jornal do brasil
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jornal do brasil
JORNAL DO BRASIL COMEÇOU COMO MONARQUISTA Criado em 1891 em oposição à República. Foi empastelado algumas vezes por sua cobertura favorável a D. Pedro 2º. Rui Barbosa assumiu o jornal em 1893 e mudou o perfil editorial: jornal deixou de de ser monarquista e passou apoiar a república. Tribuna popular: são criadas as seções “Queixas do Povo”, “Crimes da Polícia” e “Subúrbios” ANOS 10: JORNAL DAS COZINHEIRAS 1905, aproveitando a ampla popularidade, Jornal do Brasil constrói nova sede e um parque gráfico no centro do Rio. A direção do jornal decide colocar anúncios classificados até na primeira página para enfrentar dificuldades financeiras. Em agosto de 1906, a capa do jornal passa a ser ocupada por anúncios classificados. Política, artes e literatura perdem destaque. O jornal ganha o apelido pejorativo de "jornal das cozinheiras". Em 1919, o Conde Pereira Carneiro assume o comando da empresa. Nova linha editorial: moderação e neutralidade na cobertura dos fatos. Campanhas continuam, mas em uma linguagem mais elevada. Família Pereira Carneiro esteve a frente do JB até 2001. ANOS 40: VENTOS DA DEMOCRACIA Fim da 2ª Guerra e do Estado Novo, eleições gerais, nova Constituição. Jornal do Brasil mantém os anúncios classificados na primeira página. Conde Pereira Carneiro adoece e morre. Condessa Maurina Dunshee de Abranches Pereira Carneiro assume o jornal. Com apoio do genro, Manuel Francisco do Nascimento Brito a condessa promove uma das mais importantes reformas de um jornal brasileiro. ANOS 50: TEMPOS DE MUDANÇAS Poesia concreta abala as estruturas da literatura brasileira: concretistas decretam o fim do poema. Surgem os primeiros acordes dissonantes da Bossa Nova. Nas telas os filmes do Cinema Novo rompem com a estética da Vera Cruz. Juscelino Kubitcheck é eleito presidente do Brasil: 50 anos em 5 Desenvolvimento e Industrialização. 1956: JORNAL DO BRASIL LANÇA SEU SUPLEMENTO DOMINICAL Estética concretista e conteúdo inovador, mix de artes plásticas, literatura, ciência. Ferreira Gullar, Mário Faustino e os irmãos Augusto e Haroldo de Campos publicavam no suplemento. Embrião do futuro Caderno B. 1959: A REFORMA QUE MARCOU ÉPOCA O artista plástico Amílcar de Castro mudou a cara do jornal. Criou paginação uniforme, simples e limpa. Implantou diagramação vertical. Pela primeira vez, a primeira página do jornal saiu com os classificados em L, concretizando a nova realidade do jornal. Valorização dos espaços brancos das páginas. Foram eliminados os fios que separavam as colunas de textos . 1939: CRIAÇÃO DO DIP 1955: MORTE DE EINSTEIN 1961: GAGARIN NO ESPAÇO 1964: COMÍCIO PELAS REFORMAS DE BASE CADERNO B: INOVAÇÃO MAIS MARCANTE O Caderno B foi o 1º suplemento exclusivamente voltado para assuntos culturais, de entretenimento e variedades. Fez do Rio de Janeiro uma caixa de ressonância da cultura nacional. As novidades do Caderno B não se restringiam à forma gráfica. Os repórteres e colaboradores do suplemento tinham liberdade estilística em suas narrativas, dispensando os padrões de objetividade do texto jornalístico. JEITO DIFERENTE DE ESCREVER NOTÍCIAS Alberto Dines introduziu a forma de redigir inventada pelos americanos: esquecer a ordem cronológica e começar uma história pelo mais importante. Técnica do Lead: a construção do texto a partir do fato ou aspecto mais importante — que atrai ou guia (daí, lead) a atenção do leitor. O espaço do noticiário aumentou e o número de páginas também. A opinião do jornal e o uso de fotos passam a ter grande destaque. DIAS DE GLÓRIA As tiragens aumentam e a publicidade cresce. Jornal do Brasil ganha prestígio financeiro e torna-se referencia nacional de bom jornalismo Salários altos, ambiente de trabalho e independência editorial atraem os melhores jornalistas do país. A reforma editorial, gráfica