Sumário - Parque Estadual Serra do Mar

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Sumário - Parque Estadual Serra do Mar
Sumário
1.
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................8
2.
BIODIVERSIDADE, SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS E INTERDEPENDÊNCIAS ....................................................8
2.1.
Biodiversidade...................................................................................................................................9
2.2.
Serviços Ecossistêmicos ................................................................................................................... 11
2.2.1. As Florestas e os Recursos Hídricos ......................................................................................... 16
2.2.2. As Florestas e as Mudanças do Clima....................................................................................... 18
3.
2.3.
As interdependências....................................................................................................................... 19
2.4.
Hotspots de biodiversidade .............................................................................................................. 21
FLORESTAS ............................................................................................................................................ 23
3.1.
As florestas no mundo ..................................................................................................................... 23
3.2.
As florestas no Brasil ....................................................................................................................... 24
3.2.1. Amazônia .............................................................................................................................. 26
3.2.2. Cerrado ................................................................................................................................. 27
3.2.3. Caatinga ............................................................................................................................... 28
3.2.4. Pampa .................................................................................................................................. 29
3.2.5. Pantanal ................................................................................................................................ 30
1
4.
5.
6.
A MATA ATLÂNTICA ................................................................................................................................ 31
4.1.
Importância da Mata Atlântica .......................................................................................................... 31
4.2.
Ecossistemas .................................................................................................................................. 34
4.3.
Aspectos históricos e a sua degradação ............................................................................................ 37
4.4.
Trilhas indígenas e caminho dos Tropeiros ........................................................................................ 40
4.5.
A Mata Atlântica e a situação atual ................................................................................................... 41
4.6.
Comunidades indígenas remanescentes – Os Guarani ........................................................................ 42
4.7.
A Serra do Mar e sua geomorfologia ................................................................................................. 44
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO ................................................................................................................. 47
5.1.
Unidades de Conservação no mundo ................................................................................................ 47
5.2.
Unidades de Conservação no Brasil ................................................................................................... 49
O PARQUE ESTADUAL SERRA DO MAR ..................................................................................................... 55
6.1.
A criação do parque ........................................................................................................................ 55
6.2.
A importância do Parque Estadual Serra do Mar ................................................................................ 56
6.3.
Núcleos, macrorregiões e municípios abrangidos ............................................................................... 58
6.3.1. Macrorregiões do Estado de São Paulo .................................................................................... 58
6.3.2. Municípios abrangidos ............................................................................................................ 62
6.4.
7.
Plano de Manejo ............................................................................................................................. 64
NÚCLEOS ............................................................................................................................................... 65
2
7.1.
Núcleo Bertioga............................................................................................................................... 65
7.1.1. História ................................................................................................................................. 65
7.1.2. Patrimônio Cultural ................................................................................................................ 66
7.1.3. Comunidades tradicionais ....................................................................................................... 67
7.1.4. Ecossistema .......................................................................................................................... 67
7.1.5. Fauna e Flora ........................................................................................................................ 67
7.1.6. Serviços Ecossistêmicos .......................................................................................................... 71
7.1.7. Atrativos ............................................................................................................................... 72
7.1.8. Informações gerais sobre o Núcleo.......................................................................................... 74
7.2.
Núcleo Caraguatatuba ..................................................................................................................... 77
7.2.1. História ................................................................................................................................. 77
7.2.2. Patrimônio Cultural ................................................................................................................ 79
7.2.3. Comunidades tradicionais ....................................................................................................... 80
7.2.4. Ecossistema e Geomorfologia ................................................................................................. 80
7.2.5. Fauna e Flora ........................................................................................................................ 80
7.2.6. Serviços Ecossistêmicos .......................................................................................................... 85
7.2.7. Pesquisas .............................................................................................................................. 86
7.2.8. Atrativos ............................................................................................................................... 87
7.2.9. Informações gerais sobre o Núcleo.......................................................................................... 90
7.3.
Núcleo Cunha ................................................................................................................................. 93
7.3.1. História ................................................................................................................................. 93
7.3.2. Patrimônio Cultural ................................................................................................................ 95
7.3.3. Comunidades tradicionais ....................................................................................................... 95
7.3.4. Clima, Ecossistema e Geomorfologia ....................................................................................... 96
7.3.5. Fauna e Flora ........................................................................................................................ 96
7.3.6. Serviços Ecossistêmicos ........................................................................................................ 100
7.3.7. Pesquisas ............................................................................................................................ 101
3
7.3.8. Atrativos ............................................................................................................................. 102
7.3.9. Informações gerais sobre o Núcleo........................................................................................ 105
7.4.
Núcleo Curucutu ........................................................................................................................... 108
7.4.1. História ............................................................................................................................... 108
7.4.2. Patrimônio Cultural .............................................................................................................. 109
7.4.3. Comunidades tradicionais ..................................................................................................... 110
7.4.4. Ecossistema, Fauna e Flora ................................................................................................... 112
7.4.5. Serviços Ecossistêmicos ........................................................................................................ 116
7.4.6. Pesquisas ............................................................................................................................ 117
7.4.7. Atrativos ............................................................................................................................. 118
7.4.8. Informações gerais sobre o Núcleo........................................................................................ 121
7.5.
Núcleo Itariru................................................................................................................................ 124
7.5.1. História ............................................................................................................................... 124
7.5.2. Patrimônio Cultural .............................................................................................................. 126
7.5.3. Comunidades tradicionais ..................................................................................................... 127
7.5.4. Ecossistema, Fauna e Flora ................................................................................................... 128
7.5.5. Serviços Ecossistêmicos ........................................................................................................ 131
7.5.6. Pesquisas ............................................................................................................................ 132
7.5.7. Atrativos ............................................................................................................................. 135
7.5.8. Informações gerais sobre o Núcleo........................................................................................ 137
7.6.
Núcleo Itutinga Pilões .................................................................................................................... 140
7.6.1. História ............................................................................................................................... 140
7.6.2. Patrimônio Cultural .............................................................................................................. 142
7.6.3. Comunidades tradicionais ..................................................................................................... 146
7.6.4. Ecossistema e Geomorfologia ............................................................................................... 146
7.6.5. Fauna e Flora ...................................................................................................................... 146
7.6.6. Serviços Ecossistêmicos ........................................................................................................ 150
4
7.6.7. Pesquisas ............................................................................................................................ 152
7.6.8. Atrativos ............................................................................................................................. 152
7.6.9. Informações gerais sobre o Núcleo........................................................................................ 158
7.7.
Núcleo Padre Dória........................................................................................................................ 161
7.7.1. História ............................................................................................................................... 161
7.7.2. Patrimônio Cultural .............................................................................................................. 162
7.7.3. Comunidades tradicionais ..................................................................................................... 164
7.7.4. Ecossistema ........................................................................................................................ 164
7.7.5. Fauna e Flora ...................................................................................................................... 164
7.7.6. Serviços Ecossistêmicos ........................................................................................................ 169
7.7.7. Pesquisas ............................................................................................................................ 171
7.7.8. Projetos Socioambientais ...................................................................................................... 171
7.7.9. Atrativos ............................................................................................................................. 172
7.7.10. ........................................................................................................ Outros pontos de interesse
173
7.7.11. ............................................................................................. Informações gerais sobre o Núcleo
174
7.8.
Núcleo Picinguaba ......................................................................................................................... 177
7.8.1. História ............................................................................................................................... 177
7.8.2. Patrimônio Cultural .............................................................................................................. 180
7.8.3. Comunidades tradicionais ..................................................................................................... 180
7.8.4. Geomorfologia e Ecossistema ............................................................................................... 184
7.8.5. Fauna e Flora ...................................................................................................................... 184
7.8.6. Serviços Ecossistêmicos ........................................................................................................ 189
7.8.7. Pesquisas ............................................................................................................................ 190
7.8.8. Projetos socioambientais ...................................................................................................... 195
7.8.9. Atrativos ............................................................................................................................. 195
7.8.10. ............................................................................................. Informações gerais sobre o Núcleo
202
5
7.9.
Núcleo Santa Virgínia..................................................................................................................... 206
7.9.1. História ............................................................................................................................... 206
7.9.2. Patrimônio Cultural .............................................................................................................. 208
7.9.3. Comunidades tradicionais ..................................................................................................... 209
7.9.4. Ecossistema ........................................................................................................................ 209
7.9.5. Fauna e Flora ...................................................................................................................... 210
7.9.6. Serviços Ecossistêmicos ........................................................................................................ 214
7.9.7. Pesquisas ............................................................................................................................ 215
7.9.8. Atrativos ............................................................................................................................. 219
7.9.9. Informações gerais sobre o Núcleo........................................................................................ 223
7.10.
Núcleo São Sebastião ................................................................................................................ 227
7.10.1. .................................................................................................................................... História
227
7.10.2. ....................................................................................................................Patrimônio Cultural
229
7.10.3. .......................................................................................................... Comunidades tradicionais
230
7.10.4. .............................................................................................................................. Ecossistema
231
7.10.5. ........................................................................................................................... Fauna e Flora
231
7.10.6. ............................................................................................................. Serviços Ecossistêmicos
235
7.10.7. ...................................................................................................................................Atrativos
236
7.10.8. ............................................................................................. Informações gerais sobre o Núcleo
241
8.
ANEXOs ............................................................................................................................................... 244
6
Anexo 1 – PEGADA ECOLÓGICA ................................................................................................................. 244
ANEXO 2 - OUTRAS ESPÉCIES ................................................................................................................... 248
ANEXO 3. UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO ESTADO DE SÃO PAULO ......................................................... 251
Anexo 4. Lista de Aves do Parque Estadual da Serra do Mar ........................................................................ 277
Tabela 1. Lista de aves do Parque Estadual da Serra do Mar, SP. ...................................................... 277
Tabela 2. Lista completa de aves do Núcleo Bertioga ........................................................................ 294
Tabela 3. Lista completa de aves do Núcleo Caraguatatuba .............................................................. 306
Tabela 4. Lista completa de aves do Núcleo Cunha .......................................................................... 317
Tabela 5. Lista completa de aves do Núcleo Curucutu....................................................................... 327
Tabela 6. Lista completa de aves do Núcleo Itariru ........................................................................... 339
Tabela 7. Lista completa de aves do Núcleo Itutinga Pilões ............................................................... 346
Tabela 8. Lista completa de aves do Núcleo Padre Dória ................................................................... 355
Tabela 9. Lista completa de aves do Núcleo Picinguaba .................................................................... 366
Tabela 10. Lista completa de aves do Núcleo Santa Virgínia .............................................................. 377
Tabela 11. Lista completa de aves do Núcleo São Sebastião.............................................................. 386
9.
BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................................... 493
7
1. INTRODUÇÃO
O presente relatório representa o Produto 4 do projeto que visa propor “Cenários de
comunicação interativa e sinalização nas estruturas de Uso Publico do Parque Estadual Serra do
Mar” e tem como principal objetivo consolidar o conteúdo técnico a ser utilizado de base para o
desenvolvimento da comunicação e sinalização do Parque Estadual Serra do Mar (PESM). Este
projeto está inserido na estratégia do “Programa de Recuperação da Serra do Mar e Sistema de
Mosaicos da Mata Atlântica”, ação do Governo do Estado de São Paulo por intermédio das
Secretarias da Habitação e do Meio Ambiente.
O Produto 4, também referenciado como “Documento síntese” é fruto de pesquisa e revisão
bibliográfica das principais referências sobre o histórico e panorama atual da conservação ambiental
no Brasil e no mundo, com foco na Mata Atlântica, assim como de visitas a todos os núcleos que
compõem o PESM.
O programa tem por objetivo promover a conservação, o uso sustentável e a recuperação
socioambiental da Serra do Mar. Pretende-se com isso gerar benefícios sociais e ecológicos,
promovendo a efetiva proteção da biodiversidade dos ambientes terrestres e marinhos, e dos
mananciais que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo, Baixada Santista e Litoral Norte.
As unidades de conservação que compõem o programa de Recuperação Socioambiental da
Serra do Mar e Mosaicos da Mata Atlântica protegem parte dos mais importantes remanescentes
florestais de Mata Atlântica em todo o país.
Assim, este projeto que tem como objetivo final fomentar as visitas, estimular as pesquisas
e expandir o conhecimento sobre o PESM através do desenvolvimento de projetos executivos,
programas e aplicativos do sistema de comunicação e cenários interativos para o Uso Público, Bases
e Centros de Visitante do Parque Estadual Serra do Mar.
2. BIODIVERSIDADE,
INTERDEPENDÊNCIAS
8
SERVIÇOS
ECOSSISTÊMICOS
E
2.1.
Biodiversidade
A palavra “biodiversidade”, uma contração da expressão sinônima “diversidade biológica” é
definida como a variabilidade entre organismos vivos de todas as origens, compreendendo, dentre
outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos
ecológicos de que fazem parte, compreendendo ainda a diversidade de genes dentro das espécies,
entre espécies e de ecossistemas. Essa é a definição utilizada pela Convenção sobre Diversidade
Biológica (CDB, 2010).
Infelizmente, a diversidade de seres vivos no planeta continua a ser desgastada como
resultado de atividades humanas. As pressões que levam à perda da biodiversidade mostram
poucos sinais de abrandamento e, em alguns casos, estão aumentando. As consequências das
tendências atuais são muito piores do que se pensava anteriormente e colocam em dúvida a
contínua prestação de serviços ecossistêmicos (item 2.2 deste relatório), considerados vitais (CDB,
2010).
Estes genes, espécies e habitats são peças de um sistema único e cujos produtos são
extremamente diversos, conhecidos em conjunto como serviços ecossistêmicos. Nossa sociedade e
economia dependem fortemente dos serviços ecossistêmicos de diversas formas diferentes, e
estes serviços dependem da biodiversidade para funcionar. Por isso, uma vez extinta, uma espécie
coloca em risco toda uma cadeia produtiva e todos os indivíduos que dela dependem.
Justamente por esse motivo, foi criada a Convenção sobre Diversidade Biológica. A CDB é
uma das três “Convenções do Rio”, resultantes da Conferência das Nações Unidas sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento, também conhecida como Cúpula da Terra, realizada no Rio de
Janeiro em 1992. Ela entrou em vigor no final de 1993, com os seguintes objetivos: “A conservação
da diversidade biológica, a utilização sustentável de seus componentes e a repartição justa e
equitativa dos benefícios derivados da utilização dos recursos genéticos, mediante, inclusive, do
acesso adequado aos recursos genéticos e a transferência adequada de tecnologias pertinentes,
levando em conta todos os direitos sobre tais recursos e tecnologias, e mediante financiamento
adequado” (CDB, 2010).
Em abril de 2002, as Partes da Convenção se comprometeram a atingir, até 2010, uma
redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global, regional e nacional,
de forma a contribuir para a redução da pobreza e para benefício de toda a vida na Terra. Esta
meta não foi alcançada no nível global, embora algumas submetas tenham sido parcial ou
9
localmente atingidas. Apesar de um aumento nos esforços de conservação, o estado da
biodiversidade continua em declínio de acordo com a maioria dos indicadores (CDB, 2010).
Um indicador interessante do nível de perda de biodiversidade é o Índice da Lista Vermelha
da União Internacional de Conservação da Natureza (IUCN) que acompanha o risco médio de
extinção de espécies ao longo do tempo. Esse índice tem mostrado que todos os grupos que foram
avaliados para o risco de extinção estão cada vez mais ameaçados.
As categorias da Lista Vermelha da IUCN refletem a probabilidade de que uma espécie pode
extinguir-se se as condições atuais persistirem, sendo que a condição de risco das espécies é
baseada em informações geradas a partir do trabalho de milhares de cientistas.
As avaliações seguem um rigoroso sistema que classifica as espécies em uma das oito
categorias. Extinta, Extinta na Natureza, Criticamente em Perigo, Em Perigo, Vulnerável, Quase
Ameaçada, Não Ameaçada e Deficiente em Dados. As espécies classificadas como Criticamente em
Perigo, Em Perigo ou Vulnerável são consideradas ameaçadas. A figura demonstra a situação de
ameaça de espécies em grupos taxonômicos avaliados completamente (CDB, 2010).
10
Figura 1. Situação de ameaça de espécies em grupos taxonômicos avaliados completamente
Fonte: CDB, 2010
2.2.
Serviços Ecossistêmicos
A diversidade é de vital importância para a humanidade, pois ela sustenta uma grande
variedade de serviços ecossistêmicos, dos quais as sociedades humanas sempre dependeram,
embora sua importância seja muitas vezes desvalorizada ou ignorada. Quando os elementos da
biodiversidade se perdem, os ecossistemas se tornam mais vulneráveis a pressões repentinas, como
as doenças e os eventos climáticos extremos (CDB, 2010). Os serviços ecossistêmicos podem ser
desde os mais tangíveis como água, alimentos, fibras, princípios ativos de remédios e cosméticos,
até os mais subjetivos como o bem estar proporcionado por uma bela vista da Serra do Mar. Eles
podem ser divididos em quatro categorias (BECKER e SEEHUSEN, 2011):
11
●
Serviços de provisão: relacionados com a capacidade dos ecossistemas em prover bens,
sejam eles alimentos (frutos, raízes, pescado, caça, mel); matéria-prima para a geração de
energia (lenha, carvão, resíduos, óleos); fibras (madeiras, cordas, têxteis); fitofármacos;
recursos genéticos e bioquímicos; plantas ornamentais e água.
●
Serviços de regulação: benefícios obtidos a partir de processos naturais que regulam as
condições ambientais que sustentam a vida humana, como a purificação do ar, regulação do
clima, purificação e regulação dos ciclos das águas, controle de enchentes e de erosão,
tratamento de resíduos, desintoxicação e controle de pragas e doenças.
●
Serviços de suporte: São os processos naturais necessários para que os outros serviços
existam, como a ciclagem de nutrientes, a produção primária, a formação de solos, a
polinização e a dispersão de sementes.
●
Serviços culturais: Estão relacionados com a importância dos ecossistemas em oferecer
benefícios recreativos, educacionais, estéticos, espirituais.
As florestas e outras formas de vegetação produzem bens e serviços ambientais
essenciais para a conservação da diversidade de vida, manutenção dos rios, lagos e depósitos de
água, conservação do solo, contenção da erosão e regularização do clima, além de proporcionar
recreação e lazer (MMA, 2014).
A biodiversidade também tem um importante papel econômico, pois os produtos da flora
e da fauna constituem uma imensa riqueza de recursos que a humanidade utiliza para sustentar
um sistema de produção cada vez mais sofisticado capaz de gerar emprego e renda para as
populações locais. Quase todos os produtos que utilizamos cotidianamente, à exceção dos
minérios e derivados de petróleo, são produtos de origem vegetal ou animal e constituem o
acervo da biodiversidade do planeta. Nesse conjunto incluem-se a madeira das árvores, os frutos,
a carne e outros alimentos, óleos e essências (usados na fabricação de alimentos e cosméticos),
medicamentos, borracha, fibras e uma infinidade de outros bens úteis para o homem (MMA,
2014).
12
Figura 2. Exemplos de serviços ecossistêmicos
Biodiversidade
As florestas tropicais são os ecossistemas terrestres mais biodiversos do mundo. A biodiversidade
proporciona muitos benefícios para a sociedade, por exemplo, a madeira, as folhas, os frutos e as
sementes das plantas que podem servir como medicamentos, alimentos, matérias-primas para a
fabricação de móveis e para a construção de casas e muitos outros. Ela propicia serviços de
polinização e garante a resiliência de sistemas agrícolas. Ademais, ela ainda é chave à
bioprospecção para novos medicamentos, contribui para a formação dos solos e para a ciclagem de
nutrientes. Por fim, também oferece benefícios recreacionais, espirituais e culturais, fundamentais
para o bem-estar humano (BECKER e SEEHUSEN, 2011).
O ambiente marinho também é extremamente biodiverso. Apresenta a maior diversidade de
organismos, em termos de linhagens filogenéticas. O ambiente marinho apresenta potencialmente
uma enorme reserva de biodiversidade que pode ser explorada de maneira sustentável, como fonte
de recursos renováveis, incluindo fonte de diversos alimentos e produtos naturais (JOLY et al.,
2011). Além disso, o mar é vital para a sobrevivência do homem do ponto de vista ecológico e
socioeconômico, pois se estima que seus diversos ecossistemas forneçam cerca de US$ 14
trilhões/ano em bens e serviços (COSTANZA et al, 1997).
Armazenamento e sequestro de carbono
Plantas absorvem carbono através da fotossíntese do dióxido de carbono atmosférico. Nas florestas
em crescimento, o montante de carbono sequestrado aumenta, estabilizando quando elas chegam
à maturidade. Em um hectare de floresta tropical são armazenados cerca de toneladas de
biomassa, contendo cerca de 110.3 toneladas de carbono. Estima-se que as florestas brasileiras
armazenam 49.335 milhões de toneladas de carbono em sua biomassa: mais do que todas as
florestas europeias juntas conseguem armazenar (FAO, 2007).
Os oceanos também têm papel fundamental no sistema climático através do armazenamento da
maior parte da energia solar que chega a Terra, distribuição do calor, evaporação e participação no
ciclo do carbono (HERR e GALLAND, 2009). Além disso, foram responsáveis pela absorção de mais
de 80% do calor adicionado ao clima nos últimos 40 anos (LEVITUS et al., 2005). Um dos principais
responsáveis pelo equilíbrio dos oceanos é o fitoplâncton. Também conhecidos como microalgas,
estes organismos são unicelulares, em sua maioria fotossintetizantes e que se deslocam
passivamente com os movimentos de correntes e de massas d’água. São ainda a base da cadeia
alimentar marinha, responsáveis por 95% da produção de matéria orgânica (NYBAKKEN e
BERTNESS, 2001) e capazes de absorver 1,8 Gt/ano de carbono através da fotossíntese
(HALLEGRAEFF, 2010).
13
Serviços hidrológicos
Florestas influenciam os processos hidrológicos, como a regulação dos fluxos hídricos e a
manutenção da qualidade da água. Florestas preservadas em margens de rios, encostas e topos de
morros e montanhas reduzem os riscos de inundações e deslizamentos por extremos climáticos.
Elas protegem os solos contra erosão e evitam que as águas das chuvas carregadas de sedimentos
escorram diretamente aos rios, além de amenizarem a rápida perda de água em épocas de seca
(BECKER e SEEHUSEN 2012).
Beleza cênica
As belas paisagens formadas pela composição entre florestas, grandes e pequenos rios, cachoeiras,
montanhas e praias, somadas à mistura de populações e culturas, fazem das florestas tropicais
algo especial. O lazer, a recreação e a inspiração provida por esses ecossistemas beneficiam não só
as populações locais, mas as de grandes centros urbanos, inclusive turistas internacionais. Cada
vez mais viajantes apreciam a natureza intacta, a diversidade de ecossistemas e culturas (BECKER
e SEEHUSEN 2012).
Serviços culturais
Os ecossistemas e as espécies proveem serviços culturais para a sociedade ao satisfazer suas
necessidades espirituais, psicológicas e estéticas. Elas oferecem inspiração para a cultura, arte e
para experiências espirituais. Populações rurais e particularmente as tradicionais, como caiçaras,
indígenas, quilombolas e caboclos, têm sua cultura, crenças e modo de vida associados aos
serviços culturais de ecossistemas nativos (BECKER e SEEHUSEN 2012).
A figura abaixo descreve a relação entre as categorias de serviços ecossistêmicos e o bemestar humano, no qual o tamanho da seta indica o nível de dependência entre o serviço
ecossistêmico e o bem estar humano. Além disso, a figura também indica fatores socioeconômicos
afetados pela inexistência do serviço ecossistêmico, representado pelo tom de amarelo. Um
exemplo disso é a necessidade e possibilidade de comprar um substituto para um serviço
degradado, como tratamento e fornecimento de água própria para consumo humano (MA, 2005).
14
Figura 3. Relação entre serviços ecossistêmicos e bem-estar humano
Fonte: MA, 2005
Desde 2008, a iniciativa Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade (TEEB) vem
promovendo um grande esforço de cientistas do mundo inteiro para aprofundar os conhecimentos
sobre os valores dos serviços ambientais providos pelos ecossistemas e pela biodiversidade. Ela visa
sensibilizar cidadãos, empresas e tomadores de decisão sobre os valores da biodiversidade e os
impactos da sua perda na economia. Um de seus estudos compilou alguns valores econômicos
providos por florestas tropicais, como ilustra a figura abaixo.
15
Figura 4. Estimativas de valores econômicos de serviços ambientais de florestas tropicais
Fonte: Traduzida e adaptada de TEEB, 2010.
2.2.1. As Florestas e os Recursos Hídricos
Como destaque de serviço ecossistêmico, podemos citar os recursos hídricos. A água é um
recurso natural de valor inestimável. É vital para a manutenção dos ciclos biológicos, geológicos e
químicos que mantém o equilíbrio dos ecossistemas. Além disso, é um recurso estratégico para o
desenvolvimento econômico e indispensável à qualidade de vida da população.
A água é essencial para a floresta do mesmo modo que a floresta é imprescindível para
garantir a qualidade e o volume dos recursos hídricos. As principais nascentes das grandes bacias
hidrográficas estão dentro das florestas protegidas pelas unidades de conservação, que exercem
seu papel de preservação. Só na Mata Atlântica estão localizadas sete das nove grandes bacias
hidrográficas do Brasil, alimentadas pelos Rios São Francisco, Paraíba do Sul, Doce, Tietê, Ribeira
de Iguape e Paraná.
Os rios e lagos da Mata Atlântica também abrigam ricos ecossistemas aquáticos, grande
parte deles ameaçada pelo desmatamento das matas ciliares. Assim como os cílios protegem os
16
olhos, a mata ciliar protege os rios, lagos e nascentes. Com suas raízes, ela evita também a erosão
e retém partículas do solo e materiais diversos.
Crise hídrica e a ameaça ao ecossistema:
O mau uso das fontes de água doce, a poluição, o excesso de consumo e a devastação das
florestas colocam em risco a disponibilidade e a qualidade dos recursos hídricos. Essa situação é
gravada quando uma ação realizada em uma determinada região de uma bacia pode comprometer
ainda outra região, como é o caso de lançamento de esgotos e a contaminação por agrotóxicos.
Além disso, o desmatamento tem ocasionado sérios danos para a produção hídrica. O
desmatamento da Amazônia tem alterado o regime de chuvas na região Sudeste do Brasil. Para se
ter uma ideia, diariamente, cada árvore amazônica bombeia em média 500 litros de água. A
Amazônia inteira é responsável por levar 20 bilhões de toneladas de água por dia do solo até a
atmosfera, 3 bilhões de toneladas a mais do que a vazão diária do Amazonas, o maior rio do mundo
(GLOBO, 2014).
Essa umidade forma os chamados “rios voadores”. No oeste da Amazônia, a massa de
umidade encontra uma barreira de montanhas de quatro quilômetros de altura, a cordilheira dos
Andes, que funciona como uma represa no céu, contendo a correnteza aérea. Boa parte do vapor
fica acumulada nos próprios Andes, sob a forma de neve. Ao derreter, essa água desce as
montanhas, dando origem a córregos que, por sua vez, formarão os principais rios da bacia
Amazônica, como o Amazonas. No entanto, nem todo vapor fica por ali. Cerca de 40% dessa
cachoeira celeste segue rumo ao sul. A umidade passa por Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do
Sul e São Paulo, terminando a viagem no norte do Paraná, cerca de seis dias depois
(NOVAKOWSKI, 2010).
Assim, mais da metade da água das chuvas nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do
Brasil e também na Bolívia, no Paraguai, na Argentina, no Uruguai e até no extremo sul do Chile
vem da Amazônia. No entanto, com o desmatamento da Amazônia e da Mata Atlântica, essa
situação vem se alterando. As imagens dos satélites que acompanham a movimentação das nuvens
de chuva comprovam que a grande seca que assola as regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil,
em parte, está relacionada aos desmatamentos. No estado de São Paulo, por exemplo, a
devastação da Mata Atlântica permite a formação de uma massa de ar quente na atmosfera, tão
densa que chega a bloquear os “rios voadores”, já enfraquecidos por conta do desmatamento na
Amazônia. Represados no céu, eles acabam desaguando no Acre e em Rondônia, onde, este ano,
foram registradas as maiores enchentes da história (GLOBO, 2014).
17
2.2.2. As Florestas e as Mudanças do Clima
Nos últimos 20 anos a preocupação com o processo de aquecimento global e seus impactos
sobre o clima cresceram de maneira significativa. Este fato se deve, por um lado, ao aumento da
certeza da influência humana sobre o fenômeno do aquecimento global, associado à emissão de
gases de efeito estufa (IPCC, 2013) e, por outro, ao aumento nos registros e intensidade de
eventos relacionados à mudança do clima como ondas de calor, derretimento das geleiras, aumento
do nível do mar, aumento na intensidade e frequência de tempestades e secas, redução na
intensidade dos fluxos dos rios (IPCC, 2014).
As alterações no sistema climático global são cada vez mais frequentes ocupando a agenda
das políticas públicas da maior parte dos países. No início, os esforços e iniciativas concentraram-se
em entender e desenvolver medidas de mitigação de emissões de gases de efeito estufa, buscando,
desta forma, controlar seus efeitos sobre o incremento da temperatura média, numa tentativa de
mantê-la em níveis aceitáveis.
A preservação das florestas tropicais tem grande importância no combate às mudanças
climáticas, seja como medida de mitigação de emissões de GEE, seja como forma de possibilitar a
adaptação do homem a um novo clima.
Quando ocorrem mudanças no uso do solo, ou seja, uma floresta é derrubada e queimada,
dando lugar ao estabelecimento de pastagem, agricultura ou outra forma de uso da terra, ocorre a
liberação de uma grande quantidade de carbono na forma de CO2 para a atmosfera contribuindo,
assim, para o aquecimento global. Estima-se que 1,6 bilhões de toneladas de carbono foram
emitidas para a atmosfera por ano devido às mudanças no uso do solo (IPCC, 2007) durante a
década de 1990.
Nos últimos 300 anos, cerca de 10 milhões de km2 de florestas deram lugar a outro tipo de
uso da terra. Nas regiões tropicais, a retirada da cobertura florestal poderá causar alterações no
balanço hídrico, tornando o clima mais seco e quente (FOLEY, 2005). A taxa de evapotranspiração
da floresta é muito maior do que qualquer cultivo ou pastagem, e com a mudança no uso do solo, o
fluxo de vapor de água para a atmosfera diminui sensivelmente, alterando o ciclo hidrológico. Na
Amazônia, por exemplo, estudos prevêem que a temperatura poderá subir de 5 a 8ºC até 2100 e a
redução no volume de chuva pode chegar a 20% (MARENGO, 2007), além de ocasionar secas em
outras regiões, como citado no tópico acima.
18
2.3.
As interdependências
Cada espécie animal, vegetal e microrganismo tem um papel a cumprir dentro do seu
ecossistema. Os seres vivos relacionam-se entre si e com o ambiente em que se encontram de
várias formas: como alimento um para o outro (cadeia alimentar), fertilizando o solo (produção de
húmus) ou por meio de sua reprodução (polinização das flores). Se uma espécie é retirada do
ambiente, a função que ela realizava deixa de acontecer e assim ocorre um desequilíbrio nos
serviços ecossistêmicos (MMA, 2014).
Mudanças nos aspectos que afetam indiretamente a biodiversidade, tais como população,
tecnologia e estilo de vida, podem levar a mudanças em fatores que afetam diretamente a
biodiversidade, tais como a captura de peixe ou a aplicação de fertilizantes. Estes resultam em
alterações dos ecossistemas e os serviços que prestam, afetando o bem-estar humano. Estas
interações podem ocorrer em nível global, regional e local. Essa situação é ilustrada pela figura
abaixo.
Figura 5. Interações entre biodiversidade, serviços ecossistêmicos e bem estar humano
Fonte: MA, 2005
19
Ao suprimir a vegetação de uma floresta, por exemplo, temos como consequência uma
alteração climática. Este fato é facilmente percebido. Nas áreas onde a floresta está preservada, a
temperatura ambiente varia muito pouco entre o dia e a noite (1,5 a 2 graus Celsius), mas nas
áreas desmatadas, a temperatura pode variar bastante (cerca de 10 graus Celsius) (MMA, 2014).
A mudança climática pode afetar de forma negativa a disponibilidade de água doce, a
produção de alimentos e a distribuição e propagação sazonal de doenças infecciosas de transmissão
vetorial, como a malária, a dengue e a esquistossomose.
A biodiversidade também sofre prejuízos, pois muitas espécies animais e vegetais sensíveis
a alterações de temperatura e umidade podem entrar em extinção.
Para melhorar a produção de alimento, por exemplo, o homem acaba utilizando mais
agrotóxicos, que por sua vez contaminam rios e lençóis freáticos, ocasionando poluição de rios e
morte de diversas espécies de peixes, que se manejadas de forma sustentável, também poderiam
servir de alimento. Além disso, também ocorre o extermínio de insetos, como as abelhas,
importantes agentes de polinização de espécies vegetais.
Na Mata Atlântica, um exemplo típico de desequilíbrio causado pelo homem ocorreu
com a extração irregular de palmito juçara, uma das espécies-chave para o funcionamento do
ecossistema (ECOLNEWS, 2014). Seus frutos e sementes são importantes para a sobrevivência de
mais de 75 espécies de animais silvestres, como aves, roedores e até de macacos, como tucano,
macaco-prego, arapongas, sabiás-unas, veados, esquilos, cutias, antas e etc.
Com uma menor disponibilidade de alimento, esses animais ficam seriamente
ameaçados. Além disso, eles participam da dispersão das sementes de várias outras espécies de
plantas e árvores por toda a floresta. Desse modo, a derrubada das palmeiras juçara afeta em
vários níveis os processos ecológicos, fragilizando ainda mais os escassos remanescentes da Mata
Atlântica (ECOLNEWS, 2014).
A TEIA TRÓFICA OU CADEIA ALIMENTAR
Todos os seres vivos (animais, vegetais, microorganismos) relacionam-se direta ou
indiretamente entre si, pois cada um alimenta-se de um outro, e serve de alimento a um terceiro.
As plantas e algas produzem seu próprio alimento a partir da energia radiante (luz) e dos
compostos orgânicos (húmus) e inorgânicos (água e sais minerais) existentes no solo e nos
ambientes aquáticos, por meio da fotossíntese. Os herbívoros como boi, cavalo, veado, anta,
vários pássaros, insetos, entre outros, alimentam-se das plantas; os carnívoros (onça, raposa,
gato-do-mato, gavião, jacaré) alimentam-se dos herbívoros; todos estes, ao morrerem, são
aproveitados pelos fungos, bactérias, protozoários e outros seres que se alimentam de matéria
20
orgânica morta, decompondo-a e produzindo o húmus do solo, que armazena os nutrientes que as
plantas utilizam. Esse processo, que é complexo e cíclico, é chamado de teia trófica (trofos =
alimento) ou cadeia alimentar. Quando determinada espécie é extinta no ecossistema, retira-se
um elemento da teia trófica, podendo causar sua interrupção, com consequente desequilíbrio
ecológico (MMA, 2014).
2.4.
Hotspots de biodiversidade
O conceito Hotspot foi criado em 1988 pelo ecólogo inglês Norman Myers para resolver um
dos maiores dilemas dos conservacionistas: quais as áreas mais importantes para preservar a
biodiversidade na Terra?
Ao observar que a biodiversidade não está igualmente distribuída no planeta, Myers
procurou identificar quais as regiões que concentravam os mais altos níveis de biodiversidade e
onde as ações de conservação seriam prioritárias. Ele chamou essas regiões de Hotspots. Para ser
classificado como um Hotspot, uma região deve seguir dois critérios:
●
Abrigar no mínimo 1500 espécies de plantas vasculares endêmicas;
●
Restar menos de 30% de sua área original, portanto é altamente ameaçada.
Atualmente existem 35 Hotspots no mundo, representado apenas 2,3% da superfície do
planeta e 50% das plantas e 42% dos vertebrados conhecidos (CONSERVATION INTERNATIONAL,
2014a). São eles (CONSERVATION INTERNATIONAL, 2014b):
●
●
África:
o
Província Florística do Cabo
o
Florestas da Guiné
o
Plantas Suculentas do Karoo
o
Madagascar e Ilhas do Oceano Índico
o
Florestas afromontanas
o
Maputaland-Pondoland-Albany
o
Chifre da África
o
Montanhas do Arco Oriental
Ásia e Pacífico:
o
Ilhas da Melanésia Oriental
o
Himalaias
o
Japão
o
Montanhas do Centro-Sul da China
o
Nova Caledónia
o
Nova Zelândia
21
●
●
●
o
Filipinas
o
Ilhas da Polinésia e Micronésia
o
Sudoeste da Austrália
o
Sunda
o
Wallacea
o
Ghats Ocidentais
o
Regiões da Indo-Birmânia
Europa e Ásia Central:
o
Cáucaso
o
Bacia do Mediterrâneo
o
Região Irano-Anatólica
o
Montanhas da Ásia Central
América do Sul e Central:
o
Mesoamérica
o
Ilhas do Caribe
o
Província Florística da Califórnia
o
Floresta de Pinho-Encino de Sierra Madre
América do Sul:
o
Mata Atlântica
o
Cerrado
o
Chile Central - Florestas Valdivias
o
Andes Tropicais
o
Tumbes-Chocó-Magdalena
Figura 6. Hotspots de biodiversidade
Fonte: CONSERVATION INTERNATIONAL, 2014b
22
No Brasil há dois Hotspots: a Mata Atlântica e o Cerrado. Originalmente, a Mata Atlântica
estendia-se por 17 estados brasileiros, do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte, além da faixa
leste do Paraguai e de parte da Argentina. Ao longo dos séculos, porém, a exploração e devastação
deste bioma foram tão agressivas que a classificação como hotspot alerta não só para sua riqueza
ambiental, mas principalmente para a necessidade da conservação de suas áreas remanescentes
(GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2013). A Mata Atlântica será aprofundada no item 4 deste
relatório.
3. FLORESTAS
Cotidianamente, denomina-se "floresta" qualquer vegetação que apresente predominância
de indivíduos lenhosos, onde as copas das árvores se tocam formando um dossel. Sinônimos
populares para florestas são: mata, mato, bosque, selva. No meio científico e governamental
existem diversas definições de floresta. Uma das mais utilizadas é a definição da Organização das
Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO, 2004):
Floresta - área medindo mais de 0,5 ha com árvores maiores que 5 m de altura e cobertura
de copa superior a 10%, ou árvores capazes de alcançar estes parâmetros in situ. Isso não inclui
terra que está predominantemente sob uso agrícola ou urbano.
3.1.
As florestas no mundo
A área total de florestas no mundo é de aproximadamente 4 bilhões de hectares,
correspondendo a 31% da área terrestre total e uma taxa de 0,6 hectares per capita. Somente
cinco países representam mais de 50% da área florestal mundial – Rússia, Brasil, Canadá, Estados
Unidos e China. Além disso, 10 países não dispõem de áreas florestais e 54 tem áreas florestais em
menos de 10% de seu território (FAO, 2011).
As taxas de desmatamento e de perda de áreas florestais por causas naturais ainda é
bastante alta, entretanto vem decrescendo nos últimos anos. No nível global, a taxa caiu de 16
milhões de hectares por ano na década de 90 para 13 milhões de hectares por ano na última
década. Por outro lado, as taxas de reflorestamento e de expansão natural de áreas de florestas
permitiram que diminuição da perda líquida de áreas florestais (FAO, 2011).
23
A maior parte da diminuição de áreas florestais ocorre em regiões tropicais, enquanto que o
aumento ocorre em zonas temperadas e boreais.
O desenvolvimento de políticas públicas visando à proteção das florestas sofreu progressos
significativos. 76 países desenvolveram ou atualizaram suas legislações nos últimos anos, tornando
possível uma cobertura de 75% da área florestal mundial (FAO, 2011).
A figura abaixo apresenta os remanescentes de áreas florestais.
Figura 7. Mapa mundial de áreas florestais
Fonte: GREENPEACE INTERNATIONAL, 2006
3.2.
As florestas no Brasil
O Brasil é um país com 463 milhões de hectares de área florestal, o que representa 54,4%
do seu território. As áreas de florestas naturais brasileiras são extremamente biodiversas, enquanto
as áreas de florestas plantadas são formadas principalmente por espécies dos gêneros Eucalyptus e
Pinus (SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013).
24
Tabela 1. Áreas estimadas de florestas no Brasil em 2012
Fonte: SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013.
Nosso país abriga uma fauna e flora extremamente diversa e exuberante do planeta.
Estudos indicam que pelo menos 103.870 espécies animais e 43.020 espécies vegetais ocorrem no
Brasil e, em média, 700 novas espécies animais são reconhecidas anualmente (MMA, 2011).
O Brasil abriga seis biomas continentais: Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga,
Pampa e Pantanal.
BIOMA
Segundo o IBGE, bioma é um conjunto de vida (vegetal e animal) constituído pelo agrupamento de
tipos de vegetação contíguos e identificáveis em escala regional, com condições geoclimáticas
similares e história compartilhada de mudanças, o que resulta em uma diversidade biológica própria
(SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013).
Figura 8. Biomas brasileiros
25
Fonte: SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013
3.2.1. Amazônia
A Amazônia é o maior bioma do Brasil e representa cerca de 30% de todas as florestas
tropicais
remanescentes
do
mundo.
Sua
importância
é
reconhecida
nacionalmente
e
internacionalmente. Isso se deve principalmente à sua larga extensão e enorme diversidade de
ambientes, com mais de 600 tipos diferentes de habitats terrestres e de água doce, o que resulta
numa riquíssima biodiversidade, composta por 2.500 espécies de árvores – ou um-terço de toda a
madeira tropical do mundo – 30 mil espécies de plantas (MMA, s/d(a)), totalizando cerca de 45.000
espécies de plantas e vertebrados (SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013).
Tabela 2. Área do Bioma Amazônia
Fonte: SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013
*Em relação à área do Brasil.
26
As vegetações que mais caracterizam o bioma Amazônia são a floresta ombrófila densa e a
floresta ombrófila aberta. Além dessas florestas, são encontradas tipologias vegetacionais típicas de
savana, campinaranas, formações pioneiras e de refúgio vegetacional. A Amazônia abriga vastos
estoques de madeira comercial e possui uma grande variedade de produtos florestais não
madeireiros, que sustenta diversas comunidades locais (SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013).
O bioma comporta a bacia amazônica, maior bacia hidrográfica do mundo: cobre cerca de 6
milhões de km2 e tem 1.100 afluentes. O Rio Amazonas, seu principal rio, corta a região e desagua
no Oceano Atlântico, lançando ao mar cerca de 175 milhões de litros d’água a cada segundo (MMA,
s/d(a)).
3.2.2. Cerrado
O Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul, ocupando uma área de 2.036.448
km², cerca de 24% do território nacional. Nesse espaço territorial encontram-se as nascentes das
três maiores bacias hidrográficas da América do Sul (Amazônica/Tocantins, São Francisco e Prata)
(MMA, 2011).
Tabela 3. Área do Bioma Cerrado
Fonte:SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013
*Em relação à área do Brasil.
Do ponto de vista da diversidade biológica, o Cerrado brasileiro é reconhecido como a
savana mais rica do mundo, abrigando 11.627 espécies de plantas nativas já catalogadas. Cerca de
200 espécies de mamíferos e 837 espécies de aves são conhecidas. O número de peixes endêmicos
não é conhecido, porém os valores são bastante altos para anfíbios e répteis: 28% e 17%,
respectivamente.
Dessas espécies, mais de 220 têm uso medicinal e 416 podem ser usadas como barreiras
contra o vento, na proteção contra a erosão e na recuperação de solos degradados. Mais de 10
27
tipos de frutos comestíveis são regularmente consumidos pela população local e vendidos nos
centros urbanos, como os frutos do pequi (Caryocar brasiliense) e o buriti (Mauritia flexuosa) (MMA,
s/d(b)).
Contudo, inúmeras espécies de plantas e animais correm risco de extinção. Estima-se que
20% das espécies nativas e endêmicas já não ocorram em áreas protegidas e que pelo menos 137
espécies de animais que ocorrem no Cerrado estão ameaçadas de extinção. Nas três últimas
décadas, o Cerrado vem sendo degradado pela expansão da fronteira agrícola brasileira. Além
disso, o bioma Cerrado é palco de uma exploração extremamente predatória de seu material
lenhoso para produção de carvão (MMA, s/d(b)).
O Cerrado é classificado como um hotspot de biodiversidade (item 2.4), porém, apesar do
reconhecimento de sua importância biológica o Cerrado é a região que possui a menor
porcentagem de áreas sob proteção integral. O Bioma apresenta 8,21% de seu território legalmente
protegido por unidades de conservação; desse total, 2,85% são unidades de conservação de
proteção integral e 5,36% de unidades de conservação de uso sustentável, incluindo RPPNs (MMA,
s/d(b)).
Além dos aspectos ambientais, o Cerrado tem grande importância social. Muitas populações
sobrevivem de seus recursos naturais, incluindo etnias indígenas, geraizeiros, ribeirinhos,
babaçueiras, vazanteiros e quilombolas que também fazem parte do patrimônio histórico e cultural
brasileiro, e detêm um conhecimento tradicional de sua biodiversidade (MMA, s/d(b)).
3.2.3. Caatinga
O bioma Caatinga ocupa uma área de cerca de 844.453 km², o equivalente a 10% do
território nacional e é o único bioma exclusivamente brasileiro. Sua vegetação é um mosaico de
arbustos espinhosos e florestas sazonalmente secas, e, apesar de ocupar uma região semiárida, é
extremamente heterogênea.
Tabela 4. Área do Bioma Caatinga
Fonte: SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013
28
*Em relação à área do Brasil.
Rico em biodiversidade, o bioma abriga 178 espécies de mamíferos, 591 de aves, 177 de
répteis, 79 espécies de anfíbios, 241 de peixes e 221 abelhas. Cerca de 27 milhões de pessoas
vivem na região, a maioria carente e dependente dos recursos do bioma para sobreviver (MMA,
s/d(c)). A biodiversidade da caatinga ampara diversas atividades econômicas voltadas para fins
agrosilvopastoris e industriais, especialmente nos ramos farmacêutico, de cosméticos, químico e de
alimentos (SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013).
Apesar da sua importância, o bioma tem sido desmatado de forma acelerada, devido
principalmente ao consumo de lenha nativa, explorada de forma ilegal e insustentável, para fins
domésticos e indústrias, ao sobrepastoreio e a conversão para pastagens e agricultura (SERVIÇO
FLORESTAL BRASILEIRO, 2013).
3.2.4. Pampa
O Pampa está restrito ao estado do Rio Grande do Sul, onde ocupa uma área de 176.496
km². Isto corresponde a 63% do território estadual e a 2,07% do território brasileiro (MMA, s/d(d)).
Tabela 5. Área do bioma Pampa
Fonte: SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013
*Em relação à área do Brasil.
A estrutura da vegetação dos campos – se comparada à das florestas e das savanas – é
mais simples e menos exuberante, mas não menos relevante do ponto de vista da biodiversidade e
dos serviços ambientais. Ao contrário: os campos têm uma importante contribuição no sequestro de
carbono e no controle da erosão, além de serem fonte de variabilidade genética para diversas
espécies que estão na base de nossa cadeia alimentar (MMA, s/d(d)).
29
Por ser um conjunto de ecossistemas muito antigos, o Pampa apresenta flora e fauna
próprias e grande biodiversidade, ainda não completamente descrita pela ciência. Estimativas
indicam valores em torno de 3000 espécies de plantas, com notável diversidade de gramíneas, são
mais de 450 espécies. Nas áreas de campo natural, também se destacam as espécies de compostas
e de leguminosas (150 espécies) como a babosa-do-campo, o amendoim-nativo e o trevo-nativo.
Nas áreas de afloramentos rochosos podem ser encontradas muitas espécies de cactáceas. Entre as
várias espécies vegetais típicas do Pampa vale destacar o Algarrobo (Prosopis algorobilla) e o
Nhandavaí (Acacia farnesiana) arbusto cujos remanescentes podem ser encontrados apenas no
Parque Estadual do Espinilho, no município de Barra do Quaraí (MMA, s/d(d)).
Em relação às áreas naturais protegidas no Brasil o Pampa é o bioma que menor tem
representatividade no Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), representando
apenas 0,4% da área continental brasileira protegida por unidades de conservação. Atualmente,
esse bioma sofre forte pressão sobre seus ecossistemas, com introdução de espécies forrageiras e
com a atividade pecuária (MMA, s/d(d)).
3.2.5. Pantanal
O bioma Pantanal é considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do planeta.
Este bioma continental é considerado o de menor extensão territorial no Brasil, entretanto este
dado em nada desmerece a exuberante riqueza que o referente bioma abriga. A sua área
aproximada é 150.355 km², ocupando assim 1,76% da área total do território brasileiro. Em seu
espaço territorial o bioma, que é uma planície aluvial, é influenciado por rios que drenam a bacia do
Alto Paraguai. O Pantanal sofre influência direta de três importantes biomas brasileiros: Amazônia,
Cerrado e Mata Atlântica. Além disso, sofre influência do bioma Chaco (nome dado ao Pantanal
localizado no norte do Paraguai e leste da Bolívia) (MMA, s/d(e)).
Tabela 6. Área do bioma Pantanal
Fonte: SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013
*Em relação à área do Brasil.
30
O bioma Pantanal mantêm 86,77% de sua cobertura vegetal nativa. A vegetação não
florestal (savana [cerrado], savana estéptica [chaco], formações pioneiras e áreas de tensão
ecológica ou contatos florísticos [ecótonos e encraves]) é predominante em 81,70% do bioma.
Desses, 52,60% são cobertos por savana (cerrado) e 17,60% são ocupados por áreas de transição
ecológica ou ecótonos. Os tipos de vegetação florestais (floresta estacional semi-decidual e floresta
estacional decidual) representam 5,07% do Pantanal. A maior parte dos 11,54% do bioma
alterados por ação antrópica é utilizada para a criação extensiva de gado em pastos plantados
(10,92%); apenas 0,26% é usado para lavoura (MMA, s/d(e)).
Uma característica interessante desse bioma é que muitas espécies ameaçadas em outras
regiões do Brasil persistem em populações avantajadas na região, como é o caso do tuiuiú – ave
símbolo do Pantanal. Estudos indicam que o bioma abriga os seguintes números de espécies
catalogadas: 263 espécies de peixes, 41 espécies de anfíbios, 113 espécies de répteis, 463 espécies
de aves e 132 espécies de mamíferos sendo 2 endêmicas. Segundo a Embrapa Pantanal, quase
duas mil espécies de plantas já foram identificadas no bioma e classificadas de acordo com seu
potencial, e algumas apresentam vigoroso potencial medicinal (MMA, s/d(e)).
Apesar de sua beleza natural exuberante o bioma vem sendo muito impactado pela ação
humana, principalmente pela atividade agropecuária, especialmente nas áreas de planalto
adjacentes do bioma (MMA, s/d(e)).
Assim como a fauna e flora da região são admiráveis, há de se destacar a rica presença das
comunidades tradicionais como as indígenas, quilombolas, os coletores de iscas ao longo do Rio
Paraguai, comunidade Amolar e Paraguai Mirim, dentre outras. No decorrer dos anos essas
comunidades
influenciaram
diretamente
na
formação
cultural
da
população
pantaneira.
Apenas 4,4% do Pantanal encontra-se protegido por unidades de conservação, dos quais 2,9%
correspondem a UCs de proteção integral e 1,5% a UCs de uso sustentável (apenas RPPNs, no
Pantanal, até o momento) (MMA, s/d(e)).
4. A MATA ATLÂNTICA
4.1.
Importância da Mata Atlântica
Originalmente a Mata Atlântica cobria quase 1,5 milhão km2, 16% do território brasileiro. Ela
também cobria parte do território paraguaio e argentino. Além disso, a Mata Atlântica tinha
conexões com outros biomas sul-americanos, como a Amazônia e os Andes Tropicais (WWF, 2013),
como mostra a Figura 5.
31
Figura 9. Formação original da Mata Atlântica
Fonte: Imagem de satélite da NASA
A grande extensão longitudinal e latitudinal garantiu uma alta variação de condições
climáticas e ecológicas. Por exemplo, em áreas da costa brasileira a taxa pluvial é de mais de 4.000
mm por ano, enquanto que no interior do continente essa taxa fica em torno de 1.000 mm anuais
(WWF, 2013).
Tais condições permitem que a Mata Atlântica seja considerada atualmente como um dos
mais ricos conjuntos de ecossistemas em termos de biodiversidade do planeta e abriga uma enorme
variedade de mamíferos, aves, peixes, insetos, répteis, árvores, fungos e bactérias.
Estima-se que nesse bioma existam cerca de 20.000 espécies vegetais (cerca de 35% das
espécies existentes no Brasil). Essa riqueza é maior que a de alguns continentes (17.000 espécies
na América do Norte e 12.500 na Europa) e por isso a região da Mata Atlântica é altamente
prioritária para a conservação da biodiversidade mundial (MMA, s/d(f)).
32
Em relação à fauna, os levantamentos mais recentes indicam que a Mata Atlântica abriga
1.020 espécies de aves, 340 espécies de anfíbios e 270 de mamíferos (WWF, 2013).
A riqueza pontual é tão significativa que os dois maiores recordes mundiais de diversidade
de árvores foram registrados na Mata Atlântica: 454 espécies em um único hectare do sul da Bahia
e 476 espécies em amostra de mesmo tamanho na região serrana do Espírito Santo
(CONSERVATION INTERNATIONAL DO BRASIL, s/d).
Outra dado que impressiona é a enorme quantidade de espécies endêmicas, ou seja, que
não podem ser encontradas em nenhum outro lugar do planeta. Estima-se que 40% das espécies
vegetais, 20% dos mamíferos, 19% das aves e 26% dos anfíbios sejam endêmicas (WWF, 2013).
Além de sua rica biodiversidade, a Mata Atlântica presta diversos serviços ao homem e
exerce influência direta na vida de mais de 120 milhões de pessoas (75% da população brasileira),
que vive em seu domínio (WWF, 2013). Seus remanescentes regulam o fluxo dos mananciais e
garantem o abastecimento de água para 60% da população e é responsável pelo sequestro de 2
bilhões de toneladas de CO2 (WWF, 2013). Além disso, asseguram a fertilidade do solo, controlam o
clima, protegem escarpas e encostas das serras. Esta região possui ainda belíssimas paisagens,
paraísos tropicais, cuja proteção é essencial para nossa cultura e para o desenvolvimento
econômico, por meio do turismo e do ecoturismo (INSTITUTO FLORESTAL, 2008).
Dois terços da população brasileira, que vivem em áreas de abrangência da Mata
Atlântica, dependem do provimento de água em quantidade e qualidade, do ciclo de chuvas, da
polinização natural provida por remanescentes de vegetação nativa a plantações agrícolas, da
proteção contra desastres naturais e pestes agrícolas, da beleza cênica para recreação e dos
serviços culturais e espirituais. Mas a Mata Atlântica não beneficia somente a população local e
regional. A sociedade global também se favorece da proteção de recursos genéticos, da beleza
cênica, da proteção de espécies endêmicas, e da mitigação das mudanças climáticas (MMA, 2011).
Por fim, a Mata Atlântica abriga uma grande diversidade cultural, constituída por povos
indígenas, como os Guarani, e outras culturas tradicionais representadas pelos caiçaras,
quilombolas, caipiras e o caboclo ribeirinho. Algumas destas populações vivem em unidades de
conservação de uso direto ou indireto (INSTITUTO FLORESTAL, 2008). Além disso, há também
diversos patrimônios culturais, que podem ser definido como um conjunto de todos os bens,
materiais ou imateriais, que, pelo seu valor próprio, devem ser considerados de interesse relevante
para a permanência e a identidade da cultura de um povo.
33
4.2.
Ecossistemas
Ecossistema pode ser definido como um sistema formado pelos seres vivos e o lugar onde
eles vivem, em perfeito equilíbrio. Exemplo: as plantas retiram nutrientes do solo e energia da luz
do sol; há animais que se alimentam das plantas; esses animais servem de alimento para outros
animais; quando morrem, os seres vivos se decompõem e fornecem nutrientes ao solo, que vão
novamente ser aproveitados pelas plantas – num ciclo de vida em que cada ser tem importância
fundamental (Ministério do Meio Ambiente).
O Bioma Mata Atlântica é composto por diversos ecossistemas. São eles (SERVIÇO
FLORESTAL BRASILEIRO, 2013):
a. Floresta ombrófila densa (floresta pluvial tropical)
A palavra ombrófila tem origem grega e significa "amigo das chuvas", o mesmo que pluvial
de origem latina, e caracteriza uma formação vegetal cujo desenvolvimento depende de regime de
águas pluviais abundantes e constantes. Também conhecida como florestal pluvial tropical; possui
uma vegetação densa em todos os estratos (arbóreo, arbustivo, herbáceo e lianas); ocorre em
regiões onde o período biologicamente seco é praticamente inexistente (SERVIÇO FLORESTAL
BRASILEIRO, 2010).
b. Floresta ombrófila aberta
É uma variação da floresta ombrófila densa, sendo uma formação florestal mais aberta,
onde comumente observam-se combinações de espécies particulares em associações (fasciações ou
fascies); ocorre nas regiões com mais dias secos do que nas regiões onde ocorre Floresta Ombrófila
Densa (SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2010).
c. Floresta ombrófila mista (floresta de araucária)
Caracteriza-se como uma floresta ombrófila, porém com predomínio da espécie Araucaria
angustifolia, e por isso é também conhecida como Mata de Araucária; ocorre onde as chuvas são
regularmente distribuídas ao longo do ano e as temperaturas são mais baixas em relação às outras
regiões com formações ombrófilas (SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2010).
d. Vegetação com influência marinha ou fluviomarinha (mangue e restinga)
34
A vegetação com influência fluviomarinha ou manguezal é uma formação também
conhecida como floresta de alagados litorâneos. A maior concentração desta vegetação situa-se na
desembocadura de rios e/ou canais onde ocorre o encontro das águas doces com as águas
salgadas (EMBRAPA, 2011a).
A vegetação denominada de influência marinha, também chamada de vegetação de
restinga. É uma vegetação relativamente pouco densa com árvores em torno de 10 a 12 metros de
altura, troncos finos, ramificação geralmente baixa, caules às vezes tortuosos e copas irregulares e
por vezes compreendendo áreas abertas onde se desenvolve uma vegetação conhecida como
campo de restinga com presença marcante de gramíneas (EMBRAPA, 2011b).
e. Floresta estacional decidual
É também denominada Floresta Tropical Caducifólia. Sua vegetação caracteriza-se por duas
estações climáticas bem demarcadas: uma chuvosa seguida de outro longo período biologicamente
seco, onde a maior parte das espécies perde suas folhas (SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO,
2010), conforme indicado pelo nome da formação (decidual ou caducifólia).
f.
Floresta estacional semidecidual
É também denominada Floresta Tropical Subcaducifólia. Apresenta vegetação condicionada
pela dupla estacionalidade climática: uma tropical com época de intensas chuvas de verão, seguida
por estiagem acentuada e outra subtropical sem período seco, mas com seca fisiológica provocada
pelo intenso frio do inverno, quando parte da vegetação perde suas folhas (SERVIÇO FLORESTAL
BRASILEIRO, 2010). É um ecossistema típico em áreas de transição entre os biomas Mata Atlântica
e Cerrado.
g. Estepe arborizada
Vegetação submetida à dupla estacionalidade, uma fisiológica, provocada pelo frio das
frentes polares e outra seca, mais curta, com déficit hídrico; apresenta composição florística
gramíneo-lenhosa. Ocorre em regiões próximas aos polos ou regiões que apresentem homologia
ecológica (IBGE, 2012).
h. Savana estépica florestada e arborizada (caatinga arbórea)
No Brasil, o termo designa formações vegetais como a Caatinga, Campos de Roraima,
Chaco Sul-Mato-Grossense e Parque de Espinilho da Barra do Rio Quaraí (RS); vegetação tropical
35
de características estépicas (vide Estepe). Ocorre em regiões com clima que se caracteriza por
dupla estacionalidade (IBGE, 2012).
i.
Savana florestada (cerradão)
No Brasil, é sinônimo de Cerrado; caracteriza-se por vegetação xeromorfa (adaptada a
regiões com pouca água) que ocorre preferencialmente em regiões de clima estacional, podendo
ocorrer também em clima ombrófilo (IBGE, 2012).
j.
Ecótono (zona de transição)
Este contato entre tipos de vegetação com estruturas fisionômicas semelhantes é impossível
de ser detectado no mapeamento por simples fotointerpretação. Também é muito difícil separar ou
identificar este contato, mesmo quando os tipos de vegetação envolvidos apresentam estruturas
fisionômicas diferentes. Também é muito difícil separar ou identificar este contato, mesmo quando
os tipos de vegetação envolvidos apresentam estruturas fisionômicas diferentes (IBGE, 2012).
k. Vegetação secundária
Vegetação que surge após uma intervenção humana para o uso da terra, seja com
finalidade mineradora, agrícola ou pecuária, descaracterizando a vegetação primária. Assim sendo,
essas áreas, quando abandonadas, reagem diferentemente de acordo com o tempo e a forma de
uso da terra, refletindo os parâmetros ecológicos do ambiente (IBGE, 2012).
l.
Reflorestamento
Áreas de reflorestamento, usualmente das espécies Eucalyptus e Pinus (IBGE, 2012).
36
Figura 10. Formações vegetais do bioma Mata Atlântica
Fonte: FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA, 2013
4.3.
Aspectos históricos e a sua degradação
Durante 500 anos a Mata Atlântica propiciou lucro fácil ao colonizador europeu e seus
descendentes. Ainda no século XVI, ato contínuo ao descobrimento, já foi iniciada a extração
predatória do pau-brasil, marcando o início da destruição da Mata Atlântica. Outras madeiras de
alto valor para a construção civil, naval e mobiliária como, sucupiras, canelas, canjaranas,
jacarandás, araribás, louro, cedro, peroba, e vinhático, também foram intensamente exploradas.
37
Igualmente os animais silvestres rapidamente transformaram-se em souvenirs preciosos
exibidos nos jardins e salões europeus. A este modelo predatório de exploração da natureza somouse o sistema de concessão de sesmarias, originando uma combinação altamente destrutiva para a
Mata Atlântica. Destruir, passar a propriedade adiante e receber outra era um excelente negócio
(INSTITUTO FLORESTAL, 2008).
O Brasil é o único país no mundo a herdar seu nome de uma árvore. Durante muitos
anos, o Pau-Brasil, uma árvore da Mata Atlântica, foi fonte de riqueza para os portugueses, que
extraíam dela um pigmento vermelho, muito utilizado para tingir tecidos. Hoje sua madeira ainda
é utilizada para fabricação de violinos, mas a árvores está ameaçada de extinção (MMA, 2014).
Outras grandes investidas como o ciclo da cana-de-açúcar estimularam a destruição Mata
Atlântica, não apenas para abrir espaço para os canaviais, mas também para alimentar as
construções dos engenhos e as fornalhas da indústria do açúcar. No século XVIII, as jazidas de
ouro atraíram para o interior um grande número de portugueses, levando novos desmatamentos
estendidos até os limites com o Cerrado, para a implantação de agricultura e pecuária. No século
seguinte foi o café que estimulou o desmatamento das florestas da região do Vale do Paraíba. As
florestas remanescentes se tornaram alvo dos carvoeiros para alimentar locomotivas e as novas
fornalhas industriais. Na metade do século XX as matas passaram a ser derrubadas para fornecer
matéria-prima para a indústria de papel e celulose (INSTITUTO FLORESTAL, 2008).
Em São Paulo, nos anos 1940, a construção da via Anchieta dinamizou a implantação do
Polo Petroquímico de Cubatão, sendo esse mais um vetor de pressão negativa. Na década de 1950
veio a construção da Rodovia dos Tamoios, que alavancou o desenvolvimento turístico e as
primeiras pressões de especulação imobiliária no litoral norte, que com a abertura da Rodovia RioSantos (BR 101) na década de 70 vem sofrendo uma verdadeira invasão humana (INSTITUTO
FLORESTAL, 2008). Além disso, em 1974 ocorreu a construção da Rodovia que liga Paraty a
Ubatuba e em 1985 a que liga Bertioga a São Sebastião, contribuindo ainda mais para o turismo na
região.
DEVASTAÇÃO DE FLORESTAS
A devastação das florestas tem causado diversos prejuízos para a humanidade. A redução do habitat
tem levado diversas espécies à extinção. Para ter uma ideia, desde o século 16 o homem já erradicou 322
38
espécies de vertebrados no mundo. Até então, apenas uma em cada 10 milhões de espécies desapareciam
no período de um ano. Esse número aumentou mil vezes. Atualmente 100 em milhão são eliminadas
atualmente, de acordo com um estudo da Universidade de Standford, na Califórnia (ESTADÃO
SUSTENTABILIDADE, 2014).
No Brasil, uma espécie criticamente ameaçada é a onça pintada, restando apenas 250 animais na
Mata Atlântica, o que representa uma redução de 80% nos últimos 15 anos (TURTELLI, 2014). Com a
fragmentação do território, as onças acabam cruzando entre si e enfraquecendo a espécie (ESTADÃO
SUSTENTABILIDADE, 2014).
A onça pintada é uma espécie de topo da cadeia alimentar. De acordo com estudo publicado na
revista Science1, a perda de espécies no topo da cadeia alimentar pode representar um dos maiores
impactos da ação humana nos ecossistemas terrestres, afetando os mais variados aspectos do como o clima,
a perda de hábitats, poluição, sequestro de carbono, espécies invasoras e até mesmo a propagação de
doenças (AGÊNCIA FAPESP, 2011). Segundo Morato, a extinção da onça pintada pode significar o fim da
Mata Atlântica. O felino é predador de herbívoros, como veados e capivaras e sua falta poderá ocasionar um
grande desiquilíbrio ambiental (TURTELLI, 2014). A Figura abaixo estima a posição dos indivíduos da espécie
na Mata Atlântica.
Figura 11. Onde está a onça?
1
O artigo Trophic Downgrading of Planet Earth (doi:10.1126/science.1205106), de James Estes e
outros, pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencemag.org.
39
Fonte: TURTELLI, 2014
A extinção também gera prejuízos econômicos. Nos Estados Unidos, por exemplo, a redução de 40%
do número de abelhas levou a um prejuízo da ordem de US$ 2 bilhões nos últimos 6 anos (ESTADÃO
SUSTENTABILIDADE, 2014).
O livro “A Ferro e Fogo” (1996), de Warren Dean, aprofunda o tema e conta com detalhe a
história e a devastação da Mata Atlântica Brasileira.
4.4.
Trilhas indígenas e caminho dos Tropeiros
Do ponto de vista histórico, o emaranhado de trilhas que havia na Serra do Mar era de
movimentações de indígenas que, sazonalmente, desciam e subiam a Serra. Os caminhos dos
indígenas seguiam o caminha já traçado pelas antas, espécie animal característica da região.
Quando se deu o início da colonização brasileira estas trilhas auxiliaram na expansão territorial
40
portuguesa (RESSURREIÇÃO, 2002) e na comunicação e comércio entre as recém-formadas vilas.
Era primordial a qualquer vila estabelecer relações comerciais para a sua sobrevivência.
Durante os séculos XVII e XVIII, as trilhas serviram para o transporte de ouro, diamantes
das Minas Gerais aos portos do Litoral, como o de Ubatuba e São Sebastião, e que, na volta, as
tropas traziam além dos mantimentos para as Minas, o sal que era artigo escasso na época
(ASSOCIAÇÃO
LAR
TERRA
DE
RESGATE
CULTURAL
E
EDUCAÇÃO
AMBIENTAL,
2013).
Posteriormente, as trilhas também serviram o escoamento do café.
Muitas dessas trilhas ainda podem ser percorridas, onde é possível visualizar estruturas e
elementos da época. No Parque Estadual Serra do Mar, há, por exemplo, a Rota Dória e a Trilha
dos Tropeiros, que serão vistas adiante.
4.5.
A Mata Atlântica e a situação atual
Do período colonial aos dias de hoje, as florestas da Mata Atlântica no Brasil foram
reduzidas a aproximadamente 11,7% de sua cobertura original. A grande parte dos remanescentes
está isolada em um mosaico juntamente com vegetação secundária, reflorestamento, pastagens a
lavouras. A pressão continua pela expansão urbana e da agricultura, além de outras ameaças
consequências da presença humana como a caça e extração de madeira (WWF, 2013).
Tabela 7. Área do Bioma Mata Atlântica
Fonte: SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO, 2013
*Em relação à área do Brasil.
Atualmente, a Mata Atlântica conta com 1.010 áreas protegidas, sendo 331 unidades de
proteção integral e 679 unidades de uso sustentável (Ministério do Meio Ambiente, 2014). Além
41
disso, há diversas terras indígenas, algumas inclusive com superposição com unidades de
conservação, o que ajuda também na conservação dos recursos naturais.
Essa quantidade de unidades de conservação no Bioma mostra que as áreas protegidas não
são suficientes para assegurar a resiliência2 do bioma no longo prazo. Uma grande parte dos
fragmentos remanescentes está localizada em terras privadas, portanto são necessárias iniciativas
socioambientais para fomentar a criação de novas Reservas Particulares do Patrimônio Natural
(RPPNs) e garantir a preservação da Mata Atlântica. Atividades como o turismo e o manejo de
produtos florestais não madeireiros também são importantes opções para a conservação e o uso
sustentável da floresta fora das áreas protegidas (WWF, 2013).
Apesar de pouco representativas na área total do bioma, a criação de áreas protegidos
diminuiu a aceleração da taxa de desmatamento anual da Mata Atlântica, como é possível perceber
no gráfico abaixo.
Gráfico 1. Taxa de desmatamento anual da Mata Atlântica e média exponencial
Fonte: FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA, 2013
4.6.
Comunidades indígenas remanescentes – Os Guarani
Os Guarani vêm da família Tupi-Guarani, origem de diversas etnias indígenas presentes na
América Meridional. Uma antiga tese afirma que os Tupi-Guarani formaram, muito antes da
presença inicial dos europeus em território indígena, um só povo que se localizava as margens do
2
Resiliência significa voltar ao estado normal, e é um termo oriundo do latim resiliens. Resiliência
possui diversos significados para a área da psicologia, administração, ecologia e física. Resiliência é a
capacidade de voltar ao seu estado natural, principalmente após alguma situação crítica e fora do comum. No
contexto da ecologia, a resiliência é a aptidão de um determinado sistema que lhe permite recuperar o
equilíbrio depois de ter sofrido uma perturbação. Este conceito remete para a capacidade de restauração de
um sistema. A noção de resiliência ambiental ficou conhecida a partir de 1970, graças ao trabalho do famoso
ecologista canadiano C. S. Holling (SIGNIFICADOS.COM.BR, s/d).
42
Médio Paraná-Paraguai, de onde, tempos depois, empreenderam uma grande migração que tomaria
três direções: um dos ramos subiria o litoral atingindo a foz do Amazonas; outro ramo estendera-se
para o noroeste; o terceiro desceria os cursos dos rios Tapajós, Madeira e Uaicali (Itanhaém, s/d).
Os Tupi-Guarani do litoral brasileiro ficaram conhecidos, à época da colonização, como
Tupinambá, Tamoio, Tupiniquim, Carijó, Caeté, Tabajara, Potiguara, Guajajara, etc.. No Brasil,
habitam três grupos Guarani de dialetos e fundamentos culturais diferenciados: os Ñandeva (maior
população em território brasileiro); os Mbyá (a maioria das aldeias do litoral de São Paulo, Rio de
Janeiro e Espírito Santo) e os Kaiguá (maior presença no Sul de Mato Grosso do Sul) (ITANHAÉM,
s/d).
No território brasileiro, as rotas de penetração dos Mbyá foram iniciadas pelo Rio Grande do
Sul, vindos da Argentina, viajaram pela costa brasileira e mais tarde formaram os aldeamentos de
Rio Branco (SP); de Boa Esperança (ES) e Boa Vista (SP). Outra rota partiu do Paraguai, atingindo o
estado do Paraná, formando vários aldeamentos (Palmeirinha, Rio das Cobras, etc..), que foram
responsáveis também pela população de alguns aldeamentos em São Paulo e Rio de Janeiro
(ITANHAÉM, s/d).
Atualmente, no bioma da Mata Atlântica no Estado de São Paulo, as terras indígenas somam
42.137,7336 hectares onde vive uma população de aproximadamente 2.260 índios (COMISSÃO
PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013). No Parque Estadual Serra do Mar existem terras indígenas da
etnia Guarani reconhecidas pelo Governo Federal, como as aldeias de Boa Vista do Sertão do PróMirim, Guarani do Aguapeú, Bananal/Peruíbe, Ribeirão Silveira, Rio Branco (do Itanhaém) e
Tenondé Porã (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013).
Já no Estado de São Paulo vivem, segundo o censo 2010, 41.981 índios (IBGE, 2010). As
terras indígenas estão localizadas em diversas regiões do estado, havendo uma concentração no
litoral e no Vale do Ribeira. A maior população nessas terras é do povo Guarani Mbya e TupiGuarani (Ñandeva) (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013).
Algumas unidades de conservação, entre elas o Parque Estadual Serra do Mar, possuem
sobreposição com algumas terras indígenas, como mostra a tabela abaixo.
Figura 12. Sobreposição Terras Indígenas e Unidades de Conservação
43
Fonte: COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013
Figura 13. Sobreposição com o Parque Estadual Serra do Mar
Fonte: COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013
4.7.
A Serra do Mar e sua geomorfologia
Do ponto de vista geológico a região de estudo é predominantemente constituída por rochas
de idade Pré-Cambriana, que estão inseridas no contexto da Faixa Ribeira. É composta por
conjuntos litológicos variados, marcados por uma evolução tectonometamórfica distinta, separados
por zonas de cisalhamento transcorrentes dextrais, definindo uma estruturação regional de direção
NE-SW (STARZYNSKI, 2014).
Do ponto de vista geomorfológico a paisagem física da Serra do Mar pode ser
compartimentada em três grandes domínios de: Planaltos, Escarpas e Planícies Litorâneas. O
Domínio dos Planaltos situa-se nos flancos norte e ocidental da Serra do Mar (onde as altimetrias
alcançam mais de 1.200 m) e limita-se aos setores de relevo inferiores, nos níveis de 800 a 900 m;
os processos denudacionais são predominantes, implicando em ambiente de alta energia. O
44
Domínio das Escarpas consiste em uma faixa de encostas com vertentes abruptas; geralmente suas
formas caracterizam-se por espigões digitados (interflúvios formando promontórios) intercalados a
anfiteatros
côncavos
e
paredões
retilíneos.
Os
processos
denudacionais
também
são
predominantes, implicando igualmente em ambiente de alta energia. O Domínio das Planícies
Litorâneas abrange todo o litoral da área de estudo; esta zona compreende a porção delimitada
pela linha do litoral, que demarca o contato entre as águas e as terras e varia com as amplitudes de
maré, e a linha de costa, e se estende até o sopé da escarpa da Serra do Mar, compreendendo
formações recentes (desde o Pleistoceno), nas quais é predominante o processo de acumulação
(STARZYNSKI, 2014).
A região da Serra do Mar possui solos que se diferenciam em função do compartimento da
paisagem em que se encontram. Geralmente os solos são mais rasos na região da escarpa sobre
granitos, pouco profundos a profundos no planalto sobre gnaisses e mais profundos na planície
litorânea sobre sedimentos predominantemente marinhos e fluviais. Os Cambissolos são os solos
mais comuns, ocorrendo no planalto, escarpa, e nas planícies fluviais; os Latossolos encontram-se
nas baixas vertentes das escarpas, nos coluviões e no planalto; os Argissolos ocorrem no planalto,
em declives variados, na escarpa, em vertentes de relevo forte ondulado e montanhoso; os
Neossolos Litólicos são encontrados em pendentes bem inclinadas do relevo; os Gleissolos
encontram-se nas zonas de inundação dos principais rios, sobre sedimentos fluviais e continentais e
os
Organossolos
ocorrem
em
áreas
abaciadas,
nas
depressões
da
planície
litorânea
permanentemente encharcada (STARZYNSKI, 2014).
45
Figura 14. Formação geológica da Serra do Mar
Fonte: SERVIÇO GEOLÓGICO DO PARANÁ, s/d
Figura 15. As etapas de evolução da Serra do Mar
Fonte: SERVIÇO GEOLÓGICO DO PARANÁ, s/d
46
5. UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
As Unidades de Conservação (UCs) são espaços territoriais e marinhos detentores de
atributos naturais e culturais de especial relevância para a manutenção do equilíbrio ecológico. São
áreas protegidas, pois têm um papel fundamental na proteção e preservação do meio ambiente.
Algumas categorias de Unidades de Conservação protegem também o patrimônio históricocultural e as práticas e o modo de vida das populações tradicionais, permitindo o uso sustentável
dos recursos naturais (WWF, 2008).
Para a população humana, as UCs contribuem especialmente para (WWF, 2008):

Regulação da quantidade e qualidade de água para consumo;

Fertilidade dos solos e estabilidade das encostas (relevo);

Equilíbrio climático e manutenção da qualidade do ar;

Alimentos saudáveis e diversificados;

Base para produção de medicamentos para doenças atuais e futuras;

Áreas verdes para lazer, educação, cultura e religião;

Fornecer matéria-prima para tudo o que se possa imaginar.
Outro aspecto positivo das UCs é o fato de que elas promovem a geração de renda e
estimulam o desenvolvimento local, apoiando programas de turismo sustentável, criação de
cooperativas de ecoprodutos, entre outros, além de incentivarem atividades de pesquisa científica e
processos educativos (WWF, 2008).
5.1.
Unidades de Conservação no mundo
As florestas sempre foram vistas como fontes de riqueza e de sobrevivência para o ser
humano. Desde a Antiguidade diversos povos isolavam áreas para a proteção da natureza com
finalidades diversas, seja por questões culturais, religiosas, esportivas ou políticas (WWF, 2008).
A Rússia, por exemplo, tinha florestas consideradas sagradas. Reservas reais de caça já
aparecem nos registros históricos assírios de 700 AC. Os romanos já se preocupavam em manter
reservas de madeira que visavam à construção de navios, dentre outros produtos. Na Índia,
reservas reais de caça foram estabelecidas no século III (INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL, s/d).
Apesar disso, o surgimento do atual modelo de "áreas naturais protegidas" ocorreu nos
EUA, devido ao problema da grande expansão urbana e agrícola sobre as áreas naturais. Em 1872
foi criada a primeira área institucionalmente protegida, o Parque Nacional de Yellowstone (WWF,
2008).
47
Posteriormente, diversos países começaram a criar suas áreas protegidas nos mesmos
moldes: em 1885, o Canadá criou seu primeiro parque nacional, a Nova Zelândia o fez em 1894, e
a África do Sul e a Austrália, em 1898. Na América Latina, o México criou sua primeira área
protegida em 1894; a Argentina, em 1903 e o Chile em 1926 (INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL, s/d).
No entanto, cinquenta anos depois da criação da primeira área natural protegida, ainda não
havia uma definição aceita mundialmente sobre os objetivos dos parques nacionais. Assim, em
1933 foi realizada, em Londres, a Convenção para a Preservação da Flora e Fauna. Nessa ocasião,
definiram-se três características dos parques nacionais:
1) Áreas controladas pelo poder público;
2) Áreas para a preservação da fauna e flora, objetos de interesse estético, geológico e
arqueológico, onde a caça é proibida; e
3) Áreas de visitação pública.
Já em 1959, foi elaborada pelas Nações Unidas a primeira lista dos parques nacionais e
reservas equivalentes. A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), uma das
mais importantes organizações internacionais dedicadas à conservação dos recursos naturais,
estabeleceu, no ano seguinte, a Comissão de Parques Nacionais e Áreas Protegidas, com o intuito
de promover, monitorar e orientar o manejo destes espaços (INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL, s/d).
Em 1992, na Venezuela, ocorreu o 4º Congresso Mundial de Parques Nacionais, onde foi
estabelecido um conjunto de categorias de áreas protegidas, logo depois adotado, em 1994, pela
IUCN e que vigora até os dias de hoje (INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL, s/d). São elas:

Categoria Ia - Reserva natural estrita: área natural protegida, que possui algum
ecossistema excepcional ou representativo, característica geológicas ou fisiológicas e/ou
espécies disponíveis para pesquisa científica e/ou monitoramento ambiental.

Categoria Ib - Área de vida selvagem: área com suas características naturais pouco ou
nada modificadas, sem habitações permanentes ou significativas, que é protegida e
manejada para preservar sua condição natural.

Categoria II - Parque nacional: área designada para proteger a integridade ecológica de
um ou mais ecossistemas para a presente e as futuras gerações e para fornecer
oportunidades recreativas, educacionais, científicas e espirituais aos visitantes desde que
compatíveis com os objetivos do parque.

Categoria III - Monumento natural: área contendo elementos naturais – eventualmente
associados com componentes culturais – específicos, de valor excepcional ou único,
dada sua raridade, representatividade, qualidades estéticas ou significância cultural.

Categoria IV - Área de manejo de habitat e espécies: área sujeita a ativa intervenção
para o manejo com finalidade de assegurar a manutenção de habitats que garantam as
necessidades de determinadas espécies.
48

Categoria V - Paisagem protegida: área onde a interação entre as pessoas e a natureza
ao longo do tempo produziu uma paisagem de características distintas com valores
estéticos, ecológicos e/ou culturais significativos e, em geral, com alta diversidade
biológica.

Categoria VI – Área protegida para manejo dos recursos naturais: área abrangendo
predominantemente sistemas naturais não modificados, manejados para assegurar
proteção e manutenção da biodiversidade, fornecendo, concomitantemente, um fluxo
sustentável de produtos naturais e serviços que atenda as necessidades das
comunidades.
A IUCN disponibiliza uma ferramenta interativa de todas as unidades de conservação do
mundo e suas principais informações, como localização e espécies nativas. A ferramenta é gratuita
e está disponível no link http://www.protectedplanet.net/.
5.2.
Unidades de Conservação no Brasil
No Brasil, a primeira área protegida foi criada em 1911, pelo então Presidente da República,
Hermes da Fonseca. A Reserva Florestal do Acre, como foi chamada, foi instituída com o propósito
de conter a devastação desordenada das matas, que estava produzindo efeitos sensíveis e
desastrosos, entre eles alterações climáticas (INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL, s/d).
No entanto, a criação do primeiro Parque Nacional ocorreu apenas em 1937. O Parque
Nacional de Itatiaia fica localizado entre os estados de MG e RJ e foi criado com o objetivo de
incentivar a pesquisa científica e oferecer lazer às populações urbanas. Logo em seguida, em 1939,
foram criados os Parques de Iguaçu e Serra dos Órgãos (WWF, 2008).
Em 1965 o Brasil teve um grande avanço em sua legislação e instituiu, pela lei n° 4.771, o
Novo Código Florestal Brasileiro (WWF, 2008). O Código previa a definição de espaços a serem
protegidos, como as áreas de preservação permanente (APP) a reserva legal.
As APPs constituem áreas protegidas, cobertas por vegetação nativa ou reflorestada, com a
função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a
biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, além de proteger o solo e assegurar o bem-estar
das populações humanas. Ela não pode ser explorada.
Já a reserva legal é uma área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural
necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos
ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora nativas. A
Reserva Legal não se confunde com as Áreas de Preservação Permanente, uma vez que nela é
permitida a exploração econômica de forma sustentável.
49
O Brasil continuou avançando em sua legislação ambiental e em 1981 instituiu a sua Política
Nacional de Meio Ambiente. Em 1988 foi promulgada a Constituição Federal Brasileira, que
assegura a todos, em seu artigo 225, um “meio ambiente ecologicamente equilibrado” e impõe ao
Poder Público o dever de defendê-lo e preservá-lo. Assim, um dos instrumentos que ela aponta
para o cumprimento desse dever é a “definição de espaços territoriais e seus componentes a serem
especialmente protegidos”, ou seja, indica que o Poder Público deve criar áreas protegidas e
garantir que elas contribuam para a existência de um “meio ambiente ecologicamente equilibrado”
(INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL, s/d).
A partir dessa base constitucional, o país concebeu um Sistema Nacional de Unidades de
Conservação (SNUC), ou seja, um conjunto de unidades de conservação (UC) federais, estaduais e
municipais. O processo de elaboração e negociação desse Sistema durou mais de dez anos e foi
institucionalizado apenas em 2000, pela Lei nº 9.985/2000 (INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL, s/d).
O SNUC é composto por 12 categorias de UC, cujos objetivos específicos se diferenciam
quanto à forma de proteção e usos permitidos: aquelas que precisam de maiores cuidados, pela sua
fragilidade e particularidades, e aquelas que podem ser utilizadas de forma sustentável e
conservadas ao mesmo tempo (INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL, s/d).
Assim, as 12 categorias estão divididas em dois grupos: unidades de proteção integral e
unidades de uso sustentável. As Unidades Proteção Integral visam à preservação da natureza em
áreas com pouca ou nenhuma atividade humana e admitem apenas o uso indireto dos seus
recursos naturais. Já as de Uso Sustentável têm como objetivo a harmonia entre conservação da
natureza e utilização de seus recursos em benefício da comunidade local. A exploração do ambiente
é permitida desde que, como o próprio nome indica, seja feita de forma sustentável (WWF, 2008).
As tabelas abaixo apresentam todas as unidades, seus objetivos e usos.
Tabela 8. Unidades de Proteção Integral
Categoria
Objetivo
Uso
Estações
Ecológicas
Preservar e pesquisar.
Pesquisas científicas, visitação pública com
objetivos educacionais.
Reservas
Biológicas
(REBIO)
Preservar a biota (seres vivos) e
demais atributos naturais, sem
interferência humana direta ou
modificações ambientais.
Pesquisas científicas, visitação pública com
objetivos educacionais.
Parque
Nacional
(PARNA)
Preservar ecossistemas naturais de
grande relevância ecológica e beleza
cênica.
Pesquisas científicas, desenvolvimento de
atividades de educação e interpretação
ambiental, recreação em contato com a
50
natureza e turismo ecológico.
Monumentos
Naturais
Refúgios de
Vida Silvestre
Preservar sítios naturais raros,
singulares ou de grande beleza
cênica.
Proteger ambientes naturais e
assegurar a existência ou
reprodução da flora ou fauna.
Visitação pública.
Pesquisa científica e visitação pública.
Fonte: WWF, s/d
Tabela 9. Unidades de Uso Sustentável
Categoria
Característica
Objetivo
Uso
Área de
Proteção
Ambiental (APA)
Área extensa, pública ou
privada, com atributos
importantes para a
qualidade de vida das
populações humanas locais.
Proteger a biodiversidade,
disciplinar o processo de
ocupação e assegurar a
sustentabilidade do uso
dos recursos naturais.
Área de
Relevante
Interesse
Ecológico (ARIE)
Área de pequena extensão,
pública ou privada, com
pouca ou nenhuma
ocupação humana, com
características naturais
extraordinárias.
Manter os ecossistemas
naturais e regular o uso
admissível dessas áreas.
São estabelecidas
normas e restrições
para a utilização de uma
propriedade privada
localizada em uma APA.
Respeitados os limites
constitucionais, podem
ser estabelecidas
normas e restrições
para utilização de uma
propriedade privada
localizada em uma
ARIE.
Floresta
Nacional
(FLONA)
Reserva
Extrativista
(RESEX)
Área de posse e domínio
público com cobertura
vegetal de espécies
predominantemente
nativas.
Área de domínio público
com uso concedido às
populações extrativistas
tradicionais.
Uso múltiplo sustentável
dos recursos florestais
para a pesquisa científica,
com ênfase em métodos
para exploração
sustentável de florestas
nativas.
Proteger os meios de vida
e a cultura das populações
extrativistas tradicionais, e
assegurar o uso
sustentável dos recursos
naturais.
Visitação, pesquisa
científica e manutenção
de populações
tradicionais.
Extrativismo vegetal,
agricultura de
subsistência e criação
de animais de pequeno
porte. Visitação pode
ser permitida.
51
Reserva de
Fauna (REFAU)
Reserva de
Desenvolvimento
Sustentável
(RDS)
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural (RPPN)
Área natural de posse e
domínio público, com
populações animais
adequadas para estudos
sobre o manejo econômico
sustentável.
Área natural, de domínio
público, que abriga
populações tradicionais,
cuja existência baseia-se
em sistemas sustentáveis
de exploração dos recursos
naturais.
Área privada, gravada com
perpetuidade.
Preservar populações
animais de espécies
nativas, terrestres ou
aquáticas, residentes ou
migratórias.
Pesquisa científica.
Preservar a natureza e
assegurar as condições
necessárias para a
reprodução e melhoria dos
modos e da qualidade de
vida das populações
tradicionais.
Exploração sustentável
de componentes do
ecossistema. Visitação e
pesquisas científicas
podem ser permitidas.
Conservar a diversidade
biológica.
Pesquisa científica,
atividades de educação
ambiental e turismo.
Fonte: WWF, s/d
Atualmente, o Brasil tem 1860 unidades de conservação em área continental e 151 em área
marinha, conforme a tabela abaixo.
Tabela 10. Unidades de conservação brasileiras por bioma
52
Fonte: MMA, 2014b
Tabela 11. Número e a área das unidades de conservação que estão em acordo com o SNUC por
tipo (proteção integral e uso sustentável), categoria e esfera (federal, estadual e municipal).
Fonte: (MMA, 2014b)
http://www.mma.gov.br/images/arquivo/80112/CNUC_Biomas_Out14.pdf
De acordo com o Cadastro Nacional de Unidades de Conservação, somente no Estado de
São Paulo há 205 unidades de conservação. A Lista completa pode ser vista no anexo 3.
Em 2012, a lei conhecida como novo Código Florestal foi sancionada (Lei nº 12.651, de 25
de maio de 2012), trazendo alterações que apresentam inúmeras implicações para o
53
encaminhamento das questões que vinculam uso do solo e proteção/recuperação da vegetação
nativa em todo o território brasileiro (GUYOT e CAVALCANTI, 2014).
As figuras abaixo detalham as categorias de APP e de Reserva Legal.
Figura 16. Categorias possíveis de APP dentro de uma propriedade
Fonte: GUYOT e CAVALCANTI,2014
http://www.mma.gov.br/images/arquivo/80112/CNUC_Categorias_Out14.pdf
54
Figura 17. Reserva legal
Fonte: GUYOT e CAVALCANTI, 2014
http://www.copersucar.com.br/pdf/cartillha_-_codigo_florestal.pdf
6. O PARQUE ESTADUAL SERRA DO MAR
6.1.
A criação do parque
O Parque Estadual Serra do Mar (PESM) é a maior área de proteção integral do litoral
brasileiro e o maior parque de toda a Mata Atlântica. Criado em 1977, o parque possui uma
extensão de 332 mil hectares, abrangendo parte de 25 municípios paulistas, desde a divisa com o
Rio de Janeiro até o litoral sul do Estado de São Paulo (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO,
2013).
Figura 18. Núcleos do Parque Estadual Serra do Mar
55
O Parque Estadual Serra do Mar foi criado através do Decreto n° 10.251/1977, na época da
construção da BR 101 – Rodovia Rio Santos, que abriu o litoral ao desenvolvimento do turismo
(Fundação Florestal, 2007) e ampliado em 2010 pelo Decreto nº. 56.572/2010 (ASSEMBLEIA
LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2010).
Segundo o Decreto n° 10.251, “o Parque Estadual Serra do Mar foi criado com a finalidade
de assegurar integral proteção à flora, à fauna, às belezas naturais, bem como para garantir sua
utilização a objetivos educacionais, recreativos e científicos e caracteriza-se por ser uma Unidade de
Conservação de Proteção Integral”. Algumas comunidades tradicionais também foram incluídas nos
seus limites para evitar sua expulsão gradual ou violenta, como ocorreu em outras regiões da Mata
Atlântica (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2007).
6.2.
A importância do Parque Estadual Serra do Mar
Atualmente, o Parque é considerado um polo de concentração das atenções de toda
comunidade científica, ONG’s, governos, empresas privadas e demais setores da sociedade, em
função da preocupação com a preservação da Mata Atlântica e da necessidade de aprofundamento
dos conhecimentos sobre a fauna e a flora regionais. A região apresenta ainda características
histórico-culturais valiosas, mantidas pelas comunidades tradicionais e também por meio de
registros dos diversos momentos da ocupação humana na Serra do Mar (INSTITUTO FLORESTAL,
2008).
A contribuição do Parque é clara para a sustentabilidade da vida, especialmente nos núcleos
urbanos localizados em seu entorno. Ele presta diversos serviços ecossistêmicos para a sociedade.
Suas florestas, além da constituição de belezas cênicas e paisagens notáveis, preservam nascentes
e cabeceiras de rios formadores das bacias hidrográficas do Paraíba do Sul e Tietê, e mananciais
56
que abastecem diversos municípios por onde passa como Baixada Santista, Litoral Norte e Litoral
Sul, beneficiando milhões de habitantes (INSTITUTO FLORESTAL, 2008).
Contribuem também amenizando o clima, oferecendo a estabilização das encostas dando
melhor proteção aos moradores de áreas críticas, propiciando espaços para recreação, lazer e
visitação pública e a proteção e a conservação da sua rica biodiversidade (INSTITUTO FLORESTAL,
2008), composta por 468 espécies de aves (SCHUNCK, 2015), 111 de mamíferos, 144 de anfíbios e
46 de répteis (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Específico em relação a aves, das 468 espécies de aves, 142 são endêmicas da Mata
Atlântica (Bencke et al., 2006), 39 espécies estão ameaçadas no estado de São Paulo (São Paulo,
2014), 12 espécies estão ameaçadas a nível nacional (MMA, 2014) e 52 espécies ameaçadas
globalmente (IUCN, 2012). Em relação à lista das aves do PESM elaborada em 2006 (Buzzetti,
2006), 14 espécies foram retiradas por falta de documentação ou por estar fora da sua área de
ocorrência, 109 espécies foram adicionadas por serem registros recentes ou por não terem sido
compiladas anteriormente e 359 espécies permaneceram sem alterações. A avifauna do PESM está
dividida atualmente da seguinte maneira entre os dez núcleos administrativos: Curucutu (365),
Bertioga (353), Padre Dória (314), Picinguaba (308), Caraguatatuba (296), Cunha (274), Santa
Virgínia (256), Itutinga-Pilões (230), Itariru (165) e São Sebastião (162). (SCHUNCK, 2015). A lista
completa de todas as aves pode ser vista no anexo 4.
Segundo dados do Governo do Estado de São Paulo/Secretaria do Meio Ambiente/SMA, o
Parque contribui para a conservação de 19% do total de espécies de vertebrados de todo o país e
46% de toda a Mata Atlântica, além de proteger 39% de anfíbios, 40% de mamíferos e 23% de
répteis do bioma (Mata Atlântica) (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Além disso, das 200 espécies exclusivas ou endêmicas da Mata Atlântica, 131 ocorrem no
PESM e 42 estão ameaçadas de extinção, como a jacutinga, o macuco, o papagaio-de-cara-roxa, o
papagaio-chaua, a sabiá-cica e o gavião-pombo-grande (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Por outro lado, a localização do PESM o torna vulnerável em função, principalmente, das
pressões de urbanização e das atividades econômicas, decorrentes da mais populosa região do
país, a cidade São Paulo e seu entorno (Grande São Paulo), bem como da Baixada Santista, pólo
industrial de Cubatão e o Litoral Norte, com altas taxas de crescimento populacional. Dentre os
principais impactos estão: implantação de pastagens, reflorestamentos, extrações ilegais,
agricultura, moradias e infraestrutura de base, como rodovias, linhas de transmissão, dutos,
ferrovias, torres, etc. (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
57
6.3.
Núcleos, macrorregiões e municípios abrangidos
Devido a sua imensa área e as diversas pressões que sofre, o parque é gerenciado por meio
de núcleos administrativos. Esses núcleos configuram um mosaico de situações diversas,
caracterizadas em função do uso do solo, das várias regiões abrangidas e dos programas de
manejo desenvolvidos ou potenciais, demandando uma atuação diferenciada da administração,
considerando ainda o domínio das terras, que são públicas ou estão em diversos estágios de
regularização fundiária (Plano de Manejo). Atualmente o parque conta com 10 núcleos, distribuídos
tanto em áreas litorâneas, como de planalto.
6.3.1. Macrorregiões do Estado de São Paulo
As principais macrorregiões onde eles estão presentes são: Região Metropolitana de São
Paulo, Região Metropolitana da Baixada Santista, Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral
Norte, além do Vale do Ribeira. Os municípios abrangidos pelo PESM dentro de casa região estão
destacados em negrito e itálico.
Região Metropolitana de São Paulo
A Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) é composta por 39 municípios. Foi instituída
pela Lei Complementar Federal nº 14, de 1973, e disciplinada pela Lei Complementar Estadual nº
94, de 1974. No entanto, sua existência legal e política dependia da aprovação de uma lei estadual
específica, de acordo com as regras da Constituição Federal de 1988, que atribuiu aos Estados a
responsabilidade pela criação das regiões metropolitanas (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO,
s/d(a)).
O Projeto de Lei Complementar nº 6, de 2005, aprovada no dia 13 de junho de 2011, pela
Assembleia Legislativa, criou a RMSP preenchendo definitivamente o vazio institucional existente na
mais importante concentração urbana do país. A nova lei busca promover o planejamento regional
para o desenvolvimento socioeconômico e a melhoria da qualidade de vida, a proteção do meio
ambiente, a integração do planejamento e da execução de funções públicas de interesse comum e
a redução das desigualdades sociais e regionais (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, s/d(a)).
A RMSP é o maior pólo de riqueza nacional. O Produto Interno Bruto (PIB) atingiu em 2011
R$ 760.044,16, o que corresponde a cerca de 56% do total do Estado (SEADE, 2014). Os
municípios que compõem a RMSP são: Arujá, Barueri, Biritiba-Mirim, Caieiras, Cajamar,
Carapicuíba, Cotia, Diadema, Embu das Artes, Embu-Guaçu, Ferraz de Vasconcelos, Francisco
58
Morato, Franco da Rocha, Guararema, Guarulhos, Itapevi, Itapecerica da Serra, Itaquaquecetuba,
Jandira, Juquitiba, Mairiporã, Mauá, Mogi das Cruzes, Osasco, Pirapora do Bom Jesus, Poá,
Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Salesópolis, Santa Isabel, Santana de Parnaíba, Santo
André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São Lourenço da Serra, São Paulo,
Suzano, Taboão da Serra e Vargem Grande Paulista (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO,
s/d(a)).
Tabela 12. Dados da Região Metropolitana de São Paulo
Território e População
Ano
RMSP
Estado
Área (Em km2)
2014
7.946,84
248.223,21
População
2014
20.284.891
42.673.386
Densidade Demográfica (Habitantes/km2)
2014
2.552,57
171,92
Taxa Geométrica de Crescimento Anual da População –
2010/2014
2014
0,78% a.a.
0,87% a.a.
Grau de Urbanização
2014
98,86%
96,21%
Habitação e Infraestrutura Urbana
Ano
RMSP
Estado
Coleta de Lixo – Nível de Atendimento
2010
99,67%
99,66%
Abastecimento de Água – Nível de Atendimento
2010
98,29%
97,91%
Esgoto Sanitário – Nível de Atendimento
2010
87,98%
89,75%
Economia
Ano
RMSP
Estado
PIB (Em milhões de reais correntes)
2011
760.044,16
1.349.465,14
PIB per Capita (Em reais correntes)
2011
38.348,15
32.454,91
Participação no PIB do Estado
2011
56,32%
-
Fonte: SEADE, 2014
Região Metropolitana da Baixada Santista
A Região Metropolitana da Baixada Santista foi criada mediante Lei Complementar Estadual
815, em 30 de julho de 1996, tornando-se a primeira região metropolitana brasileira sem status de
capital estadual (ANPM, 2014).
A região abrange 2.419,93 quilômetros quadrados (corresponde a menos de 1% da
superfície do estado de São Paulo). É a 15ª região metropolitana mais populosa do Brasil, com uma
59
população de cerca de 1.731.403 de moradores fixos (SEADE, 2014). Nos períodos de férias, acolhe
igual número de pessoas, que se instalam na quase totalidade em seus municípios.
A região atingiu um PIB de R$ 52.364,70 em 2011, o que corresponde a 4% do total do
Estado (SEADE, 2014). Os municípios abrangidos pela região são: Bertioga, Cubatão, Guarujá,
Itanhaém, Monguagá, Peruíbe, Praia Grande, Santos e São Vicente.
Tabela 13. Dados da Região Metropolitana da Baixada Santista
Território e População
Ano
RM Baixada
Santista
Estado
Área (Em km2)
2014
2.419,93
248.223,21
População
2014
1.731.403
42.673.386
Densidade Demográfica (Habitantes/km2)
2014
715,48
171,92
Taxa Geométrica de Crescimento Anual da População –
2010/2014
2014
1,02% a.a.
0,87% a.a.
Grau de Urbanização
2014
99,81%
96,21%
Habitação e Infraestrutura Urbana
Ano
RM Baixada
Santista
Estado
Coleta de Lixo – Nível de Atendimento
2010
99,42%
99,66%
Abastecimento de Água – Nível de Atendimento
2010
96,59%
97,91%
Esgoto Sanitário – Nível de Atendimento
2010
75,14%
89,75%
Economia
Ano
RM Baixada
Santista
Estado
PIB (Em milhões de reais correntes)
2011
52.364,70
1.349.465,14
PIB per Capita (Em reais correntes)
2011
31.183,51
32.454,91
Participação no PIB do Estado
2011
3,88%
-
Fonte: SEADE, 2014
Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte
A Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte foi criada pela lei complementar
estadual 1166, de 9 de janeiro de 2012. É uma das quatro regiões metropolitanas do estado
brasileiro de São Paulo. É formada pela união de 39 municípios agrupados em cinco sub-regiões
(GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, s/d (b)). São elas (EMPLASA, s/d):
1. Caçapava, Igaratá, Jacareí, Jambeiro, Monteiro Lobato, Paraibuna, Santa Branca e São
José dos Campos.
60
2. Campos do Jordão, Lagoinha, Natividade da Serra, Pindamonhangaba, Redenção da
Serra, Santo Antônio do Pinhal, São Bento do Sapucaí, São Luiz do Paraitinga, Taubaté
e Tremembé.
3. Aparecida, Cachoeira Paulista, Canas, Cunha, Guaratinguetá, Lorena, Piquete, Potim e
Roseira.
4. Arapeí, Areias, Bananal, Cruzeiro, Lavrinhas, Queluz, São José do Barreiro e Silveiras.
5. Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba.
A região possui uma área de 16.192,77 km², uma população de 2,3 milhões de habitantes,
que corresponde a 5,5% do Estado de São Paulo. A região está estrategicamente situada entre as
duas Regiões Metropolitanas mais importantes do País: São Paulo e Rio de Janeiro. Além disso,
destaca-se nacionalmente por intensa e diversificada atividade econômica. Como forma um
quadrilátero entre as cidades de Santos, Campinas, São Paulo e São José dos Campos, a chamada
Macrometrópole Paulista abriga dois terços da população paulista. A região concentra 82,7% do PIB
estadual e, aproximadamente, 27,7% do nacional (EMPLASA, s/d).
A produção industrial é altamente desenvolvida, predominando os setores automobilístico,
aeronáutico, aeroespacial e bélico nos municípios localizados no eixo da Rodovia Presidente Dutra,
as atividades portuárias e petroleiras no Litoral Norte e o turismo na Serra da Mantiqueira, litoral e
cidades históricas (EMPLASA, s/d).
A região caracteriza-se, ainda, por importantes reservas naturais, como as Serras da
Mantiqueira, da Bocaina e do Mar e pelas fazendas de valores histórico e arquitetônico. Além do
mais, é o segundo maior produtor de leite do País – atividade que sustenta grande parte da
população rural dos pequenos municípios. Na agricultura, a produção tradicional é a cultura de
arroz nas várzeas do Rio Paraíba (EMPLASA, s/d).
Tabela 14. Dados da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte
Território e População
Ano
RM Vale do
Paraíba e
Litoral Norte
Estado
Área (Em km2)
2014
16.192,77
248.223,21
População
2014
2.358.600
42.673.386
Densidade Demográfica (Habitantes/km2)
2014
145,66
171,92
Taxa Geométrica de Crescimento Anual da População –
2010/2014
2014
1,05% a.a.
0,87% a.a.
Grau de Urbanização
2014
94,39%
96,21%
Fonte: SEADE, 2014
61
Vale do Ribeira
O Vale do Ribeira está localizado no sul do estado de São Paulo e norte do estado do
Paraná, abrangendo a Bacia Hidrográfica do Rio Ribeira de Iguape e o Complexo Estuarino Lagunar
de Iguape-Cananéia-Paranaguá. Possui uma área de 2.830.666 hectares distribuídos integralmente
em 31 municípios (22 paulistas e 9 paranaenses) e
parcialmente em outros 21 municípios no
Paraná e 18 em São Paulo (QUILOMBOS DO RIBEIRA, 2011). Sua população é de 481.224
habitantes, de acordo com o Censo do IBGE de 2000.
As cidades do Estado de São Paulo são: Apiaí, Barra do Chapéu, Barra do Turvo, Cajati,
Cananéia, Eldorado, Iguape, Ilha Comprida, Iporanga, Itaoca, Itapirapuã Paulista, Itariri,
Jacupiranga, Juquiá, Juquitiba, Miracatu, Pariquera-Açu, Pedro de Toledo, Registro, Ribeira,
São Lourenço da Serra, Sete Barras, Tapiraí. Já os do Estado do Paraná são:
Adrianópolis,
Bocaiúva do Sul, Cerro Azul, Doutor Ulysses, Itaperuçu, Rio Branco do Sul e Tunas do Paraná.
A região destaca-se pelo alto grau de preservação de suas matas e por grande diversidade
ecológica, possuindo áreas preservadas de Mata Atlântica, Restingas e Manguezais. Em contraste a
este valioso patrimônio ambiental, o Vale do Ribeira é historicamente uma das regiões mais pobres
dos estados de São Paulo e Paraná. Seus municípios possuem índices de desenvolvimento humano
inferiores às respectivas médias estaduais, assim como os graus de escolaridade, emprego e renda
de suas populações menores do que os de outras populações paulistas e paranaenses (QUILOMBOS
DO RIBEIRA, 2011).
Os principais ciclos econômicos que se instalaram no Vale do Ribeira ao longo da história
foram a exploração aurífera, a partir do século 17, e de outros minérios até décadas recentes, e as
culturas do arroz, do café, do chá e da banana. Estes ciclos transformaram o Vale do Ribeira em
fornecedor de recursos naturais de baixo custo, explorados sem qualquer respeito ao patrimônio
ambiental e cultural e sem geração de benefícios para a população residente. A principal cultura
atualmente é a da banana, seguida da carne bovina, do tomate e da tangerina (QUILOMBOS DO
RIBEIRA, 2011).
6.3.2. Municípios abrangidos
O PESM abrange 25 municípios paulistas, como pode ser visto nas tabelas abaixo.
62
Tabela 15. Municípios abrangidos pelo PESM por núcleo
Núcleo
Municípios abrangidos
Bertioga
Bertioga e Biritiba Mirim
Caraguatatuba
Caraguatatuba, Paraibuna, Natividade da Serra
Cunha
Cunha e Ubatuba
Curucutu
Juquitiba, São Paulo, Itanhaém, Mongaguá e São Vicente
Padre Dória
Salesópolis, Paraibuna e Biritiba-Mirim
Itariru
Peruíbe, Pedro de Toledo, Juquitiba
Itutinga Pilões
Mogi das Cruzes, São Bernardo do Campo, Santo André,
São Paulo, Cubatão, Santos, Praia Grande
Picinguaba
Ubatuba
Santa Virgínia
São Luiz do Paraitinga, Natividade da Serra, Cunha,
Ubatuba e Caraguatatuba.
São Sebastião
São Sebastião
Fonte: (INSTITUTO FLORESTAL, 2008)
Tabela 16. Áreas aproximadas dos municípios abrangidas pelo PESM
Município
Área aproximada dos
municípios Abrangidos pelo
PESM (ha)
% da Área Total
do Município
Bertioga
24.060
50%
Biritiba Mirim
5.702
14%
Caraguatatuba
35.947
78%
Cubatão
7.389
50%
Cunha
11.042
8%
Itanhaém
21.095
37%
Juquitiba
2.942
5%
Mogi das Cruzes
287
0,4%
Mongaguá
3.773
28%
Natividade da
Serra
8.522
10%
Paraibuna
4.866
7%
Pedro de Toledo
41.607
66%
Peruíbe
6.697
21%
Praia Grande
4.532
31%
Salesópolis
8.084
19%
63
Santo André
414
2%
Santos
12.694
47%
11.691
28%
7.728
11%
São Paulo
6.934
2%
São Sebastião
28.393
59%
São Vicente
8.408
58%
Ubatuba
54.271
80%
São Bernardo do
Campo
São Luiz do
Paraitinga
Fonte: (INSTITUTO FLORESTAL, 2008)
6.4.
Plano de Manejo
O plano de manejo é um documento elaborado a partir de diversos estudos, incluindo
diagnósticos do meio físico, biológico e social, sua elaboração é essencial para guiar a gestão de
uma UC. Ele estabelece as normas, restrições para o uso, ações a serem desenvolvidas e manejo
dos recursos naturais da UC, seu entorno e, quando for o caso, os corredores ecológicos a ela
associados. Estes planos podem também incluir a implantação de estruturas físicas dentro da UC,
visando minimizar os impactos negativos, garantir a manutenção dos processos ecológicos e
prevenir a simplificação dos sistemas naturais (INSTITUTO FLORESTAL, 2008).
Uma das ferramentas mais importantes do plano de manejo é o zoneamento da UC, que a
organiza espacialmente em zonas sob diferentes graus de proteção e regras de uso. O plano de
manejo também inclui medidas para promover a integração da UC à vida econômica e social das
comunidades vizinhas, o que é essencial para que implementação da UC seja mais eficiente. É
também neste documento que as regras para visitação são elaboradas (INSTITUTO FLORESTAL,
2008).
O Plano de Manejo do PESM foi aprovado em 2006. Caracteriza-se por ser um plano
inovador, pela sua característica de documento estratégico, elaborado a partir de uma abordagem
que procurou selecionar temas, atividades e ações que fossem consideradas prioritárias para a
utilização dos recursos materiais, humanos e financeiros disponíveis, identificando as áreas de
concentração de esforços necessários às soluções (INSTITUTO FLORESTAL, 2008).
Ele foi elaborado por meio de um processo multidisciplinar, participativo e contou com o
levantamento e a análise de dados primários e secundários de fauna, flora, pressões e ameaças
64
causadas pela ocupação humana, turismo, educação ambiental, patrimônio cultural, recursos
hídricos, gestão administrativa e gestão financeira do Parque (INSTITUTO FLORESTAL, 2008).
Para conhecer o Plano de Manejo do PESM, acesse o link: http://fflorestal.sp.gov.br/planosde-manejo/planos-de-manejo-planos-concluidos/
7. NÚCLEOS
7.1.
Núcleo Bertioga
7.1.1. História
Em 2010, o Núcleo Bertioga surgiu ao ser destacado da área do Núcleo Itutinga Pilões, o
que foi considerado como um marco para a conservação da Mata Atlântica na região, uma vez que
o Núcleo era grande demais e a gestão raramente atuava em Bertioga.
Atulamente, o Núcleo Bertioga compreende uma área de 29.945 mil hectares, incluindo a
área da planície de Bertioga, que corresponde ao trecho litorâneo paulista mais preservado de Mata
Atlântica (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Adjacente ao Núcleo Bertioga, encontra-se outra unidade de conservação – o Parque
Estadual da Restinga de Bertioga - criada também em 2010 e que abriga rica diversidade de
ambientes, como dunas, praias, rios, florestas, mangues e uma variada vegetação de restinga, nos
quais vivem animais raros e ameaçados de extinção (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Ambos as
unidades possuem o mesmo gestor, potencializando a preservação na região.
O Núcleo Bertioga abrange dois municípios paulistas: Bertioga e Biritiba Mirim. Seu nome é
o mesmo da cidade de Bertioga, que antes da chegada de Portugueses, era chamada pelos índios
de “Buriquioca” que na língua Tupi tem como significado Morada dos Macacos Buriquis
(buriqui/muriqui - Brachyteles arachnoides: macaco grande; oca: morada) (BERTIOGASP, 2014).
A História de Bertioga
A história de Bertioga começa oficialmente a partir de 1532, quando Martin Afonso de
Souza, nomeado por Portugal, Governador Geral da Costa, aportou seus navios na entrada do Canal
de Bertioga, palco de árduas lutas de portugueses e seus aliados tupiniquins contra os tupinambás.
Ao chegar no Brasil, fundou a Capitania de São Vicente (a qual pertencia Bertioga), com sede onde
hoje é a nova cidade de Santos. Sua missão na Capitania era defender as missões portuguesas dos
65
ataques dos índios e colonizar a região. Naquela época introduziu a cana-de-açúcar como meio
sustentável para que a Capitania prosperasse (JORNAL DA BAIXADA, s/d).
Nessa mesma ocasião, os índios tupinambás (aliados aos franceses) que dominavam a
região de Ubatuba, não queriam a presença dos colonizadores portugueses, uma vez que Martin
Afonso já veio a mando da Coroa Portuguesa. Por outro lado, os portugueses contavam com o
auxílio dos índios tupiniquins, fixados na região de Bertioga à Itanhaém. As duas tribos eram
inimigas mortais (JORNAL DA BAIXADA, s/d).
Neste mesmo ano, João Ramalho teria vindo à cidade a fim de verificar a possibilidade de
estabelecer no local uma fortificação para defender São Vicente dos ataques tamoios. Assim como
em vários pontos da costa brasileira, aqui foram construídas as paliçadas de um fortim. Essa
paliçada primitiva daria origem ao que é hoje o cartão postal de Bertioga: o Forte São João. A
fortaleza, considerada a mais antiga ainda erguida no Brasil, é um patrimônio histórico, tombado
pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1940 (BERTIOGASP, s/d).
Uma das figuras mais importantes para a história de Bertioga foi, sem dúvida, o artilheiro
alemão Hans Staden, que deixou gravado várias observações a respeito da terra, fauna, flora e
civilizações indígenas locais. Hans Staden fez duas viagens ao Brasil. Na primeira, em 1547, foi
nomeado condestável do Forte São Felipe que, juntamente com o Forte São João de Bertioga, era
responsável pela defesa da Vila de São Vicente. Capturado pelos tupinambás, permaneceu
prisioneiro entre eles por cerca de nove meses. Foi também de Bertioga que, em 1565, Estácio de
Sá e sua esquadra saíram para fundar a cidade do Rio de Janeiro (BERTIOGASP, s/d).
Bertioga foi, até 1943, região livre e soberana. A história da dominação santista tem início
em 1944, quando o então governador do Estado, Ademar de Barros, decretou a anexação de todo
litoral norte a Santos. Em 1946, a prefeitura de Santos elevou Bertioga à condição de subprefeitura.
No fim da década de 70, o desenvolvimento da região intensificou-se, devido à abertura das
estradas Mogi-Bertioga e Rio-Santos. Em 1991, realizou-se o plebiscito que confirmaria a autonomia
do Distrito, transformando-o num dos mais novos municípios paulistas. Realizada a primeira eleição
em 1992, Bertioga consolidava sua autonomia, elegendo seu primeiro prefeito (BERTIOGASP, s/d).
7.1.2. Patrimônio Cultural
A Trilha do Itapanhaú era um caminho histórico que ligava o Planalto (Mogi das Cruzes) ao
Litoral (Bertioga). A trilha ainda conserva vestígios do traçado original, como trechos do caminho
construído com pedras, além da Casa de Pedra, antigo casarão sede de uma fazenda inglesa que
foi erguido em 1805 e restaurado no ano de 1916 (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
66
7.1.3. Comunidades tradicionais
No Parque Estadual Serra do Mar existem terras indígenas da etnia Guarani reconhecidas
pelo Governo Federal, como as aldeias de Boa Vista do Sertão do Pró-Mirim, Guarani do Aguapeú,
Bananal/Peruíbe, Ribeirão Silveira, Rio Branco (do Itanhaém) e Tenondé Porã.
No Núcleo Bertioga há a Terra Indígena Ribeirão Silveira, que abrange também os
municípios de Bertioga, São Sebastião e Salesópolis com uma área de 8.500 hectares (COMISSÃO
PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013) e também tem superposição de terras com o Núcleo São
Sebastião. Essa aldeia conta com aproximadamente 400 membros do povo guarani que mantêm a
tradição viva através da dança, da música, do artesanato e da agricultura (SECRETARIA DE
CULTURA E TURISMO, s/d).
7.1.4. Ecossistema
O Núcleo Bertioga está inserido no bioma Mata Atlântica e tem como ecossistemas Floresta
Ombrófila Densa de Terras Baixas e Floresta Ombrófila Densa Submontana e Montana (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
7.1.5. Fauna e Flora
O Núcleo apresenta uma fauna característica da Mata Atlântica, com a presença de animais
como a Onça-Parda, Anta, Lontra, Cateto, Queixada, Gambá, Paca, Macuco, Jacutinga, Caracoleiro,
Araponga, etc. (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Em relação à flora, a região tem uma grande quantidade plantas epífitas, ou seja, espécies
que costumam usar as árvores ou rochas como suporte para obter mais luz, umidade e nutrição e
são características do continente americano, principalmente nas regiões tropicais, como as
bromélias e orquídeas.
LONTRA (Lontra longicaudis)
As lontras são animais de médio porte. Atingem de 53,0 cm 80,0 cm de comprimento. Possuem
corpo alongado, com uma pelagem densa formada por uma camada interna de pelos mais finos e
macios e outra externa de pelos mais longos e rígidos, com uma coloração predominantemente
marrom e na região da garganta um pouco mais clara. Possuem uma longa cauda, que utiliza de
leme quando estão na água. São animais solitários e com hábitos predominantemente diurnos,
67
porém podem ser vistos durante a noite. São semiaquáticos, abrigando-se em tocas feitas por eles
as margens dos rios. Alimentam-se de peixes, crustáceos, moluscos e ocasionalmente de
mamíferos e aves. Distribuem-se do México ao Uruguai. No Brasil habitam quase todo território
nacional, onde as condições dos corpos d’água são propicias para a espécie (ViaRondon, 2011).
CACHORRO-DO-MATO (Cerdocyon thous)
Animais de médio porte da mesma família dos cães domésticos (Canidae) chegando a atingir de
60 cm a 70 cm de comprimento na fase adulta. Sua pelagem varia do cinzento ao castanho, com
faixas de pêlos pretos da nuca até a cauda. Possui hábitos noturnos e costumam andar em pares
ou em grupos familiar na hora da caça. Alimentam-se de frutos, pequenos vertebrados, insetos,
peixes, crustáceos e carniça. No Brasil habitam os biomas Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica e
Pantanal (ViaRondon, 2011).
JAGUATIRICA (Leopardus pardalis mitis)
A jaguatirica tende a ser a espécie de felino de pequeno-médio porte dominante nas áreas de
cobertura vegetal mais densa, especialmente nas úmidas. O gradiente altitudinal vai desde o nível
do mar até 3.800 m. É um táxon de porte médio, com corpo esbelto, cabeça e patas grandes e
cauda pouco curta, caracterizada pela presença de rosetas abertas que coalescem, formando
bandas longitudinais, numa pelagem de fundo amarelo-ocráceo. O comprimento médio da cabeça
e do corpo varia entre 67 e 101,5 cm, enquanto o da cauda é de 30 a 44,5 cm e o peso médio fica
em torno entre 8 a 15,1 kg.
O período de gestação varia entre 70 e 85 dias, após o qual nascem de 1 a 4 filhotes. O potencial
reprodutivo máximo de uma fêmea de sete anos, em vida livre, é de 5 a 7 filhotes. São solitários
e noturnos. A área do macho engloba, normalmente, a área de duas a três fêmeas. Carnívora,
possui um consumo médio de presas na natureza é de cerca de 700 g (OLIVEIRA et al., 2008).
PACA (Cuniculus paca)
A paca (Cuniculus paca) é considerada uma espécie Guarda-chuva e Cinegéticas para o Parque
Estadual Serra do Mar (TAMOIOS INTELIGÊNCIA GEOGRÁFICA, 2011). É um animal de hábitos
noturnos, terrestres, territoriais e de comportamento solitários. Habita áreas florestadas e tocas
feitas em barrancos ou rochas. Vivem sempre próximo a cursos d´água, podendo imergir em
busca de refugio contra predadores. Possuem hábito alimentar herbívoro e é dieta a base de
frutos e brotos (Reis, Peracchi, Pedro, & Lima, 2011). Essa espécie não consta da lista Nacional
nem da global de espécies ameaçadas, porém é considerada quase ameaçada regionalmente no
estado de São Paulo (IUCN, 2011); (MMA, 2008); (SECRETARIA DO MEIO AMBIENTAL DO
ESTADO DE SÃO PAULO, 2009); (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
GAMBÁ (Didelphis aurita)
Também chamado de saruê, são animais de médio porte apresentando de 35,5 cm a 45 cm de
comprimento. Pelagem de coloração negra ou grisalha onde na região da face apresenta uma
coloração mais esbranquiçada. As fêmeas dessa espécie possuem marsúpio, uma bolsa situada na
parte ventral do animal, onde os embriões completam o desenvolvimento, agarrados a um mamilo
para a sucção do leite materno. Possuem hábitos noturnos e solitários. Essa espécie adapta-se
muito bem a vários ambientes vivendo até mesmo em grandes centros urbanos. Alimentam-se de
pequenos mamíferos, invertebrados, aves, répteis, sementes e frutos (ViaRondon, 2011).
68
BROMÉLIAS
As bromélias têm grande importância na manutenção da biodiversidade da fauna na Mata
Atlântica, já que a disposição de suas folhas em roseta forma um reservatório onde se acumulam
água e matéria orgânica, criando microhabitats para muitos organismos (STEINER et al., 2006).
Vários animais como Bicho-preguiça (Bradypus variegatus), Bugio (Alouatta guariba), Quatis
(Nasua nasua), além de diversas espécies de aves, se utilizam dos vasos de bromélias como
bebedouro, como recurso alimentar, ou ainda, como fonte de alimento, por funcionarem como
habitat e área de reprodução de insetos e pererecas, os quais são procurados aí por predadores
como as serpentes (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Uma espécie típica de bromélia encontrada no núcleo é a Bromélia-zebra (Aechmea sp.)
No núcleo também é possível observar espécies pioneiras indicadoras, como o Manacá da
serra (Tibouchina mutabilis Cogn. - Melastomataceae), Embaúba (Cecropia pachystachya Trécul. –
Urticaceae). As espécies pioneiras são aquelas que iniciam o processo de regeneração natural da
floresta quando a cobertura florestal sofreu algum tipo de interferência (FUNDAÇÃO FLORESTAL,
2013).
MANACÁ DA SERRA (Tibouchina mutabilis)
O manacá da serra é uma planta pioneira e tolerante à luminosidade direta. Tem como
característica flores com cores diversas e que mudam de coloração, indo do branco ao roxo
passando pelo rosa, e que costuma florir entre os meses de Novembro e Fevereiro. Pode atingir
até 12 metros de altura, com diâmetro de seu tronco de 30 centímetros. Suas folhas são rijas e a
frutificação costuma a ocorrer em fevereiro-Março. Normalmente a dispersão das sementes ocorre
pelo vento (anemocoria). O manacá da serra é muito utilizado para paisagismo. Além disso,
fornece madeira para a construção civil (SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE DE SÃO PAULO, s/d).
EMBAÚBA (Cecropia pachystachya Trécul)
A embaúba é uma espécie pioneira, ou seja, aquelas que iniciam o processo de regeneração
natural da floresta quando a cobertura florestal sofreu algum tipo de interferência, pois sua
semente necessita de elevada luminosidade para germinar.
Seu tamanho é de 4 a 7 m de altura com tronco de até 25 cm de diâmetro. Possui folhas de
superfície superior áspera e inferior com “pêlos” microscópicos, o que dá uma aparência de
penugem esbranquiçada; sua raiz é escora. A floração ocorre em setembro e outubro, com
polinização realizada por abelhas. Já a frutificação é em junho e a dispersão é realizada por
animais (zoocórica), como o Bicho-preguiça, Macaco-bugio, Morcegos e Aves, encontrados no
núcleo. As formigas utilizam seu caule oco como abrigo e sua seiva como alimento. Em troca,
afugentam predadores herbívoros (mamíferos e aves) que consomem suas folhas e frutos
(FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
69
Lista das principais espécies da fauna e flora
FAUNA:
- AVES: as principais espécies estão listadas abaixo. A lista completa pode ser vista no anexo 4.
 Jaó-Do-Sul (Crypturellus noctivagus)
 Jacutinga (Aburria jacutinga)
 Gavião-Pombo-Pequeno (Amadonastur lacernulatus)
 Gavião-Pombo-Grande (Pseudastur polionotus)
 Gavião-Pega-Macaco (Spizaetus tyrannus)
 Gavião-Pato (Spizaetus melanoleucus)
 Caburé-Miudinho (Glaucidium minutissimum)
 Bacurau-Tesoura-Gigante (Hydropsalis forcipata)
 Choquinha-Pequena (Myrmotherula minor)
 Choquinha-Cinzenta (Myrmotherula unicolor)
 Maria-Leque-Do-Sudeste (Onychorhynchus swainsoni)
 Patinho-Gigante (Platyrinchus leucoryphus)
 Não-Pode-Parar (Phylloscartes paulista)
 Saí-De-Pernas-Pretas (Dacnis nigripes)
 Pixoxó (Sporophila frontalis)
 Cigarra-Verdadeira (Sporophila falcirostris)
 Cais-Cais (Euphonia chalybea)
Fonte: SCHUNCK, 2015
- MAMÍFEROS
●
Jaguatirica (Leopardus pardalis)
●
Paca (Cuniculus paca)
●
Muriqui (Brachyteles arachnoides)
●
Sussuarana (Puma concolor)
●
Lontra (Lontra longicaudis)
●
Macaco-prego-preto (Cebus nigritus)
●
Sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita)
●
Cateto (Pecari tajacu)
●
Queixada (Tayassu pecari)
●
Anta (Tapirus terrestres)
●
Gambá (Didelphis sp)
●
Quati (Nasua nasua)
●
Bugio (Alouatta guariba)
●
Tatu (Dasypus novemcinctus)
●
Veado mateiro (Mazama americana)
●
Cachorro-do-mato (Cerdocyon thous)
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
- ANFÍBIOS E RÉPTEIS
●
Sapinho-de-riacho (Cycloramphus cf. boraceiensis)
●
Rã-de-corredeira (Hylodes phyllodes)
●
Sapo-cururuzinho (Rhinella ornata)
70
●
Rãzinha (Physalaemus sp.);
●
Sapinho-de-riacho na forma jovem (Cycloramphus cf. boraceiensis);
●
Sapo-cururu (Rhinella cf. schneideri)
●
Jararaca (Bothropoides jararaca)
●
Lagarto-camaleão (Enyalius perditus)
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
FLORA:
● Manacá da Serra (Tibouchina mutabilis)
● Embaúba (Cecropia pachystachya)
● Palmito-juçara (Euterpe edulis)
● Figueira-mata-pau (Ficus guaranitica Chodat. – Moraceae),
● Samambaiaçu (Cyathea atrovirens)
● Samambaia-xaxim (Dicksonia sellowiana – Dicksoniaceae)
● Bromélia-zebra (Aechmea sp.)
● Helicônia (Heliconia velloziana)
● Lianas herbáceas (Philodendron sp. – Araceae)
● Samambaia (Thelypteris subg. Meniscium (Thelypteridaceae - Pterophyta)
● Samambaia-do-barranco (Dicranopteris pectinata (Willd.) – Gleicheniaceae)
● Calatéia (Calathea sp. – Marantaceae)
● Gravatá (Nidulariun sp. – Bromeliaceae)
● Licopodium (Lycopodium cernuum Linn. – Lycopodiaceae)
● Jucá (Caesalpinia ferrea Mart. Ex Tul. Var. ferrea – Fabaeae)
● Palmeira-indaiá (Attalea dubia (Mart.) Burret – Arecaceae)
● Brejaúva (Astrocaryum aculeatissimum (Schott) Burret – Arecaceae)
● Erva-de-anta (Psychotria nuda (Cham. and Schltdl.) Wawra – Rubiaceae)
● Camboatá (Cupania sp.)
● Guaricanga (Geonoma elegans Mart. – Arecaceae)
● Bicuíba (Virola bicuhyba– Myristicaceae)
● Jatobá (Hymenaea courbaril)
● Espécies de Orchidaceae e Bromeliaceae
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
- FUNGOS
●
Elevada riqueza de organismos decompositores do grupo dos Basidiomycota.
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
7.1.6. Serviços Ecossistêmicos
O Núcleo Bertioga presta diversos serviços principalmente para a sua comunidade do
entorno:
●
Regulação da qualidade do ar e do clima;
●
Proteção dos morros e encostas;
●
Proteção dos solos;
●
Bem-estar, lazer e turismo;
71
●
Polinização;
●
Recursos hídricos.
O Núcleo ajuda a preservar importantes mananciais de água que formam, juntamente com
outros rios, a Bacia Hidrográfica da Baixada Santista. Assim, todo abastecimento de água de
Bertioga tem origem no PESM. Alguns rios que nascem no Núcleo são: Rio Itapanhaú, principal rio
do município em volume de água, Rio Guaratuba e Rio Itaguaré.
Além disso, a Usina hidrelétrica Itatinga, de propriedade da CODESP (Companhia Docas de
Santos), localizada no sopé da Serra do Mar, produz, com água do rio Itatinga, energia elétrica
suficiente para abastecer praticamente todo o porto de Santos.
7.1.7. Atrativos
O Núcleo Bertioga conta com diversos atrativos naturais, como trilhas, cachoeiras e piscinas
naturais. Os principais atrativos do núcleo são:
Trilha do Itapanhaú
A Trilha do Itapanhaú abrangia uma parte do caminho histórico entre o Planalto (Mogi das
Cruzes) e o Litoral (Bertioga), sendo utilizado para práticas mercantis até a década de 80, quando
foi construída a estrada Mogi-Bertioga (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Sua denominação tem origem indígena, tupi guarani, significando em sua toponímia
“Caminho das Pedras”. Na trilha em meio a Mata Atlântica é possível os vestígios da pavimentação
ainda de pedra. Entre os diversos atrativos, destaca-se (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013):
●
Cachoeira Véu de Noiva: com enormes paredes de rocha em meio à mata atlântica a
Cachoeira do Véu de Noiva tem aproximadamente 70 metros de altura e se projeta em
uma fantástica queda rumo ao profundo vale do rio Itapanhaú;
●
Poço do Rio Itapanhaú: quando a trilha atinge o fundo do vale, o rio Itapanhaú forma
um profundo poço de águas verdes e cristalinas, cercado por uma exuberante Mata
Atlântica. O poço é uma parada ideal para um lanchinho contemplativo e refrescante
banho nas águas do rio;
●
Poço do Bóia-Cross: o Rio Itapanhaú se alarga formando um gigantesco poço com
águas calmas e cristalinas. Cercado por rochas e uma bela floresta fechada, densa e
com rica biodiversidade é o ponto de partida para aventureiros que decidem conhecer
mais intimamente o traçado do rio através do Bóia-cross;
72
●
Casa de Pedra: antigo casarão sede de uma fazenda inglesa que foi construído em
1805 e restaurado no ano de 1916. Atualmente serve de moradia para uma família e
pertence a uma empresa de mineração.
Percurso: 11.367 metros
Tempo estimado: 05h00min
Nível de dificuldade: moderado a difícil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
Trilha Torre 47
A trilha começa na ponte da Banana, que foi construída em 1929, e que passa em cima do
Rio Jacareguava e segue pelo linhão de transmissão de energia, até a torre 47, que dá nome para
trilha e cachoeira.
Percurso: 4.4800 metros
Tempo estimado: 04h00min (ida e volta)
Nível de dificuldade: moderado
Outros atrativos em Bertioga
Bertioga tem mais de uma dezena de trilhas ecológicas, algumas fáceis, outras nem tanto,
mas a maioria delas proporcionando banhos em rios e cachoeiras, além do contato com a
biodiversidade da Mata Atlântica. As trilhas só podem ser utilizadas por agências credenciadas e
com o acompanhamento de um monitor treinado e autorizado pela Prefeitura (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
Trilha da Prainha Branca
Também é conhecida como Vila dos Pescadores, fica do outro lado do canal de Bertioga, na
Ilha de Santo Amaro (Guarujá) e é tombada pelo Condephaat. No final da Rodovia Guarujá –
Bertioga há uma trilha que dá acesso às ruínas da Ermida de Santo Antônio do Guaíbê e da
Armação das Baleias. Depois é só subir o morro em direção à Vila, durante a caminhada pode-se
ter contato com a biodiversidade da Mata Atlântica e uma visão maravilhosa do mar aberto. Na
Prainha Branca, lugar de águas calmas e límpidas, é possível se banhar além de ter contato com a
vida dos pescadores e seus equipamentos artesanais. Até hoje, muitos pescadores da comunidade
73
fazem da pesca artesanal, o seu sustento e fabricam canoas feita com troncos de árvores
(FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 3.000 metros
Tempo estimado: 04h00min
Nível de dificuldade: regular
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013.
7.1.8. Informações gerais sobre o Núcleo
Dados gerais
Área
29.945 mil hectares
Bioma
Mata Atlântica
Município da sede
Bertioga
Municípios Abrangidos
Bertioga e Biritiba Mirim
Endereço da sede
Sede administrativa: Rua Gonçalo da Costa, 140 - Centro - Bertioga-SP
CEP 11250-000
Escritório urbano
Sede administrativa: Rua Gonçalo da Costa, 140 - Centro - Bertioga-SP
CEP 11250-000
Bases e outras funções
Ainda não há
Telefones
(13) 3317-2094
Sinal de celular da sede
s/n
Sinal de celular da base
s/n
E-mail da UC
[email protected]
Nome do Gestor
Carlos Sergio dos Santos
Esportes Radicais
Capacidade de hospedagem
Valor da hospedagem na UC
Centro de visitantes
Capacidade do auditório
Capacidade do refeitório
74
Lanchonete
Quiosques pic nic
Camping na UC
Facilidades no entorno imediato
Pousadas e Restaurantes
Tipo de Acesso
Rodoviário
Distância de SP
122,2 km
Distância cidade mais próxima(s)
Santos 63 km; Mogi das Cruzes 65 km; Guarujá 40 km
Cobrança de Ingresso e valor
Amplitude Altitudinal
20 a 70m
Amplitude de Temperaturas
10° a 34°C
Bases e outras funções
Base de Proteção/Uso Público
Endereço
Telefone
Capacidade de Hospedagem
Mais Informações
Sede Administrativa
Dias e horário de funcionamento
de Segunda a Sexta-feira, das 8:00 às 17:00
Telefones para informação
(13) 3317 2094
E-mail
[email protected]
Gestor (a)
Carlos Sergio dos Santos
Endereço
Rua Gonçalo da Costa, 140 - centro - Bertioga SP
CEP. 11250-000
Visitação
Dias e horário de funcionamento
Endereço
75
Normas de Visitação e Segurança do PESM
É proibida a entrada de pessoas descalças. Obrigatório o uso de calçado fechado (tênis ou bota);
É proibido o consumo de bebida alcoólica dentro da UC;
É proibido o uso de shampoo, sabonete, creme, etc., nas piscinas naturais;
É proibido fazer churrasco ou qualquer tipo de fogueira dentro da UC;
É proibida a retirada ou a introdução de qualquer espécie (flora e fauna) assim como de qualquer outro
produto (pedras, madeiras, etc.) desta UC.
Normas para as trilhas
Nunca ultrapasse o monitor, pois é ele que irá avisar se houver algum perigo;
Mantenha-se no caminho pré-determinado, andando sempre um atrás do outro, para evitar o alargamento
da trilha;
Não correr, gritar ou falar muito alto, isso pode assustar os animais;
Observe os locais antes de apoiar as mãos ou se sentar, pois há muitos animais e insetos peçonhentos que
se camuflam e se encontrar algum animal, mantenha a distancia;
Não retire flores, frutos, plantas silvestres ou pedras. Quando encontrar galhos ou folhas no meio da trilha,
não os retire, pois é onde as cobras gostam de se esconder. Apenas desvie;
Não se arrisque nas pedras e não puxe ou pendure em cipós;
Temos várias lixeiras que estão colocadas em pontos estratégicos. Então, todo lixo produzido durante a
permanência, deverá ser trazido de volta;
Símbolo
76
7.2.
Núcleo Caraguatatuba
7.2.1. História
Os primeiros estudos para a criação da Reserva Florestal de Caraguatatuba datam de 1939,
mas a efetivação da Reserva como Unidade de Conservação aconteceu apenas em 1956, por meio
do Decreto Estadual nº 26.393. No entanto, a configuração da Reserva como Parque Estadual de
Caraguatatuba ocorreu em 14/05/1962 com a promulgação do Decreto Estadual nº 6.884. Em
1977, o parque foi então incorporado ao Parque Estadual Serra do Mar, criado nesse mesmo ano
pelo Decreto n° 10.251 (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Dos 332 mil hectares de área do Parque Estadual Serra Mar, 35.947 mil hectares estão
localizados no Núcleo Caraguatatuba. Os remanescentes de Mata Atlântica presentes nesse núcleo
são formados por exuberantes paisagens, como os mananciais da represa de Paraibuna, os incríveis
cenários vistos a partir da Rodovia dos Tamoios e da Estrada do Rio Pardo, matas de encosta, rios e
cachoeiras (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(a)).
O Núcleo Caraguatatuba abrange 3 municípios paulistas: Caraguatatuba, Natividade da
Serra e Paraibuna. Seu nome, assim como da cidade de Caraguatatuba remonta a planta caraguatá
(Bromelia pinguin), espécie da família Bromeliaceae, que na língua indígena quer dizer planta
espinhosa, pois apresenta longas folhas com fortes espinhos nas bordas e de colorido vermelhoarroxeado quando em flor e tuba, que em tupi significa “muito”, ou seja, região onde havia muito
caraguatá.
As fibras contidas no fruto dessa planta serviam para o preparo de roupas, cintos e bolsas.
Os frutos são apreciados crus, cozidos ou assados e era importante na alimentação dos índios.
Quando ocupam grandes áreas, formam barreiras que servem de esconderijos para ninhos de
jacarés e refúgios de cobras, tatus, porcos e tamanduás. Na medicina popular, seus frutos, são
utilizados para xaropes contra tosse, gripe e pneumonia.
História de Caraguatatuba e a catástrofe de 67
Os primeiros sinais de povoamento surgiram após 1534, quando o rei Dom João III de
Portugal dividiu o Brasil em 15 Capitanias Hereditárias e as entregou em regime de hereditariedade
a nobres, militares e navegadores ligados à da Corte. O objetivo do reino português era facilitar a
administração e acelerar a colonização das recém-ocupadas terras brasileiras (SECRETARIA
MUNICIPAL DE TURISMO DE CARAGUATATUBA, s/d).
77
Foi criada então a Capitania de Santo Amaro, que se estendia da foz do Rio Juqueriquerê,
em Caraguatatuba, até Bertioga. Mas Caraguatatuba surgiu apenas no século 17, por meio da
concessão de Sesmarias -- um instituto jurídico criado pelo Império de Portugal para distribuição de
terras a particulares para a produção de alimentos. Foi exatamente naquele ponto que a cidade
começou a nascer entre 1664 e 1665. Mas o pequeno povoado foi assolado por diversos surtos,
entre eles o mais mortífero ocorreu em 1693 - a varíola, que dizimou boa parte da população
(SECRETARIA MUNICIPAL DE TURISMO DE CARAGUATATUBA, s/d).
O novo povoado foi elevado à condição de Vila de Santo Antônio de Caraguatatuba em
1770. No século 19, o presidente da Província de São Paulo, Manuel da Fonseca Lima e Silva,
ordenou que a vila passasse a ser denominada Freguesia. Caraguatatuba recebeu sua emancipação
política e administrativa em 1857. A população ainda teve de superar um surto de malária, em
1884, e outro de gripe espanhola, em 1918 (SECRETARIA MUNICIPAL DE TURISMO DE
CARAGUATATUBA, s/d).
O ressurgimento e, posteriormente, o crescimento do povoado só veio com a chegada de
famílias de estrangeiros, que se instalaram na Fazenda dos Ingleses. A propriedade se estabeleceu
em 1927 e trouxe benefícios como o aumento da população, a formação de trabalhadores agrícolas
e artesãos, o surgimento do comércio e o crescimento substancial da arrecadação municipal
(SECRETARIA MUNICIPAL DE TURISMO DE CARAGUATATUBA, s/d).
O progressismo da Freguesia de Santo Antônio de Caraguatatuba forçou o Governo do
Estado de São Paulo a reconhecê-la como Estância Balneária em 1947. Sua comarca foi instalada
poucos anos depois, em 1965 (SECRETARIA MUNICIPAL DE TURISMO DE CARAGUATATUBA, s/d).
Em 1967 ocorreu uma nova catástrofe, uma espécie de dilúvio dos morros. Após vários dias
de chuvas constantes, o solo acabou enfraquecido e saturado, provocando deslizamentos de terras.
Centenas de casas foram soterradas e os rios ganharam fortes correntezas arrastando não somente
casas, mas árvores, pontes, entre outros.
Na ocasião, o governador do Estado decretou alerta máximo, uma vez que a cidade ficou
ilhada, e o Exército teve de prestar auxílio para os sobreviventes. Não se sabe ao certo quantas
foram as vítimas desse episódio, que destruiu a cidade, fazendo-a a partir daí renascer, por meio
daqueles que sobreviveram e acreditaram no recomeço.
Como medida de emergência plantou-se o pinus devido à facilidade de crescimento e por
reter grande quantidade de água do solo e, também, por conta do estado possuir na época um
grande banco de sementes da árvore. O pinus faz parte do grupo de espécies de pinheiros com
área de distribuição no Canadá e Estados Unidos da América. Possui grande porte com altura entre
78
18 m e 30 m. É conhecido por ser uma espécie agressiva, pois captura uma grande quantidade de
água e minerais do solo.
7.2.2. Patrimônio Cultural
No Núcleo Caraguatatuba é possível observar alguns patrimônios culturais. São eles:
Trilha dos Tropeiros
Os registros históricos do uso da trilha remontam ao século XIX, quando era uma estrada
com calçamento de pedra utilizada para atividades de comércio entre o litoral e o planalto. Todavia,
há indícios que o traçado era utilizado anteriormente pelos índios para atividades de caça. Essa
afirmação baseia-se em relatos de que, na década de 1960, foram encontrados objetos
arqueológicos, como pontas de lanças, por antigos moradores. Outro fato relatado é que a trilha,
além de utilizada para o comércio, faria parte de diversos caminhos alternativos usados para o
tráfico de escravos, dentre os quais o mais importante era a Rota Dória. Seu traçado inicial foi
bastante alterado pela Catástrofe de 1967, quando grande parte do percurso original
(aproximadamente 80%) foi soterrada (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
●
Forno de carvão da sede: O forno de carvão não está localizado no traçado da trilha e
sim na sede do núcleo, após a hospedaria, próximo à saída da trilha dos Tropeiros. É
considerado no Plano de Manejo como um bem prioritário para conservação, dentro
da Zona Histórico-Cultural Arqueológica. Insere-se no histórico da segunda metade do
século XIX, quando houve a construção da estrada de ferro Santos-Jundiaí (São Paulo
Railway) que levou à transformação do padrão de ocupação do litoral (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
●
Estruturas remanescentes da trilha construída e percorrida pelos escravos que
conectava o litoral ao planalto, com estruturas de arrimo. Na trilha já foram
encontrados ferraduras, com aproximadamente 100 anos, que eram usadas pelas
tropas de mulas que carregavam a carga para troca ou para venda no Vale do
Paraíba; e telhas de barro moldadas nas coxas de escravos. Com o processo de
industrialização resultado em produtos perfeitos, as telhas que saiam com defeito
eram apelidadas de “feitas nas coxas”. E até hoje tudo que apresenta defeito é
chamado de feito nas coxas.
Trilha do Poção
●
Forno de carvão: O forno de carvão localiza-se na trilha, próximo à sede do núcleo. É
considerado pelo Plano de Manejo como bem cultural de baixa significância em estado
crítico de conservação. Insere-se no histórico da segunda metade do século XIX,
79
quando houve a construção da estrada de ferro Santos-Jundiaí (São Paulo Railway)
que levou à transformação do padrão de ocupação do litoral (FUNDAÇÃO FLORESTAL,
2013).
PAU JACARÉ (Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F. Macbr.)
A apresentação do bem cultural (forno de carvão) relaciona-se à explicação sobre a
árvore mais utilizada, na época, para a produção do carvão. Esta árvore é uma das primeiras a se
instalar numa área em regeneração natural e, por isso mesmo, é muito abundante e frequente
nos fragmentos de Mata Atlântica nos estágios inicial, médio e até no bordo dos fragmentos mais
preservados. A espécie é adaptada às condições ambientais severas, como maior insolação, menor
disponibilidade de água e nutrientes, solo geralmente compactado. Além disso, produz uma
grande quantidade de sementes e possui uma taxa de crescimento elevada, atingindo cerca de 5m
aos 2 anos. Todavia, tem ciclo de vida curto, de 20 a 40 anos e por isso é denominada pioneira.
Por ser uma madeira mole é utilizada para acabamentos internos, armação de móveis, miolos de
portas, confecção de brinquedos e embalagem. Porém, sua utilização mais frequente é como
lenha e carvão. Suas flores têm também valor melífero, por isso pode ser utilizada em apicultura
(FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
7.2.3. Comunidades tradicionais
Não há comunidades tradicionais (quilombolas, indígenas e caiçaras) no Núcleo
Caraguatatuba e no seu entorno. Há apenas moradores locais.
7.2.4. Ecossistema e Geomorfologia
O núcleo Caraguatatuba está inserido dento do bioma Mata Atlântica e tem como
ecossistemas Florestas Deciduais Densa e Áreas Degradadas (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). O
núcleo possui relevo montanhoso, sendo cortado por vales profundos e encostas íngremes que tem
como pontos máximos de altitude os Picos do Ouriço (1.297m), da Pedra Verde (1.297m), da Pedra
Preta (1.213m) e a Pedra da Onça (1.297m) (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
7.2.5. Fauna e Flora
O núcleo apresenta uma grande diversidade de fauna e flora. Apesar de seu símbolo ser a
onça-pintada, atualmente é muito difícil encontrá-la. Atualmente, os principais animais vistos são:
anta, paca, lontra, muriqui, queixada, jaguatirica, onça parda, macaco-prego, cateto, macuco,
caracoleiro, sabiá-cica, etc. (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Em relação à flora, as principais
80
espécies vegetais encontradas no núcleo são: palmito juçara, samambaiaçu, bromélias, orquídeas,
caraguatá, jequitibá, figueira, canela, embaúba e pinus (exótica) (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
ONÇA-PARDA (Puma concolor)
Os pumas são felinos de grande porte, seu tamanho pode chegar a 1,95 m e podem alcançar 70
kg. Possui coloração branca nas patas e em algumas regiões do peito e pescoço. Sua cauda é
comprida e fina, escurecendo gradativamente até chegar a uma ponta preta. Habita florestas
densas e bordas de florestas, mas também campos e cerrado, sempre próximo a regiões com
água em abundância. É encontrada em todo o Brasil. É um animal carnívoro e possui alimentação
bastante variada, desde pequenos vertebrados até os de médio porte, como veados e porcos
(ICMBio). O período de gestação é de aproximadamente 95 dias. As fêmeas têm de um a seis
filhotes por ninhada. Possui uma enorme importância na natureza, pois realiza controle
populacional das espécies de roedores e marsupiais, evitando que suas populações cresçam de
forma descontrolada (ICMBio). Vive solitário, é noturno e terrestre (ViaRondon, 2011).
MACACO – BUGIO (Alouatta guariba)
Primata que mede entre 42 e 63 cm (cabeça e corpo), com sua cauda variando de 48 a 69 cm que
auxilia na locomoção e na alimentação. Possui barba espessa, os machos adultos são
avermelhados e pesam entre 5 e 9 kg e as fêmeas adultas são marrons, menores que os machos
e pesam entre 4 e 7 kg. O bugio é pouco ativo e raramente desce ao solo. Tudo que necessita
para viver é obtido nas copas das árvores, inclusive a água, que é retirada de troncos ocos, vasos
de bromélias, musgos e outras plantas epífitas. Alimenta-se de folhas de embaúba, presentes no
núcleo , tapiá, frutos de jerivá, sementes, flores, caules, cascas de diversas outras espécies de
árvores e liquens, facilmente encontradas no Núcleo. É fácil identifica-lo pela sua vocalização
(FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
CATETO (Tayassu tajacu)
O cateto é considerado uma espécie guarda-chuva e cinegética da Mata Atlântica. Também
conhecido como porco do mato, mede de 82 a 100 cm de comprimento total e pesa entre 17 e 30
kg. Seus pêlos são longos e grossos, a coloração geral é preto-acinzentada com reflexos
esbranquiçados, por terem as pontas dos pêlos brancas; o filhote é mais claro que o adulto. A
fêmea tem 4 pares de mamas, mas apenas 2 são funcionais. Alimenta-se principalmente de frutos
silvestres caídos no chão, folhas, brotos, talos, raízes, pequenos animais vertebrados, como rãs,
ratos e cobras pequenas e invertebrados como minhocas, larvas etc. Tem hábito diurno e
crepuscular. Chega a viver até 20 anos. Só ocorrem em áreas bem preservadas de florestas e de
relativa extensão. O cateto assim como o queixada, são os únicos representantes de porcos do
mato brasileiros.
Por ser um animal de médio porte torna-se alvo fácil dos caçadores e está desaparecendo em
muitos lugares. Os desmatamentos vêm reduzindo seu hábitat o que causa escassez de alimento e
conseqüentemente o extermínio da espécie. O hábitat reduzido também facilita a ação dos
caçadores, já que eles não têm para onde fugir ou se esconder. A espécie está ficando rara
(INSTITUTO RÃ-BUGIO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE, s/d (a)).
TATU-GALINHA (Dasypus novemcinctus)
81
O tatu-galinha é um animal de pequeno porte, podendo atingir de 39,5 cm a 57,3 cm de
comprimento e sua cauda pode chegar de 29 a 45 cm. Apresenta uma carapaça dura com
coloração marrom escura com escudos amarelados. Possui o hábito de viver em tocas, que
chegam até 6 metros de profundidade. Preferencialmente tem hábitos noturnos, mas também
pode ser vistos durante o dia. Alimenta-se de invertebrados, plantas, pequenos vertebrados, ovos
e carniças. Habita desde o Sul dos Estados Unidos atravessando a América Central até o noroeste
da Argentina e do Uruguai. Nos biomas brasileiros ocorrem na Amazônia, caatinga, cerrado, Mata
Atlântica, Pantanal e Campos Sulinos (ViaRondon, 2011).
IRARA (Eira barbara)
A irara é um animal de médio porte, seu comprimento varia de 56 cm a 68 cm. A cor da pelagem
é marrom escura no corpo, escurecendo em direção à cauda, e a cabeça e o pescoço tendem a
apresentar um marrom mais claro. Alimenta-se de pequenos vertebrados, frutos, cana-de-açúcar e
mel. Localizam-se desde sul do México até o norte da Argentina. Distribui-se em quase todo o
Brasil, pelos biomas Amazônia, cerrado, caatinga, Pantanal e Mata Atlântica. São animais que
normalmente são solitários com hábitos diurnos, são muito ágeis, ótimos corredores e nadadores
e com bastante habilidade em escalar em árvores a procura de aves ou abelhas silvestres
(ViaRondon, 2011).
EMBAÚBA (Cecropia pachystachya Trécul)
A embaúba é uma espécie pioneira, ou seja, aquelas que iniciam o processo de regeneração
natural da floresta quando a cobertura florestal sofreu algum tipo de interferência, pois sua
semente necessita de elevada luminosidade para germinar.
Seu tamanho é de 4 a 7 m de altura com tronco de até 25 cm de diâmetro. Possui folhas de
superfície superior áspera e inferior com “pêlos” microscópicos, o que dá uma aparência de
penugem esbranquiçada; sua raiz é escora. A floração ocorre em setembro e outubro, com
polinização realizada por abelhas. Já a frutificação é em junho e a dispersão é realizada por
animais (zoocórica), como o Bicho-preguiça, Macaco-bugio, Morcegos e Aves, encontrados no
núcleo. As formigas utilizam seu caule oco como abrigo e sua seiva como alimento. Em troca,
afugentam predadores herbívoros (mamíferos e aves) que consomem suas folhas e frutos
(FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
JEQUITIBÁ-ROSA (Cariniana legalis (Mart.). Kuntze)
Nas trilhas do núcleo é possível observar jequibás-rosa com, em média de 500 anos. Essa espécie
pode atingir de 30 a 50 m de altura, e por este motivo possui raiz pivotante, raiz com um eixo
principal alongado e que penetra mais profundamente no solo. Sua copa globosa tem a forma de
um guarda-chuva. O caule é lenhoso e reto, com diâmetro de 70 a 100 cm. Suas folhas são
simples, membranáceas, glabras (lisas), de formato elíptico-lanceolado e semicaducas (algumas
caem). A floração ocorre durante os meses de dezembro a fevereiro. Suas flores são bissexuadas,
de cor amarela, e ocorrem em inflorescência dispostas em forma panícula terminal densa. A
polinização se faz por abelhas (melitofilia). O fruto do tipo seco é uma caixinha lenhosa, com uma
abertura deiscente. Devido à semelhança com o covo, uma armadilha para peixe utilizada pelos
índios Tupi-Guarani (ibá=fruto e iqui=armadilha), esta árvore leva esse nome. A frutificação
acontece no período de agosto a setembro, e sua semente alada é dispersa por anemocoria
(vento). Seu crescimento é de moderado a rápido, chegando a atingir até 3 m em 2 anos.
É uma das maiores espécies arbóreas brasileiras, e pelo fato de ocorrer sempre em ambiente
florestado é classificada como espécie secundária tardia, por esta razão pode ser utilizada como
espécie indicadora de mata secundária em estágios médio a avançado de regeneração, ou ainda
82
de mata primária. O “gigante das florestas” como é merecidamente cognominado, pode
ultrapassar 500 anos de idade.
Atualmente, esta espécie encontra-se em risco de extinção, devido principalmente à utilização de
sua madeira de lei e pela diminuição dos ambientes florestais, uma vez que o Jequitibá-rosa além
de pouco abundante em seu ambiente natural, necessita das condições ambientais dos
ecossistemas florestais para se desenvolver (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Lista das principais espécies da fauna e flora
FAUNA:
- AVES: as principais espécies estão listadas abaixo. A lista completa pode ser vista no anexo 4.
 Jacutinga (Aburria jacutinga)
 Gavião-Pombo-Pequeno (Amadonastur lacernulatus)
 Gavião-Pombo-Grande (Pseudastur polionotus)
 Gavião-Pega-Macaco (Spizaetus tyrannus)
 Gavião-Pato (Spizaetus melanoleucus)
 Peixe-Frito-Pavonino (Dromococcyx pavoninus)
 Caburé-Miudinho (Glaucidium minutissimum)
 Beija-Flor-De-Topete (Stephanoxis lalandi)
 Sabiá-Cica (Triclaria malachitacea)
 Choquinha-Pequena (Myrmotherula minor)
 Choquinha-Cinzenta (Myrmotherula unicolor)
 Entufado (Merulaxis ater)
 Maria-Leque-Do-Sudeste (Onychorhynchus swainsoni)
 Chibante (Laniisoma elegans)
 Anambezinho (Iodopleura pipra)
 Patinho-Gigante (Platyrinchus leucoryphus)
 Não-Pode-Parar (Phylloscartes paulista)
 Maria-Pequena (Phylloscartes sylviolus)
 Papa-Moscas-Estrela (Hemitriccus furcatus)
 Vite-Vite (Hylophilus thoracicus)
 Pixoxó (Sporophila frontalis)
Fonte: SCHUNCK, 2015
- MAMÍFEROS:
 Bugio (Alouatta guariba)
 Macaco-prego (Cebus nigritus)
 Anta (Tapirus terrestris)
 Jaguatirica (Leopardus pardalis)
 Onça-parda (Puma concolor)
 Queixada (Tayassu pecari)
 Cateto (Pecari tajacu)
 Lontra (Lontra longicaudis)
 Paca (Cuniculus paca)
 Cutia (Dasyprocta azarae)
83
 Caxinguelê (Guerlinguetus ingrami)
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
- RÉPTEIS E ANFÍBIOS

