O desafio do tratamento técnico da memória técnico-científica
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O desafio do tratamento técnico da memória técnico-científica
111111111111111111111111111 lilllill Reg.62101 o desafio do tratamento Me 3924 o DESAFIO DO TRATAMENTO TECNICO DA MEMORIA TECNICO-CIENTiFICA Cicera Henrique da Silva ([email protected]) Instituto Nacional de Tecnologia Av. Venezuela, 82 - 410 - Rio de Janeiro - Brasil Vera Lucia Maia Lellis ([email protected]) Instituto Nacional de Tecnologia Av. Venezuela, 82 - 410 - Rio de Janeiro - Brasil Maria Cristina Soares Guimaraes ([email protected]) Fundagao Instituto Osvaldo Cruz - Rio de Janeiro - RJ - Brasil Av. Brasil, 4365 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil Heloisa Tardin Christovao ([email protected]) Consultora Praia Joao Caetano, 141- 508 Niter6i - RJ - Brasil Ao longo de seus oitenta e tres anos de existencia, INT tern ocupado lugar de destaque 0 Instituto Nacional de Tecnologia - no desenvolvimento da ciencia e tecnologia nacionais. Sua singularidade se define, entre outros pontos, por ser 0 unico instituto de pesquisa federal com abrangencia multisetorial. Essa multisetorialidade uma orientagao politico-estrategica que, em sua fundagao, colocou no Instituto de langar as sementes de uma ciencia e tecnologia genuinamente No seculo XXI, oiNT pesquisa se coloca como que desenvolve 0 varias areas do conhecimento 0 desafio nacionais. melhor representantede e detem urn conhecimento e resultado de transdisciplinar, um instituto de contemplando e inumeros setores industriais. A versatilidade de sua atuagao pode ser aferida pela diversidade de tipologia documental produzida ao longo de sua atuagao, da literatura branca a literatura cinzenta, passando par laud os tecnicos, traduz uma explicita<;ao e registro do conhecimento que saG nao so testemunhos historicos da competencia institucional, mas tambem possuem 0 potencial de compor a base de conhecimento do INT. A Divisao de Informa<;ao e Prospec<;ao Tecnologica - DINT, responsavel pela Biblioteca do INT e pelas atividades de presta<;ao de servi<;os de informa<;ao e prospec<;ao, vem, ao longo dos ultimos vinte anos, desenvolvendo desse acervo, especialmente a no que toca atividades dirigidas a organiza<;ao produ<;ao cientffica da Institui<;ao. A assim chamada Memoria Cientffica do INT congregava, principalmente, artigos de periodicos cientfficos publicados a partir da decada de oitenta. Um projeto de pesquisa financiado pelo CNPq, dirigido se encontra a organiza<;ao da memoria da ciencia e tecnologia no Brasil, e em sua fase final, veio dar novo fmpeto ao tratamento da memoria institucional. ? presente trabalho apresenta 0 escopo e abrangencia "PRoouc;Ao do projeto CIENTfFlCA E TECNOLOGICA 00 INT: sua contribuigao para a compreensao no Brasil", com foco especial nos desafios terminologicos vivenciados da C & T pela equipe na busca da melhor e mais adequada representa<;ao e identifica<;ao dos conteudos de conhecimento inscritos na grande variedade de documentos recuperados. Tais desafios saG oriundos da op<;ao metodologica acervo. Em outras realizado", palavras, 0 adotada objetivo para organiza<;ao e qualifica<;ao do foi tratar a memoria mas como "passado revisitado", nao eomo "passado ou seja, integrando os eonhecimentos passados aos conhecimentos recentes. Assim, a DINT segue sua missao de oferecer ao INT, e tambem aos atores do Sistema Nacional de Ciencia, Tecnologia (SNCTI), uma rica base de conhecimento, fonte de aprendizagem A dinamica do e Inova<;ao com um grande potencial de servir como e de novos conhecimentos. conhecimento, as institui<;oes de pesquisa e 0 desafio terminologico Ja e possfvel dizer que existe um unissono sabre a necessidade de criar novas formas de descri<;ao e narra<;ao que deem conta dos processos de produ<;ao de conhecimento cientffico e teen%gico. Das certezas de Descartes, no seculo XVII, ao conhecimento mesti<;o proposto por Bruno Latour e Michel Serres no seculo XX (1995), cristalizado em Gibbons et al.