião-bombachinha tauató-pintado gavião-bombachinha-grande gavião-pombo-pequeno gavião-carijó gavião-pombo-grande gavião-de-cauda-curta gavião-pega-macaco gavião-pato Gray-headed Kite Hook-billed Kite Swallow-tailed Kite Rufous-thighed Kite Gray-bellied Hawk Bicolored Hawk White-necked Hawk Roadside Hawk Mantled Hawk Short-tailed Hawk Black Hawk-Eagle Black-and-white Hawk-Eagle F,C,A F,C,A,AL F,C,A F F F F F,C,A F,C F,C,A F,C F,C saracura-três-potes saracura-do-mato sanã-vermelha Gray-necked Wood-Rail Slaty-breasted Wood-Rail Red-and-white Crake quero-quero Southern Lapwing C,A,AL maçarico-solitário Solitary Sandpiper AL,P pombão pomba-amargosa juriti-pupu juriti-gemedeira pariri Picazuro Pigeon Plumbeous Pigeon White-tipped Dove Gray-fronted Dove Ruddy Quail-Dove F,C,A F F F F alma-de-gato Squirrel Cuckoo AL AL AL F,A NT X X X X X X X VU VU NT Coccyzus melacoryphus Coccyzus euleri Strigiformes Strigidae Megascops choliba Pulsatrix koeniswaldiana Strix virgata Nyctibiiformes Nyctibiidae Nyctibius griseus Caprimulgiformes Caprimulgidae Lurocalis semitorquatus Hydropsalis albicollis Apodiformes Apodidae Streptoprocne zonaris Chaetura cinereiventris Chaetura meridionalis Trochilidae Ramphodon naevius Phaethornis eurynome Aphantochroa cirrochloris Florisuga fusca Stephanoxis lalandi Thalurania glaucopis Hylocharis cyanus Leucochloris albicollis Clytolaema rubricauda Trogoniformes Trogonidae Trogon viridis Trogon surrucura Trogon rufus Coraciiformes Alcedinidae papa-lagarta-acanelado papa-lagarta-de-euler Dark-billed Cuckoo Pearly-breasted Cuckoo corujinha-do-mato murucututu-de-barriga-amarela coruja-do-mato Tropical Screech-Owl Tawny-browed Owl Mottled Owl mãe-da-lua Common Potoo tuju bacurau Short-tailed Nighthawk Pauraque taperuçu-de-coleira-branca andorinhão-de-sobre-cinzento andorinhão-do-temporal White-collared Swift Gray-rumped Swift Sick's Swift beija-flor-rajado rabo-branco-de-gargantarajada beija-flor-cinza beija-flor-preto beija-flor-de-topete beija-flor-de-fronte-violeta beija-flor-roxo beija-flor-de-papo-branco beija-flor-rubi Saw-billed Hermit surucuá-grande-de-barrigaamarela surucuá-variado surucuá-de-barriga-amarela Scale-throated Hermit Sombre Hummingbird Black Jacobin Plovercrest Violet-capped Woodnymph White-chinned Sapphire White-throated Hummingbird Brazilian Ruby White-tailed Trogon Surucua Trogon Black-throated Trogon F F F,A F F X F F C,A F,C,A F,C F,C,A F X F F F,C,A C F F,C,A C F X X X X X F F F NT X X X 379 Megaceryle torquata Chloroceryle americana Galbuliformes Bucconidae Nystalus chacuru Piciformes Ramphastidae Ramphastos toco Ramphastos vitellinus Ramphastos dicolorus Picidae Picumnus cirratus Veniliornis spilogaster Piculus aurulentus Colaptes campestris Celeus flavescens Dryocopus lineatus Campephilus robustus Falconiformes Falconidae Caracara plancus Milvago chimachima Herpetotheres cachinnans Micrastur ruficollis Micrastur semitorquatus Psittaciformes Psittacidae Psittacara leucophthalmus Pyrrhura frontalis Forpus xanthopterygius Brotogeris tirica Touit melanonotus Pionopsitta pileata Pionus maximiliani Passeriformes Thamnophilidae Terenura maculata Rhopias gularis 380 martim-pescador-grande martim-pescador-pequeno Ringed Kingfisher Green Kingfisher F,AL F,AL joão-bobo White-eared Puffbird F,C,A tucanuçu tucano-de-bico-preto tucano-de-bico-verde Toco Toucan Channel-billed Toucan Red-breasted Toucan F,C,A F F pica-pau-anão-barrado picapauzinho-verde-carijó pica-pau-dourado pica-pau-do-campo pica-pau-de-cabeça-amarela pica-pau-de-banda-branca pica-pau-rei White-barred Piculet White-spotted Woodpecker Yellow-browed Woodpecker Campo Flicker Blond-crested Woodpecker Lineated Woodpecker Robust Woodpecker F,A F,A F C,A F,A F,A F caracará carrapateiro acauã falcão-caburé falcão-relógio Southern Caracara Yellow-headed Caracara Laughing Falcon Barred Forest-Falcon Collared Forest-Falcon C,A C,A F,C F F periquitão-maracanã tiriba-de-testa-vermelha tuim periquito-rico apuim-de-costas-pretas cuiú-cuiú maitaca-verde White-eyed Parakeet Maroon-bellied Parakeet Blue-winged Parrotlet Plain Parakeet Brown-backed Parrotlet Red-capped Parrot Scaly-headed Parrot F,A F,A F,A F,A F F F zidedê choquinha-de-garganta-pintada Streak-capped Antwren Star-throated Antwren F F VU X X X NT X X X X X X X X VU EN Dysithamnus mentalis Dysithamnus xanthopterus Thamnophilus caerulescens Hypoedaleus guttatus Batara cinerea Mackenziaena leachii Mackenziaena severa Biatas nigropectus Myrmoderus squamosus Pyriglena leucoptera Drymophila ferruginea Drymophila rubricollis Drymophila ochropyga Drymophila malura Drymophila squamata Conopophagidae Conopophaga lineata Conopophaga melanops Grallariidae Grallaria varia Hylopezus nattereri Rhinocryptidae Merulaxis ater Eleoscytalopus indigoticus Scytalopus speluncae Psilorhamphus guttatus Formicariidae Formicarius colma Chamaeza campanisona Chamaeza meruloides Scleruridae Sclerurus scansor Dendrocolaptidae Dendrocincla turdina Sittasomus griseicapillus Xiphorhynchus fuscus Campylorhamphus falcularius Lepidocolaptes falcinellus choquinha-lisa choquinha-de-asa-ferrugem choca-da-mata chocão-carijó matracão borralhara-assobiadora borralhara papo-branco papa-formiga-de-grota papa-taoca-do-sul trovoada trovoada-de-bertoni choquinha-de-dorso-vermelho choquinha-carijó pintadinho Plain Antvireo Rufous-backed Antvireo Variable Antshrike Spot-backed Antshrike Giant Antshrike Large-tailed Antshrike Tufted Antshrike White-bearded Antshrike Squamate Antbird White-shouldered Fire-eye Ferruginous Antbird Bertoni's Antbird Ochre-rumped Antbird Dusky-tailed Antbird Scaled Antbird F F F,A F F F F F F F F F F F F chupa-dente cuspidor-de-máscara-preta Rufous Gnateater Black-cheeked Gnateater F F X X tovacuçu pinto-do-mato Variegated Antpitta Speckle-breasted Antpitta F F X entufado macuquinho tapaculo-preto tapaculo-pintado Slaty Bristlefront White-breasted Tapaculo Mouse-colored Tapaculo Spotted Bamboowren F F F F X X X X galinha-do-mato tovaca-campainha tovaca-cantadora Rufous-capped Antthrush Short-tailed Antthrush Such's Antthrush F F F X vira-folha Rufous-breasted Leaftosser F X arapaçu-liso arapaçu-verde arapaçu-rajado arapaçu-de-bico-torto arapaçu-escamado-do-sul Plain-winged Woodcreeper Olivaceous Woodcreeper Lesser Woodcreeper Black-billed Scythebill Scalloped Woodcreeper F F F F F X X X X X X X X X X X X X X VU X NT NT NT NT X X X 381 Dendrocolaptes platyrostris Xiphocolaptes albicollis Xenopidae Xenops minutus Xenops rutilans Furnariidae Lochmias nematura Automolus leucophthalmus Anabazenops fuscus Anabacerthia amaurotis Philydor atricapillus Philydor rufum Heliobletus contaminatus Syndactyla rufosuperciliata Cichlocolaptes leucophrus Leptasthenura setaria Phacellodomus erythrophthalmus Phacellodomus ferrugineigula Synallaxis ruficapilla Synallaxis cinerascens Synallaxis spixi Cranioleuca pallida Pipridae Neopelma chrysolophum Manacus manacus Ilicura militaris Chiroxiphia caudata Oxyruncidae Oxyruncus cristatus Onychorhynchidae Onychorhynchus swainsoni Myiobius atricaudus Tityridae Schiffornis virescens Laniisoma elegans Pachyramphus viridis Pachyramphus castaneus 382 arapaçu-grande arapaçu-de-garganta-branca Planalto Woodcreeper White-throated Woodcreeper F F bico-virado-miúdo bico-virado-carijó Plain Xenops Streaked Xenops F F joão-porca barranqueiro-de-olho-branco trepador-coleira limpa-folha-miúdo limpa-folha-coroado limpa-folha-de-testa-baia trepadorzinho trepador-quiete trepador-sobrancelha grimpeiro Sharp-tailed Streamcreeper White-eyed Foliage-gleaner White-collared Foliage-gleaner White-browed Foliage-gleaner Black-capped Foliage-gleaner Buff-fronted Foliage-gleaner Sharp-billed Treehunter Buff-browed Foliage-gleaner Pale-browed Treehunter Araucaria Tit-Spinetail F F F F F F F F F F joão-botina-da-mata joão-botina-do-brejo pichororé pi-puí joão-teneném arredio-pálido Orange-eyed Thornbird Orange-breasted Thornbird Rufous-capped Spinetail Gray-bellied Spinetail Spix's Spinetail Pallid Spinetail fruxu rendeira tangarazinho tangará X X X X NT X X X NT F,A F,AL F,A F F,A F,A X X X Serra do Mar Tyrant-Manakin White-bearded Manakin Pin-tailed Manakin Swallow-tailed Manakin F F F F X araponga-do-horto Sharpbill F maria-leque-do-sudeste assanhadinho-de-cauda-preta Atlantic Royal Flycatcher Black-tailed Flycatcher F F X X flautim chibante caneleiro-verde caneleiro Greenish Schiffornis Shrike-like Cotinga Green-backed Becard Chestnut-crowned Becard F F F F,A X X X X X X VU Pachyramphus polychopterus Pachyramphus validus Cotingidae Lipaugus lanioides Procnias nudicollis Pyroderus scutatus Carpornis cucullata Pipritidae Piprites pileata Platyrinchidae Platyrinchus mystaceus Rhynchocyclidae Mionectes rufiventris Leptopogon amaurocephalus Phylloscartes ventralis Phylloscartes oustaleti Phylloscartes difficilis Tolmomyias sulphurescens Todirostrum poliocephalum Poecilotriccus plumbeiceps Myiornis auricularis Hemitriccus diops Hemitriccus obsoletus Tyrannidae Hirundinea ferruginea Tyranniscus burmeisteri Camptostoma obsoletum Elaenia mesoleuca Capsiempis flaveola Phyllomyias fasciatus Phyllomyias griseocapilla Serpophaga nigricans Attila phoenicurus Attila rufus Legatus leucophaius Ramphotrigon megacephalum Myiarchus swainsoni Myiarchus ferox caneleiro-preto caneleiro-de-chapéu-preto White-winged Becard Crested Becard F,A F,A tropeiro-da-serra araponga pavó corocochó Cinnamon-vented Piha Bare-throated Bellbird Red-ruffed Fruitcrow Hooded Berryeater F F F F X X X X X X X caneleirinho-de-chapéu-preto Black-capped Piprites F X X patinho White-throated Spadebill F abre-asa-de-cabeça-cinza cabeçudo borboletinha-do-mato papa-moscas-de-olheiras estalinho bico-chato-de-orelha-preta teque-teque tororó miudinho olho-falso catraca Gray-hooded Flycatcher Sepia-capped Flycatcher Mottle-cheeked Tyrannulet Oustalet's Tyrannulet Serra do Mar Tyrannulet Yellow-olive Flycatcher Yellow-lored Tody-Flycatcher Ochre-faced Tody-Flycatcher Eared Pygmy-Tyrant Drab-breasted Pygmy-Tyrant Brown-breasted Pygmy-Tyrant F F F F F F,A F,A F,A F,A F F gibão-de-couro piolhinho-chiador risadinha tuque marianinha-amarela piolhinho piolhinho-serrano joão-pobre capitão-castanho capitão-de-saíra bem-te-vi-pirata maria-cabeçuda irré maria-cavaleira Cliff Flycatcher Rough-legged Tyrannulet Southern Beardless-Tyrannulet Olivaceous Elaenia Yellow Tyrannulet Planalto Tyrannulet Gray-capped Tyrannulet Sooty Tyrannulet Rufous-tailed Attila Gray-hooded Attila Piratic Flycatcher Large-headed Flatbill Swainson's Flycatcher Short-crested Flycatcher C,A F F,A F F,A F,A F,A F,AL F F F,A F F,A F,A NT VU NT VU X X X NT NT X X X X X NT X 383 Sirystes sibilator Pitangus sulphuratus Machetornis rixosa Myiodynastes maculatus Megarynchus pitangua Myiozetetes similis Tyrannus melancholicus Empidonomus varius Conopias trivirgatus Colonia colonus Myiophobus fasciatus Pyrocephalus rubinus Lathrotriccus euleri Knipolegus cyanirostris Knipolegus nigerrimus Satrapa icterophrys Vireonidae Cyclarhis gujanensis Vireo chivi Hylophilus poicilotis Corvidae Cyanocorax cristatellus Hirundinidae Pygochelidon cyanoleuca Atticora tibialis Stelgidopteryx ruficollis Troglodytidae Troglodytes musculus Cantorchilus longirostris Turdidae Turdus flavipes Turdus leucomelas Turdus rufiventris Turdus amaurochalinus Turdus albicollis Passerellidae 384 gritador bem-te-vi suiriri-cavaleiro bem-te-vi-rajado neinei bentevizinho-de-penachovermelho suiriri peitica bem-te-vi-pequeno viuvinha filipe príncipe enferrujado maria-preta-de-bico-azulado maria-preta-de-gargantavermelha suiriri-pequeno Sirystes Great Kiskadee Cattle Tyrant Streaked Flycatcher Boat-billed Flycatcher pitiguari juruviara verdinho-coroado Rufous-browed Peppershrike Chivi Vireo Rufous-crowned Greenlet gralha-do-campo Curl-crested Jay andorinha-pequena-de-casa calcinha-branca andorinha-serradora Blue-and-white Swallow White-thighed Swallow Southern Rough-winged Swallow corruíra garrinchão-de-bico-grande Southern House Wren Long-billed Wren F,C,A F,A sabiá-una sabiá-barranco sabiá-laranjeira sabiá-poca sabiá-coleira Yellow-legged Thrush Pale-breasted Thrush Rufous-bellied Thrush Creamy-bellied Thrush White-necked Thrush F F,A F,A F,A F Social Flycatcher Tropical Kingbird Variegated Flycatcher Three-striped Flycatcher Long-tailed Tyrant Bran-colored Flycatcher Vermilion Flycatcher Euler's Flycatcher Blue-billed Black-Tyrant Velvety Black-Tyrant Yellow-browed Tyrant F F,C,A,AL C,A F,A F,A F,A F,C,A F,A F,A F,A F,A C,A F,A F,A F,A C,A,AL F,A F,A F F,C,A F,C,A,AL F,A F,C,A,AL X X Zonotrichia capensis Arremon semitorquatus Parulidae Basileuterus culicivorus Myiothlypis leucoblephara Myiothlypis rivularis Icteridae Psarocolius decumanus Cacicus chrysopterus Cacicus haemorrhous Gnorimopsar chopi Molothrus bonariensis Mitrospingidae Orthogonys chloricterus Thraupidae Coereba flaveola Saltator similis Saltator fuliginosus Orchesticus abeillei Tachyphonus coronatus Ramphocelus bresilius Lanio cucullatus Lanio melanops Tangara seledon Tangara cyanocephala Tangara desmaresti Tangara sayaca Tangara cyanoptera Tangara palmarum Tangara ornata Tangara cayana Stephanophorus diadematus Pipraeidea melanonota Tersina viridis Dacnis nigripes Dacnis cayana Haplospiza unicolor Poospiza thoracica tico-tico tico-tico-do-mato Rufous-collared Sparrow Half-collared Sparrow F,C,A F pula-pula pula-pula-assobiador pula-pula-ribeirinho Golden-crowned Warbler White-browed Warbler Neotropical River Warbler F F F japu tecelão guaxe graúna vira-bosta Crested Oropendola Golden-winged Cacique Red-rumped Cacique Chopi Blackbird Shiny Cowbird catirumbava Olive-green Tanager cambacica trinca-ferro-verdadeiro pimentão sanhaçu-pardo tiê-preto tiê-sangue tico-tico-rei tiê-de-topete saíra-sete-cores saíra-militar saíra-lagarta sanhaçu-cinzento sanhaçu-de-encontro-azul sanhaçu-do-coqueiro sanhaçu-de-encontro-amarelo saíra-amarela sanhaçu-frade saíra-viúva saí-andorinha saí-de-pernas-pretas saí-azul cigarra-bambu peito-pinhão Bananaquit Green-winged Saltator Black-throated Grosbeak Brown Tanager Ruby-crowned Tanager Brazilian Tanager Red-crested Finch Black-goggled Tanager Green-headed Tanager Red-necked Tanager Brassy-breasted Tanager Sayaca Tanager Azure-shouldered Tanager Palm Tanager Golden-chevroned Tanager Burnished-buff Tanager Diademed Tanager Fawn-breasted Tanager Swallow Tanager Black-legged Dacnis Blue Dacnis Uniform Finch Bay-chested Warbling-Finch X X F,A F,A F,A C,A C,A F F,A F,A F F F F,A F,A F F,A F,A F F,A F,A F,A F,A F,A F,A F,A F,A F,A F,A F F,A X X X X X NT X X X X X X X NT X X 385 Poospiza lateralis Sicalis flaveola Volatinia jacarina Sporophila frontalis Sporophila falcirostris Sporophila lineola Sporophila caerulescens Sporophila angolensis Cardinalidae Habia rubica Amaurospiza moesta Fringillidae Euphonia chalybea Euphonia cyanocephala Euphonia pectoralis Chlorophonia cyanea quete canário-da-terra-verdadeiro tiziu pixoxó cigarra-verdadeira bigodinho coleirinho curió Buff-throated Warbling-Finch Saffron Finch Blue-black Grassquit Buffy-fronted Seedeater Temminck's Seedeater Lined Seedeater Double-collared Seedeater Chestnut-bellied Seed-Finch F,A C,A C,A F F C,A C,A C,A tiê-do-mato-grosso negrinho-do-mato Red-crowned Ant-Tanager Blackish-blue Seedeater F F,A cais-cais gaturamo-rei ferro-velho gaturamo-bandeira Green-throated Euphonia Golden-rumped Euphonia Chestnut-bellied Euphonia Blue-naped Chlorophonia F F F,A F X X X X VU VU VU VU X X X NT X X NT X Legenda: Ordem taxonômica, nome comum e inglês segundo CBRO (2014). Espécies endêmicas da Mata Atlântica segundo Bencke et al., 2006. Espécies ameaçadas a nível estadual segundo São Paulo (2014), á nível nacional segundo MMA (2014) e ameaçadas globalmente segundo IUCN (2012). Categorias de ameaça: EN - Em Perigo; VU - Vulnerável e NT - Quase Ameaçada. Obs. Na última versão da Lista de Espécies Ameaçadas do estado de São Paulo não constam as categorias específicas de ameaça. Ambiente típico: F. Ambiente Florestal (mata alta, média ou capoeiras); C. Campo aberto ou campo sujo; A. Ambiente degradado (áreas urbanas, rurais ou mesmo naturais); AL. Ambiente alagado (brejos, campos, rios, represas, etc) e P. Ambiente litorâneo (praias, dunas, mangues e costões rochosos). Tabela 11. Lista completa de aves do Núcleo São Sebastião Status de Ameaça NOME DO TÁXON NOME COMUM NOME EM INGLÊS Tinamiformes Tinamidae Tinamus solitarius Crypturellus noctivagus macuco jaó-do-sul Solitary Tinamou Yellow-legged Tinamou 386 Ambiente típico Endêmic a São Paulo Brasil IUCN F F X X X X VU NT NT Crypturellus tataupa Galliformes Cracidae Penelope obscura Aburria jacutinga Odontophoridae Odontophorus capueira Suliformes Fregatidae Fregata magnificens Cathartiformes Cathartidae Coragyps atratus Accipitriformes Accipitridae Leptodon cayanensis Accipiter superciliosus Rupornis magnirostris Spizaetus tyrannus Gruiformes Rallidae Amaurolimnas concolor Charadriiformes Charadriidae Vanellus chilensis Columbiformes Columbidae Patagioenas plumbea Leptotila rufaxilla Geotrygon montana Cuculiformes Cuculidae Piaya cayana Tapera naevia Strigiformes Strigidae Megascops atricapilla Strix virgata inhambu-chintã Tataupa Tinamou F jacuaçu jacutinga Dusky-legged Guan Black-fronted Piping-Guan F F X uru Spot-winged Wood-Quail F X tesourão Magnificent Frigatebird P urubu-de-cabeça-preta Black Vulture gavião-de-cabeça-cinza gavião-miudinho gavião-carijó gavião-pega-macaco Gray-headed Kite Tiny Hawk Roadside Hawk Black Hawk-Eagle F,C,A F F,C,A F,C saracura-lisa Uniform Crake F,AL quero-quero Southern Lapwing C,A,AL pomba-amargosa juriti-gemedeira pariri Plumbeous Pigeon Gray-fronted Dove Ruddy Quail-Dove F F F alma-de-gato saci Squirrel Cuckoo Striped Cuckoo corujinha-sapo coruja-do-mato Black-capped Screech-Owl Mottled Owl X EN EN F,C,A,AL X F,A F F F X 387 Apodiformes Apodidae Cypseloides fumigatus Streptoprocne zonaris Chaetura cinereiventris Chaetura meridionalis Trochilidae Ramphodon naevius Phaethornis ruber Phaethornis eurynome Aphantochroa cirrochloris Florisuga fusca Thalurania glaucopis Amazilia fimbriata Clytolaema rubricauda Trogoniformes Trogonidae Trogon viridis Trogon surrucura Trogon rufus Coraciiformes Alcedinidae Chloroceryle americana Momotidae Baryphthengus ruficapillus Piciformes Ramphastidae Ramphastos vitellinus Ramphastos dicolorus Selenidera maculirostris Picidae Picumnus cirratus Melanerpes flavifrons Veniliornis spilogaster Piculus flavigula Piculus aurulentus Colaptes campestris 388 taperuçu-preto taperuçu-de-coleira-branca andorinhão-de-sobre-cinzento andorinhão-do-temporal Sooty Swift White-collared Swift Gray-rumped Swift Sick's Swift F,C F,C,A F,C F,C,A beija-flor-rajado rabo-branco-rubro rabo-branco-de-garganta-rajada beija-flor-cinza beija-flor-preto beija-flor-de-fronte-violeta beija-flor-de-garganta-verde beija-flor-rubi Saw-billed Hermit Reddish Hermit Scale-throated Hermit Sombre Hummingbird Black Jacobin Violet-capped Woodnymph Glittering-throated Emerald Brazilian Ruby F F F F F,C,A F F,C,A F surucuá-grande-de-barrigaamarela surucuá-variado surucuá-de-barriga-amarela White-tailed Trogon Surucua Trogon Black-throated Trogon martim-pescador-pequeno Green Kingfisher juruva-verde Rufous-capped Motmot F tucano-de-bico-preto tucano-de-bico-verde araçari-poca Channel-billed Toucan Red-breasted Toucan Spot-billed Toucanet F F F pica-pau-anão-barrado benedito-de-testa-amarela picapauzinho-verde-carijó pica-pau-bufador pica-pau-dourado pica-pau-do-campo White-barred Piculet Yellow-fronted Woodpecker White-spotted Woodpecker Yellow-throated Woodpecker Yellow-browed Woodpecker Campo Flicker F F F X NT X X X X X X F,AL F,A F F,A F F C,A X VU X X X X X X NT Celeus flavescens Falconiformes Falconidae Caracara plancus Psittaciformes Psittacidae Pyrrhura frontalis Forpus xanthopterygius Brotogeris tirica Pionopsitta pileata Pionus maximiliani Triclaria malachitacea Passeriformes Thamnophilidae Terenura maculata Myrmotherula minor Myrmotherula unicolor Rhopias gularis Dysithamnus stictothorax Dysithamnus mentalis Dysithamnus xanthopterus Herpsilochmus rufimarginatus Thamnophilus caerulescens Hypoedaleus guttatus Mackenziaena severa Myrmoderus squamosus Pyriglena leucoptera Drymophila ochropyga Drymophila squamata Conopophagidae Conopophaga lineata Conopophaga melanops Grallariidae Hylopezus nattereri Rhinocryptidae Merulaxis ater Eleoscytalopus indigoticus Formicariidae pica-pau-de-cabeça-amarela Blond-crested Woodpecker F,A caracará Southern Caracara C,A tiriba-de-testa-vermelha tuim periquito-rico cuiú-cuiú maitaca-verde sabiá-cica Maroon-bellied Parakeet Blue-winged Parrotlet Plain Parakeet Red-capped Parrot Scaly-headed Parrot Blue-bellied Parrot F,A F,A F,A F F F X zidedê choquinha-pequena choquinha-cinzenta choquinha-de-garganta-pintada choquinha-de-peito-pintado choquinha-lisa choquinha-de-asa-ferrugem chorozinho-de-asa-vermelha choca-da-mata chocão-carijó borralhara papa-formiga-de-grota papa-taoca-do-sul choquinha-de-dorso-vermelho pintadinho Streak-capped Antwren Salvadori's Antwren Unicolored Antwren Star-throated Antwren Spot-breasted Antvireo Plain Antvireo Rufous-backed Antvireo Rufous-winged Antwren Variable Antshrike Spot-backed Antshrike Tufted Antshrike Squamate Antbird White-shouldered Fire-eye Ochre-rumped Antbird Scaled Antbird F F F F F F F F F,A F F F F F F X X X X X chupa-dente cuspidor-de-máscara-preta Rufous Gnateater Black-cheeked Gnateater F F X X pinto-do-mato Speckle-breasted Antpitta F X entufado macuquinho Slaty Bristlefront White-breasted Tapaculo F F X X X X X X X X NT VU VU NT NT X X X X X X X X NT NT NT 389 Formicarius colma Chamaeza campanisona Scleruridae Sclerurus scansor Dendrocolaptidae Dendrocincla turdina Sittasomus griseicapillus Xiphorhynchus fuscus Furnariidae Lochmias nematura Automolus leucophthalmus galinha-do-mato tovaca-campainha Rufous-capped Antthrush Short-tailed Antthrush F F vira-folha Rufous-breasted Leaftosser F X arapaçu-liso arapaçu-verde arapaçu-rajado Plain-winged Woodcreeper Olivaceous Woodcreeper Lesser Woodcreeper F F F X joão-porca barranqueiro-de-olho-branco F F Anabacerthia lichtensteini Philydor atricapillus Philydor rufum Heliobletus contaminatus Syndactyla rufosuperciliata Cichlocolaptes leucophrus Synallaxis ruficapilla Pipridae Neopelma chrysolophum Manacus manacus Chiroxiphia caudata Oxyruncidae Oxyruncus cristatus Onychorhynchidae Myiobius barbatus Tityridae Schiffornis virescens Pachyramphus castaneus Pachyramphus polychopterus Pachyramphus validus Cotingidae Procnias nudicollis Pyroderus scutatus Carpornis cucullata Platyrinchidae Platyrinchus mystaceus limpa-folha-ocráceo limpa-folha-coroado limpa-folha-de-testa-baia trepadorzinho trepador-quiete trepador-sobrancelha pichororé Sharp-tailed Streamcreeper White-eyed Foliage-gleaner Ochre-breasted Foliagegleaner Black-capped Foliage-gleaner Buff-fronted Foliage-gleaner Sharp-billed Treehunter Buff-browed Foliage-gleaner Pale-browed Treehunter Rufous-capped Spinetail F F F F F F F,A X X fruxu rendeira tangará Serra do Mar Tyrant-Manakin White-bearded Manakin Swallow-tailed Manakin F F F X araponga-do-horto Sharpbill F assanhadinho Whiskered Flycatcher F flautim caneleiro caneleiro-preto caneleiro-de-chapéu-preto Greenish Schiffornis Chestnut-crowned Becard White-winged Becard Crested Becard araponga pavó corocochó patinho 390 X X X X X X F F,A F,A F,A X Bare-throated Bellbird Red-ruffed Fruitcrow Hooded Berryeater F F F X X X White-throated Spadebill F X X VU NT Rhynchocyclidae Mionectes rufiventris Leptopogon amaurocephalus Phylloscartes ventralis Phylloscartes paulista Phylloscartes oustaleti Tolmomyias sulphurescens Todirostrum poliocephalum Todirostrum cinereum Hemitriccus orbitatus Tyrannidae Hirundinea ferruginea Tyranniscus burmeisteri Camptostoma obsoletum Phyllomyias griseocapilla Serpophaga subcristata Attila