Adenomera cf. marmorata
Bufo ornatus
Cycloramphus boraceiensis
Sapinho-da-bromélia (Dendrophryniscus cf. brevipollicatus)
Eleutherodactylus binotatus
Eleutherodactylus bolbodactylus
Eleutherodactylus guentheri
Eleutherodactylus parvus
Enyalius cf. iheringi
Flectonotus fissilis
Hyla albosignata
Hyla hylax
Hyla semilineata
Hyla sp. 2
Hylodes asper
Hylodes phyllodes
Phasmahyla sp.
Proceratophrys appendiculata
Scinax sp. 3
Scinax sp. (gr. perpusillus)
Canina (Spilotes pullatus)
Rã-das-pedras (Thoropa miliaris)
Bufo ictericus
Hyla faber
Hyla sp. 1
Imantodes cenchoa
Scinax angrensis
Eleutherodactylus cf. guentheri (esverdeado)
Eleutherodactylus sp. 1







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

Fonte: INSTITUTO EKOS BRASIL, s/d
FLORA:
 Palmeira-juçara (Euterpe edulis)
 Gravatá (Nidulariun sp. – Bromeliaceae)
 Bambu (Olyra sp. - Poaceae)
 Embaúba (Cecropia pachystachya)
 Figueira-mata-pau (Ficus insipida Willd. - Moraceae)
 Quaresmeira (Tibouchina granulosa Cogn.)
 Manacá-da-serra (Tibouchina mutabilis – Cogn.)
 Canela (Licania armeniaca (Ness) Kosterm.)
 Canela-sassafrás (Aniba firmula (Nees and Mart) Mez)
 Araçarana (Marlierea sp.)
 Caroba (Jacaranda micrantha Cham. – Bignoniaceae)
84
 Pariparoba (Piper umbellatum L. - Piperaceae)
 Ingá (Inga striata (Benth.) – Fabaceae).
 Guapuruvu (Schizolobium parahyba (Vell.) S.F. Blake - Fabaceae)
 Pau-jacaré (Piptadenia gonoacantha (Mart.)
 Cedro (Cedrela fissilis Vell. – Meliaceae)
 Figueira (Ficus insipida Willd. – Moraceae)
 Jequitibá-rosa (Cariniana legalis)
 Samambaiaçu (Dicksonia sellowiana)
 Pau-brasil (Caesalpinia echinata)
 Bromelia (gênero)
 Orchidaceae (família)
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
7.2.6. Serviços Ecossistêmicos
O Núcleo Caraguatatuba presta diversos serviços principalmente para a sua comunidade do
entorno:
●
Regulação da qualidade do ar;
●
Proteção dos morros e encostas;
●
Proteção dos solos;
●
Bem-estar, lazer e turismo;
●
Polinização;
●
Recursos hídricos.
Um importante papel exercido pela Mata Atlântica é a proteção de encostas das serras
contra deslizamentos provocados por eventos climáticos extremos. Como exemplo, podemos citar
um estudo de caso realizado pelo Ministério do Meio Ambiente, que fez uma análise das regiões
mais atingidas pelas enchentes de 2011 e que demonstrou que apenas 8% dos deslizamentos
ocorreram em áreas de vegetação nativa bem conservada, ou seja, pouco antropizadas (MMA,
2014).
Um caso real para o núcleo é a “Catástrofe de 67”. Em 1967, Caraguatatuba foi assolada
por uma forte tromba d´água que se abateu sobre a Serra do Mar descendo as encostas,
destruindo tudo por onde passava, arrastando centenas de árvores e fazendo vítimas fatais. Apesar
do grande volume de chuva, a “Catástrofe de 67” não foi apenas um fenômeno climatológico.
Colaborou também com a tragédia a falta de planejamento quando da ocupação irregular e
remoção de vegetação das encostas da Serra do Mar, incentivadas por investimentos como o da
Fazenda dos Ingleses, que provocaram, após intensas chuvas, a maior catástrofe ambiental da
História do Brasil. As mesmas chuvas inviabilizaram o funcionamento da Fazenda dos Ingleses que
encerrou suas atividades logo após a tromba d'água (MUSEU NÁUTICO, 2013). Talvez se a
85
vegetação não tivesse sido removida, os desastres provocados pela intensa chuva poderiam ter sido
menores.
Além disso, a Mata Atlântica preservada pelo Núcleo Caraguatatuba também fornece outro
serviço fundamental para a população. O Núcleo é percorrido por rios que formam as Bacias do Rio
Juqueriquere, maior bacia do litoral norte e com trechos navegáveis; do Rio Santo Antônio; do Rio
Mococa e do Rio Guaxinduba. Esses rios abastecem todo município de Caraguatatuba, fornecendo
água para mais de 100 mil habitantes.
No planalto (Natividade da Serra), o núcleo também abriga nascentes que contribuem para
os mananciais da represa de Paraibuna, considerado “Berço do Rio Paraíba do Sul”. Juntamente
com o Rio Piraitinga, dão origem ao Rio Paraíba (PREFEITURA DE PARAIBÚNA, s/d). A bacia do rio
Paraíba do Sul, porção do Estado de São Paulo, constitui-se como grande produtor dos serviços
ambientais para os três estados – São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Denominado como rio
Federal, é o principal curso d’água da região, abastecendo cerca 12 milhões de pessoas entre os
estados de São Paulo e Rio de Janeiro e fornecendo água para 86% da população do município de
Rio de Janeiro.
7.2.7. Pesquisas
Algums pesquisas realizadas no núcleo com bolsa FAPESP são:

14/07853-1: Análise de Uso Público do Parque estadual Serra do Mar - Núcleo:
Caraguatatuba

14/00648-3: Estudo
semidomiciliados
sobre
presentes
impactos
na
área
causados
de
Mata
pelos
Atlântica
cães
do
domésticos
município
de
Caraguatatuba e a correlação entre a variabilidade genética dos carrapatos dos cães
e do ambiente silvestre

13/04398-9: Efeito da deposição atmosférica na ecofisiologia do uso de nitrogênio
em espécies arbóreas da Floresta Ombrófila Densa, Caraguatatuba, SP

12/51509-8: Composição florística, estrutura e dinâmica do funcionamento da
Floresta Ombrófila Densa Atlântica dos núcleos Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e
Santa Virgínia, do Parque estadual da Serra do Mar (PelD)

07/04073-1: Ligando paisagem a moléculas: análise genética das populações de
anta (Tapirus terrestris) na Mata Atlântica de São Paulo
O detalhe delas está no anexo 05.
86
7.2.8. Atrativos
O Núcleo Caraguatatuba conta com diversos atrativos naturais, como trilhas, cachoeiras e
piscinas naturais. Os principais atrativos do núcleo são:
Trilha dos Tropeiros:
A trilha dos Tropeiros é um caminho histórico, de grande valor cultural, utilizado no século
XIX para transporte de carga entre o litoral e o planalto e para o tráfico de escravos. Seu traçado
inicial foi bastante alterado pela Catástrofe de 1967, quando grande parte do percurso original
(aproximadamente 80%) foi soterrada (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
No trajeto, os visitantes encontram cachoeiras, árvores centenárias como Jequitibás de até
300 anos, pegadas e tocas de mamíferos, além de algumas espécies de aves, anfíbios e répteis,
muros de pedras da época das tropas que por ali trafegavam e fornos de carvão (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
Percurso: 8.000 metros
Tempo estimado: 5h30min
Nível de dificuldade: moderado a difícil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
Trilha do Jequitibá
Historicamente, o uso inicial da trilha está relacionado ao trabalho de controle de endemias
realizado pela SUCEN. A trilha, em formato de ferradura, tem seu início e fim junto à área de lazer
da sede do núcleo, que se localiza logo atrás do centro de visitantes. Uma trilha em meio a Mata
Atlântica, praticamente plana com pequenos aclives e declives, margeando, em determinados
momentos, o Rio Santo Antônio (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
O nome da trilha deve-se à existência de um grande Jequitibá em seu percurso. Porém, em
1991, durante um temporal, o Jequitibá tombou e assim permanece até hoje ao lado da trilha. A
trilha também possui como atrativo uma piscina natural de águas calmas e cristalinas ideal para o
banho (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 1.200 metros
Tempo estimado: 00h50min
Nível de dificuldade: muito fácil
87
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
Trilha do Poção
O uso inicial da trilha está relacionado ao trabalho de controle de endemias realizado pela
SUCEN. Atualmente consiste em uma caminhada em meio à Mata Atlântica, com moderados aclives
e declives. Em alguns trechos existe a necessidade de transposição de rios e caminhadas sobre
lajes de pedra. A trilha possui dois atrativos, a Cachoeira Pedra Redonda e Cachoeira da Esmeralda,
sendo essa última de grande beleza cênica (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Cutias, esquilos, tamanduás, tucanos, tiês-sangue e surucuás estão entre as espécies de
animais possíveis de serem avistados. Sobre a flora, destacam-se árvores como jequitibás,
figueiras-brancas e canelas. A trilha termina na cachoeira Pedra Redonda, onde os visitantes podem
tomar banho (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 7.056 metros
Tempo estimado: 04h00min
Nível de dificuldade: moderado a difícil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
Trilha Noturna
Na trilha a audição fica mais aguçada e os sons da floresta se tornam mais claros: o sopro
do vento nas árvores, o barulho dos rios e dos animais. Entre as espécies que mais chamam a
atenção e podem ser avistadas algumas espécies noturnas como as corujas. Trata-se da mesma
Trilha do Jequitibá, porém realizada no período noturno.
Percurso: 1.200 metros
Tempo estimado: 01h00min
Nível de dificuldade: muito fácil
Outras trilhas e pontos de interesse
Trilha Pirassununga
A partir do km 14 da Estrada do rio Pardo, dá acesso a mirantes, cachoeiras e um viaduto
abandonado na década de 70 utilizado atualmente para a prática de rapel (FUNDAÇÃO FLORESTAL,
s/d(a)).
88
Percurso: 3.300 m
Nível de dificuldade: baixa
Fonte: (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(a))
Estrada do Rio Pardo
Estrada que liga Caraguatatuba a Salesópolis, por acesso de terra, sendo 40 km no Parque,
com proposta de requalificação como Estrada Parque, margeada por mata nativa. Contêm trilhas,
mirantes, piscinas naturais, cachoeiras e locais para esportes radicais. Restrita a mountain bike e
veículos tracionados (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(a)).
Percurso: 70.000 m
Tempo estimado: 03h00min
Nível de dificuldade: xxxxx
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(a)
Estrada do Tucano
Estrada de terra, com acesso pela Rodovia dos Tamoios (km 62). Trecho antropizado entre
belos cenários da represa, vegetação nativa e cachoeiras. Outrora circundava o lago da CESP
(Centrais Elétricas de São Paulo) passando pela Fazenda Pavoeiro.
Percurso: 5.000 m
Nível de dificuldade: baixa
Estrada do Pavoeiro
Estrada de terra, ao alto da serra, em Paraibuna, que possui belas paisagens cênicas até
alcançar a Fazenda Pavoeiro e as margens da represa (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(a)). Travessia
realizada com veículo.
Percurso: 20.000 m
Nível de dificuldade: baixa
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(a)
89
Represa de Paraibuna
Limitante com o Parque, ideal para a prática de esportes náuticos tais como canoagem,
iatismo, mergulho, pesca esportiva, natação, entre outros (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(a)).
Mococa
Partindo de Natividade da Serra, é parte do antigo caminho de tropeiros para o litoral, por
meio de um caminho sinuoso e compactado pela floresta de encosta, onde o visitante chega a um
mirante para observação de Ubatuba, Caraguatatuba, São Sebastião e o arquipélago de Ilhabela.
Percurso: 9.000 m
Tempo estimado: 04h00min
Nível de dificuldade: alta
7.2.9. Informações gerais sobre o Núcleo
Dados gerais
Área
35.947 mil hectares
Bioma
Mata Atlântica
Município da sede
Caraguatatuba
Municípios Abrangidos
Caraguatatuba, Natividade da Serra e Paraibuna
Endereço da sede
Rua do Horto Florestal, nº1200 – Rio do Ouro/ Caraguatatuba –SP CEP 11675-736
Escritório urbano
Bases e outras funções
Base Graví de Proteção e Uso Público (Natividade da Serra)
Telefones
(12) 3882-3166 / (12) 3882-5999
Sinal de celular da sede
Sinal de celular da base
E-mail da UC
[email protected]
Nome do Gestor
Miguel Nema Neto
Esportes Radicais
Não
90
Capacidade de
hospedagem
12 pessoas (somente pesquisadores)
Valor da hospedagem
na UC
R$17,00
Centro de visitantes
Sim
Capacidade do
auditório
60 pessoas
Capacidade do
refeitório
Lanchonete
Quiosques pic nic
09 quiosques
Camping na UC
Facilidades no entorno
imediato
Tipo de Acesso
Asfalto
Distância de SP
200 km
Distância cidade mais
próxima(s)
Ubatuba: 55,4 km
São Sebastião: 25,2 km
Paraibuna: 50,2 km
São José dos Campos: 87,4 km
Cobrança de Ingresso e
valor
Inteira R$9,00
Meia R$4,50
Acima de 60 e menores de 12 anos - Isentos
Amplitude Altitudinal
1.297 Pedra da Onça
Amplitude de
Temperaturas
Bases e outras funções
Base Graví- Proteção e Uso Público (Natividade da Serra)
Endereço
Estrada do Pouso Alto, s/n - Bairro Rio Negro - Natividade da Serra/SP
Telefone
Capacidade de
Hospedagem
Base de Uso Público
91
Mais Informações
Sede Administrativa
Dias e horário de
funcionamento
De segunda-feira a sexta-feira das 8h às 17h.
Telefones para
informação
(12) 3882-3166 / (12) 3882-5999
E-mail
[email protected] e [email protected]
Gestor (a)
Miguel Nema Neto
Endereço
Rua do Horto Florestal, nº1200 – Rio do Ouro/ Caraguatatuba –SP CEP 11675-730
Visitação
Dias e horário de
funcionamento
Dias e horário de funcionamento das trilhas (Jequitibá, Poção e Tropeiros) de
terça-feira a domingo e feriados, das 8h às 17h.
Trilha Noturna: das 19h às 21:30h. Segunda-feira fechado para manutenção das
trilhas. Mediante agendamento prévio de 1 dia.
Trilha dos Tropeiros: Finais de semana e feriados mediante agendamento prévio
de 03 dias.
O acesso às trilhas do período diurno é permitido somente até às 16h.
Endereço
Rua do Horto Florestal, nº1200 – Rio do Ouro/ Caraguatatuba –SP CEP 11675-730
Normas de Visitação e Segurança do PESM
É proibida a entrada de pessoas descalças. Obrigatório o uso de calçado fechado (tênis ou bota);
É proibido o consumo de bebida alcoólica dentro da UC;
É proibido o uso de shampoo, sabonete, creme, etc., nas piscinas naturais;
É proibido fazer churrasco ou qualquer tipo de fogueira dentro da UC;
É proibida a retirada ou a introdução de qualquer espécie (flora e fauna) assim como de qualquer outro
produto (pedras, madeiras, etc.) desta UC.
Normas para as trilhas
Nunca ultrapasse o monitor, pois é ele que irá avisar se houver algum perigo;
Mantenha-se no caminho pré-determinado, andando sempre um atrás do outro, para evitar o alargamento
da trilha;
92
Não correr, gritar ou falar muito alto, isso pode assustar os animais;
Observe os locais antes de apoiar as mãos ou se sentar, pois há muitos animais e insetos peçonhentos que
se camuflam e se encontrar algum animal, mantenha a distancia;
Não retire flores, frutos, plantas silvestres ou pedras. Quando encontrar galhos ou folhas no meio da trilha,
não os retire, pois é onde as cobras gostam de se esconder. Apenas desvie;
Não se arrisque nas pedras e não puxe ou pendure em cipós;
Temos várias lixeiras que estão colocadas em pontos estratégicos. Então, todo lixo produzido durante a
permanência, deverá ser trazido de volta;
É proibido fumar nas trilhas;
É proibido comer ou beber nas trilhas.
Símbolo
A onça-pintada (Panthera onca) é o maior felino do continente americano. Possui o corpo robusto,
compacto e musculoso. Sua pelagem varia do amarelo-claro ao castanho-ocreáceo e é
caracterizada por manchas pretas em forma de rosetas de diferentes tamanhos. Estas rosetas são
como sua “impressão digital”, pois cada indivíduo possui um padrão único de pelagem.
A onça-pintada exerce importante função ecológica, principalmente por regular o tamanho das
populações de suas espécies presas como, capivaras e jacarés. Dessa forma, a onça-pintada é
considerada uma espécie guarda chuva, pois suas exigências ecológicas englobam todas as
exigências das demais espécies que ocorrem no seu ambiente.
É um animal que exige extensas áreas preservadas para sobreviver e se reproduzir. A extensa
conversão de seu habitat natural para atividades agropecuárias forçou a sua inclusão na lista de
espécies ameaçadas de extinção pelo IBAMA e “quase ameaçada” pela IUCN (INSTITUTO ONÇA
PINTADA, 2009).
7.3.
Núcleo Cunha
7.3.1. História
Em 1974 foi criada a Reserva Florestal de Cunha. Em 1977, com a criação do Parque
Estadual Serra do Mar pelo Decreto 10.251, a reserva foi incorporada, formando então o Núcleo
Cunha (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Dos 332 mil hectares de área do Parque Estadual Serra do Mar, 13,3 mil estão localizados
no Núcleo Cunha (Fundação Florestal, 2013). Localizado no extremo norte do Parque Estadual, seu
território abriga uma das áreas com maior biodiversidade do Parque, onde podem ser encontrados
remanescentes de matas nebulares, características de áreas com grande altitude (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, s/d(b)).
93
O Núcleo Cunha, como o próprio nome diz, abrange o município paulista de Cunha, além do
de Ubatuba. Sua sede é em Cunha, localizada a 250 km da capital paulista e conhecida atualmente
pelas tradições da cultura caipira e importante centro produtor de cerâmica artesanal.
Origem e evolução de Cunha
A Estância Climática de Cunha tem suas origens por volta de 1695. Nessa época, muitos
aventureiros subiam a serra pela trilha dos Guaianás com destino ao Sertão de Minas Gerais, em
busca de ouro e pedras preciosas. Com isso, Cunha era parada obrigatória para descanso e
reabastecimento das tropas. Já em 1730, os viajantes que se fixaram na região construíram um
povoado onde a família portuguesa Falcão ergueu uma capela chamada Sagrada Família, dando
nome ao povoado de Freguesia do Falcão (Estância Climática de Cunha).
No início do século XVIII, muito ouro que vinha de Minais Gerais para embarcar em Paraty,
rumo a Portugal, era desviado. Devido à necessidade de se criar um posto para vigiar o local, surgiu
a Barreira do Taboão, localizada entre a Freguesia do Falcão e Paraty. Com o declínio do ciclo do
ouro, muitos desbravadores acabaram ficando na região. Em 15 de setembro de 1785 o povoado é
elevado à vila, com o nome de Vila de Nossa Senhora da Conceição de Cunha, em homenagem ao
capitão general Francisco da Cunha Menezes, governador da Província de São Paulo. A autonomia
política veio em 1858, ano em que foi elevada à categoria de cidade, e em 1883 tornou-se comarca
(ESTÂNCIA CLIMÁTICA DE CUNHA, s/d).
Em 1932, Cunha foi palco de batalha na Revolução Constitucionalista, movimento contrário
ao Governo Vargas. Um batalhão da marinha composto de 400 praças subiu a Serra do Mar com a
intenção de chegar a São Paulo pelo Vale do Paraíba. Os combates no município duraram três
meses e nesse período a cidade conheceu seu herói e mártir, o lavrador Paulo Virgínio, que foi
morto por não revelar a posição das tropas paulistas. Em homenagem a esse ilustre cidadão, foi
construído um monumento às margens da estrada Cunha-Paraty (ESTÂNCIA CLIMÁTICA DE
CUNHA, s/d).
Tempos depois, com a paz já pairando sobre a região, o potencial turístico do município
começou a ganhar corpo apoiado principalmente em seus atrativos naturais. No dia 28 de outubro
de 1948 foi promulgada pelo governador de São Paulo a lei nº. 182 que converteu a cidade de
Cunha em Estância Climática, título dado a cidades que apresentam atrativos como o clima ameno
entre montanhas, cachoeiras e muito verde, onde visitantes podem usufruir da prática de esportes
de aventura. Atualmente, apenas 12 municípios paulistas possuem esse título (CIDADES
PAULISTAS, s/d).
94
7.3.2. Patrimônio Cultural
No Núcleo Cunha, muitas das trilhas existentes funcionavam como antigos caminhos para a
extração e transporte de madeira e de carvão, nos tempos em que a área ainda pertencia aos
fazendeiros da região. Assim, em alguns locais é possível visualizar antigos fornos de carvão de
vegetal.
O carvão vegetal é uma das mais antigas e importantes fontes de energia. Ele é obtido
através da queima da madeira e sua utilização mais comum hoje é como combustível para
aquecedores, lareiras, churrasqueiras e fogões. Sua fabricação é conhecida desde longa data na
história da humanidade havendo referências do seu uso há séculos. Os egípcios, por exemplo,
utilizavam para a filtragem de óleos e tratamentos de doenças. Na Segunda Guerra serviu para a
retirada de gases tóxicos a partir de sua elevada capacidade de absorver impurezas sem alterar sua
estrutura, devido a sua composição porosa. No Brasil há relatos de uso de carvão vegetal por parte
dos índios, esses realizavam a mistura da substância com gorduras de animais com finalidade de
combater doenças como tumores e úlceras (SindiCARV, s/d).
7.3.3. Comunidades tradicionais
Não há comunidades tradicionais (quilombolas, indígenas e caiçaras) no Núcleo Cunha e no
seu entorno. Há apenas moradores locais com predomínio da cultura caipira.
CULTURA CAIPIRA
Segundo Camara Cascudo – caipira seria uma corruptela de “caapora”, palavra de origem tupi que
significa “morador do mato”. Outras definições, mais recentes, consideram caipira, matuto ou
capiau, o homem ligado ao campo que possui uma identidade e cultura própria – o que de fato
era verdade, até meados do século 20, quando os meios de transporte e comunicação de massa
interferiram nos costumes locais e regionais, padronizando-os a partir de modelos urbanos
(BrasilCultura, 2010).
A cultura caipira representa a adaptação do colonizador europeu ao Brasil e seu modo de ser,
pensar e agir no território brasileiro. O modo de vida caipira inclui o fogão a lenha, o café feito no
coador de pano, o leite quente ordenhado da vaca, biscoito de polvilho, pães de queijo, broas,
bolos de fubá, geleias e licores de frutas típicas (pequi e jenipapo) e, é claro, na famosa cachaça –
que se transformou numa espécie de bebida típica do Brasil (BrasilCultura, 2010).
Nas casas simples, todos têm direito a um “dedo de prosa” para ouvir um “causo”, passar as horas
na janela, sentar na soleira da porta, pitar um cigarro de palha. Até meados do século 20, essas
casas eram feitas de pau-a-pique – madeira trançada e barro batido – e cobertas de palha ou
sapé (BrasilCultura, 2010).
O caipira formou sua cultura através de uma mistura: herdou a religiosidade dos portugueses, a
familiaridade com o mato, a arte das ervas e o ritmo do bate-pé com os índios. A autêntica música
caipira, a “moda de viola”, retratava a vida do homem no campo, a lida na roça, o contato com a
natureza, a melancolia e a solidão do caboclo. Na literatura, o caipira é retratado por Monteiro
Lobato em seu personagem Jeca Tatu, do livro “Urupês” (BrasilCultura, 2010).
95
7.3.4. Clima, Ecossistema e Geomorfologia
Apesar de abrigar um território que abrange os municípios de Ubatuba e Cunha, um dos
principais diferenciais do Núcleo Cunha é o seu clima de montanha. Em Cunha, sede do Núcleo, a
altitude chega a 1500 m, o que influencia o clima e o ecossistema da região.
O clima é o temperado seco, com variações de temperatura de –3 a 15 º C no inverno e de
15 a 25 º C no verão (ESTÂNCIA CLIMÁTICA DE CUNHA, s/d). Já o ecossistema é formado
predominantemente de Floresta Ombrófila Densa Montana (ou Floresta Sempre-verde do Planalto),
com alguns estratos de Floresta de Neblina (Floresta da Crista da Serra do Mar), esta última pouco
conhecida e típica de altitudes mais elevadas.
7.3.5. Fauna e Flora
O núcleo Cunha abriga diversas espécies de animais, muitas delas em risco de extinção.
Algumas espécies características são jacuguaçu, pica-pau-rei, jaguatirica, onça parda, lontra, sagui,
paca, cateto, queixada, anta, lontra, dentre outros (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). No núcleo há
também espécies endêmicas, ou seja, espécies que habitam uma área geográfica única e bem
definida. Um exemplo é o, Brachycephalus, pequeno sapo de cor amarelo brilhante ou alaranjado.
Em relação à flora, o núcleo Cunha protege importantes remanescentes de matas
nebulares, a mais de mil metros de altitudes, com árvores de grande porte, como araucária, cedro,
peroba, ipê e canela que abrigam uma enorme quantidade de bromélias, orquídeas e samambaias
(FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
ARAUCÁRIA (Araucaria angustifólia)
A araucária é característica do bioma Mata Atlântica em regiões de altitudes mais elevadas e clima
mais ameno. Elas podem atingir até 50 metros de altura e possuem uma madeira leve, macia,
pouco durável quando exposta ao tempo. Todavia, sua madeira foi largamente explorada durante
o período das guerras e para a produção de forros, molduras, ripas, brinquedos, estrutura de
móveis, palitos de fósforos, lápis, carretéis, utensílios domésticos, etc. Produz sementes
comestíveis conhecidas como “pinhão”, muito utilizadas na alimentação. Cunha é o município de
São Paulo com a maior produção de pinhão (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
A araucária também interage intensamente com a fauna, que constitui um elemento muito
importante para a dispersão das sementes. Entre estes animais destacam-se os roedores e as
aves. Alberts (1992 apud IPEF, s/d) cita, entre os roedores, as cotias, as pacas, os ouriços, os
camundongos e os esquilos. Entre as aves são citados o papagaio-de-peito-roxo (Solórzano,1999
96
apud IPEF, s/d), a gralha azul e os tucanos (Bustamante, 1948 apud IPEF, s/d).
Atualmente a redução das matas de pinhais, ou floresta de araucárias, e a exploração predatória
forçaram a inclusão da Araucaria angustifolia nas listas das espécies de plantas ameaçadas de
extinção do IBAMA e da IUCN (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
MURIQUI (Brachyteles arachnoides)
Já o macaco muriqui, também conhecido como mono-carvoeiro é uma espécie endêmica da Mata
Atlântica. Considerado o maior primata das Américas, tem um peso corporal médio de 15 kg
(macho adulto) e 12 kg (fêmea adulta), pelagem espessa de coloração amarelada, cauda longa
prênsil, com terço final desnudo, servindo de superfície táctil e prensora. São animais herbívoros,
ou seja, se alimentam de uma grande diversidade de itens vegetais: frutos, folhas (maduras e
novas), flores de árvores, lianas e epífitas, de acordo com sua disponibilidade sazonal e vivem em
grupos grandes de vários machos e fêmeas, podendo formar grupos com mais de 50 indivíduos.
Infelizmente, embora reconhecido pela UNESCO como identificador de qualidade ambiental, o
Muriqui está entre as 35 espécies mais criticamente ameaçadas da Terra (PROGRAMA MURIQUI,
s/d).
PICA-PAU-REI (Campephilus robustus)
Considerado o maior pica-pau do Brasil, medindo cerca de 36 centímetros de comprimento, com
peso médio de 200 gramas. De rara beleza, possui a cabeça e o pescoço vermelhos, dorso creme,
asas e cauda negras. O peito e o ventre são brancos, inteiramente barrados de finas faixas
horizontais negras. O macho tem uma pequena mancha auricular preta e branca, enquanto a
fêmea possui uma grande estria malar branca, vilada de negro. Assim como as demais espécies de
pica-pau, possui um canto territorial, diversos tipos de chamados e uma música instrumental, o
“tamborilar”. Ela é executada através de repetidos golpes do bico sobre a superfície de troncos
secos ou ocos, substrato escolhido de maneira a proporcionar boa ampliação da sonoridade e
alcance do ruído. Possui dieta insetívora, forrageando em árvores infestadas pelos mais variados
tipos de insetos e larvas. Martelam o tronco com força, perfurando a casca, e capturam as presas
com a língua pegajosa de ponta afiada. A língua móvel é também adequada para lamber o sumo
de frutas moles (WikiAves, s/d (a)).
QUEIXADA (Tayassu pecari)
Estes porcos-do-mato são conhecidos popularmente como queixadas, devido à mandíbula branca.
O nome do gênero, Tayassu, tem origem no idioma tupi e significa “dentes grandes”. Os
queixadas estão ameaçados de extinção da lista da IUCN (IUCN, 2011) e na lista regional do
Estado de São Paulo (MMA, 2008). Além disso, é uma espécie guarda-chuva e cinegética
(TAMOIOS INTELIGÊNCIA GEOGRÁFICA, 2011).
Por serem animais de porte relativamente grande, e viverem em bandos que podem passar de
100 indivíduos, a manutenção de populações de queixadas em vida livre exige grandes áreas
naturais conservadas. Vive em regiões de florestas densas. São animais onívoros, ou seja, se
alimentam de uma grande variedade de itens, como sementes, insetos, fungos e principalmente
frutos. Tem uma enorme importância na natureza, pois pelas fezes espalha sementes de várias
plantas e participa da cadeia alimentar, servindo de alimento para espécies carnívoras (ICMBio,
s/d).
CUTIA (Dasyprocta azarae)
A cutia mede de 50 a 60cm e pesa de 1 a 3 kg. A cauda é rudimentar como na capivara. A
coloração geral é marrom-avermelhada, sendo o lado ventral mais claro. A região próxima à cauda
97
é mais avermelhada. Os membros dianteiros são curtos e têm cinco dedos providos de fortes
unhas. Os posteriores são longos e tem três dedos também com fortes unhas. O membro
posterior alongado auxilia a cutia a pular. É um animal herbívoro, alimentando-se de frutos, tais
como bacupari (Rheedia gardneriana), cambucá, palmito, ingá entre outros, e talos de palmito
jovem. Este animal pode estocar um grande número de frutos, enterrando-os para alimentação
posterior, assim acaba por esquecer parte deles, que, desta forma, acabam germinando, o que faz
desse animal um ótimo dispersor da floresta.
A cutia vive em regiões com floresta densa, ou em matas ralas. Ocorre também no cerrado. É
mais ativa durante as horas crepusculares, apesar de poder ser vista durante o dia em regiões
onde não sofre perseguições. Procura como abrigo tocas que constrói em barrancos, ocos de
árvores caídas e sob raízes. Vive praticamente solitária e quando pressente algum perigo costuma
ficar parada, tentando passar despercebida. Ao comer, a cutia costuma segurar o alimento com as
patas dianteiras, ficando sentada sobre as patas traseiras. Este hábito de usar os membros na
alimentação é bastante comum entre os roedores (INSTITUTO RÃ-BUGIO PARA A CONSERVAÇÃO
DA BIODIVERSIDADE, s/d (b).
Lista das principais espécies da fauna e flora
FAUNA
- AVES: as principais espécies estão listadas abaixo. A lista completa pode ser vista no anexo 4.
 Jacutinga (Aburria jacutinga)
 Urubu-De-Cabeça-Amarela (Cathartes burrovianus)
 Gavião-Pombo-Grande (Pseudastur polionotus)
 Gavião-Pega-Macaco (Spizaetus tyrannus)
 Beija-Flor-De-Topete (Stephanoxis lalandi)
 Seriema (Cariama cristata)
 Choquinha-Da-Serra (Drymophila genei)
 Pinto-Do-Mato (Hylopezus nattereri)
 Tovaca-De-Rabo-Vermelho (Chamaeza ruficauda)
 Arapaçu-De-Cerrado (Lepidocolaptes angustirostris)
 Pi-Puí (Synallaxis cinerascens)
 Fruxu (Neopelma chrysolophum)
 Maria-Leque-Do-Sudeste (Onychorhynchus swainsoni)
 Saudade (Tijuca atra)
 Caneleirinho-De-Chapéu-Preto (Piprites pileata)
 Estalinho (Phylloscartes difficilis)
 Catraca (Hemitriccus obsoletus)
 Tucão (Elaenia obscura)
 Papa-Moscas-De-Costas-Cinzentas (Polystictus superciliaris)
 Tesoura-Cinzenta (Muscipipra vetula)
 Gralha-Do-Campo (Cyanocorax cristatellus)
 Caminheiro-De-Barriga-Acanelada (Anthus hellmayri)
 Bico-Grosso (Saltator maxillosus)
 Sanhaçu-Frade (Stephanophorus diadematus)
 Peito-Pinhão (Poospiza thoracica)
98
 Quete (Poospiza lateralis)
 Pixoxó (Sporophila frontalis)
 Negrinho-Do-Mato (Amaurospiza moesta)
Fonte: SCHUNCK, 2015
- MAMÍFEROS
 Jaguatirica (Leopardus pardalis (Linnaeus, 1758))
 Sussuarana (Puma concolor (Linnaeus, 1771))
 Lontra (Lontra longicaudis (Olfers, 1818))
 Mono-carvoeiro ou Muriqui (Brachyteles arachnoides (É. Geoffroy, 1806))
 Macaco-prego-preto (Cebus nigritus (Goldfuss,1809))
 Sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita (É. Geoffroy, 1812))
 Cateto (Pecari tajacu (Linnaeus, 1758))
 Queixada (Tayassu pecari (Linnaeus, 1795))
 Anta (Tapirus terrestris (Linnaeus, 1758))
 Paca (Cuniculus paca (Linnaeus, 1766))
 Cutia (Dasyprocta azarae (Humboldt, 1811))
Dados secundários
 Cuíca-de-quatro-olhos (Philander frenatus (Olfers, 1818))
 Sauá ou Guigó (Callicebus nigrifrons (Spix, 1823))
 Morcego (Tadarida brasiliensis (I. Geoffroy, 1824))
 Morcego-borboleta (Myotis levis (I. Geoffroy, 1824))
 Morcego-vermelho (Myotis ruber (É. Geoffroy, 1806))
 Rato-do-mato, rato-do-chão (Akodon serrensis (Thomas, 1902))
 Rato-do-mato (Delomys dorsalis (Hensel, 1873))
 Rato-do-mato (Oligoryzomys nigripes (Olfers, 1818))
 Rato-da-árvore (Rhipidomys mastacalis (Lund, 1840))
 Rato-do-mato (Trinomys iheringi (Thomas, 1911))
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
- ANFÍBIOS E RÉPTEIS
 Adenomera cf. marmorata
 Jararaca-da-mata (Bothrops jararaca)
 Sapinho-pingo-douro (Brachycephalus sp).
 Bufo ictericus
 Sapinho-da-bromélia (Dendrophryniscus cf. brevipollicatus)
 Eleutherodactylus binotatus
 Eleutherodactylus cf.parvus
 Eleutherodactylus guentheri
 Eleutherodactylus parvus
 Eleutherodactylus sp.
 Enyalius cf. iheringi
 Flectonotus fissilis
 Hyla albosignata
 Hyla faber
 Hyla hylax
99
 Hylodes phyllodes
 Paratelmatobius poecylogaster
 Physalaemus sp. (gr. olfersii)
 Proceratophrys appendiculata
 Scinax sp. (gr. perpusillus)
Fonte: INSTITUO EKOS BRASIL, s/d
FLORA:
 Araucária (Araucaria angustifólia)
 Cedro (Cedrela fissilis Vell.)
 Palmito (Euterpe edulis Mart.)
 Bambu (Chusquea sp.)
 Samambaia-de-barranco (Dicranopteris pectinata (Willd.) Underw.)
 Embaúba (Cecropia pachystachya Trécul)
 Pau-jacaré (Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.f. Macbr.)
 Taquara (Chusquea sp.)
 Samambaiaçu (Dicksonia sellowiana)
 Manacá-da-serra (Tibouchina mutabilis (Vell.) Cogn.)
 Canela (Ocotea sp.)
 Canela-sassafrás (Ocotea odorifera (Vell.) Rohwer)
 Quaresmeiras (Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn.)
 Guapuruvú (Schizolobium parahyba (Vell.) S.F. Blake)
 Jatobá (Hymenaea courbaril L.)
 Samambaiaçu (Dicksonia sellowiana)
 Guaricangas (Geonoma elegans Mart.)
 Bromélias;
 Orquídeas;
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
7.3.6. Serviços Ecossistêmicos
O Núcleo Cunha presta diversos serviços, principalmente para a sua comunidade do
entorno. Os principais são:
●
Regulação da qualidade do ar;
●
Polinização;
●
Proteção dos morros e encostas;
●
Proteção dos solos;
●
Bem-estar, lazer e turismo;
●
Recursos hídricos.
As florestas preservadas do Núcleo Cunha abrigam importantes mananciais para o
abastecimento de água das cidades do Vale do Paraíba e até mesmo do Rio de Janeiro. O núcleo é
cortado por diversos rios, como Rio Paraibuna, Rio Bonito e Rio Ipiranga.
100
O Rio Paraibuna é considerado “Berço do Rio Paraíba do Sul”, pois juntamente com o Rio
Piraitinga, dão origem ao Rio Paraíba do Sul. Além do fornecimento de água, desempenha outro
importante papel: ao chegar na cidade de Paraibuna, suas águas são aproveitadas para gerar
energia elétrica (PREFEITURA DE PARAIBÚNA, s/d).
7.3.7. Pesquisas
Simulador de chuvas
No Núcleo Cunha há um experimento chamado Simulador de Chuva. O simulador é um
equipamento preparado para produzir chuva e simular uma situação em que é possível comparar o
que ocorre quando há precipitação, simultaneamente, sobre superfície de solo com algum tipo de
cobertura vegetal e quando essa cobertura vegetal não existe.
Quando a vegetação é suprimida, o solo fica desprotegido e mais impermeável. Assim, a
água da chuva não consegue penetrar e acaba escorrendo e levando consigo sedimentos do solo.
Esse processo causa dois fenômenos: erosão e assoreamento.
A erosão é o processo de desagregação de partículas do solo normalmente causado por
chuva e ventos. O homem vem acelerando esse processo através da supressão da vegetação e do
uso incorreto do solo. Muitos desses sedimentos acabam indo parar dentro de corpos d´água,
causando o assoreamento dos rios. Como consequência do assoreamento, há uma redução no
volume de água do rio, que também se tornam turvas e impedem a entrada de luz, impossibilitando
a renovação do oxigênio que os peixes e outros organismos precisam para sobreviver. Além disso,
os rios tornam-se mais rasos, podendo provocar alagamentos em épocas de chuva.
Laboratório de Hidrologia Walter Emerich
Local onde são realizadas pesquisas hidrológicas sobre a Mata Atlântica.
Pesquisas acadêmicas
Algumas pesquisas realizadas no núcleo com bolsa FAPES foram:

12/51509-8: Composição florística, estrutura e dinâmica do funcionamento da
Floresta Ombrófila Densa Atlântica dos núcleos Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e
Santa Virgínia, do Parque estadual da Serra do Mar (PelD)
101

07/04073-1: Ligando paisagem a moléculas: análise genética das populações de
anta (Tapirus terrestris) na Mata Atlântica de São Paulo

00/12405-5: Dieta de alguns mamíferos da ordem Carnivora na Floresta Atlântica do
núcleo Santa Virgínia e núcleo Cunha, Parque Estadual da Serra, SP

97/11798-9: Estudo das anomalias apresentadas no balanço hídrico de duas
microbacias monitoradas no Parque Estadual da Serra do Mar, núcleo Cunha - SP
O descritivo delas estão no anexo 5.
7.3.8. Atrativos
O Núcleo Cunha conta com diversos atrativos naturais, como trilhas, cachoeiras e piscinas
naturais. Os principais atrativos do núcleo são:
Trilha do Rio Paraibuna
A trilha acompanha a margem esquerda do Rio Paraibuna, por entre araucárias e palmeiras.
Autoguiada, seus principais atrativos são poços e cachoeiras para banho e contemplação, entre elas
a Cachoeira do Paredão (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
A caminhada é tranquila e o visitante pode desfrutar o visual de corredeiras e de quedas
d’águas, como a do Paredão, que está localizada após uma descida de pedras que o deixará de
frente para ela. Na região há também um poço profundo bastante utilizado para banho (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
Percurso: 1.700 metros
Tempo estimado: 01h
Nível de dificuldade: fácil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(b)
Trilha do Rio Bonito
Circuito circular, marcada pelo ambiente de floresta e pela presença do Rio Bonito, que dá
nome à trilha. Proporciona o contato com águas cristalinas, cachoeiras e poços para banho que
compensam o esforço físico feito pelos visitantes nos trechos iniciais do percurso. Destaca-se a
Cachoeira da Laje, ideal para banho, relaxamento e contemplação da natureza (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
102
A trilha cruza uma área de Mata Atlântica bem preservada com diversos tipos de palmeiras e
percorre um trecho que margeia o Rio Bonito com sua água pura e transparente, podendo
visualizar facilmente o fundo com areia e pedras. Como um espelho, o curso d’água reflete a
floresta, criando um belo visual (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 7.600 metros
Tempo estimado: 04h30min
Nível de dificuldade: dificuldade alta
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(b)
Trilha das Cachoeiras
A trilha margeia os rios Paraibuna e Ipiranga com vários pontos de contemplação da Mata
Atlântica de altitude, muito bem preservada e belas cachoeiras, como a do Ipiranguinha com quatro
quedas d’água e poços ótimos para banho. Apesar de sua extensão, 14,4 quilômetros (ida e volta),
existe a possibilidade de percorrer parte desse caminho de carro (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Durante o percurso de aproximadamente seis horas para quem o faz a pé, o visitante
poderá observar pegadas de diversos animais, como gatos-do-mato e até mesmo de onças-pardas
(suçuarana). Aves como nhambu, macuco, jacu, e alguns tipos de gaviões, além de macacos-prego
e bugios, estão entre as espécies mais facilmente avistadas (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Na trilha é possível observar a preservação de importantes áreas remanescentes da Mata
Atlântica, cachoeiras e águas cristalinas dos rios Paraibuna e Ipiranga, como destaque para a
cachoeira do Ipiranguinha, com 4 quedas d’água e poços ótimos para banho (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
Percurso: 14.400 metros
Tempo estimado: de 4h a 6h
Nível de dificuldade: média
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(b)
Trilha Mirante:
A Trilha Mirante percorre as margens do Rio Bonito com suas corredeiras, cachoeiras e
piscinas naturais de águas cristalinas. Permite um convívio grande com a biodiversidade, sendo
possível observar araucárias, palmitos, canelas, mata ciliar e diversas espécies da fauna, como o
sapinho-pingo-douro, jararacas, saíras, macucos, tucano-de-bico-verde, etc. A trilha possui altíssimo
103
potencial para a prática de observação de aves por apresentar avifauna muito rica, com espécies
raras, endêmicas, visualmente vistosas e ameaçadas de extinção (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
No caminho há o Mirante, onde é possível observar o Oceano Atlântico com a Ilha das
Couves, além das Vilas do Puruba e do Cambucá, no munícipio de Ubatuba. É possível também
tomar banho na cachoeirinha do Mirante, piscina natural de fácil acesso, com águas calmas e
cristalinas, rodeadas de rochas e florestas. Seu poço raso apresenta dimensões aproximadas de
8,50 metros de comprimento por 5 metros de largura, apresentando condições ideais para um
refrescante banho (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Antigamente, uma parcela da extensão da trilha servia como caminho para a extração,
transporte de madeira e carvão quando a área do Núcleo era constituída por terras de antigas
fazendas (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 8.022 metros
Tempo estimado: 4h30min
Nível de dificuldade: moderado a difícil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
Trilha do Espigão:
A trilha permite um convívio com a biodiversidade, tangenciando num trecho as margens do
Rio Bonito com suas corredeiras, cachoeiras e piscinas naturais para por fim transpor um espigão
com paisagismo destacado (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Antigamente, uma parcela da extensão da trilha era um caminho que serviu para a
extração, transporte de madeira e carvão quando a área do Núcleo era constituída por terras de
antigas fazendas. Assim, é possível observar antigos fornos de carvão da época (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
Percurso: 11.398 metros
Tempo estimado: 4h30min
Nível de dificuldade: moderado a difícil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
Trilha Tranquilo:
A trilha permite um convívio com a biodiversidade, tangenciando num trecho as margens do
Rio Bonito com suas corredeiras, cachoeiras e piscinas naturais (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
104
Antigamente, uma parcela da extensão da trilha era um caminho que serviu para a
extração, transporte de madeira e carvão quando a área do Núcleo era constituída por terras de
antigas fazendas. Assim, é possível observar antigos fornos de carvão da época (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
Percurso: 1.522 metros
Tempo estimado: 1h30min
Nível de dificuldade: fácil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
Trilha Adaptada do Tranquilo:
A trilha permite um convívio com a biodiversidade, tangenciando num trecho as margens do
Rio Bonito com suas corredeiras, cachoeiras e piscinas naturais (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Antigamente, uma parcela da extensão da trilha era um caminho que serviu para a
extração, transporte de madeira e carvão quando a área do Núcleo era constituída por terras de
antigas fazendas. Assim, é possível observar antigos fornos de carvão da época (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
Percurso: 739 metros
Tempo estimado: 1h00min
Nível de dificuldade: fácil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
7.3.9. Informações gerais sobre o Núcleo
Dados gerais
Área
14.000 hectares
Bioma
Mata Atlântica
Município da sede
Estância Climática de Cunha
Municípios Abrangidos
Cunha – Ubatuba
Endereço da sede
Estrada do Paraibuna km 20, Bairro Paraibuna, Cunha – SP
Escritório urbano
Praça Midair José Teodoro, nº 101. Bairro do Falcão, Cunha SP. CEP
12.530-000
105
Bases e outras funções
Telefones
(12) 3111-2353 / (12) 3111-1818
Sinal de celular da sede
Sinal de celular da base
E-mail da UC
[email protected]
Nome do Gestor
Luane Reni Mattos Fenille
Esportes Radicais
Não
Capacidade de hospedagem
20 vagas
Valor da hospedagem na UC
R$ 17,00
Centro de visitantes
Sim
Capacidade do auditório
50 pessoas
Capacidade do refeitório
30
Lanchonete
Não
Quiosques pic nic
Não
Camping na UC
Não
Facilidades no entorno
imediato
Pousadas, restaurantes, pesqueiros, barracas de artesanato e comidas
típicas da região.
Tipo de Acesso
Terra
Distância de SP
250 km
Distância cidade mais
próxima(s)
30 km
Cobrança de Ingresso e valor
Não
Amplitude Altitudinal
1000 a 1500
Amplitude de Temperaturas
10ºC a 22ºC
Bases e outras funções
Base da Barra
Endereço
106
Estrada do Caçador Novo, s/n - Bairro da Barra - Cunha/SP
Telefone
Capacidade de hospedagem
Base de Uso Público
Endereço
Telefone
Capacidade de hospedagem
Mais Informações
Sede Administrativa
Dias e horário de
funcionamento
De segunda-feira a sexta-feira das 7h30min às 17h.
Telefones para informação
(12) 3111-2353 / (12) 3111-1818
E-mail
[email protected]
Gestor (a)
Luane Reni Mattos Fenille
Endereço
Praça Midair José Teodoro, nº101 - Bairro do Areião/ Cunha –SP CEP
12530-000
Visitação
Dias e horário de
funcionamento
De segunda-feira a domingo das 8h às 17h.
Endereço
Estrada do Paraibuna km 20, Bairro Sertão do Paraibuna / Cunha – SP
Normas de Visitação e Segurança do PESM – Núcleo Cunha
É proibida a entrada de pessoas descalças. Obrigatório o uso de calçado fechado (tênis ou bota);
É proibido o consumo de bebida alcoólica dentro da UC;
É proibido o uso de shampoo, sabonete, creme, etc., nas piscinas naturais;
É proibido fazer churrasco ou qualquer tipo de fogueira dentro da UC;
É proibida a retirada ou a introdução de qualquer espécie (flora e fauna) assim como de qualquer outro
produto (pedras, madeiras, etc.) desta UC.
Normas para as trilhas
Nunca ultrapasse o monitor, pois é ele que irá avisar se houver algum perigo;
107
Mantenha-se no caminho pré-determinado, andando sempre um atrás do outro, para evitar o alargamento
da trilha;
Não correr, gritar ou falar muito alto, isso pode assustar os animais;
Observe os locais antes de apoiar as mãos ou se sentar, pois há muitos animais e insetos peçonhentos que
se camuflam e se encontrar algum animal, mantenha a distancia;
Não retire flores, frutos, plantas silvestres ou pedras. Quando encontrar galhos ou folhas no meio da trilha,
não os retire, pois é onde as cobras gostam de se esconder. Apenas desvie;
Não se arrisque nas pedras e não puxe ou pendure em cipós;
Temos várias lixeiras que estão colocadas em pontos estratégicos. Então, todo lixo produzido durante a
permanência, deverá ser trazido de volta;
Símbolo
A araucária (Araucaria angustifolia) é característica do bioma Mata Atlântica em regiões
de altitudes mais elevadas e clima mais ameno. Elas podem atingir até 50 metros de altura e
possuem uma madeira leve, macia, pouco durável quando exposta ao tempo. Todavia, sua
madeira foi largamente explorada durante o período das guerras e para a produção de forros,
molduras, ripas, brinquedos, estrutura de móveis, palitos de fósforos, lápis, carretéis, utensílios
domésticos, etc. Produz sementes comestíveis conhecidas como “pinhão”, muito utilizadas na
alimentação. Cunha é o município com a maior produção de pinhão no Estado de São Paulo.
Atualmente a redução das matas de pinhais, ou floresta de araucárias, e a exploração
predatória forçaram a inclusão da Araucaria angustifolia nas listas das espécies de plantas
ameaçadas de extinção do IBAMA e da IUCN (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
7.4.
Núcleo Curucutu
7.4.1. História
O Núcleo Curucutu tem seu histórico alicerçado na preservação do manancial que atende a
metrópole paulista. O núcleo foi criado em 1958 quando a antiga Fazenda Curucutu, produtora de
carvão vegetal, foi desapropriada pelo Estado pelo decreto Nº 36.544/60 e transformada em
Reserva Florestal com uma área de 12.029 ha sob os cuidados do então Serviço Florestal do
Estado, através da Seção de Reservas da Capital, a qual além de garantir a integridade física da
área, desenvolvia pesquisas objetivando a recuperação da área desflorestada com espécie de
rápido crescimento “experimentalmente”, onde a partir de 1963 foram produzidas e cultivadas
aproximadamente 63.000 árvores de Pinus elliottii (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Em 1977, como a criação do Parque Estadual Serra do Mar pelo Decreto 10.251, a reserva
florestal foi incorporada, dando origem então ao Núcleo Curucutu (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
108
Apesar da exploração de madeira para a carvoaria nas décadas de 1940 e 1950, o Núcleo
não tem ocupação humana intensa e se localiza em um dos trechos menos conhecidos e estudados
da Mata Atlântica de São Paulo (INSTITUO KAIRÓS, 2012, p. 28).
Atualmente, dos 332 mil hectares de área do Parque Estadual Serra do Mar, 37.518 mil
estão localizados no Núcleo Curucutu, que abrange parte dos municípios de Juquitiba, Itanhaém,
Monguagá e São Paulo. Tem como característica o clima de serra, mar de morros e paisagem
característica dos campos nebulares, assim chamados por terem a influência direta e frequente da
neblina formada pela ascensão do ar pela Serra do Mar (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(c)).
Segundo as lendas locais, o nome Curucutu pode ter origem indígena. Acredita-se que,
durante a migração dos índios guaranis em busca de lugares altos, ao alcançarem estes campos, no
alto da Serra, depararam com enorme quantidade de corujas e batizaram a região com algo
relacionado ao local, ou seja, Curucutu - espécie de coruja (MUNICÍPIO DE ITANHAEM, 2014). Há
ainda quem fale na lenda indígena do “protetor das matas”. Além disso, na região também a uma
Aldeia Indígena chamada Krukutu. No entanto, não é possível afirmar isso atualmente e o nome do
Núcleo é atribuído ao nome da antiga Fazenda do local.
7.4.2. Patrimônio Cultural
No Núcleo Curucutu há importantes patrimônios culturais, como:

Fornos de carvão utilizados no processo exploratório da década de 40 (INSTITUTO
FLORESTAL, 2008);
O carvão vegetal é uma das mais antigas e importantes fontes de energia. Ele é obtido
através da queima da madeira e sua utilização mais comum hoje é como combustível para
aquecedores, lareiras, churrasqueiras e fogões. Sua fabricação é conhecida desde longa data na
história da humanidade havendo referências do seu uso há séculos. Os egípcios, por exemplo,
utilizavam para a filtragem de óleos e tratamentos de doenças. Na Segunda Guerra serviu para a
retirada de gases tóxicos a partir de sua elevada capacidade de absorver impurezas sem alterar
sua estrutura, devido a sua composição porosa. No Brasil há relatos de uso de carvão vegetal por
parte dos índios, esses realizavam a mistura da substância com gorduras de animais com
finalidade de combater doenças como tumores e úlceras (SindiCARV, s/d).

Trilha do Mirante: capela datada de 04/08/1963, onde até hoje são realizadas missas.

Trilha de Santo Amaro – Itanhaém: caminho utilizado para a instalação da linha de
telégrafo entre São Paulo e Itanhaém e que provavelmente trata-se de uma antiga trilha
indígena (ITANHAÉM, 2013);
109

Estrada do Telégrafo: a construção da linha do telégrafo foi viabilizada através do
traçado da antiga trilha do Mambu, também denominada Estrada da Conceição, pois se
acredita que era um antigo caminho de ligação de São Paulo a Itanhaém (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).

Aldeias indígenas: no Núcleo Curucutu há duas terras indígenas: Tenondé Porã
(COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013) e Rio Branco (ITANHAÉM, 2013).
7.4.3. Comunidades tradicionais
No Parque Estadual Serra do Mar existem terras indígenas da etnia Guarani reconhecidas
pelo Governo Federal, como as aldeias de Boa Vista do Sertão do Pró-Mirim, Guarani do Aguapeú,
Bananal/Peruíbe, Ribeirão Silveira, Rio Branco (do Itanhaém) e Tenondé Porã.
No Núcleo Curucutu há duas terras indígenas: Tenondé Porã e Rio Branco. Além disso, há a
Aldeia Krukutu, não situada na área do PESM, mas não muito distante e a Aldeia Indígena Aguapeú,
situada no munícipio de Monguaguá, onde o PESM também abrange uma área. Muitas das trilhas
do Núcleo eram utilizadas como passagem, entre as aldeias do planalto (Tenondé Porã e Krukutu) e
do litoral (Rio Branco – Itanhaém) (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Aldeia Tenondé Porã
A aldeia Tenondé Porã está localizada em Parelheiros, zona sul do município de São Paulo,
em uma das rotas históricas da Migração Guarani. Esta aldeia também é chamada de Morro da
saudade ou Aldeia barragem. Ocupa um território de 26 hectares, demarcado como Reserva
Indígena na década de 80 e homologado pelo Decreto Federal n° 94.223, de 15 de abril de 1987
(SMA/ CEA, 2010).
Sua criação aconteceu em 1965 por famílias vindas de outras aldeias – Aldeia Palmeirinha
do Paraná, do Vale do Ribeira e do Litoral Paulista. Com mais de 100 famílias e aproximadamente
900 pessoas, entre as quais a maioria são crianças, é a mais populosa aldeia paulista (SMA/ CEA,
2010).
A Aldeia mantém suas tradições, como a dança, o canto e a reza. Preocupados com o
processo de manutenção e resgate cultural, a aldeia possui duas escolas, uma Municipal de
Educação Infantil, Centro de Educação da Criança Indígena – CECI – e outra estadual. Nas duas
escolas lecionam professores indígenas (SMA/ CEA, 2010).
110
Aldeia Rio Branco
Já a aldeia Rio Branco, passa pelos municípios de Itanhaém, São Vicente, São Paulo, com
uma superfície de 2.856,10 hectares (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013) e com cerca de
120 indígenas que vivem de extrativismo, o palmito Juçara, artesanato que vendem na cidade,
alguma agricultura de subsistência e caça (ITANHAÉM, 2013).
Aldeia Krukutu
A aldeia Krukutu fica apenas no município de São Paulo, com uma superfície de 25,88
hectares (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013). Ela foi homologada pelo Decreto Federal
n° 94222/87. De acordo com Ladeira (2008), a aldeia originou-se como um prolongamento da
aldeia Morro de Saudade, em decorrência de sua dependência econômica, ritual e vínculos
familiares. A formação dos assentamentos familiares ocorre em locais que tenham condições para a
manutenção do modo de ser indígena (SMA/ CEA, 2010).
Atualmente, na aldeia vivem cerca de 138 pessoas distribuídas em 29 famílias nucleares
(GRANADO, 2005). Existem duas escolas, uma CECI e outra estadual de ensino fundamental básico
(primeiro ciclo). Em ambas são trabalhadas questões da cultura e da língua indígena (SMA/ CEA,
2010).
Aldeia Indígena Aguapeú
A Terra Indígena do Aguapeú está localizada no município de Mongaguá. É formada por
índios Guarani Mbya e Tupi-Guarani (Ñandeva). Possui uma dimensão de 4.372,26 hectares e uma
população de 109 índios (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013).
Nessa aldeia, a miscigenação não é permitida e assim eles mantêm viva a cultura indígena
herdada de seus ancestrais e garantem sua linhagem. A aldeia Aguapeú é uma das poucas da
região onde não há mistura de raças. Reservados, os guaranis tem pouco contato com a população
da Cidade e sobrevivem da venda do artesanato produzido pelas índias. As peças — brincos,
colares, chocalhos, bibelôs — são feito com sementes e bambus colhidos na própria mata ou
comprados na Cidade (DIÁRIO DO LITORAL, 2007).
111
7.4.4. Ecossistema, Fauna e Flora
O núcleo Curucutu está inserido dento do bioma Mata Atlântica e tem como ecossistemas
áreas que vão desde Floresta Ombrófila Densa Submontana localizadas nos municípios de São
Paulo, Itanhém e Mongaguá, até áreas com Campo Alto Montano e Floresta Ombrófila Densa Alto
Montano no município de São Paulo (MALAGOLI, 2013).
O núcleo é marcado pelos campos nebulares, ou seja, influência direta e frequente da
neblina formada pela ascensão do ar pela Serra do Mar. Sua paisagem típica é formada de
gramíneas e samambaias. O Núcleo Curucutu é o único núcleo do PESM com a presença desse
ecossistema. Além disso, no núcleo há uma diversidade de outras espécies, como bromélias,
orquídeas, palmito-juçara, guapuruvu, quaresmeira, araçá piranga, jequitibá, cambuci, canela,
cidreira silvestre, dentre outras (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(c)).
Já em relação às espécies da fauna, as principais são: coruja jurucutu, símbolo do núcleo,
anta, paca, cateto, cutia, lontra, onça parda, macaco-prego, muriqui, tucano do bico-verde, tucanodo-bico-preto, chibante, pica-pau-rei, gralha-azul, dentre outros (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
BROMÉLIAS
As bromélias têm grande importância na manutenção da biodiversidade da fauna na Mata
Atlântica, já que a disposição de suas folhas em roseta forma um reservatório onde se acumulam
água e matéria orgânica, criando microhabitats para muitos organismos (STEINER et al., 2006).
Vários animais como Bicho-preguiça (Bradypus variegatus), Bugio (Alouatta guariba), Quatis
(Nasua nasua), além de diversas espécies de aves, se utilizam dos vasos de bromélias como
bebedouro, como recurso alimentar, ou ainda, como fonte de alimento, por funcionarem como
habitat e área de reprodução de insetos e anuros, os quais são procurados aí por predadores
como as serpentes (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Elas são plantas epífitas, ou seja, costumam
usar as árvores ou rochas como suporte para obter mais luz, umidade e nutrição e são
características do continente americano, principalmente nas regiões tropicais.
MACACO-PREGO (Cebus nigritus)
O macaco-prego é um primata de médio porte, chegando de 35 cm à 49 cm de comprimento. Sua
pelagem pode ser de marrom-amarelado até quase preta. Seus membros e a cabeça apresentam
pelos com uma coloração preta. Essa espécie é considerada uma das mais inteligentes espécies de
macacos. Possui mãos muito manipulativas e ágeis onde, utilizam ferramentas na natureza a fim
de facilitar a exploração dos recursos. O macaco-prego possui hábitos diurnos e arborícolas,
vivendo mais na parte central do dossel, sendo animais que costumam viver em bandos de 6 a 35
indivíduos. Alimentam-se de Frutos sementes, brotos e também pequenos invertebrados. No Brasil
são encontrados nos biomas: Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica (ViaRondon, 2011).
MURIQUI (Brachyteles arachnoides)
Já o macaco Muriqui é uma espécie endêmica da Mata Atlântica. Considerado o maior primata das
112
Américas, tem um peso corporal médio de 15 kg (macho adulto) e 12 kg (fêmea adulta), pelagem
espessa de coloração amarelada, cauda longa prênsil, com terço final desnudo, servindo de
superfície táctil e prensora. São animais herbívoros, ou seja, se alimentam de uma grande
diversidade de itens vegetais: frutos, folhas (maduras e novas), flores de árvores, lianas e epífitas,
de acordo com sua disponibilidade sazonal e vivem em grupos grandes de vários machos e
fêmeas, podendo formar grupos com mais de 50 indivíduos. Infelizmente, embora reconhecido
pela UNESCO como identificador de qualidade ambiental, o Muriqui está entre as 35 espécies mais
criticamente ameaçadas da Terra (PROGRAMA MURIQUI, s/d).
ANTA (Tapirus terretris)
A anta é um mamífero de grande porte, cujo corpo mede de 1,70 a 2,00 m e pode pesar até 300
kg. É o maior mamífero brasileiro. Sua coloração é marrom escura e o focinho tem uma pequena
tromba móvel. Nas patas anteriores possui quatro dedos e nas patas posteriores três dedos.
Frequenta diversos ambientes florestais, desde que se sinta segura nessas áreas. Tem hábitos
solitários e geralmente é vista durante a noite. São animais herbívoros, considerados importante
dispersora de sementes nas florestas, como as sementes de palmito juçara (ICMBio, s/d).
Além disso, o Núcleo Curucutu recebe todos os anos dezenas de espécies de aves
migratórias, mas uma merece atenção especial, é a guaracava-de-crista-branca (Elaenia chilensis)
(SCHUNK, 2014).
GUARACAVA-DE-CRISTA-BRANCA (Elaenia chilensis)
Espécie de ave migratória que se reproduz no Chile e migra por uma boa parte da
América do Sul depois de criar os filhotes. Durante a migração estas aves sobem pela faixa leste
do Brasil até o nordeste brasileiro, entram pela caatinga, passam pelo cerrado, pelo Sul da
Amazônia até chegar nos Andes, de onde retornam para o Sul até atingir as áreas de reprodução
no Chile, completando o ciclo anual. Desde 2009 estas aves são registradas e estudadas no Núcleo
Curucutu pelo pesquisador Fabio Schunck e sua equipe, que faz seu doutorado na USP com as
aves desta região. Já foram anilhadas 140 guaracavas, mas nenhuma destas aves ainda foi
recuperada no Núcleo ou em outra região, mas as chances vão aumentando a cada ano e a cada
ave anilhada. As guaracavas são muito pontuais, elas passam pelo Núcleo Curucutu sempre na
primeira semana de março, isso já se repete por seis anos consecutivos. Estas aves também usam
as ilhas litorâneas durante sua migração, sendo um dos itens da dieta da jararaca-ilhoa, espécie
de serpente arborícola e endêmica da ilha da Queimada Grande, litoral Sul de São Paulo. O
anilhamento de aves silvestres é uma ferramenta fundamental para se estudar rotas migratórias,
além de características biológicas das espécies, como seu tempo de vida. Este tipo de estudo,
assim como as matas nebulares da parte alta do Núcleo Curucutu são de extrema importância
para conservação desta espécie migratória que passa pelo PESM todos os anos (SCHUNK, s/d).
Em relação aos anfíbios, o Núcleo Curucutu é o núcleo do PESM que possui a maior riqueza
de espécies, atualmente com 66 espécies. Este amplo conhecimento foi obtido a partir de um
estudo sistemático e de longo prazo, realizado desde 2005 até os dias de hoje, totalizando mais de
113
nove anos de trabalhos de campo e laboratório. Sua fauna de anfíbios é muito peculiar com
espécies associadas aos campos de altitude, às matas nebulares, matas de encosta e também às
matas de baixada. Dentre as espécies que ocupam os campos naturais (Campos de Altitude) e sua
transição com as matas nebulares, destacam-se a perereca-das-folhagens (Phyllomedusa distincta),
a rãzinha-assobiadora (Leptodactylus furnarius), a rãzinha-piadeira (Adenomera aff. marmorata) e a
rãzinha-de-barriga-colorida (Paratelmatobius cardosoi), que costumam habitar alguns ambientes no
entorno da sede do núcleo. Já nas matas nebulares e de encosta, destacam-se o sapinho-pingo-deouro (Brachycephalus ephippium), o sapinho-de-bromélia (Dendrophryniscus brevipollicatus), a rãde-vidro (Vitreorana uranoscopa), a perereca-flautinha (Aplastodiscus aff. albosignatus), a rã-decorredeira (Cycloramphus dubius) e a rãzinha-de-corredeira (Hylodes phyllodes). O Núcleo Curucutu
apresenta espécies raras e com distribuição restrita ao estado de São Paulo. Este fato ressalta o seu
papel fundamental na conservação dos anfíbios da Serra do Mar, graças à grande diversidade de
fisionomias vegetais e ambientes aquáticos presentes em seus limites (MALAGOLI, 2013).
Lista das principais espécies da fauna e flora
FAUNA:
- AVES: as principais espécies estão listadas abaixo. A lista completa pode ser vista no anexo 4.

Jaó-Do-Sul (Crypturellus noctivagus)

Jacutinga (Aburria jacutinga)

Gavião-Pombo-Pequeno (Amadonastur lacernulatus)

Gavião-Pega-Macaco (Spizaetus tyrannus)

Gavião-Pato (Spizaetus melanoleucus)

Narcejão (Gallinago undulata)

Caburé-Miudinho (Glaucidium minutissimum)

Mocho-Diabo (Asio stygius)

Bacurau-Tesoura-Gigante (Hydropsalis forcipata)

Apuim-De-Costas-Pretas (Touit melanonotus)

Choquinha-Pequena (Myrmotherula minor)

Choquinha-Cinzenta (Myrmotherula unicolor)

Choquinha-De-Asa-Ferrugem (Dysithamnus xanthopterus)

Pinto-Do-Mato (Hylopezus nattereri)

Maria-Leque-Do-Sudeste (Onychorhynchus swainsoni)

Chibante (Laniisoma elegans)

Sabiá-Pimenta (Carpornis melanocephala)

Patinho-Gigante (Platyrinchus leucoryphus)

Não-Pode-Parar (Phylloscartes paulista)

Estalinho (Phylloscartes difficilis)

Guaracava-De-Crista-Branca (Elaenia chilensis)

Tucão (Elaenia obscura)

Tesoura-Cinzenta (Muscipipra vetula)
114

Caminheiro-De-Barriga-Acanelada (Anthus hellmayri)

Sanhaçu-Frade (Stephanophorus diadematus)

Pixoxó (Sporophila frontalis)

Negrinho-Do-Mato (Amaurospiza moesta)

Cais-Cais (Euphonia chalybea)
Fonte: SCHUNCK, 2015
- MAMÍFEROS
 Jaguatirica (Leopardus pardalis (Linnaeus, 1758))
 Sussuarana (Puma concolor (Linnaeus, 1771))
 Mono-carvoeiro ou Muriqui (Brachyteles arachnoides (Geoffroy, 1806))
 Macaco-prego-preto (Cebus nigritus (Goldfuss,1809))
 Anta (Tapirus terrestris (Linnaeus, 1758))
 Paca (Cuniculus paca (Linnaeus, 1766))
Dados secundários
 Lontra (Lontra longicaudis (Olfers, 1818))
 Cuíca-cauda-de-rato (Metachirus nudicaudatus (Desmarest, 1817))
 Cateto (Pecari tajacu (Linnaeus, 1758))
 Morcego (Tadarida brasiliensis (I. Geoffroy, 1824))
 Morcego-beija-flor (Anoura caudifer (É. Geoffroy, 1818))
 Morcego (Anoura geoffroyi Gray 1838)
 Morcego-das- frutas (Artibeus cinereus (Gervais, 1855))
 Morcego-das- frutas (Artibeus obscurus (Schinz, 1823))
 Morcego (Lonchorhina aurita (Tomes, 1863))
 Morcego-das- frutas (Sturnira lilium (É. Goffroy, 1810))
 Morcego (Sturnira tildae (de la Torre, 1959))
 Morcego-borboleta (Myotis nigricans (Schinz, 1821))
 Rato-do-chão (Akodon cursor (Winge, 1887))
 Cutia (Dasyprocta azarae (Humboldt, 1811))
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
- ANFÍBIOS E RÉPTEIS
 Adenomera cf. marmorata
 Sapinho-de-brómelia (Dendrophryniscus cf. brevipollicatus)
 Eleutherodactylus cf. guentheri
 Eleutherodactylus guentheri
 Eleutherodactylus sp. 1
 Eleutherodactylus sp. 3
 Cágado-da-serra (Hydromedusa maximilianii)
 Hyla hylax
 Hyla sp. 3
 Scinax sp. (gr. perpusillus)
 Thamnodynastes cf. nattereri
 Bufo cf. margaritifer
 Bufo ornatus
 Eleutherodactylus binotatus
115
 Flectonotus fissilis
 Proceratophrys melanopogon
 Scinax cf. perpusillus
 Scinax littoralis
 Bufo ictericus
 Cycloramphus boraceiensis
 Eleutherodactylus sp. 2
 Hyla hylax
 Hyla sp. 2
 Hylodes phyllodes
 Micrurus corallinus
 Eleutherodactylus sp. 4
 Flectonotus sp.?
 Hyla sp. 1
Fonte: INSTITUTO EKOS BRASIL, s/d
FLORA:
 Canela (Ocotea curucutuensis Baitello)
 Manacá (Tibouchina sellowiana (Cham.) Cogn.)
 Jacatirão (Miconia cinnamomifolia (DC.) Naud.)
 Palmito-juçara (Euterpe edulis)
 Samambaiaçu (Dicksonia sellowiana)
 Araçá (Psidium cattleianum Sabine)
 Embaúba (Cecropia pachystachya Trécul)
 Caqui (Diospyros kaki Thunb.)
 Herbáceas, notadamente das famílias Poaceae, Cyperaceae e Asteraceae
 Bambu (Merostachys spp.)
 Guaricanga (Geonoma elegans Mart.)
 Araçá-piranga (Eugenia leitonii D. Legram sp. Inéd.)
 Micônias (Miconia sp.)
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
7.4.5. Serviços Ecossistêmicos
O Núcleo Curucutu presta diversos serviços, principalmente para a sua comunidade do
entorno:
●
Regulação da qualidade do ar;
●
Proteção dos morros e encostas;
●
Proteção dos solos;
●
Polinização;
●
Bem-estar, lazer e turismo;
●
Recursos hídricos.
116
O Núcleo Curucutu abriga as nascentes dos rios Capivari e Embu-Guaçu, que são
importantes contribuintes do sistema Guarapiranga, um dos principais mananciais da Região
Metropolitana de São Paulo.
A bacia Guarapiranga foi construída originalmente para atender às necessidades de
produção de energia elétrica na Usina Hidroelétrica de Parnaíba. Sua área é extensa, com cerca de
630 km². Engloba partes dos territórios de diferentes municípios, como Embu-Guaçu, Itapecerica da
Serra, São Lourenço da Serra, Juquitiba, Embu e São Paulo (SABESP, 2008).
O Sistema Guarapiranga é o segundo maior em produção de água, com uma produção
média de 14m³/s, que por seu lado, atende a cerca de 3,7 milhões de consumidores (cerca de 20%
da população da Região Metropolitana de São Paulo). Além da água produzida dentro da sua bacia
hidrográfica, o Sistema Guarapiranga também conta com a contribuição das águas dos rios Capivari
e Monos (capacidade de 3,2 m³/s), afluente do rio Capivari, e da Represa Billings, através do braço
Taquacetuba (capacidade de 4m³/s) (SABESP, 2008).
O processo de crescimento descontrolado da mancha urbana sobre os mananciais da
Represa Guarapiranga coloca em risco a capacidade de abastecimento deste importante manancial
da metrópole de São Paulo, pois além de promover a degradação da cobertura vegetal, a
impermeabilização do solo, favorece o lançamento de esgotos e dejetos urbanos na represa e a
contaminação de córregos e das águas subterrâneas que drenam para o seu corpo d’água,
comprometendo a qualidade e a quantidade de água disponível (SABESP, 2008).
A proteção e a recuperação das áreas degradadas deste manancial, bem como o controle
mais efetivo da expansão de diferentes formas de uso e ocupação do solo na sua bacia hidrográfica
são peças fundamentais para o futuro do abastecimento hídrico da Região Metropolitana de São
Paulo (SABESP, 2008).
7.4.6. Pesquisas
Dentre os projetos existentes no PESM, Núcleo Curucutu, destacam-se:

Pesquisador Leo Malagoli - Projeto "Diversidade e distribuição dos anfíbios anuros
em diferentes fisionomias do Núcleo Curucutu do Parque Estadual Serra do Mar,
SP" e "Diversidade filogenética, funcional e conservação dos anfíbios da Serra do
Mar, sudoeste do Brasil";

Pesquisador Fabio Schunck com Projeto "Levantamento de aves do Parque
Estadual Serra do Mar, Núcleo Curucutú, São Paulo - SP";
117

Pesquisadora Lilian Borjorne de Almeida com o Projeto “Uso da paisagem por
onças-pardas (Puma concolor) em fragmentos de Mata Atlântica e Cerrado na
Região Metropolitana de São Paulo”;

Pesquisadora Silara Fatima Batista com o Projeto "Diversidade e distribuição de
serpentes no mosaico de fisionomias do Núcleo Curucutu - Parque Estadual Serra
do Mar" (em análise pelo Cotec).
Outras pesquisas realizadas no núcleo com bolsa FAPES foram:

04/15531-2: Reconstrução da paleovegetação e do paleoclima em regiões do litoral
Sul do Estado de São Paulo (Parque Estadual da Serra do Mar - Núcleo de Curucutu
e Ilha do Cardoso) no Quaternário tardio

06/00017-7: Climate changes and vegetation dynamics during the late pleistocene in
the Parque Estadual da Serra do mar-nucleo curucutu, São Paulo State, southeastern
Brazil, inferred from pollen and carbon..

03/03297-2: Estudo multi/interdisciplinar de reconstrução da vegetação e clima na
região do Parque Estadual da Serra do mar-nucleo curucutu, São Paulo, SP no
quaternário tardio

07/00705-3: Reconstrução da vegetação no Parque Estadual da Serra do Mar Núcleo Curucutu, desde o Holoceno Médio

98/00178-2: Parâmetros geomorfológicos na determinação da fragilidade ambiental
no Núcleo Curucutu do Parque Estadual da Serra do Mar.
O descritivo delas pode ser visto no anexo 5.
7.4.7. Atrativos
O Núcleo Curucutu conta com diversos atrativos naturais, como trilhas, cachoeiras e piscinas
naturais. Os principais atrativos do núcleo são:
Trilhas abertas a visitação
Trilha do Mirante:
A trilha do Mirante percorre o divisor de águas entre a Bacia do Rio Capivari. Ao percorrê-la
é possível observar à diversidade de paisagens de mar de morros e encostas da Serra do Mar
118
(FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(c)). Durante a caminhada, o visitante poderá presenciar e sentir
diferenças e mudanças climáticas como nevoadas, umidade variando, calor, mormaço, entre outros
(TRILHAS DE SÃO PAULO, 2011a).
A trilha atinge o cume da serra, limite entre os municípios de São Paulo e Itanhaém onde,
em dias de baixa nebulosidade (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(c)), é possível apreciar parte do litoral
sul do Estado, como as praias de Mongaguá, Itanhaém e Praia Grande, além da Laje de Santos –
formação rochosa que integra o Parque Estadual Marinho Laje de Santos (única Unidade de
Conservação marinha de proteção integral marinha do Estado de São Paulo) e a Ilha da Queimada
Grande, também conhecida como Ilha das Cobras (TRILHAS DE SÃO PAULO, 2011a).
Há relatos de que a trilha do Mirante existe desde os tempos anteriores a criação do núcleo,
quando ainda havia a Fazenda Curucutu. Na época, a região era utilizada para a produção
madeireira de pinus e as pessoas visitavam o caminho que dava acesso ao mirante, bem como a
capela existente nas mediações (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 2.654 metros
Tempo estimado: 2h00min
Nível de dificuldade: fácil
Fonte: (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(c)
Trilha do Mambu/Trilha da Travessia
Trilha histórico cultural que atravessa a Serra. Denominada por equivoco como Trilha do
Telégrafo, pois se tratava de um antigo caminho dos indígenas da etnia Guarani que ligava o
planalto ao litoral e que viabilizou a construção da linha do telégrafo. A antiga Trilha do Mambu,
também era chamada de Estrada da Conceição, pois se acredita que era um antigo caminho de
ligação de São Paulo a Itanhaém (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Durante a trilha é possível observar vegetação em diferentes níveis, desde áreas mais
abertas e com plantação de pinus, até áreas com vegetação mais densa. A fauna é bem diversa,
marcada por rastros e presença de pacas, antas, bugios, macacos-prego, veado-mateiro e onçaparda (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 7.600 metros
Tempo estimado: 04h30min
Nível de dificuldade: dificuldade alta
119
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(c)
Trilha da Bica
Acredita-se que a Trilha da Bica existe desde os tempos anteriores a criação do núcleo,
quando ainda havia a Fazenda Curucutu. Na época, a região era utilizada para a produção
madeireira de pinus e as pessoas visitavam o caminho que dava acesso ao mirante, bem como a
capela existente nas mediações (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Durante o percurso é possível observar a flora, passando por estágios mais iniciais de
vegetação e com presença de pinus reflorestado que era utilizado antigamente para a produção de
madeira, até áreas mais conservadas. Possui uma parada em uma bica d´água, ideal para os
visitantes se refrescarem. A trilha pode ser feita por crianças e idosos (FUNDAÇÃO FLORESTAL,
2013).
Percurso: 1.102 metros
Tempo estimado: 01h30min
Nível de dificuldade: fácil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(c)
Outras trilhas (não abertas à visitação)
Trilha da Cachoeira da Usina Capivari
Antigamente, o percurso da trilha era inicialmente o acesso até a usina Capivari.
Atualmente, em uma de suas áreas foi criada a Terra Indígena Tenondé Porã. A trilha margeia o rio
Capivari com vários pontos de contemplação da Mata Atlântica de altitude, até a Cachoeira da Usina
com uma queda d’água de 80 metros (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 8.716 metros
Tempo estimado: 06h00min
Nível de dificuldade: moderado
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
Trilha da Santa Margarida (Corredeiras do Rio Mambu)
Extensão (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013)
120
Trilha do Degrau (Cachoeira do Rio Mambu)
Extensão aproximada 8.000 metros (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
7.4.8. Informações gerais sobre o Núcleo
Dados gerais
Área
37.518 hectares
Bioma
Mata Atlântica
Município da sede
São Paulo e Itanhaém
Municípios Abrangidos
Itanhaém, São Paulo Juquitiba e Mongaguá
Endereço da sede
Município da Sede Administrativa: Itanhaém (Rua Dom Sebastião Leme,
135 - Jardim Ivoty – Itanhaém/SP);
Município da Sede de Uso Público: São Paulo (Estrada Bela Vista, 7090 Emburá do Alto, Parelheiros/SP).
Escritório urbano
Bases e outras funções
Base de Proteção Juquitiba (inativa)
Telefones
(11) 5975-2000 / (13) 3422-5657 / (13) 3426-9223
Sinal de celular da sede
Sinal de celular da base
E-mail da UC
[email protected]
Nome do Gestor
Marcelo José Gonçalves
Esportes Radicais
Não
Capacidade de hospedagem
Não
Valor da hospedagem na UC
Não
Centro de visitantes
Sim
Capacidade do auditório
46 pessoas
Capacidade do refeitório
Não possui
Lanchonete
Não
121
Quiosques pic nic
1 galpão amplo que serve como área para lanche
Camping na UC
Não
Facilidades no entorno imediato
Não Há
Tipo de Acesso
Asfalto, Terra, 19 km
Distância de SP
70 km
Distância cidade mais próxima(s)
24 km – Embu Guaçu; 22 km – Parelheiros
Cobrança de Ingresso e valor
Não
Amplitude Altitudinal
756 m
Amplitude de Temperaturas
Média de 20°C
Bases e outras funções
Base de Proteção Juquitiba – atualmente inativa
Endereço
Telefone
Capacidade de hospedagem
Base de Proteção
Endereço
Telefone
Capacidade de hospedagem
Mais Informações
Sede Administrativa
Dias e horário de funcionamento
De segunda-feira a sexta-feira das 8h às 17h.
Telefones para informação
(11) 5975-2000 / (13) 3422-5657 / (13) 3426-9223
E-mail
[email protected]
Gestor (a)
Marcelo José Gonçalves
Endereço
Rua Dom Sebastião Leme, nº135, Jardim Ivoty/ Itanhaém –SP CEP
11740-000
122
Visitação
Dias e horário de funcionamento
De terça-feira a domingo, das 8h30 às 17h.
Endereço
Estrada Bela Vista, nº7090 - Emburá do Alto –SP
Normas de Visitação e Segurança do PESM
É proibida a entrada de pessoas descalças. Obrigatório o uso de calçado fechado (tênis ou bota);
É proibido o consumo de bebida alcoólica dentro da UC;
É proibido o uso de shampoo, sabonete, creme, etc., nas piscinas naturais;
É proibido fazer churrasco ou qualquer tipo de fogueira dentro da UC;
É proibida a retirada ou a introdução de qualquer espécie (flora e fauna) assim como de qualquer outro produto
(pedras, madeiras, etc.) desta UC.
Normas para as trilhas
Nunca ultrapasse o monitor, pois é ele que irá avisar se houver algum perigo;
Mantenha-se no caminho pré-determinado, andando sempre um atrás do outro, para evitar o alargamento da
trilha;
Não correr, gritar ou falar muito alto, isso pode assustar os animais;
Observe os locais antes de apoiar as mãos ou se sentar, pois há muitos animais e insetos peçonhentos que se
camuflam e se encontrar algum animal, mantenha a distancia;
Não retire flores, frutos, plantas silvestres ou pedras. Quando encontrar galhos ou folhas no meio da trilha, não
os retire, pois é onde as cobras gostam de se esconder. Apenas desvie;
Não se arrisque nas pedras e não puxe ou pendure em cipós;
Temos várias lixeiras que estão colocadas em pontos estratégicos. Então, todo lixo produzido durante a
permanência, deverá ser trazido de volta;
Símbolo
O nome do núcleo é devido a antiga Fazenda Curucutu, onde hoje o núcleo estpa localizado.
Antigamente, nome era atribuído a uma espécie de coruja, que se tornou o seu símbolo.
123
7.5.
Núcleo Itariru
7.5.1. História
Conformada como Reserva Florestal de Itariru, em 1977 foi incluída no Parque Estadual
Serra do Mar criado pelo Decreto 10.251, formando o Núcleo Itariru. Em 2010, com a ampliação do
PESM, algumas glebas foram incluídas no Núcleo Itariru, totalizando 4 mil ha, sendo duas delas no
município de Miracatu, que anteriormente não fazia parte do Parque.
Atualmente, dos 332 mil hectares de área do Parque Estadual Serra do Mar, 53.927 mil
estão localizados no Núcleo Itariru, que abrange parte dos municípios de Itariri, Juquitiba, Peruíbe,
Miracatu e Pedro de Toledo. Localizado no Vale do Ribeira, configura-se como uma das regiões de
Mata Atlântica mais conservadas do país (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(d)).
O Núcleo Itariru apresenta uma vegetação exuberante e protege as únicas manchas de
floresta de várzea de todo o Parque. As matas de várzea constituem ambientes frágeis, cuja origem
e funcionamento estão ligados à deposição de sedimentos geologicamente recentes, caracteriza-se
pela vazão constante dos rios, ou seja, pela entrada e saída de água das marés fluviais. Essas
mesmas condições propiciaram a formação de solos com bons níveis de nutrientes e estoques
biológicos.
O nome Itariru significa “Pedra Preciosa”. Em tupi-guarani, “ita” quer dizer pedra, firme,
forte, resistente. No município de Peruíbe também há um rio chamado Itariru.
Cidades abrangidas pelo Núcleo
Itariri
Localizada na antiga região do Rio do Azeite, cujo povoamento foi iniciado em 1865, Itariri
teve como marco inicial a construção de uma estação da Estrada de Ferro Sorocabana, trecho
Santos–Juquiá, inaugurada apenas em 1914. No ano seguinte, recebeu um grande número de
imigrantes japoneses. Com o loteamento de terras vizinhas à estação, em 1922, e a construção da
capela de São Benedito, em 1925, teve início o desenvolvimento mais efetivo do povoado. Foi
elevado a distrito do município de Itanhaém em 30 de novembro de 1938 e adquiriu autonomia
municipal em 24 de dezembro de 1948. O vocábulo Itariri provém do tupi, ita, “pedra”, riri, “ostra”
(BATTISTELLA, 2012).
124
Juquitiba
A fundação do bairro de São Lourenço por Manoel Jesuíno Godinho, em 1887, deu início ao
município de Juquitiba (“terras de muitas águas”, em tupi-guarani). Passou a ser conhecido,
posteriormente, como Capela Nova da Bela Vista do Rio Juquiá e, em 27 de dezembro de 1907, foi
elevado à categoria de distrito do município de Itapecerica da Serra, com sede no povoado de Bela
Vista de Juquiá. Apenas em 28 de fevereiro de 1964, obteve autonomia político-administrativa
(BATTISTELLA, 2012).
Pedro de Toledo
O núcleo inicial do futuro município foi marcado pela Parada Carvalho, pertencente à
Estrada de Ferro Sorocabana, construída em 1912, no trecho que ligava Santos a Juquiá, no litoral
sul. A estação fazia limite com a propriedade de Manoel Francisco de Carvalho, um dos primeiros
moradores locais. Passou a ser chamada de Parada Vasconcelos, em homenagem a outro pioneiro,
o Coronel Raimundo Vasconcelos e, posteriormente, Parada Alecrim, devido ao arbusto bastante
comum na região (BATTISTELLA, 2012).
O povoado, que se desenvolveu em torno da estação, tornou-se distrito no município de
Iguape, em 13 de dezembro de 1929, com o nome de Alecrim, e se dedicava basicamente à
agricultura, em especial, ao cultivo da banana. Seu nome foi alterado para Pedro de Toledo em 20
de setembro de 1937. Transferido para o município de Prainha (atual Miracatu), em 30 de
novembro de 1938, obteve autonomia político-administrativa em 24 de dezembro de 1948
(BATTISTELLA, 2012).
Miracatu
O antigo povoado de Prainha, localizado na margem esquerda do Rio São Lourenço, deve
seu nome a uma pequena praia onde paravam canoeiros para descansar e fazer refeições durante a
viagem. Sua origem estaria ligada ao núcleo formado nas terras do francês Pierre Laragnoit, que,
em 1871, doou dois alqueires para a construção da igreja Nossa Senhora das Dores de Prainha. Em
6 de abril de 1872, o povoado foi elevado a freguesia do município de Iguape. Em 30 de novembro
de 1938, tornou-se município autônomo que, em 30 de novembro de 1944, teve sua denominação
alterada para Miracatu (em tupi, “gente boa”) (BATTISTELLA, 2012).
O transporte na região era basicamente fluvial, e os dois principais rios navegáveis eram o
São Lourenço e o Ribeira de Iguape. Grande número de canoas e depois de vapores de tonelagem
125
regular cruzavam essesrios ligando o Porto de Iguape, escoadouro das riquezas de toda a região, à
vila de Prainha. A navegação fluvial perdeu sua importância a partir de 1914, quando foi
inaugurado o ramal Santos–Juquiá da Estrada de Ferro Sorocabana e o Porto de Iguape, aos
poucos, foi substituído pelo Porto de Santos. A partir do início do século XX, a região recebeu
grande contingente de imigrantes japoneses que desenvolveram a cultura do arroz e da banana
(BATTISTELLA, 2012).
Peruíbe
A origem de Peruíbe está vinculada à história de São Vicente e, em especial, à trajetória dos
jesuítas pelo litoral do Estado de São Paulo. No século XVI, uma missão jesuítica estabeleceu-se no
local que recebeu o nome de Aldeamento de São João Batista, ou São João da Aldeia, cujo objetivo,
além de converter e pacificar os índios Carijós e Tamoios, que viviam ao sul da capitania de
Itanhaém, era o de servir como pouso a viajantes. Situava-se em uma região estratégica na defesa
contra investidas de corsários (BATTISTELLA, 2012).
No final do século XVIII, com a expulsão dos padres jesuítas, a aldeia passou a ser
administrada pelos franciscanos e o núcleo de Peruíbe entrou em declínio. Só retomou o
desenvolvimento como cidade balneária em meados do século XX, quando foi transformada por lei,
em 18 de fevereiro de 1959, em distrito e município, com território desmembrado de Itanhaém
(BATTISTELLA, 2012).
Peruíbe, em tupi-guarani, significa “no rio dos tubarões”. Consta, porém, de alguns
documentos que esse nome estaria associado ao modo como José de Anchieta se referia ao lugar,
chamando-o de Tapirema do Peru, por suas semelhanças com a região peruana, onde os jesuítas
haviam enfrentado dificuldades no exercício da catequese (BATTISTELLA, 2012).
7.5.2. Patrimônio Cultural
No Núcleo Itariru, na trilha da Cachoeira da Usina, é possível observar as ruínas de uma
antiga hidroelétrica construída em 1939 por imigrantes suíços, bem como fornos de carvão da
mesma época.
O carvão vegetal é uma das mais antigas e importantes fontes de energia. Ele é obtido
através da queima da madeira e sua utilização mais comum hoje é como combustível para
aquecedores, lareiras, churrasqueiras e fogões. Sua fabricação é conhecida desde longa data na
história da humanidade havendo referências do seu uso há séculos. Os egípcios, por exemplo,
126
utilizavam para a filtragem de óleos e tratamentos de doenças. Na Segunda Guerra serviu para a
retirada de gases tóxicos a partir de sua elevada capacidade de absorver impurezas sem alterar
sua estrutura, devido a sua composição porosa. No Brasil há relatos de uso de carvão vegetal por
parte dos índios, esses realizavam a mistura da substância com gorduras de animais com
finalidade de combater doenças como tumores e úlceras (SindiCARV).
7.5.3. Comunidades tradicionais
No entorno do Núcleo Itariru sobrevivem índios Guarani que ainda preservam costumes
tradicionais, como roças de mandioca, a produção de farinha e o artesanato de cipó e palha.
TI Bananal (Peruíbe)
●
Localização: município de Peruíbe
●
Bioma: Mata Atlântica
●
Aldeia: Bananal
●
Povo: Tupi-Guarani (Ñandeva)
●
População: 31 índios (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013)
●
Situação fundiária: homologada em 1994, com registro no CRI
●
Dimensão: 480,4737 hectares
TI Piaçaguera
●
Localização: município de Peruíbe
●
Bioma: Mata Atlântica
●
Aldeias: Piaçaguera, Tanyguá, Nhamandu-mirim, Kuaray Mirim e Tabaçure Koypy (ISA,
2012)
●
Povo: Tupi-Guarani (Ñandeva)
●
População: 254 índios (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013)
●
Situação fundiária: declarada em 2011 e em fase de demarcação física
●
Dimensão: 2.795 hectares
TI Itariri (Serra do Itatins)
●
Localização: município de Itariri
●
Bioma: Mata Atlântica
●
Aldeias: Rio do Azeite e Capoeirão
●
Povos: Tupi-Guarani (Ñandeva)
●
População: 66 índios COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO
127
●
Situação fundiária: homologada em 1987, com registro no SPU e CRI
●
Dimensão: 1.212 hectares
7.5.4. Ecossistema, Fauna e Flora
O núcleo Itariru está inserido dento do bioma Mata Atlântica e abrange tanto áreas
próximas ao litoral, quanto áreas com altitudes mais elevadas, tendo uma amplitude altitudinal de
20 à 780 metros. Como consequência, o Núcleo tem como ecossistemas vegetação formada pela
Floresta Ombrófila Densa Montana (ou Floresta Sempre-verde do Planalto), com alguns estratos de
Floresta de Neblina (Floresta da Crista da Serra do Mar). Esta vegetação é muito pouco conhecida e
muitas vezes encontrada em altitudes mais elevadas, com probabilidade de estender dentro do
Núcleo (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
O núcleo Itariru possui uma das áreas mais preservadas do Parque Estadual Serra do Mar,
com as únicas manchas de floresta de várzea de todo o parque. Algumas espécies vegetais típicas
do núcleo são: jequitibá, palmito juçara, guapuruvu, angico, canela branca, jatobá, ipês, palmeiras
e bromélias. Em relação à fauna, as principais espécies encontradas são o bicho preguiça, anta,
jacu, sagui, gambá, tucano do bico verde, araçari banana (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
BICHO PREGUIÇA (Bradypus variegatus)
O bicho preguiça é a espécie símbolo do núcleo. Essas espécies medem, em média, 60 cm
e chegam a pesar até 5 kg. Seu nome advém do metabolismo muito lento do seu organismo,
responsável pelos seus movimentos extremamente lentos e por seus hábitos de dormir por
aproximadamente 15 horas ao dia. Preferem viver em árvores altas, com copa volumosa e densa,
onde se penduram usando as garras que, embora possam parecer assustadoras, praticamente não
servem para nenhuma defesa, devido à lentidão dos seus movimentos. Graças a essa lentidão, à
sua coloração e ao fato de permanecerem na copa de árvores muito altas, é muito difícil enxergar
as preguiças na mata. Mesmo assim, elas têm predadores naturais como onças e serpentes. Os
Bichos Preguiça são animais com hábitos noturnos e alimentam-se de folhas novas de um número
restrito de árvores como a embaúba. Dela são consumidas as folhas, flores e frutos. Grande parte
da agua necessária para sua sobrevivência é obtida a partir da digestão, tornando o hábito de
beber água inexistente (UNIVERSITY OF MICHIGAN, 2011).
PALMITO JUÇARA (Euterpe edulis Mart.)
O palmito juçara serve de alimento para um grande número de espécies de aves e
mamíferos, como a anta, o tucano do bico verde e o muriqui, sendo considerada uma espécie
chave para a Mata Atlântica. Sua palmeira atinge até 25 m de comprimento, possuindo tronco reto
e fino, com diâmetro de até os 10 cm. Na parte terminal do tronco encontra-se um tecido,
recoberto pelas bainhas das folhas palmito. A floração ocorre de setembro a janeiro - flores
pequenas de cor creme, polinizadas por insetos, mais especificamente por besouros. A frutificação
ocorre de abril a novembro - fruto carnoso, esférico e roxo-escuro. Pelo sabor e alto valor
128
comercial do palmito, a espécie é alvo de exploração predatória, pois são sacrificadas até as
plantas mais jovens. O intenso extrativismo do palmito contribuiu para que a espécie fosse
incluída na lista das espécies ameaçadas de extinção (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
CACHORRO-DO-MATO (Cerdocyon thous)
Animais de médio porte da mesma família dos cães domésticos (Canidae) chegando a
atingir de 60 cm a 70 cm de comprimento na fase adulta. Sua pelagem varia do cinzento ao
castanho, com faixas de pêlos pretos da nuca até a cauda. Possui hábitos noturnos e costumam
andar em pares ou em grupos familiar na hora da caça. Alimentam-se de frutos, pequenos
vertebrados, insetos, peixes, crustáceos e carniça. No Brasil habitam os biomas Amazônia,
Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal (ViaRondon, 2011).
MÃO-PELADA (Procyon cancrivorus)
São animais mamíferos, de hábitos noturnos (INSTITUTO RÃ-BUGIO PARA
CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE, s/d(e)) e de pequeno porte, com tamanho variando de
40cm a 1m de comprimento. Possuem a pelagem densa e curta e a coloração de seu corpo varia
de marrom escuro ao grisalho. Apresentam uma pelagem mais escura na região dos olhos, o que
lembra uma “máscara” e vários anéis escuros na cauda. O termo “Mão-pelada” refere-se ao fato
de suas mãos serem desprovidas de pelos. Além disso, possuem muita agilidade nas mãos para
capturarem seus alimentos. Possuem uma dieta carnívora e habitam desde a América central, até
Uruguai, nordeste da Argentina e Brasil. No território nacional ocorrem em todos os biomas:
Amazônia, Cerrado, Caatinga, Pantanal, Mata Atlântica e Campos Sulinos (ViaRondon, 2011).
ESQUILO (Guerlinguetus ingrami)
Também conhecido como caxinguelê ou serelepe, é um animal de pequeno porte. Possui
uma cauda tão longa que ultrapassa o tamanho do corpo, sua pelagem é longa densa e crespa,
com uma coloração cinza-amarelada. Os esquilos têm o hábito arborícola (vivem em árvores) e
terrestre, são ótimos escaladores. Alimentam-se de pequenos frutos e sementes e habitam o
sudeste do estado de Minas Gerais, parte sudeste do estado da Bahia até o estado do Rio Grande
do Sul (ViaRondon, 2011).
SAMAMBAIAÇU (Dicksonia sellowiana)
A samambaiaçu é uma espécie de samambaia característica da Floresta Ombrófila Mista,
na Mata Atlântica. Também é conhecida como xaxim, xaxim imperial, xaxim bugio, samabaiaçuimperial e feto arborescente. Foi muito explorada até o ano 2000 para a confecção de vasos para
a jardinagem, motivo que levou essa espécie endêmica da Mata Atlântica a lista oficial do IBAMA
como espécie ameaçada de extinção. Caracteriza-se por ser uma planta grande, podendo chegar a
até 4m de altura. É resistente ao frio e possui crescimento lento (OLIVEIRA et al., 2013).
As samambaias são plantas vasculares que se reproduzem por meio de esporos. Quando
adultas são formadas por um caule, um rizoma e por folhas, denominadas de frondes. Essas
plantas são as mais antigas existentes, predominam no planeta terra por cerca de 345 milhões de
anos (OLIVEIRA et al., 2013).
Lista das principais espécies da fauna e flora
FAUNA:
129
- AVES: as principais espécies estão listadas abaixo. A lista completa pode ser vista no anexo 4.