(1994), com a proposta do Modo 2 de Conhecimento, ha tambem 0 desenho de uma longa trajet6ria que busca, no limite, as melhores formas representac;ao do conhecimento, enquanto conteudo de um documento. o principal ponto de inflexao dessa trajet6ria sera sempre lembrado Segunda Guerra Mundial, cenario a partir do qual pesquisadores areas do conhecimento, vertiginoso publicac;ao de procurava a expresso cientifico. quase que mais tarde seria reconhecido como um 0 do conhecimento, conhecimento caracterizar das mais diversas da economia as ciencias biomedicas, da filosofia a hist6ria da ciencia, comec;aram a analisar e identificar crescimento e remetido a 0 principalmente conceito incapacidade pela produc;ao e de "explosao de de acompanhar e informac;ao" monitorar as descobertas que, a cada dia, ganhavam espac;o nos peri6dicos cientificos, cujos titulos tambem passado se multiplicavam. Situa-se tambem em meados do seculo 0 florescimento da literatura cinzenta, produc;ao genuinamente associada a instituic;oes de pesquisa e desenvolvimento (P&D). De fato, a epoca, existia um reconhecimento expllcito da divisao de competencias universidades redundava e institutos em universidade de pesquisa qualificac;oes diferenciadas cabia principalmente possibilidades (ver, por exemplo, para 0 Vessuri, conhecimento produzido. e traduzidas nos centros de pesquisa. De forma sumaria, pode-se dizer que de conhecimento, 0 que A a gerac;ao de ideias, de teorias, de proposlc;oes e que deveriam ser testadas, experimentadas senao completamente 1983), entre a em prot6tipos literatura branca, disciplinar, enquanto expressao de uma divisao c1assica de areas refletindo a organizac;ao da academia, contrapunha-se cinzenta produzida majoritariamente uma literatura pelos institutos de pesquisa, centro por excelencia dos processos de invenc;ao e inovac;ao 1. Enquanto 16cus privilegiado colocavam (e ainda 0 do processo de inovac;ao, os institutos fazem) nao s6 como cenario apropriado particulares conhecimento - disponibilidade de conhecimento com necessidade de produtos. Talvez mais importante, a atividade inovac;ao - minimo, de P&D incorpora 0 de duas: da oriundo de diversas para fusao de conhecimentos no e idiossincrasicos, 0 de pesquisa se academia uma das mais importantes e do outras fontes de mercado, etapas design, que de forma simplista, pode ser entendido como ligando do processo 0 de processo que 1 Cabe lembrar que, em meados do seculo passado, ainda era forte a visao da inova9ao como um 'exemOJa'aus. alnoa aus lanC200 ne mer-cade nao levaV2 ~m conE c. real aosorcac ao meS:llc.: ne socia .. frute 00 orocesso ae ditusao 00 oraauta no mer:ac:: ve DO' 2X2mOIC. MetcaiTS- '199L traduz um mentefato em um artefato (GUIMARAES, 1998). 