Instrução Técnica Operacional nº. 23
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Instrução Técnica Operacional nº. 23
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar INSTRUÇÃO TÉCNICA OPERACIONAL Nº 23 2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar CRÉDITOS O presente documento foi elaborado por comissão instaurada pelo Chefe do Estado-Maior do CBMMG, composta pelos seguintes oficiais e praças: Posto/Grad Nome Maj BM Sebastião Carlos Fernandes Reis Maj BM Donizetti Silva de Oliveira Maj BM Waldeci Gouveia Rodrigues Cap BM Kleber Silveira de Castro Cap BM Guilherme Inácio do Couto Oliveira 1º Ten BM Herbert Aquino Marcelino 1º Ten BM Bruno César Machado 1º Ten BM Richelmy Murta Pinto 2º Ten BM Leonard de Castro Farah 1º Sgt BM Emerson Borges 1º Sgt BM Adair Honório da Silva 2º Sgt BM Juliano de Figueiredo Alves 3º Sgt BM Joanas Cardoso Neto 3º Sgt BM Amilton Reis Atuou, ainda, voluntariamente na comissão o 1º Ten BM Alexandre Cardoso Barbosa. Comissão Revisora Cap BM QOS José Ricardo Monteiro Fernandes Cap BM QOS Luciane Rugani Teles Correa Cap BM QOS Laudo Yogui Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar SUMÁRIO MÓDULO 100 – AVALIAÇÃO DO PACIENTE P 101 Avaliação do Paciente ......................................................... MÓDULO 200 – SUPORTE BÁSICO DE VIDA 1 2 14 P 201 PCR Adulto ........................................................................... 15 P 202 PCR Criança e Lactente ....................................................... 18 P 203 OVACE Adulto e Criança ..................................................... 21 P 204 OVACE Lactente e Neonatal ................................................ 22 P 205 Parada Resp. Adulto Criança Lactente .............................. 23 P 206 SBV Neonatal ........................................................................ 25 P 207 DEA ........................................................................................ 27 MÓDULO 300 - EMERGÊNCIAS CLÍNICAS 30 P 301 Emergências Cardiovasculares .......................................... 31 P 302 AVC ........................................................................................ 34 P 303 Emergências Respiratórias ................................................. 37 P 304 Crise Convulsiva .......................................... ....................... 38 P 305 Diabetes Mellitus e Hipoglicemia ........................................ 39 P 306 Emergências Obstétricas .................................................... 42 P 307 Abdome Agudo ..................................................................... 47 P 308 Emerg. Psiquiátricas e Comportamentais ......................... 48 P 309 Envenenamento e Intoxicação ............................................ 50 P 310 Abuso de Álcool e Drogas ................................................... 52 MÓDULO 400 – TRAUMAS 55 P 401 Trauma Crânio-Encefálico (TCE) ........................................ 56 P 402 Trauma Raquimedular (TRM) .............................................. 58 P 403 Trauma Torácico .................................................................. 60 P 404 Trauma Abdominal ............................................................... 62 P 405 Trauma Pélvico e Genital ..................................................... 64 P 406 Choque Elétrico .................................................................... 66 P 407 Ferimentos Específicos ....................................................... 68 P 408 Hemorragia ........................................................................... 71 P 409 Lesões Músculo Esqueléticas ............................................ 74 P 410 Lesões na Cabeça e Pescoço ............................................. 76 P 411 Queimaduras ........................................................................ 79 P 412 Violência Sexual ................................................................... 82 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar MÓDULO 500 – EMERGÊNCIAS AMBIENTAIS 84 P 501 Afogamento .......................................................................... 85 P 502 Acidentes de Mergulho ........................................................ 88 P 503 Animais Peçonhentos / Perigosos ..................................... 92 P 504 Emergências Relacionadas ao Calor ................................. 94 P 505 Hipotermia e Congelamento ................................................ 97 MÓDULO 600 – PROCEDIMENTOS GERAIS 100 P 601 Isolamento de Fluidos Corporais ....................................... 101 P 602 Triagem Pré-Hospitalar ........................................................ 103 P 603 Oximetria de Pulso ............................................................... 105 P 604 Administração de Oxigênio ................................................. 106 P 605 Aspiração de Vias Aéreas ................................................... 111 P 606 Pac. Pediátricos – Generalidades e Abuso ........................ 113 P 607 Pac. Portador Deficiência Física e Mental ......................... 116 P 608 Paciente Idoso – Generalidades e Abuso ............................ 118 P 609 Operação de Veículos de APH ............................................ 120 P 610 Extricação ............................................................................. 123 P 611 Outro Profissional de Saúde na Cena ................................ 126 P 612 Recusa de Atendimento ...................................................... 127 P 613 Presunção de Óbito ............................................................. 129 APÊNDICE 130 Apêndice 01 Aspectos Médicos, Legais e Éticos ......................... 131 Apêndice 02 Sinais Vitais ............................................................... 133 Apêndice 03 Estado de Choque ..................................................... 135 Apêndice 04 Escala de APGAR ...................................................... 137 Apêndice 05 Escala de Coma de Glasgow – Adulto .................... 138 Apêndice 06 Escala de Coma de Glasgow – Pediátrica .............. 140 Apêndice 07 Escala de Trauma Score ........................................... 141 Apêndice 08 Mapa Carga Padrão de UR ....................................... 142 Apêndice 09 Duração de Cilindro de O2 ....................................... 145 Referências Bibliográficas 147 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar LISTA DE SIGLAS AHA AVC BPM BVM COF CTB DCAP-QELS DEA DPOC ECA ECG EPI Gu BM HR IFC ILCOR LPM MDL NDD OPQRST OVACE PAS PCR PHTLS PR RAPH RCP REDS RN SAMPUM SAV SpO2 TCE TS TRM VPM American Heart Association Acidente Vascular Cerebral Batimentos Por Minuto Bolsa Válvula Máscara Cânula Orofagíngea Código de Trânsito Brasileiro Deformidade – Crepritação – Abrasão – Punção / Penetração = Queimadura – Edema – Laceração – Sensibilidade Desfibrilador Externo Automático Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica Estatuto da Criança d do Adolescente Escala de Coma de Glasgow Equipamento de Proteção Individual Guarnição Bombeiro Militar Hospital de Referência Isolamento de Fluidos Corporais International Liaison Committee on Resuscitation Litros por minuto Mecanismo da Lesão Natureza da Doença Origem – Provocado por... – Qualidade – (ir)Radiação – Severidade – Tempo Obstrução de Vias Aéreas por Corpos Estranhos Pressão Arterial Sistólica Parada Cardiorrespiratória Prehospital Trauma Life Support Parada Respiratória Relatório de Atendimento Pré-Hospitalar Ressucitação Cardiopulmonar Relatório de Evento de Defesa Social Recém Nascido Sinais/Sintomas – Alergia – Medicações – Passado Médico – Ultima Alimentação – Mecanismo da Lesão/Natureza da Doença Suporte Avançado de Vida Saturação Parcial de Oxigênio Trauma Crânio-Enfefálico Trauma Score (escala de trauma score) Trauma Raquimedular Ventilações por Minuto Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 1 MÓDULO 100 - Avaliação do Paciente - Módulo 100 – Avaliação do Paciente Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 2 P 101 – AVALIAÇÃO DO PACIENTE 1. DIMENSIONAMENTO DA CENA a. Providencie o Isolamento dos Fluídos Corporais – IFC por dispositivos de barreira (luvas, óculos, máscara e avental). b. Mantenha a cena segura. i. Promova sua segurança pessoal e a da Gu BM. ii. Proteja o paciente. iii. Proteja as testemunhas e os demais profissionais presentes na cena. iv. Se a cena está comprovadamente insegura, torne-a seguro. Se necessário, acione outros órgãos para tanto. Do contrário, não entre na cena. c. Descubra a Natureza da Doença – NDD (Clínico) ou o Mecanismo da Lesão – MDL (Trauma). i. Casos clínicos – Natureza da Doença – NDD. 1. Verifique junto ao paciente, familiares ou testemunhas por que o CBMMG foi acionado – NDD. 2. Determine o número total de pacientes. (a) Solicite recursos adicionais, inclusive suporte avançado de vida, se necessário. (b) Inicie a triagem, se for o caso. 3. Se recursos são disponíveis, proceda à avaliação inicial. ii. Trauma - Mecanismo da Lesão – MDL. 1. Obtenha informações do paciente, familiares testemunhas e inspecione na cena qual é o MDL. ou 2. Determine o número total de pacientes. (a) Solicite recursos adicionais, inclusive suporte avançado de vida, se necessário. (b) Acione o plano de catástrofe, se houver necessidade. (c) Inicie a triagem, se for o caso. 3. Proteja a coluna espinhal do paciente e proceda a avaliação inicial. 2. AVALIAÇÃO INICIAL a. Forme uma impressão geral do paciente. Módulo 100 – Avaliação do Paciente Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 3 i. Determine o MDL (Trauma) / NDD (Clínico). ii. Determine a idade e sexo do paciente. iii. Se o paciente está em alguma circunstância que ameaça a sua vida, trate-a imediatamente. iv. Mantenha a imobilização da coluna, se necessário. v. Determine a queixa principal. vi. Identifique-se pelo nome, explique que você é um Bombeiro Militar e peça consentimento para ajudá-lo. b. Avalie o nível de consciência – AVDN. i. Alerta. ii. Responde a estímulo Verbal. iii. Responde a estímulo Doloroso. iv. Não responde. c. Avalie as vias aéreas do paciente. i. Paciente responsivo – o paciente está conversando ou chorando? 1. Se sim, avalie se a respiração está adequada. 2. Se não, abra as vias aéreas. ii. Paciente irresponsivo. 1. Abra as vias aéreas. (a) Pacientes clínicos: a manobra de hiperextensão da coluna cervical e elevação do queixo (head-tilt chin-lift). (b) Pacientes de trauma ou natureza da lesão desconhecida: estabilize a coluna cervical e tracione a mandíbula (jaw thrust / chin lift). 2. Retire ponte fixa, prótese parcial removível e prótese total, se presentes. 3. Aspire as vias aéreas, se necessário. 4. Insira cânula orofaríngea (ECG ≤ 8, sem reflexo de vômito). d. Avalie a respiração do paciente. i. Se respira, avalie bilateralidade. profundidade, freqüência, esforço e 1. Se inadequada, auxilie a respiração. ii. Se não respira, abra e permeabilize as vias aéreas e ventile, conforme Módulo 200. Módulo 100 – Avaliação do Paciente Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 4 Se o paciente está inconsciente, ou a respiração é inadequada ou ausente, auxilie a respiração utilizando adjuntos respiratórios (máscara facial, cânula orofaríngea e ressuscitador manual) e ofereça oxigênio conforme P604 e. Avalie a circulação do paciente. i. Avalie o pulso carotídeo em adulto e criança, braquial em lactente e neonato. 1. Se não tem pulso, faça compressões torácicas, conforme Módulo 200. ii. Avalie e controle hemorragia externa. iii. Avalie a perfusão capilar: temperatura, enchimento capilar, umidade e cor da pele. f. Identifique a prioridade do paciente. i. Trate e transporte imediatamente (Load and Go), se: 1. Má impressão geral. 2. Não responde, não tosse, nem geme. 3. Responsivo, mas não obedece comando. 4. Respiração difícil. 5. Pneumotórax hipertensivo. 6. Eviscerações. 7. Trauma combinado com: antecedentes médicos relevantes. idade maior que 55 anos. Hipotermia. Queimaduras. Gravidez. 8. Estado de choque – hipoperfusão. 9. TCE com ECG < 10. 10. Ejeção de veículo. 11. Amputação acima do pulso ou tornozelo. 12. Fratura de fêmur bi-lateral. 13. Instabilidade pélvica. 14. Hipotensão mantida PAS <90 sistólica. 15. Obstrução que não pode ser removida de forma mecânica. 16. Parto complicado. Módulo 100 – Avaliação do Paciente Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 5 17. Dor torácica, com PA sistólica menor que 100mmHg 18. Hemorragia descontrolada – exanguinante. 19. Dor severa em qualquer parte do corpo. 20. Incapacidade para mover qualquer parte do corpo. 21. Qualquer condição que impeça a vítima de respirar e o SAV não se faz presente. Se paciente é de alta prioridade, transporte imediatamente. Aferição de sinais vitais, rápida avaliação física, exame físico detalhado, avaliação continuada e demais tratamentos podem ser completados a caminho do hospital de referência. Intercepte com Suporte Avançado de Vida, se disponível, a caminho do hospital. g. Execute Histórico e Exame Físico (paciente de trauma e clínico). 3. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO a. Paciente de Trauma i. Reconsidere o mecanismo da lesão (MDL). 1. São MDL significativos: (a) Ejeção do veículo. (b) Morte de outro passageiro do mesmo veículo. (c) Queda de uma altura igual ou superior a 3 vezes a altura do paciente, especialmente se cabeça e/ou dorso colidem com superfície rígida. (d) Capotamento de veículo. (e) Colisão a alta velocidade. (f) Atropelamento. (g) Acidente com motocicletas e bicicletas. (h) Inconsciência ou alteração do estado mental após trauma. (i) Trauma penetrante na cabeça, tórax ou abdome. (j) Lesões ocultas - relacione a cena com o paciente e avalie a transferência de energia. ii. Em paciente com mecanismo de lesão significativo: Módulo 100 – Avaliação do Paciente Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 6 (a) Execute a rápida avaliação física (90 seg). 1. Continue a estabilização da coluna espinhal. 2. Considere a solicitação do SAV. 3. Avalie o estado mental. 4. Inspecione e apalpe, olhando, procurando por DCAP – QELS: a. D eformidades. b. C ontusões. c. A brasões. d. P unção /Penetração. ------------------------------------------e. Q ueimaduras. f. E dema. g. L acerações. h. S ensibilidade. 5. Avalie a cabeça e pescoço. 6. Imobilize a coluna cervical com colar. 7. Avalie o tórax. 8. Avalie o abdome. 9. Avalie a pelve. 10. Avalie as Verifique: quatro extremidades. a. Pulso distal. b. Sensibilidade. c. Motricidade. d. Perfusão capilar. 11. Role o paciente – verifique as costas. (b) Avalie sinais vitais (incluindo oximetria). (c) Avalie o SAMPUM 1. S inais e sintomas. 2. A lergias. 3. M edicamentos que faz uso. Módulo 100 – Avaliação do Paciente Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 7 4. P roblemas médicos anteriores. 5. U ltima alimentação oral. 6. M ecanismo da lesão / Natureza da doença. (d) Reavalie a Decisão de Transporte. iii. Em paciente sem MECANISMO DE LESÃO SIGNIFICATIVO. (a) A avaliação é dirigida para específica (queixa principal). (b) Avalie os oximetria). sinais vitais lesão (incluindo (c) Avalie o SAMPUM. (d) Classifique na Escala de Coma de Glasgow – ECG – e Tabela de Trauma Score Revisado. (e) Reavalie a Decisão de Transporte. b. Paciente de Caso Clínico i. Paciente responsivo 1. Avalie o histórico do paciente e a doença atual. 2. Avalie SAMPUM. 3. Avalie as queixas do paciente e os sinais e sintomas. (a) Avalie O P Q R S T 1. O rigem (Onde está o problema). 2. P rovocados por... 3. Q ualidade. 4. (ir)R adiação. 5. S everidade. 6. T empo. 4. Execute uma rápida avaliação física, somente se necessário (90 seg): (a) Avalie cabeça, pescoço, tórax, abdome, pélvis, extremidades e região posterior do tronco. 5. Avalie os Sinais Vitais (incluindo oximetria). 6. Classifique na Escala de Coma de Glasgow – ECG – e Tabela de Trauma Score Revisado. 7. Reavalie a Decisão de Transporte. ii. Paciente irresponsivo. Módulo 100 – Avaliação do Paciente Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 8 1. Execute uma rápida avaliação física (90 seg) (a) Avalie cabeça. (b) Avalie pescoço. (c) Avalie tórax. (d) Avalie abdômen. (e) Avalie pélvis. (f) Avalie quatro extremidades (MI e MS). (g) Avalie região posterior do tronco. 2. Avalie sinais vitais (incluindo oximetria). 3. Obtenha o histórico do SAMPUM de testemunhas, solicitante e familiares da vítima na cena da ocorrência, antes de conduzir o paciente. 4. Reavalie a Decisão de Transporte. Forneça tratamento das emergências médicas baseado nos sinais e sintomas, e no mecanismo da lesão, conforme protocolos específicos e regulação médica, se disponível. Classifique o paciente na escala de coma de Glasgow e na Trauma Escore Revisado durante o Histórico e Exame Físico. O tempo total de cena máximo deve ser de 10 minutos. Exceção: vítima em local de difícil acesso e ordem contrária da regulação médica. 4. EXAME FÍSICO DETALHADO a. Pacientes com lesões específicas (por exemplo, corte no dedo) não exigirão exame físico detalhado. b. Execute o exame físico detalhado para reunir informações adicionais. c. Pode ser executado na cena, se o tempo o permitir, ou a caminho do hospital. d. Avalie cabeça, face, ouvidos, pescoço, tórax, abdome, pélvis, extremidades e região posterior do tronco, procurando por DCAP QELS: i. D eformidades. ii. C ontusão. Módulo 100 – Avaliação do Paciente Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 9 iii. A brasão. iv. P unção / Penetração. --------------------------------------------v. Q ueimaduras. vi. E dema. vii. L aceração. viii. S ensibilidade. e. Avalie os olhos. i. Pupilas alteradas. ii. Corpos estranhos. iii. Sangue na órbita. f. Avalie o nariz. i. Saída de líquor ou sangue. g. Avalie a boca. i. Dentes fraturados. ii. Obstruções. iii. Inchaço ou laceração na língua. iv. Odores. v. Descoloração. h. Avalie o pescoço. i. Distensão das veias jugulares. ii. Crepitação. iii. Desvio de traquéia. i. Avalie o tórax. i. Crepitação. ii. Movimento paradoxal. iii. Avalie o murmúrio vesicular no ápice e base do tórax, nas regiões hemiclaviculares e hemiaxilares, bilateralmente. j. Avalie o abdômen. i. Rigidez. ii. Flacidez. iii. Distensão. iv. Dor. k. Avalie a pelve apalpando suavemente, em busca de: i. Instabilidade. Módulo 100 – Avaliação do Paciente Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 10 ii. Dor. l. Avalie todas as quatro extremidades. i. Pulso distal. ii. Sensibilidade. iii. Motricidade. iv. Perfusão capilar. m. Lateralize, avalie as costas, inclusive região da pelves posterior, inspecione e apalpe, buscando DCAP-QELS. n. Reavalie os sinais vitais. Em caso de Paciente de Trauma, com Mecanismo de Lesão Significativo, e Pacientes Clínicos Inconscientes a Classificação na Escala de Coma de Glasgow – ECG – e Tabela de Trauma Score Revisado são realizadas durante o Exame Físico Detalhado. 5. AVALIAÇÃO CONTINUADA a. Repita a avaliação inicial. Para paciente estável, a cada 15 minutos. Para paciente instável, a cada 5 minutos, no mínimo; i. Reavalie o estado mental. ii. Mantenha vias aéreas pérveas. iii. Monitore a qualidade e freqüência da respiração. iv. Reavalie a qualidade e freqüência do pulso. v. Monitore a cor e temperatura da pele. vi. Reavalie a pressão arterial. vii. Monitore a oximetria. viii. Restabeleça as prioridades do paciente. b. Repita o Histórico e Exame Físico referente às queixas e lesões do paciente. c. Cheque intervenções. i. Confira se o fornecimento de oxigênio e ventilação estão adequados. ii. Confira o controle de hemorragia. iii. Confira a adequação de outras intervenções. Módulo 100 – Avaliação do Paciente Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 11 6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES a. Comunicação com a regulação médica / COBOM-CIAD / SOU / SOF. i. Ao chegar à cena, repasse à regulação médica / COBOM-CIAD / SOU / SOF a situação geral da ocorrência, quantidade e condição clínica das vítimas, além de necessidade de apoio adicional, inclusive USA. ii. Informe à regulação médica / COBOM-CIAD / SOU / SOF a necessidade de acionamento dos hospitais de referência, incluindo o tempo de chegada. iii. Informe à regulação médica / COBOM-CIAD / SOU / SOF os seguintes dados do paciente: 1. Dados pessoais (nome, idade, carteira de identidade, etc). 2. Achados da avaliação. 3. Freqüência respiratória. 4. Freqüência cardíaca. 5. Pressão arterial sistólica e diastólica. 6. Oximetria de pulso. 7. Escala de Coma de Glasgow. 8. Escala de Trauma Score. 9. Procedimentos adotados. 10. Outros que a regulação médica / COBOM-CIAD / SOU / SOF solicitar. A critério da regulação médica, poderá ser determinado aos socorristas a execução procedimentos não previstos neste Protocolo de APH, nos limites das atribuições legais dos Bombeiros Militares. b. Comunicações Verbais. i. Depois de chegar ao hospital, relate verbalmente o ocorrido à equipe de saúde. ii. Refira-se ao paciente pelo nome (se é conhecido). iii. Resuma a queixa principal, histórico do agravo à saúde, condutas executadas na cena, tratamentos adicionais dados em deslocamento, resposta do paciente, dados vitais e informações adicionais. Módulo 100 – Avaliação do Paciente Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 12 c. Comunicações Interpessoais. i. Estabeleça e mantenha contato visual com o paciente. ii. Quando atuar, posicione no mesmo nível ou no nível mais baixo que o paciente. iii. Seja honesto com o paciente. iv. Use uma linguagem que o paciente possa entender. v. Tenha domínio de sua própria linguagem corporal. vi. Fale claramente, devagar e com boa pronúncia. vii. Chame o paciente pelo seu próprio nome. viii. Se o paciente tiver dificuldade para ouvir, fale claramente com os lábios visíveis. ix. Dê tempo para o paciente responder sua pergunte antes de fazer a próxima. x. Aja e fale com calma, de maneira confiante. d. Relatório de Atendimento Pré-Hospitalar / REDS. i. A pessoa que preencheu o relatório deve ser a que atendeu o paciente. ii. O RAPH / REDS deve ter informações objetivas e subjetivas, e ser claro. iii. As informações do RAPH / REDS pertencem ao paciente ou ao seu representante legal. Seja discreto. iv. Encaminhamento – Conforme DIAO. Módulo 100 – Avaliação do Paciente Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 13 AVALIAÇÃO DO PACIENTE DIMENSIONAMENTO DA CENA AVALIAÇÃO INICIAL HISTÓRICO E EXAME FÍSICO Paciente de Trauma Paciente Clínico Reconsidere o Mecanismo da Lesão COM MECANISMO DE LESÃO SIGNIFICATIVO SEM MECANISMO DE LESÃO SIGNIFICATIVO RESPONSIVO IRRESPONSIVO Avaliação Dirigida à Queixa Principal Rápida Avaliação Física Histórico da Doença Sinais Vitais Sinais vitais SAMPUM Sinais vitais SAMPUM Avaliação Dirigida a Queixa Principal SAMPUM Reavalie a Decisão de Transporte Rápida Avaliação Física SAMPUM ECG e TS Sinais Vitais Reavalie a Decisão de Transporte ECG e TS Reavalie a Decisão de Transporte Reavalie a Decisão de Transporte Exame Físico Detalhado Avaliação Continuada Comunicações e Documentação Módulo 100 – Avaliação do Paciente Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 14 MÓDULO 200 - Suporte Básico de Vida - Módulo 200 – Suporte Básico de Vida Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 15 P 201 – PCR ADULTO 1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL a. Conduta i. Verifique a consciência da vítima (cheque responsividade tocando em seu ombro e perguntando se está bem). ii. Se inconsciente, cheque rapidamente (não mais que 5 seg.) se a respiração está normal, com expansão visível de tórax. iii. Se a vítima não respira ou não respira normalmente (respiração anormal ou agônica - gasping) acione apoio, inclusive SAV, e solicite o DEA rapidamente: iv. Se há apenas 01 socorrista: 1. Após acionar apoio e o DEA. a. Cheque pulso (de 5 a 10 seg.). Não havendo: b. Inicie RCP com 30 compressões torácicas e 02 ventilações de resgate com elevação visível de tórax. c. Continue o procedimento de 30x2 até que o DEA esteja disponível e com as pás conectadas no paciente. 