phoenicurus Attila rufus Myiarchus swainsoni Pitangus sulphuratus Myiozetetes similis Tyrannus melancholicus Conopias trivirgatus Lathrotriccus euleri Vireonidae Cyclarhis gujanensis Vireo chivi Hylophilus poicilotis Corvidae Cyanocorax cristatellus Hirundinidae Pygochelidon cyanoleuca Atticora tibialis Progne chalybea Troglodytidae Troglodytes musculus Cantorchilus longirostris abre-asa-de-cabeça-cinza cabeçudo borboletinha-do-mato não-pode-parar papa-moscas-de-olheiras bico-chato-de-orelha-preta teque-teque ferreirinho-relógio tiririzinho-do-mato Gray-hooded Flycatcher Sepia-capped Flycatcher Mottle-cheeked Tyrannulet Sao Paulo Tyrannulet Oustalet's Tyrannulet Yellow-olive Flycatcher Yellow-lored Tody-Flycatcher Common Tody-Flycatcher Eye-ringed Tody-Tyrant F F F F F F,A F,A F,A F gibão-de-couro piolhinho-chiador Cliff Flycatcher Rough-legged Tyrannulet Southern BeardlessTyrannulet Gray-capped Tyrannulet White-crested Tyrannulet Rufous-tailed Attila Gray-hooded Attila Swainson's Flycatcher Great Kiskadee C,A F F,A F,A F,A F F F,A F,C,A,AL Social Flycatcher Tropical Kingbird Three-striped Flycatcher Euler's Flycatcher F,A F,C,A F,A F,A risadinha piolhinho-serrano alegrinho capitão-castanho capitão-de-saíra irré bem-te-vi bentevizinho-de-penachovermelho suiriri bem-te-vi-pequeno enferrujado pitiguari juruviara verdinho-coroado Rufous-browed Peppershrike Chivi Vireo Rufous-crowned Greenlet gralha-do-campo Curl-crested Jay andorinha-pequena-de-casa calcinha-branca andorinha-doméstica-grande Blue-and-white Swallow White-thighed Swallow Gray-breasted Martin corruíra garrinchão-de-bico-grande Southern House Wren Long-billed Wren F,A F,A F X X X X NT NT X X NT X NT X X F,C,A F,C,A,AL F,A F,C,A,AL F,C,A F,A 391 Turdidae Turdus flavipes Turdus rufiventris Turdus albicollis Passerellidae Zonotrichia capensis Parulidae Setophaga pitiayumi Basileuterus culicivorus Myiothlypis rivularis Mitrospingidae Orthogonys chloricterus Thraupidae Coereba flaveola Saltator similis Saltator fuliginosus Tachyphonus coronatus Ramphocelus bresilius Lanio cristatus Lanio melanops Tangara seledon Tangara cyanocephala Tangara desmaresti Tangara sayaca Tangara cyanoptera Tangara palmarum Tangara peruviana Dacnis cayana Chlorophanes spiza Cardinalidae Habia rubica Fringillidae Euphonia violacea Euphonia cyanocephala Euphonia pectoralis sabiá-una sabiá-laranjeira sabiá-coleira Yellow-legged Thrush Rufous-bellied Thrush White-necked Thrush F F,A F tico-tico Rufous-collared Sparrow F,C,A mariquita pula-pula pula-pula-ribeirinho Tropical Parula Golden-crowned Warbler Neotropical River Warbler F,A F F catirumbava Olive-green Tanager cambacica trinca-ferro-verdadeiro pimentão tiê-preto tiê-sangue tiê-galo tiê-de-topete saíra-sete-cores saíra-militar saíra-lagarta sanhaçu-cinzento sanhaçu-de-encontro-azul sanhaçu-do-coqueiro saíra-sapucaia saí-azul saí-verde Bananaquit Green-winged Saltator Black-throated Grosbeak Ruby-crowned Tanager Brazilian Tanager Flame-crested Tanager Black-goggled Tanager Green-headed Tanager Red-necked Tanager Brassy-breasted Tanager Sayaca Tanager Azure-shouldered Tanager Palm Tanager Black-backed Tanager Blue Dacnis Green Honeycreeper F,A F,A F F F,A F,A F F,A F,A F F,A F,A F,A F,A F,A F,A tiê-do-mato-grosso Red-crowned Ant-Tanager F gaturamo-verdadeiro gaturamo-rei ferro-velho Violaceous Euphonia Golden-rumped Euphonia Chestnut-bellied Euphonia F,A F F,A F X X X X X X X X X X VU VU X Legenda: Ordem taxonômica, nome comum e inglês segundo CBRO (2014). Espécies endêmicas da Mata Atlântica segundo Bencke et al., 2006. Espécies ameaçadas a nível estadual segundo São Paulo (2014), á nível nacional segundo MMA (2014) e ameaçadas globalmente segundo IUCN 392 (2012). Categorias de ameaça: EN - Em Perigo; VU - Vulnerável e NT - Quase Ameaçada. Obs. Na última versão da Lista de Espécies Ameaçadas do estado de São Paulo não constam as categorias específicas de ameaça. Ambiente típico: F. Ambiente Florestal (mata alta, média ou capoeiras); C. Campo aberto ou campo sujo; A. Ambiente degradado (áreas urbanas, rurais ou mesmo naturais); AL. Ambiente alagado (brejos, campos, rios, represas, etc) e P. Ambiente litorâneo (praias, dunas, mangues e costões rochosos). 393 4.1. Observações 4.1.1. Espécies retiradas da lista atual do Parque Estadual da Serra do Mar a) Penelope superciliaris Espécie citada no Plano de Manejo como registro de campo (fora do contexto da AER) para a localidade Rio Preto, Itanhaém, que fica fora do limite atual do PESM e possui um tipo específico de vegetação encontrado apenas no entorno desta UC. Esta espécie possui ocorrência para as matas secas do interior do estado e regiões litorâneas, principalmente nas restingas (Guix, 1997 apud SCHUNK, 2015; Willis & Oniki, 2003 apud SCHUNK, 2015). Marques (2004 apud SCHUNK, 2015) fez um levantamento intensivo de Cracídeos em alguns núcleos da região Norte do PESM e não conseguiu confirmar a presença de P. superciliaris em campo. Justificativa: Ausência de registros históricos e atuais desta espécie nos limites do Núcleo Curucutu, localizado próximo do Rio Preto e em outros núcleos do PESM. Obs: Faltam estudos atuais na região do Rio Preto para avaliar o status de ocorrência desta e de outras espécies. b) Spizaetus ornatus Espécie citada no Plano de Manejo como resultado de entrevista com funcionário do Núcleo Cunha. Segundo Willis & Oniki (2003 apud SCHUNK, 2015), esta espécie possui ocorrência rara para as “matas grandes do litoral”, ocorrendo no interior do estado ao longo dos rios. Existe um registro não documentado citado em um relatório de 1996 para o Núcleo Caraguatatuba, para a localidade “região de maiores altitudes” (Gussoni, 2007 apud SCHUNK, 2015). Atualmente, os únicos registros desta espécie estão localizados exclusivamente na Serra de Paranapiacaba, região de Intervales e Petar, salvo um único registro fotográfico disponível no site wikiaves (www.wikiaves.com.br) para o município de São Sebastião, porem sem a localidade específica. Justificativa: Ausência de registros documentados para o PESM. c) Claravis godefrida (atual Claravis geoffroyi) Espécie citada no Plano de Manejo como dados de literatura e entrevista com funcionário do Núcleo Cunha. Esta espécie só possui 4 registros para a Serra do Mar de São Paulo, sendo 3 sem documentação, são eles; 1. Um exemplar coletado pelo Hempel em 1898 em Alto da Serra, atual Reserva Biológica do Alto da Serra de Paranapiacaba, que apesar da proximidade e do limite direto com o Núcleo Itutinga-Pilões do PESM, está fora desta UC. 2. Observação pessoal e não documentada de “um par” feita na Estação Biológica de Boracéia (EBB) em 1987 e citada no trabalho de Wege & Long (1995 apud SCHUNK, 2015), e no 394 trabalho de Bencke et al. (2006 apud SCHUNK, 2015) para a IBA SP04, Parque Estadual da Serra do Mar (entre Santos e São Sebastião). 3. Registro não documentado do pesquisador Douglas Stotz para a estação Biológica de Boracéia, compilado por Cavarzere et al. (2010 apud SCHUNK, 2015). 4. Registro citado por Goerck (1999 apud SCHUNK, 2015) para a região baixa (entre 0 e 100m de altitude em relação ao nível do Mar) da trilha do Pico do Corcovado, Ubatuba. Este registro também é citado por Bencke et al. (2006 apud SCHUNK, 2015) para a IBA SP02, Parque Estadual da Serra do Mar (entre Caraguatatuba e Picinguaba). Justificativa: Ausência de registros documentados dentro dos limites do PESM. Obs: Espécie considerada extinta da natureza na última versão da lista de animais ameaçados do Ministério do Meio Ambiente (MMA, 2014 apud SCHUNK, 2015). d) Dromococcyx phasianellus Espécie citada no Plano de Manejo como dados de literatura, provavelmente do trabalho original feito por Höfling & Lencioni-Neto (1992 apud SCHUNK, 2015) na estrada da Petrobrás, que atualmente atravessa 3 núcleos do PESM. Esta espécie só é citada neste único trabalho para a Serra do Mar, que coincidentemente não apresenta a espécie irmã Dromococcyx pavoninus, que possui ocorrência frequente para o PESM, inclusive registrada em campo durante os levantamentos do Plano de Manejo. Justificativa: Ausência de registros documentados para a Serra do Mar de São Paulo. e) Nyctibius aethereus Espécie citada no Plano de Manejo como dados de literatura, provavelmente por Goerck (1999 apud SCHUNK, 2015), para a região baixa (entre 0 e 100m de altitude em relação ao nível do Mar) da trilha do Pico do Corcovado, Ubatuba. Existe um outro registro feito pela equipe do CEO-Centro de Estudos Ornitológicos para a Estação Biológica de Boracéia, porém, este registro foi revisado posteriormente pelos responsáveis e chegou-se a conclusão que a voz escutada na época, era um chamado de uma coruja comum na região. O registro foi anulado, mas acabou entrando nesta compilação feita por Cavarzere et al. (2010 apud SCHUNK, 2015). Willis & Oniki (2003 apud SCHUNK, 2015) citam sua ocorrência para as “Matas do Litoral e Sul”, mas não apresentam registros para a região da Serra do Mar. Justificativa: Ausência de registros documentados para a Serra do Mar de São Paulo. f) Polytmus guainumbi 395 Esta espécie aparece na lista principal das aves do Plano de Manejo (anexo 1), mas sem nenhuma indicação se foi registro Primário ou Secundário, e a mesma não aparece na lista das espécies registradas em campo (anexo 2). Segundo Willis & Oniki (2003 apud SCHUNK, 2015), este beija-flor tem uma ocorrência voltada ao interior do estado de São Paulo, porém, alguns registros isolados chegam próximo da Serra do Mar, provavelmente em função do desmatamento. Existe um registro disponível no site wikiaves, feito em Ubatuba, mas sem a localidade específica. Justificativa: Falta de registros documentados para o PESM. g) Amazona brasiliensis Esta espécie, assim como Penelope superciliaris, foi incluída no Plano de Manejo com base nos registros feitos em campo (fora do contexto da AER) para a localidade Rio Preto, Itanhaém, que fica fora do limite atual do PESM e possui um tipo específico de vegetação encontrado apenas no entorno desta UC. Este papagaio é comum no Rio Preto, mas ocupa uma região com uma fisionomia específica, que não é representada dentro do Núcleo Curucutu do PESM, que fica próximo a este rio. Existe um registro de A. brasiliensis citado por Agnello (2007 apud SCHUNK, 2015) para a região alta (700m) do Núcleo Itutinga-Pilões , entre as pistas das rodovias Anchieta e Imigrantes, uma região totalmente fora do habitat atual deste papagaio no estado, sendo desconsiderado pela falta de documentação. Justificativa: Ausência de registros históricos e atuais desta espécie nas áreas do Núcleo Curucutu, localizado próximo do Rio Preto e em outros núcleos do PESM. h) Amazona rhodocorytha Espécie citada no Plano de Manejo como dados de literatura, provavelmente do livro do Willis (Willis & Oniki, 2003 apud SCHUNK, 2015), que coloca um registro do Paulo Martuscelli (com. pess.) para a trilha do Corisco, Picinguaba, como “invasor do Norte”. Esta é a única fonte que considera esta espécie para o estado de São Paulo, porém sem fornecer registros documentados. Silveira & Uezu (2011 apud SCHUNK, 2015) esclarecem este registro através do seguinte texto: “O registro dessa espécie foi realizado no estado do Rio de Janeiro (23º17´24.20”S e 44º 38´30.21” W; P. Martuscelli, com. pess.) e erroneamente “transferido” para São Paulo por ser algo próximo da divisa (~20 km) entre os dois estados. Não foi registrado em São Paulo”. Justificativa: Ausência de registros documentados para o estado de São Paulo. i) Amazona amazonica Esta espécie, assim como Penelope superciliaris e Amazona brasiliensis, foi incluída no Plano de Manejo com base nos registros feitos em campo (fora do contexto da AER) para a localidade Rio 396 Preto, Itanhaém, que fica fora do limite atual do PESM e possui um tipo específico de vegetação encontrado apenas no entorno desta UC. Existe um registro de A. amazonica citado por Agnello (2007 apud SCHUNK, 2015) para a região alta (700m) do Núcleo Itutinga-Pilões, entre as pistas das rodovias Anchieta e Imigrantes, sendo desconsiderado pela falta de documentação. Willis & Oniki (2003 apud SCHUNK, 2015) citam uma população para Peruíbe e no site wikiaves existem algumas fotos ao longo de alguns municípios do litoral, porém sem as localidades específicas. Justificativa: Ausência de registros históricos e atuais desta espécie no Núcleo Curucutu, localizado próximo do Rio Preto e em outros núcleos do PESM. j) Amazona farinosa Esta espécie foi citada no Plano de Manejo como registro de campo feito na Trilha da Restinga, no Núcleo São Sebastião, porém, na tabela dos dados de campo (anexo 2), consta uma sigla (DP) indicando que o registro foi obtido fora do contexto da AER. No relatório de aves do Plano de Manejo, consta o seguinte texto sobre este e outros registros: “Cabe ainda ressaltar neste Sítio a presença de várias espécies de interesse para conservação na Floresta de Terras Baixas que ocupa a Planície Litorânea entre Bertioga e Barra do Una, mas que em sua grande maioria está fora dos limites do PESM. Entre as espécies mais importantes, destaca-se o papagaio-moleiro Amazona farinosa, com apenas mais uma localidade de ocorrência conhecida no estado de São Paulo, a Ilhabela (Olmos, 1996 apud SCHUNK, 2015), além do sabiá-cica Triclaria malachitacea, e do jaó-dolitoral Crypturellus noctivagus, esta última com poucos registros para o estado de São Paulo”. Justificativa: Ausência de registros históricos e atuais desta espécie nas áreas do Núcleo São Sebastião, assim como outras áreas do PESM. k) Phylloscartes eximius Espécie citada no Plano de Manejo como dados de literatura. Só existem três citações desta espécie para a Serra do Mar Paulista, sendo apenas uma aparentemente documentada, são elas; 5. Registro atribuído a Alto da Serra, atual Reserva Biológica do Alto de Paranapiacaba, que apesar da proximidade e do limite direto com o PESM, está fora desta UC. A mesma informação está disponível em Cory, 1918; Pinto, 1944 e Willis & Oniki, 2003 (apud SCHUNK, 2015). 6. Registro não documentado do pesquisador Douglas Stotz para a Estação Biológica de Boracéia, compilado por Cavarzere et al. (2010 apud SCHUNK, 2015). 7. Registro citado por Goerck (1999 apud SCHUNK, 2015) para a região média (entre 100 e 950m de altitude em relação ao nível do Mar) da trilha do Pico do Corcovado, Ubatuba. Este registro também é citado por Bencke et al. (2006 apud SCHUNK, 2015) para a IBA SP02, 397 Parque Estadual da Serra do Mar (entre Caraguatatuba e Picinguaba), porém com a seguinte observação “registro requer confirmação”. Esta espécie apresenta uma ocorrência atual voltada ao interior do estado, estando atualmente restrita a Serra da Cantareira e Mantiqueira (Willis & Oniki, 2003 apud SCHUNK, 2015). Justificativa: Ausência de registros documentados para o PESM, principalmente nos Núcleos Padre Dória, Picinguaba e Itutinga-Pilões. l) Tolmomyias flaviventris Espécie citada no Plano de Manejo como dados de literatura, porém não foram encontradas referências bibliográficas com registros deste tiranídeo em São Paulo. Willis & Oniki (2003 apud SCHUNK, 2015) citam esta espécie apenas como “extralimite” e Silveira & Uezu (2011 apud SCHUNK, 2015) informam que seu limite geográfico é o Sul do Rio de Janeiro e que não existem registros documentados para São Paulo. No levantamento de campo realizado no PESM por Ambiens (2013 apud SCHUNK, 2015), esta espécie é citada para os Núcleos Cunha, Caraguatatuba, São Sebastião, Bertioga, Itutinga-Pilões e Curucutu, porém pela falta de documentação apresentada, estes registros foram desconsiderados. Na base de dados do site wikiaves, esta espécie ainda não foi registrada em São Paulo. Justificativa: Ausência de registros documentados para o estado de São Paulo. m) Myiarchus tuberculifer Espécie citada no Plano de Manejo como dados de literatura, provavelmente do trabalho original dos pesquisadores Höfling & Lencioni-Neto (1992 apud SCHUNK, 2015), que é a única fonte que cita esta espécie para São Paulo. Willis & Oniki (2003 apud SCHUNK, 2015) e Silveira & Uezu (2011 apud SCHUNK, 2015) não citam esta espécie para o estado. Na base de dados do site wikiaves, esta espécie ainda não foi registrada em São Paulo. Justificativa: Falta de registros documentados para o estado de São Paulo. n) Dendroica striata Espécie citada no Plano de Manejo como dados de literatura, provavelmente do livro do Willis (Willis & Oniki, 2003 apud SCHUNK, 2015), que cita a presença deste migrante em Ubatuba (cantando até 14/06/1976) e Bertioga. Justificativa: Ausência de registros documentados desta espécie para o PESM. 398 4.1.2. Justificativas para uso dos dados online Uso dos dados da base digital wikiaves (www.wikiaves.com.br) e xeno-canto (www.xenocanto.org). Os registros disponíveis nestas bases digitais online foram usados como fonte secundária e complementar para caracterizar a avifauna do PESM e de seus respectivos Núcleos, sendo que apenas os registros confiáveis foram considerados, muitas vezes sobe a consulta ao próprio autor do registro em questão. 399 Anexo 5 – Pesquisas acadêmicas realizadas nos Núcleos 1. Núcleo Caraguatatuba Processo Título (Português) Beneficiário 14/07853-1 Análise de Uso Público do Parque estadual Serra do Mar - Núcleo: Caraguatatuba 400 Danielle Almeida de Carvalho Instituição Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus Experimental do Litoral Paulista Pesquisador responsável Davis Gruber Sansolo Linha de fomento Bolsas no Brasil Iniciação Científica Grande área do conhecimento Ciências Humanas Início 01/06/2014 Término Pesquisador responsável no exterior 31/05/2015 As áreas de preservação sofrem pressões do território, e o Parque Estadual da Serra do Mar (PESM) núcleo Caraguatatuba encontra-se em meio a um contexto territorial complexo. No plano de manejo do PESM, o programa de uso público visa levar a conscientização ambiental aos visitantes do parque, através do sub-programa de visitação e turismo sustentável e educação ambiental. A ampliação da malha urbana da cidade de Caraguatatuba que ocorre desde a década de 1950, continua levando ao adensamento da população na zona urbana e a verticalização do município. Atualmente, o contexto regional da cidade inclui a instalação de projetos e usinas da Petrobras, trazendo maior complexidade nas relações sociais, econômicas e ambientais em Caraguatatuba. O projeto visa analisar se o programa de uso público do PESM núcleo Caraguatatuba abrange a complexidade territorial a fim de conscientizar os visitantes com conteúdos amplos que integrem a ecodinâmica e território. (AU) 14/00648-3 Estudo sobre impactos causados pelos cães domésticos Universidade de semidomiciliados São Paulo (USP). presentes na área de Mata Gislene Fátima da Faculdade de Atlântica do município de Silva Rocha Medicina Caraguatatuba e a Fournier Veterinária e correlação entre a Zootecnia (FMVZ) variabilidade genética dos carrapatos dos cães e do ambiente silvestre Ricardo Augusto Dias Bolsas no Brasil Doutorado Ciências da Saúde Muito tem se falado do impacto causado pela atividade antrópica. Porém, pouco se sabe a respeito dos impactos que animais domésticos, que invadem os ambientes florestais juntamente com os humanos, têm causado frente à fauna silvestre. O estreitamento entre a relação de animais domésticos e animais silvestres pode, além de propiciar o aumento da competição por habitat selvagens e antropizados, resultar em transmissão de doenças de um grupo para o outro. Cães domésticos têm sido observados em áreas florestadas do Parque Estadual Serra do Mar - Núcleo Caraguatatuba. Ainda não se sabe qual o verdadeiro papel destes animais na epidemiologia de zoonoses e parasitismo por carrapatos de animais silvestres. Este estudo propõe a coleta sistemática de exemplares de carrapatos da espécie A. ovale em cães e em 01/06/2014 30/04/2017 pequenos mamíferos capturados em seis transectos, abrangendo desde áreas degradadas até áreas bem preservadas do Parque Estadual da Serra do Mar - Núcleo Caraguatatuba. Os exemplares de carrapatos coletados serão submetidos individualmente a um ensaio de fluxo gênico pela avaliação de marcadores repetitivos do DNA genômico conhecidos como microssatélites e a PCR convencional para diagnóstico de hemoparasitas patogênicos das famílias Rickettsiaceae; Anaplasmataceae e Babesiidae. Os resultados serão analisados, comparados e sobrepostos com dados coletados por rádios transmissores que serão colocados nos cães que vivem no entorno do parque e que tem livre acesso à mata. Os tamanhos das infrapopulações de carrapatos serão comparados também com características da vegetação e uso 401 do solo nos referidos locais. Esperase desvendar quais são os reais impactos causados pelos cães na vida silvestre e se estes são mais abrangentes que o comprovado pelas pesquisas atuais. Os cães domésticos podem estar tomando o lugar dos predadores não só por suas ações de caça como também por participarem diretamente no aumento e manutenção do ciclo epidemiológico de diversos ectoparasitas transmissores de patógenos (AU) 13/04398-9 Efeito da deposição atmosférica na ecofisiologia do uso de nitrogênio em espécies arbóreas da Floresta Ombrófila Densa, Caraguatatuba, SP 402 Janaina Gomes da Silva Secretaria do Meio Ambiente (São Marcos Pereira Paulo - Estado). Marinho Aidar Instituto de Botânica Bolsas no Brasil Doutorado Ciências Biológicas A deposição de nitrogênio (N) gerada por emissões de origem antropogênica promove a entrada novo de nitrogênio reativo e pode provocar mudanças significativas no ciclo N e na biodiversidade nos ecossistemas. A severidade dos impactos da deposição atmosférica N depende de inúmeros fatores e uma forma de entender quais são os efeitos gerados é através de estudos empíricos tendo como foco o estudo de características estruturais ou funcionais de um ecossistema que podem ser afetadas por alterações na acidificação e eutrofização geradas pela deposição de N. Apesar 01/06/2013 29/02/2016 de uma vasta literatura sobre os impactos da deposição de nitrogênio nos ecossistemas terrestres, há pouca informação em relação às regiões tropicais. Para os próximos anos há previsões de aumento na deposição de N em diversos ecossistemas, entre eles a Mata Atlântica. Na Mata Atlântica foi possível estabelecer que as espécies apresentam um continnum de estratégias do uso de N de acordo com as estratégias de regeneração (Pioneira, Secundária inicial e Secundária tardia). Esse modelo de uso de N poderá se tornar uma ferramenta para a avaliação dos efeitos potenciais causados pelo aumento da deposição de nitrogênio, já que as características e estratégias de uso do nitrogênio preconizadas pelo modelo são diretamente influenciadas pela sua disponibilidade no ambiente e pelas preferências das espécies. O presente projeto tem como objetivos principais: Caracterizar a ocorrência de deposição atmosférica de N na área de estudos; e definir um protocolo de avaliação do impacto da deposição atmosférica com base no modelo de uso de N em espécies arbóreas na área de Floresta Ombrófila Submontana do Parque Estadual da Serra do Mar, núcleo de Caraguatatuba, SP. (AU) 12/51509-8 Composição florística, estrutura e dinâmica do funcionamento da Floresta Ombrófila Densa Atlântica dos núcleos Carlos Alfredo Caraguatatuba, Cunha, Joly Picinguaba e Santa Virgínia, do Parque estadual da Serra do Mar (PelD) Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB) Carlos Alfredo Joly Auxílio à Pesquisa Programa BIOTA Regular Ciências Biológicas 01/12/2013 31/05/2017 403 07/04073-1 Ligando paisagem a moléculas: análise genética das populações de anta (Tapirus terrestris) na Mata Atlântica de São Paulo 404 Alexandra Sanches Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB) Mauro Galetti Rodrigues Bolsas