0 design incorpora uma laboriosa atividade de testes, aferiyoes de desempenho, de qualidade, dentre outros. De forma 6bvia, a tipologia de documentos (mesmo como suporte) que acolhem tal conhecimento sac variadas, de um laudo de analise, passando por um desenho, ate um relat6rio tecnico. Indo alem, sac fragmentos, indispensaveis, mas fragmentos de um saber e um saber-fazer muito maior e mais complexo. Especialmente nos ultimos trinta anos, por forya principalmente microeletr6nica nos mais diversos campos do conhecimento, conhecimento comeyou complementares se a ganhar articulam. novos contornos. Por um lado, 0 Dois uma na tessitura da contexto de produyao de movimentos crescente opostos especializayao e do conhecimento, propiciada por novas tecnicas e instrumentos que possibilitam ampliar e iluminar recortes micro. sistematizayao Par outro lado, a necessidade do conhecimento, premente de integrayao, de e de praticas transversais aos conhecimentos. 0 elemento de ligayao, do entendimento, do sentido, vem da linguagem - a representayao e a descriyao. Na medida em que arganizayoes, 0 conhecimento torna-se imperativo passa a ser considerado como a implementayao organizar e explicitar sua base de conhecimento. conhecimentos tacitos e explicitos, fragmentos 0 principal ativo das de estrategias que possibilitem Essa base de conhecimento que devem ser soma articulados e ~ sistematizados de forma conhecimentos. a atuar como fonte privilegiada Dentro dessa perspectiva, para gerayao de novos nao ha divisao clara entre conhecimento "velho" ou "recente", entre mem6ria e momenta presente. A obsolescencia passa a ter 0 potencial de uma medida de maturidade de um saber fazer, e um ponto de partida de reconfigurayao para novos conhecimentos. Especialmente para os Serviyos de Informayao, a "religar;ao dos saberes", como proposto por Morin (2004), uma abordagem necessaria, saudavel e sedutora, perpassa todo 0 arsenal de tecnicas, descrever 0 permitam descrever conhecimento processos conteudo dos documentos. um conhecimento transdisciplinar e abordagens puros e com limites bem definidos. que permitem Isso significa dispor de olhares e visoes que multiplo, mestiyo, e transversal, que tangencia linhas hierarquicas de organizayao, disponiveis na medida em que e um e agrega varias facetas e remetendo a passados e recortes diversos, outrora A dinamica natural de evoluyao e gerac;:ao de novos especializac;ao, soma-se tambem um crescimento lateral, transversal, que se liga nao na vertical, mas preferencialmente o na horizontal. quadro conceitual sumariamente para 0 descrito anteriormente serve como panG de fundo relato das atividades de tratamento tecnico envolvidas no desenvolvimento projeto "PROoU9AO compreensao do CIENTiFICA E TECNOLOGICA 00 INT: sua contribuigao para a da C & T no Brasil". Dois pressupostos principais guiaram 0 trabalho de tratamento tecnico: primeiro, a mem6ria e parte integrante da base de conhecimento da instituic;ao e deve se constituir em um continuo junto a base de conhecimento corrente; a segundo, devem-se maximizar todos os esforc;os para integrar a literatura cinzenta literatura branca, e isso e potencialmente fragmentos de conhecimento, possivel na medida em que mesmo os no contexto de um centro de pesquisa, se encaixam e se articulam no todo como em grande quebra-cabec;as. Partindo desses pressupostos, foi revitalizada a base de dados da Mem6ria Cientffica, entao mantida pela DINT e criada uma nova base de dados que incorpora atualmente os documentos resultantes da prestac;ao de servic;os tecnicos especializados - PSTE. Na pr6ximas sec;oes serao descritos, de forma sucinta, os esforc;os desenvolvidos longo do projeto no sentido de integrar durante 0 0 acervo de mem6ria tecnico-cientifico ao resgatada projeto. f:. produc;ao cientifica dos pesquisadores do INT continha 3575 itens identificados, catalogados e indexados e compunham a base DINT, desenvolvida em software proprietario ja se encontrava disponivel atraves do sitio do INT (www.int.gov.br). Esta produc;ao cientifica abrangia, no injcio deste