2. Se há 02 ou mais socorristas. a. Um socorrista inicia a RCP com 30x2 e o outro providencia o DEA. b. Deite o paciente de costas em superfície plana rígida. c. Inicie pelas 30 compressões rápidas e fortes mínimo de 100 por minuto com depressão de 5 cm do osso esterno. d. Após as 30 compressões torácicas, abra rapidamente as vias aéreas e forneça duas respirações de resgate com expansão visível de tórax. e. Um socorrista faz as 30 compressões o outro faz as 2 respirações, juntos, mas não ao mesmo tempo. f. Após 5 ciclos de 30x2, caso o DEA não esteja disponível, troca-se o compressor (intervalo de 5 seg. para troca). Módulo 200 – Suporte Básico de Vida Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 16 Execute as 30 compressões com no mínimo 100 compressões por minuto, deprimindo o esterno em 5 cm Permita o retorno completo do tórax após cada compressão. Faça as compressões na metade inferior do osso esterno. Minimize as interrupções entre os ciclos de compressões. Evite excesso de ventilação (hiperventilação). v. Permita que o DEA faça a leitura, assim que disponível e conectado. vi. Se choque indicado, aplique-o e continue a RCP iniciando pelas compressões. vii. Se choque não indicado, continue RCP pelas compressões. viii. Se o SAV não está na cena, transporte para o HR nos seguintes casos: 1. O pulso da vítima retorna; 2. Após a aplicação de 6 a 9 choques, separados por 2 minutos de RCP; 3. O DEA emite 3 mensagens consecutivas, separadas por 2 minutos de RCP, de que o choque não é indicado. ix. Todos os deslocamentos com vítima em PCR serão realizados com manobras de RCP com 30x2, com troca do compressor a cada dois minutos ou 5 ciclos. x. Durante o deslocamento, intercepte com o SAV, se disponível. Somente cesse a RCP em caso de evolução para rigor mortis , exaustão dos membros da Gu BM, se determinação de SAV ou regulação médica, transferência do paciente a outra equipe e retorno espontâneo da circulação e respiração, com retorno da consciência do paciente, manifestado por movimentos e respiração normal. Em caso de ambiente hostil, a Gu BM fica autorizada a iniciar o deslocamento mesmo fora dos critérios anteriores deste protocolo. Se o paciente estiver com via aérea avançada, não cesse as compressões para fazer ventilações. Ministre uma ventilação a cada 6 a 8 seg (8 a 10 ventilações/min) assíncronas com compressão torácica. Cerca de 1 segundo por ventilação. Forneça O2 conforme P 604. Módulo 200 – Suporte Básico de Vida Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 17 2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO 3. EXAME FÍSICO DETALHADO 4. TRANSPORTE 5. AVALIAÇÃO CONTINUADA 6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES Módulo 200 – Suporte Básico de Vida Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 18 P 202 – PCR CRIANÇA E LACTENTE 1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL a. Conduta i. Verifique a consciência da vítima (em criança, toque em seu ombro e pergunte se está bem; em lactentes, toque nos pés) ii. Se inconsciente, cheque rapidamente (não mais que 5 seg.) se a respiração está normal, com expansão visível de tórax iii. Se a vítima não respira ou não respira normalmente (respiração anormal ou agônica “gasping”) acione apoio, inclusive SAV, e solicite o DEA rapidamente: iv. Se há apenas 01 socorrista: 1. Após acionar apoio e o DEA; a. Cheque pulso (de 5 a 10 seg.) carotídeo na criança e braquial no lactente. Não havendo: b. Inicie RCP com 30 compressões torácicas e 02 respirações de resgate com elevação visível de tórax c. Se criança, com 1 mão, na metade inferior do osso esterno, se lactente, com 2 dedos, posicionados 1 dedo abaixo da linha intermamária d. Continue o procedimento de 30x2 até que o DEA esteja disponível 2. Se há 02 ou mais socorristas (RCP em dupla) a. Um socorrista inicia a RCP com 15x2 e outro socorrista providencia o DEA; b. Deite o paciente de costas em superfície plana rígida. c. Inicie pelas 15 compressões rápidas e fortes com depressão de 5 cm do osso esterno para criança e 4 cm para lactente; d. Após as 15 compressões torácicas, abra rapidamente as vias aéreas e forneça duas respirações de resgate com expansão visível de tórax. i. Compressões torácicas em lactente e em dupla são executadas com a técnica dos dois polegares mãos circundando o tórax. Não ventile e comprima ao mesmo tempo a menos que esteja em via aérea definitiva. Módulo 200 – Suporte Básico de Vida Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 19 Execute as compressões com no mínimo 100 compressões por minuto, deprimindo o esterno 5 cm em criança e 4 cm em lactente Permita o retorno completo do tórax após cada compressão Minimize as interrupções entre os ciclos de compressões. Evite excesso de ventilação (hiperventilação) v. Permita que o DEA faça a leitura assim que disponível e conectado; vi. Para crianças e lactentes no uso do DEA, o socorrista deve usar um atenuador de carga pediátrico, se disponível; se não, utilize o DEA padrão; vii. Siga o posicionamento lógico padrão de eletrodos do DEA respeitando a característica do paciente. A corrente elétrica deve atravessar o coração. viii. Se choque indicado, aplique-o e continue a RCP pelas compressões; ix. Se choque não indicado, continue RCP pelas compressões; x. Se o SAV não está na cena, transporte para o HR nos seguintes casos: 1. O pulso da vítima retorna; 2. Após a aplicação de 6 a 9 choques, separados por 2 minutos de RCP; 3. O DEA emite 3 mensagens consecutivas, separadas por 2 minutos de RCP, de que o choque não é indicado. xi. Todos os deslocamentos com vítima em PCR serão realizados com manobras de RCP com 30 X 02 (01 socorrista) ou 15 X 02 (2 socorristas) com troca do compressor a cada dois minutos. xii. Durante o deslocamento, intercepte com o SAV, se disponível. Somente cesse a RCP em caso de evolução para rigor mortis, exaustão dos membros da Gu BM, determinação de SAV ou regulação médica, transferência do paciente a outra equipe, retorno espontâneo da circulação e respiração, com retorno da consciência do paciente, manifestado por movimentos e respiração normal. Em caso de ambiente hostil, a Gu BM fica autorizada a iniciar o deslocamento mesmo fora dos critérios anteriores deste protocolo. Módulo 200 – Suporte Básico de Vida Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 20 Se o paciente estiver com via aérea avançada, não cesse as compressões para fazer ventilações. Ministre uma ventilação a cada 6 a 8 seg (8 a 10 ventilações/min) assíncronas com compressão torácica. Cerca de 1 segundo por ventilação. Forneça O2 conforme P 604 2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO 3. EXAME FÍSICO DETALHADO 4. TRANSPORTE 5. AVALIAÇÃO CONTINUADA 6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES Módulo 200 – Suporte Básico de Vida Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 21 P 203 – OVACE ADULTO E CRIANÇA 1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL a. Conduta i. Verifique consciência. SE CONSCIENTE, verifique o sinal universal de engasgo (mãos no pescoço). Em seguida constate: 1. A vítima respira normalmente? 2. A vítima consegue falar? 3. A vítima consegue tossir? ii. Caso positivo para algum critério acima, acalme o paciente e o encaminhe a recurso hospitalar na posição sentado. iii. SE CONSCIENTE e expressando o sinal universal de engasgo e não consegue falar, tossir ou respirar, inicie as compressões abdominais contínuas em j até desalojar o corpo estranho ou o paciente tornar-se inconsciente. 1. Lembre-se: a. Na grávida e no obeso a posição é diferenciada com as mãos no osso esterno. iv. Se o paciente TORNAR-SE INCONSCIENTE, cheque a boca a procura do corpo estranho, mas sem fazer varredura. Caso não o encontre encaminhe o paciente ao Hospital fazendo RCP durante o transporte. i. Se durante o primeiro contato com o paciente o mesmo JÁ ESTIVER INCONSCIENTE, inicie a RCP pelas compressões e siga o protocolo de RCP. Lembre-se: após cada ciclo de compressões cheque rapidamente a boca à procura do corpo estranho antes de fazer as 2 ventilações de resgate. Forneça O2 conforme P 604 2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO 3. EXAME FÍSICO DETALHADO 4. TRANSPORTE 5. AVALIAÇÃO CONTINUADA 6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES Módulo 200 – Suporte Básico de Vida Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 22 P 204 – OVACE LACTENTE E NEONATAL 1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL a. Conduta i. Verifique consciência. SE CONSCIENTE, verifique: 1. A vítima respira normalmente? 2. A vítima consegue chorar? 3. A vítima consegue emitir som? ii. Caso positivo para algum critério acima, acalme o paciente e o encaminhe a recurso hospitalar no colo do socorrista / pai / mãe. iii. SE CONSCIENTE e não consegue nem tossir (no caso do lactente), nem emitir som, execute 5 pancadas entre as escápulas e 5 compressões no tórax. Se for detectado ou ter sido presenciado corpo estranho sólido, se engasgo por líquido, peça a mãe, pai, parente, que sugue com a boca e ventile-o em seguida. 1. Faça isso até o objeto sair, o paciente respirar normalmente ou o paciente tornar-se inconsciente. iv. Se o paciente TORNAR-SE INCONSCIENTE, cheque a boca à procura do corpo estranho, mas sem fazer varredura. Caso não o encontre encaminhe o paciente ao Hospital fazendo RCP durante o transporte. v. Se durante o primeiro contato com o paciente o mesmo JÁ ESTIVER INCONSCIENTE, inicie a RCP pelas compressões e siga o protocolo de RCP. São sinais de OVACE em lactente, cianose e olhos arregalados, além da dificuldade de chorar, tossir e emitir sons. Durante a desobstrução do lactente e neonato, a cabeça do mesmo deve permanecer em nível inferior ao do corpo Nunca faça compressão abdominal no lactente com OVACE. Lembre-se: após cada ciclo de compressões cheque rapidamente a boca à procura do corpo estranho antes de fazer as 2 ventilações de resgate. Forneça O2 conforme P 604 2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO 3. EXAME FÍSICO DETALHADO 4. TRANSPORTE 5. AVALIAÇÃO CONTINUADA 6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES Módulo 200 – Suporte Básico de Vida Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 23 P 205 – PARADA RESP. ADULTO, CRIANÇA e LACTENTE 1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL a. Parada respiratória em Adulto i. Verifique a consciência da vítima (cheque responsividade tocando em seu ombro e perguntando se está bem) ii. Se inconsciente, cheque rapidamente (não mais que 5 seg.) se a respiração está normal, com expansão visível de tórax iii. Se a vítima não respira ou não respira normalmente (respiração anormal ou agônica “gasping”) acione apoio, inclusive SAV, e solicite o DEA rapidamente: iv. Cheque pulso por 5 a 10 seg. – se tem pulso palpável mas não respira inicie 1 respiração de resgate a cada 5 a 6 seg. durante 10 a 12 ciclos e a cada 1 minuto ou no fechamento do ciclo pare e cheque pulso novamente. 1. Para fim de padronização das equipes de resgate utilizaremos 1x5x10 v. Com via aérea definitiva (em apoio ao médico atendente) utilizando a BVM ou a válvula MTV-100 (ou similar), forneça 1 ventilação a cada 6 a 8 segundos durante 8 a 10 ciclos por 1 minuto. 1. Para efeito de padronização das guarnições de resgate utilizaremos 1x6x10. b. Parada respiratória em Criança e Lactente i. Verifique a consciência da vítima (cheque responsividade tocando em seu ombro e perguntando se está bem (em criança) ou tocando os pés (em lactente) ii. Se inconsciente, cheque rapidamente (não mais que 5 seg.) se a respiração está normal, com expansão visível de tórax iii. Se a vítima não respira ou não respira normalmente (respiração anormal ou agônica “gasping”) acione apoio e solicite o DEA rapidamente: iv. Cheque pulso por 5 a 10 seg. (carotídeo em criança e braquial em lactente). Se tem pulso palpável mas não respira inicie 1 respiração de resgate a cada 3 a 5 seg. durante 12 a 20 ciclos e a cada 1 minuto ou no fechamento do ciclo pare e cheque pulso novamente. 1. Para fim de padronização das guarnições de resgate utilizaremos 1x3x20 Módulo 200 – Suporte Básico de Vida Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 24 v. Com via aérea definitiva (em apoio ao médico atendente) utilizando a BVM ou a válvula MTV-100 (ou similar) forneça 1 ventilação a cada 6 a 8 segundos durante 8 a 10 ciclos por minuto. 1. Para fim de padronização das guarnições de resgate utilizaremos 1x6x10. Lembre-se: se a vítima está inconsciente, não respira ou não respira normalmente (respiração agônica / gasping), ela está em PCR e inicie a RCP. Forneça O2 conforme P 604 Aqueça o paciente evitando a hipotermia e o estado de choque, PRINCIPALMENTE LACTENTES E NEONATOS 2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO 3. EXAME FÍSICO DETALHADO 4. TRANSPORTE 5. AVALIAÇÃO CONTINUADA 6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES Módulo 200 – Suporte Básico de Vida Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 25 P 206 – SBV NEONATAL 1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL a. Conceito i. Neonatos são os pacientes na idade de 0 a 28 dias; ii. Recém-nascido (RN) é o neonato que acabou de nascer; b. Conduta i. Se o RN é termo, o líquido aminiótico está claro, o RN está respirando ou chorando e tem bom tônus muscular, aqueça, limpe as vias aéreas se necessário, seque e avalie a cor da pele; 1. Se rosada, posicione o RN junto à mãe e monitore; 2. Se cianótico, forneça O2 suplementar e avalie respiração, pulsação e cor da pele; Acione o SAV tão logo observe uma condição crítica: cianose, dispneia, OVACE, parada respiratória, PCR, frequência cardíaca < 100 bpm e demais descritas no P 101. ii. Após 30 seg de O2, se RN está respirando e freq. cardíaca é > 100 bpm, mas o RN está cianótico, ventile com O2 suplementar e reavalie após 30 seg; 1. Se freq. cardíaca > 100 bpm e a pele está rosada, apenas monitore o paciente e NÃO FORNEÇA O2; 2. Se freq. cardíaca é de 60 a 100 bpm continue ventilando 1 resp x 3 seg x 20 ciclos e a cada 1 minuto cheque pulso braquial; 3. Se freq. cardíaca < 60 inicie RCP pelas compressões torácicas na frequência de 3 comp x 1 resp x 30 ciclos com 90 compressões e 30 respirações a fim de atingir 120 eventos por minuto. iii. Se RN está apnéico ou freq. card. < 100 bpm ventile com O2 suplementar. Reavalie após 30 segundos; 1. Se freq. cardíaca > 100 bpm e a pele está rosada, apenas monitore o paciente e NÃO FORNEÇA O2; 2. Se freq. cardíaca é de 60 a 100 bpm continue ventilando 1 resp x 3 seg x 20 ciclos e a cada 1 minuto cheque pulso braquial; 3. Se freq. cardíaca < 60 inicie RCP pelas compressões torácicas na frequência de 3 comp x 1 resp x 30 ciclos Módulo 200 – Suporte Básico de Vida Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 26 com 90 compressões e 30 respirações a fim de atingir 120 eventos por minuto. a. Se o tempo até o hospital é menor que o tempo de chegada do SAV na cena, inicie deslocamento executando RCP; b. Se tempo até o hospital é maior que tempo de chegada do SAV, permaneça na cena executando RCP. iv. A abordagem ao RN é diferente do Adulto, Criança e Lactente. Para o RN continua o procedimento de ABC da vida uma vez que ele é vítima mais de parada respiratória do que cardíaca . Então proceda: 1. Verifique a consciência da vítima (cheque responsividade, tocando em seus pés) 2. Se inconsciente, abra vias aéreas mantendo a cabeça neutra e faça a técnica VOS (ver, ouvir e sentir) de 5 a 10 segundos. Se não respira, forneça 2 respirações de resgate com expansão visível de tórax; 3. Mantenha a posição do A e do B e faça o C checando pulso braquial de 5 a 10 segundos, caso haja pulso, mas não respiração, mantenha 1 x 3 x 20, mas caso não tenha pulso mantenha 3 x 1 x 30 conforme procedimentos acima descritos. 2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO 3. EXAME FÍSICO DETALHADO 4. TRANSPORTE 5. AVALIAÇÃO CONTINUADA 6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES Para avaliar o pulso do RN conte por 6 segundos e multiplique por 10 Forneça 40 a 60 insuflações por minuto no RN que necessite assistência ventilatória Forneça O2 conforme P 604 Compressões torácicas em dupla são executadas com a técnica dos dois polegares mãos circundando o tórax, na razão de 3 compressões para 1 ventilação. Não ventile e comprima ao mesmo tempo a menos que esteja com via aérea definitiva. Módulo 200 – Suporte Básico de Vida Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 27 P 207 – DEA 1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL a. Indicações i. PCR com ritmo chocável (FV – Fibrilação Ventricular e TVSP – Taquicardia Ventricular Sem Pulso); ii. Adulto, Criança, Lactente e Neonato com as devidas pás específicas para cada paciente e atenuadores de corrente se possível ou pás de adultos para todos os pacientes se apenas estas estiverem disponíveis. b. Contra-indicações i. Paciente respirando e com pulso. c. Potenciais efeitos adversos / complicações do uso i. Queimadura na pele do paciente; ii. Desativação de marca-passo ou cardiodesfibrilador (CDI); iii. Lesões no operador ou pessoas próximas em contato com o paciente. d. Precauções no uso do DEA i. Afaste o paciente da água e de superfície molhada; ii. Antes de conectar as pás, sempre seque e limpe o local permitindo que o adesivo da pá cole perfeitamente; iii. Afaste as pás cerca de 2 a 2,5 cm de distância de marcapasso ou cardiodesfibrilador implantado (CDI), quando houver; iv. Retire adesivo de medicação transcutânea se houver, limpe e seque a superfície onde a pá será instalada; v. Não movimente o paciente durante a utilização do DEA, devido aos artefatos de ruídos e à simulação de FV decorrentes do próprio movimento; vi. Não toque nem deixe ninguém tocar o paciente durante a análise do ritmo e a administração do choque; vii. Raspe os pelos do tórax do paciente, se necessário, nos locais onde serão colocadas as pás; viii. Evite operar o DEA próximo a celulares e rádios de comunicação (HT) ligados, linhas de trem e metrô, e linhas de alta voltagem; ix. Retire, quando possível, correntes, adornos e assessórios metálicos do pescoço e mamilo do paciente antes de colocar as pás; Módulo 200 – Suporte Básico de Vida Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 28 x. Não use o DEA concomitante com oximetria de pulso, aparelhos de pressão e equipamentos médicos em contato com o paciente sob monitoramento. Remova fontes de oxigênio e gases anéstesicos inflamáveis antes de executar a desfibrilação. Há risco de incêndio e de explosão! e. Conduta para utilização do DEA i. Inicie RCP até que o DEA esteja disponível. 1. Prepare o paciente, ligue o DEA, conecte as pás (continue a RCP). Quando do sinal de “analisando o ritmo cardíaco”, não toque no paciente e PARE a RCP 2. Se choque indicado: Afaste todas as pessoas de perto do paciente Pressione o botão de choque ao vê-lo piscar Reinicie imediatamente a RCP pelas compressões A cada 2 minutos o DEA reinicia a avaliação 3. Se choque não indicado Continue a RCP 4. Se o SAV não está na cena, transporte para o HR nos seguintes casos: O pulso da vítima retorna; Após a aplicação de 6 a 9 choques, separados por 2 minutos de RCP; O DEA emite 3 mensagens consecutivas, separadas por 2 minutos de RCP, de que o choque não é indicado. (Errata publicada no BGBM nº 17 de 26/04/2012) ii. Posição das pás 1. As pás devem ser posicionadas de forma anterolateral. Posições alternativas, porém, podem ser consideradas, com base nas características individuais do paciente, aceitando-se: anteroposterior, infraescapular anteroesquerda e infraescapular anterodireita. iii. Presença de marca-passo e CDI 1. Afaste as pás cerca de 2 a 2,5 cm do marcapasso e CDI iv. Lesão na pele 1. Afaste as pás de local lesionado da pele. Módulo 200 – Suporte Básico de Vida Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 29 Não há evidência científica eficaz e suficiente para determinar que se faça RCP antes de usar o DEA. A RCP deverá ser realizada até que o DEA esteja em condições de ser utilizado, e que seja, o mais rápido possível. f. DEA e transporte i. Se durante o transporte, o paciente entra em PCR dentro da UR, pare, desligue a viatura e adote os passos de RCP e de desfibrilação. ii. Se a UR estiver em deslocamento com RCP em andamento, não pare a viatura, nem cesse a RCP para o DEA analisar o ritmo e administrar o choque. Apenas mantenha as pás conectadas e aderidas. g. Situações especiais i. Se durante a aplicação do DEA a bateria descarregar, continue a RCP e inicie deslocamento. Evite usar telefone celular próximo ao DEA. O alto nível de reação eletromagnética emitida pode resultar numa grande interferência prejudicando o funcionamento do DEA e colocando em risco o paciente. O DEA foi desenvolvido para aplicação em procedimentos de desfibrilação que possibilita estímulo elétrico ao coração podendo ser usado por qualquer pessoa em qualquer ambiente hospitalar ou extra hospitalar, unidades de resgate aéreo ou terrestre, dando suporte avançado à vida. O DEA é um equipamento energizado internamente capaz de operar recebendo energia de uma fonte de alimentação elétrica interna. Não abra o equipamento. Não dê choques com as pás curto-circuitadas, pois o dispositivo de disparo pode danificar-se. O paciente deverá estar imóvel durante a análise. Não utilize as pás se o invólucro estiver violado. 2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO 3. EXAME FÍSICO DETALHADO 4. TRANSPORTE 5. AVALIAÇÃO CONTINUADA 6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO Módulo 200 – Suporte Básico de Vida Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 30 MÓDULO 300 - Emergências Clínicas- Módulo 300 – Emergências Clínicas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 31 P 301 – EMERGÊNCIAS CARDIOVASCULARES 1. DIMENCIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL a. Distúrbios cardiovasculares i. Conjunto de doenças e condições que envolvem o coração (cárdio) e os vasos sanguíneos (vascular). 2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO a. Sinais e sintomas mais comuns i. Dor no peito (retroesternal – centro – ou precordial – à esquerda) ii. Dor irradiando para braço esquerdo iii. Dor irradiando para mandíbula iv. Pressão ou desconforto no tórax v. Pressão no abdômen, no pescoço ou nas costas vi. Desconforto na região epigástrica vii. Dificuldade respiratória (dispnéia) viii. Sudorese excessiva ix. Pulso irregular ou fraco x. Veias do pescoço dilatadas xi. Náuseas xii. Tontura xiii. Fadiga xiv. Vômito xv. Desmaio b. Fatores de risco não modificáveis (fixos) i. Idade avançada ii. Raça iii. Hereditariedade iv. Sexo c. Fatores de risco modificáveis i. Hipertensão arterial ii. Tabagismo iii. Diabetes mellitus iv. Colesterol alto v. Obesidade e sedentarismo Módulo 300 – Emergências Clínicas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 32 d. Fatores contribuintes i. Estresse excessivo ii. Ingestão de álcool e drogas e. Fatores precipitantes (presente em cerca de 50% dos casos) i. Exercícios anormalmente vigorosos ii. Estresse emocional grave iii. Doenças graves f. Conduta i. Mantenha vias aéreas pérveas; ii. Previna o estado de choque 1. Forneça oxigênio conforme P 604 2. Aqueça o paciente 3. Afrouxe suas vestes 4. Não permita que o paciente faça esforço físico – caminhe, fale muito, etc. iii. Forneça apoio emocional e acalme o paciente iv. Monitore sinais vitais e o esforço respiratório e esteja preparado para RCP, se necessário; v. Se paciente estiver consciente, mantenha-o em posição de conforto (normalmente semi-reclinado ou sentado); vi. Se paciente estiver inconsciente, mantenha-o em posição supina, aqueça, forneça O2 conforme P 604, monitore sinais vitais e encaminhe rapidamente ao hospital. Atente para o relato de histórico médico e de uso de medicamentos. A coleta de dados e anamnese dirigida não deverá atrasar o transporte. No deslocamento para emergências cardiovasculares o socorrista já deve estar preparado para utilizar o DEA. Algumas situações especiais como hipotermia, afogamento, trauma, choques elétricos, descargas de raios e gravidez podem provocar uma parada cardíaca. Módulo 300 – Emergências Clínicas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 33 3. EXAME FÍSICO DETALHADO 4. TRANSPORTE a. Se o trânsito flui bem, desloque em Código 2 (faróis acesos, luzes de emergência ligadas, sirenes desligadas, conforme P 609). Em caso de trânsito congestionado, ou quando for valer-se das prioridades prevista no CTB, desloque em Código 3 (faróis acesos, luzes de emergência ligadas, sirenes ligadas) 5. AVALIAÇÃO CONTINUADA 6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO a. O COBOM / CIAD e as SOU / SOF devem sempre notificar ao hospital de referência quanto à chegada de um paciente com possível doença cardiovascular. b. Colete e/ou documente todas as medicações de uso domiciliar e os repasse ao médico que o atender. Módulo 300 – Emergências Clínicas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 34 P 302 – AVC 1. DIMENCIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL 2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO a. Sinais e sintomas mais comuns i. Vertigem, confusão mental com perda visual parcial. ii. Forte dor de cabeça. iii. Forte dor de cabeça acompanhada de náuseas e vômitos. iv. Falta de coordenação, perda de força, fraqueza súbita. v. Diplopia: visão dupla e embaçada. vi. Afasia: dificuldade de completar palavras por som e por escrita. vii. Disartria: dificuldade na articulação da palavra. viii. Disfasia: alteração na linguagem e compreensão em qualquer de suas formas. ix. Hemiparesia: paralisia / enfraquecimento incompleto ou parcial (mais grave nas mãos e na face). x. Hemiplegia: paralisia de um lado do corpo. xi. Dislexia: dificuldade na leitura. xii. Disgrafia: dificuldade para escrever b. Outros sinais e sintomas encontrados i. Ausência de movimento nos olhos, exceto nas pálpebras. ii. Ptose palpebral (queda da pálpebra). iii. Falta de ar e sudorese. iv. Nível alterado de responsividade. v. Anisocoria: diferença no tamanho das pupilas. vi. Amaurose: perda total da visão transitória. vii. Síncope, torpor, convulsão, coma (ECGlasgow<8). viii. Hipertensão arterial e hipertermia. ix. Disfagia: deglutição difícil. x. Incontinência urinária. xi. Alterações visuais. c. Fatores de risco i. Idade avançada ii. História familiar iii. Hereditariedade Módulo 300 – Emergências Clínicas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 35 iv. Doença cardiovascular v. Hipertensão arterial vi. Tabagismo vii. Diabetes mellitus viii. AIT - ataque isquêmico transitório (déficit neurológico) ix. Histórico de colesterol alto x. Obesidade xi. Sedentarismo xii. Estresse excessivo xiii. Dificuldade de coagulação xiv. História de trauma craniano xv. Cirurgias recentes xvi. Uso de anticoncepcionais xvii. Uso de drogas (cocaína / anfetamina) xviii. Uso de anticoagulantes xix. Neoplasias d. Conduta i. Mantenha vias aéreas pérveas ii. Monitore o esforço respiratório e esteja preparado para assistência ventilatória. iii. Forneça oxigênio, conforme P 604 iv. Se paciente estiver inconsciente, mantenha-o em posição de recuperação, deitado sobre o lado afetado; v. Mantenha o paciente em repouso, sob observação contínua, monitorização constante e fornecimento de oxigênio durante o transporte de acordo com a avaliação da saturação de O2. vi. Aqueça o paciente. Não superaqueça; vii. As aferições de pressão arterial devem ser estabelecidas em intervalos de 10 a 20 minutos e nunca em uma única aferição em ambas as extremidades superiores. viii. Avalie a responsividade por meio da Escala Pré-Hospitalar de Cincinatti e Escala de Coma de Glasgow – ECG; ix. Encoraje membros da família a acompanhar o paciente até o hospital para que possam informar o histórico do paciente à equipe médica; x. Quando da chegada no hospital mantenha os procedimentos até a equipe médica responsável assumir o paciente, devidamente informada de toda situação. Módulo 300 – Emergências Clínicas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 36 e. Escala pré-hospitalar de Cincinatti i. Uma anomalia encontrada em qualquer probabilidade de um AVC é igual a 72%. NORMAL um deles SINAIS COMANDO QUEDA FACIAL Um lado do rosto Peça ao paciente Ambos os lados do não se move tão que sorria e/ou rosto movem-se bem quanto ao mostre os dentes igualmente outro DEBILIDADE DOS BRAÇOS Peça ao paciente que feche os olhos Ambos os braços Um braço não se e mantenha os movem-se move ou cai em braços estendidos igualmente relação ao outro por 10 segundos FALA ANORMAL O paciente Peça ao paciente pronuncia O paciente utiliza para dizer “o rato palavras as palavras roeu a roupa do rei ininteligíveis, usa corretamente, com de Roma” ou outra palavras pronúncia clara frase similar incorretas ou é incapaz de falar a ANORMAL A determinação do momento de início dos sintomas é crucial para fins de tratamento. O momento do início dos sintomas é o último momento em que o paciente foi visto assintomático. Tempo é cérebro!!! O início do tratamento com fibrinolíticos em hospital deve ocorrer entre 3 e 4,5 horas do início dos sintomas. 