Fonte:
Jacutinga (Aburria jacutinga)
Caburé-Miudinho (Glaucidium minutissimum)
Bacurau-Tesoura (Hydropsalis torquata)
Beija-Flor-De-Bochecha-Azul (Heliothryx auritus)
Barbudo-Rajado (Malacoptila striata)
Choquinha-Pequena (Myrmotherula minor)
Choquinha-Cinzenta (Myrmotherula unicolor)
Choquinha-De-Peito-Pintado (Dysithamnus stictothorax)
Chocão-Carijó (Hypoedaleus guttatus)
Pintadinho (Drymophila squamata)
Assanhadinho (Myiobius barbatus)
Tiririzinho-Do-Mato (Hemitriccus orbitatus)
Sabiá-Pimenta (Carpornis melanocephala)
Gralha-Azul (Cyanocorax caeruleus)
SCHUNCK, 2015
- MAMÍFEROS
●
●
●
●
Macaco-prego-preto (Cebus nigritus (Goldfuss,1809))
Paca (Cuniculus paca (Linnaeus, 1766))
Cutia (Dasyprocta azarae (Humboldt, 1811))
Serelepe (Guerlinguetus ingrami)
Dados secundários
●
●
●
●
●
●
●
Fonte:
Onça parda (Puma concolor (Linnaeus, 1771)
Veado-mateiro (Mazama americana)
Cachorro-do-mato (Cerdocyon thous)
Mão-pelada (Procyon cancrivorus)
Gato-do-mato (Leopardus sp.)
Tatu-galinha (Dasypus novemcinctus)
Bicho-preguiça (Bradypus variegatus)
FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
- ANFÍBIOS E REPTÉIS
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
130
Adenomera cf. marmorata
Jararacuçu (Bothrops jararacuçu)
Bufo ornatus
Crossodactylus caramaschii
Cycloramphus boraceiensis
Eleutherodactylus binotatus
Eleutherodactylus bolbodactylus
Eleutherodactylus parvus
Eleutherodactylus guentheri
Hyla hylax
Hylodes dactylocinus
Hylodes sp. 1 (gr. heyeri)
Scinax cf. perpusillus
Siphlophis pulcher
Zachaenus parvulus
●
●
●
Fonte: INSTITUTO EKOS BRASIL, s/d
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
Fonte:
FLORA:
Ingás (Inga sessilis (Vell.) Mart. e Inga edulis Mart.)
Pau-jacaré (Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F. Macbr.)
Micônias (Miconia sp.)
Embaúba (Cecropia pachystachya Trécul)
Palmito-juçara (Euterpe edulis)
Samambaiaçus (Dicksonia sellowiana Hook. e Nephelea sternbergii Lem.)
Tapiá (Alchornea triplinervia (Spreng.) Müll. Arg.)
Guapuruvú (Schizolobium parahyba (Vell.) S.F. Blake)
Figueiras (Ficus sp.)
Bicuíba (Virola bicuhyba (Schott ex Spreng.) Warb.)
FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
7.5.5. Serviços Ecossistêmicos
O Núcleo Itariru presta diversos serviços principalmente para a sua comunidade do entorno:
●
Regulação da qualidade do ar;
●
Proteção dos morros e encostas;
●
Proteção dos solos;
●
Bem-estar, lazer e turismo;
●
Recursos hídricos.
No Núcleo Itariru há o Rio São Lourencinho, importante afluente da Bacia Ribeira de Iguape,
que além de ser importante para o abastecimento hídrico da região, possui potencial para o
ecoturismo.
O rio Ribeira de Iguape localiza-se na região sul do Estado de São Paulo. Nasce no Estado
do Paraná e apresenta um desenvolvimento aproximadamente paralelo à orla marítima,
confrontando-se, ao norte e a leste, com as bacias dos rios Paranapanema e Tietê,
respectivamente, e, ao sul, com a bacia do rio Iguaçu (SECRETARIA DE SANEAMENTO E RECURSOS
HÍDRICOS, 2007).
A bacia do Ribeira do Iguape abrange uma área total de 24.980 km2, dos quais 15.480 km2
(62%) pertencem ao Estado de São Paulo, abrangendo 23 municípios e 9.500 km2 (38%) ao
Estado do Paraná, com 5 municípios. O principal tributário do Ribeira é o rio Juquiá, cuja foz está
localizada 10 km a montante de Registro, abrangendo uma área de contribuição de 5.280 km2. A
vazão mínima (Q7,10) é de 153 m3/s, enquanto que a vazão média total da bacia é de 508 m3/s,
131
que corresponde a cerca de 17% da vazão média total do Estado de São Paulo (SECRETARIA DE
SANEAMENTO E RECURSOS HÍDRICOS, 2007).
7.5.6. Pesquisas
As pesquisas cadastradas no Núcleo Itariru são:
TÍTULO
Análise filogenética e biogeográfica
e revisão sistemática de
Goniosomatinae (Arachnida,
Opiliones, Gonyleptidade).
Em direção ao turismo sustentável:
o caso do Parque Estadual Serra do
Mar
Estudo taxonômico do gênero
Schefflera J. R. Forst & G. Forst
(Araliaceae) na região sudeste do
Brasil.
Histórias do Parque Estadual Serra
do Mar – Conflitos entre
moradores, funcionários e
proprietários na visão dos
protagonistas.
Uso da estrutura genética e do
mapeamento da diversidade
genética de espécies em extinção
de Passiflora (Passifloreaceae) no
planejamento da conservação in
situ e ex situ
Matrizes demonstrativas de árvores
nativas
Filogeografia, sistemática e
distribuição espacial de um bagre
na Mata Atlântica, Trichomycterus
zonatus (Eigenmann, 1918)
(Siruliformes: Trichomycteridae)
A estrutura das comunidades de
peixes na bacia do rio Itanhaém no
Litoral Sul Paulista
O efeito do mesohabitat, da
estação do ano e da ordem do
riacho sobre a distribuição de
insetos aquáticos em riachos da
Serra do Mar, Estado de SP.
Os peixes ornamentais do sul de
São Paulo
Estrutura e desenvolvimento de
sementes de Paullinia L.
(Sapindaceae)
Estudo do Uso e Ocupação do Solo
no Núcleo Pedro de Toledo Parque
Estadual Serra do Mar.
132
PESQUISADOR
INSTITUIÇÃO
ANO
Marcio Bernardino da
Silva
Usp
Instituto de Biociências
Depto de Zoologia
2001
Yara Margarida Evans
Institute of Geography
and Earth Sciences UK
2001
Pedro Fiaschi
IB-USP Depto de Botânica
2001
Faculdade de
Comunicação Social
Cásper Líbero
2002
Giancarlo Conde Xavier
Oliveira
Esalq /USP
2002
Ricardo Ribeiro
Rodrigues
Esalq /USP
2002
Sérgio Maia Queiroz
Lima
UFRJ – Depto de Genética
2005
Fábio Cop Ferreira
Unesp Rio Claro
2005
Pitágoras C. Bispo
Unesp Assis
2005
Ana Mendonça Poletto
Walter Barrella
Sandra Heliany Obando
Polo
PUC SP – Depto de
Ciências do Ambiente
Unicamp – Instituto de
Biologia – Departamento
de Botânica
2005
2005
Iara Fonseca de Sousa
UNESP – São Vicente
2005
Estudo da Viabilidade de
implantação do ecoturismo no
Núcleo Pedro de Toledo Parque
Estadual da Serra Mar.
O gênero Loxosceles (Araneae,
Sicariidae) no Brasil.
Ecologia e Taxonomia de insetos
aquáticos de riachos
Avaliação de populações de
minhocas (Annelida: Oligochaeta)
em sistemas agrícolas e naturais, e
seu potencial como bioindicadoras
ambientais.
Percepção ambiental, perfil
socioeconômico e uso e ocupação
do solo pela comunidade residente
no núcleo Pedro de Toledo –
Parque Estadual Serra do Mar – SP.
Ligando paisagem a moléculas:
análise genética das populações de
anta (Tapirus Terrestris) da Mata
Atlântica de São Paulo.
Efeitos do Plano de Manejo do
Parque Estadual Serra do Mar
sobre as estratégias de ocupação
do Bananal, Guanhanhã e Rio do
Ouro; município de Peruíbe/SP.
Políticas Públicas e construção dos
bairros Bananal, Guanhanhã e Rio
do Ouro no Parque Estadual Serra
do Mar; município de Peruíbe/SP.
Diversidade de Fungos conidiais na
serapilheira de plantas do Estado
de São Paulo.
Onças da Região do Vale do Ribeira
e do Alto Paranapanema.
RENOVADO EM 2013.
Trilha nos Parques Estaduais
Anarcadiaceae R. Brown. Nom. na
flora Fanerogâmica do Estado de
SP
De onde vêm os pássaros
apreendidos no comércio legal?
Reconhecimento da avifauna do
Estado de São Paulo.
Dados espaciais como uma
ferramenta para resolução de
conflitos fundiários em Peruíbe.
Estudos Florísticos e Sistemáticos
em Acanthaceae no Brasil
Extinção ecológica de grandes
herbívoros e diversidade de plantas
em um gradiente de defaunação na
Mata Atlântica
Léo Eduardo de
Campos Ferreira
UNESP – São Vicente
2005
Rute Maria Gonçalves
de Andrade
Instituto Butantan
2006
Pitagoras C. Bispo
Unesp Assis
2006
Embrapa
2006
Iara Fonseca de Sousa,
Léo Eduardo Campos
Ferreira,
Christiano Magini,
Denis Moledo de Sousa
Abessa.
UNESP – São vicente
2006
Alexandra Sanches
UNESP Rio Claro
2007
Mariany Martinez dos
Santos
UNESP São Vicente
2007
Mariany Martinez dos
Santos
UNESP São Vicente
2007
Priscila da Silva
Instituto de Botânica
2008
Beatriz de Mello
Beisiegel
CENAP - ICMBio
2008
Waldir Joel de Andrade
IF
2009
Cintia Luiza da Silva
Luz
IB USP Depto de Botânica
2009
George Gardner Brown
Juliana Machado
Ferreira
Luiz Fernando de
Andrade Figueiredo
Ana Flora Sarti de
Oliveira, Denis Moledo
de Souza Abessa,
Rogério Hartung Toppa
USP IB Depto de genética
e biologia evolutiva
CEO – Centro de Estudos
Ornitológicos
UNESP – São Vicente
2009
Cíntia Kameyama
Instituto de Botânica
2010
Gabriela Schmaedecke
Unesp Rio claro – Depto
de Ecologia
2010
2009
2009
133
Ecologia e biogeografia do gênero
Brachycephalus Fitzinger 1971
(Anura: Brachycephalidae)
Taxonomia e biogeografia de
Urticinae (senso amplo) do Brasil e
países limítrofes, evidenciando os
centros de endemismo e zonas a
proteger.
Diversidade e distribuição de
insetos aquáticos do sudeste do
Sudeste do Brasil
Análise da dinâmica espacial de
ocupação de áreas do Parque
Estadual Serra do Mar Núcleo
Itariru (Peruíbe e Pedro de Toledo,
SP) e áreas contíguas.
Influência dos fatores climáticos e
geomorfológicos nas bacias
hidrográficas da Serra do Mar: a
história natural impressa no DNA
dos peixes continentais.
Modelagem preditiva de
comunidades de insetos aquáticos
em riachos da Mata Atlântica, do
Estado de São Paulo, utilizando
abordagens tradicionais e redes
neurais.
Busca por pontos de ocorrência de
Harpia harpyja no litoral sul do
Estado de São Paulo
Pomar de Sementes – implantação
de ensaio de conservação genética
de espécies arbóreas nativas na
Floresta Ombrófila Densa, no PESM
N. Picinguaba.
Estrutura e dinâmica de
comunidades em rios e riachos
costeiros da Mata Atlântica – Bacia
do Rio Itanhaém
Enriquecimento botânico da
Palmeira Juçara nas matas nativas
do Vale do Itariri.
Plano Diretor Como Ferramenta
Efetiva na Preservação da Espécie
Puma Concolor.
Conhecimento Ecológico Local das
populações rurais do Núcleo Itariru,
Parque Estadual Serra do Mar.
Entrevistas e observação
participante nas unidades de
conservação do Estado de São
Paulo
Diversidade Filogenética, funcional
e conservação dos anfíbios da
Serra do Mar, sudeste do Brasil.
“Diversidade alfa, beta, funcional e
filogenética de Opiliões na Mata
134
Thais Helena Condez
Unesp Rio Claro – Depto
de Zoologia
2010
Sergio Romaniuc Neto
Instituto de Botânica
2010
Jorge Luiz Nessimian
UFRJ
2010
Ana Flora Sarti de
Oliveira
UNESP
São Vicente
2010
Sérgio Maia Queiroz
Lima
Universidade Federal do
Rio Grande do Norte
(UFRN)
2011
Pitágoras da Conceição
Bispo
Unesp Assis
2011
Bruno de Almeida Lima
2012
Miguel Luiz Menezes
Freitas
IF
2012
Antônio Fernando
Monteiro Camargo
UNESP Rio Claro
2013
Sandro Vinicius Ortega
Nicodemo e Daniel
Kurupira Turi
Ibiosfera
2013
Kátia Mazzei
Instituto Florestal
Nicole Katin
Tulane University
2013
Nicole Katin
Tulane University
2014
Leo Ramos Malagoli
Unesp Rio Claro
2014
André do Amaral
Nogueira
2013
2014
Atlântica: Padrões e relação com
fatores ecológicos e históricos”.
Educação ambiental em Áreas
Protegidas do estado de São Paulo
e sua contribuição à prática
docente
Delimitação taxonômica de
espécies de Tabernaemontana L.
(Apocynaceae, Rauvolfioidea,
Tabernaemontaneae).
Maria Luísa Bonazzi
Palmieri (IF/SMA) e
Vânia Galindo Massabni
(ESALQ/USP)
IF E ESALQ
2014
Natali Gomes Bordon
IB
UNICAMP
2014
7.5.7. Atrativos
O Núcleo Itariru conta com diversos atrativos naturais, como trilhas, cachoeiras e piscinas
naturais. Os principais atrativos do núcleo são:
Trilha da Cachoeira da Usina
A trilha leva o visitante às ruínas de uma pequena central hidroelétrica construída por
imigrantes suíços no ano de 1939 e à Cachoeira da Usina ou das Antas que é uma bela sequencia
de quedas d’água, com cerca de 12 metros, formando uma piscina natural com vegetação de
entorno bem preservada (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(d)).
No percurso é possível observar as ruínas da usina, como a antiga Casa das Máquinas e
fornos de carvão utilizados durante a ocupação pelos imigrantes suíços (FUNDAÇÃO FLORESTAL,
2013).
Percurso: 6.400 metros
Tempo estimado: 04h00min
Nível de dificuldade: moderado
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(d)
Trilha Zé Bedeu
A trilha recebe esse nome devido a um morador local que vive na região há 30 anos, o Zé
Bedeu, que atua de forma voluntária na conservação e fiscalização da área. Apresenta um trajeto
curto, de fácil acesso, em meio à Mata Atlântica e termina na cachoeira Zé Bedeu, que possui 10
metros de altura e forma uma piscina natural propícia para banho (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 1.200 metros
Tempo estimado: 00h30min
135
Nível de dificuldade: fácil
Observação: 12 km pela estrada, saindo da Sede, sentido o bairro Piririca - tempo do
deslocamento de carro 01h00min.
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
Trilha do Ribeirão Grande
Por entre rios e pedras a estrada de acesso ao Bairro com o mesmo nome a trilha leva a
uma grande formação rochosa com uma queda d’água de cerca de 6 metros formando piscinas
naturais próprias ao banho. Dista cerca de 12 km da sede administrativa do Núcleo (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, s/d(d)).
Percurso: 1.000 metros
Tempo estimado: 00h20min
Nível de dificuldade: muito fácil
Observação: 6,0 km pela estrada (sentido bairro Ribeirão Grande), saindo da sede –
tempo estimado de deslocamento de carro de 00h30min.
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
Trilha Sensorial do Itariru
Conformado por um conjunto de ambientes como um jardim, uma pequena trilha em terra e
uma sala sensorial com pontos tangíveis que informam sobre árvores, plantas, pedras, restos de
madeira, papel, areia, folhas secas e outros materiais, que estimulam os diferentes sentidos, por
meio de aromas e tato em diversos objetos, utilizando diferentes materiais oriundos do meio
ambiente (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
A trilha deverá ser desenvolvida para atender escolas ou instituições que trabalhem com
pessoas de necessidades especiais de aprendizado (deficientes motores, visuais, auditivos, mentais
e analfabetos), essas trilhas são criadas com o objetivo de proporcionar um passeio educativo e
seguro (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 70 metros
Tempo estimado: 00h30min
Nível de dificuldade: muito fácil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
136
Viveiro de Mudas Nativas
Viveiro de mudas nativas da Mata Atlântica, com 384 m2 e mais de 20 espécies diferentes
de mudas. Possui capacidade para 20 mil mudas, onde é possível aprender a diferenciar algumas
espécies vegetais características do bioma Mata Atlântica, sobre a produção de mudas, as técnicas
de semeaduras, preparo da terra e etapas do plantio. As mudas produzidas são utilizadas para
recuperação de áreas no Núcleo e para trabalho de Educação ambiental com escolas locais.
7.5.8. Informações gerais sobre o Núcleo
Dados gerais
Área
53.927 mil hectares
Bioma
Mata Atlântica
Município da sede
Pedro de Toledo
Municípios Abrangidos
Peruíbe, Itariri, Miracatu e Pedro de Toledo
Endereço da sede
Estrada do Caracol n.º 410 – bairro Caracol – Pedro de Toledo – CEP
11790-000
Escritório urbano
Bases e outras funções
Base de Proteção Pedra Lisa
Telefones
(13) 3419.2792
Sinal de celular da sede
Sinal de celular da base
E-mail da UC
[email protected]
Nome do Gestor
Joaquim do Marco Neto
Esportes Radicais
Não
Capacidade de hospedagem
Não
Valor da hospedagem na UC
Não
Centro de visitantes
Não. Não possui o centro de visitantes efetivo, mas conta com uma
estrutura similar (sede administrativa) onde se encontra materiais
informativos sobre o parque. Neste ambiente que é realizada a recepção
dos visitantes e demais reuniões com colaboradores e parceiros.
Capacidade do auditório
Auditório para 35 pessoas na Sede Administrativa
137
Capacidade do refeitório
Não possui
Lanchonete
Não
Quiosques pic nic
Não
Camping na UC
Não
Facilidades no entorno imediato
Pousadas
Tipo de Acesso
Asfalto
Distância de SP
170 km
Distância cidade mais próxima(s)
1,5 km – Pedro de Toledo
Cobrança de Ingresso e valor
Não
Amplitude Altitudinal
20 à 780 metros
Amplitude de Temperaturas
Mínima de 13ºC e máxima de 30ºC
Bases e outras funções
Base de Proteção Pedra Lisa
Endereço
Estrada da Siderúrgica, s/n - Pedro de Toledo/SP
Telefone
Capacidade de hospedagem
Base de Proteção
Endereço
Telefone
Capacidade de hospedagem
Mais Informações
Sede Administrativa
Dias e horário de funcionamento
De segunda-feira a sexta-feira das 8h às 17h.
Telefones para informação
(13) 3419 2792 / (13) 3419 2631
138
E-mail
[email protected]
Gestor (a)
Joaquim de Marco Neto
Endereço
Estrada do Caracol, nº410 - bairro Caracol/ Pedro de Toledo –SP CEP
11790-000
Visitação
Dias e horário de funcionamento
Diariamente das 8h às 17h. Somente mediante agendamento prévio.
Endereço
Estrada do Caracol, nº410 - bairro Caracol/ Pedro de Toledo -SP CEP
11790-000
Normas de Visitação e Segurança do PESM
É proibida a entrada de pessoas descalças. Obrigatório o uso de calçado fechado (tênis ou bota);
É proibido o consumo de bebida alcoólica dentro da UC;
É proibido o uso de shampoo, sabonete, creme, etc., nas piscinas naturais;
É proibido fazer churrasco ou qualquer tipo de fogueira dentro da UC;
É proibida a retirada ou a introdução de qualquer espécie (flora e fauna) assim como de qualquer outro produto
(pedras, madeiras, etc.) desta UC.
Normas para as trilhas
Nunca ultrapasse o monitor, pois é ele que irá avisar se houver algum perigo;
Mantenha-se no caminho pré-determinado, andando sempre um atrás do outro, para evitar o alargamento da
trilha;
Não correr, gritar ou falar muito alto, isso pode assustar os animais;
Observe os locais antes de apoiar as mãos ou se sentar, pois há muitos animais e insetos peçonhentos que se
camuflam e se encontrar algum animal, mantenha a distancia;
Não retire flores, frutos, plantas silvestres ou pedras. Quando encontrar galhos ou folhas no meio da trilha, não
os retire, pois é onde as cobras gostam de se esconder. Apenas desvie;
Não se arrisque nas pedras e não puxe ou pendure em cipós;
Temos várias lixeiras que estão colocadas em pontos estratégicos. Então, todo lixo produzido durante a
permanência, deverá ser trazido de volta.
Símbolo
O bicho-preguiça (Bradypus variegatus) medem, em média, 60 cm e chegam a pesar até 5 kg.
Seu nome advém do metabolismo muito lento do seu organismo, responsável pelos seus
movimentos extremamente lentos e por seus hábitos de dormir por aproximadamente 15 horas ao
139
dia. Preferem viver em árvores altas, com copa volumosa e densa, onde se penduram usando as
garras que, embora possam parecer assustadoras, praticamente não servem para nenhuma
defesa, devido à lentidão dos seus movimentos. Graças a essa lentidão, à sua coloração e ao fato
de permanecerem na copa de árvores muito altas, é muito difícil enxergar as preguiças na mata.
Mesmo assim, elas têm predadores naturais como onças e serpentes. As preguiças alimentam-se
de folhas novas de um número restrito de árvores como a embaúba. Dela são consumidas as
folhas, flores e frutos. Grande parte da agua necessária para sua sobrevivência é obtida a partir
da digestão, tornando o hábito de beber água inexistente (UNIVERSITY OF MICHIGAN, 2011).
7.6.
Núcleo Itutinga Pilões
7.6.1. História
Localizado junto à antiga Reserva Estadual da Serra do Mar, criada por meio de diversos
Decretos Estaduais s/nº de 23/03/1960; 6.933 de 02/02/1935, Decretos-leis nº. 12.753 de
12/06/1942; 15.634 de 09/02/1946; Decretos nº. 34.083 de 28/11/1958 e 46.865 s/nº de
25/06/1968. Nos anos de 1935, 1942, 1946 e 1958 (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Atualmente, a sede administrativa do núcleo localiza-se na base de Pilões que antigamente
envolvia, além da Reserva da Serra do Mar, as Reservas de Rio Branco - Cubatão (criada pelo
Decreto Estadual nº. 6.933 de 02/02/1935) e São Vicente (criada por meio do Decreto Estadual nº.
30.773 de 28/01/1958). Essas Reservas foram incorporadas ao Parque Estadual Serra do Mar por
meio do Decreto Estadual nº. 10.251 em 1977 (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Dos 332 mil hectares de área do Parque Estadual Serra do Mar, 43,8 mil estão localizados
no Núcleo Itutinga Pilões, o que representa 13,43% da sua área total. Atualmente, abrange os
municípios de Mongaguá, Praia Grande, São Vicente, Santos, Cubatão, São Bernardo do Campo,
Santo André e Mogi das Cruzes (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
O Núcleo sofre constantes pressões com o crescimento urbano-industrial da Grande São
Paulo e da Baixada Santista, duas grandes regiões metropolitanas de grande importância para a
economia nacional (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Assim, como parte do apoio à Fiscalização, Proteção e Programa de Uso Público, dentro do
PESM Núcleo Itutinga Pilões, conta-se com a SEDE Itutinga Pilões de Cubatão e suas 02 bases de
Apoio: Base Tibiriçá e Guariuma, instaladas em São Bernardo do Campo e Praia Grande,
respectivamente.
Atualmente, ainda operamos de forma tímida na Base Tibiriçá (SBC), com poucas visitações
e alguns programas de Educação Ambiental. A Base Guariúma (PG) está em fase de finalização das
140
instalações e estrutura (centro de visitantes, refeitório, receptivo, sanitários) para que se possa dar
início às visitas.
A história da região
Cubatão teve sua formação em 1532 e foi onde as primeiras Sesmarias do Brasil foram
doadas.
A Sesmaria que hoje é a atual região do Núcleo Itutinga Pilões era conhecida como
“Sesmaria de Antônio Rodrigues de Almeida”, de 1556 (MATTOSO, 2012).
Em 1653 os Jesuítas dominam as regiões das Sesmarias e tinham como objetivo
desenvolver essas regiões, estimulando o crescimento demográfico e da economia local em prol da
região portuária da Baixada para o Planalto. Uma das maneiras era a cobrança por uso de qualquer
transporte dentro de suas áreas. O acesso principal dava-se pelo Rio Cubatão, ligando o município a
Santos (MATTOSO, 2012).
Foi em 1759 o ano de expulsão dos Jesuítas no Brasil. As terras da Região passaram a ser
administradas pelo Poder do Estado. E em 1792, o português Bernardo José Maria de Lorena ficou
responsável por construir o caminho de Cubatão a São Paulo. O caminho escolhido é a “Calçada do
Lorena” (MATTOSO, 2012). O aumento do movimento de cargas praticamente obrigou as
autoridades a estudarem novos caminhos. A saturação da Calçada do Lorena levou o Brigadeiro
Rafael Tobias de Aguiar, em 1841, a defender a ideia de uma nova estrada. Em 1846, o Imperador
D. Pedro II inaugurou a Estrada da Maioridade, posteriormente conhecida como Caminho do Mar
(FERREIRA et al., 2008).
A construção da Calçada do Lorena e do Caminho do Mar propiciou uma melhoria
considerável no trânsito de mercadorias. Isso, consequentemente, refletiu no aumento das
exportações e importações. Todas as atividades refletiam em Cubatão (FERREIRA et al., 2008). A
Região da Vila de Itutinga-Pilões, conhecida como “Cubatão de Cima” a partir dos anos de 1800
também possuía caminhos que davam acesso a São Paulo, só que eram de difícil viabilidade.
A Região passou por desenvolvimentos em 1881 quando a Companhia inglesa The City of
Santos Improvements Company Ltda. foi contratada para operar na captação de água no Rio das
Pedras, em Itutinga Pilões (MATTOSO, 2012).
Em 1947, as plantações de Eucalipto tomam espaço nas áreas do Itutinga para fornecer a
celulose para a Cia Santista de Papel (de 1931), contudo o fracasso é certo devido às condições do
solo e das formigas (MATTOSO, 2012).
141
Com o surgimento de novas companhias de Eletricidade e desenvolvimento intensificado no
centro da Cidade, a Vila passou a ser produtora de Banana, Laranjas e Tangerinas. A Vila teve um
desenvolvimento considerável e passou a ter cadeia e inclusive um hospital próprio (MATTOSO,
2012).
A Ferrovia Pilões, que ligava os moradores à Usina de Itutinga e também à cidade é
desativada devido a trombas d´água. A vila passa a resumir-se em apenas sítios. Assim, em 1977 é
criado o Parque Estadual Serra do Mar com o objetivo de cuidar e preservar o que ainda existe de
Mata Atlântica (MATTOSO, 2012).
SIGNIFICADOS DO NOME CUBATÃO
Há várias origens e significados para o nome Cubatão. Segundo o historiador Francisco Martins
dos Santos, o nome da cidade deriva do tupi Cui-pai-ta-ã, contraído em Cui-pai-tã e transformado
por assimilação em Cubatão. Para ele, a palavra significa “rio que cai do alto”. Outro estudioso,
José de Souza Bernardino, considera que o significado seja “pequeno morro”, mas não cita a
origem da palavra. Já o historiador João Mendes de Almeida, defende a teoria de que o nome
Cubatão significa “empinado em escadaria” e provém da palavra Gu-bi-itã. O termo defendido por
um dos grandes cronistas do século XVIII, frei Gaspar da Madre de Deus, é que Cubatão era a
designação comum de portos fluviais. A região possuía muitos portos devido à existência de vários
rios. Para o estudioso cubatense Joaquim Miguel Couto, a palavra vem de Cu-ba-tã, ou seja, “rio
de pé de serra” (FERREIRA et al., 2008).
SIGNIFICADO NO NOME ITUTINGA
Do tupi “i”, água; “tu”, rumorejante, que faz barulho; “tinga”, branco. Significado: “água branca
rumorejante” ou “água branca que cai do alto”.
7.6.2. Patrimônio Cultural
No Núcleo Itutinga Pilões é possível encontrar diversas evidências de patrimônios culturais
com valor significativo para a história da região e do Brasil. São eles:
a) Ruínas da Vila de Itutinga:
Na sede do núcleo é possível observar as ruínas da antiga Vila de Itutinga, como o
antigo hospital, construído da na década de 20 que atendia moradores da vila e da região.
142
b) Calçada de Lorena e Caminhos dos Mar
A Calçada do Lorena foi a primeira estrada pavimentada com macadames (blocos de pedra)
do Brasil e que serviu de ligação entre o planalto e a baixada. Construída em 1792, a mando do
governador Bernardo José Maria de Lorena, a estrada foi aberta para substituir o caminho
anteriormente utilizado para acessar o litoral, ou seja, a trilha do vale do rio Mogi. Tal medida foi
tomada por conta dos ataques dos Tamoios (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
A estrada foi construída pelo Corpo Real de Engenheiros vindo de Portugal. Os profissionais
escolheram um local por onde não passava nenhum curso d´água para instalar a calçada. Ademais,
a estrada, toda em pedra, foi construída em “zig-zag” para diminuir o declive e, ao contrário do
sistema atual, o escoamento da chuva se dava pelo meio da estrada (FUNDAÇÃO FLORESTAL,
2013).
O caminho era majoritariamente utilizado para o transporte do café que era produzido no
interior do Brasil para o Porto de Santos. Além disso, Dom Pedro passou pela Calçada do Lorena
para proclamar a independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822 (FUNDAÇÃO FLORESTAL,
2013).
A calçada foi usada por aproximadamente 50 anos. O aumento do movimento de cargas
praticamente obrigou as autoridades a estudarem novos caminhos. A saturação da Calçada do
Lorena levou o Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar, em 1841, a defender a ideia de uma nova
estrada (FERREIRA et al., 2008).
Assim, em 1846, o Imperador D. Pedro II inaugurou a Estrada da Maioridade, que recebeu
este nome em homenagem à maioridade do segundo imperador. A estrada recebia manutenção por
parte dos presidentes da província. Em 1864, José Vergueiro era o responsável pelas reformas e,
em sua homenagem, a via passou a ser denominada Estrada do Vergueiro. O traçado deste
caminho abrangia desde o planalto, a Serra do Mar, até a margem esquerda do rio Cubatão. O seu
intenso uso, no século XIX, resultou em sua denominação mais popular, ou seja, Caminho do Mar
(FERREIRA et al., 2008). Posteriormente, foi construída a ferrovia, o que acabou por inutilizar
parcialmente a Estrada Velha de Santos (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Em 1922, Washington Luiz, então governador do Estado de São Paulo, entregava ao público
os Ranchos do Caminho do Mar, ou seja, seis monumentos construídos como homenagem aos 100
anos da Independência do Brasil: Cruzeiro Quinhentista, Pontilhão da Serra, Belvedere Circular,
Padrão de Lorena, Rancho da Maioridade, e Pouso de Paranapiacaba. Esses monumentos,
juntamente com alguns outros, como o monumento do Pico, as ruínas do Pouso, a Calçada do
Lorena e a Casa de Visitas Alto da Serra foram tombadas como patrimônio Histórico Cultural pelo
143
CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do
Estado de São Paulo) em 1972 (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Assim, os principais atrativos da Calçada do Lorena e da estrada Caminhos do Mar são:
Atrativos da Calçada do Lorena
●
Monumento do Pico: Construído por ordem do Prefeito de São Paulo, Firmino de
Moraes Pinto. Localiza-se onde, em 1792, foi inaugurado o marco que homenageava o
governador Lorena e que continha as placas de pedra colocadas no Padrão do Lorena,
no Km 47,2. Marca o início do trecho de serra da antiga calçada (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013);
●
Pouso Circular ou Belvedere Circular: situa-se no Km 45 do caminho do Mar. Trata-se
de uma construção simples de alvenaria de pedra, mas com grande requinte
arquitetônico. Marca o primeiro encontro da Calçada do Lorena com a estrada
Caminhos do Mar (FERREIRA et al., 2008);
●
Rancho da Maioridade: parada de descanso e reabastecimento durante a viagem entre
São Paulo e Santos. O prédio relembra a antiga Estrada da Maioridade, reproduzindo
símbolos da autoridade de D. Pedro II, como as armas do Império com seu escudo e
esfera armilar. Na curva onde se encontra é preservado o piso em macadame da
estrada original (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013);
●
Padrão Lorena: Marca um dos três pontos de cruzamento da estrada caminhos do mar
com a Calçada do Lorena. É formado por um paredão de pedra, escadarias, um belo
painel de azulejos e um arco de abrigo que possui em seu topo a esfera armilar o
símbolo da família real brasileira (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013);
●
Pontilhão da Raiz da Serra: Localizado na planície, após o fim da serra. Foi construído
junto com o fim da pavimentação com asfalto da estrada, com o propósito de
homenageá-la. Não é de fato uma ponte, mas somente as "paredes" da ponte
disposta no chão (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Atrativos do Caminhos do Mar:
●
Cruzeiro Quinhentista: construído no ponto de encontro entre o Caminho do Mar e a
Calçada do Lorena, o Cruzeiro Quinentinsta apresenta no seu corpo centrak, além das
datas 1500 e 1922, os nomes dos colonizadores e jesuítas que utilizaram os primitivos
acessos do Planalto Paulista ao mar: Tibiriçá, Anchieta, Mem de Sá, Nóbrega,
Leonardo Nunes, Martim Afonso e João Ramalho (FERREIRA et al., 2008).
●
Pouso Paranapiacaba: Se localiza na estrada do caminho do mar, com uma vista
deslumbrante a bela casa de pedra representa a época moderna, a era rodoviária. Há
um painel de azulejos retratando um mapa rodoviário do estado de São Paulo, com
estradas que nem ao menos existiam, demonstrando a visão de futuro de seus
idealizadores (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013);
144
●
Ruínas do Pouso: Uma casa em ruínas que se encontra na estrada do caminhos do
mar, especula-se que era a casa dos engenheiros responsáveis pela construção da
estrada (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013);
●
Centro de interpretação Henry Borden: complexo Henry Borden, localizado no sopé da
Serra do Mar, em Cubatão, é composto por duas usinas de alta queda (720 m),
denominadas de Externa e Subterrânea. Nesse ponto a estrada da serra do mar cruza
com os dutos da usina (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
c) Estrada de Ferro Santos Jundiaí
A São Paulo Railway foi a primeira estrada de ferro construída em solo paulista. Por
iniciativa de Irineu Evangelista de Souza, o barão de Mauá, foram realizados estudos de viabilidade
que confirmaram a exequibilidade de um empreendimento ligando Santos à Jundiaí, passando pela
Serra do Mar. O empresário obteve o direito de explorar a linha férrea em 1856 (Junior, 2010).
A inauguração da linha férrea ocorre em fevereiro de 1867, pouco mais de sete anos depois
de iniciada a sua construção. O sucesso da empreitada foi imediato, tanto no transporte de cargas,
quanto no transporte de passageiros. A ferrovia passou por inúmeras reformas e em 1946 a SPR foi
nacionalizada, noventa anos depois da assinatura do contrato que permitiu o seu funcionamento
(SOUKEF JUNIOR, 2010).
Atualmente, boa parte da antiga via permanente da São Paulo Railway está em mau estado,
assim como a maioria de suas estações, armazém, oficinas, depósitos, vilas, etc., por terem sido
alvo de modificações descaracterizadoras, ou pelo descaso ou abandono, correndo, portanto, risco
de desaparecimento, como por exemplo o caso dos imóveis remanescentes nos pátios ferroviários
de Santos e Jundiaí (SOUKEF JUNIOR, 2010).
d) Vila de Paranapiacaba
A Vila de Paranapiacaba e seu entorno constituem uma porção de território de grande
importância histórica e ambiental. Registra um período que mostra a influência da cultura inglesa.
As origens da ocupação da Vila de Paranapiacaba estão associadas à construção da ferrovia, a São
Paulo Railway, a partir de 1860. Para a realização das referidas obras, foi necessária a construção
de alojamentos provisórios destinados ao abrigo dos operários, os quais se instalaram ao longo do
leito de implantação da linha férrea (PREFEITURA DE SANTO ANDRÉ, s/d).
Depois da inauguração da ferrovia, em 1867, houve a necessidade de se fixar parte deles no
local para cuidar da manutenção do sistema. Assim, construiu-se a Estação Alta da Serra, que
145
também foi o primeiro nome dado ao lugarejo. Por causa da sua localização, último ponto antes da
descida da serra, a vila começou a ganhar importância. Também nesta época foi fundada, em torno
da estação São Bernardo, a futura cidade de Santo André, à qual a vila de Paranapiacaba pertence
hoje (CIDADES HISTÓRICAS BRASILEIRAS, s/d).
Paranapiacaba teve seu patrimônio cultural, tecnológico e ambiental reconhecido em 1987
pelo tombamento do CONDEPHAAT, em 2002 pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional), e em 2003 na esfera municipal, pelo Comdephaapasa (PREFEITURA DE SANTO
ANDRÉ, s/d).
7.6.3. Comunidades tradicionais
Não há comunidades tradicionais (quilombolas, indígenas e caiçaras) no Núcleo
Itutinga Pilões e no seu entorno. Há apenas moradores locais.
7.6.4. Ecossistema e Geomorfologia
O Núcleo Itutinga Pilões abrange territórios de municípios tanto litorâneos, quanto do
planalto, possuindo uma amplitude altitudinal que varia de 30 a 800 m. Como consequência, seu
ecossistema varia desde Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas até Floresta Ombrófila Densa
Submontana e Montana (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
O Núcleo apresenta alguns trechos com vegetação em mau estado de conservação,
possivelmente ocasionado pela ocupação urbana e industrial da região metropolitana de São Paulo
e da Baixada Santista (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
7.6.5. Fauna e Flora
O Núcleo Itutinga Pilões possui diversas espécies características da fauna e da flora de Mata
Atlântica, sendo que muitas delas estão ameaçadas de extinção.
As espécies da fauna mais típicas no núcleo são: tucano do bico verde, araçari-poca,
papagaio-da-cara-roxa, entufado, araponga, onça parda, macaco-prego, anta, cutia, cateto. Em
relação à flora são: Palmito juçara, guaricana, quaresmeira, figueira, etc. (FUNDAÇÃO FLORESTAL,
2013).
PALMITO JUÇARA (Euterpe edulis Mart.)
O palmito juçara serve de alimento para um grande número de espécies de aves e
146
mamíferos, como a anta, o tucano do bico verde e o muriqui, sendo considerada uma espécie
chave para a Mata Atlântica. Sua palmeira atinge até 25 m de comprimento, possuindo tronco reto
e fino, com diâmetro de até os 10 cm. Na parte terminal do tronco encontra-se um tecido,
recoberto pelas bainhas das folhas palmito. A floração ocorre de setembro a janeiro - flores
pequenas de cor creme, polinizadas por insetos, mais especificamente por besouros. A frutificação
ocorre de abril a novembro - fruto carnoso, esférico e roxo-escuro. Pelo sabor e alto valor
comercial do palmito, a espécie é alvo de exploração predatória, pois são sacrificadas até as
plantas mais jovens. O intenso extrativismo do palmito contribuiu para que a espécie fosse
incluída na lista das espécies ameaçadas de extinção (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
TUCANO DE BICO VERDE (Ramphastos dicolorus)
O tucano do bico verde tem cerca de 48 centímetros de tamanho, sendo que boa parte
corresponde ao bico, pesa em torno de 320 g a 400, com papo amarelo e bico verde. O serrilhado
do bico é bem desenvolvido e realçado pela cor vermelha sanguínea. Vive em áreas florestadas,
desde o litoral até as zonas montanhosas, incluindo as florestas de planalto. Habita a copa de
florestas altas, principalmente em áreas montanhosas da Mata Atlântica, em seu interior e nas
bordas (Wikiaves, s/d (c)).
CUTIA (Dasyprocta azarae)
A cutia mede de 50 a 60cm e pesa de 1 a 3 kg. A cauda é rudimentar como na capivara.
A coloração geral é marrom-avermelhada, sendo o lado ventral mais claro. A região próxima à
cauda é mais avermelhada. Os membros dianteiros são curtos e têm cinco dedos providos de
fortes unhas. Os posteriores são longos e tem três dedos também com fortes unhas. O membro
posterior alongado auxilia a cutia a pular. É um animal herbívoro, alimentando-se de frutos, tais
como bacupari (Rheedia gardneriana), cambucá, palmito, ingá entre outros, e talos de palmito
jovem. Este animal pode estocar um grande número de frutos, enterrando-os para alimentação
posterior, assim acaba por esquecer parte deles, que, desta forma, acabam germinando, o que faz
desse animal um ótimo dispersor da floresta.
A cutia vive em regiões com floresta densa, ou em matas ralas. Ocorre também no
cerrado. É mais ativa durante as horas crepusculares, apesar de poder ser vista durante o dia em
regiões onde não sofre perseguições. Procura como abrigo tocas que constrói em barrancos, ocos
de árvores caídas e sob raízes. Vive praticamente solitária e quando pressente algum perigo
costuma ficar parada, tentando passar despercebida. Ao comer, a cutia costuma segurar o
alimento com as patas dianteiras, ficando sentada sobre as patas traseiras. Este hábito de usar os
membros na alimentação é bastante comum entre os roedores (INSTITUTO RÃ-BUGIO PARA A
CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE, s/d(b)).
GAMBÁ (Didelphis aurita)
Também chamado de saruê, são animais de médio porte apresentando de 35,5 cm a 45
cm de comprimento. Pelagem de coloração negra ou grisalha onde na região da face apresenta
uma coloração mais esbranquiçada. As fêmeas dessa espécie possuem marsúpio, uma bolsa
situada na parte ventral do animal, onde os embriões completam o desenvolvimento, agarrados a
um mamilo para a sucção do leite materno. Possuem hábitos noturnos e solitários. Essa espécie
adapta-se muito bem a vários ambientes vivendo até mesmo em grandes centros urbanos.
Alimentam-se de pequenos mamíferos, invertebrados, aves, répteis, sementes e frutos
(ViaRondon, 2011).
147
Lista das principais espécies da fauna e flora
FAUNA:
- AVES: as principais espécies estão listadas abaixo. A lista completa pode ser vista no anexo 4.

Macuco (Tinamus solitarius)

Caracoleiro (Chondrohierax uncinatus)

Gavião-Pombo-Pequeno (Amadonastur lacernulatus)

Beija-Flor-Rajado (Ramphodon naevius)

Rabo-Branco-Rubro (Phaethornis ruber)

Araçari-Banana (Pteroglossus bailloni)

Choquinha-Cinzenta (Myrmotherula unicolor)

Choquinha-De-Peito-Pintado (Dysithamnus stictothorax)

Cuspidor-De-Máscara-Preta (Conopophaga melanops)

Entufado (Merulaxis ater)

Arapaçu-De-Garganta-Branca (Xiphocolaptes albicollis)

Chibante (Laniisoma elegans)

Garrinchão-De-Bico-Grande (Cantorchilus longirostris)

Pula-Pula-Ribeirinho (Myiothlypis rivularis)

Catirumbava (Orthogonys chloricterus)

Sanhaçu-Frade (Stephanophorus diadematus)

Pixoxó (Sporophila frontalis)

Papa-Capim-De-Costas-Cinzas (Sporophila ardesiaca)

Gaturamo-Bandeira (Chlorophonia cyanea)
Fonte: SCHUNK, 2015
- MAMÍFEROS

Sussuarana (Puma concolor)

Macaco-preto-preto (Cebus nigritus)

Anta (Tapirus terrestres)

Cutia (Dasyprocta azarae)

Preguiça (Bradypus variegatus)

Veado-mateiro (Mazama americana)
Dados secundários

Cateto (Pecari tajacu)

Tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla)

Cachorro-do-mato (Cerdocyon thous)

Quati (Nasua nasua)

Gambá (Didelphis sp.)
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
- ANFÍBIOS E RÉPTEIS



148
Adenomera cf. marmorata
Dendrophryniscus cf. brevipollicatus
Eleutherodactylus cf. guentheri































Eleutherodactylus guentheri
Eleutherodactylus sp. 1
Eleutherodactylus sp. 3
Cágado-da-serra (Hydromedusa maximilianii)
Hyla hylax
Hyla sp. 3
Scinax sp. (gr. perpusillus)
Thamnodynastes cf. nattereri
Bufo cf. margaritifer
Bufo ornatus
Eleutherodactylus binotatus
Flectonotus fissilis
Proceratophrys melanopogon
Scinax cf. perpusillus
Scinax littoralis
Bufo ictericus
Cycloramphus boraceiensis
Eleutherodactylus sp. 2
Hyla hylax
Hyla sp. 2
Hylodes phyllodes
Micrurus corallinus
Eleutherodactylus sp. 4
Flectonotus sp.?
Hyla sp. 1
Jararaca-da-mata (Bothrops jararaca)
Eleutherodactylus parvus
Enyalius cf. iheringi
Hyla bischofii
Scinax fuscovarius
Scinax sp. 1
Fonte: INSTITUTO EKOS BRASIL, s/d
FLORA:
 Embaúba (Cecropia pachystachya)
 Araribá (Centrolobium robustum)
 Samambaiaçu (Dicksonia sellowiana)
 Bromélia (Vriesa sp.)
 Micônias (Miconia sp.)
 Manacá (Tibouchina sellowiana (Cham.) Cogn.)
 Manacá-da-serra (Tibouchina granulosa)
 Pariparoba (Piper umbellatum– Piperaceae)
 Palmito-juçara (Euterpe edulis)
 Helicônias (Heliconia spp. – Heliconiaceae)
 Trapoeraba (Piper sp.)
 Tapiá (Alchornea triplinervia – Euphorbiaceae)
149
 Caninha-do-brejo (Costus spiralis – Zingiberaceae)
 Morango silvestre (Rubus rosaefolius – Rosaceae)
 Maracujá (Passiflora edulis– Passifloraceae)
 Brejaúva (Astrocaryum sp.)
 Jambolão (Syzygium cumini)
 Mangue-do-mato (Clusia criuva Clusiaceae)
 Jacatirão (Miconia sp. Melastomataceae)
 Carqueja (Baccharis trimera Asteraceae)
 Assa-peixe (Vernonia ferruginea Asteraceae)
 Ingá (Inga edulis - Fabaceae-Mimosoidae)
 Ingá-macaco (Inga sessilis - Fabaceae-Mimosoidae)
 Cambará (Piptocarpha axillaris– Asteraceae)
 Macuqueiro (Bathysa meridionalis)
 Pixirica (Miconia sp.)
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
7.6.6. Serviços Ecossistêmicos
O Núcleo Itutinga Pilões presta diversos serviços, principalmente para a sua comunidade do
entorno. Os principais são:
●
Regulação da qualidade do ar e do clima;
●
Polinização;
●
Proteção dos morros e encostas;
●
Proteção dos solos;
●
Bem-estar, lazer e turismo;
●
Produção de energia pela Usina Henry Borden;
●
Recursos hídricos e abastecimento hídrico.
O Núcleo está inserido em uma área de grande ocupação urbana e industrial da região
metropolitana de São Paulo e Baixada Santista. A região é marcada pela poluição atmosférica,
principalmente na região de Cubatão e pela poluição hídrica. Assim, dois importantes serviços
ecossistêmicos que merecem ser destacados são: regulação da qualidade do ar e recursos hídricos.
Em relação aos recursos hídricos, o Núcleo preserva importantes rios, como o Rio
Passariúva, Rio Pilões e o Rio Cubatão, responsáveis pelo abastecimento de água de 80% da
Baixada Santista, além dos mananciais da Represa Billings.
150
Represa Billings
Com o crescimento da população e do parque industrial de São Paulo e dos municípios
vizinhos na década de 20, o engenheiro ASA White Kenney Billings começa a estudar a implantação
do “Projeto Serra”, cujo objetivo era aproveitar o desnível de 720 m da Serra do Mar para a
geração de energia elétrica em Cubatão (SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE/ COOREDENADORIA
DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2010).
A Serra do Mar é uma barreira geográfica naturalmente intransponível para os rios. Assim,
para aproveitar o grande desnível provocado pela Serra para a geração de energia elétrica é
necessário reverter o fluxo dos rios e represar suas águas. Com esse intuito, as águas do Rio
Grande e Rio das Pedras foram represadas, originando o Reservatório Rio das Pedras. Para atingir
então Cubatão, foi construída a Usina Henry Borden (SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE/
COOREDENADORIA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2010).
Para aumentar a capacidade da Usina Henry Borden e atender a demanda por energia
elétrica do pólo industrial perto do Porto de Santos, foi a autorizado a construção do Reservatório
Billings em 1925. O Reservatório Rio das Pedras é ligado a Represa Billings através do Canal
Summit Control, hoje localizado na Base São Bernardo do Núcleo Itutinga Pilões (SECRETARIA DO
MEIO AMBIENTE/ COOREDENADORIA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2010).
Na década de 50, o reservatório passou a servir de manancial para o abastecimento público
da região do ABC, atendendo a demanda de água da população, que estava crescendo
(SECRETARIA DE GESTÃO AMBIENTAL DA PREFEITURA DE SÃO BERNARDO DO CAMPO, 2013).
Atualmente, a Represa Billings possui um volume aproximado de 1,2 bilhões de metros
cúbicos de água, sendo o maior reservatório de água da Região Metropolitana de São Paulo. Seu
espelho d´água tem 12.750 hectares, aproximadamente 100 km² e abastece cerca de 1,2 milhões
de pessoas. No entanto, estima-se que a represa teria capacidade para fornecer água para
aproximadamente 4,5 milhões, o que não ocorre devido à poluição em alguns trechos, resultante da
falta de planejamento urbano e da intensa ocupação irregular ocorrida principalmente nas décadas
de 60 e 80 (SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE/ COOREDENADORIA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL,
2010).
Apesar de ser uma área protegida desde a década de 70, a Billings vem sofrendo com o
processo acelerado de expansão urbana e ocupação irregular, que levou ao lançamento de
efluentes domésticos, industriais e agrícolas diretamente nos corpos d´água, ao descarte
inadequado de lixo e à perda da cobertura vegetal, devido ao desmatamento indiscriminado,
151
comprometendo a quantidade e a qualidade do manancial (SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE/
COOREDENADORIA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2010).
7.6.7. Pesquisas
Uma pesquisa realizada no núcleo com bolsa FAPES foi:

13/20035-3: O contexto territorial e ambiental no Programa de Uso Público do
Parque Estadual da Serra do Mar
O descritivo dela estão no anexo 5.
7.6.8. Atrativos
O Núcleo Itutinga Pilões conta com diversos atrativos naturais, como trilhas,
cachoeiras e piscinas naturais. Os principais atrativos do núcleo são:
A. Caminho do Mar e Trilha Calçada do Lorena:
O histórico Caminho do Mar é uma grande atração do Núcleo Itutinga Pilões. São vários
roteiros estruturados a partir da Estrada Velha de Santos, observando a floresta e suas cachoeiras,
a Calçada do Lorena, o conjunto de monumentos construídos em 1922, em comemoração ao
centenário da Independência do Brasil, tombados pelo Condephaat em 1972 (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
Para maiores informações, consultar item sobre patrimônio histórico cultura.
Trilha Calçada do Lorena
Percurso: 2.427 metros
Tempo estimado: 1h30min
Nível de dificuldade: fácil a moderado
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
Caminhos do Mar
Para escolher o melhor roteiro, acesse o site: http://www.caminhosdomar.org.br/
152
Percurso: 16.000 metros
Tempo estimado: 06h00min
Nível de dificuldade: moderado a difícil
Fonte: GUIA DO LITORAL, 2009
B. Trilhas da Sede Itutinga-Pilões
Trilha do Rio Pilões
Beirando às águas do Rio Pilões é possível observar as belezas da flora e da fauna local. É a
trilha mais usada para educação ambiental. Iniciamente a trilha tinha 1.200 metros, mas com as
chuvas de 2013, parte da trilha foi destruída.
Percurso: 600 metros
Tempo estimado: 00h30min
Nível de dificuldade: fácil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(e)
Trilha da Usina
Por dentro de densa floresta, margeando o Rio Vubatão, chega-se às ruínas da antiga usina
da antiga Usina da Companhia Santista de Papel e Celulose, construída em 1919.
Atualmente a trilha está em manutenção, sem previsão de reabertura.
Percurso: 9.000 metros
Tempo estimado: 06h00min
Nível de dificuldade: moderado a difícil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(e)
Trilha do Rio Passaeúva
Acesso às águas claras e límpidas da cachoeira do Passareúva (FUNDAÇÃO FLORESTAL,
s/d(e)).
Ao realizar a trilha, o visitante estará em uma espécie de “tríplice fronteira” ao cruzar o Rio
Pilões: de um lado fica o município de Cubatão, do outro o município de São Vicente e a cachoeira
do Passareúva está localizada no município de São Bernardo do Campo (TRILHAS DE SÃO PAULO,
2011b).
153
O trajeto é repleto de belezas naturais, em um trecho da Floresta atlântica de encosta, rico
em espécies nativas como as palmeiras juçara, embaúbas e samambaias, além de macacos-prego e
tucanos (TRILHAS DE SÃO PAULO, 2011b).
Percurso: 3.000 metros
Tempo estimado: 03h00min
Nível de dificuldade: baixo
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(e) e TRILHAS DE SÃO PAULO, 2011b
C. Trilhas da Vila de Paranapiacaba
Trilha do Rio Mogi:
Com inicio na histórica localidade de Paranapiacaba, a trilha do Rio Mogi se caracteriza por
ter um traçado misto e ao mesmo tempo interessante, pois se inicia por uma longa descida da
Serra do Mar, cuja declividade constante e moderada se estende em meio a uma preservada Mata
Atlântica. No momento em que a trilha encontra-se com o Rio Mogi, ela se desdobra por um
profundo vale, estendendo-se pelo interior do leito largo e rochoso, ora por pedras, ora por dentro
das cristalinas águas do rio (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Antigamente a trilha era um caminho indígena utilizado para ligar o planalto à baixada e
também caminho da colonização. Entrou em desuso em 1564 quando Mem de Sá, governador
geral, mandou fechar o trajeto em função dos sucessivos ataques dos Tamoios. Passados trezentos
anos de desuso do caminho do vale do rio Mogi, o local volta a adquirir importância como caminho
de acesso à baixada. Encomendado pelo Barão de Mauá, Edson Fox realizou um estudo para
encontrar o local mais apropriado para a construção da ferrovia que ligaria o interior do estado ao
Porto de Santos. Fox apenas descobriu o que os índios já sabiam: o vale do rio Mogi era o melhor
lugar com a melhor topografia para subir a Serra do Mar (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Como atrativos, possui diversos poços ideais para o banho, como o Poço do Rio Mogi I e II,
com águas cristalinas de cor azul esverdeada (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 10.520 metros
Tempo estimado: 06h00min
Nível de dificuldade: moderado a difícil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(e)
154
Trilha da Cachoeira Escondida
A trilha permite o acesso a um mirante, que oferece uma visão fantástica da Serra do Mar e
da baixada santista.
Percurso: 7.000 metros (apenas ida)
Tempo estimado: 04h00min
Nível de dificuldade: moderado a difícil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(e)
Trilha da Cachoeira da Fumaça
A trilha leva a um mirante com visual da Serra do Mar e de onde se chega a uma cachoeira
que possui 4 quedas d'águas, com piscinas naturais e mirante ao final da Trilha.
Percurso: 9.000 metros (apenas ida)
Tempo estimado: xxhxxmin
Nível de dificuldade: difícil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(e)
Trilha do Poço Formoso
Próximo a Vila e as ferrovias de Paranapiacaba. Neste passeio é possível observar paisagens
fantásticas das Serra, tendo como a maior atração uma refrescante piscina natural.
Percurso: 4.000 metros
Tempo estimado: 03h30min
Nível de dificuldade: moderada
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(e)
D. Trilhas da Base São Bernardo do Campo
Trilha da Barragem
À beira da Represa Billings, observando bromélias e orquídeas, cruzando riachos até chegar
à barragem e à represa, refúgio de garças, socós e Martins-pescadores.
Percurso: 2.000 metros
Tempo estimado: 02h30min
155
Nível de dificuldade: moderado a difícil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(e)
Trilha da Ferradura
Trilha mais comum da base. O seu percurso é circular e é possível perceber a
declividade/aclividade. A trilha foi alvo de Enriquecimento Florestal com a finalidade de se aumentar
a biodiversidade nela existente. A Trilha não possui cachoeira. Não é para crianças.
Percurso: 1.500 metros
Tempo estimado: 00h50min
Nível de dificuldade: fácil
Um pequeno trecho da Trilha da Ferradura pode ser feito para público infantil ou com
mobilidade reduzida sem perder o contato junto ao ambiente de Mata Atlântica. Neste trecho é
possível desenvolver atividades de percepção do meio natural e explanação de espécies da flora da
Mata Atlântica.
Percurso: xxxx metros
Tempo estimado: 00h15min
Nível de dificuldade: trilha muito fácil
E. Trilhas da Base Guariúma
Trilha do Guariúma
Localizada na Praia Grande, a trilha do Guariuma é caracterizada por estar próxima a um
ponto de captação de água da Sabesp e ao bairro do Jardim Melvi. A trilha se desenvolve em um
traçado praticamente plano em meio a uma mata preservada. Ao longo de sua extensão, a trilha
acompanha o conduto que é proveniente da adutora da Sabesp responsável pela captação de água
potável (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Na trilha há cachoeira do Melvi, que se projeta em queda livre do alto de uma parede
rochosa de aproximadamente 20 metros de altura e em sua base, em meio às rochas, forma-se um
majestoso poço de águas cristalinas e geladas (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). É possível tomar
banho apenas nos poços de águas cristalianas, abaixo da captação de água.
156
Percurso: 1.728 metros
Tempo estimado: 01h00min
Nível de dificuldade: muito fácil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
Trilha Lambari
Localizada na Praia Grande, a trilha do Lambari se localiza na área de captação de água
para abastecimento da Sabesp, rodeada por Mata Atlântica, com serrapilheira bem conservada. É
uma trilha de fácil acesso, sem muitos aclives e declives (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Ao final da trilha encontra-se um rio represado pela SABESP – captação Lambaria, formando
um poço em meio às rochas, exclusivamente para o abastecimento da população, com 19 metros
de largura (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 1.326 metros
Tempo estimado: 01h00min
Nível de dificuldade: muito fácil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
Trilha Laranjal
Localizada na Praia Grande, a trilha do Laranjal se localiza na área de captação de água
para abastecimento da Sabesp. A trilha possui a mesma característica de um leito de estrada,
praticamente plana e com a mata bem preservada (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
No percurso é possível tomar um banho na Cachoeira do Laranjal, que na sua parte baixa
apresenta uma queda em uma laje de pedra de 30 metros de largura, com um poço profundo de
águas cristalinas e esverdeadas, com um comprimento de 10 metros (FUNDAÇÃO FLORESTAL,
2013).
Percurso: 2.706 metros
Tempo estimado: 01h30min
Nível de dificuldade: fácil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
157
Trilha Serraria
Localizada na Praia Grande, a Trilha Serraria é rodeada por uma mata bem preservada,
acompanhando os dutos de captação de água para abastecimento da Sabesp (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
No caminho há o poço Serraria, ponto ideal para um banho em meio a Mata Atlântica, raso
e bem seguro, tem 10m de largura por 25 de comprimento e a Cachoeira Serraria, que possui
aproximadamente 30 metros de altura em uma laje de pedra (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 1.452 metros
Tempo estimado: 1h00min
Nível de dificuldade: muito fácil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
Trilha Soldado
Localizada na Praia Grande, a Trilha Soldado é rodeada por uma mata bem preservada,
acompanhando os dutos de captação de água para abastecimento da Sabesp. No caminho há a
captação Soldado, local de captação de água para a SABESP (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 1.386 metros
Tempo estimado: 01h00min
Nível de dificuldade: muito fácil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
7.6.9. Informações gerais sobre o Núcleo
Dados gerais
Área
43.800 hectares
Bioma
Mata Atlântica
Município da sede
Cubatão
Municípios Abrangidos
São Bernardo do Campo, Cubatão, São Vicente, Santos, Praia Grande,
Santo André, Mogi das Cruzes e São Paulo
Endereço da sede
Estrada Elias Zarzur, Km 8 s/nº. Bairro Água Fria. Cubatão -SP
Escritório urbano
158
Bases e outras funções
Bases de Apoio:Base Tibiriçá no Bairro do Riacho Grande em São
Bernardo do Campo e; Base Guariúma, instalado no Jardim Melvi na Praia
Grande.
Estas bases servem de apoio à Fiscalização, Proteção, Educação Ambiental
e Eventos.
Telefones
(13) 3361 8250 / (13) 3377 9154
Sinal de celular da sede
Sinal de celular da base
E-mail da UC
[email protected]
Nome do Gestor
Patrícia Cristiane Camargo Rodrigues
Esportes Radicais
Não
Capacidade de hospedagem
Não
Valor da hospedagem na UC
Não
Centro de visitantes
Sim
Capacidade do auditório
60 pessoas
Capacidade do refeitório
Não
Lanchonete
Não
Quiosques pic nic
Não
Camping na UC
Não
Facilidades no entorno
imediato
Não
Tipo de Acesso
Asfalto, terra
Distância de SP
57 km
Distância cidade mais
próxima(s)
Centro da Cidade de Cubatão: 8km; São Vicente: 10km; Santos 8km;
Praia Grande - 27km
Cobrança de Ingresso e valor
Não
Amplitude Altitudinal
30 a 800 metros
Amplitude de Temperaturas
10° a 34° C
Bases e outras funções
Base de Proteção e Uso Público Guariuma
159
Endereço
Rua Wilson de Oliveira, nº 20.029 - Bairro Jardim Melvi - Praia Grande SP
Telefone
Não há.
Capacidade de hospedagem
Base de Proteção e Uso Público São Bernardo (Tibiriçá)
Endereço
Rodovia Anchieta, KM 35,5 - sentido São Paulo->Litoral.
Bairro Riacho Grande - São Bernardo do Campo
Telefone
(11) 4359 9191
Área de atuação
Planalto (São Bernardo do Campo, Santo André, Paranapiacaba, São Paulo
e Mogi das Cruzes).
Capacidade de hospedagem
Mais Informações
Sede Administrativa
Dias e horário de
funcionamento
De segunda-feira a sexta-feira das 8h às 17h.
Telefones para informação
(13) 3377-9154 / (13) 3361-8250
E-mail
[email protected]
Gestor (a)
Endereço
Estrada Elias Zarzur, Km 8, s/nº - Água Fria - Cubatão - –SP
Visitação
Dias e horário de
funcionamento
De terça-feira a sexta-feira das 9h às 17h, somente mediante
agendamento prévio. Aos sábados das 9h até às 12h.
Não atendemos aos domingos.
Endereço
Estrada Elias Zarzur, Km 8 s/nº - Cubatão -SP.
Normas de Visitação e Segurança do PESM
É proibida a entrada de pessoas descalças. Obrigatório o uso de calçado fechado (tênis ou bota);
É proibido o consumo de bebida alcoólica dentro da UC;
É proibido o uso de shampoo, sabonete, creme, etc., nas piscinas naturais;
É proibido fazer churrasco ou qualquer tipo de fogueira dentro da UC;
É proibida a retirada ou a introdução de qualquer espécie (flora e fauna) assim como de qualquer outro
produto (pedras, madeiras, etc.) desta UC.
160
Normas para as trilhas
Nunca ultrapasse o monitor, pois é ele que irá avisar se houver algum perigo;
Mantenha-se no caminho pré-determinado, andando sempre um atrás do outro, para evitar o alargamento
da trilha;
Não correr, gritar ou falar muito alto, isso pode assustar os animais;
Observe os locais antes de apoiar as mãos ou se sentar, pois há muitos animais e insetos peçonhentos que
se camuflam e se encontrar algum animal, mantenha a distancia;
Não retire flores, frutos, plantas silvestres ou pedras. Quando encontrar galhos ou folhas no meio da trilha,
não os retire, pois é onde as cobras gostam de se esconder. Apenas desvie;
Não se arrisque nas pedras e não puxe ou pendure em cipós;
Temos várias lixeiras que estão colocadas em pontos estratégicos. Então, todo lixo produzido durante a
permanência, deverá ser trazido de volta.
Símbolo
O tucano-de-bico-verde (Ramphastos dicoloru) tem cerca de 48 cm e pesa em torno de 320 g.
Além de seu bico verde, apresenta uma coloração amarelada no papo. Sua alimentação é baseada
principalmente de frutos do palmito juçara, embaúba, artrópodes e pequenos vertebrados. É
responsável pela dispersão dessas espécies vegetais e com a exploração ilegal do palmito juçara
houve um decréscimo na população do tucano-de-bico-verde.
Com a destruição de seu habitat natural, tem se tornado cada vez mais raro em sua área de
ocorrência original (Wikiaves, s/d (c)).
7.7.
Núcleo Padre Dória
7.7.1. História
O Núcleo Padre Dória foi instituído no Parque Estadual Serra do Mar em 2014. Possui
uma área de aproximadamente 19.320 hectares, sendo 3.630 hectares oriundos do Núcleo
Caraguatatuba e 15.690 hectares do Núcleo São Sebastião. Assim, ele compreende toda a parte de
planalto dos núcleos citados, abrangendo os municípios de Salesópolis, Paraibuna e Biritiba-Mirim
(GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2014).
O nome do Núcleo Padre Dória é em homenagem ao Padre Manuel de Faria Dória,
responsável pela construção da Estrada Dória, que liga as regiões do Vale do Paraíba e Grande São
Paulo ao Litoral Norte Paulista, além de ser o fundador da cidade de Salesópolis (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2014).
161
Padre Manuel de Faria Dória
O Padre Manoel de Faria Dória nasceu na Vila de São Sebastião, Litoral Norte Paulista, no ano de
1781, filho do Capitão Amaro Alvares e Maria Barbosa do Amaral. Foi vigário de São Sebastião
entre os anos de 1816 e 1837, tendo sido inscrito, nas ordens diocesanas no ano de 1816. Foi
também deputado provincial por quatro legislaturas entre os anos de 1835 a 1842, ano de sua
morte. Foi o responsável pela abertura e construção da Estrada Nova entre São José do
Parahytinga e São Sebastião, estrada que mais tarde levou seu nome (ASSOCIAÇÃO LAR TERRA
DE RESGATE CULTURAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2013).
A Estância Turística de Salesópolis é o berço do lendário e histórico Rio Tietê, um dos mais
importantes rios do Estado de São Paulo. Localiza-se a 96 km da Capital, na Serra do Mar. Tem
clima ameno (18°C) e muita tranquilidade, pois preserva as características de cidade do interior.
98% do seu território é abrangido pela Lei de Proteção aos Mananciais, que trata da proteção e
recuperação de condições ambientais específicas com o intuito de garantir a produção de água
necessária para o abastecimento e consumo das gerações atuais e futuras.
O nome da cidade quer dizer “Terra de Sales”, uma homenagem ao presidente da República Dr.
Manuel Ferraz de Campos Sales. Antigamente, o nome do município era São José do Parahytinga.
A cidade surgiu entre os séculos XVI e XVII no cruzamento das poucas que serviam de rotas
comerciais e que ligavam o Litoral Norte Paulista ao Alto do Tietê e Vale do Paraíba (ESTÂNCIA
TURÍSTICA DE SALESÓPOLIS, s/d).
7.7.2. Patrimônio Cultural
No Núcleo Padre Dória passa a Rota Dória, trilha do século XVIII que ligava o litoral ao
planalto. Muitas das rotas existentes eram traçados abertos pelos índios que subiam e desciam a
Serra e que posteriormente foram utilizadas no período de colonização do Brasil (ASSOCIAÇÃO LAR
TERRA DE RESGATE CULTURAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2013).
Com a Estrada Doria não foi diferente. Era uma antiga trilha indígena, que depois passou a
ser a Rota do Sal ligando as Minas Gerais ao Porto de São Sebastião na época da mineração. Tal
rota era assim conhecida devido ao movimento de tropas que transportavam ouro para ser
exportado no porto e que, na volta, traziam além dos mantimentos para as Minas, o sal que era
artigo escasso na época (ASSOCIAÇÃO LAR TERRA DE RESGATE CULTURAL E EDUCAÇÃO
AMBIENTAL, 2013).
Em 1832, essa antiga rota ganhou um traçado definitivo sendo oficializada graças ao
trabalho do Padre Dória, com o objetivo de intensificar o comércio entre o porto de São Sebastião,
162
o Vale do Paraíba e parte do Alto Tietê. A Estrada está ligada também ao desenvolvimento do
núcleo populacional que deu origem a Salesópolis e a um dos períodos de auge do Porto de São
Sebastião, quando servia como porto de escoamento de artigos de grandes ciclos econômicos como
o ouro e o café. Em 1842, com a morte do Padre Dória, a estrada foi fechada por um de seus
inimigos políticos, o Padre Pinto (ASSOCIAÇÃO LAR TERRA DE RESGATE CULTURAL E EDUCAÇÃO
AMBIENTAL, 2013).
A partir de 1850, com a lei Eusébio de Queiroz o tráfico de escravos ficava proibido. No
entanto, alguns lugares resistiram à legislação e, oito anos após o fechamento da Estrada, ela volta
a ser muito utilizada como uma rota clandestina que serve ao tráfico negreiro. Com isso, São José
do Parahytinga (Salesópolis), entra no contexto do tráfico negreiro como o principal ponto de venda
desses escravizados no Alto da Serra. Acredita-se que após a Lei Eusébio de Queiroz passaram mais
de 25.000 escravos pela Rota (ASSOCIAÇÃO LAR TERRA DE RESGATE CULTURAL E EDUCAÇÃO
AMBIENTAL, 2013).
Várias praias de São Sebastião, Ilhabela e Caraguatatuba eram portas de entrada para o
desembarque de negros escravizados que subiam a Serra por diversas trilhas, tendo a antiga
Estrada Dória como espinha dorsal dessa Rota Clandestina. Essas trilhas convergiam para um
antigo Casarão localizado à margem do Rio Parahytinga há menos de uma légua da sede da Vila de
São José do Parahytinga, conhecido atualmente como Casarão Senzala que, na época, foi um
importante entreposto comercial do tráfico de diversos gêneros, mas principalmente de escravos,
servindo a fazendeiros de diversos pontos do Estado, principalmente os localizados no Vale do
Paraíba, mas sendo identificados também outros pontos do Estado, como em Fazendas na região
de Jundiaí (ASSOCIAÇÃO LAR TERRA DE RESGATE CULTURAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2013).
Atualmente, a Rota Dória reúne diversos bens históricos, culturais, religiosos, ambientais e
turísticos nos municípios por onde passa. Parte dela passa pelo Parque Estadual Serra do Mar,
saindo do município de Salesópolis até o sítio arqueológico São Francisco, localizado no Núcleo São
Sebastião (ASSOCIAÇÃO LAR TERRA DE RESGATE CULTURAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2013).
Os possíveis percursos e ativos são (ASSOCIAÇÃO LAR TERRA DE RESGATE CULTURAL E
EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2013):
●
De Salesópolis – Marco Zero na Igreja Matriz, percorrendo os Municípios de Paraibuna,
Caraguatatuba, São Sebastião e Ilhabela, temos: o Casarão Senzala, Casarão do Café,
Cruz do Dória, em Salesópolis, Capela de São Lourenço, além de equipamentos como
o Parque Estadual Serra do Mar, Sítio Arqueológico São Francisco, barcos e paisagens.
●
De Salesópolis – Marco Zero na Igreja Matriz a Aparecida do Norte, como rota cultural
e religiosa, percorrendo antigos trechos da Rota Dória pelo Vale do Paraíba e com
163
destino a Basílica de Aparecida, marcadamente roteiro de romarias, herança de uma
cultura religiosa, centrada na figura de Nossa Senhora Aparecida, Virgem Negra;
●
De Salesópolis – Marco Zero na Igreja Matriz ao Pateo do Colégio em São Paulo,
percorrendo o traçado, passando pela Aldeia Indígena Lobo Velho em Suzano e
atingindo o destino do Padre Dória quando Deputado Provincial na busca de interesses
da região.
7.7.3. Comunidades tradicionais
No Núcleo não há presença de comunidades tradicionais, como as indígenas, quilombolas
ou caiçaras.
7.7.4. Ecossistema
O Núcleo Padre Dória está inserido no ecossistema de Floresta Ombrófila Densa,
representativa do domínio mata atlântica com ampla diversidade de tipos de vegetação
originalmente contínuos e integrados sobre uma variedade de compartimentos morfológicos de
relevos e variações climáticas.
A atividade de reflorestamento dos Municípios do entorno vieram crescendo e invadindo os
fragmentos florestais de forma que hoje observa-se um mosaico intrincado entre espécies regionais
de floresta madura, espécies regionais cobrindo áreas em estágio inicial de regeneração, espécies
exóticas plantadas e espécies exóticas que invadiram a região pela exposição do solo.
7.7.5. Fauna e Flora
O Núcleo abriga diversas espécies animais e vegetais, diversas delas ameaçadas de
extinção. Em relação a fauna, algumas espécies características do núcleo são jaguatirica, esquilo
(serelepe), sagui da cara branca e as aves tangará, tie-sangue e araponga. Já as espécies vegetais
mais características são: cambuci, araçá, angico, manacá, chá de bugre.
CAMBUCI (Campomanesia phae)
Como espécie característica do Núcleo, podemos citar o cambuci (Campomanesia phae). A história
da Rota Dória se entrelaça à dessa árvore nativa, endêmica da Serra do Mar paulista, com
consumo tradicional secular dos seus frutos pelos índios, bandeirantes e caipiras, além da fauna
brasileira. O cambucizeiro atinge cerca de 8m de altura, sua frutificação ocorre de abril a junho.
Seu fruto varia entre o verde e o verde-amarelado, o sabor é ácido e é rico em vitamina c, além
de possuir agentes antioxidantes e adstringentes, que combatem radicais livres, retardam o
envelhecimento e fortalecem o sistema imunológico.
164
O fruto pode ser utilizado para a produção de geleias, sorvetes, sucos, licores e molhos para
carnes e peixes. Faz-se ainda chá da casca do fruto e das folhas das árvores, além de extraíremse óleos essenciais que bem poderiam ser empregados na indústria de cosméticos, de alimentos e
farmacológica. O homem também utiliza sua madeira para a fabricação de cabos de ferramentas e
instrumentos agrícolas.
Sua interação com a fauna é grande. Seu fruto serve de alimento para diversas espécies de aves e
mamíferos. Os principais disseminadores da espécie são as pacas, as antas e os veados. Ao se
alimentarem, espalham suas sementes pelos locais em que circulam.
Até os dias atuais o cambuci permeia a Rota Dória e tem grande importância cultural, social e
ambiental da preservação de espécies animais que dele se alimentam.
Fonte: ANDRADE e LEMOS, 2011
TANGARÁ (Chiroxiphia caudata)
Ave que possui cerca de 13 centímetros e apresenta dimorfismo sexual. Os machos têm
plumagem azul-celeste, cauda preta com duas penas centrais mais longas que as outras e, no alto
da cabeça, uma brilhante coroa vermelha. Os mais jovens são verde-oliva, já as fêmeas são
verde-escuras, cauda mais longa que a dos machos, o que as torna ligeiramente maiores que
estes. São, também, mais silenciosas.
Entre os seus principais hábitos, está a típica dança pré-nupcial, onde os machos se revelam
verdadeiros acrobatas, enfileirando-se vários deles num galho e exibindo-se ante a fêmea, um de
cada vez. Depois de executarem o rito, cada um volta ao fim da fila e espera a vez de exibir-se
novamente. São onívoros, alimentando-se de bagas e pequenos artrópodes e apreciam a Michelia
champaca (Magnólia-amarela) e fruta do sabiá
Fonte: WikiAves, s/d (e)
JAGUATIRICA (Leopardus pardalis mitis)
A jaguatirica tende a ser a espécie de felino de pequeno-médio porte dominante nas áreas de
cobertura vegetal mais densa, especialmente nas úmidas. O gradiente altitudinal vai desde o nível
do mar até 3.800 m. É um táxon de porte médio, com corpo esbelto, cabeça e patas grandes e
cauda pouco curta, caracterizada pela presença de rosetas abertas que coalescem, formando
bandas longitudinais, numa pelagem de fundo amarelo-ocráceo. O comprimento médio da cabeça
e do corpo varia entre 67 e 101,5 cm, enquanto o da cauda é de 30 a 44,5 cm e o peso médio fica
em torno entre 8 a 15,1 kg.
O período de gestação varia entre 70 e 85 dias, após o qual nascem de 1 a 4 filhotes. O potencial
reprodutivo máximo de uma fêmea de sete anos, em vida livre, é de 5 a 7 filhotes. São solitários
e noturnos. A área do macho engloba, normalmente, a área de duas a três fêmeas. Carnívora,
possui um consumo médio de presas na natureza é de cerca de 700 g
Fonte: OLIVEIRA et al., 2008
CAPIVARA (Hydrochoerus hydrochaeris)
A capivara é um animal de grande porte. Considerado o maior roedor do mundo, atingindo altura
média de 50 cm. Sua pelagem é grossa de coloração marrom-avermelhada. Possui hábitos
semiaquáticos, sendo uma excelente nadadora, podendo permanecer submersas por vários
minutos. As capivaras são ativas a qualquer hora do dia. Alimenta-se de gramíneas (capim) e
plantas aquáticas. Ocorrem na Bolívia, Colômbia, Venezuela, Guianas, Paraguai e Brasil, em todos
os estados, em geral próximo a lagos e rios (ViaRondon, 2011)
165
TAMANDUÁ-MIRIM (Myrmecophaga tedradactyla)
O tamanduá-mirim apresenta atividade predominantemente noturna, e quando não estão ativos
costumam descansar nos ocos das árvores e nas tocas dos tatus. Possui um hábito, que quando
atacado assume uma postura ereta, deixando suas garras dianteiras livres para se defender.
Possui porte médio, variando de 47 cm a 77 cm de comprimento. Apresenta uma pelagem curta e
densa e uma coloração amarela pálida, com duas listras pretas que avançam da região escapular
do animal, lembrando um colete. Alimenta-se de formigas e cupins. Vive na América do Sul, a
leste a leste dos Andes da Venezuela até o norte da Argentina. Sul do Brasil e norte do Uruguai.
Onde no Brasil ocorrem em todos os biomas (Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica,
Pantanal e Campos Sulinos) (ViaRondon, 2011)
Lista das principais espécies da fauna e flora
FAUNA:
- Aves: as principais espécies estão listadas abaixo. A lista completa pode ser vista no
anexo 4.
 Jacutinga (Aburria jacutinga)
 Gavião-Pombo-Pequeno (Amadonastur lacernulatus)
 Gavião-Pombo-Grande (Pseudastur polionotus)
 Gavião-Pega-Macaco (Spizaetus tyrannus)
 Gavião-Pato (Spizaetus melanoleucus)
 Caburé-Miudinho (Glaucidium minutissimum)
 Bacurau-Tesoura-Gigante (Hydropsalis forcipata)
 Beija-Flor-De-Topete (Stephanoxis lalandi)
 Pinto-Do-Mato (Hylopezus nattereri)
 Juruva-Verde (Baryphthengus ruficapillus)
 Araçari-Poca (Selenidera maculirostris)
 Choquinha-Pequena (Myrmotherula minor)
 Choquinha-Cinzenta (Myrmotherula unicolor)
 Choca-De-Chapéu-Vermelho (Thamnophilus ruficapillus)
 Matracão (Batara cinerea)
 Fruxu (Neopelma chrysolophum)
 Araponga-Do-Horto (Oxyruncus cristatus)
 Maria-Leque-Do-Sudeste (Onychorhynchus swainsoni)
 Chibante (Laniisoma elegans)
 Papinho-Amarelo (Piprites chloris)
 Estalinho (Phylloscartes difficilis)
 João-Pobre (Serpophaga nigricans)
 Tesoura-Cinzenta (Muscipipra vetula)
 Tico-Tico-Do-Mato (Arremon semitorquatus)
 Pula-Pula-Ribeirinho (Myiothlypis rivularis)
 Sanhaçu-Pardo (Orchesticus abeillei)
 Saí-De-Pernas-Pretas (Dacnis nigripes)
 Tico-Tico-Do-Banhado (Donacospiza albifrons)
166
 Pixoxó (Sporophila frontalis)
 Cigarra-Verdadeira (Sporophila falcirostris)
 Cais-Cais (Euphonia chalybea)
Fonte: SCHUNCK, 2015
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- Mamíferos:
Bugio (Alouatta guariba)
Macaco-prego (Cebus nigritus)
Tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla)
Anta (Tapirus terrestris)
Jaguatirica (Leopardus pardalis)
Gato-do-mato-pequeno (Leopardus tigrinus)
Onça-parda (Puma concolor)
Queixada (Tayassu pecari)
Cateto (Pecari tajacu)
Lontra (Lontra longicaudis)
Quati (Nasua nasua)
Gambá-de-orelha-preta (Didelphis aurita)
Preguiça-comum (Bradypus variegates)
Capivara (Hydrochoerus hydrochaeris)
Paca (Cuniculus paca)
Cutia (Dasyprocta azarae)
Fonte: GUAPURUVU, s/d
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- ANFIBIOS E REPTEIS:
Cobra-coral-verdadeira (gênero: Micrurus)
Jararaca-da-mata (Bothrops jararaca)
Jararacuçu (Bothrops jararacuçu)
Cobra-cipó (gênero: Chironius)
Caninana (Spilotes pullatus)
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- PEIXES:
Lambari (Astyanax eigenmanniorum)
Saguiru (Cyphocharax modestus)
Acará (Geophagus brasiliensis)
Peixe Cadela (Oligosarcus sp.)
Turvina (Gymnotus carapo)
Traira (Hoplias malabaricus)
Trairão (Hoplias lacerdae)
Cascudo (Hypostomus sp)
Bagre (Rhamdia quelen)
Tilapia (Oreochromis niloticus)
Mandi (Pimelodella meeki)
Tamboatá (Hoplosternum littorale)
FLORA:
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168
Angico (Parapiptadenea sp. Fabaceae)
Araçá (Myrcia citrifolia Myrtacea)
Araçá piranga (Eugenia leitonii Myrtaceae)
Araucária (Araucaria angustifolia)
Aroeira pimenteira (Schinus terebinthifolius Anacardiaceae)
Caetê (Heliconia sp. Heliconiaceae)
Cambuizinho (Myrcia selloi Myrtaceae)
Canafistula (Peltophorum dubium Fabaceae)
Canela (Ocotea sp. Lauraceae)
Canela guaicá (Ocotea Puberula Lauraceae)
Capixingui (Croton floribundus Euphorbiaceae)
Capororoca (Rapanea umbellata Myrsinaceae)
Caraguatá (Bromelia sp. Bromeliaceae)
Cedro (Cedrela fissilis Meliaceae)
Chá (Camellia sinensis Theaceae)
Cha de bugre (Cordia sellowiana Boraginaceae)
Clusia (Clusia sp. Clusiaceae)
Crindiúva (Trema micrantha Cannabaceae)
Cuvantã (Cupania vernalis Sapindaceae)
Embauba (Cecropia glaziovi Cecropiaceae)
Espinheiro (Maytenus ilicifolia Celastraceae)
Eucalipto (Eucalyptus sp.* Myrtaceae)
Fumão (Bathysa meridionalis Rubiaceae)
Guabiroba (Campomanesia pubescens Myrtaceae)
Guabiroba (Campomanesia pubescens Myrtaceae)
Helicônia (Heliconia velloziana Heliconiaceae)
Ingá (Inga sessilis Mimosaceae)
Jaboticaba do mato (Plinia sp. Myrtaceae)
Jacatirão (Leandra sp. Melastomataceae)
Japecanga (Smilax brasiliensis Liliaceae)
Jerivá (Syagrus romanzoffiana Arecaceae)
limão bravo (Siparuna guianensis Siparunaceae)
Lirio-do brejo (Hedychium coronarium* Zingiberaceae)
Mamica de porca (Zanthoxylum riedelianum Rutaceae)
Manacá (Tibouchina mutabilis Melastomataceae)
Moranguinho (Fragaria vesca Rosaceae)
Nespera (Eriobothrya japonica* Rosaceae)
Orelha de onça (Tibouchina grandiflora Melastomataceae)
Palmito (Euterpe edulis Arecaceae)
Pente de macaco (Amphilophium crucigerum Bignoniaceae)
Piper (Piper sp. Piperaceae)
Psichotria (Psichotria sp. Rubiaceae)
Pteridium (Pteridium sp. Dennstaedtiaceae)
Quaresmeira (Tibouchina grandulosa Melastomataceae)
Quina de São Paulo (Solanum pseudoquina Solanaceae)
Samambaiaçu (Dicksonia sellowiana Dicksoniaceae)
Sangra d'agua (Croton urucurana Euphorbiaceae)
Tapiá (Alchornea sidifolia Euphorbiaceae)
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Taquara (NI Graminae)
Terminalia (Terminalia sp. Combretaceae)
Vinhático (Plathymenia sp. Mimosaceae)
Xilopia (Xilopia sp. Annonaceae)
Fonte:material enviado pela gestora,
7.7.6. Serviços Ecossistêmicos
O Núcleo Padre Dória presta diversos serviços principalmente para a sua comunidade do
entorno:
●
Regulação da qualidade do ar e do clima;
●
Proteção dos morros e encostas;
●
Proteção dos solos;
●
Bem-estar, lazer e turismo;
●
Recursos hídricos e abastecimento.
O Núcleo Padre Dória tem um papel fundamental na preservação dos recursos hídricos,
contribuindo para dois importantes sistemas: Sistema do Rio Claro e Sistema Produtor de Água do
Alto Tietê - SPAAT. O Rio Tietê nasce a uma altitude de 1.030 metros da Serra do Mar, no
município de Salesópolis. Ao contrário de muitos rios, que descem para o litoral e desaguam no
mar, o Rio Tietê não consegue vencer os picos da Serra do Mar e atravessa a Região Metropolitana
de São Paulo, seguindo para o interior do Estado, desaguando posteriormente no rio Paraná, num
percurso de quase 1.136 km, cortando o estado de leste a oeste (DAEE, s/d).
Possui importância histórica e econômica diretamente relacionada às conquistas territoriais,
realizadas pelos Bandeirantes que desbravavam os sertões, fundando povoados e cidades ao longo
de suas margens (DAEE, s/d).
O Rio banha 62 municípios ribeirinhos e sua bacia compreende seis sub-bacias
hidrográficas: Alto Tietê, onde está inserida a Região Metropolitana de São Paulo; Piracicaba;
Sorocaba/Médio Tietê; Tietê/Jacaré; Tietê/Batalha e Baixo Tietê (DAEE, s/d).
Suas nascentes fornecem água de boa qualidade para a população. No entanto, quando o
rio começa a avançar próxima a região metropolitana de São Paulo (RMSP) a situação muda
bastante. As características geográficas e o processo de ocupação territorial da RMSP levaram a
quando crítico de degradação das águas em virtude do processo de urbanização desordenado e do
despejo de efluentes domésticos e industriais tratamento adequado, comprometendo o uso de seus
mananciais e reduzindo a disponibilidade hídrica por habitantes da bacia (SMA/ CEA, 2010).
Atualmente, a disponibilidade hídrica da bacia equivale somente a 50% da demanda,
fazendo que essa região seja uma das mais críticas do estado. Assim, a demanda – disponibilidade
169
de água da Bacia já apresenta índices comparáveis às áreas mais secas do Nordeste brasileiro e é
necessário um complexo sistema para importar águas de outras bacias para que as necessidades da
população da RMSP sejam supridas (SMA/ CEA, 2010).
A quantidade de água disponível para consumo por habitante em determinada região ou
bacia hidrográfica é medida pela disponibilidade hídrica. Segundo a ONU, a disponibilidade hídrica
no mundo é classificada da seguinte forma (Secretaria do Meio Ambiente/Coordenadoria de
Educação Ambiental, 2010):
● Abundante > 20.000 m³/hab.ano
● Adequada (ou correta) > 2.500 m³/ hab.ano
● Podre < 2.500 m³/ hab.ano
● Crítica < 1.500 m³/ hab.ano
No Brasil, a quantidade de água disponível por habitante é dividida de forma muito
heterogênea entre as regiões, sendo que em alguns locais a disponibilidade hídrica, adotando a
classificação da ONU, é muito abaixo da situação crítica, como acontece com a RMSP (SMA/ CEA,
2010).
REGIÃO
DISPONIBILIDADE HÍDRICA
RELATIVA
(m³/hab.ano)
Brasil
35.000*
Estado de São Paulo
2.468*
Pernambuco
1.118*
Bacia Hidrográfica do Piracicaba
408* ou 400**
Bacia Hidrográfica do Alto Tietê
201* ou 60**
Fonte: *Água Doces do Brasil, 2002 apud SMA/ CEA, 2010 e **SMA CRHi, 2009 apud SMA/ CEA,
2010.
Já o sistema produtor do Rio Claro é composto do reservatório do ribeirão do Campo,
implantado no Ribeirão do Campo, que propicia a regularização das afluências. Tendo como
afluentes principais o rio Clarinho, Rio São João, rio do Alferes e rio do Campo. As águas
descarregadas pelo reservatório e as contribuições intermediárias da bacia do ribeirão do Campo e
do rio Claro são parcialmente captadas em um local denominado Poço Preto e transferidas para a
Estação de Tratamento de Água de Casa Grande. As águas remanescentes do rio Claro são
complementadas com a transposição de cerca de 0,50 m3/s do rio Guaratuba da vertente Marítima
que, juntamente com as contribuições intermediárias, são parcialmente captadas no local
denominado km 76 e transferidas para a Estação de Tratamento de Água de Casa Grande. As águas
170
remanescentes do rio Claro descarregam no rio Tietê, no reservatório de Ponte Nova, pertencente
ao sistema produtor do Alto Tietê (COMITÊ DA BACIA HIDROGRÁFICA DO ALTO TIETÊ, 2009)
Os Sistemas Produtores do Alto Tietê e do Rio Claro controlam uma área de drenagem de
919 km2 com uma vazão média de longo termo de 19,9 m3/s, resultando em uma vazão específica
de 21,7 l/s.km2. A vazão mínima média mensal é de 5,9 m3/s enquanto a vazão média mensal
associada a uma garantida de 95 % é de 8,8 m3/s. Portanto, o limite máximo de produção dos
Sistemas Produtores do Alto Tietê e do Rio Claro é de 19,9 m3/s (COMITÊ DA BACIA
HIDROGRÁFICA DO ALTO TIETÊ, 2009).
7.7.7. Pesquisas
A Estação Biológica de Boracéia - EBB, criada pelo Decreto Lei nº 23198/1954, é uma
Unidade de conservação pertencente à Universidade de São Paulo – USP. Administrada pelo Museu
de Zoologia está localizada dentro do Núcleo Padre Dória. A região de localização da estação é
considerada um "hotspot" mundial por apresentar mais de 70% da sua cobertura vegetal original
destruída e com altas porcentagens de espécies endêmicas. A EBB sempre atraiu, mesmo antes de
sua implementação, a atenção de inúmeros pesquisadores, tanto da área zoológica quanto da
botânica.
Um histórico das atividades ali realizadas, até o ano de 1957, pode ser encontrado em
Travassos-Filho e Camargo (1958). Os autores enfocam as coletas noturnas de insetos
especialmente de "diptera" e "lepidoptera".
Uma lista das espécies de mariposas Arctiidae com registro de ocorrência na Estação
Biológica de Boracéia (EBB) é apresentada. Esta listagem foi obtida através da observação de
material depositado em quatro coleções científicas brasileiras. A riqueza registrada na EBB foi de
237 espécies, sendo uma das maiores já encontradas em apenas um sítio de coleta no Brasil.
http://www.biotaneotropica.org.br/v7n3/pt/abstract?inventory+bn03107032007
Estação Biológica de Boraceia - www.mz.usp.br
7.7.8. Projetos Socioambientais
A Rota Gastronômica do Cambuci, uma iniciativa da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde
da Cidade de São Paulo e Associação Holística de Participação Comunitária Ecológica - AHPCE com
participação atual dos Núcleos Padre Dória e Caraguatatuba, tem como objetivo resgatar o cultivo e
o consumo dessa fruta nativa da Mata Atlântica e endêmica na região, promovendo o
171
desenvolvimento socioambiental e econômico sustentável das comunidades do entorno. Engloba
em um único projeto aspectos históricos, culturais, de preservação ambiental, turísticos e de
geração de renda. Tem potencial para se constituir como uma alternativa econômica sustentável
para os municípios envolvidos através de Arranjos Produtivos Locais.
7.7.9. Atrativos
O Núcleo Padre Dória conta com diversos atrativos naturais, como trilhas, cachoeiras e
piscinas naturais. Os principais atrativos do núcleo são:
Trilha da Rota Dória
Antiga rota que ligava São Sebastião ao Alto do Tietê e Vale do Paraíba, oficializada pelo
Padre Dória, cujo objetivo era intensificar o comércio de ouro e sal e, posteriormente, tornou-se
uma rota clandestina para o tráfico de escravos. No caminho é possível atravessar diversas
estruturas da época da escravidão, como Casarão Senzala, Casarão do Café, Cruz do Dória, em
Salesópolis, Capela de São Lourenço, terminando no Sítio Arqueológico São Francisco, localizado no
Núcleo São Sebastião.
Como espinha dorsal na Serra do Mar, temos a Estrada do Rio Pardo, que dá acesso ao
litoral Norte, passando pelos Núcleos de Caraguatatuba e São Sebastião, num percurso de
aproximadamente 49 km dentro da área do PESM, contando com cenário contemplativo e muitas
trilhas, cachoeiras e rios, além do aspecto histórico, arqueológico e cultural.
Percurso: 95 km de carro
Tempo estimado: 12h00min
Nível de dificuldade: médio
Caminhadas por PICADAS pelo Rio Claro (opcional) e pela TRILHA DO SAL, também
conhecido como Rota Dória. No século XVIII até meados do século XX a troca de mercadorias entre
a região de Mogi das Cruzes e o Vale do Paraíba com o Litoral Norte era feita por trilha que cortava
a Mata Atlântica. Parte dessa trilha margeava o Rio Clarinho e parte passava pela Serra do Mar. Até
hoje estão conservados os sulcos feitos pelos cascos dos burros que, carregados, levavam para o
litoral, café, açúcar, farinha, etc e subiam com produtos manufaturados recebidos dos navios que
vinham do além mar. A trilha percorrida pelas tropas de burros recebeu, por causa dessa ligação
com o litoral, o nome de Trilha do Sal. Ao longo da trilha existem cachoeiras e até o local de uma
172
antiga Fazenda de Café da qual se pode ver vestígios. Durante determinado período foi muito
utilizada para o contrabando de Escravizados que vinham por Ilhabela, eram comercializados em
Salesópolis, antiga São José do Paraitinga e tinha como destino o Vale do Paraíba e São Paulo de
Piratininga.
Trilha da Cachoeira do Poço Bonito
Percurso: 4.420metros
Tempo estimado: 09h00min
Nível de dificuldade: média
Trilha da Cachoeira do Guardião
Percurso: 1.000 metros
Tempo estimado: 05h00min
Nível de dificuldade: fácil
Trilha da Cachoeira do Balcão
Nesta trilha é possível observar as ruínas de uma antiga fazenda instalada no meio da rota
do sal, que segundo a lenda local, hoje ainda é escavada por aventureiros em busca de um tesouro.
No local é possível observar as escavações feitas no entorno das grandes palmeiras e resquícios de
plantações de chá (planta oriental trazida por europeus para produção de diferentes infusões),
Camellia sinensis. Esta planta também foi largamente difundida na região do vale do Anhangabaú
em São Paulo e que acabou por dar nome ao viaduto que ali está - viaduto do chá.
Percurso: 4.000 metros
Tempo estimado: 08h00min
Nível de dificuldade: média
7.7.10.
Outros pontos de interesse
Estudos de Interesse Arqueológicos: Fazenda Rio Claro, Cruz do Dória, vestígios da estrada
colonial construída pelo Padre Dória.
173
7.7.11.
Informações gerais sobre o Núcleo
Dados gerais
Área
19.320 hectares
Bioma
Mata Atlântica
Município da sede
Salesópolis
Municípios Abrangidos
Paraibuna, Salesópolis e Biritiba Mirim
Endereço da sede
Escritório urbano
Bases e outras funções
Base 1 - Estrada Rodrigues de Campos, km 3, bairro dos Pintos. Função:
apoio às trilhas do Balcão, Poço Bonito e Guardião
Telefones
Sinal de celular da sede
Sinal de celular da base
E-mail da UC
[email protected]
Nome do Gestor
Ana Lucia de Moraes Wuo
Esportes Radicais
Capacidade de hospedagem
Valor da hospedagem na UC
Centro de visitantes
Capacidade do auditório
Capacidade do refeitório
Lanchonete
Quiosques pic nic
Camping na UC
Facilidades no entorno
imediato
Tipo de Acesso
Estradas de terra
Distância de SP
Varia de acordo com o local a ser visitado dentro do Núcleo Padre Dória, de
90 a 110 km.
174
Distância cidade mais
próxima(s)
Salesópolis: 12 km;
Mogi das Cruzes: 52 km;
São José dos Campos: 60 km.
Cobrança de Ingresso e valor
Amplitude Altitudinal
Varia de 900 a 1.200
Amplitude de Temperaturas
Mínima 15º, máxima 22º e média 19ºC.
Índice pluviométrico - media de 1.300mm.
Bases e outras funções
Base 1
Endereço
Estrada Rodrigues de Campos, km 3, bairro dos Pintos. Função: apoio as
trilhas do Balcão, Poço Bonito e Guardião
Telefone
Capacidade de hospedagem
Base de Uso Público
Endereço
Telefone
Capacidade de hospedagem
Mais Informações
Sede Administrativa
Dias e horário de
funcionamento
Telefones para informação
E-mail
Gestor (a)
Ana Lúcia Moraes Wuo
Endereço
(11) 97204-6316
Visitação
Dias e horário de
funcionamento
Endereço
175
Normas de Visitação e Segurança do PESM
É proibida a entrada de pessoas descalças. Obrigatório o uso de calçado fechado (tênis ou bota);
É proibido o consumo de bebida alcoólica dentro da UC;
É proibido o uso de shampoo, sabonete, creme, etc., nas piscinas naturais;
É proibido fazer churrasco ou qualquer tipo de fogueira dentro da UC;
É proibida a retirada ou a introdução de qualquer espécie (flora e fauna) assim como de qualquer outro
produto (pedras, madeiras, etc.) desta UC.
Normas para as trilhas
Nunca ultrapasse o monitor, pois é ele que irá avisar se houver algum perigo;
Mantenha-se no caminho pré-determinado, andando sempre um atrás do outro, para evitar o alargamento
da trilha;
Não correr, gritar ou falar muito alto, isso pode assustar os animais;
Observe os locais antes de apoiar as mãos ou se sentar, pois há muitos animais e insetos peçonhentos que
se camuflam e se encontrar algum animal, mantenha a distancia;
Não retire flores, frutos, plantas silvestres ou pedras. Quando encontrar galhos ou folhas no meio da trilha,
não os retire, pois é onde as cobras gostam de se esconder. Apenas desvie;
Não se arrisque nas pedras e não puxe ou pendure em cipós;
Temos várias lixeiras que estão colocadas em pontos estratégicos. Então, todo lixo produzido durante a
permanência, deverá ser trazido de volta;
Símbolo
Homenagem ao Padre Manuel de Faria Dória, responsável pela construção da Estrada
Dória, que liga as regiões do Vale do Paraíba ao Litoral Norte Paulista, além de ser o fundador da
cidade de Salesópolis.
Poesia de More Ventura
Resultado da sua experiência na visita a ROTA DORIA
dias 30 e 31 de julho 2011.
Do rio e Do ria
Duas rotas surgem, nos anais de nossa historia
a do rio Tietê, e a do padre Doria
Pelas mãos do Padre Nosso, surge a primeira
pelas mãos do padre deles, vem a derradeira
176
seus vestígios em terra, aos poucos vão aparecendo
uma no seu leito estreito, outra capinando o despeito
Ambas surgem, de cristalinas fontes
ligando distantes regiões, feito grandes pontes
Formando duas, rotas de alegria
atando os distantes, pela mercadoria
Uma é o ventre, donde nasce a metrópolis
A Outra traz riqueza, e justiça a Salesópolis
Mas se paralelas, as duas vem do nascimento
No meio do caminho, se bifurcam em lamento
Uma asfixiada, em seu leito de cimento
A outra assassinada, pelo trafico ciumento
Mas como após centenas, de km em movimento
O Tietê renasce, do seu lixo lamacento
Após séculos de mato, e esquecimento
A Rota Doria, ressuscita perante o olho atento
Revelando a luta do padre, do africano e seu rebento
Por um Brasil sem dor, com justiça a contento
Que reúna suas rotas em unificado leito
límpido, transparente com paixão e amor no peito.
De dó não Rio de Dó não Ria
Mas sim aprendo
Do Rio e Do-Ria !
More Ventura
7.8.
Núcleo Picinguaba
7.8.1. História
O Núcleo Picinguaba corresponde ao extremo norte do PESM situado no município de
Ubatuba e contém 47.500 hectares, abrangendo cerca de 80% do território municipal,
predominantemente da altitude de 100m até os picos mais altos da Serra do Mar que formam os
divisores de água. Em 1979 a antiga Fazenda Picinguaba, área de domínio do governo do Estado,
contendo cerca de 7.800 hectares, foi incorporada ao PESM, de modo a incluir trecho na divisa com
o município de Paraty atingindo o nível do mar, onde foi possível implantar as estruturas
administrativas a partir de 1984 e a Base de Visitação da Praia da Fazenda, em 1990 (NAVARRO,
2013).
Dessa forma foram incorporados ao PESM restingas, manguezais, praias e costões rochosos
que se tornaram parte do cenário protegido pela Unidade de Conservação, assim como os
territórios utilizados historicamente por comunidades tradicionais (caiçaras e quilombolas)
habitantes da região do distrito municipal de Picinguaba há cerca de 200 a 300 anos. Entre os
177
territórios tradicionais situados no Núcleo Picinguaba destacam-se a Terra Indígena Boa Vista
(demarcada em 1987), no bairro do Promirim, o Quilombo do Cambury (reconhecido em 2005) e o
Quilombo da Fazenda (em fase de reconhecimento), situados nos bairros de mesmo nome
(NAVARRO, 2013).
Em 2007 foram incorporados cerca de 13.300 hectares à área de domínio público do Estado,
com a desapropriação da Fazenda Sesmarias da Cachoeira Grande, situada no Sertão do
Puruba/Cambucá, onde está em fase de implantação uma nova base de visitação pública
(NAVARRO, 2013).
O Núcleo Picinguaba contém paisagens diversificadas, desde a costa marinha, protegendo
cinco belíssimas praias (Brava da Almada, Fazenda, Picinguaba, Cambury e Brava do Cambury) até
as escarpas da Serra do Mar, onde se encontram os picos do Corcovado, Pedra do Espelho, Corisco,
Cuscuzeiro e Papagaio, todos com mais de mil metros de altitude, que demarcam as divisas com os
municípios de Caraguatatuba, São Luiz do Paraitinga, Cunha e Paraty, este último já no Estado do
Rio de Janeiro (NAVARRO, 2013).
Cerca de 20% do território do Núcleo Picinguaba em seu extremo mais ao norte está
sobreposto com o Parque Nacional da Serra da Bocaina, criado em 1971. A área costeira do Núcleo
é contígua à Área de Proteção Ambiental (APA) Marinha do Litoral Norte, criada em 2008. E ainda,
faz divisa com a APA Cairuçú e a Reserva Estadual da Juatinga, situadas em Paraty. Dessa forma,
juntamente com os outros Núcleos do PESM e o Parque Estadual da Ilha Anchieta (Ubatuba),
compõe extenso corredor ecológico com cerca de 250.000ha, transformado em Mosaico Bocaina
(Decreto Federal MMA nº 349/2006) em 2006, abrangendo assim: 9 municípios, 18 Unidades de
Conservação, 5 Terras Indígenas e 4 Terras Quilombolas, do sul fluminense e norte paulista
(NAVARRO, 2013).
Origem do nome
Os povos que viviam nessa região entre 6 a 10 mil anos atrás utilizavam esse ponto como área de
pesca e coleta. A fartura de alimento permitia a adaptação tecnológica, como a produção de
utensílios e ferramentas a partir de rochas polidas. Posteriormente, a vila que dá nome ao Parque,
foi formada a partir do trânsito de embarcações e dos movimentos de comerciantes que viajavam
de Paraty-RJ para Santos e paravam na região para realizar trocas e se alimentarem. A vila se
formou antes mesmo do município de Ubatuba e foi considerada durante muito tempo, como um
distrito.
O nome Picinguaba possui um significado amplo que remete a geografia da região ("enseada lugar de parada"), pois a reentrância da costa com abertura para o mar forma uma grande baía e
as barras de rios são consideradas refúgios/berçários para peixes que se reproduzem e se
alimentam nesses locais. Por fim, poderíamos dizer que o nome remete a um sentido de "lugar
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próspero que atrai e serve de refúgio muitos peixes".
A História de Ubatuba
Os índios Tupinambás foram os primeiros habitantes da região de Ubatuba. Eram excelentes
canoeiros e viviam em paz com os índios vizinhos de São Vicente, os Tupiniquins, até a chegada
dos portugueses e franceses, que tentaram escravizar os índios, com o intuito de colonização
(FUNDART, s/d(a)).
Naquela época Ubatuba era conhecida como Aldeia de Iperoig e passou a categoria de Vila
somente em 1554. Travou-se uma batalha diplomática fundamental para se decidir o futuro do
Brasil, pois os portugueses e franceses disputavam essa região (FUNDART, s/d(a)).
Incitados pelos europeus, Tupinambás e Tupiniquins passam a guerrear, até reconhecerem
sua dependência dos estrangeiros. Formam, então, a "Confederação dos Tamoios" (o termo
Tamoios significa “o mais antigo, o dono da terra”, portanto a Confederação era a união dos índios,
verdadeiros donos da terra) para combater os portugueses. Para evitar o conflito, os portugueses
convocaram, em 1563, uma dupla de negociadores, os Jesuítas Manoel da Nóbrega e José de
Anchieta (FUNDART, s/d(a)).
Nesse mesmo ano, o Padre Anchieta promove junto aos índios, a chamada Paz de Iperoig,
que impediu os silvícolas de destruir as Vilas de São Paulo e São Vicente. Em 14 de setembro de
1563 foi assinado o tratado que para algumas tribos significou sua aniquilação. Os franceses foram
expulsos e os índios pacificados. Eles partiram de São Vicente para a Aldeia de Iperoig e sua missão
de paz foi lenta e difícil (FUNDART, s/d(a)).
Anchieta ficou prisioneiro durante aproximadamente quatro meses, enquanto Manoel da
Nóbrega voltava à Aldeia de São Paulo para concluir o Tratado da Paz de Iperoig – o primeiro
tratado de paz das Américas. Com a paz firmada, o Governador Geral do Rio de Janeiro, Salvador
Corrêa de Sá e Benevides, tomou providências para colonizar a região, enviando os primeiros
moradores para garantir a posse da terra para a Coroa Portuguesa (UBATUBASP, s/d).
Nessa época, os portugueses instalaram engenhos de cana, serrarias, fornos de olaria,
fazendas e pequenas indústrias. Com o porto para escoamento da produção, a cidade começa a
prosperar, até que em 1787, quando as embarcações passam a se dirigir ao porto de Santos, por
ordem do presidente da Província de São Paulo. Com isso, Ubatuba entra em franca decadência.
Isso dura até 1808, quando ocorre a reabertura dos portos ao comércio estrangeiro. Recupera-se o
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porto local e ele passa a ser o mais movimentado de todo o Estado, escoando a produção do Vale
do Paraíba e Minas Gerais (UBATUBASP, s/d).
Na cidade erguem-se inúmeros casarões que atestam os fartos recursos dos comerciantes
locais. Mais tarde a maioria deles é demolia em nome do progresso. A cidade entra em nova crise
com a construção da estrada de ferro D. Pedro II, que liga o Rio de Janeiro a São Paulo, desviando
as exportações do porto de Ubatuba. A cidade isola-se novamente e só se recupera em 1952, com
a construção da rodovia ligando Ubatuba a Taubaté, a SP 125, e mais tarde a rodovia BR 101, ou
Rio-Santos. Hoje, ambas contribuem para alimentar o fluxo turístico na cidade, que chega a receber
por volta de 800 mil há 1.000 milhão de visitantes a cada temporada (UBATUBASP, s/d).
7.8.2. Patrimônio Cultural
Na trilha do Jatobá há importantes patrimônios histórico-culturais, como a Casa da Farinha e
a antiga roda d´água. A Casa de Farinha localiza-se no sertão da Fazenda Picinguaba, ao norte da
rodovia, e faz parte de um conjunto de ruínas de uma antiga usina de açúcar e álcool construída no
final do século passado por imigrantes italianos. Abandonada a usina, aproveitou-se a roda d'água
para movimentar os aviamentos de uma casa de farinha construída na década de 50, a qual foi
recuperada em 1986. Atualmente, é utilizada pela comunidade quilombola para a produção de
farinha de mandioca (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Além disso, a Vila de Picinguaba foi tombada como patrimônio histórico e cultural em 1983.
Trata-se de uma vila de pescadores que preserva a cultura caiçara, as antigas canoas e a edificação
da época (GERALDES, 2001).
Há também a Toca da Josefa, local onde a escrava Josefa teria se refugiado. Acredita-se
que a Josefa era uma escrava fugida da região de Paraty, sendo umas das primeiras escravas a
ocupar a Fazenda Cambory, local onde hoje está a comunidade quilombola (GERALDES, 2001).
7.8.3. Comunidades tradicionais
No Núcleo Picinguaba há a presença de comunidades indígenas, caiçaras e quilombolas.
Indígenas
A aldeia Boa Vista é habitada pelo povo indígena Guarani, que, além de ocupar terras em
outras regiões do Estado de São Paulo, possui comunidades no Espírito Santo, Rio de Janeiro,
Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. O povo Guarani também está
presente na Argentina, no Paraguai, no Uruguai e na Bolívia. A aldeia, onde residem 30 famílias,
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está localizada na Terra Indígena Boa Vista do Sertão do Promirim, no município de Ubatuba. Essa
terra indígena já se encontra demarcada pelo Decreto Presidencial N.º 94.220/87, que garantiu aos
Guarani 920,66 hectares (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, s/d(a)).
A terra indígena está localizada em área de Mata Atlântica, o que é fundamental para os
Guarani. Na visão Guarani, um bom Tekoa (expressão Guarani para denominar o local onde é
possível realizar o modo de ser Guarani) deve estar próximo da floresta. Na busca por áreas que
tenham tais características, nas últimas décadas os Guarani têm retornado para seus antigos
territórios na faixa litorânea (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, s/d(a)).
A aldeia Boa Vista é um exemplo desse processo. Ela se formou em meados dos anos 1960,
quando três famílias, vindas da aldeia de Rio Silveira, chegaram à região e ali se estabeleceram. Na
época, a única ligação da aldeia com Ubatuba era uma pequena trilha, a quatro horas de
caminhada (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, s/d(a)). Hoje a aldeia conta com 156 índios,
sendo possível visita-los e comprar o seu artesanato (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO,
2013).
Caiçaras
A Vila de Picinciguaba é marcada pela cultura caiçara, exemplo vivo da combinação
índio/colono, terra/mar – que se estabeleceram nos costões rochosos, restingas, mangues e
encostas da Mata Atlântica. A palavra caa-içara é de origem tupi-guarani. Separadas, as duas
palavras sugerem uma definição: caa significa galhos, paus, “mato”, enquanto que içara significa
armadilha, ou seja, armadilha de galhos (FUNDART, s/d(b)).
Com poucos contatos com o “mundo de fora”, os caiçaras evoluíram aproveitando os
recursos naturais à sua volta, que resultou numa grande intimidade com o ambiente. Assim,
sobrevivem principalmente da pesca e da agricultura, cujos limites são exclusivamente familiares.
Além disso, ainda combinam atividades de coleta, extrativismo e artesanato (FUNDART, s/d(b)).
A associação do peixe com a farinha de mandioca é um dos aspectos mais gerais da dieta
deste povo, que se vê hoje dividido entre a necessidade de dinheiro expressa pela intensa relação
com a cultura urbana e o receio de perder sua identidade de grupo de pescadores artesanais
situados em áreas preservadas (FUNDART, s/d(b)).
Os caiçaras são, originalmente, um povo de religião católica, herança esta gerada pelo
colono português. Há várias festas relacionadas ao catolicismo, porém a mais famosa acontece no
mês de maio em homenagem à Cruz (Santa Cruz). É necessário que se realize no “claro”, isto é, na
lua cheia, para que todos possam comparecer. A cada ano é escolhido o festeiro – figura central na
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organização da festa – que, por sua vez, escolhe outros responsáveis. Durante três dias, a
comunidade estará ocupada na realização da Festa de Santa Cruz (FUNDART, s/d(b)).
Atualmente várias comunidades caiçaras fazem parte de Igrejas Pentecostais e Associações,
dado o forte grau de contato das últimas décadas. Igrejas da Assembléia do Reino de Deus e
Congregação de Cristo estão se tornando comuns e se espalhando rapidamente, o que faz com que
o Catolicismo tradicional, suas festas e rituais vão se tornando cada vez mais raros e, também, são
responsáveis por alguns conflitos entre comunidades (FUNDART, s/d(b)).
Quilombolas
No Núcleo Picinguaba há duas comunidades quilombolas: Cambury e Fazenda.
O Quilombo da Fazenda fazia parte da antiga “Fazenda Picinguaba”, que remonta o final do
século XIX, período em que faleceu Maria Alves de Paiva, proprietária da Fazenda. Em 1884 ela
falece e em testamento declara o desejo que seus escravos sejam libertos e que possam habitar em
certas áreas da Fazenda (QUILOMBO DA FAZENDA PICINGUABA, 2010).
A Fazenda Picinguaba possuiu vários proprietários até que no ano de 1943 seu novo dono
Saint Claire adquire parte da Fazenda e nomeia o Sr. Leopoldo Braga o administrador da Fazenda
Picinguaba. Leopoldo recebe a autorização de trazer 12 famílias para trabalharem através de
usufruto, sendo proibidas de vender a arrendar suas terras (QUILOMBO DA FAZENDA PICINGUABA,
2010).
Em 1951, a Fazenda Picinguaba foi hipotecada pela Caixa Econômica do Estado de São
Paulo e perdurou esse domínio até 1974, por isso, a Fazenda Picinguaba também é conhecida como
Fazenda da Caixa. Em 1975, o trecho entre Ubatuba e Paraty (RJ) da rodovia Rio-Santos - BR 101 foi construído e no ano de 1979 a Fazenda é anexada ao Parque Estadual Serra do Mar. No ano de
2005, a Fazenda Picinguaba recebeu o reconhecimento da Fundação Palmares como sendo um
remanescente de quilombo (QUILOMBO DA FAZENDA PICINGUABA, 2010).
Já o Quilombo do Cambury abrigou, no início de sua ocupação, vários núcleos de escravos
fugidos de fazendas de São Paulo e do Rio de Janeiro. Segundo relatos dos moradores da
comunidade, um grupo de negros, liderado por uma escrava chamada Josefa, que vieram fugidos
de fazendas da região de Paraty, no Rio de Janeiro, teria sido um dos primeiros a ocupar a área.
Muitos moradores se referem à escrava Josefa como uma "parenta" distante e o lugar onde ela
teria se refugiado até hoje se mantém na comunidade como um marco histórico: a Toca da Josefa
(Comissão Pró-Índio de São Paulo).
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Nessa região também havia uma fazenda denominada Cambory, que não fugia ao padrão
das outras fazendas do litoral norte dessa época (séculos XVIII e XIX): grandes propriedades que
tiveram, num primeiro momento, engenhos de cana-de-açúcar e posteriormente produziram café
para exportação com mão-de-obra escrava. E, a partir da metade do século XIX, entraram em
decadência, tendo suas terras divididas e doadas, vendidas ou mesmo abandonadas (COMISSÃO
PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, s/d(b)).
Ao que tudo indica, a Fazenda Cambory foi ocupada, por compra e doação, por núcleos de
escravos que nela trabalhavam. Este núcleo de escravos agregava-se a outros núcleos, vindos de
outras regiões (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, s/d(b)).
O quilombo permaneceu relativamente isolado até a década de 1970 quando uma série de
acontecimentos ameaçou sua permanência em suas terras e trouxe mudanças para seu modo de
vida. Por um lado, houve a construção da BR 101 que atraiu para a região grileiros, especuladores e
empresas que usaram de todo tipo de violência e subterfúgios para expulsar as comunidades
tradicionais da região, como as dos Quilombos do Camburi e da Caçandoca (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO
DE SÃO PAULO, s/d(b)).
A comunidade foi alvo de diversos processos de grilagem e compras ilegais de posse,
derivados da especulação imobiliária. No início da década de 1970, 80% do território do Quilombo
do Camburi estava sob o domínio e posse de dois grandes compradores de terra, Francisco Munhoz
e José Bento de Carvalho, que expulsaram os antigos moradores. Estes se deslocaram para as
áreas mais íngremes, de mais difícil acesso, ou se mudaram para outras cidades do litoral paulista,
como Santos (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, s/d(b)).
Por outro lado, ocorreu a criação do Parque Nacional da Serra da Bocaina (em 1972) e do
Parque Estadual Serra do Mar/Núcleo Picinguaba (em 1977). Atualmente 60% do bairro são
reconhecidos como Quilombo, onde é possível conhecer os projetos comunitários e realizar roteiros
especiais de visita (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, s/d(b)).
A inclusão das comunidades tradicionais nos limites do PESM - Núcleo Picinguaba, teve, na
época, o objetivo de "proteger" as mesmas da fortíssima especulação imobiliária que gerou
inúmeros conflitos fundiários no litoral, principalmente partir da construção da rodovia Rio/Santos,
em 1974. Durante sua construção, a região foi palco de inúmeros conflitos de terra onde, muitas
vezes, os caiçaras foram bastante prejudicados, pois muitos venderam suas áreas por preços
aviltantes, ou até mesmo foram expulsos por "grileiros" das mais diversas maneiras. A proteção do
seu território pelo Parque, embora tenha criado sérias limitações para a abertura de roças ou
extrativismo, limitou também, embora não completamente, a especulação imobiliária nesta região.
183
7.8.4. Geomorfologia e Ecossistema
O Núcleo Picinguaba possui desde áreas litorâneas, até áreas de Pico, como o Pico
do Corcovado, tendo, portanto, uma altitude que varia da cota zero a 1600m, no ponto de divisa
entre Ubatuba, Paraty e Cunha. Esse relevo repercute na formação dos seus ecossistemas, que são
formados por Floresta Ombrófila Densa Montana e Submontana (também denominadas Floresta da
Encosta da Serra do Mar), apresentando vários trechos degradados possivelmente decorrentes da
antiga exploração madeireira, pela existência de roças e pela extração de palmito (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
Além dessas formações, o Núcleo apresenta a maior porção da Floresta de Terras
Baixas (também conhecida como Floresta Alta do Litoral, Floresta de Planície ou Restinga Alta) no
Parque da Serra do Mar, ecossistema bastante ameaçado pela especulação imobiliária do litoral
(FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
7.8.5. Fauna e Flora
O Núcleo Picinguaba abriga uma grande diversidade de fauna e flora. Possui
espécies típicas da Mata Atlântica, como tucano de bico verde, guaiamu, jacu, saracura, lagarto,
palmito juçara; bem como ecossistemas e espécies características de ambiente litorâneo, como o
jundu (restinga de praia), os manguezais e o uçá.
GUAIAMU (Cardisoma guanhumi)
O Guaiamu é um grande caranguejo terrestre de ampla distribuição no litoral brasileiro. É um
importante recurso econômico, uma espécie bastante consumida, sendo comercializada
frequentemente em feiras ou em beiras de estrada próximas a manguezais. Geralmente são
coletados utilizando-se armadilhas, chamadas de “ratoeiras”, feitas com latas de óleo de cozinha.
Algumas populações nativas têm mostrado uma redução preocupante, em especial nas regiões
Norte e Nordeste, sobretudo secundário à degradação ambiental. É incluída na lista oficial de
espécies sobre-exploradas do Ministério do Meio Ambiente (2004).
É um dos maiores crustáceos terrestres, sua carapaça podendo atingir 11 cm de largura, mais de
30 cm de envergadura incluindo as pernas, e pesar 500 gramas. Possui carapaça oval, alta, com
olhos pedunculados. As pernas são longas e robustas, dispostas lateralmente. Garras bem
desenvolvidas, assimétricas, em especial nos machos adultos. Seu aspecto geral lembra um pouco
os Uçás, mas não possuem muitos pêlos nas pernas, e a coloração é distinta. Há uma variação no
padrão de coloração da carapaça destes animais, influenciada pela sua maturidade. A cor é
determinada por diferentes combinações de efeitos da presença de pigmentos na carapaça e
cromatóforos da epiderme. Em animais juvenis são observadas ambas as fontes de coloração, na
fase de transição os pigmentos da carapaça são mais expressivos, e nos adultos a coloração é
devida exclusivamente aos cromatóforos da epiderme.
São onívoros funcionais, tendendo a herbivorismo. Coleta frutas e folhas mortas no solo próximo à
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sua toca, num raio de aproximadamente 2 metros. Sua alimentação principal é constituída por
folhas de árvores do mangue. Consomem também animais mortos (inclusive outros caranguejos),
insetos e outros pequenos animais. Geralmente carregam estes alimentos para dentro da sua
toca, onde se alimentam, ou deixam estocados para comer depois. Já foram vistos caranguejos
entrando na toca de outros animais para roubar comida.
Fonte: PLANETA INVERTEBRADOS, 2013
UÇÁ (Ucides cordatus)
O Uçá é um caranguejo de grandes dimensões que vive nos manguezais, comestível, também
chamados de “caranguejo-verdadeiro”, “caranguejo-do-mangue”, “uçaúna” ou simplesmente
“caranguejo”. É uma importante fonte de subsistência das populações litorâneas, pois trata-se de
ser o caranguejo de maior interesse comercial dos manguezais brasileiros. São vendidos em beiras
de estrada, geralmente amarrados a cordões. Algumas populações nativas têm mostrado uma
redução preocupante. Está incluído na lista oficial de espécies sobre-exploradas do ministério do
meio ambiente (2004). A coleta deste caranguejo é supervisionada pelo IBAMA, determinando
dimensões mínimas e época adequada para a coleta. As pessoas que coletam os caranguejos no
mangue são chamadas de “catadores” ou “tiradores”. A captura geralmente é feita manualmente,
durante a maré baixa, eventualmente com o auxílio de um gancho artesanal.
É um caranguejo de grandes dimensões, sua carapaça pode atingir 10 cm de largura. Possui
carapaça oval, alta, com olhos pedunculados. As pernas são longas e robustas, dispostas
lateralmente, com muitos pêlos, especialmente na face ventral. Garras bem desenvolvidas, com
espinhos curtos de extremidade negra na face interna. A carapaça tem cor variável, dependendo
da época do ano. A coloração básica é em tons de marrom, mas por volta de outubro ocorre a
muda nupcial, quando os animais adquirem uma coloração azul celeste intensa. Suas pernas
mostram um tom lilás ou roxo desde a fase jovem, embora possam adquirir tonalidade ferruginosa
ou marrom-escura pouco antes da muda.
São animais onívoros, mas essencialmente herbívoros, se alimentam de folhas do mangue em
decomposição. É considerada uma espécie-chave dos manguezais como reciclador de nutrientes,
sendo responsável pelo consumo e degradação de mais da metade das folhas mortas produzidas
nestes ambientes. Em cativeiro, devem ser alimentados idealmente com folhas de mangue
(Rhizophora, Laguncularia, etc.).
Fonte: PLANETA INVERTEBRADOS, 2013
RESTINGA
Segundo a Resolução CONAMA n°07 de 23 de Julho de 1996, “entende-se por vegetação de
restinga o conjunto de comunidades vegetais, fisionomicamente distintas, sob influência marinha e
fluvio-marinha. Estas comunidades, distribuídas em mosaicos, ocorrem em áreas de grande
diversidade ecológica, sendo consideradas edáficas por dependerem mais da natureza, do solo e
do clima”.
Ecologicamente, as restingas são ecossistemas costeiros, fisicamente determinados pelas
condições edáficas (solo arenoso) e pela influência marinha, possuindo origem sedimentar recente
(início do período Quartenário), sendo que as espécies que ali vivem (fauna e flora) possuem
mecanismos para suportar os fatores físicos dominantes como: salinidade, extremos de
temperatura, forte presença de ventos, escassez de água, solo instável, insolação forte e direta,
entre outros.
A vegetação das restingas é formada principalmente por plantas herbáceas com caules longos e
flexíveis que se transformam em árvores cada vez mais altas ao se afastarem do mar. Algumas
espécies características são: Sumaré, alfa-goela, açucena, aroeirinha, jurema, caixeta, canela,
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argelim, etc.
A fauna é bastante diversificada, sendo formados principalmente por caranguejos, sabiás,
pererecas, aves migratórias, etc.
Fonte: CORTE, 2009
MANGUE
O manguezal é caracterizado pela transição entre os ambientes marinho e terrestre, típico de
regiões tropicais e subtropicais (SCHAEFFER-NOVELLI, 1995). Os mangues são formados pelo
encontro do estuário de rios com os mares; portanto, quando o relevo é quase plano, como no
caso de Picinguaba, se favorece a entrada das marés, justificando a característica salobra da água
(ANASTÁCIO e SILVA, 2010).
A vegetação é adaptada a este ambiente caracterizado pela salinidade, porém não é muito
variada, sendo verificada a ocorrência majoritária das espécies Rhizophora mangle (mangue
vermelho), Laguncularia racemosa (mangue branco - Figura 3), e Avicennia sp (mangue preto)
(COSTA et al., 2004). Estas árvores que se fixam no solo dos mangues possuem pneumatóforos,
que são como raízes projetadas para fora da água, para poderem absorver o oxigênio
(ANASTÁCIO e SILVA, 2010).
Os mangues são considerados um verdadeiro berçário para as espécies que conseguem se
adaptar às suas condições, e possuem uma grande variedade de microorganismos, microalgas,
moluscos e crustáceos. Por possuírem uma grande quantidade de matéria orgânica e abrigos
(raízes e plantas), estas espécies encontram um ótimo local para a sua reprodução (RAMOS, 2002
apud COPQUE et al., 2010; ANASTÁCIO e SILVA, 2010).
MANGUE VERMELHO (Rizophora mangle)
Também conhecido como mangue verdadeiro, mangue sapateiro, mangue preto, mangue de
pensão, quarapaíba e apareíba, tem como característica mais peculiar o seu sistema de
sustentação, com raízes-escoras (rizóforos) que partem do troco e as raízes adventícias que
partem dos galhos. Os frutos germinam ainda presos à árovore-mãe e dão origem a propágulos
em forma de lança. Em geral, as plantas desse gênero toleram salinidade de até 55ppm, porem
crescem melhor quando esses valores se aproximam ou são menores do que 35ppm (salinidade
da água do mar) (FRUEHAUF, 2005).
Além disso, no Núcleo está situada a Base Cambucá, local que funciona como um
observatório de aves.
Ubatuba é referência em observação de aves. Em um dia de observação pode-se avistar
tranquilamente 120 espécies. Segundo o trabalho de Carlos Rizzo, só em 2011, foram catalogadas
560 espécies de aves em Ubatuba.
O Brasil tem 230 espécies de aves endêmicas, sendo que destas, 60 estão em Ubatuba.
O Cambucá é um dos locais mais prováveis de encontro do tiê-de-coroa, que está entre as
50 espécies mais raras do mundo.
Dentre os roteiros de Birdwatching em Ubatuba têm-se a Fazenda Capricórnio, Fazenda
Angelim (ao lado da Capricórnio), Fazenda Folha Seca que é referência mundial em observação de
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beija-flor e a trilha do Lago do Cambucá, no PESM.
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
Lista das principais espécies da fauna e flora
anexo
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FAUNA:
- AVES: as principais espécies estão listadas abaixo. A lista completa pode ser vista no
4.
Tesourão (Fregata magnificens)
Atobá-Pardo (Sula leucogaster)
Águia-Pescadora (Pandion haliaetus)
Gavião-Pombo-Pequeno (Amadonastur lacernulatus)
Gavião-Pombo-Grande (Pseudastur polionotus)
Gavião-Pega-Macaco (Spizaetus tyrannus)
Gavião-Pato (Spizaetus melanoleucus)
Batuiruçu-De-Axila-Preta (Pluvialis squatarola)
Batuíra-De-Bando (Charadrius semipalmatus)
Batuíra-De-Coleira (Charadrius collaris)
Maçarico-Rasteirinho (Calidris pusilla)
Gaivotão (Larus dominicanus)
Caburé-Miudinho (Glaucidium minutissimum)
Ariramba-De-Cauda-Ruiva (Galbula ruficauda)
Barbudo-Rajado (Malacoptila striata)
Apuim-De-Costas-Pretas (Touit melanonotus)
Choquinha-Pequena (Myrmotherula minor)
Choquinha-Cinzenta (Myrmotherula unicolor)
Pintadinho (Drymophila squamata)
Entufado (Merulaxis ater)
Tapaculo-Pintado (Psilorhamphus guttatus)
Vira-Folha-De-Peito-Vermelho (Sclerurus macconnelli)
Chibante (Laniisoma elegans)
Anambezinho (Iodopleura pipra)
Caneleiro-Bordado (Pachyramphus marginatus)
Patinho-Gigante (Platyrinchus leucoryphus)
Não-Pode-Parar (Phylloscartes paulista)
Papa-Moscas-Estrela (Hemitriccus furcatus)
Piolhinho-Serrano (Phyllomyias griseocapilla)
Maria-Cabeçuda (Ramphotrigon megacephalum)
Japacanim (Donacobius atricapilla)
Saíra-Sapucaia (Tangara peruviana)
Sanhaçu-Frade (Stephanophorus diadematus)
Pixoxó (Sporophila frontalis)
Cigarra-Verdadeira (Sporophila falcirostris)
Cigarra-Do-Coqueiro (Tiaris fuliginosus)
Fonte: SCHUNCK, 2015
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Fonte:
- MAMÍFEROS
Jaguatirica (Leopardus pardalis (Linnaeus, 1758))
Sussuarana (Puma concolor (Linnaeus, 1771))
Lontra (Lontra longicaudis (Olfers, 1818))
Mono-carvoeiro ou Muriqui (Brachyteles arachnoides (É. Geoffroy, 1806))
Macaco-prego-preto (Cebus nigritus (Goldfuss,1809))
Cateto (Pecari tajacu (Linnaeus, 1758))
Queixada (Tayassu pecari (Linnaeus, 1795))
Anta (Tapirus terrestris (Linnaeus, 1758))
Paca (Cuniculus paca (Linnaeus, 1766))
Cutia (Dasyprocta azarae (Humboldt, 1811))
Dados secundários
Gato-do-mato-pequeno (Leopardus tigrinus (Schreber, 1775))
Furão (Galictis cuja (Molina, 1782))
Marmosa, Guaiquica, Catita (Marmosops incanus (Lund, 1840))
Catita, Cuíca-de-três-listras (Monodelphis americana (Müller, 1776))
Rato-do-mato (Euryoryzomys russatus (Wagner, 1887))
Rato-da-Árvore (Oecomys catherinae (Thomas, 1909))
Rato-do-mato-laranja (Rhagomys rufescens (Thomas, 1886))
Rato-de-espinho (Kannabateomys amblyonyx (Wagner, 1845))
Rato-de-espinho (Trinomys dimidiatus (Günther, 1877))
FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
- ANFÍBIOS E RÉPTEIS
● Jararacuçu (Bothrops jararacuçu)
● Dendrophryniscus cf. leucomystax
● Eleutherodactylus binotatus
● Eleutherodactylus bolbodactylus
● Eleutherodactylus guentheri
● Eleutherodactylus parvus
● Hyla albomarginata
● Hyla albosignata
● Hylodes phyllodes
● Scinax angrensis
● Scinax sp. (gr. perpusillus)
● Adenomera cf. marmorata
● Bufo ornatus
● Cycloramphus boraceiensis
● Sapinho-de-brómelia (Dendrophryniscus cf. brevipollicatus)
● Micrurus corallinus
● Proceratophrys appendiculata
● Scinax sp. (gr. catharinae)
Fonte: INSTITUTO EKOS BRASIL, s/d
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●
188
FLORA:
Embiruçu (Pseudobombax grandiflorum (Cav.) A. Robyns)
Bicuíba (Virola bicuíba (Schott ex Spreng.) Warb.)
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
Ingá (Inga vera Willd.)
Cedro (Cedrela fissilis Vell.)
Jatobá (Hymenaea courbaril L.)
Jequitibá (Cariniana legalis (Mart.) Kuntze)
Chichá (Sterculia chicha A. St.-Hil. ex Turpin).
Palmito-juçara (Euterpe edulis)
Brejaúva (Astrocaryum aculeatissimum (Schott) Burret.)
Araçarana (Calyptranthes clusiifolia (Miq.) O. Berg)
Trombeta-dos-anjos (Datura arbórea L.)
Figueira (Ficus insipida Willd.)
Embaúbas (Cecropia pachystachya Trécul e Cecropia hololeuca Miq.)
Samambaia-de-barranco (Dicranopteris pectinata (Willd.) Underw.)
Manacá-da-serra (Tibouchina mutabilis (Vell.) Cogn.)
Samambaiaçu (Dicksonia sellowiana)
Canelas (Nectandra sp. Roe. ex Rottb. e Ocotea odorifera Rohwer)
Mulungus (Erythrina speciosa Andrews)
Tapiá (Alchornea triplinervia (Spreng.) müll. Arg.)
Pau-jacaré (Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F. Macbr)
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
7.8.6. Serviços Ecossistêmicos
O Núcleo Picinguaba presta diversos serviços principalmente para a sua comunidade do
entorno:
●
Regulação da qualidade do ar;
●
Proteção dos morros e encostas;
●
Proteção da paisagem cultura, testemunho da pré-urbanização do litoral, das
comunidades caiçaras e quilombolas;
●
Proteção dos solos;
●
Bem-estar, lazer e turismo;
●
Recursos hídricos.
Em relação aos recursos hídricos, o Núcleo Picinguaba preserva importantes rios que são
utilizados tanto para o abastecimento de água da cidade de Ubatuba, como para atividades
recreativas e de lazer.
Um exemplo é a Bacia do Rio Grande. Ela é formada por diversos rios que nascem na Serra
do Mar, como por exemplo, o Rio Puruba, Rio Quiririm, Rio Grande, Rio Pruminim, dentre outros
(MAGALHÃES, s/d). A Bacia ocupa uma área de 703 km², extensão de 13 km, desaguando na Praia
do Cruzeiro e sendo responsável pelo abastecimento de água de 88% da população do município
de Ubatuba (MINNITI et al., 2014).
189
Atualmente, a Bacia do Rio Grande está em uma situação bem crítica por conta de diversos
fatores, como a falta de saneamento da população que vive próxima aos rios, desmatamento,
construção irregular de casas e a presença de um pequeno porto (MINNITI et al., 2014).
Além disso, o Núcleo Picinguaba abrange territórios litorâneos com belas praias e um
enorme potencial de turismo e lazer. A praia da Fazenda foi utilizada como cenários de várias
produções cinematográficas, bem como de novelas e minissérie da Globo, tais como "A Muralha", a
"Casa das Sete Mulheres", o filme "Desmundo", de Alain Fresnot, além de uma novela global das 7.
É uma das únicas praias do litoral brasileiro cuja paisagem remete a época do descobrimento.
7.8.7. Pesquisas
Para o desenvolvimento da pesquisa no PESM - Núcleo Picinguaba é necessário encaminhar
o projeto para cadastramento no Instituto Florestal (IF). O IF é responsável pela gestão da
pesquisa científica nas UC’s Estaduais integrantes do Sistema Estadual de Florestas (SIEFLOR).
O projeto é recebido, cadastrado e avaliado pela Comissão Técnico-científica (COTEC) do
Instituto Florestal. Todos os projetos de pesquisa na Unidade devem ser aprovados pelo COTEC perante parecer técnico elaborado pelo Núcleo Picinguaba, juntamente com a cópia da licença
SISBIO/ICMBio.
Normas de Pesquisa

A visita para pesquisa é realizada mediante agendamento e através do ofício de
solicitação de pesquisa enviado via e-mail;

Durante a estadia e trabalhos de campo é obrigatório o uso do crachá, tanto o
pesquisador e o ajudante de campo.