projeto, principalmente artigos de peri6dicos, trabalhos de congresso, monografias, relat6rios de projeto, entre outros itens, assim distribuidos conforme quadro 1. Apesar de denominada "cientffica", a base de dados continha 19 patentes, mostrando sua tendencia de refletir a produc;ao de seus tecnicos, independente do tipo de documento. Observando-se a qualificac;ao dos documentos incorporados a base, pode- ~e afirmar .que esta tipologia enquadrava.:.se mais como literatura cinzenta2 (62%), apesar de um percentual significativo de literatura branca (38%) do total encontrado na base, esta ultima representada majoritariamente C'". . " por artigos de peri6dicos . :Tipo-de,.oocumento '';'Perc:entualt .N.de J)ocumentos ., (Wo') . i 1302 36,4 Trabalhos de congresso 785 22,0 Relat6rios de projetos 798 22,3 Monografias 445 12,4 Teses e dissertay6es 119 3,3 Livros 57 1,6 Folhetos 36 1 Patentes 19 0,5 Outros (Manuais, eventos, Relat6rios de Viagem) 14 0,4 3575 100 Artigos de peri6dicos Total Um olhar sobre a idade dos documentos revela que a maioria das publica90es foram produzidas nas decadas de 1980 e 1990, totalizando 46,8% 0 numero de trabalhos publicados nestas duas decadas, conforme se pode observar no quadro 2. Possivelmente isto econsequencia da maior produtividade representada em Nao ha um .cansensa sabre a definiyao de literatura cinzenta. Para efeitos deste trabalha, estamos consideranda a definiyaa sintetizada por Almeida (2000), a partir de extensa revisaa da literatura sobre a tema. Para ela e" a canjunto de documentas. independentemente de sua tioalagia e suoarte. ou formate. Imoressc. au eietran,s::. smitiaos 08~ centras unlVerSllariOS as ossaUIS2. emoresa:: Inoustliao. socleaaaes academlcas, pubiica" S DrlVaaa::..ser71IntencaG as serem ouoiicacos . 2 publica<;:oes, e reflexo de uma maior preocupa<;:ao no tratamento dos estoques de informa<;:ao no periodo. ..• .... .' ~;" (' Pel1iod,o.~claH?ubfiCa!;.a·o:"·. N'~"docu men.tos·· .. .p~e:r:c.entua I C9/g1 tYt,.i 'liS;" " ,Y;·;Y;;'::;~;~ts,;·'·,~·;~h'id·k.~!N;:y~C:'··"L. ,':e:t"" ~<,:~_,_:7;i'::" __.." ,~",,~,':::<~,:~, '>Pt; £:*J;:;, Ii 1921 -1929 19 0,5 1930-1 939 209 5,8 1940-1 949 235 6,6 1950-1 959 349 9,8 1960-1 969 343 9,6 1970-1 979 265 7,4 1980-1 989 935 26,2 1990-1 999 736 20,6 2000-2004 408 11,4 8em data 76 2,1 Total 3575 100,0 A representa<;:ao tematica deste universe de documentos baseava-se no Manual de Indexa<;:ao,elaborado pela DINT, que tinha por objetivo criar padroes normativos para a entrada de descritores na base de dados. Neste manual, nao se explicitava a ado<;:aode macro-descritores exemplo do que vinha sendo feito para 0 para a memoria, a resto do acervo e os instrumentos formais utilizados para a representa<;:ao descritiva eram os Manuais de Entrada de Dados para as antigas bases PRINT, DINT e CORROS, desenvolvidas em Micro-Isis. No que se refere a mem6ria tecnol6gica da instituiyao, ou seja, da produyao resultante da prestayao de serviyos tecnicos especializados a sociedade, mediante demanda contratada, procedeu-se inicialmente a analise das condiyoes de armazenamento do acervo e estado dos documentos, visando garantir as condiyoes ideais para sua preservayao. Conhecer mais de perto as melhores praticas existentes no pais foi uma das opyoes encontradas para embasar a decisao de descriyao deste tipo de material. Neste sentido, realizaram-se visitas tecnicas a instituiyoes de pesquisa congeneres, (Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo - IPT e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE), alem de breves entrevistas com profissionais de informayao da Embrapa