3. EXAME FÍSICO DETALHADO 4. TRANSPORTE 5. AVALIAÇÃO CONTINUADA 6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO a. O COBOM / CIAD, as SOU / SOF devem sempre notificar ao hospital de referência quanto à chegada de um paciente com possível AVC. b. Colete e/ou documente todas as medicações de uso domiciliar e os repasse ao médico que o atender. Módulo 300 – Emergências Clínicas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 37 P 303 – EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL 2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO a. Sinais e sintomas i. Ausência temporária de respiração (apnéia) ii. Respiração superficial iii. Respiração rápida e profunda iv. Respiração ruidosa v. Sensação vertiginosa vi. Ansiedade, agitação, letargia e sonolência vii. Cianose de extremidades (lábios e dedos) viii. Dor torácica referida como aperto ix. Tosse contínua b. Conduta i. Mantenha o paciente em posição de conforto (sentado ou semireclinado) ii. Administra oxigênio conforme P 604 iii. Aqueça o paciente iv. Ofereça apoio emocional 3. EXAME FÍSICO DETALHADO 4. AVALIAÇÃO CONTINUADA 5. TRANSPORTE 6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES Se o paciente está inconsciente, ou a respiração é inadequada ou ausente, faça a ventilação assistida (com BMV, cânula orofaríngea) com suplementação de oxigênio conforme P 604 Se o paciente é critico deve transportar urgente ao HR, acionar e interceptar o SAV, se disponível, para manobras invasivas de obtenção de vias aéreas e ventilação Módulo 300 – Emergências Clínicas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 38 P 304 – CRISE CONVULSIVA 1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL 2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO a. Reconhecimento i. Parciais com ou sem perda de consciência ( Pequeno mal) 1. Fase de ausência 2. Grito epiléptico ii. Generalizadas (Grande mal) 1. Inconsciência; 2. Movimentos tônico-clônicos; 3. Estupor pós ictal (fase pós-comicial). b. Sinais e sintomas i. ii. iii. iv. v. vi. vii. viii. ix. x. Dor referida em todo o abdome ou em região especifica Palidez acentuada Náuseas e vômitos Taquicardia ou Bradicardia Taquipnéia ou Dispnéia Sudorese fria Febre (entre 37,5 ºC a 40ºC.) Dor abdominal à palpação no exame físico Abdome contraído, globoso ou escavado Defesa muscular abdominal no exame físico c. Conduta i. Administre O2 ii. Mantenha o paciente em posição de conforto (decúbito dorsal ou semi-reclinado) iii. Não contenha movimentos iv. Ampare a cabeça v. Em caso de secreção na boca, lateralize o paciente. Use abridor de mandíbula. Não insira os dedos na boca do paciente. vi. Aqueça o paciente vii. Ofereça apoio emocional 3. EXAME FÍSICO DETALHADO 4. TRANSPORTE 5. AVALIAÇÃO CONTINUADA 6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES Módulo 300 – Emergências Clínicas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 39 P 305 – DIABETES MELLITUS E HIPOGLICEMIA 1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL 2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO a. Hipoglicemia (Choque insulínico) i. Sinais, sintomas e eventos relacionados 1. Glicemia capilar <60 mg/dL 2. Paciente tomou insulina demais 3. Alteração no nível de consciência 4. Convulsão 5. Agitação e mudança de comportamento 6. Paciente em jejum (não se alimentou) 7. Pele fria e úmida 8. Taquicardia 9. Cefaléia 10. Palidez 11. Salivação abundante 12. Fome, borborigma ("ronco" na barriga) 13. Náuseas, vômitos, desconforto abdominal 14. Atividade mental anormal com prejuízo do julgamento 15. Ansiedade, alteração de humor, depressão, choro e medo 16. Negativismo, irritabilidade, agressividade e fúria 17. Cansaço, fraqueza, apatia, letargia, sono, 18. Confusão, amnésia, tontura, delírio 19. Alteração de pupilas (dilatadas) 20. Olhar fixo, visão embaçada, visão dupla 21. Atos automáticos 22. Dificuldade de fala 23. Descoordenação motora às vezes confundido com embriaguez 24. Déficit motor, paralisia, hemiparesia, parestesia, estupor 25. Convulsão focal ou generalizada b. Hiperglicemia i. Sinais, sintomas e eventos relacionados 1. Glicemia capilar > 200 mg / dl Módulo 300 – Emergências Clínicas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 40 2. Paciente não tomou insulina 3. Poliúria (aumento do volume urinário), 4. Polidipsia (sede aumentada e aumento de ingestão de líquidos) 5. Polifagia (apetite aumentado). 6. Mudanças no formato das lentes dos olhos levando a dificuldades de visão. (Paciente relata visão borrada ) 7. Cansaço 8. Pele seca e quente 9. Cefaléia 10. Dispnéia 11. Hálito cetônico (Alta concentrações de cetona do sangue) 12. Náuseas e Vômitos 13. Dor abdominal 14. Alteração de consciência (confusão, sonolência, letargia, hostilidade, mania, pânico, agresividade, etc). 15. Coma com progressão para PCR c. Conduta i. Obtenha o SAMPUM e OPQRST. Considere 1. Histórico de diabetes mellitus 2. Medicações usadas em tratamento a. Insulina – tipo, dose, freqüência, última dose b. Medicações orais - tipo, dose, freqüência, ultima dose 3. Última alimentação do paciente 4. Recente doença ou lesão 5. Atividade física recente 6. Gravidez 7. Verifique uso de álcool 8. Histórico de reações a diabetes ii. Conduta geral 1. Obtenha os sinais vitais 2. Se paciente possui glicosímetro prescrito por médico, verifique com o mesmo qual a leitura, caso o mesmo tenha feito a medição 3. Prepare-se para fazer aspiração de vias aéreas; Módulo 300 – Emergências Clínicas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 41 4. Não perca tempo na cena da ocorrência. Considere situações de “load and go” 5. Se paciente está consciente a. Não lhe permita exercitar-se; deite-o na maca ou cadeira de rodas e o encaminhe à UR; b. Proteja vias aéreas c. Previna o choque. Aqueça o paciente. Ofereça oxigênio, conforme P 604 d. Se regulação médica disponível, forneça suco adocicado ao paciente. 6. Se paciente está inconsciente a. Proteja as vias aéreas. Aspire se necessário b. Previna o choque. Aqueça o paciente. Ofereça oxigênio, conforme P 604 c. Posicione o paciente na posição de recuperação (decúbiro lateral), se possível. 3. EXAME FÍSICO DETALHADO 4. AVALIAÇÃO CONTINUADA 5. TRANSPORTE a. Posicione o paciente em posição de conforto b. Trate agravos que ameaçam a vida em deslocamento 6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES Nem todos os sinais ou sintomas podem estar presentes no paciente Se o paciente é considerado critico deve transportar urgente ao hospital de referência, acionar e interceptar o SAV, se disponível. Módulo 300 – Emergências Clínicas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 42 P 306 – EMERGÊNCIAS OBSTÉTRICAS 1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL 2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO a. Parto normal iminente i. Sinais e sintomas 1. Contrações uterinas cíclicas (primeira fase do parto); 2. Rompimento da bolsa amniótica; 3. Apresentação cefálica do feto (coroamento); 4. Taquicardia e taquipnéia; 5. Dor durante as contrações ii. Conduta 1. Sempre que possível, leia o cartão pré-natal da gestante e busque informações sobre a gestação (se houve internações, doenças infectocontagiosas, hipertensão arterial, diabetes ou outras complicações); 2. Não faça toque para verificar grau de dilatação do colo; 3. Deite a gestante em decúbito dorsal, com pernas fletidas e com joelhos afastados; 4. Exponha os materiais do Kit Parto; 5. Ponha um lençol limpo sobre a maca (ou local apropriado onde irá ser colocado o recém nascido - RN) próximo à pelve da gestante; 6. Quando a cabeça coroar, apóie a mesma com uma das mãos, com leve pressão para evitar uma expulsão muito rápida e causar alguma lesão no RN e na parturiente; 7. Ainda na passagem do feto pelo canal vaginal, se possível já faça uma limpeza prévia da face do mesmo, com uma compressa limpa; 8. Após a saída do RN, deite-o no lençol sobre a maca (ou local apropriado) e aspire suas vias aéreas com aspirador tipo pêra; a. Aspire primeiro a boca, depois as narinas do RN. Módulo 300 – Emergências Clínicas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 43 9. Mantenha o RN no mesmo nível da pelve da mãe até que seu cordão umbilical seja clampeado; 10. Clampeie o cordão umbilical a. O 1º clamp a aproximadamente 17,5 cm da parede abdominal do RN; b. O 2º clamp a aproximadamente 7,5 cm após o 1º clamp, ou seja, o 2º clamp ficará a 25 cm da parede abdominal do RN; c. Em seguida, corte entre os dois. 11. Seque rapidamente o RN e o aqueça com lençol, após o que o envolva a manta aluminizada sobre o lençol; 12. Aguarde a saída da placenta (dequitação), sem puxá-la, guarde-a em um saco plástico e a deixe no hospital; 13. Cubra a região vaginal com absorvente higiênico após a dequitação; 14. Oriente a mãe a estender as pernas e uní-las, sem apertá-las; 15. Faça massagens circulares no sentido horário no abdômen da mãe, na região do útero, para reduzir a hemorragia puerperal; 16. Caso não haja restrições, estimule a mãe a amamentar o RN o quanto antes (esse método reduz a hemorragia puerperal); 17. Considere fornecimento de oxigênio para o RN e à mãe; 18. Avalie e classifique o RN na escala APGAR 1 minuto após o nascimento, repita isto após 5 e 10 minutos, mesmo durante o transporte; Se o cartão pré-natal informar a presença de doença infecto-contagiosa ou risco de galactosemia (intolerância ao leite), ou se não houver cartão pré-natal, não estimule o aleitamento materno b. Parto anormal i. Sinais e sintomas Módulo 300 – Emergências Clínicas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 44 1. Apresentação pélvica do RN no ato do parto (as nádegas ou ambos os membros inferiores apresentam-se primeiro); 2. Apresentação invertida (nasce um braço ou uma perna primeiro); 3. Prolapso do cordão umbilical; 4. Presença de mecônio no líquido amniótico; 5. Nascimento múltiplo; 6. Crise convulsiva no trabalho de parto; 7. Parto prematuro; 8. Natimorto; ii. Conduta 1. Segue-se conduta similar à assistência ao parto normal; 2. Aguarde o parto progredir naturalmente sem jamais puxar o RN; 3. Em parto pélvico, caso a cabeça do RN não saia até 3 minutos após a saída das nádegas e tronco, deve-se criar uma via respiratória para o RN; a mãe permanece na posição semelhante ao parto normal; 4. Quando há apresentação de um dos membros primeiro, a mãe deverá ser colocada de joelhos e apoiada sobre o tórax (posição genupeitoral). Isso aliviará a pressão no feto e no cordão umbilical; Não puxe o membro nem tente empurrá-lo para dentro da vagina novamente. 5. Em caso de prolapso do cordão, mantenha a mãe na posição genupeitoral, crie uma via respiratória para o RN e cubra o cordão com compressa úmida em soro fisiológico 0,9%; 6. Em nascimentos múltiplos, a conduta será a mesma que em parto normal, devendo-se clampear e cortar o cordão umbilical do primeiro RN antes do nascimento do próximo; Módulo 300 – Emergências Clínicas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 45 a. Nascimento de prematuros também tem conduta semelhante ao parto normal, ressaltando-se a necessidade de se aquecer o RN; b. Em caso do RN nascer com PCR, inicie as manobras de RCP conforme P 206, exceto se for um caso de natimorto (bolhas, odor forte e desagradável, etc.); c. Em todos os casos, mantenha administração de O2 para a mãe; d. Dê apoio emocional à mãe; e. Monitorar sinais vitais e nível de consciência da mãe e do RN; c. Hemorragia pré-parto i. Sinais e sintomas 1. Surgimento de hemorragia vaginal excessiva (metrorragia) antes do momento do parto; 2. Indícios de estado de choque (fraqueza, tonteira, sede, ansiedade, taquipnéia, taquicardia, pele pálida, fria e úmida, etc.); 3. Ausência de movimentação fetal; ii. Conduta 1. Posicionar a gestante em decúbito lateral esquerdo; 2. Manter as vias aéreas pérvias; 3. Administre oxigênio em caso de sinais de estado de choque; 4. Aquecer a vítima com manta aluminizada em caso de grandes hemorragias; 5. Cubra a região vaginal com absorvente higiênico (não se deve introduzir nada no canal vaginal); 6. Não ofereça nada para a gestante ingerir; 7. Monitorar sinais vitais e nível de consciência; d. Aborto i. Sinais e sintomas Módulo 300 – Emergências Clínicas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 46 1. Cólica, dor e contrações abdominais; 2. Hemorragia vaginal excessiva (metrorragia); 3. Saída de fragmentos de tecidos do feto pelo canal vaginal; 4. Indícios de estado de choque (hipotensão, fraqueza, tonteira, sede, ansiedade, taquipnéia, taquicardia, pele pálida, fria e úmida, etc.); ii. Conduta 1. Posicionar a gestante em decúbito lateral esquerdo; 2. Manter as vias aéreas pérvias; 3. Administrar oxigênio em caso de sinais de estado de choque; 4. Aquecer a vítima com manta aluminizada em caso de grandes hemorragias; 5. Cubra a região vaginal com absorvente higiênico (não se deve introduzir nada no canal vaginal); 6. Não oferecer nada para a vítima ingerir; 7. Dar apoio emocional; 8. Caso saia algum tecido fetal, guardá-lo em saco plástico e levá-lo para o hospital junto com a mãe; 9. Monitorar sinais vitais e nível de consciência; Em caso de suspeita de aborto provocado, deve-se considerar sinais e sintomas de intoxição exógena e tratá-la conforme P 309. 3. EXAME FÍSICO DETALHADO 4. TRANSPORTE 5. AVALIAÇÃO CONTINUADA 6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES Para se criar uma via respiratória para o RN (parto pélvico ou prolapso de cordão umbilical), coloque uma das mãos dentro da cavidade vaginal, com a palma da mão voltada para a face do RN. Coloca-se, então, o dedo indicador do lado de uma narina e o dedo médio do lado da outra narina. A outra mão do socorrista deverá apoiar o corpo do RN para preservar a sua coluna cervical Módulo 300 – Emergências Clínicas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 47 P 307 – ABDOME AGUDO 1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL 2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO a. Reconhecimento i. Dor abdominal de aparecimento súbito e não traumático geralmente referenciado como a queixa principal do paciente. b. Sinais e sintomas i. Dor referida em todo abdome ou em região específica ii. Palidez acentuada iii. Náuseas e vômitos iv. Taquicardia ou Bradicardia v. Taquipnéia ou Dispnéia vi. Sudorese fria vii. Febre (entre 37,5 ºC a 40ºC.) viii. Dor abdominal à palpação no exame físico ix. Abdome contraído, globoso ou escavado x. Defesa muscular abdominal no exame físico c. Conduta i. Administre O2 ii. Mantenha o paciente em posição de conforto (decúbito dorsal, semi-reclinado ou posição fetal) iii. Aqueça o paciente iv. Ofereça apoio emocional 3. EXAME FÍSICO DETALHADO 4. TRANSPORTE 5. AVALIAÇÃO CONTINUADA 6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES Módulo 300 – Emergências Clínicas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 48 P 308 – EMERG. PSIQUIÁTRICAS E COMPORTAMENTAIS 1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL a. Conduta i. Determine se a cena é segura. Se não, afaste-se e solicite apoio de outras Gu BM, PMMG, SAMU (USA), etc ii. Tente estabelecer um diálogo com o paciente iii. Dialogue com técnica: 1. Use um tom calmo, direto e enfático; 2. Apresente claramente os limites e opções do paciente; 3. Respeite seu espaço pessoal; 4. Evite olhar direto nos seus olhos; 5. Não adote uma postura de confronto; 2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO a. Considere outras causas de comportamento anormal i. Hipóxia, hipoperfusão, hipoglicemia; ii. Abuso de álcool ou drogas; iii. AVC, TCE, estágio pós-comicial, etc Solicite suporte avançado, se disponível, para proceder à contenção farmacológica se o paciente estiver agitado, não cooperativo ou violento. b. Conduta i. Contenha mecanicamente o paciente apenas se for necessário. Utilize ataduras ou outro meio que não cause lesões para imobilizar o paciente na maca somente se o mesmo oferecer perigo para si, para a Gu BM e para outras pessoas. ii. Não use prancha longa se não houver trauma que a justifique. Deite o paciente na maca central da UR e nela imobilize os quatro membros. Após, confirme se não há prejuízo para a respiração e circulação. iii. Se o paciente está cuspindo na Gu BM posicione uma máscara de tecido (EPI) na face dele. Módulo 300 – Emergências Clínicas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 49 iv. Coloque o paciente em uma posição de conforto, se possível. v. Não coloque o paciente em posição prona (decúbito ventral) na maca. Se após a contenção mecânica o paciente permanece agitado ou violento, ofereça O2 em máscara facial. Considere hipóxia. 3. EXAME FÍSICO DETALHADO 4. TRANSPORTE a. Mantenha a contenção mecânica durante o transporte. 5. AVALIAÇÃO CONTINUADA 6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES a. Relate no RAPH / REDS as razões pelas quais foi necessária a contenção mecânica do paciente Módulo 300 – Emergências Clínicas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 50 P 309 – ENVENENAMENTO E INTOXICAÇÃO 1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL a. Promova a segurança da cena i. Não entre em locais confinados ou com atmosfera tóxica sem EPI; ii. Tente identificar a substância tóxica; iii. Solicite apoio, se necessário iv. Proceda ao IFC. 2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO a. Sinais e sintomas i. Tonturas; ii. Náuseas; iii. Cefaléia; iv. Vômitos; v. Formação excessiva de saliva ou espuma na boca; vi. Estado mental alterado, podendo chegar à inconsciência; vii. Alterações pupilares (contraída ou dilatada); viii. Dor abdominal; ix. Aumento da freqüência cardíaca; x. Padrões respiratórios anormais e dispnéia; xi. Espasmos musculares; xii. Erupção cutânea; xiii. Lacrimejamento; xiv. Diarréia; xv. Podem ocorrer pruridos e ardência na pele; xvi. Vermelhidão cutânea; xvii. Choque anafilático. b. Conduta i. Mantenha as vias aéreas pérvias; ii. Forneça O2 em alta concentração se o nível de consciência estiver alterado, encurtamento da respiração, dificuldade respiratória ou paciente tossindo. iii. Considere acionar o SAV, se disponível; iv. Determine: 1. O que – especifique a toxina e a quantidade envolvida Módulo 300 – Emergências Clínicas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 51 a. Se possível, leve com segurança para o hospital frasco do comprimido envolvido; b. Não transporte medicamentos. “produtos perigosos”, apenas 2. Quando – tempo de exposição; 3. Por quê – a causa da exposição (acidente, etc) 4. Onde – identifique o ambiente da exposição (local confinado, indústria, silos, plantações, etc). v. Trate toxinas específicas baseado em cuidados específicos 1. Substâncias ingerível a. Não dê nada para o paciente beber; b. Não induza vômito; 2. Substâncias inaláveis a. Retire o paciente do ambiente tóxico (usando EPI); b. Trate os sintomas: vômito, tosse, decréscimo do nível de consciência, etc; c. Ventile, se necessário; d. Monitore com oxímetro de pulso, exceto em caso de intoxicação por monóxido de carbono ou cianeto, em que a leitura é falsa. Ver P 603. 3. Substâncias absorvíveis a. Remova as roupas contaminadas; b. Lave a área contaminada copiosamente, ao menos por 20 min e continue em rota para o hospital; i. Líquidos – lave abundantemente, mas sem contaminar áreas corporais não afetadas; ii. Pós – usando EPI, raspe os resíduos da pele e lave com água abundante o que permanecer; 1. Olhos expostos a líquidos ou pós – lave o olho afetado com soro fisiológico abundantemente, do nariz para a orelha. 3. EXAME FÍSICO DETALHADO 4. TRANSPORTE a. Transporte o paciente na posição semi-reclinado ou sentado, se possível 5. AVALIAÇÃO CONTINUADA 6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES Módulo 300 – Emergências Clínicas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 52 P 310 – ABUSO DE ÁLCOOL E DROGAS 1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL a. Sinais e sintomas i. Depressão do sistema nervoso (sonolência, coma, letargia e diminuição da resposta à dor); ii. Tremores (principalmente se a vitima esta sofrendo de abstinência), abstinência acompanhada à dor; iii. Problemas digestivos que incluem gastrite, vômito, sangramento e desidratação; iv. Respiração excessivamente lenta ou ausente, crises convulsivas do tipo grande mal; v. Delirium tremens; vi. Distúrbios visuais, confusão mental e falta de coordenação muscular; vii. Comportamento desinteressado; viii. Perda de memória e alucinações (vultos e vozes). ix. Odor característico ( no caso de álcool). 2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO a. Conduta i. Geral – Para todos os pacientes 1. Fique alerta para obstrução de vias aéreas e problemas respiratórios 2. Esteja pronto para aspirar e permeabilizar vias aéreas se o paciente perder a consciência, entrar em crise convulsiva ou vomitar. 3. Auxilie o paciente durante o vômito, lateralizando-o e aspirando-o. 4. Previna o choque. Ofereça O2 e aqueça o paciente. ii. Paciente consciente 1. Chame o paciente pelo nome 2. Identifique e trate a queixa principal 3. Posicione o paciente na posição de segurança (sentado ou lateralizado) para evitar a aspiração de vômito. 4. Não deixe o paciente ferir a si mesmo. 5. Fique alerta à mudança de comportamento. Módulo 300 – Emergências Clínicas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 53 iii. Paciente inconsciente 1. Proceda a avaliação do paciente conforme P 101; 2. Examine os bolsos da vítima e ao seu redor para procurar evidências de medicamentos, que podem complicar o quadro de forma significativa. 