No final da visita é preenchido relatório parcial de pesquisa e acrescentado às
coordenadas da área de estudo.
Banco de Dados – NP
190

Projetos aprovados: 78

Concluídos: 352

Aguardando aprovação: 15

Cancelados: 37

S/COTEC: 6

Total: 488

Antes de 2000: 11%

Depois de 2000: 90%
Principais Instituições

Demais Universidades: 25%

Parcerias Internacionais: 2%

Instituto Florestal: 2%

UFSCar: 3%

UFRJ: 5%

USP: 28%

UNICAMP: 21%
ÁREA DE ESTUDO

Botânica: 169

Fauna (Zoologia): 130

Socioambiental: 22

Uso público: 24

Geografia: 17

Historico cultural: 16

Demais áreas: 98
Algumas pesquisas realizadas no núcleo com bolsa FAPES foram:

03/12595-7 Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrofila
Densa dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque

13/24929-9 Comunidade de aves como indicadora da qualidade florestal

01/05263-2 Etnoecologia do mar e da terra na costa paulista da Mata Atlântica:
áreas de pesca e uso de recursos naturais

08/57174-2 Ciclagem de carbono, nitrogênio e enxofre na serapilheira em Floresta
Ombrófila Densa sob diferentes altitudes no Parque Estadual da Serra do Mar, no
Estado de São Paulo

06/61759-0 Fenologia de espécies de Floresta Atlântica do Estado de São Paulo:
comparação entre estratos, influência de borda natural e importância da família
Myrtaceae

07/52482-8 Ciclagem de carbono, nitrogênio e nutrientes de solo em Floresta
Ombrófila Densa do Parque Estadual da Serra do Mar, no estado de São Paulo
191

05/01354-4 A comunidade de plantas esfingófilas da floresta ombrófila densa do
Núcleo Picinguaba: composição, fenologia e biologia da polinização

06/55136-0 Processos hidrológicos e transporte de nitrogênio em bacias com
cobertura de floresta e pasto no litoral norte do Estado de São Paulo

92/01390-9 Forrageamento ótimo: pesca e dieta em comunidades de pescadores
da região de Ubatuba - II parte

93/03604-9 Estudos
fenológicos em
Floresta
Atlântica, Núcleo
Picinguaba,
Ubatuba, SP

93/04286-0 Ecologia do tiê-sangue, Ramphocelus bresilius (aves:thraupidae),no
Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Picinguaba, ubatuba,sp

94/06258-7 Uso de recursos por comunidade de caiçaras da Mata Atlântica:
etnobiologia, modelos de subsistência e territorialidade

08/10740-3 Levantamento taxonômico e distribuição ecológica de Trentepohliales
(Ulvophyceae, Chlorophyta) em diferentes biomas brasileiros

11/50384-4 O papel das leguminosas na ciclagem de nutrientes em florestas
ombrófilas densas de terras baixas e montana situadas nos núcleos de Picinguaba
e Santa Virginia do Parque Estadual da Serra do Mar

06/60185-0 Ciclagem de nitrogênio e fluxo de gases em floresta tropical de Mata
Atlântica do estado de São Paulo

05/53390-4 Efito da saturação hídrica no solo na taxa de assimilação de CO2 de
Calophyllum brasiliense Camb. (Clusiaceae)

05/54267-1 Fenologia de espécies de Floresta Atlântica, Núcleo Picinguaba, Parque
Estadual da Serra do Mar, Estado de São Paulo: comparação entre estratos e
influência de borda natural

04/14354-0 A comunidade de plantas esfingófilas da Floresta Ombrófila Densa do
Núcleo Picinguaba: composição, fenologia e biologia da polinização

08/57314-9 Variação sazonal no incremento diamétrico de indivíduos arbóreos em
uma Floresta de Restinga do Parque Estadual da Serra do Mar - SP, Núcleo
Picinguaba

06/53412-0 Formas inorgânicas de nitrogênio em diferentes áreas de floresta
tropical de Mata Atlântica do Estado de São Paulo

05/56837-0 Ciclagem de nitrogênio e fluxo de gases em floresta tropical de Mata
Atlântica do estado de São Paulo
192

12/51509-8 Composição florística, estrutura e dinâmica do funcionamento da
Floresta Ombrófila Densa Atlântica dos núcleos Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba
e Santa Virgínia, do Parque estadual da Serra do Mar (PelD)

12/50466-3 O dilema das decisões sobre populações humanas em parques:jogo
compartilhado entre técnicos e residentes no Núcleo Picinguaba

08/53648-0 Alternativas de subsistência da comunidade caicara/quilombola do
sertão da fazenda, no Núcleo Picinguaba do Parque Estadual da Serra do Mar,
Ubatuba-SP

07/02947-4 Métodos de estimativa de altura e sua contribuição na determinação
da biomassa arbórea em um gradiente topográfico localizado no Parque Estadual
da Serra do Mar, SP

08/09350-6 Análise morfológica e cromossômica de duas populações da palmeira
clonal Geonoma elegans Mart. em diferentes altitudes no Núcleo Picinguaba,
Parque Estadual da Serra do Mar - SP

10/09146-0 Dinâmica do carbono e nitrogênio do solo sob restinga na Ilha do
Cardoso e Núcleo Picinguaba no Estado de São Paulo

07/50561-8 Caracterização química do solo em Floresta Ombrófila Densa do
Parque Estadual da Serra do Mar

05/59168-1 Padrões e diversidade de tipos funcionais em floresta ombrófila densa
dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar

09/03676-0 Estrutura genética e variação altitudinal em uma espécie da Mata
Atlântica

03/04154-0 Etnoictiologia em Picinguaba e Ilhabela, litoral de São Paulo

01/12454-9 Análise citogenética em algumas espécies de opiliões (Opiliones
Laniatores, Gonyleptidae) da Mata Atlântica (Parque Estadual da Serra do Mar,
núcleo de Picinguaba, Ubatuba, SP, Alto da Serra..

06/59536-3 Estudo do balanço hídrico e balanço biogeoquímico de nitrogênio em
uma microbacia com plantação florestal de eucalipto no litoral norte do Estado de
São Paulo

06/51488-0 Caracterização hidrológica e dinâmica do nitrogênio na microbacia do
ribeirão do Ipiranga, do Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Santa Virgínia

06/52519-6 Florística e estrutura da comunidade arbórea da Floresta Ombrófila
Densa Submontana do Núcleo Picinguaga - PESM, Ubatuba, SP

06/54292-9 Estudo do balanço hídrico e balanço biogeoquímico de nitrogênio em
uma microbacia de primeira ordem com cobertura de pastagem no litoral norte do
Estado de São Paulo
193

08/08344-2 Fenologia de espécies de Floresta Atlântica do Estado de São Paulo:
comparação entre estratos, influência de borda natural e importância da família
Myrtaceae

08/08346-5 Fenologia de espécies de Floresta Atlântica do Estado de São Paulo:
comparação entre estratos, influência de borda natural e importância da família
Myrtaceae

99/06902-7 Mapeamento das áreas suscetíveis a prática agroecológica no Núcleo
Picinguaba (Parque Estadual da Serra do Mar), através do geoprocessamento
como subsídio a atividades econômicas sustentáveis

00/00011-2 Ecologia da polinização de duas espécies de bromélias de Mata
Atlântica no Estado de São Paulo

96/08000-2 Fenologia de vegetação de duna da praia da fazenda, Parque Estadual
da Serra do Mar, Núcleo Picinguaba, Ubatuba, SP

96/06757-9 Morfo-anatomia de espécies de Marantaceae do Núcleo Picinguaba,
Parque Estadual da Serra do Mar - Ubatuba - SP

97/11592-1 Proposta de um plano de educação ambiental com ênfase na questão
dos resíduos sólidos, para a comunidade caiçara do bairro de camburi, localizado
no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Picinguaba..

10/51494-5 Biologia reprodutiva e polinização de espécies de Melastomataceae em
duas áreas de gradiente altitudinal no Sudeste do Brasil

94/03387-0 Ecologia do tiê-sangue Ramphocelus bresilius (aves, Thraupidae) no
Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Picinguaba, Ubatuba, SP

07/57284-0 Estoque de Madeira Morta ao longo de um gradiente altitudinal de
Mata Atlântica no Nordeste do Estado de São Paulo

08/52279-0 Modelagem da dinâmica do nitrogênio em uma micro-bacia com
cobertura florestal no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Santa Virgínia

06/57135-1 Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila
Densa nos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque estadual da Serra do Mar

06/57790-0 Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila
Densa dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque estadual da Serra do
Mar, Estado de São Paulo, Brasil

06/60183-8 Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila
Densa dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque estadual da Serra do
Mar, Estado de São Paulo, Brasil

09/15175-5 Ciclagem do fósforo em Floresta Ombrófila Densa dos núcleos de
Picinguaba e Santa Virginia -SP
194
Os descritivos delas estão no anexo 5.
7.8.8. Projetos socioambientais
“Manejo Florestal Comunitário da Juçara e Cambuci”
O projeto “Manejo Florestal Comunitário da Juçara e Cambuci”, consiste na continuidade das
experiências desenvolvidas pelo Instituto de Permacultura e Ecovilas da Mata Atlântica - IPEMA e
uma rede de parcerias com objetivo de fortalecer os arranjos produtivos da sociobiodiversidade na
Mata Atlântica, por meio da promoção do manejo sustentável da palmeira juçara e outras espécies
nativas (MANEJO COMUNITÁRIO DA JUÇARA E DO CAMBUCI, s/d).
O projeto está sendo realizado na Comunidade Tradicional Caiçara do Sertão do
Ubatumirim. A comunidade tem seu território em sobreposição com áreas de interior e entorno de
duas Unidades de Conservação (UC) de Proteção Integral: o Parque Estadual Serra do Mar (PESM)
e o Parque Nacional da Serra Bocaína (PNSB). A maior produção de banana e mandioca do
município vem desta comunidade, sendo também área onde está concentrado o maior estoque da
palmeira juçara e de cambuci, mantido devido ao uso tradicional dos recursos do território. Além da
preservação dos estoques existentes destas duas espécies, o plantio visando o manejo sustentável
tem contribuído na geração de renda e permanência desta população em seu território (MANEJO
COMUNITÁRIO DA JUÇARA E DO CAMBUCI, s/d).
A consolidação da cadeia produtiva da polpa de juçara (Euterpe edulis) e do Cambuci
(Campomanesia phae), aliada ao repovoamento e conservação destas espécies, ambas ameaçadas
de extinção, assim como de outras espécies nativas e de uso tradicional, irá contribuir para
promover o manejo sustentável do Bioma, fortalecendo a organização social e produtiva de uma
comunidade tradicional (MANEJO COMUNITÁRIO DA JUÇARA E DO CAMBUCI, s/d).
Vale ainda ressaltar, que essa forma de extrativismo só ocorre no interior da UC, devido ao
zoneamento específico que permite o uso de recursos naturais no interior do Parque através da
Zona Histórico-Cultural Antropológica, prevista no Plano de Manejo.
7.8.9. Atrativos
O Núcleo Picinguaba conta com diversos atrativos naturais, como trilhas, cachoeiras
e piscinas naturais. Os principais atrativos do núcleo são:
195
Trilha do Picadão da Barra
Passeio de barco ou caminhada passando pela praia e restinga chegando ao manguezal, na
barra dos Rios Fazenda e Picinguaba.
Percurso: 2.500 metros
Tempo estimado: 02h30min
Nível de dificuldade: fácil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)
Trilha do Corisco/Rasa/Jatobá
Percurso que pode ser efetuado em vários trechos a partir da Casa de Farinha e alcançando
o Pico do Cuscuzeiro a 1.240 metros de altitude com mirante para Ubatuba e Paraty. A área onde
se localiza a Trilha do Jatobá era uma fazenda, onde havia a produção de açúcar, álcool, farinha.
Atualmente, o local é o bairro Sertão da Fazenda, que abriga a comunidade do Quilombo da
Fazenda. A visitação inclui o contato com a comunidade quilombola, roda de conversa, a visita à
Casa de Farinha, à roda d´água construída por imigrantes italianos (patrimônio histórico-cultural do
final do século XIX) (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 20.000 metros
Tempo estimado: xxhxxmin
Nível de dificuldade: xxxxxxxxxxx
Trilha do Cubatão
A trilha por entre a planície e a mata de encosta, com culturas de subsistência e poço
natural do Rio Picinguaba. Atualmente a trilha está desativada.
Percurso: 3.300 metros
Tempo estimado: xxhxxmin
Nível de dificuldade: xxxx
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
196
Trilha do Camburi/Trindade
A trilha atravessa a divisa entre Ubatuba (SP) e Paraty (RJ) interligando duas vilas caiçaras,
por entre mirantes, brejos e tocas em mata costeira, trechos em costão rochoso e trechos do
Parque Nacional da Serra da Bocaina, com pontos mais altos que atingem 300m de altitude.
É recomendável roupa de banho por baixo da roupa, protetor solar e repelente e obrigatório
o uso de calça comprida até o pé e tênis/sapato fechado. Há também necessidade de transporte
para o retorno (condição própria).
Percurso: 6.000 metros
Tempo estimado: 04h30min
Nível de dificuldade: difícil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)
Trilha da Toca da Josefa
Atividade de turismo de aventura em caminho acidentado até chegar à toca a 850 metros
de altitude, na Toca da Josefa, com lindo mirante para o Cambury, passando por cachoeiras e
remansos em meio à floresta. Boas possibilidades de avistamento de aves e mamíferos silvestres.
A toca foi utilizada por uma escrava chamada Josefa, que fugiu de Fazenda e se refugiou no
local, dando origem à história do quilombo do Cambury.
Percurso: 4.500 metros
Tempo estimado: 00h00min
Nível de dificuldade: moderado
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)
Trilha Cunha - Puruba
Travessia interligando o Planalto, as Encostas e a Planície Litorânea no Núcleo Picinguaba.
Atualmente, a trilha não está cadastrada nos atrativos da Unidade, sendo realizada somente para
fim de fiscalização.
A trilha inicia no Núcleo Cunha, percorrendo trechos de mata de altitude e fazendo ligação
com o Núcleo Picinguaba. Esse trecho é um dos mais importantes do PESM, refúgio de grandes
primatas, felinos e várias outras espécies, onde se pode encontrar vários vestígios e pegadas
desses animais.
197
Percurso: 24.000 metros
Tempo estimado: 00h00min
Nível de dificuldade: difícil
Fonte: (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013)
Trilha dos Três Poços
A trilha indica ter sido um caminho primitivo para o transporte de madeira e carvão
anteriormente à construção da BR 101. Percorre trechos de Mata Atlântica bem preservada, às
margens do Rio do Cedro que apresenta três quedas d´água , a Cachoeira dos Poços, que formam
poços cristalinos propícios para banho. Além disso, o trajeto abrange o interior da comunidade
Quilombola com possibilidade de aquisição de artesanato local e a Praia Brava do Camburi, com
ondas fortes e grande beleza cênica (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 2.912 metros
Tempo estimado: 04h00min
Nível de dificuldade: fácil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
Trilha Brava do Camburi - surfistas
O traçado da trilha Brava do Camburi Surfistas sai da rodovia BR 101, no Km 04, na beira da
estrada, onde há acesso para a praia. Esse caminho é utilizado pelos surfistas que descem a pé até
a praia. Não há elementos históricos associados a esse caminho e pode-se relacioná-lo ao período
posterior à construção da estrada, que data da década de 1970 (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Já a Praia Brava do Camburi, com ondas fortes e grande beleza cênica, faz parte do antigo
percurso utilizado pela comunidade local para acessar Picinguaba e outras praias sucessivamente
até se chegar a Ubatuba. O caminho era utilizado para trocas mercantis e atividades culturais; era o
principal acesso ao Camburi antes da construção da estrada BR 101 (1971) (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
Percurso: 996 metros
Tempo estimado: 00h30min
Nível de dificuldade: fácil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
198
Trilha Brava do Camburi – via Camburi
Trilha histórica anterior à construção da estrada BR 101. Acredita-se que o percurso data de
mais de 100 anos e era utilizado para comércio de produtos como peixes, bananas e farinha, além
de atividades culturais como a Festa de Reis (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
A trilha passa por mata costeira e praia Grossa alcançando a vila caiçara e quilombola que
mantém atividades de uma casa de farinha artesanal, pesca e passeios de barco. Por fim, chega-se
na Praia Brava do Camburi, que possui ondas fortes e grande beleza cênica e faz parte do antigo
percurso utilizado pela comunidade local para acessar Picinguaba e outras praias sucessivamente
até se chegar a Ubatuba (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 3.062 metros
Tempo estimado: 01h30min
Nível de dificuldade: fácil a moderado
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
Trilha Brava da Almada
A trilha da Brava da Almada era usada pela comunidade tradicional para atividades
mercantis, como a venda de peixe, farinha, marisco, etc., entre a Almada e Picinguaba. A trilha
inicia no costão rochoso da praia da Fazenda e percorre trechos de mata de encosta e da praia das
Conchas até atingir a praia dos pescadores (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 6.596 metros
Tempo estimado: 05h00min
Nível de dificuldade: moderado
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
Trilha Lago do Cambucá
A área era uma antiga fazenda que foi desapropriada com a implantação do Parque
Estadual Serra do Mar. No local está situado o Centro de Observação de Aves, possui um grande
lago com beleza paisagística excepcional, onde são avistadas e registradas as paradas de aves
migratórias (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 1.526 metros
Tempo estimado: 01h30min
199
Nível de dificuldade: fácil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)
Trilha do Pico do Corcovado - Picinguaba
A Trilha do Corcovado é compartilhada entre os Núcleos Santa Virgínia e Picinguaba.
Partindo do Bairro da Vargem Grande (município de Natividade da Serra) tem seu traçado bem
suave acompanhando o rio e sua transição do relevo de morro para os contrafortes da serra do
mar. A Pedra do Corcovado com altitude de 1.168 metros é o grande atrativo, de onde se avista
toda a baía de Ubatuba e a encosta da Serra do Mar. No caminho também há poços para banho
(FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
O traçado da Trilha é bastante antigo, sendo um caminho histórico usado para duas
finalidades: acesso entre o local onde hoje se localiza o Bairro do Corcovado no Sertão da Praia
Dura em Ubatuba e a região de Vargem Grande em Natividade da Serra para realização de trocas
mercantis (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 11.120 metros
Tempo estimado: 12h00min
Nível de dificuldade: muito difícil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)
Outros pontos de interesse
Praia da Fazenda
Praia plana e de águas mansas, ideal para ir com crianças e para caminhar. A Praia da
Fazenda faz parte do antigo percurso utilizado pela comunidade local para acessar Picinguaba e
outras praias sucessivamente até se chegar a Ubatuba. O caminho era utilizado para trocas
mercantis e atividades socioculturais; era o principal acesso entre Picinguaba e Almada antes da
construção da estrada BR 101 (1971) (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)).
Praia de Picinguaba
Vila de pescadores situada em uma pequena e calma baía (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)).
200
Praia Brava da Almada
Vila de pescadores situada em uma pequena e calma baía. A Praia Brava da Almada está
posicionada à margem do antigo percurso utilizado pela comunidade local para acessar Picinguaba
e outras praias sucessivamente até se chegar a Ubatuba. O caminho era utilizado para trocas
mercantis e atividades socioculturais; era o principal acesso entre Picinguaba e Almada antes da
construção da estrada BR 101 (1971) (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)).
Praia e Vila de Cambury
Vila caiçara e quilombola, que mantém casa de farinha artesanal, pesca de cerco e passeios
de barco (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)).
Casa de Farinha
Movida à roda d´água, estruturas que, junto com o moinho de fubá foram recuperadas das
ruínas de uma antiga fábrica de açúcar e álcool, construída por italianos no início do século
passado. Está localizada no Sertão da Fazenda (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)).
Aldeia Boa Vista
Terra indígena demarcada pela FUNAI, em sobreposição ao Parque (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, s/d(f)).
Vila de Picinguaba
Antiga aldeia de pescadores tombada como patrimônio histórico e cultural em 1983, de
onde se pode sair para passeios de barco (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)).
Sítios arqueológicos
Rochas á beira-mar com registros que atestam a ocupação humana há mais de 6 mil anos
(FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)).
201
Quilombo de Cambury
60% do bairro foi reconhecido como quilombo, onde é possível conhecer os projetos
comunitários e roteiros especiais de visita (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(f)).
7.8.10.
Informações gerais sobre o Núcleo
Dados gerais
Área
47.900 hectares
Bioma
Mata Atlântica
Município da sede
Ubatuba
Municípios Abrangidos
Ubatuba
Endereço da sede
Rodovia BR 101 km 08, Bairro de Picinguaba, CP 157, CEP: 11.680-000,
Ubatuba/SP
Escritório urbano
Bases e outras funções
Telefones
(12) 3832-1397 / (12) 3833-6552 / (12) 3832-9011
Sinal de celular da sede
Sinal de celular da base
E-mail da UC
[email protected]
Nome do Gestor
Danilo Santos da Silva
Esportes Radicais
Não
Capacidade de hospedagem
44 leitos
Valor da hospedagem na UC
R$ 17,00/pessoa
Centro de visitantes
120 Praia da Fazenda e 50 Base Centro
Capacidade do auditório
120 pessoas
Capacidade do refeitório
80 pessoas
Lanchonete
Sim, terceirizada Quilombo Fazenda
Quiosques pic nic
Não
202
Camping na UC
Caracol, Praia da Fazenda, posse particular; Ipê, Cambury, posse
particular.
Facilidades no entorno imediato
3 pousadas na Vila de Picinguaba, 2 restaurantes; 3 pousadas e 6
restaurantes no entorno (Almada e Ubatumirim); rodovia asfaltada, ônibus
diversos horários
Tipo de Acesso
Asfalto
Distância de SP
270 km
Distância cidade mais
próxima(s)
40km centro Ubatuba e 30km centro de Paraty
Cobrança de Ingresso e valor
Valor geral: R$ 6.
Isentos de pagamentos: Menores de 12 e maiores de 60 anos de idade;
Pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida; Escolas públicas de
primeiro e segundo graus e ensino técnico em visita com finalidade
educativa, autorizado pela Unidade; Frequentadores rotineiros e moradores
do entorno, mediante apresentação de comprovante de residência, e/ou
cadastro autorizado pelo responsável da Unidade; Cobrança de meia
entrada: Estudantes legalmente identificados; Professores da rede pública
estadual e das redes municipais de ensino.
Amplitude Altitudinal
Cota zero a 1260m de altitude
Amplitude de Temperaturas
15° a 35° C
Bases e outras funções
Base Cambucá
Endereço
Telefone
Capacidade de hospedagem
Base de Uso Público
Endereço
Telefone
Capacidade de hospedagem
Base de Uso Público
Endereço
Telefone
Área
203
Mais Informações
Sede Administrativa
Dias e horário de
funcionamento
De segunda-feira a sexta-feira das 8h às 17h.
Telefones para informação
(12) 3845-1155 / (12) 3833 – 6552
E-mail
[email protected]
Endereço
Rodovia BR 101 – Km 08 – Picinguaba - Ubatuba/SP
Centro de Visitantes
Dias e horário de
funcionamento
Diariamente das 8h às 17h.
Telefones para informação:
(12) 99707-2426 / (12) 3833-6552.
Para realização de trilhas no parque é necessário agendamento prévio.
Agendamento
[email protected]
Endereço
Rodovia BR, nº101, km 11 – Picinguaba – Ubatuba / SP
Escritório Regional
Dias e horário de
funcionamento
De segunda-feira a sexta-feira das 8h às 17h.
Telefones para informação
(12) 3832-1397 / (12) 3832-6552
E-mail
[email protected]
Endereço
Rua Dr. Esteves da Silva, n º 510 – Centro – Ubatuba / SP – CEP: 11680000
Normas de Visitação e Segurança do PESM
É obrigatório o uso de calçado fechado (tênis ou bota) e calça comprida até os pés para a realização de todas
as trilhas. No caso do passeio fluvial é permitido o uso de roupas mais leves, como chinelos e bermudas,
porém é obrigatório o uso de coletes salva vidas, que são fornecidos pelo parque.
É proibido o consumo de bebida alcoólica dentro da UC;
É proibido o uso de shampoo, sabonete, creme, etc., nas piscinas naturais;
É proibido fazer churrasco ou qualquer tipo de fogueira dentro da UC;
É proibida a retirada ou a introdução de qualquer espécie (flora e fauna) assim como de qualquer outro
produto (pedras, madeiras, etc.) desta UC.
204
Devido às condições climáticas, todas as atividades podem sofrer alterações sem aviso prévio.
A maioria das atividades requer meio de transporte como van, ônibus, etc. Fique atendo ao agendar com o
transporte a Km a ser percorrida para acessar os locais a serem visitados, conforme previsto e sua
programação (o parque não dispõe de veículos para apoiar ao visitante).
Recomenda-se a saída para as atividades pela manhã, podendo ser feita a partir das 08h, com término às
17h, podendo se estender até às 18h no horário de verão.
O número máximo de visitantes por trilha foi definido visando à segurança do visitante, a qualidade da
vivência na trilha e a redução dos impactos ambientais. Desta forma, o Núcleo Picinguaba não permitirá a
entrada de pessoas acima da capacidade estabelecida por trilha.
Nenhuma trilha deve ser percorrida no Núcleo Picinguaba sem o acompanhamento de monitor cadastrado.
Itens como repelente, protetor solar e capa de chuva são fundamentais para uma visita agradável ao Parque.
Sugere-se que o visitante traga lanche, cantil ou garrafa para água, lanterna, roupa extra e, em caso de
alérgicos, medicamentos pessoais.
Normas para as trilhas
Nunca ultrapasse o monitor, pois é ele que irá avisar se houver algum perigo;
Mantenha-se no caminho pré-determinado, andando sempre um atrás do outro, para evitar o alargamento da
trilha;
Não correr, gritar ou falar muito alto, isso pode assustar os animais;
Observe os locais antes de apoiar as mãos ou se sentar, pois há muitos animais e insetos peçonhentos que se
camuflam e se encontrar algum animal, mantenha a distancia;
Não retire flores, frutos, plantas silvestres ou pedras. Quando encontrar galhos ou folhas no meio da trilha,
não os retire, pois é onde as cobras gostam de se esconder. Apenas desvie;
Não se arrisque nas pedras e não puxe ou pendure em cipós;
Temos várias lixeiras que estão colocadas em pontos estratégicos. Então, todo lixo produzido durante a
permanência, deverá ser trazido de volta.
Os serviços realizados em parceria com as comunidades locais devem ser remunerados em dinheiro
diretamente aos prestadores cadastrados.
Sem autorização prévia é proibida qualquer tipo de coleta – animal, vegetal e mineral, mesmo que apenas
partes deles (sementes, flores, galhos, folhas, frutos, conchas, carapaças, etc.) com ou sem vida. Para
grupos que tenham interesse em realizar coleta / manipulação, enviar ofício incluindo projeto de pesquisa
(disciplina, justificativa, projeto de trabalho, objetivos da coleta, área de coleta, quantidade de exemplares)
para solicitar autorização a esta administração. O responsável pela atividade deve portar a autorização no ato
de sua visita a Unidade.
Ônibus e/ou vans necessitam de uma senha expedida pela COMTUR (Companhia de Turismo de Ubatuba)
para circularem no município de Ubatuba. Informações no telefone (12) 3833-9887.
Enviar relatórios, apostilas, resumos e/ou resultados obtidos referentes às atividades realizadas no Núcleo
Picinguaba.
205
Símbolo
7.9.
Núcleo Santa Virgínia
7.9.1. História
O Núcleo Santa Virgínia foi criado em 02 de maio de 1989 através das desapropriações das
antigas fazendas Ponte Alta e Santa Virgínia, cujo nome foi mantido durante a criação do núcleo
(FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Dos 332 mil hectares de área do Parque Estadual Serra do Mar, 17.500 mil estão localizados
no Núcleo Santa Virgínia, incluindo os municípios de São Luiz do Paraitinga, Natividade da Serra,
Cunha, Ubatuba e Caraguatatuba, em uma região denominada Vale do Paraíba (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
O maior atributo do núcleo é proteger parte da maior porção de florestas intactas do Vale
do Paraíba. A vegetação denominada Mata Atlântica é composta por Floresta Ombrófila Densa
Montana e Floresta Ombrófila Alto Montana, onde ainda existem várias espécies da flora e da fauna
ameaçadas de extinção. Além disso, o relevo acidentado da região favorece a formação de
cachoeiras, tornando- o Núcleo o principal atrativo natural das cidades de São Luiz do Paraitinga e
de Natividade da Serra (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Vale do Paraíba
O Vale do Paraíba é uma região socioeconômica que abrange cidades do estado de São Paulo e
Rio de Janeiro. Recebe esse nome, pois é cortado pela Bacia do Rio Paraíba do Sul, que fornece
água para ambos os estados.
A região também tem uma enorme importância histórica. A colonização do Brasil passa pelo Vale
do Paraíba, onde nasceram as principais bandeiras compostas por exploradores que saiam desta
região em busca de novas terras, índios, pedras preciosas e ouro. O Vale do Paraíba foi, no
passado, a região mais rica do país em função do ciclo do café, gerando muita riqueza e
prosperidade, principalmente com a fundação de vários municípios importantes no cenário
nacional como Bananal, Guaratinguetá, São José dos Campos, Taubaté, Aparecida do Norte e
Jacareí, entre outros. Com o declínio do café, o Vale foi tomado pela pecuária de leite, que até os
anos de 1970, foi conhecido como a maior bacia leiteira do Brasil. Tanto o café, quanto a pecuária
leiteira, gerou um passivo ambiental muito grande na região, restando apenas algumas áreas com
cobertura florestal nativa, distribuídas nas encostas da Serra da Mantiqueira, Serra do Mar e Serra
206
da Bocaina (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
São Luís do Paraitinga
As primeiras sesmarias nos sertões do Rio Paraitinga foram concedidas em 1688, mas somente no
século seguinte ocorreu a fundação do povoado, que deu origem ao município de São Luís do
Paraitinga. O centro surgiu como entreposto de tropeiros e sua primeira atividade econômica foi a
agricultura de subsistência: feijão, mandioca, milho e cana-de-açúcar.
Em meados do século XVIII, moradores locais, por meio do sargento mor Manoel Antônio de
Carvalho (considerado seu fundador) conseguiram, do governador D. Luís Antônio Mourão, licença
para fundar a nova povoação, que recebeu o nome de São Luís e Santo Antônio do Paraitinga, nas
terras de Taubaté. A capela existente, construída em louvor a Nossa Senhora dos Prazeres, mudou
depois para São Luís. Em 2 de maio de 1769, criou-se a freguesia de São Luís do Paraitinga na vila
de Taubaté. Tornou-se vila em 9 de janeiro de 1773, e recebeu foros de cidade em 30 de abril de
1857 (BATISTELLA, 2012).
A economia do município permaneceu, durante um longo período, restrita à cultura de cereais, até
que se iniciassem as plantações de café e algodão. No século XX, mais precisamente a partir da
década de 30, a pecuária leiteira começou a se sobressair, tornando-se a principal atividade
econômica, ao lado da agricultura de subsistência, que voltou a ganhar importância com a queda
da produção cafeeira (BATISTELLA, 2012).
A cidade abriga o maior conjunto arquitetônico tombado do Estado de São Paulo e é famosa pelo
intenso calendário cultural, tais como a Festa do Divino, a Folia de Reis, o carnaval, as congadas e
os festivais de marchinhas, músicas juninas, da cachaça, gastronômico e pelas manifestações do
tradicional modo de vida caipira (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(g)).
Em 2010, a cidade foi devastada por uma enchente. Com o grande volume de chuvas, o Rio
Piraitinga subiu cerca de 12 m, derrubando grande parte da cidade e provocando o maior desastre
da região (PREFEITURA MUNICIPAL E SÃO LUIZ DO PARAITINGA, s/d).
Esta catástrofe promoveu uma reflexão do governo Estadual ao qual vem criando vários projetos,
como: pagamento por serviços ambientais, proteção das nascentes, manejo sustentável da
pastagem e certificação orgânica e restauração florestal. Varias iniciativas da sociedade civil
também estão sendo desenvolvidas no sentido de recuperar a paisagem, promovendo o
desenvolvimento da agricultura orgânica, restauração florestal, diagnósticos participativas,
mapeamento e planejamento de micro bacias hidrográficas e o manejo sustentável do palmito
Juçara para fabricação de polpa.
Natividade da Serra: história e economia
Em 1853, o Coronel José Lopes Figueira de Toledo fundou a capela do Rio do Peixe. Em 24 de
abril de 1858, foi criada a freguesia pertencente ao município de Paraibuna, com a denominação
de Natividade de Nossa Senhora do Rio do Peixe. Em 18 de abril de 1863, tornou-se vila com o
nome de Vila da Natividade. Em 3 de julho de 1934, foi reconduzida à categoria de distrito,
incorporado ao município de Paraibuna. Obteve autonomia político-administrativa em 5 de julho
de 1935 e, em 30 de novembro de 1944, recebeu sua atual denominação (BATISTELLA, 2012).
Em Natividade da Serra havia muitos escravos, que foram levados pelo fundador da cidade,
207
Coronel José Lopes Figueira de Toledo. O maior número de escravos trabalhava no bairro do
Porto, hoje propriedade da família de Norberto Jacinto. A produção das fazendas do município era
de cana de açúcar, feijão, milho, arroz, na época tinha muito engenhos que fabricavam rapadura,
pois, não existia açúcar. Por volta de 1870 começou a plantação de café, as fazendas que
plantavam café vendiam a produção nas grandes cidades da região e no século 19 começou a
exploração pecuária leiteira e gado de corte. Hoje a agricultura esta no índice baixo devido à
construção da represa Paraibuna/ Paraitinga. Atualmente é o plantio de eucalipto para utilização
na fabrica de celulose que vem se destacando (NATIVIDADE DA SERRA, 2008).
7.9.2. Patrimônio Cultural
No Núcleo Santa Virgínia, há diversos patrimônios culturais materiais. Na Trilha Pirapitinga,
ainda é possível visualizar antigos fornos de carvão de vegetal utilizados quando a área ainda
pertencia as Fazendas Ponte Alta e Santa Virgínia.
O carvão vegetal é uma das mais antigas e importantes fontes de energia. Ele é obtido
através da queima da madeira e sua utilização mais comum hoje é como combustível para
aquecedores, lareiras, churrasqueiras e fogões. Sua fabricação é conhecida desde longa data na
história da humanidade havendo referências do seu uso há séculos. Os egípcios, por exemplo,
utilizavam para a filtragem de óleos e tratamentos de doenças. Na Segunda Guerra serviu para a
retirada de gases tóxicos a partir de sua elevada capacidade de absorver impurezas sem alterar
sua estrutura, devido a sua composição porosa. No Brasil há relatos de uso de carvão vegetal por
parte dos índios, esses realizavam a mistura da substância com gorduras de animais com
finalidade de combater doenças como tumores e úlceras (SindiCARV, s/d).
Além dos fornos de carvão, há outros patrimônios que merecem destaque (GUIMARÃES,
2013):
1. Trilhas do Açúcar e do Café;
2. Antiga sede da Fazenda Ponte Alta;
3. Capela da Fazenda Ponte Alta;
4. Estrada Catuçaba - Alto da Serra;
5. Sítio arqueológico na estrada de Santa Virgínia;
6. Trechos de panos de calçamento de pedra;
7. Alicerces em pedra e vestígios dispersos por Catuçaba;
8. Evidências de estruturas de madeira e alvenaria de concreto no cruzamento da antiga
estrada para Catuçaba; e
9. Estruturas escavadas em encosta com cobertura de tijolos em abóboda na Trilha do
Ipiranga.
208
7.9.3. Comunidades tradicionais
No Núcleo não há presença de comunidades tradicionais, como as índigenas, quilombolas
ou caiçaras. No entanto, em São Luiz do Paraitinga e Cunha há a presença de comunidades
caipiras.
Cultura caipira
Segundo Camara Cascudo – caipira seria uma corruptela de “caapora”, palavra de origem tupi que
significa “morador do mato”. Outras definições, mais recentes, consideram caipira, matuto ou
capiau, o homem ligado ao campo que possui uma identidade e cultura própria – o que de fato
era verdade, até meados do século 20, quando os meios de transporte e comunicação de massa
interferiram nos costumes locais e regionais, padronizando-os a partir de modelos urbanos.
A cultura caipira representa a adaptação do colonizador europeu ao Brasil e seu modo de ser,
pensar e agir no território brasileiro. O modo de vida caipira inclui o fogão a lenha, o café feito no
coador de pano, o leite quente ordenhado da vaca, biscoito de polvilho, pães de queijo, broas,
bolos de fubá, geleias e licores de frutas típicas (pequi e jenipapo) e, é claro, na famosa cachaça –
que se transformou numa espécie de bebida típica do Brasil.
Nas casas simples, todos têm direito a um “dedo de prosa” para ouvir um “causo”, passar as horas
na janela, sentar na soleira da porta, pitar um cigarro de palha. Até meados do século 20, essas
casas eram feitas de pau-a-pique – madeira trançada e barro batido – e cobertas de palha ou
sapé.
O caipira formou sua cultura através de uma mistura: herdou a religiosidade dos portugueses, a
familiaridade com o mato, a arte das ervas e o ritmo do bate-pé com os índios. A autêntica música
caipira, a “moda de viola”, retratava a vida do homem no campo, a lida na roça, o contato com a
natureza, a melancolia e a solidão do caboclo. Na literatura, o caipira é retratado por Monteiro
Lobato em seu personagem Jeca Tatu, do livro “Urupês”.
Fonte: BrasilCultura, 2010
7.9.4. Ecossistema
O núcleo Santa Virgínia está inserido dento do bioma Mata Atlântica e tem como
ecossistemas vegetação formada por Floresta Ombrófila Densa Montana e Alto Montana; e Áreas
Reflorestadas com espécies exóticas. Sob a forma de mosaicos, onde 60% das áreas são compostas
por florestas primitivas ou poucas antropizadas, sendo o restante formado por campo limpo, campo
sujo, capoeira, capoeirão, floresta secundária e reflorestamento de Eucalyptus saligna (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
209
7.9.5. Fauna e Flora
O núcleo apresenta uma grande diversidade de fauna e flora. As espécies da fauna
características do núcleo são: onça parda, lontra, muriqui, sagui-da-serra-escuro, cateto, queixada,
anta, paca e cutia (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013). Além delas, há a uma espécie endêmica e
ameaçada de extinção, o peixe Pirapitinga-do-Sul (Brycon opalinus), cujo habitat é as águas do Rio
Paraibuna.
Em relação à flora, o Núcleo Santa Virgínia é a área do Parque Estadual Serra do Mar com a
maior densidade de palmito. Além dele, outras espécies facilmente encontradas são: canela, cedro,
guatambu, canela parda, canela amarela, sassafraz, grumixama, guapuruvu e varias espécies de
bromélias, orquídeas e samambaias (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
ONÇA-PARDA (Puma concolor)
Os pumas são felinos de grande porte, seu tamanho pode chegar a 1,95 m e podem alcançar 70
kg. Possui coloração branca nas patas e em algumas regiões do peito e pescoço. Sua cauda é
comprida e fina, escurecendo gradativamente até chegar a uma ponta preta. Habita florestas
densas e bordas de florestas, mas também campos e cerrado, sempre próximo a regiões com
água em abundância. É encontrada em todo o Brasil. É um animal carnívoro e possui alimentação
bastante variada, desde pequenos vertebrados até os de médio porte, como veados e porcos. O
período de gestação é de aproximadamente 95 dias. As fêmeas têm de um a seis filhotes por
ninhada. Possui uma enorme importância na natureza, pois realiza controle populacional das
espécies de roedores e marsupiais, evitando que suas populações cresçam de forma descontrolada
(ICMBio, s/d). Vive solitário, é noturno e terrestre (ViaRondon, 2011).
PIRAPITINGA-DO-SUL (Brycon opalinus)
A Pirapitinga-do-Sul pertence a família Characidae. É um peixe de porte médio, endêmico da Bacia
do Rio Paraíba do Sul (NARAHARA et al., 2002). Caracteriza-se por possuir um corpo alongado,
escamas de tamanho médio e uma nadadeira anal relativamente longa. A boca possui três séries
de dentes em sua mandíbula superior, e uma série na inferior. Atinge um cumprimento máximo de
aproximadamente 30 cm. Alimenta-se de frutas caídas da floresta marginal, bem como de insetos
(CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAPETINGA, s/d).
Atualmente é uma espécie bastante rara e está incluída na lista de espécies de peixes brasileiras
ameaçadas de extinção. Os principais fatores que ameaçam a espécie são: desmatamento,
construção de hidrelétricas, poluição e introdução de espécies exóticas (NARAHARA et al., 2002).
PALMITO JUÇARA (Euterpe edulis Mart.)
O palmito juçara atinge até 25 m de comprimento. Seu tronco é reto e fino, com diâmetro de até
os 10 cm. Na parte terminal do tronco encontra-se um tecido, recoberto pelas bainhas das folhas
palmito. A floração ocorre de setembro a janeiro - flores pequenas de cor creme, polinizadas por
insetos, mais especificamente por besouros. A frutificação ocorre de abril a novembro - fruto
carnoso, esférico e roxo-escuro.
A dispersão é realizada por animais, dentre eles várias espécies de aves e mamíferos, que utilizam
210
seus frutos como recurso alimentar, por exemplo, o Tucano-de-bico-verde que é comumente
avistado nesta região se alimentando dos frutos dessas palmeiras. Pelo sabor e alto valor
comercial do palmito, a espécie é alvo de exploração predatória, pois são sacrificadas até as
plantas mais jovens. O intenso extrativismo do palmito contribuiu para que a espécie fosse
incluída na lista das espécies ameaçadas de extinção.
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
CANELA-GUAICÁ (Ocotea puberula (Rich.) Nees)
Nomes populares: Canela-guaicá, canela, canela-amarela, canela-babosa, canela-branca, canelacoté, canela-de-corvo, canela-gosmenta, canela-guaiacá, canela-guiacá, canela-parda, canelapimenta, canela-pinha, canela-sebo, guaiacá, guaicá, inhumirim, louro, louro-abacate, lourobacato, louro-pimenta, louro-vermelho.
Comportando-se como espécie pioneira, ou seja, uma das primeiras espécies a inicializar o
processo de regeneração natural, chegando a dominar um determinado estágio da regeneração.
Todavia é mais adequadamente classificada como espécie secundária inicial, pois se encontra
presente também nas fases intermediárias e avançadas da sucessão secundária.
Espécie com ampla distribuição geográfica, ocorrendo do México até a Argentina, em diferentes
formações florestais. No Brasil, sua extensão de ocorrência é de 6.897.181,724km 2, com uma área
de ocupação de 1.736km².
O estado de conservação desta espécie, segundo a lista das espécies ameaçadas de extinção
(IUCN, 2011) é de baixo risco (LR). Na lista oficial do Estado de São Paulo, não se encontra em
nenhuma categoria de ameaça.
Árvore perenifólia (sempre verde), de 10 a 15m de altura e 20 a 60cm de diâmetro, podendo
atingir até 25m de altura e 90cm de diâmetro na fase adulta. Floresce de janeiro a novembro,
sendo as flores desta espécie visitadas por diversos insetos pequenos como abelhas, formigas,
vespas, mariposas, borboletas, moscas, mosquitos e percevejos, dentre outros; mas o inseto
frequentemente observado polinizando suas flores é a abelha.
Frutifica de maio a fevereiro. Seus frutos são muito apreciados pelas aves, que são atraídas pela
coloração vermelha da cúpula que envolve a semente. Produzem anualmente grande quantidade
de sementes que são amplamente disseminadas pela avifauna, seus principais dispersores.
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
LONTRA (Lontra longicaudis)
As lontras são animais de médio porte. Atingem de 53,0 cm 80,0 cm de comprimento. Possuem
corpo alongado, com uma pelagem densa formada por uma camada interna de pelos mais finos e
macios e outra externa de pelos mais longos e rígidos, com uma coloração predominantemente
marrom e na região da garganta um pouco mais clara. Possuem uma longa cauda, que utiliza de
leme quando estão na água. São animais solitários e com hábitos predominantemente diurnos,
porém podem ser vistos durante a noite. São semiaquáticos, abrigando-se em tocas feitas por eles
as margens dos rios. Alimentam-se de peixes, crustáceos, moluscos e ocasionalmente de
mamíferos e aves. Distribuem-se do México ao Uruguai. No Brasil habitam quase todo território
nacional, onde as condições dos corpos d’água são propicias para a espécie (ViaRondon, 2011).
CATETO (Tayassu tajacu)
O cateto é considerado uma espécie guarda-chuva e cinegética da Mata Atlântica. Também
conhecido como porco do mato, mede de 82 a 100 cm de comprimento total e pesa entre 17 e 30
kg. Seus pêlos são longos e grossos, a coloração geral é preto-acinzentada com reflexos
esbranquiçados, por terem as pontas dos pêlos brancas; o filhote é mais claro que o adulto. A
211
fêmea tem 4 pares de mamas, mas apenas 2 são funcionais. Alimenta-se principalmente de frutos
silvestres caídos no chão, folhas, brotos, talos, raízes, pequenos animais vertebrados, como rãs,
ratos e cobras pequenas e invertebrados como minhocas, larvas etc. Tem hábito diurno e
crepuscular. Chega a viver até 20 anos. Só ocorrem em áreas bem preservadas de florestas e de
relativa extensão. O cateto assim como o queixada, são os únicos representantes de porcos do
mato brasileiros.
Por ser um animal de médio porte torna-se alvo fácil dos caçadores e está desaparecendo em
muitos lugares. Os desmatamentos vêm reduzindo seu hábitat o que causa escassez de alimento e
conseqüentemente o extermínio da espécie. O hábitat reduzido também facilita a ação dos
caçadores, já que eles não têm para onde fugir ou se esconder. A espécie está ficando rara.
Fonte: INSTITUTO RÃ-BUGIO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE, s/d (c)
Lista das principais espécies da fauna e flora
FAUNA:
- AVES: as principais espécies estão listadas abaixo. A lista completa pode ser vista no anexo 4.
 Inhambu-Chintã (Crypturellus tataupa)
 Jacutinga (Aburria jacutinga)
 Tauató-Pintado (Accipiter poliogaster)
 Gavião-Pombo-Pequeno (Amadonastur lacernulatus)
 Gavião-Pombo-Grande (Pseudastur polionotus)
 Gavião-Pega-Macaco (Spizaetus tyrannus)
 Gavião-Pato (Spizaetus melanoleucus)
 Murucututu-De-Barriga-Amarela (Pulsatrix koeniswaldiana)
 Falcão-Relógio (Micrastur semitorquatus)
 Apuim-De-Costas-Pretas (Touit melanonotus)
 Choquinha-De-Asa-Ferrugem (Dysithamnus xanthopterus)
 Papo-Branco (Biatas nigropectus)
 Trovoada-De-Bertoni (Drymophila rubricollis)
 Pinto-Do-Mato (Hylopezus nattereri)
 Tapaculo-Pintado (Psilorhamphus guttatus)
 Fruxu (Neopelma chrysolophum)
 Maria-Leque-Do-Sudeste (Onychorhynchus swainsoni)
 Chibante (Laniisoma elegans)
 Tropeiro-Da-Serra (Lipaugus lanioides)
 Corocoxó (Carpornis cucullata)
 Borboletinha-Do-Mato (Phylloscartes ventralis)
 Olho-Falso (Hemitriccus diops)
 Maria-Preta-De-Bico-Azulado (Knipolegus cyanirostris)
 Catirumbava (Orthogonys chloricterus)
 Pixoxó (Sporophila frontalis)
 Cigarra-Verdadeira (Sporophila falcirostris)
 Cais-Cais (Euphonia chalybea)
Fonte: SCHUNCK, 2015
212
- MAMÍFEROS

Sussuarana (Puma concolor (Linnaeus, 1771))

Lontra (Lontra longicaudis (Olfers, 1818))

Mono-carvoeiro ou Muriqui (Brachyteles arachnoides (É. Geoffroy, 1806))

Macaco-prego-preto (Cebus nigritus (Goldfuss,1809))

Sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita (É. Geoffroy, 1812))

Cateto (Pecari tajacu (Linnaeus, 1758))

Queixada (Tayassu pecari (Linnaeus, 1795))

Anta (Tapirus terrestris (Linnaeus, 1758))

Paca (Cuniculus paca (Linnaeus, 1766))

Cutia (Dasyprocta azarae (Humboldt, 1811))
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
- ANFÍBIOS E RÉPTEIS
●
Sapinho-pingo-douro (Brachycephalus sp.)
●
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●
●
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●
●
Brachycephalus vertebralis
Bufo ictericus
Cycloramphus boraceiensis
Sapinho-de-brómelia (Dendrophryniscus cf. brevipollicatus)
Eleutherodactylus binotatus
Eleutherodactylus bolbodactylus
Eleutherodactylus guentheri
Eleutherodactylus parvus
Erythrolamprus aesculapii
Hyla albosignata
Hyla hylax
hyla minuta
Hyla sp. (listrada)
Hylodes asper
Hylodes phyllodes
Physalaemus sp.
Scinax sp. (gr. perpusillus)
Scinax sp. (gr.rizibilis)
Fonte: INSTITUTO EKOS BRASIL, s/d
FLORA:
●
●
Tryon)
●
●
●
●
●
●
●
●
Palmito-juçara (Euterpe edulis)
Samambaiaçus (Dicksonia sellowiana Hook. e Nephelea sternbergii (Sternb.) R.M.
Canjerana (Cabralea canjerana (Vell.) Mart.)
Maria-mole (Dendropanax cuneatum (DC.) Decne & Planch.)
Jatobá (Hymenaea courbaril L.)
Araçarana (Psidium cattleyanum Sabine)
Figueira (Ficus insipida Willd.)
Canela (Ocotea puberula (Rich.) Nees.)
Cedro (Cedrela fissilis Vell.)
Guatambu (Aspidosperma olivaceum Müll. Arg.)
213
●
Canela noz-moscada (Cryptocarya moschata Nees.)
●
Canela-sassafrás (Ocotea odorifera (Vell.) Rohwer)
●
Grumixama (Eugenia brasiliensis Lam.)
●
Caeté (Heliconia sp.)
●
Guaricanga (Geonoma elegans Mart.)
●
Tapiá (Alchornea triplinervia (Spreng.) Müll. Arg.),
●
Guapuruvú (Schizolobium parahyba (Vell.) S.F. Blake),
●
Quaresmeira (Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn.)
●
Brejaúva (Astrocaryum aculeatissimum (Schott.) Burret.)
●
Embaúbas (Cecropia pachystachya Trécul)
●
Bromélia (Nidularium sp.)
●
Orquídeas
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
7.9.6. Serviços Ecossistêmicos
O Núcleo Santa Virginia presta diversos serviços principalmente para a sua comunidade do
entorno:
●
Regulação da qualidade do ar;
●
Proteção dos morros e encostas;
●
Proteção dos solos;
●
Polinização;
●
Bem-estar, lazer e turismo;
●
Recursos hídricos.
Um importante papel exercido pela Mata Atlântica é a proteção do solo e de encostas das
serras contra deslizamentos provocados por eventos climáticos extremos. Um estudo de caso
realizado pelo Ministério do Meio Ambiente, que fez uma análise das regiões mais atingidas pelas
enchentes de 2011, demonstrou que apenas 8% dos deslizamentos ocorreram em áreas de
vegetação nativa bem conservada, ou seja, pouco antropizadas (MMA, 2014a).
Em 2010, a cidade de São Luiz de Paraitinga foi devastada por uma grande enchente. Com
o excesso de chuvas na região, o Rio Paraitinga subiu 12 acima do normal, inundando grande parte
da cidade, provocando enormes danos. Centenas de pessoas ficaram desalojadas e grande parte do
patrimônio desabou. O que aconteceu na região foi uma somatória de fatores. Um deles é a
ocupação desordenada da região, que teve início na segunda metade do século XVIII (BERGAMO,
2010).
O desenvolvimento dos diferentes ciclos das monoculturas do café, do gado e do eucalipto e
outras formas culturais predatórias do meio ambiente rural como o uso intensivo das várzeas para
as produções de alimentos impactaram negativamente o meio ambiente com a destruição intensa
214
da vegetação nativa e de matas ciliares, além do intenso pisoteamento do solo pelo gado,
provocando uma maior impermeabilização (ALVES et al., 2011).
Esses fatores ocasionaram processos erosivos e assoreamentos de córregos e rios à
montante da cidade de São Luiz do Paraitinga e mesmo na sua área urbana, o que tem provocado
um número cada vez maior de enchentes na região (ALVES et al., 2011). Apenas em 2009, o rio
Paraitinga transbordou seis vezes (BERGAMO, 2010). Assim fica claro o papel o papel da vegetação
na proteção do solo e das encostas.
Vale ressaltar que além das agressões do homem, há também fatores naturais cíclicos, que
estão relacionadas com a própria história de formação geográfica da Serra do Mar e da Serra da
Mantiqueira, que envolveram os seus levantamentos pela separação das placas tecnônicas que
uniam a América do Sul à África e os deslizamentos naturais das encostas, etc. (ALVES et al.,
2011).
Além dessa proteção, as florestas preservadas do Núcleo Santa Virgínia preservam também
importantes mananciais para o abastecimento de água das cidades do Vale do Paraíba e até mesmo
do Rio de Janeiro. O núcleo é percorrido diversos rios como Rio Paraibuna, Rio Ipiranga, Ribeirão
Grande, Palmital, Rio da Anta, Rio dos Martins. Eles pertencem a Bacia do Rio Paraíba do Sul
(ALVES et al., 2011).
O Rio Paraibuna é considerado “Berço do Rio Paraíba do Sul”, pois juntamente com o Rio
Piraitinga, dão origem ao Rio Paraíba (PREFEITURA DE PARAIBUNA, s/d). A bacia do rio Paraíba do
Sul, porção do Estado de São Paulo, constitui-se como grande produtor dos serviços ambientais
para os três estados – São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Denominado como rio Federal, é o
principal curso d’água da região, abastecendo cerca 12 milhões de pessoas entre os estados de São
Paulo e Rio de Janeiro e fornecendo água para 86% da população do município de Rio de Janeiro e
Baixada Fluminense (FUNDAÇÃO FLORESTAL,2013).
7.9.7. Pesquisas
Atualmente o Núcleo Santa Virgínia é reconhecido mundialmente por abrigar importantes
pesquisas realizadas por universidades Federais, Estaduais, Municipais, Instituição de Ensino,
Institutos de Pesquisas, EMBRAPA, etc.
Por possuir um mosaico de vegetação nativa em vários estágios sucessionais no Bioma Mata
Atlântica e, além de estar situado no Planalto Paraibuna/ Paraitinga em altitudes que variam entre
860 a 1.700 metros, a UC ainda guarda grande diversidade biológica da fauna e flora silvestre,
apresentando significativo numero de espécies endêmicas e ameaçadas. Após 25 anos de existência
215
o Núcleo apresenta diversos projetos de pesquisas já realizados e em andamento, produzindo um
volume respeitado de publicações acadêmicas, artigos científicos, dissertações e teses.
Algumas pesquisas com bolsa Fapesp realizadas no Núcleo foram:

11/15892-9
"Estrutura e diversidade da família Lauraceae na Mata Atlântica do Parque
Estadual da Serra do Mar, São Paulo, Brasil"

03/12595-7
Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrofila Densa
dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque

13/24929-9
Comunidade de aves como indicadora da qualidade florestal

12/03554-4
Estudo da biomassa radicular em uma área de pastagem em regeneração
natural no Parque Estadual da Serra do Mar- Núcleo Santa Virgínia

08/57174-2
Ciclagem de carbono, nitrogênio e enxofre na serapilheira em Floresta
Ombrófila Densa sob diferentes altitudes no Parque Estadual da Serra do Mar, no Estado de
São Paulo

07/52482-8
Ciclagem de carbono, nitrogênio e nutrientes de solo em Floresta Ombrófila
Densa do Parque Estadual da Serra do Mar, no estado de São Paulo

01/06023-5
Distribuição da comunidade de palmeiras no gradiente altitudinal da Floresta
Atlântica na região Nordeste do estado de São Paulo

06/55136-0
Processos hidrológicos e transporte de nitrogênio em bacias com cobertura de
floresta e pasto no litoral norte do Estado de São Paulo

92/04627-0
Avaliação diagnóstica da vegetação no Núcleo Santa Virgínia, como subsídio a
elaboração de modelos de reflorestamento

03/09052-1
Biologia alimentar e reprodutiva da piratininga do sul, Brycon cf. opalinus
(Cuvier, 1819) e a diversidade de peixes no Núcleo Santa Virgínia, Parque Estadual da Serra
do Mar

10/50811-7
Composição florística e estrutura da Floresta Ombrófila Densa Atlântica dos
Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar, São Paulo, Brasil

11/50384-4
O papel das leguminosas na ciclagem de nutrientes em florestas ombrófilas
densas de terras baixas e montana situadas nos núcleos de Picinguaba e Santa Virginia do
Parque Estadual da Serra do Mar

12/50425-5
Características florais e reprodutivas de espécies de Melastomataceae em um
gradiente altitudinal no Sudeste do Brasil

13/19377-7
A efetividade do maior corredor de mata atlântica em manter conectadas
populações de mamíferos de grande porte, como a Anta (Tapirus terrestris)
216

05/53955-1
Os gêneros physcia (schreber) Michaux e pyxine fries (ascomicetes
liquenizados, physciaceae) no Estado de São Paulo, de São Paulo, Brasil

08/58901-5
Alteraçãoes nos fluxos de CO2 do solo e na ciclagem de carbono após
aquecimento do solo em áreas de Mata Atlântica

03/05696-1
Biologia alimentar e reprodutiva da pirapitinga do sul, Brycon cf. opalinus
(Cuvier, 1819) e a diversidade de peixes no Núcleo Santa Virgínia, Parque Estadual da Serra
do Mar

12/51509-8
Composição florística, estrutura e dinâmica do funcionamento da Floresta
Ombrófila Densa Atlântica dos núcleos Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e Santa Virgínia,
do Parque estadual da Serra do Mar (PelD)

05/51011-6
Biologia da polinização e reprodução de espécies arbóreas da família
Fabaceae, polinizadas por abelhas, de Floresta Atlântica no Sudeste do Brasil

07/02947-4
Métodos de estimativa de altura e sua contribuição na determinação da
biomassa arbórea em um gradiente topográfico localizado no Parque Estadual da Serra do
Mar, SP

05/59168-1
Padrões e diversidade de tipos funcionais em floresta ombrófila densa dos
núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar

09/03667-0
Demografia de queixada (Tayassu pecari) analisada através de DNA fecal no
Núcleo Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar, SP

06/57010-4
Produtividade primária líquida em diferentes fitofisionomias do Parque
Estadual da Serra do Mar, SP

06/59536-3
Estudo do balanço hídrico e balanço biogeoquímico de nitrogênio em uma
microbacia com plantação florestal de eucalipto no litoral norte do Estado de São Paulo

06/50014-4
Dinâmica e estrutura populacional de quatro espécies arbóreas no Núcleo
Picinguaba e Santa Virgínia, Parque Estadual da Serra do Mar, SP

06/51488-0
Caracterização hidrológica e dinâmica do nitrogênio na microbacia do ribeirão
do Ipiranga, do Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Santa Virgínia

05/57549-8
Perdas de nitrogênio pela emissão de gases e sua relação com a
decomposição da liteira e biomassa de raízes na floresta de Mata Atlântica

06/54292-9
Estudo do balanço hídrico e balanço biogeoquímico de nitrogênio em uma
microbacia de primeira ordem com cobertura de pastagem no litoral norte do Estado de São
Paulo

14/01245-0
Avaliação da influência da exclusão experimental de vertebrados insetívoros
na decomposição de folhas de três espécies sob diferentes coberturas do solo no Parque
Estadual da Serra do Mar - núcleo santa virgína
217

09/15175-5
Ciclagem do fósforo em Floresta Ombrófila Densa dos núcleos de Picinguaba
e Santa Virginia -SP

07/04073-1
Ligando paisagem a moléculas: análise genética das populações de anta
(Tapirus terrestris) na Mata Atlântica de São Paulo

00/12405-5
Dieta de alguns mamíferos da ordem Carnivora na Floresta Atlântica do
núcleo Santa Virgínia e núcleo Cunha, Parque Estadual da Serra, SP

93/03717-8
A sucessão secundária em floresta na encosta Atlântica - SP

10/13593-1
O papel das leguminosas na ciclagem de nutrientes em uma Floresta
Ombrófila Densa situada no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Santa Virgínia

10/13592-5
Ciclagem de nutrientes em áreas de pastagem sob regeneração natural no
Parque Estadual da Serra do Mar, núcleo Santa Virgínia

10/51494-5
Biologia reprodutiva e polinização de espécies de Melastomataceae em duas
áreas de gradiente altitudinal no Sudeste do Brasil

07/57285-6
Estrutura e funcionamento de um trecho de Floresta Ombrófila Densa
Montana com bambus do Núcleo Santa Virgínia/PESM, SP

11/09241-5
Manejo de frutos de Euterpe edulis Martius e uso múltiplo da Mata Atlântica
em Ubatuba e São Luís do Paraitinga (SP) como estratégia de conservação

10/19951-7
"comparação entre dossel e subosque de uma área de Floresta Ombrófila
Densa montanta (Mata Atlântica), Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Santa Virgínia,
São Paulo, Brasil"

10/52705-0
Dinâmica do nitrogênio e carbono em rios da bacia do alto Paraíba do Sul,
Estado de São Paulo

07/58666-3
Diversidade, composição florística e biologia reprodutiva da comunidade de
plantas esfingófilas de Floresta Ombrófila Densa Montana - Mata Atlântica, no sudoeste
brasileiro

07/57284-0
Estoque de Madeira Morta ao longo de um gradiente altitudinal de Mata
Atlântica no Nordeste do Estado de São Paulo

08/50748-3
Distribuição espacial de insetos predadores em riachos da região norte da
Serra do Mar, Estado de São Paulo

08/52279-0
Modelagem da dinâmica do nitrogênio em uma micro-bacia com cobertura
florestal no Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Santa Virgínia

08/52280-9
Alterações nos fluxos de gases do solo e na ciclagem de carbono e nitrogênio
após aquecimento do solo em áreas de Mata Atlântica

06/57135-1
Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa
nos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque estadual da Serra do Mar
218

06/57790-0
Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa
dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque estadual da Serra do Mar, Estado de São
Paulo, Brasil

06/60183-8
Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa
dos núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque estadual da Serra do Mar, Estado de São
Paulo, Brasil

12/25493-7
Políporos (Basidiomycota) do Núcleo Santa Virgínia do Parque Estadual da
Serra do Mar, SP, Brasil

"Modelos de sustentabilidade de caça de subsistência na Serra do Mar, Mata

Atlântica"

Priority areas for the conservation of Atlantic forest large mammals

Functional Extinction of Birds Drives Rapid Evolutionary Changes in Seed Size

EXTINÇÃO ECOLÓGICA DE GRANDES HERBÍVOROS E DIVERSIDADE DE PLANTAS EM UM
GRADIENTE DE DEFAUNAÇÃO NA MATA ATLÂNTICA

"Density and Spatial Distribution of Buffy-tufted-ear

Marmosets (Callithrix aurita) in a Continuous Atlantic Forest"

How to not inflate population estimates? Spatial density distribution of white-lipped
peccaries in a continuous Atlantic forest

Mamíferos não voadores do Núcleo Santa Virgínia, Parque Estadual da Serra do Mar, São
Paulo, Brasil

Caracterização do perfil e da qualidade da experiência do praticante de rafting no Parque
Estadual Serra do Mar − Núcleo Santa Virgínia