Agroindustria de Alimentos - CTAAJEMBRAPA e a Fundayao Centro Tecnol6gico de Minas Gerais - CETEC. As experiencias de tratamento de acervos cientfficos tambem poderia agregar conhecimento a equipe. Para isto, foram realizadas visitas tambem aquelas instituiyoes que ja estivessem avanyadas no tratamento deste tipo de acervo, tendo em vista, principalmente, a incorporayao de novas tecnologias de informayao e comunicayao para disponibilizayao de sua mem6ria cientffica. Nestas visitas externas, foram colhidas tambem opinioes e observadas as experiencias das instituiyoes visitadas em itens como metodologia de seleyao, higienizayao, organizayao, acondicionamento e informatizayao; tamanho e qualificayao da equipe; ~pologia documental; polltica de acesso, atraves de formulario utilizado e preenchido nestas visitas. A fim de conhecer opinioes e angariar apoio na caracterizayao do material a ser tratado, foram realizadas reunioes e visitas tecnicas aos laborat6rios, alem da realizayao de dois seminarios internos: um para a Comissao Permanente de Avaliayao de Documentos3 e outro para 0 Grupo de Ideias4. Ambos os grupos saD formados por representantes de diferentes areas do INT. Comissao criada atraves da Portaria INT-051, de 31-10-2000, com a responsabilidade de o,ienta, e realizar a processo de analise. avaliac;;ao e selecao da documentac;;ao produzida e acumulada no ambito as atuacao 0011\1- sr.' :::;onsonanCiE.can', :"-SI 8'1S? as S lanelre cis :99' . Insuumento Interno crlaoo com a IncumoenCI2 as SstlmUla~ 10812:: fomema~ 2 criaC2:' J Estas reunioes e visitas aos laboratorios e unidades de pesquisa da instituic;;ao visavam conhecer todo 0 processo de prestac;;ao de servic;;ostecnicos especializados pelo INT, desde a sua demanda pela sociedade, representada por empresas, organizac;;oes publicas e empreendedores ate a avaliac;;aodo servic;;orealizado. Nesta interac;;ao interna, percebeu-se uma grande preocupac;;ao dos tecnicos com a divulgac;;ao de seus trabalhos, dado que parte deles envolvia prestac;;ao de servic;;os a empresas, onde normalmente existe comprometimento com clausulas de sigilo. Ainda assim, havia grande interesse em tornar pUblico os resultados de seu trabalho, de forma mais concreta. Entretanto, mesmo para a divulgac;;ao da memoria cientifica, havia restric;;oes no que diz respeito a direitos autarais cedidos a editoras e a questoes tecnicas de digitalizac;;ao. as recursos utilizados como visitas, intercambio com instituic;;oes similares e contratac;;ao de consultorias abriram caminhos para soluc;;aode parte desta problematica. A metodologia para tratamento da memoria foi desenvolvida entao baseando-se na ~xperiencia de gestao da informac;;ao da propria equipe, que nao identificou nenhuma anterioridade de tratamento de conteudo que contemplasse a diversidade de materiais a serem tratados nas visitas e contatos efetuados. A equipe, farmada majoritariamente fez com que arquivistico, diferente 0 Internacional acervo fosse processado sob privilegiando dos par profissionais e estudantes de biblioteconomia, a possibilidade profissionais de arqulvo. de Arquivologia, 0 ponto de vista bibliotecon6mico e nao de uso e nao de estoque, visao um pouco Entretanto, Biblioteconomia e as reflexoes Museologia do I Congresso apontaram para a integrac;;ao destas visoes e a soluc;;ao encontrada foi a capacitac;;ao de parte da equipe em treinamento Qletodologia especffico de indexac;;ao de arquivos. Este treinamento escolhida no que diz respeito fortaleceu a sua representac;;ao, utilizando-se a as tecnicas de catalogac;;ao, c1assificac;;aoe indexac;;ao de documentos. Para