no Brasil - PósDoutorado Ciências Biológicas As populações de mamíferos, especialmente as espécies de médio e grande porte, vêm sofrendo significativas reduções, como resultado da caça, perdas de habitat e fragmentação induzida pelo desenvolvimento econômico humano. A disrupção de ambientes contínuos (fragmentação, rodovias e áreas agrícolas) pode ter sérias conseqüências no fluxo gênico das espécies de mamíferos. A anta (Tapirus terrestris) é um dos mamíferos de grande porte mais visados para a caça e vem sofrendo drástica redução populacional mesmo em florestas contínuas da Mata Atlântica. Em São Paulo, duas grandes áreas devem conter as maiores populações desse megaherbívoro, a Serra do Mar e a Serra de Paranapiacaba. Esse projeto propõe a análise genética não-invasiva com marcadores microssatélites utilizando amostras 01/05/2008 30/04/2012 fecais da anta desses dois corredores: o Corredor da Serra do Mar (Núcleos Santa Virgínia, Cunha, Picinguaba e Caraguatatuba) e o da Serra de Paranapiacaba (Parque Estadual do Alto do Ribeira, PE Intervales, PE Carlos Botelho e PE Jacupiranga) e áreas de ligação entre esses corredores (PE Jurupará e EE Jureia-Itatins). Este estudo complementa parte do projeto "Trophic cascades in a defaunated landscape: the Atlantic rainforest perspective" submetido ao programa BIOTA da FAPESP e com os resultados obtidos, pretende-se auxiliar nas estimativas de número mínimo populacional e diversidade genética dessas populações, além de mapear os indivíduos através das áreas e verificar o padrão de movimentação e fluxo gênico desse importante megaherbívoro. Os dados genéticos serão complementados com dados de paisagem, buscando relacionar os efeitos da estrutura da paisagem sobre a distribuição e movimento desses animais. O presente projeto já foi iniciado com a prospecção dos marcadores microssatélites. De 67.064 pb seqüenciados foram identificados 18 microsatélites entre mono, di e tetranucleotídeos, dos quais foi possível desenhar primers para 16. Está sendo iniciada a caracterização dos loci isolados quanto ao polimorfismo. Esta investigação genética pode fornecer informações valiosíssimas, pois não existe informação a respeito da diversidade genética desses organismos que exercem a importante função como dispersores de sementes, mas que são considerados vulneráveis e sofrem uma enorme pressão de caça. Estudos sobre biologia, ecologia e monitoramento da variabilidade genética das populações de antas são de extrema importância, pois toda informação científica tem um papel estratégico não somente no manejo e conservação das espécies, como também na sustentabilidade do ecossistema estudado. (AU) 2. Núcleo Cunha Processo Título (Português) Beneficiário Instituição Pesquisador responsável Linha de fomento Grande área do conhecimento Início Término Convênio/Acor do de cooperação com a FAPESP Pesquisador responsável no exterior 405 12/51509-8 07/04073-1 406 Composição florística, estrutura e dinâmica do funcionamento da Floresta Ombrófila Densa Atlântica dos Carlos Alfredo núcleos Joly Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e Santa Virgínia, do Parque estadual da Serra do Mar (PelD) Ligando paisagem a moléculas: análise genética das Alexandra populações de anta Sanches (Tapirus terrestris) na Mata Atlântica de São Paulo Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB) Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB) Carlos Alfredo Joly Mauro Galetti Rodrigues Auxílio à Pesquisa Programa BIOTA Regular Bolsas no Brasil - PósDoutorado Ciências Biológicas Ciências Biológicas 01/12/2013 01/05/2008 31/05/2017 30/04/2012 As populações de mamíferos, especialmente as espécies de médio e grande porte, vêm sofrendo significativas reduções, como resultado da caça, perdas de habitat e fragmentação induzida pelo desenvolvimento econômico humano. A disrupção de ambientes contínuos (fragmentação, rodovias e áreas agrícolas) pode ter sérias conseqüências no fluxo gênico das espécies de mamíferos. A anta (Tapirus terrestris) é um dos mamíferos de grande porte mais visados para a caça e vem sofrendo drástica redução populacional mesmo em florestas contínuas da Mata Atlântica. Em São Paulo, duas grandes áreas devem conter as maiores populações desse megaherbívoro, a Serra do Mar e a Serra de Paranapiacaba. Esse projeto propõe a análise genética não-invasiva com marcadores microssatélites utilizando amostras fecais da anta desses dois corredores: o Corredor da Serra do Mar (Núcleos Santa Virgínia, Cunha, Picinguaba e Caraguatatuba) e o da Serra de Paranapiacaba (Parque Estadual do Alto do Ribeira, PE Intervales, PE Carlos Botelho e PE Jacupiranga) e áreas de ligação entre esses corredores (PE Jurupará e EE Jureia-Itatins). Este estudo complementa parte do projeto "Trophic cascades in a defaunated landscape: the Atlantic rainforest perspective" submetido ao programa BIOTA da FAPESP e com os resultados obtidos, pretende-se auxiliar nas estimativas de número mínimo populacional e diversidade genética dessas populações, além de mapear os indivíduos através das áreas e verificar o padrão de movimentação e fluxo gênico desse importante megaherbívoro. Os dados genéticos serão complementados com dados de paisagem, buscando relacionar os efeitos da estrutura da paisagem sobre a distribuição e movimento desses animais. O presente projeto já foi iniciado com a prospecção dos marcadores microssatélites. De 67.064 pb seqüenciados foram identificados 18 microsatélites entre mono, di e tetranucleotídeos, dos quais foi possível desenhar primers para 16. Está sendo iniciada a caracterização dos loci isolados quanto ao polimorfismo. Esta investigação genética pode fornecer informações valiosíssimas, pois não existe informação a respeito da diversidade genética desses organismos que exercem a importante função como dispersores de sementes, mas que são considerados vulneráveis e sofrem uma enorme pressão de caça. Estudos sobre biologia, ecologia e monitoramento da variabilidade genética das populações de antas são de 407 extrema importância, pois toda informação científica tem um papel estratégico não somente no manejo e conservação das espécies, como também na sustentabilidade do ecossistema estudado. (AU) 00/12405-5 97/11798-9 408 Dieta de alguns mamíferos da ordem Carnivora na Floresta Atlântica do núcleo Santa Virgínia e núcleo Cunha, Parque Estadual da Serra, SP Estudo das anomalias apresentadas no balanço hídrico de duas microbacias monitoradas no Parque Estadual da Serra do Mar, núcleo Cunha - SP Renato Matos Marques Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB) Carlos de Assis Dias Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) Nivar Gobbi Bolsas no Brasil Iniciação Científica Ciências Biológicas 01/02/2001 31/12/2001 Antonio Carlos Colangelo Bolsas no Brasil Iniciação Científica Ciências Exatas e da Terra 01/03/1998 31/12/1999 2 7 3. Núcleo Curucutu Título (Português) Reconstrução da paleovegetação e do paleoclima em regiões do litoral Sul do Estado de São Paulo (Parque Estadual da Serra do Mar - Núcleo de Curucutu e Ilha do Cardoso) no Quaternário tardio Climate changes and vegetation dynamics during the late pleistocene in the Parque Estadual da Serra do mar-nucleo curucutu, São Paulo State, southeastern Brazil, inferred from pollen and carbon.. Beneficiário Instituição Pesquisador Linha de responsável fomento Grande área do conhecimento Início Término Luiz Carlos Ruiz Pessenda Universidade de São Paulo (USP). Luiz Carlos Centro de Ruiz Energia Pessenda Nuclear na Agricultura (CENA) Auxílio à Pesquisa - Regular Ciências Exatas e da Terra 01/09/2005 31/08/2008 Luiz Carlos Ruiz Pessenda Universidade de São Paulo (USP). Luiz Carlos Centro de Ruiz Energia Pessenda Nuclear na Agricultura (CENA) Auxílio à Ciências Pesquisa Exatas e da - Reunião Terra - Exterior 03/04/2006 07/04/2006 Convênio/Acordo de cooperação Pesquisador responsável no exterior com a FAPESP 409 2 Estudo multi/interdisciplinar de reconstrução da vegetação e clima na região do Parque Milene Estadual da Serra do Mofatto mar-nucleo curucutu, São Paulo, SP no quaternário tardio Universidade de São Paulo (USP). Luiz Carlos Centro de Ruiz Energia Pessenda Nuclear na Agricultura (CENA) 3 Reconstrução da vegetação no Parque Mariah Izar Estadual da Serra do Francisquini Mar - Núcleo Correia Curucutu, desde o Holoceno Médio Universidade de São Paulo (USP). Luiz Carlos Centro de Ruiz Energia Pessenda Nuclear na Agricultura (CENA) 2 Parâmetros geomorfológicos na determinação da fragilidade ambiental no Núcleo Curucutu do Parque Estadual da Serra do Mar Universidade Estadual Paulista (UNESP). Iandara Campus de Alves Rio Claro. Mendes Instituto de Geociências e Ciências Exatas (IGCE) 410 Silvia Maria Bellato Nogueira Bolsas no Ciências Brasil Exatas e da Mestrado Terra Bolsas no Brasil Iniciação Científica Ciências Exatas e da Terra Bolsas no Ciências Brasil Exatas e da Mestrado Terra 01/08/2003 31/07/2005 Este estudo será desenvolvido numa Reserva Florestal do Parque Estadual da Serra do Mar, no núcleo de Curucutu, São Paulo, SP, com o objetivo principal de estudar a dinâmica dos processos de expansão e regressão dos campos e florestas desde o Pleistoceno tardio, em áreas do ecótono campo - floresta natural. Para isso serão empregados os isótopos do carbono (C-12, C-13 e C-14) da matéria orgânica do solo e das plantas. Para otimizar-se as interpretações paleoambientais e reforçar-se as inferências paleoclimáticas, pretende-se associar a análise antracológica aos fragmentos de carvão que possam ser encontrados soterrados no solo e caracterizar o conteúdo polínico de uma pequena turfeira. Com essa interação de técnicas e pesquisadores pretende-se também colaborar nos estudos de reconstrução das trocas vegetacionais e climáticas ocorridas durante o Pleistoceno tardio e Holoceno na região sudeste do Brasil. (AU) 01/06/2007 31/12/2008 Esta pesquisa está inserida no projeto "Reconstrução da vegetação e clima desde o Holoceno médio no Brasil", em preparação no Laboratório de C-14 do CENA, além de ser uma extensão do Mestrado de Mofatto M., 2005, que envolveu as mudanças ambientais dos últimos 30.000 anos na região do Núcleo de Curucutu. O objetivo desta Iniciação Científica é o de avaliar as mudanças paleoambientais ocorridas a partir de ~ 6000-5000 anos em alta resolução, através de trocas da vegetação ocorridas a cada ~300 anos. Serão feitas análises isotópicas de carbono (12C, 13C e 14C) e palinológicas do material coletado em uma turfeira, na Reserva Florestal do Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Curucutu, São Paulo, SP. Pretende-se reconstituir as variações ambientais que ocorreram na região com resolução de centenas de anos e verificar suas relações e influências com o clima e vegetação atual. Outro objetivo é que a candidata entenda e aplique as técnicas utilizadas neste tipo de trabalho, bem como aprenda a analisar e interpretar os dados, associando-os com variações climáticas. (AU) 01/08/1998 31/07/2000 A partir da metodologia Ecodinâmica proposta per TRICART (1977), será avaliada a fragilidade dos terrenos e sua capacidade de suporte à visitação pública, de forma a estabelecer um diagnóstico físico-ambiental de núcleo Curucutu (do Parque Estadual da Serra do Mar, em São Paulo). Tal procedimento servirá não só para avaliar as condições das trilhas já implantadas, como sugerir locais mais propícios a implantação de novas trilhas. A análise será apresentada na forma de uma coleção cartográfica digital, indicando na forma de um zoneamento ambiental, as áreas aptas à visitação pública. (AU) 4. Núcleo Itutinga Pilões Processo Título (Português) O contexto territorial e ambiental no 13/20035- Programa de Uso 3 Público do Parque Estadual da Serra do Mar Instituição Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus Experimental do Litoral Paulista Pesquisador responsável Davis Gruber Sansolo Linha de fomento Auxílio à Pesquisa Regular Grande área do conhecimento Ciências Humanas Início Término 01/04/2014 31/03/2016 Convênio/Acordo de cooperação com a Resumo (Português) FAPESP O Parque Estadual da Serra do Mar, localizado nas bordas do planalto atlântico, ocupa a região costeira do Estado de São Paulo. É hoje a maior unidade de conservação contínua do Estado que protege a Mata Atlântica e seus ecossistemas associados. Está inserido em um contexto territorial de extrema complexidade. Em seu território estão presentes diversas infraestruturas de transporte rodoviário, de transmissão de energia, dutos de transporte de hidrocarbonetos e frentes de expansão urbanas que representam macro vetores de pressão sobre o meio ambiente. Soma-se a esses vetores o turismo, a caça e a extração de palmito. Esse projeto de pesquisa pretende analisar como o contexto territorial em questão está contemplado no Programa de Uso Público do Parque Estadual da Serra do Mar. Pretende-se analisar o Programa de Uso Público ao longo da história de implantação e gestão do Parque, destacando a situação atual, por meio da análise dos conteúdos presentes nos materiais impressos, nos discursos dos monitores ambientais, nos materiais e estruturas expostas no interior do Parque, bem como a percepção dos usuários do Parque em três de seus nove Núcleos Administrativos: Itutinga-Pilões, Caraguatatuba e Picinguaba. Dessa forma pretende-se contribuir com futuros projetos de conservação do PESM, fornecendo subsídios ao planejamento do Uso Público do Parque e de planejamento e gestão governamental com vistas à melhoria das condições socioambientais dos municípios do litoral paulista e propor uma metodologia de avaliação da eficiência de projetos de conservação de UCs no que tange ao Uso Público dessas áreas protegidas. (AU) 411 5. Núcleo Picinguaba Processo Título (Português) Composição florística, estrutura e funcionamento da 03/12595Floresta Ombrofila 7 Densa dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque 412 Beneficiário Instituição Carlos Alfredo Joly Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB) Pesquisador responsável Pesquisadores Linha de principais fomento Grande área do conhecimento Carlos Alfredo Joly Luiz Antonio Martinelli, Marlies Sazima, Reinaldo Monteiro Ciências Biológicas Auxílio à Pesquisa Programa BIOTA Temático Conv ênio/ Acord o de coop Início Término eraçã Resumo (Português) o com a FAPE SP O objetivo deste projeto é determinar quais são as características intrínsecas realmente relevantes para compreendermos o papel de cada espécie/grupo funcional na determinação da composição florística, da estrutura e do funcionamento das distintas fisionomias da Floresta Ombrófila Densa da região nordeste do Estado de São Paulo: Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar. Simultaneamente, com os dados de funcionamento 01/06/2005 30/11/2010 desse ecossistema, poderemos determinar o papel, como fonte de emissão ou sumidouro de CO2, da Floresta Ombrófila Densa do Domínio Atlântico na variabilidade climática interanual e nos cenários de mudanças climáticas globais. Estes dados permitirão a comparação com os resultados que vêm sendo obtidos pelo Projeto LBS (Large Scale Biosphere-Atmosphere Experiment in Amazônia) na Floresta Ombrófila Densa da Bacia Amazônica. (AU) Comunidade de aves Alex 13/24929como indicadora da Augusto de 9 qualidade florestal Abreu Bovo Universidade de São Paulo (USP). Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ) Katia Maria Paschoaletto Micchi de Barros Ferraz Bolsas no Brasil Mestrado Ciências Biológicas 01/03/2014 31/07/2015 Fragmentation and loss of habitat have caused major impacts on biodiversity. Along this factors, changes in the composition of the food chain also interfere with the dynamics of ecosystems, causing loss of species and ecological functions. The aim of this study is to functionally characterize bird assemblages in forest remnants embedded in matrix and anthropic areas inserted in a continuous Atlantic Forest vegetation. For this, we used data collected through points into eight fragments located in the Rio Corumbataí and three areas of continuous forest of the Serra do Mar - Serra de Paranapiacaba (Carlos Botelho State Park and the Serra do Mar State Park - Picinguaba and Santa Virginia) , and secondary data . To characterize these areas will be used to functional diversity (FD) for the assemblage of birds, which takes into account specific peculiarities, enabling a more detailed analysis of these assemblages . A theoretical framework from secondary data substantiate the search for patterns of changes in the composition of assemblies according to the degree of degradation / defaunation of this fragments. It is hoped that this proposal to identify functional changes in the assemblies, as well as crossing this information with landscape metrics in order to identify which characteristics influence the functional composition of birds in agricultural landscapes. These findings may help to develop strategies for biodiversity conservation. (AU) 413 Etnoecologia do mar e da terra na costa 01/05263- paulista da Mata Alpina 2 Atlântica: áreas de Begossi pesca e uso de recursos naturais Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Coordenadoria de Centros e Núcleos Alpina Disciplinares Begossi (COCEN). Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (NEPAM) Auxílio à Pesquisa Programa BIOTA Temático Ciências Biológicas 01/03/2003 28/02/2007 Ciclagem de carbono, nitrogênio e enxofre na serapilheira em 08/57174- Floresta Ombrófila 2 Densa sob diferentes altitudes no Parque Estadual da Serra do Mar, no Estado de São Paulo Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) Auxílio à Pesquisa Regular Ciências Biológicas 01/10/2009 30/09/2011 414 Plínio Barbosa de Camargo Plínio Barbosa de Camargo O objetivo geral do presente estudo é continuar o levantamento sobre o uso dos recursos naturais por habitantes da costa paulista da Mata Atlântica, em particular, pescadores artesanais caiçaras. Visamos continuar o mapeamento das áreas usadas na pesca artesanal, bem como analisar a flora e o pescado utilizados para diversos fins (consumo e medicina, por exemplo). Visamos ainda incluir estudos etnoecológicos, enfocando o conhecimento local sobre habitat, alimentação e nomenclatura do pescado. Escolhemos três áreas representativas da costa paulista, relevantes sobre o aspecto de manejo e conservação dos recursos naturais, bem como complementares às áreas estudadas em projetos anteriores: região próxima a Bertioga (sul), Ilhabela (centro) e Ubatuba (PicinguabaPuruba, norte). Ou seja, estas três manchas ou spots serão estudos de caso visando a busca de padrões gerais na interação caiçaras-recursos naturais para a situação costeira de São Paulo. Os resultados esperados incluem, além de publicações em periódicos científicos, dois livros: um sobre etnoictiologia e outro sobre etnobotânica da costa paulista. (AU) O Parque Estadual da Serra do Mar, devido a sua grande amplitude altitudinal, abriga fisionomias variadas da Floresta Ombrófila Densa ou Mata Atlântica. Devido à escassez de informações sobre a estrutura e o funcionamento da Floresta Ombrófila Densa Atlântica ao longo de um gradiente de altitudes, este trabalho tem como objetivo avaliar a contribuição do estoque de C, N e S na serapilheira acumulada sobre o solo na distribuição dessas fisionomias. Este projeto de pesquisa trará informações importantes ao Projeto BIOTA "Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa dos Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar" (processo FAPESP n° 03/12595-7), como também o conhecimento da dinâmica dos principais elementos na serapilheira, da Mata Atlântica. Áreas com diferentes altitudes foram selecionadas para a realização deste estudo, como: Mata de Restinga (5 a 20 m), Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas (50 a 100 m), Floresta Ombrófila Densa Submontana (300 a 600 m) e Floresta Ombrófila Densa Montana (ao redor de 1.000 m). As coletas da serapilheira acumulada sobre a superfície do solo serão realizadas uma vez ao mês perfazendo um período de 12 meses, sendo feito o acompanhamento da massa depositada e à caracterização química das mesmas (teores de carbono, nitrogênio e enxofre), em todas as áreas de estudo nas quatro fisionomias. Os dados dos estoques e teores dos elementos citados serão relacionados aos dados de solos das áreas das diferentes altitudes (processo FAPESP n° 07/52482-8). (AU) 415 Fenologia de espécies de Floresta Atlântica do Estado de São Paulo: 06/61759comparação entre 0 estratos, influência de borda natural e importância da família Myrtaceae 416 Leonor Patricia Cerdeira Morellato Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB) Leonor Patricia Cerdeira Morellato Auxílio à Pesquisa Regular Ciências Biológicas 01/08/2007 30/06/2010 Os estudos fenológicos são importantes para a compreensão da dinâmica dos ecossistemas florestais e da reprodução das plantas e regeneração, além de terem grande importância ecológica pois permitem estabelecer a época em que os recursos (como folhas, flores, frutos e sementes) estão disponíveis aos animais na comunidade. Poucos estudos fenológicos abordam a comparação entre tipos de vegetação e estratos ou o efeito de borda em florestas tropicais, em particular na floresta atlântica, ou avaliam a importância da fenologia de famílias mais representativas, como Myrtaceae, entre diferentes tipos de vegetação atlântica. A família Myrtaceae é uma das mais importantes na floresta atlântica, porém, sabemos pouco dos mecanismos regulatórios dos ritmos periódicos de crescimento e de reprodução de suas espécies neste bioma tão complexo e ameaçado. O objetivo geral deste estudo será avaliar a fenologia reprodutiva e vegetativa de espécies de floresta pluvial atlântica, com três objetivos principais. (A) Entender a variação na fenologia reprodutiva e vegetativa de espécies de floresta atlântica de encosta entre estratos e entre o interior da floresta e a borda natural formada pelo rio da Fazenda, desenvolvido no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Picinguaba, nordeste do estado de São Paulo; (B) entender como varia a fenologia e a fhigivoria de espécies de Myrtaceae em três tipologias de floresta atlântica (duna, restinga e planície) no Parque Estadual da Ilha do Cardoso, sudeste do estado de São Paulo; e (C) comparar os padrões fenológicos de Myrtaceae nas duas áreas procurando entender como varia a fenologia da família Myrtaceae na floresta atlântica. O projeto busca responder às seguintes questões específicas: No Núcleo Picinguaba: 1) O padrão fenológico difere entre espécies do subbosque e dossel? 2) A fenologia nos estratos está relacionada aos fatores climáticos? 3) O padrão fenológico das espécies difere entre a borda natural e o interior da floresta? e 4) Para avaliar o efeito de borda, não só na perspectiva da comunidade, serão desenvolvidos estudos de caso com espécies préselecionadas respondendo à questão: a produção de flores e frutos, a freqüência de polinização e o sucesso reprodutivo difere entre a borda e o interior da floresta? - na Ilha do Cardoso: 5) A floração e frutificação variam nas espécies de Myrtaceae entre os diferentes tipos de vegetação? 6) A fenologia está relacionada a fatores climáticos ou pode ser resultado de limitações filogenéticas? 7) A frutificação ocorre de forma seqüencial ou agrupada nas espécies estudadas e pode ser relacionada aos agentes dispersores? 8) O tamanho do fruto está relacionado ao tempo total necessário para o seu desenvolvimento, influenciando dessa forma a frutificação? 