Efeitos da defaunação na herbivoria, pisoteio de plântulas, remoção e predação de
sementes na Floresta Atlântica
O descritivo delas encontra-se no anexo 5.
7.9.8. Atrativos
O Núcleo Santa Virgínia conta com diversos atrativos naturais, como trilhas, mirantes
cachoeiras e piscinas naturais. Os principais atrativos do núcleo são:
219
Trilhas da Sede (São Luiz do Paraitinga)
Trilha do Pirapitinga
A Trilha do Pirapitinga era uma antiga estrada que serviu para o transporte de madeira e
carvão quando a área do Núcleo ainda pertencia às antigas fazendas de Ponte Alta e Santa Virgínia.
O caminho margeia os Rios Paraibuna e Ipiranga e a trilha recebe esse nome devido à presença da
espécie endêmica e ameaçada em extinção do peixe pirapitinga-do-sul (Brycon opalinus) no Rio
Paraibuna (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
O percurso conta com diversos atrativos: cachoeiras – Cachoeira das Andorinhas, Cachoeira
do Salto Grande, Cachoeira do Saltinho; poço do Peixe Grande; fornos de carvão; e a foz do Rio
Ipiranga com o Paraibuna, ou seja, o encontro entre os dois rios (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 5.700 metros
Tempo estimado: 3h00min
Nível de dificuldade: fácil a moderado
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(g)
Trilha do Poço do Pito
A trilha percorre uma bela paisagem ao longo do Rio Paraibuna em floresta secundária,
passando pela Pedra do Lageado e chegando até a cachoeira do mesmo nome. É possível observar
o peixe Pirapitinga-do-Sul (Brycon opalinus) espécie endêmica ameaçada de extinção, que promove
saltos para apanhar insetos e frutas silvestres (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 8.000 metros
Tempo estimado: 04h00min
Nível de dificuldade: fácil a moderado
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(g)
Trilha Ipiranga
Caminhada por uma trilha/estrada às margens do Rio Ipiranga com grande possibilidade de
observação de aves e mamíferos e com parada na cachoeira de mesmo nome (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
Percurso: 16.000 metros
Tempo estimado: 04h00min
220
Nível de dificuldade: fácil a moderado
Atrativos: Caminhada por uma trilha/estrada às margens do Rio Ipiranga com grande
possibilidade de observação de aves e mamíferos e com parada na cachoeira de mesmo nome.
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(g)
Rafting Rio Paraibuna
Atividade de turismo de aventura no Rio Paraibuna, passando por cachoeiras e remansos
em meio à floresta. É realizada em botes de borracha com guias credenciados e certificados. No
percurso há diversas cachoeiras e saltos: Cachoeira do Saltinho, Cachoeiras do Salto Grande, Ponte
de Pedra, Foz do Rio Ipiranga no Rio Paraibuna, Corredeira Gamela de Pedra, Cachoeira do
Itapavão e Cachoeira do Surf (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 9.0019metros
Tempo estimado: 05h00min
Nível de dificuldade: nível III e IV
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
Trilha Olho D´água
Em formato de circuito esta é uma caminhada agradável que passa por nascentes de água
cristalina em meio a uma preservada Mata Atlântica. Trata-se de uma trilha alternativa a do
Pirapitinga, com menor extensão (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
O caminho preserva uma rica biodiversidade e tem como um dos seus atrativos a Cachoeira
Salto Grande (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 1.545 metros
Tempo estimado: 01h00min
Nível de dificuldade: fácil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
221
Trilhas da Base Natividade da Serra / Base Vargem Grande
Trilha do Pico do Corcovado
Por dentro da mata de altitude ou nebular em ótimo estado de conservação, alcança-se o
topo do Pico do Corcovado, um dos pontos mais altos do Parque Estadual Serra do Mar, com
1.168m de altitude, de onde se avista o litoral de Ubatuba e o Vale do Paraíba (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
No caminho é possível se refrescar no poço Lageado, local onde o Ribeirão Grande encontra
uma laje de pedra que proporciona a formação de um lindíssimo poço de águas frias e cristalinas e
meio à mata e na Cachoeira do Rio Calçado, da Laje da Pedra e do Rio Furado (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
Percurso: 17.000 metros
Tempo estimado: 08h00min
Nível de dificuldade: difícil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(g)
Trilha da Cachoeira da Boneca
Trilha de fácil acesso margeando o Rio Grande sob Floresta Atlântica Montana, ótima para
observação de pássaros e fauna, possui cachoeiras e corredeiras perfeitas para banho.
Percurso: 12.000 m
Tempo estimado: 04h00min
Nível de dificuldade: moderado
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(g)
Trilha do Garcês
Trilha que percorre bom trecho de mata primária, passando pelo Rio Grande, Cachoeira do
Jacu e do Garcês. Boas possibilidades de visualização de aves e mamíferos silvestres (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
Percurso: 6.000 metros
Tempo estimado: 03h00min
Nível de dificuldade: dificuldade baixa
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(g)
222
Trilhas da Base Catuçaba (São Luiz do Paraitinga)
Trilha Palmital
Trilha de longa duração que parte da base Catuçaba, localizada no Bairro do Sertãozinho no
município de São Luiz do Paraitinga e chega na base Puruba, no mesmo município. A trilha passa
por várias fisionomias florestais e pela cachoeira do Rio Palmital, ótima paisagem da região.
Percurso: 16.000 metros
Tempo estimado: 08h00min
Nível de dificuldade: difícil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
Trilha do Mirante
Trilha com desnível acentuado de 350 metros em uma distancia de 1km, percorre parte dos
altos da Serra do Mar no divisor das bacias hidrográficas dos rios Paraibuna e Paraitinga.
Percurso: 1.000 metros
Tempo estimado: 02h00min
Nível de dificuldade: dificuldade moderada a difícil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
7.9.9. Informações gerais sobre o Núcleo
Dados gerais
Área
17.500 hectares
Bioma
Mata Atlântica
Município da sede
São Luiz do Paraitinga
Municípios
Abrangidos
São Luiz do Paraitinga, Natividade da Serra, Cunha, Ubatuba e Caraguatatuba
Endereço da sede
Rodovia Dr. Oswaldo Cruz, km 78 mais 800 metros
Escritório urbano
Ainda não implantado
223
Bases e outras
funções
O núcleo possui 05 bases de fiscalização e pesquisa: Base Itamambuca, Base Puruba,
Base Catuçaba e Base Sede em São Luiz do Paraitinga e Base Vargem Grande, em
Natividade da Serra.
Telefones
(12)3671-9159 / (12)3671-9266 / (12) 3833-1230
Sinal de celular
da sede
Sinal de celular
da base
E-mail da UC
[email protected] ou nú[email protected]
Nome do Gestor
João Paulo Villani
Esportes Radicais
Rafting no Rio Paraibuna (percurso 10 Km)
Empresas autorizadas: Cia. de Rafting e Paraitinga Turismo
Capacidade de
hospedagem
Somente para Pesquisadores com projetos aprovados pela COTEC/Intituto Florestal e
Fundação Florestal.
30 leitos
Valor da
hospedagem na
UC
R$ 19,00
Capacidade de
sala de
conferencia
40 Pessoas
Centro de
visitantes
Capacidade do
refeitório
Não possui
40 Pessoas
Lanchonete
Não
Quiosques pic nic
Não
Camping na UC
Não
Facilidades no
entorno imediato
Existem cinco pousadas na Zona de Amortecimento ou entorno: Eco Pousada Canteiros
(11- 95152875), Reserva Guainumbi (19-97082983), Eco Pousada Canaã da Serra (1170489400), Hotel Faz.Catuçaba (12-36716158) e Pousada das 7 Cachoeiras, em
Catuçaba (11- 50722143/12- 36716201)
Tipo de Acesso
Para o Setor “Sede” o acesso é em asfalto até o km 78 mais 800m da Rodovia Dr.
Oswaldo Cruz. Deste ponto, segue por 3km em estrada de terra bem conservada até o
estacionamento.
Para o Setor “Vargem Grande” seguir por asfalto até o km 66 ou ponte sobre o rio
Paraibuna.Deste ponto segue por 14km até a Vila rural da Vargem Grande. Do vilarejo
rural segue por 03 km até a Base Vargem Grande.
Distância de SP
200 km
Distância cidade
mais próxima(s)
16km de Ubatuba, São Luís do Paraitinga 35 km, Natividade da Serra 110km
224
Cobrança de
Ingresso e valor
Não
Amplitude
Altitudinal
860m a 1650m
Amplitude de
Temperaturas
Máxima 35º; Média 21º; Mínima -3º
Bases e outras funções
Base de Proteção Catuçaba
Endereço
Rodovia Oswaldo Cruz km 47 - Bairro Catuçaba - São Luiz do Paraitinga/SP
Entrar no km 47 da rodovia Oswaldo Cruz até o distrito de Catuçaba. Seguir pela estrada
do Pinga por 2 km e entrar a direita para o bairro Sertãozinho 6 km até o final da
estrada. Existem placas indicativas.
Telefone
(12) 3671-9159 / (12) 3671-9266 / (12) 3833-1230
Capacidade de
hospedagem
Base de Proteção Vargem Grande
Endereço
Rodovia Oswaldo Cruz km 66 - Vila Vargem Grande - Natividade da Serra/SP
Seguir pela Rodovia Oswaldo Cruz até o km 66. Após passar a ponte do Rio Paraibuna,
entrar a direita e percorrer 14,5 km até a vila da Vargem Grande. Ao cruzar a ponte do
Rio Grande dentro da Vila, entrar a esquerda por 3 km até o final da estrada.
Telefone
Capacidade de
hospedagem
Base de Uso Público
Endereço
Rodovia Oswaldo Cruz km 78,5 - São Luiz do Paraitinga/SP
Telefone
(12) 3671-9159 / (12) 3671-9266 / (12) 3833-1230
Área
Mais Informações
Sede Administrativa
Dias e horário de
funcionamento
De segunda-feira a sexta-feira das 8h às 17h.
Telefones para
informação
(12) 3671-9159 / (12) 3671-9266 / (12) 3833-1230
E-mail
[email protected]
Gestor (a)
João Paulo Villani
225
Rodovia Dr. Oswaldo cruz, km 78 – Alto da Serra / São Luis do Paraitinga –SP CEP
12140-000. Km 78,5. Caixa postal 13.
Endereço
Visitação
Dias e horário de
funcionamento
Terça-feira a domingo das 8h às 17h.
Endereço
Rodovia Dr. Oswaldo cruz, km 78. São Luiz do Paraitinga - SP
CEP 12140-000. Km 78,5.
Normas de Visitação e Segurança do PESM
É proibida a entrada de pessoas descalças. Obrigatório o uso de calçado fechado (tênis ou bota);
É proibido o consumo de bebida alcoólica dentro da UC;
É proibido o uso de shampoo, sabonete, creme, etc., nas piscinas naturais;
É proibido fazer churrasco ou qualquer tipo de fogueira dentro da UC;
É proibida a retirada ou a introdução de qualquer espécie (flora e fauna) assim como de qualquer outro
produto (pedras, madeiras, etc.) desta UC.
Normas para as trilhas
Nunca ultrapasse o monitor, pois é ele que irá avisar se houver algum perigo;
Mantenha-se no caminho pré-determinado, andando sempre um atrás do outro, para evitar o alargamento da
trilha;
Não correr, gritar ou falar muito alto, isso pode assustar os animais;
Observe os locais antes de apoiar as mãos ou se sentar, pois há muitos animais e insetos peçonhentos que se
camuflam e se encontrar algum animal, mantenha a distancia. Cuide dos locais por onde passa;;
Não retire flores, frutos, plantas silvestres ou pedras. Quando encontrar galhos ou folhas no meio da trilha,
não os retire, pois é onde as cobras gostam de se esconder. Apenas desvie. Deixe tudo no seu devido lugar;
Não se arrisque nas pedras e não puxe ou pendure em cipós;
Temos várias lixeiras que estão colocadas em pontos estratégicos. Então, todo lixo produzido durante a
permanência, deverá ser trazido de volta.
Voce será responsável pela sua segurança;
Não faça fogueiras;
Respeite os animais e plantas;
Seja cordial com outros visitantes e população local;
Não é permitido trazer animais domésticos como: cão, gato, ave e animais exóticos.
Normas para o rafting
226
Antes de iniciar a atividade de rafting o usuário deverá assinar o Termo de responsabilidade do Usuário,
apresentado pelas operadoras autorizadas, preencher a ficha médica e efetuar o pagamento diretamente para
operadora;
Obedecer às orientações dadas pelos condutores e ou funcionários da Unidade de Conservação;
Zelar pela infraestrutura disponibilizada, preservando o meio ambiente local;
Utilizar obrigatoriamente todos os equipamentos necessários na prática do rafting, especialmente aqueles
descritos na Norma ABNT NBR 15.370;
Os menores de 18 anos deverão apresentar o Termo de Responsábilidade, assinado pelos pais ou responsável
legal.
Os praticantes autônomos deverão respeitar as Normas NBR 15.370 e 15.285 efetuar o pagamento na
Unidade de Conservação, preencher o Termo de Responsabilidade apresentado pela Fundação Florestal, a
ficha médica e agendar com antecedência as descidas junto a Unidade de Conservação.
Símbolo
O palmito juçara (Euterpe edulis Mart.) atinge até 25 m de comprimento. Seu tronco é reto e fino,
com diâmetro de até os 10 cm. Na parte terminal do tronco encontra-se um tecido, recoberto
pelas bainhas das folhas palmito. A floração ocorre de setembro a janeiro - flores pequenas de cor
creme, polinizadas por insetos, mais especificamente por besouros. A frutificação ocorre de abril a
novembro - fruto carnoso, esférico e roxo-escuro.
A dispersão é realizada por animais, dentre eles várias espécies de aves e mamíferos, que utilizam
seus frutos como recurso alimentar, por exemplo, o Tucano-de-bico-verde que é comumente
avistado nesta região se alimentando dos frutos dessas palmeiras. Pelo sabor e alto valor
comercial do palmito, a espécie é alvo de exploração predatória, pois são sacrificadas até as
plantas mais jovens. O intenso extrativismo do palmito contribuiu para que a espécie fosse
incluída na lista das espécies ameaçadas de extinção (Fundação Florestal, 2013)
7.10. Núcleo São Sebastião
7.10.1.
História
O Núcleo São Sebastião foi criado em 31 de março de 1998 e abrange aproximadamente
26.268 mil hectares do Parque Estadual Serra do Mar, incluindo o município de São Sebastião. O
núcleo protege a serra, mananciais de água e a floresta, que abriga uma alta diversidade de
espécies de aves e de anfíbios (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(h)).
Em dezembro de 2010, ocorreu à ampliação do PESM e as áreas mais importantes incluídas
localizam-se justamente no Núcleo São Sebastião: a Praia Brava e todo o costão rochoso até
Maresias, bem como a totalidade das penínsulas situadas entre as praias de Maresias, Paúba e
Santiago, Toc Toc Grande e Toc Toc Pequeno. Com isso, o Parque ganhou uma significativa
227
extensão de costões rochosos, importantes nichos ecológicos para a alimentação e abrigo de
espécies marinhas.
Seu nome é o mesmo da cidade de São Sebastião, que tem o santo como padroeiro da
cidade.
São Sebastião
O nome São Sebastião deriva do grego sebastós, que significa divino. Originário de Narbonne e
cidadão de Milão, foi um mártir e santo cristão, morto durante a perseguição levada a cabo pelo
imperador romano Diocleciano. De acordo com a tradição oral, Sebastião era um soldado que teria
se alistado no exército romano por volta de 283 d.C. com a única intenção de afirmar o coração
dos cristãos, enfraquecido diante das torturas. Era querido dos imperadores Diocleciano e
Maximiliano, que o designaram capitão da sua guarda pessoal conhecida na época de Guarda
Pretoriana.
São Sebastião nunca deixou de ser um cristão convicto e ativo. Secretamente, Sebastião
conseguiu converter muitos pagãos ao cristianismo, até mesmo o governador de Roma, Cromácio,
e seu filho, Tibúrcio, foram convertidos por ele. Por volta de 286, Sebastião foi denunciado, pois
estava contrariando o seu dever de oficial da lei. O imperador o julgou como traidor e ordenou a
sua execução por meio de flechas. Foi dado como morto e atirado no rio, porém, Sebastião não
havia falecido. Encontrado e socorrido por uma viúva chamada Irene (futura Santa Irene) que
retirou as flechas do peito de Sebastião e o tratou.
Assim que se recuperou, se apresentou novamente diante do Imperador, censurando-o pelas
injustiças cometidas contra os cristãos. Novamente foi condenado e açoitado até a morte. O fato
ocorreu no dia 20 de janeiro de 288. São Sebastião foi um dos soldados romanos mártires e
santos, cujo culto nasceu no século IV e que atingiu o seu auge na Baixa Idade Média.
Fonte: SANTO PROTETOR, s/d
A História do município de São Sebastião
São Sebastião é a cidade mais antiga do Litoral Norte. Antes da colonização portuguesa, a
região era ocupada por índios Tupinambás ao norte e Tupiniquins ao sul, sendo a serra de
Boiçucanga uma divisa natural das terras das tribos. O município recebeu este nome em
homenagem ao santo do dia em que passou ao largo da Ilha de São Sebastião - hoje Ilhabela - a
expedição de Américo Vespúcio: 20 de janeiro de 1502 (SÃO SEBASTIÃO, s/d).
A ocupação portuguesa ocorre com o início da História do Brasil, após a divisão do território
em Capitanias Hereditárias. Diogo de Unhate, Diogo Dias, João de Abreu, Gonçalo Pedroso e
Francisco de Escobar Ortiz foram os sesmeiros que iniciaram a povoação, desenvolvendo o local
com agricultura e pesca. Nesta época a região contava com dezenas de engenhos de cana de
açúcar, responsáveis por um maior desenvolvimento econômico e a caracterização como núcleo
228
habitacional e político. Isto possibilitou a emancipação político-administrativa de São Sebastião em
16 de março de 1636, motivada também pela necessidade de proteger a região dos ataques dos
piratas e corsários ingleses, franceses e holandeses (SÃO SEBASTIÃO, s/d).
A criação do porto motivou ainda mais o desenvolvimento econômico da região, que era
baseado nas culturas da cana de açúcar, café e fumo. Também era utilizado para o transporte do
ouro de Minas Gerais. Na metade do século passado a região tinha 106 fazendas, onde 2.185
escravos produziram 86 mil arrobas de café no ano de 1854 (SÃO SEBASTIÃO, s/d).
A economia entra em declínio com a abolição da escravatura e abertura da ferrovia SantosSão Paulo, o que aumentou a saída de mercadorias pelo porto de Santos. É quando passam a
predominar a pesca artesanal e a agricultura de subsistência, com pequenas roças de mandioca,
feijão e milho, característica das comunidades caiçaras isoladas mesmo nos dias de hoje. Nos anos
40, implanta-se a infraestrutura portuária e nos anos 60 chega o terminal marítimo de petróleo, da
Petrobras, fatores decisivos para a retomada do desenvolvimento econômico (SÃO SEBASTIÃO,
s/d).
7.10.2.
Patrimônio Cultural
No Núcleo São Sebastião está localizado o sítio arqueológico mais importante do Parque
Estadual Serra do Mar – o Sítio São Francisco (FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(h)). Os vestígios
arqueológicos datam no final do século XVIII e início do século XIX, mas foram descobertos apenas
em 1991 e em 2007 (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
O Sítio é composto por elementos que evidenciam uma antiga unidade produtiva. Foram
encontrados vestígios de edificações, sistema de captação de água, estradas, bolsões de cultura
agrícola e áreas de descarte de material, dentre outros. Várias fazendas encontradas no litoral norte
são caracterizadas, por influência direta portuguesa, por grandes construções que uniam as
dependências de morada e as fabris sob o mesmo teto (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Entre as ruínas, foram identificados diversos elementos. Alguns deles são (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013):
●
Casa Grande: apresenta técnicas de construção similares às encontradas nas grandes
construções da faixa litorânea brasileira, do século XVI ao XIX, com o emprego de
estruturas de alvenaria de pedra, barro e cal e pau-a-pique. Os restos arquitetônicos
da casa contêm elementos que indicam preocupação estética, como cornijas, jardins e
floreiras. Ademais, também foi observada a utilização de materiais construtivos
nobres, como a ardósia.
229
●
Alpendre: há indícios da existência de alpendre central, que dava acesso às outras
dependências e que, na época, era essencial pela necessidade de “um espaço aberto
para receber visitantes”, resguardando deste modo a intimidade familiar.
●
Seteiras: ambiente para a reclusão da família. Tal estrutura proporciona às famílias um
cenário de segregação.
●
Forno circular: espaço destinado para o preparo das “quitandas”, quitutes assados; ou
à chamada “cozinha suja”, cômodo de serviço destinado às atividades mais rústicas de
preparo de alimentos.
●
Cozinha: cozinha contígua com fornalhas que possivelmente alimentavam suportes
apoiados em balcão, onde foi encontrado fragmento metálico relacionado ao apoio das
panelas, as bocas do fogão.
●
Capela: representa a atenção dada à religiosidade na época
●
Grande pátio: espaço destinado aos eventos da fazenda, recepção de visitantes
ilustres, à celebração de um evento familiar ou ainda, à passagem de ordens à
criadagem.
●
Fornalhas: local onde era depositado os tachos de cobre com o caldo de cana.
●
Senzala: há ruínas que indicam uma suposta senzala, local onde os escravos ficavam
alojados Além das ruínas, foram identificadas assinaturas etnográficas produzidas
pelos escravos, que eram representações de sua cultura e religião.
7.10.3.
Comunidades tradicionais
No Parque Estadual Serra do Mar existem terras indígenas da etnia Guarani reconhecidas
pelo Governo Federal, como as aldeias de Boa Vista do Sertão do Pró-Mirim, Guarani do Aguapeú,
Bananal/Peruíbe, Ribeirão Silveira, Rio Branco (do Itanhaém) e Tenondé Porã.
No Núcleo São Sebastião há a superposição com a Terra Indígena Ribeirão Silveira, que
abrange os municípios de Bertioga, São Sebastião e Salesópolis em área declarada de 7.551,6
hectares e 948,4 hectares de área homologada (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO, 2013).
Conta com aproximadamente 350 membros do povo guarani de origem Guarani Mbya e TupiGuarani (Ñandeva) que mantêm a tradição viva através da dança, da música, do artesanato e da
agricultura (SECRETARIA DE CULTURA E TURISMO, s/d).
A Terra Indígena Ribeirão Silveira representa um local de importância histórica, material e
simbólica para os Guarani. Os relatos apontam o reconhecimento da área como antiga região de
perambulação e habitação para os ascendentes dos Guarani que estão em Ribeirão Silveira. Esse
território reconhecido pelos Guarani tem uma perspectiva sócioregional que ultrapassa seus limites
territoriais e é revelada pela categoria guára, expressão que significa um conjunto de aldeias unidas
por laços de parentesco e reciprocidade (FUNAI, s/d).
230
Na aldeia há intensa circulação de palmiteiros, caçadores e os posseiros que ainda não
foram retirados. A região limítrofe a terra indígena sofre com a expansão urbana e pressões de
projetos de desenvolvimento com objetivo de criar novas cidades e destinos turísticos ao longo da
costa. Empreendimentos de grande porte, tais como pré sal e oleoduto Petrobrás, localizam-se nas
proximidades da área (FUNAI, s/d).
Hoje, a coleta e a roça têm uma grande importância para a sobrevivência, assim como a
venda de artesanatos. A agricultura constitui-se em uma das principais atividades da tradição
Guarani de modo geral, seja no plantio de espécies convencionais voltadas à sua alimentação e
comercialização de excedentes, como, e principalmente, pela presença de vários cultivos agrícolas
tradicionais do grupo, por exemplo, milho, amendoim, feijão, batata, cana-de-açúcar, etc., cujas
sementes, quando da mudança das famílias para outro território, são sempre carregadas consigo
para que possam, nessas novas áreas, plantá-las em suas roças. A criação de animais, também
localizada nos quintais das casas, na porção sudoeste do território indígena delimitado, ocorre em
escala bastante reduzida, e destina-se exclusivamente ao consumo alimentar dos Guarani,
destacando-se, neste caso, basicamente a criação de frangos e patos para consumo de sua carne e,
principalmente, ovos. A pesca é realizada ao longo dos dois rios principais (Rio Vermelho e Ribeirão
Silveira). Para sua execução, os Guarani utilizam redes, covos ou anzóis. Os peixes mais comuns
são a traíra, o bagre e o cará (FUNAI, s/d).
7.10.4.
Ecossistema
O núcleo São Sebastião está inserido dento do bioma Mata Atlântica e tem como
ecossistemas (Floresta Ombrófila Densa Terras Baixas, Submontana, Montana), Restinga e
Manguezal (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
7.10.5.
Fauna e Flora
O núcleo São Sebastião apresenta uma fauna e flora com uma grande diversidade de
espécies. A flora é rica em epífitas, ou seja, espécies que costumam usar as árvores ou rochas
como suporte para obter mais luz, umidade e nutrição, como orquídeas e bromélias.
As bromélias têm grande importância na manutenção da biodiversidade da fauna na Mata
Atlântica, já que a disposição de suas folhas em roseta forma um reservatório onde se acumulam
água e matéria orgânica, criando microhabitats para muitos organismos (Steiner, Zillikens,
Marcondes, Harter-Marques, & Lopes, 2006). Vários animais como Bicho-preguiça (Bradypus
variegatus), Bugio (Alouatta guariba), Quatis (Nasua nasua), além de diversas espécies de aves,
231
se utilizam dos vasos de bromélias como bebedouro, como recurso alimentar, ou ainda, como
fonte de alimento, por funcionarem como habitat e área de reprodução de insetos e pererecas, os
quais são procurados aí por predadores como as serpentes (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Além de espécies epífitas é possível encontrar outras espécies como Guapuruvu, Pau-Jacaré,
Embaúba, Jerivá, Palmito – Juçara, Jequitibá-rosa, Jatobá, etc. (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
PAU-JACARÉ (Piptadenia gonoacantha)
Esta árvore é uma espécie pioneira, pois é uma das primeiras a se instalar numa área em
regeneração natural e, por isso mesmo, é muito abundante e frequente nos fragmentos de Mata
Atlântica nos estágios inicial, médio e até no bordo dos fragmentos mais preservados (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
JEQUITIBÁ-ROSA (Cariniana legalis)
Esta espécie encontra-se em risco de extinção, devido principalmente à utilização de sua
madeira de lei e pela diminuição dos ambientes florestais, uma vez que o Jequitibá-rosa além de
pouco abundante em seu ambiente natural, necessita das condições ambientais dos ecossistemas
florestais para se desenvolver. Na medicina popular, sua casca tem propriedades medicinais e
terapêuticas (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
EMBAÚBA (Cecropia hololeuca)
Essa árvore apresenta um rápido crescimento e produz folhas e frutos avidamente
procurados por animais, os quais dispersam suas sementes. Sua semente necessita de muita
luminosidade para quebrar a dormência e germinar. Por estes motivos é muito comum em bordas
de florestas, matas secundárias em diferentes estágios de regeneração e em clareiras, sendo
caracterizada como espécie indicadora de alguma alteração na mata (FUNDAÇÃO FLORESTAL,
2013).
A fauna é marcada pela presença de espécies como: cateto, macaco-prego, cutia, paca,
anta, bicho-preguiça, bugio, quati, sapinho-de-bromélia, jararaca; além de diversas aves, desde as
menos exigentes, como como o sabiá-laranjeira, macuco, jacuaçu e tangará, até as espécies de
hábitos mais florestais como o flautim, o gavião-de-cabeça-cinza, o tucano-de-bico-verde, o
chorozinho-de-asa-vermelha e, o endêmico da Mata Atlântica, cuiú-cuiú (FUNDAÇÃO FLORESTAL,
2013).
QUATI (Hydrochoerus hydrochaeris)
Animais de pequeno porte podem medir cerca de 40 cm a 65 cm de comprimento Pode
possuir coloração alaranjada, avermelhada, acinzentada ou marrom escura, e suas patas possuem
uma coloração quase preta. São essencialmente diurnos e podem viver em grupos de mais de 30
indivíduos. Alimentam-se de invertebrados (insetos e minhocas), bromélias, frutos, e pequenos
232
vertebrados. São exclusivos da América do Sul. No Brasil habita em diversos biomas como:
Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pantanal e Campos Sulinos (ViaRondon, 2011)
BUGIO (Cuniculus paca)
Primata que mede entre 42 e 63 cm (cabeça e corpo), com sua cauda variando de 48 a
69 cm que auxilia na locomoção e na alimentação. Possui barba espessa, os machos adultos são
avermelhados e pesam entre 5 e 9 kg e as fêmeas adultas são marrons, menores que os machos
e pesam entre 4 e 7 kg. O bugio é pouco ativo e raramente desce ao solo. Tudo que necessita
para viver é obtido nas copas das árvores, inclusive a água, que é retirada de troncos ocos, vasos
de bromélias, musgos e outras plantas epífitas. Alimenta-se de folhas de embaúba, tapiá, frutos
de jerivá, sementes, flores, caules, cascas de diversas outras espécies de árvores e liquens,
facilmente encontradas no Núcleo. É fácil identifica-lo pela sua vocalização (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
PACA (Cuniculus paca)
Habita áreas florestadas e tocas feitas em barrancos ou rochas. Vivem sempre próximo a
cursos d´água, podendo imergir em busca de refugio contra predadores. Possuem hábito
alimentar herbívoro e é dieta a base de frutos e brotos (REIS et al., 2011). Essa espécie não
consta da lista Nacional nem da global de espécies ameaçadas, porém é considerada quase
ameaçada regionalmente no estado de São Paulo (MMA, 2008; SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE
DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2009; IUCN, 2011; FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013) e considerada
uma espécie guarda-chuva e Cinegéticas (TAMOIOS INTELIGÊNCIA GEOGRÁFICA, 2011) para o
Parque Estadual Serra do Mar .
MACUCO (Tinamus solitarius)
O macuco é um Tinamiforme da família Tinamidae. Nome de origem tupi-guarani:
“Mogoico-erê”. É o maior representante dos tinamídeos na Mata Atlântica. É espécie cinegética
(caçada). Atinge até 52 cm e entre 1,5 a 2,0 Kg de peso médio. As fêmeas geralmente são
maiores e mais pesadas que os machos. Possui coloração geral acinzentada com matiz verdeoliva, e desenho críptico nas penas traseiras (retrizes). Alimenta-se de sementes, bagas, frutas
(ex: merindiba, coquinhos de palmiteiro), insetos e vermes (WikiAves, s/d(f)).
Lista das principais espécies da fauna e flora
FAUNA:
- AVES: as principais espécies estão listadas abaixo. A lista completa pode ser vista no anexo 4.
 Jaó-Do-Sul (Crypturellus noctivagus)
 Jacutinga (Aburria jacutinga)
 Gavião-De-Cabeça-Cinza (Leptodon cayanensis)
 Gavião-Pega-Macaco (Spizaetus tyrannus)
 Saracura-Lisa (Amaurolimnas concolor)
 Beija-Flor-De-Garganta-Verde (Amazilia fimbriata)
 Juruva-Verde (Baryphthengus ruficapillus)
 Pica-Pau-Bufador (Piculus flavigula)
233
 Sabiá-Cica (Triclaria malachitacea)
 Choquinha-Pequena (Myrmotherula minor)
 Choquinha-Cinzenta (Myrmotherula unicolor)
 Entufado (Merulaxis ater)
 Trepador-Sobrancelha (Cichlocolaptes leucophrus)
 Araponga-Do-Horto (Oxyruncus cristatus)
 Araponga (Procnias nudicollis)
 Tiririzinho-Do-Mato (Hemitriccus orbitatus)
 Garrinchão-De-Bico-Grande (Cantorchilus longirostris)
 Tiê-Galo (Lanio cristatus)
 Saí-Verde (Chlorophanes spiza)
 Ferro-Velho (Euphonia pectoralis)
Fonte: SCHUNCK, 2015
- MAMÍFEROS
 Cateto (Pecari tajecu)
 Macaco-prego (Cebus sp)
 Cutia (Dasyprocta azarae)
 Paca (Cuniculus paca)
 Anta (Tapirus terrestris)
Dados secundários
 Sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita (É. Geoffroy, 1812)
 Bugio (Alouatta guariba)
 Quati (Nasua nasua)
 Rato d´água (Nectomys squamipes – Cricetidae)
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
- ANFÍBIOS E RÉPTEIS
 Adenomera cf. marmorata
 Jararacuçu (Bothrops jararacuçu)
 Bufo ornatus
 Cycloramphus boraceiensis
 Sapinho-da-bromélia (Dendrophryniscus cf. brevipollicatus)
 Eleutherodactylus binotatus
 Eleutherodactylus guentheri
 Eleutherodactylus parvus
 Eleutherodactylus sp.
 Enyalius cf. iheringi
 Hyla minuta
 Rã-de-corredeira (Hylodes asper)
 Hylodes phyllodes
 Proceratophrys appendiculata
 Scinax sp. (gr. perpusillus)
 Spilotes pullatus
 Rã-das-pedras (Thoropa miliaris)
 Bufo ictericus
234
 Eletherodactylus binotatus
 Proceratophrys melanopogon
 Bufo cf. margaritifer
 Hyla faber
 Hyla sp. 3
 Myersiella microps
 Physalaemus sp.
 Scinax sp. 1
 Scinax sp. 2
 Eleutherodactylus sp. 2
 Eluetherodactylus parvus
 Hyla hylax
 Hyla sp. 1
 Tropidophis paucisquamis
Fonte: INSTITUO EKOS BRASIL, s/d
FLORA:
 Guapuruvu (Schizolobium parahyba)
 Pau-Jacaré (Piptadenia gonoacantha)
 Embaúba (Cecropia hololeuca)
 Jerivá (Syagrus romanzoff)
 Paineiras (Ceiba speciosa (A.St.-Hil.) Ravenna - Bombacaceae)
 Figueiras (Ficus insipida Willd. – Moraceae)
 Plantas epífitas: Bromeliaceae, Orchidaceae, musgos e líquenes
 Palmito – Juçara (Euterpe edulis)
 Pau-brasil (Caesalpinia echinata Lam. Fabaceae)
 Caapeba (Piper sp – Piperaceae)
 Helicônia (Heliconia velloziana Emygdio – Heliconiaceae)
 Guaricanga (Geonoma elegans Mart. – Arecaceae)
 Samambaiaçu (Dicksonia sellowiana)
 Samambaiaçu-do-brejo (Blechnum brasiliensis – Blechnaceae)
 Samambaia-de-barranco (Dicranopteris pectinata (Willd.) - Gleicheniaceae)
 Brejauva (Astrocaryum aculeatissimum (Schott) Burret – Arecaceae)
 Quaresmeiras (Tibouchina sp. – Melasomataceae)
 Araçá-piranga (Eugenia leitonii Legrand sp. inéd. – Myttaceae)
 Jatobá (Hymenaea courbaril L. var. stirbocarpa)
 Jequitibá-rosa (Cariniana legalis)
 Erva de anta (Psychotria nuda)
 Bocuva (Virola oleifera (Schott) A.C. Smith – Miristicaceae)
 Mirinduva (Lafoensia glyptocarpa Koehne - Lythraceae)
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
7.10.6.
Serviços Ecossistêmicos
O Núcleo São Sebastião presta diversos serviços principalmente para a sua comunidade do
entorno:
235
●
Regulação da qualidade do ar;
●
Proteção dos morros e encostas;
●
Proteção dos solos;
●
Polinização;
●
Bem-estar, lazer e turismo;
●
Recursos hídricos.
O Núcleo São Sebastião abriga importantes mananciais de água que garantem a qualidade
ambiental da região. A região faz parte da Bacia Hidrográfica do Litoral Norte, formada por vários
cursos d´água que partem de diversas altitudes da Serra do Mar em direção ao Oceano Atlântico.
Alguns rios que nascem no Núcleo são: Rio São Sebastião, Juqueriquere, São Franciso, Ribeirão
Grande, Paúba, Maresias, Rio Grande, Camburi, Saí, Juqueí, Una, Rio Grande e o Ribeirão do Itu em
Boiçucanga, Rio Cristina, Pouso Alto e Rio Verde em Barra do Una.
Além disso, o Núcleo ajuda a proteger a paisagem da Serra do Mar, da Praia Brava e dos
pontões que emolduram as praias de Maresias, Paúba, Santiago, Toc Toc Grande e Toc Toc
Pequeno.
7.10.7.
Atrativos
O Núcleo São Sebastião conta com diversos atrativos naturais, como trilhas,
cachoeiras e piscinas naturais. Os principais atrativos do núcleo são:
Trilha São Francisco:
Trilha histórico-cultural em meio à Mata Atlântica que leva ao mais importante sítio
arqueológico do Parque Estadual Serra do Mar, o Sítio São Francisco (Fundação Florestal). Os
vestígios arqueológicos datam no final do século XVIII e início do século XIX, mas foram
descobertos apenas em 1991 e em 2007 (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
O Sítio é composto por elementos que evidenciam uma antiga unidade produtiva. Foram
encontrados vestígios de edificações, sistema de captação de água, estradas, bolsões de cultura
agrícola e áreas de descarte de material, dentre outros. Várias fazendas encontradas no litoral norte
são caracterizadas, por influência direta portuguesa, por grandes construções que uniam as
dependências de morada e as fabris sob o mesmo teto (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Entre as ruínas, foram identificadas a Casa Grande, alpendre, seteiras, forno circular,
cozinha, capela, grande pátio, elementos de decoração, fornalhas, área de captação de água, área
de controle e vigilância, senzala e mirante (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
236
Percurso: 2.207 metros
Tempo estimado: 04h00min
Nível de dificuldade: moderado a difícil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(h)
Trilha Praia Brava
A trilha era um antigo caminho de moradores locais que moravam na Praia Brava e
trabalhavam na fazenda de café de Boiçucanga no século XIX. Como o tempo, o traçado original foi
alterado com a instalação do Oleoduto da Petrobrás (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Durante o caminho, há diversos atrativos, como alguns mirantes: no primeiro é possível
avistar a Praia de Boiçucanga e a Praia de Cambury, além da cadeia de montanhas da Serra do
Mar. Já no segundo, o Mirante da Praia Brava, é possível avistar a Praia Brava e seus ecossistemas,
como a mata de encosta e o costão rochoso; a cachoeira da Praia Brava, pequena cachoeira com
quatro metros de altura, no canto direito da praia, em meio à Mata Atlântica, sendo propícia para
um banho de água doce e por fim a Praia Brava. A Praia Brava começou a ser chamada assim pelos
surfistas e aventureiros em virtude de suas ondas fortes e perigosas. Também é conhecida como a
“praia das pranchas quebradas” (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Não é indicada para crianças (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 3.000 metros
Tempo estimado: 03h00min
Nível de dificuldade: moderado à difícil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(h)
Trilha Cachoeira da Ribeira do Itu
A trilha é um caminho supostamente aberto pelos indígenas, que moravam no litoral e
buscavam acessar o planalto e posteriormente utilizado pelos caiçaras. O caminho era um dos
principais acessos à Caraguatatuba (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Atualmente, a trilha consiste em uma longa caminhada em meio a Mata Atlântica
conservada com diversos poços para banho, como o Poço das Antas, piscina natural de águas
verdes e cristalinas com aproximadamente 13 metros de largura e oito de comprimento é propício
para um mergulho; Poço dos Macacos, piscina natural azul-esverdeada de aproximadamente trinta
metros de comprimento por nove metros de largura; Poço da Serpente, formado por uma cachoeira
237
de aproximadamente sete metros de altura e um razoável volume de águas cristalinas e geladas e a
Cachoeira Samambaiaçu, queda d´água de aproximadamente vinte metros de altura (FUNDAÇÃO
FLORESTAL, 2013).
No entanto, a intenção do Núcleo São Sebastião, no momento, é priorizar a divulgação da
trilha do Ribeirão do Itu em sua porção inicial (partindo de Boiçucanga) até a 3ª queda (Serpente).
O motivo é o trabalho de monitoria focado nesse trecho, permitindo maior controle sobre a
visitação. Quando houver condições de monitorarmos a trilha como um todo, passaremos a destinar
a visitação por todo o percurso.
O percurso inicial conta com travessias de rios e boa parte são trechos de subida. Possui
atrativos como grandes árvores, presença de bromélias, orquídeas e lianas e ótimas estruturas para
banho, como hidromassagens e escorregador naturais e quedas de diversos tamanhos. No local não
é permitido acessar com bebidas alcoólicas, acampar, acender fogueira e levar animais domésticos.
Todo resíduo gerado, deve ser levado de volta pelo visitante e destinado em local correto. Há
estacionamento no local.
Além disso, embora a cachoeira da Pedra Lisa (1ª queda) não esteja em área do Parque, é
a maior queda do Rio Ribeirão do Itu e a mais visitada pelos turistas, sendo utilizada como um
atrativo para o uso público do Núcleo. Possui uma queda de 50m e uma "hidromassagem", com
quedas menores que formam pequenos poços naturais.
Percurso inicial
Percurso: 1.600 metros
Tempo estimado: 02h00min
Nível de dificuldade: fácil a moderado
Percurso completo
Percurso: 9.670 metros
Tempo estimado: 05h30min
Nível de dificuldade: moderado a difícil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(h)
238
Trilha do Jatobá
A trilha oferece uma caminhada na Mata Atlântica, onde é possível observar diversas
espécies características, como o palmito juçara, jatobá, jequitibá, bromélias e orquídeas. Além
disso, a trilha possui duas cachoeiras com piscina para banho (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Localizada ao final da trilha, a Cachoeira do Jatobá é formada por uma queda positiva em
corredeira, com aproximadamente 7 metros, rodeada de muita mata em bom estado de
conservação. O pequeno poço de águas cristalinas é convite ideal para um banho refrescante
(FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Já a pequena cachoeira do Jatobazinho é caracterizada pelo seu curioso formato em “V”.
Localizada imediatamente ao lado da trilha, em meio a uma preservada Mata Atlântica, seu
caminho é totalmente feito de pedras (FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013).
Percurso: 1.625 metros
Tempo estimado: 01h30min
Nível de dificuldade: fácil
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(h)
O Jatobá é uma planta com crescimento lento e mais frequente em matas de vegetação primária
em bom estado de conservação. Podem atingir até 20 m de altura, suas flores brancas florescem
no verão e são polinizadas por diferentes animais. A frutificação inicia-se com 8 a 15 anos de
idade, normalmente na primavera e suas sementes são normalmente dispersas por morcegos.
Por ser uma das dez espécies de árvores consideradas madeiras de lei, essa espécie encontra-se
em perigo de extinção. Estudos realizados indicam um grande potencial para sequestrar carbono
da atmosfera, fornecendo assim um importante serviço ecossistêmico.
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2013
Sertão do Camburi
O passeio consiste em 2 km de trilha com quatro cachoeiras de tamanhos variados ao longo
do percurso. É conhecida por suas belezas naturais e mata conservada. Oferece ótimas opções para
banhos. No local não é permitido acessar com bebidas alcoólicas, acampar, acender fogueira e levar
animais domésticos. Todo resíduo gerado, deve ser levado de volta pelo visitante e destinado em
local correto. Há estacionamento no local. Não é monitorada pela equipe de uso público do Núcleo
São Sebastião.
239
Percurso: 2.000 metros
Tempo estimado: 02h00min
Nível de dificuldade: baixa
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(h)
Estrada da Limeira
A estrada da Limeira, mais conhecida como estrada da Petrobrás, liga o bairro do Jaraguá
em São Sebastião até a estrada do Rio Pardo ou Intermediária.O percurso, de 24km, pode ser
percorrido por bicicleta (modelo mountain bike), motocicleta ou veículos de passeio (melhor 4x4) e
é opção de interligação da cidade de São Sebastião Salesópolis (litoral norte ao planalto), com
altitudes de até 900 m.
Durante o percurso é possível também passar por fazendas e sítios antigos com criação de
gado e outros desativados com seus campos verdes. Serve como acesso para os veículos de
manutenção do oleoduto que liga o porto de São Sebastião às refinarias do Estado de São Paulo.
Os atrativos naturais são diversos, desde mirantes onde se avistam algumas praias, como
Maresias e também o canal de São Sebastião e Ilhabela e rios / riachos de diferentes proporções,
que oferecem cenários dos mais interessantes da Mata Atlântica, com sua fauna e flora
característica da região da Serra do Mar.
Já no início da estrada de terra, com acesso pela praia da Enseada e passando pelo bairro
do Jaraguá, a vegetação é predominante e o visual preservado impressiona. São árvores de grande
porte espalhadas pelo caminho, misturadas com orquídeas, bromélias e outras diversas espécies
interessantes. O trajeto, desde o princípio, oferece subidas íngremes que são constantes durante
boa parte do trajeto.
Percurso: 24.000 metros
Tempo estimado:
Carro: 01h30min a 02h00min
Bicicleta: 05h00min
Nível de dificuldade: alto para bicicleta
Fonte: FUNDAÇÃO FLORESTAL, s/d(h)
240
7.10.8.
Informações gerais sobre o Núcleo
Dados gerais
Área
26.286 mil hectares
Bioma
Mata Atlântica
Município da sede
São Sebastião
Municípios Abrangidos
São Sebastião
Endereço da sede
Praça Simeão Faustino, 17
Escritório urbano
Bases e outras funções
Telefones
(12) 3863-1707 / (12) 3863-1575
Sinal de celular da sede
Sinal de celular da base
E-mail da UC
[email protected]
Nome do Gestor
Ricardo Laerte Romero
Esportes Radicais
Não
Capacidade de
hospedagem
Não
Valor da hospedagem
na UC
Não
Centro de visitantes
Sim
Capacidade do auditório
Não
Capacidade do
refeitório
Não
Lanchonete
Não
Quiosques pic nic
Não
Camping na UC
Não
Facilidades no entorno
imediato
Sim. O Núcleo São Sebastião estende-se paralelamente à orla marítima, onde se
concentra toda a zona urbana do município.
Tipo de Acesso
Asfalto
Distância de SP
175 km
241
Distância cidade mais
próxima(s)
45 km do centro de São Sebastião
Cobrança de Ingresso e
valor
Não
Amplitude Altitudinal
0m a 453m
Amplitude de
Temperaturas
Máxima 38º; Média 22º; Mínima 8º
Bases e outras funções
Base de Proteção
Endereço
Telefone
Capacidade de
hospedagem
Base de Uso Público
Endereço
Telefone
Capacidade de
hospedagem
Mais Informações
Sede Administrativa
Dias e horário de
funcionamento
De segunda-feira a sexta-feira das 8h às 17h.
Telefones para
informação
(13) 3419 2792 / (13) 3419 2631
E-mail
Gestor (a)
Endereço
Visitação
Dias e horário de
funcionamento
Endereço
242
Normas de Visitação e Segurança do PESM
É proibida a entrada de pessoas descalças. Obrigatório o uso de calçado fechado (tênis ou bota);
É proibido o consumo de bebida alcoólica dentro da UC;
É proibido o uso de shampoo, sabonete, creme, etc., nas piscinas naturais;
É proibido fazer churrasco ou qualquer tipo de fogueira dentro da UC;
É proibida a retirada ou a introdução de qualquer espécie (flora e fauna) assim como de qualquer outro
produto (pedras, madeiras, etc.) desta UC.
Normas para as trilhas
Nunca ultrapasse o monitor, pois é ele que irá avisar se houver algum perigo;
Mantenha-se no caminho pré-determinado, andando sempre um atrás do outro, para evitar o alargamento da
trilha;
Não correr, gritar ou falar muito alto, isso pode assustar os animais;
Observe os locais antes de apoiar as mãos ou se sentar, pois há muitos animais e insetos peçonhentos que se
camuflam e se encontrar algum animal, mantenha a distancia;
Não retire flores, frutos, plantas silvestres ou pedras. Quando encontrar galhos ou folhas no meio da trilha,
não os retire, pois é onde as cobras gostam de se esconder. Apenas desvie;
Não se arrisque nas pedras e não puxe ou pendure em cipós;
É proibido fumar nas trilhas;
É proibido o uso de bebidas alcoolicas.
Símbolo
Gavinha
243
8. ANEXOS
Anexo 1 – PEGADA ECOLÓGICA
A Pegada Ecológica é uma metodologia de contabilidade ambiental que avalia a pressão do
consumo das populações humanas sobre os recursos naturais. É uma ferramenta que permite
comparar diferentes padrões de consumo e verificar se estão dentro da capacidade regenerativa da
Terra, ou sua biocapacidade – área efetivamente disponível para a produção dos recursos naturais
e a absorção das emissões de CO2.
Ela é expressa em hectares globais (gha) que representa um hectare de produtividade
média mundial para terras e águas produtivas em um ano.
A pegada ecológica leva em consideração em sua metodologia seis componentes:
●
Área construída: Representa a extensão de áreas cobertas por infraestrutura humana,
inclusive transportes, habitação, estruturas industriais e reservatórios para a geração de
energia hidrelétrica.
●
Área de cultivo: Representa a extensão de áreas de cultivo usadas para a produção de
alimentos e fibras para consumo humano, ração para o gado, oleaginosas e borracha.
●
Pesqueiros: Calculada a partir da estimativa de produção primária necessária para
sustentar os peixes e mariscos capturados, com base em dados de captura relativos a
espécies marinhas e de água doce.
●
Área florestal: Representa a extensão de áreas florestais necessárias para o fornecimento
de produtos madeireiros, celulose e lenha.
●
Pastagem: Representa a extensão de áreas de pastagem utilizadas para a criação de gado
de corte e leiteiro e para a produção de couro e produtos de lã.
●
Carbono: Representa a extensão de áreas florestais capaz de sequestrar emissões de CO2
derivadas da queima de combustíveis fósseis, excluindo-se a parcela absorvida pelos
oceanos que provoca a acidificação.
A pegada ecológica mundial vem crescendo anualmente, como os estudos realizados pela
Global Footprint Network vêm demonstrando. Atualmente, seria necessário 1,5 planeta Terra para
atender o consumo humano, sendo que a maior parte é associada às áreas florestais necessárias
para o sequestro das emissões de carbono (55%) (WWF, 2012a).
244
Fonte: WWF, 2012a
A Global Footprint Network também disponibiliza uma ferramenta, na qual é possível o
cálculo da pegada de carbono de pessoas físicas em:
http://www.footprintnetwork.org/en/index.php/GFN/page/calculators/
Uma análise comumente realizada é a associação da pegada ecológica de um determinado
país e seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Assim, é possível determinar a habilidade do
país de atingir padrões adequados de saúde, de educação e econômicos respeitando a
biocapacidade planetária.
Uma pequena pegada ecológica associada a um alto IDH são as condições mínimas para o
desenvolvimento humano sustentável. A área destacada em azul no gráfico demonstra que este
ainda é um cenário pouco atingido pelos países atualmente.
245
Fonte: GLOBAL FOOTPRINT NETWORK, 2012
No Brasil, o dado mais relevante é o forte declínio sofrido pela biocapacidade ao longo dos
anos devido ao empobrecimento dos serviços ecológicos e degradação dos ecossistemas. Ainda
assim, o Brasil encontra-se em uma importante posição no cenário mundial, como um dos maiores
credores ecológicos do planeta (WWF, 2012b).
Para se manter nesta posição de credor ecológico, o Brasil precisa reverter este quadro de
declínio de sua biocapacidade com ações de conservação e de produção ecoeficiente, buscando
diminuir a Pegada Ecológica de sua população por meio do consumo consciente e da manutenção
da estabilidade populacional (WWF, 2012b).
246
Fonte: WWF, 2012b
A Pegada Ecológica média do Estado de São Paulo é de 3,52 hectares globais per capta
(gha/cap) e de sua capital, a cidade de São Paulo, 4,38 gha/cap. Isso significa que, se todas as
pessoas do planeta consumissem de forma semelhante aos paulistas, seriam necessários quase dois
planetas para sustentar esse estilo de vida. Se vivessem como os paulistanos, quase dois planetas e
meio (WWF, 2012b).
A Pegada Ecológica da cidade de São Paulo é 49% maior que a brasileira, 25% maior do
que a do Estado de São Paulo. O Estado de São Paulo apresenta, por sua vez, uma Pegada
Ecológica 20% maior que a média brasileira, que é de 2,93 hectares globais por pessoa (WWF,
2012b).
Fonte: WWF, 2012b
247
ANEXO 2 - OUTRAS ESPÉCIES
GATO MORISCO (Puma yagouaroundi)
O gato mourisco é considerado uma espécie guarda-chuva para o Parque Estadual Serra do Mar
(TAMOIOS INTELIGÊNCIA GEOGRÁFICA, 2011). Possui cerca de 60 cm de comprimento de corpo, 45 cm de
cauda e pesa de 6 a 9 Kg. Habita áreas de mata primária, secundária, de preferência na mata ciliar dos rios,
lagos e banhados. O gato-mourisco alimenta-se de roedores, lebres, macacos, cotias, quatis e até pequenos
veados. O gato mourisco é um animal de hábitos diurno e noturno, terrestre, podendo subir em árvore. Sua
dieta inclui também de aves, répteis, anfíbios e peixes. Costuma andar sozinho, podendo ser visto aos casais
somente durante a época de reprodução, comportamento típico dos felinos (INSTITUTO RÃ-BUGIO PARA
CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE, s/d(d)).
Estudos científicos recentes revelam que a espécie tornou-se muito rara e a destruição de hábitats é
a principal causa de ameaça de extinção (IUCN, 2011). A perda de habitats tem um impacto negativo sobre a
sua probabilidade de ocorrência (MICHALSKI e PERES, 2005). Além disso, o pouco conhecimento sobre a
biologia desta espécie limita a possibilidade de estratégias de conservação eficazes. É uma das espécies de
felinos com maior deficiência de dados, tanto relacionados com a biologia da espécie e padrão de distribuição
geográfica, quanto com a sua atual situação de densidade populacional (SUNQUIST e SUNQUIST, 2002).
SARUCUÁ (Trogon surrucura)
Espécie de ave colorida. Também chamada de dorminhoco porque permanece muito tempo
empoleirado sobre o mesmo galho procurando alimento. Os machos têm as cores mais intensas, com a
cabeça azul e as pálpebras amarelas. Nas fêmeas estas regiões são cinza. Possuem plumagem macia, pernas
curtas, bico grosso e curto e cauda longa, graduada e de ponta quadrada. Vivem em ambientes florestais.
Alimentam-se de insetos, aranhas e frutos como o da embaúba. Constrói seu ninho em ocos de árvores com
até 17 cm de profundidade e em média 10 cm de diâmetro e põe quatro ovos brancos. Tem uma grande
importância na Natureza, pois são dispersores de sementes e auxiliam no controle da população de insetos e
aranhas (ICMBio, s/d).
CUIÚ-CUIÚ (Pionopsitta pileata)
248
Emite um som barulhento e semelhante ao da Maitaca-verde. Há dimorfismo sexual. Ambos sexos
apresentam plumagem verde uniforme, mas somente os machos tem a testa, o loro e a corôa vermelha. A
fêmea apresenta a fronte com faixa levemente azulada. Ambos possuem a borda superior das asas, em azul
escuro. Alimenta-se de grande variedade de frutas silvestres, como a candeia, um dos alimentos prediletos
desta espécie, a goiaba e o caqui. O casal vive unido e permanece assim a vida inteira, como outros
psitacídeos faz seu ninho no oco de árvores, aonde a fêmea põe de 3 a 4 ovos e os choca por 24 dias, o
macho cuida de sua alimentação durante todo o período de incubação (Wikiaves, s/d(g)).
ONÇA-PINTADA (Panthera onca)
A onça-pintada é um animal de grande porte com o comprimento de seu corpo atingindo de 188,2 a
207,2 cm. Sua coloração é amarelada na cabeça, dorso, patas e cauda e esbranquiçada no peito e no ventre;
é acompanhada por pintas pretas nas regiões da cabeça, pescoço e patas, rosetas com pontos no interior na
região dos ombros, costas e flancos. Possui hábitos solitários (exceto no período reprodutivo e de cuidado
com os filhotes), noturnos e terrestres, apesar de escalar árvores e nadarem muito bem. Basicamente
carnívora, sua alimentação é composta de animais de médio a grande porte como: anta, capivara, cateto,
tatu, entre outros. Ocorrem em todos biomas brasileiros como: Amazônia, Cerrado, Pantanal, Caatinga, Mata
Atlântica e Campos
Sulinos. Espécie ameaçada (ViaRondon, 2011).
249
250
ANEXO 3. UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO ESTADO DE SÃO PAULO
Código UC
Nome do Órgão
Gestor
Nome da UC
Esfera
Administrativa
Categoria de
Manejo
Categoria
IUCN
Bioma
declarado
Municípios Abrangidos
Estados
Abrangidos
MG, RJ, SP
0000.00.0011
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
ÁREA DE
PROTEÇÃO
AMBIENTAL
SERRA DA
MANTIQUEIRA
Federal
Área de
Proteção
Ambiental
Category
V
Mata
Atlântica
Aiuruoca (MG), Alagoa (MG), Bocaina de
Minas (MG), Baependi (MG), Delfim
Moreira (MG), Itamonte (MG), Itanhandu
(MG), Liberdade (MG), Marmelópolis (MG),
Passa Quatro (MG), Passa Vinte (MG),
Piranguçu (MG), Pouso Alto (MG), Virgínia
(MG), Wenceslau Braz (MG), Itatiaia (RJ),
Resende (RJ), Campos do Jordão (SP),
Cruzeiro (SP), Guaratinguetá (SP), Lorena
(SP), Lavrinhas (SP), Pindamonhangaba
(SP), Piquete (SP), Queluz (SP), Santo
Antônio do Pinhal (SP), São Bento do
Sapucaí (SP)
0000.00.0014
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
ÁREA DE
PROTEÇÃO
AMBIENTAL DE
CANANÉIAIGUAPÉPERUÍBE
Federal
Área de
Proteção
Ambiental
Category
V
Mata
Atlântica
Ilha Comprida (SP), Peruíbe (SP), Miracatu
(SP), Itariri (SP), Iguape (SP), Cananéia
(SP)
SP
MS, PR, SP
0000.00.0025
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
ÁREA DE
PROTEÇÃO
AMBIENTAL
ILHAS E
VÁRZEAS DO
RIO PARANÁ
0000.00.0030
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
ÁREA DE
RELEVANTE
INTERESSE
ECOLÓGICA
VASSUNUNGA
Federal
Área de
Proteção
Ambiental
Category
V
Mata
Atlântica
Bataiporã (MS), Eldorado (MS), Iguatemi
(MS), Itaquiraí (MS), Ivinhema (MS),
Japorã (MS), Jateí (MS), Mundo Novo (MS),
Naviraí (MS), Nova Andradina (MS), Novo
Horizonte do Sul (MS), Taquarussu (MS),
Altânia (PR), Diamante do Norte (PR),
Guaíra (PR), Icaraíma (PR), Ivaté (PR),
Marilena (PR), Nova Londrina (PR), Porto
Rico (PR), Querência do Norte (PR), Santa
Cruz de Monte Castelo (PR), São Jorge do
Patrocínio (PR), São Pedro do Paraná (PR),
Terra Roxa (PR), Vila Alta (PR), Rosana
(SP)
Federal
Área de
Relevante
Interesse
Ecológico
Category
IV
Mata
Atlântica
Santa Rita do Passa Quatro (SP)
SP
251
0000.00.0032
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
0000.00.0036
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
0000.00.0037
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
0000.00.0040
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
0000.00.0041
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
0000.00.0064
0000.00.0071
0000.00.0073
252
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
ÁREA DE
RELEVANTE
INTERESSE
ECOLÓGICA PÉDE-GIGANTE
ÁREA DE
RELEVANTE
INTERESSE
ECOLÓGICA
ILHA AMEIXAL
ÁREA DE
RELEVANTE
INTERESSE
ECOLÓGICO
ILHAS
QUEIMADA
GRANDE E
QUEIMADA
PEQUENA
ÁREA DE
RELEVANTE
INTERESSE
ECOLÓGICA
MATA DE SANTA
GENEBRA
ÁREA DE
RELEVANTE
INTERESSE
ECOLÓGICA
MATÃO DE
COSMÓPOLIS
Federal
Área de
Relevante
Interesse
Ecológico
Category
IV
Mata
Atlântica
Santa Rita do Passa Quatro (SP)
SP
Federal
Área de
Relevante
Interesse
Ecológico
Category
IV
Mata
Atlântica
Peruíbe (SP)
SP
Federal
Área de
Relevante
Interesse
Ecológico
Category
IV
Marinho
Peruíbe (SP)
SP
Federal
Área de
Relevante
Interesse
Ecológico
Category
IV
Cerrado
Paulínia (SP)
SP
Federal
Área de
Relevante
Interesse
Ecológico
Category
IV
Cerrado
Artur Nogueira (SP), Cosmópolis (SP)
SP
ESTAÇÃO
ECOLÓGICA
TUPINAMBÁS
Federal
Estação
Ecológica
Category
Ia
Marinho
São Sebastião (SP), Ubatuba (SP)
SP
ESTAÇÃO
ECOLÓGICA DOS
TUPINIQUINS
Federal
Estação
Ecológica
Category
Ia
Marinho
Cananéia (SP), Itanhaém (SP), Peruíbe
(SP)
SP
ESTAÇÃO
ECOLÓGICA
MICO LEÃO
PRETO
Federal
Estação
Ecológica
Category
Ia
Mata
Atlântica
Euclides da Cunha Paulista (SP), Marabá
Paulista (SP), Presidente Epitácio (SP),
Teodoro Sampaio (SP)
SP
0000.00.0079
0000.00.0094
0000.00.0098
0000.00.0142
0000.00.0234
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
FLORESTA
NACIONAL DE
CAPÃO BONITO
Federal
Floresta
Category
VI
Mata
Atlântica
Buri (SP), Capâo Bonito (SP)
SP
FLORESTA
NACIONAL DE
IPANEMA
Federal
Floresta
Category
VI
Mata
Atlântica
Araçoiaba da Serra (SP), Capela do Alto
(SP), Iperó (SP)
SP
FLORESTA
NACIONAL DE
LORENA
Federal
Floresta
Category
VI
Mata
Atlântica
Lorena (SP)
SP
PARQUE
NACIONAL DA
SERRA DA
BOCAINA
Federal
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
Angra dos Reis (RJ), Parati (RJ), Areias
(SP), Cunha (SP), São José do Barreiro
(SP), Ubatuba (SP)
RESERVA
EXTRATIVISTA
MANDIRA
Federal
Reserva
Extrativista
Category
VI
Mata
Atlântica
Cananéia (SP)
SP
SP
RJ, SP
0000.35.0798
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
PARQUE
ESTADUAL DA
SERRA DO MAR
Estadual
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
Bertioga (SP), Biritiba-Mirim (SP),
Caraguatatuba (SP), Cubatão (SP), Cunha
(SP), Itanhaém (SP), Juquitiba (SP), Moji
das Cruzes (SP), Mongaguá (SP),
Natividade da Serra (SP), Paraibuna (SP),
Pedro de Toledo (SP), Peruíbe (SP), Praia
Grande (SP), Salesópolis (SP), Santo André
(SP), Santos (SP), São Bernardo do Campo
(SP), São Luís do Paraitinga (SP), São
Paulo (SP), São Sebastião (SP), São
Vicente (SP), Ubatuba (SP)
0000.35.0800
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
PARQUE
ESTADUAL DE
CAMPOS DO
JORDÃO
Estadual
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
Campos do Jordão (SP)
SP
0000.35.0801
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
PARQUE
ESTADUAL DO
JURUPARÁ
Estadual
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
Piedade (SP), Ibiúna (SP)
SP
253
0000.35.0807
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
ESTAÇÃO
ECOLÓGICA DE
PAULO DE
FARIA
Estadual
Estação
Ecológica
Category
Ia
Mata
Atlântica
Paulo de Faria (SP)
SP
0000.35.0808
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
ESTAÇÃO
ECOLÓGICA
JATAÍ
Estadual
Estação
Ecológica
Category
Ia
Cerrado
Luís Antônio (SP)
SP
0000.35.0810
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
PARQUE
ESTADUAL
CARLOS
BOTELHO
Estadual
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
Capâo Bonito (SP), Sete Barras (SP), São
Miguel Arcanjo (SP)
SP
0000.35.0812
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
ESTAÇÃO
ECOLÓGICA DE
RIBEIRÃO
PRETO
Estadual
Estação
Ecológica
Category
Ia
Mata
Atlântica
Ribeirão Preto (SP)
SP
0000.35.0816
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
PARQUE
ESTADUAL DO
MORRO DO
DIABO
Estadual
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
Teodoro Sampaio (SP)
SP
0000.35.0817
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
ESTAÇÃO
ECOLÓGICA
CHAÚAS
Estadual
Estação
Ecológica
Category
Ia
Mata
Atlântica
Iguape (SP)
SP
0000.35.0818
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
ESTAÇÃO
ECOLÓGICA DE
SÃO CARLOS
Estadual
Estação
Ecológica
Category
Ia
Mata
Atlântica
Brotas (SP)
SP
0000.35.0819
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
ESTAÇÃO
ECOLÓGICA
IBICATU
Estadual
Estação
Ecológica
Category
Ia
Mata
Atlântica
Piracicaba (SP)
SP
0000.35.0820
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
ESTAÇÃO
ECOLÓGICA
BANANAL
Estadual
Estação
Ecológica
Category
Ia
Mata
Atlântica
Bananal (SP)
SP
254
0000.35.0821
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
ESTAÇÃO
ECOLÓGICA
ITABERÁ
Estadual
Estação
Ecológica
Category
Ia
Mata
Atlântica
Itaberá (SP)
SP
0000.35.0823
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
PARQUE
ESTADUAL DE
PORTO
FERREIRA
Estadual
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
Porto Ferreira (SP)
SP
0000.35.0825
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
PARQUE
ESTADUAL DAS
FURNAS DO
BOM JESUS
Estadual
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
Pedregulho (SP)
SP
0000.35.0826
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
PARQUE
ESTADUAL
TURÍSTICO DO
ALTO DO
RIBEIRA
Estadual
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
Iporanga (SP), Apiaí (SP)
SP
0000.35.0831
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
PARQUE
ESTADUAL DO
JUQUERY
Estadual
Parque
Category
II
Cerrado
Franco da Rocha (SP), Caieiras (SP)
SP
0000.35.0833
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
PARQUE
ESTADUAL
XIXOVÁ-JAPUÍ
Estadual
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
São Vicente (SP), Praia Grande (SP)
SP
0000.35.0834
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
Estadual
Parque
Category
II
Marinho
Santos (SP)
SP
0000.35.0836
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
Estadual
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
Campos do Jordão (SP)
SP
0000.35.0841
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
Estadual
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
Cananéia (SP)
SP
PARQUE
ESTADUAL
MARINHO DA
LAJE DE
SANTOS
PARQUE
ESTADUAL DOS
MANANCIAIS DE
CAMPOS DO
JORDÃO
PARQUE
ESTADUAL DA
ILHA DO
CARDOSO
255
0000.35.0844
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
PARQUE
ESTADUAL DA
CANTAREIRA
0000.35.0845
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
PARQUE
ESTADUAL DO
AGUAPEÍ
0000.35.0852
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
São Paulo (SP), Mairiporã (SP), Guarulhos
(SP), Caieiras (SP)
SP
Estadual
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
São João do Pau D'Alho (SP), Nova
Independência (SP), Monte Castelo (SP),
Junqueirópolis (SP), Guaraçaí (SP), Castilho
(SP)
SP
FLORESTA
ESTADUAL
EDMUNDO
NAVARRO DE
ANDRADE
Estadual
Floresta
Category
VI
Mata
Atlântica
Rio Claro (SP), Santa Gertrudes (SP)
SP
0000.35.0853
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
PARQUE
ESTADUAL DE
VASSUNUNGA
Estadual
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
Santa Rita do Passa Quatro (SP)
SP
0000.35.0854
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
PARQUE
ESTADUAL DA
CAMPINA DO
ENCANTADO
Estadual
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
Pariquera-Açu (SP)
SP
0000.35.0855
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
PARQUE
ESTADUAL DE
ILHABELA
Estadual
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
Ilhabela (SP)
SP
0000.35.0856
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
PARQUE
ESTADUAL DA
ILHA ANCHIETA
Estadual
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
Ubatuba (SP)
SP
0000.35.0857
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
ESTAÇÃO
ECOLÓGICA DOS
CAETETUS
Estadual
Estação
Ecológica
Category
Ia
Cerrado
Alvinlândia (SP), Gália (SP)
SP
0000.35.0859
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
PARQUE
ESTADUAL DO
JARAGUÁ
Estadual
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
São Paulo (SP), Osasco (SP)
SP
256
Estadual
0000.35.0862
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
ESTAÇÃO
ECOLÓGICA
JURÉIA-ITATINS
Estadual
Estação
Ecológica
Category
Ia
Mata
Atlântica
Iguape (SP), Itariri (SP), Miracatu (SP),
Peruíbe (SP)
SP
0000.35.0863
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
ESTAÇÃO
ECOLÓGICA
VALINHOS
Estadual
Estação
Ecológica
Category
Ia
Mata
Atlântica
Valinhos (SP)
SP
0000.35.0870
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
PARQUE
ESTADUAL DO
RIO PEIXE
Estadual
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
Dracena (SP), Ouro Verde (SP), Piquerobi
(SP), Presidente Venceslau (SP)
SP
0000.35.0909
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
ESTAÇÃO
ECOLÓGICA DE
BAURU
Estadual
Estação
Ecológica
Category
Ia
Mata
Atlântica
Bauru (SP)
SP
0000.35.0910
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
ESTAÇÃO
ECOLÓGICA DE
ITAPETI
Estadual
Estação
Ecológica
Category
Ia
Mata
Atlântica
Moji das Cruzes (SP)
SP
0000.35.0911
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
ESTAÇÃO
ECOLÓGICA DE
XITUÉ
Estadual
Estação
Ecológica
Category
Ia
Mata
Atlântica
Ribeirão Grande (SP)
SP
0000.35.0913
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
PARQUE
ESTADUAL DA
ARA
Estadual
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
Valinhos (SP), Campinas (SP)
SP
0000.00.1044
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
Federal
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Cerrado
Itápolis (SP)
SP
0000.00.1045
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
Federal
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
Caraguatatuba (SP)
SP
RESERVA
PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO
NATURAL SITIO
PALMITAL
RESERVA
PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO
NATURAL SÍTIO
DO JACU
257
0000.00.1046
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
0000.00.1047
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
0000.00.1048
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
0000.00.1049
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
0000.00.1050
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
0000.00.1051
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
0000.00.1052
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
258
RESERVA
PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO
NATURAL SÍTIO
DO
CANTONEIRO
RESERVA
PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO
NATURAL SÍTIO
CURUCUTU
RESERVA
PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO
NATURAL SÍTIO
CAPUAVINHA
RESERVA
PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO
NATURAL
MEANDROS II
RESERVA
PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO
NATURAL
RESERVA
ECOLÓGICA
AMADEU
BOTELHO
RESERVA
PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO
NATURAL
PARQUE
FLORESTAL SÃO
MARCELO
RESERVA
PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO
NATURAL SÍTIO
PITHON
Federal
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
Monteiro Lobato (SP)
SP
Federal
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
São Paulo (SP)
SP
Federal
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
Mairiporã (SP)
SP
Federal
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
Ibiúna (SP)
SP
Federal
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
Jaú (SP)
SP
Federal
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
Moji-Mirim (SP)
SP
Federal
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
Araçariguama (SP)
SP
0000.00.1053
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
0000.00.1054
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
0000.00.1055
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
0000.00.1056
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
0000.00.1058
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
0000.00.1059
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
RESERVA
PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO
NATURAL
MORRO DO
CURUSSU MIRIM
RESERVA
PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO
NATURAL
FAZENDA SILVO
AGRO-PASTORIL
GONÇALVES
RESERVA
PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO
NATURAL
FLORESTA
NEGRA, PARQUE
NATURAL PARA
ESTUDOS,
PESQUISA E
EDUCAÇÃO
AMBIENTAL
RESERVA
PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO
NATURAL
FAZENDA SAN
MICHELE
RESERVA
PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO
NATURAL
FAZENDA
RELÓGIO
QUEIMADO
RESERVA
PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO
NATURAL
MEANDROS
Federal
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
Ubatuba (SP)
SP
Federal
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
Tapiraí (SP)
SP
Federal
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
Araçoiaba da Serra (SP)
SP
Federal
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
São José dos Campos (SP)
SP
Federal
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
Cafelândia (SP)
SP
Federal
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
Ibiúna (SP)
SP
259
0000.00.1060
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
0000.00.1061
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
0000.00.1062
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
0000.00.1063
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
0000.00.1064
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
0000.00.1065
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
0000.00.1066
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
260
RESERVA
PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO
NATURAL
MEANDROS III
RESERVA
PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO
NATURAL
FAZENDA HORII
RESERVA
PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO
NATURAL
FAZENDA BELA
AURORA
RESERVA
PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO
NATURAL
ESTÂNCIA
JATOBÁ
RESERVA
PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO
NATURAL
CENTRO DE
VIVÊNCIA COM
A NATUREZA CVN
RESERVA
PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO
NATURAL
RESERVA
RIZZIERI
RESERVA
PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO
NATURAL
PARQUE DOS
PÁSSAROS
Federal
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
Ibiúna (SP)
SP
Federal
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
Guapiara (SP)
SP
Federal
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
Cruzeiro (SP)
SP
Federal
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
Jaguariúna (SP)
SP
Federal
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
Araçoiaba da Serra (SP)
SP
Federal
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
São Sebastião (SP)
SP
Federal
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Cerrado
Bragança Paulista (SP)
SP
0000.00.1067
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
0000.00.1068
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
0000.00.1069
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
0000.00.1070
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
0000.00.1071
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
0000.00.1072
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
0000.00.1073
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
0000.00.1074
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
RESERVA
PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO
NATURAL
FAZENDA
PALMIRA
RESERVA
PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO
NATURAL SÍTIO
RYAN
RESERVA
PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO
NATURAL SÍTIO
SABIUNA
RESERVA
PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO
NATURAL
TOQUE TOQUE
PEQUENO
RESERVA
PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO
NATURAL
VOTURUNA II
RESERVA
PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO
NATURAL
VOTURUNA V
RESERVA
PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO
NATURAL
FAZENDA
SERRINHA
RESERVA
PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO
NATURAL
ECOWORLD
Federal
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Cerrado
Serra Azul (SP)
SP
Federal
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
Itapevi (SP)
SP
Federal
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
Joanópolis (SP)
SP
Federal
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
São Sebastião (SP)
SP
Federal
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
Santana de Parnaíba (SP)
SP
Federal
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
Pirapora do Bom Jesus (SP)
SP
Federal
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
Bragança Paulista (SP)
SP
Federal
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
Atibaia (SP)
SP
261
RESERVA
PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO
NATURAL
CARBOCLORO
S/A
RESERVA
PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO
NATURAL SÍTIO
PRIMAVERA
ÁREA DE
PROTEÇÃO
AMBIENTAL
BACIA DO
PARAÍBA DO
SUL
0000.00.1075
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
0000.00.1076
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
0000.00.1521
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
0950.35.1570
Secretaria Municipal
de Meio Ambiente Prefeitura Municipal
de Campinas
AREA DE
PROTEçãO
AMBIENTAL DE
CAMPINAS
Municipal
Área de
Proteção
Ambiental
Category
V
Mata
Atlântica
Campinas (SP)
SP
0000.35.1672
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
ESTAÇÃO
ECOLÓGICA DO
BARREIRO RICO
Estadual
Estação
Ecológica
Category
Ia
Mata
Atlântica
Anhembi (SP)
SP
0000.35.1675
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
PARQUE
ESTADUAL
CAVERNA DO
DIABO
Estadual
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
Iporanga (SP), Eldorado (SP), Cajati (SP),
Barra do Turvo (SP)
SP
0000.35.1676
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
PARQUE
ESTADUAL
INTERVALES
Estadual
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
Ribeirão Grande (SP)
SP
0000.35.1677
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
PARQUE
ESTADUAL DO
ITINGUÇU
Estadual
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
Peruíbe (SP), Iguape (SP)
SP
262
Federal
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
Cubatão (SP)
SP
Federal
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
São Luís do Paraitinga (SP)
SP
Federal
Área de
Proteção
Ambiental
Category
V
Mata
Atlântica
Aparecida (SP)
SP
0000.35.1678
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
PARQUE
ESTADUAL
LAGAMAR DE
CANANEIA
Estadual
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
Cananéia (SP), Jacupiranga (SP)
SP
0000.35.1679
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
PARQUE
ESTADUAL DO
PRELADO
Estadual
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
Iguape (SP)
SP
0000.35.1681
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
REFÚGIO DE
VIDA SILVESTRE
DAS ILHAS DO
ABRIGO E
GUARARITAMA
Estadual
Refúgio de
Vida
Silvestre
Category
III
Mata
Atlântica
Peruíbe (SP)
SP
0000.35.1685
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
RESERVA
EXTRATIVISTA
ILHA DO TUMBA
Estadual
Reserva
Extrativista
Category
VI
Marinho
Cananéia (SP)
SP
0000.35.1686
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
RESERVA
EXTRATIVISTA
TAQUARI
Estadual
Reserva
Extrativista
Category
VI
Mata
Atlântica
Cananéia (SP)
SP
0000.35.1687
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
RDS DA BARRA
DO UNA
Estadual
Reserva de
Desenvolvim
ento
Sustentável
Category
VI
Mata
Atlântica
Peruíbe (SP)
SP
0000.35.1688
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
RDS BARREIRO
ANHEMAS
Estadual
Reserva de
Desenvolvim
ento
Sustentável
Category
VI
Mata
Atlântica
Barra do Turvo (SP)
SP
0000.35.1689
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
RDS DO
DESPRAIADO
Estadual
Reserva de
Desenvolvim
ento
Sustentável
Category
VI
Mata
Atlântica
Iguape (SP)
SP
0000.35.1690
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
Estadual
Reserva de
Desenvolvim
ento
Sustentável
Category
VI
Mata
Atlântica
Cajati (SP)
SP
RDS LAVRAS
263
0000.35.1691
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
RDS DOS
PINHEIRINHOS
Estadual
Reserva de
Desenvolvim
ento
Sustentável
Category
VI
Mata
Atlântica
Barra do Turvo (SP)
SP
0000.35.1692
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
RDS
QUILOMBOS DE
BARRA DO
TURVO
Estadual
Reserva de
Desenvolvim
ento
Sustentável
Category
VI
Mata
Atlântica
Barra do Turvo (SP)
SP
0000.35.1693
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
RDS
ITAPANHAPIMA
Estadual
Reserva de
Desenvolvim
ento
Sustentável
Category
VI
Mata
Atlântica
Cananéia (SP)
SP
0000.35.1695
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
APA CABREUVA
Estadual
Área de
Proteção
Ambiental
Category
V
Mata
Atlântica
Cabreúva (SP), Indaiatuba (SP), Itu (SP),
Salto (SP)
SP
0000.35.1696
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
APA CAJAMAR
Estadual
Área de
Proteção
Ambiental
Category
V
Mata
Atlântica
Cajamar (SP)
SP
0000.35.1697
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
APA CAJATI
Estadual
Área de
Proteção
Ambiental
Category
V
Mata
Atlântica
Campos do Jordão (SP)
SP
0000.35.1698
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
APA CAMPOS DO
JORDÃO
Estadual
Área de
Proteção
Ambiental
Category
V
Mata
Atlântica
Campos do Jordão (SP)
SP
0000.35.1700
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
APA
CORUMBATAí,
BOTUCATU E
TEJUPá
PERIMETRO
CORUMBATAí
Estadual
Área de
Proteção
Ambiental
Category
V
Mata
Atlântica
Analândia (SP), Barra Bonita (SP), Brotas
(SP), Corumbataí (SP), Dois Córregos (SP),
Ipeúna (SP), Itirapina (SP), Mineiros do
Tietê (SP), Rio Claro (SP), Santa Maria da
Serra (SP), São Carlos (SP), São Pedro (SP)
SP
0000.35.1701
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
APA IBITINGA
Estadual
Área de
Proteção
Ambiental
Category
V
Mata
Atlântica
Ibitinga (SP)
SP
264
0000.35.1702
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
APA ILHA
COMPRIDA
0000.35.1703
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
Estadual
Área de
Proteção
Ambiental
Category
V
Mata
Atlântica
Ilha Comprida (SP)
SP
APA
ITUPARARANGA
Estadual
Área de
Proteção
Ambiental
Category
V
Mata
Atlântica
Alumínio (SP), Cotia (SP), Ibiúna (SP),
Mairinque (SP), Piedade (SP), São Roque
(SP), Vargem Grande Paulista (SP),
Votorantim (SP)
SP
0000.35.1704
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
APA JUNDIAí
Estadual
Área de
Proteção
Ambiental
Category
V
Mata
Atlântica
Campo Limpo Paulista (SP), Itupeva (SP),
Jarinu (SP), Jundiaí (SP)
SP
0000.35.1706
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
APA MORRO DE
SãO BENTO
Estadual
Área de
Proteção
Ambiental
Category
V
Mata
Atlântica
Ribeirão Preto (SP)
SP
0000.35.1707
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
APA PARQUE E
FAZENDA DO
CARMO
Estadual
Área de
Proteção
Ambiental
Category
V
Mata
Atlântica
São Paulo (SP)
SP
SP
0000.35.1708
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
APA PIRACICABA
JUQUERí-MIRIM
AREA II
Estadual
Área de
Proteção
Ambiental
Category
V
Mata
Atlântica
Amparo (SP), Analândia (SP), Bragança
Paulista (SP), Campinas (SP), Charqueada
(SP), Corumbataí (SP), Holambra (SP),
Ipeúna (SP), Itirapina (SP), Jaguariúna
(SP), Joanópolis (SP), Mairiporã (SP),
Monte Alegre do Sul (SP), Morungaba (SP),
Nazaré Paulista (SP), Pedra Bela (SP),
Pedreira (SP), Pinhalzinho (SP), Piracaia
(SP), Rio Claro (SP), Santo Antônio de
Posse (SP), Serra Negra (SP), Socorro (SP),
Tuiuti (SP), Vargem (SP)
0000.35.1709
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
APA PLANALTO
DO TURVO
Estadual
Área de
Proteção
Ambiental
Category
V
Mata
Atlântica
Barra do Turvo (SP), Cajati (SP)
SP
0000.35.1710
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
APA
QUILOMBOS DO
MéDIO RIBEIRA
Estadual
Área de
Proteção
Ambiental
Category
V
Mata
Atlântica
Barra do Turvo (SP), Eldorado (SP),
Iporanga (SP)
SP
265
0000.35.1711
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
APA REPRESA
BAIRRO DA
USINA
0000.35.1712
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
Estadual
Área de
Proteção
Ambiental
Category
V
Mata
Atlântica
Atibaia (SP)
SP
APA RIO
BATALHA
Estadual
Área de
Proteção
Ambiental
Category
V
Mata
Atlântica
Agudos (SP), Avaí (SP), Balbinos (SP),
Bauru (SP), Duartina (SP), Gália (SP),
Pirajuí (SP), Piratininga (SP), Presidente
Alves (SP), Reginópolis (SP), Uru (SP)
SP
0000.35.1713
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
APA RIO
PARDINHO E
RIO VERMELHO
Estadual
Área de
Proteção
Ambiental
Category
V
Mata
Atlântica
Barra do Turvo (SP)
SP
0000.35.1715
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
APA SAPUCAí
MIRIM
Estadual
Área de
Proteção
Ambiental
Category
V
Mata
Atlântica
Santo Antônio do Pinhal (SP), São Bento do
Sapucaí (SP)
SP
0000.35.1716
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
APA SERRA DO
MAR
Estadual
Área de
Proteção
Ambiental
Category
V
Mata
Atlântica
Apiaí (SP), Capâo Bonito (SP), Eldorado
(SP), Guapiara (SP), Ibiúna (SP), Iporanga
(SP), Juquitiba (SP), Juquiá (SP), Miracatu
(SP), Pedro de Toledo (SP), Pilar do Sul
(SP), Sete Barras (SP), Tapiraí (SP)
SP
0000.35.1717
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
APA SILVEIRAS
Estadual
Área de
Proteção
Ambiental
Category
V
Mata
Atlântica
Silveiras (SP)
SP
0000.35.1718
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
APA SISTEMA
CANTAREIRA
Estadual
Área de
Proteção
Ambiental
Category
V
Mata
Atlântica
Atibaia (SP), Bragança Paulista (SP),
Joanópolis (SP), Mairiporã (SP), Nazaré
Paulista (SP), Piracaia (SP), Vargem (SP)
SP
0000.35.1719
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
APA TIETê
Estadual
Área de
Proteção
Ambiental
Category
V
Mata
Atlântica
Tietê (SP)
SP
0000.35.1720
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
Mata
Atlântica
Barueri (SP), Biritiba-Mirim (SP),
Carapicuíba (SP), Guarulhos (SP),
Itaquaquecetuba (SP), Moji das Cruzes
(SP), Osasco (SP), Poá (SP), Salesópolis
(SP), Santana de Parnaíba (SP), Suzano
(SP), São Paulo (SP)
SP
266
APA VáRZEA DO
RIO TIETê
Estadual
Área de
Proteção
Ambiental
Category
V
0000.35.1721
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
APA MARINHA
DO LITORAL
NORTE
0000.35.1722
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
Estadual
Área de
Proteção
Ambiental
Category
V
Marinho
Caraguatatuba (SP), Ilhabela (SP), São
Sebastião (SP), Ubatuba (SP)
SP
ARIE DE SãO
SEBASTIãO
Estadual
Área de
Relevante
Interesse
Ecológico
Category
IV
Marinho
Caraguatatuba (SP), Ilhabela (SP), São
Sebastião (SP), Ubatuba (SP)
SP
0000.35.1723
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
APA MARINHA
DO LITORAL
CENTRO
Estadual
Área de
Proteção
Ambiental
Category
V
Marinho
Bertioga (SP), Guarujá (SP), Itanhaém
(SP), Mongaguá (SP), Peruíbe (SP), Praia
Grande (SP), Santos (SP), São Vicente (SP)
SP
0000.35.1724
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
APA MARINHA
DO LITORAL
SUL
Estadual
Área de
Proteção
Ambiental
Category
V
Marinho
Cananéia (SP), Iguape (SP), Ilha Comprida
(SP)
SP
0000.35.1725
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
Estadual
Área de
Relevante
Interesse
Ecológico
Category
IV
Marinho
Ilha Comprida (SP)
SP
Municipal
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
Mirassol (SP)
SP
Municipal
Área de
Proteção
Ambiental
Category
V
Mata
Atlântica
São Paulo (SP)
SP
Municipal
Área de
Proteção
Ambiental
Category
V
Mata
Atlântica
São Paulo (SP)
SP
Municipal
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
São Paulo (SP)
SP
3030.35.1942
Prefeitura Municipal
de Mirassol - SP
5030.35.1959
Secretaria Municipal
do Verde e do Meio
Ambiente de São
Paulo - SP
5030.35.1961
Secretaria Municipal
do Verde e do Meio
Ambiente de São
Paulo - SP
5030.35.1962
Secretaria Municipal
do Verde e do Meio
Ambiente de São
Paulo - SP
ARIE DO GUARá
PARQUE
NATURAL
MUNICIPAL DA
GROTA DE
MIRASSOL
ÁREA DE
PROTEÇÃO
AMBIENTAL
MUNICIPAL DO
CAPIVARIMONOS
ÁREA DE
PROTEçãO
AMBIENTAL
BORORéCOLôNIA
PARQUE
NATURAL
MUNICIPAL
FAZENDA DO
267
CARMO
0000.35.1964
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
PARQUE
ESTADUAL
RESTINGA DE
BERTIOGA
Estadual
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
Bertioga (SP)
SP
0000.35.1965
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
PARQUE
ESTADUAL DE
ITAPETINGA
Estadual
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
Atibaia (SP), Bom Jesus dos Perdões (SP),
Mairiporã (SP), Nazaré Paulista (SP)
SP
0000.35.1966
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
PARQUE
ESTADUAL DE
ITABERABA
Estadual
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
Arujá (SP), Guarulhos (SP), Nazaré Paulista
(SP), Santa Isabel (SP)
SP
0000.35.1967
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
MONUMENTO
NATURAL
ESTADUAL DA
PEDRA GRANDE
Estadual
Monumento
Natural
Category
III
Mata
Atlântica
Atibaia (SP), Bom Jesus dos Perdões (SP),
Mairiporã (SP), Nazaré Paulista (SP)
SP
0000.35.1968
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
MONUMENTO
NATURAL
ESTADUAL DA
PEDRA DO BAú
Estadual
Monumento
Natural
Category
III
Mata
Atlântica
São Bento do Sapucaí (SP)
SP
0000.35.1969
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
PARQUE
ESTADUAL DO
RIO TURVO
Estadual
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
Barra do Turvo (SP), Cajati (SP),
Jacupiranga (SP)
SP
5030.35.1971
Secretaria Municipal
do Verde e do Meio
Ambiente de São
Paulo - SP
Municipal
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
São Paulo (SP)
SP
0000.35.1972
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
Estadual
Área de
Proteção
Ambiental
Category
V
Cerrado
Angatuba (SP), Avaré (SP), Barra Bonita
(SP), Bofete (SP), Botucatu (SP), Guareí
(SP), Itatinga (SP), Pardinho (SP),
Porangaba (SP)
SP
268
PARQUE
NATURAL
MUNICIPAL DA
CRATERA DE
COLôNIA
APA
CORUMBATAÍ
BOTUCATU
TEJUPA
PERIMETRO
BOTUCATU
0000.35.1973
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
APA
CORUMBATAÍ
BOTUCATU
TEJUPÁ
PERIMETRO
TEJUPá
Estadual
Área de
Proteção
Ambiental
Category
V
Cerrado
Fartura (SP), Piraju (SP), Sarutaiá (SP),
Taguaí (SP), Tejupá (SP), Timburi (SP)
SP
SP
Estadual
Área de
Proteção
Ambiental
Category
V
Mata
Atlântica
Amparo (SP), Analândia (SP), Bragança
Paulista (SP), Campinas (SP), Charqueada
(SP), Corumbataí (SP), Holambra (SP),
Ipeúna (SP), Itirapina (SP), Jaguariúna
(SP), Joanópolis (SP), Mairiporã (SP),
Monte Alegre do Sul (SP), Morungaba (SP),
Nazaré Paulista (SP), Pedra Bela (SP),
Pedreira (SP), Pinhalzinho (SP), Piracaia
(SP), Rio Claro (SP), Santo Antônio de
Posse (SP), Serra Negra (SP), Socorro (SP),
Tuiuti (SP), Vargem (SP)
Estadual
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
Mairiporã (SP)
SP
Estadual
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
Guatapará (SP)
SP
Estadual
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
Moji das Cruzes (SP)
SP
RPPN SAO
JUDAS TADEU
Estadual
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
Juquitiba (SP)
SP
4850.35.2063
Secretaria Municipal
de Meio Ambiente de
Santos - SP
ÁREA DE
PROTEçãO
AMBIENTAL
SANTOS
CONTINENTE
Municipal
Área de
Proteção
Ambiental
Category
V
Mata
Atlântica
Santos (SP)
SP
0000.00.2083
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
RESERVA
PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO
Reserva
Particular do
Patrimônio
Category
IV
Cerrado
Barretos (SP)
SP
0000.35.1974
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
0000.35.2015
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
RPPN PARAÍSO
0000.35.2017
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
RPPN TOCA DA
PACA
0000.35.2019
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
RPPN
MAHAYANA
0000.35.2020
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
APA PIRACICABA
JUQUERI MIRIM
ÁREA I
Federal
269
Biodiversidade
0000.00.2148
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
0000.00.2201
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
0000.00.2224
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
0000.00.2230
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
0000.00.2236
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
0000.00.2237
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
2590.35.2246
Prefeitura de Jundiaí SP
0000.35.2262
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
270
NATURAL CAVA
II
RESERVA
PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO
NATURAL
PARQUE DAS
NASCENTES
RESERVA
PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO
NATURAL RIO
DOS PILÕES
RESERVA
PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO
NATURAL
TRILHA
COROADOS - FB
RESERVA
PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO
NATURAL VALE
DO CORISCO
RESERVA
PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO
NATURAL VISTA
BONITA
RESERVA
PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO
NATURAL
VOTURUNA
RESERVA
BIOLóGICA
MUNICIPAL DA
SERRA DO JAPI
RPPN O
PRIMATA
Natural
Federal
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
Bragança Paulista (SP)
SP
Federal
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
Santa Isabel (SP)
SP
Federal
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
Presidente Alves (SP)
SP
Federal
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
Itararé (SP)
SP
Federal
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
Sandovalina (SP)
SP
Federal
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
Santana de Parnaíba (SP)
SP
Municipal
Reserva
Biológica
Category
Ia
Mata
Atlântica
Jundiaí (SP)
SP
Estadual
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
São José dos Campos (SP)
SP
0000.35.2317
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
RPPN
MOSQUITO
Estadual
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
Narandiba (SP)
SP
0000.35.2318
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
RPPN SERRA DO
ITATINS
Estadual
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
Iguape (SP)
SP
0000.35.2325
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
RPPN POUSADA
CAMPOS DA
BOCAINA
Estadual
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
São José do Barreiro (SP)
SP
0000.35.2326
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
RPPN FAZENDA
RENOPOLIS
Estadual
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
Santo Antônio do Pinhal (SP)
SP
0000.35.2559
Instituto Florestal da
Secretaria do Meio
Ambiente do Estado
de São Paulo - SP
PARQUE
ESTADUAL
ALBERTO
LöFGREN
Estadual
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
São Paulo (SP)
SP
5030.35.2562
Secretaria Municipal
do Verde e do Meio
Ambiente de São
Paulo - SP
Municipal
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
São Paulo (SP)
SP
4780.35.2580
Serviço Municipal de
Saneamento
Ambiental de Santo
André - SP
Municipal
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
Santo André (SP)
SP
4990.35.2587
Secretaria de Meio
Ambiente - Prefeitura
Municipal de São José
dos Campos - SP
Municipal
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
São José dos Campos (SP)
SP
RESERVA
PARTICULAR DO
PATRIMONIO
NATURAL
MUTINGA
PARQUE
NATURAL
MUNICIPAL DO
PEDROSO
PARQUE
NATURAL
MUNICIPAL
AUGUSTO
RUSCHI
271
0000.35.2589
Departamento de
Descentralização do
Desenvolvimento/Age
ncia Paulista de
Tecnologia das
Agronegócios/Secretar
ia de Agricultura e
Abastecimento/Gover
no do Estado de São
Paulo
RESERVA
BIOLóGICA DE
ANDRADINA
Estadual
Reserva
Biológica
Category
Ia
Mata
Atlântica
Andradina (SP)
SP
0000.35.2605
Instituto Florestal da
Secretaria do Meio
Ambiente do Estado
de São Paulo - SP
ESTAçãO
ECOLóGICA DE
MARíLIA
Estadual
Estação
Ecológica
Category
Ia
Mata
Atlântica
Marília (SP)
SP
0000.35.2606
Instituto Florestal da
Secretaria do Meio
Ambiente do Estado
de São Paulo - SP
ESTAçãO
ECOLóGICA DE
AVARé
Estadual
Estação
Ecológica
Category
Ia
Cerrado
Avaré (SP)
SP
0000.35.2617
Instituto Florestal da
Secretaria do Meio
Ambiente do Estado
de São Paulo - SP
ESTAçãO
ECOLóGICA DE
MOGI-GUAçU
Estadual
Estação
Ecológica
Category
Ia
Mata
Atlântica
Mogi Guaçu (SP)
SP
0000.35.2618
Instituto Florestal da
Secretaria do Meio
Ambiente do Estado
de São Paulo - SP
FLORESTA
ESTADUAL
PEDERNEIRAS
Estadual
Floresta
Category
VI
Mata
Atlântica
Pederneiras (SP)
SP
0950.35.2631
Secretaria Municipal
de Meio Ambiente Prefeitura Municipal
de Campinas
PARQUE
NATURAL
MUNICIPAL DOS
JATOBáS
Municipal
Parque
Category
II
Cerrado
Campinas (SP)
SP
0000.35.2635
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
RPPN FLORESTA
DAS AGUAS
PERENES
Estadual
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
Brotas (SP), Ribeirão Bonito (SP)
SP
0950.35.2637
Secretaria Municipal
de Meio Ambiente Prefeitura Municipal
de Campinas
PARQUE
NATURAL
MUNICIPAL DO
CAMPO GRANDE
Municipal
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
Campinas (SP)
SP
272
0950.35.2638
Secretaria Municipal
de Meio Ambiente Prefeitura Municipal
de Campinas
ÁREA DE
PROTEçãO
AMBIENTAL DO
CAMPO GRANDE
Municipal
Área de
Proteção
Ambiental
Category
V
Mata
Atlântica
Campinas (SP)
SP
0750.35.2662
Secretaria Municipal
de Meio Ambiente Botucatu
PARQUE
NATURAL
MUNICIPAL
CACHOEIRA DA
MARTA
Municipal
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
Botucatu (SP)
SP
0000.35.2666
Instituto Florestal da
Secretaria do Meio
Ambiente do Estado
de São Paulo - SP
ESTAÇÃO
ECOLÓGICA DE
ITAPEVA
Estadual
Estação
Ecológica
Category
Ia
Cerrado
Itapeva (SP)
SP
0000.35.2669
Instituto Florestal da
Secretaria do Meio
Ambiente do Estado
de São Paulo - SP
ESTAçãO
ECOLóGICA DE
PARANAPANEMA
Estadual
Estação
Ecológica
Category
Ia
Mata
Atlântica
Paranapanema (SP)
SP
0000.35.2672
Instituto de
Biociências, Letras e
Ciências Exatas da
UNESP - Câmpus São
José do Rio Preto
ESTAçãO
ECOLóGICA DO
NOROESTE
PAULISTA
Estadual
Estação
Ecológica
Category
Ia
Mata
Atlântica
Mirassol (SP), São José do Rio Preto (SP)
SP
0000.35.2697
Instituto Florestal da
Secretaria do Meio
Ambiente do Estado
de São Paulo - SP
ESTAçãO
ECOLóGICA DE
SANTA MARIA
Estadual
Estação
Ecológica
Category
Ia
Mata
Atlântica
São Simão (SP)
SP
0000.35.2698
Instituto Florestal da
Secretaria do Meio
Ambiente do Estado
de São Paulo - SP
FLORESTA
ESTADUAL
SERRA D'ÁGUA
Estadual
Floresta
Category
VI
Mata
Atlântica
Campinas (SP)
SP
0000.35.2699
Instituto Florestal da
Secretaria do Meio
Ambiente do Estado
de São Paulo - SP
ESTAçãO
ECOLóGICA DE
SANTA BáRBARA
Estadual
Estação
Ecológica
Category
Ia
Cerrado
Águas de Santa Bárbara (SP)
SP
0000.35.2700
Instituto Florestal da
Secretaria do Meio
Ambiente do Estado
de São Paulo - SP
FLORESTA
ESTADUAL DE
GUARULHOS
Estadual
Floresta
Category
VI
Mata
Atlântica
Guarulhos (SP)
SP
273
0000.35.2701
Instituto Florestal da
Secretaria do Meio
Ambiente do Estado
de São Paulo - SP
ESTAÇÃO
ECOLÓGICA DE
ITIRAPINA
0000.35.2720
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
RPPN SITIO KON
TIKI
3800.35.2723
Secretaria de Governo
- Prefeitura de
Pindamonhangaba
0000.00.2741
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
5220.35.2750
Secretaria de Meio
Ambiente - Prefeitura
de Sorocaba
1050.35.2776
Secretaria de Meio
Ambiente, Agricultura
e Pesca da Estância
Balneária de
Caraguatatuba
PARQUE
NATURAL
MUNICIPAL DO
JUQUERIQUERê
0000.35.2795
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
4730.35.2799
Prefeitura do
Município de Santana
de Parnaíba - SP
274
Estadual
Estação
Ecológica
Category
Ia
Cerrado
Brotas (SP), Itirapina (SP)
SP
Estadual
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
Santa Rita do Passa Quatro (SP)
SP
Municipal
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
Pindamonhangaba (SP)
SP
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
Ibiúna (SP)
SP
Municipal
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
Sorocaba (SP)
SP
Municipal
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
Caraguatatuba (SP)
SP
RPPN RESERVA
DO DADINHO
Estadual
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
Atibaia (SP)
SP
RESERVA
BIOLóGICA
TAMBORé
Municipal
Reserva
Biológica
Category
Ia
Mata
Atlântica
Santana de Parnaíba (SP)
SP
PARQUE
NATURAL
MUNICIPAL DO
TRABIJU
RESERVA
PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO
NATURAL CRUZ
PRETA
PARQUE
NATURAL
MUNICIPAL
CORREDORES
DE
BIODIVERSIDAD
E
Federal
3560.35.2836
Diretoria Municipal de
Agricultura,
Abastecimento e Meio
Ambiente - Paraibuna
/ SP
PARQUE
NATURAL
MUNICIPAL
"DOUTOR RUI
CALAZANS DE
ARAÚJO"
Municipal
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
Paraibuna (SP)
SP
0000.35.2839
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
PARQUE
ESTADUAL
NASCENTES DO
PARANAPANEMA
Estadual
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
Capâo Bonito (SP)
SP
1340.35.2840
Secretaria Municipal
de Meio Ambiente Cruzeiro / SP
Municipal
Monumento
Natural
Category
III
Mata
Atlântica
Cruzeiro (SP)
SP
4780.35.2857
Secretaria de Gestão
de Recursos Naturais
de Paranapiacaba e
Parque Andreense SP
Municipal
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
Santo André (SP)
SP
0000.35.2867
Instituto de Botância
de São Paulo
Estadual
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
São Paulo (SP)
SP
0000.35.2875
Fundação para
Conservação e a
Produção Florestal do
Estado de São Paulo
RPPN SITIO
MANACA
Estadual
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
Guaratinguetá (SP)
SP
0000.35.2935
Instituto Florestal da
Secretaria do Meio
Ambiente do Estado
de São Paulo - SP
ESTAçãO
ECOLóGICA DE
ASSIS
Estadual
Estação
Ecológica
Category
Ia
Cerrado
Assis (SP)
SP
0000.35.2936
Instituto Florestal da
Secretaria do Meio
Ambiente do Estado
de São Paulo - SP
ESTAçãO
ECOLóGICA DE
ANGATUBA
Estadual
Estação
Ecológica
Category
Ia
Cerrado
Angatuba (SP), Guareí (SP)
SP
0000.35.2937
Instituto Florestal da
Secretaria do Meio
Ambiente do Estado
de São Paulo - SP
FLORESTA
ESTADUAL DE
ASSIS
Estadual
Floresta
Category
VI
Cerrado
Assis (SP)
SP
MONUMENTO
NATURAL
MUNICIPAL DO
PICO DO
ITAGUARÉ
PARQUE
NATURAL
MUNICIPAL
NASCENTES DE
PARANAPIACABA
PARQUE
ESTADUAL DAS
FONTES DO
IPIRANGA
275
4870.35.2955
Prefeitura Municipal
de São Bernardo do
Campo - Secretaria de
Gestão Ambiental / SP
0000.00.3093
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
0000.00.3094
Instituto Chico
Mendes de
Conservação da
Biodiversidade
Fonte: MMA, 2014
276
PARQUE
NATURAL
MUNICIPAL
ESTORIL VIRGíLIO
SIMIONATO
RESERVA
PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO
NATURAL RIO
VERMELHO
RESERVA
PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO
NATURAL
ÁGUAS CLARAS
Parque
Category
II
Mata
Atlântica
São Bernardo do Campo (SP)
SP
Federal
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
Bananal (SP)
SP
Federal
Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Category
IV
Mata
Atlântica
São Luís do Paraitinga (SP)
SP
Municipal
Anexo 4. Lista de Aves do Parque Estadual da Serra do Mar
O trabalhado abaixo foi elaborado por Fábio Schunck, pesquisador especializado em aves.
A lista atual do Parque Estadual da Serra do Mar (PESM) possui 468 espécies de aves, sendo
142 endêmicas da Mata Atlântica (Bencke et al., 2006), 39 espécies ameaçadas no estado de São
Paulo (São Paulo, 2014), 12 espécies ameaçadas a nível nacional (MMA, 2014) e 52 espécies
ameaçadas globalmente (IUCN, 2012). Em relação a lista das aves do PESM elaborada em 2006
(Buzzetti, 2006), 14 espécies foram retiradas por falta de documentação ou por estar fora da sua
área de ocorrência, 109 espécies foram adicionadas por serem registros recentes ou por não terem
sido compiladas anteriormente e 359 espécies permaneceram sem alterações.
A avifauna do PESM está dividida atualmente da seguinte maneira entre os dez núcleos
administrativos:
Curucutu
(365),
Bertioga
(353),
Padre
Dória
(314),
Picinguaba
(308),
Caraguatatuba (296), Cunha (274), Santa Virgínia (256), Itutinga-Pilões (230), Itariru (165) e São
Sebastião (162). Esta lista atual foi elaborada com registros exclusivos feitos dentro dos limites
desta UC, os registros disponíveis para o seu entorno, mesmo que direto, não foram considerados.
Foram consultadas as seguintes fontes: Pinto, 1938; 1944; Wiilis & Oniki, 1981; 1985; 1993; 2003;
Wege & Long, 1995; Whitney & Pacheco, 1995; Höfling & Lencioni-Neto, 1992; Goerck, 1999;
Marques, 2004; Bencke et al., 2006; Buzzetti, 2006; Agnello, 2007; Gussoni, 2007; Cavarzere,
2010, Cavarzere et al., 2010, Ambiens, 2013; Silveira, 2013; CEO, 2014 e Minns et al., 2009, além
de informações disponíveis nas bases digitais online wikiaves (www.wikiaves.co.br) e xeno-canto
(www.xeno-canto.org). Foram utilizados dados não publicados do pesquisador Fabio Schunck para
diferentes Núcleos do PESM, principalmente o Núcleo Curucutu, onde ele realiza um estudo
ornitológico desde 2007.
Os dados atribuídos ao Núcleo Bertioga, são em sua maioria, informações disponíveis para a
Estação Biológica de Boracéia, que situa-se na parte alta da Serra do Mar, uma região que abrange
tanto o Núcleo Padre Dória como uma parte do Núcleo Bertioga localizada no Planalto.
277
Tabela 1. Lista de aves do Parque Estadual da Serra do Mar, SP.
Status de Ameaça
NOME DO TÁXON
Tinamiformes
Tinamidae
Tinamus solitarius
Crypturellus obsoletus
Crypturellus noctivagus
Crypturellus tataupa
Anseriformes
Anhimidae
Anhima cornuta
Anatidae
Dendrocygna bicolor
Dendrocygna viduata
Dendrocygna autumnalis
Cairina moschata
Amazonetta brasiliensis
Netta erythrophthalma
Nomonyx dominica
Galliformes
Cracidae
Penelope obscura
Aburria jacutinga
Odontophoridae
Odontophorus capueira
Podicipediformes
Podicipedidae
Tachybaptus dominicus
Podilymbus podiceps
Suliformes
Fregatidae
Fregata magnificens
Sulidae
Sula leucogaster
278
NOME COMUM
NOME EM INGLÊS
Ambiente típico
Endêmica
São Paulo
F
F
F
F
X
X
X
X
macuco
inhambuguaçu
jaó-do-sul
inhambu-chintã
Solitary Tinamou
Brown Tinamou
Yellow-legged Tinamou
Tataupa Tinamou
anhuma
Horned Screamer
AL
marreca-caneleira
irerê
asa-branca
pato-do-mato
pé-vermelho
paturi-preta
marreca-de-bico-roxo
Fulvous Whistling-Duck
White-faced Whistling-Duck
Black-bellied Whistling-Duck
Muscovy Duck
Brazilian Teal
Southern Pochard
Masked Duck
AL
AL
AL
AL
AL
AL
AL
jacuaçu
jacutinga
Dusky-legged Guan
Black-fronted Piping-Guan
F
F
X
uru
Spot-winged Wood-Quail
F
X
mergulhão-pequeno
mergulhão-caçador
Least Grebe
Pied-billed Grebe
AL
AL
tesourão
Magnificent Frigatebird
P
atobá-pardo
Brown Booby
P
Brasil
IUCN
NT
VU
NT
EN
EN
X
X
Phalacrocoracidae
Phalacrocorax brasilianus
Anhingidae
Anhinga anhinga
Pelecaniformes
Ardeidae
Tigrisoma lineatum
Nycticorax nycticorax
Butorides striata
Bubulcus ibis
Ardea cocoi
Ardea alba
Syrigma sibilatrix
Pilherodius pileatus
Egretta thula
Egretta caerulea
Threskiornithidae
Mesembrinibis cayennensis
Theristicus caudatus
Cathartiformes
Cathartidae
Cathartes aura
Cathartes burrovianus
Coragyps atratus
Accipitriformes
Pandionidae
Pandion haliaetus
Accipitridae
Leptodon cayanensis
Chondrohierax uncinatus
Elanoides forficatus
Elanus leucurus
Harpagus diodon
Accipiter poliogaster
Accipiter superciliosus
Accipiter striatus
Accipiter bicolor
biguá
Neotropic Cormorant
AL
biguatinga
Anhinga
AL
socó-boi
savacu
socozinho
garça-vaqueira
garça-moura
garça-branca-grande
maria-faceira
garça-real
garça-branca-pequena
garça-azul
Rufescent Tiger-Heron
Black-crowned Night-Heron
Striated Heron
Cattle Egret
Cocoi Heron
Great Egret
Whistling Heron
Capped Heron
Snowy Egret
Little Blue Heron
AL
AL
AL
C,AL
AL
AL
C,AL
C,AL
AL
AL
coró-coró
curicaca
Green Ibis
Buff-necked Ibis
F,AL
C,A
urubu-de-cabeça-vermelha
urubu-de-cabeça-amarela
urubu-de-cabeça-preta
Turkey Vulture
Lesser Yellow-headed
Vulture
Black Vulture
águia-pescadora
Osprey
gavião-de-cabeça-cinza
caracoleiro
gavião-tesoura
gavião-peneira
gavião-bombachinha
tauató-pintado
gavião-miudinho
gavião-miúdo
gavião-bombachinha-grande
Gray-headed Kite
Hook-billed Kite
Swallow-tailed Kite
White-tailed Kite
Rufous-thighed Kite
Gray-bellied Hawk
Tiny Hawk
Sharp-shinned Hawk
Bicolored Hawk
F,C,A,AL
F,C,A,AL
F,C,A,AL
AL
F,C,A
F,C,A,AL
F,C,A
C,A
F
F
F
F
F
NT
279
Ictinia plumbea
Rostrhamus sociabilis
Geranospiza caerulescens
Heterospizias meridionalis
Amadonastur lacernulatus
Urubitinga urubitinga
Rupornis magnirostris
Parabuteo leucorrhous
Geranoaetus albicaudatus
Pseudastur polionotus
Buteo nitidus
Buteo brachyurus
Spizaetus tyrannus
Spizaetus melanoleucus
Gruiformes
Aramidae
Aramus guarauna
Rallidae
Aramides cajaneus
Aramides saracura
Amaurolimnas concolor
Laterallus melanophaius
Laterallus leucopyrrhus
Porzana albicollis
Pardirallus nigricans
Gallinula galeata
Porphyrio martinicus
Charadriiformes
Charadriidae
Vanellus chilensis
Pluvialis squatarola
Charadrius semipalmatus
Charadrius collaris
Scolopacidae
Gallinago undulata
Bartramia longicauda
Actitis macularius
Tringa solitaria
280
sovi
gavião-caramujeiro
gavião-pernilongo
gavião-caboclo
gavião-pombo-pequeno
gavião-preto
gavião-carijó
gavião-de-sobre-branco
gavião-de-rabo-branco
gavião-pombo-grande
gavião-pedrês
gavião-de-cauda-curta
gavião-pega-macaco
gavião-pato
Plumbeous Kite
Snail Kite
Crane Hawk
Savanna Hawk
White-necked Hawk
Great Black-Hawk
Roadside Hawk
White-rumped Hawk
White-tailed Hawk
Mantled Hawk
Gray Hawk
Short-tailed Hawk
Black Hawk-Eagle
Black-and-white Hawk-Eagle
carão
Limpkin
saracura-três-potes
saracura-do-mato
saracura-lisa
sanã-parda
sanã-vermelha
sanã-carijó
saracura-sanã
frango-d'água-comum
frango-d'água-azul
Gray-necked Wood-Rail
Slaty-breasted Wood-Rail
Uniform Crake
Rufous-sided Crake
Red-and-white Crake
Ash-throated Crake
Blackish Rail
Common Gallinule
Purple Gallinule
quero-quero
batuiruçu-de-axila-preta
batuíra-de-bando
batuíra-de-coleira
Southern Lapwing
Black-bellied Plover
Semipalmated Plover
Collared Plover
narcejão
maçarico-do-campo
maçarico-pintado
maçarico-solitário
Giant Snipe
Upland Sandpiper
Spotted Sandpiper
Solitary Sandpiper
F,C,A
AL
F,AL
F,C,A,AL
F
F,AL
F,C,A
F
F,C,A
F,C
F,C,A
F,C,A
F,C
F,C
X
X
X
X
X
X
AL
AL
AL
F,AL
AL
AL
AL
AL
AL
AL
C,A,AL
AL,P
AL,P
AL,P
AL
C,AL
AL,P
AL,P
X
VU
VU
NT
Tringa melanoleuca
Calidris alba
Calidris pusilla
Calidris fuscicollis
Jacanidae
Jacana jacana
Laridae
Larus dominicanus
Columbiformes
Columbidae
Columbina talpacoti
Claravis pretiosa
Columba livia
Patagioenas picazuro
Patagioenas cayennensis
Patagioenas plumbea
Zenaida auriculata
Leptotila verreauxi
Leptotila rufaxilla
Geotrygon montana
Cuculiformes
Cuculidae
Piaya cayana
Coccyzus melacoryphus
Coccyzus americanus
Coccyzus euleri
Crotophaga ani
Guira guira
Tapera naevia
Dromococcyx pavoninus
Strigiformes
Tytonidae
Tyto furcata
Strigidae
Megascops choliba
Megascops atricapilla
Pulsatrix koeniswaldiana
maçarico-grande-de-pernaamarela
maçarico-branco
maçarico-rasteirinho
maçarico-de-sobre-branco
Greater Yellowlegs
Sanderling
Semipalmated Sandpiper
White-rumped Sandpiper
jaçanã
Wattled Jacana
AL
gaivotão
Kelp Gull
P
rolinha-roxa
pararu-azul
pombo-doméstico
pombão
pomba-galega
pomba-amargosa
pomba-de-bando
juriti-pupu
juriti-gemedeira
pariri
Ruddy Ground-Dove
Blue Ground-Dove
Rock Pigeon
Picazuro Pigeon
Pale-vented Pigeon
Plumbeous Pigeon
Eared Dove
White-tipped Dove
Gray-fronted Dove
Ruddy Quail-Dove
alma-de-gato
papa-lagarta-acanelado
papa-lagarta-de-asa-vermelha
papa-lagarta-de-euler
anu-preto
anu-branco
saci
peixe-frito-pavonino
Squirrel Cuckoo
Dark-billed Cuckoo
Yellow-billed Cuckoo
Pearly-breasted Cuckoo
Smooth-billed Ani
Guira Cuckoo
Striped Cuckoo
Pavonine Cuckoo
F,A
F
F
F
C,A
C,A
F
F
coruja-da-igreja
American Barn Owl
F,A
corujinha-do-mato
corujinha-sapo
murucututu-de-barriga-amarela
Tropical Screech-Owl
Black-capped Screech-Owl
Tawny-browed Owl
F,A
F
F
AL,P
AL,P
AL,P
AL,P
NT
C,A
F
C,A
F,C,A
F
F
C,A
F
F
F
X
X
281
Bubo virginianus
Strix hylophila
Strix virgata
Glaucidium minutissimum
Glaucidium brasilianum
Athene cunicularia
Aegolius harrisii
Asio clamator
Asio stygius
Nyctibiiformes
Nyctibiidae
Nyctibius griseus
Caprimulgiformes
Caprimulgidae
Lurocalis semitorquatus
Hydropsalis albicollis
Hydropsalis torquata
Hydropsalis forcipata
Apodiformes
Apodidae
Cypseloides fumigatus
Cypseloides senex
Streptoprocne zonaris
Chaetura cinereiventris
Chaetura meridionalis
Panyptila cayennensis
Trochilidae
Ramphodon naevius
Glaucis hirsutus
Phaethornis squalidus
Phaethornis ruber
Phaethornis pretrei
Phaethornis eurynome
Eupetomena macroura
Aphantochroa cirrochloris
Florisuga fusca
Colibri serrirostris
282
jacurutu
coruja-listrada
coruja-do-mato
caburé-miudinho
caburé
coruja-buraqueira
caburé-acanelado
coruja-orelhuda
mocho-diabo
Great Horned Owl
Rusty-barred Owl
Mottled Owl
Least Pygmy-Owl
Ferruginous Pygmy-Owl
Burrowing Owl
Buff-fronted Owl
Striped Owl
Stygian Owl
F
F
F
F
F,A
C,A
F,A
F,A
F,A
X
mãe-da-lua
Common Potoo
tuju
bacurau
bacurau-tesoura
bacurau-tesoura-gigante
Short-tailed Nighthawk
Pauraque
Scissor-tailed Nightjar
Long-trained Nightjar
taperuçu-preto
taperuçu-velho
taperuçu-de-coleira-branca
andorinhão-de-sobre-cinzento
andorinhão-do-temporal
andorinhão-estofador
Sooty Swift
Great Dusky Swift
White-collared Swift
Gray-rumped Swift
Sick's Swift
Lesser Swallow-tailed Swift
F,C
F
F,C,A
F,C
F,C,A
F,C,A
beija-flor-rajado
balança-rabo-de-bico-torto
rabo-branco-pequeno
rabo-branco-rubro
rabo-branco-acanelado
rabo-branco-de-gargantarajada
beija-flor-tesoura
beija-flor-cinza
beija-flor-preto
beija-flor-de-orelha-violeta
Saw-billed Hermit
Rufous-breasted Hermit
Dusky-throated Hermit
Reddish Hermit
Planalto Hermit
F
F
F
F
F,C,A
X
Scale-throated Hermit
Swallow-tailed Hummingbird
Sombre Hummingbird
Black Jacobin
White-vented Violetear
F
F,C,A
F
F,C,A
F,C
X
X
NT
X
F
F
C,A
C
C
X
X
X
X
NT
Anthracothorax nigricollis
Stephanoxis lalandi
Lophornis magnificus
Lophornis chalybeus
Chlorostilbon lucidus
Thalurania glaucopis
Hylocharis cyanus
Leucochloris albicollis
Amazilia versicolor
Amazilia fimbriata
Amazilia lactea
Clytolaema rubricauda
Heliothryx auritus
Calliphlox amethystina
Trogoniformes
Trogonidae
Trogon viridis
Trogon surrucura
Trogon rufus
Coraciiformes
Alcedinidae
Megaceryle torquata
Chloroceryle amazona
Chloroceryle aenea
Chloroceryle americana
Chloroceryle inda
Momotidae
Baryphthengus ruficapillus
Galbuliformes
Galbulidae
Galbula ruficauda
Bucconidae
Notharchus swainsoni
Nystalus chacuru
Malacoptila striata
Piciformes
Ramphastidae
beija-flor-de-veste-preta
beija-flor-de-topete
topetinho-vermelho
topetinho-verde
besourinho-de-bico-vermelho
beija-flor-de-fronte-violeta
beija-flor-roxo
beija-flor-de-papo-branco
beija-flor-de-banda-branca
beija-flor-de-garganta-verde
beija-flor-de-peito-azul
beija-flor-rubi
beija-flor-de-bochecha-azul
estrelinha-ametista
Black-throated Mango
Plovercrest
Frilled Coquette
Festive Coquette
Glittering-bellied Emerald
Violet-capped Woodnymph
White-chinned Sapphire
White-throated Hummingbird
Versicolored Emerald
Glittering-throated Emerald
Sapphire-spangled Emerald
Brazilian Ruby
Black-eared Fairy
Amethyst Woodstar
F,C,A
C
F,C,A
F
F,C,A
F
F,C,A
C
F,C,A
F,C,A
F,C,A
F
F
F,C,A
surucuá-grande-de-barrigaamarela
surucuá-variado
surucuá-de-barriga-amarela
White-tailed Trogon
Surucua Trogon
Black-throated Trogon
martim-pescador-grande
martim-pescador-verde
martinho
martim-pescador-pequeno
martim-pescador-da-mata
Ringed Kingfisher
Amazon Kingfisher
American Pygmy Kingfisher
Green Kingfisher
Green-and-rufous Kingfisher
juruva-verde
Rufous-capped Motmot
F
ariramba-de-cauda-ruiva
Rufous-tailed Jacamar
F,A
macuru-de-barriga-castanha
joão-bobo
barbudo-rajado
Buff-bellied Puffbird
White-eared Puffbird
Crescent-chested Puffbird
F
F
F
X
X
NT
X
X
X
X
F,AL
F,AL
F,AL
F,AL
F,AL
F
F,C,A
F
X
X
X
NT
283
Ramphastos toco
Ramphastos vitellinus
Ramphastos dicolorus
Selenidera maculirostris
Pteroglossus bailloni
Picidae
Picumnus cirratus
Picumnus temminckii
Melanerpes candidus
Melanerpes flavifrons
Veniliornis spilogaster
Piculus flavigula
Piculus aurulentus
Colaptes melanochloros
Colaptes campestris
Celeus flavescens
Dryocopus lineatus
Campephilus robustus
Cariamiformes
Cariamidae
Cariama cristata
Falconiformes
Falconidae
Caracara plancus
Milvago chimachima
Herpetotheres cachinnans
Micrastur ruficollis
Micrastur semitorquatus
Falco sparverius
Falco femoralis
Psittaciformes
Psittacidae
Psittacara leucophthalmus
Pyrrhura frontalis
Forpus xanthopterygius
Brotogeris tirica
Touit melanonotus
Pionopsitta pileata
284
tucanuçu
tucano-de-bico-preto
tucano-de-bico-verde
araçari-poca
araçari-banana
Toco Toucan
Channel-billed Toucan
Red-breasted Toucan
Spot-billed Toucanet
Saffron Toucanet
F,C,A
F
F
F
F
pica-pau-anão-barrado
pica-pau-anão-de-coleira
pica-pau-branco
benedito-de-testa-amarela
picapauzinho-verde-carijó
pica-pau-bufador
pica-pau-dourado
pica-pau-verde-barrado
pica-pau-do-campo
pica-pau-de-cabeça-amarela
pica-pau-de-banda-branca
pica-pau-rei
White-barred Piculet
Ochre-collared Piculet
White Woodpecker
Yellow-fronted Woodpecker
White-spotted Woodpecker
Yellow-throated Woodpecker
Yellow-browed Woodpecker
Green-barred Woodpecker
Campo Flicker
Blond-crested Woodpecker
Lineated Woodpecker
Robust Woodpecker
F,A
F,A
C,A
F
F,A
F
F
F
C,A
F,A
F,A
F
seriema
Red-legged Seriema
C,A
caracará
carrapateiro
acauã
falcão-caburé
falcão-relógio
quiriquiri
falcão-de-coleira
Southern Caracara
Yellow-headed Caracara
Laughing Falcon
Barred Forest-Falcon
Collared Forest-Falcon
American Kestrel
Aplomado Falcon
C,A
C,A
F,C
F
F
C,A
C,A
periquitão-maracanã
tiriba-de-testa-vermelha
tuim
periquito-rico
apuim-de-costas-pretas
cuiú-cuiú
White-eyed Parakeet
Maroon-bellied Parakeet
Blue-winged Parrotlet
Plain Parakeet
Brown-backed Parrotlet
Red-capped Parrot
F,A
F,A
F,A
F,A
F
F
VU
X
X
X
X
X
NT
X
X
X
X
NT
X
X
X
X
X
X
VU
EN
Pionus maximiliani
Triclaria malachitacea
Passeriformes
Thamnophilidae
Terenura maculata
Myrmotherula minor
Myrmotherula unicolor
Rhopias gularis
Dysithamnus stictothorax
Dysithamnus mentalis
Dysithamnus xanthopterus
Herpsilochmus
rufimarginatus
Thamnophilus ruficapillus
Thamnophilus
caerulescens
Hypoedaleus guttatus
Batara cinerea
Mackenziaena leachii
Mackenziaena severa
Biatas nigropectus
Myrmoderus squamosus
Pyriglena leucoptera
Drymophila ferruginea
Drymophila rubricollis
Drymophila genei
Drymophila ochropyga
Drymophila malura
Drymophila squamata
Conopophagidae
Conopophaga lineata
Conopophaga melanops
Grallariidae
Grallaria varia
Hylopezus nattereri
Rhinocryptidae
Merulaxis ater
Eleoscytalopus indigoticus
maitaca-verde
sabiá-cica
Scaly-headed Parrot
Blue-bellied Parrot
F
F
zidedê
choquinha-pequena
choquinha-cinzenta
choquinha-de-garganta-pintada
choquinha-de-peito-pintado
choquinha-lisa
choquinha-de-asa-ferrugem
Streak-capped Antwren
Salvadori's Antwren
Unicolored Antwren
Star-throated Antwren
Spot-breasted Antvireo
Plain Antvireo
Rufous-backed Antvireo
F
F
F
F
F
F
F
chorozinho-de-asa-vermelha
choca-de-chapéu-vermelho
Rufous-winged Antwren
Rufous-capped Antshrike
F
F,A
choca-da-mata
chocão-carijó
matracão
borralhara-assobiadora
borralhara
papo-branco
papa-formiga-de-grota
papa-taoca-do-sul
trovoada
trovoada-de-bertoni
choquinha-da-serra
choquinha-de-dorso-vermelho
choquinha-carijó
pintadinho
Variable Antshrike
Spot-backed Antshrike
Giant Antshrike
Large-tailed Antshrike
Tufted Antshrike
White-bearded Antshrike
Squamate Antbird
White-shouldered Fire-eye
Ferruginous Antbird
Bertoni's Antbird
Rufous-tailed Antbird
Ochre-rumped Antbird
Dusky-tailed Antbird
Scaled Antbird
F,A
F
F
F
F
F
F
F
F
F
F
F
F
F
chupa-dente
cuspidor-de-máscara-preta
Rufous Gnateater
Black-cheeked Gnateater
F
F
X
X
tovacuçu
pinto-do-mato
Variegated Antpitta
Speckle-breasted Antpitta
F
F
X
entufado
macuquinho
Slaty Bristlefront
White-breasted Tapaculo
F
F
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
NT
VU
VU
NT
NT
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
VU
X
NT
NT
NT
285
Scytalopus speluncae
Psilorhamphus guttatus
Formicariidae
Formicarius colma
Chamaeza campanisona
Chamaeza meruloides
Chamaeza ruficauda
Scleruridae
Sclerurus macconnelli
Sclerurus scansor
Dendrocolaptidae
Dendrocincla turdina
Sittasomus griseicapillus
Xiphorhynchus fuscus
Campylorhamphus
falcularius
Lepidocolaptes
angustirostris
Lepidocolaptes falcinellus
Dendrocolaptes platyrostris
Xiphocolaptes albicollis
Xenopidae
Xenops minutus
Xenops rutilans
Furnariidae
Furnarius figulus
Furnarius rufus
Lochmias nematura
Automolus leucophthalmus
286
tapaculo-preto
tapaculo-pintado
Mouse-colored Tapaculo
Spotted Bamboowren
F
F
X
X
galinha-do-mato
tovaca-campainha
tovaca-cantadora
tovaca-de-rabo-vermelho
Rufous-capped Antthrush
Short-tailed Antthrush
Such's Antthrush
Rufous-tailed Antthrush
F
F
F
F
X
X
vira-folha-de-peito-vermelho
vira-folha
Tawny-throated Leaftosser
Rufous-breasted Leaftosser
F
F
arapaçu-liso
arapaçu-verde
arapaçu-rajado
Plain-winged Woodcreeper
Olivaceous Woodcreeper
Lesser Woodcreeper
F
F
F
X
arapaçu-de-bico-torto
Black-billed Scythebill
F
X
arapaçu-de-cerrado
arapaçu-escamado-do-sul
arapaçu-grande
arapaçu-de-garganta-branca
Narrow-billed Woodcreeper
Scalloped Woodcreeper
Planalto Woodcreeper
White-throated Woodcreeper
bico-virado-miúdo
bico-virado-carijó
Plain Xenops
Streaked Xenops
casaca-de-couro-da-lama
joão-de-barro
joão-porca
barranqueiro-de-olho-branco
Wing-banded Hornero
Rufous Hornero
Sharp-tailed Streamcreeper
White-eyed Foliage-gleaner
White-collared Foliagegleaner
White-browed Foliagegleaner
Ochre-breasted Foliagegleaner
Black-capped Foliagegleaner
Buff-fronted Foliage-gleaner
Sharp-billed Treehunter
Buff-browed Foliage-gleaner
Anabazenops fuscus
trepador-coleira
Anabacerthia amaurotis
limpa-folha-miúdo
Anabacerthia lichtensteini
limpa-folha-ocráceo
Philydor atricapillus
Philydor rufum
Heliobletus contaminatus
Syndactyla rufosuperciliata
limpa-folha-coroado
limpa-folha-de-testa-baia
trepadorzinho
trepador-quiete
F,C,A
F
F
F
NT
X
VU
X
X
X
F
F
C,A,AL
C,A,AL
F
F
X
F
X
F
X
F
X
F
F
F
F
X
X
NT
Cichlocolaptes leucophrus
Leptasthenura setaria
Phacellodomus
erythrophthalmus
Phacellodomus
ferrugineigula
Anumbius annumbi
Certhiaxis cinnamomeus
Synallaxis ruficapilla
Synallaxis cinerascens
Synallaxis spixi
Cranioleuca pallida
Pipridae
Neopelma chrysolophum
Manacus manacus
Ilicura militaris
Chiroxiphia caudata
Oxyruncidae
Oxyruncus cristatus
Onychorhynchidae
Onychorhynchus swainsoni
Myiobius barbatus
Myiobius atricaudus
Tityridae
Schiffornis virescens
Laniisoma elegans
Iodopleura pipra
Tityra inquisitor
Tityra cayana
Pachyramphus viridis
Pachyramphus rufus
Pachyramphus castaneus
Pachyramphus
polychopterus
Pachyramphus marginatus
Pachyramphus validus
Cotingidae
trepador-sobrancelha
grimpeiro
Pale-browed Treehunter
Araucaria Tit-Spinetail
F
F
X
X
joão-botina-da-mata
Orange-eyed Thornbird
F,A
X
joão-botina-do-brejo
cochicho
curutié
pichororé
pi-puí
joão-teneném
arredio-pálido
Orange-breasted Thornbird
Firewood-Gatherer
Yellow-chinned Spinetail
Rufous-capped Spinetail
Gray-bellied Spinetail
Spix's Spinetail
Pallid Spinetail
F,AL
C,A,AL
AL
F,A
F
F,A
F,A
X
fruxu
rendeira
tangarazinho
tangará
Serra do Mar TyrantManakin
White-bearded Manakin
Pin-tailed Manakin
Swallow-tailed Manakin
F
F
F
F
X
araponga-do-horto
Sharpbill
F
maria-leque-do-sudeste
assanhadinho
assanhadinho-de-cauda-preta
Atlantic Royal Flycatcher
Whiskered Flycatcher
Black-tailed Flycatcher
F
F
F
X
X
flautim
chibante
anambezinho
anambé-branco-de-bochechaparda
anambé-branco-de-rabo-preto
caneleiro-verde
caneleiro-cinzento
caneleiro
Greenish Schiffornis
Shrike-like Cotinga
Buff-throated Purpletuft
F
F
F,A
X
X
X
X
X
Black-crowned Tityra
Black-tailed Tityra
Green-backed Becard
Cinereous Becard
Chestnut-crowned Becard
F,A
F,A
F
F,A
F,A
caneleiro-preto
caneleiro-bordado
caneleiro-de-chapéu-preto
White-winged Becard
Black-capped Becard
Crested Becard
F,A
F,A
F,A
NT
X
X
X
X
VU
EN
NT
287
Lipaugus lanioides
Tijuca atra
Procnias nudicollis
Pyroderus scutatus
Carpornis cucullata
Carpornis melanocephala
Phibalura flavirostris
Pipritidae
Piprites chloris
Piprites pileata
Platyrinchidae
Platyrinchus mystaceus
Platyrinchus leucoryphus
Rhynchocyclidae
Mionectes rufiventris
Leptopogon
amaurocephalus
Phylloscartes ventralis
Phylloscartes paulista
Phylloscartes oustaleti
Phylloscartes difficilis
Phylloscartes sylviolus
Tolmomyias sulphurescens
Cinnamon-vented Piha
Black-and-gold Cotinga
Bare-throated Bellbird
Red-ruffed Fruitcrow
Hooded Berryeater
Black-headed Berryeater
Swallow-tailed Cotinga
X
X
X
X
X
X
X
papinho-amarelo
caneleirinho-de-chapéu-preto
Wing-barred Piprites
Black-capped Piprites
F
F
X
X
VU
patinho
patinho-gigante
White-throated Spadebill
Russet-winged Spadebill
F
F
X
X
VU
abre-asa-de-cabeça-cinza
Gray-hooded Flycatcher
F
X
cabeçudo
borboletinha-do-mato
não-pode-parar
papa-moscas-de-olheiras
estalinho
maria-pequena
bico-chato-de-orelha-preta
F
F
F
F
F
F
F,A
X
NT
NT
NT
NT
catraca
tiririzinho-do-mato
tachuri-campainha
papa-moscas-estrela
Sepia-capped Flycatcher
Mottle-cheeked Tyrannulet
Sao Paulo Tyrannulet
Oustalet's Tyrannulet
Serra do Mar Tyrannulet
Bay-ringed Tyrannulet
Yellow-olive Flycatcher
Yellow-lored TodyFlycatcher
Common Tody-Flycatcher
Ochre-faced TodyFlycatcher
Eared Pygmy-Tyrant
Drab-breasted Pygmy-Tyrant
Brown-breasted PygmyTyrant
Eye-ringed Tody-Tyrant
Hangnest Tody-Tyrant
Fork-tailed Pygmy-Tyrant
gibão-de-couro
piolhinho-chiador
risadinha
Cliff Flycatcher
Rough-legged Tyrannulet
Southern Beardless-
C,A
F
F,A
Todirostrum poliocephalum
Todirostrum cinereum
teque-teque
ferreirinho-relógio
Poecilotriccus plumbeiceps
Myiornis auricularis