3. Forneça SBV iv. Paciente em overdose 1. Esteja preparado para uma parada cardíaca. Monitore os sinais vitais constantemente; sua prioridade principal é manter as vias aéreas desobstruídas. 2. Não entre em pânico; trate a vítima com calma. Se ela estiver inalando uma substância tóxica ou estiver em perigo iminente, retire-a do local. 3. Se o paciente estiver consciente, tente sentá-lo ou deitálo. Não tente contê-lo, a não ser que ela represente uma ameaça. 4. Estabilize e, mantenha as vias aéreas desobstruídas. Remova qualquer corpo estranho da boca ou da garganta que possa ameaçar a respiração, incluindo próteses dentárias, sangue, muco ou vômito. 5. Administre respiração artificial, se necessário. 6. Monitore os sinais vitais freqüentemente; vitimas de overdose podem estar conscientes em um dado momento e entrar em coma em seguida. Em caso de complicações respiratórias ou cardíacas, trate imediatamente qualquer condição que ponha a vida da vítima em risco. 7. Fique alerta às reações alérgicas. 8. Reduza os estímulos ao máximo; diminua a iluminação e leve-o para o hospital de referência. 9. Explique com cuidado cada etapa de tratamento para ajudar a reduzir a paranóia. 3. EXAME FÍSICO DETALHADO 4. AVALIAÇÃO CONTINUADA 5. TRANSPORTE a. Conduta i. Pacientes conscientes sem suspeita de TRM devem ser conduzidos na posição semi-sentado. ii. Pacientes inconscientes e/ou com suspeita de TRM devem ser transportados na posição supina; iii. O paciente deve realizar o mínimo de esforço. Sempre que for necessário movimentá-lo, os socorristas devem fazê-lo. Módulo 300 – Emergências Clínicas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 54 iv. Mesmo em caso de solicitação de SAV, o transporte deve ser iniciado imediatamente. A Unidade de Resgate deverá ser interceptada pelo suporte avançado. 6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES a. Informe qualquer sinal de sangue no vômito (sangue vermelhovivo no vômito pode ser sinal de ruptura de vasos sanguíneos no estômago ou no esôfago). Módulo 300 – Emergências Clínicas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 55 MÓDULO 400 - Traumas - Módulo 400 – Traumas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 56 P 401 – TRAUMA CRÂNIO-ENCEFÁLICO (TCE) 1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL 2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO a. Sinais e sintomas i. Cortes profundos ou lacerações no couro cabeludo; ii. Inconsciência ou redução do nível de consciência (Escala de Coma de Glasgow – ECG); iii. Exposição de massa cefálica; iv. Ferimento penetrante na cabeça (arma de fogo, arma branca, objetos encravados); v. Edema, saliências, deformidade ou fragmentos ósseos na superfície craniana; vi. Sinal de Guaxinim (hematoma periorbitário) ou Sinal de Battle (equimose retro-auricular); vii. Diâmetros pupilares desiguais (anisocoria); viii. Pupilas com reação lenta ou nula à luz ix. Sangramento pelo nariz (rinorragia) e/ou pelos ouvidos (otorragia) ou saída de líquor (fluido claro) também pelos ouvidos ou nariz; x. Fraqueza (paresias) ou formigamento (parestesias) em um lado do corpo; xi. Alteração dos sinais vitais; xii. Náuseas e vômito, quando conjugados com os outros sinais/sintomas específicos do TCE xiii. Crise convulsiva quando conjugada com outros sinais/sintomas específicos; xiv. Cefaléia e/ou dor no local da lesão. b. Conduta i. Estabilização cervical manual/mecânica ii. Manter as vias aéreas pérvias. Em vítimas inconscientes, com controle cervical (chin-lift, jaw-trust ou jaw-lift); iii. Utilizar cânula orofaríngea (COF) em vítimas com ECG ≤ 8, sem reflexo de vômito; iv. Administrar oxigênio com máscara facial e bolsa reservatória com vazão superior a 10 l/min; v. Aspirar orofaringe em caso de vômito e/ou hemorragias nas vias aéreas superiores (rinorragia e/ou otorragia); vi. Controlar hemorragias com curativos oclusivos; Módulo 400 – Traumas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 57 vii. Estabilizar objetos encravados com compressas volumosas sem removê-los; viii. Não impedir saída de líquor e/ou sangue do nariz (rinorragia) ou ouvidos (otorragia); ix. Aquecer a vítima com manta aluminizada; x. Considerar estado de choque; xi. Monitorar sinais vitais e nível de consciência (Escala de Coma de Glasgow) 3. EXAME FÍSICO DETALHADO 4. TRANSPORTE 5. AVALIAÇÃO CONTINUADA 6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO Módulo 400 – Traumas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 58 P 402 – TRAUMA RAQUIMEDULAR (TRM) 1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL a. São eventos presumivelmente relacionados à TRM i. Ejeção do veículo; ii. Morte de outro passageiro do mesmo veículo; iii. Queda superior a 1 metro de altura ou 5 degraus de uma escada, especialmente se cabeça e/ou dorso colidem com superfície rígida; iv. Capotamento de veículo; v. Colisão a alta velocidade; vi. Atropelamento; vii. Acidente com motocicletas e bicicletas; viii. Inconsciência ou alteração do estado mental após trauma; ix. Trauma penetrante na cabeça, tórax ou abdome. x. Mergulho em água rasa 2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO a. Sinais e sintomas i. Lesões ocultas - relacione o local com o paciente e avalie a transferência de energia; ii. Histórico de lesão ou anormalidade na coluna; iii. Trauma significativo acima das clavículas; iv. Perda de sensibilidade em extremidades; v. Paralisia (perda de movimento ou função) de membro; vi. Fraqueza ou paresia de extremidades vii. Dor na região cervical viii. Sinais e sintomas de paraplegia e tetraplegia; ix. TCE; x. Hipotensão mesmo após infusão venosa (choque neurogêncio) xi. Priapismo b. Conduta i. Mantenha a coluna cervical imobilizada. Primeiro manualmente, depois por meio do bashaw ou KED e prancha longa; ii. Aplique o colar cervical do tamanho apropriado; iii. Imobilize na posição encontrada se: 1. Resistência Módulo 400 – Traumas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 59 2. Espasmos dos músculos do pescoço 3. Aumento da dor 4. Parestesia (formigamento) durante o posicionamento do pescoço 5. Comprometimento das vias aéreas ou respiração iv. Mantenha a via aérea pérvea, assista a respiração, avalie a circulação e proceda as intervenções se necessário; v. Administre O2 conforme P 604; vi. Imobilize inicialmente com o Ked se o paciente estiver sentado; após, imobilize-o em prancha longa; vii. Imobilize o paciente em prancha longa se o mesmo estiver em pé ou deitado; viii. Não eleve as pernas do paciente, nem a prancha longa, ainda que em estado de choque; ix. Aqueça o paciente. 3. EXAME FÍSICO DETALHADO 4. TRANSPORTE 5. AVALIAÇÃO CONTINUADA a. Reavalie continuamente. 6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO a. Comunique o hospital de referência a respeito da chegada de paciente instável com TRM. Em crianças pequenas utilize coxins sob suas costas para manter a coluna cervical na posição neutra. Não utilize KED em pacientes encarcerados instáveis. Faça retirada rápida. Módulo 400 – Traumas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 60 P 403 – TRAUMA TORÁCICO 1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL 2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO a. Sinais e sintomas i. Dor localizada em segmento do tórax; ii. Dor em inspiração profunda; iii. Edema, saliências, deformidade ou fragmentos ósseos na região torácica; iv. Movimento paradoxal na ventilação quando há tórax instável (duas ou mais costelas adjacentes são fraturadas, em pelo menos dois pontos); v. Dilatação das veias jugulares – no pneumotórax hipertensivo; vi. Dificuldade respiratória (dispnéia); vii. Padrões anormais de ventilação (taquipnéia, bradipnéia,,ou respiração superficial - que são movimentos respiratórios curtos, etc.) viii. Coloração azulada (cianose) dos lábios e extremidades; ix. Desvio de traquéia – no pneumotórax hipertensivo; x. Saída de bolhas (ar e sangue) em ferimentos abertos no tórax e nas vias respiratórias; xi. Vítima reclama de gosto de “ferrugem” na boca (hemorragia interna) a até a eliminação de sangue por meio da tosse; xii. Formigamento (parestesias) em extremidades; xiii. Diminuição do murmúrio vesicular. b. Conduta i. Estabilização cervical manual/mecânica; ii. Manter as vias aéreas pérvias. Em vítimas inconscientes, considerar abertura das vias com controle cervical (chin-lift, jaw-trust ou jaw-lift); iii. Caso não haja indícios de TCE/TRM, elevar a cabeceira da maca (posição de ortopnéia); Módulo 400 – Traumas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 61 iv. Considere assistência ventilatória com uso de BVM; v. Aspire orofaringe e narinas em caso de vômito e/ou hemorragias nas vias aéreas superiores (rinorragia e/ou otorragia); vi. Utilize cânula orofaríngea (COF) em vítimas inconscientes e ECG ≤ 8, sem reflexo de vômito; vii. Estabilize objetos encravados com compressas volumosas sem removê-los, conforme P 407; viii. Em trauma aberto, aplique “curativo oclusivo de três lados” com material impermeável; ix. Em tórax instável (afundamento de tórax) aplique curativo volumoso, que inclua o segmento lesado; x. Estabilize o segmento instável (que se move paradoxalmente durante as respirações) por meio de curativos volumosos afixados com esparadrapos ou bandagens; xi. O curativo não deve impedir a expansão torácica; Forneça O2, conforme P 604 e previna o estado de choque. 3. EXAME FÍSICO DETALHADO 4. TRANSPORTE 5. AVALIAÇÃO CONTINUADA 6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO. Módulo 400 – Traumas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 62 P 404 – TRAUMA ABDOMINAL 1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL 2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO a. Sinais e sintomas i. Vômito contendo sangue (hematêmese); ii. Trauma (aberto, fechado, penetrante) no abdômen; iii. Objetos encravados no abdômen; iv. Rigidez e/ou dor abdominal; v. Hemorragia vaginal ou pelo reto; vi. Exposição de órgãos da parede abdominal (evisceração); vii. Indícios de estado de choque (fraqueza, tonteira, sede, ansiedade, taquipnéia, taquicardia, pele pálida, fria e úmida etc.) sem causa aparente; b. Conduta i. Posicione a vítima em posição supina, sempre que possível; ii. Mantenha as vias aéreas pérvias; iii. Administre oxigênio em caso de sinais de estado de choque; iv. Aqueça a vítima com manta aluminizada; v. Em ferimentos abertos sem evisceração, controle a hemorragia com curativo compressivo; vi. Em ferimentos abertos com evisceração, cubra os órgãos exteriorizados com compressa úmida (com soro fisiológico 0,9%) e cubra esta compressa com plástico estéril para reter o calor; vii. Estabilize objetos encravados com compressas volumosas sem removê-los; viii. Não ofereça nada para a vítima ingerir; ix. Remova roupas molhadas (água, sangue, etc.) da vítima para prevenir hipotermia; x. Monitore sinais vitais e nível de consciência. Jamais tente recolocar as vísceras expostas dentro da cavidade abdominal devido ao risco de infecção e de morte. Módulo 400 – Traumas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 63 3. EXAME FÍSICO DETALHADO 4. TRANSPORTE 5. AVALIAÇÃO CONTINUADA 6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES Módulo 400 – Traumas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 64 P 405 – TRAUMA PÉLVICO E GENITAL 1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL 2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO a. Sinais e sintomas: i. Queixa de dor na pelve; ii. Edema progressivo, escoriações e hematomas na pelve; iii. Ferimentos pélvicos abertos com evidências de fratura; iv. Deformidade pélvica; v. Rotação do membro inferior (interno ou externo); vi. Presença de sangue na urina (hematúria); vii. Crepitação à palpação; viii. Hipotensão sem causa aparente; ix. Outros indícios de estado de choque sem causa aparente; x. Objetos encravados na pelve; xi. Hemorragia vaginal ou pelo reto. b. Conduta i. Posicione a vítima em decúbito dorsal, sempre que possível; ii. Mantenha as vias aéreas pérvias; iii. Forneça oxigênio conforme P 604; iv. Realize palpação suave na pelve durante a avaliação física (latero-lateral, antero-posterior e em sínfise púbica). v. Em ferimentos abertos sem evisceração, controle a hemorragia com curativo compressivo; vi. Em ferimentos abertos com evisceração, cubra os órgãos exteriorizados com compressa úmida (com soro fisiológico 0,9%) e cubra esta compressa com plástico estéril para reter o calor; vii. Estabilize objetos encravados com compressas volumosas sem removê-los; viii. Em caso de hemorragia vaginal, cubra-a com absorvente higiênico (não se deve introduzir nada no canal vaginal); ix. Remova roupas molhadas (água, sangue, etc.) da vítima para prevenir hipotermia; x. Aqueça a vítima com manta aluminizada; xi. Não ofereça nada para a vítima ingerir; xii. Monitore sinais vitais e nível de consciência; Módulo 400 – Traumas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 65 xiii. Com indícios de fratura pélvica, utilize um cobertor enrolado (ou equivalente) entre as pernas do paciente, desde a virilha ate os pés, e amarre-o com bandagens, podendo ser duas abaixo do joelho (pernas) e duas acima (coxas), começando da extremidade para o interior; O exame físico da pelve (que é feito com palpações suaves) deve ser realizado somente uma vez, pois repetidas exames podem agravar a situação da vítima 3. EXAME FÍSICO DETALHADO 4. TRANSPORTE 5. AVALIAÇÃO CONTINUADA 6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO Módulo 400 – Traumas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 66 P 406 – CHOQUE ELÉTRICO 1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL a. Conduta i. Garanta a segurança de todos os envolvidos na cena; ii. Desligue a fonte de energia ou afaste o paciente (com segurança) desta fonte, antes de iniciar o atendimento; iii. Acione outros órgãos, se necessário (concessionárias de energia, Policia Militar, etc.). 2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO a. Efeitos da corrente elétrica no corpo: i. Alteração do nível de consciência; ii. Dispnéia; iii. Lesões associadas com trauma (quedas, ejeções, etc.); iv. Queimaduras; v. Laceração; vi. Amputação traumática; vii. Hemorragia decorrente de lesões associadas; viii. Parada Cardiorrespiratória. b. Conduta i. Mantenha vias aéreas pérvias; ii. Monitore o esforço respiratório e esteja preparado para assistência ventilatória; iii. Se necessário, forneça oxigênio, conforme P 604; iv. Se possível, localize o ponto de entrada e de saída da corrente elétrica (para posterior tratamento da lesão); v. Avalie a queimadura, se houver, e a trate conforme P 411; vi. Previna estado de choque; vii. Trate parada cardiorrespiratória, caso haja, conforme Módulo 200; viii. Trate as lesões potencialmente associadas ao choque elétrico conforme os protocolos específicos (fraturas, hemorragias, TCE, TRM, etc.). Choques elétricos podem causar parada cardiorrespiratória. Mesmo que o paciente pareça estável, esteja preparado para complicações que envolvam vias aéreas ou circulação. Monitore o paciente com DEA. Módulo 400 – Traumas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 67 Não toque na vítima antes que o circuito tenha sido interrompido. Em choques elétricos, nem sempre as queimaduras são o problema mais grave. Arritmias cardíacas, danos ao Sistema Nervoso Central (SNC), traumas a órgãos internos e ate mesmo fraturas podem ocorrer. 3. EXAME FÍSICO DETALHADO 4. TRANSPORTE 5. AVALIAÇÃO CONTINUADA 6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO Módulo 400 – Traumas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 68 P 407 – FERIMENTOS ESPECÍFICOS 1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL 2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO a. Amputação i. Sinais e sintomas 1. Evidente falta do membro 2. Dor no membro amputado (dor fantasma) 3. Sangramento excessivo, discreto ou ausente ii. Conduta 1. Ponha o paciente deitado, em uma posição de conforto, se não há suspeita de TRM; 2. Limpe a superfície do coto do membro amputado, mas não esfregue; 3. Nunca complete uma amputação parcial; 4. Contenha a hemorragia, conforme P 408; 5. Coloque o membro amputado, ou parte dele em um recipiente envolto com gaze estéril embebida com soro fisiológico ou Ringer Lactato dentro de um recipiente estéril (de preferência); 6. Não coloque a parte amputada em contato direto com gelo; 7. Não imersa a parte amputada diretamente em solução salina; 8. Coloque o recipiente com o membro amputado dentro de outro recipiente com gelo, mas não use gelo seco; 9. Imobilize a parte amputada para evitar lesões adicionais; 10. Transporte a parte amputada com o paciente; 11. Trate o choque e ministre O2; O transporte do paciente não deve ser atrasado para se procurar a parte amputada. Oriente quem ficou na cena de como preservar e encaminhar a parte amputada para o hospital de referência. b. Avulsão i. Sinais e sintomas 1. Ferimento em que parte de tecidos é arrancada do corpo; 2. Dor e hemorragia intensa; Módulo 400 – Traumas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 69 ii. Conduta 1. Adote os mesmos procedimentos para amputação c. Ferimentos abertos: laceração, escoriação, incisão e punção i. Sinais e sintomas 1. Sangramento e dor local ou irradiando (conforme local e profundidade); ii. Conduta 1. Exponha a ferida, retire ou corte as roupas do paciente; 2. Limpe a superfície ferida. Retire objetos sólidos macro, de preferência com pinça, mas não tente desbridamento nem lavá-la. 3. Controle a hemorragia, conforme P 408; 4. Mantenha o paciente deitado e calmo. Não aumente a circulação. 5. Previna o choque e forneça oxigênio. d. Objetos encravados e empalados i. Sinais e sintomas 1. Objetos encravados são aqueles que penetram a pele e se fixam criando orifícios não naturais ao corpo. 2. Objetos empalados são aqueles que penetram por orifícios naturais do corpo e nele permanecem. ii. Conduta 1. Objetos encravados na bochecha com hemorragia profusa ou dificultando a respiração a. Remova objetos encravados se isto puder ser feito sem resistência; b. Se objeto estiver em estruturas mais profundas (palato, e.g) imobilize-o no lugar; c. Mantenha vias aéreas abertas, facilitando a drenagem da boca. d. Contenha hemorragia com compressa entre os dentes e a bochecha e faça curativo externamente; e. Considere a possibilidade de dentes soltos e outros objetos sólidos na boca do paciente e os retire; f. Prepare-se para realizar aspirações. 2. Objetos encravados no olho Módulo 400 – Traumas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 70 a. Estabilize o objeto com curativo estéril e rolos de ataduras. Cubra-o com um copo firmemente fixado para impedir toques e movimentações. b. Cubra o olho não afetado; c. Previna o estado de choque e forneça O2 d. Dê suporte emocional ao paciente. 3. Objetos encravados / empalados em outros locais (que não o olho e a bochecha) a. Estabilize o objeto com curativo volumoso; b. Não remova o objeto, a menos que esteja impedindo a RCP; c. Previna o estado de choque e forneça O2; d. Dê suporte emocional ao paciente. 4. Objeto estacionário ou fixo encravado / empalado a. Se possível, tente cuidadosamente cortar o objeto; b. Se não possível cortar, tente transportá-lo com o paciente; c. Se não possível transportar nem cortar, tente retirá-lo devagar. Acione o SAV, se disponível. d. Imobilize o objeto com curativo volumoso. Em caso de objeto encravado no tórax, que presumivelmente atingiu o coração, que esteja movimentando-se de forma rítmica, conforme os batimentos cardíacos, não o imobilize. Deixe-o “pulsar” com o coração. 3. EXAME FÍSICO DETALHADO 4. TRANSPORTE 5. AVALIAÇÃO CONTINUADA 6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO Módulo 400 – Traumas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 71 P 408 – HEMORRAGIA 1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL 2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO a. Hemorragia interna i. Sinais e sintomas 1. Sangramento por orifícios naturais do corpo 2. Vômito com sangue (hematêmese) ou tosse contendo sangue (hemoptise); 3. Trauma (aberto, fechado, penetrante) em tórax, abdômen ou pelve; 4. Rigidez e/ou dor abdominal; 5. Hemorragia vaginal (metrorragia) ou pelo reto; 6. Fraturas em ossos longos; 7. Indícios de estado de choque (fraqueza, tonteira, sede, ansiedade, taquipnéia, taquicardia, pele pálida, fria e úmida, hipotensão, alteração da consciência, etc.) sem causa aparente. ii. Conduta 1. Posicionar a vítima em decúbito dorsal; 2. Manter as vias aéreas pérvias; 3. Administrar oxigênio conforme P 604; 4. Aquecer a vítima com manta aluminizada; 5. Remover roupas molhadas (água, sangue, etc.) da vítima para prevenir hipotermia; 6. Imobilizar fraturas, caso haja, o quanto antes para reduzir lesões internas, conforme P 409; 7. Não oferecer nada para a vítima ingerir; 8. Monitorar sinais vitais e nível de consciência; b. Hemorragia externa i. Sinais e sintomas 1. Perda sanguínea (arterial, venosa ou capilar) que saem de pontos de ruptura de tecidos, de origem traumática; 2. Presença de sangue de coloração vermelho vivo, geralmente em jatos sincrônicos (hemorragia arterial); 3. Presença de sangue de coloração vermelho escuro inicialmente com saída contínua (hemorragia venosa); Módulo 400 – Traumas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 72 4. Presença de sangue de coloração de intensidade intermediaria aos anteriores, mas com escoamento lento (hemorragia capilar); ii. Conduta 1. Faça compressão bandagem; direta com compressa seca e 2. Conjugue a elevação do membro com compressão direta, caso esta não tenha sido suficiente (exceto em suspeita de fraturas e TRM); 3. Conjugue a compressão indireta (artéria braquial ou femoral) com os métodos anteriores, caso os mesmos não tenham sido suficientes; 4. Utilize o torniquete apenas nos casos de risco de morte, mesmo que sua aplicação aumente o risco de perder o membro onde foi instalado, da seguinte forma: 5. Utilize torniquete (com manguito do esfigmomanômetro ou bandagem não estreita – ao menos 5 cm) a. Coloque o torniquete imediatamente proximal do local da lesão; b. Uma vez administrado o torniquete não o afrouxe mais; c. Mantenha o torniquete exposto; d. Anote o horário de administração e informe aos profissionais de saúde no hospital. 6. Em hemorragia aguda, deve-se sobrepor as compressas sem a remoção da anterior; 7. Administre oxigênio conforme P 604. 8. Aqueça a vítima com manta aluminizada, em grandes hemorragias; 9. Em fraturas expostas, deve-se primeiro hemorragia para depois imobilizar o membro. conter a O sangue pode ficar retido nas roupas da vítima, no chão, areia, grama, etc) A vítima pode ter mudado de local, impedindo ao socorrista ver o volume deixado na cena da hemorragia. Não lave a lesão com soro fisiológico, pois isso favorece o aumento ou retorno da hemorragia. Use compressa seca para remover excesso de detritos da lesão (sem fricção excessiva) 3. EXAME FÍSICO DETALHADO 4. TRANSPORTE Módulo 400 – Traumas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 73 5. AVALIAÇÃO CONTINUADA 6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES CLASSIFICAÇÃO DO CHOQUE HIPOVOLÊMICO HEMORRÁGICO NO ADULTO Classe I Perda Sangüínea 700 ml (ml) Perda Sangüínea Até 15% (%) Freqüência de < 100 Pulso Pressão Arterial Freqüência Respiratória Estado Mental Módulo 400 – Traumas Classe II 750 - 1500 ml Classe III Classe IV 1500 - 2000 > 2000 ml ml 15 -30% 30-40% > 40% Entre 100 -120 >120 >140 Normal Normal Diminuída (PA sistólica) Muito Diminuída 14-20 20-30 30-40 >35 Ansiedade Leve Ansiedade Moderada Ansioso e Confuso Ansioso Letárgico e Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 74 P 409 – LESÕES MÚSCULO ESQUELÉTICAS 1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL a. Conduta i. Assegure vias adequadas. aéreas pérvias, respiração e circulação ii. Mantenha a cabeça e coluna cervical imobilizadas manualmente, em caso de mecanismo de lesão significativo, conforme P 101, ou suspeita de TRM. 2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO a. Procedimentos comuns a todos os tipos de lesões i. Manualmente imobilize a articulação acima e abaixo do local lesionado; ii. Avalie pulso, motricidade e sensibilidade distais antes de aplicar talas de imobilização. Considere todo ferimento aberto próximo a local de lesão músculo esquelética como possível fratura aberta. iii. Remova ou corte as roupas do membro lesionado; iv. Remova relógio e jóias da extremidade afetada; v. Trate hemorragia, se presente. Não faça excessiva compressão. vi. Se houver edema, pode ser aplicado indiretamente gelo ou compressa fria no local. vii. Imobilize o membro lesionado conforme as seguintes diretrizes: 1. Ossos longos a. Se o osso está angulado ou a extremidade distal está cianótica ou sem pulso tente alinhar o membro, aplicando tração manual antes de imobilizar com talas. Se houver resistência, imobilize na posição encontrada. Imobilize fratura exposta (com exposição óssea visivel) na posição encontrada b. Meça a tala e a aplique, imobilizando o membro e a articulação acima e abaixo do local lesionado; c. Mantenha o pé e a mão em posição funcional (neutra); d. Revalie pulso, motricidade e sensibilidade distais depois de aplicar talas de imobilização. 