9) Avaliar as predições da hipótese filogenética para os padrões de floração e frutificação das espécies de Myrtaceae ocorrentes em floresta atlântica do sudeste do Brasil, onde o clima parece não impor restrições ao comportamento fenológico das espécies. As fenofases botão, antese, fruto imaturo e maduro, brotamento e queda de folhas estão sendo acompanhadas mensalmente (dois anos de observações). Núcleo Picinguaba: em uma área da floresta de encosta foram demarcados 15 transectos de 60 m de comprimento por 5 m de largura, sendo oito no interior da floresta e sete nas margens do rio da Fazenda (representando a borda da floresta), sendo amostrados todos os indivíduos adultos. A partir do segundo ano de observações fenológicas, será feita a contagem total de flores e frutos, para estimar a produção total, e serão realizados os estudos de caso, em que serão comparados os visitantes florais, os sistemas reprodutivos e o sucesso reprodutivo de espécies selecionadas na borda e interior da floresta. Ilha do Cardoso: em cada ambiente foram demarcadas 10 transecções de 25 metros de comprimento e 2 metros de largura. Essas transecções estão distantes 10 metros da trilha de pesquisa (pré-existente) e seguem em direção ao interior da mata (perpendicularmente à trilha). O critério de inclusão das plantas varia entre os ambientes devido às suas características da vegetação. Em ambas as áreas a fenologia reprodutiva e vegetativa está sendo avaliada mensalmente em cada indivíduo através do método do percentual de intensidade de Fournier (1974). A correlação de Spearman será aplicada para testar a relação da fenologia com os fatores climáticos. A sazonalidade das fenofases será testada por meio da análise estatística circular, em que os padrões sazonais serão comparados entre a borda e o interior da floresta e também entre os estratos. O teste de Mann-Whitney verificará se há diferença na produção de flores e frutos na comunidade entre os estratos e borda e interior da floresta. (AU) 417 Ciclagem de carbono, nitrogênio e nutrientes de solo 07/52482- em Floresta 8 Ombrófila Densa do Parque Estadual da Serra do Mar, no estado de São Paulo A comunidade de plantas esfingófilas da floresta 05/01354- ombrófila densa do 4 Núcleo Picinguaba: composição, fenologia e biologia da polinização 418 Marisa de Cassia Piccolo Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) Marisa de Cassia Piccolo Auxílio à Pesquisa Regular Ciências Biológicas 01/08/2007 31/01/2010 Marlies Sazima Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB) Marlies Sazima Auxílio à Pesquisa Regular Ciências Biológicas 01/09/2005 31/10/2007 A Mata Atlântica originalmente ocupava uma área de 1,3 milhão de quilômetros quadrados, sendo que apenas cerca de 7,6% de sua extensão original não foi modificada. Ainda podem ser encontradas manchas da floresta na Serra do Mar e na Serra da Mantiqueira, no Sudeste do Brasil. Devido à escassez de informações sobre a estrutura e o funcionamento da floresta ombrófila densa atlântica ao longo de um gradiente longitudinal, este projeto de pesquisa tem como objetivo o acompanhamento da dinâmica do C, N e demais nutrientes nos solos das áreas de mata de restinga (5 a 20m de altitude), floresta ombrófila densa das terras baixas (50 a 100m), floresta ombrófila densa submontana (300 a 600m de altitude) e floresta ombrófila densa montana (ao redor de 1.000m de altitude). O estudo será realizado no núcleo de Santa Virgínia e de Picinguaba (23° 17' a 23° 24' S e 45° 03' a 45° 11' O) com a caracterização do solo por meio da classificação pedológica, análises químicas e físicas, estoques dos elementos e variação isotópica de C (13C/12C) e de N (15N/14N). (AU) As características reprodutivas de comunidades vegetais são importantes para o entendimento da sua dinâmica. Neste contexto, diversos grupos funcionais relacionados a diferentes síndromes de polinização podem ser distinguidos. A guilda de espécies esfingófilas, isto é, as plantas polinizadas por esfingídeos, será avaliada no presente estudo em uma área de Mata Atlântica do sudeste do Brasil. O estudo abordará três aspectos principais: 1) composição de espécies esfingófilas e sua importância na comunidade, 2) fenologia reprodutiva e sua sincronia nas diferentes espécies, visando avaliar a distribuição temporal de recursos florais aos polinizadores e 3) biologia da polinização das espécieschave desta guilda. Além disso, correlações entre os parâmetros da morfologia floral destas espécies e dimensões dos aparatos bucais (probóscides) dos esfingídeos serão feitas no intuito de avaliar possíveis tendências à especificidade ou generalização na relação planta-polinizador. Outro fator a ser considerado é o sucesso reprodutivo de algumas espécies estritamente esfingófilas em relação ao tamanho da rede de interações na qual estão inseridas. Isto poderá ser avaliado através do número de esfingídeos incidentes na época da floração e as espécies vegetais que compartilham os polinizadores, informação baseada no número de tipos polínicos retirados das probóscides dos esfingídeos. Tendo em vista a escassez de informações sobre espécies esfingófilas, este estudo é fundamental para o entendimento da estrutura e organização desta comunidade vegetal. (AU) Processos hidrológicos e transporte de nitrogênio em 06/55136bacias com 0 cobertura de floresta e pasto no litoral norte do Estado de São Paulo Jorge Marcos de Moraes Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) Jorge Marcos de Moraes Auxílio à Pesquisa Regular Ciências Biológicas 01/10/2006 30/09/2010 A Mata Atlântica é um ecossistema reconhecidamente ameaçado e hoje é considerada como um dos biomas prioritários para execução de políticas de conservação. Sua área florestal, reduzida atualmente a menos de 8% de sua cobertura original, necessita atenção especial em termos de compreensão do seu funcionamento como subsídio para sua melhor conservação. Apesar do crescente interesse nos estudos ambientais nessa região, os processos hidrológicos e biogeoquúnicos são pouco estudados em todas as escalas, incluindo mudanças da cobertura vegetal de floresta para pasto, muito comum nessa região. A presente proposta tem o objetivo de realizar um estudo integrado da hidrologia e da dinâmica do nitrogênio, em duas bacias pareadas, uma com cobertura florestal e outra com cobertura de pastagem. O estudo será realizado em duas bacias a serem instrumentadas, a com cobertura florestal localizada no Parque Estadual da Serra do Mar, núcleo de Santa Virgínia e a com pastagem em região vizinha. O estudo é parte integrante do projeto temático "Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa dos Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar" (processo FAPESP: 03/12595-7). (AU) 419 Forrageamento ótimo: pesca e dieta 92/01390- em comunidades de 9 pescadores da região de Ubatuba II parte Estudos fenológicos em Floresta 93/03604Atlântica, Núcleo 9 Picinguaba, Ubatuba, SP 420 Alpina Begossi Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Coordenadoria de Centros e Núcleos Alpina Disciplinares Begossi (COCEN). Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (NEPAM) Auxílio à Pesquisa Regular Ciências Biológicas 01/10/1992 30/09/1993 Leonor Patricia Cerdeira Morellato Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB) Auxílio à Pesquisa Regular Ciências Biológicas 01/02/1994 30/04/1996 Leonor Patricia Cerdeira Morellato Modelos de ecologia evolutiva, como os modelos de forrageamento ótimo, têm sido úteis para analisar hábitos alimentares e a procura de alimento de populações humanas. Pequenas comunidades pesqueiras apresentam vantagens para estudo, já que grande parte da proteína animal é obtida no local. Este estudo faz parte de um projeto mais geral sobre comunidades de pescadores do litoral sudeste do Brasil, e a região de estudos inclui as comunidades de Puruba e Picinguaba, além da Ilha da Vitória, situadas na região de Ubatuba (SP). O trabalho foi iniciado em 1991, quando foram entrevistados 230 moradores da região. Os objetivos incluem estudar as estratégias de pesca (tecnologia, locais de pesca e espécies de peixes) e os hábitos alimentares (peixes consumidos e evitados) das comunidades. Em visitas bimestrais, serão coletados dados sobre viagens de pesca (nos pontos de desembarque) e sobre a dieta das famílias, em particular da praia do Puruba. Os resultados serão comparados aos obtidos em outras comunidades de pescadores. (AU) Este projeto visa estudar a fenologia de espécie arbórea em uma área de floresta atlântica (Parque Estadual da Serra do Mar/ Núcleo Picinguaba, Ubatuba SP), comparar as variações no comportamento fenológico das espécies em diferentes subtipos de vegetação atlântica e fazer uma revisão dos padrões/fenológicos das florestas rio Sudeste do Brasil. Durante o projeto também será iniciada a formação de um banco de dados fenológicos para espécies arbóreas de floresta atlântica do estado de São Paulo. (AU) Ecologia do tiêsangue, Ramphocelus bresilius Miguel 93/04286(aves:thraupidae),no Petrere 0 Parque Estadual da Junior Serra do Mar, Núcleo Picinguaba, ubatuba,sp Universidade Estadual Paulista Miguel (UNESP). Petrere Campus de Rio Junior Claro. Instituto de Biociências (IB) Auxílio à Pesquisa Regular Ciências Biológicas 01/05/1994 29/02/1996 O tié-sangue é uma ave endêmica de um dos ecossistemas mais ameaçados do mundo, o Complexo da Mata Atlântica. Já foi considerado como espécie ameaçada de extinção, mas como pouco se sabe acerca do tamanho e da estrutura de sua população, seu verdadeiro status permanece desconhecido. Assim, o presente trabalho tem como objetivos: estimar o tamanho da população de na área; verificar como se caracteriza a sua população em função de sua distribuição etária e proporção sexual; verificar se a população realiza movimentos sazonais; determinar o território e/ou área de vida da espécie; verificar como se estruturam os grupos coespecíficos e se há alguma variação sazonal na sua estrutura; determinar qual a freqüência de participação de R bresilius em bandos mistos, com que espécies comumente se associa e com que freqüência. Além disso, pretende-se também fornecer dados complementares sobre a alimentação e reprodução da espécie, principalmente quanto aos itens alimentares consumidos e estratégias de captura e a duração de seu período reprodutivo. O trabalho será realizado numa área da Planície Litorânea da Praia da Fazenda, Núcleo Picinguaba, Parque Estadual da Serra do Mar. Serão demarcadas trilhas de 50 em 50m em uma área entre a praia e a Rodovia Rio-Santos (ao longo de uma extensão de aproximadamente 800m), em que se pode perceber claramente o gradiente de vegetação (desde vegetação da beira da praia até a mata alta). Estas trilhas são perpendiculares a estrada de acesso a praia, possuem uma extensão de 400m e serão marcadas de 50 em 50m. Este sistema de trilhas facilitará o monitoramento da população da área, através de censos visuais e observações regulares, permitindo também o mapeamento do território e área de vida da espécie. As aves serão capturadas (redes-deneblina) e marcadas com anilhas metálicas e coloridas de modo que possam ser acompanhadas a distância. Inicialmente será realizado um anilhamento intensivo da população. Capturas complementares para anilhamentos regulares e para auxilio da determinação do sexo e idade poderão ser realizados. (AU) 421 Uso de recursos por comunidade de caiçaras da Mata 94/06258- Atlântica: 7 etnobiologia, modelos de subsistência e territorialidade Levantamento taxonômico e distribuição ecológica de 08/10740Trentepohliales 3 (Ulvophyceae, Chlorophyta) em diferentes biomas brasileiros 422 Alpina Begossi Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Coordenadoria de Centros e Núcleos Alpina Disciplinares Begossi (COCEN). Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (NEPAM) Auxílio à Pesquisa Regular Ciências Biológicas 01/06/1995 31/05/1997 Luis Henrique Zanini Branco Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de São José do Rio Preto. Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (IBILCE) Auxílio à Pesquisa Regular Ciências Biológicas 01/06/2009 31/05/2012 Luis Henrique Zanini Branco Este estudo representa a continuação de pesquisas realizadas sobre caiçaras da Mata Atlântica, na área de ecologia humana, iniciadas em 1986. Os objetivos são entender e analisar, usando conceitos e modelos de ecologia, o uso de recursos naturais por caiçaras. Atenção especial é dada à etnoictiologia e etnobotânica. Modelos, como forrageamento ótimo, são usados para analisar dieta e pesca, e territorialidade para analisar divisão de áreas de pesca. Serão estudadas as comunidades da Ilha dos Búzios, Praia do Bonete, Puruba, Almada, Ubatumirim, Picinguaba e Cambori (Lit. Norte de S.P.) e Aventureiro (Ilha Grande, R.J.). A metodologia incluirá entrevistas, coleta de material botânico e marinho, bem como observações sistemáticas sobre dieta e pesca. (AU) Os membros da ordem Trentepohliales são estritamente terrestres, crescendo em solo, rochas, troncos, folhas, frutos, folhas e vários tipos de construções artificiais. A ordem consiste de uma única família, Trentepohliaceae, e o número de gêneros é ainda conflitante entre os autores, alguns considerando a família com cinco gêneros (Trentpohlia, Printzina, Phycopeltis, Cephaleuros e Stomatochroon) e outros com seis (incluindo Physolinum, além dos gêneros citados). Esse grupo de algas de verdes é o mais abundantes em ambientes terrestres e está entre os menos conhecidos e estudados, principalmente em regiões tropicais. Devido a sua morfologia relativamente simples, as Trentepohliales formam um grupo taxonomicamente difícil, e sua grande plasticidade morfológica está relacionada a fatores ambientais, tornando confusa a distinção de espécies e gêneros. O presente estudo pretende contribuir com o conhecimento taxonômico do grupo, através do levantamento florístico em cinco biomas brasileiros: Cerrado (Parque Nacional da Serra da Canastra e Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros) e Floresta Ombrófila Densa (Parque Estadual da Serra do Mar/Núcleo Picinguaba e Parque Nacional de Itatiaia), Floresta Ombrófila Mista (Parque Estadual de Campos do Jordão) e Restinga (Parque Estadual da Serra do Mar/Núcleo Picinguaba), além de fragmentos de Floresta Estacional Semidecidual, presentes na região noroeste do estado de São Paulo. Objetiva-se, adicionalmente ao levantamento taxonômico, a ampliação geográfica do registro das espécies e caracterização ecológica do habitat onde se desenvolvem. O material a ser coletado será utilizado para detalhamento da taxonomia interna do grupo, com a aplicação de estudos moleculares, além dos morfológicos clássicos. Os crescimentos de Trentepohliales serão procurados visualmente ao longo da maior área possível no interior de cada bioma considerando-se a viabilidade de execução do trabalho e coletados qualitativamente em troncos, folhas e pedras. Nos locais de coleta serão também tomados dados físicos e químicos para a caracterização do microhabitats das espécies. Este projeto conta com a participação de uma estudante de doutorado e de especialistas mundiais na taxonomia do grupo. (AU) O papel das leguminosas na ciclagem de nutrientes em florestas ombrófilas 11/50384- densas de terras Luiz Antonio 4 baixas e montana Martinelli situadas nos núcleos de Picinguaba e Santa Virginia do Parque Estadual da Serra do Mar Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) Luiz Antonio Martinelli Auxílio à Pesquisa Programa BIOTA Regular Ciências Biológicas 01/06/2011 30/11/2013 A Floresta Tropical Atlântica ocorre ao longo do litoral brasileiro e, em função de sua extensão e variações nas condições microclimáticas e edáficas, é caracterizada por possuir uma elevada diversidade, seja em termos de estrutura ou de composição florística. Dentre as diversas famílias botânicas presentes neste ecossistema, a família Leguminosas apresenta grande importância, tanto pela sua abundância e ampla distribuição, como por desempenhar um papel importante no ciclo do nitrogênio (N) terrestre, fato este provavelmente relacionado a uma maior capacidade de assimilação de N por estas espécies, sejam elas noduladoras ou não. Levantamentos realizados em diferentes fonmações vegetais da Floresta Tropical Atlântica ao longo de um gradiente attitudinal indicam diferenças significativas na disponibilidade de N nos solos em diferentes altitudes, sugerindo funcionamento distinto quanto a dinâmica do N e funcionamento do ecossistema como um todo. Desta forma, o objetivo deste trabalho será investigar o papel das leguminosas potencialmente fixadoras de nitrogênio em florestas tropicais com condições diversas quanto ao ciclo do N. Em um dos sítios (Floresta Atlântica Ombrófila Montana), apesar dos altos 423 conteúdos de N no solo, os fluxos para a atmosfera e pelo deflúvio sâo baixos. Por outro lado, na Floresta Atlântica Ombrófila de Terras Baixas, apesar dos menores conteúdos de N no solo, os fluxos para a atmosfera e pelo deflúvio sâo maiores. Para se atingir esse objetivo serão determinados os conteúdos de N, carbono (C), fósforo (P) e cálcio (Ca), além da composição isotópica do N e do C, nas folhas, troncos e serapilheira das leguminosas pertencentes à família das Fabaceaes em uma parcela situada na floresta Montana e em duas parcelas situadas na floresta de Terras Baixas. (AU) Ciclagem de nitrogênio e fluxo de Janaina 06/60185- gases em floresta Braga do 0 tropical de Mata Carmo Atlântica do estado de São Paulo 424 Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) Janaina Braga do Carmo Auxílio à Pesquisa Programa Primeiros Projetos Ciências Biológicas Diante da grande importância, produtividade e extensão da Mata Atlântica, o presente estudo apresenta como objetivo principal investigar se as perdas de nitrogênio (N) pela emissão de gases é um componente importante no ciclo do N na mata Atlântica e se há uma variação nesses fluxos em relação as diferentes altitudes e verificar como outros parâmetros que regulam estes fluxos (taxas de mineralização e nitrificação no solo, qualidade da liteira e sua produção, umidade e produção de raízes) interferem e se correlacionam com a dinâmica do N nas diferentes altitudes. Este objetivo CNPq foi estabelecido visando dar suporte ao projeto temático "Mudanças de uso da Terra e Composição Progr Florística, estrutura e funcionamento da Floresta ama 01/05/2007 30/04/2008 Ombrófila Densa dos núcleos Picinguaba e santa Virgínia Prime do parque Estadual da serra do Mar". As coletas de iros amostras de solo para a análise de Nitrogênio mineral Projet serão realizadas mensalmente assim como as amostras os de liteira. A coleta de gases do solo será realizada no período seco e chuvoso, juntamente com a coleta das raízes do solo. A amostragem contemplará todas as faciações da Floresta Ombrófila Densa sendo elas: Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas; Floresta Ombrófila Densa Submontana; Floresta Ombrófila Densa Montana e Floresta Ombrófila Densa Altimontana. O projeto em questão espera responder como é o ciclo do N neste ecossistema e como isto se reflete na sua formação bem como estimar a magnitude das perdas de N na forma gasosa. (AU) 05/533904 05/542671 04/143540 08/573149 Efito da saturação hídrica no solo na taxa de assimilação de CO2 de Calophyllum brasiliense Camb. (Clusiaceae) Fenologia de espécies de Floresta Atlântica, Núcleo Picinguaba, Parque Estadual da Serra do Mar, Estado de São Paulo: comparação entre estratos e influência de borda natural A comunidade de plantas esfingófilas da Floresta Ombrófila Densa do Núcleo Picinguaba: composição, fenologia e biologia da polinização Variação sazonal no incremento diamétrico de indivíduos arbóreos em uma Floresta de Restinga do Parque Estadual da Serra do Mar - SP, Núcleo Picinguaba Formas inorgânicas de nitrogênio em 06/53412- diferentes áreas de 0 floresta tropical de Mata Atlântica do Estado de São Paulo Viviane Camila de Oliveira Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB) Carlos Alfredo Joly Bolsas no Brasil Mestrado Ciências Biológicas 01/08/2005 28/02/2007 Eliana Gressler Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB) Leonor Patricia Cerdeira Morellato Bolsas no Brasil Doutorado Ciências Biológicas 01/11/2005 31/10/2009 Rubem Samuel de Avila Jr. Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB) Marlies Sazima Bolsas no Brasil Doutorado Ciências Biológicas 01/06/2005 31/05/2008 Fernanda Fischer Ballione Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) Luiz Antonio Martinelli Bolsas no Brasil Iniciação Científica Ciências Biológicas 01/12/2008 31/12/2009 Luiz Antonio Martinelli Bolsas no Brasil Iniciação Científica Ciências Biológicas 01/10/2006 30/09/2007 Luiz Antonio Martinelli Bolsas no Brasil - PósDoutorado Ciências Biológicas 01/01/2006 04/06/2008 Grasiele Fernanda Bueno Ciclagem de nitrogênio e fluxo de Janaina 05/56837- gases em floresta Braga do 0 tropical de Mata Carmo Atlântica do estado de São Paulo Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) 425 Composição florística, estrutura e dinâmica do funcionamento da Floresta Ombrófila 12/51509- Densa Atlântica dos 8 núcleos Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e Santa Virgínia, do Parque estadual da Serra do Mar (PelD) 426 Carlos Alfredo Joly Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB) Carlos Alfredo Joly Auxílio à Pesquisa Programa BIOTA Regular Ciências Biológicas 01/12/2013 31/05/2017 Composição florística, estrutura e dinâmica do funcionamento da Floresta Ombrófila Densa Atlântica dos Núcleos Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e Santa Virginia, do Parque Estadual da Serra do Mar, São Paulo, Brasil. Nome do Sítio PELD: Gradiente Funcional da Floresta Ombrófila Densa Atlântica SIGLA DO SÍTIO (quatro letras no máximo): FGAF (Functional Gradient of Atlantic Forest) O projeto de criar o sitio PELD – Gradiente Funcional da Floresta Ombrófila Densa Atlântica, abrangendo áreas de Mata Atlântica dos Núcleos Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e Santa Virginia do Parque Estadual da Serra do Mar, visa consolidar a infra-estrutura e as linhas de pesquisa implantadas na região através dos Programas BIOTA e Mudanças Climáticas da FAPESP. O objetivo é responder às seguintes perguntas: a) na transição da região tropical para a região subtropical a topografia e a face de exposição da vertente são componentes mais importantes do que a altitude na composição florística do estrato arbóreo da Floresta Ombrófila Densa Atlântica? b) a Floresta Ombrófila Densa Atlântica é um sumidouro ou uma fonte de emissão de CO2? c) De que forma varia o tempo de residência do carbono na vegetação e no solo ao longo de um gradiente altitudinal de FODA, e como este parâmetro é afetado pelas mudanças climáticas globais? d) a deposição de compostos nitrogenados oriundos da Unidade de Tratamento de Gás implantada pela PETROBRAS em Caraguatatuba, afeta de forma diferenciada o crescimento de espécies arbóreas, de forma a médio e longo prazo alterar a composição florística da Floresta Ombrófila Densa Atlântica na área de influência da UTGCA? E) Dados de dinâmica populacional, tais como de taxas de crescimento anuais e fenologfa, em diferentes altitudes na FOD Atlântica, permitiriam determinar formas de manejo do fruto do Euterpe edulis Mart. (Arecaceae), como forma de aumentar a renda de populações no entorno de Unidades de Conservação? O sitio de pesquisa está localizado em 4 Núcleos do Parque Estadual da Serra do Mar? Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e Santa Virginia. A vertente Picinguaba-Santa Virgínia-Cunha se justifica pela necessidade de cobrirmos todas as fitofisionomias que compõem a Floresta Ombrófila Densa Atlântica: Floresta de Restinga (Picinguaba)? Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas (Picinguaba)? Floresta Ombrófila Densa Submontana (Picinguaba)? Floresta Ombrófila Densa Montana (Santa Virgínia) e Floresta Ombrófila Densa Alto Montana (Cunha). A inclusão das áreas no Núcleo Caraguatatuba se justifica peio objetivo de monitorar, a médio e longo prazo, os possíveis impactos da UTGCA na Floresta Ombrófila Densa Atlântica. Considerando que o projeto se desenvolverá sobre uma base de conhecimento acumulada nos últimos 10 anos, nos próximos 4 anos será possível alcançarmos os seguintes objetivos: a) na questão relacionada à biodiversidade, estrutura e dinâmica do componente arbóreo da Floresta Ombrófila Densa Arbórea será possível determinar quais os principais fatores abióticos que determinam o limite de ocorrência das espécies. Desta forma será possível rever a classificação de Veloso et al (1991), adaptando-a para um recorte regional; b) na questão relacionada ao papel de FODA como sumidouro ou fonte de emissão de CO2, teremos uma série temporal de 5 anos contínuos de medição, o suficiente para determinação de tendências valores do balanço líquido; c) na questão relacionada ao tempo de residência do carbono na vegetação e solo teremos uma linha de base estabelecida de forma a médio prazo podermos determinar as tendências e os valores, complementando o item acima; d) na questão relacionada ao impacto da deposição de compostos oriundos da Unidade de Tratamento de Gás implantada pela PETROBRAS em Caraguatatuba, além da linha de base já poderemos indicar tendências; e) Na questão relacionada ao manejo do fruto de Euterpe edulis Mart. (Arecaceae), integrando nossos dados aos já existentes e/ou que estão sendo gerados por outros projetos na região, estaremos em condições de determinar cotas de coleta de frutos em cada fitofisionomia da FODA. METODOLOGIA 1) Parcelas Permanentes & Florística e Fitossociologia No estudo do componente florístico fitossociológico serão utilizadas as 18 Parcelas Permanentes já instaladas na região, prevendo-se a instalação de xx novas parcelas para inclusão de parcelas nas cotas 1.200 e 1.500 m bem como de parcelas onde a floresta está em regeneração e o histórico de perturbação seja conhecido. A implantação das Parcelas Permanentes, plaqueamento, mapeamento e medição de indivíduos com DAP ≥ 4,8 cm, segue o protocolo RAINFOR adaptado por Joly et al (2012). 2) Balanço do CO2 A Torre Micrometeorológica de Fluxo, que estuda as interações floresta-atmosfera no que tange a trocas de CO2 e água, foi implantada no Núcleo Santa Virgínia/PESM entre 2007 e 2008, pelo Projeto Temático BIOTA Gradiente Funcional. O sítio experimental está estabelecido na microbacia do Ribeirão Casa de Pedra (RCP), com área de ~2,5 km2, 427 altitude de 900 a 1000 m, definida entre 23º17' a 23º24'S, e 4Sº03' a 45º11' W. 3) Tempo de Residência do carbono Medições da dinâmica de madeira em parcelas permanentes serão usadas para estimar o tempo de residência de C no compartimento chamado de Madeira Morta, ou ?coarse wood debris - CWD?. Amostragem de tronco e raízes das árvores serão utilizadas para análise radiocarbônica da celulose. A quantificação da produção anual de raízes finas será feita através de coletores com diâmetro de 14cm e profundidade de 30cm. O conteúdo de radiocarbono na serapilheira, nas raízes mortas e na matéria orgânica do solo será usado para determinar o tempo de residência do carbono nestes compartimentos do ecossistema. Finalmente, o teor de 14C no CO2 respirado da superfície do solo e em incubações será usado para estimar a idade média de carbono respirado do ecossistema. 4? Impactos da deposição de compostos nitrogenados da UTGCA Serão utilizados amostradores passivos para deposição de N via NO2, HNO3, NH4, e mostradores ativos (aerossóis) para NO3- e NH4+. Alterações no solo serão monitoradas com coletas e análises químicas sistemáticas a cada 6 meses. Serão selecionadas espécies arbóreas que ocorram tanto nas proximidades da UTGCA (Núcleo Caraguatatuba) como fora de sua área de influência (Núcleo Picinguaba) para o acompanhamento de possíveis alterações no metabolismo do nitrogênio. O Crescimento de indivíduos destas espécies nas duas áreas, controle e sob impacto da UTGCA, será acompanhado com bandas dendrométricas para o monitoramento de possíveis alterações nas taxas de crescimento. Através de equações o incremento no diâmetro poderá ser transformado em carbono, e a comparação entre as áreas permitirá determinar se o incremento de nitrogênio no solo, por deposição dos compostos emitidos pela UTGCA, altera a taxa de fixação de carbono. 5? Manejo sustentável do fruto de Euterpe edulis Mart. (Arecaeae) Atualmente o principal Produto Florestal Não Madeireiro da Floresta Ombrófila Densa Atlântica é o palmito da palmeira juçara (Euterpe edulis Mart.), cuja extração provoca a morte da palmeira e causa sérias alterações ambientais. No entanto, esta palmeira oferece outro recurso econômico de grande valor e de menor impacto ambiental, que é a polpa do fruto, similar em aparência e valor nutricional ao açaí extraído da espécie amazônica, o Euterpe oleracea Mart. O Plano de Manejo do Núcleo Picinguaba do PESM define áreas com possibilidade de usos especiais, 428 denominadas Zonas Histórico-Culturais Antropológicas (ZHCA), devido à presença das comunidades tradicionais. A exploração do fruto de juçara já vem acontecendo em ZHCA no entorno do Núcleo Picinguaba, em áreas de florestas de terras baixas e submontana desde 2005 e em Zonas de Amortecimento no entorno do Núcleo Santa Virginia. O objetivo deste subprojeto é gerar, através de censos anuais e estudos fenológicos um conjunto de dados sólidos que permitam a determinação de cotas de extração de frutos que contribuam com a renda das populações tradicionais, sem afetar a regeneração e manutenção da população da espécie. (AU) 429 Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Coordenadoria de Centros e Núcleos Eliane Disciplinares Simoes (COCEN). Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (NEPAM) Auxílio à Pesquisa Publicações científicas Livros no Brasil Interdisciplinar 01/11/2012 31/07/2014 Fábio Frattini Marchetti Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB) Maria Christina de Mello Amorozo Bolsas no Brasil Iniciação Científica Ciências Biológicas 01/08/2008 30/11/2009 Marcos Augusto da Silva Scaranello Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) Plínio Barbosa de Camargo Bolsas no Brasil Iniciação Científica Ciências Biológicas 01/07/2007 31/12/2007 Bianca Netto Rodrigues Universidade de Taubaté (UNITAU). Instituto Básico de Biociências (IBB) Simey Thury Vieira Fisch Bolsas no Brasil Iniciação Científica Ciências Biológicas 01/03/2009 31/12/2010 O dilema das decisões sobre populações humanas em 12/50466Eliane parques:jogo 3 Simoes compartilhado entre técnicos e residentes no Núcleo Picinguaba Alternativas de subsistência da comunidade caicara/quilombola 08/53648- do sertão da 0 fazenda, no Núcleo Picinguaba do Parque Estadual da Serra do Mar, Ubatuba-SP Métodos de estimativa de altura e sua contribuição na determinação da 07/02947- biomassa arbórea 4 em um gradiente topográfico localizado no Parque Estadual da Serra do Mar, SP Análise morfológica e cromossômica de duas populações da palmeira clonal 08/09350- Geonoma elegans 6 Mart. em diferentes altitudes no Núcleo Picinguaba, Parque Estadual da Serra do Mar - SP 430 Dinâmica do carbono e nitrogênio do solo Lucas de 10/09146sob restinga na Ilha Camargo 0 do Cardoso e Núcleo Reis Picinguaba no Estado de São Paulo Caracterização química do solo em 07/50561- Floresta Ombrófila 8 Densa do Parque Estadual da Serra do Mar Padrões e diversidade de tipos funcionais em floresta ombrófila 05/59168densa dos núcleos 1 Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar Estrutura genética e 09/03676- variação altitudinal 0 em uma espécie da Mata Atlântica Etnoictiologia em 03/04154- Picinguaba e 0 Ilhabela, litoral de São Paulo Carla Alberoni Rosada Enio Egon Sosinski Junior Rafael Flora Ramos Rodrigo Vieira Lima Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB) Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB) Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Coordenadoria de Centros e Núcleos Disciplinares (COCEN). Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (NEPAM) Plínio Barbosa de Camargo Bolsas no Brasil Iniciação Científica Ciências Biológicas 01/08/2010 31/07/2012 Marisa de Cassia Piccolo Bolsas no Brasil Iniciação Científica Ciências Biológicas 01/04/2007 31/12/2007 Carlos Alfredo Joly Bolsas no Brasil - PósDoutorado Ciências Biológicas 01/04/2006 31/03/2009 Vera Nisaka Solferini Bolsas no Brasil Mestrado Ciências Biológicas 01/08/2009 28/02/2011 Alpina Begossi Bolsas no Brasil Programa Ciências Capacitação Biológicas Treinamento Técnico 01/06/2003 31/01/2004 431 Análise citogenética em algumas espécies de opiliões (Opiliones Laniatores, Gonyleptidae) da 01/12454Mata Atlântica 9 (Parque Estadual da Serra do Mar, núcleo de Picinguaba, Ubatuba, SP, Alto da Serra.. Estudo do balanço hídrico e balanço biogeoquímico de nitrogênio em uma 06/59536microbacia com 3 plantação florestal de eucalipto no litoral norte do Estado de São Paulo Caracterização hidrológica e dinâmica do nitrogênio na 06/51488- microbacia do 0 ribeirão do Ipiranga, do Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Santa Virgínia Rosângela Martins de Oliveira Universidade Estadual Paulista (UNESP). Doralice Campus de Rio Maria Cella Claro. Instituto de Biociências (IB) Bolsas no Brasil Iniciação Científica Ciências Biológicas 01/01/2002 31/12/2002 Rodrigo Trevisan Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) Jorge Marcos de Moraes Bolsas no Brasil Mestrado Ciências Biológicas 01/03/2007 28/02/2009 Juliano Daniel Groppo Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) Luiz Antonio Martinelli Bolsas no Brasil Doutorado Ciências Biológicas 01/07/2006 30/06/2010 Mariana Cruz Rodrigues de Campos Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB) Carlos Alfredo Joly Bolsas no Brasil Mestrado Ciências Biológicas 01/09/2006 31/01/2008 Estudo do balanço hídrico e balanço biogeoquímico de nitrogênio em uma 06/54292Luiz Felippe microbacia de 9 Salemi primeira ordem com cobertura de pastagem no litoral norte do Estado de Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) Luiz Antonio Martinelli Bolsas no Brasil Mestrado Ciências Biológicas 01/09/2006 31/08/2008 Florística e estrutura da comunidade arbórea da Floresta 06/52519Ombrófila Densa 6 Submontana do Núcleo Picinguaga PESM, Ubatuba, SP 432 São Paulo 08/083442 08/083465 99/069027 00/000112 Fenologia de espécies de Floresta Atlântica do Estado de São Paulo: comparação entre estratos, influência de borda natural e importância da família Myrtaceae Fenologia de espécies de Floresta Atlântica do Estado de São Paulo: comparação entre estratos, influência de borda natural e importância da família Myrtaceae Mapeamento das áreas suscetíveis a prática agroecológica no Núcleo Picinguaba (Parque Estadual da Serra do Mar), através do geoprocessamento como subsídio a atividades econômicas sustentáveis Ecologia da polinização de duas espécies de bromélias de Mata Atlântica no Estado de São Paulo Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB) Leonor Patricia Cerdeira Morellato Bolsas no Brasil Programa Ciências Capacitação Biológicas Treinamento Técnico 01/09/2008 30/06/2009 Leonor Patricia Cerdeira Morellato Bolsas no Brasil Programa Ciências Capacitação Biológicas Treinamento Técnico 01/09/2008 28/02/2010 Luciene Cristina Risso Universidade Estadual Paulista (UNESP). Marcos Campus de Rio César Claro. Centro Ferreira de Estudos Ambientais (CEA) Bolsas no Brasil Mestrado Ciências Biológicas 01/11/1999 31/10/2001 Maria Bernadete Ferreira Canela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB) Bolsas no Brasil Mestrado Ciências Biológicas 01/04/2000 28/02/2002 Claudio Bernardo Universidade Estadual Paulista Vanessa (UNESP). Graziele Campus de Rio Staggemeier Claro. Instituto de Biociências (IB) Marlies Sazima 433 Fenologia de vegetação de duna da praia da fazenda, 96/08000Parque Estadual da 2 Serra do Mar, Núcleo Picinguaba, Ubatuba, SP Eliane Cristina Romera Morfo-anatomia de espécies de Marantaceae do 96/06757Núcleo Picinguaba, 9 Parque Estadual da Serra do Mar Ubatuba - SP Vera Lis Cruz Rodrigues Uliana 97/115921 10/514945 94/033870 07/572840 Proposta de um plano de educação ambiental com ênfase na questão dos resíduos sólidos, para a comunidade caiçara do bairro de camburi, localizado no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Picinguaba.. Biologia reprodutiva e polinização de espécies de Melastomataceae em duas áreas de gradiente altitudinal no Sudeste do Brasil Ecologia do tiêsangue Ramphocelus bresilius (aves, Thraupidae) no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Picinguaba, Ubatuba, SP Estoque de Madeira Morta ao longo de um gradiente altitudinal de Mata Atlântica no Nordeste do Estado 434 Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB) Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB) Leonor Patricia Cerdeira Morellato Bolsas no Brasil Mestrado Ciências Biológicas 01/02/1997 31/01/1999 Vera Lucia Scatena Bolsas no Brasil Mestrado Ciências Biológicas 01/11/1996 31/10/1998 Alexandra Marselha Siqueira Pitolli Universidade Estadual Paulista (UNESP). Luiz Marcelo Campus de Rio de Carvalho Claro. Instituto de Biociências (IB) Bolsas no Brasil Iniciação Científica Ciências Humanas 01/01/1998 31/12/1998 Vinicius Lourenço Garcia de Brito Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB) Bolsas no Brasil Doutorado Ciências Biológicas 01/10/2010 31/07/2014 Sáuria Lúcia Rocha de Castro Universidade Estadual Paulista Miguel (UNESP). Petrere Campus de Rio Junior Claro. Instituto de Biociências (IB) Bolsas no Brasil Mestrado Ciências Biológicas 01/04/1995 30/09/1995 Larissa Giorgeti Veiga Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB) Bolsas no Brasil Mestrado Ciências Biológicas 01/03/2008 28/02/2010 Marlies Sazima Carlos Alfredo Joly de São Paulo Modelagem da dinâmica do nitrogênio em uma micro-bacia com 08/52279cobertura florestal 0 no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Santa Virgínia Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila 06/57135Densa nos núcleos 1 Picinguaba e Santa Virgínia do Parque estadual da Serra do Mar Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila 06/57790- Densa dos núcleos 0 Picinguaba e Santa Virgínia do Parque estadual da Serra do Mar, Estado de São Paulo, Brasil Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila 06/60183- Densa dos núcleos 8 Picinguaba e Santa Virgínia do Parque estadual da Serra do Mar, Estado de São Paulo, Brasil Elizabethe de Campos Ravagnani Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) Luiz Antonio Martinelli Bolsas no Brasil Mestrado Ciências Biológicas 01/08/2008 31/03/2010 Jose Ataliba Mantelli Aboin Gomes Secretaria de Agricultura e Abastecimento (São Paulo Estado). Agência Carlos Paulista de Alfredo Joly Tecnologia dos Agronegócios (APTA). Instituto Agronômico (IAC) Bolsas no Brasil Programa Ciências Capacitação Biológicas Treinamento Técnico 01/10/2006 30/09/2008 Daiana Aparecida Correa Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) Luiz Antonio Martinelli Bolsas no Brasil Programa Ciências Capacitação Biológicas Treinamento Técnico 01/10/2006 31/07/2007 Simoni Cristiane Grilo Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) Luiz Antonio Martinelli Bolsas no Brasil Programa Ciências Capacitação Biológicas Treinamento Técnico 01/12/2006 30/11/2008 435 Ciclagem do fósforo em Floresta 09/15175- Ombrófila Densa 5 dos núcleos de Picinguaba e Santa Virginia -SP 6. Processo Denise Teresinha Gonçalves Bizuti Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) Marisa de Cassia Piccolo Bolsas no Brasil Mestrado Ciências Agrárias 01/03/2010 28/02/2011 Núcleo Santa Virgínia Título (Português) Beneficiário "Estrutura e diversidade da família Lauraceae Vitor de 11/15892- na Mata Atlântica Andrade 9 do Parque Kamimura Estadual da Serra do Mar, São Paulo, Brasil" 436 Instituição Pesquisador responsável Linha de fomento Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB) Bolsas no Marco Antonio Brasil de Assis Mestrado Grande área do conheciment o Ciências Biológicas Início Término 01/08/201 2 28/02/201 4 Convêni o/Acor do de cooper Resumo ação com a FAPESP The study of the floristic composition and phytosociological structure is an important tool for characterizing plant communities, and a proper analysis of patterns of distribution and richness of their species. In São Paulo withdrawals from the arboreal component of the Tropical Rain Forest were the targets of many jobs in the last decade. However, despite a large volume of data produced for training forestry, contained little more specific and detailed analysis of the contribution floristic and structural importance of its most significant families as Myrtaceae, Fabaceae, Rubiaceae and Lauraceae. Thus, this study fits into the context of a broader project to evaluate the floristic composition, structure and functioning of the dense rain forest of the Atlantic Composição florística, estrutura e funcionamento 03/12595- da Floresta 7 Ombrofila Densa dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Carlos Alfredo Joly Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB) Carlos Alfredo Joly Auxílio à Pesquisa Programa BIOTA Temático Ciências Biológicas 01/06/200 5 30/11/201 0 Picinguaba and Santa Virginia State Park of Serra do Mar (FAPESP / Biota 10/50811 -7 and 03/12595-7), has as main objective the analysis of the floristic composition and structure of the family Lauraceae an altitudinal gradient in the dense rain forest in São Paulo state. This will be compiled survey data from fifteen (15 hectares) made for the tree component of the State Park of Serra do Mar in different faces, considering the richness, diversity and structural importance of family in the community. It is intended to examine also the spatial distribution of its species, as well as the relations of floristic similarity of family over this altitudinal gradient by means of multivariate analysis. (AU) O objetivo deste projeto é determinar quais são as características intrínsecas realmente relevantes para compreendermos o papel de cada espécie/grupo funcional na determinação da composição florística, da estrutura e do funcionamento das distintas fisionomias da Floresta Ombrófila Densa da região nordeste do Estado de São Paulo: Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar. Simultaneamente, com os dados de funcionamento desse ecossistema, poderemos determinar o papel, como fonte de emissão ou sumidouro de CO2, da Floresta Ombrófila Densa do Domínio Atlântico na variabilidade climática 437 Comunidade de aves como 13/24929indicadora da 9 qualidade florestal 438 Alex Augusto de Abreu Bovo Universidade de São Paulo (USP). Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ) Katia Maria Paschoaletto Micchi de Barros Ferraz Bolsas no Brasil Mestrado Ciências Biológicas 01/03/201 4 31/07/201 5 interanual e nos cenários de mudanças climáticas globais. Estes dados permitirão a comparação com os resultados que vêm sendo obtidos pelo Projeto LBS (Large Scale BiosphereAtmosphere Experiment in Amazônia) na Floresta Ombrófila Densa da Bacia Amazônica. (AU) Fragmentation and loss of habitat have caused major impacts on biodiversity. Along this factors, changes in the composition of the food chain also interfere with the dynamics of ecosystems, causing loss of species and ecological functions. The aim of this study is to functionally characterize bird assemblages in forest remnants embedded in matrix and anthropic areas inserted in a continuous Atlantic Forest vegetation. For this, we used data collected through points into eight fragments located in the Rio Corumbataí and three areas of continuous forest of the Serra do Mar - Serra de Paranapiacaba (Carlos Botelho State Park and the Serra do Mar State Park - Picinguaba and Santa Virginia) , and secondary data . To characterize these areas will be used to functional diversity (FD) for the assemblage of birds, which takes into account specific peculiarities, enabling a more detailed analysis of these assemblages . A theoretical framework from secondary data substantiate the search for patterns of changes in the composition of assemblies Estudo da biomassa radicular em uma área de pastagem 12/03554- em regeneração Juliana 4 natural no Antonio Parque Estadual da Serra do MarNúcleo Santa Virgínia Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) Luiz Antonio Martinelli Bolsas no Brasil Iniciação Científica Ciências Biológicas 01/06/201 2 30/11/201 3 according to the degree of degradation / defaunation of this fragments. It is hoped that this proposal to identify functional changes in the assemblies, as well as crossing this information with landscape metrics in order to identify which characteristics influence the functional composition of birds in agricultural landscapes. These findings may help to develop strategies for biodiversity conservation. (AU) Considered one of the most diverse ecosystems on the planet, the Atlantic Forest is currently fragmented and reduced to only 8% of its original coverage. Some of the factors responsible for this degradation were the different Brazilian economic cycles, in which forest areas were cleared and used for several activities such as the establishment of pastures. Such disturbances can cause local changes in the biogeochemistry, limiting the recovery of natural forest and affecting both the vegetation above soil as the root system. The roots are important for the structure and function of forest ecosystems, participating on cycling, accumulation, and uptake of nutrients in the soil, and can be used as an important tool for understanding the processes of regeneration of degraded areas. Thus, this work aims to study possible variations in root biomass and characterize as the roots from plants of C4 or C3 cycles in a pasture area that is in natural 439 regeneration process, localized at Santa Virginia nucleus in Serra do Mar State Park. In order to do that, roots will be weighed and its mass values will be determined as well as the carbon isotope composition (d13C) using the technique of isotopic analysis. (AU) Ciclagem de carbono, nitrogênio e enxofre na serapilheira em Floresta 08/57174Ombrófila Densa 2 sob diferentes altitudes no Parque Estadual da Serra do Mar, no Estado de São Paulo 440 Plínio Barbosa de Camargo Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) Plínio Barbosa de Camargo Auxílio à Pesquisa Regular Ciências Biológicas 01/10/200 9 30/09/201 1 O Parque Estadual da Serra do Mar, devido a sua grande amplitude altitudinal, abriga fisionomias variadas da Floresta Ombrófila Densa ou Mata Atlântica. Devido à escassez de informações sobre a estrutura e o funcionamento da Floresta Ombrófila Densa Atlântica ao longo de um gradiente de altitudes, este trabalho tem como objetivo avaliar a contribuição do estoque de C, N e S na serapilheira acumulada sobre o solo na distribuição dessas fisionomias. Este projeto de pesquisa trará informações importantes ao Projeto BIOTA "Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa dos Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar" (processo FAPESP n° 03/12595-7), como também o conhecimento da dinâmica dos principais elementos na serapilheira, da Mata Atlântica. Áreas com diferentes altitudes foram selecionadas para a realização deste estudo, como: Mata de Restinga (5 a 20 m), Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas (50 a 100 m), Floresta Ombrófila Densa Submontana Ciclagem de carbono, nitrogênio e nutrientes de solo em Floresta 07/52482Ombrófila Densa 8 do Parque Estadual da Serra do Mar, no estado de São Paulo Marisa de Cassia Piccolo Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) Marisa de Cassia Piccolo Auxílio à Pesquisa Regular Ciências Biológicas 01/08/200 7 31/01/201 0 (300 a 600 m) e Floresta Ombrófila Densa Montana (ao redor de 1.000 m). As coletas da serapilheira acumulada sobre a superfície do solo serão realizadas uma vez ao mês perfazendo um período de 12 meses, sendo feito o acompanhamento da massa depositada e à caracterização química das mesmas (teores de carbono, nitrogênio e enxofre), em todas as áreas de estudo nas quatro fisionomias. Os dados dos estoques e teores dos elementos citados serão relacionados aos dados de solos das áreas das diferentes altitudes (processo FAPESP n° 07/52482-8). (AU) A Mata Atlântica originalmente ocupava uma área de 1,3 milhão de quilômetros quadrados, sendo que apenas cerca de 7,6% de sua extensão original não foi modificada. Ainda podem ser encontradas manchas da floresta na Serra do Mar e na Serra da Mantiqueira, no Sudeste do Brasil. Devido à escassez de informações sobre a estrutura e o funcionamento da floresta ombrófila densa atlântica ao longo de um gradiente longitudinal, este projeto de pesquisa tem como objetivo o acompanhamento da dinâmica do C, N e demais nutrientes nos solos das áreas de mata de restinga (5 a 20m de altitude), floresta ombrófila densa das terras baixas (50 a 100m), floresta ombrófila densa submontana (300 a 600m de altitude) e floresta ombrófila densa montana (ao redor de 1.000m de altitude). O estudo será realizado no 441 núcleo de Santa Virgínia e de Picinguaba (23° 17' a 23° 24' S e 45° 03' a 45° 11' O) com a caracterização do solo por meio da classificação pedológica, análises químicas e físicas, estoques dos elementos e variação isotópica de C (13C/12C) e de N (15N/14N). (AU) Distribuição da comunidade de palmeiras no gradiente 01/06023- altitudinal da 5 Floresta Atlântica na região Nordeste do estado de São Paulo 442 Simey Thury Vieira Fisch Universidade de Taubaté (UNITAU). Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação Simey Thury Vieira Fisch Auxílio à Pesquisa Programa BIOTA Regular Ciências Agrárias 01/04/200 2 31/03/200 5 Embora a Floresta Atlântica esteja melhor preservada em áreas montanhosas, as alterações que o gradiente altitudinal provoca na vegetação vêm sendo pouco enfocadas nos estudos realizados nesse bioma. A elevação tem sido apontada como responsável pelo declínio da diversidade de palmeiras e pela abundância de uma ou poucas espécies em altitudes intermediárias. Baseado nestas premissas, este projeto tem por objetivo principal correlacionar a ocorrência de palmeiras com o fator altitude na Floresta Atlântica do nordeste do Estado de São Paulo. Os estudos serão desenvolvidos nas Unidades de Conservação do Parque Estadual da Serra do Mar (Núcleo Picinguaba, Núcleo Santa Virgínia/Natividade da Serra e Estação Ecológica do Bananal), cujas formações florestais ocorrem em altitudes que variam de O a 1900 m. Nestes locais serão realizadas amostragens a cada 200 m de altitude (0 m - nível do mar, 200, 400, 600, 800, ~940, 1200, 1400 e ~1600 m). Serão feitas avaliações morfométricas, coletadas as palmeiras existentes e o meio físico de cada unidade amostral será caracterizado. O projeto contará com uma equipe multidisciplinar da Universidade de Taubaté (acadêmicos e professores) e com a colaboração de pesquisadores de Instituições de Pesquisa (Inst. Florestal (SP), Inst. de Botânica (SP), Museu Prof. Mello Leitão (ES), Inst. Jardim Botânico do Rio de Janeiro (RJ). (AU) Processos hidrológicos e transporte de nitrogênio em 06/55136- bacias com 0 cobertura de floresta e pasto no litoral norte do Estado de São Paulo Jorge Marcos de Moraes Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) Jorge Marcos de Moraes Auxílio à Pesquisa Regular Ciências Biológicas 01/10/200 6 30/09/201 0 A Mata Atlântica é um ecossistema reconhecidamente ameaçado e hoje é considerada como um dos biomas prioritários para execução de políticas de conservação. Sua área florestal, reduzida atualmente a menos de 8% de sua cobertura original, necessita atenção especial em termos de compreensão do seu funcionamento como subsídio para sua melhor conservação. Apesar do crescente interesse nos estudos ambientais nessa região, os processos hidrológicos e biogeoquúnicos são pouco estudados em todas as escalas, incluindo mudanças da cobertura vegetal de floresta para pasto, muito comum nessa região. A presente proposta tem o objetivo de realizar um estudo integrado da hidrologia e da dinâmica do nitrogênio, em duas bacias pareadas, uma com cobertura florestal e outra com cobertura de pastagem. O estudo será realizado em duas bacias a serem instrumentadas, a com cobertura florestal localizada no Parque Estadual da Serra 443 do Mar, núcleo de Santa Virgínia e a com pastagem em região vizinha. O estudo é parte integrante do projeto temático "Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa dos Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar" (processo FAPESP: 03/12595-7). (AU) Avaliação diagnóstica da vegetação no Núcleo Santa 92/04627Virgínia, como 0 subsídio a elaboração de modelos de reflorestamento Waldir Mantovani Biologia alimentar e reprodutiva da piratininga do sul, Brycon cf. Francisco 03/09052- opalinus (Cuvier, Manoel de 1 1819) e a Souza Braga diversidade de peixes no Núcleo Santa Virgínia, Parque Estadual da Serra do Mar 444 Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Biociências (IB) Waldir Mantovani Auxílio à Pesquisa Regular Ciências Biológicas 01/03/199 3 28/02/199 5 Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB) Francisco Manoel de Souza Braga Auxílio à Pesquisa Regular Ciências Biológicas 01/05/200 4 30/04/200 5 Este projeto visa realizar uma avaliação diagnóstica da vegetação no Núcleo Santa Virgínia, Parque Estadual da Serra do Mar, SP, através do método de parcelas. Será feita a caracterização das principais fitofisionomias que compõem a vegetação. As informações obtidas servirão de base para futuros estudos visando a obtenção de modelos de recomposição florestal e de subsídio à elaboração do plano de manejo desta unidade de conservação. (AU) A área de estudo abrange três rios (Paraibuna, Ipiranga e Grande) da bacia do Paraibuna no Núcleo Santa Virgínia/Natividade da Serra (Parque Estadual da Serra do Mar). Apesar das atividades de pesca e do turismo estes rios estão relativamente preservados com uma ictiofauna pouco conhecida. Uma das espécies endêmicas da área é a pirapitinga do sul, Brycon opalinus, gênero que se mostra suscetível a mudanças ambientais devido à ampla relação com a mata ribeirinha que disponibiliza frutos, sementes e insetos. Além disto, existe a dependência de alta qualidade da água e acesso às várzeas para a migração sazonal de reprodução. A dispersão de sementes pode ser muito freqüente para estes peixes, tendo então importância para a dinâmica das populações vegetais ribeirinhas. A determinação dos locais de reprodução, fecundidade e modo reprodutivo são muito importantes para o manejo da área e a conservação dessas espécies. A bacia do Paraibuna origina o rio Paraíba do Sul (confluência do rio Paraibuna e Paraitinga). Atualmente, este rio está muito alterado e suas populações íctiicas em declino. A piabanha, Brycon insignis, peixe antes comum em suas águas, hoje está praticamente extinta no Estado de São Paulo e muito rara em alguns afluentes no Estado do Rio de Janeiro. O objetivo é abordar a reprodução e a dieta alimentar da pirapitinga do sul (Brycon opalinus), assim como a diversidade de peixes. A reprodução e a. dieta alimentar serão caracterizadas sazonalmente e localmente, sendo possível determinar as áreas de maior intensidade reprodutiva, a fecundidade e o modo reprodutivo, assim como, determinar os itens alimentares e as relações tróficas com os ambientes aquáticos e terrestres. Na área do estudo serão determinados também os possíveis impactos causados pelas atividades turísticas nas populações de peixes, enfocando principalmente a pirapitinga do sul. (AU) 445 Composição florística e estrutura da Floresta Ombrófila Densa 10/50811- Atlântica dos 7 Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar, São Paulo, Brasil 446 Carlos Alfredo Joly Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB) Carlos Alfredo Joly Auxílio à Pesquisa Programa BIOTA Regular Ciências Biológicas 01/10/201 0 31/03/201 3 Os resultados obtidos pelo Projeto Temático BIOTA Gradiente Funcional (FAPESP 03/12595-7) evidenciaram a necessidade de um estudo florístico-fitossociológico em altitudes intermediárias entre a Floresta Ombrófila Densa Submontana e a Floresta Ombrófila Densa Montana dos Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do PESM, bem como a necessidade de ampliar o espectro fisionômoico incluindo a Floresta Ombrófila Densa Alto Montana. O objetivo deste Auxílio à Pesquisa é complementar estes dados de forma a permitir uma análise mais detalhada e completa das fisionomias da Floresta Ombrófila Densa Atlântica, visando determinar as adaptações necessárias ao sistema de classificação da vegetação proposto por Veloso et al. (1991). A composição florística e a estrutura da Floresta Ombrófila Densa Atlântica será estudada a 600, 800 e 1.200 metros de altitude, completando o gradiente previamente estudado (Joly et al. 2008). Para tanto serão utilizadas 4 parcelas independentes de 0,25 ha subdivididas em subparcelas contíguas de 10 x 10m, totalizando 1 ha por altitude. Desta forma cada parcela de 0,25 ha será tratada como replicata amostral, ampliando o rol de ferramentas estatísticas que poderão ser utilizadas para análise dos dados. Todos os indivíduos com DAP (diâmetro à altura O papel das leguminosas na ciclagem de nutrientes em florestas ombrófilas 11/50384- densas de terras 4 baixas e montana situadas nos núcleos de Picinguaba e Santa Virginia do Parque Estadual da Serra do Mar Luiz Antonio Martinelli Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) Luiz Antonio Martinelli Auxílio à Pesquisa Programa BIOTA Regular Ciências Biológicas 01/06/201 1 30/11/201 3 do peito) igual ou superior a 4,8 cm (PAP - perímetro à altura do peito ≥ 15,0 cm). Para os indivíduos perfilados serão incluídos aqueles que apresentarem pelo menos um dos perfilos dentro do critério de inclusão. A análise dos dados e a estimativa dos parâmetros fitossociológicos serão feitas através do programa FITOPAC, e análises mais refinadas serão feitas para comparação de todo gradiente altitudinal (de 0 Floresta de Restinga a 1.200 m - Floresta Ombrófila Densa Alto Montana). (AU) A Floresta Tropical Atlântica ocorre ao longo do litoral brasileiro e, em função de sua extensão e variações nas condições microclimáticas e edáficas, é caracterizada por possuir uma elevada diversidade, seja em termos de estrutura ou de composição florística. Dentre as diversas famílias botânicas presentes neste ecossistema, a família Leguminosas apresenta grande importância, tanto pela sua abundância e ampla distribuição, como por desempenhar um papel importante no ciclo do nitrogênio (N) terrestre, fato este provavelmente relacionado a uma maior capacidade de assimilação de N por estas espécies, sejam elas noduladoras ou não. Levantamentos realizados em diferentes fonmações vegetais da Floresta Tropical Atlântica ao longo de um gradiente attitudinal indicam diferenças significativas na 447 disponibilidade de N nos solos em diferentes altitudes, sugerindo funcionamento distinto quanto a dinâmica do N e funcionamento do ecossistema como um todo. Desta forma, o objetivo deste trabalho será investigar o papel das leguminosas potencialmente fixadoras de nitrogênio em florestas tropicais com condições diversas quanto ao ciclo do N. Em um dos sítios (Floresta Atlântica Ombrófila Montana), apesar dos altos conteúdos de N no solo, os fluxos para a atmosfera e pelo deflúvio sâo baixos. Por outro lado, na Floresta Atlântica Ombrófila de Terras Baixas, apesar dos menores conteúdos de N no solo, os fluxos para a atmosfera e pelo deflúvio sâo maiores. Para se atingir esse objetivo serão determinados os conteúdos de N, carbono (C), fósforo (P) e cálcio (Ca), além da composição isotópica do N e do C, nas folhas, troncos e serapilheira das leguminosas pertencentes à família das Fabaceaes em uma parcela situada na floresta Montana e em duas parcelas situadas na floresta de Terras Baixas. (AU) 448 Características florais e reprodutivas de espécies de 12/50425Melastomatacea 5 e em um gradiente altitudinal no Sudeste do Brasil Marlies Sazima Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB) Auxílio à Marlies Sazima Pesquisa Regular Ciências Biológicas 01/08/201 2 31/07/201 4 Poucos estudos têm sido realizados nas montanhas das florestas úmidas abordando os sistemas de reprodução de plantas. Em altitudes elevadas, as condições ambientais podem reduzir a quantidade de polinizadores, principalmente de abelhas, e consequentemente a transferência de grãos de pólen aos estigmas de flores co-específicas (limitação de pólen), reduzindo as possibilidades de polinização cruzada. Estes fatores podem influenciar características das plantas como a cor das flores e a genética das populações. Este projeto pretende estudar as variações nas cores das flores de espécies da família Melastomataceae ocorrentes em dois pontos de um gradiente altitudinal: Núcleo Santa Virgínia (Floresta Montana) e Núcleo Picinguaba (Floresta de terras baixas) do Parque Estadual da Serra do Mar, Ubatuba, SP. Serão feitas visitas mensais durante um ano para a coleta dos espectros de reflectância das flores da cada uma das espécies de Melastomataceae encontradas nos dois locais. Estes dados serão posteriormente analisados através de métodos comparativos que considerem o componente filogenético. Pretende-se complementar o estudo de caso com Tibouchina pulchra Cogn. (Melastomataceae) envolvendo a diversidade genética de populações de adultos e da prole nos dois pontos do gradiente. Neste 449 estudo, serão analisados os materiais genéticos de 105 indivíduos adultos de cada uma das duas áreas (total 210). Dentre eles, 28 serão escolhidos para coleta e germinação de 20 sementes provenientes de dois frutos de cada indivíduo (totalizando 560 indivíduos). Adultos e proles serão genotipados para que seja conduzida uma análise de diversidade em diferentes níveis (população, indivíduo e fruto) nas duas localidades. (AU) 450 A efetividade do maior corredor de mata atlântica em manter conectadas 13/19377populações de 7 mamíferos de grande porte, como a Anta (Tapirus terrestris) Pedro Manoel Galetti Junior Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) Pedro Manoel Galetti Junior Auxílio à Pesquisa Regular Ciências Biológicas 01/03/201 4 29/02/201 6 O presente projeto da continuidade a um estudo recentemente concluído, apoiado pela Fapesp para os membros da equipe proponente (2007/03392-6, Biota-Temático para MGR e 2007/04073-1, bolsa pós-doc para AS), tendo sido bem avaliado na avaliação do relatório final, encorajando sua continuidade. As populações de mamíferos, especialmente as espécies de grande porte, vêm sofrendo significativas reduções, como resultado da caça, perdas de habitat e fragmentação induzida pelo desenvolvimento econômico humano. Estas alterações ambientais podem descontinuar funcionalmente os habitats podendo gerar sérias consequências no fluxo gênico das espécies. A manutenção da conectividade funcional e, portanto, do fluxo gênico é a estratégia conservacionista primordial para a persistência de populações de espécies animais e vegetais em longo prazo. Alguns estudos tem relatado a existência de estruturações genéticas mesmo dentro de habitats contínuos, que deveriam funcionar como corredores ecológicos facilitando o fluxo gênico entre populações. Estes resultados alertam que outras características, não somente a descontinuidade do habitat, podem promover uma barreira ao fluxo gênico, como por exemplo, o efeito de borda, heterogeneidade do habitat ao longo do contínuo, 451 a pressão de caça, além de aspectos comportamentais e a história evolutiva da própria espécie. Porém, estes estudos foram realizados com espécies de pequeno porte, são raros os estudos sobre fluxo gênico com espécies de grande porte em habitats contínuos, sendo a grande maioria é realizada em áreas fragmentadas. A Serra do Mar, o maior contínuo de Mata Atlântica representa uma área controle ideal para a análise da extensão natural da estrutura genética de populações, da capacidade e comportamento de dispersão da espécie, além da efetividade em manter funcionalmente conectadas populações naturais de diferentes organismos. Em um estudo anterior, identificamos uma diferenciação genética significativa entre duas populações de um mamífero de grande porte, a anta (Tapirus terrestris), situadas em extremos opostos deste corredor, Núcleo Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar (SV) e Parque Estadual de Carlos Botelho (CB). A estruturação pode ser resultante do isolamento pela distância, em que a dispersão restrita e a deriva genética local criam um padrão clinal com o aumento da diferenciação genética com a distância geográfica. Porém, como este estudo foi realizado com apenas duas áreas dentro do corredor da Serra do Mar, este resultado revela a necessidade de ampliação das áreas de amostragem ao longo do contínuo, de modo a 452 permitir testar o isolamento pela distância, bem como uma minuciosa pesquisa de fatores adicionais que possam estar envolvidos com os padrões encontrados, como as características da paisagem, aspectos comportamentais da espécie ou fatores históricos de colonização da área. Sendo assim, o presente projeto propõe a análise da distribuição da variabilidade genética das populações de T. terrestris ao longo do corredor da Serra do Mar. Para tanto, serão utilizadas amostras nãoinvasivas como fonte de DNA (fezes), marcadores microssatélites para a identificação individual e para detectar o padrão contemporâneo de distribuição da diversidade genética. Novas áreas ao longo deste corredor já estão sendo amostradas por um aluno de mestrado e de pósdoutorado (Bolsa PDJ CNPq 50565/2013-9). Estes resultados serão contrastados com a análise de marcadores de DNA mitocondrial (citocromo b, citocromo c oxidase ou RNA 12S) com a finalidade de incluir um fator histórico neste estudo populacional. Mesmo a anta estando presente em todo o corredor da Serra do Mar, dados sobre as características da paisagem serão adicionados aos dados genéticos, especialmente a pressão de caça, presença de rodovias e proximidade de centros urbanos, buscando explicar os padrões encontrados. (AU) 453 Os gêneros physcia (schreber) Michaux e pyxine fries 05/53955(ascomicetes 1 liquenizados, physciaceae) no Estado de São Paulo, de São Paulo, Brasil Alteraçãoes nos fluxos de CO2 do solo e na 08/58901- ciclagem de 5 carbono após aquecimento do solo em áreas de Mata Atlântica Biologia alimentar e reprodutiva da pirapitinga do sul, Brycon cf. 03/05696- opalinus (Cuvier, 1 1819) e a diversidade de peixes no Núcleo Santa Virgínia, Parque Estadual da Serra do Mar 454 Patrícia Jungbluth Secretaria do Meio Ambiente (São Paulo - Estado). Instituto de Botânica Marcelo Pinto Marcelli Bolsas no Brasil Doutorado Ciências Biológicas 01/04/200 6 31/01/201 0 Daniel Luis Garrido Monaro Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) Luiz Antonio Martinelli Bolsas no Brasil Iniciação Científica Ciências Biológicas 01/06/200 9 30/11/201 0 Leandro Muller Gomiero Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB) Francisco Manoel de Souza Braga Bolsas no Brasil - PósDoutorado Ciências Biológicas 01/12/200 3 30/11/200 6 Composição florística, estrutura e dinâmica do funcionamento da Floresta Ombrófila Densa 12/51509- Atlântica dos 8 núcleos Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e Santa Virgínia, do Parque estadual da Serra do Mar (PelD) Carlos Alfredo Joly Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB) Carlos Alfredo Joly Auxílio à Pesquisa Programa BIOTA Regular Ciências Biológicas 01/12/201 3 31/05/201 7 Composição florística, estrutura e dinâmica do funcionamento da Floresta Ombrófila Densa Atlântica dos Núcleos Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e Santa Virginia, do Parque Estadual da Serra do Mar, São Paulo, Brasil. Nome do Sítio PELD: Gradiente Funcional da Floresta Ombrófila Densa Atlântica SIGLA DO SÍTIO (quatro letras no máximo): FGAF (Functional Gradient of Atlantic Forest) O projeto de criar o sitio PELD – Gradiente Funcional da Floresta Ombrófila Densa Atlântica, abrangendo áreas de Mata Atlântica dos Núcleos Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e Santa Virginia do Parque Estadual da Serra do Mar, visa consolidar a infraestrutura e as linhas de pesquisa implantadas na região através dos Programas BIOTA e Mudanças Climáticas da FAPESP. O objetivo é responder às seguintes perguntas: a) na transição da região tropical para a região subtropical a topografia e a face de exposição da vertente são componentes mais importantes do que a altitude na composição florística do estrato arbóreo da Floresta Ombrófila Densa Atlântica? b) a Floresta Ombrófila Densa Atlântica é um sumidouro ou uma fonte de emissão de CO2? c) De que forma varia o tempo de residência do carbono na vegetação e no solo ao longo de um gradiente altitudinal de FODA, e como este parâmetro é afetado pelas mudanças climáticas 455 globais? d) a deposição de compostos nitrogenados oriundos da Unidade de Tratamento de Gás implantada pela PETROBRAS em Caraguatatuba, afeta de forma diferenciada o crescimento de espécies arbóreas, de forma a médio e longo prazo alterar a composição florística da Floresta Ombrófila Densa Atlântica na área de influência da UTGCA? E) Dados de dinâmica populacional, tais como de taxas de crescimento anuais e fenologfa, em diferentes altitudes na FOD Atlântica, permitiriam determinar formas de manejo do fruto do Euterpe edulis Mart. (Arecaceae), como forma de aumentar a renda de populações no entorno de Unidades de Conservação? O sitio de pesquisa está localizado em 4 Núcleos do Parque Estadual da Serra do Mar? Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e Santa Virginia. A vertente Picinguaba-Santa Virgínia-Cunha se justifica pela necessidade de cobrirmos todas as fitofisionomias que compõem a Floresta Ombrófila Densa Atlântica: Floresta de Restinga (Picinguaba)? Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas (Picinguaba)? Floresta Ombrófila Densa Submontana (Picinguaba)? Floresta Ombrófila Densa Montana (Santa Virgínia) e Floresta Ombrófila Densa Alto Montana (Cunha). A inclusão das áreas no Núcleo Caraguatatuba se justifica peio objetivo de monitorar, a 456 médio e longo prazo, os possíveis impactos da UTGCA na Floresta Ombrófila Densa Atlântica. Considerando que o projeto se desenvolverá sobre uma base de conhecimento acumulada nos últimos 10 anos, nos próximos 4 anos será possível alcançarmos os seguintes objetivos: a) na questão relacionada à biodiversidade, estrutura e dinâmica do componente arbóreo da Floresta Ombrófila Densa Arbórea será possível determinar quais os principais fatores abióticos que determinam o limite de ocorrência das espécies. Desta forma será possível rever a classificação de Veloso et al (1991), adaptando-a para um recorte regional; b) na questão relacionada ao papel de FODA como sumidouro ou fonte de emissão de CO2, teremos uma série temporal de 5 anos contínuos de medição, o suficiente para determinação de tendências valores do balanço líquido; c) na questão relacionada ao tempo de residência do carbono na vegetação e solo teremos uma linha de base estabelecida de forma a médio prazo podermos determinar as tendências e os valores, complementando o item acima; d) na questão relacionada ao impacto da deposição de compostos oriundos da Unidade de Tratamento de Gás implantada pela PETROBRAS em Caraguatatuba, além da linha de base já poderemos indicar tendências; e) Na questão relacionada ao 457 manejo do fruto de Euterpe edulis Mart. (Arecaceae), integrando nossos dados aos já existentes e/ou que estão sendo gerados por outros projetos na região, estaremos em condições de determinar cotas de coleta de frutos em cada fitofisionomia da FODA. METODOLOGIA 1) Parcelas Permanentes & Florística e Fitossociologia No estudo do componente florístico fitossociológico serão utilizadas as 18 Parcelas Permanentes já instaladas na região, prevendo-se a instalação de xx novas parcelas para inclusão de parcelas nas cotas 1.200 e 1.500 m bem como de parcelas onde a floresta está em regeneração e o histórico de perturbação seja conhecido. A implantação das Parcelas Permanentes, plaqueamento, mapeamento e medição de indivíduos com DAP ≥ 4,8 cm, segue o protocolo RAINFOR adaptado por Joly et al (2012). 