Hemitriccus diops
tororó
miudinho
olho-falso
Hemitriccus obsoletus
Hemitriccus orbitatus
Hemitriccus nidipendulus
Hemitriccus furcatus
Tyrannidae
Hirundinea ferruginea
Tyranniscus burmeisteri
Camptostoma obsoletum
288
tropeiro-da-serra
saudade
araponga
pavó
corocochó
sabiá-pimenta
tesourinha-da-mata
F
F
F
F
F
F
F,A
F,A
F,A
X
X
X
X
NT
NT
VU
X
X
X
VU
NT
VU
NT
X
F,A
F,A
F
X
X
F
F
F,A
F
X
X
X
X
NT
X
VU
VU
Tyrannulet
Elaenia flavogaster
Elaenia chilensis
Elaenia parvirostris
Elaenia mesoleuca
Elaenia obscura
Myiopagis caniceps
Capsiempis flaveola
Phyllomyias virescens
Phyllomyias fasciatus
Phyllomyias griseocapilla
Polystictus superciliaris
Serpophaga nigricans
Serpophaga subcristata
Attila phoenicurus
Attila rufus
Legatus leucophaius
Ramphotrigon
megacephalum
Myiarchus swainsoni
Myiarchus ferox
Sirystes sibilator
Rhytipterna simplex
Pitangus sulphuratus
Philohydor lictor
Machetornis rixosa
Myiodynastes maculatus
Megarynchus pitangua
Myiozetetes similis
Tyrannus melancholicus
Tyrannus savana
Empidonomus varius
Conopias trivirgatus
Colonia colonus
Myiophobus fasciatus
Pyrocephalus rubinus
Fluvicola nengeta
guaracava-de-barriga-amarela
guaracava-de-crista-branca
guaracava-de-bico-curto
tuque
tucão
guaracava-cinzenta
marianinha-amarela
piolhinho-verdoso
piolhinho
piolhinho-serrano
papa-moscas-de-costascinzentas
joão-pobre
alegrinho
capitão-castanho
capitão-de-saíra
bem-te-vi-pirata
Yellow-bellied Elaenia
Chilean Elaenia
Small-billed Elaenia
Olivaceous Elaenia
Highland Elaenia
Gray Elaenia
Yellow Tyrannulet
Greenish Tyrannulet
Planalto Tyrannulet
Gray-capped Tyrannulet
F,A
F
F,A
F
F
F
F,A
F
F,A
F,A
Gray-backed Tachuri
Sooty Tyrannulet
White-crested Tyrannulet
Rufous-tailed Attila
Gray-hooded Attila
Piratic Flycatcher
C
F,AL
F,A
F
F
F,A
maria-cabeçuda
irré
maria-cavaleira
gritador
vissiá
bem-te-vi
bentevizinho-do-brejo
suiriri-cavaleiro
bem-te-vi-rajado
neinei
bentevizinho-de-penachovermelho
suiriri
tesourinha
peitica
bem-te-vi-pequeno
viuvinha
filipe
príncipe
lavadeira-mascarada
Large-headed Flatbill
Swainson's Flycatcher
Short-crested Flycatcher
Sirystes
Grayish Mourner
Great Kiskadee
Lesser Kiskadee
Cattle Tyrant
Streaked Flycatcher
Boat-billed Flycatcher
F
F,A
F,A
F
F
F,C,A,AL
F,A,AL
C,A
F,A
F,A
Social Flycatcher
Tropical Kingbird
Fork-tailed Flycatcher
Variegated Flycatcher
Three-striped Flycatcher
Long-tailed Tyrant
Bran-colored Flycatcher
Vermilion Flycatcher
Masked Water-Tyrant
F,A
F,C,A
C,A
F,A
F,A
F,A
F,A
C,A
C,A,AL
X
X
NT
X
289
Arundinicola leucocephala
Cnemotriccus fuscatus
Lathrotriccus euleri
Contopus cooperi
Contopus cinereus
Knipolegus cyanirostris
Knipolegus lophotes
Knipolegus nigerrimus
Satrapa icterophrys
Xolmis cinereus
Xolmis velatus
Muscipipra vetula
Vireonidae
freirinha
guaracavuçu
enferrujado
piui-boreal
papa-moscas-cinzento
maria-preta-de-bico-azulado
maria-preta-de-penacho
maria-preta-de-gargantavermelha
suiriri-pequeno
primavera
noivinha-branca
tesoura-cinzenta
White-headed Marsh Tyrant
Fuscous Flycatcher
Euler's Flycatcher
Olive-sided Flycatcher
Tropical Pewee
Blue-billed Black-Tyrant
Crested Black-Tyrant
Velvety Black-Tyrant
Yellow-browed Tyrant
Gray Monjita
White-rumped Monjita
Shear-tailed Gray Tyrant
F,A
C,A,AL
C,A
C,A
F
F,A
F,A
F
F
Cyclarhis gujanensis
Vireo chivi
Hylophilus poicilotis
Hylophilus thoracicus
Corvidae
Cyanocorax caeruleus
Cyanocorax cristatellus
Hirundinidae
Pygochelidon cyanoleuca
Atticora tibialis
pitiguari
juruviara
verdinho-coroado
vite-vite
Rufous-browed
Peppershrike
Chivi Vireo
Rufous-crowned Greenlet
Lemon-chested Greenlet
gralha-azul
gralha-do-campo
Azure Jay
Curl-crested Jay
andorinha-pequena-de-casa
calcinha-branca
Stelgidopteryx ruficollis
Progne tapera
Progne chalybea
Tachycineta albiventer
Tachycineta leucorrhoa
Riparia riparia
Petrochelidon pyrrhonota
Troglodytidae
Troglodytes musculus
Cantorchilus longirostris
Donacobiidae
Donacobius atricapilla
Polioptilidae
andorinha-serradora
andorinha-do-campo
andorinha-doméstica-grande
andorinha-do-rio
andorinha-de-sobre-branco
andorinha-do-barranco
andorinha-de-dorso-acanelado
Blue-and-white Swallow
White-thighed Swallow
Southern Rough-winged
Swallow
Brown-chested Martin
Gray-breasted Martin
White-winged Swallow
White-rumped Swallow
Bank Swallow
Cliff Swallow
corruíra
garrinchão-de-bico-grande
Southern House Wren
Long-billed Wren
japacanim
Black-capped Donacobius
290
AL
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F,C,A
F,C,A,AL
F,A
F,C,A,AL
F,C,A
F,C,A,AL
AL
AL
C,A
C,A
F,C,A
F,A
AL
NT
X
X
X
X
NT
Ramphocaenus melanurus
Turdidae
Catharus swainsoni
Turdus flavipes
Turdus leucomelas
Turdus rufiventris
Turdus amaurochalinus
Turdus albicollis
Mimidae
Mimus saturninus
Motacillidae
Anthus lutescens
Anthus hellmayri
Passerellidae
Zonotrichia capensis
Arremon semitorquatus
Parulidae
Setophaga pitiayumi
Geothlypis aequinoctialis
Basileuterus culicivorus
Myiothlypis leucoblephara
Myiothlypis rivularis
Icteridae
Psarocolius decumanus
Cacicus chrysopterus
Cacicus haemorrhous
Gnorimopsar chopi
Agelasticus cyanopus
Chrysomus ruficapillus
Molothrus oryzivorus
Molothrus bonariensis
Sturnella superciliaris
Mitrospingidae
Orthogonys chloricterus
Thraupidae
Coereba flaveola
Saltator similis
bico-assovelado
Long-billed Gnatwren
F
sabiá-de-óculos
sabiá-una
sabiá-barranco
sabiá-laranjeira
sabiá-poca
sabiá-coleira
Swainson's Thrush
Yellow-legged Thrush
Pale-breasted Thrush
Rufous-bellied Thrush
Creamy-bellied Thrush
White-necked Thrush
F
F
F,A
F,A
F,A
F
sabiá-do-campo
Chalk-browed Mockingbird
C,A
caminheiro-zumbidor
caminheiro-de-barrigaacanelada
Yellowish Pipit
C,A
Hellmayr's Pipit
C
tico-tico
tico-tico-do-mato
Rufous-collared Sparrow
Half-collared Sparrow
F,C,A
F
mariquita
pia-cobra
pula-pula
pula-pula-assobiador
pula-pula-ribeirinho
Tropical Parula
Masked Yellowthroat
Golden-crowned Warbler
White-browed Warbler
Neotropical River Warbler
F,A
C,A,AL
F
F
F
japu
tecelão
guaxe
graúna
carretão
garibaldi
iraúna-grande
vira-bosta
polícia-inglesa-do-sul
Crested Oropendola
Golden-winged Cacique
Red-rumped Cacique
Chopi Blackbird
Unicolored Blackbird
Chestnut-capped Blackbird
Giant Cowbird
Shiny Cowbird
White-browed Blackbird
F,A
F,A
F,A
C,A
AL
AL
C,A
C,A
C,A
catirumbava
Olive-green Tanager
cambacica
trinca-ferro-verdadeiro
Bananaquit
Green-winged Saltator
F
X
X
X
F,A
F,A
291
Saltator maxillosus
Saltator fuliginosus
Orchesticus abeillei
Thlypopsis sordida
Pyrrhocoma ruficeps
Tachyphonus coronatus
Ramphocelus bresilius
Lanio cristatus
Lanio cucullatus
Lanio melanops
Tangara seledon
Tangara cyanocephala
Tangara cyanoventris
Tangara desmaresti
Tangara sayaca
Tangara cyanoptera
Tangara palmarum
Tangara ornata
Tangara peruviana
Tangara cayana
Stephanophorus
diadematus
Cissopis leverianus
Schistochlamys ruficapillus
Pipraeidea melanonota
Tersina viridis
Dacnis nigripes
Dacnis cayana
Chlorophanes spiza
Hemithraupis guira
Hemithraupis ruficapilla
Conirostrum speciosum
Haplospiza unicolor
Donacospiza albifrons
Poospiza thoracica
Poospiza lateralis
Sicalis flaveola
Emberizoides herbicola
292
bico-grosso
pimentão
sanhaçu-pardo
saí-canário
cabecinha-castanha
tiê-preto
tiê-sangue
tiê-galo
tico-tico-rei
tiê-de-topete
saíra-sete-cores
saíra-militar
saíra-douradinha
saíra-lagarta
sanhaçu-cinzento
sanhaçu-de-encontro-azul
sanhaçu-do-coqueiro
sanhaçu-de-encontro-amarelo
saíra-sapucaia
saíra-amarela
Thick-billed Saltator
Black-throated Grosbeak
Brown Tanager
Orange-headed Tanager
Chestnut-headed Tanager
Ruby-crowned Tanager
Brazilian Tanager
Flame-crested Tanager
Red-crested Finch
Black-goggled Tanager
Green-headed Tanager
Red-necked Tanager
Gilt-edged Tanager
Brassy-breasted Tanager
Sayaca Tanager
Azure-shouldered Tanager
Palm Tanager
Golden-chevroned Tanager
Black-backed Tanager
Burnished-buff Tanager
F
F
F
F
F
F
F,A
F,A
F,A
F
F,A
F,A
F
F
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
sanhaçu-frade
tietinga
bico-de-veludo
saíra-viúva
saí-andorinha
saí-de-pernas-pretas
saí-azul
saí-verde
saíra-de-papo-preto
saíra-ferrugem
figuinha-de-rabo-castanho
cigarra-bambu
tico-tico-do-banhado
peito-pinhão
quete
canário-da-terra-verdadeiro
canário-do-campo
Diademed Tanager
Magpie Tanager
Cinnamon Tanager
Fawn-breasted Tanager
Swallow Tanager
Black-legged Dacnis
Blue Dacnis
Green Honeycreeper
Guira Tanager
Rufous-headed Tanager
Chestnut-vented Conebill
Uniform Finch
Long-tailed Reed Finch
Bay-chested Warbling-Finch
Buff-throated Warbling-Finch
Saffron Finch
Wedge-tailed Grass-Finch
F,A
F
C,AL
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F
C,AL
F,A
F,A
C,A
C,A
X
X
X
NT
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
VU
VU
NT
Volatinia jacarina
Sporophila frontalis
Sporophila falcirostris
Sporophila lineola
Sporophila ardesiaca
Sporophila caerulescens
Sporophila leucoptera
Sporophila angolensis
Tiaris fuliginosus
Cardinalidae
Piranga flava
Habia rubica
Amaurospiza moesta
Cyanoloxia glaucocaerulea
Cyanoloxia brissonii
Fringillidae
Sporagra magellanica
Euphonia chlorotica
Euphonia violacea
Euphonia chalybea
Euphonia cyanocephala
Euphonia pectoralis
Chlorophonia cyanea
Estrildidae
Estrilda astrild
Passeridae
Passer domesticus
tiziu
pixoxó
cigarra-verdadeira
bigodinho
papa-capim-de-costas-cinzas
coleirinho
chorão
curió
cigarra-do-coqueiro
Blue-black Grassquit
Buffy-fronted Seedeater
Temminck's Seedeater
Lined Seedeater
Dubois's Seedeater
Double-collared Seedeater
White-bellied Seedeater
Chestnut-bellied Seed-Finch
Sooty Grassquit
C,A
F
F
C,A
C,A
C,A
C,A
C,A
F
sanhaçu-de-fogo
tiê-do-mato-grosso
negrinho-do-mato
azulinho
azulão
Hepatic Tanager
Red-crowned Ant-Tanager
Blackish-blue Seedeater
Glaucous-blue Grosbeak
Ultramarine Grosbeak
F,A
F
F,A
F,A
F,A
X
pintassilgo
fim-fim
gaturamo-verdadeiro
cais-cais
gaturamo-rei
ferro-velho
gaturamo-bandeira
Hooded Siskin
Purple-throated Euphonia
Violaceous Euphonia
Green-throated Euphonia
Golden-rumped Euphonia
Chestnut-bellied Euphonia
Blue-naped Chlorophonia
D,A,C
F,A
F,A
F
F
F,A
F
X
bico-de-lacre
Common Waxbill
C,A
pardal
House Sparrow
C,A
X
X
X
X
VU
VU
VU
VU
X
X
X
NT
X
X
NT
X
Legenda: Ordem taxonômica, nome comum e inglês segundo CBRO (2014). Espécies endêmicas da Mata Atlântica segundo Bencke et al., 2006.
Espécies ameaçadas a nível estadual segundo São Paulo (2014), á nível nacional segundo MMA (2014) e ameaçadas globalmente segundo IUCN
(2012). Categorias de ameaça: EN - Em Perigo; VU - Vulnerável e NT - Quase Ameaçada. Obs. Na última versão da Lista de Espécies Ameaçadas
do estado de São Paulo não constam as categorias específicas de ameaça. Ambiente típico: F. Ambiente Florestal (mata alta, média ou capoeiras);
C. Campo aberto ou campo sujo; A. Ambiente degradado (áreas urbanas, rurais ou mesmo naturais); AL. Ambiente alagado (brejos, campos, rios,
represas, etc) e P. Ambiente litorâneo (praias, dunas, mangues e costões rochosos).
293
Tabela 2. Lista completa de aves do Núcleo Bertioga
Status de Ameaça
NOME DO TÁXON
Tinamiformes
Tinamidae
Tinamus solitarius
Crypturellus obsoletus
Crypturellus noctivagus
Anseriformes
Anatidae
Dendrocygna autumnalis
Cairina moschata
Amazonetta brasiliensis
Nomonyx dominica
Galliformes
Cracidae
Penelope obscura
Aburria jacutinga
Odontophoridae
Odontophorus capueira
Podicipediformes
Podicipedidae
Podilymbus podiceps
Suliformes
Fregatidae
294
NOME COMUM
NOME EM INGLÊS
Ambiente
típico
F
F
F
Endêmica
São Paulo
X
X
X
X
VU
NT
X
EN
EN
macuco
inhambuguaçu
jaó-do-sul
Solitary Tinamou
Brown Tinamou
Yellow-legged Tinamou
asa-branca
pato-do-mato
pé-vermelho
marreca-de-bico-roxo
Black-bellied Whistling-Duck
Muscovy Duck
Brazilian Teal
Masked Duck
jacuaçu
jacutinga
Dusky-legged Guan
Black-fronted Piping-Guan
F
F
X
uru
Spot-winged Wood-Quail
F
X
mergulhão-caçador
Pied-billed Grebe
Brasil IUCN
NT
AL
AL
AL
AL
AL
Fregata magnificens
Phalacrocoracidae
Phalacrocorax brasilianus
Anhingidae
Anhinga anhinga
Pelecaniformes
Ardeidae
Tigrisoma lineatum
Butorides striata
Bubulcus ibis
Ardea cocoi
Ardea alba
Pilherodius pileatus
Egretta thula
Threskiornithidae
Theristicus caudatus
Cathartiformes
Cathartidae
Cathartes aura
Coragyps atratus
Accipitriformes
Accipitridae
Leptodon cayanensis
Harpagus diodon
Accipiter striatus
Accipiter bicolor
Rostrhamus sociabilis
Amadonastur lacernulatus
Rupornis magnirostris
Parabuteo leucorrhous
Geranoaetus albicaudatus
Pseudastur polionotus
Buteo brachyurus
Spizaetus tyrannus
Spizaetus melanoleucus
Gruiformes
Aramidae
Aramus guarauna
tesourão
Magnificent Frigatebird
P
biguá
Neotropic Cormorant
AL
biguatinga
Anhinga
AL
socó-boi
socozinho
garça-vaqueira
garça-moura
garça-branca-grande
garça-real
garça-branca-pequena
Rufescent Tiger-Heron
Striated Heron
Cattle Egret
Cocoi Heron
Great Egret
Capped Heron
Snowy Egret
AL
AL
C,AL
AL
AL
C,AL
AL
curicaca
Buff-necked Ibis
C,A
urubu-de-cabeça-vermelha
urubu-de-cabeça-preta
Turkey Vulture
Black Vulture
gavião-de-cabeça-cinza
gavião-bombachinha
gavião-miúdo
gavião-bombachinha-grande
gavião-caramujeiro
gavião-pombo-pequeno
gavião-carijó
gavião-de-sobre-branco
gavião-de-rabo-branco
gavião-pombo-grande
gavião-de-cauda-curta
gavião-pega-macaco
gavião-pato
Gray-headed Kite
Rufous-thighed Kite
Sharp-shinned Hawk
Bicolored Hawk
Snail Kite
White-necked Hawk
Roadside Hawk
White-rumped Hawk
White-tailed Hawk
Mantled Hawk
Short-tailed Hawk
Black Hawk-Eagle
Black-and-white Hawk-Eagle
carão
Limpkin
F,C,A,AL
F,C,A,AL
F,C,A
F
F
F
AL
F
F,C,A
F
F,C,A
F,C
F,C,A
F,C
F,C
X
X
X
X
VU
VU
NT
X
X
AL
295
Rallidae
Aramides cajaneus
Aramides saracura
Laterallus melanophaius
Porzana albicollis
Pardirallus nigricans
Gallinula galeata
Porphyrio martinicus
Charadriiformes
Charadriidae
Vanellus chilensis
Charadrius semipalmatus
Charadrius collaris
Scolopacidae
Actitis macularius
Calidris alba
Calidris fuscicollis
Jacanidae
Jacana jacana
Laridae
Larus dominicanus
Columbiformes
Columbidae
Columbina talpacoti
Columba livia
Patagioenas picazuro
Patagioenas cayennensis
Patagioenas plumbea
Zenaida auriculata
Leptotila verreauxi
Leptotila rufaxilla
Geotrygon montana
Cuculiformes
Cuculidae
Piaya cayana
Coccyzus americanus
Crotophaga ani
Guira guira
296
saracura-três-potes
saracura-do-mato
sanã-parda
sanã-carijó
saracura-sanã
frango-d'água-comum
frango-d'água-azul
Gray-necked Wood-Rail
Slaty-breasted Wood-Rail
Rufous-sided Crake
Ash-throated Crake
Blackish Rail
Common Gallinule
Purple Gallinule
AL
AL
AL
AL
F
AL
AL
quero-quero
batuíra-de-bando
batuíra-de-coleira
Southern Lapwing
Semipalmated Plover
Collared Plover
maçarico-pintado
maçarico-branco
maçarico-de-sobre-branco
Spotted Sandpiper
Sanderling
White-rumped Sandpiper
jaçanã
Wattled Jacana
AL
gaivotão
Kelp Gull
P
rolinha-roxa
pombo-doméstico
pombão
pomba-galega
pomba-amargosa
pomba-de-bando
juriti-pupu
juriti-gemedeira
pariri
Ruddy Ground-Dove
Rock Pigeon
Picazuro Pigeon
Pale-vented Pigeon
Plumbeous Pigeon
Eared Dove
White-tipped Dove
Gray-fronted Dove
Ruddy Quail-Dove
C,A
C,A
F
F
F
C,A
F
F
F
alma-de-gato
papa-lagarta-de-asa-vermelha
anu-preto
anu-branco
Squirrel Cuckoo
Yellow-billed Cuckoo
Smooth-billed Ani
Guira Cuckoo
F,A
F
CA
AL
X
X
X
X
X
NT
C,A,AL
AL,P
AL,P
AL,P
F
AL,P
VU
NT
Tapera naevia
Strigiformes
Tytonidae
Tyto furcata
Strigidae
Megascops choliba
Megascops atricapilla
Pulsatrix koeniswaldiana
Strix hylophila
Strix virgata
Glaucidium minutissimum
Glaucidium brasilianum
Athene cunicularia
Nyctibiiformes
Nyctibiidae
Nyctibius griseus
Caprimulgiformes
Caprimulgidae
Lurocalis semitorquatus
Hydropsalis albicollis
Hydropsalis torquata
Hydropsalis forcipata
Apodiformes
Apodidae
Cypseloides fumigatus
Streptoprocne zonaris
Chaetura cinereiventris
Chaetura meridionalis
Trochilidae
Ramphodon naevius
Phaethornis squalidus
Phaethornis eurynome
Eupetomena macroura
Florisuga fusca
Colibri serrirostris
Anthracothorax nigricollis
Stephanoxis lalandi
Lophornis magnificus
saci
Striped Cuckoo
AL
coruja-da-igreja
American Barn Owl
FA
corujinha-do-mato
corujinha-sapo
murucututu-de-barriga-amarela
coruja-listrada
coruja-do-mato
caburé-miudinho
caburé
coruja-buraqueira
Tropical Screech-Owl
Black-capped Screech-Owl
Tawny-browed Owl
Rusty-barred Owl
Mottled Owl
Least Pygmy-Owl
Ferruginous Pygmy-Owl
Burrowing Owl
F
F
F
F
F
F
F,A
C,A
mãe-da-lua
Common Potoo
tuju
bacurau
bacurau-tesoura
bacurau-tesoura-gigante
Short-tailed Nighthawk
Pauraque
Scissor-tailed Nightjar
Long-trained Nightjar
taperuçu-preto
taperuçu-de-coleira-branca
andorinhão-de-sobre-cinzento
andorinhão-do-temporal
Sooty Swift
White-collared Swift
Gray-rumped Swift
Sick's Swift
F,C
F,C,A
F,C
AL
beija-flor-rajado
rabo-branco-pequeno
rabo-branco-de-garganta-rajada
beija-flor-tesoura
beija-flor-preto
beija-flor-de-orelha-violeta
beija-flor-de-veste-preta
beija-flor-de-topete
topetinho-vermelho
Saw-billed Hermit
Dusky-throated Hermit
Scale-throated Hermit
Swallow-tailed Hummingbird
Black Jacobin
White-vented Violetear
Black-throated Mango
Plovercrest
Frilled Coquette
F
F
F
F,C,A
F,C,A
F,C
F,C,A
C
AL
X
X
X
EN
EN
NT
X
F
F
C,A
C
C
X
X
X
X
NT
X
X
297
Lophornis chalybeus
Chlorostilbon lucidus
Thalurania glaucopis
Hylocharis cyanus
Leucochloris albicollis
Amazilia versicolor
Amazilia fimbriata
Amazilia lactea
Clytolaema rubricauda
Calliphlox amethystina
Trogoniformes
Trogonidae
Trogon viridis
Trogon surrucura
Trogon rufus
Coraciiformes
Alcedinidae
Megaceryle torquata
Chloroceryle amazona
Chloroceryle americana
Momotidae
Baryphthengus ruficapillus
Galbuliformes
Bucconidae
Nystalus chacuru
Piciformes
Ramphastidae
Ramphastos vitellinus
Ramphastos dicolorus
Selenidera maculirostris
Pteroglossus bailloni
Picidae
Picumnus cirratus
Melanerpes flavifrons
Veniliornis spilogaster
Piculus flavigula
Piculus aurulentus
298
topetinho-verde
besourinho-de-bico-vermelho
beija-flor-de-fronte-violeta
beija-flor-roxo
beija-flor-de-papo-branco
beija-flor-de-banda-branca
beija-flor-de-garganta-verde
beija-flor-de-peito-azul
beija-flor-rubi
estrelinha-ametista
Festive Coquette
Glittering-bellied Emerald
Violet-capped Woodnymph
White-chinned Sapphire
White-throated Hummingbird
Versicolored Emerald
Glittering-throated Emerald
Sapphire-spangled Emerald
Brazilian Ruby
Amethyst Woodstar
surucuá-grande-de-barrigaamarela
surucuá-variado
surucuá-de-barriga-amarela
White-tailed Trogon
Surucua Trogon
Black-throated Trogon
martim-pescador-grande
martim-pescador-verde
martim-pescador-pequeno
Ringed Kingfisher
Amazon Kingfisher
Green Kingfisher
juruva-verde
Rufous-capped Motmot
joão-bobo
White-eared Puffbird
tucano-de-bico-preto
tucano-de-bico-verde
araçari-poca
araçari-banana
Channel-billed Toucan
Red-breasted Toucan
Spot-billed Toucanet
Saffron Toucanet
pica-pau-anão-barrado
benedito-de-testa-amarela
picapauzinho-verde-carijó
pica-pau-bufador
pica-pau-dourado
White-barred Piculet
Yellow-fronted Woodpecker
White-spotted Woodpecker
Yellow-throated Woodpecker
Yellow-browed Woodpecker
F
F,C,A
F
F,C,A
C
F,C,A
F,C,A
F,C,A
F
AL
F
F
F
NT
X
X
X
X
F,AL
F,AL
F,AL
F
X
F,C,A
F
F
F
F
F,A
F
F,A
F
F
VU
X
X
X
X
X
NT
X
X
X
NT
Colaptes melanochloros
Colaptes campestris
Celeus flavescens
Dryocopus lineatus
Falconiformes
Falconidae
Caracara plancus
Milvago chimachima
Herpetotheres cachinnans
Micrastur ruficollis
Micrastur semitorquatus
Psittaciformes
Psittacidae
Pyrrhura frontalis
Forpus xanthopterygius
Brotogeris tirica
Touit melanonotus
Pionopsitta pileata
Pionus maximiliani
Triclaria malachitacea
Passeriformes
Thamnophilidae
Terenura maculata
Myrmotherula minor
Myrmotherula unicolor
Rhopias gularis
Dysithamnus stictothorax
Dysithamnus mentalis
Dysithamnus xanthopterus
Herpsilochmus rufimarginatus
Thamnophilus ruficapillus
Thamnophilus caerulescens
Hypoedaleus guttatus
Batara cinerea
Mackenziaena severa
Myrmoderus squamosus
Pyriglena leucoptera
Drymophila ferruginea
pica-pau-verde-barrado
pica-pau-do-campo
pica-pau-de-cabeça-amarela
pica-pau-de-banda-branca
Green-barred Woodpecker
Campo Flicker
Blond-crested Woodpecker
Lineated Woodpecker
F
C,A
F
F,A
caracará
carrapateiro
acauã
falcão-caburé
falcão-relógio
Southern Caracara
Yellow-headed Caracara
Laughing Falcon
Barred Forest-Falcon
Collared Forest-Falcon
C,A
C,A
F,C
F
F
tiriba-de-testa-vermelha
tuim
periquito-rico
apuim-de-costas-pretas
cuiú-cuiú
maitaca-verde
sabiá-cica
Maroon-bellied Parakeet
Blue-winged Parrotlet
Plain Parakeet
Brown-backed Parrotlet
Red-capped Parrot
Scaly-headed Parrot
Blue-bellied Parrot
F,A
F,A
F,A
F
F
F
F
X
zidedê
choquinha-pequena
choquinha-cinzenta
choquinha-de-garganta-pintada
choquinha-de-peito-pintado
choquinha-lisa
choquinha-de-asa-ferrugem
chorozinho-de-asa-vermelha
choca-de-chapéu-vermelho
choca-da-mata
chocão-carijó
matracão
borralhara
papa-formiga-de-grota
papa-taoca-do-sul
trovoada
Streak-capped Antwren
Salvadori's Antwren
Unicolored Antwren
Star-throated Antwren
Spot-breasted Antvireo
Plain Antvireo
Rufous-backed Antvireo
Rufous-winged Antwren
Rufous-capped Antshrike
Variable Antshrike
Spot-backed Antshrike
Giant Antshrike
Tufted Antshrike
Squamate Antbird
White-shouldered Fire-eye
Ferruginous Antbird
F
F
F
F
F
F
F
P
F,A
F,A
F
F
F
F
F
F
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
NT
X
NT
VU
EN
X
X
X
X
X
X
299
Drymophila ochropyga
Drymophila malura
Drymophila squamata
Conopophagidae
Conopophaga lineata
Conopophaga melanops
Grallariidae
Grallaria varia
Hylopezus nattereri
Rhinocryptidae
Merulaxis ater
Eleoscytalopus indigoticus
Scytalopus speluncae
Formicariidae
Formicarius colma
Chamaeza campanisona
Chamaeza meruloides
Scleruridae
Sclerurus scansor
Dendrocolaptidae
Dendrocincla turdina
Sittasomus griseicapillus
Xiphorhynchus fuscus
Campylorhamphus falcularius
Lepidocolaptes falcinellus
Dendrocolaptes platyrostris
Xiphocolaptes albicollis
Xenopidae
Xenops minutus
Xenops rutilans
Furnariidae
Furnarius rufus
Lochmias nematura
Automolus leucophthalmus
Anabazenops fuscus
Anabacerthia amaurotis
Anabacerthia lichtensteini
Philydor atricapillus
300
choquinha-de-dorso-vermelho
choquinha-carijó
pintadinho
Ochre-rumped Antbird
Dusky-tailed Antbird
Scaled Antbird
F
F
F
X
X
X
chupa-dente
cuspidor-de-máscara-preta
Rufous Gnateater
Black-cheeked Gnateater
F
F
X
X
tovacuçu
pinto-do-mato
Variegated Antpitta
Speckle-breasted Antpitta
F
F
X
entufado
macuquinho
tapaculo-preto
Slaty Bristlefront
White-breasted Tapaculo
Mouse-colored Tapaculo
F
F
F
X
X
X
galinha-do-mato
tovaca-campainha
tovaca-cantadora
Rufous-capped Antthrush
Short-tailed Antthrush
Such's Antthrush
F
F
F
X
vira-folha
Rufous-breasted Leaftosser
F
X
arapaçu-liso
arapaçu-verde
arapaçu-rajado
arapaçu-de-bico-torto
arapaçu-escamado-do-sul
arapaçu-grande
arapaçu-de-garganta-branca
Plain-winged Woodcreeper
Olivaceous Woodcreeper
Lesser Woodcreeper
Black-billed Scythebill
Scalloped Woodcreeper
Planalto Woodcreeper
White-throated Woodcreeper
F
F
F
F
AL
F
F
X
bico-virado-miúdo
bico-virado-carijó
Plain Xenops
Streaked Xenops
joão-de-barro
joão-porca
barranqueiro-de-olho-branco
trepador-coleira
limpa-folha-miúdo
limpa-folha-ocráceo
limpa-folha-coroado
Rufous Hornero
Sharp-tailed Streamcreeper
White-eyed Foliage-gleaner
White-collared Foliage-gleaner
White-browed Foliage-gleaner
Ochre-breasted Foliage-gleaner
Black-capped Foliage-gleaner
X
NT
NT
NT
X
X
F
F
C,A,AL
F
F
F
F
F
F
X
X
X
X
X
NT
Philydor rufum
Heliobletus contaminatus
Syndactyla rufosuperciliata
Cichlocolaptes leucophrus
Phacellodomus ferrugineigula
Certhiaxis cinnamomeus
Synallaxis ruficapilla
Synallaxis cinerascens
Synallaxis spixi
Cranioleuca pallida
Pipridae
Neopelma chrysolophum
Manacus manacus
Ilicura militaris
Chiroxiphia caudata
Oxyruncidae
Oxyruncus cristatus
Onychorhynchidae
Onychorhynchus swainsoni
Myiobius barbatus
Myiobius atricaudus
Tityridae
Schiffornis virescens
Laniisoma elegans
Tityra inquisitor
Tityra cayana
Pachyramphus viridis
Pachyramphus castaneus
Pachyramphus polychopterus
Pachyramphus marginatus
Pachyramphus validus
Cotingidae
Tijuca atra
Procnias nudicollis
Pyroderus scutatus
Carpornis cucullata
Phibalura flavirostris
limpa-folha-de-testa-baia
trepadorzinho
trepador-quiete
trepador-sobrancelha
joão-botina-do-brejo
curutié
pichororé
pi-puí
joão-teneném
arredio-pálido
Buff-fronted Foliage-gleaner
Sharp-billed Treehunter
Buff-browed Foliage-gleaner
Pale-browed Treehunter
Orange-breasted Thornbird
Yellow-chinned Spinetail
Rufous-capped Spinetail
Gray-bellied Spinetail
Spix's Spinetail
Pallid Spinetail
F
F
F
F
F,AL
AL
FA
F
F,A
F,A
fruxu
rendeira
tangarazinho
tangará
Serra do Mar Tyrant-Manakin
White-bearded Manakin
Pin-tailed Manakin
Swallow-tailed Manakin
F
F
F
F
araponga-do-horto
Sharpbill
P
maria-leque-do-sudeste
assanhadinho
assanhadinho-de-cauda-preta
Atlantic Royal Flycatcher
Whiskered Flycatcher
Black-tailed Flycatcher
F
F
F
X
X
flautim
chibante
anambé-branco-de-bochechaparda
anambé-branco-de-rabo-preto
caneleiro-verde
caneleiro
caneleiro-preto
caneleiro-bordado
caneleiro-de-chapéu-preto
Greenish Schiffornis
Shrike-like Cotinga
F
F
X
X
X
Black-crowned Tityra
Black-tailed Tityra
Green-backed Becard
Chestnut-crowned Becard
White-winged Becard
Black-capped Becard
Crested Becard
F,A
F,A
F
F,A
F,A
F,A
F,A
saudade
araponga
pavó
corocochó
tesourinha-da-mata
Black-and-gold Cotinga
Bare-throated Bellbird
Red-ruffed Fruitcrow
Hooded Berryeater
Swallow-tailed Cotinga
F
F
F
F
AL
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
VU
NT
VU
NT
301
Pipritidae
Piprites chloris
Platyrinchidae
Platyrinchus mystaceus
Platyrinchus leucoryphus
Rhynchocyclidae
Mionectes rufiventris
Leptopogon amaurocephalus
Phylloscartes ventralis
Phylloscartes paulista
Phylloscartes oustaleti
Tolmomyias sulphurescens
Todirostrum poliocephalum
Poecilotriccus plumbeiceps
Myiornis auricularis
Hemitriccus diops
Hemitriccus orbitatus
Hemitriccus nidipendulus
Tyrannidae
Hirundinea ferruginea
Tyranniscus burmeisteri
Camptostoma obsoletum
Elaenia flavogaster
Elaenia parvirostris
Elaenia mesoleuca
Elaenia obscura
Myiopagis caniceps
Phyllomyias virescens
Phyllomyias fasciatus
Phyllomyias griseocapilla
Serpophaga nigricans
Serpophaga subcristata
Attila phoenicurus
Attila rufus
Legatus leucophaius
Ramphotrigon megacephalum
Myiarchus swainsoni
Myiarchus ferox
302
papinho-amarelo
Wing-barred Piprites
F
patinho
patinho-gigante
White-throated Spadebill
Russet-winged Spadebill
F
F
abre-asa-de-cabeça-cinza
cabeçudo
borboletinha-do-mato
não-pode-parar
papa-moscas-de-olheiras
bico-chato-de-orelha-preta
teque-teque
tororó
miudinho
olho-falso
tiririzinho-do-mato
tachuri-campainha
Gray-hooded Flycatcher
Sepia-capped Flycatcher
Mottle-cheeked Tyrannulet
Sao Paulo Tyrannulet
Oustalet's Tyrannulet
Yellow-olive Flycatcher
Yellow-lored Tody-Flycatcher
Ochre-faced Tody-Flycatcher
Eared Pygmy-Tyrant
Drab-breasted Pygmy-Tyrant
Eye-ringed Tody-Tyrant
Hangnest Tody-Tyrant
F
F
F
F
AL
FA
FA
AL
AL
C,AL
AL
AL
gibão-de-couro
piolhinho-chiador
risadinha
guaracava-de-barriga-amarela
guaracava-de-bico-curto
tuque
tucão
guaracava-cinzenta
piolhinho-verdoso
piolhinho
piolhinho-serrano
joão-pobre
alegrinho
capitão-castanho
capitão-de-saíra
bem-te-vi-pirata
maria-cabeçuda
irré
maria-cavaleira
Cliff Flycatcher
Rough-legged Tyrannulet
Southern Beardless-Tyrannulet
Yellow-bellied Elaenia
Small-billed Elaenia
Olivaceous Elaenia
Highland Elaenia
Gray Elaenia
Greenish Tyrannulet
Planalto Tyrannulet
Gray-capped Tyrannulet
Sooty Tyrannulet
White-crested Tyrannulet
Rufous-tailed Attila
Gray-hooded Attila
Piratic Flycatcher
Large-headed Flatbill
Swainson's Flycatcher
Short-crested Flycatcher
AL
F
F,A
F,A
F,A
F
F
F
F
F,A
F,A
F,AL
F,A
F
F
F,A
F
F,A
F,A
X
X
VU
X
NT
X
X
X
X
X
X
NT
Sirystes sibilator
Rhytipterna simplex
Pitangus sulphuratus
Machetornis rixosa
Myiodynastes maculatus
Megarynchus pitangua
Myiozetetes similis
Tyrannus melancholicus
Tyrannus savana
Empidonomus varius
Colonia colonus
Myiophobus fasciatus
Pyrocephalus rubinus
Fluvicola nengeta
Arundinicola leucocephala
Cnemotriccus fuscatus
Lathrotriccus euleri
Contopus cooperi
Contopus cinereus
Knipolegus cyanirostris
Knipolegus nigerrimus
Satrapa icterophrys
Xolmis velatus
Muscipipra vetula
Vireonidae
Cyclarhis gujanensis
Vireo chivi
Hylophilus poicilotis
Hirundinidae
Pygochelidon cyanoleuca
Stelgidopteryx ruficollis
Progne tapera
Progne chalybea
Tachycineta leucorrhoa
Riparia riparia
Petrochelidon pyrrhonota
gritador
vissiá
bem-te-vi
suiriri-cavaleiro
bem-te-vi-rajado
neinei
bentevizinho-de-penachovermelho
suiriri
tesourinha
peitica
viuvinha
filipe
príncipe
lavadeira-mascarada
freirinha
guaracavuçu
enferrujado
piui-boreal
papa-moscas-cinzento
maria-preta-de-bico-azulado
maria-preta-de-gargantavermelha
suiriri-pequeno
noivinha-branca
tesoura-cinzenta
Sirystes
Grayish Mourner
Great Kiskadee
Cattle Tyrant
Streaked Flycatcher
Boat-billed Flycatcher
Velvety Black-Tyrant
Yellow-browed Tyrant
White-rumped Monjita
Shear-tailed Gray Tyrant
F,A
AL
C,A
F
pitiguari
juruviara
verdinho-coroado
Rufous-browed Peppershrike
Chivi Vireo
Rufous-crowned Greenlet
F,A
F,A
F
andorinha-pequena-de-casa
andorinha-serradora
andorinha-do-campo
andorinha-doméstica-grande
andorinha-de-sobre-branco
andorinha-do-barranco
andorinha-de-dorso-acanelado
Blue-and-white Swallow
Southern Rough-winged Swallow
Brown-chested Martin
Gray-breasted Martin
White-rumped Swallow
Bank Swallow
Cliff Swallow
Social Flycatcher
Tropical Kingbird
Fork-tailed Flycatcher
Variegated Flycatcher
Long-tailed Tyrant
Bran-colored Flycatcher
Vermilion Flycatcher
Masked Water-Tyrant
White-headed Marsh Tyrant
Fuscous Flycatcher
Euler's Flycatcher
Olive-sided Flycatcher
Tropical Pewee
Blue-billed Black-Tyrant
F
F
F,C,A,AL
C,A
F,A
F,A
F,A
F,C,A
C,A
F,A
F,A
AL
C,A
C,A,AL
AL
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
NT
X
X
X
F,C,A,AL
F,C,A,AL
C,AL
F,C,A,AL
AL
C,A
C,A
303
Troglodytidae
Troglodytes musculus
Cantorchilus longirostris
Donacobiidae
Donacobius atricapilla
Polioptilidae
Ramphocaenus melanurus
Turdidae
Catharus swainsoni
Turdus flavipes
Turdus leucomelas
Turdus rufiventris
Turdus amaurochalinus
Turdus albicollis
Mimidae
Mimus saturninus
Motacillidae
Anthus lutescens
Passerellidae
Zonotrichia capensis
Arremon semitorquatus
Parulidae
Setophaga pitiayumi
Geothlypis aequinoctialis
Basileuterus culicivorus
Myiothlypis leucoblephara
Myiothlypis rivularis
Icteridae
Cacicus chrysopterus
Cacicus haemorrhous
Agelasticus cyanopus
Molothrus bonariensis
Mitrospingidae
Orthogonys chloricterus
Thraupidae
Coereba flaveola
Saltator similis
Saltator fuliginosus
304
corruíra
garrinchão-de-bico-grande
Southern House Wren
Long-billed Wren
F,C,A
F,A
japacanim
Black-capped Donacobius
bico-assovelado
Long-billed Gnatwren
sabiá-de-óculos
sabiá-una
sabiá-barranco
sabiá-laranjeira
sabiá-poca
sabiá-coleira
Swainson's Thrush
Yellow-legged Thrush
Pale-breasted Thrush
Rufous-bellied Thrush
Creamy-bellied Thrush
White-necked Thrush
F
F
F,A
F,A
F,A
F
sabiá-do-campo
Chalk-browed Mockingbird
AL
caminheiro-zumbidor
Yellowish Pipit
C,A
tico-tico
tico-tico-do-mato
Rufous-collared Sparrow
Half-collared Sparrow
F,C,A
F
mariquita
pia-cobra
pula-pula
pula-pula-assobiador
pula-pula-ribeirinho
Tropical Parula
Masked Yellowthroat
Golden-crowned Warbler
White-browed Warbler
Neotropical River Warbler
F,A
C,A,AL
F
C,AL
F
tecelão
guaxe
carretão
vira-bosta
Golden-winged Cacique
Red-rumped Cacique
Unicolored Blackbird
Shiny Cowbird
catirumbava
Olive-green Tanager
cambacica
trinca-ferro-verdadeiro
pimentão
Bananaquit
Green-winged Saltator
Black-throated Grosbeak
AL
F
X
F,A
F,A
AL
C,A
F
F,A
F,A
C,A
X
Orchesticus abeillei
Pyrrhocoma ruficeps
Tachyphonus coronatus
Ramphocelus bresilius
Lanio cristatus
Lanio melanops
Tangara seledon
Tangara cyanocephala
Tangara desmaresti
Tangara sayaca
Tangara cyanoptera
Tangara palmarum
Tangara ornata
Tangara cayana
Cissopis leverianus
Schistochlamys ruficapillus
Pipraeidea melanonota
Tersina viridis
Dacnis nigripes
Dacnis cayana
Hemithraupis ruficapilla
Conirostrum speciosum
Haplospiza unicolor
Donacospiza albifrons
Sicalis flaveola
Volatinia jacarina
Sporophila frontalis
Sporophila falcirostris
Sporophila lineola
Sporophila caerulescens
Sporophila angolensis
Tiaris fuliginosus
Cardinalidae
Habia rubica
Cyanoloxia glaucocaerulea
Cyanoloxia brissonii
Fringillidae
Sporagra magellanica
sanhaçu-pardo
cabecinha-castanha
tiê-preto
tiê-sangue
tiê-galo
tiê-de-topete
saíra-sete-cores
saíra-militar
saíra-lagarta
sanhaçu-cinzento
sanhaçu-de-encontro-azul
sanhaçu-do-coqueiro
sanhaçu-de-encontro-amarelo
saíra-amarela
tietinga
bico-de-veludo
saíra-viúva
saí-andorinha
saí-de-pernas-pretas
saí-azul
saíra-ferrugem
figuinha-de-rabo-castanho
cigarra-bambu
tico-tico-do-banhado
canário-da-terra-verdadeiro
tiziu
pixoxó
cigarra-verdadeira
bigodinho
coleirinho
curió
cigarra-do-coqueiro
Brown Tanager
Chestnut-headed Tanager
Ruby-crowned Tanager
Brazilian Tanager
Flame-crested Tanager
Black-goggled Tanager
Green-headed Tanager
Red-necked Tanager
Brassy-breasted Tanager
Sayaca Tanager
Azure-shouldered Tanager
Palm Tanager
Golden-chevroned Tanager
Burnished-buff Tanager
Magpie Tanager
Cinnamon Tanager
Fawn-breasted Tanager
Swallow Tanager
Black-legged Dacnis
Blue Dacnis
Rufous-headed Tanager
Chestnut-vented Conebill
Uniform Finch
Long-tailed Reed Finch
Saffron Finch
Blue-black Grassquit
Buffy-fronted Seedeater
Temminck's Seedeater
Lined Seedeater
Double-collared Seedeater
Chestnut-bellied Seed-Finch
Sooty Grassquit
tiê-do-mato-grosso
azulinho
azulão
Red-crowned Ant-Tanager
Glaucous-blue Grosbeak
Ultramarine Grosbeak
pintassilgo
Hooded Siskin
F
F
F,C,A,AL
F,C,A,AL
F,A
F,A
F,C,A
F,A
F
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F
C,AL
F,A
C,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F
C,AL
C,A
C,A
F
F
C,A
C,A
C,A
F
F
F,A
F,A
X
X
NT
X
X
X
X
X
X
NT
X
X
X
X
X
X
X
VU
VU
VU
VU
X
X
D,A,C
305
Euphonia violacea
Euphonia chalybea
Euphonia cyanocephala
Euphonia pectoralis
Chlorophonia cyanea
Estrildidae
Estrilda astrild
Passeridae
Passer domesticus
gaturamo-verdadeiro
cais-cais
gaturamo-rei
ferro-velho
gaturamo-bandeira
Violaceous Euphonia
Green-throated Euphonia
Golden-rumped Euphonia
Chestnut-bellied Euphonia
Blue-naped Chlorophonia
F,A
F
F
F,A
F
bico-de-lacre
Common Waxbill
C,A
pardal
House Sparrow
C,A
X
X
NT
X
Legenda: Ordem taxonômica, nome comum e inglês segundo CBRO (2014). Espécies endêmicas da Mata Atlântica segundo Bencke et al., 2006.
Espécies ameaçadas a nível estadual segundo São Paulo (2014), á nível nacional segundo MMA (2014) e ameaçadas globalmente segundo IUCN
(2012). Categorias de ameaça: EN - Em Perigo; VU - Vulnerável e NT - Quase Ameaçada. Obs. Na última versão da Lista de Espécies Ameaçadas
do estado de São Paulo não constam as categorias específicas de ameaça. Ambiente típico: F. Ambiente Florestal (mata alta, média ou capoeiras);
C. Campo aberto ou campo sujo; A. Ambiente degradado (áreas urbanas, rurais ou mesmo naturais); AL. Ambiente alagado (brejos, campos, rios,
represas, etc) e P. Ambiente litorâneo (praias, dunas, mangues e costões rochosos).
Tabela 3. Lista completa de aves do Núcleo Caraguatatuba
Status de Ameaça
NOME DO TÁXON
Tinamiformes
Tinamidae
Tinamus solitarius
Crypturellus obsoletus
Crypturellus tataupa
Galliformes
Cracidae
Penelope obscura
Aburria jacutinga
Odontophoridae
Odontophorus capueira
306
NOME COMUM
NOME EM INGLÊS
Ambiente
típico
Endêmica
São Paulo
X
X
X
macuco
inhambuguaçu
inhambu-chintã
Solitary Tinamou
Brown Tinamou
Tataupa Tinamou
F
F
F
jacuaçu
jacutinga
Dusky-legged Guan
Black-fronted Piping-Guan
F
F
X
uru
Spot-winged Wood-Quail
F
X
Brasil
IUCN
NT
EN
EN
Suliformes
Fregatidae
Fregata magnificens
Phalacrocoracidae
Phalacrocorax brasilianus
Pelecaniformes
Ardeidae
Tigrisoma lineatum
Butorides striata
Bubulcus ibis
Ardea alba
Syrigma sibilatrix
Pilherodius pileatus
Egretta thula
Cathartiformes
Pandionidae
Pandion haliaetus
Cathartidae
Cathartes aura
Coragyps atratus
Accipitriformes
Accipitridae
Leptodon cayanensis
Chondrohierax uncinatus
Elanoides forficatus
Harpagus diodon
Accipiter striatus
Accipiter bicolor
Geranospiza caerulescens
Heterospizias meridionalis
Amadonastur lacernulatus
Rupornis magnirostris
Parabuteo leucorrhous
Geranoaetus albicaudatus
Pseudastur polionotus
Spizaetus tyrannus
Spizaetus melanoleucus
Charadriiformes
tesourão
Magnificent Frigatebird
P
biguá
Neotropic Cormorant
AL
socó-boi
socozinho
garça-vaqueira
garça-branca-grande
maria-faceira
garça-real
garça-branca-pequena
Rufescent Tiger-Heron
Striated Heron
Cattle Egret
Great Egret
Whistling Heron
Capped Heron
Snowy Egret
águia-pescadora
Osprey
urubu-de-cabeça-vermelha
urubu-de-cabeça-preta
Turkey Vulture
Black Vulture
F,C,A,AL
F,C,A,AL
gavião-de-cabeça-cinza
caracoleiro
gavião-tesoura
gavião-bombachinha
gavião-miúdo
gavião-bombachinha-grande
gavião-pernilongo
gavião-caboclo
gavião-pombo-pequeno
gavião-carijó
gavião-de-sobre-branco
gavião-de-rabo-branco
gavião-pombo-grande
gavião-pega-macaco
gavião-pato
Gray-headed Kite
Hook-billed Kite
Swallow-tailed Kite
Rufous-thighed Kite
Sharp-shinned Hawk
Bicolored Hawk
Crane Hawk
Savanna Hawk
White-necked Hawk
Roadside Hawk
White-rumped Hawk
White-tailed Hawk
Mantled Hawk
Black Hawk-Eagle
Black-and-white Hawk-Eagle
F,C,A
F,C,A,AL
F,C,A,AL
F
F
F
F,AL
F,C,A,AL
F
F,C,A
F
F,C,A
F,C
F,C
F,C
AL
AL
C,AL
AL
C,AL
C,AL
AL
AL
X
X
X
X
X
X
VU
VU
NT
307
Charadriidae
Vanellus chilensis
Scolopacidae
Actitis macularius
Gruiformes
Rallidae
Aramides saracura
Pardirallus nigricans
Columbiformes
Columbidae
Columbina talpacoti
Patagioenas picazuro
Patagioenas plumbea
Geotrygon montana
Cuculiformes
Cuculidae
Piaya cayana
Coccyzus americanus
Crotophaga ani
Guira guira
Tapera naevia
Dromococcyx pavoninus
Strigiformes
Strigidae
Megascops choliba
Megascops atricapilla
Pulsatrix koeniswaldiana
Glaucidium minutissimum
Athene cunicularia
Nyctibiiformes
Nyctibiidae
Nyctibius griseus
Caprimulgiformes
Caprimulgidae
Lurocalis semitorquatus
Hydropsalis albicollis
Apodiformes
Apodidae
308
quero-quero
Southern Lapwing
C,A,AL
maçarico-pintado
Spotted Sandpiper
AL,P
saracura-do-mato
saracura-sanã
Slaty-breasted Wood-Rail
Blackish Rail
rolinha-roxa
pombão
pomba-amargosa
pariri
Ruddy Ground-Dove
Picazuro Pigeon
Plumbeous Pigeon
Ruddy Quail-Dove
C,A
F,C,A
F
F
alma-de-gato
papa-lagarta-de-asa-vermelha
anu-preto
anu-branco
saci
peixe-frito-pavonino
Squirrel Cuckoo
Yellow-billed Cuckoo
Smooth-billed Ani
Guira Cuckoo
Striped Cuckoo
Pavonine Cuckoo
F,A
F
C,A
C,A
F
F
corujinha-do-mato
corujinha-sapo
murucututu-de-barriga-amarela
caburé-miudinho
coruja-buraqueira
Tropical Screech-Owl
Black-capped Screech-Owl
Tawny-browed Owl
Least Pygmy-Owl
Burrowing Owl
F,A
F
F
F
C,A
mãe-da-lua
Common Potoo
tuju
bacurau
Short-tailed Nighthawk
Pauraque
AL
AL
F
F
C,A
X
X
X
X
Cypseloides fumigatus
Streptoprocne zonaris
Chaetura cinereiventris
Chaetura meridionalis
Trochilidae
Ramphodon naevius
Glaucis hirsutus
Phaethornis ruber
Phaethornis pretrei
Phaethornis eurynome
Eupetomena macroura
Aphantochroa cirrochloris
Florisuga fusca
Stephanoxis lalandi
Lophornis chalybeus
Chlorostilbon lucidus
Thalurania glaucopis
Hylocharis cyanus
Leucochloris albicollis
Amazilia versicolor
Amazilia fimbriata
Clytolaema rubricauda
Trogoniformes
Trogonidae
Trogon viridis
Trogon surrucura
Trogon rufus
Coraciiformes
Alcedinidae
Chloroceryle americana
Momotidae
Baryphthengus ruficapillus
Galbuliformes
Bucconidae
Notharchus swainsoni
Malacoptila striata
Piciformes
taperuçu-preto
taperuçu-de-coleira-branca
andorinhão-de-sobre-cinzento
andorinhão-do-temporal
Sooty Swift
White-collared Swift
Gray-rumped Swift
Sick's Swift
F,C
F,C,A
F,C
F,C,A
beija-flor-rajado
balança-rabo-de-bico-torto
rabo-branco-rubro
rabo-branco-acanelado
rabo-branco-de-garganta-rajada
beija-flor-tesoura
beija-flor-cinza
beija-flor-preto
beija-flor-de-topete
topetinho-verde
besourinho-de-bico-vermelho
beija-flor-de-fronte-violeta
beija-flor-roxo
beija-flor-de-papo-branco
beija-flor-de-banda-branca
beija-flor-de-garganta-verde
beija-flor-rubi
Saw-billed Hermit
Rufous-breasted Hermit
Reddish Hermit
Planalto Hermit
Scale-throated Hermit
Swallow-tailed Hummingbird
Sombre Hummingbird
Black Jacobin
Plovercrest
Festive Coquette
Glittering-bellied Emerald
Violet-capped Woodnymph
White-chinned Sapphire
White-throated Hummingbird
Versicolored Emerald
Glittering-throated Emerald
Brazilian Ruby
F
F
F
F,C,A
F
F,C,A
F
F,C,A
C
F
F,C,A
F
F,C,A
C
F,C,A
F,C,A
F
surucuá-grande-de-barrigaamarela
surucuá-variado
surucuá-de-barriga-amarela
White-tailed Trogon
Surucua Trogon
Black-throated Trogon
martim-pescador-pequeno
Green Kingfisher
juruva-verde
Rufous-capped Motmot
F
X
macuru-de-barriga-castanha
barbudo-rajado
Buff-bellied Puffbird
Crescent-chested Puffbird
F
F
X
X
F
F
F
X
NT
X
X
X
X
NT
X
X
X
X
F,AL
NT
309
Ramphastidae
Ramphastos vitellinus
Ramphastos dicolorus
Selenidera maculirostris
Pteroglossus bailloni
Picidae
Picumnus cirratus
Picumnus temminckii
Melanerpes flavifrons
Veniliornis spilogaster
Piculus flavigula
Piculus aurulentus
Colaptes campestris
Celeus flavescens
Campephilus robustus
Falconiformes
Falconidae
Caracara plancus
Milvago chimachima
Herpetotheres cachinnans
Micrastur ruficollis
Micrastur semitorquatus
Falco sparverius
Psittaciformes
Psittacidae
Psittacara leucophthalmus
Pyrrhura frontalis
Forpus xanthopterygius
Brotogeris tirica
Touit melanonotus
Pionopsitta pileata
Pionus maximiliani
Triclaria malachitacea
Passeriformes
Thamnophilidae
Terenura maculata
Myrmotherula minor
Myrmotherula unicolor
310
tucano-de-bico-preto
tucano-de-bico-verde
araçari-poca
araçari-banana
Channel-billed Toucan
Red-breasted Toucan
Spot-billed Toucanet
Saffron Toucanet
F
F
F
F
pica-pau-anão-barrado
pica-pau-anão-de-coleira
benedito-de-testa-amarela
picapauzinho-verde-carijó
pica-pau-bufador
pica-pau-dourado
pica-pau-do-campo
pica-pau-de-cabeça-amarela
pica-pau-rei
White-barred Piculet
Ochre-collared Piculet
Yellow-fronted Woodpecker
White-spotted Woodpecker
Yellow-throated Woodpecker
Yellow-browed Woodpecker
Campo Flicker
Blond-crested Woodpecker
Robust Woodpecker
F,A
F,A
F
F,A
F
F
C,A
F,A
F
caracará
carrapateiro
acauã
falcão-caburé
falcão-relógio
quiriquiri
Southern Caracara
Yellow-headed Caracara
Laughing Falcon
Barred Forest-Falcon
Collared Forest-Falcon
American Kestrel
C,A
C,A
F,C
F
F
C,A
periquitão-maracanã
tiriba-de-testa-vermelha
tuim
periquito-rico
apuim-de-costas-pretas
cuiú-cuiú
maitaca-verde
sabiá-cica
White-eyed Parakeet
Maroon-bellied Parakeet
Blue-winged Parrotlet
Plain Parakeet
Brown-backed Parrotlet
Red-capped Parrot
Scaly-headed Parrot
Blue-bellied Parrot
F,A
F,A
F,A
F,A
F
F
F
F
zidedê
choquinha-pequena
choquinha-cinzenta
Streak-capped Antwren
Salvadori's Antwren
Unicolored Antwren
F
F
F
VU
X
X
X
X
X
NT
X
X
X
X
NT
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
VU
EN
NT
VU
VU
NT
Rhopias gularis
Dysithamnus stictothorax
Dysithamnus mentalis
Herpsilochmus rufimarginatus
Thamnophilus caerulescens
Hypoedaleus guttatus
Batara cinerea
Mackenziaena leachii
Mackenziaena severa
Myrmoderus squamosus
Pyriglena leucoptera
Drymophila ferruginea
Drymophila genei
Drymophila ochropyga
Drymophila squamata
Conopophagidae
Conopophaga lineata
Conopophaga melanops
Grallariidae
Grallaria varia
Hylopezus nattereri
Rhinocryptidae
Merulaxis ater
Psilorhamphus guttatus
Formicariidae
Formicarius colma
Chamaeza campanisona
Chamaeza meruloides
Chamaeza ruficauda
Scleruridae
Sclerurus scansor
Dendrocolaptidae
Dendrocincla turdina
Sittasomus griseicapillus
Xiphorhynchus fuscus
Campylorhamphus falcularius
Lepidocolaptes falcinellus
Dendrocolaptes platyrostris
choquinha-de-garganta-pintada
choquinha-de-peito-pintado
choquinha-lisa
chorozinho-de-asa-vermelha
choca-da-mata
chocão-carijó
matracão
borralhara-assobiadora
borralhara
papa-formiga-de-grota
papa-taoca-do-sul
trovoada
choquinha-da-serra
choquinha-de-dorso-vermelho
pintadinho
Star-throated Antwren
Spot-breasted Antvireo
Plain Antvireo
Rufous-winged Antwren
Variable Antshrike
Spot-backed Antshrike
Giant Antshrike
Large-tailed Antshrike
Tufted Antshrike
Squamate Antbird
White-shouldered Fire-eye
Ferruginous Antbird
Rufous-tailed Antbird
Ochre-rumped Antbird
Scaled Antbird
F
F
F
F
F,A
F
F
F
F
F
F
F
F
F
F
X
X
chupa-dente
cuspidor-de-máscara-preta
Rufous Gnateater
Black-cheeked Gnateater
F
F
X
X
tovacuçu
pinto-do-mato
Variegated Antpitta
Speckle-breasted Antpitta
F
F
X
entufado
tapaculo-pintado
Slaty Bristlefront
Spotted Bamboowren
F
F
X
X
galinha-do-mato
tovaca-campainha
tovaca-cantadora
tovaca-de-rabo-vermelho
Rufous-capped Antthrush
Short-tailed Antthrush
Such's Antthrush
Rufous-tailed Antthrush
F
F
F
F
X
X
vira-folha
Rufous-breasted Leaftosser
F
X
arapaçu-liso
arapaçu-verde
arapaçu-rajado
arapaçu-de-bico-torto
arapaçu-escamado-do-sul
arapaçu-grande
Plain-winged Woodcreeper
Olivaceous Woodcreeper
Lesser Woodcreeper
Black-billed Scythebill
Scalloped Woodcreeper
Planalto Woodcreeper
F
F
F
F
F
F
X
NT
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
NT
NT
NT
X
X
X
311
Xiphocolaptes albicollis
Xenopidae
Xenops minutus
Xenops rutilans
Furnariidae
Furnarius rufus
Lochmias nematura
Automolus leucophthalmus
Anabazenops fuscus
Anabacerthia amaurotis
arapaçu-de-garganta-branca
White-throated Woodcreeper
F
bico-virado-miúdo
bico-virado-carijó
Plain Xenops
Streaked Xenops
F
F
joão-de-barro
joão-porca
barranqueiro-de-olho-branco
trepador-coleira
limpa-folha-miúdo
Anabacerthia lichtensteini
Philydor atricapillus
Philydor rufum
Heliobletus contaminatus
Syndactyla rufosuperciliata
Cichlocolaptes leucophrus
Phacellodomus erythrophthalmus
Certhiaxis cinnamomeus
Synallaxis ruficapilla
Synallaxis spixi
Cranioleuca pallida
Pipridae
Manacus manacus
Ilicura militaris
Chiroxiphia caudata
Oxyruncidae
Oxyruncus cristatus
Onychorhynchidae
Onychorhynchus swainsoni
Myiobius barbatus
Myiobius atricaudus
Tityridae
Schiffornis virescens
Laniisoma elegans
Iodopleura pipra
Tityra cayana
Pachyramphus castaneus
limpa-folha-ocráceo
limpa-folha-coroado
limpa-folha-de-testa-baia
trepadorzinho
trepador-quiete
trepador-sobrancelha
joão-botina-da-mata
curutié
pichororé
joão-teneném
arredio-pálido
Rufous Hornero
Sharp-tailed Streamcreeper
White-eyed Foliage-gleaner
White-collared Foliage-gleaner
White-browed Foliage-gleaner
Ochre-breasted Foliagegleaner
Black-capped Foliage-gleaner
Buff-fronted Foliage-gleaner
Sharp-billed Treehunter
Buff-browed Foliage-gleaner
Pale-browed Treehunter
Orange-eyed Thornbird
Yellow-chinned Spinetail
Rufous-capped Spinetail
Spix's Spinetail
Pallid Spinetail
rendeira
tangarazinho
tangará
White-bearded Manakin
Pin-tailed Manakin
Swallow-tailed Manakin
F
F
F
araponga-do-horto
Sharpbill
F
maria-leque-do-sudeste
assanhadinho
assanhadinho-de-cauda-preta
Atlantic Royal Flycatcher
Whiskered Flycatcher
Black-tailed Flycatcher
F
F
F
X
X
flautim
chibante
anambezinho
anambé-branco-de-rabo-preto
caneleiro
Greenish Schiffornis
Shrike-like Cotinga
Buff-throated Purpletuft
Black-tailed Tityra
Chestnut-crowned Becard
F
F
F,A
F,A
F,A
X
X
X
X
X
312
C,A,AL
F
F
F
F
F
F
F
F
F
F
F,A
AL
F,A
F,A
F,A
X
X
X
NT
X
X
X
X
X
X
X
X
X
VU
EN
NT
Pachyramphus polychopterus
Pachyramphus marginatus
Pachyramphus validus
Cotingidae
Procnias nudicollis
Pyroderus scutatus
Carpornis cucullata
Pipritidae
Piprites chloris
Platyrinchidae
Platyrinchus mystaceus
Platyrinchus leucoryphus
Rhynchocyclidae
Mionectes rufiventris
Leptopogon amaurocephalus
Phylloscartes ventralis
Phylloscartes paulista
Phylloscartes oustaleti
Phylloscartes difficilis
Phylloscartes sylviolus
Tolmomyias sulphurescens
Todirostrum poliocephalum
Todirostrum cinereum
Poecilotriccus plumbeiceps
Myiornis auricularis
Hemitriccus diops
Hemitriccus orbitatus
Hemitriccus furcatus
Tyrannidae
Hirundinea ferruginea
Tyranniscus burmeisteri
Elaenia obscura
Myiopagis caniceps
Phyllomyias fasciatus
Phyllomyias griseocapilla
Attila phoenicurus
Attila rufus
Ramphotrigon megacephalum
caneleiro-preto
caneleiro-bordado
caneleiro-de-chapéu-preto
White-winged Becard
Black-capped Becard
Crested Becard
F,A
F,A
F,A
araponga
pavó
corocochó
Bare-throated Bellbird
Red-ruffed Fruitcrow
Hooded Berryeater
F
F
F
papinho-amarelo
Wing-barred Piprites
F
patinho
patinho-gigante
White-throated Spadebill
Russet-winged Spadebill
F
F
abre-asa-de-cabeça-cinza
cabeçudo
borboletinha-do-mato
não-pode-parar
papa-moscas-de-olheiras
estalinho
maria-pequena
bico-chato-de-orelha-preta
teque-teque
ferreirinho-relógio
tororó
miudinho
olho-falso
tiririzinho-do-mato
papa-moscas-estrela
Gray-hooded Flycatcher
Sepia-capped Flycatcher
Mottle-cheeked Tyrannulet
Sao Paulo Tyrannulet
Oustalet's Tyrannulet
Serra do Mar Tyrannulet
Bay-ringed Tyrannulet
Yellow-olive Flycatcher
Yellow-lored Tody-Flycatcher
Common Tody-Flycatcher
Ochre-faced Tody-Flycatcher
Eared Pygmy-Tyrant
Drab-breasted Pygmy-Tyrant
Eye-ringed Tody-Tyrant
Fork-tailed Pygmy-Tyrant
F
F
F
F
F
F
F
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F
F
F
gibão-de-couro
piolhinho-chiador
tucão
guaracava-cinzenta
piolhinho
piolhinho-serrano
capitão-castanho
capitão-de-saíra
maria-cabeçuda
Cliff Flycatcher
Rough-legged Tyrannulet
Highland Elaenia
Gray Elaenia
Planalto Tyrannulet
Gray-capped Tyrannulet
Rufous-tailed Attila
Gray-hooded Attila
Large-headed Flatbill
C,A
F
F
F
F,A
F,A
F
F
F
X
X
X
X
X
VU
X
X
VU
X
NT
NT
NT
NT
NT
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
VU
NT
VU
NT
X
313
Myiarchus swainsoni
Myiarchus ferox
Sirystes sibilator
Pitangus sulphuratus
Machetornis rixosa
Myiodynastes maculatus
Megarynchus pitangua
Myiozetetes similis
Tyrannus melancholicus
Empidonomus varius
Conopias trivirgatus
Colonia colonus
Myiophobus fasciatus
Fluvicola nengeta
Arundinicola leucocephala
Lathrotriccus euleri
Contopus cinereus
Knipolegus cyanirostris
Knipolegus lophotes
Knipolegus nigerrimus
Xolmis velatus
Muscipipra vetula
Vireonidae
Cyclarhis gujanensis
Vireo chivi
Hylophilus poicilotis
Hylophilus thoracicus
Hirundinidae
Pygochelidon cyanoleuca
Atticora tibialis
Stelgidopteryx ruficollis
Progne chalybea
Tachycineta leucorrhoa
Troglodytidae
Troglodytes musculus
Cantorchilus longirostris
314
irré
maria-cavaleira
gritador
bem-te-vi
suiriri-cavaleiro
bem-te-vi-rajado
neinei
bentevizinho-de-penachovermelho
suiriri
peitica
bem-te-vi-pequeno
viuvinha
filipe
lavadeira-mascarada
freirinha
enferrujado
papa-moscas-cinzento
maria-preta-de-bico-azulado
maria-preta-de-penacho
maria-preta-de-gargantavermelha
noivinha-branca
tesoura-cinzenta
Swainson's Flycatcher
Short-crested Flycatcher
Sirystes
Great Kiskadee
Cattle Tyrant
Streaked Flycatcher
Boat-billed Flycatcher
Velvety Black-Tyrant
White-rumped Monjita
Shear-tailed Gray Tyrant
F,A
C,A
F
pitiguari
juruviara
verdinho-coroado
vite-vite
Rufous-browed Peppershrike
Chivi Vireo
Rufous-crowned Greenlet
Lemon-chested Greenlet
F,A
F,A
F
F
andorinha-pequena-de-casa
calcinha-branca
andorinha-serradora
andorinha-doméstica-grande
andorinha-de-sobre-branco
Blue-and-white Swallow
White-thighed Swallow
Southern Rough-winged
Swallow
Gray-breasted Martin
White-rumped Swallow
corruíra
garrinchão-de-bico-grande
Southern House Wren
Long-billed Wren
Social Flycatcher
Tropical Kingbird
Variegated Flycatcher
Three-striped Flycatcher
Long-tailed Tyrant
Bran-colored Flycatcher
Masked Water-Tyrant
White-headed Marsh Tyrant
Euler's Flycatcher
Tropical Pewee
Blue-billed Black-Tyrant
Crested Black-Tyrant
F,A
F,A
F
F,C,A,AL
C,A
F,A
F,A
F,A
F,C,A
F,A
F,A
F,A
F,A
C,A,AL
AL
F,A
F,A
F,A
F,A
F,C,A,AL
F,A
F,C,A,AL
F,C,A,AL
AL
F,C,A
F,A
X
X
X
Polioptilidae
Ramphocaenus melanurus
Turdidae
Turdus flavipes
Turdus leucomelas
Turdus rufiventris
Turdus amaurochalinus
Turdus albicollis
Motacillidae
Anthus lutescens
Passerellidae
Zonotrichia capensis
Parulidae
Setophaga pitiayumi
Geothlypis aequinoctialis
Basileuterus culicivorus
Myiothlypis leucoblephara
Myiothlypis rivularis
Icteridae
Psarocolius decumanus
Cacicus chrysopterus
Cacicus haemorrhous
Sturnella superciliaris
Mitrospingidae
Orthogonys chloricterus
Thraupidae
Coereba flaveola
Saltator similis
Saltator fuliginosus
Orchesticus abeillei
Thlypopsis sordida
Tachyphonus coronatus
Ramphocelus bresilius
Lanio cristatus
Lanio melanops
Tangara seledon
Tangara cyanocephala
Tangara cyanoventris
bico-assovelado
Long-billed Gnatwren
F
sabiá-una
sabiá-barranco
sabiá-laranjeira
sabiá-poca
sabiá-coleira
Yellow-legged Thrush
Pale-breasted Thrush
Rufous-bellied Thrush
Creamy-bellied Thrush
White-necked Thrush
F
F,A
F,A
F,A
F
caminheiro-zumbidor
Yellowish Pipit
C,A
tico-tico
Rufous-collared Sparrow
F,C,A
mariquita
pia-cobra
pula-pula
pula-pula-assobiador
pula-pula-ribeirinho
Tropical Parula
Masked Yellowthroat
Golden-crowned Warbler
White-browed Warbler
Neotropical River Warbler
F,A
C,A,AL
F
F
F
japu
tecelão
guaxe
polícia-inglesa-do-sul
Crested Oropendola
Golden-winged Cacique
Red-rumped Cacique
White-browed Blackbird
catirumbava
Olive-green Tanager
cambacica
trinca-ferro-verdadeiro
pimentão
sanhaçu-pardo
saí-canário
tiê-preto
tiê-sangue
tiê-galo
tiê-de-topete
saíra-sete-cores
saíra-militar
saíra-douradinha
Bananaquit
Green-winged Saltator
Black-throated Grosbeak
Brown Tanager
Orange-headed Tanager
Ruby-crowned Tanager
Brazilian Tanager
Flame-crested Tanager
Black-goggled Tanager
Green-headed Tanager
Red-necked Tanager
Gilt-edged Tanager
X
F,A
F,A
F,A
C,A
F
F,A
F,A
F
F
F
F
F,A
F,A
F
F,A
F,A
F
X
X
X
NT
X
X
X
X
X
315
Tangara desmaresti
Tangara sayaca
Tangara cyanoptera
Tangara palmarum
Tangara ornata
Tangara peruviana
Stephanophorus diadematus
Pipraeidea melanonota
Dacnis cayana
Hemithraupis guira
Hemithraupis ruficapilla
Conirostrum speciosum
Haplospiza unicolor
Volatinia jacarina
Sporophila frontalis
Sporophila caerulescens
Sporophila leucoptera
Tiaris fuliginosus
Cardinalidae
Habia rubica
Fringillidae
Euphonia chlorotica
Euphonia violacea
Euphonia cyanocephala
Euphonia pectoralis
Passeridae
Passer domesticus
saíra-lagarta
sanhaçu-cinzento
sanhaçu-de-encontro-azul
sanhaçu-do-coqueiro
sanhaçu-de-encontro-amarelo
saíra-sapucaia
sanhaçu-frade
saíra-viúva
saí-azul
saíra-de-papo-preto
saíra-ferrugem
figuinha-de-rabo-castanho
cigarra-bambu
tiziu
pixoxó
coleirinho
chorão
cigarra-do-coqueiro
Brassy-breasted Tanager
Sayaca Tanager
Azure-shouldered Tanager
Palm Tanager
Golden-chevroned Tanager
Black-backed Tanager
Diademed Tanager
Fawn-breasted Tanager
Blue Dacnis
Guira Tanager
Rufous-headed Tanager
Chestnut-vented Conebill
Uniform Finch
Blue-black Grassquit
Buffy-fronted Seedeater
Double-collared Seedeater
White-bellied Seedeater
Sooty Grassquit
F
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F
C,A
F
C,A
C,A
F
tiê-do-mato-grosso
Red-crowned Ant-Tanager
F
fim-fim
gaturamo-verdadeiro
gaturamo-rei
ferro-velho
Purple-throated Euphonia
Violaceous Euphonia
Golden-rumped Euphonia
Chestnut-bellied Euphonia
F,A
F,A
F
F,A
pardal
House Sparrow
C,A
X
X
X
X
X
VU
VU
X
VU
VU
X
X
X
X
Legenda: Ordem taxonômica, nome comum e inglês segundo CBRO (2014). Espécies endêmicas da Mata Atlântica segundo Bencke et al., 2006.
Espécies ameaçadas a nível estadual segundo São Paulo (2014), á nível nacional segundo MMA (2014) e ameaçadas globalmente segundo IUCN
(2012). Categorias de ameaça: EN - Em Perigo; VU - Vulnerável e NT - Quase Ameaçada. Obs. Na última versão da Lista de Espécies Ameaçadas
do estado de São Paulo não constam as categorias específicas de ameaça. Ambiente típico: F. Ambiente Florestal (mata alta, média ou capoeiras);
C. Campo aberto ou campo sujo; A. Ambiente degradado (áreas urbanas, rurais ou mesmo naturais); AL. Ambiente alagado (brejos, campos, rios,
represas, etc) e P. Ambiente litorâneo (praias, dunas, mangues e costões rochosos).
316
Tabela 4. Lista completa de aves do Núcleo Cunha
Status de Ameaça
NOME DO TÁXON
Tinamiformes
Tinamidae
Tinamus solitarius
Crypturellus obsoletus
Galliformes
Cracidae
Penelope obscura
Aburria jacutinga
Odontophoridae
Odontophorus capueira
Suliformes
Phalacrocoracidae
Phalacrocorax brasilianus
Pelecaniformes
Ardeidae
Butorides striata
Bubulcus ibis
Ardea cocoi
Ardea alba
Syrigma sibilatrix
Egretta thula
Cathartiformes
Cathartidae
Cathartes aura
Cathartes burrovianus
Coragyps atratus
Accipitriformes
Accipitridae
Leptodon cayanensis
Chondrohierax uncinatus
Elanoides forficatus
Ambiente
típico
NOME COMUM
NOME EM INGLÊS
Endêmica
São Paulo
macuco
inhambuguaçu
Solitary Tinamou
Brown Tinamou
F
F
X
X
jacuaçu
jacutinga
Dusky-legged Guan
Black-fronted Piping-Guan
F
F
X
X
uru
Spot-winged Wood-Quail
F
X
biguá
Neotropic Cormorant
socozinho
garça-vaqueira
garça-moura
garça-branca-grande
maria-faceira
garça-branca-pequena
Striated Heron
Cattle Egret
Cocoi Heron
Great Egret
Whistling Heron
Snowy Egret
urubu-de-cabeça-vermelha
urubu-de-cabeça-amarela
urubu-de-cabeça-preta
Turkey Vulture
Lesser Yellow-headed Vulture
Black Vulture
F,C,A,AL
F,C,A,AL
F,C,A,AL
gavião-de-cabeça-cinza
caracoleiro
gavião-tesoura
Gray-headed Kite
Hook-billed Kite
Swallow-tailed Kite
F,C,A
F,C,A,AL
F,C,A
Brasil
IUCN
NT
EN
EN
AL
AL
C,AL
AL
AL
C,AL
AL
317
Elanus leucurus
Harpagus diodon
Ictinia plumbea
Rupornis magnirostris
Geranoaetus albicaudatus
Pseudastur polionotus
Buteo brachyurus
Spizaetus tyrannus
Gruiformes
Rallidae
Aramides saracura
Pardirallus nigricans
Charadriiformes
Charadriidae
Vanellus chilensis
Columbiformes
Columbidae
Columbina talpacoti
Patagioenas picazuro
Patagioenas cayennensis
Patagioenas plumbea
Leptotila verreauxi
Leptotila rufaxilla
Geotrygon montana
Cuculiformes
Cuculidae
Piaya cayana
Crotophaga ani
Guira guira
Strigiformes
Tytonidae
Tyto furcata
Strigidae
Megascops choliba
Pulsatrix koeniswaldiana
Strix hylophila
Strix virgata
Athene cunicularia
318
gavião-peneira
gavião-bombachinha
sovi
gavião-carijó
gavião-de-rabo-branco
gavião-pombo-grande
gavião-de-cauda-curta
gavião-pega-macaco
White-tailed Kite
Rufous-thighed Kite
Plumbeous Kite
Roadside Hawk
White-tailed Hawk
Mantled Hawk
Short-tailed Hawk
Black Hawk-Eagle
C,A
F
F,C,A
F,C,A
F,C,A
F,C
F,C,A
F,C
saracura-do-mato
saracura-sanã
Slaty-breasted Wood-Rail
Blackish Rail
quero-quero
Southern Lapwing
rolinha-roxa
pombão
pomba-galega
pomba-amargosa
juriti-pupu
juriti-gemedeira
pariri
Ruddy Ground-Dove
Picazuro Pigeon
Pale-vented Pigeon
Plumbeous Pigeon
White-tipped Dove
Gray-fronted Dove
Ruddy Quail-Dove
alma-de-gato
anu-preto
anu-branco
Squirrel Cuckoo
Smooth-billed Ani
Guira Cuckoo
F,A
C,A
C,A
coruja-da-igreja
American Barn Owl
F,A
corujinha-do-mato
murucututu-de-barriga-amarela
coruja-listrada
coruja-do-mato
coruja-buraqueira
Tropical Screech-Owl
Tawny-browed Owl
Rusty-barred Owl
Mottled Owl
Burrowing Owl
F,A
F
F
F
C,A
AL
AL
X
X
NT
X
X
C,A,AL
C,A
F,C,A
F
F
F
F
F
X
X
NT
Nyctibiiformes
Nyctibiidae
Nyctibius griseus
Caprimulgiformes
Caprimulgidae
Lurocalis semitorquatus
Hydropsalis albicollis
Apodiformes
Apodidae
Cypseloides fumigatus
Streptoprocne zonaris
Chaetura cinereiventris
Chaetura meridionalis
Trochilidae
Phaethornis squalidus
Phaethornis pretrei
Phaethornis eurynome
Eupetomena macroura
Florisuga fusca
Colibri serrirostris
Stephanoxis lalandi
Chlorostilbon lucidus
Thalurania glaucopis
Leucochloris albicollis
Clytolaema rubricauda
Trogoniformes
Trogonidae
Trogon viridis
Trogon surrucura
Trogon rufus
Coraciiformes
Alcedinidae
Megaceryle torquata
Chloroceryle americana
Momotidae
Baryphthengus ruficapillus
Galbuliformes
mãe-da-lua
Common Potoo
tuju
bacurau
Short-tailed Nighthawk
Pauraque
taperuçu-preto
taperuçu-de-coleira-branca
andorinhão-de-sobre-cinzento
andorinhão-do-temporal
Sooty Swift
White-collared Swift
Gray-rumped Swift
Sick's Swift
F,C
F,C,A
F,C
F,C,A
rabo-branco-pequeno
rabo-branco-acanelado
rabo-branco-de-gargantarajada
beija-flor-tesoura
beija-flor-preto
beija-flor-de-orelha-violeta
beija-flor-de-topete
besourinho-de-bico-vermelho
beija-flor-de-fronte-violeta
beija-flor-de-papo-branco
beija-flor-rubi
Dusky-throated Hermit
Planalto Hermit
F
F,C,A
X
Scale-throated Hermit
Swallow-tailed Hummingbird
Black Jacobin
White-vented Violetear
Plovercrest
Glittering-bellied Emerald
Violet-capped Woodnymph
White-throated Hummingbird
Brazilian Ruby
F
F,C,A
F,C,A
F,C
C
F,C,A
F
C
F
X
surucuá-grande-de-barrigaamarela
surucuá-variado
surucuá-de-barriga-amarela
White-tailed Trogon
Surucua Trogon
Black-throated Trogon
martim-pescador-grande
martim-pescador-pequeno
Ringed Kingfisher
Green Kingfisher
juruva-verde
Rufous-capped Motmot
F
F
C,A
F
F
F
X
X
X
X
X
X
F,AL
F,AL
F
X
319
Bucconidae
Nystalus chacuru
Piciformes
Ramphastidae
Ramphastos toco
Ramphastos vitellinus
Ramphastos dicolorus
Picidae
Picumnus cirratus
Melanerpes candidus
Veniliornis spilogaster
Piculus aurulentus
Colaptes campestris
Celeus flavescens
Dryocopus lineatus
Campephilus robustus
Cariamiformes
Cariamidae
Cariama cristata
Falconiformes
Falconidae
Caracara plancus
Milvago chimachima
Herpetotheres cachinnans
Micrastur ruficollis
Micrastur semitorquatus
Falco sparverius
Psittaciformes
Psittacidae
Psittacara leucophthalmus
Pyrrhura frontalis
Forpus xanthopterygius
Brotogeris tirica
Touit melanonotus
Pionopsitta pileata
Pionus maximiliani
Triclaria malachitacea
Passeriformes
320
joão-bobo
White-eared Puffbird
F,C,A
tucanuçu
tucano-de-bico-preto
tucano-de-bico-verde
Toco Toucan
Channel-billed Toucan
Red-breasted Toucan
F,C,A
F
F
pica-pau-anão-barrado
pica-pau-branco
picapauzinho-verde-carijó
pica-pau-dourado
pica-pau-do-campo
pica-pau-de-cabeça-amarela
pica-pau-de-banda-branca
pica-pau-rei
White-barred Piculet
White Woodpecker
White-spotted Woodpecker
Yellow-browed Woodpecker
Campo Flicker
Blond-crested Woodpecker
Lineated Woodpecker
Robust Woodpecker
F,A
C,A
F,A
F
C,A
F,A
F,A
F
seriema
Red-legged Seriema
C,A
caracará
carrapateiro
acauã
falcão-caburé
falcão-relógio
quiriquiri
Southern Caracara
Yellow-headed Caracara
Laughing Falcon
Barred Forest-Falcon
Collared Forest-Falcon
American Kestrel
C,A
C,A
F,C
F
F
C,A
periquitão-maracanã
tiriba-de-testa-vermelha
tuim
periquito-rico
apuim-de-costas-pretas
cuiú-cuiú
maitaca-verde
sabiá-cica
White-eyed Parakeet
Maroon-bellied Parakeet
Blue-winged Parrotlet
Plain Parakeet
Brown-backed Parrotlet
Red-capped Parrot
Scaly-headed Parrot
Blue-bellied Parrot
F,A
F,A
F,A
F,A
F
F
F
F
VU
X
X
X
NT
X
X
X
X
X
X
X
X
VU
EN
NT
Thamnophilidae
Terenura maculata
Rhopias gularis
Dysithamnus mentalis
Dysithamnus xanthopterus
Herpsilochmus rufimarginatus
Thamnophilus ruficapillus
Thamnophilus caerulescens
Hypoedaleus guttatus
Batara cinerea
Mackenziaena leachii
Mackenziaena severa
Myrmoderus squamosus
Pyriglena leucoptera
Drymophila ferruginea
Drymophila rubricollis
Drymophila genei
Drymophila ochropyga
Drymophila malura
Conopophagidae
Conopophaga lineata
Grallariidae
Grallaria varia
Hylopezus nattereri
Rhinocryptidae
Eleoscytalopus indigoticus
Scytalopus speluncae
Formicariidae
Formicarius colma
Chamaeza campanisona
Chamaeza meruloides
Chamaeza ruficauda
Scleruridae
Sclerurus scansor
Dendrocolaptidae
Dendrocincla turdina
Sittasomus griseicapillus
Xiphorhynchus fuscus
zidedê
choquinha-de-garganta-pintada
choquinha-lisa
choquinha-de-asa-ferrugem
chorozinho-de-asa-vermelha
choca-de-chapéu-vermelho
choca-da-mata
chocão-carijó
matracão
borralhara-assobiadora
borralhara
papa-formiga-de-grota
papa-taoca-do-sul
trovoada
trovoada-de-bertoni
choquinha-da-serra
choquinha-de-dorso-vermelho
choquinha-carijó
Streak-capped Antwren
Star-throated Antwren
Plain Antvireo
Rufous-backed Antvireo
Rufous-winged Antwren
Rufous-capped Antshrike
Variable Antshrike
Spot-backed Antshrike
Giant Antshrike
Large-tailed Antshrike
Tufted Antshrike
Squamate Antbird
White-shouldered Fire-eye
Ferruginous Antbird
Bertoni's Antbird
Rufous-tailed Antbird
Ochre-rumped Antbird
Dusky-tailed Antbird
F
F
F
F
F
F,A
F,A
F
F
F
F
F
F
F
F
F
F
F
X
X
chupa-dente
Rufous Gnateater
F
X
tovacuçu
pinto-do-mato
Variegated Antpitta
Speckle-breasted Antpitta
F
F
X
macuquinho
tapaculo-preto
White-breasted Tapaculo
Mouse-colored Tapaculo
F
F
X
X
galinha-do-mato
tovaca-campainha
tovaca-cantadora
tovaca-de-rabo-vermelho
Rufous-capped Antthrush
Short-tailed Antthrush
Such's Antthrush
Rufous-tailed Antthrush
F
F
F
F
X
X
vira-folha
Rufous-breasted Leaftosser
F
X
arapaçu-liso
arapaçu-verde
arapaçu-rajado
Plain-winged Woodcreeper
Olivaceous Woodcreeper
Lesser Woodcreeper
F
F
F
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
NT
NT
X
321
Campylorhamphus falcularius
Lepidocolaptes angustirostris
Lepidocolaptes falcinellus
Dendrocolaptes platyrostris
Xiphocolaptes albicollis
Xenopidae
Xenops rutilans
Furnariidae
Furnarius rufus
Lochmias nematura
Automolus leucophthalmus
arapaçu-de-bico-torto
arapaçu-de-cerrado
arapaçu-escamado-do-sul
arapaçu-grande
arapaçu-de-garganta-branca
Black-billed Scythebill
Narrow-billed Woodcreeper
Scalloped Woodcreeper
Planalto Woodcreeper
White-throated Woodcreeper
bico-virado-carijó
Streaked Xenops
joão-de-barro
joão-porca
barranqueiro-de-olho-branco
C,A,AL
F
F
Anabazenops fuscus
Anabacerthia amaurotis
Philydor atricapillus
Philydor rufum
Heliobletus contaminatus
Syndactyla rufosuperciliata
Cichlocolaptes leucophrus
Leptasthenura setaria
Phacellodomus ferrugineigula
Anumbius annumbi
Certhiaxis cinnamomeus
Synallaxis ruficapilla
Synallaxis cinerascens
Synallaxis spixi
Cranioleuca pallida
Pipridae
Neopelma chrysolophum
Ilicura militaris
Chiroxiphia caudata
Oxyruncidae
Oxyruncus cristatus
Onychorhynchidae
Onychorhynchus swainsoni
Tityridae
Schiffornis virescens
Tityra cayana
trepador-coleira
limpa-folha-miúdo
limpa-folha-coroado
limpa-folha-de-testa-baia
trepadorzinho
trepador-quiete
trepador-sobrancelha
grimpeiro
joão-botina-do-brejo
cochicho
curutié
pichororé
pi-puí
joão-teneném
arredio-pálido
Rufous Hornero
Sharp-tailed Streamcreeper
White-eyed Foliage-gleaner
White-collared Foliagegleaner
White-browed Foliage-gleaner
Black-capped Foliage-gleaner
Buff-fronted Foliage-gleaner
Sharp-billed Treehunter
Buff-browed Foliage-gleaner
Pale-browed Treehunter
Araucaria Tit-Spinetail
Orange-breasted Thornbird
Firewood-Gatherer
Yellow-chinned Spinetail
Rufous-capped Spinetail
Gray-bellied Spinetail
Spix's Spinetail
Pallid Spinetail
F
F
F
F
F
F
F
F
F,AL
C,A,AL
AL
F,A
F
F,A
F,A
X
X
X
fruxu
tangarazinho
tangará
Serra do Mar Tyrant-Manakin
Pin-tailed Manakin
Swallow-tailed Manakin
F
F
F
X
X
X
araponga-do-horto
Sharpbill
F
maria-leque-do-sudeste
Atlantic Royal Flycatcher
F
X
flautim
anambé-branco-de-rabo-preto
Greenish Schiffornis
Black-tailed Tityra
F
F,A
X
322
F
F,C,A
F
F
F
X
X
F
X
NT
X
X
X
X
NT
X
X
X
VU
Pachyramphus castaneus
Pachyramphus polychopterus
Pachyramphus validus
Cotingidae
Tijuca atra
Procnias nudicollis
Pyroderus scutatus
Carpornis cucullata
Phibalura flavirostris
Pipritidae
Piprites pileata
Platyrinchidae
Platyrinchus mystaceus
Rhynchocyclidae
Mionectes rufiventris
Leptopogon amaurocephalus
Phylloscartes ventralis
Phylloscartes oustaleti
Phylloscartes difficilis
Tolmomyias sulphurescens
Todirostrum poliocephalum
Poecilotriccus plumbeiceps
Myiornis auricularis
Hemitriccus diops
caneleiro
caneleiro-preto
caneleiro-de-chapéu-preto
Chestnut-crowned Becard
White-winged Becard
Crested Becard
F,A
F,A
F,A
saudade
araponga
pavó
corocochó
tesourinha-da-mata
Black-and-gold Cotinga
Bare-throated Bellbird
Red-ruffed Fruitcrow
Hooded Berryeater
Swallow-tailed Cotinga
F
F
F
F
F,A
X
X
X
X
X
X
caneleirinho-de-chapéu-preto
Black-capped Piprites
F
X
X
patinho
White-throated Spadebill
F
abre-asa-de-cabeça-cinza
cabeçudo
borboletinha-do-mato
papa-moscas-de-olheiras
estalinho
bico-chato-de-orelha-preta
teque-teque
tororó
miudinho
olho-falso
F
F
F
F
F
F,A
F,A
F,A
F,A
F
X
Hemitriccus obsoletus
Tyrannidae
Hirundinea ferruginea
Tyranniscus burmeisteri
catraca
Gray-hooded Flycatcher
Sepia-capped Flycatcher
Mottle-cheeked Tyrannulet
Oustalet's Tyrannulet
Serra do Mar Tyrannulet
Yellow-olive Flycatcher
Yellow-lored Tody-Flycatcher
Ochre-faced Tody-Flycatcher
Eared Pygmy-Tyrant
Drab-breasted Pygmy-Tyrant
Brown-breasted PygmyTyrant
F
X
Cliff Flycatcher
Rough-legged Tyrannulet
Southern BeardlessTyrannulet
Yellow-bellied Elaenia
Small-billed Elaenia
Olivaceous Elaenia
Highland Elaenia
Greenish Tyrannulet
Planalto Tyrannulet
Gray-capped Tyrannulet
Gray-backed Tachuri
C,A
F
Camptostoma obsoletum
Elaenia flavogaster
Elaenia parvirostris
Elaenia mesoleuca
Elaenia obscura
Phyllomyias virescens
Phyllomyias fasciatus
Phyllomyias griseocapilla
Polystictus superciliaris
gibão-de-couro
piolhinho-chiador
risadinha
guaracava-de-barriga-amarela
guaracava-de-bico-curto
tuque
tucão
piolhinho-verdoso
piolhinho
piolhinho-serrano
papa-moscas-de-costas-
F,A
F,A
F,A
F
F
F
F,A
F,A
C
X
X
NT
VU
NT
NT
VU
NT
NT
X
X
X
X
X
NT
323
cinzentas
Serpophaga nigricans
Serpophaga subcristata
Attila phoenicurus
Attila rufus
Legatus leucophaius
Myiarchus swainsoni
Myiarchus ferox
Pitangus sulphuratus
Machetornis rixosa
Myiodynastes maculatus
Megarynchus pitangua
Myiozetetes similis
Tyrannus melancholicus
Tyrannus savana
Empidonomus varius
Colonia colonus
Myiophobus fasciatus
Fluvicola nengeta
Lathrotriccus euleri
Knipolegus cyanirostris
Knipolegus lophotes
Knipolegus nigerrimus
Xolmis cinereus
Xolmis velatus
Muscipipra vetula
Vireonidae
Cyclarhis gujanensis
Vireo chivi
Hylophilus poicilotis
Corvidae
Cyanocorax cristatellus
Hirundinidae
Pygochelidon cyanoleuca
Stelgidopteryx ruficollis
Progne tapera
324
joão-pobre
alegrinho
capitão-castanho
capitão-de-saíra
bem-te-vi-pirata
irré
maria-cavaleira
bem-te-vi
suiriri-cavaleiro
bem-te-vi-rajado
neinei
bentevizinho-de-penachovermelho
suiriri
tesourinha
peitica
viuvinha
filipe
lavadeira-mascarada
enferrujado
maria-preta-de-bico-azulado
maria-preta-de-penacho
maria-preta-de-gargantavermelha
primavera
noivinha-branca
tesoura-cinzenta
Sooty Tyrannulet
White-crested Tyrannulet
Rufous-tailed Attila
Gray-hooded Attila
Piratic Flycatcher
Swainson's Flycatcher
Short-crested Flycatcher
Great Kiskadee
Cattle Tyrant
Streaked Flycatcher
Boat-billed Flycatcher
F,AL
F,A
F
F
F,A
F,A
F,A
F,C,A,AL
C,A
F,A
F,A
Social Flycatcher
Tropical Kingbird
Fork-tailed Flycatcher
Variegated Flycatcher
Long-tailed Tyrant
Bran-colored Flycatcher
Masked Water-Tyrant
Euler's Flycatcher
Blue-billed Black-Tyrant
Crested Black-Tyrant
F,A
F,C,A
C,A
F,A
F,A
F,A
C,A,AL
F,A
F,A
F,A
Velvety Black-Tyrant
Gray Monjita
White-rumped Monjita
Shear-tailed Gray Tyrant
F,A
C,A
C,A
F
pitiguari
juruviara
verdinho-coroado
Rufous-browed Peppershrike
Chivi Vireo
Rufous-crowned Greenlet
F,A
F,A
F
gralha-do-campo
Curl-crested Jay
andorinha-pequena-de-casa
Blue-and-white Swallow
Southern Rough-winged
Swallow
Brown-chested Martin
andorinha-serradora
andorinha-do-campo
F,C,A
F,C,A,AL
F,C,A,AL
F,C,A
X
X
X
X
Tachycineta leucorrhoa
Troglodytidae
Troglodytes musculus
Turdidae
Turdus flavipes
Turdus leucomelas
Turdus rufiventris
Turdus amaurochalinus
Turdus albicollis
Mimidae
Mimus saturninus
Motacillidae
Anthus hellmayri
Passerellidae
Zonotrichia capensis
Parulidae
Setophaga pitiayumi
Geothlypis aequinoctialis
Basileuterus culicivorus
Myiothlypis leucoblephara
Myiothlypis rivularis
Icteridae
Psarocolius decumanus
Cacicus chrysopterus
Gnorimopsar chopi
Molothrus bonariensis
Mitrospingidae
Orthogonys chloricterus
Thraupidae
Coereba flaveola
Saltator similis
Saltator maxillosus
Saltator fuliginosus
Orchesticus abeillei
Tachyphonus coronatus
Lanio melanops
Tangara desmaresti
andorinha-de-sobre-branco
White-rumped Swallow
AL
corruíra
Southern House Wren
F,C,A
sabiá-una
sabiá-barranco
sabiá-laranjeira
sabiá-poca
sabiá-coleira
Yellow-legged Thrush
Pale-breasted Thrush
Rufous-bellied Thrush
Creamy-bellied Thrush
White-necked Thrush
F
F,A
F,A
F,A
F
sabiá-do-campo
Chalk-browed Mockingbird
C,A
caminheiro-de-barrigaacanelada
Hellmayr's Pipit
tico-tico
Rufous-collared Sparrow
F,C,A
mariquita
pia-cobra
pula-pula
pula-pula-assobiador
pula-pula-ribeirinho
Tropical Parula
Masked Yellowthroat
Golden-crowned Warbler
White-browed Warbler
Neotropical River Warbler
F,A
C,A,AL
F
F
F
japu
tecelão
graúna
vira-bosta
Crested Oropendola
Golden-winged Cacique
Chopi Blackbird
Shiny Cowbird
catirumbava
Olive-green Tanager
cambacica
trinca-ferro-verdadeiro
bico-grosso
pimentão
sanhaçu-pardo
tiê-preto
tiê-de-topete
saíra-lagarta
Bananaquit
Green-winged Saltator
Thick-billed Saltator
Black-throated Grosbeak
Brown Tanager
Ruby-crowned Tanager
Black-goggled Tanager
Brassy-breasted Tanager
C
X
F,A
F,A
C,A
C,A
F
X
F,A
F,A
F
F
F
F
F
F
X
X
X
X
NT
X
325
Tangara sayaca
Tangara cyanoptera
Tangara palmarum
Tangara ornata
Tangara cayana
Stephanophorus diadematus
Schistochlamys ruficapillus
Pipraeidea melanonota
Dacnis cayana
Haplospiza unicolor
Poospiza thoracica
Poospiza lateralis
Sicalis flaveola
Sporophila frontalis
Sporophila lineola
Sporophila caerulescens
Sporophila angolensis
Tiaris fuliginosus
Cardinalidae
Habia rubica
Amaurospiza moesta
Fringillidae
Sporagra magellanica
Euphonia chlorotica
Euphonia chalybea
Euphonia pectoralis
sanhaçu-cinzento
sanhaçu-de-encontro-azul
sanhaçu-do-coqueiro
sanhaçu-de-encontro-amarelo
saíra-amarela
sanhaçu-frade
bico-de-veludo
saíra-viúva
saí-azul
cigarra-bambu
peito-pinhão
quete
canário-da-terra-verdadeiro
pixoxó
bigodinho
coleirinho
curió
cigarra-do-coqueiro
Sayaca Tanager
Azure-shouldered Tanager
Palm Tanager
Golden-chevroned Tanager
Burnished-buff Tanager
Diademed Tanager
Cinnamon Tanager
Fawn-breasted Tanager
Blue Dacnis
Uniform Finch
Bay-chested Warbling-Finch
Buff-throated Warbling-Finch
Saffron Finch
Buffy-fronted Seedeater
Lined Seedeater
Double-collared Seedeater
Chestnut-bellied Seed-Finch
Sooty Grassquit
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
C,AL
F,A
F,A
F
F,A
F,A
C,A
F
C,A
C,A
C,A
F
tiê-do-mato-grosso
negrinho-do-mato
Red-crowned Ant-Tanager
Blackish-blue Seedeater
F
F,A
X
X
NT
pintassilgo
fim-fim
cais-cais
ferro-velho
Hooded Siskin
Purple-throated Euphonia
Green-throated Euphonia
Chestnut-bellied Euphonia
D,A,C
F,A
F
F,A
X
X
X
NT
X
X
X
X
X
X
VU
VU
X
Legenda: Ordem taxonômica, nome comum e inglês segundo CBRO (2014). Espécies endêmicas da Mata Atlântica segundo Bencke et al., 2006.
Espécies ameaçadas a nível estadual segundo São Paulo (2014), á nível nacional segundo MMA (2014) e ameaçadas globalmente segundo IUCN
(2012). Categorias de ameaça: EN - Em Perigo; VU - Vulnerável e NT - Quase Ameaçada. Obs. Na última versão da Lista de Espécies Ameaçadas
do estado de São Paulo não constam as categorias específicas de ameaça. Ambiente típico: F. Ambiente Florestal (mata alta, média ou capoeiras);
C. Campo aberto ou campo sujo; A. Ambiente degradado (áreas urbanas, rurais ou mesmo naturais); AL. Ambiente alagado (brejos, campos, rios,
represas, etc) e P. Ambiente litorâneo (praias, dunas, mangues e costões rochosos).
326
Tabela 5. Lista completa de aves do Núcleo Curucutu
Status de Ameaça
NOME DO TÁXON
Tinamiformes
Tinamidae
Tinamus solitarius
Crypturellus obsoletus
Crypturellus noctivagus
Anseriformes
Anatidae
Amazonetta brasiliensis
Galliformes
Cracidae
Penelope obscura
Aburria jacutinga
Odontophoridae
Odontophorus capueira
Suliformes
Fregatidae
Fregata magnificens
Phalacrocoracidae
Phalacrocorax brasilianus
Anhingidae
Anhinga anhinga
Pelecaniformes
Ardeidae
Tigrisoma lineatum
Nycticorax nycticorax
Butorides striata
Bubulcus ibis
Ardea alba
Syrigma sibilatrix
Egretta thula
Egretta caerulea
NOME COMUM
NOME EM INGLÊS
macuco
inhambuguaçu
jaó-do-sul
Solitary Tinamou
Brown Tinamou
Yellow-legged Tinamou
pé-vermelho
Brazilian Teal
jacuaçu
jacutinga
Dusky-legged Guan
Black-fronted Piping-Guan
uru
Ambiente
típico
Endêmica
São Paulo
X
X
X
X
VU
NT
F
F
X
X
EN
EN
Spot-winged Wood-Quail
F
X
tesourão
Magnificent Frigatebird
P
biguá
Neotropic Cormorant
AL
biguatinga
Anhinga
AL
socó-boi
savacu
socozinho
garça-vaqueira
garça-branca-grande
maria-faceira
garça-branca-pequena
garça-azul
Rufescent Tiger-Heron
Black-crowned Night-Heron
Striated Heron
Cattle Egret
Great Egret
Whistling Heron
Snowy Egret
Little Blue Heron
F
F
F
Brasil
IUCN
NT
AL
AL
AL
AL
C,AL
AL
C,AL
AL
AL
327
Threskiornithidae
Mesembrinibis cayennensis
Cathartiformes
Cathartidae
Cathartes aura
Coragyps atratus
Accipitriformes
Accipitridae
Leptodon cayanensis
Chondrohierax uncinatus
Elanoides forficatus
Harpagus diodon
Accipiter poliogaster
Accipiter striatus
Ictinia plumbea
Rostrhamus sociabilis
Heterospizias meridionalis
Amadonastur lacernulatus
Urubitinga urubitinga
Rupornis magnirostris
Parabuteo leucorrhous
Geranoaetus albicaudatus
Buteo nitidus
Buteo brachyurus
Spizaetus tyrannus
Spizaetus melanoleucus
Gruiformes
Aramidae
Aramus guarauna
Rallidae
Aramides cajaneus
Aramides saracura
Laterallus melanophaius
Porzana albicollis
Pardirallus nigricans
Gallinula galeata
Porphyrio martinicus
Charadriiformes
328
coró-coró
Green Ibis
F,AL
urubu-de-cabeça-vermelha
urubu-de-cabeça-preta
Turkey Vulture
Black Vulture
F,C,A,AL
F,C,A,AL
gavião-de-cabeça-cinza
caracoleiro
gavião-tesoura
gavião-bombachinha
tauató-pintado
gavião-miúdo
sovi
gavião-caramujeiro
gavião-caboclo
gavião-pombo-pequeno
gavião-preto
gavião-carijó
gavião-de-sobre-branco
gavião-de-rabo-branco
gavião-pedrês
gavião-de-cauda-curta
gavião-pega-macaco
gavião-pato
Gray-headed Kite
Hook-billed Kite
Swallow-tailed Kite
Rufous-thighed Kite
Gray-bellied Hawk
Sharp-shinned Hawk
Plumbeous Kite
Snail Kite
Savanna Hawk
White-necked Hawk
Great Black-Hawk
Roadside Hawk
White-rumped Hawk
White-tailed Hawk
Gray Hawk
Short-tailed Hawk
Black Hawk-Eagle
Black-and-white Hawk-Eagle
F,C,A
F,C,A,AL
F,C,A
F
F
F
F,C,A
AL
F,C,A,AL
F
F,AL
F,C,A
F
F,C,A
F,C,A
F,C,A
F,C
F,C
carão
Limpkin
AL
saracura-três-potes
saracura-do-mato
sanã-parda
sanã-carijó
saracura-sanã
frango-d'água-comum
frango-d'água-azul
Gray-necked Wood-Rail
Slaty-breasted Wood-Rail
Rufous-sided Crake
Ash-throated Crake
Blackish Rail
Common Gallinule
Purple Gallinule
AL
AL
AL
AL
AL
AL
AL
NT
X
X
X
X
X
VU
VU
Charadriidae
Vanellus chilensis
Scolopacidae
Gallinago undulata
Jacanidae
Jacana jacana
Columbiformes
Columbidae
Columbina talpacoti
Patagioenas picazuro
Patagioenas cayennensis
Patagioenas plumbea
Zenaida auriculata
Leptotila verreauxi
Leptotila rufaxilla
Geotrygon montana
Cuculiformes
Cuculidae
Piaya cayana
Coccyzus melacoryphus
Coccyzus euleri
Crotophaga ani
Guira guira
Tapera naevia
Dromococcyx pavoninus
Strigiformes
Tytonidae
Tyto furcata
Strigidae
Megascops choliba
Megascops atricapilla
Pulsatrix koeniswaldiana
Bubo virginianus
Strix hylophila
Strix virgata
Glaucidium minutissimum
Aegolius harrisii
Asio clamator
quero-quero
Southern Lapwing
C,A,AL
narcejão
Giant Snipe
AL
jaçanã
Wattled Jacana
AL
rolinha-roxa
pombão
pomba-galega
pomba-amargosa
pomba-de-bando
juriti-pupu
juriti-gemedeira
pariri
Ruddy Ground-Dove
Picazuro Pigeon
Pale-vented Pigeon
Plumbeous Pigeon
Eared Dove
White-tipped Dove
Gray-fronted Dove
Ruddy Quail-Dove
alma-de-gato
papa-lagarta-acanelado
papa-lagarta-de-euler
anu-preto
anu-branco
saci
peixe-frito-pavonino
Squirrel Cuckoo
Dark-billed Cuckoo
Pearly-breasted Cuckoo
Smooth-billed Ani
Guira Cuckoo
Striped Cuckoo
Pavonine Cuckoo
F,A
F
F
C,A
C,A
F
F
coruja-da-igreja
American Barn Owl
F,A
corujinha-do-mato
corujinha-sapo
murucututu-de-barriga-amarela
jacurutu
coruja-listrada
coruja-do-mato
caburé-miudinho
caburé-acanelado
coruja-orelhuda
Tropical Screech-Owl
Black-capped Screech-Owl
Tawny-browed Owl
Great Horned Owl
Rusty-barred Owl
Mottled Owl
Least Pygmy-Owl
Buff-fronted Owl
Striped Owl
F,A
F
F
F
F
F
F
F,A
F,A
C,A
F,C,A
F
F
C,A
F
F
F
X
X
X
X
NT
X
329
Asio stygius
Nyctibiiformes
Nyctibiidae
Nyctibius griseus
Caprimulgiformes
Caprimulgidae
Lurocalis semitorquatus
Hydropsalis albicollis
Hydropsalis torquata
Hydropsalis forcipata
Apodiformes
Apodidae
Cypseloides fumigatus
Streptoprocne zonaris
Chaetura cinereiventris
Chaetura meridionalis
Trochilidae
Ramphodon naevius
Glaucis hirsutus
Phaethornis squalidus
Phaethornis ruber
Phaethornis pretrei
Phaethornis eurynome
Eupetomena macroura
Aphantochroa cirrochloris
Florisuga fusca
Colibri serrirostris
Anthracothorax nigricollis
Stephanoxis lalandi
Lophornis chalybeus
Chlorostilbon lucidus
Thalurania glaucopis
Hylocharis cyanus
Leucochloris albicollis
Amazilia versicolor
Amazilia fimbriata
Amazilia lactea
Clytolaema rubricauda
330
mocho-diabo
Stygian Owl
F,A
mãe-da-lua
Common Potoo
tuju
bacurau
bacurau-tesoura
bacurau-tesoura-gigante
Short-tailed Nighthawk
Pauraque
Scissor-tailed Nightjar
Long-trained Nightjar
taperuçu-preto
taperuçu-de-coleira-branca
andorinhão-de-sobre-cinzento
andorinhão-do-temporal
Sooty Swift
White-collared Swift
Gray-rumped Swift
Sick's Swift
F,C
F,C,A
F,C
F,C,A
beija-flor-rajado
balança-rabo-de-bico-torto
rabo-branco-pequeno
rabo-branco-rubro
rabo-branco-acanelado
rabo-branco-de-garganta-rajada
beija-flor-tesoura
beija-flor-cinza
beija-flor-preto
beija-flor-de-orelha-violeta
beija-flor-de-veste-preta
beija-flor-de-topete
topetinho-verde
besourinho-de-bico-vermelho
beija-flor-de-fronte-violeta
beija-flor-roxo
beija-flor-de-papo-branco
beija-flor-de-banda-branca
beija-flor-de-garganta-verde
beija-flor-de-peito-azul
beija-flor-rubi
Saw-billed Hermit
Rufous-breasted Hermit
Dusky-throated Hermit
Reddish Hermit
Planalto Hermit
Scale-throated Hermit
Swallow-tailed Hummingbird
Sombre Hummingbird
Black Jacobin
White-vented Violetear
Black-throated Mango
Plovercrest
Festive Coquette
Glittering-bellied Emerald
Violet-capped Woodnymph
White-chinned Sapphire
White-throated Hummingbird
Versicolored Emerald
Glittering-throated Emerald
Sapphire-spangled Emerald
Brazilian Ruby
F
F
F
F
F,C,A
F
F,C,A
F
F,C,A
F,C
F,C,A
C
F
F,C,A
F
F,C,A
C
F,C,A
F,C,A
F,C,A
F
F
F
C,A
C
C
X
X
NT
X
X
X
X
X
NT
X
X
X
Trogoniformes
Trogonidae
Trogon viridis
Trogon surrucura
Trogon rufus
Coraciiformes
Alcedinidae
Megaceryle torquata
Chloroceryle amazona
Chloroceryle aenea
Chloroceryle americana
Momotidae
Baryphthengus ruficapillus
Galbuliformes
Bucconidae
Notharchus swainsoni
Nystalus chacuru
Malacoptila striata
Piciformes
Ramphastidae
Ramphastos toco
Ramphastos vitellinus
Ramphastos dicolorus
Selenidera maculirostris
Pteroglossus bailloni
Picidae
Picumnus temminckii
Melanerpes candidus
Melanerpes flavifrons
Veniliornis spilogaster
Piculus flavigula
Piculus aurulentus
Colaptes melanochloros
Colaptes campestris
Celeus flavescens
Dryocopus lineatus
Campephilus robustus
surucuá-grande-de-barrigaamarela
surucuá-variado
surucuá-de-barriga-amarela
White-tailed Trogon
Surucua Trogon
Black-throated Trogon
martim-pescador-grande
martim-pescador-verde
martinho
martim-pescador-pequeno
Ringed Kingfisher
Amazon Kingfisher
American Pygmy Kingfisher
Green Kingfisher
juruva-verde
Rufous-capped Motmot
macuru-de-barriga-castanha
joão-bobo
barbudo-rajado
F
F
F
X
F,AL
F,AL
F,AL
F,AL
F
X
Buff-bellied Puffbird
White-eared Puffbird
Crescent-chested Puffbird
F
F,C,A
F
X
tucanuçu
tucano-de-bico-preto
tucano-de-bico-verde
araçari-poca
araçari-banana
Toco Toucan
Channel-billed Toucan
Red-breasted Toucan
Spot-billed Toucanet
Saffron Toucanet
F,C,A
F
F
F
F
pica-pau-anão-de-coleira
pica-pau-branco
benedito-de-testa-amarela
picapauzinho-verde-carijó
pica-pau-bufador
pica-pau-dourado
pica-pau-verde-barrado
pica-pau-do-campo
pica-pau-de-cabeça-amarela
pica-pau-de-banda-branca
pica-pau-rei
Ochre-collared Piculet
White Woodpecker
Yellow-fronted Woodpecker
White-spotted Woodpecker
Yellow-throated Woodpecker
Yellow-browed Woodpecker
Green-barred Woodpecker
Campo Flicker
Blond-crested Woodpecker
Lineated Woodpecker
Robust Woodpecker
F,A
C,A
F
F,A
F
F
F
C,A
F,A
F,A
F
X
NT
VU
X
X
X
X
X
NT
X
X
X
X
NT
X
331
Falconiformes
Falconidae
Caracara plancus
Milvago chimachima
Herpetotheres cachinnans
Micrastur ruficollis
Micrastur semitorquatus
Falco sparverius
Falco femoralis
Psittaciformes
Psittacidae
Pyrrhura frontalis
Forpus xanthopterygius
Brotogeris tirica
Touit melanonotus
Pionopsitta pileata
Pionus maximiliani
Triclaria malachitacea
Passeriformes
Thamnophilidae
Terenura maculata
Myrmotherula minor
Myrmotherula unicolor
Rhopias gularis
Dysithamnus stictothorax
Dysithamnus mentalis
Dysithamnus xanthopterus
Herpsilochmus rufimarginatus
Thamnophilus caerulescens
Hypoedaleus guttatus
Batara cinerea
Mackenziaena leachii
Mackenziaena severa
Myrmoderus squamosus
Pyriglena leucoptera
Drymophila ferruginea
Drymophila rubricollis
Drymophila ochropyga
332
caracará
carrapateiro
acauã
falcão-caburé
falcão-relógio
quiriquiri
falcão-de-coleira
Southern Caracara
Yellow-headed Caracara
Laughing Falcon
Barred Forest-Falcon
Collared Forest-Falcon
American Kestrel
Aplomado Falcon
C,A
C,A
F,C
F
F
C,A
C,A
tiriba-de-testa-vermelha
tuim
periquito-rico
apuim-de-costas-pretas
cuiú-cuiú
maitaca-verde
sabiá-cica
Maroon-bellied Parakeet
Blue-winged Parrotlet
Plain Parakeet
Brown-backed Parrotlet
Red-capped Parrot
Scaly-headed Parrot
Blue-bellied Parrot
F,A
F,A
F,A
F
F
F
F
X
zidedê
choquinha-pequena
choquinha-cinzenta
choquinha-de-garganta-pintada
choquinha-de-peito-pintado
choquinha-lisa
choquinha-de-asa-ferrugem
chorozinho-de-asa-vermelha
choca-da-mata
chocão-carijó
matracão
borralhara-assobiadora
borralhara
papa-formiga-de-grota
papa-taoca-do-sul
trovoada
trovoada-de-bertoni
choquinha-de-dorso-vermelho
Streak-capped Antwren
Salvadori's Antwren
Unicolored Antwren
Star-throated Antwren
Spot-breasted Antvireo
Plain Antvireo
Rufous-backed Antvireo
Rufous-winged Antwren
Variable Antshrike
Spot-backed Antshrike
Giant Antshrike
Large-tailed Antshrike
Tufted Antshrike
Squamate Antbird
White-shouldered Fire-eye
Ferruginous Antbird
Bertoni's Antbird
Ochre-rumped Antbird
F
F
F
F
F
F
F
F
F,A
F
F
F
F
F
F
F
F
F
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
VU
EN
NT
VU
VU
NT
NT
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
NT
Drymophila malura
Drymophila squamata
Conopophagidae
Conopophaga lineata
Conopophaga melanops
Grallariidae
Grallaria varia
Hylopezus nattereri
Rhinocryptidae
Merulaxis ater
Eleoscytalopus indigoticus
Scytalopus speluncae
Formicariidae
Formicarius colma
Chamaeza campanisona
Chamaeza meruloides
Scleruridae
Sclerurus scansor
Dendrocolaptidae
Dendrocincla turdina
Sittasomus griseicapillus
Xiphorhynchus fuscus
Campylorhamphus falcularius
Lepidocolaptes falcinellus
Dendrocolaptes platyrostris
Xiphocolaptes albicollis
Xenopidae
Xenops minutus
Xenops rutilans
Furnariidae
Furnarius rufus
Lochmias nematura
Automolus leucophthalmus
Anabazenops fuscus
Anabacerthia amaurotis
Anabacerthia lichtensteini
Philydor atricapillus
choquinha-carijó
pintadinho
Dusky-tailed Antbird
Scaled Antbird
F
F
X
X
chupa-dente
cuspidor-de-máscara-preta
Rufous Gnateater
Black-cheeked Gnateater
F
F
X
X
tovacuçu
pinto-do-mato
Variegated Antpitta
Speckle-breasted Antpitta
F
F
X
entufado
macuquinho
tapaculo-preto
Slaty Bristlefront
White-breasted Tapaculo
Mouse-colored Tapaculo
F
F
F
X
X
X
galinha-do-mato
tovaca-campainha
tovaca-cantadora
Rufous-capped Antthrush
Short-tailed Antthrush
Such's Antthrush
F
F
F
X
vira-folha
Rufous-breasted Leaftosser
F
X
arapaçu-liso
arapaçu-verde
arapaçu-rajado
arapaçu-de-bico-torto
arapaçu-escamado-do-sul
arapaçu-grande
arapaçu-de-garganta-branca
Plain-winged Woodcreeper
Olivaceous Woodcreeper
Lesser Woodcreeper
Black-billed Scythebill
Scalloped Woodcreeper
Planalto Woodcreeper
White-throated Woodcreeper
F
F
F
F
F
F
F
X
bico-virado-miúdo
bico-virado-carijó
Plain Xenops
Streaked Xenops
F
F
joão-de-barro
joão-porca
barranqueiro-de-olho-branco
trepador-coleira
limpa-folha-miúdo
Rufous Hornero
Sharp-tailed Streamcreeper
White-eyed Foliage-gleaner
White-collared Foliage-gleaner
White-browed Foliage-gleaner
Ochre-breasted Foliagegleaner
Black-capped Foliage-gleaner
limpa-folha-ocráceo
limpa-folha-coroado
NT
NT
X
X
X
C,A,AL
F
F
F
F
X
X
X
F
F
X
X
NT
333
Philydor rufum
Heliobletus contaminatus
Syndactyla rufosuperciliata
Cichlocolaptes leucophrus
Phacellodomus ferrugineigula
Certhiaxis cinnamomeus
Synallaxis ruficapilla
Synallaxis spixi
Cranioleuca pallida
Pipridae
Neopelma chrysolophum
Manacus manacus
Ilicura militaris
Chiroxiphia caudata
Oxyruncidae
Oxyruncus cristatus
Onychorhynchidae
Onychorhynchus swainsoni
Myiobius barbatus
Myiobius atricaudus
Tityridae
Schiffornis virescens
Laniisoma elegans
Tityra inquisitor
Tityra cayana
Pachyramphus viridis
Pachyramphus rufus
Pachyramphus castaneus
Pachyramphus polychopterus
Pachyramphus marginatus
Pachyramphus validus
Cotingidae
Procnias nudicollis
Pyroderus scutatus
Carpornis cucullata
Carpornis melanocephala
Phibalura flavirostris
334
limpa-folha-de-testa-baia
trepadorzinho
trepador-quiete
trepador-sobrancelha
joão-botina-do-brejo
curutié
pichororé
joão-teneném
arredio-pálido
Buff-fronted Foliage-gleaner
Sharp-billed Treehunter
Buff-browed Foliage-gleaner
Pale-browed Treehunter
Orange-breasted Thornbird
Yellow-chinned Spinetail
Rufous-capped Spinetail
Spix's Spinetail
Pallid Spinetail
F
F
F
F
F,AL
AL
F,A
F,A
F,A
fruxu
rendeira
tangarazinho
tangará
Serra do Mar Tyrant-Manakin
White-bearded Manakin
Pin-tailed Manakin
Swallow-tailed Manakin
F
F
F
F
araponga-do-horto
Sharpbill
F
maria-leque-do-sudeste
assanhadinho
assanhadinho-de-cauda-preta
Atlantic Royal Flycatcher
Whiskered Flycatcher
Black-tailed Flycatcher
F
F
F
X
X
flautim
chibante
anambé-branco-de-bochechaparda
anambé-branco-de-rabo-preto
caneleiro-verde
caneleiro-cinzento
caneleiro
caneleiro-preto
caneleiro-bordado
caneleiro-de-chapéu-preto
Greenish Schiffornis
Shrike-like Cotinga
F
F
X
X
X
Black-crowned Tityra
Black-tailed Tityra
Green-backed Becard
Cinereous Becard
Chestnut-crowned Becard
White-winged Becard
Black-capped Becard
Crested Becard
F,A
F,A
F
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
araponga
pavó
corocochó
sabiá-pimenta
tesourinha-da-mata
Bare-throated Bellbird
Red-ruffed Fruitcrow
Hooded Berryeater
Black-headed Berryeater
Swallow-tailed Cotinga
F
F
F
F
F,A
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
VU
X
X
X
VU
VU
NT
VU
NT
Pipritidae
Piprites chloris
Platyrinchidae
Platyrinchus mystaceus
Platyrinchus leucoryphus
Rhynchocyclidae
Mionectes rufiventris
Leptopogon amaurocephalus
Phylloscartes ventralis
Phylloscartes paulista
Phylloscartes oustaleti
Phylloscartes difficilis
Tolmomyias sulphurescens
Todirostrum poliocephalum
Todirostrum cinereum
Poecilotriccus plumbeiceps
Myiornis auricularis
Hemitriccus diops
Hemitriccus obsoletus
Hemitriccus orbitatus
Hemitriccus nidipendulus
Tyrannidae
Hirundinea ferruginea
Tyranniscus burmeisteri
Camptostoma obsoletum
Elaenia flavogaster
Elaenia chilensis
Elaenia parvirostris
Elaenia mesoleuca
Elaenia obscura
Myiopagis caniceps
Phyllomyias virescens
Phyllomyias fasciatus
Phyllomyias griseocapilla
Serpophaga subcristata
Attila phoenicurus
Attila rufus
Legatus leucophaius
papinho-amarelo
Wing-barred Piprites
F
patinho
patinho-gigante
White-throated Spadebill
Russet-winged Spadebill
F
F
abre-asa-de-cabeça-cinza
cabeçudo
borboletinha-do-mato
não-pode-parar
papa-moscas-de-olheiras
estalinho
bico-chato-de-orelha-preta
teque-teque
ferreirinho-relógio
tororó
miudinho
olho-falso
catraca
tiririzinho-do-mato
tachuri-campainha
Gray-hooded Flycatcher
Sepia-capped Flycatcher
Mottle-cheeked Tyrannulet
Sao Paulo Tyrannulet
Oustalet's Tyrannulet
Serra do Mar Tyrannulet
Yellow-olive Flycatcher
Yellow-lored Tody-Flycatcher
Common Tody-Flycatcher
Ochre-faced Tody-Flycatcher
Eared Pygmy-Tyrant
Drab-breasted Pygmy-Tyrant
Brown-breasted Pygmy-Tyrant
Eye-ringed Tody-Tyrant
Hangnest Tody-Tyrant
F
F
F
F
F
F
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F
F
F
F,A
gibão-de-couro
piolhinho-chiador
risadinha
guaracava-de-barriga-amarela
guaracava-de-crista-branca
guaracava-de-bico-curto
tuque
tucão
guaracava-cinzenta
piolhinho-verdoso
piolhinho
piolhinho-serrano
alegrinho
capitão-castanho
capitão-de-saíra
bem-te-vi-pirata
Cliff Flycatcher
Rough-legged Tyrannulet
Southern Beardless-Tyrannulet
Yellow-bellied Elaenia
Chilean Elaenia
Small-billed Elaenia
Olivaceous Elaenia
Highland Elaenia
Gray Elaenia
Greenish Tyrannulet
Planalto Tyrannulet
Gray-capped Tyrannulet
White-crested Tyrannulet
Rufous-tailed Attila
Gray-hooded Attila
Piratic Flycatcher
C,A
F
F,A
F,A
F
F,A
F
F
F
F
F,A
F,A
F,A
F
F
F,A
X
X
VU
X
NT
NT
NT
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
NT
X
X
NT
X
335
Ramphotrigon megacephalum
Myiarchus swainsoni
Myiarchus ferox
Sirystes sibilator
Rhytipterna simplex
Pitangus sulphuratus
Myiodynastes maculatus
Megarynchus pitangua
Myiozetetes similis
Tyrannus melancholicus
Tyrannus savana
Empidonomus varius
Colonia colonus
Myiophobus fasciatus
Pyrocephalus rubinus
Fluvicola nengeta
Arundinicola leucocephala
Cnemotriccus fuscatus
Lathrotriccus euleri
Contopus cinereus
Knipolegus cyanirostris
Knipolegus nigerrimus
Satrapa icterophrys
Muscipipra vetula
Vireonidae
Cyclarhis gujanensis
Vireo chivi
Hylophilus poicilotis
Corvidae
Cyanocorax caeruleus
Hirundinidae
Pygochelidon cyanoleuca
Atticora tibialis
Stelgidopteryx ruficollis
Progne tapera
Progne chalybea
336
maria-cabeçuda
irré
maria-cavaleira
gritador
vissiá
bem-te-vi
bem-te-vi-rajado
neinei
bentevizinho-de-penachovermelho
suiriri
tesourinha
peitica
viuvinha
filipe
príncipe
lavadeira-mascarada
freirinha
guaracavuçu
enferrujado
papa-moscas-cinzento
maria-preta-de-bico-azulado
maria-preta-de-gargantavermelha
suiriri-pequeno
tesoura-cinzenta
Large-headed Flatbill
Swainson's Flycatcher
Short-crested Flycatcher
Sirystes
Grayish Mourner
Great Kiskadee
Streaked Flycatcher
Boat-billed Flycatcher
pitiguari
juruviara
verdinho-coroado
Rufous-browed Peppershrike
Chivi Vireo
Rufous-crowned Greenlet
F,A
F,A
F
X
gralha-azul
Azure Jay
F,A
X
andorinha-pequena-de-casa
calcinha-branca
Blue-and-white Swallow
White-thighed Swallow
Southern Rough-winged
Swallow
Brown-chested Martin
Gray-breasted Martin
andorinha-serradora
andorinha-do-campo
andorinha-doméstica-grande
F
F,A
F,A
F
F
F,C,A,AL
F,A
F,A
Social Flycatcher
Tropical Kingbird
Fork-tailed Flycatcher
Variegated Flycatcher
Long-tailed Tyrant
Bran-colored Flycatcher
Vermilion Flycatcher
Masked Water-Tyrant
White-headed Marsh Tyrant
Fuscous Flycatcher
Euler's Flycatcher
Tropical Pewee
Blue-billed Black-Tyrant
F,A
F,C,A
C,A
F,A
F,A
F,A
C,A
C,A,AL
AL
F,A
F,A
F,A
F,A
Velvety Black-Tyrant
Yellow-browed Tyrant
Shear-tailed Gray Tyrant
F,A
C,A,AL
F
F,C,A,AL
F,A
F,C,A,AL
F,C,A
F,C,A,AL
X
X
NT
Tachycineta albiventer
Tachycineta leucorrhoa
Troglodytidae
Troglodytes musculus
Cantorchilus longirostris
Polioptilidae
Ramphocaenus melanurus
Turdidae
Turdus flavipes
Turdus leucomelas
Turdus rufiventris
Turdus amaurochalinus
Turdus albicollis
Motacillidae
Anthus lutescens
Anthus hellmayri
Passerellidae
Zonotrichia capensis
Parulidae
Setophaga pitiayumi
Geothlypis aequinoctialis
Basileuterus culicivorus
Myiothlypis leucoblephara
Myiothlypis rivularis
Icteridae
Cacicus chrysopterus
Cacicus haemorrhous
Gnorimopsar chopi
Chrysomus ruficapillus
Molothrus bonariensis
Mitrospingidae
Orthogonys chloricterus
Thraupidae
Coereba flaveola
Saltator similis
Saltator fuliginosus
Orchesticus abeillei
andorinha-do-rio
andorinha-de-sobre-branco
White-winged Swallow
White-rumped Swallow
AL
AL
corruíra
garrinchão-de-bico-grande
Southern House Wren
Long-billed Wren
F,C,A
F,A
bico-assovelado
Long-billed Gnatwren
F
sabiá-una
sabiá-barranco
sabiá-laranjeira
sabiá-poca
sabiá-coleira
Yellow-legged Thrush
Pale-breasted Thrush
Rufous-bellied Thrush
Creamy-bellied Thrush
White-necked Thrush
F
F,A
F,A
F,A
F
caminheiro-zumbidor
caminheiro-de-barrigaacanelada
Yellowish Pipit
C,A
Hellmayr's Pipit
C
tico-tico
Rufous-collared Sparrow
F,C,A
mariquita
pia-cobra
pula-pula
pula-pula-assobiador
pula-pula-ribeirinho
Tropical Parula
Masked Yellowthroat
Golden-crowned Warbler
White-browed Warbler
Neotropical River Warbler
F,A
C,A,AL
F
F
F
tecelão
guaxe
graúna
garibaldi
vira-bosta
Golden-winged Cacique
Red-rumped Cacique
Chopi Blackbird
Chestnut-capped Blackbird
Shiny Cowbird
F,A
F,A
C,A
AL
C,A
catirumbava
Olive-green Tanager
cambacica
trinca-ferro-verdadeiro
pimentão
sanhaçu-pardo
Bananaquit
Green-winged Saltator
Black-throated Grosbeak
Brown Tanager
X
F
X
F,A
F,A
F
F
X
X
NT
337
Thlypopsis sordida
Tachyphonus coronatus
Ramphocelus bresilius
Lanio cristatus
Lanio melanops
Tangara seledon
Tangara cyanocephala
Tangara desmaresti
Tangara sayaca
Tangara cyanoptera
Tangara palmarum
Tangara ornata
Tangara cayana
Stephanophorus diadematus
Schistochlamys ruficapillus
Pipraeidea melanonota
Tersina viridis
Dacnis cayana
Chlorophanes spiza
Hemithraupis ruficapilla
Conirostrum speciosum
Haplospiza unicolor
Donacospiza albifrons
Sicalis flaveola
Emberizoides herbicola
Volatinia jacarina
Sporophila frontalis
Sporophila falcirostris
Sporophila lineola
Sporophila caerulescens
Sporophila angolensis
Tiaris fuliginosus
Cardinalidae
Habia rubica
Amaurospiza moesta
Cyanoloxia glaucocaerulea
Fringillidae
Sporagra magellanica
338
saí-canário
tiê-preto
tiê-sangue
tiê-galo
tiê-de-topete
saíra-sete-cores
saíra-militar
saíra-lagarta
sanhaçu-cinzento
sanhaçu-de-encontro-azul
sanhaçu-do-coqueiro
sanhaçu-de-encontro-amarelo
saíra-amarela
sanhaçu-frade
bico-de-veludo
saíra-viúva
saí-andorinha
saí-azul
saí-verde
saíra-ferrugem
figuinha-de-rabo-castanho
cigarra-bambu
tico-tico-do-banhado
canário-da-terra-verdadeiro
canário-do-campo
tiziu
pixoxó
cigarra-verdadeira
bigodinho
coleirinho
curió
cigarra-do-coqueiro
Orange-headed Tanager
Ruby-crowned Tanager
Brazilian Tanager
Flame-crested Tanager
Black-goggled Tanager
Green-headed Tanager
Red-necked Tanager
Brassy-breasted Tanager
Sayaca Tanager
Azure-shouldered Tanager
Palm Tanager
Golden-chevroned Tanager
Burnished-buff Tanager
Diademed Tanager
Cinnamon Tanager
Fawn-breasted Tanager
Swallow Tanager
Blue Dacnis
Green Honeycreeper
Rufous-headed Tanager
Chestnut-vented Conebill
Uniform Finch
Long-tailed Reed Finch
Saffron Finch
Wedge-tailed Grass-Finch
Blue-black Grassquit
Buffy-fronted Seedeater
Temminck's Seedeater
Lined Seedeater
Double-collared Seedeater
Chestnut-bellied Seed-Finch
Sooty Grassquit
tiê-do-mato-grosso
negrinho-do-mato
azulinho
Red-crowned Ant-Tanager
Blackish-blue Seedeater
Glaucous-blue Grosbeak
pintassilgo
Hooded Siskin
F
F
F,A
F,A
F
F,A
F,A
F
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
C,AL
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F
C,AL
C,A
C,A
C,A
F
F
C,A
C,A
C,A
F
F
F,A
F,A
D,A,C
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
VU
VU
VU
VU
X
X
X
NT
Euphonia chlorotica
Euphonia violacea
Euphonia chalybea
Euphonia cyanocephala
Euphonia pectoralis
Chlorophonia cyanea
Estrildidae
Estrilda astrild
Passeridae
Passer domesticus
fim-fim
gaturamo-verdadeiro
cais-cais
gaturamo-rei
ferro-velho
gaturamo-bandeira
Purple-throated Euphonia
Violaceous Euphonia
Green-throated Euphonia
Golden-rumped Euphonia
Chestnut-bellied Euphonia
Blue-naped Chlorophonia
F,A
F,A
F
F
F,A
F
bico-de-lacre
Common Waxbill
C,A
pardal
House Sparrow
C,A
X
X
NT
X
Legenda: Ordem taxonômica, nome comum e inglês segundo CBRO (2014). Espécies endêmicas da Mata Atlântica segundo Bencke et al., 2006.
Espécies ameaçadas a nível estadual segundo São Paulo (2014), á nível nacional segundo MMA (2014) e ameaçadas globalmente segundo IUCN
(2012). Categorias de ameaça: EN - Em Perigo; VU - Vulnerável e NT - Quase Ameaçada. Obs. Na última versão da Lista de Espécies Ameaçadas
do estado de São Paulo não constam as categorias específicas de ameaça. Ambiente típico: F. Ambiente Florestal (mata alta, média ou capoeiras);
C. Campo aberto ou campo sujo; A. Ambiente degradado (áreas urbanas, rurais ou mesmo naturais); AL. Ambiente alagado (brejos, campos, rios,
represas, etc) e P. Ambiente litorâneo (praias, dunas, mangues e costões rochosos).
Tabela 6. Lista completa de aves do Núcleo Itariru
Status de Ameaça
NOME DO TÁXON
Tinamiformes
Tinamidae
Crypturellus obsoletus
Anseriformes
Anatidae
Dendrocygna viduata
Galliformes
Cracidae
Penelope obscura
Aburria jacutinga
NOME COMUM
NOME EM INGLÊS
Ambiente
típico
inhambuguaçu
Brown Tinamou
irerê
White-faced Whistling-Duck
AL
jacuaçu
jacutinga
Dusky-legged Guan
Black-fronted Piping-Guan
F
F
Endêmica
São Paulo
Brasil
IUCN
X
X
EN
EN
F
339
Pelecaniformes
Ardeidae
Tigrisoma lineatum
Ardea cocoi
Cathartiformes
Cathartidae
Coragyps atratus
Accipitriformes
Accipitridae
Heterospizias meridionalis
Rupornis magnirostris
Gruiformes
Rallidae
Aramides saracura
Amaurolimnas concolor
Laterallus melanophaius
Pardirallus nigricans
Gallinula galeata
Charadriiformes
Charadriidae
Vanellus chilensis
Scolopacidae
Tringa solitaria
Jacanidae
Jacana jacana
Columbiformes
Columbidae
Columbina talpacoti
Patagioenas picazuro
Leptotila verreauxi
Cuculiformes
Cuculidae
Piaya cayana
Crotophaga ani
Strigiformes
Strigidae
Glaucidium minutissimum
Caprimulgiformes
340
socó-boi
garça-moura
Rufescent Tiger-Heron
Cocoi Heron
AL
AL
urubu-de-cabeça-preta
Black Vulture
F,C,A,AL
gavião-caboclo
gavião-carijó
Savanna Hawk
Roadside Hawk
F,C,A,AL
F,C,A
saracura-do-mato
saracura-lisa
sanã-parda
saracura-sanã
frango-d'água-comum
Slaty-breasted Wood-Rail
Uniform Crake
Rufous-sided Crake
Blackish Rail
Common Gallinule
quero-quero
Southern Lapwing
C,A,AL
maçarico-solitário
Solitary Sandpiper
AL,P
jaçanã
Wattled Jacana
rolinha-roxa
pombão
juriti-pupu
Ruddy Ground-Dove
Picazuro Pigeon
White-tipped Dove
alma-de-gato
anu-preto
Squirrel Cuckoo
Smooth-billed Ani
F,A
C,A
caburé-miudinho
Least Pygmy-Owl
F
AL
F,AL
AL
AL
AL
X
AL
C,A
F,C,A
F
X
Caprimulgidae
Hydropsalis albicollis
Hydropsalis torquata
Apodiformes
Apodidae
Chaetura cinereiventris
Chaetura meridionalis
Trochilidae
Ramphodon naevius
Phaethornis squalidus
Phaethornis eurynome
Eupetomena macroura
Thalurania glaucopis
Heliothryx auritus
Trogoniformes
Trogonidae
Trogon viridis
Coraciiformes
Alcedinidae
Megaceryle torquata
Galbuliformes
Bucconidae
Notharchus swainsoni
Malacoptila striata
Piciformes
Ramphastidae
Ramphastos vitellinus
Ramphastos dicolorus
Picidae
Picumnus temminckii
Melanerpes flavifrons
Veniliornis spilogaster
Celeus flavescens
Dryocopus lineatus
Falconiformes
Falconidae
bacurau
bacurau-tesoura
Pauraque
Scissor-tailed Nightjar
andorinhão-de-sobrecinzento
andorinhão-do-temporal
Gray-rumped Swift
Sick's Swift
beija-flor-rajado
rabo-branco-pequeno
rabo-branco-de-gargantarajada
beija-flor-tesoura
beija-flor-de-fronte-violeta
beija-flor-de-bochecha-azul
Saw-billed Hermit
Dusky-throated Hermit
Scale-throated Hermit
Swallow-tailed Hummingbird
Violet-capped Woodnymph
Black-eared Fairy
C,A
C
F,C
F,C,A
F
F
X
X
F
F,C,A
F
F
X
NT
X
surucuá-grande-de-barrigaamarela
White-tailed Trogon
martim-pescador-grande
Ringed Kingfisher
macuru-de-barriga-castanha
barbudo-rajado
Buff-bellied Puffbird
Crescent-chested Puffbird
F
F
X
X
tucano-de-bico-preto
tucano-de-bico-verde
Channel-billed Toucan
Red-breasted Toucan
F
F
X
pica-pau-anão-de-coleira
benedito-de-testa-amarela
picapauzinho-verde-carijó
pica-pau-de-cabeça-amarela
pica-pau-de-banda-branca
Ochre-collared Piculet
Yellow-fronted Woodpecker
White-spotted Woodpecker
Blond-crested Woodpecker
Lineated Woodpecker
F
F,AL
F,A
F
F,A
F,A
F,A
NT
VU
X
X
X
341
Caracara plancus
Milvago chimachima
Micrastur ruficollis
Psittaciformes
Psittacidae
Pyrrhura frontalis
Forpus xanthopterygius
Brotogeris tirica
Pionopsitta pileata
Pionus maximiliani
Passeriformes
Thamnophilidae
Terenura maculata
Myrmotherula minor
Myrmotherula unicolor
Rhopias gularis
Dysithamnus stictothorax
Dysithamnus mentalis
Herpsilochmus rufimarginatus
Thamnophilus caerulescens
Hypoedaleus guttatus
Myrmoderus squamosus
Pyriglena leucoptera
Drymophila ferruginea
Drymophila squamata
Conopophagidae
Conopophaga lineata
Conopophaga melanops
Grallariidae
Grallaria varia
Rhinocryptidae
Eleoscytalopus indigoticus
Formicariidae
Formicarius colma
Dendrocolaptidae
Sittasomus griseicapillus
Xiphorhynchus fuscus
342
caracará
carrapateiro
falcão-caburé
Southern Caracara
Yellow-headed Caracara
Barred Forest-Falcon
C,A
C,A
F
tiriba-de-testa-vermelha
tuim
periquito-rico
cuiú-cuiú
maitaca-verde
Maroon-bellied Parakeet
Blue-winged Parrotlet
Plain Parakeet
Red-capped Parrot
Scaly-headed Parrot
F,A
F,A
F,A
F
F
X
zidedê
choquinha-pequena
choquinha-cinzenta
choquinha-de-gargantapintada
choquinha-de-peito-pintado
choquinha-lisa
chorozinho-de-asa-vermelha
choca-da-mata
chocão-carijó
papa-formiga-de-grota
papa-taoca-do-sul
trovoada
pintadinho
Streak-capped Antwren
Salvadori's Antwren
Unicolored Antwren
F
F
F
X
X
X
Star-throated Antwren
Spot-breasted Antvireo
Plain Antvireo
Rufous-winged Antwren
Variable Antshrike
Spot-backed Antshrike
Squamate Antbird
White-shouldered Fire-eye
Ferruginous Antbird
Scaled Antbird
F
F
F
F
F,A
F
F
F
F
F
X
X
chupa-dente
cuspidor-de-máscara-preta
Rufous Gnateater
Black-cheeked Gnateater
F
F
X
X
tovacuçu
Variegated Antpitta
F
macuquinho
White-breasted Tapaculo
F
galinha-do-mato
Rufous-capped Antthrush
F
arapaçu-verde
arapaçu-rajado
Olivaceous Woodcreeper
Lesser Woodcreeper
F
F
X
X
X
X
VU
VU
NT
NT
X
X
X
X
X
X
X
NT
Campylorhamphus falcularius
Dendrocolaptes platyrostris
Xenopidae
Xenops minutus
Xenops rutilans
Furnariidae
Furnarius figulus
Furnarius rufus
Lochmias nematura
Automolus leucophthalmus
Anabazenops fuscus
arapaçu-de-bico-torto
arapaçu-grande
Black-billed Scythebill
Planalto Woodcreeper
F
F
bico-virado-miúdo
bico-virado-carijó
Plain Xenops
Streaked Xenops
F
F
casaca-de-couro-da-lama
joão-de-barro
joão-porca
barranqueiro-de-olho-branco
trepador-coleira
Anabacerthia lichtensteini
Philydor atricapillus
Philydor rufum
Cichlocolaptes leucophrus
Certhiaxis cinnamomeus
Synallaxis ruficapilla
Synallaxis spixi
Pipridae
Manacus manacus
Ilicura militaris
Chiroxiphia caudata
Onychorhynchidae
Myiobius barbatus
Tityridae
Schiffornis virescens
limpa-folha-ocráceo
limpa-folha-coroado
limpa-folha-de-testa-baia
trepador-sobrancelha
curutié
pichororé
joão-teneném
Wing-banded Hornero
Rufous Hornero
Sharp-tailed Streamcreeper
White-eyed Foliage-gleaner
White-collared Foliage-gleaner
Ochre-breasted Foliagegleaner
Black-capped Foliage-gleaner
Buff-fronted Foliage-gleaner
Pale-browed Treehunter
Yellow-chinned Spinetail
Rufous-capped Spinetail
Spix's Spinetail
rendeira
tangarazinho
tangará
White-bearded Manakin
Pin-tailed Manakin
Swallow-tailed Manakin
F
F
F
assanhadinho
Whiskered Flycatcher
F
flautim
anambé-branco-debochecha-parda
caneleiro
caneleiro-de-chapéu-preto
Greenish Schiffornis
F
Black-crowned Tityra
Chestnut-crowned Becard
Crested Becard
F,A
F,A
F,A
corocochó
sabiá-pimenta
Hooded Berryeater
Black-headed Berryeater
F
F
patinho
White-throated Spadebill
F
abre-asa-de-cabeça-cinza
cabeçudo
Gray-hooded Flycatcher
Sepia-capped Flycatcher
F
F
Tityra inquisitor
Pachyramphus castaneus
Pachyramphus validus
Cotingidae
Carpornis cucullata
Carpornis melanocephala
Platyrinchidae
Platyrinchus mystaceus
Rhynchocyclidae
Mionectes rufiventris
Leptopogon amaurocephalus
C,A,AL
C,A,AL
F
F
F
F
F
F
F
AL
F,A
F,A
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
VU
NT
VU
X
343
Phylloscartes paulista
Tolmomyias sulphurescens
Todirostrum poliocephalum
Myiornis auricularis
Hemitriccus orbitatus
Tyrannidae
Hirundinea ferruginea
Camptostoma obsoletum
Elaenia flavogaster
Attila rufus
Myiarchus ferox
Pitangus sulphuratus
Myiodynastes maculatus
Megarynchus pitangua
Myiozetetes similis
Tyrannus melancholicus
Colonia colonus
Myiophobus fasciatus
Fluvicola nengeta
Vireonidae
Cyclarhis gujanensis
Vireo chivi
Corvidae
Cyanocorax caeruleus
Hirundinidae
Pygochelidon cyanoleuca
Atticora tibialis
Progne chalybea
Tachycineta albiventer
Troglodytidae
Troglodytes musculus
Cantorchilus longirostris
Polioptilidae
Ramphocaenus melanurus
Turdidae
Turdus rufiventris
344
não-pode-parar
bico-chato-de-orelha-preta
teque-teque
miudinho
tiririzinho-do-mato
Sao Paulo Tyrannulet
Yellow-olive Flycatcher
Yellow-lored Tody-Flycatcher
Eared Pygmy-Tyrant
Eye-ringed Tody-Tyrant
F
F,A
F,A
F,A
F
gibão-de-couro
Cliff Flycatcher
Southern BeardlessTyrannulet
C,A
risadinha
guaracava-de-barrigaamarela
capitão-de-saíra
maria-cavaleira
bem-te-vi
bem-te-vi-rajado
neinei
bentevizinho-de-penachovermelho
suiriri
viuvinha
filipe
lavadeira-mascarada
X
X
X
X
X
NT
NT
F,A
Yellow-bellied Elaenia
Gray-hooded Attila
Short-crested Flycatcher
Great Kiskadee
Streaked Flycatcher
Boat-billed Flycatcher
F,A
F
F,A
F,C,A,AL
F,A
F,A
Social Flycatcher
Tropical Kingbird
Long-tailed Tyrant
Bran-colored Flycatcher
Masked Water-Tyrant
F,A
F,C,A
F,A
F,A
C,A,AL
pitiguari
juruviara
Rufous-browed Peppershrike
Chivi Vireo
F,A
F,A
gralha-azul
Azure Jay
F,A
andorinha-pequena-de-casa
calcinha-branca
andorinha-doméstica-grande
andorinha-do-rio
Blue-and-white Swallow
White-thighed Swallow
Gray-breasted Martin
White-winged Swallow
corruíra
garrinchão-de-bico-grande
Southern House Wren
Long-billed Wren
F,C,A
F,A
bico-assovelado
Long-billed Gnatwren
F
sabiá-laranjeira
Rufous-bellied Thrush
F,A
F,C,A,AL
F,A
F,C,A,AL
AL
X
X
NT
Turdus amaurochalinus
Turdus albicollis
Mimidae
Mimus saturninus
Motacillidae
Anthus lutescens
Parulidae
Setophaga pitiayumi
Geothlypis aequinoctialis
Basileuterus culicivorus
Icteridae
Cacicus haemorrhous
Mitrospingidae
Orthogonys chloricterus
Thraupidae
Coereba flaveola
Saltator fuliginosus
Orchesticus abeillei
Tachyphonus coronatus
Ramphocelus bresilius
Lanio cristatus
Lanio melanops
Tangara seledon
Tangara cyanocephala
Tangara desmaresti
Tangara sayaca
Tangara cyanoptera
Tangara palmarum
Tangara ornata
Pipraeidea melanonota
Tersina viridis
Dacnis cayana
Hemithraupis ruficapilla
Sicalis flaveola
Sporophila lineola
Cardinalidae
Habia rubica
sabiá-poca
sabiá-coleira
Creamy-bellied Thrush
White-necked Thrush
F,A
F
sabiá-do-campo
Chalk-browed Mockingbird
C,A
caminheiro-zumbidor
Yellowish Pipit
C,A
mariquita
pia-cobra
pula-pula
Tropical Parula
Masked Yellowthroat
Golden-crowned Warbler
guaxe
Red-rumped Cacique
F,A
catirumbava
Olive-green Tanager
F
cambacica
pimentão
sanhaçu-pardo
tiê-preto
tiê-sangue
tiê-galo
tiê-de-topete
saíra-sete-cores
saíra-militar
saíra-lagarta
sanhaçu-cinzento
sanhaçu-de-encontro-azul
sanhaçu-do-coqueiro
sanhaçu-de-encontroamarelo
saíra-viúva
saí-andorinha
saí-azul
saíra-ferrugem
canário-da-terra-verdadeiro
bigodinho
Bananaquit
Black-throated Grosbeak
Brown Tanager
Ruby-crowned Tanager
Brazilian Tanager
Flame-crested Tanager
Black-goggled Tanager
Green-headed Tanager
Red-necked Tanager
Brassy-breasted Tanager
Sayaca Tanager
Azure-shouldered Tanager
Palm Tanager
F,A
F
F
F
F,A
F,A
F
F,A
F,A
F
F,A
F,A
F,A
Golden-chevroned Tanager
Fawn-breasted Tanager
Swallow Tanager
Blue Dacnis
Rufous-headed Tanager
Saffron Finch
Lined Seedeater
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
C,A
C,A
tiê-do-mato-grosso
Red-crowned Ant-Tanager
F
F,A
C,A,AL
F
X
X
X
X
X
NT
X
X
X
X
X
X
345
Fringillidae
Euphonia chlorotica
Euphonia violacea
Euphonia pectoralis
Estrildidae
Estrilda astrild
Passeridae
Passer domesticus
fim-fim
gaturamo-verdadeiro
ferro-velho
Purple-throated Euphonia
Violaceous Euphonia
Chestnut-bellied Euphonia
F,A
F,A
F,A
bico-de-lacre
Common Waxbill
C,A
pardal
House Sparrow
C,A
X
Legenda: Ordem taxonômica, nome comum e inglês segundo CBRO (2014). Espécies endêmicas da Mata Atlântica segundo Bencke et al., 2006.
Espécies ameaçadas a nível estadual segundo São Paulo (2014), á nível nacional segundo MMA (2014) e ameaçadas globalmente segundo IUCN
(2012). Categorias de ameaça: EN - Em Perigo; VU - Vulnerável e NT - Quase Ameaçada. Obs. Na última versão da Lista de Espécies Ameaçadas
do estado de São Paulo não constam as categorias específicas de ameaça. Ambiente típico: F. Ambiente Florestal (mata alta, média ou capoeiras);
C. Campo aberto ou campo sujo; A. Ambiente degradado (áreas urbanas, rurais ou mesmo naturais); AL. Ambiente alagado (brejos, campos, rios,
represas, etc) e P. Ambiente litorâneo (praias, dunas, mangues e costões rochosos).
Tabela 7. Lista completa de aves do Núcleo Itutinga Pilões
Status de Ameaça
NOME DO TÁXON
Tinamiformes
Tinamidae
Tinamus solitarius
Crypturellus obsoletus
Anseriformes
Anatidae
Dendrocygna bicolor
Amazonetta brasiliensis
Galliformes
Cracidae
Penelope obscura
Odontophoridae
346
NOME COMUM
NOME EM INGLÊS
macuco
inhambuguaçu
Solitary Tinamou
Brown Tinamou
marreca-caneleira
pé-vermelho
Fulvous Whistling-Duck
Brazilian Teal
jacuaçu
Dusky-legged Guan
Ambiente
típico
F
F
AL
AL
F
Endêmica
São Paulo
X
X
Brasil
IUCN
NT
Odontophorus capueira
Podicipediformes
Podicipedidae
Tachybaptus dominicus
Podilymbus podiceps
Suliformes
Fregatidae
Fregata magnificens
Phalacrocoracidae
Phalacrocorax brasilianus
Pelecaniformes
Ardeidae
Nycticorax nycticorax
Butorides striata
Ardea cocoi
Ardea alba
Pilherodius pileatus
Egretta thula
Cathartiformes
Cathartidae
Coragyps atratus
Accipitriformes
Accipitridae
Leptodon cayanensis
Chondrohierax uncinatus
Elanus leucurus
Accipiter striatus
Amadonastur lacernulatus
Rupornis magnirostris
Gruiformes
Aramidae
Aramus guarauna
Rallidae
Aramides saracura
Laterallus leucopyrrhus
Pardirallus nigricans
Gallinula galeata
Porphyrio martinicus
uru
Spot-winged Wood-Quail
F
mergulhão-pequeno
mergulhão-caçador
Least Grebe
Pied-billed Grebe
AL
AL
tesourão
Magnificent Frigatebird
P
biguá
Neotropic Cormorant
AL
savacu
socozinho
garça-moura
garça-branca-grande
garça-real
garça-branca-pequena
Black-crowned Night-Heron
Striated Heron
Cocoi Heron
Great Egret
Capped Heron
Snowy Egret
urubu-de-cabeça-preta
Black Vulture
F,C,A,AL
gavião-de-cabeça-cinza
caracoleiro
gavião-peneira
gavião-miúdo
gavião-pombo-pequeno
gavião-carijó
Gray-headed Kite
Hook-billed Kite
White-tailed Kite
Sharp-shinned Hawk
White-necked Hawk
Roadside Hawk
F,C,A
F,C,A,AL
C,A
F
F
F,C,A
carão
Limpkin
AL
saracura-do-mato
sanã-vermelha
saracura-sanã
frango-d'água-comum
frango-d'água-azul
Slaty-breasted Wood-Rail
Red-and-white Crake
Blackish Rail
Common Gallinule
Purple Gallinule
AL
AL
AL
AL
AL
X
AL
AL
AL
AL
C,AL
AL
X
X
VU
VU
X
347
Charadriiformes
Charadriidae
Vanellus chilensis
Jacanidae
Jacana jacana
Columbiformes
Columbidae
Patagioenas picazuro
Patagioenas cayennensis
Patagioenas plumbea
Leptotila verreauxi
Leptotila rufaxilla
Geotrygon montana
Cuculiformes
Cuculidae
Piaya cayana
Strigiformes
Strigidae
Megascops choliba
Glaucidium brasilianum
Apodiformes
Apodidae
Cypseloides fumigatus
Streptoprocne zonaris
Chaetura cinereiventris
Chaetura meridionalis
Trochilidae
Ramphodon naevius
Phaethornis squalidus
Phaethornis ruber
Phaethornis pretrei
Phaethornis eurynome
Eupetomena macroura
Aphantochroa cirrochloris
Florisuga fusca
Chlorostilbon lucidus
Thalurania glaucopis
Leucochloris albicollis
348
quero-quero
Southern Lapwing
C,A,AL
jaçanã
Wattled Jacana
pombão
pomba-galega
pomba-amargosa
juriti-pupu
juriti-gemedeira
pariri
Picazuro Pigeon
Pale-vented Pigeon
Plumbeous Pigeon
White-tipped Dove
Gray-fronted Dove
Ruddy Quail-Dove
alma-de-gato
Squirrel Cuckoo
F,A
corujinha-do-mato
caburé
Tropical Screech-Owl
Ferruginous Pygmy-Owl
F,A
F,A
taperuçu-preto
taperuçu-de-coleira-branca
andorinhão-de-sobre-cinzento
andorinhão-do-temporal
Sooty Swift
White-collared Swift
Gray-rumped Swift
Sick's Swift
F,C
F,C,A
F,C
F,C,A
beija-flor-rajado
rabo-branco-pequeno
rabo-branco-rubro
rabo-branco-acanelado
rabo-branco-de-garganta-rajada
beija-flor-tesoura
beija-flor-cinza
beija-flor-preto
besourinho-de-bico-vermelho
beija-flor-de-fronte-violeta
beija-flor-de-papo-branco
Saw-billed Hermit
Dusky-throated Hermit
Reddish Hermit
Planalto Hermit
Scale-throated Hermit
Swallow-tailed Hummingbird
Sombre Hummingbird
Black Jacobin
Glittering-bellied Emerald
Violet-capped Woodnymph
White-throated Hummingbird
F
F
F
F,C,A
F
F,C,A
F
F,C,A
F,C,A
F
C
AL
F,C,A
F
F
F
F
F
X
X
X
X
X
X
X
NT
Amazilia versicolor
Amazilia lactea
Clytolaema rubricauda
Calliphlox amethystina
Trogoniformes
Trogonidae
Trogon viridis
Trogon surrucura
Trogon rufus
Coraciiformes
Alcedinidae
Megaceryle torquata
Chloroceryle amazona
Chloroceryle americana
Piciformes
Ramphastidae
Ramphastos vitellinus
Ramphastos dicolorus
Selenidera maculirostris
Pteroglossus bailloni
Picidae
Picumnus temminckii
Melanerpes candidus
Melanerpes flavifrons
Veniliornis spilogaster
Piculus flavigula
Colaptes melanochloros
Celeus flavescens
Falconiformes
Falconidae
Caracara plancus
Herpetotheres cachinnans
Micrastur ruficollis
Falco sparverius
Psittaciformes
Psittacidae
Pyrrhura frontalis
beija-flor-de-banda-branca
beija-flor-de-peito-azul
beija-flor-rubi
estrelinha-ametista
Versicolored Emerald
Sapphire-spangled Emerald
Brazilian Ruby
Amethyst Woodstar
F,C,A
F,C,A
F
F,C,A
surucuá-grande-de-barrigaamarela
surucuá-variado
surucuá-de-barriga-amarela
White-tailed Trogon
Surucua Trogon
Black-throated Trogon
martim-pescador-grande
martim-pescador-verde
martim-pescador-pequeno
Ringed Kingfisher
Amazon Kingfisher
Green Kingfisher
tucano-de-bico-preto
tucano-de-bico-verde
araçari-poca
araçari-banana
Channel-billed Toucan
Red-breasted Toucan
Spot-billed Toucanet
Saffron Toucanet
pica-pau-anão-de-coleira
pica-pau-branco
benedito-de-testa-amarela
picapauzinho-verde-carijó
pica-pau-bufador
pica-pau-verde-barrado
pica-pau-de-cabeça-amarela
Ochre-collared Piculet
White Woodpecker
Yellow-fronted Woodpecker
White-spotted Woodpecker
Yellow-throated Woodpecker
Green-barred Woodpecker
Blond-crested Woodpecker
F,A
C,A
F
F,A
F
F
F,A
caracará
acauã
falcão-caburé
quiriquiri
Southern Caracara
Laughing Falcon
Barred Forest-Falcon
American Kestrel
C,A
F,C
F
C,A
tiriba-de-testa-vermelha
Maroon-bellied Parakeet
F,A
F
F
F
X
X
F,AL
F,AL
F,AL
F
F
F
F
VU
X
X
X
X
X
NT
X
X
X
X
349
Forpus xanthopterygius
Brotogeris tirica
Pionopsitta pileata
Pionus maximiliani
Passeriformes
Thamnophilidae
Terenura maculata
Myrmotherula unicolor
Rhopias gularis
Dysithamnus stictothorax
Dysithamnus mentalis
Herpsilochmus rufimarginatus
Thamnophilus caerulescens
Hypoedaleus guttatus
Batara cinerea
Mackenziaena leachii
Mackenziaena severa
Myrmoderus squamosus
Pyriglena leucoptera
Drymophila ochropyga
Drymophila malura
Conopophagidae
Conopophaga lineata
Conopophaga melanops
Grallariidae
Grallaria varia
Rhinocryptidae
Merulaxis ater
Eleoscytalopus indigoticus
Scytalopus speluncae
Formicariidae
Chamaeza meruloides
Scleruridae
Sclerurus scansor
Dendrocolaptidae
Dendrocincla turdina
Sittasomus griseicapillus
Xiphorhynchus fuscus
350
tuim
periquito-rico
cuiú-cuiú
maitaca-verde
Blue-winged Parrotlet
Plain Parakeet
Red-capped Parrot
Scaly-headed Parrot
F,A
F,A
F
F
zidedê
choquinha-cinzenta
choquinha-de-garganta-pintada
choquinha-de-peito-pintado
choquinha-lisa
chorozinho-de-asa-vermelha
choca-da-mata
chocão-carijó
matracão
borralhara-assobiadora
borralhara
papa-formiga-de-grota
papa-taoca-do-sul
choquinha-de-dorso-vermelho
choquinha-carijó
Streak-capped Antwren
Unicolored Antwren
Star-throated Antwren
Spot-breasted Antvireo
Plain Antvireo
Rufous-winged Antwren
Variable Antshrike
Spot-backed Antshrike
Giant Antshrike
Large-tailed Antshrike
Tufted Antshrike
Squamate Antbird
White-shouldered Fire-eye
Ochre-rumped Antbird
Dusky-tailed Antbird
F
F
F
F
F
F
F,A
F
F
F
F
F
F
F
F
X
X
X
X
chupa-dente
cuspidor-de-máscara-preta
Rufous Gnateater
Black-cheeked Gnateater
F
F
X
X
tovacuçu
Variegated Antpitta
F
entufado
macuquinho
tapaculo-preto
Slaty Bristlefront
White-breasted Tapaculo
Mouse-colored Tapaculo
F
F
F
X
X
X
tovaca-cantadora
Such's Antthrush
F
X
vira-folha
Rufous-breasted Leaftosser
F
X
arapaçu-liso
arapaçu-verde
arapaçu-rajado
Plain-winged Woodcreeper
Olivaceous Woodcreeper
Lesser Woodcreeper
F
F
F
X
X
X
X
NT
NT
X
X
X
X
X
X
X
X
X
NT
NT
NT
Lepidocolaptes falcinellus
Dendrocolaptes platyrostris
Xiphocolaptes albicollis
Xenopidae
Xenops minutus
Xenops rutilans
Furnariidae
Furnarius rufus
Lochmias nematura
Automolus leucophthalmus
Anabazenops fuscus
Anabacerthia amaurotis
Anabacerthia lichtensteini
Philydor atricapillus
Philydor rufum
Heliobletus contaminatus
Syndactyla rufosuperciliata
Cichlocolaptes leucophrus
Synallaxis ruficapilla
Synallaxis spixi
Cranioleuca pallida
Pipridae
Manacus manacus
Ilicura militaris
Chiroxiphia caudata
Onychorhynchidae
Onychorhynchus swainsoni
Myiobius barbatus
Tityridae
Schiffornis virescens
Laniisoma elegans
Tityra cayana
Pachyramphus viridis
Pachyramphus castaneus
Pachyramphus polychopterus
Pachyramphus validus
Cotingidae
Procnias nudicollis
arapaçu-escamado-do-sul
arapaçu-grande
arapaçu-de-garganta-branca
Scalloped Woodcreeper
Planalto Woodcreeper
White-throated Woodcreeper
F
F
F
bico-virado-miúdo
bico-virado-carijó
Plain Xenops
Streaked Xenops
F
F
joão-de-barro
joão-porca
barranqueiro-de-olho-branco
trepador-coleira
limpa-folha-miúdo
limpa-folha-ocráceo
limpa-folha-coroado
limpa-folha-de-testa-baia
trepadorzinho
trepador-quiete
trepador-sobrancelha
pichororé
joão-teneném
arredio-pálido
Rufous Hornero
Sharp-tailed Streamcreeper
White-eyed Foliage-gleaner
White-collared Foliage-gleaner
White-browed Foliage-gleaner
Ochre-breasted Foliage-gleaner
Black-capped Foliage-gleaner
Buff-fronted Foliage-gleaner
Sharp-billed Treehunter
Buff-browed Foliage-gleaner
Pale-browed Treehunter
Rufous-capped Spinetail
Spix's Spinetail
Pallid Spinetail
rendeira
tangarazinho
tangará
White-bearded Manakin
Pin-tailed Manakin
Swallow-tailed Manakin
F
F
F
maria-leque-do-sudeste
assanhadinho
Atlantic Royal Flycatcher
Whiskered Flycatcher
F
F
X
X
flautim
chibante
anambé-branco-de-rabo-preto
caneleiro-verde
caneleiro
caneleiro-preto
caneleiro-de-chapéu-preto
Greenish Schiffornis
Shrike-like Cotinga
Black-tailed Tityra
Green-backed Becard
Chestnut-crowned Becard
White-winged Becard
Crested Becard
F
F
F,A
F
F,A
F,A
F,A
X
X
X
araponga
Bare-throated Bellbird
F
X
X
C,A,AL
F
F
F
F
F
F
F
F
F
F
F,A
F,A
F,A
X
X
X
X
X
X
NT
X
X
X
X
X
X
VU
VU
351
Carpornis cucullata
Platyrinchidae
Platyrinchus mystaceus
Rhynchocyclidae
Mionectes rufiventris
Leptopogon amaurocephalus
Tolmomyias sulphurescens
Todirostrum poliocephalum
Poecilotriccus plumbeiceps
Myiornis auricularis
Hemitriccus orbitatus
Tyrannidae
Hirundinea ferruginea
Tyranniscus burmeisteri
Camptostoma obsoletum
Phyllomyias fasciatus
Serpophaga subcristata
Attila phoenicurus
Attila rufus
Legatus leucophaius
Myiarchus swainsoni
Pitangus sulphuratus
Myiodynastes maculatus
Megarynchus pitangua
Myiozetetes similis
Tyrannus melancholicus
Empidonomus varius
Myiophobus fasciatus
Pyrocephalus rubinus
Cnemotriccus fuscatus
Lathrotriccus euleri
Contopus cinereus
Xolmis velatus
Vireonidae
Cyclarhis gujanensis
Vireo chivi
Hylophilus poicilotis
352
corocochó
Hooded Berryeater
F
patinho
White-throated Spadebill
F
abre-asa-de-cabeça-cinza
cabeçudo
bico-chato-de-orelha-preta