a descric;;ao catalografica do novo tipo de documento a ser incorporado a base,5 foi elaborada uma planilha de entrada de dados, contemplando a identificac;;ao dos pontos de acesso selecionados: classificac;;ao, tipo de documento, data e referencia do pedido do cliente, data e numero do processo, data e numero do relatorio, nome do cliente, descric;ao da demanda, area executante e numero do servic;o, tecnico(s) envolvido(s) na elaborac;ao do servic;o, descritores e notas. No que diz respeito a descric;aode conteudo, 0 vocabulario utilizado para 0 acervo nao contemplava as peculiaridades desta produc;ao tecnologica. Diante desta constatac;ao, decidiu-se pela construc;ao de vocabulario que atendesse a estas especificidades, atraves da utilizac;ao de instrumentos que pudessem auxiliar nesta indexac;ao. (FROTA,1993 e TECPAR, 2002). $omaram-se a experiencia tecnico executante da equipe, as preocupac;oes com sigilo apontadas pelo corpo dos servic;os, informac;oes referenciais 0 que resultou na opc;ao de disponibilizar desta produc;ao tecnologica, para consulta, apenas as via intranet e mediante contato previa com a instituic;ao, para publico externo. Atualmente, estao armazenados na Sala da Memoria do INT, ampliada para este fim, todo 0 material identificado como produc;ao tecnologica resgatado do Arquivo Administrativo Inativo do INT. Oeste total, foram analisados, tratados e indexados mais de 3000 relatorios, totalizando quase sete mil itens que compoem atualmente este acervo (quadro 3). Com a incorporac;ao dos relatorios de PSTE, essencialmente acervo da memoria passou a ser de literatura cinzenta - quase 75% da mesma pode ser assim caracterizada, corroborando caracteristicas 0 0 que dizem os especialistas da area sobre as da produc;ao de literatura em um instituto de pesquisa. (VESSURI, 1993; ALMEIDA, 2000) E, em um ana de projeto, foram acrescidos a base mais de 100% do numero de documentos existentes inicialmente. Entretanto, ainda assim restam milhares de documentos armazenados na memoria sem tratamento. 0 grande desafio agora eo de d a r cem p haJtd § e etaCEsffi d oiI:J.imlti~8 t dSr§ ff1 urn E!I;lixIDsi mt rrrntrt 8 oB>ia 813~ ffi foolnagftdi t.afoetrnte contratac;ao de profissionais especializados e previsao de recursos financeiros para a , gestao destes acervos. : Pare as i2 eXIstent2S no oas~ ot..: seic artlgo::: rracainos Anglo American :atalogulng RUles - Ap,:R=.. a~ congress:::. 1!\'iOS ere oassoL'-SS e 200:2" c 1:">"'" " Ill' ""', ,> "", 'PipO'fde,Documento ,'V' N'::de. " ,,~ 1::cPetcefi'fl:1~k" ". DocumentO's '. " (%') , " ",' , Relat6rios tecnicos, de ensaiO e de res posta tecnica 3033 43,7 Artigos de peri6dicos 1519 21,9 Trabalhos de congresso 831 12 Relat6rios de projetos 819 11,8 Monografias 444 6,4 Teses e dissertat;oes 127 1,8 Livros 90 1,3 Folhetos 37 0,5 Patentes 37 0,5 7 0,1 6944 100,0 Outros (Manuais, eventos, Relat6rios de Viagem) Total ALMEIDA, M. do R. G. Literatura cinzenta: teoria e pratica. Sao Luis: Ed. UFMA/Sousandrade, 2000. FROTA, M. N., coord. Catalogo de servil;fos tecnicos especializados. ~ede de Tecnologia, 1993. GUIMARAES, M. C. S. Tecnologia como conhecimento social e 0 Rio de Janeiro : 0 publico eo privado; 0 econ6mico - um estudo prospectivo na industria offshore de petroleo. Tese. METCALFE, S.J., Evolutionary economics and technology policy. The Economic Journal, v.1 04, 1994. MICHEL, S.; LATOUR, B., LAPIDUS, R. Conversations on science, culture, and time. Michigan: University of Michigan Press, 1995. VESSURI, H. La Ciencia Periferica: ciencia y sociedad en Venezuela. Caracas: Monte Avila Editores, C. A. , 1983.