Parlons uchinaaguchi

Transcrição

Parlons uchinaaguchi
Ozias Alves Jr
Parlons uchinaaguchi
(oKinaWa-gÔ)
沖縄語
langue du Japon qui ne survit qu’au Brésil
Parlons uchinaaguchi
(Okinawa-gô)
Parlons…
Collection dirigée par Michel Malherbe
Dernières parutions
Parlons tchèque, Dagmar HOBZOVÁ-MONOD et Antoine
MARÈS, 2016.
Parlons cham du Vietnam, Agnès DE FÉO, 2015.
Parlons mawitanongo. Le taki-taki revisité, Joël ROY et MAMA
BOBI, 2015.
Parlons kazakh, Zura MAZHIT, 2015.
Parlons malais de Sri Lanka, Gérard ROBUCHON, 2015.
Parlons agoul, Shaban MAZANAEV, 2015.
Parlons tadjik, Michel MALHERBE, 2015.
Parlons tamoul, Élisabeth SETHUPATHY, 2015.
Parlons abkhaze, Michel MALHERBE, 2014.
Parlons maya classique, Jean-Michel HOPPAN, 2014.
Parlons xokleng / laklãnõ, Ozias ALVES Jr, 2014.
Parlons dzongkha, Georges VAN DRIEM, Françoise
POMMARET, Karma TSHERING de Gaselô, 2014.
Parlons pandjabi, Muhammad AMJAD, 2014.
Parlons ouïgour, Palizhati S. YILTIZ, 2014.
Parlons dhivehi, Gérard ROBUCHON, 2013.
Parlons gujrâti, Azad MONANY, 2013.
Parlons (hmong), Jacques LEMOINE, 2013.
Parlons talian, Ozias DEODATO ALVES Jr, 2013.
Parlons hunsrüchisch, Ozias DEODATO ALVES Jr, 2013.
Parlons kabiyè, David ROBERTS, 2013.
Parlons baloutche, Michel MALHERBE, NASEEBULLAH, 2013.
Parlons douala, Valérie EWANE, 2012.
Parlons routoul, Svetlana MAKHMUDOVA, 2012.
Parlons coréen, Michel MALHERBE et Olivier TELLIER, 2012.
Parlons lak, Kamil TCHALAEV, 2012.
Parlons shor, Saodat DANIYAROVA, 2012.
Parlons bouriate. Russie-Baïkal, Galina DRUON, 2012.
Parlons shina, Karim KHAN SAKA, 2012.
Parlons batak, Yetty ARITONANG, 2011.
Ozias ALVES JR
Parlons uchinaaguchi
(Okinawa-gô)
Langue du Japon
qui ne survit qu’au Brésil
Du même auteur, chez L’Harmattan
Parlons nheengatu, 2010
Parlons hunsrückisch, 2013
Parlons talian, 2013
Parlons xokleng, 2014
Contact auteur :
Ozias Deodato Alves Jr (Jornal Biguaçu em Foco)
Rua Leopoldo Freiberger, 21c, Centro, Biguaçu, Santa Catarina,
Brasil.
CEP 88.160-100
Téléphone : (48) 3279-9900. Portable (48) 9616-7773
E-mail : [email protected].
Sites: www.jbfoco.com.br et www.sjfoco.com.br.
© L’Harmattan, 2016
5-7, rue de l’Ecole-Polytechnique, 75005 Paris
http://www.harmattan.fr
[email protected]
[email protected]
ISBN : 978-2-343-07571-6
EAN : 9782343075716
Nmarijima nu kutuba wasshii nee kuni n wasshiin
Oublier sa langue natale
signifie oublier son pays natal.
Tusui ya tatashina mun; warabe ya shikatina mun
Les vieux nous les devons traiter avec respect ;
les enfants avec tendresse.
Tinsagu nu hanaya
Chimi sachi ni sumiti
Uya nu yushigutu ya
Chimuni sumiri
Avec la fleur de Tinsagu /
je teins mes ongles /
avec les enseignements des parents /
je teins mon cœur.
(Chanson folklorique d´Okinawa)
A
AGRADECIM
MENTOS
Rosimara Cardoso
R
C
(11981-2013) e seu fillho Rodriggo
D
Damasceno
Finco
F
Jr. (Footo: Família))
Não importa o tempo de
d nossa separaçãoo.
I
Importa
sim
s
o graande Am
mor que nos
n une à
E
Eternidade
e. Estás sempre em nossa
as oraçõees
d
diariamen
a Senhorra
te. Que Deus, a Nossa
A
Aparecida
Anjos a protejam
p
sempre e
e os A
illuminem seu cam
minho, qu
uerida Rosi.
R
Amoor
I
Incondicio
onal no P
Passado, no Pressente e n
no
F
Futuro.
ET
TERNAM
MENTE.
Agrad
decimentos eespeciais à Comunidade
C
Okinawana
O
ddo
B
Brasil,
em esspecial a Joãão Mezashi, Vanessa Sh
hiroma Tinem
m,
9
Jornal Utiná Press, Paulo Higa, Associação Okinawa Kenjin do
Brasil, Associação Okinawa de Vila Carrão, Akiko Ikehara,
Eiki Shimabukuro, Tamotsu Komesu, Augusto Takara, Colégio
Exatus, Tetsuo Higa, Shigeku Gushiken, Keiko Yonamine,
Valdete Tamashiro, Simone Zakabi, Suemi Miahira, Jiashiki
Norimitsu e Hiroharu Takayasu.