2. Lesões nas ou próximo às articulações a. Aplique estabilização manual; Módulo 400 – Traumas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 75 b. Avalie pulso distal antes e depois da aplicação da tala; c. Imobilize o membro na posição encontrada; d. Imobilize uma articulação acima e outra abaixo do local lesionado; b. Aplicação da tala de tração de fêmur i. Indicação 1. Fraturas fechadas em terço médio (diáfise) do fêmur. ii. Contra-indicação 1. Fraturas de fêmur associadas a a. Fraturas em extremidades; b. Lesões envolvendo o joelho; c. Lesões envolvendo pelve, ou glúteos; d. Amputação parcial ou avulsão com separação óssea no membro; e. Lesões em perna, pé ou tornozelo; 2. Esmagamento de músculo da coxa e/ou fêmur; 3. Fratura aberta do fêmur. 3. EXAME FÍSICO DETALHADO 4. TRANSPORTE 5. AVALIAÇÃO CONTINUADA 6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO Somente utilize a tala de tração de fêmur se não houver outra (tala rígida) disponível. Trate o choque. Administre O2 conforme P 604. Módulo 400 – Traumas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 76 P 410 – LESÕES NA CABEÇA E PESCOÇO 1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL 2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO a. Lesões nos olhos i. Conduta 1. Cubra os olhos com curativo oclusivo seco, inclusive o não afetado; 2. Não lave o ferimento em caso de corte ou objeto encravado; 3. Estabilize objeto encravado com várias camadas de gaze/compressas e cubra o objeto com copo plástico, se disponível, para se evitar o toque no mesmo; 4. Em vítimas inconscientes ou desorientadas, deve-se prender suas mãos na prancha-longa ou maca para evitar que possam remover o curativo agravando a lesão; 5. Em caso de avulsão do olho, não tente recolocá-lo na cavidade orbital; 6. Não faça compressão direta no globo ocular 7. Trate queimaduras conforme P 411. b. Lesões faciais i. Conduta 1. Não havendo suspeita de TCE ou TRM, mantenha a vítima sentada com a cabeça levemente inclinada para frente, permitindo-se a drenagem de sangue pela boca; 2. Em cortes externos, contenha a hemorragia com curativo compressivo no local; 3. Em cortes internos, contenha a hemorragia com curativo compressivo no local, com uma ponta dele para fora da boca (para facilitar sua retirada se necessário). Deve-se atentar com o risco de aspiração do curativo; 4. Estando a vítima em prancha-longa, utilize o aspirador para garantir as vias aéreas pérvias; 5. Remova próteses dentárias; 6. Caso o objeto encravado obstrua as vias respiratórias, siga P 407; 7. Em avulsão (perda de tecido) use gaze/compressa em abundância sendo a parte avulsionada guardada em um plástico estéril ou gaze, preferencialmente resfriados; Módulo 400 – Traumas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 77 8. Em caso de avulsão de dente em traumas isolados (acidentes domésticos), transporte o dente avulsionado em copo com leite (preferencialmente) ou soro fisiológico, sem tocar na raiz do dente, nem limpá-lo. c. Lesões em nariz i. Conduta 1. Não havendo suspeita de TCE ou TRM, ponha a vítima sentada com a cabeça levemente inclinada para frente, apertando-se suas narinas, orientando a respirar pela boca; 2. Mantenha a compressão das narinas pelo tempo necessário para se controlar a hemorragia; 3. Estando a vítima em prancha-longa, utilize o aspirador para garantir as vias aéreas pérvias; 4. Estabilize objetos encravados/empalados sem removê-los e sem obstruir as vias respiratórias; 5. Não oclua as narinas com curativos; 6. Em avulsão (perda de tecido) use compressa em abundância sendo a parte avulsionada guardada em um plástico estéril ou gaze, preferencialmente resfriados, conforme P 407. d. Lesões em orelhas i. Conduta 1. Em caso de lesão com hemorragia na orelha, faça curativo compressivo no local; 2. Em caso de sangramento pelo ouvido (otorragia), faça curativo frouxo cobrindo toda a orelha, sem impedir a saída de sangue e líquor; 3. Em lacerações, utilize diversas camadas de compressa começando atrás da orelha e depois na sua frente; 4. Em avulsão (perda de tecido) use compressa em abundância sendo a parte avulsionada guardada em um plástico estéril ou gaze, preferencialmente resfriados. e. Lesões no pescoço i. Conduta 1. Mantenha as vias aéreas pérvias; 2. Faça compressão direta no local com a sua mão enluvada; 3. Aplique a pressão necessária para parar o sangramento, mas não pressione ambos os lados ao mesmo tempo; Módulo 400 – Traumas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 78 4. Faça curativo oclusivo com material não aspirável através do ferimento aberto. A borda do curativo deve ultrapassar ao menos 5 cm da borda do ferimento. 5. Coloque uma bandagem sobre o curativo oclusivo; 6. Não permita que a bandagem obstrua as vias aéreas nem a circulação do pescoço; 7. Se o mecanismo da lesão puder causar lesão cervical, imobilize o pescoço com colar cervical. 3. EXAME FÍSICO DETALHADO 4. TRANSPORTE 5. AVALIAÇÃO CONTINUADA 6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES Módulo 400 – Traumas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 79 P 411 – QUEIMADURAS 1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL a. Verifique o tipo de queimadura i. Térmicas (pelo frio e pelo calor) ii. Elétricas iii. Químicas b. Mantenha a cena segura. Retire a vítima do ambiente hostil; 2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO a. Profundidade da queimadura i. Primeiro Grau (superficial): atingindo apenas a primeira camada da pele (epiderme); caracteriza-se por ser uma queimadura dolorosa, mas que regride em poucos dias. A pele fica avermelhada. ii. Segundo Grau (moderada): queimadura mais profunda (epiderme + derme) causa bolhas (flictenas), eritemas e manchas e é muito dolorosa. iii. Terceiro Grau (profunda): pode atingir todas as camadas como tecido gorduroso, músculos, nervos, vasos, ossos e órgãos; aparência esbranquiçada, com tecidos negros e sem vida; não há dor porque as terminações nervosas responsáveis pela sensibilidade à dor foram também queimadas; nas bordas poderá haver queimaduras de primeiro e segundo grau. b. Extensão de uma queimadura – regra dos 9 i. Percentual da superfície corporal Módulo 400 – Traumas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 80 c. Aspectos da queimadura i. Primeiro Grau (superficial): seca, rubor, edema mínimo ou ausente. ii. Segundo Grau (moderada): flictenas, (exsudativo), aspecto rosado, edema. aspecto húmido iii. Terceiro Grau (profunda): seca, branca pálida (aspecto de couro) ou carbonizada, rígida e sem elasticidade, destruição total de terminações nervosas, folículos pilosos e glândulas sudoríparas com possível destruição óssea. d. São queimaduras graves i. Em mãos, pés, face, virilha, nádegas, coxas, articulações, que circulem o corpo, que envolvam aparelho respiratório e genitália; ii. Em vias aéreas (manifestadas por dificuldade respiratória, dor e pelos nasais chamuscados); iii. De 2º e 3º graus em mais que 20% da área do corpo; iv. Queimaduras elétricas; v. Queimaduras associada a: 1. Idade maior de 55 anos e menor 5 anos; 2. Fraturas em ossos longos; e. Sinais e Sintomas i. Primeiro Grau (superficial): dor que suaviza com o frio e hipersensibilidade; ii. Segundo Grau (moderada): dor e hipersensibilidade. iii. Terceiro Grau (profunda): indolor, edema, choque, possibilidade de porta de entrada e de saída na queimadura elétrica. A extensão aparente da lesão tecidual em uma queimadura elétrica, não reflete com exatidão a gravidade da lesão. Trate sempre como grave. Os pacientes queimados podem ter outras lesões e o aspecto da queimadura não pode desviar a atenção dos socorristas de lesões com risco de vida. f. Conduta i. Exponha o corpo do paciente, removendo as roupas não aderidas a pele. Corte as roupas aderidas a pele. ii. Remova anéis, relógios e joalherias; iii. Determine a área afetada e a profundidade; Módulo 400 – Traumas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 81 iv. Resfrie a área afetada com soro fisiológico frio, limitando-se a no máximo 10% da área corporal, para evitar hipotermia (a pele queimada perde a capacidade de regular a temperatura corporal); v. Cubra á área queimada com curativo estéril umedecido com soro fisiológico ou uso o Kit de Queimaduras da UR; vi. Raspe pós químicos e lave abundantemente líquidos, ao menos por 20 min com solução salina e procure saber a natureza química e o tempo de ação de ambos; vii. A queimadura deverá ser protegida do ar, do vento e da poeira e outras sujeiras; viii. Cubra o olho queimado e o não queimado com compressa de gaze umedecida com soro fisiológico. ix. Dedos queimados devem ser separados com gaze; x. Em queimaduras elétricas verifique sempre dois possíveis locais de lesão e frequentemente este tipo de queimadura podem levar a vítima a PCR esteja atento para aplicar RCP; xi. Não fure nenhuma bolha; xii. Trate lesões adicionais; xiii. Previna o estado de choque e forneça O2 conforme P 604; xiv. Considere acionar SAV, se disponível; Cuidado ao resfriar paciente pediátrico. Isso pode acelerar o estado de choque 3. EXAME FÍSICO DETALHADO 4. TRANSPORTE a. Transporte a um centro de referência; b. Aqueça o paciente durante o transporte. 5. AVALIAÇÃO CONTINUADA 6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO Módulo 400 – Traumas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 82 P 412 – VIOLÊNCIA SEXUAL 1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL a. Conduta i. Atenção com sua segurança. O agressor pode estar por perto. ii. Tente preservar a cena do crime para a atuação da perícia. iii. Socorrista do mesmo sexo da vítima pode melhor se relacionar com ela se a mesma encontra-se em crise emocional. iv. Não expresse julgamento da situação. Mantenha uma atitude de cuidado do paciente. v. Tanto quanto possível, desencoraje a vítima a trocar de roupa, lavar-se, urinar e defecar a fim de preservar evidências. vi. Mantenha o fato sobre estrita confidencialidade. vii. Tão logo confirme a violência sexual, acione a polícia, se já não foi feito antes. 2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO a. Sinais e sintomas i. Alterações emocionais: vítima chorosa; ii. Lesões faciais com hemorragia profusa são comuns; iii. Dor e sangramento no local do abuso; iv. Outras lesões difusas. b. Conduta i. Tranqüilize a vítima e forneça apoio emocional; ii. Administre O2 se indicado; iii. Trate lesões específicas conforme protocolos específicos; iv. Havendo sangramento na vagina, faça curativo compressivo. Não introduza compressa no canal vaginal. v. Não limpe secreções da área genital e anal. vi. Administre oxigênio conforme P 604; vii. Esteja alerta ao choque e trate-o; 3. EXAME FÍSICO DETALHADO 4. AVALIAÇÃO CONTINUADA 5. TRANSPORTE 6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES a. Conduta Módulo 400 – Traumas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 83 i. Não relate detalhes do fato ao COBOM / SOU / SOF próximo a vítima, responsáveis por ela ou parentes; ii. Relate no REDS / RAPH todos os fatos observados e tratamentos oferecidos; iii. Se a vítima for menor de idade, a Unidade deve acionar o conselho tutelar nos termos do Art. 12 do ECA, se já não foi feito pelos órgãos policiais. iv. Se a vítima for idoso, a Unidade deve acionar as autoridades competentes (Art. 19 do Estatuto do Idoso), se já não foi feito pelos órgãos policiais: 1. Autoridade policial; 2. Ministério Público; 3. Conselho Municipal do Idoso; 4. Conselho Estadual do Idoso; 5. Conselho Nacional do Idoso. v. Se a vítima for mulher, além dos encaminhamentos acima, acionar a autoridade policial, nos termo da Lei Federal Nº 11.340, de 7Ago06 – Lei Maria da Penha, se já não foi feito pelos órgãos policiais. Não tente examinar examinar a área genital e anal, a menos que haja sangramento abundante a ser contido. Módulo 400 – Traumas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 84 MÓDULO 500 - Emergências Ambientais - Módulo 500 – Emergências Ambientais Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 85 P 501 - AFOGAMENTO 1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL a. Afogamento é a aspiração de líquido não corporal por submersão ou imersão. b. Afogamento primário i. É o tipo mais comum de afogamento. Ocorre o quadro de asfixia. É encontrado em cerca de 87% dos casos. Não tem causa precipitante. A vítima apresenta cianose e congestão, podendo apresentar espuma em boca e nariz. c. Afogamento Secundário i. É o afogamento causado por patologia ou incidente associado que o precipita. Ocorre em 13% dos casos de afogamento. d. Grau Resgate – ocorre quando a vítima é resgatada da água e não apresenta tosse ou espuma na boca e/ou nariz. e. Já cadáver - é a morte por afogamento sem chances de iniciar RCP, comprovada por tempo de submersão superior a 1 hora ou sinais evidentes de morte. f. Classificação do afogamento Grau Consciência Sinais 1 Sim Tosse sem espuma na boca / nariz 2 Sim Pouca espuma na boca / nariz 3 Sim Grande quantidade de espuma na boca / nariz, com pulso radial 4 Sim Grande quantidade de espuma na boca / nariz, sem pulso radial 5 Não Parada respiratória, com pulso 6 Não Parada cardiorrespiratória e afogamento < 1 hora Afogamento > 1 hora, sinais evidentes de morte. JÁ CADÁVER 2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO a. Sinais e sintomas mais comuns e conduta i. Grau Resgate 1. Sinais e sintomas Módulo 500 – Emergências Ambientais Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 86 a. Sem tosse, sem espuma na boca/nariz nem dificuldade na respiração 2. Conduta a. Avalie e libere do local. ii. Afogamento Grau 1 1. Sinais e sintomas a. Tosse sem espuma na boca ou nariz. 2. Conduta a. Repouso, aquecimento e medidas que visem o conforto e tranqüilidade do paciente. b. Não há necessidade hospitalização. de oxigenação ou iii. Afogamento Grau 2 1. Sinais e sintomas a. Pouca espuma na boca e/ou nariz 2. Conduta a. Oxigênio a 10 litros/min, com máscara de não reinalação b. Aquecimento corporal, repouso e tranquilização. c. Encaminhar ao Hospital. iv. Afogamento Grau 3 1. Sinais e sintomas a. Muita espuma na boca e/ou nariz, com pulso radial 2. Conduta a. Oxigênio a 15 litros/min, com máscara de não reinalação. b. Posição lateral de segurança sobre o lado direito, com cabeça elevada acima do tronco. c. Encaminhar ao Hospital. v. Afogamento Grau 4 1. Sinais e sintomas a. Muita espuma na boca e/ou nariz sem pulso radial 2. Conduta a. Oxigênio por máscara de não re-inalação a 15 litros/min no local do acidente. b. Observe a respiração com atenção - pode haver parada respiratória – utilize o oxímetro de pulso. Módulo 500 – Emergências Ambientais Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 87 c. Posição lateral de segurança sobre o lado direito. d. Encaminhar ao Hospital. vi. Afogamento Grau 5 1. Sinais e sintomas a. Parada respiratória com pulso carotídeo ou sinais de circulação presente. 2. Conduta a. Verifique o ABC / CAB b. Ventilação com BVM com O2 a 15 l/min – utilize oxímetro de pulso. c. Após retornar a respiração espontânea - trate como grau 4. d. Posição lateral de segurança sobre o lado direito. e. Encaminhar ao Hospital. vii. Afogamento Grau 6 1. Sinais e sintomas a. Parada Cardiorrespiratória (PCR). 2. Conduta a. Verifique o ABC / CAB b. Reanimação Módulo 200; Cardiopulmonar (RCP) c. Após sucesso da RCP, com consciência, trate como grau 4; conforme retorno da Se o socorrista presenciou o processo de afogamento e retirou o paciente da água (salvamento aquático) executa o ABC. Se quando chegou ao local a vítima já estava fora da água, executa o CAB. Em afogamento grau 2 a grau 6 aqueça o paciente, forneça O2, previna ou trate o choque. 3. EXAME FÍSICO DETALHADO 4. AVALIAÇÃO CONTINUADA 5. TRANSPORTE 6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES Módulo 500 – Emergências Ambientais Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 88 P 502 – ACIDENTES DE MERGULHO (Visão Geral) Barotrauma: Qualquer lesão ocorrida em ambiente sob pressão do meio. Ambiente: O ambiente físico do mergulho afeta seu corpo e pode resultar em problemas de saúde. Nem todos os médicos estão familiarizados com os sinais e sintomas de doenças de mergulho. Ar: Após alguns minutos ou horas respirando gás comprimido (mergulho autônomo ou dependente) a manifestação de sinais e sintomas característicos pode exigir a imediata remoção para um serviço de medicina hiperbárica. Doença Descompressiva (Bends): Dores articulares, amortecimento, formigamento ou fraqueza são sintomas comuns. Dores nas costas ou abdominais, paralisia, perda do controle de bexiga ou intestino, falta de ar, dores de cabeça, cegueira parcial ou total, confusão mental, dores no peito, tosse e vertigem, são sintomas menos comuns. Embolia Arterial Gasosa (EAG): Alteração do nível de consciência, inconsciência, paralisia, fraqueza, confusão mental, dores de cabeça ou qualquer alteração neurológica. Pode estar associado com pneumotórax, enfisema do mediastino e/ou subcutâneo na região do pescoço e tórax. Pode ocorrer em qualquer mergulho respirando gases comprimidos, inclusive em profundidades pequenas, como a 1 metro. Mal Descompressivo (MD): Não perca tempo tentando diagnosticar se foi DD ou EAG, trate como mal descompressivo e inicie os primeiros socorros até conseguir um histórico detalhado sobre os fatos e auxílio de um médico hiperbárico. Os principais sinais e sintomas de doença descompressiva acontecem até 2 horas após o mergulho. Os principais sinais e sintomas de EAG acontecem até meia hora após o mergulho. Módulo 500 – Emergências Ambientais Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 89 P 502 – ACIDENTES DE MERGULHO (Continuação) 1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL 2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO a. Sinais e sintomas i. Constate MD a partir dos sinais e sintomas característicos, queixa principal e Escala de Coma de Glasgow. ii. Verifique se o paciente respirou debaixo d’água, usando um aparato com ar comprimido 1. Se não O acidente não é relacionado ao mergulho. Transporte ao hospital mais próximo 2. Se sim Verifique se os sinais e sintomas são moderados ou graves (a) Moderados 1. Fadiga 2. Erupção na pele 3. Coceira (b) Graves 1. Fraqueza fora do normal 2. Dores nas articulações, abdômen e região lombar 3. Tonteira, dificuldade de ver e falar, 4. Paralisia e formigamento 5. Dificuldade de respirar, tosse severa, boca espumante e sangrenta 6. Diminuição ou perda de consciência 7. Convulsões b. Conduta i. Classifique o paciente na Escala de Coma de Glasgow – ECG Se sintomas são moderados (a) Administre O2 a 100% (b) Aqueça o paciente (c) Deixe o paciente deitado de lado, com corpo nivelado, com a cabeça amparada Módulo 500 – Emergências Ambientais Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 90 (d) Administre por via oral líquidos sem álcool, como sucos de fruta, para reidratá-lo. (e) Esteja atento para sintomas mais sérios (f) Encaminhe ao hospital mais próximo Se sintomas são graves (a) Mantenha uma via aérea aberta (b) Caso necessário inicie RCP (c) Caso o paciente esteja respirando por si mesmo forneça O2 a 100% (d) Aqueça o paciente (e) Deixe o paciente de lado, com o corpo nivelado e a cabeça amparada (f) Em caso de convulsões, não contenha o paciente, ampare sua cabeça e pescoço (g) Proteja o paciente do calor excessivo, frio umidade e vapores nocivos (h) Caso o paciente esteja consciente administre por via oral líquidos sem álcool, como sucos de fruta, para reidratá-lo. (i) Transporte imediatamente para o hospital mais próximo (j) Continue fornecendo O2 durante transporte mesmo que haja melhora o ii. Mesmo que aplicando os primeiros socorros o paciente apresente melhora, não interrompa o fornecimento de O2 até que o mesmo esteja dentro de um hospital, sendo atendido por um médico. A primeira referência é o hospital mais próximo, sempre. iii. O uso de O2 a 100% para acidentes de mergulho com vítimas respirando, estando conscientes ou não, será sempre com válvula de demanda e sem umidificador, mesmo durante o transporte. Para pacientes em parada respiratória ou cardiorrespiratória será sempre com bolsa válvula-máscara com O2 a 15 l/min, sem umidificador. iv. Nunca deixe um mergulhador acidentado com a cabeça para baixo, cabeça para cima ou sentado. Ficou comprovado que nestas posições ele desenvolve embolia e edema cerebral mais rapidamente. 3. EXAME FÍSICO DETALHADO 4. AVALIAÇÃO CONTINUADA 5. TRANSPORTE Módulo 500 – Emergências Ambientais Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 91 a. Conduta i. Não coloque a vítima de mergulho em uma aeronave de asa rotativa antes de 12 horas após o mergulho, sem antes fornecer O2 e encaminhar ao hospital mais próximo do local do acidente por ambulância terrestre. ii. O vôo após o mergulho pode provocar doença descompressiva através da produção e expansão de bolhas já existentes, desidratação devido à altitude e induzir a DD, principalmente após um mergulho repetitivo longo e de saturação. iii. Caso seja estritamente necessário o deslocamento pelo ar, o piloto não deverá ultrapassar 500 metros de altitude para o bemestar do paciente. Se possível, recomenda-se voar entre 245 a 300 metros. 6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO Módulo 500 – Emergências Ambientais Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 92 P 503 – ANIMAIS PEÇONHENTOS / PERIGOSO 1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL a. Mantenha a cena segura. Se impossível à UR, acione Salvamento, PMMG etc 2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO a. Sinais e sintomas i. Dor no local da inoculação; ii. Hematoma no local da inoculação; iii. Vermelhidão no local da inoculação (eritema); iv. Inchaço no local da inoculação (edema); v. Perda da motricidade; vi. Fraqueza; vii. Dormência; viii. Náuseas; ix. Vômito; x. Pulso rápido (taquicardia); xi. Dificuldade respiratória (dispnéia); xii. Hemorragia no local da inoculação; xiii. Hemorragia nasal (epistaxe); xiv. Hemorragia por vias urinarias (hematúria); xv. Pálpebras caídas (ptose palpebral); xvi. Salivação grossa e excessiva; xvii. Sudorese; xviii. Ansiedade; Os sinais e sintomas estão diretamente relacionados com que tipo de veneno/peçonha foi inoculado no paciente. b. Conduta i. Mantenha o paciente calmo e em repouso; ii. Identifique o animal agressor escorpiões) se possível; (cobra, aranha, insetos, iii. Localize o local da inoculação (identificar com caneta, se possível); iv. Lave o local da inoculação com água e sabão neutro; v. Deite o paciente. Caso o paciente esteja dispnéico, colocá-lo na posição semi-sentada; Módulo 500 – Emergências Ambientais Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 93 vi. Forneça oxigênio conforme P 604; vii. Não deixe o paciente se movimentar excessivamente; viii. Remova anéis, jóias, braceletes e outros objetos que possam fazer constrição no membro afetado; ix. Não corte ou perfure a pele para extrair sangue; x. Não aperte, esprema ou aspire o local da inoculação; xi. Não utilize torniquetes; xii. Pode ser aplicada compressa fria, EXCETO PARA PICADAS DE COBRAS; xiii. O socorrista deve manter o membro afetado, se possível, abaixo do nível do coração. xiv. Leve o paciente imediatamente ao hospital de referência mais próximo para continuidade do tratamento, incluindo soroterapia para alguns casos. Não perca tempo tentando localizar o animal. Em caso de mordida de animal, trate os ferimentos conforme protocolos próprios. Havendo suspeita de hidrofobia, comunicar no hospital e orientar os responsáveis ou zoonoses a manter o animal preso por 10 dias. 3. EXAME FÍSICO DETALHADO 4. TRANSPORTE 5. AVALIAÇÃO CONTINUADA 6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO Módulo 500 – Emergências Ambientais Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 94 P 504 – EMERGÊNCIAS RELACIONADAS AO CALOR 1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL 2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO a. Tipos de emergências mais comuns i. Câimbras musculares pelo calor 1. Causa a. Incapacidade de repor NaCl perdido na sudorese; b. Problemas eletrolíticos e musculares 2. Sinais e sintomas a. Câimbras musculares dolorosas, normalmente nas pernas e abdômen. ii. Desidratação 1. Causa a. Incapacidade de repor a perda de suor com líquido 2. Sinais e sintomas a. Sede, náusea, fadiga excessiva; b. Hipovolemia, diminuição da termoregulação; c. Redução da capacidade física e mental. iii. Exaustão pelo calor 1. Causa a. Esforço físico no calor excessivo, sem ingestão adequada de água; 2. Sinais e sintomas a. Taquicardia, fraqueza, marcha instável; b. Fadiga extrema, pele úmida e pegajosa; c. Cefaléia, tontura, náusea e desmaio; d. Se não tratada, pode provocar INTERMAÇÃO. iv. Intermação 1. Causa a. Altas temperaturas centrais > 40,6ºc; b. Rupturas celulares, disfunção de múltiplos órgãos e sistemas; c. Distúrbio neurológico termoregulador. Módulo 500 – Emergências Ambientais com falha no centro Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 95 2. Sinais e sintomas a. Alterações no estado mental; b. Comportamento irracional ou delírio; c. Possível tremor; d. Inicialmente taquicardia, evoluindo tardiamente para bradicardia; e. Hipotensão, respiração rápida e superficial; f. Pele quente, úmida OU seca; g. Perda da consciência, convulsões e coma. b. Conduta i. Câimbras musculares pelo calor 1. Remova para um lugar fresco; 2. Faça alongamento muscular; 3. Permita ao paciente beber líquidos isotônicos (se não houver outro agravo clínico ou traumático associado e se não houver diminuição do nível de consciência). ii. Desidratação 1. Reponha a perda de suor com líquidos levemente salgados (se não houver outro agravo clínico ou traumático associado e se não houver diminuição do nível de consciência). 