e industrial do Jornal do Brasil foi a mais abrangente que um jornal brasileiro jamais experimentou . EDIÇÕES EXTRAS: INFORMAÇÃO E AGILIDADE REVOLUÇÃO DE 64 Jornal do Brasil, assim como todos os grandes jornais brasileiros, apoiou em editorial o golpe militar de 1964. Ao mesmo tempo preservou espaço para críticas nas colunas de Carlos Castelo Branco e Alceu do Amoroso Lima, o Tristão de Ataíde. Em 1968, ao noticiar o Ato Institucional nº 5 , o jornal viveu um dos grandes momentos da imprensa nacional A primeira página do jornal trouxe mensagens cifradas e cheias de ironia CRÍTICA DISFARÇADA DE PREVISÃO Previsão do tempo: Tempo negro. Temperatura sufocante. O ar está irrespirável. O país está sendo varrido por fortes ventos. Máx.: 38º em Brasília. Mín.: 5º, nas Laranjeiras. Ontem foi o dia dos cegos. Legenda da foto do presidente General Arthur da Costa e Silva caindo: “Tradição que se renova”. O Chefe de Redação da época era o jornalista Alberto Dines, responsável por outras edições memoráveis do Jornal do Brasil. Edição de 11 de outubro de 1967. Duas fotos de Che Guevara morto ocupavam a primeira página do Jornal do Brasil. De olhos abertos, um guerrilheiro abatido, morto, na selva da Bolívia. 12 de setembro de 1973. Golpe Militar no Chile. Censura determina que a morte do presidente do Chile, Salvador Allende, não tenha destaque. Nada de manchetes nem fotos abertas. Editor obedeceu mas publicou texto a respeito ocupando toda a 1ª página relatando o fato. REVISTA DE DOMINGO Foi criada em 1975 a pedido da própria Condessa Pereira Carneiro. Ela queria uma revista no formato da The New York Times Magazine, para ser distribuída gratuitamente aos leitores do JB. O jornalista Ruy Castro foi chamados para ser o primeiro editor. Destaque para a qualidade gráfica e para as capas da revista. A Revista de Domingo misturava reportagens sobre comportamento, moda, cultura e arte em geral. Em 15 de janeiro de 1995 destacou a nova musa do verão carioca: Suzana Werner Em 1978 destaque para o lançamento do filme de Stanley Kubrick no Brasil. Foi liberado para exibição sem cortes 7 anos depois de realizado. Filme discutia a individualidade e a agressividade exacerbada, a personalidade sem regras e a invasão do direito alheio. 1995: PIONEIRISMO NA INTERNET 08 de fevereiro de 1995: "A manchete do JB impresso de hoje já está no "JB Online", na rede mundial Internet“ Esta frase publicada na edição impressa anunciou a entrada do Jornal do Brasil na Internet. NA VIRADA DO SÉCULO, MAIS UMA CRISE Em 2001, a família Pereira Carneiro arrendou o o jornal para o empresário Nelson Tanure por 60 anos, renováveis por mais 30. Tanure, conhecido por comprar e recuperar empresas em crise para depois revende-las, disse que pretendia recuperar o prestígio do Jornal do Brasil. Naquele ano, a tiragem do jornal era de 70 mil durante a semana e 105 mil aos domingos. Em 2003, o jornal melhorou e atinge os 100 mil exemplares diários. Em 2006, o JB abandona o formato tradicional “standart” e adota o formato tablóide. A tiragem voltou a cair e em 2010 chegou a 20.941 exemplares por dia. Tanure chegou a buscar compradores para o Jornal do Brasil. FORA DE CENA: 31 DE AGOSTO DE 2010 Jornal do Brasil circula pela última vez impresso em papel. Desde então está disponível apenas em formato digital pela internet, em versão mobile em celulares e iPads. Direção do JB alegou opção pela sustentabilidade e que tinha apoio dos leitores consultados por pesquisa. O Jornal do Brasil circulou durante 119 anos. FONTES www.jblog.com.br/hojenahistoria.php www.veja.com.br/acervodigital/ http://portalimprensa.uol.com.br/portal/ultimas_n oticias/2010/08/31/imprensa37801.shtml http://ultimosegundo.ig.com.br/fim+de+uma+era/ n1237764695013.html http://g1.globo.com/bom-diabrasil/noticia/2010/08/fim-da-edicao-impressa-dojb-encerra-uma-epoca-importante-nojornalismo.html www.oglobo.com