teque-teque
tororó
miudinho
tiririzinho-do-mato
Gray-hooded Flycatcher
Sepia-capped Flycatcher
Yellow-olive Flycatcher
Yellow-lored Tody-Flycatcher
Ochre-faced Tody-Flycatcher
Eared Pygmy-Tyrant
Eye-ringed Tody-Tyrant
gibão-de-couro
piolhinho-chiador
risadinha
piolhinho
alegrinho
capitão-castanho
capitão-de-saíra
bem-te-vi-pirata
irré
bem-te-vi
bem-te-vi-rajado
neinei
bentevizinho-de-penachovermelho
suiriri
peitica
filipe
príncipe
guaracavuçu
enferrujado
papa-moscas-cinzento
noivinha-branca
Cliff Flycatcher
Rough-legged Tyrannulet
Southern Beardless-Tyrannulet
Planalto Tyrannulet
White-crested Tyrannulet
Rufous-tailed Attila
Gray-hooded Attila
Piratic Flycatcher
Swainson's Flycatcher
Great Kiskadee
Streaked Flycatcher
Boat-billed Flycatcher
pitiguari
juruviara
verdinho-coroado
Rufous-browed Peppershrike
Chivi Vireo
Rufous-crowned Greenlet
Social Flycatcher
Tropical Kingbird
Variegated Flycatcher
Bran-colored Flycatcher
Vermilion Flycatcher
Fuscous Flycatcher
Euler's Flycatcher
Tropical Pewee
White-rumped Monjita
F
F
F,A
F,A
F,A
F,A
F
C,A
F
F,A
F,A
F,A
F
F
F,A
F,A
F,C,A,AL
F,A
F,A
X
X
X
X
X
X
F,A
F,C,A
F,A
F,A
C,A
F,A
F,A
F,A
C,A
F,A
F,A
F
NT
X
NT
Hirundinidae
Pygochelidon cyanoleuca
Atticora tibialis
Stelgidopteryx ruficollis
Progne tapera
Progne chalybea
Troglodytidae
Troglodytes musculus
Cantorchilus longirostris
Polioptilidae
Ramphocaenus melanurus
Turdidae
Turdus flavipes
Turdus leucomelas
Turdus rufiventris
Turdus amaurochalinus
Turdus albicollis
Passerellidae
Zonotrichia capensis
Parulidae
Setophaga pitiayumi
Geothlypis aequinoctialis
Basileuterus culicivorus
Myiothlypis leucoblephara
Myiothlypis rivularis
Icteridae
Cacicus chrysopterus
Cacicus haemorrhous
Mitrospingidae
Orthogonys chloricterus
Thraupidae
Coereba flaveola
Saltator similis
Saltator fuliginosus
Orchesticus abeillei
Tachyphonus coronatus
Ramphocelus bresilius
andorinha-pequena-de-casa
calcinha-branca
andorinha-serradora
andorinha-do-campo
andorinha-doméstica-grande
Blue-and-white Swallow
White-thighed Swallow
Southern Rough-winged
Swallow
Brown-chested Martin
Gray-breasted Martin
F,C,A,AL
F,A
corruíra
garrinchão-de-bico-grande
Southern House Wren
Long-billed Wren
F,C,A
F,A
bico-assovelado
Long-billed Gnatwren
F
sabiá-una
sabiá-barranco
sabiá-laranjeira
sabiá-poca
sabiá-coleira
Yellow-legged Thrush
Pale-breasted Thrush
Rufous-bellied Thrush
Creamy-bellied Thrush
White-necked Thrush
tico-tico
Rufous-collared Sparrow
F,C,A
mariquita
pia-cobra
pula-pula
pula-pula-assobiador
pula-pula-ribeirinho
Tropical Parula
Masked Yellowthroat
Golden-crowned Warbler
White-browed Warbler
Neotropical River Warbler
F,A
C,A,AL
F
F
F
tecelão
guaxe
Golden-winged Cacique
Red-rumped Cacique
catirumbava
Olive-green Tanager
cambacica
trinca-ferro-verdadeiro
pimentão
sanhaçu-pardo
tiê-preto
tiê-sangue
Bananaquit
Green-winged Saltator
Black-throated Grosbeak
Brown Tanager
Ruby-crowned Tanager
Brazilian Tanager
F,C,A,AL
F,C,A
F,C,A,AL
F
F,A
F,A
F,A
F
X
F,A
F,A
F
X
F,A
F,A
F
F
F
F,A
X
X
X
X
NT
353
Lanio cristatus
Lanio melanops
Tangara seledon
Tangara cyanocephala
Tangara desmaresti
Tangara sayaca
Tangara cyanoptera
Tangara palmarum
Tangara ornata
Tangara cayana
Stephanophorus diadematus
Pipraeidea melanonota
Tersina viridis
Dacnis cayana
Chlorophanes spiza
Hemithraupis ruficapilla
Conirostrum speciosum
Haplospiza unicolor
Sicalis flaveola
Sporophila frontalis
Sporophila ardesiaca
Cardinalidae
Habia rubica
Fringillidae
Euphonia chlorotica
Euphonia violacea
Euphonia pectoralis
Chlorophonia cyanea
tiê-galo
tiê-de-topete
saíra-sete-cores
saíra-militar
saíra-lagarta
sanhaçu-cinzento
sanhaçu-de-encontro-azul
sanhaçu-do-coqueiro
sanhaçu-de-encontro-amarelo
saíra-amarela
sanhaçu-frade
saíra-viúva
saí-andorinha
saí-azul
saí-verde
saíra-ferrugem
figuinha-de-rabo-castanho
cigarra-bambu
canário-da-terra-verdadeiro
pixoxó
papa-capim-de-costas-cinzas
Flame-crested Tanager
Black-goggled Tanager
Green-headed Tanager
Red-necked Tanager
Brassy-breasted Tanager
Sayaca Tanager
Azure-shouldered Tanager
Palm Tanager
Golden-chevroned Tanager
Burnished-buff Tanager
Diademed Tanager
Fawn-breasted Tanager
Swallow Tanager
Blue Dacnis
Green Honeycreeper
Rufous-headed Tanager
Chestnut-vented Conebill
Uniform Finch
Saffron Finch
Buffy-fronted Seedeater
Dubois's Seedeater
F,A
F
F,A
F,A
F
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F
C,A
F
C,A
tiê-do-mato-grosso
Red-crowned Ant-Tanager
F
fim-fim
gaturamo-verdadeiro
ferro-velho
gaturamo-bandeira
Purple-throated Euphonia
Violaceous Euphonia
Chestnut-bellied Euphonia
Blue-naped Chlorophonia
F,A
F,A
F,A
F
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
VU
VU
X
Legenda: Ordem taxonômica, nome comum e inglês segundo CBRO (2014). Espécies endêmicas da Mata Atlântica segundo Bencke et al., 2006.
Espécies ameaçadas a nível estadual segundo São Paulo (2014), á nível nacional segundo MMA (2014) e ameaçadas globalmente segundo IUCN
(2012). Categorias de ameaça: EN - Em Perigo; VU - Vulnerável e NT - Quase Ameaçada. Obs. Na última versão da Lista de Espécies Ameaçadas
do estado de São Paulo não constam as categorias específicas de ameaça. Ambiente típico: F. Ambiente Florestal (mata alta, média ou capoeiras);
C. Campo aberto ou campo sujo; A. Ambiente degradado (áreas urbanas, rurais ou mesmo naturais); AL. Ambiente alagado (brejos, campos, rios,
represas, etc) e P. Ambiente litorâneo (praias, dunas, mangues e costões rochosos).
354
Tabela 8. Lista completa de aves do Núcleo Padre Dória
Status de Ameaça
NOME DO TÁXON
Tinamiformes
Tinamidae
Tinamus solitarius
Crypturellus obsoletus
Anseriformes
Anatidae
Nomonyx dominica
Galliformes
Cracidae
Penelope obscura
Aburria jacutinga
Odontophoridae
Odontophorus capueira
Podicipediformes
Podicipedidae
Podilymbus podiceps
Suliformes
Fregatidae
Fregata magnificens
Phalacrocoracidae
Phalacrocorax brasilianus
Anhingidae
Anhinga anhinga
Pelecaniformes
Ardeidae
Butorides striata
Bubulcus ibis
Ardea cocoi
Ardea alba
Ambiente
típico
NOME COMUM
NOME EM INGLÊS
Endêmica
São Paulo
macuco
inhambuguaçu
Solitary Tinamou
Brown Tinamou
X
X
marreca-de-bico-roxo
Masked Duck
jacuaçu
jacutinga
Dusky-legged Guan
Black-fronted Piping-Guan
F
F
X
X
uru
Spot-winged Wood-Quail
F
X
mergulhão-caçador
Pied-billed Grebe
AL
tesourão
Magnificent Frigatebird
P
biguá
Neotropic Cormorant
AL
biguatinga
Anhinga
AL
socozinho
garça-vaqueira
garça-moura
garça-branca-grande
Striated Heron
Cattle Egret
Cocoi Heron
Great Egret
F
F
Brasil
IUCN
NT
AL
EN
EN
AL
C,AL
AL
AL
355
Threskiornithidae
Theristicus caudatus
Cathartiformes
Cathartidae
Cathartes aura
Coragyps atratus
Accipitriformes
Accipitridae
Leptodon cayanensis
Harpagus diodon
Accipiter striatus
Accipiter bicolor
Amadonastur lacernulatus
Rupornis magnirostris
Parabuteo leucorrhous
Geranoaetus albicaudatus
Pseudastur polionotus
Buteo brachyurus
Spizaetus tyrannus
Spizaetus melanoleucus
Gruiformes
Rallidae
Aramides cajaneus
Aramides saracura
Porzana albicollis
Pardirallus nigricans
Charadriiformes
Charadriidae
Vanellus chilensis
Scolopacidae
Actitis macularius
Jacanidae
Jacana jacana
Columbiformes
Columbidae
Columbina talpacoti
Patagioenas picazuro
Patagioenas cayennensis
356
curicaca
Buff-necked Ibis
C,A
urubu-de-cabeça-vermelha
urubu-de-cabeça-preta
Turkey Vulture
Black Vulture
gavião-de-cabeça-cinza
gavião-bombachinha
gavião-miúdo
gavião-bombachinha-grande
gavião-pombo-pequeno
gavião-carijó
gavião-de-sobre-branco
gavião-de-rabo-branco
gavião-pombo-grande
gavião-de-cauda-curta
gavião-pega-macaco
gavião-pato
Gray-headed Kite
Rufous-thighed Kite
Sharp-shinned Hawk
Bicolored Hawk
White-necked Hawk
Roadside Hawk
White-rumped Hawk
White-tailed Hawk
Mantled Hawk
Short-tailed Hawk
Black Hawk-Eagle
Black-and-white Hawk-Eagle
saracura-três-potes
saracura-do-mato
sanã-carijó
saracura-sanã
Gray-necked Wood-Rail
Slaty-breasted Wood-Rail
Ash-throated Crake
Blackish Rail
quero-quero
Southern Lapwing
C,A,AL
maçarico-pintado
Spotted Sandpiper
AL,P
jaçanã
Wattled Jacana
rolinha-roxa
pombão
pomba-galega
Ruddy Ground-Dove
Picazuro Pigeon
Pale-vented Pigeon
F,C,A,AL
F,C,A,AL
F,C,A
F
F
F
F
F,C,A
F
F,C,A
F,C
F,C,A
F,C
F,C
AL
AL
AL
AL
AL
C,A
F,C,A
F
X
X
X
X
X
X
X
VU
VU
NT
Patagioenas plumbea
Leptotila rufaxilla
Geotrygon montana
Cuculiformes
Cuculidae
Piaya cayana
Coccyzus americanus
Crotophaga ani
Guira guira
Tapera naevia
Dromococcyx pavoninus
Strigiformes
Tytonidae
Tyto furcata
Strigidae
Megascops choliba
Megascops atricapilla
Pulsatrix koeniswaldiana
Strix hylophila
Strix virgata
Glaucidium minutissimum
Glaucidium brasilianum
Nyctibiiformes
Nyctibiidae
Nyctibius griseus
Caprimulgiformes
Caprimulgidae
Lurocalis semitorquatus
Hydropsalis albicollis
Hydropsalis torquata
Hydropsalis forcipata
Apodiformes
Apodidae
Cypseloides fumigatus
Streptoprocne zonaris
Chaetura cinereiventris
Chaetura meridionalis
Trochilidae
pomba-amargosa
juriti-gemedeira
pariri
Plumbeous Pigeon
Gray-fronted Dove
Ruddy Quail-Dove
F
F
F
alma-de-gato
papa-lagarta-de-asa-vermelha
anu-preto
anu-branco
saci
peixe-frito-pavonino
Squirrel Cuckoo
Yellow-billed Cuckoo
Smooth-billed Ani
Guira Cuckoo
Striped Cuckoo
Pavonine Cuckoo
F,A
F
C,A
C,A
F
F
coruja-da-igreja
American Barn Owl
F,A
corujinha-do-mato
corujinha-sapo
murucututu-de-barriga-amarela
coruja-listrada
coruja-do-mato
caburé-miudinho
caburé
Tropical Screech-Owl
Black-capped Screech-Owl
Tawny-browed Owl
Rusty-barred Owl
Mottled Owl
Least Pygmy-Owl
Ferruginous Pygmy-Owl
F,A
F
F
F
F
F
F,A
mãe-da-lua
Common Potoo
tuju
bacurau
bacurau-tesoura
bacurau-tesoura-gigante
Short-tailed Nighthawk
Pauraque
Scissor-tailed Nightjar
Long-trained Nightjar
taperuçu-preto
taperuçu-de-coleira-branca
andorinhão-de-sobre-cinzento
andorinhão-do-temporal
Sooty Swift
White-collared Swift
Gray-rumped Swift
Sick's Swift
X
X
X
NT
X
F
F
C,A
C
C
X
F,C
F,C,A
F,C
F,C,A
357
Ramphodon naevius
Phaethornis pretrei
Phaethornis eurynome
Eupetomena macroura
Florisuga fusca
Colibri serrirostris
Stephanoxis lalandi
Lophornis magnificus
Lophornis chalybeus
Chlorostilbon lucidus
Thalurania glaucopis
Hylocharis cyanus
Leucochloris albicollis
Amazilia versicolor
Amazilia fimbriata
Amazilia lactea
Clytolaema rubricauda
Calliphlox amethystina
Trogoniformes
Trogonidae
Trogon viridis
Trogon surrucura
Trogon rufus
Coraciiformes
Alcedinidae
Megaceryle torquata
Chloroceryle amazona
Chloroceryle americana
Momotidae
Baryphthengus ruficapillus
Galbuliformes
Bucconidae
Nystalus chacuru
Piciformes
Ramphastidae
Ramphastos dicolorus
Selenidera maculirostris
358
beija-flor-rajado
rabo-branco-acanelado
rabo-branco-de-garganta-rajada
beija-flor-tesoura
beija-flor-preto
beija-flor-de-orelha-violeta
beija-flor-de-topete
topetinho-vermelho
topetinho-verde
besourinho-de-bico-vermelho
beija-flor-de-fronte-violeta
beija-flor-roxo
beija-flor-de-papo-branco
beija-flor-de-banda-branca
beija-flor-de-garganta-verde
beija-flor-de-peito-azul
beija-flor-rubi
estrelinha-ametista
Saw-billed Hermit
Planalto Hermit
Scale-throated Hermit
Swallow-tailed Hummingbird
Black Jacobin
White-vented Violetear
Plovercrest
Frilled Coquette
Festive Coquette
Glittering-bellied Emerald
Violet-capped Woodnymph
White-chinned Sapphire
White-throated Hummingbird
Versicolored Emerald
Glittering-throated Emerald
Sapphire-spangled Emerald
Brazilian Ruby
Amethyst Woodstar
F
F,C,A
F
F,C,A
F,C,A
F,C
C
F,C,A
F
F,C,A
F
F,C,A
C
F,C,A
F,C,A
F,C,A
F
F,C,A
surucuá-grande-de-barrigaamarela
surucuá-variado
surucuá-de-barriga-amarela
White-tailed Trogon
Surucua Trogon
Black-throated Trogon
martim-pescador-grande
martim-pescador-verde
martim-pescador-pequeno
Ringed Kingfisher
Amazon Kingfisher
Green Kingfisher
juruva-verde
Rufous-capped Motmot
joão-bobo
White-eared Puffbird
F,C,A
tucano-de-bico-verde
araçari-poca
Red-breasted Toucan
Spot-billed Toucanet
F
F
F
F
F
X
NT
X
X
X
X
NT
X
X
X
X
F,AL
F,AL
F,AL
F
X
X
X
X
Pteroglossus bailloni
Picidae
Picumnus cirratus
Melanerpes flavifrons
Veniliornis spilogaster
Piculus aurulentus
Colaptes melanochloros
Colaptes campestris
Celeus flavescens
Dryocopus lineatus
Falconiformes
Falconidae
Caracara plancus
Milvago chimachima
Herpetotheres cachinnans
Micrastur ruficollis
Micrastur semitorquatus
Psittaciformes
Psittacidae
Psittacara leucophthalmus
Pyrrhura frontalis
Forpus xanthopterygius
Brotogeris tirica
Touit melanonotus
Pionopsitta pileata
Pionus maximiliani
Triclaria malachitacea
Passeriformes
Thamnophilidae
Terenura maculata
Myrmotherula minor
Myrmotherula unicolor
Rhopias gularis
Dysithamnus mentalis
Dysithamnus xanthopterus
Thamnophilus ruficapillus
Thamnophilus caerulescens
Hypoedaleus guttatus
araçari-banana
Saffron Toucanet
F
pica-pau-anão-barrado
benedito-de-testa-amarela
picapauzinho-verde-carijó
pica-pau-dourado
pica-pau-verde-barrado
pica-pau-do-campo
pica-pau-de-cabeça-amarela
pica-pau-de-banda-branca
White-barred Piculet
Yellow-fronted Woodpecker
White-spotted Woodpecker
Yellow-browed Woodpecker
Green-barred Woodpecker
Campo Flicker
Blond-crested Woodpecker
Lineated Woodpecker
F,A
F
F,A
F
F
C,A
F,A
F,A
caracará
carrapateiro
acauã
falcão-caburé
falcão-relógio
Southern Caracara
Yellow-headed Caracara
Laughing Falcon
Barred Forest-Falcon
Collared Forest-Falcon
C,A
C,A
F,C
F
F
periquitão-maracanã
tiriba-de-testa-vermelha
tuim
periquito-rico
apuim-de-costas-pretas
cuiú-cuiú
maitaca-verde
sabiá-cica
White-eyed Parakeet
Maroon-bellied Parakeet
Blue-winged Parrotlet
Plain Parakeet
Brown-backed Parrotlet
Red-capped Parrot
Scaly-headed Parrot
Blue-bellied Parrot
F,A
F,A
F,A
F,A
F
F
F
F
zidedê
choquinha-pequena
choquinha-cinzenta
choquinha-de-garganta-pintada
choquinha-lisa
choquinha-de-asa-ferrugem
choca-de-chapéu-vermelho
choca-da-mata
chocão-carijó
Streak-capped Antwren
Salvadori's Antwren
Unicolored Antwren
Star-throated Antwren
Plain Antvireo
Rufous-backed Antvireo
Rufous-capped Antshrike
Variable Antshrike
Spot-backed Antshrike
F
F
F
F
F
F
F,A
F,A
F
X
X
NT
X
X
X
NT
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
VU
EN
NT
VU
VU
NT
X
X
359
Batara cinerea
Mackenziaena severa
Myrmoderus squamosus
Pyriglena leucoptera
Drymophila ferruginea
Drymophila ochropyga
Drymophila malura
Conopophagidae
Conopophaga lineata
Conopophaga melanops
Furnariida
Grallariidae
Grallaria varia
Hylopezus nattereri
Rhinocryptidae
Merulaxis ater
Eleoscytalopus indigoticus
Scytalopus speluncae
Formicariidae
Formicarius colma
Chamaeza campanisona
Chamaeza meruloides
Chamaeza ruficauda
Scleruridae
Sclerurus scansor
Dendrocolaptidae
Dendrocincla turdina
Sittasomus griseicapillus
Xiphorhynchus fuscus
Campylorhamphus falcularius
Lepidocolaptes falcinellus
Dendrocolaptes platyrostris
Xiphocolaptes albicollis
Xenopidae
Xenops minutus
Xenops rutilans
Furnariidae
Furnarius rufus
360
matracão
borralhara
papa-formiga-de-grota
papa-taoca-do-sul
trovoada
choquinha-de-dorso-vermelho
choquinha-carijó
Giant Antshrike
Tufted Antshrike
Squamate Antbird
White-shouldered Fire-eye
Ferruginous Antbird
Ochre-rumped Antbird
Dusky-tailed Antbird
F
F
F
F
F
F
F
X
X
X
X
X
X
chupa-dente
cuspidor-de-máscara-preta
Rufous Gnateater
Black-cheeked Gnateater
F
F
X
X
tovacuçu
pinto-do-mato
Variegated Antpitta
Speckle-breasted Antpitta
F
F
X
entufado
macuquinho
tapaculo-preto
Slaty Bristlefront
White-breasted Tapaculo
Mouse-colored Tapaculo
F
F
F
X
X
X
galinha-do-mato
tovaca-campainha
tovaca-cantadora
tovaca-de-rabo-vermelho
Rufous-capped Antthrush
Short-tailed Antthrush
Such's Antthrush
Rufous-tailed Antthrush
F
F
F
F
X
X
vira-folha
Rufous-breasted Leaftosser
F
X
arapaçu-liso
arapaçu-verde
arapaçu-rajado
arapaçu-de-bico-torto
arapaçu-escamado-do-sul
arapaçu-grande
arapaçu-de-garganta-branca
Plain-winged Woodcreeper
Olivaceous Woodcreeper
Lesser Woodcreeper
Black-billed Scythebill
Scalloped Woodcreeper
Planalto Woodcreeper
White-throated Woodcreeper
F
F
F
F
F
F
F
X
bico-virado-miúdo
bico-virado-carijó
Plain Xenops
Streaked Xenops
F
F
joão-de-barro
Rufous Hornero
C,A,AL
X
X
X
X
NT
NT
NT
Lochmias nematura
Automolus leucophthalmus
Anabazenops fuscus
Anabacerthia amaurotis
Anabacerthia lichtensteini
Philydor atricapillus
Philydor rufum
Heliobletus contaminatus
Syndactyla rufosuperciliata
Cichlocolaptes leucophrus
Phacellodomus erythrophthalmus
Phacellodomus ferrugineigula
Certhiaxis cinnamomeus
Synallaxis ruficapilla
Synallaxis cinerascens
Synallaxis spixi
Cranioleuca pallida
Pipridae
Neopelma chrysolophum
Manacus manacus
Ilicura militaris
Chiroxiphia caudata
Oxyruncidae
Oxyruncus cristatus
Onychorhynchidae
Onychorhynchus swainsoni
Myiobius atricaudus
Tityridae
Schiffornis virescens
Laniisoma elegans
Tityra cayana
Pachyramphus viridis
Pachyramphus castaneus
Pachyramphus polychopterus
Pachyramphus validus
Cotingidae
Tijuca atra
Procnias nudicollis
joão-porca
barranqueiro-de-olho-branco
trepador-coleira
limpa-folha-miúdo
limpa-folha-ocráceo
limpa-folha-coroado
limpa-folha-de-testa-baia
trepadorzinho
trepador-quiete
trepador-sobrancelha
joão-botina-da-mata
joão-botina-do-brejo
curutié
pichororé
pi-puí
joão-teneném
arredio-pálido
Sharp-tailed Streamcreeper
White-eyed Foliage-gleaner
White-collared Foliage-gleaner
White-browed Foliage-gleaner
Ochre-breasted Foliage-gleaner
Black-capped Foliage-gleaner
Buff-fronted Foliage-gleaner
Sharp-billed Treehunter
Buff-browed Foliage-gleaner
Pale-browed Treehunter
Orange-eyed Thornbird
Orange-breasted Thornbird
Yellow-chinned Spinetail
Rufous-capped Spinetail
Gray-bellied Spinetail
Spix's Spinetail
Pallid Spinetail
F
F
F
F
F
F
F
F
F
F
F,A
F,AL
AL
F,A
F
F,A
F,A
fruxu
rendeira
tangarazinho
tangará
Serra do Mar Tyrant-Manakin
White-bearded Manakin
Pin-tailed Manakin
Swallow-tailed Manakin
F
F
F
F
araponga-do-horto
Sharpbill
F
maria-leque-do-sudeste
assanhadinho-de-cauda-preta
Atlantic Royal Flycatcher
Black-tailed Flycatcher
F
F
X
X
flautim
chibante
anambé-branco-de-rabo-preto
caneleiro-verde
caneleiro
caneleiro-preto
caneleiro-de-chapéu-preto
Greenish Schiffornis
Shrike-like Cotinga
Black-tailed Tityra
Green-backed Becard
Chestnut-crowned Becard
White-winged Becard
Crested Becard
F
F
F,A
F
F,A
F,A
F,A
X
X
X
saudade
araponga
Black-and-gold Cotinga
Bare-throated Bellbird
F
F
X
X
X
X
X
X
X
X
NT
X
X
X
X
X
X
X
X
X
VU
NT
VU
361
Pyroderus scutatus
Carpornis cucullata
Phibalura flavirostris
Pipritidae
Piprites chloris
Platyrinchidae
Platyrinchus mystaceus
Platyrinchus leucoryphus
Rhynchocyclidae
Mionectes rufiventris
Leptopogon amaurocephalus
Phylloscartes ventralis
Phylloscartes oustaleti
Phylloscartes difficilis
Tolmomyias sulphurescens
Todirostrum poliocephalum
Poecilotriccus plumbeiceps
Myiornis auricularis
Hemitriccus diops
Hemitriccus orbitatus
Hemitriccus nidipendulus
Tyrannidae
Hirundinea ferruginea
Tyranniscus burmeisteri
Camptostoma obsoletum
Elaenia flavogaster
Elaenia parvirostris
Elaenia mesoleuca
Elaenia obscura
Myiopagis caniceps
Phyllomyias virescens
Phyllomyias fasciatus
Phyllomyias griseocapilla
Serpophaga nigricans
Serpophaga subcristata
Attila phoenicurus
Attila rufus
Legatus leucophaius
362
pavó
corocochó
tesourinha-da-mata
Red-ruffed Fruitcrow
Hooded Berryeater
Swallow-tailed Cotinga
F
F
F,A
papinho-amarelo
Wing-barred Piprites
F
patinho
patinho-gigante
White-throated Spadebill
Russet-winged Spadebill
F
F
abre-asa-de-cabeça-cinza
cabeçudo
borboletinha-do-mato
papa-moscas-de-olheiras
estalinho
bico-chato-de-orelha-preta
teque-teque
tororó
miudinho
olho-falso
tiririzinho-do-mato
tachuri-campainha
Gray-hooded Flycatcher
Sepia-capped Flycatcher
Mottle-cheeked Tyrannulet
Oustalet's Tyrannulet
Serra do Mar Tyrannulet
Yellow-olive Flycatcher
Yellow-lored Tody-Flycatcher
Ochre-faced Tody-Flycatcher
Eared Pygmy-Tyrant
Drab-breasted Pygmy-Tyrant
Eye-ringed Tody-Tyrant
Hangnest Tody-Tyrant
F
F
F
F
F
F,A
F,A
F,A
F,A
F
F
F,A
gibão-de-couro
piolhinho-chiador
risadinha
guaracava-de-barriga-amarela
guaracava-de-bico-curto
tuque
tucão
guaracava-cinzenta
piolhinho-verdoso
piolhinho
piolhinho-serrano
joão-pobre
alegrinho
capitão-castanho
capitão-de-saíra
bem-te-vi-pirata
Cliff Flycatcher
Rough-legged Tyrannulet
Southern Beardless-Tyrannulet
Yellow-bellied Elaenia
Small-billed Elaenia
Olivaceous Elaenia
Highland Elaenia
Gray Elaenia
Greenish Tyrannulet
Planalto Tyrannulet
Gray-capped Tyrannulet
Sooty Tyrannulet
White-crested Tyrannulet
Rufous-tailed Attila
Gray-hooded Attila
Piratic Flycatcher
C,A
F
F,A
F,A
F,A
F
F
F
F
F,A
F,A
F,AL
F,A
F
F
F,A
X
X
X
X
X
NT
NT
VU
X
X
X
NT
NT
X
X
X
X
X
NT
X
X
X
NT
Ramphotrigon megacephalum
Myiarchus swainsoni
Myiarchus ferox
Sirystes sibilator
Pitangus sulphuratus
Machetornis rixosa
Myiodynastes maculatus
Megarynchus pitangua
Myiozetetes similis
Tyrannus melancholicus
Tyrannus savana
Empidonomus varius
Colonia colonus
Myiophobus fasciatus
Cnemotriccus fuscatus
Lathrotriccus euleri
Contopus cooperi
Contopus cinereus
Knipolegus cyanirostris
Knipolegus nigerrimus
Satrapa icterophrys
Xolmis velatus
Muscipipra vetula
Vireonidae
Cyclarhis gujanensis
Vireo chivi
Hylophilus poicilotis
Hirundinidae
Pygochelidon cyanoleuca
Stelgidopteryx ruficollis
Progne tapera
Progne chalybea
Tachycineta leucorrhoa
Riparia riparia
Petrochelidon pyrrhonota
Troglodytidae
maria-cabeçuda
irré
maria-cavaleira
gritador
bem-te-vi
suiriri-cavaleiro
bem-te-vi-rajado
neinei
bentevizinho-de-penachovermelho
suiriri
tesourinha
peitica
viuvinha
filipe
guaracavuçu
enferrujado
piui-boreal
papa-moscas-cinzento
maria-preta-de-bico-azulado
maria-preta-de-gargantavermelha
suiriri-pequeno
noivinha-branca
tesoura-cinzenta
Large-headed Flatbill
Swainson's Flycatcher
Short-crested Flycatcher
Sirystes
Great Kiskadee
Cattle Tyrant
Streaked Flycatcher
Boat-billed Flycatcher
F
F,A
F,A
F
F,C,A,AL
C,A
F,A
F,A
Social Flycatcher
Tropical Kingbird
Fork-tailed Flycatcher
Variegated Flycatcher
Long-tailed Tyrant
Bran-colored Flycatcher
Fuscous Flycatcher
Euler's Flycatcher
Olive-sided Flycatcher
Tropical Pewee
Blue-billed Black-Tyrant
F,A
F,C,A
C,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
Velvety Black-Tyrant
Yellow-browed Tyrant
White-rumped Monjita
Shear-tailed Gray Tyrant
F,A
C,A,AL
C,A
F
pitiguari
juruviara
verdinho-coroado
Rufous-browed Peppershrike
Chivi Vireo
Rufous-crowned Greenlet
andorinha-pequena-de-casa
Blue-and-white Swallow
Southern Rough-winged
Swallow
Brown-chested Martin
Gray-breasted Martin
White-rumped Swallow
Bank Swallow
Cliff Swallow
andorinha-serradora
andorinha-do-campo
andorinha-doméstica-grande
andorinha-de-sobre-branco
andorinha-do-barranco
andorinha-de-dorso-acanelado
F,A
F,A
F
NT
X
X
X
F,C,A,AL
F,C,A,AL
F,C,A
F,C,A,AL
AL
C,A
C,A
363
Troglodytes musculus
Polioptilidae
Ramphocaenus melanurus
Turdidae
Catharus swainsoni
Turdus flavipes
Turdus leucomelas
Turdus rufiventris
Turdus amaurochalinus
Turdus albicollis
Mimidae
Mimus saturninus
Passerellidae
Zonotrichia capensis
Arremon semitorquatus
Parulidae
Setophaga pitiayumi
Geothlypis aequinoctialis
Basileuterus culicivorus
Myiothlypis leucoblephara
Myiothlypis rivularis
Icteridae
Cacicus chrysopterus
Molothrus bonariensis
Mitrospingidae
Orthogonys chloricterus
Thraupidae
Coereba flaveola
Saltator similis
Saltator fuliginosus
Orchesticus abeillei
Pyrrhocoma ruficeps
Tachyphonus coronatus
Lanio cristatus
Lanio melanops
Tangara seledon
Tangara cyanocephala
Tangara desmaresti
364
corruíra
Southern House Wren
F,C,A
bico-assovelado
Long-billed Gnatwren
F
sabiá-de-óculos
sabiá-una
sabiá-barranco
sabiá-laranjeira
sabiá-poca
sabiá-coleira
Swainson's Thrush
Yellow-legged Thrush
Pale-breasted Thrush
Rufous-bellied Thrush
Creamy-bellied Thrush
White-necked Thrush
F
F
F,A
F,A
F,A
F
sabiá-do-campo
Chalk-browed Mockingbird
C,A
tico-tico
tico-tico-do-mato
Rufous-collared Sparrow
Half-collared Sparrow
F,C,A
F
mariquita
pia-cobra
pula-pula
pula-pula-assobiador
pula-pula-ribeirinho
Tropical Parula
Masked Yellowthroat
Golden-crowned Warbler
White-browed Warbler
Neotropical River Warbler
F,A
C,A,AL
F
F
F
tecelão
vira-bosta
Golden-winged Cacique
Shiny Cowbird
catirumbava
Olive-green Tanager
cambacica
trinca-ferro-verdadeiro
pimentão
sanhaçu-pardo
cabecinha-castanha
tiê-preto
tiê-galo
tiê-de-topete
saíra-sete-cores
saíra-militar
saíra-lagarta
Bananaquit
Green-winged Saltator
Black-throated Grosbeak
Brown Tanager
Chestnut-headed Tanager
Ruby-crowned Tanager
Flame-crested Tanager
Black-goggled Tanager
Green-headed Tanager
Red-necked Tanager
Brassy-breasted Tanager
X
X
F,A
C,A
F
F,A
F,A
F
F
F
F
F,A
F
F,A
F,A
F
X
X
X
X
X
X
X
X
NT
Tangara sayaca
Tangara cyanoptera
Tangara palmarum
Tangara ornata
Tangara cayana
Cissopis leverianus
Schistochlamys ruficapillus
Pipraeidea melanonota
Tersina viridis
Dacnis nigripes
Dacnis cayana
Hemithraupis ruficapilla
Conirostrum speciosum
Haplospiza unicolor
Donacospiza albifrons
Sicalis flaveola
Volatinia jacarina
Sporophila frontalis
Sporophila falcirostris
Sporophila lineola
Sporophila caerulescens
Sporophila angolensis
Tiaris fuliginosus
Cardinalidae
Habia rubica
Cyanoloxia brissonii
Fringillidae
Sporagra magellanica
Euphonia chalybea
Euphonia cyanocephala
Euphonia pectoralis
Chlorophonia cyanea
Passeridae
Passer domesticus
sanhaçu-cinzento
sanhaçu-de-encontro-azul
sanhaçu-do-coqueiro
sanhaçu-de-encontro-amarelo
saíra-amarela
tietinga
bico-de-veludo
saíra-viúva
saí-andorinha
saí-de-pernas-pretas
saí-azul
saíra-ferrugem
figuinha-de-rabo-castanho
cigarra-bambu
tico-tico-do-banhado
canário-da-terra-verdadeiro
tiziu
pixoxó
cigarra-verdadeira
bigodinho
coleirinho
curió
cigarra-do-coqueiro
Sayaca Tanager
Azure-shouldered Tanager
Palm Tanager
Golden-chevroned Tanager
Burnished-buff Tanager
Magpie Tanager
Cinnamon Tanager
Fawn-breasted Tanager
Swallow Tanager
Black-legged Dacnis
Blue Dacnis
Rufous-headed Tanager
Chestnut-vented Conebill
Uniform Finch
Long-tailed Reed Finch
Saffron Finch
Blue-black Grassquit
Buffy-fronted Seedeater
Temminck's Seedeater
Lined Seedeater
Double-collared Seedeater
Chestnut-bellied Seed-Finch
Sooty Grassquit
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F
C,AL
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F
C,AL
C,A
C,A
F
F
C,A
C,A
C,A
F
tiê-do-mato-grosso
azulão
Red-crowned Ant-Tanager
Ultramarine Grosbeak
F
F,A
pintassilgo
cais-cais
gaturamo-rei
ferro-velho
gaturamo-bandeira
Hooded Siskin
Green-throated Euphonia
Golden-rumped Euphonia
Chestnut-bellied Euphonia
Blue-naped Chlorophonia
D,A,C
F
F
F,A
F
pardal
House Sparrow
X
X
X
X
NT
X
X
X
X
X
X
X
VU
VU
VU
VU
X
X
X
X
NT
X
C,A
Legenda: Ordem taxonômica, nome comum e inglês segundo CBRO (2014). Espécies endêmicas da Mata Atlântica segundo Bencke et al., 2006.
Espécies ameaçadas a nível estadual segundo São Paulo (2014), á nível nacional segundo MMA (2014) e ameaçadas globalmente segundo IUCN
(2012). Categorias de ameaça: EN - Em Perigo; VU - Vulnerável e NT - Quase Ameaçada. Obs. Na última versão da Lista de Espécies Ameaçadas
365
do estado de São Paulo não constam as categorias específicas de ameaça. Ambiente típico: F. Ambiente Florestal (mata alta, média ou capoeiras);
C. Campo aberto ou campo sujo; A. Ambiente degradado (áreas urbanas, rurais ou mesmo naturais); AL. Ambiente alagado (brejos, campos, rios,
represas, etc) e P. Ambiente litorâneo (praias, dunas, mangues e costões rochosos).
Tabela 9. Lista completa de aves do Núcleo Picinguaba
Status de Ameaça
NOME DO TÁXON
Tinamiformes
Tinamidae
Tinamus solitarius
Crypturellus obsoletus
Anseriformes
Anatidae
Dendrocygna viduata
Cairina moschata
Amazonetta brasiliensis
Netta erythrophthalma
Galliformes
Cracidae
Penelope obscura
Odontophoridae
Odontophorus capueira
Podicipediformes
Podicipedidae
Tachybaptus dominicus
Suliformes
Fregatidae
Fregata magnificens
Sulidae
Sula leucogaster
Pelecaniformes
366
Ambiente
típico
NOME COMUM
NOME EM INGLÊS
macuco
inhambuguaçu
Solitary Tinamou
Brown Tinamou
irerê
pato-do-mato
pé-vermelho
paturi-preta
White-faced Whistling-Duck
Muscovy Duck
Brazilian Teal
Southern Pochard
jacuaçu
Dusky-legged Guan
F
uru
Spot-winged Wood-Quail
F
mergulhão-pequeno
Least Grebe
AL
tesourão
Magnificent Frigatebird
P
atobá-pardo
Brown Booby
P
F
F
Endêmica
São Paulo
X
X
AL
AL
AL
AL
X
Brasil
IUCN
NT
Ardeidae
Nycticorax nycticorax
Butorides striata
Bubulcus ibis
Ardea alba
Syrigma sibilatrix
Egretta thula
Cathartiformes
Cathartidae
Cathartes aura
Coragyps atratus
Accipitriformes
Pandionidae
Pandion haliaetus
Accipitridae
Leptodon cayanensis
Elanoides forficatus
Harpagus diodon
Accipiter striatus
Amadonastur lacernulatus
Urubitinga urubitinga
Rupornis magnirostris
Pseudastur polionotus
Buteo brachyurus
Spizaetus tyrannus
Spizaetus melanoleucus
Gruiformes
Rallidae
Aramides cajaneus
Aramides saracura
Laterallus melanophaius
Charadriiformes
Charadriidae
Vanellus chilensis
Pluvialis squatarola
Charadrius semipalmatus
Charadrius collaris
Scolopacidae
savacu
socozinho
garça-vaqueira
garça-branca-grande
maria-faceira
garça-branca-pequena
Black-crowned Night-Heron
Striated Heron
Cattle Egret
Great Egret
Whistling Heron
Snowy Egret
urubu-de-cabeça-vermelha
urubu-de-cabeça-preta
Turkey Vulture
Black Vulture
águia-pescadora
Osprey
gavião-de-cabeça-cinza
gavião-tesoura
gavião-bombachinha
gavião-miúdo
gavião-pombo-pequeno
gavião-preto
gavião-carijó
gavião-pombo-grande
gavião-de-cauda-curta
gavião-pega-macaco
gavião-pato
Gray-headed Kite
Swallow-tailed Kite
Rufous-thighed Kite
Sharp-shinned Hawk
White-necked Hawk
Great Black-Hawk
Roadside Hawk
Mantled Hawk
Short-tailed Hawk
Black Hawk-Eagle
Black-and-white Hawk-Eagle
saracura-três-potes
saracura-do-mato
sanã-parda
Gray-necked Wood-Rail
Slaty-breasted Wood-Rail
Rufous-sided Crake
quero-quero
batuiruçu-de-axila-preta
batuíra-de-bando
batuíra-de-coleira
Southern Lapwing
Black-bellied Plover
Semipalmated Plover
Collared Plover
AL
AL
C,AL
AL
C,AL
AL
F,C,A,AL
F,C,A,AL
AL
F,C,A
F,C,A
F
F
F
F,AL
F,C,A
F,C
F,C,A
F,C
F,C
AL
AL
AL
X
X
X
X
VU
VU
NT
X
X
X
C,A,AL
AL,P
AL,P
AL,P
367
Bartramia longicauda
Tringa melanoleuca
Calidris alba
Calidris pusilla
Jacanidae
Jacana jacana
Laridae
Larus dominicanus
Columbiformes
Columbidae
Columbina talpacoti
Claravis pretiosa
Patagioenas picazuro
Patagioenas cayennensis
Patagioenas plumbea
Leptotila verreauxi
Leptotila rufaxilla
Geotrygon montana
Cuculiformes
Cuculidae
Piaya cayana
Coccyzus melacoryphus
Crotophaga ani
Guira guira
Tapera naevia
Strigiformes
Tytonidae
Tyto furcata
Strigidae
Megascops choliba
Megascops atricapilla
Pulsatrix koeniswaldiana
Strix virgata
Glaucidium minutissimum
Nyctibiiformes
Nyctibiidae
368
maçarico-do-campo
maçarico-grande-de-pernaamarela
maçarico-branco
maçarico-rasteirinho
Upland Sandpiper
C,AL
Greater Yellowlegs
Sanderling
Semipalmated Sandpiper
AL,P
AL,P
AL,P
jaçanã
Wattled Jacana
AL
gaivotão
Kelp Gull
P
rolinha-roxa
pararu-azul
pombão
pomba-galega
pomba-amargosa
juriti-pupu
juriti-gemedeira
pariri
Ruddy Ground-Dove
Blue Ground-Dove
Picazuro Pigeon
Pale-vented Pigeon
Plumbeous Pigeon
White-tipped Dove
Gray-fronted Dove
Ruddy Quail-Dove
alma-de-gato
papa-lagarta-acanelado
anu-preto
anu-branco
saci
Squirrel Cuckoo
Dark-billed Cuckoo
Smooth-billed Ani
Guira Cuckoo
Striped Cuckoo
F,A
F
C,A
C,A
F
coruja-da-igreja
American Barn Owl
F,A
corujinha-do-mato
corujinha-sapo
murucututu-de-barrigaamarela
coruja-do-mato
caburé-miudinho
Tropical Screech-Owl
Black-capped Screech-Owl
F,A
F
Tawny-browed Owl
Mottled Owl
Least Pygmy-Owl
NT
C,A
F
F,C,A
F
F
F
F
F
F
F
F
X
X
X
Nyctibius griseus
Caprimulgiformes
Caprimulgidae
Lurocalis semitorquatus
Hydropsalis albicollis
Apodiformes
Apodidae
Cypseloides senex
Streptoprocne zonaris
Chaetura cinereiventris
Chaetura meridionalis
Panyptila cayennensis
Trochilidae
Ramphodon naevius
Phaethornis squalidus
Phaethornis ruber
Phaethornis eurynome
Florisuga fusca
Anthracothorax nigricollis
Lophornis chalybeus
Thalurania glaucopis
Hylocharis cyanus
Amazilia versicolor
Clytolaema rubricauda
Trogoniformes
Trogonidae
Trogon viridis
Trogon surrucura
Trogon rufus
Coraciiformes
Alcedinidae
Megaceryle torquata
Chloroceryle amazona
Chloroceryle americana
Chloroceryle inda
Momotidae
mãe-da-lua
Common Potoo
tuju
bacurau
Short-tailed Nighthawk
Pauraque
taperuçu-velho
taperuçu-de-coleira-branca
andorinhão-de-sobre-cinzento
andorinhão-do-temporal
andorinhão-estofador
Great Dusky Swift
White-collared Swift
Gray-rumped Swift
Sick's Swift
Lesser Swallow-tailed Swift
beija-flor-rajado
rabo-branco-pequeno
rabo-branco-rubro
rabo-branco-de-gargantarajada
beija-flor-preto
beija-flor-de-veste-preta
topetinho-verde
beija-flor-de-fronte-violeta
beija-flor-roxo
beija-flor-de-banda-branca
beija-flor-rubi
Saw-billed Hermit
Dusky-throated Hermit
Reddish Hermit
Scale-throated Hermit
Black Jacobin
Black-throated Mango
Festive Coquette
Violet-capped Woodnymph
White-chinned Sapphire
Versicolored Emerald
Brazilian Ruby
surucuá-grande-de-barrigaamarela
surucuá-variado
surucuá-de-barriga-amarela
White-tailed Trogon
Surucua Trogon
Black-throated Trogon
martim-pescador-grande
martim-pescador-verde
martim-pescador-pequeno
martim-pescador-da-mata
Ringed Kingfisher
Amazon Kingfisher
Green Kingfisher
Green-and-rufous Kingfisher
F
F
C,A
F
F,C,A
F,C
F,C,A
F,C,A
F
F
F
X
X
F
F,C,A
F,C,A
F
F
F,C,A
F,C,A
F
X
X
F
F
F
NT
NT
X
X
X
F,AL
F,AL
F,AL
F,AL
369
Baryphthengus ruficapillus
Galbuliformes
Galbulidae
Galbula ruficauda
Bucconidae
Notharchus swainsoni
Malacoptila striata
Piciformes
Ramphastidae
Ramphastos toco
Ramphastos vitellinus
Ramphastos dicolorus
Selenidera maculirostris
Pteroglossus bailloni
Picidae
Picumnus cirratus
Melanerpes flavifrons
Veniliornis spilogaster
Piculus flavigula
Piculus aurulentus
Colaptes melanochloros
Celeus flavescens
Dryocopus lineatus
Campephilus robustus
Falconiformes
Falconidae
Caracara plancus
Milvago chimachima
Herpetotheres cachinnans
Micrastur ruficollis
Psittaciformes
Psittacidae
Pyrrhura frontalis
Forpus xanthopterygius
Brotogeris tirica
Touit melanonotus
Pionopsitta pileata
Pionus maximiliani
370
juruva-verde
Rufous-capped Motmot
F
ariramba-de-cauda-ruiva
Rufous-tailed Jacamar
F,A
macuru-de-barriga-castanha
barbudo-rajado
Buff-bellied Puffbird
Crescent-chested Puffbird
tucanuçu
tucano-de-bico-preto
tucano-de-bico-verde
araçari-poca
araçari-banana
Toco Toucan
Channel-billed Toucan
Red-breasted Toucan
Spot-billed Toucanet
Saffron Toucanet
pica-pau-anão-barrado
benedito-de-testa-amarela
picapauzinho-verde-carijó
pica-pau-bufador
pica-pau-dourado
pica-pau-verde-barrado
pica-pau-de-cabeça-amarela
pica-pau-de-banda-branca
pica-pau-rei
White-barred Piculet
Yellow-fronted Woodpecker
White-spotted Woodpecker
Yellow-throated Woodpecker
Yellow-browed Woodpecker
Green-barred Woodpecker
Blond-crested Woodpecker
Lineated Woodpecker
Robust Woodpecker
F,A
F
F,A
F
F
F
F,A
F,A
F
caracará
carrapateiro
acauã
falcão-caburé
Southern Caracara
Yellow-headed Caracara
Laughing Falcon
Barred Forest-Falcon
C,A
C,A
F,C
F
tiriba-de-testa-vermelha
tuim
periquito-rico
apuim-de-costas-pretas
cuiú-cuiú
maitaca-verde
Maroon-bellied Parakeet
Blue-winged Parrotlet
Plain Parakeet
Brown-backed Parrotlet
Red-capped Parrot
Scaly-headed Parrot
F,A
F,A
F,A
F
F
F
X
F
F
X
X
F,C,A
F
F
F
F
X
X
X
NT
VU
X
X
NT
X
X
X
NT
X
X
X
X
X
X
VU
EN
Triclaria malachitacea
Passeriformes
Thamnophilidae
Terenura maculata
Myrmotherula minor
Myrmotherula unicolor
Rhopias gularis
Dysithamnus stictothorax
Dysithamnus mentalis
Dysithamnus xanthopterus
Herpsilochmus rufimarginatus
Thamnophilus ruficapillus
Thamnophilus caerulescens
Hypoedaleus guttatus
Batara cinerea
Mackenziaena leachii
Mackenziaena severa
Biatas nigropectus
Myrmoderus squamosus
Pyriglena leucoptera
Drymophila ferruginea
Drymophila genei
Drymophila ochropyga
Drymophila squamata
Conopophagidae
Conopophaga lineata
Conopophaga melanops
Grallariidae
Grallaria varia
Hylopezus nattereri
Rhinocryptidae
Merulaxis ater
Eleoscytalopus indigoticus
Scytalopus speluncae
Psilorhamphus guttatus
Formicariidae
Formicarius colma
sabiá-cica
Blue-bellied Parrot
F
X
X
zidedê
choquinha-pequena
choquinha-cinzenta
choquinha-de-gargantapintada
choquinha-de-peito-pintado
choquinha-lisa
choquinha-de-asa-ferrugem
chorozinho-de-asa-vermelha
choca-de-chapéu-vermelho
choca-da-mata
chocão-carijó
matracão
borralhara-assobiadora
borralhara
papo-branco
papa-formiga-de-grota
papa-taoca-do-sul
trovoada
choquinha-da-serra
choquinha-de-dorso-vermelho
pintadinho
Streak-capped Antwren
Salvadori's Antwren
Unicolored Antwren
F
F
F
X
X
X
X
X
Star-throated Antwren
Spot-breasted Antvireo
Plain Antvireo
Rufous-backed Antvireo
Rufous-winged Antwren
Rufous-capped Antshrike
Variable Antshrike
Spot-backed Antshrike
Giant Antshrike
Large-tailed Antshrike
Tufted Antshrike
White-bearded Antshrike
Squamate Antbird
White-shouldered Fire-eye
Ferruginous Antbird
Rufous-tailed Antbird
Ochre-rumped Antbird
Scaled Antbird
F
F
F
F
F
F,A
F,A
F
F
F
F
F
F
F
F
F
F
F
X
X
chupa-dente
cuspidor-de-máscara-preta
Rufous Gnateater
Black-cheeked Gnateater
F
F
X
X
tovacuçu
pinto-do-mato
Variegated Antpitta
Speckle-breasted Antpitta
F
F
X
entufado
macuquinho
tapaculo-preto
tapaculo-pintado
Slaty Bristlefront
White-breasted Tapaculo
Mouse-colored Tapaculo
Spotted Bamboowren
F
F
F
F
X
X
X
X
galinha-do-mato
Rufous-capped Antthrush
F
NT
VU
VU
NT
NT
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
VU
X
NT
NT
NT
NT
371
Chamaeza campanisona
Chamaeza meruloides
Scleruridae
Sclerurus macconnelli
Sclerurus scansor
Dendrocolaptidae
Dendrocincla turdina
Sittasomus griseicapillus
Xiphorhynchus fuscus
Campylorhamphus falcularius
Lepidocolaptes falcinellus
Dendrocolaptes platyrostris
Xiphocolaptes albicollis
Xenopidae
Xenops minutus
Xenops rutilans
Furnariidae
Furnarius rufus
Lochmias nematura
Automolus leucophthalmus
Anabazenops fuscus
Anabacerthia lichtensteini
Philydor atricapillus
Philydor rufum
Heliobletus contaminatus
Syndactyla rufosuperciliata
Cichlocolaptes leucophrus
Phacellodomus erythrophthalmus
Certhiaxis cinnamomeus
Synallaxis ruficapilla
Synallaxis spixi
Pipridae
Manacus manacus
Ilicura militaris
Chiroxiphia caudata
Oxyruncidae
372
tovaca-campainha
tovaca-cantadora
Short-tailed Antthrush
Such's Antthrush
F
F
X
vira-folha-de-peito-vermelho
vira-folha
Tawny-throated Leaftosser
Rufous-breasted Leaftosser
F
F
X
arapaçu-liso
arapaçu-verde
arapaçu-rajado
arapaçu-de-bico-torto
arapaçu-escamado-do-sul
arapaçu-grande
arapaçu-de-garganta-branca
Plain-winged Woodcreeper
Olivaceous Woodcreeper
Lesser Woodcreeper
Black-billed Scythebill
Scalloped Woodcreeper
Planalto Woodcreeper
White-throated Woodcreeper
F
F
F
F
F
F
F
bico-virado-miúdo
bico-virado-carijó
Plain Xenops
Streaked Xenops
F
F
joão-de-barro
joão-porca
barranqueiro-de-olho-branco
limpa-folha-ocráceo
limpa-folha-coroado
limpa-folha-de-testa-baia
trepadorzinho
trepador-quiete
trepador-sobrancelha
joão-botina-da-mata
curutié
pichororé
joão-teneném
Rufous Hornero
Sharp-tailed Streamcreeper
White-eyed Foliage-gleaner
White-collared Foliagegleaner
Ochre-breasted Foliagegleaner
Black-capped Foliage-gleaner
Buff-fronted Foliage-gleaner
Sharp-billed Treehunter
Buff-browed Foliage-gleaner
Pale-browed Treehunter
Orange-eyed Thornbird
Yellow-chinned Spinetail
Rufous-capped Spinetail
Spix's Spinetail
rendeira
tangarazinho
tangará
White-bearded Manakin
Pin-tailed Manakin
Swallow-tailed Manakin
trepador-coleira
X
X
X
X
X
C,A,AL
F
F
X
F
X
F
F
F
F
F
F
F,A
AL
F,A
F,A
X
X
F
F
F
X
X
X
X
X
X
VU
Oxyruncus cristatus
Onychorhynchidae
Myiobius barbatus
Tityridae
Schiffornis virescens
Laniisoma elegans
Iodopleura pipra
Tityra inquisitor
Tityra cayana
Pachyramphus viridis
Pachyramphus castaneus
Pachyramphus polychopterus
Pachyramphus marginatus
Pachyramphus validus
Cotingidae
Procnias nudicollis
Pyroderus scutatus
Carpornis cucullata
Platyrinchidae
Platyrinchus mystaceus
Platyrinchus leucoryphus
Rhynchocyclidae
Mionectes rufiventris
Leptopogon amaurocephalus
Phylloscartes ventralis
Phylloscartes paulista
Phylloscartes oustaleti
Phylloscartes sylviolus
Tolmomyias sulphurescens
Todirostrum poliocephalum
Poecilotriccus plumbeiceps
Myiornis auricularis
Hemitriccus diops
Hemitriccus orbitatus
Hemitriccus nidipendulus
Hemitriccus furcatus
araponga-do-horto
Sharpbill
F
assanhadinho
Whiskered Flycatcher
F
flautim
chibante
anambezinho
anambé-branco-debochecha-parda
anambé-branco-de-rabopreto
caneleiro-verde
caneleiro
caneleiro-preto
caneleiro-bordado
caneleiro-de-chapéu-preto
Greenish Schiffornis
Shrike-like Cotinga
Buff-throated Purpletuft
F
F
F,A
Black-crowned Tityra
F,A
Black-tailed Tityra
Green-backed Becard
Chestnut-crowned Becard
White-winged Becard
Black-capped Becard
Crested Becard
F,A
F
F,A
F,A
F,A
F,A
araponga
pavó
corocochó
Bare-throated Bellbird
Red-ruffed Fruitcrow
Hooded Berryeater
F
F
F
X
X
X
X
X
patinho
patinho-gigante
White-throated Spadebill
Russet-winged Spadebill
F
F
X
X
VU
abre-asa-de-cabeça-cinza
cabeçudo
borboletinha-do-mato
não-pode-parar
papa-moscas-de-olheiras
maria-pequena
bico-chato-de-orelha-preta
teque-teque
tororó
miudinho
olho-falso
tiririzinho-do-mato
tachuri-campainha
papa-moscas-estrela
Gray-hooded Flycatcher
Sepia-capped Flycatcher
Mottle-cheeked Tyrannulet
Sao Paulo Tyrannulet
Oustalet's Tyrannulet
Bay-ringed Tyrannulet
Yellow-olive Flycatcher
Yellow-lored Tody-Flycatcher
Ochre-faced Tody-Flycatcher
Eared Pygmy-Tyrant
Drab-breasted Pygmy-Tyrant
Eye-ringed Tody-Tyrant
Hangnest Tody-Tyrant
Fork-tailed Pygmy-Tyrant
X
NT
NT
NT
F
F
F
F
F
F
F,A
F,A
F,A
F,A
F
F
F,A
F
X
X
X
X
X
EN
NT
VU
NT
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
NT
X
VU
VU
373
Tyrannidae
Hirundinea ferruginea
Tyranniscus burmeisteri
Camptostoma obsoletum
Elaenia flavogaster
Myiopagis caniceps
Capsiempis flaveola
Phyllomyias fasciatus
Phyllomyias griseocapilla
Attila phoenicurus
Attila rufus
Legatus leucophaius
Ramphotrigon megacephalum
Myiarchus swainsoni
Rhytipterna simplex
Pitangus sulphuratus
Philohydor lictor
Machetornis rixosa
Myiodynastes maculatus
Megarynchus pitangua
Myiozetetes similis
Tyrannus melancholicus
Tyrannus savana
Colonia colonus
Myiophobus fasciatus
Pyrocephalus rubinus
Fluvicola nengeta
Cnemotriccus fuscatus
Lathrotriccus euleri
Contopus cinereus
Knipolegus cyanirostris
Knipolegus nigerrimus
Satrapa icterophrys
Muscipipra vetula
Vireonidae
374
gibão-de-couro
piolhinho-chiador
risadinha
guaracava-de-barrigaamarela
guaracava-cinzenta
marianinha-amarela
piolhinho
piolhinho-serrano
capitão-castanho
capitão-de-saíra
bem-te-vi-pirata
maria-cabeçuda
irré
vissiá
bem-te-vi
bentevizinho-do-brejo
suiriri-cavaleiro
bem-te-vi-rajado
neinei
bentevizinho-de-penachovermelho
suiriri
tesourinha
viuvinha
filipe
príncipe
lavadeira-mascarada
guaracavuçu
enferrujado
papa-moscas-cinzento
maria-preta-de-bico-azulado
maria-preta-de-gargantavermelha
suiriri-pequeno
tesoura-cinzenta
Cliff Flycatcher
Rough-legged Tyrannulet
Southern BeardlessTyrannulet
C,A
F
Yellow-bellied Elaenia
Gray Elaenia
Yellow Tyrannulet
Planalto Tyrannulet
Gray-capped Tyrannulet
Rufous-tailed Attila
Gray-hooded Attila
Piratic Flycatcher
Large-headed Flatbill
Swainson's Flycatcher
Grayish Mourner
Great Kiskadee
Lesser Kiskadee
Cattle Tyrant
Streaked Flycatcher
Boat-billed Flycatcher
F,A
F
F,A
F,A
F,A
F
F
F,A
F
F,A
F
F,C,A,AL
F,A,AL
C,A
F,A
F,A
Social Flycatcher
Tropical Kingbird
Fork-tailed Flycatcher
Long-tailed Tyrant
Bran-colored Flycatcher
Vermilion Flycatcher
Masked Water-Tyrant
Fuscous Flycatcher
Euler's Flycatcher
Tropical Pewee
Blue-billed Black-Tyrant
F,A
F,C,A
C,A
F,A
F,A
C,A
C,A,AL
F,A
F,A
F,A
F,A
Velvety Black-Tyrant
Yellow-browed Tyrant
Shear-tailed Gray Tyrant
F,A
C,A,AL
F
F,A
X
X
X
X
NT
Cyclarhis gujanensis
Vireo chivi
Hylophilus thoracicus
Hirundinidae
Pygochelidon cyanoleuca
Atticora tibialis
pitiguari
juruviara
vite-vite
Rufous-browed Peppershrike
Chivi Vireo
Lemon-chested Greenlet
andorinha-pequena-de-casa
calcinha-branca
Stelgidopteryx ruficollis
Progne chalybea
Troglodytidae
Troglodytes musculus
Cantorchilus longirostris
Donacobiidae
Donacobius atricapilla
Polioptilidae
Ramphocaenus melanurus
Turdidae
Turdus flavipes
Turdus leucomelas
Turdus rufiventris
Turdus amaurochalinus
Turdus albicollis
Passerellidae
Zonotrichia capensis
Parulidae
Setophaga pitiayumi
Geothlypis aequinoctialis
Basileuterus culicivorus
Myiothlypis rivularis
Icteridae
Psarocolius decumanus
Cacicus chrysopterus
Cacicus haemorrhous
Chrysomus ruficapillus
Molothrus oryzivorus
Molothrus bonariensis
Mitrospingidae
Orthogonys chloricterus
andorinha-serradora
andorinha-doméstica-grande
Blue-and-white Swallow
White-thighed Swallow
Southern Rough-winged
Swallow
Gray-breasted Martin
corruíra
garrinchão-de-bico-grande
Southern House Wren
Long-billed Wren
japacanim
Black-capped Donacobius
bico-assovelado
Long-billed Gnatwren
sabiá-una
sabiá-barranco
sabiá-laranjeira
sabiá-poca
sabiá-coleira
Yellow-legged Thrush
Pale-breasted Thrush
Rufous-bellied Thrush
Creamy-bellied Thrush
White-necked Thrush
tico-tico
Rufous-collared Sparrow
F,C,A
mariquita
pia-cobra
pula-pula
pula-pula-ribeirinho
Tropical Parula
Masked Yellowthroat
Golden-crowned Warbler
Neotropical River Warbler
F,A
C,A,AL
F
F
japu
tecelão
guaxe
garibaldi
iraúna-grande
vira-bosta
Crested Oropendola
Golden-winged Cacique
Red-rumped Cacique
Chestnut-capped Blackbird
Giant Cowbird
Shiny Cowbird
F,A
F,A
F,A
AL
C,A
C,A
catirumbava
Olive-green Tanager
F,A
F,A
F
F,C,A,AL
F,A
F,C,A,AL
F,C,A,AL
F,C,A
F,A
AL
F
F
F,A
F,A
F,A
F
F
X
375
Thraupidae
Coereba flaveola
Saltator similis
Saltator fuliginosus
Tachyphonus coronatus
Ramphocelus bresilius
Lanio cristatus
Lanio melanops
Tangara seledon
Tangara cyanocephala
Tangara desmaresti
Tangara sayaca
Tangara palmarum
Tangara ornata
Tangara peruviana
Stephanophorus diadematus
Pipraeidea melanonota
Tersina viridis
Dacnis cayana
Chlorophanes spiza
Hemithraupis ruficapilla
Conirostrum speciosum
Haplospiza unicolor
Sicalis flaveola
Volatinia jacarina
Sporophila frontalis
Sporophila falcirostris
Sporophila caerulescens
Sporophila leucoptera
Tiaris fuliginosus
Cardinalidae
Piranga flava
Habia rubica
Fringillidae
Sporagra magellanica
Euphonia violacea
Euphonia cyanocephala
376
cambacica
trinca-ferro-verdadeiro
pimentão
tiê-preto
tiê-sangue
tiê-galo
tiê-de-topete
saíra-sete-cores
saíra-militar
saíra-lagarta
sanhaçu-cinzento
sanhaçu-do-coqueiro
sanhaçu-de-encontroamarelo
saíra-sapucaia
sanhaçu-frade
saíra-viúva
saí-andorinha
saí-azul
saí-verde
saíra-ferrugem
figuinha-de-rabo-castanho
cigarra-bambu
canário-da-terra-verdadeiro
tiziu
pixoxó
cigarra-verdadeira
coleirinho
chorão
cigarra-do-coqueiro
Bananaquit
Green-winged Saltator
Black-throated Grosbeak
Ruby-crowned Tanager
Brazilian Tanager
Flame-crested Tanager
Black-goggled Tanager
Green-headed Tanager
Red-necked Tanager
Brassy-breasted Tanager
Sayaca Tanager
Palm Tanager
F,A
F,A
F
F
F,A
F,A
F
F,A
F,A
F
F,A
F,A
Golden-chevroned Tanager
Black-backed Tanager
Diademed Tanager
Fawn-breasted Tanager
Swallow Tanager
Blue Dacnis
Green Honeycreeper
Rufous-headed Tanager
Chestnut-vented Conebill
Uniform Finch
Saffron Finch
Blue-black Grassquit
Buffy-fronted Seedeater
Temminck's Seedeater
Double-collared Seedeater
White-bellied Seedeater
Sooty Grassquit
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F
C,A
C,A
F
F
C,A
C,A
F
sanhaçu-de-fogo
tiê-do-mato-grosso
Hepatic Tanager
Red-crowned Ant-Tanager
F,A
F
pintassilgo
gaturamo-verdadeiro
gaturamo-rei
Hooded Siskin
Violaceous Euphonia
Golden-rumped Euphonia
D,A,C
F,A
F
X
X
X
X
X
X
X
X
X
VU
VU
X
X
VU
VU
VU
VU
X
X
X
X
Euphonia pectoralis
Chlorophonia cyanea
Estrildidae
Estrilda astrild
Passeridae
Passer domesticus
ferro-velho
gaturamo-bandeira
Chestnut-bellied Euphonia
Blue-naped Chlorophonia
F,A
F
bico-de-lacre
Common Waxbill
C,A
pardal
House Sparrow
C,A
X
Legenda: Ordem taxonômica, nome comum e inglês segundo CBRO (2014). Espécies endêmicas da Mata Atlântica segundo Bencke et al., 2006.
Espécies ameaçadas a nível estadual segundo São Paulo (2014), á nível nacional segundo MMA (2014) e ameaçadas globalmente segundo IUCN
(2012). Categorias de ameaça: EN - Em Perigo; VU - Vulnerável e NT - Quase Ameaçada. Obs. Na última versão da Lista de Espécies Ameaçadas
do estado de São Paulo não constam as categorias específicas de ameaça. Ambiente típico: F. Ambiente Florestal (mata alta, média ou capoeiras);
C. Campo aberto ou campo sujo; A. Ambiente degradado (áreas urbanas, rurais ou mesmo naturais); AL. Ambiente alagado (brejos, campos, rios,
represas, etc) e P. Ambiente litorâneo (praias, dunas, mangues e costões rochosos).
Tabela 10. Lista completa de aves do Núcleo Santa Virgínia
Status de Ameaça
NOME DO TÁXON
Tinamiformes
Tinamidae
Tinamus solitarius
Crypturellus obsoletus
Crypturellus tataupa
Anseriformes
Anhimidae
Anhima cornuta
Galliformes
Cracidae
Penelope obscura
Aburria jacutinga
Odontophoridae
Odontophorus capueira
Ambiente
típico
NOME COMUM
NOME EM INGLÊS
Endêmica
São Paulo
macuco
inhambuguaçu
inhambu-chintã
Solitary Tinamou
Brown Tinamou
Tataupa Tinamou
F
F
F
X
X
anhuma
Horned Screamer
AL
jacuaçu
jacutinga
Dusky-legged Guan
Black-fronted Piping-Guan
F
F
X
uru
Spot-winged Wood-Quail
F
X
Brasil
IUCN
NT
X
X
EN
EN
377
Cathartiformes
Cathartidae
Cathartes aura
Coragyps atratus
Accipitriformes
Accipitridae
Leptodon cayanensis
Chondrohierax uncinatus
Elanoides forficatus
Harpagus diodon
Accipiter poliogaster
Accipiter bicolor
Amadonastur lacernulatus
Rupornis magnirostris
Pseudastur polionotus
Buteo brachyurus
Spizaetus tyrannus
Spizaetus melanoleucus
Gruiformes
Rallidae
Aramides cajaneus
Aramides saracura
Laterallus leucopyrrhus
Charadriiformes
Charadriidae
Vanellus chilensis
Scolopacidae
Tringa solitaria
Columbiformes
Columbidae
Patagioenas picazuro
Patagioenas plumbea
Leptotila verreauxi
Leptotila rufaxilla
Geotrygon montana
Cuculiformes
Cuculidae
Piaya cayana
378
urubu-de-cabeça-vermelha
urubu-de-cabeça-preta
Turkey Vulture
Black Vulture
F,C,A,AL
F,C,A,AL
gavião-de-cabeça-cinza
caracoleiro
gavião-tesoura
gavião-bombachinha
tauató-pintado
gavião-bombachinha-grande
gavião-pombo-pequeno
gavião-carijó
gavião-pombo-grande
gavião-de-cauda-curta
gavião-pega-macaco
gavião-pato
Gray-headed Kite
Hook-billed Kite
Swallow-tailed Kite
Rufous-thighed Kite
Gray-bellied Hawk
Bicolored Hawk
White-necked Hawk
Roadside Hawk
Mantled Hawk
Short-tailed Hawk
Black Hawk-Eagle
Black-and-white Hawk-Eagle
F,C,A
F,C,A,AL
F,C,A
F
F
F
F
F,C,A
F,C
F,C,A
F,C
F,C
saracura-três-potes
saracura-do-mato
sanã-vermelha
Gray-necked Wood-Rail
Slaty-breasted Wood-Rail
Red-and-white Crake
quero-quero
Southern Lapwing
C,A,AL
maçarico-solitário
Solitary Sandpiper
AL,P
pombão
pomba-amargosa
juriti-pupu
juriti-gemedeira
pariri
Picazuro Pigeon
Plumbeous Pigeon
White-tipped Dove
Gray-fronted Dove
Ruddy Quail-Dove
F,C,A
F
F
F
F
alma-de-gato
Squirrel Cuckoo
AL
AL
AL
F,A
NT
X
X
X
X
X
X
X
VU
VU
NT
Coccyzus melacoryphus
Coccyzus euleri
Strigiformes
Strigidae
Megascops choliba
Pulsatrix koeniswaldiana
Strix virgata
Nyctibiiformes
Nyctibiidae
Nyctibius griseus
Caprimulgiformes
Caprimulgidae
Lurocalis semitorquatus
Hydropsalis albicollis
Apodiformes
Apodidae
Streptoprocne zonaris
Chaetura cinereiventris
Chaetura meridionalis
Trochilidae
Ramphodon naevius
Phaethornis eurynome
Aphantochroa cirrochloris
Florisuga fusca
Stephanoxis lalandi
Thalurania glaucopis
Hylocharis cyanus
Leucochloris albicollis
Clytolaema rubricauda
Trogoniformes
Trogonidae
Trogon viridis
Trogon surrucura
Trogon rufus
Coraciiformes
Alcedinidae
papa-lagarta-acanelado
papa-lagarta-de-euler
Dark-billed Cuckoo
Pearly-breasted Cuckoo
corujinha-do-mato
murucututu-de-barriga-amarela
coruja-do-mato
Tropical Screech-Owl
Tawny-browed Owl
Mottled Owl
mãe-da-lua
Common Potoo
tuju
bacurau
Short-tailed Nighthawk
Pauraque
taperuçu-de-coleira-branca
andorinhão-de-sobre-cinzento
andorinhão-do-temporal
White-collared Swift
Gray-rumped Swift
Sick's Swift
beija-flor-rajado
rabo-branco-de-gargantarajada
beija-flor-cinza
beija-flor-preto
beija-flor-de-topete
beija-flor-de-fronte-violeta
beija-flor-roxo
beija-flor-de-papo-branco
beija-flor-rubi
Saw-billed Hermit
surucuá-grande-de-barrigaamarela
surucuá-variado
surucuá-de-barriga-amarela
Scale-throated Hermit
Sombre Hummingbird
Black Jacobin
Plovercrest
Violet-capped Woodnymph
White-chinned Sapphire
White-throated Hummingbird
Brazilian Ruby
White-tailed Trogon
Surucua Trogon
Black-throated Trogon
F
F
F,A
F
F
X
F
F
C,A
F,C,A
F,C
F,C,A
F
X
F
F
F,C,A
C
F
F,C,A
C
F
X
X
X
X
X
F
F
F
NT
X
X
X
379
Megaceryle torquata
Chloroceryle americana
Galbuliformes
Bucconidae
Nystalus chacuru
Piciformes
Ramphastidae
Ramphastos toco
Ramphastos vitellinus
Ramphastos dicolorus
Picidae
Picumnus cirratus
Veniliornis spilogaster
Piculus aurulentus
Colaptes campestris
Celeus flavescens
Dryocopus lineatus
Campephilus robustus
Falconiformes
Falconidae
Caracara plancus
Milvago chimachima
Herpetotheres cachinnans
Micrastur ruficollis
Micrastur semitorquatus
Psittaciformes
Psittacidae
Psittacara leucophthalmus
Pyrrhura frontalis
Forpus xanthopterygius
Brotogeris tirica
Touit melanonotus
Pionopsitta pileata
Pionus maximiliani
Passeriformes
Thamnophilidae
Terenura maculata
Rhopias gularis
380
martim-pescador-grande
martim-pescador-pequeno
Ringed Kingfisher
Green Kingfisher
F,AL
F,AL
joão-bobo
White-eared Puffbird
F,C,A
tucanuçu
tucano-de-bico-preto
tucano-de-bico-verde
Toco Toucan
Channel-billed Toucan
Red-breasted Toucan
F,C,A
F
F
pica-pau-anão-barrado
picapauzinho-verde-carijó
pica-pau-dourado
pica-pau-do-campo
pica-pau-de-cabeça-amarela
pica-pau-de-banda-branca
pica-pau-rei
White-barred Piculet
White-spotted Woodpecker
Yellow-browed Woodpecker
Campo Flicker
Blond-crested Woodpecker
Lineated Woodpecker
Robust Woodpecker
F,A
F,A
F
C,A
F,A
F,A
F
caracará
carrapateiro
acauã
falcão-caburé
falcão-relógio
Southern Caracara
Yellow-headed Caracara
Laughing Falcon
Barred Forest-Falcon
Collared Forest-Falcon
C,A
C,A
F,C
F
F
periquitão-maracanã
tiriba-de-testa-vermelha
tuim
periquito-rico
apuim-de-costas-pretas
cuiú-cuiú
maitaca-verde
White-eyed Parakeet
Maroon-bellied Parakeet
Blue-winged Parrotlet
Plain Parakeet
Brown-backed Parrotlet
Red-capped Parrot
Scaly-headed Parrot
F,A
F,A
F,A
F,A
F
F
F
zidedê
choquinha-de-garganta-pintada
Streak-capped Antwren
Star-throated Antwren
F
F
VU
X
X
X
NT
X
X
X
X
X
X
X
X
VU
EN
Dysithamnus mentalis
Dysithamnus xanthopterus
Thamnophilus caerulescens
Hypoedaleus guttatus
Batara cinerea
Mackenziaena leachii
Mackenziaena severa
Biatas nigropectus
Myrmoderus squamosus
Pyriglena leucoptera
Drymophila ferruginea
Drymophila rubricollis
Drymophila ochropyga
Drymophila malura
Drymophila squamata
Conopophagidae
Conopophaga lineata
Conopophaga melanops
Grallariidae
Grallaria varia
Hylopezus nattereri
Rhinocryptidae
Merulaxis ater
Eleoscytalopus indigoticus
Scytalopus speluncae
Psilorhamphus guttatus
Formicariidae
Formicarius colma
Chamaeza campanisona
Chamaeza meruloides
Scleruridae
Sclerurus scansor
Dendrocolaptidae
Dendrocincla turdina
Sittasomus griseicapillus
Xiphorhynchus fuscus
Campylorhamphus falcularius
Lepidocolaptes falcinellus
choquinha-lisa
choquinha-de-asa-ferrugem
choca-da-mata
chocão-carijó
matracão
borralhara-assobiadora
borralhara
papo-branco
papa-formiga-de-grota
papa-taoca-do-sul
trovoada
trovoada-de-bertoni
choquinha-de-dorso-vermelho
choquinha-carijó
pintadinho
Plain Antvireo
Rufous-backed Antvireo
Variable Antshrike
Spot-backed Antshrike
Giant Antshrike
Large-tailed Antshrike
Tufted Antshrike
White-bearded Antshrike
Squamate Antbird
White-shouldered Fire-eye
Ferruginous Antbird
Bertoni's Antbird
Ochre-rumped Antbird
Dusky-tailed Antbird
Scaled Antbird
F
F
F,A
F
F
F
F
F
F
F
F
F
F
F
F
chupa-dente
cuspidor-de-máscara-preta
Rufous Gnateater
Black-cheeked Gnateater
F
F
X
X
tovacuçu
pinto-do-mato
Variegated Antpitta
Speckle-breasted Antpitta
F
F
X
entufado
macuquinho
tapaculo-preto
tapaculo-pintado
Slaty Bristlefront
White-breasted Tapaculo
Mouse-colored Tapaculo
Spotted Bamboowren
F
F
F
F
X
X
X
X
galinha-do-mato
tovaca-campainha
tovaca-cantadora
Rufous-capped Antthrush
Short-tailed Antthrush
Such's Antthrush
F
F
F
X
vira-folha
Rufous-breasted Leaftosser
F
X
arapaçu-liso
arapaçu-verde
arapaçu-rajado
arapaçu-de-bico-torto
arapaçu-escamado-do-sul
Plain-winged Woodcreeper
Olivaceous Woodcreeper
Lesser Woodcreeper
Black-billed Scythebill
Scalloped Woodcreeper
F
F
F
F
F
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
VU
X
NT
NT
NT
NT
X
X
X
381
Dendrocolaptes platyrostris
Xiphocolaptes albicollis
Xenopidae
Xenops minutus
Xenops rutilans
Furnariidae
Lochmias nematura
Automolus leucophthalmus
Anabazenops fuscus
Anabacerthia amaurotis
Philydor atricapillus
Philydor rufum
Heliobletus contaminatus
Syndactyla rufosuperciliata
Cichlocolaptes leucophrus
Leptasthenura setaria
Phacellodomus
erythrophthalmus
Phacellodomus ferrugineigula
Synallaxis ruficapilla
Synallaxis cinerascens
Synallaxis spixi
Cranioleuca pallida
Pipridae
Neopelma chrysolophum
Manacus manacus
Ilicura militaris
Chiroxiphia caudata
Oxyruncidae
Oxyruncus cristatus
Onychorhynchidae
Onychorhynchus swainsoni
Myiobius atricaudus
Tityridae
Schiffornis virescens
Laniisoma elegans
Pachyramphus viridis
Pachyramphus castaneus
382
arapaçu-grande
arapaçu-de-garganta-branca
Planalto Woodcreeper
White-throated Woodcreeper
F
F
bico-virado-miúdo
bico-virado-carijó
Plain Xenops
Streaked Xenops
F
F
joão-porca
barranqueiro-de-olho-branco
trepador-coleira
limpa-folha-miúdo
limpa-folha-coroado
limpa-folha-de-testa-baia
trepadorzinho
trepador-quiete
trepador-sobrancelha
grimpeiro
Sharp-tailed Streamcreeper
White-eyed Foliage-gleaner
White-collared Foliage-gleaner
White-browed Foliage-gleaner
Black-capped Foliage-gleaner
Buff-fronted Foliage-gleaner
Sharp-billed Treehunter
Buff-browed Foliage-gleaner
Pale-browed Treehunter
Araucaria Tit-Spinetail
F
F
F
F
F
F
F
F
F
F
joão-botina-da-mata
joão-botina-do-brejo
pichororé
pi-puí
joão-teneném
arredio-pálido
Orange-eyed Thornbird
Orange-breasted Thornbird
Rufous-capped Spinetail
Gray-bellied Spinetail
Spix's Spinetail
Pallid Spinetail
fruxu
rendeira
tangarazinho
tangará
X
X
X
X
NT
X
X
X
NT
F,A
F,AL
F,A
F
F,A
F,A
X
X
X
Serra do Mar Tyrant-Manakin
White-bearded Manakin
Pin-tailed Manakin
Swallow-tailed Manakin
F
F
F
F
X
araponga-do-horto
Sharpbill
F
maria-leque-do-sudeste
assanhadinho-de-cauda-preta
Atlantic Royal Flycatcher
Black-tailed Flycatcher
F
F
X
X
flautim
chibante
caneleiro-verde
caneleiro
Greenish Schiffornis
Shrike-like Cotinga
Green-backed Becard
Chestnut-crowned Becard
F
F
F
F,A
X
X
X
X
X
X
VU
Pachyramphus polychopterus
Pachyramphus validus
Cotingidae
Lipaugus lanioides
Procnias nudicollis
Pyroderus scutatus
Carpornis cucullata
Pipritidae
Piprites pileata
Platyrinchidae
Platyrinchus mystaceus
Rhynchocyclidae
Mionectes rufiventris
Leptopogon amaurocephalus
Phylloscartes ventralis
Phylloscartes oustaleti
Phylloscartes difficilis
Tolmomyias sulphurescens
Todirostrum poliocephalum
Poecilotriccus plumbeiceps
Myiornis auricularis
Hemitriccus diops
Hemitriccus obsoletus
Tyrannidae
Hirundinea ferruginea
Tyranniscus burmeisteri
Camptostoma obsoletum
Elaenia mesoleuca
Capsiempis flaveola
Phyllomyias fasciatus
Phyllomyias griseocapilla
Serpophaga nigricans
Attila phoenicurus
Attila rufus
Legatus leucophaius
Ramphotrigon megacephalum
Myiarchus swainsoni
Myiarchus ferox
caneleiro-preto
caneleiro-de-chapéu-preto
White-winged Becard
Crested Becard
F,A
F,A
tropeiro-da-serra
araponga
pavó
corocochó
Cinnamon-vented Piha
Bare-throated Bellbird
Red-ruffed Fruitcrow
Hooded Berryeater
F
F
F
F
X
X
X
X
X
X
X
caneleirinho-de-chapéu-preto
Black-capped Piprites
F
X
X
patinho
White-throated Spadebill
F
abre-asa-de-cabeça-cinza
cabeçudo
borboletinha-do-mato
papa-moscas-de-olheiras
estalinho
bico-chato-de-orelha-preta
teque-teque
tororó
miudinho
olho-falso
catraca
Gray-hooded Flycatcher
Sepia-capped Flycatcher
Mottle-cheeked Tyrannulet
Oustalet's Tyrannulet
Serra do Mar Tyrannulet
Yellow-olive Flycatcher
Yellow-lored Tody-Flycatcher
Ochre-faced Tody-Flycatcher
Eared Pygmy-Tyrant
Drab-breasted Pygmy-Tyrant
Brown-breasted Pygmy-Tyrant
F
F
F
F
F
F,A
F,A
F,A
F,A
F
F
gibão-de-couro
piolhinho-chiador
risadinha
tuque
marianinha-amarela
piolhinho
piolhinho-serrano
joão-pobre
capitão-castanho
capitão-de-saíra
bem-te-vi-pirata
maria-cabeçuda
irré
maria-cavaleira
Cliff Flycatcher
Rough-legged Tyrannulet
Southern Beardless-Tyrannulet
Olivaceous Elaenia
Yellow Tyrannulet
Planalto Tyrannulet
Gray-capped Tyrannulet
Sooty Tyrannulet
Rufous-tailed Attila
Gray-hooded Attila
Piratic Flycatcher
Large-headed Flatbill
Swainson's Flycatcher
Short-crested Flycatcher
C,A
F
F,A
F
F,A
F,A
F,A
F,AL
F
F
F,A
F
F,A
F,A
NT
VU
NT
VU
X
X
X
NT
NT
X
X
X
X
X
NT
X
383
Sirystes sibilator
Pitangus sulphuratus
Machetornis rixosa
Myiodynastes maculatus
Megarynchus pitangua
Myiozetetes similis
Tyrannus melancholicus
Empidonomus varius
Conopias trivirgatus
Colonia colonus
Myiophobus fasciatus
Pyrocephalus rubinus
Lathrotriccus euleri
Knipolegus cyanirostris
Knipolegus nigerrimus
Satrapa icterophrys
Vireonidae
Cyclarhis gujanensis
Vireo chivi
Hylophilus poicilotis
Corvidae
Cyanocorax cristatellus
Hirundinidae
Pygochelidon cyanoleuca
Atticora tibialis
Stelgidopteryx ruficollis
Troglodytidae
Troglodytes musculus
Cantorchilus longirostris
Turdidae
Turdus flavipes
Turdus leucomelas
Turdus rufiventris
Turdus amaurochalinus
Turdus albicollis
Passerellidae
384
gritador
bem-te-vi
suiriri-cavaleiro
bem-te-vi-rajado
neinei
bentevizinho-de-penachovermelho
suiriri
peitica
bem-te-vi-pequeno
viuvinha
filipe
príncipe
enferrujado
maria-preta-de-bico-azulado
maria-preta-de-gargantavermelha
suiriri-pequeno
Sirystes
Great Kiskadee
Cattle Tyrant
Streaked Flycatcher
Boat-billed Flycatcher
pitiguari
juruviara
verdinho-coroado
Rufous-browed Peppershrike
Chivi Vireo
Rufous-crowned Greenlet
gralha-do-campo
Curl-crested Jay
andorinha-pequena-de-casa
calcinha-branca
andorinha-serradora
Blue-and-white Swallow
White-thighed Swallow
Southern Rough-winged Swallow
corruíra
garrinchão-de-bico-grande
Southern House Wren
Long-billed Wren
F,C,A
F,A
sabiá-una
sabiá-barranco
sabiá-laranjeira
sabiá-poca
sabiá-coleira
Yellow-legged Thrush
Pale-breasted Thrush
Rufous-bellied Thrush
Creamy-bellied Thrush
White-necked Thrush
F
F,A
F,A
F,A
F
Social Flycatcher
Tropical Kingbird
Variegated Flycatcher
Three-striped Flycatcher
Long-tailed Tyrant
Bran-colored Flycatcher
Vermilion Flycatcher
Euler's Flycatcher
Blue-billed Black-Tyrant
Velvety Black-Tyrant
Yellow-browed Tyrant
F
F,C,A,AL
C,A
F,A
F,A
F,A
F,C,A
F,A
F,A
F,A
F,A
C,A
F,A
F,A
F,A
C,A,AL
F,A
F,A
F
F,C,A
F,C,A,AL
F,A
F,C,A,AL
X
X
Zonotrichia capensis
Arremon semitorquatus
Parulidae
Basileuterus culicivorus
Myiothlypis leucoblephara
Myiothlypis rivularis
Icteridae
Psarocolius decumanus
Cacicus chrysopterus
Cacicus haemorrhous
Gnorimopsar chopi
Molothrus bonariensis
Mitrospingidae
Orthogonys chloricterus
Thraupidae
Coereba flaveola
Saltator similis
Saltator fuliginosus
Orchesticus abeillei
Tachyphonus coronatus
Ramphocelus bresilius
Lanio cucullatus
Lanio melanops
Tangara seledon
Tangara cyanocephala
Tangara desmaresti
Tangara sayaca
Tangara cyanoptera
Tangara palmarum
Tangara ornata
Tangara cayana
Stephanophorus diadematus
Pipraeidea melanonota
Tersina viridis
Dacnis nigripes
Dacnis cayana
Haplospiza unicolor
Poospiza thoracica
tico-tico
tico-tico-do-mato
Rufous-collared Sparrow
Half-collared Sparrow
F,C,A
F
pula-pula
pula-pula-assobiador
pula-pula-ribeirinho
Golden-crowned Warbler
White-browed Warbler
Neotropical River Warbler
F
F
F
japu
tecelão
guaxe
graúna
vira-bosta
Crested Oropendola
Golden-winged Cacique
Red-rumped Cacique
Chopi Blackbird
Shiny Cowbird
catirumbava
Olive-green Tanager
cambacica
trinca-ferro-verdadeiro
pimentão
sanhaçu-pardo
tiê-preto
tiê-sangue
tico-tico-rei
tiê-de-topete
saíra-sete-cores
saíra-militar
saíra-lagarta
sanhaçu-cinzento
sanhaçu-de-encontro-azul
sanhaçu-do-coqueiro
sanhaçu-de-encontro-amarelo
saíra-amarela
sanhaçu-frade
saíra-viúva
saí-andorinha
saí-de-pernas-pretas
saí-azul
cigarra-bambu
peito-pinhão
Bananaquit
Green-winged Saltator
Black-throated Grosbeak
Brown Tanager
Ruby-crowned Tanager
Brazilian Tanager
Red-crested Finch
Black-goggled Tanager
Green-headed Tanager
Red-necked Tanager
Brassy-breasted Tanager
Sayaca Tanager
Azure-shouldered Tanager
Palm Tanager
Golden-chevroned Tanager
Burnished-buff Tanager
Diademed Tanager
Fawn-breasted Tanager
Swallow Tanager
Black-legged Dacnis
Blue Dacnis
Uniform Finch
Bay-chested Warbling-Finch
X
X
F,A
F,A
F,A
C,A
C,A
F
F,A
F,A
F
F
F
F,A
F,A
F
F,A
F,A
F
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F
F,A
X
X
X
X
X
NT
X
X
X
X
X
X
X
NT
X
X
385
Poospiza lateralis
Sicalis flaveola
Volatinia jacarina
Sporophila frontalis
Sporophila falcirostris
Sporophila lineola
Sporophila caerulescens
Sporophila angolensis
Cardinalidae
Habia rubica
Amaurospiza moesta
Fringillidae
Euphonia chalybea
Euphonia cyanocephala
Euphonia pectoralis
Chlorophonia cyanea
quete
canário-da-terra-verdadeiro
tiziu
pixoxó
cigarra-verdadeira
bigodinho
coleirinho
curió
Buff-throated Warbling-Finch
Saffron Finch
Blue-black Grassquit
Buffy-fronted Seedeater
Temminck's Seedeater
Lined Seedeater
Double-collared Seedeater
Chestnut-bellied Seed-Finch
F,A
C,A
C,A
F
F
C,A
C,A
C,A
tiê-do-mato-grosso
negrinho-do-mato
Red-crowned Ant-Tanager
Blackish-blue Seedeater
F
F,A
cais-cais
gaturamo-rei
ferro-velho
gaturamo-bandeira
Green-throated Euphonia
Golden-rumped Euphonia
Chestnut-bellied Euphonia
Blue-naped Chlorophonia
F
F
F,A
F
X
X
X
X
VU
VU
VU
VU
X
X
X
NT
X
X
NT
X
Legenda: Ordem taxonômica, nome comum e inglês segundo CBRO (2014). Espécies endêmicas da Mata Atlântica segundo Bencke et al., 2006.
Espécies ameaçadas a nível estadual segundo São Paulo (2014), á nível nacional segundo MMA (2014) e ameaçadas globalmente segundo IUCN
(2012). Categorias de ameaça: EN - Em Perigo; VU - Vulnerável e NT - Quase Ameaçada. Obs. Na última versão da Lista de Espécies Ameaçadas
do estado de São Paulo não constam as categorias específicas de ameaça. Ambiente típico: F. Ambiente Florestal (mata alta, média ou capoeiras);
C. Campo aberto ou campo sujo; A. Ambiente degradado (áreas urbanas, rurais ou mesmo naturais); AL. Ambiente alagado (brejos, campos, rios,
represas, etc) e P. Ambiente litorâneo (praias, dunas, mangues e costões rochosos).
Tabela 11. Lista completa de aves do Núcleo São Sebastião
Status de Ameaça
NOME DO TÁXON
NOME COMUM
NOME EM INGLÊS
Tinamiformes
Tinamidae
Tinamus solitarius
Crypturellus noctivagus
macuco
jaó-do-sul
Solitary Tinamou
Yellow-legged Tinamou
386
Ambiente
típico
Endêmic
a
São Paulo
Brasil
IUCN
F
F
X
X
X
X
VU
NT
NT
Crypturellus tataupa
Galliformes
Cracidae
Penelope obscura
Aburria jacutinga
Odontophoridae
Odontophorus capueira
Suliformes
Fregatidae
Fregata magnificens
Cathartiformes
Cathartidae
Coragyps atratus
Accipitriformes
Accipitridae
Leptodon cayanensis
Accipiter superciliosus
Rupornis magnirostris
Spizaetus tyrannus
Gruiformes
Rallidae
Amaurolimnas concolor
Charadriiformes
Charadriidae
Vanellus chilensis
Columbiformes
Columbidae
Patagioenas plumbea
Leptotila rufaxilla
Geotrygon montana
Cuculiformes
Cuculidae
Piaya cayana
Tapera naevia
Strigiformes
Strigidae
Megascops atricapilla
Strix virgata
inhambu-chintã
Tataupa Tinamou
F
jacuaçu
jacutinga
Dusky-legged Guan
Black-fronted Piping-Guan
F
F
X
uru
Spot-winged Wood-Quail
F
X
tesourão
Magnificent Frigatebird
P
urubu-de-cabeça-preta
Black Vulture
gavião-de-cabeça-cinza
gavião-miudinho
gavião-carijó
gavião-pega-macaco
Gray-headed Kite
Tiny Hawk
Roadside Hawk
Black Hawk-Eagle
F,C,A
F
F,C,A
F,C
saracura-lisa
Uniform Crake
F,AL
quero-quero
Southern Lapwing
C,A,AL
pomba-amargosa
juriti-gemedeira
pariri
Plumbeous Pigeon
Gray-fronted Dove
Ruddy Quail-Dove
F
F
F
alma-de-gato
saci
Squirrel Cuckoo
Striped Cuckoo
corujinha-sapo
coruja-do-mato
Black-capped Screech-Owl
Mottled Owl
X
EN
EN
F,C,A,AL
X
F,A
F
F
F
X
387
Apodiformes
Apodidae
Cypseloides fumigatus
Streptoprocne zonaris
Chaetura cinereiventris
Chaetura meridionalis
Trochilidae
Ramphodon naevius
Phaethornis ruber
Phaethornis eurynome
Aphantochroa cirrochloris
Florisuga fusca
Thalurania glaucopis
Amazilia fimbriata
Clytolaema rubricauda
Trogoniformes
Trogonidae
Trogon viridis
Trogon surrucura
Trogon rufus
Coraciiformes
Alcedinidae
Chloroceryle americana
Momotidae
Baryphthengus ruficapillus
Piciformes
Ramphastidae
Ramphastos vitellinus
Ramphastos dicolorus
Selenidera maculirostris
Picidae
Picumnus cirratus
Melanerpes flavifrons
Veniliornis spilogaster
Piculus flavigula
Piculus aurulentus
Colaptes campestris
388
taperuçu-preto
taperuçu-de-coleira-branca
andorinhão-de-sobre-cinzento
andorinhão-do-temporal
Sooty Swift
White-collared Swift
Gray-rumped Swift
Sick's Swift
F,C
F,C,A
F,C
F,C,A
beija-flor-rajado
rabo-branco-rubro
rabo-branco-de-garganta-rajada
beija-flor-cinza
beija-flor-preto
beija-flor-de-fronte-violeta
beija-flor-de-garganta-verde
beija-flor-rubi
Saw-billed Hermit
Reddish Hermit
Scale-throated Hermit
Sombre Hummingbird
Black Jacobin
Violet-capped Woodnymph
Glittering-throated Emerald
Brazilian Ruby
F
F
F
F
F,C,A
F
F,C,A
F
surucuá-grande-de-barrigaamarela
surucuá-variado
surucuá-de-barriga-amarela
White-tailed Trogon
Surucua Trogon
Black-throated Trogon
martim-pescador-pequeno
Green Kingfisher
juruva-verde
Rufous-capped Motmot
F
tucano-de-bico-preto
tucano-de-bico-verde
araçari-poca
Channel-billed Toucan
Red-breasted Toucan
Spot-billed Toucanet
F
F
F
pica-pau-anão-barrado
benedito-de-testa-amarela
picapauzinho-verde-carijó
pica-pau-bufador
pica-pau-dourado
pica-pau-do-campo
White-barred Piculet
Yellow-fronted Woodpecker
White-spotted Woodpecker
Yellow-throated Woodpecker
Yellow-browed Woodpecker
Campo Flicker
F
F
F
X
NT
X
X
X
X
X
X
F,AL
F,A
F
F,A
F
F
C,A
X
VU
X
X
X
X
X
X
NT
Celeus flavescens
Falconiformes
Falconidae
Caracara plancus
Psittaciformes
Psittacidae
Pyrrhura frontalis
Forpus xanthopterygius
Brotogeris tirica
Pionopsitta pileata
Pionus maximiliani
Triclaria malachitacea
Passeriformes
Thamnophilidae
Terenura maculata
Myrmotherula minor
Myrmotherula unicolor
Rhopias gularis
Dysithamnus stictothorax
Dysithamnus mentalis
Dysithamnus xanthopterus
Herpsilochmus rufimarginatus
Thamnophilus caerulescens
Hypoedaleus guttatus
Mackenziaena severa
Myrmoderus squamosus
Pyriglena leucoptera
Drymophila ochropyga
Drymophila squamata
Conopophagidae
Conopophaga lineata
Conopophaga melanops
Grallariidae
Hylopezus nattereri
Rhinocryptidae
Merulaxis ater
Eleoscytalopus indigoticus
Formicariidae
pica-pau-de-cabeça-amarela
Blond-crested Woodpecker
F,A
caracará
Southern Caracara
C,A
tiriba-de-testa-vermelha
tuim
periquito-rico
cuiú-cuiú
maitaca-verde
sabiá-cica
Maroon-bellied Parakeet
Blue-winged Parrotlet
Plain Parakeet
Red-capped Parrot
Scaly-headed Parrot
Blue-bellied Parrot
F,A
F,A
F,A
F
F
F
X
zidedê
choquinha-pequena
choquinha-cinzenta
choquinha-de-garganta-pintada
choquinha-de-peito-pintado
choquinha-lisa
choquinha-de-asa-ferrugem
chorozinho-de-asa-vermelha
choca-da-mata
chocão-carijó
borralhara
papa-formiga-de-grota
papa-taoca-do-sul
choquinha-de-dorso-vermelho
pintadinho
Streak-capped Antwren
Salvadori's Antwren
Unicolored Antwren
Star-throated Antwren
Spot-breasted Antvireo
Plain Antvireo
Rufous-backed Antvireo
Rufous-winged Antwren
Variable Antshrike
Spot-backed Antshrike
Tufted Antshrike
Squamate Antbird
White-shouldered Fire-eye
Ochre-rumped Antbird
Scaled Antbird
F
F
F
F
F
F
F
F
F,A
F
F
F
F
F
F
X
X
X
X
X
chupa-dente
cuspidor-de-máscara-preta
Rufous Gnateater
Black-cheeked Gnateater
F
F
X
X
pinto-do-mato
Speckle-breasted Antpitta
F
X
entufado
macuquinho
Slaty Bristlefront
White-breasted Tapaculo
F
F
X
X
X
X
X
X
X
X
NT
VU
VU
NT
NT
X
X
X
X
X
X
X
X
NT
NT
NT
389
Formicarius colma
Chamaeza campanisona
Scleruridae
Sclerurus scansor
Dendrocolaptidae
Dendrocincla turdina
Sittasomus griseicapillus
Xiphorhynchus fuscus
Furnariidae
Lochmias nematura
Automolus leucophthalmus
galinha-do-mato
tovaca-campainha
Rufous-capped Antthrush
Short-tailed Antthrush
F
F
vira-folha
Rufous-breasted Leaftosser
F
X
arapaçu-liso
arapaçu-verde
arapaçu-rajado
Plain-winged Woodcreeper
Olivaceous Woodcreeper
Lesser Woodcreeper
F
F
F
X
joão-porca
barranqueiro-de-olho-branco
F
F
Anabacerthia lichtensteini
Philydor atricapillus
Philydor rufum
Heliobletus contaminatus
Syndactyla rufosuperciliata
Cichlocolaptes leucophrus
Synallaxis ruficapilla
Pipridae
Neopelma chrysolophum
Manacus manacus
Chiroxiphia caudata
Oxyruncidae
Oxyruncus cristatus
Onychorhynchidae
Myiobius barbatus
Tityridae
Schiffornis virescens
Pachyramphus castaneus
Pachyramphus polychopterus
Pachyramphus validus
Cotingidae
Procnias nudicollis
Pyroderus scutatus
Carpornis cucullata
Platyrinchidae
Platyrinchus mystaceus
limpa-folha-ocráceo
limpa-folha-coroado
limpa-folha-de-testa-baia
trepadorzinho
trepador-quiete
trepador-sobrancelha
pichororé
Sharp-tailed Streamcreeper
White-eyed Foliage-gleaner
Ochre-breasted Foliagegleaner
Black-capped Foliage-gleaner
Buff-fronted Foliage-gleaner
Sharp-billed Treehunter
Buff-browed Foliage-gleaner
Pale-browed Treehunter
Rufous-capped Spinetail
F
F
F
F
F
F
F,A
X
X
fruxu
rendeira
tangará
Serra do Mar Tyrant-Manakin
White-bearded Manakin
Swallow-tailed Manakin
F
F
F
X
araponga-do-horto
Sharpbill
F
assanhadinho
Whiskered Flycatcher
F
flautim
caneleiro
caneleiro-preto
caneleiro-de-chapéu-preto
Greenish Schiffornis
Chestnut-crowned Becard
White-winged Becard
Crested Becard
araponga
pavó
corocochó
patinho
390
X
X
X
X
X
X
F
F,A
F,A
F,A
X
Bare-throated Bellbird
Red-ruffed Fruitcrow
Hooded Berryeater
F
F
F
X
X
X
White-throated Spadebill
F
X
X
VU
NT
Rhynchocyclidae
Mionectes rufiventris
Leptopogon amaurocephalus
Phylloscartes ventralis
Phylloscartes paulista
Phylloscartes oustaleti
Tolmomyias sulphurescens
Todirostrum poliocephalum
Todirostrum cinereum
Hemitriccus orbitatus
Tyrannidae
Hirundinea ferruginea
Tyranniscus burmeisteri
Camptostoma obsoletum
Phyllomyias griseocapilla
Serpophaga subcristata
Attila phoenicurus
Attila rufus
Myiarchus swainsoni
Pitangus sulphuratus
Myiozetetes similis
Tyrannus melancholicus
Conopias trivirgatus
Lathrotriccus euleri
Vireonidae
Cyclarhis gujanensis
Vireo chivi
Hylophilus poicilotis
Corvidae
Cyanocorax cristatellus
Hirundinidae
Pygochelidon cyanoleuca
Atticora tibialis
Progne chalybea
Troglodytidae
Troglodytes musculus
Cantorchilus longirostris
abre-asa-de-cabeça-cinza
cabeçudo
borboletinha-do-mato
não-pode-parar
papa-moscas-de-olheiras
bico-chato-de-orelha-preta
teque-teque
ferreirinho-relógio
tiririzinho-do-mato
Gray-hooded Flycatcher
Sepia-capped Flycatcher
Mottle-cheeked Tyrannulet
Sao Paulo Tyrannulet
Oustalet's Tyrannulet
Yellow-olive Flycatcher
Yellow-lored Tody-Flycatcher
Common Tody-Flycatcher
Eye-ringed Tody-Tyrant
F
F
F
F
F
F,A
F,A
F,A
F
gibão-de-couro
piolhinho-chiador
Cliff Flycatcher
Rough-legged Tyrannulet
Southern BeardlessTyrannulet
Gray-capped Tyrannulet
White-crested Tyrannulet
Rufous-tailed Attila
Gray-hooded Attila
Swainson's Flycatcher
Great Kiskadee
C,A
F
F,A
F,A
F,A
F
F
F,A
F,C,A,AL
Social Flycatcher
Tropical Kingbird
Three-striped Flycatcher
Euler's Flycatcher
F,A
F,C,A
F,A
F,A
risadinha
piolhinho-serrano
alegrinho
capitão-castanho
capitão-de-saíra
irré
bem-te-vi
bentevizinho-de-penachovermelho
suiriri
bem-te-vi-pequeno
enferrujado
pitiguari
juruviara
verdinho-coroado
Rufous-browed Peppershrike
Chivi Vireo
Rufous-crowned Greenlet
gralha-do-campo
Curl-crested Jay
andorinha-pequena-de-casa
calcinha-branca
andorinha-doméstica-grande
Blue-and-white Swallow
White-thighed Swallow
Gray-breasted Martin
corruíra
garrinchão-de-bico-grande
Southern House Wren
Long-billed Wren
F,A
F,A
F
X
X
X
X
NT
NT
X
X
NT
X
NT
X
X
F,C,A
F,C,A,AL
F,A
F,C,A,AL
F,C,A
F,A
391
Turdidae
Turdus flavipes
Turdus rufiventris
Turdus albicollis
Passerellidae
Zonotrichia capensis
Parulidae
Setophaga pitiayumi
Basileuterus culicivorus
Myiothlypis rivularis
Mitrospingidae
Orthogonys chloricterus
Thraupidae
Coereba flaveola
Saltator similis
Saltator fuliginosus
Tachyphonus coronatus
Ramphocelus bresilius
Lanio cristatus
Lanio melanops
Tangara seledon
Tangara cyanocephala
Tangara desmaresti
Tangara sayaca
Tangara cyanoptera
Tangara palmarum
Tangara peruviana
Dacnis cayana
Chlorophanes spiza
Cardinalidae
Habia rubica
Fringillidae
Euphonia violacea
Euphonia cyanocephala
Euphonia pectoralis
sabiá-una
sabiá-laranjeira
sabiá-coleira
Yellow-legged Thrush
Rufous-bellied Thrush
White-necked Thrush
F
F,A
F
tico-tico
Rufous-collared Sparrow
F,C,A
mariquita
pula-pula
pula-pula-ribeirinho
Tropical Parula
Golden-crowned Warbler
Neotropical River Warbler
F,A
F
F
catirumbava
Olive-green Tanager
cambacica
trinca-ferro-verdadeiro
pimentão
tiê-preto
tiê-sangue
tiê-galo
tiê-de-topete
saíra-sete-cores
saíra-militar
saíra-lagarta
sanhaçu-cinzento
sanhaçu-de-encontro-azul
sanhaçu-do-coqueiro
saíra-sapucaia
saí-azul
saí-verde
Bananaquit
Green-winged Saltator
Black-throated Grosbeak
Ruby-crowned Tanager
Brazilian Tanager
Flame-crested Tanager
Black-goggled Tanager
Green-headed Tanager
Red-necked Tanager
Brassy-breasted Tanager
Sayaca Tanager
Azure-shouldered Tanager
Palm Tanager
Black-backed Tanager
Blue Dacnis
Green Honeycreeper
F,A
F,A
F
F
F,A
F,A
F
F,A
F,A
F
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
F,A
tiê-do-mato-grosso
Red-crowned Ant-Tanager
F
gaturamo-verdadeiro
gaturamo-rei
ferro-velho
Violaceous Euphonia
Golden-rumped Euphonia
Chestnut-bellied Euphonia
F,A
F
F,A
F
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
VU
VU
X
Legenda: Ordem taxonômica, nome comum e inglês segundo CBRO (2014). Espécies endêmicas da Mata Atlântica segundo Bencke et al., 2006.
Espécies ameaçadas a nível estadual segundo São Paulo (2014), á nível nacional segundo MMA (2014) e ameaçadas globalmente segundo IUCN
392
(2012). Categorias de ameaça: EN - Em Perigo; VU - Vulnerável e NT - Quase Ameaçada. Obs. Na última versão da Lista de Espécies Ameaçadas
do estado de São Paulo não constam as categorias específicas de ameaça. Ambiente típico: F. Ambiente Florestal (mata alta, média ou capoeiras);
C. Campo aberto ou campo sujo; A. Ambiente degradado (áreas urbanas, rurais ou mesmo naturais); AL. Ambiente alagado (brejos, campos, rios,
represas, etc) e P. Ambiente litorâneo (praias, dunas, mangues e costões rochosos).
393
4.1. Observações
4.1.1. Espécies retiradas da lista atual do Parque Estadual da Serra do Mar
a) Penelope superciliaris
Espécie citada no Plano de Manejo como registro de campo (fora do contexto da AER) para a
localidade Rio Preto, Itanhaém, que fica fora do limite atual do PESM e possui um tipo específico de
vegetação encontrado apenas no entorno desta UC. Esta espécie possui ocorrência para as matas
secas do interior do estado e regiões litorâneas, principalmente nas restingas (Guix, 1997 apud
SCHUNK, 2015; Willis & Oniki, 2003 apud SCHUNK, 2015). Marques (2004 apud SCHUNK, 2015) fez
um levantamento intensivo de Cracídeos em alguns núcleos da região Norte do PESM e não
conseguiu confirmar a presença de P. superciliaris em campo.
Justificativa: Ausência de registros históricos e atuais desta espécie nos limites do Núcleo
Curucutu, localizado próximo do Rio Preto e em outros núcleos do PESM.
Obs: Faltam estudos atuais na região do Rio Preto para avaliar o status de ocorrência desta e de
outras espécies.
b) Spizaetus ornatus
Espécie citada no Plano de Manejo como resultado de entrevista com funcionário do Núcleo Cunha.
Segundo Willis & Oniki (2003 apud SCHUNK, 2015), esta espécie possui ocorrência rara para as
“matas grandes do litoral”, ocorrendo no interior do estado ao longo dos rios. Existe um registro
não documentado citado em um relatório de 1996 para o Núcleo Caraguatatuba, para a localidade
“região de maiores altitudes” (Gussoni, 2007 apud SCHUNK, 2015). Atualmente, os únicos registros
desta espécie estão localizados exclusivamente na Serra de Paranapiacaba, região de Intervales e
Petar, salvo um único registro fotográfico disponível no site wikiaves (www.wikiaves.com.br) para o
município de São Sebastião, porem sem a localidade específica.
Justificativa: Ausência de registros documentados para o PESM.
c) Claravis godefrida (atual Claravis geoffroyi)
Espécie citada no Plano de Manejo como dados de literatura e entrevista com funcionário do Núcleo
Cunha. Esta espécie só possui 4 registros para a Serra do Mar de São Paulo, sendo 3 sem
documentação, são eles;
1. Um exemplar coletado pelo Hempel em 1898 em Alto da Serra, atual Reserva Biológica do
Alto da Serra de Paranapiacaba, que apesar da proximidade e do limite direto com o Núcleo
Itutinga-Pilões do PESM, está fora desta UC.
2. Observação pessoal e não documentada de “um par” feita na Estação Biológica de Boracéia
(EBB) em 1987 e citada no trabalho de Wege & Long (1995 apud SCHUNK, 2015), e no
394
trabalho de Bencke et al. (2006 apud SCHUNK, 2015) para a IBA SP04, Parque Estadual da
Serra do Mar (entre Santos e São Sebastião).
3. Registro não documentado do pesquisador Douglas Stotz para a estação Biológica de
Boracéia, compilado por Cavarzere et al. (2010 apud SCHUNK, 2015).
4. Registro citado por Goerck (1999 apud SCHUNK, 2015) para a região baixa (entre 0 e 100m
de altitude em relação ao nível do Mar) da trilha do Pico do Corcovado, Ubatuba. Este
registro também é citado por Bencke et al. (2006 apud SCHUNK, 2015) para a IBA SP02,
Parque Estadual da Serra do Mar (entre Caraguatatuba e Picinguaba).
Justificativa: Ausência de registros documentados dentro dos limites do PESM.
Obs: Espécie considerada extinta da natureza na última versão da lista de animais ameaçados do
Ministério do Meio Ambiente (MMA, 2014 apud SCHUNK, 2015).
d) Dromococcyx phasianellus
Espécie citada no Plano de Manejo como dados de literatura, provavelmente do trabalho original
feito por Höfling & Lencioni-Neto (1992 apud SCHUNK, 2015) na estrada da Petrobrás, que
atualmente atravessa 3 núcleos do PESM. Esta espécie só é citada neste único trabalho para a
Serra do Mar, que coincidentemente não apresenta a espécie irmã Dromococcyx pavoninus, que
possui ocorrência frequente para o PESM, inclusive registrada em campo durante os levantamentos
do Plano de Manejo.
Justificativa: Ausência de registros documentados para a Serra do Mar de São Paulo.
e) Nyctibius aethereus
Espécie citada no Plano de Manejo como dados de literatura, provavelmente por Goerck (1999 apud
SCHUNK, 2015), para a região baixa (entre 0 e 100m de altitude em relação ao nível do Mar) da
trilha do Pico do Corcovado, Ubatuba. Existe um outro registro feito pela equipe do CEO-Centro de
Estudos Ornitológicos para a Estação Biológica de Boracéia, porém, este registro foi revisado
posteriormente pelos responsáveis e chegou-se a conclusão que a voz escutada na época, era um
chamado de uma coruja comum na região. O registro foi anulado, mas acabou entrando nesta
compilação feita por Cavarzere et al. (2010 apud SCHUNK, 2015). Willis & Oniki (2003 apud
SCHUNK, 2015) citam sua ocorrência para as “Matas do Litoral e Sul”, mas não apresentam
registros para a região da Serra do Mar.
Justificativa: Ausência de registros documentados para a Serra do Mar de São Paulo.
f) Polytmus guainumbi
395
Esta espécie aparece na lista principal das aves do Plano de Manejo (anexo 1), mas sem nenhuma
indicação se foi registro Primário ou Secundário, e a mesma não aparece na lista das espécies
registradas em campo (anexo 2).
Segundo Willis & Oniki (2003 apud SCHUNK, 2015), este beija-flor tem uma ocorrência voltada ao
interior do estado de São Paulo, porém, alguns registros isolados chegam próximo da Serra do Mar,
provavelmente em função do desmatamento. Existe um registro disponível no site wikiaves, feito
em Ubatuba, mas sem a localidade específica.
Justificativa: Falta de registros documentados para o PESM.
g) Amazona brasiliensis
Esta espécie, assim como Penelope superciliaris, foi incluída no Plano de Manejo com base nos
registros feitos em campo (fora do contexto da AER) para a localidade Rio Preto, Itanhaém, que
fica fora do limite atual do PESM e possui um tipo específico de vegetação encontrado apenas no
entorno desta UC.
Este papagaio é comum no Rio Preto, mas ocupa uma região com uma
fisionomia específica, que não é representada dentro do Núcleo Curucutu do PESM, que fica
próximo a este rio. Existe um registro de A. brasiliensis citado por Agnello (2007 apud SCHUNK,
2015) para a região alta (700m) do Núcleo Itutinga-Pilões , entre as pistas das rodovias Anchieta e
Imigrantes, uma região totalmente fora do habitat atual deste papagaio no estado, sendo
desconsiderado pela falta de documentação.
Justificativa: Ausência de registros históricos e atuais desta espécie nas áreas do Núcleo
Curucutu, localizado próximo do Rio Preto e em outros núcleos do PESM.
h) Amazona rhodocorytha
Espécie citada no Plano de Manejo como dados de literatura, provavelmente do livro do Willis (Willis
& Oniki, 2003 apud SCHUNK, 2015), que coloca um registro do Paulo Martuscelli (com. pess.) para
a trilha do Corisco, Picinguaba, como “invasor do Norte”. Esta é a única fonte que considera esta
espécie para o estado de São Paulo, porém sem fornecer registros documentados. Silveira & Uezu
(2011 apud SCHUNK, 2015) esclarecem este registro através do seguinte texto: “O registro dessa
espécie foi realizado no estado do Rio de Janeiro (23º17´24.20”S e 44º 38´30.21” W; P.
Martuscelli, com. pess.) e erroneamente “transferido” para São Paulo por ser algo próximo da divisa
(~20 km) entre os dois estados. Não foi registrado em São Paulo”.
Justificativa: Ausência de registros documentados para o estado de São Paulo.
i) Amazona amazonica
Esta espécie, assim como Penelope superciliaris e Amazona brasiliensis, foi incluída no Plano de
Manejo com base nos registros feitos em campo (fora do contexto da AER) para a localidade Rio
396
Preto, Itanhaém, que fica fora do limite atual do PESM e possui um tipo específico de vegetação
encontrado apenas no entorno desta UC. Existe um registro de A. amazonica citado por Agnello
(2007 apud SCHUNK, 2015) para a região alta (700m) do Núcleo Itutinga-Pilões, entre as pistas das
rodovias Anchieta e Imigrantes, sendo desconsiderado pela falta de documentação. Willis & Oniki
(2003 apud SCHUNK, 2015) citam uma população para Peruíbe e no site wikiaves existem algumas
fotos ao longo de alguns municípios do litoral, porém sem as localidades específicas.
Justificativa: Ausência de registros históricos e atuais desta espécie no Núcleo Curucutu,
localizado próximo do Rio Preto e em outros núcleos do PESM.
j) Amazona farinosa
Esta espécie foi citada no Plano de Manejo como registro de campo feito na Trilha da Restinga, no
Núcleo São Sebastião, porém, na tabela dos dados de campo (anexo 2), consta uma sigla (DP)
indicando que o registro foi obtido fora do contexto da AER. No relatório de aves do Plano de
Manejo, consta o seguinte texto sobre este e outros registros: “Cabe ainda ressaltar neste Sítio a
presença de várias espécies de interesse para conservação na Floresta de Terras Baixas que ocupa
a Planície Litorânea entre Bertioga e Barra do Una, mas que em sua grande maioria está fora dos
limites do PESM. Entre as espécies mais importantes, destaca-se o papagaio-moleiro Amazona
farinosa, com apenas mais uma localidade de ocorrência conhecida no estado de São Paulo, a
Ilhabela (Olmos, 1996 apud SCHUNK, 2015), além do sabiá-cica Triclaria malachitacea, e do jaó-dolitoral Crypturellus noctivagus, esta última com poucos registros para o estado de São Paulo”.
Justificativa: Ausência de registros históricos e atuais desta espécie nas áreas do Núcleo São
Sebastião, assim como outras áreas do PESM.
k) Phylloscartes eximius
Espécie citada no Plano de Manejo como dados de literatura. Só existem três citações desta espécie
para a Serra do Mar Paulista, sendo apenas uma aparentemente documentada, são elas;
5. Registro atribuído a Alto da Serra, atual Reserva Biológica do Alto de Paranapiacaba, que
apesar da proximidade e do limite direto com o PESM, está fora desta UC. A mesma
informação está disponível em Cory, 1918; Pinto, 1944 e Willis & Oniki, 2003 (apud
SCHUNK, 2015).
6. Registro não documentado do pesquisador Douglas Stotz para a Estação Biológica de
Boracéia, compilado por Cavarzere et al. (2010 apud SCHUNK, 2015).
7. Registro citado por Goerck (1999 apud SCHUNK, 2015) para a região média (entre 100 e
950m de altitude em relação ao nível do Mar) da trilha do Pico do Corcovado, Ubatuba. Este
registro também é citado por Bencke et al. (2006 apud SCHUNK, 2015) para a IBA SP02,
397
Parque Estadual da Serra do Mar (entre Caraguatatuba e Picinguaba), porém com a
seguinte observação “registro requer confirmação”.
Esta espécie apresenta uma ocorrência atual voltada ao interior do estado, estando atualmente
restrita a Serra da Cantareira e Mantiqueira (Willis & Oniki, 2003 apud SCHUNK, 2015).
Justificativa: Ausência de registros documentados para o PESM, principalmente nos Núcleos
Padre Dória, Picinguaba e Itutinga-Pilões.
l) Tolmomyias flaviventris
Espécie citada no Plano de Manejo como dados de literatura, porém não foram encontradas
referências bibliográficas com registros deste tiranídeo em São Paulo. Willis & Oniki (2003 apud
SCHUNK, 2015) citam esta espécie apenas como “extralimite” e Silveira & Uezu (2011 apud
SCHUNK, 2015) informam que seu limite geográfico é o Sul do Rio de Janeiro e que não existem
registros documentados para São Paulo. No levantamento de campo realizado no PESM por
Ambiens (2013 apud SCHUNK, 2015), esta espécie é citada para os Núcleos Cunha, Caraguatatuba,
São Sebastião, Bertioga, Itutinga-Pilões e Curucutu, porém pela falta de documentação
apresentada, estes registros foram desconsiderados. Na base de dados do site wikiaves, esta
espécie ainda não foi registrada em São Paulo.
Justificativa: Ausência de registros documentados para o estado de São Paulo.
m) Myiarchus tuberculifer
Espécie citada no Plano de Manejo como dados de literatura, provavelmente do trabalho original
dos pesquisadores Höfling & Lencioni-Neto (1992 apud SCHUNK, 2015), que é a única fonte que
cita esta espécie para São Paulo. Willis & Oniki (2003 apud SCHUNK, 2015) e Silveira & Uezu (2011
apud SCHUNK, 2015) não citam esta espécie para o estado. Na base de dados do site wikiaves,
esta espécie ainda não foi registrada em São Paulo.
Justificativa: Falta de registros documentados para o estado de São Paulo.
n) Dendroica striata
Espécie citada no Plano de Manejo como dados de literatura, provavelmente do livro do Willis (Willis
& Oniki, 2003 apud SCHUNK, 2015), que cita a presença deste migrante em Ubatuba (cantando até
14/06/1976) e Bertioga.
Justificativa: Ausência de registros documentados desta espécie para o PESM.
398
4.1.2. Justificativas para uso dos dados online
Uso dos dados da base digital wikiaves (www.wikiaves.com.br) e xeno-canto (www.xenocanto.org). Os registros disponíveis nestas bases digitais online foram usados como fonte
secundária e complementar para caracterizar a avifauna do PESM e de seus respectivos Núcleos,
sendo que apenas os registros confiáveis foram considerados, muitas vezes sobe a consulta ao
próprio autor do registro em questão.
399
Anexo 5 – Pesquisas acadêmicas realizadas nos Núcleos
1. Núcleo Caraguatatuba
Processo Título (Português) Beneficiário
14/07853-1
Análise de Uso Público do
Parque estadual Serra do
Mar - Núcleo:
Caraguatatuba
400
Danielle Almeida
de Carvalho
Instituição
Universidade
Estadual Paulista
(UNESP). Campus
Experimental do
Litoral Paulista
Pesquisador
responsável
Davis Gruber
Sansolo
Linha de
fomento
Bolsas no
Brasil Iniciação
Científica
Grande área
do
conhecimento
Ciências Humanas
Início
01/06/2014
Término
Pesquisador responsável
no exterior
31/05/2015
As áreas de preservação sofrem
pressões do território, e o Parque
Estadual da Serra do Mar (PESM)
núcleo Caraguatatuba encontra-se
em meio a um contexto territorial
complexo. No plano de manejo do
PESM, o programa de uso público
visa levar a conscientização
ambiental aos visitantes do parque,
através do sub-programa de
visitação e turismo sustentável e
educação ambiental. A ampliação
da malha urbana da cidade de
Caraguatatuba que ocorre desde a
década de 1950, continua levando
ao adensamento da população na
zona urbana e a verticalização do
município. Atualmente, o contexto
regional da cidade inclui a
instalação de projetos e usinas da
Petrobras, trazendo maior
complexidade nas relações sociais,
econômicas e ambientais em
Caraguatatuba. O projeto visa
analisar se o programa de uso
público do PESM núcleo
Caraguatatuba abrange a
complexidade territorial a fim de
conscientizar os visitantes com
conteúdos amplos que integrem a
ecodinâmica e território. (AU)
14/00648-3
Estudo sobre impactos
causados pelos cães
domésticos
Universidade de
semidomiciliados
São Paulo (USP).
presentes na área de Mata Gislene Fátima da
Faculdade de
Atlântica do município de
Silva Rocha
Medicina
Caraguatatuba e a
Fournier
Veterinária e
correlação entre a
Zootecnia (FMVZ)
variabilidade genética dos
carrapatos dos cães e do
ambiente silvestre
Ricardo Augusto
Dias
Bolsas no
Brasil Doutorado
Ciências da Saúde
Muito tem se falado do impacto
causado pela atividade antrópica.
Porém, pouco se sabe a respeito dos
impactos que animais domésticos,
que invadem os ambientes florestais
juntamente com os humanos, têm
causado frente à fauna silvestre. O
estreitamento entre a relação de
animais domésticos e animais
silvestres pode, além de propiciar o
aumento da competição por habitat
selvagens e antropizados, resultar
em transmissão de doenças de um
grupo para o outro. Cães domésticos
têm sido observados em áreas
florestadas do Parque Estadual Serra
do Mar - Núcleo Caraguatatuba.
Ainda não se sabe qual o verdadeiro
papel destes animais na
epidemiologia de zoonoses e
parasitismo por carrapatos de
animais silvestres. Este estudo
propõe a coleta sistemática de
exemplares de carrapatos da
espécie A. ovale em cães e em
01/06/2014 30/04/2017
pequenos mamíferos capturados em
seis transectos, abrangendo desde
áreas degradadas até áreas bem
preservadas do Parque Estadual da
Serra do Mar - Núcleo
Caraguatatuba. Os exemplares de
carrapatos coletados serão
submetidos individualmente a um
ensaio de fluxo gênico pela
avaliação de marcadores repetitivos
do DNA genômico conhecidos como
microssatélites e a PCR convencional
para diagnóstico de hemoparasitas
patogênicos das famílias
Rickettsiaceae; Anaplasmataceae e
Babesiidae. Os resultados serão
analisados, comparados e
sobrepostos com dados coletados
por rádios transmissores que serão
colocados nos cães que vivem no
entorno do parque e que tem livre
acesso à mata. Os tamanhos das
infrapopulações de carrapatos serão
comparados também com
características da vegetação e uso
401
do solo nos referidos locais. Esperase desvendar quais são os reais
impactos causados pelos cães na
vida silvestre e se estes são mais
abrangentes que o comprovado
pelas pesquisas atuais. Os cães
domésticos podem estar tomando o
lugar dos predadores não só por
suas ações de caça como também
por participarem diretamente no
aumento e manutenção do ciclo
epidemiológico de diversos
ectoparasitas transmissores de
patógenos (AU)
13/04398-9
Efeito da deposição
atmosférica na
ecofisiologia do uso de
nitrogênio em espécies
arbóreas da Floresta
Ombrófila Densa,
Caraguatatuba, SP
402
Janaina Gomes
da Silva
Secretaria do Meio
Ambiente (São
Marcos Pereira
Paulo - Estado).
Marinho Aidar
Instituto de
Botânica
Bolsas no
Brasil Doutorado
Ciências Biológicas
A deposição de nitrogênio (N)
gerada por emissões de origem
antropogênica promove a entrada
novo de nitrogênio reativo e pode
provocar mudanças significativas no
ciclo N e na biodiversidade nos
ecossistemas. A severidade dos
impactos da deposição atmosférica
N depende de inúmeros fatores e
uma forma de entender quais são os
efeitos gerados é através de estudos
empíricos tendo como foco o estudo
de características estruturais ou
funcionais de um ecossistema que
podem ser afetadas por alterações
na acidificação e eutrofização
geradas pela deposição de N. Apesar
01/06/2013 29/02/2016 de uma vasta literatura sobre os
impactos da deposição de nitrogênio
nos ecossistemas terrestres, há
pouca informação em relação às
regiões tropicais. Para os próximos
anos há previsões de aumento na
deposição de N em diversos
ecossistemas, entre eles a Mata
Atlântica. Na Mata Atlântica foi
possível estabelecer que as espécies
apresentam um continnum de
estratégias do uso de N de acordo
com as estratégias de regeneração
(Pioneira, Secundária inicial e
Secundária tardia). Esse modelo de
uso de N poderá se tornar uma
ferramenta para a avaliação dos
efeitos potenciais causados pelo
aumento da deposição de
nitrogênio, já que as características
e estratégias de uso do nitrogênio
preconizadas pelo modelo são
diretamente influenciadas pela sua
disponibilidade no ambiente e pelas
preferências das espécies. O
presente projeto tem como objetivos
principais: Caracterizar a ocorrência
de deposição atmosférica de N na
área de estudos; e definir um
protocolo de avaliação do impacto
da deposição atmosférica com base
no modelo de uso de N em espécies
arbóreas na área de Floresta
Ombrófila Submontana do Parque
Estadual da Serra do Mar, núcleo de
Caraguatatuba, SP. (AU)
12/51509-8
Composição florística,
estrutura e dinâmica do
funcionamento da Floresta
Ombrófila Densa Atlântica
dos núcleos
Carlos Alfredo
Caraguatatuba, Cunha,
Joly
Picinguaba e Santa
Virgínia, do Parque
estadual da Serra do Mar
(PelD)
Universidade
Estadual de
Campinas
(UNICAMP).
Instituto de
Biologia (IB)
Carlos Alfredo
Joly
Auxílio à
Pesquisa Programa
BIOTA Regular
Ciências Biológicas
01/12/2013 31/05/2017
403
07/04073-1
Ligando paisagem a
moléculas: análise
genética das populações
de anta (Tapirus
terrestris) na Mata
Atlântica de São Paulo
404
Alexandra
Sanches
Universidade
Estadual Paulista
(UNESP). Campus
de Rio Claro.
Instituto de
Biociências (IB)
Mauro Galetti
Rodrigues
Bolsas no
Brasil - PósDoutorado
Ciências Biológicas
As populações de mamíferos,
especialmente as espécies de médio
e grande porte, vêm sofrendo
significativas reduções, como
resultado da caça, perdas de habitat
e fragmentação induzida pelo
desenvolvimento econômico
humano. A disrupção de ambientes
contínuos (fragmentação, rodovias e
áreas agrícolas) pode ter sérias
conseqüências no fluxo gênico das
espécies de mamíferos. A anta
(Tapirus terrestris) é um dos
mamíferos de grande porte mais
visados para a caça e vem sofrendo
drástica redução populacional
mesmo em florestas contínuas da
Mata Atlântica. Em São Paulo, duas
grandes áreas devem conter as
maiores populações desse
megaherbívoro, a Serra do Mar e a
Serra de Paranapiacaba. Esse
projeto propõe a análise genética
não-invasiva com marcadores
microssatélites utilizando amostras
01/05/2008 30/04/2012
fecais da anta desses dois
corredores: o Corredor da Serra do
Mar (Núcleos Santa Virgínia, Cunha,
Picinguaba e Caraguatatuba) e o da
Serra de Paranapiacaba (Parque
Estadual do Alto do Ribeira, PE
Intervales, PE Carlos Botelho e PE
Jacupiranga) e áreas de ligação
entre esses corredores (PE Jurupará
e EE Jureia-Itatins). Este estudo
complementa parte do projeto
"Trophic cascades in a defaunated
landscape: the Atlantic rainforest
perspective" submetido ao programa
BIOTA da FAPESP e com os
resultados obtidos, pretende-se
auxiliar nas estimativas de número
mínimo populacional e diversidade
genética dessas populações, além
de mapear os indivíduos através das
áreas e verificar o padrão de
movimentação e fluxo gênico desse
importante megaherbívoro. Os
dados genéticos serão
complementados com dados de
paisagem, buscando relacionar os
efeitos da estrutura da paisagem
sobre a distribuição e movimento
desses animais. O presente projeto
já foi iniciado com a prospecção dos
marcadores microssatélites. De
67.064 pb seqüenciados foram
identificados 18 microsatélites entre
mono, di e tetranucleotídeos, dos
quais foi possível desenhar primers
para 16. Está sendo iniciada a
caracterização dos loci isolados
quanto ao polimorfismo. Esta
investigação genética pode fornecer
informações valiosíssimas, pois não
existe informação a respeito da
diversidade genética desses
organismos que exercem a
importante função como dispersores
de sementes, mas que são
considerados vulneráveis e sofrem
uma enorme pressão de caça.
Estudos sobre biologia, ecologia e
monitoramento da variabilidade
genética das populações de antas
são de extrema importância, pois
toda informação científica tem um
papel estratégico não somente no
manejo e conservação das espécies,
como também na sustentabilidade
do ecossistema estudado. (AU)
2. Núcleo Cunha
Processo
Título (Português)
Beneficiário
Instituição
Pesquisador
responsável
Linha de
fomento
Grande área do
conhecimento
Início
Término
Convênio/Acor
do de
cooperação
com a FAPESP
Pesquisador responsável no
exterior
405
12/51509-8
07/04073-1
406
Composição
florística, estrutura e
dinâmica do
funcionamento da
Floresta Ombrófila
Densa Atlântica dos Carlos Alfredo
núcleos
Joly
Caraguatatuba,
Cunha, Picinguaba e
Santa Virgínia, do
Parque estadual da
Serra do Mar (PelD)
Ligando paisagem a
moléculas: análise
genética das
Alexandra
populações de anta
Sanches
(Tapirus terrestris)
na Mata Atlântica de
São Paulo
Universidade
Estadual de
Campinas
(UNICAMP).
Instituto de
Biologia (IB)
Universidade
Estadual Paulista
(UNESP). Campus
de Rio Claro.
Instituto de
Biociências (IB)
Carlos Alfredo
Joly
Mauro Galetti
Rodrigues
Auxílio à
Pesquisa Programa
BIOTA Regular
Bolsas no
Brasil - PósDoutorado
Ciências Biológicas
Ciências Biológicas
01/12/2013
01/05/2008
31/05/2017
30/04/2012
As populações de mamíferos,
especialmente as espécies de
médio e grande porte, vêm
sofrendo significativas reduções,
como resultado da caça, perdas
de habitat e fragmentação
induzida pelo desenvolvimento
econômico humano. A disrupção
de ambientes contínuos
(fragmentação, rodovias e áreas
agrícolas) pode ter sérias
conseqüências no fluxo gênico
das espécies de mamíferos. A
anta (Tapirus terrestris) é um
dos mamíferos de grande porte
mais visados para a caça e vem
sofrendo drástica redução
populacional mesmo em
florestas contínuas da Mata
Atlântica. Em São Paulo, duas
grandes áreas devem conter as
maiores populações desse
megaherbívoro, a Serra do Mar
e a Serra de Paranapiacaba. Esse
projeto propõe a análise
genética não-invasiva com
marcadores microssatélites
utilizando amostras fecais da
anta desses dois corredores: o
Corredor da Serra do Mar
(Núcleos Santa Virgínia, Cunha,
Picinguaba e Caraguatatuba) e o
da Serra de Paranapiacaba
(Parque Estadual do Alto do
Ribeira, PE Intervales, PE Carlos
Botelho e PE Jacupiranga) e
áreas de ligação entre esses
corredores (PE Jurupará e EE
Jureia-Itatins). Este estudo
complementa parte do projeto
"Trophic cascades in a
defaunated landscape: the
Atlantic rainforest perspective"
submetido ao programa BIOTA
da FAPESP e com os resultados
obtidos, pretende-se auxiliar nas
estimativas de número mínimo
populacional e diversidade
genética dessas populações,
além de mapear os indivíduos
através das áreas e verificar o
padrão de movimentação e fluxo
gênico desse importante
megaherbívoro. Os dados
genéticos serão
complementados com dados de
paisagem, buscando relacionar
os efeitos da estrutura da
paisagem sobre a distribuição e
movimento desses animais. O
presente projeto já foi iniciado
com a prospecção dos
marcadores microssatélites. De
67.064 pb seqüenciados foram
identificados 18 microsatélites
entre mono, di e
tetranucleotídeos, dos quais foi
possível desenhar primers para
16. Está sendo iniciada a
caracterização dos loci isolados
quanto ao polimorfismo. Esta
investigação genética pode
fornecer informações
valiosíssimas, pois não existe
informação a respeito da
diversidade genética desses
organismos que exercem a
importante função como
dispersores de sementes, mas
que são considerados
vulneráveis e sofrem uma
enorme pressão de caça.
Estudos sobre biologia, ecologia
e monitoramento da
variabilidade genética das
populações de antas são de
407
extrema importância, pois toda
informação científica tem um
papel estratégico não somente
no manejo e conservação das
espécies, como também na
sustentabilidade do ecossistema
estudado. (AU)
00/12405-5
97/11798-9
408
Dieta de alguns
mamíferos da
ordem Carnivora na
Floresta Atlântica do
núcleo Santa
Virgínia e núcleo
Cunha, Parque
Estadual da Serra, SP
Estudo das
anomalias
apresentadas no
balanço hídrico de
duas microbacias
monitoradas no
Parque Estadual da
Serra do Mar,
núcleo Cunha - SP
Renato Matos
Marques
Universidade
Estadual Paulista
(UNESP). Campus
de Rio Claro.
Instituto de
Biociências (IB)
Carlos de Assis
Dias
Universidade de
São Paulo (USP).
Faculdade de
Filosofia, Letras e
Ciências
Humanas (FFLCH)
Nivar Gobbi
Bolsas no
Brasil Iniciação
Científica
Ciências Biológicas
01/02/2001
31/12/2001
Antonio Carlos
Colangelo
Bolsas no
Brasil Iniciação
Científica
Ciências Exatas e da
Terra
01/03/1998
31/12/1999
2
7
3.
Núcleo Curucutu
Título (Português)
Reconstrução da
paleovegetação e do
paleoclima em
regiões do litoral Sul
do Estado de São
Paulo (Parque
Estadual da Serra do
Mar - Núcleo de
Curucutu e Ilha do
Cardoso) no
Quaternário tardio
Climate changes and
vegetation dynamics
during the late
pleistocene in the
Parque Estadual da
Serra do mar-nucleo
curucutu, São Paulo
State, southeastern
Brazil, inferred from
pollen and carbon..
Beneficiário Instituição
Pesquisador Linha de
responsável fomento
Grande área
do
conhecimento
Início
Término
Luiz Carlos
Ruiz
Pessenda
Universidade
de São Paulo
(USP).
Luiz Carlos
Centro de
Ruiz
Energia
Pessenda
Nuclear na
Agricultura
(CENA)
Auxílio à
Pesquisa
- Regular
Ciências
Exatas e da
Terra
01/09/2005 31/08/2008
Luiz Carlos
Ruiz
Pessenda
Universidade
de São Paulo
(USP).
Luiz Carlos
Centro de
Ruiz
Energia
Pessenda
Nuclear na
Agricultura
(CENA)
Auxílio à
Ciências
Pesquisa
Exatas e da
- Reunião
Terra
- Exterior
03/04/2006 07/04/2006
Convênio/Acordo
de cooperação
Pesquisador responsável no exterior
com a FAPESP
409
2
Estudo
multi/interdisciplinar
de reconstrução da
vegetação e clima na
região do Parque
Milene
Estadual da Serra do Mofatto
mar-nucleo
curucutu, São Paulo,
SP no quaternário
tardio
Universidade
de São Paulo
(USP).
Luiz Carlos
Centro de
Ruiz
Energia
Pessenda
Nuclear na
Agricultura
(CENA)
3
Reconstrução da
vegetação no Parque
Mariah Izar
Estadual da Serra do
Francisquini
Mar - Núcleo
Correia
Curucutu, desde o
Holoceno Médio
Universidade
de São Paulo
(USP).
Luiz Carlos
Centro de
Ruiz
Energia
Pessenda
Nuclear na
Agricultura
(CENA)
2
Parâmetros
geomorfológicos na
determinação da
fragilidade
ambiental no Núcleo
Curucutu do Parque
Estadual da Serra do
Mar
Universidade
Estadual
Paulista
(UNESP).
Iandara
Campus de
Alves
Rio Claro.
Mendes
Instituto de
Geociências
e Ciências
Exatas (IGCE)
410
Silvia Maria
Bellato
Nogueira
Bolsas no Ciências
Brasil Exatas e da
Mestrado Terra
Bolsas no
Brasil Iniciação
Científica
Ciências
Exatas e da
Terra
Bolsas no Ciências
Brasil Exatas e da
Mestrado Terra
01/08/2003 31/07/2005
Este estudo será desenvolvido numa Reserva Florestal do Parque
Estadual da Serra do Mar, no núcleo de Curucutu, São Paulo, SP,
com o objetivo principal de estudar a dinâmica dos processos de
expansão e regressão dos campos e florestas desde o Pleistoceno
tardio, em áreas do ecótono campo - floresta natural. Para isso
serão empregados os isótopos do carbono (C-12, C-13 e C-14) da
matéria orgânica do solo e das plantas. Para otimizar-se as
interpretações paleoambientais e reforçar-se as inferências
paleoclimáticas, pretende-se associar a análise antracológica aos
fragmentos de carvão que possam ser encontrados soterrados no
solo e caracterizar o conteúdo polínico de uma pequena turfeira.
Com essa interação de técnicas e pesquisadores pretende-se
também colaborar nos estudos de reconstrução das trocas
vegetacionais e climáticas ocorridas durante o Pleistoceno tardio e
Holoceno na região sudeste do Brasil. (AU)
01/06/2007 31/12/2008
Esta pesquisa está inserida no projeto "Reconstrução da vegetação
e clima desde o Holoceno médio no Brasil", em preparação no
Laboratório de C-14 do CENA, além de ser uma extensão do
Mestrado de Mofatto M., 2005, que envolveu as mudanças
ambientais dos últimos 30.000 anos na região do Núcleo de
Curucutu. O objetivo desta Iniciação Científica é o de avaliar as
mudanças paleoambientais ocorridas a partir de ~ 6000-5000 anos
em alta resolução, através de trocas da vegetação ocorridas a cada
~300 anos. Serão feitas análises isotópicas de carbono (12C, 13C e
14C) e palinológicas do material coletado em uma turfeira, na
Reserva Florestal do Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo
Curucutu, São Paulo, SP. Pretende-se reconstituir as variações
ambientais que ocorreram na região com resolução de centenas de
anos e verificar suas relações e influências com o clima e vegetação
atual. Outro objetivo é que a candidata entenda e aplique as
técnicas utilizadas neste tipo de trabalho, bem como aprenda a
analisar e interpretar os dados, associando-os com variações
climáticas. (AU)
01/08/1998 31/07/2000
A partir da metodologia Ecodinâmica proposta per TRICART (1977),
será avaliada a fragilidade dos terrenos e sua capacidade de
suporte à visitação pública, de forma a estabelecer um diagnóstico
físico-ambiental de núcleo Curucutu (do Parque Estadual da Serra
do Mar, em São Paulo). Tal procedimento servirá não só para
avaliar as condições das trilhas já implantadas, como sugerir locais
mais propícios a implantação de novas trilhas. A análise será
apresentada na forma de uma coleção cartográfica digital,
indicando na forma de um zoneamento ambiental, as áreas aptas à
visitação pública. (AU)
4. Núcleo Itutinga Pilões
Processo
Título (Português)
O contexto territorial
e ambiental no
13/20035- Programa de Uso
3
Público do Parque
Estadual da Serra do
Mar
Instituição
Universidade
Estadual Paulista
(UNESP). Campus
Experimental do
Litoral Paulista
Pesquisador
responsável
Davis Gruber
Sansolo
Linha de
fomento
Auxílio à
Pesquisa Regular
Grande área do
conhecimento
Ciências
Humanas
Início
Término
01/04/2014 31/03/2016
Convênio/Acordo de
cooperação com a
Resumo (Português)
FAPESP
O Parque Estadual da Serra do Mar, localizado nas bordas do
planalto atlântico, ocupa a região costeira do Estado de São Paulo.
É hoje a maior unidade de conservação contínua do Estado que
protege a Mata Atlântica e seus ecossistemas associados. Está
inserido em um contexto territorial de extrema complexidade. Em
seu território estão presentes diversas infraestruturas de
transporte rodoviário, de transmissão de energia, dutos de
transporte de hidrocarbonetos e frentes de expansão urbanas que
representam macro vetores de pressão sobre o meio ambiente.
Soma-se a esses vetores o turismo, a caça e a extração de palmito.
Esse projeto de pesquisa pretende analisar como o contexto
territorial em questão está contemplado no Programa de Uso
Público do Parque Estadual da Serra do Mar. Pretende-se analisar
o Programa de Uso Público ao longo da história de implantação e
gestão do Parque, destacando a situação atual, por meio da
análise dos conteúdos presentes nos materiais impressos, nos
discursos dos monitores ambientais, nos materiais e estruturas
expostas no interior do Parque, bem como a percepção dos
usuários do Parque em três de seus nove Núcleos Administrativos:
Itutinga-Pilões, Caraguatatuba e Picinguaba. Dessa forma
pretende-se contribuir com futuros projetos de conservação do
PESM, fornecendo subsídios ao planejamento do Uso Público do
Parque e de planejamento e gestão governamental com vistas à
melhoria das condições socioambientais dos municípios do litoral
paulista e propor uma metodologia de avaliação da eficiência de
projetos de conservação de UCs no que tange ao Uso Público
dessas áreas protegidas. (AU)
411
5. Núcleo Picinguaba
Processo
Título (Português)
Composição
florística, estrutura
e funcionamento da
03/12595Floresta Ombrofila
7
Densa dos núcleos
Picinguaba e Santa
Virgínia do Parque
412
Beneficiário
Instituição
Carlos
Alfredo Joly
Universidade
Estadual de
Campinas
(UNICAMP).
Instituto de
Biologia (IB)
Pesquisador
responsável
Pesquisadores Linha de
principais
fomento
Grande área
do
conhecimento
Carlos
Alfredo Joly
Luiz Antonio
Martinelli,
Marlies
Sazima,
Reinaldo
Monteiro
Ciências
Biológicas
Auxílio à
Pesquisa Programa
BIOTA Temático
Conv
ênio/
Acord
o de
coop
Início
Término
eraçã Resumo (Português)
o
com
a
FAPE
SP
O objetivo deste projeto é determinar quais são as
características intrínsecas realmente relevantes para
compreendermos o papel de cada espécie/grupo
funcional na determinação da composição florística, da
estrutura e do funcionamento das distintas fisionomias
da Floresta Ombrófila Densa da região nordeste do
Estado de São Paulo: Núcleos Picinguaba e Santa
Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar.
Simultaneamente, com os dados de funcionamento
01/06/2005 30/11/2010
desse ecossistema, poderemos determinar o papel,
como fonte de emissão ou sumidouro de CO2, da
Floresta Ombrófila Densa do Domínio Atlântico na
variabilidade climática interanual e nos cenários de
mudanças climáticas globais. Estes dados permitirão a
comparação com os resultados que vêm sendo obtidos
pelo Projeto LBS (Large Scale Biosphere-Atmosphere
Experiment in Amazônia) na Floresta Ombrófila Densa
da Bacia Amazônica. (AU)
Comunidade de aves Alex
13/24929como indicadora da Augusto de
9
qualidade florestal
Abreu Bovo
Universidade
de São Paulo
(USP). Escola
Superior de
Agricultura
Luiz de
Queiroz
(ESALQ)
Katia Maria
Paschoaletto
Micchi de
Barros
Ferraz
Bolsas no
Brasil Mestrado
Ciências
Biológicas
01/03/2014 31/07/2015
Fragmentation and loss of habitat have caused major
impacts on biodiversity. Along this factors, changes in
the composition of the food chain also interfere with
the dynamics of ecosystems, causing loss of species and
ecological functions. The aim of this study is to
functionally characterize bird assemblages in forest
remnants embedded in matrix and anthropic areas
inserted in a continuous Atlantic Forest vegetation. For
this, we used data collected through points into eight
fragments located in the Rio Corumbataí and three
areas of continuous forest of the Serra do Mar - Serra de
Paranapiacaba (Carlos Botelho State Park and the Serra
do Mar State Park - Picinguaba and Santa Virginia) , and
secondary data . To characterize these areas will be
used to functional diversity (FD) for the assemblage of
birds, which takes into account specific peculiarities,
enabling a more detailed analysis of these assemblages .
A theoretical framework from secondary data
substantiate the search for patterns of changes in the
composition of assemblies according to the degree of
degradation / defaunation of this fragments. It is hoped
that this proposal to identify functional changes in the
assemblies, as well as crossing this information with
landscape metrics in order to identify which
characteristics influence the functional composition of
birds in agricultural landscapes. These findings may help
to develop strategies for biodiversity conservation. (AU)
413
Etnoecologia do mar
e da terra na costa
01/05263- paulista da Mata
Alpina
2
Atlântica: áreas de
Begossi
pesca e uso de
recursos naturais
Universidade
Estadual de
Campinas
(UNICAMP).
Coordenadoria
de Centros e
Núcleos
Alpina
Disciplinares
Begossi
(COCEN).
Núcleo de
Estudos e
Pesquisas
Ambientais
(NEPAM)
Auxílio à
Pesquisa Programa
BIOTA Temático
Ciências
Biológicas
01/03/2003 28/02/2007
Ciclagem de
carbono, nitrogênio
e enxofre na
serapilheira em
08/57174- Floresta Ombrófila
2
Densa sob
diferentes altitudes
no Parque Estadual
da Serra do Mar, no
Estado de São Paulo
Universidade
de São Paulo
(USP). Centro
de Energia
Nuclear na
Agricultura
(CENA)
Auxílio à
Pesquisa Regular
Ciências
Biológicas
01/10/2009 30/09/2011
414
Plínio
Barbosa de
Camargo
Plínio
Barbosa de
Camargo
O objetivo geral do presente estudo é continuar o
levantamento sobre o uso dos recursos naturais por
habitantes da costa paulista da Mata Atlântica, em
particular, pescadores artesanais caiçaras. Visamos
continuar o mapeamento das áreas usadas na pesca
artesanal, bem como analisar a flora e o pescado
utilizados para diversos fins (consumo e medicina, por
exemplo). Visamos ainda incluir estudos etnoecológicos,
enfocando o conhecimento local sobre habitat,
alimentação e nomenclatura do pescado. Escolhemos
três áreas representativas da costa paulista, relevantes
sobre o aspecto de manejo e conservação dos recursos
naturais, bem como complementares às áreas
estudadas em projetos anteriores: região próxima a
Bertioga (sul), Ilhabela (centro) e Ubatuba (PicinguabaPuruba, norte). Ou seja, estas três manchas ou spots
serão estudos de caso visando a busca de padrões gerais
na interação caiçaras-recursos naturais para a situação
costeira de São Paulo. Os resultados esperados incluem,
além de publicações em periódicos científicos, dois
livros: um sobre etnoictiologia e outro sobre
etnobotânica da costa paulista. (AU)
O Parque Estadual da Serra do Mar, devido a sua grande
amplitude altitudinal, abriga fisionomias variadas da
Floresta Ombrófila Densa ou Mata Atlântica. Devido à
escassez de informações sobre a estrutura e o
funcionamento da Floresta Ombrófila Densa Atlântica
ao longo de um gradiente de altitudes, este trabalho
tem como objetivo avaliar a contribuição do estoque de
C, N e S na serapilheira acumulada sobre o solo na
distribuição dessas fisionomias. Este projeto de pesquisa
trará informações importantes ao Projeto BIOTA
"Composição florística, estrutura e funcionamento da
Floresta Ombrófila Densa dos Núcleos Picinguaba e
Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar"
(processo FAPESP n° 03/12595-7), como também o
conhecimento da dinâmica dos principais elementos na
serapilheira, da Mata Atlântica. Áreas com diferentes
altitudes foram selecionadas para a realização deste
estudo, como: Mata de Restinga (5 a 20 m), Floresta
Ombrófila Densa de Terras Baixas (50 a 100 m), Floresta
Ombrófila Densa Submontana (300 a 600 m) e Floresta
Ombrófila Densa Montana (ao redor de 1.000 m). As
coletas da serapilheira acumulada sobre a superfície do
solo serão realizadas uma vez ao mês perfazendo um
período de 12 meses, sendo feito o acompanhamento
da massa depositada e à caracterização química das
mesmas (teores de carbono, nitrogênio e enxofre), em
todas as áreas de estudo nas quatro fisionomias. Os
dados dos estoques e teores dos elementos citados
serão relacionados aos dados de solos das áreas das
diferentes altitudes (processo FAPESP n° 07/52482-8).
(AU)
415
Fenologia de
espécies de Floresta
Atlântica do Estado
de São Paulo:
06/61759comparação entre
0
estratos, influência
de borda natural e
importância da
família Myrtaceae
416
Leonor
Patricia
Cerdeira
Morellato
Universidade
Estadual
Paulista
(UNESP).
Campus de Rio
Claro. Instituto
de Biociências
(IB)
Leonor
Patricia
Cerdeira
Morellato
Auxílio à
Pesquisa Regular
Ciências
Biológicas
01/08/2007 30/06/2010
Os estudos fenológicos são importantes para a
compreensão da dinâmica dos ecossistemas florestais e
da reprodução das plantas e regeneração, além de
terem grande importância ecológica pois permitem
estabelecer a época em que os recursos (como folhas,
flores, frutos e sementes) estão disponíveis aos animais
na comunidade. Poucos estudos fenológicos abordam a
comparação entre tipos de vegetação e estratos ou o
efeito de borda em florestas tropicais, em particular na
floresta atlântica, ou avaliam a importância da fenologia
de famílias mais representativas, como Myrtaceae,
entre diferentes tipos de vegetação atlântica. A família
Myrtaceae é uma das mais importantes na floresta
atlântica, porém, sabemos pouco dos mecanismos
regulatórios dos ritmos periódicos de crescimento e de
reprodução de suas espécies neste bioma tão complexo
e ameaçado. O objetivo geral deste estudo será avaliar a
fenologia reprodutiva e vegetativa de espécies de
floresta pluvial atlântica, com três objetivos principais.
(A) Entender a variação na fenologia reprodutiva e
vegetativa de espécies de floresta atlântica de encosta
entre estratos e entre o interior da floresta e a borda
natural formada pelo rio da Fazenda, desenvolvido no
Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Picinguaba,
nordeste do estado de São Paulo; (B) entender como
varia a fenologia e a fhigivoria de espécies de Myrtaceae
em três tipologias de floresta atlântica (duna, restinga e
planície) no Parque Estadual da Ilha do Cardoso, sudeste
do estado de São Paulo; e (C) comparar os padrões
fenológicos de Myrtaceae nas duas áreas procurando
entender como varia a fenologia da família Myrtaceae
na floresta atlântica. O projeto busca responder às
seguintes questões específicas: No Núcleo Picinguaba:
1) O padrão fenológico difere entre espécies do subbosque e dossel? 2) A fenologia nos estratos está
relacionada aos fatores climáticos? 3) O padrão
fenológico das espécies difere entre a borda natural e o
interior da floresta? e 4) Para avaliar o efeito de borda,
não só na perspectiva da comunidade, serão
desenvolvidos estudos de caso com espécies préselecionadas respondendo à questão: a produção de
flores e frutos, a freqüência de polinização e o sucesso
reprodutivo difere entre a borda e o interior da floresta?
- na Ilha do Cardoso: 5) A floração e frutificação variam
nas espécies de Myrtaceae entre os diferentes tipos de
vegetação? 6) A fenologia está relacionada a fatores
climáticos ou pode ser resultado de limitações
filogenéticas? 7) A frutificação ocorre de forma
seqüencial ou agrupada nas espécies estudadas e pode
ser relacionada aos agentes dispersores? 8) O tamanho
do fruto está relacionado ao tempo total necessário
para o seu desenvolvimento, influenciando dessa forma
a frutificação? 9) Avaliar as predições da hipótese
filogenética para os padrões de floração e frutificação