2. Mantenha o paciente em posição supina; iii. Exaustão pelo calor 1. Remova da fonte de calor e posicione o paciente em local fresco (pode ser dentro da UR, com ar condicionado ligado); 2. Resfrie o corpo com água fria e ventilação; 3. Permita ao paciente ingerir líquido levemente salgados ou isotônicos (se não houver outro agravo clínico ou traumático associado e se não houver diminuição do nível de consciência). iv. Intermação 1. Resfrie imediatamente o paciente com água gelada ou pacotes de gelo nas axilas, virilha e pescoço; 2. Envolva o paciente com panos úmidos e ventile o seu corpo; 3. Não dê nada para o paciente beber; 4. Trate o estado de choque; 5. Transporte imediatamente. Módulo 500 – Emergências Ambientais Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 96 3. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO 4. EXAME FÍSICO DETALHADO 5. TRANSPORTE a. Se o paciente está com náusea ou vômito transporte em decúbito lateral. 6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES Módulo 500 – Emergências Ambientais Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 97 P 505 – HIPOTERMIA E CONGELAMENTO 1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL a. Promova a segurança da cena. Se o paciente está em uma câmara de resfriamento, por exemplo, retire-o com EPI adequado; b. Segundo a AHA, assim se classifica a hipotermia i. Leve: 34 ºc a 36 ºc ii. Moderada: 30°C a 34 ºc iii. Grave: < 30 ºc c. Segundo o PHTLS i. Hipotermia primária é causada por condições ambientais adversas; 1. Imersão água < 21 ºc 2. Exposição em atmosfera fria etc. ii. Hipotermia secundária é causado por condições fisiológicas adversas 1. Recém nascidos e lactentes 2. Associadas ao alcoolismo ou traumas 3. Drogas ou medicamentos 4. Cocaína 5. Todos os idosos 6. Hipotireoidismo, doenças cardíacas e diabetes 7. Queimados 8. Pacientes desnutridos 9. Moradores de rua iii. O congelamento ocorre quando o membro afetado esfria a menos de 2º C, causando destruição de células com aparecimento de bolhas e hematomas. 2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO a. Sinais e sintomas i. Hipotermia leve 1. Sensação de frio; 2. Nível de consciência inalterado; 3. Tremores; 4. Respiração rápida; ii. Hipotermia moderada Módulo 500 – Emergências Ambientais Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 98 1. Rigidez muscular 2. Perda da coordenação 3. Paciente confuso, letárgico e sonolento 4. Pacientes normalmente sentados ou deitados (não confundir com uso de drogas e álcool) iii. Hipotermia grave 1. Irresponsivo 2. PA indeterminável 3. 1 ou 2 movimentos respiratórios por minuto 4. Parada cardiorrespiratória 5. Morte aparente iv. O congelamento é classificado em 1º, 2º, 3º e 4º graus. b. Conduta geral 1. Retire o paciente do ambiente frio 2. Retire roupas molhadas 3. Leve para interior da UR e aqueça o ar (ideal 29º C) 4. Cubra a cabeça, pescoço e tronco com cobertores quentes; 5. Monitore a temperatura corporal; 6. Evite agitação e movimentação exagerada do paciente; 7. Não permita que ele ande ou se exercite; 8. Cubra todo o corpo com cobertor; 9. Pacientes conscientes sem agravos adicionais podem beber líquidos quentes não alcoólicos e sem cafeína. c. Conduta específica para hipotermia 1. Em hipotermia moderada e grave, fluidos intravenosos a 40º C (apenas SAV) a. O BM pode aquecer o soro fisiológico envolvendo o frasco em toalha e colocando sobre o motor da UR parada; 2. Em hipotermia grave, RCP se necessário; 3. Administre O2, conforme P 604; 4. A oximetria pode estar alterada, conforme visto em P 603; d. Conduta específica para congelamento 1. Cubra frouxamente o membro afetado com uma compressa seca, estéril e não aderente, sem comprimir Módulo 500 – Emergências Ambientais Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 99 2. Os dedos das mãos e dos pés devem ser separados e protegidos por gaze estéril; 3. Não drene as bolhas; 4. Tente elevar as mãos e os pés para reduzir o edema (se não houver lesão músculo-esquelética associada); 5. Não permita que a parte descongelada volte a congelar (risco de trombose); “O paciente não está morto até que esteja aquecido e morto”. Ou seja, pacientes hipotérmicos podem parecer mortos, mas tem potencial de serem viáveis. Faça RCP e aqueça o paciente antes de presumir a morte. Acione o SAV, se disponível. 3. EXAME FÍSICO DETALHADO 4. TRANSPORTE a. Proteja os tecidos frágeis de lesões adicionais durante o transporte de vítima de congelamento. 5. AVALIAÇÃO CONTINUADA 6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO Módulo 500 – Emergências Ambientais Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 100 MÓDULO 600 - Procedimentos Gerais- Módulo 600 – Procedimentos Gerais Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 101 P 601 – ISOLAMENTO DE FLUIDOS CORPORAIS 1. CRITÉRIO DE EMPREGO DO PROTOCOLO a. Este procedimento deve ser adotado quando houve contato com substancias corpóreas do paciente e/ou quando for realizar limpeza/desinfecção de áreas ou equipamentos contendo sangue e outros fluidos corpóreos. b. A cada paciente atendido, o socorrista pode entrar em contato com diversos microrganismos patogênicos sem saber, portanto biossegurança é para todo atendimento. 2. PARA TODOS OS TIPOS DE PACIENTES a. Use luvas de procedimento com talco em todos chamados em que houver contato com sangue ou qualquer outro fluido corporal (drenagem, urina, vômito, fezes, diarréia, saliva, muco nasal e secreção genital) ou quando precisar tocar objetos que entraram em contato com esses. b. Lave suas mãos freqüentemente durante a Prontidão de Incêndio e sempre após cada chamado. Lave as mãos mesmo se tiver utilizado luvas durante o atendimento e se possível reidrate a pele com creme de escolha pessoal. c. Utilize água e sabão neutro durante 15 segundos antes de secar; d. Antes de lavar, retire relógios, anéis e qualquer adorno das mãos e braços e. Molhe completamente as mãos e pulsos e dispense sabão em ambas f. Ensaboe as mãos friccionando todas as faces (palma, dorso, interdigitais, articulações e unhas); g. Enxágüe as mãos totalmente no sentido das extremidades para o centro; h. Pegue o papel toalha, feche a torneira sem tocá-la e enxugue ambas as mãos; i. Use sempre óculos contra respingo de fluidos corporais provenientes de hemorragias arteriais ou qualquer outro ferimento. Caso ocorra o contato entre os fluidos do paciente e a pele do socorrista, tão logo seja possível, lave a região com água e sabão. Módulo 600 – Procedimentos Gerais Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 102 j. Use máscara com válvula de sentido único ou máscara com reservatório quando precisar realizar ventilação no paciente. k. Reporte imediatamente qualquer acidente entre pele não integra ou mucosa do socorrista e o sangue ou fluidos da vítima para Comandante de Bombeiros da Unidade – CBU. Um serviço médico deve ser procurado o mais breve possível a fim de iniciar tratamento profilático anti-HIV e/ou avaliação. 3. CONDUTA PARA RESPIRATÓRIAS PREVENÇÃO DE EXPOSIÇÃO À DOENÇAS a. As precauções respiratórias são indicadas para o atendimento de pacientes conhecidamente portadores de patologias de transmissão respiratória, por exemplo: Tuberculose, H1N1, gripe, SARS entre outras. b. Para esses pacientes e para os suspeitos utilize máscara N95 (ou nível melhor), óculos de proteção e capote de proteção. c. Se a condição respiratório do paciente permitir coloque a máscara nele. d. Limpe e realize a desinfecção, conforme protocolo próprio, de todos os materiais e equipamentos utilizados na ocorrência que sejam reutilizados e descarte em saco branco os descartáveis. 4. DESCARTES APROPRIADOS a. Substitua peças de fardamento contaminadas colocando-os em saco branco, para posterior lavagem em casa separados, conforme Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde – PGRSS de sua Unidade; b. Todo lixo dos sacos brancos devem ser recolhidos por caminhões da coleta de lixo hospitalar, para ser descontaminado antes de ir para o aterro sanitário. Módulo 600 – Procedimentos Gerais Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 103 P 602 – TRIAGEM PRÉ-HOSPITALAR Processo utilizado em situações em que o número de vítimas ultrapassa a capacidade de resposta das equipes de socorro. 1. DIMENSIONAMENTO DA CENA a. Providencie o IFC; b. Mantenha a cena segura; c. Descubra a NDD (Clínico) ou o MDL (Trauma); d. Determine o número total de vítimas; e. Solicite recursos adicionais; f. Acione o plano de catástrofe, se houver necessidade; g. Inicie a triagem i. Dê um comando de voz para todas as vítimas presentes para que aquelas que consigam andar saiam da área quente e se dirijam a um local seguro, definido pela Gu BM ii. Avalie cada uma das vítimas que permaneceram no local da seguinte forma: 2. Verifique se respira: a. Se a vítima NÃO respira: i. Proceda abertura de vias aéreas: 1. Se respirou, VERMELHA; classifique-a como 2. Se NÃO respirou, classifique-a como PRETA. b. Se a vítima respira: i. Se tiver movimentos respiratórios igual ou maior que 30, classifique-a como VERMELHA; ii. Se tiver movimentos respiratórios menor que 30 verifique: 1. Verifique a perfusão capilar a. Se a perfusão capilar é maior que 02 segundos, classifique-a como VERMELHA; b. Se a perfusão capilar é menor que 02 segundos, verifique se cumpre ordem simples (orientada): Módulo 600 – Procedimentos Gerais Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 104 i. Se cumpre, classifique-a como AMARELA; ii. Se não cumpre (confusa), classifique-a como VERMELHA. Prioridade 1 (Vemelha) Prioridade 2 (Amarela) Prioridade 3 (Verde) Sem Prioridade (Prioridade 4) (Preta) MÉTODO START Lesões tratáveis, com - Respiração presente, risco imediato de vida; maior que 30 MRPM; dificuldade respiratória, - Perfusão capilar > 2 hemorragia não seg; controlável, diminuição do Não obedece a nível de consciência, comandos simples. sinais de choque, queimaduras graves. - Respiração presente, Lesões graves, sem risco menor que 30 MRPM; imediato de vida; - Perfusão capilar < 2 queimaduras sem seg; problemas de vias aéreas, - Obedece a comandos fraturas ósseas sem simples. choque ou hemorragia. - Paciente que pode Lesões de partes moles andar pelo cenário da mínimas, sem risco de ocorrência – paciente vida ou incapacitação. deambulando. - Paciente que não Pacientes mortos ou respira após abertura das apresentando lesões vias aéreas. irreversíveis. Vítimas em estado crítico. Tratamento e transporte imediato. Segunda prioridade. Permitem adiar atenção, podem aguardar o transporte. Lesões menores. Não requerem atenção imediata. XXX ALGORÍTIMO DO MÉTODO START Módulo 600 – Procedimentos Gerais Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 105 P 603 – OXIMETRIA DE PULSO 1. CONCEITO a. Oximetria de Pulso é um procedimento não-invasivo para determinar o valor de saturação de oxigênio (SaO2) e a freq. de pulso periférico; b. Provê aos socorristas um alarme precoce da diminuição da oxigenação porque fornece medida contínua da oxigenação; c. O oxímetro de pulso pode ser utilizado em ambientes clínicos, domiciliares, ambientes hospitalares, pré-hospitalares, durante transporte terrestre e aéreo. 2. ORIENTAÇÕES PARA O USO DO OXÍMETRO a. Deverá ser utilizado longe de fonte de calor, fora da luz solar direta e em local onde não haja umidade excessiva; b. Deverá ser colocado o probe (sensor) do oxímetro no dedo (de preferência o indicador) ou no lóbulo da orelha; c. Utilize sensores de tamanho e tipos adequados; d. Não utilize em presença de agentes anestésicos inflamáveis; e. Não utilize na presença de equipamento de ressonância; f. Não utilize concomitante a descarga elétrica de um desfibrilador externo automático; g. Não utilizar debaixo de lâmpada cricóide da UR ou sob luz forte; h. O aparelho pode ser afetado na presença de fontes eletromagnéticas e de rádio-frequência; i. Evite quedas e choques mecânicos; j. Para os pacientes com hipotermia, estado de choque, usando de drogas vasoativas, anemia falciforme, intoxicação por monóxido de carbono, esmalte de unha negro ou metálico, se mexendo e com calafrios, o oxímetro pode não ter acurácia. k. Dedos calejados, queimados, uso em dias frios e úmidos poderá causar leituras errôneas; l. Em paciente traumatizados graves, a oximetria de pulso pode não ser confiável por causa da perfusão periférica ruim. 3. A INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS Percentual de O2 96% a 100% 91% a 95% 86% a 90% ≤ 85% Classificação Hipóxia Normal Hipóxia Leve Hipóxia Significativa Hipóxia Grave Módulo 600 – Procedimentos Gerais da Cuidado Geral do Paciente Somente se necessário administre oxigênio Somente se necessário administre oxigênio Administre O2 a 100% (Considere ventilação assistida) Administre O2 a 100% (Considere ventilação assistida) Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 106 P 604 – ADMINISTRAÇÃO DE OXIGÊNIO 1. CONSIDERAÇÕES GERAIS a. Benefício do O2 no APH i. Oxigenação dos tecidos hipóxicos; ii. Redução dos edemas dos tecidos; iii. Facilita a respiração; iv. Alivia sintomas; v. Reduz os riscos dos sintomas residuais melhorando o prognóstico pós-atendimento. b. Equipamentos disponíveis para ventilação/administração de O2 i. Para pacientes respirando (conscientes ou não) utilize na ordem: 1. Válvula de inalação por demanda com máscara Tru-Fit ou ventilação de fluxo com pressão positiva (Válvula de Demanda VD ou MTV-100) ou similares; 2. Máscara de não re-inalação com bolsa reservatória; 3. Cateter nasal. ii. Para pacientes que não estão respirando: 1. BVM (bolsa válvula máscara); 2. Máscara oronasal para ressuscitação (Pocket-Mask). c. Segurança ao manusear oxigênio puro i. Oxigênio não é inflamável, mas é comburente. ii. Não permita o uso de qualquer tipo de óleo, lubrificante ou graxa em qualquer cilindro ou equipamento que esteja em contato com O2; iii. Não permita a presença de brasas, chamas, faíscas ou que se FUME próximo ao O2 e aos equipamentos; iv. O local onde será utilizado o O2 deverá ser ventilado; v. Sempre mantenha a válvula fechada e o sistema purgado quando o O2 não estiver sendo utilizado; vi. Nunca deixe o cilindro de O2 solto e não permita que caia ou role; vii. Não deixe o cilindro exposto a temperaturas maiores que 52°C; viii. Assegure-se de que o cilindro de O2 a ser utilizado encontra-se dentro do prazo de validade do teste hidrostático. Módulo 600 – Procedimentos Gerais Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 107 2. INDICAÇÃO PARA ADMINISTRAÇÃO DE O2 a. Sinais e sintomas mais comuns com indicativo para uso de O2: i. Todo paciente com quadro sugestivo de insuficiência respiratória aguda por patologia clínica ou traumática ii. Emergências diabéticas; iii. Crise convulsiva; iv. Alergias e choque anafilático; v. Estado de choque; vi. Hemorragias; vii. DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) viii. AVC (acidente vascular cerebral) ix. Queimaduras; x. Afogamento; xi. Envenenamento e intoxicações; xii. Emergências obstétricas; xiii. Aborto natural ou induzido. 3. CONDUTA GERAL a. Assegure-se que o local seja seguro, adequado, ventilado e ausente de perigo; b. Abra as vias aéreas. Remova objetos, corpo estranho, secreções e/ou aspire se necessário; c. Insira a cânula orofaríngea selecionando o tamanho adequado, se ECG ≤ 8, sem reflexo de vômito; d. Utilize o protocolo de OVACE, PR e PCR, conforme Módulo 200, concomitante ao uso de O2; e. Não retarde o início da RCP para fornecimento de O2 f. Constate se todo o equipamento está montado e pronto para utilização; g. Verifique se a mangueira de pressão intermediária está conectada a saída de fluxo contínuo e/ou regulador multifuncional e não permita que se dobre durante a utilização; h. Abra (através do registro) o cilindro de O2 totalmente e volte ½ volta como medida de segurança; i. Verifique a pressão do cilindro e garanta que não existem vazamentos no sistema; j. Se utilizando máscara de não re-inalação com bolsa reservatória, coloque um dedo dentro da máscara, fechando a válvula de não retorno até que a bolsa reservatória esteja inflada (faça isto antes de utilizar no paciente); Módulo 600 – Procedimentos Gerais Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 108 k. Se utilizando a BVM com bolsa reservatória aguarde que o reservatório de O2 infle primeiro antes de utilizar no paciente; l. Se utilizando a válvula de demanda ou o MTV-100 ouça a válvula abrir durante a inspiração certificando-se do seu correto funcionamento; m. Se utilizando uma máscara oronasal (pocket mask) para ressuscitação com entrada de O2 certifique-se que está havendo passagem correta de O2 por dentro da máscara; n. Observe a máscara que esteja utilizando (sempre transparente) embaçar durante a expiração e desembaçar durante a inspiração; o. Com cateter nasal utilize somente se o mesmo se encontrava lacrado e ajuste adequadamente ao paciente; p. Observe a expansão e retorno do tórax durante a administração de O2; q. Monitore e mantenha o conforto do paciente; r. Continue verificando o correto funcionamento do sistema de O2 evitando vazamentos, o mau funcionamento do equipamento, falha em inflar e desinflar as bolsas e resposta do paciente quanto ao uso de O2; s. Se o paciente apresentar quadro de convulsão ou vômito interrompa temporariamente o fornecimento de O2, avalie vias aéreas, aspire se necessário e garanta a permeabilidade das vias aéreas e respiração; t. Caso o paciente não tolere o fornecimento de O2, troque o tipo de equipamento, diminuindo a concentração e continue o fornecimento de O2. Se persistir a intolerância do paciente, utilize a técnica de tenda aumentando a concentração circulante ao redor da cabeça do paciente. Uma leitura da SpO2 entre 96% a 100% geralmente indica oxigenação adequada. Uma leitura da SpO2 entre 91% a 95% sugere hipóxia leve. A SpO2 menor do que 91% sugere hipóxia significativa ou grave. 4. CONDUTA EM PACIENTE RESPIRANDO a. Com cateter nasal: Utilize de 1 a 6 lpm (24 a 44%) na maioria dos casos clínicos com SpO2 normal; b. No caso de DPOC utilize baixa concentração de O2 com cateter nasal, 1 a 2 lpm. Persistindo a hipóxia / cianose aumente aos poucos. c. Emergências Clínicas com SpO2 normal pode-se utilizar válvula inaladora de demanda ou máscara de não re-inalação com bolsa reservatória a 10 lpm (60% a 100%); d. Emergências Clínicas com SpO2 indicativo de hipóxia utilize válvula inaladora de demanda a 15 lpm ou máscara de não re-inalação com bolsa reservatória a 15 lpm (80% a 100%); e. Emergências traumáticas utilize máscara de não re-inalação com bolsa reservatória a 10 a 15 lpm (80% a 100%); Módulo 600 – Procedimentos Gerais Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 109 5. USO DE O2 EM PACIENTE IRRESPONSIVO (PR-PCR) a. BVM com O2 a 15 lpm (80% a 100%) 6. TABELA DE USO DE O2 SUPLEMENTAR Equipamento utilizado Cateter nasal Máscara oronasal para ressuscitação (pocket mask) Máscara facial simples (sem válvula de não-reinalação e sem bolsa reservatória) Máscara facial com bolsa reservatória e sem válvula de não-reinalação Máscara facial com válvula de não re-inalação e com bolsa reservatória Bolsa Válvula Máscara (BVM) com bolsa reservatória (AMBU) MTV-100 (manually-triggered ventilation) Fluxo (lpm - litros por minuto) 1 2 3 4 5 6 Percentual de Concentração de Oxigênio 24% 28% 32% 36% 40% 44% Condição do Paciente Respirando Respirando Respirando Respirando Respirando Respirando 15 55% Parado 10 40 – 60% Respirando 6 a 10 35 – 60% Respirando 12 a 15 90% - 100% Respirando 15 100% Parado 15 a 22 100% Parado ou Respirando Fonte: Nancy Caroline's Emergency Care in the Streets. 6 ed. 2008 Salvo orientação médica contrária, umidificado devido ao risco de contaminação. NÃO administre A oxigenação não substitui a ventilação de resgate. constantemente o tempo de utilização disponível de oxigênio. O2 Controle O uso prolongado (>2h) de altas concentrações (>12 lpm) de O2 SEM INTERVALO pode resultar em sérios riscos de lesões e problemas de saúde aos pacientes. Módulo 600 – Procedimentos Gerais Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 110 Não forneça O2 a um NEONATO via cateter nasal ou máscara facial. Caso seja necessário, use a técnica de oferta de O2 em TENDA. Não utilize cateter nasal em crianças menores de 08 anos ao administrar O2. Utilize máscara facial de não reinalação. Não utilize O2 durante a aplicação do choque do DEA – risco de explosão 7. EXAME FÍSICO DETALHADO 8. TRANSPORTE i. Permita ventilação dentro da UR durante transporte de paciente utilizando O2; ii. Mantenha boa vedação de máscara/paciente criando um selo hermético evitando escape de O2; iii. Não permita cilindro solto dentro da UR a fim de se evitar acidentes; iv. Assegure-se que o equipamento de O2 utilizado no paciente seja descartado, limpo ou testado após o uso. 9. AVALIAÇÃO CONTINUADA a. Durante o uso de O2 i. Fique atento à necessidade de aspiração de vias aéreas. 10. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO Módulo 600 – Procedimentos Gerais Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 111 P 605 – ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS 1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL a. Indicações i. Secreções traqueobrônquicas, vômito, saliva, sangue na boca e orofaringe, de difícil expectoração ou em pacientes com tosse ineficaz. b. Potenciais efeitos adversos / complicações do uso i. Reflexo de vômito ii. Hipóxia, se demorar além de 15 seg iii. Cessação das insuflações e oxigenação durante aspiração c. Tipos de equipamentos de aspiração i. Equipamentos elétricos portáteis ii. Equipamentos elétricos montados na UR iii. Régua tripla da UR – por venturi iv. Equipamento portátil e manual d. Tipos de cateteres de sucção i. Cateter rígido 1. Usado na boca e orofaringe de pacientes irresponsivo 2. Usado em lactentes e neonatos ii. Cateter flexível 1. Usado na nasofaringe e em situações onde o cateter rígido não pode ser usado 2. Usado em adultos e crianças e. Conduta i. Isole os fluidos corporais por dispositivo de barreira ii. Reúna o equipamento necessário à aspiração. iii. Estabilize o aspirador elétrico numa base firme iv. Ligue o equipamento (se elétrico) e conecte o cateter v. Insira o cateter na cavidade oral até a base da língua, se possível, sem acionar o vácuo vi. Aplique aspiração. Mova o cateter de um lado a outro vii. Aspire no máximo por 15 segundos 1. Em lactentes e crianças o tempo de aspiração deve ser o menor possível Módulo 600 – Procedimentos Gerais Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 112 2. Se o paciente tem vômito (êmese) ou secreção que não pode ser aspirado facilmente, lateralize-o e limpe sua orofaringe 3. Se o paciente produz tanta secreção quanto o aspirador possa aspirar, faça sucção por no máximo 15 segundos, ventile por no máximo 30 segundos (com O2 a 15 lpm) e aspire novamente. Continue desta maneira. 4. Se necessário lave o interior do cateter (aspirando soro fisiológico) para o desobstruir. Insira o cateter – rígido ou flexível – na orofaringe até o onde pode ser visto, próximo à base da língua. Evite o reflexo de vômito! Risco de aspiração e PCR! 2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO 3. EXAME FÍSICO DETALHADO 4. TRANSPORTE 5. AVALIAÇÃO CONTINUADA 6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO Módulo 600 – Procedimentos Gerais Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 113 P 606 – PACIENTES PEDIÁTRICOS – GENERALIDADES E ABUSO 1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL a. Classificação etária i. Neonato: paciente cuja idade é de 0 a 28 dias de vida; ii. Lactente: paciente cuja idade é de 28 dias e 01 ano; iii. Criança: paciente cuja idade é de 01 a 12 anos. Para fins de Estatuto da Criança e do Adolescente, a faixa etária da criança é de 0 a 12 anos incompletos e adolescente é entre 12 e 18 anos incompletos. 