Um agradecimento especial a Marcelo Yuji Himoro.
Apesar de não conhecê-lo pessoalmente, Marcelo vem
ajudando-me com traduções e sugestões preciosas sobre temas,
entre os quais o estudo sobre o Uchinaaguchi/ Okinawa-go.
Outro agradecimento especial vai para os senhores
Hélio Higa e Elídio Shinzato, este último ex-presidente da
Associação Nipocatarinense de Cultura, de Santa Catarina.
Agradecimento também mais que especial ao sr. Satoru
Saito, o símbolo do ressurgimento da cultura okinawana no
Brasil. Votos de pleno sucesso a sua arte e ao seu trabalho de
fazer do Brasil um país de tanta diversidade e beleza, pois a
beleza do mundo não está na uniformidade, mas sim na
diversidade.
Uma saudação aos ideais da comunidade okinawana
expressos nas seguintes palavras: Umanchu (Coletividade),
Chimugukuru
(Generosidade),
Ichariba
Choode
(Fraternidade) e Yuimaru (Ajuda Mútua). É preciso dizer mais
alguma coisa?
A minha querida mãe, Ivonilde Maria Baixo, à Adriana
Costa Alves, a Décio Baixo Alves, e aos meus preciosos José
Gabriel de Paula Alves, Rodrigo Damasceno Finco Jr
(Rodriguinho), Pedro Costa Casotti (Pedrinho), Maria Eduarda
Costa Casotti (Cotinha), Carlos Farias Costa (Índio Velho),
Adircenir Cipriano Costa (dª Dirce), Cínthia Costa Casotti,
Carline Cipriano Costa (que piada!) e Murilo Lévy Casotti.
Homenagem póstuma ao grande amigo, professor
Evaldo Pauli (1925-2014), um intelectual extraordinário em
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todos os sentidos, um exemplo de amor INCONDICIONAL à
sabedoria e um trabalhador incansável na produção de tantos
livros de filosofia, história regional, literatura e do idioma
internacional Esperanto. Infelizmente, só a falta de memória no
Brasil e quase desprezo pela cultura explicam como os jornais e
televisões de Santa Catarina nada publicaram sobre o legado
desse homem extraordinário, com exceção de algumas linhas de
um jornalista político.
Mas esse vosso amigo não deixou que a notícia sobre
seu falecimento se resumisse a tão poucas linhas. Na extensa
homenagem que o jornal Biguaçu em Foco publicou sobre o
ilustre intelectual nascido em Antônio Carlos que fez carreira
em Florianópolis, não deixei de lado uma boa mensagem em
Esperanto, idioma pelo qual Evaldo Pauli era apaixonado.
Ao grande amigo, Cidadão do Mundo, Profº Carlos
Amaral Freire, o grande poliglota do Brasil. Sem sua orientação,
seus conselhos e sua preciosa biblioteca, não teria dado nem o
primeiro passo na aventura de conhecer o Brasil que o Brasil
não conhece.
Ao agradecer o professor Freire, não posso nem devo
esquecer de mencionar sua esposa, dª Veroni, filhos, netos e
agora um bisneto, pois o tempo não pára.
A Manhal Kasouha e a Diego Emiliano Villazon (El
Hermanito) e suas respectivas famílias. Às queridas Dienifer
Leite e Marina Sorrentino. Aos grandes amigos Caio e Ângelo
de Cápua. Abraços carinhos ao grande amigo Alexandre
Camisão.
Ao grande amigo de 20 anos, professor Paul Leidinger,
da Universidade de Münster, na Alemanha.
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À monsieur Michel Malherbe, un vrai Citoyen du
Monde, qui a cru à mon travail et m´a donné l´opportunité de
montrer au public français un Brésil que le Brésil ne connaît
pas, mais que le monde doit connaître.
Merci au professeur Patrick Beillevaire, spécialiste
d’Okinawa, avec lequel Okinawa et sa noble culture m’ont
permis de nouer une relation d’amitié. Sans ses explications et
notes, ce livre n’aurait pas été possible.
Ce livre est dédié
à Satoru Saito
et à l´Association Okinawa Kenjin du Brésil
AVANT-PROPOS
Quand j´ai fini le livre et que j’écrivais son avantpropos qui en résume le thème, j´avais un doute : quelle
photo prendre pour la couverture? Une photo d´une pièce
de théâtre traditionnelle de ce peuple? Un portrait de
Satoru Saito, le danseur et activiste pour la diffusion au
Brésil de la culture thème du livre? Des musiciens en train
de jouer des sanshins, le violon à trois cordes typique
d´Okinawa?
J’ai préféré une photo artistique pour attirer
l’attention du lecteur, mais j’avais été tenté par la photo ciaprès qui résume exactement ce qui se passe aujourd´hui
dans la communauté okinawaïenne du Brésil: la
revalorisation de sa langue et sa culture minoritaire
MÉPRISÉE il y a seulement sept ans auparavant. Oui, il y
a seulement sept ans, cette photo, qui montre une classe de
langue
uchinaaguchi
ou
okinawa-go,
était
INIMAGINABLE.
Classe d´uchinaaguchi / okinawa-go au siège de
l´Association Okinawa de Vila Carrão, à São Paulo.
(Photo: Ozias Alves Jr)
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