das espécies de Myrtaceae ocorrentes em floresta
atlântica do sudeste do Brasil, onde o clima parece não
impor restrições ao comportamento fenológico das
espécies. As fenofases botão, antese, fruto imaturo e
maduro, brotamento e queda de folhas estão sendo
acompanhadas mensalmente (dois anos de
observações). Núcleo Picinguaba: em uma área da
floresta de encosta foram demarcados 15 transectos de
60 m de comprimento por 5 m de largura, sendo oito no
interior da floresta e sete nas margens do rio da
Fazenda (representando a borda da floresta), sendo
amostrados todos os indivíduos adultos. A partir do
segundo ano de observações fenológicas, será feita a
contagem total de flores e frutos, para estimar a
produção total, e serão realizados os estudos de caso,
em que serão comparados os visitantes florais, os
sistemas reprodutivos e o sucesso reprodutivo de
espécies selecionadas na borda e interior da floresta.
Ilha do Cardoso: em cada ambiente foram demarcadas
10 transecções de 25 metros de comprimento e 2
metros de largura. Essas transecções estão distantes 10
metros da trilha de pesquisa (pré-existente) e seguem
em direção ao interior da mata (perpendicularmente à
trilha). O critério de inclusão das plantas varia entre os
ambientes devido às suas características da vegetação.
Em ambas as áreas a fenologia reprodutiva e vegetativa
está sendo avaliada mensalmente em cada indivíduo
através do método do percentual de intensidade de
Fournier (1974). A correlação de Spearman será aplicada
para testar a relação da fenologia com os fatores
climáticos. A sazonalidade das fenofases será testada
por meio da análise estatística circular, em que os
padrões sazonais serão comparados entre a borda e o
interior da floresta e também entre os estratos. O teste
de Mann-Whitney verificará se há diferença na
produção de flores e frutos na comunidade entre os
estratos e borda e interior da floresta. (AU)
417
Ciclagem de
carbono, nitrogênio
e nutrientes de solo
07/52482- em Floresta
8
Ombrófila Densa do
Parque Estadual da
Serra do Mar, no
estado de São Paulo
A comunidade de
plantas esfingófilas
da floresta
05/01354- ombrófila densa do
4
Núcleo Picinguaba:
composição,
fenologia e biologia
da polinização
418
Marisa de
Cassia
Piccolo
Universidade
de São Paulo
(USP). Centro
de Energia
Nuclear na
Agricultura
(CENA)
Marisa de
Cassia
Piccolo
Auxílio à
Pesquisa Regular
Ciências
Biológicas
01/08/2007 31/01/2010
Marlies
Sazima
Universidade
Estadual de
Campinas
(UNICAMP).
Instituto de
Biologia (IB)
Marlies
Sazima
Auxílio à
Pesquisa Regular
Ciências
Biológicas
01/09/2005 31/10/2007
A Mata Atlântica originalmente ocupava uma área de
1,3 milhão de quilômetros quadrados, sendo que
apenas cerca de 7,6% de sua extensão original não foi
modificada. Ainda podem ser encontradas manchas da
floresta na Serra do Mar e na Serra da Mantiqueira, no
Sudeste do Brasil. Devido à escassez de informações
sobre a estrutura e o funcionamento da floresta
ombrófila densa atlântica ao longo de um gradiente
longitudinal, este projeto de pesquisa tem como
objetivo o acompanhamento da dinâmica do C, N e
demais nutrientes nos solos das áreas de mata de
restinga (5 a 20m de altitude), floresta ombrófila densa
das terras baixas (50 a 100m), floresta ombrófila densa
submontana (300 a 600m de altitude) e floresta
ombrófila densa montana (ao redor de 1.000m de
altitude). O estudo será realizado no núcleo de Santa
Virgínia e de Picinguaba (23° 17' a 23° 24' S e 45° 03' a
45° 11' O) com a caracterização do solo por meio da
classificação pedológica, análises químicas e físicas,
estoques dos elementos e variação isotópica de C
(13C/12C) e de N (15N/14N). (AU)
As características reprodutivas de comunidades vegetais
são importantes para o entendimento da sua dinâmica.
Neste contexto, diversos grupos funcionais relacionados
a diferentes síndromes de polinização podem ser
distinguidos. A guilda de espécies esfingófilas, isto é, as
plantas polinizadas por esfingídeos, será avaliada no
presente estudo em uma área de Mata Atlântica do
sudeste do Brasil. O estudo abordará três aspectos
principais: 1) composição de espécies esfingófilas e sua
importância na comunidade, 2) fenologia reprodutiva e
sua sincronia nas diferentes espécies, visando avaliar a
distribuição temporal de recursos florais aos
polinizadores e 3) biologia da polinização das espécieschave desta guilda. Além disso, correlações entre os
parâmetros da morfologia floral destas espécies e
dimensões dos aparatos bucais (probóscides) dos
esfingídeos serão feitas no intuito de avaliar possíveis
tendências à especificidade ou generalização na relação
planta-polinizador. Outro fator a ser considerado é o
sucesso reprodutivo de algumas espécies estritamente
esfingófilas em relação ao tamanho da rede de
interações na qual estão inseridas. Isto poderá ser
avaliado através do número de esfingídeos incidentes na
época da floração e as espécies vegetais que
compartilham os polinizadores, informação baseada no
número de tipos polínicos retirados das probóscides dos
esfingídeos. Tendo em vista a escassez de informações
sobre espécies esfingófilas, este estudo é fundamental
para o entendimento da estrutura e organização desta
comunidade vegetal. (AU)
Processos
hidrológicos e
transporte de
nitrogênio em
06/55136bacias com
0
cobertura de
floresta e pasto no
litoral norte do
Estado de São Paulo
Jorge
Marcos de
Moraes
Universidade
de São Paulo
(USP). Centro
de Energia
Nuclear na
Agricultura
(CENA)
Jorge
Marcos de
Moraes
Auxílio à
Pesquisa Regular
Ciências
Biológicas
01/10/2006 30/09/2010
A Mata Atlântica é um ecossistema reconhecidamente
ameaçado e hoje é considerada como um dos biomas
prioritários para execução de políticas de conservação.
Sua área florestal, reduzida atualmente a menos de 8%
de sua cobertura original, necessita atenção especial em
termos de compreensão do seu funcionamento como
subsídio para sua melhor conservação. Apesar do
crescente interesse nos estudos ambientais nessa
região, os processos hidrológicos e biogeoquúnicos são
pouco estudados em todas as escalas, incluindo
mudanças da cobertura vegetal de floresta para pasto,
muito comum nessa região. A presente proposta tem o
objetivo de realizar um estudo integrado da hidrologia e
da dinâmica do nitrogênio, em duas bacias pareadas,
uma com cobertura florestal e outra com cobertura de
pastagem. O estudo será realizado em duas bacias a
serem instrumentadas, a com cobertura florestal
localizada no Parque Estadual da Serra do Mar, núcleo
de Santa Virgínia e a com pastagem em região vizinha. O
estudo é parte integrante do projeto temático
"Composição florística, estrutura e funcionamento da
Floresta Ombrófila Densa dos Núcleos Picinguaba e
Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar"
(processo FAPESP: 03/12595-7). (AU)
419
Forrageamento
ótimo: pesca e dieta
92/01390- em comunidades de
9
pescadores da
região de Ubatuba II parte
Estudos fenológicos
em Floresta
93/03604Atlântica, Núcleo
9
Picinguaba,
Ubatuba, SP
420
Alpina
Begossi
Universidade
Estadual de
Campinas
(UNICAMP).
Coordenadoria
de Centros e
Núcleos
Alpina
Disciplinares
Begossi
(COCEN).
Núcleo de
Estudos e
Pesquisas
Ambientais
(NEPAM)
Auxílio à
Pesquisa Regular
Ciências
Biológicas
01/10/1992 30/09/1993
Leonor
Patricia
Cerdeira
Morellato
Universidade
Estadual
Paulista
(UNESP).
Campus de Rio
Claro. Instituto
de Biociências
(IB)
Auxílio à
Pesquisa Regular
Ciências
Biológicas
01/02/1994 30/04/1996
Leonor
Patricia
Cerdeira
Morellato
Modelos de ecologia evolutiva, como os modelos de
forrageamento ótimo, têm sido úteis para analisar
hábitos alimentares e a procura de alimento de
populações humanas. Pequenas comunidades
pesqueiras apresentam vantagens para estudo, já que
grande parte da proteína animal é obtida no local. Este
estudo faz parte de um projeto mais geral sobre
comunidades de pescadores do litoral sudeste do Brasil,
e a região de estudos inclui as comunidades de Puruba e
Picinguaba, além da Ilha da Vitória, situadas na região
de Ubatuba (SP). O trabalho foi iniciado em 1991,
quando foram entrevistados 230 moradores da região.
Os objetivos incluem estudar as estratégias de pesca
(tecnologia, locais de pesca e espécies de peixes) e os
hábitos alimentares (peixes consumidos e evitados) das
comunidades. Em visitas bimestrais, serão coletados
dados sobre viagens de pesca (nos pontos de
desembarque) e sobre a dieta das famílias, em
particular da praia do Puruba. Os resultados serão
comparados aos obtidos em outras comunidades de
pescadores. (AU)
Este projeto visa estudar a fenologia de espécie arbórea
em uma área de floresta atlântica (Parque Estadual da
Serra do Mar/ Núcleo Picinguaba, Ubatuba SP),
comparar as variações no comportamento fenológico
das espécies em diferentes subtipos de vegetação
atlântica e fazer uma revisão dos padrões/fenológicos
das florestas rio Sudeste do Brasil. Durante o projeto
também será iniciada a formação de um banco de dados
fenológicos para espécies arbóreas de floresta atlântica
do estado de São Paulo. (AU)
Ecologia do tiêsangue,
Ramphocelus
bresilius
Miguel
93/04286(aves:thraupidae),no Petrere
0
Parque Estadual da
Junior
Serra do Mar,
Núcleo Picinguaba,
ubatuba,sp
Universidade
Estadual
Paulista
Miguel
(UNESP).
Petrere
Campus de Rio
Junior
Claro. Instituto
de Biociências
(IB)
Auxílio à
Pesquisa Regular
Ciências
Biológicas
01/05/1994 29/02/1996
O tié-sangue é uma ave endêmica de um dos
ecossistemas mais ameaçados do mundo, o Complexo
da Mata Atlântica. Já foi considerado como espécie
ameaçada de extinção, mas como pouco se sabe acerca
do tamanho e da estrutura de sua população, seu
verdadeiro status permanece desconhecido. Assim, o
presente trabalho tem como objetivos: estimar o
tamanho da população de na área; verificar como se
caracteriza a sua população em função de sua
distribuição etária e proporção sexual; verificar se a
população realiza movimentos sazonais; determinar o
território e/ou área de vida da espécie; verificar como se
estruturam os grupos coespecíficos e se há alguma
variação sazonal na sua estrutura; determinar qual a
freqüência de participação de R bresilius em bandos
mistos, com que espécies comumente se associa e com
que freqüência. Além disso, pretende-se também
fornecer dados complementares sobre a alimentação e
reprodução da espécie, principalmente quanto aos itens
alimentares consumidos e estratégias de captura e a
duração de seu período reprodutivo. O trabalho será
realizado numa área da Planície Litorânea da Praia da
Fazenda, Núcleo Picinguaba, Parque Estadual da Serra
do Mar. Serão demarcadas trilhas de 50 em 50m em
uma área entre a praia e a Rodovia Rio-Santos (ao longo
de uma extensão de aproximadamente 800m), em que
se pode perceber claramente o gradiente de vegetação
(desde vegetação da beira da praia até a mata alta).
Estas trilhas são perpendiculares a estrada de acesso a
praia, possuem uma extensão de 400m e serão
marcadas de 50 em 50m. Este sistema de trilhas
facilitará o monitoramento da população da área,
através de censos visuais e observações regulares,
permitindo também o mapeamento do território e área
de vida da espécie. As aves serão capturadas (redes-deneblina) e marcadas com anilhas metálicas e coloridas
de modo que possam ser acompanhadas a distância.
Inicialmente será realizado um anilhamento intensivo da
população. Capturas complementares para
anilhamentos regulares e para auxilio da determinação
do sexo e idade poderão ser realizados. (AU)
421
Uso de recursos por
comunidade de
caiçaras da Mata
94/06258- Atlântica:
7
etnobiologia,
modelos de
subsistência e
territorialidade
Levantamento
taxonômico e
distribuição
ecológica de
08/10740Trentepohliales
3
(Ulvophyceae,
Chlorophyta) em
diferentes biomas
brasileiros
422
Alpina
Begossi
Universidade
Estadual de
Campinas
(UNICAMP).
Coordenadoria
de Centros e
Núcleos
Alpina
Disciplinares
Begossi
(COCEN).
Núcleo de
Estudos e
Pesquisas
Ambientais
(NEPAM)
Auxílio à
Pesquisa Regular
Ciências
Biológicas
01/06/1995 31/05/1997
Luis
Henrique
Zanini
Branco
Universidade
Estadual
Paulista
(UNESP).
Campus de
São José do
Rio Preto.
Instituto de
Biociências,
Letras e
Ciências Exatas
(IBILCE)
Auxílio à
Pesquisa Regular
Ciências
Biológicas
01/06/2009 31/05/2012
Luis
Henrique
Zanini
Branco
Este estudo representa a continuação de pesquisas
realizadas sobre caiçaras da Mata Atlântica, na área de
ecologia humana, iniciadas em 1986. Os objetivos são
entender e analisar, usando conceitos e modelos de
ecologia, o uso de recursos naturais por caiçaras.
Atenção especial é dada à etnoictiologia e etnobotânica.
Modelos, como forrageamento ótimo, são usados para
analisar dieta e pesca, e territorialidade para analisar
divisão de áreas de pesca. Serão estudadas as
comunidades da Ilha dos Búzios, Praia do Bonete,
Puruba, Almada, Ubatumirim, Picinguaba e Cambori (Lit.
Norte de S.P.) e Aventureiro (Ilha Grande, R.J.). A
metodologia incluirá entrevistas, coleta de material
botânico e marinho, bem como observações
sistemáticas sobre dieta e pesca. (AU)
Os membros da ordem Trentepohliales são estritamente
terrestres, crescendo em solo, rochas, troncos, folhas,
frutos, folhas e vários tipos de construções artificiais. A
ordem consiste de uma única família, Trentepohliaceae,
e o número de gêneros é ainda conflitante entre os
autores, alguns considerando a família com cinco
gêneros (Trentpohlia, Printzina, Phycopeltis,
Cephaleuros e Stomatochroon) e outros com seis
(incluindo Physolinum, além dos gêneros citados). Esse
grupo de algas de verdes é o mais abundantes em
ambientes terrestres e está entre os menos conhecidos
e estudados, principalmente em regiões tropicais.
Devido a sua morfologia relativamente simples, as
Trentepohliales formam um grupo taxonomicamente
difícil, e sua grande plasticidade morfológica está
relacionada a fatores ambientais, tornando confusa a
distinção de espécies e gêneros. O presente estudo
pretende contribuir com o conhecimento taxonômico
do grupo, através do levantamento florístico em cinco
biomas brasileiros: Cerrado (Parque Nacional da Serra
da Canastra e Parque Nacional da Chapada dos
Veadeiros) e Floresta Ombrófila Densa (Parque Estadual
da Serra do Mar/Núcleo Picinguaba e Parque Nacional
de Itatiaia), Floresta Ombrófila Mista (Parque Estadual
de Campos do Jordão) e Restinga (Parque Estadual da
Serra do Mar/Núcleo Picinguaba), além de fragmentos
de Floresta Estacional Semidecidual, presentes na região
noroeste do estado de São Paulo. Objetiva-se,
adicionalmente ao levantamento taxonômico, a
ampliação geográfica do registro das espécies e
caracterização ecológica do habitat onde se
desenvolvem. O material a ser coletado será utilizado
para detalhamento da taxonomia interna do grupo, com
a aplicação de estudos moleculares, além dos
morfológicos clássicos. Os crescimentos de
Trentepohliales serão procurados visualmente ao longo
da maior área possível no interior de cada bioma
considerando-se a viabilidade de execução do trabalho e
coletados qualitativamente em troncos, folhas e pedras.
Nos locais de coleta serão também tomados dados
físicos e químicos para a caracterização do microhabitats das espécies. Este projeto conta com a
participação de uma estudante de doutorado e de
especialistas mundiais na taxonomia do grupo. (AU)
O papel das
leguminosas na
ciclagem de
nutrientes em
florestas ombrófilas
11/50384- densas de terras
Luiz Antonio
4
baixas e montana
Martinelli
situadas nos núcleos
de Picinguaba e
Santa Virginia do
Parque Estadual da
Serra do Mar
Universidade
de São Paulo
(USP). Centro
de Energia
Nuclear na
Agricultura
(CENA)
Luiz Antonio
Martinelli
Auxílio à
Pesquisa Programa
BIOTA Regular
Ciências
Biológicas
01/06/2011 30/11/2013
A Floresta Tropical Atlântica ocorre ao longo do litoral
brasileiro e, em função de sua extensão e variações nas
condições microclimáticas e edáficas, é caracterizada
por possuir uma elevada diversidade, seja em termos de
estrutura ou de composição florística. Dentre as
diversas famílias botânicas presentes neste ecossistema,
a família Leguminosas apresenta grande importância,
tanto pela sua abundância e ampla distribuição, como
por desempenhar um papel importante no ciclo do
nitrogênio (N) terrestre, fato este provavelmente
relacionado a uma maior capacidade de assimilação de
N por estas espécies, sejam elas noduladoras ou não.
Levantamentos realizados em diferentes fonmações
vegetais da Floresta Tropical Atlântica ao longo de um
gradiente attitudinal indicam diferenças significativas na
disponibilidade de N nos solos em diferentes altitudes,
sugerindo funcionamento distinto quanto a dinâmica do
N e funcionamento do ecossistema como um todo.
Desta forma, o objetivo deste trabalho será investigar o
papel das leguminosas potencialmente fixadoras de
nitrogênio em florestas tropicais com condições diversas
quanto ao ciclo do N. Em um dos sítios (Floresta
Atlântica Ombrófila Montana), apesar dos altos
423
conteúdos de N no solo, os fluxos para a atmosfera e
pelo deflúvio sâo baixos. Por outro lado, na Floresta
Atlântica Ombrófila de Terras Baixas, apesar dos
menores conteúdos de N no solo, os fluxos para a
atmosfera e pelo deflúvio sâo maiores. Para se atingir
esse objetivo serão determinados os conteúdos de N,
carbono (C), fósforo (P) e cálcio (Ca), além da
composição isotópica do N e do C, nas folhas, troncos e
serapilheira das leguminosas pertencentes à família das
Fabaceaes em uma parcela situada na floresta Montana
e em duas parcelas situadas na floresta de Terras Baixas.
(AU)
Ciclagem de
nitrogênio e fluxo de
Janaina
06/60185- gases em floresta
Braga do
0
tropical de Mata
Carmo
Atlântica do estado
de São Paulo
424
Universidade
de São Paulo
(USP). Centro
de Energia
Nuclear na
Agricultura
(CENA)
Janaina
Braga do
Carmo
Auxílio à
Pesquisa Programa
Primeiros
Projetos
Ciências
Biológicas
Diante da grande importância, produtividade e extensão
da Mata Atlântica, o presente estudo apresenta como
objetivo principal investigar se as perdas de nitrogênio
(N) pela emissão de gases é um componente importante
no ciclo do N na mata Atlântica e se há uma variação
nesses fluxos em relação as diferentes altitudes e
verificar como outros parâmetros que regulam estes
fluxos (taxas de mineralização e nitrificação no solo,
qualidade da liteira e sua produção, umidade e
produção de raízes) interferem e se correlacionam com
a dinâmica do N nas diferentes altitudes. Este objetivo
CNPq
foi estabelecido visando dar suporte ao projeto
temático "Mudanças de uso da Terra e Composição
Progr
Florística, estrutura e funcionamento da Floresta
ama
01/05/2007 30/04/2008
Ombrófila Densa dos núcleos Picinguaba e santa Virgínia
Prime
do parque Estadual da serra do Mar". As coletas de
iros
amostras de solo para a análise de Nitrogênio mineral
Projet
serão realizadas mensalmente assim como as amostras
os
de liteira. A coleta de gases do solo será realizada no
período seco e chuvoso, juntamente com a coleta das
raízes do solo. A amostragem contemplará todas as
faciações da Floresta Ombrófila Densa sendo elas:
Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas; Floresta
Ombrófila Densa Submontana; Floresta Ombrófila
Densa Montana e Floresta Ombrófila Densa
Altimontana. O projeto em questão espera responder
como é o ciclo do N neste ecossistema e como isto se
reflete na sua formação bem como estimar a magnitude
das perdas de N na forma gasosa. (AU)
05/533904
05/542671
04/143540
08/573149
Efito da saturação
hídrica no solo na
taxa de assimilação
de CO2 de
Calophyllum
brasiliense Camb.
(Clusiaceae)
Fenologia de
espécies de Floresta
Atlântica, Núcleo
Picinguaba, Parque
Estadual da Serra do
Mar, Estado de São
Paulo: comparação
entre estratos e
influência de borda
natural
A comunidade de
plantas esfingófilas
da Floresta
Ombrófila Densa do
Núcleo Picinguaba:
composição,
fenologia e biologia
da polinização
Variação sazonal no
incremento
diamétrico de
indivíduos arbóreos
em uma Floresta de
Restinga do Parque
Estadual da Serra do
Mar - SP, Núcleo
Picinguaba
Formas inorgânicas
de nitrogênio em
06/53412- diferentes áreas de
0
floresta tropical de
Mata Atlântica do
Estado de São Paulo
Viviane
Camila de
Oliveira
Universidade
Estadual de
Campinas
(UNICAMP).
Instituto de
Biologia (IB)
Carlos
Alfredo Joly
Bolsas no
Brasil Mestrado
Ciências
Biológicas
01/08/2005 28/02/2007
Eliana
Gressler
Universidade
Estadual
Paulista
(UNESP).
Campus de Rio
Claro. Instituto
de Biociências
(IB)
Leonor
Patricia
Cerdeira
Morellato
Bolsas no
Brasil Doutorado
Ciências
Biológicas
01/11/2005 31/10/2009
Rubem
Samuel de
Avila Jr.
Universidade
Estadual de
Campinas
(UNICAMP).
Instituto de
Biologia (IB)
Marlies
Sazima
Bolsas no
Brasil Doutorado
Ciências
Biológicas
01/06/2005 31/05/2008
Fernanda
Fischer
Ballione
Universidade
de São Paulo
(USP). Centro
de Energia
Nuclear na
Agricultura
(CENA)
Luiz Antonio
Martinelli
Bolsas no
Brasil Iniciação
Científica
Ciências
Biológicas
01/12/2008 31/12/2009
Luiz Antonio
Martinelli
Bolsas no
Brasil Iniciação
Científica
Ciências
Biológicas
01/10/2006 30/09/2007
Luiz Antonio
Martinelli
Bolsas no
Brasil - PósDoutorado
Ciências
Biológicas
01/01/2006 04/06/2008
Grasiele
Fernanda
Bueno
Ciclagem de
nitrogênio e fluxo de
Janaina
05/56837- gases em floresta
Braga do
0
tropical de Mata
Carmo
Atlântica do estado
de São Paulo
Universidade
de São Paulo
(USP). Centro
de Energia
Nuclear na
Agricultura
(CENA)
Universidade
de São Paulo
(USP). Centro
de Energia
Nuclear na
Agricultura
(CENA)
425
Composição
florística, estrutura
e dinâmica do
funcionamento da
Floresta Ombrófila
12/51509- Densa Atlântica dos
8
núcleos
Caraguatatuba,
Cunha, Picinguaba e
Santa Virgínia, do
Parque estadual da
Serra do Mar (PelD)
426
Carlos
Alfredo Joly
Universidade
Estadual de
Campinas
(UNICAMP).
Instituto de
Biologia (IB)
Carlos
Alfredo Joly
Auxílio à
Pesquisa Programa
BIOTA Regular
Ciências
Biológicas
01/12/2013 31/05/2017
Composição florística, estrutura e dinâmica do
funcionamento da Floresta Ombrófila Densa Atlântica
dos Núcleos Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e Santa
Virginia, do Parque Estadual da Serra do Mar, São Paulo,
Brasil. Nome do Sítio PELD: Gradiente Funcional da
Floresta Ombrófila Densa Atlântica SIGLA DO SÍTIO
(quatro letras no máximo): FGAF (Functional Gradient of
Atlantic Forest) O projeto de criar o sitio PELD –
Gradiente Funcional da Floresta Ombrófila Densa
Atlântica, abrangendo áreas de Mata Atlântica dos
Núcleos Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e Santa
Virginia do Parque Estadual da Serra do Mar, visa
consolidar a infra-estrutura e as linhas de pesquisa
implantadas na região através dos Programas BIOTA e
Mudanças Climáticas da FAPESP. O objetivo é responder
às seguintes perguntas: a) na transição da região
tropical para a região subtropical a topografia e a face
de exposição da vertente são componentes mais
importantes do que a altitude na composição florística
do estrato arbóreo da Floresta Ombrófila Densa
Atlântica? b) a Floresta Ombrófila Densa Atlântica é um
sumidouro ou uma fonte de emissão de CO2? c) De que
forma varia o tempo de residência do carbono na
vegetação e no solo ao longo de um gradiente
altitudinal de FODA, e como este parâmetro é afetado
pelas mudanças climáticas globais? d) a deposição de
compostos nitrogenados oriundos da Unidade de
Tratamento de Gás implantada pela PETROBRAS em
Caraguatatuba, afeta de forma diferenciada o
crescimento de espécies arbóreas, de forma a médio e
longo prazo alterar a composição florística da Floresta
Ombrófila Densa Atlântica na área de influência da
UTGCA? E) Dados de dinâmica populacional, tais como
de taxas de crescimento anuais e fenologfa, em
diferentes altitudes na FOD Atlântica, permitiriam
determinar formas de manejo do fruto do Euterpe
edulis Mart. (Arecaceae), como forma de aumentar a
renda de populações no entorno de Unidades de
Conservação? O sitio de pesquisa está localizado em 4
Núcleos do Parque Estadual da Serra do Mar?
Caraguatatuba, Cunha, Picinguaba e Santa Virginia. A
vertente Picinguaba-Santa Virgínia-Cunha se justifica
pela necessidade de cobrirmos todas as fitofisionomias
que compõem a Floresta Ombrófila Densa Atlântica:
Floresta de Restinga (Picinguaba)? Floresta Ombrófila
Densa das Terras Baixas (Picinguaba)? Floresta
Ombrófila Densa Submontana (Picinguaba)? Floresta
Ombrófila Densa Montana (Santa Virgínia) e Floresta
Ombrófila Densa Alto Montana (Cunha). A inclusão das
áreas no Núcleo Caraguatatuba se justifica peio objetivo
de monitorar, a médio e longo prazo, os possíveis
impactos da UTGCA na Floresta Ombrófila Densa
Atlântica. Considerando que o projeto se desenvolverá
sobre uma base de conhecimento acumulada nos
últimos 10 anos, nos próximos 4 anos será possível
alcançarmos os seguintes objetivos: a) na questão
relacionada à biodiversidade, estrutura e dinâmica do
componente arbóreo da Floresta Ombrófila Densa
Arbórea será possível determinar quais os principais
fatores abióticos que determinam o limite de ocorrência
das espécies. Desta forma será possível rever a
classificação de Veloso et al (1991), adaptando-a para
um recorte regional; b) na questão relacionada ao papel
de FODA como sumidouro ou fonte de emissão de CO2,
teremos uma série temporal de 5 anos contínuos de
medição, o suficiente para determinação de tendências
valores do balanço líquido; c) na questão relacionada ao
tempo de residência do carbono na vegetação e solo
teremos uma linha de base estabelecida de forma a
médio prazo podermos determinar as tendências e os
valores, complementando o item acima; d) na questão
relacionada ao impacto da deposição de compostos
oriundos da Unidade de Tratamento de Gás implantada
pela PETROBRAS em Caraguatatuba, além da linha de
base já poderemos indicar tendências; e) Na questão
relacionada ao manejo do fruto de Euterpe edulis Mart.
(Arecaceae), integrando nossos dados aos já existentes
e/ou que estão sendo gerados por outros projetos na
região, estaremos em condições de determinar cotas de
coleta de frutos em cada fitofisionomia da FODA.
METODOLOGIA 1) Parcelas Permanentes &amp;
Florística e Fitossociologia No estudo do componente
florístico fitossociológico serão utilizadas as 18 Parcelas
Permanentes já instaladas na região, prevendo-se a
instalação de xx novas parcelas para inclusão de
parcelas nas cotas 1.200 e 1.500 m bem como de
parcelas onde a floresta está em regeneração e o
histórico de perturbação seja conhecido. A implantação
das Parcelas Permanentes, plaqueamento, mapeamento
e medição de indivíduos com DAP &#8805; 4,8 cm,
segue o protocolo RAINFOR adaptado por Joly et al
(2012). 2) Balanço do CO2 A Torre Micrometeorológica
de Fluxo, que estuda as interações floresta-atmosfera
no que tange a trocas de CO2 e água, foi implantada no
Núcleo Santa Virgínia/PESM entre 2007 e 2008, pelo
Projeto Temático BIOTA Gradiente Funcional. O sítio
experimental está estabelecido na microbacia do
Ribeirão Casa de Pedra (RCP), com área de ~2,5 km2,
427
altitude de 900 a 1000 m, definida entre 23º17' a
23º24'S, e 4Sº03' a 45º11' W. 3) Tempo de Residência
do carbono Medições da dinâmica de madeira em
parcelas permanentes serão usadas para estimar o
tempo de residência de C no compartimento chamado
de Madeira Morta, ou ?coarse wood debris - CWD?.
Amostragem de tronco e raízes das árvores serão
utilizadas para análise radiocarbônica da celulose. A
quantificação da produção anual de raízes finas será
feita através de coletores com diâmetro de 14cm e
profundidade de 30cm. O conteúdo de radiocarbono na
serapilheira, nas raízes mortas e na matéria orgânica do
solo será usado para determinar o tempo de residência
do carbono nestes compartimentos do ecossistema.
Finalmente, o teor de 14C no CO2 respirado da
superfície do solo e em incubações será usado para
estimar a idade média de carbono respirado do
ecossistema. 4? Impactos da deposição de compostos
nitrogenados da UTGCA Serão utilizados amostradores
passivos para deposição de N via NO2, HNO3, NH4, e
mostradores ativos (aerossóis) para NO3- e NH4+.
Alterações no solo serão monitoradas com coletas e
análises químicas sistemáticas a cada 6 meses. Serão
selecionadas espécies arbóreas que ocorram tanto nas
proximidades da UTGCA (Núcleo Caraguatatuba) como
fora de sua área de influência (Núcleo Picinguaba) para
o acompanhamento de possíveis alterações no
metabolismo do nitrogênio. O Crescimento de
indivíduos destas espécies nas duas áreas, controle e
sob impacto da UTGCA, será acompanhado com bandas
dendrométricas para o monitoramento de possíveis
alterações nas taxas de crescimento. Através de
equações o incremento no diâmetro poderá ser
transformado em carbono, e a comparação entre as
áreas permitirá determinar se o incremento de
nitrogênio no solo, por deposição dos compostos
emitidos pela UTGCA, altera a taxa de fixação de
carbono. 5? Manejo sustentável do fruto de Euterpe
edulis Mart. (Arecaeae) Atualmente o principal Produto
Florestal Não Madeireiro da Floresta Ombrófila Densa
Atlântica é o palmito da palmeira juçara (Euterpe edulis
Mart.), cuja extração provoca a morte da palmeira e
causa sérias alterações ambientais. No entanto, esta
palmeira oferece outro recurso econômico de grande
valor e de menor impacto ambiental, que é a polpa do
fruto, similar em aparência e valor nutricional ao açaí
extraído da espécie amazônica, o Euterpe oleracea
Mart. O Plano de Manejo do Núcleo Picinguaba do
PESM define áreas com possibilidade de usos especiais,
428
denominadas Zonas Histórico-Culturais Antropológicas
(ZHCA), devido à presença das comunidades
tradicionais. A exploração do fruto de juçara já vem
acontecendo em ZHCA no entorno do Núcleo
Picinguaba, em áreas de florestas de terras baixas e
submontana desde 2005 e em Zonas de Amortecimento
no entorno do Núcleo Santa Virginia. O objetivo deste
subprojeto é gerar, através de censos anuais e estudos
fenológicos um conjunto de dados sólidos que permitam
a determinação de cotas de extração de frutos que
contribuam com a renda das populações tradicionais,
sem afetar a regeneração e manutenção da população
da espécie. (AU)
429
Universidade
Estadual de
Campinas
(UNICAMP).
Coordenadoria
de Centros e
Núcleos
Eliane
Disciplinares
Simoes
(COCEN).
Núcleo de
Estudos e
Pesquisas
Ambientais
(NEPAM)
Auxílio à
Pesquisa Publicações
científicas Livros no
Brasil
Interdisciplinar 01/11/2012 31/07/2014
Fábio
Frattini
Marchetti
Universidade
Estadual
Paulista
(UNESP).
Campus de Rio
Claro. Instituto
de Biociências
(IB)
Maria
Christina de
Mello
Amorozo
Bolsas no
Brasil Iniciação
Científica
Ciências
Biológicas
01/08/2008 30/11/2009
Marcos
Augusto da
Silva
Scaranello
Universidade
de São Paulo
(USP). Centro
de Energia
Nuclear na
Agricultura
(CENA)
Plínio
Barbosa de
Camargo
Bolsas no
Brasil Iniciação
Científica
Ciências
Biológicas
01/07/2007 31/12/2007
Bianca
Netto
Rodrigues
Universidade
de Taubaté
(UNITAU).
Instituto
Básico de
Biociências
(IBB)
Simey Thury
Vieira Fisch
Bolsas no
Brasil Iniciação
Científica
Ciências
Biológicas
01/03/2009 31/12/2010
O dilema das
decisões sobre
populações
humanas em
12/50466Eliane
parques:jogo
3
Simoes
compartilhado entre
técnicos e
residentes no
Núcleo Picinguaba
Alternativas de
subsistência da
comunidade
caicara/quilombola
08/53648- do sertão da
0
fazenda, no Núcleo
Picinguaba do
Parque Estadual da
Serra do Mar,
Ubatuba-SP
Métodos de
estimativa de altura
e sua contribuição
na determinação da
07/02947- biomassa arbórea
4
em um gradiente
topográfico
localizado no Parque
Estadual da Serra do
Mar, SP
Análise morfológica
e cromossômica de
duas populações da
palmeira clonal
08/09350- Geonoma elegans
6
Mart. em diferentes
altitudes no Núcleo
Picinguaba, Parque
Estadual da Serra do
Mar - SP
430
Dinâmica do
carbono e
nitrogênio do solo
Lucas de
10/09146sob restinga na Ilha Camargo
0
do Cardoso e Núcleo Reis
Picinguaba no
Estado de São Paulo
Caracterização
química do solo em
07/50561- Floresta Ombrófila
8
Densa do Parque
Estadual da Serra do
Mar
Padrões e
diversidade de tipos
funcionais em
floresta ombrófila
05/59168densa dos núcleos
1
Picinguaba e Santa
Virgínia do Parque
Estadual da Serra do
Mar
Estrutura genética e
09/03676- variação altitudinal
0
em uma espécie da
Mata Atlântica
Etnoictiologia em
03/04154- Picinguaba e
0
Ilhabela, litoral de
São Paulo
Carla
Alberoni
Rosada
Enio Egon
Sosinski
Junior
Rafael Flora
Ramos
Rodrigo
Vieira Lima
Universidade
de São Paulo
(USP). Centro
de Energia
Nuclear na
Agricultura
(CENA)
Universidade
de São Paulo
(USP). Centro
de Energia
Nuclear na
Agricultura
(CENA)
Universidade
Estadual de
Campinas
(UNICAMP).
Instituto de
Biologia (IB)
Universidade
Estadual de
Campinas
(UNICAMP).
Instituto de
Biologia (IB)
Universidade
Estadual de
Campinas
(UNICAMP).
Coordenadoria
de Centros e
Núcleos
Disciplinares
(COCEN).
Núcleo de
Estudos e
Pesquisas
Ambientais
(NEPAM)
Plínio
Barbosa de
Camargo
Bolsas no
Brasil Iniciação
Científica
Ciências
Biológicas
01/08/2010 31/07/2012
Marisa de
Cassia
Piccolo
Bolsas no
Brasil Iniciação
Científica
Ciências
Biológicas
01/04/2007 31/12/2007
Carlos
Alfredo Joly
Bolsas no
Brasil - PósDoutorado
Ciências
Biológicas
01/04/2006 31/03/2009
Vera Nisaka
Solferini
Bolsas no
Brasil Mestrado
Ciências
Biológicas
01/08/2009 28/02/2011
Alpina
Begossi
Bolsas no
Brasil Programa
Ciências
Capacitação
Biológicas
Treinamento
Técnico
01/06/2003 31/01/2004
431
Análise citogenética
em algumas
espécies de opiliões
(Opiliones
Laniatores,
Gonyleptidae) da
01/12454Mata Atlântica
9
(Parque Estadual da
Serra do Mar,
núcleo de
Picinguaba,
Ubatuba, SP, Alto da
Serra..
Estudo do balanço
hídrico e balanço
biogeoquímico de
nitrogênio em uma
06/59536microbacia com
3
plantação florestal
de eucalipto no
litoral norte do
Estado de São Paulo
Caracterização
hidrológica e
dinâmica do
nitrogênio na
06/51488- microbacia do
0
ribeirão do Ipiranga,
do Parque Estadual
da Serra do Mar,
Núcleo Santa
Virgínia
Rosângela
Martins de
Oliveira
Universidade
Estadual
Paulista
(UNESP).
Doralice
Campus de Rio Maria Cella
Claro. Instituto
de Biociências
(IB)
Bolsas no
Brasil Iniciação
Científica
Ciências
Biológicas
01/01/2002 31/12/2002
Rodrigo
Trevisan
Universidade
de São Paulo
(USP). Centro
de Energia
Nuclear na
Agricultura
(CENA)
Jorge
Marcos de
Moraes
Bolsas no
Brasil Mestrado
Ciências
Biológicas
01/03/2007 28/02/2009
Juliano
Daniel
Groppo
Universidade
de São Paulo
(USP). Centro
de Energia
Nuclear na
Agricultura
(CENA)
Luiz Antonio
Martinelli
Bolsas no
Brasil Doutorado
Ciências
Biológicas
01/07/2006 30/06/2010
Mariana
Cruz
Rodrigues
de Campos
Universidade
Estadual de
Campinas
(UNICAMP).
Instituto de
Biologia (IB)
Carlos
Alfredo Joly
Bolsas no
Brasil Mestrado
Ciências
Biológicas
01/09/2006 31/01/2008
Estudo do balanço
hídrico e balanço
biogeoquímico de
nitrogênio em uma
06/54292Luiz Felippe
microbacia de
9
Salemi
primeira ordem com
cobertura de
pastagem no litoral
norte do Estado de
Universidade
de São Paulo
(USP). Centro
de Energia
Nuclear na
Agricultura
(CENA)
Luiz Antonio
Martinelli
Bolsas no
Brasil Mestrado
Ciências
Biológicas
01/09/2006 31/08/2008
Florística e estrutura
da comunidade
arbórea da Floresta
06/52519Ombrófila Densa
6
Submontana do
Núcleo Picinguaga PESM, Ubatuba, SP
432
São Paulo
08/083442
08/083465
99/069027
00/000112
Fenologia de
espécies de Floresta
Atlântica do Estado
de São Paulo:
comparação entre
estratos, influência
de borda natural e
importância da
família Myrtaceae
Fenologia de
espécies de Floresta
Atlântica do Estado
de São Paulo:
comparação entre
estratos, influência
de borda natural e
importância da
família Myrtaceae
Mapeamento das
áreas suscetíveis a
prática
agroecológica no
Núcleo Picinguaba
(Parque Estadual da
Serra do Mar),
através do
geoprocessamento
como subsídio a
atividades
econômicas
sustentáveis
Ecologia da
polinização de duas
espécies de
bromélias de Mata
Atlântica no Estado
de São Paulo
Universidade
Estadual
Paulista
(UNESP).
Campus de Rio
Claro. Instituto
de Biociências
(IB)
Leonor
Patricia
Cerdeira
Morellato
Bolsas no
Brasil Programa
Ciências
Capacitação
Biológicas
Treinamento
Técnico
01/09/2008 30/06/2009
Leonor
Patricia
Cerdeira
Morellato
Bolsas no
Brasil Programa
Ciências
Capacitação
Biológicas
Treinamento
Técnico
01/09/2008 28/02/2010
Luciene
Cristina
Risso
Universidade
Estadual
Paulista
(UNESP).
Marcos
Campus de Rio César
Claro. Centro
Ferreira
de Estudos
Ambientais
(CEA)
Bolsas no
Brasil Mestrado
Ciências
Biológicas
01/11/1999 31/10/2001
Maria
Bernadete
Ferreira
Canela
Universidade
Estadual de
Campinas
(UNICAMP).
Instituto de
Biologia (IB)
Bolsas no
Brasil Mestrado
Ciências
Biológicas
01/04/2000 28/02/2002
Claudio
Bernardo
Universidade
Estadual
Paulista
Vanessa
(UNESP).
Graziele
Campus de Rio
Staggemeier
Claro. Instituto
de Biociências
(IB)
Marlies
Sazima
433
Fenologia de
vegetação de duna
da praia da fazenda,
96/08000Parque Estadual da
2
Serra do Mar,
Núcleo Picinguaba,
Ubatuba, SP
Eliane
Cristina
Romera
Morfo-anatomia de
espécies de
Marantaceae do
96/06757Núcleo Picinguaba,
9
Parque Estadual da
Serra do Mar Ubatuba - SP
Vera Lis
Cruz
Rodrigues
Uliana
97/115921
10/514945
94/033870
07/572840
Proposta de um
plano de educação
ambiental com
ênfase na questão
dos resíduos sólidos,
para a comunidade
caiçara do bairro de
camburi, localizado
no Parque Estadual
da Serra do Mar,
Núcleo Picinguaba..
Biologia reprodutiva
e polinização de
espécies de
Melastomataceae
em duas áreas de
gradiente altitudinal
no Sudeste do Brasil
Ecologia do tiêsangue
Ramphocelus
bresilius (aves,
Thraupidae) no
Parque Estadual da
Serra do Mar,
Núcleo Picinguaba,
Ubatuba, SP
Estoque de Madeira
Morta ao longo de
um gradiente
altitudinal de Mata
Atlântica no
Nordeste do Estado
434
Universidade
Estadual
Paulista
(UNESP).
Campus de Rio
Claro. Instituto
de Biociências
(IB)
Universidade
Estadual
Paulista
(UNESP).
Campus de Rio
Claro. Instituto
de Biociências
(IB)
Leonor
Patricia
Cerdeira
Morellato
Bolsas no
Brasil Mestrado
Ciências
Biológicas
01/02/1997 31/01/1999
Vera Lucia
Scatena
Bolsas no
Brasil Mestrado
Ciências
Biológicas
01/11/1996 31/10/1998
Alexandra
Marselha
Siqueira
Pitolli
Universidade
Estadual
Paulista
(UNESP).
Luiz Marcelo
Campus de Rio de Carvalho
Claro. Instituto
de Biociências
(IB)
Bolsas no
Brasil Iniciação
Científica
Ciências
Humanas
01/01/1998 31/12/1998
Vinicius
Lourenço
Garcia de
Brito
Universidade
Estadual de
Campinas
(UNICAMP).
Instituto de
Biologia (IB)
Bolsas no
Brasil Doutorado
Ciências
Biológicas
01/10/2010 31/07/2014
Sáuria Lúcia
Rocha de
Castro
Universidade
Estadual
Paulista
Miguel
(UNESP).
Petrere
Campus de Rio
Junior
Claro. Instituto
de Biociências
(IB)
Bolsas no
Brasil Mestrado
Ciências
Biológicas
01/04/1995 30/09/1995
Larissa
Giorgeti
Veiga
Universidade
Estadual de
Campinas
(UNICAMP).
Instituto de
Biologia (IB)
Bolsas no
Brasil Mestrado
Ciências
Biológicas
01/03/2008 28/02/2010
Marlies
Sazima
Carlos
Alfredo Joly
de São Paulo
Modelagem da
dinâmica do
nitrogênio em uma
micro-bacia com
08/52279cobertura florestal
0
no Parque Estadual
da Serra do Mar,
Núcleo Santa
Virgínia
Composição
florística, estrutura
e funcionamento da
Floresta Ombrófila
06/57135Densa nos núcleos
1
Picinguaba e Santa
Virgínia do Parque
estadual da Serra do
Mar
Composição
florística, estrutura
e funcionamento da
Floresta Ombrófila
06/57790- Densa dos núcleos
0
Picinguaba e Santa
Virgínia do Parque
estadual da Serra do
Mar, Estado de São
Paulo, Brasil
Composição
florística, estrutura
e funcionamento da
Floresta Ombrófila
06/60183- Densa dos núcleos
8
Picinguaba e Santa
Virgínia do Parque
estadual da Serra do
Mar, Estado de São
Paulo, Brasil
Elizabethe
de Campos
Ravagnani
Universidade
de São Paulo
(USP). Centro
de Energia
Nuclear na
Agricultura
(CENA)
Luiz Antonio
Martinelli
Bolsas no
Brasil Mestrado
Ciências
Biológicas
01/08/2008 31/03/2010
Jose Ataliba
Mantelli
Aboin
Gomes
Secretaria de
Agricultura e
Abastecimento
(São Paulo Estado).
Agência
Carlos
Paulista de
Alfredo Joly
Tecnologia dos
Agronegócios
(APTA).
Instituto
Agronômico
(IAC)
Bolsas no
Brasil Programa
Ciências
Capacitação
Biológicas
Treinamento
Técnico
01/10/2006 30/09/2008
Daiana
Aparecida
Correa
Universidade
de São Paulo
(USP). Centro
de Energia
Nuclear na
Agricultura
(CENA)
Luiz Antonio
Martinelli
Bolsas no
Brasil Programa
Ciências
Capacitação
Biológicas
Treinamento
Técnico
01/10/2006 31/07/2007
Simoni
Cristiane
Grilo
Universidade
de São Paulo
(USP). Centro
de Energia
Nuclear na
Agricultura
(CENA)
Luiz Antonio
Martinelli
Bolsas no
Brasil Programa
Ciências
Capacitação
Biológicas
Treinamento
Técnico
01/12/2006 30/11/2008
435
Ciclagem do fósforo
em Floresta
09/15175- Ombrófila Densa
5
dos núcleos de
Picinguaba e Santa
Virginia -SP
6.
Processo
Denise
Teresinha
Gonçalves
Bizuti
Universidade
de São Paulo
(USP). Centro
de Energia
Nuclear na
Agricultura
(CENA)
Marisa de
Cassia
Piccolo
Bolsas no
Brasil Mestrado
Ciências
Agrárias
01/03/2010 28/02/2011
Núcleo Santa Virgínia
Título
(Português)
Beneficiário
"Estrutura e
diversidade da
família Lauraceae
Vitor de
11/15892- na Mata Atlântica
Andrade
9
do Parque
Kamimura
Estadual da Serra
do Mar, São
Paulo, Brasil"
436
Instituição
Pesquisador
responsável
Linha de
fomento
Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio
Claro. Instituto de Biociências (IB)
Bolsas no
Marco Antonio
Brasil de Assis
Mestrado
Grande área
do
conheciment
o
Ciências
Biológicas
Início
Término
01/08/201
2
28/02/201
4
Convêni
o/Acor
do de
cooper Resumo
ação
com a
FAPESP
The study of the floristic
composition and
phytosociological structure is
an important tool for
characterizing plant
communities, and a proper
analysis of patterns of
distribution and richness of
their species. In São Paulo
withdrawals from the arboreal
component of the Tropical
Rain Forest were the targets
of many jobs in the last
decade. However, despite a
large volume of data produced
for training forestry,
contained little more specific
and detailed analysis of the
contribution floristic and
structural importance of its
most significant families as
Myrtaceae, Fabaceae,
Rubiaceae and Lauraceae.
Thus, this study fits into the
context of a broader project
to evaluate the floristic
composition, structure and
functioning of the dense rain
forest of the Atlantic
Composição
florística,
estrutura e
funcionamento
03/12595- da Floresta
7
Ombrofila Densa
dos núcleos
Picinguaba e
Santa Virgínia do
Parque
Carlos
Alfredo Joly
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).
Instituto de Biologia (IB)
Carlos Alfredo
Joly
Auxílio à
Pesquisa Programa
BIOTA Temático
Ciências
Biológicas
01/06/200
5
30/11/201
0
Picinguaba and Santa Virginia
State Park of Serra do Mar
(FAPESP / Biota 10/50811 -7
and 03/12595-7), has as main
objective the analysis of the
floristic composition and
structure of the family
Lauraceae an altitudinal
gradient in the dense rain
forest in São Paulo state. This
will be compiled survey data
from fifteen (15 hectares)
made for the tree component
of the State Park of Serra do
Mar in different faces,
considering the richness,
diversity and structural
importance of family in the
community. It is intended to
examine also the spatial
distribution of its species, as
well as the relations of floristic
similarity of family over this
altitudinal gradient by means
of multivariate analysis. (AU)
O objetivo deste projeto é
determinar quais são as
características intrínsecas
realmente relevantes para
compreendermos o papel de
cada espécie/grupo funcional
na determinação da
composição florística, da
estrutura e do funcionamento
das distintas fisionomias da
Floresta Ombrófila Densa da
região nordeste do Estado de
São Paulo: Núcleos Picinguaba
e Santa Virgínia do Parque
Estadual da Serra do Mar.
Simultaneamente, com os
dados de funcionamento
desse ecossistema,
poderemos determinar o
papel, como fonte de emissão
ou sumidouro de CO2, da
Floresta Ombrófila Densa do
Domínio Atlântico na
variabilidade climática
437
Comunidade de
aves como
13/24929indicadora da
9
qualidade
florestal
438
Alex
Augusto de
Abreu Bovo
Universidade de São Paulo (USP). Escola Superior de
Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ)
Katia Maria
Paschoaletto
Micchi de
Barros Ferraz
Bolsas no
Brasil Mestrado
Ciências
Biológicas
01/03/201
4
31/07/201
5
interanual e nos cenários de
mudanças climáticas globais.
Estes dados permitirão a
comparação com os
resultados que vêm sendo
obtidos pelo Projeto LBS
(Large Scale BiosphereAtmosphere Experiment in
Amazônia) na Floresta
Ombrófila Densa da Bacia
Amazônica. (AU)
Fragmentation and loss of
habitat have caused major
impacts on biodiversity. Along
this factors, changes in the
composition of the food chain
also interfere with the
dynamics of ecosystems,
causing loss of species and
ecological functions. The aim
of this study is to functionally
characterize bird assemblages
in forest remnants embedded
in matrix and anthropic areas
inserted in a continuous
Atlantic Forest vegetation. For
this, we used data collected
through points into eight
fragments located in the Rio
Corumbataí and three areas of
continuous forest of the Serra
do Mar - Serra de
Paranapiacaba (Carlos Botelho
State Park and the Serra do
Mar State Park - Picinguaba
and Santa Virginia) , and
secondary data . To
characterize these areas will
be used to functional diversity
(FD) for the assemblage of
birds, which takes into
account specific peculiarities,
enabling a more detailed
analysis of these assemblages
. A theoretical framework
from secondary data
substantiate the search for
patterns of changes in the
composition of assemblies
Estudo da
biomassa
radicular em uma
área de pastagem
12/03554- em regeneração
Juliana
4
natural no
Antonio
Parque Estadual
da Serra do MarNúcleo Santa
Virgínia
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia
Nuclear na Agricultura (CENA)
Luiz Antonio
Martinelli
Bolsas no
Brasil Iniciação
Científica
Ciências
Biológicas
01/06/201
2
30/11/201
3
according to the degree of
degradation / defaunation of
this fragments. It is hoped that
this proposal to identify
functional changes in the
assemblies, as well as crossing
this information with
landscape metrics in order to
identify which characteristics
influence the functional
composition of birds in
agricultural landscapes. These
findings may help to develop
strategies for biodiversity
conservation. (AU)
Considered one of the most
diverse ecosystems on the
planet, the Atlantic Forest is
currently fragmented and
reduced to only 8% of its
original coverage. Some of the
factors responsible for this
degradation were the
different Brazilian economic
cycles, in which forest areas
were cleared and used for
several activities such as the
establishment of pastures.
Such disturbances can cause
local changes in the
biogeochemistry, limiting the
recovery of natural forest and
affecting both the vegetation
above soil as the root system.
The roots are important for
the structure and function of
forest ecosystems,
participating on cycling,
accumulation, and uptake of
nutrients in the soil, and can
be used as an important tool
for understanding the
processes of regeneration of
degraded areas. Thus, this
work aims to study possible
variations in root biomass and
characterize as the roots from
plants of C4 or C3 cycles in a
pasture area that is in natural
439
regeneration process,
localized at Santa Virginia
nucleus in Serra do Mar State
Park. In order to do that, roots
will be weighed and its mass
values will be determined as
well as the carbon isotope
composition (d13C) using the
technique of isotopic analysis.
(AU)
Ciclagem de
carbono,
nitrogênio e
enxofre na
serapilheira em
Floresta
08/57174Ombrófila Densa
2
sob diferentes
altitudes no
Parque Estadual
da Serra do Mar,
no Estado de São
Paulo
440
Plínio
Barbosa de
Camargo
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia
Nuclear na Agricultura (CENA)
Plínio Barbosa
de Camargo
Auxílio à
Pesquisa Regular
Ciências
Biológicas
01/10/200
9
30/09/201
1
O Parque Estadual da Serra do
Mar, devido a sua grande
amplitude altitudinal, abriga
fisionomias variadas da
Floresta Ombrófila Densa ou
Mata Atlântica. Devido à
escassez de informações sobre
a estrutura e o funcionamento
da Floresta Ombrófila Densa
Atlântica ao longo de um
gradiente de altitudes, este
trabalho tem como objetivo
avaliar a contribuição do
estoque de C, N e S na
serapilheira acumulada sobre
o solo na distribuição dessas
fisionomias. Este projeto de
pesquisa trará informações
importantes ao Projeto BIOTA
"Composição florística,
estrutura e funcionamento da
Floresta Ombrófila Densa dos
Núcleos Picinguaba e Santa
Virgínia do Parque Estadual da
Serra do Mar" (processo
FAPESP n° 03/12595-7), como
também o conhecimento da
dinâmica dos principais
elementos na serapilheira, da
Mata Atlântica. Áreas com
diferentes altitudes foram
selecionadas para a realização
deste estudo, como: Mata de
Restinga (5 a 20 m), Floresta
Ombrófila Densa de Terras
Baixas (50 a 100 m), Floresta
Ombrófila Densa Submontana
Ciclagem de
carbono,
nitrogênio e
nutrientes de
solo em Floresta
07/52482Ombrófila Densa
8
do Parque
Estadual da Serra
do Mar, no
estado de São
Paulo
Marisa de
Cassia
Piccolo
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia
Nuclear na Agricultura (CENA)
Marisa de
Cassia Piccolo
Auxílio à
Pesquisa Regular
Ciências
Biológicas
01/08/200
7
31/01/201
0
(300 a 600 m) e Floresta
Ombrófila Densa Montana (ao
redor de 1.000 m). As coletas
da serapilheira acumulada
sobre a superfície do solo
serão realizadas uma vez ao
mês perfazendo um período
de 12 meses, sendo feito o
acompanhamento da massa
depositada e à caracterização
química das mesmas (teores
de carbono, nitrogênio e
enxofre), em todas as áreas de
estudo nas quatro fisionomias.
Os dados dos estoques e
teores dos elementos citados
serão relacionados aos dados
de solos das áreas das
diferentes altitudes (processo
FAPESP n° 07/52482-8). (AU)
A Mata Atlântica
originalmente ocupava uma
área de 1,3 milhão de
quilômetros quadrados, sendo
que apenas cerca de 7,6% de
sua extensão original não foi
modificada. Ainda podem ser
encontradas manchas da
floresta na Serra do Mar e na
Serra da Mantiqueira, no
Sudeste do Brasil. Devido à
escassez de informações sobre
a estrutura e o funcionamento
da floresta ombrófila densa
atlântica ao longo de um
gradiente longitudinal, este
projeto de pesquisa tem como
objetivo o acompanhamento
da dinâmica do C, N e demais
nutrientes nos solos das áreas
de mata de restinga (5 a 20m
de altitude), floresta ombrófila
densa das terras baixas (50 a
100m), floresta ombrófila
densa submontana (300 a
600m de altitude) e floresta
ombrófila densa montana (ao
redor de 1.000m de altitude).
O estudo será realizado no
441
núcleo de Santa Virgínia e de
Picinguaba (23° 17' a 23° 24' S
e 45° 03' a 45° 11' O) com a
caracterização do solo por
meio da classificação
pedológica, análises químicas
e físicas, estoques dos
elementos e variação
isotópica de C (13C/12C) e de
N (15N/14N). (AU)
Distribuição da
comunidade de
palmeiras no
gradiente
01/06023- altitudinal da
5
Floresta Atlântica
na região
Nordeste do
estado de São
Paulo
442
Simey Thury
Vieira Fisch
Universidade de Taubaté (UNITAU). Pró-Reitoria de
Pesquisa e Pós-Graduação
Simey Thury
Vieira Fisch
Auxílio à
Pesquisa Programa
BIOTA Regular
Ciências
Agrárias
01/04/200
2
31/03/200
5
Embora a Floresta Atlântica
esteja melhor preservada em
áreas montanhosas, as
alterações que o gradiente
altitudinal provoca na
vegetação vêm sendo pouco
enfocadas nos estudos
realizados nesse bioma. A
elevação tem sido apontada
como responsável pelo
declínio da diversidade de
palmeiras e pela abundância
de uma ou poucas espécies
em altitudes intermediárias.
Baseado nestas premissas,
este projeto tem por objetivo
principal correlacionar a
ocorrência de palmeiras com o
fator altitude na Floresta
Atlântica do nordeste do
Estado de São Paulo. Os
estudos serão desenvolvidos
nas Unidades de Conservação
do Parque Estadual da Serra
do Mar (Núcleo Picinguaba,
Núcleo Santa
Virgínia/Natividade da Serra e
Estação Ecológica do Bananal),
cujas formações florestais
ocorrem em altitudes que
variam de O a 1900 m. Nestes
locais serão realizadas
amostragens a cada 200 m de
altitude (0 m - nível do mar,
200, 400, 600, 800, ~940,
1200, 1400 e ~1600 m). Serão
feitas avaliações
morfométricas, coletadas as
palmeiras existentes e o meio
físico de cada unidade
amostral será caracterizado. O
projeto contará com uma
equipe multidisciplinar da
Universidade de Taubaté
(acadêmicos e professores) e
com a colaboração de
pesquisadores de Instituições
de Pesquisa (Inst. Florestal
(SP), Inst. de Botânica (SP),
Museu Prof. Mello Leitão (ES),
Inst. Jardim Botânico do Rio
de Janeiro (RJ). (AU)
Processos
hidrológicos e
transporte de
nitrogênio em
06/55136- bacias com
0
cobertura de
floresta e pasto
no litoral norte
do Estado de São
Paulo
Jorge
Marcos de
Moraes
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia
Nuclear na Agricultura (CENA)
Jorge Marcos
de Moraes
Auxílio à
Pesquisa Regular
Ciências
Biológicas
01/10/200
6
30/09/201
0
A Mata Atlântica é um
ecossistema
reconhecidamente ameaçado
e hoje é considerada como um
dos biomas prioritários para
execução de políticas de
conservação. Sua área
florestal, reduzida atualmente
a menos de 8% de sua
cobertura original, necessita
atenção especial em termos
de compreensão do seu
funcionamento como subsídio
para sua melhor conservação.
Apesar do crescente interesse
nos estudos ambientais nessa
região, os processos
hidrológicos e biogeoquúnicos
são pouco estudados em
todas as escalas, incluindo
mudanças da cobertura
vegetal de floresta para pasto,
muito comum nessa região. A
presente proposta tem o
objetivo de realizar um estudo
integrado da hidrologia e da
dinâmica do nitrogênio, em
duas bacias pareadas, uma
com cobertura florestal e
outra com cobertura de
pastagem. O estudo será
realizado em duas bacias a
serem instrumentadas, a com
cobertura florestal localizada
no Parque Estadual da Serra
443
do Mar, núcleo de Santa
Virgínia e a com pastagem em
região vizinha. O estudo é
parte integrante do projeto
temático "Composição
florística, estrutura e
funcionamento da Floresta
Ombrófila Densa dos Núcleos
Picinguaba e Santa Virgínia do
Parque Estadual da Serra do
Mar" (processo FAPESP:
03/12595-7). (AU)
Avaliação
diagnóstica da
vegetação no
Núcleo Santa
92/04627Virgínia, como
0
subsídio a
elaboração de
modelos de
reflorestamento
Waldir
Mantovani
Biologia
alimentar e
reprodutiva da
piratininga do sul,
Brycon cf.
Francisco
03/09052- opalinus (Cuvier,
Manoel de
1
1819) e a
Souza Braga
diversidade de
peixes no Núcleo
Santa Virgínia,
Parque Estadual
da Serra do Mar
444
Universidade de São Paulo (USP). Instituto de
Biociências (IB)
Waldir
Mantovani
Auxílio à
Pesquisa Regular
Ciências
Biológicas
01/03/199
3
28/02/199
5
Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio
Claro. Instituto de Biociências (IB)
Francisco
Manoel de
Souza Braga
Auxílio à
Pesquisa Regular
Ciências
Biológicas
01/05/200
4
30/04/200
5
Este projeto visa realizar uma
avaliação diagnóstica da
vegetação no Núcleo Santa
Virgínia, Parque Estadual da
Serra do Mar, SP, através do
método de parcelas. Será feita
a caracterização das principais
fitofisionomias que compõem
a vegetação. As informações
obtidas servirão de base para
futuros estudos visando a
obtenção de modelos de
recomposição florestal e de
subsídio à elaboração do
plano de manejo desta
unidade de conservação. (AU)
A área de estudo abrange três
rios (Paraibuna, Ipiranga e
Grande) da bacia do Paraibuna
no Núcleo Santa
Virgínia/Natividade da Serra
(Parque Estadual da Serra do
Mar). Apesar das atividades
de pesca e do turismo estes
rios estão relativamente
preservados com uma
ictiofauna pouco conhecida.
Uma das espécies endêmicas
da área é a pirapitinga do sul,
Brycon opalinus, gênero que
se mostra suscetível a
mudanças ambientais devido
à ampla relação com a mata
ribeirinha que disponibiliza
frutos, sementes e insetos.
Além disto, existe a
dependência de alta qualidade
da água e acesso às várzeas
para a migração sazonal de
reprodução. A dispersão de
sementes pode ser muito
freqüente para estes peixes,
tendo então importância para
a dinâmica das populações
vegetais ribeirinhas. A
determinação dos locais de
reprodução, fecundidade e
modo reprodutivo são muito
importantes para o manejo da
área e a conservação dessas
espécies. A bacia do Paraibuna
origina o rio Paraíba do Sul
(confluência do rio Paraibuna
e Paraitinga). Atualmente,
este rio está muito alterado e
suas populações íctiicas em
declino. A piabanha, Brycon
insignis, peixe antes comum
em suas águas, hoje está
praticamente extinta no
Estado de São Paulo e muito
rara em alguns afluentes no
Estado do Rio de Janeiro. O
objetivo é abordar a
reprodução e a dieta
alimentar da pirapitinga do sul
(Brycon opalinus), assim como
a diversidade de peixes. A
reprodução e a. dieta
alimentar serão caracterizadas
sazonalmente e localmente,
sendo possível determinar as
áreas de maior intensidade
reprodutiva, a fecundidade e o
modo reprodutivo, assim
como, determinar os itens
alimentares e as relações
tróficas com os ambientes
aquáticos e terrestres. Na área
do estudo serão determinados
também os possíveis impactos
causados pelas atividades
turísticas nas populações de
peixes, enfocando
principalmente a pirapitinga
do sul. (AU)
445
Composição
florística e
estrutura da
Floresta
Ombrófila Densa
10/50811- Atlântica dos
7
Núcleos
Picinguaba e
Santa Virgínia do
Parque Estadual
da Serra do Mar,
São Paulo, Brasil
446
Carlos
Alfredo Joly
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).
Instituto de Biologia (IB)
Carlos Alfredo
Joly
Auxílio à
Pesquisa Programa
BIOTA Regular
Ciências
Biológicas
01/10/201
0
31/03/201
3
Os resultados obtidos pelo
Projeto Temático BIOTA
Gradiente Funcional (FAPESP
03/12595-7) evidenciaram a
necessidade de um estudo
florístico-fitossociológico em
altitudes intermediárias entre
a Floresta Ombrófila Densa
Submontana e a Floresta
Ombrófila Densa Montana dos
Núcleos Picinguaba e Santa
Virgínia do PESM, bem como a
necessidade de ampliar o
espectro fisionômoico
incluindo a Floresta Ombrófila
Densa Alto Montana. O
objetivo deste Auxílio à
Pesquisa é complementar
estes dados de forma a
permitir uma análise mais
detalhada e completa das
fisionomias da Floresta
Ombrófila Densa Atlântica,
visando determinar as
adaptações necessárias ao
sistema de classificação da
vegetação proposto por
Veloso et al. (1991). A
composição florística e a
estrutura da Floresta
Ombrófila Densa Atlântica
será estudada a 600, 800 e
1.200 metros de altitude,
completando o gradiente
previamente estudado (Joly et
al. 2008). Para tanto serão
utilizadas 4 parcelas
independentes de 0,25 ha
subdivididas em subparcelas
contíguas de 10 x 10m,
totalizando 1 ha por altitude.
Desta forma cada parcela de
0,25 ha será tratada como
replicata amostral, ampliando
o rol de ferramentas
estatísticas que poderão ser
utilizadas para análise dos
dados. Todos os indivíduos
com DAP (diâmetro à altura
O papel das
leguminosas na
ciclagem de
nutrientes em
florestas
ombrófilas
11/50384- densas de terras
4
baixas e montana
situadas nos
núcleos de
Picinguaba e
Santa Virginia do
Parque Estadual
da Serra do Mar
Luiz Antonio
Martinelli
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia
Nuclear na Agricultura (CENA)
Luiz Antonio
Martinelli
Auxílio à
Pesquisa Programa
BIOTA Regular
Ciências
Biológicas
01/06/201
1
30/11/201
3
do peito) igual ou superior a
4,8 cm (PAP - perímetro à
altura do peito ≥ 15,0 cm).
Para os indivíduos perfilados
serão incluídos aqueles que
apresentarem pelo menos um
dos perfilos dentro do critério
de inclusão. A análise dos
dados e a estimativa dos
parâmetros fitossociológicos
serão feitas através do
programa FITOPAC, e análises
mais refinadas serão feitas
para comparação de todo
gradiente altitudinal (de 0 Floresta de Restinga a 1.200 m
- Floresta Ombrófila Densa
Alto Montana). (AU)
A Floresta Tropical Atlântica
ocorre ao longo do litoral
brasileiro e, em função de sua
extensão e variações nas
condições microclimáticas e
edáficas, é caracterizada por
possuir uma elevada
diversidade, seja em termos
de estrutura ou de
composição florística. Dentre
as diversas famílias botânicas
presentes neste ecossistema,
a família Leguminosas
apresenta grande
importância, tanto pela sua
abundância e ampla
distribuição, como por
desempenhar um papel
importante no ciclo do
nitrogênio (N) terrestre, fato
este provavelmente
relacionado a uma maior
capacidade de assimilação de
N por estas espécies, sejam
elas noduladoras ou não.
Levantamentos realizados em
diferentes fonmações vegetais
da Floresta Tropical Atlântica
ao longo de um gradiente
attitudinal indicam diferenças
significativas na
447
disponibilidade de N nos solos
em diferentes altitudes,
sugerindo funcionamento
distinto quanto a dinâmica do
N e funcionamento do
ecossistema como um todo.
Desta forma, o objetivo deste
trabalho será investigar o
papel das leguminosas
potencialmente fixadoras de
nitrogênio em florestas
tropicais com condições
diversas quanto ao ciclo do N.
Em um dos sítios (Floresta
Atlântica Ombrófila Montana),
apesar dos altos conteúdos de
N no solo, os fluxos para a
atmosfera e pelo deflúvio sâo
baixos. Por outro lado, na
Floresta Atlântica Ombrófila
de Terras Baixas, apesar dos
menores conteúdos de N no
solo, os fluxos para a
atmosfera e pelo deflúvio sâo
maiores. Para se atingir esse
objetivo serão determinados
os conteúdos de N, carbono
(C), fósforo (P) e cálcio (Ca),
além da composição isotópica
do N e do C, nas folhas,
troncos e serapilheira das
leguminosas pertencentes à
família das Fabaceaes em uma
parcela situada na floresta
Montana e em duas parcelas
situadas na floresta de Terras
Baixas. (AU)
448
Características
florais e
reprodutivas de
espécies de
12/50425Melastomatacea
5
e em um
gradiente
altitudinal no
Sudeste do Brasil
Marlies
Sazima
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).
Instituto de Biologia (IB)
Auxílio à
Marlies Sazima Pesquisa Regular
Ciências
Biológicas
01/08/201
2
31/07/201
4
Poucos estudos têm sido
realizados nas montanhas das
florestas úmidas abordando os
sistemas de reprodução de
plantas. Em altitudes
elevadas, as condições
ambientais podem reduzir a
quantidade de polinizadores,
principalmente de abelhas, e
consequentemente a
transferência de grãos de
pólen aos estigmas de flores
co-específicas (limitação de
pólen), reduzindo as
possibilidades de polinização
cruzada. Estes fatores podem
influenciar características das
plantas como a cor das flores
e a genética das populações.
Este projeto pretende estudar
as variações nas cores das
flores de espécies da família
Melastomataceae ocorrentes
em dois pontos de um
gradiente altitudinal: Núcleo
Santa Virgínia (Floresta
Montana) e Núcleo Picinguaba
(Floresta de terras baixas) do
Parque Estadual da Serra do
Mar, Ubatuba, SP. Serão feitas
visitas mensais durante um
ano para a coleta dos
espectros de reflectância das
flores da cada uma das
espécies de Melastomataceae
encontradas nos dois locais.
Estes dados serão
posteriormente analisados
através de métodos
comparativos que considerem
o componente filogenético.
Pretende-se complementar o
estudo de caso com
Tibouchina pulchra Cogn.
(Melastomataceae)
envolvendo a diversidade
genética de populações de
adultos e da prole nos dois
pontos do gradiente. Neste
449
estudo, serão analisados os
materiais genéticos de 105
indivíduos adultos de cada
uma das duas áreas (total
210). Dentre eles, 28 serão
escolhidos para coleta e
germinação de 20 sementes
provenientes de dois frutos de
cada indivíduo (totalizando
560 indivíduos). Adultos e
proles serão genotipados para
que seja conduzida uma
análise de diversidade em
diferentes níveis (população,
indivíduo e fruto) nas duas
localidades. (AU)
450
A efetividade do
maior corredor
de mata atlântica
em manter
conectadas
13/19377populações de
7
mamíferos de
grande porte,
como a Anta
(Tapirus
terrestris)
Pedro
Manoel
Galetti
Junior
Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). Centro de
Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
Pedro Manoel
Galetti Junior
Auxílio à
Pesquisa Regular
Ciências
Biológicas
01/03/201
4
29/02/201
6
O presente projeto da
continuidade a um estudo
recentemente concluído,
apoiado pela Fapesp para os
membros da equipe
proponente (2007/03392-6,
Biota-Temático para MGR e
2007/04073-1, bolsa pós-doc
para AS), tendo sido bem
avaliado na avaliação do
relatório final, encorajando
sua continuidade. As
populações de mamíferos,
especialmente as espécies de
grande porte, vêm sofrendo
significativas reduções, como
resultado da caça, perdas de
habitat e fragmentação
induzida pelo
desenvolvimento econômico
humano. Estas alterações
ambientais podem
descontinuar funcionalmente
os habitats podendo gerar
sérias consequências no fluxo
gênico das espécies. A
manutenção da conectividade
funcional e, portanto, do fluxo
gênico é a estratégia
conservacionista primordial
para a persistência de
populações de espécies
animais e vegetais em longo
prazo. Alguns estudos tem
relatado a existência de
estruturações genéticas
mesmo dentro de habitats
contínuos, que deveriam
funcionar como corredores
ecológicos facilitando o fluxo
gênico entre populações.
Estes resultados alertam que
outras características, não
somente a descontinuidade
do habitat, podem promover
uma barreira ao fluxo gênico,
como por exemplo, o efeito de
borda, heterogeneidade do
habitat ao longo do contínuo,
451
a pressão de caça, além de
aspectos comportamentais e a
história evolutiva da própria
espécie. Porém, estes estudos
foram realizados com espécies
de pequeno porte, são raros
os estudos sobre fluxo gênico
com espécies de grande porte
em habitats contínuos, sendo
a grande maioria é realizada
em áreas fragmentadas. A
Serra do Mar, o maior
contínuo de Mata Atlântica
representa uma área controle
ideal para a análise da
extensão natural da estrutura
genética de populações, da
capacidade e comportamento
de dispersão da espécie, além
da efetividade em manter
funcionalmente conectadas
populações naturais de
diferentes organismos. Em um
estudo anterior, identificamos
uma diferenciação genética
significativa entre duas
populações de um mamífero
de grande porte, a anta
(Tapirus terrestris), situadas
em extremos opostos deste
corredor, Núcleo Santa
Virgínia do Parque Estadual da
Serra do Mar (SV) e Parque
Estadual de Carlos Botelho
(CB). A estruturação pode ser
resultante do isolamento pela
distância, em que a dispersão
restrita e a deriva genética
local criam um padrão clinal
com o aumento da
diferenciação genética com a
distância geográfica. Porém,
como este estudo foi realizado
com apenas duas áreas dentro
do corredor da Serra do Mar,
este resultado revela a
necessidade de ampliação das
áreas de amostragem ao
longo do contínuo, de modo a
452
permitir testar o isolamento
pela distância, bem como uma
minuciosa pesquisa de fatores
adicionais que possam estar
envolvidos com os padrões
encontrados, como as
características da paisagem,
aspectos comportamentais da
espécie ou fatores históricos
de colonização da área. Sendo
assim, o presente projeto
propõe a análise da
distribuição da variabilidade
genética das populações de T.
terrestris ao longo do corredor
da Serra do Mar. Para tanto,
serão utilizadas amostras nãoinvasivas como fonte de DNA
(fezes), marcadores
microssatélites para a
identificação individual e para
detectar o padrão
contemporâneo de
distribuição da diversidade
genética. Novas áreas ao
longo deste corredor já estão
sendo amostradas por um
aluno de mestrado e de pósdoutorado (Bolsa PDJ CNPq
50565/2013-9). Estes
resultados serão contrastados
com a análise de marcadores
de DNA mitocondrial
(citocromo b, citocromo c
oxidase ou RNA 12S) com a
finalidade de incluir um fator
histórico neste estudo
populacional. Mesmo a anta
estando presente em todo o
corredor da Serra do Mar,
dados sobre as características
da paisagem serão
adicionados aos dados
genéticos, especialmente a
pressão de caça, presença de
rodovias e proximidade de
centros urbanos, buscando
explicar os padrões
encontrados. (AU)
453
Os gêneros
physcia
(schreber)
Michaux e pyxine
fries
05/53955(ascomicetes
1
liquenizados,
physciaceae) no
Estado de São
Paulo, de São
Paulo, Brasil
Alteraçãoes nos
fluxos de CO2 do
solo e na
08/58901- ciclagem de
5
carbono após
aquecimento do
solo em áreas de
Mata Atlântica
Biologia
alimentar e
reprodutiva da
pirapitinga do sul,
Brycon cf.
03/05696- opalinus (Cuvier,
1
1819) e a
diversidade de
peixes no Núcleo
Santa Virgínia,
Parque Estadual
da Serra do Mar
454
Patrícia
Jungbluth
Secretaria do Meio Ambiente (São Paulo - Estado).
Instituto de Botânica
Marcelo Pinto
Marcelli
Bolsas no
Brasil Doutorado
Ciências
Biológicas
01/04/200
6
31/01/201
0
Daniel Luis
Garrido
Monaro
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia
Nuclear na Agricultura (CENA)
Luiz Antonio
Martinelli
Bolsas no
Brasil Iniciação
Científica
Ciências
Biológicas
01/06/200
9
30/11/201
0
Leandro
Muller
Gomiero
Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio
Claro. Instituto de Biociências (IB)
Francisco
Manoel de
Souza Braga
Bolsas no
Brasil - PósDoutorado
Ciências
Biológicas
01/12/200
3
30/11/200
6
Composição
florística,
estrutura e
dinâmica do
funcionamento
da Floresta
Ombrófila Densa
12/51509- Atlântica dos
8
núcleos
Caraguatatuba,
Cunha,
Picinguaba e
Santa Virgínia, do
Parque estadual
da Serra do Mar
(PelD)
Carlos
Alfredo Joly
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).
Instituto de Biologia (IB)
Carlos Alfredo
Joly
Auxílio à
Pesquisa Programa
BIOTA Regular
Ciências
Biológicas
01/12/201
3
31/05/201
7
Composição florística,
estrutura e dinâmica do
funcionamento da Floresta
Ombrófila Densa Atlântica dos
Núcleos Caraguatatuba,
Cunha, Picinguaba e Santa
Virginia, do Parque Estadual
da Serra do Mar, São Paulo,
Brasil. Nome do Sítio PELD:
Gradiente Funcional da
Floresta Ombrófila Densa
Atlântica SIGLA DO SÍTIO
(quatro letras no máximo):
FGAF (Functional Gradient of
Atlantic Forest) O projeto de
criar o sitio PELD – Gradiente
Funcional da Floresta
Ombrófila Densa Atlântica,
abrangendo áreas de Mata
Atlântica dos Núcleos
Caraguatatuba, Cunha,
Picinguaba e Santa Virginia do
Parque Estadual da Serra do
Mar, visa consolidar a infraestrutura e as linhas de
pesquisa implantadas na
região através dos Programas
BIOTA e Mudanças Climáticas
da FAPESP. O objetivo é
responder às seguintes
perguntas: a) na transição da
região tropical para a região
subtropical a topografia e a
face de exposição da vertente
são componentes mais
importantes do que a altitude
na composição florística do
estrato arbóreo da Floresta
Ombrófila Densa Atlântica? b)
a Floresta Ombrófila Densa
Atlântica é um sumidouro ou
uma fonte de emissão de
CO2? c) De que forma varia o
tempo de residência do
carbono na vegetação e no
solo ao longo de um gradiente
altitudinal de FODA, e como
este parâmetro é afetado
pelas mudanças climáticas
455
globais? d) a deposição de
compostos nitrogenados
oriundos da Unidade de
Tratamento de Gás
implantada pela PETROBRAS
em Caraguatatuba, afeta de
forma diferenciada o
crescimento de espécies
arbóreas, de forma a médio e
longo prazo alterar a
composição florística da
Floresta Ombrófila Densa
Atlântica na área de influência
da UTGCA? E) Dados de
dinâmica populacional, tais
como de taxas de crescimento
anuais e fenologfa, em
diferentes altitudes na FOD
Atlântica, permitiriam
determinar formas de manejo
do fruto do Euterpe edulis
Mart. (Arecaceae), como
forma de aumentar a renda de
populações no entorno de
Unidades de Conservação? O
sitio de pesquisa está
localizado em 4 Núcleos do
Parque Estadual da Serra do
Mar? Caraguatatuba, Cunha,
Picinguaba e Santa Virginia. A
vertente Picinguaba-Santa
Virgínia-Cunha se justifica pela
necessidade de cobrirmos
todas as fitofisionomias que
compõem a Floresta
Ombrófila Densa Atlântica:
Floresta de Restinga
(Picinguaba)? Floresta
Ombrófila Densa das Terras
Baixas (Picinguaba)? Floresta
Ombrófila Densa Submontana
(Picinguaba)? Floresta
Ombrófila Densa Montana
(Santa Virgínia) e Floresta
Ombrófila Densa Alto
Montana (Cunha). A inclusão
das áreas no Núcleo
Caraguatatuba se justifica peio
objetivo de monitorar, a
456
médio e longo prazo, os
possíveis impactos da UTGCA
na Floresta Ombrófila Densa
Atlântica. Considerando que o
projeto se desenvolverá sobre
uma base de conhecimento
acumulada nos últimos 10
anos, nos próximos 4 anos
será possível alcançarmos os
seguintes objetivos: a) na
questão relacionada à
biodiversidade, estrutura e
dinâmica do componente
arbóreo da Floresta Ombrófila
Densa Arbórea será possível
determinar quais os principais
fatores abióticos que
determinam o limite de
ocorrência das espécies. Desta
forma será possível rever a
classificação de Veloso et al
(1991), adaptando-a para um
recorte regional; b) na
questão relacionada ao papel
de FODA como sumidouro ou
fonte de emissão de CO2,
teremos uma série temporal
de 5 anos contínuos de
medição, o suficiente para
determinação de tendências
valores do balanço líquido; c)
na questão relacionada ao
tempo de residência do
carbono na vegetação e solo
teremos uma linha de base
estabelecida de forma a
médio prazo podermos
determinar as tendências e os
valores, complementando o
item acima; d) na questão
relacionada ao impacto da
deposição de compostos
oriundos da Unidade de
Tratamento de Gás
implantada pela PETROBRAS
em Caraguatatuba, além da
linha de base já poderemos
indicar tendências; e) Na
questão relacionada ao
457
manejo do fruto de Euterpe
edulis Mart. (Arecaceae),
integrando nossos dados aos
já existentes e/ou que estão
sendo gerados por outros
projetos na região, estaremos
em condições de determinar
cotas de coleta de frutos em
cada fitofisionomia da FODA.
METODOLOGIA 1) Parcelas
Permanentes &amp; Florística
e Fitossociologia No estudo do
componente florístico
fitossociológico serão
utilizadas as 18 Parcelas
Permanentes já instaladas na
região, prevendo-se a
instalação de xx novas
parcelas para inclusão de
parcelas nas cotas 1.200 e
1.500 m bem como de
parcelas onde a floresta está
em regeneração e o histórico
de perturbação seja
conhecido. A implantação das
Parcelas Permanentes,
plaqueamento, mapeamento
e medição de indivíduos com
DAP &#8805; 4,8 cm, segue o
protocolo RAINFOR adaptado
por Joly et al (2012). 2)
Balanço do CO2 A Torre
Micrometeorológica de Fluxo,
que estuda as interações
floresta-atmosfera no que
tange a trocas de CO2 e água,
foi implantada no Núcleo
Santa Virgínia/PESM entre
2007 e 2008, pelo Projeto
Temático BIOTA Gradiente
Funcional. O sítio
experimental está
estabelecido na microbacia do
Ribeirão Casa de Pedra (RCP),
com área de ~2,5 km2,
altitude de 900 a 1000 m,
definida entre 23º17' a
23º24'S, e 4Sº03' a 45º11' W.
3) Tempo de Residência do
458
carbono Medições da
dinâmica de madeira em
parcelas permanentes serão
usadas para estimar o tempo
de residência de C no
compartimento chamado de
Madeira Morta, ou ?coarse
wood debris - CWD?.
Amostragem de tronco e
raízes das árvores serão
utilizadas para análise
radiocarbônica da celulose. A
quantificação da produção
anual de raízes finas será feita
através de coletores com
diâmetro de 14cm e
profundidade de 30cm. O
conteúdo de radiocarbono na
serapilheira, nas raízes mortas
e na matéria orgânica do solo
será usado para determinar o
tempo de residência do
carbono nestes
compartimentos do
ecossistema. Finalmente, o
teor de 14C no CO2 respirado
da superfície do solo e em
incubações será usado para
estimar a idade média de
carbono respirado do
ecossistema. 4? Impactos da
deposição de compostos
nitrogenados da UTGCA Serão
utilizados amostradores
passivos para deposição de N
via NO2, HNO3, NH4, e
mostradores ativos (aerossóis)
para NO3- e NH4+. Alterações
no solo serão monitoradas
com coletas e análises
químicas sistemáticas a cada 6
meses. Serão selecionadas
espécies arbóreas que
ocorram tanto nas
proximidades da UTGCA
(Núcleo Caraguatatuba) como
fora de sua área de influência
(Núcleo Picinguaba) para o
acompanhamento de
459
possíveis alterações no
metabolismo do nitrogênio. O
Crescimento de indivíduos
destas espécies nas duas
áreas, controle e sob impacto
da UTGCA, será acompanhado
com bandas dendrométricas
para o monitoramento de
possíveis alterações nas taxas
de crescimento. Através de
equações o incremento no
diâmetro poderá ser
transformado em carbono, e a
comparação entre as áreas
permitirá determinar se o
incremento de nitrogênio no
solo, por deposição dos
compostos emitidos pela
UTGCA, altera a taxa de
fixação de carbono. 5? Manejo
sustentável do fruto de
Euterpe edulis Mart.
(Arecaeae) Atualmente o
principal Produto Florestal
Não Madeireiro da Floresta
Ombrófila Densa Atlântica é o
palmito da palmeira juçara
(Euterpe edulis Mart.), cuja
extração provoca a morte da
palmeira e causa sérias
alterações ambientais. No
entanto, esta palmeira
oferece outro recurso
econômico de grande valor e
de menor impacto ambiental,
que é a polpa do fruto, similar
em aparência e valor
nutricional ao açaí extraído da
espécie amazônica, o Euterpe
oleracea Mart. O Plano de
Manejo do Núcleo Picinguaba
do PESM define áreas com
possibilidade de usos
especiais, denominadas Zonas
Histórico-Culturais
Antropológicas (ZHCA), devido
à presença das comunidades
tradicionais. A exploração do
fruto de juçara já vem
460
acontecendo em ZHCA no
entorno do Núcleo Picinguaba,
em áreas de florestas de
terras baixas e submontana
desde 2005 e em Zonas de
Amortecimento no entorno do
Núcleo Santa Virginia. O
objetivo deste subprojeto é
gerar, através de censos
anuais e estudos fenológicos
um conjunto de dados sólidos
que permitam a determinação
de cotas de extração de frutos
que contribuam com a renda
das populações tradicionais,
sem afetar a regeneração e
manutenção da população da
espécie. (AU)
Biologia da
polinização e
reprodução de
05/51011espécies arbóreas
6
da família
Fabaceae,
polinizadas por
Mardiore
Tanara
Pinheiro dos
Santos
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).
Instituto de Biologia (IB)
Bolsas no
Marlies Sazima Brasil - PósDoutorado
Ciências
Biológicas
01/09/200
5
31/08/200
7
461
abelhas, de
Floresta Atlântica
no Sudeste do
Brasil
07/029474
05/591681
09/036670
06/570104
06/595363
Métodos de
estimativa de
altura e sua
contribuição na
determinação da
biomassa arbórea
em um gradiente
topográfico
localizado no
Parque Estadual
da Serra do Mar,
SP
Padrões e
diversidade de
tipos funcionais
em floresta
ombrófila densa
dos núcleos
Picinguaba e
Santa Virgínia do
Parque Estadual
da Serra do Mar
Demografia de
queixada
(Tayassu pecari)
analisada através
de DNA fecal no
Núcleo Santa
Virgínia do
Parque Estadual
da Serra do Mar,
SP
Produtividade
primária líquida
em diferentes
fitofisionomias
do Parque
Estadual da Serra
do Mar, SP
Estudo do
balanço hídrico e
balanço
biogeoquímico de
nitrogênio em
462
Marcos
Augusto da
Silva
Scaranello
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia
Nuclear na Agricultura (CENA)
Plínio Barbosa
de Camargo
Bolsas no
Brasil Iniciação
Científica
Ciências
Biológicas
01/07/200
7
31/12/200
7
Enio Egon
Sosinski
Junior
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).
Instituto de Biologia (IB)
Carlos Alfredo
Joly
Bolsas no
Brasil - PósDoutorado
Ciências
Biológicas
01/04/200
6
31/03/200
9
Ana Carolina
Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). Centro de
Dalla
Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
Vecchia
Pedro Manoel
Galetti Junior
Bolsas no
Brasil Mestrado
Ciências
Biológicas
01/08/200
9
31/01/201
0
Cristina
Aledi
Felsemburg
h
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia
Nuclear na Agricultura (CENA)
Plínio Barbosa
de Camargo
Bolsas no
Brasil Doutorado
Ciências
Biológicas
01/12/200
6
31/03/200
8
Rodrigo
Trevisan
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia
Nuclear na Agricultura (CENA)
Jorge Marcos
de Moraes
Bolsas no
Brasil Mestrado
Ciências
Biológicas
01/03/200
7
28/02/200
9
06/500144
06/514880
05/575498
06/542929
uma microbacia
com plantação
florestal de
eucalipto no
litoral norte do
Estado de São
Paulo
Dinâmica e
estrutura
populacional de
quatro espécies
arbóreas no
Núcleo
Picinguaba e
Santa Virgínia,
Parque Estadual
da Serra do Mar,
SP
Caracterização
hidrológica e
dinâmica do
nitrogênio na
microbacia do
ribeirão do
Ipiranga, do
Parque Estadual
da Serra do Mar,
Núcleo Santa
Virgínia
Perdas de
nitrogênio pela
emissão de gases
e sua relação
com a
decomposição da
liteira e biomassa
de raízes na
floresta de Mata
Atlântica
Estudo do
balanço hídrico e
balanço
biogeoquímico de
nitrogênio em
uma microbacia
de primeira
ordem com
cobertura de
pastagem no
Carolina
Bernucci
Virillo
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).
Instituto de Biologia (IB)
Flavio Antonio
Maës dos
Santos
Bolsas no
Brasil Doutorado
Ciências
Biológicas
01/07/200
6
03/02/201
0
Juliano
Daniel
Groppo
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia
Nuclear na Agricultura (CENA)
Luiz Antonio
Martinelli
Bolsas no
Brasil Doutorado
Ciências
Biológicas
01/07/200
6
30/06/201
0
Eráclito
Rodrigues
de Sousa
Neto
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia
Nuclear na Agricultura (CENA)
Luiz Antonio
Martinelli
Bolsas no
Brasil Mestrado
Ciências
Biológicas
01/03/200
6
29/02/200
8
Luiz Felippe
Salemi
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia
Nuclear na Agricultura (CENA)
Luiz Antonio
Martinelli
Bolsas no
Brasil Mestrado
Ciências
Biológicas
01/09/200
6
31/08/200
8
463
litoral norte do
Estado de São
Paulo
Avaliação da
influência da
exclusão
experimental de
vertebrados
insetívoros na
decomposição de
14/01245folhas de três
0
espécies sob
diferentes
coberturas do
solo no Parque
Estadual da Serra
do Mar - núcleo
santa virgína
464
Gabriela
Garcia
Medeiros
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia
Nuclear na Agricultura (CENA)
Luiz Antonio
Martinelli
Bolsas no
Brasil Mestrado
Ciências
Biológicas
01/07/201
4
31/03/201
6
The diversity of the Atlantic
Forest is threatened
constantly due to habitat loss
caused by the destruction and
alteration of natural
environments . Many studies
have shown that specialists
mammals and birds ( eg
insectivores ) are very
sensitive to fragmentation of
the environment , tend to
disappear in open areas , and
in the loss or deletion
experiment, of these animals,
causing the increase of the
density of arthropods and
Coorde
rates of herbivory and causing
nação
a top-down effect that will
de
even influences the cycling of
Aperfei
nutrients. This project aims to
çoamen
investigate how the
to de
decomposition rates are
Pessoal
modified by experimental
de Nível
exclusion of insectivorous
Superio
vertebrates in an area with
r
different soil covers in the
(CAPES)
Tropical Rainforest. Exclusion
vertebrates plots and control
plots will be allocated in areas
with different soil covers to
evaluate how the top-down
effect and its possible changes
in nutrient cycling occurs
.Thus , it is intended to
generate knowledge about
the reflections caused by
forest fragmentation on
ecosystem functions such as
decomposition, and provide
information that may assist in
conservation practices and
management . (AU)
Ciclagem do
fósforo em
Floresta
09/15175Ombrófila Densa
5
dos núcleos de
Picinguaba e
Santa Virginia -SP
Denise
Teresinha
Gonçalves
Bizuti
Ligando paisagem
a moléculas:
análise genética
07/04073- das populações
Alexandra
1
de anta (Tapirus
Sanches
terrestris) na
Mata Atlântica de
São Paulo
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia
Nuclear na Agricultura (CENA)
Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio
Claro. Instituto de Biociências (IB)
Marisa de
Cassia Piccolo
Mauro Galetti
Rodrigues
Bolsas no
Brasil Mestrado
Bolsas no
Brasil - PósDoutorado
Ciências
Agrárias
Ciências
Biológicas
01/03/201
0
01/05/200
8
28/02/201
1
30/04/201
2
Mammal populations,
especially of medium and
large-sized species, have been
suffering significant
reductions as a result of
hunting, habitat loss and
fragmentation induced by
human economical
development. The disruption
of continuous environments,
such as fragmentation,
highways and agricultural
areas, may cause serious
consequences in the gene
flow of mammalian species.
Tapir (Tapirus terrestris) is one
of the most aimed large-sized
mammals for hunting and has
suffered a drastic population
reduction even in the
continuous forests of the
Atlantic rainforest. Two large
areas of Atlantic Forest in São
Paulo state (Southeast Brazil)
probably contain the largest
populations of this
megaherbivore, Serra do Mar
and Serra de Paranapiacaba.
This project will investigate
tapirs through non-invasive
genetic analysis of faecal
samples in two corridors:
Serra do Mar Corridor (Santa
Virgínia, Cunha, Picinguaba,
Pedro de Toledo e
Caraguatatuba Stations) and
Serra de Paranapiacaba
Corridor (Parque Estadual do
Alto do Ribeira, PE Intervales,
PE Carlos Botelho e PE
Jacupiranga), besides the
areas linking these two
465
corridors (PE Jurupará e EE
Jureia-Itatins), with the use of
microsatellites markers. This
study complements part of
the Biota project entitled
"Trophic cascades in a
defaunated landscape: the
Atlantic rainforest
perspective" and results are
intended for helping in the
estimates of population
minimun number and genetics
diversity of these populations,
besides mapping the
individuals in the areas,
verifying the movement
pattern and gene flow of this
important megaherbivore.
Genetic data will be
supplemented with landscape
data aiming to verify the
effects of the landscape
structure on the distribution
and movement of these
animals. This project has
already been initiated with the
isolation of microsatellites
markers. A total of 67,064 pb
was sequenced and 18
microsatellites were
identified, for 16 was possible
the designing of primers. The
loci characterization has been
iniciated. This genetic
investigation may provide
valuable information since
there is no data concerning
the genetic diversity of T.
terrestris that have an
important function as seed
dispersers and are considered
vulnerable and suffer a great
hunting pressure. Studies on
biology, ecology and
monitoring of the genetic
variability of populations of
these organisms are very
important, because all
scientific information has a
466
strategic role not only in the
management and
conservation of the species,
but also in the sustainability of
the ecosystem studied. (AU)
Dieta de alguns
mamíferos da
ordem Carnivora
na Floresta
00/12405- Atlântica do
5
núcleo Santa
Virgínia e núcleo
Cunha, Parque
Estadual da Serra,
SP
A sucessão
secundária em
93/03717floresta na
8
encosta Atlântica
- SP
Renato
Matos
Marques
Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio
Claro. Instituto de Biociências (IB)
Marcelo
Tabarelli
Universidade de São Paulo (USP). Instituto de
Biociências (IB)
Nivar Gobbi
Bolsas no
Brasil Iniciação
Científica
Ciências
Biológicas
01/02/200
1
31/12/200
1
Waldir
Mantovani
Bolsas no
Brasil Doutorado
Ciências
Biológicas
01/04/199
4
30/09/199
7
467
O papel das
leguminosas na
ciclagem de
nutrientes em
uma Floresta
10/13593Ombrófila Densa
1
situada no
Parque Estadual
da Serra do Mar,
Núcleo Santa
Virgínia
468
Sílvia
Rafaela
Machado
Lins
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia
Nuclear na Agricultura (CENA)
Luiz Antonio
Martinelli
Bolsas no
Brasil Mestrado
Ciências
Biológicas
01/03/201
1
28/02/201
3
The Atlantic Tropical Forest
occurred mainly along the
Brazilian coast line. Due to
large variations in climatic
conditions and north-south
latitudes this forest is
characterized by a high
biodiversity. Among the
several botanical families
present in this biome, the
Fabaceae family has a
significant ecological role not
only due its abundance and
wide distribution, but as well
as for having an important
role in the terrestrial nitrogen
cycle. The N input in a reactive
form determines the
functioning and also influence
the structure of an ecosystem.
Studies conducted by our
group have shown that
Atlantic tropical forests
located in lower altitudes has
a more open nitrogen cycle,
while, the same forest located
at higher altitude (1000m) has
a more closed nitrogen cycle,
although their soils are richer
than soils at lower altitudes.
Interestingly enough, the
number of trees of the
Fabaceae family is higher at
higher altitudes than at lower
altitudes. This seems
paradoxical because the
existence of these trees would
indicate a larger input of
nitrogen leading to a more
open nitrogen cycle. Under
this scenario the main
objective of this project is to
investigate the role of
Fabaceaes on the nitrogen
and other nutrients cycles in
two Atlantic forests, with
distinct characteristics of the
nitrogen cycle. One with a
open nitrogen cycle located a
at 100m of altitude and
another with a closed nitrogen
cycle located at 1000 m of
altitude. (AU)
Ciclagem de
nutrientes em
áreas de
pastagem sob
10/13592- regeneração
5
natural no
Parque Estadual
da Serra do Mar,
núcleo Santa
Virgínia
Biologia
reprodutiva e
polinização de
espécies de
10/51494Melastomatacea
5
e em duas áreas
de gradiente
altitudinal no
Sudeste do Brasil
Estrutura e
funcionamento
de um trecho de
Floresta
07/57285Ombrófila Densa
6
Montana com
bambus do
Núcleo Santa
Virgínia/PESM, SP
Juliana
Gonçalez
Gragnani
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia
Nuclear na Agricultura (CENA)
Luiz Antonio
Martinelli
Bolsas no
Brasil Mestrado
Vinicius
Lourenço
Garcia de
Brito
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).
Instituto de Biologia (IB)
Bolsas no
Marlies Sazima Brasil Doutorado
Maira de
Campos
Padgurschi
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).
Instituto de Biologia (IB)
Carlos Alfredo
Joly
Bolsas no
Brasil Mestrado
Ciências
Biológicas
01/03/201
1
31/05/201
1
Ciências
Biológicas
01/10/201
0
31/07/201
4
Ciências
Biológicas
01/03/200
8
28/02/201
0
469
Manejo de frutos
de Euterpe edulis
Martius e uso
múltiplo da Mata
11/09241- Atlântica em
5
Ubatuba e São
Luís do Paraitinga
(SP) como
estratégia de
conservação
470
Saulo
Eduardo
Xavier
Franco de
Souza
Universidade de São Paulo (USP). Escola Superior de
Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ)
Edson José
Vidal da Silva
Bolsas no
Brasil Doutorado
Ciências
Agrárias
01/10/201
1
31/08/201
4
Tropical forests satisfy
multiple demands on products
and services. Some species are
crucial to subsistence and
market economy of many
communities along the
Atlantic forests domain, such
as juçara palm (Euterpe
edulis). This species was
decimated through high
economic demand of its palm
heart and the consequent
predatory exploration, which
in turn, stimulated the search
for a less destructive use of
this palm, considered very
important for ecological
functioning of the forests
where it occurs. Recently,
sustainable management
focused on E. edulis fruits has
been promoted in community
based initiatives in "Serra do
Mar", bringing optimistic
perspectives for sustainable
multiple use in these areas.
The purpose here is to
investigate the multiple use
management as a catalyst of
community "empowerment"
and biodiversity conservation.
Thus, some questions are to
answered: 1) How does the
tree community of different
managed areas vary and
which are the species most
valued by local people? 2)
How does E. edulis fruit
management and multiple use
area characterized in the
study area? 3) How does E.
edulis fruit harvesting affect
its population dynamics and
individual vital rates? What
are the harvesting limits and
management strategies
recommended? 4) Which are
the best techniques to restore
populations of this species? 5)
How scientists and local
managers could contribute to
apply adaptive participative
management? For these,
areas inside and next to
"Parque Estadual da Serra do
Mar (PESM) - Núcleos
Picinguaba and Santa Virgínia"
will be focused. There live
rural producers, "caiçaras"
and "quilombola"
communities. The sampling of
forest survey will be
systematic stratified, while
interviews with local people
and participant observation
will allow calculate the use
value of each cited species.
Multiple use management
potential in the study areas
will be assessed through
ecological sustainability
indicators. The impacts of E.
edulis fruit management will
be assessed by monitoring
managed and non managed
populations in permanent
plots, and by constructing
transition matrices to
estimate sustainable
harvesting limits for the
species. Five techniques to
restore populations will be
tested in the field. Finally, the
main complementary aspects
between local and scientific
knowledge will be identified,
as will the main tools to apply
the concept of adaptive
participative management of
E. edulis in the different focal
communities. (AU)
471
"comparação
entre dossel e
subosque de uma
área de Floresta
Ombrófila Densa Carolina
10/19951montanta (Mata Biscola
7
Atlântica), Parque Jardim
Estadual da Serra
do Mar, Núcleo
Santa Virgínia,
São Paulo, Brasil"
472
Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio
Claro. Instituto de Biociências (IB)
Bolsas no
Marco Antonio Brasil de Assis
Iniciação
Científica
Ciências
Biológicas
01/03/201
1
29/02/201
2
Floristic and phytosociological
studies are important for
recognition of species,
patterns of distribution and
richness for the tree canopy
and understory. Specifically in
the State of São Paulo studies
considering the lower strata
and comparing it with the
community of the canopy, are
still not sufficient to
understand certain patterns of
richness and similarity. This
study is part of a broader
project, "Floristic composition
and structure of the Atlantic
Rain Forest on State Park of
Serra do Mar, Sao Paulo Brazil
(FAPESP / Biota 10/50811-7),
which aims analyze the
floristic composition and
structure of this forest.
Accordingly, this study aims to
survey phytosociological
understory component in an
area of 0.4 ha in a Tropical
Rainforest Montana, situated
about 600 m in the Núcleo
Santa Virginia State Park of
Serra do Mar. For this, all will
be sampled tree species that
present PAP less than 15 cm
(H e 1.5 m PAP <15 cm). In
addition, we intend to analyze
the results compared with the
composition and structure of
the upper stratum in the same
area sampled. We beleve that
there are possible species
selectivity of the canopy,
reflecting on the community
structure of understory and
that this component varies in
species richness, density and
frequency when compared to
the upper stratum,
contributing significantly to
local species diversity. (AU)
10/527050
07/586663
07/572840
08/507483
08/522790
Dinâmica do
nitrogênio e
carbono em rios
da bacia do alto
Paraíba do Sul,
Estado de São
Paulo
Diversidade,
composição
florística e
biologia
reprodutiva da
comunidade de
plantas
esfingófilas de
Floresta
Ombrófila Densa
Montana - Mata
Atlântica, no
sudoeste
brasileiro
Estoque de
Madeira Morta
ao longo de um
gradiente
altitudinal de
Mata Atlântica no
Nordeste do
Estado de São
Paulo
Distribuição
espacial de
insetos
predadores em
riachos da região
norte da Serra do
Mar, Estado de
São Paulo
Modelagem da
dinâmica do
nitrogênio em
uma micro-bacia
com cobertura
florestal no
Parque Estadual
da Serra do Mar,
Núcleo Santa
Virgínia
Elizabethe
de Campos
Ravagnani
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia
Nuclear na Agricultura (CENA)
Luiz Antonio
Martinelli
Bolsas no
Brasil Doutorado
Ciências
Biológicas
01/05/201
1
30/09/201
4
Felipe
Wanderley
de Amorim
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).
Instituto de Biologia (IB)
Bolsas no
Marlies Sazima Brasil Doutorado
Ciências
Biológicas
01/03/200
8
31/07/201
2
Larissa
Giorgeti
Veiga
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).
Instituto de Biologia (IB)
Carlos Alfredo
Joly
Bolsas no
Brasil Mestrado
Ciências
Biológicas
01/03/200
8
28/02/201
0
Gabriel
Cestari
Vilardi
Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). Centro de
Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
Susana
Trivinho
Strixino
Bolsas no
Brasil Mestrado
Ciências
Biológicas
01/08/200
8
31/01/201
0
Elizabethe
de Campos
Ravagnani
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia
Nuclear na Agricultura (CENA)
Luiz Antonio
Martinelli
Bolsas no
Brasil Mestrado
Ciências
Biológicas
01/08/200
8
31/03/201
0
473
08/522809
06/571351
06/577900
06/601838
Alterações nos
fluxos de gases
do solo e na
ciclagem de
carbono e
nitrogênio após
aquecimento do
solo em áreas de
Mata Atlântica
Composição
florística,
estrutura e
funcionamento
da Floresta
Ombrófila Densa
nos núcleos
Picinguaba e
Santa Virgínia do
Parque estadual
da Serra do Mar
Composição
florística,
estrutura e
funcionamento
da Floresta
Ombrófila Densa
dos núcleos
Picinguaba e
Santa Virgínia do
Parque estadual
da Serra do Mar,
Estado de São
Paulo, Brasil
Composição
florística,
estrutura e
funcionamento
da Floresta
Ombrófila Densa
dos núcleos
Picinguaba e
Santa Virgínia do
Parque estadual
da Serra do Mar,
Estado de São
Paulo, Brasil
474
Luiz Felipe
Borges
Martins
Jose Ataliba
Mantelli
Aboin
Gomes
Daiana
Aparecida
Correa
Simoni
Cristiane
Grilo
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia
Nuclear na Agricultura (CENA)
Secretaria de Agricultura e Abastecimento (São Paulo Estado). Agência Paulista de Tecnologia dos
Agronegócios (APTA). Instituto Agronômico (IAC)
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia
Nuclear na Agricultura (CENA)
Universidade de São Paulo (USP). Centro de Energia
Nuclear na Agricultura (CENA)
Luiz Antonio
Martinelli
Bolsas no
Brasil Mestrado
Ciências
Biológicas
01/09/200
8
31/08/201
0
Carlos Alfredo
Joly
Bolsas no
Brasil Programa
Capacitação
Treinament
o Técnico
Ciências
Biológicas
01/10/200
6
30/09/200
8
Luiz Antonio
Martinelli
Bolsas no
Brasil Programa
Capacitação
Treinament
o Técnico
Ciências
Biológicas
01/10/200
6
31/07/200
7
Luiz Antonio
Martinelli
Bolsas no
Brasil Programa
Capacitação
Treinament
o Técnico
Ciências
Biológicas
01/12/200
6
30/11/200
8
Políporos
(Basidiomycota)
do Núcleo Santa
12/25493Virgínia do
7
Parque Estadual
da Serra do Mar,
SP, Brasil
Ricardo
Matheus
Pires
Secretaria do Meio Ambiente (São Paulo - Estado).
Instituto de Botânica
Adriana de
Mello
Gugliotta
Bolsas no
Brasil Mestrado
Ciências
Biológicas
01/06/201
3
31/05/201
5
The term polypore is used to
describe fungi whose fertile
part of basidiomata, typically
located on the surface facing
toward ground, characterized
by the presence of basidia
tubes internally coated by
forming a pore himenial
surface. The representatives
of this group are mostly
degrading lignin, presenting
the basidiomata leathery
woody, often perennial. Its
main result of their ecological
function as decomposers
activity, constituting one of
the key links in the cycling of
nutrients. Despite the
fundamental ecological
importance of these fungi, the
diversity of the group in Brazil
is still poorly known. This
situation remains in the state
of São Paulo, where there are
still large gaps in knowledge,
even in the most studied
biome yet, the Atlantic Forest.
It is also worth mentioning
that among the various
inventories in the state, none
addresses the diversity of the
Parque Estadual da Serra do
Mar, one of the main areas of
preserved Atlantic Forest in
the state. In order to
contribute to an improvement
in this framework, we propose
the lifting of the Center Santa
políporos Virginia State Park
of Serra do Mar. The
specimens will be identified by
morphological and molecular
analysis. For phylogenetic
analyzes will be used ITS
region, LSU and SSU. The DNA
is extracted from the
basidiomata fragments and
regions of interest are
amplified by means of PCR
475
reactions. The specimens
collected and identified shall
be deposited in the Collection
of the Herbarium of Fungi
Collection Maria P. Eneyda K.
Fidalgo (SP) and the
sequences obtained shall be
deposited in GenBank. (AU)
Modelos de
sustentabilidade
de caça de
subsistência na
Serra do Mar,
Mata
Atlântica
476
Universidade de São Paulo
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
Centro de Energia Nuclear na Agricultura
Dissertação
apresentada
para
Rodrigo de
obtenção do
Almeida Nobre título de
Mestre em
Ecologia
Aplicada
2007
Uma das principais dúvidas do
pensamento moderno da
conservação ambiental é se
áreas naturais podem ser
conservadas, se for dado
direito de exploração dos
recursos naturais dessas áreas
a grupos de pessoas. Parte da
comunidade científica
considera negativa, aos
propósitos de conservação, a
permanência de populações
humanas em áreas protegidas.
Verifica-se que mesmo
modelos de utilização do
espaço e dos recursos naturais
voltados essencialmente para
a subsistência e com pequena
demanda comercial, reduzem
mais o habitat de várias
espécies e apresentam níveis
de exploração que podem
extinguir populações
silvestres. Outra parte da
comunidade científica
considera que, em regiões
tropicais, essa postura
restritiva, autoritária e
dependente de fiscalização
repressiva, não tem sido
eficaz. Esta postura discrimina
populaçõe tradicionais e as
impede de reproduzir seu
modo de vida, desenvolvendo
nestas uma postura
anticonservacionista, que as
leva à práticas predatórias do
meio ambiente como meio de
garantir sua subsistência e não
cair na marginalidade ou na
indigência. Diante de tais
circunstâncias, o presente
estudo objetivou conhecer as
condições demográficas atuais
das espécies silvestres alvos
de caça, das características da
atividade de caça praticada e
dos possíveis limites
sustentáveis da utilização da
fauna existente para
subsistência na porção norte
do Parque Estadual da Serra
Mar (PESM), em São Paulo. As
amostragens foram realizadas
entre os meses de junho de
2002 e julho de 2005. As
densidades dos vertebrados
cinegéticos foram calculadas
utilizando o método de
transecções lineares, e
estimaram-se os tamanhos
populacionais e a
produtividade passível de caça
sustentável. Compararam-se
estes dados aos valores de
pressão de caça
(monitoramento e
questionários) e ao consumo
protéico da comunidade local
para discussão da
sustentabilidade da atividade
atual. Os resultados indicaram
que vários fatores
comprometem a
sustentabilidade da atividade
de caça de subsistência na
Serra do Mar. As densidades
das populações humanas são
altas e, consequentemente,
acarretam níveis de pressão
de caça e necessidade de
ingestão protéica acima dos
valores toleráveis pela
477
produtividade da comunidade
de vertebrados cinegéticos
estimados pelo modelo. Com
a meta de conservar as
espécies ameaçadas pela
atividade de caça e,
concomitantemente, os
recursos utilizados pela
população humana local,
recomenda-se a intensificação
da fiscalização a fim de coibir
a atividade de caça, ao menos
temporariamente, até que
pesquisas futuras possam
determinar melhoras nas
condições demográficas das
espécies silvestres,
estabelecendo limites
sustentáveis de uso mais
elevados, permitindo o
estreitamento das relações
entre as populações humanas
e as Unidades de
Conservação, maximizando a
eficiência dos propósitos de
preservação da diversidade
biológica.
478
Priority areas for
the conservation
of Atlantic forest
large mammals
a Laboratório de Biologia da Conservação,
Departamento de Ecologia, Universidade Estadual
Paulista (UNESP), C.P. 199, 13506-900 Rio Claro, SP,
Brazil
b Department of Biological Sciences, 371 Serra Mall,
Stanford University, Stanford, CA 94305, USA
c Pontifícia Universidade Católica (PUC), Belo Horizonte,
MG, Brazil
d School of Environmental Sciences, University of East
Anglia, Norwich, United Kingdom
Mauro Galetti
a,b,*,
Henrique C.
Giacomini a,
Rafael S.
Bueno a,
Christine S.S.
Bernardo a,
Renato M.
Marques a,
Ricardo S.
Bovendorp a,
Carla E.
Steffler a,
Paulo Rubim a,
Sabrina K.
Gobbo a,
Camila I.
Donatti a,b,
Rodrigo A.
Begotti a,
Fernanda
Meirelles a,
Rodrigo de A.
Nobre a,
Adriano G.
Chiarello c,
Carlos A. Peres
d
2008
Large mammal faunas in
tropical forest landscapes are
widely affected by habitat
fragmentation and hunting,
yet the environmental
determinants of their patterns
of abundance remain poorly
understood at large spatial
scales. We analysed
population abundance and
biomass of 31 species of
medium to large-bodied
mammal species at 38 Atlantic
forest sites (including three
islands, 26 forest fragments
and six continuous forest
sites) as related to forest type,
level of hunting pressure and
forest fragment size using
ANCOVAs. We also derived a
novel measure of mammal
conservation importance for
each site based on a
‘‘Mammalian Conservation
Priority index” (MPi) which
incorporates information on
species richness, population
abundance, body size
distribution, conservation
status, and forest patch area.
Mammal abundance was
affected by hunting pressure,
whereas mammalian biomass
of which was largely driven by
ungulates, was significantly
influenced by both forest type
and hunting pressure. The MPi
index, when separated into its
two main components (i.e.
site forest area and speciesbased conservation index Ci),
ordered sites along a gradient
of management priorities that
balances species-focused and
habitatfocused conservation
actions. Areas with the highest
conservation priority were
located in semi-deciduous
forest fragments, followed by
479
lowland forests. Many of
these fragments, which are
often embedded within large
private landholdings including
biofuel and citrus or coffee
crops, cattle ranches and
pulpwood plantations, could
be used not only to comply
with environmental
legislation, but also enhance
the prospects for biodiversity
conservation, and reduce
edge effects and hunting.
480
Functional
Extinction of
Birds Drives
Rapid
Evolutionary
Changes in Seed
Size
1Departamento de Ecologia, Universidade Estadual
Paulista,
Rio Claro, São Paulo , Brazil.
2Instituto de Ecología, A. C. Red de Biología Evolutiva,
Carretera Antigua a Coatepec 351, Xalapa, Veracruz,
91070, Mexico.
3Instituto de Biodiversidade e Florestas, Universidade
Federal do Oeste do Pará, Santarém, Pará, 68035-110,
Brazil. 4Departamento de Biologia Animal, Universidade
Federal Rural do Estado do Rio de Janeiro, Seropédica,
Rio de Janeiro, 23.897-000, Brazil.
5Laboratório de Genética & Biodiversidade,
Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Goiás, 74001970, Brazil. 6Departamento de Ecologia, Universidade
de São Paulo, São Paulo, São Paulo, 05508-90, Brazil.
7Departamento de Ciências Florestais, Escola Superior
de Agricultura “Luiz de Queiroz,” Universidade de São
Paulo,
Piracicaba, São Paulo, 13418-900, Brazil.
8Integrative Ecology Group, Estación Biológica de
Doñana, EBD-CSIC, Sevilla, E-41092, Spain.
Mauro
Galetti,1*
Roger
Guevara,2
Marina C.
Côrtes,1
Rodrigo
Fadini,3
Sandro Von
Matter,4
Abraão B.
Leite,1 Fábio
Labecca,1
Thiago
Ribeiro,1
Carolina S.
Carvalho,5
Rosane G.
Collevatti,5
Mathias M.
Pires,6 Paulo
R. Guimarães
Jr.,6 Pedro H.
Brancalion,7
Milton C.
Ribeiro,1
Pedro
Jordano8
Local extinctions have
cascading effects on
ecosystem functions, yet little
is known about the potential
for the rapid evolutionary
change of species in humanmodified scenarios. We show
that the functional extinction
of large-gape seed dispersers
in the Brazilian Atlantic forest
is associated with the
consistent reduction of the
seed size of a keystone palm
species. Among 22 palm
populations, areas deprived of
large avian frugivores for
several decades present
smaller seeds than
nondefaunated forests, with
negative consequences for
palm regeneration.
Coalescence and phenotypic
selection models indicate that
seed size reduction most likely
occurred within the past 100
years, associated with humandriven fragmentation. The
fast-paced defaunation of
large vertebrates is most likely
causing unprecedented
changes in the evolutionary
trajectories and community
composition of tropical
forests.
481
EXTINÇÃO
ECOLÓGICA DE
GRANDES
HERBÍVOROS E
DIVERSIDADE DE
PLANTAS EM UM
GRADIENTE DE
DEFAUNAÇÃO NA
MATA ATLÂNTICA
482
Dissertação apresentada ao Instituto de Biociências do
Câmpus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista,
como parte dos requisitos para obtenção do título
de Meste em Ciências Biológicas (Zoologia).
GABRIELA
SCHMAEDECK
E
2013
O impacto humano sobre os
ecossistemas tropicais tem um
amplo efeito sobre a
população dos grandes
vertebrados. A ausência dos
grandes mamíferos causa uma
falta de seus processos
fundamentais sobre
comunidades de plantas como
a herbivoria, o pisoteio, a
predação e a dispersão de
sementes. A perda de
espécies resulta em perda de
funções ecológicas o que
altera o próprio
funcionamento do
ecossistema. Essa dissertação
está organizada em dois
capítulos: Primeiro (Capítulo I:
A defaunação seletiva de
mamíferos altera sua
diversidade funcional em
florestas atlânticas contínuas)
nós analisamos como
mudanças na riqueza e
abundância de espécies de
mamíferos de médio e grande
porte afetam a diversidade
funcional em Florestas
Atlânticas tropicais brasileiras.
Encontramos que, apesar das
quatro áreas estudadas
fazerem parte do mesmo
contínuo de Floresta Atlântica,
a riqueza e a abundância de
espécies não são similares
entre elas, e em uma das
quatro áreas encontramos
diversidade funcional
alterada, o que revela a
existência de comunidades de
grandes mamíferos distintas
nas áreas. Segundo (Capítulo
II: Consequências da extinção
de herbívoros sobre a
diversidade de plantas em um
gradiente de defaunação) nós
investigamos se a ausência de
grandes mamíferos altera a
riqueza, densidade e beta
diversidade de plântulas em
florestas tropicais, a Floresta
Atlântica Brasileira. Nós
concluímos que apesar do fato
de as quatro áreas fazerem
parte de um mesmo contínuo
de Floresta Atlântica, nós
encontramos que em áreas
com queixada, a presença dos
grandes mamíferos herbívoros
(parcelas abertas) causou uma
tendência tanto no declínio na
densidade de plântulas
quanto no aumento da beta
diversidade, como
esperávamos, mas não
encontramos um padrão para
seu efeito sobre a riqueza de
plântulas. Nas áreas sem
queixada, a presença dos
grandes mamíferos herbívoros
(parcelas abertas) não causou
mudanças na riqueza e na
beta diversidade das
plântulas, como esperávamos,
mas não encontramos um
padrão pra seu efeito sobre a
densidade de plântulas. A
extinção dos grandes
mamíferos pode resultar em
consequências preocupantes
sobre comunidades de
plantas, sendo o queixada,
Tayassu pecari, o maior
modificador de comunidades
de plantas, o que torna a
conservação do queixada
fundamental para um melhor
funcionamento do
ecossistema. O conhecimento
das consequências da extinção
de espécies de mamíferos
particulares permitirá um
entendimento melhor de cada
parte da teia alimentar dos
mamíferos tropicais, e por sua
vez, um melhor delineamento
das estratégias de
483
conservação.
484
Density and
Spatial
Distribution of
Buffy-tufted-ear
Marmosets
(Callithrix aurita)
in a Continuous
Atlantic Forest
Darren Norris
& Fabiana
Rocha-Mendes
&
Renato
Marques &
Rodrigo de
Almeida Nobre
&
Mauro Galetti
The continued degradation of
forest habitats and isolation of
fragmented populations
means that the conservation
of endemic marmosets in the
Brazilian Atlantic forest
depends on human
interventions including legal
protection. Population
monitoring is required to
ensure effective management
and appropriate allocation of
conservation resources;
however, deriving estimates
of population metrics such as
density within heterogeneous
environments is
challenging.We aimed to
quantify the population
density and spatial
distribution of buffy-tuftedear marmosets (Callithrix
aurita) in the northern region
of Serra-do-Mar State Park.
We incorporated habitat
suitability as quantified by a
niche modeling algorithm
(MAXENT) to refine density
estimates obtained via
distance methods. We used 6
environmental predictors to
model the distribution of
Callithrix aurita and used the
resulting MAXENT niche
model to identify
environmental conditions that
represent suitable habitat for
this species. We used 877.7
km of line transect surveys
and distance methods to
derive estimates of 2.19
groups or 7.55
individuals/km2 from direct
observations (n=40), providing
an overall population estimate
of 1892 (95% CI=1155–3068)
individuals in 250.7 km2 of
Atlantic forest. Our refined
density estimate, obtained by
485
combining distance methods
and a niche model, yielded a
result of 1386 individuals.
Suitable habitat was not
uniformly distributed across
the study area and was most
strongly associated with
altitude and the type of
vegetation cover. We provide
a review of previous surveys
and find this is the largest
known population of Callithrix
aurita. Our refinement of
density estimates provides a
simple and informative
addition to the primatologist’s
toolbox.
How to not
inflate population
estimates?
Spatial density
distribution of
white-lipped
peccaries in a
continuous
Atlantic forest
486
1 Laborat ´ orio de Biologia da Conservação,
Departamento de Ecologia, Universidade Estadual
Paulista (UNESP), Rio Claro, SP, Brazil
2 Neotropical Institute: Research and Conservation,
Curitiba, PR, Brazil
3 Departamento de Ciências Florestais, Escola Superior
de Agricultura ‘Luiz de Queiroz’, Universidade de São
Paulo, Piracicaba, SP, Brazil
4 Parque Estadual da Serra do Mar – Núcleo Santa
Virgínia, São Luiz de Paraitinga, SP, Brazil
D. Norris1, F.
RochaMendes1,2, S.
Frosini de
Barros Ferraz3,
J. P. Villani4 &
M. Galetti1
In a world with poor biological
inventorying and rapid landuse change, predicting the
spatial distribution of species
is fundamental for the
effective management and
conservation of threatened
taxa. However, on a regional
scale, predicting the
distribution of rare terrestrial
mammals is often unreliable
and/or impractical, especially
in tropical forests. We apply a
recently developed analytic
process that integrates
density estimation (kernel
smoothing), niche-analysis
and geostatistics (regressionkriging) to model the
occupancy and density
distribution of a threatened
population of white-lipped
peccaries Tayassu pecari in a
Brazilian Atlantic forest.
Locations (n=45) within a
protected area of the Serrado-Mar state park were
obtained from diurnal line
transect census (233 km),
camera-trapping (751 cameratrap days) and surveys (4626
km) conducted by park
rangers. Niche modelling
(environmental niche-factor
analysis and MAXENT)
revealed a restricted niche
compared with the available
habitat as defined by seven
environmental variables. From
the occupancy model
obtained from regressionkriging, we found that 72% of
a 170km2 protected area is
likely to be used by peccaries.
We demonstrate that the
distribution of large mammals
can be restricted within
continuous areas of Atlantic
forest and therefore
population estimates based
on the size of protected areas
can be overestimated. Our
findings suggest that the
generation of realized density
distributions should become
the norm rather than the
exception to enable
conservation managers and
researchers to extrapolate
abundance and density
estimates across continuous
habitats and protected areas.
487
Mamíferos não
voadores do
Núcleo Santa
Virgínia, Parque
Estadual da Serra
do Mar, São
Paulo, Brasil
488
1 Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas:
Área de Zoologia. Universidade Estadual Paulista
(UNESP).
http://www.rc.unesp.br/ib/zoologia/posgrad/index.htm
l
2 Laboratório de Biologia da Conservação,
Departamento de Ecologia, Instituto de Biociências,
Universidade
Estadual Paulista (UNESP). Caixa Postal 199, CEP 13506900 Rio Claro, São Paulo, Brasil.
http://web.me.com/galetti/Labic/Welcome.html
3 Instituto Neotropical: Pesquisa e Conservação,CP
19009, CEP 81531-980, Curitiba, PR, Brasil.
http://www.institutoneotropical.org
4 autor para correspondência,
[email protected]
Fabiana
RochaMendes1,2,3,4
Carolina Lima
Neves1,2
Rodrigo de
Almeida
Nobre2
Renato Matos
Marques2
Gledson
Vigiano
Bianconi3
Mauro
Galetti1,2
Este estudo apresenta dados
de riqueza de espécies de
mamíferos não voadores da
porção norte do Parque
Estadual da Serra do Mar,
chamada de núcleo Santa
Virgínia (NSV), estado de São
Paulo, sudeste do Brasil. A
listagem de espécies foi
elaborada (período de 2002 a
2009) por meio de ca. 660 km
de transecções lineares,
25.512 horas de armadilha
fotográfica, 394 armadilhasde-pegada.dia, registros
ocasionais e relatos de
moradores da região
(entrevistas) para mamíferos
de médio e grande porte, e
7.440 armadilhas.noite para
pequenos mamíferos. Foram
registradas 58 espécies de 81100 de possível ocorrência
dada suas potenciais
distribuições. Dezoito espécies
fazem parte da lista nacional
da fauna ameaçada de
extinção e 27 da lista
estadual. A elevada riqueza de
mamíferos não voadores com
suas espécies ameaçadas,
indica a importância do NSV
para conservação da
mastofauna regional.
Caracterização do
perfil e da
qualidade da
experiência do
praticante de
rafting no Parque
Estadual Serra do
Mar − Núcleo
Santa Virgínia
1Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais
(PPG-CA) Universidade de Taubaté, Taubaté, SP, Brasil
2Instituto Florestal, (IF)
Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo,
São Paulo, SP, Brasil
*Autor correspondente: e-mail: [email protected],
[email protected],
[email protected], [email protected]
Ana Paula
Pereira1;
Maria Dolores
Alves Cocco1*;
Flávio José
Nery Conde
Malta1;
Maria de Jesus
Robim2
O presente estudo visa
subsidiar ações voltadas à
implementação do rafting no
Parque Estadual Serra do Mar
– Núcleo Santa Virgínia
(PESM-NSV). Teve como
principal objetivo conhecer o
perfil e o nível de satisfação
dos praticantes de rafting no
Núcleo Santa Virgínia. Para a
coleta de dados foram
utilizados questionários com
perguntas fechadas e abertas,
para identificação do perfil
socioeconômico dos
visitantes, informações sobre
a viagem, motivações,
preferências e nível de
satisfação em relação às
atividades desenvolvidas, bem
como percepções sobre a
experiência e mínimo
impacto. Os dados foram
analisados e tabulados e,
posteriormente, realizou-se a
análise de correspondência,
para verificar a relação entre
as variáveis ‘satisfação’ e
‘idade’, utilizando o aplicativo
estatístico MINITAB. Dos 47
entrevistados, a maioria era
do sexo masculino (66%),
sendo 55,5% da faixa etária
compreendida entre 19 e 30
anos, e 49% dos participantes
do estudo possuíam nível
superior completo. Em geral,
os entrevistados
apresentaram-se satisfeitos.
Entretanto, ressaltaram alguns
aspectos da gestão do rafting
que poderiam ser melhorados,
tais como diminuição de
custos para realizar a
atividade, e divulgação e
melhoria da infraestrutura,
principalmente, na área de
desembarque no final do
percurso. Conclui-se que os
489
praticantes do rafting
apresentam um perfil
elitizado, com alta
escolaridade, e demanda por
serviços e produtos de
qualidade.
Efeitos da
defaunação na
herbivoria,
pisoteio de
plântulas,
remoção e
predação de
sementes na
Floresta Atlântica
490
Tese apresentada ao Instituto de Biociências do Campus
de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte Fabiana Rocha
dos requisitos para obtenção do título de Doutor em
Mendes
Ciências Biológicas – Zoologia
2010
Existe um gradiente de
cenários cuja composição,
abundância e biomassa de
animais podem estar
praticamente intactas ou
encontrar-se em seu maior
grau de comprometimento
(“síndrome de floresta vazia”).
Em diversos níveis de
defaunação, processos
ecológicos podem ser
interrompidos pela falta de
interações, modificando a
dinâmica do ambiente. Visto
que a Floresta Atlântica ainda
possui razoáveis extensões e
diferentes situações no que
diz respeito à composição
mastofaunística, ela é um
cenário interessante para o
estudo da defaunação e suas
implicações. Assim, o presente
estudo caracterizou a
comunidade de mamíferos em
duas áreas geograficamente
próximas desse bioma e
avaliou os efeitos da
defaunação sobre parâmetros
e processos de estruturação
de comunidades vegetais. Os
resultados indicaram uma
mastofauna semelhante em
riqueza, mas com discrepância
na abundância e biomassa das
espécies. Diferenças nas
abundâncias de alguns táxons,
com destaque para o queixada
(Tayassu pecari), tiveram
efeitos significativos sobre a
diversidade, biomassa e
pisoteio de plântulas. A
intensidade de pisoteio
apresentou relação negativa
com a defaunação, enquanto
que a biomassa e a
diversidade de plântulas
foram maiores na área com
menor biomassa animal.
Embora tenha sido detectada
a ação do queixada em
aspectos da dinâmica
populacional do palmito
(Euterpe edulis), dentro do
espaço e tempo amostral, não
foram percebidas
consequências drásticas em
relação à abundância desse
ungulado sobre as
comunidades dessa palmeira.
De maneira semelhante, a
dispersão de sementes de
indai-açu (Attalea dubia) não
parece ser diretamente
afetada pela abundância de
mamíferos herbívoros, visto
que o seu principal agente
dispersor, o serelepe (Sciurus
aestuans), não demonstra
sofrer com a pressão de caça
no bioma. Mesmo em
pequena escala temporal (dois
anos de avaliação), percebe-se
o efeito da defaunação em
parâmetros da vegetação. O
conjunto de dados
apresentados confirma a
existência de estreita relação
entre os mamíferos e os
diversos aspectos da
comunidade vegetal,
contribuindo para o
491
conhecimento dos efeitos da
perda de espécie animais
sobre a dinâmica da Floresta
Atlântica.
492
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