2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO a. Características gerais do atendimento a lactentes, crianças e adolescentes Idade 0 a 01 ano 01 a 03 anos 03 a 06 anos Características - Lactentes não gostam de ser separados dos pais; - Tem mínimo de ansiedade com estranhos; - Estão acostumados a serem despidos, mas gostam de ser aquecidos; Lactentes novos seguem movimentos com os olhos; - Lactentes mais velhos são mais ativos; - Não gostam da máscara de oxigênio. - não gostam de ser separados dos pais - Acreditam que suas doenças são punições por serem más - Não gostam de lactentes. Não gostam de serem despidas - Assustam-se facilmente. - Apresentam reação exacerbadas, sentem medo fácil. - Podem entender mais que conseguem expressar - Sentem-se sufocados pela máscara de 02 - não gostam de serem separados dos pais - Acreditam que suas doenças são punições por serem más - Não gostam de lactentes. Não gostam de serem despidas Módulo 600 – Procedimentos Gerais Estratégias de abordagem - Mantenha os pais por perto; - Mantenha mãos e estetoscópio quentes; - Observe sinais primeiramente à distância; - Aborde pelos pés. Observe coração e pulmões primeiro. Depois a cabeça; - Segure a máscara de O2 perto do rosto. - Mantenha os pais por perto - Explique que ela não é má - Tire uma peça de roupa por vez e vestir novamente - examine primeiro pelo tronco - ofereça conforto e dar seu brinquedo favorito - considere a escolha da criança - segure máscara perto da face da criança - Mantenha os pais por perto - Tire uma peça de roupa por vez e vista-a novamente - mantenha a calma - explique o que você está fazendo Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 06 a 12 anos 12 a 18 anos - Tem medo de dor, sangue e ferimento - São curiosas comunicativas e podem cooperar não gostam da máscara de O2 - cooperam, mas gostam que suas idéias sejam ouvidas - temem sangue, dor desfiguramento e ferimentos permanentes - São envergonhados e não gostam que seus corpos sejam expostos. - Adolescentes querem ser tratados como adultos - Adolescentes julgam-se indestrutíveis, mas tem medo de lesões e desfiguramentos. - Adolescentes variam em termos de desenvolvimento físico e emocional e podem não se sentir bem com suas mudanças corporais 114 - Segure a máscara de O2 pediátrica segurada perto do rosto - Permita que a criança tenha a responsabilidade de contar a sua história - Explique o exame - Apresente-se confiante, calmo e com boas maneiras - Respeite a timidez do paciente - Apesar deles gostarem de ser tratados como adultos, necessitam de tanta atenção como as crianças - Apresente-se de maneira calma, respeitosa e transmita confiança - Explique o que você está fazendo durante o socorro - Respeite a timidez. Considere avaliá-lo próximo a seus pais. - Sempre que possível o socorista que faz o exame físico deve ser do mesmo sexo que a vítima. 3. EXAME FÍSICO DETALHADO a. São possíveis achados físicos de abuso i. Equimoses ou hematomas em diferentes estágios de cura; ii. Equimoses ou marcas de mordida no rosto, lábios da boca, pescoço, punho, coxas, tornozelos ou dorso; iii. Ferimentos em ambos os olhos ou ambos lados da face (normalmente apenas um lado da face é ferido em um acidente; iv. Marcas agrupadas, que formam padrões regulares, que refletem a forma de artigos como um cabo elétrico, fecho do cinto, garfo dentes, ou dentes humanos; v. Queimaduras com pontas de cigarro ou por imersão, principalmente na palma das mãos e solas dos pés (marcas tipo luvas e meias); vi. Queimadura por superfície aquecida: ferro de passar roupa, fogão, panela. vii. Sinais de mordida; viii. Lesão ou sangramento na genitália, períneo e região anal; Módulo 600 – Procedimentos Gerais Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 115 ix. Marcas de compressão manual: esganadura, estrangulamento, unhadas, agarrões, etc. x. Luxações, múltiplas fraturas, entorses e distensões xi. Hemorragia no couro cabeludo compatível com tentativa de se arrancar o cabelo; xii. Fratura ou perda de dentes; xiii. Síndrome de “shaken baby” – bebê sacudido. 1. Déficit neurológico sem trauma externo aparente 2. Déficit motor b. São possíveis achados psicológicos / comportamentais de abuso i. Fadiga crônica; ii. Comportamento inapropriado, tais como criança mais velha (10 anos, por exemplo) chupar o dedo, balançando e mordendo; iii. Relatos de ausência em casa dos pais ou responsáveis; iv. Freqüentes ausência ou atraso na escola; v. Hipocondria; vi. De queixoso passa a adotar comportamento agressivo; vii. Comportamento inapropriado para a idade; viii. Paciente implorando por comida; ix. Atraso no desenvolvimento mental ou emocional; x. Uso de álcool ou drogas. c. Conduta i. Trate lesões específicas conforme protocolos próprios 4. AVALIAÇÃO CONTINUADA 5. TRANSPORTE 6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO a. Em caso de maus tratos / agressões i. Encaminhe o RAPH / REDS conforme a DIAO ii. A Unidade deve acionar o conselho tutelar nos termos do Art. 12 do ECA, se já não foi feito por órgão policial. Segundo o parágrafo único do art. 4º do ECA a criança e o adolescente tem a primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias Módulo 600 – Procedimentos Gerais Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 116 P 607 – PACIENTE PORTADOR DEFICIÊNCIA FÍSICA E MENTAL 1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL 2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO a. Paciente surdo i. Mantenha-se desinibido ii. Certifique-se que o paciente é realmente surdo iii. Verifique se o paciente sabe ler os lábios iv. Ao falar, mantenha a face iluminada v. Articule bem as palavras vi. Não se vire durante a fala vii. Se o paciente não sabe ler os lábios, use sinais viii. Aponte para seu corpo antes de tocar no dele ix. Não finja entender b. Paciente cego i. Aja naturalmente – não se envergonhe ii. Antecipe para o mesmo o que você vai fazer iii. Mantenha-o informado do arredor iv. Lembre-se de 3 coisas: 1. Não grite com ele (o paciente é cego, não surdo) 2. Não mude a maneira de falar habitualmente (inclusive diga “veja”/ “olhe”) 3. Mantenha contato contínuo através da fala ou toque v. Nunca empurre ou puxe um paciente cego c. Paciente portador de necessidades especiais (físicas) i. Apresentam dificuldade maior no exame físico ii. Pergunte ao paciente sobre a extensão do dano anterior ao atendimento iii. Portador de necessidades especiais gosta de ser independente – tenha paciência d. Paciente portador de necessidades especiais (transtornos mentais e comportamentais) i. Mantenha-se calmo e desenvolva comunicação efetiva com o paciente ii. Trate o paciente naturalmente iii. Faça perguntas cujas respostas sejam SIM ou NÃO Módulo 600 – Procedimentos Gerais Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 117 iv. Descubra se o paciente tem noção de tempo e lugar v. Avaliar o nível de compreensão do paciente vi. Obtenha a história e faça ao exame lentamente. Prepare-se para respostas lentas e para dar repetidas explicações. 3. EXAME FÍSICO DETALHADO 4. AVALIAÇÃO CONTINUADA 5. TRANSPORTE 6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES Módulo 600 – Procedimentos Gerais Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 118 P 608 – PACIENTE IDOSO – GENERALIDADE E ABUSO 1. DIMENSIONAMENTO DA CENA / AVALIAÇÃO INICIAL a. Paciente geriátrico: acima de 65 anos (Obs.: o estatuto do idoso aplica-se a pacientes de idade igual ou superior a 60 anos.) 2. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO a. Características gerais do idoso i. Diminuição da: 1. Acuidade visual 2. Reação pupilar 3. Função renal 4. Água total do corpo 5. Capacidade respiratória 6. Estatura 7. Audição 8. Produção de saliva 9. Débito e freqüência cardíaca 10. Elasticidade da pele 11. 15 a 30% da gordura corporal 12. Atividade esofágica 13. Olfato e paladar b. Conduta i. Trate-o como paciente adulto ii. Demonstre respeito iii. Não use gírias nem intimidade excessiva iv. Fale em tom audível, não necessariamente alto v. Diga as palavras pausadamente e precisamente vi. Se o cônjuge estiver perto, prepare-se para ter outro paciente vii. Esteja atento a familiares e amigos c. São indícios de maus tratos i. Explicações não plausíveis sobre lesões físicas; ii. Demora injustificada para solicitar socorro; iii. Solicitações freqüentes para socorro; iv. Medo ou distanciamento do socorrista; v. Cuidador se recusa a deixar o paciente sozinho com os BM; Módulo 600 – Procedimentos Gerais Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 119 vi. Medo do cuidador ou familiar vii. Reação anormal do cuidador ou familiar d. Possíveis achados físicos de maus tratos i. Contusões em áreas incomuns (interna do braço, tronco, nádegas, escalpe); ii. Hematomas e ferimentos em estágios diferentes de cicatrização; iii. Roupas sujas ou inadequadas para a estação; iv. Padrão precário de higiene pessoal; v. Lesão ou sangramento na genitália, períneo e região anal; vi. Desidratação, desnutrição e perda de peso inesperado; vii. Úlceras de pressão (úlceras de decúbito); viii. Lesões similares aos objetos que a causaram; ix. Queimaduras com pontas de cigarro ou por imersão, principalmente na palma das mãos e solas dos pés (marcas tipo luvas e meias); x. Sinais de mordida; xi. Marcas de compressão manual: esganadura, estrangulamento, unhadas, agarrões, etc. xii. Luxações, múltiplas fraturas ou fraturas em aspiral; xiii. Hemorragia no couro cabeludo compatível com tentativa de se arrancar o cabelo; xiv. Fratura ou perda de dentes; e. Conduta i. Trate lesões específicas conforme protocolos próprios 3. EXAME FÍSICO DETALHADO 4. AVALIAÇÃO CONTINUADA 5. TRANSPORTE 6. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES a. Em caso de maus tratos i. Encaminhe o RAPH / REDS conforme a DIAO ii. A Unidade deve acionar as autoridades competentes (Art. 19 do Estatuto do Idoso), se já não foi feito pela autoridade policial: 1. Ministério Público; 2. Conselho Municipal do Idoso; 3. Conselho Estadual do Idoso; 4. Conselho Nacional do Idoso. Módulo 600 – Procedimentos Gerais Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 120 P 609 – OPERAÇÃO DE VEÍCULOS DE APH 1. AO ASSUMIR O SERVIÇO a. A assunção do serviço será conforme a INSTRUÇÃO TÉCNICA OPERACIONAL Nr 01/2002. b. A Gu de UR, coordenada pelo seu comandante, deverá conferir: i. As condições gerais do veículo: água, óleos, pneus, luzes de emergência e de atendimento (internas e externas), faróis, freios, etc ii. Os mapas-cargas da viatura (mapa-carga de equipamentos médicos, mapa-carga de ferramentas, etc); iii. O sistema fixo e móvel de oxigênio; iv. A carga das baterias dos equipamentos de emergência. v. Os rádios de comunicação. 2. DESLOCAMENTO PARA OCORRÊNCIA a. Adote uma direção defensiva ao longo do deslocamento, com velocidade moderada, a fim de se evitar acidentes e danos em equipamentos do mapa-carga da UR; b. Em todos os deslocamentos para ocorrência as luzes de advertência e os faróis devem estar ligados; c. As sirenes devem ser ligadas apenas em casos de emergência real; d. Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) i. Os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de polícia, os de fiscalização e operação de trânsito e as ambulâncias, além de prioridade de trânsito, gozam de livre circulação, estacionamento e parada, quando em serviço de urgência e devidamente identificados por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação vermelha intermitente” ii. A prioridade de passagem na via e no cruzamento deverá se dar com velocidade reduzida e com os devidos cuidados de segurança, obedecidas as demais normas do Código; Durante o deslocamento todos os ocupantes da UR devem utilizar cintos de segurança, inclusive pacientes e acompanhantes. 3. NA CENA a. Evite parar na zona quente, devido aos perigos à viatura: produtos químicos, calor, objetos perfurantes dos pneus, etc. Pare na zona morna. Módulo 600 – Procedimentos Gerais Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 121 b. Estacione na mesma faixa onde ocorreu o acidente. c. Sinalize a via com cones conforme quadro abaixo: Tipos de Vias Velocidade Máxima Permitida Vias Locais Avenidas Vias de Fluxo Rápido Rodovias 40 km/h 60 km/h Distância do 1º Cone à Viatura Com chuva, neblina, Com pista seca fumaça e à noite 40 passos longos 80 passos longos 60 passos longos 120 passos longos 80 km/h 80 passos longos 160 passos longos 110 km/h 110 passos longos 220 passos longos Obs.: cada vez que o pé (ou direito, ou esquerdo) toca o chão considera-se um passo. O passo longo tem cerca de 1,30 a 1,50 metros. 1º Cone Viatura (Preferencialmente não UR) Cena d. O 1º cone (início da sinalização) é o primeiro a ser visualizado pelos motoristas usuários da via que estão na faixa onde ocorreu o acidente. Se nas duas, ambas devem ser sinalizadas; e. A UR ou outro veículo de emergência (preferencialmente) deve estar entre o fluxo de veículos e a cena. f. Mantenha as luzes de emergência ligadas, pois segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) é infração de trânsito deixar de manter ligado, nas situações de atendimento de emergência, o sistema de iluminação vermelha intermitente dos veículos de polícia, de socorro de incêndio e salvamento, de fiscalização de trânsito e das ambulâncias, ainda que parados. g. Se a UR é a primeira viatura de emergência na cena, pare antes da zona quente, de forma a proteger a Gu BM de eventual colisão provocada por outro veículo e de modo que o farol e as luzes da viatura iluminem a cena; h. Estacione de maneira a garantir uma rápida partida da cena e o máximo de segurança para a Gu BM; i. Preferencialmente o atendimento da ocorrência deverá ocorrer atrás da UR. Assim, se há outra viatura na cena, posicione-a no lugar da UR apresentada na figura acima; Módulo 600 – Procedimentos Gerais Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar j. 122 À noite ou em baixa iluminação, a Gu BM deve utilizar coletes reflexivos durante atendimento em via pública. A sinalização e o isolamento devem permitir o trabalho seguro da GU BM. Os demais motoristas da via devem VER a sinalização, COMPREENDER o que ela quer dizer e ter tempo de REAÇÃO, evitando assim novos acidentes. Havendo necessidade, peça aos agentes de trânsito para interromper totalmente o fluxo de veículos. Na ausência dos mesmos, a Gu BM deve providenciar a interrupção. 4. AO DESLOCAR PARA HOSPITAL a. Apenas use as sirenes se estritamente necessário; b. Segundo a AHA, o uso de sirenes durante transporte de paciente consciente com emergência cardiovascular (infarto, angina, insuficiência cardíaca congestiva, taquicardia ventricular etc) não é benéfico e pode ser maléfico ao paciente – evidência classe III.); c. Desligue a sirene ao aproximar-se de hospitais, inclusive o do destino do paciente. Não é permitido à Gu BM, ao paciente ou ao acompanhante fumar durante o atendimento da ocorrência ou e no interior da UR, esteja a mesma em deslocamento ou parada. Não é permitido à Gu BM, ao paciente ou ao acompanhante alimentar-se no interior da UR. Após cada atendimento limpe e descontamine a viatura e equipamentos, conforme a necessidade. Reponha materiais se necessário. Módulo 600 – Procedimentos Gerais Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 123 P 610 – EXTRICAÇÃO 1. DIMENCIONAMENTO DA CENA a. Conduta 1 – Mantenha a cena segura i. Considere os seguintes riscos potenciais 1. Colisão contra postes de iluminação com risco de queda de fiação, transformador e o próprio poste; 2. Colisão contra edificações com risco de queda de estrutura; 3. Vazamento de combustível líquido ou gasoso (GNV); 4. Veículos transportando produtos perigosos; 5. Veículos com risco de queda em depressões; 6. Veículos ocupados por criminosos em fuga ou em flagrante. ii. Isole e sinalize a cena. 1. Utilize cones fotoluminescentes e as luzes das viaturas, conforme P 609. 2. Antes da abordagem ao veículo deverá ser armada uma linha direta de prevenção com esguicho de vazão regulável, em carga pressurizada; 3. Solicite apoio do policiamento, de outros órgãos e serviço, e mesmo de outras Gu BM, se necessário. b. Conduta 2 - estabilize o veículo i. O veículo deverá ser estabilizado para o trabalho seguro da GU BM; ii. A GU BM deverá se prevenir contra tombamento, amassamento do teto, deslizamento ou qualquer outro movimento que venha a pôr em risco a operação; iii. O procedimento pode ser feito por meio de calços, escoras, cabos, fitas tubulares ou outros dispositivos aplicáveis no mínimo em 3 pontos de escora e estabilização; iv. A GU BM deverá cortar o cabo da bateria e prevenir riscos de incêndio e explosão. c. Conduta 3 - Triagem dos Pacientes i. Verifique quantos pacientes há no veículo e priorize o atendimento; ii. Verifique a necessidade de uma extricação rápida manual e/ou a necessidade de SAV; iii. Considere a necessidade de colar cervical no primeiro contato; Módulo 600 – Procedimentos Gerais Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar A segurança e proteção do fator prioritário para a GU BM na cena. paciente durante a 124 extricação é d. Conduta 4 - Abertura do Veículo i. Faça a remoção de janela ou porta, com ferramentas combinadas, cortadores, extensores, alargadores e serra sabre, para permitir a intervenção de socorrista ou médico no interior do veículo para avaliar melhor o paciente e iniciar tratamento; ii. Faça a tração e remoção do volante, elevação do painel, retração dos bancos, remoção dos tetos, remoção dos pedais e abertura da 3ª porta; iii. Retire as ferragens da vítima e nunca a vítima das ferragens. e. Conduta 5 - Secção de parte do Veículo i. Corte e retire partes do veículo para permitir acesso seguro a GU BM e seus equipamentos médicos, sem causar danos adicionais ao paciente. 2. AVALIAÇÃO INICIAL (1 vítima) a. Socorrista 1 i. Ainda pelo lado de fora do veículo avalie a responsividade, com imobilização da cabeça e coluna cervical; ii. Instala o KED e comanda a retirada do paciente das ferragens; b. Socorrista 2 i. Posiciona-se atrás do paciente. Assume a imobilização da cabeça e coluna cervical durante a abertura da porta e instalação do KED; ii. Auxilia o giro do paciente e no posicionamento na prancha longa; c. Socorrista 3 i. Posiciona-se ao lado do paciente, internamente ao veículo; ii. Avalie a respiração e circulação iii. Auxilia na colocação do KED e posicionamento na prancha longa; Os airbags do veículo podem funcionar de 5 a 20 minutos após corte da bateria. Fique atento ao desencarceramento e pontos de corte a fim de evitar trauma adicional ao paciente e acidentes a GU BM A retirada rápida será utilizada somente quando a cena for insegura, o paciente estiver instável, ou quando for necessário acessar a um paciente mais grave que está no banco detrás do veículo. Módulo 600 – Procedimentos Gerais Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 125 3. HISTÓRICO E EXAME FÍSICO 4. EXAME FÍSICO DETALHADO 5. TRANSPORTE 6. AVALIAÇÃO CONTINUADA 7. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO Módulo 600 – Procedimentos Gerais Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 126 P 611 – OUTRO PROFISSIONAL DE SAÚDE NA CENA 1. Considere a presença de médico, enfermeiro ou outro profissional de saúde não pertencentes ao CBMMG na cena como um potencial apoiador a Gu BM; 2. A Gu BM deve acatar suas orientações de procedimentos, desde que não contrariem as diretrizes do Protocolo de APH do Socorrista; 3. Caso o mesmo dê uma ordem que possa prejudicar o paciente explique a ele, conforme o Protocolo de APH do Socorrista, as razões pelas quais você não a pode cumprir; 4. Em caso de conflito, solicite a intervenção do médico regulador (se disponível) ou do COBOM-CIAD / SOU/SOF, ou mesmo do CBU, se o tempo total de cena o permitir; 5. Anote o nome completo, o Nº do CRM, do COREM ou de outro Conselho a que pertença o profissional que intervier na ocorrência; 6. Relate no RAPH/REDS os procedimentos técnicos adotados pelo profissional; 7. Faça um relatório ao Cmte da UEOp ou ao CBU do conflito havido, citando dados completos da ocorrência e testemunhas. Módulo 600 – Procedimentos Gerais Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 127 P 612 – RECUSA DE ATENDIMENTO 1. QUESTÕES LEGAIS a. Todas as pessoas têm direito constitucional à assistência à saúde; b. A vida e a saúde são bens indisponíveis; c. O BM, como garantidor legal, possui o dever de socorrer; d. Se a vítima interpõe óbices intransponíveis ao auxílio, não há que se falar em crime de omissão de socorro; e. Em caso de recusa de paciente vítima de lesões leves (ou potencialmente leves), em que o próprio paciente ou representante legal pode buscar socorro adequado ou providenciar sua própria assistência por meios próprios, também não há crime. 2. EXECUTE A AVALIAÇÃO DO PACIENTE CONFORME P 101. 3. OS SEGUINTES DADOS DEVEM SER CONHECIDOS DO SOCORRISTA, ANTES QUE O PACIENTE POSSA RECUSAR FORMALMENTE O ATENDIMENTO: a. O paciente está alerta e orientado quanto à pessoa, tempo e lugar? b. Há algum sinal que o impeça de compreender as conseqüências de sua decisão, tais como: i. Uso de álcool ou drogas; ii. Desordens psiquiátricas ou psicológicas; iii. Paciente apresenta-se como um perigo para si e para outros; iv. Trauma de cabeça; v. Histórico de doença que afeta sua capacidade mental; vi. Alguma outra condição clínica que possa limitar sua capacidade de pensar racionalmente; vii. Baixa idade. c. Os sinais vitais estão normais? d. O paciente compreende as possíveis conseqüências de sua recusa? e. O paciente oferece uma resistência instransponível ao atendimento? Módulo 600 – Procedimentos Gerais Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 128 f. O quadro clínico do paciente é potencialmente grave? 4. SE O PACIENTE (OU REPRESENTANTE ATENDIMENTO, MAS A GUARNIÇÃO BM NECESSITA DE ATENDIMENTO MÉDICO: LEGAL) RECUSA O ENTENDE QUE ELE a. Tente contar com os familiares, ou amigos ou pessoas próximas a ele no sentido de ajudar a convencê-lo da gravidade de sua condição; b. Contate a regulação médica (se disponível) ou o médico do paciente (se disponível), e permita que o paciente fale com um profissional médico que possa auxiliar a Gu BM a convencê-lo da necessidade do atendimento e transporte; c. Se o paciente ainda recusa atendimento, solicite SAV (se disponível), para auxiliar a Gu BM; d. Se ainda assim não houver sucesso nas tentativas, solicite autoridade policial para auxiliar no socorro e/ou registrar a recusa de atendimento. 5. SE O PACIENTE POSSUI LESÕES LEVES, SE O MECANISMO DA LESÃO NÃO FOI SIGNIFICATIVO E O MESMO NÃO DESEJA SER ATENDIDO, O SOCORRISTA PODERÁ ACATAR SEU DESEJO. 6. OS DADOS PESSOAIS E CLÍNICOS DO PACIENTE E OS DADOS DA OCORRÊNCIA DEVEM SER COLHIDOS EM TODOS OS CASOS DE RECUSA. CASO O PACIENTE NÃO PERMITA A COLETA DESTES DADOS, TAL FATO DEVE CONSTAR EM RELATÓRIO (RAPH/REDS) 7. ARROLE 2 TESTEMUNHAS E ORIENTE O PACIENTE QUANTO AOS SEGUINTES ASPECTOS: a. A Gu BM que o atendeu não é composta por médico (Obs.: em caso de SBV); b. A Gu BM não tem aparelhos médicos de alta resolução nem dispõe de exames laboratoriais precisos para fornecer um diagnóstico médico preciso da gravidade do paciente; c. Seu estado médico pode se agravar em decorrência de eventual condição clínica oculta não detectada pela Gu BM; d. O serviço de emergência do CBMMG está disponível 24 horas / dia e acessível via fone 193. Módulo 600 – Procedimentos Gerais Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 129 P 613 – PRESUNÇÃO DE ÓBITO 1. QUESTÕES LEGAIS a. Somente profissional constatação de óbito; médico pode expedir a declaração de b. Em casos óbvios, contudo, o profissional não médico pode constatar o óbito. São situações extremas. 2. PROPOSTA a. Auxiliar a Gu BM a constatar ou presumir o óbito do paciente em ambiente extra-hospitalar. 3. INDICAÇÕES a. Presunção de óbito, sem que se inicie as manobras de RCP deve ser considerada apenas nas seguintes condições: i. Decapitação; ii. Decomposição; iii. Rigor mortis; iv. Livor mortis com lividez dependente; v. Secção de tronco com parada cardiorrespiratória; vi. Esmagamento total de crânio com parada cardiorrespiratória; vii. Carbonização; viii. Paciente sem pulso e apnéico, mesmo após permeabilização de vias aéreas, em ocorrências com múltiplas vítimas, em que os recursos operacionais são insuficientes para atendimento de todas as vítimas, mas apenas das vivas (respira e tem pulso); Em caso de mulher grávida, mesmo com lesão incompatível com a vida (e.g. esmagamento total de cabeça) com PCR testemunhada, deve-se iniciar a RCP e transportá-la para o hospital de referência mais próximo, na tentativa de salvar o bebê!!!. Paciente hipotérmico pode sobreviver mesmo em situações extremas de parada cardiorrespiratória. Módulo 600 – Procedimentos Gerais Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 130 Apêndices Apêndices Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 131 APÊNDICE 01 – ASPECTOS MÉDICOS, LEGAIS E ÉTICOS 1. ASPECTOS MÉDICOS a. O consentimento do paciente Ainda que a saúde e a vida sejam bens jurídicos indisponíveis segundo o direito brasileiro, o socorrista deve obter o CONSENTIMENTO do paciente ou seu representante legal para atendê-lo. b. Considera-se implícito o consentimento de uma vítima inconsciente; c. Diante da recusa em ser atendido, agir conforme P 612; d. Somente são consideradas mortes óbvias ao socorrista os casos citados em P 613. 