2) Balanço do CO2 A Torre Micrometeorológica de Fluxo, que estuda as interações floresta-atmosfera no que tange a trocas de CO2 e água, foi implantada no Núcleo Santa Virgínia/PESM entre 2007 e 2008, pelo Projeto Temático BIOTA Gradiente Funcional. O sítio experimental está estabelecido na microbacia do Ribeirão Casa de Pedra (RCP), com área de ~2,5 km2, altitude de 900 a 1000 m, definida entre 23º17' a 23º24'S, e 4Sº03' a 45º11' W. 3) Tempo de Residência do 458 carbono Medições da dinâmica de madeira em parcelas permanentes serão usadas para estimar o tempo de residência de C no compartimento chamado de Madeira Morta, ou ?coarse wood debris - CWD?. Amostragem de tronco e raízes das árvores serão utilizadas para análise radiocarbônica da celulose. A quantificação da produção anual de raízes finas será feita através de coletores com diâmetro de 14cm e profundidade de 30cm. O conteúdo de radiocarbono na serapilheira, nas raízes mortas e na matéria orgânica do solo será usado para determinar o tempo de residência do carbono nestes compartimentos do ecossistema. Finalmente, o teor de 14C no CO2 respirado da superfície do solo e em incubações será usado para estimar a idade média de carbono respirado do ecossistema. 4? Impactos da deposição de compostos nitrogenados da UTGCA Serão utilizados amostradores passivos para deposição de N via NO2, HNO3, NH4, e mostradores ativos (aerossóis) para NO3- e NH4+. Alterações no solo serão monitoradas com coletas e análises químicas sistemáticas a cada 6 meses. Serão selecionadas espécies arbóreas que ocorram tanto nas proximidades da UTGCA (Núcleo Caraguatatuba) como fora de sua área de influência (Núcleo Picinguaba) para o acompanhamento de 459 possíveis alterações no metabolismo do nitrogênio. O Crescimento de indivíduos destas espécies nas duas áreas, controle e sob impacto da UTGCA, será acompanhado com bandas dendrométricas para o monitoramento de possíveis alterações nas taxas de crescimento. Através de equações o incremento no diâmetro poderá ser transformado em carbono, e a comparação entre as áreas permitirá determinar se o incremento de nitrogênio no solo, por deposição dos compostos emitidos pela UTGCA, altera a taxa de fixação de carbono. 5? Manejo sustentável do fruto de Euterpe edulis Mart. (Arecaeae) Atualmente o principal Produto Florestal Não Madeireiro da Floresta Ombrófila Densa Atlântica é o palmito da palmeira juçara (Euterpe edulis Mart.), cuja extração provoca a morte da palmeira e causa sérias alterações ambientais. No entanto, esta palmeira oferece outro recurso econômico de grande valor e de menor impacto ambiental, que é a polpa do fruto, similar em aparência e valor nutricional ao açaí extraído da espécie amazônica, o Euterpe oleracea Mart. O Plano de Manejo do Núcleo Picinguaba do PESM define áreas com possibilidade de usos especiais, denominadas Zonas Histórico-Culturais Antropológicas (ZHCA), devido à presença das comunidades tradicionais. A exploração do fruto de juçara já vem 460 acontecendo em ZHCA no entorno do Núcleo Picinguaba, em áreas de florestas de terras baixas e submontana desde 2005 e em Zonas de Amortecimento no entorno do Núcleo Santa Virginia. O objetivo deste subprojeto é gerar, através de censos anuais e estudos fenológicos um conjunto de dados sólidos que permitam a determinação de cotas de extração de frutos que contribuam com a renda das populações tradicionais, sem afetar a regeneração e manutenção da população da espécie. (AU) Biologia da polinização e reprodução de 05/51011espécies arbóreas 6 da família Fabaceae, polinizadas por Mardiore Tanara Pinheiro dos Santos Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB) Bolsas no Marlies Sazima Brasil - PósDoutorado Ciências Biológicas 01/09/200 5 31/08/200 7 461 abelhas, de Floresta Atlântica no Sudeste do Brasil 07/029474 05/591681 09/036670 06/570104 06/595363 Métodos de estimativa de altura e sua contribuição na determinação da biomassa arbórea em um gradiente topográfico localizado no Parque Estadual da Serra do Mar, SP Padrões e diversidade de tipos funcionais em floresta ombrófila densa dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar Demografia de queixada (Tayassu pecari) analisada através de DNA fecal no Núcleo Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar, SP Produtividade primária líquida em diferentes fitofisionomias do Parque Estadual da Serra do Mar, SP Estudo do balanço hídrico e balanço biogeoquímico de nitrogênio em 462 Marcos Augusto da Silva Scaranello Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) Plínio Barbosa de Camargo Bolsas no Brasil Iniciação Científica Ciências Biológicas 01/07/200 7 31/12/200 7 Enio Egon Sosinski Junior Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB) Carlos Alfredo Joly Bolsas no Brasil - PósDoutorado Ciências Biológicas 01/04/200 6 31/03/200 9 Ana Carolina Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). Centro de Dalla Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) Vecchia Pedro Manoel Galetti Junior Bolsas no Brasil Mestrado Ciências Biológicas 01/08/200 9 31/01/201 0 Cristina Aledi Felsemburg h Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) Plínio Barbosa de Camargo Bolsas no Brasil Doutorado Ciências Biológicas 01/12/200 6 31/03/200 8 Rodrigo Trevisan Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) Jorge Marcos de Moraes Bolsas no Brasil Mestrado Ciências Biológicas 01/03/200 7 28/02/200 9 06/500144 06/514880 05/575498 06/542929 uma microbacia com plantação florestal de eucalipto no litoral norte do Estado de São Paulo Dinâmica e estrutura populacional de quatro espécies arbóreas no Núcleo Picinguaba e Santa Virgínia, Parque Estadual da Serra do Mar, SP Caracterização hidrológica e dinâmica do nitrogênio na microbacia do ribeirão do Ipiranga, do Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Santa Virgínia Perdas de nitrogênio pela emissão de gases e sua relação com a decomposição da liteira e biomassa de raízes na floresta de Mata Atlântica Estudo do balanço hídrico e balanço biogeoquímico de nitrogênio em uma microbacia de primeira ordem com cobertura de pastagem no Carolina Bernucci Virillo Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB) Flavio Antonio Maës dos Santos Bolsas no Brasil Doutorado Ciências Biológicas 01/07/200 6 03/02/201 0 Juliano Daniel Groppo Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) Luiz Antonio Martinelli Bolsas no Brasil Doutorado Ciências Biológicas 01/07/200 6 30/06/201 0 Eráclito Rodrigues de Sousa Neto Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) Luiz Antonio Martinelli Bolsas no Brasil Mestrado Ciências Biológicas 01/03/200 6 29/02/200 8 Luiz Felippe Salemi Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) Luiz Antonio Martinelli Bolsas no Brasil Mestrado Ciências Biológicas 01/09/200 6 31/08/200 8 463 litoral norte do Estado de São Paulo Avaliação da influência da exclusão experimental de vertebrados insetívoros na decomposição de 14/01245folhas de três 0 espécies sob diferentes coberturas do solo no Parque Estadual da Serra do Mar - núcleo santa virgína 464 Gabriela Garcia Medeiros Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) Luiz Antonio Martinelli Bolsas no Brasil Mestrado Ciências Biológicas 01/07/201 4 31/03/201 6 The diversity of the Atlantic Forest is threatened constantly due to habitat loss caused by the destruction and alteration of natural environments . Many studies have shown that specialists mammals and birds ( eg insectivores ) are very sensitive to fragmentation of the environment , tend to disappear in open areas , and in the loss or deletion experiment, of these animals, causing the increase of the density of arthropods and Coorde rates of herbivory and causing nação a top-down effect that will de even influences the cycling of Aperfei nutrients. This project aims to çoamen investigate how the to de decomposition rates are Pessoal modified by experimental de Nível exclusion of insectivorous Superio vertebrates in an area with r different soil covers in the (CAPES) Tropical Rainforest. Exclusion vertebrates plots and control plots will be allocated in areas with different soil covers to evaluate how the top-down effect and its possible changes in nutrient cycling occurs .Thus , it is intended to generate knowledge about the reflections caused by forest fragmentation on ecosystem functions such as decomposition, and provide information that may assist in conservation practices and management . (AU) Ciclagem do fósforo em Floresta 09/15175Ombrófila Densa 5 dos núcleos de Picinguaba e Santa Virginia -SP Denise Teresinha Gonçalves Bizuti Ligando paisagem a moléculas: análise genética 07/04073- das populações Alexandra 1 de anta (Tapirus Sanches terrestris) na Mata Atlântica de São Paulo Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB) Marisa de Cassia Piccolo Mauro Galetti Rodrigues Bolsas no Brasil Mestrado Bolsas no Brasil - PósDoutorado Ciências Agrárias Ciências Biológicas 01/03/201 0 01/05/200 8 28/02/201 1 30/04/201 2 Mammal populations, especially of medium and large-sized species, have been suffering significant reductions as a result of hunting, habitat loss and fragmentation induced by human economical development. The disruption of continuous environments, such as fragmentation, highways and agricultural areas, may cause serious consequences in the gene flow of mammalian species. Tapir (Tapirus terrestris) is one of the most aimed large-sized mammals for hunting and has suffered a drastic population reduction even in the continuous forests of the Atlantic rainforest. Two large areas of Atlantic Forest in São Paulo state (Southeast Brazil) probably contain the largest populations of this megaherbivore, Serra do Mar and Serra de Paranapiacaba. This project will investigate tapirs through non-invasive genetic analysis of faecal samples in two corridors: Serra do Mar Corridor (Santa Virgínia, Cunha, Picinguaba, Pedro de Toledo e Caraguatatuba Stations) and Serra de Paranapiacaba Corridor (Parque Estadual do Alto do Ribeira, PE Intervales, PE Carlos Botelho e PE Jacupiranga), besides the areas linking these two 465 corridors (PE Jurupará e EE Jureia-Itatins), with the use of microsatellites markers. This study complements part of the Biota project entitled "Trophic cascades in a defaunated landscape: the Atlantic rainforest perspective" and results are intended for helping in the estimates of population minimun number and genetics diversity of these populations, besides mapping the individuals in the areas, verifying the movement pattern and gene flow of this important megaherbivore. Genetic data will be supplemented with landscape data aiming to verify the effects of the landscape structure on the distribution and movement of these animals. This project has already been initiated with the isolation of microsatellites markers. A total of 67,064 pb was sequenced and 18 microsatellites were identified, for 16 was possible the designing of primers. The loci characterization has been iniciated. This genetic investigation may provide valuable information since there is no data concerning the genetic diversity of T. terrestris that have an important function as seed dispersers and are considered vulnerable and suffer a great hunting pressure. Studies on biology, ecology and monitoring of the genetic variability of populations of these organisms are very important, because all scientific information has a 466 strategic role not only in the management and conservation of the species, but also in the sustainability of the ecosystem studied. (AU) Dieta de alguns mamíferos da ordem Carnivora na Floresta 00/12405- Atlântica do 5 núcleo Santa Virgínia e núcleo Cunha, Parque Estadual da Serra, SP A sucessão secundária em 93/03717floresta na 8 encosta Atlântica - SP Renato Matos Marques Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB) Marcelo Tabarelli Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Biociências (IB) Nivar Gobbi Bolsas no Brasil Iniciação Científica Ciências Biológicas 01/02/200 1 31/12/200 1 Waldir Mantovani Bolsas no Brasil Doutorado Ciências Biológicas 01/04/199 4 30/09/199 7 467 O papel das leguminosas na ciclagem de nutrientes em uma Floresta 10/13593Ombrófila Densa 1 situada no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Santa Virgínia 468 Sílvia Rafaela Machado Lins Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) Luiz Antonio Martinelli Bolsas no Brasil Mestrado Ciências Biológicas 01/03/201 1 28/02/201 3 The Atlantic Tropical Forest occurred mainly along the Brazilian coast line. Due to large variations in climatic conditions and north-south latitudes this forest is characterized by a high biodiversity. Among the several botanical families present in this biome, the Fabaceae family has a significant ecological role not only due its abundance and wide distribution, but as well as for having an important role in the terrestrial nitrogen cycle. The N input in a reactive form determines the functioning and also influence the structure of an ecosystem. Studies conducted by our group have shown that Atlantic tropical forests located in lower altitudes has a more open nitrogen cycle, while, the same forest located at higher altitude (1000m) has a more closed nitrogen cycle, although their soils are richer than soils at lower altitudes. Interestingly enough, the number of trees of the Fabaceae family is higher at higher altitudes than at lower altitudes. This seems paradoxical because the existence of these trees would indicate a larger input of nitrogen leading to a more open nitrogen cycle. Under this scenario the main objective of this project is to investigate the role of Fabaceaes on the nitrogen and other nutrients cycles in two Atlantic forests, with distinct characteristics of the nitrogen cycle. One with a open nitrogen cycle located a at 100m of altitude and another with a closed nitrogen cycle located at 1000 m of altitude. (AU) Ciclagem de nutrientes em áreas de pastagem sob 10/13592- regeneração 5 natural no Parque Estadual da Serra do Mar, núcleo Santa Virgínia Biologia reprodutiva e polinização de espécies de 10/51494Melastomatacea 5 e em duas áreas de gradiente altitudinal no Sudeste do Brasil Estrutura e funcionamento de um trecho de Floresta 07/57285Ombrófila Densa 6 Montana com bambus do Núcleo Santa Virgínia/PESM, SP Juliana Gonçalez Gragnani Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) Luiz Antonio Martinelli Bolsas no Brasil Mestrado Vinicius Lourenço Garcia de Brito Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB) Bolsas no Marlies Sazima Brasil Doutorado Maira de Campos Padgurschi Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB) Carlos Alfredo Joly Bolsas no Brasil Mestrado Ciências Biológicas 01/03/201 1 31/05/201 1 Ciências Biológicas 01/10/201 0 31/07/201 4 Ciências Biológicas 01/03/200 8 28/02/201 0 469 Manejo de frutos de Euterpe edulis Martius e uso múltiplo da Mata 11/09241- Atlântica em 5 Ubatuba e São Luís do Paraitinga (SP) como estratégia de conservação 470 Saulo Eduardo Xavier Franco de Souza Universidade de São Paulo (USP). Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ) Edson José Vidal da Silva Bolsas no Brasil Doutorado Ciências Agrárias 01/10/201 1 31/08/201 4 Tropical forests satisfy multiple demands on products and services. Some species are crucial to subsistence and market economy of many communities along the Atlantic forests domain, such as juçara palm (Euterpe edulis). This species was decimated through high economic demand of its palm heart and the consequent predatory exploration, which in turn, stimulated the search for a less destructive use of this palm, considered very important for ecological functioning of the forests where it occurs. Recently, sustainable management focused on E. edulis fruits has been promoted in community based initiatives in "Serra do Mar", bringing optimistic perspectives for sustainable multiple use in these areas. The purpose here is to investigate the multiple use management as a catalyst of community "empowerment" and biodiversity conservation. Thus, some questions are to answered: 1) How does the tree community of different managed areas vary and which are the species most valued by local people? 2) How does E. edulis fruit management and multiple use area characterized in the study area? 3) How does E. edulis fruit harvesting affect its population dynamics and individual vital rates? What are the harvesting limits and management strategies recommended? 4) Which are the best techniques to restore populations of this species? 5) How scientists and local managers could contribute to apply adaptive participative management? For these, areas inside and next to "Parque Estadual da Serra do Mar (PESM) - Núcleos Picinguaba and Santa Virgínia" will be focused. There live rural producers, "caiçaras" and "quilombola" communities. The sampling of forest survey will be systematic stratified, while interviews with local people and participant observation will allow calculate the use value of each cited species. Multiple use management potential in the study areas will be assessed through ecological sustainability indicators. The impacts of E. edulis fruit management will be assessed by monitoring managed and non managed populations in permanent plots, and by constructing transition matrices to estimate sustainable harvesting limits for the species. Five techniques to restore populations will be tested in the field. Finally, the main complementary aspects between local and scientific knowledge will be identified, as will the main tools to apply the concept of adaptive participative management of E. edulis in the different focal communities. (AU) 471 "comparação entre dossel e subosque de uma área de Floresta Ombrófila Densa Carolina 10/19951montanta (Mata Biscola 7 Atlântica), Parque Jardim Estadual da Serra do Mar, Núcleo Santa Virgínia, São Paulo, Brasil" 472 Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Instituto de Biociências (IB) Bolsas no Marco Antonio Brasil de Assis Iniciação Científica Ciências Biológicas 01/03/201 1 29/02/201 2 Floristic and phytosociological studies are important for recognition of species, patterns of distribution and richness for the tree canopy and understory. Specifically in the State of São Paulo studies considering the lower strata and comparing it with the community of the canopy, are still not sufficient to understand certain patterns of richness and similarity. This study is part of a broader project, "Floristic composition and structure of the Atlantic Rain Forest on State Park of Serra do Mar, Sao Paulo Brazil (FAPESP / Biota 10/50811-7), which aims analyze the floristic composition and structure of this forest. Accordingly, this study aims to survey phytosociological understory component in an area of 0.4 ha in a Tropical Rainforest Montana, situated about 600 m in the Núcleo Santa Virginia State Park of Serra do Mar. For this, all will be sampled tree species that present PAP less than 15 cm (H e 1.5 m PAP <15 cm). In addition, we intend to analyze the results compared with the composition and structure of the upper stratum in the same area sampled. We beleve that there are possible species selectivity of the canopy, reflecting on the community structure of understory and that this component varies in species richness, density and frequency when compared to the upper stratum, contributing significantly to local species diversity. (AU) 10/527050 07/586663 07/572840 08/507483 08/522790 Dinâmica do nitrogênio e carbono em rios da bacia do alto Paraíba do Sul, Estado de São Paulo Diversidade, composição florística e biologia reprodutiva da comunidade de plantas esfingófilas de Floresta Ombrófila Densa Montana - Mata Atlântica, no sudoeste brasileiro Estoque de Madeira Morta ao longo de um gradiente altitudinal de Mata Atlântica no Nordeste do Estado de São Paulo Distribuição espacial de insetos predadores em riachos da região norte da Serra do Mar, Estado de São Paulo Modelagem da dinâmica do nitrogênio em uma micro-bacia com cobertura florestal no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Santa Virgínia Elizabethe de Campos Ravagnani Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) Luiz Antonio Martinelli Bolsas no Brasil Doutorado Ciências Biológicas 01/05/201 1 30/09/201 4 Felipe Wanderley de Amorim Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB) Bolsas no Marlies Sazima Brasil Doutorado Ciências Biológicas 01/03/200 8 31/07/201 2 Larissa Giorgeti Veiga Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia (IB) Carlos Alfredo Joly Bolsas no Brasil Mestrado Ciências Biológicas 01/03/200 8 28/02/201 0 Gabriel Cestari Vilardi Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) Susana Trivinho Strixino Bolsas no Brasil Mestrado Ciências Biológicas 01/08/200 8 31/01/201 0 Elizabethe de Campos Ravagnani Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) Luiz Antonio Martinelli Bolsas no Brasil Mestrado Ciências Biológicas 01/08/200 8 31/03/201 0 473 08/522809 06/571351 06/577900 06/601838 Alterações nos fluxos de gases do solo e na ciclagem de carbono e nitrogênio após aquecimento do solo em áreas de Mata Atlântica Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa nos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque estadual da Serra do Mar Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque estadual da Serra do Mar, Estado de São Paulo, Brasil Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque estadual da Serra do Mar, Estado de São Paulo, Brasil 474 Luiz Felipe Borges Martins Jose Ataliba Mantelli Aboin Gomes Daiana Aparecida Correa Simoni Cristiane Grilo Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) Secretaria de Agricultura e Abastecimento (São Paulo Estado). Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA). Instituto Agronômico (IAC) Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) Luiz Antonio Martinelli Bolsas no Brasil Mestrado Ciências Biológicas 01/09/200 8 31/08/201 0 Carlos Alfredo Joly Bolsas no Brasil Programa Capacitação Treinament o Técnico Ciências Biológicas 01/10/200 6 30/09/200 8 Luiz Antonio Martinelli Bolsas no Brasil Programa Capacitação Treinament o Técnico Ciências Biológicas 01/10/200 6 31/07/200 7 Luiz Antonio Martinelli Bolsas no Brasil Programa Capacitação Treinament o Técnico Ciências Biológicas 01/12/200 6 30/11/200 8 Políporos (Basidiomycota) do Núcleo Santa 12/25493Virgínia do 7 Parque Estadual da Serra do Mar, SP, Brasil Ricardo Matheus Pires Secretaria do Meio Ambiente (São Paulo - Estado). Instituto de Botânica Adriana de Mello Gugliotta Bolsas no Brasil Mestrado Ciências Biológicas 01/06/201 3 31/05/201 5 The term polypore is used to describe fungi whose fertile part of basidiomata, typically located on the surface facing toward ground, characterized by the presence of basidia tubes internally coated by forming a pore himenial surface. The representatives of this group are mostly degrading lignin, presenting the basidiomata leathery woody, often perennial. Its main result of their ecological function as decomposers activity, constituting one of the key links in the cycling of nutrients. Despite the fundamental ecological importance of these fungi, the diversity of the group in Brazil is still poorly known. This situation remains in the state of São Paulo, where there are still large gaps in knowledge, even in the most studied biome yet, the Atlantic Forest. It is also worth mentioning that among the various inventories in the state, none addresses the diversity of the Parque Estadual da Serra do Mar, one of the main areas of preserved Atlantic Forest in the state. In order to contribute to an improvement in this framework, we propose the lifting of the Center Santa políporos Virginia State Park of Serra do Mar. The specimens will be identified by morphological and molecular analysis. For phylogenetic analyzes will be used ITS region, LSU and SSU. The DNA is extracted from the basidiomata fragments and regions of interest are amplified by means of PCR 475 reactions. The specimens collected and identified shall be deposited in the Collection of the Herbarium of Fungi Collection Maria P. Eneyda K. Fidalgo (SP) and the sequences obtained shall be deposited in GenBank. (AU) Modelos de sustentabilidade de caça de subsistência na Serra do Mar, Mata Atlântica 476 Universidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” Centro de Energia Nuclear na Agricultura Dissertação apresentada para Rodrigo de obtenção do Almeida Nobre título de Mestre em Ecologia Aplicada 2007 Uma das principais dúvidas do pensamento moderno da conservação ambiental é se áreas naturais podem ser conservadas, se for dado direito de exploração dos recursos naturais dessas áreas a grupos de pessoas. Parte da comunidade científica considera negativa, aos propósitos de conservação, a permanência de populações humanas em áreas protegidas. Verifica-se que mesmo modelos de utilização do espaço e dos recursos naturais voltados essencialmente para a subsistência e com pequena demanda comercial, reduzem mais o habitat de várias espécies e apresentam níveis de exploração que podem extinguir populações silvestres. Outra parte da comunidade científica considera que, em regiões tropicais, essa postura restritiva, autoritária e dependente de fiscalização repressiva, não tem sido eficaz. Esta postura discrimina populaçõe tradicionais e as impede de reproduzir seu modo de vida, desenvolvendo nestas uma postura anticonservacionista, que as leva à práticas predatórias do meio ambiente como meio de garantir sua subsistência e não cair na marginalidade ou na indigência. Diante de tais circunstâncias, o presente estudo objetivou conhecer as condições demográficas atuais das espécies silvestres alvos de caça, das características da atividade de caça praticada e dos possíveis limites sustentáveis da utilização da fauna existente para subsistência na porção norte do Parque Estadual da Serra Mar (PESM), em São Paulo. As amostragens foram realizadas entre os meses de junho de 2002 e julho de 2005. As densidades dos vertebrados cinegéticos foram calculadas utilizando o método de transecções lineares, e estimaram-se os tamanhos populacionais e a produtividade passível de caça sustentável. Compararam-se estes dados aos valores de pressão de caça (monitoramento e questionários) e ao consumo protéico da comunidade local para discussão da sustentabilidade da atividade atual. Os resultados indicaram que vários fatores comprometem a sustentabilidade da atividade de caça de subsistência na Serra do Mar. As densidades das populações humanas são altas e, consequentemente, acarretam níveis de pressão de caça e necessidade de ingestão protéica acima dos valores toleráveis pela 477 produtividade da comunidade de vertebrados cinegéticos estimados pelo modelo. Com a meta de conservar as espécies ameaçadas pela atividade de caça e, concomitantemente, os recursos utilizados pela população humana local, recomenda-se a intensificação da fiscalização a fim de coibir a atividade de caça, ao menos temporariamente, até que pesquisas futuras possam determinar melhoras nas condições demográficas das espécies silvestres, estabelecendo limites sustentáveis de uso mais elevados, permitindo o estreitamento das relações entre as populações humanas e as Unidades de Conservação, maximizando a eficiência dos propósitos de preservação da diversidade biológica. 478 Priority areas for the conservation of Atlantic forest large mammals a Laboratório de Biologia da Conservação, Departamento de Ecologia, Universidade Estadual Paulista (UNESP), C.P. 199, 13506-900 Rio Claro, SP, Brazil b Department of Biological Sciences, 371 Serra Mall, Stanford University, Stanford, CA 94305, USA c Pontifícia Universidade Católica (PUC), Belo Horizonte, MG, Brazil d School of Environmental Sciences, University of East Anglia, Norwich, United Kingdom Mauro Galetti a,b,*, Henrique C. Giacomini a, Rafael S. Bueno a, Christine S.S. Bernardo a, Renato M. Marques a, Ricardo S. Bovendorp a, Carla E. Steffler a, Paulo Rubim a, Sabrina K. Gobbo a, Camila I. Donatti a,b, Rodrigo A. Begotti a, Fernanda Meirelles a, Rodrigo de A. Nobre a, Adriano G. Chiarello c, Carlos A. Peres d 2008 Large mammal faunas in tropical forest landscapes are widely affected by habitat fragmentation and hunting, yet the environmental determinants of their patterns of abundance remain poorly understood at large spatial scales. We analysed population abundance and biomass of 31 species of medium to large-bodied mammal species at 38 Atlantic forest sites (including three islands, 26 forest fragments and six continuous forest sites) as related to forest type, level of hunting pressure and forest fragment size using ANCOVAs. We also derived a novel measure of mammal conservation importance for each site based on a ‘‘Mammalian Conservation Priority index” (MPi) which incorporates information on species richness, population abundance, body size distribution, conservation status, and forest patch area. Mammal abundance was affected by hunting pressure, whereas mammalian biomass of which was largely driven by ungulates, was significantly influenced by both forest type and hunting pressure. The MPi index, when separated into its two main components (i.e. site forest area and speciesbased conservation index Ci), ordered sites along a gradient of management priorities that balances species-focused and habitatfocused conservation actions. Areas with the highest conservation priority were located in semi-deciduous forest fragments, followed by 479 lowland forests. Many of these fragments, which are often embedded within large private landholdings including biofuel and citrus or coffee crops, cattle ranches and pulpwood plantations, could be used not only to comply with environmental legislation, but also enhance the prospects for biodiversity conservation, and reduce edge effects and hunting. 480 Functional Extinction of Birds Drives Rapid Evolutionary Changes in Seed Size 1Departamento de Ecologia, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, São Paulo , Brazil. 2Instituto de Ecología, A. C. Red de Biología Evolutiva, Carretera Antigua a Coatepec 351, Xalapa, Veracruz, 91070, Mexico. 3Instituto de Biodiversidade e Florestas, Universidade Federal do Oeste do Pará, Santarém, Pará, 68035-110, Brazil. 4Departamento de Biologia Animal, Universidade Federal Rural do Estado do Rio de Janeiro, Seropédica, Rio de Janeiro, 23.897-000, Brazil. 5Laboratório de Genética & Biodiversidade, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Goiás, 74001970, Brazil. 6Departamento de Ecologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, São Paulo, 05508-90, Brazil. 7Departamento de Ciências Florestais, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz,” Universidade de São Paulo, Piracicaba, São Paulo, 13418-900, Brazil. 8Integrative Ecology Group, Estación Biológica de Doñana, EBD-CSIC, Sevilla, E-41092, Spain. Mauro Galetti,1* Roger Guevara,2 Marina C. Côrtes,1 Rodrigo Fadini,3 Sandro Von Matter,4 Abraão B. Leite,1 Fábio Labecca,1 Thiago Ribeiro,1 Carolina S. Carvalho,5 Rosane G. Collevatti,5 Mathias M. Pires,6 Paulo R. Guimarães Jr.,6 Pedro H. Brancalion,7 Milton C. Ribeiro,1 Pedro Jordano8 Local extinctions have cascading effects on ecosystem functions, yet little is known about the potential for the rapid evolutionary change of species in humanmodified scenarios. We show that the functional extinction of large-gape seed dispersers in the Brazilian Atlantic forest is associated with the consistent reduction of the seed size of a keystone palm species. Among 22 palm populations, areas deprived of large avian frugivores for several decades present smaller seeds than nondefaunated forests, with negative consequences for palm regeneration. Coalescence and phenotypic selection models indicate that seed size reduction most likely occurred within the past 100 years, associated with humandriven fragmentation. The fast-paced defaunation of large vertebrates is most likely causing unprecedented changes in the evolutionary trajectories and community composition of tropical forests. 481 EXTINÇÃO ECOLÓGICA DE GRANDES HERBÍVOROS E DIVERSIDADE DE PLANTAS EM UM GRADIENTE DE DEFAUNAÇÃO NA MATA ATLÂNTICA 482 Dissertação apresentada ao Instituto de Biociências do Câmpus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do título de Meste em Ciências Biológicas (Zoologia). GABRIELA SCHMAEDECK E 2013 O impacto humano sobre os ecossistemas tropicais tem um amplo efeito sobre a população dos grandes vertebrados. A ausência dos grandes mamíferos causa uma falta de seus processos fundamentais sobre comunidades de plantas como a herbivoria, o pisoteio, a predação e a dispersão de sementes. A perda de espécies resulta em perda de funções ecológicas o que altera o próprio funcionamento do ecossistema. Essa dissertação está organizada em dois capítulos: Primeiro (Capítulo I: A defaunação seletiva de mamíferos altera sua diversidade funcional em florestas atlânticas contínuas) nós analisamos como mudanças na riqueza e abundância de espécies de mamíferos de médio e grande porte afetam a diversidade funcional em Florestas Atlânticas tropicais brasileiras. Encontramos que, apesar das quatro áreas estudadas fazerem parte do mesmo contínuo de Floresta Atlântica, a riqueza e a abundância de espécies não são similares entre elas, e em uma das quatro áreas encontramos diversidade funcional alterada, o que revela a existência de comunidades de grandes mamíferos distintas nas áreas. Segundo (Capítulo II: Consequências da extinção de herbívoros sobre a diversidade de plantas em um gradiente de defaunação) nós investigamos se a ausência de grandes mamíferos altera a riqueza, densidade e beta diversidade de plântulas em florestas tropicais, a Floresta Atlântica Brasileira. Nós concluímos que apesar do fato de as quatro áreas fazerem parte de um mesmo contínuo de Floresta Atlântica, nós encontramos que em áreas com queixada, a presença dos grandes mamíferos herbívoros (parcelas abertas) causou uma tendência tanto no declínio na densidade de plântulas quanto no aumento da beta diversidade, como esperávamos, mas não encontramos um padrão para seu efeito sobre a riqueza de plântulas. Nas áreas sem queixada, a presença dos grandes mamíferos herbívoros (parcelas abertas) não causou mudanças na riqueza e na beta diversidade das plântulas, como esperávamos, mas não encontramos um padrão pra seu efeito sobre a densidade de plântulas. A extinção dos grandes mamíferos pode resultar em consequências preocupantes sobre comunidades de plantas, sendo o queixada, Tayassu pecari, o maior modificador de comunidades de plantas, o que torna a conservação do queixada fundamental para um melhor funcionamento do ecossistema. O conhecimento das consequências da extinção de espécies de mamíferos particulares permitirá um entendimento melhor de cada parte da teia alimentar dos mamíferos tropicais, e por sua vez, um melhor delineamento das estratégias de 483 conservação. 484 Density and Spatial Distribution of Buffy-tufted-ear Marmosets (Callithrix aurita) in a Continuous Atlantic Forest Darren Norris & Fabiana Rocha-Mendes & Renato Marques & Rodrigo de Almeida Nobre & Mauro Galetti The continued degradation of forest habitats and isolation of fragmented populations means that the conservation of endemic marmosets in the Brazilian Atlantic forest depends on human interventions including legal protection. Population monitoring is required to ensure effective management and appropriate allocation of conservation resources; however, deriving estimates of population metrics such as density within heterogeneous environments is challenging.We aimed to quantify the population density and spatial distribution of buffy-tuftedear marmosets (Callithrix aurita) in the northern region of Serra-do-Mar State Park. We incorporated habitat suitability as quantified by a niche modeling algorithm (MAXENT) to refine density estimates obtained via distance methods. We used 6 environmental predictors to model the distribution of Callithrix aurita and used the resulting MAXENT niche model to identify environmental conditions that represent suitable habitat for this species. We used 877.7 km of line transect surveys and distance methods to derive estimates of 2.19 groups or 7.55 individuals/km2 from direct observations (n=40), providing an overall population estimate of 1892 (95% CI=1155–3068) individuals in 250.7 km2 of Atlantic forest. Our refined density estimate, obtained by 485 combining distance methods and a niche model, yielded a result of 1386 individuals. Suitable habitat was not uniformly distributed across the study area and was most strongly associated with altitude and the type of vegetation cover. We provide a review of previous surveys and find this is the largest known population of Callithrix aurita. Our refinement of density estimates provides a simple and informative addition to the primatologist’s toolbox. How to not inflate population estimates? Spatial density distribution of white-lipped peccaries in a continuous Atlantic forest 486 1 Laborat ´ orio de Biologia da Conservação, Departamento de Ecologia, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Rio Claro, SP, Brazil 2 Neotropical Institute: Research and Conservation, Curitiba, PR, Brazil 3 Departamento de Ciências Florestais, Escola Superior de Agricultura ‘Luiz de Queiroz’, Universidade de São Paulo, Piracicaba, SP, Brazil 4 Parque Estadual da Serra do Mar – Núcleo Santa Virgínia, São Luiz de Paraitinga, SP, Brazil D. Norris1, F. RochaMendes1,2, S. Frosini de Barros Ferraz3, J. P. Villani4 & M. Galetti1 In a world with poor biological inventorying and rapid landuse change, predicting the spatial distribution of species is fundamental for the effective management and conservation of threatened taxa. However, on a regional scale, predicting the distribution of rare terrestrial mammals is often unreliable and/or impractical, especially in tropical forests. We apply a recently developed analytic process that integrates density estimation (kernel smoothing), niche-analysis and geostatistics (regressionkriging) to model the occupancy and density distribution of a threatened population of white-lipped peccaries Tayassu pecari in a Brazilian Atlantic forest. Locations (n=45) within a protected area of the Serrado-Mar state park were obtained from diurnal line transect census (233 km), camera-trapping (751 cameratrap days) and surveys (4626 km) conducted by park rangers. Niche modelling (environmental niche-factor analysis and MAXENT) revealed a restricted niche compared with the available habitat as defined by seven environmental variables. From the occupancy model obtained from regressionkriging, we found that 72% of a 170km2 protected area is likely to be used by peccaries. We demonstrate that the distribution of large mammals can be restricted within continuous areas of Atlantic forest and therefore population estimates based on the size of protected areas can be overestimated. Our findings suggest that the generation of realized density distributions should become the norm rather than the exception to enable conservation managers and researchers to extrapolate abundance and density estimates across continuous habitats and protected areas. 487 Mamíferos não voadores do Núcleo Santa Virgínia, Parque Estadual da Serra do Mar, São Paulo, Brasil 488 1 Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas: Área de Zoologia. Universidade Estadual Paulista (UNESP). http://www.rc.unesp.br/ib/zoologia/posgrad/index.htm l 2 Laboratório de Biologia da Conservação, Departamento de Ecologia, Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista (UNESP). Caixa Postal 199, CEP 13506900 Rio Claro, São Paulo, Brasil. http://web.me.com/galetti/Labic/Welcome.html 3 Instituto Neotropical: Pesquisa e Conservação,CP 19009, CEP 81531-980, Curitiba, PR, Brasil. http://www.institutoneotropical.org 4 autor para correspondência, [email protected] Fabiana RochaMendes1,2,3,4 Carolina Lima Neves1,2 Rodrigo de Almeida Nobre2 Renato Matos Marques2 Gledson Vigiano Bianconi3 Mauro Galetti1,2 Este estudo apresenta dados de riqueza de espécies de mamíferos não voadores da porção norte do Parque Estadual da Serra do Mar, chamada de núcleo Santa Virgínia (NSV), estado de São Paulo, sudeste do Brasil. A listagem de espécies foi elaborada (período de 2002 a 2009) por meio de ca. 660 km de transecções lineares, 25.512 horas de armadilha fotográfica, 394 armadilhasde-pegada.dia, registros ocasionais e relatos de moradores da região (entrevistas) para mamíferos de médio e grande porte, e 7.440 armadilhas.noite para pequenos mamíferos. Foram registradas 58 espécies de 81100 de possível ocorrência dada suas potenciais distribuições. Dezoito espécies fazem parte da lista nacional da fauna ameaçada de extinção e 27 da lista estadual. A elevada riqueza de mamíferos não voadores com suas espécies ameaçadas, indica a importância do NSV para conservação da mastofauna regional. Caracterização do perfil e da qualidade da experiência do praticante de rafting no Parque Estadual Serra do Mar − Núcleo Santa Virgínia 1Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPG-CA) Universidade de Taubaté, Taubaté, SP, Brasil 2Instituto Florestal, (IF) Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil *Autor correspondente: e-mail: [email protected], [email protected], [email protected], [email protected] Ana Paula Pereira1; Maria Dolores Alves Cocco1*; Flávio José Nery Conde Malta1; Maria de Jesus Robim2 O presente estudo visa subsidiar ações voltadas à implementação do rafting no Parque Estadual Serra do Mar – Núcleo Santa Virgínia (PESM-NSV). Teve como principal objetivo conhecer o perfil e o nível de satisfação dos praticantes de rafting no Núcleo Santa Virgínia. Para a coleta de dados foram utilizados questionários com perguntas fechadas e abertas, para identificação do perfil socioeconômico dos visitantes, informações sobre a viagem, motivações, preferências e nível de satisfação em relação às atividades desenvolvidas, bem como percepções sobre a experiência e mínimo impacto. Os dados foram analisados e tabulados e, posteriormente, realizou-se a análise de correspondência, para verificar a relação entre as variáveis ‘satisfação’ e ‘idade’, utilizando o aplicativo estatístico MINITAB. Dos 47 entrevistados, a maioria era do sexo masculino (66%), sendo 55,5% da faixa etária compreendida entre 19 e 30 anos, e 49% dos participantes do estudo possuíam nível superior completo. Em geral, os entrevistados apresentaram-se satisfeitos. Entretanto, ressaltaram alguns aspectos da gestão do rafting que poderiam ser melhorados, tais como diminuição de custos para realizar a atividade, e divulgação e melhoria da infraestrutura, principalmente, na área de desembarque no final do percurso. Conclui-se que os 489 praticantes do rafting apresentam um perfil elitizado, com alta escolaridade, e demanda por serviços e produtos de qualidade. Efeitos da defaunação na herbivoria, pisoteio de plântulas, remoção e predação de sementes na Floresta Atlântica 490 Tese apresentada ao Instituto de Biociências do Campus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte Fabiana Rocha dos requisitos para obtenção do título de Doutor em Mendes Ciências Biológicas – Zoologia 2010 Existe um gradiente de cenários cuja composição, abundância e biomassa de animais podem estar praticamente intactas ou encontrar-se em seu maior grau de comprometimento (“síndrome de floresta vazia”). Em diversos níveis de defaunação, processos ecológicos podem ser interrompidos pela falta de interações, modificando a dinâmica do ambiente. Visto que a Floresta Atlântica ainda possui razoáveis extensões e diferentes situações no que diz respeito à composição mastofaunística, ela é um cenário interessante para o estudo da defaunação e suas implicações. Assim, o presente estudo caracterizou a comunidade de mamíferos em duas áreas geograficamente próximas desse bioma e avaliou os efeitos da defaunação sobre parâmetros e processos de estruturação de comunidades vegetais. Os resultados indicaram uma mastofauna semelhante em riqueza, mas com discrepância na abundância e biomassa das espécies. Diferenças nas abundâncias de alguns táxons, com destaque para o queixada (Tayassu pecari), tiveram efeitos significativos sobre a diversidade, biomassa e pisoteio de plântulas. A intensidade de pisoteio apresentou relação negativa com a defaunação, enquanto que a biomassa e a diversidade de plântulas foram maiores na área com menor biomassa animal. Embora tenha sido detectada a ação do queixada em aspectos da dinâmica populacional do palmito (Euterpe edulis), dentro do espaço e tempo amostral, não foram percebidas consequências drásticas em relação à abundância desse ungulado sobre as comunidades dessa palmeira. De maneira semelhante, a dispersão de sementes de indai-açu (Attalea dubia) não parece ser diretamente afetada pela abundância de mamíferos herbívoros, visto que o seu principal agente dispersor, o serelepe (Sciurus aestuans), não demonstra sofrer com a pressão de caça no bioma. Mesmo em pequena escala temporal (dois anos de avaliação), percebe-se o efeito da defaunação em parâmetros da vegetação. O conjunto de dados apresentados confirma a existência de estreita relação entre os mamíferos e os diversos aspectos da comunidade vegetal, contribuindo para o 491 conhecimento dos efeitos da perda de espécie animais sobre a dinâmica da Floresta Atlântica. 492 9. BIBLIOGRAFIA AGÊNCIA FAPESP. A falta dos grandes predadores. 19 jul. 2011. Disponível em: <http://agencia.fapesp.br/a_falta_dos_grandes_predadores/14195/ >. Acesso em: 19 set. 2014. ALVES, J. X.; OLIVEIRA, A. C.; DA SILVA, M. J. São Luiz do Paraitinga: Causas antrópicas rurais da catástrofe de 2010. Simpósio Internacional de Ciências Integradas da UNAERP Campus Guarujá, 2011. Disponível em: <http://www.unaerp.br/index.php/sici-unaerp/edicoesanteriores/2012/secao-1-8/1297-sao-luiz-do-paraitinga-causas-antropicas-rurais-da-catastrofe-de-2010/file>. Acesso em: 22 jul. 2014. ANASTÁCIO, A. R.; SILVA, M. T. Trabalho de campo integrado: Núcleo Picinguaba, Parque Estadual da Serra do Mar, Ubatuba – SP. Out. 2010. 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