2. ASPECTOS LEGAIS a. O socorrista Bombeiro Militar executa suporte básico de vida em pacientes acometidos de agravos clínicos, traumáticos, obstétricos e psiquiátricos. Suas atribuições no APH estão definidas principalmente nas seguintes normas: i. Constituição Federal de 1988, Art. 144, § 5º; ii. Constituição Estadual de 1989, Art. 142, Inciso II; iii. Lei Complementar Nº 54, de 13Dez99, art 3º e 27; iv. Portaria Nº 2.048/02 – Ministério da Saúde; v. Resolução Nº 1.671/03 – Conselho Federal de Medicina; vi. Documentos normativos do CBMMG: Resoluções, Memorandos, Instruções, dentre outros. b. O Bombeiro Militar tem o DEVER DE AGIR, pois segundo o §2º do art. 29 do Código Penal Brasileiro – CPB “...o dever de agir incumbe a quem tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância...”, mesmo que tenha que enfrentar o perigo, conforme §1º do art. 24 do mesmo CPB; c. No seu agir, o BM deve guiar-se pelo Princípio da Legalidade Estrita, pelo qual o agente público somente pode fazer o que a norma manda, não o que ela não proíbe. d. Imprudência é a conduta positiva praticada pelo agente que, por não observar o seu dever de cuidado, vem a causar o resultado lesivo que lhe era previsível. É o agir a mais que o permitido. Apêndices Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 132 e. Negligência, ao contrário, é uma conduta negativa. É sempre deixar de fazer aquilo que a diligência normal impunha. É o agir a menos que o exigido. f. Imperícia ocorre quando há uma inaptidão, momentânea ou não, do agente no exercício de arte ou profissão. Diz-se que a imperícia está ligada, basicamente, à atividade profissional do agente. É inobservância de regra técnica. Segundo interpretação do § 2º do Art. 13 do Código Penal Brasileiro, se o Bombeiro Militar se omite em socorrer, ele responde pelos danos sofridos pelo paciente. Se o paciente vem a óbito, por exemplo, o BM responde por homicídio, e não por omissão de socorro apenas. 3. ASPECTOS ÉTICOS a. A ética bombeiro-militar é definida pelas normas, regras e regulamentos, e em especial pela lei estadual nº 14.310 , de 19/06/02 – Código de Ética e Disciplina dos Militares do Estado de Minas Gerais. b. Sigilo Profissional – é a obrigação do Bombeiro Militar “não revelar informações pessoais ou relativas à situação clínica da vítima a quem não esteja diretamente envolvido no atendimento da emergência e que dessas informações devam ter conhecimento”; c. Direitos do paciente i. Segundo o art. 196 da Constituição Federal de 1988, “Saúde é direito de todos e dever do Estado.” São, ainda, DIREITOS DO PACIENTE: 1. Identificar o profissional de saúde – Bombeiro ou não por nome completo, função ou cargo; 2. Ser identificado e tratado pelo nome e sobrenome, não pelo nome da doença ou do agravo da saúde (Ex: aidético, tuberculoso, leproso, drogado) ou por apelidos e termos pejorativos; 3. Receber explicações claras sobre o tipo de atendimento que está recebendo por parte do socorrista, o que inclui cópia da RAPH/REDS; 4. Atendimento humano, atencioso e respeitoso, por parte de todos os profissionais – BM e outros; 5. Ter seu caso tratado com sigilo e discrição. Apêndices Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 133 APÊNDICE 02 – SINAIS VITAIS 1. CONCEITO a. Sinais vitais são as medidas das mais básicas funções do corpo. São quatro: temperatura, pressão arterial, respiração e pulso. São indicativos importantes também a cor da pele e mucosas, perfusão capilar e oximetria de pulso. b. Seus valores possuem pequenas alterações conforme as referências bibliográficas adotadas 2. MEDIDAS a. Temperatura corporal (axilar) Normal Febre discreta Febre moderada Febre Elevada Hiperpirexia 36,6° a 37,2°C 37,2° a 38,4°C 38,5° a 39,0°C 39,0° a 40,5°C >40,5°C b. Movimentos respiratórios por minuto (MRPM) Adulto Criança Bebê Neonato 12 a 20 15 a 30 25 a 50 30 a 60 c. Pulso (batimentos cardíacos por minuto – BCPM) Adulto Criança Bebê 60 a 100 70 a 150 100 a 160 d. Pressão arterial Sistólica (mm Hg) Diastólica (mm Hg) Adulto 110-140 60-90 Criança / Bebê 80 + 2X Idade 2/3 Sistólica 3. PROCEDIMENTOS PARA SE MEDIR A PRESSÃO ARTERIAL a. Observações gerais i. Explique para o paciente o procedimento que será realizado. ii. O manguito deve ter largura de dois terços em relação ao comprimento da porção da extremidade onde será medida a PA b. Método Auscultatório i. Posicione a vítima com o braço apoiado a nível do coração. ii. Localize o manômetro de modo a visualizar claramente os valores da medida. iii. Selecione o tamanho da braçadeira indicada para o paciente (adultos, crianças e bebês) A largura do manguito deve Apêndices Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar corresponder a 40% comprimento a 80%. da circunferência braquial 134 e seu iv. Localize a artéria braquial ao longo da face interna superior do braço palpando-a. v. Envolva a braçadeira em torno do braço, centralizando o manguito sobre a artéria braquial. vi. Mantenha a margem inferior da braçadeira a 2,5cm acima da dobra do cotovelo e encontre o centro do manguito dobrando ao meio. vii. Determine o nível máximo de insuflação palpando o pulso radial até seu desaparecimento, registrando o valor (pressão sistólica palpada) e aumentando mais 30 mmHg. viii. Posicione o estetoscópio sobre a artéria braquial palpada abaixo do manguito na fossa antecubital. ix. Desinsufle o manguito de modo que a pressão caia de 2 a 3 mmHg por segundo. x. Identifique a pressão sistólica (máxima) observando no manômetro o ponto correspondente ao primeiro batimento regular audível. xi. Identifique a pressão diastólica (mínima) observando no manômetro o ponto correspondente ao último batimento regular audível. xii. Desinsufle totalmente o aparelho com atenção voltada ao completo desaparecimento dos batimentos. xiii. Retire o aparelho do braço e guarde-o cuidadosamente afim de evitar danos. xiv. Anote a PA e a hora. Exemplo PA. 126X84, 10h55min. c. Método Palpatório i. Coloque as pontas dos dedos no pulso radial. Sinta o pulso. ii. Infle o manguito até ultrapassar um valor em que cesse o pulso. iii. Vagarosamente esvazie o manguito, olhando o mostrador ou a coluna de mercúrio. iv. Quando perceber o retomo do pulso, leia a pressão sistólica aproximada. v. Anote a PA, hora e método usado. Exemplo: PA 120 (palpação), 10h55min. A posição em que a vítima se encontra (em pé, sentado ou deitado), atividade física recente, a emoção ou dor da ocorrência e o equipamento inadequado podem alterar os níveis da pressão. Apêndices Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 135 APÊNDICE 03 – ESTADO DE CHOQUE 1. SINAIS E SINTOMAS a. Sinais e sintomas universais de todos os tipos de choques i. Sinais precoces 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Taquicardia Pulso fraco Reenchimento capilar > 2 seg Palidez cutânea Vasoconstrição cutânea (cianose) Sudorese Pele fria ii. Sinais tardios 1. Hipotensão arterial 2. Taquipnéia 3. Alterações neurológicas (comportamentais) b. Sinais e sintomas típicos dos choques específicos i. Choque cardiogênico 1. 2. 3. 4. 5. 6. Hipertensão seguido de hipotensão Taquicardia seguida de Bradicardia Dispnéia Sudorese Palidez cutânea Alterações neurologicas (comportamentais) ii. Choque neurogênico 1. Hipotensão 2. Bradicardia 3. Pele rosada e bem perfundida. iii. Choque psicogênico 1. Hipotensão 2. Bradicardia seguida de taquicardia iv. Choque séptico 1. 2. 3. 4. 5. 6. Hipotensão persistente Pele quente e ruborizada Calafrios Febre Taquipnéia Taquicardia v. Choque anafilático 1. Pele avermelhada, com coceira ou queimação 2. Edema de face e língua Apêndices Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 3. 4. 5. 6. 7. 8. 136 Respiração ruidosa e difícil Hipotensão arterial Pulso fraco Tontura Palidez e cianose Coma vi. Choque hipovolêmico (hemorrágico) 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Ansiedade e inquietação Náuseas e vômitos Boca, língua e lábios secos Sede intensa PA sistólica menor que 90mm/Hg (tardio) Taquicardia Taquipnéia seguida de bradipnéia com respiração rápida e profunda 8. Enchimento capilar acima de 2 segundos 9. Pele fria, úmida e pegajosa 10. Palidez ou cianose 11. Olhos opacos e pupilas dilatadas 12. Torpor e coma c. Classificação do choque hipovolêmico hemorrágico no adulto Classe I Perda sangüínea 700 ml (ml) Perda sangüínea Até 15% (%) Freqüência de < 100 pulso Pressão Arterial Freqüência Respiratória Estado Mental Apêndices Classe II Classe III Classe IV 750 - 1500 ml 1500 - 2000 ml > 2000 ml 15 -30% 30-40% > 40% Entre 100 -120 >120 >140 Normal Normal Diminuída Muito Diminuída 14-20 20-30 30-40 >35 Ansiedade Leve Ansiedade Moderada Ansioso e Confuso Ansioso e Letárgico Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 137 APÊNDICE 04 – ESCALA DE APGAR 1. CONCEITO É a avaliação do quadro da vitalidade do neonato, logo após o nascimento. 2. CONDUTA a. Devem ser feitas três medições: no primeiro, no quinto e no décimo minuto. b. Avalia-se através da pontuação determinada no momento do nascimento e aos 5 (cinco) minutos de vida. 3. PARÂMETROS a. Tabela Escala de APGAR PARÂMETROS 0 Freqüência Cardíaca Ausente Esforço Respiratório Ausente Tônus Muscular Flácido Reflexos de Ausente Irritabilidade Cianose Coloração da generalizada Pele ou palidez PONTUAÇÃO 1 2 Menor que 100 Maior que 100 BPM BPM Choro fraco Choro forte Respiração Respiração regular irregular Discreta flexão Semiflexão de extremidade completa Resposta com Tosse ou espirro careta Corpo róseo, Completamente extremidades róseo cianóticas b. Deve ser avaliado no primeiro minuto e, novamente, aos cinco minutos de vida. c. Quando a nota de cinco minutos for inferior a 7, novas avaliações devem ser realizadas a cada cinco minutos, por até 20 minutos, e adequadamente registradas. d. Não deve servir para decisão quanto à reanimação do neonato. 4. AVALIAÇÃO CONTINUADA 5. COMUNICAÇÕES E DOCUMENTAÇÕES a. O resultado encontrado deve ser informado ao médico no hospital, uma vez que as notas obtidas nos primeiro e quinto minutos são registradas no “Cartão da Criança”. Apêndices Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 138 APÊNDICE 05 – ESCALA DE COMA DE GLASGOW - ADULTO 1. CONCEITO Escala de Coma de Glasgow (ECG) é uma escala neurológica com objetivo de registrar o nível de consciência e responsividade de um paciente. 2. PARÂMETROS a. Abertura Ocular Espontânea 4 pontos À voz 3 pontos À dor 2 pontos Ausente 1 ponto Olhos abertos espontaneamente com movimentos normais. Olhos fechados que só se abrem mediante um estímulo verbal, não necessariamente à ordem de “abra os olhos”. Olhos fechados que só se abrem mediante estímulo doloroso. Não abre os olhos. b. Resposta Verbal Orientada Confusa 5 pontos 4 pontos Palavras 3 pontos desconexas Sons 2 pontos ininteligíveis Ausente 1 ponto Consegue descrever quem é, e o que aconteceu etc... Responde às perguntas, mas não sabe descrever quem é, onde está ou o que aconteceu. Diz palavras isoladas e sem sentido, não conseguindo formar frases completas. Não consegue sequer articular palavras, emitindo apenas murmúrios ou grunhidos. Não emite qualquer som vocal. c. Resposta Motora Obedece a 6 pontos comandos Localiza 5 pontos estímulos dolorosos Retira à dor 4 pontos Flexão 3 pontos anormal (decortiçação) Extensão 2 pontos anormal (Descerebração) Ausência 1 ponto de resposta Apêndices É capaz de executar movimentos mediante solicitação verbal, do tipo “aperte minha mão, levante a perna, mova o pé etc...” Consegue localizar a região onde está sendo estimulado dolorosamente e tenta remover a mão do examinador para impedi-lo. Retirada inespecífica: o indivíduo retira o estímulo doloroso mediante flexão do membro estimulado, numa resposta reflexa. Ao ser estimulado flexiona as extremidades superiores e estende as extremidades inferiores assumindo a atitude de decorticação. Ao ser estimulado, estende as extremidades superiores e inferiores assumindo a chamada atitude de descerebração. Irresponsivo. Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 139 3. CLASSIFICAÇÃO DO TCE SEGUNDO A PONTUAÇÃO NA ECG a. TCE Leve - 13 a 15 b. TCE Moderado - 09 a 12 c. TCE Grave - 03 a 08 Apêndices Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 140 APÊNDICE 06 – ESCALA DE COMA DE GLASGOW - PEDIÁTRICA 1. CONCEITO a. A Escala de Coma de Glasgow (ECG) pediátrica é uma escala neurológica com objetivo de registrar o nível de consciência e responsividade de um paciente pediátrico menor de 5 anos durante a avaliação inicial sempre que possível, será contínua e após um traumatismo craniano ou traumas diversos. 2. PARÂMETROS a. Abertura Ocular Espontânea 4 pontos Olhos abertos espontaneamente. Abre os olhos. À voz 3 pontos Olhos fechados que só se abrem mediante um estímulo verbal. À dor 2 pontos Olhos fechados que só se abrem mediante um pequeno estímulo doloroso. Ausente 1 ponto Não abre os olhos. b. Resposta Verbal Balbucio 5 pontos Choro irritante Choro a dor Gemido a dor Ausente 4 pontos Orientado para o som, segue objetos, fixa objetos, interage, sorriso social e “palavra apropriada (>1ano)”. Choro contínuo, mas consolável; palavra inapropriada. 3 pontos 2 pontos Choro persistente irritado, inconsolável gemendo. Inquieto, agitado, inconsolável e geme. 1 ponto Não emite qualquer som. c. Resposta Motora Movimento 6 pontos espontâneo Retira ao 5 pontos toque Retira à dor 4 pontos Flexão anormal 3 pontos Extensão anormal Ausente 2 pontos 1 ponto É capaz de executar movimentos espontâneos ou proposital sozinho. Consegue sentir a região onde está sendo estimulada e tenta se afastar. Consegue sentir a região onde está sendo estimulada a dor e se afasta. Ao ser estimulado flexiona as extremidades superiores e estende as extremidades inferiores assumindo a atitude de decorticação. Ao ser estimulado, estende as extremidades superiores e inferiores assumindo a chamada atitude de descerebração. Ausência de qualquer resposta d. Classificação do TCE segundo a ECG pediátrica i. 13 a 15 - leve ii. 09 a 12 - moderado iii. 03 a 08 – grave Apêndices Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 141 APÊNDICE 07 – ESCALA DE TRAUMA SCORE 1. CONCEITO a. A escala de Trauma Score (TS) visa quantificar o nível da gravidade de um paciente traumatizado, sendo assim fator decisivo para orientar a conduta do socorrista no atendimento e na triagem (situação onde a emergência ultrapassa a capacidade de resposta). b. É composta de uma combinação de resultados a partir de três categorias: Escala de Coma de Glasgow, Pressão Arterial Sistólica e Frequência Respiratória. c. A Escala de Trauma Score não inclui o enchimento capilar e a expansão pulmonar, visto a subjetividade destes. 2. PARÂMETROS a. Tabela de Trauma Score Valor Pontos na Escala de Coma de Glasgow Pressão Arterial Sistólica Frequência Respiratória 4 13-15 > 89 10-29 3 9-12 76-89 >29 2 6-8 50-75 6-9 1 4-5 1-49 1-5 0 3 0 0 Interpretação do resultado da escala de trauma: Trauma grave: 0 a 06 Trauma moderado: 07 a 10 Trauma leve: 11 a 12 Apêndices Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 142 APÊNDICE 08 – MAPA CARGA PADRÃO DE UR Ord EQUIPAMENTO / MATERIAL 01 Abridor de mandíbula 02 Álcool Etílico 70% 09 10 11 12 13 Aparelho de oxigênio portátil completo composto de cilindro de 03 lts (ou maior), manômetro, fluxômetro e máscara facial. Acondicionado em bolsa ou maleta. Avental descartável (EPI do TEM) Aspirador elétrico portátil de secreções Ataduras de crepom de 15 cm de diâmetro ( Pct c/ 12) Bóia tipo lifebelt (salcichão) Bolsa de resgate, em cordura (cor azul ou laranja) Campo operatório – pacote com 50 unidades Capa de chuva Capacete para salvamento Catéter nasal Cobertor 14 Colar cervical de peça única, modelo stiffineck 15 16 17 18 20 Colchonete Colete de imobilização dorsal tipo KED Colete reflexivo Cone sinaleiro escamoteável reflexivo Conjunto com 06 cânulas de guedel (tam de 01 a 06) Desfibrilador Externo Automático (DEA) 21 Esfigmomanômetro 22 Esparadrapo (Rolo de 0,10 a 4,5 mts) 23 Estetoscópio 24 25 26 27 28 29 30 31 Extintor de PQS 08 Kg Fita zebrada para isolamento Hipoclorito de sódio a 1% Imobilizador de cabeça tipo bashaw Imobilizador pediátrico de corpo inteiro Kit de queimadura Kit obstétrico Kit para salvamento em altura 03 04 05 06 07 08 19 Apêndices TAM QUANT. -Litro (1000 ml) Almotolia (250 ml) 01 a 02 02 a 03 01 -- 01 --- 10 a 15 01 -- 02 a 03 -- 01 -- 01 -----Pediátrico No Neck Pequeno Médio ----- 01 04 04 10 a 15 02 a 03 01 01 02 02 01 01 04 03 -- 01 -Pediátrico Adulto -Pediátrico Adulto --Litro (1000 ml) ------ 01 01 02 02 a 03 01 02 01 02 a 03 02 a 03 02 01 02 a 03 02 01 Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar Ord EQUIPAMENTO / MATERIAL 143 TAM QUANT. 32 Lanterna a pilha de 03 elementos1 -- -- 33 Lanterna de recarga em viatura1 -- 02 34 Lanterna de verificação de pupila - 01 35 Lençol de papel (Rolo com 50 mts) Luva de borracha para limpeza e desinfecção (par) -- 01 -- 04 a 06 Pequeno Médio Grande ------ 01 01 01 03 a 04 01 01 01 03 a 05 -- 03 a 05 36 37 Luva descartável (Caixa com 50 pares) 38 39 40 41 42 Luva de vaqueta (ou de couro e tecido) - par Maca escamoteável com rodas Maca tipo colher1 Maca tipo Sked Manta aluminizada Máscara facial com reservatório para oxigenioterapia Máscara facial (EPI do TEM) Óculos de proteção Oxímetro de pulso portátil Pocket mask Prancha longa1 Prancha longa de metal1 Prancheta de metal Protocolo de APH Rádio HT completo (bateria, antena e capa) 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 ---------Neo-natal Respirador manual adulto tipo AMBU com Pediátrico reservatório Adulto Litro (1000 ml) Sabão líquido Neutro Almotolia (250ml) Saco de lixo de 30 lts -Tam 08 Sonda de aspiração flexível Tam 12 Sonda de aspiração rígida -Soro fisiológico (Frasco com 50 ml) -Pequeno Médio Talas moldáveis de espuma e metal Grande Tesoura ponta romba (para tecidos e couro) -Tracionador de fêmur adulto -Tracionador de fêmur pediátrico -Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar -- 40 a 50 03 a 04 01 01 01 a 02 01 01 01 01 01 01 01 02 a 03 01 10 a 12 04 a 08 04 a 08 02 a 03 04 a 06 03 06 04 02 01 01 01 1 Este material pode ser substituído por outro similar Apêndices Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 144 1. OBSERVAÇÕES: 1.1 Os materiais de limpeza e assepsia previstos deverão estar registrados no Ministério da Saúde. 1.2 Os materiais e equipamentos acima descritos são o mínimo a ser exigido para uma Unidade de Resgate. Havendo necessidade de se acrescentar outros, tal procedimento será efetuado por autorização do Comandante da UEOp, que decidirá baseado nos seguintes aspectos: necessidade operacional demonstrada; relação custo x benefício; qualificação dos socorristas para utilizarem os itens incrementados; possibilidade de acondicionamento adequado nos compartimentos da Unidade de Resgate. 1.3 Composição dos Kit Os Kit acima descritos terão a seguinte composição: 1.3.1 Kit para queimadura 01 cobertor térmico aluminizado - tam: 2,10 X 1,40 M ou plástico estéril 01 Pacote de atadura de rayon - tam: 7,5 X 5 CM 01 pacote de gaze vaselinada - tam: 7,6 X 7,6 CM 01 protetor para queimadura e evisceração – tam 1 X 1 M 01 frasco de soro fisiológico - frasco de 250 ML 1.3.2 Kit para parto 02 aventais descartável 01 bisturi descartável nº 22 02 braceletes para identificação 01 compressa estéril de 15 X 10 CM 01 compressa estéril de 30 X 15 CM 01 cobertor térmico - Tam: 2,10 X 1,40 M 02 clamps estéreis (prendedor umbilical) 01 lençol descartável 2,00 X 0,90 CM 02 pares de luva estéril Tam M (7,5 ou 8,5) 01 saco de expurgo hospitalar 20 litros 02 absorventes hospitalares 1.3.3 Kit de salvamento em altura Apêndices 01 Bolsa de nylon 01 corda de poliamida de 11 mm de diâmetro e lance de 30 m 01fita tubular ou cabo solteiro de 5 m 01 boldrier 01 par de luvas de vaqueta 01 freio 8 02 mosquetões de duralumínio Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 145 APÊNDICE 09 – DURAÇÃO DE CILINDRO DE O2 1. CILINDROS MAIS COMUNS COMERCIALIZADOS Capacidade 03 litros 05 litros 07 litros 15 litros 20 litros 40 litros 50 litros Peso 05 kg 07 kg 10 kg 17 kg 30 kg 48 kg 58 kg Quantidade em m3 0.45 m3 0.75 m3 1.00 m3 2.40 m3 4.00 m3 8.00m3 10.00m3 Altura 0.40 cm 0.40 cm 0.45 cm 0.88 cm 0.72 cm 1.32 cm 1.42 cm 2. CÁLCULO DA DURAÇÃO RESIDUAL DO CILINDRO Como no Brasil a constante do cilindro não é divulgada pelos seus fabricantes, o cálculo aproximado do volume residual é calculada da seguinte forma: Passo 1 – Cálculo do volume residual V = Volume, em m3 P = Pressão do Cilindro, em bar (utilizando o manômetro) C = Capacidade hidráulica do cilindro, em litros (esta informação está gravada no corpo do cilindro) V= PXC Exemplos: 1000 P = 200 bar V = 200 X 50 V = 10 m3 C = 50 litros 1000 Passo 2 - transformar o volume de m3 para litros, através da seguinte proporção: 1m3 = 1000 litros 10 m3 residuais = X X = 10 X 1000 1 X = 10.000 lts Passo 3 - Tendo a vazão terapêutica (observando o fluxômetro), temos o tempo restante de oxigênio disponível no cilindro. Se o fluxo é de 10 l / min (ou seja, a cada minuto 10 lts de O2 são consumidos) e temos 10.000 litros residuais, teremos: 10 lts - 1 min 10.000 lts - X min X min = 10.000 lts x 1 min = 1.000 min 10 lts Equação Global: X minutos residuais = Pressão x Capacidade Vazão Apêndices Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 146 Esta Instrução entra em vigor na data de publicação e revoga as disposições em contrário. Quartel em Belo Horizonte, 09 de abril de 2012. IVAN GAMALIEL PINTO, CORONEL BM Chefe do Estado-Maior / Subcomandante Geral Referências Bibliográficas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 147 Referências Bibliográficas Referências Bibliográficas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 148 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMERICAN HEART ASSOCIATION (USA). Suporte Básico de Vida para Profissionais de Saúde. São Paulo: American Heart Association, 2006. BRASIL. Ministério da Saúde, CGUE/DAE/SAS. Curso de Regulação Médica das Urgências. Institui o Manual do Aluno do Curso de Regulação Médica, 200_. BRASIL. Universidade Federal de Minas Gerais. Monografia A Responsabilidade Penal do Médico no Atendimento Pré-Hospitalar: Omissão Própria e Omissão Imprópria na Regulação Médica. 2005. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.048, de 05 nov.2002. Institui a política nacional de redução da morbimortalidade por acidentes e violências. BRASIL. Tuberculose: Guia de Vigilância Epidemiológica. Comitê TécnicoCientífico de Assessoramento à Tuberculose. Ministério da Saúde. Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 2002. 100p. BRASIL. Guia de vigilância epidemiológica. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. 6. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2005. p. 375. CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Resolução CFM nº 1.671, de 09 jul. 2003.Diário Oficial, Brasília, 29 jul. 2003. Seção I, p. 75-78. DÂNGELO, José Geraldo. Anatomia humana sistêmica e segmentar: para o estudante de medicina. 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Referências Bibliográficas Aprovado em 09/04/2012 Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 149 Pedroso, Giancarlos Borges; BARROS, Cláudio Caetano; MARCELINO, Silvio Cláudio. Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal. Curso Emergencista Préhospitalar 2. SENASP: Brasília. Módulo 1. 2009. Potter, Patrícia Ann; PERRY, Anne Griffin. Fundamentos de Enfermagem. Tradução: Luciana Teixeira Gomes, Lucya Hellena Duarte e Maria Inês do Nascimento. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. Cap. 39. p. 1182-1192. S. J. McPhee; M. A. Papadakis. Current Medical Diagnosis and Treatment. New York, NY: McGraw-Hill. 50 ed. 2011. Silva, Yerkes Pereira e; et al. Avaliação da Dor na Criança. Revista Médica de Minas Gerais. Belo Horizonte. 2004. n.14. v. 3. p. 92-96. Silva, Marcelo Tardelli da, SILVA, Sandra Regina L.P. Tardelli da. Manual de Procedimentos para estágio em enfermagem. 2.ed. São Paulo: Martinari, 2008. Cap.12. p.114-130. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. 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